Mordomia e Finanças

Transcrição

Mordomia e Finanças
CMC
classe de
maturidade
cristã
Pa l m a s
www.igrejadapaz.com.br/palmas
303 Sul Al 11, Lote APM 10e - Tel. 3216 - 3333
Email: [email protected]
CMC
classe de
maturidade
cristã
Pa l m a s
www.igrejadapaz.com.br/palmas
303 Sul Al 11, Lote APM 10e - Tel. 3216 - 3333
Email: [email protected]
Sumário
Autoridade e Submissão
4
Oração
13
Mordomia e Finanças
41
Caráter de Cristo
59
Visão do MDA
77
Discipulado
87
303 Sul Al 11, Lote APM 10e - Tel. 3216 - 3333
Email: [email protected]
Autoridade e
submissão
Base Bíblica:
Romanos 13:1-7 e Hebreus 13:17.
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de
Deus; e as autoridades que há, foram ordenadas por Deus”.
Romanos. 13:1
Introdução:
A admiração de Jesus. Mt. 8:5-10 e Mc. 6:1-6.
A Compreensão de autoridade gerou a Fé que produziu o milagre.
A Falta de compreensão gera a incredulidade e a incredulidade não gera nenhum milagre.
A compreensão de “autoridade espiritual” é o alicerce básico para um ministério bem sucedido.
Tanto quanto "a unção", a autoridade é recebida diretamente do Senhor. Ela é essencial
para efetivar o ministério. Precisamos dela para realizar a vontade de Deus no ministério, e nunca
devemos misturá-la com a nossa própria vontade, que é carnal.
A presença de AUTORIDADE ESPIRITUAL é essencial para que o "Corpo de Cristo" possa operar
com ordem e equilíbrio.
Definição de Autoridade:
Autoridade - É o direito de governar, ordenar, tomar decisões e agir sobre as decisões tomadas. O
direito de exercer poder. Jurisdição legal.
"Autoridade" no Grego é traduzida da palavra -"Exousia"
Às vezes é traduzido "poder," como, por exemplo, em João 1:12, mas é melhor entendido neste e
outros textos como "autoridade," Mt. 9:6; 28:18; Lc. 10:19; Jo. 17:2; 19:10-11 e II Co. 10:8.
Nós sabemos também que Deus tem "poder", que no Grego é "dunamis" - literalmente
força, habilidade.
O melhor sentido dessa palavra está em Atos 1:8 onde o Espírito Santo é prometido para
dar "poder" à Igreja.
A diferença entre os dois termos é mais bem entendida desta maneira:
01A autoridade de Deus representa a Sua pessoa, Ele mesmo.
O poder de Deus representa os feitos ou atos dEle.
É uma coisa pecar contra os feitos (as obras) de Deus; mas é muito pior se rebelar contra a
autoridade dEle.
Sl. 103:7, “Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel.”.
Nosso alvo através deste curso é encontrar e conhecer, a autoridade de Deus: A autoridade
Espiritual.
Só Deus tem toda autoridade (Rm 13:1, Sl 115:3):
A autoridade dEle é chamada "autoridade direta".
Para realizar a Sua VONTADE, Deus delega a autoridade aos homens. Amós 3:7.
Deus deu toda autoridade para Seu Filho e consequentemente aos seus filhos Jo. 1:12.
Mas para realizar a obra de Deus, Ele também concede seu "poder" aos homens através
do Espírito Santo e Seus dons. Atos1:8 , Ef. 4:11, ICo. 12:1-11.
CMC Autoridade e Submissão 4
Os dois tipos de autoridade:
 A autoridade direta
O Senhorio de Jesus em sua vida.
 A autoridade delegada
Espiritual – Pais, Pastores, Discipuladores.
Secular - policiais, professores, governo etc.
Os dois princípios que operam neste mundo:
 Princípio da autoridade
 Princípio da rebelião
Deus – Ele é a autoridade ele é Soberano - Ele tem toda "Autoridade".
Satanás – Ele é o autor de toda rebelião. Ele foi quem originou a rebelião. Ele é o lado negativo de
autoridade, “rebelião".
Isaías 14 e Ezequiel 28 contam a história da auto-exaltação e a queda do diabo.
Isaías 14:12-21, ele violou a autoridade de Deus.
Ezequiel 28:11-19, ele violou a santidade de Deus.
Coisa terrível é pecar contra a santidade de Deus; Porém pior que pecar contra a santidade de
Deus é rebelar contra a autoridade de Deus. Exemplo: Não cumprir uma ordem lícita do seu líder é
uma coisa, outra, porém mais grave é se levantar contra seu líder.
É possível viver para Jesus em sua conduta e doutrina, aparentando uma vida de
santidade e submissão e ao mesmo tempo, ter no íntimo, princípios diabólicos (Rebelião
no coração).
Exemplo do Pedrinho: Por fora eu estou sentado, mas por dentro estou em pé
Exemplo: Judas Iscariotes e Ananias e Safira.
Observe o modelo de oração de Jesus em Mt. 6:13.
"Não nos deixes cair em tentação" - A obra do diabo.
"Mas livra-nos do mal" - O próprio caráter do diabo.
"Pois teu é o reino, o poder e a glória" – autoridade de Deus.
O diabo não tem tanto medo de nossas pregações do evangelho quanto ele tem da nossa
obediência à autoridade.
Pregamos o evangelho para trazer homens ao Reino, ou seja, levá-los a serem submissos
à autoridade. Porém não podemos fazer isso enquanto nós mesmos não estivermos submetidos.
A verdade é que não podemos exercer autoridade sobre o diabo enquanto não reconhecermos a
autoridade de Deus e nos submetermos a ela.
Nossos problemas com o diabo começam no mesmo momento que começa a sua submissão à
autoridade espiritual, ou seja, quando você atribui TODA autoridade a Jesus.
Se realmente quisermos servir a Deus, devemos encontrar e aceitar a Autoridade dEle. Tanto
direta como delegada.
O apóstolo Paulo e a autoridade espiritual:
O testemunho de Paulo, Atos 9:3-6 e 26:13 - 16.
At. 9:3-6, “E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou
um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que
me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu
persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor,
que queres que faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te
convém fazer.” (Versão Corrigida)
Paulo encontrou Jesus na estrada de Damasco numa experiência de salvação. Neste momento
Paulo encontrou também e se submeteu a autoridade espiritual de Deus na mesma hora.
CMC Autoridade e Submissão 5
Paulo recebeu conhecimento por revelação do Senhorio de Jesus, “Quem és tu, Senhor?”.
Antes Paulo tentava destruir a igreja. Depois compreendeu que era difícil "recalcitrar (o
poder humano) contra os aguilhões (autoridade divina). Atos 9:6 na versão corrigida.
Veja também Atos 26:14.
Como um fariseu, Paulo era santo, ortodoxo, zeloso e compromissado. Ao mesmo tempo
ele estava com muita rebeldia à perfeita vontade de Deus e ele mesmo não reconhecia isso.
Na estrada para Damasco, ele encontrou e se submeteu a autoridade direta de Jesus.
(Quem és tu, Senhor? Eu sou Jesus...).
Qual a resposta certa à autoridade? "O que queres que faça?" Versão Corrigida.
Então, três dias mais tarde, ele não teve problema em se submeter à autoridade delegada na
pessoa de Ananias.
Deus tem escolhido a Igreja para manifestar a vontade divina. A única maneira para fazer isso, é
ela estando sujeita à autoridade.
A única maneira que pela podemos nos submeter à “autoridade delegada” na Igreja, é
primeiramente ter uma revelação da "autoridade direta" de Deus na nossa vida pessoal, o
Senhorio de Jesus.
Rei Saul e a autoridade espiritual:
A Bíblia nos ensina que a maior exigência que o Senhor pede do homem é a de obediência.
I Sm. 15. Saul e os Amalequitas.
Exteriormente Saul tinha boas intenções, mas interiormente ele tinha um coração rebelde!
Sm. 15:22 - "Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor do
que a gordura de carneiros..."
Só a obediência honra a Deus de maneira absoluta, porque mesmo no sacrifício pode haver o
elemento da vontade própria. Isso exige o conquistar de nosso ego pelo Espírito de Deus.
Somente então, andaremos no Espírito e em submissão a Deus.
Mt. 26:39 - Jesus no Getsêmani.
O "cálice" e a "vontade." A vontade de Deus é absoluta; o cálice (ou seja, a crucificação) não era. O
sacrifício deve ser submetido a vontade, então e somente então é aceitável diante de Deus.
Jesus começou essa oração buscando a vontade de Deus, mas ao mesmo tempo Ele estava
procurando um meio para evitar beber o "cálice."
Quando Ele soube que a "vontade" e o "cálice" eram O MESMO, Ele aceitou! A cruz é a mais alta
expressão de obediência na Bíblia, mas mesmo a cruz sendo o ponto culminante do universo, não
pode ser mais importante do que a vontade de Deus. Jesus considerou a autoridade de Deus (a
vontade de Deus) mais importante que a sua própria cruz (seu sacrifício).
Obs: Você não escolhe sofrer para Deus, ao contrário você escolhe fazer a vontade dEle.
Para sacrificar ou até mesmo sofrer como uma sugestão de "si mesmo" é a mesma coisa que
rebeldia. "A rebelião é como o pecado de feitiçaria (que é basicamente manipulação), e a
obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar." Satanás será glorificado!
Você precisa se submeter a autoridade antes que seu serviço no Senhor possa ser aceitável.
Há dois aspectos importantes na Cruz de Cristo: Crer na salvação de Deus e obedecer a
autoridade dEle.
Salvação: Crer (fé para ser salvo) e Obedecer (fé para submeter-se).
Lembre-se, há dois princípios operando no universo: o da autoridade de Deus e o
da rebelião do diabo.
Não podemos servir a Deus e simultaneamente andar pelo caminho da rebeldia.
 Ou você submetera ou você insultará e odiará a autoridade.
 Ou você se humilhara e submetera ou você se inchará com orgulho.
Uma vez que você encontra (tem revelação) a autoridade, você nunca deve
negligenciá-la.
CMC Autoridade e Submissão 6
Relatos de rebelião no velho testamento:
A Queda de Adão e Eva, Gn. 1 - 3.
Gn 2:16 -17
E o SENHOR Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, 17 mas
não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer,
certamente você morrerá".
Gn 3:1- 6 – Ler
Adão = Autoridade
Eva = Submissão.
Eles tinham "domínio" sobre tudo isso é autoridade.Isto mostra que para exercer autoridade,
primeiramente você precisa estar sob autoridade. A árvore "do bem e do mal" fez com que eles
soubessem que estavam sob a autoridade de Deus.
Eles foram colocados no jardim como sinal de autoridade.
Eles pecaram, rebelaram contra a autoridade, Gn. 3
Rm. 5:19 - "Porque, como pela desobediência de um só homem muitos se
tornaram pecadores...".
Eva tomou sua própria decisão ao verificar se o fruto era bom ou não. Ela descobriu a cabeça.
Eva estava debaixo de uma autoridade dupla. Ela não somente desobedeceu a ordem de Deus,
mas também a de Adão.
Adão pecou contra a autoridade direta de Deus, isto também foi rebeldia. Lembre-se, rebelar
contra a autoridade representativa de Deus é o mesmo que rebelar-se contra Deus.
Toda atitude que implique em desobediência constitui-se numa queda, e qualquer atitude de
desobediência é rebeldia.
O homem que é governado pela obediência a Deus, não decide por si mesmo se as coisas são
"boas" ou "más”.
A primeira lição de um servo verdadeiro é obedecer a autoridade, não fazendo o que lhe parece
certo aos seus próprios olhos.
Quando você reconhecer e submeter à autoridade então você encontrará seu lugar no Reino de
Deus.
Quando você se submete à autoridade, nessa mesma medida você receberá autoridade.
Noé e seus Filhos, Gn. 9:20-27. Ler
Veja a falha de Noé como uma prova, um teste para os seus filhos.
Nós temos que obedecer a autoridade e não uma pessoa.
A atitude dos três filhos em relação à autoridade Reação de Cão - Rebelião.
Ele teve prazer em ver um defeito ou fraqueza na figura de autoridade, assim ele teria uma
desculpa para não se submeter e se desembaraçar de todas as restrições.
Reação de Sem e Jafé - Obediência.
Sentiram muito sobre o erro, ao mesmo tempo respeitaram a autoridade de seu pai. Veja quem se
tornou servo de quem!
Cão ficou como o primeiro escravo na Bíblia.
Aquele que não se sujeita à autoridade vem a ser escravo daquele que obedece à autoridade de
Deus.
Nadabe e Abiú, Filhos de Arão o Sumo Sacerdote, Levítico 10:1-2.
Eles ofereceram “fogo estranho". Eles ministraram pela habilidade e não pela autoridade.
Eles ministraram por causa da família, não pela autoridade; só Arão tinha a autoridade.
Eles usurparam (assumiram sem direito) a autoridade por eles mesmos - adoração falsa.
Isso foi um espírito independente, não foi feito sob a autoridade, por isso foi chamado "fogo
estranho". Isto é rebelião.
O "zelo" sem submissão é errado e tem que ser cortado.
Mt. 7:22-23, "Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade!"
Vemos que adoração é iniciada por Deus.
A única oferta aceitável diante de Deus é aquela que é oferecida debaixo de autoridade. ... Em
espírito e em verdade...
Aquele que desordenadamente levanta a sua cabeça e age independentemente está sendo
CMC Autoridade e Submissão 7
rebelde, o que resulta em morte.
Miriã e Arão, Números 12:1-16.
A esposa de Moisés usada como uma desculpa para não submeter-se a autoridade de
Moisés.
O assunto da esposa de Moisés era uma questão familiar e não uma questão de governo
(autoridade).
O irmão e a irmã mais velha tinham o direito de discutir isso com Moisés, em particular, mas em vez
disso, eles discutiram em torno de sua autoridade.
O verdadeiro problema era: Eles não queriam obedecer Moisés.
O fim disso foi que eles falaram mal do líder deles e não apenas do irmão deles.
Verdades a aprender:
Moisés era mui manso. Ele não tentou defender a sua autoridade.
Uma Regra importante: A autoridade nunca deve ser defendida. Um leão não precisa de proteção.
Você é chamado por Deus à autoridade, você nunca ganha por méritos próprios uma posição de
autoridade.
Muitos cometem o erro de tentar se submeter a Deus sem se submeter a autoridade delegada por
Ele. Isso é IMPOSSÍVEL!
O maldizer dos nossos líderes é um "canteiro" cheio de rebelião.
Veja que Isso não é uma questão de ser nosso irmão ou parente, mas de nosso líder
(a autoridade instituída ou estabelecida por Deus).
Corá, Datã e Abirão, Nm. 16:1 - 50.
Corá e seus companheiros pertenciam aos levitas (confiaram em sua espiritualidade). Por outro
lado, Datã e Abirão eram filhos de Rúben (o primogênito), e confiaram em sua posição.
Nm. 16:3, “... Basta! Pois que toda a congregação é santa, cada um deles é
santo, e o Senhor está no meio deles: porque, pois, vos exaltais sobre a
congregação do Senhor?"
Eles cometeram um grande erro: Determinando liderança baseada na santidade e obra pessoal
em vez da autoridade delegada por Deus.
Talvez eles fossem tão santos quanto Moisés, mas era a autoridade e não a santidade que foi o
fator determinante.
Eles queriam servir a Deus e rejeitar Moisés, o escolhido de Deus.
Deus e a autoridade delegada são inseparáveis.
É impossível manter uma atitude para com Deus e uma outra atitude para as autoridades
delegadas por Ele.
Eles culparam Moisés de uma falta cometida por eles mesmos, a de não entrar na terra de Canaã.
(uma falha Nacional) vs.13
Rebelião, um princípio infernal: Eles foram jogados vivos para dentro do inferno.
Vs. 32 - 33.
Seguir a razão é sair do caminho espiritual, o único caminho é obediência pela fé.
Os rebeldes viram apenas um deserto mas os obedientes, pela fé, enxergaram a terra prometida,
até de longe.
A rebelião é contagiosa. Veja a projeção.
Vs. 1 - 40, Os líderes se rebelaram (Poucos).
Vs. 41 - 50, O povão se rebelou (Muitos).Deus tolerou todas as murmurações do povo no deserto,
mas, Ele não tolera rebelião contra a autoridade delegada.
Muitos pecados, Deus pode tratar com misericórdia, mas a rebeldia é o princípio da morte, o
princípio de Satanás.
Veja que mesmo tendo eles presenciado o julgamento da rebelião ainda assim não aprenderam.
Não tinham revelação alguma de autoridade em seus corações.
Olhos humanos (carnais) vêem só o homem, eles não vêem o lado espiritual e a autoridade de
Deus.
Moisés e Arão (autoridade) pararam a praga.
CMC Autoridade e Submissão 8
Compreendendo a obediência:
Davi e a autoridade delegada
 I Sm. 24:4-6
 l Sm. 26:7-12
 II Sm. 1:14
Davi não entraria em rebelião para ganhar o trono. (Mesmo tendo direito, sendo chamado e ungido
para essa posição).
Saul era o rei oficial de Israel.
Saul falhou na sua primeira tarefa, (obediência).
Deus tinha profetizado que Amaleque seria destruído e, a Saul, Seu primeiro rei, foi dado
esse trabalho. Essa foi a vontade de Deus para Saul.
Saul usou a razão e racionalizou entre o bem e o mal. Ele não destruiu totalmente Amaleque.
Ele resistiu a autoridade e entrou em rebelião.
Ele foi despojado da sua unção como rei e precisou sair do trono. Ele resistiu a isso também.
Davi foi ungido Rei, mas com Saul no trono, Davi estava ainda sob sua autoridade.
 Saul era o Rei de Davi.
 Saul era o Comandante de Davi.
 Saul era o Sogro de Davi.
Agora existem DOIS Reis em Israel: um dilema.
Pergunta. Como Davi chegará ao trono?
Resposta. Sob a autoridade, Davi resistiu a tentação de rebelião duas vezes.
Davi escolheu adiar sua ascensão ao trono, (negando a si mesmo) em vez de ser rebelde.
Dessa maneira, Davi se mostrou verdadeiramente digno para ser rei, um homem submisso à
autoridade.
Se Davi ganhasse o trono pela rebelião ele se tornaria tão inútil quanto Saul.
Davi chamou Saul de "Senhor".
A obediência transcende nosso trabalho.
A Consagração a Deus não dá lugar ao pecado de rebelião.
Os dons que nós temos não nos o direito de sermos rebeldes.
Hoje muitos obreiros e membros de igreja estão causando problemas e divisões tudo no nome do
Senhor ou em nome de Deus me mandou.
Mesmo quando Davi cortou as vestes de Saul ele sentiu um ponto de rebelião em seu coração.
A percepção espiritual de Davi era tão aguda quanto ao ensino do Novo Testamento. Pois no Novo
Testamento, Não só o homicídio é condenado, mas também o falar injuriosamente de seu irmão.
Se você é indelicado, atrevido ou arrogante com sua liderança isso também significa "cortar as
vestes". Até a resistência interior é rebelião.
Davi chamou Saul "o ungido do Senhor". Isso fala de respeito e honra a uma autoridade.
Sujeição à autoridade não é ser sujeito a uma pessoa, mas à sua unção que está sobre aquela
pessoa, a seu ofício.
Davi executou o Amalequita por ajudar no suicídio de Saul para remover de toda a rebelião.
I Sm. 31 e II Sm. 1.
Princípio de autoridade diz: Você precisa ser submisso a autoridade (continuamente) antes de ser
permitido a você exercer autoridade.
Jesus nosso exemplo perfeito de submissão à autoridade:
Ele se esvaziou, não exigiu ser trado como Deus Fl. 2:5 -11
Deus se tornar um homem é o mesmo que um homem se tornar uma minhoca
Ele aprendeu a obediência, podemos aprender a obedecer Hb. 5:7- 9Jesus aprendeu a
obediência, Jesus aprendeu a obediência por aquilo que padeceu, Hb. 5:7-9.
Ele não trouxe obediência a esta terra, ele não nasceu com obediência, mas Ele aprendeu.
I Pedro 1:22 e Rm. 10:16.
Um dos propósitos de Jesus ter vindo em carne foi demonstrar perfeitamente o assunto da
verdadeira autoridade e submissão.
CMC Autoridade e Submissão 9
A chave para submissão à autoridade é a Humildade.
Muitos não conseguem submeter porque são orgulhos.
Estar cheio de Jesus é estar cheio de obediência, Fl. 2:5 -11.
Através da obediência Ele foi exaltado, Vs. 9.
Adão falhou através da desobediência, igual todos nós. Jesus "o último Adão", venceu através da
obediência. Ele é nosso exemplo perfeito.
Aprendeu a sofrer: perseguição, desapontamento, decepção, frustração, circunstâncias e ataques
constantes do inimigo.
Nosso sucesso no reino não é determinado através do quanto que sofremos, mas pelo tanto de
obediência que aprendemos por meio do sofrimento.
Jesus nunca reclamou ou murmurou nem ficou ansioso por nada.
 Muitos agem assim e por isso não aprendem a obedecer.
 Enquanto o coração não for tratado, o sofrimento (tratamento) continuará.
Jesus estabeleceu Seu Reino através da obediência A igreja existe por causa ou por meio da
obediência. Ela não teme os fracos, mas teme os rebeldes.
Seu ministério também será estabelecido através da obediência.
Compreendendo a autoridade delegada:
Deus tem toda autoridade e a autoridade que os outros têm sempre é delegada por Ele.
Se submeter à autoridade delegada por Deus é submissão a Deus.
Não é opcional, devemos obedecer TODAS as autoridades.
Devemos ser capazes de reconhecer a autoridade e então nos submeter a ela.
A Autoridade Delegada No Mundo - Rm.13:1 e l Pe.2:13-14.
Deus é a fonte e a origem de toda autoridade ainda que o mundo raramente vê a autoridade direta
como a Igreja vê.No caso de Pilatos: Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se
de cima não te fosse dada... João 19:11.
Se você aprender a obedecer a autoridade de Deus você não terá problemas em reconhecer quem
tem a Sua autoridade delegada no mundo.
Lembre-se que não existe possibilidade de rebelião sem julgamento de Deus. Não há outra
escolha. A conseqüência da resistência à autoridade é a morte.
No princípio, o homem tinha domínio sobre toda a terra, porém, ele não tinha domínio sobre os
homens. Não tinha governo civil.
Depois do dilúvio foi dado ao homem governo (homens sobre homens), Gn. 9:6 "Quem derramar
sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado; porque à imagem de Deus foi o
homem criado”
Êxodo 22:28 Contra Deus não blasfemarás, nem amaldiçoarás o príncipe do teu povo.
(autoridade delegada).
O "princípio" do governo. É como a lei da gravidade.:recompensa o bem e castiga o mal, Rm.13:3
e l Pe.2:13 - 14.
O pecado de criticar sem dar importância ou denunciar o governo civil:
2 Pedro 2:10 especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e
menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades
superiores, nós devemos nos submeter ao governo num espírito de submissão: Jesus e Paulo.
Rm. 13:7.Devemos submeter: Taxas, tributos, impostos, temor e honra.
Anarquia ou rebeldia não é permitida, (desobediência civil será abordada mais tarde).
A Autoridade Delegada No Lar Ef. 5:22-24, 6:1;Cl. 3:18 - 22; Tt. 2:4 - 5; Ef. 5:22-24
Jesus é o marido....
A igreja é a esposa....
Filhos obedientes em todas as coisas.
O Lar: ensina-nos a obediência a "autoridade delegada" espiritual e secular.
Autoridade Delegada Na Igreja I Ts. 5:12 -13 I Tm. 5:17; I Co.16:15 - 16.
A função: Cristo = Cabeça (autoridade); Igreja = Corpo (submissão), I Co. 11:3.
Autoridade Delegada dentro do CORPO de Cristo, a igreja.Ef 4 11-12 – Governo na igreja
Ef. 5:21 Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo
l Pe.5:5.Da mesma forma, jovens, sujeitem-se aos mais velhos. Sejam todos humildes uns para
com os outros, porque "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes".
CMC Autoridade e Submissão 10
Tiago, Pastor da igreja em Jerusalém, Atos 15.
Deus corre o maior risco em dar "autoridade delegada" aos homens do que os homens em se
submeter a ela, Lc. 10:16.
Se Deus tem a ousadia de confiar a Sua autoridade nas mãos humanas devemos igualmente
confiar em tais autoridades como constituídas por Deus.
Você não vai prestar contas dos erros da sua autoridade. Você precisa permanecer numa atitude
de submissão em relação a ela, e ela mesma prestará contas dos seus próprios erros.
Quando você submete ao seu líder na igreja,(autoridade delegada) você não está obedecendo a
um homem, mas a autoridade de Deus.
Ler - Lc. 20:9 -16
Três "autoridades enviadas" e depois o Filho. É impossível atentar às Palavras de Deus sem
atentar às de Suas autoridades delegadas; pessoas insubmissas não vão crescer no Senhor.
Paulo e Ananias, Atos 9.
Você não terá a "luz" de Deus, se você recusar a "luz" de Suas "autoridades delegadas".
Rebelião Escondida: é quando você diz que obedece a Deus e não obedece Suas "Autoridades
Delegadas".
Deus sempre honra a autoridade delegada, veja Nm. 30:6 - 16. Trata da questão de um voto ou
promessa feita por uma mulher, seja filha ou esposa.
Só uma exceção no Novo Testamento, Atos 4:5-19, 5:29. Aqui, a ordem foi diretamente contra a
Palavra de Deus.
Como a autoridade funciona dentro da igreja local.
Ninguém pode estar em posição de autoridade a menos que ele mesmo esteja sujeito à
autoridade. A medida que nos submetemos à autoridade; Deus nos porá em posições de
autoridade, Mt. 18:15-18 e 1Co. 12:12-21A nossa autoridade simplesmente é constituída de
nossos "dons" e talentos que nos farão ter uma área específica de influência dentro de uma igreja
local. No tempo certo será evidente aos nossos líderes.
Espere em Deus e na sua liderança. Não tenha meramente uma aparência de submissão.
Deus deseja que nos submetamos naturalmente ou automaticamente.
Autoridade espiritual e a obediência na igreja:
A Igreja é baseada na autoridade espiritual.
Atos 5:32, Ora, nós somos testemunhas destes fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus
outorgou aos que lhe obedecem.
I Pedro 1:22Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o
amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente,
Devemos ser chamados não somente crentes mas "obedientes".
Atos 22:10 Então, perguntei: que farei, Senhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, entra em
Damasco, pois ali te dirão acerca de tudo o que te é ordenado fazer.
A atitude correta de Paulo logo que converteu "O Que Posso Fazer"? e a resposta de Deus: ali te
dirão ...
A Responsabilidade de cada crente: Descobrir aqueles a quem devemos nos submeter e fazê-lo
Quatro tipos de pessoas dentro de uma igreja
Alguns: Podem submeter-se a certas pessoas, mas não a outras. Isso é um erro. A unção e a
autoridade são dadas por Deus, assim devemos OBEDECER a todos que tem autoridade. De
nada adianta obedecer só o homem; é a autoridade que devemos obedecer.
Alguns: Não se submetem a ninguém. Eles realmente não entendem o quanto eles são rebeldes.
Alguns: Conhecem a autoridade e são tão sensíveis a ela que se eles observarem mesmo um
pontinho de desobediência, (mesmo que nem seja desobediência, mas eles pensam que é) eles
se sentirão rebeldes. Isso é muito bom. É melhor prevenir do que remediar.
Alguns: São sensíveis ao "pecado", mas não a rebelião. Eles têm problemas porque tentam servir
sem reconhecer seu verdadeiro problema.
É fácil obedecer quando se tem aprendido (por revelação) a verdadeira submissão à autoridade.
A única maneira que o Reino de Deus pode prevalecer (Ap. 11:15) é quando ele tem unidade.
Unidade vem através da obediência à autoridade e submissão à autoridade delegada.
CMC Autoridade e Submissão 11
Até onde deve ir nossa obediência? Qual a medida à autoridade?
Hb.11:23, Êx. 1:17, Dn. 3:17-18, Atos 5:29 e 4:19.
A submissão é absoluta, mas, a obediência é relativa.
A submissão é uma atitude do coração.
A obediência é uma questão de conduta.
Atos 4:19, de corações eles foram submissos.
Eles não puderam obedecer as leis dos homens porque elas estavam diretamente em conflito com
a vontade revelada de Deus - a autoridade dEle. Quando tem conflitos entre a autoridade delegada
e a Palavra de Deus, siga a Palavra.
Resumiremos isso em três pontos:
A obediência está relacionada com a conduta: é relativa. A submissão relaciona-se com a atitude
do coração: é absoluta.
Só Deus recebe obediência irrestrita sem medida; qualquer pessoa abaixo de Deus só pode
receber obediência restrita.
Se a autoridade delegada emitir uma ordem claramente contra a Palavra de Deus, deverá receber
submissão, mas não obediência.
Devemos nos submeter à pessoa que recebeu autoridade delegada de Deus, mas devemos
desobedecer à ordem que ofende a Deus.
Exemplos de pessoas que foram submissos, mas sem obediência.
Parteiras no Egito na época de Moisés
Sadraque, Mesaque, Abede-Nego.
Pedro e João
O próprio Jesus.
Como saber se uma pessoa é submissa e obediente à autoridade.
Ela procura a autoridade para submeter-se a ela aonde quer que vá.
Ela é gentil, respeitador e manso no trato com sua autoridade.
Ela policia suas palavras ao falar com sua autoridade. A submissão à autoridade NUNCA permite
que você fale levianamente ELA ACATA E ACEITA CORREÇÃO - É FÚTIL TENTAR MOSTRAR
ERRO NA VIDA DE ALGUÉM QUE NÃO TEM COMPREENDIDO A AUTORIDADE E NÃO É
SUBMETIDO A ELA.
CMC Autoridade e Submissão 12
Oração
Oração efetiva é a chave para o sucesso em cada área da vida; é o segredo da vitória no
trabalho de Deus e na vida pessoal. A oração verdadeira é a mais poderosa arma contra os
poderes das trevas; é também a chave que abre os tesouros do céu para o homem. Fica, pois,
claro que cada esforço no reino de Deus só terá sucesso se for gerado e sustentado pela
oração. Todo sucesso na vida cristã é proporcional ao tempo de oração. 10% de oração, 10%
de sucesso; 50% de oração, 50% de sucesso; 100% de oração, 100% de sucesso. Lucas 18:1
fala do “Dever de orar sempre e nunca esmorecer”; I Ts 5:17 declara: “Orai sem cessar”.
Paulo recomenda: Orando em todo tempo no espírito...” (Ef 6:18). Como orar sempre?
1- Considerações:
a. A oração é um modo de viver:
É uma comunicação entre o nosso espírito recriado e o Espírito de Deus. É a expressão que resulta
de um relacionamento íntimo com o Senhor residente em nosso coração, pelo seu espírito. Nossa
vida, pois, pode ser uma oração.
b. Oração é comunhão com Deus:
Nossa vida inteira deve ser estabelecida sobre o funcionamento de uma comunhão pessoal,
profunda e íntima com Deus. Uma ligação permanente (I Co 6:17). Oração é um encontro do Pai
celeste com Seu filho, numa comunhão de amor.
c. Oração é comunicação com um Deus pessoal e digno de confiança:
Deus é uma pessoa! Deus é digno de confiança! Ele é um Deus pessoal que se relaciona conosco
numa base pessoal. Nossos olhos de carne não vêem, mas Ele é real e se comunica com Seus
filhos. Concepções religiosas erradas O colocam como um Deus inatingível, impessoal, distante,
que pode ou não estar interessado em nossas vidas. Daí surgem as orações que são meras
expressões religiosas, destituídas de significado, sem nenhum valor prático.
d. Oração é comunhão com um Deus residente no cristão:
No Velho Testamento, Deus estava no meio do povo, era pelo povo, mas não estava no povo. No
Novo Testamento, Deus não somente está em nosso meio, é por nós, mas Ele está em nós, pelo
Seu Espírito residente em nosso espírito.
e. Oração exige tempo com Deus:
O maior investimento que podemos fazer em nossa vida é o tempo com Deus e Sua Palavra. A
maior contribuição que podemos dar ao mundo é o tempo gasto em oração por ele. O maior bem
que podemos fazer a uma pessoa é o tempo usado em oração genuína por ela. Os efeitos de uma
vida de oração transcendem as realizações humanas.
f. A oração exige disciplina dos pensamentos:
Tão logo alguém se consagra à oração, verá que a mente será atacada por outros pensamentos. É
aí que surge a tentação de desistir, deixar para outra hora que não aparece.
É uma luta espiritual. Há que desenvolver o hábito de tomar os pensamentos cativos à obediência
de Cristo (2 Co 10:5).
CMC Oração 13
g. Oração é o primeiro passo para o conhecimento de Jesus:
“Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10:13). O homem vai a Jesus pela
oração e todo o seu andar com Ele é firmado na oração.
h. Oração é reconhecer a presença de Deus:
É o meio de conhecê-lo inteiramente e lançar mão de Suas promessas. É trazer a alma sobre os
joelhos, é o caminho para o homem entender o plano de Deus para sua vida.
i. Oração é dar a Deus acesso às nossas necessidades:
É a chave para o miraculoso; é a verdadeira respiração espiritual. Em suma, oração é um modo de
vida em íntima ligação com Deus.
2- Por que orar?
 Porque Deus insistentemente o ordena na Bíblia: Lc 18:1; I Ts 5:17; Fp 4:6;
Ef. 6:18-19;
I Tm 2:1; Mt 26:41; Cl 4:3; I Ts 5:25; II Ts 3:1; Hb 13:18.
 Porque é o caminho indicado por Deus para o cristão receber coisas de que precisa (Is 1:5-8).
 Porque a oração é o caminho que Deus aponta para que o cristão tenha a plenitude do gozo (Jo
16:24; Pv 10:20).
 Porque a oração é a saída para os problemas, a cura para todo o cuidado e ansiedade (Fp4:6,7;
Sl 55:22).
 Porque a oração respondida é o único argumento irrefutável contra o ceticismo, a
incredulidade, o modernismo e a infidelidade (Hb 11:6; I Rs 18:36-38; Jz 6:12,13; Ex 8:19;
Dn 2:47; At 13:6-12).
 Porque a oração é o caminho para o poder do Espírito Santo no serviço cristão (Lc 11:13;
1Cr 7:14; Hc 3:2; At 1:13,14; 4:31; 8:14-16; 9:9,11,17; 13:1-4; Ef 1:15-19; 3:14-19).
 Porque “todo o que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10:13).
3 - Inimigos da oração:
“Para que não se interrompam as vossas orações” (I Pe 3:7b).“..Mas as vossas iniquidades fazem
separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós para que
não vos ouça” (Is 59:2).
“Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos e os seus ouvidos estão abertos às suas
súplicas; mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males” (Pe 3:12).
“Se eu no coração contem plara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido” (Sl 66:18).
O propósito de Deus é ouvir todas as orações. Jesus disse: “Graças te dou porque sempre me
ouves” (Jo 11:42). Mas há obstáculos, problemas, inimigos que se infiltram na vida de oração e
impedem a manifestação do poder de Deus. Veremos alguns deles.
a. Relacionamentos errados na família (I Pe 3:1-7):
O não cumprimento dos deveres dos cônjuges um para com o outro. A vida conjugal deve ser posta
diante de Deus. As orações não estão sendo respondidas; podem haver falhas no relacionamento.
b. Falta de perdão (Mc 11:25):
Nossas orações são ouvidas na base de que nossos pecados estão perdoados; mas Deus não
pode tratar conosco sobre tal base de perdão, enquanto nós guardamos o mal, o espírito de
animosidade ou de vingança contra aqueles que nos ofenderam. Qualquer que guarda espírito de
rancor ou mágoa contra alguém, fecha os ouvidos de Deus para sua própria petição.
c. Contenda (Tg 3:16):
A contenda é simplesmente agir movido pela falta de perdão. Paulo declara que por causa de
contendas, Satanás pode tornar cristãos prisioneiros de sua vontade. A ausência de contendas é a
chave para agastar a confusão e o mal. Dê a Deus oportunidade de criar um sistema de harmonia
em volta de você e sua vida de oração começará a funcionar.
CMC Oração 14
d. Motivação errada (Tg 4:3):
Um sério obstáculo à oração é pedir a Deus coisas que realmente não necessitamos, com o
propósito de satisfazer desejos egoístas. Orar com uma motivação egoísta. “Quer comais; quer
bebais, fazei tudo para a glória de Deus” (I Co 10:31). Podemos orar por coisas em linha com a
vontade de Deus, mas se o motivo for errado, não haverá resposta. O propósito primeiro da oração
deve ser a glória de Deus.
e. Toda a forma de desobediência a Deus (Is 59:1,2):
Uma atitude de rebeldia ou desobediência à palavra de Deus fecha os céus para nós.
Qualquer pecado inconfessado torna-se inimigo da oração. Uma vida de obediência ao céu abre o
caminho à resposta de Deus “E aquilo que pedimos, dele recebemos, porque guardamos os seus
mandamentos, e fazemos diante dele o que lhe é agradável” (Jo 3:22).
f. Ídolos no coração (Ez 14:3):
Ídolo é toda e qualquer pessoa ou coisa que toma o lugar de Deus na vida de alguém. É aquilo que
se torna o objeto supremo da afeição. Aquilo que mais ocupa nosso pensamento.
Deus deve ser supremo em nossa vida.
g. Falta de generosidade para com os pobres e o trabalho de Deus (Pv 21:13):
A recusa de ajudar o que se encontra em necessidade, quando podemos fazê-lo, impede a
resposta às nossas orações.
h. Dúvida e incredulidade (Tg 1:5-7):
A Dúvida é a ladra da bênção de Deus. A dúvida vem da ignorância da Palavra de Deus. A
incredulidade é quando alguém sabe que há um Deus que responde as orações, e ainda assim não
crê em Sua Palavra. E não crer nas promessas é duvidar do caráter de Deus.
i. Uma disposição de ler sobre oração e sobre a Bíblia, em vez de estudar e
entrar na arena da oração:
A oração é a maior e mais santa das vocações. Saber sobre oração não garante a
resposta, mas o por a Palavra em operação para receber de Deus aquilo que Ele prometeu.
j. Falta de entendimento da nossa posição em Cristo:
Talvez esse seja o maior inimigo. Ignorância quanto aos privilégios e direitos de redenção. Daquilo
que Cristo é em nós e do que somos nele. Um desconhecimento da extensão do que Ele fez por
nós e direitos legais, outorgados em Graça, diante do Trono.
k. Uma confissão errada (Rm 10:9):
O Cristianismo é uma grande confissão. Confissão é o reconhecimento verbal do que Deus fez por
nós em Cristo (Hb 3:1; 4:14).
l. Depender da fé do outro:
‘‘A cada crente, Deus deu uma medida de fé. Ele veio quando nos tornamos uma nova criação em
Cristo e recebemos a natureza de Deus. Assim como desenvolvemos nossas capacidades físicas
e mentais pelo exercício, desenvolvemos nossa fé pelo alimento da Palavra de Deus (Jo 15:7).
4 - Tipos de Oração:
Paulo adverte-nos a orar em todo tempo “com toda oração” (Ef 6:18).
“Com orações e súplicas de toda a sorte, orai em todo o tempo, no espírito, e para isso vigiai com
toda perseverança e súplica por todos os santos” (Bíblia de Jerusalém).
“Orai sempre com toda a espécie de orações espirituais, e não esquecendo em vossas orações
todos os irmãos e irmãs” (J.B. Philips).
“Use cada tipo de oração e súplica” (Goodspeed).
CMC Oração 15
“Pela instrumentalidade de cada oração e súplica” (Wuest).
“Orai em todo o tempo (em cada ocasião, em cada época) no Espírito, com toda a (maneira de)
oração e súplica” (V. Ampliada).
Costumamos definir nosso relacionamento com Deus em uma palavra: Oração. Essa é uma arte
da qual muito se fala e pouco se conhece. Para que a oração seja respondida, deve ser feita de
acordo com os princípios estabelecidos na Palavra de Deus.
Oração é algo sério, específico, objetivo, e segue as regras e princípios da Palavra de Deus. É a
tentativa de orar em desarmonia com eles que resulta em uma experiência frustrante de não ver as
orações e súplicas respondidas.
Paulo declara em Ef 6:18: “Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no espírito e para
isso vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os santos.”
Há diversos tipos ou espécies de orações e cada um deles segue princípios claros. Há regras
estabelecidas na Palavra de Deus para esses diferentes tipos de oração. E é aqui onde há grande
confusão. Costumamos definir nosso relacionamento com Deus em uma palavra:
Oração. Tudo o que lhe dizemos ou pedimos chamamos “oração”. Sim, tudo é oração. É preciso,
contudo saber: Há diversos tipos de oração.
Pense numa farmácia, ali encontramos medicamentos. Tudo é medicamento, mas há um grande
número de diferentes medicamentos, cada um deles destinado a tratar certo tipo de enfermidade.
O mesmo acontece no mundo do esporte. Há diversas modalidades de esporte, mas cada uma
delas tem suas próprias regras. Que confusão seria alguém tentar jogar futebol usando as regras
de basquete! O que aconteceria se alguém comprasse água oxigenada para uma dor de ouvidos
ou iodo para o estômago? Mas no mundo da oração muitos têm agido assim. Não admira que as
orações não sejam respondidas.
Há orações que não buscam necessariamente alguma coisa de Deus. Outras visam alterar uma
circunstância em nossa vida e de outros. A todas elas Deus deseja ouvir. “Ó tu que escutas as
orações, a ti virão todos os homens” (Sl 65:2), pois “A oração dos retos é o seu contentamento”
(PV15:8b).
Poderíamos classificar as orações em três níveis diferentes: Deus, Nós e os Outros.
Dentro de cada um desses níveis há tipos de oração.
 Deus como centro das nossas orações:
Há orações que são dirigidas a Deus, visando Deus mesmo, o que Ele é, o que Ele faz e o que Ele
nos tem feito. Outra coisa não buscamos, senão apresentar-lhe nossa gratidão, louvor e adoração.
Dentro deste nível temos três tipos de oração:
Ações de graça - A expressão do nosso reconhecimento e gratidão a Deus pelo que nos tem feito.
Basicamente é a oração que expressa gratidão a Deus pelas bênçãos que Ele temderramado
sobre nós.
Louvor: A oração de louvor é um passo além das ações de graça. São expressões de louvor a
Deus pelo que Ele faz. Louvar é reunir todos os feitos de Deus e expressá-los em palavras, numa
atitude de gratidão.
Adoração: O tipo de oração que exalta Deus pelo que Ele é. É a entrada no Santo dos Santos
para responder ao amor de Deus. Ali nada fala do homem, mas de Deus. É o reconhecimento
do que Deus é. É a resposta do nosso amor ao amor divino.
 Nós mesmos como centro das nossas orações:
Aqui vamos a Deus para apresentar necessidades pessoais. Embora falando com Deus,
o foco da atenção é a satisfação de nossas necessidades. Vamos a Deus em busca de uma
resposta para a alteração de alguma circunstância em nossa vida. Nesse nível temos também
três tipos de oração:
Petição: É “um pedido formal a um poder maior”. É a apresentação a Deus de um pedido, visando
satisfazer uma necessidade pessoal, tendo como base uma promessa de Deus. Nesse tipo de
oração já temos o conhecimento de qual é a vontade de Deus, pelo que o pedido será feito em fé,
com a certeza da reposta, antes mesmo da sua manifestação, de acordo com Marcos 11:24.
Consagração ou Dedicação: É uma atitude de submissão à vontade de Deus. Essa oração é
para as ocasiões em que a vontade de Deus é desconhecida.
CMC Oração 16
Entrega: É a transferência de um cuidado ou inquietação para Deus. É lançar o cuidado sobre o
Senhor, com um conseqüente descanso. Essa oração é feita quando um cuidado, um problema ou
inquietação nos batem à porta.
 Os outros como centro das nossas orações:
Intercessão - Aqui vamos a Deus como sacerdotes, como intercessores, levando a necessidade
de outra pessoa. Nossa motivo primeiro é ver circunstâncias alteradas na vida de outrem. Esta é a
oração de intercessão. Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa.
 Oração de ação de graças:
“Entrai por Suas portas com ações de graça” (Sl.100:4).
A gratidão é uma das virtudes que embelezam o caráter cristão e expressam um coração caloroso
e cheio de amor e das palavras do seu Deus. Paulo declara: “Habite ricamente em vós a palavra de
Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com
salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão em vossos corações” (Cl 3:16).
“Sendo agradecidos” (Cl 3:15) é um conselho a ser abraçado com alegria, pois a gratidão tanto
alegra o coração do Pai, como enriquece a nossa vida. Ações de graça é basicamente o ato de
expressar gratidão a Deus por bênção que Ele tem derramado sobre nós. Pode ser mental ou
vocal. Ações de graça difere de louvor porque no louvor é focalizado o que Deus faz, suas obras e
realizações, enquanto as ações de graça focalizam o que Deus nos dá ou faz por nós. Poderíamos
chamar de uma confissão de bênçãos.
 Essa atitude estava presente na vida de Jesus (Jo 11:4 pela resposta à oração; Mc 8:6, pelo
pão; Mt 11:25 pela revelação).
 Um tipo de oferta oferecida no templo - Lv 7:12; II Cr 29:31; 33:16.
 Uma das funções dos cantores no templo - 1 Cr 24:3.
 Promessa da presença das ações de graça quando da restauração de Israel (Is 51:3; Jr 17:26;
30:19; 33:11).
 Um coração agradecido pelo benefício (Sl 103:4). A importância das ações de graça no templo
(Ne 12:46); (II Cr 7:6).
 Ações de graça são um caminho para o louvor (Sl 69:30; 95:2; 100:4; 147:7).
 Ações de graça são um sacrifício espiritual a Deus (Sl 50:14,23; 116:17).
 Todas as orações devem ser acompanhadas de ações de graça (Fp 4:6).
 A resposta às orações deve ser esperada com ações de graça (Cl 4:2).
 É a vontade de Deus que seu filho dê graças (I Ts 5:18).
 As ações de graça devem ser abundantes (II Co 4:15), devem permear nossa conversação
(Ef 5:4) e devemos crescer nelas (Cl 2:6).
 As ações de graça estão presentes no céu (Ap 4:9; 7:12).
 Oração de louvor:
“Louvarei ao Senhor em todo o tempo; o Seu louvor estará continuamente na minha
boca” (Sl 34:1).
Louvar é reunir todos os feitos que conhecemos de Deus e expressá-los em palavras,
numa atitude de exaltação e glorificação ao Seu nome, que é digno de ser louvado. E isso
deve ser feito como um modo de vida (Sl 145:1-7).
 O louvor é o sacrifício espiritual ordenado aos cristãos (Hb 13:15).
 A Igreja primitiva estava sempre louvando (Lc 24:53), pois sabia que Deus habita nos
louvores do Seu povo (Sl 22:3).
 O louvor é a atitude adequada de quem vai a uma reunião da Igreja (Sl 100:4).
 O louvor é a arma contra os inimigos (II Cr 20:21,22).
 O louvor é a fonte de alegria (Sl 9:1,2; Sl 33:1; 35:27).
 O louvor está muitas vezes associado aos cânticos (Sl 40:3; Sl 92:1-4).
 O louvor está associado à manifestação física, danças (Sl 150:4), o erguer das mãos (Sl
63:3,4; 134:2).
 O louvor deve ser crescente (Sl 71:14).
 Louvar é um convite a toda a carne (Sl 145:21; Ap 19:5).
CMC Oração 17
 Oração de adoração:
O reconhecimento do que Deus é (Ap 4:8,11). Há uma fome dentro de nós que nem sempre
sabemos discernir do quê. Buscamos a satisfação em muitas fontes, mas ela permanece. É a
necessidade de Deus mesmo, que Ele colocou em nosso coração. O espírito em nós busca ser
liberto do cativeiro e alçar vôo rumo à presença de Deus, assim como pássaros parecem ser
compelidos a responder um chamado para migrarem. É Deus nos atraindo. Há um desejo inerente
em nós de adorar Deus, mas a habilidade de fazê-lo foi perdida na queda de Adão. O Espírito de
Deus, contudo nos capacita a entrar no Santo dos Santos, habitação de Deus, onde, finalmente
encontramos nossa razão de viver: Adorar a Deus.
A adoração é um dos principais temas da Bíblia. Há 270 referências à adoração. A adoração fala do
nosso amor respondendo ao amor de Deus. Não é um imperativo, pois o amor não se pode impor,
mas uma resposta voluntária a um estímulo espiritual. E Jesus nos garante que esse amor que
sentimos, e o fluir do Espírito que experimentamos encontrarão sua expressão e satisfação
quando os liberamos de volta para Deus em adoração (Jo 4:23).
Não há uma definição de adoração na Bíblia, pois amor não se define. A palavra mais comum no
hebraico é “shachah” (172), traduzida por “adoração”, “curvar-se”, “prostrar-se”.
No grego a mais comum é “prokeneo” (59 vezes). É composição de duas palavras: “pros”, que
significa “para”, “em direção a”, e “heneo”, que significa beijar. Alguns eruditos dão o significado de
“beijar a mão com admiração”, outros “beijar os pés em homenagem”.
Etimologicamente adoração é curvar-se, prostrar-se, beijar as mãos, pés ou lábios, com um
sentimento de temor e devoção, enquanto serve ao Senhor com todo o coração. É uma atitude
expressa em ação. Infere profundamente de sentimento e proximidade dos parceiros e um
relacionamento de aliança. Envolve moção e emoção, mas a verdadeira adoração é mais profunda
que tudo isso e usa simplesmente esses canais para liberar o amor profundo e devoção que impele
o crente para a presença de um Deus de amor.
a. A expressão de adoração:
Podemos entender melhor a adoração na Bíblia, pela observação de como os adoradores se
comportavam diante de Deus. I Cr 29:20-22 dá um exemplo:
 Louvaram ao Senhor
 Inclinaram as cabeças
 Adoraram (shachah)
 Sacrificaram ao Senhor
 Ofereceram holocausto
 Comeram e beberam perante o Senhor
 Fizeram isso com grande regozijo
A definição mais próxima de adoração está em Mc 12:30,31. Aí está um amor que libera toda a
adoração do coração, expressa todas as atitudes da alma, expressa toda a determinação da
mente e utiliza toda a força do corpo do adorador. Isso é adoração.
Adoração é uma resposta a um relacionamento. É o amor respondendo ao amor. Ela ocorre
quando nosso espírito contacta o Espírito de Deus.
b. Elementos da adoração:
 Oração - Precisamos nos comunicar com Deus para entrar em comunhão, e oração é
essencialmente comunicação
 Louvor, confissão de pecados e confissão de fé
 Leitura das Escrituras
 Pregação
 Ceia do Senhor
Esses elementos podem ser parte da adoração, mas não são em si mesmo adoração, nem a
substituem. São simples guias, elementos que despertam o coração a entrar na presença de Deus
e responder ao Seu amor.
CMC Oração 18
c. Atitudes de adoração:
Lc 7:37,38 revela a atitude de uma adoradora, atitude de um espectador e a de Jesus. Vejamos a
da adoradora.
Quebrantamento: O contraste entre a presença santa e perfeita de Deus e a nossa pequenez
quebranta o coração. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado (“shabor”);
coração compungido e contrito (“dakah”) não desprezarás, ó Deus. (Sl 51:17). “Shabot” significa “temer, quebrar, em pedaços, ou reduzir”. “Dakah” - quer dizer “esmagar”, quebrar,
machucar, ferir, esmagar e humilhar. “Contrito” - Usado para descrever o processo de fazer
pó (talco). A adoração requer quebrantamento. Muitos constroem em volta de si paredes de
proteção e não deixam que sejam liberados o amor, a ternura e a adoração.
Humildade: Ela soltou os cabelos em lugar indevido, segundo o costume (I Co 11:15).
Deixou sua reputação de lado para adorar do modo que ela sentia que Jesus devia ser
adorado. Usou os cabelos para enxugar seus pés empoeirados. Tomou sua glória (o cabelo)
para lavar a lama (Ler Is 57:15; I Pe 5:5). Adoração sem humildade é como o amor sem
compromisso.
Amor: Sua atitude estava repassada de amor. “Ela muito amou”.
Dádiva: Ela não se limitou à expressão de suas emoções; ela também deu uma evidência tangível
do seu amor, devoção e adoração. A dádiva está associada à adoração (Ex 23:14;
34:20; Dt 16:16; Sl 96:1-9). A atitude de Jesus em resposta a essa adoração é: “A tua fé te salvou;
vai-te em paz” (Lc 7:49) - fé, libertação e paz.
 O objeto da adoração - Deus mesmo (Jo 4:20,21). Só pelo Espírito Santo se pode adorar
(Rm 8:16).
 O lugar da adoração - No espírito do homem, onde o Espírito de Deus habita.
 A verdadeira adoração - “Em espírito e em verdade.”
A verdadeira adoração deve fluir de um relacionamento genuíno com Deus. Um bom
relacionamento com uma igreja pode produzir um bom trabalhador, mas somente um
relacionamento caloroso com Deus produz o verdadeiro adorador. Espíritos calorosos
