de Moura - Rádio Planície
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de Moura - Rádio Planície
Informações - Curiosidades A PLANÍCIE DIRECTOR Crónica Cinema em Moura Registo no ICS n.º 107622 QUINZENÁRIO DA REGIÃO DE MOURA 15 de Fevereiro 2009 Por: Manuel Correia 2 dedos de conversa Cine-Teatro Caridade MANUEL CORREIA C. Prof. N.º 3730 Ensaio sobre a mentira ADMINISTRAÇÃO DAVID MIGUEL M. ALBINO JOSÉ MANUEL ALBARDEIRO Nunca se mente mais do que depois de uma caçada, durante uma guerra e antes de umas eleições – Otto von Bismark REDACÇÃO JOSÉ ALBARDEIRO - C. Prof. N.º 4489 DAVID ALBINO - C. Prof. N.º 5999 ANTÓNIO PICA - C. Prof. N.º 7879 A SARA INFANTE, VERA PEREIRA RUI CONCEIÇÃO FOTOGRAFIA ANTÓNIO DIMAS DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO E COMERCIAL MARIANA RICO COLABORADORES AMILCAR MOURÃO, ÁLVARO AZEDO, SANTIAGO MACIAS, JORGE VALENTE, VALDEMIRO CORREIA, JOSÉ CHAPARRO, JOÃO SOCORRO, JOÃO RAMOS, FLAVIO BOLT MACHADO, ANTÓNIO GALVÃO, MARIA JOSÉ GROU E JOSÉ OLIVEIRA REDACÇÃO e ADMINISTRAÇÃO O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON R. Santana e Costa, 18 r/c esq. Telefs.:285 251 730 /285 252 734 Fax: 285 252 440 - 7860 MOURA E-MAIL: [email protected] [email protected] informaçã[email protected] De 20 a 22 Fevereiro 2009 Sexta-Feira às 21:15h Sábado às 21:15h Domingo às 16h e 21:15h Dia 28 de Fevereiro 2009 Sexta-Feira às 21:15h Sábado às 21:15h Domingo às 16h e 21:15h COMPOSIÇÃO e PAGINAÇÃO A PLANÍCIE Impressão: CORAZE - Oliveira de Azemeis Farmácias de Serviço PREÇO DA ASSINATURA Anual — 15,00 euros Nacional Anual — 18,00 euros Estrangeiro TIRAGEM: 3.000 Exemplares PROPRIEDADE E EDIÇÃO S. E. B. - SOCIEDADE EDITORIAL BÉTICA, LDA. - Nº Contribuinte: 501 436 863 DETENTORES DO CAPITAL DA EMPRESA Nataniel Pedro DIAS 19 - 23 - 27 José Manuel Albardeiro (25%) David Albino (25%) Rodrigues « 16 - 20 - 24 - 28 Faria « 17 - 21 - 25 Ferreira da Costa « 18 - 22 - 26 Herdeiros de Miguel Nuno (50%) MEMBRO DA NOTA: Obedecendo criteriosamente ao calendário elaborado pela Associação Nacional de Farmácias Moura há 54 anos Galeria de Recordações Hospital (...) O hospital é de todos, até mesmo daqueles que dele não precisam. Ele que feche, e depois veremos! Valhanos Deus! Senão pela razão, pelo menos pelo sentimento de que uma nação cristã, uma terra como Moura, de arreigado espírito religioso, caritativo portanto, como manda a própria doutrina, não pode, nem deve ficar indiferente ao momentoso problema, levantado pelas muitas dificuldades da nossa casa de caridade nº 1. (...) O hospital precisa, mas precisa mesmo muito, da compreensão de todos os verdadeiros mourenses; necessita da ajuda de todos e sobremaneira do carinho dos que, sem qualquer pejo, lhe podem e devem ser úteis. É este um facto de tal ordem, que pedimos a todos os desta terra que meditem nele sem esquecerem a consciência! Atenção pois, ao hospital! COMPARTICIPAÇÃO Pelo Fundo de Desemprego foi concedido ao nosso Município, o reforço de 11.046$00, para adaptação da ex-cadeia comarcã a posto de Polícia de Segurança Pública. inda não há muito, a mentira foi o tema que animou a nossa cavaqueira. Das várias questões abordadas, vieram à baila os motivos porque o homem recorre frequentemente a ela. E entre as muitas razões apontadas, num ponto as opiniões convergiram. Nunca se mentiu com tanta desfaçatez e descaramento, como agora. Os mais jovens observarão “Lá vem este tipo com a mania, que nos tempos dele tudo era bom”. Não. Não é isso. Também se mentia, cometia asneiras e até se pensava, que os mais velhos nada sabiam. No entanto tenho de reconhecer, que havia uma maior transparência e sinceridade. Muitos negócios se fecharam apenas um ajuste verbal, selado com um aperto de mão, sem a necessidade de percorrer os complexos e confusos meandros burocráticos. Mas estamos a desviar-nos um pouco do assunto. Razões mais profundas originaram a conversa. Na verdade surgiu após o Praxedes declarar a sua aversão e intolerância para com todos aqueles, que se governam ou até muito simplesmente mentem, por mentir. Tal rigor de forma alguma o liberta deste pecado. Seria uma hipocrisia acreditar em tamanha virtude. Ele é bom rapaz, mas de maneira nenhuma atingiu a santidade. Até porque, aqui para nós, já o apanhei em flagrante, mais do que uma vez. Por mim desculpo-o. As suas patranhas foram sempre insignificantes, inofensivas e nunca ultrapassaram os limites. Não é daqueles que andam por aí a gabar-se, que conhecem toda a Europa, quando apenas foram a Badajoz comprar caramelos. Por isso deixei-o prosseguir. Considero que ao interromper uma divagação, sem motivos válidos, caímos no risco de perder o conteúdo mais proveitoso. Bem… nem sempre. Vezes há, que mais valera a conversa nem sequer ter começado. Mas com o Praxedes merece a pena escutá-lo até ao final. Tal como nas fábulas. Fábula que termine sem a moral da história, não é fábula. Pois como ia dizendo, obedecendo à arte de saber escutar, muito mais difícil que a de bem falar, fiquei a saber que o Praxedes, tão intolerante quanto ao uso da mentira, admite e defende a mentira piedosa, aquela que pode consolar, confortar ou devolver um pouco de esperança aos que sofrem. Nada tem a ver com adulação, hipocrisia ou cinismo. Não nasce de cobiças ou interesses mesquinhos. Brota do amor, do carinho e da simpatia. E explicava: - Olha, dirigir a um fulano, embora o seu ar pálido e alquebrado, uma apreciação do género “Estás com um óptimo aspecto” pode ajudar muito. Fez uma pausa, como que a apreciar a minha reacção e depois, parecendo ler-me os pensamentos, acrescentou: - Eu sei. Eu sei que de pouco serve a mentira piedosa… Embora comungue da mesma ideia, fiz-me desentendido. Acho que, às vezes, é aconselhável deitar uma pitada de sal na conversação para aguçar o paladar. - Então se sabes que de pouco serve, por que razão recorres a ela? Ele respondeu de pronto: - Olha lá. Quando estás com uma dor de cabeça, não tomas um comprimido? Pois a mentira piedosa é como os analgésicos. Não cura mas alivia. Hoje lembrei-me dele duas vezes. A primeira foi ao passar por uma velhota, coitada, que se arrastava penosamente. Uma saudação jovial despertou-me a atenção “Olha a tia Maria! Mas que óptimo aspecto! Rija e cheia de saúde. Parece uma cachopa de vinte anos!”. Ela murmurou qualquer coisa que não entendi e lá prosseguiu o seu caminho. Acabava de testemunhar a mentira piedosa. A segunda foi ao virar da esquina. Alguém, indignado com não sei o quê, gritava para o vizinho: - Só aqui é que se vêem coisas destas… não fazem nada de jeito. Nesta terra é tudo uma porcaria! Estalava a mentira venenosa, que corrompe, adultera, desvirtua, destrói e desmotiva os que nos mais diversos campos se interessam e lutam por uma causa. Desmorona sonhos, atrofia projectos. A mentira piedosa é um analgésico. Não cura. Alivia. A mentira venenosa, não cura nem alivia. Mata. In “A Planície” – 15 de Fevereiro de 1955 Pub. ASSOCIAÇÃO DA IMPRENSA NÃO-DIÁRIA Pub. Pub. Notícias 15 de Fevereiro 2009 C u r t a s Notícias De quem é a responsabilidade ? Comunidade cigana obrigada a abandonar as instalações do ramal ferroviário de Moura Santo Amador promove campanha ambiental A Freguesia de Santo Amador está a promover a campanha “Resíduos no Local Certo para uma Vida Melhor” - uma acção integrada e alargada de sensibilização para a questão do lixo. De acordo com Helena Romana, foram distribuídos panfletos à população, onde são dadas algumas dicas sobre como lidar e resolver o problema do lixo, apontando soluções adequadas para cada tipo de resíduo. Helena Romana afirmou ainda, que a população santoamadorense tem aderido de uma forma muito positiva a esta campanha. No âmbito do PROVERE Moura candidata 10,925 milhões de euros Está prevista a atribuição de mais de 44 milhões de Euros de investimento para os concelhos de Moura, Barrancos, Serpa, Mourão, Vidigueira, Alvito e Beja, através do Programa PROVERE, programa no âmbito do qual 56 organismos públicos e privados, entre os quais as câmaras dos municípios abrangidos, constituíram o consórcio “Uádi Ana”. David Machado, presidente da direcção da Rota do Guadiana, associação líder do consórcio, explicou que, neste momento, o consórcio aguarda a aprovação da candidatura. David Machado adiantou ainda que os 123 projectos previstos desenvolvemse em quatro áreas: a Água, o Património, as Energias Renováveis e o Empreendedorismo. Os investimentos previstos, globalmente provenientes de forma equilibrada dos sectores público e privado, distribuem-se da seguinte forma pelos concelhos: Moura, 10,925 milhões de euros; Beja e Serpa, 10,482 milhões cada; Vidigueira, 6,835 milhões; Barrancos, 5,725 milhões; Alvito, 2,400 milhões; Mourão, 1,851 milhões. Câmara Municipal de Moura cria Comissão Municipal de Turismo A autarquia de Moura criou recentemente a Comissão Municipal de Turismo, que deverá integrar de forma livre e voluntária representantes do sector turístico no concelho. “…juntar esforços e ajustar estratégias e metodologias de trabalho entre todos aqueles que intervêm no turismo no concelho de Moura, de forma a salvaguardar e preservar a imagem no exterior…”, é o principal objectivo desta Comissão, como explicou José Maria Pós-de-Mina. O autarca reforçou ainda, que será preciso depois aliar essa imagem à estratégia regional, relacionada com as Terras do Grande Lago Alqueva e, depois, com a estratégia turística do Alentejo. Moura vai ter ciclovia e via pedonal A comunidade cigana, com cerca de 100 indivíduos, que habita as instalações do ramal ferroviário de Moura, deverá abandonar o local até ao final deste mês. Essa foi a informação que nos chegou, via e-mail, pela Direcção de Comunicação e Imagem da REFER. O referido e-mail que transcrevemos na integra sitava “No seguimento do vosso contacto, informamos que os ocupantes das instalações referidas, que pertencem ao domínio público ferroviário, foram notificados por escrito e pessoalmente, com data de 5 de Fevereiro, de que terão de desocupar as mesmas num prazo de 30 dias”. A Rádio Planície falou também com José Maria Pós-deMina, presidente da Câmara Municipal de Moura, que não quis prestar declarações sobre o assunto. Segundo apurou a Planície varias vistorias foram realizadas ao edifício pela autarquia de Moura e davam conta dos problemas que a antiga estação de caminhos de ferro apresentava ao nível da segurança. Esta mesma informação foi transmitida a REFER, que só agora, passado vários anos, tomou uma posição em relação ao edifício para evitar males maiores. Comunidade cigana pede habitações à Câmara Municipal de Moura A comunidade cigana que habita nas instalações do ramal ferroviário de Moura e que deverá ser despejada até ao final deste mês, está preocupada com a situação e pede à Câmara Municipal de Moura que seja encontrada uma solução. Em declarações à Rádio Planície, Domingos Barão, representante da comunidade, explica que as famílias que ali habitam têm crianças pequenas que vão à escola e idosos que estão doentes e, por isso, não podem simplesmente ir viver para “debaixo de uma oliveira”. A comunidade cigana pede à autarquia mourense que lhes seja dado um terreno ou uma habitação, para que possam realojarse. Estrada do Sobral um “perigo” A A Câmara Municipal de Moura vai lançar concurso público para a cnstrução de uma ciclovia e via pedonal que liga a urbanização Mourasol a Moura. Será construído um passeio no lado direito da estrada nacional (Moura / Pias), fazendo-se a travessia para o lado oposto da estrada, através de uma passadeira que será colocada entre o Mourasol e o Bairro Girassol, estando também prevista a colocação de semáforos como factor inibidor de velocidade. Rafael Rodrigues, vereador da autarquia salientou que este projecto é também uma forma de promover a circulação pedonal da população mourense, além de melhorar a segurança dos peões. A PLANÍCIE s Freguesias de Santo Agostinho - Moura, Sobral da Adiça e a Comissão de Utentes da Estrada Nacional 255-1, estrada que liga Moura a Sobral da Adiça, devido à inoperância da Estradas de Portugal, S.A. na resolução dos problemas graves no pavimento desta importante via de comunicação do Concelho de Moura, com implicação directa na ligação a Espanha, manifestam o seu descontentamento. Assim, prevêem desencadear um conjunto de iniciativas para alertar os responsáveis directos e políticos para um problema que afecta com gravidade a vida, não só dos habitantes de Moura e Sobral da Adiça, assim como Empresas Nacionais e Espanholas e Turistas que diariamente percorrem esta via. João Dinis, membro da Comissão de Utentes, explicou que a estrada encontra-se em péssimo estado, tendo já provocado alguns acidentes e prejuízos nos automóveis. Álvaro Azedo, presidente da freguesia de Santo Agostinho, adianta quais as iniciativas que já foram desenvolvidas e que estão planeadas, para chamar a atenção das entidades responsáveis sobre o problema desta via que liga Moura a Sobral da Adiça. As Freguesias e Comissão de Utentes já enviaram por escrito, uma reclamação dirigida ao Sr. Presidente da Estradas de Portugal, S.A., acompanhada do respectivo levantamento fotográfico, solicitando o empenhamento da Empresa na resolução de um problema que se agrava de dia para dia, colocando em risco a vida das pessoas que transitam na EN 255-1. À hora do fecho da presente edição [dia 14 de Fevereiro (sábado)] as Freguesias e Comissão de Utentes vão promover uma Marcha Lenta de Protesto, que irá juntar utentes da Cidade de Moura e Sobral da Adiça, percorrendo todos os quilómetros da EN-255-1. A concentração dos Utentes de Moura dar-se-á pelas 10 horas na saída de Moura para Sobral da Adiça. A Concentração dos Utentes de Sobral da