de Moura - Rádio Planície

Transcrição

de Moura - Rádio Planície
Informações - Curiosidades
A PLANÍCIE
DIRECTOR
Crónica
Cinema em Moura
Registo no ICS n.º 107622
QUINZENÁRIO
DA REGIÃO DE MOURA
15 de Fevereiro 2009
Por: Manuel Correia
2 dedos de conversa
Cine-Teatro Caridade
MANUEL CORREIA
C. Prof. N.º 3730
Ensaio sobre a mentira
ADMINISTRAÇÃO
DAVID MIGUEL M. ALBINO
JOSÉ MANUEL ALBARDEIRO
Nunca se mente mais do que depois de uma caçada, durante uma
guerra e antes de umas eleições – Otto von Bismark
REDACÇÃO
JOSÉ ALBARDEIRO - C. Prof. N.º 4489
DAVID ALBINO - C. Prof. N.º 5999
ANTÓNIO PICA - C. Prof. N.º 7879
A
SARA INFANTE, VERA PEREIRA
RUI CONCEIÇÃO
FOTOGRAFIA
ANTÓNIO DIMAS
DEPARTAMENTO
ADMINISTRATIVO E COMERCIAL
MARIANA RICO
COLABORADORES
AMILCAR MOURÃO, ÁLVARO AZEDO,
SANTIAGO MACIAS, JORGE VALENTE,
VALDEMIRO CORREIA, JOSÉ CHAPARRO,
JOÃO SOCORRO, JOÃO RAMOS, FLAVIO
BOLT
MACHADO, ANTÓNIO GALVÃO, MARIA JOSÉ
GROU E JOSÉ OLIVEIRA
REDACÇÃO e ADMINISTRAÇÃO
O ESTRANHO CASO DE
BENJAMIN BUTTON
R. Santana e Costa, 18 r/c esq.
Telefs.:285 251 730 /285 252 734
Fax: 285 252 440 - 7860 MOURA
E-MAIL: [email protected]
[email protected]
informaçã[email protected]
De 20 a 22 Fevereiro 2009
Sexta-Feira às 21:15h
Sábado às 21:15h
Domingo às 16h e 21:15h
Dia 28 de Fevereiro 2009
Sexta-Feira às 21:15h
Sábado às 21:15h
Domingo às 16h e 21:15h
COMPOSIÇÃO e PAGINAÇÃO
A PLANÍCIE
Impressão: CORAZE - Oliveira de Azemeis
Farmácias de Serviço
PREÇO DA ASSINATURA
Anual — 15,00 euros Nacional
Anual — 18,00 euros Estrangeiro
TIRAGEM: 3.000 Exemplares
PROPRIEDADE E EDIÇÃO
S. E. B. - SOCIEDADE EDITORIAL BÉTICA,
LDA. - Nº Contribuinte: 501 436 863
DETENTORES DO CAPITAL
DA EMPRESA
Nataniel Pedro
DIAS
19 - 23 - 27
José Manuel Albardeiro (25%)
David Albino (25%)
Rodrigues
«
16 - 20 - 24 - 28
Faria
«
17 - 21 - 25
Ferreira da Costa
«
18 - 22 - 26
Herdeiros de Miguel Nuno (50%)
MEMBRO DA
NOTA: Obedecendo criteriosamente ao calendário elaborado pela Associação Nacional de Farmácias
Moura há 54 anos
Galeria de Recordações
Hospital
(...) O hospital é de todos, até mesmo
daqueles que dele não precisam. Ele
que feche, e depois veremos! Valhanos Deus! Senão pela razão, pelo
menos pelo sentimento de que uma
nação cristã, uma terra como Moura,
de arreigado espírito religioso,
caritativo portanto, como manda a
própria doutrina, não pode, nem deve
ficar indiferente ao momentoso
problema, levantado pelas muitas
dificuldades da nossa casa de
caridade nº 1. (...) O hospital precisa,
mas precisa mesmo muito, da
compreensão de todos os verdadeiros
mourenses; necessita da ajuda de
todos e sobremaneira do carinho dos
que, sem qualquer pejo, lhe podem e
devem ser úteis. É este um facto de tal
ordem, que pedimos a todos os desta
terra que meditem nele sem
esquecerem a consciência! Atenção
pois, ao hospital!
COMPARTICIPAÇÃO
Pelo Fundo de Desemprego foi
concedido ao nosso Município, o
reforço de 11.046$00, para adaptação
da ex-cadeia comarcã a posto de
Polícia de Segurança Pública.
inda não há muito, a mentira foi o tema que animou a nossa cavaqueira.
Das várias questões abordadas, vieram à baila os motivos porque o
homem recorre frequentemente a ela. E entre as muitas razões
apontadas, num ponto as opiniões convergiram. Nunca se mentiu com tanta
desfaçatez e descaramento, como agora.
Os mais jovens observarão “Lá vem este tipo com a mania, que nos tempos
dele tudo era bom”. Não. Não é isso. Também se mentia, cometia asneiras e até
se pensava, que os mais velhos nada sabiam. No entanto tenho de reconhecer,
que havia uma maior transparência e sinceridade. Muitos negócios se fecharam
apenas um ajuste verbal, selado com um aperto de mão, sem a necessidade de
percorrer os complexos e confusos meandros burocráticos.
Mas estamos a desviar-nos um pouco do assunto. Razões mais profundas
originaram a conversa. Na verdade surgiu após o Praxedes declarar a sua
aversão e intolerância para com todos aqueles, que se governam ou até muito
simplesmente mentem, por mentir.
Tal rigor de forma alguma o liberta deste pecado. Seria uma hipocrisia acreditar
em tamanha virtude. Ele é bom rapaz, mas de maneira nenhuma atingiu a
santidade. Até porque, aqui para nós, já o apanhei em flagrante, mais do que
uma vez. Por mim desculpo-o. As suas patranhas foram sempre insignificantes,
inofensivas e nunca ultrapassaram os limites. Não é daqueles que andam por aí
a gabar-se, que conhecem toda a Europa, quando apenas foram a Badajoz
comprar caramelos.
Por isso deixei-o prosseguir. Considero que ao interromper uma divagação,
sem motivos válidos, caímos no risco de perder o conteúdo mais proveitoso.
Bem… nem sempre. Vezes há, que mais valera a conversa nem sequer ter
começado. Mas com o Praxedes merece a pena escutá-lo até ao final. Tal como
nas fábulas. Fábula que termine sem a moral da história, não é fábula.
Pois como ia dizendo, obedecendo à arte de saber escutar, muito mais difícil
que a de bem falar, fiquei a saber que o Praxedes, tão intolerante quanto ao uso
da mentira, admite e defende a mentira piedosa, aquela que pode consolar,
confortar ou devolver um pouco de esperança aos que sofrem. Nada tem a ver
com adulação, hipocrisia ou cinismo. Não nasce de cobiças ou interesses
mesquinhos. Brota do amor, do carinho e da simpatia.
E explicava:
- Olha, dirigir a um fulano, embora o seu ar pálido e alquebrado, uma apreciação
do género “Estás com um óptimo aspecto” pode ajudar muito.
Fez uma pausa, como que a apreciar a minha reacção e depois, parecendo
ler-me os pensamentos, acrescentou:
- Eu sei. Eu sei que de pouco serve a mentira piedosa…
Embora comungue da mesma ideia, fiz-me desentendido. Acho que, às vezes,
é aconselhável deitar uma pitada de sal na conversação para aguçar o paladar.
- Então se sabes que de pouco serve, por que razão recorres a ela?
Ele respondeu de pronto:
- Olha lá. Quando estás com uma dor de cabeça, não tomas um comprimido?
Pois a mentira piedosa é como os analgésicos. Não cura mas alivia.
Hoje lembrei-me dele duas vezes. A primeira foi ao passar por uma velhota,
coitada, que se arrastava penosamente. Uma saudação jovial despertou-me a
atenção “Olha a tia Maria! Mas que óptimo aspecto! Rija e cheia de saúde.
Parece uma cachopa de vinte anos!”. Ela murmurou qualquer coisa que não
entendi e lá prosseguiu o seu caminho. Acabava de testemunhar a mentira
piedosa.
A segunda foi ao virar da esquina. Alguém, indignado com não sei o quê,
gritava para o vizinho:
- Só aqui é que se vêem coisas destas… não fazem nada de jeito. Nesta
terra é tudo uma porcaria!
Estalava a mentira venenosa, que corrompe, adultera, desvirtua, destrói e
desmotiva os que nos mais diversos campos se interessam e lutam por uma
causa. Desmorona sonhos, atrofia projectos.
A mentira piedosa é um analgésico. Não cura. Alivia. A mentira venenosa,
não cura nem alivia. Mata.
In “A Planície” – 15 de Fevereiro de 1955
Pub.
ASSOCIAÇÃO DA IMPRENSA
NÃO-DIÁRIA
Pub.
Pub.
Notícias
15 de Fevereiro 2009
C u r t a s
Notícias
De quem é a responsabilidade ?
Comunidade cigana
obrigada a abandonar
as instalações do
ramal ferroviário de
Moura
Santo Amador promove
campanha ambiental
A Freguesia de Santo Amador está a promover a campanha “Resíduos no
Local Certo para uma Vida Melhor” - uma acção integrada e alargada de
sensibilização para a questão do lixo. De acordo com Helena Romana, foram
distribuídos panfletos à população, onde são dadas algumas dicas sobre
como lidar e resolver o problema do lixo, apontando soluções adequadas
para cada tipo de resíduo. Helena Romana afirmou ainda, que a população
santoamadorense tem aderido de uma forma muito positiva a esta campanha.
No âmbito do PROVERE Moura
candidata 10,925 milhões de
euros
Está prevista a atribuição de mais de 44 milhões de Euros de investimento
para os concelhos de Moura, Barrancos, Serpa, Mourão, Vidigueira, Alvito e
Beja, através do Programa PROVERE, programa no âmbito do qual 56
organismos públicos e privados, entre os quais as câmaras dos municípios
abrangidos, constituíram o consórcio “Uádi Ana”. David Machado, presidente
da direcção da Rota do Guadiana, associação líder do consórcio, explicou
que, neste momento, o consórcio aguarda a aprovação da candidatura.
David Machado adiantou ainda que os 123 projectos previstos desenvolvemse em quatro áreas: a Água, o Património, as Energias Renováveis e o
Empreendedorismo. Os investimentos previstos, globalmente provenientes
de forma equilibrada dos sectores público e privado, distribuem-se da
seguinte forma pelos concelhos: Moura, 10,925 milhões de euros; Beja e
Serpa, 10,482 milhões cada; Vidigueira, 6,835 milhões; Barrancos, 5,725
milhões; Alvito, 2,400 milhões; Mourão, 1,851 milhões.
Câmara Municipal de Moura cria
Comissão Municipal de Turismo
A autarquia de Moura criou recentemente a Comissão Municipal de Turismo,
que deverá integrar de forma livre e voluntária representantes do sector
turístico no concelho. “…juntar esforços e ajustar estratégias e metodologias
de trabalho entre todos aqueles que intervêm no turismo no concelho de
Moura, de forma a salvaguardar e preservar a imagem no exterior…”, é o
principal objectivo desta Comissão, como explicou José Maria Pós-de-Mina.
O autarca reforçou ainda, que será preciso depois aliar essa imagem à
estratégia regional, relacionada com as Terras do Grande Lago Alqueva e,
depois, com a estratégia turística do Alentejo.
Moura vai ter ciclovia e via
pedonal
A
comunidade cigana, com cerca
de 100 indivíduos, que habita as
instalações do ramal ferroviário
de Moura, deverá abandonar o local
até ao final deste mês. Essa foi a
informação que nos chegou, via e-mail,
pela Direcção de Comunicação e
Imagem da REFER. O referido e-mail
que transcrevemos na integra sitava
“No seguimento do vosso contacto,
informamos que os ocupantes das
instalações referidas, que pertencem
ao domínio público ferroviário, foram
notificados por escrito e pessoalmente, com data de 5 de Fevereiro, de
que terão de desocupar as mesmas
num prazo de 30 dias”. A Rádio Planície
falou também com José Maria Pós-deMina, presidente da Câmara Municipal
de Moura, que não quis prestar
declarações sobre o assunto.
Segundo apurou a Planície varias
vistorias foram realizadas ao edifício
pela autarquia de Moura e davam conta
dos problemas que a antiga estação
de caminhos de ferro apresentava ao
nível da segurança. Esta mesma
informação foi transmitida a REFER,
que só agora, passado vários anos,
tomou uma posição em relação ao
edifício para evitar males maiores.
Comunidade cigana pede habitações à Câmara Municipal de
Moura
A comunidade cigana que habita nas
instalações do ramal ferroviário de
Moura e que deverá ser despejada até
ao final deste mês, está preocupada
com a situação e pede à Câmara
Municipal de Moura que seja
encontrada uma solução. Em
declarações à Rádio Planície,
Domingos Barão, representante da
comunidade, explica que as famílias
que ali habitam têm crianças pequenas
que vão à escola e idosos que estão
doentes e, por isso, não podem
simplesmente ir viver para “debaixo de
uma oliveira”. A comunidade cigana
pede à autarquia mourense que lhes
seja dado um terreno ou uma
habitação, para que possam realojarse.
Estrada do Sobral
um “perigo”
A
A Câmara Municipal de Moura vai lançar concurso público para a cnstrução
de uma ciclovia e via pedonal que liga a urbanização Mourasol a Moura.
Será construído um passeio no lado direito da estrada nacional (Moura /
Pias), fazendo-se a travessia para o lado oposto da estrada, através de
uma passadeira que será colocada entre o Mourasol e o Bairro Girassol,
estando também prevista a colocação de semáforos como factor inibidor de
velocidade. Rafael Rodrigues, vereador da autarquia salientou que este
projecto é também uma forma de promover a circulação pedonal da população
mourense, além de melhorar a segurança dos peões.
A PLANÍCIE
s Freguesias de Santo
Agostinho - Moura, Sobral da
Adiça e a Comissão de Utentes
da Estrada Nacional 255-1, estrada que
liga Moura a Sobral da Adiça, devido à
inoperância da Estradas de Portugal,
S.A. na resolução dos problemas
graves no pavimento desta importante
via de comunicação do Concelho de
Moura, com implicação directa na
ligação a Espanha, manifestam o seu
descontentamento. Assim, prevêem
desencadear um conjunto de
iniciativas
para
alertar
os
responsáveis directos e políticos para
um problema que afecta com
gravidade a vida, não só dos
habitantes de Moura e Sobral da Adiça,
assim como Empresas Nacionais e
Espanholas e Turistas que diariamente
percorrem esta via. João Dinis, membro
da Comissão de Utentes, explicou que
a estrada encontra-se em péssimo
estado, tendo já provocado alguns
acidentes e prejuízos nos automóveis.
