Corredores Ouro Verde e Campo Grande
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Corredores Ouro Verde e Campo Grande
Corredores Ouro Verde e Campo Grande Projeto Funcional – Rede de Transporte Grupo de Trabalho do BRT - EMDEC Janeiro/13 Índice Introdução ........................................................................................................................ 4 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores ..... 5 2.1 Delimitação da área de influência dos corredores ................................................ 5 2.2 Caracterização da área de influência ..................................................................... 8 2.3 Diretrizes de Traçado ........................................................................................... 14 2.4 Caracterização das bacias operacionais ............................................................. 16 2.4.1 - Bacia 1 - Ouro Verde ................................................................................... 16 2.4.2 - Bacia 2 – Vila União ..................................................................................... 17 2.4.3 - Bacia 3 – Anhanguera.................................................................................. 17 2.4.4 - Bacia 4 – São Bernardo ............................................................................... 18 2.4.5 - Bacia 1 – Campo Grande ............................................................................ 23 2.4.6 - Bacia 2 – Satélite Íris .................................................................................... 24 2.4.7 - Bacia 3 – Londres ........................................................................................ 25 2.4.8 - Bacia 4 – Aurélia .......................................................................................... 25 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência ................................................................ 31 3.1 – Produção e Atração de Viagens por Zona OD ................................................. 33 4 - Estimativas de Demanda para os corredores .......................................................... 48 4.1 – Projeções Futuras .............................................................................................. 52 5 – Rede de Transporte atual ......................................................................................... 54 5.1 – Rede atual – Corredor Ouro Verde.................................................................... 55 5.1.1 – Linhas Troncais ........................................................................................... 55 5.1.2 – Linhas Alimentadoras.................................................................................. 56 5.1.3 – Linhas Convencionais ................................................................................. 57 5.2 – Rede atual – Corredor Campo Grande ............................................................. 66 5.2.1 – Linhas Troncais ........................................................................................... 66 5.2.2 – Linhas Alimentadoras.................................................................................. 67 5.2.3 – Linhas Convencionais ................................................................................. 67 6 – Posicionamento de Terminais, Estações de Transferência e Paradas ................... 74 7 – Rede de Transporte Proposta .................................................................................. 76 7.1 – Rede Troncal ...................................................................................................... 76 7.2 – Dimensionamento da rede ................................................................................ 77 7.2.1 – Rede Troncal – Corredor Ouro Verde......................................................... 82 | Introdução 2 7.2.2 – Rede Troncal – Corredor Campo Grande .................................................. 85 7.3 – Rede Alimentadora – Corredor Ouro Verde ...................................................... 86 7.3.1 – Bacia Operacional 1 .................................................................................... 86 7.3.2 – Bacia Operacional 2 .................................................................................... 88 7.3.3 – Bacia Operacional 3 .................................................................................... 91 7.3.4 – Bacia Operacional 4 .................................................................................... 92 7.3.5 – Área Central................................................................................................. 93 7.4 – Rede Alimentadora – Corredor Campo Grande ............................................. 102 7.4.1 – Bacia Operacional 1 .................................................................................. 102 7.4.2 – Bacia Operacional 2 .................................................................................. 104 7.4.3 – Bacia Operacional 3 .................................................................................. 105 7.4.4 – Bacia Operacional 4 .................................................................................. 107 8 – Simulações ............................................................................................................. 115 8.1 – Resultados da simulação ................................................................................ 120 8.2 – Dimensionamento das Estações ..................................................................... 122 8.3 – Descritivo do Dimensionamento – Corredor Campo Grande ........................ 129 8.4 – Descritivo do dimensionamento – corredor Ouro Verde ................................ 134 | Introdução 3 Introdução O presente documento insere-se dentro do projeto que vem sendo elaborado pela Prefeitura Municipal de Campinas, através da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC) para implantação de três novos corredores de ônibus, no padrão Bus Rapid Transit, com o objetivo de estruturar e qualificar o transporte público coletivo nas regiões do Ouro Verde e do Campo Grande. O projeto pretende obter, como resultado, uma melhoria significativa na fluidez, na qualidade e na confiabilidade do sistema de transporte público. Pretende, ainda, contribuir de maneira decisiva para o desenvolvimento desta porção da cidade, bem como para a melhoria da qualidade de vida e das condições de mobilidade da população. O projeto dos corredores de ônibus Bus Rapid Transit Ouro Verde, Campo Grande e Perimetral deve articular infraestrutura dedicada ao transporte coletivo, tecnologia em sistemas embarcados e desembarcados, e planejamento operacional da rede de transporte, elementos que devem ser desenvolvidos de maneira integrada. O presente documento deverá, portanto, subsidiar o desenvolvimento dos projetos básico e executivo de infraestrutura e sistemas inteligentes, bem como apoiar o planejamento operacional e a implantação da rede de transporte associada aos corredores de ônibus. | Introdução 4 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 2.1 Delimitação da área de influência dos corredores Para efeitos de análise e estudos relativos à demanda e rede de transporte foi delimitada, para cada corredor, a sua respectiva Área de Influência. As áreas de influência foram estabelecidas utilizando como base as zonas de tráfego definidas pela Oficina Consultores para a realização da pesquisa Origem-Destino contratada pela prefeitura de Campinas em 20041. Como critérios para o estabelecimento dos limites da área de abrangência foram utilizados alguns marcos de referência, tais como: Barreiras físicas: O Rio Capivari foi utilizado como marco divisor entre as regiões do Ouro Verde e do Campo Grande, bem como o leito férreo desativado do VLT, e as rodovias dos Bandeirantes e Santos Dumont. Vazios urbanos, sobretudo nas áreas periféricas; Avenidas: Na região da Vila União / Jardim Campos Elíseos a Avenida Brasília foi utilizada como linha divisora entre as bacias operacionais do Campo Grande e do Ouro Verde. Além desta, a Marginal do Piçarrão foi utilizada como limite entre as áreas de influência e a região central da cidade. As áreas de influência foram, por sua vez, subdivididas em bacias operacionais, conforme as características da rede de transporte existente. As respectivas áreas de abrangência e bacias operacionais dos dois corredores são apresentadas nas figuras 2.1 e 2.2 a seguir. 1 Trata-se da pesquisa Origem-Destino mais recente disponível. | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 5 Bacia 4 – São Bernardo / Parque Industrial Bacia 3 – Vila Mimosa / Vila Rica / Cidade Jardim Bacia 2 – Vila União / Santa Lúcia / Campos Elíseos Bacia 1 – Ouro Verde / Distrito Industrial / Vida Nova / Viracopos Figura 2.1 – Área de influência e bacias operacionais – Corredor Ouro Verde | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 6 Bacia 4 – Jardim Aurélia / Vila Teixeira Bacia 3 – Jardim Paulicéia / Vila Castelo Branco / Jardim Garcia Bacia 2 – Florence / Satélite Íris / Cosmos Bacia 1 – Campo Grande / Itajaí / Parque Valença Figura 2.2 – Área de influência e bacias operacionais – Corredor Ouro Verde | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 7 2.2 Caracterização da área de influência As áreas de influência delimitadas para os dois corredores inserem-se em uma parte da cidade de Campinas urbanizada, sobretudo, ao longo dos anos 1950, 1960, 1970 e 1980. Neste período ocorre nesta região da cidade a abertura de um grande número de loteamentos, motivada pela implantação das rodovias Anhanguera e Bandeirantes, do Aeroporto de Viracopos e da expansão industrial vivida pela cidade no período, sobretudo ao longo das rodovias Anhanguera e Santos Dumont, onde localiza-se o Distrito Industrial de Campinas (DIC). A tabela 2.1 mostra a quantidade de loteamentos aprovados por década em Campinas. Cabe lembrar que muitos destes loteamentos foram aprovados nos anos 50, mas só vieram a ser efetivamente implantados e ocupados posteriormente. Tabela 2.1 – Loteamentos aprovados por década. Fonte: CAMPINAS, 2006. Cap IV, p. 105. Neste mesmo período, a cidade experimentou intenso crescimento populacional. Grande parte deste crescimento deu-se em função da migração, para o município de Campinas, de populações atraídas pelo crescimento econômico experimentado pela cidade no período. As parcelas mais pobres desta população acabaram por se alojar nestes novos loteamentos que surgiam na região sudoeste, em função dos menores custos da terra. A figura 2.3 apresenta a evolução do crescimento urbano na cidade de Campinas. | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 8 Tabela 2.2 – Evolução da população do município. Fonte: CAMPINAS, 2006. Cap IV, p. 105. Como resultado deste processo têm-se a concentração de população de menor renda nos setores Sul e Sudoeste da cidade de Campinas. A expansão urbana deu-se de maneira fragmentada e descontínua, ao longo dos eixos viários existentes. Não obstante, a alocação de conjuntos habitacionais e moradias populares nas extremidades destes eixos, sobretudo na década de 80 (Conjuntos habitacionais dos DICs, Parque Itajaí, conjunto Habitacional Vida Nova, Vila União e outros) contribuiu ainda mais para esta dinâmica, ao alocar população de menor renda em áreas muito distantes do centro e carentes de infraestrutura. A figura 2.4 apresenta a renda média mensal do domicílio, agregada por zona de tráfego da pesquisa OD Oficina, obtida pelo Censo IBGE 2010. Nela é possível notar claramente a tendência de concentração de população de menor renda no vetor Oeste do município; em contrapartida, nota-se a tendência de concentração da população de maior renda nos setores Leste e Norte, sobretudo em Barão Geraldo, Sousas, Cambuí, Nova Campinas e ao redor da Rodovia Dom Pedro II. A figura 2.5 mostra a densidade populacional (hab/km2) por zona de tráfego, calculada a partir dos dados do Censo 2010 IBGE. As áreas de influência dos | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 9 corredores Ouro Verde e Campo Grande concentram algumas zonas com significativa densidade populacional; destacam-se a região da Vila União, Ouro Verde / DICs, Jardim Maracanã / Campo Grande, Jardim Florence II e a Vila Pe. Manoel da Nóbrega/Jardim Garcia. Cabe ressaltar que posteriormente ao censo foram inaugurados na Região do Campo Grande dois expressivos conjuntos habitacionais – Jardim Bassoli e Residencial Sirius - , integrantes do programa “Minha Casa, Minha Vida”, com aproximadamente 2,7 mil unidades habitacionais cada. Tais conjuntos contribuem ainda mais para o aumento da demanda de transporte nesta região. | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 10 Figura 2.3 – Evolução do Perímetro Urbano de Campinas. Fonte: CAMPINAS, Plano diretor, 2006. | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 11 Figura 2.4 – Renda Média Mensal do Domicílio – Censo 2010 IBGE – Agregado por zona de tráfego da pesquisa Origem-Destino 2004 | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 12 Figura 2.5 – Densidade Demográfica(Habitantes / Km2) – Censo 2010 IBGE – Agregado por zona de tráfego da pesquisa Origem-Destino 2004 | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 13 2.3 Diretrizes de Traçado O Edital de Concessão do sistema Intercamp organiza a rede de transporte da cidade de Campinas em nove eixos estruturais, dois quais dois – Ouro Verde e Campo Grande – deveriam receber tratamento diferenciado, com implantação de infraestrutura dedicada à operação de ônibus em corredores segregados, com porta à esquerda. O traçado proposto à época foi o seguinte: Corredor Campo Grande: Inicia-se no Terminal Multimodal Ramos de Azevedo; utiliza parte do leito ferroviário desativado do VLT até a Avenida John Boyd Dunlop. Segue por esta até a Rua Manoel Machado Pereira na região do Campo Grande, percorrendo-a até a Rua Professora Aracy Caixeta Barbosa, acessando posteriormente a Rua Cássio Soares Couto, já no parque Itajaí. Encerra no Terminal Itajaí atualmente existente. Corredor Ouro Verde: Inicia-se nas imediações do Terminal Central, e segue pela Avenida João Jorge. Acessa a Avenida das Amoreiras e a percorre até a Rua Piracicaba, no Jardim Campos Elíseos. Após a rua Piracicaba, acessa a Avenida Ruy Rodriguez; utiliza a Avenida Camucim e a Av. Pedro Degrecci Júnior até as imediações do Terminal Vida Nova, onde encerra o trajeto. Corredor Perimetral: Utiliza o leito ferroviário desativado do VLT, no trecho entre a Avenida John Boyd Dunlop e a Avenida das Amoreiras. Dada a configuração do sistema viário de Campinas, as vias elencadas são aquelas que possuem, dentro do possível, melhores condições para receber corredores de ônibus, além de já se configurarem como importantes eixos do transporte coletivo; seu entorno é, por sua vez, pólo de atração de viagens que não se destinam a área central, de modo que qualquer outra diretriz de trajeto envolveria grande volume de desapropriações e deixaria parte da demanda distante do seu local de destino e interesse. Desta forma, para o projeto BRT foram mantidas as diretrizes elencadas. No projeto do Corredor Campo Grande, entretanto, foram necessárias duas modificações, a saber: Extensão até o Terminal Mercado: No projeto anterior do corredor as linhas poderiam continuar seu trajeto a partir do Terminal Metropolitano, acessando | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 14 o Corredor Central através da Avenida Campos Sales, possibilitando assim a distribuição da demanda de passageiros pelo centro da cidade. A adoção do conceito BRT pleno inviabiliza a utilização do corredor central e suas estações de maneira compartilhada com linhas convencionais; o Terminal Metropolitano, por sua vez, não possui espaço suficiente para receber tal demanda, e localiza-se distante do centro da cidade. A opção encontrada foi estender o corredor, pelas ruas Marquês de Três Rios e Saldanha Marinho, até a Avenida João Penido Burnier, onde deverá ser implantada a estação final deste corredor, conectada a dois terminais já existentes e a Estação Senador Saraiva do Corredor Central. Implantação de um novo Terminal: No projeto anterior do corredor o ponto final do trajeto estava alocado no Terminal Itajaí, atualmente existente, localizado em uma das extremidades do bairro homônimo. O entorno deste Terminal não apresenta tendências expressivas de crescimento, e a utilização deste Terminal faz com que o corredor BRT se afaste do eixo viário estrutural da região, adentrando ao bairro. Desta forma, optou-se por descontinuar o Terminal atual e alocar um novo Terminal, na confluência das ruas Cássio Soares Couto, Aracy Caixeta Barosa e Estrada Municipal da Paz, em terreno baldio a ser desapropriado. A adoção do padrão BRT, e a subsequente necessidade de adotar uma troncalização completa da rede na área de influência dos corredores fez com que fossem propostas Estações de Transferência não inicialmente previstas no projeto. Para o corredor Campo Grande, estão sendo adicionadas as Estações Vila Iapi, Londres e Ipaussurama; a antiga Estação Roseiras/PUCC foi transformada em parada típica do corredor. Para o corredor Ouro Verde foram adicionadas as estações Anhanguera e São Bernardo. O detalhamento das Estações e a descrição de sua localização serão apresentados ao longo do documento. | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 15 2.4 Caracterização das bacias operacionais 2.4.1 - Bacia 1 - Ouro Verde A Bacia 1 do corredor Ouro Verde corresponde a região do Ouro Verde (figura 2.6). Caracteriza-se pela presença de conjuntos habitacionais, de densidade média a elevada, e de loteamentos populares e de chácaras, a maior parte abertos entre as décadas de 60 e de 80. Há também a ocorrência de diversas invasões, principalmente em fundos de vale e em vazios entre loteamentos. Concentra, sobretudo, população de renda média-baixa e baixa. Ao longo das Avenidas Ruy Rodriguez, Suaçuna e Jacaúna, bem como nas imediações do Terminal Ouro Verde estabeleceu-se uma subcentralidade para a região, com a presença intenso comércio e oferecimento de serviços diversos. Nas imediações do Terminal localizam-se, ainda, a subprefeitura do Ouro Verde e o Hospital do Ouro Verde. Nesta bacia localizam-se ainda o Aeroporto de Viracopos, que atualmente passa por expansão, e o Distrito Industrial de Campinas. A rede viária local articula-se com as Avenidas Ruy Rodriguez e com a Rodovia Santos Dumont, principais acessos para esta porção da cidade. Há ainda a Avenida Luís Eduardo Magalhães, que começa na altura do Terminal Ouro Verde e segue até a Avenida John Boyd Dunlop. A maior parte dos vazios urbanos localiza-se entre o bairro Vida Nova e os bairros da região do Ouro Verde. Há ainda alguns vazios nas imediações do Distrito Industrial; entretanto, esta bacia já se encontra bastante ocupada e consolidada. | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 16 2.4.2 - Bacia 2 – Vila União Trata-se de uma área já bastante consolidada (figura 2.7), com a existência de grandes vazios apenas na baixada do Rio Capivari. Esta bacia é segregada da bacia 1 pela Rodovia dos Bandeirantes. Conforme a figura 2.3 a região teve seus loteamentos aprovados principalmente entre nas décadas de 1950 e 1960. Posteriormente foram implantados conjuntos habitacionais, tal como o Parque Residencial da Vila União, o conjunto Souza Queiroz e o Countryville. A maior parte da bacia, entretanto, é ocupada por habitações unifamiliares, de um ou dois pavimentos. Conforme a figura 2.4 a população desta bacia possui perfil de renda um pouco mais elevado em comparação à Bacia 1. A figura 2.5 mostra ainda a significativa densidade populacional na região do Parque Residencial Vila União e do Jardim novo Campos Elíseos. A circulação viária desta região estrutura-se principalmente em função do eixo das Avenidas Ruy Rodriguez/Rua Piracicaba, principal ligação para a área central; da Avenida Carlos Lacerda, que liga a Av. Ruy Rodriguez a Avenida John Boyd Dunlop; das Avenidas Brasília e Mirandópolis, que conectam-se à Av. John Boyd Dunlop e a Av. das Amoreiras; e da Avenida das Amoreiras, que liga a parte sul desta bacia à área central. Ao longo das vias mencionadas desenvolve-se a maior parte da atividade comercial e de serviços da região. 2.4.3 - Bacia 3 – Anhanguera A bacia 3 – Anhanguera (figura 2.8) é delimitada a Nordeste pela Rodovia Anhanguera, a Sudeste pela Rodovia Santos Dumont, e a Oeste / Nordeste pelo leito ferroviário desativado do VLT/ferrovia Sorocabana. Possui perfil de renda mais elevado que das bacias anteriores, e densidades demográficas menores, com predominância de habitações unifamiliares de um ou dois pavimentos entremeadas por alguns conjuntos habitacionais. A maior parte da área teve sua urbanização aprovada nas décadas de 50 e 60 (figura 2.3) | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 17 Ao longo das Avenidas Amoreiras, Mirandópolis, Lacerda Franco e Ana Beatriz Bierrenbach desenvolvem-se atividades comerciais e de serviços, sendo esta bacia destino de viagem de parte dos passageiros oriundos das bacias anteriores. Há ainda, no entorno das rodovias Anhanguera e Santos Dumont, a presença de diversas empresas/indústrias. Nesta bacia localiza-se o Campinas Shopping, quarto shopping da cidade em área construída, e importante pólo atrator de viagens para a região. Neste shopping funciona ainda um Poupatempo e um posto da polícia federal. 