Adiça, dar-se-á pelas 10 horas junto à saída da Freguesia junto à EN-2551. Notícias A PLANÍCIE 15 de Fevereiro 2009 Grandes obras no Baixo Alentejo podem atrair cerca de 30 mil imigrantes O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras apresentou em Beja as conclusões relativas ao estudo “O Baixo Alentejo e a sua perspectiva no futuro em termos de imigração”. O SEF estima que o Baixo Alentejo venha a receber cerca de 30 mil imigrantes ao longo da próxima década, admitindo que pelo menos dez mil possam ficar a residir nesta região. As grandes obras previstas para a região, como o Aeroporto de Beja e as obras da rede viária, são factores apontados para a vinda dos imigrantes, como explica João Agostinho, delegado distrital do SEF em Évora, “…este número, convém que fique bem claro, (…) tem a ver com os grandes projectos, nomeadamente o Aeroporto, as obras da rede viária e outros projectos na área privada, e é um número que os empresários e os académicos que participaram nos trabalhos, indicam como eventual e que será faseado no tempo…”. Os projectos estruturantes planeados para a região do Baixo Alentejo podem então trazer durante a próxima década, a vinda, de forma gradual, de 30 mil imigrantes. Centro Local de Apoio à integração dos imigrantes de Moura O Centro Local de Apoio à integração dos Imigrantes de Moura (ACIME) com instalações na COMOIPREL, tem como função envolver as entidades locais e as próprias comunidades imigrantes no processo de acolhimento e integração. Um processo que acontece na proximidade, no dia a dia dos cidadãos, onde estes vivem e trabalham, dentro das instituições, no atendimento dos serviços, nas relações entre as pessoas, na conduta cívica individual. Em declarações à Planície, Antónia Baião, coordenadora do ACIME, Actual estado da agricultura Distrito de Beja e Concelho de Moura adiantou que as actividades desenvolvidas prendem-se com questões objectivas relativas à legalização dos imigrantes, relacionadas com os processos de pedido de nacionalidade e orientar os mesmos para as provas de Língua Portuguesa. O CLAI procurou ainda, desenvolver actividades culturais para promover a integração e inserção efectiva dos imigrantes. Rede transfronteiriça Empresários de Moura com possibilidade de actuar noutros terrenos E ste ano temos assistido a um Inverno bastante rigoroso, com muita chuva e frio. Francisco Palma, presidente da Associação de Agricultores do Baixo Alentejo, afirmou que estas condições meteorológicas têm afectado “…no sentido positivo…” a agricultura na região, embora os solos já estejam a chegar a um estado de saturação... o que pode provocar alguns problemas e encharcamentos aqui e acolá, mas, de resto, não tenho conhecimento que haja mais nenhum problema grave…”. Já quanto a António Miguel, presidente da Associação de Jovens Agricultores de Moura, as perspectivas não são tão optimistas pois considera que o mau tempo que se tem feito sentir “…tem afectado a Agricultura essencialmente naquelas culturas que se avizinham, que são as culturas contratadas (…), em que os agricultores têm contratos e podem eventualmente não conseguir cumprir, porque não vão poder semear a tempo…”. Na passada sexta-feira, o CDS pediu um debate de urgência sobre o estado da agricultura. Paulo Portas, líder do CDS, acusou o Ministro da Agricultura, Jaime Silva, de ser “incompetente”, e afirmou que o sector agrícola está pior agora, do que no início da legislatura. A estas acusações o Ministro afirmou que 2008, foi o ano em que mais dinheiro chegou aos agricultores, tendo sido entregues mais de 1,5 mil milhões de Euros. Sobre estas declarações de Jaime Silva, Francisco Palma, afirma que “…não vale a pena tecer muitos comentários, porque no fundo não passam de mentiras puras e simples da parte de quem devia ajudar a agricultura e não ajuda…”. O presidente da Associação explica que há verbas atribuídas, através da Política Agrícola Comum, para os países da União Europeia, da qual Portugal faz parte, no entanto, acrescenta “…o Ministério da Agricultura não as entrega em tempo útil e não faz controlos em tempo útil aos agricultores, de maneira a poder aliviar certas situações…”. Francisco Palma questionou ainda “…como é que há um orçamento comunitário, no qual Portugal tem uma fatia pequena, mas tem, e que esse dinheiro não seja distribuído pelos agricultores…”. Também António Miguel acusa Jaime Silva “…mente com todos os dentes que tem na boca…”. O presidente da AJAM revela que a maior parte dos agricultores já não concorre a projectos, porque não acredita neles e mostra-se preocupado porque “…neste momento os agricultores estão completamente isolados (…) o Ministério da Agricultura é uma coisa que não existe, é uma fantasia total…”. António Miguel afirma que “…não se vê uma única política de sustentação ou de manutenção da actividade agrícola responsável…”. O município de Moura é uma das cidades que compõe a Rede Transfronteiriça 7X7, além das cidades alentejanas de Beja, Elvas, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo e Portalegre, alem de Almendralejo, Badajoz, Cáceres, Coria, Mérida, Plasência e Zafra, da Extremadura de Espanha. A propósito da reunião que decorreu em Beja, Santiago Macias, vereador da autarquia mourense, explicou que “…estas reuniões têm sobretudo por finalidade a troca de impressões, de informações e a possibilidade de, por via destas participações mútuas nos projectos, de virmos a constituir, no futuro, parcerias para a apresentação de projectos comuns…”. Santiago Macias adiantou ainda que o município de Moura irá participar, em Maio, na cidade espanhola de Mérida, no Dia do Empresário, e que, para essa iniciativa, irá convidar a AMPEAI, Associação de Micro, Pequenos e Médio Empresários do Alentejo Interior, “…como parceiro privilegiado nesta área, para se associar a nós e participar nesse Dia do Empresário…”. Sobre os benefícios que esta rede poderá trazer para o concelho, o vereador afirmou que a cooperação transfronteiriça facilita a possibilidade que os empresários têm de actuar noutros terrenos. A Rede Transfronteiriça 7x7, da qual Moura faz parte, baseia-se sobretudo na troca de informações e de experiências e na possibilidade de serem desenvolvidas actividades conjuntas. Barrancos Lotes para Habitação a Baixo Custo A Câmara Municipal de Barrancos iniciou o processo de candidaturas, que decorre até 27 de Fevereiro, para a aquisição de lotes do Novo Loteamento do Bairro da Floresta. António Tereno, presidente da autarquia da Vila Raiana, explica que estes lotes situam-se numa zona do Baldio, próximo da Rua de Espanha e do Parque de Feiras e Exposições e tem por objectivo principal disponibilizar à população terrenos para construção de habitação própria a custos controlados. Os lotes destinam-se a Indivíduos com idade compreendida entre os 18 e 35 anos, residentes em Barrancos há mais de 2 anos, e que não sejam titulares de prédio urbano, fracção ou lote urbano naquela vila, a Indivíduos com idade compreendida entre os 36 e 50 anos, também aí residentes há mais de 2 anos nas mesmas condições e a Indivíduos com idade até 50 anos, preferencialmente residentes ou exercendo a sua actividade em Barrancos. A Câmara Municipal de Barrancos acredita que, com este Novo Loteamento, estão criadas as medidas para fomentar a fixação de jovens casais, dado que promove a venda dos lotes a preços abaixo do valor de mercado. Notícias 15 de Fevereiro 2009 A PLANÍCIE Artigo Já começaram as obras do Serviço de Urgência Básico em Moura Por: João Ramos J á começaram as obras de adaptação do Centro de Saúde de Moura, para a instalação do Serviço de Urgência Básico. Recordese que, há cerca de um ano, Helena Arvelos, directora do Centro de Saúde de Moura, em entrevista concedida à Planície, referia que o processo deveria começar e terminar em 2008. As obras começaram apenas no final do ano passado. O SUB, Serviço de Urgência Básico, deverá funcionar de forma autónoma, possuindo profissionais de saúde que trabalham exclusivamente neste serviço, ou que poderão trabalhar, simultaneamente, no serviço de consultas e urgências. Todos os médicos que venham a trabalhar no Serviço de Urgência terão de possuir formação de Suporte Avançado de Vida. O SUB vai funcionar 24 horas por dia, sempre com dois médicos e dois enfermeiros, o que implicará, provavelmente, a contratação de mais pessoal. As duas camas do Serviço de Observação deverão ser mantidas, devido ao constrangimento do espaço e, posteriormente, o serviço deverá receber um reforço com a instalação de 3 poltronas, que permitem a doentes fazer tratamento, sem a necessidade de estarem deitados. Afinal a saúde … está viva. É comum ouvirmos dizer que a saúde está doente. Dois exemplos demonstram que afinal os serviços de saúde estão atentos e têm iniciativa. Notícias recentes vêm informar, aquilo que para nós já não é novidade, o aumento do valor das Unidade de Cuidados Continuados em Moura Anunciada para o próximo ano O Alentejo vai dispor de mais 315 lugares na Rede Nacional de Cuidados Continuados, depois de terem sido aprovadas 15 candidaturas, entre as quais se encontra a ACIMEG – Associação de Cuidados Continuados Integrados da Margem Esquerda do Guadiana, de Moura. Estas candidaturas têm um total de investimento de 18.130.381 Euros dos quais a Administração Regional de Saúde do Alentejo comparticipa com 9.321.042 Euros, no âmbito do Programa Modelar em Cuidados Continuados Integrados, que é um mecanismo de financiamento público para a criação/requalificação de respostas do sector social nos Cuidados Continuados Integrados. Rosa Matos, presidente do conselho directivo da Administração Regional de Saúde do Alentejo, explicou quais as valências que esta unidade irá oferecer, referindo que “…foi assinado um protocolo, no âmbito do Programa Modelar, para 30 camas, de longa duração (…), e esta Associação de Cuidados Continuados Integrados da Margem Esquerda do Guadiana comprometeu-se a construir e a pôr a funcionar até, em princípio, 2010…”. Rosa Matos explicou ainda que a Unidade de Cuidados Continuado de Moura vai ser de longa-duração, ou seja, “…aquelas pessoas que precisam de internamento superior a 90 dias. Tem também reabilitação, isto é, fisioterapia, acompanhamento médico e de enfermagem, mas são pessoas cujo processo de reabilitação é mais demorado.”. Sobre o Serviço de Urgência Básico, cujas obras já estão a decorrer no Centro de Saúde de Moura, Rosa Matos, adiantou que ainda falta adquirir algum material e será também necessária a contratação de mais pessoal. taxas moderadoras para os mais diversos serviços prestados pelas entidades públicas na área da saúde. A novidade, essa sim inesperada, é que nem todas as taxas irão subir. Uma delas, vai descer e muito. A taxa sobre a prática de cirurgias de ambulatório, que baixou cerca de 50%. Logicamente que contra isto, nada, esta devia ser a regra e não a excepção. Para além da novidade a sua particularidade advêm-lhe da razão para a sua descida. Pretende-se com ela, conforme foi noticiado, favorecer Rastreio do Cancro da Mama em Moura A adesão é maior nas freguesias rurais de que em Moura Por estes dias, no concelho de Moura, está a decorrer o rastreio do Cancro da Mama, destinado a mulheres entre os 45 e os 69 anos. Carla Parreira, técnica de radiologia da Unidade Móvel da Liga Portuguesa Contra o Cancro, explica alguns pormenores do processo de rastreio, referindo que as mulheres são convocadas através de carta, sendo que os nomes são fornecidos pelo Centro de Saúde. O rastreio em si passa pela compressão da mama, de um modo suave, sem ser doloroso e, depois pela mamografia. Os resultados do exame são enviados para o médico de família das utentes, decorrido cerca um mês. Se existirem dúvidas quanto ao resultado dos mesmos, a utente terá uma consulta no centro de aferição da Liga Portuguesa Contra o Cancro, em Lisboa. Carla Parreira adiantou ainda que menos de metade das mulheres da cidade de Moura comparecem ao rastreio, ao passo que as mulheres que vivem nas freguesias, por norma, comparecem todas, “…a adesão é maior nas freguesias, agora em Moura, nem por isso, a adesão não é muito elevada…”. O Rastreio do Cancro da Mama está a decorrer na cidade de Moura. As mulheres entre os 45 e os 69 anos devem comparecer ao rastreio, que é gratuito, já que a detecção precoce do cancro da mama pode salvar uma vida. Os governos de Portugal e Espanha assinaram em Zamora, durante a 24ª Cimeira Ibérica, um acordo-quadro de cooperação sanitária transfronteiriça que visa um acesso facilitado das populações fronteiriças a equipamentos de saúde dos dois lados da fronteira. António Tereno, presidente da Câmara Municipal de Barrancos, embora desconheça o conteúdo do protocolo, refere que se for aquilo que há muito o município vem reivindicando, então é óptimo. O autarca da Vila Raiana adiantou ainda, que actualmente Barrancos mantém uma política informal de solidariedade com as entidades espanholas, ou seja, os doentes de Barrancos são atendidos em Encinasola e as pessoas do lado espanhol que vão a Barrancos à fisioterapia, também não têm quaisquer problemas. António Tereno refere, no entanto, que “…se houver um protocolo, que no futuro também defina as regras e salvaguarde os direitos de cada um, naturalmente que é melhor.”