As mais modernas tecnologias do saneamento ambiental

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As mais modernas tecnologias do saneamento ambiental
IMPRESSO
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EDIÇÃO ESPECIAL ENCONTRO TÉCNICO COPASA - 2005
As mais modernas tecnologias do saneamento ambiental
O que de mais
moderno existe em tecnologia
na área de saneamento ambiental
foi apresentado pela Copasa durante o
Encontro Técnico 2005, evento realizado na
sede da companhia, em Belo Horizonte. Durante
três dias, cerca de 2 mil pessoas, entre técnicos
da empresa e representantes de prefeituras e
organizações de Minas e do Brasil, participaram de palestras, trocaram experiências e
visitaram a I Mostra Técnica, exposição
de produtos e serviços, que reuniu
representantes de 21 empresas
do setor.
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INFORMATIVO DA COPASA
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Sumário
Editorial
3
10. Aquisição econômica de bombas e motores considerando o rendimento
17
Secretário Manoel Costa abre o evento
3
11. Rede de marcos de coordenadas na RMBH
18
Convidados fazem palestras especiais
4
12. Abastecimento de água na reserva indígena Krenak
18
5
13. Gestão da informação e compartilhamento do conhecimento:
• Uma pequena pausa
Visitantes valorizam o intercâmbio de experiências
6
um modelo proposto para a Copasa
19
• Barbacena
6
14. Sistema de Medição de Desempenho Institucional
19
• São Lourenço
7
15. O Indicador de Desempenho de Tratamento de Esgotos
20
• Uberlândia
7
16. Implantação do programa de gestão e do prêmio operacional
• Funasa
7
Entrevistas
8
em Varginha
20
17. Padronização das atividades administrativas na SPPR
21
18. Transferência de conhecimento
21
10
19. Acompanhamento de gastos realizados
22
10
20. O Sicaf – “Controle Patrimonial”
22
Debate sobre a universalização do saneamento
11
21. Simulador Tarifário de Energia Elétrica
23
Melhores trabalhos são premiados
12
22. Equipe operacional Pente Fino
23
23. Programa de Redução de Perdas
24
24. Atendimento à legislação sobre qualidade da água
24
25. Medição de vazão em canal circular
25
26. Medição de dosagem de ácido fluossilícico
25
• Washington Novaes
8e9
I Mostra Técnica favorece negócios
• Estande da Copasa
Palestras Técnicas
13
27. Determinação de cor
26
1. Geoprocessamento em projetos: quebra de paradigma
13
28. Ocorrência e remoção de protozoários em Divinópolis
26
2. Válvula reguladora de pressão com piloto hidroeletrônico
13
29. Experiência do DTDV no combate às algas
27
3. Geoprocessamento no controle de perdas
14
30. Remoção de oocistos de cryptosporidium por filtração
27
4. Técnicas de recuperação de tanques em ferrocimento
14
31. Filtros rápidos por gravidade para remoção de ferro e manganês
28
5. Microvala – Uma nova solução para ligações prediais de água
15
32. Mini-ETAs para águas subterrâneas
28
6. Derivador de ligações prediais de água
15
33. Sistemas simplificados – água e esgoto
29
7. Manutenção preditiva na RMBH
16
34. Substituição de PVs por curva de raio longo
29
8. Projeto 3T – GIS – RMBH
16
35. Tecnologias alternativas e dispositivos para redes de esgotos
30
9. Reengenharia em conjuntos motobomba
17
36. Proposta de monitoramento das ETEs da Copasa
30
Expediente . Gota D’Água: Informativo da Copasa
Produção: Divisão de Imprensa . Telefones: (31) 3250.1671 . 3250.1750 | Coordenação: José Geraldo Viana
Redação: Lúcia Marques, Márcio Zandona, Solange Xavier | Estagiários: Alessandra Barbosa, Marcelo Aragão e Ana Flávia Jacques
Fotos: Arquivo Copasa | Edição e Diagramação: PartnersNet Comunicação (31) 3286.5755 . [email protected]
Circulação: Pedro Afonso Martins e Marcelo Souza | Impressão: Lastro Editora | Tiragem: 16.000 exemplares
Site: www.copasa.com.br | e-mail: [email protected] . [email protected]
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Papel reciclado
A Copasa comprometida
com o meio ambiente.
INFORMATIVO DA COPASA
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Editorial
Resultados positivos do Encontro Técnico
dade de vendas em curso, extra Copasa, cujos valores superam a cifra dos R$ 3 milhões.
Pela primeira vez, a Copasa apresentou um estande com a exposição de tecnologias passíveis de
comercialização, iniciando uma atuação proativa da cooperação técnica, promovendo discussões
pelo secretário de Estado de Desenvolvimento
Regional e Política Urbana, Manoel Costa, que
ressaltou a transformação sofrida pela Copasa
ao longo de 30 anos, e que fez com que a empresa se tornasse referência nacional na área
técnica ou transferência de tecnologia com em-
de saneamento. Segundo o secretário, “a
presas de saneamento e SAEs.
Copasa, hoje, detém não só um vasto conheci-
delas é a necessidade da criação de instrumentos
que garantam a institucionalização de tecnologias
referendadas como interessantes para a empre-
bemos cerca de 700 pessoas, que, durante três
A abertura do Encontro Técnico 2005 foi feita
para estabelecimento de convênios de assistência
Outras conclusões se pode tirar do evento. Uma
Por si só, ele já teria valido a pena. Afinal, rece-
Secretário Manoel
Costa abre o evento
mento no setor, como é, também, insubstituível
no Estado”.
O crescimento da Copasa nos últimos tem-
sa. Ou seja, se a tecnologia é correta, ela deve ser
pos também foi tema do discurso do presiden-
usada de fato por toda a empresa.
te da companhia, Márcio Nunes, na solenidade
de abertura do evento. Ele destacou o interesse
dias, viram e discutiram variados aspectos do sa-
Por outro lado, comprovou-se que eventos como o
neamento. Deste total, 600 profissionais eram da
Encontro Técnico devem apresentar resultados fi-
própria empresa e os demais de outras compa-
nanceiros positivos, cujo saldo define sua pereni-
nhias de saneamento, sistemas municipais autô-
dade ou não. Essa conclusão foi obtida com a pes-
nomos do interior de Minas, faculdades, centros
quisa feita durante o evento. Foi utilizada uma
cente visita à Copasa do presidente da Empresa
de pesquisas, empresas de engenharia e consul-
metodologia de avaliação qualitativa e quantitati-
de Águas de Angola (EPAL), Lucrécio Alexandre
torias.
va, cujos resultados serão apresentados à empresa
Manuel da Costa, para discutir as condições de
em eventos regionais.
uma possível cooperação técnica no setor de
Essa amplitude já nos trouxe resultados positivos.
Externamente, deu visibilidade à Copasa, colo-
Acima de tudo, provou que uma equipe desafiada
cando-a no patamar das empresas que desenvol-
e disposta a superar obstáculos, como foi a for-
vem tecnologia como uma estratégia de maturi-
mada por empregados da SPAL, SPIN, SPPP, SPCA,
dade institucional. Internamente, o maior produto SPDT e, em especial, a DVCE, supera seus limites.
foi o reconhecimento da capacidade tecnológiEnfim, o Encontro Técnico não é um evento isolaca e a “sede” de conhecimento do nosso corpo
técnico.
do. Sua realização e conseqüências estão inseridas
a um Plano de Ação da Diretoria Técnica e de Meio
Acontece que o Encontro Técnico não foi só
Ambiente (DRTM) e do Planejamento Estratégico
isso. Em primeiro lugar, ele instituiu e vali-
da Empresa, que prevê uma atuação sistemáti-
dou o Programa de Gestão da Informação e
ca da Copasa para a utilização de soluções tec-
Disseminação do Conhecimento, como uma es-
nológicas que ajudem a viabilizar sua missão em-
tratégia empresarial de sobrevivência, pelo que
presarial.
na empresa de órgãos de outros municípios e
estados do Brasil – um exemplo é Resende, no
Rio de Janeiro -, e do mundo, referindo-se à re-
abastecimento de água.
O superintendente de Desenvolvimento
Tecnológico da empresa, Juarez Panisset, abordou a importância do evento. Ele destacou o
fato de o Encontro Técnico permitir que se compartilhe conhecimento, não somente com o público interno, mas com pessoas de diversos segmentos do Brasil.
pode proporcionar de redução de custos, aumento de produtividade, economia de escala e de
As discussões para a versão 2006 do encontro já
vantagens competitivas, fatores alcançados quan- começaram. As avaliações e sugestões feitas pelos
participantes estão sendo incorporadas ao projeto,
do há o avanço uniforme de toda a corporação.
que prevê uma versão ainda mais inovadora.
Mostrou a possibilidade da realização de parcerias “ganha x ganha” com a iniciativa privada,
uma vez que o evento foi pagou com o aluguel
Carlos Gonçalves de Oliveira Sobrinho
Diretor Técnico e de Meio Ambiente da Copasa
dos estandes da Mostra Técnica e, quanto aos
fornecedores, permitiu negociações com possibiliManoel Costa na solenidade de abertura
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INFORMATIVO DA COPASA
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Convidados fazem palestras especiais
Washington Novaes abriu a série de palestras especiais
Uma das novidades deste ano foram as palestras de convidados. A
cada dia, o evento contou com a presença de um profissional que falou sobre temas abrangentes que afetam a questão do saneamento.
As três palestras realizadas lotaram os 3 auditórios preparados para
o Encontro Técnico.
O jornalista, consultor de meio ambiente da TV Cultura de São Paulo
e supervisor geral do programa Repórter Eco, também da TV CulturaSP, Washington Novaes, foi um dos convidados. Em sua palestra ele
falou sobre resíduos sólidos, enfocando a situação brasileira e experiências internacionais.
O jornalista começou apresentando a quantidade de lixo gerada no mundo e no Brasil. “Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) produzimos anualmente 290 mil toneladas de lixo por dia, o que resulta em mais de 100 milhões de toneladas/ano. Cada morador da cidade de São Paulo produz 2 quilos de
lixo diariamente. Precisamos reduzir a produção de lixo, pois há cada
vez menos espaços disponíveis para sua disposição, seja porque a
população vizinha rejeita a presença de um aterro, seja porque os resíduos não podem ser depositados em ambiente que favoreça a contaminação do solo”, informou o jornalista. Esse é um problema que
afeta a todos os países do mundo, variando apenas a quantidade de
lixo gerada conforme a intensidade do consumo.
frigerantes em lata, o que favoreceu o retorno das embalagens de vidro retornáveis. Na Alemanha, a coleta seletiva de lixo é obrigatória
em todo o país e o cidadão paga pelo volume de lixo produzido. Na
Suécia há postos públicos para o recebimento do lixo e cada vez menos coleta domiciliar. Na Noruega, até o rei faz compostagem de lixo
e abre as portas de sua residência para que a população conheça a
sua iniciativa. Os Estados Unidos têm grandes problemas para encontrar um destino para o lixo atômico, produzido por suas diversas usinas nucleares.
“Enquanto isto, no Brasil, o projeto de Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), que consolida mais de 50 projetos do setor, permanece parado no Congresso Nacional. O Ministério das Cidades o está
estudando novamente. E o País continua à espera de soluções, com
40 milhões de residências sem coleta de lixo e milhares de toneladas de resíduos sendo despejadas em lixões e alagados”, concluiu
Washington Novaes.
A preocupação com esta questão tem favorecido a criação de políticas públicas voltadas para solucionar o destino dos resíduos sólidos.
Os países mais avançados neste assunto são os europeus, pois são
os mais pressionados pela falta de espaço para a criação de novos
aterros e, ao mesmo tempo, os mais preparados em relação à educação, o que favorece a implantação de políticas públicas. Washington
Novaes citou alguns exemplos de ações que promovem a diminuição da quantidade de lixo produzida, começando pela Dinamarca.
Este país proíbe a produção e o consumo de bebidas alcoólicas e reA cada ano, segundo o IBGE, são produzidas mais de 100 milhões de toneladas de lixo
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INFORMATIVO DA COPASA
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Uma pequena pausa
Palestra-show de Tavinho Moura
O Encontro Técnico 2005 também teve momentos de descontração e reflexão sobre a importância da “mãe natureza”. O
público foi presenteado com a leveza da palestra-show do
cantor e compositor mineiro Tavinho Moura, que, cantando e
contando casos de seu rancho, levou a platéia a se imaginar
na beira do Rio São Francisco. Amante da natureza, Tavinho
Moura busca, com a arte da música, disseminar a conscientização para a preservação do meio ambiente.
Outro convidado, que lotou os três auditórios preparados para
o evento, foi o economista e professor José Paschoal Rossetti.
Ele falou sobre os desafios que governos e empresas terão de
enfrentar no mundo e no Brasil, nos próximos anos, a partir do
fortalecimento de uma nova consciência coletiva mundial, que
terá aversão por condutas aéticas, exercitará o conceito de cidadania e desenvolverá posturas críticas mais bem fundamentadas em relação às grandes questões morais.
Essa consciência coletiva, segundo ele, vai afetar, cada vez
mais, os governos, que precisarão dar abertura a sua participação rumo a uma nova maneira de governar. E essa nova
maneira, de acordo com Rossetti, é a “governança corporativa”, em que as decisões não são mais unilaterais, ou vindas de
cima para baixo. “Trata-se de um novo modelo de gestão dentro do capitalismo ou a correta gestão dos recursos”, afirma.
Uma surpresa para os presentes foi a afirmação de Rossetti de
que o Brasil não é um país “emergente”, conforme se divulga.
“O Brasil, faz 25 anos, é submergente. O país cresceu menos
que a economia mundial nos últimos 25 anos, portanto, não é
emergente, e está perdendo a participação no produto mundial”, argumenta o economista.
