2005 - Câmara Municipal de Felgueiras
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2005 - Câmara Municipal de Felgueiras
Acta n.º 14 2006.07.05 ÁGUAS DO DOURO E PAIVA, SA – Relatório e Contas de 2005 – Presentes o Relatório e as Contas referentes ao ano de 2005, bem como o Relatório de Sustentabilidade, em anexo. ----------------------------------------------------------Deliberação – Tomado conhecimento. Remeta-se à Assembleia Municipal para conhecimento. Esta deliberação foi tomada por unanimidade. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- AdDP - Águas do Douro e Paiva S.A. Relatório e Contas 2005 Relatório e Contas 05 AdDP - Águas do Douro e Paiva S.A. Relatório e Contas 2005 Índice 5 - Composição dos Órgãos Sociais 7 - I. Relatório de Gestão 9 - Mensagem do Presidente 17 - 1. Perspectiva Global 21 22 24 26 26 28 - 2. Investimento 2.1. Instalações de Produção de Água 2.2. Infra-estruturas de Distribuição de Água 2.3. Sistema de Automação, Monitorização e Telegestão 2.4. Origem Alternativa 2.5. NETDOURO 31 31 34 41 - 3. Actividade de Exploração 3.1. Produção de Água 3.2. Distribuição de Água 3.3. Qualidade da Água Distribuída 43 - 4. Pessoas e Organização 49 - 5. Situação Económica e Financeira 49 - 5.1. Situação Económica 51 - 5.2. Situação Patrimonial e Financeira 55 - 6. Qualidade, Ambiente e Segurança 59 - 7. Investigação e Desenvolvimento Tecnológico 61 - 8. Comunicação e Imagem 65 - 9. Objectivos para 2006 69 - 10. Proposta de Aplicação de Resultados e Pagamento de Dividendos 75 - II. Contas do Exercício de 2005 103 - III. Relatório e Parecer do Fiscal Único e Certificação Legal de Contas 113 - IV. Relatório do Auditor Externo Composição dos Órgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Presidente Vice Presidente Secretário Dr. Paulo Ramalheira Teixeira Dr. Carlos Jorge Teixeira Dr. Paulo Manuel Marques Fernandes Conselho de Administração Presidente Vogais Prof. Joaquim Manuel Veloso Poças Martins Prof. Arménio da Assunção Pereira Eng.º José Paulo Mendonça Silva Carvalho Eng.º Orlando de Barros Gaspar Dr. Fernando Paulo Ribeiro de Sousa Fiscal Único Representado por Suplente Sociedade “P. Matos Silva, Garcia Júnior, P. Caiado & Associados, SROC” Dr. Pedro Matos Silva (ROC n.º491) Dr. Pedro Manuel da Silva Leandro Prof. Joaquim Manuel Veloso Poças Martins Prof. Arménio da Assunção Pereira Eng.º José Paulo Mendonça Silva Carvalho Eng.º Orlando de Barros Gaspar Dr. Fernando Paulo Ribeiro de Sousa I. Relatório de Gestão 8 Mensagem do Presidente Na passagem do décimo ano de vida da empresa ressalta, de forma especial, a normalidade que hoje caracteriza o abastecimento de água aos Municípios que servimos. Conseguimos ultrapassar a grave seca que em 2005 assolou o País e, depois, a turvação anormal da água bruta originada pelo arrastamento das cinzas resultantes dos incêndios excepcionais do último Verão, sem qualquer interrupção de abastecimento e com níveis de qualidade da água de praticamente 100%. Concluímos em 2005, na sua quase totalidade, os investimentos constantes do Contrato de Concessão, incluindo os que decorrem do alargamento ao Vale do Sousa; a cobertura do serviço da Águas do Douro e Paiva, SA, é, actualmente, de 99,8% em relação ao projectado. Para atingir níveis ainda mais exigentes de segurança de abastecimento, temos já em curso, com fundos próprios, importantes obras de reforço da ETA de Lever e de interligação do Sistema Douro aos Sistemas vizinhos do Paiva e do Cávado. Com um capital próprio de 23,7 milhões de euros, os nossos activos estão avaliados em cerca de 300 milhões de euros; em 2005 facturámos e cobrámos 34 milhões de euros e os Meios Libertos atingiram os 13 milhões de euros. Os Resultados Líquidos do exercício foram de 0,8 milhões de euros, em linha com os pressupostos do Contrato de Concessão e com uma das mais baixas tarifas do país, muito inferior ao valor estabelecido naquele contrato. No primeiro relatório de benchmarking realizado pelo IRAR - Instituto Regulador de Águas e Resíduos, recentemente divulgado, a empresa obteve dos melhores resultados a nível nacional. Identificámos importantes oportunidades de poupança energética nas nossas instalações e criámos condições para melhorias adicionais em 2006. Passámos a monitorizar em tempo real os pontos de entrega aos municípios, o que nos irá permitir poupar ainda mais energia e ajudar os municípios a controlar melhor as suas perdas. Concretizámos, com sucesso, um programa de educação ambiental que mobilizou muitos milhares de alunos e professores e que terá continuidade no próximo ano. Os novos desafios da empresa estão relacionados com a procura da excelência organizacional, patente no relatório de sustentabilidade que apresentamos este ano pela primeira vez, em que os aspectos relacionados com a qualidade, a eficiência, a fiabilidade, a segurança e a responsabilidade social são essenciais. Apesar da apreciação positiva do que foi possível conseguir em 2005, sabemos o que podemos melhorar em 2006 e estamos preparados para isso. Dispomos de uma excelente equipa de colaboradores, de conhecimento acumulado e de uma forte capacidade de realização de investimentos e de exploração que estarão sempre à disposição dos nossos Accionistas. Joaquim Poças Martins Presidente do Conselho de Administração Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 9 10 Principais Indicadores Dimensão Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 11 Principais Indicadores Dimensão 12 Principais Indicadores Eficiência e Produtividade Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 13 Principais Indicadores Qualidade do Serviço 14 Principais Indicadores Rendibilidade Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 15 16 1. Perspectiva Global A empresa Águas do Douro e Paiva, SA, (AdDP) concretizou já a quase totalidade dos investimentos estabelecidos no Contrato de Concessão, encontrando-se a abastecer com normalidade os 18 Municípios associados ao Sistema Multimunicipal, região onde habitam e trabalham cerca de 1,7 milhões de pessoas. A cobertura do seu serviço é, actualmente, de 99,8% em relação ao projectado. Iniciou-se, entretanto, uma nova fase de investimentos orientada para a melhoria do desempenho global do sistema, no que toca à sua operacionalidade e fiabilidade, com o dispêndio, em 2005, de 12,4 milhões de euros. Do conjunto de obras desenvolvidas destaca-se, em 2005, o Reforço da Capacidade de Tratamento da ETA de Lever, que passa pela instalação de filtros de pré-tratamento e pela ligação, à ETA, dos poços de captação subaluvionar existentes. Esta possibilidade permitirá aumentar, significativamente, a flexibilidade e a segurança operacional da ETA de Lever e diminuir, fortemente, o volume de lamas produzidas. Salienta-se, ainda, o arranque das obras da interligação reversível ao sistema da Águas do Cávado, SA, que permitirão assegurar o abastecimento à região em caso de emergência, por falha das captações do rio Douro. Em 2005 foi possível iniciar o abastecimento à zona Oriental de Arouca, aos reservatórios da Cruz Nova, em Lousada e de Barrosas, em Felgueiras e, ainda, às freguesias de Castro Daire, em Cinfães e da Raiva, em Castelo de Paiva. A empresa ultrapassou com eficácia a grave seca que em 2005 assolou o País e, depois, a turvação anormal da água bruta, originada pelo arrastamento das cinzas resultantes dos incêndios excepcionais do último Verão. Para fazer face a esta situação foi, num curto espaço de tempo, construída uma unidade de remoção da turvação junto à captação da Ponte da Bateira, o que, conjugado com uma gestão rigorosa de todas as reservas de água disponíveis e com o apoio pontual do Sistema Municipal de Penafiel, permitiu evitar falhas no abastecimento às populações. A AdDP passou a contar, em 2005, com a disponibilidade da rede interna de comunicações em praticamente todas as instalações da empresa. Esta rede suporta, também, o sistema integrado de monitorização e telegestão, incluindo alarmes, que passou a operar a partir dos centros de despacho centralizados em Lever e em Castelo de Paiva. A centralização das operações de manobra nestes dois locais conduziu a uma capacidade adicional de intervenção, com considerável economia de meios, permitindo a optimização do funcionamento do sistema adutor, nomeadamente no que se refere a custos de energia e a perdas. O funcionamento de todo o sistema adutor da AdDP depende do fornecimento de energia eléctrica, que constitui um dos mais elevados custos operacionais da empresa. Aproveitando as potencialidades do sistema de telegestão e aquelas que a própria rede actualmente confere (capacidades instaladas e reservas) implementou-se um conjunto de medidas para minimizar os custos de energia, com economias que chegaram a 1 000 euros diários. Num contexto de grandes subidas do preço da energia eléctrica por parte dos operadores, a AdDP beneficiou, ao longo do ano, de contratos muito favoráveis, com tarifários fixos, decorrentes do concurso público internacional realizado no final de 2004. O volume total de água produzida ascendeu a 115 milhões de metros cúbicos de água, o que corresponde a uma média diária de 315 000 metros cúbicos, um aumento de cerca de 0,7% relativamente a 2004. Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 17 ETA de Lever 18 As perdas de água do sistema de distribuição fixaram-se em 0,8%, um dos valores mais baixos em sistemas desta natureza, mesmo a nível internacional. Durante o ano, a empresa contratou a realização de cerca de 39 000 análises à água tratada a laboratórios externos, dando cumprimento integral aos requisitos da legislação em vigor. Para além destas, nos laboratórios da empresa foram realizadas mais 40 000 análises de controlo dos processos de produção de água. A tarifa média praticada durante o ano de 2005 foi de 0,294 € / m3, uma das mais baixas a nível nacional. O montante total das vendas ascendeu a 33,6 milhões de euros, o que constitui um acréscimo de 5,5% relativamente a 2004. Os Meios Libertos aumentaram 26% relativamente a 2004, tendo atingido 13 milhões de euros, enquanto que o EBIDTA se fixou em 17 milhões de euros. Os Resultados Líquidos atingiram em 2005 um montante de 822 milhares de euros, valor uma vez mais em linha com os pressupostos do Contrato de Concessão. O modelo de gestão da Águas do Douro e Paiva cumpre, desde 2003, com os requisitos dos referenciais normativos ISO9001, ISO14001 e OHSAS18001, respectivamente nas áreas da qualidade, do ambiente e da segurança. Atendendo à revisão da norma relativa aos sistemas de gestão ambiental (NP EN ISO 14001), publicada em 2004, foram desenvolvidos os trabalhos necessários de adaptação àquela nova norma. Entretanto, para além da consolidação e da simplificação dos procedimentos instalados, o Conselho de Administração decidiu fazer evoluir o Sistema de Gestão Integrado (SGI) no sentido de cumprir os requisitos da norma SA 8000, referente à responsabilidade social e iniciar a metodologia de implementação da estratégia corporativa baseada no Balanced Scorecard. A empresa deu continuidade à execução de um Plano de Investigação & Desenvolvimento Tecnológico (I&DT), com a realização de 15 projectos, com a utilização de recursos internos ou através de parcerias com a comunidade científica, como é o caso das Faculdades de Engenharia e de Ciências da Universidade do Porto. A Águas do Douro e Paiva no âmbito da sua política de comunicação, elegeu como grande prioridade a educação ambiental, tendo como principais destinatários os públicos infantis e juvenis. Entre as acções de sensibilização merece destaque o desenvolvimento do Programa Integrado de Educação Ambiental (PIEA), sob o tema “O Futuro da Água e dos Nossos Rios Está nas Tuas Mãos” que, pela sua abrangência, foi divulgado como “Projecto Mil Escolas”. Este ano a empresa atribuiu especial atenção às comemorações do 10º aniversário da sua criação, assinalado com o lançamento de um livro sobre esta primeira década da AdDP, da autoria de Jorge Fernandes Alves. Foi instituído o Prémio de Jornalismo “Saber D’Água – Água e Desenvolvimento Sustentado”, que teve como vencedor Luísa Schmidt, da RTP, com o trabalho “Portugal, um Retrato Ambiental Episódio 3 - Águas”. Foram editados três boletins informativos, dando conta das principais iniciativas da empresa. Nas visitas de estudo realizadas às infra-estruturas da AdDP participaram 1 326 alunos e professores do 2º ciclo e dos ensinos secundário e superior e outras entidades. Relativamente a 2006, foi apresentado um projecto tarifário ao IRAR, de que resultou a aprovação, pelo Concedente, de uma tarifa de 0,3070 €/m3, apenas 0,8% superior à taxa de inflação esperada, apesar de um agravamento previsto de 13% nos custos de energia e da incidência dos novos investimentos não comparticipados. Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 19 20 2. Investimento O ano 2005 inicia uma nova fase de investimentos, depois de concretizadas as principais infra-estruturas relacionadas com as captações, estações de tratamento e linhas de adução do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água da Região do Grande Porto e do Vale do Sousa. mento a Cruz Nova, em Lousada e a Barrosas, em Felgueiras. Com a conclusão da linha de adução desde o reservatório de Cunha até Castro Daire, criaram-se, também, as condições para se poder iniciar o fornecimento à freguesia de Castro Daire, em Cinfães. Esta nova fase de investimentos encontra-se orientada para a melhoria do desempenho global do sistema, no que toca à sua operacionalidade e fiabilidade. Salientam-se os investimentos relacionados com o reforço da capacidade de tratamento do Complexo de Lever e o desenvolvimento do projecto da origem alternativa de água ao rio Douro. Importante foi a conclusão da maior parte das infra-estruturas de comunicações associadas à rede de adução e, paralelamente, a implementação do novo sistema de automatização, monitorização e telegestão da rede de adução. Este ano fica marcado pela conclusão de algumas infra-estruturas que permitiram disponibilizar água em novos pontos de entrega, localizados em zonas periféricas da rede multimunicipal, tendo melhorado, significativamente, o serviço prestado às populações. Nesta situação encontram-se a linha de adução à zona oriental do Concelho de Arouca, que permitiu a ligação entre os reservatórios de Abelheira e de Provizende, e deste ao ponto de entrega de Moldes, e a linha de adução Greire – Raiva, em Castelo de Paiva. Foram, também, concluídas ligações destinadas a permitir o abasteci- Foi, por isso, possível disponibilizar no Centro de Despacho um conjunto de informação em tempo real, que permite monitorizar a totalidade da rede de adução e, a partir deste local, gerir a operação da rede, realizando as principais operações de manobra da mesma. Importa ainda referir os estudos e projectos em curso com o propósito da execução de empreitadas que ascenderão a um montante de investimento de cerca de 52 milhões de euros. O valor do investimento em 2005 ascendeu a 12,4 milhões de euros, distribuídos da seguinte forma: 2005 2ª Fase do Sistema: Obras Complementares Terrenos Estudos e Projectos e Gestão de Projecto Promoção e Divulgação 2ª Fase – Subsistema Lever Subsistema Lever / Sector Norte Subsistema Lever / Sector Sul Subsistema Lever / Sector Produção 2ª Fase – Subsistema Vale do Sousa Subsistema Vale do Sousa / Sector Paiva Subsistema Vale do Sousa / Sector Norte Subsistema Vale do Sousa / Sector Entre-os-Rios Automação, Monitorização e Telegestão do Sistema Edifícios Operacionais 3ª Fase: Origem Alternativa Terrenos Estudos, Projectos e Gestão de Projecto Promoção e Divulgação Investimentos nas origens alternativas Outros Investimentos Investimentos no âmbito de Protocolos Municipais Capitalização de custos Total 27 352 792 620 6 471 85 949 134 073 5 534 579 844 832 477 824 0 1 087 143 57 109 115 272 198 882 5 215 822 556 1 214 804 279 261 710 635 12 394 576 (em euros) Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 21 2.1. Instalações de Produção de Água Subsistema Lever A Estação de Tratamento de Água de Lever é a única origem de água associada a este subsistema, que abastece cerca de 1,3 milhões de habitantes. Entre 2002 e o final de 2004, esta ETA foi objecto de um estudo tendo em vista a melhoria do seu desempenho, designadamente quanto à sua capacidade de resposta em momentos de menor qualidade da água bruta do rio Douro. Deste estudo resultou a decisão de desenvolver o empreendimento designado “Reforço da Capacidade de Tratamento da ETA de Lever” que, sumariamente, pretende concretizar a ligação dos poços subaluvionares à ETA propriamente dita, com vantagens de vária ordem: › aumento da garantia de tratabilidade da água, salvaguardando possíveis deteriorações da água superficial da albufeira; › redução dos níveis de manganês da água proveniente dos poços; › diminuição significativa das lamas produzidas. A AdDP adjudicou, no início de 2005, o contrato de desenvolvimento do projecto e construção da ligação dos poços subaluvionares de montante à ETA e aumento de capacidade da etapa de prétatamento, cujos trabalhos se encontram já em execução. 22 Obra do Reforço da Capacidade de Tratamento da ETA de Lever – Dezembro de 2005 Ainda em 2005, desenvolveu e lançou os concursos para a construção, no Complexo da ETA de Lever, de um Centro de Educação Ambiental, novas instalações para os serviços técnicos de distribuição e de suporte operacional e, ainda, um parque de aprovisionamento de materiais. O Centro de Educação Ambiental tratará temas relacionados com o ciclo da água, com a necessidade de preservação dos recursos hídricos, com o interesse dos ecossistemas e com as potencialidades das zonas ribeirinhas, entre outros. Fotomontagem do Centro de Educação Ambiental a construir no Complexo de Lever Subsistema do Vale do Sousa A empresa deu continuidade à reabilitação de uma das captações associadas à ETA do Ferro e aos trabalhos complementares do Complexo do Ferreira. Desenvolveram-se, ainda, diversos projectos de empreendimentos previstos no Plano a Médio Prazo da Empresa, de que se destaca a nova célula do reservatório da ETA de Castelo de Paiva e a Conduta Duas Igrejas – Sameiro. Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 23 2.2. Infra-estruturas de Distribuição de Água Concretizou-se um conjunto de investimentos que visaram, essencialmente, concluir as linhas de adução em zonas mais periféricas do Sistema Multimunicipal. Estes investimentos acompanharam os programas de investimento municipais em infra-estruturas de distribuição de água “em baixa”, o que permitiu melhorar, significativamente, o sistema público de abastecimento de água nas áreas em causa. A empresa realizou, ainda, um conjunto de outros investimentos orientados para a melhoria do desempenho global do sistema, nomeadamente quanto à reabilitação de algumas infra-estruturas herdadas das Câmaras Municipais e dos Serviços Municipalizados, no âmbito do processo de adesão ao Sistema Multimunicipal. Paralelamente, decorreram intervenções que visam procurar maiores níveis de fiabilidade do sistema e aumentar a capacidade de armazenamento e distribuição de água. Subsistema Lever – Sector Norte Parte significativa da adução de água à cidade do Porto realiza-se através das condutas que ligam os reservatórios de Jovim e de Nova Sintra e que passaram a integrar o Sistema Multimunicipal no final do ano de 1998. Este importante eixo de adução, constituído por duas condutas, uma das quais com mais de cem anos, carece de reabilitação de forma a adequá-lo às exigentes condições de funcionamento a que está submetido. A empresa analisou várias hipóteses de intervenção, incluindo a reabilitação integral das condutas através do recurso à técnica de “relining”. No entanto, verificou-se que seria mais vantajosa a construção de uma nova conduta, tendo-se identificado a hipótese de executar esta infra-estrutura de forma articulada com a reabilitação da frente ribeirinha do concelho de Gondomar, realizada no âmbito do Programa Polis. 24 Reservatório e Estação Elevatória de Seixo Alvo. Subsistema Lever – Sector Sul Em 2005 a AdDP desenvolveu o projecto e adjudicou a obra de duplicação de um troço da conduta entre Seixo Alvo e Portela, designadamente entre o Reservatório de Seixo Alvo e o Largo de Seixo Alvo, troço por onde passam os maiores caudais destinados a Lever Sul. Relativamente ao sistema de abastecimento à zona oriental do concelho de Arouca, foi possível arrancar com a operação em Maio de 2005, altura em que as infra-estruturas municipais ficaram concluídas. A alimentação eléctrica da Estação Elevatória de Escariz foi, provisoriamente estabelecida através de um grupo gerador, até ao estabelecimento do ramal de média tensão de ligação à rede pública de energia. Assim, passou a estar em funcionamento a linha de adução entre o Reservatório de Abelheira e o Reservatório de Provizende, bem como a linha de adução deste reservatório até ao ponto de entrega de Moldes. Extensão a Pedorido e Paiva - Passadiços. ETA de Castelo de Paiva. No final do ano de 2005, encontravam-se em fase de conclusão os projectos de três reservatórios multimunicipais do Subsistema Lever – Sector Sul, mais concretamente nas zonas da Vergada, Vila Nova e Arrifana. Ficou, assim, concluído o troço entre Greire e Raiva, após a conclusão da empreitada de construção de dois passadiços sobre o rio Sardoura e a ribeira de Sá (nos quais se instalou a conduta adutora), e da empreitada de instalação da conduta adutora em dois pontões da E.N. 222, realizada em simultâneo com as intervenções da Estradas de Portugal, EP. Subsistema Vale do Sousa – Sector Paiva No designado sector Paiva do subsistema Vale do Sousa, os investimentos com maior relevância dizem respeito à realização de vários troços da linha de adução destinada às freguesias de Pedorido e de Raiva, no município de Castelo de Paiva e de Lomba, no concelho de Gondomar. Os trabalhos de construção foram articulados com os investimentos municipais relativos a redes “em baixa”, tendo sido possível iniciar o abastecimento de água, com qualidade adequada, em vários pontos de entrega do município de Castelo de Paiva em Julho de 2005, no período de maiores consumos. O troço de adutora entre Raiva e Pedorido não ficou, no entanto, totalmente concluído, em resultado dos condicionalismos relacionados com a necessidade de realizar as obras de forma compatibilizada com os interesses de entidades externas. O abastecimento de água aos pontos de entrega a jusante de Raiva, ou seja Pedorido e Lomba, encontra-se dependente da construção do troço alternativo à E.N. 222, obra promovida pela Estradas de Portugal, EP, já em execução, e da concretização da travessia do rio Arda, que depende, ainda, das opções de projecto da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, que tem como intenção adaptar a travessia para a integrar numa via ciclo-pedonal. Para ultrapas- Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 25 sar esta última questão, a AdDP vai instalar uma solução de travessia provisória no rio Arda. Em 2006, iniciar-se-ão as obras relacionadas com a empreitada da extensão à Lomba, cujo projecto e lançamento do concurso se realizou em 2005. Subsistema Vale do Sousa – Sector Norte Quanto ao sector Norte do subsistema Vale do Sousa, regista-se a realização da ligação ao reservatório de Cruz Nova, em Lousada, que permitirá disponibilizar água ao município através da zona norte, e a conclusão de uma pequena ligação, em Barrosas, que viabilizou o abastecimento de um agregado populacional ali localizado. 2.3. Sistema de Automação, Monitorização e Telegestão Em finais de 2004, estavam em fase de conclusão as infra-estruturas de comunicação que suportam o sistema de automação, monitorização e telegestão do sistema de abastecimento de água. Em 2005, procedeu-se à adaptação da configuração do sistema informático de monitorização e telegestão à tipologia da rede de condutas e aos equipamentos de operação e instrumentos de controlo. Ficaram, assim, garantidas as condições para que a gestão do sistema de abastecimento de água se suportasse em meios que proporcionam uma Captação e Estação Elevatória no rio Paiva. capacidade de intervenção em tempo real. Nesse sentido, passou a estar disponível, nos centros de despacho de Lever e de Castelo de Paiva, um conjunto de informações em tempo real, que permite monitorizar a maior parte da rede de adução e, a partir destes locais, gerir as operações de manobra. 2.4. Origem Alternativa O Contrato de Concessão do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto e Vale do Sousa, outorgado a 26 de Julho de 1996 (adenda de 1998), estabelece a obrigatoriedade da criação de uma origem de água alternativa ao rio Douro. Nessa altura previa-se que a origem alternativa passaria pela construção de uma barragem no rio Paiva e de um sistema de adução até à ETA de Lever, mas a solução não foi validada em sede de estudo de impacto ambiental. A empresa procurou, então, outras soluções para a Origem de Água Alternativa, tendo-se identificado a possibilidade de recorrer à albufeira do Torrão, no rio Tâmega. Esta solução implicava a ligação, por túnel, entre a Barragem do Torrão e a ETA de Lever e o reforço da capacidade de tratamento desta ETA, o que representava um investimento de 122 milhões de euros. Este cenário levou o actual Conselho de Administração a identificar novas abordagens da questão, tendo proposto seguir a solução de interligar o Sistema do Grande Porto ao Sistema vizinho da Águas do Cávado, SA, ligar os Subsistemas de Lever e do Vale do Sousa e viabilizar outras origens Antigas Captações no rio Sousa. 26 Mapa das Origens Alternativas ETA de Areias de Vilar ÁGUAS DO CÁVADO ETA do Ferro Vizela Felgueiras Santo Tirso Trofa Vila do Conde ETA de Paços de Ferreira Paços de Ferreira Lousada Maia Paredes Matosinhos Penafiel Valongo Porto Gondomar rio Douro Vila Nova de Gaia rio Sousa rio Tâmega rio Douro ETA de Lever Cinfães rio Douro Castelo de Paiva ETA de Castelo de Paiva Espinho rio Paiva Arouca Sta Ma da Feira ÁGUAS DO DOURO E PAIVA S. João da Madeira Ovar Oliveira de Azeméis Vale de Cambra Sistema Águas do Douro e Paiva Interligações a construir entre 2006 e 2011 Sistema Águas do Cávado Presente empreitada (Interligação Predrouços - Nogueira II) Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 27 vizinhas - no rio Sousa - de forma a assegurar o abastecimento à região em caso de emergência por deterioração da água do rio Douro. Resumidamente, os investimentos a realizar, na sequência de um estudo prévio já elaborado, são os seguintes: › Ligação AdDP/AdCávado, através da linha de adução Pedrouços - Nogueira II - Vilar do Pinheiro; › Ligação AdDP/AdCávado, através da linha de adução Freixieiro - Vilar do Pinheiro; › Ligação do Subsistema Vale do Sousa – Sector Paiva ao Subsistema Lever – Sector Norte; e › a reabilitação da captação no rio Sousa e respectiva ligação à ETA de Lever. Esta decisão teve em conta a elevada fiabilidade que a ETA de Lever apresenta e o investimento, já em curso, para o reforço da capacidade de tratamento, tendo em vista possibilitar que a água proveniente dos poços de Lever passe pela fase de pré-tratamento da ETA. A proposta obteve o parecer favorável da Assembleia Geral de Accionistas de 24 de Novembro de 2004, tendo-se estabelecido um valor orçamental de 42,7 milhões de euros, a realizar faseadamente. Ligação AdDP/AdCávado – entre Pedrouços e Nogueira II Tiveram início as obras de instalação da conduta de ligação entre os reservatórios de Pedrouços e Nogueira, num dos ramos da interligação reversível das empresas Águas do Douro e Paiva, SA e Águas do Cavado, SA, para garantir o acesso à água proveniente do rio Cávado, em Areias de Vilar. Ligação AdDP/AdCávado – entre Freixieiro e Vilar do Pinheiro Trata-se de uma segunda ligação à origem Areias de Vilar, da Águas do Cavado, SA, através do prolongamento até Vilar do Pinheiro da linha de adução ao Freixieiro. Em Dezembro de 2005, a Águas do Douro e Paiva encontrava-se a desenvolver o estudo prévio. 28 Ligação do Subsistema Vale do Sousa – Sector Paiva ao Subsistema Lever – Sector Norte A interligação entre os dois subsistemas da AdDP, como forma de garantir mútuo reforço de caudais, em caso de deterioração de qualquer uma das suas origens, respectivamente rios Paiva e Douro, encontra-se em fase de estudo prévio. Ligação da captação do rio Sousa a Lever Trata-se da ligação da antiga captação dos SMAS do Porto, no rio Sousa, ao Complexo de Lever, por forma a viabilizar a adução de água bruta do Sousa, para ser tratada em Lever e distribuída a partir dessa instalação, em caso de deterioração da água do Douro. 2.5. NETDOURO Com a construção das infra-estruturas do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água da Região ficou criada uma rede de comunicações, suportada em fibra óptica, com cerca de 300 quilómetros de comprimento, implantada em 19 Municípios da Região, onde vivem e trabalham cerca de 1,7 milhões de pessoas (cerca de 16% da População Nacional). Parte desta infra-estrutura está implantada em zonas sem acesso fácil a redes de comunicação com características de banda larga, actualmente determinantes para o desenvolvimento económico das regiões, bem como para projectos da administração pública, como as Cidades e Regiões Digitais. Neste sentido, os Accionistas da Águas do Douro e Paiva entenderam oportuno desenvolver o projecto de uma rede de comunicações baseadas na rede de fibra óptica da empresa e, para isso, criar uma entidade empresarial, detida integralmente pela AdDP – a NETDOURO, S.A. A Equipa da NETDOURO, constituída no seio da Águas do Douro e Paiva realizou uma primeira avaliação dos investimentos a realizar e preparou diversos cenários de desenvolvimento do projecto. Todos os modelos económico-financeiros propostos para a NETDOURO, SA têm como pressuposto que o resultado da sua actividade garanta a cobertura, na exacta medida, dos custos de funcionamento e a remuneração do capital accionista à taxa TBA acrescida de 3%, a mesma taxa de remuneração do capital accionista da Águas do Douro e Paiva, SA. Este pressuposto é determinante para que não existam interferências da actividade da NETDOURO na tarifa da água. No entanto, as receitas deverão garantir recursos para a adequada gestão dos activos, bem como para os investimentos futuros, de forma a mantê-los adequados à sua função e aos interesses dos Parceiros. A viabilidade do projecto, tal como foi concebido, depende da aprovação de uma candidatura a fundos comunitários. No final de 2005, aguardava-se a abertura do respectivo programa nacional. Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 29 30 3. Actividade de Exploração 3.1. Produção de Água O sector de produção da Águas do Douro e Paiva encontra-se dividido em duas unidades operacionais - Lever e Vale do Sousa. Concentram-se no Complexo de Lever as instalações de produção de água que alimentam as redes de distribuição: a Norte, para os municípios do Porto, Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar e parte de Paredes; a Sul, para Vila Nova de Gaia, Espinho, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Ovar e Arouca. A produção de água tratada é, actualmente, proveniente, das As três origens de água localizadas em Lever representaram, em 2005, 94% da água produzida. A ETA de Lever correspondeu a 42,5%; a captação Lever Montante a 47,4%; e a Captação Lever Jusante a 10,1 %. As captações e estações elevatórias de Lever Montante e Jusante operam de forma independente da ETA de Lever, elevando a água, respectivamente, para Jovim na zona Norte, e Seixo Alvo, na captações subaluvionares, designadas de Lever Montante e Lever Jusante, e da própria ETA de Lever. O Subsistema Vale do Sousa, que abastece os Municípios de Castelo de Paiva, Cinfães, Lousada, Felgueiras, Paredes e Paços de Ferreira, conta, actualmente, com as Estações de Tratamento de Água (ETA) Castelo de Paiva, do Ferreira e do Ferro. O gráfico seguinte apresenta a evolução dos volumes produzidos, nas diversas instalações de água da empresa: zona Sul. Acautelar a possibilidade de tratamento da água proveniente dos poços de Lever, ligando-os à zona de admissão de água da fase de pré-tratamento é o objectivo do projecto designado como Reforço da Capacidade de Tratamento da ETA de Lever. A primeira fase deste projecto consiste na construção da ligação do poço de captação de Lever Montante à ETA de Lever, que se encontra em Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 31 curso, prevendo-se a sua conclusão em meados de 2006. Após a conclusão destas obras, o Complexo de Lever passará a funcionar como uma única instalação com as três componentes produtivas integradas, conduzindo a uma exploração mais flexível e económica. Serão possíveis, também, reduções dos níveis de manganês da água proveniente dos poços subaluvionares e a diminuição significativa das lamas produzidas no Complexo. A produção de água para abastecimento da Região do Vale do Sousa é maioritariamente assegurada pela ETA de Castelo de Paiva, que tem vindo, progressivamente, a aumentar os volumes de água tratada, desde a entrada em funcionamento da linha de adução entre a ETA e a zona Norte do Vale do Sousa. A ETA de Castelo de Paiva produziu 5 395 738 m3, em 2005, o que representa cerca de 82,0% dos caudais consumidos pelos municípios do Vale do Sousa. A região do Vale do Sousa conta ainda com a capacidade de produção das Estações de Tratamento do Ferro e do Ferreira. A ETA do Ferro é a principal responsável pelo abastecimento ao Reservatório Municipal de Margaride e à zona Norte do município de Lousada, até ao reservatório de Barrosas. Por seu lado, a ETA de Paços de Ferreira é responsável por grande parte do abastecimento ao município de Paços de Ferreira. Estas infra-estruturas sofreram profundas intervenções de reabilitação, tendo passado a estar disponíveis em 2005. Reservatório e Estação Elevatória de Lagoa. Além dos municípios de Castelo de Paiva, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, o Sistema de Vale do Sousa abastece pontualmente o Município de Penafiel. Globalmente, a Águas do Douro e Paiva produziu 114 997 milhares de metros cúbicos de água para 32 consumo humano, o que corresponde a uma média diária de 315 mil metros cúbicos, representando um aumento de cerca de 0,7% em relação aos valores registados em 2004. Verifica-se um aumento significativo do consumo nos municípios do Vale do Sousa, atendendo à disponibilização crescente de redes de abastecimento na região. No entanto, em termos globais, a produção de água tem tendência para estabilizar, dada a diminuição dos consumos noutros municípios, devido a políticas de controlo de perdas de água nos respectivos sistemas. rios de Castelo de Paiva e de Paços de Ferreira, que complementam o laboratório de Lever, dando apoio de proximidade à operação das ETA’s do Complexo do Vale do Sousa. No ano de 2005 foram realizadas 34 958 análises no Laboratório de Lever, 3 947 análises no Laboratório de Paços de Ferreira e 1 191 análises no Laboratório de Castelo de Paiva. O controlo de qualidade da água bruta e dos processos de tratamento é realizado pela empresa, através de três laboratórios: - o principal, localizado na ETA de Lever, onde se efectuam a maioria das determinações analíticas necessárias; e os laborató- Outra nota relevante é a tendência que se verifica de diminuição da produção de lamas na Empresa. Para este resultado foi determinante a entrada em funcionamento do pré-tratamento de Lever. Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 33 3.2. Distribuição de Água Até ao final do ano 2004, a Águas do Douro e Paiva tinha concretizado as principais linhas de adução do Sistema Multimunicipal, contando já com a quase totalidade das infra-estruturas de distribuição na zona Norte do Vale do Sousa, na zona oriental do concelho de Arouca e no concelho de Cinfães. Por isso, durante o ano 2005, foi possível atingir novos pontos de entrega, nomeadamente os localizados na linha Provizende - Moldes (no concelho de Arouca) e na freguesia de Raiva (no concelho 34 de Castelo de Paiva), bem como o ponto de entrega de Barrosas, em Felgueiras. A cobertura do serviço da Águas do Douro e Paiva é, actualmente, de 99,8% em relação ao projectado. 3.2.1. Dados Gerais da Distribuição Da análise dos dados históricos verifica-se que os consumos globais de abastecimento de água se encontram com tendência para estabilizar. O volume global de água distribuída, em 2005, foi de 114,0 milhões de m3, valor ligeiramente superior ao verificado em 2004. No Subsistema de Lever, os municípios de Oliveira de Azeméis e Arouca são aqueles onde melhor se nota o crescimento dos consumos, resultado da adaptação dos sistemas municipais às novas infra-estruturas multimunicipais, alargando significativamente as áreas de cobertura do sistema global. No que concerne aos concelhos de Ovar, Oliveira de Azeméis e S. João da Madeira, a Águas do Douro e Paiva manteve as diligências junto das Câmaras Municipais, para que o abastecimento passe a realizar-se, exclusivamente, através do sistema multimunicipal. A disponibilidade das infra-estruturas multimunicipais construídas no Vale do Sousa, complementadas com os investimentos de carácter municipal, implicou também um aumento do volume anual de água fornecido, em todos os municípios, sem excepção. Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 35 36 Quanto ao consumo anual podemos constatar que os municípios do Porto, Gaia, Matosinhos, Gondomar, Maia e Valongo constituem cerca de 85% do volume global de vendas da AdDP. O município do Porto representa cerca de 35% do volume global e os municípios de Gaia, Matosinhos e Gondomar cerca de 17%, 13% e 10%, respectivamente. Da análise comparativa entre o volume de água produzido e o volume consumido verifica-se que o indicador de perdas de água ronda os 0,83%, valor que se mantém estabilizado e francamente abaixo do que é corrente em sistemas de índole semelhante. Note-se ainda que o valor da água não facturada é extremamente baixo, de tal modo que se localiza já dentro da gama de erro dos caudalímetros. Soldadura de molde na conduta adutora Jovim –Nova Sintra DN 750 mm betão Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 37 3.2.2. Sistemas de Monitorização e Telegestão A AdDP contou, no início de 2005, com a disponibilidade da rede de comunicações em praticamente todas instalações da empresa. Esta infra-estrutura suporta, actualmente, o sistema de monitorização e telegestão, cujo funcionamento foi ajustado à gestão operacional da rede, durante o ano de 2005. Com a disponibilidade desta ferramenta, passou a estar “on-line” informação operacional da rede, sendo possível centralizar o comando das operações de manobra num único local, permitindo uma maior capacidade de intervenção, que contribuirá para a optimização do funcionamento do sistema adutor e da gestão dos recursos, nomeadamente no que se refere a energia e perdas. I – Ponto de Entrega em Reservatório 38 A empresa iniciou a alteração dos procedimentos, passando a operar a rede a partir dos centros de despacho centralizados em Lever e em Castelo de Paiva, onde passou a confluir toda a informação da rede, nomeadamente alarmes relacionados com situações de anomalia. Este sistema permite obter também informação muito útil relacionada com os pontos de entrega aos Clientes. Permite, por exemplo, conhecer os perfis de consumos, com a unidade temporal desejada e, em fase posterior, disponibilizar outros dados como a pressão e o cloro residual. Nos gráficos seguintes apresentam-se os consumos tipos, por dias da semana, em dois pontos de entrega, um servido por um reservatório municipal, o outro directamente em conduta distribuidora. II – Ponto de Entrega Directo em Zona Rural Através do sistema de alarmes podem detectar-se falhas de corrente eléctrica, permitindo também, em muitos casos, operar de forma a restabelecer a alimentação eléctrica, sem necessidade de um técnico se deslocar ao local. Complementarmente, estão a ser instalados Sistemas de Alimentação Ininterrupta (UPS) em cada ponto de entrega aos clientes, com cerca de três dias de autonomia, para reduzir ou mesmo eliminar os riscos de paragem dos sistemas de contagem, eliminando por consequência as medições por estimativa para facturação. Os dados do sistema de telegestão são integrados numa base de dados de gestão operacional da rede de água (GORA) que é utilizada para efeitos de facturação, controlo de perdas e optimização energética. 3.2.3. Gestão Energética O funcionamento de todo o sistema da AdDP depende, em primeira análise, do fornecimento de energia eléctrica, que constitui um dos mais elevados custos operacionais da empresa. Nesta perspectiva e aproveitando as potencialidades do sistema de telegestão e aquelas que a própria rede actualmente confere (capacidades instaladas e reservas) encontra-se a ser desenvolvido um conjunto de medidas para optimizar o consumo energético do sistema, através de: › Instalação de contadores, em todas as Estações Elevatórias onde se registam grandes consumos de energia, para medição, em paralelo com os medidores de caudal, dos consumos de energia associados em cada escalão. › Alteração dos regimes de bombagem de forma a desviar os consumos das horas de custo mais elevado. › Alteração dos níveis estipulados para o funcionamento dos reservatórios de forma a ampliar as reservas existentes e permitir uma maior flexibilidade dos regimes de bombagem. › Obtenção, através dos sistemas de telegestão, dos dados e gráficos em tempo real que permitem visualizar e analisar os resultados e a eficiência das acções antes descritas, e promover novas acções. Em finais de 2005, actuando sobre as instalações que representam cerca de 85% do consumo global de energia, isto é, em Lever e em Jovim, reduziu-se Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 39 a bombagem de Lever para o reservatório de Jovim nas horas de ponta de consumo. O abastecimento foi realizado por gravidade através do reservatório de Lagoa, previamente cheio em horas de custo energético baixo. Assim, fazendo uso da reserva existente em Lagoa, foi possível diminuir os custos com energia gasta na elevação de Lever para Jovim. Esta medida, ainda que com carácter experimental, reduziu em 10%, o indicador de custo de energia na ETA de Lever, de 0,040 para 0,036 € por metro cúbico de água elevado. A AdDP controla sistematicamente a eficiência energética em todas as suas instalações de elevação.Verifica-se que a média dos valores registados nas instalações da AdDP é de 0,35kWh/m3/100m, que se situa abaixo do valor de referência do IRAR mas que se poderá ainda ser reduzido no futuro. 3.2.4. Gestão dos Contratos de Fornecimento de Energia A AdDP deu especial atenção à gestão dos contratos de fornecimento de energia. Neste capítulo, numa altura em que ocorreram significativos aumentos nos tarifários por parte dos operadores, 40 Salienta-se que esta análise permite identificar as deficiências do sistema em termos de reservas, quer multimunicipais, quer municipais, bem como da capacidade de bombagem para atingir níveis desejados de optimização dos consumos de energia, sem comprometer, no entanto, a segurança do abastecimento. Apresenta-se, de seguida, gráfico ilustrativo da economia de energia após a implementação das medidas de racionalização da operação na estação elevatória da ETA de Lever: a empresa beneficiou ao longo do ano de contratos com tarifários fixos, decorrentes do Concurso Público Internacional oportunamente realizado no final de 2004. Estes contratos contemplaram 9 instalações da AdDP, alimentadas em Média Tensão e permitiram obter significativas reduções dos custos de energia, de 7% a 23%, consoante as instalações. No início de 2005 deu-se continuidade ao projecto de Produção de Energia Solar Fotovoltaica, cujo estudo de viabilidade foi efectuado em 2004, com a entrada na DGGE dos pedidos de inscrição de Estações Elevatórias da ETA de Lever 6 instalações da AdDP. Não existindo formalmente qualquer resposta a estes pedidos, aguarda a empresa novos desenvolvimentos sobre os pedidos, de forma a reequacionar o Projecto. 3.3. Qualidade da Água Distribuída A Águas do Douro e Paiva considera determinante para o bom desempenho da sua actividade a manutenção de elevados níveis de qualidade da água produzida e distribuída em patamares de alta exigência. Para isso, optou-se por implementar procedimentos de controlo da qualidade da água, para minimi- Parâmetros Organolépticos Físico-Químicos Microbiológicos Radiológicos Total zar a probabilidade da água chegar aos reservatórios municipais sem cumprir os parâmetros de qualidade estabelecidos. A acção pró-activa junto dos Clientes, provendo a adequada comunicação entre as partes, tem sido considerada um factor decisivo no fortalecimento das relações ao nível das operações e no aumento do nível de confiança dos municípios nos serviços prestados. No ano 2005, realizaram-se cerca de 39 000 determinações, o triplo do mínimo legal exigido. O quadro que se apresenta de seguida resume os resultados destas determinações e comprova a elevada qualidade da água distribuída pela empresa. N.o de determinações 5 981 22 278 10 419 348 39 026 % Conformidade 99,83 99,72 100,00 100,00 99,82 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 41 42 4. Pessoas e Organização A Águas do Douro e Paiva manteve o seu organigrama, sem alterações durante o ano 2005, com a seguinte estrutura: Conselho de Administração Comissão Executiva Sistemas de Informação Assessoria Jurídica Qualidade Ambiente e Segurança Qualidade da Água Comunicação e Imagem Planeamento e Controlo Empresarial Direcção de Engenharia Direcção de Produção Direcção de Distribuição Direcção de Suporte Operacional Direcção Administrativa e Financeira Planeamento Complexo de Lever Despacho Aprovisionamento Recursos Humanos Gestão de Projecto Complexo do Vale do Sousa Sistema Adutor Manutenção Contabilidade Gestão de Obras Laboratórios de Processo Sistemas de Informação Geográfica Tesouraria Serviços Administrativos Legenda: Administração Órgão de Apoio Direcções Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 43 No final do ano de 2005 eram 145 os trabalhadores ao serviço da empresa. Quadro 1- Tipo de Contrato Contratados Sem Termo Contratados a Termo Incerto Contratados a Termo Total 2002 92 1 19 112 Analisando a variação de colaboradores de 2004 para 2005, verifica-se um acréscimo de 10 colaboradores justificado pela alteração do regime de prestação de serviços dos colaboradores afectos às obras para contrato a termo incerto, pela entrada em funcionamento da ETA do Ferreira e dos novos 2003 105 1 15 121 2004 113 3 19 135 2005 122 6 17 145 Variação 2004-2005 9 3 -2 10 pontos de entrega do subsistema Vale do Sousa e, ainda, pela substituição de dois colaboradores em licença. Os 145 trabalhadores ao serviço da empresa, são distribuídos pelas seguintes áreas de actividade: Quadro 2- Direcções e Órgãos de Apoio Apoio à Administração Órgãos de Apoio Administrativa e Financeira Engenharia Produção Distribuição Suporte Operacional Total 2002 5 9 11 9 37 31 12 114 A Águas do Douro e Paiva deu continuidade a política de acolhimento de estagiários, promovendo parcerias com entidades de ensino secundário e universitário com vista a conceder estágios profissionais. Refere-se, a título de exemplo, as parcerias estabelecidas com a AESBUC – Associação para a 44 2003 4 11 12 10 38 32 14 121 2004 4 14 13 12 46 34 12 135 2005 4 15 14 15 47 38 12 145 Variação 2004-2005 0 1 1 3 1 4 0 10 Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica e o Colégio de Gaia. Em 2005 foram acolhidos 10 estagiários, com a seguinte distribuição por área de actividade: Quadro 3 - Admissões Estagiários Órgãos de Apoio Administrativa e Financeira Engenharia Produção Distribuição Suporte Operacional Total 2002 2003 2 1 2 2 2 2004 1 7 1 2005 1 1 1 6 1 5 9 10 Variação 2004-2005 0 1 1 -1 0 0 1 2003 5 7 6 20 8 8 3 7 1 2 5 2 1 44 2 121 2004 5 7 7 29 7 5 3 7 2 2 5 2 1 51 2 135 2005 5 9 7 30 8 6 4 7 2 2 5 2 1 55 2 145 Variação 2004-2005 0 2 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 4 0 10 Os recursos humanos, por categorias profissionais, apresentam em 2005, a seguinte estrutura: Quadro 4 - Categorias Profissionais Director/a Chefe de Serviços Técnico/a Altamente Especializado Técnico/a Especializado Técnico/a Licenciado (Júnior) Técnico/a não Licenciado Secretário/a Escriturário/a Telefonista /Recepcionista Motorista Analista Técnico/a de Manutenção Fiel de Armazém Operador/a Servente Total 2002 5 6 5 21 7 2 3 8 1 2 5 2 0 43 2 112 Numa outra perspectiva, o nível de qualificação, a distribuição dos profissionais é seguinte: Quadro 5 - Níveis de Qualificações 2005 Mestrado Licenciatura Bacharelato Técnico Profissional Ensino Secundário Complementar Ensino Básico Total Global Homens 4 22 8 7 17 47 145 Mulheres 3 21 4 8 1 3 Total 7 43 12 15 18 50 Mulheres 1 12 16 6 2 2 1 Total 6 30 47 19 16 14 5 4 1 3 145 36,09 O quadro seguinte representa a distribuição por nível etário: Quadro 6 - Nível Etário 2005 18-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-75 Total Global Idade Média Homens 5 18 31 13 14 12 4 4 1 3 105 37,36 40 32,77 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 45 O absentismo em 2005, atingiu um total de 9 717 horas, representando cerca de 3,8% do tempo potencial de trabalho no ano. Este total de horas de absentismo ficou a dever-se aos seguintes motivos: Ausências ao Trabalho (Horas) Por Doença Assistência Inadiável Por Maternidade/ paternidade Acidente de Trabalho Outras Causas Total 3 712 359 3 472 440 1 734 9 717 Quanto ao trabalho suplementar este atingiu um total de 6 551 horas o que representou 2,6% do total de horas de trabalho efectuadas no ano de 2005. Trabalho Suplementar (Horas) Dias Úteis Dias Descanso Compensatório/Feriados Dias Descanso Obrigatório Total 46 1 3 1 6 899 006 646 551 Relativamente a assuntos relacionados com Medicina do Trabalho, a Águas do Douro e Paiva deu continuidade a estes serviços, em regime de outsourcing, tendo sido realizados os exames referenciados no quadro que se apresenta: Actividade de Medicina do Trabalho Número de Exames Médicos efectuados Exames de Admissão Exames Periódicos Exames ocasionais e complementares 126 24 48 54 Sendo política da empresa a motivação e qualificação permanente do seu quadro de pessoal e dando seguimento ao Plano de Formação de 2005, promoveu 90 acções de formação, o que correspondeu a uma média de 34 horas/trabalhador/ano. Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 47 48 5. Situação Económica e Financeira A análise económica e financeira que se apresenta procura resumir os resultados e a situação financeira e patrimonial alcançados pela Águas do Douro e Paiva no ano de 2005, devendo ser lida em conjugação com as demonstrações financeiras do exercício e as respectivas notas anexas. 5.1. Situação Económica Resultados Operacionais Resultados Financeiros Resultados Correntes Resultados Extraordinários Resultados Antes de Impostos Imposto sobre o Rendimento Resultado Líquido do Exercício A AdDP concluiu o seu exercício económico de 2005 com o reforço da sua situação económica tendo obtido um resultado líquido positivo de 822 milhares de euros. De acordo com os parâmetros da concessão, a empresa deverá gerar Resultados Líquidos na medida adequada à remuneração dos capitais próprios e constituição das respectivas reservas legais. Tendo em vista a realização da estratégia definida em 2004, em relação à origem alternativa de água 2003 -825 -3 173 -3 998 6 228 2 230 778 1 452 2004 -850 -3 494 -4 344 5 965 1 620 540 1 081 2005 - 1.019 - 3.660 - 4.678 5.850 1.172 350 822 (valores em 103 Euros) prevista na concessão, o exercício económico de 2005 já reflectiu o consequente programa de investimentos, que ascende a cerca de 43 milhões de euros, o que por si só, implicaria um agravamento do preço da água, em cerca de 8%. Contudo e dispondo a AdDP de reservas livres no montante de 2 796 milhares de euros passíveis de serem mobilizadas para efeitos de remuneração dos capitais, permitiu que o projecto tarifário para este ano, fosse actualizado somente em 4,9 %. * A tarifa do Contrato de Concessão (a preços constantes de 1996) foi actualizada com base nas taxas de inflacção publicadas pelo INE. Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 49 Esta situação teve reflexo nos Resultados Líquidos obtidos, mantendo-se contudo condições para o cumprimento do estipulado no contrato de concessão quanto à remuneração do capital. mentada com o dos resultados extraordinários determinado pela rubrica de proveitos extraordinários, onde é relevada a amortização dos subsídios recebidos para apoio ao investimento das infra-estruturas em funcionamento na empresa. Quanto aos resultados operacionais, a interpretação do seu comportamento deverá ser compleProveitos e Ganhos Vendas Prestação de serviços Trabalhos para a própria empresa Proveitos suplementares Outros proveitos operacionais Juros e proveitos similares Proveitos extraordinários Total dos Proveitos e Ganhos 2003 2004 2005 30 614 0 0 36 5 131 6 437 37 223 31 816 0 0 43 2 127 6 355 38 343 33 574 1 713 49 377 289 5 950 40 953 No exercício de 2005, os proveitos totais atingiram os 40 953 milhares de euros, mais 7% (2 610 milhares de euros) que os obtidos em 2004, em resultado da evolução da venda de água, que atingiu os 33 574 milhares de euros, registando um acréscimo da ordem dos 6 % (1 758 milhares de euros) face ao exercício anterior. De referir também que, e na sequência da reformulação do novo programa de investimentos relativo à resolução da origem alternativa ao Douro, a empresa passou a capitalizar os custos da Direcção Variação 2004-2005 Valor % 1 758 6 1 713 6 14 375 162 128 - 405 -6 2 610 7 (valores em 103 Euros) de Engenharia afectos à programação dos investimentos, o que permitiu relevar o montante de 713 milhares euros na rubrica de “Trabalhos para a própria empresa”. Os Proveitos Extraordinários atingiram o montante de 5 950 milhares de euros e resultaram fundamentalmente da contabilização, nesta rubrica, dos subsídios ao investimento obtidos e reconhecidos de forma consistente e proporcional com as amortizações das infra-estruturas e bens a que se destinaram. Custos e Perdas Custo das Merc.Vend. e Consumidas Fornecimentos e Serviços Externos Custos com o Pessoal Impostos Amortizações e Provisões Outros Custos Operacionais Custos e Perdas Financeiros Custos Extraordinários Total dos Custos e Perdas 2003 2004 2005 642 10 967 3 817 381 15 669 4 3 303 209 34 992 597 11 846 4 129 477 15 646 16 3 621 390 36 722 570 11 975 4 908 536 17 741 3 3 949 100 39 782 O total dos custos e perdas de 2005 atingiram os 39 782 milhares de euros, registando um agravamento da ordem dos 8% (3 060 milhares de euros) relativamente ao exercício de 2004. Este comportamento dos custos decorreu, no fundamental, do acréscimo verificado na rubrica das “Amortizações do exercício”, que foram superiores aos relevados 50 Variação 2004 - 2005 Valor % - 27 -5 129 1 779 19 59 12 2 095 13 - 13 - 81 328 9 - 290 - 74 3 060 8 (valores em 103 Euros) no exercício de 2004, de cerca de 13% (2 095 milhares de euros). Tal facto ficou a dever–se à reformulação do programa de investimento para resolução da origem alternativa à captação de água no rio Douro, dando seguimento à orientação estratégica definida em 2004. Por outro lado a rubrica de “Custos com o Pessoal” releva um agravamento da ordem dos 19% (779 milhares de euros), decorrente no fundamental da equipa de colaboradores da empresa, nomeadamente nos serviços de engenharia, tendo em vista a execução do programa de investimentos atrás referido. A este propósito é de notar que grande parte daqueles profissionais já vinham a colaborar com a empresa, como profissionais liberais, pelo que ao agravamento verificado na rubrica dos “Custos com o Pessoal”, correspondeu um decréscimo dos custos com os “Fornecimentos e Serviços Externos”. É de salientar que, por estarem afectos à execução do programa de investimentos da empresa, cerca de 533 milhares de euros destes custos, foram incorporados no imobilizado através da rubrica de trabalhos para a própria empresa, não afectando portanto, os resultados do exercício. Relativamente aos “ Fornecimentos e Serviços Externos”, é de notar que, não obstante se terem verificado significativos agravamentos de preços, nomeadamente da energia eléctrica, aquela rubrica registou um acréscimo de somente 1% (129 milhares de euros). Saliente-se igualmente, uma ligeira diminuição, da rubrica do “Custo das mercadorias Vendidas e Consumidas”, explicada por uma diminuição do custo dos materiais consumidos, nomeadamente os reagentes, que decrescem cerca de 5% em relação ao ano anterior. 5.2. Situação Patrimonial e Financeira Imobilizado Líquido Dívidas de Terceiros a Médio e Longo Prazo Circulante Acréscimos e Diferimentos Total do Activo Capital Próprio Provisões Passivo a Médio e Longo Prazo Passivo a Curto Prazo Acréscimos e Diferimentos Total do Capital Próprio e Passivo O Activo Líquido da AdDP atingiu o montante de 293 790 milhares de euros, evidenciando um decréscimo de 5 550 milhares de euros relativamente a 31 de Dezembro de 2004. Este decréscimo, que se situou na ordem dos 2%, ficou a dever-se no essencial à redução de 5 276 milhares de euros relevada ao nível do Imobilizado Líquido em consequência da transferência das amortizações acumuladas respeitantes às infra-estruturas do Sistema Multimunicipal que estavam em curso. A este propósito é de notar que, paralelamente e pelo mesmo motivo, esta redução também se verificou no Passivo ao nível dos Acréscimos e Diferimentos. Ainda quanto ao Activo Circulante é de dar nota que o valor relevado nesta rubrica em 31 de 2003 264 020 0 21 000 7 913 292 933 23.872 103 48 096 61 879 158 983 292 933 2004 2005 272 198 266 922 0 4 007 18 264 17 822 8 879 4 979 299 341 293 790 23.901 23 712 0 0 66 340 73 133 56 686 51 709 152 414 145 236 299 341 293 790 (valores em 103 Euros) Dezembro de 2005, ainda se encontra agravado pelo montante de 8 480 milhares de euros relativo aos subsídios comunitários do Fundo de Coesão referentes a investimentos já realizados e comprovados, mas pendente de recebimento por se tratar do saldo final da candidatura F.C. 99 e cuja regularização se prevê para o início do exercício de 2006. Apesar desse facto o Activo Circulante decresceu em cerca de 382 milhares de euros relativamente a 2004 que traduziu, no fundamental, o cumprimento dos objectivos visados pela gestão atenta destes activos, com a obtenção de um prazo médio de recebimentos da ordem de somente 55 dias. Entretanto e apesar do não recebimento, como anteriormente foi referenciado, dos subsídios comunitários registados no Activo Circulante, e do Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 51 prolongado esforço de investimento que a empresa tem vindo a levar a efeito, as dívidas a terceiros de curto, médio e longo prazo registaram um agravamento global de somente 1,5 % (1 816 milhares de euros) relativamente a 2004, sendo de sublinhar o reajustamento obtido entre as dívidas de médio e longo e curto prazo. A este propósito é de sublinhar que no seguimento do processo de reestruturação financeira da empresa iniciado durante o exercício de 2004, mantêm–se as diligencias tendentes à contratação de um financiamento a médio e longo prazo, junto do Banco Europeu de Investimento, através da INDICADORES Liquidez Geral (%) Fundo de Maneio (milhares de euros) VAB (milhares de euros) Meios Libertos (milhares de euros) EBITDA (milhares de euros) Taxa Autofinanciamento (%) Rentabilidade das Vendas (%) Rentabilidade do Activo ( ROE ) (%) Salienta-se, pela sua relevância na avaliação da situação económica de uma empresa deste tipo, os valores dos meios libertos e do EBITDA, que subiram cerca de 26% e 15%, respectivamente, em relação a 2004. Seguros A carteira de seguros da Águas do Douro e Paiva cobriu um amplo conjunto de riscos, sendo o nível 52 Águas de Portugal, SGPS, S.A., no montante de 40 milhões de euros a pagar em 20 anos. Devemos contudo, dar nota de que o nível de endividamento relevado pela AdDP configura uma situação típica do regime das concessões que contemplam a concepção e construção das infra-estruturas que a integram, prevenindo a sua regulamentação os mecanismos necessários à planificação e obtenção dos níveis de rentabilidade tendentes a promover, ao longo dos anos que restam à concessão, o reequilíbrio económico e financeiro das respectivas concessionárias. 2003 34 -51 997 18 209 10 441 15 006 36 5 0,9 2004 32 -52 936 18 433 10 270 14 706 51 3 0,6 2005 35 -47 703 21 879 12 962 16 971 89 2 0,3 geral de “security” elevado e abrangendo nomeadamente, no ramo real: multirriscos comerciais e industriais, perdas de exploração, responsabilidade civil de exploração e frota automóvel; e no ramo vida, seguro de doença, vida e acidentes pessoais e acidentes de trabalho. Estação de Tratamento de Água de Lever Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 53 54 6. Qualidade, Ambiente e Segurança O modelo de gestão da Águas do Douro e Paiva cumpre, desde 2003, com os requisitos de normas reconhecidas internacionalmente, como é o caso da ISO9001, na área da qualidade, da ISO14001, na área do ambiente, e da OHSAS18001, na Segurança. No início de 2005 realizou-se um profundo exercício de simplificação de procedimentos do Sistema de Gestão Integrada (SGI) com particular relevância nos processos relativos ao planeamento e controlo, gestão de recursos, gestão de empreendimentos, produção e distribuição de água. Esta revisão, para além de conduzir a um aumento de eficiência, foi sujeita a uma auditoria externa, a terceira desde a certificação da empresa, que confirmou a sua adequabilidade às normas de referência. No âmbito do projecto de implementação do sistema HACCP (Hazard Analysis Critical Control Point) foi desenvolvida a metodologia de avaliação do Risco, tendo para tal sido utilizado o Guia n.