Álvaro Azedo, presidente da freguesia
de Santo Agostinho, adianta quais as
iniciativas que já foram desenvolvidas
e que estão planeadas, para chamar
a
atenção
das
entidades
responsáveis sobre o problema desta
via que liga Moura a Sobral da Adiça.
As Freguesias e Comissão de Utentes
já enviaram por escrito, uma
reclamação dirigida ao Sr. Presidente
da Estradas de Portugal, S.A.,
acompanhada
do
respectivo
levantamento fotográfico, solicitando
o empenhamento da Empresa na
resolução de um problema que se
agrava de dia para dia, colocando em
risco a vida das pessoas que transitam
na EN 255-1.
À hora do fecho da presente edição
[dia 14 de Fevereiro (sábado)] as
Freguesias e Comissão de Utentes vão
promover uma Marcha Lenta de
Protesto, que irá juntar utentes da
Cidade de Moura e Sobral da Adiça,
percorrendo todos os quilómetros da
EN-255-1.
A concentração dos Utentes de Moura
dar-se-á pelas 10 horas na saída de
Moura para Sobral da Adiça. A
Concentração dos Utentes de Sobral
da Adiça, dar-se-á pelas 10 horas junto
à saída da Freguesia junto à EN-2551.
Notícias
A PLANÍCIE
15 de Fevereiro 2009
Grandes obras no Baixo Alentejo podem atrair cerca
de 30 mil imigrantes
O
Serviço de Estrangeiros e
Fronteiras apresentou em Beja
as conclusões relativas ao
estudo “O Baixo Alentejo e a sua
perspectiva no futuro em termos de
imigração”. O SEF estima que o Baixo
Alentejo venha a receber cerca de 30
mil imigrantes ao longo da próxima
década, admitindo que pelo menos dez
mil possam ficar a residir nesta região.
As grandes obras previstas para a
região, como o Aeroporto de Beja e as
obras da rede viária, são factores
apontados para a vinda dos
imigrantes, como explica João
Agostinho, delegado distrital do SEF
em Évora, “…este número, convém
que fique bem claro, (…) tem a ver
com
os
grandes
projectos,
nomeadamente o Aeroporto, as obras
da rede viária e outros projectos na
área privada, e é um número que os
empresários e os académicos que
participaram nos trabalhos, indicam
como eventual e que será faseado no
tempo…”.
Os
projectos
estruturantes
planeados para a região do Baixo
Alentejo podem então trazer durante
a próxima década, a vinda, de forma
gradual, de 30 mil imigrantes.
Centro Local
de Apoio à
integração dos
imigrantes de
Moura
O Centro Local de Apoio à
integração dos Imigrantes de Moura
(ACIME) com instalações na
COMOIPREL, tem como função
envolver as entidades locais e as
próprias comunidades imigrantes no
processo de acolhimento e integração.
Um processo que acontece na
proximidade, no dia a dia dos cidadãos,
onde estes vivem e trabalham, dentro
das instituições, no atendimento dos
serviços, nas relações entre as
pessoas, na conduta cívica individual.
Em declarações à Planície, Antónia
Baião, coordenadora do ACIME,
Actual estado da agricultura
Distrito de Beja e Concelho de Moura
adiantou que as actividades
desenvolvidas prendem-se com
questões objectivas relativas à
legalização
dos
imigrantes,
relacionadas com os processos de
pedido de nacionalidade e orientar os
mesmos para as provas de Língua
Portuguesa. O CLAI procurou ainda,
desenvolver actividades culturais para
promover a integração e inserção
efectiva dos imigrantes.
Rede transfronteiriça
Empresários de Moura
com possibilidade de
actuar noutros terrenos
E
ste ano temos assistido
a um Inverno bastante
rigoroso, com muita chuva e
frio. Francisco Palma, presidente da
Associação de Agricultores do Baixo
Alentejo, afirmou que estas
condições meteorológicas têm
afectado “…no sentido positivo…” a
agricultura na região, embora os
solos já estejam a chegar a um estado
de saturação... o que pode provocar
alguns problemas e encharcamentos
aqui e acolá, mas, de resto, não tenho
conhecimento que haja mais nenhum
problema grave…”. Já quanto a
António Miguel, presidente da
Associação de Jovens Agricultores
de Moura, as perspectivas não são
tão optimistas pois considera que o
mau tempo que se tem feito sentir
“…tem afectado a Agricultura
essencialmente naquelas culturas
que se avizinham, que são as
culturas contratadas (…), em que os
agricultores têm contratos e podem
eventualmente não conseguir
cumprir, porque não vão poder
semear a tempo…”. Na passada
sexta-feira, o CDS pediu um debate
de urgência sobre o estado da
agricultura. Paulo Portas, líder do
CDS, acusou o Ministro da Agricultura,
Jaime Silva, de ser “incompetente”, e
afirmou que o sector agrícola está
pior agora, do que no início da
legislatura. A estas acusações o
Ministro afirmou que 2008, foi o ano
em que mais dinheiro chegou aos
agricultores, tendo sido entregues
mais de 1,5 mil milhões de Euros.
Sobre estas declarações de Jaime
Silva, Francisco Palma, afirma que
“…não vale a pena tecer muitos
comentários, porque no fundo não
passam de mentiras puras e simples
da parte de quem devia ajudar a
agricultura e não ajuda…”. O
presidente da Associação explica que
há verbas atribuídas, através da
Política Agrícola Comum, para os países
da União Europeia, da qual Portugal
faz parte, no entanto, acrescenta “…o
Ministério da Agricultura não as
entrega em tempo útil e não faz
controlos em tempo útil aos
agricultores, de maneira a poder aliviar
certas situações…”. Francisco Palma
questionou ainda “…como é que há
um orçamento comunitário, no qual
Portugal tem uma fatia pequena, mas
tem, e que esse dinheiro não seja
distribuído pelos agricultores…”.
Também António Miguel acusa Jaime
Silva “…mente com todos os dentes
que tem na boca…”. O presidente da
AJAM revela que a maior parte dos
agricultores já não concorre a
projectos, porque não acredita neles
e mostra-se preocupado porque
“…neste momento os agricultores
estão completamente isolados (…) o
Ministério da Agricultura é uma coisa
que não existe, é uma fantasia total…”.
António Miguel afirma que “…não se
vê uma única política de sustentação
ou de manutenção da actividade
agrícola responsável…”.
O
município de Moura é uma das cidades que compõe a Rede
Transfronteiriça 7X7, além das cidades alentejanas de Beja, Elvas,
Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo e Portalegre, alem de Almendralejo,
Badajoz, Cáceres, Coria, Mérida, Plasência e Zafra, da Extremadura de Espanha.
A propósito da reunião que decorreu em Beja, Santiago Macias, vereador da
autarquia mourense, explicou que “…estas reuniões têm sobretudo por
finalidade a troca de impressões, de informações e a possibilidade de, por via
destas participações mútuas nos projectos, de virmos a constituir, no futuro,
parcerias para a apresentação de projectos comuns…”. Santiago Macias
adiantou ainda que o município de Moura irá participar, em Maio, na cidade
espanhola de Mérida, no Dia do Empresário, e que, para essa iniciativa, irá
convidar a AMPEAI, Associação de Micro, Pequenos e Médio Empresários do
Alentejo Interior, “…como parceiro privilegiado nesta área, para se associar a
nós e participar nesse Dia do Empresário…”. Sobre os benefícios que esta
rede poderá trazer para o concelho, o vereador afirmou que a cooperação
transfronteiriça facilita a possibilidade que os empresários têm de actuar noutros
terrenos. A Rede Transfronteiriça 7x7, da qual Moura faz parte, baseia-se
sobretudo na troca de informações e de experiências e na possibilidade de
serem desenvolvidas actividades conjuntas.
Barrancos
Lotes para Habitação a Baixo Custo
A
Câmara Municipal de Barrancos iniciou o processo de candidaturas,
que decorre até 27 de Fevereiro, para a aquisição de lotes do Novo
Loteamento do Bairro da Floresta. António Tereno, presidente da
autarquia da Vila Raiana, explica que estes lotes situam-se numa zona do
Baldio, próximo da Rua de Espanha e do Parque de Feiras e Exposições e tem
por objectivo principal disponibilizar à população terrenos para construção de
habitação própria a custos controlados. Os lotes destinam-se a Indivíduos
com idade compreendida entre os 18 e 35 anos, residentes em Barrancos há
mais de 2 anos, e que não sejam titulares de prédio urbano, fracção ou lote
urbano naquela vila, a Indivíduos com idade compreendida entre os 36 e 50
anos, também aí residentes há mais de 2 anos nas mesmas condições e a
Indivíduos com idade até 50 anos, preferencialmente residentes ou exercendo
a sua actividade em Barrancos. A Câmara Municipal de Barrancos acredita
que, com este Novo Loteamento, estão criadas as medidas para fomentar a
fixação de jovens casais, dado que promove a venda dos lotes a preços
abaixo do valor de mercado.
Notícias
15 de Fevereiro 2009
A PLANÍCIE
Artigo
Já começaram as obras do Serviço
de Urgência Básico em Moura
Por: João Ramos
J
á começaram as obras de
adaptação do Centro de Saúde
de Moura, para a instalação do
Serviço de Urgência Básico. Recordese que, há cerca de um ano, Helena
Arvelos, directora do Centro de Saúde
de Moura, em entrevista concedida à
Planície, referia que o processo
deveria começar e terminar em 2008.
As obras começaram apenas no final
do ano passado. O SUB, Serviço de
Urgência Básico, deverá funcionar de
forma
autónoma,
possuindo
profissionais de saúde que trabalham
exclusivamente neste serviço, ou que
poderão trabalhar, simultaneamente,
no serviço de consultas e urgências.
Todos os médicos que venham a
trabalhar no Serviço de Urgência terão
de possuir formação de Suporte
Avançado de Vida. O SUB vai
funcionar 24 horas por dia, sempre
com dois médicos e dois enfermeiros,
o que implicará, provavelmente, a
contratação de mais pessoal. As duas
camas do Serviço de Observação
deverão ser mantidas, devido ao
constrangimento do espaço e,
posteriormente, o serviço deverá
receber um reforço com a instalação
de 3 poltronas, que permitem a doentes
fazer tratamento, sem a necessidade
de estarem deitados.
Afinal a saúde …
está viva.
É comum ouvirmos dizer que a
saúde está doente. Dois exemplos
demonstram que afinal os
serviços de saúde estão atentos
e têm iniciativa.
Notícias recentes vêm informar,
aquilo que para nós já não é
novidade, o aumento do valor das
Unidade de Cuidados Continuados em Moura
Anunciada para o próximo ano
O Alentejo vai dispor de mais 315 lugares na Rede Nacional de Cuidados
Continuados, depois de terem sido aprovadas 15 candidaturas, entre as quais
se encontra a ACIMEG – Associação de Cuidados Continuados Integrados da
Margem Esquerda do Guadiana, de Moura. Estas candidaturas têm um total de
investimento de 18.130.381 Euros dos quais a Administração Regional de
Saúde do Alentejo comparticipa com 9.321.042 Euros, no âmbito do Programa
Modelar em Cuidados Continuados Integrados, que é um mecanismo de
financiamento público para a criação/requalificação de respostas do sector
social nos Cuidados Continuados Integrados. Rosa Matos, presidente do
conselho directivo da Administração Regional de Saúde do Alentejo, explicou
quais as valências que esta unidade irá oferecer, referindo que “…foi assinado
um protocolo, no âmbito do Programa Modelar, para 30 camas, de longa duração
(…), e esta Associação de Cuidados Continuados Integrados da Margem
Esquerda do Guadiana comprometeu-se a construir e a pôr a funcionar até, em
princípio, 2010…”. Rosa Matos explicou ainda que a Unidade de Cuidados
Continuado de Moura vai ser de longa-duração, ou seja, “…aquelas pessoas
que precisam de internamento superior a 90 dias. Tem também reabilitação, isto
é, fisioterapia, acompanhamento médico e de enfermagem, mas são pessoas
cujo processo de reabilitação é mais demorado.”. Sobre o Serviço de Urgência
Básico, cujas obras já estão a decorrer no Centro de Saúde de Moura, Rosa
Matos, adiantou que ainda falta adquirir algum material e será também necessária
a contratação de mais pessoal.
taxas moderadoras para os mais
diversos serviços prestados
pelas entidades públicas na área
da saúde. A novidade, essa sim
inesperada, é que nem todas as
taxas irão subir. Uma delas, vai
descer e muito. A taxa sobre a
prática de cirurgias de
ambulatório, que baixou cerca de
50%. Logicamente que contra isto,
nada, esta devia ser a regra e não
a excepção. Para além da
novidade a sua particularidade
advêm-lhe da razão para a sua
descida. Pretende-se com ela,
conforme foi noticiado, favorecer
Rastreio do Cancro da Mama em Moura
A adesão é maior nas freguesias rurais de que em Moura
Por estes dias, no concelho de Moura,
está a decorrer o rastreio do Cancro
da Mama, destinado a mulheres entre
os 45 e os 69 anos. Carla Parreira,
técnica de radiologia da Unidade Móvel
da Liga Portuguesa Contra o Cancro,
explica alguns pormenores do
processo de rastreio, referindo que
as mulheres são convocadas através
de carta, sendo que os nomes são
fornecidos pelo Centro de Saúde. O
rastreio em si passa pela compressão
da mama, de um modo suave, sem ser
doloroso e, depois pela mamografia.
Os resultados do exame são enviados
para o médico de família das utentes,
decorrido cerca um mês. Se existirem
dúvidas quanto ao resultado dos
mesmos, a utente terá uma consulta
no centro de aferição da Liga
Portuguesa Contra o Cancro, em
Lisboa.
Carla Parreira adiantou ainda que
menos de metade das mulheres da
cidade de Moura comparecem ao
rastreio, ao passo que as mulheres
que vivem nas freguesias, por norma,
comparecem todas, “…a adesão é
maior nas freguesias, agora em Moura,
nem por isso, a adesão não é muito
elevada…”.
O Rastreio do Cancro da Mama está
a decorrer na cidade de Moura. As
mulheres entre os 45 e os 69 anos
devem comparecer ao rastreio, que é
gratuito, já que a detecção precoce do
cancro da mama pode salvar uma vida.