José Paschoal Rossetti
Para mudar a realidade brasileira, Rossetti defende o intenso
desenvolvimento da indústria de base, a estabilização de preços, a construção de infra-estrutura adequada ao volume de
produção, o crescimento econômico entre 6% e 7% ao ano
e um superávit comercial em torno de US$ 30 bilhões. “E somente com planejamento estratégico será possível alcançar
estas metas. Infelizmente, o Brasil ainda não está sendo planejado”, concluiu.
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INFORMATIVO DA COPASA
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Visitantes valorizam o intercâmbio de experiências
Entre os que prestigiaram o Encontro Técnico 2005, buscando a troca de
experiências, estão representantes de outras companhias de saneamento, de municípios não operados pela Copasa e de entidades de saneamento ambiental. A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa)
enviou dois técnicos ao evento: a assessora da Diretoria de Operações,
Maria Auxiliadora Cavalcanti, e o superintendente Regional Sul, Cícero de
Carvalho Monteiro.
Segundo a assessora da Embasa, o objetivo da empresa baiana, ao participar do encontro, foi a troca e o compartilhamento de experiências entre as
empresas. “A palestra que achei mais interessante e que serve como experiência para a Embasa foi sobre o modelo proposto, para a Copasa, de gestão da informação e compartilhamento do conhecimento”, afirmou Maria
Auxiliadora.
Durante o Encontro Técnico, os representantes da Embasa reuniram-se
com o superintendente de Desenvolvimento Tecnológico da Copasa, Juarez
Cícero Monteiro e Maria Auxiliadora (Embasa) e Juarez Panisset
Panisset, e com a gerente da Divisão de Cooperação Técnica, Veramaria
Carvalho Franco, para trocar idéias sobre a organização do evento. O objetivo dos dois técnicos foi levar para a Bahia o know how da Copasa na estruturação do encontro, o que, para eles, facilitará a organização da 2ª Jornada
Técnica da Diretoria de Operações da Embasa, que será realizada em junho.
Os profissionais de Minas
Gerais e de outros estados que
Outra empresa que marcou sua presença no encontro foi a Companhia de
participaram do evento puSaneamento do Pará (Cosanpa), que já mantém um convênio de cooperaderam conhecer mais de perção técnica com a Copasa. De acordo com o representante da Cosanpa, o
to o trabalho desenvolvido
assessor da presidência, Wady João Homcis, esta transferência de tecnolopela Copasa. É o caso do sugia é fundamental para a padronização do conhecimento na área de saneperintendente de Operação e
amento. “Muitos dos processos que vêm sendo utilizados na Copasa já foTratamento do Departamento
ram inseridos pela Cosanpa, por força do convênio”, declarou o assessor.
Municipal de Meio Ambiente
e Saneamento (Demasa) de
Para Gilberto Alves Martins, diretor Técnico e Cultural da Associação dos
Barbacena, Antônio Carlos
Engenheiros da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
Gomes.
(AESABESP), os encontros
técnicos são bons momenAcompanhado de dois engeto para que os empregados
nheiros da autarquia, Gomes
das companhias troquem
participou dos três dias de ati- Antônio Carlos Gomes
informações entre eles e
vidades. “A Copasa é uma recom técnicos de compaferência nacional e temos muito o que aprender”, disse. Segundo
nhias de saneamento de
ele, o encontro foi muito organizado e as palestras qualificadas.
vários estados do Brasil,
“Gostei muito da palestra Proposta de Gestão de Informação e
o que promove o cresciCompartilhamento de Conhecimento”, apontou. Ele circulou, tammento em suas atividades.
bém, pela I Mostra Técnica e destacou o nível tecnológico dos produ“Assim como participamos
tos e equipamentos em exposição.
do Encontro Técnico 2005,
esperamos que a Copasa
De acordo com Gomes, a Demasa cuida do abastecimento de água,
continue participando
coleta de esgoto, limpeza urbana e gestão ambiental no municídos eventos da Sabesp,
pio. Ele admitiu que um dos problemas enfrentados pela empresa é a
em especial o Fórum de
questão do esgoto. “Não temos emissários e nem realizamos o trataTecnologias, lançado no
mento”, revelou. Para ele, a visita ao Encontro Técnico pode resultar
ano passado.
numa parceria com a Copasa. “Acredito que é possível uma coopera-
Barbacena
Wady João Homcis (Cosanpa)
6
ção técnica”, completou.
INFORMATIVO DA COPASA
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São Lourenço
Para Hemerson Jader Cunha e Dowani José Guerreiro, do Serviço Autônomo de Água
e Esgoto (SAAE), da cidade de São Lourenço, o Encontro Técnico 2005 surpreendeu
pela grandeza. Presente no primeiro evento, em 2002, Hemerson considera que o grande número de participantes, este ano, permite maior intercâmbio de conhecimento por
parte das empresas presentes. “Viemos com interesse global em todas as palestras técnicas. É um intercâmbio importante, que vem se somar às nossas experiências”, afirmou.
Hemerson Jader Cunha e Dowani José Guerreiro
São Lourenço, que faz parte do Circuito das Águas, tem cerca de 52 mil habitantes,
sendo todos atendidos por serviços de água e 95% com serviços de esgotamento sanitário pelo SAAE. Hemerson e Dowani disseram que o objetivo é levar para a cidade
as novidades apresentadas pela Copasa, para um possível estudo de transferência de
tecnologia.
Uberlândia
Pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) de Uberlândia estiveram presentes o engenheiro de Controle Operacional, Leocádio Pereira, e o supervisor da Estação de
Tratamento de Esgoto (ETE), Leandro César Delfino. Para os técnicos do Dmae, a Copasa
é uma referência para as empresas de saneamento e o Encontro Técnico 2005 serviu
para abrir novos caminhos para melhorias do setor.
Participaram, também, representantes do Departamento de Água e Esgoto
de Carangola, Eduardo Nunes da Rosa, e do Sistema Autônomo de Água e
Esgoto de Itabira, Jorge Mateus Borges. Entre as palestras consideradas mais
interessantes pelos técnicos de Carangola, Uberlândia e Itabira, mereceram
destaque às apresentações sobre tecnologia da “Microvala”, que minimiza os incômodos provocados por uma obra na rua, reduz custos e aumenta a
produtividade, e do “Geoprocessamento em projetos”, que abordou a utilização de ferramentas indispensáveis em projetos de engenharia.
Leandro César e Leocádio Pereira
Funasa
Os técnicos Edilson Eduardo Werneck, Ronaldo Inez de Vasconcelos e Ronaldo
Bastos Dutra, representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), também
participaram do Encontro Técnico 2005. Segundo eles, este tipo de evento é sempre interessante, já que a Copasa, com toda a sua experiência na área de saneamento, está podendo repassar novas tecnologias para o setor. “Para a Funasa, todo
tipo de tecnologia que beneficie o saneamento é bem-vinda, principalmente para
nós que desenvolvemos, constantemente, trabalhos em tribos indígenas”, declarou o engenheiro de saúde pública da Coordenação Regional de Minas Gerais da
Fundação, Edilson Werneck.
Edilson Eduardo Werneck, Ronaldo Inez de Vasconcelos e Ronaldo Bastos Dutra
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Washington Novaes
INFORMATIVO DA COPASA
Entrevista
Os 48 anos de jornalismo de Washington Novaes, sua experiência como consultor de meio ambiente, supervisor e comentarista dos programas Repórter Eco e
Biodiversidade em Debate, da TV Cultura de São Paulo; colunista dos jornais Estado
de São Paulo e O Popular, de Goiânia; autor de vários artigos e livros sobre questões ambientais; produtor independente das séries de televisão “Xingu”, “Quarup”
e “Pantanal”, entre outros trabalhos, o tornam uma das pessoas mais habilitadas
para falar sobre meio ambiente no Brasil. Diante disso, durante o Encontro Técnico,
o Jornal Gota D’Água fez com ele uma entrevista especial.
1- Os tratados internacionais como o
Protocolo de Kyoto, que visam diminuir o
avanço da destruição ambiental, têm sido
aplicados em algum lugar? Quais mudanças eles representarão?
WN - A Europa colocou
em vigor este ano metas de redução de poluentes por empresa, em cada
país, que estão se obrigando a cumprir. Para
isso, as empresas terão
que mudar tecnologias
de sua matriz energética, ou então, por meio de
mecanismos de desenvolvimento limpo, financiar
projetos em outros países que reduzam
emissões, descontando essas emissões da
sua própria.
2- Esses tratados caminham para alguma
solução?
WN - O que resta é saber se isto será
junto, suas emissões de gases poluentes (principalmente CO2) em 5,2% sobre
os níveis de 1990. Mas houve grande demora na implementação. Só em 1997, em
Kyoto (Japão), é que se conseguiu criar
os mecanismos para isso. Aí
os Estados Unidos, responsáveis por 36% das emissões, disseram que não homologariam o Protocolo de
Kyoto, juntamente com a
Austrália, que é o maior país
exportador de carvão mineral. Isso já reduz os 5,2%
talvez para a metade.
Enquanto isso, as emissões
de poluentes aumentaram
para 13%. E cada novo relatório científico vem com um cenário mais preocupante. Há estudos dizendo que o aumento de
temperatura ao longo do século XXI chegará a 11 graus centígrados.
3- Como você vê a polêmica sobre a
transposição do rio São Francisco?
ou não suficiente. Provavelmente não.
8
Quando a Convenção de Mudanças
WN - Acho o projeto lamentável.
Climáticas foi assinada, em 1992, no Rio
Acompanho este assunto há quase vinte
de Janeiro, se convencionou que os paí-
anos. Em primeiro lugar, ele não vai aten-
ses industrializados iriam reduzir, no con-
der às vítimas da seca, que estão em pe-
quenas comunidades isoladas, duas casas
aqui, três casas ali. Para atender a essas
pessoas é preciso fazer miniprojetos localizados que assegurem água durante
o ano inteiro, o que custaria algumas vezes menos, cerca de 20% do que está sendo calculado como necessário para que se
faça a transposição.
Sendo assim, mais de 70% da água transposta é para grandes projetos de irrigação
voltados para a exportação. O restante é
para abastecimento de cidades, e não de
pequenas comunidades. E ainda há outros
problemas. Para fazer a transposição será
necessária muita energia, pois a água
terá que subir até 500 metros. Então, esta
água custará 5 vezes mais do que seu
custo médio atual. Especialistas em recursos hídricos, como Aldo Rebouças, da USP,
e João Suassuna, da Fundação Joaquim
Nabuco, de Pernambuco, dizem que o problema da água no nordeste não é a escassez, mas sim a má gestão. O único estado cuja situação é chamada de crítica é
Pernambuco, e, ainda assim, tem uma disponibilidade hídrica maior que a do estado de São Paulo. Há um outro aspecto
que é a existência do Comitê de Gestão
da Bacia do Rio São Francisco (CBH SF),
que por 44 votos a dois votou contra a
INFORMATIVO DA COPASA
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transposição, pedindo a prioridade para
pensa da situação atual?
a revitalização do rio, e se dispondo a ceWN - O Brasil é muito atrasado nesta
der uma quantidade pequena para matar
área, não temos até hoje um mara sede humana e animal. Aí enTransposição
co regulatório para o saneatra o Conselho Nacional de
do
São
Francisco:
Recursos Hídricos, onde
mento. Há 20 anos se faz
há uma soma de razões
o governo federal tem a
essa discussão. Há alguns
que indicam que é novamaioria, podendo decimente a vontade de fazer questionamentos. Quem
dir sozinho o que quiser, megaobras prevalecendo detém a titularidade é o
e decide fazer a transposisobre outras soluções município. Mas há a realidação. Justifica a ação dizenpossíveis.
de das empredo que já está revitalizando o
sas estatais atuando
rio, plantando, este ano, 200 mil mudas. É
em vários estados, fazenridículo dizer uma coisa destas com o rio
do a maior parte do trabaSão Francisco na situação em que está.
lho. Há uma disputa sobre
O que restou do cerrado ao longo da baquem fica com o saneacia é uma calamidade. Há uma soma de
mento. Se ficar com o murazões que indicam que é novamente a
nicípio, como ele vai pavontade de fazer megaobras prevalecengar o investimento feito
do sobre outras soluções possíveis.
pelas empresas estatais?
4- E os comitês de bacia, eles funcionam? Outra questão é a indefiniWN - São o caminho para soluções que
atendam a todos os usuários.
5- E a cobrança pelo uso da água?
WN - Tem de ser feita. Desde que ela fique na bacia. E que não seja contingenciada.
6- Sobre a Amazônia, como você vê a presença de estrangeiros nesta região?
WN - Internacionalizada a Amazônia está
há 500 anos. O que se faz na Amazônia é
em função dos interesses internacionais –
minérios, soja e gado para exportação. O
correto para a Amazônia é o que foi dito
na última reunião da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC). Ênio
Candotti, o presidente da SBPC, propôs o
fim do desmatamento da Amazônia, pois
a floresta é um laboratório em pé. Além
do desmatamento zero, é preciso lá um
investimento muito forte em ciência.
8- Em relação a saneamento, o que você
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verno federal apenas 10% recursos previstos para investimento em saneamento
naquele ano.
9- Frente a todos estes problemas, a educação ambiental poderia ser um caminho?
