PersPetivas Para o desenvolvimento da náutica na região
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PersPetivas Para o desenvolvimento da náutica na região
Perspetivas para o desenvolvimento da náutica na região Centro RECURSOS — PRAIAS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO FICHA TÉCNICA Título: Perspetivas para o desenvolvimento da náutica na região Centro Ano:2014 Edição AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego Rua António Lima Fragoso, nº 22 3060-216 CANTANHEDE Z 231 419 550 d 231 419 559 @ [email protected] s www.adelo.pt Entidade responsável pelo estudo Multialentejo Rua do Comércio, nº 28, 1º Esquerdo 7300-160 PORTALEGRE Z 245 337 168 / 9 @ [email protected] EQUIPA TÉCNICA Coordenação geral: António José Cruz dos Santos Coordenação executiva e revisão: Carla Brinco Peixe Neves Recolha, análise e tratamento de informação: André Filipe Aguiar Ferreira Design e paginação: Afonso Designers, Lda. INVESTINDO NO NOSSO FUTURO COMUM 2 3 RECURSOS — PRAIAS Índice ENQUADRAMENTO P 10 1 4 OBJETIVOS E METODOLOGIA P 12 P 14 2 P 112 LEVANTAMENTO DA OFERTA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA E LINHAS DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1.1. Recursos – Praias 16 1.1.1. Praias oceânicas 17 1.1.2. Praias Fluviais 20 1.2. Recursos - Infraestruturas 28 1.2.1. Centros de alto rendimento (CAR) 28 1.2.2. Marinas, portos e ancoradouros 30 1.2.3. Surf houses e surf camps 34 1.3. Outros locais propícios à náutica 36 1.4. Oferta náutica 41 1.4.1. Associações/clubes 46 1.4.2. Operadores 52 1.4.3. Modalidades 66 1.4.4. Agentes Económicos 72 1.4.5. Federações e associações nacionais 76 1.5. Grandes eventos náuticos na região Centro 78 1.6. Formação náutica 80 1.6.1. Cursos e formação 80 1.6.2. Cartas de navegador 82 1.7. Património 84 1.7.1. Património cultural 84 1.7.2. Património natural 96 1.7.3. Outros Atrativos Naturais 106 2.1. Estratégia e objetivos 114 2.2. Análise SWOT 117 2.3. Eixos de desenvolvimento e linhas de ação 118 2.3.1. Promoção da investigação e da formação 119 2.3.2. Criação de infraestruturas náuticas, requalificação das existentes e apetrechamento dos agentes promotores 120 2.3.3. Preservação e valorização do património natural, histórico e cultural 121 2.3.4. Promoção e Dinamização da Náutica 122 2.4. Impactos esperados 126 BIBLIOGRAFIA P 132 5 ÍNDICE ee Remo no rio Mondego em Coimbra Fonte: Secção de Desportos Náuticos da Associação Académica de Coimbra Índice de Figuras Figura 1 ‣ Número de praias oceânicas qualificadas por município da região Centro ‣ P 19 Figura 2 ‣ Número de praias fluviais qualificadas por município da região Centro ‣ P 23 Figura 3 ‣ Localização geográfica das praias fluviais qualificadas na região Centro ‣ P 24 Figura 4 ‣ Praias fluviais da região Centro – Altitude ‣ P 25 Figura 5 ‣ Praias fluviais da região Centro – Densidade ‣ P 25 Figura 6 ‣ Praias, oceânicas e fluviais, qualificadas da região Centro ‣ P 27 Figura 7 ‣ Principais portos e marinas da região Centro ‣ P 31 Figura 8 ‣ Principais rios e afluentes da região Centro ‣ P 40 Figura 9 ‣ Distribuição geográfica dos promotores náuticos da região Centro ‣ P 42 Figura 10 ‣ Áreas protegidas da região Centro ‣ P 96 Figura 11 ‣ Áreas ecológicas da região Centro integradas na Rede Natura 2000 ‣ P 105 Figura 12 ‣ Outros atrativos naturais da região Centro ‣ P 106 Figura 13 ‣ Localização e identificação das características químicas das águas mineras / termais (…) ‣ P 110 Figura 14 ‣ Análise SWOT do setor náutico na região Centro ‣ P 117 Índice de Tabelas Tabela 1 ‣ Identificação, localização e contactos de marinas, portos e ancoradouros por município (…) ‣ P 32 Tabela 2 ‣ Identificação, localização e contactos das surf houses e surf camps por município (…) ‣ P 34 Tabela 3 ‣ Identificação, localização, contactos e modalidades náuticas oferecidas por associações e clubes (…) ‣ P 46 Tabela 4 ‣ Identificação, localização, contactos e modalidades náuticas oferecidas por operadores (…) ‣ P 52 Tabela 5 ‣ Identificação das modalidades náuticas oferecidas pelos promotores por município da região Centro ‣ P 66 Tabela 6 ‣ Identificação, localização, contactos dos agentes económicos da náutica por ramo e (…) ‣ P 72 Tabela 7 ‣ Identificação, localização, contactos dos organismos nacionais por modalidades ‣ P 76 Tabela 8 ‣ Cartas de navegador ‣ P 82 Tabela 9 ‣ Linhas de ação por eixo de desenvolvimento ‣ P 123 Tabela 10 ‣ Exemplos de intervenções por eixo de desenvolvimento ‣ P 124 Índice de Gráficos Gráfico 1 ‣ Promotores de atividade náutica por área de atuação ‣ P 41 Gráfico 2 ‣ Promotores da atividade náutica por município ‣ P 44 Gráfico 3 ‣ Promotores da atividade náutica por modalidade ‣ P 45 6 7 RECURSOS — PRAIAS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO ee Barca Serrana do Mondego / Penacova Fonte: AD ELO 8 9 PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO ENQUADRAMENTO A água, presente em cerca de 60 a 70% da massa do corpo humano, é indispensável para a sua sobrevivência. Elemento que fecunda a terra, e que, simultaneamente, divide e une territórios, em estado líquido, sólido ou gasoso, a água é um recurso natural indissociável da pessoa e da vida e ocupa lugar de destaque no planeta, com cerca de 71% da sua superfície composta por meio de oceanos, rios, ribeiros, lagos, lagoas e aquíferos. Ao longo do tempo a relação dos homens e das mulheres com a água foi-se tornando mais próxima e também mais complexa, encontrando-se hoje consolidada incontornavelmente pela valorização das suas funções, da diversidade de utilizações e pela convicção de que se trata de um recurso limitado. Do amplo universo das suas funções e das necessidades que este recurso permite satisfazer, como mercadoria em que se transformou, emerge para além das funções biológica, industrial e produtiva, a função ecológica de lazer da água, podendo ser utilizada para a diversão e para o repouso, muito contribuindo para a dinâmica territorial e dos estilos de vida das populações. Entre as múltiplas atividades inerentes à vertente de lazer, para além da tradicional deslocação às praias, marítimas e fluviais, destacam- se, entre outras, a vela, o kitesurf, o remo, a canoagem, o surf, o mergulho e o windsurf. Dadas as suas características naturais, designadamente as praias e o clima, Portugal consolidou uma imagem internacional incontornavelmente associada ao turismo de sol e mar, o que do ponto de vista turístico representa uma importante potencialidade, pela atração que exerce junto da generalidade das populações estrangeiras. À extensa costa marítima portuguesa associam-se os sistemas fluviais como elementos estruturantes da paisagem. As diversas linhas de água espalhadas um pouco por todo o território potenciam a prática de diversos desportos náuticos e de natureza, atividades que evidenciam o valor natural, paisagístico e económico dos espaços, representando verdadeiros escapes ao quotidiano dos meios urbanos. Não obstante Portugal possuir uma história e cultura fortemente associadas à água, designadamente ao mar, principalmente por força dos Descobrimentos portugueses 10 e da importância da atividade piscatória, a herança cultural não implicou a inevitabilidade do desenvolvimento de uma cultura náutica e dos desportos náuticos, nem na perspetiva do lazer nem na turística. Embora, nas últimas décadas, tenhamos assistido ao crescimento da conscencialização desta ligação e da identificação das potencialidades económicas e sociais desta área de atividade, a realidade portuguesa evidencia um estádio muito inicial comparativamente a outros países europeus, nomeadamente da europa ocidental, que igualmente com tradições marítimas, verificaram uma evolução para uma cultura náutica dinâmica e consolidada, investindo no desenvolvimento de infraestruturas, na qualificação dos recursos humanos e na industria naval. Decorrente das características naturais, da crescente valorização da economia do mar e do reconhecimento do que este recurso pode representar para a economia portuguesa, é hoje claro e amplamente assumido o apelo institucional e governamental para um novo modelo de desenvolvimento do mar e das zonas costeiras. A Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020 (ENM 2013-2020) constitui, aliás, o suporte estratégico e operacional que permitirá a Portugal responder aos desafios colocados para a promoção, crescimento e competitividade da economia do mar, reforçando o regresso do país ao mar, visando sobretudo, a valorização económica, social e ambiental do espaço marítimo nacional através da execução de projetos sectoriais e intersectoriais. É, por conseguinte, consensual a urgência na recriação de uma identidade moderna, capaz de conciliar os valores tradicionais da herança e cultura náutica e marítima, com a visibilidade que potencie o espírito de criatividade, empreendedorismo e proatividade na ação na concretização e sustentabilidade de projetos relacionados com a utilização do espaço marítimo, complementado pelas bacias hidrográficas e albufeiras, conferindo-se deste modo um caráter mais abrangente, integrador e diversificador das potencialidades de um setor reconhecidamente complexo, como é o designado setor “náutico”. O conjunto de carências e fragilidades que podemos identificar neste setor em Portugal, e designadamente na região Centro, sustenta a pertinência de iniciativas como a Náutica no Espaço Atlântico (NEA), integrada no programa INTERREG - Programa de Cooperação Operacional Transnacional no Espaço Atlântico, bem como, a oportunidade do trabalho agora apresentado, pretendendo-se evidenciar as potencialidades dos recursos existentes, mas também contribuir para congregar um conjunto de informação sistematizada. Como projeto de cooperação transnacional, o NEA visou promover o desenvolvimento sustentável da atividade náutica nas regiões do espaço atlântico através da cooperação, assentando em três bases temáticas: o Desenvolvimento Económico, a Proteção do Ambiente e a Coesão Social. Em cada uma destas temáticas, o projeto promoveu a realização de ações de caráter transnacional, associando os seus vinte e três parceiros e realizando ações locais, levadas a cabo por cada país parceiro no seu território de influência. A primeira edição da iniciativa NEA incidiu maioritariamente nas atividades ligadas ao turismo náutico, tendo decorrido entre 2004 e 2007, o seu sucesso e grande mais valia permitiu uma nova aposta nesta iniciativa, dando origem ao NEA 2 (2009 – 2011, tendo sido prolongado até Junho de 2014), ao qual a AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e do Mondego se associou, seguindo a sua estratégia de cooperação para o desenvolvimento. Por forma a melhorar e aumentar as condições da prática e oferta de desportos náuticos, não motorizados, para portadores/as de incapacidade e/ou deficiência, na perspetiva da concretização dos objetivos do NEA 2 e dando consistência ao contributo para a promoção da coesão social das populações do espaço atlântico, foi concebido como principal produto um manual de boas práticas designado “Náutica e Coesão Social- Manual de Boas Práticas para o Desporto Adaptado” (2012), que permitiu desenvolver competências específicas e coletivas passíveis de ser partilhadas por todos/as, criando uma abordagem para a acessibilidade. Demonstrando uma capacidade de iniciativa e mobilização ímpares, a AD ELO realizou inúmeras ações de cariz transnacional e local que resultaram num genuíno êxito na disseminação e aproximação à atividade náutica na região, alavancando comprovadamente um novo despertar para um setor que apresenta condições de excelência para o seu desenvolvimento sustentável na região Centro de Portugal. Na etapa de encerramento da segunda edição do NEA, e preparando uma desejada terceira edição, apresentamos este trabalho que designamos “Perspetivas para o desenvolvimento da náutica na região Centro”, outro produto do NEA 2 que contextualiza a terceira dimensão temática do NEA relativa ao desenvolvimento económico. Pretende-se ainda conferir a este primeiro trabalho de levantamento um caráter dinâmico, tornando-o um produto passível de ser alterado e complementado, designadamente incorporando-lhe sistemática e regularmente um conjunto de informações associadas à oferta náutica na região Centro. 11 PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO OBJETIVOS E METODOLOGIA A conjugação das vertentes natural, social, económica e cultural do setor náutico confere uma mais valia a Portugal, e a diversas regiões em concreto, como à região Centro, dadas as suas diversas potencialidades, o que tem vindo a ser crescentemente considerado e aproveitado pelos atores locais, públicos e privados, mas que carece de um impulso estruturado e baseado no conhecimento real e atualizado da situação da náutica, nas suas múltiplas vertentes, a que este estudo pretende responder. É pois num contexto de diversidade na prática e significados da náutica que surge o presente trabalho que pretende dar um contributo visando, fundamentalmente, três objetivos: kk Conhecer e dar a conhecer a realidade da oferta náutica na região centro; kk Fomentar a prática da náutica, considerando sobretudo a oferta; kk Potenciar a vertente económica da náutica. O conhecimento da realidade atual constitui, portanto, um passo necessário e fundamental para garantir uma resposta cabal, consistente e estruturada para a região Centro no que se refere ao enquadramento das suas potencialidades. Para atingir os objetivos propostos importa, portanto, proceder ao diagnóstico da situação da oferta náutica na região Centro, nas suas várias vertentes e interligações para, posteriormente, definir a estratégia bem como identificar as principais linhas de ação, que pretendemos se constituam um auxiliar no efetivo desenvolvimento da atividade náutica como vetor da economia, capaz de captar investimentos bem como empreendedores e empreendedoras. Desde a sua fase embrionária, este estudo revelou-se uma desafiante missão dado o caráter difuso e disperso da informação existente, tendo sido as opções metodológicas condicionadas por alguns constrangimentos de recolha de dados homogéneos pertinentes para agrupar e caracterizar as diversas componentes regionais do setor náutico. Acresce ainda nesta matéria, a alteração do panorama regional que adveio da nova reorganização administrativa das áreas regionais de turismo, sustentada na Lei n.º33/2013, implementada recentemente, que obrigou ao alargamento e aprofundamento do estudo e acarretou um significativo conjunto de dificuldades no que diz respeito à 12 recolha de dados estatísticos, quantitativos e descritivos, os quais se encontram ainda bastante disseminados e desenquadrados com os atuais limites territoriais, flutuando consoante as áreas temáticas da sua gestão. Refira-se pois que na sequência das alterações introduzidas por aquele diploma legal, designadamente o alargamento territorial das àreas regionais de turismo, o presente estudo esboça uma abrangência territorial, à semelhança do que a CCDRC (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro) assume em termos de número de munícipios (100) no âmbito da gestão dos fundos comunitários. Sendo a náutica, no geral, ainda um setor concêntrico e de difícil acesso, dadas algumas limitações, à frente retratadas, que se pretendem combater e em que esta análise se assume como mais uma adenda à criação de sinergias em prol do seu desenvolvimento sustentável, foram ultrapassadas as barreiras incorpóreas e fez-se recurso dos mais diversos meios de informação, salvaguardando-se assim eventuais falhas por omissão. A metodologia de trabalho prosseguida pressupôs, por um lado, uma forte componente de recolha e de análise e tratamento de informação (quer de natureza primária, quer de natureza secundária) e, por outro lado, um relacionamento estreito entre a equipa técnica e os/as agentes diretamente relacionados com o setor náutico, tidos como relevantes para o presente estudo, entendendo-se que a análise da situação atual da oferta náutica na região Centro, bem como a consequente definição de estratégias para a sua dinamização e valorização, ganharia com uma colaboração estreita com os agentes locais. Seguidamente apresenta-se a conceção e conteúdo do sistema de informação construído para o presente estudo. SISTEMA DE INFORMAÇÃO O sistema de informação é comummente constituído por dois tipos distintos de informação: a primária, produzida no âmbito do estudo, e a secundária, produzida em outras sedes e pertinente para a análise do objeto de estudo. Subsistema primário Goradas algumas das hipóteses de contacto direto com um conjunto significativo de agentes náuticos, dado o elevado número de promotores, a extensa área geográfica dos levantamentos e a ausência de resposta de contactos efetuados, determinou não terem sido realizados nem entrevistas nem inquéritos quer presenciais, quer postais. Realizaram-se, contudo, ao nível primário da produção de informação, sessões de trabalho e apresentações do trabalho desenvolvido, as quais se centraram na exposição do diagnóstico do setor bem como na discussão de perspetivas para o futuro do setor e das atividades náuticas. Subsistema secundário Pelo já referido caráter difuso e espartilhado da informação existente sobre o setor e oferta náutica e ainda pela fraca expressão da dinâmica associativa, na procura e consequente acesso à informação, privelegiaram-se os elementos secundários, considerando a importância de selecionar, sistematizar e organizar a informação relevante para a prossecução dos objetivos do estudo. O subsistema de informação secundária contempla a informação produzida em outras sedes e tida como pertinente, incluindo quer a obtida através da pesquisa bibliográfica e documental quer a informação estatística, essencialmente com recurso às mais variadas publicações e estudos académicos, a anuários estatísticos, às entidades de turismo, à informação temática online, aos portais federativos, autárquicos e de promotores náuticos e, primordialmente, no comprovado conhecimento da realidade territorial que a AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego adquiriu após anos a exercer um trabalho de forte proximidade com as geografias regionais e em prol das mesmas. Salienta-se ainda que as destacadas participações em programas como o NEA e o PROMAR (Programa Operacional da Pesca) foram igualmente valiosas na aquisição de importantíssimos conhecimentos de base para a realização deste estudo. kk Entre as principais fontes, destacam-se: a Agência Portuguesa do Ambiente b Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego (AD ELO) c Associação Portuguesa de Portos de Recreio d Câmaras Municipais da região Centro e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) f Instituto Nacional de Estatística (INE) g Promotores e Agentes Náuticos h Turismo do Centro de Portugal 13 1. LEVANTAMENTO DA OFERTA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 RECURSOS — PRAIAS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 . 1. R ecu rs os – Pr a i a s Sendo uma clara evidência que as praias de Portugal constituem um dos principais motivos para a escolha do país como destino turístico, esta procura não está, porém, associada principalmente ao setor náutico, no que se refere à atratividade da oferta em termos de desportos, marinas e outros bens complementares associados, sendo o segmento de sol e mar, aquele que mais mobiliza e atrai turistas do estrangeiro para Portugal. No que se refere à dinâmica de turistas nacionais, o esmorecimento da economia e consequente agravamento do poder de compra das famílias, contribuiu para uma diminuição da procura no estrangeiro, constatando-se um aumento da procura de produtos internos, o que se vem refletindo na crescente valorização dos recursos do património natural e na diversificação de atividades de lazer, onde cada vez mais a náutica ganha adeptos. Os recursos hídricos desempenham um papel fundamental no território nacional, tendo a costa portuguesa cerca de 1.853 quilómetros de extensão e Portugal aproximadamente 521 praias e 620 quilómetros quadrados de bacias interiores, como rios e barragens. A região Centro de Portugal é igualmente riquíssima em recursos náuticos marítimos e fluviais. Apesar de se evidenciar uma enorme extensão de praias oceânicas e de muitos outros locais fluviais que apresentam qualidade para a prática náutica, destacam-se aqui, de seguida, os locais qualificados (certificados com os distintivos como Bandeira Azul, Praia Acessível ou Quality Coast), mais aprazíveis e que possuem algumas estruturas de apoio, acessibilidades e facilidades no acesso à prática náutica, encontrando-se atualmente já referenciados nos mais variados guias turísticos e figurando nos planos estratégicos de ordenamento do território. ee Praia da Figueira da Foz Fonte: www.pisciarte.com 16 1. 1. 1. Pr aias oc e ânic as Alcobaça pp Praia de Água de Medeiros GPS: 39º44'31"N • 9º02'21"O pp Praia de Pedra do Ouro GPS: 39º43'39"N • 9º02'41"O pp Praia da Polvoeira GPS: 39º43'10"N • 9º02'57"O pp Praia de Paredes de Vitória GPS: 39º42'03"N • 9º02'56"O pp Praia do Vale Furado GPS: 39º39'58"N • 9º03'50"O pp Praia da Légua GPS: 39º39'26"N • 9º04'06"O Praia da Falca GPS: 39º38'52"N • 9º04'20"O pp Praia de São Martinho do Porto GPS: 39º30'41"N • 9º08'03"O Aveiro pp Praia de São Jacinto GPS: 40º39'33"N • 8º44'51"O Caldas da Rainha pp Praia de Foz do Arelho GPS: 39º25'41"N • 9º13'20"O pp Praia do Mar GPS: 39º26'05"N • 9º13'46"O pp Praia de Salir do Porto GPS: 39º29'57"N • 9º09'06"O Cantanhede pp Praia do Palheirão GPS: 40º23'11"N • 8º49'23"O pp Praia da Tocha GPS: 40º19'47"N • 8º50'32"O Figueira da Foz pp Praia de Quiaios GPS: 40º12'59"N • 8º53'33"O pp Praia da Murtinheira GPS: 40º12'19"N • 8º53'56"O pp Praia da Tamargueira GPS: 40º09'59"N • 8º52'58"O pp Praia de Buarcos GPS: 40º09'51"N • 8º52'35"O pp Praia do Alto do Viso GPS: 40º09'20"N • 8º52'08"O pp Praia do Relógio GPS: 40º08'59"N • 8º52'00"O pp Praia do Molhe Norte GPS: 40º08'47"N • 8º52'01"O pp Praia do Cabedelo GPS: 40º08'23"N • 8º51'44"O pp Praia da Cova-Gala GPS: 40º07'30"N • 8º51'48"O pp Praia da Costa de Lavos GPS: 40º05'28"N • 8º52'32"O pp Praia da Leirosa GPS: 40º03'32"N • 8º53'24"O Ílhavo pp Praia da Barra GPS: 40º38'17"N • 8º44'49"O pp Praia da Costa Nova GPS: 40º36'54"N • 8º45'02"O Leiria pp Praia do Pedrógão GPS: 39º54'58"N • 8º56'56"O Lourinhã pp Praia de Paimogo GPS: 39º17'13"N • 9º20'24"O pp Praia de Areal Sul GPS: 39º15'33"N • 9º20'11"O pp Praia da Areia Branca GPS: 39º15'00"N • 9º20'00"O pp Praia de Peralta GPS: 39º14'37"N • 9º20'28"O pp Praia de Porto das Barcas GPS: 39º13'46"N • 9º20'24"O pp Praia de Porto Dinheiro GPS: 39º12'48"N • 9º20'39"O pp Praia de Valmitão GPS: 39º12'04"N • 9º20'49"O Marinha Grande pp Praia da Vieira GPS: 39º52'26"N • 8º58'09"O pp Praia de São Pedro de Moel GPS: 39º45'21"N • 9º01'55"O pp Praia das Pedras Negras GPS: 39º46'49"N • 9º01'21"O pp Praia Velha/Dourada GPS: 39º46'39"N • 9º01'22"O pp Praia da Concha GPS: 39º46'05"N • 9º01'47"O pp Praia das Valeiras GPS: 39º44'48"N • 9º02'08"O pp Praia da Pedra Lisa GPS: 39º44'29"N • 9º02'21"O Mira pp Praia Poço da Cruz GPS: 40º29'21"N • 8º47'25"O pp Praia de Mira GPS: 40º27'27"N • 8º48'03"O 17 ee Praia da Cova-Gala Fonte: AD ELO RECURSOS — PRAIAS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Na região Centro destacam-se os municípios de Alcobaça, Figueira da Foz, Lourinhã, Marinha Grande, Ovar, Peniche e Torres Vedras pelo maior número de praias marítimas qualificadas para a atividade náutica. O denominado turismo de sol e mar, na região Centro, ao contrário de outras regiões de Portugal, não constitui uma prioridade no desenvolvimento, segundo o Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT 2007-2015), não estando também previstos Projetos de Interesse Turísti- co (PIN). Contudo, estima-se um crescimento de cerca de 10% deste setor na região até 2015, de acordo ainda com o PENT (2007-2015), já revisto para o horizonte 2013-2015. Sobre esta possibilidade parece-nos pertinente, e legítimo, que sejam atempadamente acautelados os contornos para um crescimento inteligente e inclusivo, por forma a minimizar a ocorrência futura de fragilidades ambientais e sociais, o que certamente ocorrerá se o investimento não acompanhar a procura. Figura 1 ‣ Número de praias oceânicas qualificadas por município da região Centro Fonte ‣ Realização AD ELO Murtosa pp Praia da Torreira GPS: 40º45'46"N • 8º42'11"O Óbidos pp Praia do Bom Sucesso GPS: 39º25'33"N • 9º14'21"O pp Praia de Rei Cortiço GPS: 39º25'16"N • 9º14'49"O pp Praia d´El Rei GPS: 39º23'29"N • 9º17'21"O Ovar pp Praia de Esmoriz GPS: 40º57'08"N • 8º39'20"O pp Praia de Cortegaça GPS: 40º56'33"N • 8º39'26"O pp Praia do Furadouro GPS: 40º52'37"N • 8º40'28"O pp Praia Torrão do Lameiro / Marretas GPS: 40º49'49"N • 8º41'19"O 18 Pombal pp Praia do Osso da Baleia GPS: 40º02'35"N • 8º53'41"O Torres Vedras pp Praia de Porto Novo GPS: 39º10'44"N • 9º21'34"O pp Praia de Santa Rita Norte / Sul GPS: 39º09'51"N • 9º21'35"O pp Praia do Amanhã GPS: 39º09'02"N • 9º22'18"O pp Praia do Navio GPS: 39º08'52"N • 9º22'22"O pp Praia do Mirante GPS: 39º08'38"N • 9º22'32"O pp Praia do Pisão GPS: 39º08'25"N • 9º22'41"O pp Praia da Física GPS: 39º08'24"N • 9º22'44"O pp Praia do Centro (Santa Cruz) GPS: 39º08'13"N • 9º22'47"O pp Praia de Penedo do Guincho GPS: 39º08'00"N • 9º23'06"O pp Praia das Azenhas GPS: 39º07'55"N • 9º23'03"O pp Praia da Formosa GPS: 39º07'54"N • 9º23'08"O pp Praia Azul GPS: 39º06'42"N • 9º23'37"O pp Praia da Foz do Sizandro GPS: 39º06'21"N • 9º23'49"O pp Praia do Barril GPS: 39º03'17"N • 9º24'59"O Vagos pp Praias da Vagueira GPS: 40º33'56"N • 8º46'08"O pp Praia do Areão GPS: 40º31'15"N • 8º46'56"O OVAR MURTOSA AVEIRO ÍLHAVO VAGOS MIRA CANTANHEDE NÚMERO DE PRAIAS OCEÂNICAS: Nazaré pp Praia do Areeiro GPS: 39º37'45"N • 9º04'47"O pp Praia do Norte GPS: 39º36'38"N • 9º04'59"O pp Praia da Nazaré GPS: 39º35'47"N • 9º04'24"O pp Praia Nova GPS: 39º34'28"N • 9º05'41"O pp Praia do Salgado GPS: 39º33'27"N • 9º06'05"O Peniche pp Praia das Berlengas GPS: 39º24'53"N • 9º30'27"O pp Praia da Almagreira GPS: 39º23'06"N • 9º18'07"O pp Praia do Baleal Norte e Sul GPS: 39º22'15"N • 9º20'15"O pp Praia de Peniche de Cima GPS: 39º22'01"N • 9º22'27"O pp Praia da Gamboa GPS: 39º21'51"N • 9º22'23"O pp Praia da Cova de Alfarroba GPS: 39º21'37"N • 9º21'50"O pp Praia do Porto de Areia Sul GPS: 39º21'13"N • 9º22'19"O pp Praia do Molhe Leste GPS: 39º20'53"N • 9º21'57"O pp Praia do Medão / Supertubos GPS: 39º20'09"N • 9º21'39"O pp Praia da Consolação GPS: 39º19'33"N • 9º21'35"O pp Praia de S. Bernardino GPS: 39º18'41"N • 9º20'48"O FIGUEIRA DA FOZ POMBAL LEIRIA MARINHA GRANDE !5 NAZARÉ !1 ALCOBAÇA 8 7 5 4 CALDAS DA RAINHA ÓBIDOS PENICHE LOURINHà TORRES VEDRAS 3 2 1 0 Saliente-se o facto de existirem outros locais passíveis da prática náutica oceânica, contudo, referem-se aqui apenas os mais qualificados que evidenciam a diferenciação em termos de infraestruturas de apoio, acessibilidades, serviços de apoio, limpeza e segurança marítima. 19 RECURSOS — PRAIAS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 .1 .2. Praias F luvi ai s Castro Daire pp Praia da Folgosa GPS: 40º53'18"N 7º54'20"O pp Praia de Reriz GPS: 40º54'17"N 7º59'47"O Coimbra pp Praia de Palheiros do Zorro GPS: 40º12'09"N 8º21'55"O Constância pp Praia do Rio Zêzere GPS: 39º28'28"N 8º20'28"O Guarda pp Praia de Aldeia Viçosa GPS: 40º34'46"N 7º18'27"O pp Praia de Valhelhas GPS: 40º24'12"N 7º24'07"O Arganil pp Praia de Pomares GPS: 40º16'08"N 7º57'50"O pp Praia de Côja GPS: 40º16'03"N 7º59'20"O pp Praia de Secarias GPS: 40º14'56"N 8º02'09"O pp Praia de Benfeita GPS: 40º13'51"N 7º56'41"O pp Praia do Piódão GPS: 40º13'47"N 7º49'29"O Covilhã pp Praia de Ourondo GPS: 40º08'51"N 7º40'56"O pp Praia do Paul GPS: 40º12'08"N 7º38'10"O pp Praia de Unhais da Serra GPS: 40º15'37"N 7º37'21"O Lousã pp Praia Sr.