Estudio fotográfico

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Estudio fotográfico
Estudio fotográfico
Expediente
Presidente do Conselho Deliberativo
Adelmir Santana
Diretor-Presidente
Paulo Tarciso Okamotto
Diretor Técnico
Luiz Carlos Barboza
Diretor de Administração e Finanças
Carlos Alberto dos Santos
Gerente da Unidade de Capacitação Empresarial
Mirela Malvestiti
Coordenação
Nidia Santana Caldas
Autor
Lauri Tadeu Corrêa Martins
Projeto Gráfico
Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.
http://www.staffart.com.br
Apresentação do Negócio
Estúdio fotográfico é um negócio que está relacionado a experiências
divertidas, eterniza a integração, estimula a criatividade, ativa as
fantasias e cultua valores familiares tradicionais.
Estúdio fotográfico permite uma ampla variedade de serviços. Dentre
eles destacam-se: a produção de fotografias para eventos e
publicidade, fotos para documentos, álbuns produzidos em estúdio,
serviços de revelação, ampliação, revelação rápida (em até uma hora),
até a reprodução e recuperação de fotos antigas e ilustrações de livros
técnicos.
Ampliar os serviços e agregar produtos ao estúdio transformando-o em
loja, é uma tendência que parece se impor no mercado. O estúdio
alimenta a loja e vice-versa. A permanência de clientes na loja
estimula o desejo de comprar filmes, câmeras, acessórios, álbuns,
enfim todos os produtos do segmento de fotografia e impressão.
Outra tendência que apresenta boas perspectivas é a formação de uma
rede de serviços através de parcerias, ou seja, a ampliação do mercado
do estúdio através da promoção dos serviços de fotografia por outras
lojas, em outros pontos da cidade.
Mercado
"No passado, a explosão da fotografia colorida e das câmeras para
amadores, houve a proliferação dos minilabs, que hoje estão nos
hipermercados e nos shopping centers, o que pressionou os preços e
fez as margens de rentabilidade caírem.
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Com o crescimento da fotografia digital o empreendedor tem como
opção a configuração de lojas agregadas ao estúdio fotográfico, o que
passa a ser uma ótima opção para aumentar as receitas do
empreendimento. O estúdio passa a ter um alto valor agregado ao
negócio, o que representa ampliação de receitas em oposição à cópia
digital, que está cada vez mais barata.
O charme de produzir álbuns com fotografias para jovens, retratos de
crianças e fotos de gestantes é uma experiência inovadora e demonstra
que a fotografia em estúdio continua tendo seu espaço. O ensaio
fotográfico sempre teve seu charme especial e continuará tendo. Um
álbum bem elaborado tem alto valor entre as mulheres, pela
capacidade de eternizar fases importantes em suas vidas, seja
individualmente, ou com seus filhos, companheiros e/ou familiares em
geral.
As mulheres representam 70% do público freqüentador das lojas e
estúdios fotográficos.
Segundo José Mauro Batista, consultor e colunista da publicação
brasileira Fhox, especializada no setor, existem menos de cem
estúdios fotográficos em todo o país, enquanto que o potencial é de
um mil e trezentos estúdios.
Localização
A localização de um estúdio fotográfico é fator determinante para o
sucesso do empreendimento. Vários fatores influenciam na escolha do
local, como: os produtos que serão agregados através da loja, perfil do
público-alvo, hábitos de compra, poder aquisitivo, além da
concorrência já instalada no local e na região.
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A loja deve estar localizada em ruas de grande fluxo de pessoas e
veículos, como grandes avenidas e cruzamentos, para onde fluem
pessoas de diversas regiões da cidade. Para isso é necessário
identificar no local os chamados pólos geradores de público,
representados por shopping center, supermercados, hipermercados,
agências bancárias, terminais de ônibus e/ou metrô, serviços públicos,
hospitais, maternidades, parques, clubes, instituições de ensino e
outros que apresentem grande poder de atração de pessoas.