WN - Se nós não formos suicidas e quisermos realmente mudar, será preciso investir pesadamente em educação ambiental. Vou te dar um
exemplo concreto. Na época em que fui secretário de
Meio Ambiente em Brasília,
coloquei mais de 50% do
orçamento da secretaria
na educação ambiental, focando a rede pública. Isso
porque, para mais de 90%
dos habitantes do Distrito
Federal, o cerrado era uma
paisagem feia, triste e inúção de quem fará os investil. Como você pode fatimentos nas áreas pobres – estatais, mu- zer alguma coisa em defesa do meio ambiente se a população pensa isso sobre
nicípios ou empresas privadas? O Brasil
o lugar onde ela está vivendo? Então, ditem quase 50% da população sem rede
de esgoto, principalmente as famílias com recionei os recursos para a educação ambiental. Fizemos uma cartilha na forma de
renda mensal de até 5 salários mínimos.
história em quadrinhos, cujo personagem
Empresas privadas terão interesse em
era o Cerradinho. A história mostrainvestir em áreas pobres, saHá uma disva os perigos que o Cerradinho
bendo que as pessoas não
puta sobre quem
enfrentava, como as queimafica com o saneamen- das. Contratamos oito grupos
poderão pagar? Além do
mais, há a questão legal. to. Se ficar com o muni- de teatro de Brasília para recípio, como ele vai pagar
Quase 80% do esgoto
presentar esta história nas eso investimento feito
coletado não tem tratacolas. A cartilha era distribuípelas empresas
da e os professores trabalhavam
mento. O Judiciário entende
estatais?
este assunto. Este trabalho geraque só é possível cobrar pelo
tratamento de esgoto se o serviço for me- va questionamentos a respeito do próprio
ambiente da escola, o que estimulava a
dido usuário por usuário. Hoje isto não
implantação de ações como coleta seletiacontece. Há uma cobrança pela coleva, plantio de árvores, reciclagem de pata, que em geral é 80% da tarifa da água.
pel, entre outras atividades. Quando saí,
E, finalmente, não há dinheiro. Calculameu sucessor extinguiu o programa, alese que seriam necessários R$ 180 bilhões
gando gastos excessivos. O núcleo contide dólares em 20 anos para universalizar
nuou funcionando, apesar do fim do proo abastecimento e a coleta. Sem o tratagrama. Foi fechado recentemente, há uns
três ou quatro meses.
mento. Em 2004 foram liberados pelo go-
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INFORMATIVO DA COPASA
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I Mostra Técnica favorece negócios
A I Mostra Técnica, exposição paralela ao Encontro Técnico, que
reuniu 21 fornecedores da área de saneamento, foi a grande novidade no evento de 2005. A feira permitiu a troca de informações e facilitou contatos para futuros negócios, principalmente
para os representantes de serviços municipais de água e empresários do setor. Os estandes mostraram a diversidade dos produtos e equipamentos na área de saneamento ambiental, e possibilitaram a divulgação de inovações tecnológicas.
O secretário Estadual de Desenvolvimento Regional e Política
Urbana, Manoel Costa, acompanhado pelo presidente da Copasa,
Márcio Nunes, e diretores da empresa, abriram oficialmente a exposição. Para Márcio Nunes, que percorreu os estandes e conversou com cada um dos expositores, a “I Mostra Técnica” permitiu o contato, de uma só vez, com várias tecnologias disponíveis
no mercado. “É importante avaliar o desenvolvimento dessas tecnologias e comparar com as soluções empregadas pela Copasa.
Pretendemos, no próximo ano, aumentar a participação de expositores”, adiantou.
De acordo com o secretário Manoel Costa, a Mostra é uma síntese da empresa e revela o seu nível de conhecimento tecnológico. “Demonstra a experiência acumulada e a inteligência do
corpo técnico da Copasa”, explica. Segundo Juarez Panisset, superintendente de Desenvolvimento Tecnológico da companhia, a
intenção do evento foi apresentar as boas práticas realizadas na
Copasa e permitir que elas sirvam de estudo e desenvolvimento
para a área operacional. “A Mostra Técnica é um bom instrumento complementar ao Encontro Técnico”, diz.
Estande da Copasa
Quem visitou o estande
da Copasa pôde conhecer
o sistema de leitura em
tempo real, com software desenvolvido pela empresa, que reduz o tempo de fatura de sete dias
para 30 segundos, e que
já está em funcionamento em diversos distritos.
No estande da empresa pôde-se entender, também, um pouco dos processos de tratamento de
água que garantem a sua
qualidade, entre eles, a
detecção e combate às
cianobactérias, aos cryptosporidium, à giardia e
aos coliformes fecais.
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Expositores
Além de divulgar as inovações tecnológicas, a “I Mostra Técnica” foi um
espaço para maior integração entre fornecedores e técnicos da Copasa e de
outras companhias.
Segundo Marco Aurélio Guidi, gerente de mercado da Tigre S.A., o evento permitiu um grande número de contatos, além de apresentar os produtos
a muitas pessoas num curto espaço de tempo. “Foi uma oportunidade ímpar de nos aproximarmos do público técnico”, disse. Para Gustavo Maia, diretor da construtora G-Maia, a presença na feira é uma maneira de reforçar
a parceria com a Copasa e disseminar a tecnologia para toda a companhia.
“Acredito que é uma chance de nivelar o conhecimento, que está concentrado nas áreas técnicas”, avalia.
De acordo com o representante de vendas da Biosan, Luiz Alessandro
Fontes, a realização da Mostra facilitou a aproximação com futuros clientes.
“É melhor encontrarmos com esse potencial parceiro num único local”, afirmou. Já Luís Felipe Colturato, consultor técnico da Deflor Bioengenharia, empresa que produz materiais para contenção de erosões a partir de material
reutilizado, como fibras de côco e palha, o maior benefício de um estande é
a possibilidade de mostrar o produto a quem ainda não o conhece. “Alguns
técnicos da Copasa que trabalham no interior conheceram nosso trabalho
pelo estande, e agora acredito que poderemos fazer mais negócios”, afirmou.
Para Rosana Meyer, coordenadora de marketing da ABS Indústria de
Bombas Centrífugas, a maior vantagem da feira foi a possibilidade de novos
negócios. “Tivemos mais tempo para explicar a qualidade de nossos produtos, com maior detalhamento. Recebemos visitas de representantes de companhias municipais e também dos técnicos da própria Copasa, o que torna nosso trabalho ainda mais visível”, informou. De acordo com Jefferson
de Andrade, representante comercial da Amitech/EMEC, a feira superou as
expectativas e propiciou a fixação da marca da empresa. Ele pensa que a
Mostra Técnica será ainda maior no ano que vem. “Acredito que a tendência
é que ela cresça e torne-se muito maior no próximo ano. Diante disso, o espaço e a infra-estrutura devem ser reavaliados”, comentou.
INFORMATIVO DA COPASA
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Debate sobre a universalização do saneamento
Luís Carlos Bernardes, Amílcar Martins, Márcio Nunes e José Aurélio Boranga
O painel de encerramento do Encontro Técnico 2005
reuniu o presidente da Copasa, Márcio Nunes; o presidente nacional da Associação Brasileira de Engenharia
Sanitária e Ambiental (Abes), José Aurélio Boranga, e o
presidente da Fundação João Pinheiro (FJP), professor
Amílcar Martins. O jornalista Luís Carlos Bernardes, da TV
Bandeirantes, foi quem intermediou as discussões, que tiveram como tema a “Universalização dos serviços de saneamento”.
Todos os presentes concordaram com a necessidade urgente de universalização dos serviços, mas a polêmica se
concentra em como possibilitar que o saneamento ambiental chegue a todos os cantos do país. Para o presidente Márcio Nunes só existem duas alternativas: “Ou se
aumentam as tarifas – entra aqui a importância do subsídio cruzado - ou se consegue recursos a fundo perdido,
o que eu considero praticamente inviável”. Para ele, as
companhias estaduais precisam ganhar mais condições
para praticar o subsídio cruzado, “instrumento utilizado até hoje para levar água e esgoto às regiões pobres”.
Márcio Nunes destacou a atuação da Copasa, que já universalizou o atendimento com água e esgoto a 100% das
populações de Ipatinga e Ipiranga, reafirmando que essa
condição também será dada a Belo Horizonte em 2006.
Para Amilcar Martins, da FJP, um dos caminhos para a
universalização dos serviços é a realização de parcerias entre governos, empresas de saneamento e escolas.
“A Fundação vem desenvolvendo estatísticas, dando sua
contribuição para o que determinou o governador Aécio
Neves, que é elevar a qualidade de vida dos mineiros. E,
para isso, a Copasa vem ampliando de forma importante
sua atuação em Minas”, afirmou.
“Se nós queremos que este país seja realmente uma nação, precisamos universalizar, pelo menos, o saneamento
básico”. A afirmação é do presidente nacional da Abes,
José Aurélio Boranga. Fazendo críticas ao Anteprojeto de
Lei do Saneamento Ambiental, elaborado pelo Ministério
das Cidades, e que praticamente põe fim ao subsídio cruzado, ele acredita que, mais importante que universalizar
é garantir a manutenção do que já foi realizado. “O benefício público tem de ser rápido para tirar o brasileiro da
condição de subdesenvolvimento em que ele está. São 20
milhões de pessoas sem água tratada e 90 milhões sem
serviço de esgoto”, afirmou.
Na oportunidade, o presidente Márcio Nunes aproveitou para parabenizar a equipe da Copasa pela iniciativa
de realização do Encontro Técnico 2005, considerando o
evento deste ano como o melhor já realizado.
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INFORMATIVO DA COPASA
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Melhores trabalhos são premiados
O diretor Carlos Gonçalves cumprimenta Bruno da Silva (1º lugar), que representou Júlio Minchilo
Outra novidade dessa edição do Encontro Técnico foi a
dor foi a equipe do Distrito de Serviços de Betim (DTBE),
premiação dos melhores trabalhos, divididos em duas ca-
representada pelo gerente Júlio César Silveira Minchilo,
tegorias: Desenvolvimento Operacional e Desenvolvimento
que apresentou a palestra intitulada “Microvala - Uma
Institucional. A intenção do prêmio é incentivar a elabo-
nova solução para ligações prediais de água”.
ração de projetos que visem à inovação e ao avanço dos
processos existentes.
“Acredito que foi escolhida por ser uma proposta simples e
perfeitamente aplicável”, avaliou. Ele elogiou a realização
As 36 palestras foram avaliadas pelos empregadose con-
do Encontro Técnico e sugeriu a institucionalização das
vidados do encontro. A escolha dos vencedores ocorreu
propostas. “É um celeiro de boas idéias em diversos assun-
por meio de um questionário, distribuído aos participan-
tos. A empresa poderia colocar em prática e institucionali-
tes. Para o resultado, levou-se em conta a nota média em
zar essas idéias”.
três critérios: viabilidade econômico-financeira, aplicabilidade e inovação.
Já para o Mérito Institucional, o eleito foi o trabalho
“Simulador Tarifário de Energia Elétrica”, de Geraldo
Na modalidade Desenvolvimento Operacional, o ganha-
Magela Mendes, Ricardo César Bruno e Magno Leonam,
do Distrito de Conselheiro Lafaiete (DTCL). “Foi a primeira vez que apresentei um trabalho no encontro, mas fui espectador em outras edições”, revelou Mendes. De acordo
com ele, a repercussão pôde ser verificada durante e após
a palestra. “Os colegas se mostraram interessados e fizeram várias perguntas”, relembrou. Para Mendes, o sucesso
e a conquista do prêmio só foram possíveis pelo trabalho
em equipe. “Eram dois trabalhos e fomos orientados pela
organização a apresentar apenas um. E um trabalho completou o outro”, apontou.
Os vencedores receberam um “voucher” para participação
no Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária (Abes),
que será realizado entre os dias 18 e 23 de setembro deste ano, em Campo Grande (MS), e um cheque no valor de
R$ 1.500,00.
Márcio Nunes com Geraldo Magela, Ricardo Bruno e Magno Cunha (Conselheiro Lafaiete)
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INFORMATIVO DA COPASA
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Palestras técnicas
1. Geoprocessamento em projetos: quebra de paradigma
Não dá para falar sobre projeto informatizado sem
citar as ferramentas CAD e GIS. Enquanto a primeira
faz apenas o desenho do projeto, a segunda associa
informações a cada elemento desenhado, como
tipo de material, diâmetro e profundidade. “O GIS
é uma ferramenta de geoprocessamento que alia
desenho e banco de dados, incluindo topologia. A
partir do programa GIS, é possível fazer pesquisas
espaciais mostrando, por exemplo, quais os trechos
de rede de água que estão em determinada zona
de abastecimento”, explicou o analista de sistemas
Alexandre Chaves Faria, da Superintendência de
Apoio, Coordenação e Controle (SPAC).
De acordo com ele, normalmente os projetos de rede
são terceirizados, já que é grande a demanda. O
problema é que a maioria dos fornecedores utiliza
o CAD e não o GIS. “Como o cadastro de redes da
Copasa está em GIS, temos de converter os projetos
de CAD feitos pelos fornecedores, o que é lento e
oneroso. A idéia é que os fornecedores passem a
utilizar o GIS. Por isso, desenvolvemos um módulo no
sistema de geoprocessamento para que essa interface
com o fornecedor seja possível, atualizando o cadastro
automaticamente”, disse Alexandre Faria. Segundo
ele, com essa migração do CAD para o GIS, a Copasa
ganha agilidade e redução de custo na atualização do
cadastro de redes, além de manter um controle sobre
todos os projetos desenvolvidos na empresa.
Por enquanto, foi feito um piloto com um fornecedor
da Divisão de Estudos e Projetos de Abastecimento de
Água (DVPR). “O teste funcionou, mostrando que é
viável essa migração de ferramenta. No futuro, esperase que o nosso sistema de geoprocessamento possa
ser colocado direto no fornecedor, agilizando ainda
mais a atualização do cadastro de redes da empresa”,
finalizou Alexandre Faria.