ª da Graça GPS: 40º15'73"N 8º19'59"O pp Praia da Bogueira GPS: 40º09'13"N 8º14'29"O pp Praia Sr.ª da Piedade GPS: 40º05'58"N 8º14'03"O Ferreira do Zêzere pp Praia da Castanheira (Lago Azul) GPS: 39º40'33"N 8º13'51"O Belmonte pp Praia de Belmonte GPS: 40º21'31"N 7º21'45"O Figueiró dos Vinhos: pp Praia das Fragas de São Simão GPS: 39º54'55"N 8º19'03"O pp Praia Ana de Aviz GPS: 39º55'06"N 8º17'04"O Mação pp Praia de Cardigos GPS: 39º70'81"N 8º01'39"O pp Praia do Carvoeiro GPS: 39º37'47"N 7º55'25"O pp Praia da Ortiga GPS: 39º28'59"N 8º00'07"O Abrantes pp Aquapólis (Parque Urbano) GPS: 39º27'12"N 8º11'21"O pp Praia de Aldeia do Mato GPS: 39º32'43"N 8º16'39"O pp Praia de Alvega GPS: 39º28'08"N 8º02'45"O Alcanena pp Praia dos Olhos d` Água GPS: 39º26'43"N 8º42'37"O Cantanhede pp Praia de Olhos de Fervença GPS: 40º21'07"N 8º41'38"O Castanheira de Pêra pp Praia do Poço Corga GPS: 40º01'31"N 8º11'37"O pp Praia Fluvial das Rocas (Artificial) GPS: 40º00'16"N 8º12'28"O Castelo Branco pp Praia de Almaceda GPS: 40º00'27"N 7º39'39"O pp Praia do Muro GPS: 39º52'15"N 7º36'51"O pp Praia de Sesmos GPS: 39º51'28"N 7º44'30"O pp Praia da Taberna Seca GPS: 39º50'19"N 7º35'34"O 20 Fornos de Algodres pp Praia Fluvial de Fornos de Algodres GPS: 40º36'45"N 7º31'09"O Fundão pp Praia de Lavacolhos GPS: 40º08'07"N 7º36'51"O pp Praia de Janeiro de Cima GPS: 40º03'55"N 7º48'17"O Góis pp Praia das Canaveias GPS: 40º11'05"N 8º09'01"O pp Praia da Peneda / Pego Escuro GPS: 40º09'14"N 8º06'43"O Gouveia pp Praia de Vale do Rossim GPS: 40º24'04"N 7º35'15"O Idanha-a-Nova pp Praia Fluvial do Pego GPS: 40º02'36"N 7º00'52"O pp Praia da Barragem de Idanha GPS: 39º57'11"N 7º11'19"O Mangualde pp Live Beach (Praia Artificial) GPS: 40º36'43"N 7º44'53"O Manteigas pp Praia da Relva da Reboleira GPS: 40º24'44"N 7º28'08"O Miranda do Corvo pp Praia de Segade GPS: 40º10'13"N 8º19'01"O Mortágua pp Praia do Vau – Parque Verde GPS: 40º23'21"N 8º14'06"O pp Praia da Barragem da Aguieira - Sobral GPS: 40º20'41"N 8º11'17"O Murtosa pp Praia do Monte Branco GPS: 40º45'14"N 8º42'08"O Nelas pp Praia de Caldas de Felgueira GPS: 40º29'16"N 7º51'35"O Oleiros pp Praia das Cambas GPS: 40º00'46"N 7º50'47"O pp Praia Fluvial de Álvaro GPS: 39º58'39"N 7º57'41"O pp Praia do Açude Pinto GPS: 39º55'15"N 7º53'28"O Oliveira de Frades pp Praia do Vau GPS: 40º47'03"N 8º15'07"O Praia de Sejães GPS: 40º44'41"N 8º12'19"O Oliveira do Hospital pp Praia de São Gião GPS: 40º20'48"N 7º48'28"O pp Praia de Alvoco das Várzeas GPS: 40º18'03"N 7º50'09"O pp Praia de Avô GPS: 40º17'39"N 7º54'21"O Ourém pp Praia do Agroal GPS: 39º40'44"N 8º26'11"O Pampilhosa da Serra pp Praia de Santa Luzia GPS: 40º05'25"N 7º51'13"O pp Praia de Pessegueiro GPS: 40º03'07"N 8º01'26"O pp Praia de Pampilhosa da Serra GPS: 40º02'49"N 8º57'01"O pp Praia de Janeiro de Baixo GPS: 40º02'45"N 7º48'17"O Pedrógão Grande pp Praia do Mosteiro GPS: 39º56'09"N 8º11'09"O pp Praia da Ribeira de Mega GPS: 39º55'49"N 8º07'23"O pp Praia do Cabril GPS: 39º55'15"N 8º08'00"O Penacova pp Praia do Vimieiro GPS: 40º16'37"N 8º11'51"O pp Praia do Reconquinho GPS: 40º16'01"N 8º16'04"O Penalva do Castelo pp Praia da Sr.ª da Ribeira GPS: 40º39'59"N 7º43'49"O Penamacor: pp Praia Fluvial O Moinho GPS: 40º13'45"N 7º13'16"O pp Praia de Meimoa GPS: 40º13'33"N 7º11'17"O Penela pp Praia da Louçainha GPS: 40º01'35"N 8º18'17"O Proença-a-Nova pp Praia de Alvito da Beira GPS: 39º49'25"N 7º47'53"O pp Praia da Cerejeira GPS: 39º48'35"N 7º45'11"O pp Praia do Malhadal GPS: 39º47'49"N 7º57'05"O pp Praia da Froia GPS: 39º47'24"N 7º50'19"O pp Praia de Aldeia Ruiva GPS: 39º46'09"N 7º58'56"O Sabugal pp Praia de Vale das Éguas GPS: 40º26'09"N 7º01'28"O pp Praia de Rapoula do Côa GPS: 40º25'05"N 7º02'39"O pp Praia do Sabugal GPS: 40º20'55"N 7º05'33"O pp Praia de Quadrazais GPS: 40º18'46"N 6º59'13"O pp Praia de Fóios GPS: 40º17'01"N 6º53'19"O Santa Comba Dão pp Praia da Senhora da Ribeira GPS: 40º20'39"N 8º07'28"O São Pedro do Sul pp Praia Fluvial das Termas GPS: 40º44'22"N 8º05'19"O Sardoal pp Praia da Lapa GPS: 39º32'15"N 8º06'59"O Seia pp Senhora do Desterro GPS: 40º23'43"N 7º41'39"O pp Praia de Sandomil GPS: 40º21'23"N 7º46'52"O pp Praia de Loriga GPS: 40º19'53"N 7º41'17"O Sertã pp Praia do Troviscal GPS: 39º51'36"N 8º00'28"O pp Praia da Ribeira Grande GPS: 39º48'25"N 8º05'48"O pp Praia do Marmeleiro GPS: 39º44'00"N 8º05'25"O pp Praia de Trízio GPS: 39º43'47"N 8º13'51"O Sever do Vouga pp Praia da Quinta do Barco GPS: 40º42'32"N 8º21'33"O Tábua pp Praia da Ronqueira GPS: 40º14'53"N 8º02'14"O Tomar pp Praia de Alverangel GPS: 39º54'86"N 8º30'16"O pp Praia de Montes GPS: 39º63'02"N 8º25'25"O pp Praia de Vila Nova - Serra GPS: 39º13'17"N 8º41'15"O 21 RECURSOS — PRAIAS Tondela pp Praia de S. João do Monte GPS: 40º33'47"N 8º14'12"O pp Praia de Caldas de Sangemil GPS: 40º31'34"N 7º58'01"O pp Praia de Ferreirós do Dão GPS: 40º28'01"N 8º02'06"O Vila Nova da Barquinha pp Praia de Vila Nova da Barquinha GPS: 39º27'19"N 8º25'49"O Vila Nova de Paiva pp Praia de Touro – Parque Urbano GPS: 40º53'44"N 7º44'56"O pp Praia de Fráguas GPS: 40º50'15"N 7º46'08"O PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Vila de Rei pp Praia Pego das Cancelas GPS: 39º44'09"N 8º03'16"O pp Praia Fernandaires GPS: 39º44'04"N 8º12'32"O Praia de Bostelim GPS: 39º43'22"N 8º06'28"O pp Praia da Zaboeira GPS: 39º42'16"N 8º13'21"O pp Praia do Penedo Furado GPS: 39º37'34"N 8º10'02"O Vila Velha de Ródão pp Praia da Foz do Cobrão GPS: 39º43'55"N 7º45'47"O Viseu pp Praia de Almargem GPS: 40º45'27"N 7º53'31"O pp Praia das Termas de Alcafache GPS: 40º36'22"N 7º52'07"O Vouzela pp Praia de Porto da Várzea GPS: 40º41'01"N 8º13'11"O As linhas de água do território estendem-se da zona costeira para o interior do país, caracterizado por uma fraca densidade populacional e por um desenvolvimento que tem ocorrido a uma velocidade menor, quando comparado aos níveis de evolução da orla costeira. Foi precisamente com o propósito de criar mecanismos de atração e exploração para estas áreas que os recursos hídricos beneficiaram de ações de projeção designadamente aos níveis turístico e ambiental. Apesar de a oferta de praias fluviais ser em grande número, a qualidade denota um forte potencial de melhoria. As bandeiras azuis são em número reduzido, a qualidade dos serviços é suscetível de progresso e as acessibilidades são por vezes difíceis. OVAR Contudo, verifica-se um aumento e uma melhoria da oferta, a procura tem aumentado de forma significativa nos últimos anos, o que parece estar associado às dinâmicas da procura interna, motivadas pela menor disponibilidade financeira das famílias para opções lúdicas mais onerosas, ao mesmo tempo que se assiste à crescente valorização e consequente adesão às atividades de lazer em natureza. Na região Centro a oferta é muito diversificada e explora precisamente territórios rurais, com algumas debilidades ao nível da oferta de serviços em geral, e de serviços de lazer em especial, conjugando propostas de turismo de natureza com o património cultural. Na região Centro salientam-se os rios Vouga, Tejo e o seu afluente Zêzere, o Mondego, e alguns dos seus afluentes, dando expressão à densidade de praias fluviais. CASTRO D’AIRE VILA NOVA DE PAIVA SÃO PEDRO DO SUL ESTARREJA SEVER DO MURTOSA VOUGA OLIVEIRA DE ALBERGARIA-A-VELHA FRADES VOUZELA AVEIRO FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO NÚMERO DE PRAIAS FLUVIAIS: AGUIAR TRANCOSO DA PINHEL BEIRA VISEU PENALVA DO CELORICO CASTELO DA BEIRA ALMEIDA FORNO DE ÍLHAVO MANGUALDE ÁGUEDA ALGODRES TONDELA NELAS GUARDA VAGOS OLIVEIRA DO GOUVEIA BAIRRO CARREGAL ANADIA SEIA MIRA MORTÁGUASANTA DO SAL MANTEIGAS COMBA OLIVEIRA SABUGAL DÃO DO CANTANHEDE MEALHADA BELMONTE TÁBUA HOSPITAL PENACOVA MONTEMOR- COIMBRA COVILHà VILA NOVA DE POIARES ARGANIL -O-VELHO FIGUEIRA DA FOZ 5 4 3 MEDA PENICHE SATÃO LOUSà FUNDÃO GÓIS CONDEIX MIRANDA PAMPILHOSA A A NOVA DO CORVO DA SERRA SOURE CASTANHEIRA PENELA DE PERA ANSIÃO FIGUEPEDROGÃO OLEIROS POMBAL IRÓ DOS GRANDE VINHOS CASTELO BRANCO SERTà MARINHA ALVAIAZERE LEIRIA GRANDE PROENÇA-A-NOVA FERREIRA DO VILA VELHA ZÊZERE VILA DE OURÉM DE RODÃO REI BATALHA NAZARÉ MAÇÃO TOMAR PORTO SARDOAL ALCOBAÇA DE MÓS TORRES NOVAS ALCANENA VILA NOVA DA BARQUINHA CALDAS DA RAINHA CONSTÂNCIA ÓBIDOS ABRANTES 2 LOURINHà 1 TORRES VEDRAS PENAMACOR IDANHA-A-NOVA 0 ee Praia fluvial de Olhos de Fervença Fonte: www.rotadabairrada.pt 22 Figura 2 ‣ Número de praias fluviais qualificadas por município da região Centro Fonte ‣ Realização AD ELO 23 RECURSOS — PRAIAS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Atendendo à diversidade morfológica da região Centro é possível encontrar praias fluviais numa grande amplitude de altitudes. PRAIAS FLUVIAIS: 1 2 3 4 RIOS ALTITUDE: 1600-2000 1200-1600 700-1200 400-700 200-400 100-200 0-100 Figura 3 ‣ Localização geográfica das praias fluviais qualificadas na região Centro Fonte: http://mapas.blogs.sapo.pt/35443.html Figura 4 ‣ Praias fluviais da região Centro – Altitude Fonte: Atlas do Ambiente / Norberto Santos e Lúcio Cunha DENSIDADE DE PRAIAS: Muito Alta Alta Média Baixa Muito Baixa ee Praia fluvial das Torres do Mondego Fonte: AD ELO 24 Figura 5 ‣ Praias fluviais da região Centro – Densidade Fonte: Atlas do Ambiente / Norberto Santos e Lúcio Cunha 25 RECURSOS — PRAIAS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO VILA NOVA DE PAIVA SÃO PEDRO DO SUL SEVER DO VOUGA OLIVEIRA ALBERGARIA-A-VELHA DE FRADES VISEU VOUZELA AVEIRO ESTARREJA MURTOSA ÍLHAVO Dada a diversidade característica, na região Centro de Portugal, como se pode observar (figura 6), existem praias (oceânicas e fluviais) qualificadas para a prática náutica e balnear na grande maioria dos seus municípios, havendo mesmo concelhos que possuem os dois tipos de valências. NÚMERO DE PRAIAS QUALIFICADAS: ee Praia fluvial do Reconquinho / Penacova Fonte: AD ELO VAGOS !1 8 7 5 4 ee Praia da Tocha Fonte: AD ELO ee Praia fluvial do Reconquinho / Penacova Fonte: AD ELO Apesar de existirem muitos outros locais com condições favoráveis ao desenvolvimento e prática da atividade náutica, e que ainda não foram qualificados para tal, é incontornável que esta NUT II (Nomenclatura de Unidade Territorial) já se apresenta razoavelmente dotada de locais que se afirmam cada vez mais como preferenciais para o crescimento deste setor, tendo-se desenvolvido respostas adequadas à procu- ra e aos novos paradigmas da sociedade contemporânea e consubstanciadas na atuação de organizações determinantes como associações, clubes, empresas e instalações vocacionadas para o desporto e lazer náutico que garantem o desenvolvimento de atividades de recreio e lazer em espaços naturais, aliando um amplo conjunto de recursos que sustentam a procura turística cultural e paisagística. 26 PENICHE ÁGUEDA OLIVEIRA DO BAIRRO ANADIA TONDELA SATÃO AGUIAR DA BEIRA FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO TRANCOSO PINHEL PENALVA DO CELORICO CASTELO DA BEIRA FORNO DE MANGUALDE ALGODRES NELAS GUARDA GOUVEIA ALMEIDA CARREGAL SEIA MORTÁGUA SANTA DO SAL MANTEIGAS COMBA OLIVEIRA SABUGAL DÃO MEALHADA DO CANTANHEDE BELMONTE HOSPITAL TÁBUA PENACOVA MONTEMOR- COIMBRA COVILHà FIGUEIRA -O-VELHO VILA NOVA DE POIARES ARGANIL DA FOZ PENAMACOR FUNDÃO MIRANDA LOUSà GÓIS CONDEIXA DO CORVO PAMPILHOSA DA A NOVA SERRA SOURE CASTANHEIRA PENELA DE PERA ANSIÃO FIGUEIRÓ PEDROGÃO OLEIROS IDANHA-A-NOVA POMBAL DOS GRANDE VINHOS CASTELO BRANCO SERTà MARINHA ALVAIAZERE GRANDE LEIRIA PROENÇA-A-NOVA FERREIRA DO VILA VELHA ZÊZERE OURÉM VILA DE REI DE RODÃO BATALHA NAZARÉ MAÇÃO TOMAR PORTO DE SARDOAL MÓS ALCOBAÇA TORRES NOVAS ALCANENA VILA NOVA DA BARQUINHA CALDAS DA RAINHA CONSTÂNCIA ÓBIDOS ABRANTES MIRA !5 MEDA CASTRO D’AIRE OVAR LOURINHà BOMBARRAL TORRES VEDRAS 3 2 1 0 Figura 6 ‣ Praias, oceânicas e fluviais, qualificadas da região Centro Fonte: Realização AD ELO 27 RECURSOS — INFRAESTRUTURAS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 . 2. R ecu rsos - I n fr a e str u tur a s A região Centro, como se analisará neste capítulo, está dotada de um considerável conjunto de valências e infraestruturas que possibilitam e potencializam a atividade náutica. 1 .2 .1. Centro s d e alto re nd i m e nt o ( C AR) ee Fonte: www.shuterstock.com Centro de Alto Rendimento do Surf de Aveiro Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho Centro de Alto Rendimento do Surf da Nazaré Centro de Alto Rendimento do Surf de Peniche O Centro de Alto Rendimento do Surf de Aveiro encontra-se em fase de construção em São Jacinto, a 100 metros da praia, pretende dinamizar a cultura dos desportos de ondas numa região com uma forte ligação à náutica e criar novos postos de trabalho. Reestruturado e inaugurado memoravelmente, com o acolhimento de um campeonato europeu de remo em Setembro de 2010, apresenta-se como a melhor infraestrutura nacional para o desenvolvimento de desportos náuticos como a canoagem, o remo, a natação em águas abertas e o triatlo. Para além de hangares de arrumação de barcos, possui outras estruturas adicionais como ginásio, salas de conferência e de formação. O Centro de Alto Rendimento do Surf da Nazaré terá capacidade para 30 atletas, encontra-se em fase de conclusão na Praia do Norte e que se associará o nome de Garret McNamara, “padrinho” do projeto e figura incontornável do surf que inscreveu recentemente a Nazaré no livro de recordes do Guiness. Inaugurado a 9 de Outubro de 2012, aquando da realização da etapa portuguesa do campeonato do mundo de surf – Rip Curl PRO Portugal 2012. Este CAR possui uma capacidade de alojamento de 30 atletas em simultâneo e foi idealizado com uma construção sustentável, uma vez que possui sistemas de aproveitamento de águas e de produção de energia através de painéis fotovoltaicos. ee Fonte: Câmara Municipal de Aveiro ee Fonte: Câmara Municipal de Montemor-o-Velho ee Fonte: Câmara Municipal Nazaré ee Fonte: www.viroc.pt OCAR do Surf de Aveiro 6Câmara Municipal de Aveiro Praça da República 3810-156 Aveiro Z+351 234 406 300 940º39'12"N 8º44'52"O @[email protected] swww.cm-aveiro.pt OCAR de Montemor-o-Velho 6Câmara Municipal Montemor-o-Velho Praça da República 3140-258 Montemor-o-Velho Z+351 239 687 300 940º10'31"N 8º39'16"O @[email protected] swww.cm-montemorovelho.pt OCAR do Surf da Nazaré 6Av. Vieira Guimarães, 54 2450-951 Nazaré Z+351 262 550 010 939º35'54"N 9º04'13"O @[email protected] swww.cm-nazare.pt OCAR do Surf de Peniche 6Câmara Municipal de Peniche Largo do Município 2520-239 Peniche Z+351 926 578 149 939º21'41"N 9º20'57"O @[email protected] swww.cm-peniche.pt 28 29 RECURSOS — INFRAESTRUTURAS 1 .2 .2. Marina s , p ortos e ancorad o u r o s PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO N A região Centro é caracterizada por alguns fatores determinantes para o desenvolvimento das atividades do setor náutico, seja na vertente lazer ou na da competição, disponibilizando importantes requisitos competitivos, designadamente fatores básicos como as boas condições naturais e fatores chave de êxito como infraestruturas náuticas, designadamente marinas, portos náuticos e ancoradouros, empresas especializadas, federações e associações de representação nacional com significativa capacidade de mobilização dos diversos desportos náuticos. Com quatro grandes portos comerciais, que apresentam um elevado dinamismo ao nível da atividade piscatória, comercial e recreativa, a região Centro é caracterizada ainda por possuir quatro marinas qualificadas, seis portos de recreio, duas docas de recreio e alguns pequenos ancoradouros que perfazem entre si 1.737 postos de amarração, o que corresponde a aproximadamente 13,5% do total nacional de amarrações, segundo dados do INE (Instituto Nacional de Estatística, 2011), não possuindo, contudo, qualquer Bandeira Azul nestes equipamentos, como se regista noutros pontos de apoio à náutica do país. Não obstante em Portugal o rácio de barcos per capita ser um dos mais baixos da Europa, rondando atualmente os 285 habitantes por barco, existem nesta região mais de 2.000 embarcações registadas e licenciadas, o que corresponde sensivelmente a 25% do total nacional. Estes indicadores permitem depreender que não existem postos de amarração legais ou qualificados em suficiente número para acomodar todos os cascos registados e em funcionamento. Ressalve-se ainda que nem todas as embarcações são consideradas embarcações de recreio ou de atividade profissional e, como tal, legalmente não necessitam de ser registadas numa repartição marítima ou Capitania. Evidenciam-se também os registos de 3.791 pessoas (INE - 2011) com atividade profissional estabelecida no ramo das pescas e mais de 160.000 pessoas que requereram licença de pesca lúdica desportiva na região. Principais portos dA REGIÃO CENTRO Na região Centro, a localização dos portos coincide na sua maioria com a localização das marinas qualificadas, segundo dados do INE e APPR (Associação Portuguesa de Portos de Recreio). AVEIRO FIGUEIRA DA FOZ NAZARÉ PENICHE ee Marina da Figueira da Foz Fonte: http://www.portosdeportugal.pt/UserFiles/P1011409.jpg Figura 7 ‣ Principais portos e marinas da região Centro Fonte: INE – Estatísticas da Pesca 2010 30 31 RECURSOS — INFRAESTRUTURAS Tabela 1 ‣ Identificação, localização e contactos de marinas, portos e ancoradouros por município da região Centro Denominação Características Telefone Morada GPS Mail / Site Município Ancoradouro de Abrantes (Vila do Mato) Náutica de Recreio, Windsurf, Vela 241 331 736 Rua do Vale da Vinha / 2200-601 Abrantes 39º32’43”N • 8º16’40”O [email protected] Abrantes Cais de Acostagem do Clube AVELA Escola de Vela e Náutica de Recreio 234 422 142 Av. Dr. David Cristo / 3801-301 Aveiro 40º38’52”N • 8º39’47”O [email protected] www.avela.pt Aveiro Porto de Recreio da Associação Náutica da Gafanha da Encarnação (Fluvial) Escola de Vela, Náutica de Recreio e Aluguer de Embarcações 234 364 038 Largo da Mota, nº1 3830-488 Gafanha da Encarnação 40º36’49”N • 8º44’18”O [email protected] www.ange.pt Aveiro Porto de Recreio Associação Náutica da Torreira (Fluvial) Escola de Vela e Canoagem, Náutica de Recreio e Aluguer de Embarcações 234 868 651 Av. Eng. Duarte Pacheco Pavilhão Náutico 3870 Torreira 40º45’58”N • 8º41’51”O [email protected] www.antorreira.org Aveiro Doca de Recreio da Marina Clube da Gafanha Escola de Mergulho, Aluguer de Embarcações, Motonáutica e Pesca Desportiva 234 363 789 Caminho do Praião Apartado 19 3834-907 Gafanha da Encarnação 40º37’40”N • 8º44’03”O [email protected] Aveiro Porto de Aveiro Porto Comercial e de Pesca 234 393 300 Edifício 9 - Forte da Barra 3830-565 Gafanha da Nazaré 40º37’51”N • 8º43’53”O [email protected] Aveiro Ancoradouro de Constância Náutica de Recreio, Desporto Aventura 249 730 050 Estrada Nacional 3 39º28’33”N • 8º20’39”O [email protected] Constância Ancoradouro de Vila Velha do Ródão (Fluvial) Náutica de Recreio, Canoagem, Vela, Remo 272 344 234 Posto Náutico 6030-238 Vila Velha de Ródão 39º38’59”N • 7º40’21”O [email protected] Castelo Branco Porto da Figueira da Foz Porto Comercial e de Pesca 233 402 910 Av. Espanha Ap. 2007 / 3080 - 901 Figueira da Foz 40º08’51”N • 8º51’46”O [email protected] Figueira da Foz Porto de Recreio da Figueira da Foz Escola de Formação Náutica e Mergulho, Náutica de Recreio, Vela Desportiva / Cruzeiro e Motonáutica 233 428 019 Av. Espanha, Doca de Recreio 3080-901 Figueira da Foz 40º08’50”N • 8º51’35”O [email protected] www.cnaff.pt Figueira da Foz Marina do Centro Náutico de Ferreira do Zêzere Náutica de Recreio, Canoagem, Insufláveis, Ski Aquático 274 802 178 Trizio 6100-494 Palhais 39º43’47”N • 8º13’49”O [email protected] Ferreira do Zêzere Porto de Recreio do Clube de Vela da Costa Nova Escola de Vela e de Formação Náutica, Náutica de Recreio 234 369 300 Avenida José Estêvão 3830-453 Costa Nova 40º36’31”N • 8º44’55”O [email protected] www.cvcn.pt Ílhavo Ancoradouro de Recreio do Jardim Oudinot Náutica de Recreio 234 329 600 Câmara Municipal de Ílhavo 3830-193 Ílhavo 40º38’38”N • 8º43’53”O [email protected] www.cm-ilhavo.pt Ílhavo Doca de Recreio de Associação Náutica da Gafanha da Nazaré (Fluvial) Náutica de Recreio 234 084 047 Rua Comendador Egas 3830-590 Gafanha da Nazaré 40º38’43”N • 8º41’57”O [email protected] Ílhavo Marina Fluvial Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa Náutica de Recreio, Aluguer de Postos de Amarração e de Embarcações. 231 920 456 Vale da Aguieira 3450-010 Mortágua 40º20’52”N • 8º11’28”O www.montebeloaguieira.pt Mortágua Núcleo de Recreio do Porto da Nazaré Náutica de Recreio 262 561 401 Caixa Postal 1 2450-075 Nazaré 39º35’11”N • 9º04’21”O [email protected] Nazaré Porto de Recreio do Carregal (Fluvial) Escola de Vela e de Formação Náutica, Náutica de Recreio 256 592 548 Porto de Recreio do Carregal 3880-163 Ovar 40º51’39”N • 8º39’27”O [email protected] Ovar Marina da Ribeira Náutica de Recreio e Porto de Pesca 262 781 153 IPTM Porto de Pesca de Peniche / 2520-630 Peniche 39º21’06”N • 9º22’38”O [email protected] Peniche Ancoradouro de Vila Nova da Barquinha Náutica de Recreio, Canoagem,Rafting 249 736 680 Centro Náutico de Vila Nova da Barquinha 2260- 909 Vila Nova da Barquinha 39º27’26”N • 8º25’29”O [email protected] Vila Nova da Barquinha 32 N MARINAS, PORTOS E ANCORADOUROS 33 RECURSOS — INFRAESTRUTURAS 1 .2.3. Surf ho us e s e s ur f camp s Tabela 2 ‣ Identificação, localização e contactos das surf houses e surf camps por município da região Centro Denominação Telefone Morada GPS Mail / Site Município Ticket 2 Surf 231 442 120 Rua dos Pescadores da Nossa Senhora da Tocha nº 33 • 3060-691 Tocha 40º19’43”N • 8º50’29”O [email protected] Cantanhede Careca SurfCamp 962 401 089 Rua das Flores • 3090-766 Figueira da Foz 40º05’51”N • 8º52’07”O [email protected] Figueira da Foz Figueira SurfCamp 918 784 878 Rua Cabeço do Vale dos Poços Vais, Buarcos • 3080-378 Figueira da Foz 40º10’52”N • 8º54’04”O www.figueirasurfcamp.com Figueira da Foz Gookinky Palace 912 694 566 Rua António Ferreira de Freitas nº37 • 3090-454 Lavos 40º06’05”N • 8º49’48”O [email protected] Figueira da Foz Costa Nova Surf House 966 629 078 Av. José Estevão nº 256, Costa Nova • 3830-453 Ílhavo 40º36’33”N • 8º44’57”O [email protected] Ílhavo Areia Branca Beach Hostel 915 493 034 Rua da Foz nº 5 • 2530-221 Lourinhã 39º15’53”N • 9º20’03”O [email protected] Lourinhã Global Surf School & Camp 917 973 981 Vale Geões nº 18 • 2530-088 Lourinhã 39º16’03”N • 9º20’06”O [email protected] Lourinhã My Surf Hostel 262 787 115 Alameda do Golfinho Vivenda Oslo, Praia Da Areia Branca • 2530-211 Lourinhã 39º16’06”N • 9º20’04”O [email protected] Lourinhã Underdog Surf House 261 419 533 Av. António José Do Vale nº 7 • 2530-213 Areia Branca 39º14’37”N • 9º18’49”O [email protected] Lourinhã West Coast SurfCamp 261 469 570 Rua António José do Vale, Vivenda Roseiral nº 29 • 2530-213 Lourinhã 39º15’55”N • 9º19’57”O [email protected] Lourinhã Avenida do Mar nº 49, Baleal • 2520 Peniche 39º21’20”N • 9º22’43”O www.hotelscombined.pt Peniche Ana’s Cottage Surf House Captain´s Log House 914 602 183 Avenida do Mar nº 142 Casais do Baleal • 2520-101 Peniche 39º22’15”N • 9º19’47”O captainloghouse@gmail Peniche Lagido Surf House 961 112 940 Rua Pôr do Sol nº 2, Ilha do Baleal • 2520-008 Ferrel 39º22’25”N • 9º20’27”O [email protected] Peniche Nature Surf House 918 528 260 Rua do Talefé, Ferrel • 2520-210 Peniche 39º21’59”N • 9º18’41”O [email protected] Peniche Nineteen Bead and Breakfast 912 305 707 Rua António da Conceição Bento • 2520-285 Peniche 39º21’39”N • 9º22’46”O [email protected] Peniche Paradise Baleal 960 207 149 Avenida do Mar nº 182 • 2520-101 Peniche 39º22’22”N • 9º20’09”O [email protected] Peniche Peniche Surf Camp 962 336 295 Avenida do Mar nº 162 - Casais do Baleal • 2520-101 Peniche 39º22’18”N • 9º19’57”O [email protected] Peniche Supertubos Beach Hostel 939 303 396 Avenida do Mar nº 58 D, Atouguia da Baleia • 2525-150 Peniche 39º19’39”N • 9º21’25”O [email protected] Peniche Surfcaslte 912 526 151 Avenida do Mar nº 186, Baleal • 2520-010 Ferrel 39º22’22”N • 9º20’09”O [email protected] Peniche Surf House Helena 913 251 231 Rua Casal dos Ninhos nº 3, Casais do Baleal • 2520-053 Peniche 39º22’09”N • 9º19’37”O [email protected] Peniche Surf Moments House & School 916 310 766 Travessa Cruz das Almas nº 20, Casais do Baleal, Ferrel • 2520-060 Peniche 39º21’59”N • 9º20’00”O [email protected] Peniche Surfer´s Bay Peniche 913 775 077 Rua do Salgado, Lote D1 • 2520-193 Peniche 39º21’19”N • 9º21’20”O [email protected] Peniche Surfer´s Lodge Peniche 912 590 574 Urbanização da Papoa • 2520-360 Peniche 39º22’03”N • 9º22’40”O [email protected] Peniche Surf in Peniche 262 184 593 Travessa do Salva Vidas – Praia da Gamboa • 2520-534 Peniche 39º21’52”N • 9º22’25”O [email protected] Peniche Tribo da Praia 262 381 829 Rua do Catalo nº 65, Ferrel • 2520-141 Peniche 39º22’17”N • 9º19’04”O [email protected] Peniche Sizandro Beach Lodge 261 856 389 Sizandro Beach Lodge - Praia de Sizandro • 2560-179 Torres Vedras 39º06’09”N • 9º23’56”O [email protected] Torres Vedras 34 C SURF HOUSES & SURF CAMPS 35 OUTROS LOCAIS PROPÍCIOS À NÁUTICA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 . 3. Ou tros loca i s pr op í ci os à n á u t i c a Existem muitos outros locais para além das praias e infraestruturas, que apresentam condições excecionais para a prática náutica, nomeadamente o desporto aventura e de natureza. Apresentam-se de seguida os recursos com maior potencial para a prática de atividades náuticas. Ria de Aveiro Rio Alva A Ria de Aveiro, com o seu cenário bucólico e esplendoroso, apresenta características únicas para longos passeios nas suas águas, seja a bordo de um tradicional moliceiro ou pela força dos próprios braços numa canoa. A canoagem nas rias pretende acima de tudo satisfazer praticantes mais aficionados/as pela natureza do que pela vertente mais física do desporto. A cor das águas, as culturas (Ostras, Mexilhão, viveiros de peixes), a sua fauna e as pequenas ilhas, que salpicam estas grandes extensões de água salobra, são locais que reservam paisagens únicas e momentos inesperados e inesquecíveis. O rio Alva começa igualmente a ganhar projeção nas descidas de rio, sendo comum esta atividade num trajeto de 18 quilómetros entre Vila Cova do Alva – Côja – Secarias. Esta descida é mais exigente do que a do rio Mondego pois contempla mais de uma dezena de açudes com diferentes formatos e alturas e uma sucessão de pequenos rápidos. Apesar de não apresentar setores demasiadamente técnicos, a sua descida exige alguma condição e destreza físicas, porque o contacto constante com a água é inevitável. É recomendável a quem pratica possuir experiência anterior em canoagem. Rio Alvoco Ribeira das Quelhas ee Barrinha de Mira Fonte: AD ELO Barragem da Aguieira Barragem de Castelo de Bode Numa dinâmica diferente das anteriormente referidas, este enorme lago artificial alimentado pelas águas do Mondego e do Dão apresenta-se como local de eleição para a prática de desportos de alta competição, como o remo e a canoagem, pois possui um espelho de água bastante favorável ao aperfeiçoamento de pormenores técnicos. A barragem está ainda provida de uma marina, associada a um complexo hoteleiro, que propicia atividades náuticas de lazer como o remo, vela, windsurf, ski aquático, wakeboard, mergulho e o aluguer de canoas, insufláveis, motos de água e gaivotas, sendo dotada de uma escola de vela e de mergulho, quer para o nível inicial, quer para o avançado. Algumas das espécies identificadas têm particular importância do ponto de vista conservacionista e comercial, nomeadamente o Barbo, a Boga, a Lampreia, a Carpa e a Truta, no domínio piscícola, e também o Pato-real, a Cegonha-branca, e o Alfaiate como as aves observáveis com maior frequência. A vegetação é tipicamente ripícola com predominio do Choupo, do Ulmeiro e do Salgueiro. A edificação da barragem e consequentes submersões de povoações e áreas circundantes e a amenização dos caudais originaram ainda um local que apresenta atualmente uma forte afluência turística estival, a praia fluvial de Nossa Senhora da Ribeira em Santa Comba Dão, que está dotada de um ancoradouro para pequenas embarcações, onde se podem alugar barcos e gaivotas, aliando assim o lazer náutico à natureza envolvente. A barragem de Castelo de Bode apresenta-se como uma das maiores albufeiras do país, sendo assim um local de eleição para o recreio e lazer, aliando a natureza com a prática de desportos náuticos. Possui um ecossistema rico, resultante da variada vegetação com forte presença de Pinheiro-bravo, Eucalipto, Medronheiro, Urze e Oliveira e de espécies piscícolas como o Achigã, a Boga, a Carpa e a Perca, assim como de aves, onde se destacam a Águia, a Gralha, a Garça e a Perdiz, que transformam este local num paraíso natural. Impulsionada pela natureza ou pelo desporto, a atividade náutica tem crescido, estando já enraizados os passeios de canoa, à vela e de jet-ski nestas águas. 