º 7, do IRAR, intitulado de “Planos de Segurança em Sistemas Públicos de Abastecimento de Água para Consumo Humano (IRAR)” e as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Atendendo à revisão da norma relativa aos sistemas de gestão ambiental (NP EN ISO 14001), publicada em 2004, foram desenvolvidos os trabalhos necessários de adaptação do SGI àquela nova norma. No sentido de manter o envolvimento dos colaboradores da AdDP na melhoria do desempenho da empresa, foram realizadas várias acções de sensibilização, colocados cartazes de ambiente e segurança nas instalações e promovidos três grandes exercícios simulados de acidente: › Conduta Lever Jovim – Ruptura de grandes dimensões; › ETA do Ferreira – Fuga de Soda Cáustica; › ETA do Ferro – Fuga de Cloro. Procedimento simulado de contenção de grande fuga de cloro Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 55 Ainda relativamente à segurança, foram revistos os Planos de Emergência, que se apresentavam muito orientados para situações relacionadas com danos no ambiente e de segurança dos colaboradores, tendo o seu âmbito passado a contemplar também situações de crise relacionadas com eventuais interrupções do abastecimento. Alguns números atestam bem a dimensão do trabalho desenvolvido para a gestão da qualidade, ambiente e segurança. Em 2005, realizaram-se 25 auditorias, tendo sido identificadas cerca de 54 Não Conformidades para as quais foram definidas acções correctivas e cerca de 60 Acções de Melhoria. No que concerne à análise dos riscos de ambiente e segurança, há a destacar as inspecções efectuadas a todas as instalações da empresa, incluindo novas instalações que entraram em funcionamento, tendo-se constatado uma redução do nível de risco e de significância dos aspectos ambientais da empresa. Tendo em conta a importância da comunicação com a comunidade em que se insere, a empresa publica pela primeira vez um Relatório de Sustentabilidade que substitui os Relatórios de Ambiente e de Segurança, apresentados nos dois exercícios anteriores. Apesar de terem sido realizadas simplificações ao SGI, em termos de arquitectura global, o modelo de processos adoptado mantém-se, esquematicamente, o seguinte: P01 › Desenvolver a Visão e Estratégia P02 › Compreender Mercado e os Clientes P03 › Incorporar as Necessidades e Expectativas dos Clientes P10 › Gestão de Empreendimentos P04 › Produção de Água Tratada P05 › Distribuição de Água Tratada P08 › Gestão da Manutenção P09 › Gestão de Recursos P11 › Gestão de Riscos e das Emergências P12 › Gestão das Relações Externas P13 › Desenvolver e Gerir Recursos Humanos P14 › Gestão de Tecnologia de Informação P15 › Gestão de Melhorias e Alterações P16 › Gestão de Documentos e Dados P17 › Gestão dos Resíduos 56 P06 › Facturação ao Cliente P07 › Serviço ao Cliente Estação de Tratamento de Água de Castelo de Paiva Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 57 58 7. Investigação e Desenvolvimento Tecnológico Durante o ano de 2005, a empresa deu continuidade à execução de um Plano de Investigação & Desenvolvimento Tecnológico (I&DT). Dada a necessidade de garantir uma permanente actualização dos conhecimentos técnicos da empresa, decorreram durante 2005, 15 projectos, principalmente relacionados com: › Bioindicadores na gestão da qualidade da água no rio Douro; › Análise dos Dados de Qualidade da Água dos rios Ferro e Vizela; › Caracterização da Qualidade da Água da AdDP quanto a Enterovírus, Bacteriofagos e Legionella; Filtros do Pré-tratamento da ETA de Lever › Estudo da Evolução de Parâmetros nãoConservativos ao Longo da Rede de Distribuição; › Estudo da eficiência de remoção de fitoplâncton da Unidade de Pré-Tratamento da ETA de Lever; › Estudo da eficiência do Pré-Tratamento da ETA de Lever; › Influência da Central Termoeléctrica da Turbogás na Temperatura da Água do rio Douro. Os vários estudos e projectos foram desenvolvidos com a utilização de recursos internos ou através de parcerias com a comunidade científica, como é o caso das Faculdades de Engenharia e de Ciências da Universidade do Porto. Laboratório da ETA de Lever Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 59 60 8. Comunicação e Imagem A Águas do Douro e Paiva, no âmbito da sua comunicação, elegeu como grande prioridade, a educação ambiental, com ênfase na preservação dos Recursos Hídricos e no Desenvolvimento Sustentável, tendo como principais destinatários os públicos infantis e juvenis. As principais acções de comunicação partiram de iniciativas próprias, procurando-se contudo a colaboração de entidades externas, públicas e privadas, accionistas, organismos estatais da área do ambiente e associações não governamentais. Este ano foi atribuída especial atenção às comemorações do 10º aniversário da criação da empresa, assinalado, entre outras formas, com o lançamento de um livro sobre esta primeira década da AdDP, da autoria do professor universitário Jorge Fernandes Alves. Entre as acções de sensibilização merece destaque o desenvolvimento do Programa Integrado de Educação Ambiental (PIEA), sob o lema “O Futuro da Água e dos Nossos Rios Está nas Tuas Mãos”. Cerimónia de encerramento do Programa Integrado de Educação Ambiental Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 61 Na relação com a Comunicação Social foi instituído o Prémio de Jornalismo “Saber D’Água – Água e Desenvolvimento Sustentado”, que teve como vencedora Luísa Schmidt, da RTP, com o trabalho “Portugal, um Retrato Ambiental. Episódio 3 – Águas”, tendo sido atribuídas duas menções honrosas: uma, às jornalistas Mónica Fonseca e Paula Malheiro, pelos trabalhos “Estado de Emergência no Douro” e “Falta de Barragens Agrava Seca”, do Jornal “Água & Ambiente”; outra, a Filipa Serejo, da TVI, pela Reportagem “Onde Estás S. Pedro”. O júri foi constituído pelos Jornalistas Carlos Magno, Nuno Moura Brás, Artur Queiroz, e Olga Leite e pelo Administrador Arménio Pereira. Noutra vertente da estratégia de comunicação, a AdDP procurou colaborar com Órgãos de Comunicação Social, apoiando o trabalho jornalístico, designadamente através de notas informativas, dossiers de imprensa e divulgação de textos institucionais, nomeadamente para a cobertura televisiva da acção de sensibilização “Aprenda a Utilizar a Água” levada a efeito na Loja do Cidadão, do Porto. Perto de 60 mil pessoas, terão sido abrangidas por esta acção que decorreu em conjunto com os SMAS do Porto, durante 10 dias, entre 23 de Agosto e 02 de Setembro. O boletim informativo continua a ser um veículo privilegiado de comunicação interna e externa da AdDP, tendo sido editados, em 2005, três números. Foram actualizadas as três brochuras institucionais da empresa bem como o folheto institucional e ainda o panfleto “Aprende a Utilizar a Água!”. A AdDP editou, também, um DVD, “ Os Amigos da Água – Topas”, dirigido ao público infanto-juvenil, sobre diferentes fases por que passa a água, desde 62 o ciclo da água, até aos modernos processos de captação e tratamento. A AdDP esteve presente em três importantes encontros: › na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, que organizou o XI Encontro Nacional de Educação em Ciências – I Encontro de Educação para uma Nova Cultura da Água, entre 21 e 23 de Setembro, › na III Mostra de Actividades Económicas de Castelo Paiva, de 15 a 17 de Abril, com um número de visitantes de cerca de 5 000, › e na Feira das Colheitas 2005 – XII Exposição das Actividades Económicas, que teve lugar em Arouca, entre 22 e 25 de Setembro, por onde passaram cerca de 7 000 visitantes. Entre as actividades de relações públicas desenvolvidas, importa realçar a organização, recepção e acompanhamento de visitas de estudo às infra-estruturas da AdDP de 1326 alunos e professores do 2º ciclo e dos ensinos secundário, superior e outras entidades. Em 16 de Novembro, teve lugar uma visita, no âmbito do acordo de cooperação RUSE – Redirecting Urban Áreas Development Towards Sustainable Energy, apoiado pelo Programa INTERREG IIIC, em que cerca de vinte especialistas em energia e economia, dos novos estados membros da União Europeia tomaram contacto com as instalações da ETA de Lever. Esta infra-estrutura foi seleccionada para visita pelo facto de ser “considerado um dos projectos nacionais mais emblemáticos das áreas da racionalização do consumo de energia e do aproveitamento de energias renováveis em ambiente urbano”. Estação de Tratamento de Água do Ferro Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 63 64 9. Objectivos para 2006 No âmbito do Plano de Actividades oportunamente aprovado, a Águas do Douro e Paiva orientará a sua estratégia de actuação no ano 2006 para a concretização dos objectivos e metas estabelecidas no Plano de Actividades e Financeiro Plurianual. Genericamente, trata-se de dar continuidade ao cumprimento das obrigações decorrentes do Contrato de Concessão e, simultaneamente, ao modelo de gestão integrado da qualidade, ambiente e segurança adoptado pela empresa. Dar-se–á também continuidade à concretização de investimentos que visam, essencialmente, o aumento da fiabilidade e a eficiência do Sistema Multimunicipal, tendo consignado no orçamento um verba de cerca de 16 milhões de euros. Nesses investimentos incluiu-se a concretização do sistema alternativo já anunciado. Em 2006, prosseguirão as obras de interligação dos poços de captação à ETA de Lever, com grande impacto na segurança e flexibilidade do abastecimento e com economias significativas em termos de consumo de energia e de volume de lamas produzidas. Prevê-se ainda o arranque da instalação da nova conduta adutora Jovim – Nova Sintra, obra a executar em articulação com a construção de um percurso pedonal na margem do Douro, no âmbito do Programa Polis de Gondomar. Ainda em relação ao Plano de Investimentos para 2006, prevê-se concluir as extensões do Sistema Multimunicipal para abastecimento das populações mais distantes, como é o caso das freguesias de Pedorido e Lomba, cumprindo-se assim, na íntegra, os pontos de entrega estabelecidos no Contrato de Concessão. Pretende-se também optimizar a exploração do sistema com recurso às ferramentas disponíveis pelo sistema de telegestão. A informação disponibilizada pelo sistema de telegestão permitirá opti- mizar a gestão energética e um controlo ainda mais apertado das perdas de água. A empresa manterá a preocupação de simplificar e melhorar o Sistema de Gestão Integrada (SGI), e preparar-se-á para desafios ainda mais exigentes, nomeadamente, os relacionados com o modelo de Excelência da EFQM. No que respeita à actividade de exploração corrente, a Empresa seguirá uma política rigorosa de controlo de custos e utilização racional dos recursos, garantindo que o valor das tarifas praticadas se mantêm em níveis socialmente aceitáveis, mas, simultaneamente, correspondendo à expectativa dos accionistas, garantindo a consolidação económica da empresa e a valorização dos seus activos. Neste contexto, foi possível apresentar um projecto tarifário ao Instituto Regulador de Águas e Resíduos que contempla uma tarifa de 0,3070 €/m3, apenas 0,8% superior à taxa de inflação prevista, apesar de um agravamento da ordem dos 13% nos custos de energia. É ainda de notar que esta tarifa optimizada viabiliza o 2º exercício orçamental que considera o impacto dos investimentos do sistema alternativo para a água do rio Douro, ficando 3,9% abaixo do previsto para este ano pelo estudo de viabilidade económico e financeiro aprovado na Assembleia Geral de 24 de Novembro de 2004 e 28% abaixo da tarifa prevista pela solução em vigor antes da referida Assembleia Geral e que consistia em utilizar o rio Tâmega como origem alternativa de água. Em 2006, prevê-se fornecer um volume de cerca de 114,7 milhões de m3 de água, valor da mesma ordem de grandeza do volume fornecido em 2005 e que corresponderá a um valor esperado de vendas de € 35 225 180. Consciente da importância do seu papel, a AdDP continuará a envidar todos os esforços no sentido de oferecer um produto de qualidade aos municí- Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 65 Estação de Tratamento de Água de Lever - interligação dos poços a montante. pios, colocando todo o seu empenho no cumprimento das obrigações e responsabilidades sociais para com os seus clientes, accionistas, trabalhadores, fornecedores e comunidade, contribuindo 66 para a desenvolvimento da região onde se insere, com princípios assentes na sustentabilidade empresarial, no respeito pelo ambiente e no bem estar da população. Estação de Tratamento de Água do Ferreira Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 67 68 10. Proposta de Aplicação de Resultados e Pagamento de Dividendos Nos termos do disposto no n.º2 do art. 26º dos Estatutos da Sociedade constantes do Anexo ao Decreto-lei n.º116/95 de 29 de Maio, propõe este Conselho de Administração que o Resultado Líquido positivo de € 821 518,01 tenha a seguinte aplicação: Para dar cumprimento ao estipulado no Contrato de Concessão relativamente à remuneração dos capitais próprios propõe ainda este Conselho de Administração que o dividendo a pagar por acção seja de € 0,26, retirando-se da conta Reservas Livres o montante de € 243 376,85 por forma a atingir aquele valor. - € 41 075,90 para Reserva Legal; - € 780 442,11 para distribuição de Dividendos aos Accionistas; Em cumprimento das disposições legais vigentes, informa-se que não se encontram em mora quaisquer dívidas ao Sector Público Estatal. Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 69 Por fim, o Conselho de Administração, reconhecendo o contributo e apoio que tem recebido de forma directa ou indirecta, na prossecução dos objectivos da Águas do Douro e Paiva, SA, agradece: Ao Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, Porto, 1 de Fevereiro de 2006 O Conselho de Administração, Joaquim Manuel Veloso Poças Martins Presidente À Águas de Portugal SGPS, S.A., Aos Municípios Accionistas da empresa, Aos restantes Órgãos da empresa, Arménio da Assunção Pereira Administrador e finalmente, aos Colaboradores da empresa que, com a sua elevada dedicação, mais uma vez tornaram possível a concretização dos objectivos definidos. José Paulo Mendonça Silva Carvalho Administrador Orlando de Barros Gaspar Administrador Fernando Paulo Ribeiro de Sousa Administrador 70 Municípios Accionistas da AdDP Arouca Castelo de Paiva Cinfães Espinho Felgueiras Gondomar Lousada Maia Matosinhos Oliveira de Azeméis Ovar Paços de Ferreira Paredes Porto S. João da Madeira Sta Maria da Feira Valongo Vila Nova de Gaia Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 71 72 Anexo ao Relatório de Gestão Em cumprimento do disposto no n.º 5 do art.º 447 do Código das Sociedades Comerciais, informamos que os membros dos orgãos de administração e de fiscalização não têm acções da sociedade. Accionista AdP – Águas de Portugal, SGPS, SA Município do Porto Dando cumprimento ao disposto no n.º 4 do art.º 448 do Código das Sociedades Comerciais, informamos que na data do encerramento do exercício social detinham uma participação igual ou superior a 10% os seguintes accionistas: Quantidades de Acções 1 979 055 556 244 % de Capital Social 51,00 14,33 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 73 II. Contas do Exercício de 2005 Balanço em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Código das Contas AB 2005 AA AL 2004 AL 803 297 132 270 0 0 0 0 803 297 71 833 0 0 0 0 0 60 436 0 0 0 0 0 48 569 0 0 0 0 935 567 875 131 60 436 48 569 5 106 209 1 713 446 158 813 635 067 212 107 137 836 1 480 615 702 168 11 165 578 3 051 1 382 290 22 592 465 49 212 056 866 398 115 765 1 027 993 518 660 0 0 4 331 156 83 566 349 160 423 012 345 709 22 071 452 622 183 508 11 165 578 3 051 4 114 585 62 113 058 151 409 238 360 839 37 356 502 953 215 465 47 678 389 45 273 336 208 682 75 715 627 260 493 055 266 477 156 990 260 0 0 0 5 378 190 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 990 260 0 0 0 5 378 190 0 0 0 995 167 0 0 0 4 676 974 0 0 0 6 368 450 0 6 368 450 5 672 141 343 512 698 76 590 757 266 921 941 Activo Imobilizado Imobilizações incorpóreas 431 432 433 434 441/6 449 Despesas de instalação Despes.invest. e desenvol. Propried. indust.e out. direit. Trespasses Imobilizações em curso Adiant. p. conta imobiliz.incorp. Imobilizações corpóreas 421 422 423 424 425 426 429 441/6 448 Terrenos e recursos naturais Edificios e out. construcções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobiliz. corporeas Imobilizado em curso Adiantamento conta imob.corp Investimentos financeiros 4111 4121+4131 4112 4122+4132 413+415 4123+4133 441/6 447 Partes capital em emp.grupo Emprést. a empresas do grupo Partes capital em emp.assoc. Emprést. a empresas assoc.. Títulos e outras aplicaç.financ. Outros emprést. concedidos Imobilizações em curso Adiantam.conta inv.financeiros TOTAL ACT. IMOBILIZADO O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo 76 272 197 866 (valores em euros) Balanço em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Código das Contas AB 2005 AA AL 2004 AL 507 604 0 0 0 0 0 507 604 0 0 0 0 0 0 0 507 604 0 0 0 0 0 507 604 484 661 0 0 0 0 0 484 661 Activo Circulante 36 35 34 33 32 37 Existências Matérias-prim,subs,e consumo Produtos e trab.em curso Subp.,desperd.,resíd. e refugos Produt.acabados e intermédios Mercadorias Adiant. p.conta de compras 268 Dívidas terc.-méd.longo prazo Outros devedores Dívidas de terc. - curto prazo Clientes c/c Clientes - títulos a receber Empresas do grupo Outros accionistas (sócios) Fornecedores Adiantamentos a fornecedores Adiantam.forneced.imobilizado Estado e outros entes públicos Outros devedores Subscritores de capital 211 212 252 253+254 221+228 229 2619 24 262/6/7/8 264 1511 1521 1512 1522 1513+1523+153/9 18 Títulos negociáveis: Acções empresas grupo Obrig, títul.partic.empres.grupo Acções em empresas associ. Obrig,títul.partic.empres.assoc. 12+13+14 11 Depósitos bancários e caixa Depósitos bancários Caixa 271 272 Acréscimos e diferimentos Acréscimos de proveitos Custos diferidos TOTAL AMORTIZAÇÕES TOTAL DE AJUSTAMENTOS TOTAL DO ACTIVO O Conselho de Administração 4 006 837 4 006 837 4 006 837 4 006 837 5 391 046 0 0 0 0 0 0 1 504 655 9 092 610 0 15 988 311 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 391 046 0 0 0 0 0 0 1 504 655 9 092 610 0 15 988 311 5 306 784 0 0 0 0 0 0 1 742 078 9 223 384 0 16 272 246 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 854 815 531 724 1 386 539 0 0 0 854 815 531 724 1 386 539 256 644 1 250 802 1 507 446 3 112 646 1 866 736 4 979 382 0 0 0 3 112 646 1 866 736 4 979 382 3 848 637 5 030 498 8 879 135 0 76 590 757 0 76 590 757 0 0 370 381 372 293 790 615 299 341 354 (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 77 Balanço em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Código das contas 51 521 522 53 54 55 56 571 572 573 574 a 579 59 88 89 291 292 293/8 265 231+12 2611 265 Capital próprio e passivo Capital próprio Capital Acções(quotas)próp.- valor nominal Acções próp.-descontos e prémios Prestações suplementares Prémios emissão de acções(quotas) Ajustamentos em partes capit. filiais e assoc. Reservas de reavaliação Reservas: Reservas legais Reservas estatutárias Reservas contratuais Outras reservas Resultados transitados Sub - Total Resultado líquido exercício Dividendos antecipados TOTAL CAPITAL PRÓPRIO Provisões Provisões para pensões Provisões para impostos Outras provisões Outros credores Dívidas a terceiros - méd. e longo prazo Dívidas a instituições de crédito Forn. imobilizado c/c Outros credores 2005 Exercícios 2004 19 402 500 0 0 0 0 0 0 0 692 477 0 0 2 795 504 0 22 890 481 821 518 0 23 711 999 19 402 500 0 0 0 0 0 0 0 638 435 0 0 2 779 669 0 22 820 604 1 080 841 0 23 901 445 0 0 0 0 0 0 0 0 72 567 929 565 160 73 133 089 2321 2322 233 231+12 269 221 228 222 2612 252 253+254 251+255 219 239 2611 24 262+263+264+265+ 265+267+267+211 273 274 Dívidas a terceiros- curto prazo Empréstimos por obrigações Convertíveis Não convertíveis Empréstimos por títulos de participação Dívidas a instituições de crédito Adiantamentos por conta de vendas Fornecedores c/c Fornecedores - fact. recepç. e conferência Fornecedores - títulos a pagar Forn. imobilizado-títulos a pagar Empresas do grupo Empresas participadas e participantes Outros accionistas Adiantamentos de clientes Outros empréstimos obtidos Forn. imobilizado c/c Estado e out. entes públicos Outros credores Acréscimos e diferimentos Acréscimos de custos Proveitos diferidos TOTAL DO PASSIVO TOTAL CAPITAL PRÓP. E PASSIVO O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo 78 0 0 0 42 635 854 0 2 118 012 0 0 0 0 0 65 223 716 400 66 339 283 230 000 513 0 0 429 890 138 324 0 0 0 47 543 390 0 1 348 903 0 0 0 0 0 0 0 0 7 209 547 257 194 327 290 56 686 324 22 862 129 122 374 073 145 236 202 23 392 636 129 021 436 152 414 072 270 078 616 275 439 909 293 790 615 299 341 354 (valores em euros) 6 096 146 712 51 709 Demonstração dos resultados por natureza para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Código das contas AB Custos e Perdas 61 Custo das mercadorias vend. e consumidas Mercadorias Matérias Fornecimentos e serviços externos Custos com o pessoal Remunerações Encargos sociais: Pensões Outros Amortizações imob.corp.e incorp. Ajustamentos Provisões Impostos Outros custos e perdas operacionais (A) .............................… Perdas em empr. grupo e assoc. Amortiz. e ajust. aplic.e invest.financeiros Juros e custos similares: Relativos a empresas do grupo Outros (C).............................… Custos e perdas extraordinárias (E)..............................… Imposto sobre o rendimento do exercício (G)..............................… Resultado líquido do exercício 62 641+642 643+644 645/8 662+663 666+667 67 63 65 682 683+684 681+685/8 69 86 88 71 72 75 73 74 76 782 784 79 Proveitos e Ganhos Vendas: Mercadorias Produtos Prestação de serviços Variação da produção Trabalhos para a própria empresa Proveitos suplementares Subsídios à exploração Outros proveit. e ganhos operacionais (B)...........................… Ganhos em empresas do grupo e assoc. Rendimentos de partic. capital Rendim.títul.negociáv.e out.aplic.financ. Relativos a empresas do grupo Outros Outros juros e proveitos similares: Relativos a empresas do grupo Outros (D)...........................… Proveitos e ganhos extraordinários (F)..........................…. Resumo: Resultados operacionais: (B)-(A)=....................................… Resultados financeiros: (D-B)-(C-A)=................................… Resultados correntes: (D)-(C)=.......................................… Resultados antes de impostos: (F)-(E)=.............................… Resultado líquido do exercício: (F)-(G)=.............................… O Conselho de Administração 2005 569 652 2004 569 652 11 974 807 4 040 638 867 492 17 741 380 596 868 3 429 920 4 908 130 699 059 15 646 025 17 741 380 535 674 3 063 4 907 314 677 3 629 269 33 573 802 1 065 596 868 11 845 636 538 737 35 732 706 4 907 3 943 946 39 681 559 100 432 39 781 991 350 018 40 132 009 821 518 40 953 527 4 128 979 15 646 025 476 862 16 633 493 495 32 711 003 4 833 3 616 416 3 621 249 36 332 252 389 613 36 721 865 540 230 37 262 095 1 080 841 38 342 936 31 815 770 33 574 867 713 256 49 117 31 815 770 1 529 43 267 378 376 540 1 138 913 34 713 780 289 331 289 331 35 003 111 5 950 416 40 953 527 45 174 31 860 944 127 413 -1 -3 -4 1 018 659 678 171 821 926 522 448 536 518 127 413 31 988 357 6 354 579 38 342 936 -850 059 -3 493 836 -4 343 895 1 621 071 1 080 841 (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 79 Demonstração de resultados por funções para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 2005 Venda e prestações de serviços Custo das vendas e das prestações de serviços Resultados Brutos Outros proveitos e ganhos operacionais Custos administrativos Outros custos e perdas operacionais Resultados Operacionais Custo liquido de financiamento Resultados correntes Impostos sobre os resultados correntes Resultados correntes após impostos Resultados liquidos Resultados por acção O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo 80 33 574 867 21 017 799 12 557 068 1 138 913 8 861 859 3 063 4 831 058 -3 659 522 1 171 536 350 018 821 518 821 518 0.21 € 2004 31 815 770 19 788 989 12 026 781 45 174 6 940 414 16 633 5 114 907 -3 493 836 1 621 071 540 230 1 080 841 1 080 841 0.28 € (valores em euros) Demonstração dos fluxos de caixa em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 2005 2004 34 480 927 -17 465 364 -2 783 638 34 361 595 -14 978 572 -2 516 810 Fluxo gerado pelas operações 14 231 925 16 866 213 Pagamento/recebimento do imposto s/ o rendimento Outros recebimentos/pagamentos relativos à activ. operacional -1 390 535 -442 732 -1 240 184 -1 820 702 Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 12 398 658 13 805 327 9 549 73 263 12 408 207 13 878 590 27 360 627 23 756 11 927 273 62 267 2 139 575 5 996 900 107 822 51 733 -28 061 844 -1 522 611 -12 928 489 -7 374 616 -10 279 910 -22 661 822 -10 232 585 -24 926 754 483 958 14 194 917 ACTIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao Pessoal Recebimentos relacionados c/ rubricas extraord. Pagamentos relacionados c/ rubricas extraord. Fluxos das actividades operacionais ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas Reembolsos de adiantamentos a fornecedores Reembolsos de IVA Subsídios de investimento Juros e proveitos similares Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas Não afecto fundo coesão Afecto fundo coesão Imobilizado em curso Imobilizações incorpóreas Outros não especificados Fluxo das actividades de investimento ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Pagamentos/recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos Subsidios e doações Realização de capital social Amortização de contratos de locação financeira Juros e custos similares Dividendos Outros não especificados -79 -3 656 -911 -85 Fluxo das actividades de financiamento -4 249 679 9 554 004 Variações de caixa e seus equivalentes Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período -2 074 057 -1 494 160 O Conselho de Administração 971 037 890 739 -1 539 376 -3 613 433 -189 -3 255 -949 -245 392 965 636 920 -45 215 -1 539 375 (valores em euros) O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 81 Anexo à Demonstração de Fluxos de Caixa em Dezembro de 2005 (Montantes expressos em euros) As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial definida na Directriz Contabilística 14. As notas não incluídas neste Anexo, não são aplicáveis ou significativas para a leitura da Demonstração dos Fluxos de Caixa. 2. Componentes da Caixa e seus Equivalentes DESCRIÇÃO 2005 2004 Numerário Outros Valores (a) Dep. Bancários imediatamente 1 745 529 980 1 745 1 249 057 Mobilizáveis Equivalentes e caixa 854 815 256 644 -4 999 973 -3 046 821 -3 613 433 -1 539 375 Caixa e seus equivalentes (b) Outras disponibilidades Total (a) Este valor refere-se a um conjunto de cheques em carteira, decorrentes de pagamentos efectuados pelos nossos clientes no final do ano, e depositados no início do ano seguinte. (b) Montante correspondente ao saldo da nossa conta depósitos á ordem no Banco Totta e Açores na sequência da liquidação da conta caucionada. 3. Actividades Financeiras não Monetárias A 31 de Dezembro de 2005 a empresa dispõe de um crédito bancário sob a forma de conta caucionada não sacado no montante de 24 889 217 euros. 82 Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados em Dezembro de 2005 (Montantes expressos em euros) As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade, (P.O.C.). As notas não incluídas neste Anexo não são, aplicáveis ou significativas para a leitura das Demonstrações Financeiras. Apenas tiveram aplicação os seguintes pontos: 0. ACTIVIDADES E PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS a) Actividade A sociedade foi constituída pelo Dec. Lei nº 116/95 de 29 de Maio e tem como objecto exclusivo a exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Captação,Tratamento e Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto. Para a concretização do objecto social foi atribuída uma concessão à sociedade pelo Estado português, em regime de exclusividade por um prazo de 30 anos na qual são estabelecidas as regras para a concepção, construção e exploração do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água. A referida concessão estabelece os critérios de fixação e aprovação das tarifas, a praticar pela Sociedade em cada ano, de modo a garantir um adequado equilíbrio financeiro da concessão, obedecendo aos seguintes critérios: (a) Assegurar, dentro do período da concessão, a amortização do montante efectivo do investimento inicial a cargo da concessionária, deduzido das comparticipações e subsídios a fundo perdido; (b) Assegurar o bom funcionamento, conservação e segurança de todos os bens afectos à concessão, bem como a substituição prevista desses bens; (c) Atender ao nível de custos necessários para uma gestão eficiente do sistema de existência de receitas não provenientes da tarifa; (d) Assegurar o pagamento dos encargos de funcionamento do Instituto Regulador de Águas e Resíduos a suportar pela concessionária, bem como assegurar uma adequada remuneração dos capitais próprios da concessionária. No cálculo da tarifa está estabelecido que a margem anual necessária à remuneração adequada dos capitais próprios é devida desde a data de realização do capital. b) Princípios contabilísticos As demonstrações financeiras da sociedade, que compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2005,a Demonstração dos Resultados, por natureza e por funções, e a Demonstração dos Fluxos de Caixa, para o exercício findo naquela data foram preparados na base da convenção dos custos históricos e da continuidade das operações da sociedade em conformidade com os princípios contabilísticos de prudência, especialização do exercício, consistência, substância sobre a forma e materialidade. Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 83 2. COMPARABILIDADE No exercício de 2005 procedeu-se à alteração do critério ao cálculo das amortizações e subsídios relativos ao investimento reversível. Com efeito as amortizações relativas ao investimento reversível eram calculadas segundo o critério de quotas constantes durante o período da concessão, incluindo os custos estimados de reposição dos bens de substituição, de acordo com o art º 13º do Decreto Regulamentar nº 2/90 de 12/01 e a Directriz Contabilística nº4. Neste exercício este critério foi substituído por outro critério que adopta o método de “ Depleção”. Este critério distribui as amortizações na proporção dos volumes de água previstos fornecer até ao fim da concessão. Nestas condições, o efeito nas contas apresentadas é o seguinte: A conta “ 66-Amortizações do Exercício” registou um valor inferior em 1.513.572 Euros. A conta “79.8- Subsídios ao Investimento” registou um valor inferior em 495.874 Euros. Os montantes relativos ao exercício de 2004, incluídos nas presentes Demonstrações Financeiras, estão apresentados em conformidade com as alterações introduzidas pelo DL 35/2005 de 17 de Fevereiro. O fecho de contas deste exercício foi baseado nas suas principais componentes, no estudo de viabilidade económico e financeiro, submetido ao Concedente em Setembro de 2005, no âmbito do processo de aprovação do Orçamento e Projecto Tarifário de 2006. 3. PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS a) Existências As existências são valorizadas ao menor dos valores de aquisição ou produção e de mercado. O critério de movimentação das saídas é o do custo médio. b) Investimentos financeiros Fundo de Reconstituição do Capital Social Nos termos do disposto na cláusula 17ª do Contrato de Concessão, a Águas de Douro e Paiva, SA, encontra-se obrigada a entregar em cada ano o montante correspondente à anuidade de amortização do Capital Social, para a criação de um Fundo de Reconstituição do Capital, que será gerido pela concessionária a qual terá direito ao mesmo, no termo do contrato. Fundo de Renovação Nos termos do disposto na cláusula 12ª do Contrato de Concessão, a Águas do Douro e Paiva, SA, constituiu um Fundo de Renovação destinado à realização de despesas futuras em renovação de bens substituíveis e em investimentos de expansão da concessão, que se preveja serem de realização certa nos anos que restam do período de concessão. 84 c) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas são constituídas, basicamente, pelas despesas com a constituição e a organização da sociedade, as quais são amortizadas pelo método das quotas constantes num período de três anos. d) Imobilizações corpóreas propriedade da empresa As imobilizações corpóreas são contabilisticamente relevadas pelo seu valor de custo de aquisição. As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, de forma a recuperar os imobilizados no período de vida útil estimada, de acordo com as taxas máximas do Decreto Regulamentar n.º 2/90 de 12/01. Período de vidas úteis: Bens reversíveis Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Anos de Vida Útil 24 - 28 24 - 28 24 - 28 Bens não reversíveis Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outras Imobilizações Corpóreas Anos de Vida Útil 8 - 20 4 4-8 4 - 10 3 - 20 e) Imobilizações corpóreas afectas à concessão No caso dos bens reversíveis nos termos das cláusulas do Contrato de Concessão, que integram o seu estabelecimento e os imóveis, estes são amortizados no período de concessão incluindo os custos estimados de reposição dos bens de substituição, de acordo com o art.º 13º do Decreto Regulamentar n.º 2/90 de 12/01 e a Directriz Contabilística n.º 4. A partir deste exercício, conforme referido na nota nº 2, para o cálculo das amortizações, passou a ser utilizado o método da Depleção, o que significa que o custo com as amortizações passou a depender do nível de utilização das infra-estruturas afectas à actividade em cada exercício. A manutenção e reparação destes imobilizados é da responsabilidade da empresa durante o período de vida do contrato de concessão, sendo contabilizadas em resultados no exercício em que ocorrem. f) Subsídios ao Investimento É política da empresa, desde que o investimento esteja realizado, registar os subsídios e comparticipações respectivos em proveitos diferidos e reconhecidos em proveitos extraordinários de forma consistente e proporcional com as amortizações dos bens a que se destinaram. Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 85 g) Acréscimos e diferimentos: Em cumprimento do estipulado nos contratos de concessão, e sempre que aplicável, é registada a quota parte anual dos custos estimados para fazer face a despesas futuras em renovação de bens substituíveis e em investimentos de expansão da concessão, que se preveja serem de realização certa nos anos que restam do período de concessão. h) Formação do rédito São considerados na formação do rédito, as receitas decorrentes da facturação a clientes bem como os ajustes por estimativa, dos fornecimentos e serviços de água ainda não facturados. i) Imposto sobre o rendimento Os impostos correntes e diferidos são contabilizados no período a que respeitam, independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade n.º 12. j) Doações De acordo com a Directriz Contabilística n.º 2, as doações efectuadas à empresa são valorizadas pelo justo valor e registadas em Capitais Próprios. k) Provisões A sociedade tem como critério constituir provisões somente quando existir uma obrigação presente resultante de um acontecimento passado, e sempre que seja provável que uma diminuição, razoavelmente estimada, de recursos incorporando benefícios económicos futuros será exigido para liquidar a obrigação. l) Gestão de riscos financeiros A exposição da sociedade a riscos financeiros não é significativa e inclui principalmente variações de taxas de juro. m) Risco de crédito O principal risco de crédito deve-se à sociedade ter concentrado em 3 clientes um volume de vendas de 64% relativamente ao valor total. Estão definidas a nível do Contrato de Concessão e dos Contratos de Fornecimento com os Municípios políticas de corte a adoptar para assegurar que as vendas efectuadas são efectivamente cobradas. n) Gestão de risco ambiental A empresa identifica, avalia e implementa acções de controlo e resposta a emergências para os seus riscos ambientais e de segurança. A metodologia adoptada cumpre com as normas internacionais para a gestão do ambiente e da segurança. Quer os riscos e aspectos de ambiente e segurança, quer as medidas de controlo e resposta a emergências existentes são detalhadas no Relatório de Ambiente e Segurança da AdDP. 86 o) Partes de capital em empresas do grupo De acordo com o estabelecido pelo POC, complementado pela Directriz Contabilística n.º9/92, seguiu-se o método da equivalência patrimonial, como critério valorimétrico, na Contabilização da participação na sociedade “ Netdouro – Gestão de Infraestruturas de Telecomunicações, SA”. Nestes termos foi a participação inicialmente contabilizada pelo custo de aquisição, o qual foi reduzido, à proporção nos Resultados Líquidos obtidos pela empresa. 6. Imposto sobre o rendimento Não existem situações que afectem significativamente os impostos futuros. A sociedade encontra-se sujeita ao regime geral de tributação em sede de imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos ou seis anos se existir reporte fiscal, e dez anos para a Segurança Social. 7. O número médio de pessoas ao serviço da empresa ao longo do ano foi de 144 atingindo em 31 de Dezembro de 2005 o número de 155 pessoas. Contratados sem termo Contratados a termo incerto Contratados a termo Requisitados Estagiários TOTAL 2001 65 1 41 1 108 2002 92 1 19 2 114 2003 105 1 15 5 126 2004 113 3 19 9 144 2005 122 6 17 10 155 Variação 9 3 -2 1 11 8. A conta 43.1 - Despesas de Instalação inclui os gastos suportados pela empresa com a sua constituição e o arranque do negócio. 10. Movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado Rubricas Imobilizações Incorpóreas: Saldo inicial Aumento 803 297 72 853 876 150 59 417 59 417 Despesas de instalação Desp. de invest. e desenvolvimento Imobilizações Corpóreas: Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas Imobilizações em curso Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas Investimentos Financeiros: Partes de Capital em Empresas do Grupo Fundo de reconstituição do capital social 5 77 190 1 223 231 424 090 133 1 244 659 47 678 699 003 498 221 818 428 146 389 27 847 339 221 4 236 43 10 900 517 319 968 798 018 187 022 511 45 273 323 730 475 12 620 340 995 167 4 676 974 5 672 141 -4 907 701 216 696 309 Alienação 0 -99 912 -99 912 0 Transferências e abates Saldo final 0 803 297 132 270 935 567 462 230 28 080 491 18 870 601 0,00 0,00 0,00 0,00 -47 413 322 5 106 209 1 713 158 635 212 137 1 480 702 11 165 446 813 067 107 836 615 168 578 -42 222 -42 222 3 051 336 208 681 0 990 260 5 378 190 6 368 450 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 87 Amortizações e ajustamentos Rubricas Imobilizações Incorpóreas: Despesas de instalação Despesas de investigação e desenvolvimento Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Ferramentas e utensílios Equipamento administrativo Outras imobilizações corpóreas Saldo inicial Reforço Regulariz. Saldo final 803 297 24 284 827 581 0,00 47 549 47 549 - 803 297 71 833 875 130 1 109 114 15 117 945 39 015 261 729 382 96 461 741 476 443 681 57 253 320 200 292 3 104 256 7 295 555 225 955 19 304 286 517 74 979 11 206 858 72 884 4 370 264 2 901 240 -88 939 1 382 290 22 592 465 49 212 056 866 398 115 765 1 027 993 518 660 75 715 627 7 255 449 14. Outras Informações sobre o Imobilizado Imobilizações corpóreas reversíveis (valor bruto): Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções Equipamento básico Total 5 106 209 321 713 158 635 507 446 813 067 326 Imobilizações em curso reversíveis: Estudos e projectos Terrenos Edifícios e outras construções Equipamento e material Instalações eléctricas Gestão de projecto Gestão de qualidade Promoção e divulgação Fiscalização Outros investimentos Total 4 344 444 3 069 969 1 240 531 518 734 67 524 814 377 108 366 732 910 251 904 16 819 11 165 578 15. Bens utilizados em regime de locação financeira No final de Dezembro de 2005 a empresa utilizava em regime de locação financeira dois imóveis, sitos em Lever e no Edifício Scala, cuja contabilização foi a seguinte: Conta 4211002 4211009 422001 422009 Descrição Terreno/Edifício Lever Terreno/Edifício Scala Edifício/Lever Edifício/Scala Valor bruto 126 046 236 929 444 224 710 787 Valor líquido 89 256 169 246 307 225 507 739 16. Consolidação de contas As Demonstrações Financeiras da Águas do Douro e Paiva, SA, são incluídas na consolidação de contas da empresa ADP – Águas de Portugal, SGPS, S.A. com sede na Avenida da Liberdade, 110 – 5º - 1250 Lisboa, pela qual é participada em 51%. 88 Os saldos das transacções com as empresas do grupo foram os seguintes: Empresa ADP SGPS ADP Serviços ADP Formação ADP Formação Águas do Cávado Águas do Cávado Aquasis Valorminho Suldouro Luságua Resat Águas da Figueira Águas TMAD Saldo em 31/12/2005 Credor Devedor 329 024,73 61 445,42 1 031,61 9 391,48 24 276,29 38,81 16 813,18 390,53 - Transacções em 2005 Valor Natureza 873 897,34 Diversos 328 975,26 Trabalhos especializados (9 649,00) Aluguer de instalações 750,00 Trabalhos especializados 1 705,14 Trabalhos especializados (371,26) Prestação de serviços - 64 036,83 Tratamento resíduos 399,84 Tratamento resíduos 30 746,36 Análises 8 471,24 Tratamento resíduos 34 580,56 Juros BEI (1 065,09) Assessoria técnica Por escritura pública celebrada no dia dezassete de Maio de dois mil e quatro, foi constituída a sociedade anónima “Netdouro – Gestão de Infraestruturas de Telecomunicações, SA”, com sede na Rua de Vilar, 235 – 5º andar, no Porto, com um Capital Social de um milhão de euros, representado por duzentas mil acções, nominativas, de valor nominal de cinco euros cada uma, subscritas na totalidade pela Águas do Douro e Paiva, SA. Empresa Netdouro % Capital Social 100 1 000 000 Capital Próprio 31/12/2005 990 260 Resultado Líquido 31/12/2005 -4 907 18. Fundos De acordo com o Contrato de Concessão estão criados dois fundos, um para reconstituição do capital social com extensão de 5.378.190 euros, para o qual foi contabilizado na rubrica Títulos e outras Aplicações Financeiras um depósito bancário de carácter permanente e outro para investimento de substituição (renovação) cujos movimentos se demonstram no quadro seguinte: Demonstração dos movimentos do Fundo de Renovação Fundo de renovação Saldo inicial Anuidade do reforço(1) Utilizações(2) - 2ª fase de investimentos Grupo I de obras (Vale do Sousa)(3) - 2ª fase de investimentos Grupo II de obras - 3ª fase de investimentos - Capitalização Saldo final Valor -33 202 662 8 627 936 -1 308 482 -7 739 469 -1 141 925 -710 635 -10 900 511 -35 475 237 (1) Valor correspondente às amortizações do exercício (calculadas de acordo com a Directriz Contabílistica nº4) das infra-estruturas técnicas previstas imobilizar após arranque da exploração e até ao fim do período de Concessão. (2) Custo de execução das obras, em curso, relativas às infra-estruturas consideradas nas anuidades de constituição e reforço do Fundo de Renovação. (3) Valores líquidos dos subsídios ao investimento. Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 89 29. Dívidas a terceiros a mais de cinco anos Empréstimos a médio e longo prazo c/ vencimento superior a 5 anos: Banco Europeu de Investimento Data do empréstimo 08/01/98 11/07/00 15/12/00 13/05/05 19 8 14 10 BPI, Caixa Galicia e Caja Duero Data do empréstimo 14/05/04 Montante 20 000 000 euros 587 550 429 000 Montante 544 euros 819 euros 566 euros 000 euros 31. Responsabilidades assumidas através da celebração de contratos de empreitada Os investimentos previstos no estudo de viabilidade económica e financeira da concessão atingem um montante de 456.663.067 euros, tendo a empresa realizado até ao final do ano de 2005 um total de 331.962.270 euros. Nestes montantes não estão incluídos os valores dos trabalhos para a própria empresa. Adjudicatário Socopul Norlabor Efacec / Enkrott / Novopca Camilo de Sousa Mota ABB Empreitarte Monte & Monte/Habimarante Restradas Total das responsabilidades Empreitada - Conduta Pedrouços Nogueira II - Obras complementares à reabilitação do Complexo do Ferreira - Reforço da capacidade de tratamento da ETA Lever - Ligação ao reservatório de Cruz Nova - Reabilitação das Captações do Ferro - Arranjos exteriores do Largo do Santo - Construção de célula no reservatório da Eta de Castelo de Paiva - Duplicação de troço da conduta Seixo Alvo - Portela Valor 2 717 255 64 587 3 585 211 3 419 219 604 38 834 524 597 364 290 7 517 797 32. Garantias Prestadas Em 31 de Dezembro de 2005 a empresa tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas no valor de 2.307.377 euros assim discriminadas: - Contrato de Concessão Ministério das Cidades, do Ordenamento do Território e Ambiente - Expropriação de Terrenos Comarca de Gondomar Comarca de V. N. de Gaia Comarca de Stª M.ª da Feira Comarca de Arouca Comarca de Castelo de Paiva Comarca de Cinfães Comarca de Penafiel Comarca de Paredes Comarca de Paços de Ferreira Comarca de Felgueiras Comarca da Maia Comarca de Lousada Proprietários de terrenos - Execução de trabalhos de reposição JAE - Direcção de estradas do Distrito de Aveiro IEP – Inst de estradas de Portugal ICERR 90 249 399 249 1 619 11 687 133 13 133 46 274 154 399 455 919 691 919 803 321 131 872 963 763 74 225 2 012 10 694 75 143 438 523 282 680 100 975 54 868 35 a 38. O Capital Social subscrito está representado por 3 880 500 acções no valor nominal de 5 euros cada. A estrutura actual do Capital subscrito é a seguinte: Accionistas ADP - Águas de Portugal Município de Arouca Município de Castelo de Paiva Município de Cinfães Município de Espinho Município de Gondomar Município de Maia Município de Matosinhos Município de Oliveira de Azeméis Município de Ovar Município de Porto Município de Stª Maria da Feira Município de S João da Madeira Município de Valongo Município de Vila Nova de Gaia Município de Paredes Município de Lousada Município de Felgueiras Município de Paços de Ferreira Total % N.º Acções 51,00 0,31 0,29 0,18 1,54 4,34 2,92 5,81 1,76 0,98 14,33 2,51 0,40 2,96 5,86 1,65 0,74 1,24 1,17 100,00 1 979 055 11 997 11 084 6 884 59 870 168 437 113 361 225 512 68 321 38 075 556 244 97 254 15 531 115 048 227 382 63 945 28 665 48 265 45 570 3 880 500 Capital Realizado 9 895 275 59 985 55 420 34 420 299 350 842 185 566 805 1 127 560 341 605 190 375 2 781 220 486 270 77 655 575 240 1 136 910 319 725 143 325 241 325 227 850 19 402 500 40. Movimentos ocorridos no exercício em cada uma das rubricas de Capitais Próprios. Contas 51 - Capital 57 - Reservas 57.1 - Reservas legais 57.2 - Reservas livres 57.6 - Doações 59 - Resultados transitados 88 - Resultados líquidos Saldo Inicial 19 402 500 638 435 2 532 775 246 895 1 080 841 Aumentos 54 042 15 834 821 518 Diminuições 1 080 841 Saldo Final 19 402 500 692 477 2 548 609 246 895 821 518 41. Demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas. As existências referem-se a matérias – primas e subsidiárias essenciais ao tratamento da água. Descrição Existências iniciais Compras Regularização de existências Existências finais Custos no exercício Matérias Primas 104 202 510 374 -363 104 043 510 170 Matérias Subsidiárias 1 663 776 9 1 929 519 Material de Aplic. Geral 379 263 81 298 194 401 792 58 963 Total 485 128 592 448 -160 507 764 569 652 43. Remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais referentes ao ano de 2005: - Conselho de Administração – 461 713 euros - Fiscal Único – 15 404 euros - Assembleia Geral – 591 euros Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 91 44. A totalidade das Vendas de Água ocorreu no mercado nacional. A tarifa média real praticada em 2005 foi de 0,2936 euros, tendo sido a praticada em 2004 de 0,2815 euros. m3 LEVER NORTE GONDOMAR MAIA (SUL) MATOSINHOS PORTO VALONGO 10 6 13 36 5 LEVER SUL GAIA FEIRA ESPINHO OVAR AROUCA OLIV DE AZEMÉIS S. J. MADEIRA 17 470 039 3 674 946 2 246 169 529 689 373 445 1 785 475 577 852 VALE SOUSA CASTELO DE PAIVA CINFÃES LOUSADA FELGUEIRAS PAÇOS DE FERREIRA PAREDES PENAFIEL 366 008 847 524 019 988 241 928 1 873 1 132 885 051 309 320 622 303 Vendas 2005 Valor 3 1 4 10 1 947 055 058 403 563 947 - 041 763 064 713 472 Saldo clientes 31/12/2005 m3 453 147 070 940 942 593 175 378 2 194 132 785 089 333 823 320 11 5 13 37 5 5 125 342 1 079 438 659 196 155 378 110 060 523 826 169 878 992 278 124 12 36 48 42 236 628 050 974 524 096 543 17 907 435 3 371 041 2 360 011 598 263 168 616 673 004 438 796 150 7 22 107 65 27 745 223 542 810 667 658 - 290 70 272 550 332 260 845 873 755 484 188 500 - TOTAL Estimativa Dezembro Estimativa 2 dias 2004 Estimativa 1 dia 2005 104 473 193 9 564 159 30 656 315 2 829 078 298 880 TOTAL GERAL 114 336 232 036 949 932 084 109 804 184 718 1 585 1 082 739 26 737 839 604 733 353 Vendas 2004 Valor 3 1 3 10 1 Saldo clientes 31/12/2004 106 674 921 435 437 090 636 470 237 966 607 162 367 2 051 132 5 040 948 664 168 47 189 123 032 726 240 438 476 686 487 985 191 428 16 226 51 202 446 304 208 7 487 885 450 256 892 288 303 46 782 4 518 83 990 97 838 19 461 - 418 251 961 106 907 963 558 802 092 202 357 940 581 548 394 076 100 590 10 613 88 409 5 391 046 - 103 772 596 9 556 225 621 539 978 872 29 205 045 2 694 855 175 274 259 401 5 306 784 - 33 573 802 5 391 046 114 929 232 31 815 773 5 306 784 45. Demonstração dos Resultados Financeiros Custos e Perdas 681 - Juros suportados 682 - Perdas empresas grupo e associadas 688 - Outros custos e perdas Resultados financeiros Exercício 2005 2004 3 553 037 3 275 715 4 390 -3 659 289 907 4 909 340 522 -3 493 127 331 833 702 836 413 Proveitos e Ganhos 781 - Juros obtidos Exercício 2005 2004 288 787 125 552 786 - Desconto p pagto. 531 788 - Outros Prov. e ganhos financeiros 14 Resultados financeiros 289 331 1 861 127 413 46. Demonstração dos Resultados Extraordinários Custos e Perdas 691 - Donativos 692 - Dívidas incobráveis 694 - Perdas em imobilizado 695 - Multas e penalidades 696 - Aum. Amortizações 697 - Correc. exerc. anterior 698 - Outros custos e perdas Resultados extraordinários 92 Exercício 2005 2004 35 660 79 614 2 240 3 905 6 156 450 250 59 556 298 907 862 2 447 5 849 984 5 964 965 5 950 416 6 354 579 Proveitos e Ganhos 791- Restituição Imp. 792 - Recuperação de dividas 794 - Ganhos em imobilizações 795 - Benef. penal. cont. 796 - Red. Amortizações 797 - Correc. exerc. anterior 798 - Outros prov. e ganhos Resultados extraordinários Exercício 2005 2004 69 269 52 971 208 426 108 899 22 672 5 772 249 6 070 510 5 950 416 6 354 579 Os Outros proveitos e ganhos extraordinários, relacionam-se essencialmente com as amortizações dos subsídios ao investimento. 48. Outras Informações 48.1. Subsídios ao Investimento O subsídio ao investimento contabilizado até 31 de Dezembro de 2005 totalizou o montante de 157.093.578 euros provenientes da comparticipação do Fundo de Coesão da Comunidade Europeia, relacionado com a construção do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água, assim repartidos: Candidatura Icor FC 94/10/61/003-004 FC 95/10/61/008 FC 1999/Pt/16/C/PE/001 Taxa de comparticipação 75% 85% 85% 85% Valor contratual 736 125 1 630 080 112 329 373 42 398 000 Valor transf. para proveitos diferidos 736 125 1 630 080 112 329 373 42 398 000 Valor recebido 736 125 1 630 080 112 329 373 33 918 257 O valor transferido para resultados acumulados atingiu até 31-12-2005, o montante total de 34 719 504 euros. 48.2. Decomposição da conta “Acréscimos e Diferimentos” Descrição Juros a receber Venda de água Fundo de Renovação Outros acréscimos de proveitos Total 2005 3 092 761 19 885 3 112 646 Acréscimos de Proveitos 2004 2 870 129 976 731 1 777 3 848 637 A rubrica venda de água foi apurada com base nos seguintes valores para os consumos previstos para Dezembro de 2005: m3 LEVER NORTE GONDOMAR MAIA (SUL) MATOSINHOS PORTO VALONGO LEVER SUL GAIA FEIRA ESPINHO OVAR AROUCA OLIV. DE AZEMÉIS S. J. MADEIRA VALE DO SOUSA CASTELO DE PAIVA CINFÃES LOUSADA FELGUEIRAS PAÇOS DE FERREIRA PAREDES TOTAL Estimativa 2 dias 2004 Estimativa 1 dia 2005 TOTAL GERAL Dezembro 2005 Valor 934 600 1 218 3 436 431 006 648 132 528 235 276 177 360 1 016 127 279 672 323 525 559 1 547 359 212 43 52 168 42 107 788 290 320 159 720 261 457 106 62 12 15 49 12 634 425 795 814 429 907 501 92 21 76 147 88 91 9 564 621 298 10 484 715 259 103 495 446 947 159 539 880 578 27 6 22 43 26 27 2 829 175 88 3 092 425 288 511 629 162 198 078 274 409 761 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 93 2005 1 385 846 400 480 491 1 866 736 Campanhas de publicidade Obras em baixa Seguros Outros Total Custos Diferidos 2004 4 756 990 19 024 254 484 5 030 498 Discriminação das obras em baixa: Município de Gondomar Município de Castelo de Paiva Município de Cinfães 1 250 000 33 115 102 732 Descrição Remunerações a liquidar Juros a liquidar Prémio Amortiz fundo renovação Outros Total 2005 540 288 382 107 405 630 21 127 330 406 774 22 862 129 Acréscimos de Custos 2004 444 694 394 968 294 775 21 984 745 273 454 23 392 636 2005 122 374 073 122 374 073 Proveitos Diferidos 2004 129 021 436 129 021 436 Descrição Subsídios p/ Investimento Outros Total 48.3. Decomposição da conta do “Estado e Outros Entes Públicos” Descrição 24.1 - Imp. s/ Rendimentos Saldos Devedores 2005 2004 69 540 - 24.3 - Imp. s/ Valor Acres. 1 434 420 1 741 347 24.9 – Outras tributações 695 680 1 504 655 1 742 027 Total Descrição 24.1 - Imp. s/ Rendimentos 24.2 - Ret. Imp. s/ Rend. 24.3 - Imp. s/ Valor Acres. 24.4 - Rest. imp. 24.5 - Cont. p/ Seg. Social 24.9 - Out. tributações Saldos Credores 2005 2004 63 056 83 834 146 890 100 608 64 519 257 143 48.4. Decomposição da conta “Outros Devedores e Outros Credores” Descrição Adiantamentos fornecedores Pessoal Devedores diversos – curto prazo Devedores diversos – méd e longo prazo Subsídios a receber Fundo de Coesão Outros Total 94 Outros Devedores 2005 2004 11 792 24 946 453 375 570 995 4 006 837 8 479 743 8 479 743 147 700 147 700 13 099 447 9 223 384 Descrição Outros 2005 712 138 712 138 Subscritores de capital Credores diversos – curto prazo Credores diversos – méd. e longo prazo Depósito e garantias Total Credores 2004 327 290 400 000 727 290 48.5. Informações sobre matérias ambientais No âmbito da Directriz Contabilística nº 29, cumpre-nos informar o seguinte sobre matérias ambientais: 1) Dispêndios não capitalizáveis 1.1.Tratamento de Resíduos Durante o processo de tratamento da água, resultam resíduos, que designamos de “Lamas”. Um dos procedimentos da empresa consiste na contratação de serviços de transporte das Lamas e posterior deposição em Aterros Sanitários. No âmbito da contratação destes serviços a empresa incorreu em custos, neste exercício, no montante de 272 333 Euros. 1.2. Avaliação do ruído ocupacional / Reavaliação de ruído emitido para o exterior Durante o processo de Tratamento da água e no processo de elevação da água nas Estações Elevatórias há libertação de “Ruído”. A empresa tem como procedimento controlar os níveis de ruído libertados durante o seu processo de fabrico, pelo que, suportou gastos relacionados com a contratação de uma empresa especializada, que ascenderam ao montante de 5 573 Euros, neste exercício. 2) Dispêndios Capitalizáveis 2.1) Tratamento de Resíduos Para além dos procedimentos anteriormente referidos, a empresa, suportou gastos de investimento na construção de equipamentos, cuja discriminação e valor são os seguintes: INVESTIMENTOS Obra de ligações ao saneamento Total Valor investido até 31-12-2004 43 005,00 43 005,00 Valor investido em 2005 0,00 0,00 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 95 2.2.Tratamento do Ruído No âmbito do seu tratamento também foram efectuados investimentos tendo em vista o seu controle e redução dos níveis de ruído, investindo nos seguintes equipamentos: Valor investido até 31-12-2004 128 064,00 320 363,00 448 427,00 INVESTIMENTOS Obras de Insonorização Obras de protecção contra o ruído e vibrações Total Valor investido em 2005 0,00 39 790,00 39 790,00 49. Remuneração dos Capitais Próprios Tal como referido na Nota 0 e nos termos do Contrato de Concessão os capitais próprios aplicados na Empresa serão remunerados através de uma margem, a qual corresponderá à aplicação, ao capital social e reserva legal, de uma taxa correspondente à base de emissões de bilhetes do tesouro (TBA) ou outra equivalente que venha a substituir, acrescida de 3 pontos percentuais a título de prémio de risco. O valor da remuneração do capital e reserva legal calculado nos termos da concessão é o seguinte: Accionistas ADP - Águas de Portugal Município de Arouca Município de Castelo de Paiva Município de Cinfães Município de Espinho Município de Gondomar Município da Maia Município de Matosinhos Município de Oliveira de Azeméis Município de Ovar Município do Porto Município de Stª Mª da Feira Município de S. João da Madeira Município de Valongo Município de Vila Nova de Gaia Município de Paredes Município de Lousada Município de Felgueiras Município de Paços de Ferreira Total Posição em 31.12.2004 515 592 3 126 2 888 1 793 15 598 43 882 29 533 58 751 17 799 9 919 144 915 25 337 4 046 29 973 59 239 16 659 7 468 12 574 11 872 1 010 964 Movimentos ocorridos no exercício Dividendos Remuneração 515 592 522 148 3 126 3 165 2 888 2 924 1 793 1 816 15 598 15 796 43 882 44 440 29 533 29 909 58 751 59 498 17 799 18 026 9 919 10 046 144 915 146 758 25 337 25 659 4 046 4 098 29 973 30 354 59 239 59 992 16 659 16 871 7 468 7 563 12 574 12 734 11 872 12 023 1 010 964 1 023 819 Posição em 31.12.2005 522 148 3 165 2 924 1 816 15 796 44 440 29 909 59 498 18 026 10 046 146 758 25 659 4 098 30 354 59 992 16 871 7 563 12 734 12 023 1 023 819 As taxas utilizadas para o cálculo dos montantes acima indicados foram as seguintes: 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 96 Taxa sem risco (TBA) 10,0520 7,2671 5,4977 4,2660 2,9650 4,4667 4,1460 3,2744 2,2175 2,0445 2,0949 Taxa com risco (base do cálculo) 13,0520 10,2671 8,4977 7,2660 5,9650 7,4667 7,1460 6,2744 5,2175 5,0445 5,0949 50. Litígios e Contingências No decorrer do ano de 2005 foi a AdDP notificada da interposição dos seguintes processos: A) Litígios Pendentes: Expropriação Litigiosa (1717) Expropriados : Maria de Lurdes Pessoa Barbosa e Outros Tribunal :Vila Nova de Gaia – 4.º J. Cível Processo n.º 1080/2001 Pedido: os Expropriados interpuseram recurso do Acórdão de Arbitragem,tendo peticionado a importância de €213 550,70. A AdDP respondeu ao recurso. Por seu lado, os Peritos elaboraram novo relatório pericial. A 24 de Janeiro de 2005 realizou-se a audiência de julgamento, tendo sido proferida sentença favorável à Sociedade em € 81 697,50, a 13/07/05. Os Expropriados interpuseram recurso da decisão, encontrando-se o processo, em fase de alegações. Aguarda-se decisão. Expropriação Litigiosa (1718) Expropriados: Eduardo Salomão Pessoa Barbosa e Outros Tribunal :Vila Nova de Gaia - 1.º Juízo Cível Processo n.º 85/2002 Pedido: os Expropriados interpuseram recurso da decisão arbitral, tendo peticionado a importância de €149 570,73. A AdDP deduziu a competente resposta. Foram nomeados os peritos que, posteriormente, apresentaram o seu relatório. O processo encontra-se, em fase de alegações. Aguarda-se decisão. Acção Ordinária (1738) Autora: “Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A.” Tribunal : Administrativo de Círculo do Porto - 6.º Juiz Processo n.º 349/2003 Pedido: A 2 de Abril de 2003, foi a AdDP citada para contestar a acção declarativa ordinária movida pela “Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A.”, a título de sub-rogação nos direitos do seu segurado, com vista ao pagamento do montante de € 2 854,91, correspondente aos danos materiais sofridos pelo segurado, num acidente de viação. Foi apresentada a competente contestação. A Autora provocou a intervenção do consórcio empreiteiro, porém, o pedido foi indeferido. A Ré Câmara Municipal de Gondomar, interpôs recurso para o Supremo Tribunal Administrativo. Ainda não foi proferida decisão. Acção Ordinária (1741) Requerente: “MAFAVIS – Sociedade Imobiliária, S.A.” Tribunal : Administrativo e Fiscal do Porto – 1.º J. Liquidatário Processo n.º 4/05 Pedido: Em 12 de Maio de 2003 foi a AdDP citada para contestar a acção declarativa ordinária movida pela “MAFAVIS – Sociedade Imobiliária, S.A.”, em que requereu: 1. a remoção da conduta de água e as caixas de passagem que foram instaladas nos prédios sitos no Lugar da Serra, freguesia de Foz do Sousa; 2. paga- Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 97 mento de uma quantia, ainda não apurada, a título de danos patrimoniais; 3. pagamento do montante de €100 000,00, a título de danos não patrimoniais; tudo derivado da instalação daquela conduta. Foi apresentada contestação e chamaram-se à acção outros intervenientes, que apresentaram as respectivas contestações. A Sociedade foi absolvida da Instância através de decisão que julgou o Tribunal incompetente em razão de matéria. Após a interposição de recurso por parte da A., o processo foi enviado para o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, que por sua vez designou o dia 27 de Abril de 2006 para a realização da audiência de julgamento. Recurso Contencioso de Anulação (1752) Requerente: “Manuel Francisco de Almeida, S.A.” Tribunal : Administrativo de Círculo do Porto - 6.