Setor de Promoção Comercial

Transcrição

Setor de Promoção Comercial
Embaixada do Brasil na Alemanha
Setor de Promoção Comercial
PESQUISA DE MERCADO – PMR
Discriminação:
Embaixada em Berlim
Número de Série:
1330.0001.2015
Posto/SECOM:
1330
Data de Preenchimento
Março de 2015
Código NCM:
Capítulo 08
Descrição do Produto
Frutas Tropicais
Limite de validade:
31/12/2016
País importador:
Alemanha
Observações:
Veja Documento
Responsável pela elaboração:
José Carlos Oldoni
Função/Cargo:
Auxiliar Técnico
Telefone:
+ 49 30 7262 8111
Fax:
+ 49 30 7262 8199
E-Mail:
[email protected]
Nome do arquivo em word:
Frutas Tropicais.doc
Aprovado por:
Aurélio Afrânio Garcia Avelino
Conselheiro, Chefe do Secom
Embaixada do Brasil na Alemanha
Setor de Promoção Comercial
Avaliação de Mercado: Frutas Tropicais
„Avaliação do Potencial de Mercado de
Frutas Tropicais na
Alemanha“
Berlim, 20 de março de 2015
-2-
ÍNDICE
1.
INTRODUÇÃO
2. DADOS POPULACIONAIS E ECONÔMICOS
2.1. Caraterísticas e estrutura do mercado alemão e dinâmica do mercado de frutas na
Alemanha
2.2. Produção de frutas na Alemanha
2.3. Consumo per capita
2.4 Produção de frutas tropicais
2.6. Caracterização do setor de frutas
2.6. Importância da UE no mercado agrícola mundial
3. DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS
4. DADOS ESTATÍSTICOS
4.1 Comércio exterior alemão de frutas
4.2 Importações alemãs de frutas tropicais, de 2000 a 2013 (até novembro).
A. Importações de bananas frescas (“outras bananas frescas”), código 08030019
B. Importações de abacaxis frescos, código 08043000
C. Importações de mangas, goiabas e mangostões frescos, código 08045000
D. Importações de laranjas Navels, código 08051030
E. Importações de limões galegos frescos ou secos, código 08055090
F. Importações de uvas de mesa frescas, código 08061010
G. Importações de melancias frescas, código 08071100
H. Importações de melões frescos, código 08071900
I. Importações de papaias frescas, código 08072000
4.3 Evolução das importações alemãs de itens selecionados de frutas tropicais, de 2001 a
2011
5. CONDIÇÕES DE ACESSO E TRATAMENTO ADUANEIRO
6. NORMAS, REGULAMENTOS, CERTIFICAÇÕES
7. ENDEREÇOS DE FEIRAS NA ALEMANHA
8. OBSERVAÇÕES SOBRE AS FRUTAS BRASILEIRAS E O MERCADO ALEMÃO
9. ANEXO - RELAÇÃO DE POTENCIAIS IMPORTADORES ALEMÃES.
-3-
1. Introdução
As frutas tropicais são fundamentais para a saúde humana. As crianças alemãs demonstram
isso com seu gosto instintivo para mangas, mamões, bananas e outras frutas tropicais. A
razão disso é que a vida humana evoluiu inicialmente nos trópicos. Durante milhares de anos,
a humanidade viveu apenas em clima tropical. Nossa impressão genética, incluindo a
adaptação nutricional para frutas tropicais foi, em grande parte, desenvolvida durante aquele
período. Há nutricionistas que afirmam que deveríamos consumir apenas frutas regionais,
porque isso resultaria numa maior harmonia com o meio ambiente. Mas há quem concordaria
plenamente apenas se todos vivessemos nos trópicos, onde os nossos genes se desenvolveram.
Por esta razão, o consumo de frutas tropicais aqui na Alemanha é bastante útil e aconselhado
principalmente no inverno, estação em que nenhum fruto cresce na região. Os frutos do verão
europeu também são muito benéficos para a saúde humana.
2. Dados populacionais e econômicos
Com 82,6 milhões de habitantes, a Alemanha é potencialmente o maior mercado consumidor
para frutas da Europa. A estrutura etária do país pode ser vista no seguinte gráfico:
Grafíco 1: Estrutura étaria da população alemã em 2013 (em milhões de habitantes)
- de 1 ano
1-5 anos
6-14 anos 15.17 anos
18-20anos
21-24 anos 25-39 anos 40-59 anos 60-64anos
acima de 65
Fonte: Europanel, IRI/GfK Retail Services
Como o gráfico mostra, a população abrange número considerável de consumidores de idade
mais avançada e número mais reduzido de consumidores jovens. Isso tem reflexo nos padrões
de consumo do país.
Em 2014, o PIB per capita alemão foi de US$ 45.000. A Alemanha tem hoje uma das
economias mais dinâmicas da OCDE, com crescimento de 3,6%, em 2010; 3,3%, em 2011;
0,9%, em 2012; e em 2013, 0,4%. Em 2014, as perspectivas são de expansão de 1,6%.
-4-
2.1 Características e estrutura do mercado alemão de frutas
A produção interna de frutas, que ocupa mais de 70 000 hectares de lavouras, cobre apenas
cerca de um quinto do consumo alemão. A produção doméstica desempenha, portanto, um
papel secundário, em comparação com as importações, no fornecimento do mercado local de
frutas. A maior parte das importações é proveniente de Estados-membros da União Européia,
principalmente da Itália e da Espanha, seguidos de França e Holanda. Entre os 10 principais
fornecedores do mercado alemão também se encontram África do Sul, Grécia, Chile, Brasil,
Polônia e Argentina. O mercado de frutas é fortemente globalizado e de orientação
internacional.
2.2 Produção de frutas na Alemanha
A produção de frutas na Alemanha, em 2012, foi de 1,08 milhão de toneladas de frutos de
árvores e de 183.800 toneladas de bagas, assim distribuidas1:
Fruta:
Volume em 1000 ton
Maçãs
972,40
Pêras:
33,90
Total de Pomóideas
1.006,30
Ameixas
35,60
Cerejas doces
23,00
Cerejas azedas
12,90
Total de frutas de caroço
76,08
Morangos
155,80
Total de bagas
183,80
Total Geral*
1.248,7
*a produção própria em jardins não está incluída
Devido às condições climáticas adversas, a colheita de frutas na Alemanha, em 2013, foi
inferior à média dos últimos anos. Em particular, o longo inverno, o chuvoso mês de maio e o
verão quente e seco provocaram considerável redução nas colheitas. Em última análise, a
colheita de frutos na Alemanha atingiu 1,12 milhão de toneladas, resultando num segundo ano
consecutivo de baixas colheiras.
Em 2012, a colheita já foi de quantidade abaixo da média, mas, em 2013, foi, de acordo com o
Escritório Federal de Estatística, ainda menor em 12%, ou 146,5 mil toneladas na produção
das duas principais culturas, que são maçãs e morangos. A colheita da maçã, em 2013, foi de
apenas 804 mil toneladas, com uma baixa histórica, como resultado das condições
meteorológicas extremas na primavera. A colheita de peras foi de apenas 39,5 mil toneladas,
ligeiramente abaixo da média. Em contraste, o clima tem causado regionalmente mais ou
menos graves perdas de rendimento em morangos. Apesar de tudo, ouve aumento de 4% na
superfície plantada, para 15.500 ha, mas apenas 149.700 toneladas de morangos foi colhida.
Isso representa uma redução de 4% em relação a 2012, e também a menor colheita nos
últimos 5 anos.
1
ZMP-Marktbilanz- Obst 2008- Zentrale Markt- und Preisberichtstelle GmbH Bonn
-5-
Embora a colheita de frutas de caroço também tenha sido abaixo da média, houve crescimento
em relação ao ano anterior. A colheita da ameixa, com 48.500 t, superou em 36% a de 2012,
mas ainda assim foi ligeiramente (-2,2%) abaixo da média de longo prazo. No caso de cerejas
doces, mesmo com o mau tempo na primavera, época da floração, a queda foi inferior ao
volume médio de colheita de 24.500 t. Nas bagas, apesar da expansão de superfície plantada
em relação aos anos anteriores, cerca de 32.600 t foram colhidas, o que significa um aumento
de 21%, em relação ao ano anterior, e de 38% superior à média dos anos de 2008 a 2012.