produzem corações adoradores. As motivações também devem ser corretas na adoração
verdadeira. O objetivo é dar ao Senhor e não adquirir dEle. A motivação pura para a adoração é o
amor que transborda do espírito do homem como correntes de água viva.
d. Louvor e adoração:
O louvor nos prepara para a adoração. É o prelúdio, a porta de entrada para a adoração.
Sl95:1,2,6; Sl 96:4,7,8,9. Mas ainda que a adoração possa depender do louvor, o louvor não é
substituto da oração, mas um precioso suplemento. Há diferença entre o Louvor e a Adoração.
e. Na motivação:
Geralmente louvamos com a motivação de sermos abençoados por Deus. Há um desejo de
despertar as agradáveis emoções que o louvor produz. No louvor, aproximamo-nos de Deus com
um coração entusiasta e feliz, para gozar do prazer de Sua presença. Mas na adoração
apresentamos algo a Deus, como um reconhecimento de amor e expressão da nossa profunda
apreciação do que Deus é.
A chave da adoração é dar, e não receber. A adoração dá glória a Deus e não busca conseguir a
glória de Deus. Um adorador vai a Ele não para ser abençoado, mas para abençoar; não como um
pedinte, mas como um admirador.
Os que louvam e querem ser adoradores devem aplicar o teste: Estou indo a Deus para dar ou para
receber? Estou ministrando ao Senhor, ou buscando ser ministrado por Deus?
f. No impulso:
O impulso primeiro do louvor é uma resposta positiva voltada para Deus, baseado muito mais nos
Seus Feitos do que em Sua PESSOA. O salmista convida a louvar a Deus pelos feitos. Moisés
louva pela libertação (Ex 15); Ana louva por Samuel (I Sm 2:1-10); Sl 107; 8,21,31.
Esse impulso de louvor é proveitoso e é um passo além das ações de graça. Mas o louvor se
concentra mais no presente (dádiva) de Deus do que na Sua presença.
CMC Oração 19
Como o louvor é centrado em atos, freqüentemente se transforma em petição numa forma positiva,
ou mesmo numa tentativa de conseguir que Deus satisfaça os presentes desejos, louvando-o
grandemente por Suas dádivas passadas.
É possível ir-se à presença de Deus e apresentar um louvor próprio, buscando mais receber do
que dar, nunca passando do louvor para a adoração. Muitas vezes voltamos do louvor para a
petição, em vez de prosseguirmos do louvor para a adoração.
No louvor, a ordem é “louvor por”. A adoração se volta para a pessoa de Deus “Adora a Deus”. O
louvor começa aplaudindo o poder de Deus, mas freqüentemente nos aproxima tanto de Deus que
a adoração pode responder a essa presença.
Enquanto a energia do louvor é voltada para o que Deus faz, a energia da adoração é voltada para
o que Deus é. O louvor se concentra na realização; a adoração na Pessoa. O impulso da adoração,
portanto, é mais elevado do que o do louvor.
g. Na sua fonte de inspiração:
Fundamentalmente o louvor é uma exuberância da alma e do espírito do homem, que é expressa a
Deus. A adoração flui do Espírito de Deus que é residente no espírito do homem.
O louvor é o homem redimido invocando a Deus, enquanto adoração é Deus invocando a
Deus de dentro do homem redimido. O louvor tem freqüentemente sua origem na alma, mas
a verdadeira adoração sempre se originará no espírito (Jo 4:24).
O louvor é mais um ato de emoção, enquanto a adoração é um ato de devoção. O louvor brota da
fonte dos sentimentos, enquanto a adoração diz: “Eu amo”. O louvor olha para a mão de Deus;
adoração olha para o coração.
Embora o louvor e adoração sejam manifestos pelo mesmo corpo, eles brotam de diferentes fontes
em nosso ser. Mas a manifestação nem sempre revela a fonte, pois pode ser expresso pelas
mesmas posturas físicas ou pelas ações.H - Na profundidade da dedicação.
Enquanto o louvor é uma expressão de nossa vida, a adoração é um estilo de vida. O louvor é
muitas vezes um ato da nossa vontade, e pode ser despertado pelo estímulo das emoções. A
adoração, porém, envolve a vida inteira. Um verdadeiro adorador o é o tempo todo, mesmo que no
momento não esteja envolvido no ato da adoração. Adoração é um modo de vida que afeta o
comportamento do adorador fora da presença de Deus, como o faz em Sua presença.
No louvor nós expressamos uma profunda apreciação a Deus pelo que Ele nos tem feito, mas na
adoração nós “vivemos para o Senhor”.
i. Na proximidade de Deus:
O louvor nem sempre é a respeito das obras de Deus; algumas vezes olha para além do que é feito
e louva Aquele que fez as obras. Mas normalmente é uma resposta de uma certa distância, mas
adoração, antes que possa fluir, requer que a pessoa esteja na presença
real de Deus. A adoração no templo acontecia no lugar Santo. O louvor ficava nos átrios. Há
uma intimidade na adoração, que não é exigida para o louvor.
j. Na forma de expressão:
O louvor e a adoração devem ser expressos pelo corpo e há muita semelhança entre eles, mas há
também diferenças. O louvor é mais vocal enquanto a adoração é freqüentemente destituída de
muitas palavras. Dois amantes numa caminhada têm muito do que falar, mas quando se envolvem
em um abraço, as palavras se tornam supérfluas. Assim é freqüentemente com a adoração.
O louvor é usualmente demonstrativo, com muita ação física, enquanto a profunda adoração tende
mais a manifestar uma submissão física, em vez de uma atividade física.
Como o louvor tende mais a ser emocional, é mais barulhento e exuberante; a adoração é
devocional e mais quieta e contemplativa.
Poderíamos dizer que o louvor põe o amor em palavras e ação, enquanto a adoração põe-no em
toque e relacionamento. Ambos são importantes, mas a adoração é mais íntima.
CMC Oração 20
Petição e Súplica:
“Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim
convosco” (Mt 21:22; Mc 11:24).
“Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém sejam conhecidas diante de Deus as
vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça” (Fp 4:6).
Deus é a fonte de toda a bênção e Ele tem a solução para todos os nossos problemas.
Ele tem recursos inesgotáveis para satisfazer cada uma das nossas necessidades. “O meu
Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas
necessidades” (Fp 4:19).
A Palavra de Deus nos encoraja a apresentar nossas petições ao Senhor, sabendo que Ele está
pronto a nos atender. Seguem-se alguns princípios que devem governar nossa oração,
especialmente a de petição, para que alcancemos uma resposta favorável.
Forme uma imagem clara do seu desejo e expresse-o em palavras objetivas. Defina o que você
quer de Deus em termos claros. Orações vagas nada resultam. A Bíblia ensina que a oração deve
ser específica, objetiva (Lc 11:1-12; Tg 1:5).
Exemplos de orações objetivas:
 Eliezer - Gn 24:12-14;
 Elias - I Rs 17:1;
 Eliseu - II Rs 2:9.
Uma resposta definida exige um pedido definido (Lc 18:38, 41-43).
a. O que está errado com a oração indefinida:
 Freqüentemente é uma mera formalidade. As pessoas oram por coisas que realmente não
desejam.
 Muitas orações são feitas só para serem ouvidas pela congregação. São indefinidas e
insinceras. Nada esperam realmente de Deus e por essa razão nada têm em especial de
Deus.
 A oração indefinida revela que não há um clamor na alma, nem urgência no coração,
nenhum peso na oração ou desejo real.
 A oração formal, indefinida, geral, vaga, é resultado da falta de direção do Espírito Santo.
Revela um desconhecimento da mente de Deus. Quem é guiado pelo Espírito Santo, sabe
o que quer, porque sabe o que Deus quer e sabe que Ele está disposto a dar as coisas
pedidas em oração.
b. Como ser definido:
Analise suas orações. Coloque de lado aquelas que são insinceras ou feitas por mera obrigação.
Separe as coisas que você realmente deseja e tem um peso de oração; aquilo que
está verdadeiramente em seu coração e para o que espera resposta específica.
Espere na presença de Deus até ter na mente, de um modo claro, aquilo porque deve orar. Deixe
que o Espírito lhe fale e coloque o desejo em seu coração, você poderá ser ousado
no pedir.
Oração específica não é uma tentativa de você fazer Deus concordar com o seu desejo,
mas é antes descobrir o desejo de Deus para você e orar de acordo com o que o Espírito
coloca em seu coração.
Escreva seu desejo. Isso lhe ajudará a ser específico e preparar-se convenientemente para
apresentar sua petição, assistido pelo Espírito Santo, de tal modo que alcance a resposta
específica. Isso poderá também ser feito em concordância com outra ou outras pessoas. O registro
das petições específicas a Deus e das respostas, ajuda a desenvolver a fé e crescer na vida de
oração bem sucedida.
Busque na Bíblia textos que se referem ao que você deseja, quer em promessas ou em princípios.
Uma vez identificada a necessidade, pesquise a Palavra e selecione textos que se
referem ao assunto.
Toda a oração deve ser feita de acordo com a vontade de Deus revelada. A Fé começa onde a
vontade de Deus é conhecida. Sua vontade é revelada na Palavra escrita. Deus está preso à Sua
Palavra. A Palavra expressa o que Deus é. Ele é absolutamente fiel ao que prometeu.
CMC Oração 21
Você não tem interesse em desejar o que Deus não quer para a sua vida. Pesquisando a Palavra,
sob a direção do Espírito Santo, você descobrirá se seu desejo deve ser abandonado ou se é digno
de ser transformado em objeto de oração. Sem o fundamento da Palavra de Deus é impossível
fazer uma oração de fé.
Deus tem habilidade de cumprir aquilo que prometeu (Rm 4:21; Jr 1:12).
O conhecimento da vontade de Deus revelada em Sua Palavra dará a você a certeza de que sua
petição será atendida (I Jo 5:14).
O conhecimento das promessas de Deus relativas ao seu desejo, despertará e alimentará sua fé
(Rm 10:11).
As promessas serão, para você, arma segura contra os ataques de Satanás, enquanto espera a
manifestação da resposta de Deus ao seu pedido (Lc 4:3-12).
c. Orações baseadas na Palavra de Deus:
A Bíblia está cheia de pedidos a Deus firmados nas Suas promessas.
 Davi ora por sua casa, de acordo com a Palavra do Senhor, de que lhe edificarão casa
estável. Natã lhe transmite as promessas do Pai e ele ora de acordo. “Agora, ó Senhor, seja
confirmada para sempre a Palavra que falaste acerca do teu servo, e acerca de sua casa, e faze
como falaste... Agora, pois, ó Senhor, tu és Deus e falaste este bem acerca do teu servo, para que
permaneça para sempre diante de ti; porque Tu, Senhor, a abençoaste, ficará abençoada para
sempre” (I Cr 17:23,26,27).
 Na dedicação do templo, Salomão apresenta suas petições de acordo com as promessas
de Deus (II Cr 6:14-17).
 Josafá se vê ameaçado por tropas inimigas e vai à casa do Senhor e clama, de acordo com
a promessa (II Cr 20:6-12).
d. Exemplo de necessidades e promessas de sua satisfação:
 Necessidades de emprego - Fp 4:19
 Prosperidade - Dt 28.
 Saúde – Is 53:4; I Pe 2:24.
Para cada pedido que fazemos a Deus devemos ter uma passagem na Bíblia para sustentá-lo.
Ninguém apresenta uma petição ou um caso em algum tribunal, sem invocar o respaldo da Lei. Do
mesmo modo, nossas petições diante do trono devem ter o respaldo da Palavra de Deus escrita, a
Bíblia, que é a constituição do Reino.
e. Faça seu pedido a Deus de modo simples e claro:
Se você já sabe o que quer do Pai e se certificou de que Ele lhe fez uma promessa em Sua Palavra,
agora é só apresentar o caso diante dEle, por meio de um pedido.
A palavra nos encoraja a não andar ansiosos, mas tornar conhecidas diante de Deus as nossas
petições. “Não andeis ansiosos por coisa alguma, em tudo , porém sejam conhecidas diante de
Deus as vossas petições...” (Fp 4:6).
A petição é o meio dado por Deus para a satisfação das necessidades de Seus filhos.
 “Pedi, e dar-se-vos-á” (Mt 7:7).
 “Pois todo o que pede recebe...” (Mt 7:8).
 “Pedi e recebereis...” (Jo 16:24).
 “Nada tendes porque não pedis” (Tg 4:2).
 “Quanto mais o vosso Pai celestial, dará boas coisas aos que lhe pedirem” (Mt 7:11).
 “E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis”(Mt 21:22).
 “Quanto mais vosso Pai Celestial, dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem” (Lc 11:13).
 “Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14:14).
A oração sacerdotal de Jesus está permeada de pedidos ao Pai:
 “Glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que Eu tive diante de Ti, antes que houvesse
mundo” (v. 5) -Por si mesmo.
 “Rogo por aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós”(v.9,11) Pela unidade
dos discípulos.
CMC Oração 22
 “Que todos sejam um; e como Tu és, ó Pai, em Mim, e eu em Ti, também sejam eles em nós”
(v. 21) - Pela unidade espiritual dos discípulos.
 “Que onde Eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória
que me conferiste” (v. 24). Pela participação dos discípulos na sua glória.
f. Creia firmemente, com base na promessa divina, que Deus atendeu sua
petição. A manifestação da resposta já está a caminho:
A fé tem como fundamento a fidelidade de Deus e da Sua Palavra (Nm 23:19). A fé é a precursora
de toda oração respondida. É uma confiança ousada em Deus. É uma certeza antecipada do
milagre que virá (Mc 11:23-24).
A verdadeira fé é aquela que se apropria da promessa no reino do espírito, antes que ela se
materialize diante dos olhos (Hb 11:1; 11:6). A única oração que Deus ouve é aquela feita em fé.
O limite do que se consegue pela oração está na própria fé de cada pessoa. A vida de oração será
tão forte quanto a fé que a pessoa tem em Deus (Mt 17:20; Mc 9:23: Tg 5:15). E como crescer numa
fé mais forte?
 Lembre-se que cada um tem uma medida de fé (Rm 12:3).
 Aprenda a Palavra de Deus (Rm 10:17), porque a fé é baseada nas promessas de Deus: A
medida em que nos tornamos familiares com a natureza de Deus revelada na Bíblia, a fé é
desenvolvida. Veja João 15:7.
 Submeta-se completamente à liderança do Espírito Santo e à vontade Deus. É o Espírito
quem interpreta a Palavra em nosso coração.
 Haja de acordo com a medida da fé que você tem.
Consagração:
Surgem ocasiões em nossa vida, quando temos de tomar algumas decisões, e seguir por um
determinado caminho sem que a vontade de Deus, naquela área, esteja claramente revelada em
Sua Palavra. É aí quando, em vez de começar a pedir, devemos buscar Sua face e esperar em Sua
presença a fim de conhecermos o desejo do Seu coração para aquela situação específica. Esse
tipo de oração é mais uma atitude de submissão, dedicação, entrega e obediência a Deus do que
petição. Uma vez conhecida Sua vontade, é só segui-la. Nesse tipo de oração há uma disposição
de fazer ou aceitar qualquer que seja a vontade de Deus naquela circunstância.
Este é o único tipo de oração onde se emprega o “se for da Tua vontade”. Ela é feita numa situação
em que se busca o conhecimento da vontade de Deus ainda não revelada. Isso é feito com a mais
profunda atitude de submissão a Deus.
A oração de dedicação é harmonizar nossa vontade com a vontade de Deus a fim de trazer
sucesso numa determinada situação. A vontade de Deus é sempre para nosso benefício. Esse tipo
de oração coloca-nos e a Deus direcionados para o mesmo alvo.
Jesus fez esta oração no Getsêmani (Lc 22:42): “Pai, se queres afasta de mim este cálice; todavia
não se faça a minha vontade, mas a Tua”.
É mais uma atitude de submissão e obediência do que palavras.
Exige um tempo maior de busca, repetidas vezes, até a convicção do plano divino.
Requer a renúncia da vontade própria. A mente deve ser esvaziada das preferências pessoais
para aceitar o plano de Deus, não importando qual seja.
Uma vez conhecido o plano de Deus, não se trata de receber alguma coisa, mas fazer alguma
coisa de acordo com a direção recebida.
Entrega:
(I Pe 5:7; Mt 6:25-27). A oração de entrega fala também de uma atitude do coração.
Quando os cuidados, inquietações e pesos nos batem à porta, transferimo-los para o Senhor, que
tem condições de levá-los e, então, devemos entrar no descanso da fé.
Podemos entregar nossos cuidados, preocupações e a nós mesmos a Deus e gozar Sua paz
divina (Sl 37:5).
Deus é contra a preocupação. Ela nada produz senão stress, esgotamento e morte.
Jesus pregou contra ela. Paulo pregou contra ela. A Bíblia é contra a preocupação porque ela foi
gerada por Satanás.
CMC Oração 23
Todo e qualquer cuidado deve ser erradicado de nossas vidas (Fp 4:6,7).
O Poder de Deus começa a operar, quando lançamos nossos cuidados sobre Ele. As
preocupações apenas bloqueiam essa operação.
A entrega dos fardos a Deus traz o descanso (Sl 37:7).
Intercessão:
Deus chamou o Corpo de Cristo para o ministério da intercessão por todos os homens (I Tm 2:1-4).
Deus está para trazer um grande derramamento do Seu Espírito nestes últimos dias, com grande
demonstração de poder. A oração intercessória é o instrumento que o Espírito de Deus usará para
trazer esse derramamento.
Somos chamados a interceder porque Deus nada faz na terra sem a cooperação do homem. Deus
revela Seus propósitos e Seus servos falam na terra em linha com eles e se tornam o instrumento
para gerar e dar à luz, pela intercessão, cada um deles. O homem ainda tem autoridade na terra.
Deus o colocou nessa posição. Deus busca intercessores: Is 59;16,17; Jó 9:32,33; Nm 16:48;
Is 64:7.
 Jesus, o Intercessor provido por Deus: Hb 7:25; Rm 8:34. Ele intercede no céu.
 O Espírito Santo como Intercessor (Rm 8:26). Ele intercede, na terra, de dentro de santuários
humanos, redimidos pelo sangue do Cordeiro.Deus precisa hoje de servos na “brecha”
(Ez22:30,31). Intercessão e as “dores de parto” (Jr 30:6; Is 66:8; Cl 4:19).
Elementos indispensáveis à intercessão:
 Identificação: Interceder é tomar o lugar de outro e pleitear sua causa como se fosse sua
(Êx 32:31,32).
 Amor (Rm 5:5).
 Compaixão (Mt 9:36-38; 14-14; 15:32; 20:34).
6 - Métodos ou formas de oração:
a. Oração privada (Mt 6:6):
Cada filho tem direito de entrar na presença de Deus com confiança (Hb 4:16) e apresentar suas
orações.
b. Oração de concordância (Mt 18:18-20):
A versão Ampliada da Bíblia traduz o versículo 19 como “concordarem e harmonizarem juntos ou
fazerem uma sinfonia juntos”. “Sinfonia” é quando todos os instrumentos tocam em harmonia.
Concordar espiritualmente envolve:
 Concordar com a Palavra de Deus. Tenha a plena convicção de que a Palavra de Deus é
verdadeira e ela será cumprida.
 Concordância envolve também a mente. Pensar a mesma coisa. Na mente se trava um campo
de batalha e os pensamentos deverão ser controlados para que estejam em harmonia com
Deus e a Palavra. Algo que ajuda a ter uma mente firme é escrever o objeto da concordância.
Quando a mente se inclinar para outra direção, leve-a a concordar com a Palavra de Deus.
 Concordar com o outro crente com quem se ora. Essa concordância é mais que palavras.
É preciso haver harmonia (Mc 11:25,26).
 Há um poder na concordância (Dt 32:30).
c. Oração coletiva (At 4:23-31):
O corpo orando, em perfeita concordância, com o Espírito Santo e a Palavra de Deus.
Esse tipo de oração tem um tremendo poder (At 5:12).
CMC Oração 24
7 - Recursos a serem usados na oração:
a. Orando a Palavra:
Quando oramos a Palavra, já começamos com a resposta (Ts 55:10,11). Oração no Espírito
(I Co 14:14; Ef 6:18; Jd 20):
Em áreas conhecidas pela mente, podemos aplicar a Palavra escrita. Mas aqueles que fogem ao
nosso conhecimento ou quando não temos convicção de qual a vontade de Deus, o Espírito Santo
vem em nosso auxílio (Rm 8:26,27).”Gemidos inexprimíveis” significando literal: “gemidos que não
podem ser expressos por palavras articuladas”.
b. Orando no espírito:
A oração no Espírito, para além de ser um grande auxílio em todos os tipos de oração, é uma arma
poderosa contra as forças das trevas.
8 - Arma contra interferência em nossas orações:
Temos autoridade, dada por Deus, de abrir e fechar (Mt 16:19). A vida de oração é uma batalha (Ef
6:10-18). O tempo passado na presença de Deus é como que o “carregar da bateria”. Somos
supridos para o combate. O inimigo é enfrentado com arma de combate: aPalavra de Deus
(Ef 6:17).
O inimigo é enfrentado na autoridade e Nome de Jesus, a quem tudo se sujeita (Lc 19:10;
Mc 16:17).
Enfrente o inimigo falando diretamente a Satanás. Exerça sua fé na obra do Calvário.
Neutralize as forças inimigas para que a resposta às suas orações não seja retida nas “regiões
celestes” (Dn 10:12-21).
9 - Aspectos da oração bem sucedida:
 Ore ao Pai, em nome de Jesus. João 16:23-24: É o nome de Jesus que garante a resposta de
Deus.
 Creia que Deus responde a sua oração. Mc 11:24; I Jo 5:14,15: A oração sem fé não produz
resultados.
 Perdoe a todos que lhe ofenderam. Mc 11:25; Mt 6:14-15: Toda falta de perdão impede a
resposta de Deus.
 Dependa do Espírito Santo em sua vida de oração. Rm 8:26,27; 8:15: Sem o auxílio, não se
chega ao trono.
 Aprenda a orar pelos outros. Ef 6:18. Há uma lei de semeadura e ceifa no reino do espírito.
Quando me envolvo com o corpo, intercedendo por ele, Deus levantará outros no corpo para
intercederem por mim.
 Edifique-se a si mesmo, orando no Espírito. Jd 20; I Co 14:4.
Oração efetiva é a chave para o sucesso em cada área da vida; é o segredo da vitória no trabalho
de Deus e na vida pessoal. A oração verdadeira é a mais poderosa arma contra os poderes das
trevas; é também a chave que abre os tesouros do céu para o homem. Fica, pois, claro que cada
esforço no reino de Deus só terá sucesso se for gerado e sustentado pela oração. Todo sucesso na
vida cristã é proporcional ao tempo de oração. 10% de oração, 10% de sucesso; 50% de oração,
50% de sucesso; 100% de oração, 100% de sucesso. Lucas 18:1 fala do “Dever de orar sempre e
nunca esmorecer”; I Ts 5:17 declara: “Orai sem cessar”.
Paulo recomenda: Orando em todo tempo no espírito...” (Ef 6:18). Como orar sempre?
Guerra espíritual:
 Exército de Deus:
“O Senhor levanta a Sua voz diante do seu exército, porque muito grande é o seu arraial;
poderoso quem executa a Sua ordem; pois o dia do Senhor é grande e mui terrível, e quem o
poderá suportar?" (Jl 2:11).
O dia do Senhor está perto. Seu exército foi convocado como uma poderosa força invasora para
devastar as força inimigas.
CMC Oração 25
 O porquê da guerra:
É Tempo de Saque:
Saquear o despojo era motivo para guerra (I Cr 20:1-2). Na guerra espiritual, há despojos
preciosos a serem tomados: Vidas criadas à imagem de Deus. Jesus fala do saque em Mt 12:29.
"Que como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhes os bens sem primeiro amarrá-lo?
E então lhe saquear a casa".
Satanás tem trazido vidas sob prisão em seu reino. Para Jesus cada vida arrebatada das mãos
inimigas é uma pedra para sua coroa. O exército do Senhor precisa entrar na casa do valente,
amarrá-lo e saquear o seu reino, trazendo as preciosidades para o Rei Jesus.
É Tempo de Vingança:
Muitas guerras são travadas por causa de disputas antigas. Um exército se fortalece para vingarse de feridas passadas. O exército de Deus tem uma disputa contra Satanás. Ele entrou no Éden,
quando o homem era inocente ,e, pelo engano o levou a queda. Ele armou uma emboscada e
aprisionou o homem. Hoje todo pecado, doença, dor, aflição, desespero, vergonha, sofrimento,
prisão e morte é resultado dessa emboscada. Deus decretou guerra entre a Semente da mulher e
Satanás. Jamais nos esqueceremos o que Satanás fez no Éden.
Há um débito a ser pago. Não descansaremos até nos vingarmos de Satanás e suas hostes pelo
dano que nos causaram.
O caso de Amaleque bem retrata esse tipo de vingança. Ele lutou contra Israel no deserto, ferindo
os mais fracos, Deus, então, ordenou que Moisés escrevesse um memorial para que ninguém
esquecesse do que lhe fizera (Ex.17:8,14). Gerações mais tarde, Saul é escolhido para vingar o
feito (I Sm.15:2-3). Ele deveria ser totalmente destruído.
Por que Deus ordenou tal vingança? Deuteronômio 25:17-19 responde. Ele agiu com sujeira. Não
podemos poupá-lo. Amaleque é um tipo de Satanás. Não ficaremos satisfeitos sem que ele seja
totalmente destruído.
Saul falhou na vingança. O Senhor teve que pô-lo de lado. Nós Igreja, porém, não podemos falhar.
É Tempo de Conquistar TerritórioAlargar as fronteiras tem sido uma boa razão para guerras. O
exército do Senhor tem que reconquistar todo o território invadido pelo inimigo. O limite do nosso
território é o mundo inteiro.
"Proclamarei o decreto do Senhor: ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.
Pede-me e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por tua possessão"
pela força invasora do exército que Deus levanta, que o inimigo será subjugado. Não deporemos
as armas até que todas as nações da terra se rendam ao senhor Jesus (At 1:8).
Tempo de Conquistar Glória e Honra a Jesus:
Quando Davi ouviu os disparates falados por Golias contra o Povo de Israel, ele declarou: "... E
diziam uns aos outros: Viste aquele homem que subia? Pois subiu para afrontar a Israel. A quem o
matar, o rei acumulará de grandes riquezas, e lhe dará por mulher a filha, e à casa de seu pai
isentará de impostos em Israel. Então falou Davi aos homens que estavam consigo, dizendo: Que
farão àquele homem que ferir a este filisteu, e tirar a afronta de sobre Israel?
“Quem, pois, é esse incircunciso filisteu, para afrontar os exército do Deus vivo?" Davi entendeu
que destruir Golias seria remover a afronta aos exércitos do Deus vivo. A honra e a glória de Deus
estavam em jogo. Ele tinha que mostrar a todos aqueles pagãos quem era o Deus de Israel. Este
Nome merecia honra e glória. Assim o exército de Deus removerá a afronta de Satanás,
envergonhando-o e trazendo a honra e a glória a quem ela pertence o Senhor dos exércitos, Jeová
Nissi, nossa Bandeira. O domínio, o poder, a majestade e a glória pertencem a Jesus. Nós, seu
exército, venceremos Golias e nisto o grande nome do Senhor será honrado e glorificado.
As características do exército:
Joel 2 fala de um exército que precederá o grande derramamento do Espírito. Ele virá num tempo
de crise e destruição inimiga e clamor por livramento, quando a voz do Senhor soar: "Tocai a
trombeta em Sião e dai voz de rebate no Santo monte; perturbem-se os moradores da terra,
porque o dia do Senhor vem, já está próximo" (Jl 2:1).
É a convocação do Senhor dos Exércitos. Em Joel, encontramos as principais características
dessa poderosa força invasora.
CMC Oração 26
Trazendo o paralelo para o reino do espírito, vemos o exército de Deus organizado
invadindo as fortalezas inimigas, sob a voz do senhor (v.11).
Um Povo Numeroso:
"Como a alva por sobre os montes, assim se difunde um povo grande e poderoso, qual desde o
tempo antigo nunca houve" (v.2) "Senhor levanta a Sua voz diante do Seu exército; porque
muitíssimo grande é o Seu arraial..." (v.11). Há um mover de Deus na terra e Seu povo começa a
responder sua convocação. Do meio do povo se levanta um povo de características distintas, que
assume a identidade de guerreiro. Um verdadeiro exército se levanta e suas fileiras são
engrossadas cada dia.
Uma Força Devastadora:
"A frente dele vai fogo devorador, atrás, chama que abrasa; diante dele a terra como Jardim do
Éden, mas atrás dele um deserto assolado. Nada lhe escapa" (v.3) - Pelo poder e chama do
Espírito o exército deixa atrás de si as fortalezas inimigas destronados. Fortalezas das quais os
homens foram escravizados.
Uma Força Veloz:
"Como cavaleiros assim correm". (v.4) Há pressa na execução da obra, pois o dia do Senhor está
próximo. As vidas têm de ser arrebatadas das trevas antes daquele dia. Há que correr com
determinação. A ordem é avançar depressa.
Uma Força de Combate:
"Um povo poderoso posto em ordem de batalha" (v.5b) - Uma força agressiva. A Igreja tem se
sustentado por muito tempo numa atitude passiva, quando muito, defensiva. Agora, porém, é
chegada a hora da batalha, do ataque decisivo.
Um Povo Temido
"Diante dele treme a terra e os céus se abalam; o sol e a lua se escurecem, e as estrelas retiram o
seu resplendor" Joel 2:10.
Diante do exército de Deus os demônios estremecem. Eles se apavoram diante do povo que sabe
quem se levanta para cumprir sua vocação de filhos de Deus na terra:
"destruir as obras do diabo"(I Jo.3:8; Jo.10:17,18).
Uma Força Corajosa:
"Correm como valentes"(v.7a). "O justo ousado como leão (Pv 28:1): A ousadia do Espírito de Deus
é característica do exército ungido e equipado. Nada há a temer porque "maior é o que está em
nós” (I Jo 4:4). A certeza da vitória e o conhecimento de quem nos convoca e dirige na batalha é que
determina o grau da coragem.
Uma Força Invasora:
"Correm como valentes, como homens de guerra sobem muros" (v.7a) "Assaltam a cidade, correm
pelos muros, sobem casas; pelas janelas entram como ladrão" (9).
Satanás tem instalado seus príncipes, governadores e forças, nas nações, cidades e povoados. O
exército de Deus não respeitará muros, e invadirá cada povoado, vila, cidade, estado, nação e
continente. É tempo de tomar os reinos para Jesus.
Uma Força Ordenada:
"Cada um vai no seu caminho, e não se desvia da sua fileira. Não empurram uns aos outros; cada
um segue o seu rumo". (v.7b e 8a) Há posições e tarefas delegadas pelo Senhor dos Exércitos a
cada guerreiro Seu. A ordem e a disciplina, no guardar das posições e tarefas delegadas, são
imprescindíveis. Cada um atendo-se no seu papel, dentro do Exército, permite o cumprimento
cabal da missão que é confiada como um todo.
CMC Oração 27
Uma Força Imbatível:
"Arremetem contra as lanças, e não se detém no seu caminho" (v. 8b). Não há recuo diante de
contra-ataque. Eles virão por certo, mas o exército de Deus não se deixa esmorecer, nem pára no
caminho. Há muita terra a possuir. "Levantai-vos, e ide-vos, pois este não é lugar de descanso por
causa da imundície que traz destruição, sim, destruição enorme" (Mq 2:10).
Uma Força Imprevisível:
"Pelas janelas entram como ladrão" (v.9). Não há ataque mais bem sucedido do que aquele no qual
o inimigo é surpreendido. A Igreja tem contra-atacado. Hoje é tempo de planejar invasõessurpresa e desfechar o golpe antes do inimigo pensar em reagir.
Um Povo Poderoso:
"Grande e poderoso" (v.20) "Como um povo poderoso posto em ordem de combate"(v.5).
"Poderoso quem executa as Suas ordens" (do Senhor) (v.11).
A força desse exército está em Deus. Ele é gerado, comissionado, equipado e comandado por
Deus mesmo. O poder explosivo nele está; as armas devastadoras ‘‘são poderosas em Deus
para demolir fortalezas’’ (2 Co.10:4); são espirituais e procedem do Senhor dos Exércitos. A
autoridade desse povo está no Nome de Jesus.
As Marcas do Guerreiro:
Durante os 40 anos de reinado de Davi ele conseguiu subjugar reinos, juntar grandes despojos,
expandir suas fronteiras, desde o Eufrates até o Nilo, e vingar os inimigos. Qual o segredo do seu
sucesso?
Davi levantou e treinou um exército regular. Saul tinha soldados que lutavam ocasionalmente, em
vindo uma necessidade maior. Davi tinha profissionais de guerra, forças regulares adestradas
para o combate. Não combatiam apenas quando eram atacadas, mas se constituíam uma força
invasora, subjugando reis e reinos. Hoje vivemos espiritualmente nos dias de Davi. Satanás e suas
hostes têm que ser subjugados e reconhecer a autoridade prevalecente na terra. Essa autoridade
é a de Jesus Cristo, através da Sua Igreja, que é o corpo de Cristo. Hoje é tempo de ela se levantar
e erradicar as hostes do inferno. Em I Crônicas, nos capítulos 11 e 12, encontramos a lista dos
valentes de Davi e dos homens de guerra que formavam seu exército regular. Suas características
revelam o segredo do sucesso. Vamos transportá-los para o reino do espírito e encarná-las em
nossas vidas neste combate espiritual dos tempos do fim.
"Estes ajudaram a Davi contra aquela tropa, porque todos eles eram homens valentes, e capitães
no exército. Porque naquele tempo, dia após dia vinham a Davi para o ajudar, até que se fez um
grande exército, como exército de Deus"(I Cr. 12:21, 22).
"Deu Joabe a Davi o recenseamento do povo. Havia em Israel um milhão e cem mil homens, que
puxavam da espada; e em Judá eram quatrocentos e setenta mil homens, que puxavam da espada
(I Cr. 21:5).
Lealdade ao comandante e chefe:
(I Cr. 11:10; 12:18) "São estes os principais valentes de Davi que os apoiaram valorosamente no
seu reino, com todo o Israel, para o fazer rei, segundo a palavra do Senhor, no tocante a esse povo"
"Então entrou o espírito em Amasai, cabeça de trinta, e disse: Nós somos teus, ò Davi, e contigo
estamos, ‘‘filhos de Jessé. Paz, paz seja contigo! E paz com os que te ajudam! Porque o teu Deus
te ajuda. Davi os recebeu, e os fez capitães de tropas". (12:18)
Jesus é o rei. Devemos estar às suas ordens, imbuidos da mais profunda lealdade.
Unir-se a Ele é necessariamente colocar-se contra as forças do mal e das trevas; e colocar-se em
lugar de guerra constante; virá o furor da batalha e a tentação de desistir. Um forte espírito de
lealdade, por causa de quem Ele é, nos fortalecerá no rigor do combate.
CMC Oração 28
a. Espírito de Sacrifício (I Cr 11:18):
Todos os guerreiros conhecem a importância do sacrifício. Quem teme o sacrifício não é apto para
a guerra. Há riscos no combate. Seus frutos, porém, compensam. Jesus se expôs à própria morte.
Isaías declara:
"Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito. O meu servo, o justo, com o seu
conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre sí" (Is 53:11).
Os pioneiros do evangelho manifestaram o mesmo espírito. De Paulo a Barnabé, a Igreja em
Jerusalém testifica:
"Homens que têm exposto as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (Mt15:26).
Guerra é coisa séria e cheia de perigos. Não devemos temer os inimigos, mas está claro que
guerra não é um divertimento.
Conta-se uma história de Mussolini ,na segunda guerra mundial, desafiando jovens a ingressarem
no exército. Um certo jovem perguntou: "Senhor, qual a nossa recompensa por alistarmo-nos?
Mussolini respondeu: "Você receberá feridas, sofrimento e dor. Alguns de vocês ficarão mutilados
e outros morrerão, mas por causa de vocês a Itália viverá" Aquele jovem se alistou.
Temos maior razão para aceitar o desafio. Milhões serão arrebatados do inferno e a paz sem fim
virá sobre a terra no reinado de Jesus, nosso Senhor, e a glória de Deus encherá as nações.
b. Equilíbrio (I Cr 12:2):
“Tinham por arma o arco, e usavam tanto da mão direita como da esquerda em arremeter pedras
com fundas, e em atirar flechas com o arco. Eram dois irmãos de Saul, da tribo de Benjamim”.
Eles usavam o arco com as duas mãos. Eram equilibrados. Hoje muitos são fortes na mão direita,
mas fracos na esquerda. A Igreja precisa de equilíbrio. As verdades e atividades devem ter
equilíbrio. Há uma tendência de enfatizar-se demais um aspecto da verdade e negligenciar outro.
É daí que vem a fraqueza, o engano e as heresias. A Igreja deve ser equilibrada na apresentação
de todo o conselho de Deus.
c. Treinamento:
Os homens de Davi eram bem treinados. Passaram por treinamento tanto teórico quanto
prático."... atiravam pedras com fundas e disparavam flechas com arcos" (v. 2).
"... Sabiam manejar escudo e lança" (v.8).
"... Ordenados para a peleja com todas as armas de guerra..." (v. 33).
Jesus passou três anos e meio treinando seus discípulos. Hoje, mais do que nunca, a
necessidade do treinamento se faz presente. Só guerreiros treinados serão bem sucedidos em
combate.
d. Adestramento:
Dos gaditas se diz: "Homens valentes adestrados para a queria (v.8) os danitas eram "destros para
ordenarem a batalha"(v.35).
Os de Aser eram "capazes para sair à querra e prontos para a batalha" (v.36).
"Todos estes; homens de guerra, que sabiam ordenar a batalha" (v.38).
O adestramento era conseqüência de um treinamento continuado. Para se manter a forma, o
exército regular é necessário. O exército de Deus precisa manter-se em forma, adestrado para o
combate em todo o tempo.
e. Ligeireza:
Os gaditas eram velozes: “...seus rostos eram como rostos de leão, e eles eram tão ligeiros como
gazelas sobre os montes” (v.8b).
A vitória na batalha depende muitas vezes da velocidade dos soldados. A Igreja tem pecado pela
procrastinação. Freqüentemente se espera muito tempo para se tomar decisões, e questões
urgentes são proteladas com sérios danos. Muitas vidas perecem enquanto esperamos para agir.
Os brasileiros estão maduros para a colheita. Quem chegará primeiro? As forças do ocultismo que
assolam o país ou a Igreja de Jesus Cristo? Devemos ser prontos em obedecer e rápidos a atacar.
CMC Oração 29
f. Prontidão:
Uma das maiores tragédias na história do Israel moderno foi a guerra do Yom Kipur em 1973. O
exército não estava de prontidão. A nação inteira estava parada e as tropas inimigas atacaram de
surpresa. Antes que o exército israelense se pusesse em posição de combate, muitas vidas foram
ceifadas. É importante a prontidão o tempo todo. Os homens de Davi estavam prontos para a
peleja. Assim deve estar o exército de Deus: sempre de prontidão, armados para a guerra.
"Ora, este é o número dos homens armados para a peleja, que vieram a Davi em Hebrom, para lhe
transferirem o reino de Saul, segundo a palavra do Senhor: Dos filhos de Judá, que traziam escudo
e lança, seis mil e oitocentos, armados para a peleja".
g. Coragem:
Os gaditas eram "homens valentes. Seus rostos eram como rostos de leão" (v.8). Os filhos de
Simão eram homens valentes para pelejar.
Sem coragem e ousadia não se faz guerra. A recomendação do Senhor pode ser vista em
Deuteronômio 20:2-4: "Quando vos chegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e falará ao povo,
e dir-lhe-á: ouvi, "ó Israel, hoje vos achegais à peleja contra os vossos inimigos: que não desfaleça
o vosso coração não tenhais medo, não tremais, nem vos aterrorizeis diante deles, pois o Senhor
vosso Deus é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar".
A exortação à coragem repetida a Josué, em Josué 6,7,9 por três vezes: "sê forte e corajoso; sê
forte e mui corajoso; não pasmes nem te espantes, sê forte e corajoso".
Um dos propósitos do batismo no Espírito Santo é revestir-nos de coragem."Tendo eles orado,
tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo, e, com intrepidez,
anunciavam a palavra de Deus (At 4:31).
O medo é um terrível laço. Não pode jamais ser admitido. Temos autoridade (Lc10:19) e não há o
que temer. A ousadia do Senhor faz parte do Seu exército.
h. Boa reputação:
As virtudes de caráter devem estar presentes em um exército vencedor. Dos filhos de Efraim se
diz: "Homens valentes, e de renome em casa de seus pais" (v. 30).
É uma desgraça quando manchamos o bom nome de Cristo com nossas atitudes. Cada soldado
do exército deve ser conhecido pela sua boa reputação.
Paulo, falando das qualidades de alguém, no ministério, declara: "É necessário que ele tenha bom
testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo” (I Tm 3:7).
Zelar pelo nosso bom nome é zelar pelo nome de Cristo, pois Cristo será visto pelos homens
através das nossas atitudes.
i. Sabedoria:
Os filhos de Issacar eram: "Entendidos na ciência dos tempos para saberem o que Israel devia
fazer..." (I Cr 12:32).
A vitória exige uma estratégia sábia. É preciso conhecer o inimigo, saber a hora certa e o modo de
ataque. O bom combate depende de um posicionamento correto, uma boa distribuição das tropas
e equipamentos de guerra. Há muitos fatores a levar em consideração e um bom comandante
saberá ordenar suas tropas e conservará seu moral elevado. Ele é firme e decidido e sabe como
tomar decisões em novas circunstâncias e resolver os problemas que se levantam.
No exército de Deus, precisamos de líderes sábios. Quem está em liderança não pode ser imaturo,
impulsivo e facilmente enganado. Precisamos de líderes como os filhos de Issacar, quer
conhecem os tempos e sabem discernir o que a Igreja deve fazer. Os recursos da sabedoria divina
e revelações do Espírito estão à nossa disposição.
j. Disciplina:
A disciplina implica no fato de que cada um sabe qual a sua posição no exército e se submete a
liderança reconhecida. O maior tempo de fraqueza em Israel foi durante o período dos
Juízes,quando cada um fazia o que achava que deveria fazer. A necessidade hoje de ordem,
disciplina e submissão é grande. Insubordinação e rebeldia num exército levam a julgamento. Um
entendimento da autoridade e submissão a ela é absolutamente essencial ao sucesso do exército.
CMC Oração 30
Os filhos de Issacar não somente possuíam entendimento, mas todos os seus irmãos estavam sob
seu comando. "Dos filhos de Issacar, conhecedores da época, para saberem o que Israel devia
fazer, duzentos chefes, e todos os seus filhos sob suas ordens” (I Cr 12:32).
k. Qualificação e Excelência:
Os homens de Davi eram especialistas em guerra. Soldados profissionais, capazes e qualificados.
"De Zebulom, dos capazes para sair à guerra, providos com todas as armas de guerra, cinqüenta
mil, destros para ordenar uma batalha com ânimo resoluto" (I Cr 12:33).
"De Aser, dos capazes para sair guerra e prontos para a batalha, quarenta mil”. A versão "King,
James" diz: "EXPERTIN WAR" (peritos, especialista, experimentados). A versão Amplificada diz:
"tropas experientes". Hoje o exército de Deus deve crescer na excelência, especializando-se em
batalha espiritual. O inimigo é altamente sofisticado e experiente. O Exército de Deus precisa
adquirir um estado de excelência, buscando a qualificação de seus soldados. A necessidade não é
apenas de um exército numeroso, mas também qualificado. Excelência em tudo deve ser nossa
meta. Paulo recomenda o estudo duro para que a aprovação não venha dar lugar à vergonha.
"Estuda e sê ávido e faze o melhor para apresentar-te a Deus aprovado (testado pela prova), um
trabalhador que não tem de que se envergonhar, analisando corretamente e acuradamente
dividindo (manejando de modo correto e ensinando com habilidade) a Palavra da verdade" (I Tm
2:15 - V. Amplificada).
l. Singularidade de Propósito:
Sem unidade é impossível alcançar vitória. Todos devem ter uma mesma visão, um mesmo
propósito, um mesmo comando e um mesmo inimigo. A singularidade de propósito e visão é
essencial.
O exército de Davi era composto por soldados que "não eram de coração dobre".
Possuíam a mesma determinação e objetivo. Tinham um só coração para constituir Davi rei sobre
Israel.
"Providos com todas as armas de guerra, cinqüenta mil destros para ordenar uma batalha com
ânimo resoluto" (I Cr 12:33b).
“Vieram a Hebrom, resolvidos a fazer Davi rei sobre todo o Israel; também todo oresto de Israel era
unânime no propósito de fazer a Davi rei" (I Cr 12:38b).
O mesmo texto diz que "Todo o resto de Israel estava de um só coração" Outra versão diz: "era
unânime no propósito de fazer a Davi rei" (v. 38b). O coração de todos estava devotado a Davi,
como o de um só homem. Estavam em Hebrom para passar o reino de Saul para Davi.
O exército de Jesus Cristo deve igualmente estar devotado a Ele com uma singularidade de
propósito, para entregar-Lhe os reinos deste mundo pela proclamação do Evangelho.
A terra deve ser subjugada a Jesus Cristo. Essa obra será feita pela sua Igreja. Se todos estiverem
unidos em volta de Jesus, nosso alvo de transferir o reino de Satanás para Ele será logo
alcançado.
m. Material Bélico:
Para que haja guerra, soldados não bastam. Há que equipá-los com material bélico à altura do
desafio. Os filhos de Judá estavam equipados: "Dos filhos de Judá, que traziam escudo e lança
seis mil e oitocentos, armados para a peleja" (v.23). De Manassés é dito: "com toda sorte de
instrumentos de guerra para pelejar..." (v. 37b).
"Armados para a peleja"a condição que hoje nos é imposta. Somos o Judá de Deus.
Jesus é o Leão da Tribo de Judá e somos uma nova criação nEle. Ele nos deu todas as armas
necessárias para o combate. Cumpre-nos armarmo-nos com todas elas e a vitória será de Cristo
Jesus ,e nós venceremos com Ele e com Ele reinaremos.
A existência de demônios:
A existência de demônios amplamente é confirmada na bíblia. Faz parte da experiência de todos
os povos e é uma inegável realidade.
Quando Satanás caiu, levou consigo partes das hostes angelicais, e hoje ele possui um verdadeiro
exército organizado, com os mais diversos escalões.
CMC Oração 31
Grande parte do ministério de Jesus foi devotada a expulsão de demônios (Mt12:22,29; 15;22-28;
Mc 5:1-16). Ele deu autoridade aos discípulos para fazerem a mesma coisa (Mt 10:1) e viu a vitória
deles sobre Satanás (Lc. 10:17-18). Ele falou em privado com Seus discípulos sobre o poder e a
realidade de demônios (Mt 17:14-20). Está claro que suaexistência é um fato e precisa mos saber
como lidar com eles.
Demônios são súditos de Satanás e ajudadores em seu programa de oposição a Deus e ao seu
povo. Expulsos do céu ,com Satanás, têm sua morada no segundo céu. Sua guerra se desenvolve
contra anjos eleitos, nas regiões celestes.
Origem dos Demônios:
Todos os anjos foram criados perfeitos, como o foi Lúcifer (Jo 38:7; Ez 28:15). Na rebelião original
de Satanás, ele arrastou um grande número de anjos consigo (Ez 28:18; Ap12:4). É assim que
lemos do "diabo e seus anjos" (Mt 25:41).
Há duas classes de anjos que seguiam a Satanás: livres e presos. Quanto aos presos, há dois
lugares de confirmação:
No "Tartarus": Traduzido por "inferno" em II Pedro 2:4. Parecem estar confinados
até o dia do julgamento final dos anjos, por algum pecado terrível e não pela rebelião com
Satanás.
No abismo: (Lc 8:31: Ap 9:1- 3;10). Alguns expulsos por Cristo foram mandados para lá (Mc 9:25).
 A personalidade dos demônios:
 Pronomes pessoais (Lc 8:27-30).
 Têm nome (Lc 8:30).
 Falam (Lc 4:33-35,41;8:28,30)
 Têm inteligência (Mc 1:23,24; Lc 4:34; 8.28; At 16:16-17).
Têm emoção (Lc 8:28; Tg 2:19).
 Têm vontade (Lc 8.32; Mc 1:27; Lc 4:35,36).
Características dos Demônios:
 Seres espirituais - Demônios e anjos são chamados espíritos (Mt 8:16; Lc 10:17, 20; Ef6:12)
não cessarão de existir (Lc 20:36). Moralmente pervertidos em suas pessoas. São pervertidos
e operam em trevas morais (Ef 6:12) são chamados "espíritos imundos" (Mt 10:1; Mc 1:23; Lc
11:24) ou "espíritos malignos" (Lc 7:21), ou ainda "forças espirituais da maldade" (Ef 6:12).
Alguns são piores que outros (Mt 12:45).
 Em sua doutrina- Promovem um sistema de mentira (I Tm 4:1-3). Operam em falsos mestres e
seu caráter maligno se manifesta (II Tm 3:6,8: II Pe 2:2,3,10,13,18). Espíritos imundos
promovem ensino e mestres imundos.
 Em sua conduta - Introduzem falsos discípulos e confusão (Mt 13:37-42); transformamse em
anjos de luz (II Co 11:13-15)
 Invisíveis, mas capazes de manifestação - Como os anjos se manifestam (Gn 19:15), também
os demônios. Há referências de Satanás se manifestando (Gn 3:1; Zc 3:1; Mt 4:9-10). É
possível, pois, que demônios também apareçam tomando forma humana. A Bíblia descreve
suas aparições em forma pavorosa, como animais (Ap 9:7-10, 17; 16:13-16).
Poderes dos Demônios:
Inteligência sobrenatural:
Conhecem a identidade de Cristo (Mc 1:14,34) e o Seu grande poder (Mc 5:6-7).
Sabem o lugar de sua prisão e seu futuro julgamento (Mt 8:28-29; Lc 8:31).
Mascaram-se como anjos de luz (II Co 11:13-15). Sabem como corromper a sua doutrina (I Tm
4:1-3). Evidentemente têm conhecimento de coisas futuras ou ocultas (At16:16).
A fonte de seu conhecimento está no fato de serem criaturas de natureza superiorcom vasta
experiência milenar, reunindo informações.
Usam toda sua inteligência contra Deus e seus propósitos. Mas seu conhecimento é limitado e
seus planos são frustrados por Deus.
CMC Oração 32
Força sobrenatural:
 Em controlar os homem (At 19:14-16; Mc 5:1-4; Mt 17:14-20).
 Em afligir os homens (Ap 9:1-19).
 Em operar obras sobrenaturais (II Ts 9; Ap 13:13,15). Eles buscam imitar os milagres de Deus,
mas há limites, como no caso dos mágicos egípcios (Êx 8:5-7,19).
Presença sobrenatural:
Assim como os anjos se movem no espaço rapidamente também os demônios (Dn9:21-23; 10:1014)
Como há muitos demônios, a influência de Satanás pode se fazer sentir em muitos lugares ao
mesmo tempo.
O trabalho dos Demônios:
As atividades demoníacas podem ser diversas, mas estão sempre direcionadas no sentido de
promover a injustiça e a destruição de tudo quanto é bom. Promovem o programa de Satanás. Os
demônios obedecem a Satanás e servem a seus propósitos. Ele é seu deus (Mt12:24; Jo 12:31;
Ap 12:7). Esses maus espíritos não cessam de promover o engano e a maldade satânica.
Satanás não é onipotente, nem onipresente, nem onisciente. Sua presença, poder e
conhecimento são grandemente ampliados através dos seus demônios. Há cooperação
demoníaca evidente através de várias Escrituras (Mt 12:26,45; Lc 8:30; I Tm 4:1).
Os demônios transmitem a filosofia de Satanás em várias escalas:
 Na vida de indivíduos. O objetivo é levá-los a andarem de acordo com a filosofia deste mundo,
do príncipe da potestade do ar, (Ef 2:1-2). Promovem ainda desejos carnais e sensuais, orgulho,
materialismo e toda sorte de impurezas na vida das pessoas (Jo 16:11; I Jo 2:16).
 Nos governos das nações - Satanás e seus demônios trabalham atrás de governos, para
influenciá-los em sua filosofia, programa e ações (Dn 10:13,20). Oposição a divulgação do
Evangelho em todas as formas tem a ver com influências de demônios.
 No sistema mundial - Num sistema espiritual mundial que estende a influência de Satanás aos
homens, através dos demônios. Para controlar o mundo, os demônios se organizam em
combate, sob a liderança de seu líder (Mt 12:26; Jo 12:31; 14:30; 16:11; Ef6:11-12; I Jo 5:19).
Opõem-se ao programa de Deus:
 Promovendo rebelião - (Gn 3, II Ts 2:3-4; Ap 16:14; 9:20-21).
 Caluniando, acusando - Eles acusam Deus diante dos homens (Gn 3:1-5; Rm 3:5-8; 6:15;