36 Barragem do Fratel Construída em 1973, a Barragem do Fratel represa o rio Tejo junto à localidade de Amieira, acumulando as funções de reguladora de caudal e de produção de energia elétrica, situa-se na mais apertada garganta daquele rio, entre as Portas de Rodão e a foz do Rio Ocreza. Possui um pequeno cais, fundeadouros e rampas de acesso à água permitindo assim a prática de desportos náuticos como o windsurf, a canoagem, o jet-ski, a vela e a pesca. As espécies piscícolas mais comuns são a Boga, a Carpa, o Barbo, o Pimpão e o Achigã. As margens da Ribeira das Quelhas, em Castanheira de Pera, são de uma rara beleza natural. Pelas suas fragas imponentes deslizam as àguas a grande altitude. Esta ribeira é bastante procurada para a prática do canyoning, sendo um percurso simples e básico, com um troço curto e adequado para iniciação na atividade. Possui 6 rapéis interessantes com cerca de 14 a 20 metros. O percurso implica ainda para quem o experimente alguns saltos pequenos para a água e, em certos locais, é necessário realizar pequenos destrepes (descidas de lugares elevados pela rocha). Com um percurso de aproximadamente 16 quilómetros entre Seia e Oliveira do Hospital, é um rio de montanha caracterizado por alguns açudes de grandes dimensões e zonas mais técnicas com rochedos no seu leito. As zonas mais técnicas são transpostas com toda a segurança, mas exigem redobrada atenção e concentração. Este rio exige experiência prévia em canoagem por parte dos e das participantes, sendo aconselhável apresentar boa forma física, pois o percurso é bastante extenso e duro. Rio Ceira Ribeira da Pena Sendo esta uma das ribeiras mais espetaculares da região Centro, onde se conjugam o cenário inóspito e bravio, formado por inúmeras cascatas, lagoas e rochedos imponentes, com a vegetação exuberante e a vida selvagem peculiar, é também um dos locais mais procurados para canyoning por praticantes experientes. A atividade que envolve a descida a pé da Ribeira da Pena, com recurso a saltos, descidas em rapel e travessias por dentro de água percorre um vale encaixado e abrupto cujo leito, margens e encostas são formados por impressionantes fragas que tornam este local quase inacessível. As pequenas descidas em canoa e caminhadas aquáticas pelo leito do rio Ceira, atraem cada vez mais entusiastas do exercício em natureza. O Ceira possui uma galeria ripícola bem preservada que pode ser contemplada ao longo do passeio. O percurso mais conhecido não apresenta especial exigência sendo acessível à maioria das pessoas entusiastas da natureza. Inicia na Foz da Fonte, um local espetacular do rio, onde no passado habitantes locais desviaram o leito do rio Ceira, escavando um túnel na montanha, incluindo a passagem e transposição de alguns açudes através de pequenos saltos. Ao longo deste setor, para além de toda a fauna e flora podem observar-se antigos moinhos, lagares de azeite, muros de propriedades agrícolas e pontes, construídos com os tradicionais materiais de xisto e lousa. Ao longo de todo o percurso é garantido um com constante acompanhamento pelos monitores e monitoras. 37 OUTROS LOCAIS PROPÍCIOS À NÁUTICA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Rio Dão Rio Mondego Rio Pônsul Rio Vouga Este afluente da albufeira da Aguieira, primordialmente no seu troço que pertence ao concelho de Santa Comba Dão, é um rio de águas límpidas e tranquilas onde até as crianças podem praticar canoagem, tendo como um dos principais pontos de interesse as margens repletas de fauna e flora autóctone. Facilmente se visualizam Carvalhos, Sobreiros, Castanheiros e várias espécies arbóreas aquáticas. No que respeita à fauna, são observáveis Patos-reais, Milhafres e Águias-de-asa-redonda. A qualidade da água é assinalável, não existindo qualquer problemas associados a poluição, garantindo assim, momentos de lazer e de diversão excecionais. O rio Mondego, o maior com nascente em Portugal, é palco de uma crescente afluência em descidas de rio em canoa ou raft (embarcação semirrígida), atividade que devido ao perfil calmo e constante do curso de água se torna acessível a todos e a todas praticantes. Esta atividade, apesar de ser possível de realizar um pouco por todo o curso do rio, tem uma especial e evidente relevância no seu trajeto de aproximadamente 12 quilómetros entre as praias fluviais do Reconquinho (Penacova) e de Palheiros do Zorro (Torres do Mondego, Coimbra), constituindo uma proposta tão característica da região, que preenche de cor o leito do rio nos dias de maior calor ou em noites de lua cheia. Estas descidas do rio exercem uma fortíssima atração junto de promotores institucionais de desporto aventura, tendo como consequência o alargamento da atividade a outros cursos de água e outras disciplinas náuticas. Pode-se afirmar que é uma atividade que se tornou o rastilho para o surgimento de outras, tendo contribuído para a aproximação da população à náutica. Nas margens, a flora é essencialmente constituída por Choupos, Salgueiros, Freixos, Cedros e Oliveiras. A fauna é sobretudo caracterizada pelo predomínio de Trutas, Lampreias, Barbos e Enguias. O rio Pônsul atravessa os concelhos de Idanha-a-Nova (onde nasce) e Castelo Branco. É um afluente da margem direita do rio Tejo que desagua em Malpica do Tejo, traçando a fronteira entre os concelhos de Castelo Branco e de Vila Velha de Ródão. O Pônsul apresenta um caudal ameno e tem-se vindo a tornar o cenário ideal para a iniciação de canoagem, passeios turísticos em diferentes embarcações e pequenas descidas ao longo do seu leito. Conhecido pelos seus percursos calmos e serenos caudais, este rio encontra-se muito em voga entre as opções para descidas de rio e para a iniciação ao rafting. A ausência de uma barragem, que controle o caudal de água, não possibilita a sua utilização e navegação constante durante todo o ano. Contudo, o percurso possui uma envolvência natural magnífica e diversos rápidos, acessíveis a todos e todas praticantes, o que torna as descidas de rio mais radicais até à separação das águas que formam o início da ria de Aveiro. Rio Erges O Erges é um rio que na maior parte do seu percurso define a fronteira hispano-portuguesa, em Idanha-a-Nova. Este afluente da margem direita do Tejo nasce em Espanha, na Serra de Gata, e faz fronteira entre Portugal e Espanha durante cerca de 50 quilómetros, passando pelas ruínas do castelo de Salvaleón, pelas termas de Monfortinho, por Salvaterra do Extremo, pelo castelo de Peñafiel e por Segura, desaguando no Tejo cerca de 12 quilómetros a jusante de Alcântara. As descidas do Erges têm vindo a ganhar algum mediatismo no panorama ibérico do desporto náutico de aventura, em grande parte por se tratar de um rio que traça a fronteira entre os dois países. Sendo geralmente um rio calmo e acessível, a sua descida é temperada de emoção por alguns rápidos ao longo do percurso. Assiste-se a uma fauna e flora interessantes e diversificadas tanto na margem esquerda, espanhola, como na margem direita, portuguesa. Rio Paiva O rio Paiva é provavelmente o rio português mas conhecido para a prática do rafting nos seus percursos Vau-Espiunca ou Espiunca-Bairros. No entanto, não é o rio mais indicado para iniciantes ou praticantes com pouca experiência, pois a viagem pelas suas águas turbulentas tornam-no um desafio exigente implicando bastante adrenalina. A cada etapa que passa a dificuldade aumenta assinalavelmente, pelo que a concentração é essencial em todos os momentos do percurso. Apesar do nível de exigência que apresenta, é possível apreciar a magnífica paisagem montanhosa envolvente e fortalecer o espírito de equipa, necessário à transposição dos obstáculos deste rio. Rio Teixeira Rio Zêzere Localizado nas serras da Freita e de Arestal, a noroeste de Oliveira de Frades, o rio Teixeira é um dos locais de prática de canyoning mais interessantes e concorridos de Portugal. Vários promotores náuticos da região propõem a descida das quedas do rio Teixeira, através de técnicas de rapel e saltos. O seu enquadramento natural oferece momentos peculiares, dadas as suas características selvagens, propícias a banhos devido às suas magníficas lagoas. A segurança é elevada, pois o enquadramento técnico é feito por pessoas altamente especializadas neste complexo e exigente percurso. Nas suas margens existem ainda relíquias da floresta primária, tais como Freixo, Salgueiro e Amieiro. A Ribeira das Vessadas, afluente deste rio, é considerada o percurso ideal para a iniciação e treino antes da passagem para o majestoso percurso do Teixeira. Apresentando algumas semelhanças com o Mondego, também neste rio é possível a prática de alguns desportos náuticos em bastantes trechos do seu traçado, contudo, as descidas de rio, que contemplam o percurso de aproximadamente sete quilómetros entre a Barragem da Bouçã e a Foz de Alge (Figueiró dos Vinhos) promovidas por um alargado leque de promotores, são a atividade náutica mais concorrida neste curso de água. Com início a jusante da Barragem de Bouçã e final em Foz de Alge é uma descida com água parada, mas com um enquadramento muito interessante na envolvente exterior, sendo a experiência ideal para iniciantes neste desporto de natureza. ee Canoagem em Montemor-o-Velho Fonte: AD ELO 38 39 Locais de eleição para prática de mergulho Portugal é um país de excelência para a prática do mergulho, com uma costa imensa, plena de vida e cor, formações rochosas diversas e várias embarcações naufragadas e apetecíveis para explorar. Mergulhar em Portugal pode ser, por isso, uma experiência inédita, onde é possível desvendar os segredos de uma flora e fauna marítimas únicas na Europa. A prática do mergulho regista uma grande expansão na região Centro, com um assinalável aumento de entusiastas ao longo dos anos, assim como de escolas, empresas e associações que providenciam em diversos locais formações nesta disciplina aquática. Na região Centro são particularmente famosos os spots de mergulho das Berlengas, devido à sua fauna peculiar, aos destroços de embarcações, às grutas e reentrâncias e à relevante acessibilidade para mergulhadores e mergulhadoras menos experientes. Peniche e Nazaré são também locais de grande afluência de pessoas para o mergulho, que acorrem a estas zonas essencialmente para a iniciação ao mergulho de mar. Em complementaridade, é ainda de salientar a existência na região de um generoso leque de complexos de piscinas, que se apresentam como essenciais para a formação prática inicial de novos e novas praticantes de mergulho. ee Fonte: Sergiy Zavgorodny / www.shuterstock.com OUTROS LOCAIS PROPÍCIOS À NÁUTICA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 .4 . Oferta náutica A partir da informação e dos dados recolhidos é possível destacar um conjunto de circunstâncias e de fatores que permitem evidenciar algumas das características da dinâmica dos diversos agentes em atuação no domínio da oferta náutica na região Centro e a forma como aqueles se relacionam com as características da envolvente. ee Windsurf Fonte: Sergey Sukhorukov / www.shuterstock.com ee Vela no rio Mondego / Coimbra Fonte: AD ELO 90 75 60 45 84 91 30 15 0 MAR Figura 8 ‣ Principais rios e afluentes da região Centro Fonte: Realização AD ELO 40 ÁGUAS INTERIORES No que se refere à utilização dos recursos hídricos e considerando o binómio mar e águas interiores, para a atividade náutica, observa-se uma distribuição muito equivalente entre as duas tipologias pelos promotores da região, com 84 promotores no segmento “mar” e 91 no segmento “águas interiores”. Gráfico 1 ‣ Promotores de atividade náutica por área de atuação 41 RECURSOS — PRAIAS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO extensão geográfica em que os municípios não apresentam quaisquer registos e tornando possível inferir que existe ainda um manancial de recursos naturais, por explorar/rentabilizar. Os municípios do interior de Portugal que apresentam maior número de promotores são Castelo Branco e Idanha-a-Nova. Como podemos observar na figura 9, a distribuição geográfica dos promotores náuticos concentra-se nos municípios situados na faixa costeira, sendo que à medida que essa distribuição se estende para o interior, se assiste à diminuição do número de promotores, deixando perceber uma grande VILA NOVA DE PAIVA SÃO PEDRO DO SUL SEVER DO VOUGA OLIVEIRA ALBERGARIA-A-VELHA DE FRADES VISEU VOUZELA ESTARREJA MURTOSA AVEIRO ÍLHAVO ÁGUEDA VAGOS NÚMERO DE PROMOTORES: !0-!2 6-9 PENICHE OLIVEIRA DO BAIRRO ANADIA TONDELA SATÃO AGUIAR DA BEIRA FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO TRANCOSO PINHEL PENALVA DO CELORICO CASTELO DA BEIRA FORNO DE MANGUALDE ALGODRES NELAS GUARDA GOUVEIA ALMEIDA CARREGAL SEIA MORTÁGUA SANTA DO SAL MANTEIGAS COMBA OLIVEIRA SABUGAL DÃO MEALHADA DO CANTANHEDE BELMONTE HOSPITAL TÁBUA PENACOVA MONTEMOR- COIMBRA COVILHà FIGUEIRA -O-VELHO VILA NOVA DE POIARES ARGANIL DA FOZ PENAMACOR LOUSà FUNDÃO MIRANDA GÓIS CONDEIXA DO CORVO PAMPILHOSA DA A NOVA SERRA SOURE CASTANHEIRA PENELA DE PERA ANSIÃO FIGUEIRÓ PEDROGÃO OLEIROS IDANHA-A-NOVA POMBAL DOS GRANDE VINHOS CASTELO BRANCO SERTà MARINHA ALVAIAZERE GRANDE LEIRIA PROENÇA-A-NOVA FERREIRA DO VILA VELHA ZÊZERE OURÉM VILA DE REI DE RODÃO BATALHA NAZARÉ MAÇÃO TOMAR PORTO DE SARDOAL ALCOBAÇA MÓS TORRES NOVAS ALCANENA VILA NOVA DA BARQUINHA CALDAS DA RAINHA CONSTÂNCIA ÓBIDOS ABRANTES MIRA !3-!8 MEDA CASTRO D’AIRE OVAR LOURINHà BOMBARRAL 5 4 TORRES VEDRAS 3 2 1 0 Figura 9 ‣ Distribuição geográfica dos promotores náuticos da região Centro Fonte: Realização AD ELO 42 ee Remo no rio Mondego / Coimbra Fonte: Secção de Desportos Náuticos da Associação Académica de Coimbra 43 OFERTA NÁUTICA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO No que concerne ainda aos aspetos relacionados com a localização e distribuição geográficas dos promotores da atividade náutica, identificamos claramente um dinamismo mais significativo de alguns concelhos/municípios da região Centro, destacando-se sobretudo Aveiro e Peniche, ambos os municípios com 18 promotores, seguidos pelo município da Figueira da Foz, com 12 promotores, e com menos três (3) promotores, encontram-se os municípios de Coimbra e Ílhavo. Pela observação do gráfico 2 podemos concluir da visibilidade de determinados municípios em matéria de empreendedorismo e desenvolvimento náuticos, mas também do reduzido dinamismo que apresentam outros municípios da região, ao constatar que 50 não apresentam registos associados à presença de promotores náuticos. 70 18 65 60 16 55 50 14 45 40 12 35 30 25 10 20 15 8 10 5 6 A BR A N T E S Á GU E D A ALC O BA Ç A ARGANIL AV E I R O CA L D A S D A R AI N H A C A N TA N H E D E C A S T E LO BR A N C O CA S T R O D A I R E C O I MB R A C O N S T N C I A E S TA R R E J A FE R R E I R A D O ZÊ ZE R E F IG U E I R A D A F O Z FI GU E I R Ó S D O S V I N H O S GÓIS I DA N A H A A N O VA ÍL H AV O LO U R I N H à LO U S à M A R I N H A GR A N D E ME A L H A D A MIRA MONTEMOR-O-VELHO M O R TÁG U A N A ZA R É NELAS Ó B ID O S O VA R P E N A C O VA PENEDA PE N A M A C O R PE N I CH E P R O E N Ç A - A - N O VA S E R Tà SEVER DO VOUGA TO M A R TO N D E L A TO R R E S V E D R A S VA GO S V. N . BA R QU I N H A VISEU WINDSURF KITESURF VELA NATAÇ Ã O / T R I AT LO P E S C A D E S P O R T I VA M E R GU L HO D E S CI D A S D E R I O C A N YO NI NG/ R A F T I N G 0 S UR F / BO D Y BO A R D 2 REMO 4 C A N O A GE M AL U GU ER / PA S S E I O S 0 Gráfico 3 ‣ Promotores da atividade náutica por modalidade Considerando a natureza das atividades náuticas oferecidas pelas diversas entidades promotoras na região Centro (empresas, clubes, associações, entre outras) na lógica da prestação de serviços, destaca-se o peso da canoagem, como a modalidade oferecida por um maior número de operadores (66), seguida do aluguer/passeios (44 promotores) e em terceiro lugar, o surf/bodyboard com oferta em 31 operadores. É ainda bastante significativo o número de operadores com oferta de modalidades como o canyoning/rafting (29); a vela (26) e o remo (22). As modalidades com menor número de promotores são a natação e o kitesurf, ambos com 7 e 6 promotores, respetivamente. Gráfico 2 ‣ Promotores da atividade náutica por município 44 45 OFERTA NÁUTICA 1 .4 .1. Associa çõe s / clube s Tabela 3 ‣ Identificação, localização, contactos e modalidades náuticas oferecidas por associações e clubes por município da região Centro Denominação / Associação / Clube Modalidades Telefone Morada Mail / Site Município Clube Náutico de Abrantes Natação 241 363 835 Rua Dr. Álvaro Barreirinhas Cunhal Apartado 72, 2201-909 Abrantes www.cnabrantes.pt [email protected] Abrantes Clube Náutico de São Martinho do Porto Vela 262 980 290 Rua Cândido dos Reis (Cais) 2460-637 São Martinho do Porto [email protected] Alcobaça Ass. Recreativa e Cultural de Óis da Ribeira Canoagem 234 629 818 Óis da Ribeira 3750-650 Águeda [email protected] www.arcor-ipss.com Águeda Ginásio Clube de Águeda Canoagem 234 623 399 Rua Celestino Neto nº25 3750-126 Águeda [email protected] www.canoagemgica.com Águeda Associação Aveirense de Vela de Cruzeiro Vela 234 422 142 Av. Dr. David Cristo, Pavilhão 7 3801-301 Aveiro [email protected] www.avela.pt Aveiro Associação de Canoagem de Aveiro Canoagem 966 525 577 Rua dos Santos Mártires nº13, 1º 3810-171 Aveiro [email protected] www.acacanoagem.com Aveiro Associação Náutica da Gafanha da Encarnação Vela 234 364 038 Largo da Mota nº 1 3830-488 Gafanha da Encarnação [email protected] www.ange.pt Aveiro Associação Náutica da Torreira Canoagem / Vela 234 868 651 Avenida Eng. Duarte Pacheco, Pavilhão Náutico 3870-322 Torreira [email protected] www.antorreira.org Aveiro Clube dos Galitos de Aveiro Natação / Triatlo / Remo 234 426 059 927 115 290 Praça Dr. Melo Freitas nº 3, Apartado 906 3800-158 Aveiro [email protected] Aveiro Colectividade Popular de Cacia Remo 234 914 234 Posto Náutico Rua João Chagas 3800-597 Cacia [email protected] colectividadepopularcacia.blogspot.com Aveiro IDECacia Canoagem 965 218 079 Mossainho, Sarrazola 3800-540 Cacia [email protected] idecacia.googlepages.com Aveiro Sharpie Club Portugal Vela 234 360 002 Porto de Pesca Costeira 3830-052 Gafanha da Nazaré [email protected] www.sharpieclub.aveiro.co.pt Aveiro Sporting Clube de Aveiro Canoagem/ Motonáutica/ Natação/ Vela 234 480 191 Lugar de Moinhos 3800-130 Aveiro www.sportingcaveiro.pt Aveiro Ass. Académica de Coimbra - S. D. Náuticos Remo / Mergulho / Carta de Marinheiro / Descidas de Rio 239 810 023 916 997 194 Avenida Inês de Castro, Pavilhões A e B 3040-255 Santa Clara [email protected] Coimbra Ass. Académica de Coimbra - S. Pesca Desp. Pesca Desportiva 914 693 379 Rua Padre António Vieira nº 1 3000-315 Coimbra [email protected] Coimbra Ass. Regional Beiras Pesca Desportiva Pesca Desportiva 919 617 271 935 622 214 Apartado 123 3000-902 Coimbra [email protected] www.arbpd.pt Coimbra Clube do Mar de Coimbra Vela / Nautimodelismo 966 641 144 962 697 248 239 701 564 Avenida Inês de Castro, Pavilhão C 3040-255 Santa Clara [email protected] [email protected] [email protected] Coimbra 46 3 Associações clubes 47 OFERTA NÁUTICA 1 .4 .1. Associa çõe s / clube s CONTINUAÇÃO… Denominação / Associação / Clube Modalidades Telefone Morada Mail / Site Município Clube Fluvial de Coimbra Canoagem / Descidas de Rio 239 441 471 914 681 772 919 698 969 Av. Inês de Castro, Pavilhão A 3040-255 Coimbra [email protected] Coimbra Ass. Bodyboard Palheiros da Tocha Bodyboard 964 549 220 Praceta Francisco Guímaro, Lote EN C2, 3º C 3060-693 Praia da Tocha www.abpt.org Cantanhede Ass. dos Clubes de Canoagem da Beira Baixa Canoagem 272 344 234 Rua Prof. Dr. Faria Vasconcelos Lote 5, 3º - D 6000-266 Castelo Branco [email protected] Castelo Branco Ass. Cultural e Recreativa Saavedra Guedes Canoagem 234 851 811 Pavilhão Náutico Rua Prof. Saavedra Guedes 3860-437 Pardilhó [email protected] Estarreja Associação de Bodyboard Foz do Mondego Bodyboard 233 414 343 965 135 806 933 366 521 R. dos Lavadores nº 23 3080-331 Buarcos [email protected] [email protected] Figueira da Foz Associação de Surf da Figueira da Foz Surf 910 577 505 968 855 028 Rua dos Pescadores nº 130, 1º 3080-325 Figueira da Foz www.asffoz.blogspot.com [email protected] Figueira da Foz Associação Naval 1º Maio Remo / Futebol / Rugby 233 428 897 233 422 809 Rua da Republica nº 193 3080-360 Figueira da Foz [email protected] Figueira da Foz Associação de Remo da Beira Litoral Remo 233 411 319 Avenida 1º de Maio Pavilhão Jorge Galamba Marques Sala 12 3080-011 Figueira da Foz [email protected] Figueira da Foz Clube Náutico da Figueira da Foz Vela / Cartas de Marinheiro / Motonáutica 233 428 019 Doca de Recreio da Figueira da Foz www.cnaff.pt Figueira da Foz Ginásio Clube Figueirense Remo / Natação / Triatlo / Orientação / Basquetebol 233 423 470 917 664 695 Fontela - Vila Verde 3090-641 Figueira da Foz [email protected] [email protected] Figueira da Foz iSurf Academy Surf / Bodyboard 918 733 143 Praia do Cabedelo 3090-661 Figueira da Foz www.isurfacademy.com [email protected] Figueira da Foz Mergulhoceano (PADI) Mergulho 233 411 348 913 358 900 964 034 083 966 906 035 Av. De Espanha-Doca de Recreio da Marina da Figueira da Foz 3080-271 Figueira da Foz [email protected] Figueira da Foz Núcleo de Surf da Figueira Surf R. Dr. Manuel Arriaga nº 170 3080-331 Buarcos [email protected] Figueira da Foz Surfing Figueira Surf 918 703 363 Rua do Cabedelo nº 36 3090-731 Figueira da Foz [email protected] Figueira da Foz Clube Náutico do Lago Azul Náutica de Recreio 249 362 239 Lago Azul, Castanheira 2240-332 Ferreira do Zêzere [email protected] Ferreira do Zêzere 48 3 Associações clubes 49 OFERTA NÁUTICA 1 .4 .1. Associa çõe s / clube s CONTINUAÇÃO… Denominação / Associação / Clube Associação de Surf de Aveiro Modalidades Surf Telefone Morada Mail / Site Município 234 368 658 919 246 928 Avenida João Corte Real nº 258, Praia da Barra 3830-751 Ílhavo [email protected] www.aveirosurf.com Ílhavo Clube Natureza e Aventura de Ílhavo Canoagem 963 855 376 Rua Sargento João Nunes Redondo nº 67 3830-222 Ílhavo [email protected] www.cnailhavo.com Ílhavo Clube de Vela da Costa Nova Vela 234 369 300 Avenida José Estêvão 3830-453 Ílhavo [email protected] www.cvcn.pt Ílhavo Clube Náutico da Praia de Mira Vela / Remo / Canoagem 968 489 029 912 507 455 918 486 884 Clube Náutico da Praia de Mira 3070-808 Praia de Mira [email protected] Mira Centro Alto Rendimento de Montemor-o-Velho Remo / Canoagem / Natação / Triatlo 239 687 300 Câmara Municipal Montemor-o-Velho Praça da República 3140-258 Montemor-o-Velho [email protected] www.cm-montemorovelho.pt/centro_alto_rendimento.htm Montemor-o-Velho Clube Náutico Infante de Montemor Canoagem / Natação / Remo 239 687 530 Rua Dr. João de Alarcão 3140-857 Montemor-o-Velho [email protected] www.cimontemor.com Montemor-o-Velho Clube Naval da Nazaré Vela / Mergulho / Natação / Pesca Desportiva 262 560 422 917 500 851 Rua Mouzinho de Albuquerque nº 63 2450-901 Nazaré [email protected] Nazaré Clube de Canoagem de Ovar Canoagem 917 314 227 Rua Ferreira de Castro nº 115, 5ºD 3880-218 Ovar [email protected] www.ccovar.com Ovar Náutica Desportiva Ovarense Vela 256 592 548 Porto de Recreio do Carregal 3880-163 Ovar [email protected] Ovar Surf Clube do Furadouro Surf / Bodyboard 256 082 999 Rua do Varine 3880-374 Furadouro [email protected] www.scfuradouro.com Ovar Centro Canoagem do Oeste Canoagem 262 759 701 967 237 975 Estrada Nacional 114, Apartado 546 2526-909 Peniche [email protected] ccoeste.no.sapo.pt Peniche Clube Naval de Peniche Pesca Desportiva / Mergulho / Caça Submarina / Vela 262 782 568 966 054 520 Cais das Gaivotas 2520-619 Peniche [email protected] http://cnpeniche.pt Peniche Viking Kayak Clube Canoagem 967 092 027 Praia Fluvial de Sever do Vouga 3740-070 Sever do Vouga [email protected] Sever do Vouga Clube Náutico Barquinhense Canoagem / Rafting 963 731 721 Rua 5 de Outubro nº 6 2260-413 Vila Nova da Barquinha [email protected] www.cnb.do.sapo.pt Vila Nova da Barquinha 50 3 Associações clubes 51 OFERTA NÁUTICA 1 .4 .2. Operador e s Tabela 4 ‣ Identificação, localização, contactos e modalidades náuticas oferecidas por operadores por município da região Centro Denominação - Operador Modalidades Telefone Morada Mail / Site Município Alfa Aventura Canoagem / Descidas de Rio / Passeios de Barco / Ski Aquático / Vela / Windsurf 969 139 320 Rua da Lagoa, nº 22 R/C Esq., Apartado 4 2205-025 Abrantes [email protected] www.alfa-aventura.com Abrantes Pés No Ar Canoagem / Canyoning / Desporto Aventura 965 025 843 Rua de S. Valentim nº 400 2200-230 Abrantes [email protected] Abrantes Academia d´Aventura Canoagem / Desporto Aventura 913 894 361 Rua Larga S/N, Caselho 3750-012 Agadão www.academiadaventura.net [email protected] Águeda Margens Vela / Bodyboard / Remo / Canoagem / Ski Aquático / Surf / Windsurf / Rafting / Hidrospeed / Mergulho 234 648 571 933 882 041 918 123 354 Centro Comercial Diana, Loja 309 3750-144 Águeda [email protected] [email protected] Águeda Cumes do Açôr Canoagem / Desporto Aventura 235 205 959 965 546 782 Avenida das Forças Armadas 3300-011 Arganil [email protected] Arganil Távolanostra Windsurf / Surf / Bodyboard / Wakeboard / Esqui Aquático / Vela / Remo / Canoagem / Mergulho / Pesca Desportiva 235 203 029 Rua Condessa das Canas nº 9 3300-036 Arganil [email protected] www.tavolanostra.com Arganil Ecoria Passeios de Barco / Aluguer de Embarcações 234 425 563 967 088 183 Rua Cândido dos Reis nº 59-B 3800-200 Aveiro geral@ecoria www.ecoria.pt Aveiro Embarcar os Sonhos Passeios de Barco / Aluguer de Embarcações / Observação de Cetáceos / Mergulho 919 550 750 Rua de Aveiro nº 14 3800-901 São Jacinto [email protected] Aveiro Estado Líquido Windsurf / Kitesurf / Vela / Kayak / Surf / Stand Up Paddle 234 394 715 919 943 595 Rua Banda Amizade nº 32 3810-059 Aveiro [email protected] / [email protected] www.riactiva.com Aveiro Onda Colossal Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações / Observação de Cetáceos 914 171 014 Rua José Estevão, nº 27-1º F 3800-202 Aveiro [email protected] Aveiro Quebra Tempo Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações 967 611 828 Rua Capitão Lebre nº 71 3810 - 384 Aveiro [email protected] Aveiro Rializações Canoagem / Remo / Stand Up Paddle / Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações 965 823 560 Avenida de Oita nº 18, 4º Direito 3810-143 Aveiro [email protected] Aveiro Viva a Ria Passeios de barco / Observação de Cetáceos 969 008 687 Rua Mário Sacramento, Ed. Colombo, Loja J 3810-106 Aveiro [email protected] Aveiro W Kayaks Aluguer de Embarcações / Remo / Canoagem 922 132 547 Rua de Angola nº 1 3800-008 Aveiro [email protected] Aveiro 1000 Cerimónias Passeios de barco 234 423 149 936 654 581 R. Manuel Marques Gomes, Ed. Vera Cruz R/C Loja A 3800-221 Aveiro [email protected] www.sensacoes.pt Aveiro Adventure Riders Canoagem / Aluguer de embarcações sem motor / Desporto Aventura 913 751 614 Rua da Liberdade nº 118, R/C Esq. 3025-006 Coimbra [email protected] www.adventure-riders.com Coimbra 52 q OPERADORES NÁUTICOS 53 OFERTA NÁUTICA 1 .4 .2. Operador e s CONTINUAÇÃO… Denominação - Operador Modalidades Telefone Morada Mail / Site Município Caminhos D’ Água Descidas de Rio / Windsurf / Mergulho / Aluguer de Gaivotas / Canyoning / Remo / Rafting / Kitesurf / Desporto Aventura 239 718 192 969 049 470 916 333 226 Rua Afonso II nº 4 3030-396 Santo António dos Olivais [email protected] Coimbra DownStream Canyoning / Canoagem / Rafting / Surf / Bodyboard / Desporto Aventura 966 087 358 Rua de Moçambique nº 159 -Armazém 7/8 3030-062 Coimbra [email protected] www.downstream.pt Coimbra Geoaventura Descidas de Rio / Rafting / Desporto Aventura 914 982 651 967 049 002 Rua D. João I nº 35 – Avial, São Martinho do Bispo 3040-279 Coimbra [email protected] Coimbra Matos e Marcelino Canoagem / Rafting / Descidas do Rio Paiva 936 933 111 Avenida da Misericórdia Edifício 2000, Bloco 1 – 4º 3600-202 Castro Daire [email protected] www.mtm-team.com Caldas da Rainha Escola de Vela da Lagoa Aluguer de Embarcações / Vela / Canoagem / Windsurf / Kitesurf 262 978 592 962 568 005 Rua dos Reivais nº40 Nadadouro 2500-606 Foz do Arelho [email protected] escoladeveladalagoa.com Caldas da Rainha Surfoz Surf / Bodyboard 262 833 732 964 009 264 Rua Vitorino Fróis nº24 A 2500-256 Caldas da Rainha [email protected] www.escolasurfoz.com Caldas da Rainha Gaventura Canoagem / Descidas de Rio 249 739 972 Avenida das Forças Armadas, Parque de Campismo 2250-020 Constância [email protected] www.gaventura.com Constância Street Sport Canoagem / Desporto Aventura 231 423 601 919 681 822 922 009 700 Rua D. Afonso Henriques nº 17 3060-137 Cantanhede [email protected] www.streetsport.no.sapo.pt Cantanhede EduEvent Canoagem / Mergulho / Descidas de Rio / Vela / Desporto Aventura 213 304 256 Praia Fluvial Penedo Furado 6110-241 Vila de Rei [email protected] www.escolaaventura.com Castelo Branco Naturpesca Pesca Desportiva / Táxi Fluvial 967 092 077 Avenida Infante D. Henrique nº 15, Maxiais 6000-022 Benquerenças [email protected] Castelo Branco Ponsulativo Canoagem / Canyoning / Rafting / Remo / Pesca Desportiva / Vela / Aluguer de Embarcações / Desporto Aventura 967 465 785 Rua da Fonte Nova nº 1, Lugar de Lentiscais 6000-451 Castelo Branco [email protected] Castelo Branco D´Evento em Popa Passeios Náuticos / Pesca Turística / Observação de Cetáceos 966 203 226 Rua Eng.