As frutas mais consumidas pelos alemães, em 2012, foram as maçãs, com 30kg per capita da
fruta fresca, seguida das bananas, 11kg. As frutas cítricas representam 25% do consumo
alemão de frutas frescas. O consumo de frutas industrializadas na Alemanha em 2011/12 foi
de 6,3Kg per capita.
Campanhas de conscientização do Governo alemão, como a “5 vezes frutas e verduras
ao dia”, principalmente em escolas e jardins-de-infância do país, surtem efeitos,
influenciando os hábitos de alimentação da população local. Têm colaborado, ainda, várias
ações como “Frutas e verduras protegem contra doenças”, ou “Frutas e verduras conservam
a juventude”. Cabe lembrar que o povo alemão tem grande preocupação com a saúde e
valoriza a segurança e qualidade dos produtos alimentícios.
Nesse sentido, vale mencionar que, na Alemanha, também o Grupo EDEKA exige de
seus fornecedores de verduras e frutas, desde 2004, a apresentação da certificação baseada nos
padrões GLOBAL/GAP ou IFS-International Food Standard. Para produtores de frutas e
verduras, deve-se efetuar a auditoria de acordo com GLOBAL/GAP, e IFS, para empresas de
logística, armazenamento e descarregamento. Também, em 2004, a cadeia varejista METRO
anunciou que se orientaria segundo os padrões GLOBAL/GAP ou IFS no setor de frutas e
verduras. Da mesma forma, o Grupo ALDI exige, desde 2003, de seus fornecedores de frutas
e verduras, a aplicação das normas IFS. Tais linhas de ação estão de pleno acordo com as
metas propostas pela Associação do Comércio de Frutas da Alemanha2.
Na Alemanha, mais de 500 empresas, que possuem áreas cultiváveis equivalentes a
35000 ha, tiveram auditorias-GLOBAL/GAP aprovadas. Essas firmas produzem
principalmente batatas, maçãs e pêras. De forma igualmente dinâmica, desenvolve-se a
realização da certificação IFS, entre as empresas de logística de frutas e verduras. Desde a
introdução da IFS, em 2003, mais de 600 empresas tiveram auditorias-IFS aprovadas. Estimase que, em 2015, todas as empresas produtoras da Alemanha estejam certificadas.
2.3 Consumo per capita
O consumo de frutas na Alemanha está sujeito à colheita e preço relacionados, bem
como flutuações anuais. Desde a safra de 1995/96, o consumo per capita anual de frutos
aumentou mais de 30%. A ponta do consumo deu-se em 2005/6, com 130 kg de frutas
frescas, incluindo frutas cítricas (excluindo produção própria em jardins). Desde então, o
consumo per capita anual diminuiu ligeiramente, situando-se atualmente na faixa de 120 a
125 kg.
2
Lebensmittel-Einzelhandel fordert GLOBAL/GAP und IFS von Obst- und Gemüselieferanten, Informação à
imprensa, de 16.02.2012-Deutscher Fruchthandelsverband e.V.
-6-
As frutas cítricas são as mais consumidas, com quota entre 25 a 35% do consumo
total. A tendência é de crescimento. Entre as safras 2000/01 a 2007/08, houve aumento de 40
para 47 kg per capita. Situação semelhante ocorreu com as maçãs, com uma quota atual
girando em torno de 25 a 30% do consumo total de frutas frescas, dependendo das condições
da cultura. O consumo atual está em 30 kg, à frente de bananas, com 11kg. A produção local
tem respondido por volume correspondente entre 18 e 20% do consumo.
O consumo de frutas na Alemanha ainda é considerado muito baixo. Especialistas da
Organização Mundial da Saúde e da Sociedade Alemã de Nutrição recomendam consumo
diário mínimo de 450 gramas de frutas e legumes. Na Alemanha, os consumidores ainda
estão longe desse volume, dado que o consumo de frutas e legumes é de 260 gramas/dia.
Nos países do Mediterrâneo, no entanto, a média de consumo é de 700 gramas/dia,
com a Grécia em primeiro lugar e consumo diário de 1 kg.
2.4 Produção de frutas tropicais
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de frutas. Em 2010, a produção
brasileira foi superior a 44 milhões de toneladas, somente superada pela China (142 milhões
de toneladas em 2011) e Índia (70 milhões de toneladas).
Em 2013, as exportações brasileiras de frutas frescas geraram divisas em torno de
US$ 658 milhões para um volume de 712 mil toneladas contra US$ 875 milhões,
correspondentes a 819 mil toneladas em 2010.
Com relação ao destino das exportações de frutas frescas, o mercado europeu chegou a
absorver mais de 60% das frutas brasileiras, seguido pelo Mercosul, com 28%. Os Países
Baixos são, tradicionalmente, o maior importador de frutas nacionais: em 2011, alcançaram o
valor de US$ 282 milhões e volume de 261 mil toneladas. Assim como ocorre com outros
produtos da pauta de exportações brasileira na Europa, a Holanda atua como um centro
distribuidor. Muitos importadores das regiões oeste e sul da Alemanha realizam suas
importações pelo porto de Rotterdam, levando a que boa parte das importações alemãs sejam
contabilizadas como holandesas, uma vez que as estatísticas brasileiras consideram como
destino o porto de desembarque das exportações.
Com o objetivo de promover as exportações de frutas brasileiras, o IBRAF (Instituto
Brasileiro de Frutas) coordenou, em conjunto com a APEX-Brasil (Agência de Promoção de
Exportações do Brasil) e as associações do setor, o Projeto Brazilian Fruit de Promoção das
Exportações de Frutas Brasileiras, que teve como meta a consolidação do Brasil como
produtor não apenas de frutas tropicais no mercado internacional.
O referido Programa promoveu setores/frutas que se mostraram capacitados e com
volume de oferta segura para o mercado internacional, de forma a atender a demanda com
eficiência. Foram selecionados o abacaxi branco pérola, a banana prata, o limão taiti (galego),
a maçã, o mamão papaia, a manga, o melão e a uva de mesa, que compõem a lista das oito
principais frutas de exportação brasileira.
Mais recentemente, houve a transferência da promoção internacional do setor frutífero
brasileiro para a ABRAFRUTAS, em conjunto com a Confederação Nacional da Agricultura.
-7-
A presente avaliação tem por objetivo apresentar dados sobre a situação do segmento
de frutas tropicais na Alemanha, além de fornecer sugestões para aumentar a presença
brasileira no mercado local. Este estudo voltará a ser atualizado em maio de 2016, quando
serão incluídos todos os dados estatísticos das imporrações alemãs realizadas em 2015.
2.5 Caracterização do Setor de Frutas
A cadeia internacional de suprimento de frutas frescas envolve mercados fortemente
oligopolizados, em torno dos quais se conformam grandes estruturas logísticas, em sua
maioria coordenadas por empresas transnacionais, onde elas próprias, diretamente ou através
de mecanismos contratuais variados, passam a dominar não apenas a esfera da distribuição
mas, também, a órbita da produção agrícola strictu sensu.
