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SECRETARIA MUNICIPAL DE CUIABÁ
EMEB JUAREZ SODRÉ FARIAS
PROJETO
POLITICO
PEDAGÓGICO
CUIABÁ/2015
2
PREFEITURA MUNICIPAL DE CUIABÁ
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
MAURO MENDES FERREIRA
Prefeito de Cuiabá
GILBERTO GOMES DE FIGUEIREDO
Secretário Municipal de Educação
EMEB. "JUAREZ SODRÉ FARIAS"
Equipe Gestora
ADAIR NERI DA CRUZ
Diretora
TÂNIA DE CARVALHO PEREIRA
Coordenadora Pedagógica
ELIZABETH REZENDE FORTES RIBEIRO
Secretaria
Equipe de Elaboração
Sistematização: Tânia de Carvalho Pereira
Participação : Professores e Funcionários
Adair Neri da Cruz
Carmem Lúcia Zeni Guimarães
Evanildes da Cunha London
Elisa Coelho Azevedo
Katiúscia Cristina Costa Marques
Nélis de Oliveira Silva Maia
Maria Júlia Velter
Silmara Francisca Gondim
3
APRESENTAÇÃO
O presente documento visa apresentar a Proposta Pedagógica da EMEB “Juarez
Sodré Farias”, ao órgão competente e a toda comunidade escolar.
Tem por objetivo contribuir com o planejamento, desenvolvimento e avaliação
das práticas educativas da educação infantil, subsidiando a equipe gestora nos aspectos
administrativo e pedagógico e diretamente o professor da sala de aula na realização de
seu trabalho educativo diário junto às crianças de 03, 04 e 05 anos, porém reforçando
sempre que a execução também deve ser do coletivo, no propósito de conscientizar a
todos que a proposta será bem realizável, quando cada um dos envolvidos no processo
se propõe a oferecer um trabalho sério e de qualidade no atendimento as nossas criança.
Oferecendo subsídios para desenvolver os aspectos sociológicos, psicológicos,
culturais e afetivos de nossas crianças, apresentando as intencionalidades educativas,
trazendo as concepções teóricas, metodológicas, concepções de infância e a
operacionalização de todo o trabalho pedagógico.
Em primeiro plano será caracterizado todo o contexto histórico do bairro e da
unidade escolar, abordando todo o seu percurso desde a sua criação, retratamos a sua
estrutura física, humana e organizacional conforme suas necessidades atuais e objetivos
estabelecidos para a Educação Infantil.
No decorrer do Projeto será apresentada a concepção de criança ao longo da
história e as suas primeiras funções educativas. Procurando sintetizar também os
princípios teóricos e metodológicos da prática educativa infantil, que influenciam no
desenvolvimento e construção do conhecimento das crianças, direcionamos a prática
pedagógica que é desenvolvida pela metodologia de projetos, possibilitando às crianças
maior oportunidade de reflexão a partir de suas vivências e experiências diárias.
As diferentes áreas de conhecimento são respeitadas em suas especificidades e os
seus conceitos trabalhados conforme o desenvolvimento dos projetos, sendo estes
favorecidos pela operacionalização do currículo, no projeto diferenciado, que é
organizado por ambiências, as quais oportunizam uma grande diferença no
desenvolvimento das crianças.
O processo de desenvolvimento e construção dos conhecimentos pelas crianças
será constantemente avaliado, pois só assim será aperfeiçoado o processo de ensino
buscando maior qualidade.
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O direcionamento do trabalho na unidade, mediante o Projeto Político
Pedagógico, é fundamentada na concepção de criança, como sujeito ativo na construção
de seu conhecimento, primando por uma qualidade de ensino baseada na diversidade
humana.
A Proposta Pedagógica da Educação Infantil da escola baseia-se em documentos
legais como: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI),
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), nas Propostas
Pedagógicas para a Educação Infantil do Município de Cuiabá, na Matriz Curricular da
Educação Infantil e nos pressupostos teóricos sociointeracionista que orientam sobre as
fases do desenvolvimento humano. A saber, (Piaget, Vygotysk e Wallon).
O direito a educação não se restringe ao acesso à escola. Este sem a garantia de
permanência e de apropriação e reprodução do conhecimento pelo aluno, não significa,
necessariamente o usufruto do direito a educação e inclusão. Esta proposta é
comprometida com a cidadania que caminhe para uma real inclusão do aluno. Foi
pensada, refletida e elaborada coletivamente em prol de oferecer um trabalho
comprometido com a construção de uma educação transformadora concomitante com o
compromisso político e pedagógico da proposta de educação infantil e da realidade de
nossas crianças.
Tem como finalidade um atendimento por intermédio de um ensino lúdico de
qualidade, dinâmico e democrático capaz de iniciar o preparo de nossas crianças para o
enfrentamento da modernidade respeitando seus direitos de criança.
Isto porque a brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a
compreender melhor o “mundo dos adultos” e as relações sociais que aí se estabelecem.
É preciso assegurar um ensino de qualidade para as crianças, sendo necessário
para isso saber quem é esta criança, como são suas formas de aprender, como se dá sua
inserção na cultura e a importância das interações para seu desenvolvimento e sua
aprendizagem. E também o trabalho pedagógico deve assegurar o estudo das diversas
expressões e de todas as áreas do conhecimento.
5
SUMÁRIO
1. JUSTIFICATIVA
07
2. INTRODUÇÃO
10
3. DADOS DA INSTITUIÇÃO
12
3.1.Identificação
12
3.2.Agrupamento
12
3.3.Regime de atendimento
13
3.4.Histórico da instituição
13
3.5.Biografia do Patrono
15
3.6.Histórico do bairro
16
3.7.Equipamentos sociais
17
4. MARCO REFERENCIAL
18
4.1.Missão
21
4.2.Filosofia
21
4.3.Valores
22
5. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE ESCOLAR
23
5.1.Caracterização da comunidade escolar
23
5.2.Especificação e condições dos bens patrimoniais
24
5.2.1. Estrutura física
24
5.2.2. Materiais e equipamentos: Material de apoio pedagógico, recursos 25
audiovisuais e tecnológicos, acervo bibliográfico, mobiliário e outros
5.3.RECURSOS HUMANOS
25
5.3.1. Equipe gestora
26
5.3.2. Quadro de professores
26
5.3.3. Quadro de profissionais de apoio
28
5.4.Especificação do atendimento
30
5.5.Características da Organização Administrativa e Desafios da Escola na 30
perspectiva da Gestão Democrática
6. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
32
6.1.Estrutura Administrativa na perspectiva da Gestão Democrática
32
6.1.1. Gestão democrática
32
6.1.2. Direção
33
6.1.3. Coordenação Pedagógica
33
6
6.1.4. Secretário (a)
33
6.1.5. Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar
34
6.2.Organização do Trabalho Pedagógico na perspectiva do ensino para 35
educação infantil
6.2.1. O currículo
35
6.2.2. Objetivos
36
6.2.2.1.Objetivo Geral
36
6.2.2.2.Objetivo Específicos
36
6.2.3.A Importância das Atividades Lúdicas na Educação Infantil
37
6.3.Organização Curricular
42
6.4.A Diversidade Humana necessária na Escola
46
6.4.1A Educação Inclusiva na Educação Infantil
47
6.4.2. Educação das Relações Étnico-Raciais
49
6.4.3. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
51
6.4.4. Política Nacional do Idoso
53
6.4.5. Educação Ambiental
54
6.4.6. Educação para o Trânsito
55
6.5.Organização dos Tempos e Espaços
56
6.6. As Salas Temáticas e seus Pressupostos Teóricos
61
6.6.1. Ambiência Brincando com as Letras e os Números
62
6.6.1.1.Fundamentação Teórica
62
6.6.1.2.Objetivos
65
6.6.1.3.Proposta Pedagógica
66
6.6.2. Ambiência Literatura Infantil
69
6.6.2.1. Fundamentação Teórica
69
6.6.2.2.Objetivos
72
6.6.2.3.Proposta Pedagógica
72
6.6.3. Ambiência das Artes
73
6.6.3.1.Fundamentação Teórica
73
6.6.3.2.Objetivos
76
6.6.3.3.Proposta Pedagógica
77
6.6.4. Ambiência da Brinquedoteca
78
6.6.4.1.Fundamentação Teórica
78
7
6.6.4.2.Objetivos
81
6.6.4.3.Proposta Pedagógica
82
6.6.5.Ambiência Brincando com o Movimento do Corpo
83
6.6.5.1. Fundamentação Teórica
83
6.6.5.2.Objetivos
85
6.6.5.3.Proposta Pedagógica
85
6.6.6 Ambiência Pintando o Sete na Informação
87
6.6.6.1.Fundamentação Teórica
87
6.6.6.2.Objetivos
89
6.6.6.3.Proposta Pedagógica
90
6.6.7.Sala Multifuncional
91
6.6.7.1.Fundamentação Teórica
91
6.6.7.2.Objetivos
96
6.6.7.3.Proposta Pedagógica
97
6.7.A metodologia de Projetos na Construção do Conhecimento
98
7. HORA ATIVIDADE DOS PROFESSORES E A FORMAÇÃO 102
CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA INSTITUIÇÃO
8. PROCESSOS E ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO UTILIZADOS 104
PELA INSTITUIÇÃO
9. O PROCESSO AVALIATIVO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
9.1. Avaliação Institucional e Atualização do Projeto Político Pedagógico
9.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
105
106
108
10. ANEXOS
111
10.1.
Projetos Pedagógicos
112
10.2.
Matriz Curricular
123
10.3.
Calendário Escolar
124
10.4.
Regimento Escolar
125
8
1. JUSTIFICATIVA
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) de 1996 prevê para os
estabelecimentos de ensino a elaboração e a execução da sua proposta pedagógica,
assegurando as normas gerais e as específicas de seu sistema, com base no
conhecimento das necessidades e capacidades do contexto social, econômico, cultural e
político, da clientela a ser escolarizada e da sociedade onde a escola está inserida.
O PPP constitui-se em uma ação intencional, com um sentido explícito, com um
compromisso definido coletivamente, e está articulado ao compromisso sócio - político
e aos interesses reais e coletivos de sua clientela.
Segundo Veiga (2005), ele deve ser fruto da interação entre os objetivos e
prioridades estabelecidas pela coletividade, a qual irá definir, por meio da reflexão, as
ações necessárias à construção de uma nova realidade. Nesse sentido, é um trabalho que
exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo.
Dentro de uma perspectiva democrática, levando em conta os pressupostos teóricos
que dão um novo perfil a ação de gestão, procura-se no exercício diário, fazer uma
escola onde todos os segmentos contribuam, participando efetivamente com o objetivo
claro de se construir um novo conceito de escola, onde a participação tanto da
comunidade interna como externa torne-se essencial na construção de um novo modelo
de educação que leva em conta as necessidades globais do indivíduo, onde a escola tem
seu papel fundamental, não como mais um segmento inserido na comunidade, mas
fazendo parte dela e interagindo em todas as formas de participação e ação para
cidadania.
A EMEB Juarez Sodré Farias reorganizou sua proposta educativa com a finalidade
de torná-la coerente com as novas políticas e pressupostos teóricos da educação infantil,
levando em consideração as especificidades de sua clientela e envolvendo o todo seu
coletivo.
Para nortear a elaboração da proposta buscou-se orientação nos diversos
documentos legais que rege princípios básicos e diretrizes da educação infantil, a saber:
Referencial Curricular Nacional (RCNEI), Proposta Pedagógica para Educação Infantil
(SME), Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na Matriz Curricular de
Referência da Educação Infantil da Rede Municipal de Cuiabá e Resolução Nº
009/04/CME/CBA-MT, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
9
Esses documentos expressam os princípios, os fundamentos e os procedimentos que
devem orientar a organização, a articulação, o desenvolvimento e a avaliação dessa
proposta.
Está também em consonância com as Diretrizes orientadoras da Política educacional
do Município de Cuiabá, que contempla o Plano de Educação na Diversidade, mas
especificamente, com a Proposta Pedagógica para Educação Infantil, que apresenta no
âmbito pedagógico, o atendimento às crianças pequenas na concepção de
desenvolvimento
humano,
os
indicadores
e
processo,
os
facilitadores
do
desenvolvimento e aprendizagem que orientam o trabalho na educação infantil, a saber:
Formação Pessoal e Social e Conhecimento de Mundo, as quais se dividem em eixos.
Considera a Lei 10.639 de 09/01/2003 das Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação das Relações Étnico-Raciais, Diretrizes Nacionais para Educação Especial na
Educação Básica na Resolução nº 02 de 11/09/2001, o Estatuto do Idoso, lei nº 10.741
de 01 de outubro de 2003 e regulamentado pelo decreto nº 5.130 de 07 de julho de 2004.
A escola oferece ampla variedade de ambientes, que superam a interdisciplinaridade
dos componentes curriculares, buscando caminho acessível para construção do
conhecimento global, em um tempo em que os saberes surgem e vão se acumulando,
garantindo o crescimento pessoal, incorporando e vivenciando os valores e a
acessibilidade, através de uma prática educativa com uma abordagem mais complexa, a
transdisciplinaridade.
A EMEB “Juarez Sodré Farias” oferta a Educação Infantil, visto que esta
modalidade de ensino é de comprovada importância para as crianças em seus primeiros
anos de vida, tanto para o seu sucesso escolar como para sua vivência.
A escola atende a educação das crianças de 03, 04 e 05 anos visando o
desenvolvimento integral dos mesmos, em seu binômio educar e cuidar, concebendo a
ideias de que o cuidado é inerente a ação do educar. Portanto a escola focaliza o
atendimento as crianças em suas necessidades físicas, emocionais, afetivas, cognitivas,
linguísticas, e sociais de forma integrada, porém respeitando a concepção de criança
como sujeito social e histórico, que faz parte de uma organização familiar inserida em
uma sociedade com uma determinada cultura, mas que tem na família um ponto de
referência fundamental.
Dentro de uma perspectiva democrática, levando em conta os pressupostos teóricos
que dão um novo perfil a ação de gestão, procura-se no exercício diário, fazer uma
escola onde todos os segmentos contribuam, participando efetivamente com o objetivo
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claro de se construir um novo conceito de escola, onde a participação tanto da
comunidade interna como externa torne-se essencial na construção de um novo modelo
de educação que leva em conta as necessidades globais do indivíduo, onde a escola tem
seu papel fundamental, não como mais um segmento inserido na comunidade, mas
fazendo parte dela e interagindo em todas as formas de participação e ação para
cidadania.
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2. INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico da EMEB “Juarez Sodré Farias”, além de ser uma
exigência legal, expressa na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394
de 20 de dezembro de 1996, permite a revelação da identidade da Instituição, de suas
concepções, definindo a natureza e o papel socioeducativo, cultural, político e ambiental
da escola, bem como sua organização e gestão curricular para subsidiar o Regimento
Interno e a Proposta Pedagógica, documentos que são os balizadores das ações
educativas.
O presente documento foi pensado e elaborado mediante discussões desenvolvidas
pela gestão, funcionários, professores e comunidade.
Tem como objetivo oferecer subsídios para desenvolver os aspectos sociológicos,
psicológicos, culturais e afetivos de nossas crianças, apresentando as intencionalidades
educativas, trazendo as concepções teóricas, metodológicas, concepções de infância e a
operacionalização de todo o trabalho pedagógico. Tem por função subsidiar a tomada de
decisões da unidade escolar nos âmbitos político, pedagógico, administrativo e técnicocientífico, a partir de definições legais.
Os documentos e pressupostos teóricos que nos serviram de base ressaltam que as
instituições de Educação Infantil devem oferecer espaços privilegiados para que o
desenvolvimento da criança de 03, 04 e 05 anos de forma integral. Portanto o
atendimento às crianças deve ser global e sistêmico, ou seja, que atenda as dimensões
social, físico, afetiva, psicológico e intelectual, pois a Educação Infantil é considerada o
alicerce, a primeira fase que antecede a educação básica do ensino fundamental, e cabe
a essa modalidade de ensino dar todo o suporte básico bem estruturado para que a
criança prossiga no ensino sem dificuldades.
Será caracterizado em primeiro plano, todo o contexto histórico do bairro e da
unidade escolar, abordando todo o seu percurso desde a sua criação, retratando a sua
estrutura física, humana e organizacional conforme suas necessidades atuais e objetivos
estabelecidos para a Educação Infantil.
No decorrer do Projeto apresentar-se-á a concepção de criança ao longo da história e
as suas primeiras funções educativas. Serão sintetizados também os princípios teóricos e
metodológicos da prática educativa infantil, que influenciam no desenvolvimento e
construção do conhecimento das crianças, direcionamos a prática pedagógica que é
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desenvolvida pela metodologia de projetos, possibilitando às crianças maior
oportunidade de reflexão a partir de suas vivências e experiências diárias.
As diferentes áreas de conhecimento são respeitadas em suas especificidades e os
seus conceitos trabalhados conforme o desenvolvimento dos projetos, sendo estes
favorecidos pela operacionalização do currículo, mediante o projeto diferenciado,
”Liberando o Mundo da Fantasia”, organizado por ambiências, as quais oportunizam
uma grande diferença no desenvolvimento das crianças, além de possibilitar uma maior
variedade de materiais pedagógicos a um número maior de crianças, todas passarão por
todas ambiências.
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3. DADOS DA INSTITUIÇÃO
3.1. Identificação
Denominação: EMEB. "Juarez Sodré Farias”
Endereço: Rua João Carlos Pereira Leite, s/nº
Bairro: Araés
Município: Cuiabá – MT
Regional: Oeste
Telefone: (65) 3313-3085
E-mail: emeb.juarez.sodre@cuiabá.mt.gov.br
Decreto de Criação e denominação: 1.690/87
Ato de Autorização de Funcionamento: 057/92
Ato de Reconhecimento: Portaria 292/2005-GS/SMEDEL
Ato de Renovação de Reconhecimento: Portaria 007/2011/CME/CBÁ
Nº do INEP: 31037106
Entidade Mantenedora: Prefeitura de Cuiabá/Secretaria Municipal de Educação
CNPJ : 04416016/0001-30
Nº de salas de aula: 07
Nº de alunos: 326
Nº de turmas: 14
Grupo de estudo para revisão de PPP: Semana Pedagógica de Janeiro de 2015 e
Roda de conversa em Março de 2015 com todos os profissionais da escola e membros
do CEC.
3.2. Agrupamento
A EMEB “Juarez Sodré Farias” oferece a Educação Infantil respeitando os critérios
para o agrupamento, conforme Proposta Pedagógica para a Educação Infantil no
Município de Cuiabá.
a) Idade de 03 anos a 03 anos e nove meses, a completar no início do ano letivo.
b) Idade de 03 anos e nove meses a 04 anos e nove meses, a completar no início do
ano letivo.
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c) idade a partir de 04 anos e nove meses a 05 anos e nove meses a completar no
início do ano letivo.
d) Número de alunos: máximo de 25 alunos por sala.
Em conformidade com os critérios para agrupamento, sugeridos pela Proposta
Pedagógica para a /educação Infantil no Município de Cuiabá, a EMEB. “Juarez Sodré
Farias” organizou seus alunos em:
a) sete (07) turmas com crianças de 03 anos e 09 meses a 04 anos e 09 meses;
b) sete (07) turmas com crianças de 04 anos e 09 meses no ato da matricula.
Ainda, por prescrição legal do documento, acima citado, a escola sustenta o número
mínimo de vinte (20) e o máximo de vinte e cinco (25) alunos por sala de aula.
3.3. Regime de atendimento
Em 2010, com a finalidade de atender a demanda da educação infantil, visto que a
procura por esta modalidade de atendimento passou a ser bastante solicitada, a Escola
passou a atender somente a Educação Infantil nos dois turnos.
No período matutino o atendimento se dá no horário das sete horas às onze horas e
no período vespertino no horário das treze horas às dezessete horas.
3.4. Histórico da Instituição
O início do funcionamento desta unidade escolar deu-se no ano de 1987, quando
instalada no bairro Santa Helena, no centro Comunitário, como escola Emergencial
Santa Helena. A escolha do nome “JUAREZ SODRÉ FARIAS” ocorreu através de um
processo de eleição no final do ano de 1987, com a participação de toda comunidade
interna e externa.
Esse nome foi escolhido, por motivo da morte trágica do presidente do Bairro Juarez
Sodré Farias nascido a 23/04/39 e falecido em 29/05/83 que residiu no bairro Santa
Helena. Casado com a D. Flávia Augusta Almeida Sodré, quatro filhos, foi funcionário
da Secretaria Municipal de Saúde, exercendo a função de Motorista do Pronto Socorro
Municipal. Colaborou na criação da Associação de Moradores do Bairro, exerceu o
cargo de Presidente da Associação do Bairro Santa Helena passando a residir
15
posteriormente no Bairro Quarta-Feira, hoje conhecido como Jardim Alvorada sendo
Homenageado também com uma Rua em seu nome.
No ano de 1988, com a construção do prédio, a escola foi transferida para o bairro
Araés, onde passou a funcionar como Escola Municipal de 1º Grau "Juarez Sodré
Farias", com 15 professoras aprovadas em concurso público, dentre as quais deveria ser
escolhida uma para ocupar a função de diretora interina, enquanto não acontecia a que
seria primeira eleição para diretores das unidades escolares da rede municipal, dando
inicio assim a gestão democrática na educação.
Assumiu então interinamente a Direção, a Professora Maria Eline Pedrosa Lopes,
permanecendo na função até o mês de março de 1988, quando foi eleita a Professora
Irene Verlingue Schwingel, como candidata única à função, passando então a professora
Maria Eline Pedrosa Lopes a exercer a função de supervisora pedagógica tendo sido
aprovada em teste de seleção pela Secretaria Municipal de Educação. A 2º eleição foi
realizada em 1990, sendo eleita a Professora Mabel Strobel Moreira Weimer, que
permaneceu na função por 01 ano, assumindo em fevereiro de 1992, a Professora Maria
de Fátima Oliveira Pereira, que fora indicada pelos professores, em eleição “pró tempore”, e em maio do mesmo ano, permanece na função, por indicação do, então
Prefeito Dr. Frederico Soares Campos, tendo permanecido até dezembro 1993, quando
assume a prefeitura uma nova gestão com o prefeito Dante de Oliveira e retoma-se o
processo de democratização, aprovando a Lei da Gestão Democrática, voltando o
processo de eleição. A professora Maria Eline Pedrosa Lopes, como candidata é eleita
pelo voto direto da comunidade escolar por dois anos. Sendo reeleita consecutivamente
nos biênios posteriores, permanecendo na direção desta unidade escolar até 2004, por
motivo de sua aposentadoria deixou o cargo de direção.
Em dezembro de 2004 foi realizada a eleição, tendo como candidata a Profª.
Marileuza de Fátima Martins Rezende e Vânia Aparecida Arantes Pereira, sendo eleita a
profª. Marileuza com a maioria dos votos, assumindo o cargo de diretora desta unidade
escolar em 2004, cumprindo-se o seu mandato de três anos e no final de 2007 houve
novamente o processo de eleição tendo a profª. Marileuza candidata a reeleição e a
profª. Adair como candidata, sendo reeleita a Profª. Marileuza com mandato até
dezembro de 2010.
Em novembro de 2010 foi realizada a eleição, tendo como candidatas a Profª Adair
Neri da Cruz e a profª Vania de Campos Leite, sendo eleita a Profª Adair com a maioria
dos votos, assumindo o cargo de diretora desta unidade escolar em dezembro de 2010,
16
cumprindo-se o seu mandato de três anos e no final de 2013 houve novamente o
processo de eleição tendo a profª. Adair candidata a reeleição e candidata única, sendo
reeleita com mandato até dezembro de 2016.
Na época de sua inauguração, a escola atendia o pré-escolar, I a IV série e o EJA.
Passou a atender a educação infantil
de 4 a 6 anos a partir do ano de 2000. E
atualmente, em 2015, atende a Educação Infantil de 3, 4 e 5 anos.
Após observação de que as crianças na faixa etária de 4 a 6 anos possuíam interesses
diferentes do que estavam sendo desenvolvidos, pensou-se em uma metodologia de
ensino diferenciada, onde foi criado o projeto “LIBERANDO O MUNDO DA
FANTASIA”, no ano de 2000 e colocado em prática a partir do ano de 2001. Foi este
projeto que implantou as salas temáticas como metodologia de ensino na escola.
A partir do ano de 2010 a escola passou a atender apenas a educação infantil de 3, 4 e
5 anos.
3.5. Biografia do Patrono
Juarez Sodré Farias, brasileiro, nascido em 23/01/1941 na cidade de Marilia no
estado de São Paulo, filho de Lindaura Olímpia Sodré e Manoel Candido Farias.
Residiu na atual Rua Vereador Emanoel Ribeiro Dalbian (antiga rua dos bororos) com
seus familiares(esposa/filhos), estudou na escola Técnica Federal de MT(atual IFMT).
Cursou
vários
cursos
técnicos
(Técnico
em
enfermagem
em
primeiros
socorros/Afinador de Motores e Reparador de Aparelhos Eletros-Domésticos, dentre
outros).
Formou-se em 23 de agosto no ano de 1974, funcionário no pronto socorro de Cuiabá
por tantos anos até sua morte no ano 1983.
Casou-se com a Sra. Flavia Augusta de Almeida Sodré, teve 05 filhos: José do Carmo
Sodré Farias, João Bosco Sodré Farias, Juarez Sodré Farias Filho, Jussineide Sodré
Farias e Joilhton Sodré Farais.
Juarez Sodré viveu para sociedade Cuiabana e participou por tantos anos das ações
comunitária, sendo membro da Associação de Moradores do bairro Jardim .Alvorada no
período de 1976/1983, desenvolveu diversos projetos. Foi criador da votação do nome
Jardim Alvorada (antigamente chamado de Senhor dos Passos/Quarta Feira e Consil),
após ter realizada a votação do nome do bairro e ganha o nome por ele escolhido,
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unificou os três bairros num só. Implantou o projeto de manilhamento em quase todo o
Bairro Santa Helena, onde está localizada a antiga Associação Santa Cruz Esporte
Clube, também conhecida como Cruz do Chilão, na época ele comprou o terreno e doou
em vida para a Associação, e até hoje comemorava-se todo dia 03 de maio, o dia de
Santa Cruz rezando o terço, neste dia anos atrás realizava-se uma das mais conhecida
festa da região.
Juarez Sodré Farias, era conhecido como SODRÉ, Motorista/Maqueiro/Enfermeiro
do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, enfim de tudo um pouco, Presidente da
Associação acima citada, muito prestativo, e sua vida era praticamente para ajudar ao
próximo. ESPOSO/PAI/AMIGO/CONSELHEIROS/IRMÃO, muitos o procuravam
para um conselho, opinião, até mesmo os políticos da época. Faleceu porque foi
socorrer uma pessoa, isto é foi separar uma briga em um casamento, pois não queria
que estragassem a festa da filha do amigo. Essa boa ação resultou em duas (02)
punhaladas em suas costas, atingindo seu coração na segunda apunhalada, ocasionando
sua morte através de uma arma branca. Morte esta chamada de CHOQUE
HIPOVOLÊMICO pela medicina. Ele faleceu prematuramente deixando esposa e
filhos.
A Escola Municipal recebeu seu nome, como uma homenagem do então prefeito em
gratidão e reconhecimento da sociedade cuiabana aos feitos ao bairro Araés. A Escola
Municipal Juarez Sodré Farias, teve como primeira sede, a antiga Associação Santa
Cruz Esporte Clube, sendo mais tarde
transferida
para o local, onde funciona
atualmente no bairro Araés.
3.6. Histórico do Bairro
O Bairro Araés onde está situada a escola surgiu aproximadamente no ano de 1961
com a vinda de famílias de vários Bairros. Nessa época o bairro era conhecido pelo
nome de Cacimba de Leite, devido à existência de uma Cacimba com as suas águas cor
de leite.
Depois do nome Cacimba de Leite o bairro passou a ser chamado de Araés, esse
nome foi dado porque havia uma tribo de índios que vivia no local.
O bairro Araés está situado próximo ao centro, cuja circunvizinhança são os
seguintes bairros: ao Norte, Alvorada e Senhor dos Passos, ao Sul o Centro da Cidade, a
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Leste a Lixeira e a Oeste Santa Helena. A sua localização estratégica dá acesso a
importantes pontos da grande movimentação da cidade tais como: Rodoviária, Avenida
Miguel Sutil, Avenida da Prainha, Avenida Mato Grosso e ao Centro da Cidade.
Em nível de ocupação territorial existem poucos terrenos sem construções. O sistema
habitacional encontra-se em fase de verticalização das moradias, no entanto, a maioria
das construções é de casas de alvenaria, restando uma minoria de madeira. Devido seus
limites geográficos definidos, o bairro sofre os impulsos da expansão, ocorrendo uma
transformação constante internamente.
Além desta Escola existe outra da rede Municipal (Ezequiel de Siqueira), e uma da
rede estadual (Presidente Médici) e duas escolas de pequeno porte da rede particular e
01 creche municipal.
A população do bairro é composta por trabalhadores assalariados, distribuídos
gradativamente nas seguintes atividades: pública, municipal e estadual, comércio,
indústria, prestação de serviços, agricultura e a maioria com moradia própria.
3.7. Equipamentos Sociais
O sistema viário tem uma boa estrutura encontrando-se quase em sua totalidade
asfaltada, com saneamento básico antigo e funcional. No conjunto, o bairro é mantido
pela rede de energia elétrica. O comércio é variado, de pequeno e médio porte, suprindo
as necessidades básicas da população local.
O bairro não é servido por nenhuma linha de transporte com sentido final, sendo
apenas atendido por linhas de outros bairros. Neste bairro encontramos de beneficio o
posto Policial e o centro comunitário. Próximo à escola temos uma praça pouco
utilizada pelos moradores das redondezas a ao lado a Igreja Nossa Senhora de Fátima
que tem uma área de lazer da qual a população local faz uso.
19
4. MARCO REFERENCIAL
No Brasil, a história da “educação infantil”, baseia-se nas mudanças econômicas,
políticas e sociais que ocorreram na sociedade, a partir da incorporação das mulheres à
força do trabalho assalariado, na organização das famílias, num novo papel da mulher,
numa nova relação entre os seres, mas também por razões que se identificam com um
conjunto de ideias novas sobre a infância, sobre o papel da criança na sociedade e de
como torná-la através da educação, um individuo produtivo e ajustado às exigências
desse conjunto social.
A criança ao longo da história da humanidade foi aos poucos construindo e
conquistando o seu espaço na sociedade.
Por muito tempo, os historiadores consideravam a história da infância e das crianças,
como indigna de ser estudado. Eles preferiam permanecer em território conhecido,
dominado pelo macho adulto. Como os sistemas políticos, as guerras e as estruturas da
classe.
A educação da criança foi considerada uma responsabilidade das famílias ou do
grupo social ao qual ela pertencia, era junto aos adultos e outras crianças com as quais
convivia que a criança aprendia a se tornar membro deste grupo, a participar das
tradições que eram importantes para ele e a dominar os conhecimentos que eram
necessários para a sua sobrevivência material e para enfrentar as exigências da vida
adulta. Por um bom período da história da humanidade, não houve nenhuma instituição
responsável por compartilhar esta responsabilidade pela criança com seus pais e com a
comunidade da qual fazia parte.
Nesse sentido, os moralistas e os educadores do século XVII passaram a ter
interesses psicológicos e preocupações morais em relação às crianças. Era preciso
conhecer as crianças, penetrar na sua mentalidade para adaptar o seu nível os métodos
de educação.
Com a expansão do comércio, surgiu a formação de outra classe social; os
comerciantes que foram chamados de burguesia.
Para os burgueses, a educação dos filhos era importante, na medida em que, sem
formação e sem conhecimentos adequados, os futuros adultos não poderiam levar a
frente os estabelecimentos comerciais que deveriam herdar.
Desta forma as escolas passaram então a assumir um papel de preparatória para o
trabalho adulto, vinculada ao lugar que cada criança ocuparia na sociedade. Para os
20
filhos dos burgueses, cargos de Técnicos e Administradores destinavam-se um ensino
mais longo. Para os filhos dos trabalhadores braçais, destinava-se apenas a educação
básica.
Com o advento da Revolução Industrial (século XIX) e o crescimento das cidades,
a mão de obra foi tornando-se cada vez mais necessária, assim a mulher passou a
trabalhar nas indústrias, deixando seus filhos aos cuidados e guarda durante o dia em
creches e instituições, surgindo assim às creches e o pré-escolar, com caráter
assistencialista, visando afastar as crianças pobres do trabalho servil, imposto pelo
sistema capitalista em expansão.
Porém, só o assistencialismo não resolveria os problemas das crianças pobres
exploradas e marginalizadas, carentes, inferiores, à medida que não correspondem ao
padrão estabelecido. Estas crianças eram carentes de cultura, saúde e nutrição, desta
forma privados de determinados atributos que deveriam ser nelas incutidas, pelos
programas de educação compensatória, as quais compensariam as deficiências culturais,
linguísticas, afetivas e sociais destas crianças menores de 06 anos.
Esta visão foi sendo modificada aos poucos com o avanço das teorias ligadas a
psicologia do desenvolvimento, assim como a influência das teorias psicanalíticas e a
atenção dos professores voltada para as necessidades afetivas das crianças e o seu papel
junto à sua aprendizagem.
A ideia de educar crianças menores de seis anos, de diferentes condições sociais, já
era citada por Comenius em seu livro, “The Scholl of. Infancy”, publicado em 1628.
Assim como Comenius, por volta do século XVII, outros educadores, como:
Rousseau, Pestalozzi, Froebel, Decroly e Montessori, deram sua contribuição referente à
prática pedagógica com as crianças na idade pré-escolar.
Segundo Rousseau, a criança é um ser com características próprias, e não um adulto
em miniatura, tendo desta forma, necessidades e condições de desenvolvimento próprias
a ela e que devem ser consideradas.
Conforme Rousseau, a criança adquire os conhecimentos pertinentes à sua fase de
desenvolvimento, ou seja, na etapa em que ela se encontra. Respeitando suas
características próprias e sua individualidade, propunha atividades relacionadas com a
vida, por meio da linguagem, canto, aritmética e geometria.
Pestalozzi propõe modificações nos métodos de ensino onde a educação deveria
acontecer num ambiente natural sob uma disciplina estritamente amorosa, o que
contribuiria para o desenvolvimento do caráter infantil.
21
Preocupado com a ideia de educação pelos sentidos, Pestalozzi tencionava para as
crianças pequenas, atividades de música, arte, soletração, geografia e muitas atividades
de linguagem oral e de contato com a natureza.
Froebel dedicou sua vida à fundação de jardins de infância; formação de
professores e elaboração de métodos e equipamentos para esse tipo de instituições.
Os seus ideais eram considerados radicais e compreendia a educação como um
“processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana automaticamente, com
todos os seus poderes funcionando completa e harmoniosamente, em relação à natureza
e à sociedade”.
A proposta pedagógica de Froebel pode ser caracterizada como um currículo por
atividades, onde o lúdico e as brincadeiras são os determinantes dos processos de ensino
e aprendizagem. Assim, a essência de sua pedagogia são as ideias de atividade e
liberdade.
As ideias do pensador Decroly se destacam pela função de globalização do ensino,
onde a necessidade do homem produz o interesse, sendo que estes interesses conduzem
ao conhecimento.
Partindo destes interesses dos homens e crianças, Decroly organiza sua proposta
pedagógica em Centros de Interesses, desta forma propõe desenvolver os conteúdos das
diversas áreas de conhecimento, partindo de um assunto que seja objeto de interesse das
crianças.
Os Centros de Interesse são desenvolvidos em três momentos: o da observação que é a origem do estudo das crianças, o da associação espaço temporal, ligando história
e geografia, e a expressão que trabalha o grafismo e a linguagem.
Com o seu método, Decroly rompeu com a rigidez dos programas de ensino de seu
tempo para ele “a criança deve ser criança e não um adulto em potencial”.
A educadora Montessori, porém contribuiu na educação infantil enfatizando o
aspecto biológico do crescimento e desenvolvimento infantil. Sua grande marca foi à
criação de materiais adequados à exploração sensorial pelas crianças, específico a cada
objetivo educacional.
No entanto, algumas críticas foram feitas a Montessori, pela ausência de
preocupação com a formação do ser social; a rigidez com a realização dos exercícios e a
desatualização de sua proposta de ensino da escrita, realizado pelo método alfabético.
22
Sônia Kramer estudiosa e pesquisadora brasileira discute e nos apresenta outra
concepção de educação sem ser depósito e corretora de carências, mas sim uma préescola com função pedagógica.
A função pedagógica vem então substituir uma prática formadora e permissiva, pois
valoriza as questões políticas e sociais. O seu trabalho é desenvolvido a partir da
realidade e conhecimentos das crianças, os quais são ampliados, através de atividades
significativas e concretas para a vida das mesmas.
Desta forma, ocorre simultaneamente a aquisição de novos conhecimentos da
cultura dominante, ultrapassando os conhecimentos da realidade local de cada criança.
Assim, a função pedagógica garante às crianças, a aquisição gradativa de novas
formas de expressão e reconhecimento - representação de seu mundo.
4.1 -Missão
A escola que já possui uma ação educativa comprometida e eficiente e tem como
missão criar condições para que os alunos possam assumir com autonomia e
responsabilidade o protagonismo de sua formação integral, favorecendo a criatividade,
a participação reflexiva e o prazer na ampliação dos conhecimentos almejando o
desenvolvimento integral do ser humano, sujeitos do contexto social e capazes de
transformar o ambiente.
4.2- Filosofia
Considerar a criança como um ser que se encontra em desenvolvimento, capaz de
refletir, analisar, criar, criticar, sugerir, avaliar e transformar a sociedade, sendo sujeito
na aquisição e construção de conhecimentos e capacidades para formação de sua
cidadania.
Comprometendo-se
em
criar
um
ambiente
propício
para
questionamentos; encorajando os alunos a fazer perguntas; permitir que a
comunidade
participe
da
construção
do
conhecimento;
diversidades e estimular os alunos a pensarem livremente.
respeitar
as
23
4.3-Valores
Os valores humanos são fundamentos morais e espirituais da consciência humana.
Todos os seres humanos podem e devem tomar conhecimento dos valores a eles
inerentes. Muito das causas que afligem a humanidade está na negação destes valores
como suporte e inspiração para o desenvolvimento integral do potencial individual e
consequentemente do social.
Diante disso considera-se de suma importância mostrar ao aluno, bem como a
comunidade como um todo, que para um homem conduzir com sucesso (conceito
relativo a cada um) a sua vida, tem de percorrer lado a lado com os seus valores
humanos, a sua escalada e a sua trajetória por este mundo.
Nossos valores estão baseados em:

Trabalho coletivo: Valorização do trabalho coletivo contribuindo param
o bom desempenho das atividades escolares.

Respeito: Evidenciar os deveres e direitos dos profissionais da escola
favorecendo o respeito e a dignidade.

Transparência: Comunicação aberta fazendo prestação de conta dos
recursos recebido à comunidade escolar.

Moralização: Resgatar os valores éticos, morais e sociais buscando
credibilidade junto a comunidade escolar.

Parceria: valorizar o trabalho em parceria buscando melhorias e
proporcionando oportunidades iguais para todos.
24
5. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE ESCOLAR
5.1. Caracterização da Comunidade Escolar
A EMEB Juarez Sodré Farias está localizada na comunidade bairro do Araés,
atendendo alunos provindos de várias comunidades circunvizinhas como: Araés,
Alvorada, Despraiado, Altos da Boa Vista, Consil, Centro, Baú, Bordas da Chapada,
Canjica, CPA IV, Dom Aquino, Coxipó, Boa Esperança, Duque de Caxias, Goiabeiras,
Antônio Dias, Miguel Sutil e tendo como principal via de acesso à Av. Miguel Sutil.
Diante desta diversidade a escola leva em consideração, para a organização de
seu projeto político pedagógico, os dados coletados.
Para traçar o perfil socioeconômico das comunidades que esta Unidade de
Ensino atende atualmente, foi realizada pesquisa com 100% das famílias, através da
aplicação de questionário.
De acordo com a pesquisa, 58,9% das famílias são oriundas de Mato Grosso
(Cuiabá= 46,4 e outra cidades de MT=12,5), 41,1% são de outros estados.
Quanto ao grau de escolaridade 10.4% cursaram o Ensino Fundamental
completo; 12.15% fizeram o Ensino Fundamental incompleto; 32.9%
grau completo; 15.2%
cursaram o 2º
cursaram o 2º grau incompleto; 9.5% cursaram o 3º grau
completo; 16.5 3º grau incompleto; 1.3% possuem pós graduação completa e 1.7% pós
graduação incompleta e 0.4% são analfabetos.
Quanto a idade dos pais ou responsáveis pelas crianças, temos 18.2% na faixa
etária de 16 a 24 anos; 50.2% faixa etária de 25 a 34 anos; 22.5% na faixa etária entre
35 a 44 anos; 4.3% na faixa etária entre 45 a 59 anos; 0.9% estão na faixa etária de 60
anos acima e 3.9% não informou sua faixa etária.
As famílias compostas por até 3 pessoas representam 28.1% ; por até 6
pessoas representam 62.8%; até 10 pessoas representam 6.5% e com mais de 10
pessoas representam1.3%.
Moram em casa própria 47.2%, em casa alugada 40.3% e em casas cedidas
12.5%.
As famílias formadas por pai, mãe e filhos são 72.3%; por mãe, avós e filhos
18.2%; por pai, avós e filhos 3.9%; mães e filhos 2.6%; por avós e netos 2.6% e
formadas por mãe e tias 0.4%.
25
Da clientela economicamente ativa 67.1% trabalham e 32% estão
desempregados e 0.9% são aposentados. As baixas escolaridades dos membros das
famílias refletem na falta de qualificação profissional; por este motivo predominam
atividades profissionais informais indefinidas; 31.6% são autônomos; 26.4 são
profissionais da iniciativa privada; 9.1% são da rede pública.
O índice de renda mensal é de: 44.6% recebe apenas 1 salário mínimo; 39.4%
recebe até 3 salários mínimos; 8.2% recebe mais de 3 salários mínimos, e 7.8% não
informou a renda mensal.
5.2. Específicação e Condições dos Bens Patrimoniais
5.2.1. Estrutura Física
Em se tratando de espaço físico, a Unidade Escolar ocupa uma área de
3.424,65 m2.
Deste total 793,10 m2.
é de área construída e 54,35 m2. área destina ao parquinho. A
unidade escolar iniciou suas atividades no ano de com quatro salas padrão.
Posteriormente foram construídas mais duas salas: uma para atender a sala
multifuncional e outra o laboratório de informática.
Atualmente a escola funciona com:
-
07(sete) salas de aula;
-
01 laboratório de informática;
-
01 (um) espaço coberto utilizado para as aulas de educação física;
-
02(duas) salas para dependência administrativa: secretaria e direção;
-
01 (uma) sala multifuncional (para atendimento educacional especializado);
-
01 (uma) sala de coordenação e professores;
-
01 parque infantil;
-
01 (um) depósito de material;
-
01 (uma) cozinha;
-
01 (um) dispensa para merenda escolar;
-
02 (dois) blocos de sanitários – masculinos e femininos;
-
02 (dois) banheiros para funcionários;
-
01 (um) pátio coberto (entrada);
-
01 (um) espaço para horta escolar.
26
5.2.2. Materiais e equipamentos
A escola possui alguns recursos audiovisuais que auxiliam o trabalho
pedagógico que são: 01 Data Show com telão; 04 aparelhos de som; 01 micro system;
01 fotocopiadora, 02 impressoras a laser; 03 caixas de som, 01 microfone sem fio; 02
microfones normais; 19 computadores para uso dos alunos.
Conta também com jogos variados (boliche, amarelinha, túnel lúdico, jogos de
encaixe, quebra-cabeças, dominós, placas de alinhavos, brinquedos variados, casinha de
boneca; ursos de pelúcia, bonecas e carrinhos, jogos da memória, jogos de sequencia
lógica),fantoches variados, livros infantis, 5 expositores de livros, 01 televisão de 29
polegadas, 3 aparelhos de DVDs, bambolês, cordas, bolas.
5.3. Recursos Humanos
Os recursos humanos são composto por: Diretora, Secretária, Coordenadora
Pedagógica, Professores, Técnicas de Alimentação Escolar (TNEs), Técnica
Manutenção
Infraestrutura
Infraestrutura(TMIE/Vigilantes),
(TMIE/
ASG)
Técnico
Manutenção
e
Técnico em Multimeios Didáticos (TMD) e
Cuidadoras (CAD). Cada um deles em sua função específica garantem à escola a
dinâmica necessária e imprescindível à consecução do seu destino social que se traduz
na oferta de uma educação formal e sistematizada, capaz de “criar condições para as
crianças conhecerem, descobrirem e ressignificarem novos sentimentos, valores, ideias,
costumes e papéis sociais” (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil).
Para se trabalhar com crianças pequenas se faz necessário, que os
educadores tenham graduação e/ou capacitação específica para a educação infantil,
devendo estes tornar-se numa equipe unida. Participar com frequência dos encontros
pedagógicos, refletindo sobre suas práticas, as ações desenvolvidas e dialogando com
as famílias e a comunidade na busca de informações necessárias para o bom
desenvolvimento do trabalho pedagógico.
Na escola o professor é referendado pela Assembleia Geral dos
profissionais da unidade.
O seu quadro de pessoal, para atender as necessidades da escola, conta
com:
27

Equipe Gestora: 01 Diretora; 01 Coordenadora Pedagógica e 01 Secretária

Nº de professores:14

Nº de servidores: 12

Técnico em Manutenção e Infraestrutura (ASG): 04

Técnico em Manutenção e Infra Estrutura (vigilante): 03

Técnico em Nutrição Escolar: 04

Técnica em Multimeios Didáticos: 02

Cuidadoras: 04
5.3.1. Equipe Gestora
FUNÇÃO
NOME
FORMAÇÃO
FORMA
DE
ACESSO
A
FUNÇÃO
Diretora
Adair Neri da Cruz
Pedagoga/Especialista
Eleita
Coordenadora
Tânia de Carvalho Pereira
Pedagoga/Especialista
Eleita
Pedagógica
Secretária
Elizabeth Rezende Fortes Ribeiro Superior
Eleita
5.3.2. Quadro de Professores
Nome
Formação
Situação
Regime de (Área/ano/ ciclo)
Funcional Trabalho
Adeneize Cristina Ribeiro da Cruz Superior/
Contratada
20h
Pedagogia
Bianca Silva Santos
Superior/
Educação
Infantil/
Pré escolar I
Contrato
20h
Música
Educação
Infantil/
Pré escolar I e Pré
escolar II
Carmem Lúcia Zeni Guimarães
Superior/
Efetivo
20h
Pedagogia
Elisa Coelho Azevedo
Educação
Infantil/
Pré escolar I
Efetiva
20 h
Educação
Infantil/
28
Evanildes da Cunha London
Superior/Ed
Pré escolar I e Pré
Física
escolar II
Superior/
Efetivo em 40 h
Educação
Pedagogia
Desvio de
Pré escolar I
Infantil/
Função
Fernanda Rosa Alves de Lima
Superior/
Efetiva
20 h
Pedagogia
Frankslane Angélica da Silva
Superior/
Superior/
Contratada 20h
Superior/
Contratada 20 h
Superior/
Efetiva
20 h
Educação
Infantil/
Educação
Infantil/
Pré escolar II
Contratada 20 h
Pedagogia
José Sebastião Arruda Souza
Infantil/
Pré escolar I
Pedagogia
Joirce da Cruz Almeida Castro
Educação
Pré escolar II
Pedagogia
Joana Alves Pereira
Infantil/
Pré escolar II
Pedagogia
Jackeline de Figueiredo Calmon
Educação
Educação
Infantil/
Pré escolar II
Superior/
Efetivo
Pedagogia
Cedido
20 h
Educação
Infantil/
Pré escolar I
SME
Katiúscia Cristina Costa Marques Superior/
Efetivo
20 h
Sala Multifuncional
Pedagogia
Laiza Fabrícia Daniel de Souza
Superior/
Contratada 20 h
Pedagogia
Lucia Nazaré Melonio Moraes
Superior/
Maria Júlia Velter
Contratada 20 h
Efetivo
Pedagogia
Coop. Téc.
Superior/
Efetivo
40 h
Pedagogia
Infantil/
Educação
Infantil/
Pré escolar II
40 h
Pedagogia
Rosa
Educação
Pré escolar II
Superior/
Maria Vanete do Nascimento Superior/
Infantil/
Pré escolar II
Pedagogia
Mabel Strobel Moreira Weimer
Educação
Educação
Infantil/
Pré escolar I
Efetivo
20 h
Educação
Pré escolar I
Infantil/
29
Mirela Nogueira dos Santos
Superior/
Efetivo
20 h
Artes
Educação
Infantil/
Pré escolar I e Pré
escolar II
Nágila
Edilamar
Vieira Superior/Ed Efetivo
Zambonatto
20 h
. Física
Educação
Infantil/
Pré escolar I e Pré
escolar II
Onilce Epifânia da Silva
Superior/
Contratada 20 h
Pedagogia
Rose Célia Nunes Cavalcante
Superior/
Superior/
Efetivo
20 h
Superior/
Educação
Infantil/
Pré escolar II
Efetivo
20 h
Pedagogia
Vânia Aparecida Arantes Pereira
Infantil/
Pré escolar II
Pedagogia
Silmara Francisca Gondim
Educação
Educação
Infantil/
Pré escolar II
Efetivo
20 h
Pedagogia
Educação
Infantil/
Pré escolar I
5.3.3. Quadro de Profissionais de Apoio
NOME
CARGO
FORMAÇÃO
SITUAÇÃO
FUNCIONAL
Agripina de Jesus
TMIE (ASG)
Ensino Médio
Efetivo
em
Desvio
de
Função
Alessandra Rosa da Veiga
TMIE (ASG)
Ensino Médio
Contratada
Alice Cristo de Lima
TMIE (ASG)
Ensino Médio
Contratada
Avanete Pereira dos Santos
TMIE (ASG)
Ensino Médio
Contratada
Creuza Rodrigues Silva
TNE ( Merendeira)
Ensino Médio
Efetivo
Cooperação
Técnica
em
30
Caroline Narel Proença de Moura
CAD(Cuidadora)
Ensino Médio
Contratada
Elizabeth Tomie Iijima
TNE
Ensino Médio
Contratada
Ednilson José de Campos
TMIE ( Vigilante)
Ensino Médio
Efetivo
Ensino Médio
Contratada
Elaine Cristina Laura Aparecida CAD(Cuidadora)
Campos Dias
Eneide Maria Campos Dias
TMD
Superior
Efetivo
Francisco de Assis Pereira
TMIE ( Vigilante)
Ensino
Efetivo
Fundamental
incompleto
Francismary Nogueira de Miranda
TNE (Merendeira)
Ensino Médio
Contratada
Geralda Mendes da Costa
TMIE (ASG)
Ensino fundamental Efetivo
em
incompleto
Licença Médica
Iracema Evangelista Querobino
TMIE (ASG)
Ensino Médio
Efetivo
Juvenal Alexandre Pedroso
TMIE ( ASG)
Ensino Médio
Efetivo
em
Licença Médica
Juliane Lauretti Bueno
CAD(Cuidadora)
Ensino Médio
Contratada
Lidiane Ferreira de Magalhães
CAD(Cuidadora)
Ensino Médio
Contratada
Nélis de Oliveira Silva Maia
TNE ( Merendeira)
Técnico
Efetiva
profissionalizante
Miriam Souza de Oliveira
TMIE (Vigilante)
Ensino Médio
Contratada
Rosana de Souza Lima Faria
TNE (Merendeira)
Ensino Médio
Efetiva
Rosimeire Laura de Campos
TMIE (ASG)
Ensino Médio
Contratada
Renata Jane dos Reis Correa
TNE (Merendeira)
Ensino Médio
Contratada
31
5.4. Especificação do Atendimento
Baseado na demanda local, a Escola oferece Educação Infantil para crianças de
03, 04 e 05 anos, funcionando nos períodos matutino e vespertino.
O fluxo da oferta em função da capacidade física, prevê 14 turmas de cada
faixa etária, assim distribuídas: 7 turmas no período matutino( 3 turmas de 4 anos e 3
turmas de 5 anos) e 7 turmas no período vespertino( 3 turmas de 4 anos e 4 turmas de 5
anos).
A carga horária para esta modalidade de Ensino são de 04 (quatro) horas
diárias, 20 horas semanais, totalizando 800 horas anuais, em regime de funcionamento
anual de 200 dias letivos.
O critério para formação das turmas é a faixa etária.
5.5. Características da Organização Administrativa e Desafios da Escola na
Perspectiva da Gestão Democrática
Dentro de uma perspectiva democrática, levando em conta os pressupostos
teóricos que dão um novo perfil a ação de gestão, procura-se no exercício diário, fazer
uma escola onde todos os segmentos contribuam, participando efetivamente com o
objetivo claro de se construir um novo conceito de escola, onde a participação tanto da
comunidade interna como externa torne-se essencial na construção de um novo modelo
de educação que leva em conta as necessidades globais do indivíduo, onde a escola tem
seu papel fundamental, não como mais um segmento inserido na comunidade, mas
fazendo parte dela e interagindo em todas as formas de participação e ação para
cidadania.
Através de um edital da Secretaria Municipal de Educação os interessados a
concorrer à direção da Escola inscreveram-se e participaram de um treinamento
preparatório para uma entrevista e avaliação escrita. Após a divulgação da nota, ocorre a
eleição quando as comunidades escolares e profissionais da educação elegem o diretor.
Porém o secretário e o coordenador pedagógico são eleitos pelos membros do
conselho e funcionários da comunidade escolar, e também passam por treinamento
preparatório e entrevista e avaliação escrita e juntamente com o diretor formam a
equipe gestora da escola.
32
O CEC é composto pelo Presidente, Tesoureiro e Secretário, formado pelo
segmento de pais, funcionários e professores.
A secretaria da escola é composta apenas pela Secretária. O atendimento da
secretaria acontece de 2ª a 6ª feira no horário das 7:00h às 11:00h E 13:00 h 17:00h e
tem como função atender a comunidade escolar interna e externa.
A forma de participação é direta, pois segundo a gestão democrática, todos
podem participar e discutir assuntos inerentes ao interesse da unidade, contribuindo para
a melhoria do ensino – aprendizagem e do espaço físico. A unidade escolar possui um
bom relacionamento com a creche Espaço Livre e a Escola Ezequiel P. Ribeiro de
Siqueira, recebendo e enviando alunos para as mesmas. A nossa unidade escolar possui
também um bom relacionamento com o órgão gestor da educação o qual é
corresponsável por uma qualidade de ensino digna e humana a todos os atendidos em
sua rede Pública.
33
6. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
6.1. Estrutura Administrativa na perspectiva da Gestão Democrática
6.1.1. Gestão democrática
A gestão democrática está prevista na Lei de Diretrizes e Bases no artigo 206,
inciso VI da Constituição Federal, obedecendo os seguintes preceitos:
I – Corresponsabilidade entre Poder Público e Sociedade na gestão dos
Conselhos democraticamente instituídos;
II - Autonomia pedagógica, administrativa e financeira da escola, mediante
organização e funcionamento dos Conselhos;
III - Transferência automática e sistemática de recursos às unidades escolares;
IV
-
Transparência
dos
mecanismos
administrativos,
financeiros
e
pedagógicos;
V - Eficiência no uso dos recursos financeiros;
VI - Liberdade de organização de segmentos da Comunidade Escolar.
Embora a Lei da Gestão Democrática Lei nº 5.029 de 06 de Novembro De
2007 explicita normas e funções dos gestores a escola dispõe de autonomia para
organizar o seu projeto político pedagógico, visando atender as necessidades de seus
educandos e garantindo uma educação de qualidade que favoreça o desenvolvimento
integral.
Para isso se faz necessário ter um bom gerenciamento das questões
administrativas e financeiras, visto que estas são quem garante a sustentabilidade do
projeto pedagógico. Sendo assim, a escola busca consolidar seu projeto, organizando
seu processo de trabalho administrativo, pedagógico e financeiro enfocando a
responsabilidade de todo o segmento da unidade escolar na tomada de decisões, via
gestão democrática coletiva formada pela equipe gestora e conselho deliberativo
escolar.
Exige o compromisso e a participação de todos numa grande aliança que
transcenda a diversidade de opiniões e posições políticas.
34
6.1.2. A direção
O (a) diretor(a) exerce uma liderança central. É de sua responsabilidade
planejar, organizar, coordenar e supervisionar as diferentes atividades da escola
buscando obter bons resultados. Cabe a ele (a) responder pela articulação da mesma
com toda a comunidade escolar; tomar iniciativa nas decisões administrativas tendo
sempre em vista o pedagógico e definir claramente as funções e atribuições de cada um.
Todavia, deve buscar apoio nos demais membros que participam da gestão da escola
6.1.3. Coordenação Pedagógica
O ( a) coordenador (a) pedagógico(a) da instituição de educação infantil faz
parte do coletivo de profissionais que atuam na mesma para exercer função de liderança
do processo pedagógico, por três anos, o mesmo é eleito pelos seus pares sendo
avaliado a cada final de ano letivo o que lhe concede autonomia para rever suas ações e
replanejá-las.
A coordenação pedagógica tem por função:
- Coordenar, orientar e avaliar o projeto político pedagógico;
- Acompanhar e coordenar o planejamento das ações pedagógicas;
- Acompanhar, orientar e avaliar a prática pedagógica do (a) professor(a)
regente;
- Orientar e acompanhar
as atividades
dos professores regentes no
cumprimento das horas atividades;
- Promover a articulação entre as atividades desenvolvidas entre professores
regente, educação física e arte educação, pais e alunos para que haja um bom trabalho
em conjunto visando o desenvolvimento integral da criança;
- A coordenação do PDE.
6.1.4. Secretário (a)
O secretário escolar, membro da equipe gestora, é o responsável pela
organização das questões burocráticas da unidade escolar. Cabe ao mesmo executar
todos os serviços pertencentes à secretaria. Entre as diversas atividades inclui: organizar
a documentação referente aos alunos de maneira que permita verificar a regularidade de
35
sua vida escolar; dados pessoais de todo o corpo docente, técnicos e administrativos. As
demais funções atribuídas ao secretário escolar estão explícitas no regimento escolar.
6.1.5. Conselho Escolar Comunitário
O conselho escolar comunitário é a unidade executora com personalidade jurídica de
direito privado, sem fins lucrativos que recebe e administra o recurso provindo das
esferas federais, estaduais e municipais, pela comunidade, por entidades privadas e
resultantes de promoções e campanhas, ou seja, administra todos os recursos financeiros
destinados a unidade escolar. O mesmo congrega e representa os vários segmentos da
comunidade escolar (pais de alunos, profissionais da unidade ); configura-se como um
espaço de participação nas tomada de decisões, embasado em suas funções; consultiva,
deliberativa, fiscal e mobilizadora, conforme revista Nova escola- Gestão Escolar Nº
18.
As mesmas consistem em:
- Deliberativa: tomar decisões a respeito do projeto político pedagógico de forma a:
definir a missão da escola ,estabelecendo o que é prioritário para a mesma; elaborar as
normas internas de funcionamento administrativo e pedagógico; aprovar o
encaminhamento de problemas e assegurar o cumprimentos de normas.
- Consultiva: colaborar na emissão de pareceres; propor alternativas, soluções e
procedimentos para melhoria do trabalho administrativo e pedagógico.
- Fiscal: Acompanhar as ações administrativas, pedagógicas e financeiras,
observando a qualidade do ensino e se as ações desenvolvidas estão coerente com o
projeto político pedagógico.
- Mobilizadora: Incentivar os diferentes segmentos da escola a participar das
atividades desenvolvidas na unidade escolar de forma a consolidar a gestão
participativa.
O detalhamento das funções estão na lei de gestão democrática e no regimento
escolar da escola.
36
6.2. Organização do Trabalho Pedagógico na perspectiva do ensino para
educação infantil
Os Pressupostos Teóricos Educativos, da organização curricular da Unidade
Escolar, serão norteados pelo referencial curricular nacional da educação infantil
(RCNEI), Política do Município – Proposta Pedagógica para a
Educação Infantil
SME/Cuiabá-2009, Matriz Curricular da Educação Infantil: (MCR) e Estatuto da
Criança e do Adolescente (Lei 8.069-90) e nas teorias de desenvolvimento infantil de
Wallon e Vygotsky que concebe a criança como sujeito sociointerativo e emocional.
Tais norteadores colaboram para a elaboração e execução de uma proposta
educativa que promova o desenvolvimento integral, ou seja, físico, social, afetivo,
psicológico, cognitivo e criativo das crianças, respeitando as etapas de desenvolvimento
e de acordo com o ritmo de cada um.
A ação educativa fundamentará na concepção da criança com conhecimentos
prévios que serão ampliados no decorrer do processo ensino/aprendizagem.
Tais pressupostos devem objetivar a clientela da Educação Infantil, além do
seu desenvolvimento integral,
respeitando as etapas evolutivas de acordo com as
capacidades e ritmos de cada criança, considerar o contexto sociocultural em que a
mesma está inserida.
6.2.1. O Currículo
A proposta de Educação Infantil adotada pela escola parte do princípio de que a
infância é um tempo de constituição do ser a partir da ampliação das referências com e
no mundo; a partir da integralidade do desenvolvimento das diferentes formas de ser e
estar no mundo; a partir da ludicidade da brincadeira como principio de conhecimento
sobre o mundo circundante e sobre si mesmo, sobre as coisas e os seres, indo muito
além das linguagens escritas.
Por atender a Educação Infantil trabalha-se com um grande número de crianças
pequenas, exigindo que o cuidar e educar ocorram de forma indissociável, exigindo um
atendimento individualizado em certos momentos, para melhor atender às necessidades
das crianças.
Possui uma carga horária semanal de 20 horas e 800 horas anuais, conforme a
lei vigente da educação.
37
6.2.2. Objetivos
6.2.2.1. Objetivo Geral
Possibilitar a criança o desenvolvimento de seus aspectos cognitivo,
linguístico, psicomotor e sócio afetivo, promovendo sua interação com o ambiente
físico e social de maneira crítica, fornecendo os pré-requisitos necessários à
continuidade do processo educativo, respeitando a realidade e as diversidades das
crianças como ponto de partida para o trabalho educativo, de modo lúdico e ético.
6.2.1.2. Objetivos específicos

