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Comissões Independentes
CONFERÊNCIA GERAL A IGREJA METODISTA UNIDA
Volume 2
Nashville, Tennessee
Relatório sumário quadrienal da
Comissão Geral de Arquivos e História
Esta Comissão tem por missão o “ministério da
memória”. O parágrafo 1703 de O Livro de Disciplina enumera as responsabilidades da Comissão e refere que o seu
objecto é “promover e cuidar dos interesses históricos da
Igreja Metodista Unida a qualquer nível.” Uma fé assente na
Escritura emerge de eventos históricos como o xodo e a
vida, a morte e a ressurreição de Jesus. Toda a história pode
ser vista como o desvendar da relação entre a Santíssima
Trindade e a criação. A Eucaristia, como acto central do
Culto Cristão, é observada porque Jesus disse: “Fazei isto,
em memória de mim.” Por conseguinte, o trabalho do arquivo e da história é preencher esse mandato com histórias de
fé na vida da igreja. Está empenhada em actuar como servo
fiel e mordomo de Deus na recolha, preservação e divulgação de informação sobre a história da Igreja Metodista
Unida e seus antecedentes. Relembrando, a identidade é
moldada, a visão acertada e a missão formulada. Um dos
elementos essenciais na renovação da igreja é a recuperação
e a apreciação da sua história e herança.
A Comissão serve a Igreja Geral ao arquivar os registos de todas as agências e episcopados, respondendo aos
pedidos de investigação, fornecendo materiais históricos.
Apoia as conferências anuais e as jurisdições com acções de
formação, aconselhamento conforme solicitação e tem
como prioridade o apoio a grupos raciais e étnicos na recuperação e partilha da história daqueles cujas vozes foram
silenciadas no passado. É prestado apoio também à criação
de arquivos nas conferências centrais. Serve a igreja local,
oferecendo informações dos arquivos, recursos e respondendo a pedidos de investigaçãos.
Uma parceria com outros englobados neste trabalho é
como a agência cumpre o seu mandato apenas com um
pequeno orçamento e pouco pessoal. A primeira relação de
trabalho é com o pessoal da biblioteca Metodista da Drew
University no Centro de Arquivo, localizado no campus.
Existe uma relação estreita com as comissões de conferência de arquivos e história e com os arquivistas da conferência através da rede de comissões jurisdicionais de arquivos
e história. Estão a desenvolver-se relações com pessoas das
conferências centrais. O Centro de Arquivo é um repositório
seguro para materiais globais, que podem posteriormente
ser transformados electronicamente a nível mundial.
É prestada atenção às Quatro Áreas de Enfoque na designação dos temas do Domingo do Património para este
quadriénio para cada um dos Quatro Enfoques. São dados
os necessários recursos para cada uma das quatro áreas. Foi
discutida a liderança através de uma workshop para
arquivistas das conferências realizada no Centro de Arquivo
e presidentes das comissões de conferência de arquivos e
história foram incluídos numa reunião da Comissão Geral.
Por outro lado, os estudantes das três escolas da Drew
University são contratados e ensinados sobre competências
arquivistas. Saúde global: um tema inteiro da Methodist
History (História Metodista) foi dedicada à história do trabalho Metodista, a fim de melhorar a saúde das pessoas em
todo o mundo.
A Comissão é um mordomo cuidadoso dos seus recursos financeiros, uma vez que o seu conselho de administração consiste apenas de vinte e cinco pessoas e a
Comissão reúne-se apenas uma vez por ano. Um encontro
importante, foi a reunião dos directores da Comissão em
Budapeste, na Hungria, no verão de 2010, juntando-se
depois à Comissão Europeia Histórica Metodista a fim de
participar na Conferência Europeia Histórica Metodista.
Ficou demonstrada uma das maneiras como a GCAH pode
ser uma agência global mantendo relações estreitas com
entidades regionais.
Algumas das provas significativas de eficiência, por
outras palavras, de um bom negócio, incluem:
• O Centro de Arquivo é um edifício de ambiente controlado e seguro, pertencente à Drew University. A
GCAH paga a sua quota parte dos custos do edifício,
o que equivale a cerca de US$107,5 por metro
quadrado por ano. Este valor é muito abaixo das
taxas de mercado e a Drew suporta todas as despesas
de capital. Esta comunhão de esforços é altamente
eficaz.
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• A GCAH fornece os registos dos arquivos para todas
as agências. É muito mais eficiente do que criar os
seus próprios arquivos com um arquivista devidamente qualificado. Ocasionalmente, a investigação
feita por várias agência foi substancial.
• A colaboração com o Centro Afro-Americano do
Património Metodista e o Projecto Latino de História
Oral estende o trabalho da GCAH a palcos que de
outro modo não poderia alcançar atendendo ao
número de gente e ao orçamento. A colaboração alavanca outros fundos para o bem comum.
Entre os resultados deste triénio
incluem-se:
• Manutenção de uma colecção arquivística e bibliotecária vital para investigação e serviço à igreja.
• Resposta a mais de 1.100 pedidos de investigação por
ano, efectuados por conferências, igrejas e elementos
Metodistas Unidos.
• Processamento de mais 8,5 metros cúbicos de documentos por ano.
• Colocação online do seu diário trimestral Methodist
History (História Metodista).
• Recriação do sítio web, que recebe mais de 5.000 visitas por dia e o descarregamento de cerca de 1,2 a 11
milhões de kbytes por mês.
• Estabeleceu parceria com o Centro Afro-Americano
do Património Metodista a fim de maximizar os
recursos da igreja e criar maior acesso de materiais.
• Apoio do Projecto Latino de História Oral.
• Reforço do trabalho arquivístico em Moçambique e
nas Filipinas.
• Ligação com cada jurisdição e cada região das
Conferências Centrais.
• O poder inspirador do local é encontrado na perspectiva da GCAH e apoio para os 41 Marcos
Patrimoniais e mais de 450 Sítios de Conferência
Histórica. Nos últimos quatro anos 20 dos Marcos
Patrimoniais receberem apoio financeiro com base
no processo de aplicação e revisão pela Comissão.
• O Secretário Geral trata de uma série de interesses
históricos agindo como fiduciário da Epworth Old
Rectory e é membro da World Methodist Historical
Society (Sociedade Histórica Mundial Metodista), da
Charles Wesley Society, e do Conselho de
Administração do Projecto da Obra de Wesley.
• Trezentos e noventa e nove investigadores receberam
apoio no Centro de Arquivo no último ano.
• Concessão de bolsas todos os anos para investigação
em histórica racial/étnica, história das mulheres e em
história nas conferências centrais.
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Relatório quadrienal da Comissão Geral de Arquivos e História
Esta Comissão tem por missão o “ministério da
memória” e tem vindo fielmente a desempenhá-la desde a
sua fundação em 1968, como sucessora da Associação das
Sociedades Históricas Metodistas. O parágrafo 1703 de O
Livro de Disciplina enumera as responsabilidades da
Comissão e refere que o seu objecto é “promover e cuidar
dos interesses históricos da Igreja Metodista Unida a qualquer nível.” Uma fé assente nas Escrituras emerge de eventos históricos como o xodo e a vida, a morte e a ressurreição
de Jesus. Toda a história pode ser vista como o desvendar da
relação entre o Deus triuno e a criação. A Eucaristia, como
acto central do Culto Cristão, é observada porque Jesus
disse: “Fazei isto, em memória de mim.” Por conseguinte, o
trabalho do arquivo e da história é preencher esse mandato
com histórias de fé na vida da igreja.
A Comissão Geral compreende o seu trabalho como
um ministério para a igreja e para o mundo da investigação
e da erudição. Está empenhada em actuar como servo fiel e
mordomo de Deus na recolha, preservação e divulgação de
informação sobre a história da Igreja Metodista Unida e
seus antecedentes. Relembrando, a identidade é moldada, a
visão acertada e a missão formulada. Um dos elementos
essenciais na renovação da igreja é a recuperação e a apreciação da sua história e herança.
A Comissão serve a Igreja Geral ao arquivar os registos
de todas as agências e episcopados, respondendo aos pedidos de investigação, fornecendo materiais históricos e também esquemas de retenção para registos que já não sejam
necessários no funcionamento normal de um episcopado.
Ao fazê-lo, está a ajudar a manter a transparência e responsabilização das agencias denominacionais. Apoia as conferências anuais e as jurisdições com acções de formação,
aconselhamento conforme solicitação e tem como prioridade o apoio a grupos raciais e étnicos na recuperação e partilha da história daqueles cujas vozes foram silenciadas no
passado. É prestado apoio também à criação de arquivos nas
conferências centrais.
A Comissão Geral de Arquivos e História é uma agência administrativa da Igreja Metodista Unida. Possui algumas limitações de responsabilidades programáticas, como a
Convocação Histórica quadrienal, Domingo do Património
e serviços e publicações disponibilizadas às igrejas locais.
Uma parceria com outros englobados neste trabalho é
como a agência cumpre o seu mandato apenas com um
pequeno orçamento e pouco pessoal. A primeira relação de
trabalho é com o pessoal da biblioteca Metodista da Drew
University no Centro de Arquivo, localizado no campus.
Existe uma relação estreita com as comissões de conferência de arquivos e história e com os arquivistas da conferência através da rede de comissões jurisdicionais de arquivos
e história. Estão a desenvolver-se relações com pessoas das
conferências centrais. Neste quadriénio um arquivista das
Filipinas fez uma acção de formação de duas semanas com
o pessoal da GCAH, realizou-se uma consulta referente à
colecção Borgen na Noruega, tendo a igreja local financiado a formação em Moçambique. A GCAH contribuiu com
cópias de materiais para os arquivos fora dos EUA e compromete-se a apoiar neste trabalho futuramente. O Centro de
Arquivo é um repositório seguro para materiais globais, que
podem posteriormente ser transformados electronicamente
a nível mundial. O trabalho de arquivo é feito de forma
profissional e competente, de acordo com as normas e
questões de avaliação da Sociedade Americana de
Arquivistas. Mantêm-se relações com as respectivas organizações no mundo.
É prestada atenção às Quatro Áreas de Enfoque na designação dos temas do Domingo do Património para este
quadriénio para cada um dos Quatro Enfoques. São dados os
necessários recursos para cada uma das quatro áreas. Foi
discutida a liderança através de uma workshop para
arquivistas das conferências realizada no Centro de Arquivo
e presidentes das comissões de conferência de arquivos e
história foram incluídos numa reunião da Comissão Geral.
Por outro lado, os estudantes das três escolas da Drew
University são contratados e ensinados sobre competências
arquivistas. Todos os nossos recursos contribuem para o
desenvolvimento da liderança. Saúde global: um tema
inteiro da Methodist History (História Metodista) foi dedicada à história do trabalho Metodista, a fim de melhorar a
saúde de pessoas em todo o mundo.
A Comissão celebrou recebendo uma oferta da propriedade de Josephine Forman, arquivista de longa data da
Conferência Central do Texas. A receita da oferta foi designada para formação dos arquivistas da conferência e
US$10.000 do reitor serão usados anualmente para bolsas
de estudo de uma pessoa de cor que esteja num programa do
ensino superior a frequentar estudos arquivísticos.
A Comissão é um mordomo cuidadoso dos seus recursos financeiros, uma vez que o seu conselho de administração consiste apenas de vinte e cinco pessoas e a
Comissão reúne-se apenas uma vez por ano. No verão de
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2010, os directores da Comissão reuniram em Budapeste, na
Hungria, juntando-se depois à Comissão Europeia Histórica
Metodista a fim de participar na Conferência Europeia
Histórica Metodista. Ficou demonstrada uma das maneiras
como a GCAH pode ser uma agência global mantendo
relações estreitas com entidades regionais. A Comissão copatrocinou a Sétima Convocação Histórica com a
Conferência Missionária Indiana do Oklahoma e a
Conferência do Oklahoma, em Julho de 2011, em simultâneo com a reunião anual.
Algumas das provas significativas de eficiência e
prudência fiscal, por outras palavras, um bom negócio,
incluem:
• As reservas são cuidadosamente investidas para gerar
receita. Despesa prudente ao longo dos anos criou
reservas adequadas para enfrentar as flutuações periódicas da economia.
• O Centro de Arquivo é um edifício ambiente controlado e seguro da Drew University. A GCAH paga a
sua quota parte dos custos do edifício, o que equivale
a cerca de US$107,5 por metro quadrado por ano.
Este valor é muito abaixo das taxas de mercado e a
Drew suporta todas as despesas de capital. Esta partilha de esforços é altamente eficaz.
• A GCAH fornece os registos dos arquivos para todas
as agências. É muito mais eficiente do que criar os
seus próprios arquivos com um arquivista devidamente qualificado. Ocasionalmente, a investigação
feita por várias agência foi substancial.
• A colaboração com o Centro Afro-Americano do
Património Metodista e o Projecto Latino de História
Oral estende o trabalho da GCAH a palcos que de
outro modo não poderia alcançar atendendo ao
número do pessoal e ao orçamento. A colaboração
alavanca outros fundos para o bem comum.
Entre os resultados deste quadriénio
incluem-se:
• Manutenção de uma colecção arquivística e bibliotecária vital para investigação e uso da igreja.
• Resposta a 3.231 solicitações de investigação nos
últimos três anos de conferências, igrejas e
Metodistas Unidos independentes indicando um
padrão coerente.
• Processamento de mais 8,5 metros cúbicos de documentos por ano.
• Colocação online do seu diário trimestral Methodist
History (História Metodista).
• Recriação do sítio web, que recebe mais de 2.000 visitas por dia e o descarregamento de cerca de 1,2 a 11
milhões de kbytes por mês.
• Estabeleceu parceria com o Centro Afro-Americano
do Património Metodista, a fim de maximizar os
recursos da igreja e criar maior acesso de materiais.
Anexa-se o relatório do Centro ao relatório da
Comissão como adenda.
• Apoio do Projecto Latino de História Oral.
• Reforço do trabalho arquivístico em Moçambique e
nas Filipinas.
• Ligação com cada jurisdição e cada região das conferências centrais.
• O poder inspirador do local é encontrado na perspectiva da GCAH e apoio para os 41 Marcos
Patrimoniais e mais de 450 Sítios de Conferência
Histórica. Nos últimos quatro anos 20 dos Marcos
Patrimoniais receberem apoio financeiro com base
no processo de aplicação e revisão pela Comissão.
• O Secretário Geral trata de uma série de interesses
históricos agindo como fiduciário da Epworth Old
Rectory e é membro da World Methodist Historical
Society (Sociedade Histórica Mundial Metodista), a
Charles Wesley Society, e do Conselho de
Administração do Projecto da Obra de Wesley.
• Trezentos e noventa e nove investigadores receberam
apoio no Centro de Arquivo no último ano e durante
o quadriénio forneceu a investigadores como o Dr.
John Wigger material para ajudar na publicação da
sua biografia de Francis Asbury, American Saint
(Santo Americano). Chegaram investigadores dos
quatro cantos do mundo à excepção da Antártida.
• Concessão de bolsas todos os anos para investigação
em história racial/étnica, história das mulheres e em
história nas conferências centrais.
• O pessoal da Biblioteca Metodista respondeu anualmente a mais de 350 questões de investigação por email, telefone, Facebook ou correio postal.
• Em 2010–11 entregou 1.957 artigos a 381 investigadores na Sala de Leitura do Centro Metodista.
• Em 2010–11 acrescentou 742 novos títulos impressos e 36 novos títulos de microfilmes.
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Conclusão
A Comissão desenvolveu um conjunto de questões
poderosas para orientar o seu trabalho nos anos vindouros.
Entre elas:
• Que mais podemos fazer com a ajuda da tecnologia?
Uma distribuição mais ampla por e-mail terá de ser
preparada.
• Quais serão as exigências dos materiais digitalizados? Como deveriam ser processados os registos
“nascidos digitais”? Isto é especialmente importante
para diários de conferência e jornais de conferência
que existem apenas em versões electrónicas e não em
versões impressas.
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• Como conseguiremos captar o entusiasmo dos nossos
jovens? Uma das respostas é criar dias de aulas de
confirmação no Centro em vez de ter aulas individuais, a pedido.
• Como poderemos reactivar e publicitar os nossos
prémios e programa de bolsas?
• Que faltaria se não existisse a GCAH?
Sem memórias perdemos identidade e visão. O pessoal
e a administração da Comissão Geral estão gratos pelo constante apoio ao seu trabalho e pelo privilégio de se inserirem
no “Ministério da memória”.
Administradores
Bispo John R. Schol, Presidente
Bispo Kainda Katembo, Vice-presidente
William H. Wilson, Secretário
Pacifico Aniag
James Armstrong
Marge Benham
Alfred T. Day, III
Jane Donovan
Daniel Flores
Paula Gilbert
William Hedges
Judith Hill (até 1 de Janeiro de 2010)
Larry Homitsky
A. V. Huff
Simao Jaime
Matthew Laferty
Bettie Lusk (desde 1 de Janeiro de 2010)
Cathy Morgan
James Morris
Cornish Rogers
Carol Roszell
George Doug Scott
Janice Sherick
Nancy Watkins
Jorunn Wendel
Grady Winegar
Pessoal
Robert J. Williams, Secretário Geral
Michelle Merkel-Brunskill, AssistenteAdministrativa
L. Dale Patterson, Administrador Arquivista/Registos
Mark C. Shenise, Arquivista Associado
Frances Lyons-Bristol, Arquivista de Referências
Christopher Anderson,
Bibliotecário Metodista Drew University
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Relatório Sumário Centro Afro-Americano
do Património Metodista
Declaração de Missão
O Centro Afro-Americano do Património Metodista
(AAMHC, do inglês) existe com a finalidade de providenciar investigação, conservação de artefactos e outros memorabilia e proteger e promover as histórias dos
Afro-Americanos que têm feito parte do Metodismo desde a
sua criação nos início do século XVIII.
História do desenvolvimento
A ideia para o AAMHC teve origem com os Metodistas
Negros para a Renovação da Igreja (BMCR, do inglês Black
Methodists for Church Renewal), em 2001. A Organização
para o Centro do Património com um conselho de administração independente e incorporação de estatuto não lucrativo segundo o IRS 501c3 categoria seguida. Em 2008, a
Conferência Geral aprovou uma concessão anual de
US$100.000 e foi concedido o estatuto Avanço Especial.
Nesse mesmo ano, o Centro do Património celebrou uma
parceria com a Comissão Geral de Arquivos e História
(GCAH) da Igreja Metodista no campus da Drew
University, onde se situam os escritórios e pessoal.
Principais Objectivos e Realizações do
Programa Quadrienal 2009–2012
Objectivo nº 1. Solicitar, recolher e catalogar documentos e materiais históricos que acrescentem valor à presença
Afro-Americana no Metodismo, já existente no Centro de
Arquivos Gerais da Igreja no campus da Drew University.
Realização do objectivo nº 1. Caixas com cartas, jornais, revistas, fotografias e outras memorabilia foram recebidas pelo Centro do Património. O Drew Seminary cedeu
um interno que está a processar e a catalogar materiais sob
a orientação do Arquivista da GCAH.
Objectivo nº 2. Implementar uma workshop na igreja
local das cinco Jurisdições da Igreja Unida até 31 de
Dezembro de 2012, a fim de consignar poderes às igrejas
locais no sentido de ser preservada a sua história.
Realização do objectivo nº 2. Workshops com períodos
superiores a dois dias ocorreram na Jurisdição Nordeste,
realizadas na Mother African Zoar United Methodist
Church (Igreja Metodista Unida da Mãe Africana Zoar) em
Filadélfia, PA; a Jurisdição Sudeste, realizada no Gammon
Theological Seminary em Atlanta, GA; e a Jurisdição
Central Sul, realizada na Dillard University em Nova
Orleães, AL; e ainda uma outra no Outono de 2011, planeada para a Jurisdição Central Norte. Cada uma destas workshops incluiu apresentações da história Afro-Americano
Metodista, workshops sobre história oral e escrita, exibições
de arquivo, investigação histórica e promoção na igreja
local, assim como oportunidades para culto, companheirismo e disponibilidade de audio-visuais e outros recursos
preparadas pela AAMHC.
Objectivo nº 3. Explorar parcerias com instituições que
se comprometem a expandir a colecção de memorabilia,
contactos e publicidade geral do Centro do Património.
Realização do Objectivo nº 3. A AAMHC iniciou um
processo de criação de parcerias com a Dillard University
em Nova Orleães e o Gammon Theological Seminary em
Atlanta, explorando ainda uma possível parceria com a
Claflin University em Orangeburg, SC.
Objectivo nº 4. Criação de um Plano Estratégico 201013 para a AAMCH.
Realização do objectivo nº 4. Com a ajuda de um consultor, foi elaborado um Plano Estratégico 2010-13 como
uma ferramenta de gestão multianual importante que
reflecte as tomadas de decisão da AAMCH, planeamento e
acção, bem como prioridades que irão adaptar e orientar o
Centro do Património no caminho do futuro.
Objectivo nº 5. Executar relatórios especiais, recursos e
processos.
Realização do objectivo nº 5. Foram feitos relatórios e
apresentações nas assembleias gerais do BMCR. As
exposições do Centro do Património tiveram lugar nas
Conferências Anuais de Eastern Pennsylvania, Greater New
Jersey e Nova Iorque. O Centro do Património chamou à
atenção para a importância da celebração anual de Maio do
Domingo do Património; e patrocinou uma Open House
2010 em colaboração com a Comissão Geral de Arquivos e
História (GCAH). Informações e recursos estão disponíveis
no YouTube, um sítio do centro na Internet e no Facebook.
Um Calendário Africano Metodista 2012 inclui as datas de
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nascimento de pessoas notáveis e eventos do Metodismo
Unido assim como outras denominações Africano
Metodistas.
Objectivo nº 6. Estabelecimento de uma Fundação
AAMCH para angariação de fundos.
Realização do objectivo nº 6. O Centro do Património
organizou uma Fundação para angariação de fundos referente a operações imediatas e necessidades a longo prazo,
procurando assegurar a continuidade do ministério.
Obejctivo nº 7. Celebração do 10º Anivesário da fundação da AAMHC.
Realização do objectivo nº 7. O Centro do Património
planeou para 9 de Dezembro de 2011 a Celebração do
Centro do Fundador e um tributo ao Bispo Forrest C. Stith,
a “ignição e a força motriz” do Centro.
Passos seguintes: Cumprir desafios e
forjar o futuro
O Plano Estratégico da AAMHC abrange: “A preservação da nossa história rica e criação do nosso futuro requer
um planeamento estratégico para que possamos possuir o
futuro e cumprir a nossa visão a longo prazo. A liderança do
Centro Afro-Americano do Património dedicou-se ao desenvolvimento de um plano que assegure que o Centro continua uma instituição forte e viável, aumentando as suas
colecções, ofertas e serviços, consciencializando e apreciando a nossa história.” Para tal, os importantes passos
seguintes incluem a implementação de nove objectivos
estratégicos.
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• Criar mais vias eficazes e consistentes de comunicação com a administração, pessoal, parceiros e delegações, de modo a atribuir poderes no cumprimento
da missão do Centro do Património.
• Melhorar os processos de governação da AAMHC a
fim de permitir que o Centro do Património cumpra a
sua missão com eficácia.
• Utilizar um modelo de parceria para incentivar e
providenciar recursos às igrejas locais.
• Criar parcerias com outras entidades que reforcem a
capacidade do Centro do Património, ajudando a
igreja a recuperar, preservar, divulgar e contar a
história dos Afro-Americanos no Metodismo.
• Alargar os esforços de angariação de fundos.
• Continuar a utilizar a tecnologia e a inovação como
meio de melhorar o ministério do Centro do
Património.
• Activamente empenhar todos a contar a história dos
Afro-Americanos no Metodismo e explicar como se
ultrapassaram/têm sido ultrapassadas as barreiras de
total participação.
• Identificar os projectos de investigação a fim de estabelecer a participação na comunidade académica e
promover a investigação da recente história do Pan
Metodismo.
• Envidar esforços sistemáticos e permanentes para
solicitar, recolher e exibir os dados, material e
artefactos históricos da Igrela Afro-Americana.
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Centro Afro-Americano do Património Metodista
Relatório Quadrienal 2009–2012
Declaração de missão
O Centro Afro-Americano do Património Metodista
(AAMHC, do inglês) existe com a finalidade de providenciar investigação, conservação de artefactos e outros memorabilia e proteger e promover as histórias dos
Afro-Americanos que têm feito parte do Metodismo desde a
sua criação nos início do século XVIII.
História do desenvolvimento
A ideia para o AAMHC teve origem com os Metodistas
Negros para a Renovação da Igreja (BMCR, do inglês Black
Methodists for Church Renewal), em 2001. A Organização
para o Centro do Património com um conselho de administração independent e incorporação de estatuto não lucrativo
segundo o IRS 501c3 categoria seguida. Em 2008, a
Conferência Geral aprovou uma concessão anual de
US$100.000 e foi concedido o estatuto Avanço Especial.
Nesse mesmo ano, o Centro do Património celebrou uma
parceria com a Comissão Geral de Arquivos e História
(GCAH) da Igreja Metodista no campus da Drew
University, onde se situam os escritórios e pessoal. O Centro
do Património está actualmente registado e incorporado no
estado de Nova Jersey com a conservação do estatuto de não
lucrativo.
Principais Objectivos e Realizações do
Programa Quadrienal 2009–2012
Objectivo nº 1. Solicitar, recolher e catalogar documentos e materiais históricos que acrescentem valor à presença
Afro-Americano no Metodismo, já existente no Centro de
Arquivos Gerais da Igreja no campus da Drew University.
Realização do objectivo nº 1. Caixas de cartas, jornais,
revistas, fotografias e outras memorabilia foram recebidas
pelo Centro do Património. O Drew Seminary cedeu um
interno que está a processar e a catalogar materiais sob a orientação do Arquivista da GCAH.
Objectivo nº 2. Implementar uma workshop na igreja
local das cinco Jurisdições da Igreja Unida até 31 de
Dezembro de 2012, a fim de consignar poderes às igrejas
locais no sentido de ser preservada a sua história.
Realização do objectivo nº 2. Workshops com períodos
superiores a dois dias ocorreram na Jurisdição Nordeste,
realizadas na Mother African Zoar United Methodist
Church (Igreja Metodista Unida da Mãe Africana Zoar) em
Filadélfia, PA; a Jurisdição Sudeste, realizada no Gammon
Theological Seminary em Atlanta, GA; e a Jurisdição
Central Sul, realizada na Dillard University em Nova
Orleães, AL; e ainda uma outra no Outono de 2011 planeada para a Jurisdição Central Norte. Cada uma destas workshops incluiu apresentações da história Afro-Americano
Metodista, workshops sobre história oral e escrita, exibições
de arquivo, investigação histórica e promoção na igreja
local, assim como oportunidades para culto, companheirismo e disponibilidade de audio-visuais e outros recursos
preparadas pela AAMHC.
Objectivo nº 3. Explorar parcerias com instituições que
se comprometem a expandir a colecção de memorabilia,
contactos e publicidade geral do Centro do Património.
Realização do Objectivo nº 3. A AAMHC iniciou um
processo de criação de parcerias com a Dillard University
em Nova Orleães e o Gammon Theological Seminary em
Atlanta, explorando ainda uma possível parceria com a
Claflin University em Orangeburg, SC.
Objectivo nº 4. Criação de um Plano Estratégico 201013 para a AAMCH.
Realização do objectivo nº 4. Com a ajuda de um consultor, foi elaborado um Plano Estratégico 2010–13 como
uma ferramenta de gestão multianual importante que
reflecte as tomadas de decisão da AAMCH, planeamento e
acção, bem como prioridades que irão adaptar e orientar o
Centro do Património no caminho do futuro.
Objectivo nº 5. Executar relatórios especiais, recursos e
processos.
Realização do objectivo nº 5. Foram feitos relatórios e
apresentações nas assembleias gerais do BMCR. As
exposições do Centro do Património tiveram lugar nas
Conferências Anuais de Eastern Pennsylvania, Greater New
Jersey e Nova Iorque. O Centro do Património chamou à
atenção para a importância da celebração anual de Maio do
Domingo do Património; e patrocinou uma Open House
2010 em colaboração com a Comissão Geral de Arquivos e
História (GCAH). Informações e recursos estão disponíveis
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no YouTube, um sítio do centro na Internet e no Facebook.
Um Calendário Africano Metodista 2012 inclui as datas de
nascimento de pessoas notáveis e eventos do Metodismo
Unido assim como outras denominações Africano
Metodistas.
Objectivo nº 6. Estabelecimento de uma Fundação
AAMCH para angariação de fundos.
Realização do objectivo nº 6. O Centro do Património
organizou uma Fundação para angariação de fundos referente a operações imediatas e necessidades a longo prazo,
procurando assegurar a continuidade do ministério.
Obejctivo nº 7. Celebração do 10º Anivesário da fundação da AAMHC.
Realização do objectivo nº 7. O Centro do Património
planeou para 9 de Dezembro de 2011 a Celebração do
Centro do Fundador e um tributo ao Bispo Forrest C. Stith,
a “ignição e a força motriz” do Centro.
Passos seguintes: Cumprir desafios e
forjar o futuro
O Plano Estratégico da AAMHC abrange:”A preservação da nossa história rica e criação do nosso futuro requer
um planeamento estratégico para que possamos possuir o
futuro e cumprir a nossa visão a longo prazo. A liderança do
Centro Afro-Americano do Património dedicou-se ao desenvolvimento de um plano que assegure que o Centro continua uma instituição forte e viável, aumentando as suas
colecções, ofertas e serviços, consciencializando e apreciando a nossa história.” Para tal, os importantes passos
seguintes incluem a implementação de nove objectivos
estratégicos.
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• Criar mais vias eficazes e consistentes de comunicação com a administração, pessoal, parceiros e delegações, de modo a atribuir poderes no cumprimento
da missão do Centro do Património.
• Melhorar os processos de governação da AAMHC a
fim de permitir que o Centro do Património cumpra a
sua missão com eficácia.
• Utilizar um modelo de parceria para incentivar e
providenciar recursos às igrejas locais.
• Criar parcerias com outras entidades que reforcem a
capacidade do Centro do Património, ajudando a
igreja a recuperar, preservar, divulgar e contar a
história dos Afro-Americanos no Metodismo.
• Alargar os esforços de angariação de fundos.
• Continuar a utilizar a tecnologia e a inovação como
meio de melhorar o ministério do Centro do
Património.
• Activamente empenhar todos a contar a história dos
Afro-Americanos no Metodismo e explicar como se
ultrapassaram/têm sido ultrapassadas as barreiras de
total participação.
• Identificar os projectos de investigação a fim de estabelecer a participação na comunidade académica e
promover a investigação na revelação da história do
Pan Metodismo.
• Envidar esforços sistemáticos e permanentes para
solicitar, recolher e exibir os dados, material e
artefactos históricos da Igreja Afro-Americana.
O Centro do Património reconhece com pesar a veracidade do provérbio africano “Quando morre um ancião,
sucumbe uma biblioteca” e procura por todos os meios ao
seu alcance assegurar que o legado dos nossos antepassados
se torne disponível no futuro.
Conselho de Administração
Bispo Forrest C. Stith, Presidente
Srta. Barbara Ricks Thompson, Vice Presidente
Srta. Carol Travis, Secretária
Srta. Anne Flemming Williams, Tesoureira
Rev. Dr. Gilbert Caldwell
Sra. Pamela Crosby
Rev. Dawn Hand
Rev. John Heyward
Sra. Cecelia Long
Sr. Donald A. Lusk
Rev. Dr. Martha Orphe
Rev. Dr. Cornish Rogers
Sra. Cheryl Walker
Dr. Anne Streaty Wimberly
Rev. Dr. Joseph Wilson
Rev. Dr. James Ferree
Dr. Cynthia Bond Hopson
Sr. Archie L. Moore
Rev. Dr. James Shopshire, Sr.
Rev. Dr. Robert Williams
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A Comissão Geral de Unidade Cristã e Assuntos Inter-Religiosos
Resumo do Relatório para a Conferência Geral de 2012
Para que todos sejam um . . .
Para que o mundo creia
João 17:21-22
O trabalho da Comissão Geral de Unidade Cristã e
Assuntos Inter-Religiosos é orientada por princípios fundamentais expressos nas Sagradas Escrituras de Jesus a orar na
Última Ceia: “Não peço somente por eles, mas também em
favor das pessoas que vão crer em mim através da mensagem deles, para que todos sejam um. E assim como Tu,
meu Pai, estás unido comigo e eu estou unido contigo, que
todos os que acreditem possam também estar connosco para
que o mundo creia que tu me enviaste.“ João 17:20-21
Trabalhando para o testemunho fiel e o evangelismo, a
GCCUIC está organizada para cumprir dois objectivos universais:
1) “Defender e trabalhar para a completa recepção da
dádiva da unidade Cristã em todos os aspectos da vida da
Igreja e fomentar as abordagens ao ministério e à missão
que melhor reflictam a unidade da igreja Cristã na comunidade humana.
2) Defender e trabalhar para o estabelecimento e fortalecimento das relações com outros a viverem em comunidades de fé e continuar a dialogar com pessoas de outros
credos, culturas e ideologias.“ O Livro de Disciplina, 2008,
¶ 1902.1, 2
“A Comissão existiu para servir todos nós como discípulos Metodistas Unidos.” - disse o Bispo Mary Ann Swenson,
presidente da GCCUIC. “O trabalho da unidade Cristã e das
relações inter-religiosas é o trabalho de todos nós e vital para
fazer discípulos para a transformação do mundo.”
Ser-se ecuménico é ser-se evangélico. É em nome do
testemunho credível que lutamos por encarnar a dádiva da
unidade no corpo de Cristo. De acordo com as declarações
disciplinares, a direcção da GCCUIC adoptou a seguinte
declaração de missão em Abril de 2009, em St. Louis:
“Como Metodistas Unidos, a nossa visão é a da Igreja unida
em Cristo e de um trabalho dedicado aos propósitos de Deus
para toda a família humana. A nossa fé Cristã chama-nos
para viver esta visão da graça de Deus por amor ao mundo.”
O trabalho da GCCUIC é informado por, mas não se limita a, quatro focos aprovados pela Conferência Geral de 2008.
Muito do trabalho da Comissão se tem dedicado ao “desenvolvimento de líderes Cristãos com princípios para a Igreja e
para o mundo e renovação das congregações existentes”
através do compromisso ecuménico e do envolvimento interreligioso. Foram envidados esforços para ajudar a igreja a
tratá-los com uma percepção ecuménica e inter-religiosa.
O mandato da Comissão para sua defesa e trabalho
assenta nas autoridades tradicionais da Igreja Metodista
Unida: 1) As Sagradas Escrituras, 2) O Livro de Disciplina,
em particular a Constituição e a nossa Tarefa Teológica e 3)
a Conferência Geral.
A GCCUIC está a peticionar à Conferência Geral de
2012 que insira a palavra orar no Artigo IV da Constituição.
Passaria a ler-se: “. . . A Igreja Metodista Unida crê que o
Senhor da igreja está a chamar os Cristãos em todo o lado
para lutarem pela unidade; e por isso orará, buscará e trabalhará para a unidade a todos os níveis a vida da igreja...”
A oração tornar-se-ia uma prioridade instituída com outros
aspectos do trabalho da Comissão. A GCCUIC concorda
profundamente com Yves Congar: “O caminho pela porta da
unidade (Cristã) está nos nossos joelhos.”
A GCCUIC é a agência geral da Igreja Metodista
Unida, que tem o mandato disciplinar para ser a voz de um
dos mais preciosos desejos do coração de Deus e por extensão do oikoumene, toda a terra habitada. Por isso, a
Comissão usa a unidade dos Cristãos e da humanidade
como lente bíblica através da qual vigia e analise a missão e
o ministério da Igreja Metodista Unida.
Uma das prioridades da Comissão tem sido expandir
recursos e acções de formação em conferência sagrada
quando a denominação se encontra diante de problemas
difíceis, que podem em última análise causar divisão na
igreja, como a sexualidade, a natureza global da igreja, a
interpretação das Sagradas Escrituras e a raça. Um recurso
de uma página sobre a conferência sagrada foi preparado
para ajudar os delegados na Conferência Geral de 2012.
A United Methodist Ecumenical and Interreligious
Training (UMEIT), Formação Ecuménica e Inter-religiosa
da Igreja Metodista Unida representa a criação há muito
aguardada de uma rede denominacional nos Estados Unidos
semelhante às que há muito existem em noutras igrejas. A
UMEIT foi concebida para encorajar e apoiar os ministérios
ecuménicos e inter-religiosos nas conferências anuais, distritos e congregações locais. Um modelo da UMEIT está
também a ser criado para as conferências centrais.
A Comissão forneceu pessoal em quantidade substancial e apoio de consultoria à recentemente formada United
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Comissões Independentes
Methodist Committee on Faith and Order (Comissão
Metodista Unida da Fé e da Ordem). Esta comissão da
Conferência Geral está a trabalhar em três recursos para a
denominação focando-se na eclesiologia, como solicitado
pelo Conselho dos Bispos.
Arrependimento por crimes horrendos contra os povos
indígenas tem sido um dos pontos principais para a
Comissão durante o quadriénio. A direcção e o pessoal
tomaram parte numa jornada monumental ao prepararem a
igreja para um Acto de Arrependimento na Conferência
Geral de 2012. O Acto de Arrependimento na Conferência
Geral de 2012 inaugurará um ponto de convergência em
toda a igreja sobre arrependimento nas conferências anuais
e centrais da Igreja Metodista Unida. Apropriadamente, o
Conselho dos Bispos dará o seu parecer e garantirá que esta
tarefa por tanto tempo aguardada seja executada no
quadriénio 2013–16.
A Igreja Metodista Unida entrou em plena comunhão
com a Igreja Evangélica Luterana na América. Durante o
presente quadriénio, a Comissão aprovou a partilha eucarística interina com a Igreja Episcopal Norte-Americana, cam-
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inhando para a comunhão total; deu seguimento a um diálogo bilateral com a Conferência dos Bispos Católicos dos
Estados Unidos; e deu início a um diálogo bilateral com as
Províncias Setentrionais e do Sul da Igreja Moraviana. A
Comissão tem-se empenhado igualmente no aprofundar das
relações com a Igreja Metodista Britânica. A GCCUIC proporá à Conferência Geral de 2012 a comunhão plena com os
parceiros Pan-Metodistas.
Os membros da direcção da GCCUIC deram o seu
acordo por unanimidade e tomaram medidas para propor
legislação, a fim de incorporar a GCCUIC no Conselho dos
Bispos.
Nas conferências anuais, conferências centrais, distritos e congregações locais, a Comissão Geral de Unidade
Cristã e Assuntos Inter-religiosos continuará a exaltar a
oração que Jesus orou na noite em que foi preso. Continuará
a insistir para que a Igreja Metodista Unida adira ao
Princípio de Lund a todos os níveis da vida da igreja, recordando que a unidade dos Cristãos tem origem no próprio
coração de Deus.
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A Comissão Geral de Unidade Cristã e Assuntos Inter-religiosos
Relatório Quadrienal da Conferência Geral 2012
Que Todos Sejam Um. . .
Para que o Mundo Possa Crer
João 17:21-22.
Introdução
Para o seminarista Blair Thompson, serum membro do
conselho da Comissão Geral de Unidade Cristã e Assuntos
Inter-religiosos (CGUCAI) deu-lhe uma nova visão e um
conjunto de ferramentas que lhe serão cruciais para seu ministério na Igreja Metodista Unida.
“Eu ingressei como membro do conselho, sem grandes
ideias pré-concebidas sobre o ecumenismo”, afirmou
Thompson, um estudante da Escola de Teologia de Perkins,
em Dallas. “Agora, eu percebo que o ecumenismo é um
dom; a unidade é um dom. Abriu-me os horizontes, para
poder ver as diversas formas de construir pontes de unidade
e compreensão, na minha igreja local e na comunidade.”
Blair e outros membros do conselho e funcionários
continuaram o trabalho da Comissão, guiados pelos princípios fundamentais expressos no relato bíblico de Jesus orando na Última Ceia: “Não rogo somente por estes, mas
também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em
mim, para que sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu
em ti, que também eles estejam em nós, para que o mundo
creia que tu me enviaste” (João 17:20-21).
O Rev. Gary Harke, um membro do conselho CGUCAI, representando as Igrejas Unidas em Cristo, sublinha o
importante papel desempenhado pela Igreja Metodista
Unida na comunidade de fé do mundo: “Se aceitarmos a
premissa de que Deus quer que a Igreja seja una; e que as
diversas expressões da igreja são dons que precisam ser partilhados e apreciados por todos, então o trabalho do CGUCAI é importantíssimo. As comunidades de fé ao
trabalharem juntas são capazes de conseguir muito mais,
principalmente com acordos de plena comunhão, do que
aquelas que trabalham de forma isolada. A construção de
parcerias é uma das muitas razões pelas quais o CGUCAI é
uma mais-valia para a denominação. “Harke, o Director da
Assembleia de Igrejas da Pensilvânia é um membro da
Igreja da Morávia, da Província do Norte.
Para o membro do conselho CGUCAI Walter Dry, conhecer e compreender o significado do ecumenismo é impor-
tante, no sentido de mover em frente a denominação. “Eu
sempre acreditei que a nossa missão, enquanto indivíduos
Cristãos, é fazer discípulos”, afirmou Dry. “Aprendi que
todos nós temos as nossas próprias formas de completar a
missão, mas estamos unidos na crença a Deus e a seu Filho,
Jesus Cristo.”
Como funciona de acordo com o fiel testemunho e o
evangelismo, o CGUCAI está organizado para cumprir duas
finalidades unificadoras:
1) “Defender e trabalhar para o acolhimento pleno de
dom da unidade Cristã em todos os aspectos da vida da
Igreja e promover abordagens para o ministério e a missão
que melhor reflictam a plena unidade da igreja de Cristo na
comunidade humana.
2) Defender e trabalhar para o estabelecimento e fortalecimento das relações com outras comunidades de fé viva,
e para continuar o diálogo com pessoas de outras fés, culturas e ideologias.” O Livro de Disciplina ¶ 1902.1, 2
“A Comissão existe para servir a todos nós, como discípulos da Igreja Metodista Unida”, disse a Bispa Mary Ann
Swenson, presidente do CGUCAI. “O trabalho da unidade
Cristã e das relações inter-religiosas é o trabalho de cada um
de nós, o qual é decisivo em fazer discípulos para a transformação do mundo.”
A Missão Disciplinar, Teológica
e Bíblica
O Livro de Disciplina forma o terreno eclesiológico
para A Igreja Metodista Unida sobre os seus compromissos ecumênicos: “A Igreja de Jesus Cristo existe no
mundo e para o mundo, e sua divisibilidade é um enorme
obstáculo à sua missão nesse mundo” (O Livro de
Disciplina, “O Preâmbulo da Constituição”, página 21).
“A unidade cristã não é uma opção; é um dom a ser recebido e expressado” (O Livro de Disciplina “A Nossa
Tarefa Teológica”, página 84).
Reconhecemos que a desunião entre os Cristãos é
escandalosa, contrária à vontade de Cristo para os seus discípulos, e um obstáculo para o mundo. Assim, para o “Povo
Apelidado de Metodista [Unido]” o ecumenismo não é uma
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mera opção confessional, mas um imperativo eclesiológico.
Ser ecuménico é ser evangélico. É por causa do testemunho
credível, que nos esforçamos para encarnar o dom da
unidade dentro do corpo de Cristo. A Declaração de Missão
da Igreja Metodista Unida (O Livro de Disciplina ¶ 120)
concentra-se em fazer “discípulos de Jesus Cristo para a
transformação do mundo.” Pode ser que o mundo aguarde a
sua transformação, até que a unidade dos discípulos de
Cristo seja, finalmente, plenamente, e visivelmente manifestada.
De acordo com declarações disciplinares, o conselho
de directores do CGUCAI adoptou a seguinte declaração de
missão, em Abril de 2009 em St. Louis: “Como Metodistas
Unidos, a nossa visão é da Igreja unida em Cristo e de um
mundo vivendo nos propósitos de Deus, para toda a família
humana. A nossa fé Cristã chama-nos a viver esta visão da
graça de Deus, para o bem do mundo.”
O Rev. Youngsook Kang, vice-presidente do conselho,
vê o trabalho do ecumenismo como fundamental para
cumprir a missão principal da denominação. “Nós temos
problemas enormes para resolver no mundo, como a doença
global e a paz mundial”, afirmou ela. “Se nós não nos unirmos como Cristãos e pessoas de fé, então quem o fará?”
Kang é uma superintendente distrital da Conferência Anual
de Rocky Mountain.