A configuração desses circuitos globais promove descentralização e reestruturação da
produção em bases locais. Ou seja, a expansão desse complexo cria a oportunidade de
inserção produtiva de algumas regiões dos países em desenvolvimento e permite que estes
espaços rurais se integrem no circuito globalizado de alimentos de alta qualidade. No caso
específico das frutas e dos vegetais, há padronização de acordo com o tamanho, cor, forma, e
outras variáveis, a fim de que cada tipo de mercadoria, independentemente de sua origem,
mantenha a uniformidade desejada. Mas, a noção de qualidade dos produtos alimentares é
mais complexa. Ela abrange vários outros componentes, como segurança higiênica, valor
saúde, prazer da mesa e praticidade, que influem e se materializam nas relações entre
fornecedores e clientes, desempenhando um papel cada vez mais marcante nas transações
comerciais, tornando-se, assim, elemento integrante das estratégias das empresas, tanto para o
mercado nacional, como para exportação. A evolução do mercado de alimentos de alta
qualidade é determinada por essas mudanças de hábito de consumo da população de alto
poder aquisitivo dos países do hemisfério norte, que implica em crescente demanda por
alimentos frescos, entre os quais as frutas. Esses novos padrões de consumo generalizam-se
com rapidez, em todo mundo, inclusive no Brasil, mudando a maneira de consumir em
estratos diferenciados da população dos países em desenvolvimento, pois envolve,
inicialmente, segmentos relativamente pequenos da sociedade, em particular frações das
classes média e alta para, em seguida, estenderem-se a outros segmentos da sociedade. Tais
mudanças promovem verdadeira “desestacionalização” do consumo, de forma que as frutas
antes consumidas somente durante a safra, passaram a ser demandadas durante todo o ano.
Formam-se, assim, mercados alimentícios de alta qualidade, que segundo Bonnano et al,
referem-se à produção e ao abastecimento em rede de alimentos frescos, destinados aos
mercados nacionais e internacionais, onde são exigidos padrões mais elevados dos produtos,
de forma que sua entrada e competição no mercado não se baseiem apenas nos preços, mas,
também, em critérios de qualidade e controle definidos externamente. A fruticultura
caracteriza-se por elevados investimentos realizados em plantações, centrais de distribuição e
plataformas processadoras de frutas, meios de transporte, entre outras características, com
repercussões importantes sobre a economia regional e implicações diversas para os agentes
sociais que atuam nos vários elos da cadeia produtiva.
2.6 Importância da UE no mercado agrícola mundial
A União Européia é, desde de sua fundação, o parceiro comercial mais importante nos
mercados agrícolas mundiais. Devido ao aumento da subvenção governamental para a
produção interna da UE, nas décadas de 1960 a 1980, e pelo alargamento da Uunião, a UE
-8-
transformou-se em exportadora líquida de vários produtos agrícolas. Com cerca de 506
milhões de pessoas (incl. 4,3 milhões com a adesão da Croácia em 01/07/2013), a UE
constitui a maior potência comercial do mundo. Na UE-28, em 2010, estavam baseadas
12.250 mil explorações agrícolas (Croácia, 230.000). A área útil, em 2011, foi de 186,5
milhões de hectares (excl. Croácia, 1,3 milhão de ha), dos quais cerca de 119,3 milhões de
hectares de terra arável. Isso representa cerca de 7,7% das terras aráveis do mundo. Nos
últimos 15 anos, a área agrícola diminuiu para 10,2 milhões de ha (5,2%) e as terras aráveis
para 5,9 milhões de ha (4,7%). 23 milhões de pessoas (agricultores, familiares e trabalhadores
estrangeiros) trabalham em tempo integral ou parcial na agricultura da UE.
A produção agrícola na UE-27 alcançou, em 2011, o valor recorde de € 406 bilhões (+ 3%
em relação a 2010, com base nos preços ao produtor) e aumentou em 2012. As exportações de
produtos agrícolas da UE, em 2012, tiveram aumento de 11%, atingindo €110 bilhões. A UE
é, portanto, pouco atrás dos EUA (com cerca de 111 bilhões de dólares), o segundo maior
exportador de produtos agrícolas. Em 2012, as importações da UE aumentaram 7%, para €
114,4 bilhões (EUA € 87 bilhões). Isso diminuiu o déficit comercial agrícola para € 4.4
bilhões (2011: € 12.3 bilhões). A participação da UE no total das importações mundiais de
produtos agrícolas foi de 15,4% (China 13,4%, USA 10,5%) e 16,4% (US 15,5%, China
11,9%) respectivamente em 2011 e 2012 (excluindo o mercado interno da UE). Para os países
em desenvolvimento, a União Europeia é um mercado importante (Importação € 31,8 bilhões
em 2012; € 26.8, bilhões em 2011). Com o fim dos benefícios para produtos oriundos de
países emergentes, como o Brasil, em 01/01/2014 dentro do Sistema Geral de Preferências
europeu, apenas os países com acordos comerciais preferenciais gozam de tarifas menores ou
estão isentos de taxas alfandegárias na UE.
Existem algumas preferências para importadores europeus de soja e de certos tipos de frutas
para transformação em óleos e gorduras vegetais, em que a produção da UE é insuficiente
para atender a demanda.
3. Descrição dos produtos
Descrição das frutas tropicais tradicionais como abacaxi, banana, manga, melão,
mamão papaia e uva, além de outras, como figo, laranja de mesa, limão e melancia e de clima
temperado, tais como maçãs, peras e pessegos.
Código*
Descrição
0801.22
0801.32
0803.
0804.2010
0804.3000
0804.4000
0804.5000
0805.1020
Castanhas do Pará (Castanhas do Brasil), frescos ou secos, sem casca
Castanhas de caju, frescos ou secos, sem casca
Bananas frescas
Figos frescos
Abacaxis frescos ou secos
Abacates frescos ou secos
Goiabas, mangas, mangostões, frescos ou secos
Laranjas Navels, Navelines, Navelates, Salustianas, Vernas, Valencia lates,
Maltaises, Schamoutis, Ovalis, Trovita e Hamlins frescas
Clementinas frescas ou secas
Tangerinas frescas ou secas
Limões (Citrus limon, Citrus limonum) frescos ou secos
Limões galegos (Citrus aurantifolia, Citrus latifolia), frescos ou secos
0805.2010
0805.2070
0805.5010
0805.5090
-9-
0806.1010
0807.11
0807.1900
0807.20
0808.1010
0808.3010
0810.9020
Uvas de mesa frescas
Melancias frescas
Melões frescos (Amarilho, Cuper, Honey Dew (compreendendo
Cantatene), Onteniente, Piel de Sapo (compreendendo Verde Liso) Rochet,
Tendral, Futuro)
Papaias frescas
Maçãs frescas
Peras frescas
Tamarindos, maracujás, carambolas, jacas, maçãs de cajú e pitaiaiás
frescos
* Códigos de tarifa alfandegária de aplicação alemã para o comércio exterior, de acordo com
produtos e países, Departamento Federal de Estatísticas „Statistisches Bundesamt” Wiesbaden
4. Dados estatísticos
4.1 Comércio exterior alemão de frutas
Tabela Nr. 1: Comércio exterior alemão de frutas (Capítulo 8)
Ano
US$ mil
Mil t
2001
Importação
Exportação
Saldo
4.025.347,00
418.629,00
-3.606.718,00
5.055,58
400,91
-4.654,67
2006
Importação
Exportação
Saldo
5.436.536,00
1.064.797,00
-4.371.739,00
5.859.591,30
929.656,80
-4.929.934,50
2010
Importação
Exportação
Saldo
6.182.849,00
1.254.218,00
-4.928.631,00
5.909.373,70
963.430,50
-4.945.943,20
2011
Importação
Exportação
Saldo
6.593.345,00
1.211.312,00
-5.382.033,00
5.791.419,00
899.793,00
-4.891.626,00
2012
Importação
Exportação
Saldo
6.506.236,00
860.044,00
-5.646.192,00
4.855.400,00
689.402,00
-4.165.998,00
2013
Jan. a
Nov.
Importação
Exportação
Saldo
6.590.120,00
966.140,00
-5.623.980,00
5.236.500,00
719.213,00
-4.517.287,00
- 10 -
Fonte: Statistisches Bundesamt
Como pode-se observar, o comércio exterior alemão de frutas frescas, Capítulo 8,
mostrou-se deficitário durante o período considerado. Em 2001, o déficit na balança
comercial de frutas foi de 4,65 milhões de toneladas, equivalentes a US$ 3,61 bilhões; no ano
2006, atingiu 4,92 milhões de toneladas, no valor de US$ 4,37 bilhões; em 2010, foram
novamente 4,49 milhões de toneladas, equivalentes a US$ 4,92 milhões e, em 2013, de janeiro
a novembro, de 4,51 milhões de toneladas, no valor de US$ 5,62 bilhões.