Conveniência e proximidade são fatores fundamentais na escolha do
consumidor.
Exigências legais específicas
É necessário contratar um contador profissional para legalizar a
empresa nos seguintes órgãos:
- Junta Comercial;
- Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
- Secretaria Estadual de Fazenda;
- Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
- Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (a empresa ficará
obrigada a recolher por ocasião da Constituição e até o dia 31 de
janeiro de cada ano a Contribuição Sindical Patronal);
- Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema
“Conectividade Social – INSS/FGTS”;
- Corpo de Bombeiros Militar.
Além do cumprimento das exigências acima, é necessário pesquisar na
Prefeitura Municipal se a Lei de Zoneamento permite a instalação de
estúdio fotográfico com estacionamento no local.
O Sebrae local poderá ser consultado para orientação.
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Estrutura
A estrutura de um estúdio fotográfico depende do investimento
realizado pelo empreendedor e poderá ser composto por uma área de
atendimento e vendas, estúdio, trocador, banheiro e administração.
Atendimento e vendas – É o local onde serão realizadas as vendas de
produtos e deve, também, contar com um espaço especial para
atendimento específico aos clientes do estúdio fotográfico. O
atendimento aos clientes do estúdio deve oferecer boa sinalização
interna. Geralmente existe um balcão de atendimento direcionado
exclusivamente para clientes do estúdio. A área destinada para os
serviços de fotografias deve ser bem definida e separada das
atividades da loja.
Estúdio – É o local de trabalho para a produção das fotografias e
montagem dos álbuns. Nele ficam os equipamentos e utensílios que
serão utilizados.
Trocador – É neste local que os clientes que se preparam para a
fotografia. É através de pequenos detalhes, como lenço de papel,
produtos de maquiagem, etc, que a empresa demonstra os cuidados
essenciais com a imagem do cliente. Outros itens que podem constar
no trocador são os complementos para compor a imagem desejada
pelo cliente, como: chapéus, plumas, brinquedos, fantasias e outros
acessórios.
Banheiros – Devem estar localizados em ambiente próximo do estúdio
e seu uso deve ser exclusivo aos clientes do estúdio. Devem ser
amplos, arejados, limpos e confortáveis.
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Administração – Nessa área estão localizadas as atividades
administrativas direcionadas à compra de mercadorias e insumos que
compõem o estoque, controles financeiros e acompanhamento do
desempenho do negócio, pagamentos de fornecedores e gestão de
pessoas, além de outras que o empreendedor julgar necessárias.
Estacionamento – Se não houver disponibilidade permanente de vagas
nas proximidades, será necessário realizar convênio com
estacionamento próximo.
Pessoal
A quantidade de profissionais está relacionada ao porte do
empreendimento. Para um estúdio fotográfico de pequeno porte
pode-se começar com três colaboradores, sendo:
- dois atendentes;
- um fotógrafo.
A atividade de caixa poderá ser executada pelo empresário ou por um
dos atendentes.
Se houver loja agregada ao estúdio o empresário deverá dimensionar
sua necessidade de pessoal adicional.
O empreendedor deve contratar pessoas com experiência comprovada
e com boas referências de empregos anteriores. Caso prefira capacitar
novos colaboradores, deverá procurar cursos específicos existentes no
mercado.
O bom atendimento ao cliente é um item que merece atenção especial.
O treinamento dos funcionários deve ter como objetivo o
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desenvolvimento das seguintes competências:
- capacidade de percepção para entender as expectativas gostos e
desejos dos clientes, uma vez que a fotografia está relacionada a
sentimentos e emoções;
- conhecimento da atividade, especialmente sobre o tipo de filmes e/ou
máquinas, para orientar os clientes;
- noções de vendas;
- relacionamento interpessoal;
- atendimento cortês, rápido e personalizado.