Propor atividades reais e desafiadoras, que sejam simultaneamente significativas
e prazerosas;

Favorecer a ampliação do processo de construção e desenvolvimento dos
conhecimentos sociais e capacidades cognitivas das crianças;

Ampliar as relações sociais, possibilitando a construção da autonomia e
socialização, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de colaboração
e cooperação;

Desenvolver a criatividade e autoestima, evitando a dependência da criança em
relação ao adulto e aos modelos por eles propostos;

Brincar com a turma ou mesmo sozinha, expressando emoções, sentimentos,
pensamentos, desejos e necessidades;

Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita)
ajustadas às diferentes situações e intenções, de forma a compreender e ser
compreendido, avançando no seu processo de construção de significados;

Criar um ambiente rico em estímulos, onde o educando poderá conhecer e
vivenciar novas experiências, expressando seus pensamentos, sentimentos e
emoções livremente;

Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se como
integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando
atitudes que contribuam para sua conservação.
38

Assegurar o desenvolvimento curricular dialético voltado para uma metodologia
interdisciplinar sequenciada, tendo como eixo, projetos temáticos
e que
considerem as fases do desenvolvimento humano, principalmente a infância.

Utilizar a informática como uma ferramenta para complementar a construção de
conceitos através de uma abordagem lúdica conforme a proposta pedagógica;

Adotar a ludicidade e a narrativa em suas diferentes formas, como elementos
facilitadores do desenvolvimento infantil;

Desenvolver atividades lúdicas que colaborem para a construção de valores,
conhecimentos, capacidades de compreensão e atitudes voltadas para a
conservação do meio ambiente.

Garantir acesso e permanência de crianças com necessidades especiais,
oferecendo-lhes condições de acessibilidade que possibilite o preparo para a
inserção nos espaços sociais;

Utilizar todos os espaços educativos – Parque, Brinquedoteca, Literatura infantil,
Horta, Brincando com as Letras e números, Brincando com o Movimento do
corpo, Pintando o Sete na Informação (Laboratório de Informática), para
introduzir a educação das relações étnico/raciais;

Assegurar o envolvimento e a participação da comunidade no processo
educativo, através do Conselho Escolar Comunitário;

Oportunizar a formação continuada dos profissionais da unidade de ensino, por
meio de oficinas pedagógicas oferecida pela SME/ e ou projetos de iniciativa da
própria escola.
6.2.3. A Importância das Atividades Lúdicas na Educação Infantil
Estudos e pesquisas têm comprovado a importância das atividades lúdicas no
desenvolvimento das potencialidades humanas das crianças, proporcionando condições
adequadas ao seu desenvolvimento físico, motor, emocional, cognitivo e social.
Atividade lúdica é toda e qualquer ação que tem como intenção causar prazer e
entretenimento a quem pratica. São lúdicas as atividades que propiciam a experiência
completa do momento, associando o ato, o pensamento e o sentimento.
A criança se expressa, assimila conhecimentos e constrói a sua realidade
quando está praticando alguma atividade lúdica.
39
Na educação infantil podemos comprovar a influência positiva das
atividades lúdicas em um ambiente aconchegante, desafiador, rico em oportunidades e
experiências para o crescimento sadio das crianças.
São vários os benefícios das atividades lúdicas, entre eles estão: Assimilação
de valores; aquisição de comportamentos; aprimoramentos de capacidades e
socialização.
As atividades lúdicas podem ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer
outra atividade que permita tentar uma situação de interação. Porém, mais importante do
que o tipo de atividade lúdica é a forma como estas atividades são dirigidas e como é
vivenciada, e o porquê de estar sendo realizada.
Toda criança que participa de atividades lúdicas, adquire novos
conhecimentos e desenvolve capacidades de forma natural e agradável, que gera um
forte interesse em aprender e garante o prazer.
Na educação infantil, por meio das atividades lúdicas a criança brinca, joga e
se diverte. Ela também age, sente, pensa, aprende e se desenvolve.
As atividades lúdicas podem ser consideradas, tarefas do dia-a-dia na
educação infantil, brincar é sem duvida um meio pelo qual seres humanos e os animais
exploram uma variedade de experiências em diferentes situações, para diversos
propósitos. Mas será que o brincar é verdadeiramente valorizado por aqueles envolvidos
na educação e na criação de crianças pequenas? Com que freqüência o brincar e a
escolha dos materiais lúdicos são reservados como uma atividade para depois de as
crianças terminarem o “trabalho”. Quantas crianças chegam á escola incapazes de
envolver-se no brincar, em virtude de uma educação passiva que via o brincar como
uma atividade barulhenta, desorganizada e desnecessária.
Muitas pessoas devem questionar-se, o que faz uma criança na escola de
educação infantil? A resposta certamente deve ser, brincar, mas porque brincar? Porque
o brincar, em todas as suas formas, têm a vantagem de proporcionar alegria e
divertimento, desenvolver a criatividade, a capacidade intelectual, a força e a
estabilidade emocional, sentimentos de alegria, prazer, concentração e motivação, além
de proporcionar a interação significativa com o meio ambiente.
Por meio do brincar livre, exploratórios, as crianças aprendem sobre
situações, pessoas, atitudes, respostas, propriedades, texturas, atributos visuais auditivos
e sinestésicos.
40
Nas brincadeiras e nos jogos simbólicos as crianças constroem uma parte
entre a fantasia e a realidade. As crianças são capazes de lidar com complexas
dificuldades psicológicas através do brincar, elas procuram integrar experiências de dor,
medo e perda, lutam com conceitos do bem e mal. É através de seus brinquedos e
brincadeiras que a criança tem oportunidade de desenvolver um canal de comunicação,
uma abertura para o diálogo com o mundo dos adultos, onde ela restabelece seu controle
interior, sua autoestima e desenvolve relações de confiança consigo mesma e com os
outros.
Para as crianças, no sonho, na fantasia, na brincadeira de faz-de-conta,
desejos que pareciam irrealizáveis podem ser realizados. Dentro das atividades lúdicas,
o jogo ganha espaço através da focalização de suas propriedades formativas, tanto no
jogo de papéis, nos jogos de representação, e jogos dramáticos.
Nesse contexto, os jogos em grupos, as brincadeiras, os jogos de regras e
as atividades que proporcionam aquisição de conhecimentos são fundamentais para o
desenvolvimento global da criança.
Os jogos e brincadeiras, características lúdicas da infância, além de
possibilitar a aprendizagem, cumpre um papel importante, onde a criança lida com seus
sentimentos e com as experiências vividas, colaborando para a construção de uma
relação saudável entre as diferentes ideias pertencentes ao mundo infantil.
O brinquedo, desde muito cedo, está presente nas atividades da criança,
proporcionando gratificações e finalidades diferenciadas. No início a criança brinca pelo
simples prazer de brincar.
A brincadeira pode ser educativa e não educativa, a diferença está nos objetivos
atribuídos à brincadeira. A brincadeira educativa tem por objetivo a aprendizagem, ao
mesmo tempo em que se mantém sua função de satisfação pessoal. O seu valor
educativo é que ajuda as crianças a explorarem e entenderem as dimensões dos papéis e
os padrões de interação entre eles.
O papel chave do professor é transformar a brincadeira natural espontânea da
criança, para que ela adquira um valor pedagógico, não tirando a sua qualidade lúdica.
Podemos relacionar quatro tipos de brincadeiras educativas: manipulativa,
motoras, dramáticas e os jogos.
41
Na brincadeira manipulativa a criança manuseia equipamentos e materiais,
não há relação entre a manipulação e outros tipos de atividades, nem tampouco um
elemento dramático na brincadeira, a criança atinge o seu objetivo manuseando
diretamente o material.
São considerados materiais manipulativos: brinquedos de montar ou encaixar,
conjuntos de pinos ou varetas para contar; quebra cabeça; blocos de madeira; conjuntos
para construção, tábuas e caixas de abrir e fechar; materiais naturais (ex.: água, areia).
As brincadeiras motoras envolvem ações musculares amplas, como correr,
pular, saltar e andar. Essas brincadeiras necessitam e dependem das condições do clima
e de espaço disponível, usando para tais atividades caixas de areia para as crianças
escavarem, fazerem casas de brinquedos; bolas e cordas de pular para serem usadas em
jogos; traves e cavaletes. As brincadeiras motoras também poderão ser feitas em
espaços fechados, porém adaptados aos espaços das salas de aula.
As brincadeiras dramáticas são atividades na qual a criança representa
papéis. São os jogos do faz-de-conta. No jogo dramático a criança assume vários papéis
adultos, envolvendo assim a fantasia e o imaginário, onde um pedaço de madeira pode
ser uma espada ou pode ser um microfone. Só depende da imaginação e da situação de
brinquedo em que a criança está envolvida. Esse tipo de brincadeira é um importante
meio de expressão, pois a criança vai desenvolvendo o seu entendimento do mundo que
a cerca.
Os jogos se diferenciam das brincadeiras por serem estruturados e incluem
regras a serem seguidas e cumpridas. Os jogos, conforme a idade da criança, só será
atraente se contiver algumas regras determinando o procedimento do jogo, como
também, só terá validade quando o professor tiver clareza e estabelecer o objetivo do
jogo proposto.
Brincar deixa de ser visto como uma atividade física, passando a ser
privilegiada enquanto uma condição necessária para o desenvolvimento da capacidade
de representar, como também uma atividade que pode concorrer para a compreensão da
realidade concreta.
O que a criança representa no brinquedo corresponde ao que ela observa no seu
cotidiano e este nada mais é do que uma parte da totalidade. Basta que o professor se
42
coloque, nas interações que vivencia com os alunos, nas brincadeiras, como mediador
do conteúdo básico, a fim de que sejam elaboradas, na criança, formas de pensar
capazes de teorizar sobre a realidade dos homens.
Sendo assim, a criança aprende brincando o significado do mundo, justamente
por estar brincando, ela sente-se livre para arriscar a fazer coisas, mesmo quando ainda
não está confiante de que possa fazê-las.
A relação entre o jogo e as várias formas de linguagem se constitui numa
abordagem significativa na Educação Infantil, pois é nesse período que a criança deve
encontrar o espaço para explorar e descobrir elementos da realidade que a cerca. O jogo
é um recurso pedagógico riquíssimo capaz de oportunizar a criança situações ricas e
desafiadoras, fazendo com que a aprendizagem se torne divertida, a criança tenha
interesse e pense com mais concentração e motivação.
O jogo ganha espaço como ferramenta ideal da aprendizagem na medida em
que propõe estímulo ao interesse da criança, desenvolve níveis diferentes de sua
experiência pessoal e social, ajuda a construir suas novas descobertas, desenvolve e
enriquece sua personalidade e simboliza um instrumento pedagógico, onde o educador é
condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem.
Existem dois aspectos cruciais no emprego dos jogos como instrumentos de
aprendizagem significativa. Em primeiro lugar, o jogo ocasional sem planejamento e
programação é ineficaz, tanto quanto um único momento de exercício aeróbico para
quem quer ganhar maior mobilidade física. Em segundo lugar, certa quantidade de jogos
em uma programação, somente tem validade efetiva quando rigorosamente selecionada
e subordinada à aprendizagem que se tem como meta. Em síntese, jamais pense em usar
jogos pedagógicos sem um rigoroso e cuidadoso planejamento.
No entanto, nem todo jogo ou brincadeira precisa ser visto como pedagógico.
Em geral, o que separa um jogo pedagógico de outro de caráter apenas lúdico, é o
desenvolvimento do primeiro com a intenção explícita de provocar aprendizagem
significativa e estimular a construção de novos conhecimentos, enquanto o de caráter
apenas lúdico é com intenção de brincar livre, onde a criança pelo faz-de-conta
representa suas fantasias e simbologias.
43
Sendo assim, o ensino por meio dos jogos deve acontecer de forma a auxiliar a
aprendizagem de conteúdos relacionados às várias linguagens, proporcionando a
aquisição de capacidades e desenvolvimento da criança.
Ao propor um jogo, o educador deve ter claro:
 O público ao qual o jogo se destina e o número possível de participantes;
 A organização prévia de materiais;
 A organização prévia de adaptações, caso o jogo precise ser simplificado
ou enriquecido para alcançar o objetivo;
 O tempo necessário para o desenvolvimento do jogo;
 A organização espacial, a fim de evitar confusões, planejando o local ideal
para a sua prática;
 O planejamento prévio, mas com flexibilidade, das estratégias que o
professor irá utilizar no decorrer do jogo;
 A seleção prévia das noções e dos conceitos a serem desenvolvidos no
decorrer do jogo;
 A avaliação dos resultados obtidos, visando um melhor desenvolvimento
do jogo em aplicações futuras;
 A continuidade, garantindo, dentro da rotina diária a permanência do jogo.
6.3. Organização Curricular
Considerando a criança como um ser global, onde o cognitivo, afetivo e
simbólico são inseparáveis e representados pelos meios físicos e humanos, cabe a
escola, criar o máximo de situações, onde a criança interaja, coordene suas ações,
construa significados partilhados com troca de experiências, fazendo relações e
conexões, expresse o seu pensamento, isto é, seja sujeito na aquisição e construção de
conhecimentos e capacidades.
Enquanto ser global, o conhecimento não é fragmentado, têm seus aspectos
culturais, sociais e informativos intimamente interligados, o grande desafio é efetivar a
ação educativa preservando os princípios acima citados. Sendo necessário sair de uma
prática fragmentada e descontextualizada da realidade para um trabalho interdisciplinar,
44
que possibilite atividades diversificadas, como permite uma visão da totalidade concreta
sobre a realidade das crianças.
Visando a elaboração de um currículo que seja instrumentalizado e que
proporcione várias experiências essenciais na faixa etária de 03 a 05 anos, com suas
formas específicas de aprender, é necessário organizar diversos e múltiplos espaços de
elaboração de conhecimentos e de diferentes linguagens.
Desta forma optamos pelos dois âmbitos de experiências definidos pelo
“Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil”, que são: “Formação Pessoal
e Social e Conhecimento de Mundo”.
A “Formação Pessoal e Social” aborda o eixo da Identidade e Autonomia, no
qual é trabalhada a construção do sujeito. A construção da Identidade é gradativa e se dá
por meio das interações sociais, aonde a criança vai desenvolvendo suas capacidades de
natureza global, afetiva e os seus esquemas simbólicos de interação com o meio, com os
outros e consigo mesmo.
É necessário proporcionar condições para que a criança crie atitudes de
aceitação, respeito, confiança e uma identidade pessoal saudável. Esse eixo permeia
todas as ações e relações educativas desenvolvidas na comunidade escolar.
O “Conhecimento de Mundo” aborda as diferentes linguagens que auxiliam a
construção dos conhecimentos e engloba instrumentos fundamentais para a criança na
sociedade. Os eixos integrantes deste âmbito são: O Movimento, As Artes Visuais, A
Música, A Linguagem oral e escrita, A Matemática, Natureza e Sociedade.
Considerando necessário desenvolver com a criança, todas essas linguagens
com qualidade e eficiência, a Escola Municipal de Ensino Básico “Juarez Sodré Farias”
idealizou o projeto Liberando o Mundo da Fantasia no ano de 2001, que foi implantado
em 2002, procurando oferecer às crianças as diferentes linguagens que aborda os
Parâmetros Curriculares Nacionais.
O Projeto foi idealizado em razão da necessidade de mudanças no modelo de
educação infantil que prioriza a leitura e escrita em detrimento de saberes que são de
fundamental importância para o desenvolvimento infantil, portanto urgia que se
pensasse em um modelo de escola que contemplasse esses saberes de forma sistemática,
planejada, intencional. Uma escola de educação Infantil que inclua em seu currículo
atividades onde o jogo, a brincadeira, a arte criativa, o representar, a música, o
movimento sejam tão importantes quanto à matemática, o letramento e as ciências
sociais e naturais.
45
Este projeto objetiva possibilitar aos educando formação integral voltada para o
exercício pleno da cidadania, por intermédio de um ambiente favorável à aprendizagem
que: estimule o pensamento crítico e a pesquisa, de modo lúdico e ético; respeite a
criança em suas especificidades, suas diferenças e sua forma singular de apropriarem-se
do conhecimento de mundo e de sua formação social e pessoal, através dos seus
respectivos eixos de trabalho de forma lúdica e prazerosa. E será desenvolvido por
intermédio da literatura infantil, considerando a importância e o caráter lúdico presente
nos textos literários e em consonância com a proposta da educação infantil, RCNEI –
Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil e a Matriz Curricular de
Referência da Educação Infantil/SME.
A unidade escolar adotou os gêneros textuais literários narrativos como
elemento desencadeador do processo ensino aprendizagem, visto que “o discurso
narrativo presente nos textos colaboram na formação da criança por ele ser capaz de
organizar o aspecto real contido explicitamente de forma lúdica e coerente com a
linguagem e compreensão das mesmas”.
Segundo
GREGORIN
FILHO(2009) , a literatura infantil apresenta um
discurso fértil em seus textos por meio de uma linguagem coerente com o universo
imaginário da criança. Assim, ao estabelecer relação entre imagem real e imaginária
representada nos textos, às crianças começam a fazer associações e comparações com a
própria realidade, porém sem perder de vista o prazer de simplesmente ler.
A ampliação do universo discursivo das crianças também se dá por meio do
conhecimento de variedades de textos literários via as diversas manifestações culturais
que os mesmos expressam. Assim, “os pequenos vivenciam diferentes modos e formas
de ver o mundo, de viver e pensar sobre ele. Além de propiciar a ampliação do universo
cultural o contato com a diversidade permite conhecer e aprender a respeitar as
diferenças”.
Para promover a articulação de todos os componentes relacionados aos eixos
de trabalho a Unidade Escolar optou pela organização curricular em áreas temáticas.
Essa nova proposta pensa o espaço e o tempo em função dos saberes que serão
desenvolvidos nas ambiências, ambos adquirem uma nova dimensão dentro do novo
modelo pedagógico, pois oferecem um ambiente de ludicidade e o aprender acontece de
forma natural e agradável. O ambiente está voltado para estimular na criança seu mundo
de fantasias, que é tão rico e tão pouco explorado no cotidiano escolar.
46
Os espaços das salas de aula são transformados em espaços estimuladores e
acolhedores, adaptados com materiais necessários para desenvolver o trabalho de cada
sala ambiente com sua temática própria, onde as ações educativas e os seus
instrumentos precisam estar organizados de forma adequada, sugestiva e funcional,
estimulando o movimento, a criatividade e necessidades da criança, respeitando os seus
níveis de desenvolvimento e necessidades especiais.
Nesta nova forma de operacionalizar o currículo, as crianças desenvolvem
atividades em todas as salas ambientes por onde circulam, durante o período de aula,
mediante um rodízio pré-estabelecido.
A escola possui oito
(08) espaços onde são desenvolvidas atividades
diferenciadas em cada ambiência.
As ambiências são numeradas para facilitar a identificação das turmas em suas
respectivas salas ambientes, sendo que a identificação destes espaços é flexível,
podendo sofrer alterações de um ano para outro conforme necessidade da escola. A
escola atende crianças de dois anos e nove meses a seis anos, transformando-se em uma
Escola de Educação Infantil a partir de 2009. Atualmente atende a sete turmas de alunos
em cada turno de funcionamento, totalizando 14 (catorze) turmas. Para facilitar a
identificação das crianças em sua respectiva turma, optamos por denominar uma cor
para cada turma, sendo elas: Azul, Rosa, Amarela, Lilás, Branca, Laranja e Verde .
As ambiências que temos são:

BRINCANDO COM AS LETRAS, OS NÚMEROS E A CIÊNCIAS
NATURAIS ; (Letramento , Matemática e Ciências ) Desenvolvida nas salas 01,
02, e 07 ( atendendo a duas turmas diariamente) e 06 atendendo a uma turma
diariamente e horta escolar.