Os Membros da Comissão reconhecem o trabalho do
Espírito Santo em várias declarações de organismos conciliares, em que a Igreja Metodista Unida detém estado de
membro. Em particular, o Princípio Lund serve como uma
vara de medição importante. Ameaçador como este princípio pode ser e horripilante como o é institucionalmente, o
Princípio Lund, adoptado pelo Conselho Mundial de
Igrejas, ainda permanece como a sabedoria mais prática,
prontamente disponível, para aqueles que levam a sério o
compromisso ecuménico da Igreja Metodista Unida conforme declarado no Preâmbulo da sua Constituição. O
Princípio Lund, adoptado na Terceira Conferência Mundial
sobre Fé e Ordem, em Lund, na Suécia, em 1952, pede às
igrejas “que analisem se estão a efectuar tudo o que deveriam para manifestar a unidade do povo de Deus [e]. . . se
estão a evidenciar vontade suficiente para entabular conversações com as outras Igrejas, e se não deveriam estar a agir
em conjunto em todos os assuntos, excepto naqueles em que
as profundas diferenças de convicção as obriguem a agir
separadamente.”
O CGUCAI efectua repetidamente as difíceis perguntas
colocadas pelo princípio Lund. Apesar dos progressos
alcançados a vários níveis da igreja, é difícil discernir a melhoria no comportamento confessional perante este clássico
1217
ideal ecuménico. O princípio é muitas vezes abraçado com
palavras, mas não é completamente vivido em acções.
As Quatro Áreas de Enfoque
O trabalho do CGUCAI é fundamentado, mas não limitado, às quatro áreas de enfoque aprovadas pela
Conferência Geral de 2008. Grande parte do trabalho da
Comissão centrou-se sobre “o desenvolvimento de líderes
com princípios Cristãos para a Igreja e para o mundo”, e
sobre “a renovação das congregações existentes” através do
compromisso e do envolvimento ecuménico inter-religioso.
Os membros do conselho receberam as quatro áreas de
enfoque com gratidão pela sua importância, quer para A
Igreja Metodista Unida, quer para a humanidade. Têm sido
efectuados esforços para ajudar a igreja a abordá-las com
uma visão ecuménica e inter-religiosa. No que diz respeito
às quatro áreas de enfoque, permanecem as questões
ecuménica e inter-religiosa.
Base Bíblica
O mandato da Comissão para a sua defesa e trabalho é
fundamentada nas autoridades tradicionais da Igreja
Metodista Unida: 1) A Escritura, 2) O Livro de Disciplina,
em particular a Constituição e a Nossa Tarefa Teológica, e
3), a Conferência Geral.
Na noite de sua prisão Jesus orou pelos seus discípulos
para fossem como um, para que o mundo acreditasse que
Deus o havia enviado com o propósito de transformar o
mundo—a Igreja Metodista Unida adoptou o mesmo objectivo e afirmou-o n’O Livro de Disciplina. Num sentido mais
profundo, a unidade Cristã começa no coração de Deus. É
um pedido sagrado do Filho para o Pai, um pedido que já foi
concedido prevenientemente por Deus, num acto de amor e
de entrega, e à nossa disposição através dos ministérios do
Espírito Santo. É no mistério da Santíssima Trindade que a
unidade é revelada como a essência de Deus.
A essência relacional do Deus triuno é elegantemente
retratada no ícone de Rublev, “A Hospitalidade de Abraão.”
Três anjos visitam Abraão nos carvalhos de Manre. O criador do ícone mostra-as como três pessoas em perfeita
relação—-falar, visitar, comer juntos, e falar a uma só voz a
Abraão e a Sara. A essência unificada, interactiva e pessoal
de Deus é modelada nesta imagem de companheirismo
comunal. A igreja, o corpo de Cristo, é chamada a ser a
imagem de Deus—relacionalmente e dinamicamente unificada para o bem do mundo.
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Os seres humanos, devido ao seu sofrimento pelo efeito
da Queda, não são capazes, por si sós, de aceitar completamente ou expressar totalmente esse dom da unidade. No
entanto, pela graça de Deus, os Cristãos, em certas ocasiões,
conseguiram capturar essa visão e vislumbrar instantes de
tal unidade. A Igreja Metodista Unida está entre a liderança
visível do movimento ecuménico desde o seu início. O
CGUCAI afirma o princípio da transformação mundial que
ser Cristão é ser ecumênico. Os Metodistas Unidos acreditam que este compromisso ecuménico e inter-religioso é
consistente com o convite bíblico de John Wesley, emitido
no seu sermão, Um Espírito Católico: “Um homem [pessoa]
de espírito católico é aquele que. . .dá [sic] a sua mão a
todos, cujos corações estão em sintonia com [sic] o seu
coração” [Paráfrase 2 Reis 10:15. Versão Inglesa Moderna,
editado a partir de 1872 reimpressão da edição 1771 de 53
sermões de John Wesley].
O CGUCAI está a peticionar a Conferência Geral de
2012 para inserir a palavra orar no Artigo VI da
Constituição. Ler-se-ia: “. . . A Igreja Metodista Unida
acredita que o Senhor da Igreja apela a todos os Cristãos a
alcançar a unidade, e, portanto, vai orar, buscar, e trabalhar
para atingira unidade a todos os níveis da vida da igreja. . ..”
A oração “seria uma prioridade expressa, juntamente com
outros aspectos do trabalho da Comissão. O CGUCAI concorda profundamente com Yves Congar: “O caminho para a
porta do unidade (Cristã) é feito de joelhos.”
O CGUCAI efectua programação, mas não é apenas
uma agência programática. Embora tenha responsabilidades
de monitorização, não é apenas uma agência de monitoramento. Mais importante, é a agência geral da Igreja
Metodista Unida, que tem o mandato disciplinar para ser a
voz de um dos desejos mais preciosos do coração de Deus
e, por extensão, a oikoumene, toda a terra habitada. Assim,
a Comissão usa a unidade dos Cristãos e da humanidade
como a lente da Bíblia, através da qual monitoriza e avalia a
missão e o ministério da Igreja Metodista Unida.
Nova Liderança e Prioridades
Organizacionais
O Rev. Dr. Stephen J. Sidorak, Jr., foi nomeado
secretário geral da CGUCAI, em 01 Julho de 2008. Sob a
sua liderança, foram nomeados interinamente dois
secretários gerais adjuntos: Bispo Fritz Mutti, secretário
geral interino da Comissão para os primeiros seis meses de
2008, e a Rev. Betty Gamble, secretário geral adjunto de
1997 a 2005. Kathryn A. Williams continua a servir como
Directora Executiva das Finanças e Administração.
O conselho de administração da Comissão e o pessoal
executivo começou um tempo de reflexão intencional e de
discernimento através da oração para organizar as prioridades da Comissão. O trabalho do CGUCAI de reajuste das
prioridades do programa obteve os elogios da Mesa conexional, após a sua avaliação e revisão de todos os conselhos e
agências em 2010. O Conselho de Administração do CGUCAI adoptou um novo plano estratégico para o quadriénio
na sua reunião anual de 12 de setembro de 2009.
O relatório da Mesa Conexional declarou:”Pela
natureza do seu cargo, o CGUCAI não é uma agência que
possa perfeitamente alinhar com a missão e o enfoque da
Igreja Geral. Mas, independentemente dessa limitação, o
CGUCAI documentou no seu relatório, que foram feitos
esforços para alinhar o trabalho da agência com a missão da
Igreja Geral, nas metas adoptadas pela agência, O Livro de
Disciplinae as Quatro Áreas de Enfoque. . . . Como resultado, o novo conselho adoptou metas mais realistas e prioridades que sejam mensuráveis. O CGUCAI é claro no seu
objectivo e realista sobre o o trabalho que pose ser realizado, dado o orçamento e recursos humanos com que tem de
trabalhar actualmente, neste quadriénio. “
Mutti terminou o seu serviço com a Comissão em 30 de
Junho de 2009, mas continuou como consultor em alguns
projectos. O Estatuto interino de Gamble terminou a 01 de
Fevereiro de 2010, quando se tornou Secretária Geral
Adjunta. Dr. Glen Alton Messer II juntou-se à equipa como
Secretário Geral Adjunto, em 01 de Setembro de 2010.
Educação e Formação
de Liderança
O Rev. Katharine Jefferts Schori, bispa presidente da
Igreja Episcopal, descreve as parcerias como uma forma de
melhor entendimento e crença.”Um dos dons do ecumenismo é o de nos ajudar a ver novas facetas sobre as jóias antigas da nossa fé”, disse ela. Os ideais da tradição Wesleyana
obrigam “o Povo Apelidado de Metodista [Unido] “ a procurar um terreno comum nas mais difíceis circunstâncias. A
unidade Cristã, uma de nossas muitas jóias, manteve-se no
centro do trabalho do CGUCAI durante este quadriénio.
Fornecendo materiais de formação e de recursos, o CGUCAI tem trabalhado para lembrar aos líderes do valor dos
nossos compromissos ecuménicos, parcerias inter-religiosas
e da necessidade da santa conferência.”[Jesus Cristo] é a
nossa paz. . . e derrubou o muro da separação” (Efésios 2:14
VSNR).
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Uma prioridade da Comissão tem sido a de ampliar os
recursos e a formação em santa conferência, quando a
denominação tem de lidar com questões difíceis e potencialmente divisionárias da igreja, como a homossexualidade, a natureza global da igreja, a interpretação das
escrituras, e a raça. Foi preparado um recurso de uma página sobre a conferência santa, para ajudar os delegados na
Conferência Geral de 2012. Os membros do conselho também participaram nas formações relacionadas com os
princípios da santa conferência e estão preparados para
actuar como facilitadores.
O Vice-presidente do Conselho Kang elogiou o recurso
como um lembrete importante de que “somos chamados a
reunir e a reconhecer as nossas diferenças e ouvir-nos uns
aos outros com respeito e honestidade para que possamos
encontrar um terreno comum.”
A Formação Ecumenical e Inter-religiosa dos
Metodistas Unidos (FEIMU) representa a tão esperada criação de uma rede confessional nos Estados Unidos, semelhantes às que já existem há muito noutras igrejas. A FEIMU
foi projectada para encorajar e apoiar os ministérios
ecuménicos e inter-religiosos em conferências anuais, distritos e congregações locais. Os programas projectados à
data, têm fornecido o nível de sofisticação pedagógica
necessária para a educação ecuménica e inter-religiosa e
formação aos Metodistas Unidos.
Realizada em conjunto com o Workshop Nacional
anual sobre a Unidade Cristã nos Estados Unidos, eventos
FEIMU fornecem aos Metodistas Unidos uma grande variedade de recursos. Os eventos FEIMU foram realizados em
Phoenix em 2009, em Tampa em 2010, e em Pittsburgh em
2011. Faziam parte dos líderes Diana Eck, Michael
Kinnamon, George “Tink” Tinker, Stephen Kim, John
Stephens, Timothy Whitaker, Minerva Carcano, e Gwynne
Guibord. O CGUCAI planeia replicar a FEIMU nas conferências centrais, de uma forma que honre suas identidades
distintas e atenda às suas necessidades específicas. A sessão
de FEIMU está prevista para as Filipinas, no próximo ano.
A Comissão tem prestado substancial apoio, quer
através de pessoal, quer através de consulta, para o recémcriado Comité Metodista Unido de Fé e Ordem. Este comité
da Conferência Geral está a trabalhar em três recursos para
a denominação, dando destaque à eclesiologia, conforme
solicitado pelo Conselho dos Bispos. O comité efectuou um
intercâmbio de representantes com o Comité de Fé e Ordem
da Igreja Metodista Britânica, com o qual está a estabelecer
um relacionamento mais profundo.
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“Cura de Relacionamentos com
Pessoas Indígenas”
(Resolução n º 3323)
O arrependimento pelos crimes horríveis contra os
povos indígenas tem sido um foco importante para a
Comissão, durante o quadriénio. Os Membros do conselho
e os funcionários participaram numa jornada monumental,
ao trabalharem na preparação da igreja para um Acto de
Arrependimento na Conferência Geral de 2012.
Harry Askin, um leigo caucasiano da Conferência
Anual do Ohio de Leste, afirmou ter começado a sua jornada no início do quadriénio com uma ideia intelectual de
arrependimento. Ele pensou ter compreendido o significado
de efectuar um pedido de desculpas e pedir perdão, até ter
ouvido as histórias contadas por dois descendentes de sobreviventes do Massacre de Sand Creek, em 1864. “Ao mesmo
tempo que esses dois homens contavam suas histórias, eu
podia ver a dor e a angústia que ainda existia cerca de 150
anos depois”, disse Askin.”Era algo que eu não tinha pensado antes. Naquele momento, a ideia de arrependimento
começou a deslocar-se da cabeça para o meu coração. Toda
a minha perspectiva mudou “
O Massacre de Sand Creek tem uma conexão directa
com a igreja. Foi um pastor metodista, o coronel John
Chivington, que liderou a carga num acampamento
Cheyenne e Arapaho, onde mais de 165 pessoas foram mortas, na sua maioria mulheres e crianças.”Precisamos de
entender a nossa história neste país, no que respeita às pessoas indígenas, bem como as coisas de continuação que
estão a ser feitas em todo o mundo”, disse Askin.”Um simples acto de arrependimento não é suficiente.”
O Massacre de Sand Creek é um microcosmo das
injustiças contra os povos indígenas que, por gerações, sofreram múltiplas violações dos direitos humanos, a remoção
colectiva da sua terra natal, e um genocídio cultural. Estes
traumas históricos deixaram muitos cépticos de que um acto
de arrependimento pela Igreja Metodista Unida fará a diferença nas atitudes ou nas acções.
A Comissão realizou quase duas dúzias de sessões de
audição com os nativos americanos nos Estados Unidos e
com os povos indígenas em duas conferências centrais. As
sessões foram um ponto de partida para apreciar o quanto
irá demorar a criar uma experiência significativa para a igreja que tenha integridade e seja autêntica e credível.
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Entre os participantes, numa sessão de audição em
Anadarko, Oklahoma, em 2010, estava Lupe Gooday, um
ancião Apache e membro da Igreja Metodista Unida Little
Washita, em Fletcher, Oklahoma. Ele questionou como
poderia ser interpretado como sincero um pedido de desculpas vindo da Igreja Metodista Unida. “As pessoas vão ter
que mudar”, disse ele. “Eles forçaram o nosso povo a
mudar-se. Retiraram-nos a língua, eles tiraram-nos a terra.
Então, do que é que eles podem pedir desculpas? “
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O Contínuo Empenho Ecuménico
A busca da unidade Cristã exige que estejamos de bons
relacionamentos com pessoas de diferentes credos, para que
possamos trabalhar em conjunto para o bem comum, ao
preparar discípulos de Jesus Cristo para a transformação do
mundo. Em nome da denominação, a Comissão está a liderar este trabalho, através da construção de pontes de entendimento com outras comunidades de fé.
O Secretário-Geral do CGUCAI , Sidorak, está a incitar a Igreja Metodista Unida a confrontar o seu passado. “É
absolutamente essencial para a Igreja Metodista Unida lutar
espiritualmente com as implicações eclesiológicas do
atendimento à Lei 2012 de arrependimento e fornecer ampla
e convincente evidência de demonstrável confessional contrição, para a nossa responsabilidade colectiva. . . . Devemos
assumir o compromisso para com as pessoas indígenas em
fazer tudo ao nosso alcance para que nunca deixemos -o que
a igreja fez e deixou de fazer, a respeito dos povos indígenas - acontecer de novo ou ser autorizado a continuar “,
disse ele.”Só com este compromisso é que vamos chegar a
um nível de compreensão e empatia onde a cura pode
começar.”
A Igreja Metodista Unida entrou em plena comunhão
com a Igreja Evangélica Luterana da América. Metodistas
Unidos na Europa já estão numa relação plena de comunhão
com as outras Igrejas Luteranas, que fazem parte da
Federação Luterana Mundial.
De que forma a igreja será diferente após um acto de
arrependimento, depende muito da legislação que é adoptada
e dos apoios financeiros atribuídos para alcançá-lo, de acordo
com o Rev. Thomas White Wolf Fassett, um Seneca do norte
de Nova Iorque e emérito Secretário Geral da Junta Geral da
Igreja e Sociedade. Fassett serve como presidente do
Conselho Consultivo do Secretário Geral sobre a Lei 2012 do
Acto de Arrependimento.”Muitos outros, inclusive eu, vêem
o evento como o início, o lançamento, de uma nova ordem na
vida da igreja”, afirmou. “Não pode ser encontrada em qualquer serviço religioso sem ser adoptada pela primeira vez. . .
a legislação que irá impedir que esta tragédia seja perpetuada.
As novas exigências devem ser levadas a todos os níveis da
vida da Igreja, da igreja local até ao Conselho dos Bispos.”
O CGUCAI irá propor à Conferência Geral de 2012 a
plena comunhão com os parceiros Pan-Metodistas: A Igreja
Metodista Episcopal Africana, a Igreja Metodista Episcopal
Africana do Sião, a Igreja Protestante da União Metodista
de África, a Igreja Episcopal Metodista Cristã, e a Igreja
Metodista Episcopal da União Americana.
O Acto de Arrependimento na Conferência Geral de
2012, vai inaugurar um foco de atenção sobre o arrependimento, que alastrará a toda a igreja, aos níveis das conferências anuais e centrais da Igreja Metodista Unida.
Apropriadamente, o Conselho dos Bispos fornecerá supervisão e fará com que esta tarefa, há muito atrasada, tenha
continuação durante o quadriénio 2013–2016.
“Esperamos continuar a manter estes serviços e criar
oportunidades para a cura em todos os lugares que o movimento metodista possa ter sido prejudicial aos povos indígenas”, disse Swenson.
Durante este quadriénio, a Comissão adoptou partilha
eucarística interina com a Igreja Episcopal dos EUA,
movendo-se em direção à plena comunhão; continuou um
diálogo bilateral com a Conferência dos Bispos Católicos
dos Estados Unidos e iniciou um diálogo bilateral com as
Províncias do Norte e Sul da Igreja Morávia. A Comissão
também trabalhou para aprofundar as relações com a Igreja
Metodista Britânica.
“Estas, são parcerias emocionantes que captam o movimento do nosso trabalho na unidade Cristã”, disse Swenson.
Os benefícios da plena comunhão podem ser vistos a nível
de Igreja local, afirmou.”Temos assistido a cultos de adoração conjunta, compromissos confessionais cruzados e
oportunidades para inícios de novas igrejas que poderão
começar em conjunto, Não é raro ver as comunidades locais
unindo-se para jantares, estudos bíblicos, e projectos comunitários.”
Além de parcerias em expansão nos Estados Unidos, a
Comissão procura desenvolver parcerias ecuménicas nas
conferências centrais. “A Europa e a África têm as suas
próprias redes ecuménicas”, disse Swenson. “Queremos
estar em parcerias ecuménicas onde tenhamos uma presença
da União Metodista.”
O CGUCAI valoriza as relações conciliares que tem
com o Conselho Mundial de Igrejas, o Fórum Global
Cristão, o Conselho Metodista Mundial, o Conselho
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Nacional de Igrejas de Cristo nos EUA, outros conselhos
nacionais e regionais de igrejas, e Igrejas Cristãs Reunidas
(nos Estados Unidos). A agência vai continuar a sua defesa
para uma observância mais fiel do Princípio Lund, uma vez
que trabalha em conjunto com esses órgãos conciliares
cristãos.
Visão para o Futuro
O CGUCAI, em conjunto com o Conselho dos Bispos,
propõe uma “nova ordem” para a forma como a Igreja
Metodista Unida realiza seus ministérios ecuménicos e
inter-religiosos. Esta nova ordem representa uma tentativa
de manter a fé com a afirmação radical de Henri J. M.
Nouwen: “Não vemos o nosso caminho como um novo tipo
de vida, mas vivemos o nosso caminho num novo tipo de
pensamento. “ Seguindo o exemplo de Sócrates, o CGUCAI
tem procurado liderar, fazendo perguntas. Qual é o melhor
interesse da igreja como um todo, não apenas para o CGUCAI? Que benefícios trará esta mudança? Membros da
comissão acreditam que:
• Aprofundaria o relacionamento entre a equipa
ecuménica e inter-religiosa da Igreja Metodista
Unida e os membros do Conselho dos Bispos, especialmente o seu Director Ecuménico.
• Permitiria ao pessoal assistir obedientemente à educação ecuménica e inter-religiosa e à formação de
bispos.
• Ajudaria a cultivar uma cultura de atenção integral às
coisas ecuménicas e inter-religiosas no seio do
Conselho dos Bispos.
• Incentivaria a construir conexões mais fortes nas conferências anuais.
• Proporcionaria o acesso directo do pessoal ecuménico e inter-religioso aos bispos das conferências centrais e, provavelmente, melhoraria as perspectivas de
compreensão mais profunda e uma maior cooperação
em todo o mundo.
• Habilitaria o pessoal a concentrar-se na visão
ecuménica e inter-religiosa e na missão, evitando
uma preocupação interminável e auto-justificativa
com a agência.
• Refletiria mais claramente o modelo estrutural utilizado por alguns dos nossos parceiros ecuménicos e
permitir-lhes-ia compreender melhor a maneira como
os nossos ministérios ecuménicos e inter-religiosos
são estruturados e conduzidos.
• Facilitaria de uma forma mais harmoniosa as
relações conciliares e inter-religiosas.
• Reduziria o número de pessoas envolvidas na governação, criaria uma alternativa construtiva à forma
habitual de proceder; representa uma tentativa sin-
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cera de ter melhores administradores perante a
escassez de recursos financeiros; e reduzir os custos
significativos.
Ao incorporar o CGUCAI no Conselho dos Bispos, a
Igreja Metodista Unida teria a preciosa oportunidade para
liderar ecumenicamente e inter-religiosamente. Podemos
estar perante um momento oportuno. O CGUCAI está
preparado para tirar o máximo partido desse momento.
Os membros do conselho do CGUCAI acordaram unanimidade e tomaram medidas para propor legislação, no
sentido de incorporar o CGUCAI no Conselho de Bispos.
Num acto de auto-sacrifício, os membros do conselho
votaram a favor de uma nova visão organizacional, para promover a unidade visível da Igreja de Cristo, as relações com
diferentes tradições religiosas, e a expressão dos assuntos
inter-religiosos. O CGUCAI reconheceu que, mesmo com o
Conselho dos Bispos a aprovar a legislação do CGUCAI e a
elaborar a sua própria legislação, não havia, nenhuma
certeza sobre o que a conclusão da Conferência Geral 2012.
Consequentemente, o CGUCAI aprovou a legislação que
lhe permitiria continuar como uma agência geral da igreja,
mas reduzindo os membros do Conselho Administrativo de
trinta e oito para nove.
O CGUCAI está preparado para responder às iniciativas de reestruturação através da conexão. Embuído do
espírito que John P. Kotter descreveu como “paciência
urgente” e aberto às sugestões do Espírito Santo presente no
meio de nós, o conselho de administração do CGUCAI fez
um testemunho eloquente da sua crença “num futuro com
esperança.”
Oportunidades Ecuménicas e Interreligiosas para a Igreja Metodista
Unida para o Próximo Quadriénio
Reconhecendo a necessidade de ser mais sistemático na
capacitação de representantes ecuménicos e inter-religiosos,
o CGUCAI - ou o seu organismo sucessor - planeia realizar
uma reunião de representantes Metodistas Unidos para
formá-los sobre as expectativas e como fornecer feedback
apropriado. Outra importante reunião irá explorar com a
Igreja Metodista Unida e os líderes conciliares seleccionados o panorama ecuménico e inter-religioso dos Estados
Unidos.
Para ajudar a Igreja Metodista Unida a entender melhor
a dimensão ecuménica e inter-religiosa da sua natureza
global, o CGUCAI, ou o seu organismo sucessor, irá proporcionar uma reunião específica, para identificar e formar
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a liderança em toda a denominação, nas áreas da unidade
Cristã e das relações inter-religiosas. O evento destinar-se-á
a recrutar e a cultivar uma nova geração de líderes ecuménicos e inter-religiosos com uma forte ênfase no desenvolvimento de relações num contexto mundial.
Alcance Inter-Religioso e de Relações
Ser-se religioso significa criar laços, mesmo sob
pressão. As Relações inter-religiosas e o diálogo oferecem
oportunidades para descobrir como “a curar” as feridas do
passado e do presente. A necessidade de uma abordagem
renovada de alcance inter-religioso e das relações é evidente
no próprio nome dado à Comissão Geral de Unidade Cristã
e Assuntos Inter-Religiosos. Ao invés de separatismo interreligioso insípido, a nossa denominação está na liderança,
preferindo o risco de encontros vigorosos com “religiões
vivas.” o CGUCAI está organizado para permitir estes
encontros inter-religiosos.
Qualquer experiência cuidadosamente elaborada de
imersão nas relações inter-religiosas fará de nós melhor
Metodistas Unidos e Cristãos mais fortes. Nas relações
inter-religiosas, podemos descobrir o que Krister Stendahl
chamou de “inveja santa” - o respeito mútuo, o respeito
máximo, a sagrada confiança e a afeição completa, como
uma religião poderá sentir por outra tradição religiosa.
Portanto, no próximo quadriénio, o CGUCAI, ou o seu
organismo sucessor, explorará as possibilidades que possam
melhorar e fortalecer o alcance inter-religioso e o diálogo,
com a promessa de expansão e aprofundamento das relações
a nível mundial.
Conclusão: Que Todos Sejam Um. . .
Para que o Mundo Acredite
Em conferências anuais, conferências centrais, distritos
e congregações locais, a Comissão Geral sobre a Unidade
Cristã e Assuntos Inter-religiosos vai continuar a erguer a
oração que Jesus rezou na noite de sua prisão. Continuará a
insistir para que a Igreja Metodista Unida adira ao Princípio
Lund em todos os níveis da vida da Igreja, lembrando que a
unidade cristã tem origem no coração de Deus.
Thomas Merton apontou João 17 como “a última vontade e Testamento de Jesus Cristo.” Esta “oração de despedida de Jesus” tornou-se a pedra angular bíblica do
ecumenismo. Nela, Jesus reza pela Igreja universal. Jesus
ora para a igreja do futuro, para que possa ser una, no seu
testemunho e serviço, para que “o mundo acredite.”
Conforme Rudolf Bultmann observou, Jesus olhou para
além dos discípulos, à mesa da Última Ceia, para incluir
todos os cristãos das gerações vindouras.
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CGUCAI Conselho de Administração
2008-2012
Bispa Mary Ann Swenson, Presidente
Youngsook Kang, Vice-Presidente
Sarah McKinney, Secretária
Harry Askin
Michele Bartlow
Rosalie Riggle Bonner
Charles Brower
Juanita Bryant
Scott Carnes
Edgardo Colón-Emeric
Alan Combs
Bispo Gaspar João Domingos
Walter L. Dry, Sr.
Daniel Garcia
Virginia Gill
Olu Harding
Gary Harke
Jean Hawxhurst
W. Robert Johnson, III
Mary Kercherval Short
Carol Lakota Eastin
Godelieve Manirakiza
Sharon McCrae
Tracy Merrick
Clayton Oliphint
Bispa Sharon Zimmerman Rader
Knut Refsdal
Frederick Reisz
Samuel J. Royappa
Lee Scott
Blenda Smith
Callie Stewart
Blair Thompson
Michelle Thorne
Jacob Tsotigh
Jonathan R. Ulanday
Cynthia Lee Watson
Bispo Timothy Whitaker
Bispo John F. White
Edna Williams
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A Comissão Pan-Metodista
Relatório Resumo da Commissão Pan-Metodista
A Comissão Pan-Metodista assistiu ao seu 25o ano de
existência em 2010 e tenta cumprir o seu chamamento de
defesa pela unidade e pela cooperação, redefinindo a fortalecendo as nossas relações com Jesus Cristo. A declaração
de missão da Comissão Pan-Metodista indica que este grupo
irá “trabalhar para definir, determinar, planear e em cooperação com as agências estabelecidas das várias denominações executar actividades que fomentem uma cooperação
expressiva entre as denominações Metodistas nas colaborações. Essa cooperação incluirá, mas não se limitará a, o
evangelismo, as missões, as publicações, as preocupações
sociais e a educação superior.”
O trabalho do Pan-Metodismo tem-nos desafiado antes
de mais para conhecermos os membros da Família
Metodista e, em segundo lugar, para explorar novos métodos de trabalho comum. Não tem sido uma jornada fácil,
mas confiamos em Deus para nos mostrar o caminho e nos
dirigir através do processo. Somos recordados da oração de
Jesus aos Seus discípulos registada no 17o capítulo do
Evangelho Segundo João, em que Jesus orou que possamos
ser um só para que o mundo saiba e acredite. Por isso, a
meio da jornada, a Comissão encontrou caminhos para
abordar a unidade mediante a cooperação e o trabalho em
conjunto. Assinalamos alguns dos pontos principais:
➣ Afirmada e celebrada a Union American Methodist
Episcopal Church (Igreja Metodista Episcopal da
União Americana) e a African Union Methodist
Protestant Church (Igreja Metodista Protestante da
União), tornando-se membros da Comissão PanMetodista.
➣ Seguiu-se a liderança conjunta durante o
quadriénio entre o Bispo Ronald Cunningham
(CME) e o Bispo Alfred Lloyd Norris (UMC).
➣ Analisaram e modificaram a declaração de missão.
➣ Agradecimento ao Dr. Luther Smith (CME) pelo seu
trabalho continuado com assuntos relacionados com
crianças e pobreza. Sob a sua liderança a Comissão
tem procurado que as denominações associadas
cooperem em defesa das crianças pobres.
➣ Deu-se continuidade à prática de reunir como
Metodistas em várias cidades com o objectivo de
implementar o estreitamento de relações e ministérios Pan-Metodistas. Nessa reunião, cantar-se-á
o hino “Christ the Church You Gave Is Broken”
➣
➣
➣
➣
(Cristo, a Igreja que nos deste está quebrada),
escrito pelo Bispo UMC William Boyd Grove.
Cumprimentamos as seguintes congregações pelo
seu serviço como anfitriões das Reuniões
Metodistas: Templo de Broadway AMEZ Church
e Quinn Chapel AME Church, Louisville, Ky.; St.
Paul UAME Church, Wilmington, Del.; St. John
AUMP Church, Chester, Pa.; Galloway UM
Church, Pearl Street AME Church, Jackson, Miss.;
and Big Bethel AME Church, Atlanta, Ga. O Rev.
Tyrone Gordon presidiu a uma comissão ad hoc
para criar políticas de orientação do trabalho PanMetodista nas comunidades one se realizam as
Reuniões e implementar maior cooperação entre os
Pan-Metodistas.
Agradeceu o trabalho desenvolvido pelos membros
da Comissão que actuaram na qualidade de representantes Pan-Metodistas (com direito a voto) nas
Juntas Gerais e Agências da Igreja Metodista
Unida. A advogada Juanita Bryant, Rev. Dr. W.
Robert Johnson, e o Bispo John White serviram na
Junta Geral da Unidade Cristã e Interesses Interreligiosos (GCCUIC). O Dr. Leo Pinkett serviu na
Junta Geral dos Homens Metodistas Unidos. Rev.
Dr. Rita Colbert serviu como representante PanMetodista na Junta Geral dos Ministérios Globais.
Agradeceu com apreço as fantásticas contribuições
de todos os membros da Comissão pelo seu
empenho na missão da Comissão. A Igreja
Metodista Unida preside neste momento a
Comissão, visto que o Bispo Alfred Lloyd Norris é
o presidente. Outros representantes que serviram
fielmente neste quadriénio incluem o Bispo Violet
Fisher, Bispo Mary Virginia Taylor, Dr. Pamela
Lightsey, Rev. Tyrone Gordon, Srta. Harriet
McCabe, Srta. Dee Hicks, Rev. Victoria Baldwin e
Srta. Jerry Ruth Williams. O Bispo Sharon
Zimmerman Rader e o Rev. Dr. Stephen Sidorak
serviram também como membros afiliados.
Agradecemos ainda as contribuições da Srta. Jerald
McKie que serviu como Secretária Assistente
Administrativa da Comissão Pan-Metodista.
Participaram na Décima Consulta dos Bispos
Metodistas e damos as boas-vindas aos recém
eleitos bispos de cada nomeação. O tema foi “Uma
crise de liderança: Metodismo no séc. XXI.” O
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➣
➣
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➣
➣
➣
Bispo William Willimon foi o orador principal e a
equipa de liderança da Duke University orientou os
bispos na exploração da evidência de uma crise de
liderança, colheita da sabedoria e determinação do
que poderá ser feito na Pan-Metodisticamente
falando.
Foi apresentada uma carta de encorajamento ao
Presidente Barack Obama e, em nome da
Children’s Initiative, foram oferecidas Bíblias às
filhas de Obama, Sasha e Malia.
Revisão do logo Pan-Metodista para mostrar todas
as denominações associadas e fez-se um pin de
lapela.
A Comissão de Educação Superior, presidida pela
Srta. Harriet McCabe, continuou o seu trabalho de
encorajamento no envolvimento Pan-Metodista
intencional a todos os níveis das instituições de
ensino superior operados pelos membros das
denominações. Está também a trabalhar para estabelecer linhas de comunicação referente ao trabalho da campanha infantil.
Desenvolveu-se e distribuiu-se uma brochura publicitária sob a supervisão do Dr. Daryll Coleman,
que presidiu à Comissão do Comité de
Publicidade.
Celebrou-se com os pastores da St. George’s UMC
Church (Rev. Alfred Day) e Mother Bethel AME
Church (Dr. Mark Tyler) em Filadélfia, visto que
ambas as congregações se uniram ao fim de mais
de dois séculos de separação. O facto marcou a
240º aniversário da St. George’s Church e o 250º
aniversário do nascimento de Richard Allen. As
experiências de Allen e outros na St. George’s
Church deram origem à AME Church.
Partilhando actualmente na petição para obter um
selo de correio comemorativo emitido pelos
Serviços Postais dos Estados Unidos, em tributo do
Bispo Richard Allen, fundador da AME Church.
➣ Estabelecido um Plano Estratégico com o objectivo de afirmar Comunhão Plena com as práticas
entre as denominações participantes, dando visível
testemunho da Comunhão Plena, ampliando o
âmbito do trabalho sobre crianças e pobreza e melhorando a utilização das ferramentas tecnológicas,
como o Facebook, para aumentar e vulgarizar a
comunicação. Este esforço foi presidido pela Dra.
Pamela Lightsey.
➣ Relatórios conjuntos das Conferências Gerais das
denominações membro Pan-Metodistas.
➣ Aplaudido e recepcionado um relatório da “Grande
Reunião” das três denominações Metodistas
históricas negras—AME, AMEZ e CME—em
março de 2010. As três não se reuniam há mais de
40 anos. Dessa reunião resultou uma iniciativa
focando o homem negro e a criação da The African
American Black Methodist General Officers
Association (Associação dos Funcionários Gerais
Metodistas Negros Afro-Americanos). A Dra.
Mary A. Love é a actual presidente do novo grupo.
➣ Continuou-se com a tentativa de aprovação da
Comunhão Plena por todas as denominações membro e submeteu-se uma resolução sobre o assunto a
esta Conferência Geral.
➣ Entabularam-se conversações acerca do envolvimento Pan-Metodista com a recém formada organização das Christian Churches Together (CCT),
Igrejas Cristãs Juntas e as Churches United in
Christ (CUIC), Igrejas Unidas em Cristo.
➣ Criou-se um Grupo de Trabalho da Revisão da
Política de Actuação com o objectivo de consolidar
todas as medidas e emendas aprovadas para o
nosso pacto de política de actuação e regulamentos. O Grupo de Trabalho é presidido pelo Bispo
Sharon Rader. Entre os restantes membros contavam-se a Srta. Jerry Ruth Williams, Dr. Robert
Keesee, Srta. Dee Hicks e Dr. Donnell Williams.
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Relatório Quadrienal da
Comissão Pan-Metodista
para a Conferência Geral da
Igreja Metodista Unida
A Comissão Pan-Metodista, presentemente representando cinco denominações históricas negras e a Igreja
Metodista Unida, efectuou, em 2010, o seu 25º aniversário.
Duas novas denominações juntaram-se à Comissão
durante o quadriénio 2009–2012: A União Americana
Metodista Episcopal (UAME) e a União Africana
Metodista da Igreja Protestante (UAMP). Os outros membros são a Metodista Episcopal Africana (MEA), a
Metodista Episcopal do Sião Africana (MESA), e a
Metodista Episcopal Cristã (MEC).
O objectivo da Comissão é lançar as denominações
“em direcção à unidade e à cooperação através da
redefinição e fortalecimento das nossas relações em Jesus
Cristo” e “trabalhar para definir, determinar, planear, e em
cooperação com as agências estabelecidas das diversas
denominações, executar as actividades de incentivo significativo de cooperação entre as denominações Metodista nas
colaborações. “Essa cooperação inclui, mas não estando
limitada, ao evangelismo, às missões, às publicações, às preocupações sociais, e à educação superior.
A Comissão tem enfrentado o desafio de ajudar os
membros da família Metodista a conhecerem-se e a explorarem métodos de trabalho em conjunto. A jornada não tem
sido fácil, mas, durante o processo, a confiança em Deus
tem servido de guia na liderança e na direcção. No 17º capítulo do Evangelho de João está escrito que Jesus orou para
que sejamos um, para que o mundo soubesse e acreditasse.
No meio da jornada deste quadriénio, a Comissão tem
encontrado formas de chegar à unidade através da cooperação. Alguns dos destaques são:
➣ Firmou e celebrou a integração das denominações
UAME e UAMP na Comissão Pan-Metodista.
➣ Celebrou a eleição do membro da Comissão
Sylvester Williams como bispo na Igreja MEC; a
eleição das primeiras mulheres bispo em duas
denominações: A Bispa Mildred Hines (MESA) e
a Bispa Teresa Snorton (MEC), ambas foram
nomeadas membros da Comissão Pan-Metodista;
a eleição do Bispo John F. White na Igreja MEA
e sua nomeação como director confessional
ecuménico e um membro da Comissão PanMetodista.
➣ Acolheu novos membros para a Comissão: Bispo
Alfred Lloyd Norris, Bispa Mary Virginia Taylor,
Sra. Jerry Ruth Williams, Sra. Dee Hicks, o Rev.
Victoria Baldwin da IMU, o Rev. Maurice Harden,
o Rev. Haven Anderson (procurador), a Sra.
Loretta Goff da MESA; Sra. Jeanette Bouknight, o
Rev. Joseph Gordon, o Rev. Alfred Harrison, e o
Bispo W. E. Lockett da Igreja MEC. O Bispo
Lockett faleceu em Março, durante uma viagem de
avião da África para a Europa.
➣ Seguiu-se a liderança partilhada durante o
quadriénio entre o Bispo Ronald Cunningham
(MEC) e o Bispo Alfred Lloyd Norris (IMU).
➣ Avaliou e modificou a declaração da missão da
Comissão.
➣ Reconheu o Dr. Luther Smith (MEC) pelo o seu
trabalho contínuo com as questões relacionadas
com as crianças e a pobreza. Sob a sua liderança, a
Comissão procurou ter as denominações a trabalharem em cooperação em prol das crianças pobres.
❍ Actualmente, todos os seminários PanMetodistas estão envolvidos na campanha, especialmente o Seminário Candler, a Escola de
Teologia São Paulo, o Seminário Teológico
Hood, e o Seminário Teológico Wesley.
❍ Parcerias foram constituídas com o Fundo de
Defesa da Criança, Movimento Inter-Religioso
da Criança, em Atlanta, Uma Igreja - Uma
Escola e a Conferência de Paz de 2010 para as
Crianças do Mundo.
❍ Foi revisto o livreto para as igrejas locais A
Campanha Pan-Metodista para as Crianças na
Pobreza.
❍ Foi lançado o website da campanha: www.pan
methodistcampaignforchildren.org
❍ Foi feito um compromisso para visitar e interagir com as crianças em centros dos ministérios
eficazes e oferecer contribuições financeiras
nessas áreas durante a realização dos Encontros
Metodista. Isto foi feito com sucesso em
Jackson, Mississippi, em 2010.
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➣ Deu continuaidade da prática de encontros como
Metodistas, em várias cidades, com o objectivo de
fomentar o desenvolvimento das relações e ministérios Pan-Metodistas. Em cada Encontro, é cantado o hino, “Cristo, a Igreja que Deste Está
Partida”, escrito pelo Bispo William Boyd Grove
da IMU.
➣ Elogiou as congregações, abaixo mencionadas,
pelo o seu serviço como anfitriões dos Encontros
Metodistas: O Templo Broadway da Igreja MESA
e a Capela Quinn da Igreja MEA, Louisville,
Kentucky; Igreja São Paulo UAME, Wilmington,
Del.; Igreja São João AUMP, Chester, Pensilvânia;
Igreja Galloway UM, Igreja de Pearl Street MEA,
Jackson, Mississipi e Igreja Big Bethel MEA,
Atlanta, Geórgia. O Rev. Tyrone Gordon presidiu
uma comissão ad hoc para desenvolver políticas
que regem o trabalho Pan-Metodista em comunidades onde se realizam os encontros e promovendo uma maior cooperação entre os
Pan-metodistas.
➣ Reconheceu o trabalho dos membros da Comissão
que actuaram como representantes Pan-Metodistas
(com voto) em assembleias gerais e organismos da
IMU: advogada Juanita Bryant, o Rev. W. Robert
Johnson, e o Bispo John White serviu na Comissão
Geral sobre a Unidade Cristã e Assuntos Inter-religiosas; Dr. Leo Pinkett serviu na Comissão Geral
para os Homens Metodistas Unidos, o Rev. Rita
Colbert serviu como representante Pan-Metodista
na Assembleia Geral de Ministérios Globais.
➣ Reconheceu com satisfação o compromisso e as
contribuições dos membros da Comissão Bispo
Alfred Lloyd Norris, presidente actual, a Bispa
Violet Fisher, a Bispa Maria Virginia Taylor, a Rev.
Pamela Lightsey, o Rev. Tyrone Gordon, a Sra.
Harriet McCabe, Sra. Dee Hicks, a Rev. Victoria
Baldwin, e a Sra. Jerry Ruth Williams. Bispa
Sharon Zimmerman Rader e o Rev. Dr. Stephen
Sidorak serviram como membros afiliados. Sra.
Jerald McKie serviu como secretária assistente
administrativa da Comissão.
➣ Foram criados um site Pan-Metodista (www.pan
methodist.org) e um blog Pan-Metodista como
primeiros passos, rumo a uma maior utilização dos
meios de comunicação social.
➣ Participou na Décima consulta dos Bispos
Metodistas e saudação aos bispos recém-eleitos de
cada denominação. “Uma crise de liderança:
Metodismo no “Século 21” foi o tema do evento. O
Bispo William Willimon da IMU serviu como
orador principal. A Equipa de Liderança da
Universidade de Duke guiou os bispos na exploração da evidência de uma crise de liderança, na
recolha da sabedoria, e a determinar o que pode ser
feito como Pan-metodistas.
❍ Os bispos votaram para se efectuar a reunião a
cada dois anos em vez de quatro.
❍ O Bispo Alfred Lloyd Norris da IMU presidiu à
Reunião; o Bispo John White MEA presidiu ao
Comité Gestor.
❍ Vinte e dois bispos no activo e seis bispos
aposentados da IMU participaram da Reunião.
➣ Apresentaram uma carta de encorajamento ao
Presidente Barack Obama e, em nome da Iniciativa
das Crianças, foram oferecidas Bíblias às filhas de
Obama, Sasha e Malia.
➣ Lembraram das contribuições feitas à cooperação
Pan-Metodista por parte de bispos e outros já falecidos.
➣ Fizeram a revisão do logotipo Pan-Metodista agora
disponível nos recursos e itens, incluindo alfinetes
de lapela.
➣ Deram a continuidade com a cooperação em todos
os níveis das instituições de educação superior
relacionadas com as denominações Pan-Metodistas
sob a liderança do Comitê da Comissão de
Educação Superior, presidido pela Sra. Harriet
McCabe. O comitê também está a trabalhar para
estabelecer linhas de comunicação sobre o trabalho
da campanha das crianças.
➣ Desenvolveu e distribuiu um folheto promocional,
sob a liderança da Comissão do Comité de
Publicidade presidido pelo Dr. Daryll Coleman.
➣ Celebrou a união de duas congregações de
Filadélfia - a IMU de St. George e a Mãe da Igreja
AME Mother Bethel –que reuniram-se após mais
de dois séculos de separação para celebrar o 240º
aniversário de São Jorge e do nascimento de
Richard Allen. As experiências de Allen e outros
em St. George fez nascer a Igreja MEA. O Pastor
actual de St. George é o Rev. Alfred Day, o pastor
actual em Mother Bethel AME é o Rev. Mark
Tyler.
➣ Juntamente com outros, foi efectuada a petição aos
Correios Norte Americanos para lançar um selo
comemorativo em homenagem ao Bispo Richard
Allen, fundador da Igreja MEA.
➣ Estabeleceu um plano estratégico com o objectivo
de firmar as práticas de plena comunhão entre as
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denominações Pan-Metodistas, oferecendo um
testemunho visível de Comunhão Plena, ampliando
o trabalho sobre as crianças e iniciativa contra a
pobreza e melhorar a utilização de ferramentas tecnológicas como o Facebook para melhorar comunicação e branding. Este esforço foi presidido pela
Rev. Pamela Lightsey.