. melhor se perceber. Quando estamos doentes, consultamos o médico que diagnostica o problema e, em função do mesmo, decide o tipo de procedimento a realizar. Nós que nada decidimos sobre o procedimento pagamos. Como será que se estimula quem paga a optar uma questão sobre a qual não lhe cabe decidir? Das duas uma ou o médico passa a pagar as intervenções dos seus doentes, ou estão a gozar connosco. Digo desde já que não acredito na primeira. Outra intervenção recente, curiosa, aconteceu no nosso concelho. Em Setembro a Administração Regional de Saúde Protocolo de cooperação entre autoridades de saúde portuguesas e espanholas poderá trazer benefícios a Barrancos. Benefícios na área da saúde para Barrancos este tipo de procedimento. Para do Alentejo solicitou autorização Programa do Rastreio do Cancro do Colo do Útero premiado para colocar um out-door a publicitar a campanha de Rastreio do Cancro do Colo do Útero. O dito, foi colocado perto da Escola Secundária e do Edifício dos Quartéis, nos finais de Outubro. Eis se não quando, passados apenas 3 meses e estando a decorrer a campanha (que se O programa de Rastreio do Cancro do Colo do Útero, promovido pela Administração Regional de Saúde do Alentejo, foi premiado no Parlamento Europeu, em Bruxelas, durante a cimeira anual da Associação Europeia Contra o Cancro do Colo do Útero. Segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde e pela ARS do Alentejo, o programa, iniciado em Janeiro de 2008, tem como principal objectivo diminuir a incidência e mortalidade do cancro do colo do útero, através da promoção de um tratamento atempado, de forma a aumentar a sobrevivência das mulheres com esta doença e fazer o diagnóstico precoce. De acordo com os mesmos dados, até ao momento, mais de 20.000 mulheres foram incluídas e rastreadas, tendo sido realizadas 17.400 citologias. A vacina encontra-se disponível, gratuitamente, no Centro de Saúde Moura, para as jovens do sexo feminino que completem, este ano, 13 e 17 anos de idade. iniciou em Janeiro de 2008 e decorrerá durante 3 anos, portando até ao final de 2010) o dito out-door foi limpo da informação que continha e no seu suporte apareceu a identificação do PS. E depois ainda se diz que os serviços de saúde não têm actividade. Claro que têm e sabem muito bem a quem servem. Notícias A PLANÍCIE Semana da Comunidade Educativa em Moura M aria José Fialho, vereadora da Câmara Municipal de Moura, fazendo um balanço à Semana da Comunidade Educativa, refere que “…de uma maneira geral consideramos que foi bastante positivo, todas as actividades realizadas tiveram a participação do público a quem se destinava, e decorreram todas com bastante sucesso…”. A vereadora deu ainda um especial destaque à forte participação dos jovens, quer nas iniciativas promovidas pela autarquia e dirigidas a eles, quer naquelas que foram promovidas pelos próprios. Como ponto menos positivo, e mesma apontou algumas em que nem sempre foi possível motivar captar a participação de tantos quantos gostariam. 15 de Fevereiro 2009 Concelho Ante a crise económica que assola o país e o mundo, sem cair no pessimismo, teremos de confessar que difícil será conquistar o desenvolvimento e contrariar a tendência de desertificação, que paira sobre os concelhos perdidos no interior. Moura é um deles. Entre o optimismo e a expectativa reinantes, a Planície ouviu alguns depoimentos, que aqui deixa como um grito de esperança, entrecortado por uma pergunta ansiosa: Concelho de Moura – Que futuro? . Duas inaugurações - “Cantinho da Música” e novas instalações da Escola da Porta Nova Cantinho da Música No âmbito da Semana da Comunidade Educativa, a autarquia mourense, procedeu à inauguração do “ Cantinho da Música” - Conservatório Regional do Baixo Alentejo, secção de Moura e as novas instalações da Escola da Porta Nova. José Maria Pós-de-Mina, presidente da Câmara Municipal de Moura, falou à Planície da importância destes dois locais para a Educação e para o desenvolvimento da Cultura no concelho. Também Maria José Fialho, vereadora da autarquia na área da educação, falou sobre os objectivos da criação do “Cantinho da Música” referindo que “…pretendemos não só mostrar o trabalho do Conservatório, que é bastante importante, como motivar outras pessoas que gostem de música e porque não, arranjar ainda mais alunos. O autarca mourense Novas instalações da Escola da Porta Nova adiantou ainda, que a próxima intervenção será feita na Escola do Bairro 25 de Abril, mas que, “…antes disso, vamos avançar com o concurso para a construção de uma escola em Santo Aleixo da Restauração…”. A obra de remodelação da Escola da Porta Nova foi um projecto que causou muita polémica. Quando questionado sobre se os moradores ficarão agora mais satisfeitos, referiu que as reacções chegadas à autarquia indiciam uma posição favorável “…os sinais que nos têm chegado é de haver algumas pessoas que depois de verem a obra, depois de verem o que está feito, mudaram a sua opinião e, naturalmente, reconhecem a utilidade e a pertinência desta obra…”. A Planície ouviu ainda as opiniões de duas moradoras da Porta Nova, que se mostraram satisfeitas com a obra, embora, uma delas, continue a dizer que foi “…roubado um bocado do Jardim…”. A obra de remodelação da Escola da Porta Nova, ao que parece, após tanta celeuma, parece então agradar à população. Novas instalações da Escola da Porta Nova Desemprego C omeçamos pelo desemprego. Actualmente, e talvez devido também à situação em que nos encontramos, ouvimos cada vez mais frequentemente que além do seu aumento paira o espectro da perda de postos de trabalho. No distrito de Beja, existem projectos, considerados estruturantes, como é o caso do Aeroporto, dos centros comerciais previstos para aquela cidade, da remodelação da rede viária que, acredita-se, deverão minimizar os efeitos do desemprego na região. E em Moura, o que há? O que temos para oferecer, por exemplo, aos jovens que vão fazer a sua formação para fora, e não regressam por encontrarem melhores condições de trabalho? José Maria Pós-de-Mina, presidente da Câmara Municipal de Moura, referiu que para que os jovens regressem a casa, “…é necessário sobretudo políticas de âmbito nacional. Naturalmente que haverá políticas locais, e penso que estamos a fazer esse caminho, passam pelos projectos das energias, passa pela dinamização da agricultura, na componente da olivicultura, passa pelo desenvolvimento de projectos turísticos, passa também pelo desenvolvimento das áreas industriais…”. Um dos projectos que tem vindo a ser desenvolvido é o Tecnópolo, onde já existe a Fábrica Moura Solar, o laboratório de investigação com capacidade certificadora, ao nível da tecnologia fotovoltaica, e para onde está prevista a instalação de novos projectos, como de resto avançou o autarca mourense “…temos cerca de 6 dezenas de empresas inscritas na nossa bolsa de empreendedores e cerca de 20 estarão já em condições de arrancar…”. O autarca adiantou ainda que na 5ª edição da Rota do Futuro, a realizar-se no dia 12 de Março, serão apresentadas medidas para fixar os jovens no concelho. São, portanto, projectos que poderão vir a dinamizar o concelho e, mais importante, são iniciativas que promovem o emprego. Futuramente, e esta até foi uma questão que já foi discutida há algum tempo, se o concelho de Moura criar condições para a fixação dos jovens aqui, poderia colocar-se a hipótese de aqui se construir um Pólo Universitário. Um estabelecimento de ensino que, com certeza, estaria mais direccionado para a área das energias, já que é esse o posicionamento que o concelho está a seguir. Infelizmente, nos dias que correm, as universidades não estão a apostar na expansão e esse tempo já passou… O que se pode criar, e considerando esta conjuntura, são parcerias, protocolos com as instituições de ensino superior, possibilitando, desta forma, que os jovens do concelho vão estudar para fora, mas sempre com a perspectiva de, no final da sua formação, regressarem. A criação do Laboratório de investigação com capacidade certificadora, ao nível da energia fotovoltaica, já faz um pouco esse trabalho, pois oferece a oportunidade de realização de estágios, de trabalhos de mestrado ou doutoramento na área das energias. O edil mourense mostra-se optimista nesta questão, pois afirma que “…temos aqui componentes de investigação, componentes de ensino e, quiçá, no futuro possa haver aqui condições para criar, não propriamente uma universidade, mas algum pólo ou alguma iniciativa na área da formação do ensino superior…”. Notícias 15 de Fevereiro 2009 A PLANÍCIE de Moura: Que Futuro? o As energias renováveis e a possibilidade de investimento. N ão poderíamos deixar de mencionar a questão da central solar de Amareleja. Criou, durante a sua construção, mais de uma centena de postos de trabalho. Terminada que está, apenas 16 serão assegurados. Mas não podemos ver o panorama apenas por esse prisma. A central solar de Amareleja tornou possível a construção de uma fábrica, a Fábrica Moura Solar, que emprega actualmente cerca de 95 pessoas. Alvo de um mediatismo mundial que até agora o concelho de Moura não tinha recebido, a central solar de Amareleja, já recebeu visitas de cadeias de televisão de renome internacional, como a BBC, a CNN, a Al-Jazeera, e também os três canais de televisões portugueses, RTP, SIC e TVI. Também visitas de personalidades dos quatro cantos do Mundo já passaram pelo concelho, o secretário de Estado dos Estados Unidos da América, investidores franceses, o embaixador do Japão e o embaixador da Austrália, o presidente da República de Cabo Verde. O presidente da Câmara Municipal de Moura foi nomeado para Personalidade do Ano pela Revista e Site OneWorld, uma nomeação que mereceu também destaque em diversos meios de comunicação social. Mas o que representa para o concelho de Moura toda esta exposição? Vejamos. Em primeiro lugar, acreditamos, ou melhor, desejamos acreditar, que este mediatismo não é apenas para “inglês ver”. A projecção da imagem do concelho de Moura, a nível mundial, poderá levar a que, potenciais investidores na área das energias, queiram investir no concelho, uma possibilidade que nos foi confirmada pelo presidente da autarquia “…já temos recebido, embora não podendo entrar em pormenores, haverá um ou outro caso que poderá ser referido na Rota do Futuro, em que temos recebido contactos de investidores de empresas que, também devido a esta notoriedade, a este reconhecimento, olham de uma forma diferente para o concelho de Moura e aí pode haver, de facto, condições para que a nossa capacidade de atracção e a capacidade de realização de investimentos no concelho de Moura fique melhorada com esse reconhecimento internacional…”. O autarca explicou que estes projectos são, sobretudo, investimentos nas áreas das energias renováveis. Em segundo lugar, e esta foi também uma informação que nos foi dada por José Maria Pósde-Mina, existe um projecto ambicioso na área do termo-solar. Pelo que nos foi dito, há investidores interessados em instalar em Moura, uma fábrica termo-solar. Numa época de crise, como a que atravessamos, este investimento é importante, não só do ponto de vista ambiental, porque é uma aposta nas energias renováveis, mas também pelo que representa para a economia do País, já que é uma aplicação de capital, e para o emprego do concelho, porque, com certeza irá criar postos de trabalho. No entanto, de acordo com o presidente da Câmara Municipal de Moura, o Governo está “de pé atrás” com o projecto e, por isso, deixando a questão “…se neste momento, por parte da Câmara de Moura há disposição para acolher estes investimentos, há disponibilidade de terrenos, há condições naturais, há empresas interessadas, então porque não avançamos? É este o desafio que estamos a lançar ao Governo.”. No entanto, e como a população do concelho de Moura, já passou por outras experiências que anunciavam muito desenvolvimento para o concelho, como é o caso da Barragem de Alqueva, ficamos à espera que, de facto, a central solar de Amareleja e tudo o que envolve o projecto, traga realmente desenvolvimento e perspectivas optimistas para o concelho de Moura. p i n i ã o O Turismo O anúncio de investimentos de projectos turísticos no concelho de Moura é uma outra questão que tem deixado a população expectante. Com certeza que a construção de um, ou mais, empreendimentos turísticos aqui na região serão impulsionadores da economia local e, obviamente, resolveriam parte do problema do desemprego. José Maria Pós-de-Mina referiu que o Plano de Pormenor do projecto turístico da Defesa de S. Brás já foi aprovado e deverá entrar em discussão pública, em breve. O autarca adiantou ainda que existem também investidores interessados em outras duas áreas que são uma zona do núcleo da Barragem de Alqueva e uma zona junto à Aldeia da Estrela. Com a situação que vivemos actualmente, esperamos que estes projectos não sejam afectados, até porque, como já referimos, a serem concretizados, deverão promover o desenvolvimento do concelho. O presidente da autarquia mourense considera que “…se esses projectos se concretizarem de acordo com aquilo que é apresentado e cumprindo todos os seus objectivos, nós podíamos dizer que os problemas do desemprego do concelho de Moura podiam ser resolvidos…”. Decidimos colocar uma questão a várias pessoas do concelho de Moura para conhecer a sua visão sobre o futuro do concelho. A nossa questão: Planície: Como vê o futuro do concelho de Moura? João Sales, estudante, Moura “Na minha opinião os jovens do concelho de Moura, que têm alguma ambição a nível profissional criam as suas vidas fora do concelho porque ainda não existem meios que os façam querer ficar cá. Acho incompreensível que uma cidade como Moura não tenha um Hospital e uma Universidade porque se tivesse, iria desenvolver-se muito mais.” Marisa Moita, professora, Moura “Penso que o futuro pode ser auspicioso para o concelho, se forem criadas infraestruturas sólidas que dêem lugar à rentabilização dos recursos naturais que possuímos, valorizando o conhecimento e o empreendedorismo da