ARTES: Desenvolvida nas salas 01, 02, 06, 07 nos momento de hora atividade
do professor referência; Atualmente trabalhando a musicalização.

BRINQUEDOTECA: Desenvolvida na sala 08;

LITERATURA INFANTIL: Desenvolvida na sala 04;

BRINCANDO COM O MOVIMENTO CORPO: Desenvolvida no espaço 05 e
Parquinho;

PINTANTO O SETE NA INFORMAÇÃO (Informática): Desenvolvida na
ambiência 03;
47
Para Kilpatrick, segundo Santomé, um projeto é “uma proposta entusiasta de
ação a ser desenvolvida em um ambiente social”.
Assim, compete a escola:
- Considerar os valores culturais da população infantil dando ênfase ao que é
mais significativo para elas;
- Reconhecer a reciprocidade entre afetividade e cognição no desenvolvimento
infantil;
- Garantir o aspecto lúdico na aprendizagem infantil com ações planejadas e
integrando com as práticas sociais reais como recursos utilizados para a compreensão do
mundo, de si mesmos e das ações humanas;
- Organizar o espaço escolar favorecendo as ações educativas diretamente
relacionadas com a concepção de: criança, ensino, aprendizagem
- Oportunizar as crianças um espaço pedagógico que sustenta a relação entre o
ambiente físico e práticas educacionais;
- Trabalhar os temas transversais como saúde, meio ambiente, pluralidade
cultural, conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais,
- Respeitar a diversidade de expressões culturais existentes na sociedade,
oportunizando a criança o acesso a um universo cultural amplo e diversificado;
- Combinar a atuação educativa de grupo às necessidades e ritmos individuais
das crianças;
- Estimular a consolidação de oportunidades para a construção de
conhecimentos e o enfrentamento independente de problemas, o uso de várias formas de
expressão e de exploração de meio ambiente, físico e social.
6.4. A Diversidade Humana Necessária na Escola
“A política da diversidade humana tem o propósito de melhorar a qualidade do
ensino, combatendo todas as formas de exclusão a que crianças são vitimadas nos mais
diferentes setores, desta forma queremos enriquecer as relações sociais e a formação de
cidadãos conscientes, críticos e interventores da realidade.” (Educação na Diversidade,
SME Cuiabá - 2007).
Dentro desta perspectiva, a EMEB Juarez Sodré Farias está preocupada em
atender as diversidades presentes na escola, abordando em seu currículo a Educação
48
Inclusiva, Educação Ambiental, Educação dos Idosos, Educação das Relações Étnicos Raciais e a Lei do Estatuto da Criança e Adolescente.
6.4.1. A Educação Inclusiva na Educação Infantil
Segundo o Art. 205 da Constituição, a educação é um direito de todos e
dever do Estado e da família; será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho. Já no Art. 206, diz que o ensino será
ministrado com base no princípio de igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola.
De acordo com Mantoan, a escola é o meio mais favorável para a
educação de todas as pessoas. Na riqueza do convívio com a diversidade é que há o
verdadeiro crescimento.
Nunca o tema da inclusão esteve tão presente no dia-a-dia da educação.
Cada vez mais professores estão percebendo que as diferenças não só devem ser aceitas,
mas também acolhidas como subsídio para a construção do cenário escolar. E não se
trata apenas de admitir a matrícula dessas crianças, isso nada mais é do que cumprir a
lei. Temos o dever de acolhe-los e oferecer todos os meios para o seu desenvolvimento,
isto é oferecer serviços complementares, adotar práticas criativas na sala de aula,
adaptar o projeto pedagógico, rever posturas e construir uma nova filosofia educativa.
Aprender a conviver com as diferenças é um crescimento pessoal, um passo nas
relações interpessoais.
A Declaração de Salamanca/1994, ocorreu na Espanha com a finalidade
de reafirmar o compromisso pré-estabelecido com o projeto “Educação para Todos”,
afirma que todas as crianças tem necessidades e aprendizagens únicas, tem direito a ir à
escola de sua comunidade, com acesso ao Ensino Regular, e os Sistemas Educacionais
devem implementar programas, considerando a diversidade humana e desenvolvendo
uma pedagogia voltada para a criança. Garantindo assim a oportunidade para crianças e
jovens com deficiências se tornem parte integrante do sistema educacional
regular.Buscando melhoria ao acesso a educação para a maioria daqueles cujas
necessidades especiais ainda se encontram desprovidas.
49
“Escolas regulares com orientação inclusiva constituem os
meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias
criando comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade
inclusiva e alcançando educação para todos.” (Declaração de
Salamanca – 1994).
Com o objetivo de tornar a escola um espaço democrático que acolha e garanta
a permanência de todos os alunos, sem distinção social, cultural, étnica, de gênero ou
em razão de deficiência e características pessoais, o Ministério da Educação implementa
uma política de inclusão que pressupõe a reestruturação do sistema educacional.
Atendendo as necessidades educacionais especiais e respeitando seus direitos, a Sala de
Recursos Multifuncionais favorecerá o processo de inclusão educacional, trabalhando
com alunos em turno inverso ao ensino regular à que estão matriculados, orientando
pais e professores.
Além das competências que os professores necessitam para proporcionar uma
educação de qualidade para todos, muitas vezes, são necessárias ajudas técnicas ou
equipamentos específicos (Tecnologias Assistivas) para atender às necessidades
educacionais especiais, bem como a atuação conjunta de outros profissionais na
promoção da acessibilidade.
A utilização das Tecnologias Assistivas (TA’s) para o “apoderamento” do
aluno com necessidades educacionais especiais, possibilitando ou acelerando o seu
processo de aprendizado, desenvolvimento e inclusão social é uma maneira concreta de
neutralizar as barreiras causadas pela deficiência e inserir esse indivíduo nos ambientes
ricos para a aprendizagem, proporcionados pela cultura.
A inclusão deve ser percebida como uma responsabilidade coletiva da
comunidade escolar. Nesta perspectiva, todos são responsáveis pelo êxito ou fracasso
escolar de cada aluno. O corpo docente, e não cada professor, deverá partilhar a
responsabilidade do ensino ministrado a crianças com necessidades educativas
especiais.
A educação inclusiva melhora a qualidade de ensino para todos, atua como
impulsionadora das mudanças das práticas educacionais nas escolas, desafiando os
professores a desenvolverem novas metodologias para a participação ativa que beneficie
todos os alunos.
50
6.4.2 – Educação das Relações Étnico-Raciais
Trata-se de um trabalho interdisciplinar, onde o conteúdo foco é a educação
voltada para consciência da importância do negro para a constituição e identidade da
nação brasileira e principalmente, do respeito à diversidade humana e a abominação do
racismo e do preconceito, desenvolvido por meio de um processo educativo do debate, do
entorno, buscando nas nossas próprias raízes e herança biológica e/ou cultural trazida
pela influência africana.
O Brasil foi à última nação da América a abolir a escravidão. Entre 1550 e
1850, data oficial do fim do tráfico de negros, cerca de 3.600.000 africanos chegou ao
Brasil. A força de trabalho desses homens produziu a riqueza do País durante 300 anos.
Os primeiros negros a serem livres por direito no Brasil, foram libertos pela
compra de cartas de alforria, documento que declarava muito, porque o ex-escravo
ficava contra o governo, sem dinheiro, sem estudo e sem oportunidade, forçando eles a
aceitarem trabalhos péssimos. E essa situação não mudou nem com as primeiras leis
contra a escravidão, a Lei do sexagenário declarava livres os escravos com mais de 60
anos, agora como as condições de vida deles era péssima, com muitos maus tratos,
então a média de vida de um escravo era de 40 anos, e essa Lei apenas retardou a
solução do problema.
Foi somente em 13 de maio de 1888, que a Princesa Isabel assinou a Lei
Áurea, libertando todos os escravos. Mas para muitos essa liberdade não poderia mais
ser aproveitada como deveria. Após anos de dominação, os negros foram lançados numa
sociedade preconceituosa, de forma desarticulada, sem dinheiro, sem casa, sem comida,
sem nenhuma condição de se estabelecer.
Apesar de a maior parte dos escravos não saber ler nem escrever, isso não
significava que não tivesse cultura. Eles trouxeram para o Brasil seus hábitos, suas
crenças, suas formas de expressão religiosa e artística, além de terem conhecimentos
próprios sobre técnicas de plantio e de produção. Entretanto, a violência e a rigidez do
regime de escravidão não permitiam que os negros tivessem acesso à educação.
Oprimido e explorado, o negro encontrava nas suas raízes africanas a força
para resistir à dominação dos senhores nas suas fazendas. E muitos aspectos de sua
51
cultura permaneceram vivos, como, por exemplo, a religião. O candomblé, ritual
religioso, com danças, oferendas e cultos para os Orixás, atravessou a história e aparece
como uma prova de preservação das raízes do povo africano no Brasil.
O Brasil ainda se sustenta em princípios racionalistas e práticas cotidianas
racistas que impõem definição de lugares sociais a população em junção de cor,
impondo que a presença e as contribuições de outros povos, especialmente indígenas e
africanas sejam igualmente valorizadas.
O Brasil se reconhece como um País racista, mediante a Constituição
Federal de 1988 e condena as práticas discriminatórias. Pauta o racismo como um
problema a ser enfrentado por toda a sociedade brasileira em uma perspectiva de
garantia dos direitos humanos.
A escola brasileira tem sido o instrumento primeiro de tratamento de diferenças
feno típicas como critérios de estratificação social. As crianças negras sentem os
primeiros impactos da descriminação em função da cor de sua pele. A escola não tem
proporcionado aos seus alunos conhecimentos que focalizam os negros atuais ou
ancestrais como protagonistas sociais. Independentemente do papel que a escola tem
desenvolvido na história do Brasil, no século XXI, compete a ela a grande
responsabilidade de se comprometer com as questões que versem em prol da promoção
de todos os seres humanos.
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205, determina como um dos
objetivos da Educação o pleno desenvolvimento de todos para o exercício da cidadania.
É nessa perspectiva que a Lei nº10. 639 de 09 de janeiro de 2003, que tornam
obrigatório o ensino da História e da Cultura Africana e Afro-brasileira em consonância,
também, com o Plano Nacional de Direitos Humanos e com o Estatuto da Criança e do
Adolescente, altera a Lei n°9394, de 24 de dezembro de 1996, que estabelece as
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de
Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.
Em Mato grosso o Conselho Estadual de Educação aprovou em 05 de
setembro de 2006, que a partir desta data fosse feita a orientação sobre a Educação das
Relações Étnico–Raciais para o Ensino da História e Cultura Afro-brasileiras e
Africanas.
52
O Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial propõe a Prefeitura
de Cuiabá, mediante a Secretaria de Educação, Desporto e Lazer e ao Conselho
Municipal de Educação, programa para implementação da Lei n° 10.639/03 a partir de
2007, favorecendo no município a construção e consolidação de uma política de
educação das relações étnico-raciais que reconheça e valorize a identidade, a cultura e a
história dos negros na sociedade brasileira.
Bem como a lei 11.645 de março de 2008 que altera a Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da
rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”.
Essa lei vem contribuir com o resgate das contribuições da cultura negra e
indígena na formação do sociedade brasileira nas áreas social, econômica e política,
pertinentes à história do Brasil.
6.4.3- Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – é um conjunto de normas de
ordenamento jurídico brasileiro que tem objetivo de proteger a integridade da criança e
adolescente.
Para compreendermos a questão é necessário voltarmos a historia das políticas
públicas direcionadas ao desenvolvimento infantil e juvenil de nosso país.
A década de 1960 foi mundialmente marcada pelo surgimento de inúmeros
movimentos sociais em defesa dos direitos da criança e do adolescente. Isso ocorreu
uma vez que, após a Segunda Guerra Mundial, o adolescente passou ocupar uma
posição determinada no cenário da violência quando a necessidade da mão-de-obra
feminina nas fabricas deixou as crianças em situação de abandono, as quais, mais tarde,
já adolescente, constituíram-se como gangues marcadas por atitude de revolta e
violência.
Para as ciências jurídicas, esse processo resultou na necessidade de
recompensar a forma de compreender a adolescência, pois essa fase (e suas
manifestações) passou ocupar um espaço definido no cotidiano, nas instituições, na
mídia e na sociedade. A psicologia, enquanto ciência estuda o comportamento humano,
53
passou nesse momento a destinar atenção maior à fase da adolescência, transformando-a
em alvo de pesquisas e reflexões teóricas. Dessa forma, impulsionados pela nova visão
trazida pela psicologia e pelo direito, juristas, políticos e educadores passaram a
compreender a criança e o jovem como sujeitos em formação e, por isso, merecedores
de práticas educativas diferenciadas.
No Brasil, porém, esse caminho foi lento, tendo seu início em 1979 com a
criação do Código de Menores. Somente em 1989 a Convenção Internacional dos
Direitos da Criança das Organizações das Nações Unidas marcou definitivamente a
transformação das políticas públicas voltadas a essa população, culminando assim na
criação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.
Instituído pela Lei 8.064 de 13 de Julho de 1990.
O ECA representa um avanço no direito das pessoas ao explicitar os princípios
da proteção integral e da prioridade absoluta, já previsto na Constituição Federal de
1988, que elevou a criança e o adolescente a preocupação central da sociedade e
orientar a criação de políticas públicas em todas as esferas de governo (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios), mediante a criação de conselhos paritários (igual
números de representantes do Estado e da sociedade civil organizada). Nos termos do
artigo 2º da Lei 8.069/90, considera-se criança, a pessoa até 12 (doze) anos incompletos,
e adolescentes aquela entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos de idade. Nos casos expressos
em Lei aplica-se excepcionalmente este Estatuto as pessoas entre 18 (dezoito) e 21
(vinte e um) anos de idade.
O Estatuto da Criança e do Adolescente ao longo de seus capítulos e 267
artigos resgata juridicamente os direitos e deveres de cidadania, as crianças e
adolescentes, determinando ainda a responsabilidade dessa garantia aos setores que
compõe a sociedade sejam estes, a família, o Estado ou a Sociedade.
O Estatuto criou mecanismos de proteção nas áreas de educação, saúde,
trabalho e assistência social. Ficou estabelecido o fim aplicação de punições para
adolescente, tratados com medidas de proteção em caso de desvio de conduta e com
medidas sócias educativas em caso de cometimento de atos inflacionais.
As escolas e seus educadores devem conhecer essa legislação, assim como os
órgãos de apoio presente na comunidade como é o caso dos chamados Conselhos
Tutelares – entidades públicas presentes obrigatoriamente em cada município e
formadas por conselheiros da comunidade, cujo objetivo é receber denuncias de
violação do ECA e assegurar o seu cumprimento. Dessa forma os educadores devem
54
trabalhar para que os pressupostos do ECA sejam cumpridos, proporcionando o
desenvolvimento de nossas crianças e adolescentes.
6.4.4 – Política Nacional do Idoso
A Constituição de 1988 deixou clara a preocupação e atenção que deve ser
dispensada ao assunto, quando colocou em seu texto a questão do idoso, foi o pontapé
inicial para a definição da Política Nacional do Idoso, que traçou os direitos públicos e
as linhas de ação.
Reconhecendo o progresso de envelhecimento populacional no Brasil e as
demandas geradas por esse fenômeno, foi promulgada legislação especifica para esse
seguimento etário; a Política Nacional do Idoso (PNI), Lei 8.842 de 04 de janeiro de
1994, com o objetivo de assegurar os direitos sociais do idoso, para assim promover sua
autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. Porem a regulamentação da
lei deu-se somente no dia 03 de junho de 1996, por meio da década de 1948,
explicitando a forma de implementação do avanço na lei e estabelecendo as
competências dos órgãos e das entidades publicas envolvidas no processo. Criando
então os cursos de Geriatria e Gerontologia Social nas Faculdades de Medicina no
Brasil.
Após sete anos tramitando no Congresso, o Estatuto do Idoso (Lei 10.741) foi
aprovado em setembro de 2003 e sancionado pelo Presidente da Republica, Luís Inácio
Lula da Silva em 1º de outubro de 2003, porem publicado no Diário Oficial da União 03
(três) de outubro de 2003, com o objetivo de promover a inclusão social e ampliar os
direitos dos cidadãos com idade acima de 60 anos.
O Estatuto do Idoso é composto por 118 artigos em sete títulos, considerando
os mais velhos como prioridade absoluta e institui penas aplicáveis a quem desrespeitar
ou abandonar cidadãos idosos.
Dentro de no Máximo duas décadas, o Brasil será o sexto pais do mundo com o
maior numero de pessoas idosas, e será a grande força do mercado de consumo. Com
maior longevidade, autonomia, qualidade de vida e independência econômica, eles vão
reverter às regras atuais da sociedade.
Em lugar de “velhos e doentes”, serão “clientes preferenciais”, capazes de
influenciar com seus valores e comportamento a vida de toda sociedade.
55
6.4.5 – Educação Ambiental
É um ramo da educação cujo objetivo é a disseminação do conhecimento sobre
o ambiente, a fim de ajudar a sua preservação e utilização sustentável dos seus recursos.
É uma metodologia de analise que surge a partir do crescente interesse do
homem em assuntos como o ambiente devido as grandes catástrofes naturais que têm
assolado o mundo nas últimas décadas.
A educação ambiental tornou-se lei em 27 de abril de 1999. A lei 9.795 Lei da
Educação Ambiental em seu artigo segundo afirma: “a educação é um componente
essencial e permanente na educação nacional; Processo que busca despertar a
preocupação individual e coletiva para questão ambiental garantindo o acesso
informação em linguagem estimulando o enfretamento das questões ambientais e
sociais.”.
A escola é o espaço social, e o local onde o aluno dará sequência ao seu
processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo
daquilo que a sociedade deseja e aprova.
Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no
cotidiano da vida escolar contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.
Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do
mundo no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada
aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua consequência para
consigo, para sua própria espécie, para outros seres vivos e o ambiente. É fundamental
que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e
comportamentos sociais construtivos, colaborando para construção de uma sociedade
socialmente justa, em um ambiente saudável.
Com o conteúdo ambiental permeando todas as disciplinas do currículo e
contextualizado com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a
correlação dos fatos e a ter uma visão integral do mundo em que vive. Para isso a
educação deve ser abordada de forma sistemática e transversal em todos os níveis de
ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos
currículos, das diversas disciplinas e das atividades escolares, procurando construir no
educando uma visão crítica sobre as questões ambientais
56
6.4.6 – Educação para o Trânsito
Hoje em dia estamos cada vez mais cheios e atarefados e por isso nosso
comportamento no trânsito vem se tornando cada vez mais competitivo, egoísta e
agressivo. Alguns homens estão usando seus carros como armas e muitos inocentes
estão pagando com suas vidas.
Incluir o tema Trânsito desde a educação infantil se faz necessário tendo em
vista que atitudes e valores pautados no respeito e solidariedade devem ser encarados
como cultura adquirida, e uma boa educação para o trânsito é uma questão de cultura.
A falta de uma educação para o trânsito de forma sistematizada e contínua no
âmbito das instituições escolar tem colaborado com a triste estatística de morte entre as
crianças de 0 a 14 anos a nível mundial. No Brasil essa situação não é diferente segundo
estudos realizado pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN).
A maior parte de nossa clientela faz uso dos carros particulares e
transportes escolares. Os que moram nas proximidades da escola, utilizam as vias
públicas para se locomover. Portanto, se faz necessário incluir o Trânsito como um dos
"Temas Transversais" a ser trabalhado na
Educação Infantil, visando
também
possibilitar à criança o acesso às noções básicas do trânsito, suas normas e cuidados ,
conscientizando-os de que a imprudência no trânsito leva as pessoas à morte, bem como
sensibilizar também os familiares sobre essas regras de trânsito.
6.5. Organização dos Tempos e Espaços
A carga horária semanal será de 20 horas assim distribuídas: dezesseis horas
com a professora de referência; duas horas de Arte Educação, duas horas aulas de
Educação Física. Todos os professores terão quatro horas semanais para hora atividades:
planejamento, estudos e pesquisas.
O tempo em sala de aula é organizado em função das intenções educativas
expressas no projeto de trabalho da Unidade Escolar, constituindo-se em instrumento de
sustentação ao planejamento do professor.
No trabalho com a educação infantil, será considerado o tempo necessário para
que o aluno estabeleça relações significativas entre o aprendido na escola e as
aprendizagens adquiridas na informalidade do cotidiano.
57
Portanto o professor organiza suas atividades planejando suas ações em função
do ritmo e desenvolvimento dos alunos, levando em consideração o conhecimento que a
criança já traz de sua casa. É um planejamento com organização flexível e atendimento
não padronizado às crianças.
Em seu planejamento as atividades revelam a concepção de infância, de como
se dá a aquisição dos conhecimentos sistematizados, o relacionamento, a brincadeira
entre as crianças e de como os educadores, facilitadores, veem as descobertas e
aprendizagens do grupo.
Também são levados em consideração o espaço físico e as atividades visam
atender às necessidades dos educandos, que são: autonomia, movimento, socialização,
alimentação, higiene, afeto, segurança, experimentação.
A estruturação didática fortalecer-se-á por múltiplas estratégias organizadas em
função das intenções educativas expressas na Proposta Pedagógica da Unidade Escolar,
definida a partir de um método de trabalho em Sequência Didática.
A ação didática oportuniza as crianças a possibilidade de pensar e criar novos
saberes num processo onde a construção dos mesmos e da aprendizagem coincidem.
A ênfase da Educação Infantil é estimular as diferentes áreas de
desenvolvimento da criança, aguçar sua curiosidade e criatividade, e para que isso
aconteça de forma adequada se faz necessário que a criança esteja feliz no espaço
escolar. Para que este espaço escolar seja acolhedor e de qualidade, é preciso planejar
sua organização, pois como sabemos o espaço educa. Sendo assim, a forma como se
dispõem os móveis, os materiais, os jogos os brinquedos e como eles são ocupados
pelas crianças e adultos revelam tanto a concepção pedagógica, quanto o que se pensa
sobre a criança e como se vê o processo educativo. Sendo assim, o espaço escolar pode
ou não tornar-se lugar acolhedor e prazeroso, onde a criança pode brincar e através das
brincadeiras ser ou não estimulada a criar, a imaginar e construir, desenvolvendo suas
capacidades em todas as dimensões humanas.
O termo espaço tem diversas concepções. Buscando o significado no dicionário
da Língua Portuguesa, teremos espaço como: “extensão indefinida, meio sem limites
que contém todas as extensões finitas. Parte dessa extensão que ocupa cada corpo”
(LAROUSSE, 1995,p.384). Tal definição nos dá a ideia de algo físico, ligado aos
objetos que são os elementos que ocupam o espaço
58
Já o termo ambiente refere-se ao conjunto do espaço físico e às relações que se
estabelecem no mesmo ─ os afetos, as relações interpessoais entre as crianças, entre
crianças e adultos, entre crianças e sociedade em seu conjunto.
Ainda sobre a distinção entre espaço e ambiente, mesmo sabendo que são
conceitos diretamente interligados, cabe trazer a contribuição de Zabalza e Forneiro
(1998). Para esses autores o espaço é entendido como sendo os locais onde as atividades
são realizadas e se caracterizam pelos objetos, móveis, materiais didáticos, decoração.
Já ambiente diz respeito ao conjunto desse espaço físico e as relações que se
estabelecem no mesmo, as quais envolvem os afetos e as relações interpessoais das
pessoas envolvidas no processo adultos e crianças. Ou seja, por parte do espaço temos
as coisas postas em termos mais objetivos, por parte do ambiente as mais subjetivas.
Desse modo não se considera somente o meio físico ou material, mas também as
interações que se produzem nesse meio.
De acordo com Horn (2007):
"O espaço, então, é entendido numa perspectiva definida em
diferentes dimensões: a física, a funcional, a temporal e a
relacional, legitimando-se como elemento curricular. Nessa
dimensão, ele possibilita oportunidades para a aprendizagem,
por meio das interações possíveis entre crianças e objetos e delas
entre si. A partir dessa perspectiva, o espaço nunca é neutro,
podendo ser estimulante ou limitador de aprendizagens,
dependendo das estruturas espaciais que estão postas e das
linguagens que estão representadas. " (2007, p.102).
Para que a aprendizagem seja significativa e respeitem as especificidades da
Educação Infantil, cabe ao professor pensar espaços com atividades permeadas pelo
lúdico e que possibilitem a participação das crianças no seu planejamento. Esses
espaços devem ser desafiadores e possibilitar que, ao agir sobre o meio, a criança
transforme a si própria e ao meio. Conforme afirma Becker (2003, p.36): “Se o sujeito
tem condições ótimas de ação devido as suas experiências anteriores significativas e o
meio positivamente desafiador, a qualidade da interação cresce e será função de um
desenvolvimento cognitivo ótimo.”
Os espaços devem ser organizados de forma que permitam sua exploração e
manipulação por parte das crianças, possibilitando nele interagir para construir as bases
59
das suas estruturas sensoriais, motoras e cognitivas necessárias ao desenvolvimento da
aprendizagem.
Segundo os RCNEI (1998), a organização do ambiente e a disposição de
materiais devem ser acessíveis, a fim de facilitar e de promover o desenvolvimento da
autonomia da criança. Em um espaço planejado e organizado é possível que se tenha
interação criança/criança, possibilitando a socialização e a exploração dos materiais de
forma construtiva. Ou seja, a organização dos espaços propicia a interação e o faz de
conta, influenciando as crianças quanto as possibilidades de escolha, bem como o que
ela faz ou deixa de fazer.
Para Barbosa e Horn (2001), ao organizar um espaço os educadores devem
considerar que o ambiente é composto por gosto, toque, sons e palavras, regras de uso,
luzes e cores, odores, mobílias, equipamentos e ritmos de vida. Assim, devemos
entender que uma organização adequada do espaço e dos materiais disponíveis na sala
de aula será fator decisivo na construção da autonomia intelectual e social das crianças.
Assim, o espaço escolar tem que ser lúdico, dinâmico, vivo, onde a criança brinque, se
alimente, conte história, desenhe, pinte, dramatize, ouça músicas, cante, pule, ande,
corra.
A criança necessita de ambiente próprio no qual possa se desenvolver. Isso
exige o planejamento de um ambiente que encoraje e dê apoio às expressões de
sentimentos, interesses e criatividade em sua forma natural. O mesmo deve refletir uma
concepção de educação e cuidado capaz de proporcionar as crianças um
desenvolvimento em todos seus aspectos: físico, afetivo, criativo, cognitivo/linguísticos
e sociais.
Segundos parâmetros de Infraestrutura para a Educação Infantil, o espaço na
Educação Infantil devem ser ao mesmo tempo:
- Pedagógico, sustentando a relação entre o ambiente físico e práticas educacionais;
- Social, prevendo a relação com a comunidade;
- Ecológico, organizando-se em torno da noção de sustentabilidade, bem-estar, saúde
e consciência ecológica;
- Inclusivo, garantindo a inclusão de crianças com necessidades especiais.
As salas devem ter um aspecto alfabetizador, propiciando situações de