O empreendedor deverá participar de seminários, congressos e cursos
direcionados ao seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e
sintonizado com as tendências do setor.
Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos
Trabalhadores nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e
orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim, conseqüências
desagradáveis.
O Sebrae da localidade poderá ser consultado para aprofundar as
orientações sobre o perfil do pessoal e treinamentos adequados.
Equipamentos
São necessários os seguintes móveis e equipamentos:
- dois microcomputadores completos;
- uma impressora;
- duas linhas telefônicas – uma com canal ADSL;
- uma impressora de cupom fiscal;
- mesas, cadeiras, armários, estantes, de acordo com o
dimensionamento das instalações;
- gaveteiro para guardar dinheiro, cheques e tickets de cartões de
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débito e crédito;
- equipamento para recebimento através de cartões de débito e crédito
– decisão do empreendedor;
- prateleiras;
- balcão de atendimento;
- tela de fundo finito com suporte;
- baterias, cabos e outras instalações;
- refletores profissionais tipo guarda-chuva;
- duas câmeras fotográficas de 35 mm;
- uma máquina de médio formato;
- três flashs de 400W/Seg;
- um gerador de 1.200W/seg;
- acessórios (sombrinhas, soft, tripés, girafa, refletor, etc);
- minilab digital – decisão do empreendedor;
- equipamentos e utensílios para revelação e ampliação (processador
de filmes, banheira e bacias para produtos fotográficos);
- veículo – decisão do empreendedor.
O novo empresário poderá optar por não investir em equipamentos
para revelação e ampliação de fotografias, o que exigirá a terceirização
dos serviços para um laboratório de confiança que garanta a qualidade
e prazos contratados.
Outra opção poderá ser a instalação de cabine para fotografias de meio
corpo da pessoa fotografada, para uso em documentos e para
lembranças. Esse recurso existe a pronta entrega, com iluminação
embutida e calibrada.
Matéria Prima / Mercadoria
A base da matéria-prima utilizada no estúdio fotográfico são os
insumos para a fotografia, material para impressão e revelação.
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Se houver loja em anexo, o empreendedor deverá decidir-se pelo mix
de produtos que irá compor a loja.
Organização do processo produtivo
Os processos de um estúdio fotográfico são divididos em:
1. Serviço de recepção e atendimento ao cliente – é o processo
responsável pelo primeiro contato com o cliente, quando será
identificada sua demanda, elaborado o orçamento do serviço
pretendido e realizado o fechamento da venda. Após a realização dos
trabalhos, é nesse local que o cliente irá retirar o produto elaborado.
Trabalhos com maior grau de complexidade, elaborados para clientes
especiais, poderão ser entregues em domicílio.
2. Serviço de produção fotográfica – é o processo responsável pela
execução dos serviços contratados. Inicia-se com a pré-produção, onde
são realizados os testes de imagem. Após a escolha do cliente é
realizada a produção efetiva da fotografia, com a adequação do
ambiente do estúdio e dos equipamentos necessários. Em algumas
situações o fotógrafo pode se deslocar para o cenário das imagens em
um ambiente externo escolhido pelo cliente.
3. Serviço de edição e impressão – é o processo responsável pela
edição e preparação das fotografias para a escolha do cliente. Nesta
fase o fotógrafo escolhe as fotografias de sua preferência e após a
impressão em formato provisório, os envia ao cliente para escolha
final. Após a seleção pelo cliente as fotografias serão impressas em
forma definitiva e enviadas ao cliente através de protocolo de entrega.
4. Serviço administrativo – é o processo responsável pelo recebimento
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dos valores contratados no orçamento e pela gerência e controle das
atividades produtivas do estúdio fotográfico. Geralmente é exercido
pelo proprietário.
Automação
Há no mercado uma boa oferta de sistemas para
gerenciamento de estúdios fotográficos. Os softwares possibilitam o
controle dos estoques, cadastro de clientes, serviço de mala direta para
clientes e potenciais clientes, controle de estoque de produtos, cadastro
de móveis e equipamentos, controle de contas a pagar e a receber,
fornecedores, folha de pagamento, fluxo de caixa, fechamento de
caixa etc.