º Silva nº 36 - 38 3080-150 Figueira da Foz [email protected] Figueira da Foz Maregalia - Charter Náutico Charters Náuticos 967 533 153 966 203 226 Apartado 1026 Bairro Novo 3080-251 Buarcos [email protected] [email protected] Figueira da Foz Cordastrong Canoagem / Descidas de Rio / Canyoning / Passeios de Gaivota 917 777 126 912 994 248 Carameleiro 3260-308 Figueiró dos Vinhos [email protected] www.cordastrong.pt Figueiró dos Vinhos Várzea da Raposa Canoagem / Canyoning / Desporto Aventura 236 438 853 Ribeira Velha 3260-218 Campelo [email protected] Figueiró dos Vinhos 54 q OPERADORES NÁUTICOS 55 OFERTA NÁUTICA 1 .4 .2. Operador e s CONTINUAÇÃO… Denominação - Operador Modalidades Telefone Morada Mail / Site Município Kaventura Canoagem / Desporto Aventura 915 823 134 925 875 479 Valadas 2240-332 Ferreira do Zêzere [email protected] www.kaventura.com Ferreira do Zêzere Terra Oculta Canoagem / Mergulho / Desporto Aventura 966 632 947 Rua Prof. Dr. António Esp. M. Ferreira nº 40 2240-334 Ferreira do Zêzere [email protected] www.terra-oculta.com Ferreira do Zêzere TranSerrano Descidas de Rio / Canoagem / Canyoning / Caminhadas Aquáticas 235 778 938 961 787 772 Bairro São Paulo nº 2 3330-304 Góis [email protected] Góis Different Portugal Aluguer de Embarcações / Mergulho 916 047 883 Incubadora de Empresas - Zona Industrial 6060-182 Idanha-a-Nova [email protected] Idanha-a-Nova Edeventos Aluguer de Embarcações / Remo / Canoagem 962 579 381 Avenida Mouzinho de Albuquerque nº 30 6060-179 Idanha-a-Nova [email protected] www.edeventos.pt Idanha-a-Nova Trilobite Canoagem / Canyoning / Desporto Aventura 963 869 892 Rua da Alegria nº 26 6060-326 Penha Garcia [email protected] www.trilobite.pt Idanha-a-Nova Vila Fraga Canoagem / Canyoning / Rafting / Desporto Aventura 277 366 130 962 943 193 Rua do Penedo nº 19 606-337 Penha Garcia [email protected] www.vilafraga.pt Idanha-a-Nova Animeventos Bodyboard / Canoagem / Hidrospeed / Kitesurf / Rafting / Remo / Surf / Vela / Wakeboard / Windsurf / Mergulho 234 360 597 962 693 644 Rua de Aveiro nº 34 3830-770 Gafanha da Nazaré [email protected] www.animeventos.pt Ílhavo Apostafama Aluguer de Embarcações / Passeios Turísticos 234 398 290 918 473 157 Rua D. Duarte nº 53 R/C Esq. A 3830-648 Gafanha da Nazaré [email protected] Ílhavo AveiroSub Passeios de Barco / Mergulho 234 367 666 Rua D. Fernando nº 12 3830-650 Gafanha da Nazaré [email protected] www.aveirosub.com Ílhavo Movido a Água Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações / Observação de Cetáceos 234 351 069 Avenida João Corte Real nº 165 3830-751 Gafanha da Nazaré [email protected] Ílhavo Ria Norte Passeios de Barco Moliceiro 962 452 732 968 888 897 Rua Gago Coutinho nº 72 3830-669 Gafanha da Nazaré [email protected] www.passeiosnaria.com Ílhavo Vela e Ria Passeios Turísticos / Aluguer de Embarcações / Observação de Cetáceos 919 570 947 Avenida do Mar nº 8 3830-452 Gafanha da Encarnação [email protected] Ílhavo Experience Sport Passeios de Barco / Canoagem / Surf / Rafting 261 985 116 966 498 909 Rua dos Oficiais nº3 2430-840 Vimeiro [email protected] www.experience-sport.com Lourinhã 56 q OPERADORES NÁUTICOS 57 OFERTA NÁUTICA 1 .4 .2. Operador e s CONTINUAÇÃO… Denominação - Operador Modalidades Telefone Morada Mail / Site Município Global Surf School Surf 917 973 981 Vale Geões nº 18 2530-000 Lourinhã [email protected] www.globalsurfschool.com Lourinhã Lubremar Pesca Desportiva 261 411 470 919 792 800 Estrada do Porto Dinheiro nº5 2530-641 Ribamar RIPAR Surf 968 508 618 Rua Poço do Largo nº 6, Vale de Lobos 2530-359 Lourinhã [email protected] www.ripar.pt Lourinhã StandUp Portugal Stand Up Paddle 962 374 793 Rua Bartolomeu Dias, nº5 - Praia da Areia Branca 2530-218 Lourinhã [email protected] www.standupportugal.com Lourinhã DNA Canoagem / Canyoning / Desporto de Natureza 964 016 797 916 404 108 Av. São Silvestre nº35, 1º 3200-203 Lousã [email protected] www.dnaventura.com Lousã Montes D`Aventura Canoagem / Desporto Aventura e Ambiental 919 804 493 Rua Combatentes da Grande Guerra nº 3 Bloco 2- 4º Esq. 3200-216 Lousã [email protected] Lousã Turislousã Descidas de Rio / Canoagem 914 133 128 968 336 822 Rua Dr. António José de Almeida 3220-213 Lousã [email protected] www.turislousa.net Lousã Mitiluma Surf School Surf / Bodyboard 919 785 651 Avenida Marginal nº 75 2430-696 Praia da Vieira [email protected] www.mitiluma.com Marinha Grande Murillo´s Surf / Bodyboard 244 599 070 913 814 470 Rua das Saudades nº 3 2430-492 Marinha Grande [email protected] www.murillosacademy.com Marinha Grande SurfSpot Surf / Bodyboard 916 763 335 São Pedro Moel [email protected] Marinha Grande Aventura21 Canoagem / Canyoning / Kitesurf / Rafting / Passeios Turísticos / Windsurf / Desporto Aventura 231 201 509 Rua das Escolas Novas, Apartado 124 3050-244 Mealhada [email protected] Mealhada Odabarca Passeios Turísticos no Mondego / Passeios Culturais de Tuk-Tuk 969 830 664 Apartado 99 3050-901 Mealhada [email protected] Mealhada Aventuris Canoagem / Canyoning 231 922 386 963 542 439 Beco de São Paulo nº 6, Vila Nova 3450-348 Mortágua [email protected] www.aventuris.com.pt Mortágua Radioactiva Canoagem / Canyoning / Rafting / Passeios de Barco (Rios Paiva e Mondego) 961 561 618 Rua do Paço nº 115 3525-060 Canas de Senhorim [email protected] Nelas Adventure By You Mergulho / Surf / Bodyboard / Passeios de Barco / Kitesurf 262 562 107 Rua Mouzinho de Albuquerque nº 6A, 1º 2450-255 Nazaré [email protected] www.adventurebyyou.pt Nazaré 58 Lourinhã q OPERADORES NÁUTICOS 59 OFERTA NÁUTICA 1 .4 .2. Operador e s CONTINUAÇÃO… Denominação - Operador Modalidades Telefone Morada Mail / Site Município Atlantic Safaris Passeios de barco / Observação de Cetáceos 965 025 966 Rua Quinta dos Frades nº 833 2405-003 Alcogulhe [email protected] www.atlanticsafaris.com Nazaré Great West Passeios de Barco / Surf / Bodyboard / Mergulho / Pesca Desportiva 262 186 346 962 965 634 Rua Dr. Amílcar Campos nº 119 – Amoreira 2510-402 Óbidos [email protected] www.greatwest.pt Óbidos Recantos de Lazer Canoagem / Mergulho / Passeios de Gaivotas 966 855 069 Rua do Outeiro nº 46 6090-565 Penamacor [email protected] www.recantosdelazer.pt Penamacor Capitão Dureza Descidas de Rio / Rafting / Canyoning / Desporto Aventura 918 315 337 239 476 701 Rua Principal nº 64C, Telhado 3360-062 Figueira de Lorvão [email protected] Penacova O Pioneiro do Mondego Descidas de Rio 239 478 385 Rua da Calçada nº 21 3360-184 Penacova [email protected] Penacova Search Time Descidas de Rio / Ski Aquático / Vela / Windsurf / Desporto Aventura 932 961 902 968 026 347 239 476 152 Rua da Lomba nº 16 3360-184 Penacova [email protected] www.searchtime.pt Penacova Sport Margens Descidas de Rio / Desporto Aventura 239 477 143 917 750 840 917 511 406 Avenida 5 de Outubro nº 1 3360-191 Penacova [email protected] Penacova AcuaSubOeste Mergulho 918 393 444 Porto de Pesca de Peniche - Armazém 3 2520-620 Peniche [email protected] www.acuasuboeste.com Peniche Adventure Begin Stand Up Paddle 916 697 870 Rua das Arigueiras nº 2L 2510-772 Usseira [email protected] www.supxscape.com Peniche Alto Mar Pesca Desportiva 262 083 182 962 691 771 Rua Nossa Senhora de Fátima nº 2 2520-382 Peniche Peniche Atraente Pesca Desportiva 262 781 661 962 766 621 Rua das Traineiras nº 6 2520-356 Peniche Peniche Baleal SurfCamp Surf 969 050 546 Rua Amigos do Baleal nº 2 2520-052 Ferrel [email protected] www.balealsurfcamp.com Peniche Berlenga Turpesca Passeios de Barco / Pesca Desportiva 262 789 960 963 073 818 Largo da Ribeira, Pavilhão 2 2520-000 Peniche www.cm-peniche.pt Peniche Berlengas Sailing Passeios de Barco / Vela 917 295 314 Marina de Peniche 2520-620 Peniche [email protected] www.berlengas-sailing.com Peniche 60 q OPERADORES NÁUTICOS 61 OFERTA NÁUTICA 1 .4 .2. Operador e s CONTINUAÇÃO… Denominação - Operador Modalidades Telefone Morada Mail / Site Município Escola de Surf de Peniche Surf / Stand Up Paddle 262 184 593 Travessa do Salva Vidas, Praia da Gamboa 2520-534 Peniche [email protected] www.escolasurfpeniche.com Peniche FunPolis Surf / Bodyboard / Canoagem / Mergulho 262 184 593 962 864 822 Travessa do Salva Vidas da Gamboa 2520-534 Peniche [email protected] www.funpolis.com Peniche Haliotis Mergulho 262 781 160 916 135 642 Casal Ponte, Atouguia da Baleia 2525-376 Peniche [email protected] www.haliotis.pt Peniche Julius - Berlenga Praia Passeios de Barco / Pesca Desportiva 262 782 698 917 601 114 Rua da Liberdade nº 16, R/C Esq. 2520-324 Peniche [email protected] www.julius-berlenga.com.pt Peniche Nautipesca Passeios de Barco / Pesca Desportiva 917 588 358 936 226 658 Rua das Âncoras nº 31 2520-341 Peniche [email protected] www.nautipesca.com.pt Peniche Peniche Kite Center Kitesurf / Surf 262 789 099 919 424 951 Avenida Monsenhor Bastos, Praia de Peniche de Cima 2520-225 Peniche [email protected] www.penichekitecenter.com Peniche Peniche Surf Camp Surf 962 336 295 Rua do Gualdino nº 4 2520-101 Casais do Baleal [email protected] www.penichesurfcamp.com Peniche São José ao Leme Pesca Desportiva 262 083 182 962 691 771 Rua Nossa Senhora de Fátima nº 2 2520-382 Peniche Xotavento Passeios de Barco / Pesca Desportiva 262 759 727 917 132 216 Rua Moderna nº 7, Lugar da Estrada 2525-485 Atouguia da Baleia [email protected] xotavento.com Peniche Go Outdoor Canoagem / Pesca Desportiva 239 561 392 916 428 275 Mini Habitat de Penela, Rua do Brasil nº 1 3230-255 Penela [email protected] www.aventura.go-outdoor.pt Penela Horizontes do Pinhal Canoagem / Rafting / Remo / Aluguer de Embarcações / Desporto Aventura 274 673 139 969 016 899 Rua das Vinhas nº 14, Monte Trigo 6150-125 Proença-a-Nova [email protected] www.horizontes.com.pt Proença-a-Nova Trilhos do Zêzere Canoagem / Descidas de Rio 919 675 275 Rua José Tavares nº 33–35 6100-561 Pedrógão Pequeno [email protected] www.trilhos-zezere.com Sertã Boca do Lobo Canoagem / Rafting / Desporto Aventura 910 306 712 Rua da Igreja, Edifício Laranja Loja AF 3740-264 Sever do Vouga [email protected] Sever do Vouga DouroVou Canyoning / Canoagem / Remo / Windsurf / Vela / Aluguer de Embarcações 918 521 821 Rua da Igreja nº 16, 2º esq. 3740-264 Sever do Vouga [email protected] www.douro.biz Sever do Vouga EvasionTime Canoagem / Rafting / Remo / Aluguer de Embarcações / Desporto Aventura 937 656 707 Vila Fria - Silva Escura 3740-343 Silva Escura [email protected] Sever do Vouga 62 q OPERADORES NÁUTICOS Peniche 63 OFERTA NÁUTICA 1 .4 .2. Operador e s CONTINUAÇÃO… Denominação - Operador Modalidades Telefone Morada Mail / Site Município Turnauga Canoagem / Rafting / Canyoning / Desporto Aventura 967 092 027 Lugar da Lomba, Apartado 16 3740-115 Pessegueiro do Vouga [email protected] www.turnauga.net Sever do Vouga Templar Canoagem / Mergulho / Desporto Aventura 249 323 414 249 817 165 Rua Dr. Joaquim Jacinto nº 103 2300-577 Tomar [email protected] www.templar.pt Tomar TomaRadical Canoagem / Desporto Aventura 916 433 390 Rua de São Pedro nº 15 2300-153 Tomar [email protected] www.tomaradical.com Tomar Via Aventura Canoagem / Canyoning 916 444 026 962 414 253 Rua Principal nº 45 D, Carvalhal Pequeno 2305-406 Tomar [email protected] www.via-aventura.com Tomar Sport Natura Canoagem / Canyoning / Rafting / Hidrospeed / Aluguer de Embarcações 232 860 100 Rua Dr. Abel de Lacerda 3475-031 Caramulo [email protected] www.sportnatura.pt Tondela Escola de Surf Inês Tralha Surf / Stand Up Paddle 919 814 615 Rua Oceano Atlântico, Lote 167, Praia de Santa Cruz 2560-748 Torres Vedras [email protected] www.esit.pt Torres Vedras SAL Canoagem / Surf / Bodyboard / Vela / Windsurf / Canyoning / Desporto Aventura 234 797 669 912 816 135 Rua Principal nº 402 3840-252 Gafanha da Boa Hora [email protected] [email protected] Vagos Cankay Canoagem / Canyoning / Desporto Aventura 232 421 714 964 084 936 Rua Coração de Jesus nº 116, Bloco B, 3º Esq. 3510-005 Viseu [email protected] [email protected] www.cankayaventura.com Viseu Montebelo Passeios de Barco / Pesca Desportiva / Remo / Mergulho / Vela / Windsurf / Canoagem / Aluguer de Embarcações 232 420 000 Urbanização Quinta do Bosque, Lote 150 3510-000 Viseu [email protected] www.montebeloviseu.pt Viseu 64 q OPERADORES NÁUTICOS 65 OFERTA NÁUTICA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 .4 .3. Modal id ad e s Tabela 5 ‣ Identificação das modalidades náuticas oferecidas pelos promotores por município da região Centro Mar Águas Interiores ★ Abrantes W Kayaks ● ● ● ★ ★ Aveiro ★ Abrantes 1000 Cerimónias ● ★ ★ Aveiro Alcobaça Adventure Riders ● ● ★ Coimbra A.A.C. - S. D. Náuticos ● ● ★ ★ Coimbra A.A.C. - S. Pesca Desp. ● ★ ★ Coimbra Ass. Regional Beiras Pesca Desportiva ● ★ ★ Coimbra Caminhos D’ Água ● ● ● ★ ★ Coimbra Clube do Mar de Coimbra ★ ★ Coimbra Clube Fluvial de Coimbra ● ★ Coimbra DownStream ● ★ Coimbra Geoaventura ● ● ★ Coimbra Matos e Marcelino ● ● ● ★ Caldas da Rainha Escola de Vela da Lagoa ● ● ★ Caldas da Rainha Surfoz ● Clube Náutico S. Martinho do Porto Academia D´Aventura ● ★ Águeda Ass. Rec. Cult. Óis da Ribeira ● ★ Águeda Ginásio Clube de Águeda ● ★ Águeda Margens ● ● ★ Águeda Cumes do Açôr ● ★ Arganil Távolanostra ● ● ★ Arganil Ass. Aveirense de Vela de Cruzeiro Ass. Canoagem de Aveiro ● Ass. Náutica Gafanha Encarnação ● ★ Aveiro Ass. Náutica da Torreira ● ● ★ Aveiro Clube Galitos de Aveiro ● Colectividade Popular de Cacia ● Ecoria ● Embarcar os Sonhos ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ★ ★ ★ ● ● ● ● ● ● Quebra Tempo ● Rializações ● Sharpie Club Portugal Sporting Clube de Aveiro Aveiro ★ Aveiro ★ Aveiro ★ Aveiro ★ Aveiro ★ Aveiro ● Onda Colossal Aveiro ★ ● IDECacia ★ ★ Estado Líquido 66 ● ★ Aveiro ★ Aveiro ★ Aveiro ● ● ★ ● ● ● ★ ● ★ ★ Aveiro Aveiro ★ Aveiro 4 Gaventura ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ● ★ ★ Caldas da Rainha ★ ● Município ★ Constância Ass. Bodyboard Palheiros da Tocha Street Sport ● ★ Cantanhede Ass. Clubes Canoagem Beira Baixa ● ★ Castelo Branco EduEvent ● ★ Castelo Branco Naturpesca ● ● ★ Castelo Branco Ponsulativo ● ● ● ● ★ Castelo Branco Ass. Cultural Rec. Saavedra Guedes ● ★ Estarreja Ass. Bodyboard Foz do Mondego ● ★ Figueira da Foz Ass. de Surf da Figueira da Foz ● ★ Figueira da Foz ● Cantanhede ★ ● ● ● ● ★ ● MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES Windsurf Aveiro Pés No Ar ● Canyoning / Rafting ★ Kitesurf ★ Vela Natação / Triatlo Pesca Desportiva ● Mergulho Viva a Ria Descidas de Rio Remo Abrantes Denominação PROMOTORES Surf / Bodyboard Canoagem ● ★ Águas Interiores Mar ● Aluguer / Passeios Clube Náutico de Abrantes Windsurf Canyoning / Rafting Kitesurf ● Município MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES ● M O D ALI D A D ES Vela Natação / Triatlo Pesca Desportiva Mergulho ● Descidas de Rio ● Surf / Bodyboard Canoagem Alfa Aventura Remo Denominação PROMOTORES Aluguer / Passeios M O D ALI D A D ES 4 67 OFERTA NÁUTICA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 .4 .3. Modal id ad e s CONTINUAÇÃO… Mergulhoceano (PADI) Núcleo de Surf da Figueira Surfing Figueira Cordastrong ● ● Várzea da Raposa ● Centro Náutico do Zêzere / C.B ● ● Clube Náutico do Lago Azul ● Kaventura ● Terra Oculta ● TranSerrano ● Different Portugal ● Edeventos ● ● ● Trilobite ● Vila Fraga ● Animeventos ● ● Apostafama ● Ass. de Surf de Aveiro AveiroSub ● 68 ★ Figueira da Foz Movido a Água ● ★ Figueira da Foz Ria Norte ● Figueira da Foz Vela e Ria ★ ★ ★ Figueira da Foz ★ Figueira da Foz ★ Figueira da Foz ● ★ Figueira da Foz ● ★ Figueira da Foz ● ● ● ● ● ● ★ Figueiró dos Vinhos ● ★ Figueiró dos Vinhos ★ Ferreira do Zêzere ★ Ferreira do Zêzere ★ Ferreira do Zêzere ★ Ferreira do Zêzere ★ Góis ★ Idanha-a-Nova ★ Idanha-a-Nova ● ★ Idanha-a-Nova ● ★ Idanha-a-Nova ★ Ílhavo ● ● ● ★ ● ● ● ★ ● ● ● ● ★ ★ Ílhavo ★ Ílhavo ★ Ílhavo 4 ★ Município Ílhavo ★ Ílhavo ★ Ílhavo ★ ★ Ílhavo ● ★ ★ Ílhavo Experience Sport ● ● ● ★ ★ Lourinhã Global Surf School ● Lubremar RIPAR StandUp Portugal DNA ● Montes D`Aventura ● Turislousã ● Mitiluma Surf School ● ★ Marinha Grande Murillo´s ● ★ Marinha Grande SurfSpot ● ★ Marinha Grande Clube Náutico da Praia de Mira ● ● Aventura21 ● ● Odabarca ● C.A.R. Montemor-o-Velho ● ● Clube Náutico Infante Montemor ● ● Aventuris ● Radioactiva ● ● Adventure By You ● Atlantic Safaris ● ● ● ★ Lourinhã ★ Lourinhã ● ★ Lourinhã ● ★ Lourinhã ● ● ● ★ Lousã ★ Lousã Mira ★ Mealhada ★ Mealhada ● ★ Montemor-o-Velho ● ★ Montemor-o-Velho ● ★ Mortágua ● ★ Nelas ★ ● ● Lousã ★ ● ● ★ ● ● ★ Nazaré ★ Nazaré MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES ● Águas Interiores Maregalia - Charter Náutico Clube de Vela da Costa Nova Mar Figueira da Foz Windsurf ★ Canyoning / Rafting Kitesurf iSurf Academy ● ● Vela ● Natação / Triatlo Clube Natureza Aventura Ílhavo Pesca Desportiva Figueira da Foz Mergulho Ginásio Clube Figueirense ● ★ Descidas de Rio ★ Surf / Bodyboard Remo ● Canoagem D´Evento em Popa ● Aluguer / Passeios Denominação PROMOTORES MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES Águas Interiores Município Mar Clube Náutico da Figueira da Foz Windsurf ● Canyoning / Rafting Kitesurf M O D ALI D A D ES Vela Ass. Remo da Beira Litoral Natação / Triatlo ● Pesca Desportiva Mergulho Remo Descidas de Rio Canoagem Ass. Naval 1º Maio Surf / Bodyboard Denominação PROMOTORES Aluguer / Passeios M O D ALI D A D ES 4 69 OFERTA NÁUTICA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 .4 .3. Modal id ad e s CONTINUAÇÃO… ● O Pioneiro do Mondego ● Search Time ● Sport Margens ● AcuaSubOeste Adventure Begin Alto Mar Atraente Baleal SurfCamp Berlenga Turpesca ● Berlengas Sailing ● Centro de Canoagem do Oeste ● Clube Naval de Peniche Escola de Surf de Peniche ● FunPolis ● ● Haliotis Julius - Berlenga Praia ● ● ● ★ Ovar São José ao Leme ● ★ Ovar Xotavento ● Go Outdoor Horizontes do Pinhal ● ● ● ● ★ Penamacor ★ Penacova ★ Penacova ★ Penacova ★ Penacova ★ Peniche ★ Peniche ● ★ Peniche ● ★ Peniche ★ Peniche ★ Peniche ★ Peniche ● ● ● ● ● ★ ● ● ● Peniche ★ Peniche ★ Peniche ★ ● ★ Peniche ★ Peniche ● ★ Peniche ● Município ★ Peniche ★ Peniche ★ Peniche ● ★ Peniche ● ★ Peniche ● ● ● ● ● Trilhos do Zêzere ● Boca do Lobo ● DouroVou ● ● ● Evasion Time ● ● Turnauga Viking Kayak Clube Templar ● ★ Penela ★ Proença-a-Nova ★ Sertã ★ Sever do Vouga ★ Sever do Vouga ● ★ Sever do Vouga ● ★ Sever do Vouga ● ★ Sever do Vouga ★ ★ Tomar ★ Tomar ● ★ Tomar ● ★ Tondela ● ● ● ● ● ● Via Aventura ● Sport Natura ● ● Escola de Surf Inês Tralha ● SAL ● ● Cankay ● Montebelo ● ● ● ● ● ● ● Tomar Radical Clube Náutico Barquinhense ● ● ★ Torres Vedras ★ ● ● ● ● ● ● ● ● ● ★ MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES Peniche Surf Camp Águas Interiores Capitão Dureza Ovar ★ Mar ● Windsurf ● Canyoning / Rafting ● Kitesurf Recantos de Lazer Vela Peniche Kite Center Natação / Triatlo Óbidos ★ Pesca Desportiva Mergulho Surf Clube do Furadouro Descidas de Rio ● ★ Surf / Bodyboard Remo Canoagem Náutica Desportiva Ovarense Aluguer / Passeios ● Nautipesca ★ Município MODALIDADES NÁUTICAS POR PROMOTORES ● ● Nazaré Águas Interiores ● Denominação PROMOTORES Mar Clube Canoagem de Ovar ● ● Windsurf ● Canyoning / Rafting ● Kitesurf ● Vela Great West Natação / Triatlo Pesca Desportiva M O D ALI D A D ES Mergulho Remo Descidas de Rio Canoagem Clube Naval da Nazaré Denominação PROMOTORES Surf / Bodyboard Aluguer / Passeios M O D ALI D A D ES ★ Vagos ★ Viseu ★ Viseu ★ Vila Nova da Barquinha 4 70 4 71 OFERTA NÁUTICA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 .4 .4. Agentes E conóm i cos Tabela 6 ‣ Identificação, localização, contactos dos agentes económicos da náutica por ramo e por município da região Centro Denominação - Empresa Ramo Telefone Morada GPS Mail / Site Município Obe & Sirius Construção de embarcações de pesca e recreio 234 646 888 Entre Caminhos - Raso Alagôa 3750-301 Águeda 40º35’39”N • 8º27’55”O [email protected] Águeda Riamar Barcos de Pesca e de Recreio em fibra de vidro 234 112 359 Malaposta 3780-294 Anadia 40º36’08”N • 8º40’20”O www.riamar.biz Anadia Navalria Construção e reparação de embarcações 234 378 970 Apartado 39 Porto Comercial 3811-901 Aveiro 40º38’09”N • 8º41’11”O [email protected] Aveiro Riatlante (SanRemo) Venda de embarcações e material náutico 234 722 829 E.N. 235 Oiã 3770-059 Oliveira do Bairro 40º32’27”N • 8º31’51”O [email protected] Aveiro Nautiracing Venda e reparação de embarcações 262 843 494 R. Bernardino Simões nº 27 2500-138 Caldas da Rainha 39º24’17”N • 9º08’07”O www.nautiracing.com.pt Caldas da Rainha Aquabordo Comércio e assistência náutica 233 435 133 Rua Jogo da Bola nº 1 3080-388 Buarcos 40º09’57”N • 8º52’49”O Atlanticeagle Construção, comércio e reparação de embarcações 961 368 805 Rua dos Estaleiros, Morraceira 3090-749 Figueira da Foz 40º08’34”N • 8º51’45”O www.aeshipbuilding.com Figueira da Foz Estaleiros Navais do Mondego, S.A. Construção e reparação de embarcações 233 401 600 Murraceira, Apartado 63 3081-801 Figueira da Foz 40º08’37”N • 8º51’43”O [email protected] www.enm.pt Figueira da Foz Figueiraeates Venda de embarcações e material náutico 233 426 243 Doca de Recreio 3080-000 Figueira da Foz 40º08’50”N • 8º51’47”O www.figueiraiates.com Figueira da Foz Goltziana Fabricante de Kayaks de Mar de Alta Performance 233 426 969 Estrada de Coimbra Lote C 3080-302 Figueira da Foz 40º09’35”N • 8º50’33”O [email protected] Figueira da Foz Navegador Mór Construção naval em metal 233 412 101 Rua Amizade nº 4, R/C, Buarcos 3080-246 Figueira da Foz 40º09’53”N • 8º51’51”O Figueira da Foz Papiro Yacht Line Reparação de embarcações e transporte marítimo 233 411 849 Avenida de Espanha, Apartado 2191 3080 Figueira da Foz 40º08’49”N • 8º51’49”O Figueira da Foz RPF Kayaks Construção de Kayaks 233 428 164 919 797 090 Rua das Galinheiras nº 9 3080-023 Figueira da Foz 40º09’22”N • 8º51’24”O ee Fonte: AD ELO 72 O AGENTES ECONÓMICOS DA NÁUTICA Figueira da Foz [email protected] http://www.rpfkayaks.com Figueira da Foz 73 OFERTA NÁUTICA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 .4 .4. Agentes E conóm i cos CONTINUAÇÃO… Denominação - Empresa Ramo Telefone Morada GPS Mail / Site Município SOREB Reparações eletromecânicas e bobinagem em embarcações 233 420 581 Rua Direita do Monte nº 68 3080-104 Figueira da Foz 40º08’57”N • 8º51’15”O [email protected] Figueira da Foz Delmar Conde Construção de embarcações personalizadas 234 361 978 966 931 582 Rua de Ílhavo nº 3 3830-488 Gafanha da Encarnação 40º36’50”N • 8º44’18”O [email protected] www.delmarconde.pt Ílhavo NavalPep Reparação e manutenção de embarcações 234 361 646 Rua Damão nº 76 3830-601 Gafanha da Nazaré 40º38’25”N • 8º41’46”O [email protected] Ílhavo Pontemar Reparação, manutenção e documentação de barcos de recreio 234 363 516 Porto de Pesca Costeira 3830 Gafanha da Nazaré 40º37’46”N • 8º44’01”O [email protected] Ílhavo MiraRia Barcos de Pesca e de Recreio em fibra de vidro 234 322 244 Estrada da Mota, Gafanha d’ Aquém 3830-143 Ílhavo 40º38’05”N • 8º42’14”O [email protected] www.miraria.com Mira Estaleiro Amigos da Ria Construção e recuperação dos barcos moliceiros 234 868 134 Cais da Ribeira de Pardelhas 3870-168 Murtosa 40º43’52”N • 8º39’37”O [email protected] www.net-moliceiro.inovanet.pt Murtosa Navalship - Construção e Gestão Naval S.A. Construção e reparação de embarcações 262 562 244 Estaleiro - Porto Abrigo 2450-075 Nazaré 39º36’05”N • 9º04’12”O Cenário Recuperação e construção de barcos tradicionais 965 635 233 Cais do Puxadouro, Válega 3780-000 Ovar 40º50’00”N • 8º37’26”O cenario.blogspot.com Ovar Paulo Manuel Henriques Rodrigues (PMHR) Construção de embarcações tradicionais (Barca Serrana) 239 476 398 Rua da Ferradosa Velha nº 1, Ferradosa 3360-186 Penacova 40º15’52”N • 8º15’23”O [email protected] Penacova Estaleiros Navais de Peniche, S.A Construção e reparação de embarcações 262 780 420 Molhe Leste 2520-620 Peniche 39º21’11”N • 9º22’06”O [email protected] Peniche Fibramar Construção de embarcações em fibra de vidro 262 759 538 Zona Industrial Porto de Lobos 2525-378 Atouguia da Baleia 39º20’38”N • 9º20’45”O [email protected] Peniche Franqueira & Companhia Venda de embarcações e material náutico 262 782 287 Rua José Estêvão nº 26 2520-466 Peniche 39º21’24”N • 9º22’45”O M.B.P, Lda. Manutenção e aluguer de material náutico 249 371 589 Estrada da Serra nº3, Serra 2300-251 Tomar 39º35’57”N • 8º18’07”O [email protected] Tomar Ski World Comércio de equipamentos náuticos 249 311 509 Rua D. Antónia Marques de Carvalho nº 15 2300-251 Tomar 39º36’03”N • 8º18’23”O [email protected] www.skiworld.pt Tomar ee Fonte: AD ELO 74 O AGENTES ECONÓMICOS DA NÁUTICA Nazaré Peniche 75 OFERTA NÁUTICA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 .4 .5. Fed era çõe s e as s oci açõe s n a cio n a is Tabela 7 ‣ Identificação, localização, contactos dos organismos nacionais por modalidades Denominação - ORGANISMO Modalidades Telefone Morada GPS Mail / Site Associação Nacional de Cruzeiros Vela de Cruzeiro 213 958 910 Rua General Gomes Araújo Edifício Vasco da Gama, Piso 1 1399-005 Lisboa 39º42’05”N • 9º09’52”O [email protected] www.ancruzeiros.pt Associação Portuguesa de Kite Kitesurf 265 533 633 Largo Defensores da Republica nº 2-A 2910-470 Setúbal 38º31’23”N • 8º53’09”O [email protected] www.apkite.pt Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas Pesca Submarina / Hóquei, Tiro e Râguebi Subaquático / Natação com Barbatanas / Mergulho / Orientação 211 910 868 Rua José Falcão nº 4, 2º 1170-193 Lisboa 38º43’58”N • 9º08’02”O [email protected] www.fpas.pt Federação Portuguesa de Canoagem Canoagem / KayakSurf / Kayak Pólo 225 432 237 Rua António Pinto Machado nº 60 4100-068 Porto 41º09’49”N • 8º38’39”O [email protected] www.fpcanoagem.pt Federação Portuguesa de Motonáutica Motonáutica 218 871 990 Av. Infante D. Henrique Muralha Nova S/N 1900-264 Lisboa 38º35’34”N • 9º06’12”O [email protected] www.fpmotonautica.org Federação Portuguesa de Natação Natação 214 158 190 Moradia do Complexo do Jamor Estrada da Costa, Cruz Quebrada 1495-688 Dafundo 38º42’15”N • 9º15’26”O [email protected] www.fpnatacao.pt Federação Portuguesa de Pesca Desportiva Pesca Desportiva 213 140 177 Rua Eça de Queirós nº 3, 1º 1050-095 Lisboa 38º43’37”N • 9º08’53”O [email protected] www.fppd.pt Federação Portuguesa de Remo Remo 213 929 840 Doca de Santo Amaro 1350-353 Lisboa 38º41’56”N • 9º10’43”O [email protected] www.remoportugal.pt Federação Portuguesa de Surf Surf / Bodyboard 219 228 914 Complexo Desportivo de Ouressa, Mem Martins 2725-320 Sintra 38º47’52”N • 9º21’09”O [email protected] www.surfingportugal.com Federação Portuguesa de Vela Vela / WindSurf 213 658 500 Doca de Belém 1300-038 Lisboa 38º41’44”N • 9º11’31”O [email protected] www.fpvela.pt FEDERAÇÕES E ASSOCIAÇÕES NACIONAIS 77 ee Fonte: istockphoto.com 76 q GRANDES EVENTOS NÁUTICOS DA REGIÃO CENTRO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 . 