Alexandre Chaves Faria,
Superintendência de Apoio,
Coordenação e Controle (SPAC)
2. Válvula reguladora de pressão com piloto hidroeletrônico
solucionar o problema, técnicos da Divisão de Macrooperação (DVMO), juntamente com o gerente Sérgio Neves, desenvolveram, com sucesso, o piloto hidroeletrônico.
“Foi utilizado como piloto a Válvula Reguladora de Pressão (VRP) na rede com
diâmetro de 400 milímetros do município de Ribeirão das Neves, que abastece
a cidade de Pedro Leopoldo. Nessa cidade era constante a falta de água durante o dia, e vazamentos/rompimentos de rede de distribuição durante a noite. Com a instalação do piloto hidroeletrônico, esta situação foi solucionada.”
explicou Luiz Sebastião Lima, supervisor eletromecânico da DVMO que, juntamente com Alessandro Marcelo Nascimento Machado, supervisor de macromedição e pitometria da mesma divisão, realizaram a palestra sobre esse assunto.
Luiz Sebastião de Lima e Alessandro Marcelo Nascimento Machado, Divisão de
Macrooperação (DVMO)
As áreas atendidas pelo sistema de abastecimento integrado da Copasa para
a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) apresentam uma variação
topográfica de 770 metros, e algumas delas estão a 100 Km de distância do
sistema produtor que as abastece. A condição topográfica e longos trechos de
rede são fatores que provocam variação acentuada de pressão nas redes de
distribuição, principalmente nas áreas periféricas. A vazão demandada na hora
de maior consumo durante o período diurno provoca perda de pressão dentro
das redes, chegando ao limite crítico de abastecimento. O inverso ocorre no
período noturno, com a redução do consumo, provocando pressões elevadas
nas redes, ocasionando rompimentos e, conseqüentemente, vazamentos. Para
Desde a substituição realizada em 2003, até hoje, o monitoramento realizado
indica inúmeras vantagens, dentre elas, a diminuição dos rompimentos de redes, a redução da vazão noturna, melhoria no abastecimento diurno e a diminuição da perda de carga localizada na válvula redutora de pressão. “A troca
dos pilotos já está sendo aplicada em outros locais com o mesmo problema,
como em alguns bairros no limite dos municípios de Belo Horizonte e Ribeirão
das Neves e também no município de Santa Luzia”, afirmou Luiz Sebastião.
“O procedimento, ao reduzir a pressão noturna, significa redução dos vazamentos nas redes de água e do número de manutenções. A melhora do desempenho da válvula, por meio do piloto hidroeletrônico, reduz a perda de
carga localizada na VRP, principalmente no período diurno, melhorando a eficiência da distribuição de água,” conclui Alessandro Machado.
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INFORMATIVO DA COPASA
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3. Geoprocessamento no
controle de perdas
4. Técnicas de recuperação de
tanques em ferrocimento
Alessandro Marcelo Nascimento Machado, Divisão de Macrooperação
(DVMO), e Regina Darck Cançado, Superintendência de Apoio,
Coordenação e Controle (SPAC)
Hoje em dia é amplamente reconhecido o valor da informação na tomada de decisão nas organizações. No entanto, ela precisa ser ágil, estar correta e se apresentar de forma adequada. Entre 80% e 90% das
informações necessárias para a administração urbana são localizáveis
geograficamente, sendo os Bancos de Dados Geográficos e os Sistemas
de Informações Geográficas (SIGs) ideais para trabalhar com estes dados.
Sistemas de Informação Geográfica não são apenas mapas digitais e
sim bancos de dados, que podem ser analisados e visualizados sob diversas formas. Acima de tudo, os SIGs são sistemas de informação que
agregam a localização geográfica e o relacionamento (topologia) existente entre os objetos do mundo real.
O conjunto de tecnologias que trata as diversas perspectivas geográficas, entre elas os Sistemas de Informações Geográficas, é chamado de Geoprocessamento. Utilizado na Copasa desde 1996, o
Geoprocessamento vem sendo aplicado no gerenciamento das redes de
água, esgoto, serviços operacionais, mapeamento urbano e clientes comerciais da empresa.
“É a tecnologia correta a ser utilizada no gerenciamento do cadastro
técnico de redes de água e esgoto, possuindo propriedades topológicas, como conectividade, adjacência e continência, e acesso aos dados
dos clientes comerciais da empresa”, explicou a analista de sistemas
Regina Darck Cançado, da Superintendência de Apoio, Coordenação e
Controle (SPAC).
“Estes recursos são essenciais quando se deseja realizar estudos de
perda, onde precisamos estabelecer uma região de estudo, seja pela
conectividade ou por uma poligonal, e obtermos os volumes micromedidos dos clientes localizados dentro de uma área específica”, complementou Regina Darck.
Durante a palestra, falou-se sobre a importância de eliminar os mitos
que o Geoprocessamento ainda possui na empresa, de ser uma tecnologia cara e sofisticada, o que não é verdade. “A tecnologia é aplicada na atividade-fim da empresa e já apresenta relação custo x benefício favorável. Precisamos institucionalizar e disseminar a tecnologia em
toda a empresa”, finalizou a analista de sistemas.
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A técnica do ferrocimento - composto por argamassa de cimento, areia, água e telas de aço é utilizada pela Copasa desde
1991, para a construção de reservatórios, ETAs e ETEs. E a recuperação de tanques, que usam
esse método construtivo, foi motivo de trabalho desenvolvido
por Sávio Nunes Bonifácio, engenheiro de projetos da Divisão
de Gerenciamento de Obras do
Interior (DVGI).
Sávio Nunes Bonifácio, Divisão
de Gerenciamento de Obras do
Interior (DVGI)
De acordo com ele, a escolha do
ferrocimento é mais econômica
e viabilizou a implantação do sistema de saneamento em diversas
partes de Minas Gerais. “O custo é entre 50% e 70% mais barato
em comparação com o concreto”, avaliou. Segundo Nunes, um levantamento realizado pela companhia apontou a existência de cerca de 500 reservatórios, 100 ETAs e 50 ETEs que adotaram o ferrocimento. Um percentual bem pequeno das obras, aproximadamente
1% delas, apresentaram problemas”, apontou.
Ele revelou que as falhas residem no sistema construtivo e não no
desgaste do tempo. Para Nunes, apesar de haver uma norma técnica para as obras de saneamento, muitas pessoas não seguem as
regras estabelecidas. O engenheiro destacou algumas precauções
que devem ser tomadas no momento da construção. “Observar
a qualidade da areia, a aplicação da argamassa e cuidados com
a cura, para evitar-se o aparecimento de trincas ou fissuras”, explicou. Outros detalhes a serem examinados é na seleção de um
construtor experiente, na construção de formas arredondadas, no
assentamento sobre fundações adequadas e no reforço das interligações do ferrocimento.
Nunes salientou que o ferrocimento aceita reparos, mesmo após a
conclusão. “A técnica consiste em quebrar o local e refazê-lo com
o emprego de novas camadas de ferrocimento ou com argamassa
e aditivos”, disse. Para finalizar, ele sugeriu mais investimentos em
pesquisas sobre durabilidade em meios agressivos e a definição de
uma norma nacional para o ferrocimento. “Existe uma norma para
argamassa armada industrializada. Entretanto, não há uma específica para o ferrocimento artesanal”.
INFORMATIVO DA COPASA
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5. Microvala – Uma nova solução para ligações prediais de água
Eduardo Marcelo e Júlio Minchilo,
Distrito de Betim (DTBE)
atenção é o resultado final. O pavimento fica
atraído a atenção de outros distritos. “Recebemos
praticamente igual ao que era antes, eliminando
várias solicitações de uso desta tecnologia antes que
aquele volume de asfalto semelhante a um quebra-
ela seja institucionalizada e levada “oficialmente” às
molas, observado no acabamento da obra quando
diversas localidades, conforme objetivo da empresa,
utilizado o método convencional”, explica Júlio
já que, além da qualidade do resultado, há uma
Minchilo. Ele lembrou que ainda há o agravante de a
redução de custo em torno de 50%”, argumenta o
recomposição, nos métodos convencionais, ser feita
gerente.
posteriormente com outra equipe, podendo levar dias
Segundo Júlio Minchilo, em breve todas as máquinas
até a conclusão.
O método de execução de ligações de água em ruas
disponíveis na Copasa, destinadas a esta finalidade,
asfaltadas, Microvala, utilizado há 18 meses, pela
Com a tecnologia da Microvala, as valas feitas
poderão ser adaptadas para a execução da Microvala
equipe do Distrito de Betim (DTBE), tem se tornado
no asfalto para a execução de ligações de água
em todo o Estado. “O fabricante adaptou com
cada vez mais conhecido na companhia e, por isso
têm abertura de 3cm de largura por 12cm de
sucesso a primeira máquina, conforme modificação
mesmo, muito demandado. Segundo Júlio César
profundidade, substituindo as escavações que têm
que idealizamos, possibilitando o corte duplo em
Silveira Minchilo, gerente do DTBE e idealizador do
vala normatizada de 30cm de largura por 50cm de
única operação. Caminhamos para um trabalho em
projeto, os motivos para o sucesso são sua rapidez,
profundidade.
parceria para a adequação de outras cortadoras
eficiência e economia, aliadas ao ótimo resultado no
acabamento.
Para a realização de obras de ligação de água
de pisos da empresa. Todavia o método pode ser
Desde a primeira experiência, em novembro de 2003,
utilizado com as máquinas de uma lâmina, efetuando
somente em Betim foram feitas 150 ligações de água
duas operações de corte paralelas, conforme as
por este novo método. A qualidade do serviço tem
primeiras 35 ligações que fizemos”, conclui.
com travessia de pista é preciso fechar ou isolar
parte do trânsito de carros nas vias públicas, o que
causa transtornos, principalmente se for uma rua
ou avenida de grande movimento. Com o método
da Microvala, tudo passou a ser feito com muita
rapidez. “O processo inteiro dura no máximo duas
horas – metade desse tempo para a intervenção na
pista -, o que reduz o tempo de impedimento do
tráfego no local, podendo até mesmo ser liberado
durante a execução. Mas, o que mais chama a
Antes
Depois
6. Derivador de ligações prediais de água
A partir de estudos do aumento da demanda de ligações de água para imóveis multifamiliares e a constatação do
grande número de perfurações em um
pequeno trecho da tubulação, Marli de
Oliveira Damas, do Setor Técnico do
Distrito de Serviços Norte (DTNO), projetou o “Derivador de Ligações Prediais de
Água”.
Marli de Oliveira Damas e Aldemir
Cândido Lopes, Distrito Norte
(DTNO)
Com o apoio do engenheiro Aldemir Cândido Lopes, que
estudou o comportamento hidráulico do derivador, Marli
trouxe uma proposta de racionalização do serviço, além
de possibilitar o controle do consumo de água por economia pelo usuário. “Na maioria das vezes, essa dificuldade de medir consumo por economia gera conflitos
entre as famílias na hora do pagamento da conta e au-
menta a inadimplência”, explicou Marli.
A concentração das perfurações provoca a fragilidade da
tubulação e grande perda da vazão na rede distribuidora, comprometendo o abastecimento em bairros localizados em regiões mais altas. “Passamos por um período de
mudanças com um grande número de pedidos de individualização destas ligações”, disse Marli.
A nova metodologia, testada em dois imóveis, atende às
necessidades do usuário sem comprometer a qualidade
dos serviços prestados pela empresa. Além do aumento de produtividade e do custo 60% mais barato do que
o convencional, a alternativa é vantajosa por diminuir o
tempo de execução e reduzir transtornos para o cliente. “A solução reduz os procedimentos e a repetição dos
métodos tradicionais”, apontou.
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INFORMATIVO DA COPASA
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7. Manutenção preditiva na RMBH
A manutenção, de
um modo geral,
8. Projeto 3T – GIS – RMBH
ainda é vista como
um fator de despesa, mas aliando
A Copasa, por meio da equipe da Divisão
eficiência, qualida-
de Serviços de Apoio da Metropolitana
de e baixo custo
(DVAP), contratou o Projeto 3T, siste-
torna-se uma ferra-
ma que trará mais segurança e econo-
menta estratégica
mia no controle das redes de distribui-
para que as empre-
ção de água. A palestra foi apresentada
sas alcancem seus
pelos técnicos Ricardo Haddad e Flávio
Rosemary Lopes Faraco, Divisão
de Serviços de Apoio da
a afirmação da enMetropolitana (DVAP)
genheira da Divisão
Henrique Ribeiro.
de Serviços de Apoio da Metropolitana (DVAP),
macro e micro redes de distribuição de
Rosemary Lopes Faraco. Em sua palestra sobre manu-
água tratada da Copasa. As redes macro
tenção preditiva, ela enfatizou as técnicas utilizadas
conduzem a água da área de tratamento
objetivos. Essa é
na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH),
que aumentam a vida útil de um equipamento e reduz os custos.
A especialista explicou a metodologia e as ações em-
O 3T é um projeto de automação das
Flávio Henrique Ribeiro, Divisão de
Serviços de Apoio da Metropolitana
aos reservatórios dos distritos, e as redes
(DVAP)
micro destes reservatórios às casas. O
projeto desenvolvido permitirá o comando a distância das válvulas
que controlam a tubulação e também dos conjuntos motobombas
preendidas pela divisão, desde 1993. Segundo ela, a
das elevatórias e boosters, por meio da leitura de dados medidos
manutenção preditiva tem ocasionado bons resulta-
em tempo real (vazão, pressão, nível de reservatórios, grandezas
dos para a empresa. “Houve a redução de quebras
elétricas, cloro residual e PH). A supervisão tornará possível atuar
imprevistas e custos, um menor número de paradas
no sistema de abastecimento de forma “on line”.
não programadas e a diminuição do estoque de peças”, apontou.