2.4.4 - Bacia 4 – São Bernardo A bacia 4 – São Bernardo (figura 2.9) é delimitada pelo leito ferroviário do VLT, pela Avenida Marginal do Rio Piçarrão, pela Avenida Prestes Maia e pela Rodovia Anhanguera. Possui perfil de renda e densidade semelhante ao da bacia 3; entretanto, é de ocupação mais antiga, sendo que os bairros São Bernardo e Parque Industrial datam dos anos 30/40, época de abertura da rodovia Anhanguera. No entorno da Anhanguera (Bairro Parque Industrial) localizam-se algumas indústrias e empresas. Nos poucos terrenos disponíveis nesta região estão sendo erguidos empreendimentos residenciais voltados à classe média, valendo-se da boa localização do bairro, o que vem mudando o perfil de ocupação, anteriormente unifamiliar. Nesta área localizam-se, ainda, alguns dos primeiros conjuntos habitacionais destinados aos moradores de menor renda construídos no município. Ao longo da Avenida das Amoreiras e da Avenida Francisco de Paula Oliveira Nazareth concentra-se a maior parte do comércio e serviços desta área; há, ainda, bom número de escolas nesta região, sendo a bacia 4 responsável por parte significativa da atração de viagens dos corredores Ouro Verde e Campo Grande. | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 18 Figura 2.6 – Bacia Operacional 1 (Ouro Verde) – Corredor Ouro Verde | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 19 Figura 2.7 – Bacia Operacional 2 (Vila União) – Corredor Ouro Verde | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 20 Figura 2.8 – Bacia Operacional 3 (Anhanguera) – Corredor Ouro Verde | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 21 Figura 2.9 – Bacia Operacional 4 (São Bernardo) – Corredor Ouro Verde | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 22 2.4.5 - Bacia 1 – Campo Grande A bacia 1 – Campo Grande (figura 2.10) corresponde à região homônima, formada por diversos bairros (Parque Itajaí, Jardim Maracanã, Jardim Lisa Parque Valença e outros) implantados ao longo da Avenida John Boyd Dunlop e da Rua Manoel Machado Pereira. Conforme a figura 2.3 esta região é de urbanização mais recente, ocorrida ao longo dos anos 70-90. As figuras 2.5 e 2.4 mostram que a parte urbanizada da região possui uma ocupação de densidade média/alta e concentra (com a exceção do Residencial Santa Clara) população de renda baixa e média-baixa. A área é ocupada principalmente por residências uni e multifamiliares, em terrenos de menor metragem, dentro de loteamentos destinados à habitação popular e conjuntos habitacionais, alguns verticais como o Parque Itajaí e o CDHU do Campo Grande. Em 2012 foi inaugurado na região o Jardim Bassoli, empreendimento habitacional contratado pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”, destinado à habitação de famílias com renda entre 0 e 3 salários mínimos, e que possui 2,7 mil unidades habitacionais. Ao redor da praça da Concórdia (R. Manoel Machado Pereira) desenvolve-se a subcentralidade da região, embora ainda incipiente se comparada à do Ouro Verde. A região do Campo Grande vem experimentando intenso crescimento populacional. A existência de grande quantidade de áreas e lotes vagos torna esta área potencialmente atrativa para empreendimentos destinados à população de renda média-baixa e baixa. Há a perspectiva de implantação de mais conjuntos habitacionais e loteamentos na área. Entretanto, o crescimento da região esbarra na estruturação viária; A Avenida John Boyd Dunlop é a única ligação desta porção da cidade com o restante do município. Apenas recentemente a estrada municipal que liga o Campo Grande a Hortolândia foi pavimentada, dentro do conjunto de obras do corredor Noroeste da EMTU. Não há conexão viária com o bairro Vida Nova, que está geograficamente próximo do Campo Grande, nem com a região do Ouro Verde. | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 23 A grande quantidade de vazios urbanos e a tendência de crescimento observada indicam a necessidade de projetar a infraestrutura de transporte para esta bacia com vistas ao crescimento futuro da demanda. 2.4.6 - Bacia 2 – Satélite Íris A bacia 2 (figura 2.11) é formada pelos bairros Cidade Satélite Ìris, Jardim Florence e Florence II, Residencial Cosmos e Jardim Rossin. Os loteamentos Cidade Satélite Ìris e Jardim Florence, assim como a fábrica da Pirelli, datam dos anos 1950/1960. Os demais foram urbanizados a partir da década de 80. A ocupação assemelha-se à existente na região do Campo Grande no que tange ao perfil de renda e habitação. Os bairros desta região, entretanto, são menos densos – sobretudo a cidade Satélite Íris que, apesar de ser um loteamento antigo, ainda possui grande quantidade de lotes vagos. Neste loteamento localiza-se ainda o “lixão da pirelli”, antigo depósito de lixo utilizado pelo município antes da abertura do Aterro Delta e desativado em 1984. Está sendo construído nesta região o Residencial Sirius, contratado pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”; o empreendimento possui aproximadamente 2,8 mil unidades habitacionais, em prédios de apartamentos. A região ainda possui grandes vazios, notadamente a região da Granja Bela Aliança, entre o Residencial Satélite Íris e a Rodovia dos Bandeirantes; e a área entre o Rio Capivari e os Residenciais Cosmos e Sirius, ao sul. A infraestrutura a ser projetada deve considerar a ocupação ao menos parcial destas áreas. Tal como na bacia 1 a Avenida John Boyd Dunlop é o único acesso desta região para a área central. Há ainda a Avenida Luis Eduardo Magalhães que liga a Avenida John Boyd Dunlop, na altura do Bairro Satélite Íris I, à região do Ouro Verde. | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 24 2.4.7 - Bacia 3 – Londres A bacia 3 – Londres (figura 2.12) corresponde à porção do corredor delimitada pela Rodovia dos Bandeirantes, a Oeste; a rodovia Anhanguera, a Leste; a Avenida Brasília e ao leito do VLT ao sul, e a rodovia SP-101 a norte. O perfil de ocupação desta região difere das anteriores. Apresenta, conforme a figura 2.4, renda média maior do que a das bacias anteriores; e áreas de maior densidade, sobretudo na região dos Jardins Campos Elíseos e Paulicéia, e das Vilas Castelo Branco, Manoel da Nóbrega e Parque dos Eucaliptos, nas quais foram implantados diversos conjuntos habitacionais na década de 70. Nesta bacia localizam-se dois importantes pólos atratores de viagens; o campus da PUC-Campinas no qual está implantado o Hospital Celso Pierro; e o Shopping Parque das Bandeiras, recém-inaugurado, na altura do Jardim Ipaussurama. Há ainda intensa atividade comercial no entorno da Avenida John Boyd Dunlop, na altura do Jardim Londres; e ao longo da Avenida Domício Pacheco e Silva. Estão sendo implantados nesta região loteamentos destinados a famílias de perfil de renda média – o residencial Roseira e o Jardim Ibirapuera. Atrás do Shopping Parque das Bandeiras há ainda um grande vazio, que deverá ser ocupado no horizonte de projeto. Há a previsão, ainda, de implantação de um campus da FAC (Faculdade Comunitária de Campinas) nas imediações. A principal ligação desta bacia com a Área central consiste na Avenida John Boyd Dunlop; entretanto, há diversas vias que conectam esta bacia à região da Vila União e a Avenida das Amoreiras, assim como a ligação Jardim Garcia / Jardim Pacaembu que permite a transposição da Anhanguera na altura destes bairros. 2.4.8 - Bacia 4 – Aurélia A bacia 4 – Aurélia (figura 2.13) possui características similares ao da bacia 4 – São Bernardo do corredor Ouro Verde. Nela localiza-se o Shopping Unimart e o Supermercado Enxuto, importantes pólos atratores de viagens do corredor. | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 25 É delimitada pela Rodovia Anhanguera a Oeste, pelo Leito do VLT a sul e Leste e pela Av. Brigadeiro Tobias Aguiar pelo Norte/Noroeste. Consiste em uma região de bairros já consolidados, que vem sendo verticalizada na última década, em função da boa localização e das facilidades disponíveis. Atrai parte relevante das viagens originadas nas demais bacias do Corredor Campo Grande. | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 26 Figura 2.10 – Bacia Operacional 1 (Campo Grande) – Corredor Campo Grande | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 27 Figura 2.11 – Bacia Operacional 2 (Satélite Íris) – Corredor Campo Grande | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 28 Figura 2.12 – Bacia Operacional 3 (Londres) – Corredor Campo Grande | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 29 Figura 2.13 – Bacia Operacional 4 (Aurélia) – Corredor Campo Grande | 2. Caracterização dos eixos de transporte e da Área de Influência dos Corredores 30 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência Para avaliar o comportamento da demanda de transporte para os corredores BRT foram utilizados dados oriundos da Pesquisa Origem-Destino realizada no transporte público coletivo de Campinas, em 2004. Para a elaboração da pesquisa a cidade foi dividida em 284 zonas de tráfego, a partir das quais, combinando pesquisas embarcadas e entrevistas nos pontos de parada, foi realizado o levantamento do volume de viagens produzidas e atraídas por zona, e o volume de viagens entre zonas (pares-viagem). A pesquisa foi realizada no período da tarde2. A figura 3.1 apresenta a produção de viagens por zona de tráfego para a cidade de Campinas. A figura mostra que as principais áreas produtoras de viagem, segundo a pesquisa, são a área central (8,9%), o Cambuí (2%), a Região dos DICs (2,3%), o entorno do Terminal Ouro Verde (1,8%), a região do Campo Grande / Parque Itajaí (1,7%) e o Bairro Padre Anchieta (1,8%). A figura 3.2 apresenta as áreas atratoras de viagem por zona de tráfego. A maior parte das viagens destina-se à área central do município (19%), ao Cambuí (1,8%), à Vila Itapura (2%), ao Taquaral (1,8%), a região da Unip/Extra Abolição (1,82%), a Unicamp (2,1%), aos bairros São Bernardo (1,8%) e Parque Industrial (2,4%), ao Jardim Londres (1,4%) e ao entorno do Terminal Ouro Verde (1,4%). É possível notar uma maior concentração da Atração de viagens na área central do município, no vetor norte (Guanabara, Vila Nova, Castelo, Barão Geraldo e Taquaral) e no vetor sudeste (Ponte Preta, Proença e eixo Abolição / Saudade). Quanto à produção de viagens, nota-se uma maior dispersão. Algumas zonas nas bacias do Ouro Verde e do Campo Grande destacam-se como produtoras de 2 Por ter sido realizada no período da tarde, faz-se necessário “espelhar” os resultados, visto que ao ser entrevistado o passageiro, de modo geral indica como destino a sua residência, o inverso do que ocorre no período da manhã, quando a viagem se inicia. Desta forma, o que é apresentado na matriz e no relatório original da pesquisa como “atração” ou “destino” de viagem é tratado neste relatório como produção/origem de viagem, e vice-versa. Este procedimento é mencionado na página 5 do relatório da pesquisa. | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 31 viagens, assim como a região do Padre Anchieta. A área central e as zonas do vetor norte aparecem também como importantes zonas produtoras de viagem. A figura 3.4, extraída do Relatório da Pesquisa Origem-Destino 2004, apresenta as principais linhas de desejo a partir da Macrozona 13. Nela é possível visualizar que a maior linha de desejo do município localiza-se entre a macrozona 1 – Centro e a macrozona 23 – Ouro Verde/Vida Nova, correspondendo a 1.702 viagens na hora/pico tarde, ou 3,79% do total de viagens do município. Além destes, destacam-se os fluxos entre a macrozona 1 e as macrozonas 14 – Cidade Jardim / Vila Mimosa / San Diego, com 829 viagens; a macrozona 24 – Satélite Ìris/Rossin/Florence, com 681 viagens; a macrozona 25 – Campo Grande / Itajaí / Valença, com 886 viagens; A macrozona 16 – Jardim Londres / Paulicéia, com 744 viagens; e a macrozona 17 – Padre Anchieta / Boa Vista / São Jorge, com 744 viagens. Dentre os fluxos não radiais (figura 3.5), as macrozonas 4 – Nova Europa / Jambeiro, 5 – São Bernardo / Parque Itália, 7 – Taquaral e 8 – Sta Cândida / Pq. Taquaral destacam-se como principais destinos. Foram tabulados, ainda, os principais destinos de viagens para as viagens que tem origem a área de abrangência dos corredores. A figura 3.6 apresenta os principais destinos para viagens originadas na bacia do Campo Grande. A tabulação mostra que o centro da cidade (zona 1) é o destino de aproximadamente 29% das viagens originadas na bacia; em sequência vem as zona 151 – PUCC John Boyd Dunlop, com 4,51% dos destinos de viagem; e as zonas 46 – Parque Industrial, 20 – Cambuí e 50 – Jardim Aurélia, com cerca de 2% dos destinos cada. A figura 3.7 mostra os principais destinos para as viagens originadas na bacia operacional do Ouro Verde. A tabulação mostra que cerca de 20 % das viagens originadas na bacia têm como destino zona 1 – centro; em seguida, as principais zonas de destino são a zona 46 – Parque Industrial, com 4% dos destinos; as zonas 9 – Parque Itália, 194 – Ouro Verde e 17- Vila Itapura, com 3% cada; e as zonas 20 – Cambuí, 58 – Jardim Chapadão/Vila Nova e 122 – Vila União, com aproximadamente 2% cada. 3 Para facilitar a identificação dos fluxos e a análise dos dados, as zonas de tráfego foram agrupadas em 28 macrozonas. | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 32 A análise dos resultados da pesquisa OD 2004 mostra um comportamento predominantemente radial da demanda, com a maior parte das viagens destinandose às zonas de tráfego correspondentes ao centro de Campinas. Mostra também que uma parte significativa das viagens tem como destino a própria área de abrangência do corredor, sobretudo a região dos bairros São Bernardo, Parque Industrial e Jardim Aurélia. Destacam-se ainda alguns fluxos Inter setoriais, sobretudo de conexão das zonas das bacias operacionais dos dois corredores com as áreas ao Norte do município, notadamente a região do Bairro Taquaral / Alto Taquaral / Parque dom Pedro; A região do bairro Guanabara e da Vila Nova, no entorno da Avenida Brasil; A região do Castelo / Jardim Chapadão; e o distrito de Barão Geraldo / Unicamp. 3.1 – Produção e Atração de Viagens por Zona OD Em 2009 a EMDEC contratou um estudo de viabilidade para a implantação de duas linhas de VLP nos eixos Campo Grande e Ouro Verde, posteriormente substituído pelo BRT. O estudo contemplou a projeção da produção e atração de viagens, por zona de tráfego da pesquisa OD Emplasa 2003 RMC, para os horizontes 2010, 2020, 2030 e 2040. As projeções foram realizadas a partir das variáveis “população”, “matrículas escolares” e “empregos”. A partir destas, utilizando regressão múltipla, foram produzidas equações que permitem obter o volume de viagens produzidas e atraídas por zona de tráfego. As figura 3.8 a 3.11 apresentam a produção e atração de viagens por zona de tráfego, para os horizontes 2010 a 2040. Quanto a produção de viagens, os dados indicam que (tabela 3.1) o maior crescimento proporcional na produção de viagens se dará na zona OD Emplasa 42 (Campo Grande / Florence / Satélite Íris), passando das atuais 15 mil viagens para 31 mil viagens / hora pico, um crescimento estimado de 106%. Em seguida as maiores variações ocorrem na zona 37 (São Domingos), com crescimento de 87% na produção, na zona 23 (Parque Oziel / Jardim São José), com crescimento de 81% na | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 33 produção de viagens; e na zona 40 (Ouro Verde / Vida Nova), que apresenta crescimento da ordem de 50% na produção de viagens. A tabela 3.1 apresenta os valores para as zonas de tráfego de Campinas No que tange a atração de viagens, os maiores percentuais de crescimento dão-se na zona 39 (Aeroporto de Viracopos4), com um crescimento de 530%; A zona 40 (Ouro Verde / Vida Nova), com crescimento de 395% na atração de viagens; a zona 38 (Distrito Industrial de Campinas), com crescimento de 349% na atração de viagens; a zona 1 – Centro, com crescimento de 24%; e as zonas 6 – Cambuí, 14 – Taquaral e 31 – Alto Taquaral / Parque Dom Pedro, com 20% de crescimento. As projeções indicam, desta forma, que as zonas mais distantes da área central, nas extremidades dos dois eixos BRT e do eixo Santos Dumont passarão por um crescimento populacional proporcionalmente maior que o do restante do município; crescimento este, entretanto, não acompanhado por um aumento proporcional da atração de viagens destas zonas. A atração de viagens cresce sobretudo nas zonas do Aeroporto e entorno (o que exigirá a melhoria das conexões viárias e de transporte locais, entre as regiões do Campo Grande, Ouro Verde, Aeroporto de Viracopos, Santos Dumont e municípios vizinhos), e no centro / norte da cidade, notadamente a região do Cambuí e do Taquaral / Alto Taquaral. Este padrão de crescimento induzirá um número cada vez maior de deslocamentos longos, iniciados nas regiões periféricas mais distantes a sul e oeste, com destino às áreas Norte e Oeste de Campinas. Estas tendências indicam a necessidade de revisão da política urbana de uso e ocupação do solo, com vistas ao desenvolvimento de atividades atratoras de viagens ao longo dos eixos viários em que estão sendo implantados os corredores BRT. 4 É importante observar que o Aeroporto de Viracopos, que até pouco tempo era utilizado principalmente para transporte de cagas, está passando por um processo de expansão que no longo prazo deverá transformá-lo num dos principais aeroportos do País. | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 34 Zona OD 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 Total Produção Atração Horizonte 2010 Horizonte 2010 1.221 18.923 1.008 2.100 1.106 789 1.053 1.308 1.045 2.208 1.421 7.308 2.184 3.278 1.169 2.698 1.326 1.071 1.001 604 1.178 2.086 1.292 1.404 1.363 1.728 1.442 5.273 1.001 65 1.474 1.614 2.162 4.335 1.015 34 1.191 242 2.426 2.074 1.043 80 997 122 3.322 1.382 1.801 2.195 1.160 1.749 6.862 2.726 1.708 2.665 998 205 1.280 1.267 997 241 1.723 4.486 1.100 276 1.286 1.243 1.015 62 1.000 42 1.000 29 2.150 1.010 994 912 996 690 10.250 1.882 1.388 53 15.283 2.485 2.572 1.751 1.044 834 1.722 3.498 997 2.206 1.050 245 1.105 439 93.921 93.917 Produção Atração Variação Horizonte 2040 Horizonte 2040 Produção 1.129 23.443 -8% 1.037 2.477 3% 1.087 916 -2% 1.086 1.530 3% 1.072 2.606 3% 1.380 8.862 -3% 2.008 3.902 -8% 1.124 3.198 -4% 1.302 1.249 -2% 1.033 700 3% 1.154 2.460 -2% 1.249 1.644 -3% 1.296 2.030 -5% 1.319 6.344 -9% 1.036 75 3% 1.435 1.894 -3% 2.043 5.192 -6% 1.038 39 2% 1.308 278 10% 2.311 2.445 -5% 1.121 91 7% 1.031 140 3% 6.002 1.618 81% 1.816 2.592 1% 1.118 2.056 -4% 10.150 3.232 48% 1.796 3.158 5% 1.031 235 3% 1.335 1.481 4% 1.030 277 3% 2.011 5.378 17% 1.184 318 8% 1.542 1.452 20% 1.069 70 5% 1.035 48 4% 1.036 33 4% 3.972 1.177 85% 1.028 4.095 3% 1.029 4.349 3% 16.129 9.314 57% 1.324 60 -5% 31.500 2.940 106% 3.388 2.058 32% 1.123 970 8% 1.945 4.170 13% 1.030 2.605 3% 1.105 282 5% 1.663 507 50% 125.990 125.990 34% Variação Atração 24% 18% 16% 17% 18% 21% 19% 19% 17% 16% 18% 17% 17% 20% 15% 17% 20% 15% 15% 18% 14% 15% 17% 18% 18% 19% 18% 15% 17% 15% 20% 15% 17% 13% 14% 14% 17% 349% 530% 395% 13% 18% 18% 16% 19% 18% 15% 15% 34% Tabela 3.1 – Produção e Atração de Viagem por zona de tráfego, na hora-pico, para os horizontes 2010 e 2040. Fonte: SISTRAN (2009). | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 35 Figura 3.1 – Produção de viagens por Zona de tráfego - Pesquisa O-D 2004. | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 36 Figura 3.2 – Atração de viagens por Zona de tráfego - Pesquisa O-D 2004. | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 37 Figura 3.3 – Zonas da Pesquisa OD 2003 e das projeções 2010-2040. | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 38 Figura 3.4 – Produção de viagens por Zona de tráfego - Pesquisa O-D 2004. Fonte: CAMPINAS, 2004, p. 14 | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 39 Figura 3.5 – Produção de viagens por Zona de tráfego - Pesquisa O-D 2004. Fonte: CAMPINAS, 2004, p. 15 | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 40 Figura 3.6 – Principais destinos de viagens originadas na Bacia Operacional do Corredor Campo Grande - Pesquisa O-D 2004. | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 41 Figura 3.7 – Principais destinos de viagens originadas na Bacia Operacional do Corredor Ouro Verde - Pesquisa O-D 2004. | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 42 Figura 3.8 – Produção de viagens por zona de tráfego O-D Emplasa – Projeções para o horizonte 2010 | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 43 Figura 3.9 – Produção de viagens por zona de tráfego O-D Emplasa – Projeções para o horizonte 2040 | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 44 Figura 3.10 – Atração de viagens por zona de tráfego O-D Emplasa – Projeções para o horizonte 2010 | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 45 Figura 3.11 – Atração de viagens por zona de tráfego O-D Emplasa – Projeções para o horizonte 2040 | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 46 Figura 3.12 – Carregamento estimado (passageiros / hora) no sistema de transporte de Campinas | 3 – Mobilidade urbana na Área de Influência 47 4 - Estimativas de Demanda para os corredores O caderno de resultados da pesquisa Origem-Destino 2004 apresenta o carregamento, em passageiros / hora, para o sistema de transportes de Campinas (figura 3.12). A época foram realizadas medições em campo combinadas com a simulação da rede no software Transcad para obter o volume de passageiros, por sentido, nos principais eixos da cidade. O volume de passageiros para o corredor Ouro Verde na hora pico tarde, medido na Avenida das Amoreiras próximo ao cruzamento com a Avenida Mirandópolis, foi de 6.446 passageiros no sentido Centro/Bairro, e 3.435 passageiros no sentido Bairro/Centro. Para o corredor Campo Grande o volume medido no trecho entre a Avenida Transamazônica e a Rodovia Anhanguera foi de 3.223 passageiros no sentido Centro/Bairro, e 1.725 passageiros no sentido Bairro/Centro. No final de 2009 a Sistran Engenharia5 realizou estudos para apuração da demanda dos corredores Campo Grande e Ouro Verde e projeção da demanda até o ano de 2040. Foram utilizados dados obtidos a partir da pesquisa Origem-Destino realizada pela Oficina Consultores 6 , em 2004, e da pesquisa Origem-Destino domiciliar da Emplasa (Empresa Metropolitana de Planejamento de São Paulo S/A) de 2002, assim como, os dados atuais de passageiros produzidos pela bilhetagem eletrônica implantada no município, para efeito de validação. A partir da lista de linhas que compõem a rede de transporte atual na área dos corredores, foram estabelecidos pesos7 para indicar a contribuição de cada linha na demanda futura dos corredores. As tabelas 1 e 2 apresentam as linhas e o percentual estimado de migração8 da respectiva demanda para os corredores. 