Partilhou relatórios das conferências gerais dos
membros das denominações Pan-Metodistas.
Aplaudiu e recebeu um relatório do “grande encontro” das três históricas denominações Metodistas
negras - MEA, MESA e MEC - em Março de 2010.
Os três não já se reuniam há mais 40 anos. À
margem do encontro surgiu uma iniciativa com
enfoque nos homens negros e com a criação da
Associação Geral de Oficiais Afro-americana
Metodista Negra. Dra. Mary A. Love é a actual
presidente do novo grupo.
Continuação da investigação da aprovação da
Plena Comunhão por todos os representantes das
denominações e apresentação de uma resolução a
esta Conferência Geral, apoiando este movimento.
Estabeleceu um plano para envolver mais jovens
no trabalho do Pan-Metodismo. Os Representantes
das Denominações são convidados a nomear pelo
menos um dos jovens ou adultos jovens à
Comissão. Estão a ser desenvolvidos esforços para
envolver mais jovens em futuros encontros . A
experiência de adoração direccionada para os
jovens adultos foi realizada, em Março de 2011,
em Atlanta.
➣ Explorou o envolvimento Pan-Metodista com as
organizações recém-formadas das Igrejas Cristãs
Unificadas (ICU) e das Igrejas Unidas em Cristo
(IUC).
➣ Estabeleceu uma força-tarefa sobre a Revisão da
Política para consolidar todas as acções aprovadas
e as alterações à política e regulamento interno da
Comissão de aliança. A força-tarefa é presidida
pela Bispa Sharon Rader. Outros membros incluem
a Sra. Ruth Jerry Williams, Dr. Robert Keesee, Ms.
Dee Hicks, e Dr. Donnell Williams.
A Comissão Pan-Metodista valoriza a história, a herança e contribuições de cada ramificação da família
Metodista e está ansiosa por estreitar as relações e encontrar
caminhos para empenhar-se no ministério. Glória a Deus!
Submetido por:
Bispo Alfred L. Norris - Presidente
Bispo Linwood Rideout - Vice-Presidente
Rev. Dra. Letitia Williams-Watford - Secretária
Mr. Derek Anderson - Tesoureiro
Ms. Elizabeth Reid - Secretária Financeira
Dra. Mary A. Love - Secretária Administrativa
A Comissão Pan-Metodista
Igreja Metodista Episcopal Africana
Bispo John F. White, Sr. - Miramar, FL
Bispo Richard F. Norris - Philadelphia, PA
Rev. Theresa Bedford - New York
Dr. Letitia Williams-Watford - Montgomery, AL
Rev. Dr. Robert Keesee - Nashville, TN
Bispa Carolyn Tyler Guidry - Jackson, MS
Rev. Albert D. Tyson III - Chicago, IL
Sr. Addison Young - Atlanta, GA
Mr. Derek Anderson - Columbus, OH
Mr. Larry Hollie - Katy, TX
Igreja Metodista Episcopalde Sião Africana
Bispo Roy A. Holmes - Chicago, IL
Bispa Mildred Hines - Los Angeles, CA
Rev. Dr. Rita Colbert - Mitchellville, MD
Ms. Lula Howard - Louisville, KY
Sra. Loretta Goff - Westbury, NY
Rev. Maurice Harden - Kannapolis, NC
Rev. Haven Anderson - Charlotte, NC (Procurador)
União Africana Igreja Protestante Metodista
Bispo Delbert Jackson - Newark, DE
Bispo Kenneth Monroe - Rock Hill, SC
Rev. Eric Leake - Flossmoor, IL
Dr. W. Robert Johnson, III - Charlotte, NC
Ms. Elizabeth Reid - Heath Springs, SC
Rev. Dr. Donnell Williams – Tuscaloosa, AL (Procurador)
Dr. Mary A. Love (Pessoal) - Charlotte, NC
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Igreja Metodista Episcopal Cristã
Bispo Ronald Cunningham - Dallas, TX
Bispa Teresa Snorton - Decatur, GA
Dr. Leo Pinkett - Atlanta, GA
Dr. Daryll Coleman - Jackson, TN
Rev. Joseph Gordon - Detroit, MI
Bispo Sylvester Williams - Cincinnati, OH
Dr. Luther Smith, Jr. - Atlanta, GA
Ms. Jeanette Bouknight - Detroit, MI
Rev. Alfred Harrison - Temple Hills, MD
União Americana da Igreja Metodista Episcopal
Bispo Michael Moulden - Wilmington, DE Bispo Linwood Rideout -Wilmington, DE
Igreja Metodista Unida
Bispa Violet Fisher – Wilmington, DE
Bispa Mary Virginia Taylor – Columbia, SC
Bispo Alfred L. Norris - Jonesboro, GA
Rev. Dr. Tyrone Gordon - Dallas, TX
Sra. Harriet McCabe - Naperville, IL
Rev. Victoria Sizemore-Baldwin - Senatobia, MS
Rev. Dr. Pamela Lightsey - Boston, MA
Ms. Dee Hicks - Las Vegas, NV
Sra. Ruth Jerry Williams - Chesterfield, MO
Rev. Dr. Stephen J. Sidorak, Jr. (GCCUIC)-NY, NY
Bispa Sharon Zimmerman Rader - Directora Ecuménica
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A Comissão Geral de Religião e Raça
Mudar a conversa sobre Raça na Igreja Metodista Unida
I. Introdução: Visão e Missão
Quando chegou o Dia de Pentecostes, todos eles
estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do
céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e
encheu a casa onde eles se encontravam. Apareceram
então uma espécie de línguas de fogo, que se espalharam e foram poisar sobre cada um deles. Todos
ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar
em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia
que falassem.
Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e
ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos a
falar na sua própria língua. Todos estavam admirados e
perplexos, e cada um perguntava ao outro: “O que quer
dizer isto?” Outros escarneciam e diziam: “Eles estão
embriagados com vinho doce!”
Então Pedro, que estava ali com os outros onze
Apóstolos, levantou-se e disse em voz alta: “Homens
da Judeia e todos os que vos encontrais em Jerusalém!
Compreendei o que está a acontecer e prestai atenção
às minhas palavras: estes homens não estão embriagados como pensais, pois são apenas nove horas da
manhã. Pelo contrário, está a acontecer aquilo que o
profeta Joel anunciou:
“Nos últimos dias, diz o Senhor,
Eu derramarei o meu Espírito sobre todas as pessoas.
Os vossos filhos e filhas vão profetizar,
os jovens terão visões
e os anciãos terão sonhos.”
—Actos 2:1-4, 6, 12-17, Bíblia Inglesa
Neste primeiro dia de Pentecostes, o povo judeu estava
preparado para a celebração habitual da festa da colheita.
Pessoas de toda a diáspora vieram de Jerusalém para o festival da colheita Shavu’oth—um momento para recordar e
celebrar quando Deus deu os Dez Mandamentos no Monte
Sinai, cinquenta dias depois do xodo. Era como qualquer
outra festa da colheita - comida e bebida, companheirismo e
diversão, louvor e adoração. Mas não foi um Shavu’oth normal. Desta vez foi também cinquenta dias depois da Páscoa,
após a ressurreição de Jesus. E, neste dia, Deus deu o Dom
do Espírito Santo sob a forma de um vento súbito e
poderoso. Tudo foi feito novo.
É justo que a celebração do que Deus fez coincida com
o extraordinário dom do que Deus está a fazer. A lembrança
e a visão são muitas vezes inseparáveis. Através do
Ministério da Comissão Geral de Religião e Raça (GCORR
do inglês General Commission on Religion and Race),
vemos a lembrança do passado segregado e as réstias
dolorosas do racismo, celebramos o que Deus fez e apelamos à Igreja para continuar a ser aberta à obra do Espírito
Santo, sabendo que o trabalho transformador de Deus está
em curso no seio da Igreja e do mundo. Apesar dos ganhos,
e durante uma época em que algumas pessoas afirmam que
estamos a viver numa era pós-racial, as realidades do racismo e da falta de equidade continuam a permear as próprias
fundações da Igreja. Como denominação e mundo, nós não
vivemos numa era “pós-racismo”. A obra de desmantelar o
racismo nos sistemas e estruturas da Igreja estão no centro
da missão do GCORR. Relembrando o passado e celebrando os lugares de cura do racismo e de reconciliação, não é
tempo de descansar, mas sim de olhar para além do que é
para o que pode ser.
A Igreja Metodista Unida ainda está na jornada em
direcção à justiça e equidade racial. A Comissão Geral de
Religião e Raça (GCORR) foi desafiada, há mais de 44
anos, a apoiar as agências da denominação, as instituições,
as conferências (regionais) anuais e as congregações para
conseguir a participação plena e igual dos seus constituintes
pertencentes a minorias étnicas e raciais em toda a vida e
missão da Igreja. Actualmente, a Comissão Geral de
Religião e Raça existe para ajudar a Igreja Metodista Unida
a viver a sua missão num mundo diversificado e mover a
Igreja do racismo para os relacionamentos.
Ao longo do último quadriénio, a Comissão tem sido
líder em várias áreas importantes. Alguns dos destaques
incluem:
O Fundo de Auto-Determinação de Grupos
Minoritários (FADGM) ou o Fundo de Acção CORR é um
veículo para a conexão com igrejas locais. O FADGM financia igrejas locais, grupos comunitários e convenções que
oferecem serviços e actividades promocionais em nome de
grupos étnicos raciais dentro dos EUA. Desde a sua criação,
o fundo de doações concedeu mais de 20 milhões de dólares
de apoio a mais de 500 projectos em igrejas e comunidades
locais e em toda a conexão Metodista Unida. Estes projectos têm apoiado os ministérios da educação, justiça social e
de imigração da igreja, e resultaram em comunidades mais
fortes, na aprovação de leis justas e apoio àqueles que se
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encontram à margem da sociedade. Em 2008, GCORR realizou um inquérito aos accionistas do FADGM incluindo
mais de 250 antigos beneficiários de subvenções no passado, membros actuais e antigos da comissão de subvenções,
pessoal relacionado com as subvenções e pessoal da conferência. Dos projectos analisados, aproximadamente 45 por
cento dos programas continuou após os acordos de financiamento terem terminado. A Comissão fez aumentar a
capacidade dos beneficiários das subvenções de sustentar o
seu trabalho depois do financiamento terminar, uma prioridade dos seus esforços de atribuição de subvenções. A partir de 2011, quase 65 por cento dos beneficiários das
subvenções são sustentáveis, uma número que representa o
padrão da indústria em filantropia. As prioridades de financiamento estão ligadas ao trabalho das prioridades estratégicas do GCORR e os beneficiados não são apenas
suportados pelo GCORR mas tornam-se parceiros e colaboradores da agência.
Seminários de liderança e outros tipos de programas
educacionais e de formação, centrais para o ministério do
GCORR. Setenta e cinco por cento do tempo do pessoal é
passado a responder aos pedidos de formação e de recursos
em conferências anuais e igrejas locais. Estas formações
desenvolvem líderes, melhoram os ministérios e ajudam a
criar visões para o futuro de uma igreja que luta por relevância numa realidade global. Formulários de avaliação pósformação, conversas com líderes da igreja e observação
directa da formação pela liderança do GCORR fizeram da
formação um ponto forte da agência e têm sido uma fonte
útil de informações sobre áreas de melhoria. Este
quadriénio, o GCORR estabeleceu diversos mecanismos de
avaliação que visam melhorar a experiência de formação,
actualizar o conjunto de competência do formador, introduzir controlo de qualidade dos conteúdos e melhorar a
transferência da aprendizagem. Além disso, os recursos
online, incluindo podcasts, webinars e o alcance através de
meios de comunicação social expandiram o impacto e os
pontos de contacto da agência.
O ministério de monitorização incluindo a avaliação
das Agências Gerais, das Conferências anuais e das
Escolas Teológicas (em parceria com a Junta Geral de
Educação Superior e Ministério) e tem sido a forma primordial através da qual a Comissão efectua alterações institucionais na igreja. Desde a sua criação, o GCORR realizou
mais de 1500 avaliações/auditorias a conferências anuais,
60 avaliações/auditorias a agências gerais e 50 avaliações a
seminários. Estas avaliações resultaram em melhorias de
políticas, processos e programas nestas instituições, uma
vez que vivem em reflexo do compromisso da denominação
relativamente ao anti-racismo e à inclusão. Este quadriénio,
o ministério de monitorização e avaliação foi revisto para
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actualizar as nossas ferramentas de monitorização e para
tornar este ministério relevante no que diz respeito às necessidades da igreja e também para incluir a análise do impacto
de equidade.
O GCORR, numa parceria conjunta com a Junta Geral
de Educação Superior e Ministério (GBHEM do inglês
General Board of Higher Education and Ministry), realizou
um estudo dos salários dos clérigos Metodistas Unidos no
contexto dos EUA. A investigação centrou-se na questão
relativamente a se havia alguma desproporção entre os
salários dos clérigos étnicos/raciais e os salários dos clérigos de raça branca. Os resultados realçaram a necessidade
de abordar uma lacuna específica nos salários dos grupos
étnicos/raciais em comparação com a média de remuneração.
Como defensor de um processo justo, a Comissão
ouviu as queixas dos que se sentem marginalizados na
denominação. O GCORR monitoriza as políticas, os processos da Igreja e os locais de aprendizagem (Seminários e
Escolas de Teologia da Igreja Metodista Unida) e ainda os
locais de trabalho e testemunho (agências gerais, conferências anuais, Conferência Geral) para assegurar uma
equidade racial a todos os níveis de liderança da igreja. O
GCORR criou prioridades estratégicas para abordar as quatro áreas principais da Igreja Metodista Unida no que se refere à justiça racial e equidade. Foram desenvolvidos
programas, oportunidades de advocacia e recursos para
combater questões sociais emergentes que são cruciais para
a busca da justiça racial e inclusão na Igreja e na sociedade,
mais especificamente o racismo global, os direitos dos imigrantes e a eliminação de nomes e mascotes ofensivas da
equipa de atletas nativo-americanos, os perfis raciais e a utilização da palavra ilegal para descrever pessoas imigrantes
em situação irregular.
II. Mandatos e Legislação proposta
O GCORR celebra, com todo o coração, o que tem sido
feito para construir a comunidade amada. Porque os
esforços humanos ficam aquém da visão de Deus, a
Comissão Geral de Religião e Raça está aberta a uma nova
visão, novos sonhos e a um espírito renovado que ajudará a
Igreja Metodista Unida a alcançar a equidade racial,
inclusão, justiça e a criação de discípulos proféticos de Jesus
Cristo para a transformação do mundo.
Sendo a agência geral responsável por desafiar a Igreja
a viver nesta nova dimensão e a criar o modelo da comunidade amada, devemos preparar-nos para um novo futuro,
uma nova realidade. Nesta Conferência Geral, o Conselho
de Directores do GCORR propõe uma revisão dos manda-
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dos disciplinares da agência. Através de uma maior clareza
de propósitos e do ministério, a Comissão Geral de Religião
e Raça não procura ser conhecida simplesmente como
“agência de monitorização”, mas sim como uma agência
que disponibiliza recursos às congregações a nível global ao
mesmo tempo que apoia líderes conexionais e estruturas
para desenvolver e empregar a competência cultural e
equidade nos processos, políticas e tomadas de decisão.
Centrando-se em mandatos com resultados claros e
impacto, a Comissão Geral de Religião e Raça está pronta
para estabelecer parcerias com igrejas locais, conferências
anuais e liderança denominal para ajudar a Igreja a ser relevante e a estabelecer relações numa comunidade global.
1231
2.
3.
As alterações legislativas incluem uma alteração da
declaração de objectivos da agência para reflectir a necessidade de estabelecer parcerias com todos os membros da
nossa estrutura conexional para assegurar que a igreja e o
mundo continuam a trabalhar para a justiça e inclusão. Além
disso, as responsabilidades da agência foram aperfeiçoadas
para dar maior clareza e ênfase ao seu trabalho na defesa,
formação, resolução de disputas, investigação e capacitação, acerca das questões de competência cultural,
nomeação e ministério entre raças e entre culturas, equidade
racial e interseccionalidade dentro da Igreja.
A legislação proposta é a seguinte:
¶ 2002. Finalidade—O principal objectivo da
Comissão Geral de Religião e Raça será desafiar, conduzir
e ajudar o povo da Igreja Metodista Unida a ser e a tornarse o corpo intencionalmente diverso de Cristo mencionado
na Escritura e reflectido na comunidade global. Em resposta a uma consciência crescente do impacto do privilégio e do
poder na comunidade global, a Comissão deve mobilizar os
indivíduos para viver os ideais wesleyanos de santidade pessoal e social. A Comissão Geral de Religião e Raça existe
para liderar a Igreja na sua transformação pessoal e sistémica. Através do equipamento, responsabilização e parceria
com todas as estruturas conexionais da Igreja Metodista
Unida, a Comissão continuará a promover a igualdade
racial, justiça e a criar discípulos proféticos de Jesus Cristo
para a transformação do mundo.
¶ 2008. Responsabilidades—A comissão geral
assumirá a responsabilidade da Igreja geral em relação às
seguintes matérias:
1. Defendendo a liderança visível e profética a todos
os níveis da Igreja Global e mobilizando todas as
4.
5.
6.
pessoas para a acção na Igreja e no mundo em torno
de questões de justiça racial e de inclusão, para que
o acesso ao poder e aos recursos, juntamente com os
dons e graças das pessoas historicamente marginalizadas, possam ser utilizados para trazer o reino de
Deus;
Assegurar a equidade racial, justiça e inclusão nas
seguintes matérias, entre outras: resolver disputas
raciais e culturais e responsabilizar-se pela criação e
execução de políticas, programas e procedimentos
para que cada nível da Igreja Global seja mais eficaz
no ministério a uma diversidade cada vez maior de
comunidades;
Realizar investigações e análises com o objectivo de
envolver a liderança leiga e clerical nas realidades
sócio-culturais complexas em que as congregações e
conferências a nível global aprofundam as relações
necessárias para cumprir a missão da Igreja
Metodista Unida num mundo com diversidade;
Disponibilizar formação, recursos e consultas a
todos os níveis da Igreja Global para:
• Aumentar o número de líderes com competências
culturais;
• Expandir o ministério relevante e vital da igreja
local;
• Desafiar os privilégios dos brancos e promover
um esforço anti-racismo;
• Mais justiça, equidade e reconciliação racial/
étnica/tribal;
Consciencializar os membros da Igreja, para que
estes aprendam a valorizar e a aceitar as diferenças
culturais e se tornem agentes da mudança na Igreja
e no mundo;
Identificar e responder a questões importantes da
denominação, como sejam o desenvolvimento de
líderes com competências culturais, o ministério
inter-racial/intercultural e multicultural, a renovação
do ministério étnico, o racismo global, o etnocentrismo e o tribalismo para que a Igreja avance mais
eficazmente na sua missão numa sociedade global e
diversificada;
Administrar o Fundo de Acção da GCORR
(Comissão Geral de Religião e Raça). O Fundo de
Acção da GCORR (Comissão Geral de Religião e
Raça) foi criado pela Conferência Geral da Igreja
Metodista Unida para dar mais poder à diversidade,
inclusão e ao trabalho de justiça social dentro e fora
da Igreja. O fundo está disponível através de subvenções a congregações que incluam pessoas raciais
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e étnicas, a agências comunitárias e a outros grupos
para os fins determinados pela Conferência Geral. O
fundo deverá ser administrado pela Comissão Geral
de Religião e Raça em nome da Igreja Metodista
Unida. A Comissão Geral deve ser responsável pelo
desenvolvimento de directrizes e políticas relativamente às subvenções e para a avaliação dos projectos que receberão apoio.
Nas palavras da Constituição
Metodista Unida:
A Igreja Metodista Unida reconhece que o pecado do
racismo tem sido destrutivo para a sua unidade ao longo da
história. O racismo continua a causar divisão e marginalização dolorosas. A Igreja Metodista Unida deve lutar e
procurar eliminar o racismo, em organização ou em indivíduos, em todas as facetas da sua vida e na sociedade em
geral. A Igreja Metodista Unida deve trabalhar em colaboração com outros para enfrentar as preocupações que
ameaçam a causa da justiça social sempre e em qualquer
lugar. (Artigo V, Livro de Disciplina (2004), ¶5)
Desde a criação da Comissão pela Conferência Geral
de 1968, a denominação e as paisagens globais sofreram
alterações. Apesar de se ter aprendido e ganho muito desde
essa altura, a Igreja Metodista Unida ainda não é a igreja
diversa que pretende ser. Idealmente, uma congregação
local vital reflecte a demografia da sua comunidade. Em
números aproximados, a IMU nos Estados Unidos apresenta 8,4 por cento de membros de cor no total de membros que
possui. Na população em geral, porém, é 33 por cento.
Desde 2009, a percentagem de membros das conferência
centrais é de 36,4 por cento de todos os membros da Igreja
Metodista Unida, o que realça o desafio contínuo de ser uma
igreja global equitativa. Os novos mandatos propostos para
a GCORR reflectem a necessidade de envolver as conferências centrais e reflectir um compromisso intencional para
estabelecer parcerias com estas no trabalho que temos pela
frente.
Embora haja excepções em alguns locais na conexão, é
evidente que os membros da IMU não reflectem a crescente
diversidade étnica racial dentro dos Estados Unidos e das
conferências centrais. Muitas conferências anuais estão seriamente empenhadas em combater isto para sustentar a nova
igreja que começa nas comunidades de cor ou para renovar
as congregações em declínio em comunidades de cor ou em
comunidades em mudança demográfica. Actualmente, o
tecido racial e étnico dos Estados Unidos é dramaticamente
diferente do que existia há vinte anos atrás, de tal forma que
o censo recente chocou demógrafos e sociólogos. Em 2011,
com 50 milhões de pessoas, a população hispânica/latina
dos EUA mais que duplicou desde 1990. Muitos dos afroamericanos do país estão a deixar as cidades onde dantes
eram o maior grupo minoritário dirigindo-se para os subúrbios. Africanos de toda a Diáspora estão a chegar aos EUA
para enfrentar novos desafios e discriminação como
“novos” afro-americanos.
A identidade racial e cultural têm muitas camadas.
Vivemos numa comunidade em constante mudança global,
com uma diversidade de identidades multirraciais onde a
identificação étnica racial não se limita a uma categoria.
Também grande parte do mundo baseia a identidade na
nacionalidade étnica, em vez de nas categorias étnicas raciais. As Nações Unidas e os países que não os EUA têm
diferentes classificações raciais e muitas vezes incluem pessoas que têm mais do que uma identidade racial ou étnica.
Isto dá visibilidade às pessoas que normalmente são excluídas. Muitos dos formulários da nossa igreja são excludentes
exigindo que a crescente população de pessoas
birraciais/multirraciais escolha entre duas identidades e se
identifique seleccionando apenas uma das seis opções raciais dominantes: Asiático, Negro, Branco, Hispânico/latino,
Nativo americano e Americano das Ilhas do Pacífico.
A Comissão Geral de Religião e Raça desafia a Igreja
Metodista Unida a expandir a sua linguagem de inclusão em
todos os aspectos da Igreja de forma a incluir pessoas birraciais/multirraciais oferecendo opções de identificação racial
que não limitam mas incluem as pessoas com mais do que
um contexto racial ou étnico. A diversidade humana é a assinatura de Deus. Enquanto a nossa identidade primária seja a
de filhos de Deus, as múltiplas realidades, incluindo a cultura, moldam e formam a nossa identidade.
Durante esta Conferência Geral, a Comissão Geral
procura adicionar uma linguagem aos Princípios Sociais que
reconheça o impacto da cultura na formação da nossa identidade. Cada um de nós tem várias identidades de igual valor
que se interseccionam para formar o nosso eu completo.
Com essa identidade surgem as construções societais e culturais que têm impactos positivos e negativos na
humanidade e na Igreja. A GCORR desafia a Igreja a
abraçar e nutrir a formação cultural e competência como um
meio para ser um só corpo completo, expresso de múltiplas
maneiras. Afirmamos que nenhuma identidade ou cultura
tem mais legitimidade do que qualquer outra e convidamos
a Igreja a desafiar qualquer hierarquia de culturas ou identidades. Por meio de relações dentro e entre as culturas somos
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chamados a e temos a responsabilidade de aprender uns com
os outros com dignidade, mostrando respeito mútuo pelas
nossas diferenças e semelhanças, e experimentando outras a
partir de uma diversidade de perspectivas e pontos de vista,
não apenas das nossas.
III. Equidade racial
Embora tenham sido feitos avanços significativos em
áreas da justiça racial na Igreja e na sociedade, existem
ainda barreiras sistémicas. O racismo estrutural está inserido nas políticas e práticas que contribuem para resultados de
desigualdade racial, legitimam as disparidades raciais e
comprometem o progresso em direcção à equidade racial.
Estas injustiças não são devidamente abordadas, fazendo-se
da representação a marca de inclusão.
A equidade racial como uma visão nem sempre é compreendida. A equidade racial é uma condição alcançada
quando a raça ou etnia de uma pessoa não é o elemento
preditivo principal (em termos estatísticos) de como uma
pessoa vive ou tem sucesso. O objectivo da equidade racial
é, através da justiça social e do trabalho de inclusão,
desmontar os sistemas, estruturas e processos que tornam a
raça num factor de avaliação do mérito ou da distribuição de
oportunidades (The Aspen Institute, Setembro de 2009).
Assim, um compromisso com a equidade racial é um
compromisso de enfrentar o impacto das políticas, procedimentos e orçamentos em diferentes comunidades raciais e
étnicas em todos os níveis da missão da denominação.
Através de avaliações do impacto da equidade, a visão da
equidade racial torna-se central para o nosso compromisso
com a justiça e inclusão em todos os aspectos da vida da
nossa igreja. A intenção das avaliações do impacto da
equidade é identificar formas de maximizar a equidade
(quebrar disparidades entre raça e etnia) e de inclusão e
minimizar os impactos não previstos. Essas avaliações
fornecem plataformas para a defesa e transformação nas
políticas da denominação.
A equidade racial requer a transformação de todos os
aspectos da nossa sociedade, desde o pensamento popular
à legislação. Diferenciamos justiça racial de diversidade e
de multiculturalismo. Pode haver diversidade sem equidade.
O foco da diversidade aborda principalmente os sintomas
do racismo - com o objectivo de minimizar as tensões raciais e maximizar a capacidade das pessoas de tolerar as
diferenças e conviverem. O foco da justiça racial aborda
principalmente as causas da desigualdade e as soluções e
estratégias para promover a equidade. [Rinku Sen, em
“Fund Racial Justice Strategies, Not Just Diversity,”]
1233
A GCORR criou uma série de ferramentas, incluindo
avaliações do impacto da equidade, para medir o impacto da
legislação, propostas e iniciativas-chave da Igreja ao nível
da conferência e da Igreja geral. Estas avaliações ajudam os
líderes a considerar o impacto de decisões importantes sobre
grupos marginalizados na Igreja e a assegurar que a justiça
e inclusão são considerações importantes no processo de
tomada de decisão.
IV. Competência cultural
A Comissão Geral de Religião e Raça procura introduzir e apoiar a formação de competência cultural e o
desenvolvimento de líderes em todos os níveis da Igreja.
Com a Igreja Metodista Unida a tornar-se uma denominação
cada vez mais racial e etnicamente diversa, que procura ser
o corpo eficaz e inclusivo de Cristo, devemos enfrentar a
realidade histórica de opressão social que reflecte a cultura
dominante e leva a uma falta de participação efectiva em
todos os níveis da liderança da conferência.
Nós achamos particularmente útil para a nossa igreja
local e estruturas denominacionais o seguinte significado de
competência cultural: “Competência cultural é um processo
de desenvolvimento de proficiência em responder eficazmente num contexto transcultural. É o processo pelo qual
indivíduos, agências e sistemas integram e transformam a
consciência de pressupostos, valores, preconceitos e conhecimentos sobre si mesmos e sobre os outros para responder com respeito e de forma eficaz através de diversas
culturas, línguas, estados socioeconómicos, raças, origens
étnicas, religiões, géneros, orientações sexuais e habilidades. A competência cultural reconhece, afirma, promove
e valoriza os pontos fortes dos indivíduos, famílias e comunidades e protege e preserva o valor e dignidade de cada
um” (Serviços de Saúde Mental e Física do Estado de
Wisconsin).
A competência cultural é uma competência de liderança que pode ser adquirida. A Igreja Metodista Unida tem
a responsabilidade de proporcionar recursos e apoio à liderança da conferência anual nas suas responsabilidades pela
participação efectiva de todos os membros e mais especialmente dos membros de minorias históricas e imigrantes. A
GCORR está a propôr, através de legislação, que os presidentes de todas as comissões da conferência anual, agências, comités e comissões, membros da Junta do Laicado, e
todos os membros da comissão de nomeações, participem
em acções de formação de competências culturais, a fim de
assegurar a participação efectiva e completa de todos os
membros do comité. Com o apoio e financiamento da
Comissão Geral de Religião e Raça, essas formações teriam
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lugar, idealmente, em todos os anos nos seis meses que se
seguem à conferência anual.
Ao comprometermo-nos a tornarmo-nos mais culturalmente competentes, transformamos as nossas igrejas locais
e iniciativas denominacionais em comunidades inclusivas
vitais e eficazes em que o valor sagrado e os dons de todas
as pessoas são afirmados. Louvamos a afirmação da Wesley
Foundation da Universidade de Iowa sobre a Inclusão: “. . .
Como uma comunidade de fé dedicada a adorar e servir a
Deus, somos chamados a seguir o exemplo de Deus, não
construindo quaisquer paredes que possam limitar a nossa
capacidade de crescer como uma comunidade de amor
cristão. . . . Acreditamos que, para ser uma comunidade de
fiéis, somos chamados a ver o rosto de Cristo em cada um
de nós, afirmando as nossas relações como irmãos e irmãs
em Cristo. . . .”
A Comissão Geral de Religião e Raça convida a Igreja
a desenvolver os recursos necessários de inclusividade e
competência cultural nas áreas de novas igrejas, de liderança e desenvolvimento de conferências anuais e congregações e de ministérios de missão. Esses recursos não
podem ser assumidos no desenvolvimento, mas devem ser
criados e informados pelas tendências da igreja.
V. Ministério e nomeações
inter-raciais e interculturais
A Igreja Metodista Unida tem testemunhado o que
muitos consideram uma acção corajosa, a nomeação de pastores para liderar as congregações que são racial e culturalmente diferentes da etnia racial dos próprios pastores. Para
a iniciativa de 2011 Enfrentar o Futuro da GCORR e
GBHEM: Nomeações inter-raciais e interculturais numa
convocação da Igreja Global, a GCORR preparou um
relatório sobre o estado actual dessas nomeações com base
numa amostragem de 25 conferências anuais nos EUA dentro das cinco jurisdições.
Principais constatações:
➣ Uma falta de compreensão dos factores culturais e
raciais na preparação de pastores e congregações
numa nomeação CR/CC (inter-racial/intercultural,
do inglês Cross-Racial/Cross-Cultural).
➣ Falta de formação sobre a compreensão cultural e
factores que têm impacto nas nomeações inter-raciais e inter-culturais direccionadas aos membros
dos gabinetes e das Juntas do Ministério Ordenado.
➣ Quase dois terços das conferências anuais não
oferecem formação para pastores num ambiente
inter-racial e intercultural.
➣ As nomeações inter-raciais e interculturais mal
sucedidas têm impacto no pastor, na família do
pastor e na congregação.
➣ As mudanças demográficas da população e dos
bairros tornam mais urgente a necessidade de pastores e congregações treinados para trabalhar em
contextos interculturais.
➣ São necessários maior formação e suporte sistémico para produzir:
❍ Líderes da igreja culturalmente competentes,
equipados e diversificados ao nível de bispo,
gabinete e Juntas do Ministério Ordenado.
❍ Padrões de nomeação inter-racial e intercultural
são implementados utilizando uma visão da igreja, inclusiva de todos os dons culturais da
denominação.
❍ A cultura institucional é reformada e remodelada em todo o clero, liderança da igreja em
geral, e conexões congregacionais para o clima
racial de uma igreja em constante expansão
global.
Estratégias para um Ministério Vital e
Relevante
➣ Ver todas as congregações como uma possível
nomeação CR/CC, o que permitirá que o
necessário trabalho de desenvolvimento ocorra
antes de ser efectuada uma nomeação.
➣ Promover experiências interculturais e formação
substantiva de CR/CC em todos os níveis de liderança e formação de discipulado, incluindo o
processo de nomeações.
Visões do Futuro
➣ A igreja tem testemunhado um aumento das comunidades raciais/étnicas e cultivou especialistas,
líderes pastorais culturalmente competentes e
recursos educacionais para atender às necessidades
crescentes das nomeações CR/CC.
➣ Serão construídas comunidades e igrejas mais
fortes se forem guiadas por um processo de
nomeação CR/CC profundo e inclusivo, que inclui
formação e experiências interculturais.
As tendências nas nomeações inter-raciais e interculturais mostram, em média, um aumento constante nas cinco
jurisdições. A Igreja irá duplicar o número de nomeações
inter-raciais e interculturais na próxima década. Será o
maior aumento que a denominação já experienciou nos últimos 30 anos. Apesar do crescimento destas nomeações,
continuam a surgir tensões nas comunidades onde existe o
privilégio dos brancos e o racismo. A noção pré-concebida
de que as nomeações inter-raciais e interculturais são apenas
fruto do trabalho de pessoas raciais/étnicas deve ser con-
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frontada e desafiada. Neste momento, é importante haver
um acordo generalizado de que as nomeações inter-raciais e
interculturais são um problema de todos. A GCORR, através
da formação de competências culturais e de parcerias com
os líderes da Igreja, gabinetes e Juntas do Ministério
Ordenado, está a combater activamente os problemas
sistémicos que evitam que as nomeações inter-raciais e
interculturais sejam um valor central do sistema itinerante.
Onde podemos e devemos concentrar a nossa energia é
nas práticas não intencionais, incluindo a falta de formação
e preparação para compromissos inter-raciais e interculturais e a necessidade de que os bispos, os gabinetes, as Juntas
do Ministério Ordenado, os clérigos e os leigos, todos eles
estejam melhor equipados e preparados para a experienciar,
apoiar e para fortalecer nomeações eficazes através de fronteiras.
É imperativo que os clérigos com nomeações inter-raciais e interculturais compreendam a dinâmica que pode levar
a conflitos num ambiente de ministério inter-racial e intercultural. A formação de competências culturais e a consciencialização são importantes no estabelecimento de
parcerias equitativas. A Comissão Geral de Religião e Raça
está pronta para estabelecer parcerias com igrejas locais e
conferências anuais, um desafio que pode ajudar a transformar o etos da Igreja, assim como a aumentar a eficácia e
vitalidade das nomeações inter-raciais e interculturais.
VI. Interseccionalidade e
Multiculturalismo
A GCORR estabeleceu parcerias com muitos grupos
em toda a conexão na luta contra todos os tipos de opressão.
A igreja afirma e nós acreditamos que enquanto um grupo
for oprimido ninguém é livre. Embora a responsabilidade
primária da GCORR seja tratar de questões de racismo,
sabemos que a discriminação racial está muitas vezes
interligada com a discriminação baseada no sexo, idade,
capacidade e orientação sexual. É ineficaz e incompleto
tratar de questões raciais sem considerar e responder a outros “ismos” que criam uma complexa teia de opressão
prevalecente na sociedade de hoje. São necessárias novas
abordagens para a defesa que mudem o foco de respostas
baseadas em questões sobre aspectos singulares definidos
de forma mutuamente exclusiva para organização e intervenções que possuem múltiplas camadas, e não mais
enquadrem os interesses de grupos em termos excludentes.
A interseccionalidade procura examinar as formas
complexas em que várias categorias socialmente e cultural-
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mente construídas interagem em vários níveis para manifestar-se como desigualdade na sociedade. A interseccionalidade sustenta que os modelos clássicos de opressão dentro
da sociedade, como sejam os baseados na raça/etnia,
género, religião, nacionalidade, orientação sexual, classe,
espécie, ou deficiência não agem independentemente uns
dos outros, em vez disso, essas formas de opressão interrelacionam-se criando um sistema de opressão que reflecte
o “cruzamento” de múltiplas formas de discriminação.
A monitorização, formação e trabalho de defesa da
GCORR abraça a ideia de interseccionalidade enquanto
continuamos a trabalhar com outras agências gerais, convenções e planos raciais e étnicos e grupos da comunidade
para responder à opressão de todos os tipos.
Muitas vezes, como Igreja, nós definimos a diversidade
como diferença, mas não conseguimos ter conversas que
procurem compreender os significados mais profundos das
diferenças que existem entre e no seio dos Metodistas
Unidos. Paulo, nas Escrituras Cristãs, chama a comunidade
à “unidade em Cristo” e reivindica as várias partes da comunidade como sendo um só corpo. São necessárias conversas
importantes sobre o papel e a necessidade de ministérios
específicos multiculturais e étnicos. A fé é sentida num contexto cultural que, sem dúvida, molda a nossa percepção de
Deus e do próximo. O desafio adaptativo e testemunho do
evangelho, no entanto, não deve ser limitado a uma realidade cultural, devendo sim buscar e conhecer a Deus através
da nossa interacção uns com os outros nas nossas várias culturas. O trabalho ainda por fazer é ir além das declarações
superficiais da diversidade e de estar abertos à assinatura de
divina de diversidade que está sempre em mutação e nunca
termina. Envolver-se com outros, como grupo cultural, mas
não se apegar à cultura como uma identidade única é o
futuro da Igreja.
VII. As Questões diante de nós
A raça é profundamente vivida e constitui uma experiência muito pessoal. A nossa capacidade de fazer o trabalho da justiça racial depende da nossa abordagem e das
perguntas que fazemos a nós mesmos como uma denominação, procurando oração e discernimento, recorrendo à
herança bíblica e mantendo as bases teológicas wesleyanas
na vanguarda.
A Comissão Geral de Religião e Raça procura apoiar a
Igreja a atingir a visão de comunidade de amados, em que
todas as partes do corpo são respeitadas e valorizadas, em
que trabalhamos e servimos juntos para compreender a
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interseccionalidade e conexão da nossa dor e humanidade.
Deus nos chama para estarmos cheios de vida, para amar as
pessoas que fazem o trabalho duro de intencionalidade
quando se trata de viver num mundo multicultural. Como o
povo chamado Metodistas Unidos, somos chamados a ser
líderes no mundo - mesmo quando as nossas comunidades
estão separadas ou tensas, a Igreja está presente para ter uma
voz profética e desafiar as nossas comunidades a viver mais
plenamente no reino de Deus. Para que a Igreja desempenhe este papel com mais poder, devemos questionar-nos acerca do que correu bem no passado mas que não nos leva para
onde queremos ir agora.
Onde estão os limites de crescimento e os desafios
adaptativos para a justiça e equidade racial na Igreja?
Durante tantos anos, o nosso foco sobre as relações raciais
na Igreja tem sido centrado em torno das necessidades de
grupos individuais. Isto levou-nos até onde estamos agora,
num lugar muito mais além do que onde estávamos e muito
além do que as pessoas imaginaram possível. Porém, temos
ainda muitas milhas a percorrer antes de abraçarmos verdadeiramente a plenitude do multiculturalismo e derrotarmos o racismo na nossa denominação.
Talvez para chamar mais atenção para a visão multicultural da Igreja e para melhor reflectir sobre as complexas
realidades da sociedade, somos chamados a abordar a
religião e raça de forma diferente. Devemos fazer o trabal-
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ho para que todos, mesmo para além dos nossos grupos individuais, desafiemos o privilégio dos brancos, promovamos
esforços anti-racistas, justiça, equidade e reconciliação
racial/étnica/tribal. Todos devemos dar valor, em primeiro
lugar, à aceitação das diferenças culturais e de viver no reino
de Deus juntos. E se permitíssemos que as lentes que
usamos para ver o mundo ajudassem a trazer mais para uma
mesa colectiva e não a dividi-la ainda mais? E se a compreensão da nossa visão cultural do mundo e o impacto que
esta tem nos outros também nos ajudasse a abordar outros
actos de injustiça para além da raça, como sejam a desigualdade de géneros, a pobreza e a sexualidade? Imagine se nos
esforçarmos por viver com ousadia para o multiculturalismo, quão mais rica a nossa igreja seria e que impacto
iríamos ter num mundo em mudança em necessidade desesperada do amor, da misericórdia e da verdade de Deus.
Como é que nós, o povo da Igreja Metodista Unida,
escolhemos amar a Deus e as pessoas de Deus numa comunidade verdadeiramente diversificada e global?
Submetido por:
Erin M. Hawkins
Secretário-geral
Bispo Linda Lee
Conselho dos Directores,
Presidente
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A Comissão Geral de Comunicações
(Comunicações Metodistas Unidas)
A nossa história
Atingir as audiências mais jovens
Na Igreja Metodista Unida a comunicação é uma ligação vital que reúne as pessoas e os ministérios numa
conexão global. A forma como comunicamos é importante.
A investigação demonstra que as novas gerações de
jovens e jovens adultos procuram um envolvimento pessoal
directo na aplicação da mudança. São necessários novos
modelos de comunicação para atingir este grupo etário.
Como a agência de comunicações da denominação, as
Comunicações Metodistas Unidas são responsáveis por satisfazer as necessidades de comunicação, de relações públicas e
de marketing da igreja. Levamos a mensagem do evangelho
ao mundo em nome dos membros da Igreja Metodista Unida,
entregando mensagens de esperança, cura e compromisso e
convidamos as pessoas a estabelecerem relações com Jesus
Cristo. Trabalhamos para aumentar a sensibilização e visibilidade da denominação nas comunidades e nações em todo o
mundo. Também fornecemos serviços, ferramentas, produtos
e recursos para o ministério das comunicações.
Essencialmente, trabalhamos de forma cooperativa
com parceiros em todos os níveis da igreja nas Quatro Áreas
de Foco para impulsionar ministérios que mudam vidas.
Criar discípulos para
transformar o mundo
As Comunicações Metodistas Unidas são uma estrutura de comunicações estratégica para a igreja, utilizando
meios digitais, apresentação de histórias e divulgação de
mensagens estratégicas para apoiar a missão da denominação de fazer discípulos de Jesus Cristo para transformar o
mundo. Tentamos criar atitudes de apoio e uma imagem
positiva da missão da igreja e ministérios que são uma base
necessária para se fazerem discípulos.
A campanha Repensar a Igreja (Rethink Church) foi
lançada em 2009 para atingir as pessoas que buscam uma ligação espiritual de forma a ajudá-las a estabelecer uma relação
com Jesus Cristo através das igrejas locais. Mais do que uma
campanha publicitária, a campanha Repensar a Igreja é um
movimento inspirado na tradição wesleyana para estimular a
nossa igreja através de um serviço e sensibilização capaz de
mudar vidas. Ajudamos a ligar requerentes a igrejas locais
destacando as várias oportunidades de envolvimento para
marcarem a diferença no mundo, para além das portas da
igreja. Através do programa Encontre uma Igreja (Find-aChurch), as igrejas locais podem indicar o que as suas congregações oferecem àqueles que procuram uma família cristã.
Os recursos que correspondentes à campanha nacional são
disponibilizados para utilização pelas igrejas locais.
Com início em 2009, as Comunicações Metodistas
Unidas aumentaram o seu ênfase para atingir as audiências
mais jovens e mais diversas. A agência reestruturou a sua
equipa para se concentrar no desenvolvimento de conteúdos
tendo como alvo os jovens e jovens adultos, utilizando
novas formas de comunicação e fortalecendo as funções
relacionadas.
A audiência alvo para a nossa publicidade mudou de
pessoas dos 25 aos 54 anos para pessoas dos 18 aos 34 anos.
As publicidades da Repensar a Igreja (Rethink Church) que
aparecem nos meios tradicionais de comunicação e nos
novos meios de comunicação orientam os visualizadores
para um novo website destinado especificamente a esta
audiência. O website RethinkChurch.org incorpora uma
plataforma muito social que permite a conversação entre utilizadores ligados a partir de vários espaços sociais para
reduzir as barreiras e aumentar o compromisso. Uma vez aí,
podem interagir e saber mais sobre a igreja e encontrar
oportunidades para se envolverem.
Apoiar as igrejas locais para se
tornarem congregações vitais
Estabelecemos parcerias com as igrejas locais para
incentivar as pessoas a fazerem parte de uma comunidade
solidária e pessoal. Trabalhamos estrategicamente para
aumentar o reconhecimento do nome e influência, promover
a compreensão das nossas crenças e objectivos e fornecer
explicações, informações e recursos sobre as crenças e práticas da Igreja Metodista Unida, sendo todos elementos
necessários para atrair as pessoas para as nossas igrejas.