A leitura será feita automaticamente, pois as válvulas estarão conectadas a um programa informatizado instalado na sede da com-
Rosemary Faraco apresentou, também, alguns estu-
panhia, no bairro Santo Antônio, em Belo Horizonte. Em princípio
dos de casos ocorridos nos sistemas de abastecimen-
serão 132 pontos concentradores de medição, que vão transmitir os
to de água Serra Azul, Rio Manso e Rio das Velhas
dados para o Centro de Operação do Sistema, o COS, integrado aos
e na Divisão de Macrooperação da Metropolitana
demais sistemas corporativos da companhia. Este centro permitirá,
(DVMO). Um exemplo que chamou a atenção foi um
problema de folga detectado numa tampa de motor da elevatória de alto recalque do sistema Rio das
Velhas. Foi utilizada a técnica de análise de vibração
e o ganho foi visível. “Com a manutenção preditiva,
gastou-se R$ 100,00. Caso não fosse feito o diagnóstico preditivo, o valor gasto seria de R$ 257 mil, somando-se mobilização de empregados da Copasa e
de terceiros, tempo, peças e perda de produção”, revelou.
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por meio de um software que fará a leitura e interpretação das informações, a otimização e o equilíbrio do sistema de distribuição de
água para a população. Assim, poderão ser previstos, por exemplo,
rompimentos de rede, ou sua identificação no menor tempo possível.
O Projeto 3T está em fase final de preparação da licitação.
INFORMATIVO DA COPASA
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9. Reengenharia em conjuntos motobomba
Preocupada com a energia gasta pelos equipamentos da
empresa, a Diretoria Operacional Metropolitana (DRMT) tem
promovido a reengenharia no conjunto de motobomba, responsável por quase 100% do consumo de energia. Essa prática foi o tema do estudo de João Andrade do Nascimento,
da Divisão de Serviços de Apoio da Metropolitana (DVAP).
Segundo ele, a DRMT consome mais de 32 MWs e a avaliação de desempenho é permanente. “Estamos sempre na
busca pela maior eficácia em energia”, apontou. De acordo
com Nascimento, além de eliminar quebras indevidas e prolongar a vida útil do equipamento, o procedimento, iniciado em 1989, acarreta mais ganhos. “A redução da demanda
de investimentos futuros e a maior eficiência de energia são
outras vantagens”, afirmou.
João Andrade do Nascimento,
Divisão de Serviços de Apoio da
Metropolitana (DVAP)
10. Aquisição econômica de bombas e motores considerando o rendimento
A despesa com energia elétrica é uma
que permite adquirir bombas, moto-
das maiores da Copasa, perdendo ape-
res e conjuntos motobombas (com po-
nas para a mão-de-obra. Atualmente,
tências superiores a 25 cv), consideran-
são gastos quase R$ 120 milhões ao
do os rendimentos característicos dos
ano. Os motores e bombas consomem
mesmos.
cerca de 95% de toda a energia gasta, números que justificam o contro-
De acordo com Rangel, existem vanta-
le mais intenso e a preocupação com
gens como a economia substancial no
a economia. O estudo desse assunto é
custo da energia elétrica e na aquisição
de autoria de Último Barreiros Rangel,
de melhores equipamentos do merca-
da Divisão de Engenharia de Apoio
do. “Além disso, ocorre uma facilidade
(DVEA).
e rapidez na especificação de equipamentos, decorrentes da padronização
Último Barreiros Rangel, Divisão de
Engenharia de Apoio (DVEA)
O trabalho tem a intenção de rela-
dos dados e procedimentos para com-
tar os resultados obtidos com a utili-
pra de motores, bombas e de conjuntos
zação do critério do menor preço total,
motobombas”, explicou Rangel.
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11. Rede de marcos de
coordenadas na RMBH
Solange Maria da Costa e Wilson Aparecido Drumond, Divisão de
Serviços do Tratamento do Efluente da Metropolitana (DVSE)
Facilitar e agilizar a localização dos Poços de Visitas (PVs)
e diminuir custos com projetos, operação e obras são algumas das vantagens com a implantação da rede de marcos
de coordenadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte
(RMBH). A novidade foi apresentada por Solange Maria da
Costa, da Divisão de Serviços do Tratamento do Efluente da
Metropolitana (DVSE) e pelo topógrafo Wilson Aparecido
Drummond.
A verificação da necessidade de implementação desta rede
de marcos topográficos ocorreu no início dos trabalhos do
Programa Caça-esgoto, que interliga os coletores e interceptores da RMBH. Um dos problemas era identificar os PVs.
“Em muitas situações não havia cadastro. Quando tínhamos que localizar os PVs, eles estavam sob pavimento, áreas verdes e até debaixo de imóveis”, disse Solange Costa.
Iniciou-se, então, a padronização e a coleta de informações
nos distritos operacionais sobre a malha de coordenadas
existentes. “Para se ter uma idéia, dos 130 pontos informados, apenas 10% estavam em condições de serem utilizados”, revelou.
Após três anos de avaliação e planejamento, a iniciativa foi
colocada em curso, em 2004. Já foram instalados 249 marcos em localidades em que a companhia tem concessão de
água e esgoto, sendo 82 em Belo Horizonte. “A distribuição
observou o porte das cidades”, informou. Os marcos topográficos são pinos metálicos fixados com concreto em locais
estrategicamente escolhidos.
Apesar de alguns marcos estarem instalados nas unidades,
ETEs, estações elevatórias e reservatórios, a maioria encontra-se em vias públicas. “Para evitar e controlar as depredações, equipes percorrem e monitoram os locais”, explicou.
INFORMATIVO DA COPASA
12. Abastecimento de água na reserva
indígena Krenak
O fornecimento de água tratada e distribuída de forma coletiva
aos índios Krenak, no município de
Resplendor, a 470 quilômetros de
Belo Horizonte, foi a primeira experiência deste tipo realizada pela
Copasa. A reserva indígena de 4 mil
hectares recebeu, no segundo semestre do ano passado, um sistema
simplificado de tratamento e distribuição de água para atender às famílias das três aldeias indígenas dos Krenak ali residenManoel Batista Duarte de Oliveira,
tes, em substituição às fontes alternativas de captação
Divisão de Desenvolvimento
existentes que não tinham qualquer tipo de tratamento.
e Controle Operacional da
Metropolitana (DVDM), e
O sistema de abastecimento é composto por captação
Tereza Bernardes, Divisão de
em barragem de nível, realizada em nascente de alto de
Gerenciamento de Obras do
serra, adução, tratamento com filtro lento, cloração e arInterior (DVGI)
mazenação em reservatório de ferrocimento, com capacidade para 50 mil litros, e distribuição para 28 casas, 2 escolas e aos postos indígena e de saúde, por gravidade.
A água captada vem da mesma serra onde é engarrafada a Água Mineral Krenak. A
empresa, dona do direito de lavra da fonte, permitiu, por intermédio de seu proprietário, que a água fosse captada em terreno próximo. As redes adutoras e de distribuição totalizam 21.379 metros, sendo quase toda sua extensão na área da Reserva
Indígena Krenak. Parte do material utilizado, 6.500 metros de tubulação, foi doado
pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão ligado ao governo federal. O trabalho da Copasa foi viabilizado por convênio assinado com o Serviço Voluntário de
Assistência Social (Servas), do governo do Estado, que garantiu os recursos para investimento.
Segundo os técnicos da Divisão de Gerenciamento de Obras do Interior (DVGI), o
projeto foi realizado com o envolvimento dos Krenak, tanto no processo de escolha
do manancial de abastecimento, quanto no momento de realização das obras. A manutenção do sistema
será feita pela Funasa,
por meio do trabalho
do Agente Indígena de
Saúde (Aisan). “Os índios perceberam a diferença na qualidade
da água, e entenderam a importância do
trabalho”, explicam.
Sistema de abastecimento de água
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INFORMATIVO DA COPASA
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13. Gestão da informação e compartilhamento do conhecimento
A informação pode ser gerenciada e o conhecimento, compartilhado. A partir dessa premissa, a bibliotecária Maria de Fátima
Miranda Chaves defende a implantação de
uma base de dados de gestão da informação e compartilhamento do conhecimento,
de forma organizada e sistêmica, em busca
da eficácia organizacional.
De acordo com Maria de Fátima, a gestão da informação e a transformação do
conhecimento, adquirido e experimentado em conjunto, devem ser disseminados
de forma compartilhada. “O objetivo maior
da proposta é compartilhar o conhecimento, esse conhecimento gerado na empresa ,
de forma que ele se torne um ‘conhecimento Copasa’ , passível de utilização e emprego em toda a organização”, explicou. Para
isso, a bibliotecária propõe a criação de uma
rede que utilize a intranet como ferramenta
essencial de suporte e disseminação.
Maria de Fátima destaca, ainda, que a gestão da informação e o compartilhamento do
conhecimento são mais do que simples aplicação de metodologia. “Trata-se de um processo estratégico, que visa gerir o capital intangível da empresa. Portanto, é altamente
complexo e abrangente, uma vez que o conhecimento está na cabeça de cada empregado. A meta é que a Copasa inicie a era do
conhecimento. É um grande desafio, mas,
com certeza, todos sairão ganhando”, afirmou a bibliotecária. No desenvolvimento
desse trabalho, Fátima Chaves contou com
a colaboração de Elias Haddad, coordenador
estratégico do Programa de Investimentos.
Elias Haddad, coordenador estratégico do Programa
de Investimentos (PRES), e Maria de Fátima Miranda
Chaves
14. Sistema de Medição de Desempenho Institucional
Gerenciar por resultados é o que há de
mais moderno quando o assunto é gestão nas organizações. E foi sobre isso
que o economista Ronaldo Resende
Pereira falou na palestra “Sistema de
Medição de Desempenho Institucional
(SMDI)”. De acordo com Ronaldo, analista de desenvolvimento de sistemas organizacionais da Superintendência de
Desenvolvimento Tecnológico (SPDT), o
SMDI nada mais é do que um conjunto de indicadores selecionados, segundo uma estrutura planejada, para monitorar o desempenho global em relação
às estratégias e gerenciar as operações
do dia-a-dia.
Ronaldo Resende Pereira,
Superintendência de Desenvolvimento
Tecnológico (SPDT)
Já os indicadores são informações que
permitem avaliar o desempenho dos
processos, serviços, produtos e da organização como um todo, por meio de medições quantitativas. São dados como
qualidade do produto e/ou serviço, satisfação do cliente e do empregado, parti-
cipação no mercado, retorno financeiro
e impactos ambientais, entre outros.
Ao todo, são 45 indicadores. “Desses, 13
foram selecionados para o Programa de
Remuneração Variável, no qual se destaca a Gratificação por Desempenho
Institucional (GDI)”, destacou Ronaldo
Resende. Segundo ele, há indicadores
mensais, trimestrais e até anuais, como
no caso da pesquisa de satisfação de
clientes.
“As vantagens do SMDI são apoiar o
processo de melhoria contínua, traduzir
os objetivos estratégicos para que todos
possam entendê-los e obter consenso
em relação a eles, propiciar a obtenção de feedback e proporcionar uma
base comum para a tomada de decisão.
Resumindo: acompanhar o desempenho
da organização sob diversas perspectivas e estabelecer metas para alcançar melhores resultados”, afirmou o economista.
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INFORMATIVO DA COPASA
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15. O Indicador de Desempenho
de Tratamento de Esgotos
16. Implantação do programa de gestão
e do prêmio operacional em Varginha
As atividades voltadas à
proteção dos mananciais e
ao tratamento de esgotos
vêm sendo implementadas
A busca de uma for-
de forma que a Copasa pos-
ma mais eficiente e
sa atingir o objetivo estra-
eficaz de alinhar o
tégico de preservar o meio
gerenciamento do
ambiente e os recursos hí-
Distrito de Varginha
dricos, conforme meta do
(DTVG) com a ges-
Plano de ação 2003-2006.
tão empresarial da
Entretanto, para a avaliação
e consolidação dessa atuação, é necessário implementar indicadores ambientais.
Célia Regina Alves Rennó,
Divisão de Desenvolvimento
Operacional (DVDO)
De acordo com a sanitarista Célia Regina Alves Rennó, da
Divisão de Desenvolvimento Operacional (DVDO), um bom
indicador deve fornecer sinais claros da necessidade de correção de rumos, ser flexível e permitir mudanças, se necessário, além de ser de rápida implantação.
Para avaliação do plano de ação em relação à atuação para
preservação ambiental, foram inicialmente propostos os seguintes indicadores: Percentual de Tratamento de Esgotos
(PTES), que mostra o percentual do volume coletado de
esgotos tratados, e Eficiência de Tratamento de Esgotos
(EFTE), que avalia a redução de carga orgânica nas Estações
de Tratamento de Esgoto (ETEs) em operação. “Ambos são
indicadores focados no processo. A nova proposta, já aprovada pela Diretoria da Copasa, é a adoção do indicador
de Carga Poluente Removida dos Esgotos Coletados CRES
em substituição a esses dois indicadores. O CRES avaliará
a Carga Poluente Removida dos Esgotos Coletados e está,
portanto, focado no resultado pretendido com a implantação das ETEs ”, afirmou Célia Regina.
De acordo com ela, esse novo indicador vai avaliar a eficiência na remoção de cargas poluentes dos cursos d´água e
meio ambiente das unidades da Copasa. A previsão é que
o CRES seja implantado no terceiro trimestre deste ano. “O
CRES busca demonstrar de forma simples e clara, para todos os públicos, o resultado ambiental obtido na implantação e operação das ETEs, tornando a atuação da Copasa
mais transparente”, destacou Célia Regina.