5. G rande s e v e n tos ná u ti c o s n a r e g i ã o C e n t r o Portugal tem granjeado fama na realização de eventos desportivos. Os eventos náuticos não fogem a esta reputação, uma vez que já se realizaram no país alguns dos eventos mais importantes das mais variadas disciplinas. Apesar de os grandes eventos náuticos não terem ainda uma forte expressão na região, existem alguns que já se enraizaram e que se realizam continuamente, sendo estes uma mais valia comprovada para as modalidades e organismos impulsionadores e para os locais que os recebem ao nível da sua promoção económica, turística e hoteleira. Começam, por conseguinte, a constar no calendário náutico mundial alguns acontecimentos realizados em Portugal que alcançam uma forte mediatização e promovem a região, como é o caso dos desportos de ondas no oeste. 1 Ria de Aveiro Weekend: iniciativa regional de capacitação e promoção da Ria, realiza-se em junho e oferece um fim de semama completamente dedicado à Ria de Aveiro e ao seu patrimómio natural e humano. No âmbito desta iniciativa dinamiza-se um conjunto diversificado de atividades, como a Grande Regata dos Moliceiros da Ria de Aveiro (atividade âncora do evento promovida pelo município de Aveiro), onde desde a Torreira até ao canal central, em Aveiro, ao longo de cerca de duas horas, a ria fica mais bonita com a profusão de cores e movimento dos Barcos Moliceiros a concurso, proporcionando excelentes e únicas imagens. 78 2 Mar Agosto: iniciativa anual no município de Ílhavo que integra no seu leque de realizações vários eventos associando a promoção do mar, da cultura, dos desportos náuticos e gastronomia, entre os quais se destacam o Festival do Bacalhau (Jardim Oudinot), o Sumol Cup - Campeonato da Europa de Bodyboard Feminino e Campeonato Nacional de Surf Feminimo (Praia da Costa Nova) e Festival Ria Agosto. 6 De seguida, destacam-se alguns exemplos de grandes eventos que contribuem ou contribuíram para a economia e desenvolvimento da região: 3 Regata Internacional Queima das Fitas de Coimbra: regata anual de remo que conta com a participação de mais de 1.100 atletas e que, sendo a maior prova da Península Ibérica da modalidade, já ultrapassou as 30 edições. 1 Fonte: http://www.cm-ilhavo.pt/uploads/event/image/946/cartaz_ria_de_aveiro_weekend-page-002.jpg 2 Fonte: http://www.cm-ilhavo.pt/uploads/news/image/1035/mar_agosto_not_cias.jpg 3 Fonte: AD ELO 4 Fonte: http://www.cm-montemorvelho.pt/images/2013/20130423_1_1.jpg 5 Fonte: homydesign / www.shuterstock.com 6 Fonte: http://praiadonorte.com.pt/wp-content/uploads/2013/09/wave_2013.jpg 4 Campeonatos da Europa e do Mundo no CAR de Montemor-o-Velho: não tendo um caráter fixo anual, são realizados pontualmente nestas instalações grandes eventos nacionais e internacionais de remo e canoagem que se apresentam como os mais importantes das respetivas modalidades. 5 Campeonatos Internacionais de Surf no oeste: o oeste vem-se afirmando como passagem obrigatória por esta zona de etapas importantes do circuito mundial do surf e de etapas dos mais prestigiados troféus internacionais de desportos de ondas. 6 Quebra de recordes mundiais: também no Oeste (Nazaré), a forte mediatização da iniciativa Zon North Canyon (2012-2014), que incentiva a procura, durante um período mínimo de três anos consecutivos, da quebra sucessiva do recorde do mundo da maior onda alguma vez surfada, consitiui um importante vetor de afirmação e promoção do território como a “Capital da Onda”. 79 FORMAÇÃO NÁUTICA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Em complementaridade com toda a oferta náutica das mais diversas modalidades na região, existe também uma oferta de cursos superiores que direta ou indiretamente propiciam a aprendizagem dos mais variados conteúdos de relevante interesse para o setor e que se constituem certamente como uma alavanca para o seu desenvolvimento. ee Fonte: Akirastock / www.istockphoto.com 1 . 6. Form aç ã o ná u ti c a 1 .6 .1. Cursos e f orm ação Universidade de Aveiro: ISCIA – Instituto Superior de Ciências da Informação e Administração de Aveiro: Instituto Politécnico de Leiria Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche: 44 Licenciatura em Ciências do Mar - licenciatura multidisciplinar de três anos que pretende fornecer uma formação sólida de base nos diversos aspetos das ciências marinhas. 44 Licenciatura em Gestão das Atividades Marítimas e Portuárias – licenciatura de três anos que pretende assegurar a formação superior de técnicos/as especializados/as ao nível da gestão de atividades relacionadas com o mar. 44 Licenciatura em Biologia Marinha e Biotecnologia – licenciatura de três anos que pretende conferir competências de gestão sustentável dos recursos biológicos marinhos. 44 Licenciatura em Meteorologia, Oceanografia e Geofísica – licenciatura de três anos que tem como objetivo providenciar uma formação sólida em ciências da terra, da atmosfera e do oceano, com especial ênfase nos processos físicos. 44 Mestrado em Biologia Marinha – mestrado de dois anos letivos, pretendendo-se alcançar uma compreensão aprofundada dos principais processos biológicos de produção e de degradação da matéria orgânica que decorrem nos ecossistemas marinhos. 44 Mestrado em Ciências do Mar e das Zonas Costeiras – tendo a duração de dois anos, propõe-se fornecer conhecimentos sólidos e multidisciplinares, dos principais processos físicos, químicos, biológicos e geológicos que caracterizam e ocorrem nos sistemas costeiros e marinhos. 44 Mestrado em Meteorologia e Oceanografia Física – ao longo de dois anos visa a obtenção de conhecimentos relativamente aos processos físicos que determinam a evolução dos estados da atmosfera e do oceano. 44 Doutoramento em Ciência, Tecnologia e Gestão do Mar 44 Doutoramento em Ciências do Mar e do Ambiente 44 Doutoramento em Gestão Marinha e Costeira 80 Universidade de Coimbra: 44 Mestrado em Aquacultura – ao longo de dois anos pretende-se fomentar os conhecimentos da aquacultura moderna e dos novos métodos de cultivo em ambiente aquático. 44 Curso de Climatologia e Hidrologia Médicas – com a duração de um ano, é destinado a médicos/as que queiram especializar-se em clínica hidrológica e climatérica com particularização em águas minerais portuguesas. 44 Mestrado em Biotecnologia dos Recursos Marinhos – com a duração de três anos, este mestrado pretende cimentar conhecimentos da biologia marinha aliada à conservação e gestão sustentável dos recursos marinhos. 44 Pós-graduação em Economia e Gestão da Água – tendo a duração de um semestre, este novo curso procura criar uma visão integrada das múltiplas dimensões que caracterizam a água, como recurso fundamental para a existência das atividades económicas e da própria vida. 44 Licenciaturas e Mestrados em Geografia e Desenvolvimento – com a duração de três e dois anos respetivamente, conferem ensinamentos nas áreas da hidrologia, climatologia marinha, desenvolvimento sustentável e ordenamento das orlas costeiras e águas interiores. Na Universidade de Coimbra (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra) está sediado ainda o IMAR – Centro de Transferência de Saberes do Mar e do Ambiente, que coordena grupos de investigação nas seguintes áreas do saber do domínio náutico: kk Ecossistemas de zonas húmidas, estuários e zonas marinhas costeiras kk Ecossistemas de água doce e bacias hidrográficas kk Sistemas sedimentares, hidrodinâmicas e alterações globais kk Ecotoxicologia e avaliação de riscos ambientais kk Recursos hídricos e ambiente kk Modelação ecológica. Na Universidade de Aveiro está identicamente institucionalizado um centro de investigação e transferência de tecnologia dedicado às questões do mar, denominado ECOMARE, que é constituído por duas unidades básicas, o Centro de Extensão e de Pesquisa Ambiental e Marinha (CEPAM) e a Unidade de Pesquisa e Recuperação de Animais Marinhos (UPRAM), cada uma com funções e valências únicas em Portugal. Este centro pretende desenvolver prestação de serviços de I&D e transferência de tecnologia a empresas e organizações governamentais e internacionais no âmbito do mar, com vista ao aproveitamento sustentável dos recursos marinhos. Neste polo universitário está ainda sediado o CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar que envolve cerca de 500 investigadores e investigadoras de seis departamentos da Universidade de Aveiro: ambiente e ordenamento, biologia, engenharia civil, fí¬sica, geociências e quí¬mica. O CESAM tem por missão desenvolver investigações na área do ambiente costeiro e marinho envolvendo a atmosfera, a biosfera, a hidrosfera, a litosfera e a troposfera. É igualmente relevante salientar, que na região Centro é fornecido um vasto leque de formações técnicas e profissionais, com especial destaque para o For-Mar – Centro de Formação Profissional das Pescas e do Mar, que ministra continuamente um conjunto alargado de cursos multidisciplinares ligados à ciência e arte náutica e piscatória, nos seus centros de formação de Ílhavo, Figueira da Foz e Peniche/Nazaré. Também na Figueira da Foz está instalado desde 1995 o CEMAR - Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque, que desenvolve ações de investigação, desenvolvimento e cooperação nas diferentes temáticas marítimas. 81 FORMAÇÃO NÁUTIVA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 .6 .2. Cartas d e nave gad or Tabela 8 ‣ Cartas de navegador Denominação Entidade Formadora Cursos Telefone Morada GPS Mail / Site Município Clube Náutico de São Martinho do Porto Principiante / Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa 262 980 290 R. Cândido dos Reis 2460-637 São Martinho do Porto 39º30’43”N • 9º08’24”O [email protected] [email protected] Alcobaça A.A.Coimbra - Secção de Desportos Náuticos Principiante / Marinheiro 239 810 023 916 997 194 Avenida Inês de Castro, Pavilhões A e B 3040-255 Santa Clara 40º11’59”N • 8º25’43”O [email protected] Coimbra Forsailing Marinheiro 964 919 375 Rua do Bonfim nº 58 6000-186 Castelo Branco 39º49’40”N • 7º28’25”O [email protected] www.forsailing.pt Castelo Branco Clube Náutico da Figueira da Foz Principiante / Marinheiro / Patrão Local 233 428 019 Doca de Recreio da Figueira da Foz 3081-801 Figueira da Foz 40º08’50”N • 8º51’46”O [email protected] Figueira da Foz Consulfoz Principiante / Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa / Patrão de Alto Mar 233 418 209 Estação Fluvial da Margem Sul 3090-661 Figueira da Foz 40º09’07”N • 8º51’27”O [email protected] Figueira da Foz Clube de Vela da Costa Nova Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa 234 369 300 Avenida José Estevão 3830-453 Gafanha da Encarnação 40º36’31”N • 8º44’55”O [email protected] www.cvcn.pt Ílhavo Sharpie Club de Portugal Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa 934 682 695 Porto de Pesca Costeira de Aveiro 3830-565 Gafanha da Nazaré 40º37’45”N • 8º44’05”O [email protected] Ílhavo 7,5° Oeste Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa 962 534 078 Cais Comercial Terminal N, Edifício 6, Forte da Barra 3830-702 Gafanha da Nazaré 40º38’27”N • 8º44’31”O [email protected] www.75oeste.com Ílhavo NW - Actividades Náuticas Marinheiro / Patrão Local / Patrão de Costa 262 562 292 Porto da Nazaré- Edifício IPTM 2450-075 Nazaré 39º35’02”N • 9º04’19”O [email protected] www.noroeste.com.pt Nazaré Haliotis Patrão Local / Patrão de Costa 262 781 160 Porto de Abrigo de Sesimbra 2970-000 Sesimbra 39º21’01”N • 9º21’35”O [email protected] [email protected] Peniche ee Fonte: www.pixabay.com 82 9 CARTAS DE NAVEGADOR 83 PATRIMÓNIO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 . 7. Patri móni o Na região Centro destaca-se um riquíssimo património cultural e natural com características endógenas únicas que complementam e fortalecem a atividade náutica. 1 .7 .1. Patrimóni o cultur al Arte Xávega Barca Serrana do Mondego Barcos Moliceiros Batel do Sal A Xávega é uma arte de pesca por cerco, realizada por embarcações tradicionais muito características, na qual uma extremidade da rede fica em terra, enquanto a rede é colocada a bordo de uma embarcação que sai para o mar, libertando-a. A outra extremidade é levada para terra, e puxada; antigamente com a ajuda de juntas de bois e força braçal, e atualmente recorrendo a meios mecânicos. Este tipo de pesca centenária na costa portuguesa é atualmente objeto de fortes interesses turístico-culturais, em complemento dos fins comerciais de outrora, sendo ainda observável nos areais do Furadouro, Torreira, Vagueira, Mira, Tocha, Quiaios, Costa de Lavos, Pedrógão, Vieira, Peniche e Nazaré, entre outros. Lançada em Abril de 2012 na praia fluvial do Reconquinho em Penacova, esta réplica é o resultado de uma parceria entre a AD ELO e o município de Penacova no âmbito do projeto europeu NEA 2-Náutica no Espaço Atlântico integrando um leque de iniciativas de dinamização da atividade náutica na região. Apresenta como objetivos reavivar tradições, usos e costumes, proteger e preservar os métodos construtivos tradicionais e realçar o potencial que a exploração comercial da Barca Serrana pode desempenhar na dinamização do turismo local. Moliceiro é o nome dado aos barcos que circulam na ria de Aveiro, região lagunar do rio Vouga. Destinavam-se outrora à colheita e transporte de moliço (vegetação da ria, utilizada para fertilizar os campos agrícolas), mercadorias e gado, sendo hoje essencialmente uma atração turística, visível pelo enorme tráfego destas embarcações nos canais da “Veneza de Portugal”. Em forma de meia lua, os moliceiros têm mastro e leme de grandes dimensões. O seu pequeno calado permite-lhes mover-se nos canais menos fundos, sendo, nessas circunstâncias, movido à vara. Estes ex-libris da cidade de Aveiro possuem uma proa e ré muito aprimoradas que normalmente estão pintadas com cores fortes e desenhos, representando ou satirizando os mais diversos temas, desde cenas religiosas, românticas ou políticas e sociais. Atracado na Figueira da Foz, encontra-se uma réplica de um secular Batel do Sal. O “Sal do Mondego” é a única embarcação do género a navegar no estuário do Mondego. Os passeios turísticos a bordo deste batel pretendem recriar a tradição histórica da atividade salineira, dando relevo à fauna e à flora peculiar da foz do Mondego. ee Arte Xávega na praia da Costa de Lavos Fonte: AD ELO ee Réplica de Barca Serrana do Mondego (praia fluvial de Reconquinho em Penacova) Fonte: AD ELO ee Barcos Moliceiros Fonte: Wikipédia ee Réplica de Batel do Sal -“Sal do Mondego” Fonte: AD ELO 6Câmara Municipal de Penacova Largo José Alberto Leitão, 5 3360-341 Penacova 8+351 239 470 300 940º16'00"N • 8º16'44"O @[email protected] swww.cm-penacova.pt 6Ria de Aveiro - C. M. de Aveiro Cais da Fonte Nova, Ap. 244 3811-904 Aveiro 8+351 234 406 300 940º38'28"N • 8º39'20"O @[email protected] swww.cm-aveiro.pt 6Armazéns de Lavos 3090 Lavos 8+351 961 365 457 940º06'20"N • 8º36'08"O @[email protected] swww.cm-figfoz.pt 84 85 PATRIMÓNIO Centro de Recuperação de Animais Marinhos de Quiaios (CRAM-Q) As primeiras estruturas permanentes de reabilitação de animais marinhos em Quiaios surgiram em 2006 devido a um aumento no número de pedidos de ajuda para o salvamento de animais marinhos e à falta de unidades de apoio. Esta realidade era bastante evidente na faixa litoral entre Peniche e o Porto, obrigando a uma melhoria na eficácia de atuação por parte da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem (SPVS). Assim surgiu o Centro de Recuperação de Quiaios (Figueira da Foz) que se encontra aberto ao público. ee Centro de Recuperação de Animais Marinhos de Quiaios Fonte: CRAM-Q 6Casa da Guarda Florestal Rua das Matas Nacionais 3081-101 Figueira da Foz 8+351 919 618 705 940º13'43"N • 8º52'42"O @[email protected] swww.cramq.socpvs.org 86 PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Ciclovias/Ecovias Ecomuseu do Olival Ecomuseu Marinha da Troncalhada Para uma região se tornar atrativa e competitiva necessita de apostar naquilo que a distingue das outras, nas suas especificidades, valorizando os seus próprios recursos e tornando-os inovadores. As redes de ciclovias constituem uma excelente oportunidade, podendo assumir um contributo preponderante na definição de estratégias de desenvolvimento turístico mais competitivas e sustentadas que associam os recursos naturais aos culturais disponíveis para o processo de desenvolvimento, tornando-o mais coeso, sustentável e inclusivo. A região Centro é dotada de algumas destas acessibilidades, onde se destacam a Ecopista do Rio Dão (49,5 quilómetros), a Pista Ciclopedonal de Mira (25 quilómetros), a Ciclovia da Tocha (4,5 quilómetros), a Ciclovia Urbana da Figueira da Foz (4 quilómetros) e a Ciclovia da Marinha Grande, que se divide em três percursos: Marinha Grande- Praia da Vieira (18 quilómetros), Marinha Grande – São Pedro de Moel (9 quilómetros) e São Pedro de Moel – Nazaré (20 quilómetros). Ecomuseu inaugurado em 1994 como resultado da recuperação de um moinho de água em ruínas, possuindo um espólio etnográfico regional assinalável. O museu é composto por três partes distintas: a cozinha, a sala de estar e a sala do moinho. Nesta última sala encontram-se os dois moinhos existentes, totalmente recuperados e em funcionamento. Marinha de sal ainda em atividade, adaptada para ecomuseu onde é possível, dependendo das estações do ano, ver a produção e recolha de sal feitas, nos nossos dias, ainda de forma tradicional. A visita a este núcleo explora as vivências e tradições ligadas à salicultura da região aveirense, bem como o seu património natural onde se inclui a diversidade de paisagens e a fauna e flora características. O Ecomuseu Marinha da Troncalhada, através do Museu da Cidade de Aveiro, faz parte integrante do projeto Ecosal-Atlantis. Projeto que entre muitas outras iniciativas conta com a criação da Sal Tradicional Rota do Atlântico. ee Fonte: www.pixabay.com ee Ecomuseu do Olival Fonte: www.mediotejodigital.pt ee Ecomuseu Marinha da Troncalhada Fonte: Câmara Municipal de Aveiro 6Rua Carvalho da Bola, nº14 2435-451 Ourém 939º42'29"N • 8º36'11"O 6Cais das Pirâmides 3800-200 Aveiro 940º38’42’’N • 8º39’01’’O 87 PATRIMÓNIO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Farol da Barra Farol do Cabo Carvoeiro Farol do Cabo Mondego Farol e Forte da Nazaré O Farol da Barra situa-se na praia com o mesmo nome, sendo um dos ex-líbris do município de Ílhavo. Construído à entrada da barra, esta admirável obra do século XIX (18851893) passou a estar de vigia a toda a navegação que até aí não dispunha de orientação, evitando os naufrágios nos bancos de areia. As embarcações da época eram frequentemente atraídas para terra, devido à ilusão de afastamento, provocada por uma costa muito plana com as primeiras elevações a grande distância do mar. À data da sua construção foi o sexto maior do mundo em alvenaria de pedra, continuando a ser atualmente o mais alto de Portugal, o segundo maior da Europa e considerado o 26º mais alto do mundo, erguendo-se 66 metros acima do nível do mar, com uma altura de 62 metros. A sua potente lâmpada projeta um feixe luminoso visível, em condições normais de transparência atmosférica, a 26 milhas náuticas, cerca de 48 quilómetros. O Farol do Cabo Carvoeiro faz parte do grupo de seis faróis mandados edificar pelo Alvará Pombalino de 1 de fevereiro de 1758 que criou o Serviço de Faróis em Portugal. Entrou em funcionamento em 1790, sendo assim um dos mais antigos da costa portuguesa. Situa-se a uma altitude de 57 metros acima do nível do mar e tem uma altura de 27 metros. A sua luz tem um alcance de aproximadamente 15 milhas náuticas, cerca de 28 quilómetros. Situado no Cabo do Mondego foi construído entre 1835 e 1858. Debruçado sobre o Atlântico, este pitoresco farol é composto por uma torre quadrangular branca com edifício anexo, tem 15 metros de altura ficando 97 metros acima do nível do mar e apresenta o alcance luminoso de 28 milhas náuticas, cerca de 52 quilómetros. Encaixado na magnífica paisagem da Serra da Boa Viagem é presentemente um dos locais mais visitados da Figueira da Foz. Farol instalado no Forte de São Miguel (1577) desde 1903 e automatizado em 1986, servindo para o auxílio à navegação. Tem atualmente um alcance luminoso de 15 milhas, cerca de 28 quilómetros e com oito metros de altura, está 50 metros acima do nível do mar. Presentemente tem tido bastante divulgação e projeção internacional graças às inúmeras imagens que retratam as quebras dos records da maior onda surfada. ee Farol da Barra Fonte: www.patrimonioreligiosodeilhavo.blogspot.pt ee Farol do Cabo Carvoeiro Fonte: www.oitograus.blogspot.com ee Farol do Cabo Mondego Fonte: AD ELO ee Farol e Forte da Nazaré Fonte: www.dn.pt 6Largo do Farol, Praia da Barra 3830-753 Gafanha da Nazaré 8+351 234 369 271 940º38'33"N • 8º44'52"O @[email protected] swww.cm-ilhavo.pt 6Cabo Carvoeiro 2520-607 Peniche 8+351 262 780 122 939º21'36"N • 9º23'58"O @[email protected] swww.cm-peniche.pt 6EN 109-8, Buarcos 3080-008 Figueira da Foz 8+351 233 422 955 940º11'28"N • 8º54'19"O @[email protected] swww.cm-figfoz.pt 6Estrada do Farol - Sítio da Nazaré 2450-065 Nazaré 8+351 262 551 171 939º35'23"N • 9º04'58"O @[email protected] swww.cm-nazare.pt 88 89 PATRIMÓNIO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Farol e Forte das Berlengas Farol Penedo da Saudade Forte da Figueira da Foz Forte de Peniche Sendo um dos mais antigos faróis portugueses, o também denominado de “Farol Duque de Bragança” foi mandado edificar por Alvará pombalino em 1758, porém, só em 1839 é que a sua luz passou a iluminar as noites do Atlântico. A sua torre quadrangular tem 29 metros de altura, encontra-se 121 metros acima do nível do mar a e sua luz atinge um alcance de 27 milhas náuticas, cerca de 50 quilómetros. Outro ponto de referência das Berlengas é o Forte S. João Batista, concluído em 1666, serviu ao longo da história como uma estratégica linha de defesa da costa portuguesa. Presentemente tem 20 quartos e variados serviços abertos ao público. Inaugurado em 1912, por não haver, na época, nenhum outro entre Peniche e o Cabo Mondego, o farol servia não só de aviso à navegação mas também para a deteção de fogos no pinhal. Tem de altura 51 metros, desde o nível do mar até ao topo da sua torre e um feixe luminoso que atinge uma distância de 41 milhas, cerca de 76 quilómetros. Denominado de Forte de Santa Catarina, localiza-se na freguesia de Buarcos. Este forte que serviu de base ao Duque de Wellington quando desembarcou em Portugal em 1808, para ajudar a expulsar as tropas de Napoleão, foi edificado no século XVII e fez parte da linha defensiva que integrava o forte de Buarcos (que ainda ostenta parte da sua vistosa muralha junto ao areal) e de Palheiros (onde permanecem ruínas do seu Fortim). Possui uma pequena capela dedicada a Santa Catarina que foi, juntamente com o forte, classificada como monumento nacional em 1961. Esta fortaleza foi mandada edificar por D. João III em 1557 e concluída em 1645 por D. João IV, que a considerou a principal chave do Reino pela parte do mar, tendo sido uma praça militar de vital importância estratégica até 1897. Esta edificação, que serviu de prisão política durante o Estado Novo, tem presentemente um museu aberto ao público que evoca toda a sua história e da região. ee Farol e Forte das Berlengas Fonte:www.panoramio.com ee Farol Penedo da Saudade (São Pedro de Moel) Fonte: www.cq0odx.clanteam.com ee Forte da Figueira da Foz Fonte: www.pela-positiva.blogspot.pt ee Forte de Peniche Fonte: Wikipédia 6Reserva da Berlenga 2520 Peniche 8+351 262 787 910 939º24'54"N • 9º30'33"O @[email protected] swww.cm-peniche.pt 6Avenida do farol 2430-502 São Pedro de Moel 8+351 234 406 300 939º45'50"N • 9º01'51"O @[email protected] swww.cm-mgrande.pt 6Avenida 25 de Abril 3080-086 Figueira da Foz 8+351 233 422 630 940º08'52"N • 8º51'58"O @[email protected] swww.saojuliao.pt 6Campo da República 2520-609 Peniche 8+351 262 780 116 939º21'13"N • 9º22'49"O @[email protected] swww.cm-peniche.pt 90 91 PATRIMÓNIO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Moinho das Doze Pedras (Moinho de Marés) Museu dos Rios e das Artes Marítimas Museu Marítimo de Ílhavo e Aquário de Bacalhaus Navio Santa Maria Manuela O Moinho das Doze Pedras ou Moinho de Marés encontra-se inserido na unidade agrícola da Quinta do Canal, junto ao rio Pranto. A data da sua construção remonta ao século XVIII e foi mandado construir pelo Colégio de Santo Antão de Coimbra - Companhia de Jesus. Apesar da sua utilização inicial se destinar à atividade industrial e agrícola, o moinho, serviu também como armazém de grão ou farinha. Presentemente, o equipamento encontra-se desativado. Fundado a 11 de Abril de 1998 em Constância, este museu possui um conjunto de coleções de etnografia fluvial e pretende recolher, salvaguardar e divulgar o património centenário deste porto fluvial, que assumiu uma posição de relevo até meados do século XX. Encontra-se dividido em três espaços, sendo o primeiro dedicado à pesca, o segundo ao transporte fluvial e o terceiro dedicado à construção naval. Possui ainda uma sala que representa a festa anual em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem, protetora do povo marítimo. O Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) alberga uma vasta coleção de objetos relacionados com a pesca à linha do bacalhau e com as fainas marítimas da ria de Aveiro destacando as diversas artes de pesca da laguna nos séculos XIX e XX. No âmbito das Comemorações do 75.