4.2 Importações alemãs de frutas tropicais, em 2013
A. Importações de bananas frescas (“outras bananas frescas”), código 08030019
Tabela Nr. 2: Importações alemãs de bananas frescas e principais países fornecedores,
no ano 2013
Pos.
Países
US$ Mil
Toneladas
1 Colômbia
367 434
396 913,8
2 Equador
313 546
473 476,1
3 Costa Rica
267 085
280 959,3
4 República Dominicana
75 923
66 645,8
5 Panamã
40 143
74 479,3
6 Peru
23 944
27 975,4
7 Costa do Marfim
18 755
19 952,9
4 290
7 196,9
Brasil
Fonte: Statistisches Bundesamt
Em 2013, a participação do Brasil nas importações alemãs de bananas frescas foi irrisória em
comparação aos 7 maiores fornecedores.
Todos os países listados têm suas exportações de bananas para a Alemanha taxadas com
encargos aduaneiros de 16%. Panamá, Perú e República Dominicana dispõe de quota livre,
que se diferencia a cada ano, com as preferências pautais do acordo CARIFORUM (CARI),
de 29.12.2008. Perú também possui o GSP + (regime especial de incentivo ao
desenvolvimento sustentável e à boa governança - SPGE), com quotas livres. Camarões, com
os Acordos de Parceria Econômica (EPA), também possuiu preferências pautais e quotas
livres até 30.09.2014. Dentro do Sistema Geral de Preferências, a taxa para bananas
provenientes de Camarões é de 12,5%.
- 11 -
B. Importações de abacaxis frescos, código 08043000
Tabela Nr. 3: Importações alemãs de abacaxis frescos e principais países fornecedores,
no ano 2013
Pos.
1
2
3
4
Países
Costa Rica
África do Sul
Panamá
Equador
Brasil
Fonte: Statistisches Bundesamt
US$ Mil
97 638
32 170
12 574
5 345
125
Toneladas
95 981,9
29 074,2
10 505,1
7 005,4
98,4
O Brasil ocupou uma das últimas posições nas importações alemãs de abacaxis
frescos.
O tratamento tributário/alfandegário (que é variável, veja na página indicada) na data
de inserção deste Estudo para abacaxis frescos é aplicado para os países listados da seguinte
forma:
Costa Rica: Taxa de terceiros países: 5,80% +75,08 Euros por 100kg. Possui também o GSP +
(regime especial de incentivo ao desenvolvimento sustentável e à boa governação) (SPGE),
com quota livres. Faz parte do bloco CAMER, juntamente com Guatemala, Honduras,
Nicarágua, Panamá e El Salvador, com quotas variáveis livres de taxação;
África do Sul: Taxa de terceiros países: 5,80% +75,08 Euros por 100kg. Possui também
quotas de preferências pautais (variáveis), livres de encargos;
Equador: Taxa de terceiros países: 5,8% +75,08 Euros por 100kg. Possui também quotas de
preferências pautais (variáveis), livres de encargos;
Honduras e Panamá: Tratamento idêntico ao da Costa Rica;
Gana: Taxa de terceiros países: 5,80% +75,08 Euros por 100kg. Possui também o GSP +
(regime especial de incentivo ao desenvolvimento sustentável e à boa governação) (SPGE),
cujas quotas estão sujeitas ao pagamento de apenas 2,3% e Acordos de Parceria Econômica
(EPA), também possuiu preferências pautais e quotas variáveis, livres de encargos;
Costa do Marfim: Tratamento idêntico ao de Gana;
- 12 -
Itália: Importação livre, por ser país membro da União Européia;
Brasil: Taxa de terceiros países: 5,80% +75,08 Euros por 100kg.
C. Importações de mangas, goiabas e mangostões frescos, código 08045000
Tabela Nr. 4: Importações alemãs de mangas, goiabas e mangostões frescos e principais
países fornecedores, no ano 2013
Pos.
Países
1 Brasil
2 Peru
US$ Mil
54 078
29 541
Toneladas
25 021,6
12 657,4
7 368
2 578,8
3 437,9
1 630,6
3 Espanha
4 Costa do Marfim
5 República Dominicana
Fonte: Statistisches Bundesamt
7 203
5 161
Os dados mostram que o Brasil mantem-se com principal fornecedor do mercado de
mangas, goiabas e mangostões frescos para a Alemanha.
Para todos os países listados, a importação de mangas, goiabas e mangostões frescos
é livre de encargos aduaneiros, por não haver produção significativa dos produtos nos países
(ou Colônias-Territórios) da União Europeia.
D. Importações de laranjas doces, código 08051020
Tabela Nr. 5: Importações alemãs de laranjas doces frescas*, e principais países
fornecedores, no ano 2013
Pos
Países
US$ Mil
1
2
3
4
5
Espanha
Itália
África do Sul
Marrocos
Grécia
Brasil
Fonte: Statistisches Bundesamt
Toneladas
395 402
35 145
24 521
2 061
15 425
752
477 820,4
37 310,1
23 594,2
2 878,0
22 744,5
923,8
Para os tipos Navels, Navelines, Navelates, Salustianas, Vernas, Valencia lates, Maltaises,
Schamoutis, Ovalis, Trovita e Hamlins (as mais consumidas) o Brasil não consta como
fornecedor.
- 13 -
A participação do Brasil nas importações alemãs de laranjas doces frescas continua
sendo irrisória, com menos de 1% do mercado alemão.
O tratamento tributário/alfandegário para laranjas doces frescas para os países listados é o
seguinte:
Espanha, Itália e Grécia, como membros da União Européia, tem suas exportações livres de
encargos aduaneiros;
África do Sul: Dentro do Contingente Preferencial 10%. Acabado o contingente preferencial
de 20 mil toneladas, a taxa é de 61,90 Euros por 100Kg;
Marrocos: Dentro do Contingente Preferencial 10%. Acabado o contingente preferencial de
20 mil toneladas, 67,30 Euros por 100Kg. Possui acordo de preferências pautais que no
período de 01.02.2015 a 31.03.2015 (Sazonalidade), o produto é isento de tributos
alfandegários;
Argentina e Brasil: Dentro do Contingente pautal não preferencial (01.02.2015 a 30.04.2015)
10%. Esgotado o contingente de 20.000 toneladas, 61,90 Euros por 100Kg;
E. Importações de limões galegos frescos ou secos, código 08055010/90
Tabela Nr. 7: Importações alemãs de limões galegos frescos ou secos e principais países
fornecedores, no ano 2013
Pos.
Países
US$ Mil
1 Brasil
2 México
3 Espanha
4 França
5 Itália
Fonte: Statistisches Bundesamt
29 987
6 082
1 019
958
278
Toneladas
12 965,8
2 818,8
382,4
327,9
171,4
O bom desempenho brasileiro no fornecimento de limões galegos para a Alemanha é
demonstrado com a maior participação nas importações alemãs em 2013.
O tratamento tributário para limões é o seguinte:
Brasil: Dentro do Contingente pautal não preferencial de 10.000 toneladas, entre
15.01.2015 e 14.06.2015 – 6%. Acabado o contingente, 56,70 Euros por 100Kg;
México: Tratamento idêntico ao do Brasil, no entanto, o México possui acordo de
preferências pautais, liberando em determinadas épocas os encargos tributários. Tendo em
vista tais variações, somente a página atualizada da Fiscalidade e União Aduaneira poderá
informar com precisão;
Espanha e Itália: Livres de encargos aduaneiros.
- 14 -
F. Importações de uvas de mesa frescas, código 08061010
Tabela Nr. 8: Importações alemãs de uvas de mesa frescas e principais países
fornecedores, no ano 2013
Pos.