9:14,19; Tg 1:13) e os homens diante de Deus (Jo 1:9,11; 2:4-5; Zc 3:1; Ap 12:10). Uma vez que
os demônios são capazes de afetar os pensamentos, eles podem também causar autocondenação através de pensamentos incriminatórios, a resposta para qualquer acusação está
em Jesus, nosso advogado (I Jo 2:1-2; 1:9)
Promovendo idolatria - (Lv 17:7; Dt 32:17: Sl 96:4-5; Is 65:11; I Co 10:20; 12:2; Ap13:4,15;
9:20).
Rejeitando a graça - Eles aborrecem a graça. Incapazes de arrependimento e salvação, nada
entendem da graça e procuram impedir os homens de receberem-na. Eles torcem a graça de
Deus com suas mentiras (II Co 4:3-4;3:6-7). Todos os seus ensinos são antiCristo, negando que
Jesus, homem-Deus, o genuíno sacrifício substituto pelo pecado do homem (I Jo 2:22, 4:1-4).
Promovendo falsas religiões e seitas - Nas suas mentiras Satanás e seus demônios tanto
trabalham dentro, quanto fora da verdadeira religião. O Novo Testamento nos adverte também
contra heresias que torcem a verdade enquanto conservam alguma coisa dela (II Co 11:13, 15,
22-23; Gl 1:6-8; Cl 2:18-23; I Tm 4:1-4).
Oprimem a humanidade - Os demônios agem nos homens nas mais diversas formas de
engano, degradação e destruição. Oprimem verdadeiramente a humanidade. Através das
forças da natureza (Jo 1:12,16, 19;2:7).
Degradando a natureza humana (Ef 2:1-3; Rm 1:18-32).
CMC Oração 33
 Desviando da verdade - os demônios cegam os homens para a verdade (II Co 4:3-4; I
Tm 4:1-4; I Jo 4:1-4).
 Desestabilizando o corpo. Os demônios podem causar muitos tipos de problemas
físicos.
 Nudez (Mt 9:32, 33;12:22; Mc 9:17-29).
 Cegueira (Mt 12:22).
 Deformidade (Lc 13:11-17).
 Epilepsia (Mt 17:15-18; Mc 9:20; Lc 9:39).
A Bíblia não atribui todas as enfermidades a demônios, mas distingue claramente doenças
naturais de demônios (Mt 4:24; Mc 1:32,34: Lc 7:21; 9:1).
 Perturbando a mente - Certas desordens mentais têm origem em operações de demônios.
Outras são de caráter físico. Entre as demoníacas temos a insanidade (Lc 8:27-29) e a
tendência ao suicídio (Mc 9:22).
 Destruindo a vida (Ap.18:2,24; 9:14-19)
 Dominando indivíduos - Os agentes de Satanás controlam certos homens na promoção da
imoralidade, religiões falsas, ocultismo e outros enganos (II Ts 2:7-18; At 8:9-24; 13:8-11; 16:1619).
Oposição aos Santos:
 Contra os crentes em geral (Ef 6:12) - Nem toda luta necessariamente é provocada por