º Aniversário do MMI, a Câmara Municipal de Ílhavo inaugurou em janeiro de 2013, o Aquário de Bacalhaus do Museu Marítimo de Ílhavo, numa aposta forte na promoção da cultura marinheira do Município Capital Portuguesa do Bacalhau. O Aquário de Bacalhaus confere uma nova tripla dimensão deste espaço de cultura: museu, aquário e investigação, esta última, resultado da ativação do Centro de Investigação e Empreendedorismo do Mar (CIEMar-Ílhavo) inaugurado de março de 2012. Assumindo-se como organização ativa no processo de valorização social da maritimidade, o CIEMar-Ílhavo é uma estrutura aberta a uma vasta comunidade de públicos e ao estabelecimento de sinergias com diversas instituições e agentes de cultura e conhecimento como universidades e centros de investigação de reconhecida competência na área marítima. O Santa Maria Manuela é um raro exemplar de um navio de quatro mastros, lançado em 1937. Criado na Companhia União Fabril (CUF) em Lisboa foi abatido e desmantelado em 1993 e reconstruido entre 2007 e 2010, recuperando, aquelas que tinham sido as suas principais características ainda enquanto lugre bacalhoeiro, sem esquecer o conforto e a comodidade indispensáveis nos dias de hoje. Durante várias décadas o Santa Maria Manuela cumpriu numerosas de viagens à pesca de bacalhau (chamadas "campanhas"), e, juntamente com os navios Creoula e Argus, fez parte da famosa Frota Branca Portuguesa. De antigo lugre bacalhoeiro passou a navio de turismo cultural de vocação marítima, promovendo a realização de viagens temáticas de turismo alternativo e direcionando-se a quem aprecia o turismo aventura em geral e procura opções de viagens ou férias didáticas e vivenciais, viagens temáticas pela subordinação a um tema, seja a observação de espécies marinhas, exploração de zonas de interesse ambiental, ou a vivência de viagens de importância histórico cultural como por exemplo a pesca do bacalhau na Terra Nova ou nas etapas das Descobertas, pressupondo a participação ativa dos/as participantes nas tarefas de bordo. ee Moinho das Doze Pedras Fonte: Wikipédia ee Museu dos Rios e das Artes Marítimas Fonte: www.mediotejodigital.pt ee Museu Marítimo de Ílhavo Fonte: www.standartwall.com ee Navio Santa Maria Manuela Fonte: Wikipédia 6Quinta do Canal - Alqueidão 3090 Figueira da Foz 940º06'36"N • 8º46'47"O 6Estrada Nacional, nº3 2250 Constância 939º28'39"N • 8º20'27"O 6Avenida Dr. Rocha Madahíl 3830-193 Ílhavo 8+351 234 329 990 940º36'16"N • 8º39'57"O @[email protected] swww.museumaritimo.cm-ilhavo.pt 6Cais dos Bacalhoeiros, Ap.12 3834-909 Gafanha da Nazaré 8+351 234 390 290 940º38'55"N • 8º43'07"O @[email protected] swww.santamariamanuela.pt 92 93 PATRIMÓNIO Núcleo Museológico do Mar da Figueira da Foz Núcleo Museológico do Sal da Figueira da Foz O Navio-museu Santo André é um antigo arrastão bacalhoeiro que se encontra atracado no Jardim Oudinot em Ílhavo. O Santo André, que nasceu para a pesca em 1948, não resisitiu às restrições à pesca em águas exteriores que resultaram na redução da frota e no abate de boa parte dela nos anos oitenta, tendo sido convertido em museu em 2001, iniciou um novo ciclo de vida mostrando como se vivia e trabalhava a bordo dos barcos de pesca do bacalhau nos mares gelados do Atlântico Norte. Este espaço nasceu da necessidade de recuperar e divulgar algumas das principais memórias históricas das práticas piscatórias mais identificativas das comunidades da orla costeira do concelho da Figueira da Foz. O Núcleo Museológico do Mar encontra-se estruturado em três grandes áreas temáticas: a atividade piscatória do concelho da Figueira da Foz; a pesca do bacalhau e as gentes do mar - a arte e a fé. Criado com a missão de interpretar, valorizar e difundir a relação secular do homem com o território das salinas do concelho da Figueira da Foz. O Núcleo Museológico do Sal pretende ainda informar e sensibilizar os diversos públicos para a necessidade de preservação de uma atividade tradicional e artesanal e funcionar como um centro de informação sobre a riqueza da biodiversidade deste ecossistema singular em que se insere a salicultura. ee Navio-museu Santo André Fonte: www.geocaching.com ee Núcleo Museológico do Mar da Figueira da Foz Fonte: AD ELO ee Núcleo Museológico do Sal da Figueira da Foz Fonte: AD ELO 6Cais do Jardim Oudinot, Forte da Barra 3830 Gafanha da Nazaré 8+351 234 329 990 940º38'29"N • 8º43'43"O @[email protected] swww.museumaritimo.cm-ilhavo.pt 6Rua Governador Soares Nogueira, 32 3080-296 Buarcos 8+351 233 413 490 940º09'54"N • 8º52'34"O @[email protected] swww.figueiradigital.com 6Armazéns de Lavos 3090-451 Lavos 8+351 966 344 488 940º06'20"N • 8º36'08"O @[email protected] swww.figueiradigital.com 94 ee Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-5G0y1p-y8ik/SnyqVDxlPaI/AAAAAAAADtg/jNWIyRy0kek/s1600/Ecomuseu+do+Sal+Figueira+8.jpg Navio-museu Santo André 95 PATRIMÓNIO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 .7 .2. Patrimóni o natural Reservas Naturais Áreas Protegidas Reserva Natural da Serra da Malcata Reserva Natural das Berlengas A Serra da Malcata é a uma das maiores elevações de Portugal continental, com 1.075 metros de altitude. Situa-se na região de transição da Beira Alta e da Beira Baixa, entre os concelhos do Sabugal e de Penamacor, integrando o sistema montanhoso luso-espanhol da Meseta. Nela foi criada, em 1981, a Reserva Natural da Serra da Malcata, que com uma área protegida de 16.348 hectares, tem como principal objetivo a salvaguarda do Lince-ibérico que ali vive e de todo o ecossistema a ele associado, sendo este o felino mais ameaçado do mundo. Atualmente acredita-se que o lince esteja quase extinto na reserva, ainda que a área possa no futuro ser utilizada como área de reintrodução. Entre as outras espécies animais importantes presentes no parque encontram-se o Gato-bravo, a Víbora-cornuda, o Cágado, a Cobra-de-escada, a Cobra-rateira, o Bufo-real, o Javali, a Raposa-vermelha, a Gineta, o Grifo, o Chapim-azul e destaca-se ainda a Cegonha-preta, uma espécie rara em Portugal. Praticamente todas as espécies de anfíbios existentes em Portugal continental estão representadas na reserva. No domínio da flora é dominada, a norte pelo Carvalho-negral e pelo Pinheiro, a sul pela Azinheira e pelo Medronheiro, nas margens dos principais cursos de água pelo Freixo, pelo Amieiro e pelo Salgueiro. A Serra da Malcata é a sétima elevação de Portugal continental. Ali nasce o rio Bazágueda, afluente do Erges, que faz parte da rede hidrográfica do Tejo. O relevo é ondulado, com presença de bosques e áreas de mato mediterrânico. Situada 5,7 milhas a oeste do Cabo Carvoeiro, a Reserva Natural das Berlengas foi instituída a 3 de setembro de 1981. Porém, as Berlengas são reconhecidas como sendo a primeira área protegida do mundo, desde o reinado de D. Afonso V que a 15 de novembro de 1465 lhe atribuiu o estatuto de proteção integral. As três pequenas ilhas (Berlenga Grande, Estela e Farilhões) apresentam uma fauna característica, onde se destacam a Lagartixa-de-bocage e o Sardão, esta última espécie ameaçada pelas populações de Gaivotas, Coelhos-bravos e Ratos-pretos. Existem várias espécies de aves, marinhas e não marinhas, que nidificam neste ponto isolado do litoral, tais como o Airo (ave símbolo da Reserva Natural das Berlengas); a Cagarra, o Corvo-marinho-de-crista, a Gaivota, a Pardela-de-bico-amarelo e o Roque-de-castro. Algumas das espécies de flora endémica presentes no arquipélago das Berlengas são únicas na Terra, outras apresentam distribuição muito restrita. A quase ausência de espécies arbóreas explica-se pela dificuldade de instalação, devido à falta de solo fértil e aos ventos fortes carregados de sal. Estão assim inventariadas cerca de uma centena de espécies de herbáceas e arbustivas, de entre as quais as seguintes espécies endémicas: Armeria berlengensis; Pulicaria microcephala; e Herniaria berlengiana. Atualmente só podem entrar nas Berlengas 350 pessoas por dia, de forma a ser minimizado o impacto na natureza e no habitat das suas espécies. ee Reserva Natural da Serra da Malcata Fonte: Infopédia ee Reserva Natural das Berlengas Fonte: www.tintafresca.net 940º16'44"N • 7º01'44"O 939º24'54"N • 9º30'33"O O processo de criação de Áreas Protegidas (AP) é, regulado por legislação específica (Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho), surgindo como um instrumento de ação estratégica oficial fundamental à conservação da natureza e da biodiversidade. A classificação das AP de âmbito nacional pode ser proposta pela autoridade nacional ou por quaisquer entidades públicas ou privadas; a apreciação técnica pertence ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), sendo a classificação decidida pela tutela. O Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho, prevê ainda a possibilidade de criação de Áreas Protegidas de Estatuto Privado (APP). As tipologias existentes são Reserva Natural, Monumento Natural, Parque Natural, Paisagem Protegida e Parque Nacional. As Áreas Protegidas de âmbito nacional e as Áreas Protegidas de Estatuto Privado pertencem à Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP). DUNAS DE SÃO JACINTO SERRA DA ESTRELA SERRA DA MALCATA CABO MONDEGO PAUL DE ARZILA MONTES DE SANTA OLAIA E FERRESTELO SERRA DO AÇOR PORTAS DE RODÃO MONTE DE SÃO BARTOLOMEU SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS BERLENGAS PAUL DE TORNADA PAUL DO BOQUILOBO LEGENDA: Áreas Protegidas NUT II - Centro Figura 10 ‣ Áreas protegidas da região Centro Fonte: Elaboração AD ELO 96 97 PATRIMÓNIO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Reserva Natural do Paul de Arzila Reserva Natural do Paul de Boquilobo Esta reserva natural criada em 1979 e integrada na Zona Especial de Proteção da Ria de Aveiro abrange uma área aproximada de 960 hectares, situa-se junto ao oceano e acompanha as extensas praias entre Mira e Ovar, sendo delimitada a oeste pelo Atlântico e a este pela Ria de Aveiro. A vegetação é muito característica e, no séc. XIX, foram plantadas acácias e pinheiros bravos, num esforço para fixar as dunas. A disposição dos terrenos onde se localiza esta área protegida é relativamente recente, tendo estes começado a adquirir a sua forma atual entre os séculos X e XVII. Até meados do século XIX, estes terrenos eram formados por areias em movimento que dificultavam a fixação de plantas, no final desse século iniciam-se os trabalhos de arborização, por parte dos Serviços Florestais, que se prolongaram até à década de 1930. Anteriormente existiam na zona inúmeros pântanos, locais propícios á proliferação de mosquitos, responsáveis, por exemplo, pela transmissão da malária tendo sido essa uma das causas para a drenagem e secagem dessas zonas. Na Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto subsiste uma faixa de vegetação rasteira natural bem conservada na zona das dunas, mas existe também uma zona de mata, instalada e profundamente alterada pela ação humana. Pela sua localização litoral algumas espécies marinhas abundam nesta reserva. A Andorinha-do-mar-comum é a ave marinha que mais facilmente pode ser aqui observada durante todo o ano, contudo, podem-se encontrar variadas espécies como o Fulmar-glacial, o Borrelho, o Ganso-patola, o Gavião, o Corvo-marinho-de-faces-brancas, a garça, o açor e várias espécies de gaivotas, cobras, pequenos anfíbios e patos (na sua zona lacustre). O Centro de Interpretação organiza visitas guiadas através do denominado Trilho Interpretativo de Descoberta da Natureza. A Reserva Natural do Paul de Arzila, instituída a 27 de Junho de 1988, localiza-se 11 km a oeste de Coimbra, na margem esquerda do rio Mondego, e abrange uma área de 535 hectares, que se distribuem por três concelhos (Coimbra, Condeixa-a-Nova e Montemor-o-Velho). Esta zona húmida deve, no entanto, o seu nome à freguesia de Arzila, do concelho de Coimbra. Insere-se no vale da Riibeira de Cernache, na sua confluência com o Mondego. Quanto ao património natural, no domínio da flora, a zona de caniçal é ocupada pela Tabua, pelo Bunho, pelo Juncão e pelo Caniço. Nas valas: Lírio-amarelo, loureiro e Erva-pinheirinha. Na zona envolvente: Pinheiro-bravo, Sobreiro, Choupo, Salgueiro, Carvalho e Eucalipto. Relativamente à fauna, comporta uma variada população de aves com cerca de 140 espécies recenseadas, onde se incluem núcleos reprodutores de garças (símbolo do Paul), Águias-de-asa-redonda, Gaviões e Cegonhas. É uma importante zona de passagem outonal para migradores transarianos, em particular passeriformes e uma zona húmida de excecional importância para limícolas, anatídeos, Patos-reais, peixes, insetos, anfíbios e Lontras. A sua fauna diversificada, principalmente no domínio ornitológico, valeu-lhe a classificação como Reserva Biogenética do Conselho da Europa e a integração na Rede Natura 2000. O parque da Reserva Natural do Paul de Arzila dispõe de um centro de interpretação e de um serviço de visitas guiadas que permite a visitantes desfrutar em pleno deste espaço. A Reserva Natural do Paul do Boquilobo situa-se entre a confluência dos rios Almonda e Tejo, ao longo da junção dos concelhos de Torres Novas e Golegã na parte sudeste da freguesia da Brogueira. O Paul é fendido por numerosas valas que formam uma complexa malha e regista uma elevada variação do nível das águas ao longo do ano, podendo também atuar como uma zona tampão, contribuindo para uma proteção acrescida às zonas agrícolas adjacentes. A sua fauna diversificada, principalmente no domínio ornitológico, valeu-lhe em 1981 a classificação pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera, tendo sido esta a primeira área protegida portuguesa a integrar a Rede Mundial de Reservas da Biosfera. É reconhecida a importância da reserva como zona húmida natural e como local de abrigo para um grande número de aves, como local de reprodução, alimentação e repouso nas rotas de migração. Os Salgueiros, os Caniçais, os Bunhais, os Jacintos-de-água e alguma variedade de plantas aquáticas dizem respeito à maior parte da sua vegetação. Em meados de julho alberga uma colónia de alguns milhares de Garças, em novembro e fevereiro é palco de repouso e alimentação de Arrábios, Zarros, Piadeiras, Marrequinhas, Gaivinas-dos-paúis e Patos-coelho. Possui várias espécies de peixes como o Ruivaco e a Boga-portuguesa e acolhe ainda mais de uma vintena de espécies de anfíbios e répteis bem como pequenos mamíferos como a Lontra, o Toirão e o Rato-de-cabreira. A Quinta do Paul do Boquilobo, foi pertença das Ordens do Templo de Cristo, tendo sido doada pelo rei D. João I ao seu filho D. Henrique e posteriormente a D. Fernando de Castro, senhor do Paul do Boquilobo e respetiva descendência. ee Reserva Natural das Dunas de São Jacinto Fonte: www.gojiberries.blogs.sapo.pt ee Reserva Natural do Paul de Arzila Fonte: ICN ee Reserva Natural do Paul de Boquilobo Fonte: Paul do Boquilobo 940º39'44"N • 8º43'43"O 940º10'23"N • 8º33'30"O 939º23'23"N • 8º31'58"O 98 ee http://2.bp.blogspot.com/-fROLqOEfZaU/UPGc1_VxlmI/AAAAAAAAAGM/wKBfwzVHs1g/s1600/DUNAS+S+JACINTO2.JPG Reserva Natural das Dunas de São Jacinto 99 PATRIMÓNIO Monumentos Naturais 100 PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Monumento Natural das Pegadas dos Dinossauros da Serra de Aire Monumento Natural das Portas de Rodão Monumento Natural do Cabo Mondego O também conhecido como Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros de Ourém/Torres Novas na povoação de Bairro, no Parque Natural das serras de Aire e Candeeiros, contém um importante registo fóssil do período Jurássico, as pegadas de alguns dos maiores seres que alguma vez povoaram o planeta Terra, os dinossáurios saurópodes, que habitaram esta zona que seria no passado uma zona costeira inundada por lagunas marinhas de baixa profundidade. No local onde hoje se encontram as pegadas de dinossáurio funcionava uma pedreira, onde em 1994 descobriram as pegadas que viriam a transformar a mesma no monumento atual. O Monumento é aberto ao público em 1 de março de 1997 e no mesmo ano é aberto o primeiro circuito autónomo de visita e de interpretação da jazida. Em 2002 é criado o Jardim Jurássico e o parque possui ainda uma área de animação, um centro de animação ambiental, um parque de merendas, um grande painel ilustrativo da evolução da vida na Terra ao longo do tempo geológico e diversos painéis informativos ao longo dos cerca de 1.000 metros do seu percurso. Os 20 trilhos existentes são os maiores e os mais antigos trilhos de saurópodes de que há conhecimento (cerca de 175 milhões de anos) mas também, dos mais bem conservados, sendo compostos por mais de 1.000 pegadas. Os Saurópodes eram animais possantes, herbívoros, quadrúpedes, de cabeça pequena e cauda e pescoço compridos. As Portas de Ródão são uma formação geológica situada na passagem do rio Tejo por Vila Velha de Ródão, que resultam do entrecorte do duro relevo quartzítico da Serra das Talhadas com o caudal do rio Tejo. As Portas de Ródão assinalam um estreitamento do vale, com 45 metros de largura, que aqui corre entre duas paredes escarpadas e que atingem cerca de 170 metros de altura, apelando ao imaginário de duas "portas", uma a norte no distrito de Castelo Branco na Beira Baixa, e outra a sul no concelho de Nisa, distrito de Portalegre no Alto Alentejo. A sua albufeira e as grandes profundidades que se presenciam imediatamente a jusante das Portas testemunham a provável imponência de uma queda de água que aqui terá existido antes de se atingir a atual situação de equilíbrio. Esta Área Protegida, classificada em 2009, caracteriza-se pela existência de um importante património natural, onde se destacam os seus valores geológicos, biológicos e paisagísticos. Este geossítio evidencia particularidades geológicas, geomorfológicas e paleontológicas. A estas, associam-se as formações vegetais naturais, onde se destacam os Zimbrais, a avifauna rupícola e o património arqueológico, que testemunha uma presença humana desde o Paleolítico Inferior e a sua relação com o Tejo. Esta região apresenta-se como um local privilegiado para a observação da avifauna, onde podem ser observadas 116 espécies, sendo o habitat natural da maior colónia de grifos de Portugal, e sendo ainda um local de eleição para a observação de populações de Cegonha-preta e de Milhafres-reais. As Portas de Ródão, sendo um dos maiores ícones do rio Tejo, é um dos principais locais que sustentaram a candidatura aprovada pela UNESCO para a criação do Geoparque Naturtejo. O Monumento Natural do Cabo Mondego é uma área protegida localizada na Figueira da Foz criada a 3 de outubro de 2007. Os afloramentos jurássicos do Cabo Mondego constituem um conjunto de excecional importância, nacional e internacionalmente reconhecida. Para além do elevado valor nos domínios da paleontologia de amonites, da paleoecologia de ambientes de transição, da sedimentologia e da paleoicnologia dos dinossáurios, este conjunto sobressai, em particular, no domínio da estratigrafia. Nos seus conjuntos de estratos, datados do Jurássico Superior, existem pegadas de dinossauros que foram as primeiras a serem reconhecidas, descritas e publicadas do ponto de vista científico em Portugal, entre 1884 e 1915. A assinalável qualidade do registo geológico dos afloramentos emersos e submersos, expostos de forma contínua e correspondendo a um intervalo de 50 milhões de anos, conjugada com a situação geográfica estratégica, que proporciona excelentes condições de observação e estudo, conferem ao Cabo Mondego um valor científico, pedagógico e didático admirável, para além do seu grande interesse geomorfológico e notável qualidade paisagística. Atualmente, e apesar da ação destrutiva do homem e da ondulação costeira, ainda se observam algumas pegadas isoladas e em sequência, com marcas finas e longas de dedos. ee Monumento Natural das pegadas dos dinossauros da serra de Aire Fonte: Wikipédia ee Monumento Natural das Portas de Rodão Fonte: www.mapav.com ee Monumento Natural do Cabo Mondego Fonte: Fonte AD ELO 939º30'10"N • 8º48'53"O 939º38'34"N • 7º41'17"O 940º11'58"N • 8º53'53"O 101 PATRIMÓNIO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Parques Naturais Parque Natural da Serra da Estrela Paisagens Protegidas Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros Paisagem Protegida da Serra do Açor O Parque Natural da Serra da Estrela foi criado a 16 de julho de 1976 e localiza-se no interior centro de Portugal essencialmente no distrito da Guarda (85%) e no distrito de Castelo Branco (15%), constituindo uma das mais extensas áreas protegidas nacionais com 88.850 hectares. Marcado por maciços rochosos de granito, xisto e xistograuváquios e vestígios de antigos glaciares, a elevada altitude e localização do parque natural tornam-no num dos locais de Portugal continental com maior queda de chuva, neve, granizo e orvalho. Do imenso valor natural desta área resultou a aquisição do estatuto de Reserva Biogenética onde subsistem refúgios de vida selvagem e formações vegetais endémicas de importância nacional e internacional. No ano 2000 foi designada uma área de 88.295 hectares como sítio de interesse biológico e passou a integrar a Rede Natura 2000. A zona húmida de importância internacional, com que o parque é dotado, abrange uma área de 5.075 hectares do planalto superior da serra da Estrela e da cabeceira do rio Zêzere e inclui, a nível nacional, o mais importante conjunto de Turfeiras e lagoas de origem glaciária. Com valores naturais evidentes, povoam este parque algumas espécies de flora únicas no país, quanto à fauna destaca-se o Lobo, o Javali, a Ferreirinha, o Corvo, a Lontra, a Raposa, a Lagartixa-de-montanha, a Geneta, o coelho-bravo-europeu e uma raça de cães homónima. Os recursos hidrogeológicos atingem uma enorme relevância, quer sob a forma de águas termais para uso terapêutico, quer como águas de nascente. As suas nascentes (Mondego, Zêzere e Alva), rios, ribeiros e lagoas são apenas algumas das atrações turísticas para quem é amante da natureza e do desporto aventura. As serras de Aire e Candeeiros são o mais importante repositório de formações calcárias existente em Portugal. A morfologia cársica, a natureza do coberto vegetal, a rede de cursos de água subterrâneos, a sua fauna específica (nomeadamente a cavernícola), e a intensa atividade no domínio da extração da pedra, são os principais aspetos da sua classificação como parque natural a 4 de maio de 1979, tentando assim preservar e disciplinar os seus usos e ações. O coberto vegetal destaca-se pela predominância de determinados tipos de árvores tais como o Carvalho-cerquinho, o Carvalho-negral, Alecrim, Oliveiras, Azinheiras, Sobreiros, Ulmeiros e de Castanheiros. Destaca-se ainda que a presença de um grande número de habitats permite a existência de uma riqueza faunística que se divide entre aves, mamíferos (onde se incluem 10 espécies de morcegos), répteis e anfíbios. As aves constituem o grupo com maior número de representantes nesta área protegida, sendo conhecidas mais de cem espécies que aqui permanecem, tais como o Bufo-real ou a Gralha-de-bico-vermelho. Nesta área total de 38.900 hectares, ao longo do tempo e através de processos geomorfológicos, os elementos naturais foram modelando a rocha, sobretudo de origem calcária, dando origem a mais de 1.500 grutas, visitadas anualmente por milhares de pessoas. Apesar da ausência de cursos de água de superfície nesta região, eles existem em grande abundância no subsolo, constituindo um dos maiores e mais importantes reservatórios de água doce subterrânea de Portugal. ee Parque Natural da Serra da Estrela Fonte: Fonte AD ELO ee Parque Natural das serras de Aire e Candeeiros Fonte: AD ELO ee Paisagem Protegida da Serra do Açor Fonte: www.olhares.sapo.pt ee Sítio Classificado do Monte de São Bartolomeu Fonte www.trilhosdesbartolomeu.com 940º20'00"N • 7º38'00"O 939º30'10"N • 8º48'53"O 940º11'51"N • 7º47'58"O 939º35'36"N • 9º03'07"O 102 Situada no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, os 382 hectares que a constituem distribuem-se pelas freguesias de Benfeita e de Moura da Serra. Nesta área protegida encontram-se dois sítios de especial interesse, a mata da Margaraça, localizada próximo da povoação de Pardieiros e a Fraga da Pena que se localiza num pequeno desvio da estrada que liga Benfeita a Pardieiros. A mata da Margaraça apresenta uma amostra rara da vegetação natural das encostas xistosas do centro de Portugal, que se manteve praticamente inalterável durante séculos. Além da componente geológica, os diferentes habitats que possui permitem o crescimento de comunidades muito diversificadas como anfíbios, fungos e briófitos. A Fraga da Pena resulta de um acidente geológico que origina um conjunto de várias quedas de água ao longo de um curso de água permanente, tornando-se um local de grande importância paisagística e conservando ainda alguns exemplares antigos de Carvalho-alvarinho, Azereiro, Azevinho, Castanheiro e Aderno, entre outros. As águas que se despenham desta cascata correm por um vale bastante estreito na montanha, dando assim origem a uma micropaisagem, que surge de forma inesperada, dotada de vegetação abundante a cobrir o xisto. O desnível da cascata da Fraga da Pena chega aos 20 metros de altura criando assim um cenário aquático idílico, atraindo inúmeros e inúmeras amantes da natureza que se refrescam nas suas águas frescas e cristalinas nos dias de maior calor. Sítio Classificado do Monte de São Bartolomeu O Sítio Classificado do Monte de São Bartolomeu, no concelho e freguesia da Nazaré, recebeu a classificação em 1979, estando em curso a sua reclassificação como monumento natural de âmbito nacional. Esta formação magmática conhecida como monte de S. Brás ou S. Bartolomeu (anteriormente monte Seano) foi, e ainda é, local de peregrinação e de romaria das populações da região. É caracterizado pela sua flora endémica, tipicamente mediterrânica, com cerca de 150 espécies de plantas, onde se destacam o Carrasco, o Medronheiro e o Aderno, pela sua fauna onde predomina o Peneireiro, a Águia-de-asa-redonda e a Gineta, pela sua geologia de origem ígnea, e pelo seu inegável valor paisagístico. O Monte de S. Bartolomeu é hoje rodeado por areias dunares e pelo extenso pinhal de Leiria. O seu cume, a uma altura de 156 metros, é um marco para navegantes, que o avistam a mais de 35 quilómetros de distância, sendo acessível por um caminho a nascente, e, por uma escadaria moderna, a poente. Com uma vista privilegiada sobre o oceano Atlântico e sobre as magníficas praias da Nazaré, este sítio classificado assume-se como um ponto de visita obrigatória para de turistas estivais que visitam a região todos os anos e por altura das suas Romarias, a 3 de fevereiro. 