Países
US$ Mil
1 Itália
2 Espanha
3 Grécia
4 África do Sul
5 Chile
6 India
7 Brasil
Fonte: Statistisches Bundesamt
265 640
75 268
70 212
62 364
53 906
38 349
34 110
Toneladas
132 045,0
30 469,6
35 689,9
22 749,8
23 969,9
16 311,9
12 018,5
Tendo em vista que a maior colheita de uvas no sul do Brasil é realizada em pleno
inverno europeu, um acordo comercial com a União Europeia poderia alavancar as
exportações do produto para o mercado alemão.
O tratamento tributário/alfandegário para uvas frescas para os países listados é o
seguinte:
Itália, Grécia e Espanha – Importação livre de encargos;
África do Sul: Declaração da subrubrica sujeita a restrições na importação entre 01.02 e
30.11.2015. Entre 30.01. e 12.02.2015 166,90 Euros por 100Kg. As variedades sem sementes
são taxadas em 11,50% entre 01.01.2015 e 14.07.2015;
Brasil: Mesmo tratamento aplicado para o produto da África do Sul.
Egito: Entre 01.01.2015 e 14.07.2015 11,50%. Entre 30.01. e 12.02.2015 166,90 Euros por
100Kg. Dispõe de Acordo Preferências Pautais que pode eliminar os encargos entre 01.01. e
14.07.2015;
- 15 -
G. Importações de melancias frescas, código 08071100
Tabela Nr. 9: Importações alemãs de melancias frescas e principais países fornecedores,
no ano 2013
Pos.
Países
US$ Mil
1 Espanha
2 Itália
3 Grécia
4 Hungria
5 Costa Rica
6 Brasil
Fonte: Statistisches Bundesamt
Toneladas
130 869
40 503
8 683
7 046
3 961
3 288
196 425,9
70 925,2
17 024,4
14 877,1
5 181,9
3 710,0
Melancias frescas também poderiam ter maior volume de exportação para a Alemanha,
mediante acordo comercial e devido a sazonalidade.
O tratamento tributário/alfandegário para os países listados é o seguinte:
Espanha, Itália, Grécia e Hungria: Importação livre de encargos (EU).
Brasil: 8,80% + 72,09 Euros por 100Kg;
Costa Rica e Panamá: Mesmo tratamento aplicado ao Brasil. No entanto, com os acordos
CAMER e GSP + (regime especial de incentivo ao desenvolvimento sustentável e à boa
governança - SPGE), o produto poderá, periódicamente, ser isento de tributos – ver na página
atualizada da Fiscalidade e União Aduaneira.
- 16 -
H. Importações de melões frescos, código 08071900
Tabela Nr. 10: Importações alemãs de melões frescos e principais países fornecedores,
no ano 2013
Pos.
Países
US$ Mil
1 Espanha
2 Brasil
3 Itália
4 Costa Rica
5 Honduras
Fonte: Statistisches Bundesamt
Toneladas
90 740
18 179
11 690
9 983
4 123
78 756,7
13 044,2
11 793,6
7 110,6
2 588,0
O tratamento tributário/alfandegário para os países listados é o seguinte:
Espanha, Itália e França: Importação livre de encargos (EU);
Brasil: 8,80% + 67,38 Euros por 100KG;
Costa Rica e Honduras: Mesto tratamento aplicado ao Brasil. No entanto, com os acordos
CAMER e GSP + (regime especial de incentivo ao desenvolvimento sustentável e à boa
governança (SPGE), o produto poderá, periódicamente, ser isento de tributos – ver na página
atualizada da Fiscalidade e União Aduaneira;
Marrocos: 8,80% + 67,38 Euros por 100KG. Dentro do acordo de preferências pautais, o
produto poderá ser isento de encargos - ver na página atualizada da Fiscalidade e União
Aduaneira.
- 17 -
I. Importações de papaias frescas, código 08072000
Tabela Nr. 11: Importações alemãs de papaias frescas e principais países fornecedores,
no ano 2013
Pos.
Países
US$ Mil
Toneladas
1 Brasil
17 503
5 537,6
2 Equador
1 586
851,8
3 Gana
1 661
932,9
4 Tailândia
1 077
193,1
Fonte: Statistisches Bundesamt
O Brasil foi o maior fornecedor de papaias frescas para a Alemanha no ano 2013, e
deteve quase 95% do mercado.
A importação de papaias é livre de encargos tributários/alfandegários.
4.3 Evolução das importações alemãs de itens selecionados de frutas tropicais (2001,
2006, 2010, 2013 e 2014)
Tabela Nr. 13: Evolução das importações alemãs de itens selecionados de frutas
tropicais, de 2001, 2006 e 2010, 2013 e 2014, em toneladas
Frutas
Abacaxis frescos
Mangas, goiabas frescas*
Papaias frescas
Bananas frescas
Castanhas de caju sem casca
Clementinas frescas
Limões frescos ou secos
Limões galegos frescos ou secos
Uvas de mesa frescas
Melancias frescas
Melões frescos
Tangerinas frescas
Figos frescos
Abacates frescos
Laranjas doces frescas**
2001
59 885,4
24 823,3
5 031,3
1 064 946,3
7 444,1
260 341,3
134 175,8
5 440,4
331 840,9
217 704,0
88 411,8
3 940,5
2 272,5
13 387,8
407 398,9
2006
155.634,6
38.708,6
8.326,2
1.323.575,1
14.503,7
342.196,5
134.830,0
12.183,3
351.910,5
233.119,7
116.166,2
4.216,4
3.553,9
19.136,7
562.635,2
2010
191.337,0
49.354,8
7.743,2
1.305.842,7
25.656,4
319.415,1
124.394,9
18.753,1
432.163,0
312.791,8
117.690,4
1.707,4
6.504,3
33.207,0
534.054,7
2013
156 829,2
56 228,2
7 761,2
1 361 449,5
27 912,9
281 349,5
137 741,0
17 066,2
318 700,5
317 666,6
121 739,9
1 050,2
7 483,5
31 433,4
574 576,3
2014p
164 801,1
64 759,5
10 603,4
1 385 255,1
37 289,4
293 084,9
131 391,8
17 469,3
303 462,6
310 534,1
113 266,5
633,9
7 983,2
36 749,5
409 617,2
Imp. totais de frutas pela RFA
5 055 583,9
5 859 591,3
5 909 373,7
6 176 475,1
6 086 695,0
Fonte: Statistisches Bundesamt
- 18 -
* Dados de mangas, goiabas e mangostões
** Dados de laranjas Navels, Navelines, Navelates, Salustianas, Vernas, Valencia lates,
Maltaises, Schamoutis, Ovalis, Trovita e Hamlins
P
Dados provisórios (2014).
Os dados apontam para acréscimo de 275% das importações alemãs de abacaxis
frescos no ano 2014, comparado ao ano 2001. O crescimento das importações de limões
galegos frescos ou secos foi de 321% no mesmo período. Melancias tiveram incremento de
42%. Mangas, goiabas e mangostões, de 160%. Clementinas frescas, 12%. Uvas de mesa,
oscilam com frequencia. Melões frescos apresentaram aumento de 28%. Figos frescos de
251%. Abacates frescos tiveram incremento de 274%.
Em contrapartida, houve diminuição de 75% nas importações de tangerinas frescas entre 2001
e 2013.
Desde o ano 2000, as exportações de frutas frescas pela Alemanha mais que triplicaram. As
bananas amadurecidas no país representam cerca de 50% do volume exportado, seguido de
cítricos, com 20%. Em 2012, foram exportadas 654 mil toneladas de frutas frescas, incluindo
quase 120 mil toneladas de maçãs de mesa. Frutas como laranjas e maçãs transformadas em
sucos também têm grande volume de exportação. No período, as importações alemãs
apresentaram aumento de 20,39% até 2014.