demônios. Muito vem da natureza humana corrompida (Rm 7:21-24: Tg 1:14-15). Mas
reconhecemos que grandes hostes malignas fazem guerra contra nós. A armadura de Deus
nos prepara para tal batalha (Ef 6:10).
Contra indivíduos - Atacando a confiança e dedicação. A Armadura de Deus reflete o tipo de
ataque que podemos esperar (Ef 6:14-18). Tentando a pecar (I Cr 21:1-8; I Co 5:1-5; Ef 2:2-3; I
Ts 4:3-5; I Jo 2:16). Infligindo enfermidades (Jo 2:7-9).
Contra a Igreja - O plano de Deus para a Igreja inclui demonstrar, às forças angélicas, Sua
sabedoria através dela (Ef 4:3-6). Demônios procuram frustrar esse plano.
Criando divisões. O corpo deve estar unido (Ef 4:3-6). Demônios dividem e derrotam planos de
união na Igreja, quer localmente ou universalmente. Demônios promovem divisões
doutrinárias. Eles falam através de falsos mestres (I Tm 4:1-3).
Contra- atacando o ministério do Evangelho. Os demônios procuram ocultar a mensagem do
Evangelho dos pecadores. Assim cegam suas mentes (II Co 4:3-4) e pervertem o Evangelho
(V.13-15). Eles procuram impedir o ministro do evangelho de executar suas responsabilidades
(II Ts.2:17, 18).
Causando perseguições (Ap 2:8-10).
Limitados por Deus:
Apesar das intenções de Satanás e seus demônios, suas atividades são controladas por Deus e
Ele muitas vezes as usa para o bem e para a Sua glória.
Nessa ação, Deus não está fazendo o mal para que venha o bem. Em vez disso, Ele permite que as
pessoas moralmente responsáveis façam seu desejo, ainda que mau. Ainda assim Sua sabedoria
limita e controla seus efeitos, fazendo com que Seus propósitos sejam cumpridos, a despeito de
tudo.
 Corrigindo erros (I Tm 1:19-20; I co.5:15).
 Criando discernimento (Jo 40:1-3; 42:1-6).
 Cultivando a dependência (II Co 12:7-9-10).
As forças de Satanás:
Quando Lúcifer se rebelou contra Deus, levou consigo um grande número de anjos. Talvez um
terço deles (Ez 28:18; Ap 12:4). E assim que lemos do "diabo e seus anjos" (Mt25:41). O certo é
que Satanás não está sozinho. Suas legiões são descritas em Efésios 6:10-12.
"Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos da armadura de Deus,
para poderdes resistir as insídias do diabo. Pois o nosso combate não é contra o sangue nem
contra a carne, mas contra os principados, contra as autoridades contra os dominadores deste
mundo de trevas, contra os espíritas do mal, que povoam as regiões celestiais (Ef 6:10-12).
CMC Oração 34
a. Principados:
Arche "Magistrados, poderes, principados, começo". Começo, aqui, se refere ao tempo ou ordem.
"Principados" refere-se aos espíritos poderosos do primeiro escalão que se revoltaram
contraDeus. Eles hoje são os que formam o conselho governante de Satanás.
Seria seu "Gabinete de Ministros". São chamados príncipes (Dn 10:20).
Daniel 10 deixa claro que nossas orações a Deus são ouvidas imediatamente, mas para que os
anjos nos tragam a resposta há luta no caminho. Forças demoníacas podem se lhes opor nas
regiões celestes. A Bíblia fala de três céus:
 O terceiro céu, ou "paraíso" - (II Co 12:2-4). Ora, se há terceiro céu, há segundo e
há primeiro. Não sabemos se há quarto, quinto ou sexto.
 O primeiro céu é o firmamento na atmosfera da terra (Gn 1:6-8).
 Entre a atmosfera onde os homens habitam e o terceiro céu onde Deus habita, definitivamente
existe o segundo céu. Para além da atmosfera da terra há o espaço exterior. Ali o segundo céu.
Davi chama-o de "céus" (Sl 8:3).
É neste segundo céu que Satanás e seus anjos caídos fazem sua morada. Eles semovem para o
primeiro céu a fim de realizarem sua obra de engano, opressão e destruição nos homens. Satanás
mesmo vai até o terceiro céu e acusa os santos diante do trono de Deus (Jo 1:6-12; Ap 12:10). No
segundo céu, é que agentes inimigos interceptam as respostas às nossas orações, procurando
impedir que cheguem até nós.
Há guerra constante no meio espiritual e é lá que, primeiro, as guerras são vencidas. A vitória da
Igreja acontece quando aprendemos a conhecer e prevalecer sobre os principados.
Para vermos um rompimento espiritual nas nações, nas vidas de nossas famílias, dos homens, e
em nós mesmos, precisamos reconhecer que os verdadeiros inimigos, contra os quais lutamos,
são forças espirituais da maldade ao redor de nós.
b. Potestades:
"Poder delegado" "Exousia" - "Autoridades que permitem ou impedem". Tem poderes executivos.
Esse grupo de governantes é a autoridade que delega o poder. A Palavra "exousia" denota não
tanto a magistratura de uma corte, mas o poder que governa e é sinônimo de "arche" (autoridade,
tronos, domínios ou governos). Em (I Co 15:24 e Cl 2:15) refere-se a todas as autoridades e
poderes malignos, que se opõem a Jesus Cristo.
c. Governos:
"Kosmokrator". "Os senhores do mundo" - Vem de "Kosmos", isto é, "mundo" e "Krator", isto é,
governados". Fala do "sistema de governos". Eles são responsáveis por lutarem contra a
verdadeira luz e levar, o povo, às trevas, cegando-lhes os olhos e enviando trevas as almas dos
homens.
Quando oramos por aqueles que estão dominados pela cegueira de Satanás e aqueles em
religiões pagãs, estamos guerreando contra esse tipo de inimigo. Ele governa sobre nações
através do seu poder de cegar a mente dos homens. Exercem também autoridade sobre diferentes
sistemas de governos no mundo.
d. Forças Espirituais do Mal:
"Pneumatikós". Vem da raiz da palavra "Pneuma", que significa "ESPÍRITO".
"Poneria" significa "iniqüidade", "depravação, "maligno", atividades de natureza má".
Alguém que não somente é maligno, mas todas as suas obras são igualmente más. “Tudo quanto
faz afeta outros de um modo negativo”.
"Forças espirituais do mal nas regiões celestes" pode significar o mal em si, que opera e inspira
esses principados, autoridades e governadores das trevas. Assim como a paz, o amor, a bondade,
motivam o bem nos seres angélicos celestiais, também o sentido oposto é uma realidade. Esse
terrível mal espiritual motiva e controla o mundo espiritual de Satanás. Também fala da frente de
batalha; são os soldados que executam as atividades malignas e demoníacas na vida dos
homens. Na punição do Egito, Deus parece ter usado demônios (Sl78:49). Demônios liderarão
uma rebelião de exércitos de homens contra Deus na batalha do Armagedon, onde grande
destruição os aguarda (Ap 16:13-16). O Justo Filho de Deus demonstrou Seu poder sobre as
CMC Oração 35
forças malignas ao expulsar demônios, tanto pessoalmente como através dos Seus discípulos.
O justo juízo de Deus ser demonstrado na derrota final dos demônios, quando eles serão lançados
no lago de fogo (Mt 25:41; Ap 20:10). A Cruz de Cristo e o lago do fogo indicam a permissão de
Deus para sua existência e atividade. Através da sua punição, Deus demonstrara a futilidade do
mal e a sua última derrota.
Endemoninhamento:
O Novo Testamento deixa clara a possibilidade de demônios entrarem nas pessoas e se
manifestarem. A expulsão de demônios por Cristo e os apóstolos é uma forte evidência de Sua
deidade e de que Ele é o Messias (Mt 12:22-23, 28-29; At 2:22; 10:38).
Os apóstolos e os evangelistas substanciavam a verdade do Evangelho pelos milagres, que
incluía a expulsão de demônios (At 5:16; 8:7; 16:16-18; 19:12).
a. O Termo Bíblico:
A Bíblia não usa o termo "Possessão demoníaca". A palavra no grego "DAIMONIZOMAI" quer dizer
"ter um demônio" ou "endemoninhado". A Bíblia fala de pessoa possuindo um demônio e não um
demônio possuindo a pessoa. Vejamos todos os exemplos nos Evangelhos.
A tradução em português "endemoninhado" significa, na versão Amplificada,"sob o poder de
demônios". Outras versões em inglês traduzem por "possuído de demônios" ou "aqueles que
tinham maus espíritos". Os textos são: Mt 4:24; 8:16; 8:28; 8:33; 12:22; 15:22; Mc 1:32; 5:15,16;
5:18; Lc 8:36.
Os demais traduzem: Mt 11:18 "...e dizem: tem demônio". Lc 4:33 "...Um homem que tinha o
espírito de um demônio imundo". Lc 7:33 "tem demônio" Lc 8:27 "...um homem da cidade,
possesso de demônio" Jo 7:20; 8:48-49; 8:52; 10:20-21 "tem demônio".
Observando o ensino bíblico, concluímos que o termo "possessão demoníaca" é incorreto, uma
vez que não é o demônio quem possui o homem, mas o homem quem possui o demônio. Isso quer
dizer que um endemoninhado tem um espírito imundo dentro dele.
b. A Expulsão de Demônios:
Jesus confiou à Igreja, com a autoridade do Seu nome e as armas providas por Deus, a tarefa de
libertar os cativos. O Ministério de libertação é responsabilidade da Igreja.
Libertação é o processo pelo qual os seres humanos são libertos da influência e poder dos
demônios. Jesus delegou autoridade à Sua Igreja sobre Satanás e suas hostes (Lc 10:19;
Mt18:18, Mt 28:18; Mc 16:17, Mt 10:1, Mc 3:14,15).
c. Autoridade do Nome de Jesus:
A expulsão de demônios era uma parte importante do ministério de Jesus (I Jo 3:8).
Libertar os oprimidos do diabo era parte integrante de suas atividades (At 10:38). Lucas registra a
reação das pessoas durante esse ministério. "... Que palavra é esta, pois, com autoridade e poder
ordena aos espíritos imundos, e eles saem? (Lc 4:33-36).
d. O Revestimento de Poder:
A autoridade e o poder são provados em grande medida pelo Batismo no Espírito Santo (At 1:8).
Isto é resultado de um relacionamento. Os sete filhos de Eva usaram o nome de Jesus para
expulsarem demônios, mas estes não lhes obedeceram. Eles não conheciamJesus. Nossa
autoridade e poder são resultado de um relacionamento com Ele. No Novo Nascimento, somos
gerados de novo nEle e no batismo do Espírito Santo, submetemo-nos a Ele como o batizador.
Jesus deixa claro que do Espírito Santo vem o poder para expulsar demônios:
"Se, porém, eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus
sobre vós" (Mt 12:28).
"Se, porém, expulso o demônio pelo dedo de Deus, certamente e chegado o reino de Deus sobre
vós" (Lc 11:20).
O Espírito de Deus é o dedo Deus. O dedo de Deus é a palavra de comando dada em autoridade. A
Igreja tanto tem o Espírito quanto a Palavra.
CMC Oração 36
e. O Nome de Jesus:
Jesus está na mais alta posição de autoridade, direita do Pai. A Ele todo nome está sujeito"Acima
de todo o principado e potestade, e poder, e domínio, não só no presente século, mas também no
vindouro" (Ef 1:21).
"Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o nome
para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra" (Fp
2:9,10)
Sendo a Igreja Seu corpo e extensão aqui na terra, Jesus lhe confere a autoridade do Seu nome.
Por assim dizer, dá-lhe o poder de procuração. Em Nome de Jesus a igreja opera na terra (Mc
16,17; Lc 9:49; At 16:18). Diante do Nome de Jesus, o poder do Espírito Santo e a Palavra de Deus,
que a obra de libertação deve ser realizada.
f. A Libertação de Descrentes:
A libertação dos cativos de opressões demoníacas exige que a pessoa seja levada a dar alguns
passos.
 Receber a Cristo como Senhor - Só com o novo nascimento a pessoa está em condições de
enfrentar e vencer os demônios. Primeiro, pois, a pessoa precisa ser liberta do pecado (Jo 3:37; Ef 1:18-21; Cl 1:13; 2:15; I Jo 3:4, 5, 18).
 Confessar os pecados - Todo o envolvimento com práticas espíritas ou ocultismo deve ser
julgado como rebelião contra Deus e terrível pecado, colocando-se do lado de Satanás (I Co
11:31; I Jo 1:9). A pecaminosidade do envolvimento familiar, descendo até quarta geração
(tetravôs) também deve ser confessada (Êx 20:3-5).
 Renunciar o diabo e suas obras - Especialmente quando há aliança e envolvimento com o
ocultismo, é necessária uma renuncia oficial a Satanás e suas reivindicações sobre a pessoa.
Um comando a Satanás e sua hostes a que se retirem, torna-se necessário. Isso deve se feito
em nome de Jesus e na dependência do Seu poder, como os apóstolos fizeram (Mt 8:16,32; At
16:16-18).
 Desprezar todos os objetos de ocultismo e suas ligações (II Rs 14:2-5, 23:16-17; At9:17-20). A
presença de tais objetos são um convite aos poderes demoníacos para concentrarem seus
esforços na destruição dos donos desses objetos. Contactos com líderes do ocultismo e
relacionamento devem igualmente ser quebrados.
 Descanse em Cristo e resista ao diabo - Cristo promete perdão aos que nEle confiam. Assumir a
nova posição em Cristo é descansar no Seu novo relacionamento vital (Cl 1:13, 2:9-15; Hb 2:1418). É necessário igualmente assumir sua autoridade, resistindo o diabo e suas forças (I Pe 5:89; Tg 4:7).
 Submeter-se a Cristo é Sua Palavra - (Rm 12:1-2; Tg 4:6-7; Jo 8:31,32). Um estudo sério da
Bíblia deve logo tomar lugar, para um fortalecimento espiritual.
 Receber o batismo no Espírito Santo (At 1:8) - O enchimento do Espírito é o segredo de um
andar em vitória (Ef 5:18-33).
g. A Auto Libertação:
A auto-libertação é possível a todo cristão nascido do novo. Jesus nos deu a autoridade de usar o
Seu nome. Poder do sangue de Jesus nos pertence. Os passos a seguir podem ser usados:
 ]Arrependa-se do pecado que abriu a porta para os demônios entrarem. Isso implica no
reconhecimento do pecado e disposição de romper com ele.
 Confesse todos os pecados, tanto os próprios quanto dos antepassados, que podem ter dado
brecha para os demônios entrarem. Os pecados de contacto com todos as formas de
envolvimento com o ocultismo deverá ser confessados verbalmente.
 Peça o perdão do Senhor e a purificação pelo sangue de Jesus. Abrigue-se nEle, deixando as
fortalezas do inimigo.
 Renuncie sua associação com o pecado, o mal e qualquer coisa impura. Diga ao inimigo que
nada mais tem a ver com ele e que ele não tem mais lugar em sua vida.
 Confesse o Senhorio de Cristo sobre o seu corpo em palavras, em ações e em pensamentos.
Permaneça na verdade e vocês descobrirão que as trevas e o engano não
terão lugar em sua vida.
 Ordene os espíritos malignos que deixem seu corpo, no Nome de Jesus, em fé.
CMC Oração 37
As armas do nosso combate:
A preparação para a guerra envolve mais que um treinamento físico e uma vida disciplinada. As
armas com que o soldado é equipado são de extrema importância.
"Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa
milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando sofismas, e
toda a altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando ativo todo o pensamento à
obediência de Cristo" (II Co 10:3-5).
Armas defensivas:
a. O sangue de Jesus:
O sangue é uma cobertura para os nossos pecados. Ele traz a purificação que atesta o fim do
senhorio de Satanás sobre nossas vidas. Ele não nos pode mais acusar. O sangue nos garante a
vitória. "Eles o venceram pelo sangue do cordeiro" (Ap 12:11).
b. A Palavra de Deus:
A Palavra de Deus é a verdade. Satanás ataca com mentira, tentando distorcer a verdade. A
Palavra expõe a mentira. "Estai pois, firmes, cingindo-vos com a verdade (Ef6:14a). "...e a espada
do Espírito, que a Palavra de Deus" (Ef 6:17b).
A aplicação da Palavra os livra de todo o jugo. Nós nos protegemos dos ataques de Satanás, suas
mentiras e enganos, defendendo-nos com a verdade da Palavra de Deus.
c. A Couraça da Justiça:
"Estai, pois, firmes... vestindo-vos da couraça da justiça (Ef 6:14). A justiça é nossa couraça e como
tal protege o nosso coração de ser condenado pela nossa consciência (I Jo3:19-22).A justiça nos
dá confiança diante de Deus: "Não tendo condenação" significa ter uma consciência clara (I Tm
1:3), uma consciência sem ofensa (At 24:16).
Só podemos pertencer ao exército de Deus, com as vestes de justiça. A visão de João mostra o
exército de Jesus em trajes de linho branco, o que fala da justiça dos santos (Ap19:7-8,11,14).
d. O Escudo da Fé:
"Embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos
inflamados do maligno" (Ef 6:16).
e. O Capacete da Salvação:
Nossa mente é um constante campo de batalha, mas temos "o capacete da salvação...." (Ef.6:17).
Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça de fé e amor, e
tomando como capacete, a esperança da salvação (I Ts 5:8).
O capacete protege a cabeça. A palavra salvação aqui, no grego "Soteria", que significa bem estar
físico e mental. Diante de muitos ataques precisamos ver a salvação de Deus, isto é, libertação.
Isaías 26:1,3-4 diz-nos que a salvação de Deus é nossa proteção.
"Deus lhe põe a salvação por muros e baluartes".
Protege nossa mente em dias de ataque, porqeu nossa esperança está na salvação de Deus. Essa
esperança guarda nossa mente em perfeita paz. essa paz é uma grande arma de proteção.
f. A Preparação do Evangelho da Paz:
"Calçai os pés com a preparação do Evangelho da paz" (Ef 6:15). Os sapatos são o Evangelho. A
preparação aqui fala da necessidade de vigiar o tempo todo. Satanás tenta trazer a complacência,
contentamento com a situação e amor ao conforto. Ezequiel 16 fala dos pecados de Sodoma, que
refletem o amor à vida fácil (Ez.16:49). Com os pés calçados na preparação do Evangelho da paz,
não seremos enlaçados pelos pecados de Sodoma.
CMC Oração 38
Armas ofensivas:
a. O Nome de Jesus:
O nome de Jesus é o poder de Deus outorgado ao crente com o propósito de edificar e expandir o
Reino de Deus. Seus nome é uma torre forte e poderosa. O refúgio e proteção.
Esse nome transporta tal autoridade e poder, que está acima de todo o nome. Pela menção desse
Nome os demônios recuam (Fp 2:1; Mc 16:17-18 ; Jo 16:23,24).
b. A Palavra da Fé:
A Palavra da fé é falar com a fé de Deus. Fé em Deus nossa arma defensiva contra as dúvidas. A fé
de Deus é uma arma ofensiva (Mc 11:22).Ter a fé de Deus possuir o tipo de fé que Deus tem. Ele crê
que a palavra que sai da sua boca não voltará vazia, mas cumprirá aquilo para o que foi enviada (Is
55:10-11).
Jesus tinha a fé de Deus quando falou à figueira (Mc 11:20).
Jesus diz que, como filhos de Deus, devemos ter o mesmo tipo de fé (Mc 11:22-24).
A ordem "eu mando", ou "eu expulso", ou "eu proíbo", deve ser dada com a palavra da fé.
Há muitos exemplos da palavra da fé proferida na Bíblia. Elias pede fogo do céu (I Rs18:37-38;
Josué manda o sol parar (Jo 10:12-13); Elias diz que não choverá (I Rs 17:1); Jesus usou
constantemente a palavra da fé.
c. A Palavra de Deus:
A Palavra de Deus uma espada de dois gumes, tanto ofensiva quando defensiva. Com, ela
atacamos o inimigo em cheio. Para usá-la bem, preciso tomar tempo estudando-a memorizandoa. Será fácil na hora do ataque. Jesus usou a Palavra para derrotar Satanás na tentação (Mt 4:111). A espada deve ser usada na boca (Ap 1:16).
d. Louvor e Adoração:
Deus habita nos louvores (Sl 22:3). O segundo capítulo de Crônicas ilustra bem a derrota que o
louvor infligiu ao adversário.
Pelo louvor e exaltação do Nome do Senhor, tanto derrubamos os muros inimigos, confundimo-los,
como também quebramos cadeias sobre nossas próprias vidas e dos que nos cercam. O louvor
abre as portas das prisões e liberta os cativos (At 16:23,25,26).
Como vestimos a armadura de Deus:
Armadura: Cingir-nos cora a verdade.
Afirmação: Jesus é minha verdade.
Promessa: Respondeu-lhes Jesus: "Eu sou o caminho e a verdade e a vida. Ninguém vem ao
Pai senão por mim" (Jo 14:16). Eis que te comprazes na verdade no íntimo, e no recôndito me
fazes conhecer a sabedoria (Sl 51:6).
Armadura: Vestir-nos da couraça da justiça.
Afirmação: Jesus, tu és a minha justiça.
Promessa: Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele
fossemos feitos justiça de Deus (II Co 5:21). Também nele estais aperfeiçoados. Ele o cabeça de
todo principado e potestade (Cl 2:10).
Armadura: Calçar os pés com a preparação do Evangelho da Paz.
Afirmação: Jesus, tu és a minha preparação.
Promessa: Tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4:13).
Armadura: Embraçar o escudo da fé.
Afirmação: Jesus, Tu és minha fé.
Promessa: Estou crucificado com Cristo; logo já não sou eu quem vive mas Cristo vive em mim; e
esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé do filho de Deus, que me amou, e a si mesmo se
entregou por mim (Gl 2:2). E assim, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra (Rhema) de
Cristo (Rm 10:17).
CMC Oração 39
Armadura: Tomar o capacete da salvação.
Afirmação: Jesus, tu és minha salvação.
Promessa: E, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe
obedecem (Hb.5:9) "Senhor, força da minha salvação, tu me protegeste a cabeça no dia da batalha
(Sl.140.7).
Armadura: Empunhar a espada do Espírito que é a Palavra (rhema) de Deus.
Afirmação: Jesus, tu és a minha palavra viva.
Promessa: As palavras (rhema) que eu vos tenho dito, são espírito e são vida (Jo 6:63). E fez a
minha boca como uma espada aguda, com a sombra da sua mão me cobriu; e me pos como uma
flecha limpa, e me escondeu na sua aljava (Is 49:2).
Armadura: Orando em todo o tempo no Espírito.
Afirmação: Jesus, tu és quem me batizas no Espírito.
Promessa: Ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo (Mt 3:11). E aquele que sonda os
corações sabe qual a mente do Espírito (Santo) - sabe qual a sua intenção - porque segundo a
vontade de Deus que ele intercede (perante Deus) pelos santos (Rm 8:27).
10 - Chaves para vitória:
Como alcançar vitória em batalha espiritual? Há certos pré-requisitos que o exército de Jesus deve
ter. Vimos as características do exército de Davi. Citaremos mais algumas chaves para a vitória:
 Santidade: Separados para Deus (Jo 7:12,13,19-20).
 Fé: (Hb 11:6; I Jo 5:4; Rm 10:17; Dn 11:32b: Hb 11:33-34).
 Oração e jejum: (Mt 17:21).
 Sacrifício: (II Tm 2:3-4).
 Coragem: (Jo 1:5-9; Dt.20:1; At.4:29,31).
 Unidade: (Lv 26:8; Mt 18:15-35).
 Perseverança: (Ef 6:10,11,13).
 Não poupe o inimigo (I Sm 15:18-19, 26; I Rs 20:42; I Pe 2:11).
11 - Princípios de guerra:
Há importantes princípios que o exército de Deus deve aplicar para ser bem sucedido em combater
as forças de Satanás.Identifique o inimigo (Ef.6:12).
 Conheça-se a si mesmo, Saiba quem em Cristo é o que tem (Mt 16:19).
 Cubra as áreas mais vulneráveis (Ef 6).
 Treine seu grupo. Isso exige esforço.
 A melhor defesa atacar.
 A batalha não é do mais forte. A batalha é do Senhor. Quando Deus está do nosso lado, Ele nos
da a vitória. (I Sm 17; Dt 11;22,23).
 Unidade força (Jo 17).
 Tenha estratégias corretas (Gn 14).
 Disciplina. Isso exige total submissão e obediência a cada comando, sem questionar.
 Perseverança. Mt 17:12 fala do jejum e oração para expulsar certo tipo de espíritos malignos. A
perseverança em buscar de Deus, a força e o poder nos conduzirá à vitória.
CMC Oração 40
Mordomia e
Finanças
Capítulo 1
Deus tem um plano econômico para seu povo. É um plano real, que não tem nada a ver
com a moeda do Brasil. É um plano bíblico que vai nos dar direção e firmeza nesse mundo tão
economicamente atribulado. É um plano que funciona independentemente de raça,
nacionalidade, nível sócio-econômico e funciona em qualquer país em qualquer época. Os
princípios de Deus revelados na Bíblia nos ensinarão como ganhar, administrar, gastar e contribuir
com os bens materiais que Deus confia em nossas mãos.
Os princípios financeiros de Deus nos revelarão a nossa própria espiritualidade ou falta da
mesma. Veremos que a maneira como nós administramos as nossas finanças ou nossos bens
materiais e o nosso relacionamento espiritual com Deus estão intimamente ligados. A Bíblia diz,
“... porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”.(Mt. 6:21) Precisamos dos
conselhos de Deus para prevenir a destruição que a má administração financeira tem trazido sobre
tantos lares cristãos. Também, num mundo que fica a cada dia mais competitivo, os princípios de
Deus vão garantir o nosso sucesso e prosperidade. Não para que possamos ser melhores do que
os outros, mas para que possamos ter na hora da necessidade dos outros e apontá-los a Cristo
Jesus. Os princípios de Deus na área financeira nos libertarão dos conceitos mundanos que tem
controlado as nossas vidas.
A Bíblia está repleta de conselhos financeiros. Deus deixa a escolha em nossas mãos.
Liberdade financeira seguindo o plano de Deus ou escravidão seguindo os preceitos desse
mundo.
 Dt. 11:26-28, “Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando
cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldição, se não
cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos
ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes”.A escolha é nossa!
 Dt. 8:18, “Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para
adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais,
como hoje se vê”.
Deus tem estabelecido princípios de administração de bens, mas os crentes somente podem
experimentar paz nas suas finanças quando o controle total é rendido a Deus, semelhante ao
batismo no Espírito Santo ou qualquer outro aspecto das nossas vidas em relação a Deus. O Senhor
espera tudo, não apenas uma parte, mas o controle total das nossas finanças! Gl. 2:20, “... logo, já
não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé
no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”.Somos apenas despenseiros dos
recursos de Deus. Todos os princípios de Deus na área financeira serão baseados no Princípio de
Mordomia.
I - O Conceito de Mordomia:
a.
A chave para entender a vontade de Deus na área financeira é entender o
conceito de mordomia.
b.
Um mordomo é alguém que administra os bens de outro.
c.
Princípios de Mordomia de Deus
CMC Mordomia e Finanças 1
 Deus confia muito ou pouco em nossas mãos segundo a Sua vontade.
 Nunca seja dono de nada, ou seja, sempre reconheça que Deus é o dono de tudo o
que você tem.
 Se Deus não for o dono absoluto, então o dono será você ou satanás.