Os governos de Portugal e Espanha assinaram em Zamora, durante a 24ª
Cimeira Ibérica, um acordo-quadro de cooperação sanitária transfronteiriça
que visa um acesso facilitado das populações fronteiriças a equipamentos de
saúde dos dois lados da fronteira. António Tereno, presidente da Câmara
Municipal de Barrancos, embora desconheça o conteúdo do protocolo, refere
que se for aquilo que há muito o município vem reivindicando, então é óptimo.
O autarca da Vila Raiana adiantou ainda, que actualmente Barrancos mantém
uma política informal de solidariedade com as entidades espanholas, ou seja, os
doentes de Barrancos são atendidos em Encinasola e as pessoas do lado
espanhol que vão a Barrancos à fisioterapia, também não têm quaisquer
problemas. António Tereno refere, no entanto, que “…se houver um protocolo,
que no futuro também defina as regras e salvaguarde os direitos de cada um,
naturalmente que é melhor.”.
melhor se perceber. Quando
estamos doentes, consultamos o
médico que diagnostica o
problema e, em função do mesmo,
decide o tipo de procedimento a
realizar. Nós que nada decidimos
sobre o procedimento pagamos.
Como será que se estimula quem
paga a optar uma questão sobre a
qual não lhe cabe decidir? Das
duas uma ou o médico passa a
pagar as intervenções dos seus
doentes, ou estão a gozar
connosco. Digo desde já que não
acredito na primeira.
Outra intervenção recente,
curiosa, aconteceu no nosso
concelho. Em Setembro a
Administração Regional de Saúde
Protocolo de cooperação entre autoridades de saúde
portuguesas e espanholas poderá trazer benefícios a
Barrancos.
Benefícios na área
da saúde para
Barrancos
este tipo de procedimento. Para
do Alentejo solicitou autorização
Programa do
Rastreio do
Cancro do
Colo do Útero
premiado
para colocar um out-door a
publicitar a campanha de Rastreio
do Cancro do Colo do Útero. O
dito, foi colocado perto da Escola
Secundária e do Edifício dos
Quartéis, nos finais de Outubro.
Eis se não quando, passados
apenas 3 meses e estando a
decorrer a campanha (que se
O programa de Rastreio do Cancro do
Colo do Útero, promovido pela
Administração Regional de Saúde do
Alentejo, foi premiado no Parlamento
Europeu, em Bruxelas, durante a
cimeira anual da Associação Europeia
Contra o Cancro do Colo do Útero.
Segundo dados fornecidos pelo
Ministério da Saúde e pela ARS do
Alentejo, o programa, iniciado em
Janeiro de 2008, tem como principal
objectivo diminuir a incidência e
mortalidade do cancro do colo do
útero, através da promoção de um
tratamento atempado, de forma a
aumentar a sobrevivência das
mulheres com esta doença e fazer o
diagnóstico precoce. De acordo com
os mesmos dados, até ao momento,
mais de 20.000 mulheres foram
incluídas e rastreadas, tendo sido
realizadas 17.400 citologias. A vacina
encontra-se disponível, gratuitamente,
no Centro de Saúde Moura, para as
jovens do sexo feminino que
completem, este ano, 13 e 17 anos de
idade.
iniciou em Janeiro de 2008 e
decorrerá durante 3 anos,
portando até ao final de 2010) o
dito out-door foi limpo da
informação que continha e no seu
suporte apareceu a identificação
do PS. E depois ainda se diz que
os serviços de saúde não têm
actividade. Claro que têm e sabem
muito bem a quem servem.
Notícias
A PLANÍCIE
Semana da Comunidade
Educativa em Moura
M
aria José Fialho, vereadora da Câmara Municipal de Moura, fazendo um
balanço à Semana da Comunidade Educativa, refere que “…de uma
maneira geral consideramos que foi bastante positivo, todas as
actividades realizadas tiveram a participação do público a quem se destinava, e
decorreram todas com bastante sucesso…”. A vereadora deu ainda um especial
destaque à forte participação dos jovens, quer nas iniciativas promovidas pela
autarquia e dirigidas a eles, quer naquelas que foram promovidas pelos próprios.
Como ponto menos positivo, e mesma apontou algumas em que nem sempre foi
possível motivar captar a participação de tantos quantos gostariam.
15 de Fevereiro 2009
Concelho
Ante a crise económica que assola o país e o mundo, sem cair no pessimismo, teremos de
confessar que difícil será conquistar o desenvolvimento e contrariar a tendência de
desertificação, que paira sobre os concelhos perdidos no interior. Moura é um deles.
Entre o optimismo e a expectativa reinantes, a Planície ouviu alguns depoimentos, que aqui
deixa como um grito de esperança, entrecortado por uma pergunta ansiosa: Concelho de
Moura – Que futuro? .
Duas inaugurações - “Cantinho da
Música” e novas instalações da Escola
da Porta Nova
Cantinho da Música
No âmbito da Semana da Comunidade Educativa, a autarquia mourense,
procedeu à inauguração do “ Cantinho da Música” - Conservatório Regional do
Baixo Alentejo, secção de Moura e as novas instalações da Escola da Porta
Nova. José Maria Pós-de-Mina, presidente da Câmara Municipal de Moura, falou
à Planície da importância destes dois locais para a Educação e para o
desenvolvimento da Cultura no concelho. Também Maria José Fialho, vereadora
da autarquia na área da educação, falou sobre os objectivos da criação do
“Cantinho da Música” referindo que “…pretendemos não só mostrar o trabalho
do Conservatório, que é bastante importante, como motivar outras pessoas que
gostem de música e porque não, arranjar ainda mais alunos. O autarca mourense
Novas instalações da Escola da Porta Nova
adiantou ainda, que a próxima intervenção será feita na Escola do Bairro 25 de
Abril, mas que, “…antes disso, vamos avançar com o concurso para a construção
de uma escola em Santo Aleixo da Restauração…”. A obra de remodelação da
Escola da Porta Nova foi um projecto que causou muita polémica. Quando
questionado sobre se os moradores ficarão agora mais satisfeitos, referiu que
as reacções chegadas à autarquia indiciam uma posição favorável “…os sinais
que nos têm chegado é de haver algumas pessoas que depois de verem a obra,
depois de verem o que está feito, mudaram a sua opinião e, naturalmente,
reconhecem a utilidade e a pertinência desta obra…”. A Planície ouviu ainda as
opiniões de duas moradoras da Porta Nova, que se mostraram satisfeitas com
a obra, embora, uma delas, continue a dizer que foi “…roubado um bocado do
Jardim…”.
A obra de remodelação da Escola da Porta Nova, ao que parece, após tanta
celeuma, parece então agradar à população.
Novas instalações da Escola da Porta Nova
Desemprego
C
omeçamos pelo desemprego.
Actualmente, e talvez devido
também à situação em que nos
encontramos, ouvimos cada vez mais
frequentemente que além do seu
aumento paira o espectro da perda de
postos de trabalho. No distrito de Beja,
existem projectos, considerados
estruturantes, como é o caso do
Aeroporto, dos centros comerciais
previstos para aquela cidade, da
remodelação da rede viária que,
acredita-se, deverão minimizar os
efeitos do desemprego na região. E
em Moura, o que há? O que temos para
oferecer, por exemplo, aos jovens que
vão fazer a sua formação para fora, e
não regressam por encontrarem
melhores condições de trabalho? José
Maria Pós-de-Mina, presidente da
Câmara Municipal de Moura, referiu
que para que os jovens regressem a
casa, “…é necessário sobretudo
políticas de âmbito nacional.
Naturalmente que haverá políticas
locais, e penso que estamos a fazer
esse caminho, passam pelos projectos
das energias, passa pela dinamização
da agricultura, na componente da
olivicultura,
passa
pelo
desenvolvimento de projectos
turísticos, passa também pelo
desenvolvimento
das
áreas
industriais…”. Um dos projectos que
tem vindo a ser desenvolvido é o
Tecnópolo, onde já existe a Fábrica
Moura Solar, o laboratório de
investigação com capacidade
certificadora, ao nível da tecnologia
fotovoltaica, e para onde está prevista
a instalação de novos projectos, como
de resto avançou o autarca mourense
“…temos cerca de 6 dezenas de
empresas inscritas na nossa bolsa de
empreendedores e cerca de 20
estarão já em condições de
arrancar…”. O autarca adiantou ainda
que na 5ª edição da Rota do Futuro, a
realizar-se no dia 12 de Março, serão
apresentadas medidas para fixar os
jovens no concelho. São, portanto,
projectos que poderão vir a dinamizar
o concelho e, mais importante, são
iniciativas que promovem o emprego.
Futuramente, e esta até foi uma
questão que já foi discutida há algum
tempo, se o concelho de Moura criar
condições para a fixação dos jovens
aqui, poderia colocar-se a hipótese de
aqui se construir um Pólo Universitário.
Um estabelecimento de ensino que,
com certeza, estaria mais direccionado para a área das energias,
já que é esse o posicionamento que o
concelho está a seguir. Infelizmente,
nos dias que correm, as universidades
não estão a apostar na expansão e
esse tempo já passou… O que se pode
criar, e considerando esta conjuntura,
são parcerias, protocolos com as
instituições de ensino superior,
possibilitando, desta forma, que os
jovens do concelho vão estudar para
fora, mas sempre com a perspectiva
de, no final da sua formação,
regressarem. A criação do Laboratório
de investigação com capacidade
certificadora, ao nível da energia
fotovoltaica, já faz um pouco esse
trabalho, pois oferece a oportunidade
de realização de estágios, de
trabalhos
de
mestrado
ou
doutoramento na área das energias.
O edil mourense mostra-se optimista
nesta questão, pois afirma que
“…temos aqui componentes de
investigação, componentes de ensino
e, quiçá, no futuro possa haver aqui
condições
para
criar,
não
propriamente uma universidade, mas
algum pólo ou alguma iniciativa na área
da formação do ensino superior…”.
Notícias
15 de Fevereiro 2009
A PLANÍCIE
de Moura: Que Futuro?
o
As energias
renováveis e a
possibilidade
de
investimento.
N
ão poderíamos deixar de mencionar a
questão da central solar de Amareleja.
Criou, durante a sua construção, mais de
uma centena de postos de trabalho. Terminada
que está, apenas 16 serão assegurados. Mas
não podemos ver o panorama apenas por esse
prisma. A central solar de Amareleja tornou
possível a construção de uma fábrica, a Fábrica
Moura Solar, que emprega actualmente cerca de
95 pessoas.
Alvo de um mediatismo mundial que até agora
o concelho de Moura não tinha recebido, a central
solar de Amareleja, já recebeu visitas de cadeias
de televisão de renome internacional, como a
BBC, a CNN, a Al-Jazeera, e também os três
canais de televisões portugueses, RTP, SIC e
TVI. Também visitas de personalidades dos quatro
cantos do Mundo já passaram pelo concelho, o
secretário de Estado dos Estados Unidos da
América, investidores franceses, o embaixador
do Japão e o embaixador da Austrália, o
presidente da República de Cabo Verde. O
presidente da Câmara Municipal de Moura foi
nomeado para Personalidade do Ano pela Revista
e Site OneWorld, uma nomeação que mereceu
também destaque em diversos meios de
comunicação social. Mas o que representa para
o concelho de Moura toda esta exposição?
Vejamos. Em primeiro lugar, acreditamos, ou
melhor, desejamos acreditar, que este mediatismo
não é apenas para “inglês ver”. A projecção da
imagem do concelho de Moura, a nível mundial,
poderá levar a que, potenciais investidores na
área das energias, queiram investir no concelho,
uma possibilidade que nos foi confirmada pelo
presidente da autarquia “…já temos recebido,
embora não podendo entrar em pormenores,
haverá um ou outro caso que poderá ser referido
na Rota do Futuro, em que temos recebido
contactos de investidores de empresas que,
também devido a esta notoriedade, a este
reconhecimento, olham de uma forma diferente
para o concelho de Moura e aí pode haver, de
facto, condições para que a nossa capacidade
de atracção e a capacidade de realização de
investimentos no concelho de Moura fique
melhorada com esse reconhecimento
internacional…”. O autarca explicou que estes
projectos são, sobretudo, investimentos nas
áreas das energias renováveis.
Em segundo lugar, e esta foi também uma
informação que nos foi dada por José Maria Pósde-Mina, existe um projecto ambicioso na área
do termo-solar. Pelo que nos foi dito, há
investidores interessados em instalar em Moura,
uma fábrica termo-solar. Numa época de crise,
como a que atravessamos, este investimento é
importante, não só do ponto de vista ambiental,
porque é uma aposta nas energias renováveis,
mas também pelo que representa para a economia
do País, já que é uma aplicação de capital, e para
o emprego do concelho, porque, com certeza irá
criar postos de trabalho. No entanto, de acordo
com o presidente da Câmara Municipal de Moura,
o Governo está “de pé atrás” com o projecto e,
por isso, deixando a questão “…se neste
momento, por parte da Câmara de Moura há
disposição para acolher estes investimentos, há
disponibilidade de terrenos, há condições
naturais, há empresas interessadas, então
porque não avançamos? É este o desafio que
estamos a lançar ao Governo.”.
No entanto, e como a população do concelho
de Moura, já passou por outras experiências que
anunciavam muito desenvolvimento para o
concelho, como é o caso da Barragem de
Alqueva, ficamos à espera que, de facto, a
central solar de Amareleja e tudo o que envolve
o projecto, traga realmente desenvolvimento e
perspectivas optimistas para o concelho de
Moura.
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o
O Turismo
O
anúncio de investimentos de projectos
turísticos no concelho de Moura é uma
outra questão que tem deixado a
população expectante. Com certeza que a
construção de um, ou mais, empreendimentos
turísticos aqui na região serão impulsionadores
da economia local e, obviamente, resolveriam
parte do problema do desemprego.
José Maria Pós-de-Mina referiu que o Plano
de Pormenor do projecto turístico da Defesa de
S. Brás já foi aprovado e deverá entrar em
discussão pública, em breve. O autarca adiantou
ainda que existem também investidores
interessados em outras duas áreas que são uma
zona do núcleo da Barragem de Alqueva e uma
zona junto à Aldeia da Estrela. Com a situação
que vivemos actualmente, esperamos que estes
projectos não sejam afectados, até porque, como
já referimos, a serem concretizados, deverão
promover o desenvolvimento do concelho. O
presidente da autarquia mourense considera que
“…se esses projectos se concretizarem de
acordo com aquilo que é apresentado e cumprindo
todos os seus objectivos, nós podíamos dizer
que os problemas do desemprego do concelho
de Moura podiam ser resolvidos…”.