20
Copasa fez com que
a equipe do distrito implantasse, em
2004, o seu programa
de gestão, baseado no regulamento
do Prêmio Nacional de Qualidade em
Saneamento (PNQS).
Alisson Fabiano Faria
Machado e Liliani do
Carmo Marques Elias,
Distrito de Varginha
(DTVG)
No mesmo momento, na busca de um
estímulo maior para as equipes dos
sistemas operacionais vinculados ao DTVG, foi criado o Prêmio de
Gerenciamento Operacional (PGO). Maior interação das equipes de
trabalho, desenvolvimento da criatividade e melhoria de resultados
foram alguns dos benefícios obtidos pelo DTVG com a implantação do prêmio. De acordo com o supervisor administrativo Alisson
Fabiano Faria Machado, o PGO, baseado no regulamento do programa de Gratificação de Desempenho Institucional (GDI), é uma
prática de incentivo ao alcance de metas.
“O PGO é voltado para os sistemas operacionais. Quando o distrito ganha bônus da GDI, parte (um terço) da premiação é repassada
aos três sistemas que alcançaram os melhores resultados, para ser
utilizado em melhorias nas localidades”, explicou Alisson Fabiano,
destacando que o prêmio tem periodicidade anual. Outro incentivo
dado à equipe são o troféu e o certificado por reconhecimento de
alcance de metas. Não havendo premiação para o distrito, os sistemas premiados serão reconhecidos com o troféu e o certificado.
Segundo Alisson Fabiano, o distrito conta hoje com cerca de 250
empregados, espalhados em 18 sistemas operacionais. “Essas equipes estão buscando identificar todas as alternativas que possibilitem, a cada dia, a melhoria do desempenho no distrito”, destacou.
INFORMATIVO DA COPASA
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17. Padronização das atividades administrativas na SPPR
O assistente de apoio administrativo da Divisão
de Serviços de Produção Serra Azul e Vargem das
Flores (DVSV), Roberto de Sousa Oliveira, apresentou um trabalho de padronização das atividades administrativas, desenvolvido nos últimos dois anos,
na Superintendência de Produção da Metropolitana
(SPPR).
o sistema de informações da empresa fornecia o valor
gasto por mês. Com o instrumento padrão elaborado,
os dados são retirados e disponibilizados com mais
detalhes em planilhas. Com a inovação, o gerente da
área é abastecido, regularmente, sobre o andamento
dos gastos. “Desta forma, ele pode prever a evolução
das despesas e tomar determinadas posições”, disse.
Foram criados grupos, com representantes de todas as divisões subordinadas à SPPR, para estudar
e analisar alternativas para racionalizar o trabalho.
Anteriormente, havia normas editadas pela companhia e que serviam de suporte para a superintendência. “Foram estabelecidos instrumentos de padronização e metodologias para a execução, baseados nos
procedimentos existentes e nas normas editadas pela
empresa”, explicou.
Outro aspecto que evoluiu com a padronização foi
o controle da freqüência de pessoal. Com a criação
de um instrumento específico é possível identificar
as ocorrências registradas na freqüência e os setores que mais contribuem para o índice de absenteísmo. “O gerente é informado e possibilita a adoção
de ações, como a solicitação de avaliação médica ou
acompanhamento social para o empregado, quando
necessário”.
A implementação proporcionou atividades mais racionais em um menor espaço de tempo e eliminou alguns procedimentos que não eram necessários. Um
exemplo das melhorias obtidas com a padronização
foi o controle de orçamento. Antes da padronização,
Segundo Oliveira, com a implementação da padronização, caso algum funcionário se ausente, nenhuma
tarefa será paralisada já que outro funcionário poderá
substituí-lo sem dificuldade. “Desde que possua um
pré-requisito adequado para a função”, finalizou.
Roberto de Sousa Oliveira, Divisão de
Serviços de Produção Serra Azul e Vargem
das Flores (DVSV)
18. Transferência de conhecimento
O administrador de empresas Udmar Micheletti
Dias, da Superintendência de Operações de Belo
Horizonte (SPBH), desenvolveu uma tecnologia para
transferência de conhecimento que vem sendo aplicada, desde 2003, na área operacional da Copasa.
“Trata-se de um passo a passo da padronização dos
serviços de manutenção de água e esgoto como, por
exemplo, a troca de hidrômetros”, afirma Udmar
Dias. Segundo ele, até agora, 750 pessoas das equipes de manutenção, próprias e terceirizadas, passaram pela capacitação, que inclui aulas teóricas e
práticas.
Udmar Micheletti Dias, Superintendência
de Operações de Belo Horizonte (SPBH)
Para chegar à padronização de uma atividade, Udmar
Dias criou grupos de discussão sobre como realizar
um determinado trabalho. Pegando o exemplo da
troca de hidrômetro, ele produziu uma fita de vídeo
com a demonstração da tarefa. “Depois, as pessoas
do grupo de trabalho assistiram ao filme para discutir o modo de fazer, até se chegar a um consenso, que
foi definido como padrão. Ele determina o que fazer,
como fazer, o tempo gasto e as ferramentas necessárias. Esse padrão, considerado o certo, o mais rápido e econômico, é exibido por meio de um filme, em
aula teórica, aos treinandos”, explica Udmar Dias.
A transferência de conhecimento conta, também,
com atividade prática, desenvolvida num cenário montado internamente na Copasa, chamado
de Laboratório Operacional, que simula tudo aquilo, referente à água e ao esgoto, que é encontrado
normalmente nas ruas. Nesse espaço, foram instaladas oito bancadas com rede, padrão e equipamentos que reproduzem situações reais de trabalho, no
caso, a de substituição de hidrômetro. De acordo
com Udmar Dias, cada treinando passa a ser multiplicador do conhecimento adquirido.
Até agora, foram padronizados dez serviços de manutenção, do total de 40. Os outros estão em fase
de padronização. Udmar Dias destaca que o engenheiro Marco Antônio Pimenta, do Distrito de
Contagem (DTCN), e os encarregados José Márcio
Ferreira e Wiler Bruno da Silva, do Distrito de
Serviços Oeste (DTOE), fazem parte da equipe de
treinamento. Ele acrescenta, ainda, que os filmes
das padronizações, em VHS, estão sendo convertidos para CD-ROM.
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INFORMATIVO DA COPASA
19. Acompanhamento de gastos
realizados
20. O Sicaf - “Controle Patrimonial”
Um relatório de
gastos multifuncional, com diversos
Permitir a localização imediata de um bem da Copasa em qualquer local do
recursos de análi-
Distrito de Ribeirão das Neves (DTRN). Esse foi o objetivo do auxiliar admi-
ses, cujo objetivo
nistrativo Wilimar Junio Ruas e do encarregado de Transporte e Patrimônio
principal é o geren-
William Nunes Soares ao desenvolver, no aplicativo Access, o Sistema Interno
ciamento de des-
de Controle de Ativo Fixo (Sicaf) - Controle Patrimonial.
pesas da Copasa.
Trata-se do
“Trata-se de um banco de dados que vai armazenar informações como o nú-
“Acompanhamento
mero do patrimônio, sua descrição, a área em que o bem está no momen-
de Gastos
to da consulta, entre outras. A proposta é que o Sicaf seja integrado ao
Realizados”, resultado de trabalho
desenvolvido por
Wayner de Oliveira,
Programa de Controle Patrimonial da Copasa”, disse Wilimar.
Wayner de Oliveira, Divisão
de Controle e Análise de
Custos (DVCC)
da Divisão de
Controle e Análise
de Custos (DVCC).
A necessidade desse acompanhamento surgiu
na área operacional da empresa, que solicitou à
DVCC uma exibição de todos os gastos ocorridos,
algumas projeções e análises específicas. Ele fez
Ele explicou que o sistema permite emitir relatórios por equipamentos de informática, bens por detentor, mobiliário, unidades operacionais e bens de
grande e pequeno valor. “O maior benefício é manter atualizada a carga patrimonial para possíveis consultas e pesquisas. Como instrumento de controle de bens patrimoniais, o sistema permite uma maior facilidade na localização do bem patrimonial dentro do distrito e em seus respectivos setores,
como unidades operacionais, agências e escritório local. Além disso, possibilita o controle de última movimentação do bem por meio de lançamento de
movimentação de patrimônio”, disse Wilimar Ruas.
diversas viagens pelo interior do Estado, implantando sua metodologia e recursos, bem como treinando os usuários para a sua utilização. Com isso,
foi possível conhecer mais a empresa, um pouco da sua diversidade e colher dados para estudos
“Foi desenvolvido numa plataforma Excel por haver maior facilidade de utilização pelos usuários”,
explicou Oliveira.
Atualmente já se encontra implantado em toda a
área operacional da companhia. Segundo ele, não
houve dificuldades para desenvolvimento e implantação. “O sistema trouxe o que já era esperado, uma visão nova do comportamento das despesas e a conseqüente facilitação na apuração,
evolução e gerenciamento das mesmas”, informou.
22
Willian Nunes Soares e Wilimar
Junio Ruas, Distrito de Ribeirão das
Neves (DTRN)
INFORMATIVO DA COPASA
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21. Simulador Tarifário de Energia Elétrica
Para adequar a produção da Copasa aos horários em
que a tarifa de energia elétrica é mais barata, o engenheiro Geraldo Magela Mendes, atualmente lotado no
Distrito de Conselheiro Lafaiete (DTCL), desenvolveu um
programa em Excel, voltado para o estudo de unidades de maior porte, que indica as modalidades tarifárias
da Cemig durante todo o dia. Denominado Simulador
Tarifário de Energia Elétrica, a planilha - que foi desenvolvida em 2000, quando o engenheiro trabalhava na
Superintendência Operacional Sul (SPSL) - já é utilizada
em unidades da empresa em Belo Horizonte, Varginha,
Araxá, São Sebastião do Paraíso, Lavras e Conselheiro
Lafaiete.
Nesta cidade, por exemplo, a Copasa conseguiu economizar, somente no mês de março, 25% do gasto com
energia elétrica. “Na estação de tratamento e na captação de água, que são as maiores unidades consumidoras de energia, a economia chegou a 50%”, destacou
Geraldo Mendes.
De acordo com ele, o simulador trabalha com dados que
permitem o acompanhamento mensal das faturas e a
tomada de decisões para investimentos e/ou mudanças
contratuais junto à
companhia de energia elétrica, de forma a reduzir os custos.
Outra forma de gerenciamento de custos com energia elétrica abordada na
palestra, e coordenada pelo engenheiRicardo Bruno, Geraldo Magela e Magno Cunha, do Distrito de Conselheiro
ro Ricardo César
Lafaiete (DTCL)
Bruno e o técnico Magno Leonan Cunha, é a sistemática
de acompanhamento das leituras, por empregados da
Copasa, segundo acordo feito com a concessionária, em
todas as unidades consumidoras de energia do DTCL. O
objetivo é assegurar o pagamento do que é realmente
consumido por essas unidades. Essas leituras são informadas ao distrito pelos encarregados dos sistemas por
meio de uma planilha também desenvolvida em Excel,
na qual os valores que porventura extrapolam o limite
esperado têm que ser justificados pelos mesmos.
22. Equipe operacional Pente Fino
A palestra foi apresentada pelo gerente do
Distrito de Curvelo (DTCV), Eduardo Luiz
Rigotto, e o engenheiro de produção Luiz
Eduardo Carvalho Gomes. Segundo Rigotto,
a equipe Pente Fino busca viabilizar a implantação do programa de redução de perdas da Copasa, a partir da verificação de
vazamentos invisíveis e fraudes em ramais e hidrômetros. “Agindo na descoberta
de fraudes e problemas de micromedição,
esse projeto evitará um prejuízo calculado
em cerca de R$ 250 mil anuais apenas em
Curvelo”, destacou Rigotto.
Eduardo Luiz Rigotto e Luiz Eduardo
Carvalho Gomes, Distrito de Curvelo
(DTCV)
Ele explicou que a equipe Pente Fino atua
nas perdas reais e aparentes de forma simultânea, priorizando a identificação de
vazamentos invisíveis e de fraudes em ramais e hidrômetros e a verificação da imprecisão de hidrômetros e do cadastro
comercial. “Equipes de leituristas e cadas-
tristas geram as ordens de serviços para os
imóveis com suspeitas de irregularidades. A
partir daí, um técnico visita o imóvel para
verificar itens como as condições do ramal,
padrão, instalações hidráulicas internas e
do hidrômetro, além de checar a ocorrência
de ligações clandestinas”, explicou Rigotto.
Em princípio, a operação foi implantada
apenas no sistema de Curvelo, que conta
com 20 mil ligações de água, mas já foi estendida também para dez cidades-pólo do
distrito, abrangendo, assim, todos os sistemas. “Com os resultados obtidos no DTCV
até o momento, estão comprovados a eficiência e o baixo custo para a implantação
da equipe Pente Fino. Dessa forma, espera-se que essa metodologia seja expandida
para outras unidades da empresa, multiplicando os resultados positivos”, acrescentou
o gerente industrial.