população local.” Maria Alexandra, reformada, Moura “Quanto às energias renováveis acho que é bom para o concelho, porque tudo o que seja para o desenvolvimento do concelho não é bom, é fantástico. Os jovens, eventualmente, poderão regressar porque há trabalho e as energias renováveis podem criar postos de trabalho para muita gente…”. Mário Caldeira, advogado, Santo Aleixo da Restauração José Maria Pós-de-Mina: “…eu por natureza sou optimista, sou confiante relativamente ao futuro e e na capacidade da população, dos agentes económicos e das entidades do concelho de Moura em poder encontrar o caminho para a promoção do desenvolvimento. É evidente que somos críticos em relação àquilo que tem sido a política governamental, esperamos naturalmente que ela corresponda a um maior apoio ao desenvolvimento do concelho de Moura, mas posso dizer que, apesar de tudo, eu considero que, e se fizermos a comparação (…), que muitas vezes nos tentam atacar por essa via e eu tenho que fazer esta comparação: o concelho de Moura tem uma realidade e tem problemas de jovens e todos nós sentimos isso, até familiarmente. Mas se olharmos e compararmos hoje a situação e as perspectivas do concelho de Moura, e eu até posso fazer isso sem qualquer outra preocupação de carácter político, fazer a comparação com a situação que encontrei em 1998, quando assumi responsabilidades na presidência da Câmara, eu digo: hoje o nosso concelho tem perspectivas. Nós temos hoje, independentemente daquilo que vier a acontecer a seguir, razões e motivos para sonhar com um futuro melhor. Porquê? Porque temos projectos que foram concretizados, temos projectos em curso, temos projectos que se estão a desenvolver, temos o sector da energia, temos o sector da agricultura, temos o sector do turismo, onde há perspectivas de desenvolvimento. Agora o que eu faço aqui e aproveito para fazer um apelo, é que vamos todos dedicar-nos a isto, temos todos que ter a capacidade de mobilizar esforços, de mobilizar vontades, para que estes três aspectos que são fundamentais para o desenvolvimento do concelho, possam cumprir os seus objectivos. Eu acho que o caminho que temos seguido é importante, há muito a fazer, o maior trabalho está por fazer, mas acho que nestes aspectos estamos no caminho certo e, por isso mesmo, por este rumo traçado ser significativo e reconhecido internacionalmente, temos razões para ter confiança e ter esperança no futuro…”. As formas de combater o desemprego, a aposta na formação dos jovens e a criação de condições para que se fixem no concelho, o projecto da central solar de Amareleja e os investimentos que poderão surgir no concelho (como a fábrica termo-solar), os projectos turísticos para o concelho de Moura foram as questões que apresentámos nesta reportagem. Existe muita expectativa em relação ao que será o futuro do concelho de Moura que, devido à situação de crise actual, não se mostra muito risonho, como em todos os lados do planeta. Queremos acreditar que com os projectos que se anunciam a situação poderá melhorar. É necessário o investimento, é necessário o projecto, é necessária a sua concretização. Aguardamos que todas estas aspirações possam gerar um futuro com melhores condições de vida para o Concelho. “Quanto ao futuro do concelho de Moura, vejo-o com apreensão, fundamentalmente, devido ao desemprego que aumenta todos os dias. Nós temos uma estrutura empresarial que é diminuta e vive em dificuldades, mas a economia é principalmente agrária. (…) Em relação às energias renováveis, é uma fonte natural que nós temos, é uma energia não poluente, temo-la de forma inesgotável, temos é que fazer os investimentos necessários. Será uma fonte a explorar que poderá levar a que os jovens do concelho regressem a casa, ou até mesmo aqueles que não são do concelho, mas poderiam passar a residir aqui.” João Lourinho, bancário, Amareleja “…As coisas estão complicadas a todos os níveis. Todos sabemos que a crise está instalada em todos os ramos (…) cada vez há mais despedimentos e, futuramente, o ano de 2009 não vai ser fácil para ninguém. (…) Quanto ao regresso dos jovens, devido às energias renováveis, pode ser um incentivo. Tenho o exemplo de alguém que está a viver em Évora e neste momento está com um projecto de agricultura na Amareleja. Para alguém que queira voltar às origens, as energias renováveis podem ser a solução.” José Marques, comerciante, Moura “As energias renováveis, quanto a mim, vão ter o mesmo futuro que têm tido todas as outras: não têm validade nenhuma. Para já têm que ser criadas infra-estruturas para haver um investimento exterior dentro do concelho, e isso não está criado. (…) Acho que a autarquia devia investir mais em certos aspectos para que o desenvolvimento fosse feito, através de uma chamada para o exterior. Como não há esse investimento, eu acho que as energias renováveis no concelho de Moura não vão ter um futuro risonho.” A PLANÍCIE Publicidade 15 de Fevereiro 2009 Notícias 15 de Fevereiro 2009 A PLANÍCIE José Socrates visitou a Barragem de Alqueva O primeiro-ministro, acompanhado do ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho e do ministro da agricultura, Jaime Silva, esteve no passado dia 6 de Fevereiro de visita à barragem de Alqueva, mais concretamente às obras de reforço de potência da barragem. O reforço da produção de energia eléctrica a partir de Alqueva, que está previsto entrar em exploração no final de Dezembro de 2011 e cuja execução decorre de contrato de sub-concessão celebrado entre a EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. e a EDP em 24 de Outubro de 2007, representa, segundo a EDP, mais um passo na «implementação das orientações estratégicas estabelecidas pelo Grupo EDP em matéria de reforço do investimento em energias renováveis». Recorde-se que esta obra, orçada em 160 milhões de euros, irá duplicar a actual potência, sendo que o novo empreendimento será constituído por uma central escavada a céu aberto, um circuito de adução subterrâneo com cerca de 375 m, o circuito de restituição e diversos edifícios conexos. A central será equipada com dois grupos reversíveis, com uma potência nominal de 260 MW. José Sócrates, no discurso proferido durante a visita, fez questão de frisar que este projecto é muito importante para o desenvolvimento do Alentejo, na medida em que vai criar vários postos de trabalho, sendo que só na construção desta nova estrutura de aproveitamento de recursos hídricos na barragem do Alqueva irá representar um acréscimo de 450 novos postos de trabalho. O primeiro-ministro salientou também que o investimento é mais um passo para o futuro das energias renováveis um passo importante na procura da autonomia estratégica em termos energéticos. Na visita realizada a Alqueva o Primeiro-ministro falou ainda da eventual construção de uma refinaria no lado espanhol do Rio Guadiana, que já mereceu alguns comentários por parte de José Roquette empresário responsável pelo projecto do Parque Alqueva e que se demonstrou preocupado com a construção desta refinaria. José Sócrates garantiu que nesta altura decorrem os estudos de impacto ambiental e que nada será feito caso estejam em causa os valores ambientais. Pub. Opinião A PLANÍCIE Artigo Por: João Socorro o p i n i ã o Vamos falar de... “ Imagens e Palavras! “ De facto, por muito que se fale ou escreva, nem sempre as palavras e os textos têm algum efeito … lá diz o povo “as palavras leva-as o vento”, e os escritos, por vezes apaga-os o Tempo, dizemos nós! As Imagens, bem, embora também se esbatam nas memórias, ficam mais tempo perenes na retina de quem as olha e regista, por momentos de forma fugaz, muitas vezes durante anos e talvez Vidas. Esse é o tema da nossa crónica de hoje, onde procuramos mostrar um pouco da mágoa que sentimos quando as palavras nos dizem frases emblemáticas sobre “um concelho e uma cidade de Futuro!”, com “autarcas do século 21!” – e Infelizmente – as Imagens que registamos dessa Gestão Futurista são de um Passado diariamente Presente! À tantos anos aqui caída quando ainda acreditava que o Lidl viria para Moura! Afinal foi para Serpa e nem quando puseram a nova placa alguém daqui me levou! Bairro novo, candeeiro novo – separador do “Século 21”! Candidatura ao Prémio da “Rotunda” mais original! Está a chegar a Moura – Pare! Faça o puzzle das pedras e aproveite para merendar na mesa que construiu! Atenção – veja a paisagem mas não caia no buraco do muro! Escultura em Ferro Retorcido e Enferrujado a aguardar transladação para o Novo Museu a abrir no Matadouro! Contentores do Lixo à Espera de Uma Imagem de Futuro! 15 de Fevereiro 2009 Artigo o p i n i ã o V Assembleia de Organização Concelhia de Moura do PCP O desenvolvimento é possível com a intervenção e participação dos comunistas Sob o lema “Mais PCP, Melhor Concelho” decorreu a 5.ª Assembleia de Organização da Concelhia de Moura do PCP que se realizou dia 7 de Fevereiro, no Sobral da Adiça, com a presença de Miguel Madeira da Direcção da Organização Regional de Beja e do Comité Central. Durante os trabalhos da assembleia, que foi muito participada, estiveram em foco as questões do trabalho de direcção, da promoção de novos quadros, do reforço do Partido e da organização que deverá centrar-se “num estilo de trabalho que privilegie a intervenção das organizações e dos militantes na resposta aos problemas e aspirações dos trabalhadores e das populações”, no trabalho unitário e na valorização dos centros e trabalho “como espaços de reflexão e debate sobre os problemas e preocupações das populações”. A Assembleia aprovou a Resolução Política na qual se expressa a convicção dos comunistas do Concelho de Moura de que “a vida das populações e o desenvolvimento da sua terra será tanto melhor, quanto maior, mais forte e com melhor conhecimento dos problemas for a organização do PCP neste Concelho” Os comunistas estão certos de que daí advirá mais força não só para lutar, com as populações, pela resolução desses problemas, como maior influência para colocar “ao serviço da defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores”, aprofundando e desbravando os caminhos de desenvolvimento, “capazes de contrariar o abandono a que sucessivas políticas de direita, do PS e do PSD têm votado o interior do País”. Na Resolução Política os comunistas reafirmam “a sua disposição e disponibilidade para contribuir com a sua acção e as suas propostas para o desenvolvimento do concelho e da região”, colocando como “primeira prioridade a luta contra o desemprego e a concretização do projecto das energias renováveis numa vertente diversificada, destacando-se agora a vertente do Parque Tecnológico”. Os comunistas do concelho de Moura destacam ainda a necessidade de continuar a lutar “pelo aproveitamento integrado das potencialidades de Alqueva, na sua vertente de fins múltiplos”, pela “criação de um banco de terras possibilite o acesso à terra a pequenos e médios agricultores, a trabalhadores e a cooperativas agrícolas”, assim como “pelo aproveitamento das valências turísticas”, nas quais se dará “prioridade aos investimentos a efectuar nos aglomerados urbanos existentes, que fixem mão-de-obra qualificada e a criação de emprego com direitos”. Do mesmo modo, a promoção dos valores ambientais e “a sua compatibilização com os usos agrícolas”, a valorização da fileira dos produtos regionais e tradicionais, com destaque para o azeite” e a luta pela “melhoria e qualificação das acessibilidades, incluindo a reactivação do ramal de Moura” estão entre as preocupações dos comunistas de Moura. A Resolução Política aborda também a política social considerando a educação e a formação “como pilares base para a concretização das políticas de desenvolvimento”, defendem o princípio do “funcionamento permanente dos serviços de saúde, o aumento d disponibilidade das valências, a melhoria dos equipamentos e instalações e a criação de serviços permanentes”. Também o apoio ao associativismo juvenil e de cariz popular e o associativismo dos grupos mais desfavorecidos, “onde se destacam as mulheres, os reformados e os imigrantes”, são outros dos objectivos. Os comunistas reafirmaram a disponibilidade para discutir as suas propostas para o desenvolvimento do concelho com todos os interessados, e sublinharam “a firme disposição de apoiar e mobilizar os trabalhadores e as populações na defesa dos seus direitos e aspirações”. No decorrer dos trabalhos da Assembleia foi eleita a nova comissão concelhia e foram aprovadas duas moções: uma, sobre o mau estado da estrada nacional n.