aprendizagem através de vários materiais estimuladores que devem estar sempre à
disposição da criança integrando-a com o mundo das letras e da escrita. Assim,
60
espontaneamente a criança vai compreendendo e construindo o processo do que é ler e
escrever; interagindo com o todo para que possam ser vividos plenamente.
Acima de tudo o ambiente escolar deve estar organizado de forma que
possibilite um trabalho que facilita a interação da criança com o contexto, através de um
clima de liberdade para construir alegria e participação.
“O espaço deve propiciar condições para que as crianças possam ser
respeitadas na sua singularidade, na sua maneira de ser, nas suas aptidões, aspirações e,
também, limitações” (Tiriba 1993).
Há uma preocupação da escola, em organizar o seu espaço físico de forma
aconchegante e acolhedora, onde vivências coletivas e individuais são garantidas no
cotidiano. Sendo o espaço organizado em salas ambientes adequadas à nova realidade.
Foram equipadas conforme a temática a ser desenvolvida, com mobiliários,
equipamentos e materiais pedagógicos necessários para motivar a aprendizagem e o
desenvolvimento das atividades propostas para cada temática, respeitando os interesses,
necessidades e níveis de desenvolvimento das crianças.
Esta nova forma de operacionalizar o currículo rompe com a tradição de que a
professora ou professor possui sua sala de aula e seus alunos, pois agora os mesmos
trabalham com todas as ambiências ou seja, elas desenvolvem atividades em todas as
salas ambientes por onde circulam, durante o período de aula, mediante um rodízio préestabelecido, sendo que a professora acompanha os alunos neste rodízio. Cada sala
temática deve ser planejada de modo a propiciar atividades baseadas nos interesses das
crianças, respeitando os seus níveis de desenvolvimento, permitindo que aprendam
conforme o seu próprio ritmo.
Os ambientes diversificados permitem que as atividades sejam centradas nas
crianças e não no professor. Aqui o professor exerce o papel de mediador entre o que os
alunos já dominam (conhecimento prévio) e as “novas aprendizagens”, criando
situações didáticas significativas que se constituam em desafios alcançáveis, ou seja,
que atuem na zona de desenvolvimento proximal.
De acordo com Oliveira :
O ambiente, com ou sem o conhecimento do educador, envia
mensagens e, os que aprendem, respondem a elas. A influência
do meio através da interação possibilitada por seus elementos é
contínua e penetrante. As crianças e ou os usuários dos espaços
são os verdadeiros protagonistas da sua aprendizagem, na
61
vivência ativa com outras pessoas e objetos, que possibilita
descobertas pessoais num espaço onde será realizado um
trabalho
individualmente
ou
em
pequenos
grupos.
(OLIVEIRA,2000,p.158)
Para organizar as salas temáticas levou-se em consideração os documentos
oficiais: Lei de Diretrizes e Bases, PCN, RCNEI, Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Infantil
e a Matriz Curricular da Educação Infantil elaborada pela
Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá.
Portanto o que contribuirá para que a aprendizagem ocorra é a forma como este
ambiente é organizado e também se os recursos pedagógicos estão acessíveis às
crianças.
A proposta
curricular
está
fundamentada
em
pressupostos
teóricos
sociointeracionistas, a partir dos quais destacam-se as noções de diferenciação,
interação, zona de desenvolvimento proximal, mediação social e simbólica.
As salas temáticas são diversificadas, bem planejadas e oferecem opções
variadas de movimento. Minimizam problemas de disciplina e permite à equipe de
professores conhecer as crianças como sujeitos ativos, dinâmicos e que estão em
constante construção
e desenvolvimento, procurando
assim
atividades
mais
interessantes, cativantes, dinâmicas e pedagogicamente válidas.
Os ambientes diversificados propiciam um trabalho educativo mais dinâmico,
criativo, espontâneo, diversificado e alegre, com materiais que estimulam a curiosidade
das crianças e favoreçam a construção da aprendizagem, possibilitando assim o
desenvolvimento sócio afetivo e cognitivo a partir da sua realidade. Portanto, ao
proporcionar diversos espaços para a criança brincar e agir, se estará propondo novos
desafios que tornarão a criança um agente da sua própria aprendizagem de forma mais
lúdica.
Esta forma de organizar o trabalho pedagógico garante salas com uma
variedade muito maior de recursos pedagógicos, visto que seria difícil conseguir a
riqueza e a variedade destes para cada sala tratando-se de escola pública, cujos recursos
financeiros são escassos tanto para se manter como para se equipar as salas de aula.
Também se propicia espaços amplos para cada ambiente temático, o que é de
fundamental importância tratando-se de Educação Infantil, em que a criança é
movimento e requer espaço para esse movimento.
62
Portanto ao realizar o trabalho pedagógico em salas ambientes tem-se a
possibilidade de contar com uma variedade de recursos e/ou materiais muito maior e
variado, necessários para trabalhar os diferentes eixos de desenvolvimento da
aprendizagem, além de permitir que um número maior de alunos tenham esses materiais
a sua disposição.
A EMEB Juarez Sodré Farias dispõe de 09 salas ambientes adequadas para a
realização das atividades, as quais serão detalhados a seguir.
6.6. As Salas Temáticas e seus pressupostos teóricos
De acordo com os RCNEI (1998) a proposta curricular para a Educação Infantil está
organizada em âmbitos de experiências, os quais se dividem em eixos de trabalho que
orientam a prática educativa dos professores. Estes eixos foram escolhidos por se
constituírem em uma parcela significativa de produção cultural humana que amplia e
enriquece as condições de inserção das crianças na sociedade. E são eles: Movimento,
Artes visuais, Música, Linguagem oral e escrita, Natureza e sociedade, Matemática.
Com base nessa organização curricular, a EMEB Juarez Sodré optou
por salas
temáticas, onde cada sala atende uma área específica e possui orientações teóricas
próprias, bem como variedade de recursos e materiais específicos para cada ambiente.
Ela compreende que os espaços de aprendizagem possibilitam, no processo de ensinoaprendizagem, uma ação educativa de melhor qualidade, uma vez que acredita que a
construção do conhecimento e sua socialização acontecem além da sala de aula. Desta
forma a escola investe em ambientes ricos de estímulos para a melhoria do ensino e,
consequentemente, da aprendizagem.
A seguir apresenta-se cada uma das salas temáticas, bem como seus respectivos
pressupostos teóricos.
6.6.1. Ambiência Brincando com as Letras, os Números e a Ciência
6.6.1.1. Fundamentação teórica
A escola não proporciona sua primeira situação de aprendizagem da
linguagem. Seu papel é ampliar e enriquecer este aprendizado e corrigi-lo se necessário.
O domínio da linguagem surge do seu uso em múltiplas circunstâncias, nas quais as
63
crianças podem perceber a função social que ela exerce e assim desenvolve diferentes
capacidades. Para aprender ler e escrever, a criança precisa construir um conhecimento
de natureza conceitual: precisa compreender não só o que a escrita representa, mas
também de que forma ela representa graficamente a linguagem. Isso significa que a
alfabetização não é o desenvolvimento de capacidades relacionadas à percepção,
memorização e treino de um conjunto de habilidades sensório-motoras. É antes, um
processo pelo qual as crianças precisam resolver problemas de natureza lógica até
chegarem a compreender de que forma a escrita alfabética em português representa a
linguagem, e assim poderem escrever e ler por si mesmas. Assim como as crianças
ingressam na escola já tendo aprendido muito sobre a linguagem falada e o mundo
físico, elas também chegam com uma ampla bagagem de experiências em matemática.
Elas vivem em um mundo de quantidades, experimentam o muito grande, o muito
pequeno e o acabou. A matemática é uma forma de pensar sobre coisas e organizar as
experiências concretas, onde possam manipular objetos que contribuam para formação
do seu pensamento lógico.
De acordo com a Matriz Curricular de Referência (2010) o objetivo da ciência
é oferecer às crianças oportunidades para que desenvolvam as capacidades de observar,
analisar, classificar e explorar o ambiente em que vivem, estabelecendo relações entre
os diversos elementos que compõem seu meio social, principalmente com relação à sua
preservação e conservação.
A criança vai construindo os conhecimentos na medida em que desenvolve
atitudes de curiosidade e crítica, reformulando as explicações existentes para
determinados fenômenos, com base na pluralidade de diversidade existente no mundo
social e natural. Em outras palavras, as ciências possibilitam à criança confrontar suas
curiosidades e observações, reconstruindo os seus conceitos anteriores sobre o mundo
em que vive, levando-a a refletir sobre os fenômenos e as transformações ocorridas na
natureza. Isto é, quanto mais oportunidades a criança tiver para falar, ouvir opiniões de
adultos ou de crianças sobre os fatos da natureza e da sociedade, mais poderá pensar e
elaborar suas próprias teorias sobre esses fatos. Além de se conhecer e conhecer o outro.
Ela terá mais informações e opiniões para agregar às suas, mais alimento para suas
representações do mundo. As representações do mundo que a criança constrói ao longo
das diferentes etapas de seu desenvolvimento intelectual incluem “teorias” bastante
originais sobre muitos fatos universais que se encontram organizados pelo pensamento
científico.
64
Os fatos da realidade física, biológica e sociocultural que nos cercam são
permanentemente temas para a observação curiosa da criança, desde bem pequena.
As aulas de ciências conta com um espaço para o manuseio da terra, pois
durante a aula na horta a criança trabalha com a terra, preparando para o plantio; planta
as sementes das hortaliças e verduras, acompanhando todas as etapas de seus
desenvolvimentos; além dos cuidados diários: molhando e retirando os matos
prejudiciais ao desenvolvimento das plantas. Sendo assim um como um espaço que
garante aprendizagens significativas e concretas.
A escola possui também um local com árvores frutíferas, onde as crianças
circulam para observar as plantas e pequenos animais de jardim, além de colher as
frutas para degustação.
Vale ressaltar que os documentos legais nos orientam
que nesta fase da
educação infantil as crianças terão apenas o contato com as letras e números, isto é,
uma preparação para a alfabetização.
A ambiência Brincando com as letras, os números e a ciências possui 4 salas,
cada sala possui 6 mesas quadradas com 4 cadeiras cada, um armário, alfabetos móveis,
jogos que envolvem a matemática e a linguagem (bingo de número e letras; quebracabeça, dominó), revistas, lápis de cor, giz de cera, tinta guache e pincéis, canetinhas
coloridas. Aqui a criança terá mais contato com a escrita, pois é nesse contexto que
acontecem os registros de todo o conteúdo trabalhado nas demais ambiências.
As crianças desde a educação infantil precisam de um ambiente estimulador
da aprendizagem da linguagem escrita, ou seja, estar inserida em práticas de letramento
diversificadas, visto que, segundo o RCNEI (BRASIL, 1998c) na sociedade letrada
elas estão em constante contato com a língua escrita. Quando chegam à escola já tem
noção sobre alguns códigos, questionam sobre o que está escrito, pois vivenciam essa
experiência no seu dia a dia. Cabe a escola
desenvolver um trabalho voltado a
proporcioná-las desenvolver outras capacidades como:
- Participar de variadas situações de comunicação oral, para interagir e expressar-se;
- Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão oral e
escrita, participando da escuta de textos lidos;
- Participar com interesse em situações de leitura, feita pelos adultos, de diferentes
gêneros textuais como: parlendas, poemas, trava línguas, etc.
- Antecipar o assunto de um texto a partir do título e das imagens e fazer inferências
65
- Reconhecer as letras do alfabeto, diferenciando-as de desenho, números e outros
símbolo;
- Reconhecer o próprio nome dentro de um conjunto de nomes, na identificação do
caderno ou outras situações que se fizer necessário;
- Interagir com a língua escrita, nos mais variados contextos;
- Respeitar as regras estabelecidas pela unidade escolar;
- Participar na elaboração dos combinados que regem o bom funcionamento das
aulas dentro e fora de sala, respeitando-os;
- Agrupar e realizar de diferentes formas;
- Construir agrupamentos de objetos distintos;
- Perceber e manifestar observações com mesma quantidade de líquido em
recipientes de diferentes formas e tamanho;
- Contar objetos com material concretos registrando quantidades;
- Contar mentalmente diversos objetos e relacioná-los a quantidade utilizando
material concreto;
- Reconhecer o valor dos numerais no cotidiano e sua função; (ex: número de
telefone, da casa, placa do carro etc. );
- Utilizar calendário para localizar os dias (ontem, hoje, amanhã) adquirindo noção
de tempo;
- Identificar as formas geométricas e percebê-las em móveis, construção, objetos, etc.
- Perceber a relatividades de atributos de grandeza, (maior, menor, grosso, fino, alto,
baixo);
- Contribuir para manutenção da limpeza no ambiente escolar valorizando e cuidando
dos materiais, objetos e equipamentos que compõem esse espaço.
- Observar com ajuda do adulto, os fenômenos da natureza e suas alterações
(seca, enchentes, variação do dia,) e relações entre as mudanças;
- Conhecer alguns cuidados básicos de pequenos animais e vegetais por meio da
criação e cultivo;
-Valorizar atitudes de manutenção e preservação dos espaços coletivos e do meio
ambiente;
- Conhecer o próprio corpo identificando as partes e sua função;
- Apresentar atitudes favoráveis à saúde, em relação à alimentação e higiene pessoal;
- Reconhecer as diferentes organizações familiares, perceber as diferenças e respeitálas;
66
6.6.1.2. Objetivos
-Objetivos Gerais:
- Ampliar gradativamente as possibilidades de comunicação e expressão
proporcionando as crianças interagirem com seus pares, por intermédio do uso funcional
de linguagens e explorar a sua identidade.
- Oferecer às crianças oportunidades para que desenvolvam as capacidades de
observar, analisar, classificar e explorar o ambiente em que vivem, estabelecendo
relações entre os diversos elementos que compõem seu meio social, principalmente com
relação à sua preservação e conservação.
-Objetivos Específicos:
-Desenvolver a oralidade e a capacidade de expressar com clareza;
- Promover estudos de vários gêneros textual oral e escrito;
- Promover diversas situações de intercâmbio social;
- Incentivar o contato com a leitura ora como ouvinte, ora como leitor;
- Incentivar o contato com diversas situações de escrita aguçando seu interesse em
aprender escrever;
-Proporcionar a criança interagir com a língua escrita, nos mais variados contextos;
- Familiarizar-se com os números e sua leitura por meio da execução das atividades;
- Reconhecer e valorizar os números, as operações numéricas, as contagens orais e as
noções espaciais como ferramentas necessárias no seu cotidiano;
-Adotar os conhecimentos matemáticos em suas diferentes formas, como elementos
facilitadores do desenvolvimento infantil;
- Conscientizar sobre a fase da vida;
- Reconhecer e nomear partes do corpo;
- Estimular hábitos saudáveis em sua rotina;
- Explorar diversas formas e partes do corpo e diferenciar sensações pelos órgãos do
sentido;
- Conscientizar da necessidade de adquirir bons hábitos de higiene;
- Conhecer, reconhecer a necessidade de cuidar do ambiente em que vivemos;
- Desenvolver nas crianças noções básicas de ambiente, cidadania e preservação;
- Proporcionar as crianças à educação ambiental, para que as mesmas valorizem a
natureza e possam garantir o desenvolvimento sustentável às próximas gerações;
- Valorizar a natureza e preservá-la;
67
- Identificar os seres vivos e conhecer os diversos animais apontando para a sua
diversidade;
- Definir diversos animais e suas principais características;
6.6.1.3 Propostas pedagógicas
a) Conteúdos Conceituais
- Respeitar as regras estabelecidas pela unidade escolar;
- Participar na elaboração dos combinados que regem o bom funcionamento das
aulas dentro e fora de sala, respeitando-os;
- Escuta demonstrando compreensão;
- Socialização de informação;
- Narrativas de acontecimentos ou história com começo, meio e fim;
- Reprodução oral de regras de jogos ou brincadeiras;
- Reprodução oral de poesias, canções, parlendas, rimas, adivinhas, etc.
- Participação em leitura textos de diferentes gêneros - contos, poemas, notícias de
jornais, informativos, parlendas, trava-língua, receita culinária, bilhetes, etc.
- Leitura de imagens;
- Reconhecimento e nomeação das letras do alfabeto em diferentes situações;
- Localização de palavras em texto memorizado;
- Antecipação de informação sobre o texto lido;
-Reconhecimento e escrita do próprio nome e sobrenome;
- Identificação e escrita das letras do alfabeto em letra bastão;
- Diferenciação de letras de outros sinais gráficos;
- Utilização da linguagem oral e escrita para notação numérica em registros
convencionais e não convencionais;
- Conhecimento de que todo ser humano tem um ciclo vital- nasce cresce reproduz e
morre;
- Conhecimento do próprio corpo para explorar suas habilidades físicas, motoras e
perceptivas;
- Identificação dos órgãos dos sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato;
- Reconhecimento da importância dos sentidos;
- Distinção das diferentes sensações dos órgãos do sentido;
- Reconhecimento da importância dos bons hábitos de higiene para a saúde do nosso
corpo e do ambiente em que vivemos;
68
- Conscientização da conservação e preservação do meio ambiente ;
- Observação da ação do homem na transformação do meio ambiente;
- Percepção de ações que contribuem para devastação ou preservação do meio
ambiente;
- Identificar os tipos de vegetais e sua importância para a nossa vida;
- Identificar as partes das plantas e o ciclo de vida das plantas;
- Observação da reprodução das plantas (sementes ou mudas) ;
- Identificação dos animais como seres vivos;
- Reconhecimento e classificação dos animais de acordo com suas semelhanças e
diferenças;
- Conhecer o habitat dos animais;
- Identificação das diferentes formas de locomoção dos animais;
- Definição de diversos animais e suas principais características;
- Conhecer a origem dos alimentos (animal ou vegetal), (natural ou industrializado);
- Reconhecer a importância de uma alimentação variada;
- Conhecer a origens dos alimentos ( animal ou vegetal), ( natural ou industrializado)
- Identificar os alimentos saudáveis.
b) Conteúdos Procedimentais
- Ler diariamente diferentes tipo de leitura atentando-se sobre a importância da
escuta;
- Fazer intercâmbio oral, ouvindo com atenção e formulando perguntas;
- Incentivar a leitura pela criança mesmo de forma não convencional;
- Recontar repertório variado de textos;
- Incentivar a criança relatar experiência do cotidiano;
- Escutar atentamente as leituras feitas pelas crianças;
- Representar oralmente a fala de personagens de histórias infantis ou outros;
- Representar com desenhos fatos cotidiano ou ações de personagens;
- Observar as diferentes formas de letras;
- Desenvolver atividades lúdicas
- Elaborar cartazes;
- Reconhecer números no contexto diário;
- Utilizar diferentes estratégias (brincadeiras, jogos, advinhas, unidades de medidas
não convencionais, etc.) para identificar números em situações que envolvem contagens
69
e medidas, números familiares ou frequentes, através de cartazes e atividades feitas na
sala de aula;
- Ler, escrever, comparar e ordenar números familiares ou frequentes, através de
cartazes e atividades feitas na sala de aula;
- Representar com desenhos os conhecimentos conceituais adquiridos;
- Descrever e representar pequenos percursos e trajetos, observando pontos de
referência;
- Registrar quantidades de objetos de uma coleção;
- Montar jogos
- Usar diferentes fontes de informação e relacioná-las
- Coletar dados por meio de pesquisas e observações
- Formular questionamentos
- Associar escrita de nomes, letras e textos
- Registrar o assunto organizadamente de diferentes maneiras
- Desenvolver atividades matemáticas
- Estabelecer conversa dirigida;
- Observar, classificar, identificar e comparar;
- Pesquisar gravuras;
- Confecção de álbum, livro, etc.;
- Utilizar diferentes fontes como, objetos, fotografias, documentários, livros, relatos
de pessoas, mapas, etc., para buscar informações;
- Participar em debates que confronte ideias;
- Observar mudanças ocorridas na paisagem local decorrente das mudanças
climáticas e da intervenção do ser humano.
c) Conteúdos Atitudinais
- Conscientizar-se da importância da escuta para compreensão da leitura;
- Escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor;
- Respeitar a fala e ideias dos colegas;
- Ouvir com atenção e manifestar sentimentos, experiências, ideias e opiniões;
- Sentir-se parte integrante do grupo;
- Socializar as informações que os alunos possuem sobre o tema;
- Desenvolver atividades realizadas pela própria criança;
- Propiciar atividades diversas de psicomotricidade;
70
- Estimular o raciocínio e a atenção;
- Despertar a curiosidade e interesse pelos conhecimentos matemáticos;
- Concentrar-se nas realizações das atividades;
- Participar das brincadeiras, jogos de forma prazerosa e espontânea;
- Socializar-se com a turma nas atividades coletivas;
- Estimular a socialização;
- Confecção de álbum, livro, etc.;
- Valorizar atitudes de preservação e manutenção do meio ambiente;
- Desenvolver respeito em relação a organização do grupo nas realizações dos
trabalhos;
6.6.2- Ambiência Literatura Infantil
6.6.2.1-Fundamentação Teórica
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), para
se formar leitores deve-se trabalhar na prática de sala de aula com textos literários, pois
a leitura
favorece
a imaginação, a criatividade,
a capacidade de se expressar,
enriquece o vocabulário, portanto é uma das capacidades que deve ser incentivada e
valorizada desde tenra idade nas escolas.
Contar histórias é trabalhar com o imaginário da criança, além de motivar e
incutir o prazer de ouvir e ler. A criança que gosta de livros, que vive a fantasia
consegue ser um adulto mais consciente de seu papel na transformação da sociedade.
Piaget (apud COSTA & SANTOS, 2002) afirma que quanto mais a criança viu
e ouviu, tanto mais deseja ver e ouvir. Quanto maior for o enriquecimento perceptível,
afetivo, social e comunicativo, tanto mais será também o desenvolvimento da sua
inteligência, portanto a leitura deve fazer parte desse cidadão em construção, pois para
quem não sabe ler, ouvir histórias é fazer leitura e contar histórias é uma arte, portanto
todo professor, mesmo sem ser artista, deve saber contar histórias.
Amarilha (1997 apud LEMOS,2009) defende que o acesso à contação de
histórias promove condições de a criança desenvolver sua habilidade discursiva, quando
lhe é conferida a possibilidade de recontar a história, desenhar e identificar os
personagens e outras formas de representação. Enquanto lhes conta a história, o ouvinte
(a criança) é levado a comportar-se com tão grande fascínio, que vai sendo envolvido
71
para o livro e para o silêncio que, segundo a autora, são comportamentos comuns
somente aos que conseguem exercer com o livro grande intimidade.
Quando a criança ouve ou lê uma história e é capaz de comentar, indagar,
duvidar ou discutir sobre ela, realiza uma interação verbal, que neste caso, vem ao
encontro das noções de linguagem de Bakhtin (1992).
Se desde cedo a criança é incentivada a escutar histórias, a ler as imagens dos
livros, a participar do reconto das histórias, será um adulto que gostará de ler, ou seja
um bom leitor.
Segundo Abramovich (1997 apud PAHL,2008) quando as crianças ouvem
histórias, passam a visualizar de forma mais clara, sentimentos que têm em relação ao
mundo. As histórias trabalham problemas existenciais típicos da infância, como medos,
sentimentos de inveja e de carinho, curiosidade, dor, perda, além de ensinarem infinitos
assuntos.
É através de uma história que se pode descobrir outros lugares,
outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outras regras, outra
ética, outra ótica... É ficar sabendo história, filosofia, direito,
política, sociologia, antropologia, etc., sem precisar saber o
nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula.
(ABRAMOVICH, 1997, p.17)
Estudos demonstram que ler para as crianças as ajuda a desenvolver a
alfabetização de várias formas. Ler a mesma história diversas vezes é uma técnica
importante, porque as crianças adquirem um entendimento das funções do texto, de
como ele é usado e do que as pessoas estão lendo. As experiências com os livros de
histórias ensinam às crianças como manusearem os livros e a sua progressão da frente
para trás; a ideia de que as histórias têm início, meio e um fim. A sala da literatura
infantil foi pensada exatamente para atender a essa necessidade tão importante, que é
despertar o gosto pela leitura, além de ser uma das formas que a criança tem para
ampliar, transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida, tomando
consciência do mundo em que vive.
A literatura infantil contribui para o processo de desenvolvimento da
linguagem, uma vez que possibilita às crianças a percepção de que há um diálogo entre
o real e o imaginário. O que é explicado por Vygotsky (1995 apud COUTO, 2007, p.41)
quando diz que o “faz de conta é uma das atividades mediadoras da gênese da escrita e
se encontra entre o gesto e a linguagem escrita, pois a criança desde pequenininha,
72
utiliza o gesto para se comunicar e expressar suas emoções e desejos, e assim, ocorre a
linguagem.”
O faz de conta cria as condições necessárias para a criança se constituir como
leitora e escritora; isto porque enquanto brinca de faz de conta, a criança desenvolve a
capacidade de pensar, de compreender o mundo que a cerca.
Segundo a Matriz Curricular (2010, p.14), o aspecto lúdico presente na
Literatura Infantil pode ser visto como estratégia didática para motivar a aprendizagem,
despertando, na criança, o desejo de vivenciar novas descobertas e aventuras. Também
de acordo com estudos da psicologia, a literatura infantil trabalha com os estados
emocionais da criança, auxiliando-a lidar com inseguranças, questões existenciais e com
a própria autoestima.
Esta
ambiência
da
Literatura
Infantil
está
equipada
com
tapetes
emborrachados, almofadas, estantes com livros infantis e outros, TV, aparelho de DVD
e filmes infantis, fantoches, janela para contar história e fantasias. Nesse espaço as
crianças manuseiam livros e revistas, inventam histórias, “leem”, contam e dramatizam
histórias, assistem filmes infantis, cantam e dançam, manuseiam fantoches.
A criança será um bom leitor, se ver a leitura com prazer. Assim, a leitura
poderá ser um hábito saudável, capaz de formar cidadãos conscientes, competentes, com
sensibilidade e imaginação. O que confirma o autor Abramovich (1997, p.17), quando
diz que as crianças que ouvem histórias, passam a visualizar de forma mais clara,
sentimentos que têm em relação ao mundo.
Sendo assim
a escola deve
desenvolver um trabalho
que garanta o
construção das seguintes capacidades:
- Familiarizar-se com a linguagem escrita por meio do manuseio de diferentes
portadores de textos como, revistas, livros gibis, cartazes, etc.;
- Interessar-se pela leitura de histórias;
- Escolher os livros para ler e apreciar;
- Participar de situações nas quais possa “ler”, ainda que não o faça de maneira
convencional;
- Participar com interesse em situações de leitura, feita pelos adultos, de diferentes
gêneros textuais, como: parlendas, poemas, trava línguas, receitas, etc.;
- Recontar história descrevendo personagens, locais, cenários, etc.
73
6.6.2.2 Objetivos
- Objetivo Geral:
Possibilitar às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação
com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais
orais e escritos.
- Objetivos Específicos:
- Enriquecer o imaginário infantil;
- Favorecer o contato com textos literários;
- Aumentar o universo cultural das crianças;
- Aumentar o vocabulário;
- Desenvolver a oralidade;
- Favorecer momentos de prazer em grupo;
- Criar o hábito de escutar histórias;
- Valorizar o livro como fonte de entretenimento e conhecimento
- Contribuir para o seu desenvolvimento cognitivo;
- Estimular o mundo fantástico e imaginário da criança;
- Proporcionar interesse pela leitura através das estórias e contos infantis.
6.6.2.3-Proposta Pedagógica
a) Conteúdos Conceituais
 Narrativas de acontecimentos ou história com começo, meio e fim;
 Criar hábitos de leitura e manuseio de livros
b)Conteúdos Procedimentais
 Manusear livros, revistas;
 Contar histórias;
 Manusear fantoches;
 Recontar histórias;
 Usar fantasias para explorar o faz de conta