Oferecemos soluções de comunicações através de uma
série de serviços, ferramentas, produtos, formação e recursos, incluindo produção de vídeos e suportes áudio, recursos
audiovisuais e electrónicos, materiais impressos, publicações e recursos que estabelecem ligações. Aumentámos a
nossa capacidade de formação em acolhimento, comunicações, gestão de crises, ministérios online, fotografia e
doação conexional, particularmente através de cursos
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online. Também introduzimos um programa online para
apoiar o planeamento de marketing das igrejas. Um boletim
informativo electrónico (e-newsletter) mensal fornece sugestões práticas e indicadores para as igrejas locais quanto a
ferramentas de comunicação tradicionais e emergentes.
Oferecemos anúncios personalizados para as igrejas
locais, bem como a coordenação da selecção de meios de
comunicação, estimativas e compra de meios de comunicação sem qualquer custo associado. Fornecemos assistência na publicidade para o lançamento de 40 novas igrejas
durante o quadriénio. As subvenções das parcerias para os
meios de comunicação e marketing são oferecidas às conferências, distritos e igrejas agrupadas para se envolverem
com as comunidades em eventos de sensibilização. Desde
2010, emitimos 723.259 dólares em subvenções para incentivar eventos de sensibilização ao nível comunitário. As 14
subvenções envolveram a participação de 1.647 igrejas, 20
distritos e mais de 25.348 voluntários tendo servido mais de
1.310,000 pessoas.
O evento anual Mudar o Mundo (Change the World)
foi criado em 2010 para envolver as igrejas locais em projectos de serviços e eventos de sensibilização durante um
fim-de-semana comum. Mais de 100.000 pessoas de mais
de 1.000 igrejas participaram nos eventos de sensibilização
no primeiro ano, tocando as vidas de cerca de 805.000 pessoas através do ministério activo nas suas comunidades. A
participação em 2011 foi superior ao dobro, com 2.047
eventos registados.
Apresentação de histórias
de esperança
As Comunicações Metodistas Unidas criaram um novo
enfoque no desenvolvimento de conteúdos que é mais contemporâneo, mais tópico, tem bases teológicas e é relevante
para as vidas das pessoas. Aplicamos estratégias de comunicação tradicionais e novas e tecnologias para ligar as pessoas, uma vez que contamos histórias inspiradores de
indivíduos e congregações que vivem a sua fé, relatando
como Jesus Cristo trabalha no mundo actualmente através
da Igreja Metodista Unida, bem como histórias sobre os
problemas actuais que a igreja e o mundo encaram.
O website oficial da denominação, UMC.org, foi revitalizado para o tornar mais interactivo, sendo um local que
reflecte a natureza global da igreja e dos seus ministérios.
Também aderimos aos canais de meios de comunicação
sociais, como o Facebook, Twitter e YouTube como forma
de atingir as audiências de forma mais ampla, mais relevante e autêntica.
Números relevantes
700 milhões de impressões de publicidade
18 milhões de dólares para combater a malária
3,24 milhões de visitantes do Encontre uma
Igreja (Find-A-Church)
49.000 líderes de igrejas formados
3.000+ eventos de Mudar o Mundo (Change the
World)
40 novas igrejas assistidas
3,4 milhões de pessoas servidas
Salvar milhões de vidas
A campanha Imagine o Desaparecimento da Malária
(Imagine No Malaria) da Iniciativa de Saúde Global está a
trabalhar com outros parceiros globais para eliminar a morte
e o sofrimento devido à malária em África até 2015. A campanha, lançada no Dia Mundial da Malária de 2010, angariou até agora 18 milhões de dólares para eliminar a morte e
o sofrimento devido à malária. Fomos encorajados pelo
sucesso da nossa parceria com a Nada mais além de redes
(Nothing But Nets) indo além da provisão de redes
mosquiteiras até ao empoderamento de todo o continente
africano para alcançar uma vitória sustentável sobre a
malária através da prevenção, educação, comunicação e
tratamento.
Apoiar a comunidade global
Comunicar a história da igreja a um nível global significa fortalecer os canais de comunicação em África,
Europa e Filipinas. Estabelecemos 17 centros de comunicação em África e uma estação de rádio comunitária
nacional em Abidjan, Costa do Marfim. Fornecemos formação aprofundada e equipamento para que os comunicadores nas conferências centrais partilhem histórias dos
seus países com a igreja global.
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A Comissão Geral sobre o Estado e
Papel da Mulher aos 40: Avançando
“Fiel é esta palavra e digna de toda aceitação. Pois
para isto é que trabalhamos e lutamos, porque temos posto
a nossa esperança no Deus vivo, que é o Salvador de todos
os homens . . .”.1
1 Timóteo 4:9-10a
Irmãs e irmãos Metodistas Unidos, Deus realizou
grandes feitos connosco, através de nós, e—por vezes—
apesar de nós durante os últimos 40 anos.
Quando a Comissão Geral sobre o Estado e Papel da
Mulher foi estabelecida em 1972, o nosso mundo passava
por mudanças radicais no poder, presença e prioridades,
tanto na igreja como sociedade em geral. O Movimento dos
Direitos Civis para Afro-americanos estava próximo do seu
pináculo e abriu as portas para outras pessoas raciais-étnicas
em todos os Estados Unidos, de modo a reivindicar a sua
própria voz e enfatizou a instigação da igualdade de direitos
e um fim para o racismo legalizado. Em todo o mundo, indígenas que, durante séculos, viveram sob a opressão colonial,
fizeram-se ouvir ainda mais nas suas exigências de liberdade e auto-determinação.
As mulheres, em todos os aspectos da sociedade, têm
vindo, cada vez mais, a expressar insatisfação com a sua
histórica, e contínua, exclusão da liderança, da tomada de
decisões e da influência. Também as mulheres do clero têm
vindo a desafiar as suas comunhões Cristãs respectivas,
insatisfeitas com a severa sub-representação do seu género
e, virtualmente, a todos os níveis no programa e canais, e
agências geradoras de políticas da Igreja Metodista Unida.
Mas faziam-se sentir os ventos da mudança. Em 1972,
a revista Ms. estreou uma publicação inovadora lançada por,
entre outros, o ícone feminista, Gloria Steinem. Em 1972, a
cantora pop, Helen Reddy, ganhou o Grammy Award para a
Melhor Voz Pop Feminina com o hino à libertação feminina, “I Am Woman” (Sou Mulher). E na Igreja Metodista
Unida, chegou o momento da mudança para as mulheres.
Assim, a comissão de estudo que, em 1972, tornou-se
na Comissão Geral sobre o Estado e Papel da Mulher, foi
criada pela liderança das mulheres leigas e do clero para
ajudar a nova Igreja Metodista Unida a “responder de forma
responsável ao movimento de libertação feminina.”
1
Quase três décadas antes, em 1944, Grace Bragg, presidente da Divisão das Mulheres da antiga Igreja Metodista,
preparou um relatório sobre “Mulheres e a Igreja” (Women
and the Church). Ao analisar a política e práticas da igreja,
descobriu que havia discriminação difundida e falta de oportunidade para mulheres leigas e do clero em todas as estruturas
da igreja. Como na maioria das principais denominações
Protestantes, o trabalho das mulheres na igreja tem sido relegado para missões. As mulheres iniciaram os seus próprios
grupos de missões globais porque foram excluídas da missão
e ministério centrais das suas respectivas denominações.
O trabalho de Bragg foi fundamental na defesa da
Divisão das Mulheres de todos os direitos clericais para as
mulheres, os quais foram concedidos pela sessão da
Conferência Geral da Igreja Metodista em 1956.
Pouco mais de uma década depois, uma vez que o
número de mulheres do clero americanas crescia e a Igreja
Metodista Unida estava a ser formada, a Conferência Geral
de 1968 aprovou uma proposta da recente Divisão das
Mulheres Metodistas Unidas para fazer um grupo de trabalho para estudar a extensão na qual as mulheres estavam
envolvidas em todos os níveis estruturais, nos canais e agências que geram o programa e política da igreja.
As conclusões do grupo: As mulheres, que em 1972
representavam metade da população mundial e metade dos
membros da igreja, foram “bastante sub-representadas e,
por vezes, totalmente ausentes das esferas de tomada de
decisões mais significativas da Igreja Metodista Unida.” 2
Tendo em consideração que, em 1972, as mulheres representavam 54 por cento dos membros da igreja Metodista
Unida, mas como líderes, representam apenas
❍ 15% dos líderes leigos em congregações locais
❍ 0,07% do clero ordenado ou licenciado
❍ 0% de todos os bispos da IMU
❍ 0% dos pastores que lideram igrejas com + de
1000 membros
Referências bíblicas do Novo Testamento e Salmos: Uma Versão de Linguagem Inclusiva (The New Testament and
Psalms:An Inclusive Language Version). Oxford University Press, 1995.
2
A Viagem é a Nossa Casa (The Journey Is Our Home). Uma História da Comissão Geral sobre o Estado e Papel da
Mulher (A History of The General Commission on the Status and Role of Women) de Carolyn Henninger Oehler, 2005.
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❍ 13% de todos os delegados para a Conferência
Geral
❍ 21,9% dos membros da administração de agências de toda a igreja
❍ 0% de todos os executivos das agências da igreja
E, enquanto as mulheres ainda não atingiram uma total
paridade (representação igual para a população) na liderança da Igreja Metodista Unida, após 40 anos - graças ao
compromisso inabalável das mulheres e homens da igreja
Metodista Unida que procuram ser agentes fiéis da justiça
de Cristo—a denominação fez progressos louváveis.
Mulheres do clero activas
Mulheres bispos activas
Pastores séniores de grandes igrejas americanas
Mulheres delegadas/Conferência Geral
Mulheres membros da administração de agências gerais
Mulheres executivas de agências gerais
Desafios emergentes
Na nossa busca contínua pela causa da justiça e
equidade na igreja e não só, a Comissão Geral sobre o
Estado e Papel da Mulher e comissões da conferência anual,
identificaram e começaram a lidar com estes assuntos
durante o quadriénio 2009–2012:
• COLUSÃO DE SEXISMO E RACISMO. As mulheres de cor do clero americanas (e aquelas que
desejam a ordenação ou licença) reportaram que o
sexismo e racismo nas estruturas da conferência
anual ainda apresentam obstáculos à ordenação,
licença, ministério eficaz e carreira profissional. Em
particular, neste quadriénio, as mulheres citadas não
têm apoio, tutoria, e oportunidades de desenvolvimento como proporcionado pela conferência e juntas distritais de ministérios ordenados. Também em
2008, enquanto foram eleitas três mulheres bispo,
nenhuma era americana de cor. Com a reforma de
duas mulheres de cor, restaram apenas duas mulheres americanas de cor no activo no Conselho de
Bispos.
• DANDO
VOZ
ÀS
MULHERES
DA
CONFERÊNCIA CENTRAL. Em 2008, os membros
Metodistas Unidos elegeram e nomearam, como
bispo, a primeira mulher africana e a segunda mulher
eleita para o episcopado de fora dos Estados Unidos.
No entanto, apesar das mulheres em todo o mundo
estarem a ganhar terreno, irmãs de muitas conferências anuais, para além dos Estados Unidos, dizem
que ainda lutam contra o preconceito do género no
Hoje
27%
17%
6%
40%
43%
45%
1972
0,07%
0%
0%
13%
21,9%
0%
processo de ordenação, e que as mulheres leigas e
mulheres do clero em África, Europa e nas Filipinas
são lamentavelmente sub-representadas nas mesas de
liderança regionais e de toda a Igreja. Desde ultrapassar barreiras, como primeiras pastoras a confrontar a violência doméstica em casa, as mulheres
de todo o mundo queriam mais apoio por parte da
igreja para criar recursos indígenas, formação, e
modelos de advocacia para que as mulheres empenhem-se nos seus contextos.
• INCENTIVAR MULHERES COM IDADE INFERIOR A 40 ANOS A SEREM LÍDERES DA IGREJA.
A Divisão sobre os Ministérios com a Juventude da
Junta Geral do Discipulado continua a desafiar a
denominação para priorizar no alcance, incentivo e
avanço de liderança de pessoas com idade inferior a
40 anos. Ainda assim, os jovens são notavelmente
ausentes ou sub-representados em mesas de tomada
de decisões de congregações para estruturas coneccionais. A Comissão Geral sobre o Estado e Papel da
Mulher foi procurada para lidar com isto ao dar voz
e visibilidade às jovens mulheres nos media de agências e ao defender jovens mulheres na liderança em
toda igreja.
• MÁ CONDUTA/ASSÉDIO SEXUAL. Quase 100
pedidos para aconselhamento, apoio, informação e
intervenção de leigos, bispos, superintendentes e pastores foram recebidos relacionados com alegada má
conduta ou assédio sexual. Para além disso, estimamos que a Igreja Metodista Unida, em todos os
níveis, gastou entre $50 milhões e $100.000 milhões
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durante os últimos oito anos em custas legais, consultoria, intervenção em congregações, e apoio a vítimas/sobreviventes relacionadas com a má conduta de
natureza sexual por parte de líderes ministeriais.
• RECUAR NA DEFINIÇÃO DE OBJECTIVOS
PARA ALCANÇAR A INCLUSÃO DO GÉNERO.
Vários líderes da igreja, incluindo bispos, líderes de
agência, administradores de seminário e lideres da
conferência anual começaram a demonstrar “fadiga
de diversidade”. Eles afirmaram que a igreja chegou
bastante longe no que concerne o empenho das mulheres, e sugeriram que os pedidos contínuos de paridade e partilha de poder entre homens e mulheres são
infundamentados e inatingíveis. Deste modo, em
muitas áreas, o trabalho das Comissões de conferência sobre o Estado e Papel da Mulher foi marginalizado, os esforços para avaliar e medir estruturas para
a inclusão foram cumpridos com resistência, e os
defensores são muitas vezes silenciados. Contudo, a
Comissão afirma que a Igreja de Jesus Cristo é autêntica e fiável, no seu testemunho, apenas quando
vivenciamos achamada da justiça, equidade, oportunidade igual e conseguindo espaço para todas as pessoas de Deus.
Em resposta a estas preocupações e problemas, a
Comissão Geral sobre o Estado e Papel da Mulher, através
da liderança do Espírito Santo:
❍ Apoiou a criação de três Comissões indígenas
sobre o Estado e Papel da Mulher para criar ministérios de género/justiça em conferências anuais,
fora dos Estados Unidos (África do Sul—
Provisório, Sul de Moçambique, Filipinas).
❍ Desenvolveu e implementou formação e debate
entre mulheres e homens do clero para apoiar
maiores comunicações e parcerias.
❍ Criou uma nova parceria com a Comissão Geral de
Religião e Raça para análise, avaliação e comunicação sobre a diversidade/inclusão na Conferência
Geral de 2008. Essa parceria cresceu para ser um
sistema completo de avaliação e comunicação
sobre esforços de diversidade/inclusão nas agências de toda a igreja, escolas de teologia e estruturas de conferência anual dos Estados Unidos.
❍ Expandiu o esforço coordenado de todas as denominações para educar clero e leigos para evitar lidar,
e trazer justiça e cura no seguimento de uma má
conduta de natureza sexual ministerial/de um líder.
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❍
❍
❍
❍
❍
(Ver relatório Equipa de Trabalho de Ética Sexual
(Sexual Ethics Task Force), ADCA página 1256):
Os novos esforços incluem:
Criação do site (umsexualethics.org) especialmente
concebido para informar e ajudar congregações,
pastores e vítimas-sobreviventes de má conduta.
Testes piloto de formação em éticas sexuais nos
seminários da igreja Metodista Unida.
Desenvolvimento dos recursos de ensino e formação para bispos e ministérios, pastores e congregações.
Formação e colocação de mais de 300 lideres da
Equipa de Resposta e Santuário Seguro em toda a
igreja.
Um dos primeiros eventos de formação de éticas
sexuais fora da igreja americana, para o clero e leigos na República Democrática do Congo.
❍ Coordenou e completou um inquérito inter-agências de 3000 cônjuges americanos do clero (mais
de 75 por cento das quais são mulheres), que ajudou a informar as avaliações de bem-estar do clero
das agências gerais colaborantes (GBHEM,
GBOD, GBOPHB), políticas e práticas que afectam a saúde, eficácia e bem-estar do clero da igreja Metodista Unida e suas famílias. Um resultado
desse estudo foi o desenvolvimento de um manual
de “melhores práticas” relativamente às políticas e
práticas da conferência anual no alojamento do
clero, em particular residência pastoral.
❍ Fundou um inquérito de mulheres e homens leigos
nas Filipinas, para avaliar as suas necessidades,
preocupações e esperança no que diz respeito ao
empoderamento das mulheres, ao lidar com o sexismo, e combate à violência sexual na sua igreja e
sociedade.
❍ Completou a primeira fase de um estudo dos
salários do clero americano (em cooperação com
várias agências e liderado pela Junta Geral da
Educação Superior e Ministério), para acompanhar
a correlação entre os salários do clero e percurso
profissional E género e identidade racial/étnica.
❍ Ajudou a recuperar ou começar novas Comissões
sobre o Estado e Papel da Mulher em sete conferências anuais: Califórnia-Pacifico, Louisiana,
Minnesota, Novo México, Norte de Illinois,
Oklahoma, e Norte de Nova York.
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❍ Participou em eventos de consulta com mulheres
de cor, leigas e do clero, nas quatro conferências
anuais nos Estados Unidos, na consultoria das mulheres do clero da Jurisdição do Nordeste e nos dois
seminários dos Estados Unidos relacionados com a
igreja Metodista Unida.
❍ Auditou as conferências anuais dos Estados Unidos
e lançou um relatório sobre o progresso na diversidade do género e racial-étnica (em colaboração
com a Comissão Geral de Religião e Raça e a Junta
Geral de Finanças e Administração).
❍ Auditou todas as agências gerais da igreja—no
contexto de despedimentos em massa e mudanças
de pessoal a meio do quadriénio—para determinar
se as mulheres e pessoas de cor eram afectados
desproporcionalmente.
Novo gabinete de éticas sexuais e
advocacia
Pouco após a criação da Comissão Geral sobre o Estado
e Papel da Mulher, mulheres leigas e do clero começaram a
procurar o gabinete para aconselhamento, apoio e conselhos
relativamente ao assédio, abuso e má conduta com base no
seu género. Porque esse problema não foi tratado formalmente em nenhuma outra agência da conferência anual ou
em toda a igreja, a Comissão tornou-se a entidade de facto
para a advocacia, intervenção, consultoria e apoio.
De facto, foi a Comissão que defendeu ao solicitar as
políticas e procedimentos de má conduta sexual em cada
conferência anual. Foi também a Comissão que avançou,
com sucesso, para que o clero nomeado realizasse formação
de prevenção de assédio sexual, e educação sobre como
manter os limites adequados.
A Conferência Geral de 2000 pediu à Comissão Geral
sobre o Estado e Papel da Mulher que reunisse uma Equipa
de Trabalho de Ética Sexual, interdisciplinar inter-agência
(ver relatório da equipa de trabalho, ADCA, página 1256). A
finalidade deste grupo era “lidar com áreas de prevenção,
educação, intervenção e cura com respeito à má conduta de
natureza sexual por parte de leigos e clero.” A Comissão
adicionou isto à nossa lista considerável de deveres, com
cada membro do nosso reduzido pessoal a partilhar estas
responsabilidades.
Durante este quadriénio, 2009-12, a Comissão criou e
contratou pessoal para um novo Gabinete de Ética Sexual e
Advocacia e expandiu os membros da Equipa de Trabalho
de Ética Sexual para 26 pessoas leigas e do clero, incluindo
representantes da conferência anual dos ministérios
Santuário Seguro e Equipa de Resposta, o Conselho de
Bispos, agências gerais e especialistas em psicoterapia,
autoridades, segurança cibernauta e advocacia da vítima.
Com a criação do novo gabinete e a funcionalidade
aumentada da Equipa de Trabalho da Ética Sexual, a
Comissão foi equipada para organizar a formação de toda a
igreja e rede para os lideres da Equipa de Resposta e
Santuário Seguro, e para começar a definir normas para formar o clero e leigos em liderança (desde a educação no seminário até currículos da igreja local).
Sinais de esperança:
Ganhando terreno
Um aspecto animador da vida da igreja Metodista
Unida actual é que os membros e vitalidade estão a aumentar mais dramaticamente na Europa de Leste, África e
Filipinas. Esta realidade global teve um impacto significativo no foco e testemunho da nossa denominação. A
Comissão Geral sobre o Estado e Papel da Mulher elegeu
Chita Millan de Pangasinan, Filipinas, como vice-presidente, a primeira responsável da Comissão de fora dos
Estados Unidos. Outra estreia, a nossa administração
regente em 2009-2012 incluía três mulheres bispo, incluindo a primeira mulher negra africana eleita pelo episcopado.
Naquele espírito de presença, participação e liderança
sempre emergente das mulheres, na Igreja Metodista Unida
de todo o mundo, celebramos algumas grandes conquistas
feitas na denominação desde 2008:
• Pela primeira vez na história, as mulheres
diácono/presidentes lideraram quatro dos nossos
doze seminários da Igreja Metodista Unida dos
Estados Unidos (uma reformou-se em 2010).
• A leiga Metodista Unida e presidente da Libéria,
Ellen Johnson Sirleaf, dirigiu-se à Conferência Geral
de 2008 como a primeira mulher chefe de estado no
continente africano.
• As mulheres do clero negras, de cinco grupos raciais/étnicos dos Estados Unidos (Negras,
Hispânicas/Latinas, Ilha do Pacífico Asiático,
Coreanas e Nativas Americanas), organizaram grupos de apoio e afinidade, graças à iniciativa da
Administração Geral de Educação Superior e
Ministério.
• Monika Zuber está no seu segundo ano de candidatura para ordenação na Conferência Anual Polaca. Está
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a ultrapassar obstáculos numa igreja e nação que
ainda não estão habituada a mulheres como pastoras.
Contudo, se completar o processo, será a primeira
mulher ordenada na Igreja Metodista Unida da
Polónia deste o início dos anos 70.
• Meeli Tankler, uma leiga Metodista Unida, foi
nomeada a primeira mulher presidente do Seminário
Metodista Báltico em Tallinn, na Estónia.
• As mulheres representam 40 por cento dos delegados
eleitos para a Conferência Geral de 2008 (37 por
cento de delegados do clero e 50 por cento de delegados leigos). Um número recorde de mulheres, pessoas de cor dos Estados Unidos e lideres da igreja das
conferências centrais foram eleitos como oficiais da
comissão legislativa na assembleia de 2008.
• Duas mulheres com idade inferior a 29 anos foram
eleitas para e são membros activos e vocais da Mesa
Conexional.
• A Bispo Moçambicana, Joaquina Nhanala, foi eleita
em 2008 como sendo a primeira mulher a ser eleita
para o episcopado Metodista Unido no continente
africano. A Bispo Nhanala juntou-se à Bispo alemã,
Rosemarie Wenner, (eleita em 2005) como as únicas
duas mulheres bispo a serem eleitas fora dos Estados
Unidos.
• Os Metodistas Unidos moçambicanos, em 2009, celebraram o 30º aniversário da ordenação das mulheres
naquela nação e os lideres da igreja renovaram o seu
compromisso com o empoderamento de todas as
mulheres naquela área episcopal, que inclui as conferências do Norte de Moçambique, Sul de
Moçambique e África do Sul Provisional.
• A Reverendo Maureen Fygland foi nomeada como a
primeira superintendente de distrito na Conferência
da África do Sul - Provisoria.
• As mulheres e homens uniram-se em Moçambique,
África do Sul e Filipinas para criar as primeiras conferências anuais sobre as Comissões sobre o Estado e
Papel da Mulher fora dos Estados Unidos.
• Um recorde de 69 mulheres serviram como pastoras
sénior das congregações dos Estados Unidos com
1000 membros ou mais.
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Manter o rumo: As Mulheres e as
Quatro Áreas de Foco
Sexismo institucional e pessoal contraria a intenção de
Deus para a igreja. O desiquilíbrio de poder, oportunidade,
controlo de recursos, e acesso à saúde e liberdade relativa
está a matar, literalmente, as mulheres e raparigas.
Considere:
• As mulheres representam 66 por cento dos adultos
analfabetos em todo o mundo; em algumas comunidades ainda é ilegal que as mulheres frequentem a
escola.
• As mulheres possuem menos de 1 por cento da propriedade mundial.
• As mulheres e as raparigas executam 67 por cento
das horas de trabalho total em todo o mundo mas
ganham apenas 10 por cento do total do rendimento
dos trabalhadores.
• Mulheres com filhos têm duas vezes mais chance de
viver na pobreza do que os homens.
• Das pessoas que passam fome hoje em dia, 60 por
cento são mulheres.
A Comissão Geral sobre o Estado e Papel da Mulher
comprometeu-se com as nossas Quatro Áreas de Foco para
ministério da denominação: desenvolvimento de liderança,
novos lugares para novas pessoas, tratar da saúde global e
ministério com os pobres. E acreditamos que a preocupação
das mulheres e raparigas—tal como é demonstrado pela
igreja, a todos os níveis—é fundamental para a nossa
atenção e sucesso nessas quatro áreas.
Apenas uma igreja que acolhe os dons e liderança dos
homens e mulheres com igualdade é uma igreja que é fiel a
Jesus Cristo.
Apenas uma denominação que abre as suas portas a
mulheres e raparigas de todas as raças, clãs, culturas e circunstâncias é uma verdadeiramente preocupada em fazer
discípulos de Jesus Cristo para a transformação do mundo.
Hoje em dia, as mulheres na pobreza são mais propensas a contrair SIDA e morrer de fome. As mulheres e raparigas americanas estão, maioritariamente, em risco quando
lhes são negados cuidados de saúde acessíveis. A nossa
denominação deve aprender as histórias e ouvir os pedidos
de ajuda das mulheres se queremos apoiar uma vida saudável no mundo.
E ministérios Metodistas Unidos com os pobres devem
começar com crianças e pais—em muitos casos, mães que
são as únicas que trabalham—e devem ser baseados numa
compreensão do impacto da discriminação do género nas
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vidas das mulheres. Devemos arrepender-nos da nossa
cumplicidade no sexismo, pedir a Deus que oriente os nossos corações para pensar de forma justa e agir com a coragem de Cristo que eleva os oprimidos em seu nome.
Deste modo, o nosso 40º ano, a Comissão Geral sobre
o Estado e Papel da Mulher louva a Deus pela oportunidade
de estar neste importante ministério, e desafiamos a Igreja
Metodista Unida para se manter fiel à justiça, empoderamento, e criando novas nações de mulheres e homens do
clero que vivam vidas de esperança, igualdade e comunidade no transformante e poderoso nome de Jesus.
Ora, Àquele que é poderoso para fazer infinitamente
mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o
Seu poder que opera em nós, a Ele seja a glória, na igreja
e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Ámen.
Efésios 3:20-21
M. Garlinda Burton, secretária geral
Bispo Mary Virginia Taylor, presidente
Os membros de 2009-2012 da Comissão Geral
sobre o Estado e Papel da Mulher
Pete Aguila
Mary A. Baldridge
Laarni S. Bibay
Roy Blackwood
Toni L. Carmer
Nathaniel Dauphin
Karen A. Dial
Darryl Fairchild
Annie L. Fairley
Fay Mary G. Flanary
Dennis C. Fowler
Barbara E. Goodman
Anna C. Guillozet
Sally H. Haynes
Clara Soto-Ivey
Peggy A. Johnson
Diane M. Kenaston
Betty Kiboko
Sung-ok Lee
Kristianne V. Macaraeg
Maria C. Maine
Joaquina F. Nhanala
Brolin C. Parker
Deborah Pitney
Meg B. Procopio
Cerna C. Rand
Yvette K. Richards
Melissa A. Rivera
Donna K. Roberts
Tyler M. Schwaller
Marvin C. Shackelford
Dianne A. Spencer
Tara R. Sutton
Meeli Tankler
Mary Virginia Taylor
Ana-Haydee Urda
Lessie I. Vonner
Deborah K. Wallace-Padgett
Judith J. Whitney
Blessing Yap
Comissão Geral sobre o Estado e Papel da Mulher de 2009–2012, na sua reunião em Outubro de 2010 em Nashville, Tenn.
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Responsáveis GCSRW 2009–2012, da esquerda para a direita, Chita Millan, uma leiga de Pangasinan, Filipinas, vice-presidente; Bispo Mary Virginia Taylor da Carolina do Sul, presidente; e a Reverendo Diane Kenaston da Conferência de West
Virginia, secretária.
Empoderamento das mulheres lideres: um relatório de progresso com 40 anos.
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A Comissão Geral sobre Homens Metodistas Unidos
Relatório para a Conferência Geral de 2012
A finalidade da comissão é declarar a centralidade de
Cristo na vida de cada homem e em todas as suas relações.
Temos a honra de servir esta igreja à medida que trazemos
homens para uma nova relação com Jesus Cristo.
A equipa de pessoal composta por oito membros da
Comissão Geral, com sedeada em Nashville, sobre os
Homens Metodistas Unidos, angaria 78 por cento do seu
próprio orçamento. Vinte e dois por cento do orçamento do
Fundo de Serviço Mundial é a quantia, em dólares, mais
pequena concedida a qualquer agência na denominação.
Agradecemos o apoio das igrejas locais pelas suas contribuições, assim como as ofertas financeiras e serviços dos
homens desta grande igreja.
Em resposta ao Apelo para Acção e às outras vozes
dentro da nossa denominação, a comissão modificou-se de
muitas formas nos últimos quatro anos. Através destes
desafios e mudanças, encontramo-nos, hoje em dia, numa
melhor e mais forte posição.
Duas áreas amplas do ministério têm apoio e recebem
recursos por parte da comissão: o ministério dos homens e
ministério do escutismo.
Ministério dos Homens
O Porquê
Na última década, o número de homens nas nossas congregações diminuiu. A frequência média ao culto nas igrejas
americanas é de 39 por cento de homens. Adicionando o
facto de que 60 por cento das pessoas na nossa comunidade
não têm relação com nenhuma comunidade de fé, e a forte
prova de que os homens na nossa sociedade procuram valor
de formas impróprias e profanas, a necessidade dos ministérios para e com homens tornou-se óbvia para a igreja e o
Reino.
As estatísticas revelam que as igrejas decrescem quando as mulheres representa 60 por cento dos fiéis, e continuam a crescer quando existem números equilibrados de
mulheres e homens.
Quando um homem descobre ou redescobre Cristo na
sua igreja, a sua família irá juntar-se à sua igreja 93 por
cento das vezes, uma taxa quatro vezes superior do que com
as mulheres ou as crianças. Os pastores relatam, muitas
vezes, que “se conseguir o homem, conseguirá toda a
família”, e as estatísticas sustentam essa afirmação.
A comissão é o ministério dos homens mais organizado de todas as denominação dos E.U.A.; somos a inveja dos
nossos pares ecuménicos.
Assistimos a algum crescimento neste quadriénio, mas
não estamos onde Deus quer. O nosso objectivo é criar um
ministério contínuo para cada homem na nossa congregação
e comunidade.
Sim, pensa-se muitas vezes que a UMM é um grupo de
homens mais velhos que partilham uma refeição, mas os
homens ––particular homens mais novos––descobrem
novas formas para estar num relacionamento com Cristo e
uns com os outros.
Especialistas do Ministério dos Homens––Desde a
criação da comissão, em 1996, procurámos uma forma para
formar os voluntários que vão trabalhar nas igrejas locais e
nos distritos no ministério dos homens. As tarefas que são
necessárias são muito mais do que um papel de ensino/formação/consultoria/debate, do que o papel tradicional do
presidente de distrito e requer um conjunto de competências
diferentes. Demora entre 12 a 18 meses de experiências de
aulas virtuais, desenvolvimento de liderança e exploração
espiritual para reunir os requisitos necessários para o cargo
de voluntário. Em 2009, certificámos a nossa primeira turma
de especialistas do ministério dos homens. Esperamos certificar um total de 75 pessoas antes do final do quadriénio. A
criação do currículo, formação e certificação MMS
envolveu pessoal do Junta Geral do Discipulado e o Junta
Geral de Educação Superior e Ministério. A certificação é
agora feita em conjunção com o Turner Center para o
Desenvolvimento e Liderança da Igreja, na Escola de
Divindade da Universidade Vanderbilt.
Colocação de Pessoal––O Apelo de Acção (Call to
Action) destacou a necessidade de focar novamente os nossos esforços nas congregações e nos distritos locais. Quando
o director do ministério dos homens reformou em 2010, a
comissão preencheu a vaga com três membros do pessoal
voluntário utilizado, que foram especialmente formados e
que trazem benefícios únicos ao nosso trabalho. Ao continuarem a sua função actual, dentro das suas comunidades,
eles representam a comissão numa variedade de lugares. As
suas despesas de viagens e outras são pagas pela comissão e
participam numa vídeo-conferência semanal com o
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secretário-geral. Providenciam formação em igrejas locais,
distritos, conferências e jurisdições; e expandiram a nossa
capacidade para estar presente em mais lugares ao mesmo
tempo. Cada voluntário foi calorosamente recebido em toda
a conexão.
Formação––Mudámos de formação presencial para
formação virtual. Com início em 2010, o uso de “webinars”
aumentou a nossa participação em eventos de formação e
moveu a formação necessária e requerida para bem dentro
da conexão. Estes eventos ao vivo são agendados em alturas
e dias que permitem a participação dos homens empregados
e reformados, os quais participam com boa interacção. A
maioria tem a duração de uma hora. Estes eventos são
gravados como ficheiros “media” e cópias são disponibilizadas para os indivíduos ou grupos interessados. Esta tecnologia é também usada para muitas das nossas reuniões da
comissão que ocorrem durante o ano.
Curso Avançado de Pregação––A Comissão desenvolveu “Compreender o Ministério dos Homens”
(Understanding Men’s Ministry) com base no livro Nenhum
Homem Fica para Trás (No Man Left Behind), de Patrick
Morley, David Delk, e Brett Clemmer, e os seus eventos de
formação oferecidos através dos Ministérios Man in the
Mirror (Homem no espelho). Este curso foi concebido para
indivíduos (leigos ou clero) ou para equipas de homens com
o seu pastor. O produto final deste curso é um plano de 5
anos para o ministério contínuo, dinâmico e inclusivo para e
com os homens dentro das congregações locais.
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conferências anteriores aumentaram o número de
EMS/Criadores de Legado do ano anterior. Necessitamos de
crescimento adicional, mas claramente o ministério dos
homens na IMU está a crescer na direcção correcta.
Ministérios de Serviço dos
Escoteiros/Jovens
O Porquê
Esta área de ministério inclui as nossas relações formais com Boy Scouts, Girl Scouts, Camp Fire USA, 4-H, e
Big Brothers Big Sisters. Quando estes programas são vistos como ministérios de uma igreja local em vez da atitude
estão-a-usufruir-do-nosso-espaço, ocorre uma transformação para todos os envolvidos. Quando se encontram, na
sua igreja, a maior parte das famílias sem igreja? Ocorre
muitas vezes quando estes grupos se reúnem, o que acontece, normalmente, uma vez por semana. Por exemplo, num
grupo normal de escuteiros quer de rapazes ou de raparigas,
25 por cento dos participantes são membros da nossa igreja
e 25 por cento são membros de doutras denominações.
Restam 50 por cento que não têm qualquer relação com
comunidades de fé, e costumam estar na igreja local durante
várias horas todas as semanas. Que grande oportunidade
para o evangelismo!
Parcerias––A comissão está envolvida em parcerias
com várias organizações. Os grupos de fora da denominação
incluem Man in the Mirror (Homem no espelho), Wesleyan
Building Brothers, Letters from Dad, Disciple Bible
Outreach Ministries, the Society of St. Andrew, e Stop
Hunger Now. Os grupos de dentro da denominação incluem
o Upper Room Prayer Center dentro do GBOD e múltiplos
ministérios de justiça e missão com GBCS e GBGM. Os
membros do pessoal da comissão também servem a igreja
geral numa variedade de comissões, particularmente, em
apoio das quatro áreas de foco.
Jovens com quaisquer antecedentes usufruem das
actividades e beneficiam de uma relação onde têm como
mentor um homem ou uma mulher de fé. Para aqueles que
são provenientes de casas a quem do ideal, o relacionamento com mentor é muitas vezes o elemento chave na direcção
das suas vidas. Perguntem a um Escuteiro Águia ou a
alguém que tenha recebido uma Medalha de Ouro; perguntem a um/a irmão/ã “mais novo/a”. Sim, eles divertiram-se
e criaram memórias a partir da sua experiência e actividades
nestas organizações, mas o mentor foi o mais influenciou
para mudanças na vida. Adicionalmente, o escutismo, pela
sua natureza, atrai homens jovens (ver a secção do ministério dos homens deste documento para estatísticas de
apoio), incluindo as suas famílias.
Crescimento––A comissão relaciona-se com indivíduos através do A Quota-Parte de Todos os Homens no
Evangelismo, na Missão e na Vida Espiritual (Every Man
Shares in Evangelism, Mission, and Spiritual Life - EMS),
do Criadores de Legado (Legacy Builders), e do Circuit
Riders. Relaciona-se com unidades de igreja locais dos
Homens Metodistas Unidos e igrejas através do sistema de
fretamento. Estas relações fornecem materiais e recursos
para igrejas e indivíduos e as relações fornecem fundos para
os ministérios da comissão. Em 2010, 29 conferências anuais aumentaram o número de fretes do ano anterior, e 52
Amachi––Um programa de tutoria dos Big Brothers
Big Sisters, o nosso mais recente parceiro de agência da
juventude, foi adaptado para servir como um ministério
abrangente a os pobres e famílias vulneráveis. Servindo a
jovens com pai(s) preso(s), Amachi foi apresentado em 18
conferências anuais, financiado por duas bolsas do Dia de
Relações Humanas e em colaboração com GBCS. Mais de
40 correspondências de tutoria foram definidas em 12 conferências anuais. Adicionalmente, coordenadores Amachi
foram definidos em cada conferência anual para apoiar e
aumentar o número de relações. As estatísticas indicam que
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sem um mentor, os rapazes e raparigas com um progenitor
na prisão ou cadeia, terão uma possibilidade de 70 por cento
em seguir os passos do mesmo. Um factor que reverte essa
tendência é um mentor cheio de fé.
Boy Scouts of America––A nossa maior e mais longa
parceria é com a BSA. A IMU é a segunda maior agência de
patrocínio para a BSA, em todo o mundo. Mesmo com uma
decrescimo no número total de jovens disponíveis, a participação na BSA aumentou na IMU em 2010. Um total de
371.000 jovens encontram-se em 11.300 grupos em quase
7.000 congregações MU. A comissão é um parceiro activo
da BSA aos mais altos níveis. Fomos determinantes ao ter
seleccionado “Nothing But Nets” (Nada mais além de
redes) como primeiro “Good Turn” (Boa acção) internacional da BSA e o programa anti-malária recebeu atenção
nacional no Encontro Nacional Centenário (Centennial
National Jamboree) de 2010. Mais de 5.500 jovens e adultos participaram no culto de adoração de Domingo no
encontro, e mais de $17.000 foram angariados para este projecto. Os membros e voluntários de pessoal da comissão
participaram nas reuniões nacionais para BSA e os seus representantes fazem apresentações ao conselho e às nossas
comissões de escutismo.
Especialistas do Ministério de Escutismo––Ao manter o nosso foco nas igrejas locais e distritos, começámos a
reconhecer e certificar homens e mulheres com competências especiais para desenvolver programas de escutismo
dentro das congregações locais. Excederemos o nosso
objectivo de 100 especialistas do ministério de escutismo
até ao final do quadriénio. Estes líderes não estão só a ajudar nos distritos e nas congregações locais como também
levaram à criação de eventos de liderança.
Formação––Com início em 2010, providenciámos
experiências de formação em webinar, duas vezes por mês,
para especialistas do ministério de escutismo e outros voluntários. Usamos o mesmo software económico para as
reuniões da comissão e outras conferências. Esta abordagem
diminuiu o tempo da nossa reunião presencial. Também
fomos os anfitriões de formação presencial usando as bolsas
para Amachi, assim como participação no evento de formação anual para BSA ocorrida em Sea Base em 2010, e
Philmont em 2011.
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Parcerias––Agradecemos a oportunidade para estender o nosso ministério através de uma relação de trabalho
próxima com Programas de Actividades Religiosas com a
Juventude (Programs of Religious Activities with Youth PRAY). PRAY (anteriormente denominado programa Deus
e País) oferece educação religiosa adequada à idade para
crianças e jovens que frequentam desde o 1 até o 12 ano de
escolaridade. A IMU é o maior utilizador do currículo
PRAY. Os pastores servem como conselheiros e atribuem
mentores atentos para ajudar na formação espiritual, não
apenas de jovens escuteiros mas também na Catequese e
Irmandade da Juventude MU. O currículo serve como um
complemento para a literatura oficial da IMU.
Força para o Serviço a Deus e ao País (Strength for
Service to God and Country)––Em 1999, recebemos uma
chamada telefónica de um jovem especial que procurava
ajuda com o seu projecto Escuteiro Águia (Eagle Scout).
Aquela conversa inicial cresceu para um dos ministérios
mais recompensadores associado à comissão. Força para o
Serviço a Deus e ao País (Strength for Service to God and
Country),um livro de devoções diárias para membros das
Forças Armadas foi inicialmente publicado pela Casa
Publicadora Metodista Unida, em 1942. O livro histórico
ficou esgotado em 1950.
A California Boy Scout pediu a nossa ajuda para reeditar as devoções, adicionar novas selecções e angariar fundos para disponibilizar os livros gratuitamente. Motivado
pelo seu avô que leu o livro todas as manhãs, o objectivo
deste Escuteiro Águia era de distribuir várias centenas de
cópias num posto militar, em particular, perto da sua casa.
Com o apoio da Casa Publicadora Metodista Unida e milhares de doadores, a comissão já distribuiu mais de 450.000
cópias em todo o mundo.
Este relatório apenas abrange alguns dos nossos muitos
ministérios. Encontra-se disponível mais informação em
www.gcumm.org. Na Conferência Geral teremos uma banca
com outros materiais. Estamos aqui para servi-lo e à sua
congregação local. Queremos aprender mais sobre os seus
sucessos no ministério dos homens e no ministério do
escutismo, assim como ajudá-lo à medida que caminhamos
juntos.
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O Grupo de Trabalho do Aquecimento Global
Relatório à Conferência Geral de 2012
Introdução
Conforme determinado pela Conferência Geral de
2008, um grupo de trabalho composto por indivíduos de
uma série de juntas e agências, conferências anuais, acampamentos e centros de retiro, seminários e igrejas locais
reuniu-se em oração, reflexão, estudo e conversação para
ajudar a Igreja Metodista Unida a responder à injustiça de
um clima em mudança. Os membros deste grupo de trabalho representam vários contextos, perspectivas e especialidade, todos concentrados no objectivo de ajudar a Igreja
Metodista Unida a responder ao nosso chamamento para
cuidar da Criação como parte do discipulado Cristão.
Embora a Conferência Geral não tenha financiado o grupo
de trabalho, os seus membros reuniram-se através do telefone, online e pessoalmente em eventos para cuidar da criação onde os membros do grupo de trabalho estivessem
presentes.
Sob a liderança dos Ministérios Metodistas Unidos de
Retiro e Acampamento, os membros do grupo de trabalho
concentraram-se na tarefa que nos foi atribuída pela
Conferência Geral: fornecer ferramentas à Igreja Metodista
Unida para ajudar os membros de toda a conexão—desde
indivíduos e igrejas locais a agências e conferências—a
melhorar compreenderem o seu impacto climático e orientá-los sobre como reduzir esse impacto como parte do discipulado Cristão e estilos de vida de fidelidade.
igreja, uma campanha nacional sobre o clima e energia e um
compromisso internacional na coordenação com o Conselho
Mundial de Igrejas.
Tendo em conta os esforços ecuménicos já existentes,
a ênfase do grupo de trabalho - e deste relatório - está nas
restantes duas tarefas da Conferência Geral: um plano para
avaliar a contribuição da igreja para o problema do aquecimento global e recomendações para reduzir esse impacto.
Conforme irá ficar claro neste relatório, o grupo de trabalho
continua desafiado pela tensão entre encontrar ferramentas
de diagnóstico precisas e acessíveis, e ao mesmo tempo
encontrar etapas de acção significativas e atingíveis. Temos,
porém, a certeza de que com Deus tudo é possível. E, por
isso, acreditamos que é importante começar o nosso
relatório com uma afirmação teológica para erguer o potencial da restauração criativa na esperança da criação renovada de Deus.
Submetemos este relatório na esperança de que ajudará
a guiar uma conversa cheia de fé entre os Metodistas Unidos
e a encontrar formas de implementar estas recomendações,
sempre na esperança de que a Conferência Geral apoie
esforços adicionais para que a nossa igreja e os seus membros se concentrem na necessidade fundamental de oração e
acção para cuidar para boa criação de Deus.
Submetido respeitosamente pelo
A Conferência Geral pediu especificamente a inclusão
de três elementos neste relatório: primeiro, um plano para
avaliar o estado actual das contribuições para o aquecimento global em toda a conexão Metodista Unida por igrejas,
instituições e pessoal; em segundo lugar, recomendações
específicas para a redução das contribuições para o aquecimento global e, em terceiro, o desenvolvimento de um
esforço ecuménico para suportar as alterações que reduziriam o aquecimento global.