Decidimos colocar uma questão a
várias pessoas do concelho de Moura
para conhecer a sua visão sobre o futuro
do concelho.
A nossa questão:
Planície: Como vê o futuro do concelho
de Moura?
João Sales, estudante, Moura
“Na minha opinião os jovens do concelho
de Moura, que têm alguma ambição a nível
profissional criam as suas vidas fora do
concelho porque ainda não existem meios que
os façam querer ficar cá. Acho incompreensível que uma cidade como Moura não tenha
um Hospital e uma Universidade porque se
tivesse, iria desenvolver-se muito mais.”
Marisa Moita, professora, Moura
“Penso que o futuro pode ser auspicioso
para o concelho, se forem criadas infraestruturas sólidas que dêem lugar à
rentabilização dos recursos naturais que
possuímos, valorizando o conhecimento e o
empreendedorismo da população local.”
Maria Alexandra, reformada,
Moura
“Quanto às energias renováveis acho que é
bom para o concelho, porque tudo o que seja
para o desenvolvimento do concelho não é bom,
é fantástico. Os jovens, eventualmente,
poderão regressar porque há trabalho e as
energias renováveis podem criar postos de
trabalho para muita gente…”.
Mário Caldeira, advogado,
Santo Aleixo da Restauração
José Maria Pós-de-Mina: “…eu por natureza sou optimista, sou confiante relativamente ao
futuro e e na capacidade da população, dos agentes económicos e das entidades do concelho
de Moura em poder encontrar o caminho para a promoção do desenvolvimento. É evidente que
somos críticos em relação àquilo que tem sido a política governamental, esperamos
naturalmente que ela corresponda a um maior apoio ao desenvolvimento do concelho de
Moura, mas posso dizer que, apesar de tudo, eu considero que, e se fizermos a comparação
(…), que muitas vezes nos tentam atacar por essa via e eu tenho que fazer esta comparação:
o concelho de Moura tem uma realidade e tem problemas de jovens e todos nós sentimos isso,
até familiarmente. Mas se olharmos e compararmos hoje a situação e as perspectivas do
concelho de Moura, e eu até posso fazer isso sem qualquer outra preocupação de carácter
político, fazer a comparação com a situação que encontrei em 1998, quando assumi
responsabilidades na presidência da Câmara, eu digo: hoje o nosso concelho tem perspectivas.
Nós temos hoje, independentemente daquilo que vier a acontecer a seguir, razões e motivos
para sonhar com um futuro melhor. Porquê? Porque temos projectos que foram concretizados,
temos projectos em curso, temos projectos que se estão a desenvolver, temos o sector da
energia, temos o sector da agricultura, temos o sector do turismo, onde há perspectivas de
desenvolvimento. Agora o que eu faço aqui e aproveito para fazer um apelo, é que vamos todos
dedicar-nos a isto, temos todos que ter a capacidade de mobilizar esforços, de mobilizar
vontades, para que estes três aspectos que são fundamentais para o desenvolvimento do
concelho, possam cumprir os seus objectivos. Eu acho que o caminho que temos seguido é
importante, há muito a fazer, o maior trabalho está por fazer, mas acho que nestes aspectos
estamos no caminho certo e, por isso mesmo, por este rumo traçado ser significativo e
reconhecido internacionalmente, temos razões para ter confiança e ter esperança no futuro…”.
As formas de combater o desemprego, a
aposta na formação dos jovens e a criação
de condições para que se fixem no
concelho, o projecto da central solar de
Amareleja e os investimentos que
poderão surgir no concelho (como a
fábrica termo-solar), os projectos
turísticos para o concelho de Moura foram
as questões que apresentámos nesta
reportagem. Existe muita expectativa em
relação ao que será o futuro do concelho
de Moura que, devido à situação de crise
actual, não se mostra muito risonho, como
em todos os lados do planeta. Queremos
acreditar que com os projectos que se
anunciam a situação poderá melhorar. É
necessário o investimento, é necessário
o projecto, é necessária a sua concretização. Aguardamos que todas estas
aspirações possam gerar um futuro com
melhores condições de vida para o
Concelho.
“Quanto ao futuro do concelho de Moura,
vejo-o com apreensão, fundamentalmente,
devido ao desemprego que aumenta todos os
dias. Nós temos uma estrutura empresarial
que é diminuta e vive em dificuldades, mas a
economia é principalmente agrária. (…) Em
relação às energias renováveis, é uma fonte
natural que nós temos, é uma energia não
poluente, temo-la de forma inesgotável, temos
é que fazer os investimentos necessários. Será
uma fonte a explorar que poderá levar a que
os jovens do concelho regressem a casa, ou
até mesmo aqueles que não são do concelho,
mas poderiam passar a residir aqui.”
João Lourinho, bancário,
Amareleja
“…As coisas estão complicadas a todos
os níveis. Todos sabemos que a crise está
instalada em todos os ramos (…) cada vez há
mais despedimentos e, futuramente, o ano de
2009 não vai ser fácil para ninguém. (…)
Quanto ao regresso dos jovens, devido às
energias renováveis, pode ser um incentivo.
Tenho o exemplo de alguém que está a viver
em Évora e neste momento está com um
projecto de agricultura na Amareleja. Para
alguém que queira voltar às origens, as
energias renováveis podem ser a solução.”
José Marques, comerciante,
Moura
“As energias renováveis, quanto a mim, vão
ter o mesmo futuro que têm tido todas as outras:
não têm validade nenhuma. Para já têm que
ser criadas infra-estruturas para haver um
investimento exterior dentro do concelho, e
isso não está criado. (…) Acho que a autarquia
devia investir mais em certos aspectos para
que o desenvolvimento fosse feito, através de
uma chamada para o exterior. Como não há
esse investimento, eu acho que as energias
renováveis no concelho de Moura não vão ter
um futuro risonho.”
A PLANÍCIE
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15 de Fevereiro 2009
Notícias
15 de Fevereiro 2009
A PLANÍCIE
José Socrates visitou a Barragem de Alqueva
O primeiro-ministro, acompanhado do ministro da
Economia e da Inovação, Manuel Pinho e do ministro da
agricultura, Jaime Silva, esteve no passado dia 6 de
Fevereiro de visita à barragem de Alqueva, mais
concretamente às obras de reforço de potência da
barragem.
O reforço da produção de
energia eléctrica a partir de
Alqueva, que está previsto
entrar em exploração no final
de Dezembro de 2011 e cuja
execução decorre de contrato
de sub-concessão celebrado
entre a EDIA - Empresa de
Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. e a
EDP em 24 de Outubro de 2007,
representa, segundo a EDP,
mais um passo na «implementação das orientações estratégicas estabelecidas pelo Grupo
EDP em matéria de reforço do
investimento em energias
renováveis».
Recorde-se que esta obra,
orçada em 160 milhões de
euros, irá duplicar a actual
potência, sendo que o novo
empreendimento será constituído por uma central escavada
a céu aberto, um circuito de
adução subterrâneo com cerca
de 375 m, o circuito de restituição e diversos edifícios
conexos. A central será
equipada com dois grupos
reversíveis, com uma potência
nominal de 260 MW.
José Sócrates, no discurso
proferido durante a visita, fez
questão de frisar que este
projecto é muito importante para
o desenvolvimento do Alentejo,
na medida em que vai criar
vários postos de trabalho,
sendo que só na construção
desta nova estrutura de
aproveitamento de recursos
hídricos na barragem do
Alqueva irá representar um
acréscimo de 450 novos
postos de trabalho.
O primeiro-ministro salientou
também que o investimento é
mais um passo para o futuro
das energias renováveis um
passo importante na procura da
autonomia estratégica em
termos energéticos.
Na visita realizada a Alqueva
o Primeiro-ministro falou ainda
da eventual construção de uma
refinaria no lado espanhol do
Rio Guadiana, que já mereceu
alguns comentários por parte de
José Roquette empresário
responsável pelo projecto do
Parque Alqueva e que se
demonstrou preocupado com a
construção desta refinaria.
José Sócrates garantiu que
nesta altura decorrem os
estudos de impacto ambiental e
que nada será feito caso
estejam em causa os valores
ambientais.
Pub.
Opinião
A PLANÍCIE
Artigo
Por: João Socorro
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Vamos falar de... “ Imagens e Palavras! “
De facto, por muito que se fale ou escreva, nem sempre as palavras e os textos têm algum efeito
… lá diz o povo “as palavras leva-as o vento”, e os escritos, por vezes apaga-os o Tempo, dizemos
nós!
As Imagens, bem, embora também se esbatam nas memórias, ficam mais tempo perenes na retina
de quem as olha e regista, por momentos de forma fugaz, muitas vezes durante anos e talvez Vidas.
Esse é o tema da nossa crónica de hoje, onde procuramos mostrar um pouco da mágoa que
sentimos quando as palavras nos dizem frases emblemáticas sobre “um concelho e uma cidade de
Futuro!”, com “autarcas do século 21!” – e Infelizmente – as Imagens que registamos dessa Gestão
Futurista são de um Passado diariamente Presente!
À tantos anos aqui caída
quando ainda acreditava que o
Lidl viria para Moura! Afinal foi
para Serpa e nem quando
puseram a nova placa alguém
daqui me levou!
Bairro novo, candeeiro novo
– separador do “Século 21”!
Candidatura ao Prémio da
“Rotunda” mais original!
Está a chegar a Moura – Pare! Faça o puzzle
das pedras e aproveite para merendar na mesa
que construiu! Atenção – veja a paisagem mas
não caia no buraco do muro!
Escultura
em
Ferro
Retorcido e Enferrujado a
aguardar transladação para o
Novo Museu a abrir no
Matadouro!
Contentores do Lixo à Espera de Uma
Imagem de Futuro!
15 de Fevereiro 2009
Artigo
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V Assembleia de Organização Concelhia de Moura do PCP
O desenvolvimento é possível com a intervenção e participação dos comunistas
Sob o lema “Mais PCP, Melhor Concelho” decorreu a 5.ª Assembleia de Organização da Concelhia
de Moura do PCP que se realizou dia 7 de Fevereiro, no Sobral da Adiça, com a presença de Miguel
Madeira da Direcção da Organização Regional de Beja e do Comité Central.
Durante os trabalhos da assembleia, que foi muito participada, estiveram em foco as questões do
trabalho de direcção, da promoção de novos quadros, do reforço do Partido e da organização que
deverá centrar-se “num estilo de trabalho que privilegie a intervenção das organizações e dos militantes
na resposta aos problemas e aspirações dos trabalhadores e das populações”, no trabalho unitário e na
valorização dos centros e trabalho “como espaços de reflexão e debate sobre os problemas e
preocupações das populações”.
A Assembleia aprovou a Resolução Política na qual se expressa a convicção dos comunistas do
Concelho de Moura de que “a vida das populações e o desenvolvimento da sua terra será tanto melhor,
quanto maior, mais forte e com melhor conhecimento dos problemas for a organização do PCP neste
Concelho” Os comunistas estão certos de que daí advirá mais força não só para lutar, com as populações,
pela resolução desses problemas, como maior influência para colocar “ao serviço da defesa dos
interesses e direitos dos trabalhadores”, aprofundando e desbravando os caminhos de desenvolvimento,
“capazes de contrariar o abandono a que sucessivas políticas de direita, do PS e do PSD têm votado o
interior do País”.
Na Resolução Política os comunistas reafirmam “a sua disposição e disponibilidade para contribuir
com a sua acção e as suas propostas para o desenvolvimento do concelho e da região”, colocando
como “primeira prioridade a luta contra o desemprego e a concretização do projecto das energias
renováveis numa vertente diversificada, destacando-se agora a vertente do Parque Tecnológico”. Os
comunistas do concelho de Moura destacam ainda a necessidade de continuar a lutar “pelo
aproveitamento integrado das potencialidades de Alqueva, na sua vertente de fins múltiplos”, pela
“criação de um banco de terras possibilite o acesso à terra a pequenos e médios agricultores, a
trabalhadores e a cooperativas agrícolas”, assim como “pelo aproveitamento das valências turísticas”,
nas quais se dará “prioridade aos investimentos a efectuar nos aglomerados urbanos existentes, que
fixem mão-de-obra qualificada e a criação de emprego com direitos”. Do mesmo modo, a promoção
dos valores ambientais e “a sua compatibilização com os usos agrícolas”, a valorização da fileira dos
produtos regionais e tradicionais, com destaque para o azeite” e a luta pela “melhoria e qualificação
das acessibilidades, incluindo a reactivação do ramal de Moura” estão entre as preocupações dos
comunistas de Moura.
A Resolução Política aborda também a política social considerando a educação e a formação
“como pilares base para a concretização das políticas de desenvolvimento”, defendem o princípio do
“funcionamento permanente dos serviços de saúde, o aumento d disponibilidade das valências, a
melhoria dos equipamentos e instalações e a criação de serviços permanentes”. Também o apoio ao
associativismo juvenil e de cariz popular e o associativismo dos grupos mais desfavorecidos, “onde se
destacam as mulheres, os reformados e os imigrantes”, são outros dos objectivos.
Os comunistas reafirmaram a disponibilidade para discutir as suas propostas para o desenvolvimento
do concelho com todos os interessados, e sublinharam “a firme disposição de apoiar e mobilizar os
trabalhadores e as populações na defesa dos seus direitos e aspirações”.
No decorrer dos trabalhos da Assembleia foi eleita a nova comissão concelhia e foram aprovadas
duas moções: uma, sobre o mau estado da estrada nacional n.º 255-1 que liga Sobral à cidade de
Moura, na qual se reclama intervenção urgente, e, outra, sobre a Ribeira da Perna Seca, na qual se
reclama às autoridades competentes que apoiem as diligências desenvolvidas pela Câmara de Moura,
no sentido de resolver este problema.
Secretariado da Comissão Concelhia de Moura do PCP
9 de Fevereiro de 2009
Por favor, reconstruam-me o bocadinho que
falta! O trabalho é pouco e a despesa não implica
Candidatura a Fundos Comunitários!
Cresci, cresci e fiquei assim … Moderno,
Bonito e Perigoso!
A sua Opinião
No Convívio da Delegação de Évora da ADFA, em Moura
Câmara Municipal de Moura ignora Deficientes de Guerra
Um dia, num Futuro
Próximo, Todas as Árvores
terão um Canteiro como o Meu!
Exposição ao Ar Livre de Ruína arqueológica local e acesso
“semi” ou “demi” ou “mini”ou “nada” alcatroado ao Posto da
Policia de Moura (é bom para os Jipes)!