Deus quer abençoar pessoas que vão usar dinheiro segundo a vontade dEle e não segundo
as suas próprias vontades.
 Deus nunca força a Sua vontade na vida de ninguém.
 As parábolas de Jesus concentram-se mais em nossas atitudes para com dinheiro do que em
nossas ações.
 Mt. 25:14-30, “A Parábola dos Talentos”.

a. Deus somente exige aquilo que está dentro da nossa capacidade de realizar.
b. Deus é o dono de tudo e tem o direito de pedir de volta quando quiser.
c. Deus não aprova uma atitude de preguiça.
d. Deus espera a multiplicação dos bens dEle, um retorno no investimento dEle (claro
segundo a sua capacidade ou habilidade).
e. Deus não se agrada com uma simples atitude de manutenção.
II - A Função do Dinheiro na Mordomia de Deus:
a. Deus usa dinheiro para fortalecer nossa confiança nele:
Através do dinheiro Deus pode demonstrar a soberania dEle. Se nós aceitarmos o nosso papel
como mordomos e reconhecermos o Senhorio dEle (Ele é dono de tudo)
Mt. 6:32-33, “Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste
sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua
justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
b. Deus usa dinheiro para desenvolver a nossa fidelidade:
 Lc. 16:11, “Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem
injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza?”
c. Deus usa o dinheiro para comprovar seu amor para conosco:
 Muitos cristãos tem medo de entregar os seus bens completamente a Deus e por
isso permanecem fora da mais perfeita vontade dEle.
 Deus, seu Pai, assume por completo a responsabilidade de providenciar as
necessidades de todos aqueles que nEle confiam.

Mt. 7:11, “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos
filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe
pedirem?”
d. Deus usa o dinheiro para demonstrar seu poder e controle sobre este
mundo:
Ele confia mais e mais nas mãos dos mordomos que se mostram fiéis. (Ex. José do Egito).
 Lc. 16:10, “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito...”.

1. Gn. 39:1-6, “Potifar tudo o que tinha confiou às mãos de José...” – José foi fiel
na casa de Potifar.
2. Gn. 39: 21-23, “o qual confiou às mãos de José todos os presos que estavam
no cárcere”; – José foi fiel na prisão.
3. Gn. 47:14, “Então, José arrecadou todo o dinheiro que se achou na terra do Egito e
na terra de Canaã, pelo cereal que compravam, e o recolheu à casa de
Faraó”.(Comprou todo dinheiro do Egito!)?
CMC Mordomia e Finanças 2
4. Gn. 47:16, “Se vos falta o dinheiro, trazei o vosso gado; em troca do vosso gado eu
vos suprirei”.(Comprou o gado do Egito)
5. Gn, 47:20, “... comprou José toda a terra do Egito para Faraó, porque os egípcios
venderam cada um o seu campo...” (Comprou os terrenos).
6. Gn. 47:23-24, “Eis que hoje vos comprei a vós outros e a vossa terra para Faraó; aí
tendes sementes, semeai a terra. Das colheitas dareis o quinto a Faraó, e as
quatro partes serão vossas, para semente do campo, e para o vosso
mantimento e dos que estão em vossas casas, e para que comam as vossas
crianças” (Alugou os terrenos para os próprios egípcios e ganhou mais
dinheiro ainda para Faraó!).
e. Deus usa o dinheiro para suprir as necessidades dos outros através do
Corpo de Cristo:
 Devemos sempre lembrar que a nossa abundância tem como propósito abençoar os
outros.
 II Co. 8:14-15, “... suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles, de
modo que a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta, e, assim, haja
igualdade, como está escrito: O que muito colheu não teve demais; e o que pouco,
não teve falta.”
 Atos 20:35, “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister
socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais
bem-aventurado é dar que receber”.
f. Deus usa o dinheiro para dar direção às nossas vidas, nos guiando através
da abundância ou da carência:
 O importante é a nossa atitude.
 Gl. 6:9, “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se
não desfalecermos...”
 Fp. 4: 11-12, “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente
em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado;
de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de
fome; assim de abundância como de escassez...”
 Mt. 6:24, “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de
um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a
Deus e às riquezas”.
III - Atitudes Erradas na Vida do Mordomo:
a. PREOCUPAÇÃO - Deus não nos coloca em situações financeiras que tragam
ansiedade em nossas vidas:
 Acredite que Deus não quer que você ande preocupado com dinheiro! Você deve
concentrar-se em conhecer a vontade de Deus para sua vida em outras áreas e,
descanse no Senhor na área financeira!
 Mt. 6:25, “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que
haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir.
Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?”
 Pv. 10:22, “A bênção do SENHOR enriquece, e, com ela, ele não traz
desgosto”.(versão corrigida) - “A bênção do SENHOR é que enriquece, e ele não
acrescenta dores”.
b. CORRUPÇÃO - Deus nunca usará dinheiro para nos corromper:
 Sl. 1:6, “Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos
ímpios perecerá”.
CMC Mordomia e Finanças 3
c. EGOÍSMO - Deus nunca usa o dinheiro para exaltar o ego do homem.
 Tiago 2:1-9. Em Cristo somo todos iguais!
 Tiago. 1:9-10. Também na morte somos iguais!
d. LUXURIA - O cristão não deve acumular finanças em excesso.
 Pv. 30:8, “... afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza
nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário...”
 Ec. 5:13, “Grave mal vi debaixo do sol: as riquezas que seus donos guardam
para o próprio dano”.
 Pv. 13:11, “Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à
força do trabalho terá aumento”.
 I Tm. 6:9, “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas
concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e
perdição.”
Existe uma diferença entre poupar com um propósito e acumular excessivamente.
 Sl. 49:10, “... porquanto vê-se morrerem os sábios e perecerem tanto o estulto
como o inepto, os quais deixam a outros as suas riquezas.”
e. CARNALIDADE- Deus não permitirá que usemos dinheiro para satisfazer
todo e qualquer desejo que temos.
1.Devemos manter um estilo de vida equilibrado.
Sem exageros, mas não em pobreza.
2.Deus não quer que vivamos uma vida luxuosa enquanto outros irmãos passam por
necessidades.
3.Qual seria então o nosso compromisso com os nossos irmãos, a obra missionária?
Temos que chegar a uma conclusão, pela oração e direção do Espírito Santo, com
quanto e como participar, mas saiba que uma vida sem compromisso nenhum está
completamente fora da vontade de Deus.
4.A promessa de Deus é: Suprir todas as nossas necessidades.
 Filip. 4:19, “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de
suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.”
 II Co. 8:14, “... suprindo a vossa abundância, no presente, a falta daqueles,
de modo que a abundância daqueles venha a suprir a vossa falta, e, assim,
haja igualdade”.
 II Co. 9:8, “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que,
tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa
obra”.
CMC Mordomia e Finanças 4
Capítulo 2
ESCRAVIDÃO FINANCEIRA:
I. A Bíblia nos ensina que a dívida nos leva à ESCRAVIDÃO:
1.
FÍSICA
 Na Bíblia escravidão financeira era sinônimo de escravidão física.
 Se alguém não pagasse sua dívida era considerado desonesto e tratado como um
ladrão, um criminoso e lançado no cárcere.
 Mt. 5:25-25, “Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás
com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de
justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali,
enquanto não pagares o último centavo”.
2.
MENTAL E/OU EMOCIONAL
 Hoje em dia a escravidão que a divida traz é mais mental do que física.
 Pode até abrir a porta para atuação demoníaca em sua vida.
 Mt. 18:30, “Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que
saldasse a dívida”.
 Mt. 18:34, “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos
(atormentadores), até que lhe pagasse toda a dívida”.
II. O perigo de tomar dinheiro emprestado e/ou comprar a prazo!
 Hoje tantas pessoas caem nessa armadilha de entrar em dívidas.
 O que Deus pensa em relação à dívida ou tomar dinheiro emprestado.
 Pv. 22:7, “O rico domina sobre o pobre, e o que toma emprestado é servo
(escravo) do que empresta”.
 Aquele que empresta tem autoridade sobre quem emprestou.
 Aquele que tomou emprestado é escravo daquele que emprestou.
 À luz disso temos algumas coisas para repensar:
 Emprestar é sempre desencorajado na Bíblia.
 Na melhor das suposições, representa uma falta de fé.
 Na pior, pode ser uma grande barreira, empatando a direção de Deus em
nossas vidas.
III. Dois tipos de escravidão financeira.
 Escravidão através de abuso do crediário.
 Escravidão através da dívida.
IV. Uma definição simples de dívida:
É a incapacidade de cumprir suas obrigações.
Se alguém emprestar dinheiro ou fizer uso de crediário numa base constante, sem meios de
cumprir com os seus compromissos, isso demonstra uma atitude enganosa e avarenta.
 Lc. 12:15, “Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e
qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância
dos bens que ele possui.”
A dívida pode:
 Arruinar a sua vida espiritual.
 Afetar a sua vida familiar.
 Deixar você intimidado pelos cobradores, preso!
CMC Mordomia e Finanças 5
Se você sempre se envolve com dívidas:
 Nunca estará disposto ou em condições de sacrificar pelo reino de Deus
 Não consegue resistir aos impulsos de comprar – Vício de comprar a prazo.
 Sempre estará se entregando aos seus desejos carnais.
 Sempre viverá em escravidão e frustração.
e. Como lidar com a dívida?
 Em primeiro lugar: Toda dívida deve ser paga.
Rm. 13:8, “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor”.
Sl. 37:21, “O ímpio pede emprestado e não paga; o justo, porém, se
compadece e dá”.
Temos que agir segundo os princípios de Deus.
 A atitude de Deus em relação ao crédito.
 Lc. 16:12, “Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio (aquilo que
é de um outro), quem vos dará o que é vosso?”.
 Pv. 3:27, “Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua
mão o poder de fazê-lo”.
 Deus sempre tem um plano.
 Gn. 22:13, “Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro
preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o
ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.”
 I Co. 10:13, “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas
Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo
contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte
que a possais suportar”.
f. A promessa de Deus.
 Mt. 6:8, “Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o
de que tendes necessidade, antes que lho peçais”.
 Lc. 12:29-31, “Não andeis, pois, a indagar o que haveis de comer ou beber e não vos
entregueis a inquietações. Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas
coisas; mas vosso Pai sabe que necessitais delas. Buscai, antes de tudo, o seu
reino, e estas coisas vos serão acrescentadas”.
g. Escravidão através de Abundância
 A abundancia pode levar a escravidão quando:
 Os bens materiais tomam precedência sobre as questões espirituais ou
familiares.
 O Dinheiro está sendo desperdiçado, excessivamente ou sendo
acumulado e usado apenas com o fim de auto-gratificação.
 Quando adquirir dinheiro se torna uma obsessão ele acaba destruindo:
 Sua saúde.
 Sua família.
 Seus amigos.
 Seu relacionamento com Deus.
 A verdade é que o dinheiro não traz segurança nenhuma e o amor ao dinheiro, é
idolatria, e isso é um pecado grave.
 Jó 31:24-28, “Se no ouro pus a minha esperança ou disse ao ouro fino: em
ti confio; se me alegrei por serem grandes os meus bens e por ter a minha
mão alcançado muito; se olhei para o sol, quando resplandecia, ou para a
lua, que caminhava esplendente, e o meu coração se deixou enganar em
oculto, e beijos lhes atirei com a mão, também isto seria delito à punição de
juízes; pois assim negaria eu ao Deus lá de cima.”
CMC Mordomia e Finanças 6
 Atitude orgulhosa de superioridade:
 Muitas vezes aparece naqueles que tem muito.
 Devemos olhar para as riquezas não como um direito nosso (nasci rico), ou como se
fosse uma honra mas, como uma grande responsabilidade.
Lc. 12:48, “Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será
exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão.”
 Não há lugar para uma atitude egoísta de superioridade no Corpo de Cristo.
 Muitos crentes e organizações cristãs mostram um tratamento preferencial
para pessoas ricas.
 Muitos crentes ricos esperam e até exigem um tratamento preferencial.
Fp. 2:3, “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade,
considerando cada um os outros superiores a si mesmo.”
Rm. 12:16, “Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em
lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde;
não sejais sábios aos vossos próprios olhos.”
 Atitude de ressentimento (inferioridade):
 O contrário da superioridade.
 Pensando que não tem recebido o que merece.
 Alguém verdadeiramente cobiçoso.
 Amargurado, pensando que Deus é culpado pelo nível sócio-econômico
que está vivendo.
Uma pessoa que tenha uma bicicleta, com ressentimentos por que um
amigo ganhou uma moto, ou a mesma pessoa que ganhou uma moto
mas, fica ressentida quando um outro ganha um fusca. Um ciclo
vicioso.
 Devemos examinar todo e quaisquer sentimentos em relação à questão: é
necessidade ou luxo?
 O povo de Israel teve ressentimento em relação à própria provisão de Deus!
Nm. 11:6, “Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa
vemos senão este maná”.
 Devemos cultivar uma atitude de fé e gratidão.
Fp. 4:11, “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver
contente em toda e qualquer situação.”
Rm. 8:28, “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o
seu propósito.”
Cl. 3:16, “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e
aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus,
com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso
coração.
CMC Mordomia e Finanças 7
 É a preocupação com dinheiro que é maligna, não o dinheiro em si.
Dinheiro, riquezas, bens materiais, negócios são todos ferramentas para realizar a
obra de Deus, nada mais nada menos!
 I Tm. 6:10. “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e
alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram
com muitas dores.
V. Sintomas de Escravidão Financeira:
 Contas Vencidas:
Criam ansiedade e frustração no lar.
 A maioria empresta ou usam cartões de crédito além de sua capacidade de




pagar.
Oitenta por cento de famílias sofrem de um orçamento furado, gastando
mais do que ganham.
O resultado é :
 Vergonha e perca de testemunho, por causa das contas vencidas.
 Frustração em suas vidas espirituais.
A maioria das famílias não tem um plano financeiro definido. Desenvolva
um plano financeiro, um orçamento!
Pv. 27:12, “O prudente vê o mal e esconde-se; mas os simples
passam adiante e sofrem a pena.”
Pague as suas contas em dia!
Pv. 3:27, “Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na
tua mão o poder de fazê-lo.”
Pv. 3:28, “Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã; então, to
darei, se o tens agora contigo.”
 Demasiada preocupação com investimentos
 Poupança, bolsas, terrenos, propriedades, etc.
 Se seus investimentos trazem ansiedade e preocupações em sua vida,
então verifique se é a vontade de Deus ou não?
Mt. 6:24-25, “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa ida,
quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto
ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo,
mais do que as vestes?”
 Quando nos preocupamos, estamos levando sobre nós algo que pertence
a Deus.
I Pe. 5:7, “...lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele
tem cuidado de vós.”
 Atitude de tornar-se rico rapidamente

Loterias, jogos de azar
 Planos absurdos de investimento.Invista
R$100,00 e ganhe
R$100.000,00!
Pv. 28:20, “O homem fiel será cumulado de bênçãos, mas o que se
apressa a enriquecer não passará sem castigo”.
Pv. 12:11, “O que lavra a sua terra será farto de pão, mas o que
corre atrás de coisas vãs é falto de senso”.
 Essa atitude se manifesta em pessoas que compram tudo no crediário,
aparentando viver um estilo de vida que não é verdadeiro.
 Sempre avalie seus motivos para querer ganhar dinheiro.
Pv. 28:22, “Aquele que tem olhos invejosos corre atrás das riquezas,
mas não sabe que há de vir sobre ele a penúria.”
CMC Mordomia e Finanças 8
 Preguiça de Trabalhar:
II Ts. 3:10, “Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se
alguém não quer trabalhar, também não coma.”




I Tm. 5:8, “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e
especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o
descrente.”
Todo crente deve ter a disposição para trabalhar, num trabalho honesto, mas ter o
desejo de ser empregado!
Trabalho faz parte do plano de Deus para nossas vidas! O trabalho tornou-se
penoso como resultado da queda de Adão mas, trabalho em si, estava no plano de
Deus, desde o princípio. Era uma questão de mordomia!
Gn. 2:15, “Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no
jardim do Éden para o cultivar e o guardar”.
Cada vez que alguém vem pedindo ajuda devemos avaliar essa atitude na pessoa.
Ela é uma pessoa disposta ao trabalho?
É possível empatar a perfeita vontade de Deus na vida de alguém dando tudo
que ele/a pede sem tratar na vida da pessoa, segundo os princípios
financeiros que a própria Bíblia ensina.
Não é nossa responsabilidade apoiar aqueles que não querem trabalhar. Veja o
exemplo de Paulo:
I Ts. 3:6-9, “Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor
Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande
desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes;
pois vós mesmos estais cientes do modo por que vos convém imitarnos, visto que nunca nos portamos desordenadamente entre vós, nem
jamais comemos pão à custa de outrem; pelo contrário, em labor e
fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos pesados
a nenhum de vós; não porque não tivéssemos esse direito, mas por
termos em vista oferecer-vos exemplo em nós mesmos, para nos
imitardes.”
 O uso de Mentira, Engano e Desonestidade:
 Deus compara o mentiroso e o enganador com o tolo.
Pv. 19:1, “Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o
perverso de lábios e tolo.
 Qualquer forma de desonestidade em questões financeiras é sintoma de
Escravidão Financeira.
 Verifique se você tem lidado com todos com honestidade e equidade.
 O método do mundo é: Não contar toda a verdade ou esconder em parte a
verdade. (Ex. Vendedor de seguro, de carro usado, etc.)
Exemplo de desonestidade: Um casal comprando coisas no crediário
sabendo que estão atrasados nas obrigações que já tem. Eles estão
enganando o fornecedor.
 A atitude de Deus em relação ao engano.
 Quem é fiel até com as coisas pequenas pode ser confiado a ter muito mas,
o que é desonesto até com coisas pequenas também será desonesto
sobre o muito.
Lc. 16:10,” Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é
injusto no pouco também é injusto no muito.”
 A quantia não é o importante mas sim a atitude do coração.
 Emprestar dinheiro com contas já vencidas é uma forma de desonestidade.
CMC Mordomia e Finanças 9
 Ganhar algo de uma forma sutilmente enganosa também é desonesto.
 Promovendo seus próprios interesses em detrimento dos outros.
 Levando vantagem sobre alguém num negócio por causa de uma
informação particular.
 Levando vantagem sobre alguém mais idoso, etc.
Pv. 28:8, “O que aumenta os seus bens com juros e ganância ajunta-os
para o que se compadece do pobre.”
 Ganância ou Avareza:
 O que é avareza ou ganância? Aurélio: – apego sórdido ao dinheiro; sede ou
ambição de ganho.
 Quando alguém sempre deseja possuir o melhor.
 Quando alguém sempre quer mais do que tem.
 Nunca ser capaz de colocar outros em primeiro lugar e negar aos seus
próprios desejos.
 Sempre desejando aquilo que os outros tem.
 Um idólatra é alguém que coloca bens materiais, ou qualquer outra coisa antes de
Deus na sua vida.
Ef. 5:5,” Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento,
que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.”
 O jovem rico amava seu dinheiro e bens materiais mais do que a Jesus.
 Cobiça:
 Olhando e ambicionando possuir as coisas dos outros.
Êx. 20:17, “Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a
mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu
boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu
próximo.”
Jó 20:21-22, “Por não haver limites à sua cobiça, não chegará a
salvar as coisas por ele desejadas. Nada escapou à sua cobiça
insaciável, pelo que a sua prosperidade não durará.”
Pv. 21:26, “O cobiçoso cobiça todo o dia, mas o justo dá e nada
retém.”
 Estabeleça seu alvos baseado na vontade de Deus para sua vida e não, olhando
para a vida dos outros.
Exemplo: Um casal que faz empréstimos, para manter-se no estilo de vida
dos seus colegas ou vizinhos. Esse casal está deixando os padrões sociais
controlarem suas vidas.
CMC Mordomia e Finanças 10
 Necessidades familiares não supridas.
 Hábitos exagerados de compras.
 Não trabalhando ou recusando trabalhar numa base consistente.
 Orçamento desequilibrado.
Ex.: Pagar dívidas por coisas compradas quando não tem sequer comprado
comida para casa.
 Padrão de vida errado.
 Observação: toda escravidão financeira tem uma coisa em comum, uma “atitude
de irresponsabilidade.”
 Quando necessidades familiares não são supridas por causa de emergência
(doença, acidente, etc.) Isto é diferente! Esta é a hora para os irmãos daquela igreja
suprirem essas necessidades.
Não é a responsabilidade do governo!!!
I Tm. 5:8, “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e
especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que
o descrente”.
 Necessidades dos outros irmãos não supridas:
 Cuidarmos de nossos irmãos não é uma opção, é nossa responsabilidade.
Gn. 4: 9, “Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele
respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão?”
Gl. 6:10, “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem
a todos, mas principalmente aos da família da fé.”
Tg. 2:15-16, “Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de
roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós
lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes
dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso?”
 Deus não vai pedir que você supra todas as necessidades de outros, mas as que Ele
colocar em seu coração será sua responsabilidade, sim, seu dever de supri-los.
Se você nunca sentir que Deus está pedindo algo de você... Será que está
ouvindo a voz Dele?
 Compromisso exagerado no emprego ou negócios:
 Uma vida completamente dada ao trabalho e negócios é uma vida de escravidão.
 O plano de Deus é ser excelente, mas não exagerado!!!
 Falta de compromisso com a obra de Deus:
 O dízimo é básico e obrigatório no plano financeiro de Deus.
Pv. 3:9-10, “Honra ao SENHOR com os teus bens e com as
primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus
celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.”
 O dízimo é um forte testemunho de sua mordomia. Deus é o dono!
A pessoa que não dá pelo menos esse testemunho pessoal não está
reconhecendo o Senhorio de Jesus. Deus é o dono de tudo!
Ageu 2:8, “Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos
Exércitos.”
Lembre-se, somos mordomos e não donos!!!
CMC Mordomia e Finanças 11
Capítulo 3
O SEGREDO DA PROSPERIDADE
“Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde,
assim como é próspera a tua alma”.
3ª João 1:2
Introdução:
Gaio era um crente muito generoso que servia o Senhor hospedando os missionários que chegavam
na cidade para trazer a Palavra de Deus. A saudação de João revela intimidade com Gaio. Além de
revelar o desejo de Deus para cada um dos seus amados. Deus não deseja apenas que tenhamos uma
vida espiritual plena, mas que também sejamos prósperos e gozemos de boa saúde. O plano de Deus é
conquistar as nações através do Seu povo, más como serviremos ao Senhor doentes e na miséria?
A grande questão é que existe uma linha muito fina entre prosperar com o propósito de servir a
Deus e prosperar para satisfazermos os anseios do nosso coração. Parece que a igreja anda em dois
extremos errados, ou ela pensa que tem que ser pobre para ser mais espiritual, ou ela persegue
cegamente a prosperidade como se essa prosperidade fosse o termômetro da sua espiritualidade.
Pv 3:16 diz: “O alongar-se da vida está na sua mão direita, na sua esquerda,
riquezas e honra.”
Deus tem um Equilíbrio saudável para o seu povo, pois, o alongar-se da vida diz respeito à vida
eterna, ou seja, vida espiritual, enquanto que riquezas e honra à prosperidade financeira.
Conta-se uma lenda de um rei que desejou possuir um toque de ouro, ele desejava que tudo o que ele
tocasse se transformasse em ouro puro. Finalmente o sonho do rei Midas tornou-se realidade, tudo o
que ele tocava virava ouro, instantaneamente. Midas estava muito feliz, mas a medida que o dia passava
surgiram alguns problemas. A água ao tocar em sua boca virou ouro. A comida também transformou-se
em ouro, agora o rei Midas estava pra morrer de fome e sede. Mas a maior tragédia estava para
acontecer. Ao tocar a sua querida filhinha o rei a transformou numa linda estátua de ouro.
Imediatamente nosso querido rei entendeu o verdadeiro valor das coisas. O que adiantava ser o
homem mais rico do mundo sem poder desfrutar do amor da sua família? Foi aí que Midas desejou
ardentemente que tudo o que ele transformou em ouro pudesse voltar ao normal.
CMC Mordomia e Finanças 12
Por que Deus quer que prosperemos?
 Para que possamos suprir as necessidades da nossa família
1 Tm 5:3-8 – “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria
casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”.
Sl 35:27 – “O SENHOR ...se compraz na prosperidade do seu servo!”
 Deus deseja que a igreja tenha a Infra estrutura necessária para absorver o
grande fluxo de pessoas que virão a Cristo pela pregação de evangelho.
Jl 2:24 – “As eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de vinho e de
óleo.25 Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto...o meu povo
jamais será envergonhado 28 ¶ E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão....”
Esta profecia de Joel revela que antes do avivamento espiritual Deus vai libertar sua
igreja financeiramente, para que ela seja capaz de absolver o avivamento espiritual.
Durante a história Deus sempre abençoou aqueles que ele chamou para cumprir
determinada missão.
Salomão (I Rs 10:5); Abrão (Gn 13:2) Jó 14:12 Josías - 2 Cr 26:5 Porque deu-se
a buscar a Deus... ...e,
Gn 39:2 “O SENHOR era com José, que veio a ser homem próspero; e estava na
casa de seu senhor egípcio”
O equilíbrio é que esses homens entenderam o propósito da sua prosperidade.
Desfrutaram da prosperidade E não se curvaram a Mamon.
Onde está o equilíbrio? Qual a atitude correta?
Além de ser o princípio da prosperidade, Dízimos e ofertas foram estabelecidos por Deus para
que sempre tenhamos em mente que o propósito da benção de Deus é o seu reino. Além de nos
manter como senhor do dinheiro e não o contrário.
 Dê o dízimo como honra a Deus
 É errado esperar a promessa? Claro que não, mas a primeira atitude do dízimo




deve ser honra
Pv 3:9 Honra ao SENHOR com os teus bens e com as primícias de toda a tua
renda;
1 Sm 2:30 ...aos que me honram, honrarei, porém os que me desprezam serão
desmerecidos.
Sonegar o Dízimo é tirar o Senhor do negócio. Eu não preciso de ti... Desonra
Ml 1:6-8 Honra aos pais
CMC Mordomia e Finanças 13
 Dê o dízimo como forma de gratidão:
 Muitos não reconhecem a colheita quando ela chega
 O primeiro pecado (Adão) foi ingratidão. Tinham tudo (colheita)
 TENHO SEMEADO E NÃO TEM FUNCIONADO – Não tenho recebido nada de
Deus. QUE MENTIRA!
 Cada noite que você volta pra casa. Os anjos te protegeram. Muitos não
voltarão. COLHEITA
 Quando você for trabalhar amanhã. Muitos não terão este “problema”.
COLHEITA
 Quando seu filho gritar “papai”- A mãe de Isabela nunca mais ouvida sua voz.
COLHEITA
O pai mandou que seu filho pegasse R$ 1 000,00 em sua gaveta, más lhe advertiu
que deixasse lá 100 reais...
 Dê o dízimo como forma de obediência:
 Sonegar o dízimo é tão pecado quanto adulterar, mentir, roubar, etc. Parece que
a Igreja não tem problema de falar e ouvir sobre os “demais” pecados, más por
que tanto desconforto com o tema Dízimos, ofertas e primícias?
 Js 6:17 ¶ Porém a cidade será condenada, ela e tudo quanto nela houver... 18
Tão-somente guardai-vos das coisas condenadas
19 Porém toda prata, e ouro, e utensílios de bronze e de ferro são
consagrados ao SENHOR; irão para o seu tesouro.
21 Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de
prata, e uma barra de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e
eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata, por baixo.
 Sabemos que esta foi a única derrota de Josué.
 Js 8:2 Farás a Ai e a seu rei como fizeste a Jericó e a seu rei; somente que para
vós outros saqueareis os seus despojos e o seu gado...
 QUANDO TOCAMOS NO QUE DEUS NÃO NOS DEU PERDEMOS ATÉ O QUE
ELE NOS DEU.
Adão,Gn 3, FRUTO, paraíso; Sansão, Jz 13, DALILA, Unção; Ananías e Safira,
At 5, LUCRO, Vida
o Dízimo é a circuncisão do nosso dinheiro
 Algumas desculpas que alguns dão para tocar no dízimo:
 Os dízimos estão de baixo da lei?
Rm 6:14 ... não estais debaixo da lei, e sim da graça. Gn 14:20 ...E de tudo lhe deu
Abrão o dízimo. 28:22 (Jacó)
Lv 27:30 ...todas as dízimas... são do SENHOR; santas são ao SENHOR.27:31 ...
acrescentará a sua quinta parte sobre ela.
CMC Mordomia e Finanças 14
 Jesus não era dizimista:
Mateus 5:17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para
revogar, vim para cumprir.
Gl 4:4 vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher, nascido sob a lei,
 Falou contra o dízimo:
M t 23:23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo [DE
TUDO] e... negligenciais... a justiça, a misericórdia e a fé
devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!
 O que vão fazer do meu dízimo:
Jo 12:24 Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não
morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.
Ml 3:10 Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na
minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir
as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.
1 Co 9:12 Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior
medida? Entretanto, não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não
criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo.
CMC Mordomia e Finanças 15
Capítulo 4
AS LEIS DA COLHEITA:
INTRODUÇÃO:
 AGRICULTURA, UM TIPO BÍBLICO MUITO USADO NO ENSINO DE PROSPERIDADE
FINANCEIRA
Mateus 13:8 – “Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a
trinta por um”.
Gálatas 6:7, 2 7 – “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o
homem semear, isso também ceifará”.
As leis da Agricultura nos ensinam a respeito da nossa colheita financeira.
 VOCÊ PRECISA SEMEAR A SUA SEMENTE
João 12:24 – “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra,
não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto”.
2 Coríntios 9:10 – “...aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento
também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos...”
 VOCÊ PRECISA DEIXAR MORRER A SUA SEMENTE
João 12:24 – “ Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra,
não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto”.
 VOCÊ DETERMINA O QUE DESEJA COLHER
Gálatas 6:7 – “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem
semear, isso também ceifará”.
 VOCÊ DETERMINA O TAMANHO DA SUA COLHEITA
2ª Coríntios 9:6 – “E isto afirmo: aquele que semeia pouco também ceifará; e o que
semeia com fartura com abundância também ceifará.”
“Eu posso ter 10 Hc, mas se eu plantar em apenas 1Hc é isso que eu vou colher...”
 VOCÊ PRECISA ESPERAR ENTRE PLANTAR E COLHER
Eclesiastes 3:1-2 – “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo
propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar
e tempo de arrancar o que se plantou...”
As sementes de Cupuaçu
CMC Mordomia e Finanças 16
 ORAÇÃO DA FÉ – é nosso investimento espiritual
e for da tua vontade...
Confissão de fé - Mc 11:23, 24- ...”porque em verdade vos afirmo que, se alguém
disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas
crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto
em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco”.
 TRABALHAR NA OBRA
Ex 23:25 - “Servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a
vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades.
26 Na tua terra, não haverá mulher que aborte, nem estéril; completarei o
número dos teus dias.
27 Enviarei o meu terror diante de ti... ... farei que todos os teus inimigos te
voltem as costas.
29 Não os lançarei de diante de ti num só ano...
30 Pouco a pouco, os lançarei de diante de ti, até que te multipliques e possuas a
terra por herança.
 VOCÊ PRECISA SEMEAR APARTIR DO TAMANHO DA COLHEITA NÃO APARTIR DA
QUANTIDE DE SEMENTES
 OFERTA DE SACRIFÍCIO – TEM QUE DOER
 Sl 126:1 – “Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como
quem sonha.
2 Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de júbilo;
então, entre as nações se dizia: Grandes coisas o SENHOR tem feito por
eles.
3 Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos
alegres.
4 ¶ Restaura, SENHOR, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe.
5 Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão.
6 Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo,
trazendo os seus feixes.”
 Viúva de Serepta
 Multiplicação dos pães e peixes
 Salomão 1 Rs 3:4 –“Foi o rei a Gibeão para lá sacrificar, porque era o alto
maior; ofereceu mil holocaustos Salomão naquele altar.5 ¶ Em Gibeão,
apareceu o SENHOR a Salomão, de noite, em sonhos. Disse-lhe Deus:
Pede-me o que queres que eu te dê.”
 SUA DESPESA É MAIOR NO TEMPO DA COLHEITA
 Agricultura – será necessário um investimento maior em maquinarias, mão de
obra, tempo, etc.
CMC Mordomia e Finanças 17
 VOCÊ PRECISA SER LIBERTO DA MALDIÇÃO DOS VOTOS QUEBRADOS
 O voto fortalece a oração - Jó 22:27 “Orarás a ele, e ele te ouvirá; e pagarás
os teus votos”.
Salmos 61:5 -0 “ Pois ouviste, ó Deus, os meus votos e me deste a
herança dos que temem o teu nome”.
 Como quebrar a maldição do voto quebrado?
Fazendo outro voto igual ou maior
Ec 5:4 -6“Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque
não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do
que votes e não cumpras.Não consintas que a tua boca te faça culpado, nem
digas diante do mensageiro de Deus que foi inadvertência; por que razão se
iraria Deus por causa da tua palavra, a ponto de destruir as obras das tuas
mãos?”
Ml 1:8 Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal?
E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o
ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? —diz o
SENHOR dos Exércitos.
9 Agora, pois, suplicai o favor de Deus, que nos conceda a sua graça;
mas, com tais ofertas nas vossas mãos, aceitará ele a vossa pessoa?
—diz o SENHOR dos Exércitos.
CMC Mordomia e Finanças 18
Caráter de Cristo
1.
Capítulo 1
A Definição de Caráter
a.
Caráter é a soma total de todas as influências positivas ou negativas, aprendidas
na vida de uma pessoa.
b.
Caráter é o identificador da natureza de qualquer ser ou coisa.
c.
Caráter é como uma marca impressa que distingue a pessoa.
d.
É o conjunto de aspectos que caracterizam o ego.
e.
Caráter no grego significa imagem
2.
A formação do caráter
a.
O caráter é formado pela aprendizagem, todo ser humano apartir do seu
nascimento começa receber influência do meio ambiente onde se encontra, essa
influências são assimiladas e com o tempo passam a fazer parte do caráter. A pessoa é
um produto do meio em que vive.
3.
O caráter se manifesta através de:
a.
Valores - são as normas, princípios ou padrões de vida que você segue, que é
importante pra você.
b.
Motivações – seus motivos, a causa ou razão que determinam sua conduta.
c.
Atitudes - Maneira de ser e agir em relação a determinadas pessoas e situações
d.
Sentimentos – a música da alma
e.
Ações – procedimento, comportamento.
4.
Existe uma diferença entre caráter, personalidade e temperamento.
a.
O caráter é a imagem que refletimos como resultado da soma de todas as
influências que recebemos em nossa história de vida. O caráter pode ser mudado, e
moldado através de vários fatores.
b.
A personalidade é o que veio a existência através do nascimento humano e não
pode ser mudada. Cada um de nós que veio a existir tem uma origem única e peculiar Seu jeito de ser, de andar de falar.
c.
O temperamento é a expressão da nossa personalidade.
 O temperamento é dividido em quatro tipos básicos. Todo mundo é uma
combinação ou outra desses quatro: Sangüíneo, Colérico, Melancólico e Fleumático.
5.
Três elementos que compõem o nosso caráter:
a.
Forma de pensar - Fp. 4:8.
A forma de pensar de uma pessoa é percebida pela maneira como ela constrói a sua
escala de valores. O meu caráter é determinado em primeiro lugar pelo aspecto moral,
ou seja, aquilo que eu considero correto, errado, permitido, proibido, e assim por
diante. Se eu aprovo aquilo que é definitivamente errado, então se pode dizer que o
meu caráter é defeituoso: um mau caráter.
CMC Caráter de Cristo 1