O terceiro elemento do nosso trabalho foi, talvez, o
mais fácil. A Igreja Metodista Unida—principalmente
através da Junta Geral de Igreja e Sociedade—está já
empenhada num esforço ecuménico robusto para confrontar
a injustiça de um clima em mudança através da educação e
defesa. Através do Conselho Nacional do Programa de
Igrejas Eco-Justice (www.nccecojustice.org), a Igreja
Metodista Unida ofereceu liderança no desenvolvimento de
recursos para a educação ecuménica, adoração e acção para
proteger a criação de Deus—incluindo guias ecológicos da
O Grupo de Trabalho do Aquecimento Global
Cuidado com a terra e a nossa Fé
Cristã: Uma afirmação teológica
Em Novembro de 2009, o Conselho dos Bispos da
Igreja Metodista Unida adoptou uma Carta Pastoral intitulada: “Criação Renovada de Deus: Apelo à Esperança e à
Acção.” Nesta carta e no seu documento base, os bispos afirmaram que a Terra que Deus deixou ao nosso cuidado está
a ser gravemente ameaçada pela nossa “negligência, egoísmo e orgulho.” Para além disso, aqueles que o Evangelho de
Mateus afirma que devem ser separados por Jesus para um
cuidado especial, “os menores de entre nós” estão a suportar uma parte desproporcional do fardo dos nossos excessos.
As ameaças interligadas à “paz, às pessoas e ao planeta” não
podem mais ser ignoradas.
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Nessa carta, os bispos comprometeram-se a tomar
medidas específicas para tornar a visão de Deus de uma renovação da criação, uma realidade. “A cada avaliação e
decisão”, comprometeram-se a perguntar: “Será que isto
contribui para a renovação da criação de Deus?” Os bispos
calcularam a pegada de carbono das suas operações e
traçaram planos para a sua redução. Pediram igualmente a
cada congregação e a cada líder Metodista Unido para participar nos trabalhos de renovação de Deus, na esperança e
confiança de que Deus pode conseguir muito mais através
de mãos e corações cheios de vontade.
As recomendações e recursos aqui incluídos levam a
sério o desafio feito pelos nossos bispos e o chamamento
como discípulos Cristãos. É nossa esperança que cada uma
das igrejas Metodistas Unidas, campos e centros de retiro,
agências conexionais, equipas ecológicas das conferências e
indivíduos entusiasmados utilizem estas recomendações, juntamente com os seus próprios dons, razão e vontade de amar
melhor o mundo que Deus tanto amou. Ao amar o mundo da
forma que Deus os ensinou a amar, oramos para conectarmos
a nossa missão e visão com o chamamento de Cristo para
agirmos no mundo, amando sempre Deus e o próximo.
Se todas as complexidades e nuances do evangelho
podem ser resumidas, é neste acto de amar a Deus e ao próximo. A forma como tratamos a terra tem um efeito significativo na qualidade de vida dos nossos vizinhos, sejam
eles nossos amigos no banco do lado ou estranhos a milhares de quilómetros de distância. O amor é uma forma activa, intencional e vibrante de viver.
Os cientistas dizem-nos que as nossas vidas e estilos de
vida propagam-se em círculos cada vez maiores, assim
como uma pedra atirada num lago. A dimensão das nossas
igrejas e casas, como aquecemos e condicionamos o ar dos
nosso edifícios, a quantidade de electricidade que utilizamos, como cuidamos dos nossos campos, o tipo de alimentos que compramos, quão humanamente a nossa comida
é produzida, como servimos a nossa comida, como nos
transportamos, as questões políticas nas quais escolhemos
envolver-nos, tudo tem um impacto decisivo sobre a vida e
bem-estar dos nossos vizinhos. E temos o maior efeito sobre
os mais vulneráveis, os mais marginalizados dos nossos vizinhos humanos e não humanos, os mesmos que Jesus
chamou para uma consideração especial.
Consideremos os nossos vizinhos no Bangladesh, que
esperam que 25 a 30 milhões de pessoas sejam, em breve,
deslocadas devido à elevação do nível do mar.
Consideremos os nossos vizinhos do sudoeste da Virginia,
Virginia Ocidental e Kentucky, que são frequentemente
forçados a aceitar os riscos ecológicos, para a saúde e para
DCA Edição Avançada
a segurança de viverem num país de carvão só para que possam ter um rendimento. Consideremos os nossos vizinhos
não humanos também, por exemplo, os peixes, moluscos e
ostras na Baía de Chesapeake e os nossos vizinhos humanos
que dependem da sua captura para o seu próprio sustento.
Cada vez menos destas criaturas estão a ganhar a sua batalha para viver em águas que estão cada vez mais pobres em
oxigénio devido aos resíduos agrícolas e fertilizantes que
colocamos nos campos da nossa igreja e das nossas casas. A
importância destes exemplos é, então, que temos a oportunidade de alcançar os nossos vizinhos através do amor e
olhar para dentro de nós mesmos para mudar o nosso estilo
de vida pecaminoso. O nosso chamamento é transcender as
nossas próprias particularidades e encontrar um terreno
comum na busca do chamamento de Deus para estar em paz
no mundo.
Convidamos cada um de vós nos nossos campos e centros de retiro, congregações e conferências a considerarem os
impactos das nossas acções individuais e colectivas nos nossos vizinhos, particularmente nos mais vulneráveis, desde
aqueles que se encontram na Baía de Chesapeake àqueles que
vivem em Bangladesh. Pedimos que utilizem estes materiais
de acompanhamento para diminuir significativamente os
impactos, para se tornarem defensores em nome de todos os
nossos vizinhos, para agitarem os nossos corações e utilizarem as nossas mãos para atender o chamamento de Jesus
de amar a Deus e amar os nossos vizinhos, o Criador e a criação. Pedimos que encontre, no seu próprio lugar, na sua
própria comunidade, a possibilidade de transformação das
relações ecológicas, que são sagradas. Apesar de sofrermos
de degradação ambiental e espiritual, há a esperança de imaginação ressuscitada e lembrança da criação renovada de Deus.
Esta afirmação está em aberto, mas encontra no seu estágio o potencial para a restauração criativa, na esperança da criação renovada de Deus. A nossa base wesleyana confia-nos
que a santidade é sempre em comunidade. Desta forma, o
nosso chamamento é sermos membros da comunidade do cosmos e em comunidade uns com os outros, embaixadores do
chamamento de Cristo de amor e justiça. A esperança deste
trabalho é que estes meios de mudança também podem ser um
meio de graça para o mundo, da qual fazemos parte.
Preparado e elaborado por:
O Rev. Russell Casteel, Conferência Anual de
Mississippi
Dr.ª Beth Norcross, Seminário Teológico Wesley
. . . Em nome do Grupo de Trabalho do Aquecimento
Global da Conferência Geral, Abril de 2011
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Recomendações específicas para as
congregações, ministérios e membros
Metodistas Unidos
Os estilos de vida do amor e discipulado Cristão
envolvem medidas concretas para evitar danos e esforços
proactivos para fazer o bem. Este chamamento para o amor
estende-se à criação de Deus e aos nossos amigos seres
humanos. Para se ser eficaz na redução da nossa contribuição para as alterações climáticas e dos danos associados resultantes a nível local e mundial, devemos
compreender as causas das alterações climáticas e fazer
escolhas diferentes sobre o modo como vivemos.
Podemos ter um impacto significativo enquanto
denominação cristã que molda a forma de cuidar da terra e
uma comunidade de fé que envolve e inspira o resto do
mundo. Tal como estamos a ter um impacto significativo na
redução da malária, por exemplo, podemos combinar os
nossos esforços e colaborar com os outros para reduzir também as alterações climáticas. Podemos agir e, quando o fizermos, podemos fazê-lo de uma forma concertada, pois fará
a diferença.
A grande maioria dos cientistas que são especialistas na
área concordam que o factor número um motor da mudança
climática global moderna é a utilização humana e dependência de combustíveis fósseis (principalmente carvão, petróleo
e gás natural). A combustão desses combustíveis liberta
dióxido de carbono e outras emissões que prendem o calor
na atmosfera, o que provoca quantidades crescentes de calor
preso dentro da atmosfera da Terra. O resultado é o aumento das temperaturas globais, resultando num impacto negativo sobre os ecossistemas e os seres humanos
(especialmente os mais vulneráveis
Uma vez que o comportamento humano é a causa principal, uma mudança no comportamento humano é central
para a solução. Reduzir a quantidade de combustíveis fósseis que consumimos como indivíduos, famílias, igrejas,
ministérios, empresas, países e sociedades é o acto de amor
fundamental que vai fazer a diferença na redução das alterações climáticas globais e dos danos associados que daí
resultarão se continuarmos com os nossos padrões actuais.
A população de humanos na terra está simultaneamente a
crescer, fazendo com que seja cada vez mais crucial tomar
medidas significativas agora. Para uma explicação mais
científica sobre as causas das alterações climáticas e do seu
impacto, consulte:
http://www.epa.gov/climatechange/basicinfo.html
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http://www.nationalacademies.org/includes/G8+5ener
gy-climate09.pdf
http://www.ucsusa.org/global_warming/science_and_i
mpacts/science/
http://www.fao.org/kids/en/gw-science.html
h t t p : / / w w w. s c i e n c e m a g . o r g / c o o r g / c o n
tent/306/5702/1686.full
O objectivo das seguintes recomendações específicas é
identificar as áreas de mudança que abordam mais directamente os maiores contribuidores para as alterações climáticas, para que possamos fornecer liderança como Metodistas
Unidos em efectuar alterações que produzam um potencial
impacto positivo. É importante envolver os membros, não só
na realização das alterações dentro da própria igreja local,
mas também em casa e na sua vida diária, juntamente com
a motivação para a mudança nas suas comunidades mais
amplas e do mundo.
Os maiores contribuidores para as alterações
climáticas são:
A. A queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural
e carvão) para os seguintes fins por ordem de maior impacto:
• Geração de electricidade e energia
• Queima de combustíveis fósseis para transportes
(automóveis e camiões, com o transporte aéreo a
crescer rapidamente como factor)
• Processos industriais e agrícolas que utilizam combustíveis fósseis–para além da geração de electricidade–que liberta CO2 (dióxido de carbono) e metano
• Construção residencial e industrial, aquecimento e
refrigeração de edifícios e instalações
B. Desflorestação e destruição do ambiente natural (as florestas e outra vegetação natural, capturam e armazenam o
CO2 reduzindo, assim, os gases de efeito de estufa)
Dez Recomendações Específicas
1. Cada congregação e ministério Metodista Unido
deve providenciar formação aos membros e à comunidade
mais vasta acerca das causas das alterações climáticas
globais e as formas mais eficientes de reduzir as contribuições causadas pelo homem.
2. Ensinar regularmente os princípios bíblicos dos
cuidados a ter com a terra e da justiça ecológica como
um aspecto importante do discipulado Cristão através da
adoração, educação Cristã, divulgação da missão, Equipas
de Cuidados com a Criação, etc. O estabelecimento de
Equipas de Cuidados com a Criação em todas as congregações e a criação de uma agência MU seria uma grande
vantagem para cumprir estes objectivos.
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3. Envolver as congregações, ministérios e membros
MU na definição de objectivos específicos para a redução
da sua utilização de electricidade na igreja e em casa.
Estabelecer formas de acompanhar e acelerar o progresso e
cumprimento destes objectivos. Fornecer recursos e estratégias para orientar as congregações na redução da sua utilização de electricidade—electricidade especificamente
gerada utilizando combustíveis fósseis.
4. Envolver as congregações, ministérios e membros
MU na definição de objectivos específicos para a redução
do consumo de combustíveis fósseis relacionados com o
transporte na igreja e em casa. Estabelecer formas de
acompanhar e acelerar o progresso e cumprimento destes
objectivos. Fornecer recursos e estratégias para orientar as
congregações na redução da utilização de combustíveis.
5. Estabelecer a expectativa de que todas as novas construções e renovações devem incorporar o máximo de
recursos de poupança energética possível através do
design arquitectónico, materiais de construção eficientes em
termos energéticos e novas tecnologias que reduzam a pegada de carbono da igreja a longo prazo, reduzindo o consumo
de combustíveis fósseis para aquecimento e refrigeração,
iluminação, etc.
6. Comprar alimentos e produtos de fornecedores
locais utilizando práticas ecológicas. Comprar localmente reduz
a utilização de combustíveis fósseis para transportar os bens.
7. Criar uma cultura positiva de simplicidade que
defenda a compra de itens de qualidade em segunda
mão, empréstimos, doações e partilha para reduzir o
fabrico desnecessário ou em duplicado de itens. Isto
diminui a quantidade de combustíveis fósseis consumidos
nos processos de fabrico e de reciclagem (Reduzir,
Reutilizar, Reciclar). Aplicar as poupanças para praticar o
bem no mundo.
8. Apoiar políticas sólidas locais, nacionais e internacionais, leis e práticas que ajudem a reduzir as alterações
climáticas causadas pelo homem.
9. Defender a protecção de terras naturais e a reflorestação a níveis local e mundial. As florestas e os ecossistemas naturais capturam dióxido de carbono e ajudam
bastante a reduzir o efeito de estufa.
10. Estabelecer uma estratégia de “Reconhecimento
dos cuidados a ter com a Criação” a nível da denominação
para as congregações, ministérios e membros que atingem
níveis diferenciados de boas práticas e de redução do impacto
global e que moldam a implementação destes objectivos. Isto
também inclui histórias que destaquem as melhores práticas a
serem implementadas pelas igrejas locais, agências e min-
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istérios de extensão para que as congregações possam criar
uma rede e aprender umas com as outras.
11. As congregações, ministérios e membros MU devem
medir anualmente as suas pegadas de carbono, comparando as suas emissões de carbono de um ano para o outro,
definindo objectivos específicos para a sua redução e emitindo relatórios com estes resultados como parte dos relatórios
exigidos pela conferência que podem ser compilados a nível
da denominação. Recomendamos que sejam criados recursos
online que ajudem directamente as congregações, agências e
ministérios de extensão a iniciar imediatamente a implementação da redução das suas pegadas de carbono. Esta localização central dos recursos focada neste esforço específico irá,
também, apontar líderes religiosos para as melhores fontes de
informação, currículo, etapas das várias medidas, etc. que
estão disponíveis a partir de fontes e organizações ecuménicas empenhadas em ajudar as comunidades a reduzir o
impacto no clima global. Ter isto tudo organizado e reunido
permitirá aos líderes dos ministérios passarem mais rapidamente para a implementação e para a acção.
Recomendamos que estes recursos Web sejam desenvolvidos num esforço colaborativo entre a Junta Geral do
Discipulado, a Junta Geral dos Ministérios Globais, as
Mulheres Metodistas Unidas, a Junta Geral de Igreja e
Sociedade e a iniciativa dos Bispos intitulada “Criação
Renovada de Deus: Um Apelo à Esperança e à Acção”,
Ministérios de Acampamento e Retiros e outros com interesse e conhecimentos.
Ferramentas para a Avaliação da
Pegada de Carbono
A Conferência Geral de 2008 determinou que este Grupo
de Trabalho desenvolvesse recomendações e que identificasse
recursos para orientar a Igreja Metodista Unida na criação de um
plano para avaliar o estado actual das contribuições para o aquecimento global ao longo da conexão Metodista Unida pelas igrejas, instituições e pessoal - por outras palavras, para determinar a
“pegada de carbono” da igreja. Após algumas reuniões com os
líderes ecuménicos e Metodistas Unidos, determinámos que
existem várias abordagens para avaliar a pegada de carbono de
uma organização. Inicialmente, tínhamos esperança de encontrar
uma única estratégia para recomendar, mas a diversidade das
nossas estruturas e congregações institucionais leva-nos a
recomendar várias opções das que analisámos.
Existe uma variedade de ferramentas de avaliação da
pegada de carbono disponíveis no mercado para organizações
sem fins lucrativos, para empresas e para utilização pessoal.
Tais ferramentas exigem que o utilizador introduza os dados
acerca da utilização energética e de recursos - coisas como
quilowatts-hora de electricidade consumida anualmente e as
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viagens que variam desde as viagens dos paroquianos para a
igreja às viagens dos bispos para reuniões internacionais. As
perguntas efectuadas nas várias ferramentas reflectem as actividades do utilizador. Por exemplo, as ferramentas adequadas às
congregações incluem perguntas sobre quantas pessoas frequentam a igreja e como chegar lá, enquanto as ferramentas
adequadas a pequenos escritórios, como agências e escritórios
episcopais, incluem perguntas sobre o transporte dos empregados de e para o serviço e viagens do pessoal. Para avaliar com
maior precisão a pegada de carbono da Igreja Metodista Unida
como um todo, iríamos precisar de uma ferramenta que
incluísse diferentes conjuntos de questões para os diferentes
contextos de ministérios, ao mesmo tempo que se recolhia
dados comparáveis Até que novas ferramentas de avaliação da
pegada de carbono sejam desenvolvidas, a escolha de qual utilizar depende do tempojas e estruturas das nossas conferências
centrais localizadas em países em desenvolvimento.
Infelizmente, esta ferramenta multifunções ainda não existe.
Até que novas ferramentas de avaliação da pegada de carbono sejam desenvolvidas, a escolha de qual utilizar depende
do tempo e dos recursos disponíveis dentro das igrejas e organizações que fazem parte da conexão. Por exemplo, algumas
congregações têm pessoal e/ou comissões já encarregues de
garantir que os seus ministérios utilizam fielmente práticas de
administração ambiental e que conseguem incorporar facilmente a medição da pegada de carbono no seu trabalho.
Outras têm menos pessoas disponíveis para se envolverem no
processo e podem precisar de fazer um esforço de início se não
existirem grupos que liderem a congregação, o ministério ou a
agência neste aspecto do discipulado Cristão.
A disparidade convida à colocação de uma questão: Que
profundidade deve uma ferramenta de avaliação da pegada
de carbono ter? Algumas ferramentas requerem dados extensos e requerem uma análise profunda das contas de serviços
públicos, transportes, práticas de hospitalidade e muito mais.
Outras ferramentas assumem uma abordagem mais ampla
para uma conclusão fácil. As ferramentas que oferecem mais
profundidade fornecem resultados mais precisos e mais
valiosos para atingir os objectivos específicos da redução de
emissões. As ferramentas simples são acessíveis a mais pessoas, mas oferecem uma imagem menos rigorosa das emissões de carbono de uma organização, tornando mais difícil a
quantificação precisa da redução de emissões.
Tais desafios foram iluminados em 2011 quando os bispos da Igreja Metodista Unida deram seguimento ao seu
compromisso de medir a pegada de carbono dos seus
escritórios episcopais. Na sua carta pastoral de 2009, a iniciativa “Criação Renovada de Deus: Um Apelo à Esperança
e à Acção”, os bispos comprometeram-se a medir a pegada
de carbono dos seus escritórios, a determinar a forma de as
reduzir e a implementar as mudanças necessárias. Os bispos
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começaram as suas avaliações utilizando uma adaptação da
pequena calculadora da pegada de carbono de empresas
disponível a partir de www.carbonfund.org. A avaliação
incluiu questões acerca da utilização de electricidade, viagens diárias, viagens e hospitalidade. Os resultados variaram bastante, não só porque as emissões dos seus
escritórios variavam muito, mas também porque os seus
contextos e abordagens para a recolha dos dados necessários
variaram muito. Quanto mais detalhado for o registo do
escritório, mais produtiva é a avaliação.
Havia variáveis Os nossos irmãos e irmãs de outras
denominações cristãs também estão às voltas com a criação
de estratégias para o desenvolvimento de ferramentas precisas e acessíveis de avaliação da pegada de carbono. Em
2008, A Igreja Episcopal comprometeu-se a reduzir a sua
pegada de carbono em pelo menos 15 a 20 por cento até ao
ano de 2020, e pelo menos em 80 por cento até ao ano de
2050. A Igreja Evangélica Luterana na América está também no processo de desenvolvimento de uma ferramenta
para avaliar a pegada de carbono das suas congregações.
Quando as ferramentas utilizadas noutras denominações
ficarem disponíveis, podemos avaliá-las e fornecer informações à conexão Metodista Unida.
Entretanto, é importante para as congregações e organismos
da Igreja Metodista Unida começarem a medir a sua pegada de
carbono e desenvolver formas de reduzir as suas emissões de
gases de efeito estufa utilizando as ferramentas disponíveis
actualmente. A Interfaith Power and Light desenvolveu uma calculadora de emissões de carbono que é utilizada actualmente por
muitas congregações de uma variedade de denominações. É relativamente acessível e oferece uma imagem boa e ao nível da
superfície das emissões de carbono de uma congregação. A calculadora está disponível em www.coolcongregations.org.
Informações sobre outras ferramentas de avaliação da pegada de
carbono estão disponíveis no final deste documento.
Embora não exista uma ferramenta única para medir a
pegada de carbono, apropriada para utilização por toono.
Em 2008, A Igreja Episcopal comprometeu-se a reduzir a
sua pegada de carbono em pelo menos 15 a 20 por cento até
ao ano de 2020, e pelo menos em 80 por cento até ao ano de
2050. A Igreja Evangélica Luterana na América está também no processo de desenvolvimento de uma ferramenta
para avaliar a pegada de carbono das suas congregações.
Quando as ferramentas utilizadas noutras denominações
ficarem disponíveis, podemos avaliá-las e fornecer informações à conexão Metodista Unida.
Entretanto, é importante para as congregações e organismos da Igreja Metodista Unida começarem a medir a sua
pegada de carbono e desenvolver formas de reduzir as suas
emissões de gases de efeito estufa utilizando as ferramentas
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disponíveis actualmente. A Interfaith Power and Light
desenvolveu uma calculadora de emissões de carbono que é
utilizada actualmente por muitas congregações de uma variedade de denominações. É relativamente acessível e oferece uma imagem boa e ao nível da superfície das emissões
de carbono de uma congregação. A calculadora está
disponível em www.coolcongregations.org. Informações
sobre outras ferramentas de avaliação da pegada de carbono
estão disponíveis no final deste documento.
Embora não exista uma ferramenta única para medir a
pegada de carbono, apropriada para utilização por todos os
órgãos da igreja, o Grupo de Trabalho recomenda que as
igrejas, instituições e funcionários da Igreja Metodista
Unida se comprometam a efectuar uma revisão anual das
suas emissões de carbono e sugere que consultem a lista de
ferramentas de medição da pegada de carbono actualmente
disponíveis fornecida aqui e escolham a que melhor se adequa à sua situação permitindo-lhes avaliar e reduzir o seu
impacto no aquecimento global. A prioridade é começar a
fazer um esforço rigoroso, independentemente da ferramenta escolhida.
Ferramentas para a Avaliação da
Pegada de Carbono
Carbonfund.org oferece uma calculadora com várias
opções para o nível de detalhe exigido para os dados utilizados. É mais apropriada para utilização por parte de agências, escritórios episcopais e outros escritórios
institucionais. O site oferece a oportunidade de adquirir
créditos de carbono. www.carbonfund.org
O website do Fundo de Defesa Ambiental
EDF+Business oferece uma variedade de recursos para a
avaliação, cálculo e acompanhamento da eficiência
energética. http://business.edf.org
O programa Energy Star’s Portfolio Manager é uma
ferramenta aprofundada de avaliação do consumo de água e
de energia. Trata-se de uma ferramenta ideal para pessoas
que pretendem saber mais acerca das suas pegadas de carbono. http://www.energystar.gov/index.cfm?c=evaluate
_performance.bus_portfoliomanager
Interfaith Power and Light’s Cool Congregations
Calculator é uma ferramenta de fácil utilização para
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fornecer uma imagem ao nível da superfície das emissões de
carbono de uma congregação. www.coolcongregations.org
A Agência de Protecção do Ambiente dos Estados
Unidos da América possui uma ferramenta para desenvolver um inventário de gases de efeito de estufa para
pequenas empresas que poderia ser aplicada a igrejas e outros organismos institucionais. http://www.epa.gov/climateleaders/smallbiz/footprint.html
Os participantes do Grupo de Trabalho:
Responsável pelas convocações: O Rev. Gary D.
Lawson, Sr., Director Executivo, da Assembleia Metodista
Unida de Lakeshore, Comissão Nacional de Retiro e
Acampamento
Sr. John S. Hill, Director – Justiça Económica e
Ambiental, Junta Geral de Igreja e Sociedade
A Rev.ª Kevin Witt, Junta Geral do Discipulado relacionado com o Ministério de Retiro e Acampamento
Dr.ª Beth Norcross, Docente, Seminário Teológico
Wesley
A Rev.ª Jenny Phillips, Directora da Mudança da
Criação
A Rev.ª Rebekah Simon-Peter, Autora do Green
Church Curriculum (Currículo de Igreja Verde) e Directora
de BridgeWorks
Sra. Pall Callbeck Harper, Directora da iniciativa dos
Bispos “Criação Renovada de Deus: Apelo à Esperança e à
Acção”
Sr. Loy Lilley, Director do Centro Good Word,
Coordenador do Caring for Creation (Cuidando da Criação),
Assembleia de Lake Junaluska
Sr. Russell Casteel, Director de Programas,
Acampamento Lake Stevens
Sra. Marilyn Braswell, Cuidando da Criação,
Jurisdição Central do Sul
Sra. Esmeralda Brown, Divisão das Mulheres
Sra. Martha Pierce, Directora do Retiro Riverside,
Conferência da Florida
A Rev. Rhonda Parker, Directora da Conferência de
Chestnut Ridge, Virginia
Sr. Troy Taylor, Director de Programas, Lakeshore
UMA, Conferência de Memphis
Sra. Lizzie McGurk, Ministérios NCC Eco-Justice
(Participante no princípio antes de deixar o NCC)
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Domingo das Oportunidades
Um relatório das Comunicações Metodistas Unidas
Contexto
A Igreja Metodista Unida está a disponibilizar actualmente seis Domingos Especiais em toda a Igreja: Uma
Fantástica Hora de Partilha, Domingo dedicado aos Nativoamericanos, Domingo da Comunicação Mundial, Domingo
da Paz com Justiça, Dia das Relações Humanas e Dia do
Estudante Metodista Unido.
Durante a Conferência Geral de 2008 foi feita uma proposta (petição 80060-GA-¶264) para combinar cinco destes
Domingos Especiais numa única oferta, resultando em apenas dois Domingos Especiais: Uma Fantástica Hora de
Partilha e Domingo das Oportunidades. As Comunicações
Metodistas Unidas foram encarregado de testar este conceito.
Processo de Pesquisa
Em 2010, o Domingo das Oportunidades proposto foi
testado em mais de 700 igrejas em 10 distritos para determinar se seria uma alternativa eficaz ao sistema actual.
Todas as jurisdições estiveram representadas no estudo.
Cada uma das igrejas recebeu informação acerca do
Domingo das Oportunidades e envelopes de oferenda a
serem utilizados e que permitiriam aos doadores designar os
fundos que pretendiam apoiar. Oito dos dez distritos
enviaram relatórios sobre os números finais.
Resultados
A taxa de participação e o valor em dólares recolhido
durante o Domingo das Oportunidades foram medidos e
comparados com os dados dos resultados relativos ao
Domingo Especial apurados em 2009.
Os dados recolhidos indicam um declínio tanto no nível
da participação como no valor em dólares recolhido em
Domingos Especiais entre 2009 e 2010. A participação teve
uma descida de 4% e uma redução de 22% nos donativos,
de 66.670 USD para 52.223 USD nas igrejas testadas.No
geral, os donativos para os cinco Domingos Especiais
diminuíram apenas 5,3 %, de 2.622.111 USD para
2.482.721 USD.
As tabelas seguintes representam os resultados por
número de membros.
Nível de Participação:
Nível de
participação
<100
101-249
250-499
500+
2009
28%
71%
92%
79%
2010
28%
58%
80%
50%
Donativos:
$$
<100
101-249
250-499
500+
2009
16.314
USD
21.163
USD
19.344
USD
9.849 USD
2010
14.143
USD
16.549
USD
15.481
USD
6.050 USD
Alteração de 2009 para 2010:
$$
<100
101-249
250-499
500+
%
alteração
-13%
-22%
-20%
-39%
Inquérito às atitudes
Foi realizado um inquérito suplementar aos membros
do clero participantes, na sequência do teste, para complementar os dados estatísticos dos donativos com uma medida
de atitudes relativamente ao Domingo das Oportunidades. O
inquérito revelou que os materiais de comunicação para o
Domingo das Oportunidades eram eficazes na medida em
que o conceito foi compreendido pelos membros do clero. O
inquérito revela que seis em dez concordam que uma oferta
combinada seria uma excelente alternativa a cinco ofertas
separadas. Os membros do clero consideram que é mais
fácil de implementar e mais fácil de explicar às respectivas
congregações. No entanto, a maioria tinha consciência de
que o Domingo das Oportunidades resultaria em menor participação e menor valor em dólares recolhido.
O relatório está disponível
www.umcom.org/opportunitysunday.
na
íntegra
em
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O Grupo de Trabalho Inter-agências de Ética Sexual
“ninguém busque o proveito próprio, antes cada um o de
outrem.”
(1 Coríntios 10:24, JFA)
O Grupo de Trabalho Inter-agências de Ética Sexual
celebra dez anos de existência formal em 2012, sob a liderança da Comissão Geral sobre o Estado e Papel da Mulher.
Desde os anos 70 do séc. XX, a Comissão tem vindo a abordar questões de assédio sexual, discriminação de género e
abuso sexual na igreja.1
Em 2000, a Conferência Geral decidiu que a Comissão
de Mulheres deveria “convocar e coordenar uma equipa de
trabalho de cooperação para abordar as áreas de prevenção,
educação, intervenção e de cura relativamente a um mau
comportamento de natureza sexual por parte de leigos e
clérigos.2 Um ano mais tarde, a Comissão co-promoveu,
juntamente com a Conferência Anual das Montanhas
Rochosas, uma acção de formação nacional para Equipas de
Resposta.
Desse evento resultou a formação de uma Comissão de
Gestão de Redes de Equipas de Resposta, composta por voluntários dedicados de várias conferências anuais. Em Julho
de 2002, a equipa de trabalho de cooperação dos membros da
agência reuniram-se pela primeira vez com estes representantes das conferências anuais para colaborar numa “abordagem abrangente, holística e integrada direccionada para a
prevenção e resposta.”3 Esta reunião marcou o nascimento de
um grupo de trabalho cujo trabalho a Conferência Geral continua a realizar sob a liderança da Comissão das Mulheres.4
O Grupo de Trabalho da Ética Sexual organizou um
encontro nacional de ética sexual subordinado ao tema “Não
pratique o mal . . . Pratique todo o bem que puder” em Julho
de 2006, para os líderes da Equipa de Resposta Metodista
Unida e para os Seguranças de Santuários, reunindo 238
participantes de 48 conferências anuais. A necessidade desta
abordagem colaborativa para com a ética sexual na igreja é
mais importante agora do que alguma vez foi.
Actualmente, o Grupo de Trabalho de Ética Sexual
inclui 21 membros com conhecimentos e ministério em
ética sexual, incluindo representantes de Equipas de
Resposta de 6 conferências anuais, pessoal e membros da
comissão das seguintes agências: a Comissão Geral sobre o
Estado e Papel da Mulher, Conselho dos Bispos, Divisão do
Ministérios com a Juventude da Junta Geral da Discipulado,
Junta Geral de Educação Superior e Ministério, Junta Geral
de Igreja e Sociedade, Conselho Geral de Finanças e
Administração, Companhia de Seguros Metodista Unida
(antigamente UMPACT), Divisão das Mulheres da Junta
Geral dos Ministérios Globais e Comissão Geral sobre os
Homens Metodistas Unidos.
O objectivo do Grupo de Trabalho de Ética Sexual é
oferecer uma oportunidade aos líderes ao nível da igreja
geral de se coordenarem uns com os outros, consultarem
programas e materiais e desenvolverem respostas estratégicas sobre assuntos emergentes e necessidades no interior da
Igreja Metodista Unida.
Após efectuar uma análise do nosso trabalho durante o
quadriénio 2009–2012, o Grupo de Trabalho de Ética Sexual
aponta para os seguintes objectivos e metas alcançados:
• Celebramos, pela primeira vez, a presença do
Conselho dos Bispos no Grupo de Trabalho de Ética
Social, iniciando em 2009 com a participação contínua do Bispo Max Whitfield.
• Trabalhámos para melhorar a prontidão do ministério
relativamente à ética profissional, ética sexual, limites saudáveis e cuidados próprios através de um conjunto de directrizes curriculares para os seminários
implementarem no programa de Mestrado em
Divindade. Em Abril de 2010, a Comissão das
Mulheres organizou um seminário de um dia inteiro
com professores, administradores e consultores, com
a participação da Junta Geral de Educação Superior e
ministério, para analisar a questão da preparação
ministerial e mau comportamento sexual. Este grupo
multidisciplinar, multiétnico e ecuménico de estudiosos, clérigos e consultores concordaram com unanimidade que existe uma necessidade fundamental de
1. Consulte o artigo “Dizendo ‘não’ a um mau comportamento sexual na IMU: Uma história recente”,
http://umsexualethics.org/Education/UMCTimeline1972present.aspx.
2. Livro de Resoluções 2000, p. 139.
3. “A IMU continua a esforçar-se por lutar contra o mau comportamento sexual dos clérigos”, O Panfleto, verão de 2002, Comissão
Geral sobre o Estado e Papel da Mulher, p. 1.
4. Livro de Resoluções 2008, p. 138
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•
•
•
•
melhorar as estruturas da educação profissional dos
clérigos e concordaram nas recomendações para
abordarem esta necessidade. O processo de desenvolvimento continuou com o corpo docente da
Escola de Teologia e o Seminário Teológico GarrettEvangelical ofereceu cursos piloto em Outono de
2010. A Comissão das Mulheres também facilitou
sessões de consulta juntamente com o Seminário
Teológico de Wesley e a Escola de Teologia Saint
Paul. A Comissão das mulheres submete legislação
na Conferência Geral de 2012 para regular estas
directrizes em todos os seminários e escolas do Curso
de Estudo, preparando Metodistas Unidas para o
ministério ordenado e licenciado.
Coordenámos, promovemos e organizámos uma
reunião de ética sexual “Do No Harm”, em Janeiro de
2011. O tema deste evento foi a coordenação de ministérios das conferências na ética sexual. O evento
incluiu os membros da Equipa de Resposta, líderes
judiciários, Coordenadores Santuários Seguros,
reitores e formadores de clérigos. A Comissão das
Mulheres e o Grupo de Trabalho de Ética Sexual formaram 300 líderes de 58 conferências anuais,
incluindo a Alemanha e o Congo, assim como parceiros ecuménicos da Igreja Presbiteriana (EUA),
Igreja Luterana Evangélica na América e Conselho
Mundial de Igrejas.
Promovemos três representantes da conferência central para irem ao evento “Do No Harm”. Vários meses
depois, um dos participantes, a Rev. Kabamba
Kiboko, juntamente com o seu marido, o Rev.
Kalamba Kilumba, organizaram duas formações de
limites em África, com a participação de mais de 300
clérigos. Estas foram as primeiras formações em
ética social alguma vez organizadas para os clérigos
da Igreja Metodista Unida no Congo.5
Formámos 50 líderes de Equipas de Resposta e 30
líderes de Santuários Seguros em seminários de seis
horas realizados a 26 de Janeiro de 2011 e ministrados por membros do Grupo de Trabalho de Ética
Sexual.
Formámos mais de 70 líderes judiciais—bispos,
superintendentes distritais, assistentes episcopais,
directores de ministérios conexionais, outros mem-
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bros de escritório e reitores, durante um seminário
presencial de “Boas Práticas Episcopais” com
duração de oito horas sobre a resposta de supervisores a queixas de mau comportamento sexual, realizado a 26 de Janeiro de 2011. Este evento foi
coordenado pela Comissão das Mulheres e incluiu a
liderança do Grupo de Trabalho de Ética Sexual e o
reitor do Conselho dos Bispos.
• Criámos um kit de ferramentas online local que
inclui uma política de amostra e directrizes, recursos
curriculares e artigos, assim como definições e recursos de formação: http://umsexualethics.org/Local
Churches/CongregationalToolkit.aspx.
• Comunicamos com um eleitorado mais amplo
através do nosso website www.umsexualethics.org,
brochura de ética sexual, artigos mensais publicados
na newsletter mensal da Comissão Geral sobre o
Estado e Papel da Mulher The Flyer, comentários
ocasionais ao serviço de notícias da Igreja Metodista
Unida, as séries “Sexo e a Igreja” da Junta Geral de
Igreja e da Sociedade e jornais académicos. Vários
membros do nosso grupo de trabalho contribuíram
para uma antologia internacional, Quando
Sacerdotes e Pastores são predadores: Identificar,
Prevenir e Ultrapassar o Abuso Sexual de Mulheres
por parte de Clérigos, ed. por Valli Batchelor. World
Christian Student Federation, 2011.
Há muito a comemorar e temos feito muitos progressos
na abordagem do mau comportamento sexual nos relacionamentos ministeriais na Igreja Metodista Unida.
No entanto, a nossa realidade actual é surpreendente:
• Nos Estados Unidos da América, 3 por cento das
mulheres que vão à igreja pelo menos uma vez por
mês relataram ter sido sexualmente assediadas ou
abusados por um clérigo a determinado momento das
suas vidas adultas, de acordo com um estudo realizado a nível nacional.6
• A Igreja Metodista Unida tem uma média de 140 a
150 casos conhecidos de mau comportamento sexual
de clérigos anualmente apenas nos Estados Unidos
da América.7
5. “Os clérigos do Congo receberam a sua primeira formação em Ética Sexual”, por Heather Stahl, The Flyer, Comissão Geral
sobre o Estado e Papel da Mulher, Agosto de 2011.
6. Diana Garland, “A Prevalência do Mau Comportamento Sexual de Clérigos com Adultos: Um Sumário Executivo de um Estudo
de Investigação” (2009). http://www.baylor.edu/clergysexualmisconduct/index.php?id=67406 (acedido a 16 de Julho de 2010).
7. Sally Badgley Dolch, “A Cura da Violação: Intervenção de Equipas de Resposta em Congregações Metodistas Unidas” (DMIN,
Wesley Theological Seminary, 2010), 131-2. Trata-se de uma aproximação com base em inquéritos, entrevistas telefónicas e conversas pessoais com bispos—não existem dados agregados disponíveis. Ao nível da denominação, ninguém sabe exactamente quantas queixas de mau comportamento sexual são feitas na IMU ou quantos destes casos são adjudicados.
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• Ao longo dos últimos 10 anos, a adjudicação de casos de
mau comportamento sexual de clérigos custou à Igreja
Metodista Unida mais de 100 milhões de dólares.8
• Os clérigos, ao contrário dos médicos, advogados
enfermeiros, psiquiatras e outras pessoas que tenham
profissões em que ajudam os outros, podem completar a sua educação profissional e licenciarem-se sem
tirarem um curso em ética profissional.
• Menos de 10 por cento dos superintendentes de distrito relatam ter formação e estarem confiantes na sua
capacidade de lidar com queixas de mau comportamento sexual, e a maioria dos líderes judiciais na
Igreja Metodista Unida nunca recebem formação
especializada nesta área.9
• Apenas 40 por cento das conferências anuais nos
Estados Unidos têm uma Equipa formada e activa de
Resposta/ Intervenção/Crise implementada pelo
bispo para “oferecer um processo de cura dentro da
congregação” ou noutro contexto de ministério conforme estipulado durante a resposta de supervisão e
do processo judicial, quando uma alegação de má
conduta sexual cria uma perturbação significativa.10
• Os Comités de relações pessoal/paróquia têm falta de
formação sobre má conduta sexual nos relacionamentos ministeriais e para lidar com uma queixa de
má conduta na sua congregação, que é onde muitas
das vítimas procuram primeiro apoio e informações.
• Três posições a tempo inteiro do pessoal das agências
gerais foram eliminadas em 2010: a Junta Geral do
Discipulado reduziu o seu pessoal do programa de
Santuários Seguros em duas pessoas e a Junta Geral
dos Ministérios Globais eliminou o seu Funcionário a
tempo inteiro de Protecção de Segurança de Crianças,
dificultando a capacidade desta agência de responder
adequadamente às recomendações estipuladas no
Relatório Final do Painel Independente para a Análise
de Abuso de Crianças num contexto de missão.11
À medida que avançamos para o próximo quadriénio, o
Grupo de Trabalho Inter-agências de Ética Sexual, sob a
coordenação da Comissão Geral sobre o Estado e Papel das
Mulheres, planeia continuar a trabalhar para resolver os
problemas acima mencionados. Assistimos a uma denominação comprometida com a educação, prevenção e justiça
na intervenção em casos de má conduta sexual nos relacionamentos ministeriais, esforçando-se para que todas as
congregações Metodistas Unidas e instituições estejam
livres da exploração sexual.
Existem seis áreas críticas de ética sexual que precisam
de mais atenção no quadriénio que se segue, de acordo com
as quatro áreas de foco da IMU:
1. Estabelecer parcerias com conferências centrais começámos a estabelecer parcerias com conferências centrais para abordar a má conduta de natureza
sexual. O Grupo de Trabalho de Ética Sexual patrocinou três representantes da conferência central para
participarem no evento Do No Harm 2011. Vários
meses mais tarde, um dos participantes realizou
duas formações de limites em África, com a participação de 300 clérigos. Estas foram as primeiras formações em ética sexual para clérigos nestas
conferências.12 A Comissão das Mulheres também
traduziu definições referentes à má conduta sexual a
partir do Livro de Disciplina e do Livro de
Resoluções para coreano, francês e português.
Vamos continuar a disponibilizar recursos, a educar
e a promover líderes indígenas para abordar a ética
sexual numa variedade de contextos culturais.
Primeira área de foco. Quarta área de foco.
2. Currículos do Seminário e do Curso de Estudo:
Alcançar um padrão para a preparação ministerial
requer mais do que a obrigatoriedade de um conjunto específico de directrizes, como mencionado
acima. Com a voz de apoio da Conferência Geral, a
Comissão das mulheres e outros membros do Grupo
de Trabalho de Ética Sexual vão trabalhar com professores e administradores do seminário para implementar, ensinar e medir o sucesso deste programa.
Trabalharemos também com o corpo docente do
seminário para desenvolver recursos para ensinar
módulos de ética profissional para cada curso de
pós-graduação em teologia. A Comissão das mulheres, através do Grupo de Trabalho de Ética Sexual
e em parceria com a Junta Geral de Educação
Superior e Ministério, irá também ajudar na integração destes recursos curriculares no Curso de
Estudo para os pastores locais licenciados. Primeira
área de foco.
8. Valor estimado pela Comissão Geral sobre o Estado e Papel da Mulher, com base no seguimento de casos individuais, em conjunto com o Conselho dos Bispos e com o Conselho Geral de Finanças e Administração.
9. Inquérito realizado pela Comissão Geral sobre o Estado e Papel da Mulher, Agosto de 2010.
10. Dolch, “A Cura da Violação,” p. 96. Ao longo de um período de três anos (2007/2009), vinte e quatro equipas activas efectuaram cento e sessenta e cinco intervenções. Ver Livro de Disciplina 2008, ¶¶ 361.1e e 2701.4c.
11. O relatório final do painel foi recebido e adoptado pelos directores dos Ministérios Globais num encontro semi-anual em
Stamford, CT de 27 a 29 de Abril de 2009. http://new.gbgm-umc.org/about/globalministries/childprotection/finalpanelreport/.
12. “Os clérigos do Congo receberam a sua primeira formação em Ética Sexual”, por Heather Stahl, The Flyer, Comissão Geral
sobre o Estado e Papel da Mulher, Agosto de 2011.
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3. Educação de leigos: Os leigos necessitam e desejam
ainda mais educação e recursos sobre os limites
saudáveis de relações ministeriais. Estamos a desenvolver planos para módulos de formação em vídeo
para utilização por parte das Comissões de Relações
da Paróquia, funcionários da igreja local, administradores, e outros líderes entre os leigos. A
Comissão das mulheres irá continuar o seu trabalho
para além e com o Grupo de Trabalho de Ética Sexual
para promover alterações sistémicas para semear a
segurança e justiça na IMU e promover a consciencialização e a disponibilização de recursos em
questões emergentes relativamente à ética sexual,
viver saudavelmente e tratamento congregacional.
Primeira área de foco. Segunda área de foco.
4. Formação judicial: Continuaremos a nossa colaboração para formar e disponibilizar recursos aos bispos e a todas as pessoas designadas para tratar das
respostas da supervisão em casos de má conduta
sexual de clérigos. As pessoas que participaram no
seminário “Boas Práticas Episcopais” em Janeiro de
2011 recomendariam, de forma unânime, o seminário a colegas e expressaram o desejo de complementarem a sua formação. Um inquérito a
superintendentes distritais revelou que menos de 10
por cento relataram ter recebido formação e estarem
confiantes na sua capacidade de lidar com queixas
de má conduta sexual e 66 por cento dos inquiridos
expressaram o desejo de uma formação especializada nesta área. Primeira área de foco.
