PersPetivas Para o desenvolvimento da náutica na região

Transcrição

PersPetivas Para o desenvolvimento da náutica na região
Perspetivas para
o desenvolvimento
da náutica na
região Centro
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
FICHA TÉCNICA
Título: Perspetivas para o desenvolvimento da náutica na região Centro
Ano:2014
Edição
AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego
Rua António Lima Fragoso, nº 22
3060-216 CANTANHEDE
Z 231 419 550 d 231 419 559
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s www.adelo.pt
Entidade responsável pelo estudo
Multialentejo
Rua do Comércio, nº 28, 1º Esquerdo
7300-160 PORTALEGRE
Z 245 337 168 / 9
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EQUIPA TÉCNICA
Coordenação geral: António José Cruz dos Santos
Coordenação executiva e revisão: Carla Brinco Peixe Neves
Recolha, análise e tratamento de informação: André Filipe Aguiar Ferreira
Design e paginação: Afonso Designers, Lda.
INVESTINDO NO NOSSO FUTURO COMUM
2
3
RECURSOS — PRAIAS
Índice
ENQUADRAMENTO
P 10
1
4
OBJETIVOS E METODOLOGIA
P 12
P 14
2
P 112
LEVANTAMENTO
DA OFERTA NÁUTICA
NA REGIÃO CENTRO
ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA
E LINHAS DE AÇÃO PARA
O DESENVOLVIMENTO DA
NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1.1. Recursos – Praias
16
1.1.1. Praias oceânicas
17
1.1.2. Praias Fluviais
20
1.2. Recursos - Infraestruturas
28
1.2.1. Centros de alto rendimento (CAR)
28
1.2.2. Marinas, portos e ancoradouros
30
1.2.3. Surf houses e surf camps
34
1.3. Outros locais propícios à náutica
36
1.4. Oferta náutica
41
1.4.1. Associações/clubes
46
1.4.2. Operadores
52
1.4.3. Modalidades
66
1.4.4. Agentes Económicos
72
1.4.5. Federações e associações nacionais
76
1.5. Grandes eventos náuticos na região Centro 78
1.6. Formação náutica
80
1.6.1. Cursos e formação
80
1.6.2. Cartas de navegador
82
1.7. Património
84
1.7.1. Património cultural
84
1.7.2. Património natural
96
1.7.3. Outros Atrativos Naturais
106
2.1. Estratégia e objetivos
114
2.2. Análise SWOT 117
2.3. Eixos de desenvolvimento e linhas de ação 118
2.3.1. Promoção da investigação e da formação
119
2.3.2. Criação de infraestruturas náuticas,
requalificação das existentes
e apetrechamento dos agentes promotores
120
2.3.3. Preservação e valorização do
património natural, histórico e cultural
121
2.3.4. Promoção e Dinamização da Náutica
122
2.4. Impactos esperados
126
BIBLIOGRAFIA
P 132
5
ÍNDICE
ee Remo no rio Mondego em Coimbra
Fonte: Secção de Desportos Náuticos da Associação Académica de Coimbra
Índice de Figuras
Figura 1 ‣ Número de praias oceânicas qualificadas por município da região Centro ‣ P 19
Figura 2 ‣ Número de praias fluviais qualificadas por município da região Centro ‣ P 23
Figura 3 ‣ Localização geográfica das praias fluviais qualificadas na região Centro ‣ P 24
Figura 4 ‣ Praias fluviais da região Centro – Altitude ‣ P 25
Figura 5 ‣ Praias fluviais da região Centro – Densidade ‣ P 25
Figura 6 ‣ Praias, oceânicas e fluviais, qualificadas da região Centro ‣ P 27
Figura 7 ‣ Principais portos e marinas da região Centro ‣ P 31
Figura 8 ‣ Principais rios e afluentes da região Centro ‣ P 40
Figura 9 ‣ Distribuição geográfica dos promotores náuticos da região Centro ‣ P 42
Figura 10 ‣ Áreas protegidas da região Centro ‣ P 96
Figura 11 ‣ Áreas ecológicas da região Centro integradas na Rede Natura 2000 ‣ P 105
Figura 12 ‣ Outros atrativos naturais da região Centro ‣ P 106
Figura 13 ‣ Localização e identificação das características químicas das águas mineras / termais (…) ‣ P 110
Figura 14 ‣ Análise SWOT do setor náutico na região Centro ‣ P 117
Índice de Tabelas
Tabela 1 ‣ Identificação, localização e contactos de marinas, portos e ancoradouros por município (…) ‣ P 32
Tabela 2 ‣ Identificação, localização e contactos das surf houses e surf camps por município (…) ‣ P 34
Tabela 3 ‣ Identificação, localização, contactos e modalidades náuticas oferecidas por associações e clubes (…) ‣ P 46
Tabela 4 ‣ Identificação, localização, contactos e modalidades náuticas oferecidas por operadores (…) ‣ P 52
Tabela 5 ‣ Identificação das modalidades náuticas oferecidas pelos promotores por município da região Centro ‣ P 66
Tabela 6 ‣ Identificação, localização, contactos dos agentes económicos da náutica por ramo e (…) ‣ P 72
Tabela 7 ‣ Identificação, localização, contactos dos organismos nacionais por modalidades ‣ P 76
Tabela 8 ‣ Cartas de navegador ‣ P 82
Tabela 9 ‣ Linhas de ação por eixo de desenvolvimento ‣ P 123
Tabela 10 ‣ Exemplos de intervenções por eixo de desenvolvimento ‣ P 124
Índice de Gráficos
Gráfico 1 ‣ Promotores de atividade náutica por área de atuação ‣ P 41
Gráfico 2 ‣ Promotores da atividade náutica por município ‣ P 44
Gráfico 3 ‣ Promotores da atividade náutica por modalidade ‣ P 45
6
7
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
ee Barca Serrana do Mondego / Penacova
Fonte: AD ELO
8
9
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
ENQUADRAMENTO
A água, presente em cerca de 60 a 70% da massa do corpo humano, é
indispensável para a sua sobrevivência. Elemento que fecunda a terra,
e que, simultaneamente, divide e une territórios, em estado líquido,
sólido ou gasoso, a água é um recurso natural indissociável da pessoa
e da vida e ocupa lugar de destaque no planeta, com cerca de 71% da
sua superfície composta por meio de oceanos, rios, ribeiros, lagos,
lagoas e aquíferos.
Ao longo do tempo a relação dos homens e das mulheres com
a água foi-se tornando mais próxima e também mais complexa, encontrando-se hoje consolidada incontornavelmente pela
valorização das suas funções, da diversidade de utilizações e
pela convicção de que se trata de um recurso limitado.
Do amplo universo das suas funções e das necessidades que este recurso permite satisfazer, como mercadoria
em que se transformou, emerge para além das funções biológica, industrial e produtiva, a função ecológica de lazer da
água, podendo ser utilizada para a diversão e para o repouso,
muito contribuindo para a dinâmica territorial e dos estilos
de vida das populações. Entre as múltiplas atividades inerentes à vertente de lazer, para além da tradicional deslocação
às praias, marítimas e fluviais, destacam- se, entre outras, a
vela, o kitesurf, o remo, a canoagem, o surf, o mergulho e o
windsurf.
Dadas as suas características naturais, designadamente as praias e o clima, Portugal consolidou uma imagem
internacional incontornavelmente associada ao turismo de
sol e mar, o que do ponto de vista turístico representa uma
importante potencialidade, pela atração que exerce junto da
generalidade das populações estrangeiras.
À extensa costa marítima portuguesa associam-se os
sistemas fluviais como elementos estruturantes da paisagem.
As diversas linhas de água espalhadas um pouco por
todo o território potenciam a prática de diversos desportos
náuticos e de natureza, atividades que evidenciam o valor
natural, paisagístico e económico dos espaços, representando verdadeiros escapes ao quotidiano dos meios urbanos.
Não obstante Portugal possuir uma história e cultura fortemente associadas à água, designadamente ao mar,
principalmente por força dos Descobrimentos portugueses
10
e da importância da atividade piscatória, a herança cultural
não implicou a inevitabilidade do desenvolvimento de uma
cultura náutica e dos desportos náuticos, nem na perspetiva
do lazer nem na turística. Embora, nas últimas décadas, tenhamos assistido ao crescimento da conscencialização desta ligação e da identificação das potencialidades económicas
e sociais desta área de atividade, a realidade portuguesa
evidencia um estádio muito inicial comparativamente a outros países europeus, nomeadamente da europa ocidental,
que igualmente com tradições marítimas, verificaram uma
evolução para uma cultura náutica dinâmica e consolidada,
investindo no desenvolvimento de infraestruturas, na qualificação dos recursos humanos e na industria naval.
Decorrente das características naturais, da crescente
valorização da economia do mar e do reconhecimento do que
este recurso pode representar para a economia portuguesa,
é hoje claro e amplamente assumido o apelo institucional e
governamental para um novo modelo de desenvolvimento
do mar e das zonas costeiras. A Estratégia Nacional para o
Mar 2013-2020 (ENM 2013-2020) constitui, aliás, o suporte
estratégico e operacional que permitirá a Portugal responder aos desafios colocados para a promoção, crescimento e
competitividade da economia do mar, reforçando o regresso
do país ao mar, visando sobretudo, a valorização económica,
social e ambiental do espaço marítimo nacional através da
execução de projetos sectoriais e intersectoriais.
É, por conseguinte, consensual a urgência na recriação de uma identidade moderna, capaz de conciliar os valores tradicionais da herança e cultura náutica e marítima,
com a visibilidade que potencie o espírito de criatividade,
empreendedorismo e proatividade na ação na concretização
e sustentabilidade de projetos relacionados com a utilização
do espaço marítimo, complementado pelas bacias hidrográficas e albufeiras, conferindo-se deste modo um caráter
mais abrangente, integrador e diversificador das potencialidades de um setor reconhecidamente complexo, como é o
designado setor “náutico”.
O conjunto de carências e fragilidades que podemos
identificar neste setor em Portugal, e designadamente na
região Centro, sustenta a pertinência de iniciativas como
a Náutica no Espaço Atlântico (NEA), integrada no programa INTERREG - Programa de Cooperação Operacional
Transnacional no Espaço Atlântico, bem como, a oportunidade do trabalho agora apresentado, pretendendo-se
evidenciar as potencialidades dos recursos existentes,
mas também contribuir para congregar um conjunto de
informação sistematizada.
Como projeto de cooperação transnacional, o NEA visou promover o desenvolvimento sustentável da atividade
náutica nas regiões do espaço atlântico através da cooperação, assentando em três bases temáticas: o Desenvolvimento Económico, a Proteção do Ambiente e a Coesão Social. Em cada uma destas temáticas, o projeto promoveu a
realização de ações de caráter transnacional, associando os
seus vinte e três parceiros e realizando ações locais, levadas
a cabo por cada país parceiro no seu território de influência.
A primeira edição da iniciativa NEA incidiu maioritariamente nas atividades ligadas ao turismo náutico, tendo decorrido entre 2004 e 2007, o seu sucesso e grande mais valia
permitiu uma nova aposta nesta iniciativa, dando origem ao
NEA 2 (2009 – 2011, tendo sido prolongado até Junho de
2014), ao qual a AD ELO – Associação de Desenvolvimento
Local da Bairrada e do Mondego se associou, seguindo a sua
estratégia de cooperação para o desenvolvimento.
Por forma a melhorar e aumentar as condições da
prática e oferta de desportos náuticos, não motorizados,
para portadores/as de incapacidade e/ou deficiência, na
perspetiva da concretização dos objetivos do NEA 2 e dando
consistência ao contributo para a promoção da coesão social das populações do espaço atlântico, foi concebido como
principal produto um manual de boas práticas designado
“Náutica e Coesão Social- Manual de Boas Práticas para o
Desporto Adaptado” (2012), que permitiu desenvolver competências específicas e coletivas passíveis de ser partilhadas
por todos/as, criando uma abordagem para a acessibilidade.
Demonstrando uma capacidade de iniciativa e mobilização ímpares, a AD ELO realizou inúmeras ações de cariz
transnacional e local que resultaram num genuíno êxito na
disseminação e aproximação à atividade náutica na região,
alavancando comprovadamente um novo despertar para
um setor que apresenta condições de excelência para o seu
desenvolvimento sustentável na região Centro de Portugal.
Na etapa de encerramento da segunda edição do NEA, e preparando uma desejada terceira edição, apresentamos este
trabalho que designamos “Perspetivas para o desenvolvimento da náutica na região Centro”, outro produto do NEA 2
que contextualiza a terceira dimensão temática do NEA relativa ao desenvolvimento económico. Pretende-se ainda conferir a este primeiro trabalho de levantamento um caráter
dinâmico, tornando-o um produto passível de ser alterado
e complementado, designadamente incorporando-lhe sistemática e regularmente um conjunto de informações associadas à oferta náutica na região Centro.
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PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
OBJETIVOS E METODOLOGIA
A conjugação das vertentes natural, social, económica e cultural do
setor náutico confere uma mais valia a Portugal, e a diversas regiões
em concreto, como à região Centro, dadas as suas diversas potencialidades, o que tem vindo a ser crescentemente considerado e aproveitado pelos atores locais, públicos e privados, mas que carece de um
impulso estruturado e baseado no conhecimento real e atualizado da
situação da náutica, nas suas múltiplas vertentes, a que este estudo
pretende responder.
É pois num contexto de diversidade na prática e significados
da náutica que surge o presente trabalho que pretende dar
um contributo visando, fundamentalmente, três objetivos:
kk Conhecer e dar a conhecer a realidade da oferta náutica
na região centro;
kk Fomentar a prática da náutica, considerando sobretudo
a oferta;
kk Potenciar a vertente económica da náutica.
O conhecimento da realidade atual constitui, portanto,
um passo necessário e fundamental para garantir uma resposta cabal, consistente e estruturada para a região Centro no
que se refere ao enquadramento das suas potencialidades.
Para atingir os objetivos propostos importa, portanto,
proceder ao diagnóstico da situação da oferta náutica na região Centro, nas suas várias vertentes e interligações para,
posteriormente, definir a estratégia bem como identificar as
principais linhas de ação, que pretendemos se constituam
um auxiliar no efetivo desenvolvimento da atividade náutica como vetor da economia, capaz de captar investimentos
bem como empreendedores e empreendedoras.
Desde a sua fase embrionária, este estudo revelou-se
uma desafiante missão dado o caráter difuso e disperso da
informação existente, tendo sido as opções metodológicas
condicionadas por alguns constrangimentos de recolha de
dados homogéneos pertinentes para agrupar e caracterizar
as diversas componentes regionais do setor náutico.
Acresce ainda nesta matéria, a alteração do panorama regional que adveio da nova reorganização administrativa das áreas regionais de turismo, sustentada na Lei
n.º33/2013, implementada recentemente, que obrigou ao
alargamento e aprofundamento do estudo e acarretou um
significativo conjunto de dificuldades no que diz respeito à
12
recolha de dados estatísticos, quantitativos e descritivos,
os quais se encontram ainda bastante disseminados e desenquadrados com os atuais limites territoriais, flutuando
consoante as áreas temáticas da sua gestão. Refira-se pois
que na sequência das alterações introduzidas por aquele
diploma legal, designadamente o alargamento territorial
das àreas regionais de turismo, o presente estudo esboça
uma abrangência territorial, à semelhança do que a CCDRC
(Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do
Centro) assume em termos de número de munícipios (100)
no âmbito da gestão dos fundos comunitários.
Sendo a náutica, no geral, ainda um setor concêntrico
e de difícil acesso, dadas algumas limitações, à frente retratadas, que se pretendem combater e em que esta análise
se assume como mais uma adenda à criação de sinergias
em prol do seu desenvolvimento sustentável, foram ultrapassadas as barreiras incorpóreas e fez-se recurso dos mais
diversos meios de informação, salvaguardando-se assim
eventuais falhas por omissão.
A metodologia de trabalho prosseguida pressupôs,
por um lado, uma forte componente de recolha e de análise
e tratamento de informação (quer de natureza primária, quer
de natureza secundária) e, por outro lado, um relacionamento estreito entre a equipa técnica e os/as agentes diretamente relacionados com o setor náutico, tidos como relevantes
para o presente estudo, entendendo-se que a análise da situação atual da oferta náutica na região Centro, bem como a
consequente definição de estratégias para a sua dinamização e valorização, ganharia com uma colaboração estreita
com os agentes locais.
Seguidamente apresenta-se a conceção e conteúdo do
sistema de informação construído para o presente estudo.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO
O sistema de informação é comummente constituído por dois tipos distintos de informação: a primária,
produzida no âmbito do estudo, e a secundária, produzida em outras sedes e pertinente para a análise
do objeto de estudo.
Subsistema primário
Goradas algumas das hipóteses de contacto direto com um conjunto significativo de
agentes náuticos, dado o elevado número de
promotores, a extensa área geográfica dos
levantamentos e a ausência de resposta de
contactos efetuados, determinou não terem
sido realizados nem entrevistas nem inquéritos quer presenciais, quer postais.
Realizaram-se, contudo, ao nível primário da produção de informação, sessões
de trabalho e apresentações do trabalho
desenvolvido, as quais se centraram na exposição do diagnóstico do setor bem como
na discussão de perspetivas para o futuro do
setor e das atividades náuticas.
Subsistema secundário
Pelo já referido caráter difuso e espartilhado da informação existente sobre o
setor e oferta náutica e ainda pela fraca expressão da dinâmica associativa, na
procura e consequente acesso à informação, privelegiaram-se os elementos
secundários, considerando a importância de selecionar, sistematizar e organizar a informação relevante para a prossecução dos objetivos do estudo.
O subsistema de informação secundária contempla a informação
produzida em outras sedes e tida como pertinente, incluindo quer a obtida
através da pesquisa bibliográfica e documental quer a informação estatística,
essencialmente com recurso às mais variadas publicações e estudos académicos, a anuários estatísticos, às entidades de turismo, à informação temática online, aos portais federativos, autárquicos e de promotores náuticos e,
primordialmente, no comprovado conhecimento da realidade territorial que
a AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego
adquiriu após anos a exercer um trabalho de forte proximidade com as geografias regionais e em prol das mesmas.
Salienta-se ainda que as destacadas participações em programas como o NEA e o
PROMAR (Programa Operacional da Pesca) foram igualmente valiosas na aquisição
de importantíssimos conhecimentos de base para a realização deste estudo.
kk
Entre as principais fontes, destacam-se:
a
Agência Portuguesa do Ambiente
b
Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego (AD ELO)
c
Associação Portuguesa de Portos de Recreio
d
Câmaras Municipais da região Centro
e
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC)
f
Instituto Nacional de Estatística (INE)
g
Promotores e Agentes Náuticos
h
Turismo do Centro de Portugal
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1. LEVANTAMENTO
DA OFERTA NÁUTICA
NA REGIÃO CENTRO
1
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 . 1. R ecu rs os – Pr a i a s
Sendo uma clara evidência que as praias de Portugal constituem um
dos principais motivos para a escolha do país como destino turístico, esta procura não está, porém, associada principalmente ao setor
náutico, no que se refere à atratividade da oferta em termos de desportos, marinas e outros bens complementares associados, sendo o
segmento de sol e mar, aquele que mais mobiliza e atrai turistas do
estrangeiro para Portugal.
No que se refere à dinâmica de turistas nacionais, o esmorecimento da economia e consequente agravamento do poder
de compra das famílias, contribuiu para uma diminuição da
procura no estrangeiro, constatando-se um aumento da procura de produtos internos, o que se vem refletindo na crescente valorização dos recursos do património natural e na
diversificação de atividades de lazer, onde cada vez mais a
náutica ganha adeptos.
Os recursos hídricos desempenham um papel fundamental no território nacional, tendo a costa portuguesa cerca
de 1.853 quilómetros de extensão e Portugal aproximadamente 521 praias e 620 quilómetros quadrados de bacias
interiores, como rios e barragens.
A região Centro de Portugal é igualmente riquíssima em
recursos náuticos marítimos e fluviais. Apesar de se evidenciar uma enorme extensão de praias oceânicas e de muitos
outros locais fluviais que apresentam qualidade para a prática
náutica, destacam-se aqui, de seguida, os locais qualificados
(certificados com os distintivos como Bandeira Azul, Praia
Acessível ou Quality Coast), mais aprazíveis e que possuem
algumas estruturas de apoio, acessibilidades e facilidades no
acesso à prática náutica, encontrando-se atualmente já referenciados nos mais variados guias turísticos e figurando nos
planos estratégicos de ordenamento do território.
ee Praia da Figueira da Foz
Fonte: www.pisciarte.com
16
1. 1. 1. Pr aias oc e ânic as
Alcobaça
pp Praia de Água de Medeiros
GPS: 39º44'31"N • 9º02'21"O
pp Praia de Pedra do Ouro
GPS: 39º43'39"N • 9º02'41"O
pp Praia da Polvoeira
GPS: 39º43'10"N • 9º02'57"O
pp Praia de Paredes de Vitória
GPS: 39º42'03"N • 9º02'56"O
pp Praia do Vale Furado
GPS: 39º39'58"N • 9º03'50"O
pp Praia da Légua
GPS: 39º39'26"N • 9º04'06"O
Praia da Falca
GPS: 39º38'52"N • 9º04'20"O
pp Praia de São Martinho do Porto
GPS: 39º30'41"N • 9º08'03"O
Aveiro
pp Praia de São Jacinto
GPS: 40º39'33"N • 8º44'51"O
Caldas da Rainha
pp Praia de Foz do Arelho
GPS: 39º25'41"N • 9º13'20"O
pp Praia do Mar
GPS: 39º26'05"N • 9º13'46"O
pp Praia de Salir do Porto
GPS: 39º29'57"N • 9º09'06"O
Cantanhede
pp Praia do Palheirão
GPS: 40º23'11"N • 8º49'23"O
pp Praia da Tocha
GPS: 40º19'47"N • 8º50'32"O
Figueira da Foz
pp Praia de Quiaios
GPS: 40º12'59"N • 8º53'33"O
pp Praia da Murtinheira
GPS: 40º12'19"N • 8º53'56"O
pp Praia da Tamargueira
GPS: 40º09'59"N • 8º52'58"O
pp Praia de Buarcos
GPS: 40º09'51"N • 8º52'35"O
pp Praia do Alto do Viso
GPS: 40º09'20"N • 8º52'08"O
pp Praia do Relógio
GPS: 40º08'59"N • 8º52'00"O
pp Praia do Molhe Norte
GPS: 40º08'47"N • 8º52'01"O
pp Praia do Cabedelo
GPS: 40º08'23"N • 8º51'44"O
pp Praia da Cova-Gala
GPS: 40º07'30"N • 8º51'48"O
pp Praia da Costa de Lavos
GPS: 40º05'28"N • 8º52'32"O
pp Praia da Leirosa
GPS: 40º03'32"N • 8º53'24"O
Ílhavo
pp Praia da Barra
GPS: 40º38'17"N • 8º44'49"O
pp Praia da Costa Nova
GPS: 40º36'54"N • 8º45'02"O
Leiria
pp Praia do Pedrógão
GPS: 39º54'58"N • 8º56'56"O
Lourinhã
pp Praia de Paimogo
GPS: 39º17'13"N • 9º20'24"O
pp Praia de Areal Sul
GPS: 39º15'33"N • 9º20'11"O
pp Praia da Areia Branca
GPS: 39º15'00"N • 9º20'00"O
pp Praia de Peralta
GPS: 39º14'37"N • 9º20'28"O
pp Praia de Porto das Barcas
GPS: 39º13'46"N • 9º20'24"O
pp Praia de Porto Dinheiro
GPS: 39º12'48"N • 9º20'39"O
pp Praia de Valmitão
GPS: 39º12'04"N • 9º20'49"O
Marinha Grande
pp Praia da Vieira
GPS: 39º52'26"N • 8º58'09"O
pp Praia de São Pedro de Moel
GPS: 39º45'21"N • 9º01'55"O
pp Praia das Pedras Negras
GPS: 39º46'49"N • 9º01'21"O
pp Praia Velha/Dourada
GPS: 39º46'39"N • 9º01'22"O
pp Praia da Concha
GPS: 39º46'05"N • 9º01'47"O
pp Praia das Valeiras
GPS: 39º44'48"N • 9º02'08"O
pp Praia da Pedra Lisa
GPS: 39º44'29"N • 9º02'21"O
Mira
pp Praia Poço da Cruz
GPS: 40º29'21"N • 8º47'25"O
pp Praia de Mira
GPS: 40º27'27"N • 8º48'03"O
17
ee Praia da Cova-Gala
Fonte: AD ELO
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Na região Centro destacam-se os municípios de Alcobaça,
Figueira da Foz, Lourinhã, Marinha Grande, Ovar, Peniche e
Torres Vedras pelo maior número de praias marítimas qualificadas para a atividade náutica.
O denominado turismo de sol e mar, na região Centro, ao contrário de outras regiões de Portugal, não constitui uma prioridade no desenvolvimento, segundo o Plano
Estratégico Nacional do Turismo (PENT 2007-2015), não
estando também previstos Projetos de Interesse Turísti-
co (PIN). Contudo, estima-se um crescimento de cerca de
10% deste setor na região até 2015, de acordo ainda com o
PENT (2007-2015), já revisto para o horizonte 2013-2015.
Sobre esta possibilidade parece-nos pertinente, e legítimo, que sejam atempadamente acautelados os contornos
para um crescimento inteligente e inclusivo, por forma a
minimizar a ocorrência futura de fragilidades ambientais e
sociais, o que certamente ocorrerá se o investimento não
acompanhar a procura.
Figura 1 ‣ Número de praias oceânicas qualificadas por município da região Centro
Fonte ‣ Realização AD ELO
Murtosa
pp Praia da Torreira
GPS: 40º45'46"N • 8º42'11"O
Óbidos
pp Praia do Bom Sucesso
GPS: 39º25'33"N • 9º14'21"O
pp Praia de Rei Cortiço
GPS: 39º25'16"N • 9º14'49"O
pp Praia d´El Rei
GPS: 39º23'29"N • 9º17'21"O
Ovar
pp Praia de Esmoriz
GPS: 40º57'08"N • 8º39'20"O
pp Praia de Cortegaça
GPS: 40º56'33"N • 8º39'26"O
pp Praia do Furadouro
GPS: 40º52'37"N • 8º40'28"O
pp Praia Torrão do Lameiro / Marretas
GPS: 40º49'49"N • 8º41'19"O
18
Pombal
pp Praia do Osso da Baleia
GPS: 40º02'35"N • 8º53'41"O
Torres Vedras
pp Praia de Porto Novo
GPS: 39º10'44"N • 9º21'34"O
pp Praia de Santa Rita Norte / Sul
GPS: 39º09'51"N • 9º21'35"O
pp Praia do Amanhã
GPS: 39º09'02"N • 9º22'18"O
pp Praia do Navio
GPS: 39º08'52"N • 9º22'22"O
pp Praia do Mirante
GPS: 39º08'38"N • 9º22'32"O
pp Praia do Pisão
GPS: 39º08'25"N • 9º22'41"O
pp Praia da Física
GPS: 39º08'24"N • 9º22'44"O
pp Praia do Centro (Santa Cruz)
GPS: 39º08'13"N • 9º22'47"O
pp Praia de Penedo do Guincho
GPS: 39º08'00"N • 9º23'06"O
pp Praia das Azenhas
GPS: 39º07'55"N • 9º23'03"O
pp Praia da Formosa
GPS: 39º07'54"N • 9º23'08"O
pp Praia Azul
GPS: 39º06'42"N • 9º23'37"O
pp Praia da Foz do Sizandro
GPS: 39º06'21"N • 9º23'49"O
pp Praia do Barril
GPS: 39º03'17"N • 9º24'59"O
Vagos
pp Praias da Vagueira
GPS: 40º33'56"N • 8º46'08"O
pp Praia do Areão
GPS: 40º31'15"N • 8º46'56"O
OVAR
MURTOSA
AVEIRO
ÍLHAVO
VAGOS
MIRA
CANTANHEDE
NÚMERO DE PRAIAS OCEÂNICAS:
Nazaré
pp Praia do Areeiro
GPS: 39º37'45"N • 9º04'47"O
pp Praia do Norte
GPS: 39º36'38"N • 9º04'59"O
pp Praia da Nazaré
GPS: 39º35'47"N • 9º04'24"O
pp Praia Nova
GPS: 39º34'28"N • 9º05'41"O
pp Praia do Salgado
GPS: 39º33'27"N • 9º06'05"O
Peniche
pp Praia das Berlengas
GPS: 39º24'53"N • 9º30'27"O
pp Praia da Almagreira
GPS: 39º23'06"N • 9º18'07"O
pp Praia do Baleal Norte e Sul
GPS: 39º22'15"N • 9º20'15"O
pp Praia de Peniche de Cima
GPS: 39º22'01"N • 9º22'27"O
pp Praia da Gamboa
GPS: 39º21'51"N • 9º22'23"O
pp Praia da Cova de Alfarroba
GPS: 39º21'37"N • 9º21'50"O
pp Praia do Porto de Areia Sul
GPS: 39º21'13"N • 9º22'19"O
pp Praia do Molhe Leste
GPS: 39º20'53"N • 9º21'57"O
pp Praia do Medão / Supertubos
GPS: 39º20'09"N • 9º21'39"O
pp Praia da Consolação
GPS: 39º19'33"N • 9º21'35"O
pp Praia de S. Bernardino
GPS: 39º18'41"N • 9º20'48"O
FIGUEIRA DA FOZ
POMBAL
LEIRIA
MARINHA GRANDE
!5
NAZARÉ
!1
ALCOBAÇA
8
7
5
4
CALDAS DA RAINHA
ÓBIDOS
PENICHE
LOURINHÃ
TORRES VEDRAS
3
2
1
0
Saliente-se o facto de existirem outros locais passíveis da prática náutica oceânica, contudo, referem-se aqui
apenas os mais qualificados que evidenciam a diferenciação em termos de infraestruturas de apoio, acessibilidades, serviços de apoio, limpeza e segurança marítima.