º Juiz Processo n.º 895/A/02 Pedido: A 17 de Novembro de 2003 a AdDP apresentou a sua oposição à Execução de Sentença proferida pelo Tribunal Administrativo de Círculo do Porto. Este último negou provimento ao pedido da requerente, que por sua vez, recorreu para o Supremo Tribunal Administrativo. Foi negado provimento ao recurso a 3/02/05 por incompetência desse Tribunal, tendo os autos, desta forma, sido remetidos para o Tribunal Central Administrativo Norte em 31 de Maio de 2005. Aguarda-se nova decisão. Acção Ordinária (1756) Autor: Município de Valongo Tribunal : Comércio de Vila Nova de Gaia - 2.º Juízo Processo n.º 98/04.2TYVNG Pedido: Em 12.03.2004 foi a AdDP citada para contestar a acção declaração de nulidade ou anulação de deliberação social, movida pelo Município de Valongo. Foi apresentada contestação e a 11.05.04 a Sociedade pediu a apensação ao processo n.º 99/04.0TYVNG. (n/ proc. n.º 1760), acabando por desistir do pedido, em virtude da demora na resposta por parte do Juízo competente. Aguarda-se marcação de julgamento. Acção Ordinária (1760) Autores: Municípios de Vila Nova de Gaia, Porto e Gondomar Tribunal: do Comércio de Vila Nova de Gaia - 1.º Juízo Processo n.º 99/04.0TYVNG Pedido: Em 29.03.2004 foi a AdDP citada para contestar a acção declaração de nulidade ou anulação de deliberação social, movida pelos Municípios de Vila Nova de Gaia, Porto e Gondomar. Foi apresentada contestação. Aguarda-se decisão. Acção Sumária (1771) Autor: José António Ferraz Campos Tribunal: Judicial de Penafiel - 4.º Juízo Processo n.º 1605/04.6TBPNF Pedido: O autor peticionou indemnização no valor de € 9 530,00, por danos sofridos em consequência da obra do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto, e a realização de reparações e eliminações dos defeitos e anomalias consequentes da obra. 98 A Sociedade contestou a presente acção a 19 de Outubro de 2004. Só a 2 de Junho de 2005 é que a Sociedade foi notificada da contestação da Interveniente acessória a nosso pedido. Foi designado o dia 22 de Maio de 2006, para a realização da audiência de julgamento. Acção de Responsabilidade Civil Extracontratual (1772) A.: José Augusto Pinto Correia R. : Município de Felgueiras Tribunal: Administrativo e Fiscal do Porto - 1.º Juízo Liquidatário Proc. n.º 673/03 Pedido: O autor peticionou uma indemnização no valor de €3 676,68 por danos sofridos em consequência de um acidente de viação. A Sociedade contestou a presente acção como parte acessória. Aguarda-se decisão. Acção Declarativa de Condenação Emergente de Contrato de Trabalho (1785) Autor: Hélder Pedro Coelho Pereira Tribunal:Trabalho do Porto - 1.º Juízo Processo n.º 1017/05.4TTPRT Pedido: Em 31/05/05 foi a AdDP citada para contestar a acção declarativa de condenação emergente de contrato de trabalho, movida por Hélder Pedro Coelho Pereira em que este pede o pagamento da importância de € 69 427,08. Foi apresentada contestação a 11/07/05. Aguarda-se a data para julgamento. Acção Ordinária (1791) Autor: José Manuel Sobral Cancela Nogueira Co-Ré : Ramalho Rosa - Cobetar, Sociedade de Construções, S.A. Tribunal : Judicial de Vila Nova de Gaia – 5.º Juízo Cível Processo n.º 6168/05.2TBVNG Pedido: em 01 de Julho de 2005, foi a AdDP citada para contestar a acção declarativa ordinária movida por José Manuel Nogueira, que requereu a condenação das RR. a restituir o prédio rústico que, alega, ambas ocuparam ilegalmente com uma obra, bem como no pagamento de uma indemnização diária de € 25,00, desde Janeiro de 2000 até à entrega efectiva do prédio. Foi apresentada a competente contestação. Ainda não foi proferida decisão. B) Contingências ou reclamações de que possam resultar possíveis encargos para a sociedade: Nada a registar C) Reclamações fiscais e outras: Nada a registar O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas O Director Financeiro e Administrativo Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 99 Mapa Geral do Sistema Municípios Accionistas Arouca Castelo de Paiva Cinfães Espinho Felgueiras Gondomar Lousada Maia Matosinhos Ovar Oliveira de Azeméis Paços de Ferreira Paredes Porto Santa Maria da Feira São João da Madeira Valongo Vila Nova de Gaia Águas de Portugal 100 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 101 III.Relatório e Parecer do Fiscal Único e Certificação Legal de Contas 104 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 105 106 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 107 108 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 109 110 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 111 IV. Relatório do Auditor Externo 114 Águas do Douro e Paiva SA Relatório e Contas 2005 115 Ficha Técnica Coordenação Geral Águas do Douro e Paiva, S.A. Rua de Vilar, 235 - 5º 4050-626 Porto Telefone + 351 226 059 300 / + 351 220 109 300 Fax + 351 226 059 302 Página da Internet · http://www.addp.pt Correio Electrónico · [email protected] Fotografia Eduardo Cunha Francisco Piqueiro (aéreas) Arquivo AdDP Impressão e Acabamento Rainho & Neves, Lda. – Santa Maria da Feira Tiragem 500 Exemplares Editado Maio 2006 AdDP - Águas do Douro e Paiva S.A. Relatório de Sustentabilidade 2005 Relatório de Sustentabilidade 05 AdDP - Águas do Douro e Paiva S.A. Relatório de Sustentabilidade 2005 2 Este é o primeiro Relatório de Sustentabilidade apresentado pela Águas do Douro e Paiva (AdDP). Depois de, em 2003 e 2004, terem sido editados Relatórios de Ambiente e Segurança, em paralelo com o Relatório e Contas, considerou-se oportuna a realização deste relatório avaliando, em simultâneo, o desempenho económico, ambiental e social da empresa. Este relatório mantém-se como um complemento ao Relatório e Contas mas, dada a opção de manter estes dois documentos independentes, haverá informação que constará em ambos. Global Reporting Initiative Limites do relatório Em termos de gestão de informação, a AdDP tem processos documentados e auditados por grupos internos e por entidade externa no âmbito da certificação do Sistema de Gestão Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança. Adicionalmente, grande parte dos dados relevantes para a gestão da empresa são armazenados em bases de dados específicas para o tratamento dessa informação. Este relatório é relativo a todas as actividades e contempla todas as instalações da AdDP. Âmbito Procurou-se que o âmbito deste relatório fosse o mais abrangente possível e que incluísse informação relativa a todos os indicadores da Global Reporting Initiative (GRI) considerados relevantes para a empresa. Período de análise Os dados abrangidos neste relatório são relativos a 2005. De acordo com o histórico disponível e sempre que considerado relevante, é apresentada também a evolução dos indicadores nos últimos anos. Princípios Os princípios considerados neste relatório foram os 11 princípios da GRI, não tendo, no entanto, sido já realizada, nesta primeira edição, uma aplicação plena de todos eles. Este Relatório de Sustentabilidade foi elaborado seguindo as linhas orientadoras da GRI. Tabela GRI A tabela com o índice dos indicadores da GRI encontra-se no ponto 10 deste relatório. Gestão de Informação Auditoria dos dados apresentados Este relatório foi sujeito a verificação da informação por parte de uma entidade independente. Contactos Para informações complementares, esclarecimentos adicionais ou envio de sugestões sobre o conteúdo deste relatório podem ser utilizados os contactos: Águas do Douro e Paiva, SA Departamento de Qualidade, Ambiente e Segurança R. de Vilar, nº 235, 5º 4050-626 Porto Tel: +351 226 059 300 / +351 220 109 300 Fax: +351 226 059 302 Página da Internet: http://www.addp.pt Correio Electrónico: [email protected] Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 3 Índice 07 09 15 19 37 41 45 65 73 83 85 89 93 - Mensagem do Presidente 1. Indicadores Chave de Sustentabilidade 2. Visão e Estratégia 3. Perfil da Organização 4. Estrutura de Governação 5. Desempenho Económico 6. Desempenho Ambiental 7. Responsabilidade Social 8. Relação com as Partes Interessadas 9. Investigação e Desenvolvimento 10. Índice GRI 11. Glossário e Siglas 12. Documento de Certificação 6 Mensagem do Presidente Ao longo dos seus dez anos de vida, a empresa Águas do Douro e Paiva SA, tem dado passos importantes em direcção daquela que definiu como sua visão: ser uma empresa de referência no sector e um instrumento eficaz para o desenvolvimento da região em que se insere. O conceito de sustentabilidade está implícito no caminho da excelência que a empresa tem vindo a percorrer. Com efeito, três anos após a certificação da qualidade, ambiente e segurança, estando já ultrapassadas, em larga medida, as metas relacionadas com a eficácia dos serviços que presta e estando em curso acções tendentes a melhorar a eficiência de todos os sectores da empresa, esta ainda encontra espaço para se concentrar na excelência organizacional, em que aspectos relacionados com a fiabilidade, a segurança, a educação ambiental e a responsabilidade social são essenciais. Em 2005, o Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR) divulgou, pela primeira vez, indicadores de desempenho das entidades gestoras de sistemas concessionados de abastecimento de água que confirmaram o bom desempenho da empresa, em termos absolutos e relativos. Este primeiro relatório de sustentabilidade, elaborado segundo as orientações da Global Reporting Initiative (GRI), sucede aos relatórios de ambiente e segurança, publicados em 2003 e 2004, e evidencia o compromisso de toda a organização para com a sustentabilidade. Das novas acções previstas para 2006, neste domínio, destacam-se: › a alteração do destino final das lamas produzidas na ETA de Lever, que deixarão de ser conduzidas a aterro passando a ser incorporadas, como matérias primas, em produtos cerâmicos; › a melhoria da eficiência energética dos principais centros de consumo; › a disponibilização aos Municípios, em tempo real, via Internet, de informação relativa a caudais medidos nos pontos de entrega que será, seguramente, um contributo importante para o controlo de perdas nas redes; › o início dos trabalhos de implementação da norma de responsabilidade social empresarial – SA8000; › o lançamento do Centro de Educação Ambiental de Lever. Para alcançar os exigentes desafios a que nos propomos contamos com o apoio dos Clientes, dos Accionistas, do Regulador, dos Fornecedores, da Comunidade em que nos inserimos e dos Colaboradores, sem os quais não teria sido possível alcançar os resultados que já nos orgulham. Joaquim Poças Martins Presidente do Conselho de Administração Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 7 8 1. Indicadores Chave de Sustentabilidade Dimensão Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 9 Qualidade do Serviço 10 Desempenho Económico-Financeiro Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 11 Desempenho Ambiental 12 Desempenho Social * Indicadores apresentados pelo IRAR no "Relatório Anual do Sector de Águas e Resíduos em Portugal - 2004", o qual pode ser consultado em http://www.irar.pt Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 13 14 2.Visão e Estratégia Tendo como missão “conceber, construir e gerir o sistema de captação, tratamento e adução de água em alta do Grande Porto Sul, garantindo aos Municípios aderentes o fornecimento das quantidades necessárias de um produto de qualidade através de processos de produção eficientes e respeitadores dos valores sociais e ambientais mais elevados”, a Águas do Douro e Paiva (AdDP) assume compromissos de sustentabilidade patentes na sua política empresarial: “A Águas do Douro e Paiva, assumindo o compromisso de contribuir activamente para o desenvolvimento sustentado dos serviços de abastecimento de água coloca, nos vários níveis da sua organização, todo o seu empenho no cumprimento das obrigações e responsabilidades sociais para com os seus Clientes, Accionistas, Trabalhadores, Fornecedores e Comunidade. A AdDP, inserindo-se num grupo de empresas com uma missão comum, tem plena consciência da importância do seu papel e das suas responsabilidades no cumprimento das metas nacionais e comunitárias estabelecidas no sector de saneamento básico, nomeadamente, no que respeita ao abastecimento de água para consumo humano. Deste modo, a sua actuação pauta-se por uma concepção e operação responsável das instalações e processos que desenvolve de forma a garantir o uso eficiente e sustentável dos recursos, a minimização dos impactos negativos e a prevenção da poluição decorrente da sua actividade assim como, dos riscos para os seus trabalhadores. Para tal, considera sempre o respeito integral da legislação aplicável e das normas nacionais do sector, adoptando uma postura de transparência sobre as actividades que desenvolve. A AdDP assume a Qualidade Empresarial através de uma correcta estratégia de negócio cujas preocupações assentam: › nos Clientes da empresa, as Autarquias Locais, entendidos como parceiros procurando pró-activa e sistematicamente satisfazer e antecipar as suas necessidades e expectativas assim como estabelecer relações baseadas num espírito de colaboração permanente; › nas obrigações e responsabilidades sociais para com os seus Accionistas; › nas Pessoas, promovendo o seu envolvimento, desenvolvimento e comprometimento a todos os níveis, estimulando a criatividade individual e o trabalho de equipa e sensibilizando-as para os aspectos ambientais e de segurança da actividade da empresa garantindo, para tal, a existência das condições de trabalho mais adequadas e as qualificações necessárias; › nos Fornecedores, procurando, quando apropriado, estabelecer parcerias de longo prazo e trabalhando com eles continuamente para criar, manter e melhorar sinergias; › na Melhoria Contínua dos processos, estabelecendo objectivos competitivos que estimulem a AdDP a atingir níveis de desempenho sempre mais elevados, num quadro de eficiência económica e ambiental; › na selecção de Tecnologias e Processos e na adopção de boas práticas ambientais e de segurança, quer nas fases de concepção e construção das suas infra-estruturas, quer na sua exploração, de forma a garantir que opera em condições que lhe permitem controlar os impactos ambientais e os riscos de segurança inerentes à sua actividade, nomeadamente, os relacionados com: consumos de energia; perdas de água; gestão de resíduos; manipulação de produtos químicos e a perturbação das populações decorrente das construções que tem de levar a cabo.” Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 15 Assegurando os compromissos anteriores, a empresa tem como visão “ser uma empresa de referência no sector da indústria da água e um instrumento eficaz para o desenvolvimento da região em que se insere”. Para concretizar a missão e a visão que definiu, dentro das orientações estabelecidas pela sua política, a AdDP implementou um processo de desenvolvimento da estratégia e dos objectivos da organização que é estruturado num Plano de Actividades e Financeiro plurianual (de acordo com o previsto no Contrato de Concessão) que é detalhado em Planos Anuais Sectoriais. Estes Planos são fundamentados num Orçamento e Projecto de Tarifário aprovado anualmente pelo Concedente, sob parecer da Entidade Reguladora. O controlo daqueles Planos é garantido pelo Conselho de Administração através de relatórios de gestão e de reuniões de controlo efectuadas entre a Gestão de Topo e os vários departamentos da empresa. 16 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 17 18 3. Perfil da Organização O regime legal da gestão e exploração de sistemas que tenham por objecto a actividade de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público, distinguindo entre sistemas multimunicipais e municipais, foi estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 379/93, de 5 de Novembro. Posteriormente, assinaram o contrato de fornecimento de água com a empresa os Municípios de Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira e Paredes. O Município de Penafiel não assinou o contrato de fornecimento nem concretizou a sua integração na AdDP. No âmbito da actividade de uma Comissão Instaladora, criada em 1992 e composta por representantes do Governo e das Autarquias, foi desenvolvido um projecto técnico e económico inicial que veio a ser desenvolvido, mais tarde, sob configuração empresarial. A Águas do Douro e Paiva, SA é assim, desde Maio de 1995, responsável pela concepção, construção e gestão do sistema de captação, tratamento e distribuição em alta de água, própria para consumo humano, a 18 Municípios, sendo que aqueles Municípios são, simultaneamente, Accionistas e únicos Clientes da empresa. Em 1995, o Decreto-Lei nº 116/95, de 29 de Maio, concretiza o quadro legal em relação ao Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água à Área Sul do Grande Porto e constitui a sociedade Águas do Douro e Paiva, SA (AdDP). Vila Nova de Gaia A 26 de Julho de 1996 é celebrado o Contrato de Concessão válido até 2026. O Sistema a gerir abrangia os concelhos de Arouca, Castelo de Paiva, Cinfães, Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Ovar, Porto, São João da Madeira, Santa Maria da Feira,Valongo e Vila Nova de Gaia. Em 28 de Janeiro de 1998, o Estado Português, através do Despacho da Ministra do Ambiente n.º 2478/98 (2ª série), alargou o espaço de concessão à Região do Vale do Sousa passando a fazer parte da zona geográfica abrangida pelo Sistema os Municípios de Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 19 Municípios Abastecidos Arouca Castelo de Paiva Cinfães Espinho Felgueiras Gondomar Lousada Maia Matosinhos Ovar Oliveira de Azeméis Paços de Ferreira Paredes Porto Santa Maria da Feira São João da Madeira Valongo Vila Nova de Gaia 20 3.1. Enquadramento no Sector De acordo com o Relatório Anual do Sector de Águas e Resíduos em Portugal (2004)1, do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR), entidade reguladora do sector no que se refere às entidades gestoras concessionárias de sistemas multimunicipais e municipais, a AdDP apresentava, em 2004 e entre as empresas congéneres, o segundo maior nível de actividade em Portugal, quer medido em termos de volume de água facturado, quer no que se refere a volume de negócios. Volume Anual de Água Facturada (dados 2004)2 3.2. O Sistema de Gestão Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança Desde Agosto de 2003 que a AdDP tem implementado um Sistema de Gestão Integrada (SGI) nas vertentes de Gestão da Qualidade, de Gestão Ambiental e de Gestão da Segurança, de acordo com as normas ISO 9001:2000, ISO 14001:1996 e OHSAS 18001:1999/NP 4397. A AdDP mantém um Programa Anual de Auditorias, internas e externas por entidade independente, ao SGI que visam não apenas manter a sua conformidade mas também definir eventuais áreas de melhoria em termos de eficácia e de eficiência. Pelo menos uma vez por ano, é realizada uma revisão do sistema de gestão, onde se analisa o desempenho dos processos e estabelecem novos objectivos e metas. Refiram-se, pela sua relevância, as alterações ao SGI que estão em curso, tendo em vista a sua adaptação aos requisitos da nova versão da norma ISO 14001. A Águas do Douro e Paiva, SA, deverá continuar o caminho para atingir novos patamares de exigência, nomeadamente aqueles que passem pelo Modelo de Excelência da EFQM (European Foundation for 1 Relatório Anual do Sector de Águas e Resíduos em Portugal (2004) do Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR). Pode ser consultado em http://www.irar.pt. 2 Fonte: Relatório Anual do Sector de Águas e Resíduos em Portugal (2004).Volume 2 – Caracterização económica e financeira do sector. (IRAR). Pode ser consultado em http://www.irar.pt Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 21 Quality Management) implementando mecanismos de diagnóstico e avaliação para uma efectiva melhoria contínua do seu desempenho, na perspectiva de todas as partes interessadas. O Sistema de Gestão Integrada da AdDP considera uma abordagem por processos, que se estrutura da seguinte forma: Mapa de Processos do SGI P01 › Desenvolver a Visão e Estratégia P02 › Compreender Mercado e os Clientes P03 › Incorporar as Necessidades e Expectativas dos Clientes P10 › Gestão de Empreendimentos P04 › Produção de Água Tratada P05 › Distribuição de Água Tratada P06 › Facturação ao Cliente P07 › Serviço ao Cliente P08 › Gestão da Manutenção P09 › Gestão de Recursos P11 › Gestão de Riscos e das Emergências P12 › Gestão das Relações Externas P13 › Desenvolver e Gerir Recursos Humanos P14 › Gestão de Tecnologia de Informação P15 › Gestão de Melhorias e Alterações P16 › Gestão de Documentos e Dados P17 › Gestão dos Resíduos Para além dos objectivos referidos, a AdDP tem ainda em curso: › a Acreditação dos Laboratórios de Processo da empresa; › a implementação dos procedimentos decorrentes da norma SA 8000, relativa à Responsabilidade Social Empresarial; › a implementação de um Plano de Segurança da Água para controlo dos processos de produção e distribuição, com base num sistema preventivo de garantia de segurança seguindo o Guia Técnico do IRAR3, que se fundamenta numa metodologia semelhante ao HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Point). 3 Guia Técnico número 7 - “Planos de Segurança em Sistemas Públicos de Abastecimento de Água para Consumo Humano” 22 3.3. Estrutura organizacional da empresa A estrutura organizacional actual da empresa, aprovada pelo Conselho de Administração em reunião de 20 de Fevereiro de 2003, é a seguinte: Organograma da Empresa Conselho de Administração Comissão Executiva Sistemas de Informação Assessoria Jurídica Qualidade Ambiente e Segurança Qualidade da Água Comunicação e Imagem Planeamento e Controlo Empresarial Direcção de Engenharia Direcção de Produção Direcção de Distribuição Direcção de Suporte Operacional Direcção Administrativa e Financeira Planeamento Complexo de Lever Despacho Aprovisionamento Recursos Humanos Gestão de Projecto Complexo do Vale do Sousa Sistema Adutor Manutenção Contabilidade Gestão de Obras Laboratórios de Processo Sistemas de Informação Geográfica Tesouraria Serviços Administrativos Legenda: Administração Órgão de Apoio Direcções Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 23 As funções de cada Direcção e Órgão de Apoio apresentados no organograma, aprovadas na mesma reunião do Conselho de Administração, podem ser sumariamente descritas da seguinte forma: Síntese Funcional dos Departamentos Direcções Órgãos de Apoio Direcção de Engenharia Assegurar e controlar a realização dos estudos ou projectos necessários para a concepção, remodelação, ou ampliação do sistema e assegurar a verificação da sua qualidade. Sistemas de Informação Definir e implementar a estratégia global de sistemas de informação, assegurando informação integrada, fidedigna e atempada a todos os níveis de decisão. Direcção de Produção Assegurar a operação das infra-estruturas sob sua responsabilidade e o conhecimento contínuo sobre a forma de operar o sistema de captação e tratamento da água. Assessoria Jurídica Assegurar a assessoria ao Conselho de Administração e o acompanhamento jurídico à empresa. Direcção de Distribuição Assegurar a distribuição física da água para os reservatórios próprios ou do cliente e o conhecimento contínuo sobre a forma de operar o sistema de abastecimento de água. Qualidade, Ambiente e Segurança Assegurar o cumprimento dos procedimentos internos, realizar processo de investigação e desenvolvimento e promover a melhoria contínua dos processos operacionais da empresa assim como assegurar a implementação de sistemas da qualidade, do ambiente e da segurança de acordo com as respectivas normas internacionais. Direcção de Suporte Operacional Gerir os Aprovisionamentos e a Manutenção. Qualidade da Água Assegurar o respeito dos requisitos legais para a água potável distribuída aos Clientes e disponibilizar a informação necessária à entidade reguladora. Direcção Administrativa e Financeira Garantir o funcionamento global das funções financeiras e administrativas e assegurar o apoio à Administração em matérias de gestão económica e financeira e também na definição, execução e controlo da política de recursos humanos da empresa. Comunicação e Imagem Assegurar a concretização da política de relacionamento e a prestação de informação às entidades e meio envolvente à empresa e comunicação institucional. Planeamento e Controlo Empresarial Acompanhar a evolução do sector de actividade da AdDP, bem como do ambiente político, económico e organizacional em que a empresa se insere. Coordenar e elaborar os documentos de planeamento estratégico empresarial e apoiar na elaboração dos planos de actividades e orçamentos. Controlar a actividade empresarial e gestão da informação. 24 3.4. Gestão de Riscos A gestão do risco é um dos processos considerados chave na empresa e vem assumindo cada vez maior relevância nos seus processos de gestão. Para uma visão macro e global sintetizaram-se, na tabela a seguir, os principais riscos associados à actividade da AdDP: Visão Macro dos Principais Riscos Associados à Actividade da Empresa Operacionais Principais Riscos Deficiências operacionais que levem a problemas de continuidade do abastecimento ou ao incumprimento dos valores paramétricos estabelecidos para a água tratada Desadequação das infra-estuturas decorrente de: › evolução não prevista das necessidades de caudal a abastecer ou do caudal disponível nas origens (seca) › evolução negativa, lenta ou abrupta, não prevista da qualidade da água nas origens decorrente de secas, cheias ou poluição › evolução não prevista da legislação referente à qualidade da água para consumo humano › Interrupções no abastecimento de energia eléctrica Ambiente e Segurança Acidentes ambientais (por exemplo, roturas de condutas e fuga ou derrames de produtos químicos) Acidentes de Trabalho dos Colaboradores da empresa ou subcontratados Jurídico Incumprimento jurídico devido a desconhecimento, ou erro de interpretação, de alterações legislativas ou normativas nacionais ou comunitárias Económico-Financeiro Variações de conjuntura dos mercados financeiros e energéticos Risco de crédito decorrente da concentração do volume de vendas num número reduzido de Clientes Na AdDP existem departamentos que apoiam a Administração na detecção e prevenção de riscos relevantes nas vertentes de segurança do produto, de ambiente e segurança dos Colaboradores, jurídica e financeira. Estes departamentos participam assim na prevenção e controlo dos riscos inerentes às actividades de concepção, construção e gestão do sistema de captação, tratamento e distribuição de água concessionado à empresa. tria da água, com particular incidência na análise do funcionamento das infra-estruturas face às necessidades de abastecimento previstas e a garantia absoluta da qualidade da água. A carteira de seguros da empresa cobre um amplo conjunto de riscos, sendo o nível geral de “security” elevado e abrangendo, nomeadamente, no ramo real: multiriscos comerciais e industriais, perdas de exploração, responsabilidade civil de exploração e frota automóvel; e no ramo vida, seguro de doença e acidentes pessoais e acidentes de trabalho. Do conjunto de obras desenvolvidas em 2005, destaca-se o Reforço da Capacidade de Tratamento da principal estação de tratamento de água da empresa (ETA de Lever), quer pelo reforço dos filtros de pré-tratamento, quer pela ligação àquela ETA dos poços de captação sub-aluvionar existentes nas proximidades (antigas captações dos SMAS do Porto e de Vila Nova de Gaia). Esta possibilidade permitirá aumentar significativamente a flexibilidade e a segurança operacional da ETA de Lever, eliminando o impacto no processo de tratamento de variações importantes na qualidade da água na origem. Riscos Operacionais Desde logo ao nível da concepção do sistema e da gestão de projectos e obras, a empresa acompanha a evolução do conhecimento e tecnologia da indús- Concretizando aquela intenção, a empresa tem vindo a reorientar os seus investimentos para a melhoria do desempenho global do sistema, no que toca à sua operacionalidade e fiabilidade. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 25 Esquema de Interligação dos Poços à ETA de Lever Salienta-se, ainda, o arranque de várias obras de interligação reversível, quer entre partes actualmente isoladas do sistema adutor da AdDP (Lever e Vale do Sousa), quer com o sistema vizinho da Águas do Cávado, que permitirão assegurar o abastecimento, em caso de emergência, através da transferência de água tratada entre sistemas (ver pontos 3.5 e 6.1). A AdDP promove ainda projectos de investigação e desenvolvimento, com o objectivo de conhecer e melhorar a qualidade do seu produto, de forma a antecipar eventuais necessidades de mudanças processuais. Ao nível da operação das instalações, a empresa assegura a qualidade da água através de planos de controlo que vão para além do estritamente legal, quer em termos de frequência de amostragem, quer nos limites de controlo que estabelecem. Das várias melhorias que se têm vindo a verificar nos processos internos de controlo de riscos destaca-se, em 2005, a revisão dos Planos de Controlo 26 de Emergência onde se incluíram os riscos relativos ao abastecimento de água (qualidade ou quantidade) como, por exemplo: roturas de condutas, avarias nas instalações, períodos longos de seca ou picos de poluição nas origens de água. No que respeita à actuação e controlo das emergências, foram estabelecidos: níveis de emergência com instruções gerais e específicas para os riscos mais significativos; responsabilidades e autoridades no controlo das emergências; meios materiais e técnicos disponíveis; locais de coordenação das operações, assim como, contactos a utilizar nessas situações. Riscos de Ambiente e Segurança dos Colaboradores Consciente da importância do comportamento individual dos Colaboradores para o sucesso no controlo dos riscos de ambiente e de segurança, a AdDP incide na sensibilização para os riscos envolvidos e medidas de controlo disponíveis, bem como na importância do papel de cada um na pre- venção. Para tal concebeu programas de acolhimento e formação que tratam, especificamente, estas matérias. De forma a antecipar as questões e a economizar as medidas de controlo dos aspectos e riscos de ambiente e segurança, o Departamento de Qualidade, Ambiente e Segurança (QLD) procede à identificação e análise daqueles aspectos e riscos, desde logo na fase de projecto das infra-estruturas. A análise anterior é actualizada aquando da conclusão das obras e anualmente em fase de exploração das infra-estruturas. Existem Programas de Ambiente e Segurança para todas as instalações da empresa, constituindo instrumentos fundamentais na minimização dos riscos de ambiente e de segurança, assim como, dos impactos ambientais associados à sua actividade. Para além da aposta decisiva na prevenção, os Planos de Controlo de Emergência são regularmente testados através da execução de exercícios de acidentes simulados. Desde 2003 foram realizados 6 exercícios sendo que, durante 2005, foi simulada uma rotura de grande dimensão de uma conduta e uma grande fuga de cloro na ETA do Ferro. Exercício Simulado de Fuga de Cloro na ETA do Ferro Existe também uma Comissão de Ambiente e Segurança com representantes dos trabalhadores que visa facilitar a comunicação no que se refere às suas preocupações, acerca do desempenho ambiental e de segurança da empresa. Anualmente, e de acordo com a legislação é elaborado um relatório da actividade do serviço de segurança, higiene e saúde, que é remetido às entidades competentes. Riscos Jurídicos Do ponto de vista jurídico, estão definidas responsabilidades no acompanhamento das evoluções legislativas que estejam relacionadas com a empresa e a sua divulgação aos vários departamentos. A empresa dispõe de um Departamento de Assessoria Jurídica (AJR) que presta apoio à Administração em matérias da sua especialidade e fornece aconselhamento jurídico aos restantes departamentos, resolvendo problemas de interpretação e aplicação da legislação. A AJR procede também à análise prévia de todos os contratos a celebrar pela empresa, no sentido de avaliar e prevenir os riscos de vertente jurídica. Foram igualmente construídos modelos de relacionamento da empresa com terceiros, tais como: processos de concursos e consultas, minutas de contratos ou fluxos de procedimentos jurídico-administrativos relativos a, por exemplo, processos de compra e de expropriações. Riscos Económico-Financeiros Para além dos riscos comuns a qualquer organização, a AdDP encontra-se exposta a um conjunto de riscos económico-financeiros decorrentes da especificidade da sua actividade. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 27 Assumem, a este nível, particular relevância os riscos de variação de conjuntura nos mercados financeiros e energéticos, assim como os riscos de crédito decorrentes de uma concentração importante do seu volume de vendas num número restrito de Clientes. Aqueles riscos devem ser enquadrados no contexto definido no Contrato de Concessão da AdDP, no qual se prevêem mecanismos de reequilíbrio da concessionária para situações de alteração excepcional dos pressupostos de viabilidade económico-financeira. É a Direcção Administrativa e Financeira (DAF) responsável por assegurar a gestão centralizada das operações de financiamento e de controlo da cobrança. 3.5. Infra-estruturas de produção e distribuição de água para consumo humano O Subsistema Lever tem o seu centro nevrálgico na albufeira da barragem de Crestuma-Lever, no rio Douro, onde se localiza o Complexo de Lever e do qual irradia uma rede de condutas adutoras com cerca de 240 km de extensão, reservatórios e estações elevatórias, que se divide em dois sectores: Norte e Sul. A empresa dispõe, actualmente, de dois subsistemas independentes, que pretende futuramente interligar: o Subsistema Lever e o Subsistema Vale do Sousa. O controlo do orçamento, assim como alguns indicadores económico-financeiros chave, é realizado através de relatórios de gestão mensais, que são apreciados pelo Conselho de Administração. ETA de Lever O Complexo de Lever é responsável pelo abastecimento de água a mais de 1,3 milhões de habitantes de 13 Municípios, o que corresponde a cerca de 85% da população abrangida pelo sistema e 28 integra uma Estação de Tratamento de Água (ETA), além de três poços de captação sub-aluvionares, duas estações elevatórias e duas subestações de energia. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 29 Em 2004, o Complexo de Lever foi apetrechado com uma unidade de Pré-Tratamento para remoção de turvação excessiva na água captada no rio Douro e, ainda, com um laboratório de processo, onde são realizadas análises microbiológicas e físico-químicas de controlo da qualidade da água produzida nos vários complexos da AdDP. Entretanto, foram lançados os concursos públicos para o reforço da capacidade de tratamento da ETA de Lever, uma obra estratégica para o Sistema Multimunicipal e que compreende a ligação à ETA dos dois poços sub-aluvionares da albufeira de Crestuma/Lever e o reforço das unidades de PréTratamento. Entre outras vantagens, a utilização de águas de profundidade, possível através da ligação dos poços à ETA, elimina a produção de lamas durante o processo de tratamento e permite uma redução significativa dos encargos com reagentes. O alargamento do sistema aos Municípios do Vale do Sousa motivou a criação de um novo Subsistema (Vale do Sousa) e o prolongamento do Subsistema de Lever para permitir o abastecimento da zona ocidental de Paredes. O Subsistema Vale do Sousa abastece os concelhos de Castelo de Paiva, Cinfães, Paredes, Lousada, Felgueiras e Paços de Ferreira e é alimentado por captações realizadas nos rios Paiva, Ferro, Vizela e Ferreira estando também, por sua vez, dividido em dois sectores: Paiva e Norte. Sendo a captação da Ponte da Bateira a principal captação do sector Paiva, é a partir da ETA de Castelo de Paiva, por ela abastecida, e através de uma linha de adução para Norte, que atravessa o rio Douro na proximidade de Entre-os-Rios, que se realiza, maioritariamente, o abastecimento à região do Vale do Sousa. ETA de Castelo de Paiva Durante o ano de 2005 e após investimentos para a sua reabilitação, entrou em funcionamento a mais recente Estação de Tratamento de Água da empre- 30 sa, a ETA do Ferreira, localizada em Paços de Ferreira, infra-estrutura também integrante do sector Paiva. ETA do Ferreira Em 2004 e após a interligação do sector Paiva ao Sector Norte foi possível desactivar a ETA de Lousada a qual, desde 2001, vinha permitindo abastecer a freguesia do Torno. Com a localização, mais a Norte, de todas as instalações da empresa, a ETA do Ferro abastece, fundamentalmente, o concelho de Felgueiras. ETA do Ferro Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 31 32 Apesar de se aproximar de uma fase de estabilização, o sistema da AdDP registou um ciclo de fortes alterações nos últimos anos, como atesta a evolução das infra-estruturas da empresa. Infra-estruturas do Sistema de Abastecimento ETA Estações Elevatórias Reservatórios Estações de Cloragem Condutas (km) De salientar, pela sua relevância e como encerramento do ciclo inicial de investimentos, a deliberação da Assembleia-geral de 24 de Novembro de 2004 que assumiu os rios Cávado, Paiva e Sousa como a origem alternativa ao rio Douro. A proposta anterior, que apontava para o rio Tâmega, acabou por ser preterida porque implicava a construção de um túnel de ligação pela margem sul do rio Douro, entre o actual sistema da AdDP e a albufeira da Barragem do Torrão, o que representaria um custo muito elevado, da ordem dos 122 milhões de euros, com impacto significativo na tarifa. 2003 4 16 17 6 255 2004 4 22 23 8 347 2005 4 24 27 8 392 Refira-se que esta aposta, assumida pelo Conselho de Administração tem em vista cumprir uma das cláusulas do Contrato de Concessão, outorgado com o Estado em 1996, e que apontava para a necessidade de criação de uma origem de água alternativa e a sua adução até à ETA de Lever. Esta origem alternativa teve, desde sempre, o objectivo claro de evitar que o abastecimento de água potável a cerca de 2 milhões de habitantes estivesse dependente de uma única origem – o Douro – rio que, pelo facto de ser internacional e navegável, está sujeito a riscos de poluição não controláveis. Aquela decisão irá, no futuro, garantir maior flexibilidade e fiabilidade ao sistema. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 33 Mapa das Origens Alternativas 34 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 35 36 4. Estrutura de Governação A Águas do Douro e Paiva é uma sociedade de direito privado e capitais maioritariamente públicos em que a Administração Central, através da empresa Águas de Portugal, SGPS, SA, participa com 51% do capital social, sendo os restantes 49% distribuídos pelos Municípios: Estrutura Accionista da AdDP Accionistas Águas de Portugal – AdP Município de Arouca Município de Castelo de Paiva Município de Cinfães Município de Espinho Município de Gondomar Município de Maia Município de Matosinhos Município de Oliveira de Azeméis Município de Ovar Município de Porto Município de Santa Maria da Feira Município de S. João da Madeira Município de Valongo Município de Vila Nova de Gaia Município de Paredes Município de Lousada Município de Felgueiras Município de Paços de Ferreira A estrutura de governação da AdDP está de acordo com o Código das Sociedades Comerciais e os estatutos da empresa, aprovados em diploma legal de 29 de Maio de 1995 (Decreto Lei n.º 116/95), sendo o órgão de gestão e representação, o Conselho de Administração (CA), composto por % 51,00 0,31 0,29 0,18 1,54 4,34 2,92 5,81 1,76 0,98 14,33 2,51 0,40 2,96 5,86 1,65 0,74 1,24 1,17 cinco membros, eleitos por um período de três anos pela Assembleia-geral. O actual Conselho de Administração, eleito para o período 2004-2007, é composto por cinco membros. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 37 Conselho de Administração da Águas do Douro e Paiva, SA Constituição do actual Conselho de Administração: Prof. Doutor Joaquim Manuel Veloso Poças Martins – Presidente (CE) Semanalmente, são também realizadas reuniões de coordenação entre os administradores que pertencem à Comissão Executiva e os directores e responsáveis dos órgãos de apoio da empresa, onde é debatido o cumprimento das actividades e dos objectivos de cada um dos departamentos. Prof. Arménio da Assunção Pereira (CE) Eng. José Paulo Mendonça da Silva Carvalho (CE) Eng. Orlando Barros Gaspar Dr. Fernando Paulo Ribeiro de Sousa Ao Conselho de Administração compete deliberar, nos termos do Código das Sociedades Comerciais, sobre qualquer assunto da administração da sociedade reunindo este órgão quinzenalmente. A Comissão Executiva é um sub-órgão da administração da sociedade, que reúne as funções que lhe são determinadas, dentro dos parâmetros legais, pelo Conselho de Administração. A Comissão Executiva assume a gestão corrente que lhe foi delegada e reúne com uma periodicidade semanal. 38 A independência dos administradores face aos restantes órgãos da sociedade (Assembleia Geral e Fiscal Único) resulta da aplicação das normas do Código das Sociedades Comerciais. A remuneração dos administradores é definida por uma Comissão de Vencimentos que, por sua vez, é nomeada pela Assembleia-geral da sociedade. Nos termos legais, a fiscalização da gestão da sociedade é assegurada por um Fiscal Único, que é simultaneamente Revisor Oficial de Contas. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 39 40 5. Desempenho Económico Para a análise do desempenho económico, seleccionou-se um conjunto de indicadores económico-financeiros, que sintetizam a informação mais detalhada do desempenho da empresa naquelas vertentes, disponibilizada no Relatório e Contas de 2005. Aquele relatório foi elaborado de acordo com os princípios contabilísticos normalmente aceites em Portugal e obedecendo aos preceitos legais e estatutários. As contas da empresa são revistas e auditadas pelo Revisor Oficial de Contas e por auditores externos, cujos relatórios e pareceres constam do Relatório e Contas. Indicadores Económico-Financeiros Água Facturada (Milhões de m3) Vendas líquidas (Milhões de Euros) EBITDA (Milhões de Euros) VAB (Milhões de Euros)4 Resultados Líquidos (Milhões de Euros) Impostos sobre Rendimento5 (Milhões de Euros) Prazo Médio de Recebimentos6 (dias) Número de Colaboradores7 Salienta-se, em relação a 2004, o acréscimo em 5,5% do volume de vendas e o aumento do Valor Acrescentado Bruto e do EBITDA em, respectivamente, 19% e 15%. Apesar do exercício de 2005 já reflectir a realização da estratégia, definida em 2004, relativamente à origem alternativa de água ao rio Douro, cujo programa de investimentos ascende a 43 milhões de euros, o desempenho económico da AdDP permitiu que os resultados líquidos alcançados, positivos em cerca de 822 milhares de euros, se mantivessem em linha 2003 113 30,61 15,00 18,21 1,45 0,78 67 121 2004 113 31,82 14,71 18,43 1,08 0,54 63 135 2005 114 33,57 16,97 21,88 0,82 0,35 55 145 com os parâmetros do Contrato de Concessão, assegurando a sustentabilidade económico-financeira da empresa, a adequada remuneração dos capitais próprios e a manutenção de uma das mais baixas tarifas de água em alta a nível nacional. De salientar também que, no que se refere às tarifas propostas pela AdDP e aprovadas pelo Concedente, a empresa excedeu as expectativas que estiveram na base da sua formação, pois tem vindo sempre a praticar tarifas inferiores às previstas. 4 Valor Acrescentado Bruto = Custos com pessoal + Custos e Perdas Financeiras Líquidas + Imposto Sobre Rendimento + Auto financiamento. Em que o Auto financiamento = Resultados Líquidos + Amortizações + Proveitos Extraordinários (Subsídios ao Investimento) 5 IRC+Derrama 6 O prazo médio de recebimentos (PMR) indica o número médio de dias que os créditos sobre os utilizadores demoram a ser liquidados. Este indicador permite acompanhar as consequências da política de crédito concedido pela empresa aos seus Clientes, ou seja, quanto menor for o seu valor, melhor é o ciclo de caixa. O PMR é calculado de acordo com a fórmula: , sendo que o saldo médio de Clientes é calculado em relação à variação do ano anterior. 7 Não contabilizando membros da Administração Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 41 O volume total de Água Facturada não tem apresentado grandes variações nos últimos anos, sendo que a distribuição das facturações pelos Clientes tem vindo a evoluir da seguinte forma: Sendo, naturalmente, um aspecto relevante para a sustentabilidade financeira da empresa, refira-se o Prazo Médio de Recebimentos de 55 dias, regista- do em 2005, que é inferior aos 60 dias acordados com os Clientes. 8 Os valores mostrados no gráfico são relativos a 2005. 42 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 43 44 6. Desempenho Ambiental As entradas e saídas de materiais mais importantes do Sistema da AdDP podem ser apresentadas da seguinte forma: Esquema simplificado das principais entradas e saídas na actividade da AdDP Captação de Água 115 milhões de m3 Entrega de Água 114 milhões de m3 Reagentes (tratamento de água) 4195 toneladas Perdas de Água 1 milhão m3 0,8% Energia Eléctrica 101.538 MWh Resíduos 3203 toneladas 96,8% lamas de clarificação Decorrentes da actividade da empresa, geram-se impactos ambientais que são identificados e regularmente monitorizados. Os mais significativos podem ser relacionados com os aspectos ambientais da empresa, da forma que se resume na tabela seguinte: Principais aspectos e impactos ambientais da AdDP Aspectos e Riscos Ambientais Significativos Poluição atmosférica 1 - Captação de Água 2 - Consumo de Energia 3 - Produção de Resíduos Lamas de clarificação de água Lamas do trat. de água residual Prod. Químicos Obsoletos Óleos usados Embalagens contaminadas 4 - Rejeição de águas residuais 5 - Perdas de Água 6 - Emissão de Ruído 7 - Ruptura de condutas ou reservatórios 8 - Fuga ou derrame de produtos químicos Contaminação de meios hídricos Impactos Ambientais Ocupação e Diminuição da Afectação da contaminação disponibilidade comunidade de solos de recursos envolvente naturais Produção Transporte Transporte Transporte Transporte Transporte Tratamento Transporte Transporte Transporte Transporte Transporte Impacto Ambiental Impacto Ambiental Indirecto decorrente da actividade de outras entidades (por exemplo: Fornecedores) 6.1. Captação de Água Para alimentar o sistema de tratamento e adução de água e, assim, responder às necessidades dos Clientes, a empresa necessita de captar água bruta do meio ambiente. O volume total de água captado em 2005 foi de 114.997 milhões de m3, do qual 94,3% corresponde a água do rio Douro. Em 2005, por cada m3 de água captada, a AdDP gerou: › 0,29 € de vendas › 0,992 m3 de água distribuída aos seus Clientes Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 45 O impacto ambiental de uma captação de água depende, em larga medida, da relação entre o caudal retirado e os recursos disponíveis. No caso da AdDP a relação entre o caudal captado e o caudal módulo9 dos rios, onde actualmente se procede à captação de água, é sempre inferior a 0,7%. No entanto, a empresa mantém a promoção de programas de redução das perdas de água no sistema e de acções de sensibilização dos Consumi- dores para a necessidade de poupança no consumo, no sentido de minimizar as necessidades de captação de água. 9 Caudal módulo (caudal médio) considerado foi obtido da seguinte forma: rio Douro - Adoptou-se o caudal módulo indicado no Plano de Bacia Hidrográfica do rio Douro, 2001 (INAG) para a Foz do rio Douro. rio Paiva - Conforme Estudo Prévio da Barragem para Captação no rio Paiva, 2000, (Hidrorumo – Projecto e Gestão, SA). rio Ferro / rio Vizela e rio Ferreira – Conforme o estudo - Complexo dos rios Vizela/Ferro e Ferreira. Estudos hidrológicos, 2002 (Hidrorumo - Projecto e Gestão, S.A) 46 Apenas a captação do rio Douro está associada a uma albufeira (Barragem de Crestuma-Lever), de fins múltiplos, anterior à constituição da AdDP. Nos restantes rios as captações são realizadas com recurso a pequenos açudes que, com excepção da Captação da Ponte da Bateira no rio Paiva, também já existiam no local. ultrapassada a fase de Avaliação de Impacto Ambiental. Identificou-se, então, a possibilidade de recorrer à albufeira do Torrão, no rio Tâmega. Porém, tendo em conta o elevado valor dos custos de investimento e de exploração previstos para esta solução, também esta hipótese foi abandonada. Como referido anteriormente (ponto 3.5), para além das actuais origens, existe patente no Contrato de Concessão a obrigação da criação de uma origem alternativa de água à principal origem do Sistema (rio Douro) que permita diminuir a dependência face à qualidade da água daquele rio. O novo projecto, conforme referido no ponto 3.5, que procura assegurar o abastecimento à região em caso de emergência, consiste em: › interligar o sistema da Área Sul do Grande Porto ao sistema da zona Norte do Grande Porto explorado pela Águas do Cávado AS e com origem no rio Cávado; › interligar o subsistema de Lever ao subsistema do Vale do Sousa, com origem principal no rio Paiva; › reabilitar e viabilizar as antigas captações à cidade do Porto, com origem no rio Sousa. A solução, inicialmente, prevista foi a construção de uma barragem no rio Paiva e de um sistema de adução até à ETA de Lever. No entanto, após o desenvolvimento de estudos sobre várias localizações alternativas para aquela barragem, não foi Captação da ETA de Lever no rio Douro Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 47 6.2. Consumo de Energia Para captar, tratar e transportar a água até aos Clientes é necessário o consumo de grandes quantidades de energia eléctrica. Entre 2003 e 2005, o consumo de energia eléctrica variou entre os 94.404 MWh e os 101.538 MWh11, sendo que 5 instalações (ETA de Lever e as Estações Elevatórias de Lever Jusante, de Lever Montante, Jovim e da Ponte da Bateira), por si só, representaram cerca de 90% do consumo total de energia eléctrica da empresa. 10 Os consumos de energia eléctrica aqui apresentados referem-se a Alta e Média Tensão, dado que os consumos de Baixa Tensão (BT) e Baixa Tensão Especial (BTE) são apenas contabilizados em termos de custo. De qualquer forma, em termos de custo, a BT e a BTE representam uma percentagem muito baixa do valor de custo total de energia (3,0% em 2003; 5,6% em 2004; 1,2% em 2005), pelo que se considera que os consumos a estas tensões são negligenciáveis. 11 À data de encerramento deste Relatório faltava ainda receber uma factura do fornecedor de energia eléctrica que, assim, não foi contabilizado no valor de 2005. Contudo, o valor desse consumo estima-se ser marginal em relação ao valor global de consumo de energia eléctrica. 48 Relacionando a quantidade de energia eléctrica consumida com a quantidade de água distribuída, é possível observar um ligeiro aumento da energia consumida para a distribuição da mesma quantidade de água. Aquele aumento justifica-se por alterações no regime de exploração (complementos de tratamento e o reforço do abastecimento a cotas mais altas) e tem sido atenuado por medidas de melhoria da eficiência energética do sistema, das quais se destacam: › Realização de Auditorias Energéticas às instalações com maior consumo de energia e a elaboração de um Plano de Gestão de Energia; › Instalação de contadores nas principais Estações Elevatórias para medição, em paralelo com os medidores de caudal e em tempo real, dos consumos de energia; › Alteração dos regimes de bombagem de forma a desviar os consumos das horas de custo mais elevado, recorrendo às potencialidades do sistema de telegestão e àquelas que a própria rede confere actualmente (capacidades instaladas e reservas); › Controlo dos rendimentos efectivos dos grupos de bombagem e definição de medidas correctivas; › Análises sistemáticas de eficiência, utilizando o sistema de telegestão, de forma a definir novas medidas e a avaliar os seus resultados. inferior, consegue depois abastecer Jovim graviticamente. A medida anterior permitiu reduzir o indicador de custo de energia por metro cúbico de água elevado na ETA de Lever. Para além das evidentes vantagens económico-financeiras, o desvio de consumos do período de ponta é benéfico para o sistema nacional de energia e reduz os impactos ambientais negativos associados à produção daquela energia. Em 2005, as medidas preconizadas focaram-se sobretudo nas instalações de Lever e de Jovim, tendo-se conseguido reduzir a bombagem em horas de ponta de Lever para o reservatório de Jovim. Esta medida foi alcançada utilizando a reserva disponível no reservatório de Lagoa que, sendo previamente cheio em horas de custo energético É de notar que o esforço desenvolvido de aumento da eficiência energética é realizado num contexto em que a empresa, em termos globais, apresenta já um valor, no indicador do IRAR que mede a eficiência energética nas instalações elevatórias, abaixo do valor referência apresentado por aquele instituto (0,4 kWh/m3/100m). A AdDP tem também mantido um controlo rigoroso do consumo de energia reactiva pelo que, no ano que aqui se reporta, os 1.313 MVARh, de Em 2005, por cada kWh de energia eléctrica consumida, a AdDP gerou: › 0,33 € de vendas › 1,123 m3 de água distribuída aos seus Clientes Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 49 energia reactiva pagos pela empresa, representaram apenas 0,3% do custo total de energia eléctrica12. No entanto, ainda com o objectivo de reduzir aquele valor, estão a ser implementadas medidas adicionais que passam pela instalação de baterias de condensadores também em estações elevatórias mais pequenas onde ainda não existem esses equipamentos. Para além da energia eléctrica, os combustíveis utilizados pelas viaturas da frota constituem uma parte da energia consumida pela empresa. O consumo daquela energia, que ascendeu, em 2005, a 5060 gigajoules, tem vindo a crescer moderadamente nos últimos anos devido a um aumento do número de viaturas, decorrente de necessidades operacionais. Com ainda menor relevância, foi também consumido combustível em geradores de emergência que servem para produção de electricidade quando se verificam falhas no fornecimento de energia eléctrica. Este consumo de combustível representou, no ano que aqui se reporta, um consumo energético de 1495 gigajoules14. so do fornecedor de energia eléctrica, de utilizar um gerador de energia para alimentação permanente da Estação Elevatória de Escariz que abastece a zona Ocidental de Arouca. Ainda a este propósito, note-se somente aquele gerador, entretanto desactivado após a ligação à rede pública de energia, representou cerca de 97% dos consumos de combustíveis de geradores da AdDP, em 2005. Acresce referir que o valor registado resultou de uma necessidade excepcional, por motivo de atra- 12 Valor obtido tendo em conta que a energia reactiva em 2005 ascendeu a 1312613 kVARh e considerando o custo unitário de 0,0129€. 13 Os volumes de combustível foram convertidos em consumos de energia, de acordo com as Guidelines da Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) 1996 14 Destes 1495 gigajoules, 1452 gigajoules (97%) são relativos a um gerador que alimentou uma pequena Estação Elevatória (Escariz) devido a um atraso na ligação desta instalação à rede eléctrica. 50 Geradores de Emergência nas instalações da empresa Em busca de fontes de energia renovável, foi ainda analisada a possibilidade de instalar sistemas de produção de energia solar em alguns reservatórios da empresa. Para tal foram enviados, no início de 2005, seis Pedidos de Inscrição Prévia para a Direcção Geral de Geologia e Energia (DGGE) e dos quais se aguarda a respectiva resposta. 6.3. Produção de Resíduos O resíduo produzido em maior quantidade corresponde a lamas de clarificação de água, as quais, por si só, correspondem a 96,8% da quantidade total de resíduos recolhidos na empresa. Destas, 93,3% correspondem a lamas recolhidas na ETA de Lever. De forma a dar um tratamento diferenciado e adequado aos resíduos que são produzidos, é realizada pela empresa a sua separação em 20 tipos diferentes, dos quais 13 têm como destino final a valorização. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 51 Em 2005, por cada tonelada de lama de clarificação de água, a AdDP gerou: › 10 829 € de vendas › 36 782 m3 de água distribuída aos seus Clientes Dada a sua relevância, analisando em particular as lamas de clarificação é possível constatar uma diminuição, de 2004 para 2005, na produção daquele resíduo. Aquela redução justifica-se, principalmente, por uma alteração na gestão das águas de origem do Complexo de Lever que passou pela diminuição da quantidade de água captada superficialmente e pelo aumento correspondente da quantidade de água captada em profundidade, a qual não origina lamas. Para aquela redução contribuiu também o facto de não se terem registado, durante 2005, grandes problemas de turvação no rio Douro. De notar que cerca de 85% do peso apresentado para as lamas é correspondente a água e que, para além dessa água, as lamas são compostas, principalmente, por inertes que se encontram na água dos rios e por produtos utilizados no tratamento de água para consumo humano, sobretudo coagulantes. Importa realçar que se prevê, já em 2006, que as lamas de clarificação da ETA de Lever deixem de ser encaminhadas para aterro sanitário e passem a ser incorporadas num processo de fabrico de tijolos para a construção civil, uma vez que existe já uma entidade licenciada para o efeito. Este destino final, mais vantajoso não apenas do ponto de vista económico mas também ambiental, foi encontrado na sequência de um projecto de Investigação e Desenvolvimento (I&D), realizado em colaboração com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Deste modo, as lamas de clarificação da ETA de Lever passarão a ter como destino a valo- 15 Na análise aqui efectuada não foram contabilizados os resíduos sólidos urbanos (RSU) pois na maior parte das instalações, existem apenas estimativas quanto ao volume produzido, dado a sua recolha ser efectuada pelos serviços municipalizados. 52 rização em vez da eliminação, o que, tendo em conta o seu peso na quantidade total de resíduos produzidos, alterará substancialmente o gráfico seguinte. Para além de passarem a ser valorizadas, as lamas de clarificação de água deverão também sofrer uma redução na sua quantidade durante 2006, devido a alterações operacionais na ETA de Lever. A obra actualmente em curso, de ligação dos poços de captação à ETA, aumentará a capacidade de captação de água em profundidade, o que permitirá reduzir a quantidade de água superficial captada e, consequentemente, a quantidade de lama produzida. Os resíduos considerados com impacto ambiental mais significativo, depois das lamas de clarificação de água, são os produtos químicos obsoletos e que, em 2005, representaram apenas 0,54% da produção total de resíduos. Na AdDP os locais de armazenamento dos resíduos estão sinalizados e, no caso dos resíduos perigosos, apetrechados com sistemas de controlo de derrame. Parque de Resíduos de Lever Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 53 de Ambiente e Segurança, afixado em Março 2005, no qual era descrito o ciclo de separação, recolha e entrega para reciclagem do papel e cartão da empresa. A empresa realiza acções de formação periódicas de forma a sensibilizar os Colaboradores para as vantagens da separação dos resíduos produzidos. A separação selectiva foi ainda tema do 1º Cartaz Cartaz de Ambiente e Segurança ÁGUAS DO DOURO E PAIVA Grupo Águas de Portugal CARTAZ DE AMBIENTE E SEGURANÇA Nas instalações da AdDP, papel e cartão são depositados aqui. As equipas de limpeza fazem a recolha. Uma empresa especializada recolhe papel e cartão e transporta-o para as suas instalações. Separação Papel de escrita. O produto final é vendido para a indústria de produção de papel de jornal e de cartão novo. O cartão é enfardado. PAPEL E CARTÃO QUE PODE SER RECICLADO: QUE NÃO PODE SER RECICLADO: › Folhas de papel › Jornais › Revistas › Caixas de papel e cartão › Sacos de papel › Embalagens de leite e sumos (depois de espalmadas e escorridas) › Papel de cozinha, lenços de papel ou outro papel absorvente (ex: papel limpar mãos) › Papel autocolante › Fraldas › Pacotes de batatas fritas › Outras embalagens que tenham contido resíduos orgânicos ou gorduras Cartaz nr.1 de Março 2005 - QLD-Qualidade, Ambiente e Segurança O papel é triturado e enfardado. Cartão . Este novo cartaz pretende divulgar informação na área do Ambiente e da Segurança. Esperamos poder contar com a ajuda de todos, pedindo esclarecimentos e dando ideias para as próximas edições. 