5. Equipas de Resposta: Vamos desenvolver um livro
de trabalho e um fluxograma para as Equipas de
Resposta/Cuidados/Intervenção de conferências
anuais e promover a sua utilização através de um
evento nacional de formação, formações no local
e/ou webinars. Além disso, vamos formar líderes
judiciais na utilização de Equipas de Resposta para
a cura congregacional após um incidente de má conduta sexual. Este trabalho é crucial para a renovação
de congregações já existentes. Primeira área de
foco. Segunda área de foco.
6. Formação de clérigos: Os formadores de ética sexual
de clérigos pretendem módulos de formação de segunda linha e avançados para ir além do material introdutório. Muitas questões novas surgiram com o
aumento das redes sociais, namoro online, o uso da
pornografia, saúde e equilíbrio trabalho/vida dos clérigos. Continuaremos a estabelecer relações entre os formadores de ética sexual de conferência e a desenvolver
estratégias para lidar com essas necessidades pedagógicas. Primeira área de foco. Quarta área de foco.
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Nós, o Grupo de Trabalho Inter-agências de Ética
Sexual, apresentamos este relatório à Conferência Geral,
orando para que a Igreja Metodista Unida continue a investir no desenvolvimento de líderes com princípios dignos da
nossa confiança sagrada; a renovar congregações existentes
feridas por incidentes anteriores de má conduta sexual por
um líder ministerial; a procurar mudar as condições que são
injustas, alienantes e desautorizantes para todas as pessoas
afectadas pela má conduta sexual; e comprometemo-nos a
melhorar a saúde do clero através do cuidado pessoal adequado e do equilíbrio trabalho/vida. A ética sexual é essencial para a nossa missão de formar discípulos para a
transformação do mundo.
Submetido por,
Os membros 2009–2012 do Grupo de Trabalho Inter-agências de Ética Sexual
Sra. Garlinda Burton, Comissão Geral sobre o Estado e
Papel da Mulher
Randy Cross, Junta Geral de Educação Superior e
Ministério
Sally Dolch, Conferência Anual Peninsula-Delaware
Barbara E. Goodman, Conferência Anual de Dakotas
Mary Alice Gran, Junta Geral do Discipulado
Susan Hay, Junta Geral do Discipulado
Bob Hoover, Conferência Anual de Iowa
Irene Howard, Fundo fiduciário de incidentes e propriedade
Metodista Unido
Bonnie J. McOmber, Conferência Anual de Oregon-Idaho
Joy Melton, Fundo fiduciário de incidentes e propriedade
Metodista Unido
Wendy Minnix, Conferência Anual de Susquehanna
HiRho Park, Junta Geral de Educação Superior e Ministério
Vinnie Payton-Hoover, Conferência Missionária Oklahoma
Indian
Larry Pickens, Conferência Anual de Northern Illinois
Deborah Pitney, Conferência Anual de Oregon-Idaho
Dan Ramsey, Comissão Geral sobre os Homens Metodistas
Unidos
Joanne Reich, Junta Geral dos Ministérios Globais
Marilyn Robb, Conferência Anual de New England
Frances Roberts, Junta Geral de Igreja e Sociedade
Darryl W. Stephens, Comissão Geral sobre o Estado e Papel
da Mulher
Christina Sung, Conferência Anual de Iowa
Julie Taylor, Junta Geral dos Ministérios Globais, Divisão
das Mulheres
Max D. Whitfield, Área Episcopal Northwest Texas-New
Mexico
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Varlyna Wright, Conferência Anual de Greater New Jersey
Novos membros eleitos, no seguimento do evento Do No
Harm 2011:
Hwa-Young Chong, Conferência Anual de Northern Illinois
Michelle Foster, Conferência Anual de Western North
Carolina
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Melanie Gordon, Junta Geral do Discipulado
Kabamba Kiboko, Conferência Anual do Texas
Rick Rettberg, Conselho Geral de Finanças e Administração
Chris Wilterdink, Junta Geral do Discipulado
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Resumo do Relatório à Conferência Geral de 2012
Grupo de Trabalho de Investimento
Socialmente Responsável
“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que
o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames
a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?”
Miqueias 6:8 JFA
“E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá,
e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.”
Lucas 12:48b JFA
Objectivo: A filosofia de investimento da Igreja baseiase no conceito bíblico de que todos os recursos são dados
por Deus e podem ser utilizados para promover o reino de
Deus na terra. A Conferência Geral de 2008 em Fort Worth,
TX criou um Grupo de Trabalho de Investimento
Socialmente Responsável para a denominação considerar
recompensas e desafios de investimentos financeiros que
procuram um mundo mais justo e mais sustentável.
Orientado e com sede na Fundação da Igreja Metodista
Unida (UMCF, do inglês United Methodist Church
Foundation), o Grupo de Trabalho também inclui representantes da Junta Geral de Igreja e Sociedade (JGIS), Junta
Geral dos Ministérios Globais (JGMG), Junta Geral de
Pensões e Benefícios de Saúde e da Associação Nacional de
Fundações Metodistas Unidas (ANFMU).
Inquérito: O Grupo de Trabalho realizou um inquérito
para determinar o estado actual das práticas de Investimento
socialmente responsável (ISR) na conexão. Foram dadas
413 respostas a este inquérito, sendo que 51 por cento foram
de pessoas individuais. Este inquérito ofereceu uma visão
das práticas de ISR actuais na conexão. As respostas demonstraram a variedade actual de apoio e interesse no trabalho
do Grupo de Trabalho e fornecem uma base para uma avaliação mais aprofundada.
Encontro: O segundo maior feito do Grupo de
Trabalho de Investimento Socialmente Responsável foi
organizar o Encontro de Investimento Socialmente
Responsável em Kansas City, MO nos dias 18 e 19 de
Outubro de 2010, na Escola de Teologia de St. Paul. O
encontro foi organizado para promover uma partilha de
ideais interactivas sobre a IMU envolvendo o entendimento
da política e práticas de ISR e para avaliar as implicações
dos resultados do inquérito de ISR do Grupo de Trabalho.
Os convites para este evento foram espalhados pela denominação, incluindo agências MU, fundações, universidades,
instituições de cuidados de saúde, conferências anuais e
igrejas locais. Apesar de o encontro de ISR de 2010 ter terminado com alguma incerteza relativamente a onde reside a
responsabilidade na Igreja Metodista Unida de manter a
conversação de ISR em curso e com os recursos apropriados, o organismo emergiu convencido de que esta conversação precisava de ser mantida.
Oportunidades e desafios: O Livro de Disciplina (¶716)
instrui as igrejas locais, comissões e agências a todos os
níveis da denominação para desempenhar as suas obrigações fiduciárias em conformidade com as leis do país,
estado ou como unidade política onde estão localizados.
Pede ainda que estas entidades “. . . façam um esforço consciente para investir em instituições, empresas, corporações
ou fundos cujas práticas sejam consistentes com os objectivos delineados nos Princípios Sociais...“ ao investir os seus
fundos. Esta directiva de duas camadas apresenta tanto
desafios como oportunidades únicas para os responsáveis
pelo investimento dos activos Metodistas Unidos.
Recomendações
• O Grupo de Trabalho concluiu que o Parágrafo 716
do Livro de Disciplina de 2008 e a Resolução 4071
do Livro de Resoluções, quando implementados juntos, estão na natureza de um padrão comum. A diversidade de opiniões e práticas constituem a força da
Igreja Metodista Unida e o Grupo de Trabalho concluiu que a imposição de uma norma rígida comum,
incluindo um processo para retirar os investimento,
usurpa a sabedoria colectiva das pessoas encarregues
de integrar a política da Igreja nas suas políticas de
investimento e decisões de investimento.
• As organizações dentro da Igreja com activos para
investimento devem considerar maneiras de poderem
integrar nas suas políticas de investimentos o seu
compromisso com os Princípios Sociais e conceitos
descritos na Resolução 4071.
• Os investidores Metodistas Unidos devem familiarizarse e ter em consideração os Princípios de Orientação de
Negócios e Direitos Humanos como uma ferramenta de
compromisso da organização para encorajar o cumprimento zeloso dos recursos humanos.
• Os investidores Metodistas Unidos, instituições e
indivíduos, devem consultar o Livro de Disciplina, o
Livro de Resoluções e o trabalho de outras organiza-
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ções Metodistas Unidas, para obter orientação no que
diz respeito ao desenvolvimento e execução de políticas de investimento relacionadas com questões de
investimento socialmente responsáveis. Estas políticas devem incluir, sem limitação, ferramentas previamente identificadas, tais como o voto por
procuração, o compromisso das empresas e o desinvestimento.
• Os investidores Metodistas Unidos com programas
de investimento socialmente responsáveis devem
desenvolver uma variedade de ferramentas de comunicação eficientes em termos de custo para ajudar as
instituições de educação e indivíduos no que diz
respeito às políticas, directrizes e recursos de ISR.
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Relatório à Conferência Geral de 2012
Grupo de Trabalho de Investimento Socialmente Responsável
I. Descrição Geral
A Conferência Geral de 2008 em Fort Worth, TX, criou
um Grupo de Trabalho de Investimento Socialmente
Responsável para a denominação considerar recompensas e
desafios de investimentos financeiros que procuram um
mundo mais justo e mais sustentável. Orientado e com sede
na Fundação da Igreja Metodista Unida (UMCF, do inglês
United Methodist Church Foundation), o Grupo de Trabalho
também inclui representantes da Junta Geral de Igreja e
Sociedade (JGIS), Junta Geral dos Ministérios Globais
(JGMG), Junta Geral de Pensões e Benefícios de Saúde e da
Associação Nacional de Fundações Metodistas Unidas
(ANFMU). Os membros do Grupo de Trabalho de
Investimento Socialmente Responsável são: Byrd Bonner,
director executivo da FIMU; Rev. Faith Fowler, membro da
direcção da JGIS; Dan Gara, tesoureira, Conferência
California-Pacific e membro do CGFA; Bill Junk, presidente, Fundação Metodista Unida de Oklahoma (ANFMU);
Rev. James Mentzer, presidente, Fundação Metodista Unida
de (ANFMU); Vidette Bullock Mixon, director de relações
empresariais do GBPHB; Wayne Moy, tesoureiro associado
e director co-executivo do GBGM, Fundo de
Desenvolvimento Metodista Unido; Wesley Paulson, director financeiro do GBCS; John Redmond, membro da
direcção do GBGM e Dave Zellner, director de investimentos do GBPHB.
A legislação aplicável, em 2008, criou o Grupo de
Trabalho com a finalidade de estabelecer, implementar e
promover uma norma comum para determinar os investimentos proibidos e os princípios de investimento positivos
que sejam consistentes com os Princípios Sociais
Metodistas Unidos e que podem ser utilizados tanto por
investidores individuais como institucionais. O trabalho do
Grupo de Trabalho é incluir a consideração de abordagens
tanto esquivas como de defesa para o investimento socialmente responsável. A principal preocupação na tarefa do
Grupo de Trabalho serão as necessidades globais de direitos
humanos, tais como aquelas no Médio Oriente, Sudão e
China.
O Grupo de Trabalho iniciou o seu trabalho em
Dezembro de 2008 para uma organização inicial e reuniu-se
quinze vezes durante o quadriénio utilizando meios tecnológicos e electrónicos. A Resolução 4071 “Ética de
Investimento” do Livro de Resoluções e o parágrafo 716
“Investimentos Socialmente Responsáveis” do Livro de
Disciplina de 2008 foram os principais documentos fonte
utilizados pelo Grupo de Trabalho. Para facilitar o seu trabalho substancialmente, o Grupo de Trabalho organizou-se
em dois subgrupos. Um subgrupo considerou a composição
e aplicação de filtros sociais a portfólios de investimento a
longo prazo. O segundo subgrupo considerou um envolvimento corporativo através da advocacia de accionistas como
um meio de conferência sagrada, bem como os desafios
mais profundos de preocupações sobre violações dos direitos humanos. A legislação aplicável em 2008 instruiu o
Grupo de Trabalho a apresentar um relatório na Conferência
Geral de 2012.
II. Inquérito de ISR: Resumo dos
principais resultados
Como parte do nosso trabalho inicial, o Grupo de
Trabalho realizou um inquérito para determinar o estado
actual das práticas de investimento socialmente responsável
na conexão. O inquérito esteve aberto durante quatro meses
em 2010 e foi publicitado pelos membros do Grupo de
Trabalho através de newsletters, listagens organizacionais e
pelo Serviço de Notícias da Igreja Metodista Unida.
O Grupo de Trabalho procurou dados sobre um alargado espectro de accionistas. Indivíduos, conferências anuais,
Fundações MU e agências gerais foram encorajados a
preencher o inquérito. Além deste conjunto principal de participantes, os membros da igreja em geral também podem
ser considerados partes interessadas, uma vez que o impacto
do ISR se estende através da conexão à medida que procuramos ser bons administradores dos recursos de Deus.
Recebemos 413 respostas a este inquérito. As pessoas
puderam escolher entre sete categoriais para descrever o seu
interesse em responder ao inquérito. As respostas individuais representaram 51 por cento das respostas totais. Note-se
que as respostas individuais incluíram pessoas com interesses em investimentos pessoais, bem como algumas pessoas a responder em nome de igrejas locais, conferências
anuais e outros grupos afiliados. As respostas identificadas
como “outro” incluíram as Fundações de Wesley e outras
entidades relacionadas com a IMU não especificamente
mencionadas nas opções fornecidas neste inquérito.
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Políticas de ISR
O Grupo de Trabalho solicitou informações acerca das práticas de ISR actuais em duas perguntas. Uma análise da
primeira pergunta mostra que 171 de um total de 363 participantes possui uma política de investimento.
Opções de resposta
Sim
Não
Comentário
% de respostas
64.8%
35.2%
Contagem de
respostas
171
93
34
pergunta respondida
pergunta saltada
264
99
Quando os participantes foram questionados acerca dos princípios de ISR, 146 das respostas indicaram que os participantes implementam os princípios de ISR.
Se possui uma política de investimento, inclui princípios de investimento
socialmente responsáveis?
Opções de resposta
Sim
Não
N/A
Comentários
% de respostas
58.2%
17.1%
24.7%
pergunta respondida
pergunta saltada
Contagem de
respostas
146
43
62
28
251
112
Os participantes que afirmaram cumprir as práticas de ISR foram convidados a seleccionar uma ou mais respostas
específicas acerca das suas actividades de ISR.
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Livro de Disciplina de 2008, Parágrafo 716
Também procurámos testar o conhecimento geral do Parágrafo 716 do Livro de Disciplina. O número de respostas
(259), quando comparado com o número de participantes que ignoraram a pergunta (154), geralmente coloca lado a lado
a divisão entre as respostas institucionais e individuais nas perguntas iniciais.
Finalmente, perguntámos acerca do interesse no trabalho do Grupo de Trabalho, que é o de estabelecer, implementar
e promover uma norma comum para determinar os investimentos proibidos e os princípios de investimento positivos que
sejam consistentes com os Princípios Sociais Metodistas Unidos.
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Conclusões
Este inquérito ofereceu uma visão das práticas de ISR
actuais na conexão. As respostas demonstraram a variedade
actual de apoio e interesse no trabalho do Grupo de
Trabalho e fornecem uma base para uma avaliação mais
aprofundada.
II. O Encontro de
Investimento Socialmente
Responsável
O segundo maior feito do Grupo de Trabalho de
Investimento Socialmente Responsável foi organizar o
Encontro de Investimento Socialmente Responsável em
Kansas City, MO, nos dias 18 e 19 de Outubro de 2010, na
Escola de Teologia de St. Paul. O encontro foi organizado
para promover uma partilha de ideais interactivas sobre a
IMU envolvendo o entendimento da política e práticas de
ISR e para avaliar as implicações dos resultados do inquérito de ISR do Grupo de Trabalho. Os convites para este evento foram espalhados pela denominação, incluindo agências
MU, fundações, universidades, instituições de cuidados de
saúde, conferências anuais e igrejas locais.
Mais de cinquenta pessoas participaram no Encontro de
ISR, oferecendo os seus pontos de vista sobre uma vasta
gama de tópicos, tais como: as actuais resoluções
Metodistas Unidas que lidam com a ética de investimento, o
impacto do ISR no desempenho do portfólio; os desafios
enfrentados pelos investidores institucionais e individuais
que desejam investir em função das orientações de ISR; os
problemas e oportunidades envolvidos no apoio aos direitos
humanos através de investimentos socialmente responsáveis
e diversas ferramentas de defesa dos accionistas disponíveis
para praticantes do ISR como voto por procuração, as resoluções dos accionistas e desinvestimento.
O evento em si foi bastante reforçado pelos esforços de
facilitação do Dr. Gil Rendle, que contribuiu para a mesa
com o seu extenso currículo em desenvolvimento organizacional e liderança, bem como teorias de grupo e de sistemas.
A principal ênfase da cimeira foi envolver-se nas práticas de
discernimento e conferência sagrada ao comunicar uma
grande variedade de diferentes perspectivas sobre as
questões significativas.
O discurso principal da cimeira foi feito pelo Sr.
Timothy Smith, vice-presidente sénior da Walden Asset
Management (Boston, MA). O Sr. Smith é internacionalmente reconhecido pelos seus muitos anos de envolvimento
na promoção de investimentos socialmente responsáveis,
incluindo 24 anos como principal executivo do Interfaith
Center for Corporate Responsibility. O seu discurso analisou a história de investimentos socialmente responsáveis na
Igreja Metodista Unida e reflectiu sobre possíveis tendências futuras nas práticas de ISR entre investidores religiosos.
A cimeira de dois dias confirmou muitas das suposições
do Grupo de Trabalho relativamente às práticas de ISR. Mais
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especificamente, a discussão em grupo revelou que muitas
das organizações denominacionais representadas
1. utilizavam um rastreio de portfólio de investimentos
baseado no formato adoptado pelo GBPHB;
2. acreditavam que a sua organização tinha a responsabilidade de partilhar informações sobre o investimento de ISR com igrejas locais e líderes de igrejas e
3. pretendiam encontrar oportunidades de expandir as
suas práticas de ISR para incluírem opções como
programas de alojamento de baixo custo e micro
empréstimos.
A discussão em grupo revelou vários problemas e barreiras que dificultavam os conselhos e agências denominacionais na sua conquista de práticas de ISR mais sólidas.
Mais frequentemente citada foi a necessidade sentida de a
fundação ou os quadros institucionais avaliarem os seus
portfólios com base no desempenho do investimento e
retorno total, deixando pouco espaço para o aspecto do
“valor adicionado” do investimento de ISR. Outros observaram que o tamanho do seu conjunto de activos limitava a
sua capacidade de investir plenamente em função das orientações de ISR. O custo de implementação de programas de
voto por procuração também foi levantado como um factor
limitante, assim como a crença entre os conselhos de administração e dirigentes institucionais que as suas responsabilidades fiduciárias legais superavam as disposições da
política do Livro de Disciplina para fazer um esforço consciente para investir em função das orientações de ISR. Esta
questão foi agravada pelo forte sentimento de que a Igreja
Metodista Unida tem falta de uma definição comum para o
que significa investir em função das orientações de ISR.
No final, os participantes da cimeira reconheceram que
as novas gerações dentro da denominação eram mais
avançadas do que os fundadores na área de investimentos de
ISR, especialmente na arena das questões ambientais. Assim,
haverá uma procura crescente para fortalecer as práticas de
investimento socialmente responsável da IMU. Em particular,
o órgão levantou a necessidade de transição de uma abordagem ao investimento ISR “Não farás” para uma mentalidade que diz que o investimento é mais focado em acções
positivas e resultados. Ao mesmo tempo, alguns participantes
manifestaram a crença de que a responsabilidade de fé de
uma organização deve pesar tanto quando a sua responsabilidade fiduciária na área de investimentos de ISR.
Para este fim, os participantes da cimeira levantaram
• uma forte necessidade de programas educacionais e
recursos relativos às práticas de investimento de ISR
para todos os níveis da Igreja Metodista Unida;
• um meio para conseguir activos de investimento para
que a denominação possa ter um impacto maior de
ISR no mundo;
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• o reconhecimento de que a propriedade numa empresa com práticas questionáveis de ISR pode ser uma
forma mais eficaz de alcançar uma mudança positiva
do que uma liquidação de participação accionária;
• a distribuição de dados que abordam a questão se
investir em função das orientações de ISR fornece
retornos de investimento comparáveis às práticas de
investimento mais tradicionais;
• um programa de baixo custo para as organizações
MU participarem activamente na área de defesa dos
accionistas e voto por procuração, e
• desenvolvimento de um conjunto de procedimentos
para a inscrição no processo de desinvestimento,
semelhante ao processo da IMU para iniciar um
boicote.
Apesar de o encontro de ISR de 2010 ter terminado
com alguma incerteza relativamente a onde reside a responsabilidade na Igreja Metodista Unida de manter as conversações de ISR em curso e com os recursos apropriados, o
organismo emergiu convencido de que estas conversações
precisavam de ser mantidas!
IV. Oportunidades e
Desafios na Implementação
O investimento socialmente responsável é uma forma
impactante de os investidores expressarem os seus valores,
gerirem os recursos que lhes foram confiados e trabalharem
para uma maior responsabilidade no mercado de capitais. A
Resolução 4071 “Ética de Investimento” no Livro de
Resoluções de 2008 instrui a Igreja Metodista Unida a “persuadir as empresas a integrar práticas empresariais responsáveis sobre as questões ambientais, sociais e de governança
nas suas operações e a serem transparentes na documentação desses esforços nos relatórios públicos. . .”
“Responsabilidade de fé vs. Responsabilidade
fiduciária”: Será que podemos ser fiéis a
ambas as considerações?
Quando levamos em consideração tanto as obrigações
fiduciárias (incluindo retornos financeiros) como os valores
denominacionais (incluindo retornos sociais), estamos a
investir de forma socialmente responsável. Os agentes
fiduciários, os indivíduos e as comissões responsáveis pela
supervisão dos activos Metodistas Unidos são os primeiros
legalmente obrigados a executar as suas responsabilidades
de maneira prudente. Esta responsabilidade é amplamente
referida como “dever fiduciário”. O Livro de Disciplina é
consistentemente claro na sua directiva para as igrejas
locais, comissões e agências em todos os níveis da denominação que essas entidades devem cumprir as suas obri-
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gações fiduciárias em conformidade com as leis do país,
estado ou unidade política semelhante na qual estão localizadas. Assim, a decisão para o estabelecimento de uma
política de investimento e do investimento de fundos recai
exclusivamente sobre aqueles nomeados como fiduciários.
No entanto, os fiduciários devem também estar conscientes
do Parágrafo 716 que afirma que deve ser política da Igreja
Metodista Unida que essas mesmas entidades denominacionais “façam um esforço consciente [ênfase adicionada]
para investir em instituições, empresas, corporações ou fundos cujas práticas são consistentes com as metas traçadas
nos Princípios sociais... “ ao investir os seus fundos. Esta
directiva de duas camadas apresenta tanto desafios como
oportunidades únicas para os responsáveis pelo investimento dos activos Metodistas Unidos.
Tendências de ISR nos EUA e a nível mundial/Compromisso empresarial
O investimento socialmente responsável / investimento
sustentável é uma disciplina de investimento que considera
critérios ambientais, sociais e de governaçao (ESG) para gerar
retornos financeiros competitivos a longo prazo e impacto positivo na sociedade. Um número crescente de praticantes estão
em transição de descrever os seus esforços como “investimento
socialmente responsável” para investimento sustentável que
foca o impacto das questões ESG. Tais práticas são amplamente
consideradas dominantes fora dos Estados Unidos, particularmente na Austrália, Escandinávia e até mesmo em alguns países menos desenvolvidos como o Brasil. Em 2006, as Nações
Unidas introduziram os seus Princípios para o Investimento
Responsável. Os signatários prometem que irão integrar as considerações ESG na tomada de decisões de investimento. Até o
final de 2010, 784 organizações em todo o mundo, representando 22 triliões de dólares em activos, comprometeram-se a
aplicar os princípios no seu processo de investimento.
As ferramentas disponíveis para os investidores que
procuram influenciar as políticas e práticas empresariais na
ESG incluem voto por procuração, escrita de cartas, diálogo,
depósito de resoluções dos accionistas e desinvestimento.
• Voto por procuração—um canal importante para os
investidores influenciaram as práticas empresariais e
de gestão de uma empresa. O voto por procuração na
ausência típico que é enviado à empresa pelo correio
ou electronicamente permite que os investidores
exerçam os seus direitos de proprietário para eleger
conselhos de administração, ratificar o auditor da
empresa, e votar sobre a remuneração dos executivos
e resoluções dos accionistas sobre questões ESG.
• Compromisso empresarial—a interacção directa com
empresas sobre as questões ESG-envolve tradicionalmente cartas por escrito, depósito de resoluções de
accionistas e/ou diálogo com executivos da empresa.
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Muitas vezes, a forma mais eficaz de envolvimento é o
diálogo em que os investidores fazem sugestões à gestão
corporativa e procuram posições mutuamente aceitável
sobre as ESG e questões de sustentabilidade. Embora esse
compromisso leve tempo, provou ser a maneira mais construtiva de influenciar as políticas e práticas corporativas.
• Desinvestimento—uma opção para os investidores,
mas é uma estratégia comum de que outras vias de
envolvimento devem ser esgotados antes de se considerar o desinvestimento.
O “relatório de 2010 do Fórum de Investimento Social
(FIS) da Fundação acerca das Tendências de Investimento
Socialmente Responsável nos Estados Unidos” informa que
há mais de 3 triliões de dólares geridos de uma forma socialmente responsável, um aumento de mais de 13 por cento
desde o início de 2007.
Processo para questões ambientais, sociais e
governamentais (ESG); integração das considerações ESG no investimento
A gestão das estratégias de investimento responsáveis
evoluiu para além da triagem de investimentos para evitar
ser proprietário de empresas cujas práticas de negócios, produtos / serviços ou práticas de gestão são consideradas inaceitáveis. Analisar o impacto das políticas e práticas ESG de
uma empresa permite uma avaliação abrangente do risco e
está rapidamente a tornar-se um mecanismo para determinar
a sustentabilidade. As questões ESG abraçam a gestão corporativa, o meio ambiente, a segurança dos produtos, as normas de trabalho e outras questões. O envolvimento, voto por
procuração e a apresentação de resoluções dos accionistas
estão entre as ferramentas utilizadas pelos investidores que
conhecem as questões ESG para promover práticas de negócios mais sustentáveis. Hoje, a integração da análise ESG no
processo de investimento é reconhecida como uma abordagem mais eficaz. As decisões de negócios dirigidas
somente por um foco estreito sobre os lucros levaram a
práticas imprudentes e insustentáveis em inúmeras indústrias. Centrando-se no impacto das práticas de negócios
relacionadas com as questões ambientais, sociais e de
gestão, os investidores podem redireccionar a atenção da
gestao de um foco de maximização de lucros a curto prazo,
para esforços sustentáveis a longo prazo.
Lei de Dodd-Frank da Reforma de Wall Street e
Protecção do Consumidor
Após a recessão mundial que começou em 2008 em
grande parte como resultado do fracasso das principais instituições financeiras dos EUA, o Congresso promulgou Lei
de Dodd-Frank da Reforma de Wall Street e Protecção do
Consumidor, que forneceram importantes salvaguardas para
os investidores e consumidores, incluindo
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• protecção do consumidor contra práticas enganosas e
produtos financeiros;
• normas rigorosas para proteger a economia contra
instituições financeiras falidas e regras de transparência e responsabilidade das agências de notação de
crédito, e
• protecção dos investidores contra fraudes financeiras.
O projecto de lei
• obriga as empresas que trabalham com a Securities
and Exchange Commission e utilizam minerais originários da República Democrática do Congo na fabricação a divulgar as medidas tomadas para proceder
às devidas diligências sobre a origem e a cadeia de
custódia dos materiais e os produtos fabricados e
• o Departamento de Estado a submeter uma estratégia
para lidar com o comércio de “minerais ilícitos” na
região e uma linha de base utilizada para avaliar a sua
eficácia.
Vozes diferentes dentro da Igreja sobre o ISR
As instituições Metodistas Unidas controlam colectivamente dezenas de biliões de activos passíveis de investimento e incluem quadros gerais e agências, faculdades,
universidades, seminários, hospitais, centros de vida assistida,
serviços de saúde, conferências anuais, fundações e igrejas
locais. O compromisso de implementar práticas de investimento responsáveis alinhadas com os Princípios Sociais varia
muito entre essas instituições. Algumas alinharam totalmente
os seus programas de investimento com os valores da Igreja,
enquanto outras nem sequer estão conscientes do parágrafo
716 e do seu apelo para um “esforço consciente” para investir
de uma maneira que seja consistente com as metas traçadas
nos Princípios Sociais. Entre os investidores que têm os seus
programas de investimento totalmente alinhados ou parcialmente alinhados, existem diferentes visões e opiniões sobre
as políticas e práticas para investir os activos de uma maneira
que honre os objectivos dos Princípios Sociais. Alguns
investidores Metodistas Unidos podem adoptar políticas e /
ou emitir declarações públicas que entram em conflito com as
políticas de outros investidores MU. Tais conflitos podem
causar confusão entre o público e / ou empresas para as quais
tais políticas e declarações são dirigidas se encararem a política e / ou declaração como uma representação da totalidade da
Igreja Metodista Unida. Existe também a possibilidade de as
acções ou declarações de um investidor MU minarem involuntariamente os esforços para defender a mudança por um
outro investidor MU.
Direitos Humanos
Em 1948, as Nações Unidas aprovaram a Declaração
Universal dos Direitos Humanos que estabelece as normas
destinadas a proteger contra as violações dos direitos
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humanos por indivíduos, grupos ou nações. Posteriormente,
a ONU promulgou outros códigos globais e metas, incluindo o Pacto Global da ONU e os Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio (ODM).
O Pacto Global da ONU é uma iniciativa voluntária
estratégica para as empresas que estão comprometidas com
dez princípios universalmente aceites nas áreas de direitos
humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. O Pacto
Global foi lançado em 2000 e cresceu para mais de 8.700
participantes corporativos em mais de 130 países.
Em 2005, com base no Pacto Global da ONU, oito
Objectivos de Desenvolvimento do Milénio foram desenvolvidos, que defendem que todos têm direito a direitos
humanos básicos de saúde, educação, segurança, abrigo, juntamente com a redução da pobreza extrema até 2015. A resolução 4051 do Livro de Resoluções de 2008, “A Igreja
Metodista Unida, Justiça e fome no mundo”, apela para a
implementação global desses Objectivos de Desenvolvimento
do Milénio por governos, fundações, empresas, grupos da
sociedade civil e pela nossa denominação.
O Conselho de Direitos Humanos da Organização das
Nações Unidas tem continuado o seu desenvolvimento de
uma plataforma comum global para a acção empresarial de
abordar os direitos humanos. Em 2011, o Conselho estabeleceu os Princípios de Orientação nos Negócios e Direitos
Humanos: Que implementam a estrutura das Nações
Unidas “Proteger, Respeitar e Remediar.”
Estratégias para abordar o investimento em
empresas que fazem negócios em “áreas afectadas por conflitos e áreas de alto risco”
O Pacto Global da ONU e os Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio fornecem acções colaborativas concretas, credíveis, amplamente aceites que podem ser
tomadas pelas empresas que fazem negócios em regiões de
alto risco.
Os investidores socialmente responsáveis esperam que
as empresas possam e devam fazer uma contribuição positiva para a realização dos direitos humanos em regiões onde
eles fazem negócios, especialmente em áreas atingidas por
conflitos. Muitas empresas estão envolvidas no apoio aos
direitos humanos a nível local e global, o que é incentivado
pelo Pacto Global da ONU. Princípio 1 do Pacto Global:
“As empresas devem apoiar e respeitar a protecção dos direitos humanos proclamados internacionalmente dentro da
sua esfera de influência” significa que as empresas devem
agir com a diligência devida para evitar infringir os direitos
de outros. O Pacto Global recomenda que os elementos centrais da diligência devida dos direitos humanos incluam
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3.
4.
5.
ter uma política de direitos humanos;
avaliar os riscos e impactos nos direitos humanos;
interpretar os direitos humanos na empresa;
ter um mecanismo para lidar com queixas e
acompanhar, assim como comunicar o seu desempenho.
Os 31 Princípios de Orientação sobre Negócios
e Direitos Humanos reconhecem
a) as obrigações dos estados de respeitarem, protegerem e cumprirem os direitos humanos e liberdades fundamentais:
b) o papel das empresas de negócios como órgãos
especializados da sociedade que desempenham
funções especializadas, obrigados a cumprir todas
as leis e respeitar os direitos humanos, e
c) a necessidade dos direitos e obrigações serem compensados com os remédios adequados e eficazes
quando violados.
Directrizes para a comunidade e outros investimentos com fins sociais positivos e identificação de investimentos positivos
Uma das estratégias de investimento socialmente
responsável delineada na Resolução 4071 é o investimento
com impacto social. Apesar de os agentes fiduciários, dos
indivíduos e das comissões responsáveis pela supervisão
dos activos Metodistas Unidos poderem reconhecer e aceitar
a premissa de realização de investimentos para alcançar
resultados sociais específicos, estes enfrentam desafios em
identificar e conduzir a diligência necessária cobrir estes
tipos de investimentos. O financiamento da construção de
habitação a preços acessíveis, projectos de renovação de
bairros, ou a posse do negócio em expansão entre os segmentos da população tradicionalmente excluídos da referida
propriedade (actividades sugeridas pela Resolução 4071)
são complexos e exigem um conjunto especializado de
habilidades e conhecimentos para a qualificação de investimentos, estabelecendo termos, negociação de acordos, e
acompanhamento dos projectos financiados. Assim, as instituições Metodistas Unidas que reconhecem a importância
de investir como fiduciários prudentes têm dificuldade em
iniciar tais investimentos ausentes os conhecimentos
necessários e a perícia.
Colaboração entre os accionistas da IMU
Historicamente, os conselhos e organismos da Igreja
procuraram colaborar influenciando as políticas e práticas
de direitos humanos das empresas. Por exemplo, durante o
quadriénio 2005-2008, representantes da Junta Geral dos
Ministérios Globais, da Junta Geral de Igreja e Sociedade e
da Junta Geral de Pensões e Benefícios de Saúde reuniramse individual e colectivamente com as empresas, gerando
resultados positivos. A Igreja pode ser mais eficaz se houver
uma colaboração e acordo para que uma voz unificada possa
trazer mudanças.
V. Recomendações
A Conferência Geral de 2008 estabeleceu o Grupo de
Trabalho “... com a finalidade de estabelecer, implementar e
promover uma norma comum para determinar os investimentos proibidos e os princípios de investimento positivos
que sejam consistentes com os Princípios Sociais
Metodistas Unidos...“ para utilização por parte de investidores individuais e institucionais. Após avaliar a política
existente da Igreja, especialmente o Parágrafo 716 do Livro
de Disciplina e a Resolução 4071, o Grupo de Trabalho concluiu que estes documentos juntos estão na natureza de uma
norma comum. Como pode ser observado através das
respostas ao inquérito que o Grupo de Trabalho administrou
e do diálogo mantido na cimeira de ISR, os fiduciários das
organizações Metodistas Unidas com activos investidos
enfrentam inúmeros desafios na implementação de políticas
de investimento socialmente responsáveis. O Grupo de
Trabalho ouviu e reconheceu as preocupações de alguns
investidores Metodistas Unidos relativamente aos seus
deveres legais como fiduciários prudentes. A diversidade de
opiniões e práticas constituem a força da Igreja Metodista
Unida e o Grupo de Trabalho concluiu que a imposição de
uma norma rígida comum, incluindo um processo para retirar os investimento, usurpa a sabedoria colectiva das pessoas encarregues de integrar a política da Igreja nas suas
políticas de investimento e decisões de investimento.
O Grupo de Trabalho recomenda que as organizações
dentro da Igreja com activos para investimento devem considerar maneiras de poderem integrar nas suas políticas de
investimentos o seu compromisso com os Princípios Sociais
e conceitos descritos na Resolução 4071.
O Grupo de Trabalho recomenda que os investidores
Metodistas Unidos devem familiarizar-se e ter em consideração os Princípios de Orientação de Negócios e Direitos
Humanos como uma ferramenta de compromisso das
empresas para encorajar a diligência devida aos recursos
humanos.
O Grupo de Trabalho recomenda que os investidores
Metodistas Unidos, instituições e indivíduos, devem consultar o Livro de Disciplina, o Livro de Resoluções e o trabalho de outras organizações Metodistas Unidas, para obter
orientação no que diz respeito ao desenvolvimento e execução de políticas de investimento relacionadas com
questões de investimento socialmente responsáveis. Estas
políticas devem incluir, sem limitação, ferramentas previa-
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mente identificadas, tais como o voto por procuração, o
compromisso das empresas e o desinvestimento.
O Grupo de Trabalho recomenda o desenvolvimento de
ferramentas de comunicação eficientes em termos de custo
para ajudar as instituições de educação e indivíduos em
relação às políticas de ISR, directrizes e recursos reconhecendo que diferentes públicos estão acostumados a aceder à mesma informação de maneiras diferentes. A facilidade
de acesso irá fazer muito para maximizar a adopção e implementação. Para o efeito, ferramentas de comunicação utilizadas serão desenvolvidas e monitoradas por comissões
gerais e agências interessadas e pela Fundação da Igreja
Metodista Unida. Estas ferramentas incluem:
• Apresentações audiovisuais com menus de aproximadamente cinco minutos para cada tópico de ISR.
(Consulte Living the United Methodist Way em
www.gbod.org como exemplo.) As apresentações
devem ser distribuídas através de umc.org e em todos
os websites das comissões gerais, agências e da
Fundação da Igreja Metodista Unida, com ligações
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para estas apresentações fornecidas por todas as conferências e websites das fundações de conferências.
Pacotes impressos dos materiais, incluindo CDs,
devem ser disponibilizadas a pedido. As Comissões,
agências e a Fundação da Igreja Metodista Unida
devem incluir a notificação desta informação nas
suas listas de contactos já existentes. As informações
que eles fornecem devem incluir os sites a partir dos
quais as apresentações estão disponíveis e como se
poderia solicitar a recepção de cópias físicas dos
materiais. Talvez um mailing adicional específico do
ISR poderia inclui um cartão de devolução perfurado
para cópias dos materiais.
• Meios sociais, como Facebook, LinkedIn, Twitter,
blogs dedicados, um centro de orientação para a
informação, ou outros veículos semelhantes para disseminar informações relevantes para outros investidores Metodistas Unidos. Os meios sociais utilizados
devem ser monitorados por agências interessadas e
outras organizações afiliadas da Igreja Metodista
Unida com activos investidos.
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Relatório Sumário para a Conferência Geral da Comissão de
Estudo sobre a Natureza Mundial da Igreja Metodista Unida
De Agosto de 2009 a Julho de 2011, a Comissão de
Estudo sobre a Natureza Mundial da Igreja Metodista Unida
reuniu seis vezes para cumprir o seu mandato. Passou bastante tempo em sessões de audições nos Estados Unidos,
Filipinas, Libéria, Costa do Marfim, Zimbábue,
Moçambique e Europa. O que a Comissão de Estudo ouviu
foi tanto um compromisso profundo à unidade mundial da
IMU como um profundo desejo de mudança. Por todo o
mundo, as pessoas quiseram fazer parte de uma igreja global e houve, por isso, muitas ideias sobre como viver mais
profundamente a nossa natureza mundial.
Os pedidos de mudança foram muitos: mais igualdade
entre as partes da igreja; menos predominância dos Estados
Unidos na Conferência Geral; implantar a Conferência
Geral em outros países que não os Estados Unidos; afastar
os assuntos culturais da Conferência Central para as
Conferências Centrais; maior ênfase na Conferência Geral
na missão da Igreja. Ouvimos pedidos para mais oportunidades de interacção entre as Conferências Centrais.
Ouvimos comentários negativos sobre a politização das
eleições, tanto de delegados como de bispos; ouvimos preocupações sobre as desigualdades salariais e o desejo de que
as condições económicas em áreas episcopais sejam tidas
em conta na determinação dos salários dos bispos. Ouvimos
muitos comentários sobre o Livro de Disciplina, em particular sobre a sua irrelevância para zonas mais empobrecidas
do mundo e sobre a necessidade de um livro mais útil e actual. Ouvimos pedidos para um Livro de Disciplina global
mais pequeno, que contenha apenas aquelas coisas
necessárias à identidade e missão comum da Igreja
Metodista Unida, e para Livros de Disciplina independentes
que lidam com o que são actualmente as partes adaptáveis
da Disciplina. Existem muitos assuntos relativamente às
Juntas e Agências, problemas estruturais, financiamento,
princípios sociais e da grande necessidade de mais oportunidades educativas em África e nas Filipinas. A Comissão
de Estudo está ciente deque alguns destes assuntos, tais
como as desigualdades salariais, não são direccionados no
modelo proposto, mas que devem requerer mais estudo para
mudança integral.
A Comissão procurou endereçar as preocupações surgidas relativamente às emendas constitucionais passadas pela
Conferência Geral de 2008 e que não foram aprovadas pelos
membros da conferência anual: aumento de cargas financeiras devido a uma camada acrescida de burocracia;
enfraquecimento da unidade conexional da denominação; e
relativização dos Princípios Sociais.
Desde as formas mais antigas de conferências centrais
em 1884 sucederam alterações lentas com poderes adicionais dados a estas na união de 1968. Apesar de existirem
várias chamadas para alterações, a estrutura mundial da
denominação permaneceu a mesma, principalmente devido
à preocupação da igreja dos EUA com os seus assuntos e
interesses locais. É agora imperativo que a Igreja Metodista
Unida reconsidere as realidades globais da sua conexão, à
medida que as suas partes fora dos limites dos Estados
Unidos, particularmente na Ásia e África, crescem de forma
célere nunca antes observada. O relatório da Comissão, com
três petições e um modelo para conversação, constitui a sua
resposta ao que os membros ouviram. A Comissão acredita
que viver mais profundamente a natureza mundial da igreja
é um processo longo e proporciona os quatro próximos passos para a Conferência Geral. Estas são petições para alterar o Livro de Disciplina. A mais importante destas é um
convénio para continuar a moldar os nossos corações,
mentes e comportamentos através da nossa denominação.
Outra destas petições esclarece sobre que partes do Livro de
Disciplina são verdadeiramente globais e as que podem ser
adaptadas pelas Conferências Centrais. Outra alteração proposta instrui as agências gerais a “construir e a capacitar o
ministério através de programas sustentáveis e infraestruturas que permitam às unidades locais e regionais
aumentarem a propriedade e a responsabilidade.”
A quarta contribuição da Comissão é um modelo para
estimular e orientar a conversação contínua sobre o modelo
global mais adequado para a nossa estrutura mundial. A
lição chave das emendas constitucionais passadas pela
Conferência Geral de 2008 é que a igreja deve ter tempo
para reflectir nestes assuntos tão cuidadosamente quanto
possível. A Comissão está a propor um modelo para conversação durante o próximo quadriénio. Esperamos que este
modelo vá estimular as propostas para acção na Conferência
Geral de 2016 para mudar a nossa estrutura mundial. A
Comissão acredita veementemente que a conversação significativa na nossa natureza mundial deverá continuar.
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Comissões Independentes
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Relatório para a Conferência Geral da Comissão de Estudo sobre a
Natureza Mundial da Igreja Metodista Unida
A nossa visão
A Comissão de Estudo vê uma Igreja Metodista Unida
mundial orientada para fazer discípulos de Jesus Cristo para
a transformação do mundo. Para viver esta visão mais profundamente, estamos a trabalhar para (1) conexões mais
profundas ao longo da igreja, (2) maior autoridade local,
(3) e uma partilha de poder mais igualitária, representação e
responsabilização à volta do mundo.
O nosso processo
Os vinte membros da Comissão de Estudo e os seus
treze consultores representam a grande diversidade dentro
da Igreja Metodista Unida. A sua primeira reunião teve
lugar em Atlanta, Estados Unidos, de 23 a 26 de Agosto de
2009. Nesta reunião, a Comissão organizou e identificou
problemas e adoptou as suas políticas e procedimentos. As
experiências partilhadas dos membros das Conferências
Centrais e Conferências Jurisdicionais. Ouviram e fizeram
perguntas, tentando entender a vida da Igreja Metodista
Unida por todo o mundo. Com a experiência do seu trabalho anterior, a Comissão de Estudo viu a importância da
transparência ao longo de todo o processo. Como resultado
desta primeira reunião, teve início um processo com o mote:
transparência, ouvir e estar em conversação. De forma a ser
transparente e a ter conhecimento sobre a igreja mundial, a
Comissão de Estudo procurou activamente contributos da
Igreja Metodistas Unida de todo o mundo. Foi enviado um
convite para as juntas e agências gerais, a cáucasos e a outros grupos de interesse relacionados com a igreja, para que
viessem e apresentassem a sua visão de uma igreja mundial. Foram solicitados contributos de todas as igrejas autónomas afiliadas e unidas. Os membros da Comissão de Estudo
frequentaram várias reuniões para ouvir e partilhar o nosso
processo, incluindo a Comissão Executiva do Conselho
Metodista Mundial, o encontro de Jovens Globais na
Europa, o encontro do Conselho Metodista Europeu, em
Espanha, e a Igreja Metodista da Grã-Bretanha (com representantes das Igrejas Metodistas na Irlanda, Portugal e
Itália). Foi lançado um sítio na internet onde todos podiam
dar o seu contributo para o processo e obter informação
acerca do mesmo. Para poder ouvir e conversar, precisa de
conhecer pessoas, por isso, a Comissão de Estudo decidiu
levar a cabo dois dos seis encontros em Conferências
Centrais. O primeiro encontro fora dos Estados Unidos
teve lugar em Manila, Filipinas, de 18 a 21 de Abril de 2010.