Programa “+ Educação” mas com “Péssima”
Requalificação! Um dia “O Muro vem Abaixo!”
e… ponham a “Escultura em Ferro” no Museu! A
placa da Obra é para esconder …
Isto é na Rua da Caridade! Nem desta têm
Pena!!! E se Por Acaso encontrarem mais
buracos noutras … Avisem!
Pois, realmente, diz-se que “Uma Imagem Vale Por Mil Palavras” e após esta pequena recolha
fotográfica fica-nos a sensação que “Muitas Imagens Valem por Milhões de Palavras”, ditas e
escritas nos últimos onze anos, mas que muito pouco tem acrescido ao desenvolvimento e crescimento
da Nossa Terra, de forma sustentada e em prol de um Futuro que se quer de facto mais credível e
ambicioso e que Aconteça porque Nós Queremos – Ainda no Tempo Presente – que é o de Todos os
que em Moura Vivem e Criaram as Suas Raízes! Até Sempre.
No dia 13 de Dezembro de 2008, a Delegação de Évora da Associação dos Deficientes das Forças Armadas
(ADFA), elegeu a Cidade de Moura para realizar o seu convívio anual e também, para prestar homenagem aos
militares do Concelho mortos na Guerra Colonial. O almoço foi no restaurante “O Celeiro”.
Pelo facto de Moura não possuir nenhum monumento aos Mortos na Guerra, foi decidido colocar uma coroa de
flores em sua homenagem, junto da lápide toponímica que perpetua o nome do primeiro mourense morto na Guiné,
Henrique José Pinto, e que também faz referência às vítimas da Guerra Colonial.
Em todas as zonas do País onde a ADFA realiza as suas cerimónias, nunca faltaram as entidades locais,
incluindo, como é obvio, os presidentes das Câmaras Municipais, ou quem estes designem como seus legítimos
representantes. Para cumprir esta formalidade, foi enviado ofício/convite ao senhor Presidente da Câmara
Municipal de Moura. Foi também atempadamente pedido à Câmara que desse alguma dignidade à cerimónia, no que
toca à limpeza da zona que envolve a placa toponímica onde ia ser colocada a coroa de flores da homenagem.
Decidiu a edilidade ignorar este pedido, como também entendeu não nos honrar com a sua presença o Senhor
Presidente, alegando motivo de agenda e achando por bem não nomear alguém em sua representação.
Os deficientes das Forças Armadas oriundos das oito Freguesias do Concelho de Moura que, no cumprimento
do seu dever de Cidadãos foram obrigados a participar na Guerra Colonial e que regressaram mutilados, ficaram
profundamente desapontados com a “atitude de desprezo” a que foram votados, sendo completamente ignorados
pelo presidente da Câmara de onde são Munícipes.
Senhor presidente, a ADFA, cujo convite o Senhor fez questão de ignorar e da qual os seus Munícipes
Deficientes de Guerra são membros, é uma Instituição de Utilidade Pública, de notável prestigio, sem credos
políticos ou religiosos, mas com muita dignidade. Com cerca de vinte mil Associados, é Membro da Federação
Mundial de Antigos Combatentes e Vitimas de Guerra (FMAC) e já foi visitada por todos os Presidentes da
República Portuguesa eleitos depois da Revolução de Abril, tendo sido condecorada como Membro Honorário da
Ordem do Mérito, por Sua Excelência o Presidente da República, Doutor Mário Soares, em 13 de Fevereiro de 1996.
O presidente da ADFA, José Eduardo Gaspar Arruda, foi distinguido a título individual, por Sua Excelência o
Presidente da República, Doutor Jorge Sampaio, com o grau de Comendador daquela Ordem Honorífica. Em 19 de
Dezembro último, Sua Excelência o Presidente da República, Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, deslocou-se
à Sede Nacional da ADFA, em visita oficial e, condecorou-a com o título de Membro Honorário da Ordem da
Liberdade.
Esta é a Associação que o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Moura fez questão de ignorar, não
acedendo ao convite nem se fazendo representar, em honra de todos os Mourenses Deficientes da Guerra Colonial
e também dos que nela pereceram.
Como associado e membro do Conselho Nacional da ADFA, e sendo natural de Moura, participei no evento e
achei que deveria, através do nosso Jornal “A Planície”, deixar o meu grito de revolta.
“Quem não se sente não é filho de boa gente”.
Farinho Lopes
[email protected]
Opinião - Notícias
15 de Fevereiro 2009
Artigo
A PLANÍCIE
Pontos de Vista
Por: Jorge Valente
De além - mar para Alenguadiana
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De Alcáçovas a Tordesilhas
Belo Horizonte (MG, Brasil) – Em tempos de “globalização”, ou seja, de divisão do globo terrestre
em “blocos” de influência político-econômica, é bom recordar que isso não é coisa nova. Desde a
Antiguidade Clássica isso acontece, onde os “grandes Impérios” (Romano, Macedónio, Mongólico,
etc.) comandavam áreas maiores e percentuais de população mundial superiores, até, aos “blocos” de
hoje (União Europeia, Nafta, Mercosul, etc.), com uma só política económica, uma moeda única, etc.,
até à maior de todas as divisões, que foi a acontecida no final do séc. XV, com o definido no Tratado
de Tordesilhas. Recorde-se que este último Tratado foi o acordo que, pretendia-se que em definitivo,
dividiu em duas zonas de influência económico-comercial (e também de “governo”) o vasto mundo
que, na data, se abria à expansão de Portugal e Castela (Espanha), nações que se rivalizavam,
disputando a posse do comércio marítimo ultramarino, por vezes violentamente, até 1479 (data do
Tratado de Alcáçovas, substituído, em 1494, pelo de Tordesilhas).
Comecemos pelo Tratado de Alcáçovas (1479), que teve como objetivo “fazer a paz”, acabando
com a guerra sucessória de Castela (onde o rei D. Afonso V de Portugal intervira, sem sucesso, a favor
da sua neta D. Joana Beltraneja, filha da princesa D. Joana de Portugal e do rei D. Henrique IV de
Castela). Neste Tratado reconhece-se D. Isabel I como rainha de Castela (meia irmã de D. Joana
Beltraneja, pois também era filha de D. Henrique IV de Castela), a qual casará, depois, com o rei D.
Fernando II de Aragão, formando o, históricamente famoso, casal de “Reis Católicos”, origem da
Espanha, pela união dos seus reinos (Castela e Aragão). Isto vem a propósito de se dizer que não era
o objetivo deste Tratado, mas nele se “esboça”, também, a primeira “divisão” do mundo entre Portugal
e Castela e, de forma definitiva (até hoje), excetua em tal “divisão” as Canárias (de Castela) e a
Madeira e os Açores (de Portugal), que continuaram sendo considerados como “dotes” inviolàveis de
casamentos reais anteriores. No entanto, neste Tratado estabelecem-se, também, regras para futuros
casamentos entre príncipes reais portugueses e castelhanos, visando a união desses reinos a médio
prazo. Num seu anexo, definiu-se o primeiro de tais casamentos, aquele que determinou as “Terçarias
de Moura”, episódio já abordado em artigo anterior (in A PLANÍCIE, de 01/Julho/2003) e que decorreu
em 1483, um dos mais importantes acontecimentos históricos vividos na nossa cidade.
O rei D. Afonso V de Portugal, conhecido como “O Africano”, sempre esteve muito mais interessado
nas “descobertas no além-mar” do que no que acontecia em Castela (só interferiu na guerra sucessória,
acima referida, por uma questão “de sangue” e não se importou com o seu fracasso, tanto que não
deslocou para tal guerra um só soldado português que estava, e/ou estivesse, destinado ao ultramar).
Isto é evidente quando se constata que: (i) naquele Tratado de Alcáçovas, se estabelece que o reino
de Granada (ainda árabe) será conquistado pelos exércitos aliados dos dois países (Portugal e Castela)
e será incorporado a Castela, enquanto que todas as “conquistas de Fêz” (hoje Marrocos e Mauritânia)
serão de Portugal “mesmo que ocupadas por Castela”; e (ii) na conquista e ocupação de Granada
(1492) não havia mais do que “meia dúzia” de portugueses, comandados por D. Francisco de Almeida
(subordinado ao comandante-chefe castelhano), e Castela saíu do que tinha no Norte de África
imediatamente, nem esperando a chegada de portugueses (que, em alguns casos, tiveram de
“reconquistar aos mouros” posições antes castelhanas...). O rei D. Afonso V de Portugal morreu em 1481
e o seu sucessor (o rei D. João II), apesar de ter também assinado em 1479 o Tratado de Alcáçovas
(como “associado à governação”, o que já era desde 1477), só o respeitou integralmente enquanto o
seu único filho legítimo (o “príncipe real” D. Afonso, que poderia concretizar a união das coroas
ibéricas, por aplicação do disposto no acordo das “Terçarias de Moura”, pois já tinha casado com a
filha única e herdeira do trono unificado dos “Reis Católicos”) era vivo, mas ele morreu em 1491,
acidentalmente (em uma queda de cavalo durante um passeio), sem ter deixado filhos... Isto é, o
Tratado de Alcáçovas “era bom” para Portugal, enquanto o rei da possível união ibérica fosse português,
mas quando ele fosse castelhano...
Continuação na edição de 15 de Março
____________________________________
(*) Jorge Valente é natural de Moura, residente no Brasil e engenheiro de minas (IST).
E-mail: [email protected]
Artigo
Por: Amilcar Mourão
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FREEPORTGATE?
Nas últimas semanas voltou a correr tinta sobre o caso do licenciamento do Freeport e desta vez não
apenas por causa de uma denúncia anónima, mas sim de um pedido de colaboração das autoridades
anti-corrupção inglesas. Antes de mais é importante recordar que por muitos contornos estranhos que
este caso tenha, qualquer cidadão é inocente até que se prove o contrário e isto aplica-se sem
excepção a todos os alegadamente envolvidos. O envolvimento de José Sócrates torna este caso
muito mais mediático e naturalmente transforma-se no centro das atenções, pois o que importa em
primeiro lugar aos portugueses é que fique claro se o então Ministro do Ambiente e hoje Primeiroministro teve algum envolvimento ilícito no licenciamento do empreendimento. Os factos conhecidos
levantam algumas suspeitas sobre o modo como o Freeport foi aprovado, em especial os prazos em
que decorreu e o ter sido aprovado três dias antes das eleições de 2002 que todas as sondagens davam
como ganhas pelo PSD, como veio a acontecer. Em 2005 uma carta anónima acusava José Sócrates
de estar envolvido nesse processo de forma ilícita e já recentemente surgem novas notícias e documentos
que referem o nome do Primeiro-ministro como um dos envolvidos no caso, cujas fontes são variadas,
desde familiares de José Sócrates até às autoridades inglesas. Mas voltemos a recordar-nos que até
prova em contrário todos são inocentes. Este é claramente um caso de investigação policial e judicial
e que neste momento começa também a atingir a credibilidade do sistema criminal português. Hoje
levantam-se questões sobre o que aconteceu entre 2005 e 2009 em que as investigações em Portugal
que estiveram sempre em curso, resultaram em nada e são os ingleses que vêm agora dar um novo
impulso ao processo apontando nomes e datas. É verdade que o nosso sistema de investigação
criminal tem muito que fazer, mas este é nitidamente um caso prioritário porque envolve uma figura
pública e não é uma figura pública qualquer, é o Primeiro-ministro e portanto tem de ser esclarecido
com a máxima urgência e clareza de modo a que não reste qualquer sombra para dúvidas quanto ao
envolvimento ou não do chefe do governo. As declarações e contradições de responsáveis da investigação
feitas nos últimos tempos também não vieram ajudar em nada à confiança dos portugueses no sistema
judicial. O Procurador-geral da Republica vem dizer que não há suspeitos, a Directora do Departamento
Central de Investigação e Acção Penal, vem dizer que todos cujos nomes foram envolvidos são
suspeitos; O Procurador diz que não há indícios novos desde 2005, a carta rogatória dos ingleses
aponta nomes e pede investigação às contas bancárias, isto para não falar nas declarações dos
familiares de José Sócrates e dos alegados emails e gravações em que o seu nome é supostamente
referido, bom, em resultado, o assunto começa a estar envolvido em demasiadas e evidentes contradições
que podem deixar suspeitas quanto à sua correcção seja qual for o resultado e muito pior será se as
conclusões das autoridades britânicas forem diferentes das portuguesas, porque pelos vistos recusámonos a constituir uma força conjunta de investigação, ainda estamos para saber porquê. Creio que é
urgente por um ponto final neste assunto, mas um ponto final que nos deixe a todos cabalmente
esclarecidos e que não deixe suspeitas sobre o esforço de investigação das autoridades judiciais, senão
o bom nome de algumas pessoas pode ficar inevitavelmente comprometido e isso não é justiça.
Educação, cultura e saúde, três temas polémicos, analisados à escala local e
na perspectiva das três forças políticas mais representativas do concelho.
João Ramos, representando o PCP, Álvaro Azedo, o PS e Simão Janeiro, o
PSD.
Política Educativa
Em mais uma jornada de luta contra a política educativa, o concelho de Moura registou índices
elevados de adesão à greve, que ultrapassaram os 80%. O regime de avaliação dos professores
continua a gerar o descontentamento dos docentes, que se vêem agora confrontados com processos
disciplinares no caso de recusa.
João Ramos
“A isenção de avaliação aos professores que não pretendam ter “Muito Bom” é a prova de que eles
têm razão e que isto é uma medida economicista do Estado.”
“Isto é brincar com a educação. Se o método de avaliação é assim tão bom, para que é que têm de
virar a população contra os professores?”
Álvaro Azedo
“Há muito tempo que no País não se reformava, que andava a caminhar sobre o nada ano após ano,
e toda a gente sabe que as reformas estruturais sangram.”
“ Não há instrumento nenhum, num sistema de reformas que possa ser eficiente a 100%.
“Apesar de pertencermos a um partido, temos de ser livres na forma como pensamos.” (…) “Não
concordo com o sistema de quotas (…) as pessoas devem ter as notas que merecem, a bem de
todos.”
Simão Janeiro
“Neste momento somos vítimas de uma maioria absoluta, porque se não houvesse, este problema
nem se punha”.
“Concordo com a avaliação dos professores com critérios muito rigorosos, não através de nublosas”
Gestão da Contenda
Está iminente a passagem da Gestão da Herdade da Contenda, após negociações com o Ministério
da Agricultura, que decorreram em consequência da passagem para a mobilidade especial de 11 dos
13 trabalhadores da Herdade. Depois de vários anos de “gestão partilhada” com a Autoridade
Florestal Nacional, a autarquia parece ter conseguido finalmente ficar à frente dos destinos da
Contenda.