- 19 -
5. Condições de acesso e tratamento aduaneiro
A página da Alfândega Européia (Fiscalidade e União Aduaneira) onde estão disponíveis
todas as informações atualizadas acerca das taxações para quaisquer produtos é:
http://ec.europa.eu/taxation_customs/dds2/taric/taric_consultation.jsp?Lang=pt&SimDate=20
120123 (Use a nomenclatura indicada em 3. - Descrição dos produtos)
6. Normas, Regulamentos, Certificações
Selo GlobalGap
Visando maior controle de qualidade dos alimentos consumidos, é crescente o número de
redes de supermercados na Alemanha que estão exigindo o selo GlobalGap, criado em 1999, e
elaborado por um grupo de empresas varejistas (Euro Retailer Produce Working Group –
Eurep). Esse selo visa a atender padrões das chamadas “boas práticas agrícolas” (Good
Agricultural Practice – GAP), bastante difundido no mercado internacional, com ênfase na
segurança dos alimentos, preservação do meio ambiente e silvestre e preservação dos direitos
dos trabalhadores. Além disso, o GlobalGap demanda implementação e verificação
independente através dos processos de certificação que assegurem a conformidade dos
requisitos exigidos por esses compradores. (maiores informações (em português) no site
http://www.globalgap.org/cms/front_content.php?idart=2167&changelang=4).
Selo IFS (International Food Standard)
Em 2002, com o objetivo de criar um padrão comum de segurança alimentícia, a
Associação HDE (Hauptverband des Deutschen Einzelhandels) desenvolveu o
selo IFS para todo o setor alimentício e de estimulantes.
O padrão de qualidade IFS foi estabelecido pela indústria varejista alemã, a fim
de fornecer base para auditoria aos fabricantes de produtos alimentícios de marca
própria. O selo IFS foi reconhecido pela “Global Food Safety Initiative” (GFSI), em janeiro
de 2003.
Todos os comerciantes retalhistas e atacadistas, que estão organizados na Comissão de Direito
Alimentar HDE, na Comissão de Qualidade FCD e na Comissão de Qualidade
Federdistribuzione, bem como pela CONAD e COOP, apoiam o IFS e exigem esse Standard
aos seus fornecedores. Comerciantes pertencentes a essas Comissões são, por exemplo: Metro
Group, Edeka, Rewe Group, Aldi, Lidl, Kaufland, Kaiser’s Tengelmann, Auchan, Carrefour
Group, EMC – Groupe Casino, Leclerc, Monoprix, Picard, Surgelés, Provera (Cora and
Supermachés Match), Système U, COOP, CONAD e Unes. Informações em português podem
ser obtidas na página internet: http://www.ifs-certification.com/index.php/en/faq-en?faqlan=pt
.
Sistema QS (Qualität und Sicherheit)
(http://www.q-s.de/home_gb.html)
O sistema QS, qualidade e segurança para o setor alimentício aplica-se, por
exemplo, às carnes, verduras e frutas. Os objetivos mais relevantes de um
sistema de segurança da qualidade para o setor de frutas e verduras foram
definidos na Carta Q+S, por um grupo de trabalho constituído por
representantes dos níveis de produção, comércio de frutas e comércio varejista de alimentos.
O que se pretende é harmonizar o futuro sistema Q+S alemão com outros já existentes, como
o IFS e GLOBAL.
- 20 -
A Organização Comum do Mercado no setor das frutas e produtos hortícolas foi
estabelecida no Regulamento de Execução (UE) N o. 72/2012 da Comissão, de 27 de janeiro
de 2012, cuja íntegra consta em documento pdf na página internet http://eurlex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2012:026:0026:0027:PT:PDF. Trata-se
do regulamento denominado horizontal, que leva à alteração de todas as regras de
comercialização de frutas e produtos hortícolas frescos vigentes até então.
Informações sobre os padrões de qualidade encontram-se disponíveis, entre outras em:
- Agribusiness Online – Regulations
http://europa.eu/legislation_summaries/agriculture/index_pt.htm
As normas de comercialização para frutas e produtos hortícolas frescos são promulgadas
pela Comissão Européia e baseiam-se nas normas da UN United Nations/ECE Economic
Commission for Europe, www.unece.org/trade/agr/welcome.htm. Essas (UN/ECE) abragem
mais tipos de produtos do que as da UE, e são recomendadas como normas para a exportação
no comércio internacional.
Algumas redes de varejo têm normas próprias bem mais rígidas e exigem teores de
fungicidas/pesticidas/herbicidas bem menores que os estabelecidos pelas agencias
reguladoras. As redes de biológicos exigem teor zero para qualquer agente químico.
Outras informações: http://www.fruitnet.com/home.aspx
Do lado brasileiro, o Inmetro, além da Embrapa, é uma excelente fonte de informações para o
setor frutícola. http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/pif.asp
7. Endereços de feiras na Alemanha
FRUIT LOGISTICA – “International Trade Fair for Fruit und Vegetable
Marketing”
Messe Berlin GmbH
Messedamm 22
14055 Berlin
Telefon: +49 30 / 3038-2048, -2045, -2044
Telefax: +49 30 / 3038-2020
E-mail: [email protected]
www.fruitlogistica.de
Contato: http://www.fruitlogistica.de/en/AtAGlance/Contact/index.jsp
SEMANA VERDE INTERNATIONAL – „Internationale Grüne Woche
Berlin“
(Exhibition for the Food Industry, Agriculture and Horticulture)
Messe Berlin GmbH
Messedamm 22
14055 Berlin
Tel.: +49 30/ 3038-0
Fax: +49 30/ 3038-2325
E-Mail: [email protected]
http://www.gruenewoche.de/en/VisitorService
- 21 -
BioFach (Feira Líder Mundial de Produtos Orgânicos)
NürnbergMesse GmbH
Messezentrum
90471 Nürnberg
Tel.: +49 9 11. 86 06-0
Fax: +49 911 86 06-82 28
Contato: Melanie Heidvogl (Latinamerika)
Tel.: +49 911.86 06-86 43 - Fax: +49 911.86 06-86 45
E-mail: [email protected]
http://www.biofach.de/
Representação no Brasil:
NürnbergMesse Brasil Ltda.
Sr. Manuel Niggli
Rua Verbo Divino, 1547 – 7° andar
BR-04719-002 Chácara S. Antonio
São Paulo - SP
Tel:+55 (0)11.3205-5020 – Fax: +55 (0)11.3205-5070
Web: www.nm-brasil.com.br
8. Observações sobre as frutas brasileiras e o mercado alemão
A fruticultura é um dos segmentos de maior destaque da economia brasileira, e de grande
potencial de crescimento na pauta das nossas exportações. O setor vem evoluindo
continuamente, inclusive ganhando espaço no mercado externo, não apenas de frutas
tropicais, mas, também, de clima temperado.
Apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de frutas mundiais, o desempenho de
suas exportações para a Alemanha tem sido modesto. Cabe entretanto assinalar crescimento3
de 30% em 2010, em comparação com o ano anterior, das importações alemãs de frutas
brasileiras cultivadas em climas quentes e tropicais. As demais frutas frescas provenientes do
Brasil aumentaram 50%, na mesma comparação.
As perspectivas de incremento das exportações brasileiras de frutas para a Alemanha são
boas, tendo em vista a alta demanda alemã, em parte explicada pelo seu relativamente baixo
grau de auto-suficiência no abastecimento do mercado para o setor frutífero. (2013: 13%).
As importações alemãs do setor atingiram, no ano 2013, um total de 7.593.000 toneladas,
equivalentes a US$ 10.112.882.000,00. As exportações registradas foram de 871.854,8
toneladas, no valor de US$ 1.845.308.000,00 o que significou um déficit na balança comercial
de frutas de 6.721.146 toneladas (US$ 8.267.576,000,00) para todos os itens do capítulo 08 da
NCM.
Entre as principais frutas tropicais importadas, em relação à quantidade, as laranjas doces
ocuparam a primeira posição, seguida de bananas, uvas de mesa, clementinas, melancias,
melões, abacaxis e mangas (goiabas e mangostões). Em relação ao valor, as principais frutas
tropicais importadas foram bananas, seguidas de uvas de mesa, laranjas Navels, clementinas,
melancias, limões, melões e abacaxis.
3
Fonte: Departamento Federal de Estatísticas “Statistisches Bundesamt“ da Alemanha
- 22 -
No ano de 2010, registrou-se acréscimo nas importações alemãs de papaias, de melancias,
de limões galegos, de melões, de figos e de mangas (goiabas e mangostões), comparado ao
ano anterior. Em contrapartida, os dados apontam para decréscimo de importações alemãs de
abacaxis, de maracujás (e carambolas), de limões e de tangerinas.