Canais de distribuição
O canal de distribuição é a própria loja. Alguns serviços podem ser
realizados por terceiros, como é o caso da entrega de produtos em
domicílio.
Um bom site na internet poderá auxiliar muito no desempenho do
estúdio e da loja, promovendo produtos e serviços.
A prestação de serviços externos representa uma alternativa
importante. Os serviços de fotos para formaturas, casamentos,
aniversários, congressos e outros eventos a serem prospectados pelo
empresário, certamente farão diferença no volume de negócios.
Investimentos
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Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e
viabilizar o negócio até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser
caracterizado como:
- investimento fixo – compreende o capital empregado na compra de
imóveis, máquinas, equipamentos, móveis, utensílios, instalações,
reformas, veículos (se for o caso) etc;
- investimentos pré-operacionais – são todos os gastos ou despesas
realizadas com projetos, pesquisas de mercado, registro da empresa,
projeto de decoração, honorários profissionais e outros;
- capital de giro – é o capital necessário para suportar todos os gastos e
despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa.
Destina-se a viabilizar as compras iniciais, pagamento de salários nos
primeiros meses de funcionamento, impostos, taxas, honorários de
contador, despesas com vendas, financiamento de vendas a prazo, giro
de estoques e outros.
Para um pequeno estúdio fotográfico, o empreendedor terá que dispor
de capital suficiente para fazer frente aos seguintes itens de
investimento:
- reforma e adaptação da loja - inclui placa de identificação e
mecanismos de segurança;
- microcomputadores, software, impressora e impressora de cupom
fiscal;
- infra-estrutura de comunicação – telefone, internet, site;
- móveis, estantes, balcões, prateleiras;
- equipamentos para instalação do estúdio;
- laboratório de revelação e ampliação de fotografias;
- despesas de registro da empresa, honorários profissionais, taxas etc;
- capital de giro para suportar o negócio nos primeiros meses de
atividade.
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Capital de giro
Capital de giro é um montante de recursos financeiros que a empresa
precisa manter para garantir a dinâmica do seu processo de negócio.
O capital de giro precisa de controle permanente, pois tem a função de
minimizar o impacto das mudanças no ambiente de negócios no qual a
empresa atua.
O desafio da gestão do capital de giro deve-se, principalmente, à
ocorrência dos fatores a seguir:
- variação dos diversos custos absorvidos pela empresa;
- aumento de despesas financeiras, em decorrência das instabilidades
desse mercado;
- aumento dos índices de inadimplência;
- altos níveis de estoques.
O empreendedor deverá ter um controle orçamentário rígido de forma
a não consumir recursos sem previsão.
O empresário deve evitar a retirada de valores além do pró-labore
estipulado, pois no início todo o recurso que entrar na empresa nela
deverá permanecer, possibilitando o crescimento e a expansão do
negócio. Dessa forma a empresa poderá alcançar mais rapidamente
sua auto-sustentação, reduzindo as necessidades de capital de giro e
agregando maior valor ao novo negócio.
No caso de um estúdio fotográfico, o empresário deve reservar em
torno de 30% do total do investimento inicial para o capital de giro.
Custos
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São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e
que serão incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou
serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários
profissionais, despesas de vendas, matéria-prima e insumos
consumidos no processo de produção.
O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos
na compra, produção e venda de produtos ou serviços que compõem o
negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso,
na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de
desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as
despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de
ganhar no resultado final do negócio.
Os custos para abrir um estúdio fotográfico devem ser estimados
considerando-se os itens abaixo:
1. salários, comissões e encargos;
2. tributos, impostos, contribuições e taxas;
3. aluguel, taxa de condomínio, segurança;
4. água, luz, telefone e acesso a internet;
5. serviços de limpeza, higiene, manutenção e segurança;
6. assessoria contábil;
7. propaganda e publicidade da empresa;
8. aquisição de matéria-prima e insumos.