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INFORMATIVO DA COPASA
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23. Programa de Redução de Perdas
24. Atendimento à legislação sobre
qualidade de água
O planejamento, as metas e as
O engenheiro da Divisão de
ações do Programa de Redução de
Gerenciamento de Obras do Interior
Perdas de Água (PRPA) no sistema
(DVGI), Luiz Eduardo Murta Gomes,
de distribuição nortearam a pales-
avaliou o controle de qualidade da água
tra do coordenador Paulo Roberto
da Copasa nos anos de 2002 e 2003. O
Cherem. O programa, que está
estudo, fruto de dois anos de trabalho, foi
concluído no ano passado e faz parte de
atrelado ao Plano de Ação e ao
uma pesquisa de mestrado em Engenharia
Planejamento Estratégico da
Sanitária, pela Universidade Federal de
Copasa, tem a intenção de orien-
Minas Gerais (UFMG), orientado pelos
tar gerentes e técnicos operacio-
professores Leo Heller (UFMG) e Rafael
nais para a melhoria do desem-
Bastos (UFV).
penho da empresa, combater
diretamente as causas das perdas e facilitar o alcance das metas
anuais estabelecidas pelo Indicador
de Perdas na Distribuição (PDIA) da
Paulo Roberto Cherem, Divisão
de Desenvolvimento Operacional
(DVDO)
Gratificação de Desempenho Institucional (GDI).
Segundo Gomes, não havia uma legislação
nacional sobre o controle de qualidade
de água até 1977. Atualmente, os
responsáveis pela vigilância para
Luiz Eduardo Murta Gomes, Divisão
de Gerenciamento de Obras do
Interior (DVGI)
consumo humano devem obedecer às
recomendações previstas pela Portaria 518/2004, do Ministério da Saúde. “A
A SPDT é responsável pelo desenvolvimento do programa, no qual serão in-
portaria é a versão mais atualizada e universal sobre a legislação”, apontou.
vestidos em torno de R$ 100 milhões. De acordo com Cherem, vários aspec-
O controle da qualidade de água da Copasa é realizado por meio das análises
tos ambientais, sociais, financeiros e econômicos contribuíram para a for-
laboratoriais, avaliação e monitoramento de riscos à saúde e visa a excelência
matação do programa. “Além desses fatores, a evolução das políticas de
saneamento e do controle de perdas, que refletem o cenário nacional”, indicou. Outro ponto que desencadeou as etapas para a criação do PRPA é a
implementação de uma nova cultura na empresa de combate às perdas. ”A
perda é uma responsabilidade de todos. Precisamos buscar compromissos e
estabelecer parcerias”, disse.
dos resultados, desde a captação no manancial até a distribuição.
Metodologia e resultados- A pesquisa definiu 27 localidades atendidas
pela Copasa, com porte e captações diferentes. “Além das análises de água,
foram direcionados questionários a representantes, gerentes e técnicos da
empresa para a verificação do atendimento às exigências da legislação. Vinte e
duas áreas devolveram os questionários respondidos”, explicou.
As ações alinhavadas prevêem o gerenciamento, a rapidez e a qualidade
Os resultados coletados apontaram que, em relação aos mananciais, a Diretoria
dos reparos, controle de pressão, controle ativo de vazamentos e fugas. Os
Operacional Metropolitana (DRMT) obteve a melhor evolução do número e
pilares de sustentabilidade do programa concentram-se nos recursos finan-
frequência de amostragens, sendo que a pior recaiu sobre os sistemas de menor
ceiros, comunicação, capacitação e gestão pela base operacional. Segundo
porte. “Não ocorreram resultados que caracterizassem potenciais riscos à
ele, a infra-estrutura influencia nessas perdas de água, tais como a quan-
saúde, mas verificou-se a presença de ferro e manganês em todos as regiões”,
tidade de ligações, o comprimento de tubulares, a localização do hidrôme-
alertou. A Diretoria Operacional Centro Norte (DRCN) foi aquela que conseguiu
tro na ligação, o tempo de pressurização, a característica do solo, entre ou-
destaque pela padronização de ações voltadas para o monitoramento nos
tros. “Em épocas de frio, as perdas são mais altas, porque o sistema está
corpos de água e divulgação às autoridades e público.
mais pressurizado”, comentou. O cenário atual revela que 30 das localidades atendidas pela Copasa representam mais de 73% do volume perdido de
água.
Pesquisa- Ele apresentou também uma pesquisa divulgada sobre as perdas
de água pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNS).
Segundo a pesquisa, a média nacional de perdas foi 45,2%, no ano de 2001.
No aspecto saídas dos tratamentos, a DRMT e a DRSO tiveram a melhor
evolução dos planos de amostragem. O engenheiro relatou que a qualidade
da água atendeu, de forma sistemática, ao parâmetro bacteriológico de
potabilidade. Quanto ao controle dos parâmetros operacionais (cor, turbidez
e PH), “em 89% das cidades avaliadas os itens alcançaram as normas
estabelecidas pela legislação”.
Em 2002, diminuiu para 44,5%. A média da Copasa foi bem abaixo, ficando
Para finalizar, Gomes sugeriu que a Portaria 518/2004 seja mais divulgada entre
em 36% de perdas. A mesma pesquisa utilizou o índice litro por ligação por
o corpo técnico da companhia não apenas para o seu cumprimento, mas para
dia, parâmetro fundamental para a avaliação. Há quatro anos, a pesquisa
enfatizar a garantia da saúde dos clientes. Ele já desenvolveu uma cartilha, com
auferiu a perda de 557 litros por ligação por dia no Brasil. No ano seguinte,
detalhes dos parâmetros recomendados pela Portaria.
para 536 litros. A Copasa registrou 280 litros por ligação por dia.
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INFORMATIVO DA COPASA
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25. Medição de vazão em canal circular
Os resultados preliminares do uso de medidor ultra-sônico de nível de efluentes industriais foram apresentados na palestra do analista de saneamento Jomildo Amado da Silva,
da Divisão de Hidrometria (DVHM). De acordo
com ele, o dispositivo sensor, cujo diâmetro é
de 1 polegada, é instalado perpendicularmente à tubulação. A partir de um software específico, que considera variáveis como diâmetro,
altura de lâmina de fluido, declividade, rugosidade, ângulo em relação à área molhada e raio
hidráulico, é possível obter a vazão e volume
de esgoto.
aberto. A vantagem é facilitar as obras e reduzir os custos”, destacou Jomildo da Silva.Ele
desenvolveu uma planilha eletrônica no aplicativo Excel para parametrizar a unidade eletrônica do medidor, visando à linearização da curva do ponto de medição.
“A idéia é que esse tipo de medição possa
substituir a calha Parshall, instalada em canal
da, que algumas indústrias já manifestaram interesse na aplicação desse tipo de medidor.
Ele disse que o sensor vem sendo testado, há
cerca de cem dias, na Estação de Tratamento
de Esgoto (ETE) de Ouro Branco. “A partir desse projeto piloto, será feita a comparação com
a calha Parshall. A previsão é que a pesquisa
seja concluída ainda no primeiro semestre de
2005”, destacou Jomildo, acrescentando, ainJomildo Amado da Silva, Divisão de
Hidrometria (DVHM)
26. Medição de dosagem de ácido fluossilícico
Maurício Adriano Oliveira Barbosa,
Divisão de Serviços de Produção
do Rio Manso (DVRM)
O ácido fluossilícico é um dos produtos utilizados no tratamento da água. No Sistema Rio Manso, por exemplo, são
dosados 960 ml do produto a cada minuto quando a estação está na sua vazão média, que é 3,5 m3/s, conforme
informou o mecânico de manutenção Maurício Adriano
de Oliveira Barbosa, da Divisão de Serviços de Produção
do Rio Manso (DVRM). Segundo ele, a vazão do ácido na
Estação de Tratamento de Água (ETA) tem de ser precisa.
Esse valor é monitorado com freqüência pelos operadores,
por meio dos medidores de vazão que compõem o sistema de dosagem.
Maurício Adriano, juntamente com o mecânico Roberto
Carlos Reis, desenvolveu uma válvula reguladora de vazão
que, até o presente momento, está suprindo a deficiência
que existia no sistema de dosagem. “Antes, era usada uma
bomba dosadora que não se adaptou ao sistema. Além de
ter um custo operacional muito alto, o seu regime de trabalho não atendia às condições do sistema de dosagem.
Diante das adversidades da bomba, desenvolvemos a válvula. O trabalho durou 15 dias”, contou Maurício Adriano.
Feito de náilon, PVC e borracha, o dispositivo está em funcionamento há cinco meses. “Apesar de ainda estar em
teste, a válvula mostrou resultados positivos, como confiabilidade (dosa o valor necessário), redução do custo, fácil manuseio, grande estabilidade e, um dos pontos
principais, fácil manutenção, quando
se fizer necessário”,
destacou Maurício
Adriano, frisando,
ainda, que a válvula pode ser usada
também no sistema
de dosagem de outros estágios do tratamento da água,
como sulfato de
alumínio e cloreto.
Roberto Carlos dos Reis, Divisão de
Serviços de Produção do Rio Manso
(DVRM)
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INFORMATIVO DA COPASA
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27. Determinação de cor
A cor é uma característica da
28. Ocorrência e remoção de
protozoários em Divinópolis
O microbiologista Daniel Adolpho Cerqueira, da Divisão de
água devido à presença de subs-
Laboratório da Metropolitana (DVLB), e a parasitologista am-
tâncias nela dissolvidas, como
biental Patrícia Maria Ribeiro Machado, da Universidade Federal
compostos orgânicos, alguns
de Minas Gerais (UFMG), avaliaram a qualidade da água trata-
metais – ferro e manganês – ou
da pela Copasa em Divinópolis, em relação ao aspecto de risco
microorganismos. Na Estação de
microbiológico. “A Portaria 518 do Ministério da Saúde, de 25
Tratamento de Água (ETA), o pa-
de março de 2004, define o padrão de qualidade da água para
râmetro “cor” é utilizado na de-
consumo humano e recomenda que as empresas pesquisem al-
finição da quantidade de produ-
guns organismos que, nos últimos anos, têm se mostrado re-
to químico a ser utilizado para
sistentes ao tratamento convencional, que inclui a desinfecção
tratá-la e para o monitoramen-
com cloro”, justificou Daniel Cerqueira.
to da sua qualidade. Mas qual o
padrão de cor que deve ser seguido?
Quem responde a essa questão
Flávio Vieira de Sena, Divisão de
Serviços de Produção Rio Manso
(DVRM)
é o técnico em química Flávio Vieira de Sena, da Divisão de Serviços de
Produção Rio Manso (DVRM). Segundo ele, conforme procedimento descrito pelo “Standard Metods” - coletânea de procedimentos que é referência mundial para a rotina analítica dentro de laboratório -, a determi-
Segundo ele, os dois microrganismos mais difíceis de ser removidos, no mundo todo, são a giárdia e o Cryptosporidium. E a
Copasa vem estudando esses protozoários há dois anos. Para
isso, implantou uma metodologia padronizada pela Agência de
Proteção Ambiental Americana (EPA, pela sigla em inglês), que
determina o controle de água nos Estados Unidos. “A Copasa
comprou equipamentos de última geração, implantou essa metodologia, que é muito sofisticada, e passou a pesquisar a ocorrência desses microrganismos. A cidade de Divinópolis foi es-
nação da cor é feita por comparação da água com a cor da solução do
colhida por conter um de seus mananciais superficiais com
padrão de cobalto-platina de concentração conhecida, sendo o resulta-
relativo grau de poluição fecal e por apresentar registro da área
do expresso em uC (unidades de cor).
médica com histórico de alto índice de giardíase na população”, explicou o microbiologista.
“A solução de cobalto-platina gera uma cor parecida com a da maioria das águas naturais (sem despejos de resíduos da atividade humana).
Daniel Cerqueira disse que a Copasa, após o tratamento da
Conforme a portaria 518 do Ministério da Saúde, é aceito o limite de 15
água, conseguiu eliminar os protozoários existentes na água
unidades de cor para a água tratada. Mas o ideal é que ela não tenha
captada nos rios Itapecerica e Pará, que abastecem Divinópolis.
cor, pois uma água colorida pode ser recusada pelo consumidor, levan-
“Dessa forma, concluímos que a água não é a responsável pela
do-o a procurar outras águas de boa aparência estética, mas de quali-
ocorrência de giardíase na população de Divinópolis”, finalizou.
dade duvidosa, principalmente quanto à presença de microorganismos”,
disse Flávio de Sena.
O técnico acrescentou, ainda, que essa nova forma de medição vem sendo estudada desde agosto do ano passado e que, agora, está começando a ser colocada em prática na Estação de Tratamento de Água do
Sistema Rio Manso (ETA/SRM). Para isso, foi feita a substituição do comparador de cor por um aparelho mais moderno e sensível, que fornece
a leitura digital da cor da água, chamado espectrofotômetro. No método antigo, a determinação era feita por comparação da cor da água com
a de discos coloridos sobre a água destilada, considerada incolor devido à sua pureza. Esse método é sujeito a interferências, como a sensibilidade da visão do analista e a alteração da coloração do disco padrão.
“As principias vantagens do espectrofotômetro são eliminar a quantidade de erros, já que apresenta grande sensibilidade, obter a leitura direta
da amostra, com resultado que independe do analista, e maior facilidade de manutenção”, destacou Flávio de Sena.
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Daniel Adolpho Cerqueira, da Divisão de
Laboratório da Metropolitana, e Patrícia
Maria Ribeiro Machado, da UFMG
INFORMATIVO DA COPASA
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29. Experiência do DTDV no combate às algas
Com soluções simples e sem nenhum custo para
a empresa, o técnico químico Carlos Alberto de
Oliveira, do Distrito de Divinópolis (DTDV), resolveu o
problema de mau cheiro e sabor da água, provocado
pela concentração de algas (cianobactérias) no Rio
São João, em Pitangui, em 2001, e no Rio Pará, em
Conceição do Pará, no ano passado.