19
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .1 .2. Praias F luvi ai s
Castro Daire
pp Praia da Folgosa
GPS: 40º53'18"N 7º54'20"O
pp Praia de Reriz
GPS: 40º54'17"N 7º59'47"O
Coimbra
pp Praia de Palheiros do Zorro
GPS: 40º12'09"N 8º21'55"O
Constância
pp Praia do Rio Zêzere
GPS: 39º28'28"N 8º20'28"O
Guarda
pp Praia de Aldeia Viçosa
GPS: 40º34'46"N 7º18'27"O
pp Praia de Valhelhas
GPS: 40º24'12"N 7º24'07"O
Arganil
pp Praia de Pomares
GPS: 40º16'08"N 7º57'50"O
pp Praia de Côja
GPS: 40º16'03"N 7º59'20"O
pp Praia de Secarias
GPS: 40º14'56"N 8º02'09"O
pp Praia de Benfeita
GPS: 40º13'51"N 7º56'41"O
pp Praia do Piódão
GPS: 40º13'47"N 7º49'29"O
Covilhã
pp Praia de Ourondo
GPS: 40º08'51"N 7º40'56"O
pp Praia do Paul
GPS: 40º12'08"N 7º38'10"O
pp Praia de Unhais da Serra
GPS: 40º15'37"N 7º37'21"O
Lousã
pp Praia Sr.ª da Graça
GPS: 40º15'73"N 8º19'59"O
pp Praia da Bogueira
GPS: 40º09'13"N 8º14'29"O
pp Praia Sr.ª da Piedade
GPS: 40º05'58"N 8º14'03"O
Ferreira do Zêzere
pp Praia da Castanheira (Lago Azul)
GPS: 39º40'33"N 8º13'51"O
Belmonte
pp Praia de Belmonte
GPS: 40º21'31"N 7º21'45"O
Figueiró dos Vinhos:
pp Praia das Fragas de São Simão
GPS: 39º54'55"N 8º19'03"O
pp Praia Ana de Aviz
GPS: 39º55'06"N 8º17'04"O
Mação
pp Praia de Cardigos
GPS: 39º70'81"N 8º01'39"O
pp Praia do Carvoeiro
GPS: 39º37'47"N 7º55'25"O
pp Praia da Ortiga
GPS: 39º28'59"N 8º00'07"O
Abrantes
pp Aquapólis (Parque Urbano)
GPS: 39º27'12"N 8º11'21"O
pp Praia de Aldeia do Mato
GPS: 39º32'43"N 8º16'39"O
pp Praia de Alvega
GPS: 39º28'08"N 8º02'45"O
Alcanena
pp Praia dos Olhos d` Água
GPS: 39º26'43"N 8º42'37"O
Cantanhede
pp Praia de Olhos de Fervença
GPS: 40º21'07"N 8º41'38"O
Castanheira de Pêra
pp Praia do Poço Corga
GPS: 40º01'31"N 8º11'37"O
pp Praia Fluvial das Rocas (Artificial)
GPS: 40º00'16"N 8º12'28"O
Castelo Branco
pp Praia de Almaceda
GPS: 40º00'27"N 7º39'39"O
pp Praia do Muro
GPS: 39º52'15"N 7º36'51"O
pp Praia de Sesmos
GPS: 39º51'28"N 7º44'30"O
pp Praia da Taberna Seca
GPS: 39º50'19"N 7º35'34"O
20
Fornos de Algodres
pp Praia Fluvial de Fornos de Algodres
GPS: 40º36'45"N 7º31'09"O
Fundão
pp Praia de Lavacolhos
GPS: 40º08'07"N 7º36'51"O
pp Praia de Janeiro de Cima
GPS: 40º03'55"N 7º48'17"O
Góis
pp Praia das Canaveias
GPS: 40º11'05"N 8º09'01"O
pp Praia da Peneda / Pego Escuro
GPS: 40º09'14"N 8º06'43"O
Gouveia
pp Praia de Vale do Rossim
GPS: 40º24'04"N 7º35'15"O
Idanha-a-Nova
pp Praia Fluvial do Pego
GPS: 40º02'36"N 7º00'52"O
pp Praia da Barragem de Idanha
GPS: 39º57'11"N 7º11'19"O
Mangualde
pp Live Beach (Praia Artificial)
GPS: 40º36'43"N 7º44'53"O
Manteigas
pp Praia da Relva da Reboleira
GPS: 40º24'44"N 7º28'08"O
Miranda do Corvo
pp Praia de Segade
GPS: 40º10'13"N 8º19'01"O
Mortágua
pp Praia do Vau – Parque Verde
GPS: 40º23'21"N 8º14'06"O
pp Praia da Barragem da Aguieira - Sobral
GPS: 40º20'41"N 8º11'17"O
Murtosa
pp Praia do Monte Branco
GPS: 40º45'14"N 8º42'08"O
Nelas
pp Praia de Caldas de Felgueira
GPS: 40º29'16"N 7º51'35"O
Oleiros
pp Praia das Cambas
GPS: 40º00'46"N 7º50'47"O
pp Praia Fluvial de Álvaro
GPS: 39º58'39"N 7º57'41"O
pp Praia do Açude Pinto
GPS: 39º55'15"N 7º53'28"O
Oliveira de Frades
pp Praia do Vau
GPS: 40º47'03"N 8º15'07"O
Praia de Sejães
GPS: 40º44'41"N 8º12'19"O
Oliveira do Hospital
pp Praia de São Gião
GPS: 40º20'48"N 7º48'28"O
pp Praia de Alvoco das Várzeas
GPS: 40º18'03"N 7º50'09"O
pp Praia de Avô
GPS: 40º17'39"N 7º54'21"O
Ourém
pp Praia do Agroal
GPS: 39º40'44"N 8º26'11"O
Pampilhosa da Serra
pp Praia de Santa Luzia
GPS: 40º05'25"N 7º51'13"O
pp Praia de Pessegueiro
GPS: 40º03'07"N 8º01'26"O
pp Praia de Pampilhosa da Serra
GPS: 40º02'49"N 8º57'01"O
pp Praia de Janeiro de Baixo
GPS: 40º02'45"N 7º48'17"O
Pedrógão Grande
pp Praia do Mosteiro
GPS: 39º56'09"N 8º11'09"O
pp Praia da Ribeira de Mega
GPS: 39º55'49"N 8º07'23"O
pp Praia do Cabril
GPS: 39º55'15"N 8º08'00"O
Penacova
pp Praia do Vimieiro
GPS: 40º16'37"N 8º11'51"O
pp Praia do Reconquinho
GPS: 40º16'01"N 8º16'04"O
Penalva do Castelo
pp Praia da Sr.ª da Ribeira
GPS: 40º39'59"N 7º43'49"O
Penamacor:
pp Praia Fluvial O Moinho
GPS: 40º13'45"N 7º13'16"O
pp Praia de Meimoa
GPS: 40º13'33"N 7º11'17"O
Penela
pp Praia da Louçainha
GPS: 40º01'35"N 8º18'17"O
Proença-a-Nova
pp Praia de Alvito da Beira
GPS: 39º49'25"N 7º47'53"O
pp Praia da Cerejeira
GPS: 39º48'35"N 7º45'11"O
pp Praia do Malhadal
GPS: 39º47'49"N 7º57'05"O
pp Praia da Froia
GPS: 39º47'24"N 7º50'19"O
pp Praia de Aldeia Ruiva
GPS: 39º46'09"N 7º58'56"O
Sabugal
pp Praia de Vale das Éguas
GPS: 40º26'09"N 7º01'28"O
pp Praia de Rapoula do Côa
GPS: 40º25'05"N 7º02'39"O
pp Praia do Sabugal
GPS: 40º20'55"N 7º05'33"O
pp Praia de Quadrazais
GPS: 40º18'46"N 6º59'13"O
pp Praia de Fóios
GPS: 40º17'01"N 6º53'19"O
Santa Comba Dão
pp Praia da Senhora da Ribeira
GPS: 40º20'39"N 8º07'28"O
São Pedro do Sul
pp Praia Fluvial das Termas
GPS: 40º44'22"N 8º05'19"O
Sardoal
pp Praia da Lapa
GPS: 39º32'15"N 8º06'59"O
Seia
pp Senhora do Desterro
GPS: 40º23'43"N 7º41'39"O
pp Praia de Sandomil
GPS: 40º21'23"N 7º46'52"O
pp Praia de Loriga
GPS: 40º19'53"N 7º41'17"O
Sertã
pp Praia do Troviscal
GPS: 39º51'36"N 8º00'28"O
pp Praia da Ribeira Grande
GPS: 39º48'25"N 8º05'48"O
pp Praia do Marmeleiro
GPS: 39º44'00"N 8º05'25"O
pp Praia de Trízio
GPS: 39º43'47"N 8º13'51"O
Sever do Vouga
pp Praia da Quinta do Barco
GPS: 40º42'32"N 8º21'33"O
Tábua
pp Praia da Ronqueira
GPS: 40º14'53"N 8º02'14"O
Tomar
pp Praia de Alverangel
GPS: 39º54'86"N 8º30'16"O
pp Praia de Montes
GPS: 39º63'02"N 8º25'25"O
pp Praia de Vila Nova - Serra
GPS: 39º13'17"N 8º41'15"O
21
RECURSOS — PRAIAS
Tondela
pp Praia de S. João do Monte
GPS: 40º33'47"N 8º14'12"O
pp Praia de Caldas de Sangemil
GPS: 40º31'34"N 7º58'01"O
pp Praia de Ferreirós do Dão
GPS: 40º28'01"N 8º02'06"O
Vila Nova da Barquinha
pp Praia de Vila Nova da Barquinha
GPS: 39º27'19"N 8º25'49"O
Vila Nova de Paiva
pp Praia de Touro – Parque Urbano
GPS: 40º53'44"N 7º44'56"O
pp Praia de Fráguas
GPS: 40º50'15"N 7º46'08"O
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Vila de Rei
pp Praia Pego das Cancelas
GPS: 39º44'09"N 8º03'16"O
pp Praia Fernandaires
GPS: 39º44'04"N 8º12'32"O
Praia de Bostelim
GPS: 39º43'22"N 8º06'28"O
pp Praia da Zaboeira
GPS: 39º42'16"N 8º13'21"O
pp Praia do Penedo Furado
GPS: 39º37'34"N 8º10'02"O
Vila Velha de Ródão
pp Praia da Foz do Cobrão
GPS: 39º43'55"N 7º45'47"O
Viseu
pp Praia de Almargem
GPS: 40º45'27"N 7º53'31"O
pp Praia das Termas de Alcafache
GPS: 40º36'22"N 7º52'07"O
Vouzela
pp Praia de Porto da Várzea
GPS: 40º41'01"N 8º13'11"O
As linhas de água do território estendem-se da zona costeira para o interior do país, caracterizado por uma fraca
densidade populacional e por um desenvolvimento que tem
ocorrido a uma velocidade menor, quando comparado aos
níveis de evolução da orla costeira. Foi precisamente com o
propósito de criar mecanismos de atração e exploração para
estas áreas que os recursos hídricos beneficiaram de ações
de projeção designadamente aos níveis turístico e ambiental.
Apesar de a oferta de praias fluviais ser em grande número, a qualidade denota um forte potencial de melhoria. As
bandeiras azuis são em número reduzido, a qualidade dos
serviços é suscetível de progresso e as acessibilidades são
por vezes difíceis.
OVAR
Contudo, verifica-se um aumento e uma melhoria da oferta,
a procura tem aumentado de forma significativa nos últimos
anos, o que parece estar associado às dinâmicas da procura interna, motivadas pela menor disponibilidade financeira
das famílias para opções lúdicas mais onerosas, ao mesmo
tempo que se assiste à crescente valorização e consequente
adesão às atividades de lazer em natureza.
Na região Centro a oferta é muito diversificada e explora precisamente territórios rurais, com algumas debilidades
ao nível da oferta de serviços em geral, e de serviços de lazer
em especial, conjugando propostas de turismo de natureza
com o património cultural. Na região Centro salientam-se
os rios Vouga, Tejo e o seu afluente Zêzere, o Mondego, e
alguns dos seus afluentes, dando expressão à densidade de
praias fluviais.
CASTRO D’AIRE
VILA NOVA DE
PAIVA
SÃO PEDRO DO SUL
ESTARREJA SEVER DO
MURTOSA
VOUGA OLIVEIRA DE
ALBERGARIA-A-VELHA FRADES
VOUZELA
AVEIRO
FIGUEIRA
DE CASTELO
RODRIGO
NÚMERO DE PRAIAS FLUVIAIS:
AGUIAR TRANCOSO
DA
PINHEL
BEIRA
VISEU
PENALVA DO CELORICO
CASTELO DA BEIRA
ALMEIDA
FORNO DE
ÍLHAVO
MANGUALDE
ÁGUEDA
ALGODRES
TONDELA
NELAS
GUARDA
VAGOS OLIVEIRA DO
GOUVEIA
BAIRRO
CARREGAL
ANADIA
SEIA
MIRA
MORTÁGUASANTA DO SAL
MANTEIGAS
COMBA
OLIVEIRA
SABUGAL
DÃO
DO
CANTANHEDE MEALHADA
BELMONTE
TÁBUA HOSPITAL
PENACOVA
MONTEMOR- COIMBRA
COVILHÃ
VILA NOVA DE POIARES ARGANIL
-O-VELHO
FIGUEIRA
DA FOZ
5
4
3
MEDA
PENICHE
SATÃO
LOUSÃ
FUNDÃO
GÓIS
CONDEIX MIRANDA
PAMPILHOSA
A A NOVA DO CORVO
DA
SERRA
SOURE
CASTANHEIRA
PENELA DE PERA
ANSIÃO
FIGUEPEDROGÃO
OLEIROS
POMBAL
IRÓ DOS GRANDE
VINHOS
CASTELO BRANCO
SERTÃ
MARINHA
ALVAIAZERE
LEIRIA
GRANDE
PROENÇA-A-NOVA
FERREIRA DO
VILA VELHA
ZÊZERE VILA DE
OURÉM
DE RODÃO
REI
BATALHA
NAZARÉ
MAÇÃO
TOMAR
PORTO
SARDOAL
ALCOBAÇA DE MÓS
TORRES NOVAS
ALCANENA VILA NOVA DA BARQUINHA
CALDAS DA RAINHA
CONSTÂNCIA
ÓBIDOS
ABRANTES
2
LOURINHÃ
1
TORRES VEDRAS
PENAMACOR
IDANHA-A-NOVA
0
ee Praia fluvial de Olhos de Fervença
Fonte: www.rotadabairrada.pt
22
Figura 2 ‣ Número de praias fluviais qualificadas por município da região Centro
Fonte ‣ Realização AD ELO
23
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Atendendo à diversidade morfológica da região Centro é possível encontrar praias fluviais numa grande amplitude de altitudes.
PRAIAS FLUVIAIS:
1
2
3
4
RIOS
ALTITUDE:
1600-2000
1200-1600
700-1200
400-700
200-400
100-200
0-100
Figura 3 ‣ Localização geográfica das praias fluviais qualificadas na região Centro
Fonte: http://mapas.blogs.sapo.pt/35443.html
Figura 4 ‣ Praias fluviais da região Centro – Altitude
Fonte: Atlas do Ambiente / Norberto Santos e Lúcio Cunha
DENSIDADE DE PRAIAS:
Muito Alta
Alta
Média
Baixa
Muito Baixa
ee Praia fluvial das Torres do Mondego
Fonte: AD ELO
24
Figura 5 ‣ Praias fluviais da região Centro – Densidade
Fonte: Atlas do Ambiente / Norberto Santos e Lúcio Cunha
25
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
VILA NOVA DE
PAIVA
SÃO PEDRO DO SUL
SEVER DO
VOUGA OLIVEIRA
ALBERGARIA-A-VELHA DE FRADES
VISEU
VOUZELA
AVEIRO
ESTARREJA
MURTOSA
ÍLHAVO
Dada a diversidade característica, na região Centro de Portugal, como se pode observar (figura 6), existem praias (oceânicas e fluviais) qualificadas para a prática náutica
e balnear na grande maioria dos seus municípios, havendo mesmo concelhos que
possuem os dois tipos de valências.
NÚMERO DE PRAIAS QUALIFICADAS:
ee Praia fluvial do Reconquinho / Penacova
Fonte: AD ELO
VAGOS
!1
8
7
5
4
ee Praia da Tocha
Fonte: AD ELO
ee Praia fluvial do Reconquinho / Penacova
Fonte: AD ELO
Apesar de existirem muitos outros locais com condições favoráveis ao desenvolvimento e prática da atividade náutica,
e que ainda não foram qualificados para tal, é incontornável
que esta NUT II (Nomenclatura de Unidade Territorial) já se
apresenta razoavelmente dotada de locais que se afirmam
cada vez mais como preferenciais para o crescimento deste
setor, tendo-se desenvolvido respostas adequadas à procu-
ra e aos novos paradigmas da sociedade contemporânea e
consubstanciadas na atuação de organizações determinantes como associações, clubes, empresas e instalações vocacionadas para o desporto e lazer náutico que garantem o
desenvolvimento de atividades de recreio e lazer em espaços naturais, aliando um amplo conjunto de recursos que
sustentam a procura turística cultural e paisagística.
26
PENICHE
ÁGUEDA
OLIVEIRA DO
BAIRRO
ANADIA
TONDELA
SATÃO
AGUIAR
DA BEIRA
FIGUEIRA
DE CASTELO
RODRIGO
TRANCOSO
PINHEL
PENALVA DO CELORICO
CASTELO DA BEIRA
FORNO DE
MANGUALDE
ALGODRES
NELAS
GUARDA
GOUVEIA
ALMEIDA
CARREGAL
SEIA
MORTÁGUA SANTA DO SAL
MANTEIGAS
COMBA
OLIVEIRA
SABUGAL
DÃO
MEALHADA
DO
CANTANHEDE
BELMONTE
HOSPITAL
TÁBUA
PENACOVA
MONTEMOR- COIMBRA
COVILHÃ
FIGUEIRA -O-VELHO
VILA NOVA DE POIARES ARGANIL
DA FOZ
PENAMACOR
FUNDÃO
MIRANDA LOUSÃ GÓIS
CONDEIXA DO
CORVO
PAMPILHOSA DA
A NOVA
SERRA
SOURE
CASTANHEIRA
PENELA DE PERA
ANSIÃO FIGUEIRÓ PEDROGÃO
OLEIROS
IDANHA-A-NOVA
POMBAL
DOS GRANDE
VINHOS
CASTELO BRANCO
SERTÃ
MARINHA
ALVAIAZERE
GRANDE
LEIRIA
PROENÇA-A-NOVA
FERREIRA DO
VILA VELHA
ZÊZERE
OURÉM
VILA DE REI
DE RODÃO
BATALHA
NAZARÉ
MAÇÃO
TOMAR
PORTO DE
SARDOAL
MÓS
ALCOBAÇA
TORRES NOVAS
ALCANENA VILA NOVA DA BARQUINHA
CALDAS DA RAINHA
CONSTÂNCIA
ÓBIDOS
ABRANTES
MIRA
!5
MEDA
CASTRO D’AIRE
OVAR
LOURINHÃ
BOMBARRAL
TORRES VEDRAS
3
2
1
0
Figura 6 ‣ Praias, oceânicas e fluviais, qualificadas da região Centro
Fonte: Realização AD ELO
27
RECURSOS — INFRAESTRUTURAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 . 2. R ecu rsos - I n fr a e str u tur a s
A região Centro, como se analisará neste capítulo, está dotada de um
considerável conjunto de valências e infraestruturas que possibilitam
e potencializam a atividade náutica.
1 .2 .1. Centro s d e alto re nd i m e nt o ( C AR)
ee Fonte: www.shuterstock.com
Centro de Alto Rendimento do Surf de Aveiro
Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho
Centro de Alto Rendimento do Surf da Nazaré
Centro de Alto Rendimento do Surf de Peniche
O Centro de Alto Rendimento do Surf de Aveiro encontra-se em fase de construção em São Jacinto, a 100 metros da
praia, pretende dinamizar a cultura dos desportos de ondas
numa região com uma forte ligação à náutica e criar novos
postos de trabalho.
Reestruturado e inaugurado memoravelmente, com o acolhimento de um campeonato europeu de remo em Setembro
de 2010, apresenta-se como a melhor infraestrutura nacional para o desenvolvimento de desportos náuticos como a
canoagem, o remo, a natação em águas abertas e o triatlo.
Para além de hangares de arrumação de barcos, possui outras estruturas adicionais como ginásio, salas de conferência
e de formação.
O Centro de Alto Rendimento do Surf da Nazaré terá capacidade para 30 atletas, encontra-se em fase de conclusão
na Praia do Norte e que se associará o nome de Garret McNamara, “padrinho” do projeto e figura incontornável do surf
que inscreveu recentemente a Nazaré no livro de recordes
do Guiness.
Inaugurado a 9 de Outubro de 2012, aquando da realização
da etapa portuguesa do campeonato do mundo de surf – Rip
Curl PRO Portugal 2012. Este CAR possui uma capacidade de
alojamento de 30 atletas em simultâneo e foi idealizado com
uma construção sustentável, uma vez que possui sistemas
de aproveitamento de águas e de produção de energia através de painéis fotovoltaicos.
ee Fonte: Câmara Municipal de Aveiro
ee Fonte: Câmara Municipal de Montemor-o-Velho
ee Fonte: Câmara Municipal Nazaré
ee Fonte: www.viroc.pt
OCAR do Surf de Aveiro
6Câmara Municipal de Aveiro
Praça da República
3810-156 Aveiro
Z+351 234 406 300
940º39'12"N 8º44'52"O
@[email protected]
swww.cm-aveiro.pt
OCAR de Montemor-o-Velho
6Câmara Municipal Montemor-o-Velho
Praça da República
3140-258 Montemor-o-Velho
Z+351 239 687 300
940º10'31"N 8º39'16"O
@[email protected]
swww.cm-montemorovelho.pt
OCAR do Surf da Nazaré
6Av. Vieira Guimarães, 54
2450-951 Nazaré
Z+351 262 550 010
939º35'54"N 9º04'13"O
@[email protected]
swww.cm-nazare.pt
OCAR do Surf de Peniche
6Câmara Municipal de Peniche
Largo do Município
2520-239 Peniche
Z+351 926 578 149
939º21'41"N 9º20'57"O
@[email protected]
swww.cm-peniche.pt
28
29
RECURSOS — INFRAESTRUTURAS
1 .2 .2. Marina s , p ortos e ancorad o u r o s
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
N
A região Centro é caracterizada por alguns fatores determinantes para o desenvolvimento das atividades do setor náutico, seja na vertente lazer ou na da competição,
disponibilizando importantes requisitos competitivos, designadamente fatores básicos
como as boas condições naturais e fatores chave de êxito como infraestruturas náuticas, designadamente marinas, portos náuticos e ancoradouros, empresas especializadas, federações e associações de representação nacional com significativa capacidade
de mobilização dos diversos desportos náuticos.
Com quatro grandes portos comerciais, que apresentam um
elevado dinamismo ao nível da atividade piscatória, comercial e recreativa, a região Centro é caracterizada ainda por
possuir quatro marinas qualificadas, seis portos de recreio,
duas docas de recreio e alguns pequenos ancoradouros que
perfazem entre si 1.737 postos de amarração, o que corresponde a aproximadamente 13,5% do total nacional de amarrações, segundo dados do INE (Instituto Nacional de Estatística, 2011), não possuindo, contudo, qualquer Bandeira Azul
nestes equipamentos, como se regista noutros pontos de
apoio à náutica do país.
Não obstante em Portugal o rácio de barcos per capita
ser um dos mais baixos da Europa, rondando atualmente os
285 habitantes por barco, existem nesta região mais de 2.000
embarcações registadas e licenciadas, o que corresponde
sensivelmente a 25% do total nacional. Estes indicadores
permitem depreender que não existem postos de amarração
legais ou qualificados em suficiente número para acomodar
todos os cascos registados e em funcionamento. Ressalve-se ainda que nem todas as embarcações são consideradas
embarcações de recreio ou de atividade profissional e, como
tal, legalmente não necessitam de ser registadas numa repartição marítima ou Capitania.
Evidenciam-se também os registos de 3.791 pessoas (INE
- 2011) com atividade profissional estabelecida no ramo das
pescas e mais de 160.000 pessoas que requereram licença
de pesca lúdica desportiva na região.
Principais portos dA REGIÃO CENTRO
Na região Centro, a localização dos portos
coincide na sua maioria com a localização
das marinas qualificadas, segundo dados do
INE e APPR (Associação Portuguesa de Portos de Recreio).
AVEIRO
FIGUEIRA DA FOZ
NAZARÉ
PENICHE
ee Marina da Figueira da Foz
Fonte: http://www.portosdeportugal.pt/UserFiles/P1011409.jpg
Figura 7 ‣ Principais portos e marinas da região Centro
Fonte: INE – Estatísticas da Pesca 2010
30
31
RECURSOS — INFRAESTRUTURAS
Tabela 1 ‣ Identificação, localização e contactos de marinas, portos e ancoradouros por município da região Centro
Denominação
Características
Telefone
Morada
GPS
Mail / Site
Município
Ancoradouro de Abrantes (Vila do Mato)
Náutica de Recreio, Windsurf, Vela
241 331 736
Rua do Vale da Vinha / 2200-601 Abrantes
39º32’43”N • 8º16’40”O
[email protected]
Abrantes
Cais de Acostagem do Clube AVELA
Escola de Vela e Náutica de Recreio
234 422 142
Av. Dr. David Cristo / 3801-301 Aveiro
40º38’52”N • 8º39’47”O
[email protected]
www.avela.pt
Aveiro
Porto de Recreio da Associação Náutica da
Gafanha da Encarnação (Fluvial)
Escola de Vela, Náutica de Recreio e Aluguer de
Embarcações
234 364 038
Largo da Mota, nº1
3830-488 Gafanha da Encarnação
40º36’49”N • 8º44’18”O
[email protected]
www.ange.pt
Aveiro
Porto de Recreio Associação Náutica da
Torreira (Fluvial)
Escola de Vela e Canoagem, Náutica de Recreio e
Aluguer de Embarcações
234 868 651
Av. Eng. Duarte Pacheco
Pavilhão Náutico 3870 Torreira
40º45’58”N • 8º41’51”O
[email protected]
www.antorreira.org
Aveiro
Doca de Recreio da Marina Clube da
Gafanha
Escola de Mergulho, Aluguer de Embarcações,
Motonáutica e Pesca Desportiva
234 363 789
Caminho do Praião Apartado 19
3834-907 Gafanha da Encarnação
40º37’40”N • 8º44’03”O
[email protected]
Aveiro
Porto de Aveiro
Porto Comercial e de Pesca
234 393 300
Edifício 9 - Forte da Barra
3830-565 Gafanha da Nazaré
40º37’51”N • 8º43’53”O
[email protected]
Aveiro
Ancoradouro de Constância
Náutica de Recreio, Desporto Aventura
249 730 050
Estrada Nacional 3
39º28’33”N • 8º20’39”O
[email protected]
Constância
Ancoradouro de Vila Velha do Ródão
(Fluvial)
Náutica de Recreio, Canoagem, Vela, Remo
272 344 234
Posto Náutico
6030-238 Vila Velha de Ródão
39º38’59”N • 7º40’21”O
[email protected]
Castelo Branco
Porto da Figueira da Foz
Porto Comercial e de Pesca
233 402 910
Av. Espanha Ap. 2007 / 3080 - 901 Figueira da Foz
40º08’51”N • 8º51’46”O
[email protected]
Figueira da Foz
Porto de Recreio da Figueira da Foz
Escola de Formação Náutica e Mergulho, Náutica de
Recreio, Vela Desportiva / Cruzeiro e Motonáutica
233 428 019
Av. Espanha, Doca de Recreio
3080-901 Figueira da Foz
40º08’50”N • 8º51’35”O
[email protected]
www.cnaff.pt
Figueira da Foz
Marina do Centro Náutico de Ferreira do
Zêzere
Náutica de Recreio, Canoagem, Insufláveis, Ski Aquático
274 802 178
Trizio 6100-494 Palhais
39º43’47”N • 8º13’49”O
[email protected]
Ferreira do Zêzere
Porto de Recreio do Clube de Vela da Costa
Nova
Escola de Vela e de Formação Náutica, Náutica de
Recreio
234 369 300
Avenida José Estêvão
3830-453 Costa Nova
40º36’31”N • 8º44’55”O
[email protected]
www.cvcn.pt
Ílhavo
Ancoradouro de Recreio do Jardim Oudinot
Náutica de Recreio
234 329 600
Câmara Municipal de Ílhavo
3830-193 Ílhavo
40º38’38”N • 8º43’53”O
[email protected]
www.cm-ilhavo.pt
Ílhavo
Doca de Recreio de Associação Náutica da
Gafanha da Nazaré (Fluvial)
Náutica de Recreio
234 084 047
Rua Comendador Egas
3830-590 Gafanha da Nazaré
40º38’43”N • 8º41’57”O
[email protected]
Ílhavo
Marina Fluvial Montebelo Aguieira Lake
Resort & Spa
Náutica de Recreio, Aluguer de Postos de Amarração e
de Embarcações.