Diversificação / Agregação de valor
É fundamental a definição de um mix de produtos a serem agregados
ao estúdio fotográfico, para atrair mais clientes e ampliar as
oportunidades de negócio.
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Criatividade é fundamental, pois esse é um ramo que muda
rapidamente criando novas oportunidades, ou gerando novas
dificuldades e ameaças. O empresário deverá estar sintonizado com as
tendências e promover adaptações rápidas para tirar proveito de
situações favoráveis.
O nicho de negócio de fotografias através de aparelhos de telefonia
celular não é absorvido pelos estúdios fotográficos. De maneira geral,
os jovens procuram soluções através da internet para a impressão de
fotografias produzidas nos aparelhos celulares. Esse é um público que
responde favoravelmente às campanhas via internet.
Muitas empresas desse ramo estão trazendo clientes para seus estúdios
através de pacotes de promoções que estimulam revelações em grande
escala, ou seja, quanto maior a quantidade de fotografias, menor o
preço.
Conhecer bem a clientela é importante e possibilita a oferta de
promoções personalizadas e diferenciadas da concorrência.
É importante pesquisar junto aos concorrentes para conhecer os
serviços que estão sendo adicionados e desenvolver opções específicas
com o objetivo de proporcionar ao cliente um produto diferenciado.
Além disso, conversar com os clientes atuais para identificar suas
expectativas é muito importante para o desenvolvimento de novos
serviços ou produtos personalizados, o que amplia as possibilidades de
fidelizar os atuais clientes, além de cativar novos.
Divulgação
Os meios para divulgação de um estúdio fotográfico variam de acordo
com o porte e o público-alvo escolhido. Para um empreendimento de
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pequeno porte pode-se utilizar panfletos, bem elaborados e
direcionados a pessoas que freqüentam os estabelecimentos próximos
ao estúdio.
A utilização do telefone para contato com clientes e potenciais
clientes, costuma ser uma iniciativa que rende bons resultados.
Através do telefone pode-se oferecer serviços e divulgar produtos da
loja de material fotográfico.
Na medida do interesse e das possibilidades, poderão ser utilizados
anúncios em jornais de bairro, jornais de grande circulação, rádio,
revistas, outdoor e internet.
O marketing de massa é fundamental para tornar o estúdio fotográfico
conhecido. Neste sentido a melhor mídia é o rádio e a televisão.
A construção de site na internet representa uma possibilidade de
comunicação muito interessante, com a exposição de fotografias do
ambiente, fotos e depoimentos de clientes que autorizarem a
publicação, além de ofertar produtos da loja. Se for do interesse do
empresário, uma loja virtual poderá realizar vendas via internet.
A promoção de vendas é uma estratégia bastante utilizada pelos
empresários, incluindo: descontos, brindes, estímulos para a compra
de quantidades maiores etc.
Outros recursos poderão ser utilizados e, se for de interesse do
empreendedor, um profissional de marketing e comunicação poderá
ser contratado para desenvolver campanha específica.
Informações Fiscais e Tributárias
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Idéias de Negócios - estudio-fotografico
O segmento de estúdio fotográfico, assim entendido como as
atividades de produção fotográfica, como fotografia para passaportes,
escolas, casamentos, poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (instituído
pela Lei Complementar nº 123/2006), por autorização do artigo 17,
parágrafo 2º, caso a receita bruta de sua atividade não ultrapassar R$
240.000,00 (microempresa) ou R$ 2.400.000,00 (empresa de pequeno
porte) e respeitando os demais requisitos previstos na Lei.
Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e
contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS
(Documento de Arrecadação do Simples Nacional):
- IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);
- CSLL (contribuição social sobre o lucro);
- PIS (programa de integração social);
- COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
- ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) – se
comercializar mercadorias, como álbuns fotográficos, etc.;
- ISS (imposto sobre serviços de qualquer natureza); e,
- INSS (contribuição para a seguridade social).
Conforme o Anexo III da referida Lei Complementar nº 123/2006, as
alíquotas do SIMPLES Nacional, para o ramo de atividade de serviços
prestados, vão de 6% até 17,42%, dependendo da receita bruta
auferida pelo negócio. Se o empreendedor realiza atividade de
comercialização de produtos, como álbuns fotográficos (desde que
previsto nos atos de constituição do empreendimento), o Anexo I
determina alíquotas entre 4% até 11,61%. Havendo as duas atividades,
cada receita específica deverá ser incluída no Anexo pertinente. No
caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo
SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no
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primeiro mês de atividade, o empreendedor utilizará, como receita
bruta total acumulada, a receita do próprio mês de apuração
multiplicada por 12 (doze).
A opção de tributação pelo SIMPLES Nacional poderá ser
amplamente vantajosa para o segmento de negócio de estúdio
fotográfico, motivo pelo qual sugerimos uma avaliação cuidadosa do
regime de tributação apresentado.
Ressalta-se que não estão permitidos no SIMPLES Nacional os
serviços de fotografia exerçam atividades concernentes à criação de
material publicitário, diretamente relacionadas às atividades de
publicitário ou também ligadas a cursos; referidas atividades
sujeitam-se a tributação com base no lucro real ou presumido,
conforme a opção escolhida.
Para os serviços do parágrafo acima o segmento de negócio deverá
optar por um dos regimes de tributação abaixo:
Lucro Real: É o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas
adições, exclusões ou compensações estabelecidas em nossa
legislação. Este sistema é o mais complexo de todos; entretanto,
dependendo de uma série de fatores a serem avaliados, o lucro real
pode ser opção vantajosa para o segmento.
Alíquotas:
- IRPJ - 15% sobre a base de cálculo (lucro líquido). Haverá um
adicional de 10% para a parcela do lucro que exceder o valor de R$
20.000,00, multiplicado pelo número de meses do período. O imposto
poderá ser determinado trimestralmente ou anualmente;
- CSLL - 9%, determinada nas mesmas condições do IRPJ;
- PIS - 1,65% - sobre a receita bruta total, compensável;
- COFINS – 7,6% - sobre a receita bruta total, compensável.
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Idéias de Negócios - estudio-fotografico
Lucro Presumido: É o lucro que se presume através da receita bruta de
vendas de mercadorias e/ou prestação de serviços. Trata-se de uma
forma de tributação simplificada utilizada para determinar a base de
cálculo do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o
Lucro (CSLL) das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à
apuração do lucro real. Nesse regime a apuração do imposto será feita
trimestralmente.
A base de cálculo corresponde a 32% da receita bruta para a atividade
de centro de estética. A alíquota é mesma determinada para o Lucro
Real.
Alíquotas:
- IRPJ - 15% sobre a base de cálculo (após a aplicação do percentual
sobre a receita bruta). Haverá um adicional de 10% para a parcela do
lucro que exceder o valor de R$ 20.000,00, multiplicado pelo número
de meses do período. O imposto poderá ser determinado
trimestralmente ou anualmente;
- CSLL - 9%, determinada nas mesmas condições do IRPJ;
- PIS - 0,65% - sobre a receita bruta total;
- COFINS – 3% - sobre a receita bruta total.
Já no caso das contribuições previdenciárias (tanto para o lucro real
quanto para o lucro presumido):
- INSS - Valor devido pela Empresa - 20% sobre a folha de pagamento
de salários, pró-labore e autônomos;
- Valor devido pelo Empresário e Autônomo - A empresa também
deverá descontar e reter na fonte, 11% da remuneração paga devida ou
creditada a qualquer título no decorrer do mês, ao autônomo e
empresário (sócio ou titular), observado o limite máximo do salário de
contribuição (o recolhimento do INSS será feito através da Guia de
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Previdência Social - GPS).