º 255-1 que liga Sobral à cidade de Moura, na qual se reclama intervenção urgente, e, outra, sobre a Ribeira da Perna Seca, na qual se reclama às autoridades competentes que apoiem as diligências desenvolvidas pela Câmara de Moura, no sentido de resolver este problema. Secretariado da Comissão Concelhia de Moura do PCP 9 de Fevereiro de 2009 Por favor, reconstruam-me o bocadinho que falta! O trabalho é pouco e a despesa não implica Candidatura a Fundos Comunitários! Cresci, cresci e fiquei assim … Moderno, Bonito e Perigoso! A sua Opinião No Convívio da Delegação de Évora da ADFA, em Moura Câmara Municipal de Moura ignora Deficientes de Guerra Um dia, num Futuro Próximo, Todas as Árvores terão um Canteiro como o Meu! Exposição ao Ar Livre de Ruína arqueológica local e acesso “semi” ou “demi” ou “mini”ou “nada” alcatroado ao Posto da Policia de Moura (é bom para os Jipes)! Programa “+ Educação” mas com “Péssima” Requalificação! Um dia “O Muro vem Abaixo!” e… ponham a “Escultura em Ferro” no Museu! A placa da Obra é para esconder … Isto é na Rua da Caridade! Nem desta têm Pena!!! E se Por Acaso encontrarem mais buracos noutras … Avisem! Pois, realmente, diz-se que “Uma Imagem Vale Por Mil Palavras” e após esta pequena recolha fotográfica fica-nos a sensação que “Muitas Imagens Valem por Milhões de Palavras”, ditas e escritas nos últimos onze anos, mas que muito pouco tem acrescido ao desenvolvimento e crescimento da Nossa Terra, de forma sustentada e em prol de um Futuro que se quer de facto mais credível e ambicioso e que Aconteça porque Nós Queremos – Ainda no Tempo Presente – que é o de Todos os que em Moura Vivem e Criaram as Suas Raízes! Até Sempre. No dia 13 de Dezembro de 2008, a Delegação de Évora da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), elegeu a Cidade de Moura para realizar o seu convívio anual e também, para prestar homenagem aos militares do Concelho mortos na Guerra Colonial. O almoço foi no restaurante “O Celeiro”. Pelo facto de Moura não possuir nenhum monumento aos Mortos na Guerra, foi decidido colocar uma coroa de flores em sua homenagem, junto da lápide toponímica que perpetua o nome do primeiro mourense morto na Guiné, Henrique José Pinto, e que também faz referência às vítimas da Guerra Colonial. Em todas as zonas do País onde a ADFA realiza as suas cerimónias, nunca faltaram as entidades locais, incluindo, como é obvio, os presidentes das Câmaras Municipais, ou quem estes designem como seus legítimos representantes. Para cumprir esta formalidade, foi enviado ofício/convite ao senhor Presidente da Câmara Municipal de Moura. Foi também atempadamente pedido à Câmara que desse alguma dignidade à cerimónia, no que toca à limpeza da zona que envolve a placa toponímica onde ia ser colocada a coroa de flores da homenagem. Decidiu a edilidade ignorar este pedido, como também entendeu não nos honrar com a sua presença o Senhor Presidente, alegando motivo de agenda e achando por bem não nomear alguém em sua representação. Os deficientes das Forças Armadas oriundos das oito Freguesias do Concelho de Moura que, no cumprimento do seu dever de Cidadãos foram obrigados a participar na Guerra Colonial e que regressaram mutilados, ficaram profundamente desapontados com a “atitude de desprezo” a que foram votados, sendo completamente ignorados pelo presidente da Câmara de onde são Munícipes. Senhor presidente, a ADFA, cujo convite o Senhor fez questão de ignorar e da qual os seus Munícipes Deficientes de Guerra são membros, é uma Instituição de Utilidade Pública, de notável prestigio, sem credos políticos ou religiosos, mas com muita dignidade. Com cerca de vinte mil Associados, é Membro da Federação Mundial de Antigos Combatentes e Vitimas de Guerra (FMAC) e já foi visitada por todos os Presidentes da República Portuguesa eleitos depois da Revolução de Abril, tendo sido condecorada como Membro Honorário da Ordem do Mérito, por Sua Excelência o Presidente da República, Doutor Mário Soares, em 13 de Fevereiro de 1996. O presidente da ADFA, José Eduardo Gaspar Arruda, foi distinguido a título individual, por Sua Excelência o Presidente da República, Doutor Jorge Sampaio, com o grau de Comendador daquela Ordem Honorífica. Em 19 de Dezembro último, Sua Excelência o Presidente da República, Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, deslocou-se à Sede Nacional da ADFA, em visita oficial e, condecorou-a com o título de Membro Honorário da Ordem da Liberdade. Esta é a Associação que o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Moura fez questão de ignorar, não acedendo ao convite nem se fazendo representar, em honra de todos os Mourenses Deficientes da Guerra Colonial e também dos que nela pereceram. Como associado e membro do Conselho Nacional da ADFA, e sendo natural de Moura, participei no evento e achei que deveria, através do nosso Jornal “A Planície”, deixar o meu grito de revolta. “Quem não se sente não é filho de boa gente”. Farinho Lopes [email protected] Opinião - Notícias 15 de Fevereiro 2009 Artigo A PLANÍCIE Pontos de Vista Por: Jorge Valente De além - mar para Alenguadiana o p i n i ã o De Alcáçovas a Tordesilhas Belo Horizonte (MG, Brasil) – Em tempos de “globalização”, ou seja, de divisão do globo terrestre em “blocos” de influência político-econômica, é bom recordar que isso não é coisa nova. Desde a Antiguidade Clássica isso acontece, onde os “grandes Impérios” (Romano, Macedónio, Mongólico, etc.) comandavam áreas maiores e percentuais de população mundial superiores, até, aos “blocos” de hoje (União Europeia, Nafta, Mercosul, etc.), com uma só política económica, uma moeda única, etc., até à maior de todas as divisões, que foi a acontecida no final do séc. XV, com o definido no Tratado de Tordesilhas. Recorde-se que este último Tratado foi o acordo que, pretendia-se que em definitivo, dividiu em duas zonas de influência económico-comercial (e também de “governo”) o vasto mundo que, na data, se abria à expansão de Portugal e Castela (Espanha), nações que se rivalizavam, disputando a posse do comércio marítimo ultramarino, por vezes violentamente, até 1479 (data do Tratado de Alcáçovas, substituído, em 1494, pelo de Tordesilhas). Comecemos pelo Tratado de Alcáçovas (1479), que teve como objetivo “fazer a paz”, acabando com a guerra sucessória de Castela (onde o rei D. Afonso V de Portugal intervira, sem sucesso, a favor da sua neta D. Joana Beltraneja, filha da princesa D. Joana de Portugal e do rei D. Henrique IV de Castela). Neste Tratado reconhece-se D. Isabel I como rainha de Castela (meia irmã de D. Joana Beltraneja, pois também era filha de D. Henrique IV de Castela), a qual casará, depois, com o rei D. Fernando II de Aragão, formando o, históricamente famoso, casal de “Reis Católicos”, origem da Espanha, pela união dos seus reinos (Castela e Aragão). Isto vem a propósito de se dizer que não era o objetivo deste Tratado, mas nele se “esboça”, também, a primeira “divisão” do mundo entre Portugal e Castela e, de forma definitiva (até hoje), excetua em tal “divisão” as Canárias (de Castela) e a Madeira e os Açores (de Portugal), que continuaram sendo considerados como “dotes” inviolàveis de casamentos reais anteriores. No entanto, neste Tratado estabelecem-se, também, regras para futuros casamentos entre príncipes reais portugueses e castelhanos, visando a união desses reinos a médio prazo. Num seu anexo, definiu-se o primeiro de tais casamentos, aquele que determinou as “Terçarias de Moura”, episódio já abordado em artigo anterior (in A PLANÍCIE, de 01/Julho/2003) e que decorreu em 1483, um dos mais importantes acontecimentos históricos vividos na nossa cidade. O rei D. Afonso V de Portugal, conhecido como “O Africano”, sempre esteve muito mais interessado nas “descobertas no além-mar” do que no que acontecia em Castela (só interferiu na guerra sucessória, acima referida, por uma questão “de sangue” e não se importou com o seu fracasso, tanto que não deslocou para tal guerra um só soldado português que estava, e/ou estivesse, destinado ao ultramar). Isto é evidente quando se constata que: (i) naquele Tratado de Alcáçovas, se estabelece que o reino de Granada (ainda árabe) será conquistado pelos exércitos aliados dos dois países (Portugal e Castela) e será incorporado a Castela, enquanto que todas as “conquistas de Fêz” (hoje Marrocos e Mauritânia) serão de Portugal “mesmo que ocupadas por Castela”; e (ii) na conquista e ocupação de Granada (1492) não havia mais do que “meia dúzia” de portugueses, comandados por D. Francisco de Almeida (subordinado ao comandante-chefe castelhano), e Castela saíu do que tinha no Norte de África imediatamente, nem esperando a chegada de portugueses (que, em alguns casos, tiveram de “reconquistar aos mouros” posições antes castelhanas...). O rei D. Afonso V de Portugal morreu em 1481 e o seu sucessor (o rei D. João II), apesar de ter também assinado em 1479 o Tratado de Alcáçovas (como “associado à governação”, o que já era desde 1477), só o respeitou integralmente enquanto o seu único filho legítimo (o “príncipe real” D. Afonso, que poderia concretizar a união das coroas ibéricas, por aplicação do disposto no acordo das “Terçarias de Moura”, pois já tinha casado com a filha única e herdeira do trono unificado dos “Reis Católicos”) era vivo, mas ele morreu em 1491, acidentalmente (em uma queda de cavalo durante um passeio), sem ter deixado filhos... Isto é, o Tratado de Alcáçovas “era bom” para Portugal, enquanto o rei da possível união ibérica fosse português, mas quando ele fosse castelhano... Continuação na edição de 15 de Março ____________________________________ (*) Jorge Valente é natural de Moura, residente no Brasil e engenheiro de minas (IST). E-mail: [email protected] Artigo Por: Amilcar Mourão o p i n i ã o FREEPORTGATE? Nas últimas semanas voltou a correr tinta sobre o caso do licenciamento do Freeport e desta vez não apenas por causa de uma denúncia anónima, mas sim de um pedido de colaboração das autoridades anti-corrupção inglesas. Antes de mais é importante recordar que por muitos contornos estranhos que este caso tenha, qualquer cidadão é inocente até que se prove o contrário e isto aplica-se sem excepção a todos os alegadamente envolvidos. O envolvimento de José Sócrates torna este caso muito mais mediático e naturalmente transforma-se no centro das atenções, pois o que importa em primeiro lugar aos portugueses é que fique claro se o então Ministro do Ambiente e hoje Primeiroministro teve algum envolvimento ilícito no licenciamento do empreendimento. Os factos conhecidos levantam algumas suspeitas sobre o modo como o Freeport foi aprovado, em especial os prazos em que decorreu e o ter sido aprovado três dias antes das eleições de 2002 que todas as sondagens davam como ganhas pelo PSD, como veio a acontecer. Em 2005 uma carta anónima acusava José Sócrates de estar envolvido nesse processo de forma ilícita e já recentemente surgem novas notícias e documentos que referem o nome do Primeiro-ministro como um dos envolvidos no caso, cujas fontes são variadas, desde familiares de José Sócrates até às autoridades inglesas. Mas voltemos a recordar-nos que até prova em contrário todos são inocentes. Este é claramente um caso de investigação policial e judicial e que neste momento começa também a atingir a credibilidade do sistema criminal português. Hoje levantam-se questões sobre o que aconteceu entre 2005 e 2009 em que as investigações em Portugal que estiveram sempre em curso, resultaram em nada e são os ingleses que vêm agora dar um novo impulso ao processo apontando nomes e datas. É verdade que o nosso sistema de investigação criminal tem muito que fazer, mas este é nitidamente um caso prioritário porque envolve uma figura pública e não é uma figura pública qualquer, é o Primeiro-ministro e portanto tem de ser esclarecido com a máxima urgência e clareza de modo a que não reste qualquer sombra para dúvidas quanto ao envolvimento ou não do chefe do governo. As declarações e contradições de responsáveis da investigação feitas nos últimos tempos também não vieram ajudar em nada à confiança dos portugueses no sistema judicial. O Procurador-geral da Republica vem dizer que não há suspeitos, a Directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, vem dizer que todos cujos nomes foram envolvidos são suspeitos; O Procurador diz que não há indícios novos desde 2005, a carta rogatória dos ingleses aponta nomes e pede investigação às contas bancárias, isto para não falar nas declarações dos familiares de José Sócrates e dos alegados emails e gravações em que o seu nome é supostamente referido, bom, em resultado, o assunto começa a estar envolvido em demasiadas e evidentes contradições que podem deixar suspeitas quanto à sua correcção seja qual for o resultado e muito pior será se as conclusões das autoridades britânicas forem diferentes das portuguesas, porque pelos vistos recusámonos a constituir uma força conjunta de investigação, ainda estamos para saber porquê. Creio que é urgente por um ponto final neste assunto, mas um ponto final que nos deixe a todos cabalmente esclarecidos e que não deixe suspeitas sobre o esforço de investigação das autoridades judiciais, senão o bom nome de algumas pessoas pode ficar inevitavelmente comprometido e isso não é justiça. Educação, cultura e saúde, três temas polémicos, analisados à escala local e na perspectiva das três forças políticas mais representativas do concelho. João Ramos, representando o PCP, Álvaro Azedo, o PS e Simão Janeiro, o PSD. Política Educativa Em mais uma jornada de luta contra a política educativa, o concelho de Moura registou índices elevados de adesão à greve, que ultrapassaram os 80%. O regime de avaliação dos professores continua a gerar o descontentamento dos docentes, que se vêem agora confrontados com processos disciplinares no caso de recusa. João Ramos “A isenção de avaliação aos professores que não pretendam ter “Muito Bom” é a prova de que eles têm razão e que isto é uma medida economicista do Estado.” “Isto é brincar com a educação. Se o método de avaliação é assim tão bom, para que é que têm de virar a população contra os professores?” Álvaro Azedo “Há muito tempo que no País não se reformava, que andava a caminhar sobre o nada ano após ano, e toda a gente sabe que as reformas estruturais sangram.” “ Não há instrumento nenhum, num sistema de reformas que possa ser eficiente a 100%. “Apesar de pertencermos a um partido, temos de ser livres na forma como pensamos.” (…) “Não concordo com o sistema de quotas (…) as pessoas devem ter as notas que merecem, a bem de todos.” Simão Janeiro “Neste momento somos vítimas de uma maioria absoluta, porque se não houvesse, este problema nem se punha”. “Concordo com a avaliação dos professores com critérios muito rigorosos, não através de nublosas” Gestão da Contenda Está iminente