Qual é sua escala de valores?
O que a pessoa considera certo ou errado, permitido ou proibido.
Precisamos renovar as nossas mentes conforme a palavra de Deus.
Rm. 12:2, “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela
renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus”.
a.
Estilo de vida
O estilo de vida de uma pessoa é determinado pelos seus alvos, hábitos e costumes.
 Alvos - Precisamos ter alvos e metas bem definidos.
 Hábitos - “Somos o que repetidamente fazemos”.
 A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito.”Aristóteles
Nosso caráter e composto, basicamente pelos hábitos que desenvolvemos.
Hábitos baseados nos princípios da Palavra nos tornam iguais a Jesus.
“Plante um hábito, colha um caráter”
 Costumes - São algumas boas tradições: reunir a família no Natal, Dar presente
para os membros da família no aniversário, ter um dia da família, sair uma vez por
semana com esposa, culto doméstico.
b.
Conduta
Todo o nosso crescimento espiritual é demonstrado pelo nosso caráter. Se com o
passar do tempo acumulamos muito conhecimento, mas não demonstramos
nenhuma mudança no caráter, isso mostra que o conhecimento foi em vão. Deus
está profundamente interessado na nossa conduta.
Conduta é tudo aquilo que fazemos, falamos, sentimos, esperamos e desejamos.
A conduta se manifesta na relação com outras pessoas. O meu comportamento
diante de outras pessoas manifesta o meu caráter.
 Devemos crescer em todos os três aspectos de nosso caráter. O alvo é que o
próprio caráter de Cristo seja formado em nós.
 Mt. 5:48, “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus.”
 II Co. 13:9, “Porque nos regozijamos de estar fracos, quando vós estais fortes; e o
que desejamos é a vossa perfeição”.
 Gl. 4:19, “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo
seja formado em vós...”
 Ef. 1:4, “assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos
santos e irrepreensíveis perante ele...”
 II Tm. 3:17, “...a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado
para toda boa obra.”
 II Pe. 1:3, “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas
que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos
chamou para a sua própria glória e virtude,...”
 Rm. 8:29, “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para
serem conformes à imagem (caráter) de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos”.
CMC Caráter de Cristo 2
6.
O Caráter e os Dons.
Existe uma distorção que tem assolado a igreja do Senhor durante os séculos: a valorização
dos dons em detrimento do caráter.
Nunca devemos chegar ao ponto em que valorizamos os dons, tanto naturais quanto
espirituais, em detrimento do caráter.
O que é um dom? É uma dádiva ou talento que Deus concede a todos, indistintamente.
Os dons podem ser naturais ou espirituais.
Dons naturais: inteligência, astúcia, memória, capacidade musical, capacidade atlética, etc.
São aqueles com os quais nascemos
Dons espirituais: São aqueles que nos são concedidos pelo Espírito Santo como instrumentos
na sua obra. Ef. 4:11 e I Co. 12: 7-10
Os dons são muito úteis, mas são secundários. Deus coloca em primeiro lugar a vida e o
caráter.
Às vezes podemos achar que um determinado irmão que é muito inteligente ou é muito
carismático ou extrovertido e tem uma admirável capacidade de memorização, vai ser um pastor.
Ou pensar que um irmão por ter o dom de cura ou discernimento de espíritos virá a ser uma
coluna na casa de Deus, mas isso também é um engano.
Quantas vezes até pra escolher um líder de célula, escolhemos alguém que fala bem, tem
eloqüência, ora bem. Já vi até pessoas falarem: “Fulano fala bem, ele vai ser um bom líder”. Isso
não passa de uma mentalidade mundana.
A igreja de Deus não é edificada com essas coisas. Se essa pessoa não tiver vida de Deus e não
passou pelo processo da cruz não será útil para Deus, apesar do seu dom.
Os dons são úteis, mas nunca devem ser a base para edificação da igreja.
O motivo porque existem tantos escândalos é que muitas vezes priorizamos mais os dons do
que o caráter.
Os dons tanto naturais quanto espirituais devem passar pela cruz antes de serem úteis.
O ministério é edificado sobre o caráter e não sobre os dons
Deus não vai enviar ninguém sem antes tratar com o seu caráter.
Os dons atraem os homens, mas o caráter atrai a Deus!
Israel não foi liberto por um homem talentoso (Moisés), mas por um homem depois de quarenta
anos de tratamento! Êx. 2:11-15 e 3:10.
Temos aqui um exemplo clássico de alguém que priorizou os dons. A Bíblia diz que o povo de
Israel estava sendo escravizado por Faraó. Moisés foi o homem que Deus escolheu para cumprir o
seu propósito. Moisés foi criado no palácio de Faraó e recebeu a melhor instrução da época, era
um homem excepcionalmente talentoso. Ele recebeu a educação como um Faraó receberia.
Do ponto de vista natural Moisés já estava pronto aos quarenta anos quando matou o egípcio,
mas do ponto de vista de Deus precisou outros quarenta anos até a ponto de não mais confiar na
sua força ou nos seus talentos
Quanto mais uma pessoa confiar em si mesma e nos seus talentos naturais, menos
utilidade terá para Deus.
O critério de Deus sempre é escolher o que se acha frágil, incapaz e desqualificado.
A glória de Deus se manifesta quando uma pessoa que não dávamos nenhum valor se levanta
com poder e autoridade. Fica evidente que é Deus que está fazendo e não é apenas um uso de
talentos especiais. Ler Ex 3:10-11
Deus foi mais firme com Moisés quando ele confiou nele mesmo do que quando ele se achou
tão incapaz que até estava se recusando a ir.
Para chegar a esse ponto nós vamos precisar passar pelo deserto.
CMC Caráter de Cristo 3
Capítulo 2
A FORMAÇÃO DO CARÁTER E OS TRATAMENTOS DE DEUS:
1.
A Formação do Caráter através dos Tratamentos de Deus:
É a graça de Deus que me capacita a fazer as coisas certas diante de Deus. II Pe 1:1-11
As promessas de Deus e o seu poder é a nossa garantia de que ele realizará em nós as
mudanças necessárias.
Somente através de um atitude diligente podemos alcançar o aperfeiçoamento do
nosso caráter, precisamos decidir sermos semelhantes a Jesus.
A vida cristã é um processo, precisamos vencê-la passo a passo, cada degrau
corresponde a um novo nível alcançado, nova vitória em determinada área.
A responsabilidade de Deus é prover a todo crente a própria natureza divina, através do
arrependimento e da fé em Jesus. A responsabilidade do homem é aplicar e cumprir
essa responsabilidade em sua vida.
Deus tem nos dado por direito tudo que é necessário para uma vida santa: Autoridade e
poder.
Nós aprendemos através dos sofrimentos ou tratamentos. E é um processo duradouro.
Veremos que toda forma de tratamento é dolorosa.
2.
O propósito do tratamento
a.
Revelar o que está no coração - Todo cristão precisa lembrar que o propósito do
tratamento de Deus é revelar o que está no coração do cristão para que ele não caia.
Há exemplos de homens que começaram bem e terminaram em tragédia por não terem
entendido o propósito do tratamento de Deus em suas vidas.
O cristão necessita do tratamento de Deus em sua vida por que possui áreas
escondidas em sua vida que devem ser reveladas. Deus deseja revelar estas áreas
escondidas de pecados em nós para que renunciemos a elas e pra nos ajudar a
crescer. Deus revela os nossos pecados ocultos para que possamos nos arrepender
deles e não sejamos destruídos, nem os nossos ministérios. Para que isto aconteça o
cristão precisa da graça de Deus, por que humanamente a tendência é cobrir suas
próprias falhas e fraquezas.
Se você tem qualquer pecado não confessado procure rápido seu discipulador. A
confissão traz prosperidade e tem o poder de cura. Tg. 5;16



Pv. 28:13, “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que
as confessa e deixa alcançará misericórdia”.
Alguém pode até começar bem, mas se tiver pecados ocultos na sua vida,
pecados não confessados, pecados que estão sendo alimentados sem
arrependimento, essa pessoa está destruindo a si mesma e ao seu ministério.
Gn. 3:8, “Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela
viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e
sua mulher, por entre as árvores do jardim.”
CMC Caráter de Cristo 4
a.
Transformar-nos à imagem de Jesus Cristo
O tratamento pela transformação.
II Co. 3:18, “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a
glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem,
como pelo Senhor, o Espírito”. Ou no seu próprio caráter.
A palavra "transformar'' aqui, no Grego” metamorphos", significa: Mudança
completa de um formato em outro. É a raiz da palavra científica usada para
descrever o processo de transformação de uma lagarta em borboleta. Este processo
leva tempo e gasta energia.
A lagarta muda de um formato para outro completamente diferente.O cristão também
precisa passar por uma metamorfose.
À medida que o crente responde positivamente tem mais e mais seu caráter
transformado à imagem de Jesus.
Se uma pessoa diz que recebeu Jesus, mas não passou por essa “ metamorfose
espiritual”, se a mudança na vida dela não é evidente, se seu estilo de vida, sua forma
de pensar, sua hábitos ,suas atitudes, e até sua forma de vestir não mudou, então tem
alguma coisa errada.
É muito óbvio quando uma lagarta se transforma. Não nos deixa com dúvidas será que
é uma lagarta ou será que é uma borboleta? A não ser que ela esteja no processo.
b.
Limpar toda sujeira
Deus está constantemente levando seu povo através dos seus tratamentos
O tratamento pelo fogo.
O povo de Deus como o metal é preparado para o uso, o calor está ordenado por Deus,
para purgar seu povo. A palavra "purgar" significa refinar, tornar puro, mudar pelo
calor. Tirar toda a escória, Is 1:22-25, Ez. 22:18-19, Mt. 3:12, II Tm 2:21. II Tm 3: 1-5
 Lc. 3:16, “... ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”.
 I Pe. 1:7, “para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais
preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em
louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo”.
 Ml. 3:2, “Porque ele é como o fogo do ourives...”.
c.
Deus quer limpar a nossa veste
O tratamento pela lavagem.
 Ef. 5:26, “... para que a santificasse, tendo - a purificado por meio da
lavagem de água pela palavra...”
 Malaquias 3: 1-3 diz que Jesus é como “o fogo do ourives e como a
potassa dos lavandeiros”
O lavandeiro era um artesão que limpava as fibras de um pano, próximo a um riacho,
batendo com um bastão enorme com dentes de ferro que serviam para extrair a sujeira
dos panos. (quanto mais o sujo demorava pra sair, mais ele batia). Após a limpeza esse
material estava pronto para serem usados para fazer lindos trajes.
CMC Caráter de Cristo 5
a.
Deus quer produzir frutos em nossas vidas
O tratamento através de ser podado.
 Jo. 15:2, “Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e
todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.”
Os galhos que não dão frutos são cortados. Mas os que dão frutos são podados para
dar mais frutos. Deus irá podar e limpas os galhos para darem mais frutos. Aqueles que
desejarem mais frutos serão mais podados
Para podar a vinha, o agricultor precisa usar a tesoura de podar. Os galhos mortos são
cortados, para não extrair a seiva necessária dos galhos vivos e os galhos que dão
frutos são podados para produzir mais frutos.
b.
Preparar os vasos para serví-lo
O tratamento do oleiro, Jr. 17: 1-10.
 O propósito de Deus é fazer de você um vaso de honra.
 II Tm. 2:20-21, “Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro
e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros,
porém, para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar
destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor,
estando preparado para toda boa obra.”
 A roda do oleiro, o forno, tanto quanto as mãos do oleiro, são todas partes
vitais na preparação do vaso. Passa por todo um processo de formação para
se tornar um vaso útil.
 O propósito do nosso Oleiro é expor o mais rápido nossas falhas e curálas para nos usar para uma tarefa ou uma missão específica.
c.
Deus quer trazer crescimento às nossas vidas.
O tratamento através do crescimento.
 Em Is. 54:2 o profeta proclama: " amplia o espaço de tua tenda ".
Figuradamente isso significa que Deus quer ampliar a capacidade daqueles que
estão se preparando para liderar sua casa, a fim de que recebam mais do Senhor.
Deus deseja expandir nosso ministério e nossa função no corpo, assim como o nosso
caráter.Deus quer alargar:
 Nossa visão. Gn 13: 14-17
 Nosso caminho. II Sm 22:37
 Nossos corações. Is 60:5 II Co 6:11
 Nossas fronteiras – esfera de ação Ex 34:24
 Nossa habitação Is 54:2
 Nosso ministério II Co 15-16
 Crescimento, também é um processo doloroso, pergunte a qualquer
adolescente ou jovem! Mas Deus quer que cresçamos!
 Na musculação você estica os músculos para levá-los ao crescimento.
Deus também quer esticar ou ampliar os nossos músculos espirituais.
Isso leva tempo, disciplina, esforço e causa dor.
d.
Deus quer através do tratamento em nossas vidas nos levar a uma busca
intensa de Sua pessoa
O Senhor colocará as pressões e o calor sobre seus filhos em períodos específicos,
para motivá-los a buscá-lo. A pressão é para colocá-los na direção de Deus.
Devemos aprender buscar a Deus em tempos difíceis, para que possamos ajudar
outros a fazer o mesmo.
CMC Caráter de Cristo 6
i.
Deus quer mais do seu espírito fluindo em nossas vidas
O tratamento através de ser pisado ou humilhado.
O vinho nas Escrituras é indicativo do espírito de regozijo, no processo do seu preparo
as uvas eram trazidas para um grande tonel de pedra, onde eram esmagadas, pisadas
pelos pisadores.
Esse é um processo duro, mas necessário para a extração do suco. Deus é o pisador
das uvas que somos nós. Ele pisa as uvas, nosso ego, mas nunca esmaga a semente,
nosso espírito.
Às vezes nós precisamos ser humilhados para crucificarmos o ego e liberar o vinho do
Espírito em nossas vidas

I Pe. 5:5, “... porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos
humildes concede a sua graça”.
Ele deseja que o vinho novo do seu Espírito flua em nossas vidas e ministério
j.
Através dos tratamentos de Deus, Deus quer nos dar uma nova visão.
Paulo enfoca essa realidade. Todas as pressões, aflições e provas que vem sobre nós
agora, são para operar algo eterno. Não devemos olhar somente para o presente, mas
pensar no fruto eterno que será em nós, e através de nós, na vida de outros.

II Co. 4:17, “... Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação”.
Observe o contraste:
Leve – peso
Momentânea – eterno
Tribulação - glória
As provas e tribulações são para produzir glória, acima de toda comparação.
Dons são dados, mas o Caráter é desenvolvido. O Caráter tem valor eterno, irá
conosco para a Eternidade I Co. 13:8 e 13.