ISS – Calculado sobre a receita de prestação de serviços, varia
conforme o município onde o segmento estiver sediado.
Orienta-se ao empreendedor que atente ao tópico Exigências legais
especificas, que inclui as normas e regulamentos que devem ser
atendidos para operacionalização dessa atividade.
Microempreendedor Individual - entra em vigor a partir de julho de
2009
Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 36.000,00, o
empreendedor poderá se enquadrar como Microempreendedor
Individual – MEI, ou seja, sem sócio. Neste caso, os recolhimentos
dos tributos e contribuições serão efetuados em valores fixos mensais
conforme abaixo:
O empresário não precisa recolher os tributos acima (nem pelo sistema
unificado), exceto:
• ISS –valor fixo de R$ 5,00 (cinco reais) independente do
faturamento e
• ICMS – valor fixo de R$1,00 (um real), independente do
faturamento
I) Sem empregado
• R$ 51,15 mensais para o INSS relativa à contribuição previdenciária
do empreendedor;
• R$ 5,00 mensais de ISS – Imposto sobre serviços de qualquer
natureza.
II) Com um empregado
Neste caso o empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores
acima, os seguintes percentuais:
• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do
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Idéias de Negócios - estudio-fotografico
empregado.
Conclusão: Para este segmento, tanto como LTDA quanto MEI, a
opção pelo Simples Nacional sempre será muito vantajosa sobre o
aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do
estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.
Fundamento Legal: Leis Complementares 123/2006, 127/2007,
128/2008 e Resoluções do CGSN – Comitê Gestor do Simples
Nacional.
Eventos
A seguir serão indicados alguns eventos tradicionais sobre fotografia.
Feira Internacional de Imagem – PhotoImage Brazil
Evento anual
Local: São Paulo - SP
(11) 3060-5000
www.photoimagebrazil.com.br
Congresso Paulista da Foto
Evento: anual
Local: São Paulo - SP
www.feirafotografar.com.br
Entidades em Geral
Associação Brasileira dos Fotógrafos de Publicidade -ABRAFOTO
R. Tabapuã, 821 - cj.124 - São Paulo - SP
CEP 04533-013
Idéias de Negócios - estudio-fotografico
21
(11) 3168.1093
www.abrafoto.org.br
Associação Brasileira de Arte Fotográfica – ABAF
R. Assis Bueno, 30 – Botafogo – Rio de Janeiro - RJ
(21) 2549-6949/3683-3013
www.abaf.art.br
Photo Marketing Association International – Brasil
Alameda Irerê, 115 – Jardim Itatiaia – Embu - SP
CEP: 06844-260
(11)4781-2863
www.pmai.org/index.cfm/ci_id/27997/la_id...
Procurar na localidade:
Sindicato do comércio das empresas de artes fotográficas
Alguns Fornecedores/Fabricantes
Kodak Brasileira Ind. e Comércio Ltda
Rod. Pres. Dutra, Km 154,7 – São José dos Campos - SP
CEP: 12240-420
0800-150000
T. Tanaka
Rua Martins Francisco, 438 – São Paulo-SP
CEP: 01226-000
(11) 3825-2255
www.ttanaka.com.br
Universe Exportação e Comércio Ltda
Rua da Bahia, 1148 sl 802 – Centro – Belo Horizonte - MG
CEP: 30160-011
(31) 3274-2005
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Obs: Pesquisa na internet indicará outros fornecedores de
equipamentos e produtos para estúdios de fotografias, que poderão
estar localizados mais próximos ao local de instalação do negócio. As
Associações de Fotógrafos nos Estados da Federação também poderão
auxiliar.