231 920 456
Vale da Aguieira
3450-010 Mortágua
40º20’52”N • 8º11’28”O
www.montebeloaguieira.pt
Mortágua
Núcleo de Recreio do Porto da Nazaré
Náutica de Recreio
262 561 401
Caixa Postal 1
2450-075 Nazaré
39º35’11”N • 9º04’21”O
[email protected]
Nazaré
Porto de Recreio do Carregal (Fluvial)
Escola de Vela e de Formação Náutica, Náutica de
Recreio
256 592 548
Porto de Recreio do Carregal
3880-163 Ovar
40º51’39”N • 8º39’27”O
[email protected]
Ovar
Marina da Ribeira
Náutica de Recreio e Porto de Pesca
262 781 153
IPTM Porto de Pesca de Peniche / 2520-630 Peniche
39º21’06”N • 9º22’38”O
[email protected]
Peniche
Ancoradouro de Vila Nova da Barquinha
Náutica de Recreio, Canoagem,Rafting
249 736 680
Centro Náutico de Vila Nova da Barquinha
2260- 909 Vila Nova da Barquinha
39º27’26”N • 8º25’29”O
[email protected]
Vila Nova da Barquinha
32
N
MARINAS, PORTOS
E ANCORADOUROS
33
RECURSOS — INFRAESTRUTURAS
1 .2.3. Surf ho us e s e s ur f camp s
Tabela 2 ‣ Identificação, localização e contactos das surf houses e surf camps por município da região Centro
Denominação
Telefone
Morada
GPS
Mail / Site
Município
Ticket 2 Surf
231 442 120
Rua dos Pescadores da Nossa Senhora da Tocha nº 33 • 3060-691 Tocha
40º19’43”N • 8º50’29”O
[email protected]
Cantanhede
Careca SurfCamp
962 401 089
Rua das Flores • 3090-766 Figueira da Foz
40º05’51”N • 8º52’07”O
[email protected]
Figueira da Foz
Figueira SurfCamp
918 784 878
Rua Cabeço do Vale dos Poços Vais, Buarcos • 3080-378 Figueira da Foz
40º10’52”N • 8º54’04”O
www.figueirasurfcamp.com
Figueira da Foz
Gookinky Palace
912 694 566
Rua António Ferreira de Freitas nº37 • 3090-454 Lavos
40º06’05”N • 8º49’48”O
[email protected]
Figueira da Foz
Costa Nova Surf House
966 629 078
Av. José Estevão nº 256, Costa Nova • 3830-453 Ílhavo
40º36’33”N • 8º44’57”O
[email protected]
Ílhavo
Areia Branca Beach Hostel
915 493 034
Rua da Foz nº 5 • 2530-221 Lourinhã
39º15’53”N • 9º20’03”O
[email protected]
Lourinhã
Global Surf School & Camp
917 973 981
Vale Geões nº 18 • 2530-088 Lourinhã
39º16’03”N • 9º20’06”O
[email protected]
Lourinhã
My Surf Hostel
262 787 115
Alameda do Golfinho Vivenda Oslo, Praia Da Areia Branca • 2530-211 Lourinhã
39º16’06”N • 9º20’04”O
[email protected]
Lourinhã
Underdog Surf House
261 419 533
Av. António José Do Vale nº 7 • 2530-213 Areia Branca
39º14’37”N • 9º18’49”O
[email protected]
Lourinhã
West Coast SurfCamp
261 469 570
Rua António José do Vale, Vivenda Roseiral nº 29 • 2530-213 Lourinhã
39º15’55”N • 9º19’57”O
[email protected]
Lourinhã
Avenida do Mar nº 49, Baleal • 2520 Peniche
39º21’20”N • 9º22’43”O
www.hotelscombined.pt
Peniche
Ana’s Cottage Surf House
Captain´s Log House
914 602 183
Avenida do Mar nº 142 Casais do Baleal • 2520-101 Peniche
39º22’15”N • 9º19’47”O
captainloghouse@gmail
Peniche
Lagido Surf House
961 112 940
Rua Pôr do Sol nº 2, Ilha do Baleal • 2520-008 Ferrel
39º22’25”N • 9º20’27”O
[email protected]
Peniche
Nature Surf House
918 528 260
Rua do Talefé, Ferrel • 2520-210 Peniche
39º21’59”N • 9º18’41”O
[email protected]
Peniche
Nineteen Bead and Breakfast
912 305 707
Rua António da Conceição Bento • 2520-285 Peniche
39º21’39”N • 9º22’46”O
[email protected]
Peniche
Paradise Baleal
960 207 149
Avenida do Mar nº 182 • 2520-101 Peniche
39º22’22”N • 9º20’09”O
[email protected]
Peniche
Peniche Surf Camp
962 336 295
Avenida do Mar nº 162 - Casais do Baleal • 2520-101 Peniche
39º22’18”N • 9º19’57”O
[email protected]
Peniche
Supertubos Beach Hostel
939 303 396
Avenida do Mar nº 58 D, Atouguia da Baleia • 2525-150 Peniche
39º19’39”N • 9º21’25”O
[email protected]
Peniche
Surfcaslte
912 526 151
Avenida do Mar nº 186, Baleal • 2520-010 Ferrel
39º22’22”N • 9º20’09”O
[email protected]
Peniche
Surf House Helena
913 251 231
Rua Casal dos Ninhos nº 3, Casais do Baleal • 2520-053 Peniche
39º22’09”N • 9º19’37”O
[email protected]
Peniche
Surf Moments House & School
916 310 766
Travessa Cruz das Almas nº 20, Casais do Baleal, Ferrel • 2520-060 Peniche
39º21’59”N • 9º20’00”O
[email protected]
Peniche
Surfer´s Bay Peniche
913 775 077
Rua do Salgado, Lote D1 • 2520-193 Peniche
39º21’19”N • 9º21’20”O
[email protected]
Peniche
Surfer´s Lodge Peniche
912 590 574
Urbanização da Papoa • 2520-360 Peniche
39º22’03”N • 9º22’40”O
[email protected]
Peniche
Surf in Peniche
262 184 593
Travessa do Salva Vidas – Praia da Gamboa • 2520-534 Peniche
39º21’52”N • 9º22’25”O
[email protected]
Peniche
Tribo da Praia
262 381 829
Rua do Catalo nº 65, Ferrel • 2520-141 Peniche
39º22’17”N • 9º19’04”O
[email protected]
Peniche
Sizandro Beach Lodge
261 856 389
Sizandro Beach Lodge - Praia de Sizandro • 2560-179 Torres Vedras
39º06’09”N • 9º23’56”O
[email protected]
Torres Vedras
34
C
SURF HOUSES
& SURF CAMPS
35
OUTROS LOCAIS PROPÍCIOS À NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 . 3. Ou tros loca i s pr op í ci os à n á u t i c a
Existem muitos outros locais para além das praias e infraestruturas,
que apresentam condições excecionais para a prática náutica, nomeadamente o desporto aventura e de natureza. Apresentam-se de seguida
os recursos com maior potencial para a prática de atividades náuticas.
Ria de Aveiro
Rio Alva
A Ria de Aveiro, com o seu cenário bucólico e esplendoroso,
apresenta características únicas para longos passeios nas
suas águas, seja a bordo de um tradicional moliceiro ou pela
força dos próprios braços numa canoa.
A canoagem nas rias pretende acima de tudo satisfazer praticantes mais aficionados/as pela natureza do que
pela vertente mais física do desporto. A cor das águas, as
culturas (Ostras, Mexilhão, viveiros de peixes), a sua fauna
e as pequenas ilhas, que salpicam estas grandes extensões
de água salobra, são locais que reservam paisagens únicas
e momentos inesperados e inesquecíveis.
O rio Alva começa igualmente a ganhar projeção nas descidas
de rio, sendo comum esta atividade num trajeto de 18 quilómetros entre Vila Cova do Alva – Côja – Secarias.
Esta descida é mais exigente do que a do rio Mondego
pois contempla mais de uma dezena de açudes com diferentes formatos e alturas e uma sucessão de pequenos rápidos.
Apesar de não apresentar setores demasiadamente técnicos,
a sua descida exige alguma condição e destreza físicas, porque
o contacto constante com a água é inevitável. É recomendável
a quem pratica possuir experiência anterior em canoagem.
Rio Alvoco
Ribeira das Quelhas
ee Barrinha de Mira
Fonte: AD ELO
Barragem da Aguieira
Barragem de Castelo de Bode
Numa dinâmica diferente das anteriormente referidas, este
enorme lago artificial alimentado pelas águas do Mondego e
do Dão apresenta-se como local de eleição para a prática de
desportos de alta competição, como o remo e a canoagem,
pois possui um espelho de água bastante favorável ao aperfeiçoamento de pormenores técnicos.
A barragem está ainda provida de uma marina, associada a um complexo hoteleiro, que propicia atividades náuticas
de lazer como o remo, vela, windsurf, ski aquático, wakeboard,
mergulho e o aluguer de canoas, insufláveis, motos de água e
gaivotas, sendo dotada de uma escola de vela e de mergulho,
quer para o nível inicial, quer para o avançado.
Algumas das espécies identificadas têm particular importância do ponto de vista conservacionista e comercial, nomeadamente o Barbo, a Boga, a Lampreia, a Carpa e a Truta,
no domínio piscícola, e também o Pato-real, a Cegonha-branca, e o Alfaiate como as aves observáveis com maior
frequência. A vegetação é tipicamente ripícola com predominio do Choupo, do Ulmeiro e do Salgueiro.
A edificação da barragem e consequentes submersões
de povoações e áreas circundantes e a amenização dos caudais originaram ainda um local que apresenta atualmente
uma forte afluência turística estival, a praia fluvial de Nossa
Senhora da Ribeira em Santa Comba Dão, que está dotada
de um ancoradouro para pequenas embarcações, onde se
podem alugar barcos e gaivotas, aliando assim o lazer náutico à natureza envolvente.
A barragem de Castelo de Bode apresenta-se como uma das
maiores albufeiras do país, sendo assim um local de eleição
para o recreio e lazer, aliando a natureza com a prática de
desportos náuticos.
Possui um ecossistema rico, resultante da variada
vegetação com forte presença de Pinheiro-bravo, Eucalipto,
Medronheiro, Urze e Oliveira e de espécies piscícolas como
o Achigã, a Boga, a Carpa e a Perca, assim como de aves,
onde se destacam a Águia, a Gralha, a Garça e a Perdiz, que
transformam este local num paraíso natural.
Impulsionada pela natureza ou pelo desporto, a atividade náutica tem crescido, estando já enraizados os passeios de canoa, à vela e de jet-ski nestas águas.
36
Barragem do Fratel
Construída em 1973, a Barragem do Fratel represa o rio Tejo
junto à localidade de Amieira, acumulando as funções de reguladora de caudal e de produção de energia elétrica, situa-se na mais apertada garganta daquele rio, entre as Portas
de Rodão e a foz do Rio Ocreza. Possui um pequeno cais,
fundeadouros e rampas de acesso à água permitindo assim
a prática de desportos náuticos como o windsurf, a canoagem, o jet-ski, a vela e a pesca.
As espécies piscícolas mais comuns são a Boga, a
Carpa, o Barbo, o Pimpão e o Achigã.
As margens da Ribeira das Quelhas, em Castanheira de Pera,
são de uma rara beleza natural. Pelas suas fragas imponentes deslizam as àguas a grande altitude.
Esta ribeira é bastante procurada para a prática do
canyoning, sendo um percurso simples e básico, com um
troço curto e adequado para iniciação na atividade. Possui 6
rapéis interessantes com cerca de 14 a 20 metros. O percurso
implica ainda para quem o experimente alguns saltos pequenos para a água e, em certos locais, é necessário realizar pequenos destrepes (descidas de lugares elevados pela rocha).
Com um percurso de aproximadamente 16 quilómetros entre Seia e Oliveira do Hospital, é um rio de montanha caracterizado por alguns açudes de grandes dimensões e zonas
mais técnicas com rochedos no seu leito. As zonas mais técnicas são transpostas com toda a segurança, mas exigem
redobrada atenção e concentração.
Este rio exige experiência prévia em canoagem por parte dos e das participantes, sendo aconselhável apresentar boa
forma física, pois o percurso é bastante extenso e duro.
Rio Ceira
Ribeira da Pena
Sendo esta uma das ribeiras mais espetaculares da região
Centro, onde se conjugam o cenário inóspito e bravio, formado por inúmeras cascatas, lagoas e rochedos imponentes,
com a vegetação exuberante e a vida selvagem peculiar, é
também um dos locais mais procurados para canyoning por
praticantes experientes.
A atividade que envolve a descida a pé da Ribeira da
Pena, com recurso a saltos, descidas em rapel e travessias
por dentro de água percorre um vale encaixado e abrupto
cujo leito, margens e encostas são formados por impressionantes fragas que tornam este local quase inacessível.
As pequenas descidas em canoa e caminhadas aquáticas
pelo leito do rio Ceira, atraem cada vez mais entusiastas do
exercício em natureza. O Ceira possui uma galeria ripícola
bem preservada que pode ser contemplada ao longo do
passeio. O percurso mais conhecido não apresenta especial
exigência sendo acessível à maioria das pessoas entusiastas da natureza. Inicia na Foz da Fonte, um local espetacular
do rio, onde no passado habitantes locais desviaram o leito
do rio Ceira, escavando um túnel na montanha, incluindo a
passagem e transposição de alguns açudes através de pequenos saltos.
Ao longo deste setor, para além de toda a fauna e flora
podem observar-se antigos moinhos, lagares de azeite, muros de propriedades agrícolas e pontes, construídos com os
tradicionais materiais de xisto e lousa.
Ao longo de todo o percurso é garantido um com constante acompanhamento pelos monitores e monitoras.
37
OUTROS LOCAIS PROPÍCIOS À NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Rio Dão
Rio Mondego
Rio Pônsul
Rio Vouga
Este afluente da albufeira da Aguieira, primordialmente no seu
troço que pertence ao concelho de Santa Comba Dão, é um rio
de águas límpidas e tranquilas onde até as crianças podem
praticar canoagem, tendo como um dos principais pontos de
interesse as margens repletas de fauna e flora autóctone.
Facilmente se visualizam Carvalhos, Sobreiros, Castanheiros e várias espécies arbóreas aquáticas. No que respeita à fauna, são observáveis Patos-reais, Milhafres e Águias-de-asa-redonda. A qualidade da água é assinalável, não
existindo qualquer problemas associados a poluição, garantindo assim, momentos de lazer e de diversão excecionais.
O rio Mondego, o maior com nascente em Portugal, é palco
de uma crescente afluência em descidas de rio em canoa ou
raft (embarcação semirrígida), atividade que devido ao perfil
calmo e constante do curso de água se torna acessível a todos e a todas praticantes.
Esta atividade, apesar de ser possível de realizar um
pouco por todo o curso do rio, tem uma especial e evidente
relevância no seu trajeto de aproximadamente 12 quilómetros entre as praias fluviais do Reconquinho (Penacova) e de
Palheiros do Zorro (Torres do Mondego, Coimbra), constituindo uma proposta tão característica da região, que preenche
de cor o leito do rio nos dias de maior calor ou em noites
de lua cheia. Estas descidas do rio exercem uma fortíssima
atração junto de promotores institucionais de desporto aventura, tendo como consequência o alargamento da atividade a
outros cursos de água e outras disciplinas náuticas. Pode-se
afirmar que é uma atividade que se tornou o rastilho para o
surgimento de outras, tendo contribuído para a aproximação
da população à náutica.
Nas margens, a flora é essencialmente constituída por
Choupos, Salgueiros, Freixos, Cedros e Oliveiras. A fauna é
sobretudo caracterizada pelo predomínio de Trutas, Lampreias, Barbos e Enguias.
O rio Pônsul atravessa os concelhos de Idanha-a-Nova (onde
nasce) e Castelo Branco. É um afluente da margem direita do
rio Tejo que desagua em Malpica do Tejo, traçando a fronteira entre os concelhos de Castelo Branco e de Vila Velha
de Ródão.
O Pônsul apresenta um caudal ameno e tem-se vindo
a tornar o cenário ideal para a iniciação de canoagem, passeios turísticos em diferentes embarcações e pequenas descidas ao longo do seu leito.
Conhecido pelos seus percursos calmos e serenos caudais,
este rio encontra-se muito em voga entre as opções para
descidas de rio e para a iniciação ao rafting.
A ausência de uma barragem, que controle o caudal
de água, não possibilita a sua utilização e navegação constante durante todo o ano. Contudo, o percurso possui uma
envolvência natural magnífica e diversos rápidos, acessíveis
a todos e todas praticantes, o que torna as descidas de rio
mais radicais até à separação das águas que formam o início
da ria de Aveiro.
Rio Erges
O Erges é um rio que na maior parte do seu percurso define a fronteira hispano-portuguesa, em Idanha-a-Nova.
Este afluente da margem direita do Tejo nasce em Espanha,
na Serra de Gata, e faz fronteira entre Portugal e Espanha
durante cerca de 50 quilómetros, passando pelas ruínas do
castelo de Salvaleón, pelas termas de Monfortinho, por Salvaterra do Extremo, pelo castelo de Peñafiel e por Segura,
desaguando no Tejo cerca de 12 quilómetros a jusante de
Alcântara.
As descidas do Erges têm vindo a ganhar algum mediatismo no panorama ibérico do desporto náutico de aventura, em grande parte por se tratar de um rio que traça a
fronteira entre os dois países. Sendo geralmente um rio
calmo e acessível, a sua descida é temperada de emoção
por alguns rápidos ao longo do percurso. Assiste-se a uma
fauna e flora interessantes e diversificadas tanto na margem
esquerda, espanhola, como na margem direita, portuguesa.
Rio Paiva
O rio Paiva é provavelmente o rio português mas conhecido
para a prática do rafting nos seus percursos Vau-Espiunca
ou Espiunca-Bairros. No entanto, não é o rio mais indicado
para iniciantes ou praticantes com pouca experiência, pois a
viagem pelas suas águas turbulentas tornam-no um desafio
exigente implicando bastante adrenalina.
A cada etapa que passa a dificuldade aumenta assinalavelmente, pelo que a concentração é essencial em todos
os momentos do percurso. Apesar do nível de exigência que
apresenta, é possível apreciar a magnífica paisagem montanhosa envolvente e fortalecer o espírito de equipa, necessário à transposição dos obstáculos deste rio.
Rio Teixeira
Rio Zêzere
Localizado nas serras da Freita e de Arestal, a noroeste de
Oliveira de Frades, o rio Teixeira é um dos locais de prática de
canyoning mais interessantes e concorridos de Portugal. Vários promotores náuticos da região propõem a descida das
quedas do rio Teixeira, através de técnicas de rapel e saltos.
O seu enquadramento natural oferece momentos peculiares,
dadas as suas características selvagens, propícias a banhos
devido às suas magníficas lagoas. A segurança é elevada,
pois o enquadramento técnico é feito por pessoas altamente especializadas neste complexo e exigente percurso. Nas
suas margens existem ainda relíquias da floresta primária,
tais como Freixo, Salgueiro e Amieiro.
A Ribeira das Vessadas, afluente deste rio, é considerada o percurso ideal para a iniciação e treino antes da passagem para o majestoso percurso do Teixeira.
Apresentando algumas semelhanças com o Mondego,
também neste rio é possível a prática de alguns desportos
náuticos em bastantes trechos do seu traçado, contudo, as
descidas de rio, que contemplam o percurso de aproximadamente sete quilómetros entre a Barragem da Bouçã e a Foz
de Alge (Figueiró dos Vinhos) promovidas por um alargado
leque de promotores, são a atividade náutica mais concorrida neste curso de água.
Com início a jusante da Barragem de Bouçã e final em
Foz de Alge é uma descida com água parada, mas com um
enquadramento muito interessante na envolvente exterior,
sendo a experiência ideal para iniciantes neste desporto de
natureza.
ee Canoagem em Montemor-o-Velho
Fonte: AD ELO
38
39
Locais de eleição para prática de mergulho
Portugal é um país de excelência para a prática do mergulho, com uma costa
imensa, plena de vida e cor, formações rochosas diversas e várias embarcações
naufragadas e apetecíveis para explorar.
Mergulhar em Portugal pode ser, por isso, uma experiência inédita, onde é
possível desvendar os segredos de uma flora e fauna marítimas únicas na Europa.
A prática do mergulho regista uma grande expansão na região Centro, com
um assinalável aumento de entusiastas ao longo dos anos, assim como de escolas, empresas e associações que providenciam em diversos locais formações
nesta disciplina aquática.
Na região Centro são particularmente famosos os spots de mergulho das
Berlengas, devido à sua fauna peculiar, aos destroços de embarcações, às grutas
e reentrâncias e à relevante acessibilidade para mergulhadores e mergulhadoras
menos experientes.
Peniche e Nazaré são também locais de grande afluência de pessoas para
o mergulho, que acorrem a estas zonas essencialmente para a iniciação ao mergulho de mar. Em complementaridade, é ainda de salientar a existência na região
de um generoso leque de complexos de piscinas, que se apresentam como essenciais para a formação prática inicial de novos e novas praticantes de mergulho.
ee Fonte: Sergiy Zavgorodny / www.shuterstock.com
OUTROS LOCAIS PROPÍCIOS À NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 . Oferta náutica
A partir da informação e dos dados recolhidos é possível destacar um
conjunto de circunstâncias e de fatores que permitem evidenciar algumas das características da dinâmica dos diversos agentes em atuação
no domínio da oferta náutica na região Centro e a forma como aqueles
se relacionam com as características da envolvente.
ee Windsurf
Fonte: Sergey Sukhorukov / www.shuterstock.com
ee Vela no rio Mondego / Coimbra
Fonte: AD ELO
90
75
60
45
84
91
30
15
0
MAR
Figura 8 ‣ Principais rios e afluentes da região Centro
Fonte: Realização AD ELO
40
ÁGUAS INTERIORES
No que se refere à utilização dos recursos hídricos e
considerando o binómio mar e águas interiores, para
a atividade náutica, observa-se uma distribuição muito
equivalente entre as duas tipologias pelos promotores
da região, com 84 promotores no segmento “mar” e 91
no segmento “águas interiores”.
Gráfico 1 ‣ Promotores de atividade náutica por área de atuação
41
RECURSOS — PRAIAS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
extensão geográfica em que os municípios não apresentam
quaisquer registos e tornando possível inferir que existe ainda
um manancial de recursos naturais, por explorar/rentabilizar.
Os municípios do interior de Portugal que apresentam maior
número de promotores são Castelo Branco e Idanha-a-Nova.
Como podemos observar na figura 9, a distribuição geográfica dos promotores náuticos concentra-se nos municípios
situados na faixa costeira, sendo que à medida que essa distribuição se estende para o interior, se assiste à diminuição
do número de promotores, deixando perceber uma grande
VILA NOVA DE
PAIVA
SÃO PEDRO DO SUL
SEVER DO
VOUGA OLIVEIRA
ALBERGARIA-A-VELHA DE FRADES
VISEU
VOUZELA
ESTARREJA
MURTOSA
AVEIRO
ÍLHAVO
ÁGUEDA
VAGOS
NÚMERO DE PROMOTORES:
!0-!2
6-9
PENICHE
OLIVEIRA DO
BAIRRO
ANADIA
TONDELA
SATÃO
AGUIAR
DA BEIRA
FIGUEIRA
DE CASTELO
RODRIGO
TRANCOSO
PINHEL
PENALVA DO CELORICO
CASTELO DA BEIRA
FORNO DE
MANGUALDE
ALGODRES
NELAS
GUARDA
GOUVEIA
ALMEIDA
CARREGAL
SEIA
MORTÁGUA SANTA DO SAL
MANTEIGAS
COMBA
OLIVEIRA
SABUGAL
DÃO
MEALHADA
DO
CANTANHEDE
BELMONTE
HOSPITAL
TÁBUA
PENACOVA
MONTEMOR- COIMBRA
COVILHÃ
FIGUEIRA -O-VELHO
VILA NOVA DE POIARES ARGANIL
DA FOZ
PENAMACOR
LOUSÃ
FUNDÃO
MIRANDA
GÓIS
CONDEIXA DO CORVO
PAMPILHOSA DA
A NOVA
SERRA
SOURE
CASTANHEIRA
PENELA DE PERA
ANSIÃO FIGUEIRÓ PEDROGÃO
OLEIROS
IDANHA-A-NOVA
POMBAL
DOS GRANDE
VINHOS
CASTELO BRANCO
SERTÃ
MARINHA
ALVAIAZERE
GRANDE
LEIRIA
PROENÇA-A-NOVA
FERREIRA DO
VILA VELHA
ZÊZERE
OURÉM
VILA DE REI
DE RODÃO
BATALHA
NAZARÉ
MAÇÃO
TOMAR
PORTO DE
SARDOAL
ALCOBAÇA MÓS
TORRES NOVAS
ALCANENA VILA NOVA DA BARQUINHA
CALDAS DA RAINHA
CONSTÂNCIA
ÓBIDOS
ABRANTES
MIRA
!3-!8
MEDA
CASTRO D’AIRE
OVAR
LOURINHÃ
BOMBARRAL
5
4
TORRES VEDRAS
3
2
1
0
Figura 9 ‣ Distribuição geográfica dos promotores náuticos da região Centro
Fonte: Realização AD ELO
42
ee Remo no rio Mondego / Coimbra
Fonte: Secção de Desportos Náuticos da Associação Académica de Coimbra
43
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
No que concerne ainda aos aspetos relacionados com a localização e distribuição geográficas dos promotores da atividade náutica, identificamos claramente um dinamismo mais significativo de alguns
concelhos/municípios da região Centro, destacando-se sobretudo Aveiro e Peniche, ambos os municípios com 18 promotores, seguidos pelo município da Figueira da Foz, com 12 promotores, e com menos três (3) promotores, encontram-se os municípios de Coimbra e Ílhavo. Pela observação do gráfico
2 podemos concluir da visibilidade de determinados municípios em matéria de empreendedorismo e
desenvolvimento náuticos, mas também do reduzido dinamismo que apresentam outros municípios da
região, ao constatar que 50 não apresentam registos associados à presença de promotores náuticos.
70
18
65
60
16
55
50
14
45
40
12
35
30
25
10
20
15
8
10
5
6
A BR A N T E S
Á GU E D A
ALC O BA Ç A
ARGANIL
AV E I R O
CA L D A S D A R AI N H A
C A N TA N H E D E
C A S T E LO BR A N C O
CA S T R O D A I R E
C O I MB R A
C O N S TÂ N C I A
E S TA R R E J A
FE R R E I R A D O ZÊ ZE R E
F IG U E I R A D A F O Z
FI GU E I R Ó S D O S V I N H O S
GÓIS
I DA N A H A A N O VA
ÍL H AV O
LO U R I N H Ã
LO U S Ã
M A R I N H A GR A N D E
ME A L H A D A
MIRA
MONTEMOR-O-VELHO
M O R TÁG U A
N A ZA R É
NELAS
Ó B ID O S
O VA R
P E N A C O VA
PENEDA
PE N A M A C O R
PE N I CH E
P R O E N Ç A - A - N O VA
S E R TÃ
SEVER DO VOUGA
TO M A R
TO N D E L A
TO R R E S V E D R A S
VA GO S
V. N . BA R QU I N H A
VISEU
WINDSURF
KITESURF
VELA
NATAÇ Ã O / T R I AT LO
P E S C A D E S P O R T I VA
M E R GU L HO
D E S CI D A S D E R I O
C A N YO NI NG/ R A F T I N G
0
S UR F / BO D Y BO A R D
2
REMO
4
C A N O A GE M
AL U GU ER / PA S S E I O S
0
Gráfico 3 ‣ Promotores da atividade náutica por modalidade
Considerando a natureza das atividades náuticas oferecidas pelas diversas entidades promotoras na
região Centro (empresas, clubes, associações, entre outras) na lógica da prestação de serviços, destaca-se o peso da canoagem, como a modalidade oferecida por um maior número de operadores (66),
seguida do aluguer/passeios (44 promotores) e em terceiro lugar, o surf/bodyboard com oferta em 31
operadores. É ainda bastante significativo o número de operadores com oferta de modalidades como o
canyoning/rafting (29); a vela (26) e o remo (22).
As modalidades com menor número de promotores são a natação e o kitesurf, ambos com 7 e 6
promotores, respetivamente.
Gráfico 2 ‣ Promotores da atividade náutica por município
44
45
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .1. Associa çõe s / clube s
Tabela 3 ‣ Identificação, localização, contactos e modalidades náuticas oferecidas por associações e clubes por município da região Centro
Denominação /
Associação / Clube
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Clube Náutico de Abrantes
Natação
241 363 835
Rua Dr. Álvaro Barreirinhas Cunhal
Apartado 72, 2201-909 Abrantes
www.cnabrantes.pt
[email protected]
Abrantes
Clube Náutico de São Martinho do Porto
Vela
262 980 290
Rua Cândido dos Reis (Cais)
2460-637 São Martinho do Porto
[email protected]
Alcobaça
Ass. Recreativa e Cultural de Óis da Ribeira
Canoagem
234 629 818
Óis da Ribeira
3750-650 Águeda
[email protected]
www.arcor-ipss.com
Águeda
Ginásio Clube de Águeda
Canoagem
234 623 399
Rua Celestino Neto nº25
3750-126 Águeda
[email protected]
www.canoagemgica.com
Águeda
Associação Aveirense de Vela de Cruzeiro
Vela
234 422 142
Av. Dr. David Cristo, Pavilhão 7
3801-301 Aveiro
[email protected]
www.avela.pt
Aveiro
Associação de Canoagem de Aveiro
Canoagem
966 525 577
Rua dos Santos Mártires nº13, 1º
3810-171 Aveiro
[email protected]
www.acacanoagem.com
Aveiro
Associação Náutica da Gafanha da Encarnação
Vela
234 364 038
Largo da Mota nº 1
3830-488 Gafanha da Encarnação
[email protected]
www.ange.pt
Aveiro
Associação Náutica da Torreira
Canoagem / Vela
234 868 651
Avenida Eng. Duarte Pacheco,
Pavilhão Náutico 3870-322 Torreira
[email protected]
www.antorreira.org
Aveiro
Clube dos Galitos de Aveiro
Natação / Triatlo / Remo
234 426 059
927 115 290
Praça Dr. Melo Freitas nº 3, Apartado 906
3800-158 Aveiro
[email protected]
Aveiro
Colectividade Popular de Cacia
Remo
234 914 234
Posto Náutico
Rua João Chagas
3800-597 Cacia
[email protected]
colectividadepopularcacia.blogspot.com
Aveiro
IDECacia
Canoagem
965 218 079
Mossainho, Sarrazola
3800-540 Cacia
[email protected]
idecacia.googlepages.com
Aveiro
Sharpie Club Portugal
Vela
234 360 002
Porto de Pesca Costeira
3830-052 Gafanha da Nazaré
[email protected]
www.sharpieclub.aveiro.co.pt
Aveiro
Sporting Clube de Aveiro
Canoagem/ Motonáutica/ Natação/ Vela
234 480 191
Lugar de Moinhos
3800-130 Aveiro
www.sportingcaveiro.pt
Aveiro
Ass. Académica de Coimbra - S. D. Náuticos
Remo / Mergulho / Carta de Marinheiro / Descidas
de Rio
239 810 023
916 997 194
Avenida Inês de Castro, Pavilhões A e B
3040-255 Santa Clara
[email protected]
Coimbra
Ass. Académica de Coimbra - S. Pesca Desp.