6.4. Águas Residuais Na AdDP são produzidos efluentes do tipo doméstico nas instalações em que existem Colaboradores ou Visitantes, de forma permanente ou pontual, e que dispõem de cozinha e/ou instalações sanitárias. As águas residuais produzidas têm diferente tratamento dependendo da instalação em causa: ligação à rede pública de saneamento (sede) ou a ETAR da própria empresa (ETA de Lever e de Castelo de Paiva) e que englobam a grande maioria dos 54 Colaboradores, ou ligação a fossas sépticas, nas restantes infra-estruturas, todas devidamente licenciadas. Durante o ano de 2005, e na sequência de problemas identificados no funcionamento das ETAR’s, optou-se por proceder a obras de ligação aos sistemas municipais de saneamento também naquele caso. Estas obras encontram-se neste momento em fase de conclusão, tendo-se, contudo, interrompido o funcionamento das ETAR’s e, consequentemente, as descargas, já em 2005. Quantidade e Carga Orgânica das emissões de águas residuais nas ETAR de Lever e Castelo de Paiva16 6.5. Perdas de Água Desde 2002 que a AdDP estabilizou o indicador de percentagem de água não facturada17 em cerca de 1%, valor bastante baixo quando comparado com o que é habitual em sistemas de adução de água. Refira-se a este pretexto que o IRAR recomenda para empresas em alta que aquele indicador, que inclui para além das perdas reais, os consumos autorizados não facturados (por exemplo: consumos próprios) seja mantido abaixo dos 5%. 16 A carga orgânica nas descargas de águas residuais é calculada a partir de determinações mensais da Carência Química de Oxigénio (CQO) em amostras compostas em 24 horas. O valor de CQO é posteriormente multiplicado pelo volume de emissão mensal. Devido às leituras de volumes emitidos apenas terem iniciado em Abril 2004, os valores referentes a esse ano foram anualizados, tal como os dados da ETAR de Lever de 2005, dado que deixou de funcionar em Setembro desse ano. 17 Indicador apresentado pelo IRAR no “Relatório Anual do Sector de Águas e Resíduos em Portugal – 2004”, o qual pode ser consultado em www.irar.pt Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 55 Caudalímetro de grande diâmetro instalado na ETA de Lever 6.6. Consumo de Água Em todas as instalações da AdDP, a água consumida é água produzida pela própria empresa sendo que apenas na sede a mesma é adquirida a uma entidade gestora em baixa, neste caso os SMAS do Porto. Estes consumos, desprezíveis quando comparados com a água produzida, não foram, com excepção da sede da empresa, quantificados em 2005, estando, por isso, incluídos nos consumos autorizados não facturados referidos no ponto anterior. Apesar da sua relativa pouca importância, foram colocados contadores em várias instalações da empresa para possibilitar a quantificação dos consumos próprios, que aí se verificam, já em 2006. Caudalímetros instalados para medição dos consumos próprios 6.7. Emissão de Ruído Actualmente, em todas as novas instalações construídas pela empresa, o controlo da emissão de ruído é assegurado, desde logo, na fase de projecto. 56 Relativamente às instalações mais antigas, a empresa tem vindo a promover, desde 2003, investimentos na sua insonorização, de forma a cumprir a exigente legislação nacional e comunitária. Atenuadores acústicos instalados na Estação Elevatória de Jovim Aqueles investimentos permitiram já corrigir os problemas detectados em 17 instalações da empresa. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 57 6.8. Emissões Gasosas Na actividade da empresa, as emissões gasosas estão limitadas às decorrentes das viaturas que utiliza, dos geradores de emergência e das hottes dos seus laboratórios de análises da qualidade da água. Cerca de 3,5 vezes inferiores foram as emissões decorrentes da utilização dos geradores de emergência (108 toneladas CO2). De notar que este valor é fortemente afectado pelo funcionamento de um gerador em contínuo na Elevatória de Escariz (referido no ponto 6.2) e que, em situações normais, o valor de CO2 produzido pelos geradores de emergência rondaria as 3 toneladas. A AdDP procedeu à identificação e quantificação das substâncias que empobrecem a camada do As emissões de CO2, decorrentes dos combustíveis consumidos pelas viaturas da AdDP (tratado no ponto 6.2) atingiram, em 2005, o valor de 364 toneladas. Aquele consumo tem vindo a aumentar em paralelo com o aumento do número de viaturas justificado com novas exigências operacionais. ozono em todos os seus equipamentos de refrigeração (frigoríficos das cozinhas e dos laboratórios e aparelhos de ar condicionado). Nesse levantamento, foi possível verificar que todos os equipamentos possuem gás que, de acordo com a legislação, não é obrigatória a sua imediata substituição. A empresa definiu ainda procedimentos para que, em substituições futuras, e nos gases em que se justifique, estas venham a ser realizadas por entidade devidamente licenciada para o efeito. 18 Os volumes de combustível foram convertidos em emissões, de acordo com as Guidelines da Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) de 1996 58 6.9. Produtos consumidos no tratamento da água As matérias-primas adquiridas pela empresa reduzem-se aos produtos aplicados nos processos de A redução anterior justifica-se pelos mesmos motivos já apresentados para a redução da produção de lamas da ETA de Lever (ver ponto 6.3). tratamento de água. A quantidade total adquirida destes produtos ascendeu, em 2005, a 4.195 toneladas, valor ligeiramente inferior ao verificado em 2004 e cerca de 10% inferior ao que se registou em 2003. Dos vários produtos consumidos em 2005, a maior quantidade foi a referente ao sulfato de alumínio, que é aplicado nos processos de tratamento da água como coagulante. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 59 6.10. Biodiversidade Nenhuma das instalações da AdDP se encontra localizada em zonas de Parque Nacional, de Parque Natural ou Reserva Natural. Contudo, existem duas infra-estruturas da empresa que se localizam em Sítios da Rede Natura 2000: a captação da Ponte da Bateira (Sítio: Rio Paiva) e o reservatório de Provizende e adutora associada (Sítio: Serra da Freita e Arada). Apesar da construção da captação na Ponte da Bateira ser anterior à própria definição da Rede Natura, a empresa optou por minimizar o impacto daquela infra-estrutura através da instalação de uma escada de peixes com duas linhas de passagem: uma em forma de chicana para espécies como a truta, e outra de acesso livre para espécies como a enguia. Escada de Peixes do Açude da Ponte da Bateira Para o reservatório de Provizende e conduta associada foram introduzidas, logo na fase de projecto, medidas de mitigação que permitiram obter parecer favorável do Instituto de Conservação da Natureza (ICN). Considerou aquela entidade que o traçado de conduta havia sido delineado de forma a ser o mais curto possível e, preferencialmente, em troços de caminhos ou estradas munici- 60 pais, e que a localização seleccionada para o reservatório correspondia a uma área não relevante no que respeita aos valores naturais do Sítio. A Localização dos Sítios Rede Natura 2000 na proximidade das instalações da AdDP apresenta-se na figura seguinte: Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 61 6.11. Impacto Paisagístico A AdDP não possui qualquer instalação em zonas de Paisagem Protegida. Contudo, dada a localização de algumas instalações em zonas particularmente sensíveis, a AdDP considerou importante implementar medidas de minimização do impacto ETA de Lever Estação Elevatória da Captação da Ponte da Bateira 62 paisagístico em várias das suas instalações. Destaca-se assim, quer a ETA de Lever que incluiu a colocação de painéis de xisto nas fachadas, quer a captação da Ponte da Bateira cuja estação elevatória, por analogia com os moinhos da região, foi também revestida com xisto. 6.12. Ocorrências Ambientais Durante o ano de 2005 não se verificou qualquer situação relativa a multas decorrentes do não cumprimento de declarações, convenções, tratados internacionais, legislação nacional, regional ou local sobre assuntos ambientais. Em Agosto de 2005, a Inspecção-geral do Ambiente (IGA) efectuou uma inspecção às quatro Estações de Tratamento de Água da AdDP onde analisou questões relativas às licenças de captação, aos resíduos produzidos e à emissão de águas residuais. 6.13. Aspectos Ambientais Indirectos Na sequência da adaptação do SGI à nova versão da ISO 14001, foram identificados os aspectos ambientais indirectos, os quais, não sendo decorrentes da actividade da empresa, podem por ela ser influenciados ou controlados. Na identificação dos aspectos ambientais indirectos foram considerados os vários intervenientes, a montante e a jusante, no ciclo de produto da empresa (água): fornecedores de reagentes, entidades gestoras em baixa, consumidores e entidades gestoras de sistemas de saneamento e águas residuais. De forma a minimizar os impactos ambientais decorrentes daqueles aspectos indirectos, a empresa: › realizou campanhas de sensibilização para a poupança da água; › controlou o cumprimento do ADR/RPE 2005 (Regulamento Nacional do Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada) pelas empresas de transporte de matérias perigosas contratadas; › controlou o licenciamento ambiental dos produtores de reagentes; › definiu regras ambientais que incluiu nos contratos estabelecidos com os Fornecedores. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 63 64 7. Responsabilidade Social Ciente dos compromissos para com valores sociais patentes na própria missão da empresa a AdDP tem, desde o início da sua actividade, vindo a desenvolver acções de cariz social, quer no que se refere à Comunidade em que se insere, quer em relação aos Colaboradores da empresa. De forma a dar visibilidade e a sistematizar as acções que desenvolve nesta área, a AdDP estabeleceu como objectivo implementar os procedimentos decorrentes da norma SA 8000, respeitante à Responsabilidade Social Empresarial. 7.1. Recursos Humanos A política de Recursos Humanos adoptada pela empresa visa promover o envolvimento, desenvolvimento e comprometimento a todos os níveis dos Colaboradores, estimulando a sua criatividade e o trabalho de equipa como medidas de melhoria do desempenho da organização. Aquela política traduz uma cultura que se considera fundamental para que, com competência, dedicação e profissionalismo, seja possível atingir a visão do projecto que é a Águas do Douro e Paiva. Para tal, a empresa considera essencial a existência de condições de trabalho adequadas e as qualificações necessárias para as funções a desempenhar pelos Colaboradores. No que se refere, em particular, às condições de trabalho, a empresa desenvolveu, em 2005, várias acções de melhoria como, por exemplo, a disponibilização de melhores áreas sociais aos Colaboradores da sede, a realização de obras de insonorização da Sala de Comando da ETA de Lever e o lançamento do projecto para um novo edifício de exploração que irá melhorar as condições dos Colaboradores afectos à Direcção de Suporte Operacional (DSO) e à Direcção de Distribuição (DDI), a localizar em Lever. A aposta na adequabilidade das qualificações dos Colaboradores às funções que desempenham passou pela definição e implementação de processo que visam garantir o acolhimento, a formação e a avaliação dos Colaboradores, sempre com o objectivo estratégico de atrair e reter aqueles que, pela sua atitude e comportamento, constituam um factor de sucesso da empresa. Havendo uma gestão descentralizada de recursos humanos, que se quer alinhada com a estratégia da empresa, as hierarquias são aqui consideradas como os primeiros responsáveis pela gestão das suas equipas. A empresa mantém sistemas para acompanhamento e divulgação aos seus Colaboradores da legislação laboral vigente, que reflecte os seus direitos, nomeadamente, em termos de discriminação (referente a sexo, raça, religião ou baseada em doenças crónicas causadoras de exclusão social), liberdade de associação, trabalho forçado ou compulsório e trabalho infantil. A empresa promoveu e patrocinou a criação de um clube recreativo, que toma a designação de Clube Douro e Paiva e que tem como objectivo promover o melhor aproveitamento dos tempos livres dos seus associados - os Colaboradores - e familiares, através de actividades conjuntas, realizando todo o tipo de eventos sociais, desportivos, culturais e festivos. O clube, tendo uma gestão própria, é dotado de autonomia administrativa e financeira. Recrutamento e Acolhimento Dando particular importância ao processo de acolhimento de novos Colaboradores, a empresa estabeleceu procedimentos que tendem a facilitar uma adequada integração na estrutura e valores da empresa. Com aquele objectivo e logo após a contratação é realizado um plano de acolhimento individual, onde se prevê a integração do novo Colaborador junto dos colegas, se proporciona um plano de formação específico e se fornece o “Manual de Acolhimento Ao Novo Colaborador”. Este documento, fundamental no processo de acolhimento, apresenta orientações sobre os regulamentos internos da empresa, assim como da con- Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 65 duta a seguir em várias áreas como: actividades extra-profissionais, contactos com o exterior, utilização de equipamentos da empresa e ofertas de fornecedores. Em termos globais a AdDP contava, a 31 de Dezembro de 2005, com 145 Colaboradores, dos quais 40 são do sexo feminino, e que são distribuídos da seguinte forma pelas diversas categorias profissionais: Distribuição dos Colaboradores por Categoria Profissional Categoria Profissional Director Chefe de Serviços Técnico Altamente Especializado Técnico Especializado Técnico Licenciado Júnior Técnico não Licenciado Técnico de Manutenção Operador Escriturário Analista Fiel de Armazém Motorista Secretária Telefonista Servente Total Destes Colaboradores, apenas 2 trabalham a tempo parcial. O valor apresentado pela empresa no indicador que relaciona número de Colaboradores com o volume de água produzida apresentou, nos últimos 66 Homens 5 7 7 14 2 5 2 55 5 0 1 2 0 0 0 105 Mulheres 0 2 0 16 6 1 0 0 2 5 0 0 4 2 2 40 anos, um ligeiro aumento, decorrente da fase de expansão da empresa. Apesar disso o valor de 1,3 obtido em 2005, está ainda bastante aquém do valor de referência máximo do IRAR - 1,7 Colaboradores por milhão m3 de água fornecida. É de referir que, dos 12 Colaboradores contratados em 2005, apenas 3 substituíram Colaboradores que saíram da empresa. A estabilidade do emprego é também um valor na AdDP, o que está patente nos 84% de Colaboradores com contrato permanente. Distribuição dos Colaboradores por Tipo de Contrato de Trabalho Em 2005, a taxa de absentismo19 na AdDP foi de 3,8%. A média etária dos Colaboradores da empresa situou-se, em 2005, nos 36,1 anos e a dos membros da Direcção e da Administração nos 49,1 anos. Formação dos Colaboradores dido das suas competências, a AdDP investiu nesta área, quer através de acções de formação externas, com um valor associado de cerca de 48.000 euros20, quer com acções de formação interna. Aquele investimento permitiu a realização de um total de 4.958 horas de formação, o que perfez uma média de 34 horas por Colaborador sendo que, do universo de 145 Colaboradores da empresa, 128 participaram em acções de formação no ano que aqui se reporta. Considerando a formação dos seus Colaboradores como primordial para o desenvolvimento preten- 19 A taxa de absentismo é o rácio entre o total de horas de falta e o total de horas trabalhadas (teóricas), de acordo com o balanço social. 20 Não incorpora os custos internos associados às acções de formação (por exemplo custos do espaço, equipamentos e do formador quando se trata de acções de formação com formadores internos. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 67 A empresa tem ainda patrocinado a evolução académica dos seus Colaboradores, contribuindo para a obtenção de pós-graduações e graus de Mestrado pelo que, em 2005, patrocinou um Mestrado em Saúde Ambiental e duas PósGraduações em Gestão de Organizações e Desenvolvimento Sustentável. Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho A empresa tem implementado um sistema de gestão da segurança, higiene e saúde no trabalho, de acordo com a legislação nacional e a norma internacional OHSAS 18001. Cumprindo com aqueles referenciais, a empresa dispõe de processos de identificação dos perigos, avaliação dos riscos e implementação das medidas de controlo necessá- 68 rias, tendo disponibilizado os meios destinados à prevenção e protecção, colectiva e individual. Considerando a análise dos acidentes como essencial para a melhoria das condições de segurança dos Colaboradores, procede-se ao registo e investigação dos acidentes com ferimentos pessoais ou não, com danos materiais ou no ambiente, ocorridos ou provocados por indivíduos com vínculo à AdDP no local, no tempo de trabalho ou no itinerário. Em 2005, o total de acidentes registado foi de 23, dos quais 3 deram origem a incapacidade temporária que se traduziu num total de 55 dias úteis de baixa. Número de Acidentes com Baixa e Dias de Baixa devidos a Acidentes de Trabalho Os principais Índices de Sinistralidade vêm evoluindo da seguinte forma: Índices de Sinistralidade Ano Índice de Frequência Número de acidentes com baixa ocorridos para cada 1.000.000 de horas/homem Índice de Gravidade Número de dias úteis perdidos por 1.000.000 horas/homem Índice de Incidência Número de Acidentes com baixa por cada 1000 trabalhadores Índice de Severidade ou Avaliação da Gravidade Número de dias úteis perdidos, em média, por acidente com baixa * o valor deste índice decorre de 4 dias úteis de baixa de um acidente ocorrido em 2003 2003 2004 2005 13 0 12 187 16* 214 24 0 21 15 0 18 A análise dos acidentes de trabalho visa, em última estância, o estabelecimento de Acções Correctivas e Preventivas, tendentes a evitar que os acidentes se repitam. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 69 Número de Acções Implementadas Decorrentes da Investigação de Acidentes A AdDP promove e vigia, de acordo com a lei, a saúde dos seus trabalhadores através da realização de exames e consultas médicas de Medicina do Trabalho, recorrendo, para esse efeito, a serviços externos. Os Colaboradores da empresa usufruem também de um seguro de saúde. A Comissão de Ambiente e Segurança, já referida no ponto 3, é composta por representantes dos Colaboradores e reuniu, conforme previsto, uma vez por semestre tendo tratado das questões relativas à análise dos acidentes e quase acidentes, à avaliação da selecção dos Equipamentos de Protecção Individual (EPI) distribuídos e da documentação publicada referente a assuntos de segurança dos Colaboradores. Aquela comissão é considerada como um instrumento importante para garantir que a informação pertinente sobre segurança e saúde no trabalho é comunicada de e para os trabalhadores, conforme obrigação legal atribuída à empresa. 7.2. Envolvimento com a Comunidade Considerando tratar-se de uma área de intervenção fundamental para a orientação dos comporta- 70 mentos e mentalidades dos mais novos, a AdDP definiu a educação ambiental como uma das vertentes principais da sua estratégia de responsabilidade social. Neste âmbito, destaca-se a continuação do Programa Integrado de Educação Ambiental “A Água e os Nossos Rios”, no ano lectivo de 2005/2006, designado “Projecto Mil Escolas”, com o qual a AdDP espera reforçar não só as competências pedagógicas e científicas dos professores na área dos recursos hídricos, como também introduzir os princípios, objectivos e metodologias da Agenda 21 Local e da Agenda 21 Escolar, entre outros. Em 2005 foi atribuído o Prémio de Jornalismo “SABER D´ÁGUA”, destinado a reconhecer contributos para o melhor conhecimento do sector da água e ambiente, no âmbito da área geográfica da empresa. Este concurso tem como objectivo incentivar e premiar os melhores trabalhos jornalísticos, em língua portuguesa e publicados em Portugal, realizados sobre o tema “Água e Desenvolvimento Sustentado”. Este Prémio constituiu um dos pontos altos do Programa das Comemorações do 10º aniversário da empresa, tendo motivado a participação dos principais órgãos de comunicação social portugueses. A atribuição deste prémio será novamente realizada em 2006. Para além deste Prémio de Jornalismo, o 10º aniversário AdDP foi condignamente assinalado, em cerimónia realizada na ETA de Lever em 27 de Julho, com a edição da obra do Professor Jorge Fernandes Alves “Águas do Douro e Paiva – 1995-2005” e que constitui um levantamento da memória evolutiva da empresa. Em 2005, foi ainda lançado o projecto de um Centro de Educação Ambiental em Lever, com a finalidade de divulgar temas relacionados com o meio ambiente, com o rio Douro, com o ciclo da água e com a necessidade de preservação dos Recursos Hídricos. Centro de Educação Ambiental Considerando como relevante para o papel que pretende ter no desenvolvimento da região em que se insere, a empresa tem participação em várias associações nacionais, industriais e empresariais, que se listam a seguir. Organização Associação dos Laboratórios Acreditados de Portugal (RELACRE) Objectivo Actuar na Comunidade de ensaios e laboratórios, contribuindo para o seu desenvolvimento e cada vez maior credibilização. Associação Empresarial de Portugal (AEP) Apoio directo às empresas nas vertentes da informação económica, jurídica e tecnológica, promoção da internacionalização da economia portuguesa e defesa e promoção dos interesses da Comunidade empresarial. Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA) Representação e defesa dos interesses dos agentes responsáveis pelos sistemas de abastecimento de água e águas residuais e de todos os demais intervenientes neste domínio. Associação Portuguesa para Estudos de Saneamento Básico (APESB) Apoio ao estudo, desenvolvimento e divulgação de conhecimentos nos sectores de águas, abastecimento de água, sistemas de águas residuais e resíduos sólidos urbanos. Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos (APRH) Promoção do tratamento multisectorial e interdisciplinar dos problemas da água, constituindo um fórum para profissionais de diversas formações e campos de actividade ligados no âmbito dos recursos hídricos. Instituto Água Região Norte (IAREN) Actuar na monitorização da qualidade da água através da realização de ensaios. Fundação Serralves Instituição cultural de âmbito europeu ao serviço da Comunidade nacional, que tem como missão sensibilizar e despertar o público para a Arte Contemporânea e ambiente, através do museu de arte contemporânea como centro pluridisciplinar, do Parque como património Natural vocacionado para a educação e animação ambientais e de um centro de reflexão e debate sobre a sociedade contemporânea. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 71 72 8. Relação com as Partes Interessadas A empresa considera o relacionamento com as diferentes Partes Interessadas, normalmente designadas de stakeholders, essencial para a sua sustentabilidade.21 Principais Partes Interessadas Identificadas Accionistas Clientes Colaboradores Comunidade Concedente Consumidores Empresas do Grupo Entidades Reguladoras e Fiscalizadoras Financiadores Fornecedores Considerando o diálogo com as Partes Interessadas essencial para o relacionamento pretendido, a empresa identificou vias e estruturou vários processos de comunicação, para além dos já previstos na legislação, sendo de destacar: a realização de inquéritos de satisfação e de reuniões periódicas com os Clientes, o tratamento e resposta a pedidos de informação e reclamações, as acções de comunicação e educação ambiental, incluindo a visita de instituições de ensino às instalações da empresa, e o boletim periódico que publica. 21 Para este relatório um grupo de trabalho interno, identificou as principais Partes Interessadas que se apresentam Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 73 Principais Vias de Comunicação entre AdDP e as Partes Interessadas Accionistas - Reunião de Assembleia - Relatório e Contas Clientes - Reuniões Periódicas - Resposta a Reclamações e Pedidos de Informação - Índice de Satisfação do Cliente - Mapa de Previsão de Vendas Colaboradores - Comissão de Ambiente e Segurança - Boletim Informativo periódico - Cartaz de Ambiente e Segurança - Acções de sensibilização Comunidade - Sítio na internet - Visitas frequentes às instalações - Resposta a Reclamações e Pedidos de Informação - Participação em congressos Consumidores - Sítio na Internet - Resposta a Reclamações e Pedidos de Informação - Dados de qualidade da água disponíveis na web Empresas do Grupo - Colaboração na implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança - Directrizes da AdP Entidades Reguladoras e Fiscalizadoras - Aprovação dos Planos de Controlo de Qualidade de Água - Divulgação de dados de qualidade da água - Comunicação de Não Conformidades - Análises do Orçamento e do Tarifário praticado - Informação para cálculo de indicadores de desempenho - Publicação de Guias Técnicos Financiadores - Fundo de Coesão - Banco Europeu de Investimento Fornecedores Concedente - Aprovação dos projectos, da tarifa, dos planos de actividades e financeiros plurianuais e dos orçamentos anuais Pela sua transversalidade em relação a todas as partes interessadas, a empresa deu particular relevância ao processo de tratamento e resposta aos pedidos de informação e reclamações que recebe. Neste processo foram definidos níveis de serviço referentes a prazos de resposta, que vão desde as 24 horas até aos 10 dias úteis, dependendo do assunto em questão: obras, qualidade da água, continuidade do abastecimento, facturação, ruído, inundações, entre outras. - Selecção e Avaliação de Fornecedores - Reclamação de Fornecedores - Formação em Ambiente e Segurança Refira-se a propósito que o facto de a AdDP ter estabelecido prazos internos inferiores aos 22 dias úteis, preconizados pelo IRAR no indicador relativo a “Respostas a Reclamações Escritas”22, permitiu-lhe obter, em 2005, o valor de 100% naquele indicador. Aquele resultado reflecte o cumprimento do prazo em todas as reclamações escritas recebidas relativas ao serviço de abastecimento de água. Analisando de uma forma global as reclamações e pedidos de informação recebidos na empresa é 22 Guia de Avaliação de Desempenho das Entidades Gestoras de Serviços de Águas e Resíduos - Versão 2004”, 2005 (IRAR), pode ser consultado em http://www.irar.pt 74 possível constatar comportamentos antagónicos no que se refere ao número de reclamações e de pedidos de informação. Efectivamente, enquanto que, desde 2003, o número de reclamações, de Clientes (18 Municípios) e Não-Clientes, tem vindo a diminuir, verifica-se uma tendência acentuada de aumento em relação aos pedidos de informação que são colocados à empresa com particular incidência nos que têm origem em Não-Clientes. 8.1. Accionistas determinados ao abrigo do Contrato de Concessão, estabelecido entre a AdDP e o Concedente, e os Contratos de Fornecimento entre a AdDP e os Clientes. No entanto, embora num universo contratualmente fechado, a AdDP desenvolve o esforço de compreender e satisfazer as necessidades dos seus Clientes e monitoriza a sua satisfação. O facto de, conforme descrito anteriormente, os Municípios Accionistas serem também seus Clientes reforça, naturalmente, uma cultura e prática que se pretendem orientadas para esta Parte Interessada. Os 19 accionistas da empresa (ver ponto 4) podem ser distinguidos, pela sua natureza, entre Municípios e a empresa Águas de Portugal. A empresa considera que a relação pró-activa e solidária que existe com os Municípios Accionistas e com a Águas de Portugal vem contribuindo para o contínuo dinamismo e desempenho da empresa, assim como, para os resultados alcançados que permitiram a correcta remuneração do capital investido. 8.2. Clientes Tendo em conta as particularidades da empresa (número reduzido de Clientes), a Administração tem promovido, para além dos mecanismos formais de comunicação estabelecidos, a existência de uma relação de pró actividade e proximidade com os Clientes da empresa. As dimensões do produto e serviço prestado pela empresa percepcionadas pelos clientes podem ser agrupadas em quatro grandes grupos: › qualidade da água; › continuidade do abastecimento; › coordenação dos investimentos em infra-estruturas realizados por ambas as partes; › serviço aos Clientes, que engloba os processos de informação e comunicação, pontual ou sistemática, e o apoio técnico quando solicitado. De notar que os requisitos do produto fornecido e do serviço prestado pela AdDP foram previamente Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 75 No que concerne à qualidade da água a empresa tem como determinante, para o desempenho da sua actividade, a manutenção dos níveis de qualidade da água produzida e distribuída em patamares da mais alta exigência, colocando a fasquia acima do que é exigido pela legislação. Para isso, a empresa optou por implementar procedimentos de controlo da qualidade da água, que tornam praticamente nula a probabilidade de a água chegar aos reservatórios municipais sem cumprir os parâmetros de qualidade estabelecidos. Estes procedimentos vão para além do estritamente exigido por lei e De salientar que as análises apresentadas na figura anterior, referentes exclusivamente à água tratada, são realizadas em laboratórios externos. Quanto à continuidade do abastecimento, área em que a empresa apresenta um desempenho de praticamente 100%, considera também aqui a AdDP que uma relação de proximidade com os Clientes, a todos os níveis da organização, representa uma mais valia muito importante no tratamento das dificuldades que surgem, frequentemente, nesta matéria. foram consignados no Sistema de Gestão Integrada da empresa. No ano 2005, realizaram-se 39.026 determinações na água tratada, número muito para além do mínimo legal que lhe seria exigido (12.254 determinações23) e que foi aprovado pelo IRAR. De salientar que, em 2004 e 2005, o grau de conformidade da água distribuída com o Decreto-Lei 243/2001, que entrou em vigor em vigor a 25 de Dezembro de 2003, foi superior a 99,9%. A promoção do relacionamento de parceria com os Clientes é feita através de uma cultura de cooperação permanente, que passa pela percepção de que os problemas dos Clientes são também problemas da empresa. Esta cultura está, desde logo, patente na política empresarial e concretizou-se em várias acções como, por exemplo: o apoio técnico e financeiro na concepção e construção das redes de abastecimento dos Clientes, a resposta a pedidos de informação relacionados com o serviço de abastecimento de água e a promoção de reuniões periódicas para discussão dos resulta- 23 O Número de determinações apresentado foi calculado com base nos critérios utilizados pelo IRAR em 2004 que são ligeiramente diferentes dos da AdDP. 76 dos analíticos e para a identificação de eventuais acções correctivas e preventivas. Apesar de não estar legalmente obrigada a licenciamento municipal, a empresa procura a coordenação com todas as entidades envolvidas incluindo, naturalmente, os seus Clientes, nas obras que realiza. Para tal definiu procedimentos que visam garantir a comunicação com os Clientes e outras entidades em fases chave dos empreendimentos que promove. Tendo em conta o elevado grau de satisfação dos Clientes observado entre 2001 e 2003, ficou estabelecido reduzir a frequência dos questionários aos Clientes de anual para bienal, sendo que o próximo questionário, a realizar em 2006, será relativo aos anos de 2004 e 2005. Como medida da eficácia das acções tomadas para o aumento da satisfação dos Clientes, a AdDP realiza inquéritos periódicos que abrangem todas as dimensões do produto e serviço prestados. Os resultados dos questionários são compilados em relatório que é analisado em reunião com a Administração da empresa, sendo aí definidas acções tendo em vista a melhoria nas áreas aí identificadas. Assim, neste período entre questionários, considerou-se para acompanhamento da satisfação dos Clientes o indicador relativo ao número de reclamações apresentadas. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 77 8.3. Colaboradores A comunicação interna é considerada como um instrumento privilegiado na difusão de informação para os Colaboradores mas também na sua auscultação. Antes de mais há que enquadrar o contexto da AdDP nesta matéria.Trata-se de uma empresa que apresenta uma relativa dispersão geográfica dos seus Colaboradores. A empresa sempre que tem necessidade de comunicar alguma informação ou novo procedimento, realiza regulamentos internos, ordens de serviço ou simples comunicados sendo que, nos últimos anos, o correio electrónico se tem vindo a tornar num meio privilegiado de informação. Para tal a empresa apostou fortemente neste meio de comunicação que é, actualmente, já utilizado por mais de 98% dos seus Colaboradores, assim como, na digitalização da documentação e registos realizados. No outro sentido da comunicação, de forma a estimular os contributos dos Colaboradores, quer de iniciativa individual, quer de equipa, a empresa desenvolveu também várias iniciativas como, por exemplo, o apoio dado à existência de uma Comissão de Ambiente e Segurança que potencia aqueles contributos, no que se refere às questões relacionadas com as áreas que trata. Considerando a satisfação dos seus Colaboradores como um dos indicadores mais importantes do clima social da empresa, pretende-se implementar um sistema de auscultação daquela satisfação. 8.4. Comunidade É também de destacar a estratégia de comunicação com a Comunidade que a empresa, em consonância com os princípios expressos na sua missão empresarial, vem dando continuidade e onde a dimensão ambiental continua a ser privilegiada. Neste âmbito, as questões relacionadas com a preservação dos recursos hídricos em particular, e do ambiente em geral, têm tido especial preponderância. 78 A participação em eventos públicos, como certames de carácter ambiental e empresarial, congressos ou iniciativas escolares, sobretudo quando organizados pelos Municípios Accionistas, tem também sido um meio privilegiado na divulgação das concretizações da empresa. A promoção de visitas às instalações da empresa é igualmente considerada de especial importância. Dando a conhecer a empresa e as suas instalações, principalmente a crianças e jovens na idade escolar, a empresa reforça as mensagens da importância da poupança de água e da preservação dos recursos hídricos. Através do sítio da Internet: http://www.addp.pt tem também sido possível atingir um público mais vasto e heterogéneo e dar a conhecer a actividade da empresa a toda a Comunidade. O sucesso deste meio é atestado pelo crescente número de visitantes que, só no ano de 2005, ultrapassou os 19.000. De forma a mitigar os impactos das obras que tem de levar a cabo, a AdDP procede à elaboração de folhetos informativos que distribui às populações afectadas e onde se inclui informação relativa à localização e objectivo da empreitada, concelhos e freguesias envolvidas, datas de início e de conclusão dos trabalhos, alterações de trânsito e outros incómodos, bem como outras informações cuja divulgação seja considerada relevante. A edição de um Boletim Informativo dirigido a um espectro alargado de público, que inclui desde os Accionistas e Clientes da Empresa, aos seus Colaboradores e as várias instituições da região, nomeadamente, as escolas, transmitindo as principais notícias sobre a empresa. 8.6. Consumidores Águas do Douro e Paiva SA Boletim Informativo N.º 12 · Setembro 2005 O novo ciclo da água Editorial A nossa empresa completou 10 anos de vida. A normalidade que hoje caracteriza o abastecimento e a estabilidade que a empresa tem vivido demonstram a solidez de um projecto e de um modelo que conseguiu resistir à erosão do tempo e às numerosas mudanças políticas que entretanto tiveram lugar a nível autárquico e nacional. A Águas do Douro e Paiva (AdDP), é hoje publicamente reconhecida pelas suas excelentes infra-estruturas e pela sua organização empresarial, certificada, simultaneamente, nos aspectos da qualidade, do ambiente e da segurança. Mas existe sempre espaço para, permanentemente, melhorar e inovar. Isto mesmo se constata na solução recentemente encontrada para a origem alternativa, necessária em casos de eventual deterioração da água do rio Douro, através do recurso ao sistema de abastecimento da empresa congénere vizinha a Águas do Cávado, SA e a outras captações da empresa nos rios Paiva e Sousa. Actualmente, os desafios da empresa estão virados para a procura da excelência empresarial, em que os aspectos relacionados com a responsabilidade social, a fiabilidade, a eficiência, a segurança e a educação ambiental são essenciais. Ao celebrar o 10º aniversário, é devido um agradecimento a todos aqueles que colaboraram na empresa nestes primeiros anos, aos que participaram, antes, no conceito que lhe deu vida, aos Municípios Accionistas, à AdPÁguas de Portugal SGPS, SA, aos membros das sucessivas Administrações e demais Órgãos Sociais da Empresa e, de uma forma muito especial aos nossos Colaboradores que sempre estiveram ao nível dos desafios lançados. O Presidente do Conselho de Administração Joaquim Poças Martins Em destaque 10º Aniversário “Águas do Douro e Paiva é um Grande Projecto Metropolitano” A AdDP é uma entidade gestora de sistemas em alta, pelo que não existe uma relação directa entre a empresa e os Consumidores finais. Apesar disso, ao assumir junto das entidades gestoras em baixa, os seus Clientes, o compromisso do fornecimento de água de qualidade e nas quantidades contratadas, a um custo socialmente aceitável, a AdDP empenha-se indirectamente na satisfação dos Consumidores. Cerimónia na ETA de Lever O presidente do Conselho de Administração da AdDP, Poças Martins classificou a empresa como um grande projecto metropolitano. Foi no dia 27 de Julho, na cerimónia comemorativa do 10º aniversário da empresa. “O facto de nos termos preparado para períodos de seca como o que estamos a atravessar”, é o melhor exemplo do percurso de qualidade que a empresa tem vindo a seguir. A festa de aniversário constou ainda do lançamento do Livro “Águas do Douro e Paiva, S.A. – 1995-2005”, da autoria do Prof. Jorge Fernandes Alves e da atribuição do Prémio de Jornalismo instituído pela empresa. O Presidente do Conselho de Administração, lembrou no decorrer da cerimónia que “a pior seca de que temos memória não chegou aos clientes da AdDP, porque soubemos preparar-nos antes”, através de um projecto, um estudo conceptual sólido que ainda hoje permanece actual. Para além destas garantias, possíveis pelo investimento que a AdDP fez não só em betão, mas em tecnologia da mais avançada no mundo, a Águas do Douro e Paiva reúne ainda a particularidade de ser a empresa multimunicipal do país que vende água a preços mais baixos, inclusive abaixo do que está estipulado no contrato de concessão. Foi precisamente este exemplo da AdDP que Martins Soares, da Águas de Portugal, escolheu para afirmar que “se hoje a Águas do Douro e Paiva é um sucesso, deveríamos pensar porque razão no interior se pagam taxas mais elevadas”. Segundo este responsável “a AdDP já tem preparada a segunda origem de água, quando algumas regiões ainda estão a pensar na primeira”. Neste balanço de fim de década, Poças Martins garantiu que a AdDP, enquanto empresa de excelência certificada, está preparada para evoluir em conformidade com as estratégias definidas pelos seus accionistas. Lembrou por fim que neste momento está em curso o aproveitamento da rede de fibra óptica ao longo das condutas para levar a banda larga a todos os municípios que serve. 8.5. Concedente Foi o Estado português, representado por Sua Excelência o Ministro do Ambiente, que atribuiu à AdDP, através de contrato outorgado em Julho de 1996 e aditado em Janeiro de 1998, a concessão da concepção, construção e gestão do Sistema Multimunicipal de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público da Área Sul do Grande Porto. Naquele Contrato de Concessão o Concedente reserva alguns poderes dos quais se destacam: a aprovação dos projectos, bem como as respectivas alterações, e das infra-estruturas da empresa; a autorização da celebração ou modificação dos contratos de fornecimento com os Municípios; a aprovação da tarifa, dos planos de actividades e financeiros plurianuais e dos orçamentos anuais; de fiscalização do cumprimento do Contrato de Concessão e das leis e regulamentos aplicáveis. Através de consulta do sítio da AdDP (http://www.addp.pt) estão disponíveis ao público em geral informações sobre a empresa, nomeadamente, dados da qualidade da água entregue, que podem ser consultadas por todos os interessados, incluindo os Consumidores. Para além disso, a empresa responde a todos os Consumidores sempre que solicitado, de forma escrita ou verbal, a reclamações ou pedidos de informação. Dada a inexistência de uma relação directa com os Consumidores, a AdDP não dispõe de informação que justifique qualquer procedimento, sistema de gestão ou mecanismo de respeito pela sua privacidade. 8.7. Empresas do Grupo O grupo Águas de Portugal (AdP) opera nas três vertentes do Saneamento Básico: abastecimento de água, saneamento de águas residuais e tratamento e valorização de resíduos sólidos. Na sua actividade global presta serviços a mais de sete milhões de portugueses. No mercado internacional, está presente no Brasil, em Cabo Verde, em Moçambique e em Timor-Leste e tem prestado serviços e assistência técnica nestes e noutros países (http://www.adp.pt). A empresa definiu procedimentos para o cumprimento das suas obrigações contratuais no que se refere ao seu relacionamento com o Concedente. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 79 Composição do Grupo Águas de Portugal (http://www.adp.pt) A AdDP considera também aqui importante uma cultura de colaboração com as restantes empresas do grupo, essencialmente as que se dedicam ao sector de abastecimento de água, ocorrendo frequentemente a troca de experiências e informação como atestam os 17 pedidos de informação recebidos por parte de outras empresas do grupo e aos quais a AdDP deu resposta em 2005. 8.8. Entidades Reguladoras e Fiscalizadoras Ao Instituto Regulador de Águas e Resíduos (IRAR), criado pelo Decreto-Lei n.º 230/97, de 30 de Agosto, foram atribuídas funções reguladoras e orientadoras nos sectores da água de abastecimento público, das águas residuais urbanas e dos resíduos sólidos urbanos, visando, sobretudo, defender os direitos dos Consumidores, bem como assegurar a sustentabilidade económica dos sistemas. O IRAR assume também as funções de Autoridade Competente, de acordo com o estabelecido no Decreto Lei n.º 243/2001, de 5 de Setembro, relativo à qualidade da água para consumo humano. Como Autoridade Competente, entre outras funções, o IRAR aprova os Programas de Controlo da 80 Qualidade da Água (PCQA) e elabora relatórios periódicos sobre qualidade da água para consumo humano em Portugal. Em situações de incumprimento dos valores paramétricos relativos à qualidade da água (DecretoLei nº 243/2001), a AdDP, para além da comunicação ao IRAR, remete também informação para os Delegados de Saúde da zona abastecida, incluindo menção das acções correctivas adoptadas e o resultado das mesmas. Aos Delegados de Saúde cabe receber e analisar as informações prestadas pela AdDP e determinar se o incumprimento põe em risco a saúde humana e, sempre que a protecção da saúde o exija, definir, em colaboração com a empresa, as medidas necessárias para a proteger, tendo em conta os riscos para a mesma, decorrentes da interrupção do abastecimento ou da restrição da utilização da água. O Instituto da Água (INAG) é o organismo criado pelo Decreto-Lei n.º 191/93, de 24 de Maio, responsável pelo desenvolvimento e aplicação das políticas nacionais no domínio dos recursos hídricos e do saneamento básico. Nesse sentido, faz parte das atribuições do INAG: › desenvolver sistemas de informação sobre as disponibilidades e as necessidades de recursos hídricos a nível nacional; › promover, em articulação com as entidades relevantes, o planeamento integrado por bacia hidrográfica; › propor os objectivos e estratégias para uma política de gestão integrada dos recursos hídricos nacionais; estudar e propor as medidas técnicas, económicas e legislativas necessárias à optimização da gestão dos recursos hídricos nacionais; › assegurar em cooperação com as entidades competentes, o acompanhamento das questões relacionadas com recursos hídricos a nível comunitário e internacional. A Inspecção Geral do Ambiente (IGA) tem como actividade fiscalizar o cumprimento de normas legais e regulamentares em matérias de incidência ambiental e inspeccionar estabelecimentos, locais ou actividades a elas sujeitos. Nesse contexto, a IGA já promoveu duas inspecções às instalações da empresa (ver ponto 6.12). 8.9. Financiadores Tendo sido o principal financiador do projecto, desde 2004 que a AdDP não recebe qualquer montante por parte do Fundo de Coesão. O últi- mo subsídio atribuído foi de € 5 869 222,61 no ano de 2003. Para além daquele financiamento, foram contraídos 3 empréstimos junto do Banco Europeu de Investimento (BEI), sendo o montante em dívida em 2005 de € 55 223 283,78. 8.10. Fornecedores A AdDP dispõe de procedimentos definidos para o processo de contratação de Fornecedores que, tendo em conta o custo envolvido e a criticidade do produto ou serviço, vão para além do exigido legalmente na promoção da transparência e da concorrência. Uma vez contratados, e de forma a garantir uma elevada satisfação com os seus Fornecedores, a empresa procede à avaliação regular do seu desempenho comunicando as áreas em que considera serem necessárias acções de melhoria e avaliando a eficácia das mesmas. Sendo exigente no cumprimento contratual por parte dos Fornecedores, a empresa não descura as suas responsabilidades, como atesta o prazo médio de pagamentos de 36 dias24, que se verificou em 2005. Principais Fornecedores da AdDP em Volume de Facturação EDP Distribuição Union Fenosa Águas de Portugal BPI Factor EDP – Energia Ibérica Unibroker EFACEC Engenharia Siemens Culligan Italiana Águas de Portugal, Serviços Ambientais 24 O cálculo deste prazo é realizado de forma análoga ao calculado pelo IRAR para o prazo médio de pagamentos (ver ponto 5) Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 81 82 9. Investigação e Desenvolvimento O investimento nas acções de Investigação & Desenvolvimento tem-se revelado de grande utilidade, tendo grande parte dos seus resultados sido incorporados nas actividades da empresa. Este caminho é, seguramente, um eficaz meio para melhorar continuamente os processos da empresa e, paralelamente, tem sido um contributo para a promoção do desenvolvimento da Região, indo ao encontro da Missão e Visão Empresariais definidas para a AdDP. A empresa dará continuidade ao investimento em acções de Investigação e Desenvolvimento (I&D), focalizando-os cada vez mais em objectivos com contribuições efectivas para melhorar o desempenho da Empresa, através de parcerias com a comu- nidade cientifica da Região, como é o caso das universidades, mas sempre envolvendo a própria estrutura da empresa. Com esta opção pretende-se dotar a empresa de conhecimentos técnicos que a tornem pioneira no sector do abastecimento de água, prevendo benefícios para a própria empresa, para os Municípios Clientes e para a população abastecida. Os temas dos projectos são assim, essencialmente, dirigidos para o conhecimento da qualidade da água bruta, da eficiência e eficácia dos processos de captação, tratamento e adução de água, bem como para a garantia da qualidade e melhoria do produto entregue. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 83 84 10. Índice GRI Indicadores 1 - Visão e Estratégia 2 - Perfil 3 - Estrutura de Governação e Sistemas de Gestão 4 - Índice de Conteúdo GRI 1.1 ponto 2 2.1 ponto 3 3.1 pontos 3; 4 4.1 1.2 ponto 1 2.2 ponto 3; 8.6 3.2 ponto 4 2.3 ND 2.4 pontos 3.1; 3.2; 3.3; 3.3 3.5 ponto 3.3 3.4 2.5 ponto 3 3.5 ND 2.6 ponto 4 3.6 2.7 ponto 3 3.7 pontos 3.2; 3.3; 3.4; 5 pontos 2; 7.1 2.8 ponto 5 3.8 ponto 8.1 2.9 ponto 8 3.9 ponto 8 2.10 introdução 3.10 ponto 8.1, 8.2 e 8.3 2.11 introdução 3.11 pontos 8.2 e 8.3 2.12 NA 3.12 pontos 8.2 e 8.3 2.13 introdução 3.13 ponto 2 e ponto 3.4 2.14 NA 3.14 NA 2.15 NA 3.15 ponto 7 2.16 pontos 5; 6.2; 8.2 3.16 ponto 6.13 2.17 introdução 3.17 ponto 6.13 2.18 Ponto 5 3.18 ponto 6.3 2.19 pontos 5; 6.2; 8.2 3.19 2.20 introdução 3.20 pontos 2; 3.2; 4; 5; 7.3 ponto 3.2 2.21 ponto 12 2.22 introdução ponto 10 ponto 3.4 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 85 Indicadores 5 - Indicadores de Desempenho Desempenho Económico 86 Desempenho Ambiental EC1 E ponto 5 e RC EC11 C ND EN1 E ponto 6.9 EN17 C ponto 6.2 EC2 E ponto 5 e RC EC12 C ND EN2 E NA EN18 C ND EC3 E RC EC13 C ND EN3 E ponto 6.2 EN19 C ND EC4 E ponto 8.10 EN4 E ponto 6.2 EN20 C ponto 6.1 EC5 E RC EN5 E pontos 6.6 EN21 C ponto 6.1 EC6 E RC EN6 E ponto 6.10 EN22 C ponto 11 EC7 E RC EN7 E ponto 6.10 EN23 C ND EC8 E ponto 5 EN8 E ponto 6.8 EN24 C ND EC9 E ponto 8.9 EN9 E ponto 6.8 EN25 C ND EC10 E ND EN10 E NA EN26 C ND EN11 E ponto 6.3 EN27 C ND EN12 E ponto 6.4 EN28 C ND EN13 E ponto 6.12 EN29 C ponto 6.10 EN14 E ponto 6 EN30 C ND EN15 E NA EN31 C ND EN16 E ponto 6.12 EN32 C ponto 6.4 EN33 C Ponto 6.13 EN34 C ponto 6; 6.2; 6.5 EN35 C ND Indicadores 5 - Indicadores de Desempenho Desempenho Social: Práticas Laborais e Condições de Trabalho Desempenho Social: Sociedade LA1 E ponto 7.1 LA12 C ponto 7.3 SO1 E pontos 2; 8 e 8.4 SO4 C NA LA2 E ponto 7.1 LA13 C ND SO2 E ponto 7.1 SO5 C ND LA3 E ponto 7.3; ponto 8.3 LA14 C ponto 3.2 SO3 E ponto 4 SO6 C NA LA4 E ponto 3.3 LA15 C NA SO7 C NA LA5 E ponto 7.3 LA16 C ND LA6 E ponto 7.3 LA17 C ponto 7.2 LA7 E ponto 7.3 LA8 E ponto 7 LA9 E ponto 7.2 LA10 E ponto 7 LA11 E ponto 7.1 Desempenho Social: Direitos Humanos Desempenho Social: Responsabilidade sobre o Produto HR1 E ponto 7 HR8 C NA HR2 E ponto 7 HR9 C HR3 E ponto 7 HR10 C ND HR4 E ponto 7 HR11 C HR5 E ponto 7; 7.1 e 8.3 HR12 HR6 E ponto 7 e 7.1 HR7 E ponto 7 e 7.1 PR4 C NA E ponto 8.2 e ponto 3.2 NA PR5 C ponto 8 E ponto 8.6 PR6 C ÑA NA PR7 C NA C NA PR8 C NA HR13 C NA PR9 C NA HR14 C ND PR10 C NA PR11 C NA ND Não Determinado E Essencial NA Não Aplicável C Complementar RC Informação disponível no Relatório e Contas de 2005 PR1 E PR2 PR3 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 87 88 11. Glossário e Siglas Glossário Absentismo › Resulta da contabilização do tempo de ausência classificado como absentismo. Este conceito advém da falta de presença do Colaborador e em oposição à realização de trabalho efectivo. Acidente de Trabalho › É o acidente que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza, directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na capacidade de trabalho ou de ganho. Contudo a legislação admite algumas extensões deste conceito, nomeadamente, o ocorrido: a) Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços determinados pela entidade patronal, ou por esta consentidos; b) Na ida para o local de trabalho ou no regresso deste, quando for utilizado meio de transporte fornecido pela entidade patronal, ou quando o acidente seja consequência de particular perigo de percurso normal ou de outras circunstâncias que tenham agravado o risco do mesmo percurso. São os chamados acidentes in itinere ou de trajecto. c) Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito económico para a entidade patronal. d) No local de pagamento da retribuição, enquanto o funcionário aí permanecer para o efeito. e) No local onde ao trabalhador deva ser prestada assistência ou tratamento, em virtude de anterior acidente e enquanto aí permanecer para esse fim. Acção Correctiva › Acção tomada para eliminar a causa de uma não conformidade detectada ou de outra situação indesejável de modo a evitar a sua repetição. Acção Preventiva › Acção tomada para eliminar a causa de uma potencial não conformidade ou de outra potencial situação indesejável de modo a evitar a sua ocorrência. evento danoso. Danos e perdas, ainda que desprezíveis, sempre ocorrem. Adução de Água › Transporte de Água em conduta. Água Captada › Na elaboração deste relatório, estipulou-se que a água captada pela AdDP é idêntica à água produzida. Este procedimento, baseou-se em dois factos: a) os caudalímetros que medem os caudais de água produzida têm uma maior precisão do que os caudalímetros localizados no local de captação e no interior das Estações de Tratamento. b) os projectos das ETA são concebidos para que não existam perdas nos processos de tratamento. A única excepção seria a ETA de Lever que, desde início de 2004, possui uma etapa de PréTratamento (apenas com recurso à filtração) em cuja fase de lavagem ocorre uma devolução de água captada ao rio Douro. Mesmo assim, analisando os registos dos caudalímetros de água captada e dos caudalímetros de água produzida para esta ETA, a diferença é inferior a 5%, que é o erro de medição dos caudalímetros de água captada. Devido ao agendamento das medições os valores apresentados podem não corresponder a 365 dias. Água Distribuída › Volume de água tratada que é fornecida aos Clientes (medida nos Pontos de Entrega). A água distribuída é diferente da água facturada uma vez que esta última incorpora notas de crédito e débito. Devido ao agendamento das medições os valores apresentados podem não corresponder a 365 dias. Água Facturada › Volume de água tratada que é facturada aos Clientes (obtido a partir do ERP). A água facturada é diferente da água distribuída uma vez que a primeira incorpora notas de crédito e débito. Devido ao agendamento das medições os valores apresentados podem não corresponder a 365 dias. Acidente › É a ocorrência anormal que contém Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 89 Água Produzida › Volume de água tratada à saída das Estações de Tratamento de Água e que é fornecida às condutas de adução ou directamente ao sistema de distribuição, durante o período de referência. Análise › Teste realizado a uma amostra de água relativo a um parâmetro. Aspecto Ambiental › Elemento das actividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o ambiente. Aspecto Ambiental Indirecto › Aspectos ambientais que não sendo decorrentes directamente das actividades da AdDP, podem ser influenciados ou controlados. Auditoria › Um exame sistemático para determinar se as actividades e os resultados conexos estão em conformidade com as medidas planeadas e se tais medidas são efectivamente postas em prática e são as apropriadas para materializar a política e os objectivos da organização. Auditoria Interna › Processo sistemático, independente e documentado para obtenção de evidências de auditoria e respectiva avaliação objectiva, com vista a determinar em que medida os critérios da auditoria ao sistema de gestão ambiental estabelecidos pela organização são cumpridos. Captação › Etapa que consiste na transferência de água do rio ou poço para as instalações da AdDP para posterior tratamento. Certificação › Procedimento pelo qual uma terceira parte dá garantia escrita de que um produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos especificados. Colaborador › Todos aqueles que mantém contrato de trabalho (sem termo, a termo certo e a termo incerto) com a empresa, à excepção dos estagiários. Entidade Gestora › Entidade responsável pela exploração e funcionamento e, eventualmente, também pela concepção, construção e manutenção dos sistemas ou parte deles. 90 Elevação de Água ›Transporte de água em conduta de um ponto de origem com cota mais baixa para um ponto de destino com cota mais elevada. Estação Elevatória › Instalação constituída por um ou mais grupos electrobomba e outros dispositivos acessórios, com a função de elevar a água no seu transporte, de um ponto de cota topográfica inferior para um ponto de cota topográfica superior, reforçar o caudal transportado ou aumentar a sua pressão no interior das condutas. Estação de Tratamento de Água (ETA) › Instalação de tratamento constituída por obras de construção civil e outros equipamentos que, a partir de uma captação de água, produz água para consumo humano. O tratamento processa-se através de uma sequência de operações físicas e químicas. Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) › Instalação de tratamento constituída por obras de construção civil e outros equipamentos que pretende diminuir o impacto de águas residuais no meio hídrico receptor. O tratamento processa-se através de uma sequência de operações físicas, químicas e biológicas. Impacto Ambiental › Qualquer alteração no ambiente, adversa ou benéfica, resultante, total ou parcialmente, dos aspectos ambientais de uma organização. ISO 9001 › Norma da ISO referente a Requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade ISO 14001 › Norma da ISO referente a Sistemas de Gestão Ambiental - Especificações e linhas de orientação para a sua utilização Lamas de Clarificação de Água › Resíduo semi-sólido resultante de processos de tratamento de água. Lamas de ETAR › Resíduo semi-sólido resultante de processos de tratamento de água residual. Não Conformidade › Não satisfação de um requisito OHSAS › Documento referente a Requisitos do Sistema de Gestão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Partes Interessadas › Normalmente designadas de “stakeholders”, são entidades afectadas ou que afectam a empresa Pedido de Informação › Qualquer pedido de informação emitido por terceiros e dirigidos à AdDP, quer pessoalmente (verbal ou por escrito), quer por telefone, fax, correio, e-mail ou qualquer outra forma escrita. Perdas de Água › Diferença entre a água entrada no sistema (água captada) e a água distribuída. Prevenção da Poluição › Utilização de processos, práticas, técnicas, materiais, produtos, serviços ou energia para evitar, reduzir ou controlar (separadamente ou em combinação) a produção, emissão ou descarga de qualquer tipo de poluente ou resíduo, com vista à redução dos impactos ambientais adversos. (NOTA: A prevenção da poluição pode incluir a redução ou eliminação na origem, alteração de processos, produtos ou serviços, utilização eficiente dos recursos, substituição de materiais e energia, reutilização, recuperação, reciclagem e tratamento). Quase-Acidente › É o evento real (incidente), que contém evento perigoso (sem danos ou perdas visíveis), ou virtual que “por pouco” não se transforma em acidente. Reclamações › Manifestação de insatisfação que terceiros formalizam, verbalmente ou por escrito, à AdDP. Quaisquer queixas de Clientes dirigidas aos serviços, quer pessoalmente (verbal ou por escrito), quer por telefone, fax, correio, e-mail ou qualquer outra forma escrita. Resíduos › Quaisquer substâncias ou objectos de que o detentor se desfaz ou tem intenção ou obrigação de se desfazer. Sistema em alta › Conjunto de infra-estruturas que contêm componentes destinados à captação, tratamento e adução (incluindo elevação e armazenamento) de água para abastecimento público, com exclusão da distribuição, sob exploração e gestão de uma entidade gestora. Siglas AdDP – Águas do Douro e Paiva, SA AdP – Águas de Portugal, SGPS, SA AEP – Associação Empresarial de Portugal AJR – Departamento de Assessoria Jurídica APESB – Associação Portuguesa para Estudos de Saneamento Básico APDA – Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas APRH – Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos DAF – Direcção Administrativa e Financeira DDI – Direcção de Distribuição DSO – Direcção de Suporte Operacional DWI – Drinking Water Inspectorate ERP – Enterprise Resource Planning EPA – Environmental Protection Agency ETA – Estação de Tratamento de Água ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais GRI – Global Reporting Initiative IAREN – Instituto de Água da Região Norte IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change IRAR – Instituto Regulador de Águas e Resíduos I&D – Investigação e Desenvolvimento QLD – Departamento de Qualidade, Ambiente e Segurança OMS – Organização Mundial de Saúde PMR – Prazo Médio de Recebimentos PMP – Prazo Médio de Pagamentos RELACRE – Associação dos Laboratórios Acreditados de Portugal RPC – Departamento de Comunicação e Imagem SGI – Sistema de Gestão Integrada TBA – Taxa Base de Emissão de Bilhetes do Tesouro VAB – Valor Acrescentado Bruto Risco Ambiental › Ocorrência não intencional da qual resulte, ou em consequência da qual possa vir a resultar, alterações adversas no Ambiente. Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 91 92 12. Documento de Certificação Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 93 94 Águas do Douro e Paiva SA Relatório de Sustentabilidade 2005 A sua opinião sobre este relatório é importante! Pedimos a sua colaboração no preenchimento das questões seguintes. Após preenchimento, esta página pode ser destacada e enviada para a Águas do Douro e Paiva, SA, através de correio. Muito obrigada pela sua ajuda. O que achou deste relatório? Muito bom Bom Mau Muito mau Opinião sobre cada secção Opinião geral do relatório Indicadores de Sustentabilidade Visão e Estratégia de Sustentabilidade Perfil da Organização Estrutura de Governação Desempenho Económico Desempenho Ambiental Responsabilidade Social Partes Interessadas Investigação e Desenvolvimento Tinha conhecimento das acções levadas a cabo pela AdDP descritas neste relatório? Conhecia na generalidade Conhecia parcialmente Conhecia uma pequena parte Não conhecia Como tomou conhecimento dessas acções? Relatório e Contas AdDP 2004 Boletins informativos AdDP Relatório Ambiental e Segurança AdDP 2004 Outros: A que outra informação sobre a empresa, para além da que aqui é disponibilizada, gostaria de ter acesso? Identificação (preenchimento opcional): Nome: Empresa: Função: Ficha Técnica Coordenação Geral Águas do Douro e Paiva, S.A. Rua de Vilar, 235 - 5º 4050-626 Porto Telefone + 351 226 059 300 / + 351 220 109 300 Fax + 351 226 059 302 Página da Internet · http://www.addp.pt Correio Electrónico · [email protected] Fotografia Eduardo Cunha Francisco Piqueiro (aéreas) Arquivo AdDP Impressão e Acabamento Rainho & Neves, Lda. – Santa Maria da Feira Tiragem 500 Exemplares Editado Maio 2006 98