João Ramos
“Ficaram duas pessoas em mais de 5 mil hectares.” (…) Isto é má gestão, e o poder central e a
autoridade florestal vêm reconhecer isto, que não têm perfil nem capacidade para gerir.”
“A gestão não será certamente por gestão directa”
Álvaro Azedo
“Não aponto o dedo à Câmara, aponto a todos. Todos temos responsabilidades pela má gestão da
Contenda.” (…) “O mal já está feito, não vale a pena bater mais no ceguinho.”
“Eu sou do partido socialista não sou do partido oportunista, há interesses acima de qualquer força
partidária”.
Simão Janeiro
“Se a Câmara a vier a gerir não o pode fazer como tem feito na gestão da água, nos intervalos entre
as festas, as feiras do livro e outras actividades culturais e recreativas. Ou cria uma empresa
municipal específica para isso, ou faz protocolos ou dá a gerir a entidades.” (…) “Para ser mal gerida
até preferia que fosse vendida”
Serviço de Urgência Básico
Serviço de Urgência Básico
Previstas para o ano de 2008, só agora começaram as obras de adaptação do Centro de Saúde de
Moura para a instalação do Serviço de Urgência Básico. Prevê-se que esta valência funcione de
forma autónoma, com profissionais de saúde que trabalhem exclusivamente neste serviço, ou em
simultâneo no serviço de consulta e urgência. Funcionará 24 horas por dia, tal como actualmente se
verifica com o Centro de Saúde, sempre com dois enfermeiros e dois médicos que terão de possuir
formação de suporte avançado de vida.
João Ramos
Esta questão não está atrasada só um ano, já vem desde 1999"(…) “Em dez anos podemos ter
perdido muita coisa.”
“Fazer centros de saúde não enche os olhos, fazer hospitais é que enche”
Álvaro Azedo
“Tenho consciência que não é este o Centro de Saúde que nós precisaríamos.”
“É importante, pode trazer algo de novo. Estas obras não são simples cosmética.”
Simão Janeiro
“Isto é uma obra que não traz grandes benefícios para o concelho de Moura.”
“Está-se a fazer uma grande propaganda acima de tudo. Ficamos como estávamos, não podemos
iludir as pessoas.”
Município de Moura assina o Pacto dos Autarcas
O
presidente da Câmara
Municipal de Moura,
José Maria Prazeres
Pós-de-Mina, deslocou-se a
Bruxelas, para assinar o Pacto
dos Autarcas, cerimónia na
qual esteve presente o
presidente da Comissão
Europeia. O concelho de
Moura, junta-se assim a mais
345 cidades europeias que
estão dispostas a assumir o
compromisso de reduzir as
emissões de dióxido de
carbono em, pelo menos, 20
por cento até 2020, como
explicou o autarca mourense.
Neste momento, são 346 as
cidades que aderiram ao
objectivo, facto que pressupõe
planos de acção para as
energias renováveis que vão
contar com o apoio do União
Europeia. Outras 104, já
manifestaram interesse em
aderir ao Pacto. Moura
encontra-se lado a lado com
cidades como Barcelona, Roma
e Copenhaga, entre outras.
A iniciativa é lançada pela União
Europeia e está aberta a todas
as cidades, de qualquer
dimensão, da Europa. As
cidades que não disponham de
recursos para elaborar um
programa próprio ou trabalhar
num projecto de plano de
acção, devem associar-se a
outras com essa capacidade.
Moura como município referência em termos da
implementação de energias
alternativas, tem todas as
condições para ser reconhecida como actor-chave
no Pacto, ou seja, prestar
apoio a cidades e vilas que não
tenham capacidade de elaboração dos planos necessários.
O acto de assinatura do Pacto
dos Autarcas acontece no
âmbito da Semana Europeia
das Energias Sustentáveis.
Por Cá
A PLANÍCIE
15 de Fevereiro 2009
Informação do Concelho de Moura
PERCURSOS DE RODA PÉ EM
NOVA EDIÇÃO
apenas uma metodologia de trabalho no projecto mas
sobretudo um princípio de base.
Lince-ibérico, orquídeas silvestres, borboletas diurnas
e nocturnas, interpretação da paisagem, passado e futuro
do castelo de Moura, rio Ardila e uma visita guiada à Estação
Biológica do Garducho são os temas a abordar na nona
edição dos Percursos de Roda Pé pelo concelho de Moura,
a realizar entre Março e Maio de 2009. Nestes passeios
as tentações são múltiplas, prometendo dificultar a
escolha. O melhor mesmo é não prescindir de nenhuma.
Percurso do Contrabando 2008
Percurso sobre o lince ibérico2008
Ou seja, podemos partir à descoberta de orquídeas
raras nos solos calcários da serra da Adiça, revisitar o
passado e antever o futuro num percurso pelo castelo de
Moura, entrar pela noite dentro na serra da Adiça para voar
nas asas de uma borboleta, experimentar as emoções da
canoagem mergulhando no vale fantástico do rio Ardila,
entre Santo Amador e Moura, cruzar paisagens abertas
com horizontes a perder de vista nas redondezas da Póvoa
de S. Miguel, conhecer, nos arredores da Amareleja, o
projecto inovador da Estação Biológica do Garducho
relacionado com a conservação da biodiversidade e a
descoberta da paisagem da região e perscrutar a presença
esquiva do lince-ibérico na serra da Adiça, local onde foi
encontrado o último vestígio em território nacional deste
que é considerado o felino mais ameaçado do mundo,
são as propostas aliciantes que a Associação para o
Desenvolvimento do Concelho de Moura tem para oferecer
a todos os amantes da natureza e do mundo rural, em
mais uma edição dos Percursos de Roda Pé: sete
passeios pedestres pelos antigos caminhos de terra,
veredas pastoris, calçadas urbanas e os leitos dos rios
do concelho de Moura.
Canoagem no Ardila 2008
Estes percursos têm ainda a particularidade de ser
guiados por biólogos, arqueólogos, arquitectos,
agricultores, antigos mineiros e moleiros e até
contrabandistas que conhecem bem o território a explorar
e nos vão ajudar com os seus saberes, uns mais
científicos, outros mais empíricos, a descobrir a magia
dos lugares, dos mais aos menos recônditos, e o encanto
das plantas, dos animais e das pessoas que os habitam.
E tudo isto, em benefício do desenvolvimento local. É esta,
no fundo, a nossa proposta para passar sete dias
diferentes no Alentejo.
A inaugurar no próximo dia 7 de Março, em Sobral da
Adiça, com o percurso intitulado “O admirável mundo das
orquídeas”, guiado pelo fotógrafo Ivo Rodrigues, a iniciativa
prossegue com os temas “Remar, remar…no rio Ardila”
(28 de Março, em Santo Amador), guiado pelo especialista
em turismo de aventura, Nuno Gaspar, “Visita guiada à
Estação Biológica do Garducho” (4 de Abril, em Amareleja),
conduzido por técnicos do Centro de Estudos da Avifauna
Ibérica, “Planícies suaves e cerros alcantilados com
história” (18 de Abril, na Póvoa de S. Miguel), guiado pelo
investigador António Montezo, “Por montes e vales, no rasto
do lince-ibérico” (25 de Abril, em Sobral da Adiça), guiado
pelos biólogos e técnicos do Programa Lince da Liga para
a Protecção da Natureza/FFI, Miguel Lecoq, Filipa Loureiro
e Eduardo Gonçalves, “Viagem no tempo, no castelo de
Moura” (9 de Maio, em Moura), guiado pelo arqueólogo
Santiago Macias, “Uma noite com o bater de asas de uma
borboleta” (16 de Maio, em Sobral da Adiça), guiado pelo
entomologista Eduardo Marabuto.
Para mais informações contactar a ADCMoura pelo
telefone 285254931 / 285253160 ou consultar
www.adcmoura.pt/html/percursos.htm.
ENCONTROS ON-LINE
Sempre com o objectivo de divulgação e de visibilidade
do projecto Encontros, mas também de sensibilização
para os seus objectivos e metodologias, o projecto
Encontros desenvolveu e mantém vários sítios virtuais.
Em primeiro lugar, porque foi criado no início do projecto
mas também porque é o mais completo, o próprio site do
projecto: http://encontros.programaescolhas.pt/. Neste site
podemos encontrar as mais variadas informações:
- A página da descrição do projecto e das suas
actividades explica em pormenor as metodologias
utilizadas, os objectivos perseguidos, os intervenientes
envolvidos, os beneficiários abrangidos…
- Os artigos e notícias já publicados pelo projecto, na
maioria no Jornal Planície mas não só, são de livre acesso,
e permitem aceder a um arquivo dos acontecimentos mais
importantes.
- São também apresentados os parceiros formais do
projecto, membros do consórcio, com contactos e link,
com os quais se desenvolvem todos os tipos de acções
dia após dia, o funcionamento em parceria/rede não sendo
- Na parte da equipa, apresentam-se as técnicas do
projecto, numa equipa reduzida mas solidária e cheia de
iniciativas, energia e vontade de mudar o mundo!
A galeria do projecto oferece uma grande quantidade
de fotos de todas as actividades, que ilustram muito bem
o tipo de trabalho desenvolvido. Estas fotos servem
sobretudo para contactos entre comunidades: através dos
retratos, as ligações entre pessoas, famílias e
comunidades estreitam-se.
-Na parte dos materiais, encontra-se disponível para
descarregamento, como anunciado na última edição, o
observatório sócio-demográfico das comunidades ciganas
do Sobral da Adiça e da Póvoa de São Miguel.
A lista de links foi estabelecida com dedicação e
cuidado: estão aí fontes de informações úteis a uma
intervenção sócio-educativa junto de comunidades
ciganas. Sem querermos – ou podermos – ser exaustivos,
esta lista de links reúne informação variada:
documentação, sites institucionais, sites de jogos e
actividades lúdico-pedagógicas…
Este site é o mais generalista porque, como se viu,
apresenta o projecto na sua globalidade. Mas a internet é
um recurso com muitas potencialidades: assim, algumas
actividades têm suporte online, como por exemplo a
actividade de transição de ciclo. Quando, nos meses de
Junho e de Setembro de 2008, decorreu esta actividade
de intercâmbio entre alunos de EB1 e alunos de EB2,
utilizou-se
o
blogue
http://
adescobertadaeb23demoura.blogspot.com/ como elo de
ligação entre os alunos do Sobral da Adiça e os alunos
em Moura. Pode-se ainda hoje visitar o blogue, e lembrar
a cronologia da actividade.
Outra actividade: outra lógica, outro blogue. O blogue
http://povodasestrelas.blogspot.com/ está a ser construído
pelos jovens utilizadores ciganos do Cid@net da Póvoa
de São Miguel, e pretende divulgar um pouco da sua
cultura, ao mesmo tempo que procura desenvolver as suas
competências de TIC – Tecnologias de Informação e
Comunicação, de expressão escrita… Curiosos sobre a
cultura cigana vista pelos seus adolescentes? Dêem então
uma vista de olhos ao blogue…
Enfim, o Cid@net tem a sua própria página no Hi5 http://cidnet.hi5.com - para os que gostam de interagir,
conhecer novos amigos, comunicar com os antigos e
trocar fotografias!
Ligados ao projecto mas não sendo da sua autoria,
recomendamos
ainda
a
visita
aos
sites
www.programaescolhas.pt e www.ciga-nos.pt que dão
ambos uma visão da intervenção com jovens contra o
abandono escolar. O site do GACI – Gabinete de Apoio às
Comunidades Ciganas – permite ter acesso à informação
sobre intervenção com comunidades ciganas a nível do
país.
Venham então à nossa descoberta, seja qual for o
caminho seguido!
Notícias
15 de Fevereiro 2009
Jornal “A Planície” Nº 672 de 15/2/2009
CARTÓRIO NOTARIAL DE MOURA
NOTÁRIA
MARTA SUSANA DA COSTA JORGE
Certifico que no dia quatro de Fevereiro de dois mil e nove, de folhas 94 a folhas 96,
do livro de notas para escrituras diversas número 3-E, deste Cartório, se encontra
exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, na qual MARIA FRANCISCA
BARREIROS PALHINHAS, NIF 101.249.993, viúva, natural da freguesia da Luz, concelho
de Mourão, residente na Rua de Évora, número 23, Moura.
CARLA DE JESUS BARREIROS MOREIRA, NIF 220.017.727, solteira, maior, natural
da freguesia de S. João Baptista, concelho de Moura, residente na Rua da Saudade,
número 31, Moura.
Que, na qualidade de únicas herdeiras por óbito de Francisco António Moreira, conforme
escritura de habilitação herdeiros outorgada no dia vinte e seis de Setembro de mil
novecentos e noventa e sete, neste Cartório, lavrada de folhas vinte e um verso a folhas
vinte e três, do livro de notas cento e cinquenta e três – C, são donas e legítimas
proprietárias, com exclusão de outrem, em comum e sem determinação de parte ou
direito, do seguinte prédio:
Prédio rústico, composto por olival, denominado “Embargadas ou Courelas das
Embargadas, situado na freguesia de Santo Agostinho, concelho de Moura, com a área de
dois mil setecentos e cinquenta metros quadrados, descrito na Conservatória do Registo
Predial de Moura sob o número dezoito mil quinhentos e dois, do livro B-quarenta e oito,
inscrito na respectiva matriz sob o artigo 13, Secção H, com o valor patrimonial de 43,12
euros a que atribuem, para efeitos deste acto o valor de quinhentos.
Que o prédio rústico objecto desta escritura encontra-se registado, na mesma
Conservatória, em nome de Laura Maria Saldanha da Mota, divorciada, com última
residência conhecida na Rua Cândido de Figueiredo, número 50, 1º andar direito, Lisboa,
pela inscrição quinze mil duzentos e oitenta e um, do livro G – dezasseis, mas cujo
paradeiro actual. Bem como dos respectivos herdeiros se desconhece, tendo-se procedido
à notificação prévia do titular inscrito e à notificação edital, nos termos do artigo noventa
e nove, do Código de Notariado, já arquivada neste Cartório, como documento número
oito, do maço referente às notificações avulsas do corrente ano.
Que as requerentes pretendem proceder ao registo de aquisição do referido prédio a
seu favor, porém, não o têm podido fazer em virtude de não terem título para o efeito,
nem hipótese de obtê-lo pelos meios extrajudiciais normais.