5 http://www.sistran.com.br ; a época, a prefeitura de Campinas considerava a hipótese de implantar um sistema de veículo leve sobre pneus nos dois eixos. O Estudo teve por objetivo avaliar a viabilidade do mesmo. 6 http://www.oficinaconsultores.com.br - A pesquisa da oficina consultores foi realizada apenas no município de Campinas, com uma divisão em maior número de zonas do que a pesquisa Emplasa. Esta, por sua vez, é domiciliar e apresenta uma caracterização mais completa dos deslocamentos. 7 O detalhamento dos cálculos e procedimentos realizados podem ser obtidos no Caderno 2 – Caracterização da Demanda do relatório Sistran, pags. 14-19. 8 A coluna “%” indica o percentual de contribuição de cada linha à demanda estimada dos corredores. Sobre a maneira como isto foi definido, o relatório afirma: “Para o cálculo da demanda atual nos | 4 - Estimativas de Demanda para os corredores 48 Bacia OV Rede Alimentadora Terminal Ouro Verde /DICs / Aeroporto / Jd Fernanda Tronco Radial Tronco Setorial ou Intersetorial Radial Alimentadora Terminal Vida Nova Tronco Terminal Vila União Alimentadora Tronco Cód.* Descrição da Linha %** 101 PARQUE UNIVERSITÁRIO / TERM. OURO VERDE 100% 102 RECANTO DO SOL / TERM. OURO VERDE 100% 103 DIC II - III / TERM. OURO VERDE 100% 104 DIC IV / TERM. OURO VERDE 100% 105 COHAB I / TERM. OURO VERDE 100% 106 COHAB II / TERM. OURO VERDE 100% 107 JD. MELINA / TERM. OURO VERDE 100% 108 JD. AERONAVE I / TERM. OURO VERDE 100% 109 DIC VI - VL. AEROPORTO / TERM. OURO VERDE 100% 110 ADEMAR DE BARROS / TERM. OURO VERDE 100% 111 JD. AERONAVE II / TERM. OURO VERDE 100% 112 JD. PLANALTO I / TERM. OURO VERDE 100% 113 JD. PLANALTO II / TERM. OURO VERDE 100% 196 T.O.V. / JD. FERNANDA VIA DIC IV 20% 198 T.O.V. / AEROPORTO DE VIRACOPOS 20% 851 CATRACA TERMINAL OURO VERDE 100% 118 TERM. OURO VERDE 100% 119 TERM. OURO VERDE (EXPRESSA) 100% 120 T.O.V / T. CENTRAL VIA SANTOS DUMONT 121 TERM. OURO VERDE / CIRCULAR ROTULA 100% 116 TERM. OURO VERDE / SHOP. DOM PEDRO 33% 125 TERM. OURO VERDE/ SHOP. IGUATEMI 50% 123 TERM. CAMPO GRANDE / TERM. OURO VERDE 50% 134 TERM. OURO VERDE / TERM. BARÃO GERALDO 33% 115 ADHEMAR DE BARROS / TERM. CENTRAL 50% 117 DIC VI / CIRCULAR RÓTULA 50% 135 JD. FILADÉLFIA / CIRCULAR RÓTULA 40% 180 JD. SANTO ANTONIO / CIRCULAR RÓTULA 126 VIDA NOVA I / TERM. VIDA NOVA 100% 127 VIDA NOVA II / TERM. VIDA NOVA 100% 853 CATRACA TERMINAL VIDA NOVA 100% 128 TERM. VIDA NOVA / TERM. OURO VERDE 100% 122 TERM. VIDA NOVA / TERM. OURO VERDE / CENTRO 130 T. VIDA NOVA / TERM. CENTRAL (EXPRESSA) 100% 131 TERM. VIDA NOVA / CIRCULAR RÓTULA 100% 150 TERM. VL. UNIÃO I 100% 151 TERM. VL. UNIÃO II 100% 152 TERM. VL. UNIÃO III 100% 855 CATRACA TERMINAL VILA UNIÃO 100% 140 T.V.UNIÃO. VIA JD. YEDA / CENTRO 100% 153 TERM. VL. UNIÃO / TERM. CENTRAL 50% 20% 0% 0% corredores propostos foi realizado um levantamento das linhas que fazem parte da bacia ou área de influência de cada corredor. Posteriormente realizou-se uma verificação linha a linha sobre a possível demanda a ser atraída para cada corredor a partir de sua implantação. Os resultados desta análise são apresentados na Tabela 1” (p.14, produto 2). Entretanto, o relatório não detalha quais os “critérios” utilizados nesta verificação, de modo a definir o percentual de contribuição. Entendemos que esta é uma forma mais sofisticada de afirmar que as estimativas foram feitas a partir do “feeling” técnico. | 4 - Estimativas de Demanda para os corredores 49 Bacia OV Rede Campos Elíseos / Radial Campinas Shopping Cód.* Descrição da Linha %** 154 TERM. VL. UNIÃO / CIRCULAR RÓTULA 50% 141 JD. CAPIVARI 100% 142 JD. SANTA TEREZINHA 100% 161 SOUZA QUEIROZ 100% 162 JD. PAULICÉIA / CENTRO DE CONVIVÊNCIA 50% 163 CAMPOS ELÍSEOS / TERM. CENTRAL 50% 164 PQ. TROPICAL / TERM. CENTRAL 50% 171 SHOP. CAMPINAS / SHOP. DOM PEDRO 0% 239 T.O.V / ESTAÇÃO PUCC 0% Área 2 Radial 213 T. ITAJAÍ / T. C. GDE / RODOVIÁRIA - VIA AMOREIRAS Área 3 Diametral 382 CAMBUÍ / CAMPINAS SHOPPING Radial 404 JD. MARIA ROSA / TERM. CENTRAL Intersetorial 205 TERM. CAMPO GRANDE / TERM. OURO VERDE Área 4 Terminal Grande Campo 33% 0% 50% 0% Tabela 4.1 – Demanda para o futuro corredor Ouro Verde Bacia CG Rede Descrição da Linha %** 162 JD. PAULICÉIA / CENTRO DE CONVIVÊNCIA 50% 163 CAMPOS ELÍSEOS / TERM. CENTRAL 50% 164 PQ. TROPICAL / TERM. CENTRAL 50% 266 TERM. PE ANCHIETA / HOSP. DAS CLÍNICAS 0% 269 TERM. PE ANCHIETA/T.B.G. 0% 307 INTERBAIRROS 2 (INCLUSIVO) 0% 308 INTERBAIRROS 2 (INCLUSIVO) 0% 230 IPAUSSURAMA/CARREF. D. PEDRO (INCLUSIVO) 100% 222 JARDIM FLORENCE I (INCLUSIVO) 100% 228 PRINCESA D’OESTE /TERM.CENTRAL 100% 229 JD. FLORENCE II (INCLUSIVO) 100% 242 JD. MIRANDA/ TERMINAL MERCADO 0% 246 JD. GARCIA JD. AURÉLIA CASTELO T. MERCADO 0% 240 JD. GARCIA CIRCULAR CENTRO 250 BOA VISTA 0% 252 PARQUE SÃO JORGE 0% 273 JD. EULINA (INCLUSIVO) 0% 271 JD. PACAEMBU 0% 253 SWIFT/VL. BOA VISTA (INCLUSIVO) 0% 260 NOVA APARECIDA / SHOP. IGUATEMI 0% 261 PE. ANCHIETA I (INCLUSIVO) 0% 263 TERM. PE. ANCHIETA/TERM.I MERCADO (INCLUSIVO) 0% 264 VILA PADRE ANCHIETA / CIRCULAR RÓTULA 0% 265 PADRE ANCHIETA / CIRCULAR CENTRO (INCL.) 0% PUCC / Intersetorial Pe Manoel da Nóbrega Radial 241 VL. PE. M. NOBREGA I/CIC.CENTRO (CASTELO) 0% 249 JD. FLAMBOYANT/PQ. EUCALIPTOS (INCL.)/ IGUATEMI 0% 239 T.O.V / ESTAÇÃO PUCC 0% Satélite Iris 221 SATELITE IRIS IV / JD. ROSSIN (INCLUSIVO) Campos Elíseos / Campinas Shopping Rod. Pedro Cód.* Radial Dom Tronco Setorial ou Intersetorial Interbairros Ipaussurama / Jd. Florence / Jd. Garcia / Jd. Miranda Intersetorial Radial Intersetorial Lix da Cunha / Radial Boa Vista / Pq São Jorge / Jd Pacaembu Intersetorial Lix da Cunha / Radial Pe Anchieta Radial | 4 - Estimativas de Demanda para os corredores 30% 100% 50 Bacia CG Rede Cód.* Descrição da Linha %** 223 SATELITE IRIS III/TERM.CENTRAL 100% 231 SATELITE IRIS I / TERMINAL CENTRAL 100% 200 JD.NOVO MARACANA / JD.LISA (INCLUSIVO) 100% 201 JD.SANTA ROSA 100% 202 PQ.VALENCA II 100% 203 CAMPINA GRANDE 100% 204 PQ.FLORESTA /T.C.GRANDE (INCLUSIVO) 100% 206 SANTA CLARA 100% 207 JD.NOVO MUNDO 100% 208 JD.MARACANA / TERMINAL C. GDE (INCLUSIVO) 100% 209 CHAC. CRUZ. DO SUL/TERM. C. GRANDE 100% 217 RESIDENCIAL SAO LUIS 100% 841 CATRACA DE SOLO - TERMINAL CAMPO GRANDE 100% 211 T.C.G./ SHOP. IGUATEMI (INCLUSIVO) 100% 205 TERM. CAMPO GRANDE / TERM. OURO VERDE 210 T.C.G/SHOP.D.PEDRO/T.B.G (INCLUSIVO) 218 JD. NOVO MARCANA/CIRC.ROTULA 213 TERM. ITAJAÍ / TERM. C. GRANDE / RODOVIÁRIA. - VIA AMOREIRAS 214 TERM. ITAJAI / EXPRESSA 100% 212 TERM. ITAJAI / RÓTULA (INCLUSIVO) 100% Terminal Ouro Verde /DICs / Tronco Setorial ou Aeroporto / Jd Intersetorial Fernanda 116 TERM. O.VERDE/SHOP.D. PEDRO (INCLUSIVO) 66% 123 TERM. CAMPO GRANDE / TERM. OURO VERDE 50% 134 TERM. OURO VERDE / TERM. BARÃO GERALDO 66% Terminal União 153 TERM. VL. UNIÃO / TERM. CENTRAL 50% 154 TERM. VL. UNIÃO / CIRCULAR RÓTULA 50% 244 VL.TEIXEIRA/SHOP.D. PEDRO (INCLUSIVO) Alimentadora Terminal Campo Grande Tronco Setorial ou Intersetorial Radial Terminal Itajaí Troncal Vila Vl Teixeira Troncal Intersetorial 50% 50% 100% 66% 0% Tabela 4.2 – Demanda para o futuro corredor Campo Grande Os percentuais (pesos) apurados foram aplicados à demanda de cada linha, obtida através dos dados de bilhetagem eletrônica. A posterior totalização permitiu apurar a demanda estimada para os futuros corredores. Corredor Campo Grande Operação Passageiros Dia Útil Passageiros Estimados Área1 8 38.628 21.768 Área2 43 165.909 75.336 Área3 2 2.064 0 Catraca Área 2 1 1.737 1.737 54 208.338 98.841 Área1 46 148.295 92.093 Área2 4 17.098 5.037 Área3 1 1.841 0 Área4 1 3.268 1.634 Catraca Área 1 3 8.118 8.118 55 178.620 106.882 Subtotal Campo Grande Ouro Verde Linhas Subtotal Ouro Verde | 4 - Estimativas de Demanda para os corredores 51 Total 108 386.958 205.723 Tabela 4.3 – Demanda estimada para os corredores A demanda estimada, em 2009, para o corredor Campo Grande foi de 98.841 passageiros; para o Ouro Verde, foi de 106.882 passageiros. Os cálculos foram realizados a partir de dados de passageiros relativos ao dia mais carregado do mês de abril de 2009, em que foram transportados cerca de 626.000 passageiros em todo o sistema. A atualização dos dados, para o mês de março de 2011, resultou em uma demanda de 115.517 passageiros no corredor Ouro Verde e 112.462 passageiros no corredor Campo Grande. Nesta data, o sistema transportou 651.864 passageiros. A partir da tabulação de dados obtidos com a bilhetagem eletrônica atualmente implantada nos ônibus de Campinas, foi possível estimar a demanda dos sistemas durante a hora-pico, quando o sistema atinge seu carregamento máximo. A hora de maior carregamento do sistema representa 12,44% da demanda diária, sendo 8,35% da demanda viajando no sentido de maior fluxo. A aplicação destes fatores nos permite medir a demanda estimada na hora e sentido de maior carregamento, para efeitos de dimensionamento de frota: Demanda Diária Hora Pico Sentido Campo Grande 112.462 9391 Ouro Verde 115.517 9646 Tabela 4.4 – Demanda atualizada – Março de 2011 4.1 – Projeções Futuras O estudo realizado pela Sistran Engenharia fez projeções, a partir dos dados da pesquisa OD RMC feita pela Emplasa, para as variáveis empregos, população, atração de viagens e matrículas, nos anos de 2020, 2030 e 2040, conforme mencionado no capítulo anterior. A análise das projeções de população indica um crescimento significativo na Zona 42 (Campo Grande), que passa de 135 mil para 184 mil habitantes em 2040 e se torna a zona mais populosa e de maior crescimento no período, e na Zona 40 (Ouro Verde), que passa de 109 mil para 137 mil habitantes. As taxas de crescimento anual destas zonas são superiores ao apresentado pelo município. | 4 - Estimativas de Demanda para os corredores 52 Zona 2010 2040 Taxa de Crescimento Anual 40 135.639 184.912 42 109.156 137.197 Campinas 1.083.696 1.235.227 1,04% 0,77% 0,44% Tabela 4.5 – Projeção populacional para as zonas OD e o município de Campinas As projeções indicam um crescimento significativo das viagens de contrafluxo, com destino às zonas 38 (Distrito Industrial), 39 (Aeroporto de Viracopos) e 40 (Ouro Verde), todas pertencentes à área de influência do corredor Ouro Verde, em função da expansão do aeroporto de Viracopos e da implantação de empresas na região. Há também um crescimento da atração na área Norte da Cidade, o que exigirá um incremento da oferta nas linhas que fazem a ligação direta entre os corredores e esta parte de Campinas. Pode-se notar ainda, um incremento na atração das zonas 14, 16 e 17, atendidas pelo corredor Guanabara-Anhumas, o que indica a necessidade de estruturação do viário daquela área com vistas a uma expansão futura da demanda. Por fim, foi realizada a projeção da demanda para os corredores nos anos de 2010, 2020, 2030 e 2040. À demanda apurada a partir da bilhetagem eletrônica foram aplicados os fatores de crescimento da produção e atração de viagens. Os resultados são apresentados na tabela a seguir: Ano Demanda Total Hora Pico da Manhã Demanda Total Dia Útil 2010 93.921 2020 Demanda Hora Pico Corredores Demanda Corredores Campo Ouro Grande Verde Campo Grande Ouro Verde 635.643 9.157 9.406 109.663 112.642 112.374 760.530 10.956 11.254 131.211 134.773 2030 120.516 815.634 11.750 12.069 140.716 144.541 2040 125.990 852.682 12.284 12.617 147.110 151.108 Tabela 4.6 – Demanda estimada para os corredores Foi realizada, ainda, uma simulação da rede de transporte dos corredores, utilizando os dados de produção e atração de viagens já mencionados, para os horizontes 2010 | 4 - Estimativas de Demanda para os corredores 53 e 2040. Na simulação foram obtidos os seguintes volumes de passageiros para a hora-pico: Corredor Ouro Verde: O maior volume de passageiros, no sentido do fluxo (Bairro/Centro Manhã), foi registrado na Rua Piracicaba, entre a Estação Piracicaba e a Estação Campos Elíseos, com 10.763 passageiros no horizonte 2010, e 15.228 passageiros, no horizonte 2040; Para o contrafluxo, o maior volume foi registrado na Avenida das Amoreiras, na altura do bairro São Bernardo, com 3.247 passageiros para o horizonte 2010, e 4.662 passageiros, para o horizonte 2040. Corredor Campo Grande: O maior volume de passageiros, no sentido do fluxo (Bairro/Centro Manhã), foi registrado na Avenida John Boyd Dunlop, entre a Estação Ipaussurama e a Estação Roseiras/Pucc, com 6.866 passageiros no horizonte 2010, e 11.664 passageiros, no horizonte 2040; Para o contrafluxo, o maior volume foi registrado na Avenida John Boyd Dunlop, nas imediações do Shopping Unimart, com 1.910 passageiros para o horizonte 2010, e 2.170 passageiros, para o horizonte 2040. Os detalhes técnicos desta simulação, bem como os volumes de embarques e desembarques por estação serão melhor detalhados no capítulo 7 do presente documento. 5 – Rede de Transporte atual A área de abrangência dos corredores corresponde à porção da cidade de onde partem as linhas com maior volume de passageiros dentre todo o sistema de transporte de Campinas. Atualmente há quatro sistemas tronco-alimentados já implantados e em operação nesta região, a partir dos Terminais Ouro Verde, Campo Grande, Vida Nova e Vila União. Falta, entretanto, construir a infraestrutura de corredores necessária para a maior fluidez das linhas troncais que partem destes Terminais. | 5 – Rede de Transporte atual 54 Dos Terminais listados, apenas o Terminal Vila União não fará parte do traçado dos corredores BRT; entretanto, o mesmo continuará sendo operado, funcionando como ponto inicial e de passagem para as linhas alimentadoras da região. As demais porções da área de abrangência são atendidas por linhas convencionais, que partem dos bairros em direção ao centro da cidade. A maior parte das linhas convencionais circula o Corredor Central ou faz ponto final no Terminal Central. Há, ainda, cinco linhas (116, 125, 134, 210 e 211) que ligam a área de abrangência do corredor aos Terminais da Área Norte e Nordeste da cidade sem passar pelo centro de Campinas. 5.1 – Rede atual – Corredor Ouro Verde 5.1.1 – Linhas Troncais Compõem esta bacia os sistemas Tronco-alimentados dos Terminais Vida Nova, Ouro Verde e Vila União. Entretanto o sistema tronco-alimentado do Terminal Vila União já está bastante descaracterizado, com sobreposição de trajetos das duas linhas alimentadoras por linhas convencionais, e linhas troncais que realizam atendimento a outros bairros antes de seguir para o centro. Desta forma, optamos por não classificar as linhas que partem do Terminal Vila União como parte da rede troncal atual do corredor Ouro Verde. Do Terminal Vida Nova partem três linhas com características de linhas tronco: 130 – Terminal Central, 131 – Corredor Central e 136 – Corredor Central, das quais a linha 130 opera de maneira expressa. Partem deste Terminal, ainda, as linhas 122 – Campinas Shopping e 132 – Rodoviária, que realizam atendimento a outros bairros antes de chegar ao Centro de Campinas, conforme a figura 5.2. Do Terminal Ouro Verde partem as linhas 116 – Shopping Dom Pedro, 118 – Cambuí, 119 – Terminal Central, 120 – Terminal Central, 121 – Corredor Central, 123 – Terminal Campo Grande, 125 – Shopping Iguatemi, e 134 – Terminal Barão Geraldo. | 5 – Rede de Transporte atual 55 As linhas 116 e 134 fazem a ligação da região do Ouro Verde com a Área Norte da Cidade de Campinas, passando pela região da Vila União, pela Avenida John Boyd Dunlop e pelo Jardim Chapadão. Pesquisas realizadas nestas linhas no ano de 2012 demonstraram que cerca de 40% dos embarques registrados no horário de pico ocorrem dentro do Terminal Ouro Verde, motivo pelo qual estas ligações serão mantidas na rede futura dos corredores BRT. A linha 118 – Cambuí parte do Terminal Ouro Verde e circula o chamado “contrarótula”, dando acesso a bairros lindeiros ao centro (Cambuí, Bosque, Vila Itapura) que atraem significativo volume de viagens. As linhas 119 – Terminal Central, 120 – Terminal Central e 121 – Corredor Central fazem a ligação entre a região e a área central de Campinas; a linha 119 opera como expressa; a linha 120 faz a ligação entre Terminais via Rodovia Santos Dumont, e possui múltiplas funções, pois atua como ligação entre a região da Rodovia Santos Dumont e dos DICs e o Terminal Ouro Verde, como ligação entre estes e os pontos de interesse ao longo da Rodovia Santos Dumont, e como rota alternativa para a Área Central. A linha 121, por sua vez, é a principal linha tronco do Terminal Ouro Verde, e deverá ser seccionada no Terminal Central com a implantação do corredor BRT. A linha 123, de maneira concomitante à linha 205, efetua a ligação do Terminal Ouro Verde com o Terminal Campo Grande, percorrendo a Avenida Luis Eduardo Magalhães. A linha 125 conecta à região ao Shopping Iguatemi, passando pelos bairros Bosque e Nova Campinas. Trata-se de uma ligação importante, com volume significativo de demanda, e que deverá ser mantida na rede BRT futura. A figura 5.1 apresenta o traçado das linhas mencionadas. 