Em 2013, o Brasil foi o 5º maior fornecedor de polpas e sucos e concentrados de frutas
para a Alemanha. O valor atingiu 286,9 milhões de Euros. Os principais fornecedores desse
segmento foram: Itália (US$ 497 milhões), Holanda (US$ 430 milhões), Bélgica (US$ 334
milhões), China (US$ 281 milhões).
Cabe mencionar que as importações alemãs de frutas tropicais representam mais de 50%
do total importado pela Alemanha no setor (Capítulo 8) nos últimos anos.
Os principais fornecedores de frutas tropicais para a Alemanha, em 2010, foram:
- Papaias: Brasil, principal fornecedor, 62,30% do mercado. Demais fornecedores:
Equador (20,23%, 2a posição) e Tailândia (11,98, 3a posição)
- Limões galegos: Brasil, maior fornecedor, 66,68%. Demais fornecedores: México
(20,48%), Espanha (5,64%), Itália (2,35%).
- Mangas (junto com goiabas e mangostões): Brasil, principal fornecedor, com
participação de 35,02 % do mercado, à frente de Perú (21,74%) e Espanha (7,86%).
- Melões: Espanha, principal país fornecedor, 59,84% do mercado. Brasil: 2a. posição
(14,40%), Costa Rica, 3a posição (7,36%).
- Laranjas Navels: Espanha, maior fornecedor (72,42%), seguido por Itália (8,30%) e
Grécia (7,82%). Brasil: 14a posição (0,07%).
- Abacaxis: Costa Rica, principal fornecedor (73,35%), seguido por África do Sul
(6,29%) e Equador (5,09%). Brasil: 14a posição (0,012%).
- Uvas de mesa: Itália, principal fornecedor (33,19%), seguido por África do Sul
(11,90%), Chile (10,27%), Grécia (9,92%), Brasil (7,73%) e Espanha (7,47%).
- Melancias: Espanha, maior fornecedor (71,11%), seguido por Itália (12,53%), Grécia
(6,96%), Hungria (2,56%) e Costa Rica (1,95%). Brasil: 7a posição (1,41%).
- Bananas: Colômbia, maior fornecedor (30,38%), seguida por Equador (29,08%),
Costa Rica (20,35%) e Panamá (6,32%). Brasil: 10a posição (0,36%).
As exportações da maioria dos países em desenvolvimento e dos menos desenvolvidos
para a União Européia e para a Alemanha são beneficiadas por preferências comerciais
resultantes de diversos acordos celebrados, como:
- O Sistema Geral de Preferências (SGP);
- Preferências concedidas aos países da África, do Caribe e do Pacífico - no quadro do
Acordo de Cotonu (Assinado em 23 de Junho de 2000 por um período de 20 anos).
- Preferências bilaterais e regionais concluídos com o Chile, o México, os países
mediterrâneos e a África do Sul.
Para citar um exemplo, os direitos aduaneiros de importação para abacaxis frescos,
dentro das preferências pautais “LOMA”, são de 0%; das preferências pautais “SPGL”, de
2,3%; e da taxa “Terceiros Países”, de 5,8%, o que confere maior competitividade, neste caso,
aos “Países do ACP”, em relação aos demais exportadores extra-UE, tornando-os grandes
fornecedores. Por outro lado, o Acordo de Associação EU-América Central, assinado em 19
de maio de 2010, proporcionou, em especial à Costa Rica, maior competitividade, tendo em
vista a diminuição gradual das taxas de importação, transformando-a em um dos maiores
fornecedores para a Alemanha. Até 2020, todas as taxas extra-alfandegárias para produtos
frutícolas dos países centro-americanos serão eliminadas.
- 23 -
Em relação à vantagem do Equador, da Costa Rica e da Colômbia sobre o Brasil, nas
exportações de bananas frescas, é conhecida a atuação de multinacionais nesses países, com
investimentos maciços no setor, especialmente em tecnologia. Quatro delas, a Cutrale-Safra
(Chiquita), a Noboa, a Dole e a Del Monte, dominam a produção e exportação equatoriana,
garantindo a presença mundial dos produtos, especialmente da banana - devidamente
identificadas com o selo de suas marcas. O produto oriundo do Brasil segue sendo taxado em
136 Euros por tonelada.
O comércio mundial de bananas segue dominado por grandes empresas
multinacionais, que controlam as etapas de preparo e transporte do produto nos principais
países exportadores por intermédio de estruturas de produção próprias ou em associação com
produtores independentes. Ademais, essas empresas possuem associações ou subsidiárias nos
principais países importadores, que garantem ampla base de distribuição do produto, cuja
perecibilidade exige logística perfeita para que o consumidor seja alcançado rapidamente e
seja assegurado fluxo contínuo para o fornecimento do produto no mercado.
Nesse contexto, o Brasil terá chance de aumentar significativamente suas exportações,
valendo-se das experiências das multinacionais do setor, como a empresa norte-americana Del
Monte, que fez investimentos no estado do Rio Grande do Norte. A aquisição da Chiquita
pela Cutrale poderá ter efeito sobre as exportações brasileiras de frutas em geral.
O sistema de importação de banana da UE, em vigor desde 2006, alicerça-se apenas
em direitos/taxas alfandegárias. A produção/safra de frutas na Alemanha registrada, em 2010,
foi de 1.422 mil toneladas. A produção das maçãs ocupou a primeira posição (equivalente a
73% do total), seguida dos morangos (10%) e das pêras (7%). Por questões climáticas, a
produção caiu para 1.118 mil toneladas em 2013.
Os consumidores alemães estão cada vez mais conscientes e atentos à qualidade e
segurança dos alimentos, fato que se reflete no comércio local: o selo GLOBALGap exigido
pelas maiores redes de supermercados, vem a ser o principal ponto de partida da
comercialização das frutas no mercado alemão/europeu.
Quanto às estratégias para incrementar a presença das frutas brasileiras no mercado
externo, já foram implementadas várias ações e projetos no Brasil. Criou-se a marca
"Brazilian Fruit"; lançaram-se, entre outros, o programa "Brazilian Fruit" e o sistema de
Produção Integrada de Frutas (PIF), que equipararam o padrão das frutas brasileiras às normas
internacionais. O programa “Brazilian Fruit”, iniciado em 1998, fornece monitoramento,
orientação e selos que atestam a qualidade das frutas, o que contribui para aumentar as
exportações do setor. São realizadas campanhas para promover as frutas brasileiras no
exterior em mercados-alvos, compreendendo, entre outras iniciativas, exposição, degustação e
comercialização de produtos. O mercado alemão integra tais projetos, com divulgação na área
de marketing, além de destaque nas grandes redes de supermercados e feiras especializadas.
Sugere-se a degustação com distribuição de folders no idioma local, contendo dados
descritivos sobre a fruta, composição química da polpa (vitaminas e sais minerais, p.ex.),
valor nutritivo e efeitos benéficos à saúde, acompanhando a tendência atual do “wellness”,
que é a oferta do produto com utilidade adicional, com componentes ligados à saúde.
Ademais, seria igualmente interessante que as frutas fossem apresentadas em forma de
sobremesa, com receitas, como o creme de papaia (com licor de Cassis) e de abacate, a
- 24 -
“mousse” de maracujá e de manga, para citar alguns exemplos. Vale mencionar o crescimento
do consumo de limões galegos, como resultado da popularidade e demanda da caipirinha no
país.
Acredita-se que a idéia de aliar ao sabor as propriedades funcionais e criar imagem
consistente contribuirão tanto para a inserção de novos itens, como para o aumento do
consumo das frutas brasileiras, que já são relativamente bem conhecidas no mercado local.
- 25 -
ANEXO
Potenciais importadores de frutas tropicais e subtropicais na Alemanha (listagem com
143 endereços na página https://www.wlw.de/treffer/obstimporte.html do portal Wer
liefert was?)