Que o indicado prédio foi adquirido através de doação verbal feita ao seu falecido
marido e pai. FRANCISCO ANTÓNIO MOREIRA, ainda no estado de casado sob o regime
da comunhão geral com a ora requerente Maria Francisca Barreiros Palhinhas, em dia e
mês que não podem precisar, do ano de mil novecentos e setenta e sete, nunca reduzida
a escritura pública, tendo, elas, desde logo, entrado na posse e fruição do referido prédio
em nome próprio.
Que, desde essa data passaram os referidos FRANCISCO ANTÓNIO MOREIRA e
esposa e, posteriormente os seus herdeiros, ora requerentes Maria Francisca Barreiros
Palhinhas e Carla de Jesus Barreiros Moreira, a possuir o prédio, no gozo pleno das
utilidades por ele proporcionadas, explorando-o, cultivando-o e retirando dele todas as
utilidades que o mesmo proporciona.
Que a posse efectiva do referido prédio, já dura há mais de trinta anos, sem a menor
oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem
interrupção e ostensivamente, tendo praticado todos os actos de demarcação e defesa,
utilizando-o, cultivando-o e dele retirando todas as vantagens como o faz um verdadeiro
proprietário, assegurando o pagamento dos respectivos impostos, considerando-se e
sendo consideradas como suas únicas donas, tudo com conhecimento da generalidade
das pessoas da indicada freguesia de Santo Agostinho e vizinhas, sendo, por isso uma
posse pacífica, contínua e pública.
Que, atendendo a que a duração da sua posse, há mais de trinta anos, com todo o
tempo decorrido, se tem mantido continuamente e de forma pública e ininterrupta, já
adquiriram o mencionado prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam, justificando
o seu direito de propriedade para efeito de registo.
Que, suprem, assim, a inexistência do título para efeitos de registo, podendo requerer
o mesmo na citada Conservatória do Registo Predial após o cumprimento das demais
formalidades legais.
Cartório Notarial de Moura, dois de Fevereiro de dois mil e nove.
A Notária
Marta Susana da Costa Jorge
Jornal “A Planície” Nº 672 de 15/2/2009
CARTÓRIO NOTARIAL DE MOURA
NOTÁRIA
MARTA SUSANA DA COSTA JORGE
Certifico que no dia dois de Fevereiro de dois mil e nove, de folhas 89 a folhas 90,
verso do livro de notas para escrituras diversas número 3-E, deste Cartório, se encontra
exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, na qual:
MARIANA MACHADO SEITA, NIF 121.491.102, e marido MANUEL CARRASCO
TAGARROSO, NIF 121.491.099, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da
freguesia de Vale de Vargo, concelho de Serpa, onde residem, na Rua do M.F.A., número
9.
Que, pela presente escritura, declaram que são donos e legítimos possuidores, com
exclusão de outrém, do seguinte imóvel, sito na freguesia de Sobral da Adiça, concelho
de Moura:
Prédio rústico composto por olival, com a área de dois hectares oito mil duzentos e
cinquenta centiares, denominado “Fernão Teles”, que confronta: do norte e nascente;
com Maria Macias Barroso, do sul e poente; com José dos Santos Carmo Lopes, inscrito
na respectiva matriz em nome de Francisco Pulquério Seita, sob o artigo 9, secção Y,
com o valor patrimonial de 800,19 euros, e o valor patrimonial tributário para efeitos de
IMT de 23 392,40 euros, a que atribuem igual valor. Que o referido prédio não se encontra
descrito na Conservatória do Registo Predial de Moura. Que pretendem proceder ao
registo de aquisição do prédio a seu favor, na referida Conservatória do Registo Predial,
por«em não o têm podido fazer em virtude de não ter título para o efeito, nem hipótese
de obtê-lo pelos meios extrajudiciais normais. Que o identificado prédio rústico veio à sua
posse por o haverem adquirido por partilha verbal a que procederam com os demais
interessados por óbito de seus pais e sogros Francisco Pulquério Seita e mulher Maria
Machado Seita, casados que foram na comunhão geral, em dia e mês que ignoram do ano
de mil novecentos e oitenta e sete, residentes que foram na aludida freguesia de Vale de
Vargo, não tendo, todavia, sido celebrada a respectiva escritura. Que desde aquela data,
se têm comportado como verdadeiros proprietários do prédio, na convicção de que assim
é, explorando-o, cultivando-o, usufruindo de todas as qualidades que mesmo proporciona.
Que a posse efectiva, do mencionado prédio, já dura há mais de vinte anos, sem a menor
oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem
interrupção e ostensivamente, tendo praticado sempre todos os actos de demarcação e
de defesa, e dele retirando todas as vantagens como o faz um verdadeiro proprietário,
pagando em seu nome os respectivos impostos e contribuições, tudo com conhecimento
da generalidade das pessoas da indicada freguesia de Sobral da Adiça e vizinhas, sendo
por isso uma posse, pacífica, contínua e pública. Que, atendendo a que a duração da sua
posse, há mais de vinte anos, com todo o tempo decorrido, se tem mantido continuamente
e de forma pública e ininterrupta, já adquiriu o prédio por USUCAPIÃO invocando, por
isso, esta forma originária de aquisição, para todos os efeitos legais.
Que supre, assim, a inexistência de título para efeitos de registo, podendo requerer
o mesmo na citada Conservatória do Registo Predial após o cumprimento das demais
formalidades legais.
Está conforme o original.
Cartório Notarial de Moura, dois de Fevereiro de dois mil e nove.
A Notária
Marta Susana da Costa Jorge
A PLANÍCIE
Centro Infantil Nossa Senhora do Carmo
“ À Descoberta do Nosso Concelho de Moura “
C
omo já vos temos vindo a
habituar, não quisemos deixar
de partilhar mais uma grande
vivencia convosco; quem nos tem
vindo a acompanhar lendo e
interessando-se pelos nossos artigos
e pelo desenvolvimento do nosso
projecto sabe que este se intitula “ `A
Descoberta do Concelho de Moura “,
do qual faz parte a gastronomia e
produtos alimentares. Como tal e
depois de já termos visitado a adega,
a padaria não poderíamos deixar de
visitar também uma queijaria.
Inicialmente falámos sobre os animais
que nos dão o leite, esse liquido branco
que nós gostamos tanto e que é tão
importante para o nosso crescimento
e na nossa alimentação, em seguida
foi a curiosidade de sabermos: - Como
é que o leite se pode transformar em
queijo? Então ai vamos nós à
descoberta... Numa manhã muito fria
mas muito entusiasmados, dirigimonos à queijaria do senhor Domingos
Costa, o qual nos recebeu com grande
simpatia, o senhor que lá trabalha
também foi muito acessível
disponibilizando-se para mostrar e
explicar todo o processo. Começamos
por ver uns depósitos onde o leite é
armazenado assim que chega `a
queijaria. Vimos a canalização e as
máquinas onde o leite é cozido a altas
temperaturas a fim de eliminar todas
as bactérias, inclusive a bactéria da
Brucelose tão prejudicial à nossa
saúde. Foi-nos mostrado o cardo
(liquido feito a partir de uma planta)
que se deita no leite para este coalhar
e ai ficámos maravilhados com a
experiencia da transformação. Vimos
como as senhoras transformavam
esse coalho em queijos e os utensílios
que utilizavam, as máquinas que
embalavam queijos frescos e queijos
curados e todo o seu processo de
conservação até à sua ida para as
lojas e supermercados. No final foinos oferecido uns queijos frescos que
Champimóvel esteve em Moura
A Fundação Champalimaud promoveu a iniciativa do Cahmpimóvel, que
tem como objectivo incentivar os
jovens dos 9 aos 14 anos, a optar pela
investigação científica na área da
saúde, como explicou Vítor Cunha, da
área da Comunicação da Fundação
Champalimaud. Dentro de um
simulador instalado num camião e
guiados pelo Champi - um boneco
animado – as crianças vão descobrir,
num percurso através do corpo
humano os factos mais relevantes e
actuais da investigação biomédica,
A Ed: Teresa Ferreira Garcia
Laboratório de
Investigação
na tecnologia
Fotovoltaica
em Moura
como as células estaminais, a
nanotecnologia, o DNA e a terapia
genética. É uma viagem tridimensional,
interactiva, única, que levará à
descoberta dos novos caminhos das
Ciências Médicas.
Projecto
“Os Chaminhas”
Alunos da Escola Secundária de Moura desenvolvem projecto
“Os Chaminhas”.
N
nós tínhamos acabado de ver fazer e
uns curados os quais tivemos
oportunidade de provar já no infantário.
Agradece-mos a todas as pessoas
que nos proporcionaram esta visita
levando-nos a um maior conhecimento
e desenvolvimento pessoal de todo
este processo da confecção do queijo.
“ E o nosso projecto continua...”
o âmbito da área curricular não disciplinar da Área de
Projecto, um grupo de alunos do 12ºA da Escola
Secundária de Moura está a desenvolver um projecto denominado
“Os Chaminhas”. Tendo por tema “os altos e baixos da vida de uma pessoa
portadora de deficiência”, os alunos escolheram este projecto porque a maioria
deseja seguir os estudos na área da Saúde ou da Reabilitação, e também
porque se preocupam com a igualdade de direitos para todos e com o bem-estar
das pessoas portadoras de deficiência. Ângela Mira, uma aluna do grupo que
está a desenvolver este projecto, explica-nos que os objectivos desta iniciativa
passam por “…conviver e reconhecer as possíveis dificuldades em lidar com
pessoas portadoras de deficiência; conhecer as instalações e o funcionamento
da APPACDM de Moura; verificar a existência, ou não, de barreiras arquitectónicas
e, se possível, eliminá-las; sensibilizar tanto a comunidade escolar como a
sociedade em geral, levando-as a tornarem-se mais sensíveis à diferença, mais
solidárias e cooperativas; tentar ajudar em termos financeiros, convivência e/
ou equipamentos fisioterapeutas e obter um conhecimento mais aprofundado
sobre as doenças mais comuns no seio da APPACDM.”.
Ângela Mira mencionou ainda algumas actividades que os alunos já
desenvolveram com os utentes da APPACDM e da Escola Conde Ferreira, como
a realização de aulas de ginástica em conjunto, o envio de cartas para diversas
entidades para apoio financeiro, sobre as quais, infelizmente, ainda não
obtiveram resposta, entre outras.
Os alunos que estão a desenvolver o projecto “Chaminhas” apelam à
solidariedade da população mourense, para que contribuam com esta iniciativa,
de modo a que seja possível adquirir equipamento de fisioterapia para a
APPACDM.
Já começou a funcionar o
laboratório de investigação, com
capacidade certificadora ao nível
da tecnologia fotovoltaica.
Já está a funcionar, com dois
investigadores, o laboratório com
capacidade certificadora, ao nível
da tecnologia fotovoltaica. Este
projecto está inserido na
candidatura apresentada pela
Lógica, E.M., e alguns parceiros,
no âmbito do sistema de
incentivos da investigação e do
desenvolvimento tecnológico.
Recorde-se que no passado dia
22, Vítor Silva, administradordelegado da Lógica, havia
explicado à Planície, no que
consiste este projecto, afirmando
que esta candidatura,
apresentada no âmbito do sistema
de incentivos da investigação e do
desenvolvimento tecnológico, foi
submetida no final de 2008 e o
resultado só será conhecido em
Abril. No entanto, já a partir de
Fevereiro deverá começar a
funcionar o projecto [que
entretanto já iniciou] que consiste
na instalação de um laboratório,
com capacidade certificadora ao
nível da tecnologia fotovoltaica,
em Moura, sendo o primeiro do
país.
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15 de Fevereiro 2009
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Faleceu em 27-1-2009
Faleceu em 25-1-2009
Jornal A Planície - Edição on-line
Filhos, nora, genro e netos vêm por
este meio agradecer a todos que
acompanharam à última morada o
seu ente querido ou que por
qualquer outra forma se solidarizaram com a sua dor.
Filhos, noras, genro, netos,
bisnetos e restantes familiares vêm
por este meio agradecer a todos
que os acompanharam em momento
tão doloroso de suas vidas.
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Inácio Torrado
Maria Guerreiro Gomes
Angélica dos Santos
Pinto
Faleceu em 1-2-2009
Faleceu em 28-1-2009
Esposa, filhos, noras, genro,
netos e restantes familiares vêm por
este meio agradecer a todos que
lhes testemunharam o seu pesar
pelo falecimento deste seu ente
querido
Faleceu em 05-2-2009
Filhas, genros, netos e
restantes familiares cumprem o
doloroso dever de participar o
falecimento deste seu ente querido
e agradecem muito reconhecidamente a todos que lhes
testemunharam o seu pesar.
Filhos, nora, netos e restantes
familiares agradecem a todos que
acompanharam à última morada o
seu ente querido ou que, por
qualquer outra forma, se
associaram à sua dor.
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Maria Júlia Carapinha
Correira
José Domingos
Maria José Tarita
Faleceu em 6-2-2009
Faleceu em 7-2-2009
Seus familiares agradecem a todos
que os acompanharam em momento
tão doloroso, pela perda irreparável
do seu ente querido.
Irmãos e sobrinhos agradecem
muito reconhecidos, a todos que
lhes expressaram o seu pesar pela
morte deste seu ente querido.
Filhos, noras, genros, netos e
demais familiares vêm por este meio
agradecer a todos que acompanharam à última morada o seu ente
querido ou que por qualquer outra
forma lhes manifestaram o seu
pesar.