5.1.2 – Linhas Alimentadoras Nos Terminais Vida Nova e Vila União operam 2 linhas alimentadoras em cada, fazendo a conexão entre o Terminal e os bairros próximos. No Terminal Ouro Verde operam 14 linhas alimentadoras. Todas as linhas alimentadoras desta bacia são circulares, possuindo ponto final apenas no Terminal Ouro Verde. Algumas | 5 – Rede de Transporte atual 56 alimentadoras fazem trajetos muito semelhantes – uma no sentido horário, outra no sentido Anti-horário. Os percursos realizados pelas linhas podem ser vistos na figura 5.2 5.1.3 – Linhas Convencionais Na região do Ouro Verde (bacia 1 – figura 5.3) operam, de maneira sobreposta ao sistema tronco-alimentado, diversas linhas convencionais. A partir do bairro vida nova partem as linhas 122 – Campinas Shopping, 132 – Rodoviária e 133 – Corredor Central, sendo que esta última sobrepõe totalmente a linha 131, já descrita. As linhas 115 – Terminal Central , 117 – Corredor Central e 135 – Corredor Central partem, respectivamente, do Jardim Adhemar de Barros, do DIC VI e do Jardim Filadélfia para o centro da cidade, percorrendo diversos outros bairros da região antes de acessar a rodovia Santos Dumont. Estas linhas deverão ser mantidas com a implantação do sistema BRT, pois servem como conexão com os pontos de interesse nas imediações da rodovia Santos Dumont, devendo seu trajeto ser interrompido no Terminal Central. As linhas 196 – Jardim Fernanda e 198 – Aeroporto de Viracopos fazem a conexão da região do Ouro Verde com bairros das imediações do Aeroporto. Deverão ser mantidas na rede futura e transformadas em linhas alimentadoras. Na bacia 2 as linhas 140 – Terminal Central, 153 – Terminal Central e 154 – Corredor Central fazem a ligação do Terminal Vila União com o centro da cidade, conforme pode ser visualizado na figura 5.4. Além destas, atendem esta bacia as linhas 141 – Jardim Capivari e 142 – Santa Terezinha. Todas estas linhas deverão ser transformadas em linhas alimentadoras das Estações Santa Lúcia e Campos Elíseos. Na Bacia 3 as linhas convencionais 411 – Jardim Nova Mercedes e 317 – Jardim São José realizam a ligação entre bairros lindeiros à rodovia Santos Dumont e o eixo Amoreiras. Ambas serão transformadas em alimentadoras da futura estação Anhanguera. As linhas 161 – Sousa Queiroz, 162 – Jardim Paulicéia e 163 – Parque Tropical atendem bairros vizinhos ao Jardim Campos Elíseos e seguem para o centro da | 5 – Rede de Transporte atual 57 cidade pela avenida das Amoreiras. Estas linhas serão seccionadas nas Estações Campos Elíseos e Anhanguera. As linhas 404 – Jardim Maria Rosa e 416 – Jardim Petrópolis atendem bairros vizinhos a Avenida das Amoreiras, seguindo pelo centro respectivamente pela Avenida das Amoreiras e pela Avenida Prestes Maia. Ambas serão transformadas em linhas alimentadoras, seccionadas na Estação Anhanguera. Na bacia 4 as linhas 382 – São Bernardo e 171 – Campinas Shopping atendem aos bairros Cidade Jardim, São Bernardo e Parque Industrial. Tais linhas possuem itinerários pouco objetivos e intervalos grandes; devem ser seccionadas nas Estações Anhanguera e São Bernardo do corredor Amoreiras. Parte da demanda atendida por estas linhas será ainda absorvida pelo futuro corredor Perimetral. Ambas são diametrais, atendendo, respectivamente, o bairro Cambuí e o Shopping Dom Pedro, via parque Taquaral. O trecho entre o centro e o bairro ao norte destas linhas deverá ser mantido. As linhas 501 – Circular Centro e 502 – Circular Centro fazem a distribuição da demanda de passageiros a partir do Terminal Metropolitano para o corredor Central e para as vias do sistema Contra-rótula. Estas linhas deverão ser mantidas, atendendo aos Terminais Mercado e Central do corredor BRT, recebendo portanto reforço significativo na oferta. | 5 – Rede de Transporte atual 58 Figura 5.1 – Linhas Troncais atuais – Corredor Ouro Verde. | 5 – Rede de Transporte atual 59 Figura 5.2 – Linhas alimentadoras atuais – Corredor Ouro Verde. | 5 – Rede de Transporte atual 60 Figura 5.3 – Linhas convencionais atuais – Corredor Ouro Verde – Bacia 1 | 5 – Rede de Transporte atual 61 Figura 5.4 – Linhas convencionais atuais – Corredor Ouro Verde – Bacia 2 | 5 – Rede de Transporte atual 62 Figura 5.4 – Linhas convencionais atuais – Corredor Ouro Verde – Bacias 3 e 4 | 5 – Rede de Transporte atual 63 Ouro Verde - Rede Atual Linha 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 115 116 117 118 119 120 121 122 123 125 126 127 128 130 131 Denominação PARQUE UNIVERSITARIO / TERMINAL OURO VERDE (INCLUSIVO) RECANTO DO SOL / TERMINAL OURO VERDE (INCLUSIVO) DIC II E III (INCLUSIVO) DIC IV (INCLUSIVO) COHAB I (INCLUSIVO) COHAB II JARDIM MELINA (INCLUSIVO) JARDIM AERONAVE I (INCLUSIVO) DIC VI - VILA AEROPORTO ADHEMAR DE BARROS JARDIM AERONAVE II JARDIM PLANALTO I (INCLUSIVO) JARDIM PLANALTO II ADHEMAR DE BARROS (INCLUSIVO) TERMINAL OURO VERDE / SHOPPING DOM PEDRO (INCLUSIVO) DIC VI (INCLUSIVO) TERMINAL OURO VERDE (INCLUSIVO) TERMINAL OURO VERDE (EXPRESSA) TERMINAL OURO VERDE (INCLUSIVO) TERMINAL OURO VERDE (INCLUSIVO) TERMINAL VIDA NOVA / CAMPINAS SHOPPING (INCLUSIVO) TERMINAL CAMPO GRANDE /TERMINAL OURO VERDE TERMINAL OURO VERDE / SHOPPING IGUATEMI (INCLUSIVO) VIDA NOVA I (INCLUSIVO) VIDA NOVA II (INCLUSIVO) TERMINAL VIDA NOVA / TERMINAL OURO VERDE (INCLUSIVO) TERMINAL VIDA NOVA/TERMINAL CENTRAL (EXPRESSA) TERMINAL VIDA NOVA Extensão (Km) 9,36 10,12 12,44 11,70 5,45 5,45 6,70 10,00 6,22 9,38 11,85 12,94 12,81 45,63 44,87 40,94 27,68 22,30 32,07 26,30 34,66 24,85 33,55 3,92 6,24 9,91 31,20 34,12 | 5 – Rede de Transporte atual Pax Dia Útil 606 351 482 535 1.189 946 2.662 1.010 518 1.348 1.226 962 1.496 4.522 8.969 11.793 5.087 2.637 13.089 12.851 1.666 792 3.956 611 307 1.725 0 7.797 64 Frota 2 2 2 2 3 2 3 2 1 2 2 2 3 8 18 23 10 6 18 17 3 2 12 1 1 5 6 13 Intervalo Velocidade Tipo de Veículo Pico Média 18 15,60 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 18 16,87 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 21 17,77 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 21 16,71 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 7 15,57 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 10 16,35 CONVENCIONAL 8 16,75 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 16 18,75 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 24 15,55 MICRO-ÔNIBUS 14 20,10 CONVENCIONAL 19 18,71 CONVENCIONAL 20 19,41 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 13 19,22 CONVENCIONAL 14 24,44 CONVENCIONAL 8 19,94 CONVENCIONAL 5 23,39 ARTICULADO 9 18,45 CONVENCIONAL 9 23,89 CONVENCIONAL 5 23,76 CONVENCIONAL 5 20,23 ARTICULADO 35 19,81 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 60 12,43 CONVENCIONAL 7 22,88 CONVENCIONAL 20 11,76 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 30 12,48 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 8 14,87 CONVENCIONAL 12 26,00 CONVENCIONAL 8 20,68 ARTICULADO Ouro Verde - Rede Atual - Continuação Linha 132 133 134 135 136 140 141 142 150 152 153 154 161 162 163 164 171 180 196 198 317 382 404 411 416 501 502 Total Extensão (Km) 37,73 34,29 45,86 35,20 36,72 23,85 18,56 26,47 4,47 4,36 21,02 24,19 22,07 25,34 21,30 26,78 46,57 9,19 64,30 35,47 48,51 26,40 25,95 30,25 33,80 9,78 13,10 Denominação TERMINAL VIDA NOVA (INCLUSIVO) VIDA NOVA (INCLUSIVO) TERMINAL BARÃO GERALDO (INCLUSIVO) JARDIM FILADÉLFIA (INCLUSIVO) TERMINAL VIDA NOVA (INCLUSIVO) TERMINAL VILA UNIÃO (INCLUSIVO) JARDIM CAPIVARI JARDIM SANTA TEREZINHA (INCLUSIVO) TERMINAL VILA UNIÃO I TERMINAL VILA UNIÃO III TERMINAL VILA UNIÃO (INCLUSIVO) TERMINAL VILA UNIÃO SOUZA QUEIROZ JARDIM PAULICÉIA CAMPOS ELÍSEOS (INCLUSIVO) PARQUE TROPICAL (INCLUSIVO) CAMPINAS SHOPPING / SHOPPING DOM PEDRO (INCLUSIVO) JARDIM SANTO ANTÔNIO (INCLUSIVO) TERMINAL OURO VERDE / JARDIM FERNANDA (VIA DIC IV) TERMINAL OURO VERDE JARDIM SÃO JOSÉ / JARDIM SÃO MARCOS CAMBUÍ / CAMPINAS SHOPPING JARDIM MARIA ROSA (INCLUSIVO) JARDIM NOVA MERCEDES JARDIM DO LAGO (INCLUSIVO) CIRCULAR CENTRO CIRCULAR CENTRO (INCLUSIVO) 55 Pax Dia Intervalo Velocidade Frota Tipo de Veículo Útil Pico Média 3.040 5 25 18,11 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 6.017 8 12 21,43 MINIONIBUS GR C/ELEVADOR 7.629 15 9 21,50 CONVENCIONAL 6.446 11 9 21,33 MICRO-ÔNIBUS 4.039 6 16 22,95 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 1.785 3 27 17,67 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 2.523 4 16 17,40 CONVENCIONAL 1.479 3 27 19,61 CONVENCIONAL 553 1 14 19,16 MICRO-ÔNIBUS 381 1 14 18,69 MICRO-ÔNIBUS 4.435 8 9 18,55 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 5.680 10 8 19,35 CONVENCIONAL 3.182 7 10 18,92 MICRO-ÔNIBUS 2.325 5 16 19,01 CONVENCIONAL 3.804 6 12 18,52 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 5.647 9 10 17,85 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 5.836 11 14 18,14 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 582 1 35 15,75 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 707 2 70 27,56 CONVENCIONAL 1.451 2 35 30,40 CONVENCIONAL 8.457 14 11 19,40 CONVENCIONAL 1.464 4 28 14,14 CONVENCIONAL 3.023 5 18 17,30 CONVENCIONAL_INCLUSIVO 464 2 45 20,17 MICRO_ÔNIBUS 3.675 8 14 18,11 MICRO-ÔNIBUS 187 1 40 14,67 CONVENCIONAL 1.726 4 13 15,12 CONVENCIONAL 175.670 327 18,97 Tabela 5.1 – Rede Atual – Corredor Ouro Verde (dados relativos à Novembro/2012) | 5 – Rede de Transporte atual 65 5.2 – Rede atual – Corredor Campo Grande 5.2.1 – Linhas Troncais Na área de influência deste corredor o único sistema Tronco-Alimentado existente é o do Terminal Campo Grande, com 10 linhas alimentadoras e 6 linhas troncais. O trajeto das linhas troncais deste terminal pode ser visto na figura 5.5. A linha 205 – Terminal Ouro Verde realiza a ligação entre os dois terminais, em trajeto idêntico ao da linha 123. As linhas 210 – Terminal Barão Geraldo e 211 – Shopping Iguatemi realizam a ligação desta região com a área norte e nordeste da cidade, atendendo pontos de interesse como o Terminal Barão Geraldo, a Unicamp, o Shopping Dom Pedro e o Shopping Iguatemi. Estas ligações deverão ser mantidas na futura rede BRT. A ligação do Campo Grande com o Centro da cidade é realizada pelas linhas 212 – Corredor Central, 213 - rodoviária e 214 – Terminal Central, esta última operando em regime semi-expresso. A linha 213 faz uma importante ligação entre os eixos John Boyd Dunlop e Amoreiras, realizando percurso pelos bairros entre os corredores, na Bacia 2 do eixo Ouro Verde. Esta linha será paralisada na rede BRT, e a demanda será absorvida pelas linhas alimentadoras que conectam os dois corredores. Entretanto, durante o período de pré-implantação da rede BRT devem ser realizadas pesquisas nesta linha com vistas à possibilidade de manutenção deste trajeto. A linha 220 – Cambuí cumpre papel similar ao da linha 118 – Cambuí que parte do Terminal Ouro Verde, conectando a região do Campo Grande aos bairros lindeiros ao centro. Esta linha também será paralisada na rede futura, e seu trajeto será atendido pela linha 502. | 5 – Rede de Transporte atual 66 5.2.2 – Linhas Alimentadoras As linhas alimentadoras do corredor Campo Grande concentram-se no Terminal Campo Grande. Atualmente são 10 linhas em operação. Os percursos realizados podem ser visualizados na figura 5.6. 5.2.3 – Linhas Convencionais A partir da Bacia 2 partem 5 linhas convencionais, ligando os diversos bairros às margens da Avenida John Boyd Dunlop ao centro da cidade. Destas, as linhas 221 – Satélite Íris IV, 222 – Jardim Florence 1, 223 – Satélite Íris III, 228 – Princesa D´Oeste e 231 – Satélite Íris I seguem até o Terminal Central; a linha 229 – Jardim Florence II percorre o corredor Central. Todas estas linhas devem ser seccionadas na Estação Satélite Íris do futuro corredor BRT. A partir das bacias 3 e 4 partem 6 linhas convencionais, em direção à área central, das quais 4 (230 – Jardim Ipaussurama, 240 – Jardim Garcia, 249 – Parque dos Eucaliptos e 271 – Jardim Pacaembu) são diametrais, conectando os respectivos bairros ao centro de Campinas e as áreas norte e nordeste da cidade. Todas estas linhas terão seus itinerários seccionados nas Estações de Transferência Ipaussurama, Londres e Vila Iapi do corredor; entretanto, deve-se considerar a manutenção do trajeto das mesmas a partir do Terminal de Integração proposto para a Estação Vila Iapi. As linhas 241 – Vila Padre Manoel da Nóbrega e 242 – Jardim Miranda, que fazem a ligação entre os bairros e o Terminal Mercado terão seu itinerários substituídos pelas linhas alimentadoras a serem criadas para esta área. | 5 – Rede de Transporte atual 67 Figura 5.5 – Linhas Troncais atuais – Corredor Campo Grande | 5 – Rede de Transporte atual 68 Figura 5.6 – Linhas Alimentadoras atuais – Corredor Campo Grande | 5 – Rede de Transporte atual 69 Figura 5.7 – Linhas Convencionais atuais – Corredor Campo Grande – Bacia 2 | 5 – Rede de Transporte atual 70 Figura 5.8 – Linhas convencionais atuais – Corredor Campo Grande – Bacias 3 e 4 | 5 – Rede de Transporte atual 71 Campo Grande - Rede Atual Linha 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 217 220 Denominação JARDIM NOVO MARACANÃ (INCLUSIVO) JARDIM SANTA ROSA PARQUE VALENÇA II CAMPINA GRANDE (INCLUSIVO) PARQUE FLORESTA (INCLUSIVO) TERMINAL CAMPO GRANDE / TERMINAL OURO VERDE SANTA CLARA JARDIM NOVO MUNDO JARDIM MARACANÃ (INCLUSIVO) CHÁCARA CRUZEIRO DO SUL TERMINAL CAMPO GRANDE/ TERMINAL BARÃO GERALDO (INCLUSIVO) TERMINAL CAMPO GRANDE / SHOPPING IGUATEMI (INCLUSIVO) TERMINAL ITAJAÍ (INCLUSIVO) TERMINAL ITAJAÍ (INCLUSIVO) TERMINAL ITAJAÍ (SEMI EXPRESSA) (INCLUSIVO) RESIDENCIAL SÃO LUIS TERMINAL CAMPO GRANDE (INCLUSIVO) Extensão (Km) 9,10 6,97 5,50 11,00 9,04 24,85 8,47 9,10 11,90 6,20 56,04 49,05 41,40 48,00 41,93 9,25 36,60 | 5 – Rede de Transporte atual 72 Pax Dia Útil 983 779 1.167 1.482 1.955 815 1.666 860 2.063 655 5.560 4.575 17.517 11.076 5.942 679 2.544 Frota 2 1 2 3 3 2 2 2 3 1 13 10 20 20 13 3 8 Intervalo Velocidade Tipo de Veículo Pico Média 20 13,65 CONVENCIONAL 40 10,46 CONVENCIONAL 12 13,75 CONVENCIONAL 12 18,33 CONVENCIONAL 14 12,91 CONVENCIONAL 30 24,85 CONVENCIONAL 13 19,55 CONVENCIONAL 20 13,65 CONVENCIONAL 14 17,00 CONVENCIONAL 30 12,40 CONVENCIONAL 10 23,35 CONVENCIONAL 14 21,02 CONVENCIONAL 6 20,70 ARTICULADO 7 21,82 CONVENCIONAL 6 32,25 ARTICULADO 10 18,50 CONVENCIONAL 14 19,61 CONVENCIONAL Campo Grande - Rede Atual - Continuação Linha 222 223 228 229 230 231 239 240 241 242 249 271 Total Extensão (Km) 31,92 29,80 31,14 36,00 42,68 28,43 19,93 35,93 19,75 27,66 40,12 21,49 Denominação JARDIM FLORENCE I (INCLUSIVO) SATÉLITE ÍRIS III (INCLUSIVO) PRINCESA D`OESTE (INCLUSIVO) JARDIM FLORENCE II (INCLUSIVO) IPAUSSURAMA / CARREFOUR DOM PEDRO (INCLUSIVO) SATÉLITE ÍRIS I (INCLUSIVO) TERMINAL OURO VERDE JARDIM GARCIA / SHOPPING DOM PEDRO (INCLUSIVO) VILA PADRE MANOEL DA NÓBREGA I JARDIM MIRANDA JARDIM FLAMBOYANT / PARQUE DOS EUCALIPTOS (INCLUSIVO) JARDIM PACAEMBÚ 29 Pax Dia Intervalo Velocidade Frota Tipo de Veículo Útil Pico Média 7.366 11 9 18,78 CONVENCIONAL 3.932 6 18 19,87 CONVENCIONAL 2.590 4 22 21,23 CONVENCIONAL 10.722 17 6 21,82 CONVENCIONAL 5.704 8 18 17,78 CONVENCIONAL 3.874 5 18 18,95 CONVENCIONAL 1.858 3 22 18,12 CONVENCIONAL 4.955 9 14 17,11 MICRO-ÔNIBUS 3.391 7 11 15,39 MICRO-ÔNIBUS 612 2 45 18,44 CONVENCIONAL 11.863 21 6 17,70 MINIONIBUS GR 5.413 10 9 14,33 MICRO-ÔNIBUS 122.598 211 18,39 Tabela 5.2 – Rede Atual – Corredor Campo Grande (dados relativos à Novembro/2012) | 5 – Rede de Transporte atual 73 6 – Posicionamento de Terminais, Estações de Transferência e Paradas A partir da definição do traçado do corredor foram posicionadas as Estações de Transferência e Paradas ao longo do trajeto. Estão sendo propostos três tipos de parada: Paradas típicas: Possuem capacidade para receber um veículo biarticulado por vez, por sentido. Tem por objetivo atender a demanda com origem ou destino de viagem nas imediações da parada. Estações de Transferência: Possuem capacidade para mais de um veículo operando simultaneamente. Recebem as linhas troncais do corredor BRT, e linhas alimentadoras, que captam a demanda nos bairros. Possuem infraestrutura de maior porte, e devem ser projetadas para volumes significativos de passageiros realizando transbordo e acesso lindeiro; Terminais: São as maiores estruturas do corredor, localizados nas pontas do trajeto. Concentram número expressivo de linhas alimentadoras e troncais, funcionando ainda como pontos de regulação da tabela horária e de entrada e saída de veículos em operação. Oferecem diversas facilidades aos usuários (banheiros, cabines de informação, serviços e comércio variados). Para o posicionamento das Estações de Transferência, Terminais e Paradas típicas está sendo considerada uma distância média de 800 metros. As paradas e Estações foram alocadas preferencialmente nas imediações de pólos atratores de viagens. A localização sugerida para cada Estação de Transferência, Terminal e Parada Típica pode ser encontrada no projeto funcional anexo a este documento. | 6 – Posicionamento de Terminais, Estações de Transferência e Paradas 74 Figura 6.1 – Estações, paradas Típicas e Terminais propostos para os dois corredores. | 6 – Posicionamento de Terminais, Estações de Transferência e Paradas 75 7 – Rede de Transporte Proposta A implantação dos corredores Bus Rapid Transit implica em uma remodelação geral da rede. Dentre as premissas básicas adotadas para a rede de transporte está o seccionamento das linhas radiais e diametrais atualmente existentes em Estações de Transferência ao longo do trajeto, configurando assim novos sistemas troncoalimentados. Tal opção visa melhorar o desempenho operacional do corredor e racionalizar a oferta de transporte. Desta forma, a rede proposta está vinculada a implantação das Estações de Transferência. Nas bacias operacionais em que já existem sistemas troncoalimentados implantados optou-se pela não modificação dos trajetos das linhas alimentadoras. Os itinerários propostos para as linhas alimentadoras baseiam-se nos itinerários atuais, e foram definidos buscando as seguintes premissas: Transformar a linha radial em linha alimentadora, trazendo seu trajeto à Estação de Transferência do corredor mais próxima, desde que isso não implique em percurso negativo para o usuário; Manter o atendimento aos bairros, buscando retificar os itinerários aproximando-os de grandes avenidas; Favorecer a conectividade entre linhas alimentadoras e entre corredores BRT, propondo, se necessário, novas ligações entre estações de um mesmo corredor, e utilizando as estações e terminais como nós de articulação entre linhas alimentadoras da bacia. 7.1 – Rede Troncal Estão sendo propostas três diferentes operações para as linhas troncais do corredor Bus Rapid Transit: Linhas Paradoras: Efetuam parada, embarque e desembarque em todos os Terminais, paradas e Estações de Transferência ao longo do percurso; | 7 – Rede de Transporte Proposta 76 Linhas Semi-expressas: Efetuam parada apenas nos Terminais e Estações de Transferência ao longo do trajeto; Linhas Expressas: Efetuam parada apenas no Terminal Inicial e Final do trajeto. Quanto à classificação espacial: Linhas Radiais: ligam os Terminais dos bairros aos Terminais do Centro da Cidade, atendendo ao maior volume de passageiros do corredor; Linhas Intersetoriais: ligam os Terminais dos bairros a outros Terminais das áreas norte e leste de Campinas sem passar pela área central, atendendo linhas de desejo secundárias, mas com volumes significativos de passageiros. Partirão de Estações de Transferência e Terminais dos corredores BRT sem, entretanto, utilizar veículos padrão BRT. Não utilizarão o corredor em seus trajetos. 7.2 – Dimensionamento da rede As linhas que compõem a rede de transporte proposta para os corredores foram dimensionadas para o início de operação, e os dados relativos a cada linha acompanham as tabelas para cada Estação de Transferência. Os valores de frota e frequência apresentados ao longo deste estudo foram calculados da seguinte forma: a) Levantamento da oferta de transporte existente A partir dos dados operacionais das linhas da rede atual foi calculada, linha a linha, a oferta de lugares na hora de maior carregamento. Via de regra as linhas desta região operam próximas à capacidade nos horários de pico. b) Cálculo da oferta necessária para a rede futura É uma premissa básica da rede futura não ofertar menos lugares do que a rede atual. A oferta das linhas alimentadoras foi desta forma calculada a partir da oferta das linhas atuais correspondentes, acrescida de um incremento médio de 20% na oferta de transporte. | 7 – Rede de Transporte Proposta 77 Este acréscimo se justifica tendo em vista o crescimento da demanda esperado até a plena implantação do corredor e um potencial aumento de demanda após a implantação, decorrente da migração de demanda do automóvel. c) Cálculo dos dados operacionais das linhas futuras A partir do traçado proposto para as linhas foi levantada a extensão do itinerário, ao qual foram aplicadas as velocidades médias das linhas alimentadoras do sistema, com o objetivo de obter os tempos de ciclo estimados; d) Definição do intervalo, tipo de veículo e frota necessária. A partir da oferta necessária foram calculados os intervalos para cada linha alimentadora, considerando a utilização de veículos convencionais e midiônibus, sendo este último adotado para as linhas de menor demanda, com vistas à redução dos intervalos médios. Definido o tipo de veículo e o intervalo foram utilizados os dados do item c para o cálculo da frota necessária para operação. e) Definição das linhas troncais. A oferta de lugares foi agregada por Terminal e Estação de Transferência, a partir da qual foram definidos os percursos das linhas troncais, os intervalos entre partidas, e o tipo de veículo a ser adotado. Optou-se pela utilização de veículos biarticulados nas linhas troncais expressas e semi-expressas, para os quais deverá migrar a maior parte da demanda que tem por destino à área central. Foram calculadas, ainda, a frota necessária para cada linha troncal do corredor. As linhas intersetoriais tiveram suas ofertas calculadas à partir da oferta atual, acrescida de um fator de incremento da ordem de 20%. Corredor Ouro Verde Campo Grande Total Frota Atual Articulado Convencional Midiônibus Microônibus Total 30 202 8 24 264 30 131 21 22 204 60 333 29 46 468 Tabela 7.1 –Frota atual por tipo de veículo | 7 – Rede de Transporte Proposta 78 A tabela 7.2 apresenta a oferta de lugares da rede atual, classificada por tipo de linha. A classe “convencional” refere-se às linhas que não fazem parte de sistemas troncoalimentados. Corredor Ouro Verde Campo Grande Total Alimentadora 6.103 2.847 8.950 Oferta Hora Pico Atual Troncal Convencional 8.334 3.741 4.457 3.042 12.792 6.783 Total 18.178 10.347 28.525 Tabela 7.2 – Oferta de lugares atual por tipo de linha A tabela 7.3 apresenta a quantidade de veículos propostos para a nova rede dos dois corredores. Nas linhas troncais está prevista a adoção de veículos biarticulados e articulados; os demais veículos serão alocados nas linhas alimentadoras. A coluna “variação” apresenta a comparação entre a rede atual e futura, por corredor. Frota Proposta Biarticulado Articulado Convencional Midiônibus Total Variação Ouro Verde 22 60 73 84 239 -9% Campo Grande 28 37 45 26 137 -33% Total 50 97 118 110 376 -20% Corredor Tabela 7.3 – Frota proposta por tipo de veículo – rede BRT. A tabela 7.4 apresenta a oferta de viagens da rede proposta. Em função do seccionamento das linhas convencionais, a oferta de lugares nas linhas alimentadoras aumenta expressivamente. As linhas troncais propostas, quando comparadas com as linhas troncais e radiais atuais, representam um aumento de oferta de 24%. A tabela 7.5 apresenta a comparação entre as ofertas atuais e propostas. Tabela 7.4 – Oferta de lugares proposta por tipo de linha Corredor Alimentadora Ouro Verde 