Pesca Desportiva
914 693 379
Rua Padre António Vieira nº 1
3000-315 Coimbra
[email protected]
Coimbra
Ass. Regional Beiras Pesca Desportiva
Pesca Desportiva
919 617 271
935 622 214
Apartado 123
3000-902 Coimbra
[email protected]
www.arbpd.pt
Coimbra
Clube do Mar de Coimbra
Vela / Nautimodelismo
966 641 144
962 697 248
239 701 564
Avenida Inês de Castro, Pavilhão C
3040-255 Santa Clara
[email protected]
[email protected]
[email protected]
Coimbra
46
3
Associações
clubes
47
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .1. Associa çõe s / clube s
CONTINUAÇÃO…
Denominação /
Associação / Clube
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Clube Fluvial de Coimbra
Canoagem / Descidas de Rio
239 441 471
914 681 772
919 698 969
Av. Inês de Castro, Pavilhão A
3040-255 Coimbra
[email protected]
Coimbra
Ass. Bodyboard Palheiros da Tocha
Bodyboard
964 549 220
Praceta Francisco Guímaro, Lote EN C2, 3º C
3060-693 Praia da Tocha
www.abpt.org
Cantanhede
Ass. dos Clubes de Canoagem da Beira Baixa
Canoagem
272 344 234
Rua Prof. Dr. Faria Vasconcelos Lote 5, 3º - D
6000-266 Castelo Branco
[email protected]
Castelo Branco
Ass. Cultural e Recreativa Saavedra Guedes
Canoagem
234 851 811
Pavilhão Náutico
Rua Prof. Saavedra Guedes
3860-437 Pardilhó
[email protected]
Estarreja
Associação de Bodyboard Foz do Mondego
Bodyboard
233 414 343
965 135 806
933 366 521
R. dos Lavadores nº 23
3080-331 Buarcos
[email protected]
[email protected]
Figueira da Foz
Associação de Surf da Figueira da Foz
Surf
910 577 505
968 855 028
Rua dos Pescadores nº 130, 1º
3080-325 Figueira da Foz
www.asffoz.blogspot.com
[email protected]
Figueira da Foz
Associação Naval 1º Maio
Remo / Futebol / Rugby
233 428 897
233 422 809
Rua da Republica nº 193
3080-360 Figueira da Foz
[email protected]
Figueira da Foz
Associação de Remo da Beira Litoral
Remo
233 411 319
Avenida 1º de Maio
Pavilhão Jorge Galamba Marques Sala 12
3080-011 Figueira da Foz
[email protected]
Figueira da Foz
Clube Náutico da Figueira da Foz
Vela / Cartas de Marinheiro / Motonáutica
233 428 019
Doca de Recreio da Figueira da Foz
www.cnaff.pt
Figueira da Foz
Ginásio Clube Figueirense
Remo / Natação / Triatlo / Orientação / Basquetebol
233 423 470
917 664 695
Fontela - Vila Verde
3090-641 Figueira da Foz
[email protected]
[email protected]
Figueira da Foz
iSurf Academy
Surf / Bodyboard
918 733 143
Praia do Cabedelo
3090-661 Figueira da Foz
www.isurfacademy.com
[email protected]
Figueira da Foz
Mergulhoceano (PADI)
Mergulho
233 411 348
913 358 900
964 034 083
966 906 035
Av. De Espanha-Doca de Recreio da
Marina da Figueira da Foz
3080-271 Figueira da Foz
[email protected]
Figueira da Foz
Núcleo de Surf da Figueira
Surf
R. Dr. Manuel Arriaga nº 170
3080-331 Buarcos
[email protected]
Figueira da Foz
Surfing Figueira
Surf
918 703 363
Rua do Cabedelo nº 36
3090-731 Figueira da Foz
[email protected]
Figueira da Foz
Clube Náutico do Lago Azul
Náutica de Recreio
249 362 239
Lago Azul, Castanheira
2240-332 Ferreira do Zêzere
[email protected]
Ferreira do Zêzere
48
3
Associações
clubes
49
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .1. Associa çõe s / clube s
CONTINUAÇÃO…
Denominação /
Associação / Clube
Associação de Surf de Aveiro
Modalidades
Surf
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
234 368 658
919 246 928
Avenida João Corte Real nº 258, Praia da Barra
3830-751 Ílhavo
[email protected]
www.aveirosurf.com
Ílhavo
Clube Natureza e Aventura de Ílhavo
Canoagem
963 855 376
Rua Sargento João Nunes Redondo nº 67
3830-222 Ílhavo
[email protected]
www.cnailhavo.com
Ílhavo
Clube de Vela da Costa Nova
Vela
234 369 300
Avenida José Estêvão
3830-453 Ílhavo
[email protected]
www.cvcn.pt
Ílhavo
Clube Náutico da Praia de Mira
Vela / Remo / Canoagem
968 489 029
912 507 455
918 486 884
Clube Náutico da Praia de Mira
3070-808 Praia de Mira
[email protected]
Mira
Centro Alto Rendimento de Montemor-o-Velho
Remo / Canoagem / Natação / Triatlo
239 687 300
Câmara Municipal Montemor-o-Velho
Praça da República
3140-258 Montemor-o-Velho
[email protected]
www.cm-montemorovelho.pt/centro_alto_rendimento.htm
Montemor-o-Velho
Clube Náutico Infante de Montemor
Canoagem / Natação / Remo
239 687 530
Rua Dr. João de Alarcão
3140-857 Montemor-o-Velho
[email protected]
www.cimontemor.com
Montemor-o-Velho
Clube Naval da Nazaré
Vela / Mergulho / Natação / Pesca Desportiva
262 560 422
917 500 851
Rua Mouzinho de Albuquerque nº 63
2450-901 Nazaré
[email protected]
Nazaré
Clube de Canoagem de Ovar
Canoagem
917 314 227
Rua Ferreira de Castro nº 115, 5ºD
3880-218 Ovar
[email protected]
www.ccovar.com
Ovar
Náutica Desportiva Ovarense
Vela
256 592 548
Porto de Recreio do Carregal
3880-163 Ovar
[email protected]
Ovar
Surf Clube do Furadouro
Surf / Bodyboard
256 082 999
Rua do Varine
3880-374 Furadouro
[email protected]
www.scfuradouro.com
Ovar
Centro Canoagem do Oeste
Canoagem
262 759 701
967 237 975
Estrada Nacional 114, Apartado 546
2526-909 Peniche
[email protected]
ccoeste.no.sapo.pt
Peniche
Clube Naval de Peniche
Pesca Desportiva / Mergulho / Caça Submarina /
Vela
262 782 568
966 054 520
Cais das Gaivotas
2520-619 Peniche
[email protected]
http://cnpeniche.pt
Peniche
Viking Kayak Clube
Canoagem
967 092 027
Praia Fluvial de Sever do Vouga
3740-070 Sever do Vouga
[email protected]
Sever do Vouga
Clube Náutico Barquinhense
Canoagem / Rafting
963 731 721
Rua 5 de Outubro nº 6
2260-413 Vila Nova da Barquinha
[email protected]
www.cnb.do.sapo.pt
Vila Nova da Barquinha
50
3
Associações
clubes
51
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s
Tabela 4 ‣ Identificação, localização, contactos e modalidades náuticas oferecidas por operadores por município da região Centro
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Alfa Aventura
Canoagem / Descidas de Rio / Passeios de Barco /
Ski Aquático / Vela / Windsurf
969 139 320
Rua da Lagoa, nº 22 R/C Esq., Apartado 4
2205-025 Abrantes
[email protected]
www.alfa-aventura.com
Abrantes
Pés No Ar
Canoagem / Canyoning / Desporto Aventura
965 025 843
Rua de S. Valentim nº 400
2200-230 Abrantes
[email protected]
Abrantes
Academia d´Aventura
Canoagem / Desporto Aventura
913 894 361
Rua Larga S/N, Caselho
3750-012 Agadão
www.academiadaventura.net
[email protected]
Águeda
Margens
Vela / Bodyboard / Remo / Canoagem / Ski
Aquático / Surf / Windsurf / Rafting / Hidrospeed /
Mergulho
234 648 571
933 882 041
918 123 354
Centro Comercial Diana, Loja 309
3750-144 Águeda
[email protected]
[email protected]
Águeda
Cumes do Açôr
Canoagem / Desporto Aventura
235 205 959
965 546 782
Avenida das Forças Armadas
3300-011 Arganil
[email protected]
Arganil
Távolanostra
Windsurf / Surf / Bodyboard / Wakeboard / Esqui
Aquático / Vela / Remo / Canoagem / Mergulho /
Pesca Desportiva
235 203 029
Rua Condessa das Canas nº 9
3300-036 Arganil
[email protected]
www.tavolanostra.com
Arganil
Ecoria
Passeios de Barco / Aluguer de Embarcações
234 425 563
967 088 183
Rua Cândido dos Reis nº 59-B
3800-200 Aveiro
geral@ecoria
www.ecoria.pt
Aveiro
Embarcar os Sonhos
Passeios de Barco / Aluguer de Embarcações /
Observação de Cetáceos / Mergulho
919 550 750
Rua de Aveiro nº 14
3800-901 São Jacinto
[email protected]
Aveiro
Estado Líquido
Windsurf / Kitesurf / Vela / Kayak /
Surf / Stand Up Paddle
234 394 715
919 943 595
Rua Banda Amizade nº 32
3810-059 Aveiro
[email protected] / [email protected]
www.riactiva.com
Aveiro
Onda Colossal
Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações /
Observação de Cetáceos
914 171 014
Rua José Estevão, nº 27-1º F
3800-202 Aveiro
[email protected]
Aveiro
Quebra Tempo
Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações
967 611 828
Rua Capitão Lebre nº 71
3810 - 384 Aveiro
[email protected]
Aveiro
Rializações
Canoagem / Remo / Stand Up Paddle / Passeios
Turísticos / Aluguer de Embarcações
965 823 560
Avenida de Oita nº 18, 4º Direito
3810-143 Aveiro
[email protected]
Aveiro
Viva a Ria
Passeios de barco / Observação de Cetáceos
969 008 687
Rua Mário Sacramento, Ed. Colombo, Loja J
3810-106 Aveiro
[email protected]
Aveiro
W Kayaks
Aluguer de Embarcações / Remo / Canoagem
922 132 547
Rua de Angola nº 1
3800-008 Aveiro
[email protected]
Aveiro
1000 Cerimónias
Passeios de barco
234 423 149
936 654 581
R. Manuel Marques Gomes, Ed. Vera Cruz R/C Loja A
3800-221 Aveiro
[email protected]
www.sensacoes.pt
Aveiro
Adventure Riders
Canoagem / Aluguer de embarcações sem motor /
Desporto Aventura
913 751 614
Rua da Liberdade nº 118, R/C Esq.
3025-006 Coimbra
[email protected]
www.adventure-riders.com
Coimbra
52
q
OPERADORES
NÁUTICOS
53
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s
CONTINUAÇÃO…
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Caminhos D’ Água
Descidas de Rio / Windsurf / Mergulho /
Aluguer de Gaivotas / Canyoning / Remo /
Rafting / Kitesurf / Desporto Aventura
239 718 192
969 049 470
916 333 226
Rua Afonso II nº 4
3030-396 Santo António dos Olivais
[email protected]
Coimbra
DownStream
Canyoning / Canoagem / Rafting /
Surf / Bodyboard / Desporto Aventura
966 087 358
Rua de Moçambique nº 159 -Armazém 7/8
3030-062 Coimbra
[email protected]
www.downstream.pt
Coimbra
Geoaventura
Descidas de Rio / Rafting / Desporto Aventura
914 982 651
967 049 002
Rua D. João I nº 35 – Avial, São Martinho do Bispo
3040-279 Coimbra
[email protected]
Coimbra
Matos e Marcelino
Canoagem / Rafting / Descidas do Rio Paiva
936 933 111
Avenida da Misericórdia Edifício 2000, Bloco 1 – 4º
3600-202 Castro Daire
[email protected]
www.mtm-team.com
Caldas da Rainha
Escola de Vela da Lagoa
Aluguer de Embarcações / Vela / Canoagem /
Windsurf / Kitesurf
262 978 592
962 568 005
Rua dos Reivais nº40 Nadadouro
2500-606 Foz do Arelho
[email protected]
escoladeveladalagoa.com
Caldas da Rainha
Surfoz
Surf / Bodyboard
262 833 732
964 009 264
Rua Vitorino Fróis nº24 A
2500-256 Caldas da Rainha
[email protected]
www.escolasurfoz.com
Caldas da Rainha
Gaventura
Canoagem / Descidas de Rio
249 739 972
Avenida das Forças Armadas, Parque de Campismo
2250-020 Constância
[email protected]
www.gaventura.com
Constância
Street Sport
Canoagem / Desporto Aventura
231 423 601
919 681 822
922 009 700
Rua D. Afonso Henriques nº 17
3060-137 Cantanhede
[email protected]
www.streetsport.no.sapo.pt
Cantanhede
EduEvent
Canoagem / Mergulho / Descidas de Rio /
Vela / Desporto Aventura
213 304 256
Praia Fluvial Penedo Furado
6110-241 Vila de Rei
[email protected]
www.escolaaventura.com
Castelo Branco
Naturpesca
Pesca Desportiva / Táxi Fluvial
967 092 077
Avenida Infante D. Henrique nº 15, Maxiais
6000-022 Benquerenças
[email protected]
Castelo Branco
Ponsulativo
Canoagem / Canyoning / Rafting / Remo /
Pesca Desportiva / Vela /
Aluguer de Embarcações / Desporto Aventura
967 465 785
Rua da Fonte Nova nº 1, Lugar de Lentiscais
6000-451 Castelo Branco
[email protected]
Castelo Branco
D´Evento em Popa
Passeios Náuticos / Pesca Turística /
Observação de Cetáceos
966 203 226
Rua Eng.º Silva nº 36 - 38
3080-150 Figueira da Foz
[email protected]
Figueira da Foz
Maregalia - Charter Náutico
Charters Náuticos
967 533 153
966 203 226
Apartado 1026 Bairro Novo
3080-251 Buarcos
[email protected]
[email protected]
Figueira da Foz
Cordastrong
Canoagem / Descidas de Rio / Canyoning /
Passeios de Gaivota
917 777 126
912 994 248
Carameleiro
3260-308 Figueiró dos Vinhos
[email protected]
www.cordastrong.pt
Figueiró dos
Vinhos
Várzea da Raposa
Canoagem / Canyoning / Desporto Aventura
236 438 853
Ribeira Velha
3260-218 Campelo
[email protected]
Figueiró dos
Vinhos
54
q
OPERADORES
NÁUTICOS
55
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s
CONTINUAÇÃO…
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Kaventura
Canoagem / Desporto Aventura
915 823 134
925 875 479
Valadas
2240-332 Ferreira do Zêzere
[email protected]
www.kaventura.com
Ferreira do Zêzere
Terra Oculta
Canoagem / Mergulho / Desporto Aventura
966 632 947
Rua Prof. Dr. António Esp. M. Ferreira nº 40
2240-334 Ferreira do Zêzere
[email protected]
www.terra-oculta.com
Ferreira do Zêzere
TranSerrano
Descidas de Rio / Canoagem / Canyoning /
Caminhadas Aquáticas
235 778 938
961 787 772
Bairro São Paulo nº 2
3330-304 Góis
[email protected]
Góis
Different Portugal
Aluguer de Embarcações / Mergulho
916 047 883
Incubadora de Empresas - Zona Industrial
6060-182 Idanha-a-Nova
[email protected]
Idanha-a-Nova
Edeventos
Aluguer de Embarcações / Remo / Canoagem
962 579 381
Avenida Mouzinho de Albuquerque nº 30
6060-179 Idanha-a-Nova
[email protected]
www.edeventos.pt
Idanha-a-Nova
Trilobite
Canoagem / Canyoning / Desporto Aventura
963 869 892
Rua da Alegria nº 26
6060-326 Penha Garcia
[email protected]
www.trilobite.pt
Idanha-a-Nova
Vila Fraga
Canoagem / Canyoning / Rafting /
Desporto Aventura
277 366 130
962 943 193
Rua do Penedo nº 19
606-337 Penha Garcia
[email protected]
www.vilafraga.pt
Idanha-a-Nova
Animeventos
Bodyboard / Canoagem / Hidrospeed / Kitesurf /
Rafting / Remo / Surf / Vela /
Wakeboard / Windsurf / Mergulho
234 360 597
962 693 644
Rua de Aveiro nº 34
3830-770 Gafanha da Nazaré
[email protected]
www.animeventos.pt
Ílhavo
Apostafama
Aluguer de Embarcações / Passeios Turísticos
234 398 290
918 473 157
Rua D. Duarte nº 53 R/C Esq. A
3830-648 Gafanha da Nazaré
[email protected]
Ílhavo
AveiroSub
Passeios de Barco / Mergulho
234 367 666
Rua D. Fernando nº 12
3830-650 Gafanha da Nazaré
[email protected]
www.aveirosub.com
Ílhavo
Movido a Água
Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações /
Observação de Cetáceos
234 351 069
Avenida João Corte Real nº 165
3830-751 Gafanha da Nazaré
[email protected]
Ílhavo
Ria Norte
Passeios de Barco Moliceiro
962 452 732
968 888 897
Rua Gago Coutinho nº 72
3830-669 Gafanha da Nazaré
[email protected]
www.passeiosnaria.com
Ílhavo
Vela e Ria
Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações /
Observação de Cetáceos
919 570 947
Avenida do Mar nº 8
3830-452 Gafanha da Encarnação
[email protected]
Ílhavo
Experience Sport
Passeios de Barco / Canoagem / Surf / Rafting
261 985 116
966 498 909
Rua dos Oficiais nº3
2430-840 Vimeiro
[email protected]
www.experience-sport.com
Lourinhã
56
q
OPERADORES
NÁUTICOS
57
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s
CONTINUAÇÃO…
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Global Surf School
Surf
917 973 981
Vale Geões nº 18
2530-000 Lourinhã
[email protected]
www.globalsurfschool.com
Lourinhã
Lubremar
Pesca Desportiva
261 411 470
919 792 800
Estrada do Porto Dinheiro nº5
2530-641 Ribamar
RIPAR
Surf
968 508 618
Rua Poço do Largo nº 6, Vale de Lobos
2530-359 Lourinhã
[email protected]
www.ripar.pt
Lourinhã
StandUp Portugal
Stand Up Paddle
962 374 793
Rua Bartolomeu Dias, nº5 - Praia da Areia Branca
2530-218 Lourinhã
[email protected]
www.standupportugal.com
Lourinhã
DNA
Canoagem / Canyoning / Desporto de Natureza
964 016 797
916 404 108
Av. São Silvestre nº35, 1º
3200-203 Lousã
[email protected]
www.dnaventura.com
Lousã
Montes D`Aventura
Canoagem / Desporto Aventura e Ambiental
919 804 493
Rua Combatentes da Grande Guerra nº 3 Bloco 2- 4º Esq.
3200-216 Lousã
[email protected]
Lousã
Turislousã
Descidas de Rio / Canoagem
914 133 128
968 336 822
Rua Dr. António José de Almeida
3220-213 Lousã
[email protected]
www.turislousa.net
Lousã
Mitiluma Surf School
Surf / Bodyboard
919 785 651
Avenida Marginal nº 75
2430-696 Praia da Vieira
[email protected]
www.mitiluma.com
Marinha Grande
Murillo´s
Surf / Bodyboard
244 599 070
913 814 470
Rua das Saudades nº 3
2430-492 Marinha Grande
[email protected]
www.murillosacademy.com
Marinha Grande
SurfSpot
Surf / Bodyboard
916 763 335
São Pedro Moel
[email protected]
Marinha Grande
Aventura21
Canoagem / Canyoning / Kitesurf / Rafting /
Passeios Turísticos / Windsurf / Desporto Aventura
231 201 509
Rua das Escolas Novas, Apartado 124
3050-244 Mealhada
[email protected]
Mealhada
Odabarca
Passeios Turísticos no Mondego / Passeios
Culturais de Tuk-Tuk
969 830 664
Apartado 99
3050-901 Mealhada
[email protected]
Mealhada
Aventuris
Canoagem / Canyoning
231 922 386
963 542 439
Beco de São Paulo nº 6, Vila Nova
3450-348 Mortágua
[email protected]
www.aventuris.com.pt
Mortágua
Radioactiva
Canoagem / Canyoning / Rafting /
Passeios de Barco (Rios Paiva e Mondego)
961 561 618
Rua do Paço nº 115
3525-060 Canas de Senhorim
[email protected]
Nelas
Adventure By You
Mergulho / Surf / Bodyboard /
Passeios de Barco / Kitesurf
262 562 107
Rua Mouzinho de Albuquerque nº 6A, 1º
2450-255 Nazaré
[email protected]
www.adventurebyyou.pt
Nazaré
58
Lourinhã
q
OPERADORES
NÁUTICOS
59
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s
CONTINUAÇÃO…
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Atlantic Safaris
Passeios de barco / Observação de Cetáceos
965 025 966
Rua Quinta dos Frades nº 833
2405-003 Alcogulhe
[email protected]
www.atlanticsafaris.com
Nazaré
Great West
Passeios de Barco / Surf / Bodyboard /
Mergulho / Pesca Desportiva
262 186 346
962 965 634
Rua Dr. Amílcar Campos nº 119 – Amoreira
2510-402 Óbidos
[email protected]
www.greatwest.pt
Óbidos
Recantos de Lazer
Canoagem / Mergulho / Passeios de Gaivotas
966 855 069
Rua do Outeiro nº 46
6090-565 Penamacor
[email protected]
www.recantosdelazer.pt
Penamacor
Capitão Dureza
Descidas de Rio / Rafting /
Canyoning / Desporto Aventura
918 315 337
239 476 701
Rua Principal nº 64C, Telhado
3360-062 Figueira de Lorvão
[email protected]
Penacova
O Pioneiro do Mondego
Descidas de Rio
239 478 385
Rua da Calçada nº 21
3360-184 Penacova
[email protected]
Penacova
Search Time
Descidas de Rio / Ski Aquático / Vela
/ Windsurf / Desporto Aventura
932 961 902
968 026 347
239 476 152
Rua da Lomba nº 16
3360-184 Penacova
[email protected]
www.searchtime.pt
Penacova
Sport Margens
Descidas de Rio / Desporto Aventura
239 477 143
917 750 840
917 511 406
Avenida 5 de Outubro nº 1
3360-191 Penacova
[email protected]
Penacova
AcuaSubOeste
Mergulho
918 393 444
Porto de Pesca de Peniche - Armazém 3
2520-620 Peniche
[email protected]
www.acuasuboeste.com
Peniche
Adventure Begin
Stand Up Paddle
916 697 870
Rua das Arigueiras nº 2L
2510-772 Usseira
[email protected]
www.supxscape.com
Peniche
Alto Mar
Pesca Desportiva
262 083 182
962 691 771
Rua Nossa Senhora de Fátima nº 2
2520-382 Peniche
Peniche
Atraente
Pesca Desportiva
262 781 661
962 766 621
Rua das Traineiras nº 6
2520-356 Peniche
Peniche
Baleal SurfCamp
Surf
969 050 546
Rua Amigos do Baleal nº 2
2520-052 Ferrel
[email protected]
www.balealsurfcamp.com
Peniche
Berlenga Turpesca
Passeios de Barco / Pesca Desportiva
262 789 960
963 073 818
Largo da Ribeira, Pavilhão 2
2520-000 Peniche
www.cm-peniche.pt
Peniche
Berlengas Sailing
Passeios de Barco / Vela
917 295 314
Marina de Peniche
2520-620 Peniche
[email protected]
www.berlengas-sailing.com
Peniche
60
q
OPERADORES
NÁUTICOS
61
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s
CONTINUAÇÃO…
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Escola de Surf de Peniche
Surf / Stand Up Paddle
262 184 593
Travessa do Salva Vidas, Praia da Gamboa
2520-534 Peniche
[email protected]
www.escolasurfpeniche.com
Peniche
FunPolis
Surf / Bodyboard / Canoagem / Mergulho
262 184 593
962 864 822
Travessa do Salva Vidas da Gamboa
2520-534 Peniche
[email protected]
www.funpolis.com
Peniche
Haliotis
Mergulho
262 781 160
916 135 642
Casal Ponte, Atouguia da Baleia
2525-376 Peniche
[email protected]
www.haliotis.pt
Peniche
Julius - Berlenga Praia
Passeios de Barco / Pesca Desportiva
262 782 698
917 601 114
Rua da Liberdade nº 16, R/C Esq.
2520-324 Peniche
[email protected]
www.julius-berlenga.com.pt
Peniche
Nautipesca
Passeios de Barco / Pesca Desportiva
917 588 358
936 226 658
Rua das Âncoras nº 31
2520-341 Peniche
[email protected]
www.nautipesca.com.pt
Peniche
Peniche Kite Center
Kitesurf / Surf
262 789 099
919 424 951
Avenida Monsenhor Bastos, Praia de Peniche de Cima
2520-225 Peniche
[email protected]
www.penichekitecenter.com
Peniche
Peniche Surf Camp
Surf
962 336 295
Rua do Gualdino nº 4
2520-101 Casais do Baleal
[email protected]
www.penichesurfcamp.com
Peniche
São José ao Leme
Pesca Desportiva
262 083 182
962 691 771
Rua Nossa Senhora de Fátima nº 2
2520-382 Peniche
Xotavento
Passeios de Barco / Pesca Desportiva
262 759 727
917 132 216
Rua Moderna nº 7, Lugar da Estrada
2525-485 Atouguia da Baleia
[email protected]
xotavento.com
Peniche
Go Outdoor
Canoagem / Pesca Desportiva
239 561 392
916 428 275
Mini Habitat de Penela, Rua do Brasil nº 1
3230-255 Penela
[email protected]
www.aventura.go-outdoor.pt
Penela
Horizontes do Pinhal
Canoagem / Rafting / Remo / Aluguer de
Embarcações / Desporto Aventura
274 673 139
969 016 899
Rua das Vinhas nº 14, Monte Trigo
6150-125 Proença-a-Nova
[email protected]
www.horizontes.com.pt
Proença-a-Nova
Trilhos do Zêzere
Canoagem / Descidas de Rio
919 675 275
Rua José Tavares nº 33–35
6100-561 Pedrógão Pequeno
[email protected]
www.trilhos-zezere.com
Sertã
Boca do Lobo
Canoagem / Rafting / Desporto Aventura
910 306 712
Rua da Igreja, Edifício Laranja Loja AF
3740-264 Sever do Vouga
[email protected]
Sever do Vouga
DouroVou
Canyoning / Canoagem / Remo /
Windsurf / Vela / Aluguer de Embarcações
918 521 821
Rua da Igreja nº 16, 2º esq.
3740-264 Sever do Vouga
[email protected]
www.douro.biz
Sever do Vouga
EvasionTime
Canoagem / Rafting / Remo /
Aluguer de Embarcações / Desporto Aventura
937 656 707
Vila Fria - Silva Escura
3740-343 Silva Escura
[email protected]
Sever do Vouga
62
q
OPERADORES
NÁUTICOS
Peniche
63
OFERTA NÁUTICA
1 .4 .2. Operador e s
CONTINUAÇÃO…
Denominação - Operador
Modalidades
Telefone
Morada
Mail / Site
Município
Turnauga
Canoagem / Rafting / Canyoning /
Desporto Aventura
967 092 027
Lugar da Lomba, Apartado 16
3740-115 Pessegueiro do Vouga
[email protected]
www.turnauga.net
Sever do Vouga
Templar
Canoagem / Mergulho / Desporto Aventura
249 323 414
249 817 165
Rua Dr. Joaquim Jacinto nº 103
2300-577 Tomar
[email protected]
www.templar.pt
Tomar
TomaRadical
Canoagem / Desporto Aventura
916 433 390
Rua de São Pedro nº 15
2300-153 Tomar
[email protected]
www.tomaradical.com
Tomar
Via Aventura
Canoagem / Canyoning
916 444 026
962 414 253
Rua Principal nº 45 D, Carvalhal Pequeno
2305-406 Tomar
[email protected]
www.via-aventura.com
Tomar
Sport Natura
Canoagem / Canyoning / Rafting /
Hidrospeed / Aluguer de Embarcações
232 860 100
Rua Dr. Abel de Lacerda
3475-031 Caramulo
[email protected]
www.sportnatura.pt
Tondela
Escola de Surf Inês Tralha
Surf / Stand Up Paddle
919 814 615
Rua Oceano Atlântico, Lote 167, Praia de Santa Cruz
2560-748 Torres Vedras
[email protected]
www.esit.pt
Torres Vedras
SAL
Canoagem / Surf / Bodyboard / Vela /
Windsurf / Canyoning / Desporto Aventura
234 797 669
912 816 135
Rua Principal nº 402
3840-252 Gafanha da Boa Hora
[email protected]
[email protected]
Vagos
Cankay
Canoagem / Canyoning / Desporto Aventura
232 421 714
964 084 936
Rua Coração de Jesus nº 116, Bloco B, 3º Esq.
3510-005 Viseu
[email protected]
[email protected]
www.cankayaventura.com
Viseu
Montebelo
Passeios de Barco / Pesca Desportiva / Remo /
Mergulho / Vela / Windsurf /
Canoagem / Aluguer de Embarcações
232 420 000
Urbanização Quinta do Bosque, Lote 150
3510-000 Viseu
[email protected]
www.montebeloviseu.pt
Viseu
64
q
OPERADORES
NÁUTICOS
65
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 .3. Modal id ad e s
Tabela 5 ‣ Identificação das modalidades náuticas oferecidas pelos promotores por município da região Centro
Mar
Águas Interiores
★
Abrantes
W Kayaks
●
●
●
★
★
Aveiro
★
Abrantes
1000 Cerimónias
●
★
★
Aveiro
Alcobaça
Adventure Riders
●
●
★
Coimbra
A.A.C. - S. D. Náuticos
●
●
★
★
Coimbra
A.A.C. - S. Pesca Desp.