Para ser mais eficaz, a Comissão de Estudo foi dividido em
quatro grupos de audições quando o encontro seguinte teve
lugar em África, em Agosto de 2010. A Comissão de Estudo
reuniu com pessoas da Libéria, Congo, Zimbábue,
Moçambique e Costa do Marfim. Entre os encontros, a
Comissão de Estudo trabalhou em pequenos grupos de trabalho com tarefas diferentes para que o trabalho se adiantasse para o encontro seguinte. Foram utilizadas
teleconferências e videoconferências neste trabalho. Os dois
últimos encontros tiveram lugar nos Estados Unidos, em
Dallas, Texas e Chicago, Illinois, em 2011 para concluir o
trabalho.
O que ouvimos
De seguida, apresentamos um resumo do que a comissão de estudo, como um todo ou em pequenos grupos, ouviu
ao longo da conexão.
I. Conferência Geral
1. A CG deve limitar-se a assuntos essenciais à identidade e à essência da IMU (Filipinas, Maputo).
2. Na CG é dispendido demasiado tempo em assuntos dos EUA (Filipinas, Europa); as Conferências
Centrais são forçadas para assuntos dos EUA
(Europa).
3. Retirar assuntos culturais da CG e colocá-los tanto
em Conferências Centrais, Conferências Anuais
ou Jurisdições (Maputo).
4. Os EUA não são suficientemente sensíveis para
manter as diferenças culturais em mente
(Kamina/Lubumbashi).
5. Precisamos de oportunidades de tempo e espaço
na CG para Conferências Centrais para nos reunirmos sobre os assuntos da Conferência Central pancontinental (Libéria).
6. Precisamos de oportunidades na CG para partilhar
assuntos da Conferência Central com toda a igreja, assim como aqueles que afectam particularmente as igrejas africanas a toda a igreja (Libéria).
7. As decisões da Conferência Central feitas ao nível
das Conferências Centrais devem ser apresentadas
à CG (Libéria).
8. Precisamos de maior transparência na eleições de
delegados na Conferência Central para a CG, e a
formação deve ser disponibilizada para ajudar os
delegados a cumprirem as suas responsabilidades
(Zimbabué).
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9. Devemos despolitizar a eleição de delegados para
a CG (Filipinas).
10. As diversas culturas da igreja em todo o mundo
devem ser tidas em conta nos serviços de culto da
CG (Costa do Marfim).
11. A localização da CG nos EUA, e a duração de
tempo que exige fora das responsabilidades
domésticas de cada um, é problemática tanto financeira como em termos de missionários (Filipinas).
12. A CG foca demasiado a legislação e está demasiado ocupada com regras parlamentares (Europa).
13. Estamos demasiado focados na doutrina e na
política e não somos suficientes na missão e vida
em conjunto (Europa).
II. Bispos
1. A consistência na eleição é crítica; a diversidade
do termo eleições/eleições para vida/reeleição leva
o caos ao continente de África (Congo, Maputo).
Limite de prazo do ofício para que mais pessoas se
tornem bispos (Libéria).
2. É necessária consistência nas práticas de eleição
na igreja (Filipinas).
3. Onde não existir itinerância de bispos, a área
Episcopal afectada faz a eleição (Zimbabué).
4. Os bispos devem estar aptos para serem itinerantes
(Maputo).
5. A desigualdade de salários entre bispos e pastores
é um problema (Filipinas, Libéria).
6. Para a eleição dos bispos, ter um sistema monitorizador com observadores independentes que supervisionam o processo desde a nomeação até à
eleição (Zimbabué).
7. A necessidade das CA’s, dadas as fortes diferenças
culturais e linguísticas, de elegerem os seus
próprios bispos (Maputo, Kamina, Lubumbashi).
8. São necessários mais bispos, mas os fundos episcopais são atribuídos a viagens dos bispos reformados nos EUA ao invés da nomeação de mais
bispos, conforme necessário (Zimbábue).
9. O Colégio de Bispos Africanos tem apenas fundos
para se reunir uma vez por ano (Zimbábue).
10. Eleições dos bispos altamente politizadas [em
parte devido a desigualdades salariais] (Filipinas).
11. Os Superintendentes de Distrito são extensões do
escritório do bispo e devem ser financiados da
mesma forma que os bispos são financiados
(Filipinas).
III. Livro de Disciplina (LdD)
1. Não existe um LdD comum em África (Zimbábue,
Congo).
2. A indisponibilidade generalizada do LdD leva a
decisões arbitrárias (Zimbábue) e à utilização do
LdD de 1988 como determinante (Maputo).
3. Necessidade de LdD global mais geral (Zimbábue,
Congo, Libéria, Filipinas, Europa).
4. As pessoas da Conferência Central devem escrever adaptações da CC ao LdD (Libéria).
5. As adaptações da Conferência Central devem estar
no/s idiomas/s das CC’s (Congo).
6. A actual capacidade em adaptar o LdD às CC’s é
muito importante (Congo, Filipinas, Europa).
7. Assimilar práticas das Conferências Centrais para
o LdD (Libéria).
8. Nenhum LdD funcional (Maputo).
9. O que a igreja geral requer não se enquadra nas
necessidades domésticas e culturais das
Conferências Centrais; necessita de liberdade e
poder para adaptar a Disciplina e práticas ministeriais ao contexto local (Filipinas).
10. O LdD actual não reflecte a diversidade cultural
(Europa).
11. O LdD actual sobrecarregado com demasiadas regulações detalhadas (Europa).
12. É melhor manter um LdD global por um período
de, pelo menos, dez anos, requerendo assim menos
custos de tradução e de publicação (Europa).
13. Um LdD global pode oferecer apenas as directrizes
gerais, sem estipulações legais precisas, devido às
grandes diferenças de contextos culturais e legais
(Europa).
IV. Princípios Sociais
1. Deve ser sensível a diferenças culturais
(Zimbábue).
2. Ministério social bastante forte entre as conferências africanas e nas Filipinas (observado em todas
as áreas que ouvimos).
3. É preferível retirar as diferenças culturais (homossexualidade) do Livro de Disciplina e deixar esses
assuntos para Conferências Centrais (Maputo).
4. A exploração infantil é um problema (Costa do
Marfim); na Libéria, aprendizagem infantil.
Trabalho com os pais, nomeadamente em quintas
da família, é uma norma.
5. O tráfico humano e exploração sexual são um
problema crescente (Costa do Marfim).
6. Nos EUA, a “justiça” orienta a missão; na Costa
do Marfim, a missão é ajudar as pessoas e treinar
as pessoas para que ajudem. Trabalho humanitário
organizado e luta contra a discriminação (Costa do
Marfim).
7. A missão da igreja transcende as raças e as regiões
(Filipinas).
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V. Agências
1. As agências/ doadores não ouvem, normalmente,
as necessidades e prioridades da igreja local.
Idealmente, os líderes da CA deveriam reunir, partilhar e definir preocupações, organizar sessões de
trabalho em conjunto e depois pedir financiamento. Os programas são tipicamente determinados
pelos EUA; se um grupo dos EUA pretende que a
igreja faça algo, o dinheiro está disponível; se o
Zimbábue inicia uma tarefa, é difícil obter financiamento (Zimbabué).
2. Porque não uma Junta de Missões Africana, financiada pelas conferências africanas? (Zimbábue).
3. A formação das Comunicações Metodistas Unidas
não é aplicável à situação africana (Zimbábue).
4. Algumas juntas e agências da CG são irrelevantes
para a situação das CC’s (Filipinas).
5. Necessidade de juntas e agências regionais
(Filipinas).
6. Apesar da Junta Geral do Discipulado (GBOD) ter
implantado um escritório de Centro Superior de
ministérios na África do Sul, as maiores necessidades de materiais de recursos educativos/ espirituais ao longo do continente ultrapassam a
capacidade de impressão, distribuição ou de compra dos mesmos (GBOD).
7. A experiência da GBOD na contratação de pessoas
locais para sistemas de formação no local;
“Precisamos de esforços regionais mais fortes e
robustos para construir esforços de ministério local
sustentáveis” (GBOD).
8. Juntas e agências orientadas para os EUA; vão para
as Conferências Centrais Europeias com perspectivas e recursos com base nos EUA. Dificuldade de
perceberem plenamente os contextos culturais e
sociais das Conferências Centrais (Europa).
VI. Assuntos pan-conexão
1. Maior facilidade de viajar para os EUA do que
para várias CAs/CCs africanas. Financiamento
disponível para os EUA para os anteriores, não
para os últimos.
2. Necessita de tempo, de local e de fundos para
reunir.
3. Aprecia a possibilidade de partilhar experiências
através das Conferências Centrais (Costa do
Marfim)
4. Existem problemas regionais, e as regiões da IMU
precisam de reunir-se para debaterem problemas
regionais (GBOD).
VII. Finanças
1. A pobreza em África conduz a dependência financeira da igreja dos EUA.
2. Forte desejo de que os fundos dos EUA sejam utilizados para iniciar projectos que providenciem
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3.
4.
5.
6.
7.
8.
recursos sustentáveis de receitas africanas para que
as igrejas africanas sejam mais auto-sustentáveis
(Libéria, Congo).
As CC’s devem fazer a sua função na contribuição
de recursos financeiros a toda a igreja (Libéria,
Costa do Marfim, Filipinas).
Os pastores têm um salário inferior ao que necessitam para poderem viver; é necessário providenciar um salário sustentável (Congo, Libéria).
A GCFA não cobre viagens dentro do continente,
só para os EUA (Zimbábue).
Os recursos de autoridade e financeiros têm uma
forte ligação; por isso, recursos não-monetários da
igreja africana não são reconhecidos como
valiosos (Zimbábue).
Surgem novas comunidades que não têm recursos
disponíveis para sustentar o crescimento da igreja
(Maputo).
As igrejas na Europa dão mais per capita do que as
igrejas dos EUA. As Conferências Centrais
Europeias contribuem para fundos gerais, projectos de missão e educação teológica. As
Conferências Centrais Europeias fazem vários
ministérios de forma cooperativa em termos igualitários (Europa).
VIII. Educação
1. Educação ministerial problemática e desigual
entre a igreja (Filipinas, Libéria).
2. As instituições educativas acessíveis são uma
grande necessidade (Libéria).
3. As dificuldades de viagens dentro do continente
africano tornam a participação na Universidade
Africana difícil para africanos que não sejam naturais do Zimbabué.
4. A pobreza faz com que os requisitos para formação sejam uma grande barreira (Congo).
5. A falta de educação e de um idioma comum são
duas grandes barreiras para o avanço e a capacidade de trabalho dentro da conexão (Congo).
6. A falta de necessidades estruturais básicas, tais
como electricidade, dormitórios e colchões para
estudantes na nova Universidade MU (Congo).
7. A necessidade de educação dos leigos em todos os
níveis (Libéria, Zimbábue).
8. A necessidade de recursos educativos locais
(Zimbábue).
9. Necessidade de recursos educativos desenvolvidos
em África para toda a igreja (Zimbábue).
10. Falta de esclarecimento relativamente à relação
entre a conferência e a junta da Universidade de
África (Zimbábue).
11. Apenas uma minoria tem acesso à internet, necessidade de cópias impressas disponíveis
(Zimbábue).
12. Necessidade de educação para mulheres, leigos.
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IX. Laicado
1. Domínio da Associação de Líderes de Conferência
Leigos dos EUA; necessidade de associação
regional de líderes leigos (Zimbábue).
2. Necessidade de Conselho de Laicado, paralelo ao
Conselho dos Bispos (Zimbábue).
3. Educação para laicado—especialmente para
comités de pessoal de paróquia—essencial
(Libéria, Zimbábue).
4. Junta de Leigos que detenha seminários para
treinar líderes de leigos; também, ter uma
Academia de Liderança de Leigos (Costa do
Marfim).
X. Outro
1. Questões legais em Maputo que envolvem tribunais, pastores que saem.
2. A presença da IMU na África do Sul cria problemas quando os membros da Igreja Metodista de
África do Sul mudam para a IMU, especialmente
devido à sua estrutura mais democrática (Maputo).
3. Necessidade de maior transparência e maior
democracia em todos os processos da vida da igreja global e local, mas especialmente nos termos
das nomeações pastorais (Maputo).
4. A disparidade entre a natureza e a prática das igrejas da Conferência Central e igrejas jurisdicionais
é um problema que persiste (Filipinas).
5. Missionários de África e Filipinas para os EUA
(Filipinas, Libéria).
6. É crucial que as igrejas europeias sejam e continuem a fazer parte da IMU mundial de forma a
serem totalmente reconhecidas como uma igreja e
não como uma parte. As relações ecuménicas são
muito importantes (Europa).
7. As estruturas da IMU actuais são demasiado complexas e colocam dificuldades desnecessárias em
pequenas congregações locais (Europa).
8. Necessidade de esclarecimento e de detalhes relativamente a quaisquer propostas de reestruturação,
e de sessões de ensino por toda a igreja anterior a
qualquer legislação da Conferência Geral
(Movimento Confessor).
9. Promovemos o nosso Catolicismo ao levar a nossa
diversidade a sério, tal como na promoção de juntas regionais e agências em outros locais que não
os Estados Unidos (Associação Nacional de
Metodistas Unidos Ásio-Americanos).
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XI. Do Relatório da Comissão de Estudo sobre a Relação
entre a Igreja Metodista Unida e as Igrejas Metodistas
Autónomas na América Latina e nas Caraíbas
1. Afirmar um mutualismo de missão, prolongandose em ambas as direcções.
2. Criar um comité exaustivo no Programa
Conexional, para reunir uma vez por quadriénio.
3. Incentivar o programa contínuo de visitas dos bispos e líderes de leigos e clérigo para facilitar a
compreensão mútua do contexto de missão e ministério de cada parceiro.
4. Apoiar e favorecer as relações directas entre igrejas locais e Conferências Anuais.
5. Activar a Conferência de Bispos Metodistas.
6. Todas as comunicações entre a IMU e as igrejas
metodistas da América Latina e das Caraíbas
devem ser conduzidas através das linhas oficiais de
autoridade nos idiomas oficiais das igrejas receptoras.
7. As páginas de internet oficiais incluem hiperligações a outras páginas de internet.
8. Todos os documentos da CG devem ser traduzidos
para espanhol e disponibilizados a delegados cujo
idioma preferencial seja o espanhol.
9. Que todas as nossas igrejas se unam numa voz
profética para enfrentarem vários problemas de
justiça social, em particular injustiças provocadas
directa ou indirectamente por políticas internacionais dos EUA.
Um Convénio para a Igreja Metodista
Unida como uma Igreja Mundial
Proposto um novo ¶ após o ¶124
Os Metodistas Unidos em todo o mundo estão ligados
por um convénio conexional no qual apoiamos e consideramos uns aos outros responsáveis pelo discipulado e missão
fiéis. Detendo integralmente a unidade conexional e a liberdade local, procuramos proclamar e incorporar o evangelho
de forma responsável para o nosso contexto cultural e social
específico enquanto mantemos “uma rede vital de relações
interactivas” (¶131). Através de uma relação de convénio
mundial, levamos a cabo a nossa chamada missionária além
das fronteiras nacionais e regionais. Para que o nosso conexionalismo se torne uma prática viva, precisamos de aprofundar a natureza mundial da Igreja Metodista Unida na
vida e missão das nossas congregações locais. Só quando
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nos comprometemos em parcerias mundiais interdependentes em oração, missão e culto é que o conexionalismo
como a visão eclesial Wesleyana pode ser totalmente incorporado. Guiadas pelo Espírito Santo, as igrejas Metodistas
Unidas por todo o mundo são novamente chamadas para um
convénio de compromisso mútuo com base na missão partilhada, na equidade e na hospitalidade.
Em convénio com Deus e uns com os outros:
Afirmamos a nossa unidade em Cristo, para dar os passos de fé de forma a viver mais profundamente no que significa ser uma igreja mundial em missão para a
transformação do mundo.
Esforçamo-nos por compreender, respeitar e abranger a
diversidade de etnias e culturas na nossa denominação, e
comprometer-nos no amor mútuo e na confiança.
Participamos na missão de Deus como parceiros no
ministério, reconhecendo que os nossos dons, experiências
e recursos concedidos por Deus são de valor igual, quer
espiritual, financeiro ou missionário.
Comprometemo-nos à total equidade e inclusão nas
nossas relações, estruturas e responsabilidades para a
denominação.
Entramos novamente numa relação de mutualismo,
criando um novo sentido de comunidade e vivenciando alegremente a nossa conexão mundial em missão para a transformação do mundo.
Litania para o Convénio da Igreja Metodista
Unida Mundial
Líder: Em convénio com Deus e com o próximo, afirmamos a nossa unidade em Cristo.
Povo: Iremos dar para dar os passos de fé de forma a
viver mais profundamente no que significa ser uma igreja
mundial em missão para a transformação do mundo.
Líder: Em convénio com Deus e com o próximo,
esforçamo-nos para compreender, respeitar e valorizar o
próximo.
Povo: Nós abrangemos e celebramos a diversidade de
etnias e culturas na nossa denominação, e comprometemonos no amor mútuo e na confiança.
Líder: Em convénio com Deus e com o próximo, participamos na missão de Deus como parceiros no ministério.
Povo: Nós reconhecemos graciosamente que os nossos
dons, experiências e recursos concedidos por Deus são de
igual valor, sejam eles espirituais, financeiros ou missionais.
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Líder: Em convénio com Deus e com o próximo, comprometemo-nos na equidade total.
Povo: Nós defendemos a equidade nas nossas relações,
estruturas e responsabilidades para a denominação.
Líder: Em convénio com Deus e com o próximo,
entramos novamente numa relação de mutualidade.
Todos: Com a graça de Deus, vivemos alegremente a
nossa conexão mundial na missão para a tránsformação do
mundo.
Petição do Livro de Disciplina Global
Nova Parte II, ¶101 (Renumera as Partes III, IV e V)
O Livro de Disciplina reflecte a nossa forma Wesleyana
de servir Cristo através da doutrina e vida Cristã disciplinada. Somos uma denominação mundial unida pela doutrina,
disciplina e missão através do nosso convénio conexional. O
Livro de Disciplina expressa essa unidade. Cada conferência central pode fazer alterações e adaptações ao Livro de
Disciplina para alcançar a nossa missão em vários contextos. Contudo, algumas partes do Livro de Disciplina não
estão sujeitas a adaptação. As seguintes partes e parágrafos
não estão sujeitas a alteração ou adaptação excepto por
acção da Conferência Geral. A Comitê Permanente sobre
das Assuntos da Conferência central tem a responsabilidade
principal para propôr as revisões deste parágrafo à
Conferência Central.
Partes I-IV (novas Partes I-V)
1. Constituição ¶¶ 1-61
2. Padrões Doutrinários e a nossa Tarefa Teológica
¶¶ 101-104
3. O Ministério de todos os Cristãos ¶¶ 120 - 142
4. Prefácio de Princípios Sociais, Preâmbulo e
¶¶160-166
Parte V (nova Parte VI)
5. A Igreja Local e Estado de Membro da Igreja
¶¶200-205
a. Os requisitos, definição e significado de estado
de membro ¶¶214-242,
b. Organização da igreja local ¶¶243-252, 259-260
6. Ministério dos ordenados ¶¶ 301-341, 343, 346348, 353-369
a. Os Parágrafos 324.3 até ao 324.7 não são
globais
7. A Superintendência ¶¶401-417, 419-435
8. As conferências gerais e centrais ¶¶501-11, 540591
9. A Conferência Anual ¶¶ 601-612.1, 631, 635, 657658
10. Ordem Administrativa
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a. Provisões gerais ¶¶ 701
11. Propriedade da Igreja ¶¶ 2501–2512, 2524, 2532
12. Conselho Judicial ¶¶ 2601-2612, 2701-19
Acréscimo a ¶335.(3) como um novo (e): As juntas de
Conferência Anual de ministério ordenado fora dos Estados
Unidos são autorizadas a definir padrões educacionais diferentes para candidatos para o estado de membro de conferência total e ordenação como presbíteros, desde que
incluam cursos sobre história, doutrina, política e evangelismo Metodista Unido.
Acréscimo a ¶330.(3) como um novo (e): As juntas de
Conferência Anual de ministério ordenado fora dos Estados
Unidos são autorizadas a definir padrões educacionais diferentes para candidatos para o estado de membro de conferência total e ordenação como diáconos, desde que incluam
cursos sobre história, doutrina, política e evangelismo
Metodista Unido.
Petição de Agências Gerais
Emenda a ¶701.3 e criar um novo ¶701.4:
Inserir o seguinte após “capaz de resposta rápida”:
Contribuem para a missão e ministério da Igreja
Metodista Unida tanto nos Estados Unidos como em outras
partes do mundo através de uma abordagem colaborativa
sistémica e holística. Constroem e capacitam o ministério
através de programas sustentáveis e infraestruturas que permitam as unidades locais e regionais aumentarem a propriedade e responsabilidade.
4.
Um modelo para estrutura mundial
da Igreja Metodista Unida
ESTRUTURA
1. Como organismo legislativo superior da Igreja
Metodista Unida, a Conferência Geral tem autoridade sobre todas as coisas distintivamente conexionais e é o único organismo que fala por toda a
igreja.
2. A Igreja Metodista Unida deve consistir em
Conferências Centrais.
3. Deve ser criada uma Conferência Central nos
Estados Unidos que compreenda as cinco jurisdições. A Conferência Central dos EUA deve ter os
direitos e privilégios definidos pela Constituição
excepto para a eleição de bispos que deveria contin-
4.
5.
6.
7.
8.
uar a ocorrer nas Jurisdições. As Conferências
Centrais não alteram o Livro de Disciplina Global,
que poderia ser apenas alterado por acção da
Conferência Geral.
As Conferências Centrais existentes irão permanecer as mesmas, excepto quando uma
Conferência Central maior tiver o direito de criar
jurisdições dentro dos seus limites.
As Conferências Centrais ao longo da conexão
devem ser organismos decisores de iniciativas, programas e assuntos relacionados com os seus contextos missionários particulares.
Existirá uma reconfiguração das agências, incluindo
algumas agências que são globais e outras que são
regionais.
Existirá uma reconfiguração do financiamento
conexional para que alguns fundos sejam globais e
fiquem sob a autoridade de Conferência Geral,
enquanto outros sejam locais e sob a autoridade de
Conferências Centrais.
A economia dentro das áreas episcopais deve ser
tida em conta na determinação de salários dos
Bispos.
O LIVRO DE DISCIPLINA
1. O Livro de Disciplina deverá ser repartido em dois
volumes.
2. O Volume I deverá ser o Livro de Disciplina Global,
que pode sofrer emendas apenas através da
Conferência Geral:
Partes I-IV
• Constituição ¶¶ 1-61
• Padrões Doutrinários e a nossa tarefa teológica
¶¶ 101-104
• O Ministério de todos os Cristãos ¶¶ 120-142
• Prefácio de Princípios Sociais, Preâmbulo e
¶¶160-166
Parte V
• A igreja local e estado de membro da Igreja
¶¶200-205
• Os requisitos, definição e significado de estado de
membro ¶¶214-242
• Organização da igreja local ¶¶243-252, 259-260
• Ministério de ordenados ¶¶ 301-341 (com
excepção dos padrões educativos ministeriais),
343, 346-348, 353-369
• A Superintendência ¶¶401-417, 419-435
• As conferências gerais e centrais ¶¶501-11, 540591
• A Conferência Anual ¶¶ 601-612.1, 631, 635,
657-658
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• Ordem Administrativa
❍ Provisões gerais ¶¶ 701
• Propriedade da Igreja ¶¶ 2501–2512, 2524, 2532
• Conselho Judicial ¶¶ 2601-2612, 2701-19
3. O Volume II deverá consistir em todos os parágrafos
não incluídos no Volume I e deve ser adaptável pelas
Conferências Centrais, de acordo com os seus contextos missionários e culturais.
FUNÇÕES DE RESPONSABILIDADE
Conferência Geral
• Culto e celebração missionária mundial
• Manter a conexão
• O Livro de Disciplina Global (Volume I) incluindo
Princípios Sociais
• Relatórios de Conferências Centrais relativamente a
alterações feitas ao Volume II respectivo do Livro de
Disciplina
• Oportunidades para Conferências Centrais em
envolver-se com outras Conferências Centrais na sua
área geográfica e tratar de problemas comuns
• Eleição do Conselho Judicial
• Programas e iniciativas da igreja geral
• Acção financeira sobre fundos globais
• Responsabilidade para agências globais
• Doutrinas e rituais para utilização mundial
• Estado de membro
• Oportunidades para se envolverem com parceiros
ecuménicos/ delegados de igrejas afiliadas
Conferências centrais
• As Conferências Centrais devem ter o direito de criar
jurisdições dentro dos seus limites por motivos, tais
como, a dimensão geográfica da conferência ou
zonas de idiomas diferentes dentro da conferência.
• Eleição de bispos e nomeações episcopais em conferências centrais sem jurisdições
• Estabelecimento de limites para conferências anuais
e áreas episcopais em conferências centrais sem
jurisdições
• Formulação de petições para a Conferência Geral
para o Livro de Disciplina Global (Volume I) e fazer
alterações ao Volume II do Livro de Disciplina
• Partilha equitativa na missão e apoio da igreja geral
• Acção financeira sobre os fundos de Conferência
Central
• Responsabilidade pelas relações com Agências
Regionais (Metodistas Unidos ou ecuménicos)
• Padrões educacionais e oportunidades para o clérigo
e laicado
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• Elevar a liderança de leigos
• As Conferências Centrais existentes podem reunir da
forma como o fazem actualmente, e a Conferência
Central dos EUA pode reunir tanto antes como após
a Conferência Geral. O fundo da Igreja Geral deve
prever as despesas de sessões das Conferências
Centrais.
• Tribunal Judicial
Jurisdições
• Eleição de bispos e nomeações episcopais
• Estabelecimento de limites para conferências anuais
e áreas episcopais
• Formulação de petições para a Conferência Geral
para fazer alterações ao Volume II do Livro de
Disciplina
Conferências Anuais
• Eleição de delegados para Conferências Gerais,
Centrais e Jurisdicionais
• Formulação de petições para a Conferência Geral
para o Livro de Disciplina Global (Volume I) e para
Jurisdições e/ou Conferências Centrais para fazer
alterações ao Volume II do Livro de Disciplina
PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO
1. A Comissão de Estudo sobre a Natureza Mundial da
Igreja Metodista Unida irá apresentar um modelo
para a nova estrutura mundial na Conferência Geral
de 2012.
2. A Comissão de Estudo irá desenvolver um guia de
estudos para a estrutura mundial proposta da Igreja
Metodista Unida para estudo e reacções das conferências anuais durante 2012-2014.
3. A Mesa Conexional deverá permitir um processo
para apoiar o estudo e receber os resultados. No
Outono de 2014, a Mesa Conexional deverá supervisionar o desenvolvimento de recomendações,
petições e emendas constitucionais para a
Conferência Geral de 2016 com base nas suas considerações dos resultados do estudo.
Estado de Membro da Comissão de Estudo
Bispo Christian Alsted, Conferência Central da Europa do
Norte
Dr. David Beckley, Conferência Anual do Mississippi
Sra. Elisabeth Englund, Conferência Anual Sueca
Rev. Ruby-Nell Estrella, Conferência Anual das Filipinas
Sra. Sandra Ferguson, Conferência Anual BaltimoreWashington
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Dr. Richard Grounds, Conferência Missionária Indígena de
Oklahoma
Bispo John Innis, Conferência Central do Oeste de África
Bispo Scott Jones, presidente, Jurisdição Central Sul
Rev. Dr. Ilunga Kandolo Kasolwa, Conferência anual de
Katanga Norte
Sr. Matthew Laferty, Conferência Anual de Ohio-Oeste
Rev. Forbes Matonga, Conferência Anual de Zimbábue
Oeste
Rev. Dr. Timothy McClendon, Conferência Anual de
Carolina do Sul
Sra. Christina Mlambo, Conferência Anual de Zimbábue
Oeste
Rev. Lyssette Perez, Conferência Anual da Grande Nova
Jérsia
Rev. Joon-Sik Park, Conferência Anual de Ohio-Oeste
Rev. Dr. Bruce Robbins, Conferência Anual do Minnesota
Bispo Leo Soriano, Conferência Central das Filipinas
Rev. Dr. Cathy Stengel, Conferência Anual de Upper New
York
Dr. Marjorie Suchocki, Conferência Anual de CalifórniaPacífico
Sra. Monalisa Tuitahi, Conferência Anual de CalifórniaPacifico
DCA Edição Avançada
Consultores
Bispo Minerva Carcaño (Igrejas Autónomas Afiliadas na
América Latina)
Bispo Lindsey Davis (Conselho Geral de Finanças e
Administração)
Rev. H. Eddie Fox (Conselho Metodista Mundial)
Bispo Larry Goodpaster (Conselho de Bispos)
Sr. Moses Kumar (Conselho Geral de Finanças e
Administração)
Bispo Bruce Ough (Junta Geral de Ministérios Globais)
Bispo Gregory Palmer (Conselho de Bispos)
Sr. Thomas Kemper (Junta Geral de Ministérios Globais)
Bispo Sharon Zimmerman Rader (Secretário Ecuménico)
Bispo Roy Sano (Igrejas Autónomas Afiliadas da Ásia)
Rev. Stephen Sidorak (Comissão Geral de Unidade Cristã e
Assuntos Inter-religiosos)
Bispo Patrick Streiff (Comissão Permanente sobre Assuntos
das Conferências Centrais)
Bispo Mary Ann Swenson (Comissão Geral de Unidade
Cristã e Assuntos Inter-religiosos)
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Alterações Propostas ao Livro da Disciplina
¶6.
Número da petição: 20322-IC-¶6-C-G; Sidorak, Stephen J.
Jr.,- Nova Iorque, NY, EUA para a Comissão Geral de
Unidade Cristã e Assuntos Inter-religiosos.
Relações Ecuménicas
Emenda do ¶ 6 conforme indicado:
¶ 6. Artigo VI. Relações Ecuménicas - Como parte da
igreja universal, a Igreja Metodista Unida acredita que o
Senhor da igreja está a chamar os Cristãos de todo o mundo
para que se empenhem na união; por isso irá rezar, procurar e trabalhar para, a unidade em todos os níveis da vida da
igreja: através de relações com outras igrejas Metodistas e
igrejas unidas relacionadas com a Igreja Metodista ou a
Igreja dos Evangélicos Unidos em Cristo, através de conselhos de igrejas e através de planos de união e relações de
convénio com igrejas dos Metodistas ou outras tradições
denominacionais.
Fundamentação da petição:
É adequado que a Igreja reconheça a acção de Deus ao
conferir a doação incluindo a oração para a unidade entre as
tarefas da Igreja.
¶609.
Número da petição: 20160-IC-¶609; Hollon, Larry, Nashville, TN, EUA para a Comissão Geral das
Comunicações.
AC Director de Comunicações
Alterar ¶ 609 da seguinte forma:
Em cada conferência anual ou área episcopal haverá
um director de comunicações, ou uma pessoa designada
para se concentrar e orientar o ministério das comunicações
da Igreja Metodista Unida, dentro da conferência anual ou
da área episcopal.
a) Recomenda-se que o director tenha as seguintes
responsabilidades principais: a) O director de comunicações poderá servir como um oficial da conferência anual
e que reunir-se-á com ser um membro (eleito) em extensão
ao gabinete quando o gabinete considera a coordenação e a
comunicação da visão e missão da conferência, e, para
aconselhar, a respeito de estratégias de comunicação, relativas aos programas da conferência, às contribuições e
interpretação da benevolência, à gestão de crises, promover
a missão e a visão da igreja e outros assuntos, conforme
determinação do gabinete e do director.
b) Em parceria com o bispo, o gabinete e a liderança
da conferência eleita, o director de comunicações dos ministérios deve ter a responsabilidade principal:
(1) Ajudar a identificar, a equipar e a coordenar o trabalho de uma equipa de comunicação (empregados e/ou
voluntários);
(2) Desenvolver e orientar a implementação de estratégias para uma comunicação eficaz entre as agências da conferência anual, os distritos e as igrejas locais;
(3) Promover e coordenar actividades para destacar a
consciência e a reputação da Igreja;
(4) Ajudar a orientar a estratégia de interpretar o orçamento da conferência e outras benevolências;
(5) Fornecer orientação e formação para a comunicação eficaz dos líderes da conferência anual, das distritais
e/ou das igrejas locais;
(6) Liderar a conferência para o desenvolvimento de
relações eficazes com os meios de comunicação dentro da
conferência anual;
(7) Orientar os líderes da conferência para o desenvolvimento e implementação de uma estratégia de comunicação eficaz, sob o ministério conexial;
(8) Liderar a conferência no uso de novas e emergentes tecnologias, como ferramentas para o ministério;
(9) Fornecer a relação conexial entre a conferência e as
Comunicações Metodistas Unidas.
Fundamentação da Petição:
As Comunicações Metodistas Unidas acreditam que,
para poder comunicar eficazmente, os comunicadores da
conferência anual devem participar em algumas das deliberações do gabinete da conferência anual.
¶625.
Número da petição: 20331-IC-¶625.10; Sidorak, Stephen J.
Jr.,- Nova Iorque, NY, EUA para a Comissão Geral de
Unidade Cristã e Assuntos Inter-religiosos.
Alteração do Título Pan-Metodista
Emenda aos ¶¶625, 705, 1903, 2403, 2547 e 2548 conforme indicado:
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¶625.10. À luz do nosso compromisso constitucional
para Relações Ecuménicas (Departamento Um — Geral,
¶ 6, Artigo IV), a comissão deve ter em consideração no
estabelecimento de normas para o apoio ao clero, para
aqueles ministros que tenham tido as suas ordens reconhecidas para o serviço da Igreja Metodista Unida
(¶ 346.2) e cujos anos de serviço incluem o exercício de
ministério em outras denominações, especialmente
naquelas provenientes das igrejas da Comissão sobre a
Cooperação e União Pan-Metodista da Comissão PanMetodista.
¶705.3.b) Cada agência geral deve eleger geral pode
eleger pelo menos um, mas não mais do que três, membro(s)
com voz e voto entre os membros da igreja da Comissão
sobre a Cooperação e União Pan-Metodista da Comissão
Pan-Metodista.
¶1903.8 Para desenvolver e envolver o diálogo, cooperação e debates de união...
¶2403.2. Comissão sobre a Cooperação e União PanMetodista Comissão Pan-Metodista — Dada a responsabilidade e história comum das denominações da tradição
Wesleyana na América, deve existir uma Comissão sobre a
Cooperação e União Pan-Metodista uma Comissão panMetodista estabelecida em conjunto entre a Igreja Metodista
Episcopal Africana, a Igreja Metodista Africana Episcopal
de Sião, a Igreja Protestante Metodista da União Africana, a
Igreja Episcopal Metodista Cristã, a Igreja Episcopal
Metodista da União Americana e a Igreja Metodista Unida.
O estado de membro da comissão deve consistir em nove
pessoas de cada denominação membro, com cada denominação a nomear três bispos, três pessoas do clérigo e três
pessoas leigas que incluam pelo menos um jovem adulto.
A comissão deve trabalhar para definir, determinar,
planear e, em cooperação com as agências estabelecidas de
várias denominações, executar actividades para promover a
cooperação representativa entre as quatro seis denominações
Metodistas
2403.2.a) Para cumprir a visão de comunhão total entre
as suas igrejas membro, deve existir um Comité Conjunto da
Comissão Pan-Metodista de Comunhão Total. O comité deve
servir as seguintes funções:
(1) Coordenar a implementação de acção executada
pelas seis igrejas para obter a comunhão total.
(2) Auxiliar o planeamento conjunto para a missão.
(3) Facilitar a consultoria e a tomada de decisões
comum através dos canais apropriados em assuntos fundamentais que as igrejas possam enfrentar juntas no futuro.
(4) Reportar regular e adequadamente a cada igreja.
O estado de membro Metodista Unido deste comité
DCA Edição Avançada
deve ser o Responsável Ecuménico do Conselho dos Bispos,
o Presidente da CGUCAI se o Presidente não for também o
Responsável Ecuménico, um membro leigo e um membro do
clérigo da CGUCAI eleitos pela CGUCAI. Se o Presidente
da CGUCAI for também o Responsável Ecuménico, então o
vice-presidente da CGUCAI deve ser também um membro
do comité.
¶2547.2. Com o consentimento do bispo que preside e
de uma maioria dos superintendentes distritais e da junta de
distrito da localização e edifício da igreja, e a pedido da conferência de cargo ou de uma reunião dos membros da igreja
local, quando requerido pela lei local, e de acordo com a
mencionada lei, a conferência anual pode instruir e orientar
a junta de curadores da igreja local para direccionar a propriedade da igreja para uma das denominações representadas
na Comissão sobre a Cooperação e União Pan-Metodista na
Comissão Pan-Metodista ou para outra denominação
evangélica ao abrigo da atribuição, troca de propriedade ou
acordo do comité, contando que esse acordo tenham sido
formalizado por escrito, assinado e aprovado pelos representantes devidamente qualificados e autorizados de ambas as
partes em questão.
¶2548.3. Abandono - Quando uma propriedade da igreja
local não é mais utilizada, detida ou mantida pelo seu estado de
membro como um local de culto divino, a propriedade deve ser
considerada abandonada, e quando não serve o propósito para
o qual foi organizada e incorporada (¶¶ 201-204), com o consentimento do bispo que preside, a maioria dos superintendentes de distrito e a junta de distrito da localização e edifício
da igreja, os curadores da conferência anual podem assumir o
controlo da propriedade real e pessoal tangível e intangível. Se
as circunstâncias exigirem acção imediata, os curadores da
conferência devem dar a primeira opção a outras denominações na Comissão sobre a Cooperação e União panMetodista na Comissão Pan-Metodista.
¶643.
Número da Petição: 20057-IC-¶643; Hawkins, Erin M., Washington, DC, EUA, para a Comissão Geral de Religião e
Raça.
AC a Comissão Geral de Religião e Raça (CGRR)
Alterar o parágrafo ¶ 643.1-5 e substituindo o seguinte:
¶ 643. 1. Haverá em cada conferência anual, incluindo
nas conferências centrais, uma Comissão Conferencial de
Religião e Raça, ou outra estrutura que providencie essas
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funções e mantenha as relações conexionais. Deve seguir as
orientações gerais e estruturais da Comissão Geral de
Religião e Raça, conforme descrito nos parágrafos ¶¶ 2002 e
2008, quando aplicável.
2. Os membros de base da comissão da conferência
anual serão indicados e eleitos por procedimentos estabelecidos pelas respectivas conferências anuais. Cada conferência anual determinará o número e a composição total dos
membros. Devem ser tomadas precauções para assegurar
que os membros são seleccionados principalmente com base
na paixão e nos conhecimentos que possuam nas áreas de
formação, desenvolvimento de recursos, avaliação, consultadoria e planeamento estratégico nas áreas de diversidade,
competência cultural, justiça racial, reconciliação e da
equidade, e comunicação/promoção para a mudança. A totalidade dos membros deve ter um equilíbrio equitativo no
número de leigos, leigas e clérigos. É extremamente importante que as comissões da conferência sejam constituídas de
forma a reflectir o sentido mais amplo da diversidade racial,
étnica, tribal e cultural, relevante para a área. A selecção dos
membros da comissão deve garantir uma representação adequada de mulheres, jovens, jovens adultos, idosos e pessoas
com deficiências. Os membros da Comissão Geral de
Religião e Raça residentes na conferência anual serão membros ex officio da Comissão da Conferência Anual de
Religião e Raça, com direito a voto.
3. A Comissão da Conferência Anual assumirá a
responsabilidade pelos seguintes assuntos:
a) Interpretar a intenção de todas as responsabilidades
dadas à Conferência Anual e à Comissão de Religião e Raça
da Conferência Central, para que as responsabilidades reflictam o contexto para o ministério e as realidades das áreas em
que elas servem.
b) Fornecer recursos e a formação que permita o trabalho do ministério da igreja local nas áreas da religião e raça,
conforme especificado nos parágrafos ¶ 252.2b, com ênfase
particular nos pastores e nas congregações envolvidos no
ministério inter-racial e intercultural. No caso das
Conferências Centrais, o ministério inter-racial e intercultural pode incluir tribos, comunidades étnicas e grupos culturais/linguísticos.
c) Rever e fazer recomendações apropriadas para a
inclusão total e para a equidade entre o pessoal da conferência e em todas as juntas, agências, comissões e comités das
conferências. Serão efectuados relatórios anuais para a conferência.
d) Efectuar parcerias com as juntas das conferências
anuais e as agências que procurem desenvolver programas e
políticas de igualdade racial e de inclusão.
e) Efectuar consultoria com a Junta do Ministério
Ordenado e com o gabinete, para garantir a inclusão
racial/étnica e a equidade no recrutamento, e nos processos
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de credenciamento e itinerância da conferência. A comissão executiva da Junta do Ministério Ordenado e o gabinete
reunir-se-ão pelo menos uma vez por ano em sessões conjuntas com a Comissão de Religião e Raça da Conferência,
para criar e avaliar planos a longo prazo, para a identificação
e desenvolvimento de liderança clerical, que irá servir a crescente população racial e étnica na Igreja.
f) Efectuar consultoria com as igrejas locais que estejam a experienciar mudanças demográficas nas vizinhanças
da sua localização, as quais podem ser diferentes da constituição racial/étnica da igreja, e que desejem fazer parte do
ministério com a comunidade.
g) Efectuar a coordenação da liderança da conferência
para apoio a movimentos de justiça racial e social, com
impacto nas comunidades locais, em consultadoria e em
parceria com outras entidades dentro e fora dos limites da
conferência.
h) Apoiar e proporcionar programas de educação nas
áreas da competência cultural, da justiça racial e da reconciliação em todos os níveis da conferência.
i) Efectuar parcerias com os órgãos confessionais competentes, para auxiliar na resolução de queixas de discriminação racial/étnica efectuadas por clérigos ou leigos.
4. A Comissão de Religião e Raça da Conferência
Anual deve desenvolver um orçamento adequado para o seu
funcionamento como comissão, a ser incluído no orçamento
da conferência anual.
5. De forma a efectuar o seu funcionamento e relacionamento conexional Comissão de Religião e Raça da
Conferência Anual, ou outra estrutura equivalente, terá voto
e voz na unidade de tomada de decisão da conferência, como
sejam os ministérios conexionais da conferência, ou outra
estrutura equivalente.
Fundamentação da Petição:
Através da clareza de propósito e do ministério, as
Comissões de Religião e Raça das Conferências Anuais
podem ser parceiros importantes junto das estruturas das
conferências e das igrejas locais, ao mesmo tempo que estas
progridem no sentido de uma maior relevância e vitalidade
em diversas comunidades, e empregam competência cultural e equidade racial na liderança, no ministério, nos processos, nas políticas, e nas tomadas de decisão.
¶1703.
Número da Petição: 20021-IC-¶1703; Williams, Robert J., Madison, NJ, EUA pela Comissão Geral de Arquivos e
História.
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Finalidade da Alteração
Alterar ¶ 1703, terceira frase:
Deve cooperar com outros organismos, especialmente
com a Sociedade Histórica da Igreja Metodista Unida, o
Centro Metodista do Património Afro-americano, a
Sociedade Mundial de História Metodista, e o Conselho
Metodista Mundial, nas áreas de interesse mútuo.
¶1712.
Número da Petição: 20022-IC-¶1712.2; Williams, Robert J.,
- Madison, NJ, EUA pela Comissão Geral de Arquivos e
História.