112% Campo Grande 169% Total 130% Oferta Hora Pico - Variação Troncal + Convencional 41% 67% 51% Total 65% 95% 76% Tabela 7.5 – Variação percentual na oferta de lugares | 7 – Rede de Transporte Proposta 79 As tabelas 7.6 e 7.7 apresentam o quadro de correspondência entre a rede de transporte atual e a rede de transporte proposta. Algumas linhas que estão sendo propostas não se baseiam em linhas atualmente existentes; em outros casos, os itinerários propostos sobrepõem duas ou mais linhas atuais. Linha atual 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 116 118 119 121 122 123 125 126 127 128 130 131 132 133 Tabela de Correspondência entre linhas - Ouro Verde Linha futura 1 Linha futura 2 Tipo de Veículo Atual Tipo de Veículo Proposto AL04-TOV Convencional Midiônibus AL05-TOV Convencional Midiônibus AL06-TOV Convencional Midiônibus AL07-TOV Convencional Midiônibus AL08-TOV Convencional Convencional AL09-TOV Convencional Convencional AL10-TOV Convencional Convencional AL11-TOV Convencional Midiônibus AL12-TOV Microônibus Midiônibus AL13-TOV Convencional Convencional AL14-TOV Convencional Midiônibus AL15-TOV Convencional Midiônibus AL16-TOV Convencional Convencional INT01-TOV Convencional Articulado TRO02-TOV AL02-TCE Convencional Articulado TROEX01-TOV Convencional Biarticulado TRO02-TOV AL01-TCE Articulado Articulado AL03-ANG TRO02-TOV Convencional Midiônibus AL17-TOV Convencional Midiônibus INT02-TOV TRO02-TOV Convencional Articulado AL01-VDN Convencional Midiônibus AL02-VDN Convencional Midiônibus AL03-TOV Convencional Convencional TROEX01-VDN Convencional Articulado TRO02-VDN AL01-TCE Articulado Articulado TRO02-VDN Convencional Articulado TRO02-VDN AL01-TCE Midiônibus Articulado | 7 – Rede de Transporte Proposta 80 Tabela de Correspondência entre linhas - Ouro Verde (continuação) Linha atual Linha futura 1 Linha futura 2 Tipo de Veículo Atual Tipo de Veículo Proposto 134 INT03-TOV Convencional Articulado 136 TRO02-VDN AL01-TCE Convencional Articulado 140 AL01-STA Convencional Convencional 141 AL02-STA Convencional Midiônibus 142 AL04-STA Convencional Midiônibus 150 AL01-STA Microônibus Convencional 152 AL03-STA AL05-STA Microônibus Convencional 153 AL03-CPE AL05-STA Convencional Convencional 154 AL03-CPE Convencional Convencional 161 AL02-CPE Microônibus Midiônibus 162 AL04-CPE Convencional Convencional 163 AL02-CPE AL03-CPE Convencional Midiônibus 164 AL01-ANG AL03-CPE Convencional Convencional 171 AL03-SBE AL01-SBE Convencional Midiônibus 180 AL18-TOV Convencional Midiônibus 196 AL01-TOV Convencional Midiônibus 198 AL02-TOV Convencional Midiônibus 205 AL17-TOV Convencional Midiônibus 213 AL05-CPE TRO01-ITJ Convencional Convencional 239 AL01-IPA Convencional Midiônibus 317 AL02-ANG AL06-CPE Convencional Convencional 382 AL01-SBE AL02-SBE Convencional Midiônibus 404 AL03-ANG AL02-STA Convencional Midiônibus 411 AL06-CPE Microônibus Midiônibus 416 AL02-STA AL02-CPE Microônibus Midiônibus Tabela 7.6 – Correspondência entre a rede atual e proposta para o corredor Ouro Verde | 7 – Rede de Transporte Proposta 81 Linha atual 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 217 220 221 222 223 228 229 230 231 239 240 241 242 249 271 Tabela de Correspondência entre linhas - Campo Grande Linha futura 1 Linha futura 2 Tipo de Veículo Atual Tipo de Veículo Proposto AL01-CPG Convencional Midiônibus AL02-CPG Convencional Midiônibus AL03-CPG Convencional Convencional AL04-CPG Convencional Convencional AL05-CPG Convencional Convencional AL17-TOV Convencional Midiônibus AL07-CPG Convencional Convencional AL08-CPG Convencional Midiônibus AL09-CPG Convencional Convencional AL10-CPG Convencional Midiônibus INT01-ITJ Convencional Articulado INT02-ITJ Convencional Articulado TRO02-ITJ Articulado Articulado AL05-CPE TRO02-ITJ Convencional Convencional TROEX01-ITJ Articulado Biarticulado AL06-CPG Convencional Convencional AL11-CPG Convencional Convencional INT02-ITJ AL02-TCE Convencional Articulado AL01-SAT Convencional Midiônibus AL02-SAT Convencional Convencional AL03-SAT Convencional Midiônibus AL04-SAT Convencional Midiônibus AL05-SAT Convencional Convencional AL05-STA AL02-STA Convencional Midiônibus AL02-IPA AL17-TOV Convencional Midiônibus AL17-TOV Convencional Midiônibus AL01-LON AL01-IAP Microônibus Convencional AL01-LON AL01-IAP Microônibus Convencional AL01-IAP Convencional Convencional AL01-LON AL01-IAP Midiônibus Convencional AL01-IAP Microônibus Convencional Tabela 7.7 – Correspondência entre a rede atual e proposta para o corredor Campo Grande 7.2.1 – Rede Troncal – Corredor Ouro Verde A rede troncal proposta para o corredor Ouro Verde é composta pelas seguintes linhas: TROEX01-VDN – É a linha troncal semi-expressa que liga o Terminal Vida Nova ao Terminal Central, efetuando parada apenas no Terminal Ouro Verde | 7 – Rede de Transporte Proposta 82 (módulo da Avenida Ruy Rodriguez) e no Terminal Central. Percorre toda a Extensão do corredor BRT. TRO02-VDN – É a linha troncal paradora que conecta o Terminal Vida Nova ao Terminal Central, efetuando parada em todas as Estações ao longo do percurso. TROEX01-TOV – É a linha troncal expressa que conecta o Terminal Ouro Verde ao Terminal Central. Será responsável por transportar com rapidez a maior parte dos passageiros da região do Ouro Verde. Não efetua parada ao longo do percurso; TRO02-TOV – É a linha troncal paradora que conecta o Terminal Ouro Verde ao Terminal Central, com o objetivo de garantir condições de acesso às viagens que tenham origem ou destino em paradas e estações de transferência ao longo do corredor. TROEX03-TOV - É a linha troncal semi-expressa que conecta o Terminal Ouro Verde ao Terminal de Integração Vila Iapi do Corredor Campo Grande. Efetua parada apenas nas Estações de Transferência Santa Lúcia e Campos Elíseos do corredor Ouro Verde. Tem por objetivo transportar até o Terminal de Integração Vila Iapi a demanda originária do corredor Ouro Verde que tem como destino a área norte e leste da cidade de Campinas. TROEX01-STA – É a linha troncal semi-expressa que conecta a Estação Santa Lúcia ao Terminal Central. Tem por objetivo transportar com rapidez a maior parte da demanda das Estações de Transferência Santa Lúcia, Campos Elíseos, Anhanguera e São Bernardo, efetuando parada apenas nestes locais. Caso necessário, poderá operar, nos horários de pico, com um atendimento iniciando viagens a partir da Estação Campos Elíseos, dado o grande volume de passageiros esperado para aquela estação. TRO02-STA – É a linha troncal paradora que conecta a Estação Santa Lúcia ao Terminal Central, efetuando parada nos diversos pontos ao longo do trajeto. INT01-IAP – É uma linha troncal paradora intersetorial que efetua a conexão entre o Terminal Vila Iapi e o Terminal Shopping Parque Dom Pedro, efetuando passagem pelo Jardim Chapadão, pela Vila Nova e pelo Taquaral. Trata-se de uma linha do tipo convencional, proposta para distribuir a | 7 – Rede de Transporte Proposta 83 demanda dos corredores BRT que não tem como destino a Área Central. Corresponde à atual linha 116. INT02-SBE – É uma linha troncal paradora intersetorial que liga a Estação São Bernardo do corredor Ouro Verde ao Terminal Shopping Iguatemi, efetuando passagem pelos bairros Bosque, Nova Campinas e Vila Brandina. Corresponde à atual linha 125. INT03-IAP – É uma linha troncal paradora intersetorial que conecta o Terminal de Integração Vila Iapi ao Terminal Barão Geraldo, passando pelo Jardim Chapadão, Castelo e Vila Nova. Ao longo do corredor BRT esta linha efetua parada apenas nas Estações Santa Lúcia, Campos Elíseos e Vila Iapi; fora do corredor esta linha atende todos os pontos ao longo do trajeto. Corresponde à atual linha 134. TRO01-CPE – Liga a Estação Campos Elíseos do corredor Ouro Verde ao Terminal Mercado do Corredor Campo Grande. É a principal linha do corredor Perimetral, e efetua parada em todas as Estações e paradas típicas dos corredores Perimetral e Campo Grande ao longo do trajeto. Fará praticamente o mesmo trajeto do antigo VLT de Campinas. A tabela 7.8 apresenta os dados operacionais das linhas mencionadas, considerando seu dimensionamento para a demanda estimada no início da operação. Rede Troncal - Corredor Ouro Verde Classificação Tipo de Vel Tempo Id Terminal Intervalo Freqüência Oferta HPS Extensão Frota Operacional Veículo Média de Ciclo TROEX01-VDN Vida Nova Semi-Expressa 10 6 Articulado 840 29.34 27 65 7 TRO02-VDN Vida Nova Paradora 10 6 Articulado 840 29.34 23 77 8 TROEX01-TOV Ouro Verde Expressa 6 10 Biarticulado 2,400 20.68 29 43 7 TRO02-TOV Ouro Verde Paradora 5 12 Articulado 1,680 20.68 23 54 11 TROEX03-TOV Ouro Verde Semi-Expressa 5 12 Biarticulado 2,880 19.40 27 43 9 TROEX01-STA Santa Lúcia Semi-Expressa 5 12 Biarticulado 2,880 13.92 27 31 6 TRO02-STA Santa Lúcia Paradora 5 12 Articulado 1,680 13.92 23 36 7 TRO01-CPE Campos ElíseosParadora 8 7.5 Articulado 1,050 15.60 23 41 5 Subtotal 78 14,250 60 INT01-IAP (116) Ouro Verde Paradora 8 7.5 Articulado 1,050 20.64 20 62 8 INT02-SBE (125) Ouro Verde Paradora 10 6 Articulado 840 15.87 22 43 4 INT03-IAP (134) Ouro Verde Paradora 10 6 Articulado 840 21.65 21 62 6 Total 97 16,980 78 Tabela 7.8 - Rede troncal proposta para o corredor Ouro Verde Além das linhas mencionadas, deverá compor a rede do corredor Ouro Verde uma linha troncal, partindo a princípio do Terminal Central, e que percorrerá a futura | 7 – Rede de Transporte Proposta 84 extensão do corredor para o Aeroporto de Viracopos, efetuando parada no Terminal Ouro Verde. 7.2.2 – Rede Troncal – Corredor Campo Grande A rede troncal proposta para o corredor Campo Grande é composta pelas seguintes linhas: TROEX01-ITJ – É a linha troncal semi-expressa que liga o novo Terminal Itajaí ao Terminal Mercado, efetuando parada apenas no Terminal Campo Grande. É a principal linha para ligação entre a bacia operacional 1 e a Área Central de Campinas. Percorre toda a extensão do corredor. TRO02-ITJ – É a linha troncal paradora que liga o novo Terminal Itajaí ao Terminal Mercado, atendendo todas as paradas típicas, Terminais e Estações de Transferência ao longo do trajeto. Visa garantir o acesso às viagens com origem ou destino ao longo do trajeto. TROEX01-SAT - É a linha troncal semi-expressa que conecta a Estação Satélite Íris ao Terminal Mercado, efetuando parada nas Estações Ipaussurama, Londres e Vila Iapi. É a principal ligação entre os bairros da bacia operacional 2 e a área central, atendendo ainda Estações das bacias operacionais 3 e 4. TRO02-SAT - É a linha troncal paradora que conecta a Estação Satélite Íris ao Terminal Mercado, efetuando parada em todas as Estações de Transferência e paradas típicas ao longo do trajeto. Tem por objetivo permitir acesso às viagens com origem ou destino nas paradas ao longo do trajeto. INT04-IAP – É a linha troncal paradora intersetorial que conecta o Terminal de Integração Vila Iapi ao Terminal Barão Geraldo, passando pelo bairros Castelo, Taquaral e Cidade Universitária. Atende a Unicamp e a PUCC. Corresponde à atual linha 210. INT05-IAP – É a linha troncal paradora intersetorial que conecta o Terminal de Integração Vila Iapi ao Terminal Shopping Iguatemi, passando pelos bairros Vila Itapura, Cambuí e Nova Campinas. Corresponde à atual linha 211. | 7 – Rede de Transporte Proposta 85 A tabela 7.9 apresenta os dados operacionais das linhas mencionadas, considerando seu dimensionamento para a demanda estimada no início da operação. Id TROEX01-ITJ TRO02-ITJ TROEX01-SAT TRO02-SAT Subtotal INT04-IAP (210) INT05-IAP (211) Total Classificação Operacional Semi-Expressa Paradora Semi-Expressa Paradora Rede Troncal - Corredor Campo Grande Tipo de Vel Tempo Intervalo Freqüência Oferta HPS Extensão Frota Veículo Média de Ciclo 4 15 Biarticulado 3,600 34.16 30 68 17 6 10 Articulado 1,400 34.16 25 82 14 4 15 Biarticulado 3,600 22.26 30 45 11 6 10 Articulado 1,400 22.26 25 53 9 Paradora Paradora 50 7.5 Articulado 6 Articulado 64 8 10 10,000 1,050 1,440 12,490 25.69 20.82 23 21 67 59 51 8 6 65 Tabela 7.9 - Rede troncal proposta para o corredor Campo Grande 7.3 – Rede Alimentadora – Corredor Ouro Verde A seguir serão apresentadas as linhas alimentadoras propostas para o corredor Ouro Verde. Os dados relativos a intervalo, frequência de partidas na hora pico, Tipo de veículo sugerido, frota e Oferta HPS (Hora-Pico-Sentido) referem-se ao dimensionamento proposto para o início da operação. 7.3.1 – Bacia Operacional 1 A bacia operacional 1 contará com dois sistemas tronco-alimentados, operando nos Terminais Ouro Verde e Vida Nova. No Terminal Vida Nova (figura 7.1) está prevista a operação de duas linhas alimentadoras (AL01-VDN e AL02-VDN) e uma linha setorial para ligação com o Terminal Ouro Verde (AL03-TOV) que deverá, em alguns horários, ser estendida para atendimento ao Bairro Rural do Friburgo. Do Terminal Vida Nova deverão partir, ainda, duas linhas Troncais do corredor BRT, uma paradora e uma expressa. O atual sistema tronco-alimentado do Terminal Ouro Verde (figuras 7.1 a 7.3) deverá ser mantido sem modificações significativas na rede. A principal modificação ocorrerá nas linhas que hoje utilizam a Avenida Ruy Rodriguez, entre a Avenida Arymana e o Terminal Ouro Verde. Tais linhas deixarão de circular por este trecho em virtude da implantação do corredor de ônibus no canteiro central, devendo utilizar a rua Apiabá como alternativa de trajeto para acesso ao Terminal. | 7 – Rede de Transporte Proposta 86 Módulo Linha 1 TROEX01-VDN 1 TRO02-VDN Módulo 1 - Troncos 2 AL01-VDN 2 AL02-VDN 2 AL03-TOV Módulo 2 - Alimentadoras Total 1 - Terminal Vida Nova Freqüência Tipo de Veículo 6,0 Articulado 6,0 Articulado 12 4,0 Midiônibus 4,0 Midiônibus 10,0 Convencional 18 30 Frota 7 8 15 1 2 13 16 31 Oferta Max HPS. 840 840 1.680 200 200 700 1.100 2.780 Tabela 7.10- Linhas propostas para o Terminal Vida Nova9 A atual estrutura do Terminal Ouro Verde deverá ser mantida, devendo-se adaptar10 o atual módulo das linhas tronco para operação com veículos com porta à esquerda. O Terminal Ouro Verde será utilizado por 15 linhas alimentadoras11, cobrindo toda a região do Ouro Verde; por duas linhas setoriais (AL01-TOV e AL02-TOV), que conectam o Terminal ao Aeroporto de Viracopos e aos bairros São Domingos e Jardim Fernanda; e por duas linhas Intersetoriais (AL18-TOV e AL01-IPA) que conectam o Terminal ao corredor Campo Grande, nas Estações Satélite Íris e Ipaussurama. O Terminal Ouro Verde será ponto de partida das duas principais linhas tronco radiais do corredor, sendo uma expressa e outra paradora. 9 A coluna capacidade refere-se à capacidade padrão do tipo de veículo utilizado na linha proposta; Oferta Max HPS refere-se à oferta de lugares proposta na hora-pico e no sentido de maior carregamento, calculada a partir da multiplicação da freqüência máxima pela capacidade do veículo. 10 Como alternativas a adaptação sugere-se o uso de circulação em mão inglesa no Terminal. Tal opção permitiria utilizar a atual configuração do Terminal, e eliminaria o grande volume de travessias para acesso a uma eventual plataforma porta a esquerda no eixo das vias de circulação interna do Terminal. Entretanto, caberá aos projetistas do Terminal estudar as implicações desta solução proposta. 11 As linhas alimentadoras do Terminal Ouro Verde são em sua maioria circulares, com ponto final no Terminal. Para cada itinerário há duas linhas: uma que percorre o trajeto em sentido horário, outra que percorre o trajeto em sentido anti-horário, o que explica o grande número de linhas alimentadoras existentes nesta bacia. | 7 – Rede de Transporte Proposta 87 2 - Terminal Ouro Verde Módulo Linha Freqüência Tipo de Veículo 1 TROEX01-VDN 6.0 Articulado 1 TRO02-VDN 6.0 Articulado 1 Linha futura - Viracopos 6.0 Articulado Módulo 1 -Av. Ruy Rodriguez 18 2 TROEX01-TOV 10.0 Biarticulado 2 TRO02-TOV 12.0 Articulado 2 TROEX03-TOV 12.0 Biarticulado Módulo 2 - T.O.V. (Troncos) 34 2 AL01-IPA 6.0 Midiônibus 3 AL01-TOV 2.0 Midiônibus 3 AL02-TOV 4.0 Midiônibus 3 AL03-TOV 10.0 Convencional 3 AL04-TOV 6.0 Midiônibus 3 AL05-TOV 6.0 Midiônibus 3 AL06-TOV 6.0 Midiônibus 3 AL07-TOV 6.0 Midiônibus 3 AL08-TOV 10.0 Convencional 3 AL09-TOV 10.0 Convencional 3 AL10-TOV 10.0 Convencional 3 AL11-TOV 6.0 Midiônibus 3 AL12-TOV 4.0 Midiônibus 3 AL13-TOV 6.0 Convencional 3 AL14-TOV 6.0 Midiônibus 3 AL15-TOV 6.0 Midiônibus 3 AL16-TOV 6.0 Convencional 2 AL17-TOV 7.5 Midiônibus 3 AL18-TOV 4.0 Midiônibus Módulo 3 - T.O.V. - (Alimentadores) 122 Total 174 Frota 7 8 24 7 11 9 27 4 5 5 13 4 4 4 4 4 3 4 3 2 3 4 4 4 8 2 84 135 Oferta Max HPS. 840 840 840 2,520 2,400 1,680 2,880 6,960 300 100 200 700 300 300 300 300 700 700 700 300 200 420 300 300 420 375 200 7,115 16,595 Tabela 7.11- Linhas propostas para o Terminal Ouro Verde 7.3.2 – Bacia Operacional 2 A rede de transporte da Bacia Operacional 2 será articulada em torno das Estações Santa Lúcia e Campos Elíseos, com a implantação de novos sistemas troncoalimentados formados a partir do seccionamento das linhas radiais atualmente existentes. O Terminal Vila União, localizado nesta bacia, deverá funcionar como ponto terminal para linhas alimentadoras das Estações Campos Elíseos, Santa Lúcia e Anhanguera, | 7 – Rede de Transporte Proposta 88 servindo assim como um ponto de articulação para viagens de curta distância dentro da região. Na Estação Santa Lúcia deverão operar cinco linhas alimentadoras (figura 7.4), a saber: AL1-STA: Conecta o Terminal Vila União à Estação Santa Lúcia percorrendo a parte sul da Vila União e os bairros Jardim Yeda e Jardim Márcia. Seu itinerário aproxima-se dos atuais percursos das linhas 150 – Terminal Vila União e 140 – Rodoviária via Jardim Ieda; AL2-STA: Parte do Jardim Petrópolis, percorre o Jardim Capivari e o Parque Ipiranga e segue até a Estação Santa Lúcia. Seu percurso sobrepõe os itinerários das atuais linhas 416, 141 e 405. AL3-STA: Conecta a estação Ipaussurama do corredor Campo Grande à Estação Santa Lúcia do corredor Ouro Verde, atendendo o Jardim Ipaussurama, a parte Norte da Vila União, o Terminal Vila União e o Jardim Santa Lúcia. Percorre em parte a Avenida Carlos Lacerda. AL4-STA: Parte do Sesi Santos Dumont e atende os bairros Jardim Maria Rosa, Jardim Santa Terezinha e Jardim Morumbi; AL5-STA: Conecta a Estação Ipaussurama à Estação Santa Lúcia, percorrendo as Avenidas Marcio Egydio de Sousa Aranha e Carlos Lacerda. Atende os bairros Jardim Ipaussurama, Vila União, Parque Tropical e Santa Lúcia. Módulo Linha 1 TROEX01-STA 1 TROEX03-TOV Módulo 1 - Troncos Expressas 2 TRO02-VDN 2 TRO02-STA 2 TRO02-TOV Módulo 2 - Troncos Paradoras 3 AL02-STA 3 AL04-STA Módulo 3 - Alimentadoras sul 4 AL01-STA 4 AL03-STA 4 AL05-STA Módulo 4 - Alimentadoras norte Total 3 - Estação Santa Lúcia/Ieda Freqüência Tipo de Veículo 12.0 Biarticulado 12.0 Biarticulado 24 6.0 Articulado 12.0 Articulado 12.0 Articulado 30 6.0 Midiônibus 5.5 Midiônibus 11 6.0 Convencional 7.5 Convencional 7.5 Convencional 21 86 Frota 6 9 15 8 7 11 26 3 5 8 3 5 4 12 61 Oferta Max HPS. 2,880 2,880 5,760 840 1,680 1,680 4,200 300 273 573 420 525 525 1,470 12,003 | 7 – Rede de Transporte Proposta 89 Tabela 7.12- Linhas propostas para a Estação Santa Lúcia Para a Estação Campos Elíseos (figura 7.5) estão sendo propostas seis linhas alimentadoras, que percorrem as bacias 2 e 3 do corredor Ouro Verde, a saber: AL1-CPE: Conecta o condomínio Sousa Queiroz a Estação Campos Elíseos, passando pela Vila Mimosa. Seu itinerário baseia-se no atual trajeto da linha 161; AL2-CPE: Conecta o condomínio Countryville a Estação Campos Elíseos, passando pela Vila Mimosa. Seu percurso sobrepõe parte dos trajetos das linhas 416 e 404; AL3-CPE: Conecta o Terminal Vila União a Estação Campos Elíseos, circulando por ruas dos bairros Santa Lúcia e Novo Campos Elíseos. Seu percurso sobrepõe parte do trajeto da linha 154; AL4-CPE: Conecta a Estação Londres do Corredor Campo Grande a Estação Campos Elíseos. Seu percurso sobrepõe o trajeto das linhas 162 e 163, passando pelas ruas dos bairros Jardim Londres, Jardim Paulicéia e Jardim Campos Elíseos. Pode-se verificar, no futuro, a possibilidade de operação desta linha em sentido horário e anti-horário; AL5-CPE: Conecta a Estação Ipaussurama à Estação Campos Elíseos, percorrendo o Jardim Ipaussurama, a Vila Perceu Leite de Barros e o Jardim Campos Elíseos, percorrendo a Avenida Paulo Provenza Sobrinho. Seu trajeto assemelha-se ao percurso da linha 213; AL6-CPE: Parte do Jardim Nova Mercedes, nas imediações da rodovia Santos Dumont, e segue para a Estação Campos Elíseos, percorrendo o Parque Eldorado, o Jardim das Bandeiras e a Vila Mimosa. Seu trajeto sobrepõe o percurso da linha 411. | 7 – Rede de Transporte Proposta 90 4 - Estação Campos Elíseos Módulo Linha Freqüência Tipo de Veículo 1 TROEX01-STA 12.0 Biarticulado 1 TRO02-STA 12.0 Articulado 1 TRO02-TOV 12.0 Articulado 1 TRO02-VDN 6.0 Articulado Módulo 1 - Troncos 42 2 TRO01-CPE 7.5 Articulado 2 TROEX03-TOV 12.0 Biarticulado Módulo 2 - Interligação 20 3 AL03-CPE 10.0 Convencional 3 AL04-CPE 12.0 Convencional 3 AL05-CPE 12.0 Convencional Módulo 3 - Alimentadoras Norte 34 4 AL01-CPE 6.0 Midiônibus 4 AL02-CPE 6.0 Midiônibus 4 AL06-CPE 1.3 Midiônibus Módulo 4 - Alimentadoras Sul 13 Total 109 Frota 6 7 11 8 32 5 9 14 4 3 4 11 2 2 1 5 62 Oferta Max HPS. 2,880 1,680 1,680 840 7,080 1,050 2,880 3,930 700 840 