●
★
★
Coimbra
Ass. Regional Beiras Pesca Desportiva
●
★
★
Coimbra
Caminhos D’ Água
●
●
●
★
★
Coimbra
Clube do Mar de Coimbra
★
★
Coimbra
Clube Fluvial de Coimbra
●
★
Coimbra
DownStream
●
★
Coimbra
Geoaventura
●
●
★
Coimbra
Matos e Marcelino
●
●
●
★
Caldas da Rainha
Escola de Vela da Lagoa
●
●
★
Caldas da Rainha
Surfoz
●
Clube Náutico S. Martinho do Porto
Academia D´Aventura
●
★
Águeda
Ass. Rec. Cult. Óis da Ribeira
●
★
Águeda
Ginásio Clube de Águeda
●
★
Águeda
Margens
●
●
★
Águeda
Cumes do Açôr
●
★
Arganil
Távolanostra
●
●
★
Arganil
Ass. Aveirense de Vela de Cruzeiro
Ass. Canoagem de Aveiro
●
Ass. Náutica Gafanha Encarnação
●
★
Aveiro
Ass. Náutica da Torreira
●
●
★
Aveiro
Clube Galitos de Aveiro
●
Colectividade Popular de Cacia
●
Ecoria
●
Embarcar os Sonhos
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
★
★
★
●
●
●
●
●
●
Quebra Tempo
●
Rializações
●
Sharpie Club Portugal
Sporting Clube de Aveiro
Aveiro
★
Aveiro
★
Aveiro
★
Aveiro
★
Aveiro
★
Aveiro
●
Onda Colossal
Aveiro
★
●
IDECacia
★
★
Estado Líquido
66
●
★
Aveiro
★
Aveiro
★
Aveiro
●
●
★
●
●
●
★
●
★
★
Aveiro
Aveiro
★
Aveiro
4
Gaventura
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
●
★
★
Caldas da Rainha
★
●
Município
★
Constância
Ass. Bodyboard Palheiros da Tocha
Street Sport
●
★
Cantanhede
Ass. Clubes Canoagem Beira Baixa
●
★
Castelo Branco
EduEvent
●
★
Castelo Branco
Naturpesca
●
●
★
Castelo Branco
Ponsulativo
●
●
●
●
★
Castelo Branco
Ass. Cultural Rec. Saavedra Guedes
●
★
Estarreja
Ass. Bodyboard Foz do Mondego
●
★
Figueira da Foz
Ass. de Surf da Figueira da Foz
●
★
Figueira da Foz
●
Cantanhede
★
●
●
●
●
★
●
MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES
Windsurf
Aveiro
Pés No Ar
●
Canyoning / Rafting
★
Kitesurf
★
Vela
Natação / Triatlo
Pesca Desportiva
●
Mergulho
Viva a Ria
Descidas de Rio
Remo
Abrantes
Denominação
PROMOTORES
Surf / Bodyboard
Canoagem
●
★
Águas Interiores
Mar
●
Aluguer / Passeios
Clube Náutico de Abrantes
Windsurf
Canyoning / Rafting
Kitesurf
●
Município
MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES
●
M O D ALI D A D ES
Vela
Natação / Triatlo
Pesca Desportiva
Mergulho
●
Descidas de Rio
●
Surf / Bodyboard
Canoagem
Alfa Aventura
Remo
Denominação
PROMOTORES
Aluguer / Passeios
M O D ALI D A D ES
4
67
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 .3. Modal id ad e s
CONTINUAÇÃO…
Mergulhoceano (PADI)
Núcleo de Surf da Figueira
Surfing Figueira
Cordastrong
●
●
Várzea da Raposa
●
Centro Náutico do Zêzere / C.B
●
●
Clube Náutico do Lago Azul
●
Kaventura
●
Terra Oculta
●
TranSerrano
●
Different Portugal
●
Edeventos
●
●
●
Trilobite
●
Vila Fraga
●
Animeventos
●
●
Apostafama
●
Ass. de Surf de Aveiro
AveiroSub
●
68
★
Figueira da Foz
Movido a Água
●
★
Figueira da Foz
Ria Norte
●
Figueira da Foz
Vela e Ria
★
★
★
Figueira da Foz
★
Figueira da Foz
★
Figueira da Foz
●
★
Figueira da Foz
●
★
Figueira da Foz
●
●
●
●
●
●
★
Figueiró dos Vinhos
●
★
Figueiró dos Vinhos
★
Ferreira do Zêzere
★
Ferreira do Zêzere
★
Ferreira do Zêzere
★
Ferreira do Zêzere
★
Góis
★
Idanha-a-Nova
★
Idanha-a-Nova
●
★
Idanha-a-Nova
●
★
Idanha-a-Nova
★
Ílhavo
●
●
●
★
●
●
●
★
●
●
●
●
★
★
Ílhavo
★
Ílhavo
★
Ílhavo
4
★
Município
Ílhavo
★
Ílhavo
★
Ílhavo
★
★
Ílhavo
●
★
★
Ílhavo
Experience Sport
●
●
●
★
★
Lourinhã
Global Surf School
●
Lubremar
RIPAR
StandUp Portugal
DNA
●
Montes D`Aventura
●
Turislousã
●
Mitiluma Surf School
●
★
Marinha Grande
Murillo´s
●
★
Marinha Grande
SurfSpot
●
★
Marinha Grande
Clube Náutico da Praia de Mira
●
●
Aventura21
●
●
Odabarca
●
C.A.R. Montemor-o-Velho
●
●
Clube Náutico Infante Montemor
●
●
Aventuris
●
Radioactiva
●
●
Adventure By You
●
Atlantic Safaris
●
●
●
★
Lourinhã
★
Lourinhã
●
★
Lourinhã
●
★
Lourinhã
●
●
●
★
Lousã
★
Lousã
Mira
★
Mealhada
★
Mealhada
●
★
Montemor-o-Velho
●
★
Montemor-o-Velho
●
★
Mortágua
●
★
Nelas
★
●
●
Lousã
★
●
●
★
●
●
★
Nazaré
★
Nazaré
MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES
●
Águas Interiores
Maregalia - Charter Náutico
Clube de Vela da Costa Nova
Mar
Figueira da Foz
Windsurf
★
Canyoning / Rafting
Kitesurf
iSurf Academy
●
●
Vela
●
Natação / Triatlo
Clube Natureza Aventura Ílhavo
Pesca Desportiva
Figueira da Foz
Mergulho
Ginásio Clube Figueirense
●
★
Descidas de Rio
★
Surf / Bodyboard
Remo
●
Canoagem
D´Evento em Popa
●
Aluguer / Passeios
Denominação
PROMOTORES
MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES
Águas Interiores
Município
Mar
Clube Náutico da Figueira da Foz
Windsurf
●
Canyoning / Rafting
Kitesurf
M O D ALI D A D ES
Vela
Ass. Remo da Beira Litoral
Natação / Triatlo
●
Pesca Desportiva
Mergulho
Remo
Descidas de Rio
Canoagem
Ass. Naval 1º Maio
Surf / Bodyboard
Denominação
PROMOTORES
Aluguer / Passeios
M O D ALI D A D ES
4
69
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 .3. Modal id ad e s
CONTINUAÇÃO…
●
O Pioneiro do Mondego
●
Search Time
●
Sport Margens
●
AcuaSubOeste
Adventure Begin
Alto Mar
Atraente
Baleal SurfCamp
Berlenga Turpesca
●
Berlengas Sailing
●
Centro de Canoagem do Oeste
●
Clube Naval de Peniche
Escola de Surf de Peniche
●
FunPolis
●
●
Haliotis
Julius - Berlenga Praia
●
●
●
★
Ovar
São José ao Leme
●
★
Ovar
Xotavento
●
Go Outdoor
Horizontes do Pinhal
●
●
●
●
★
Penamacor
★
Penacova
★
Penacova
★
Penacova
★
Penacova
★
Peniche
★
Peniche
●
★
Peniche
●
★
Peniche
★
Peniche
★
Peniche
★
Peniche
●
●
●
●
●
★
●
●
●
Peniche
★
Peniche
★
Peniche
★
●
★
Peniche
★
Peniche
●
★
Peniche
●
Município
★
Peniche
★
Peniche
★
Peniche
●
★
Peniche
●
★
Peniche
●
●
●
●
●
Trilhos do Zêzere
●
Boca do Lobo
●
DouroVou
●
●
●
Evasion Time
●
●
Turnauga
Viking Kayak Clube
Templar
●
★
Penela
★
Proença-a-Nova
★
Sertã
★
Sever do Vouga
★
Sever do Vouga
●
★
Sever do Vouga
●
★
Sever do Vouga
●
★
Sever do Vouga
★
★
Tomar
★ Tomar
●
★
Tomar
●
★
Tondela
●
●
●
●
●
●
Via Aventura
●
Sport Natura
●
●
Escola de Surf Inês Tralha
●
SAL
●
●
Cankay
●
Montebelo
●
●
●
●
●
●
●
Tomar Radical
Clube Náutico Barquinhense
●
●
★
Torres Vedras
★
●
●
●
●
●
●
●
●
●
★
MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES
Peniche Surf Camp
Águas Interiores
Capitão Dureza
Ovar
★
Mar
●
Windsurf
●
Canyoning / Rafting
●
Kitesurf
Recantos de Lazer
Vela
Peniche Kite Center
Natação / Triatlo
Óbidos
★
Pesca Desportiva
Mergulho
Surf Clube do Furadouro
Descidas de Rio
●
★
Surf / Bodyboard
Remo
Canoagem
Náutica Desportiva Ovarense
Aluguer / Passeios
●
Nautipesca
★
Município
MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES
●
●
Nazaré
Águas Interiores
●
Denominação
PROMOTORES
Mar
Clube Canoagem de Ovar
●
●
Windsurf
●
Canyoning / Rafting
●
Kitesurf
●
Vela
Great West
Natação / Triatlo
Pesca Desportiva
M O D ALI D A D ES
Mergulho
Remo
Descidas de Rio
Canoagem
Clube Naval da Nazaré
Denominação
PROMOTORES
Surf / Bodyboard
Aluguer / Passeios
M O D ALI D A D ES
★
Vagos
★
Viseu
★
Viseu
★
Vila Nova da Barquinha
4
70
4
71
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 .4. Agentes E conóm i cos
Tabela 6 ‣ Identificação, localização, contactos dos agentes económicos da náutica por ramo e por município da região Centro
Denominação - Empresa
Ramo
Telefone
Morada
GPS
Mail / Site
Município
Obe & Sirius
Construção de embarcações de pesca e recreio
234 646 888
Entre Caminhos - Raso Alagôa
3750-301 Águeda
40º35’39”N • 8º27’55”O
[email protected]
Águeda
Riamar
Barcos de Pesca e de Recreio em fibra de vidro
234 112 359
Malaposta
3780-294 Anadia
40º36’08”N • 8º40’20”O
www.riamar.biz
Anadia
Navalria
Construção e reparação de embarcações
234 378 970
Apartado 39 Porto Comercial
3811-901 Aveiro
40º38’09”N • 8º41’11”O
[email protected]
Aveiro
Riatlante (SanRemo)
Venda de embarcações e material náutico
234 722 829
E.N. 235 Oiã
3770-059 Oliveira do Bairro
40º32’27”N • 8º31’51”O
[email protected]
Aveiro
Nautiracing
Venda e reparação de embarcações
262 843 494
R. Bernardino Simões nº 27
2500-138 Caldas da Rainha
39º24’17”N • 9º08’07”O
www.nautiracing.com.pt
Caldas da Rainha
Aquabordo
Comércio e assistência náutica
233 435 133
Rua Jogo da Bola nº 1
3080-388 Buarcos
40º09’57”N • 8º52’49”O
Atlanticeagle
Construção, comércio e reparação de embarcações
961 368 805
Rua dos Estaleiros, Morraceira
3090-749 Figueira da Foz
40º08’34”N • 8º51’45”O
www.aeshipbuilding.com
Figueira da Foz
Estaleiros Navais do Mondego, S.A.
Construção e reparação de embarcações
233 401 600
Murraceira, Apartado 63
3081-801 Figueira da Foz
40º08’37”N • 8º51’43”O
[email protected]
www.enm.pt
Figueira da Foz
Figueiraeates
Venda de embarcações e material náutico
233 426 243
Doca de Recreio
3080-000 Figueira da Foz
40º08’50”N • 8º51’47”O
www.figueiraiates.com
Figueira da Foz
Goltziana
Fabricante de Kayaks de Mar de Alta Performance
233 426 969
Estrada de Coimbra Lote C
3080-302 Figueira da Foz
40º09’35”N • 8º50’33”O
[email protected]
Figueira da Foz
Navegador Mór
Construção naval em metal
233 412 101
Rua Amizade nº 4, R/C, Buarcos
3080-246 Figueira da Foz
40º09’53”N • 8º51’51”O
Figueira da Foz
Papiro Yacht Line
Reparação de embarcações e transporte marítimo
233 411 849
Avenida de Espanha, Apartado 2191
3080 Figueira da Foz
40º08’49”N • 8º51’49”O
Figueira da Foz
RPF Kayaks
Construção de Kayaks
233 428 164
919 797 090
Rua das Galinheiras nº 9
3080-023 Figueira da Foz
40º09’22”N • 8º51’24”O
ee Fonte: AD ELO
72
O
AGENTES
ECONÓMICOS
DA NÁUTICA
Figueira da Foz
[email protected]
http://www.rpfkayaks.com
Figueira da Foz
73
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 .4. Agentes E conóm i cos
CONTINUAÇÃO…
Denominação - Empresa
Ramo
Telefone
Morada
GPS
Mail / Site
Município
SOREB
Reparações eletromecânicas e bobinagem em embarcações
233 420 581
Rua Direita do Monte nº 68
3080-104 Figueira da Foz
40º08’57”N • 8º51’15”O
[email protected]
Figueira da Foz
Delmar Conde
Construção de embarcações personalizadas
234 361 978
966 931 582
Rua de Ílhavo nº 3
3830-488 Gafanha da Encarnação
40º36’50”N • 8º44’18”O
[email protected]
www.delmarconde.pt
Ílhavo
NavalPep
Reparação e manutenção de embarcações
234 361 646
Rua Damão nº 76
3830-601 Gafanha da Nazaré
40º38’25”N • 8º41’46”O
[email protected]
Ílhavo
Pontemar
Reparação, manutenção e documentação de barcos de
recreio
234 363 516
Porto de Pesca Costeira
3830 Gafanha da Nazaré
40º37’46”N • 8º44’01”O
[email protected]
Ílhavo
MiraRia
Barcos de Pesca e de Recreio em fibra de vidro
234 322 244
Estrada da Mota, Gafanha d’ Aquém
3830-143 Ílhavo
40º38’05”N • 8º42’14”O
[email protected]
www.miraria.com
Mira
Estaleiro Amigos da Ria
Construção e recuperação dos barcos moliceiros
234 868 134
Cais da Ribeira de Pardelhas
3870-168 Murtosa
40º43’52”N • 8º39’37”O
[email protected]
www.net-moliceiro.inovanet.pt
Murtosa
Navalship - Construção e Gestão Naval
S.A.
Construção e reparação de embarcações
262 562 244
Estaleiro - Porto Abrigo
2450-075 Nazaré
39º36’05”N • 9º04’12”O
Cenário
Recuperação e construção de barcos tradicionais
965 635 233
Cais do Puxadouro, Válega
3780-000 Ovar
40º50’00”N • 8º37’26”O
cenario.blogspot.com
Ovar
Paulo Manuel Henriques Rodrigues
(PMHR)
Construção de embarcações tradicionais (Barca Serrana)
239 476 398
Rua da Ferradosa Velha nº 1, Ferradosa
3360-186 Penacova
40º15’52”N • 8º15’23”O
[email protected]
Penacova
Estaleiros Navais de Peniche, S.A
Construção e reparação de embarcações
262 780 420
Molhe Leste
2520-620 Peniche
39º21’11”N • 9º22’06”O
[email protected]
Peniche
Fibramar
Construção de embarcações em fibra de vidro
262 759 538
Zona Industrial Porto de Lobos
2525-378 Atouguia da Baleia
39º20’38”N • 9º20’45”O
[email protected]
Peniche
Franqueira & Companhia
Venda de embarcações e material náutico
262 782 287
Rua José Estêvão nº 26
2520-466 Peniche
39º21’24”N • 9º22’45”O
M.B.P, Lda.
Manutenção e aluguer de material náutico
249 371 589
Estrada da Serra nº3, Serra
2300-251 Tomar
39º35’57”N • 8º18’07”O
[email protected]
Tomar
Ski World
Comércio de equipamentos náuticos
249 311 509
Rua D. Antónia Marques de Carvalho nº 15
2300-251 Tomar
39º36’03”N • 8º18’23”O
[email protected]
www.skiworld.pt
Tomar
ee Fonte: AD ELO
74
O
AGENTES
ECONÓMICOS
DA NÁUTICA
Nazaré
Peniche
75
OFERTA NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .4 .5. Fed era çõe s e as s oci açõe s n a cio n a is
Tabela 7 ‣ Identificação, localização, contactos dos organismos nacionais por modalidades
Denominação - ORGANISMO
Modalidades
Telefone
Morada
GPS
Mail / Site
Associação Nacional de Cruzeiros
Vela de Cruzeiro
213 958 910
Rua General Gomes Araújo
Edifício Vasco da Gama, Piso 1
1399-005 Lisboa
39º42’05”N • 9º09’52”O
[email protected]
www.ancruzeiros.pt
Associação Portuguesa de Kite
Kitesurf
265 533 633
Largo Defensores da Republica nº 2-A
2910-470 Setúbal
38º31’23”N • 8º53’09”O
[email protected]
www.apkite.pt
Federação Portuguesa de Atividades
Subaquáticas
Pesca Submarina / Hóquei, Tiro e
Râguebi Subaquático / Natação com
Barbatanas / Mergulho / Orientação
211 910 868
Rua José Falcão nº 4, 2º
1170-193 Lisboa
38º43’58”N • 9º08’02”O
[email protected]
www.fpas.pt
Federação Portuguesa de Canoagem
Canoagem / KayakSurf / Kayak Pólo
225 432 237
Rua António Pinto Machado nº 60
4100-068 Porto
41º09’49”N • 8º38’39”O
[email protected]
www.fpcanoagem.pt
Federação Portuguesa de Motonáutica
Motonáutica
218 871 990
Av. Infante D. Henrique
Muralha Nova S/N
1900-264 Lisboa
38º35’34”N • 9º06’12”O
[email protected]
www.fpmotonautica.org
Federação Portuguesa de Natação
Natação
214 158 190
Moradia do Complexo do Jamor
Estrada da Costa, Cruz Quebrada
1495-688 Dafundo
38º42’15”N • 9º15’26”O
[email protected]
www.fpnatacao.pt
Federação Portuguesa de Pesca Desportiva
Pesca Desportiva
213 140 177
Rua Eça de Queirós nº 3, 1º
1050-095 Lisboa
38º43’37”N • 9º08’53”O
[email protected]
www.fppd.pt
Federação Portuguesa de Remo
Remo
213 929 840
Doca de Santo Amaro
1350-353 Lisboa
38º41’56”N • 9º10’43”O
[email protected]
www.remoportugal.pt
Federação Portuguesa de Surf
Surf / Bodyboard
219 228 914
Complexo Desportivo de Ouressa, Mem Martins
2725-320 Sintra
38º47’52”N • 9º21’09”O
[email protected]
www.surfingportugal.com
Federação Portuguesa de Vela
Vela / WindSurf
213 658 500
Doca de Belém
1300-038 Lisboa
38º41’44”N • 9º11’31”O
[email protected]
www.fpvela.pt
FEDERAÇÕES
E ASSOCIAÇÕES
NACIONAIS
77
ee Fonte: istockphoto.com
76
q
GRANDES EVENTOS NÁUTICOS DA REGIÃO CENTRO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 . 5. G rande s e v e n tos ná u ti c o s n a r e g i ã o C e n t r o
Portugal tem granjeado fama na realização de eventos desportivos.
Os eventos náuticos não fogem a esta reputação, uma vez que já se
realizaram no país alguns dos eventos mais importantes das mais variadas disciplinas.
Apesar de os grandes eventos náuticos não terem ainda uma forte expressão na
região, existem alguns que já se enraizaram e que se realizam continuamente, sendo estes uma mais valia comprovada para as modalidades e organismos impulsionadores e para os locais que os recebem ao nível da sua promoção económica,
turística e hoteleira.
Começam, por conseguinte, a constar no calendário náutico mundial alguns
acontecimentos realizados em Portugal que alcançam uma forte mediatização e
promovem a região, como é o caso dos desportos de ondas no oeste.
1
Ria de Aveiro Weekend: iniciativa
regional de capacitação e promoção
da Ria, realiza-se em junho e oferece
um fim de semama completamente
dedicado à Ria de Aveiro e ao seu patrimómio natural e humano. No âmbito
desta iniciativa dinamiza-se um conjunto diversificado de atividades, como
a Grande Regata dos Moliceiros da Ria
de Aveiro (atividade âncora do evento
promovida pelo município de Aveiro),
onde desde a Torreira até ao canal central, em Aveiro, ao longo de cerca de
duas horas, a ria fica mais bonita com
a profusão de cores e movimento dos
Barcos Moliceiros a concurso, proporcionando excelentes e únicas imagens.
78
2
Mar Agosto: iniciativa anual no município de Ílhavo que integra no seu leque
de realizações vários eventos associando a promoção do mar, da cultura,
dos desportos náuticos e gastronomia,
entre os quais se destacam o Festival
do Bacalhau (Jardim Oudinot), o Sumol
Cup - Campeonato da Europa de Bodyboard Feminino e Campeonato Nacional de Surf Feminimo (Praia da Costa
Nova) e Festival Ria Agosto.
6
De seguida, destacam-se alguns exemplos de grandes eventos que contribuem ou contribuíram para a economia
e desenvolvimento da região:
3
Regata Internacional Queima das Fitas de Coimbra: regata anual de remo
que conta com a participação de mais
de 1.100 atletas e que, sendo a maior
prova da Península Ibérica da modalidade, já ultrapassou as 30 edições.
1 Fonte: http://www.cm-ilhavo.pt/uploads/event/image/946/cartaz_ria_de_aveiro_weekend-page-002.jpg
2 Fonte: http://www.cm-ilhavo.pt/uploads/news/image/1035/mar_agosto_not_cias.jpg
3 Fonte: AD ELO
4 Fonte: http://www.cm-montemorvelho.pt/images/2013/20130423_1_1.jpg
5 Fonte: homydesign / www.shuterstock.com
6 Fonte: http://praiadonorte.com.pt/wp-content/uploads/2013/09/wave_2013.jpg
4
Campeonatos da Europa e do Mundo no CAR de Montemor-o-Velho:
não tendo um caráter fixo anual, são
realizados pontualmente nestas instalações grandes eventos nacionais e
internacionais de remo e canoagem
que se apresentam como os mais importantes das respetivas modalidades.
5
Campeonatos Internacionais de Surf
no oeste: o oeste vem-se afirmando
como passagem obrigatória por esta
zona de etapas importantes do circuito
mundial do surf e de etapas dos mais
prestigiados troféus internacionais de
desportos de ondas.
6
Quebra de recordes mundiais: também no Oeste (Nazaré), a forte mediatização da iniciativa Zon North Canyon
(2012-2014), que incentiva a procura,
durante um período mínimo de três
anos consecutivos, da quebra sucessiva
do recorde do mundo da maior onda alguma vez surfada, consitiui um importante vetor de afirmação e promoção do
território como a “Capital da Onda”.
79
FORMAÇÃO NÁUTICA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Em complementaridade com toda a oferta náutica das mais diversas
modalidades na região, existe também uma oferta de cursos superiores que direta ou indiretamente propiciam a aprendizagem dos mais
variados conteúdos de relevante interesse para o setor e que se constituem certamente como uma alavanca para o seu desenvolvimento.
ee Fonte: Akirastock / www.istockphoto.com
1 . 6. Form aç ã o ná u ti c a
1 .6 .1. Cursos e f orm ação
Universidade de Aveiro:
ISCIA – Instituto Superior de Ciências da Informação e
Administração de Aveiro:
Instituto Politécnico de Leiria
Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche:
44 Licenciatura em Ciências do Mar - licenciatura multidisciplinar de três anos que pretende fornecer uma formação
sólida de base nos diversos aspetos das ciências marinhas.
44 Licenciatura em Gestão das Atividades Marítimas e Portuárias – licenciatura de três anos que pretende assegurar a
formação superior de técnicos/as especializados/as ao nível
da gestão de atividades relacionadas com o mar.
44 Licenciatura em Biologia Marinha e Biotecnologia – licenciatura de três anos que pretende conferir competências
de gestão sustentável dos recursos biológicos marinhos.
44 Licenciatura em Meteorologia, Oceanografia e Geofísica
– licenciatura de três anos que tem como objetivo providenciar uma formação sólida em ciências da terra, da atmosfera
e do oceano, com especial ênfase nos processos físicos.
44 Mestrado em Biologia Marinha – mestrado de dois anos
letivos, pretendendo-se alcançar uma compreensão aprofundada dos principais processos biológicos de produção e
de degradação da matéria orgânica que decorrem nos ecossistemas marinhos.
44 Mestrado em Ciências do Mar e das Zonas Costeiras –
tendo a duração de dois anos, propõe-se fornecer conhecimentos sólidos e multidisciplinares, dos principais processos
físicos, químicos, biológicos e geológicos que caracterizam e
ocorrem nos sistemas costeiros e marinhos.
44 Mestrado em Meteorologia e Oceanografia Física – ao
longo de dois anos visa a obtenção de conhecimentos relativamente aos processos físicos que determinam a evolução
dos estados da atmosfera e do oceano.
44 Doutoramento em Ciência, Tecnologia e Gestão do Mar
44 Doutoramento em Ciências do Mar e do Ambiente
44 Doutoramento em Gestão Marinha e Costeira
80
Universidade de Coimbra:
44 Mestrado em Aquacultura – ao longo de dois anos pretende-se fomentar os conhecimentos da aquacultura moderna e dos novos métodos de cultivo em ambiente aquático.
44 Curso de Climatologia e Hidrologia Médicas – com a duração de um ano, é destinado a médicos/as que queiram
especializar-se em clínica hidrológica e climatérica com particularização em águas minerais portuguesas.
44 Mestrado em Biotecnologia dos Recursos Marinhos –
com a duração de três anos, este mestrado pretende cimentar conhecimentos da biologia marinha aliada à conservação
e gestão sustentável dos recursos marinhos.
44 Pós-graduação em Economia e Gestão da Água – tendo
a duração de um semestre, este novo curso procura criar
uma visão integrada das múltiplas dimensões que caracterizam a água, como recurso fundamental para a existência
das atividades económicas e da própria vida.
44 Licenciaturas e Mestrados em Geografia e Desenvolvimento – com a duração de três e dois anos respetivamente,
conferem ensinamentos nas áreas da hidrologia, climatologia marinha, desenvolvimento sustentável e ordenamento
das orlas costeiras e águas interiores.
Na Universidade de Coimbra (Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade de Coimbra) está sediado ainda
o IMAR – Centro de Transferência de Saberes do Mar e do
Ambiente, que coordena grupos de investigação nas seguintes áreas do saber do domínio náutico:
kk Ecossistemas de zonas húmidas, estuários e zonas marinhas costeiras
kk Ecossistemas de água doce e bacias hidrográficas
kk Sistemas sedimentares, hidrodinâmicas e alterações globais
kk Ecotoxicologia e avaliação de riscos ambientais
kk Recursos hídricos e ambiente
kk Modelação ecológica.
Na Universidade de Aveiro está identicamente institucionalizado um centro de investigação e transferência de tecnologia dedicado às questões do mar, denominado ECOMARE, que é constituído por duas unidades básicas, o Centro
de Extensão e de Pesquisa Ambiental e Marinha (CEPAM)
e a Unidade de Pesquisa e Recuperação de Animais Marinhos (UPRAM), cada uma com funções e valências únicas
em Portugal. Este centro pretende desenvolver prestação de
serviços de I&D e transferência de tecnologia a empresas e
organizações governamentais e internacionais no âmbito do
mar, com vista ao aproveitamento sustentável dos recursos
marinhos.
Neste polo universitário está ainda sediado o CESAM
– Centro de Estudos do Ambiente e do Mar que envolve cerca
de 500 investigadores e investigadoras de seis departamentos da Universidade de Aveiro: ambiente e ordenamento, biologia, engenharia civil, fí¬sica, geociências e quí¬mica.
O CESAM tem por missão desenvolver investigações
na área do ambiente costeiro e marinho envolvendo a atmosfera, a biosfera, a hidrosfera, a litosfera e a troposfera.
É igualmente relevante salientar, que na região Centro é fornecido um vasto leque de formações técnicas e profissionais,
com especial destaque para o For-Mar – Centro de Formação Profissional das Pescas e do Mar, que ministra continuamente um conjunto alargado de cursos multidisciplinares
ligados à ciência e arte náutica e piscatória, nos seus centros
de formação de Ílhavo, Figueira da Foz e Peniche/Nazaré.
Também na Figueira da Foz está instalado desde 1995 o
CEMAR - Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís
de Albuquerque, que desenvolve ações de investigação, desenvolvimento e cooperação nas diferentes temáticas marítimas.
81
FORMAÇÃO NÁUTIVA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .6 .2. Cartas d e nave gad or
Tabela 8 ‣ Cartas de navegador
Denominação
Entidade Formadora
Cursos
Telefone
Morada
GPS
Mail / Site
Município
Clube Náutico de São Martinho do
Porto
Principiante / Marinheiro /
Patrão Local / Patrão de Costa
262 980 290
R. Cândido dos Reis
2460-637 São Martinho do Porto
39º30’43”N • 9º08’24”O
[email protected]
[email protected]
Alcobaça
A.A.Coimbra - Secção de Desportos
Náuticos
Principiante / Marinheiro
239 810 023
916 997 194
Avenida Inês de Castro, Pavilhões A e B
3040-255 Santa Clara
40º11’59”N • 8º25’43”O
[email protected]
Coimbra
Forsailing
Marinheiro
964 919 375
Rua do Bonfim nº 58
6000-186 Castelo Branco
39º49’40”N • 7º28’25”O
[email protected]
www.forsailing.pt
Castelo Branco
Clube Náutico da Figueira da Foz
Principiante / Marinheiro / Patrão Local
233 428 019
Doca de Recreio da Figueira da Foz
3081-801 Figueira da Foz
40º08’50”N • 8º51’46”O
[email protected]
Figueira da Foz
Consulfoz
Principiante / Marinheiro / Patrão Local /
Patrão de Costa / Patrão de Alto Mar
233 418 209
Estação Fluvial da Margem Sul
3090-661 Figueira da Foz
40º09’07”N • 8º51’27”O
[email protected]
Figueira da Foz
Clube de Vela da Costa Nova
Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa
234 369 300
Avenida José Estevão
3830-453 Gafanha da Encarnação
40º36’31”N • 8º44’55”O
[email protected]
www.cvcn.pt
Ílhavo
Sharpie Club de Portugal
Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa
934 682 695
Porto de Pesca Costeira de Aveiro
3830-565 Gafanha da Nazaré
40º37’45”N • 8º44’05”O
[email protected]
Ílhavo
7,5° Oeste
Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa
962 534 078
Cais Comercial Terminal N, Edifício 6, Forte da Barra
3830-702 Gafanha da Nazaré
40º38’27”N • 8º44’31”O
[email protected]
www.75oeste.com
Ílhavo
NW - Actividades Náuticas
Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa
262 562 292
Porto da Nazaré- Edifício IPTM
2450-075 Nazaré
39º35’02”N • 9º04’19”O
[email protected]
www.noroeste.com.pt
Nazaré
Haliotis
Patrão Local / Patrão de Costa
262 781 160
Porto de Abrigo de Sesimbra
2970-000 Sesimbra
39º21’01”N • 9º21’35”O
[email protected]
[email protected]
Peniche
ee Fonte: www.pixabay.com
82
9
CARTAS DE
NAVEGADOR
83
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 . 7. Patri móni o
Na região Centro destaca-se um riquíssimo património cultural e natural com características endógenas únicas que complementam e fortalecem a atividade náutica.
1 .7 .1. Patrimóni o cultur al
Arte Xávega
Barca Serrana do Mondego
Barcos Moliceiros
Batel do Sal
A Xávega é uma arte de pesca por cerco, realizada por embarcações tradicionais muito características, na qual uma
extremidade da rede fica em terra, enquanto a rede é colocada a bordo de uma embarcação que sai para o mar, libertando-a. A outra extremidade é levada para terra, e puxada;
antigamente com a ajuda de juntas de bois e força braçal, e
atualmente recorrendo a meios mecânicos.
Este tipo de pesca centenária na costa portuguesa é
atualmente objeto de fortes interesses turístico-culturais,
em complemento dos fins comerciais de outrora, sendo ainda observável nos areais do Furadouro, Torreira, Vagueira,
Mira, Tocha, Quiaios, Costa de Lavos, Pedrógão, Vieira, Peniche e Nazaré, entre outros.
Lançada em Abril de 2012 na praia fluvial do Reconquinho em
Penacova, esta réplica é o resultado de uma parceria entre a
AD ELO e o município de Penacova no âmbito do projeto europeu NEA 2-Náutica no Espaço Atlântico integrando um leque
de iniciativas de dinamização da atividade náutica na região.
Apresenta como objetivos reavivar tradições, usos e
costumes, proteger e preservar os métodos construtivos
tradicionais e realçar o potencial que a exploração comercial da Barca Serrana pode desempenhar na dinamização do
turismo local.
Moliceiro é o nome dado aos barcos que circulam na ria de
Aveiro, região lagunar do rio Vouga. Destinavam-se outrora
à colheita e transporte de moliço (vegetação da ria, utilizada para fertilizar os campos agrícolas), mercadorias e gado,
sendo hoje essencialmente uma atração turística, visível
pelo enorme tráfego destas embarcações nos canais da “Veneza de Portugal”.
Em forma de meia lua, os moliceiros têm mastro e
leme de grandes dimensões. O seu pequeno calado permite-lhes mover-se nos canais menos fundos, sendo, nessas
circunstâncias, movido à vara. Estes ex-libris da cidade de
Aveiro possuem uma proa e ré muito aprimoradas que normalmente estão pintadas com cores fortes e desenhos, representando ou satirizando os mais diversos temas, desde
cenas religiosas, românticas ou políticas e sociais. Atracado na Figueira da Foz, encontra-se uma réplica de
um secular Batel do Sal. O “Sal do Mondego” é a única embarcação do género a navegar no estuário do Mondego. Os
passeios turísticos a bordo deste batel pretendem recriar a
tradição histórica da atividade salineira, dando relevo à fauna
e à flora peculiar da foz do Mondego.
ee Arte Xávega na praia da Costa de Lavos
Fonte: AD ELO
ee Réplica de Barca Serrana do Mondego (praia fluvial de Reconquinho em Penacova)
Fonte: AD ELO
ee Barcos Moliceiros
Fonte: Wikipédia
ee Réplica de Batel do Sal -“Sal do Mondego”
Fonte: AD ELO
6Câmara Municipal de Penacova
Largo José Alberto Leitão, 5
3360-341 Penacova
8+351 239 470 300
940º16'00"N • 8º16'44"O
@[email protected]
swww.cm-penacova.pt
6Ria de Aveiro - C. M. de Aveiro
Cais da Fonte Nova, Ap. 244
3811-904 Aveiro
8+351 234 406 300
940º38'28"N • 8º39'20"O
@[email protected]
swww.cm-aveiro.pt
6Armazéns de Lavos
3090 Lavos
8+351 961 365 457
940º06'20"N • 8º36'08"O
@[email protected]
swww.cm-figfoz.pt
84
85
PATRIMÓNIO
Centro de Recuperação de Animais Marinhos
de Quiaios (CRAM-Q)
As primeiras estruturas permanentes de reabilitação de animais marinhos em Quiaios surgiram em 2006 devido a um
aumento no número de pedidos de ajuda para o salvamento
de animais marinhos e à falta de unidades de apoio. Esta realidade era bastante evidente na faixa litoral entre Peniche e o
Porto, obrigando a uma melhoria na eficácia de atuação por
parte da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem (SPVS).