103 PATRIMÓNIO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Sítio de Interesse Biológico dos Montes de Santa Olaia e Ferrestelo Rede Natura 2000 Entre a Figueira da Foz e Coimbra situam-se o Outeiro de Santa Olaia e o Monte de Ferrestelo, duas elevações calcárias contíguas, com vegetação de características predominantemente mediterrânicas, estando inseridas numa região onde ainda se verificam influências atlânticas. O Sítio classificado dos Montes de Santa Olaia e Ferrestelo foi criado a 10 de outubro de 1991, com o intuito de proteger e conservar os valores naturais, científicos e culturais nele contidos, um uso sustentado do território e a promoção e disseminação da educação ambiental, estando neste momento em progresso o processo de reclassificação para monumento natural. O monte de Ferrestelo, onde se encontra o castro de Santa Eulália ou Olaia, é sítio classificado de interesse público desde 1954. No local protegido resta ainda uma pequena capela, que se estima ter sido edificada no século XII, que se encontra encerrada exceto na romaria de 24 de julho em honra de Santa Eulália. Situada no monte, a sua vista sobre os arrozais do Mondego é deslumbrante. A paisagem é dominada por campos cultivados e pastos em todo o vale inferior do Mondego. O Monte de Santa Olaia tem vestígios arqueológicos desde o período Neolítico, com outros vestígios da Idade do Ferro, fenícios, romanos e medievais. Os objetos que provam o povoamento do sítio desde a Idade do Ferro, encontrados no final do século XIX, estão expostos no Museu Municipal Santos Rocha, na Figueira da Foz. Foi ainda instalada recentemente nesta área protegida uma estação de anilhagem de aves para a monitorização de aves invernantes. A Rede Natura 2000 é outro instrumento de relevo para a conservação da natureza e consiste num conjunto de áreas criadas por imposição comunitária, surgidas a partir do contributo individual e obrigatório de todos os países membros da União Europeia para uma listagem de áreas que contribuíssem para a preservação de habitats naturais, da fauna e flora, tendo em consideração as exigências económicas, sociais e culturais. Foi assim criada a nível europeu uma rede ecológica denominada Natura 2000, constituída por Zonas Especiais de Proteção (ZPE) e que pretende a conservação de locais de grande valor ecológico, bem como a determinação de Sítios Especiais de Conservação (SIC) relativas à conservação de aves selvagens e seus habitats. No caso português, a Rede Natura 2000 ocupa cerca de 20% do território continental, valor que é bastante superior ao da Rede Nacional de Áreas Protegidas (8%), mas que ainda pode ser considerado insuficiente para a correta manutenção da biodiversidade e conservação de habitats. Na região Centro, objeto do presente estudo, estão classificadas algumas áreas pertencentes a esta rede ecológica, entre as quais: RIO PAIVA SERRAS DE FREITA E ARADA RIA DE AVEIRO RIO VOUGA CAMBARINHO CARREGAL DO SALSERRA DA ESTRELA DUNAS DE MIRA, GÂNDARA E GAFANHAS PAUL DO TAIPAL PAUL DE ARZILA PAUL DA MADRIZ SERRA DA LOUSà AZABUXO / LEIRIA SICÓ / ALVARIAZERE kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk kk Ria de Aveiro Serra da Malcata Paul de Arzila Arquipélago das Berlengas Serra da Estrela Serras de Aire e Candeeiros Cambarinho Rio Vouga Carregal do Sal Tejo Internacional, Erges e Pônsul Serra da Gardunha Paul do Taipal Paul da Madriz Sicó/Alvaiázere Azabuxo/Leiria Serras da Freita e Arada Complexo do Açor Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas Peniche/Santa Cruz Rio Paiva Serra da Lousã MALCATA COMPLEXO DO AÇOR SERRA DA MALCATA GARDUNHA TEJO INTERNACIONAL, ERGES E PÔNSUL SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS ARQUIPÉLAGO DAS BERLENGAS PENICHE / SANTA CRUZ LEGENDA: Rede Natura NUT II - Centro Figura 11 ‣ Áreas ecológicas da região Centro integradas na Rede Natura 2000 Fonte: Elaboração AD ELO ee Sítio de Interesse Biológico dos Montes de Santa Olaia e Ferrestelo Fonte: I.C.N. 940º10'13"N • 8º42'58"O 104 ee Fonte: www.pixabay.com 105 PATRIMÓNIO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 1 .7 .3. Outros Atr ati vos N aturai s Figura 12 ‣ Outros atrativos naturais da região Centro Fonte: AD ELO 1 Lagoa da Barrinha de Mira 2 Lagoas de Quiaios 3 Observação de Flamingos no Estuário do Mondego 5 Parque Natureza do Agroal 4 Parque Ambiental de Santa Margarida 6 Rota dos Dinossauros na Lourinhã ee Fonte: AD ELO ee Fonte: www.jf-quiaios.pt/eventos_fotos/13/7_229078832hhfg.jpg 1 Lagoa da Barrinha de Mira 2 Lagoas de Quiaios A Lagoa da Barrinha de Mira é uma lagoa costeira localizada na praia de Mira, que fica a cerca de 250 metros do oceano Atlântico. Apesar da proximidade ao mar, a lagoa da barrinha de Mira contém água doce, continuamente alimentada por uma pequena ribeira. Possui uma área aproximada de 45 hectares e integra o Sítio Classificado “Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas”. A Lagoa tem uma configuração arredondada e é rodeada por arvoredo e dunas. A norte é delimitada pelo núcleo urbano da praia de Mira, sendo envolta na sua restante configuração por terrenos agrícolas e florestais. As suas águas são maioritariamente povoadas por populações de Taínhas e Carpas. Esta lagoa costeira é o resultado de um lento processo natural milenar de acumulação e formação de bancos de areia, que levou à sua separação do mar, seguido de um outro processo natural de contínuo e lento assoreamento. Nos últimos 200 anos, verificou-se um intenso processo contínuo de aterro e recuperação de terras pelo homem, para obter terrenos para habitação e agricultura, que só terá parado recentemente e que diminuiu de forma considerável a área ocupada pela Barrinha de Mira. A degradação da qualidade da água, o assoreamento e a invasão pelo Jacinto-de-água, considerada a maior espécie invasora aquática do planeta, são também alguns dos graves problemas ambientais que esta área protegida enfrenta. A pesca desportiva, as atividades náuticas não motorizadas e o uso balnear são as atividades com maior expressão nesta área natural. Situadas a norte da Figueira da Foz, as lagoas de Quiaios são três lagoas facilmente acessíveis. Rodeadas por abundante vegetação, albergam um grande número de aves aquáticas, que se deixam observar relativamente bem e em todas as lagoas existe uma forte presença de Carpas e outros peixes de água doce. A Lagoa das Braças é a que se situa mais a sul, encontrando-se envolvida por vegetação densa. O nível de água na lagoa é muito variável, podendo chegar a secar completamente quando a precipitação escasseia. Havendo água, observam-se Maçaricos-bique-bique. Durante o inverno, este é um local de ocorrência regular da Garça-branca-grande. A vegetação que envolve a lagoa é geralmente frequentada por Toutinegras-de-barrete-preto e pequenos bandos de Chapins-rabilongos. Nos pinhais circundantes observa-se o Pica-pau-malhado-grande, o Chapim-azul e o Chapim-real. A Lagoa da Vela é a maior e a mais interessante das três lagoas com uma área aproximada de 67 hectares. No local ocorrem geralmente algumas dezenas de Galeirões-comuns. No inverno é possível observar diversas espécies de patos, nomeadamente Patos-reais, Marrequinhas e Patos-trombeteiros. No lado oriental da lagoa existem alguns terrenos agrícolas, habitualmente frequentados pela Pega-rabuda, pela Petinha-dos-prados e por pequenos bandos de Fringilídeos. A Lagoa da Salgueira reparte-se por dois municípios, concelho de Cantanhede (Tocha) e Figueira da Foz (Bom Sucesso), com uma área de cerca de cinco hectares, integrando o sítio "Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas" da Rede Natura 2000. Esta lagoa possui um rico património natural, florístico e faunístico, destacando-se algumas espécies como o Mergulhão-pequeno, a Marrequinha e a Galinha-d´água. 940º27'01"N • 8º47'46"O 940º14'33"N • 8º48'17"O 106 107 PATRIMÓNIO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO ee Fonte: http://www.pixabay.com ee Fonte: http://www.cm-constancia.pt ee Fonte: http://1.bp.blogspot.com ee Fonte: http://1.bp.blogspot.com 3 4 Parque Ambiental de Santa Margarida 5 Parque Natureza do Agroal 6 Rota dos Dinossauros na Lourinhã Os Flamingos, aves pernaltas de bico encurvado que medem entre 90 e 150 centímetros de altura, fizeram a sua primeira aparição registada no estuário do Mondego em setembro de 1997. Contudo, só a partir de 2002 é que a sua presença neste local se tornou regular, sobretudo nos canais da Ilha da Murraceira. Estas aves frequentam o estuário durante a maré baixa e refugiam-se nas salinas quando a maré sobe. Atualmente são observáveis todos os anos algumas dezenas de exemplares, que já atraem centenas de turistas entusiastas da ornitologia. Os passeios no Batel do Sal no estuário do Mondego são uma excelente proposta para a observação desta espécie. O Parque Ambiental de Santa Margarida, em Constância, é um espaço lúdico e pedagógico com cerca de seis hectares onde, para além do lazer, quem o visita encontra também informação e formação ambiental. O parque oferece aulas e workshops que promovem a descoberta e sensibilização ambiental, tendo por base os seres vivos e os fenómenos naturais. É dotado de um laboratório e vários percursos de observação e interpretação, um para crianças e outros cinco para adultos/as. Oferece equipamentos didáticos nas áreas das ciências naturais e ambiente, um espaço de lazer com parque de merendas, campo de jogos, parque infantil e anfiteatro ao ar livre; um espaço didático com torre de observação, jardim de plantas aromáticas e medicinais e diversas atividades organizadas. O Parque Natureza do Agroal, em Ourém, é destinado à cultura, ao lazer e à prática de desportos de aventura em comunhão com a natureza, com uma envolvente ecológica e paisagística privilegiada, desenvolve-se em área vedada e integra um conjunto de infraestruturas que permitem cobrir um diversificado leque de atividades nomeadamente, lazer, turismo ambiental, workshops de formação, eventos socioculturais e projetos educativos de sensibilização ambiental. Os amantes e as amantes da natureza podem usufruir de um original percurso pedestre na Lourinhã que se intitula de Rota dos Dinossauros, um trajeto de dez quilómetros que se percorre em três horas. O percurso tem início no Museu da Lourinhã, onde está exposta a maior coleção ibérica de fósseis de dinossauros do Jurássico e termina no Forte de Paimogo, a norte da praia da Areia Branca, local onde foram encontrados os famosos ovos de dinossauro. O percurso, que pretende promover a atividade física e desportiva, assinala diversos pontos de interesse histórico e cultural como o Convento de Santo António e a Santa Casa da Misericórdia, obras do século XVI e a igreja de Santa Maria do Castelo, do século XIV. É ainda possível observar, atravessando os caminhos rurais, as diversas fases da evolução dos produtos hortícolas dos campos envolventes. A rota é classificada como um percurso dinâmico e panorâmico, de fácil execução, com desníveis pouco acentuados e aconselhado para qualquer época. Dirigindo-se para norte, o percurso atravessa o rio Grande chegando à Praia da Areia Branca, seguindo depois para o Forte da Paimogo. Observação de Flamingos no Estuário do Mondego 940º08'38"N • 8º49'55"O 939º26'46"N • 8º19'05"O 939º40'44"N • 8º26'11"O 939º15'42"N • 9º10'32"O 108 109 PATRIMÓNIO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Como se depreende pela imagem abaixo representada (figura 13), a região Centro de Portugal é rica em águas termais, essencilamente sulfúreas, o que evidencia o seu potencial no setor do turismo de saúde bem estar. Em 2012 o turismo termal representou para a região um proveito estimado de 9 milhões de euros, registando 31.600 utentes, mais de metade do total nacional. } } } } VIANA DO CASTELO ] }] ] } } } }} } } } } PORTO } } } } } } } VISEU VILA REAL } Portugal, desde sempre conhecido pela produção de sal, exibe ao longo do litoral zonas de excelência para extração e produção de sal, e entre estas na região Centro destacam-se as salinas dos distritos de Aveiro e de Coimbra (Figueira da Foz). A salina, área onde se extrai e produz sal através da evaporação da água do mar, ou de lagos de água salgada, representa ainda hoje, para parte da população, uma atividade económica importante. Contudo, inseparável destes admiráveis marcos de tradição e qualidade produtiva nacional é o seu papel importante na preservação da fauna e flora. Com o passar dos séculos, o nosso litoral foi sofrendo alterações naturais, daí resultando o desaparecimento de numerosos centros de produção salina, ao que foi acrescendo uma forte diminuição da competitividade das tradicionais salinas, ao longo das décadas, face aos processos industriais. Ainda assim, algumas zonas permaneceram centros de produção de sal até aos dias de hoje. } } } } } } } } } } } } } }] } } COIMBRA } LEIRIA } SANTARÉM GUARDA } ] } } }] } } CASTELO BRANCO PORTALEGRE Amor com Sal Q.B. Ilha da Morraceira 3090-081 Figueira da Foz 8 960 244 711 @ [email protected] Associação de Produtores de Sal e Peixe do Salgado da Figueira da Foz Salina Municipal Corredor da Cobra Armazéns de Lavos, Lavos 3080-000 Figueira da Foz 8 233 402 840 @ [email protected] ÉVORA } SETÚBAL Rua João Mendonça, nº 20 3800-320 Aveiro 8 234 481 001 / 917 828 430 @ [email protected] Salinas Eiras Largas 3090-451 Figueira da Foz 8 929 060 517 @ [email protected] } LISBOA Canal do Peixe, Lda. Casa do Sal } } } Salineira Aveirense - Ricardo Neves & Filho, Lda. Rua Canal São Roque 3800-257 Aveiro 8 234 423 739 Rua Major Humberto Cruz, nº1 - Morraceira 3090-707 Figueira da Foz 8 233 900 900 @ [email protected] } AVEIRO Salinas Corredor do Sol } } Rua do Eucalipto, nº 49, Castanheiro 3080-753 Figueira da Foz 8 960 383 353 @ [email protected] / [email protected] BEJA Exibebússola, Lda. Urbanização Casal Galego, Lote 224 3100-522 Pombal } Figura 13 ‣ Localização e identificação das características químicas das águas mineras / termais em Portugal continental Fonte: LNEG – Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia 110 BRAGANÇA } } BRAGA QUIMISMO: } SULFÚREAS } SULFATADAS } GASOCARBÓNICAS } BICARBONATADAS } HIPOSSALINAS } CLORETADAS Salinas ee Fonte: www.pixabay.com Águas Minerais / Termalismo FARO EMPSA - Empresa Produtora de Sal, Lda. Várzea da Rainha, Santa Maria, Óbidos 2510-000 Leiria ee Fonte: Inês Saraiva from Belgium / Portugal (Cycle Tour in Aveiro: salinas) [CC-BY-2.0 (http://creativecommons.org/licenses/by/2.0)], via Wikimedia Commons. 111 2. ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA E LINHAS DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 2 ESTRATÉGIA E OBJETIVOS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 2 . 1. Estraté g i a e ob j e ti v os Apresentado o diagnóstico, importa realizar o trabalho de reflexão estratégica sobre as perspetivas de desenvolvimento da náutica na região Centro de Portugal, considerando a componente estratégica da sua identidade e dos recursos que apresenta. A análise dos documentos enquadradores é, então, um primeiro passo, no sentido de apoiar a definição de estratégias, ponto de partida para a estabelecer eixos de desenvolvimento e linhas de ação, enquanto um conjunto de propostas e recomendações. O setor náutico tem vindo a assumir recentemente uma posição de destaque nas politicas nacionais e europeias, sendo reconhecida a sua importância estratégica nos domínios do turismo, do lazer, da economia, do ambiente, do desporto, da cultura e da segurança. A União Europeia, reconhecendo o inegável valor da economia náutica, ou “Economia Azul”, aponta que em 2020 este setor poderá aprovisionar 7 milhões de postos de trabalho. Em junho de 2006 a Comissão Europeia publicou um Livro Verde para uma Futura Política Marítima Comunitária, que se arrola num dos contextos mais relevantes da Estratégia de Lisboa. Esta publicação procurou criar as primeiras bases para uma política marítima abrangente orientada para o desenvolvimento sustentável, criando uma economia marítima forte e competitiva mas preservando os recursos naturais marinhos. O documento reconhece o valor do oceano nas vertentes económica, social, ambiental, lúdica e de investigação. Portugal adotou uma posição de relevo nesta estratégia, criando a Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar e o Fórum Permanente para os Assuntos do Mar a ela associado, reconhecendo a necessidade de uma abordagem integrada para os assuntos marítimos. Em maio de 2013, seguindo as bases ideológicas do Livro Verde, foi aprovado o Plano de Ação para a Estratégia Marítima no Espaço Atlântico que envolve cinco países membros costeiros: Espanha, França, Irlanda, Portugal e Reino Unido, sendo que Portugal é líder na implementação do seu Plano de ação entre 2014 e 2015, um reconhecimento da capacidade organizativa nacional demonstrada na “Lisbon Atlantic Conference 2013” em que se afirmou como uma Capital Europeia do Atlântico. No âmbito da estratégia a adotar, a Comissão Europeia apresentou a criação de um “Fórum Atlântico” com o objetivo de identificar as ações com caráter prioritário e os projetos primordiais, com viabilidade para serem propostos 114 ee Promoção da náutica na região Centro na BTL - Lisboa Fonte: AD ELO para financiamento, que contribuam para os pressupostos basilares desta estratégia comunitária. As diretrizes europeias definem as prioridades relativamente à investigação e ao investimento para uma con tribuição positiva no crescimento sustentável e socialmente inclusivo das regiões costeiras, impulsionado pela Economia Azul e atingindo o perfeito equilíbrio ambiental e ecológico dos recursos endógenos. No âmbito da estratégia europeia comum, foram assim definidas quatro (4) prioridades de ação a ser aplicadas até 2020: 1 Promover o empreendorismo e a inovação; 2 Proteger, assegurar e desenvolver o potencial do meio ambiente marinho e costeiro do Atlântico; 3 Melhorar as acessibilidades e a conectividade; 4 Criação de um modelo de desenvolvimento regional sustentável e socialmente inclusivo. Existem ainda diversas diretrizes de âmbito comunitário, que direta ou indiretamente influenciam e parametrizam o setor náutico, como são exemplos a Estratégia Europeia de Desenvolvimento Sustentável, a Política Portuária Europeia, a Diretiva da Água, a Política Comum das Pescas, a Política Europeia de Transportes, a Estratégia Europeia para Gestão Integrada das Zonas Costeiras e a Estratégia de Gestão do Meio Marinho, entre outras. ee Intercâmbio náutico em Coimbra Fonte: AD ELO ee Sensibilização para a náutica em Penacova Fonte: AD ELO Em Portugal, dada a sua inegável ligação histórica ao mar e as condições de excelência para o desenvolvimento da náutica, têm vindo a ser gradualmente adotadas políticas que visam dinamizar o setor náutico e valorizar o cluster da economia do mar. Como referido, Portugal é um dos líderes na adoção das diretrizes comunitárias do novo Plano de Ação para a Estratégia Marítima no Espaço Atlântico, beneficiando assim de um conjunto de incentivos e de obrigações, que permitirão auxiliar o desenvolvimento sustentável e socialmente inclusivo deste auspicioso setor e renovar a sua identidade como país marítimo por excelência. Foi neste âmbito que Portugal adotou e estruturou a sua Estratégia Nacional para o Mar, lançada em 2006 e revista em 2013 (ENM 2013-2020), onde manifesta como principais objetivos a sensibilização e mobilização da sociedade para a importância dos recursos aquáticos, a educação para os assuntos do mar, a promoção da investigação, o planeamento e ordenamento das atividades, a conservação e recuperação dos ecossistemas, o desenvolvimento da economia do mar, a aposta em tecnologia e inovação e a defesa da soberania e segurança nacional. Tornando-se também essencial disseminar a afirmação da náutica como setor de primazia de crescimento para o turismo, para a economia, para o desporto, para o lazer e para a preservação dos recursos naturais. Nunca esquecendo o importantíssimo legado histórico da relação dos portugueses com o mar, com os recursos aquáticos e a sua identidade marítima, deve-se realçar a posição estratégica que Portugal ocupa como uma das principais “portas” da Europa, a extensa linha de costa, as águas interiores com características únicas e o clima agradável e ameno durante praticamente todo o ano. 115 ESTRATÉGIA E OBJETIVOS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 2 .2 . Análise SW OT Estando o desenvolvimento do setor condicionado por um conjunto de fatores internos e externos, foi elaborada uma matriz SWOT, conjugando as potencialidades e oportunidades, fraquezas e ameaças, que sintetizam a realidade do panorama náutico na região. Na região Centro, à semelhança da generalidade do país, são referenciadas algumas necessidades e carências que dificultam o progresso e desenvolvimento da atividade náutica, e que se acentuam em relação ao resto do território nacional uma vez que a região se encontra na terceira e última linha de prioridade de apoio ao desenvolvimento, segundo o Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT). Por outro lado, regista-se um conjunto de potencialidades e de excelentes fatores endógenos que representam uma clara oportunidade para um crescimento positivo deste multifacetado setor na região, como descrito no capítulo anterior do presente estudo e sintetizado na análise SWOT apresentada na figura 52. Estando o Setor Náutico, representado nas vertentes de Turismo Náutico, de Sol e Mar e de Saúde e Bem Estar, como um produto estratégico referenciado no PENT e sendo cada vez mais encarado como uma prioridade nas agendas políticas nacionais, indissociáveis das politicas comunitárias, onde se adotam as diretrizes supra identificadas seguindo uma Estratégia Nacional delineada em harmonia com os diferentes Planos Setoriais, considera-se que após um levantamento da oferta, das necessidades e da realidade territorial, devem ser seguidos alguns eixos de desenvolvimento gerais que alavanquem positivamente o desenvolvimento da náutica na região Centro de Portugal, através da qualificação, do alargamento da oferta e da promoção da procura. ee Barca Serrana do Mondego / Penacova Fonte: AD ELO FR AQUEZ AS Infraestruturas insuficientes e de capacidade de crescimento limitada; Distribuição geográfica deficitária Fatores Internos Fatores Negativos de promotores e infraestruturas; Finanças dos clubes bastante frágeis; Material náutico insuficiente e deteriorado; Desaparecimento e/ou deterioração de algumas infraestuturas de apoio às atividadades na sequência do avanço do mar /erosão costeira; Ausência de estratégias conjuntas e unificadoras, que atraiam For ças Ameaças públicos especiais. Infraestrutras de razoável qualidade; Envolvência pouco atrativa de alguns locais Técnicos/as habilitados/as; Know-How: vasta experiência náutica nacional e internacional; Clima propício ao desenvolvimento da atividade náutica todo o ano; Geografia: extensa linha costeira, numerosos cursos de água com características diferenciadas e excelentes condições naturais; Potencial económico nas regiões. Fatores Positivos W S T O propicios à náutica ao nível da limpeza, ordenamento e acessibilidades; Carências ao nível do associativismo e da união entre agentes; Conjuntura económica bastante desfavorável ao desenvolvimento de atividades de lazer náutico; Dificuldades de financiamento dos agentes promotores (subsidios, patrocínios e quotas). Oportunidades Mediatismo e exposição internacional; História de Portugal associada à tradição marítima e aos descobrimentos; Integração dos clubes e associações na gestão dos "centros" náuticos; Sistema de incentivos e financiamento (próximo quadro comunitário) de apoio a novas iniciativas e reestruturação das existentes; Forte apelo institucional ao desenvolvimento da economia do mar e atividades associadas; Aproveitamento dos expressivos fluxos turísticos. Fatores Externos Figura 14 ‣ Análise SWOT do setor náutico na região Centro 116 117 EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 2 . 3. Ei xos d e d e se nv olv i m e n t o e l i n h a s d e a ç ã o Tendo em conta todas as premissas até este ponto expostas e evidenciadas, após uma análise do panorama náutico europeu e nacional e de um exaustivo levantamento e contacto com a realidade regional, consideram-se quatro (4) eixos gerais de desenvolvimento para o setor náutico: Inseridas nos diferentes vetores do desenvolvimento apresentados, expõem-se neste âmbito um conjunto de linhas de ação que podem ser transversais aos vários eixos, adaptadas à realidade regional e que devem ser consideradas como fios-condutores técnicos, que possibilitem um suprimento das carências existentes assinaladas e que auxiliem um eficaz enraizamento e desenvolvimento sustentável do setor náutico na região Centro. 2. 3. 1. Pr omoç ão da inv e stig aç ão e da for maç ão 1 Eixo 1 Promoção da investigação e da formação A sociedade do conhecimento determina que a informação, a formação, a investigação e o desenvolvimento ocupem um lugar de crescente relevo em todos os quadrantes, considerando-se que na náutica deverá igualmente ser dada primazia à aposta neste eixo, absolutamente importante na estruturação de respostas e iniciativas. 2 Eixo 2 Criação de infraestruturas náuticas, requalificação das existentes e apetrechamento dos agentes promotores Qualquer atividade turística, económica, desportiva ou de lazer necessita de um adequado suporte físico para o seu desenvolvimento sustentável. O investimento em infraestruturas e equipamentos torna-se assim essencial para o progresso da náutica. 118 3 Eixo 3 Preservação e valorização do património natural, histórico e cultural A salvaguarda das identidades históricas, territoriais e culturais, assim como a preservação do ambiente e dos ecossistemas, assegurando o livre usufruto por parte das gerações atuais e futuras, deverá ser uma das principais bandeiras a ter em conta em qualquer estratégia náutica. 4 Eixo 4 Promoção e dinamização da Náutica Indissociável dos eixos anteriores, uma eficaz e inclusiva promoção e dinamização humana e territorial da náutica assume contornos de considerável relevo numa sociedade cada vez mais aberta e globalizada, onde as distâncias se encurtam, as novas experiências são valorizadas e a integração com outras dinâmicas colhe benefícios. 1 Numa região comprovadamente reconhecida por pres- 2 Apostar na formação técnico profissional vocacionada tigiadas instituições de ensino superior e que atesta níveis de qualidade de ensino semelhantes às maiores referências mundiais, e tendo inclusivamente diversos cursos e unidades curriculares direta ou indiretamente ligados à ciência marítima e aquática e à investigação, à luz do exposto no capítulo de diagnóstico e seguindo as orientações da Estratégia Nacional para o Mar, considera-se que deverá ser promovido um estreitamento dos laços entre o setor náutico, as empresas a operar no ramo e as instituições de investigação e ensino, incentivando a complementaridade, a inovação, o intercâmbio, a troca de saberes e o desenvolvimento de projetos de investigação. O setor poderá beneficiar em várias vertentes, usufruindo de mão de obra altamente qualificada e de avanços técnicos e científicos, importantes fatores de desenvolvimento da Economia do Mar, como a construção naval, as novas técnicas de produção em aquicultura e poderá ainda beneficiar de progressos alcançados na monitorização e na preservação dos imprescindíveis ecossistemas naturais aquáticos. para o mercado de trabalho, incentivando o empreendedorismo e elucidando as gerações mais jovens da oportunidade de conquistarem uma carreira profissional de sucesso no ramo da náutica. Num setor cada vez mais competitivo, onde os paradigmas da competência assumem contornos mais técnicos e que exigem forte capacidade de adaptabilidade a novas realidades, é considerada a crescente importância que uma sólida formação de base tem na competitividade do setor e a elasticidade operacional dos recursos humanos. A formação técnica e profissional, para além de conferir valiosas competências funcionais e de suprir necessidades não satisfeitas no mercado de trabalho, confere igualmente importantes qualificações para a mão de obra do setor. 