Prezados Maestros e Cantores. Amar-mos uns aos
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Prezados Maestros e Cantores. Amar-mos uns aos
Prezados Maestros e Cantores. Amar-mos uns aos outros Para permanecermos unidos a Cristo e ele a nós, é preciso guardar seus mandamentos. Quais são eles? Jesus resumiu os mandamentos de Deus em apenas uma sentença: “amar uns aos outros assim como ele nos amou”. Parece pouco, mas não é! Ele não fala de qualquer amor. Não é dessa palavra desgastada e banalizada que ouvimos todos os dias entre os casais de namorados e nos meios de comunicação. É muito mais que isto. Fala de um amor que nos leva a dar a vida pelos outros. Foi assim que Ele nos amou, dando a vida por nós. Quem consegue amar o seu semelhante a ponto de dar a vida por ele vive os mandamentos de Deus, pois todos os mandamentos se resumem neste. Cumprindo o mandamento do amor, todos os demais estarão sendo cumpridos, porque, como o próprio Jesus disse: “Ninguém tem amor maior do aquele que dá a vida pelos amigos”. Esse é o critério para ser amigo de Cristo. Isso não quer dizer que tenhamos de morrer à toa, por qualquer coisa. Dar a vida significa doar-se aos irmãos dedicando um pouco do nosso tempo em algum trabalho social, em campanhas em prol da vida, ajudando alguém que necessita, partilhando nossos dons, talentos e até mesmo os bens, como faziam as primeiras comunidades cristãs. Todas estas atitudes e muitas outras, quando feitas de modo gratuito, sem esperar nada em troca, sem querer recompensas, são formas de dar a vida. São muitas as pessoas que fazem isso no nosso mundo, sem que a gente saiba. Algumas delas se destacam, como por exemplo, Madre Teresa de Calcutá, os que lutam em defesa dos oprimidos, os mártires de ontem de hoje etc. A Igreja está repleta de gente que, por viver o amor de Cristo, doa-se pelo próximo. Sem estas pessoas a Igreja não seria Igreja. O fundamento da nossa Igreja é a doação da vida. Nós, os Pueri Cantores, de alguma forma, no nosso modo de ser também somos missionários e damos um pouco de nossa vida, quando gratuitamente, respondemos sim ao convite para cantarmos a liturgia. Com nossos ensaios e cantos, estamos louvando o Autor e Fonte de todo Bem e ajudando nosso próximo que nos ouve, a também louvar o nosso bom Deus que é o Deus da Beleza. A nossa missão precisa de gente de coragem e respeito e sermos, entre outras coisas, portadores da mensagem de Paz. Assim ela será, de fato, producente. Não é isto que fazemos todos os Pueri Cantores do mundo inteiro? É um canto de estímulo, o qual traz muita alegria. Os documentos da Igreja, bem como suas cartas pastorais encíclicas tem hoje tudo a ver com os primórdios da Igreja cristã. Esta é uma forma eficaz de evangelizar, conduzir e orientar o povo para que permaneça sempre no amor de Cristo, vivendo seu mandamento supremo que é o de amar uns aos outros e dar a vida por eles se preciso for. Outra coisa que Jesus nos ensina consiste num pedido de desculpas. Depois que alguém causa constrangimento e perturbações com palavras e ações, nós devemos ter uma postura correta: reconhecer a falha e procuram reparar o erro. É uma atitude de humildade e de amor. Deste mesmo modo somos orientados a agir em relação aos nossos irmãos, principalmente quando temos atitudes erradas. Reconhecer a culpa e pedir perdão é sinal de fraqueza, mas de humildade e de sabedoria. Somente quem ama o próximo é capaz dessa atitude de esvaziamento, no sentido quenótico do termo. É isso que Jesus ensina no Evangelho ao pedir que amemos uns aos outros como ele nos amou. É isso que ensina as tantas músicas que cantamos. Quem ama dessa maneira deixa de ser escravo: escravo do orgulho, da arrogância, do erro e de tantas outras atitudes que desagradam a Deus. Tornamo-nos, com gestos de perdão e reconhecimento das falhas, amigos de Deus, pois somente os bons e humildes conseguem chegar até Ele. Foi para isso que Ele nos escolheu e nos enviou como discípulos e missionários seus. Ele quer que produzamos frutos que sejam resultados do nosso amor e não simplesmente atos baseados na aparência. Quando há essa sintonia entre o discípulo e o mestre, tudo o que for pedido a ele, será concedido. Portanto sejamos pessoas e comunidades movidas pelo amor a Deus e ao próximo e que nossas ações promovam a vida sempre. Que o amor seja a medida de nossos atos. Quem age movido pelo amor, nunca erra. Fraternalmente, Ir. Fernando B. Vieira, sj