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Notícias
15 de Fevereiro 2009
A PLANÍCIE
Desporto
Iª Divisão Distrital
16ª Jornada
Odemirense, 1 – Despertar, 2
D. Beja, 2 – Barrancos, 0
Ferrreirense, 1 – São Marcos, 1
Moura, 4 – Almodôvar, 1
Serpa, 2 – Milfontes, 2
Piense, 1 – Vasco da Gama, 2
Cabeça Gorda, 1 –Aldenovense, 1
Iª Divisão Distrital
Classificação
Distrital de Juniores
14ª Jornada
Aldenovense, 3 – Almodôvar, 1
Bº Conceição, 1 – Castrense, 3
Moura, 2 – Serpa, 3
Despertar, 6 – Aljustrelense, 1
Santo Aleixo, 1 – D. Beja, 0
Odemirense, 4 – Piense, 3
Santo Aleixo é 6º com 22 pontos
Moura é 12º com 6 pontos
Campeonato Inatel
Série A
Distrital de Juvenis
13ª Jornada
Beringelense, 2 – Santa Vitória, 1
Trindade, 2 – Louredense, 2
A do Pinto, 0 – Sobral da Adiça, 1
Quintos, 0 – São Matias, 4
Trigaches, 2 – Mombeja, 1
Sobral da Adiça é 4º com 19 pontos
Nacional de Iniciados
Serie F
16ª Jornada
V. Setúbal, 11 – Juv. Évora, 0
Moura, 4 – U. Montemor, 0
Lagoa, 0 – Despertar, 4
Int. Almancil, 0 – Olhanense, 2
Imortal, 2 – Louletano, 0
Lus. Évora, 6 – Aljustrelense, 0
Moura é 6º com 24 pontos
Distrital de Infantis
Serie A
13ª Jornada
Entradense, 3 – Aljustrelense, 0
Milfontes, 2 – Serpa, 2
D. Beja, 4 – Guadiana, 1
Alvito, 0 – Moura, 2
17ª Jornada
Pedrógão, 2 – Vasco da Gama, 0
São Domingos, 1 – Moura, 18
Despertar B, 8 – Serpa, 0
Cuba, 1 – Aldenovense, 1
Moura é 4º com 20 pontos
Moura é 2º com 36 pontos
Resultados
Futsal
Campeonato Distrital
11ª Jornada
Aljustrelense, 2 – Baronia, 2
Alcoforado, 3 – Barrancos, 8
Inst. Pol. Beja, 3 – Vasco da Gama, 4
N. Sporting. Moura é 4º com 15 pontos
Pesca Embarcada ao Achigã
Equipa de Moura no Mundial e no Europeu
António Ramos, membro da
equipa de Moura de pesca ao
achigã, que vai representar
Portugal nos Campeonatos do
Mundo e da Europa fala-nos de
uma modalidade que pratica com
paixão.
Jornal Planície: Terminado o
Campeonato da 1º Divisão de Pesca
Embarcada ao Achigã, que balanço
faz?
António Ramos: Um balanço positivo,
uma vez que alcançámos o 2º lugar,
somos vice-campeões nacionais,
embora todas as adversidades
encontradas, pois não é nada fácil,
visto o nível dos participantes ser muito
elevado. São seis provas, realizadas
de norte a sul do País, distribuídas por
três barragens bem conhecidas –
Alqueva, Castelo de Bode e St. Clara-.
J P: Paralelamente a este Campeonato
de Pesca ao Achigã, realizou-se o da
Defesa da Natureza, no qual
participaram. Conseguiram boas
classificações?
A R: Sim, Neste Campeonato são
apuradas dez equipas, ou seja, o top
10 nacional e nós obtivemos o 7ª lugar,
portanto o apuramento para o
Campeonato da Europa, em Itália, que
vai ser também este ano em Julho. Um
2º lugar e um 7º lugar, em Campeonatos
deste nível é bom.
J P: Vão representar o País no Mundial
que se vai realiza no México, e no
Europeu que terá lugar na Itália. Como
vêem estas representações?
A R: A nossa representação é
amadora. Há outros países onde a
pesca ao achigã já é um profusão e
uma indústria por si só, e que engloba
o fabrico dos barcos, das amostras,
das canas. Tudo isto gera emprego e
gera desenvolvimento económico em
torno da pesca, o que é uma mais-valia.
No nosso caso não. Somos totalmente
amadores.
J P: O que representa o título de vicecampeões para uma equipa sediada
aqui em Moura, visto que há equipas
com muito mais apoios e patrocínios
do que a vossa?
A R: É um título que já perseguíamos
há muito e o reflexo de um trabalho,
que já vem desde há cinco anos atrás.
Os primeiros dois anos pesquei com
um indivíduo de Moura, o Fernando
Robus, que devido a problemas de
saúde teve de abandonar a actividade.
Porém eu continuei com um colega, que
não é de Moura, é de Beja, pelo que o
o mérito é dos dois.
J P: A vossa equipa faz parte dos
Leões…
A R: Sim “Os Leões” acolheram-nos,
facto que nós agradecemos. Nunca
exigimos nada, porque sabemos o
quanto isto em termos económicos
custa. Compreendemos que “Os
Leões” não nos podem ajudar mais.
J P: Sendo este um desporto caro, tem
sido fácil encontrar patrocínios?
A R: Os patrocínios têm sido poucos.
Este ano conseguimos o patrocínio de
uma empresa de pesca, de Cólos, que
nos ofereceu material de pesca e
canas com as suas marcas. Tirando
isso, temos pequenos patrocínios, são
ajudas importantes também, daqui de
Moura, mas a maior parte do orçamento
é suportado por nós, o que não é nada
fácil. Cada vez que fazemos uma
deslocação para fora, em dormidas, a
deslocação da viatura que reboca o
barco, os consumos da viatura e do
barco – são motores de grande
potência
que
consomem
consideravelmente - ronda uma media
(se não for para muito longe) de 300,
400 euros cada vez que saímos de
casa.
J P: Mas vão ter apoio institucional para
os próximos Campeonatos?
A R: Vamos ter o apoio técnico da
Federação, que nos vai apoiar naquilo
que puder para o Campeonato do
Mundo e o da Associação Portuguesa
de Pesca ao Achigã no Campeonato
da Europa. Suportam tudo, desde a
viagem, à alimentação, à estadia, ao
barco e à gasolina…
J P: Como se faz a preparação da
equipa?
A R: A preparação da equipa é um
bocado difícil de descrever, porque
desconhecemos as condições onde
vamos competir. É um bocado difícil.
As outras equipas também quando
vêem aqui ao Alqueva, sentem a
mesma dificuldade que iremos sentir
quando formos lá. Mas a achigã, tanto
é achigã aqui como é nos Estados
unidos, na Itália ou em qualquer parte
do mundo, no que se refere ao seu
comportamento
J P: Quais os factores mais
importantes para uma boa pescaria?
A R: A experiência vai-nos fazendo
aperceber de pormenores que podem
parecer insignificantes, mas fazem
uma grande diferença. Este ano, aqui
no Alqueva, no Clássico, essa grande
prova que toda a gente conhece, que
se realizou em Setembro, ficámos em
21º lugar e perdemos peixe devido ao
material não ser o adequado para
pescar naquela altura e naquele
momento. Esses pormenores podem
fazer a diferença entre um 21º e um
1º lugar.
J P: Mas sente que é uma mais-valia
ter um lago, como Alqueva, aqui perto…
A R: Sim. Por exemplo no México, as
condições de pesca vão ser muito
parecidas às que temos aqui. Em Itália,
já não é bem assim. O conhecimento
que eu tenho do lago em Itália, é que é
um lago que está a uma certa altitude,
com águas muito frias, transparentes,
onde os achigãs se apercebem mais
facilmente dos perigos que podem
encontrar.
Julio Teresa e António Ramos
J P: Considera que a barragem de
Alqueva
poderia
ter
mais
aproveitamento em termos de
competições
nacionais
e
internacionais?
A R: Ela já está a ser aproveitada, e
em termos de competições é
considerada uma “Meca” na Europa
para a prática do achigã. Era
necessário que houvesse mais
associações, em termos ambientais
que pudessem intervir e fazer com
que houvesse medidas de protecção
e preservação da espécie, pois notase que cada vez há menos exemplares
de grande porte, e são esses que são
importantes. Em termos turísticos, por
exemplo, os pescadores que investem
e que vêm à procura dos grandes
exemplares, se não os encontrarem,
não voltam mais. A abundância de
peixe será uma mais valia para o
concelho em termos turísticos, mas
para isso é necessário que haja
preservação.
J P: Na sua opinião, qual seria a
entidade
responsável
para
desempenhar esse papel?
AR: Já ouvi vários comentários de
alguns ambientalistas, que vêem o
achigã como um intruso, como uma
espécie a abater, porque é uma
espécie autóctone do rio Guadiana. A
realidade é que o rio Guadiana já não
é o rio Guadiana, é a barragem de
Alqueva, e temos de ver a realidade
que se apresenta, e explorar o que
temos não é ir contra o que a
natureza.
JP: Quantas equipas há em Portugal
actualmente a competir?
AR: O número tem vindo a aumentar
de ano para ano. Em 2008 o
Campeonato Nacional começou com
quarenta duplas e espera-se que
aumente substancialmente em 2009.
JP: Considera que Portugal tem
condições para fazer uma boa
representação nestes Campeonatos?
AR: Sim. Portugal tem, se calhar, dos
melhores pescadores da Europa.
Certo é que os espanhóis, que
começaram mais tarde do que nós,
têm vindo a apanhar-nos a um ritmo
alucinante. Têm condições para isso.
JP: São presença assídua nas
competições que decorrem aqui em
Alqueva…
AR:Sim, e têm um poder económico
diferente do nosso, o que é muito
importante.
JP: Sente que há grandes diferenças
entre a equipa que vai representa
Portugal e a que vai representar, por
exemplo, os EUA ou o Japão?
AR: Os Estados Unidos têm um
campeonato profissional, onde quem
vai as competições só se dedica à
pesca, e fá-lo 360 dias por ano; é uma
realidade completamente diferente da
nossa, não tem nada a ver, são
profissionais. Nós somos amadores,
apesar dos próprios reconhecerem
que o nosso nível, enquanto
amadores, já é muito bom. Se
fossemos
profissionais,
se
tivéssemos o treino que eles têm, se
calhar conseguíamo-nos bater com
eles. Na Europa, todos os países são
amadores, não há um campeonato
profissional.
JP: Estes dois Campeonatos irão
decorrer em 2009, bem como o
campeonato da 1ª Divisão de Pesca
Embarcada e o Campeonato da APA.
Quais as suas expectativas?
AR: Temos um barco novo, mais
potente, o que é importante neste tipo
de competição. Horas de navegação
são horas em que não se esta a
pescar, e não se apanha peixe. Nós
temos sete horas de pesca para fazer
cinco capturas, a sexta captura tem
de ser sempre trocada pelo peixe mais
pequeno. O objectivo é apanhar os seis
peixes maiores e levar cinco que façam
um bom peso, pois ganha quem o
conseguir. Neste caso, a embarcação
contribui para nos deslocarmos
rapidamente para a zona onde
queremos pescar, e quanto mais
depressa lá chegarmos, mais tempo
nos resta o que às vezes faz a
diferença. Na última prova, em Castelo
de Bode, fizemos no primeiro dia uma
hora de deslocação, e outra para voltar
para cima, e no segundo dia a mesma
coisa. Perdemos quatro horas de
pesca, que bem úteis podiam ter sido.
Extinção da III Divisão
Prejudicial para o
futebol distrital pois
poderá causar
extinção de alguns
clubes – acredita
Fernando Dionísio,
presidente da
Associação de Futebol
de Beja.
Em assembleia-geral da FPF, foi
aprovada a proposta de alteração
dos quadros competitivos, que
ditam a extinção da III Divisão na
época 2010 / 2011, com 312 votos
a favor, 123 contra e 60
abstenções. A proposta
inicialmente apresentada, previa a
criação de uma III Divisão Prónacional e que seria disputada em
2 fases: uma de âmbito distrital ou
regional e uma outra de âmbito
nacional. Contudo, a AF Algarve
apresentou uma alternativa, que foi
aprovada, prevendo que os
Campeões distritais ascendessem
directamente à II Divisão. Em
declarações à Planície, Fernando
Dionísio, presidente da Associação
de Futebol de Beja, adiantou que
este sistema, ao ser apresentado e
criado pela FPF, será prejudicial
para o futebol distrital, na
possibilidade da extinção de alguns
clubes.
Notícias - Curiosidades
A PLANÍCIE
15 de Fevereiro 2009
Nota Quinzenal
Concelho
de Moura
Estacionamento... uma dor recicla mais
de cabeça
N
ão é com certeza apenas problema desta
cidade, mas conseguir um espaço para
estacionar o carro, começa a ser uma
tarefa difícil, principalmente para aqueles que
fazem questão de não dar um passo a pé.
Moura está entupida, congestionada por
veículos e mais veículos de toda a espécie e
feitio, complicando a vida de peões e condutores.
A autarquia andou bem ao aproveitar o largo
dos Quartéis para um parque de estacionamento
provisório, enquanto se aguarda a conclusão
das obras previstas para aquele imóvel. Reparese nas dezenas de carros que ali se acomodam
e que, de outra forma, ainda mais contribuiriam
par aumentar o caos se entrassem na cidade.
Porém, embora acima tenhamos dito, e muito
bem, a título provisório, não ficaria mal se, de
vez em quando, se reparasse no seu piso. Assim
como está, um autêntico lodaçal no tempo
chuvoso, desmotiva e desencoraja os
condutores de procurar ali albergue para as suas
viaturas, acabando por sair gorada a sua útil
missão.
Já agora, em matéria de estacionamento,
pessoa amiga pede para que apontemos a
vantagem que traria para todos, o aproveitamento
daquele terreno, mas dotado de condições,
mesmo frente ao Lar de S. Francisco.
Aqui deixamos o reparo.
E
m 2008, a população do concelho de Moura fez mais reciclagem, comparativamente ao ano
anterior, segundo dados da Resialentejo – Tratamento e Valorização de Resíduos, EIM. No ano
passado, foram recolhidas 410,2 toneladas de embalagens, menos 46,4 do que em 2007,
quando haviam sido recolhidas 363,8 toneladas. O vidro é o material mais reciclado pela população,
seguindo-se o papel e cartão e, por fim, o plástico e o metal. Quanto aos resíduos indiferenciados,
foram no ano passado recolhidos menos do que em 2007, o que comprova também que é feita mais
reciclagem. Em 2008 foram recolhidas no concelho de Moura 6770 toneladas de resíduos
indiferenciados, menos 1192 face ao período homólogo. A nível distrital, também se verifica um
aumento no número total de embalagens recolhidas.
Histórias em 100 Palavras
A PROVIDENCIAL NESPEREIRA
Saíram da Prisão já à tardinha quando no
horizonte caíram as belíssimas cores do Sol
Poente e os pássaros, esvoaçando entre as
árvores, cuidavam de arranjar o melhor lugar
para pernoitar.
Estavam esfomeados: nesse dia não lhes
deram de jantar e como recurso, só havia ali
mesmo á frente uma grande árvore
carregadinha de frutos deliciosos.
Entusiasmados, subiram com esforço
para os ramos altaneiros e começaram a
devorar com sofreguidão aquele divino
manjar, e, de barriguinha cheia, um dos
presos desabafa:
- Ó “Zé-Pequenino”! Estas anesperas são
tão boas!
Só é pena terem caroços!
- Ó “Encarnado”! Mas tinham mesmo?!...
Ilustração e texto de António Galvão
Pub.

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