3 Promover a constante formação, a certificação, a profis- 4 Impulsionar a inclusão dos desportos náuticos no desporsionalização e o empreendedorismo dos vários agentes e promotores náuticos, como entidades empregadoras, monitores/as, técnicos/as, dirigentes, árbitros/as, navegadores/ as, reparadores e construtores de embarcações, entre outros, são diretrizes europeias que devem ser aplicadas na região. Esta valorização do capital humano do setor náutico permitirá aumentar a sua competitividade em todas as vertentes, alavancando-o para novos patamares de excelência. to escolar sobretudo em localidades com facilidades no acesso aos recursos aquáticos pela sua proximidade. A inserção dos desportos náuticos nas agendas escolares, nos próprios programas ou de modo extracurricular, será uma excelente alavanca para o desenvolvimento e difusão das diferentes modalidades náuticas junto das novas gerações e despertando assim o interesse de novos/as praticantes que até então se encontram limitados às tradicionais disciplinas desportivas. 119 EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 2 .3 .2. Criação d e i nf r ae s trutura s n á u t ic a s , r eq u a l if ic a ç ã o da s e xi stentes e ap e tre ch am e nto d o s a g en t es p r o m o t o r es 1 Apoiar a criação de pequenas infraestruturas de apoio 2 Responder às evidentes mudanças relativamente às noà náutica de lazer, desportiva e de recreio, explorando as excelentes condições que apresentam os planos de águas interiores navegáveis ou flutuáveis da região, dotando assim os clubes, associações e promotores náuticos de instalações e acessibilidades que auxiliem o desenvolvimento das suas atividades que importam valor acrescentado e dinamismo para locais mais afastados do mar. Tendo em consideração a Estratégia Nacional para o Mar, deve igualmente ser promovido o eficaz planeamento e o ordenamento das atividades no território, das margens e dos espaços envolventes, não comprometendo o acesso a estes recantos naturais por parte das gerações futuras. vas tendências na procura e à emergência de novos desportos de mar, assim como a continuidade do expressivo setor do turismo de sol e mar. Considera-se ser vital o alargamento da rede de apoios de praia previstos nos Planos de Ordenamento da Orla Costeira, compatibilizando os usos balneares com os usos náuticos, assim como o incentivo à criação de novos Centros de Alto Rendimento para estes desportos emergentes. 3 Fomentar a criação de pequenas marinas e ancoradou- 4 Promover o setor náutico junto das populações com limiros fluviais, impulsionando a náutica de recreio, assim como promover a adaptabilidade, a melhoria das acessibilidades e o aumento da capacidade das existentes no litoral de modo a que permitam a atracagem de mais embarcações e de maiores dimensões, com o principal objetivo de colocar a região no mapa dos percursos dos grandes cruzeiros turísticos, o que, dadas as características deste tipo de turismo, alavancará outros setores económicos (como a hotelaria e a restauração, por exemplo) complementares e auxiliará a requalificação das zonas costeiras. O aumento da capacidade e a melhoria das condições estruturais dos portos e marinas, para além de dar a necessária resposta ao número de embarcações registadas na região, em número superior aos postos de amarração existentes, favorecerá igualmente a intermodalidade das regiões costeiras, seguindo a diretriz europeia que preconiza a melhoria nas acessibilidades e da conectividade, encurtando distâncias para os agentes económicos e contribuindo de sobremaneira para o desenvolvimento económico regional. 120 tações físicas, dotando as instalações de apoio à náutica de facilidades de acesso, como rampas para cadeiras de rodas, interiores adaptados e mecanismos de auxílio de entrada na água, fomentando assim a inclusão social de todos os públicos, como sugerem as estratégias nacionais e comunitárias. 5 Colaborar no apetrechamento dos agentes promotores náuticos. Sendo um setor que acarreta custos elevados no que respeita a material e equipamentos essenciais às suas atividades básicas, deverá ser fomentada a colaboração no apetrechamento pontual dos promotores náuticos, assim como no apoio ao financiamento destes agentes, pois, como ficou patente no diagnóstico realizado, a grande maioria são associações, clubes e pequenas entidades, que apresentam dificuldades no acesso a apoios, créditos e verbas que possibilitem o desenvolvimento normal e sustentável das suas atividades. 2.3.3. Preservação e valorização do património natural, histórico e cultural 1 Recuperar as paisagens naturais degradadas. Sendo a 3 Difundir as boas práticas ambientais entre a população, natureza o pano de fundo de toda a atividade náutica praticada ao ar livre, torna-se vital a preservação dos ecossistemas marinhos e fluviais. As praias e frentes ribeirinhas poluídas, as margens negligenciadas, os fundos marinhos contaminados, a destruição dos habitats naturais e toda uma envolvência descuidada são um fator repulsivo para o desenvolvimento de atividades náuticas nesses locais, sendo assim imperativa a preservação e manutenção destes recursos únicos e esgotáveis, assim como um controlo mais rigoroso das atividades de pesca e caça nestes ambientes. Devem ainda ser conjuntamente tomadas medidas de controlo e combate ao assoreamento dos cursos de águas interiores e das barras marítimas, garantindo a sua navegabilidade e prevenindo as inundações dos seus leitos de cheia. seguindo o preconizado no Livro Verde para a política marítima comunitária e da Estratégia Nacional para o Mar. Numa sociedade do conhecimento, onde se registam contínuos avanços nos estudos ambientais e nas mais diversas áreas, entende-se como fulcral informar e educar a população para as melhores práticas a adotar na preservação dos ambientes aquáticos, da biodiversidade e dos seus recursos naturais assim como o estreitamento das ligações com os centros científicos que poderão auxiliar na adoção de medidas de monitorização e de preservação mais eficazes. 2 Incentivar a aplicação de sistemas sustentáveis nos cen- 4 Valorizar os patrimónios históricos e culturais com ligatros náuticos. Fazendo valer o caráter de ligação privilegiada à natureza que o setor náutico apresenta, considera-se ser de imenso valor a redução da pegada ecológica destas entidades, criando no setor um modelo regional de desenvolvimento sustentável, como sugerem as orientações estratégicas europeias. Mais uma vez, os benefícios são medidos em várias escalas, pois enquanto se adotam comportamentos mais ecológicos, favorecendo o desenvolvimento sustentável sem comprometer as gerações futuras, será ainda possível reduzir a fatura energética destes agentes. A visão de futuro e de potencial crescimento deverá ser tida em conta na edificação e gestão destas estruturas, promovendo o eficaz ordenamento do espaço e o equilíbrio ambiental. A qualidade destas instalações, que têm na sua maioria gestão privada ou associativa, deve ser alvo de uma maior atenção pública visando o alcance dos patamares de excelência na prestação de serviços, correspondendo aos requisitos de um público cada vez mais exigente. ção à náutica e criação de redes turísticas temáticas e novos espaços museológicos. Promover e recuperar as embarcações regionais históricas e tradicionais, como os Barcos Moliceiros e a Barca Serrana do Mondego assim como as atividades náuticas e piscatórias com impacto económico, cultural e turístico como é o exemplo da Arte Xávega, das Procissões de Mar e suas respetivas embarcações e da gastronomia regional, auxiliará a valorização das comunidades e dos seus costumes, podendo ser um favorável impulsionador do turismo local. A gastronomia regional, com forte ligação ao mar e ao rio, assume também aqui um importante papel no dinamismo da região, como o provam os variados festivais gastronómicos que se realizam um pouco por todo o território. Num país com uma histórica e inegável tradição marítima e numa região com expressivas comunidades piscatórias, preservar e potenciar esta herança cultural abonará o setor náutico ao atrair novos públicos alvo, entusiastas do turismo histórico e cultural, o que por sua vez contribuirá para a melhoria da qualidade de vida destas zonas. 121 EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 2 .3 .4. Promoç ão e D i nam i z ação d a N á u t ic a 1 Promover a náutica e o turismo náutico nacional e inter- 3 Incitar a apresentação de candidaturas à realização e aconacionalmente, evidenciando a singularidade e as condições de excelência que a região centro apresenta. A divulgação das várias disciplinas do setor poderá ser realizada das mais diferentes maneiras, evidenciando-se a participação em feiras náuticas e feiras de turismo, a colaboração com as entidades reguladoras e promotoras do turismo e agências de viagens, a publicação e edição de material temático elucidativo da oferta na região em cada subsetor e a promoção nos diferentes meios de comunicação, apostando nos novos veículos de transmissão de informação e na exposição mediática internacional, privilegiando os potenciais mercados emissores de turistas. A criação e difusão de pacotes náuticos regionais temáticos e a promoção de produtos turísticos ligados à náutica, assim como o incentivo à realização de estágios de alta competição nos vários locais referenciados que apresentam condições bastante favoráveis, poderão ter um papel importante na dinamização do setor na região. lhimento de Grandes Provas Internacionais das diferentes modalidades e de Megaeventos Náuticos. A realização das maiores provas internacionais é um excelente vetor na promoção do desenvolvimento e da projeção do país e da região no panorama da náutica mundial. Os benefícios são evidentes, ao nível da mediatização e difusão do setor, na requalificação e dotação de novas valências nos locais anfitriões respeitando os padrões de qualidade e inovação que se exigem, com os devidos apoios institucionais e das federações internacionais que estas provas transportam, auferindo dos proveitos para os setores económicos que complementam a realização destas provas, como a hotelaria, a restauração, os transportes e o turismo. A realização de Megaeventos Náuticos causa um grande impacto dada a sua dimensão, assumindo-se como objetivo principal o desafio à experimentação e o despertar da curiosidade, materializados numa atividade aberta a todos os públicos, bastante informal e descontraída, que dadas as sua características lúdicas poderão ser um excelente veículo de atração de novos e heterogéneos entusiastas para a atividade náutica. A tabela 9 sistematiza, por cada um dos eixos de desenvolvimento definidos como estruturantes para o desenvolvimento da náutica na região Centro, as principais linhas de ação. Tabela 9 ‣ Linhas de ação por eixo de desenvolvimento Eixo de desenvolvimento Linhas de ação 1 Promoção da investigação e da formação kk Incentivar a colaboração e estreitamento de relações profissionais entre o setor náutico, os agentes económicos do ramo e as instituições de investigação e ensino; kk Apostar na formação técnico profissional vocacionada para o mercado de trabalho no setor e incentivar o empreendedorismo; kk Promover uma constante formação, certificação e profissionalização dos agentes e promotores; kk Impulsionar a inclusão dos desportos náuticos no desporto escolar. 2 Criação de infraestruturas náuticas, requalificação das existentes e apetrechamento dos agentes promotores kk Apoiar a criação de pequenas infraestruturas de apoio à náutica; kk Responder às mutações das novas tendências na procura e à emergência de novos desportos; kk Fomentar a criação de marinas e ancoradouros fluviais e a adaptabilidade das infraestruturas existentes; kk Promover a náutica junto das populações com limitações físicas; kk Colaborar no apetrechamento dos agentes náuticos. 3 Preservação e valorização do património natural, histórico e cultural kk Recuperar as paisagens naturais degradadas; kk Incentivar a aplicação de sistemas sustentáveis nos centros náuticos; kk Difundir as boas práticas ambientais entre a população; kk Valorizar os patrimónios históricos e culturais com ligação à náutica, criar redes turísticas temáticas e promover e recuperar as embarcações tradicionais e a gastronomia regional. 4 Promoção e dinamização da náutica kk Promover a náutica e o turismo náutico nacional e internacionalmente; kk Incentivar a iniciação e experimentação da náutica com iniciativas de caráter inovador e mobilizador; kk Incitar a candidatura à realização e acolhimento de grandes provas internacionais e de megaeventos náuticos; kk Promover a formação de uma rede de promotores, formadores e prestadores de serviços, públicos e privados. 2 Incentivar a iniciação e experimentação da náutica com 4 Promover a formação de uma rede de promotores, foriniciativas de caráter inovador e mobilizador, como as Férias Náuticas, os Open Days das diferentes modalidades, os Batismos Náuticos, os pacotes de ofertas de experiências, os campos de aventura, os acampamentos náuticos de verão e as ações de divulgação junto de entidades como as escolas, os ginásios, as instituições de solidariedade social as associações juvenis e os centros de dia e de tempos livres. 122 madores e prestadores de serviços públicos e privados. Os agentes náuticos laboram atualmente numa perspetiva bastante reclusa e independente, operando num setor restritivo individualmente enquanto o poderiam estar a fazer como um todo, trabalhando em conjunto e a retirar proveito de uma complementaridade nos serviços que já se provou ser valorosa em inúmeros outros setores. A interligação deste núcleo poderá gerar parcerias bastante proveitosas no desenvolvimento individual e coletivo do ramo náutico, criando uma base de negócios sólida e de fácil acesso para os diferentes agentes, que poderão por sua vez prestar serviços de proximidade mais eficazes e abrangentes à comunidade náutica. Esta rede poderá ser a base para estruturação de um futuro Observatório da Náutica, um centro coordenador representativo do setor nos mais diversos parâmetros, estabelecendo e fortificando parcerias, monitorizando e potenciando uma fluidez operacional que se ambiciona para a região. 123 EIXOS DE DESENVOLVIMENTO E LINHAS DE AÇÃO PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO A tabela 10 sistematiza por cada um dos eixos de desenvolvimento identificados para o desenvolvimento do setor náutico, exemplos de eventuais intervenções a implementar. Tabela 10 ‣ Exemplos de intervenções por eixo de desenvolvimento Eixo de desenvolvimento ee Estrutura de apoio à náutica em Monetmor-o-Velho Fonte: AD ELO Eixo de desenvolvimento Exemplos de eventuais intervenções Exemplos de eventuais intervenções 1 Promoção da investigação e da formação kk Promover a integração /inclusão da náutica no Desporto Escolar através do fomento de parcerias de escala local kk Fomentar a profissionalização e formação de agentes kk Diversificar os meios de disseminação da oferta náutica e das práticas associadas (brochuras, suportes informático e digital, internet) kk Manter atualizada a informação da Brochura de oferta náutica do Baixo Mondego kk Aumentar e diversificar eventos de promoção do setor e das atividades (feiras, conferências e seminários, workshops) kk Divulgar formas de apoio e financiamento de projetos empreendedores no âmbito da náutica kk Promover e divulgar boas práticas no âmbito de atividades e projetos náuticos (elaboração de brochuras, guias e manuais) 3 Preservação e valorização do património natural, histórico e cultural kk Incentivar a aplicação de sistemas sustentáveis nos centros náuticos (instalação de painéis solares, aproveitamento de águas pluviais,etc) kk Intensificar e diversificar os meios de sensibilização ambiental e os locais de colocação próximos da prática das atividades náuticas, por forma a consolidar a consciência ambiental e a preservação da natureza (ex. Outdoors,) kk Recuperar paisagens naturais degradadas e promover a limpeza de margens (náutica fluvial e águas interiores), por exemplo através de iniciativas de responsabilidade social envolvendo empresas, IPSS, entidades públicas e pessoas individuais kk Intensificar a utilização de réplicas de embarcações tradicionais, por forma a dinamizar os locais com um cunho económico histórico e cultural e de atração turística kk Promover as expressões culturais, gastronómicas e históricas associadas às tradições náuticas e piscatórias kk Difundir boas práticas ambientais e culturais (elaborar brochuras, sites eletrónicos, guias e manuais) kk Criar redes turísticas temáticas e novos espaços museológicos 2 Criação de infraestruturas náuticas, requalificação das existentes e apetrechamento dos agentes promotores kk Melhorar e diversificar estruturas de apoio logísticas deficitárias ou inexistentes (instalações, armazenamento de materiais e equipamentos, seja na náutica fluvial, seja na náutica de mar) kk Promover a criação de infraestruturas de apoio à náutica de lazer, desportiva e de recreio kk Promover a o alargamento de apoios de praia previstos (Planos de Ordenamento da Orla Costeira) kk Incentivar a criação de novos CAR (Centros de Alto Rendimento) kk Fomentar a criação de pequenas marinas e ancoradouros fluviais kk Promover a melhoria das acessibilidades e aumento da capacidade das marinas e ancoradouros fluviais existentes kk Melhorar a capacidade e as condições estruturais dos portos e marinas kk Promover a prática náutica para pessoas com mobilidade condicionada (temporária ou permanente) melhorando designadamente as acessibilidades (rampas para cadeiras de rodas, interiores adaptados, mecanismos de auxílio de entrada na água,…) kk Divulgar informação e encaminhar os promotores e agentes náuticos (empresas, clubes, associações) para formas de financiamento ou de apoio ao investimento (apetrechamento, infraestruturas/obras,…) 4 Promoção e dinamização da náutica kk Promover megaeventos náuticos, como forma de projetar a náutica e de envolver novos públicos e praticantes (Ex. mega descida de rios, provas nacionais e internacionais) kk Desenvolver redes temáticas e interligação com produtos turísticos como vetor de valorização económica da região (criação, promoção de pacotes turísticos, conjugando alojamento-restauração-comércio-lazer) kk Promover feiras náuticas e de turismo em diversos concelhos/municípios do Centro kk Promover o partenariado de sinergias locais (clubes, empresas, instituições ensino e de investigação, municípios…) kk Promover a criação de redes corporativas e parcerias entre os diferentes agentes náuticos (prestadores de serviços, promotores, formadores,…) kk Incentivar a criação de redes de atividades náuticas nas praias kk Dinamizar e aumentar a cobertura das iniciativas de férias náuticas em meio fluvial e marinho, junto de públicos diversificados, incluindo públicos especiais, com dificuldades de diversa natureza ao acesso 124 125 IMPACTOS ESPERADOS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 2 .4. Impa ct o s e sp e r a d o s Como observável ao longo deste trabalho, são muito amplos e multidisciplinares os benefícios que o desenvolvimento, proliferação e enraizamento da náutica importará para os mais variados setores. Tendo em atenção todas as premissas anteriormente referidas, sintetizam-se agora as principais componentes do impacto esperado que o desenvolvimento do setor náutico poderá veicular para os mais diferentes ramos de atividade, considerando-se assim três grandes vetores onde estes benefícios se podem traduzir, existindo um elevado grau de complementaridade entre eles, pois grande parte das valorizações são representáveis em múltiplos setores. Impactos Económicos Impactos Ambientais Impactos Sociais 126 Impactos Económicos Criação de postos de trabalho Com a proliferação das atividades náuticas verificar-se-á um benefício generalizado para todo o território, mas com um especial relevo para as zonas de baixas densidades populacionais, através de investimentos na edificação de novas instalações de apoio à náutica, de marinas e ancoradouros e na criação de pacotes náuticos turísticos que abranjam regiões de menor desenvolvimento económico e populacional e que possuam recursos aquáticos, a criação de novos postos de trabalho, diretos e indiretos, será incontornável. Como será também incontornável a dinamização destas áreas principalmente nos setores do turismo, do comércio e da construção e reparação naval. A região Centro de Portugal é comprovadamente dotada de condições de excelência para a prática da náutica um pouco por todo o seu território, sendo também patentes as baixas densidades populacionais em alguns destes locais de eleição, assim, considera-se como uma das maiores benesses em termos de fixação de população, o caráter económico da criação de novos postos de trabalho que o desenvolvimento náutico poderia transportar para estas regiões. Emergência de novas empresas e serviços Indissociável da criação de novos postos de trabalho, a difusão do setor náutico nas regiões onde até então não tinha um caráter suficientemente expressivo, será o rastilho para o aparecimento de inúmeras atividades complementares e sucedâneas, como as empresas de animação turística, de construção e manutenção náutica, a hotelaria, a restauração e o comércio. Ambiciona-se que esta rede de atividades complementares em torno do setor alavanque uma cadeia de valor, um verdadeiro “Cluster1 da Náutica”, que crie elos e sinergias em prol do desenvolvimento da mesma e das regiões. ee Atividade náutica Fonte: aragami / www.fotolia.com Aumento da competitividade regional Num país cada vez mais marcado por uma litoralização e bipolarização no que concerne a fixação de população, de serviços e de agentes económicos, o que por sua vez origina um duplo despovoamento do interior e dos locais mais afastados das duas principais áreas metropolitanas (Lisboa e Porto) e a consequente desvalorização económica regional, a fixação de atividades indutoras de novos investimentos, como é o caso das do setor náutico, trará valor acrescentado a estas regiões menos desenvolvidas, relançando-as no panorama económico nacional, rejuvenescendo-as e tornando-as mais atrativas e competitivas. Aumento da competitividade nacional A descentralização nos investimentos nacionais, promovendo uma homogeneização nas apostas territoriais, permitirá que o país funcione como um todo no panorama económico e setorial e na competitividade internacional, apostando na oferta múltipla e diferenciada, que vise atingir e ultrapassar os critérios de exigência e excelência que distinguem os outros mercados. 1. Cluster – aglomerado de empresas que possuem uma forte característica de especialização e comércio interfirmas, é considerado como um aglomerado geográfico de empresas de tamanhos variáveis, que desenvolvem as mesmas atividades ou atividades similares, contando com a participação de seus fornecedores e prestadores de serviços. A competição concentrada no mercado pressiona as empresas a atingirem mecanismos que as diferenciem e que proporcionem vantagem competitiva. 127 IMPACTOS ESPERADOS PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO Impactos Sociais Impactos Ambientais Construção de novos equipamentos e infraestruturas Reabilitação de zonas degradadas A dotação dos locais de prática náutica com novos equipamentos e infraestruturas, contrariando a concentração até agora patente na geografia nacional, trará novas acessibilidades às localidades, consolidando uma oferta lúdica, desportiva e económica multidisciplinar nas regiões. A criação destes novos equipamentos de apoio permitirá retirar um melhor e mais sustentável proveito dos recursos e das condições naturais de excelência de que o país e a região centro em particular são dotados, contribuindo assim para o aumento da qualidade de vida das populações locais. O fomento da náutica em locais propícios ao seu desenvolvimento poderá ser o mote ideal para operações de reabilitação total de zonas ribeirinhas ou frentes marítimas até então negligenciadas, criando novas zonas de lazer e espaços de convívio em comunhão com a natureza. Seguindo as premissas anteriormente referidas no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável e à recuperação e reestruturação de postos náuticos e marinas, o setor náutico deverá afirmar-se como o setor “verde” que constrói a economia “azul”. Fomento de uma sociedade inclusiva ee Sensibilização para a prática da náutica em Penacova Fonte: AD ELO Manutenção da fauna e flora autóctones O desenvolvimento e proliferação do setor náutico, assim como uma dotação territorial mais abrangente de infraestruturas de apoio permitirão uma maior inclusão de toda a sociedade, facilitará o acesso à náutica em termos logísticos e financeiros, dado o novo caráter de proximidade, e fomentará o espírito de grupo, alicerçando as identidades locais e regionais. Os públicos especiais, com dificuldades no acesso aos produtos náuticos, serão certamente os mais beneficiados com o desenvolvimento e eficaz distribuição territorial deste setor. Com um setor náutico mais coeso e regulamentado, com instalações utilizadoras de energias renováveis, com o subsetor da pesca desportiva devidamente controlado e com a aplicação de todas as medidas ecológicas que visam o desenvolvimento sustentável, será garantida a manutenção biológica dos recursos aquáticos, não comprometendo a sua utilização por parte das gerações vindouras. Benefícios para a saúde Consciencialização e educação ambiental O enraizamento do setor náutico e respetivas acessibilidades em diferentes localidades aumentará, por sua vez, o número de praticantes que até então se viam privados ou limitados no acesso a estas atividades. Tendo as atividades náuticas um contacto de primazia com o meio ambiente e englobando os desportos náuticos algumas das disciplinas desportivas mais completas, o aumento do número de praticantes será traduzido em benefícios para a saúde, combatendo os crescentes e preocupantes valores de sedentarismo. A náutica, dado o seu caráter de exceção no que concerne à atividade em natureza, reúne condições para se constituir como um veículo de transmissão de conhecimentos das boas práticas ambientais, criando uma sociedade mais ecológica e desperta para a preservação do meio ambiente, assim como se afirmará como um excelente meio de valorização do património natural, local e cultural, e como importante contributo para a consolidação dos valores inerentes a uma consciência e cultura ambientais. 128 ee Limpeza de praias na Figueira da Foz Fonte: AD ELO 129 RECURSOS — PRAIAS ee Marina 130 da Figueira da Foz Fonte: emei / shutterstock.com PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO 131 BIBLIOGRAFIA PERSPETIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NÁUTICA NA REGIÃO CENTRO BIBLIOGRAFIA kk AD ELO (2011) Projeto Náutica Espaço Atlântico 2 20092012, NEA: NEA 2. kk AD ELO (2012) Turismo Náutico do Baixo Mondego, Cantanhede: AD ELO. kk AD ELO; MULTIAVEIRO (2012) Náutica e Coesão Social – Manual de Boas Práticas para o desporto Adaptado, Cantanhede: AD ELO. kk CUNHA, L., SANTOS, N. 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