840 2,380 300 300 63 663 14,053 Tabela 7.13- Linhas propostas para a Estação Campos Elíseos 7.3.3 – Bacia Operacional 3 A rede de transporte da Bacia Operacional 3 articula-se em torno das Estações Campos Elíseos e Anhanguera, considerando as mesmas premissas apresentadas para as linhas da bacia operacional 2. Na Estação Anhanguera (figura 7.6) deverão operar quatro linhas alimentadoras: AL1-ANG: Conecta o Terminal Vila União a Estação Anhanguera, percorrendo os bairros Parque Tropical, Jardim Campos Elíseos e Vila Pompéia. Seu trajeto sobrepõe os percursos das linhas 163 e 164; AL2-ANG: Conecta o Jardim São José a Estação Anhanguera, passando pelo Jardim das Bandeiras, Pela Vila Mimosa e pelo Jardim do Lago. Consiste no seccionamento da atual linha diametral 317. Tem como função permitir a conectividade entre os pólos atratores do corredor Ouro Verde e os bairros citados; AL3-ANG: Parte do SESI Santos Dumont e segue pela avenida das Amoreiras, atendendo os bairros Jardim Santa Terezinha, Vila Lovatto, Jardim Santa Amália e Vila Mimosa. Tem como objetivo garantir a conexão entre o Sesi | 7 – Rede de Transporte Proposta 91 Santos Dumont e os bairros no entorno da Avenida das Amoreiras, realizada atualmente pelas linhas 404 e 416. AL3-SBE: Parte da Estação Anhanguera e segue pelos bairros Cidade Jardim e Parque Industrial até a Estação São Bernardo do corredor. Viabiliza a conexão entre o corredor e os bairros mencionados, atualmente realizada pela linha 171. Toca a Estação Jardim Miranda do corredor Perimetral. Módulo Linha 1 TRO02-STA 1 TRO02-TOV 1 TRO02-VDN Módulo 1 - Troncos 2 AL01-ANG 2 AL02-ANG 2 AL03-ANG 2 AL03-SBE Módulo 2 - Alimentadoras Total 5 - Estação Anhanguera Freqüência Tipo de Veículo 12.0 Articulado 12.0 Articulado 6.0 Articulado 30 7.5 Convencional 6.0 Convencional 6.0 Midiônibus 7.5 Midiônibus 27 57 Frota 7 11 8 26 5 6 8 5 24 50 Oferta Max HPS. 1,680 1,680 840 4,200 525 420 300 375 1,620 5,820 Tabela 7.14- Linhas propostas para a Estação Anhanguera 7.3.4 – Bacia Operacional 4 A Bacia Operacional 4 será atendida por três linhas alimentadoras, que seguem em direção a Estação São Bernardo (figura 7.7). Tais linhas têm por objetivo aproximar os passageiros desta bacia do corredor BRT, bem como distribuir os passageiros oriundos das demais bacias e que possuem interesse nesta área. AL1-SBE: Inicia e termina o itinerário na Estação São Bernardo, percorrendo os bairros São Bernardo e Parque Industrial, em sentido horário. Toca a Estação Jardim Miranda do corredor Perimetral. Seu trajeto sobrepõe o percurso das atuais linhas 382 e 171; AL2-SBE: Realiza o mesmo trajeto da AL1-SBE, percorrendo os bairros em sentido Anti-horário; AL3-SBE: Inicia-se na Estação Anhanguera e termina o trajeto na Estação São Bernardo, realizando o percurso descrito no item anterior. | 7 – Rede de Transporte Proposta 92 Na tabela de dimensionamento está sendo considerada ainda a operação de uma ou mais linhas futuras para distribuição da demanda, em itinerários circulares complementares aos eixos radiais do transporte. Módulo Linha 1 TRO02-STA 1 TRO02-TOV 1 TRO02-VDN Módulo 1 - Troncos 2 AL01-SBE 2 AL02-SBE 2 AL03-SBE 1 INT02-SBE (125) 2 Linhas futuras Módulo 2 - Alimentadoras Total 6 - Estação São Bernardo Freqüência Tipo de Veículo 12.0 Articulado 12.0 Articulado 6.0 Articulado 30 7.5 Midiônibus 7.5 Midiônibus 7.5 Midiônibus 6.0 Articulado 12.0 Convencional 41 71 Frota 7 11 8 26 3 3 5 4 Oferta Max HPS. 1,680 1,680 840 4,200 375 375 375 840 11 63 1,125 5,325 Tabela 7.15- Linhas propostas para a Estação São Bernardo 7.3.5 – Área Central A Estação de Transferência João Jorge deverá favorecer a conexão entre o BRT Ouro Verde e as demais linhas do eixo Santos Dumont / Viracopos que utilizam a Avenida Prestes Maia. Farão parada nesta estação as quatro linhas tronco propostas para o corredor Ouro Verde, em um módulo; e em outro módulo, as linhas do eixo Santos Dumont. Ambos devem ser fisicamente conectados, para favorecer a travessia de pedestres. Módulo Linha 1 TRO02-STA 1 TRO02-TOV 1 TRO02-VDN Módulo 1 - Troncos 2 Demais Linhas Módulo 2 - Eixo Prestes Maia Total 7 - Estação João Jorge Freqüência Tipo de Veículo 12,0 Articulado 12,0 Articulado 6,0 Articulado 30 90,0 Articulado 90 120 Frota 7 11 8 26 26 Oferta Max HPS. 1.680 1.680 840 4.200 12.600 12.600 16.800 Tabela 7.16- Linhas propostas para a Estação João Jorge | 7 – Rede de Transporte Proposta 93 Além das linhas alimentadoras já descritas, a rede proposta contempla a criação de duas linhas de distribuição da demanda na área central, a saber: AL1-TCE: Circula o corredor Central (Rótula), com o objetivo de distribuir a demanda ao longo da área central de Campinas. Realiza parcialmente o trajeto da linha 501; AL2-TCE: Circula as vias que formam o contra rótula, com o objetivo de distribuir a demanda que se destina aos bairros do entorno do centro (Vila Itapura, Cambuí e Bosque). Realiza parcialmente o trajeto da linha 502; As duas linhas distribuidoras devem atender aos Terminais Mercado e Central dos corredores BRT. Módulo Linha 1 TROEX01-TOV 1 TRO02-TOV Módulo 1 - Troncos Ouro Verde 2 TROEX01-VDN 2 TRO02-VDN 2 TROEX01-STA 2 TRO02-STA Módulo 2 - Demais Troncos BRT 3 AL01-TCE 3 AL02-TCE Módulo 3 - Distribuidoras Total 8 - Terminal Central Freqüência Tipo de Veículo 10.0 Biarticulado 12.0 Articulado 22 6.0 Articulado 6.0 Articulado 12.0 Biarticulado 12.0 Articulado 36 12.0 Articulado 12.0 Convencional 24 82 Frota 7 11 18 7 8 6 7 28 4 6 10 14 Oferta Max HPS. 2,400 1,680 4,080 840 840 2,880 1,680 6,240 840 840 1,680 12,000 Tabela 7.17- Linhas propostas para o Terminal Central | 7 – Rede de Transporte Proposta 94 Figura 7.1 - Linhas Alimentadoras propostas para o corredor Ouro Verde – Bacia 1 – Terminais Ouro Verde e Vida Nova | 7 – Rede de Transporte Proposta 95 Figura 7.2 - Linhas Alimentadoras propostas para o corredor Ouro Verde – Bacia 1 – Terminal Ouro Verde | 7 – Rede de Transporte Proposta 96 Figura 7.3 - Linhas Alimentadoras propostas para o corredor Ouro Verde – Bacia 1 – Terminal Ouro Verde (continuação) | 7 – Rede de Transporte Proposta 97 Figura 7.4 - Linhas Alimentadoras propostas para o corredor Ouro Verde – Bacia 2 – Estação Santa Lúcia | 7 – Rede de Transporte Proposta 98 Figura 7.5 - Linhas Alimentadoras propostas para o corredor Ouro Verde – Bacias 2 e 3 – Estação Campos Elíseos | 7 – Rede de Transporte Proposta 99 Figura 7.6 - Linhas Alimentadoras propostas para o corredor Ouro Verde – Bacias 2 e 3 – Estação Anhanguera | 7 – Rede de Transporte Proposta 100 Figura 7.7 - Linhas Alimentadoras propostas para o corredor Ouro Verde – Bacias 3 e 4 – Estação São Bernardo | 7 – Rede de Transporte Proposta 101 7.4 – Rede Alimentadora – Corredor Campo Grande 7.4.1 – Bacia Operacional 1 A rede alimentadora da Bacia operacional 1 – Campo Grande será estruturada a partir de dois Terminais: O atual Terminal Campo Grande, que passar por ampliação; e o novo Terminal Itajaí, a ser construído na confluência das Ruas Cássio Soares Couto e Aracy Caixeta Barbosa, no bairro Parque Itajaí. O Atual Terminal Itajaí, localizado na extremidade do bairro homônimo, está numa posição desfavorável para implantação de um sistema tronco-alimentado, sendo, portanto, não aproveitado. O novo Terminal Itajaí (figura 7.8) deverá ser ponto de partida das linhas troncais do Corredor Campo Grande e será alimentado por linhas originárias dos bairros a montante. As linhas alimentadoras do Terminal Itajaí seguirão até o Terminal Campo Grande, com o intuito de garantir a conexão, sem a necessidade de transbordo, entre os bairros e o subcentro do Campo Grande12. Tais linhas deverão circular na faixa da direita, junto com o tráfego em geral. O Atual Terminal Campo Grande (figura 7.9) deverá ser utilizado como módulo para linhas alimentadoras desta bacia. Em frente ao Terminal, no eixo da Rua Manoel Machado Pereira, deverá ser construída a Estação para as linhas Troncais do Corredor BRT, conectada através de passarela ou túnel ao Terminal Existente. Desta forma, o sistema tronco-alimentado existente seguirá grandes modificações de trajeto. A tabela abaixo apresenta as linhas troncais e alimentadoras que servirão ao novo Terminal Itajaí. 12 Não deve ser descartada, entretanto, a possibilidade de seccionamento destas linhas no Terminal Itajaí, ao longo do horizonte de projeto, caso as condições de circulação piorem ou caso o Terminal Campo Grande não tenha mais condições de abrigar as linhas alimentadoras. | 7 – Rede de Transporte Proposta 102 1 - Novo Terminal Itajaí Módulo Linha Freqüência Tipo de Veículo Frota Oferta Max HPS 1 TROEX01-ITJ 15.0 Biarticulado 17 3,600 Plataforma 1 - Troncos Expressas 15 17 3,600 2 TRO02-ITJ 10.0 Articulado 14 1,400 Plataforma 2 - Troncos Paradoras 10 14 1,400 3 AL04-CPG 6.0 Convencional 4 420 3 AL05-CPG 6.0 Convencional 4 420 3 AL06-CPG 7.5 Convencional 4 525 Plataforma 3 - Alimentadoras 20 12 1,365 4 AL07-CPG 6.0 Convencional 2 420 4 AL09-CPG 6.0 Convencional 3 420 4 AL11-CPG 7.5 Convencional 4 525 Plataforma 4 - Alimentadoras 20 9 1,365 5 Alimentação futura 24.0 Convencional 1,680 5 Alimentação futura 24.0 Convencional 1,680 Plataforma 5 - Alimentadoras 48 3,360 Total 64 52 7,730 Tabela 7.18- Linhas propostas para o Terminal Itajaí A tabela a seguir apresenta as linhas propostas para o futuro Terminal Campo Grande. 2 - Terminal Campo Grande Módulo Linha Freq Máx Veículo 1 TROEX01-ITJ 15.0 Biarticulado Módulo 1 - Troncos Expressas 15 2 TRO02-ITJ 10.0 Articulado Módulo 2 - Troncos Paradoras 10 3 AL01-CPG 5.5 Midiônibus 3 AL02-CPG 3.0 Midiônibus 3 AL03-CPG 6.0 Convencional 3 AL04-CPG 6.0 Convencional 3 AL05-CPG 6.0 Convencional Módulo 3 - Terminal Atual 26 4 AL06-CPG 7.5 Convencional 4 AL07-CPG 6.0 Convencional 4 AL08-CPG 5.5 Midiônibus 4 AL09-CPG 6.0 Convencional 4 AL10-CPG 4.0 Midiônibus 4 AL11-CPG 7.5 Convencional Módulo 4 - Terminal Atual 36 Total 88 Frota Oferta Max HPS 17 3,600 17 3,600 14 1,400 14 1,400 3 273 2 150 2 420 4 420 4 420 15 1,683 4 525 2 420 4 273 3 420 2 200 4 525 19 2,363 65 9,045 Tabela 7.19- Linhas propostas para o Terminal Campo Grande | 7 – Rede de Transporte Proposta 103 7.4.2 – Bacia Operacional 2 A rede de transporte da Bacia Operacional 2, atualmente composta por linhas radiais, deverá ser seccionada na Estação Satélite Íris (figura 7.10). Deverão operar nesta Estação oito Linhas, a saber: AL1-SAT: Parte do Bairro Jardim Rossin, acessa as vias marginais da Avenida John Boyd Dunlop e segue até a Estação Satélite Íris. Corresponde ao seccionamento da linha 221; AL2-SAT: Inicia o trajeto no Residencial Cosmos, atendendo ainda o Jardim Florence I. Segue até a Estação Satélite Íris pelas vias marginais da Avenida John Boyd Dunlop. Corresponde ao seccionamento da linha 222; AL3-SAT: Inicia o Trajeto no Bairro Satélite ÍrisI, percorrendo-o até a Avenida John Boyd Dunlop, por onde segue pela marginal até a Estação. Corresponde a atual linha 223; AL4-SAT: Inicia o trajeto no bairro Princesa d´Oeste, seguindo pela Av. John Boyd Dunlop até a Estação Satélite Íris. Corresponde ao seccionamento da linha 228; AL5-SAT: Inicia o trajeto no final do Bairro Jardim Florence II, percorrendo-o integralmente pela Av. Nelson Ferreira de Sousa até a Av. John Boyd Dunlop, a partir da qual, pelas vias marginais, acessa a Estação. Corresponde ao seccionamento da linha 229; AL6-SAT: Inicia o trajeto no Residencial Sirius, atualmente em construção, e segue pela Av. Heitor Lacerda Guedes para a Estação Satélite Íris. AL2-IPA: Inicia seu trajeto na Estação Satélite Íris e percorre os bairros Satélite Íris e Satélite Íris I; retorna à Avenida John Boyd Dunlop e realiza ponto final nas baias laterais da Estação Ipaussurama. Tem como objetivo permitir ao passageiro oriundo destes bairros optar, dentre as duas estações, pela que for mais conveniente, sem força-lo a realizar trajetos negativos. Seu itinerário sobrepõe parcialmente o percurso da atual linha 231; AL17-TOV: Inicia o Trajeto na Estação Satélite Íris e segue para o Terminal Ouro Verde percorrendo os bairros Satélite Ìris, Jardim São Judas Tadeu, Jardim Uruguai e Jardim Ouro Preto. Têm por objetivo proporcional a conexão entre os dois corredores BRT e os bairros localizados no entorno da Avenida | 7 – Rede de Transporte Proposta 104 Luis Eduardo Magalhães. Seu percurso sobrepõe aproximadamente o trajeto das linhas 123, 205 e 239. Módulo Linha 1 TROEX01-SAT Módulo 1 - Troncos Expressas 2 TRO02-SAT 2 TRO02-ITJ Módulo 2 - Troncos Paradoras 3 AL17-TOV 3 AL05-SAT 3 AL06-SAT 3 AL02-SAT Módulo 3 - Alimentadoras Sul 4 AL02-IPA 4 AL01-SAT 4 AL03-SAT 4 AL04-SAT Módulo 4 - Alimentadoras Norte Total 3 - Estação Satélite Íris Freq Máx Veículo 15.0 Biarticulado 15 10.0 Articulado 10.0 Articulado 20 7.5 Midiônibus 7.5 Convencional 7.5 Convencional 8.6 Convencional 31 6.0 Midiônibus 7.5 Midiônibus 6.0 Midiônibus 5.0 Midiônibus 25 60 Frota Oferta Max HPS 11 3,600 11 3,600 9 1,400 14 1,400 23 2,800 8 375 4 525 3 525 4 600 19 2,025 5 300 3 375 3 300 1 250 50 1,225 84 7,625 Tabela 7.20- Linhas propostas para a Estação Satélite Íris 7.4.3 – Bacia Operacional 3 A rede alimentadora proposta para a Bacia Operacional 3 integra-se à rede proposta para o Corredor BRT Ouro Verde. Nas Estações Ipaussurama e Londres deverão operar linhas alimentadoras que conectam os dois corredores, passando pelos diversos bairros localizados entre eles. Na estação Ipaussurama (figura 7.11) serão seccionadas linhas oriundas de bairros localizados após a Estação Satélite Íris. Nesta estação devem operar, ainda, três linhas alimentadoras que a ligarão às Estações Santa Lúcia e Campos Elíseos. Esta estação deverá receber ainda as linhas alimentadoras que venham a ser criadas para atender eventuais empreendimentos implantados no grande vazio urbano localizado do lado Esquerdo da Avenida John Boyd Dunlop. Deverão operar nesta estação: | 7 – Rede de Transporte Proposta 105 AL1-IPA: Inicia o trajeto no Terminal Ouro Verde e segue pela Avenida Luis Eduardo Magalhães até a Avenida John Boyd Dunlop e a estação Ipaussurama. Esta linha tem por objetivo dar acesso rápido ao Shopping Parque das Bandeiras e ao hospital Celso Pierro (PUCC). Corresponde a atual linha 239. AL2-IPA: Corresponde a atual linha 231, e conecta a Estação Satélite Íris ao bairro homônimo e a Estação Ipaussurama, conforme já descrito; AL3-STA: Conecta a Estação Ipaussurama ao Terminal Vila União e a Estação Santa Lúcia, percorrendo, conforme descrito, a vila união e o Jardim Ipaussurama; AL5-STA: Conecta a Estação Ipaussurama ao Terminal Vila União e a Estação Santa Lúcia, percorrendo as principais avenidas da região, conforme já descrito. AL3-CPE: Conecta a Estação Campos Elíseos à Estação Ipaussurama percorrendo a Avenida Paulo Provenza Sobrinho, conforme já descrito. 4 - Estação Ipaussurama Linha Freq Máx Veículo 1 TROEX01-SAT 15.0 Biarticulado Módulo 1 - Troncos Expressas 15 2 TRO02-SAT 10.0 Articulado 2 TRO02-ITJ 10.0 Articulado Módulo 2 - Troncos Paradoras 20 3 AL01-IPA 6.0 Midiônibus 3 AL02-IPA 6.0 Midiônibus Módulo 3 - Alimentadoras 12 4 AL03-STA 7.5 Convencional 4 AL05-STA 7.5 Convencional 4 AL03-CPE 10.0 Convencional Módulo 4 - Alimentadoras Vila União 25 Total 72 Módulo Frota Oferta Max HPS 11 3,600 11 3,600 9 1,400 14 1,400 23 2,800 4 300 5 300 9 600 5 525 4 525 4 700 13 1,750 56 8,750 Tabela 7.21- Linhas propostas para a Estação Ipaussurama Para a Estação Londres (figura 7.12) estão sendo propostas as seguintes linhas: AL1-LON: Conecta o Jardim Garcia à Estação Londres, passando pela Vila Padre Manoel da Nóbrega, Parque dos Eucaliptos, Vila Castelo Branco e | 7 – Rede de Transporte Proposta 106 Jardim Londres. Seu trajeto corresponde aproximadamente ao percurso das linhas 240, 241 e 249. AL1-IAP: Conecta a Estação Londres à Estação Vila Iapi do corredor Campo Grande. Percorre a Vila Castelo Branco, o Jardim Garcia, o Jardim Pacaembu, Conjunto Bandeirantes, Jardim Aurélia e Vila Proost de Souza. Seu trajeto corresponde aproximadamente ao das linhas 241, 242 e 271. AL4-CPE: Conecta a Estação Campos Elíseos do corredor Ouro Verde à Estação Londres, passando, conforme já descrito, pelos bairros Campos Elíseos e Paulicéia. Está sendo considerada ainda a possibilidade de criação de novas linhas alimentadoras, em vista da existência de vazios urbanos a montante da Estação13. Módulo Linha 1 TROEX01-SAT Módulo 1 - Troncos Expressas 2 TRO02-SAT 2 TRO02-ITJ Módulo 2 - Troncos Paradoras 3 AL01-LON 3 AL01-IAP 3 AL04-CPE Módulo 3 - Alimentadoras Total 5 - Estação Londres Freq Máx Veículo 15.0 Biarticulado 15 10.0 Articulado 10.0 Articulado 20 10.0 Convencional 6.0 Convencional 6.0 Convencional 22 57 Frota Oferta Max HPS 11 3,600 11 3,600 9 1,400 14 1,400 23 2,800 5 700 6 420 3 420 14 1,540 48 7,940 Tabela 7.22- Linhas propostas para a Estação Londres 7.4.4 – Bacia Operacional 4 A bacia operacional 4 será atendida pelas paradas típicas dos corredores Campo Grande e Perimetral, e pela linha alimentadora AL1-IAP, já descrita anteriormente. A Estação de Transferência Vila Iapi (figura 7.12) deverá ser utilizada como ponto de articulação entre as linhas intersetoriais que percorrem o corredor Perimetral, oriundas do eixo Ouro Verde, e as linhas intersetoriais do eixo Campo Grande. 13 A parada Paulicéia está localizada em um ponto mais favorável ao seccionamento de linhas; entretanto o entorno da Estação Londres atrai número expressivo de viagens, que justificam uma estrutura de maior porte no local. | 7 – Rede de Transporte Proposta 107 A estação deverá ser utilizada, ainda, como ponto de partida para linhas intersetoriais futuras que venham a ser criadas com o intuito de distribuir a demanda originária dos eixos BRT sem passar pelo centro de Campinas, reduzindo assim o número de passageiros que utilizarão o Terminal Mercado. Módulo Linha 1 TROEX01-SAT 1 TROEX01-ITJ Módulo 1 - Troncos Expressas 2 TRO02-SAT 2 TRO02-ITJ 2 TRO01-CPE Módulo 2 - Troncos Paradoras 3 AL01-IAP 3 INT04-IAP (210) 3 INT05-IAP (211) 3 INT01-IAP (116) 3 INT03-IAP (134) Módulo 3 - Terminal de Integração 4 Linha 249 4 Linha 240 4 Linhas Futuras Módulo 4 - Terminal de Integração Total 6 - Estação Vila Iapi Freq Máx Veículo 15.0 Biarticulado 15.0 Biarticulado 30 10.0 Articulado 10.0 Articulado 7.5 Articulado 28 6.0 Convencional 7.5 Articulado 6.0 Articulado 7.5 Articulado 6.0 Articulado 33 10.0 Midiônibus 4.3 Midiônibus 30.0 Convencional 44 102 Frota Oferta Max HPS 11 3,600 17 3,600 28 7,200 9 1,400 14 1,400 5 1,050 28 3,850 6 420 8 1,050 6 840 8 1,050 6 840 34 4,200 21 500 9 214 6 2,100 36 2,814 92 13,864 Tabela 7.23- Linhas propostas para a Estação Vila Iapi O novo Terminal Mercado deverá ser utilizado como ponto final das linhas troncais radiais, expressas, semi-expressas e paradoras do corredor Campo Grande. Deverá ser planejado de maneira integrada aos atuais Terminais “Mercado I” e “Mercado III”, que deverão ser reformados, de modo a formar uma estrutura de integração. | 7 – Rede de Transporte Proposta 108 7 - Terminal Mercado (Penido Burnier) Módulo Linha Freq Máx Veículo 1 TROEX01-ITJ 15.0 Biarticulado 1 TRO02-ITJ 10.0 Articulado Módulo 1 - Troncos 25 2 TROEX01-SAT 15.0 Biarticulado 2 TRO02-SAT 10.0 Articulado 1 TRO01-CPE 7.5 Articulado Módulo 2 - Troncos 33 3 AL01-TCE 12.0 Articulado 3 AL02-TCE 12.0 Convencional Módulo 3 - Distribuidoras 24 Total 58 Frota Oferta Max HPS 17 3,600 14 1,400 31 5,000 11 3,600 9 1,400 5 1,050 25 6,050 4 840 6 840 10 1,680 56 11,050 Tabela 7.24- Linhas propostas para o Terminal Mercado | 7 – Rede de Transporte Proposta 109 Figura 7.8 - Linhas Alimentadoras propostas para o corredor Campo Grande – Bacia 1 – Terminal Itajaí | 7 – Rede de Transporte Proposta 110 Figura 7.9 - Linhas Alimentadoras propostas para o corredor Campo Grande – Bacia 1 – Terminal Campo Grande | 7 – Rede de Transporte Proposta 111 Figura 7.10 - Linhas Alimentadoras propostas para o corredor Campo Grande – Bacia 2 – Estação Satélite Íris | 7 – Rede de Transporte Proposta 112 Figura 7.11 - Linhas Alimentadoras propostas para o corredor Campo Grande – Bacia 3 – Estação Ipaussurama | 7 – Rede de Transporte Proposta 113 Figura 7.12 - Linhas Alimentadoras propostas para o corredor Campo Grande – Bacias 3 e 4 – Estações Londres e Vila Iapi | 7 – Rede de Transporte Proposta 114 8 – Simulações De modo a subsidiar o dimensionamento dos Corredores Ouro Verde e Campo Grande, foi construído no software TRANUS14 um modelo para avaliar o carregamento da demanda sobre a rede proposta para os dois corredores, no intervalo de 30 anos (2010 – 2040). O ponto de partida15 para a elaboração desta modelagem foi o estudo já mencionado nos capítulos 3 e 4, realizado pela Sistran Engenharia, em 2009, sob encomenda da EMDEC. A partir de variáveis como geração de empregos, crescimento populacional e número de matrículas, o estudo projetou a produção e atração de viagens, no período de 30 anos, para cada zona de tráfego da pesquisa Origem-Destino realizada pela EMPLASA16 na Região Metropolitana de Campinas, em 200317. As zonas de tráfego da pesquisa OD EMPLASA, entretanto, são poucas e cobrem uma área muito grande, o que impossibilitou sua utilização. Desta forma, fez-se necessário utilizar o zoneamento da pesquisa OD realizada pela Oficina Consultores, sob encomenda da EMDEC, no ano de 2004, e que dividiu a cidade em 284 zonas de tráfego (ante as 48 zonas da pesquisa EMPLASA). O zoneamento da pesquisa OD Oficina foi feito de modo a coincidir com os limites das zonas da pesquisa OD EMPLASA, o que facilita a correlação de dados entre as duas pesquisas. Os valores de produção e atração de viagens estabelecidos para as zonas OD EMPLASA foram então desagregados para as zonas OD Oficina, tomando como referência, respectivamente a produção e atração de viagens proporcional de cada uma das zonas Oficina que, agregadas, formam uma zona EMPLASA. Desta forma, foram estimados os valores de produção e atração de viagens para as zonas Oficina nos anos de 2010, 2020, 2030 e 2040. Estes valores serviram de base para a construção do modelo. 