Fp. 2:12, “... Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes,
não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência,
desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor...”.
CMC Caráter de Cristo 7
Capítulo 3
TIPOS DE TRATAMENTO:
1.
Deserto
Todos os grandes nomes mencionados na bíblia foram de homens que antes de realizarem
qualquer coisa, relacionada ao seu ministério, passaram pelo deserto, todos foram colocados à
prova debaixo de forte pressão, pois o alvo de Deus era formar um caráter solidificado. Não há na
bíblia nenhum homem que teve um ministério próspero e reconhecido, sem ter passado pelo
deserto. E todos que tentaram assumir posições, sem a devida formação foram lançados por terra.
O alvo de Deus para nossas vidas, ao usar o deserto é para que sejamos completamente
aprovados em nossas atitudes, nas motivações do nosso coração e que sejamos a expressão de
Cristo para as pessoas no seu quebrantamento, amor e brandura.
a.
O que é o deserto?
Os desertos são fases em nossas vidas determinadas por Deus para nos amadurecer e
aprofundar no relacionamento com ele. É um tempo difícil para a carne e para o ego, por que
normalmente o deserto vem para golpeá-los.
Não é possível Deus confiar nada a nós, antes de passarmos pelo deserto.
Esta fase em nossa vida visa transformar pessoas fracas e vacilantes em pessoas fortes e
corajosas.
O deserto nós torna fortes e calejados para as pressões
Quando estamos no deserto, normalmente nos entristecemos achando que Deus não nos ama,
não nos ouve é que nos rejeitou. Mas é exatamente o contrário, é quando mais ele demonstra seu
amor por nós.
b.
Deserto é tempo de pressão
Só somos totalmente conhecidos quando estamos debaixo de pressão. Somente a pressão
Mostra o que realmente somos.
O nosso autoconceito é totalmente falho, pois são frutos da auto-análise e introspecção.
Somente o Espírito Santo pode formar um conceito sobre nós mesmos digno de crédito. E só o
deserto traz essa pressão que manifesta quem realmente somos para as outras pessoas.
Ilustração do copo de água ou de lama
Há muitos irmãos que se esforçam para manter uma máscara, uma aparência de
espiritualidade, paciência, brandura, pureza e profundidade no conhecimento de Deus, tentam
vender uma imagem que não corresponde com a realidade, porém quando as pressões do deserto
vêm, tudo desmorona e o que realmente somos vem à tona. O que fingimos ser, cai à vista de
todos, toda a nossa carnalidade fica exposta.
Nossa capacidade de suportar as pressões vai aumentando ao mesmo tempo em que aumenta
nossa responsabilidade, nossa unção e reconhecimento dos homens.
Antes de passarmos por essa fase na nossa vida quando as pressões vinham nossa tendência
era murmurar, não confiar em Deus, jogar tudo pro alto, ou entrar em depressão e ficar se
lamentando da sorte.
Somente as pressões nos ajudam a suportar novas pressões.
CMC Caráter de Cristo 8
a.
Deserto é lugar de solidão.
Muitas vezes quando mais desejamos a presença de amigos, pastores e discipuladores, mas
não podemos contar com eles, é Deus permitindo que toda expectativa e esperança que
depositamos em homens sejam frustradas pra nos ensinar a dependermos exclusivamente Dele.
Muitas vezes vamos achar que as pessoas estão sendo insensíveis e negligentes conosco,
mas é Deus tratando conosco na solidão do deserto.
Não vamos achar nas pessoas o que Deus quer nos dar, quando desfrutamos da presença
dele.
Isso é bom para nós porque vamos colocar nossa confiança unicamente no Senhor. Ele que é a
fonte, e muitas vezes buscamos no canal. Passamos a ter como única alternativa o Senhor.
Na solidão do deserto parece que não há mais ninguém com quem podemos contar, todas as
pessoas parecem não nos compreender. Isso é obra de Deus, ele quer se tornar nosso amigo mais
íntimo.
b.
Deserto é lugar do esgotamento da alma
No deserto não tem água, não tem vida, não tem descanso, só calor e exaustão, nossas
energias naturais vão se esgotando pouco a pouco, até não haver mais força, nenhuma ânimo,
nenhum entusiasmo.
O tempo no deserto e sem sabor, sem cor, sem novidade, sem sentimentos.
O alvo de Deus é nos livrar da dependência da nossa vida natural e nos capacitar a depender
inteiramente do seu Espírito.
Enquanto temos estímulos de todas as formas não precisamos depender de Deus. Fazemos
tudo no entusiasmo da alma. A Bíblia chama isso de andar na carne. Andar na carne não é só
cometer pecados grosseiros de gálatas 5. Andar na carne e não depender de Deus.
Mas quando sentimos esgotamento, estafa, stress quer dizer que findaram todas as energias
da alma. Acabaram-se nossas próprias forças e nos exaurimos completamente.
E Deus vai cooperar para que isso venha o mais rápido possível, para aprendermos a não
depender da vida natural e do ego.
O deserto, pois, vem para nos acabar, para destruir toda auto-confiança. Bendito deserto!
2.
Circunstâncias
Além do deserto, que são fases nas quais passamos uma ou mais vezes, Deus cria
circunstâncias para nos aperfeiçoar, essas circunstâncias certamente virão para tratar-nos nas
áreas onde temos mais dificuldade.
Por exemplo:
Se o nosso coração é extremamente apegado à bens materiais, podemos passar por
circunstâncias de prejuízos e perdas.
Se uma pessoa é grandemente preocupada com a opinião dos outros a seu respeito e com a
sua reputação, muitas vezes essa pessoa irá sofrer vexame após vexame até sua reputação ir
para o brejo.
Se uma pessoa é do tipo que ama os primeiros lugares, lhe será reservado aqueles lugares
desprestigiados e ignorados.
Se for uma pessoa que cobra muito o amor das pessoas, jamais o receberá, até que se
disponha, ao invés de cobrar, dar amor, atenção e respeito aos outros.
Essas circunstâncias virão, até que o caráter de Cristo seja formado em nós.
CMC Caráter de Cristo 9
Capítulo 4
NOSSAS RESPOSTAS DIANTE DOS TRATAMENTOS DE DEUS:
Termos o caráter de Cristo desenvolvido a semelhança do de Jesus Cristo é muito mais
importantes do que as aflições que passamos nesta vida. Suportar essas aflições e responder
como Deus espera é a garantia de que o caráter de Cristo será desenvolvido e forjado em nós.
Nossas atitudes ou reações diante das circunstâncias que Deus usa para tratar conosco
definem nossa aceitação do tratamento, ou não.
1.
Algumas respostas que devemos dar quando passamos por tratamentos de
Deus:
a. Oração - Tg.5:13, “Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração.”
b. Contrição - Sl. 51:17, “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado;
coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus”.
c. Reflexão - Hb.12:3, “Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha
oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando
em vossa alma.”
d. Louvor - Sl.74:21, “Não fique envergonhado o oprimido; louvem o teu nome o aflito
e o necessitado.”
e. Perseverança - Mt.10:22, “Sereis odiados de todos por causa do meu nome;
aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo.
f. Regozijo - Mt.5:12, “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos
injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim
perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.”
g. Disposição para Mudança
 II Sm.12:13, “Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. Disse
Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás.”
 Gn. 32:28, “Então, disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois
como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste.”
 Jo. 1:42, “Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer
dizer Pedro)”.
CMC Caráter de Cristo 10
2.
Diante do tratamento de Deus podemos ter duas atitudes:
Podemos ter a atitude de Cristo que se humilhou cedeu e foi a cruz ou ainda resistir e ter a
atitude da serpente, esta é, arrogante e se defende em tudo e acaba por se rebelar contra Deus.
Estas duas atitudes se contra dizem. Alguns Líderes aprenderam a dar resposta a Deus como
Cristo, outros como a serpente, e você? Como reage aos tratamentos de Deus como um verme ou
como uma serpente?
a. A de verme - Conforme o próprio Jacó foi comparado Is. 41:14-16 e até mesmo
Jesus Sl.22:6.
b. A de serpente - Representando Satanás. Estas duas atitudes se contradizem.
Alguns líderes respondem a Deus como um verme outros como uma serpente.Um
VermeUma SerpenteIndefeso quando é pisadoAtaca quando pisadaContorce-se,
mas com facilidade entrega a vida.Luta e revida todos os golpes até morrerSimples e
inofensivoAstuta e venenosa
c. Devemos aceitar o tratamento de Deus em nossa vida, crendo que “todas as coisas
cooperam para o nosso bem - Rm. 8:28, visando um fim proveitoso: O
aperfeiçoamento do nosso Caráter”.
3.
O tempo que passamos no deserto é determinado pelas respostas que damos e
por nossa própria maleabilidade nas mãos do Espírito Santo.
Deus sempre espera uma atitude responsiva no deserto, mas o que é isso? É sermos maleável,
e não endurecermos ante aquilo que Deus vem golpeando.Triste ver pessoas sendo tratadas por
Deus e ao invés de se humilharem, fortalecem as antigas posições, ou então não são sensíveis
para perceber que aquilo de negativo que está acontecendo é Deus desejando falar e nos mudar.
Nos defendemos, agredimos, criticamos, quando injustiçado vamos a forra, reivindicamos,
exigimos, usamos as nossas forças para estabelecer nossa própria vontade.
Não percebemos que ao impormos, estamos perdendo a chance de amadurecer e crescer em
Deus, pois justamente aquilo que mais nos incomodou era a mão de Deus nos tratando, aquele
chefe no trabalho, aquele líder na igreja, aquela pessoa que é mais difícil de submeter, amar e
aceitar é justamente esse que esta sendo usado por Deus para nos aperfeiçoar. Ceda! Seja
maleável, mude responda a Deus, a mão do oleiro se revela muitas vezes justamente naquilo que
você mais detesta.
Quanto mais resistimos em nossa obstinação e dureza mais tempo passamos no deserto. E
quanto mais tempo passa mais duro vai se tornando o deserto.
Muitos infelizmente passam a vida toda no deserto resistindo a Deus e sendo resistido por
ele,não conseguem usufruir da sua graça e da sua benção na sua vida,
Nada na vida dessas pessoas funciona,tornam-se pessoas amargas,críticas, vêem falha em
tudo e em todos,estão sempre cheias de auto – piedade e cobrança dos pais dos líderes da igreja,
dos amigos.
Na escola de Deus ninguém pula cartilha, se somos reprovados, lá na frente passaremos
pelo mesmo teste. Isso se repetira até darmos respostas de quebrantamento e mudanças que
Deus espera de nós.
CMC Caráter de Cristo 11
Capítulo 5
O QUEBRANTAMENTO E O CARÁTER DE CRISTO:
Qualquer pessoa que serve a Deus descobrirá mais cedo ou mais tarde, que o grande
impedimento para sermos úteis na sua obra não os outros, mas sim ela mesma.
O alvo do deserto e dos tratamentos de Deus é nos levar ao quebrantamento. O perfume de
Deus só pode fluir de um vaso quebrado.
O quebrantamento é o tratamento de Deus que capacita o homem a ser útil diante de Deus.
Quebrantar-se é se entregar totalmente sem reservas ao Senhor e aos tratamentos dele na
nossa vida.
É render-se totalmente a ele. Abrindo mão dos seus conceitos e diretos, seus conhecimentos e
capacidades naturais, enfim, do seu “ego” e oferecer-se inteiramente ao Senhor.
1.
O que é quebrantamento?
Quebrantamento é o processo de ver o homem exterior ou natural quebrado para que o
homem interior ou espiritual possa fluir com liberalidade aos outros
2.
A Bíblia divide o homem em duas partes:
a.
O Homem interior
b.
O Homem exterior.
O homem interior (o Espírito Santo amalgamado com o espírito humano) precisa ser liberado
através do homem exterior (nossa alma e corpo).
Quando Deus vem habitar em nós, o Espírito, a vida e o poder de Deus entram em nosso
espírito que chamamos de homem interior.
O homem interior é o espírito regenerado pela vida de Deus e mesclado com o Espírito Santo.
Fora desse homem interior está a alma e o corpo que é o homem exterior.
Para entendermos melhor, assim como vestimos roupas, nosso homem interior veste uma
alma. Do mesmo modo, o corpo é a veste do espírito e da alma.
As pessoas qualificadas para o trabalho de Deus são aquelas que sabem liberar o espírito
através da alma e do corpo.
À medida que nos voltamos ao nosso espírito ele passa a permear e saturar a nossa alma ou
nossa mente, emoções e vontade.
Nossa dificuldade básica é deixar o nosso homem interior fluir, passar pela alma.
O espírito embrulhado numa casca dura, ele não pode facilmente sair de lá. Por isso que a
principal dificuldade que enfrentamos não está nos outros, mais está em nós mesmos.
Se não aprendermos a liberar o nosso espírito por meio da alma, não poderemos servir a Deus
de forma eficaz. Só depois que nossa alma é tratada, provada, podemos deixamos o espírito
emergir.
Nada atrapalha tanto quanto esta alma, se ela não for quebrantada ou quebrada pelo Senhor, o
homem interior não poderá se manifestar. A casca da alma deve ser esmagada por Deus.
Por exemplo: Se lermos a Bíblia procurando apoio para nossas idéias pré-concebidas, nós não
vamos entrar no espírito da bíblia porque estamos lendo com a alma.
A Bíblia é mais do que palavra, idéias ou pensamentos. O próprio espírito se manifesta através
dela e nos só podemos perceber e receber revelação se a lermos com o espírito. Só quando nosso
espírito pode sair e tocar no espírito da Bíblia que podemos entender o que ela está dizendo.
Muitas pessoas não têm revelação porque a lêem com a mente, ouvem a palavra com a mente
e não com seu espírito.
Um exemplo: as pessoas que fizeram uma decisão por que foram convencidas pela doutrina ou
porque foram emocionalmente comovidas pela mensagem não permanecem.
CMC Caráter de Cristo 12
No encontro, por exemplo, as pessoas que tem apenas uma experiência emocional ela não
permanece.
Quando ensinamos ou pregamos com a mente vamos tocar a mente, com as emoções vão
tocar as emoções, mas somente o nosso espírito que vai tocar o espírito de quem ouve.
A salvação acontece no espírito. Por isso muitos que fazem decisão pra Jesus não
permanecem, por que não foram tocados no espírito.
Deus quer quebrar nossa alma para que o homem interior tenha uma via de saída.
Tantos crentes como descrentes serão abençoados quando nosso espírito é liberado, quando o
poder e a vida de Deus podem fluir de nós.
Rm. 7:22, " Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus ."
Ef. 3:16, " ... que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem
interior”
II Co. 4:16, " Mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo o nosso
homem interior se renova de dia em dia "
4.
Impedimentos para o quebrantamento de Deus
a.
Falta de percepção de que Deus está usando as circunstâncias para nos levar a um
quebrantamento mais profundo. Muitos não vêm a mão de Deus. Muitos não reconhecem que é
ele que está operando. Ficam pensando que as circunstâncias estão erradas e que as pessoas
são as responsáveis. Tudo que acontece conosco é o Senhor que permite. Temos que
reconhecer que é a mão de Deus, não é mão humana, nem da família, nem dos irmãos é a mão
de Deus.
E lembre-se que quanto mais precisarmos de quebrantamento, mais Deus vai permitir
situações para nos aperfeiçoar.
Deus quer que você se renda, que você se entregue, que você aprenda a perdoar, aprenda a
viver pelo espírito e não pela alma ou pelas emoções.
b.
O amor-próprio ou o amor de si mesmo.
A razão para tanta irritação e descontentamento na nossa vida, somos nós mesmos. O amor
próprio ou o ego impede de nos entregarmos.
Quando somos facilmente feridos e magoados... É o ego sendo tratado!
4.
Qualidades produzidas no quebrantamento.
a.
Meiguice ou Mansidão
Teimosia, dureza e aspereza são as marcas registradas de uma pessoa não quebrantada.
Uma pessoa meiga é mansa e o temor de Deus no seu coração se expressam através de suas
palavras e de suas maneiras. de tratar os outros, de falar, de se expressar, etc.
b.
Espírito Abordável ou Ensinável
Uma pessoa abordável facilmente vê, reconhece e confessa prontamente seus pecados.
É aberto a opinião dos outros, sabe receber instruções, não é resistente e pode ser edificado em
todas as coisas.
Tem pessoas que se nós abordarmos por alguma coisa a gente perde um amigo.
c.
Altamente sensível ao Espírito Santo e aos outros
É sensível a direção do Espírito Santo, é sensível ao pecado. Sempre que faz alguma coisa
errada, imediatamente sentimos Como Davi.
Uma pessoa quebrantada derrama lágrimas facilmente quando é convencida pelo
Espírito de Deus por algum pecado.
CMC Caráter de Cristo 13
Uma pessoa quebrantada se comove com facilidade diante de situações tristes de outras
pessoas.
Uma característica de uma pessoa quebrantada é que ela é uma pessoa “chorona”. Não de
chorar por estar ferida ou magoada. Mas por ser sensível a presença de Deus e ao seu Espírito.
É sensível aos outros - Não magoa os outros com falta de consideração.
d.
Espírito verdadeiro de unidade do Corpo
Promovem a unidade do corpo. Fazem de tudo para ter paz com todos. Rm 12: 18 Gostam de
participar da vida do corpo, de ter comunhão com outros irmãos, gosta de estar junto, de conversar,
de ouvir. Uma pessoa que não dá importância a isso é como uma mão artificial que não tem
sensação.
e.
É Facilmente Edificado
Estar aberto para receber qualquer ajuda espiritual de qualquer parte do corpo.
Por exemplo: Uma pessoa muito inteligente e que tem muito conhecimento, se não tiver o
espírito liberado ela não pode ser ajudada. Por que a sua mente e conhecimentos muitas vezes
não permitirá que ela seja tocada no espírito, ela vai analisar os pensamentos da pessoa, as
palavras que ela está usando, se estão certo ou errado, se ela está pronunciando as palavras de
forma correta, se ela está interpretando o texto de maneira certa, etc.
Ela se fecha assim pela parede da sua mente e não pode ser edificada. Ela despreza o ensino
das pessoas que estão abaixo de sua capacidade ou habilidade. Ser atento como uma criança ao
que os outros dizem. Sempre os outros têm algo a nos ensinar.
CMC Caráter de Cristo 14
Capítulo 6
OS TRAÇOS DO CARÁTER DE CRISTO:
Fp. 2:5-8, “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois
ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si
mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhança de homens; e,
reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e
morte de cruz”.
1. Uma atitude de servo.
Mc. 10:45, “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar
a sua vida em resgate por muitos”.
a. Um espírito ensinável.
Mt. 3:14-15, “Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu
vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém
cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu.”
 Imagine: Jesus sendo batizado por João!
 Ter um coração ensinável é estar aberto para aprender com quem quer que seja,
mesmo que isso muitas vezes seja extremamente constrangedor. Ninguém se
diminua por ouvir e aprender algo com quem sabe menos.
b. Dependência total no seu dono, (O Senhor Jesus).
Gl. 2:20, “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim;”
Jô. 8:28, “Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do Homem, então, sabereis
que EU SOU e que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou.
c. Disposição para sofrer.
I Pe. 4:1, “Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo
pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado”
Hb. 5:8, “... embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu...”
d. Disposição para ouvir
Tg. 1:19, “Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”.
e. Diligência em seu trabalho. Parábola dos talentos, Mt. 24: 24-30.
CMC Caráter de Cristo 15
2.
Um espírito humilde.
Os "humildes de espírito", não são aqueles indivíduos que já nasceram assim.
Não quer dizer que deveríamos ser tímidos e fracalhões, e nem significa que deveríamos
ser retraídos, fracos ou acovardados.
Ser alguém "Humilde de espírito" não exige a supressão da personalidade. Humildade de
espírito aponta para a completa ausência de orgulho pessoal, para a completa ausência de
segurança própria e auto dependência.
a.
As evidências de humildade
Aceita repreensão - é uma pessoa corrigível, sabe que tem muito que aprender
ainda.
Confessa suas falhas, - Pede perdão e admite sempre seu erro.
É transparente - não tem nada a esconder.
É ensinável - está crescendo, aceita ensino, pratica o aprendido.
Compreensivo com as debilidades das outras pessoas.
Ama sem esperar receber algo em troca.
Está sempre disposto a dar glória a Deus e honrar os outros.
b.
As evidências da falta de humildade
Preocupação excessiva com a reputação. O que os outros vão pensar de mim?
Busca dos melhores lugares e de estar em evidência. Lc14:7,9
Tendência de exigir dos outros que o tratem de maneira especial.
Exige justiça quando se sente alvo de falta de consideração - Rm 12:3
Demora a pedir perdão e perdoar ofensas recebidas.
Se exaspera e busca justificar-se quando corrigido.
Não aceita definitivamente: " Quem ele pensa que é? ... Eu só aceito se ele...
Tem uma vida secreta que ninguém sabe ou conhece: Duas faces.
Reservado em elogiar outros e pronto para receber glória para si mesmo
2.
Lealdade Completa
Lealdade é um termo que expressa uma pessoa franca, sincera, honesta, ou alguém que é
fiel aos seus compromissos até o fim, mesmo que isso implique em dano.
a.
Alguns Princípios de Lealdade:
Dar às pessoas o que lhes pertence, honra onde honra é merecida.
Continue leal mesmo após a morte ou na ausência da pessoa.
Sempre fale bem do seu líder, ainda quando os outros falam mal.
Continue leal no meio de problemas e conflitos
b.
Nossa melhor atitude para com aqueles com os quais temos aliança em tempos
de dificuldades é
Ficar em silêncio. Não faça comentários desagradáveis.
Não criticar. Um momento em que mais nos tornamos desleais é quando criticamos as
características físicas ou morais de uma pessoa.
Não murmurar. Fp 2:14, “Fazei tudo sem murmurações nem contendas.” Ex.16:8,
“Portanto o Senhor ouviu as vossas murmurações, com que vos queixais contra ele;
pois que somos nós? As vossas murmurações, não são contra nós, e sim contra o
Senhor.
CMC Caráter de Cristo 16
Não abandonar em momentos difíceis. Jo 19:26, “Vendo Jesus a sua mãe, e junto
a ela o discípulo amado...” que expressou verdadeira lealdade, permanecendo com
Jesus até o fim...
Não usar de traição. Judas expressou através do seu ato de traição que não
conhecia lealdade.
Não divulgar segredos de outrem. Pv.25:9... “E não descubras o segredo de
outrem”.Pv.20:19, “O mexeriqueiro revela o segredo, portanto não te metas com
quem muito abre os teus lábios.” Pv.17:9, “...o que traz o assunto à baila separa os
maiores amigos.”
Não descobrir as falhas do líder ou de quem quer que seja. Gn. 9:20-27, Cão, filho
de Noé foi amaldiçoado por essa atitude terrível de infidelidade. Não há líderes
perfeitos.
CMC Caráter de Cristo 17
Uma Comparação das Características de Cristo e da Serpente
CMC Caráter de Cristo 18
Visão do MDA
Capítulo 1
“O SENHOR me respondeu, e disse: escreve a visão, grava-a sobre tábuas,
para que a possa ler até quem passa correndo”.
(Habacuque 2;2).
O QUE É A VISÃO?
É a idéia de Deus revelada à mente do homem para que este a execute conforme a Sua
vontade.
Em termos gerais, uma Visão dada por Deus tem vários aspectos. Uma motivação sadia está
acompanhada de pureza e contribui para o bem-estar social e espiritual da comunidade. Uma
Visão correta não produz louvor pessoal, senão para Deus, e leva-nos a glorificar a Jesus Cristo.
Deus quer que nos apoderemos da Visão de cumprir com o seu propósito nesta terra.
As seguintes características de uma Visão que vem de Deus, nos ajudarão a entender mais do
cumprimento de seus propósitos:
 A Visão é a força motivadora dos grandes líderes
 A Visão é poder que vivifica
 A Visão pode ser reproduzida por um líder de sucesso
Esta não é uma Visão que nasceu nos dias de hoje. Não é um modismo ou uma invenção de
algum pastor ou Igreja. Na verdade, essa é a Visão deixada por Jesus Cristo quando veio ao
mundo para salvar a humanidade. Antes de salvar a humanidade, Jesus se preocupou com o que
seria de cada pessoa após um encontro com Ele. Assim, Ele implantou a Igreja, que hoje
chamamos de Igreja Primitiva, a qual nasceu de casa em casa e se edificou, fortaleceu e cresceu
no discipulado.
OBJETIVOS DA VISÃO:
A Igreja é uma grande família, e quando nasce alguém nesta família, é integrado numa célula.
Ali, ele passa a gerar filhos espirituais, que geram outros filhos, que geram outros, numa cadeia
contínua. Assim, a pessoa tem filhos, netos, bisnetos, tataranetos...
Deus deu uma ordem ao primeiro casal criado (Adão e Eva), disse-lhes: “Crescei e
multiplicai-vos”. Este era o método estabelecido pelo Criador para a propagação da raça humana
sobre a Terra.
Quem tem a Visão de Deus no coração, não visualiza coisas medíocres, pelo contrário, sonha e
crê no impossível, pois o propósito de Deus para a Igreja é que esta cresça e se multiplique
extraordinariamente, formando discípulos que propaguem o Evangelho de Cristo para todas as
pessoas na face da Terra.
Para que cada homem, cada casa, cada família desempenhem seu papel no corpo, Deus
estabeleceu os ministérios de apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre para que possam
equipá-los para, a partir de cada Célula de Multiplicação, conquistar o mundo para Cristo.
MISSÃO DA IGREJA DA PAZ:
Implantar 100.000 (cem mil) igrejas - 1.000 (mil) até 2014; ministrando ao espírito, alma e
corpo dos que nunca ouviram sobre o amor de Cristo.
CMC Visão do MDA 1
ALGUNS FATOS:
Ano de fundação: 1976
Número de bases regionais: 11
Igrejas implantadas: Mais de 500
Membros inscritos na Igreja da PAZ Central em Santarém agora: Mais de 15,000
Barcos missionários em operação: 80
Aviões anfíbios: 2
Número de equipes missionárias no ano passado: 26
Alvo da Igreja da PAZ Central em Santarém: 70.000 discípulos
Alvo da Missão PAZ: Uma igreja em cada comunidade na bacia amazônica
CMC Visão do MDA 2
Capítulo 2
A VISÃO DA IGREJA DA PAZ É A VISÃO DO MDA:
A Visão do M.D.A. vem do Espírito Santo e é somente pelo Espírito Santo que alguém pode
implantá-la. Muitos homens e mulheres têm investido as suas vidas para termos hoje o
conteúdo desta visão. O Pr. Lucas Huber morreu pela visão. Outros tem tido perdas que
somente a eternidade poderá os recompensar. Esta visão tem sido gerada. Muitos têm pagado
um preço muito grande, e ainda estão pagando, para que esta visão possa ser alcançada.
Na visão do MDA, é possível à Igreja Local ganhar multidões para Jesus sem deixar de cuidar
bem de cada cristão – é o modelo de discipulado um a um em ação.
Porém, este modelo (MDA) fala da visão geral de como cremos que a Igreja Local deve
funcionar.
1 – O REINO DE DEUS – O plano de Deus é que seu Reino seja implantado em toda a Terra
priorizando os valores do Reino na nossa vida para que todos vejam a Glória do Senhor
através de nós.
VISÃO DE DEUS
Mateus 6.33
Implantai Seu Reino na Terra
“Crescei” e “Multiplicai”
Jesus disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu Reino…” (Mateus
6.33).
Deus está implantando o Seu Reino aqui na Terra e Ele tem deixado
bem claro qual é a visão dEle para nós:
Deus havia dito para o homem: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra…” (Gênesis 1.28).
Por quê? Porque Adão e Eva gozavam de perfeita comunhão com Deus e assim refletiam a glória
de Deus perfeitamente. À medida que eles obedecessem a ordem de crescer e multiplicar, toda a
terra ficaria cheia da glória de Deus, como as águas cobrem o mar.
O plano original de Deus nunca mudou. Mesmo que o homem natural, por causa do pecado, não
reflita a glória de Deus, aquelas pessoas que já nasceram de novo verdadeiramente refletem a Sua
glória. Então a ordem de Deus continua a mesma: “Eu quero o Meu Reino implantado sobre
toda a Terra e isto vai acontecer quando os meus filhos colocarem o Meu Reino em primeiro
lugar, crescerem e se multiplicarem até que toda a terra esteja cheia de pessoas que reflitam
a minha Glória”.
CMC Visão do MDA 3
2 – A IGREJA DO SENHOR JESUS – Este é contexto onde vamos buscar o Reino e crescer
e multiplicar. O Reino se manifesta por meio da Igreja do Senhor Jesus.
Mas qual é o contexto em que nós devemos buscar o Reino de Deus?
Na prática, como podemos fazer isso?
IGREJA DO SENHOR
JESUS CRISTO
Jesus disse: “Eu edificarei a Minha Igreja…” (Mateus 16.18) e em outra
ocasião Ele disse “quem comigo não ajunta, espalha…” (Mateus
12.30). Em outras palavras, o Reino de Deus aqui na Terra se manifesta
e é centralizado na Igreja do Senhor Jesus:
A Igreja do Senhor Jesus é o coração do Reino de Deus.
3 – A IGREJA LOCAL – A Igreja mundial é edificada por meio da Igreja Local. Quando
ajudamos no crescimento da Igreja local, ajudamos no crescimento da Igreja mundial e na
implantação do Reino na Terra.
Posso saber, então, que verdadeiramente estou buscando o Reino de Deus se eu estiver
trabalhando com Jesus na Edificação da Sua Igreja Mundial. Mas, como a Igreja Mundial do
Senhor Jesus é edificada? Através da Igreja Local.
IGREJA LOCAL
Se eu não estiver edificando a Igreja Local eu não estou edificando
como eu deveria a Igreja Mundial do Senhor Jesus. A Bíblia fala muito
mais acerca da Igreja Local do que da Igreja Mundial. Estamos
trabalhando com Deus ou contra Deus? Talvez muitos não saibam
disto, mas quem não está na visão da Igreja Local – ajudando a Igreja
Local a crescer e multiplicar em quantidade e qualidade, está na
realidade (mesmo que seja por omissão) trabalhando contra Deus. Isto
é sério. Deus coloca máxima importância na Igreja Local porque a
Igreja Local é o coração da Igreja do Senhor Jesus aqui na Terra.
O Apóstolo João, em Apocalipse 1.10-11, ouviu a voz do Senhor Jesus por trás dele. Mas
quando virou para ver o Senhor Jesus, primeiramente ele viu sete candeeiros de ouro (Ap. 1.12), e
só depois viu o Senhor Jesus (Ap. 1.13). Os sete candeeiros são as sete igrejas locais (Ap. 1.20).
Creio que, simbolicamente, isto mostra que para termos plena revelação do Senhor Jesus, temos
também que ter a visão da Igreja Local. Onde estava Jesus? “No meio dos sete candeeiros” (Ap.
1.13). No meio das Igrejas Locais. É impressionante a importância que Deus põe na Igreja Local.
CMC Visão do MDA 4
4 – A CÉLULA – É a forma sintetizada da vida do Corpo de Cristo onde encontramos todos
os aspectos necessários para o nosso crescimento. É a porta para a entrada de novas
pessoas na Igreja Local.
CÉLULA
É muito importante que todos os cristãos da Igreja Local estejam
congregando na célula, onde a vida do Corpo se encontra de forma
sintetizada em todos os seus muitos aspectos, tais como: adoração,
intercessão, evangelismo, integração, discipulado, treinamento de
líderes, comunhão, assistência social, etc.
É necessário que essa célula esteja sempre aberta para receber novas pessoas. Como a célula
do corpo humano, deve estar sempre crescendo, multiplicando e formando novas células. Esse
tipo de célula resgata a “Igreja no Lar”, e por isso cremos ser importante que todos congreguem em
uma célula deste tipo, pois acreditamos que foi assim que aconteceu na igreja neo-testamentaria.
Para nós, a Célula é o Coração da Igreja Local.
É este tipo de Célula que é o verdadeiro coração da Igreja Local. Na igreja baseada em Células
tudo acontece pela Célula, para a Célula, através da Célula e em função da Célula.
No gráfico acima podemos perceber que o coração do Reino de Deus é a Igreja Mundial do
Senhor Jesus; o coração da Igreja Mundial é a Igreja Local; e o coração da Igreja Local é a Célula.
Você pode perceber, então, que todo esforço cristão para implantar o Reino de Deus na terra deve
resultar em priorizar, direta ou indiretamente a edificação de Células no contexto da Igreja Local.
Agora, qual é o coração da Célula?
5 – O DISCIPULADO UM A UM – Um relacionamento que busca acompanhar o
crescimento pessoal do novo convertido ou membro da célula.
Jesus priorizou o discipulado na Sua vida aqui na Terra. Antes de
escolher os seus discípulos Ele orou a noite toda (Lucas 6.12-13), e
uma grande parte do seu tempo foi ocupado investindo na vida destes
discípulos. Como Ele viajava horas e horas a pé, é bem provável que,
enquanto estava caminhando com os discípulos naquelas estradas
construídas pelo Império Romano, Ele aproveitasse bem o tempo
discipulando. Quem já caminhou por muitas horas sabe que é difícil
andar e falar com muitas pessoas ao mesmo tempo. Cremos que Jesus
discipulava muito: 1) um a um; e 2) em grupo.
Este discipulado deve acontecer no contexto da Célula, ou seja, o discipulador deve participar
da mesma Célula do discípulo. O discipulado nunca deve ser manipulativo. O verdadeiro
discipulado é para ajudar o discípulo a crescer.
CMC Visão do MDA 5
Discipulado é proteção. Discipulado é crescimento. Seja transparente com o seu discipulador.
Jesus, antes ascender aos céus, nos deixou a Grande Comissão: “Ide, portanto, fazei
discípulos…” (Mt. 28.19). Isto tem que ser priorizado, pois sem dúvida é um assunto de máxima
importância. Na medida em que meditávamos na centralidade do discipulado, Deus nos revelou
que o discipulado um a um é o coração da Célula. A esse relacionamento do discipulador com seu
discípulo (total de duas pessoas) chamamos de uma microcélula. Como a ênfase central da Visão
do Modelo do Discipulado Apostólico é o discipulado um a um, vimos que seria ideal usarmos a
mesma sigla para identificar esta microcélula.
Então, como visão da Igreja Local temos:
 MDA: Modelo de Discipulado Apostólico.
E como o nome da micro-célula de discipulado, também, temos:
 MDA: Micro-célula de Discipulado Apostólico.
O discipulado, na microcélula, é feito um a um. Você poderá notar então que a microcélula tem o
total de duas pessoas: Discipulador e Discípulo. Cremos que o MDA é a menor representação da
Igreja: a microcélula do Corpo de Cristo, “onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome…”
(Mateus 18.20). É interessante notar que o contexto desta passagem se refere à Igreja Local.
O importante é que todos estejam debaixo da cobertura de um discipulador, e que todos
estejam fazendo discípulos, porque, como já foi enfatizado, o discipulado é o coração da Célula.
Em outras palavras: o MDA é o coração da Célula.
A Visão do MDA pede que cada cristão esteja inserido onde está a figura daquela pessoa no
gráfico abaixo:
Na Visão do MDA cada cristão deve estar sendo e fazendo discípulos, participar de uma Célula,
abraçar a visão da Igreja Local, buscar a Unidade da Igreja Mundial e colocar em primeiro lugar o
reino de Deus.
CMC Visão do MDA 6
Capítulo 3
CÓDIGO GENÉTICO DA IGREJA DA PAZ:
1.
A Bíblia ensinada fiel e plenamente como a Palavra de Deus
Desejamos que a Palavra de Deus seja ensinada de forma prática, ungida e aplicada ao nosso
dia-a-dia, reconhecendo o poder da Palavra para ensinar, repreender, corrigir e instruir em toda
justiça.
2.
Intimidade com Deus
Desejamos que cada crente desenvolva um contínuo e profundo relacionamento com Deus,
aprendendo a ouvir Sua voz, experimentando Sua presença e sendo obediente à Sua direção.
3.
Adoração que expressa nossa paixão por Deus
Desejamos adorar a Deus em espírito e em verdade, oferecendo um sacrifício de louvor como
expressão de nossa adoração, confiança e fé Nele, propiciando assim, uma atmosfera para a
manifestação de Sua presença.
4.
Ênfase na oração individual e congregacional
Cremos que os vários tipos de oração (petição, louvor, intercessão, oração da fé) são de grande
importância para o desenvolvimento de uma intimidade com Deus, liberando assim Seu poder na
igreja. Precisamos orar individualmente e como Corpo de Cristo por todos os homens, inclusive os
que estão em posição de autoridade.
5.
Discipulado— produzir discípulos multiplicadores de discípulos
Jesus nos deu a Grande Comissão para fazermos discípulos. Por isso, enfatizamos o discipulado
um a um como parte essencial do treinamento de líderes, homens fiéis capacitados para ensinar a
outros.
6.
A estrutura de células como principal meio para o crescimento da igreja
Trabalhamos em células com o propósito de levantar líderes e proporcionar um ambiente propício
para a comunhão e discipulado.
7.
Ênfase na família
Priorizamos a família fortalecendo e alicerçando-a para assim influenciarmos positivamente a
sociedade e construirmos igrejas fortes através de estudos, seminários, ministérios com casais e
educação de filhos.
8.
Compromisso com missões (implantação de igrejas) e evangelismo
Cremos que o chamado da Igreja é cumprir a Grande Comissão através da implantação de
igrejas.
9.
Liberação e exercício de todos os dons espirituais e ministeriais
Os cristãos são parte do Corpo de Cristo e cada membro possui uma função importante. Por isso,
procuramos ajudar cada pessoa a descobrir, cultivar e exercitar seus dons espirituais e
ministeriais, para que vejamos todos os dons operando em células e na igreja local.
CMC Visão do MDA 7
10.
Ministério aos necessitados, enfermos, pobres, viúvas, órfãos e em presídios
Nossa responsabilidade em mostrar misericórdia para com aqueles que se encontram em
situações difíceis, procede da mesma forma como Deus ofereceu Sua misericórdia para conosco.
11.
Treinamento através de institutos bíblicos, seminários, e cursos de liderança
Realizamos estudos bíblicos sistemáticos e providenciamos complementação de estudos e
discipulado.
12.
Prestação de contas e transparência (pessoal, ministerial e financeiro)
Deus colocou níveis de autoridade na família, no trabalho, na igreja e no governo. Ao mantermos
uma vida íntegra, enfatizamos um relacionamento verdadeiro e transparente para com o nosso
semelhante e com aqueles que estão em liderança sobre nós
CMC Visão do MDA 8
Capítulo 4
OS VALORES DA IGREJA DA PAZ:
1.
Expandir o Reino de Deus através da implantação de igrejas locais
Nossa visão de implantar igrejas ocorre através da multiplicação de igrejas já existentes. Com
isso, a Missão PAZ ajuda no suporte delas, direcionando-as e mantendo a visão. Ajudamos
também na captação e desenvolvimento de recursos que facilitarão a implantação de mais
igrejas.
2.
Focalizar os não-alcançados (áreas sem nenhum testemunho evangélico
estabelecido)
Implantamos igrejas em centros urbanos para formar uma base em recursos humanos e
financeiros, com o intuito de alcançar os que vivem em áreas mais remotas, e que nunca tiveram a
oportunidade de ouvir o evangelho claramente.
3.
Ministrar à pessoa em sua totalidade (espírito, alma e corpo)
Além de cuidarmos da parte espiritual, nossa preocupação para com o próximo é também de
atender suas necessidades físicas, emocionais e educacionais através de amplos programas de
assistência social, educacional e de saúde que desenvolvemos nas igrejas.
4.
Treinar, equipar, e enviar obreiros locais
Treinamos e equipamos obreiros para implantação de igrejas nacionais, as quais, auxíliadas por
missionários estrangeiros que fazem parte de um movimento auto-sustentável e saudável.
5.
Disponibilizar recursos
Para acelerar o cumprimento da Grande Comissão, disponibilizamos planos estratégicos,
treinamento de liderança e aproveitamento de recursos.
6.
Dinamismo
Estamos sempre abertos para novas tecnologias e métodos que nos auxiliem em nossa tarefa de
implantar igrejas.
7.
Manter um espírito de trabalho em equipe
Reconhecemos a necessidade de trabalharmos em harmonia para alcançar nossa visão. Esta
harmonia envolve vários aspectos, tais como: deixar de lado interesses pessoais e tolerar
opiniões diferentes, desenvolvendo e encorajando o uso de dons e talentos individuais,
defendendo um ao outro, promovendo relacionamentos saudáveis, baseados na prestação de
contas, para que cada um seja bem sucedido.
8.
Prestação de contas e transparência (pessoal, ministerial e financeiro)
Cremos que Deus atua através do Princípio da Autoridade em diferentes âmbitos da sociedade:
igreja, lar, trabalho, política, etc. Ao mantermos uma vida íntegra, enfatizamos um relacionamento
de compromisso transparente e verdadeiro para com nosso semelhante e para com aqueles que
são nossos líderes.
CMC Visão do MDA 9
9.
Compromisso com a excelência em tudo o que fazemos
PROCESSO DE ADOÇÃO DA VISÃO
1) CONHECIMENTO: Esta é a etapa em que tomamos conhecimento da missão e visão da
nova instituição. Esse processo de conhecer pode ser formal ou informal, por meio de
estudos, leitura ou vendo-a em ação.
2) ADAPTAÇÃO: Logo que tomamos conhecimento da nova visão, pode ou não acontecer
um período de conflito com visões anteriores já assimiladas. Nesta etapa às vezes
podemos cair em comparação com os modelos anteriores, e criticar aspectos com os quais
não estamos familiarizados.
3) ASSIMILAÇÃO: Logo da adaptação, finalmente conseguimos assimilar gradualmente
todos os aspectos da nova visão e nos acostumamos com ela na medida em que vamos
introduzindo-nos nas atividades da Igreja.
4) ADOÇÃO: Finalmente fazemos da visão a nossa visão. Nesta etapa já nos sentimos parte
da nova Igreja e não falamos mais em termos da visão de outros, porém adotamos a visão
da Igreja como nossa própria identidade.
5) PATROCINIO E AGREGAR VALOR: Depois de tomar a visão para si, a pessoa começa a
participar no processo de torná-la realidade. Quem patrocina a visão:
a. Chegou a tornar o cumprimento da visão uma das suas prioridades.
b. Apresenta a visão a outras pessoas.
c. Entendeu seu papel na missão e trabalha de forma comprometida para alcançar os
alvos comunitários.
CMC Visão do MDA 10
Discipulado
Capítulo 1
AS TRÊS AÇÕES DO MANDAMENTO: FAZEI DISCÍPULOS
Mateus 28: 18 -20
Depois que recebemos Jesus como Senhor da nossa vida, temos a tarefa e o santo
privilégio de fazer discípulos.
Note que neste texto há um mandamento central que é: fazer discípulos. Para fazer um
discípulo, portanto é preciso seguir alguns passos práticos, que estão inseridos
explicitamente no texto e podem ser resumidos nos três seguintes verbos:
Ir – Evangelismo
Fala da atividade de evangelizar, ir atrás do pecador, buscar o perdido com a mensagem
de salvação, é dar a oportunidade de alguém ouvir o evangelho e poder decidir se quer ou
não Jesus em sua vida. Mas isto não é tudo, pois fazer discípulo envolve muito mais,
significa formar vidas parecidas com Jesus.
Batizar – Integrar
Fala de integração de compromisso de levar a pessoa a fazer um pacto, uma aliança,
com a igreja local e integrar no corpo de cristo e na família da fé uma confissão pública,
como demonstração da sua transformação de vida e da sua decisão de seguir e servir
Jesus para sempre.
Ensinar – Mentoriar, acompanhar, treinar, pastorear
Ensinar a guardar - é mais do que apenas transmitir algumas informações, é demonstrar
com nosso próprio exemplo e estilo de vida como é que se deve fazer, falar, agir, proceder,
reagir, de acordo com que Jesus ensinou.
É providenciar cuidado e ensinamentos básicos de como aquele discípulo devem se
conduzir em seu novo estilo de vida, afim de que ele se firme e amadureça espiritualmente
de tal maneira, que se torne uma testemunha eficaz e um fazedor de outros discípulos.
O QUE É FAZER DISCIPULO OU DISCIPULAR NO DIA A DIA?
Fazer discípulos é mais que evangelizar ou ganhar alguém para Jesus, é cuidar e
acompanhar espiritualmente os filhos espirituais que geramos , é levá-los a se firmarem em
sua decisão por Jesus de maneira que cresçam e experimentem uma genuína mudança
em suas vidas, se envolvam na Igreja, passem a ser testemunhas eficazes, aprendam a
dar frutos e a se reproduzirem na vida de outros.
Jesus não nos mandou fazer convertidos, mas sim “fazer discípulos”, isso inclui muito
mais que apenas evangelizar.
CMC Discipulado 1
Fazer discípulos é executar no dia a dia as três ações acima citado. Porém temos uma
definição simples do que é discipulado ou fazer discípulo dentro do contexto de uma igreja local.
É um vinculo de relacionamento e amizade entre duas pessoas do mesmo sexo, estabelecida
através de uma disposição espontânea de caminharem juntos, visando o seguinte:
Transferência de vida - Modelar, ser exemplo, demonstrar.
Transferência de conhecimento - Ensinar a guardar os mandamentos e a compreender a
vontade de Jesus para a sua vida.
Prestação de contas e acompanhamento sadio e amoroso das decisões e estilo de vida do
discípulo
Treinamento – mentoriar e treinar a pessoa e desafiá-la a exercer o chamado ministerial e
exercer seu sacerdócio cristão de fazer discípulos e cumprir o propósito profético de Deus para a
sua vida
O QUE NÃO É DISCIPULADO
Discipulado não é controlar a vida das pessoas
Como discipulador você deve entender que não somos chefes e nem donos dos nossos
discípulos, nossa responsabilidade não é manipular, manter as pessoas na rédia, controlar até a
cor do sapato que ele vai comprar, mas somente cuidar e orientar na vida espiritual.
Discipulado não é fazer discípulos de si mesmo
O seu alvo principal não é levar o seu discípulo se tornar parecido com você, por exemplo,
torcer pelo mesmo time, gostar dos mesmos filmes, falar como você fala, orar como você ora, ter as
mesmas experiências que você teve, mas se tornar parecido com Jesus.
Não devemos nos reproduzir na pessoa, mas reproduzir o caráter de Jesus. Jesus não nos
mandou fazer nossos discípulos, mas discípulos Dele e para ele.
Nossos discípulos devem continuar sendo quem são com sua própria personalidade. Por isso
suas preferências, gostos e opiniões devem ser respeitados, quando as mesmas não são
contrarias a Palavra Deus e não são pecaminosas.
OBS: É natural que com a convivência o discípulo comece a se tornar parecido com o seu
discipulador, ate às vezes nos vários aspectos mencionados acima Isso não é necessariamente
errado, quando isso acontece de uma forma muito natural.
Discipulado não é tentar bancar ser Deus na vida dos seus discípulos
Discipulado não tem como objetivo substituir Deus e o Espírito Santo na vida dos discípulos.
Tentar resolver problemas e assumir responsabilidades que só pertencem a Deus é no mínimo
incoerência.
O QUE A PALAVRA DISCÍPULO SIGNIFICA?
A palavra discípulo significa: seguidor, praticante dos ensinos do mestre, aluno, submisso.
Partindo desta definição, podemos afirmar que: Discípulo de Jesus é alguém que crê em tudo que
Jesus disse e faz tudo o que Jesus manda.
Há alguns termos que comumente é usado nas igrejas para identificar um discípulo de Jesus, mas
esses termos definem somente um aspecto da vida de um discípulo. Por exemplo:
 Salvo: Alguém que foi liberto da condenação do inferno e do poder do pecado e do diabo.
 Convertido: Alguém que passou pelo processo de transformação da mente e de valores.
CMC Discipulado 2

Crente: Alguém que crê em alguma coisa ou em alguém.