Com um compressor antigo existente no DTDV, em
Pitangui, Carlos Alberto fez a injeção de ar próximo
ao ponto de captação da água no Rio São João ,
responsável pelo abastecimento de água da cidade,
promovendo a oxidação do fósforo e do nitrogênio
- substâncias que alimentam as bactérias. Desta
forma, o ar impede a sucção das algas pela bomba
de recalque, que por sua vez diminui a presença das
algas na Estação de Tratamento de Água (ETA).
Em Conceição do Pará, a solução do problema se deu
apenas com a substituição do coagulante sulfato
de alumínio pelo sulfato ferroso clorado.
Tais medidas trouxeram vários outros benefícios,
como, por exemplo, a redução do tempo de
funcionamento da ETA, o que gerou economia de
energia elétrica e redução dos gastos com produtos
químicos usados no tratamento da água. O resultado
tem sido uma economia mensal de aproximadamente
R$ 10,2 mil.
As algas (cianobactérias) são microorganismos
aeróbios semelhante às bactérias, que produzem
substâncias tóxicas que causam odor e gosto
desagradáveis na água. O seu contato direto, entre
outros males, provoca irritação ou erupções na
pele, dor de garganta e asma. Sua ingestão causa
náuseas, vômitos, diarréia e complicações no fígado.
O tratamento da água, com a presença das algas,
exige um consumo maior de produtos químicos
e, conseqüentemente, aumento no consumo de
energia elétrica. As cianobactérias normalmente
se evidenciam mais no período da seca, mediante
a diminuição do volume das águas nos leitos dos
rios, o que provoca a concentração dos nutrientes
(nitrogênio e fósforo), que alimentam as bactérias,
acelerando o processo de alteração dos aspectos da
água.
Carlos Alberto de Oliveira,
Distrito de Divinópolis
30. Remoção de oocistos de Cryptosporidium por filtração
A pesquisa de protozoários em amostras
de mananciais e de água tratada não tem
sido uma prática sistemática no Brasil, impedindo que se vislumbrem os riscos à saúde pública. Observando esse cenário, a engenheira química Mônica Maria Ladeia,
do Laboratório Regional Norte, em Montes
Claros, desenvolveu um trabalho sobre a
ocorrência de Cryptosporidium sp e Giardia
spp nos principais mananciais da região.
Mônica Maria Ladeia, do Laboratório
Regional Norte, de Montes Claros
Nesta pesquisa, oocistos de
Cryptosporidium sp foram encontrados em
70% das amostras dos mananciais superficiais e cistos de Giardia spp. detectados
em apenas uma amostra no rio Pai João
- captação Todos os Santos. “Analisando
os resultados, verificou-se que a variável
Cryptosporidium sp. apresentou correlação
significativa com a turbidez, esporos aeróbios e C. perfringens”, explicou Mônica.
Ela avaliou também a remoção dos protozoários e de diversos indicadores de qualidade de água em filtros rápidos descendentes. A investigação experimental foi
realizada em unidades piloto, instaladas na ETA Morrinhos em Montes Claros.
Foram utilizados filtros de camadas simples e dupla. A água afluente aos filtros,
captada na saída dos decantadores da estação, foi contaminada com oocistos de
Cryptosporidium parvum e com alíquota
de esgotos para simulação do conteúdo de
bactérias.
Para verificação da associação entre a ocorrência dos protozoários estudados e indicadores de qualidade da água foram monitorados os parâmetros bacteriológicos, físicos
e químicos de performance do tratamento
da água. “Os oocistos não foram detectados nos efluentes dos filtros”, finalizou.
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INFORMATIVO DA COPASA
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31. Filtros rápidos por gravidade
para remoção de ferro e manganês
32. Mini-ETAs para águas subterrâneas
A adoção de filtros rápidos para
a remoção de ferro e manganês
em água de poços profundos proporcionou a melhoria na quali-
Um dos problemas que afe-
dade da água tratada, nos últi-
tam o abastecimento de
mos dois anos, nos distritos de
água de pequenas localida-
Joaquim Felício e Claro dos Poções,
des, onde a captação é fei-
pertencentes a Montes Claros; e
ta em poços artesianos, é
a alta concentração de fer-
Agreste, em Janaúba. A iniciati-
ro e manganês na água. Em
va foi o tema de pesquisa realizada
Minas Gerais isto é muito
por Nilson José Ferreira, supervisor
comum em regiões como a
de tratamento de água da Divisão
de Manutenção e Operação Norte
(DVON).
Nilson José Ferreira, Divisão de
Manutenção e Operação Norte
(DVON)
O projeto dos filtros rápidos é de
do Vale do Aço. A alta concentração destes metais
faz com que a água adquira cor escura e turbidez fora
dos padrões desejáveis. A
2002 e o teste piloto ocorreu em
palestra “Mini-ETAs para
Joaquim Felício. Atualmente, existem quatro filtros em Joaquim Felício, cin-
Águas Subterrâneas” divul-
co em Claro dos Poções e três filtros em Agreste. Os filtros implantados são
gou o trabalho dos técnicos
de fibra de vidro e fabricados por uma empresa não especializada em tecno-
do Distrito de Diamantina
logias de saneamento. Entretanto, o projeto, as especificações técnicas e o
(DTDT) que está solucionan-
acompanhamento da execução são de responsabilidade dos empregados da
do este problema de manei-
companhia.
ra simples, eficiente e a um
Anibal Oliveira Freire, Distrito de
Diamantina (DTDT)
custo baixo.
A implementação dos filtros possibilitou que o nível de ferro e manganês na
água tratada reduzisse consideravelmente e ficasse abaixo do limite de detecção por parte dos aparelhos do laboratório. O acúmulo desses materiais nas
redes de distribuição propicia o aumento do aspecto turvo da água. Além da
qualidade superior verificada na água, o sistema é muito mais barato que o
custo apresentado por fabricante especializado. “São entre 60% e 80% mais
baratos”, apontou Ferreira. Apesar de não ser um projeto inovador, a utiliza-
José de Fátima da Silva, técnico do DTDT, explicou que a mini-ETA funciona orientada pelo princípio da oxidação do ferro, do manganês e das bactérias a eles associadas.
Essa oxidação acontece por meio da floco-decantação em caixas (miniunidades) que recebem a água bombeada do poço. Completam o processo a filtração rápida, após a pré-oxidação, e a alcalinização, conforme a
necessidade.
ção é ainda pouco disseminada na empresa. “O que o diferencia é o uso de
know-how próprio da empresa”, disse.
Implantada em novembro de 2003, na cidade de Alvorada de Minas, a
mini-ETA foi considerada eficaz após as análises da água. Logo em seguida à sua instalação, constatou-se que a turbidez e a cor chegaram aos níveis ideais esperados para que se pudesse considerar a água captada de
boa qualidade. “A qualidade da água continuou a ser monitorada e observamos que o bom resultado obtido na fase posterior à construção da
ETA foi mantida até hoje”, concluiu José de Fátima.
Filtros rápidos
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INFORMATIVO DA COPASA
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33. Sistemas simplificados – água e esgoto
Com a determinação do governo de Minas Gerais
de levar o saneamento básico a todas as regiões do
Estado, a Divisão de Gerenciamento de Obras do
Interior (DVGI), por meio de convênios da Copasa
firmados com a Secretaria de Desenvolvimento
Regional e de Política Urbana de Minas Gerais
(Sedru), vem desenvolvendo um trabalho para zerar o déficit de poços perfurados e não instalados em
vários municípios. Para isso, a empresa optou por soluções simplificadas e de baixo custo. A experiência
foi apresentada durante a palestra do coordenador
da equipe técnica de obras, Gelson Lapa, e do engenheiro Ricardo Luiz de Souza.
Cerca de 100 localidades já foram atendidas com
a captação de água através da instalação de poços
com caixa de moto-bomba submersa e barrilete de
recalque, dimensionado para a demanda local. O armazenamento é feito num reservatório de poliéster
reforçado com fibra de vidro e que tem capacidade
para 5 mil litros. A água acumulada é distribuída por
um mangote, conhecido como “chuveirão”. “Com
isso, a população passou a buscar água no poço perto de suas casas”, explicou Lapa. O sistema pode
atender a cerca de 50 famílias da região e o custo
de implantação, incluindo a extensão e a ligação da
rede elétrica, gira em torno de R$ 17 mil.
Foi apresentado, ainda, o sistema simplificado de esgotamento sanitário, também executado no programa. Já estão em fase de construção 1540 módulos
sanitários com fossa séptica em 34 municípios mineiros. O módulo é estático e destinado a famílias das
áreas rurais. “São áreas onde se tem dificuldade de
se construir uma rede coletora devido à dispersão
dos domicílios”, disse Souza. A fundação e a alvenaria dos módulos são em blocos de concreto aparente e a laje de cobertura em concreto armado ou préfabricado. Já a fossa séptica escavada em terrenos
de pouca estabilidade pode ser revestida com tijolos.
O valor de cada unidade é de R$ 2,2 mil. “Esse é
um pequeno passo para se combater a exclusão e a
Copasa e o Governo do Estado mostram o seu lado
social e contribuem para isso”, finalizou Lapa.
Ricardo Luiz de Souza, Divisão
de Gerenciamento de Obras no
Interior (DVGI)
34. Substituição de PVs por curva de raio longo
Os poços de visita de rede de esgoto (PVs) são os grandes responsáveis pela entrada de objetos que causam entupimentos. Diante desse cenário, foi apresentada uma
solução por Gilson Amaral Faria, da Divisão de Expansão da Metropolitana (DVEM),
com a substituição dos PVs, em alguns casos, por peças denominadas curva de raio
longo.
A alteração ocorreu também em decorrência de acidentes provocados por extravio de
tampão, o alto custo de reposição das tampas roubadas e o abatimento da rua ao redor do PV.
Segundo Faria, a mudança promove uma economia de até 15 % no valor total do empreendimento. “Para se ter uma idéia, o preço de um PV equivale a 20m de rede de
esgoto”, disse.
Gilson Amaral Faria, Divisão
de Expansão da Metropolitana
(DVEM)
Além da grande facilidade de instalação, principalmente utilizando-se PVC, a diminuição na manutenção da rede de esgoto é a maior vantagem com a substituição. A modificação já foi testada e aprovada em alguns distritos. Em alguns lugares há mais de
cinco anos. ”Ela está de acordo com as normas legais”, salientou.
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INFORMATIVO DA COPASA
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35. Tecnologias alternativas e
dispositivos para redes de esgotos
36. Proposta de monitoramento
das ETEs da Copasa
A Copasa tem implantado algumas Estações de Tratamento de
Esgoto (ETEs) por disposição no
solo utilizando a metodologia
internacional. Essa metodologia pode não condizer com a realidade brasileira, pois não leva
em conta as condições climáticas, de solo, do esgoto e o tipo
de cultura do nosso país. “Isso
pode possibilitar erros de super
Hebert Moreira de Abreu, Distrito de
Serviços de Ibirité (DTIB), e Paulino
Joaquim Queiroz, Divisão de Expansão
da Metropolitana (DVEM)
ou subdimensionamento de ETEs
e colocar em risco o meio ambiente. Além disso, essas unidades não têm sido nem operadas
e nem monitoradas convenientemente”, alertou a engenheira
Quatro novas tecnologias alternativas foram apresentadas
Sandra Parreiras Pereira Fonseca,
pelos empregados Paulino Joaquim Queiroz, da Divisão de
da Divisão de Expansão Sudeste
Expansão da Metropolitana (DVEM) e Hebert Moreira de
Abreu, analista de projetos e obras do Distrito de Serviços de
Ibirité (DTIB).
Criadas com o objetivo de melhorar as condições para
execução dos serviços prestados pela Copasa, estas
alternativas são: um poço de visita (PV), de 400 milímetros
Sandra Parreiras Pereira Fonseca,
Divisão de Expansão Sudeste
(DVSD)
(DVSD).
Diante desse fato, Sandra Fonseca defende a necessidade de avaliar
qualitativamente o desempenho das ETEs, que são dimensionadas
pela Copasa e entregues às prefeituras, e definir se esse investimento
é viável e se atenderá às propostas do planejamento estratégico da
empresa e às exigências da Fundação Estadual de Meio Ambiente
(Feam), quanto à qualidade dos efluentes de ETEs.
de diâmetro, com tampão de concreto, em substituição ao
PV de 600 milímetros, com tampão de ferro galvanizado;
A idéia é implementar uma tecnologia do processo de tratamento de
berço enrijecedor de tubulação de esgotos; selim de pv em
esgoto por disposição no solo com vistas a definir os critérios de pro-
substituição ao pv de manilha; poço luminar pré-moldado
jeto, implantação, operação e monitoramento desse tipo de ETE e a in-
em substituição ao poço luminar convencional de tijolinho e
tegração com a agricultura irrigada. Essa tecnologia vai parametrizar
argamassa, e PVL - Poço de Visita e Luminar devido à junção
o modelo internacional para as condições brasileiras. Segundo Sandra
do PV de 400 milímetros com o PL pré-moldado.
Fonseca, a metodologia será implementada, em princípio, na ETE do
Patenteadas e disponibilizadas no comércio desde 1995, a
região Norte de Minas Gerais.
município de Indaiabira, pertencente ao Distrito de Salinas (DTSA), na
utilização destas tecnologias contribui com a melhoria da
qualidade dos serviços operacionais prestados pela empresa
à comunidade, com a redução, em até 25%, dos custos finais
da obra, na redução do número de manutenções e no tempo
de execução das obras, além de facilitar o acesso às redes de
CONTATOS
ligações prediais de esgoto.
Para mais informações sobre as tecnologias
apresentadas no Encontro Técnico Copasa
2005 ou processos já existentes na em-
Telefones: (31) 3250.1234
3250.1375
3250.1592
presa, entre em contato com a Divisão de
Cooperação Técnica ( DVCE).
30
E-mail: [email protected]

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