a passagem da Gestão da Herdade da Contenda, após negociações com o Ministério da Agricultura, que decorreram em consequência da passagem para a mobilidade especial de 11 dos 13 trabalhadores da Herdade. Depois de vários anos de “gestão partilhada” com a Autoridade Florestal Nacional, a autarquia parece ter conseguido finalmente ficar à frente dos destinos da Contenda. João Ramos “Ficaram duas pessoas em mais de 5 mil hectares.” (…) Isto é má gestão, e o poder central e a autoridade florestal vêm reconhecer isto, que não têm perfil nem capacidade para gerir.” “A gestão não será certamente por gestão directa” Álvaro Azedo “Não aponto o dedo à Câmara, aponto a todos. Todos temos responsabilidades pela má gestão da Contenda.” (…) “O mal já está feito, não vale a pena bater mais no ceguinho.” “Eu sou do partido socialista não sou do partido oportunista, há interesses acima de qualquer força partidária”. Simão Janeiro “Se a Câmara a vier a gerir não o pode fazer como tem feito na gestão da água, nos intervalos entre as festas, as feiras do livro e outras actividades culturais e recreativas. Ou cria uma empresa municipal específica para isso, ou faz protocolos ou dá a gerir a entidades.” (…) “Para ser mal gerida até preferia que fosse vendida” Serviço de Urgência Básico Serviço de Urgência Básico Previstas para o ano de 2008, só agora começaram as obras de adaptação do Centro de Saúde de Moura para a instalação do Serviço de Urgência Básico. Prevê-se que esta valência funcione de forma autónoma, com profissionais de saúde que trabalhem exclusivamente neste serviço, ou em simultâneo no serviço de consulta e urgência. Funcionará 24 horas por dia, tal como actualmente se verifica com o Centro de Saúde, sempre com dois enfermeiros e dois médicos que terão de possuir formação de suporte avançado de vida. João Ramos Esta questão não está atrasada só um ano, já vem desde 1999"(…) “Em dez anos podemos ter perdido muita coisa.” “Fazer centros de saúde não enche os olhos, fazer hospitais é que enche” Álvaro Azedo “Tenho consciência que não é este o Centro de Saúde que nós precisaríamos.” “É importante, pode trazer algo de novo. Estas obras não são simples cosmética.” Simão Janeiro “Isto é uma obra que não traz grandes benefícios para o concelho de Moura.” “Está-se a fazer uma grande propaganda acima de tudo. Ficamos como estávamos, não podemos iludir as pessoas.” Município de Moura assina o Pacto dos Autarcas O presidente da Câmara Municipal de Moura, José Maria Prazeres Pós-de-Mina, deslocou-se a Bruxelas, para assinar o Pacto dos Autarcas, cerimónia na qual esteve presente o presidente da Comissão Europeia. O concelho de Moura, junta-se assim a mais 345 cidades europeias que estão dispostas a assumir o compromisso de reduzir as emissões de dióxido de carbono em, pelo menos, 20 por cento até 2020, como explicou o autarca mourense. Neste momento, são 346 as cidades que aderiram ao objectivo, facto que pressupõe planos de acção para as energias renováveis que vão contar com o apoio do União Europeia. Outras 104, já manifestaram interesse em aderir ao Pacto. Moura encontra-se lado a lado com cidades como Barcelona, Roma e Copenhaga, entre outras. A iniciativa é lançada pela União Europeia e está aberta a todas as cidades, de qualquer dimensão, da Europa. As cidades que não disponham de recursos para elaborar um programa próprio ou trabalhar num projecto de plano de acção, devem associar-se a outras com essa capacidade. Moura como município referência em termos da implementação de energias alternativas, tem todas as condições para ser reconhecida como actor-chave no Pacto, ou seja, prestar apoio a cidades e vilas que não tenham capacidade de elaboração dos planos necessários. O acto de assinatura do Pacto dos Autarcas acontece no âmbito da Semana Europeia das Energias Sustentáveis. Por Cá A PLANÍCIE 15 de Fevereiro 2009 Informação do Concelho de Moura PERCURSOS DE RODA PÉ EM NOVA EDIÇÃO apenas uma metodologia de trabalho no projecto mas sobretudo um princípio de base. Lince-ibérico, orquídeas silvestres, borboletas diurnas e nocturnas, interpretação da paisagem, passado e futuro do castelo de Moura, rio Ardila e uma visita guiada à Estação Biológica do Garducho são os temas a abordar na nona edição dos Percursos de Roda Pé pelo concelho de Moura, a realizar entre Março e Maio de 2009. Nestes passeios as tentações são múltiplas, prometendo dificultar a escolha. O melhor mesmo é não prescindir de nenhuma. Percurso do Contrabando 2008 Percurso sobre o lince ibérico2008 Ou seja, podemos partir à descoberta de orquídeas raras nos solos calcários da serra da Adiça, revisitar o passado e antever o futuro num percurso pelo castelo de Moura, entrar pela noite dentro na serra da Adiça para voar nas asas de uma borboleta, experimentar as emoções da canoagem mergulhando no vale fantástico do rio Ardila, entre Santo Amador e Moura, cruzar paisagens abertas com horizontes a perder de vista nas redondezas da Póvoa de S. Miguel, conhecer, nos arredores da Amareleja, o projecto inovador da Estação Biológica do Garducho relacionado com a conservação da biodiversidade e a descoberta da paisagem da região e perscrutar a presença esquiva do lince-ibérico na serra da Adiça, local onde foi encontrado o último vestígio em território nacional deste que é considerado o felino mais ameaçado do mundo, são as propostas aliciantes que a Associação para o Desenvolvimento do Concelho de Moura tem para oferecer a todos os amantes da natureza e do mundo rural, em mais uma edição dos Percursos de Roda Pé: sete passeios pedestres pelos antigos caminhos de terra, veredas pastoris, calçadas urbanas e os leitos dos rios do concelho de Moura. Canoagem no Ardila 2008 Estes percursos têm ainda a particularidade de ser guiados por biólogos, arqueólogos, arquitectos, agricultores, antigos mineiros e moleiros e até contrabandistas que conhecem bem o território a explorar e nos vão ajudar com os seus saberes, uns mais científicos, outros mais empíricos, a descobrir a magia dos lugares, dos mais aos menos recônditos, e o encanto das plantas, dos animais e das pessoas que os habitam. E tudo isto, em benefício do desenvolvimento local. É esta, no fundo, a nossa proposta para passar sete dias diferentes no Alentejo. A inaugurar no próximo dia 7 de Março, em Sobral da Adiça, com o percurso intitulado “O admirável mundo das orquídeas”, guiado pelo fotógrafo Ivo Rodrigues, a iniciativa prossegue com os temas “Remar, remar…no rio Ardila” (28 de Março, em Santo Amador), guiado pelo especialista em turismo de aventura, Nuno Gaspar, “Visita guiada à Estação Biológica do Garducho” (4 de Abril, em Amareleja), conduzido por técnicos do Centro de Estudos da Avifauna Ibérica, “Planícies suaves e cerros alcantilados com história” (18 de Abril, na Póvoa de S. Miguel), guiado pelo investigador António Montezo, “Por montes e vales, no rasto do lince-ibérico” (25 de Abril, em Sobral da Adiça), guiado pelos biólogos e técnicos do Programa Lince da Liga para a Protecção da Natureza/FFI, Miguel Lecoq, Filipa Loureiro e Eduardo Gonçalves, “Viagem no tempo, no castelo de Moura” (9 de Maio, em Moura), guiado pelo arqueólogo Santiago Macias, “Uma noite com o bater de asas de uma borboleta” (16 de Maio, em Sobral da Adiça), guiado pelo entomologista Eduardo Marabuto. Para mais informações contactar a ADCMoura pelo telefone 285254931 / 285253160 ou consultar www.adcmoura.pt/html/percursos.htm. ENCONTROS ON-LINE Sempre com o objectivo de divulgação e de visibilidade do projecto Encontros, mas também de sensibilização para os seus objectivos e metodologias, o projecto Encontros desenvolveu e mantém vários sítios virtuais. Em primeiro lugar, porque foi criado no início do projecto mas também porque é o mais completo, o próprio site do projecto: http://encontros.programaescolhas.pt/. Neste site podemos encontrar as mais variadas informações: - A página da descrição do projecto e das suas actividades explica em pormenor as metodologias utilizadas, os objectivos perseguidos, os intervenientes envolvidos, os beneficiários abrangidos… - Os artigos e notícias já publicados pelo projecto, na maioria no Jornal Planície mas não só, são de livre acesso, e permitem aceder a um arquivo dos acontecimentos mais importantes. - São também apresentados os parceiros formais do projecto, membros do consórcio, com contactos e link, com os quais se desenvolvem todos os tipos de acções dia após dia, o funcionamento em parceria/rede não sendo - Na parte da equipa, apresentam-se as técnicas do projecto, numa equipa reduzida mas solidária e cheia de iniciativas, energia e vontade de mudar o mundo! A galeria do projecto oferece uma grande quantidade de fotos de todas as actividades, que ilustram muito bem o tipo de trabalho desenvolvido. Estas fotos servem sobretudo para contactos entre comunidades: através dos retratos, as ligações entre pessoas, famílias e comunidades estreitam-se. -Na parte dos materiais, encontra-se disponível para descarregamento, como anunciado na última edição, o observatório sócio-demográfico das comunidades ciganas do Sobral da Adiça e da Póvoa de São Miguel. A lista de links foi estabelecida com dedicação e cuidado: estão aí fontes de informações úteis a uma intervenção sócio-educativa junto de comunidades ciganas. Sem querermos – ou podermos – ser exaustivos, esta lista de links reúne informação variada: documentação, sites institucionais, sites de jogos e actividades lúdico-pedagógicas… Este site é o mais generalista porque, como se viu, apresenta o projecto na sua globalidade. Mas a internet é um recurso com muitas potencialidades: assim, algumas actividades têm suporte online, como por exemplo a actividade de transição de ciclo. Quando, nos meses de Junho e de Setembro de 2008, decorreu esta actividade de intercâmbio entre alunos de EB1 e alunos de EB2, utilizou-se o blogue http:// adescobertadaeb23demoura.blogspot.com/ como elo de ligação entre os alunos do Sobral da Adiça e os alunos em Moura. Pode-se ainda hoje visitar o blogue, e lembrar a cronologia da actividade. Outra actividade: outra lógica, outro blogue. O blogue http://povodasestrelas.blogspot.com/ está a ser construído pelos jovens utilizadores ciganos do Cid@net da Póvoa de São Miguel, e pretende divulgar um pouco da sua cultura, ao mesmo tempo que procura desenvolver as suas competências de TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação, de expressão escrita… Curiosos sobre a cultura cigana vista pelos seus adolescentes? Dêem então uma vista de olhos ao blogue… Enfim, o Cid@net tem a sua própria página no Hi5 http://cidnet.hi5.com - para os que gostam de interagir, conhecer novos amigos, comunicar com os antigos e trocar fotografias! Ligados ao projecto mas não sendo da sua autoria, recomendamos ainda a visita aos sites www.programaescolhas.pt e www.ciga-nos.pt que dão ambos uma visão da intervenção com jovens contra o abandono escolar. O site do GACI – Gabinete de Apoio às Comunidades Ciganas – permite ter acesso à informação sobre intervenção com comunidades ciganas a nível do país. Venham então à nossa descoberta, seja qual for o caminho seguido! Notícias 15 de Fevereiro 2009 Jornal “A Planície” Nº 672 de 15/2/2009 CARTÓRIO NOTARIAL DE MOURA NOTÁRIA MARTA SUSANA DA COSTA JORGE Certifico que no dia quatro de Fevereiro de dois mil e nove, de folhas 94 a folhas 96, do livro de notas para escrituras diversas número 3-E, deste Cartório, se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, na qual MARIA FRANCISCA BARREIROS PALHINHAS, NIF 101.249.993, viúva, natural da freguesia da Luz, concelho de Mourão, residente na Rua de Évora, número 23, Moura. CARLA DE JESUS BARREIROS MOREIRA, NIF 220.017.727, solteira, maior, natural da freguesia de S. João Baptista, concelho de Moura, residente na Rua da Saudade, número 31, Moura. Que, na qualidade de únicas herdeiras por óbito de Francisco António Moreira, conforme escritura de habilitação herdeiros outorgada no dia vinte e seis de Setembro de mil novecentos e noventa e sete, neste Cartório, lavrada de folhas vinte e um verso a folhas vinte e três, do livro de notas cento e cinquenta e três – C, são donas e legítimas proprietárias, com exclusão de outrem, em comum e sem determinação de parte ou direito, do seguinte prédio: Prédio rústico, composto por olival, denominado “Embargadas ou Courelas das Embargadas, situado na freguesia de Santo Agostinho, concelho de Moura, com a área de dois mil setecentos e cinquenta metros quadrados, descrito na Conservatória do Registo Predial de Moura sob o número dezoito mil quinhentos e dois, do livro B-quarenta e oito, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 13, Secção H, com o valor patrimonial de 43,12 euros a que atribuem, para efeitos deste acto o valor de quinhentos. Que o prédio rústico objecto desta escritura encontra-se registado, na mesma Conservatória, em nome de Laura Maria Saldanha da Mota, divorciada, com última residência conhecida na Rua Cândido de Figueiredo, número 50, 1º andar direito, Lisboa, pela inscrição quinze mil duzentos e oitenta e um, do livro G – dezasseis, mas cujo paradeiro actual. Bem como dos respectivos herdeiros se desconhece, tendo-se procedido à notificação prévia do titular inscrito e à notificação edital, nos termos do artigo noventa e nove, do Código de Notariado, já arquivada neste Cartório, como documento número oito, do maço referente às notificações avulsas do corrente ano. Que as requerentes pretendem proceder ao registo de aquisição do referido prédio a seu favor, porém, não o têm podido fazer em virtude de não terem título para o efeito, nem hipótese de obtê-lo pelos meios extrajudiciais normais. Que o indicado