Evangélico: Alguém que faz parte de uma das igrejas evangélicas.
Nenhum destes termos estão errados, mas a palavra discípulo é mais abrangente e define
exatamente uma posição como também uma condição. Foi o termo que Jesus, os apóstolos e os
primeiros cristãos usaram.
A palavra discípulo é mencionada 260 vezes no novo testamento, enquanto a palavra crente
aparece apenas 15 vezes, a palavra evangélico, nunca foi usada.
Ser um discípulo de Jesus implica em ser muito mais do que somente um convertido a uma
Igreja evangélica ou em apenas crê que agora é salvo. Ser um discípulo de Jesus implica em
guardar todas as coisas que ele nos tem ordenado.
FAZER DISCÍPULOS É O “NEGÓCIO” DA NOSSA IGREJA
Na realidade fazer discípulos é o verdadeiro “negócio” da nossa igreja e todo verdadeiro cristão
deve estar envolvido com essa tarefa, aliás, uma pessoa que não está fazendo discípulos nem é
um cristão normal.
Sem dúvida você deve crescer até ao ponto de ser um discipulador, porque assim como você
está sendo discipulado e estamos investindo tempo na sua vida, você deve fazer o mesmo com
outros. Não tenha medo de encarar esse novo desafio, pois à medida que você vai acompanhando
o novo seguidor de Jesus o próprio Jesus vai te ensinando como você deve fazer.
VOCÊ JÁ PODE COMEÇAR LOGO
Não é preciso você esperar até chegarmos ao fim deste livro, para começar discipular um novo
convertido. Você já pode conversar com o dirigente do seu grupo familiar para saber se tem alguém
do seu grupo que você já pode iniciar o discipulado. Se você ainda não é um discipulador, e o seu
dirigente ainda não te contactou, procure-o e pergunte a ele o que você deve fazer para se tornar
um discipulador
COMO COMEÇAR DISCIPULAR
Depois que você ganhou permissão do seu dirigente para começar discipular, você deve
adquirir imediatamente o seu manual do discipulador e nesse manual você receberá algumas
instruções importantes, que te ajudarão a manusear bem o material e a ser um bom discipulador. O
segredo principal é confiar na capacitação que o Espírito Santo te dará e fazer do mesmo jeito
como estamos fazendo com você. Nestes nossos encontros semanais você pode receber mais
orientações e tirar suas dúvidas. Depois procure o novo convertido para conversarem sobre o
assunto, não force o novo convertido a começar o discipulado, motive-o, "ponha sal na sua boca",
produza interesse, faça uma boa propaganda do material e explique os benefícios que o
discipulado trará na vida dele e como será muito gostoso e edificante esses encontros. Dê o livro
do aluno e peça para ele estudar a primeira lição e responder as perguntas para o seu primeiro
encontro.
SER DISCIPULADOR É SER MODELO
a) O propósito do discipulado é ajudar o novo convertido a entender verdades fundamentais
para a sua nova vida, assim como ajudá-lo no processo de transformação da sua alma, bem como
na mudança de hábitos e tendências erradas e na definição de novos valores na vida. Além do
Espírito Santo, você também será uma grande influência na vida desse novo irmão (ã). É normal as
pessoas mudarem mais rápido quando elas têm um modelo a ser seguido, e você servirá de
modelo ao seu discípulo sendo o seu discipulador. Não se preocupe com o fato de você não ser
perfeito em todas as suas ações, pois ninguém ainda é você não precisa fingir que é o que não é,
aliás, o Espírito Santo muitas vezes vai usar sua transparência e honestidade para encorajar o seu
discípulo a continuar seguindo a Jesus. O mais importante é você andar na luz que você já tem, e
Deus te usará.
CMC Discipulado 3
b) Sem dúvida esta experiência de encontrar semanalmente com o seu discípulo vai
beneficiar você também, pois à medida que você ajuda alguém a crescer na fé você também
crescerá junto.
TORNANDO-SE UM MEMBRO RESPONSÁVEL DA FAMÍLIA.
Quando nascemos de novo, nascemos na família de Deus e nosso alvo agora é crescer, não
somente no conhecimento da Palavra e das coisas pertinentes ao reino de Deus, mas também no
compromisso e na responsabilidade com a minha família espiritual. Não podemos continuar sendo
meros membros freqüentadores da igreja como alguns talvez gostassem de ser. Você não pode
fazer parte do grupo de pessoas que apesar de vir a Igreja, ainda dizem “a igreja deles”, você dever
ser do “time” das pessoas que falam “a minha igreja”.
Você com certeza não quer permanecer uma criancinha para sempre, sempre demandando
atenção e cuidados especiais, o normal e óbvio, é que cresçamos e comecemos a assumir
algumas responsabilidades. Isso não só é saudável como é natural. Começar ajudar a cuidar do
seu novo irmãozinho na fé, é a melhor maneira para chegarmos a sermos um membro responsável
da família. É claro, não é só ganharmos alguém para Cristo e discipulá-lo que já faz de nós um
membro responsável da família, mas já é o começo, logo você chegará lá.
CMC Discipulado 4
Capítulo 2
ASSUNTOS QUE DEVEM SER ABORDADOS NO DISCIPULADO UM A UM
Você lembra que no mandamento que Jesus deu aos seus discípulos de fazer discípulos de
todas as nações ele frisou três ações distintas que vimos no primeiro capitulo deste estudo: Ir,
batizar e ensinar todas as coisas que ele tinha ordenado? É isso mesmo ensinar todas as
coisas que ele ordenou e são não é mesmo? Pensando nesta ação do discipulado
relacionamos alguns dentre tantos mandamentos importantes que Jesus ensinou para serem
abordados com seu discípulo.
Apesar de que muitas vezes você só abordará um, dois, ou no máximo três assuntos com seu
discípulo em cada reunião pessoal, é importante abordar estes assuntos, e outros, na medida em
que você for dirigido pelo espírito Santo.
Relacionamento com Deus.
Como está?
Como ele se sente diante de Deus?
Como está o seu tempo sozinho com Deus?
Quanto tempo ele tira com Deus por dia? Quando? Onde? Como?
Como é o seu tempo de oração? Como é o seu tempo na Palavra de Deus? Como cultivar mais
intimidade com Deus?
Relacionamento com a Família.
Como está? Como ele se sente acerca de sua Família? Sua esposa? Filhos? Irmãos? Pais?
Está ganhando a sua Família para Jesus?
Quanto tempo é tirado por dia com a Família? Quanto tempo é tirado para investir na Família
durante a semana?
Tem culto doméstico? Como é? Ora todo dia com o cônjuge?
Está andando em amor sem grosserias, palavras duras, ou gritos em casa com o cônjuge e os
filhos.
Relacionamento com suas autoridades espirituais e outras autoridades.
Tem alguma dificuldade de se submeter a alguma liderança? Como você trata o seu pai? E seu
patrão? Lembre-se você não pode liderar se não sabe ser liderado.
Você tem o costume de criticar as ações de sua liderança (em casa com os pais, na igreja, na
escola, no trabalho)?
Relacionamento com colegas do ministério.
Relacionamento com seus liderados (discípulos e ovelhas).
Relacionamento com pessoas do sexo oposto.
Ele se sente tentado?
Tem alguma tentação de praticar qualquer ato sexual ilícito ou qualquer outro tipo de pecado?
Está tendo cuidado com seus pensamentos, palavras, ações, e olhos?
Relacionamento com dinheiro.
Compromisso de não amar ao dinheiro
Compromisso de dar dízimos e ofertas.
Compromisso de ajudar os pobres e necessitados
Atitude para com quanto recebe.
Integridade total no uso das finanças
Administração geral e o uso de suas finanças.
CMC Discipulado 5
Atitudes do coração
Orgulho.
Desânimo.
Preguiça.
Tem alguma tentação para roubar, ou mesmo sutilmente pegar ou “emprestar” algo sem
permissão?
Tem mágoa ou ressentimento contra alguém? Está andando em amor, paz, e perdão com
todos?
Tem problemas de mentir, ou até soltar umas “pequenas” inverdades, enganar os outros, ou
quando estiver contando alguma experiência, exagerando um pouco?
Uso do seu tempo
Está tendo o cuidado em não gastar muito tempo assistindo televisão, lendo revistas, etc.?
Quando assiste televisão ou lê revistas, etc.? Está tendo muito cuidado com seus olhos e
pensamentos?
Prioridades (na vida, no chamado, na atualidade, no futuro, etc.).
Como economizar tempo Como dizer não “com muito amor” Como aproveitar o tempo Como
organizar a agenda de uma forma eficiente, Como controlar sua agenda e não permitir que ela o
controle, Como organizar as coisas para que não sejam esquecidas.
Vida ministerial
Como vão os seus discípulos?
Tem M.D.A.3 pelo menos? Como vão os discípulos da 2ª geração?, 3ª geração?, ... até a 7ª
geração Seus discípulos estão sendo bem cuidados? (inclui todos os princípios de discipulado).
Todos os detalhes na sua vida ministerial. Sabe fazer visitas? Para os Natanaéis? Para os
novos convertidos? Para os outros?Está fazendo visitas? Como faz?
É importante que você, discipulador, faça visita com o seu discípulo para demonstrar como
fazer boas visitas. Vocês devem visitar pelo menos um Natanael {visita evangelística}, e também
pelo menos um novo convertido juntos.
Como está o seu envolvimento na célula? Sucesso na Visão do M.D.A.? Tem a visão da Igreja
Local? De Células? Do Discipulado? Seu M.D.A. está completo? Como está indo no trilho de
liderança?
Além de sua Família, está ganhando seus parentes para Jesus? Está ganhando seus vizinhos
para Jesus?
Vida profissional
No trabalho/emprego a importância de ser uma pessoa que trabalha de forma exemplar, se for
empregado, que seja um empregado exemplar.
Se sabe ouvir a voz de Deus, especialmente, no que se refere a vontade de Deus em assuntos
tão importantes como: planos para sua vida, seu chamado ministerial, sua família, seu futuro, etc.
FAZER DISCÍPULOS É A MISSÃO DA NOSSA IGREJA
Na realidade fazer discípulos é o verdadeiro “negócio” da nossa igreja e todo verdadeiro cristão
deve estar envolvido com essa tarefa, aliás, uma pessoa que não está fazendo discípulos nem é
um cristão normal. Se você cresceu e agora está firme, é porque alguém investiu tempo na sua
vida e agora é a sua vez de fazer o mesmo com outros.
CMC Discipulado 6
Capítulo 3
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO DISCIPULADO UM A UM
I. O DISCIPULADO UM A UM GERA CURA E LIBERTAÇÃO DO PECADO E DAS FERIDAS
DA ALMA.
Todos nós viemos arrebentados do mundo com traumas, feridas e pecados, entramos na igreja
e se não formos discipulados continuaríamos por anos machucados e muitas vezes escravos dos
mesmos pecados e reféns nas mesmas fortalezas.
Porém o discipulado um a um pode de maneira eficaz reduzir o sofrimento e ajudar os novos
convertidos e velhos convertidos a experimentarem a alegria de uma vida livre e curada. E isto não
acontece quando a igreja não pratica o discipulado um a um.
Há pessoas que dizem que o tempo pode curar todas as feridas, mas isso não é verdade. O
tempo não resolve quase nada, na verdade faz piorar.
O quadro é triste em uma igreja onde não existe o discipulado um a um. No livro de Isaias o
profeta tem uma revelação da realidade espiritual e emocional da nação de Israel (a igreja do
antigo testamento), porem hoje não é muito diferente.
(Isaias 1.4-6 / Provérbios 28.13)
O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa
alcançará misericórdia.
O remédio Tiago 5.16: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos
outros, para serdes curados.”
Confessar libera graça, esconder atrai juízo.
Um dos remédios para nossa cura é abrir o nosso coração e confessar nossos pecados e
tentações e o discipulado um a um é o melhor ambiente para isto acontecer.
Não existe cura e libertação sem transparência
Precisamos ser curados de que? De pecados, traumas, feridas, estilo de vida, atitudes, préconceitos e etc.
II. O DISCIPULADO UM A UM GERA MATURIDADE NAS DIVERSAS ÁREAS DA VIDA E
PRODUZ CRESCIMENTO E MATURIDADE ESPIRITUAL
Você já ouviu falar do crente anão? É aquele que envelhece, mas não cresce! Pois bem
infelizmente há muitos deles na igreja de Jesus. Por quê? Por que muitos convertem mas não
recebem o discipulado.
É Incrível a diferença que existe na maturidade entre alguém que foi bem acompanhado no
discipulado de alguém que nunca recebeu esse acompanhamento de forma adequada.
Em Efésios 4:12-15 somos chamados à maturidade.
... “Para o desempenho do serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos
cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à
medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de
um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela
astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele
que é a cabeça, Cristo”
No livro de Hebreus Cap 5 mostra que Deus tem expectativa que cresçamos em maturidade:
Hebreus 5:12: Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido,
tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios
elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de
alimento sólido.Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça,
porque é criança.Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as
suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.
CMC Discipulado 5
O discipulado um a um traz essa maturidade no ministério, no lar, nas finanças, na santidade
nas emoções.
A falta de discipulado explica tanto exemplo de maus testemunhos de pessoas, principalmente
entre os artistas e outros famosos que se convertem á Jesus e não são acompanhados como
deveriam.
No livro de hebreus capitulo cinco mostra que Deus tem expectativa que cresçamos em
maturidade.
Hb 5:12-14
12
Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes,
novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares
dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido.
13
Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é
criança.
14
Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas
faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.
Três níveis distintos de maturidade na igreja.
Em I João o apostolo se dirige á três níveis de maturidade espiritual na igreja.
12
Filhinhos, eu lhes escrevo porque os seus pecados foram perdoados, graças ao nome de
Jesus.
13
Pais, eu lhes escrevo porque vocês conhecem aquele que é desde o princípio. Jovens, eu
lhes escrevo porque venceram o Maligno.
14
Filhinhos, eu lhes escrevi porque vocês conhecem o Pai. Pais, eu lhes escrevi porque vocês
conhecem aquele que é desde o princípio. Jovens, eu lhes escrevi, porque vocês são fortes, e em
vocês a Palavra de Deus permanece e vocês venceram o Maligno.
Entender essa verdade que precisamos naturalmente sair com o passar do tempo de um nível á
outro nível de maturidade, é de fundamental importância na vida de um cristão; mas entender que
isso não acontece sem ajuda de outros e por um acaso, é mais revolucionário ainda.
Se existem pais foi porque eles deixaram de ser jovens e se existem jovens é porque eles
deixaram de ser bebê.
Por isso a necessidade de conscientizar a todos do dever de participar de maneira significativa
na edificação da família e mobilizar a todos a cooperarem no cuidado e treinamento dos novos
convertidos.
VAI GERAR MATURIDADE NA SUA VIDA CRISTÃ EF 4:12
Uns são fusca outros carretas
Reconhecendo quem é quem na Célula - Identificando os 3 níveis de maturidade na sua Célula.
Baseado em I João 2: 12-24, o Pastor Ralph Neighbour em seu livro "Bem vindo a família" e
Manual do Líder de célula", descreve de forma bem clara os três níveis de maturidade e
responsabilidade dos membros de uma igreja. Ensinar essa verdade a igreja é de fundamental
importância; tendo em vista a necessidade de conscientizar a todas do dever de participar de
maneira significativa na edificação da família e mobilizar a todos a cooperarem no cuidado e
treinamento dos novos convertidos.
CMC Discipulado 8
Primeiro nível: Pais
 Servos comprometidos que poderão ser treinados como dirigentes, para ajudarem os
pastores no evangelismo e a cuidarem dos outros membros do rebanho.
 Aqueles que reproduzem que estão dando frutos
 Aqueles que conhecem a Deus mais intimamente
 Devem ser os líderes de Células

Segundo nível: Jovens
 Não são Filhinhos e nem são pais
 Pessoas que já demonstram mudança no seu sistema de valores e estão prontos para serem
treinados como auxiliares do líder de Célula (líderes em formação).
 Os que já venceram o maligno
 Os que são fortes
 A palavra permanece neles
 Devem ser o Auxiliar Principal e auxiliares
 Devem ser treinados para ajudar a cuidar dos filhinhos

Terceiro nível - Filhinhos
 São os novos convertidos que precisam ser alimentados com o leite da palavra.
 Pessoas feridas e desanimadas. (São convertidos, mas foram machucadas e precisam
sarar para poderem crescer, precisam aprender a vencer o maligno)
 Os fracos na fé. (Precisam se tornar fortes como os jovens)
 Seus pecados já foram perdoados
 Os Filhinhos já conhecem o pai
 Precisam do apoio dos pais e dos jovens
 Os pais devem ser treinados, para treinarem os jovens a cuidarem dos filhinhos
III. O DISCIPULADO UM A UM PROPORCIONA DIREÇÃO E OBJETIVIDADE NA VIDA
IV. O DISCIPULADO UM A UM RESTAURA O SENSO DE VALOR E UTILIDADE DE UMA
PESSOA
V. O DISCIPULADO UM A UM ESTABELECE LIMITES
VI. O DISCIPULADO UM A UM NOS CONDUZ A PRATICA DA SUBMISSÃO E PRESTAÇÃO
DE CONTAS
VII. O DISCIPULADO UM A UM PROPORCIONA COBERTURA E PROTEÇÃO ESPIRITUAL
Uma pessoa em vínculo de discipulado é uma pessoa coberta. O contrario também é verdade.
Andar sozinho na vida cristã é muito perigoso, quem rejeita o discipulado rejeita cobertura.
Partindo desse principio uma pessoa que está desvinculada do corpo, não pode ser parte do
corpo, e se não faz parte do corpo não faz parte da igreja.
Um crente fora do corpo, desvinculado do corpo, é como um dedo desvinculado do corpo no
meio da rua, o “cachorro” vem e come.
A melhor proteção é ficar vinculada ao corpo, e o diabo não pode derrotar você.
CMC Discipulado 9
VIII.
O DISCIPULADO UM A UM TRAZ CONHECIMENTO E REVELAÇÃO
É notório essas duas coisas na vida de uma pessoa que esta sendo bem discipulada.
IX. O DISCIPULADO UM A UM PRODUZ TRANSFORMAÇÃO E MUDANÇA DE CONDUTA
E DE MENTALIDADE E SANTIDADE
O discipulado constante, mas cedo ou mais tarde vai gerar transformação, na vida da pessoa e
vai mudar sua maneira de pensar em muitas áreas com criação de filhos, administração de
finanças, relacionamento familiar, vida de oração e etc. Note quanta influência Jesus exerceu na
vida dos Seus discípulos.
X. O DISCIPULADO UM A UM AJUDA A RETER O FRUTO E A FECHAR A PORTA DOS
FUNDOS DE UMA IGREJA
Uma estatística mostra que há 35 milhões de desviados no mundo.
Igreja rodoviária – entra e sai de pessoas.
Muitas vezes vamos a uma igreja e depois de um ano voltamos e encontramos a igreja do
mesmo tamanho com um detalhe são outros membros.
XI. O DISCIPULADO UM A UM MOLDA NOSSO CARÁTER PARA A SUBMISSÃO E
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Todos nós precisamos aprender a caminhar no principio da submissão, isso é proteção.
Limites nos protegem – uma ponte sobre um rio. Velocidade na estrada.
A falta de prestação de contas gera indiferença, a indiferença gera independência,
independência gera rebelião e a rebelião é o principio do diabo.
É muito bom pra mim e seguro para vocês que eu tenho uma liderança sobre minha vida.
XII. O DISCIPULADO UM A UM É A FERRAMENTA MAIS EFICAZ PARA A FORMAÇÃO DE
NOVOS LÍDERES
Precisamos investir na formação de uma nova geração de líderes.
Por causa da importância de reprodução de novos lideres precisamos estar envolvidos nesse
processo.
Cada geração tem o seu tempo para agir e depois passar o bastão para a próxima geração.
•
Moisés treinou Josué
•
Elias treinou Eliseu
•
Noemi > Rute
•
Jesus treinou 12
•
Barnabé> Paulo >
•
Paulo > Timóteo e Tito e muitos outros.
Cada geração tem a responsabilidade de preparar os novos líderes da próxima geração.
Se dependesse de você quem seriam os líderes da igreja do amanhã?
CMC Discipulado 10
Capítulo 4
A IMPORTÂNCIA DO DISCIPULADO UM A UM (MDA)
Jesus priorizou o discipulado na Sua vida aqui na terra. Antes de escolher os seus
discípulos Ele orou a noite toda (Lucas 6:12-13), e uma grande parte do seu tempo foi ocupado
investindo na vida destes discípulos.
Como Ele viajava horas e horas a pé, é bem provável, que enquanto estava caminhando com os
discípulos naquelas estradas construídas pelo Império Romano, Ele aproveitava bem o tempo
discipulando.
Quem já caminhou por muitas horas sabe que é difícil andar e falar com muitas pessoas ao
mesmo tempo.
Cremos que Jesus discipulava muito:
 Um a um
 Em grupo.
O Dr. Carl Horton tinha seu doutorado em “Crescimento de Igreja” e nos relatou os resultados
surpreendentes de uma pesquisa realizada entre um grande número de líderes cristãos. Segundo
esta pesquisa:
Na nossa experiência, também temos visto que é muito bom discipular em grupos, mas nunca
em substituição ao discipulado um a um.
Vez após vez tem sido comprovada a eficácia do discipulado um a um.
Sem dúvida, isto possibilita que o discipulado seja mais profundo, intenso, e específico.
No discipulado um a um, o discípulo sentirá mais liberdade para “se abrir” totalmente, e o
discipulador sentirá mais liberdade de cavar profundamente sem constranger este discípulo na
frente dos outros discípulos, como provavelmente poderia acontecer no discipulado em grupo.
É claro, que para haver este tipo de discipulado os dois (discípulo e discipulador) devem ser do
mesmo sexo.
Também, alguém não pode estar discipulando outra pessoa se ele primeiramente não tiver
discipulador.
O discipulador tem compromisso total de não falar nada para pessoa alguma daquilo que o
discípulo confidenciou a não ser que obtenha primeiramente sua permissão.
Este discipulado deve acontecer no contexto da célula, ou seja, o discipulador deve participar
da mesma célula do discípulo.
Normalmente o líder de célula vai discipular os auxiliares da célula. Estes auxiliares por sua vez
vão discipular os outros integrantes da célula.
O líder de célula é discipulado pelo supervisor de setor, o supervisor de setor pelo supervisor de
área, e assim por diante.
CMC Discipulado 11
Às vezes, acontece que um irmão mais antigo na fé de repente se encontra debaixo da
cobertura espiritual (na hierarquia da célula) de alguém bem menos experimentado, ou que até
conhece menos da Palavra de Deus. E aí?
Normalmente a vontade de Deus é que este irmão (que é mais experimentado, etc.) se humilhe
debaixo da soberania de Deus e seja discipulado pelo irmão menos experiente. Deus vai usar
estes momentos para tratar profundamente com o ego de todos os dois, e ajudá-los a crescerem
ainda mais.
Lembre-se: Discipulador não é discípulo que escolhe, é Deus! Em outras palavras, você não
tem o “direito” de escolher o seu discipulador. Você tem que humildemente esperar no Senhor e
submeter-se a decisão d'Ele.
Seja quem for o discipulador que Deus colocar sobre você, é sua responsabilidade de
submeter-se alegremente, ser transparente, e humildemente receber ajuda.
Alguém poderia questionar e dizer: “E se meu discipulador provar que não é de confiança ou
abusar da autoridade?”. Aí, humildemente você deve confrontá-lo sobre isso e se ele não aceitar e
se corrigir, você deve levar o assunto ao discipulador dele.
Lembre-se, ele também tem discipulador e ninguém pode abusar da autoridade a ele conferida.
Se a situação ainda não mudar você vai para o líder do líder e assim por diante.
O importante é lembrar que nada serve de desculpa para você não se submeter alegremente ao
discipulador que Deus na Sua soberania colocou sobre você.
A única exceção seria se ele falasse algo para você que claramente é diferente do que diz a
Bíblia Sagrada ou os líderes sobre ele.
Lembre-se que o discipulado nunca deve ser manipulador.
O verdadeiro discipulado é para ajudar o discípulo a crescer. Nada forçado dá certo. Se o seu
discipulador está manipulando ou forçando, abra o jogo com ele, e se ele não mudar, fale com a
liderança dele.
Porque todo discipulador tem uma cobertura (líderes e discipulador sobre ele também), nunca
podemos usar quaisquer desculpas para não se abrir e receber ajuda do nosso discipulador.
Lembre-se: O seu discipulador foi escolhido por Deus para ajudar você!!! Discipulado é
proteção. Discipulado é crescimento. Seja transparente com o seu discipulador.
Você ficará maravilhado como Deus vai usar seu discipulador para ajudá-lo a vencer o pecado,
crescer espiritualmente, ser um ganhador de almas, e ser também um bom discipulador.
Tiago 5:16 “confessai os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes
curados”.
Uma vez que você está sendo discipulado, é importante começar a orar e pedir a Deus acerca
de quem você deverá discipular.
Quando você ganha alguém para Jesus, você tem que garantir que aquela pessoa seja bem
discipulada. Normalmente, é você quem deve discipular aquele novo convertido.
Jesus ordenou que fizéssemos discípulos (Mateus 28:18-20). No nosso modelo, traduzimos
isto em um mínimo de três. Cremos que todo cristão deve ter um discipulador e no mínimo três
discípulos.
Se você é recém-convertido (1 a 3 meses), podemos compreender que ainda não tenha
discípulos. Mas comece a orar e buscar a Deus sobre esta área.
Comece a evangelizar seus amigos, colegas de trabalho e de aula, vizinhos, parentes, etc. Ore
muito pela conversão de toda a sua família. A Bíblia garante que através da fé você pode ganhar
toda a sua família para Jesus. Na medida em que você vai ganhando pessoas para Jesus logo
você terá seus três discípulos ou até mais.
CMC Discipulado 12
Jesus, antes ascender aos céus, nos deixou a Grande Comissão: “Ide, portanto, fazei
discípulos...” (Mt. 28:19). Isto tem que ser priorizado, pois, sem dúvida, é de máxima importância.
Na medida que meditávamos na centralidade do discipulado, Deus nos revelou que o
discipulado um a um é o coração da célula.
Este relacionamento do discipulador com seu discípulo (total de duas pessoas), chamamos de
uma micro-célula. Sendo, também, que a ênfase central da Visão do Método do Discipulado
Apostólico é o discipulado um a um, vimos que seria ideal usarmos a mesma sigla para identificar
esta micro-célula.
 Então como visão da Igreja local temos:
 M.D.A: Modelo de Discipulado Apostólico.
 E como o nome da micro-célula de discipulado, também, temos:
 M.D.A.: Micro-célula de Discipulado Apostólico.
O discipulado na micro-célula, então, é feito um a um. Existem raras exceções em que um
discipulador discípula um casal (um a dois) ou um casal de discipuladores discipulam uma só
pessoa (dois a um).
É importante observar que este tipo de discipulado deve normalmente ser transformado em um
discipulado um a um o mais rápido possível. Você poderá notar então que a micro-célula tem o total
de duas pessoas: Discipulador e Discípulo.
Em casos raros o M.D.A tem o total de três pessoas.
Cremos que o M.D.A. é a menor representação da Igreja: a micro-célula do Corpo de Cristo.
Mateus 18:20 - Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome...
É interessante notar que o contexto desta passagem se refere à Igreja Local.
Já que o discipulado um a um é chamado de um “M.D.A.”, contamos os M.D.A.s das células.
Esse procedimento, também tem sido uma forma de reconhecer e honrar quem está fazendo
discípulos.
Ao motivar todo cristão a ter pelo menos três discípulos estamos priorizando aquilo que Deus
prioriza: “Fazer discípulos!!!”.
Sem dúvida, alguns irmãos que têm mais tempo podem investir a sua vida em muito mais do
que três pessoas.
Temos ensinado que o mínimo é M.D.A.3 (três discípulos), e o máximo é M.D.A.12 (doze
discípulos).
O importante é que todos estejam debaixo da cobertura de um discipulador, e que todos
estejam fazendo discípulos, porque, como já foi enfatizado, o discipulado é o coração da Célula.
Em outras palavras:
M.D.A.: É o coração da Célula.
A Visão do M.D.A. pede que cada cristão esteja inserido onde está a
figura das pessoas no gráfico ao lado.
Na Visão do M.D.A. cada cristão deve estar sendo e fazendo
discípulos, participar de uma célula, abraçar a visão da Igreja Local,
buscar a Unidade da Igreja Mundial e assim estará colocando em
primeiro lugar o reino de Deus.
CMC Discipulado 13
Capítulo 5
VERDADES, DICAS E CONSELHOS SOBRE O DISCIPULADO
O discipulado funciona melhor e sem prejuízos quando ele é homogêneo
 Solteiros não devem acompanhar casados, os problemas de casado devem ser tratados por
pessoas casadas que tem experiência na esfera familiar, especialmente na área sexual que
são situações mais difíceis para um solteiro resolver, e também acerca de criação de filhos.
 Um casal deve ser acompanhado por um outro casal
 Uma moça nunca deve ser discipulada por um rapaz e vice –versa – Mesmo que um deles
leve ao outro a Cristo o discipulado deve ser feito por pessoas do mesmo sexo o risco de
envolvimento sentimental ou até sexual é grande
 Um homem casado nunca deve acompanhar uma mulher casada nem tampouco uma moça.
Da mesma feita uma Senhora casada não deve acompanhar um rapaz.
 Jamais entre em uma casa se uma mulher casada ou solteira estiver sozinha, leve sempre
sua esposa junto com você ou duas outras irmãs ou talvez um casal.
 O ideal é que não haja muita diferencia de idade entre discipulador e discípulo. Porém há
exceções
O encontro semanal
 O encontro deve ser semanal, o local de preferência deve ser na casa do discipulador ou um
lugar neutro, em caso de novo convertido o discipulador deve ir as primeiras vezes na casa
dele se você perceber que é preciso por alguma razão.
 Deve se definir o local e hora com muita nitidez
 Não deve ser demorado, seco e sem propósito. Ore, prepare, busque uma palavra de Deus
para cada discípulo seu.
 Evite tomar tempo desnecessariamente, seja cuidadoso para não marcar horários
impróprios, como muito tarde da noite, nem em lugares muito movimentados, onde não seja
possível a privacidade.
 Se você não tem muito tempo, uma sugestão é separar uma noite ou uma tarde específica
para se encontrar com todos os seus discípulos, mas não esqueça um de cada vez.
 Não tenha muitos discípulos. É melhor cuidar de poucos bem, do que de muitos sem
qualidade.
 O livro do acompanhamento inicial deve ser presenteado pelo discipulador para o discípulo.
Os próximos livros o discípulo pode comprar.
 Seja pontual, não conheço ninguém que goste de esperar, não seja negligente neste
aspecto.
 Evite também cancelar o encontro em cima da hora a não ser que haja um motivo que
realmente justifique isso. Esse tipo de comportamento pode gerar a impressão de
indisposição, preguiça, má vontade, ou produzir sentimentos de ressentimento, frustração,
rejeição na vida dos seus discípulos.
 Cuidado com aparência, roupa higiene pessoal, odores. Se o encontro for na casa do novo
convertido mais criterioso você deve ser com a sua aparência.
 Sempre ore com seu discípulo antes ou no final, pedindo direção de Deus para o tempo junto
e abençoando a vida dele ou por qualquer necessidade ou situações compartilhadas.
Relacionando com seus discípulos
 Cada discípulo é diferente trate-os lembrando disso, não tente dar o mesmo remédio para
todos, talvez um gosta que você seja mais firme outro que você seja mais suave.
 Não tenha preferência - Ir mais na casa de um que outros etc
 Não repreenda ou critique –os na frente de outros, a não ser que ele tenha pecado na frente
de outros.
 Não manipule e domine seu discípulo. Veja I Pe 5:2-3 “... Não como dominadores...
tornando-vos modelo...” O ato de seguir deve ser resultado da força do exemplo e não da
manipulação.
CMC Discipulado 14
 Fale sempre a verdade porem em amor
 Quando seu discípulo pedir conselho sobre determinados assuntos dê a sua opinião diga o









que você faria naquela situação, mas não o obrigue a decidir deixe a decisão e toda
responsabilidade e conseqüência nas mãos dele.
Sempre dê abertura para seu discípulo abrir se existe alguma frustração em relação a você
em qualquer área
No grupo de discipulado (GD) só devem estar presente os discípulos de nível I, ou seja, os
líderes de célula, líder supervisor, SS, SA, Pr. De destrito e Pr. De região
Não faça negócios com seus discípulos – Especialmente em se tratando de novo convertido
que muitas vezes não tem maturidade e se escandaliza com coisa pequenas.
Cuidado para não decepcioná-lo falando com os outros algo que ele compartilhou confiando
em você, a falta de confidencia, é algo que fere muito as pessoas.
Quando houver uma situação que precisa ser levado para o seu líder sempre pegue
permissão antes de falar. Se ele não concordar mostre a importância e a necessidade de
buscar ajuda e conselho no seu líder
Não dê dinheiro para seu discípulo especialmente para o novo convertido, isso pode gerar
um vicio e uma dependência ele pode se tornar uma sanguessuga dentro da célula, use o
caminho da ação social o ministério de socorro da igreja e nem empreste dinheiro ao seu
discípulo o ou vice versa.
Não tente resolver todos os problemas dos seus discípulos você não é Deus
É bom lembrar! Não se surpreenda, seu discípulo vai errar.
Não se surpreenda, você vai errar com seus discípulos.
CMC Discipulado 15

Documentos relacionados