Assim surgiu o Centro de Recuperação de Quiaios (Figueira da Foz) que se encontra aberto ao público.
ee Centro de Recuperação de Animais Marinhos de Quiaios
Fonte: CRAM-Q
6Casa da Guarda Florestal
Rua das Matas Nacionais
3081-101 Figueira da Foz
8+351 919 618 705
940º13'43"N • 8º52'42"O
@[email protected]
swww.cramq.socpvs.org
86
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Ciclovias/Ecovias
Ecomuseu do Olival
Ecomuseu Marinha da Troncalhada
Para uma região se tornar atrativa e competitiva necessita de apostar naquilo que a distingue das outras, nas suas
especificidades, valorizando os seus próprios recursos e
tornando-os inovadores. As redes de ciclovias constituem
uma excelente oportunidade, podendo assumir um contributo preponderante na definição de estratégias de desenvolvimento turístico mais competitivas e sustentadas que
associam os recursos naturais aos culturais disponíveis para
o processo de desenvolvimento, tornando-o mais coeso,
sustentável e inclusivo.
A região Centro é dotada de algumas destas acessibilidades, onde se destacam a Ecopista do Rio Dão (49,5
quilómetros), a Pista Ciclopedonal de Mira (25 quilómetros),
a Ciclovia da Tocha (4,5 quilómetros), a Ciclovia Urbana da
Figueira da Foz (4 quilómetros) e a Ciclovia da Marinha Grande, que se divide em três percursos: Marinha Grande- Praia
da Vieira (18 quilómetros), Marinha Grande – São Pedro de
Moel (9 quilómetros) e São Pedro de Moel – Nazaré (20 quilómetros).
Ecomuseu inaugurado em 1994 como resultado da recuperação de um moinho de água em ruínas, possuindo um espólio etnográfico regional assinalável.
O museu é composto por três partes distintas: a cozinha, a sala de estar e a sala do moinho. Nesta última sala
encontram-se os dois moinhos existentes, totalmente recuperados e em funcionamento.
Marinha de sal ainda em atividade, adaptada para ecomuseu onde é possível, dependendo das estações do ano, ver
a produção e recolha de sal feitas, nos nossos dias, ainda de
forma tradicional.
A visita a este núcleo explora as vivências e tradições
ligadas à salicultura da região aveirense, bem como o seu
património natural onde se inclui a diversidade de paisagens
e a fauna e flora características.
O Ecomuseu Marinha da Troncalhada, através do Museu da Cidade de Aveiro, faz parte integrante do projeto Ecosal-Atlantis. Projeto que entre muitas outras iniciativas conta
com a criação da Sal Tradicional Rota do Atlântico.
ee Fonte: www.pixabay.com
ee Ecomuseu do Olival
Fonte: www.mediotejodigital.pt
ee Ecomuseu Marinha da Troncalhada
Fonte: Câmara Municipal de Aveiro
6Rua Carvalho da Bola, nº14
2435-451 Ourém
939º42'29"N • 8º36'11"O
6Cais das Pirâmides
3800-200 Aveiro
940º38’42’’N • 8º39’01’’O
87
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Farol da Barra
Farol do Cabo Carvoeiro
Farol do Cabo Mondego
Farol e Forte da Nazaré
O Farol da Barra situa-se na praia com o mesmo nome,
sendo um dos ex-líbris do município de Ílhavo. Construído
à entrada da barra, esta admirável obra do século XIX (18851893) passou a estar de vigia a toda a navegação que até
aí não dispunha de orientação, evitando os naufrágios nos
bancos de areia. As embarcações da época eram frequentemente atraídas para terra, devido à ilusão de afastamento,
provocada por uma costa muito plana com as primeiras elevações a grande distância do mar.
À data da sua construção foi o sexto maior do mundo
em alvenaria de pedra, continuando a ser atualmente o mais
alto de Portugal, o segundo maior da Europa e considerado
o 26º mais alto do mundo, erguendo-se 66 metros acima do
nível do mar, com uma altura de 62 metros. A sua potente
lâmpada projeta um feixe luminoso visível, em condições
normais de transparência atmosférica, a 26 milhas náuticas,
cerca de 48 quilómetros.
O Farol do Cabo Carvoeiro faz parte do grupo de seis faróis
mandados edificar pelo Alvará Pombalino de 1 de fevereiro
de 1758 que criou o Serviço de Faróis em Portugal. Entrou
em funcionamento em 1790, sendo assim um dos mais antigos da costa portuguesa. Situa-se a uma altitude de 57 metros acima do nível do mar e tem uma altura de 27 metros.
A sua luz tem um alcance de aproximadamente 15 milhas
náuticas, cerca de 28 quilómetros.
Situado no Cabo do Mondego foi construído entre 1835 e
1858. Debruçado sobre o Atlântico, este pitoresco farol é
composto por uma torre quadrangular branca com edifício
anexo, tem 15 metros de altura ficando 97 metros acima do
nível do mar e apresenta o alcance luminoso de 28 milhas
náuticas, cerca de 52 quilómetros. Encaixado na magnífica
paisagem da Serra da Boa Viagem é presentemente um dos
locais mais visitados da Figueira da Foz.
Farol instalado no Forte de São Miguel (1577) desde 1903
e automatizado em 1986, servindo para o auxílio à navegação. Tem atualmente um alcance luminoso de 15 milhas,
cerca de 28 quilómetros e com oito metros de altura, está
50 metros acima do nível do mar. Presentemente tem tido
bastante divulgação e projeção internacional graças às inúmeras imagens que retratam as quebras dos records da
maior onda surfada.
ee Farol da Barra
Fonte: www.patrimonioreligiosodeilhavo.blogspot.pt
ee Farol do Cabo Carvoeiro
Fonte: www.oitograus.blogspot.com
ee Farol do Cabo Mondego
Fonte: AD ELO
ee Farol e Forte da Nazaré
Fonte: www.dn.pt
6Largo do Farol, Praia da Barra
3830-753 Gafanha da Nazaré
8+351 234 369 271
940º38'33"N • 8º44'52"O
@[email protected]
swww.cm-ilhavo.pt
6Cabo Carvoeiro
2520-607 Peniche
8+351 262 780 122
939º21'36"N • 9º23'58"O
@[email protected]
swww.cm-peniche.pt
6EN 109-8, Buarcos
3080-008 Figueira da Foz
8+351 233 422 955
940º11'28"N • 8º54'19"O
@[email protected]
swww.cm-figfoz.pt
6Estrada do Farol - Sítio da Nazaré
2450-065 Nazaré
8+351 262 551 171
939º35'23"N • 9º04'58"O
@[email protected]
swww.cm-nazare.pt
88
89
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Farol e Forte das Berlengas
Farol Penedo da Saudade
Forte da Figueira da Foz
Forte de Peniche
Sendo um dos mais antigos faróis portugueses, o também
denominado de “Farol Duque de Bragança” foi mandado edificar por Alvará pombalino em 1758, porém, só em 1839 é
que a sua luz passou a iluminar as noites do Atlântico. A sua
torre quadrangular tem 29 metros de altura, encontra-se 121
metros acima do nível do mar a e sua luz atinge um alcance
de 27 milhas náuticas, cerca de 50 quilómetros.
Outro ponto de referência das Berlengas é o Forte S.
João Batista, concluído em 1666, serviu ao longo da história
como uma estratégica linha de defesa da costa portuguesa.
Presentemente tem 20 quartos e variados serviços abertos
ao público.
Inaugurado em 1912, por não haver, na época, nenhum outro
entre Peniche e o Cabo Mondego, o farol servia não só de
aviso à navegação mas também para a deteção de fogos no
pinhal. Tem de altura 51 metros, desde o nível do mar até
ao topo da sua torre e um feixe luminoso que atinge uma
distância de 41 milhas, cerca de 76 quilómetros.
Denominado de Forte de Santa Catarina, localiza-se na freguesia de Buarcos. Este forte que serviu de base ao Duque
de Wellington quando desembarcou em Portugal em 1808,
para ajudar a expulsar as tropas de Napoleão, foi edificado
no século XVII e fez parte da linha defensiva que integrava
o forte de Buarcos (que ainda ostenta parte da sua vistosa
muralha junto ao areal) e de Palheiros (onde permanecem
ruínas do seu Fortim). Possui uma pequena capela dedicada
a Santa Catarina que foi, juntamente com o forte, classificada
como monumento nacional em 1961.
Esta fortaleza foi mandada edificar por D. João III em 1557 e
concluída em 1645 por D. João IV, que a considerou a principal chave do Reino pela parte do mar, tendo sido uma praça
militar de vital importância estratégica até 1897. Esta edificação, que serviu de prisão política durante o Estado Novo, tem
presentemente um museu aberto ao público que evoca toda
a sua história e da região.
ee Farol e Forte das Berlengas
Fonte:www.panoramio.com
ee Farol Penedo da Saudade (São Pedro de Moel)
Fonte: www.cq0odx.clanteam.com
ee Forte da Figueira da Foz
Fonte: www.pela-positiva.blogspot.pt
ee Forte de Peniche
Fonte: Wikipédia
6Reserva da Berlenga
2520 Peniche
8+351 262 787 910
939º24'54"N • 9º30'33"O
@[email protected]
swww.cm-peniche.pt
6Avenida do farol
2430-502 São Pedro de Moel
8+351 234 406 300
939º45'50"N • 9º01'51"O
@[email protected]
swww.cm-mgrande.pt
6Avenida 25 de Abril
3080-086 Figueira da Foz
8+351 233 422 630
940º08'52"N • 8º51'58"O
@[email protected]
swww.saojuliao.pt
6Campo da República
2520-609 Peniche
8+351 262 780 116
939º21'13"N • 9º22'49"O
@[email protected]
swww.cm-peniche.pt
90
91
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Moinho das Doze Pedras (Moinho de Marés)
Museu dos Rios e das Artes Marítimas
Museu Marítimo de Ílhavo e Aquário de Bacalhaus
Navio Santa Maria Manuela
O Moinho das Doze Pedras ou Moinho de Marés encontra-se inserido na unidade agrícola da Quinta do Canal, junto
ao rio Pranto.
A data da sua construção remonta ao século XVIII e
foi mandado construir pelo Colégio de Santo Antão de Coimbra - Companhia de Jesus. Apesar da sua utilização inicial
se destinar à atividade industrial e agrícola, o moinho, serviu
também como armazém de grão ou farinha. Presentemente,
o equipamento encontra-se desativado.
Fundado a 11 de Abril de 1998 em Constância, este museu
possui um conjunto de coleções de etnografia fluvial e pretende recolher, salvaguardar e divulgar o património centenário deste porto fluvial, que assumiu uma posição de relevo
até meados do século XX. Encontra-se dividido em três espaços, sendo o primeiro dedicado à pesca, o segundo ao transporte fluvial e o terceiro dedicado à construção naval. Possui
ainda uma sala que representa a festa anual em honra de
Nossa Senhora da Boa Viagem, protetora do povo marítimo.
O Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) alberga uma vasta coleção de objetos relacionados com a pesca à linha do bacalhau
e com as fainas marítimas da ria de Aveiro destacando as
diversas artes de pesca da laguna nos séculos XIX e XX.
No âmbito das Comemorações do 75.º Aniversário
do MMI, a Câmara Municipal de Ílhavo inaugurou em janeiro de 2013, o Aquário de Bacalhaus do Museu Marítimo de Ílhavo, numa aposta forte na promoção da cultura
marinheira do Município Capital Portuguesa do Bacalhau.
O Aquário de Bacalhaus confere uma nova tripla dimensão
deste espaço de cultura: museu, aquário e investigação,
esta última, resultado da ativação do Centro de Investigação e Empreendedorismo do Mar (CIEMar-Ílhavo) inaugurado de março de 2012. Assumindo-se como organização
ativa no processo de valorização social da maritimidade, o
CIEMar-Ílhavo é uma estrutura aberta a uma vasta comunidade de públicos e ao estabelecimento de sinergias com
diversas instituições e agentes de cultura e conhecimento
como universidades e centros de investigação de reconhecida competência na área marítima.
O Santa Maria Manuela é um raro exemplar de um navio
de quatro mastros, lançado em 1937. Criado na Companhia
União Fabril (CUF) em Lisboa foi abatido e desmantelado
em 1993 e reconstruido entre 2007 e 2010, recuperando,
aquelas que tinham sido as suas principais características
ainda enquanto lugre bacalhoeiro, sem esquecer o conforto e a comodidade indispensáveis nos dias de hoje. Durante
várias décadas o Santa Maria Manuela cumpriu numerosas
de viagens à pesca de bacalhau (chamadas "campanhas"),
e, juntamente com os navios Creoula e Argus, fez parte da
famosa Frota Branca Portuguesa. De antigo lugre bacalhoeiro passou a navio de turismo cultural de vocação marítima,
promovendo a realização de viagens temáticas de turismo
alternativo e direcionando-se a quem aprecia o turismo
aventura em geral e procura opções de viagens ou férias
didáticas e vivenciais, viagens temáticas pela subordinação
a um tema, seja a observação de espécies marinhas, exploração de zonas de interesse ambiental, ou a vivência de
viagens de importância histórico cultural como por exemplo
a pesca do bacalhau na Terra Nova ou nas etapas das Descobertas, pressupondo a participação ativa dos/as participantes nas tarefas de bordo.
ee Moinho das Doze Pedras
Fonte: Wikipédia
ee Museu dos Rios e das Artes Marítimas
Fonte: www.mediotejodigital.pt
ee Museu Marítimo de Ílhavo
Fonte: www.standartwall.com
ee Navio Santa Maria Manuela
Fonte: Wikipédia
6Quinta do Canal - Alqueidão
3090 Figueira da Foz
940º06'36"N • 8º46'47"O
6Estrada Nacional, nº3
2250 Constância
939º28'39"N • 8º20'27"O
6Avenida Dr. Rocha Madahíl
3830-193 Ílhavo
8+351 234 329 990
940º36'16"N • 8º39'57"O
@[email protected]
swww.museumaritimo.cm-ilhavo.pt
6Cais dos Bacalhoeiros, Ap.12
3834-909 Gafanha da Nazaré
8+351 234 390 290
940º38'55"N • 8º43'07"O
@[email protected]
swww.santamariamanuela.pt
92
93
PATRIMÓNIO
Núcleo Museológico do Mar da Figueira da Foz
Núcleo Museológico do Sal da Figueira da Foz
O Navio-museu Santo André é um antigo arrastão bacalhoeiro que se encontra atracado no Jardim Oudinot em Ílhavo. O
Santo André, que nasceu para a pesca em 1948, não resisitiu
às restrições à pesca em águas exteriores que resultaram
na redução da frota e no abate de boa parte dela nos anos
oitenta, tendo sido convertido em museu em 2001, iniciou
um novo ciclo de vida mostrando como se vivia e trabalhava
a bordo dos barcos de pesca do bacalhau nos mares gelados
do Atlântico Norte.
Este espaço nasceu da necessidade de recuperar e divulgar
algumas das principais memórias históricas das práticas
piscatórias mais identificativas das comunidades da orla
costeira do concelho da Figueira da Foz. O Núcleo Museológico do Mar encontra-se estruturado em três grandes áreas
temáticas: a atividade piscatória do concelho da Figueira da
Foz; a pesca do bacalhau e as gentes do mar - a arte e a fé.
Criado com a missão de interpretar, valorizar e difundir a relação secular do homem com o território das salinas do concelho da Figueira da Foz. O Núcleo Museológico do Sal pretende ainda informar e sensibilizar os diversos públicos para
a necessidade de preservação de uma atividade tradicional e
artesanal e funcionar como um centro de informação sobre
a riqueza da biodiversidade deste ecossistema singular em
que se insere a salicultura.
ee Navio-museu Santo André
Fonte: www.geocaching.com
ee Núcleo Museológico do Mar da Figueira da Foz
Fonte: AD ELO
ee Núcleo Museológico do Sal da Figueira da Foz
Fonte: AD ELO
6Cais do Jardim Oudinot, Forte da Barra
3830 Gafanha da Nazaré
8+351 234 329 990
940º38'29"N • 8º43'43"O
@[email protected]
swww.museumaritimo.cm-ilhavo.pt
6Rua Governador Soares Nogueira, 32
3080-296 Buarcos
8+351 233 413 490
940º09'54"N • 8º52'34"O
@[email protected]
swww.figueiradigital.com
6Armazéns de Lavos
3090-451 Lavos
8+351 966 344 488
940º06'20"N • 8º36'08"O
@[email protected]
swww.figueiradigital.com
94
ee Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-5G0y1p-y8ik/SnyqVDxlPaI/AAAAAAAADtg/jNWIyRy0kek/s1600/Ecomuseu+do+Sal+Figueira+8.jpg
Navio-museu Santo André
95
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .7 .2. Patrimóni o natural
Reservas Naturais
Áreas Protegidas
Reserva Natural da Serra da Malcata
Reserva Natural das Berlengas
A Serra da Malcata é a uma das maiores elevações de Portugal continental, com 1.075 metros de altitude. Situa-se na
região de transição da Beira Alta e da Beira Baixa, entre os
concelhos do Sabugal e de Penamacor, integrando o sistema
montanhoso luso-espanhol da Meseta.
Nela foi criada, em 1981, a Reserva Natural da Serra
da Malcata, que com uma área protegida de 16.348 hectares,
tem como principal objetivo a salvaguarda do Lince-ibérico
que ali vive e de todo o ecossistema a ele associado, sendo
este o felino mais ameaçado do mundo. Atualmente acredita-se que o lince esteja quase extinto na reserva, ainda que a
área possa no futuro ser utilizada como área de reintrodução.
Entre as outras espécies animais importantes presentes no parque encontram-se o Gato-bravo, a Víbora-cornuda,
o Cágado, a Cobra-de-escada, a Cobra-rateira, o Bufo-real, o
Javali, a Raposa-vermelha, a Gineta, o Grifo, o Chapim-azul
e destaca-se ainda a Cegonha-preta, uma espécie rara em
Portugal. Praticamente todas as espécies de anfíbios existentes em Portugal continental estão representadas na reserva.
No domínio da flora é dominada, a norte pelo Carvalho-negral e pelo Pinheiro, a sul pela Azinheira e pelo Medronheiro, nas margens dos principais cursos de água pelo
Freixo, pelo Amieiro e pelo Salgueiro.
A Serra da Malcata é a sétima elevação de Portugal
continental. Ali nasce o rio Bazágueda, afluente do Erges, que
faz parte da rede hidrográfica do Tejo. O relevo é ondulado,
com presença de bosques e áreas de mato mediterrânico.
Situada 5,7 milhas a oeste do Cabo Carvoeiro, a Reserva Natural das Berlengas foi instituída a 3 de setembro de 1981.
Porém, as Berlengas são reconhecidas como sendo a primeira área protegida do mundo, desde o reinado de D. Afonso V que a 15 de novembro de 1465 lhe atribuiu o estatuto de
proteção integral.
As três pequenas ilhas (Berlenga Grande, Estela e Farilhões) apresentam uma fauna característica, onde se destacam a Lagartixa-de-bocage e o Sardão, esta última espécie ameaçada pelas populações de Gaivotas, Coelhos-bravos
e Ratos-pretos. Existem várias espécies de aves, marinhas e
não marinhas, que nidificam neste ponto isolado do litoral,
tais como o Airo (ave símbolo da Reserva Natural das Berlengas); a Cagarra, o Corvo-marinho-de-crista, a Gaivota, a
Pardela-de-bico-amarelo e o Roque-de-castro.
Algumas das espécies de flora endémica presentes
no arquipélago das Berlengas são únicas na Terra, outras
apresentam distribuição muito restrita. A quase ausência de
espécies arbóreas explica-se pela dificuldade de instalação,
devido à falta de solo fértil e aos ventos fortes carregados
de sal. Estão assim inventariadas cerca de uma centena de
espécies de herbáceas e arbustivas, de entre as quais as seguintes espécies endémicas: Armeria berlengensis; Pulicaria microcephala; e Herniaria berlengiana.
Atualmente só podem entrar nas Berlengas 350 pessoas por dia, de forma a ser minimizado o impacto na natureza e no habitat das suas espécies.
ee Reserva Natural da Serra da Malcata
Fonte: Infopédia
ee Reserva Natural das Berlengas
Fonte: www.tintafresca.net
940º16'44"N • 7º01'44"O
939º24'54"N • 9º30'33"O
O processo de criação de Áreas Protegidas (AP) é, regulado
por legislação específica (Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de
julho), surgindo como um instrumento de ação estratégica
oficial fundamental à conservação da natureza e da biodiversidade. A classificação das AP de âmbito nacional pode ser
proposta pela autoridade nacional ou por quaisquer entidades públicas ou privadas; a apreciação técnica pertence ao
Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF),
sendo a classificação decidida pela tutela. O Decreto-Lei n.º
142/2008, de 24 de julho, prevê ainda a possibilidade de criação de Áreas Protegidas de Estatuto Privado (APP).
As tipologias existentes são Reserva Natural, Monumento Natural, Parque Natural, Paisagem Protegida e Parque Nacional.
As Áreas Protegidas de âmbito nacional e as Áreas
Protegidas de Estatuto Privado pertencem à Rede Nacional
de Áreas Protegidas (RNAP).
DUNAS DE SÃO JACINTO
SERRA DA ESTRELA
SERRA DA MALCATA
CABO MONDEGO
PAUL DE ARZILA
MONTES DE SANTA OLAIA E FERRESTELO
SERRA DO AÇOR
PORTAS DE RODÃO
MONTE DE SÃO BARTOLOMEU
SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS
BERLENGAS
PAUL DE TORNADA
PAUL DO BOQUILOBO
LEGENDA:
Áreas Protegidas
NUT II - Centro
Figura 10 ‣ Áreas protegidas da região Centro
Fonte: Elaboração AD ELO
96
97
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Reserva Natural do Paul de Arzila
Reserva Natural do Paul de Boquilobo
Esta reserva natural criada em 1979 e integrada na Zona Especial de Proteção da Ria de Aveiro abrange uma área aproximada de 960 hectares, situa-se junto ao oceano e acompanha as extensas praias entre Mira e Ovar, sendo delimitada a
oeste pelo Atlântico e a este pela Ria de Aveiro. A vegetação
é muito característica e, no séc. XIX, foram plantadas acácias
e pinheiros bravos, num esforço para fixar as dunas.
A disposição dos terrenos onde se localiza esta área
protegida é relativamente recente, tendo estes começado a
adquirir a sua forma atual entre os séculos X e XVII. Até meados do século XIX, estes terrenos eram formados por areias
em movimento que dificultavam a fixação de plantas, no final
desse século iniciam-se os trabalhos de arborização, por parte dos Serviços Florestais, que se prolongaram até à década
de 1930. Anteriormente existiam na zona inúmeros pântanos,
locais propícios á proliferação de mosquitos, responsáveis,
por exemplo, pela transmissão da malária tendo sido essa
uma das causas para a drenagem e secagem dessas zonas.
Na Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto subsiste
uma faixa de vegetação rasteira natural bem conservada na
zona das dunas, mas existe também uma zona de mata, instalada e profundamente alterada pela ação humana.
Pela sua localização litoral algumas espécies marinhas abundam nesta reserva. A Andorinha-do-mar-comum é a ave marinha que mais facilmente pode ser aqui
observada durante todo o ano, contudo, podem-se encontrar variadas espécies como o Fulmar-glacial, o Borrelho, o
Ganso-patola, o Gavião, o Corvo-marinho-de-faces-brancas,
a garça, o açor e várias espécies de gaivotas, cobras, pequenos anfíbios e patos (na sua zona lacustre).
O Centro de Interpretação organiza visitas guiadas através
do denominado Trilho Interpretativo de Descoberta da Natureza.
A Reserva Natural do Paul de Arzila, instituída a 27 de Junho
de 1988, localiza-se 11 km a oeste de Coimbra, na margem
esquerda do rio Mondego, e abrange uma área de 535 hectares, que se distribuem por três concelhos (Coimbra, Condeixa-a-Nova e Montemor-o-Velho). Esta zona húmida deve,
no entanto, o seu nome à freguesia de Arzila, do concelho de
Coimbra. Insere-se no vale da Riibeira de Cernache, na sua
confluência com o Mondego.
Quanto ao património natural, no domínio da flora, a
zona de caniçal é ocupada pela Tabua, pelo Bunho, pelo Juncão e pelo Caniço. Nas valas: Lírio-amarelo, loureiro e Erva-pinheirinha. Na zona envolvente: Pinheiro-bravo, Sobreiro,
Choupo, Salgueiro, Carvalho e Eucalipto.
Relativamente à fauna, comporta uma variada população de aves com cerca de 140 espécies recenseadas, onde se
incluem núcleos reprodutores de garças (símbolo do Paul),
Águias-de-asa-redonda, Gaviões e Cegonhas. É uma importante zona de passagem outonal para migradores transarianos, em particular passeriformes e uma zona húmida de excecional importância para limícolas, anatídeos, Patos-reais,
peixes, insetos, anfíbios e Lontras.
A sua fauna diversificada, principalmente no domínio ornitológico, valeu-lhe a classificação como Reserva Biogenética
do Conselho da Europa e a integração na Rede Natura 2000.
O parque da Reserva Natural do Paul de Arzila dispõe de
um centro de interpretação e de um serviço de visitas guiadas
que permite a visitantes desfrutar em pleno deste espaço.
A Reserva Natural do Paul do Boquilobo situa-se entre a
confluência dos rios Almonda e Tejo, ao longo da junção dos
concelhos de Torres Novas e Golegã na parte sudeste da freguesia da Brogueira. O Paul é fendido por numerosas valas
que formam uma complexa malha e regista uma elevada
variação do nível das águas ao longo do ano, podendo também atuar como uma zona tampão, contribuindo para uma
proteção acrescida às zonas agrícolas adjacentes.
A sua fauna diversificada, principalmente no domínio
ornitológico, valeu-lhe em 1981 a classificação pela UNESCO
como Reserva Mundial da Biosfera, tendo sido esta a primeira área protegida portuguesa a integrar a Rede Mundial
de Reservas da Biosfera. É reconhecida a importância da
reserva como zona húmida natural e como local de abrigo
para um grande número de aves, como local de reprodução,
alimentação e repouso nas rotas de migração.
Os Salgueiros, os Caniçais, os Bunhais, os Jacintos-de-água e alguma variedade de plantas aquáticas dizem respeito à maior parte da sua vegetação. Em meados de julho alberga uma colónia de alguns milhares de Garças, em novembro
e fevereiro é palco de repouso e alimentação de Arrábios,
Zarros, Piadeiras, Marrequinhas, Gaivinas-dos-paúis e Patos-coelho. Possui várias espécies de peixes como o Ruivaco e a
Boga-portuguesa e acolhe ainda mais de uma vintena de espécies de anfíbios e répteis bem como pequenos mamíferos
como a Lontra, o Toirão e o Rato-de-cabreira.
A Quinta do Paul do Boquilobo, foi pertença das Ordens
do Templo de Cristo, tendo sido doada pelo rei D. João I ao seu
filho D. Henrique e posteriormente a D. Fernando de Castro,
senhor do Paul do Boquilobo e respetiva descendência.
ee Reserva Natural das Dunas de São Jacinto
Fonte: www.gojiberries.blogs.sapo.pt
ee Reserva Natural do Paul de Arzila
Fonte: ICN
ee Reserva Natural do Paul de Boquilobo
Fonte: Paul do Boquilobo
940º39'44"N • 8º43'43"O
940º10'23"N • 8º33'30"O
939º23'23"N • 8º31'58"O
98
ee http://2.bp.blogspot.com/-fROLqOEfZaU/UPGc1_VxlmI/AAAAAAAAAGM/wKBfwzVHs1g/s1600/DUNAS+S+JACINTO2.JPG
Reserva Natural das Dunas de São Jacinto
99
PATRIMÓNIO
Monumentos
Naturais
100
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Monumento Natural das Pegadas dos
Dinossauros da Serra de Aire
Monumento Natural
das Portas de Rodão
Monumento Natural
do Cabo Mondego
O também conhecido como Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros de Ourém/Torres Novas na povoação de
Bairro, no Parque Natural das serras de Aire e Candeeiros,
contém um importante registo fóssil do período Jurássico,
as pegadas de alguns dos maiores seres que alguma vez
povoaram o planeta Terra, os dinossáurios saurópodes, que
habitaram esta zona que seria no passado uma zona costeira inundada por lagunas marinhas de baixa profundidade.
No local onde hoje se encontram as pegadas de dinossáurio funcionava uma pedreira, onde em 1994 descobriram
as pegadas que viriam a transformar a mesma no monumento atual.
O Monumento é aberto ao público em 1 de março de
1997 e no mesmo ano é aberto o primeiro circuito autónomo
de visita e de interpretação da jazida. Em 2002 é criado o Jardim Jurássico e o parque possui ainda uma área de animação, um centro de animação ambiental, um parque de merendas, um grande painel ilustrativo da evolução da vida na
Terra ao longo do tempo geológico e diversos painéis informativos ao longo dos cerca de 1.000 metros do seu percurso.
Os 20 trilhos existentes são os maiores e os mais antigos trilhos de saurópodes de que há conhecimento (cerca
de 175 milhões de anos) mas também, dos mais bem conservados, sendo compostos por mais de 1.000 pegadas. Os
Saurópodes eram animais possantes, herbívoros, quadrúpedes, de cabeça pequena e cauda e pescoço compridos.
As Portas de Ródão são uma formação geológica situada na
passagem do rio Tejo por Vila Velha de Ródão, que resultam
do entrecorte do duro relevo quartzítico da Serra das Talhadas com o caudal do rio Tejo. As Portas de Ródão assinalam
um estreitamento do vale, com 45 metros de largura, que
aqui corre entre duas paredes escarpadas e que atingem
cerca de 170 metros de altura, apelando ao imaginário de
duas "portas", uma a norte no distrito de Castelo Branco na
Beira Baixa, e outra a sul no concelho de Nisa, distrito de
Portalegre no Alto Alentejo.
A sua albufeira e as grandes profundidades que se presenciam imediatamente a jusante das Portas testemunham
a provável imponência de uma queda de água que aqui terá
existido antes de se atingir a atual situação de equilíbrio.
Esta Área Protegida, classificada em 2009, caracteriza-se pela existência de um importante património natural,
onde se destacam os seus valores geológicos, biológicos e
paisagísticos. Este geossítio evidencia particularidades geológicas, geomorfológicas e paleontológicas. A estas, associam-se as formações vegetais naturais, onde se destacam
os Zimbrais, a avifauna rupícola e o património arqueológico,
que testemunha uma presença humana desde o Paleolítico
Inferior e a sua relação com o Tejo.
Esta região apresenta-se como um local privilegiado
para a observação da avifauna, onde podem ser observadas
116 espécies, sendo o habitat natural da maior colónia de grifos
de Portugal, e sendo ainda um local de eleição para a observação de populações de Cegonha-preta e de Milhafres-reais.