Assistir filmes ou peça teatral
 Dramatizar estórias, vivências e cenas do cotidiano.
74
 Imitar animais, objetos do cotidiano e personagens.
 Dramatizar estórias, vivências e cenas do cotidiano.
 Imitar animais, objetos do cotidiano e personagens.
c) Conteúdos Atitudinais
 Despertar o gosto pela leitura
 Cuidados no manuseio de livros e fantoches
 Ter cuidados com os livros e demais materiais escritos;
 Estimular o raciocínio e a atenção
 Usar a imaginação e a criatividade;
 Interessar em ouvir ou ver histórias
 Colaborar na preservação de materiais expostos para apreciação;
6.6.3- Ambiência das Artes
6.6.3.1.Fundamentação Teórica
No artigo 26, parágrafo 2º da nova Lei de Diretrizes e Bases tem-se que o ensino
da Arte constitui como componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da
Educação Básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
O referencial curricular da Arte visa a ampliação do universo cultural do
educando, à sensibilidade em relação ao meio ambiente e à busca da expressão
individual e coletiva, de forma crítica e transformadora.
A sensibilidade, a criatividade e a livre expressão possibilitam ao aluno trazer
suas experiências e seu conhecimento artístico para a sala de aula, valorizando as
produções populares, historicamente consideradas não culturais.
Há muito os educadores, arte-educadores, educadores musicais e psicólogos
têm se empenhado em demonstrar a importância do ensino artístico para o
desenvolvimento da personalidade humana. Essa ação de natureza interdisciplinar
fortaleceu o sistema de ensino brasileiro a incluir o ensino artístico na LDB nº 9294/96 e
produzir os Parâmetros Curriculares Nacionais de Artes. Vários estudos foram
desenvolvidos com essa proposta epistemológica, dentre eles, o de Howard Gardner
(1994) que traça a importância das artes no desenvolvimento das habilidades cognitivas,
psicomotoras, emocionais e afetivas das crianças, jovens e adultos. Para o psicólogo, a
arte contribui sobremaneira na formação integral do indivíduo, traz latente a cultura de
75
um povo, difunde o senso estético, promove a socialização, o sentido da parceria e da
cooperação, além de ativar a sensibilidade e a subjetividade dos indivíduos.
A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da
percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à
experiência humana. O aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação,
tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas
produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas.
Mukhina (1995, p.40), afirma que nas experiências com as artes, a criança
estabelece comparações, elabora impressões, interpreta conflitos e considera hipóteses.
Assim, a prática de se desenvolver a Arte se constitui como uma possibilidade de a
criança perceber-se como autora de suas ilustrações.
O contato com a arte contribui para desbloquear o processo criativo,
proporcionando descobertas das mais variadas formas de expressão. O desenho é a
oportunidade da criança organizar suas experiências, convertendo o pensamento em
forma de desenho. Por isso devemos incentivar as crianças a desenharem, não só para
perceber o que se passa com ela, mas também pra desenvolver o seu grafismo, reter
mais informação e assim construir novos conhecimentos.
As Artes comunicam o que há de humano em cada um de nós. Elas despertam a
aprendizagem porque tocam o verdadeiro ser interior. A oportunidade de interagir com o
ambiente é tão importante para as crianças quanto a de observá-lo. À medida que as
crianças desenvolvem formas externas de expressão, elas aprendem a dominar os meios
para que esta seja deliberada e não acidental, isto significa ensinar as crianças a usarem
as mãos para pintar e modelar, para controlar os meios. Os pincéis e as tintas passam a
ser uma extensão da pessoa. As crianças pequenas são, em certo grau, movidas por
estímulos. As tintas que se misturam em uma pintura podem gerar novas formas e cores,
que vão estimular oportunidades que não estavam presentes no início. Estas explorações
devem ser estimuladas, pois é através da exploração individual do meio que as crianças
desenvolvem o controle. Através das atividades artísticas a criança é introduzida no
mundo do belo, do estético, e sua atenção é despertada para observar a beleza de seu
ambiente natural que a rodeia, Trabalhar a arte com as crianças pequenas é investir na
criatividade de cada uma delas, o desenho tem sua linguagem e as crianças se expressam
também através deles.
Nesta ambiência é trabalhado o gosto pela música, que é uma forma usada para
expressar e comunicar sensações, sentimentos. A estimulação infantil com músicas
76
proporciona diversos benefícios, tais como: o desenvolvimento da linguagem oral,
aquisição da leitura e escrita, melhorando a capacidade de memorização e de raciocínio
lógico; auxilia no aprimoramento da coordenação motora; ensina a ouvir as pessoas ao
seu redor e os ruídos do ambiente em que esta inserido; estimula a socialização, pois a
criança aprende a conviver melhor com os adultos e com as outras crianças, por isso
devemos estimular o gosto pela música, pois auxilia o processo de alfabetização.
Segundo a pedagoga Maria Lúcia Cruz Suzigan (2006), especialista no ensino
de música para crianças, “a música estimula áreas do cérebro não desenvolvidas por
outras linguagens, como a escrita e a oral. Essas áreas se interligam e se influenciam”. A
linguagem musical afeta as nossas emoções, uma vez que promove a integração entre os
aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, tornando-se um meio relevante para a
expressão humana. Sendo assim, ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda,
participar de brincadeiras rítmicas, são atividades que despertam, estimulam e
desenvolvem o gosto pela linguagem musical, além de irem ao encontro da necessidade
que as crianças têm de se expressarem.
Vale ressaltar também que em 18 de agosto de 2008, a lei nº 11.769 estabeleceu
que, em três anos ─ portanto, até o ano de 2011 ─ a música deveria ser conteúdo
obrigatório no currículo escolar da educação básica brasileira, que compreende da
Educação Infantil ao Ensino Médio. Um dos objetivos da música é desenvolver o
contato com a cultura desde a infância, aplicando conceitos como harmonia, disciplina e
trabalho em conjunto.
A ambiência das Artes oferece um ambiente próprio com materiais que
estimulam formas expressivas integrando percepção, imaginação, reflexão e
sensibilidade. Aqui a criança experimenta vários materiais, utiliza materiais recicláveis
para criar novos brinquedos ou pinturas, realiza colagens, pinturas, desenhos com
variadas técnicas, manuseia tesoura e, além disso, trabalha-se o gosto pela música e
dança.
A arte na escola constitui uma possibilidade para alunos exercitarem suas
corresponsabilidades pelos destinos de uma vida cultural individual e coletiva, mais
digna sem a exclusão de pessoas por preconceitos de qualquer ordem.
Uma vez que a arte possui a importante função de possibilitar o encontro de ser
consigo mesmo, de si com os outros e com a totalidade da realidade humana.
As atividades realizadas envolvendo esse eixo devem estar voltada para que as
criança de 04 e 05 anos, desenvolva diversas capacidades como:
77
- Interessar-se e zelar das próprias produções, pela das outras crianças e as realizadas
no espaço escolar;
- Participar das diversas atividades de arte, utilizando a linguagem expressiva do
desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, dos traçados e outros;
- Interessar-se em apreciar e conhecer diferentes obras artísticas e os autores de
renomadas obras de artes;
- Explorar e identificar elementos da música, expressar-se e interagir com os outros
ampliando seu conhecimento de mundo;
- Expressar e perceber expressão de sentimentos, por meio de improvisações e
interpretações musicais;
- Interessar-se e demonstrar curiosidade em obter informação sobre as obras musicais e
seus compositores;
- Escutar com atenção e interesse os diversos gênero e estilo de produção musical
brasileira;
6.6.3.2- OBJETIVOS:
- Objetivo Geral
Proporcionar as crianças por intermédio das diversas formas de expressão
artística aprender a ver, criar, ouvir e a praticar, desenvolvendo a atenção e ampliando a
capacidade de concentração, criação e memória.
- Objetivos Específicos
- Desenvolver hábitos que estimule a fantasia.
- Estimular a coordenação e a criatividade com o trabalho de recorte, pintura;
- Ampliar suas capacidades de comunicação e expressão por meio de diversos materiais
gráficos e plásticos;
- Produzir trabalhos utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da escultora, da
colagem, da modelagem,
- Fazer releitura de obras artística nacionais e regionais
- Manusear instrumentos musicais e objetos sonoros
- Participar de jogos e brincadeiras que envolva dança ou a improvisação musical;
- Participar de atividades de locomoção como andar, saltar, correr, saltitar, galopar etc...,
estabelecendo relações com os diferentes gestos sonoros.
78
6.6.3.3-Proposta Pedagógica
a) Conteúdos Conceituais
- Interpretação de músicas e canções diversas (músicas infantis, canções folclóricas,
músicas populares e clássicas) para desenvolver a memória musical;
- Reconhecimento
por meio da escuta silenciosa, de fontes geradoras e ritmos
(intensidades, duração, timbre, etc.) das sonoridades presentes na natureza;
- Participação da criança em jogos e brincadeiras que envolva ritmo musical, canções e
movimentos corporais.
- Desenho, pintura, colagem e modelagem: criação livre e orientada de desenho,
pinturas, escultura modelada e colagens e exploração dos espaços bidimensionais e
tridimensionais;
- Observação dos elementos constituintes da linguagem visual (cor, forma, volume
espaço e textura);
- Leitura de obras de artes: observação, interpretação e descrição de obras de artes
diversas;
- Releitura de figuras:
b)Conteúdos Procedimentais
- Escutar diferentes estilos, gênero, épocas e culturas da produção musical brasileira;
- Informar as crianças sobre as obras ouvidas e seus compositores; Ouvir e classificar
sons produzidos no cotidiano — sons dos animais, das plantas, objetos, instrumentos
musicais, máquinas, eletrodomésticos, etc.
- Produzir sons sonoros imitando os existentes na natureza
- Criar pequenas canções parodiando as existentes;
- Construir juntos com as crianças instrumentos musicais com materiais disponíveis,
sucatas e materiais recicláveis;
- Resgatar e aproximar as crianças dos valores culturais musicais da música tradicional
popular, principalmente as regionais;
- Utilizar diversos instrumentos e materiais de suporte como lápis, pincéis, tinta, papel,
cola, tesoura, etc. para o fazer artístico de desenhos, pinturas, colagens e escultura;
- Manusear e utilizar diferentes materiais de suportes como cartolinas, lixas, areia, terra,
argila, percebendo marcas, gestos e texturas;
79
- Construir objetos variados explorando os espaços físicos do ambiente interno e externa
as salas ambiências;
- Desenhar a partir de observação de leituras, cenas de vídeo, pessoas,
objetos, etc.;
- Observar e identificar e descrever oralmente personagens de história conhecida, de
figuras, filmes vistos;
- Copiar seus próprios desenhos e outras figuram em escala maior ou menor;
- Expor os trabalhos construídos para apreciação da comunidade escolar;
c)Conteúdos Atitudinais
- Despertar o gosto em ouvir música de diferentes estilos e gêneros música;
- Apreciar participar de danças, cântico, jogos, etc.;
- Escutar música com interesse e atenção;
- Manter silêncio para apreciar uma música;
- Participar com interesse na construção de materiais;
- Interessar e fazer música explorando os materiais confeccionados;
- Entender e respeitar a forma como os colegas se expressa musicalmente;
- Caprichar na produção de artes visuais demonstrando interesse;
- Respeitar a produção dos colegas;
- Contemplar suas produções e dos colegas.
6.6.4-Ambiência da Brinquedoteca
6.6.4.1 -Fundamentação Teórica
Cunha (1992,) afirma que:
Uma brinquedoteca é um espaço preparado para estimular a
criança a brincar, possibilitando o acesso a uma grande
variedade de brinquedos, dentro de um ambiente especialmente
lúdico. É um lugar que convida a explorar, a sentir, a
experimentar. É um ambiente para estimular a criatividade, e
deve ser preparado de forma criativa com espaços que
incentivem a brincadeira de faz de conta, a dramatização, a
construção, a solução de problemas, a sociabilização e a vontade
de inventar. (CUNHA, 1992, p. 36).
80
A ambiência da brinquedoteca é pensada como espaço para a criança brincar,
dando a ela o direito de vivenciar a sua infância, resguardando a sua criatividade,
espontaneidade, imaginação e fantasia. Nesse ambiente as brincadeiras são entendidas
como condição necessária para o desenvolvimento da capacidade de representar, pois o
que a criança representa no brinquedo, corresponde ao que ela observa no seu cotidiano.
Também serve como espaço para os jogos pedagógicos. O jogo aqui é entendido como
uma ação educativa e pedagógica, onde a criança aprende brincando e organiza o seu
pensamento e conhecimento mediante a variedade de jogos que estão colocados à sua
disposição, conforme tema trabalhado. Esta sala é uma das preferidas das crianças, isto
porque o brinquedo faz parte da vida da criança independente do nível social ou cultural
a que pertence. Segundo Horn (2004, p.70): “o brinquedo sempre fez parte da vida das
crianças independentemente de classe social ou cultural em que está inserida”. É
intrínseco da criança o hábito do brincar.
Vygotsky (1991 apud REGO, 2002, p.80), “considera o brinquedo uma
importante fonte de promoção de desenvolvimento. Afirma que, apesar do brinquedo
não ser o aspecto predominante da infância, ele exerce uma enorme influência no
desenvolvimento infantil”. Portanto não devemos conceber a infância longe do
brinquedo. Brincar para a criança é principalmente estar presente no ambiente, se
constituindo como individuo e compartilhando significados. Brincar em um ambiente
aconchegante, que retrate a identidade da criança e de livre acesso ao mesmo, é
fundamental no seu desenvolvimento, visto que se estará promovendo a interação entre
criança/criança, criança/educador e até mesmo respeitando os momentos em que a
criança prefere brincar sozinha.
O brinquedo entendido como objeto, suporte da brincadeira supõe relação
íntima com a criança, seu nível de desenvolvimento e indeterminação quanto ao uso, ou
seja, a ausência de um sistema de regras que organize sua utilização. Uma boneca
permite à criança desde a manipulação até brincadeiras como “mamãe e filhinha”. O
brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da
realidade. Ao contrário, os jogos como xadrez, e de construção exigem, de modo
explícito ou implícito, o desempenho de habilidades definidas pela estrutura do próprio
objeto e suas regras. O jogo é um recurso pedagógico riquíssimo capaz de oportunizar à
criança situações ricas e desafiadoras, fazendo com que a aprendizagem se torne
divertida, a criança tenha interesse e pense com mais concentração e motivação.
81
Os jogos mantém uma relação estreita com a construção do conhecimento e
possui influência como elemento motivador no processo de aprendizagem. Segundo
HUIZINGA (1980), o jogo é um fenômeno presente em todas as sociedades, sendo
inegável a sua existência como elemento da cultura. Isto quer dizer que o jogo é
fundamental para o desenvolvimento global da criança.
A ambiência da Brinquedoteca possui vários tipos de jogos, tais como: jogos de
encaixe, jogos de construção, quebra-cabeças (de animais, plantas, números, corpo
humano), dominós, figuras geométricas, alfabeto móvel, dados, jogos de boliche, jogo
de bingo (alfabético e numérico), jogos da memória, blocos lógicos, figuras
geométricas, placas de alinhavo. Possui também vários tipos de brinquedos, tais como:
casinha de bonecas, bonecas, carrinhos, panelinhas, bichos de pelúcia, teclado de
computador, aparelhos de telefone, relógios, que possibilitam o faz de conta.
Nos momentos de brincadeiras o professor deverá observar e auxiliar quando
necessário, podendo desta forma compreendê-las e conhecê-las um pouco mais,
incentivar mais suas criações e estimular a participação de todas as crianças. O professor
está sempre atento na organização dos recursos da sala para torná-los atrativos,
convidativos e está sempre introduzindo alguma novidade para incentivar a brincadeira
e a descoberta de novos conhecimentos. O que é confirmado pelo estudos de Vygotsky
(1991 apud REGO, 2002, p.80), que “considera o brinquedo uma importante fonte de
promoção de desenvolvimento”.
Cabe a escola desenvolver um trabalho voltado a proporcionar as crianças
desenvolver as capacidades abaixo :
- Agrupar e realizar de diferentes formas;
- Construir agrupamentos de objetos distintos;
- Perceber e manifestar observações com mesma quantidade de líquido em recipientes
de diferentes formas e tamanho;
- Contar objetos com material concretos registrando quantidades;
- Contar mentalmente diversos objetos e relacioná-los a quantidade utilizando material
concreto;
- Reconhecer o valor dos numerais no cotidiano e sua função; (ex.: número de telefone,
da casa, placa do carro etc., );
- Utilizar calendário para localizar os dias (ontem, hoje, amanhã) adquirindo noção de
tempo;
- Identificar as formas geométricas e percebê-las em móveis, construção, objetos, etc.;
82
- Perceber a relatividades de atributos de grandeza, (maior, menor grosso, fino, alto,
baixo).
A brinquedoteca estará organizada como um espaço lúdico de interação e
vivência significativa aos alunos disponibilizando:
- Brinquedos variados (carrinhos, bonecas, ursos de pelúcia, casa de boneca; utensílios
de casa em miniatura, etc.);
- Jogos diversos (dominó, boliche, memória, amarelinha, encaixe, blocos lógicos,
blocos de construção, etc.);
- Espaço para o brincar de faz de conta;
- Espelhos grande
Este espaço tem a finalidade de oferecer momentos de descontração a criança
e ao mesmo tempo despertar e explorar a formação simbólica, social, pessoal e
cognitiva das mesmas. Além de possibilitar o aprendizado da matemática de forma
lúdica e concreta.
6.6.4.2- Objetivos
-Objetivos Gerais
- Proporcionar as crianças uma formação integral voltada para o exercício da cidadania
por intermédio dos conhecimentos matemáticos, valorizando a intuição, a percepção, a
observação no aprendizado da matemática.
- Possibilitar que recriem, em contextos significativos, relações quantitativas, medidas,
formas e orientação espaço temporal.
- Propiciar vivências que possibilitem o faz de conta.
-Objetivos Específicos
- Valorizar a matemática como fonte de prazer, entretenimento e aprendizagem;
- Familiarizar-se com os números e sua leitura por meio da execução das atividades;
- Reconhecer e valorizar os números, as operações numéricas, as contagens orais e as
noções espaciais como ferramentas necessárias no seu cotidiano;
- Adotar os conhecimentos matemáticos em suas diferentes formas, como elementos
facilitadores do desenvolvimento infantil;
- Oferecer um espaço organizado proporcionando as crianças interagir com diferentes
materiais significativos, a sua faixa etária, de forma prazerosa;
83
- Proporcionar a criança o direito de construir sua autonomia através de suas fantasias e
imaginário;
- Oferecer as crianças atividades lúdicas que favoreça um melhor desenvolvimento nos
aspectos cognitivo, motor, social e afetivo de maneira prazerosa e divertida no faz de
conta.
- Propor brincadeiras de faz de conta que possibilitem a construção de sua identidade e
autonomia.
6.6.4.3 - Proposta Pedagógica
a) Conteúdos Conceituais
- Introdução às noções de medidas de comprimento, pequeno/grande, maior/menor,
curto/comprido, peso, volume, etc.
- Exploração e identificação de cores e formas geométricas; linhas reta círculo, quadrado,
triângulo, retângulo
- Introdução às noções de posição e espaço: :perto/longe, dentro/fora, aberto/fechado,
frente/atrás.
-Explorar as noções de quantidade: muito/pouco, menos/mais, cheio/vazio.
- Conhecer às noções de tempo:
ontem, hoje, amanhã, dia/noite.
- Utilização da contagem oral em situações que reconheçam sua necessidade;
b)Conteúdos Procedimentais
- Utilizar peças geométricas de tamanho e formas diferentes para que os alunos possam
fazer comparações;
- Agrupar e realizar contagem de diferentes formas: dados, palitos e tampinhas;
- Comparar objetos quanto ao tamanho e espessura;
- Contar objetos com materiais concretos, utilizar-se de contagem oral nas brincadeiras,
jogos e em situações nas quais crianças devem usar contagem;
- Utilizar da contagem oral, de noções de quantidade, de tempo e de espaço em jogos e
brincadeiras;
- Manipular e explorar objetos e brinquedos, percebendo suas características e propriedades,
bem como suas possibilidades associativas, tais como: empilhar, rolar, encaixar, etc.
c) Conteúdos Atitudinais
- Despertar a curiosidade e interesse pelos conhecimentos matemáticos;
84
- Concentrar-se nas realizações das atividades;
- Usar a imaginação e a criatividade;
- Participar das brincadeiras, jogos de forma prazerosa e espontânea;
- Socializar-se com a turma nas atividades coletivas;
- Estimular o raciocínio e a atenção;
- Usar a imaginação e a criatividade;
- Despertar a curiosidade e interesse pelos conhecimentos matemáticos;
- Colaborar na preservação de materiais expostos para apreciação;
- Participar dos brinquedos livres, o “jogo simbólico” espontâneo integrando-se a este.
6.6.5- Ambiência Brincando com o Movimento do Corpo
6.6.5.1- Fundamentação Teórica
Conforme os estudiosos do desenvolvimento infantil, o corpo é o primeiro
objeto de interação do sujeito com o mundo. Isto é a criança constrói conhecimentos por
meio de experiências diversas que passam pelo seu próprio corpo, com a participação do
adulto/educador que deve lhe proporcionar oportunidades não só de movimentos, mas
também de contatos, os quais se expressam pelo olhar, pelo gesto, pelo toque.
O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura
humana. As crianças se movimentam desde que nascem, adquirindo cada vez maior
controle sobre seu próprio corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades de
interação com o mundo. Ao movimentar-se, as crianças expressam sentimentos,
emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e
posturas corporais. Ao brincar, jogar, imitar, criar ritmos e movimentos, as crianças
também se apropriam de repertório da cultura corporal na qual estão inseridas. As
crianças aprendem a adaptar movimentos a diferentes espaços, diferentes andamentos e
velocidades, variações de intensidade e força e diferentes formas de objetos. Para as
crianças pequenas, o movimento significa vida, segurança, e é um fator importante da
autodescoberta e da descoberta do ambiente, ajudando as crianças a manterem sua
orientação no espaço. É um fator importante no desenvolvimento de seus conceitos de
tempo, espaço e direção.
Essa ambiência possui os seguintes materiais: bambolês, bolas, saquinhos de
areia, cordas, colchonetes, bola de tênis, pneus, piscina (que é montada para dar as
primeiras noções de como boiar). Faz parte desta ambiência também o parquinho, que
85
possui balanços, escorregador simples, escorregador com casinha e balanço, gira-gira, e
brinquedos para brincar na areia. O professor desta ambiência também poderá utilizar
um local denominado barranco, onde as crianças brincam de subir e descer o mesmo
com e sem auxílio de cordas, possibilitando as brincadeiras ao ar livre.
O momento do parque é organizado, pelos professores, em cantos como areia,
brinquedos e faz de conta. Aqui podemos confirmar o que Vygotsky (1998, p.17) diz :
“Quando se brinca, o ser humano cria, inova, deixa fluir sua capacidade e liberdade de
inventar novas maneiras pra progredir e resolver problemas circunstanciais”.
O objetivo
específico do eixo linguagem corporal é de que a criança
desenvolva capacidades de:
- Vivenciar diversas atividades lúdicas como jogos e brincadeiras, que
estimulem a descoberta de novas possibilidades de movimentos;
- Desenvolver a capacidade de comunicar e exprimir seus sentimentos através
dos movimentos corporais utilizando jogos, brincadeiras e dramatizações;
- Aprender a relacionar-se coletivamente através das atividades lúdicas;
- Realizar movimentos de estimulação sensorial explorando os órgãos do
sentido; (4 anos );
- Apropriar-se da imagem global de seu corpo, desenvolvendo atitudes de
interesse e cuidado com o próprio corpo;
- Identificar, explorar e estimular a descoberta de novas possibilidades de
movimentos corporais;
- Explorar os sentidos através dos movimentos corporais;
- Explorar as manifestações corporais que possibilitam o conhecimento do
mundo real e imaginário;
- Realizar movimentos que estimulem a formação do esquema corporal;
- Utilizar regras simples na vivência de manifestações corporais;
- Expressar com autonomia e liberdade de movimento a cultura da infância;
- Explorar os sentidos através dos movimentos corporais;
- Explorar as manifestações corporais que possibilitam o conhecimento do
mundo real e imaginário;
- Realizar movimentos que estimulem a formação do esquema corporal;
- Utilizar regras simples na vivência de manifestações corporais;
- Expressar com autonomia e liberdade de movimento a cultura da infância;
- Participar de atividades corporais utilizando regras simples;
86
- Aprender a relacionar-se consigo mesmo, com o outro e com o mundo;
- Expressar seus sentimentos através dos movimentos corporais;
- Reconhecer nas manifestações corporais sensações afetivas;
- Construir regras de convivência a partir do mundo da fantasia e do imaginário;
- Realizar movimentos que estimulem a formação do esquema corporal;
- Valorizar atividades corporais provenientes de diferentes culturas.
6.6.5.2- Objetivos
- Objetivo Geral
Construir conhecimentos sobre o corpo na perspectiva de auto cuidar-se e auto
preservarem. Partir de um corpo estritamente biológico para a descoberta de um corpo
que se comunica. Elaborar, graficamente, contornos de corpos em harmonia e em
comunicação.
- Objetivos Específicos:
- Desenvolver a coordenação motora grossa e fina através das atividades
recreativas e lúdicas como: danças, jogos, brincadeiras livre e orientadas;
- Identificar, explorar e estimular a descoberta de novas possibilidades de
movimentos corporais;
- Expressar com autonomia e liberdade de movimento a cultura da infância.
6.6.5.3- Proposta Pedagógica
a) Conteúdos Conceituais
- Apropriação progressiva da imagem global de seu corpo; conhecendo e
identificando seus segmentos e desenvolvendo cada vez mais uma atitude de interesse e
cuidado com o próprio corpo;
- Exploração das diferentes qualidades do movimento humano, como força,
velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e as
potencialidades de seu corpo;
- Valorização e ampliação das possibilidades estéticas do movimento pelo
conhecimento e utilização das vivências corporais;
- Expressão intencional do movimento nas situações cotidianas e em suas
práticas corporais;
87
- Percepções, sensações, emoções e limites expressos e reconhecidos através de
sinais corporais;
- Exploração dos diferentes espaços que a escola os oferece;
- Participação em brincadeiras e jogos envolvendo ações de correr, subir, descer,
escorregar,
pendurar-se,
movimentar-se,
agachar,
dançar
etc.,
ampliando
gradativamente o conhecimento e controle sobre o corpo e o movimento;
- Utilização e manipulação de materiais, objetos, e brinquedos diversos para
desenvolvimento das habilidades manuais.
b)Conteúdos Procedimentais
- Organizar ambiente, materiais e tempo visando integração das diversas
atividades;
- Explorar e estimular a descoberta de novas possibilidades de movimentos
corporais;
- Contemplar a imagem do seu próprio corpo de forma a conhecer e familiarizarse com o mesmo;
- Movimentar-se em diferentes movimentos durantes as atividades de correr,
subir, descer, escorregar, pendurar-se, movimentar-se, agachar, dançar etc;
- Utilizar e manusear objetos e brinquedos variados desenvolvendo habilidades
manuais;
c)Conteúdos Atitudinais
- Adquirir atitude de respeito e cuidado com o próprio corpo;
- Reconhecer e oportunizar a presença dos colegas nas atividades lúdicas,
valorizando o trabalho coletivo;
- Utilizar criativamente os recursos materiais, como brinquedos e demais objetos
no desenvolvimento de suas brincadeiras;
- Preservar os materiais pessoais e da escola;
- Adotar atitudes de respeito, cooperação e solidariedade em situações lúdicas,
repudiando qualquer espécie de violência.
88
6.6.6- Ambiência Pintando o Sete na Informação
6.6.6.1- Fundamentação Teórica
A tecnologia aos poucos está sendo incorporada e ganhando espaço nas escolas
de educação infantil.
Como diz Moura (1998):
"A Internet faz hoje parte do nosso mundo, incluindo o espaço
escolar, e a educação não pode passar ao lado desta realidade.
Este novo recurso põe à disposição um novo mar de
possibilidades para novas aprendizagens, permite a interação
com outras pessoas das mais variadas culturas, possibilita o
intercâmbio de diferentes visões e realidades, e auxilia a procura
de respostas para os problemas. Ela é um excelente recurso para
qualquer tipo de aprendizagem, em particular nas aprendizagens
em que o aprendente assume o controle”. (MOURA, 1998, p.
129)
Há uma década, computador em escolas brasileira era, quando muito privilégio
de elite. Atualmente há um consenso de que os materiais tecnológico inclusive os
computadores devem fazer parte do ambiente educativo desde a educação infantil, para
que as crianças compreendam sua funcionalidade e colaborem para uma aprendizagem
mais significativa.
O uso da informática permite que o professor explore novas maneiras de
trabalhar. Segundo Linhares (2001) a informática educativa:
“se caracteriza como um suporte ao educador, como um
instrumento a mais em sua sala de aula, sendo que o mesmo
pode utilizar os recursos colocados a sua disposição para ajudar
o aluno a construir novos conhecimentos. Neste nível, o
computador é explorado pelo educador em sua potencialidade e
capacidade, tornando possível praticar e vivenciar situações
fundamentais para a construção do conhecimento pelo aluno.
Portanto, a informática assume um papel importante na
educação quando se coloca a serviço da mesma” (2001, p.53).
Para as crianças a informática trata-se de uma atividade lúdica, outro objeto
interessante para manipular, explorar e projetar seu interesse pela descoberta. Elas não
89
precisam de cursos de capacitação para adquirir confiança e familiarizarem-se com o
equipamento, aprendem o seu uso com facilidade através de atividades de seu interesse.
Essas atividades devem proporcionar a iniciação ao letramento, ao mundo dos números
e aos conceitos de lógica que envolvem seriação, classificação, ordenação, etc. As
atividades propostas devem apresentar situações apropriadas para serem trabalhadas
neste tipo de mídia. Elas devem auxiliar as crianças na compreensão de conceitos,
colocando novos desafios e questionamentos.