prédio foi adquirido através de doação verbal feita ao seu falecido marido e pai. FRANCISCO ANTÓNIO MOREIRA, ainda no estado de casado sob o regime da comunhão geral com a ora requerente Maria Francisca Barreiros Palhinhas, em dia e mês que não podem precisar, do ano de mil novecentos e setenta e sete, nunca reduzida a escritura pública, tendo, elas, desde logo, entrado na posse e fruição do referido prédio em nome próprio. Que, desde essa data passaram os referidos FRANCISCO ANTÓNIO MOREIRA e esposa e, posteriormente os seus herdeiros, ora requerentes Maria Francisca Barreiros Palhinhas e Carla de Jesus Barreiros Moreira, a possuir o prédio, no gozo pleno das utilidades por ele proporcionadas, explorando-o, cultivando-o e retirando dele todas as utilidades que o mesmo proporciona. Que a posse efectiva do referido prédio, já dura há mais de trinta anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, tendo praticado todos os actos de demarcação e defesa, utilizando-o, cultivando-o e dele retirando todas as vantagens como o faz um verdadeiro proprietário, assegurando o pagamento dos respectivos impostos, considerando-se e sendo consideradas como suas únicas donas, tudo com conhecimento da generalidade das pessoas da indicada freguesia de Santo Agostinho e vizinhas, sendo, por isso uma posse pacífica, contínua e pública. Que, atendendo a que a duração da sua posse, há mais de trinta anos, com todo o tempo decorrido, se tem mantido continuamente e de forma pública e ininterrupta, já adquiriram o mencionado prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeito de registo. Que, suprem, assim, a inexistência do título para efeitos de registo, podendo requerer o mesmo na citada Conservatória do Registo Predial após o cumprimento das demais formalidades legais. Cartório Notarial de Moura, dois de Fevereiro de dois mil e nove. A Notária Marta Susana da Costa Jorge Jornal “A Planície” Nº 672 de 15/2/2009 CARTÓRIO NOTARIAL DE MOURA NOTÁRIA MARTA SUSANA DA COSTA JORGE Certifico que no dia dois de Fevereiro de dois mil e nove, de folhas 89 a folhas 90, verso do livro de notas para escrituras diversas número 3-E, deste Cartório, se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, na qual: MARIANA MACHADO SEITA, NIF 121.491.102, e marido MANUEL CARRASCO TAGARROSO, NIF 121.491.099, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Vale de Vargo, concelho de Serpa, onde residem, na Rua do M.F.A., número 9. Que, pela presente escritura, declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do seguinte imóvel, sito na freguesia de Sobral da Adiça, concelho de Moura: Prédio rústico composto por olival, com a área de dois hectares oito mil duzentos e cinquenta centiares, denominado “Fernão Teles”, que confronta: do norte e nascente; com Maria Macias Barroso, do sul e poente; com José dos Santos Carmo Lopes, inscrito na respectiva matriz em nome de Francisco Pulquério Seita, sob o artigo 9, secção Y, com o valor patrimonial de 800,19 euros, e o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de 23 392,40 euros, a que atribuem igual valor. Que o referido prédio não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Moura. Que pretendem proceder ao registo de aquisição do prédio a seu favor, na referida Conservatória do Registo Predial, por«em não o têm podido fazer em virtude de não ter título para o efeito, nem hipótese de obtê-lo pelos meios extrajudiciais normais. Que o identificado prédio rústico veio à sua posse por o haverem adquirido por partilha verbal a que procederam com os demais interessados por óbito de seus pais e sogros Francisco Pulquério Seita e mulher Maria Machado Seita, casados que foram na comunhão geral, em dia e mês que ignoram do ano de mil novecentos e oitenta e sete, residentes que foram na aludida freguesia de Vale de Vargo, não tendo, todavia, sido celebrada a respectiva escritura. Que desde aquela data, se têm comportado como verdadeiros proprietários do prédio, na convicção de que assim é, explorando-o, cultivando-o, usufruindo de todas as qualidades que mesmo proporciona. Que a posse efectiva, do mencionado prédio, já dura há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, tendo praticado sempre todos os actos de demarcação e de defesa, e dele retirando todas as vantagens como o faz um verdadeiro proprietário, pagando em seu nome os respectivos impostos e contribuições, tudo com conhecimento da generalidade das pessoas da indicada freguesia de Sobral da Adiça e vizinhas, sendo por isso uma posse, pacífica, contínua e pública. Que, atendendo a que a duração da sua posse, há mais de vinte anos, com todo o tempo decorrido, se tem mantido continuamente e de forma pública e ininterrupta, já adquiriu o prédio por USUCAPIÃO invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todos os efeitos legais. Que supre, assim, a inexistência de título para efeitos de registo, podendo requerer o mesmo na citada Conservatória do Registo Predial após o cumprimento das demais formalidades legais. Está conforme o original. Cartório Notarial de Moura, dois de Fevereiro de dois mil e nove. A Notária Marta Susana da Costa Jorge A PLANÍCIE Centro Infantil Nossa Senhora do Carmo “ À Descoberta do Nosso Concelho de Moura “ C omo já vos temos vindo a habituar, não quisemos deixar de partilhar mais uma grande vivencia convosco; quem nos tem vindo a acompanhar lendo e interessando-se pelos nossos artigos e pelo desenvolvimento do nosso projecto sabe que este se intitula “ `A Descoberta do Concelho de Moura “, do qual faz parte a gastronomia e produtos alimentares. Como tal e depois de já termos visitado a adega, a padaria não poderíamos deixar de visitar também uma queijaria. Inicialmente falámos sobre os animais que nos dão o leite, esse liquido branco que nós gostamos tanto e que é tão importante para o nosso crescimento e na nossa alimentação, em seguida foi a curiosidade de sabermos: - Como é que o leite se pode transformar em queijo? Então ai vamos nós à descoberta... Numa manhã muito fria mas muito entusiasmados, dirigimonos à queijaria do senhor Domingos Costa, o qual nos recebeu com grande simpatia, o senhor que lá trabalha também foi muito acessível disponibilizando-se para mostrar e explicar todo o processo. Começamos por ver uns depósitos onde o leite é armazenado assim que chega `a queijaria. Vimos a canalização e as máquinas onde o leite é cozido a altas temperaturas a fim de eliminar todas as bactérias, inclusive a bactéria da Brucelose tão prejudicial à nossa saúde. Foi-nos mostrado o cardo (liquido feito a partir de uma planta) que se deita no leite para este coalhar e ai ficámos maravilhados com a experiencia da transformação. Vimos como as senhoras transformavam esse coalho em queijos e os utensílios que utilizavam, as máquinas que embalavam queijos frescos e queijos curados e todo o seu processo de conservação até à sua ida para as lojas e supermercados. No final foinos oferecido uns queijos frescos que Champimóvel esteve em Moura A Fundação Champalimaud promoveu a iniciativa do Cahmpimóvel, que tem como objectivo incentivar os jovens dos 9 aos 14 anos, a optar pela investigação científica na área da saúde, como explicou Vítor Cunha, da área da Comunicação da Fundação Champalimaud. Dentro de um simulador instalado num camião e guiados pelo Champi - um boneco animado – as crianças vão descobrir, num percurso através do corpo humano os factos mais relevantes e actuais da investigação biomédica, A Ed: Teresa Ferreira Garcia Laboratório de Investigação na tecnologia Fotovoltaica em Moura como as células estaminais, a nanotecnologia, o DNA e a terapia genética. É uma viagem tridimensional, interactiva, única, que levará à descoberta dos novos caminhos das Ciências Médicas. Projecto “Os Chaminhas” Alunos da Escola Secundária de Moura desenvolvem projecto “Os Chaminhas”. N nós tínhamos acabado de ver fazer e uns curados os quais tivemos oportunidade de provar já no infantário. Agradece-mos a todas as pessoas que nos proporcionaram esta visita levando-nos a um maior conhecimento e desenvolvimento pessoal de todo este processo da confecção do queijo. “ E o nosso projecto continua...” o âmbito da área curricular não disciplinar da Área de Projecto, um grupo de alunos do 12ºA da Escola Secundária de Moura está a desenvolver um projecto denominado “Os Chaminhas”. Tendo por tema “os altos e baixos da vida de uma pessoa portadora de deficiência”, os alunos escolheram este projecto porque a maioria deseja seguir os estudos na área da Saúde ou da Reabilitação, e também porque se preocupam com a igualdade de direitos para todos e com o bem-estar das pessoas portadoras de deficiência. Ângela Mira, uma aluna do grupo que está a desenvolver este projecto, explica-nos que os objectivos desta iniciativa passam por “…conviver e reconhecer as possíveis dificuldades em lidar com pessoas portadoras de deficiência; conhecer as instalações e o funcionamento da APPACDM de Moura; verificar a existência, ou não, de barreiras arquitectónicas e, se possível, eliminá-las; sensibilizar tanto a comunidade escolar como a sociedade em geral, levando-as a tornarem-se mais sensíveis à diferença, mais solidárias e cooperativas; tentar ajudar em termos financeiros, convivência e/ ou equipamentos fisioterapeutas e obter um conhecimento mais aprofundado sobre as doenças mais comuns no seio da APPACDM.”. Ângela Mira mencionou ainda algumas actividades que os alunos já desenvolveram com os utentes da APPACDM e da Escola Conde Ferreira, como a realização de aulas de ginástica em conjunto, o envio de cartas para diversas entidades para apoio financeiro, sobre as quais, infelizmente, ainda não obtiveram resposta, entre outras. Os alunos que estão a desenvolver o projecto “Chaminhas” apelam à solidariedade da população mourense, para que contribuam com esta iniciativa, de modo a que seja possível adquirir equipamento de fisioterapia para a APPACDM. Já começou a funcionar o laboratório de investigação, com capacidade certificadora ao nível da tecnologia fotovoltaica. Já está a funcionar, com dois investigadores, o laboratório com capacidade certificadora, ao nível da tecnologia fotovoltaica. Este projecto está inserido na candidatura apresentada pela Lógica, E.M., e alguns parceiros, no âmbito do sistema de incentivos da investigação e do desenvolvimento tecnológico. Recorde-se que no passado dia 22, Vítor Silva, administradordelegado da Lógica, havia explicado à Planície, no que consiste este projecto, afirmando que esta candidatura, apresentada no âmbito do sistema de incentivos da investigação e do desenvolvimento tecnológico, foi submetida no final de 2008 e o resultado só será conhecido em Abril. No entanto, já a partir de Fevereiro deverá começar a funcionar o projecto [que entretanto já iniciou] que consiste na instalação de um laboratório, com capacidade certificadora ao nível da tecnologia fotovoltaica, em Moura, sendo o primeiro do país. Publícidade - Anúncios A PLANÍCIE Pub. 15 de Fevereiro 2009 AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO Francisca de Jesus Rodrigues Nepomuceno Gregória Maria Francisca VENDE-SE APARTAMENTO Junto à escola Industrial T2 c/lareira e estacionamento Bom Preço Particular a particular Contactar 960 099 020 Vende-se ou Aluga-se Faleceu em 27-1-2009 Faleceu em 25-1-2009 Jornal A Planície - Edição on-line Filhos, nora, genro e netos vêm por este meio agradecer a todos que acompanharam à última morada o seu ente querido ou que por qualquer outra forma se solidarizaram com a sua dor. Filhos, noras, genro, netos, bisnetos e restantes familiares vêm por este meio agradecer a todos que os acompanharam em momento tão doloroso de suas vidas. Casa no coração da cidade, com 2 quartos, 2 WC, cozinha equipada, 2 salas, despensa, quarto para passar a ferro, sótão grande, roupeiros e armários de WC novos. Contactar: 965205438 Funerária Mourense Lda. www.radioplanicie.com Pub. AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO Inácio Torrado Maria Guerreiro Gomes Angélica dos Santos Pinto Faleceu em 1-2-2009 Faleceu em 28-1-2009 Esposa, filhos, noras, genro, netos e restantes familiares vêm por este meio agradecer a todos que lhes testemunharam o seu pesar pelo falecimento deste seu ente querido Faleceu em 05-2-2009 Filhas, genros, netos e restantes familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento deste seu ente querido e agradecem muito reconhecidamente a todos que lhes testemunharam o seu pesar. Filhos, nora, netos e restantes familiares agradecem a todos que acompanharam à última morada o seu ente querido ou que, por qualquer outra forma, se associaram à sua dor. Funerária Salúquia Funerária Salúquia Funerária Salúquia AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO Maria Júlia Carapinha Correira José Domingos Maria José Tarita Faleceu em 6-2-2009 Faleceu em 7-2-2009 Seus familiares agradecem a todos que os acompanharam em momento tão doloroso, pela perda irreparável do seu ente querido. Irmãos e sobrinhos agradecem muito reconhecidos, a todos que lhes expressaram o seu pesar pela morte deste seu ente querido. Filhos, noras, genros, netos e demais familiares vêm por este meio agradecer a todos que acompanharam à última morada o seu ente querido ou que por qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar. Funerária Mourense Lda. Funerária Salúquia Funerária Salúquia Pub. FUNERÁRIA SALÚQUIA Trata de Funerais e Trasladações Flores Artificiais Artigos religiosos De: Joaquim Molho & Filhos, Lda. CONTACTOS: Telems. 932 264 188 - 932 083 391 - 968 489 102 Zona Industrial - Lote 16 7860 MOURA Pub. Pub. Faleceu em 8-2-2009 Pub. » « Agora ao seu dispôr na Travessa dos Fiéis, N.