As Portas de Ródão, sendo um dos maiores ícones do rio
Tejo, é um dos principais locais que sustentaram a candidatura
aprovada pela UNESCO para a criação do Geoparque Naturtejo.
O Monumento Natural do Cabo Mondego é uma área protegida localizada na Figueira da Foz criada a 3 de outubro de 2007.
Os afloramentos jurássicos do Cabo Mondego constituem um conjunto de excecional importância, nacional e
internacionalmente reconhecida. Para além do elevado valor
nos domínios da paleontologia de amonites, da paleoecologia de ambientes de transição, da sedimentologia e da paleoicnologia dos dinossáurios, este conjunto sobressai, em
particular, no domínio da estratigrafia.
Nos seus conjuntos de estratos, datados do Jurássico Superior, existem pegadas de dinossauros que foram as
primeiras a serem reconhecidas, descritas e publicadas do
ponto de vista científico em Portugal, entre 1884 e 1915.
A assinalável qualidade do registo geológico dos afloramentos emersos e submersos, expostos de forma contínua e correspondendo a um intervalo de 50 milhões de
anos, conjugada com a situação geográfica estratégica, que
proporciona excelentes condições de observação e estudo,
conferem ao Cabo Mondego um valor científico, pedagógico
e didático admirável, para além do seu grande interesse geomorfológico e notável qualidade paisagística.
Atualmente, e apesar da ação destrutiva do homem e
da ondulação costeira, ainda se observam algumas pegadas
isoladas e em sequência, com marcas finas e longas de dedos.
ee Monumento Natural das pegadas dos dinossauros da serra de Aire
Fonte: Wikipédia
ee Monumento Natural das Portas de Rodão
Fonte: www.mapav.com
ee Monumento Natural do Cabo Mondego
Fonte: Fonte AD ELO
939º30'10"N • 8º48'53"O
939º38'34"N • 7º41'17"O
940º11'58"N • 8º53'53"O
101
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Parques Naturais
Parque Natural da Serra da Estrela
Paisagens Protegidas
Parque Natural
das Serras de Aire e Candeeiros
Paisagem Protegida da Serra do Açor
O Parque Natural da Serra da Estrela foi criado a 16 de julho
de 1976 e localiza-se no interior centro de Portugal essencialmente no distrito da Guarda (85%) e no distrito de Castelo
Branco (15%), constituindo uma das mais extensas áreas
protegidas nacionais com 88.850 hectares.
Marcado por maciços rochosos de granito, xisto e xistograuváquios e vestígios de antigos glaciares, a elevada altitude e
localização do parque natural tornam-no num dos locais de Portugal continental com maior queda de chuva, neve, granizo e orvalho.
Do imenso valor natural desta área resultou a aquisição
do estatuto de Reserva Biogenética onde subsistem refúgios
de vida selvagem e formações vegetais endémicas de importância nacional e internacional. No ano 2000 foi designada
uma área de 88.295 hectares como sítio de interesse biológico
e passou a integrar a Rede Natura 2000. A zona húmida de importância internacional, com que o parque é dotado, abrange
uma área de 5.075 hectares do planalto superior da serra da
Estrela e da cabeceira do rio Zêzere e inclui, a nível nacional,
o mais importante conjunto de Turfeiras e lagoas de origem
glaciária. Com valores naturais evidentes, povoam este parque algumas espécies de flora únicas no país, quanto à fauna
destaca-se o Lobo, o Javali, a Ferreirinha, o Corvo, a Lontra, a
Raposa, a Lagartixa-de-montanha, a Geneta, o coelho-bravo-europeu e uma raça de cães homónima.
Os recursos hidrogeológicos atingem uma enorme relevância, quer sob a forma de águas termais para uso terapêutico, quer
como águas de nascente. As suas nascentes (Mondego, Zêzere e
Alva), rios, ribeiros e lagoas são apenas algumas das atrações turísticas para quem é amante da natureza e do desporto aventura.
As serras de Aire e Candeeiros são o mais importante repositório de formações calcárias existente em Portugal. A
morfologia cársica, a natureza do coberto vegetal, a rede
de cursos de água subterrâneos, a sua fauna específica (nomeadamente a cavernícola), e a intensa atividade no domínio
da extração da pedra, são os principais aspetos da sua classificação como parque natural a 4 de maio de 1979, tentando
assim preservar e disciplinar os seus usos e ações.
O coberto vegetal destaca-se pela predominância de
determinados tipos de árvores tais como o Carvalho-cerquinho, o Carvalho-negral, Alecrim, Oliveiras, Azinheiras, Sobreiros, Ulmeiros e de Castanheiros. Destaca-se ainda que a
presença de um grande número de habitats permite a existência de uma riqueza faunística que se divide entre aves,
mamíferos (onde se incluem 10 espécies de morcegos),
répteis e anfíbios. As aves constituem o grupo com maior
número de representantes nesta área protegida, sendo conhecidas mais de cem espécies que aqui permanecem, tais
como o Bufo-real ou a Gralha-de-bico-vermelho.
Nesta área total de 38.900 hectares, ao longo do tempo e através de processos geomorfológicos, os elementos
naturais foram modelando a rocha, sobretudo de origem calcária, dando origem a mais de 1.500 grutas, visitadas anualmente por milhares de pessoas.
Apesar da ausência de cursos de água de superfície
nesta região, eles existem em grande abundância no subsolo, constituindo um dos maiores e mais importantes reservatórios de água doce subterrânea de Portugal.
ee Parque Natural da Serra da Estrela
Fonte: Fonte AD ELO
ee Parque Natural das serras de Aire e Candeeiros
Fonte: AD ELO
ee Paisagem Protegida da Serra do Açor
Fonte: www.olhares.sapo.pt
ee Sítio Classificado do Monte de São Bartolomeu
Fonte www.trilhosdesbartolomeu.com
940º20'00"N • 7º38'00"O
939º30'10"N • 8º48'53"O
940º11'51"N • 7º47'58"O
939º35'36"N • 9º03'07"O
102
Situada no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, os 382
hectares que a constituem distribuem-se pelas freguesias
de Benfeita e de Moura da Serra.
Nesta área protegida encontram-se dois sítios de especial interesse, a mata da Margaraça, localizada próximo da
povoação de Pardieiros e a Fraga da Pena que se localiza
num pequeno desvio da estrada que liga Benfeita a Pardieiros. A mata da Margaraça apresenta uma amostra rara da
vegetação natural das encostas xistosas do centro de Portugal, que se manteve praticamente inalterável durante séculos. Além da componente geológica, os diferentes habitats
que possui permitem o crescimento de comunidades muito
diversificadas como anfíbios, fungos e briófitos.
A Fraga da Pena resulta de um acidente geológico
que origina um conjunto de várias quedas de água ao longo de um curso de água permanente, tornando-se um local de grande importância paisagística e conservando ainda
alguns exemplares antigos de Carvalho-alvarinho, Azereiro,
Azevinho, Castanheiro e Aderno, entre outros. As águas que
se despenham desta cascata correm por um vale bastante
estreito na montanha, dando assim origem a uma micropaisagem, que surge de forma inesperada, dotada de vegetação
abundante a cobrir o xisto.
O desnível da cascata da Fraga da Pena chega aos 20
metros de altura criando assim um cenário aquático idílico,
atraindo inúmeros e inúmeras amantes da natureza que se
refrescam nas suas águas frescas e cristalinas nos dias de
maior calor.
Sítio Classificado
do Monte de São Bartolomeu
O Sítio Classificado do Monte de São Bartolomeu, no concelho e freguesia da Nazaré, recebeu a classificação em 1979,
estando em curso a sua reclassificação como monumento
natural de âmbito nacional.
Esta formação magmática conhecida como monte de
S. Brás ou S. Bartolomeu (anteriormente monte Seano) foi, e
ainda é, local de peregrinação e de romaria das populações
da região. É caracterizado pela sua flora endémica, tipicamente mediterrânica, com cerca de 150 espécies de plantas,
onde se destacam o Carrasco, o Medronheiro e o Aderno,
pela sua fauna onde predomina o Peneireiro, a Águia-de-asa-redonda e a Gineta, pela sua geologia de origem ígnea,
e pelo seu inegável valor paisagístico.
O Monte de S. Bartolomeu é hoje rodeado por areias
dunares e pelo extenso pinhal de Leiria. O seu cume, a uma
altura de 156 metros, é um marco para navegantes, que o
avistam a mais de 35 quilómetros de distância, sendo acessível por um caminho a nascente, e, por uma escadaria moderna, a poente.
Com uma vista privilegiada sobre o oceano Atlântico e
sobre as magníficas praias da Nazaré, este sítio classificado
assume-se como um ponto de visita obrigatória para de turistas estivais que visitam a região todos os anos e por altura
das suas Romarias, a 3 de fevereiro.
103
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Sítio de Interesse Biológico dos
Montes de Santa Olaia e Ferrestelo
Rede Natura 2000
Entre a Figueira da Foz e Coimbra situam-se o Outeiro de
Santa Olaia e o Monte de Ferrestelo, duas elevações calcárias contíguas, com vegetação de características predominantemente mediterrânicas, estando inseridas numa região
onde ainda se verificam influências atlânticas.
O Sítio classificado dos Montes de Santa Olaia e Ferrestelo foi criado a 10 de outubro de 1991, com o intuito de
proteger e conservar os valores naturais, científicos e culturais nele contidos, um uso sustentado do território e a
promoção e disseminação da educação ambiental, estando
neste momento em progresso o processo de reclassificação
para monumento natural. O monte de Ferrestelo, onde se
encontra o castro de Santa Eulália ou Olaia, é sítio classificado de interesse público desde 1954.
No local protegido resta ainda uma pequena capela,
que se estima ter sido edificada no século XII, que se encontra encerrada exceto na romaria de 24 de julho em honra de
Santa Eulália. Situada no monte, a sua vista sobre os arrozais
do Mondego é deslumbrante.
A paisagem é dominada por campos cultivados e pastos em todo o vale inferior do Mondego. O Monte de Santa
Olaia tem vestígios arqueológicos desde o período Neolítico,
com outros vestígios da Idade do Ferro, fenícios, romanos
e medievais. Os objetos que provam o povoamento do sítio desde a Idade do Ferro, encontrados no final do século
XIX, estão expostos no Museu Municipal Santos Rocha, na
Figueira da Foz. Foi ainda instalada recentemente nesta área
protegida uma estação de anilhagem de aves para a monitorização de aves invernantes.
A Rede Natura 2000 é outro instrumento de relevo para a
conservação da natureza e consiste num conjunto de áreas
criadas por imposição comunitária, surgidas a partir do contributo individual e obrigatório de todos os países membros
da União Europeia para uma listagem de áreas que contribuíssem para a preservação de habitats naturais, da fauna e
flora, tendo em consideração as exigências económicas, sociais e culturais. Foi assim criada a nível europeu uma rede
ecológica denominada Natura 2000, constituída por Zonas
Especiais de Proteção (ZPE) e que pretende a conservação
de locais de grande valor ecológico, bem como a determinação de Sítios Especiais de Conservação (SIC) relativas à
conservação de aves selvagens e seus habitats.
No caso português, a Rede Natura 2000 ocupa cerca de
20% do território continental, valor que é bastante superior ao
da Rede Nacional de Áreas Protegidas (8%), mas que ainda
pode ser considerado insuficiente para a correta manutenção
da biodiversidade e conservação de habitats. Na região Centro,
objeto do presente estudo, estão classificadas algumas áreas
pertencentes a esta rede ecológica, entre as quais:
RIO PAIVA
SERRAS DE FREITA
E ARADA
RIA DE AVEIRO
RIO VOUGA
CAMBARINHO
CARREGAL DO SALSERRA DA ESTRELA
DUNAS DE MIRA, GÂNDARA
E GAFANHAS
PAUL DO TAIPAL
PAUL DE ARZILA
PAUL DA MADRIZ
SERRA DA LOUSÃ
AZABUXO / LEIRIA SICÓ / ALVARIAZERE
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
kk
Ria de Aveiro
Serra da Malcata
Paul de Arzila
Arquipélago das Berlengas
Serra da Estrela
Serras de Aire e Candeeiros
Cambarinho
Rio Vouga
Carregal do Sal
Tejo Internacional, Erges e Pônsul
Serra da Gardunha
Paul do Taipal
Paul da Madriz
Sicó/Alvaiázere
Azabuxo/Leiria
Serras da Freita e Arada
Complexo do Açor
Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas
Peniche/Santa Cruz
Rio Paiva
Serra da Lousã
MALCATA
COMPLEXO DO AÇOR
SERRA DA MALCATA
GARDUNHA
TEJO INTERNACIONAL, ERGES E PÔNSUL
SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS
ARQUIPÉLAGO DAS BERLENGAS
PENICHE / SANTA CRUZ
LEGENDA:
Rede Natura
NUT II - Centro
Figura 11 ‣ Áreas ecológicas da região Centro integradas na Rede Natura 2000
Fonte: Elaboração AD ELO
ee Sítio de Interesse Biológico dos Montes de Santa Olaia e Ferrestelo
Fonte: I.C.N.
940º10'13"N • 8º42'58"O
104
ee Fonte: www.pixabay.com
105
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
1 .7 .3. Outros Atr ati vos N aturai s
Figura 12 ‣ Outros atrativos naturais da região Centro
Fonte: AD ELO
1 Lagoa da Barrinha de Mira
2 Lagoas de Quiaios
3 Observação de Flamingos no Estuário do Mondego
5 Parque Natureza do Agroal
4 Parque Ambiental de Santa Margarida
6 Rota dos Dinossauros na Lourinhã
ee Fonte: AD ELO
ee Fonte: www.jf-quiaios.pt/eventos_fotos/13/7_229078832hhfg.jpg
1 Lagoa da Barrinha de Mira
2 Lagoas de Quiaios
A Lagoa da Barrinha de Mira é uma lagoa costeira localizada
na praia de Mira, que fica a cerca de 250 metros do oceano
Atlântico. Apesar da proximidade ao mar, a lagoa da barrinha
de Mira contém água doce, continuamente alimentada por
uma pequena ribeira. Possui uma área aproximada de 45
hectares e integra o Sítio Classificado “Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas”.
A Lagoa tem uma configuração arredondada e é rodeada por arvoredo e dunas. A norte é delimitada pelo núcleo urbano da praia de Mira, sendo envolta na sua restante
configuração por terrenos agrícolas e florestais. As suas
águas são maioritariamente povoadas por populações de
Taínhas e Carpas.
Esta lagoa costeira é o resultado de um lento processo natural milenar de acumulação e formação de bancos de
areia, que levou à sua separação do mar, seguido de um outro processo natural de contínuo e lento assoreamento. Nos
últimos 200 anos, verificou-se um intenso processo contínuo
de aterro e recuperação de terras pelo homem, para obter
terrenos para habitação e agricultura, que só terá parado
recentemente e que diminuiu de forma considerável a área
ocupada pela Barrinha de Mira. A degradação da qualidade
da água, o assoreamento e a invasão pelo Jacinto-de-água,
considerada a maior espécie invasora aquática do planeta,
são também alguns dos graves problemas ambientais que
esta área protegida enfrenta.
A pesca desportiva, as atividades náuticas não motorizadas e o uso balnear são as atividades com maior expressão nesta área natural.
Situadas a norte da Figueira da Foz, as lagoas de Quiaios são
três lagoas facilmente acessíveis. Rodeadas por abundante
vegetação, albergam um grande número de aves aquáticas,
que se deixam observar relativamente bem e em todas as
lagoas existe uma forte presença de Carpas e outros peixes
de água doce.
A Lagoa das Braças é a que se situa mais a sul, encontrando-se envolvida por vegetação densa. O nível de água na
lagoa é muito variável, podendo chegar a secar completamente quando a precipitação escasseia. Havendo água, observam-se Maçaricos-bique-bique. Durante o inverno, este
é um local de ocorrência regular da Garça-branca-grande.
A vegetação que envolve a lagoa é geralmente frequentada por Toutinegras-de-barrete-preto e pequenos bandos de
Chapins-rabilongos. Nos pinhais circundantes observa-se o
Pica-pau-malhado-grande, o Chapim-azul e o Chapim-real.
A Lagoa da Vela é a maior e a mais interessante das
três lagoas com uma área aproximada de 67 hectares. No
local ocorrem geralmente algumas dezenas de Galeirões-comuns. No inverno é possível observar diversas espécies de patos, nomeadamente Patos-reais, Marrequinhas
e Patos-trombeteiros. No lado oriental da lagoa existem
alguns terrenos agrícolas, habitualmente frequentados
pela Pega-rabuda, pela Petinha-dos-prados e por pequenos bandos de Fringilídeos.
A Lagoa da Salgueira reparte-se por dois municípios,
concelho de Cantanhede (Tocha) e Figueira da Foz (Bom Sucesso), com uma área de cerca de cinco hectares, integrando
o sítio "Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas" da Rede Natura
2000. Esta lagoa possui um rico património natural, florístico e faunístico, destacando-se algumas espécies como o
Mergulhão-pequeno, a Marrequinha e a Galinha-d´água.
940º27'01"N • 8º47'46"O
940º14'33"N • 8º48'17"O
106
107
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
ee Fonte: http://www.pixabay.com
ee Fonte: http://www.cm-constancia.pt
ee Fonte: http://1.bp.blogspot.com
ee Fonte: http://1.bp.blogspot.com
3
4 Parque Ambiental de Santa Margarida
5 Parque Natureza do Agroal
6 Rota dos Dinossauros na Lourinhã
Os Flamingos, aves pernaltas de bico encurvado que medem
entre 90 e 150 centímetros de altura, fizeram a sua primeira aparição registada no estuário do Mondego em setembro
de 1997. Contudo, só a partir de 2002 é que a sua presença
neste local se tornou regular, sobretudo nos canais da Ilha
da Murraceira. Estas aves frequentam o estuário durante a
maré baixa e refugiam-se nas salinas quando a maré sobe.
Atualmente são observáveis todos os anos algumas dezenas de exemplares, que já atraem centenas de turistas entusiastas da ornitologia.
Os passeios no Batel do Sal no estuário do Mondego
são uma excelente proposta para a observação desta espécie.
O Parque Ambiental de Santa Margarida, em Constância, é
um espaço lúdico e pedagógico com cerca de seis hectares
onde, para além do lazer, quem o visita encontra também
informação e formação ambiental. O parque oferece aulas
e workshops que promovem a descoberta e sensibilização
ambiental, tendo por base os seres vivos e os fenómenos
naturais. É dotado de um laboratório e vários percursos de
observação e interpretação, um para crianças e outros cinco
para adultos/as. Oferece equipamentos didáticos nas áreas
das ciências naturais e ambiente, um espaço de lazer com
parque de merendas, campo de jogos, parque infantil e anfiteatro ao ar livre; um espaço didático com torre de observação, jardim de plantas aromáticas e medicinais e diversas
atividades organizadas.
O Parque Natureza do Agroal, em Ourém, é destinado à cultura, ao lazer e à prática de desportos de aventura em comunhão com a natureza, com uma envolvente ecológica e
paisagística privilegiada, desenvolve-se em área vedada e
integra um conjunto de infraestruturas que permitem cobrir
um diversificado leque de atividades nomeadamente, lazer,
turismo ambiental, workshops de formação, eventos socioculturais e projetos educativos de sensibilização ambiental.
Os amantes e as amantes da natureza podem usufruir de
um original percurso pedestre na Lourinhã que se intitula de
Rota dos Dinossauros, um trajeto de dez quilómetros que
se percorre em três horas. O percurso tem início no Museu
da Lourinhã, onde está exposta a maior coleção ibérica de
fósseis de dinossauros do Jurássico e termina no Forte de
Paimogo, a norte da praia da Areia Branca, local onde foram
encontrados os famosos ovos de dinossauro.
O percurso, que pretende promover a atividade física e
desportiva, assinala diversos pontos de interesse histórico e
cultural como o Convento de Santo António e a Santa Casa
da Misericórdia, obras do século XVI e a igreja de Santa Maria
do Castelo, do século XIV.
É ainda possível observar, atravessando os caminhos
rurais, as diversas fases da evolução dos produtos hortícolas
dos campos envolventes. A rota é classificada como um percurso dinâmico e panorâmico, de fácil execução, com desníveis pouco acentuados e aconselhado para qualquer época.
Dirigindo-se para norte, o percurso atravessa o rio
Grande chegando à Praia da Areia Branca, seguindo depois
para o Forte da Paimogo.
Observação de Flamingos
no Estuário do Mondego
940º08'38"N • 8º49'55"O
939º26'46"N • 8º19'05"O
939º40'44"N • 8º26'11"O
939º15'42"N • 9º10'32"O
108
109
PATRIMÓNIO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Como se depreende pela imagem abaixo representada (figura 13), a região Centro de Portugal é rica em águas termais,
essencilamente sulfúreas, o que evidencia o seu potencial no
setor do turismo de saúde bem estar.
Em 2012 o turismo termal representou para a região
um proveito estimado de 9 milhões de euros, registando
31.600 utentes, mais de metade do total nacional.
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VIANA DO CASTELO
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PORTO
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VISEU
VILA REAL
}
Portugal, desde sempre conhecido pela produção de sal, exibe
ao longo do litoral zonas de excelência para extração e produção de sal, e entre estas na região Centro destacam-se as
salinas dos distritos de Aveiro e de Coimbra (Figueira da Foz).
A salina, área onde se extrai e produz sal através da
evaporação da água do mar, ou de lagos de água salgada, representa ainda hoje, para parte da população, uma atividade
económica importante. Contudo, inseparável destes admiráveis marcos de tradição e qualidade produtiva nacional é o
seu papel importante na preservação da fauna e flora.
Com o passar dos séculos, o nosso litoral foi sofrendo alterações naturais, daí resultando o desaparecimento de
numerosos centros de produção salina, ao que foi acrescendo uma forte diminuição da competitividade das tradicionais
salinas, ao longo das décadas, face aos processos industriais. Ainda assim, algumas zonas permaneceram centros
de produção de sal até aos dias de hoje.
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COIMBRA
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LEIRIA
}
SANTARÉM
GUARDA
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]
}
}
}]
}
}
CASTELO BRANCO
PORTALEGRE
Amor com Sal Q.B.
Ilha da Morraceira
3090-081 Figueira da Foz
8 960 244 711
@ [email protected]
Associação de Produtores de Sal e Peixe do Salgado
da Figueira da Foz
Salina Municipal Corredor da Cobra
Armazéns de Lavos, Lavos
3080-000 Figueira da Foz
8 233 402 840
@ [email protected]
ÉVORA
}
SETÚBAL
Rua João Mendonça, nº 20
3800-320 Aveiro
8 234 481 001 / 917 828 430
@ [email protected]
Salinas Eiras Largas
3090-451 Figueira da Foz
8 929 060 517
@ [email protected]
}
LISBOA
Canal do Peixe, Lda.
Casa do Sal
}
}
}
Salineira Aveirense - Ricardo Neves & Filho, Lda.
Rua Canal São Roque
3800-257 Aveiro
8 234 423 739
Rua Major Humberto Cruz, nº1 - Morraceira
3090-707 Figueira da Foz
8 233 900 900
@ [email protected]
}
AVEIRO
Salinas Corredor do Sol
}
}
Rua do Eucalipto, nº 49, Castanheiro
3080-753 Figueira da Foz
8 960 383 353
@ [email protected] / [email protected]
BEJA
Exibebússola, Lda.
Urbanização Casal Galego, Lote 224
3100-522 Pombal
}
Figura 13 ‣ Localização e identificação das características químicas das águas mineras / termais em Portugal continental
Fonte: LNEG – Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia
110
BRAGANÇA
}
}
BRAGA
QUIMISMO:
} SULFÚREAS
} SULFATADAS
} GASOCARBÓNICAS
} BICARBONATADAS
} HIPOSSALINAS
} CLORETADAS
Salinas
ee Fonte: www.pixabay.com
Águas Minerais / Termalismo
FARO
EMPSA - Empresa Produtora de Sal, Lda.
Várzea da Rainha, Santa Maria, Óbidos
2510-000 Leiria
ee Fonte: Inês Saraiva from Belgium / Portugal (Cycle Tour in Aveiro: salinas) [CC-BY-2.0
(http://creativecommons.org/licenses/by/2.0)], via Wikimedia Commons.
111
2. ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA
E LINHAS DE AÇÃO PARA
O DESENVOLVIMENTO DA
NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2
ESTRATÉGIA E OBJETIVOS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2 . 1. Estraté g i a e ob j e ti v os
Apresentado o diagnóstico, importa realizar o trabalho de reflexão estratégica sobre as perspetivas de desenvolvimento da náutica na região Centro de Portugal, considerando a componente estratégica da
sua identidade e dos recursos que apresenta. A análise dos documentos enquadradores é, então, um primeiro passo, no sentido de apoiar
a definição de estratégias, ponto de partida para a estabelecer eixos de
desenvolvimento e linhas de ação, enquanto um conjunto de propostas e recomendações.
O setor náutico tem vindo a assumir recentemente uma posição de destaque nas politicas nacionais e europeias, sendo
reconhecida a sua importância estratégica nos domínios do
turismo, do lazer, da economia, do ambiente, do desporto, da
cultura e da segurança.
A União Europeia, reconhecendo o inegável valor da economia náutica, ou “Economia Azul”, aponta que em 2020 este
setor poderá aprovisionar 7 milhões de postos de trabalho.
Em junho de 2006 a Comissão Europeia publicou um
Livro Verde para uma Futura Política Marítima Comunitária,
que se arrola num dos contextos mais relevantes da Estratégia de Lisboa. Esta publicação procurou criar as primeiras bases para uma política marítima abrangente orientada
para o desenvolvimento sustentável, criando uma economia marítima forte e competitiva mas preservando os recursos naturais marinhos. O documento reconhece o valor
do oceano nas vertentes económica, social, ambiental, lúdica e de investigação.
Portugal adotou uma posição de relevo nesta estratégia, criando a Comissão Interministerial para os Assuntos do
Mar e o Fórum Permanente para os Assuntos do Mar a ela
associado, reconhecendo a necessidade de uma abordagem
integrada para os assuntos marítimos.
Em maio de 2013, seguindo as bases ideológicas do
Livro Verde, foi aprovado o Plano de Ação para a Estratégia Marítima no Espaço Atlântico que envolve cinco países
membros costeiros: Espanha, França, Irlanda, Portugal e
Reino Unido, sendo que Portugal é líder na implementação
do seu Plano de ação entre 2014 e 2015, um reconhecimento
da capacidade organizativa nacional demonstrada na “Lisbon
Atlantic Conference 2013” em que se afirmou como uma Capital Europeia do Atlântico.
No âmbito da estratégia a adotar, a Comissão Europeia apresentou a criação de um “Fórum Atlântico” com o
objetivo de identificar as ações com caráter prioritário e os
projetos primordiais, com viabilidade para serem propostos
114
ee Promoção da náutica na região Centro na BTL - Lisboa
Fonte: AD ELO
para financiamento, que contribuam para os pressupostos
basilares desta estratégia comunitária.
As diretrizes europeias definem as prioridades relativamente à investigação e ao investimento para uma con
tribuição positiva no crescimento sustentável e socialmente
inclusivo das regiões costeiras, impulsionado pela Economia
Azul e atingindo o perfeito equilíbrio ambiental e ecológico
dos recursos endógenos.
No âmbito da estratégia europeia comum, foram assim definidas quatro (4) prioridades de ação
a ser aplicadas até 2020:
1
Promover o empreendorismo e a inovação;
2
Proteger, assegurar e desenvolver o potencial do meio ambiente marinho e costeiro do Atlântico;
3
Melhorar as acessibilidades e a conectividade;
4
Criação de um modelo de desenvolvimento regional sustentável e socialmente inclusivo.
Existem ainda diversas diretrizes de âmbito comunitário, que direta ou indiretamente influenciam e parametrizam o setor náutico, como são exemplos a Estratégia Europeia de
Desenvolvimento Sustentável, a Política Portuária Europeia, a Diretiva da Água, a Política
Comum das Pescas, a Política Europeia de Transportes, a Estratégia Europeia para Gestão
Integrada das Zonas Costeiras e a Estratégia de Gestão do Meio Marinho, entre outras.
ee Intercâmbio náutico em Coimbra
Fonte: AD ELO
ee Sensibilização para a náutica em Penacova
Fonte: AD ELO
Em Portugal, dada a sua inegável ligação histórica ao mar
e as condições de excelência para o desenvolvimento da
náutica, têm vindo a ser gradualmente adotadas políticas
que visam dinamizar o setor náutico e valorizar o cluster da
economia do mar. Como referido, Portugal é um dos líderes
na adoção das diretrizes comunitárias do novo Plano de Ação
para a Estratégia Marítima no Espaço Atlântico, beneficiando assim de um conjunto de incentivos e de obrigações, que
permitirão auxiliar o desenvolvimento sustentável e socialmente inclusivo deste auspicioso setor e renovar a sua identidade como país marítimo por excelência.
Foi neste âmbito que Portugal adotou e estruturou a
sua Estratégia Nacional para o Mar, lançada em 2006 e revista em 2013 (ENM 2013-2020), onde manifesta como principais objetivos a sensibilização e mobilização da sociedade
para a importância dos recursos aquáticos, a educação para
os assuntos do mar, a promoção da investigação, o planeamento e ordenamento das atividades, a conservação e recuperação dos ecossistemas, o desenvolvimento da economia do mar, a aposta em tecnologia e inovação e a defesa
da soberania e segurança nacional. Tornando-se também
essencial disseminar a afirmação da náutica como setor de
primazia de crescimento para o turismo, para a economia,
para o desporto, para o lazer e para a preservação dos recursos naturais.
Nunca esquecendo o importantíssimo legado histórico da relação dos portugueses com o mar, com os recursos
aquáticos e a sua identidade marítima, deve-se realçar a posição estratégica que Portugal ocupa como uma das principais “portas” da Europa, a extensa linha de costa, as águas
interiores com características únicas e o clima agradável e
ameno durante praticamente todo o ano.
115
ESTRATÉGIA E OBJETIVOS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2 .2 . Análise SW OT
Estando o desenvolvimento do setor condicionado por um conjunto de
fatores internos e externos, foi elaborada uma matriz SWOT, conjugando as potencialidades e oportunidades, fraquezas e ameaças, que
sintetizam a realidade do panorama náutico na região.
Na região Centro, à semelhança da generalidade do país, são referenciadas algumas
necessidades e carências que dificultam o progresso e desenvolvimento da atividade
náutica, e que se acentuam em relação ao resto do território nacional uma vez que a
região se encontra na terceira e última linha de prioridade de apoio ao desenvolvimento, segundo o Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT). Por outro lado, regista-se
um conjunto de potencialidades e de excelentes fatores endógenos que representam
uma clara oportunidade para um crescimento positivo deste multifacetado setor na
região, como descrito no capítulo anterior do presente estudo e sintetizado na análise
SWOT apresentada na figura 52.