Afrikanische Frucht-Compagnie GmbH
Trostbrücke 1
20457 Hamburg
Tel.: +49 40 36 80 80 - Fax: +49 40 36 64 50
E-mail: [email protected] / [email protected]
www.afc-frucht.de
Management: Mr. Jörg Doberstein, Mr. Peter Kienzle
Hinrich Hey (GmbH & Co.)
Georgsplatz 1
20099 Hamburg
Tel.: +49 40 33 15 35/39 - Fax: +49 40 33 07 35
Mr. Mustafa Tüncan - E-mail: [email protected]
http://www.fruchtimport.com
Management: Mr. Hinrich-Uwe Hey – E-mail: [email protected]
T. Port (GmbH & Co.)
Lippeltstrasse 1
20097 Hamburg
Tel.: +49 40 3 01 00 00 - Fax: +49 40 30 10 00 66
E-mail: [email protected]
http://www.port-international.de
Management: Mr. Mike Port
Fritz Wudy Obstgrosshandel
Industriesstrasse 19
89423 Gundelfingen
Tel.: +49 90 73 70 11 - Fax: +49 90 73 37 52
E-mail: [email protected]
www.wudy-frucht.de
Management: Mr. Fritz Wudy
Otto Franck Import KG
Stätzinger Strasse 63
86165 Augsburg
Tel.: +49 821 79 40 20 - Fax: +49 821 79 40 223
Contato: Dr. Rudolf Kraus
E-mail: [email protected]
www.Ottofranck.de
Trofi-Tropenfruchtimport GmbH
Lippeltstrasse 1
20097 Hamburg
- 26 -
Tel.: +49 40 30 70 96 0 - Fax: +49 40 30 70 96 66
Contato: Mr. Helge Tamm
E-mail: [email protected] / [email protected]
www.trofi.de (página sendo atualizada, em 18.03.2015)
Anton Dürbeck GmbH
Hessenring 120
61348 Bad Homburg
Tel.: +49 6172-68 06 114 e +49 6172-68 06 118
Fax: +49 6172-68 06 600
E-mail: [email protected] / [email protected]
www.duerbeck.com
Contato: Mr. Dipl.-Kfm. Karl Dürbeck
Boesch Boden Spies GmbH
Heidenkampsweg 73
20097 Hamburg
Tel.: +49 40 333-0160 - Fax: +49 40 3330-1666
E-mail: [email protected]
Contato: Mr. Michael Rund
www.boesch-boden-spies.com
Brueckner Werke KG
Wendenstrasse 4
20097 Hamburg
Tel.: +49 40 23730801/74 - Fax:+ 49 40 2373-0888
E-mail: [email protected] / [email protected]
Contato: Mr. Wiechers / Mr. Dietmar Förster
www.brueckner-werke.de
Somente frutas secas
Cafico – Kalifornischer Frucht-Import GmbH & Co. Spezialitäten Vertriebs KG
Dorotheenstrasse 42
61348 Bad Homburg
Tel.: +49 6172 685-136 - Fax:+ +49 6172 26-312
E-mail: [email protected]
www.cafico.de
Contato: Mrs. Bettina Schütt / Mrs. Sybille Schütt
COBANA Fruchtring GmbH & Co. KG
Lippeltstr. 1
20097 Hamburg
Tel.: +49 40 3030-5200 - Fax: +49 40 3030-5299
E-mail: [email protected] / [email protected]
Contato: Mr. Jürgen Boruszewski (General Manager) / Mr. Stephan Schlick
www.cobana-fruchtring.com
DOLE FRESH FRUIT Europe oHG
Stadedeich 7
20097 HAMBURG
- 27 -
Tel.: +49 40 329-060 - Fax: +49 40 3290-6269
E-mail: [email protected] / [email protected]
Contato: Mr. D. Kallies, Mr. Sven Matthies
www.dole.eu
Edwin Lorenz GmbH & Co. KG
Südportal 3
22848 Norderstedt/Hamburg
Tel.: +49 40 5288-7772 - Fax: +49 40 5288-7741
E-mail: [email protected]
Contato: Mr. Harry Knospe, Mr. Oliver Knospe
www.edwinlorenz.de
Gustav Wulff
Schulstrasse 27
21465 Reinbek
Tel.: +49 40 728-1540 - Fax: +49 40 7281-5454
E-mail: [email protected] /[email protected]
Contato: Mrs. Nickel / Frau Reeders
www.gustav-wulff.de
Hartwich & Kaden
Neuer Wall 73-75
20254 Hamburg
Tel.: +49 40 378-5750 - Fax: +49 40 3785-7575
E-mail: [email protected] (Mr. Klaus Hartwich)
E-mail: [email protected] (Mr. Michael Huener)
www.hartwich-und-kaden.de
Michael Priestoph GmbH
Friedensallee 120
22763 Hamburg
Tel.: +49 40 30 70 13 12 - Fax: +49 40 338-365
E-mail: [email protected]
Contato: Mr. Dipl.-Kfm Andreas Priestoph
www.priestoph.de
EXA Fruchtimport GmbH & Co. KG
Max-von-Laue-Strasse 2
59423 Unna
Tel.: +49 2303 91810 - Fax: +49 2303 9181100
E-mail: [email protected] / [email protected]
Contato: Mr.Peter von de Hoeve
www.exa-fruchtimport.de
Scheuer-Import GmbH & Co KG
Gotenstrasse 11a
20097 HAMBURG
Tel.: +49 40 237-170 - Fax: +49 40 2371-7207
E-mail: [email protected]
- 28 -
Contato: Mr. Dieter Scheuer
www.scheuer-import.de
Frutas secas, concentrados de frutas
Port International GmbH
Lippeltstr. 1
20097 Hamburg
Tel.: +49 40 3010-0032 / 3010-0033 - Fax: +49 40 3010-0047
E-mail: [email protected] / [email protected]
Contato: Mr. Philippe Peiró / Mr. André Lülling
www.port-international.de
REWE-Foodservice GmbH
Wilhelm-Theodor-RömhelStr. 18
55130 Mainz
Tel.: + 49 6131 502 239 - Fax: +49 6131 59 23 93
E-mail: [email protected] / [email protected]
Contato: Mr. Dietmar Stâdtler
www.rewe-gvs.de
Outras empresas (exotic fruits) na página www.wlw.de
ASSOCIAÇÕES/INSTITUIÇÕES DE CLASSE
Associação Alemã do Comércio de Frutas - Deutscher Fruchthandelsverband e.V
(DFHV)
Escritório em Bonn:
Schedestr. 11
53113 Bonn
Tel.: +49 228 911 45 0 - Fax: +49 228 911 45 45
E.mail: [email protected]
www.dfhv.de
Escritório em Hamburgo:
Banksstr. 28
20097 Hamburg
Tel.: +49 40 3232 55 0 - Fax: +49 40 3232 55 15
e-mail: [email protected]
Bundesverband Deutscher Fruchthandelsunternehmen e.V.
(Associação dos Comerciantes de Frutas na Alemanha)
Oberhafenstrasse 3
20097 Hamburg (Hammerbrook)
Tel:0049 40 337624
Bundesverband Deutscher Fruchthandelsunternehmen e.V.
Beusselstrasse 44 n –q
10553 Berlin
Tel.: +49 30 395 11 89 + 39 62 390 - Fax: +49 30 395 99 39
E-mail: [email protected]
- 29 -
Verband des Berliner Frucht- Import- und Grosshandels e.V.
Beusselstrasse 44 n –q
10553 Berlin (Zimmer 211)
Tel.: +49 30 395 11 89 - Fax: +49 30 395 99 39
E-mail: [email protected]
www.fruchthof-berlin.de/
Europäische Vereinigung des Handels mit Trockenfrüchten, Schalenobst, Konserven,
Gewürzen, Honig und verwandten Waren
Grosse Bäckerstr. 4
20095 Hamburg
Tel.: +49 40 3747190 - Fax: +49 40 37471926
E-Mail: [email protected]
www.waren-verein.de
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