14 www.tranus.com No presente momento não dispomos de uma pesquisa Origem-Destino adequada à realização deste trabalho. As pesquisas disponíveis - OD EMPLASA, 2003 e OD Oficina, 2004 – estão defasadas em função do tempo transcorrido e das mudanças no cenário sócio-econômico e na estruturação da mobilidade (com a implantação da integração temporal) transcorridas desde então. A projeção Sistran foi feita em cima da pesquisa OD Emplasa 2003. A OD RMC 2011, até a presente data, ainda não está disponível. 16 www.emplasa.sp.gov.br 17 SISTRAN (2009), página 19 15 | 8 – Simulações 115 Para compor a simulação foram selecionadas as zonas de tráfego interceptadas pelas linhas que compõem a rede atual dos corredores Campo Grande e Ouro Verde18, utilizando o software mapinfo. Na seqüência foram obtidas as coordenadas dos centróides das Zonas, sendo que estas coordenadas foram posteriormente importadas no software TRANUS 19 , constituindo assim as zonas de tráfego do modelo. Posteriormente partiu-se para o cadastro da base viária necessária para representar as linhas de ônibus. Para tanto, foram definidos os seguintes tipos de links: Figura 8.1 – tipos de link utilizados na simulação Foram definidos, ainda os operadores de transporte para cada tipo de linha, em função das diferentes capacidades médias dos veículos em operação. A cada operador foram atribuídos valores de velocidade média por tipo de link. 18 Esta opção deve-se ao curto prazo disponível para a elaboração do trabalho. Entendemos como ideal que esta simulação fosse feita considerando todas as zonas de tráfego da cidade. Entretanto, o volume de trabalho necessário e o tempo gasto para esta tarefa excederiam em muito os prazos estabelecidos. 19 Mais propriamente na interface gráfica do modelo TRANUS – Tranus User Shell (TUS) | 8 – Simulações 116 Figura 8.2 – Operadores cadastrados Aos operadores foram atribuídas as capacidades médias dos tipos de veículo correspondentes e as velocidades médias para cada tipo de link cadastrado, conforme a tabela 8.1. Id 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Oper ador Capacidade Convencional Miniônibus Articulado Convencional_Expresso Pedestre Convencional_Alimentador Articulado Troncal Articulado_Troncal_Expresso Paradora_BRT Expressa_BRT Complementar_BRT Alimentador_BRT 70 40 110 80 1 70 110 110 120 120 100 70 Velocidade m édia (Km / h) por tipo de link Avenida Rua Acesso pedestr e Via Expr essa Rodovia 21 18 30 30 22 18 30 30 22 17 30 30 28 18 30 30 5 5 5 0 0 22 18 30 30 22 17 30 30 28 20 30 30 22 18 30 30 22 18 30 30 22 18 30 30 22 18 30 30 Tabela 8.1 - atributos dos operadores Em seguida foram criadas as linhas de ônibus (transit routes) correspondentes à rede de transporte das respectivas bacias operacionais dos corredores. Além das linhas já listadas nas tabelas 20 4.1 e 4.2, extraídas do estudo da Sistran Engenharia, foram cadastradas outras linhas, representando ligações importantes entre as zonas de tráfego selecionadas e a área central da cidade. Foram cadastradas ainda as linhas da rede prevista para o BRT e descrita no capítulo anterior. 20 As linhas elencadas nas tabelas 4.1 e 4.2 cuja contribuição à demanda do corredor é de 0% não foram cadastradas. | 8 – Simulações 117 Dentro do modelo foram criadas duas categorias de uso do solo (land-use), correspondentes à produção e a atração de viagens. Tais setores foram configurados de modo que o setor “atração de viagens” consome o setor “produção de viagens”. Considerando que a produção e a atração de viagens são pouco sensíveis às variações do sistema de transporte21, foi estabelecida uma elasticidade de 1 para o setor “produção de viagens” e de 0 para o setor “atração de viagens”. Posteriormente, na sessão Economic Data foram cadastrados os valores de produção e atração de viagens obtidos anteriormente, correspondentes à cada zona de tráfego Oficina. Na sessão categories foram definidos os valores de hora em movimento (travel time) e hora em espera (waiting time)22. Durante o processo de calibragem foram definidos os parâmetros das taxas mínimas e máximas de geração de viagens e o “path overlapping factor”, que determina a quantidade de viagens que seguirá pelos demais caminhos que não o caminho mais curto. Tendo em vista que a elasticidade da demanda de transporte às variáveis do sistema (tempo de viagem, tempo de espera, distância percorrida e outros) é baixa, foi adotado o valor de 0,2 no parâmetro “demand elasticity”. Os demais parâmetros deste menu foram deixados como padrão. 21 A maior parte dos usuários no pico se desloca por motivo trabalho e, independente das condições do sistema (intervalo entre partidas, tempo de viagem e outros) precisa se deslocar, o que resulta em menor sensibilidade às condições do sistema de transporte. O mesmo se aplica à vaga de emprego, que “atrai” a viagem e não vai deixar de existir em função das condições do sistema. 22 Como valor de hora em movimento assumiu-se a renda média estimada para o usuário de transporte (R$ 1.759,00), obtida através da pesquisa realizada em 2009 para a 4ª avaliação da gestão do transporte público em Campinas. Este valor foi dividido pela carga horária de trabalho média mensal (200 horas), chegando-se assim ao valor de aproximadamente 8.5 reais por hora. O valor da hora parada é usualmente o dobro da hora em movimento. | 8 – Simulações 118 Figura 8.3 – Dados de calibragem do transporte Figura 8.4 – Dados de calibragem do transporte Os valores de demanda (boardings) obtidos para cada linha foram comparados com os valores registrados pela bilhetagem em um dia típico do mês de maio/2012, obtendo-se uma correlação de 0.8223. 23 Grande parte do tempo empregado para a construção deste modelo foi utilizada na busca dos parâmetros mencionados, como forma de aumentar esta correlação. Consideramos que este valor de correlação é significativo. A obtenção de valores maiores de correlação seria possível caso dispuséssemos de maior tempo para montagem do modelo integral da cidade e, principalmente, de informações mais atualizadas e confiáveis. Entendemos isto como fundamental para o definitivo dimensionamento da rede de transporte. | 8 – Simulações 119 8.1 – Resultados da simulação Após a calibração foi rodado o cenário B, no qual são mantidos os parâmetros de calibragem e o volume de viagens produzidas e atraídas, e são modificadas as linhas de ônibus. As linhas que compõem a rede atual foram desativadas e as linhas que compõem a rede futura foram ativadas, resultando assim nos carregamentos previstos para cada linha após a implantação do corredor. Na sequência foram cadastrados os volumes de produção e atração da demanda para 2040, e o modelo foi novamente executado. As linhas da rede futura tiveram suas freqüências recalculadas de modo a ampliar em aproximadamente 40% a oferta de viagens, visto que as projeções da Sistran consultoria indicaram este crescimento médio próximo a este valor na produção e atração de viagens no período 2010 – 2040. Após uma primeira execução do modelo verificou-se que algumas linhas apresentaram relação demanda/capacidade (Critvo/Cap) superior a 1, o que exigiu um aumento maior de oferta. Ao final do processo, foi possível obter dados como o número de embarques e desembarques estimados por linha, o número de embarques e desembarques por link24, o trecho crítico de cada linha, entre outros. A tabela a seguir apresenta os resultados da simulação25. 24 As estações de transferência e terminais foram representadas com links. O volume de embarques e desembarques da Estação corresponde ao volume de boardings e alights registrado no respectivo link. Em algumas estações foi necessário usar diversos links para representar uma mesma estação. 25 Após alguns testes verificou-se que não era viável estimar a demanda das paradas, visto que o tamanho da zona OD Oficina (em média 1,3 km2) é grande demais para tal. | 8 – Simulações 120 Corredor Estação Volume Total Embarques 2040 Campo Grande Terminal Campo Grande 5,217 7,963 53% 2,726 4,181 2,491 3,781 Campo Grande Estação Penido Burnier 6,178 9,635 56% 1,407 1,524 4,770 8,111 Campo Grande Estação Satélite Íris II 4,223 8,139 93% 2,168 4,146 2,055 3,994 Campo Grande Estação Londres 2,658 3,087 16% 1,341 1,648 Campo Grande Estação Ipaussurama 1,138 1,320 16% Campo Grande Terminal Itajaí Novo 4,307 Campo Grande Estação Vila Iapi Ouro Verde Terminal Ouro Verde Ouro Verde Terminal Central Ouro Verde Variação 2010 2040 Desembarques 2010 2010 2040 1,439 1,317 860 991 278 329 8,768 104% 2,141 4,362 2,166 4,406 9,669 12,831 33% 4,832 6,368 4,837 6,463 9,421 15,166 61% 6,972 9,817 2,449 5,348 11,746 16,655 42% 2,350 3,989 9,395 12,667 Estação Santa Lúcia 5,028 7,036 40% 2,565 3,662 2,464 3,374 Ouro Verde Estação Campos Elíseos 5,513 7,696 40% 2,329 3,404 3,185 4,292 Ouro Verde Terminal Vida Nova 1,829 2,760 51% 1,628 2,527 201 233 Ouro Verde Estação Anhanguera 2,107 2,521 20% 733 928 1,374 1,593 Ouro Verde Estação João Jorge 1% 251 226 444 477 Ouro Verde Estação São Bernardo 16% 2,459 2,742 2,466 2,967 695 703 4,924 5,709 Tabela 8.2 – Volume de passageiros simulado por Estação / Terminal Figura 8.5 – Representação do carregamento dos corredores BRT - Horizonte 2040 | 8 – Simulações 121 A figura 8.5 mostra o carregamento previsto para 2040 ao longo dos Corredores Campo Grande e Ouro Verde. Conforme a simulação, o trecho entre a estação Paulicéia e a Rodovia Anhanguera é o trecho de maior carregamento do corredor Campo Grande, registrando 11.462 passageiros/hora/sentido. O trecho crítico do corredor Ouro Verde está localizado entre a Estação Santa Lúcia e a Estação Campos Elíseos26, registrando 15.228 passageiros/hora/sentido. 8.2 – Dimensionamento das Estações A principal premissa adotada no dimensionamento das Estações é evitar que as mesmas atuem como gargalo para o desempenho do sistema. Desta forma, o dimensionamento foi feito a partir dos volumes de embarque e desembarque simulados por estação e dos headways máximos27 nas linhas tronco e intersetoriais que utilizarão as Estações, de modo a permitir a operação dos corredores com bom nível de serviço mesmo em situações de demanda bem superiores à atual. Para tanto, foram calculados, a partir dos headways máximos de cada linha (tabelas 7 e 8) e do volume de passageiros esperado para cada Estação (tabelas 4 e 5) o nível de saturação 28 , ponto de partida básico para o dimensionamento. Os respectivos valores são apresentados nas tabelas 8.3 e 8.4. 26 A análise dos resultados da simulação indica uma razoável renovação de passageiros ao longo do corredor; atualmente isto não se observa nos dois corredores. 27 Segundo o manual de BRT, “Linhas devem ter freqüências variando entre 10 e 30 veículos/hora, i.e, headways de 6 a 2 minutos”. Se a freqüência necessária é maior que 30 veículos/hora em uma mesma linha, a mesma pode ser dividida em duas” (p.294). Esta premissa foi adotada na definição do headway máximo admissível das linhas tronco do corredor. 28 O Nível de saturação corresponde ao percentual de tempo que a plataforma da estação estará ocupada por ônibus. Segundo o manual de BRT, níveis de saturação abaixo de 0,3 são ideais, devendo-se evitar saturações superiores a 0,4. A equação utilizada para o cálculo do nível de saturação está disponível na página 289 do manual de BRT do ministério das Cidades. | 8 – Simulações 122 Rede máxima - Ouro Verde Linhas Freqüência Máxima TROEX01-VDN 10 TRO02-VDN 10 TROEX01-TOV 20 TRO02-TOV 10 TROEX01-STA 10 TRO02-STA 10 TROEX03-TOV 15 TROEX01-VCP 8 TRO02-VCP 8 Oferta Troncos 101 Pax Trecho Crítico (2040 Tranus) Oferta mínima (nível de serviço 80%) Margem de Erro estabelecida (20%) Oferta sugerida para dimensionamento Variação Tipo de Veículo Máximo Oferta Biarticulado 2,400 Articulado 1,400 Biarticulado 4,800 Biarticulado 2,400 Biarticulado 2,400 Biarticulado 2,400 Biarticulado 3,600 Articulado 1,120 Articulado 1,120 21,640 15,228 19,035 22,842 21,640 42% Tabela 8.3 – Headways máximos – Corredor Ouro Verde29 Rede máxima - Campo Grande Linhas Freqüência Máxima TROEX01-ITJ 26 TRO02-ITJ 16 TROEX01-SAT 26 TRO02-SAT 16 Oferta Troncos 84 Pax Trecho Crítico (2040 Tranus) Oferta mínima (nível de serviço 80%) Margem de Erro estabelecida (20%) Oferta sugerida para dimensionamento Variação Tipo de Veículo Máximo Oferta Biarticulado 6,240 Biarticulado 3,840 Biarticulado 6,240 Biarticulado 3,840 20,160 11,462 13,485 16,182 20,160 76% Tabela 8.4 – Headways máximos – Corredor Campo Grande 29 Considerando que o Corredor Ouro Verde deverá apresentar menor crescimento, além do menor espaço disponível para construção de Estações e Faixas segregadas, optou-se por trabalhar com headways máximos menores e, conseqüentemente, menor capacidade de transporte neste corredor. | 8 – Simulações 123 Valores de Referência Saturação Subparadas 0.40 1 0.80 2 1.00 3 1.40 4 Tabela 8.5 – Valores de referência para saturação de estações. Fonte: Manual de BRT, pág. 391 As tabelas 8.7 a 8.10, a seguir, apresentam o dimensionamento proposto para as Estações dos corredores Campo Grande e Ouro Verde. O dimensionamento proposto baseia-se na divisão em módulos, definidos da seguinte forma: Módulo simples: Possui uma subparada e é capaz de receber, por vez, um veículo biarticulado, com extensão aproximada de 30 metros de plataforma. Ut Módulo Duplo: Capaz de receber, em uma subparada, dois veículos biarticulados simultaneamente, o que resulta em uma extensão aproximada de plataforma de 65 metros. Módulo Alimentador: Consiste em uma plataforma para parada de veículos preferencialmente à direita, com múltiplas subparadas – em geral uma para cada linha alimentadora prevista para a Estação de Transferência ou Terminal. As linhas alimentadoras deverão ser acomodadas em módulos próprios, com no mínimo uma subparada/berço para cada linha, assumindo a frequência máxima de 12 ônibus convencionais por hora para cada linha alimentadora. Foi adotado ainda um espaçamento entre módulos de 1,7 vezes o tamanho do veículo de referência (biarticulado), em estações formadas pela junção de dois ou mais módulos. Os valores de extensão de plataforma nos terminais devem ser tomados como referência, cabendo ainda análise, discussão e readequação em função do espaço existente. | 8 – Simulações 124 Tipo de Subparadas/Berços Extensão (m) Simples - Troncos Duplo - Troncos Alimentador - Terminais Alimentador - Estações Alimentador - Linhas de passagem 30 65 20 30 43 Tabela 8.6 – Extensões de referência para o dimensionamento das Estações O dimensionamento das estações visa garantir que o corredor possa atingir freqüências e ofertas bastante superiores às apresentadas atualmente, e superiores às demandas futuras. Cabe lembrar que o trabalho se deu a partir de informações desatualizadas e insuficientes; cabe lembrar, ainda, que as projeções realizadas pela consultoria SISTRAN consideram a manutenção do atual “estado das coisas”. Portanto, uma análise das perspectivas futuras indica algumas tendências que não foram consideradas pelas projeções, e que desestimulariam o uso do automóvel, promovendo alguma migração para o transporte coletivo: Aumento dos preços dos combustíveis30; Aumento no número de viagens/habitante, decorrente da maior atividade econômica31; Acirramento da questão ambiental; Piora nas condições de circulação, em função do maior número de viagens sendo realizadas. Neste caso, a existência de um serviço de transporte público de qualidade pode atrair número significativo de viagens; Deste modo, acreditamos que o dimensionamento feito exclusivamente em cima das projeções de demanda não é suficiente e traz um risco alto de construção de uma estrutura que, antes do horizonte previsto, torna-se incapaz de cumprir adequadamente sua função. Desta forma, adotamos margens de variação significativas, de modo a dotar os corredores de capacidade suficiente para 30 Vide a teoria do “Pico de Hubbert”. A maior parte das descobertas de petróleo atuais se dá em poços profundos, de exploração mais cara. 31 Segundo o Caderno do IPEA nº94, o índice de viagens/habitante no Brasil está em atualmente 1,86, considerado ainda baixo quando comparado com países desenvolvidos. O estudo trabalha com a perspectiva de crescimento para 2,5 viagens/habitante até 2025. | 8 – Simulações 125 absorver crescimentos não previstos na demanda, bem como permitir maior adensamento e ocupação populacional ao longo dos eixos dos corredores. | 8 – Simulações 126 Campo Grande - Dimensionamento Subparadas Núm. Módulos Demanda Estimada (2040) Estação Troncais Alimentadoras Simples Duplo Alimentador Embarques Desembarques Total Novo Terminal Itajaí 2 8 2 3 4,362 4,406 8,768 Terminal Campo Grande 2 11 1 1 2 4,181 3,781 7,963 Estação Satélite Íris 2 8 1 1 2 4,146 3,994 8,139 Estação Ipaussurama 1 5 2 2 991 329 1,320 Estação Londres 1 3 1 1 1,439 1,648 3,087 Estação Vila Iapi 2 10 2 2 6,368 6,463 12,831 Terminal Mercado 2 * 3 1,524 8,111 9,635 Tabela 8.7 – Dimensionamento proposto para as Estações do Corredor Campo Grande Ouro Verde - Dimensionamento Subparadas Núm. Módulos Demanda Estimada (2040) Troncais Alimentadoras Simples Duplo Alimentador Embarques Desembarques Total Terminal Vida Nova 1 3 1 2 2,527 233 2,760 Terminal Ouro Verde 3 19 2 5 9,817 5,348 15,166 Estação Santa Lúcia 2 5 2 2 3,662 3,374 7,036 Estação Campos Elíseos 2 6 2 1 2 3,404 4,292 7,696 Estação Anhanguera 1 4 2 1 928 1,593 2,521 Estação São Bernardo 1 5 1 1 2,742 2,967 5,709 Estação João Jorge 1 3 2 1 226 477 703 Terminal Central 4 * 2 3,989 12,667 16,655 Estação Tabela 8.8 – Dimensionamento proposto para as Estações do Corredor Ouro Verde | 8 – Simulações 127 Campo Grande - Dimensionamento Estação Terminal Itajaí Terminal Campo Grande Estação Satélite Íris Estação Ipaussurama Estação Londres Estação Vila Iapi Terminal Mercado Largura - Plataforma Extensão de Plataformas (m) Extensão Total (m) linhas tronco(m) Troncos Alimentadoras 7 177 160 337 9 142 220 362 7 142 240 382 5 107 150 257 5 65 60 125 7 177 250 427 7 184 184 Tabela 8.9 – Dimensionamento proposto para as Estações do Corredor Campo Grande Ouro Verde - Dimensionamento Estação Terminal Vida Nova Terminal Ouro Verde Estação Santa Lúcia Estação Campos Elíseos Estação Anhanguera Estação São Bernardo Estação João Jorge Terminal Central Largura - Plataforma Extensão de Plataformas (m) Extensão Total (m) linhas tronco(m) Troncos Alimentadoras 5 65 60 125 9 177 380 557 7 107 150 257 7 219 180 399 5 107 80 187 5 65 100 165 5 107 120 227 9 177 177 Tabela 8.10 – Dimensionamento proposto para as Estações do Corredor Ouro Verde | 8 – Simulações 128 8.3 – Descritivo do Dimensionamento – Corredor Campo Grande Terminal Itajaí: Deverá ser construído em dois grandes setores: um para as linhas troncais do corredor BRT, que iniciarão a operação neste Terminal; e outro para as linhas alimentadoras, que podem tanto efetuar passagem pelo Terminal quanto efetuar ponto final. O setor para as linhas troncais deverá permitir o acostamento simultâneo de dois veículos, em duas subparadas: uma das subparadas será utilizada pelas linhas paradoras do corredor BRT; outra subparada pelas linhas expressas e semi-expressas. As linhas troncais expressa e paradora devem operar com veículos biarticulados. Tendo em vista que o Terminal é o ponto final do corredor não é necessário repetir esta configuração para ambos os sentidos. Deve ser considerada a possibilidade de implantar uma plataforma única de desembarque e uma plataforma de embarque após o retorno do ônibus. O módulo para linhas alimentadoras deverá ter oito subparadas, dispostas em três plataformas, que acomodarão uma subparada para cada linha alimentadora em operação no Terminal e mais duas subparadas que virão a ser utilizadas por linhas futuras que se façam necessárias. Os acessos veiculares a cada módulo devem ser independentes, para que não haja interferências na operação. O Terminal Itajaí deve ainda ser projetado de maneira a permitir que linhas vindas dos três eixos viários (Aracy Caixeta Barbosa; Cassio Soares Couto e Estrada Municipal da Paz) possam acessar o módulo alimentador. As linhas do eixo BRT, por sua vez, devem acessar o Terminal pela R. Professora Aracy Caixeta Barbosa. Terminal Campo Grande: O Atual Terminal Campo Grande deverá ser transformado em módulo para as linhas alimentadoras, conectado via túnel de pedestres ou passarela à Estação a ser construída para as linhas do corredor BRT, no eixo da Rua Manoel Machado Pereira. Considerando que o atual Terminal possui cerca de 250 metros de plataforma e 11 subparadas o mesmo deverá comportar, no horizonte de projeto, o volume de linhas alimentadoras