Estando o Setor Náutico, representado nas vertentes de
Turismo Náutico, de Sol e Mar e de Saúde e Bem Estar,
como um produto estratégico referenciado no PENT e
sendo cada vez mais encarado como uma prioridade nas
agendas políticas nacionais, indissociáveis das politicas
comunitárias, onde se adotam as diretrizes supra identificadas seguindo uma Estratégia Nacional delineada em
harmonia com os diferentes Planos Setoriais, considera-se que após um levantamento da oferta, das necessidades e da realidade territorial, devem ser seguidos alguns
eixos de desenvolvimento gerais que alavanquem positivamente o desenvolvimento da náutica na região Centro
de Portugal, através da qualificação, do alargamento da
oferta e da promoção da procura.
ee Barca Serrana do Mondego / Penacova
Fonte: AD ELO
FR AQUEZ AS
Infraestruturas insuficientes
e de capacidade de crescimento limitada;
Distribuição geográfica deficitária
Fatores Internos
Fatores Negativos
de promotores e infraestruturas;
Finanças dos clubes bastante frágeis;
Material náutico insuficiente e deteriorado;
Desaparecimento e/ou deterioração de algumas
infraestuturas de apoio às atividadades na sequência
do avanço do mar /erosão costeira;
Ausência de estratégias conjuntas
e unificadoras, que atraiam
For ças
Ameaças
públicos especiais.
Infraestrutras de razoável qualidade;
Envolvência pouco atrativa de alguns locais
Técnicos/as habilitados/as;
Know-How: vasta experiência
náutica nacional e internacional;
Clima propício ao desenvolvimento
da atividade náutica todo o ano;
Geografia: extensa linha costeira, numerosos
cursos de água com características
diferenciadas e excelentes condições naturais;
Potencial económico nas regiões.
Fatores Positivos
W
S
T
O
propicios à náutica ao nível da limpeza,
ordenamento e acessibilidades;
Carências ao nível do associativismo
e da união entre agentes;
Conjuntura económica bastante desfavorável ao
desenvolvimento de atividades de lazer náutico;
Dificuldades de financiamento dos agentes
promotores (subsidios, patrocínios e quotas).
Oportunidades
Mediatismo e exposição internacional;
História de Portugal associada à tradição
marítima e aos descobrimentos;
Integração dos clubes e associações
na gestão dos "centros" náuticos;
Sistema de incentivos e financiamento (próximo quadro
comunitário) de apoio a novas iniciativas
e reestruturação das existentes;
Forte apelo institucional ao desenvolvimento da
economia do mar e atividades associadas;
Aproveitamento dos expressivos
fluxos turísticos.
Fatores Externos
Figura 14 ‣ Análise SWOT do setor náutico na região Centro
116
117
EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2 . 3. Ei xos d e d e se nv olv i m e n t o e l i n h a s d e a ç ã o
Tendo em conta todas as premissas até este ponto expostas e evidenciadas, após uma análise do panorama náutico europeu e nacional e
de um exaustivo levantamento e contacto com a realidade regional,
consideram-se quatro (4) eixos gerais de desenvolvimento para o setor náutico:
Inseridas nos diferentes vetores do desenvolvimento apresentados,
expõem-se neste âmbito um conjunto de linhas de ação que podem
ser transversais aos vários eixos, adaptadas à realidade regional e que
devem ser consideradas como fios-condutores técnicos, que possibilitem um suprimento das carências existentes assinaladas e que auxiliem um eficaz enraizamento e desenvolvimento sustentável do setor
náutico na região Centro.
2. 3. 1. Pr omoç ão da inv e stig aç ão e da for maç ão
1
Eixo 1
Promoção da investigação e da formação
A sociedade do conhecimento determina que a informação, a formação, a investigação e o desenvolvimento ocupem um lugar de crescente relevo em
todos os quadrantes, considerando-se que na náutica
deverá igualmente ser dada primazia à aposta neste
eixo, absolutamente importante na estruturação de
respostas e iniciativas.
2
Eixo 2
Criação de infraestruturas náuticas, requalificação das existentes e apetrechamento dos agentes
promotores
Qualquer atividade turística, económica, desportiva ou
de lazer necessita de um adequado suporte físico para
o seu desenvolvimento sustentável. O investimento
em infraestruturas e equipamentos torna-se assim
essencial para o progresso da náutica.
118
3
Eixo 3
Preservação e valorização do património natural,
histórico e cultural
A salvaguarda das identidades históricas, territoriais
e culturais, assim como a preservação do ambiente
e dos ecossistemas, assegurando o livre usufruto por
parte das gerações atuais e futuras, deverá ser uma
das principais bandeiras a ter em conta em qualquer
estratégia náutica.
4
Eixo 4
Promoção e dinamização da Náutica
Indissociável dos eixos anteriores, uma eficaz e inclusiva promoção e dinamização humana e territorial
da náutica assume contornos de considerável relevo
numa sociedade cada vez mais aberta e globalizada,
onde as distâncias se encurtam, as novas experiências são valorizadas e a integração com outras dinâmicas colhe benefícios.
1 Numa região comprovadamente reconhecida por pres- 2 Apostar na formação técnico profissional vocacionada
tigiadas instituições de ensino superior e que atesta níveis
de qualidade de ensino semelhantes às maiores referências
mundiais, e tendo inclusivamente diversos cursos e unidades curriculares direta ou indiretamente ligados à ciência
marítima e aquática e à investigação, à luz do exposto no
capítulo de diagnóstico e seguindo as orientações da Estratégia Nacional para o Mar, considera-se que deverá ser promovido um estreitamento dos laços entre o setor náutico, as
empresas a operar no ramo e as instituições de investigação
e ensino, incentivando a complementaridade, a inovação,
o intercâmbio, a troca de saberes e o desenvolvimento de
projetos de investigação. O setor poderá beneficiar em várias
vertentes, usufruindo de mão de obra altamente qualificada
e de avanços técnicos e científicos, importantes fatores de
desenvolvimento da Economia do Mar, como a construção
naval, as novas técnicas de produção em aquicultura e poderá ainda beneficiar de progressos alcançados na monitorização e na preservação dos imprescindíveis ecossistemas
naturais aquáticos.
para o mercado de trabalho, incentivando o empreendedorismo e elucidando as gerações mais jovens da oportunidade de conquistarem uma carreira profissional de sucesso no
ramo da náutica. Num setor cada vez mais competitivo, onde
os paradigmas da competência assumem contornos mais
técnicos e que exigem forte capacidade de adaptabilidade
a novas realidades, é considerada a crescente importância
que uma sólida formação de base tem na competitividade do
setor e a elasticidade operacional dos recursos humanos. A
formação técnica e profissional, para além de conferir valiosas competências funcionais e de suprir necessidades não
satisfeitas no mercado de trabalho, confere igualmente importantes qualificações para a mão de obra do setor.
3 Promover a constante formação, a certificação, a profis- 4 Impulsionar a inclusão dos desportos náuticos no desporsionalização e o empreendedorismo dos vários agentes e
promotores náuticos, como entidades empregadoras, monitores/as, técnicos/as, dirigentes, árbitros/as, navegadores/
as, reparadores e construtores de embarcações, entre outros, são diretrizes europeias que devem ser aplicadas na
região. Esta valorização do capital humano do setor náutico
permitirá aumentar a sua competitividade em todas as vertentes, alavancando-o para novos patamares de excelência.
to escolar sobretudo em localidades com facilidades no acesso aos recursos aquáticos pela sua proximidade. A inserção
dos desportos náuticos nas agendas escolares, nos próprios
programas ou de modo extracurricular, será uma excelente
alavanca para o desenvolvimento e difusão das diferentes
modalidades náuticas junto das novas gerações e despertando assim o interesse de novos/as praticantes que até então
se encontram limitados às tradicionais disciplinas desportivas.
119
EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2 .3 .2. Criação d e i nf r ae s trutura s n á u t ic a s , r eq u a l if ic a ç ã o da s
e xi stentes e ap e tre ch am e nto d o s a g en t es p r o m o t o r es
1 Apoiar a criação de pequenas infraestruturas de apoio 2 Responder às evidentes mudanças relativamente às noà náutica de lazer, desportiva e de recreio, explorando as
excelentes condições que apresentam os planos de águas
interiores navegáveis ou flutuáveis da região, dotando assim
os clubes, associações e promotores náuticos de instalações
e acessibilidades que auxiliem o desenvolvimento das suas
atividades que importam valor acrescentado e dinamismo
para locais mais afastados do mar. Tendo em consideração a
Estratégia Nacional para o Mar, deve igualmente ser promovido o eficaz planeamento e o ordenamento das atividades
no território, das margens e dos espaços envolventes, não
comprometendo o acesso a estes recantos naturais por parte das gerações futuras.
vas tendências na procura e à emergência de novos desportos de mar, assim como a continuidade do expressivo setor
do turismo de sol e mar. Considera-se ser vital o alargamento da rede de apoios de praia previstos nos Planos de
Ordenamento da Orla Costeira, compatibilizando os usos
balneares com os usos náuticos, assim como o incentivo
à criação de novos Centros de Alto Rendimento para estes
desportos emergentes.
3 Fomentar a criação de pequenas marinas e ancoradou- 4 Promover o setor náutico junto das populações com limiros fluviais, impulsionando a náutica de recreio, assim como
promover a adaptabilidade, a melhoria das acessibilidades e
o aumento da capacidade das existentes no litoral de modo
a que permitam a atracagem de mais embarcações e de
maiores dimensões, com o principal objetivo de colocar a
região no mapa dos percursos dos grandes cruzeiros turísticos, o que, dadas as características deste tipo de turismo,
alavancará outros setores económicos (como a hotelaria e
a restauração, por exemplo) complementares e auxiliará a
requalificação das zonas costeiras.
O aumento da capacidade e a melhoria das condições estruturais dos portos e marinas, para além de dar a
necessária resposta ao número de embarcações registadas
na região, em número superior aos postos de amarração
existentes, favorecerá igualmente a intermodalidade das regiões costeiras, seguindo a diretriz europeia que preconiza a
melhoria nas acessibilidades e da conectividade, encurtando
distâncias para os agentes económicos e contribuindo de
sobremaneira para o desenvolvimento económico regional.
120
tações físicas, dotando as instalações de apoio à náutica de
facilidades de acesso, como rampas para cadeiras de rodas,
interiores adaptados e mecanismos de auxílio de entrada na
água, fomentando assim a inclusão social de todos os públicos, como sugerem as estratégias nacionais e comunitárias.
5 Colaborar no apetrechamento dos agentes promotores
náuticos. Sendo um setor que acarreta custos elevados
no que respeita a material e equipamentos essenciais às
suas atividades básicas, deverá ser fomentada a colaboração no apetrechamento pontual dos promotores náuticos,
assim como no apoio ao financiamento destes agentes,
pois, como ficou patente no diagnóstico realizado, a grande maioria são associações, clubes e pequenas entidades,
que apresentam dificuldades no acesso a apoios, créditos e
verbas que possibilitem o desenvolvimento normal e sustentável das suas atividades.
2.3.3. Preservação e valorização do património natural, histórico e cultural
1 Recuperar as paisagens naturais degradadas. Sendo a 3 Difundir as boas práticas ambientais entre a população,
natureza o pano de fundo de toda a atividade náutica praticada ao ar livre, torna-se vital a preservação dos ecossistemas
marinhos e fluviais. As praias e frentes ribeirinhas poluídas,
as margens negligenciadas, os fundos marinhos contaminados, a destruição dos habitats naturais e toda uma envolvência descuidada são um fator repulsivo para o desenvolvimento de atividades náuticas nesses locais, sendo assim
imperativa a preservação e manutenção destes recursos
únicos e esgotáveis, assim como um controlo mais rigoroso
das atividades de pesca e caça nestes ambientes.
Devem ainda ser conjuntamente tomadas medidas de
controlo e combate ao assoreamento dos cursos de águas
interiores e das barras marítimas, garantindo a sua navegabilidade e prevenindo as inundações dos seus leitos de cheia.
seguindo o preconizado no Livro Verde para a política marítima comunitária e da Estratégia Nacional para o Mar. Numa
sociedade do conhecimento, onde se registam contínuos
avanços nos estudos ambientais e nas mais diversas áreas,
entende-se como fulcral informar e educar a população para
as melhores práticas a adotar na preservação dos ambientes aquáticos, da biodiversidade e dos seus recursos naturais
assim como o estreitamento das ligações com os centros
científicos que poderão auxiliar na adoção de medidas de
monitorização e de preservação mais eficazes.
2 Incentivar a aplicação de sistemas sustentáveis nos cen- 4 Valorizar os patrimónios históricos e culturais com ligatros náuticos. Fazendo valer o caráter de ligação privilegiada
à natureza que o setor náutico apresenta, considera-se ser
de imenso valor a redução da pegada ecológica destas entidades, criando no setor um modelo regional de desenvolvimento sustentável, como sugerem as orientações estratégicas europeias. Mais uma vez, os benefícios são medidos em
várias escalas, pois enquanto se adotam comportamentos
mais ecológicos, favorecendo o desenvolvimento sustentável sem comprometer as gerações futuras, será ainda possível reduzir a fatura energética destes agentes. A visão de
futuro e de potencial crescimento deverá ser tida em conta
na edificação e gestão destas estruturas, promovendo o eficaz ordenamento do espaço e o equilíbrio ambiental.
A qualidade destas instalações, que têm na sua maioria gestão privada ou associativa, deve ser alvo de uma maior atenção pública visando o alcance dos patamares de excelência
na prestação de serviços, correspondendo aos requisitos de
um público cada vez mais exigente.
ção à náutica e criação de redes turísticas temáticas e novos
espaços museológicos. Promover e recuperar as embarcações regionais históricas e tradicionais, como os Barcos
Moliceiros e a Barca Serrana do Mondego assim como as
atividades náuticas e piscatórias com impacto económico,
cultural e turístico como é o exemplo da Arte Xávega, das
Procissões de Mar e suas respetivas embarcações e da gastronomia regional, auxiliará a valorização das comunidades
e dos seus costumes, podendo ser um favorável impulsionador do turismo local. A gastronomia regional, com forte ligação ao mar e ao rio, assume também aqui um importante
papel no dinamismo da região, como o provam os variados
festivais gastronómicos que se realizam um pouco por todo
o território. Num país com uma histórica e inegável tradição
marítima e numa região com expressivas comunidades piscatórias, preservar e potenciar esta herança cultural abonará
o setor náutico ao atrair novos públicos alvo, entusiastas do
turismo histórico e cultural, o que por sua vez contribuirá
para a melhoria da qualidade de vida destas zonas.
121
EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2 .3 .4. Promoç ão e D i nam i z ação d a N á u t ic a
1 Promover a náutica e o turismo náutico nacional e inter- 3 Incitar a apresentação de candidaturas à realização e aconacionalmente, evidenciando a singularidade e as condições
de excelência que a região centro apresenta. A divulgação
das várias disciplinas do setor poderá ser realizada das mais
diferentes maneiras, evidenciando-se a participação em feiras náuticas e feiras de turismo, a colaboração com as entidades reguladoras e promotoras do turismo e agências de
viagens, a publicação e edição de material temático elucidativo da oferta na região em cada subsetor e a promoção
nos diferentes meios de comunicação, apostando nos novos
veículos de transmissão de informação e na exposição mediática internacional, privilegiando os potenciais mercados
emissores de turistas. A criação e difusão de pacotes náuticos regionais temáticos e a promoção de produtos turísticos
ligados à náutica, assim como o incentivo à realização de
estágios de alta competição nos vários locais referenciados
que apresentam condições bastante favoráveis, poderão ter
um papel importante na dinamização do setor na região.
lhimento de Grandes Provas Internacionais das diferentes
modalidades e de Megaeventos Náuticos. A realização das
maiores provas internacionais é um excelente vetor na promoção do desenvolvimento e da projeção do país e da região
no panorama da náutica mundial. Os benefícios são evidentes, ao nível da mediatização e difusão do setor, na requalificação e dotação de novas valências nos locais anfitriões
respeitando os padrões de qualidade e inovação que se exigem, com os devidos apoios institucionais e das federações
internacionais que estas provas transportam, auferindo dos
proveitos para os setores económicos que complementam a
realização destas provas, como a hotelaria, a restauração, os
transportes e o turismo.
A realização de Megaeventos Náuticos causa um
grande impacto dada a sua dimensão, assumindo-se como
objetivo principal o desafio à experimentação e o despertar
da curiosidade, materializados numa atividade aberta a todos os públicos, bastante informal e descontraída, que dadas
as sua características lúdicas poderão ser um excelente veículo de atração de novos e heterogéneos entusiastas para a
atividade náutica.
A tabela 9 sistematiza, por cada um dos eixos de desenvolvimento definidos como
estruturantes para o desenvolvimento da náutica na região Centro, as principais linhas de ação.
Tabela 9 ‣ Linhas de ação por eixo de desenvolvimento
Eixo de
desenvolvimento
Linhas de ação
1
Promoção da investigação
e da formação
kk Incentivar a colaboração e estreitamento de relações profissionais entre o setor náutico, os agentes
económicos do ramo e as instituições de investigação e ensino;
kk Apostar na formação técnico profissional vocacionada para o mercado de trabalho no setor e incentivar o
empreendedorismo;
kk Promover uma constante formação, certificação e profissionalização dos agentes e promotores;
kk Impulsionar a inclusão dos desportos náuticos no desporto escolar.
2
Criação de infraestruturas náuticas,
requalificação das existentes
e apetrechamento
dos agentes promotores
kk Apoiar a criação de pequenas infraestruturas de apoio à náutica;
kk Responder às mutações das novas tendências na procura e à emergência de novos desportos;
kk Fomentar a criação de marinas e ancoradouros fluviais e a adaptabilidade das infraestruturas existentes;
kk Promover a náutica junto das populações com limitações físicas;
kk Colaborar no apetrechamento dos agentes náuticos.
3
Preservação e valorização
do património natural,
histórico e cultural
kk Recuperar as paisagens naturais degradadas;
kk Incentivar a aplicação de sistemas sustentáveis nos centros náuticos;
kk Difundir as boas práticas ambientais entre a população;
kk Valorizar os patrimónios históricos e culturais com ligação à náutica, criar redes turísticas temáticas e
promover e recuperar as embarcações tradicionais e a gastronomia regional.
4
Promoção e dinamização da náutica
kk Promover a náutica e o turismo náutico nacional e internacionalmente;
kk Incentivar a iniciação e experimentação da náutica com iniciativas de caráter inovador e mobilizador;
kk Incitar a candidatura à realização e acolhimento de grandes provas internacionais e de megaeventos
náuticos;
kk Promover a formação de uma rede de promotores, formadores e prestadores de serviços, públicos e
privados.
2 Incentivar a iniciação e experimentação da náutica com 4 Promover a formação de uma rede de promotores, foriniciativas de caráter inovador e mobilizador, como as Férias
Náuticas, os Open Days das diferentes modalidades, os Batismos Náuticos, os pacotes de ofertas de experiências, os
campos de aventura, os acampamentos náuticos de verão e
as ações de divulgação junto de entidades como as escolas,
os ginásios, as instituições de solidariedade social as associações juvenis e os centros de dia e de tempos livres.
122
madores e prestadores de serviços públicos e privados. Os
agentes náuticos laboram atualmente numa perspetiva bastante reclusa e independente, operando num setor restritivo
individualmente enquanto o poderiam estar a fazer como um
todo, trabalhando em conjunto e a retirar proveito de uma
complementaridade nos serviços que já se provou ser valorosa em inúmeros outros setores. A interligação deste núcleo
poderá gerar parcerias bastante proveitosas no desenvolvimento individual e coletivo do ramo náutico, criando uma
base de negócios sólida e de fácil acesso para os diferentes
agentes, que poderão por sua vez prestar serviços de proximidade mais eficazes e abrangentes à comunidade náutica.
Esta rede poderá ser a base para estruturação de um futuro
Observatório da Náutica, um centro coordenador representativo do setor nos mais diversos parâmetros, estabelecendo e
fortificando parcerias, monitorizando e potenciando uma fluidez operacional que se ambiciona para a região.
123
EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
A tabela 10 sistematiza por cada um dos eixos de desenvolvimento identificados para o
desenvolvimento do setor náutico, exemplos de eventuais intervenções a implementar.
Tabela 10 ‣ Exemplos de intervenções por eixo de desenvolvimento
Eixo de
desenvolvimento
ee Estrutura de apoio à náutica em Monetmor-o-Velho
Fonte: AD ELO
Eixo de
desenvolvimento
Exemplos de eventuais intervenções
Exemplos de eventuais intervenções
1
Promoção da investigação e da
formação
kk Promover a integração /inclusão da náutica no Desporto Escolar através do fomento de parcerias de escala
local
kk Fomentar a profissionalização e formação de agentes
kk Diversificar os meios de disseminação da oferta náutica e das práticas associadas (brochuras, suportes
informático e digital, internet)
kk Manter atualizada a informação da Brochura de oferta náutica do Baixo Mondego
kk Aumentar e diversificar eventos de promoção do setor e das atividades (feiras, conferências e seminários,
workshops)
kk Divulgar formas de apoio e financiamento de projetos empreendedores no âmbito da náutica
kk Promover e divulgar boas práticas no âmbito de atividades e projetos náuticos (elaboração de brochuras,
guias e manuais)
3
Preservação e valorização do
património natural, histórico e
cultural
kk Incentivar a aplicação de sistemas sustentáveis nos centros náuticos (instalação de painéis solares,
aproveitamento de águas pluviais,etc)
kk Intensificar e diversificar os meios de sensibilização ambiental e os locais de colocação próximos da prática
das atividades náuticas, por forma a consolidar a consciência ambiental e a preservação da natureza (ex.
Outdoors,)
kk Recuperar paisagens naturais degradadas e promover a limpeza de margens (náutica fluvial e águas
interiores), por exemplo através de iniciativas de responsabilidade social envolvendo empresas, IPSS,
entidades públicas e pessoas individuais
kk Intensificar a utilização de réplicas de embarcações tradicionais, por forma a dinamizar os locais com um
cunho económico histórico e cultural e de atração turística
kk Promover as expressões culturais, gastronómicas e históricas associadas às tradições náuticas e
piscatórias
kk Difundir boas práticas ambientais e culturais (elaborar brochuras, sites eletrónicos, guias e manuais)
kk Criar redes turísticas temáticas e novos espaços museológicos
2
Criação de infraestruturas
náuticas, requalificação das
existentes e apetrechamento dos
agentes promotores
kk Melhorar e diversificar estruturas de apoio logísticas deficitárias ou inexistentes (instalações,
armazenamento de materiais e equipamentos, seja na náutica fluvial, seja na náutica de mar)
kk Promover a criação de infraestruturas de apoio à náutica de lazer, desportiva e de recreio
kk Promover a o alargamento de apoios de praia previstos (Planos de Ordenamento da Orla Costeira)
kk Incentivar a criação de novos CAR (Centros de Alto Rendimento)
kk Fomentar a criação de pequenas marinas e ancoradouros fluviais
kk Promover a melhoria das acessibilidades e aumento da capacidade das marinas e ancoradouros fluviais
existentes
kk Melhorar a capacidade e as condições estruturais dos portos e marinas
kk Promover a prática náutica para pessoas com mobilidade condicionada (temporária ou permanente)
melhorando designadamente as acessibilidades (rampas para cadeiras de rodas, interiores adaptados,
mecanismos de auxílio de entrada na água,…)
kk Divulgar informação e encaminhar os promotores e agentes náuticos (empresas, clubes, associações) para
formas de financiamento ou de apoio ao investimento (apetrechamento, infraestruturas/obras,…)
4
Promoção e dinamização da
náutica
kk Promover megaeventos náuticos, como forma de projetar a náutica e de envolver novos públicos e
praticantes (Ex. mega descida de rios, provas nacionais e internacionais)
kk Desenvolver redes temáticas e interligação com produtos turísticos como vetor de valorização económica
da região (criação, promoção de pacotes turísticos, conjugando alojamento-restauração-comércio-lazer)
kk Promover feiras náuticas e de turismo em diversos concelhos/municípios do Centro
kk Promover o partenariado de sinergias locais (clubes, empresas, instituições ensino e de investigação,
municípios…)
kk Promover a criação de redes corporativas e parcerias entre os diferentes agentes náuticos (prestadores de
serviços, promotores, formadores,…)
kk Incentivar a criação de redes de atividades náuticas nas praias
kk Dinamizar e aumentar a cobertura das iniciativas de férias náuticas em meio fluvial e marinho, junto de
públicos diversificados, incluindo públicos especiais, com dificuldades de diversa natureza ao acesso
124
125
IMPACTOS ESPERADOS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
2 .4. Impa ct o s e sp e r a d o s
Como observável ao longo deste trabalho, são muito amplos e multidisciplinares os benefícios que o desenvolvimento, proliferação e enraizamento da náutica importará para os mais variados setores. Tendo
em atenção todas as premissas anteriormente referidas, sintetizam-se agora as principais componentes do impacto esperado que o desenvolvimento do setor náutico poderá veicular para os mais diferentes ramos de atividade, considerando-se assim três grandes vetores
onde estes benefícios se podem traduzir, existindo um elevado grau
de complementaridade entre eles, pois grande parte das valorizações
são representáveis em múltiplos setores.
Impactos
Económicos
Impactos
Ambientais
Impactos
Sociais
126
Impactos Económicos
Criação de postos de trabalho
Com a proliferação das atividades náuticas verificar-se-á
um benefício generalizado para todo o território, mas com
um especial relevo para as zonas de baixas densidades populacionais, através de investimentos na edificação de novas
instalações de apoio à náutica, de marinas e ancoradouros
e na criação de pacotes náuticos turísticos que abranjam
regiões de menor desenvolvimento económico e populacional e que possuam recursos aquáticos, a criação de novos
postos de trabalho, diretos e indiretos, será incontornável.
Como será também incontornável a dinamização destas
áreas principalmente nos setores do turismo, do comércio e
da construção e reparação naval. A região Centro de Portugal é comprovadamente dotada de condições de excelência
para a prática da náutica um pouco por todo o seu território,
sendo também patentes as baixas densidades populacionais em alguns destes locais de eleição, assim, considera-se como uma das maiores benesses em termos de fixação de população, o caráter económico da criação de novos
postos de trabalho que o desenvolvimento náutico poderia
transportar para estas regiões.
Emergência de novas empresas e serviços
Indissociável da criação de novos postos de trabalho, a difusão do setor náutico nas regiões onde até então não tinha
um caráter suficientemente expressivo, será o rastilho para o
aparecimento de inúmeras atividades complementares e sucedâneas, como as empresas de animação turística, de construção e manutenção náutica, a hotelaria, a restauração e o
comércio. Ambiciona-se que esta rede de atividades complementares em torno do setor alavanque uma cadeia de valor,
um verdadeiro “Cluster1 da Náutica”, que crie elos e sinergias
em prol do desenvolvimento da mesma e das regiões.
ee Atividade náutica
Fonte: aragami / www.fotolia.com
Aumento da competitividade regional
Num país cada vez mais marcado por uma litoralização e bipolarização no que concerne a fixação de população, de serviços e de agentes económicos, o que por sua vez origina um
duplo despovoamento do interior e dos locais mais afastados
das duas principais áreas metropolitanas (Lisboa e Porto) e
a consequente desvalorização económica regional, a fixação
de atividades indutoras de novos investimentos, como é o
caso das do setor náutico, trará valor acrescentado a estas
regiões menos desenvolvidas, relançando-as no panorama
económico nacional, rejuvenescendo-as e tornando-as mais
atrativas e competitivas.
Aumento da competitividade nacional
A descentralização nos investimentos nacionais, promovendo
uma homogeneização nas apostas territoriais, permitirá que o
país funcione como um todo no panorama económico e setorial
e na competitividade internacional, apostando na oferta múltipla
e diferenciada, que vise atingir e ultrapassar os critérios de exigência e excelência que distinguem os outros mercados.
1. Cluster – aglomerado de empresas que possuem uma forte característica de especialização e comércio interfirmas, é considerado como
um aglomerado geográfico de empresas de tamanhos variáveis, que desenvolvem as mesmas atividades ou atividades similares, contando
com a participação de seus fornecedores e prestadores de serviços. A competição concentrada no mercado pressiona as empresas a atingirem
mecanismos que as diferenciem e que proporcionem vantagem competitiva.
127
IMPACTOS ESPERADOS
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
Impactos Sociais
Impactos Ambientais
Construção de novos equipamentos e infraestruturas
Reabilitação de zonas degradadas
A dotação dos locais de prática náutica com novos equipamentos e infraestruturas, contrariando a concentração até
agora patente na geografia nacional, trará novas acessibilidades às localidades, consolidando uma oferta lúdica, desportiva e económica multidisciplinar nas regiões. A criação
destes novos equipamentos de apoio permitirá retirar um
melhor e mais sustentável proveito dos recursos e das condições naturais de excelência de que o país e a região centro
em particular são dotados, contribuindo assim para o aumento da qualidade de vida das populações locais.
O fomento da náutica em locais propícios ao seu desenvolvimento poderá ser o mote ideal para operações de reabilitação total de zonas ribeirinhas ou frentes marítimas até então
negligenciadas, criando novas zonas de lazer e espaços de
convívio em comunhão com a natureza. Seguindo as premissas anteriormente referidas no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável e à recuperação e reestruturação
de postos náuticos e marinas, o setor náutico deverá afirmar-se como o setor “verde” que constrói a economia “azul”.
Fomento de uma sociedade inclusiva
ee Sensibilização para a prática da náutica em Penacova
Fonte: AD ELO
Manutenção da fauna e flora autóctones
O desenvolvimento e proliferação do setor náutico, assim
como uma dotação territorial mais abrangente de infraestruturas de apoio permitirão uma maior inclusão de toda a
sociedade, facilitará o acesso à náutica em termos logísticos
e financeiros, dado o novo caráter de proximidade, e fomentará o espírito de grupo, alicerçando as identidades locais e
regionais. Os públicos especiais, com dificuldades no acesso
aos produtos náuticos, serão certamente os mais beneficiados com o desenvolvimento e eficaz distribuição territorial
deste setor.
Com um setor náutico mais coeso e regulamentado, com
instalações utilizadoras de energias renováveis, com o subsetor da pesca desportiva devidamente controlado e com a
aplicação de todas as medidas ecológicas que visam o desenvolvimento sustentável, será garantida a manutenção
biológica dos recursos aquáticos, não comprometendo a sua
utilização por parte das gerações vindouras.
Benefícios para a saúde
Consciencialização e educação ambiental
O enraizamento do setor náutico e respetivas acessibilidades
em diferentes localidades aumentará, por sua vez, o número
de praticantes que até então se viam privados ou limitados
no acesso a estas atividades. Tendo as atividades náuticas
um contacto de primazia com o meio ambiente e englobando os desportos náuticos algumas das disciplinas desportivas mais completas, o aumento do número de praticantes
será traduzido em benefícios para a saúde, combatendo os
crescentes e preocupantes valores de sedentarismo.
A náutica, dado o seu caráter de exceção no que concerne
à atividade em natureza, reúne condições para se constituir como um veículo de transmissão de conhecimentos
das boas práticas ambientais, criando uma sociedade mais
ecológica e desperta para a preservação do meio ambiente,
assim como se afirmará como um excelente meio de valorização do património natural, local e cultural, e como importante contributo para a consolidação dos valores inerentes a
uma consciência e cultura ambientais.
128
ee Limpeza de praias na Figueira da Foz
Fonte: AD ELO
129
RECURSOS — PRAIAS
ee Marina 130
da Figueira da Foz
Fonte: emei / shutterstock.com
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
131
BIBLIOGRAFIA
PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO
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INVESTINDO NO NOSSO FUTURO COMUM

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