º 4 R/chão. De Sábado a Quarta-feira, das 9h00 às 20h00. 7860-193 Moura Notícias 15 de Fevereiro 2009 A PLANÍCIE Desporto Iª Divisão Distrital 16ª Jornada Odemirense, 1 – Despertar, 2 D. Beja, 2 – Barrancos, 0 Ferrreirense, 1 – São Marcos, 1 Moura, 4 – Almodôvar, 1 Serpa, 2 – Milfontes, 2 Piense, 1 – Vasco da Gama, 2 Cabeça Gorda, 1 –Aldenovense, 1 Iª Divisão Distrital Classificação Distrital de Juniores 14ª Jornada Aldenovense, 3 – Almodôvar, 1 Bº Conceição, 1 – Castrense, 3 Moura, 2 – Serpa, 3 Despertar, 6 – Aljustrelense, 1 Santo Aleixo, 1 – D. Beja, 0 Odemirense, 4 – Piense, 3 Santo Aleixo é 6º com 22 pontos Moura é 12º com 6 pontos Campeonato Inatel Série A Distrital de Juvenis 13ª Jornada Beringelense, 2 – Santa Vitória, 1 Trindade, 2 – Louredense, 2 A do Pinto, 0 – Sobral da Adiça, 1 Quintos, 0 – São Matias, 4 Trigaches, 2 – Mombeja, 1 Sobral da Adiça é 4º com 19 pontos Nacional de Iniciados Serie F 16ª Jornada V. Setúbal, 11 – Juv. Évora, 0 Moura, 4 – U. Montemor, 0 Lagoa, 0 – Despertar, 4 Int. Almancil, 0 – Olhanense, 2 Imortal, 2 – Louletano, 0 Lus. Évora, 6 – Aljustrelense, 0 Moura é 6º com 24 pontos Distrital de Infantis Serie A 13ª Jornada Entradense, 3 – Aljustrelense, 0 Milfontes, 2 – Serpa, 2 D. Beja, 4 – Guadiana, 1 Alvito, 0 – Moura, 2 17ª Jornada Pedrógão, 2 – Vasco da Gama, 0 São Domingos, 1 – Moura, 18 Despertar B, 8 – Serpa, 0 Cuba, 1 – Aldenovense, 1 Moura é 4º com 20 pontos Moura é 2º com 36 pontos Resultados Futsal Campeonato Distrital 11ª Jornada Aljustrelense, 2 – Baronia, 2 Alcoforado, 3 – Barrancos, 8 Inst. Pol. Beja, 3 – Vasco da Gama, 4 N. Sporting. Moura é 4º com 15 pontos Pesca Embarcada ao Achigã Equipa de Moura no Mundial e no Europeu António Ramos, membro da equipa de Moura de pesca ao achigã, que vai representar Portugal nos Campeonatos do Mundo e da Europa fala-nos de uma modalidade que pratica com paixão. Jornal Planície: Terminado o Campeonato da 1º Divisão de Pesca Embarcada ao Achigã, que balanço faz? António Ramos: Um balanço positivo, uma vez que alcançámos o 2º lugar, somos vice-campeões nacionais, embora todas as adversidades encontradas, pois não é nada fácil, visto o nível dos participantes ser muito elevado. São seis provas, realizadas de norte a sul do País, distribuídas por três barragens bem conhecidas – Alqueva, Castelo de Bode e St. Clara-. J P: Paralelamente a este Campeonato de Pesca ao Achigã, realizou-se o da Defesa da Natureza, no qual participaram. Conseguiram boas classificações? A R: Sim, Neste Campeonato são apuradas dez equipas, ou seja, o top 10 nacional e nós obtivemos o 7ª lugar, portanto o apuramento para o Campeonato da Europa, em Itália, que vai ser também este ano em Julho. Um 2º lugar e um 7º lugar, em Campeonatos deste nível é bom. J P: Vão representar o País no Mundial que se vai realiza no México, e no Europeu que terá lugar na Itália. Como vêem estas representações? A R: A nossa representação é amadora. Há outros países onde a pesca ao achigã já é um profusão e uma indústria por si só, e que engloba o fabrico dos barcos, das amostras, das canas. Tudo isto gera emprego e gera desenvolvimento económico em torno da pesca, o que é uma mais-valia. No nosso caso não. Somos totalmente amadores. J P: O que representa o título de vicecampeões para uma equipa sediada aqui em Moura, visto que há equipas com muito mais apoios e patrocínios do que a vossa? A R: É um título que já perseguíamos há muito e o reflexo de um trabalho, que já vem desde há cinco anos atrás. Os primeiros dois anos pesquei com um indivíduo de Moura, o Fernando Robus, que devido a problemas de saúde teve de abandonar a actividade. Porém eu continuei com um colega, que não é de Moura, é de Beja, pelo que o o mérito é dos dois. J P: A vossa equipa faz parte dos Leões… A R: Sim “Os Leões” acolheram-nos, facto que nós agradecemos. Nunca exigimos nada, porque sabemos o quanto isto em termos económicos custa. Compreendemos que “Os Leões” não nos podem ajudar mais. J P: Sendo este um desporto caro, tem sido fácil encontrar patrocínios? A R: Os patrocínios têm sido poucos. Este ano conseguimos o patrocínio de uma empresa de pesca, de Cólos, que nos ofereceu material de pesca e canas com as suas marcas. Tirando isso, temos pequenos patrocínios, são ajudas importantes também, daqui de Moura, mas a maior parte do orçamento é suportado por nós, o que não é nada fácil. Cada vez que fazemos uma deslocação para fora, em dormidas, a deslocação da viatura que reboca o barco, os consumos da viatura e do barco – são motores de grande potência que consomem consideravelmente - ronda uma media (se não for para muito longe) de 300, 400 euros cada vez que saímos de casa. J P: Mas vão ter apoio institucional para os próximos Campeonatos? A R: Vamos ter o apoio técnico da Federação, que nos vai apoiar naquilo que puder para o Campeonato do Mundo e o da Associação Portuguesa de Pesca ao Achigã no Campeonato da Europa. Suportam tudo, desde a viagem, à alimentação, à estadia, ao barco e à gasolina… J P: Como se faz a preparação da equipa? A R: A preparação da equipa é um bocado difícil de descrever, porque desconhecemos as condições onde vamos competir. É um bocado difícil. As outras equipas também quando vêem aqui ao Alqueva, sentem a mesma dificuldade que iremos sentir quando formos lá. Mas a achigã, tanto é achigã aqui como é nos Estados unidos, na Itália ou em qualquer parte do mundo, no que se refere ao seu comportamento J P: Quais os factores mais importantes para uma boa pescaria? A R: A experiência vai-nos fazendo aperceber de pormenores que podem parecer insignificantes, mas fazem uma grande diferença. Este ano, aqui no Alqueva, no Clássico, essa grande prova que toda a gente conhece, que se realizou em Setembro, ficámos em 21º lugar e perdemos peixe devido ao material não ser o adequado para pescar naquela altura e naquele momento. Esses pormenores podem fazer a diferença entre um 21º e um 1º lugar. J P: Mas sente que é uma mais-valia ter um lago, como Alqueva, aqui perto… A R: Sim. Por exemplo no México, as condições de pesca vão ser muito parecidas às que temos aqui. Em Itália, já não é bem assim. O conhecimento que eu tenho do lago em Itália, é que é um lago que está a uma certa altitude, com águas muito frias, transparentes, onde os achigãs se apercebem mais facilmente dos perigos que podem encontrar. Julio Teresa e António Ramos J P: Considera que a barragem de Alqueva poderia ter mais aproveitamento em termos de competições nacionais e internacionais? A R: Ela já está a ser aproveitada, e em termos de competições é considerada uma “Meca” na Europa para a prática do achigã. Era necessário que houvesse mais associações, em termos ambientais que pudessem intervir e fazer com que houvesse medidas de protecção e preservação da espécie, pois notase que cada vez há menos exemplares de grande porte, e são esses que são importantes. Em termos turísticos, por exemplo, os pescadores que investem e que vêm à procura dos grandes exemplares, se não os encontrarem, não voltam mais. A abundância de peixe será uma mais valia para o concelho em termos turísticos, mas para isso é necessário que haja preservação. J P: Na sua opinião, qual seria a entidade responsável para desempenhar esse papel? AR: Já ouvi vários comentários de alguns ambientalistas, que vêem o achigã como um intruso, como uma espécie a abater, porque é uma espécie autóctone do rio Guadiana. A realidade é que o rio Guadiana já não é o rio Guadiana, é a barragem de Alqueva, e temos de ver a realidade que se apresenta, e explorar o que temos não é ir contra o que a natureza. JP: Quantas equipas há em Portugal actualmente a competir? AR: O número tem vindo a aumentar de ano para ano. Em 2008 o Campeonato Nacional começou com quarenta duplas e espera-se que aumente substancialmente em 2009. JP: Considera que Portugal tem condições para fazer uma boa representação nestes Campeonatos? AR: Sim. Portugal tem, se calhar, dos melhores pescadores da Europa. Certo é que os espanhóis, que começaram mais tarde do que nós, têm vindo a apanhar-nos a um ritmo alucinante. Têm condições para isso. JP: São presença assídua nas competições que decorrem aqui em Alqueva… AR:Sim, e têm um poder económico diferente do nosso, o que é muito importante. JP: Sente que há grandes diferenças entre a equipa que vai representa Portugal e a que vai representar, por exemplo, os EUA ou o Japão? AR: Os Estados Unidos têm um campeonato profissional, onde quem vai as competições só se dedica à pesca, e fá-lo 360 dias por ano; é uma realidade completamente diferente da nossa, não tem nada a ver, são profissionais. Nós somos amadores, apesar dos próprios reconhecerem que o nosso nível, enquanto amadores, já é muito bom. Se fossemos profissionais, se tivéssemos o treino que eles têm, se calhar conseguíamo-nos bater com eles. Na Europa, todos os países são amadores, não há um campeonato profissional. JP: Estes dois Campeonatos irão decorrer em 2009, bem como o campeonato da 1ª Divisão de Pesca Embarcada e o Campeonato da APA. Quais as suas expectativas? AR: Temos um barco novo, mais potente, o que é importante neste tipo de competição. Horas de navegação são horas em que não se esta a pescar, e não se apanha peixe. Nós temos sete horas de pesca para fazer cinco capturas, a sexta captura tem de ser sempre trocada pelo peixe mais pequeno. O objectivo é apanhar os seis peixes maiores e levar cinco que façam um bom peso, pois ganha quem o conseguir. Neste caso, a embarcação contribui para nos deslocarmos rapidamente para a zona onde queremos pescar, e quanto mais depressa lá chegarmos, mais tempo nos resta o que às vezes faz a diferença. Na última prova, em Castelo de Bode, fizemos no primeiro dia uma hora de deslocação, e outra para voltar para cima, e no segundo dia a mesma coisa. Perdemos quatro horas de pesca, que bem úteis podiam ter sido. Extinção da III Divisão Prejudicial para o futebol distrital pois poderá causar extinção de alguns clubes – acredita Fernando Dionísio, presidente da Associação de Futebol de Beja. Em assembleia-geral da FPF, foi aprovada a proposta de alteração dos quadros competitivos, que ditam a extinção da III Divisão na época 2010 / 2011, com 312 votos a favor, 123 contra e 60 abstenções. A proposta inicialmente apresentada, previa a criação de uma III Divisão Prónacional e que seria disputada em 2 fases: uma de âmbito distrital ou regional e uma outra de âmbito nacional. Contudo, a AF Algarve apresentou uma alternativa, que foi aprovada, prevendo que os Campeões distritais ascendessem directamente à II Divisão. Em declarações à Planície, Fernando Dionísio, presidente da Associação de Futebol de Beja, adiantou que este sistema, ao ser apresentado e criado pela FPF, será prejudicial para o futebol distrital, na possibilidade da extinção de alguns clubes. Notícias - Curiosidades A PLANÍCIE 15 de Fevereiro 2009 Nota Quinzenal Concelho de Moura Estacionamento... uma dor recicla mais de cabeça N ão é com certeza apenas problema desta cidade, mas conseguir um espaço para estacionar o carro, começa a ser uma tarefa difícil, principalmente para aqueles que fazem questão de não dar um passo a pé. Moura está entupida, congestionada por veículos e mais veículos de toda a espécie e feitio, complicando a vida de peões e condutores. A autarquia andou bem ao aproveitar o largo dos Quartéis para um parque de estacionamento provisório, enquanto se aguarda a conclusão das obras previstas para aquele imóvel. Reparese nas dezenas de carros que ali se acomodam e que, de outra forma, ainda mais contribuiriam par aumentar o caos se entrassem na cidade. Porém, embora acima tenhamos dito, e muito bem, a título provisório, não ficaria mal se, de vez em quando, se reparasse no seu piso. Assim como está, um autêntico lodaçal no tempo chuvoso, desmotiva e desencoraja os condutores de procurar ali albergue para as suas viaturas, acabando por sair gorada a sua útil missão. Já agora, em matéria de estacionamento, pessoa amiga pede para que apontemos a vantagem que traria para todos, o aproveitamento daquele terreno, mas dotado de condições, mesmo frente ao Lar de S. Francisco. Aqui deixamos o reparo. E m 2008, a população do concelho de Moura fez mais reciclagem, comparativamente ao ano anterior, segundo dados da Resialentejo – Tratamento e Valorização de Resíduos, EIM. No ano passado, foram recolhidas 410,2 toneladas de embalagens, menos 46,4 do que em 2007, quando haviam sido recolhidas 363,8 toneladas. O vidro é o material mais reciclado pela população, seguindo-se o papel e cartão e, por fim, o plástico e o metal. Quanto aos resíduos indiferenciados, foram no ano passado recolhidos menos do que em 2007, o que comprova também que é feita mais reciclagem. Em 2008 foram recolhidas no concelho de Moura 6770 toneladas de resíduos indiferenciados, menos 1192 face ao período homólogo. A nível distrital, também se verifica um aumento no número total de embalagens recolhidas. Histórias em 100 Palavras A PROVIDENCIAL NESPEREIRA Saíram da Prisão já à tardinha quando no horizonte caíram as belíssimas cores do Sol Poente e os pássaros, esvoaçando entre as árvores, cuidavam de arranjar o melhor lugar para pernoitar. Estavam esfomeados: nesse dia não lhes deram de jantar e como recurso, só havia ali mesmo á frente uma grande árvore carregadinha de frutos deliciosos. Entusiasmados, subiram com esforço para os ramos altaneiros e começaram a devorar com sofreguidão aquele divino manjar, e, de barriguinha cheia, um dos presos desabafa: - Ó “Zé-Pequenino”! Estas anesperas são tão boas! Só é pena terem caroços! - Ó “Encarnado”! Mas tinham mesmo?!... Ilustração e texto de António Galvão Pub.
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