Portanto, como diz Maria Luiza Belloni( 1999, p.78):
“O uso da tecnologia é
como uma forma de mediatizar o processo de ensino e de aprendizagem”.
Caetano e Marques (2002) argumentam que as escolas devem atentar para o
fato de que a informática se constitui como um elemento importante no currículo, pois:
(...) o contato moderado e orientado da criança com o
computador, em situações de ensino-aprendizagem, contribui
para o seu melhor desenvolvimento cognitivo e intelectual, em
especial no que diz respeito ao raciocínio lógico e formal, à
capacidade de pensar com rigor e sistematicidade, a habilidade
de inventar ou encontrar soluções para os problemas
(MARQUES e CAETANO, 2002, p.137)
Portanto, em uma sociedade cujos avanços na tecnologia acontecem cada vez
mais rapidamente, se faz necessário a informatização das escolas, pois a utilização da
informática na educação contribui, e muito, para o desenvolvimento da criança.
As crianças e os jovens, sabem aproveitar por conta própria as
oportunidades oferecidas pelo mundo digital, todavia , alguns professores ficam
constrangidos diante dessa desenvoltura das crianças, visto que muitos ainda não tem
muita habilidade em manusear a máquina. Porém tão importante quanto manusear é
incentivar as crianças a utilizar a tecnologia para produzir conhecimentos com base em
um labirinto de oportunidades.
Assim cabe ao professor(a) gerenciar o uso do
computador pelas crianças. Alunos e professores exploram aos poucos os recursos das
máquinas, por meio de jogos, histórias, além de pesquisas em sites de busca. O
planejamento é elaborado e organizado de forma a atender a todos de acordo com a
faixa etária de cada turma e suas possibilidades de aprendizagem.
A sala Laboratório de Informática aqui denominada de Pintando o Sete na
Informação, funcionará como uma sala ambiente e atenderá todas as crianças , sendo
90
atendido uma turma a cada hora de acordo com o rodízio das ambiências. Cada turma
será acompanhado pelo professor regente da sala que contará com auxílio da TMD
(técnica em Multimeios didáticos), sendo uma TMD para o período matutino e uma para
o período vespertino.
Ao professor caberá a função de disponibilizar aos alunos todo o planejamento
das atividades que será trabalhada no dia, observar minuciosamente as ações das
crianças, visto que este é um momento rico para conhecer
o processo de
desenvolvimento das mesmas em relação a linguagem, as capacidades sociais, afetivas,
cognitivas e emocionais.
A ambiência Pintando o Sete na Informação está equipada com 18
computadores com acesso a internet para uso das crianças, kit multimídia (caixa de som
para o servidor, e fones de ouvido para todos os computadores), mesas, tapetes
emborrachados, um computador que funciona como servidor, uma impressora a laser.
Esta ambiência foi implantada no ano de 2011, e o professor tem uma rotina
diária que favorece o trabalho realizado, isto é primeiramente em roda de conversa
reforça os combinados e cuidados com os equipamentos, depois mostra algum vídeo
sobre o assunto a ser trabalhado, retirado da internet ou em DVD, e como última etapa
os alunos tem acesso as atividades no computador.
6.6.6.2-Objetivos:
- Objetivo Geral:
Proporcionar as crianças o acesso ao mundo digital, tendo como fator decisivo
a sincronia entre o laboratório de informática e a sala de aula, dando oportunidade para
que todos utilizem os recursos tecnológicos de que dispõem.
- Objetivos Específicos:
- Estimular o raciocínio lógico e o conhecimento de mídias;
- Facilitar atividades de pesquisas;
- Compartilhar conhecimentos com crianças de outras localidades;
- Proporcionar a criança o direito de construir sua autonomia através de suas
fantasias e imaginários;
91
- Oferecer as crianças atividades lúdicas que favoreçam um melhor
desenvolvimento nos aspectos cognitivo, motor, social e afetivo de maneira prazerosa e
divertida;
- Promover a interação da criança com os jogos digitais que estimulem
estratégias, desafios e raciocínio lógico.
6.6.6.3-Proposta Pedagógica
a)Conteúdos Conceituais
- Compreensão de como funciona a máquina e para que serve:
- Conhecimento das partes principais que o compõem o computador;
- Interação com jogos educativos como quebra-cabeça, jogo dos sete erros, vestir
bonecos, e muitos outros jogos benéficos acessíveis à idade e a compreensão intelectual
de cada faixa etária;
-Utilização de softwares como o Paint (programa para fazer desenhos) para
desenhar na tela;
- Apreciação de histórias e desenhos dos clássicos e infantis;
- Visitação a sites educativos como museus, bibliotecas e blogs, orientando
o educando a um bom uso dos materiais positivos existentes na rede de internet.
b)Conteúdos Procedimentais:
- Apresentar as partes que torna o aparelho utilizável;
- Realizar atividades variadas;
- Assistir histórias infantis;
- Realizar jogos diversos;
- Fazer leitura de Imagens;
- Ilustrar e pintar desenhos na tela;
- Apresentar letras e numerais;
- Ouvir música, etc.
- Visitar sites educativos como museu, bibliotecas, blogs, etc.
c)Conteúdos Atitudinais:
- Manusear a máquina com cuidado e interesse;
- Interagir-se com o meio e a máquina
92
- Familiarizar-se progressivamente com a máquina;
- Trocar informações e dúvidas entre colegas e professora;
6.6.7- Sala Multifuncional
6.6.7.1-Fundamentação Teórica
A Constituição Federal de 1988 assegura o direito à educação (escolarização)
em classes comuns e ao atendimento educacional especializado complementar ou
suplementar à escolarização, as pessoas com necessidades educacionais especiais,
preferencialmente em salas de recursos na escola onde estejam matriculados, em outra
escola, ou em centros de atendimento educacional especializado. Esse direito também
está assegurado na LDBEN – Lei nº 9.394/96, no parecer do CNE/CEB nº 17/01, na
Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, na lei nº 10.436/02 e no Decreto
nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
O Atendimento Educacional Especializado é uma forma de garantir que sejam
reconhecidas e atendidas as particularidades de cada aluno com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotado. Este atendimento acontece
em uma Sala de Recursos Multifuncionais, ou seja, um espaço onde o professor regente
com formação continuada em Educação Especial realiza o Atendimento Educacional
Especializado/AEE. Constituem-se de mobiliários, materiais didáticos, recursos
pedagógicos de acessibilidade e equipamentos específicos e estão localizadas nas
escolas de educação básica que possuem matrículas de estudantes público alvo da
educação
especial.
Esse atendimento deverá ser paralelo ao horário das classes comuns. Uma mesma sala
de recursos poderá atender, conforme cronograma e horários específicos a cada aluno ou
grupo de alunos duas vezes por semana em um horário que varia entre 1h ou 2hs de
atendimento.
A EMEB Juarez Sodré Farias buscando incluir, acolher e garantir a
aprendizagem dos alunos com deficiência implantou a sala de recurso multifuncional
(SRM), em maio de 2012, visando complementar a escolarização desses alunos,
garantindo o direito de acesso e permanência nas escolas públicas
A Sala de Recursos Multifuncional (AEE) presta um serviço que
organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem barreiras para a
plena participação dos alunos, considerando as necessidades específicas dos alunos
93
com deficiência, matriculado no ensino regular, pertencente ao polo, sendo inclusos
em classes comum e atendidos na sala de recursos da EMEB Juarez Sodré Farias,
visando
complementar
e/ou suplementar a formação do aluno com vistas à
autonomia e independência na escola e fora dela.
As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado devem
ser diferentes daquelas atividades diárias que constituem o dia a dia escolar em sala de
aula comum, porém, vale lembrar, que elas não substituem essas atividades, apenas
complementa e/ou suplementa a formação dos alunos, fazendo assim com que eles
possam se desenvolver como pessoas atuantes e participativas no mundo que vivemos.
Os professores que trabalham com estes alunos deverão ser capacitados para
atender as suas necessidades especiais. Organizando características próprias para
atender cada aluno diferenciando uns aos outros, para o fluxograma de funcionamento.
Para que esse aluno seja capaz de compreender a cidadania com participação social e
política, com seus direitos e deveres adotando no seu dia-a-dia, atitudes de cooperação e
valorizando aspectos socioculturais. Ele tem papel de estimular o aluno com deficiência
a participação nas atividades extraclasse junto ao grupo dito normais. Fazê-lo
reconhecer como sujeito pertencente ao meio social em que vive, bem como elevar sua
autoestima.
Dentre as atividades curriculares específicas desenvolvidas no atendimento
educacional especializado em salas de recursos se destacam:
1. Ensino do Sistema Braille
Consiste na definição e utilização de métodos e estratégias para que o estudante
se aproprie desse sistema tátil de leitura e escrita.
2. Estratégias para autonomia no ambiente escolar
Consiste no desenvolvimento de atividades, realizadas ou não com o apoio de
recursos de tecnologia assistiva, visando à fruição, pelos estudantes, de todos os bens –
sociais, culturais, recreativos, esportivos entre outros – serviços e espaços disponíveis
no ambiente escolar com autonomia, independência e segurança.
3. Ensino do uso de recursos ópticos e não ópticos
Consiste no ensino da funcionalidade e da usabilidade dos recursos ópticos e
não ópticos e no desenvolvimento de estratégias para promoção da acessibilidade nas
atividades de leitura e escrita. São exemplos de recursos ópticos: lupas manuais ou de
94
apoio, lentes específicas bifocais, telescópios, dentre outros, que possibilitam a
ampliação de imagem. São exemplos de recursos não ópticos: iluminação, plano
inclinado, contrastes, ampliação de caracteres, cadernos de pauta ampliada, caneta de
escrita grossa, lupa eletrônica, recursos de informática, dentre outros, que favorecem o
funcionamento visual.
4. Estratégias para o desenvolvimento de processos mentais
Consiste na promoção de atividades que ampliem as estruturas cognitivas
facilitadoras da aprendizagem, nos mais diversos campos do conhecimento, para
desenvolvimento da autonomia e independência do estudante frente às diferentes
situações no contexto escolar. A ampliação dessas estratégias para o desenvolvimento
dos processos mentais possibilita maior interação entre os estudantes, o que promove a
construção coletiva de novos saberes na sala de aula comum.
5. Técnicas de orientação e mobilidade
Consiste no ensino de técnicas e desenvolvimento de atividades para a
orientação e mobilidade proporcionando o conhecimento dos diferentes espaços e
ambientes para a locomoção do estudante, com segurança e autonomia. Para estabelecer
as referências necessárias para o ir e vir. Tais atividades devem considerar as condições
físicas, intelectuais e sensoriais de cada estudante.
6. Ensino da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS
O ensino de Libras consiste no desenvolvimento de estratégias pedagógicas
para a aquisição das estruturas gramaticais e dos aspectos linguísticos que caracterizam
essa língua.
7. Ensino do uso da comunicação alternativa e aumentativa – CAA
Consiste na realização de atividades que ampliem os canais de comunicação
com o objetivo de atender as necessidades comunicativas de fala, leitura ou escrita dos
estudantes. Alguns exemplos de CAA são cartões de comunicação, pranchas de
comunicação com símbolos, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o
próprio computador, quando utilizado como ferramenta de voz e comunicação.
95
8. Estratégias para enriquecimento curricular
Consiste na organização de práticas pedagógicas exploratórias suplementares
ao currículo comum, que objetivam o aprofundamento e expansão nas diversas áreas do
conhecimento. Tais estratégias podem ser efetivadas por meio do desenvolvimento de
habilidades, da articulação dos serviços realizados na escola, na comunidade, nas
instituições de educação superior, da prática da pesquisa e desenvolvimento de
produtos; da proposição e o desenvolvimento de projetos de trabalho no âmbito da
escola, com temáticas diversificadas, como artes, esporte, ciências e outras.
9. Ensino do uso do Soroban
O ensino do uso do Soroban, calculadora mecânico manual, consiste na
utilização de estratégias que possibilitem ao estudante o desenvolvimento de
habilidades mentais e do raciocínio lógico matemático.
10. Ensino da usabilidade e das funcionalidades da informática acessível
Consiste no ensino das funcionalidades e da usabilidade da informática como
recurso de acessibilidade à informação e comunicação, promovendo a autonomia do
estudante. São exemplos desses recursos: leitores de tela e sintetizadores de voz,
ponteiras de cabeça, teclados alternativos, acionadores, softwares para a acessibilidade.
11. Ensino da Língua Portuguesa na modalidade escrita
Desenvolvimento de atividades e de estratégias de ensino da língua portuguesa,
na modalidade escrita como segunda língua, para estudantes usuários de Libras,
voltadas à observação e análise da estrutura da língua, seu sistema lingüístico,
funcionamento e variações, tanto nos processos de leitura como na produção de textos.
Esse atendimento não pode ser confundido com reforço escolar ou mera
repetição dos conteúdos programáticos desenvolvidos na sala de aula, mas devem
constituir um conjunto de procedimentos específicos mediadores do processo de
apropriação e produção de conhecimentos.
Portanto o
objetivo desta sala
é de tornar a escola um espaço
democrático, que acolhe e garante a permanência de todos os alunos sem distinção
social, cultural, étnica, de gênero ou em razão das deficiências ou das características
pessoais de cada educando, possibilitando, através de recursos alternativos,
96
metodologias adequadas, adaptações de materiais, contribuir para a aprendizagem e
desenvolvimento dos alunos com deficiência.
Na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida
dificilmente ensina: respeitar as diferenças. Esse é o primeiro passo para construir uma
sociedade mais justa.
O educador da sala Multifuncional deverá fazer:
- Estudo de caso de cada aluno;
- Planejamento individual;
- Aulas individuais ou coletivas;- Interação com os professores do ensino
regular;
- O turno das aulas deverá ser inverso;
- Visitas nas salas de aula e a domicilio;
- Parcerias com outros profissionais;
- Reuniões com pais, professores e Equipe Gestora;
- Procurar recursos para melhor atender o aluno.
Será feita uma observação constante do aluno, analisando seu desenvolvimento
suas dimensões, registrando atividades relevantes que demonstram a evolução do
desenvolvimento intelectual dos alunos.
Frequentando o ensino regular e o atendimento especializado, o aluno com
necessidades educacionais especiais tem assegurado seus direitos, sendo de
responsabilidade da família, da Escola, do Sistema e da sociedade.
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica, 2001, em seu artigo 2° orientam que: “Os sistemas de
ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas
organizar-se
para
o
atendimento
aos
educandos
com
necessidades educacionais especiais, assegurando as condições
necessárias para uma educação de qualidades para todos”.
(Alves, 2006, p.11)
Na Sala Multifuncional, devem estar à disposição dos alunos um arsenal de
recursos e serviços que contribuirão para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais
de pessoas com deficiência e, consequentemente promover vida independente e inclusão,
que são chamadas de Tecnologias Assistivas.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (de janeiro de 2008), afirma que a Educação Especial deve oferecer o
97
Atendimento Educacional Especializado as necessidades educacionais especiais dos
alunos com: Deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Altas Habilidades/
Superdotação.
1-
Deficiência:
Aqueles que têm impedimentos de longo
prazo de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação
com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” (p.2).
Portanto, são alunos com deficiência Intelectual, Física, Surdez, deficiência
Auditiva, Cegueira, baixa Visão, Surdo cegueira ou deficiência Múltipla;
2-
Transtornos Globais do Desenvolvimento: Aqueles que
apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou
estereotipias motoras (movimentos repetitivos). Incluem-se nessa definição
alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett,
transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos em
outras especificações;
3-
Altas Habilidades/Superdotação: Aqueles que apresentam
um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do
conhecimento humano, isoladas ou combinadas: Intelectual, acadêmica;
Portanto, o papel do professor do AEE é considerar os aspectos pedagógicos,
cognitivo, afetivo e social que permeiam o processo de desenvolvimento da criança com
deficiência, buscando estimular os alunos a aprender gradativamente a selecionar,
assimilar, interpretar, reformular, intuir, estimar, explicar e comunicar-se.
6.7.7.2- Objetivos
- Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos com deficiência, transtornos globais e altas habilidades
conhecimentos complementar aos adquirido na sala de aula comum visando sua
autonomia para o convívio na sociedade.
98
- Objetivos Específicos:
- Viabilizar a construção de culturas políticas e práticas inclusivas, através de
reflexões acerca do processo de inclusão do aluno com deficiência;
- Realizar uma prática reflexiva, para que a educação inclusiva se aprimore
cada vez mais através do atendimento especializado;
- Promover a interação dos profissionais da educação através de vivências das
dinâmicas acerca da inclusão
- Identificar, elaborar, produzir e organizar ,serviços, recursos pedagógicos, e
estratégias, considerando as necessidades específicas dos alunos.
6.6.7.3-Proposta Pedagógica
a) Conteúdos Conceituais
- Estimulação a interação dos alunos a participação ativa junto com seus pares;
- Criação de vínculos afetivos entre a criança com as outras crianças e os
funcionários da escola;
- Desenvolvimento da autonomia por intermédio de atividades referente a vida diária;
- Desenvolvimento da coordenação motora realizando diferentes atividades
manipulativas;
- Discriminação tátil de objetos de diferentes texturas;
- Discriminação paladar de variados sabores;
- Estimulação ao desenvolvimento da percepção, concentração, atenção e
memória;
- Conhecimento e reconhecimento das letras do alfabeto;
- Conhecimento de alguns conceitos matemáticos básicos referente a espaço,
tempo, espessura, etc;
b)Conteúdos Procedimentais
- Desenvolver atividades práticas que envolvam a coordenação motora;
conceitos dentro/fora, perto/longe, etc.;
- Vivenciar e participar de ações que demonstram afetividade como: abraçar,
cumprimentar, compartilhar, etc.;
- Realizar atividades que desenvolva autonomia e independência como: abrir e
fechar torneira, garrafa; escovar os dentes; tirar e calçar o calçado, etc.;
- Desenvolver atividades com materiais concretos e jogos.
99
c)Conteúdos Atitudinais
-Interagir espontaneamente com seus pares e funcionário da escola;
- Interessar pelas atividades;
- Respeitar regras apresentando comportamento de autonomia;
- Demonstrar confiança e independência nas atividades da vida diária;
6.7- A Metodologia de Projetos na Construção do Conhecimento
O trabalho com a metodologia de projetos é hoje muito veiculado no cenário
pedagógico, porém a ideia não é tão nova assim. Ela remonta aos pedagógicos do inicio
do século, quando se falava em ensino global e sobre o qual se debruçaram famosos
educadores entre os quais, os norte-americanos John Dewey (1852-1952) e Willian
Kilpatrick (1871-1965). Para Kilpatrick a metodologia de projetos é uma experiência
valiosa, unitária, intencional, e realizada em situações reais, cujo objetivo determina os
rumos das atividades e guia seus passos até sua completa realização.
A metodologia de projetos surge então da necessidade de desenvolver um
trabalho pedagógico que valorize a participação do educando e do educador no processo
ensino- aprendizagem, tornando- os responsáveis pela elaboração e desenvolvimento de
cada projeto de trabalho.
A metodologia de projetos possibilita desenvolver atividades de ensino e
aprendizagens que privilegiam a contribuição de diversas áreas do conhecimento, assim
como “ ressignifica os espaços de aprendizagem, de tal forma que eles se voltem para a
formação de sujeitos ativos, reflexivos, atuantes e participantes” (Hernandes 1998),
garantindo assim as características dos contextos educativos, as diferenças individuais
dos alunos e o seu ritmo de aprendizagem.
Projetos então é uma proposta de intervenção pedagógica que dá a atividade de
aprender um sentido novo, onde as necessidades de aprendizagem aparecem nas
tentativas de resolver situações problemáticas. Um projeto possibilita que os alunos ao
decidirem, opinarem, debaterem, construam sua autonomia e seu compromisso com o
social formando - se como sujeitos culturais.
100
De acordo com Hernandez (1998), o professor torna - se um pesquisador,
dividindo com os alunos a responsabilidade pela construção do conhecimento.
Quanto aos alunos, cabe – lhes desenvolver uma postura ativa perante o processo
de ensino aprendizagem e reconhecer que o professor não é mais o único a decidir sobre
os caminhos a serem seguidos nem o centro do saber.
O processo de ensino aprendizagem por meio de projetos de trabalho possui
algumas características que servem de referência para o educador.
Essas características são:
Um projeto de trabalho é uma atividade intencional, ou seja, orientada em
direção a um objetivo que dará sentido ás varias atividades que serão desenvolvidas
pelo grupo. Para isso os grupos envolvidos traçam planos, usam diversos recursos
disponíveis, refletem individual e coletivamente na produção de algo que terá
características diversas, resultado da somatória das características do grupo;
O planejamento do projeto de trabalho deve ser flexível, de modo que o tempo e
as condições para desenvolvê-lo sejam sempre reavaliados em função dos objetivos
inicialmente propostos, dos recursos á disposição do grupo e das circunstâncias que
envolvem o projeto;
Cada grupo é único, portanto seu trabalho não deve ser comparado com outros
ou replicado. O problema que será investigado surge da necessidade do grupo e está
relacionando com as experiências e expectativas dos sujeitos que esse grupo representa;
Os participantes têm ritmos e estilos diferentes e que, por isso, é preciso dar
tempo e condições ao grupo de se conhecer e construir o seu próprio ritmo;
O grupo necessita acreditar nas suas potencialidades para que possa refletir,
criar, descobrir, crescer e desenvolver-se na trajetória da construção do seu próprio
conhecimento. Todos podem aprender com todos, inclusive o educador. E fundamental
a valorização da experiência que cada um carrega consigo na formulação do problema e
no desenvolvimento do projeto de trabalho.
Ao se pensar em desenvolvimento de projetos, alguns momentos devem ser
considerados:
101
Primeiro - Problematização, momento, no qual o tema ou problema é
escolhido ou negociado pelo grupo, o problema sempre vem em forma de
questionamento. Surge de uma insatisfação, de uma curiosidade.
Segundo - Desenvolvimento, no qual são elaboradas estratégias para buscar
respostas ao problema, assim como atingir os objetivos propostos.
Terceiro - Síntese, a sistematização do conhecimento elaborado e o ponto de
partida para novos projetos. É nesse momento que se avalia o trabalho realizado e os
objetivos propostos.
Apesar de definidos os momentos de desenvolvimento da metodologia de
projetos, eles precisam ser considerados como parte de um processo contínuo, sujeito a
mudança e recontextualização de acordo com as necessidades que vem surgindo. O
planejamento deve ser flexível para incorporar as modificações que se façam
necessários no decorrer de seu desenvolvimento. Desta forma a organização curricular
será operacionalizada mediante a metodologia de projetos seguindo os princípios do
projeto liberando o mundo da fantasia na organização da rotina escolar, cada espaço da
escola, desenvolverá suas atividades específicas, contribuindo desta forma para o
desenvolvimento das crianças.
102
7 – HORA ATIVIDADE DOS PROFESSORES
E A FORMAÇÃO DOS
PROFISSIONAIS DA INSTITUIÇÃO
Tempo destinado aos professores para planejamentos, estudos, leituras,
preparação de material, atendimento aos pais, registro das aulas e frequências dos
alunos no sistema SIGEDUCA.
É nesse momento, que os professores tiram suas dúvidas, repassam
informações sobre o rendimento e o comportamento dos alunos.
A ocasião também é oportuna para que sejam revistos os planejamentos e
modificados sempre que necessário.
A formação continuada de seus profissionais é um desafio para todas as
instituições.
No que se refere aos docentes a própria LDB diz que “a formação de docentes
pra atuar na Educação Básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura de
graduação plena, em universidades e instituto superiores de educação...” (art. 62), nas
disposições transitórias (art. 87.4), dispõe que a partir de 2007 “somente serão
admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por treinamento em
serviço”.
A maioria das atividades de formação como seminários, cursos e palestras
enfatizam a transmissão de conteúdos, com a visão de formação como sinônimo de
colocar os profissionais a par das últimas pesquisas, ou dos novos conhecimentos
teóricos, como se, com isso as práticas pedagógicas e o atendimento nas unidades de
ensino fossem automaticamente transformadas.
No entanto é preciso encontrar meios de viabilizá-la efetivamente sendo um
tema muito discutido, onde vários estudos e práticas estão sugerindo que, embora os
momentos de conhecer novas teorias sejam importantes, por ampliarem o saber dos
profissionais, eles não incidem necessariamente em seu saber fazer, isto é, na
transformação efetiva de sua prática diária.
É importante considerar o professor como um profissional autônomo que
desenvolve conhecimentos específicos no próprio processo de construção e
reconstrução de sua prática reflexiva.
A reflexão é importante, o repensar retorna continuamente aos caminhos já
percorridos, reexaminar a prática pedagógica de forma crítica e criteriosa numa busca
constante de significados, desta forma, propomos uma formação continuada em serviço
103
incluindo a reflexão que deve partir de situações práticas reais, ou seja, desenvolver a
capacidade reflexiva de todos os profissionais que trabalham na escola de Educação
Infantil, utilizando as suas ações diárias e os seus conhecimentos pedagógicos, nos
encontros de formação continuada no interior da unidade escolar.
Assim, a formação assume uma dimensão participativa e investigativa do
diálogo com a própria ação de discussão. Os profissionais são colocados em um
contexto de aprendizagem e aprendem a fazer fazendo; errando, acertando e discutindo,
tomando decisões, pesquisando.
Estamos chamando este trabalho de tematização da prática pedagógica, pois
envolve a utilização de diferentes recursos para trazer a experiência prática para a
análise coletiva, como por exemplo, situações didáticas ou produções das crianças, as
quais serão analisadas, debatidas e refletidas no coletivo, estabelecendo relação da
prática com a teoria.
À medida que os profissionais tornam-se coparticipantes da formação,
refletindo, discutindo e elaborando propostas de intervenção, deixam de ser apenas
receptores de informação e converte-se em participantes ativos, responsáveis pelas
mudanças da prática educativa.
Essa mudança só será possível se criarmos uma cultura colaborativa, em que a
reflexão sobre o próprio trabalho seja um de seus componentes, como também criar
condições institucionais, estabelecendo no calendário escolar e nos projetos específicos
os horários de reuniões e encontros de formação, que deverão acontecer ao final de cada
mês conforme calendário escolar.
É fundamental ter a visão de que cada profissional é um ser em
desenvolvimento, com características e ritmos individuais na construção de
conhecimentos e na construção de si próprios, por isso é necessário respeitar a sua
individualidade.
Só assim acreditamos ser possível reverter o investimento na formação de
profissionais, no desenvolvimento de um trabalho de maior qualidade junto às crianças
que resulte na melhoria de suas aprendizagens.
104
8- PROCESSOS E ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO UTILIZADOS
PELA INSTITUIÇÃO
Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância vital,
sendo uma ferramenta de integração, instrução, de troca mútua e desenvolvimento. O
processo de comunicação consiste na transmissão de informação entre um emissor e
um receptor que interpreta uma determinada mensagem.
A comunicação é de suma importância em uma escola, pois é através dela
que são estreitados os laços entre escola/família, escola/Secretaria de Educação,
escola/ outras instituições.
São utilizados como forma de comunicação.
1- Escrita: ofícios, bilhetes, circular interna, e-mails.
2- Oral : Reuniões, conversa com familiares, telefonemas.
São usados para a comunicação murais, agendas, cartazes.
105
9- O PROCESSO AVALIATIVO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Conceber e praticar a avaliação em uma outra perspectiva é um desafio para a
educação, o qual deve ser enfrentado coletivamente nos espaços educativos.
Rever a avaliação em uma perspectiva de construção exige uma análise sobre a
organização do trabalho pedagógico, o currículo, os tempos e os espaços educativos,
além das concepções de mundo, de sociedade infantil, de criança e de infância que
temos praticado. O sentido da avaliação na educação infantil encontra fundamento aqui.
Ela pode ser traduzida em uma série de estratégias que visam à observação, a
documentação, a reflexão, a interpretação, a compreensão e ao acompanhamento das
aprendizagens das crianças, ao mesmo tempo em que contribuem para a reorientação e a
qualificação da prática pedagógica, permitindo ao professor construir um entendimento
não só daquilo que as crianças entendem, fazem e sabem, mas também do caminho que
as leva a construir o conhecimento. Essa busca de entendimento é a chave para que os
educadores possam construir experiências positivas de crescimento para as crianças.
Em uma pedagogia desse tipo, o professor precisa estar atento àquilo que as
crianças dizem, pensam e fazem. Essa não é uma tarefa fácil, pois exige de nós,
educadores, um alto nível de comprometimento e curiosidade intelectual, aliados a um
forte sentimento de respeito e valorização em relação às crianças e suas potencialidades.
Nesse sentido, a ética na avaliação do desenvolvimento infantil reside no direito a um
percurso de crescimento que considere os ritmos, os jeitos e as historias peculiares de
cada criança.
Alguns princípios que deverão nortear uma avaliação na instituição de educação
infantil são:

O olhar observador;

A promoção das crianças e de suas aprendizagens;

A valorização das experiências culturais das crianças;

O desenvolvimento da autonomia;

A inclusão;

O dialogo;

A preservação da auto estima favorável ao crescimento;
106

O comprometimento da escola e do professor com o social;

O caráter formativo da avaliação;

A auto avaliação;

A participação;

A construção da responsabilidade com o coletivo.
A clareza e a retidão de princípios poderão nortear uma prática coerente e
própria de uma escola ou instituição democrática, compromissada com o crescimento e
a valorização das crianças, professores, educadores e funcionários.
9.1 Avaliação Institucional e a atualização do Projeto Político
Pedagógico
A avaliação é objeto de constantes pesquisas voltadas para diferentes
enfoques os quais permitem de forma institucionalizada, sistemática, periódica, ampliar
a comunicação entre todos os segmentos, a fim de que se possa estar consciente dos
avanços, problemas e possibilidades enfrentados por professores e alunos.
Para Perrenoud, (1999) um processo de avaliação consta de amplo movimento
de comunicação presente no Projeto Pedagógico da escola embasada nos princípios de
que a avaliação não é um fim em si, mas um meio que permite compreender o processo
para redefinir ações. A função nuclear da avaliação é ajudar o aluno a aprender e ao
professor, ensinar determinando também quanto e em que nível os objetivos estão sendo
atingidos.
Para isso é necessário o uso de instrumentos e procedimentos de avaliação
adequados. (Libâneo, 1994, p.204).
No entender de Luckesi (1999, p.43) “para não ser autoritária e conservadora, a
avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento dialético do
avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos”.
Entendemos que a avaliação se dá através de dados quantitativos e qualitativos
acerca do progresso escolar dos alunos, da atuação de educadores e administradores, da
eficácia de currículos e da metodologia didática utilizada; da utilização de instrumentos
formais e informais; formulação de juízo de valor sobre os dados colhidos, objetivando
tomada de decisão que leve em consideração, não apenas o que foi avaliado, mas, e
107
principalmente, os fins a que se destinam os resultados, e realimentação do processo,
com vistas ao aprimoramento do "objeto" avaliado.
Para que o processo de avaliação escolar tenha o potencial de contribuir
com o aperfeiçoamento das ações em desenvolvimento deve revestir-se de
características, tais como:
- Ser Democrático, no sentido de considerar que os integrantes da ação
educacional são capazes de assumir o processo de transformação da educação escolar,
sob a ótica dos interesses das camadas majoritárias da população;
- Ser Abrangente, significando que todos os integrantes e os diversos
componentes da organização escolar sejam avaliados, a atuação do professor e de outros
profissionais da escola; os conteúdos e processos de ensino; as condições, dinâmicas e
relações de trabalho; os recursos físicos e materiais disponíveis; a articulação da escola
com a comunidade, com grupos organizados da sociedade; as relações da escola com
outras escolas e instancias do sistema.
- Ser Participativo, prevendo a cooperação de todos, desde a definição de como
a avaliação deve ser conduzida até a analise dos resultados e escolha dos rumos de ação
a serem seguidos.
- Ser Contínuo, se constituindo efetivamente em uma pratica que integra o
planejamento escolar em uma dimensão educativa.
Thurler (1998, p.176) observa que a avaliação de eficácia das escolas
“resulta de um processo de construção, pelos atores envolvidos de uma representação de
objetivos e dos efeitos de sua ação comum”.
A EMEB Juarez Sodré Farias, estará avaliando os seus educandos
durante todo o processo de ensino e aprendizagem que será desenvolvido mediante a
metodologia de projetos, utilizando como instrumentos a observação, a participação das
crianças nas atividades que estão sendo desenvolvidas, ao término de cada bimestre.
Dentro deste contexto, ao final de cada projeto desenvolvido, serão avaliadas
também todas as ações educativas, o desempenho de todos os profissionais, ou seja,
deverão ser avaliados todos os processos de gestão de uma unidade escolar.
Ressaltamos que o PPP sofre adequações anualmente durante a semana
pedagógica , momento esse em que estamos planejando o ano letivo e por essa razão o
momento adequado as mudanças.
108
10 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Idosos, metodologia de projetos, Educação étnico racial, Educação inclusiva,
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111
11 – ANEXOS
- Projetos Pedagógicos
- Regimento Escolar;
- Matriz Curricular;
- Calendário Escolar;
112
ANEXO 11.1-PROJETOS PEDAGÓGICOS
113
PROJETOS PEDAGÓGICOS
1- PROJETO DE LEITURA - PASTA DO CONTO
I- INTRODUÇÃO
É dever de toda escola que queira realizar um trabalho eficiente e de qualidade
incentivar desde a educação Infantil, o desenvolvimento de comportamentos leitores,
antes mesmo de a criança aprender formalmente a ler.
Além de aproximar a criança no mundo letrado, a leitura alimenta o imaginário
e incorpora essa experiência à brincadeira, ao desenho e às estórias que todos os
pequenos gostam de contar.
Este projeto denominado PASTA DO CONTO, tem como objetivo principal
o incentivo e o gosto pela leitura .
Pensando no envolvimento da família/escola, cada família terá um espaço para
registrar seu depoimento sobre este trabalho. Trabalhar com a LITERATURA é
promover a aprendizagem que sirva para a construção de sujeitos que simplesmente
não pertençam a uma sociedade, porém a questiona e a transforma.
O diferencial deste projeto está em levar para casa do aluno, um material
adequado à sua leitura, com isto fazer com que os pais também se envolvam com a
atividade, este projeto visa proporcionar momentos agradáveis a toda a família.
A criança que ouve histórias contadas por seus pais e professores, que é
incentivada a “ler” as figuras e imaginar o que está ocorrendo, que é incentivada a criar
história sobre estas gravuras e contá-las oralmente, enfim, a criança que descobre a
magia dos livros será um eterno leitor.
O livro precisa ser para o aluno fonte de prazer, deve poder rir e chorar,
emocionar-se e ter sentimentos em relação às histórias que lê. O aluno precisa também
ter respeitadas as suas preferências quanto ao gênero literário, para que se sinta
estimulado a procurar novas leituras, novos gêneros. Na leitura, a expressão oral e a
escrita estão intimamente relacionadas.
O referido projeto atenderá todas as crianças da escola com idade de 03 a 05
anos, sendo necessários vários livros de estórias, lendas, fábulas e contos com temas
variados, possibilitando a ampliação de conhecimento, valores e culturas
114
diferenciadas, como proporcionará uma riqueza maior para o desenvolvimento do
projeto.
Objetivo geral
Propiciar uma nova metodologia de trabalho para que as crianças sintam-se estimuladas
a leitura e interpretação.
Objetivo específico
 Incentivar a leitura;

Despertar na criança o gosto pela leitura.
 Contribuir para o desenvolvimento da interpretação textual;
 Desenvolver a linguagem oral da criança, ampliando seu vocabulário;
 Possibilitar a integração dos pais com os filhos através do Projeto de Leitura;
 Sensibilizar a família da importância da leitura nessa fase escolar, como em toda a
vida da criança.
 Proporcionar momentos de prazer através da leitura, ampliando vocabulário e a
organização do pensamento;

Incentivar as crianças a contarem histórias para os colegas;
 Desenvolver nas crianças a habilidade de ouvir, aumentando como consequência a
sua capacidade de atenção.
Operacionalização:
O projeto será desenvolvido com a participação dos pais dos nossos educandos,
em parceria com a ambiência: “Literatura Infantil ”, onde uma vez por semana, um
representante de cada turma levará um livro de literatura infantil, onde os pais ou
responsáveis deverão contar ou ler a estória ao seu filho (a) sendo que a criança contará
a mesma estória aos seus colegas na sala, mostrando e comentando sua experiência .
Em casa uma pessoa da família deverá ler o livro com o aluno, quantas vezes
forem necessárias, para que a criança compreenda o texto. Em seguida, a criança fará o
registro da história ouvida por meio de pintura, desenho, ou colagem.
Por meio da utilização de uma pasta decorada, contendo um livro de leitura,
um caderno de registros, lápis de cor e giz de cera. mostrando e comentando sua
experiência para os colegas de sala.
115
 Sugestões de autores para o projeto;
Monteiro Lobato
Ruth Rocha
Ziraldo
Temáticas regionais
Poesias
Contos
 Avaliação
O projeto será avaliado durante todo o processo através da observação dos
seguintes itens:
- O interesse dos alunos e de seus familiares;
- O desenvolvimento da capacidade de criar e recriar a história;
- A participação dos alunos na apresentação do conto oral ou dramatizado;
 A participação das crianças no processo de escrita;
REFERÊNICAS
BRASIL, Secretaria de Educação Infantil. Parâmetros curriculares nacionais: Brasília:
MEC, 1997.
DEMO, Pedro. Avaliação quantitativa. São Paulo: Brasiliense, sd.
FERREIRO, Emília. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
_____. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola a universidade.
Porto Alegre: Educação e Realidade; 1993.
SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1997.
TEBEROSKY, Ana. A psicopedagoga da língua escrita. Petrópolis: Vozes, 1993.
VYGOTSKY, Lev Semynovitch. A formação social da mente. São Paulo: Martins
Fontes, 1988
116
2- PROJETO: CONVIVENDO COM AS DIFERENÇAS
Introdução
Há uma riqueza de diversidade cultural existente no Brasil a iniciar pelas
características físicas, crenças religiosas, dança, música, alimentação, etc. Todavia
a
origem dessa riqueza é herdada do povo negro africano trazidos forçadamente para
colaborar na exploração da então terra descoberta pelos portugueses.
O projeto surgiu da necessidade de aguçar nas crianças o interesse e estimular o
respeito pelas outras culturas e raças, bem como a todo tipo de diferença. As discussões
que surgem acerca das diferenças e diferentes formas de preconceito cultural abordam a
necessidade de enfocar na educação escolar o trabalho com a diversidade existente na
cultura brasileira, primando pela valorização e respeito ao outro.
É analisando quem somos que oportunizamos às crianças refletirem sobre a
mistura que compõem a nossa raça. Isso possibilita o reconhecimento de que todos
somos iguais, independente da cor da pele, da aparência física, do sexo, da crença, da
cultura, da idade; pois todos temos direito as mesmas oportunidades.
Abordaremos também aspectos da pluralidade cultural, bem como convívio
social e étnica. Trabalharemos questões ligadas a valorização, respeito
as pessoas
mais velhas. E também as datas comemorativas do bimestre.
Por se tratarem de temas amplos podem ser trabalhados ao mesmo tempo,
integrando o conhecimento dos alunos e inserindo novos conceitos.
Todos os temas ligados a diversidade
podem ser inseridos por meio de
conversa informal, brincadeiras, jogos, dramatização, imagens e músicas.
Ao longo de décadas a origem do povo brasileiro foi negada ou de certa forma
camuflada. As poucas informações sobre a história verdadeira da sociedade brasileira
tanto no conhecimento informal ou formal foram refreadas, deturpadas e estereotipadas.
Em nove de janeiro de 2003, passou a vogar a Lei 10.639, tornando obrigatório o
ensino referente à História e Cultura Afro-brasileira nos estabelecimentos de Ensino
Fundamental e Médio, tanto públicos quanto particulares. A Lei prevê a inclusão de
conteúdos que dê ênfase ao estudo das lutas dos negros no Brasil, sua cultura e sua
117
contribuição na formação da sociedade brasileira. Tais estudos deverão ser ministrados
no âmbito de todo o currículo escolar.
Embora a Lei não mencione obrigatoriedade do estudo na educação infantil, a
escola, busca contribuir para a sustentabilidade da mesma, incluindo no Currículo a
temática. Tal iniciativa parte da concepção de que é na educação infantil que a criança
inicia seus primeiros passos na vida social, portanto é o momento oportuno e de suma
importância para semear atitudes positivas com relação a história e cultura Afrobrasileira.
Para sustentabilidade do estudo, a temática conta com apoio do projeto maior “A
cor da cultura”.
Ao trabalhar esse tema volta-se para a observação das diferenças enquanto
características e abandonam-se preconceitos que ao longo da história serviram para a
desvalorização dos atributos individuais, e contribuímos na formação de
uma
consciência crítica nas crianças que possibilitem a ações e atitudes positivas.
Portanto, devemos despertar o interesse em cuidar do outro, pois isso implica
em compromisso com o semelhante, em uma ação pautada em princípios e valores.
Implica em desenvolver solidariedade e compreensão, em ter uma dimensão ética e de
respeito com as pessoas. Aprender a cuidar do outro implica num intenso processo de
interação e de formação de vínculos. O cuidado com o outro é concretizado em ações e
atitudes realizadas para promover o conforto e o bem-estar do outro. Favorecendo assim
acolher as diferenças, por meio da promoção de situações de igualdade e no auxílio à
superação de diferenças.
As discriminações de gênero, étnico-racial e por orientação sexual, são dilemas
que, para serem resolvidos, precisam ser desnaturalizados e esse processo de
desnaturalização passa, necessariamente, pela informação séria que instrumentaliza
professores.
Objetivos Gerais
 Possibilitar o desenvolvimento de valores básicos para a consciência da mistura
racial, para o respeito ao outro e a si mesmo e para que compreendam, respeitem e
valorizem a diversidade sociocultural e a convivência em uma sociedade
democrática.
118

Promover a implantação da Lei nº 10.639/03 visando valorizar a
diversidade étnico-racial por meio do projeto A COR DA CULTURA.
Objetivos Específicos
 Contribuir para a implantação da Lei Nº 10.639/03;

Resgatar a História do povo negro e sua contribuição dessa nação;

Aprofundar os Conhecimentos com relação à Cultura Afro-brasileira e sua origem;

Orientar a implementação de ações pedagógicas que favoreça a valorização da
história e da Cultura Afro-brasileira e Mato-grossense;
 Contribuir para combater o racismo e a descriminação sobre os negros e seus
descendentes dessa nação;
 Reconhecer a diversidade cultural e respeitar as diferenças;
 Valorizar atividades corporais provenientes de diferentes culturas;
 Incentivar a criança a vivenciar o amor e o respeito pelas pessoas;
 Valorizar e respeitar a família e os mais velhos;
 Trabalhar a conscientização ao processo de envelhecimento com qualidade e ao
respeito e à valorização do idoso, produzindo conhecimento por intermédio de
atividade informativa, artística, cultural e educativa;
Operacionalização
Este projeto será desenvolvido a partir do estudo da Lei 10.639/03, visando a
valorização e a participação do povo negro na formação da sociedade brasileira.
Desenvolver-se-á mensalmente durante o ano letivo. As ações serão voltados para a
discussão e aprofundamento das questões que tratam das desigualdades étnico raciais no
âmbito da unidade escolar e na sociedade no dia-a-dia, através de leituras e textos,
apresentação de vídeos, dança, jogos, outras atividades Culturais afro-brasileira.
- Apresentação do material utilizado no curso de formação
- Fazer leitura dos textos complementares com atividades voltadas para educação
infantil
- Realizar conto de histórias afro, refletindo sobre aspectos discriminatórios ou antidiscriminatório nos textos.
119
- Apresentar documentários e aprofundar o assunto em pesquisa.
- Apresentar danças diversas pesquisando qual é de origem Africana, Europeia,
Indígena, Anglo-americana.
- Pesquisar atividades que contemple a história afro-brasileira e adapta-la ao
planejamento de sala.
Será implementado no decorrer do ano letivo em todos os bimestres.
Bibliografia

MINISTERIO DA EDUCAÇÃO – Orientação e Ações para a Educação das
Relações Étnicos-Racionais.
- SABERES E FAZERES, VI: modo de ver – Fundação Roberto Marinho
- PROJETO POLITICO PADAGÓGICO da EMEB JUAREZ SODRÉ FARIAS.
- Matriz Curricular de Referencia da SME
- A terceira idade na Pastoral da criança / De bem com a vida
120
3- PROJETO: BRINCADIQUÊ? PELO DIREITO AO BRINCAR NA
ESCOLA
I- INTRODUÇÃO
Este projeto visa a participação efetiva da criança, dando voz e vez a elas. Isto
porque ao longo da história as crianças sempre foram vistas como seres frágeis,
incapazes, o que fortalecia a concepção equivocada de infância, influenciando o modo
como os adultos agem com as crianças, não permitindo que as mesmas se expressem,
participem, opinem sobre o que desejam e gostam de fazer.
E atualmente, sob o viés da sociologia a criança passa a ser a protagonista, como
diz Sarmento(2008,p.22): “são atores sociais, nos seus mundos de vida, e a infância,
como categoria social do tipo operacional, socialmente construída.
Portanto a escola precisa garantir esse direito de ser ator da sua aprendizagem,
ter voz e vez.
O brincar é um recurso pedagógico rico de possibilidades lúdicas e necessita de
mudança de postura profissional do educador, isto é, faz-se necessário uma reflexão
sobre a prática pedagógica para que a mesma garanta o direito de brincar e possibilite o
protagonismo das crianças. Sendo assim, precisa-se pensar na formação continuada para
os profissionais da educação e toda comunidade escolar, pois só assim consegue-se o
comprometimento de todos os envolvidos no processo de desenvolvimento das crianças.
Ao brincar, a criança vai estimulando a aprendizagem, a aquisição de conhecimentos, a
criatividade, a imaginação, a socialização, a coordenação motora, bem como diversas
habilidades importantes para o seu desenvolvimento. O brincar, além de ser um direito
de todas as crianças, é uma forma de expressão dos seus pensamentos e sentimentos.
A criança brinca por necessidade e ao brincar aprimora seus sentidos e seus
movimentos; vai conhecendo como são e para que servem os objetos e brinquedos;
desenvolve sua linguagem e seu pensamento; aprende e compreende as atividades, os
costumes dos adultos e as relações entre as pessoas.
Sendo feito este trabalho teremos um profissional que olhe o mundo com olhos
de criança, sendo mediador, observador, leitor, escritor, criativo que escuta as crianças
que garantam o prazer e a vontade de aprender.
No ensino da leitura e da escrita na educação infantil de 3 a 5 anos, podemos
utilizar as brincadeiras que vão desde as que exigem atenção, concentração, observação
121
e escuta, até as que exigem materiais linguísticos concretos, tais como: letras, quebra
cabeça, recorte, textos, livros infantis, lápis e folhas de papel.
Na linguagem matemática, usa-se a brincadeira como ferramenta de solução de
problemas cotidianos e deve-se estar sempre favorecendo a experimentação, onde a
criança possa desenvolver a compreensão de representação do sistema numérico atual.
Portanto a escola de educação infantil tem o importante papel de ajudar as crianças a
formarem o pensamento lógico matemático e para que isso aconteça deve-se entender a
matemática como uma atividade de pensamento, de raciocínio, que será efetivado nas
interações da criança com a criança, da criança com o adulto e da criança com o meio,
através de brincadeiras e jogos.
OBJETIVO GERAL
Oferecer subsídios teóricos para que a ludicidade aconteça em todos os
momentos de aprendizagem em sala de aula ou fora dela.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Propor momentos de estudo aos professores para fortalecer o brincar em sala de
aula;
 Propiciar momentos de construção dos brinquedos e brincadeiras pelas crianças;
 Incentivar a participação das crianças nas brincadeiras e jogos;
 Valorizar a construção e criatividade.
 Incentivar a participação da família nas brincadeiras com seus filhos
 Estimular a transmissão de valores e cultura da comunidade pela interação das
gerações mais velhas com as mais novas;
 Proporcionar momentos agradáveis e de prazer;
 Ampliar as possibilidades expressivas nas brincadeiras, jogos e demais situações de
interação.
 Produzir trabalhos de arte utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da
colagem e da construção.
 Desenvolver a sensibilidade, o raciocínio lógico, a expressão corporal, a capacidade
de concentração, a memória, a inteligência , o cuidado, o capricho e a criatividade;
 Pesquisar junto com as famílias sobre as brincadeiras e brinquedos do seu tempo de
infância.
122
OPERACIONALIZAÇÃO
Será implementado no decorrer do ano letivo em todos os bimestres, com
brincadeiras livres e dirigidas, jogos, cantinhos etc., pois as crianças da educação
infantil
devem ser capaz de explorar o ambiente, relacionar com outras pessoas,
manifestar curiosidade e interesse.
Brincadeiras livres levam a criança
a usar a imaginação, o faz de contas,
sociabilidade, e interação entre elas.
As brincadeiras livres e dirigidas levam
a criança a desenvolver varias
habilidades, tais como: agilidade, socialização, equilíbrio, lateralidade, ritmo,
criatividade, linguagem, atenção, concentração, coordenação motora.
Poderá ser confeccionado diversos jogos e brinquedos utilizando materiais
recicláveis.
De acordo com a rotina e o planejamento pedagógico, possibilitaremos
momentos de participação da família, com a realização de oficinas de construção de
brinquedos, onde procuraremos fazer o resgate de algumas brincadeiras antigas.
REFERÊNCIA
- FERREIRA,S.L. ET aL. RECREAÇÃO E JOGOS. Rio de janeiro: S PRINT, 2001.
- FRIEDMANN,A. ET AL.O direito de brincar: a brinquedoteca. São Paulo: ScrittaABRINQ,1998.
- KISHIMOTO, Tisuko M .Jogos tradicionais infantis: o jogo a criança e a educação.
Petrópolis. RIO DE JANEIRO; VOZES,1993.
- Rede Marista de Solidariedade. Brincadiquê? Pelo direito ao brincar: Coletânea de
textos de formação. Curitiba, Editora Champagant,2014.

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