Cursos
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac)
http://www.senac.br
Normas Técnicas
Não existem normas técnicas específicas que regulamentem este
segmento empresarial.
Glossário
Minilab digital: equipamento instalado na loja, que faz revelações e
cópias em até uma hora.
Dicas do Negócio
- É importante, para se tornar mais competitivo, dimensionar o
conjunto de serviços que serão agregados; avaliar o custo–benefício
desses serviços é vital para a sobrevivência do negócio, porque pode
representar um elevado custo sem geração do mesmo volume de
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receitas.
- Investir na qualidade global de atendimento ao cliente, ou seja:
qualidade do serviço, ambiente agradável, profissionais atenciosos,
respeitosos e interessados pelo cliente, além de comodidades
adicionais com respeito a estacionamento.
- Procurar fidelizar a clientela com ações de pós-venda, como: remessa
de cartões de aniversário, comunicação de novos serviços e novos
produtos ofertados, contato telefônico lembrando de eventos e
promoções.
- A presença do proprietário em tempo integral é fundamental para o
sucesso do empreendimento.
- O empreendedor deve estar sintonizado com a evolução do setor,
pois esse é um negócio que requer inovação e adaptação constantes,
em face das novas tendências que surgem dia-a-dia.
- Os empregados devem participar de cursos de aperfeiçoamento,
congressos e seminários, para garantir a atualização do estúdio
fotográfico.
Características específicas do empreendedor
O empreendedor envolvido com atividades relacionadas à
fotografia precisa adequar-se a um perfil arrojado e comprometido
com a evolução acelerada de um setor altamente disputado pela
concorrência. É aconselhável uma auto-análise para verificar qual a
situação do futuro empreendedor frente a esse conjunto de
características e identificar oportunidades de desenvolvimento. A
seguir, algumas características desejáveis ao empresário desse ramo.
- Ter paixão pela atividade e conhecer bem o ramo de negócio.
- Pesquisar e observar permanentemente o mercado em que está
instalado, promovendo ajustes e adaptações no negócio.
- Ter atitude e iniciativa para promover as mudanças necessárias.
- Acompanhar o desempenho dos concorrentes.
- Saber administrar todas as áreas internas da empresa.
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- Saber negociar, vender benefícios e manter clientes satisfeitos.
- Ter visão clara de onde quer chegar.
- Planejar e acompanhar o desempenho da empresa.
- Ser persistente e não desistir dos seus objetivos.
- Manter o foco definido para a atividade empresarial.
- Ter coragem para assumir riscos calculados.
- Estar sempre disposto a inovar e promover mudanças.
- Ter grande capacidade para perceber novas oportunidades e agir
rapidamente para aproveitá-las.
- Ter habilidade para liderar a equipe de profissionais do estúdio
fotográfico.
Bibliografia Complementar
AIUB, George Wilson et al. Plano de Negócios: Serviços. 2.
ed. Porto Alegre: Sebrae, 2000.
BARBOSA, Mônica de Barros; LIMA, Carlos Eduardo de. A Cartilha
do Ponto Comercial: Como escolher o lugar certo para o sucesso do
seu negócio. São Paulo: Clio Editora, 2004.
BIRLEY, Sue; MUZYKA, Daniel F. Dominando os Desafios do
Empreendedor. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2004.
COSTA, Nelson Pereira. Marketing para Empreendedores: um guia
para montar e manter um negócio. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.
DAUD, Miguel; RABELLO, Walter. Marketing de Varejo: Como
incrementar resultados com a prestação de Serviços. São Paulo:
Artmed Editora, 2006.
DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luisa. 14. ed. São Paulo:
Cultura Editores Associados, 1999.
KOTLER, Philip. Administração de Marketing: a edição do novo
milênio. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
SEBRAE. Estúdio Fotográfico – Série Ponto de Partida. Belo
Horizonte: SEBRAE-MG.
SILVA, José Pereira. Análise Financeira das Empresas. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2006.
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