proposto para esta região, conforme a tabela 8.9. | 8 – Simulações 129 A nova Estação a ser construída deve ocupar o canteiro central da via. A plataforma deverá comportar três ônibus operando simultaneamente, em duas subparadas; uma subparada com capacidade para receber dois ônibus biarticulados, na qual operarão as linhas troncais expressas; e uma subparada com capacidade para um ônibus biarticulado, onde operarão as linhas paradoras. Entre cada subparada deve haver espaço suficiente para a manobra de aproximação, alinhamento e saída dos veículos. Os dois módulos (Terminal atual e Estação BRT) conectados formarão uma única área paga, não havendo necessidade da existência de catracas ou bloqueios entre eles. Futura Estação Rossin: Nas imediações da parada Rossin, próximo ao bairro homônimo, deverá ser reservado espaço suficiente para a implantação futura de uma Estação de Transferência, a ser utilizada, caso necessário, por linhas oriundas de bairros a serem criados no entorno da Avenida John Boyd Dunlop. Estação Satélite Íris: Deverá ser construída no eixo central da Avenida, a partir do deslocamento da pista sentido Centro-Bairro da Avenida John Boyd Dunlop em direção ao terreno vazio em frente, formando, no canteiro central da mesma, um espaço do tipo “ilha”. Esta opção se justifica ante a necessidade de utilizar a Estação como ponto inicial de linhas troncais do corredor, o que exige um retorno para o sentido bairro-centro, bem como ponto final para as linhas alimentadoras, que farão retorno para o sentido centro-bairro. A configuração “ilha” permite que tais movimentos sejam feitos sem a interferência do tráfego em geral. O grande volume de transbordos previsto para a Estação justifica a opção de levar as linhas alimentadoras para dentro da área da Estação, de modo a evitar a necessidade dos passageiros atravessarem a avenida durante o transbordo. Para tanto, a configuração proposta para a Estação é a seguinte: o Uma Estação para o corredor BRT, no eixo central; o Duas plataformas para linhas alimentadoras, uma de cada lado da Estação central; As plataformas das linhas alimentadoras deverão ser suficientes para operação das oito linhas alimentadoras propostas, sendo que cada linha | 8 – Simulações 130 deverá ter seu berço correspondente. Cada uma das plataformas para linhas alimentadoras deverá ter ao menos 120 metros, de modo a atender a extensão proposta. A estação central deverá ser formada pela junção de dois módulos (um simples e um duplo), com capacidade para operar com três veículos simultaneamente, em duas subparadas: uma subparada com capacidade para dois veículo biarticulados, dedicada às linhas troncais expressas e semiexpressas; outra subparada com capacidade para um veículo biarticulado, dedicada às linhas paradoras. A estação deverá funcionar sob o regime de integração tarifária (área paga). Deve ser estudada a possibilidade de colocar a linha de bloqueios no acesso às plataformas das linhas alimentadoras, permitindo assim o livre trânsito de pedestres entre as plataformas alimentadoras e a Estação BRT. Estação Ipaussurama: A ser implantada nas imediações do Shopping Parque das Bandeiras. Seu projeto deverá ser feito considerando as diversas intervenções viárias previstas para o acesso ao shopping, que incluem a abertura de baias de ônibus e de acessos para pedestres. O módulo para as linhas troncais do BRT deverá ser implantado no eixo central da Avenida; as plataformas implantadas a direita da avenida devem ser aproveitadas para operação de veículos alimentadores, sendo a baia do sentido bairro-centro preferencialmente utilizada pelas linhas que seguirão para a região da Vila União / Campos Elíseos, e a baia do sentido centro-bairro pelas linhas que retornarão pela avenida John Boyd Dunlop em direção aos bairros Satélite Íris e Jardim São Judas Tadeu. A configuração proposta para a Estação é a seguinte: o Uma Estação BRT no Canteiro Central, com dois módulos simples e duas subparadas e capacidade para dois veículos biarticulados, a ser implantado no eixo central da avenida, para atendimento às linhas troncais do corredor; o Dois módulos simples, correspondentes às baias à direita já mencionadas, para operação de veículos alimentadores das cinco linhas alimentadoras propostas para a estação e para demais linhas que venham a ser criadas. | 8 – Simulações 131 Estação Londres: Deverá ser construída no eixo central da avenida, a partir do aproveitamento do espaço viário e de canteiro já existente no local, com capacidade para receber dois veículos biarticulados simultaneamente, operando em um módulo duplo com uma subparada; e um módulo alimentador. No módulo duplo deverão operar as linhas troncais paradoras e semiexpressas do eixo BRT. Considerando a falta de espaço no entorno, deve-se estudar a possibilidade do módulo alimentador ser implantado no eixo central da via, integrado à Estação BRT, para operação de veículos alimentadores com porta à esquerda. Caso esta opção seja adotada, o módulo deverá comportar dois veículos convencionais operando simultaneamente, por sentido de circulação. Estação Vila Iapi: Deverá ser construída utilizando o espaço existente no entorno do antigo leito ferroviário do VLT, desapropriando, se necessário, parte do terreno vazio ao lado. A Estação Vila Iapi deverá ser um dos pontos de maior carregamento em toda a rede de transporte de Campinas. Esta Estação de Transferência e o Terminal Anexos estão sendo concebidos como ponto de articulação entre os três corredores BRT e linhas que venham a ser criadas para distribuição da demanda, conectando a estação a porções da cidade que atraiam volume representativo de viagens, sem a necessidade de passar pela área central. A estação deve ter um módulo com uma subparada de extensão suficiente para operação simultânea de quatro veículos biarticulados, acomodados em dois módulos duplos: um deles será destinado à operação das linhas troncais semiexpressas dos corredores; o outro será destinado às linhas paradoras dos corredores. Deverá contar, ainda, com módulo anexo (Terminal de Integração), localizado ao lado da Estação BRT, com acesso pela Rua André Fort. Este Terminal será utilizado por linhas que conectarão o sistema BRT a demais áreas da cidade, sem passagem pela região central do município; e pela linha alimentadora que conectará a Estação Vila Iapi à Estação Londres. Para este módulo estão sendo propostos 10 berços, sendo um berço para a linha alimentadora e os demais correspondentes às ligações diretas para os seguintes pontos, que deverão ser implantadas ao longo do horizonte de projeto: o Terminal Barão Geraldo; | 8 – Simulações 132 o Terminal Padre Anchieta; o Terminal Shopping Parque Dom Pedro; o Terminal Shopping Iguatemi; o Estação Amarais; o Estação Cidade Judiciária; o Estação Sousas; o Estação Abolição; o Estação Parque Prado; A circulação pelo Terminal de Integração deverá ser planejada de modo a permitir entrada e saída pela Rua André Fort e pelo corredor BRT. O objetivo é permitir que as linhas integradas possam utilizar parcialmente o corredor BRT para acesso a Avenida Alberto Sarmento. O Terminal de Integração deve ser projetado de modo a permitir a operação com área paga em ambos os módulos e entre eles. Devem ser posicionados nesta Estação retornos que possibilitem às linhas troncais efetuar ponto final e retorno na Estação. Deve ainda ser reservado espaço para alocação de uma área de espera e recolha (“mangueira”) para estacionamento de veículos que estejam recolhidos, ou em reserva técnica para entrar em operação como reforço ao Terminal Mercado, no pico da tarde. Terminal Mercado: O Terminal Mercado contará com duas grandes estruturas. A estrutura utilizada pelo corredor Campo Grande deverá ser implantada no eixo central da Avenida João Penido Burnier, no trecho entre o viaduto da Avenida Senador Saraiva e o Cruzamento com a Rua Saldanha Marinho. Deve ser implantada uma grande plataforma, com capacidade para operação simultânea de quatro veículos biarticulados, em duas subparadas. Uma das subparadas será ponto inicial das linhas expressas e semiexpressas; a outra deverá ser utilizada como ponto de partida para as linhas paradoras do corredor. Como o Terminal será ponta de linha, a plataforma sentido Bairro-Centro deve ser estudada como plataforma de desembarque, e a plataforma sentido Centro-Bairro como plataforma de embarque. Estes dois módulos deverão estar conectados ao Terminal de Integração I, para conexão do BRT com as demais linhas do sistema, a ser implantado no atual espaço ocupado pelo Terminal Mercado III e por uma das alças de acesso à | 8 – Simulações 133 Avenida Orosimbo Maia. A atual alça de acesso à Avenida Senador Saraiva deverá ser mantida para utilização futura pelos veículos do BRT. O Terminal de Integração I deve ser projetado de maneira a permitir sua utilização por linhas que venham pela Avenida Orosimbo Maia, e façam retorno no Terminal, para a própria avenida; ou para linhas que façam saída pela Avenida Benjamin Constant. Deve permitir, ainda, que as linhas oriundas da Avenida Orosimbo Maia sejam capazes de acessar o módulo BRT na Av. João Penido Burnier. O Atual Terminal Mercado I, localizado na Avenida Benjamin Constant, também deverá ser reformado e integrado fisicamente aos demais, para utilização como Terminal de Integração II. Os Terminais de Integração devem ser projetados com o objetivo de maximizar a quantidade de subparadas possíveis, a serem utilizadas pelas demais linhas do sistema, dentro do espaço existente. O projeto deverá prever, ainda, conexão de pedestres entre o Terminal Mercado e a Estação Senador Saraiva do Corredor Central, bem como com as Ruas Álvares Machado e Saldanha Marinho. As intervenções a serem projetadas devem maximizar a capacidade destes terminais, considerando, entretanto, a necessidade de preservação e acesso ao Mercado Municipal de Campinas. É fundamental que os projetos a serem desenvolvidos considerem a integração do Mercado Municipal de Campinas a estrutura proposta para o Terminal Mercado. 8.4 – Descritivo do dimensionamento – corredor Ouro Verde Terminal Vida Nova: O Terminal Vida Nova atual deverá ser ampliado para implantação de um módulo BRT, com uma subparada com capacidade para dois veículos Biarticulados. O Terminal atual deverá ser utilizado como módulo alimentador. Considerando o dimensionamento proposto para o módulo alimentador, a estrutura atualmente existente (duas plataformas de 40 metros de extensão) deverá ser suficiente, no horizonte de projeto, para atender as necessidades operacionais. Como o novo módulo a ser construído será ponto final, a plataforma do sentido centro-bairro deverá ser utilizada como plataforma de desembarque e, | 8 – Simulações 134 após o retorno, a plataforma sentido bairro-centro será utilizada como plataforma de embarque. Os dois módulos devem ser conectados de modo a formar um único terminal, com área paga. Futura Estação de Transferência Arymana: A parada Arymana deverá ser desenhada considerando a sua futura expansão para uma Estação de Transferência, que será responsável pela articulação entre o corredor Ouro Verde e o Ramal do corredor para Viracopos. Os atuais campos de futebol localizados ao lado da parada proposta devem ser utilizados para formar uma rotatória que melhore a circulação do tráfego em geral. O espaço utilizado pela rotatória deverá, com a implantação do ramal para Viracopos, ser transformado em um terminal de integração para linhas alimentadoras. Na Avenida Arymana deverá ser reservado espaço no canteiro central, nas imediações do encontro com a Av. Camucim, para implantação de um módulo BRT para as linhas que seguirão pela Avenida Arymana. Terminal Ouro Verde: Segundo as estimativas de demanda o Terminal Ouro Verde deverá ser o segundo ponto de maior carregamento e volume de passageiros em todo o sistema de transporte. Desta forma, a infraestrutura a ser implantada em complementação ao Terminal atual deverá ser planejada de modo a receber grande volume de passageiros. O Terminal contará com três grandes setores: Uma plataforma padrão BRT, com uma subparada capaz de receber dois veículos biarticulados simultaneamente, a ser construída no eixo central da Avenida Ruy Rodriguez, em frente ao Terminal atual, e conectada à passarela que liga o Terminal Ouro Verde ao Hospital Ouro Verde. Tal módulo deverá ser utilizado pelas linhas troncais do Terminal Vida Nova e do futuro Ramal para Viracopos; Um setor para as linhas Tronco do corredor, a ser implantado nas atuais plataformas das linhas Tronco do Terminal Ouro Verde, a ser utilizado por linhas que fazem ponto final neste Terminal, e que acessarão o mesmo por um viaduto a ser construído a partir da Avenida Ruy Rodriguez. Faz-se | 8 – Simulações 135 necessário adaptar já existentes as plataformas ao padrão BRT e reconfigurar a circulação interna do Terminal32; Ao longo dos cerca de 170 metros de plataformas disponíveis devem ser alocados: o Uma subparada com capacidade para dois veículos biarticulados simultâneos, a ser utilizada pelas linhas expressas e semiexpressas; o Uma subparada com capacidade para dois veículos biarticulados, a ser utilizada pelas linhas paradoras; Deve-se considerar, ainda, a adoção de uma área de desembarque para as linhas que chegam ao Terminal. Um setor para as linhas alimentadoras, dentro do Terminal Ouro Verde atual, com acesso pela Rua Armando Frederico Reganeschi. O projeto de readequação do Terminal deverá destinar uma área para estacionamento de ônibus recolhidos e para reserva técnica. Estação de Transferência Santa Lúcia / Ieda: A ser implantada no espaço disponível no eixo central da Avenida Ruy Rodriguez, nas imediações do hipermercado Extra Amoreiras. Deverá ter uma configuração semelhante à estação Satélite Íris, com a implantação, no espaço disponível no canteiro da Avenida, de: o Uma Estação BRT no eixo central da via, em dois módulos simples, com capacidade para um veículo biarticulado cada. Um dos módulos será dedicado às linhas semiexpressas do corredor; o outro será utilizado pelas linhas paradoras. o Dois módulos alimentadores nas laterais, compostos por plataformas para operação de linhas alimentadoras com porta à direita. Os módulos juntos devem possuir ao menos cinco subparadas, para acomodar as linhas alimentadoras em operação na Estação e linhas que venham a ser criadas. A Estação deverá ser integrada, com área paga, permitindo que o passageiro desembarque da linha alimentadora e acesse o módulo BRT sem a necessidade de passar por linhas de bloqueios ou validar o bilhete único. 32 Sugere-se considerar as implicações de adoção da circulação em “mão inglesa” dentro do Terminal. Esta opção tornaria desnecessária a travessia das pistas de rolamento para acesso a Estação BRT, e minimiza a necessidade de intervenções dentro da Estrutura existente. | 8 – Simulações 136 A Estação deve possuir, ainda, retornos para ambos os sentidos, possibilitando a operação de linhas troncais a partir desta Estação, bem como o retorno das linhas alimentadoras sem interferências do tráfego em geral. Estação de Transferência Campos Elíseos: A ser implantada no terreno atualmente ocupado pela Administração Regional 7. Funcionará como um importante nó de articulação para a rede de Transporte, pois se localiza no entroncamento do corredor Ouro Verde com o corredor Perimetral. A Estação funcionará como um Terminal de Integração, dividido em três módulos: o Um módulo BRT, a ser utilizado pelas linhas troncais do corredor, com capacidade para dois veículos biarticulados operando simultaneamente em duas subparadas, no terreno da AR-7; o Um módulo alinhado com o antigo leito ferroviário, a ser utilizado pelas linhas que seguirão pelo corredor perimetral, composto de uma parada padrão BRT com capacidade para um veículo biarticulado; o Um módulo alimentador para as linhas oriundas da Rua Bragança Paulista, com no mínimo três subparadas. Neste módulo deve estar presente um dispositivo de retorno para estas linhas; o Um módulo alimentador para as linhas oriundas da Avenida das Amoreiras, também com um dispositivo de retorno, e capacidade para no mínimo três linhas alimentadoras; Os três módulos devem estar interligados, com soluções que eliminem a travessia de pedestres pelas vias do tráfego em geral e pelas pistas do corredor BRT. Todo o conjunto deverá formar uma unidade, permitindo a livre circulação e transferência entre qualquer linha em operação nesta Estação, em uma única área paga. Estação de Transferência Anhanguera: A ser implantada na confluência das avenidas Amoreiras e Mirandópolis. Deverá ser formada por dois conjuntos: o Uma Estação para as linhas do corredor BRT, a ser implantado no eixo central da Avenida das Amoreiras, formada por dois módulos simples conectados, em duas subparadas: uma delas será dedicada às linhas semiexpressas do corredor; a outra será utilizada pelas linhas paradoras; | 8 – Simulações 137 o Um módulo para as linhas alimentadoras, a ser posicionada no terreno vazio ao lado. Deve ter capacidade para no mínimo quatro subparadas, destinadas às linhas alimentadoras, capazes de receber um veículo convencional por vez, operando com portas à direita. Podem ser adotadas soluções que envolvam mais de uma plataforma de linhas alimentadoras, desde que justificado. Devem ser adotadas soluções de engenharia que maximizem a segurança dos pedestres que circularão entre os dois módulos, considerando inclusive soluções em desnível (túneis ou passarelas de pedestres). Estação de Transferência São Bernardo: A ser implantada em dois módulos, no trecho da Avenida das Amoreiras localizado entre as ruas Dr. Las Casas dos Santos e Francisco Pompeo. Será composta por dois módulos: o Um módulo duplo a ser implantado no canteiro central da Avenida, no padrão BRT, a ser utilizado por dois veículos biarticulados operando simultaneamente em uma única subparada; o Um módulo alimentador a ser implantado na praça em frente, para operação de linhas alimentadoras, com capacidade para quatro subparadas, nas quais operarão veículos do tipo convencional. Devem ser adotadas soluções de engenharia que maximizem a segurança dos pedestres que circularão entre os dois módulos, considerando inclusive a adoção de passarelas e túneis, desde que compatíveis com o montante de recursos previsto para o projeto. Estação de Transferência João Jorge: A atual estação de transferência deverá ser reconfigurada para o padrão BRT. A Estação deverá contar com a seguinte configuração: o Dois módulos simples padrão BRT, no canteiro central da Avenida João Jorge, com capacidade para dois veículos biarticulados operando simultaneamente em duas subparadas, destinadas, respectivamente, às linhas semiexpressas e paradoras do corredor; o Um módulo para as linhas do corredor Santos Dumont, composto por baias de parada a direita com, no mínimo, três subparadas capazes de receber dois veículos articulados cada. | 8 – Simulações 138 Os dois módulos deverão estar fisicamente integrados, mas não formarão uma área paga, devendo o passageiro passar por uma linha de bloqueios para a transferência entre eles. O projeto deve considerar facilidades para a circulação de pedestres entre módulos e para acesso às calçadas da Avenida João Jorge. Terminal Central: O Terminal Central deverá ser completamente remodelado, visto que a estrutura existente não é capaz de receber veículos de grande porte. A solução proposta consiste na implantação de um terminal em no mínimo dois pavimentos, sendo um pavimento (superior) dedicado às linhas do corredor BRT, e um pavimento (inferior) dedicado às demais linhas do sistema Intercamp. Deve-se verificar a possibilidade de implantação de um pavimento intermediário, para distribuição dos passageiros. O terminal proposto deverá, dentro do possível, ocupar toda a área disponível na parte interna do Viaduto Cury. Os veículos acessarão o piso superior pela Avenida João Jorge e Viaduto Cury, através de alças de acesso a serem construídas para o Terminal. Efetuarão parada em plataforma única, disposta no sentido de maior comprimento da elipse formada pelo viaduto Cury, e retornarão por alça a ser construída do Terminal para o viaduto Cury. Nesta plataforma deverão ser alocadas duas subparadas: uma receberá as linhas troncais expressas, semiexpressas e paradoras dedicadas ao atendimento do Terminal Ouro Verde; a outra subparada será dedicada às demais linhas tronco do sistema. No nível inferior do Terminal os veículos acessarão o Terminal pela Avenida Senador Saraiva e pela Rua Cônego Cipião, operando em uma ou mais plataformas dispostas no sentido de maior comprimento da elipse, tal como no pavimento superior. Deverão efetuar saída do Terminal em acessos a serem construídos pela Rua Saldanha Marinho e pela Avenida Moraes Salles. O projeto do Terminal de Integração no piso inferior deverá ser feito de modo a maximizar a quantidade de subparadas disponíveis para as demais linhas do sistema Intercamp, dentro do espaço existente. O projeto do Terminal deve contemplar ainda uma área comercial, dentro da área atual ou nas imediações, para acomodação do comércio informal atualmente alocado na área. Deve-se considerar a hipótese de utilização de alguma edificação do entorno. | 8 – Simulações 139 | 8 – Simulações 140