Marcos do Património
Alterar ¶ 1712.2
2. Marcos Actuais do Património—Os marcos actuais
do património da Igreja Metodista Unida (e o ano da sua designação pela Conferência Geral) são: Capela Acuff, entre
Blountville e Kingsport, TN (1968); Capela Memorial
Albright, Kleinfeltersville, PA (1968). Manual de Trabalho
Escolar e Missão Asbury, Ft. Mitchell, AL (1984); Capela da
Barratt, perto de Frederica, DE (1968); Faculdade BethuneCookman, Daytona Beach, FL (1984); Bispo John Seybert
/Flat Rock Cluster, Flat Rock e Bellevue, OH (1992); Capela
de Boehm, Willow Street, PA (1984); Faculdade do Oeste
Africano, Monróvia, Libéria (2012); Faculdade Cokesbury,
Abingdon, MD (1984); Igreja Memorial Metodista Unida de
Cox, Hallowell, ME (1992); Cluster de Deadwood,
Deadwood, SD (1984); Casa de Edward Cox, perto de Bluff
City, TN (1968). Primeira Associação Evangélica, Edifício
da Igreja e Casa Editorial, Nova Berlim, PA (1988); Primeira
Igreja Metodista Unida, Johnstown, PA (1996). Casa Green
Hill, Louisburg, NC (1968); Casa Hanby, Westerville, OH
(1988); Igreja John Street, Nova Iorque (1968); Paróquia
Americana de John Wesley, Savannah, GA (1976); Marcador
de Keywood, Glade Spring, VA (1988); Celeiro de Isaac
Long, Landis Valley, Lititz, PA (2008). Capela Lovely Lane,
Baltimore, MD (1972); Hospital Mary Johnston, Manila,
Filipinas (2012); Capela da McMahan, Bronson, TX (1972);
Hospital Metodista, Brooklyn, NY (1972); Igreja Metodista
Unida de Newtown Indiana, Okmulgee, OK (2012); Antiga
capela de McKendree, Jackson, MO (1968). Missão Old
Mutare, Zimbabwe (2012); Igreja Old Otterbein, Baltimore,
MD (1968). Centro e Cemitério da Igreja Old Stone,
Leesburg, VA (1968). Organização da Igreja Episcopal da
Igreja Metodista, Sul, Louisville, KY (1984); Igreja
Metodista Unida Peter Cartwright, Pleasant Plains, IL
(1976); Igreja Rehobeth Rehoboth , perto de Union, WV
(1968). Casa de Madeira de Robert Strawbridge, perto de
New Windsor, MD (1968). Cluster de Rutersville,
Rutersville, TX (1988); Igreja de São Jorge, Filadélfia, PA
(1968). Ilha de St. Simon, Brunswick, GA (1968). Casa de
Simpson, Filadélfia, PA (2012); Fundação Wesley,
Universidade do Illinois, Champaign, IL (1996). Cidade de
Oxford, GA (1972); United Brethren Founding Sites Cluster,
Frederick, Keedysville e Beaver Creek, MD (2000). Cluster
Wesleyan College, Macon, GA (1992); Capela da Whitaker,
perto de Enfield, Halifax County, NC (1972); Missão de
Willamette, perto de Salem, OR (1992); Fundação
Estrangeira da sociedade das mulheres da mulher missionária, Boston, MA (2004) Missão Wyandot Indian, Upper
Sandusky, OH (1968). e Igreja Zoar Metodista Unida,
Philadelphia, PA (1984).
¶1806.
Número da Petição: 20167-IC-¶1806; Hollon, Larry,Nashville, TN, EUA para a Comissão Geral de
Comunicações.
Função Estratégica
Emenda ¶ 1806
Responsabilidades-A Comunicação é uma função
estratégica necessária para o sucesso da missão da Igreja
Metodista Unida. Especifica responsabilidades e funções da
Comissão Geral de Comunicação e do seu pessoal conforme
a seguir se descreve:
Fundamentação da petição:
Uma nova frase identifica a comunicação como uma
função estratégica da Igreja Metodista Unida.
¶1806.
Número da petição: 20524-IC-¶1806-G; Sherman, Gary B.,Silver Spring, MD, EUA. 2 petições similares
Responsabilidades de Comunicações
Adicionar novas sub-secções 19 e 20 ao parágrafo 1806
conforme descrito a seguir:
Secção XII. Comissão Geral sobre Comunicação
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Comissões Independentes
Parágrafo 1806. Responsabilidades - Responsabilidades específicas e funções ...
18. Pode r...
19. Deve produzir e/ou solicitar materiais educativos
acessíveis via internet, incluindo Perguntas Frequentes
(FAQs) e recursos sobre “Tópicos Quentes” (“Hot
Topics”)relacionados com missões e ensinamentos da IMU,
tais como a evolução e o aquecimento global. Tal seria
acessível através de um sub-tópico no botão “O nosso
Mundo” (“Our World”) em umc.org.
20. Deve manter acessíveis na Internet as “Secções”
e/ou “Parágrafos” do Livro de Disciplina, e Resoluções do
Livro de Resoluções. As Secções, Parágrafos ou Resoluções
novos e/ou corrigidos devem revelar, no final, a data em que
foram adoptados, com as alterações ou com uma hiperligação (link) (além do CALMS) para as alterações. As
Secções, Parágrafos ou Resoluções que foram corrigidos,
eliminados, expiraram ou vão expirar devem salientar esse
facto no topo da página com a data da acção.
Renumerar o restante texto conforme necessário.
Fundamentação da petição:
O Clérigo e os Membros utilizam o UMC.org como um
recurso acessível via Internet para assuntos religiosos. A
Sub-secção 19 irá conter informação fiável sobre tópicos
importantes e/ou controversos. A Sub-secção 20 irá facilitar
a aplicabilidade determinante e os antecedentes de várias
“leis” e “Resoluções”. Ambas irão tornar este recurso existente e valioso (UMC.org) mais útil.
¶1806.
Número da Petição: 20161-IC-¶1806.2; Hollon, Larry,Nashville, TN, EUA para a Comissão Geral de
Comunicações.
Relações com a Imprensa Pública
Emenda ¶1806.2:
Deve ter a responsabilidade responsabilidade primária
por parte da denominação Igreja Metodista Unida nos
Estados Unidos de se relacionar com a imprensa pública na
apresentação da fé Cristã e trabalho da Igreja ao público em
geral através da emissão, imprensa e multimédia. Tal irá
providenciar pode desenvolver essas estruturas e estratégias
para transmissão e multimédia para fins de comunicação
conforme considerado útil para a Igreja no seu testemunho
através da imprensa. Deve unificar e coordenar as mensagens para imprensa pública e os programas das agências
gerais Metodistas Unidas.
Fundamentação da petição:
1285
É importante que a Igreja Metodista Unida se projecte
cuidadosamente através de mensagens bem concebidas tanto
para o público como para a sua audiência interna.
Juntamente com estas palavras, reconhece a comunicação
como essencial ao ambiente no qual vivemos actualmente. É
fulcral que as mensagens da Igreja Metodista Unida sejam...
¶1806.
Número da petição: 20961-IC-¶1806.2-G; Meyer, Mary,Arcadia, FL, EUA.
Padrões de RP
Alterar o ¶1806.2
2. Terá a responsabilidade principal em nome da Igreja
Metodista Unida nos Estados Unidos de se relacionar com a
imprensa pública na apresentação da fé Cristã e do trabalho
da Igreja ao público em geral através da áudio-vídeo difusão,
da imprensa escrita e de multimédia. Poderá desenvolver
essas estruturas para áudio-vídeo difusão e multimédia para
fins de comunicação, conforme considerado útil para a Igreja
no seu testemunho através dos media. Deve unificar e coordenar as mensagens para a imprensa pública e os programas
das agências gerais Metodistas Unidas. Apresentar a fé
Cristã requer que todas as apresentações, mensagens e programas claramente testemunhem que nós “professamos a fé
Cristã histórica” (¶ 101), que nós mantemos “padrões estabelecidos de doutrina” que não podem ser modificados ou
substituídos (¶ 17), e que “nós pensamos e deixamos pensar
“apenas em matérias “que não atacam a raiz do
Cristianismo” (Wesley, “o Carácter de um Metodista). Os
anúncios na rádio e televisão (trinta segundos ou menos), no
mínimo, devem declarar a nossa missão: “fazer discípulos de
Jesus Cristo” (¶ 120).
Fundamentação da petição:
Recentes falhas da UMCom (Comunicações
Metodistas Unidas, ComMU) exigem um aumento da
“micro-gestão”. A Unitarian Universalists poderia ter redigido um anúncio de televisão, em 2006, apenas mudando
“MU” para “Unitarian Universalist”. “Corações abertos,
mentes abertas, portas abertas” (uma falha cara) retratou-nos
como doutrinariamente indiferentes. Os recentes anúncios
na National Public Radio insinuam que a nossa missão principal é a assistência em casos de desastres ou para alívio da
fome.
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¶1806.
¶1806.
Número da Petição: 20162-IC-¶1806.4; Hollon, Larry,Nashville, TN, EUA para a Comissão Geral de
Comunicações.
Número da Petição: 20164-IC-¶1806.7; Hollon, Larry,Nashville, TN, EUA para a Comissão Geral de
Comunicações.
Parcerias de comunicações
Coordenação de Recursos
Eliminar o ¶1806.4 e substituir:
4. Deve representar a Igreja Metodista Unida no
Departamento de Comunicação do Conselho Nacional de
Igrejas de Cristãs nos EUA e em outras agências interdenominacionais nacionais e internacionais que trabalham
em comunicações de massas. As repartições orçamentais e
outros fundos concedidos a estas agências ecuménicas
devem ser administrados de acordo com o ¶ 814
Deve criar e participar em parcerias com organizações
nacionais, internacionais, inter-denominacionais, inter-fés e
outras, que trabalham em comunicações conforme considerado relevante para a missão e ministério da Igreja Metodista
Unida.
Fundamentação da petição:
No mundo horizontal em que vivemos, a Igreja
Metodista Unida precisa de envolver-se em várias parcerias.
As Comunicações Metodistas Unidas eliminaram as referências ao Conselho Nacional de Igrejas (CNI) porque as
Comunicações Metodistas Unidas já não são tão significativas como contribuição para o NCI como outrora foram.
Emendar o ¶1806.7
Deve unificar e coordenar os programas multimédia de
todas as agências Metodistas Unidas que lidam com imagens, gravações, vídeos projectados, e Deve trabalhar com
todas as agências Metodistas Unidas na coordenação de
recursos outros materiais de multimédia ou electrónicos produzidos para iniciativas estratégicas da Igreja.
Deve desenvolver e supervisionar um programa unificado e exaustivo de materiais multimédia para a Igreja.Deve
planear, criar, produzir ou fazer com que seja produzido, e
distribuir ou fazer com que sejam distribuídos materiais multimédia recursos que sejam informativos e vitais para a vida
religiosa de todos os Metodistas Unidos.
Fundamentação da petição:
A revisão elimina linguagem desactualizada e substituia com linguagem que
descreve melhor o ambiente contemporâneo de comunicações.
¶1806.
¶1806.
Número da Petição: 20163-IC-¶1806.6; Hollon, Larry,Nashville, TN, EUA para a Comissão Geral de
Comunicações.
Estratégia de Relações Públicas
Emendar o ¶1806.6
Deve ter supervisão geral conduta de actividades actividade de relações públicas sobre a estratégia e actividade de
relações públicas para a Igreja Metodista Unida. nos Estados
Unidos, planeando e fazendo o trabalho de relações públicas
no nível de toda a denominação, e aconselhamento de várias
unidades da Igreja relativamente às suas necessidades de
relações públicas. Deve interpretar, para os membros da Igreja,
o significado da denominação e dos seus vários programas.
Fundamentação da petição:
A linguagem eliminada na primeira linha torna a
declaração mais simples. A linguagem eliminada na segunda
linha reconhece que a Igreja Metodista Unida é uma denominação global.
Número de petição: 20165-IC-¶1806.15; Hollon, Larry,Nashville, TN, EUA para a Comissão Geral de
Comunicações.
Conteúdo das Comunicações
Emenda o ¶1806.15 conforme a seguir se descreve:
1806.15. Deve providenciar conteúdos para os clérigos
e os leigos em congregações locais, em vários formatos
acessíveis para promover a compreensão e apreciação da
igreja global e conexional, para desenvolver o apoio e incentivar a participação em iniciativas, ministérios e missões da
igreja geral e das suas agências, e para providenciar recursos
e informação para auxiliar as congregações locais e os seus
líderes na execução dos seus ministérios. Deve publicar um
diário de programa para pastores e outros líderes da igreja
que devam apresentar o programa e materiais promocionais
de agências gerais de forma coordenada e que deve estar em
lugar dos periódicos promocionais das agências gerais. Esta
agência deve determinar a forma de selecção de editores
principais, que devem ser responsáveis pelo conteúdo do
diário. Esta agência deve obter, das igrejas ou superinten-
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dentes distritais, os nomes dos oficiais da igreja dos líderes
da igreja que irão receber o diário estes conteúdos assim
como compilar uma lista de assinaturas compatível com os
regulamentos de Serviço Postal dos EUA.
Fundamentação da petição:
A linguagem proposta desvia o foco dos canais e locais
de distribuição concentrando-o nos conteúdos e recursos. A
alteração reconhece que os canais de distribuição mudam
com base na tecnologia e no ambiente dos meios de comunicação.
1287
processo eleitoral do secretário-geral da CGSRR com o
parágrafo ¶ 713. Proporciona maior continuidade de liderança-chave, na implementação do programa quadrienal, e
traz o escrutínio para formatos mais contemporâneos e
aceitáveis.
¶2103.
Número da petição: 20117-IC-¶2103; Burton, M. Garlinda,Chicago, IL, EUA, para a Comissão Geral sobre o Estado e
Papel da Mulher (GCSRW).
¶1806.
Ética sexual
Número da Petição: 20166-IC-¶1806.18; Hollon, Larry,Nashville, TN, EUA para a Comissão Geral de
Comunicações.
Recursos e Bases de Dados
Emendar o ¶1806.18
Pode desenvolver informação, recursos, bases de dados
e outros serviços que providenciem canais de comunicação
para e de todos os níveis da Igreja.
Fundamentação da petição:
É importante que as Comunicações Metodistas Unidas
estejam aptas a comunicar com as suas audiências alvo de
forma atempada. O sistema actual da denominação não é
flexível para ir ao encontro das exigências de actualidade.
¶2006.
Número da Petição: 20064-IC-¶2006; Hawkins, Erin M., Washington, DC, EUA, para a Comissão Geral de Religião e
Raça.
Eleição do Secretário Geral
Alterar o parágrafo ¶ 2006 da seguinte forma:
¶ 2006. Pessoal—A Comissão Geral de Religião e
Raça elegerá anualmente o seu secretário-geral por
escrutínioA Comissão Geral de Religião e Raça elegerá o
seu secretário-geral quadrienalmente por escrito, através de
meios electrónicos ou outros meios de votação secreta
(¶ 713). A comissão deverá seleccionar, independentemente
do processo escolhido, o pessoal suplementar, necessário
para apoiar o secretário-geral no exercício das responsabilidades da comissão.
Fundamentação da Petição:
A mudança, de uma eleição anual do secretário-geral
para a eleição quadrienal do secretário-geral, alinha o
Adicionar uma nova secção ao parágrafo ¶2103:
¶2103.11: A comissão discutirá o problema da conduta
inadequada na igreja. A comissão liderará no fornecimento
de recursos para a prevenção e educação acerca da conduta
inadequada de natureza sexual, oportunidades de formação
para membros clericais e membros leigos, recomendações
políticas e processuais para processos transformativos e
administrativos justos, apoio à vítima/sobrevivente, e cura
congregacional. A comissão promoverá a coordenação interagências através da sua liderança do Interagency Sexual
Ethics Task Force (Grupo de Trabalho de Ética Sexual Interagências) e dando apoio às conferências anuais, igrejas
locais, conselhos, direcções, comissões, escolas de teologia,
bem como a outras instituições relacionadas no testemunho
de limites saudáveis nas relações ministeriais.
Fundamentos da petição:
Há quase 30 anos, o GCSRW tem levado a IMU à sensibilização dos queixosos, mediante acções de formação,
exortando à criação de políticas nas conferências anuais e
formação da Equipa de Resposta e Gabinetes (Response
Team and Cabinets) com ref: conduta inadequada ministerial de natureza sexual [ver <http://umsexualethics.org/
Education/UMCTimeline1972present.aspx>]. Esta nova legislação codifica o que desde há muito tem sido uma função
essencial em prática.
¶2108.
Número da petição: 20116-IC-¶2108; Burton, M. Garlinda,Chicago, IL, EUA, para a Comissão Geral sobre o Estado e
Papel da Mulher.
Eleição de pessoal
Emendar a primeira frase do ¶ 2108: Pessoal — A
comissão geral elegerá anualmente quadrienalmente por
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meio de voto o seu secretariado geral ou secretária(o) geral,
que será responsável pelo serviço executivo, administrativo e
programático (¶ 713).
Fundamentos da petição:
Esta revisão está em conformidade com a política da
eleição quadrienal indicada no ¶ 713.
¶2303.
Número da petição: 20363-IC-¶2303.6-G; Kumar, A. Moses
Rathan,- Nashville, TN, EUA, pelo Conselho Geral de
Finanças e Administração.
Despesas de HMU
Excluir a última frase no ¶ 2303.6.
Isto incluirá reuniões e despesas relacionadas do representante da conferência central.
Fundamentação da petição:
As despesas de reunião e outras relacionadas do representante da conferência central, estão agora incluídas no
orçamento proposto da agência, como são para todas as outras agências gerais que recebem fundos da Igreja.
¶2400.
Número da petição: 20919-IC-¶2400-!-G; Spark, Stephen
Lawrence,- Indianola, MS, EUA.
Comissão da Unidade Metodista Unida
Adicionar...
Secção XX: Comissão Geral da Unidade Metodista
Unida
¶ 2407. A Igreja Metodista Unida está profundamente
dividida sobre a questão da prática homossexual, casamento
entre pessoas do mesmo sexo e a ordenação de homossexuais praticantes. Parte da Igreja Metodista Unida acredita sinceramente que a prática da homossexualidade, os
compromissos do casamento homossexual e a oportunidade
de ordenação de homossexuais praticante é um direito
humano, enquanto outra parte da Igreja Metodista Unida
acredita com a mesma sinceridade que a Escritura ensina que
a prática da homossexualidade é um pecado e que o estilo de
vida homossexual é incompatível com o ensino Cristão.
Nenhuma das partes é, aparentemente, capaz de desistir em
boa consciência da sua posição, uma vez que ambas as
posições são incompatíveis. Tendo em vista as questões
espirituais e morais envolvidas, nenhuma das partes é,
provavelmente, capaz de permanecer em boa consciência
numa igreja que assume a posição oposta. Por conseguinte,
deverá ser imediatamente composta uma Comissão Geral da
Unidade Metodista Unida.
¶ 2409. Membros - A Comissão Geral deverá ser composta por 21 membros, distribuídos da seguinte forma:
1. Seis membros nomeados pelo Grupo de Trabalho
da Coligação de Reforma e Renovação.
2. Seis membros nomeados pela Coligação do
Movimento de Reconciliação.
3. Três membros nomeados pelo Conselho dos
Bispos. Estas pessoas deverão ser Bispos Activos. Pelo
menos, um Bispo deverá ser proveniente do continente
africano e, pelo menos, um Bispo deverá ser dos Estados
Unidos.
4. Um membro nomeado pelo Conselho Geral de
Finanças e Administração. Esta pessoa deverá ser um membro do GCFA.
5. Um membro nomeado pela Mesa Conexional. Esta
pessoa deve ser um membro da Mesa Conexional.
6. Três membros nomeados pelo Grupo de pastores
das 100 maiores Igrejas Metodistas Unidas.
7. Um membro nomeado pelo Conselho Judicial.
Esta pessoa deverá ser um membro do Conselho Judicial.
Cada membro deverá ser nomeado pelos grupos constituintes que representam.
¶ 2410. Objectivo - A Comissão Geral deverá estudar,
comunicar à Conferência Geral seguinte e apresentar
recomendações e/ou planos de acção para abordar as áreas
de desunião no seio da Igreja Metodista Unida com o objectivo de restaurar a unidade relativamente a:
1. Questões teológicas referentes à prática da homossexualidade,
2. Questões referentes à aplicação da linguagem disciplinar actual que diz respeito à homossexualidade,
3. Questões referentes às implicações concretas das
práticas actuais no seio da Igreja Metodista Unida referentes
à homossexualidade, incluindo, mas sem limitação, as diferenças geográficas, sociográficas, culturais e das gerações
relativamente à pratica da homossexualidade e a resposta da
Igreja Metodista Unida à mesma,
4. Questões referentes à capacidade e/ou desejo em
permanecer em plena conexão dos pastores e igrejas que
estão tão profundamente divididos uns dos outros quanto à
questão das práticas homossexuais.
¶ 2411. Financiamento - A Comissão Geral deverá ser
financiada pelo Conselho Geral de Finanças e
Administração.
¶ 2412. Autoridade e poder - A Comissão Geral deverá
ter todos os poderes e autoridades necessários para efectuar
e alcançar o seu objectivo e tarefas conforme estabelecido no
parágrafo ¶ 2410.
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Fundamentação da petição:
A Igreja Metodista Unida está amplamente dividida
sobre a questão da prática homossexual, casamento entre
pessoas do mesmo sexo e a ordenação de homossexuais praticantes. Parte da Igreja Metodista Unida acredita sinceramente que a prática da homossexualidade, os compromissos
do casamento homossexual e a oportunidade de ordenação
de homossexuais praticante é um direito humano...
◊
◊
◊
◊
◊
Legislação Non-Disciplinare Proposta
Número da petição: 20767-IC-NonDis-!; Anderson, JuDee,Sheridan, WY, EUA.
Massacre de Sand Creek de 1864
A Conferência Geral de 2012 da Igreja Metodista
Unida reconhece no presente a Tribo Cheyenne Norte do
Montana, as Tribos Cheyenne e Arapaho do Oklahoma e a
Arapaho Norte do Wyoming como Tribos federalmente
reconhecidas conforme o Tratado de 1865 do Little Arkansas
com o Governo dos EUA, como representantes oficiais relativamente ao Massacre de Sand Creek.
A Conferência Geral de 2012 da Igreja Metodista
Unida, através do Conselho dos Bispos e as devidas juntas e
agências, deve consultar e apoiar os esforços relativos à
preservação, repatriação, cura, consciência, investigação,
educação e reparações com a Tribo Cheyenne Norte do
Montana, Tribos Cheyenne e Arapaho do Oklahoma, e a
Tribo Cheyenne Norte do Wyoming e dos seus
Representantes tribais oficiais para 29 de Novembro de
1864, Massacre de Sand Creek.
A Conferência Geral de 2012 da Igreja Metodista
Unida, através do Conselho dos Bispos e da Comissão Geral
de Dados e História deve autorizar a investigação através de
uma equipa conjunta, incluindo um organismo independente, e providenciar a total publicação do envolvimento e
influência do Massacre de Sand Creek de John M.
Chivington, Governador Territorial John Evans, a Igreja
Metodista como uma instituição, e outros líderes sociais,
políticos e religiosos proeminentes da altura, e deve reportar
à Conferência Geral de 2016.
A Igreja Metodista Unida deve apoiar e participar na
devolução de quaisquer artefactos ou vestígios nativos às
“Tribos” relacionados com o Massacre de Sand Creek.
Fundamentação da petição:
As resoluções anteriores adoptadas pela Conferência
Geral da Igreja Metodista Unida relativamente ao Massacre
de Sand Creek continham informação incorrecta ou incompleta e foram desenvolvidas sem consulta com os representantes tribais oficiais das quatro tribos que foram
reconhecidas pelo Governo dos EUA no Tratado de 1865 de
Little...
Número da petição: 20876-IC-NonDis-G; Russell, John
Caro,- Abilene, TX, EUA.
Estabelecer a Comunhão Plena de Parceria
A Igreja Metodista Unida através dos seus responsáveis
ecuménicos apropriados comunicará à Igreja Episcopal,
Igreja Evangélica Luterana, Igreja Presbiteriana (EUA),
Igreja Reformada na América, e Igreja Unida de Cristo, o
desejo e a ânsia da Igreja Metodista Unida, de estar em
Completa Comunhão com as referidas igrejas. A Igreja
Metodista Unida está pronta para tomar todos os passos
necessários para estar em Comunhão Completa, no interesse
da nossa missão comum.
Número da petição: 20895-IC-NonDis-G; Thomas, H.O.
Tom Jr. - VA, EUA para a Irmandade Evangélica na
Conferência Anual da Virgínia.
Comunhão Total entre IELA/IMU
A Conferência Geral de 2012 instrui a Comissão Geral
de Unidade Cristã e Assuntos Inter-religiosos a acompanhar
a Resolução de Comunhão Total entre IELA/IMU da
Conferência Geral de 2008 (¶1905.8) relativamente à
seguinte acção sobre a relação entre IELA-IMU:
• Para exprimir à comissão correspondente à Igreja
Evangélica Luterana na América o desagrado da Igreja
Metodista Unida perante a acção da IELA de ordenar
homossexuais praticantes e a nossa preocupação de que a
acção da IELA constitua uma divisão e ameace a unidade,
não só com a IMU, mas com a comunhão Cristã em todo o
mundo.
• Para recomendar à IELA que reconsidere e rescinda
a sua acção de ordenar homossexuais praticantes em virtude
das Sagradas Escrituras e da nossa fé apostólica e de forma
a continuar a desfrutar da unidade com a IMU e da
comunhão Cristã em todo o mundo.
• Para comunicar a resposta da IELA à Conferência
Geral de 2016
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Fundamentação da petição:
A premissa de comunhão total da Conferência Geral de
2008 era de que “não existam diferenças que causem divisão
na igreja, impedindo a comunhão total entre a Igreja
Evangélica Luterana na América e a Igreja Metodista
Unida”. A aprovação subsequente da ordenação de pessoas
em “relações do mesmo género” pela IELA coloca agora a
comunhão num conflito insustentável.
DCA Edição Avançada
As Comunicações Metodistas Unidas devem distribuir
especificamente um terço do seu orçamento ao ministério
em África, onde deverão ser criados centros de comunicação
com internet e centros de rádio seguros na área episcopal de
África.
Fundamentação da petição:
Existe uma necessidade tremenda na Igreja Africana de
utilizar instalações de internet e métodos de comunicação e
Número da petição: 21089-IC-NonDis-G; Jen, Sheriff
Sangari,- Taraba State para a Conferência Anual da Nigéria.
evangelismo modernos. Os jovens africanos estão a comprar
rádios de baixo custo e a ligar os seus auscultadores; por
isso, parece razoável termos o objectivo de alcançar os
Distribuição de Fundos pelos Ministérios Africanos
jovens através do evangelho de Jesus Cristo...
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Comissões Independentes
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Resoluções Propostas
R3127.
R3147.
Número da petição: 20602-IC-R3127-G; Brandly, Dale,Bellbrook, OH, EUA.
Número da petição: 20854-IC-R3147-G; Brandly, Dale,Bellbrook, OH, EUA.
Dia Memorial do Holocausto
Reino Messiânico
ADICIONAR: “Poderá aceder a um Conversor de
Datas Hebraicas como o seguinte www.hebcal.com/converter <http://www.hebcal.com/converter> para calcular
anualmente esta data.”
Esta frase pode ser adicionada directamente a seguir à
primeira frase na página 277 e/ou em parêntesis, como uma
frase completa, directamente a seguir à frase “a
Conferência Geral defende a observância de Yom HaShoah
, o Dia Memorial do Holocausto…” na terceira linha do
parágrafo 5, na página 277.
[Nota: Existem outros websites de conversores de
datas de calendário que pode preferir utilizar. Quando se
utiliza este conversor, pode-se ver o ano hebraico 5771 correspondente ao ano 2011 do calendário Gregoriano. Na
Primavera de 2012, a utilização do 5772 e do 27 Nisan irá
ser convertida para 19 de Abril de 2012, data para o Dia
Memorial do Holocausto – Yom HaShoah.]
Fundamentação da petição:
Acredito que muitos (a maioria?) dos Metodistas
Unidos desconhecem ou recusam/esquecem-se de participar no Dia Memorial do Holocausto. Pode ser devido à
incerteza sobre a data precisa. Independentemente das
razões, é uma responsabilidade da liderança da IMU. Com
o website do conversor, as pessoas podem facilmente verificar esta data anualmente...
3147. Construindo Novas Pontes em Esperança
“Deus que...
Princípios de Orientação Metodistas Unidos para
Relações Cristãs-Judaicas
De forma a aumentar ...
2. Jesus era um judeu devoto, assim como o eram
muitos dos seus primeiros seguidores.
Sabemos que a compreensão...
Porque a Cristandade está firmemente enraizada no
Judaísmo bíblico, compreendemos que o conhecimento destas
raízes é essencial para a nossa fé. Conforme expresso na
declaração da Consulta sobre a Igreja e o Povo Judeu do
Conselho Mundial de Igrejas: “Agradecemos a Deus pelo
tesouro espiritual que partilhamos com o povo Judeu: fé no
Deus vivo de Abraão, Isaac e Jacob; conhecimento do nome de
Deus e dos mandamentos; a proclamação profética de julgamento e graça, as Escrituras hebraicas; e a esperança do Reino
vindouro do Reino Messiânico vindouro. Em todos estes,
encontramos as raízes comuns na revelação bíblica e vemos as
ligações espirituais que nos ligam ao povo Judaico.”7
3. Judaísmo e Cristianismo...
Fundamentação da petição:
Para manter as nossas raízes partilhadas reconhecidas
com o Judaísmo e a fé Judaica, IMU como uma denominação Cristã que reconhece por escrito que Jesus, o Messias
e o Seu Reino Messiânico vindouro é a esperança partilhada entre os Judeus e os Cristãos. Utilizando o termo “Reino
Messiânico” irá ajudar a cativar-nos...
R3143.
Número da petição: 20216-IC-R3143; Kemper, Thomas, Nova Iorque, NI, EUA, para a Junta Geral dos Ministérios
Globais
R3147.
Número da petição: 20855-IC-R3147-G; Brandly, Dale,Bellbrook, OH, EUA.
Readopção
Diálogo Judaico
Readoptar a resolução 3143.
Fundamentação da petição:
Esta resolução expirará ainda que o seu conteúdo e
acções permaneçam relevantes e devam ser renovadas.
3147. Construindo Novas Pontes em Esperança
“Deus que...
Princípios de Orientação Metodistas Unidos para
Relações Cristãs-Judaicas
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De forma a aumentar ...
4. Os Cristãos e Judeus estão ligados a Deus através de
convénios bíblicos que são eternamente válidos.
Como Cristãos, ficamos...
Tanto os Judeus como os Cristãos estão ligados a Deus
em aliança, sem relação de aliança invalidada por qualquer
outra. Apesar dos Cristãos e os Judeus terem compreensões
diferentes da doutrina de fé, estamos misteriosamente ligados uns aos outros através de relações de aliança com um
Deus e Criador de todos nós. Para este fim, os membros da
IMU, assim como outros Cristãos, estariam melhor preparados para dialogar e compreender a jornada e herança judias
com um estudo ou análise completo das Doutrinas de Abraão
ou David que definem os seus destinos (e nossos) passado,
presente e futuro.
5. Como Cristãos, somos claramente chamados ...
Fundamentação da petição:
Novamente, os nomes das Alianças significativamente
históricas que Deus deu originalmente a Israel que foram
posteriormente partilhadas com os Gentios têm de ser
especificados.
R3147.
Número da petição: 20856-IC-R3147-G; Brandly, Dale,Bellbrook, OH, EUA.
Teologia de Substituição
3147. Construindo Novas Pontes em Esperança
“Deus a quem os Cristãos...
Novas pontes para a compreensão Cristã-Judaica
As declarações acima do princípio e afirmação oferecem uma fundação para a reflexão teológica dentro da Igreja
Metodista Unida e com outros Cristãos na nossa compreensão das nossas relações com o povo judeu. São destinados
para serem a base do estudo, discussão e acção que procuramos para um maior discernimento dentro da igreja. A
Igreja Metodista Unida com o apoio dos membros da
Conferência Geral, clérigos e leigos da IMU, está determinada a reexaminar diligente e completamente o que se
tornou conhecido como Teologia de Substituição, onde a
Igreja Cristã Gentia provavelmente interpretou mal as
Escrituras do Novo Testamento para dar à Igreja Cristã a
autoridade de substituir Israel pela Igreja Cristã como “nova
Israel”, devido à compreensão tradicional que os Judeus
comprometerem os seus direitos e privilégios.
Além disso, esperamos...
R3147.
Número da petição: 20857-IC-R3147-G; Brandly, Dale,Bellbrook, OH, EUA.
Reino Messiânico
3147. Construindo Novas Pontes em Esperança
“Deus a quem os Cristãos...
2. Jesus era um judeu devoto, assim como o eram
muitos dos seus primeiros seguidores.
Sabemos que a compreensão...
Porque a Cristandade está firmemente enraizada no
Judaísmo bíblico, compreendemos que o conhecimento
destas raízes é essencial para a nossa fé. Conforme expresso
na declaração da Consulta sobre a Igreja e o Povo Judeu do
Conselho Mundial de Igrejas: “Agradecemos a Deus pelo
tesouro espiritual que partilhamos com o povo Judeu: fé no
Deus que vive em Abraão, Isaac e Jacob; conhecimento do
nome de Deus e dos mandamentos; a proclamação profética
de julgamento e graça, as Escrituras Sagradas; e a esperança
do vindouro do Reino Messiânico. Em todos estes, encontramos raízes comuns na revelação bíblica e vemos as ligações espirituais que nos ligam ao povo Judaico.”7
3. Judaísmo e Cristianismo...
8. Como Cristãos, partilhamos a chamada com os
Judeus para trabalhar com justiça, compaixão e paz no
mundo em antecipação à concretização do reino de Deus do
reino Messiânico de Deus.
Juntos, os Judeus e os Cristãos...
Os Judeus ainda esperam o reino messiânico Reino
Messiânico de Deus anunciado pelos profetas. Os Cristãos
proclamam a boa nova que em Jesus Cristo “o reino de Deus
está perto”; no entanto nós, como Cristãos, também
aguardamos em esperança a consumação do trabalho redentor de Deus. Juntos, os Judeus e os Cristãos esperam e antecipam a concretização do reino de Deus do reino Messiânico
de Deus. Juntos, somos “parceiros em espera”. Na nossa
espera, somos chamados a testemunhar e a trabalhar juntos
para o reino de Deus para o reino Messiânico de Deus.
9. Como Cristãos Metodistas Unidos...
Novas Pontes para a Compreensão Cristã-Judaica
As declarações acima...
Atrevemo-nos a acreditar que essas conversações e
actos irão construir novas pontes em esperança entre os
Cristãos e os Judeus e que elas estarão entre os sinais e as
primícias da nossa relação fraterna sob o nosso pai Deus.
Juntos, esperamos e lutamos pela concretização do reino de
Deus do reino Messiânico de Deus.
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Comissões Independentes
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Teologia Judaica
R3147.
Número da petição: 20859-IC-R3147-G; Brandly, Dale,Bellbrook, OH, EUA.
Teologia Católica de Substituição
3147. Construindo Novas Pontes em Esperança
“Deus a quem os Cristãos...
Princípios de Orientação Metodistas Unidos para
Relações Cristãs-Judaicas
De forma a aumentar ...
4. Os Cristãos e os Judeus estão ligados a Deus através
de alianças bíblicas que são eternamente válidas.
Como Cristãos, mantemo-nos firmes na nossa crença
que Jesus foi enviado por Deus como Cristo para salvar
todas as pessoas, e que em Cristo a aliança bíblica a aliança
messiânica antiga foi radicalmente renovada. Enquanto a
tradição da igreja a aliança messiânica antiga tem ensinado
que o Judaísmo foi substituído pelo Cristianismo como a
“nova Israel”, nós não acreditamos apoiamos esse ensinamento na medida em que as relações de aliança anteriores
foram invalidadas ou que Deus abandonou os parceiros
judeus em aliança.
Nós acreditamos que tal como Deus é firmemente fiel à
aliança bíblica à nova aliança em Jesus Cristo, da mesma
forma que Deus é firmemente fiel à aliança bíblica com o
povo judeu. A aliança As alianças com Abraão, Moisés e
David que Deus estabeleceu com o povo judeu através de
Abraão, Moisés, eoutros David continuam porque é uma
aliança eterna são baseadas nas promessas fiéis de Deus.
Paulo proclama que o dom e a chamada de Deus para os
Judeus é irrevogável (Romanos 11:29). Por isso, acreditamos
que o povo judeu continua em relação de aliança com Deus.
Tanto os Judeus como os Cristãos estão ligados a Deus
em aliança por alianças irrevogáveis, sem relação de aliança
invalidada por qualquer outra aliança por qualquer outra excepto que, de acordo com a compreensão Cristã, a nova doutrina
suplantou e tornou obsoleta (Heb. 8:13) para eles a antiga
aliança de Moisés. Apesar dos Cristãos e Judeus terem ...
Fundamentação da petição:
Eu compreendo que a Igreja Católica ainda apoia e ensina a teologia de substituição, isto é, que a igreja Cristã substituiu a relação de aliança que Deus abandonou com Israel e é a
“nova ou espiritual Israel”, que apresentaram na primeira vez
logo no 2o século. Existe bastante documentação on-line...
R3147.
Número da petição: 20861-IC-R3147-G; Brandly, Dale,Bellbrook, OH, EUA.
3147. Construir Novas Pontes na Esperança
“Deus a quem os Cristãos…
Princípios orientadores Metodistas Unidos para as
relações Judaico-Cristãs
A fim de aumentar…
6. Como Cristãos, somos chamados ao diálogo com os
nossos vizinhos Judeus.
Cristãos e Judeus…
Diálogo inter-religioso produtivo ... feridas dolorosas
da nossa história. Todas as iniciativas de diálogo necessitam
de moderação pela perspectiva do célebre teólogo Judeu, Dr.
Emil Frackenheim: “Não pode haver nenhum diálogo
Judaico-Cristão digno desse nome, a menos que uma actividade Cristã seja abandonada, as missões para os Judeus. Têm
de ser abandonadas...não como uma estratégia provisória
mas como princípio…O custo desse erro em amor Cristão e
no sangue Judeu hesitamos em contemplar…Um Judeu
nascido pós-Holocausto ainda pode ver os esforços Cristãos
para converter Judeus como sinceros e bem intencionados.
Mas mesmo como tal, estes não são mais aceitáveis.
Tornaram-se nas tentativas de fazer de uma maneira o que
Hitler fez de outra.” Também o Professor Judeu Rabino
Heschel do Seminário de Teologia, que tem trabalhado desde
há muito tempo para melhorar as relações Judaico-Cristãs,
disse: “..a mensagem que considera o Judeu como um candidato para a conversão e proclame que o destino do
Judaísmo é desaparecer, está ligada ao fomento da desconfiança recíproca, bem como da amargura e do ressentimento.
Como eu afirmei repetidamente a personalidades eminentes
do Vaticano, estou pronto para ir em qualquer altura a
Auschwitz, se confrontado com a alternativa da conversão
ou da morte.”
7. Como seguidores de Jesus Cristo…
R3148.
Número da petição: 20858-IC-R3148-G; Brandly, Dale,Bellbrook, OH, EUA.
Profetas Messiânicos
3148. PONTES DE FORTALECIMENTO
Em 1996...
Não podemos saber totalmente qual o modo como o
Espírito de Deus irá funcionar, nem sabemos em quem
Espírito poderá ser manifestado. Proclamámos sempre que
Deus falou através dos profetas de Israel e Judá e que Jesus
falou e agiu na tradição destes profetas Messiânicos. “A
graça de Deus está activa...
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DCA Edição Avançada
R3148.
Número da petição: 20860-IC-R3148-G; Brandly, Dale,Bellbrook, OH, EUA.
Teologia Católica de Substituição
3148. FORTALECIMENTO DE PONTES
Em 1996...
Com os nossos irmãos e irmãs católicos nós Nós acreditamos que Deus não abandonou a aliança de Deus com os
Judeus. Estamos em dívida...
R9999.
Número da Petição: 20060-IC-R9999; Hawkins, Erin M., Washington, DC, EUA, para a Comissão Geral de Religião e
Raça.
Formação sobre Competências Culturais
CONSIDERANDO que, a Igreja Metodista Unida é
uma denominação cada vez mais diversificada, que procura
ser de forma eficaz e inclusiva o corpo de Cristo; e
CONSIDERANDO que, as realidades históricas de
opressão social e as práticas da igreja que reflectem e favorecem culturas dominantes, levam frequentemente a uma falta
de participação efectiva, a todos os níveis da liderança da
conferência; e
CONSIDERANDO que, a competência cultural é uma
aptidão de liderança, a qual pode ser aprendida, e que A
Igreja Metodista Unida tem a responsabilidade de proporcionar recursos e apoiar a liderança da conferência anual nas
suas responsabilidades para a participação efectiva de todos
os membros e em particular dos membros de comunidades
historicamente marginalizadas;
Seja, portanto, decidido, que os presidentes de todas as
juntas, agências, comités e comissões das conferências anuais, e todos os membros da Comissão de Nomeações e da
Junta do Laicado sejam fortemente encorajados a participar
na formação de competências culturais; e que a Conferência
Anual seja encorajada a providenciar a formação em competências culturais, para melhor garantir a participação efectiva e completa de todos os membros das comissões, com o
apoio e recursos da Comissão Geral de Religião e Raça; que
ferramentas de auto-avaliação sejam incentivadas para utilização como parte da formação, podendo incluir, mas não
sendo limitadas a, o Inventário de Desenvolvimento
Intercultural [IDI] e a Escala de Eficácia Intercultural [EEI];
Seja, portanto, decidido, que tais formações tenham
lugar, de preferência, todos os anos nos primeiros 6 meses,
após a Conferência Anual, e que os relatórios de conclusão
das formações sejam partilhados com o Presidente da
Conferência Anual da Comissão de Religião e Raça, ou com
outro organismo equivalente; e que a responsabilidade em
incentivar que as acções e os valores da presente resolução
sejam implementados estará a cargo do Bispo Residente e/ou
do seu representante.
R9999.
Número da petição: 20324-IC-R9999-G; Sidorak, Stephen J.
Jr.,- Nova Iorque, NY, EUA para a Comissão Geral de
Unidade Cristã e Assuntos Inter-religiosos.
Carta de Compaixão
Adicionar a nova resolução ao Livro de Resoluções
ENQUANTO QUE, as Escrituras ensinam “Amarás ao
Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e
de todo o teu entendimento.” e “Amarás ao teu próximo
como a ti mesmo.” (Mateus 22:37-39, NRSV)
ENQUANTO QUE, Jesus rezou pela unidade, “...para
que sejam um, como nós somos um; eu neles, e tu em mim,
para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o
mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste a eles,
assim como me amaste a mim” e para que o amor de Deus
seja vivido pela comunidade de fé “...para que haja neles
aquele amor com que me amaste, e também eu neles esteja...” (João 17:22-23, 26, NRSV)
ENQUANTO QUE, Paulo ensinou os crentes que
vivem vidas de compaixão, “Revesti-vos, pois, como eleitos
de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade... E, sobre
tudo isto, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição.”
(Col 3:12-14, NRSV)
ENQUANTO QUE, todos estes ensinamentos compelem os crentes a amar os outros, a respeitá-los e a agir com
compaixão
ENQUANTO QUE, existe o claro reconhecimento que
na Igreja, e no mundo à sua volta, existem várias falhas para
viver de forma consistente com estes ensinamentos
ENQUANTO QUE a Carta de Compaixão foi elaborada por milhares de pessoas de todo o mundo como uma
chamada “para restabelecer a compaixão no centro da moralidade e religião” e “para tornar a compaixão uma força clara,
luminosa e dinâmica no nosso mundo polarizado.”
ENQUANTO QUE, mais de 130 organizações, incluindo a Igreja Presbiteriana dos EUA subscreveu a Carta de
Compaixão
ENQUANTO QUE o conteúdo da Carta de Compaixão
e informação anterior relativa à mesma encontra-se no sítio
web charterforcompassion.org
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POR ISSO, É DECIDIDO que a Conferência Geral de
2012 da Igreja Metodista Unida:
1 - Subscreve a Carta de Compaixão e irá assegurar que
esta subscrição é comunicada para a denominação
2 - Compromete a Igreja Metodista Unida ao unir-se a
outros parceiros no trabalho de cumprir as provisões da
Carta de Compaixão tanto dentro da Igreja Metodista Unida
mundial, como em contextos ecuménicos / inter-religiosos, e
no mundo em que vivemos.
3 - Incentiva as Conferências Anuais e as igrejas
Metodistas Unidas ao longo da conexão para o estudo da
Carta de Compaixão e para participar nas suas chamadas
para acção
Carta de Compaixão
O princípio de compaixão reside no coração de todas
as tradições religiosas, éticas e espirituais, chamando-nos
sempre para que tratemos todos os outros da forma como
desejamos que sejamos tratados. A compaixão impulsionanos a trabalhar exaustivamente de forma a aliviar o sofrimento dos nossos iguais, para sairmos do centro do nosso
mundo e pôr outro alguém lá, e para honrar a santidade inviolável de todos os seres humanos, tratando todos, sem
excepção, com justiça absoluta, igualdade e respeito.
É também necessário tanto na vida pública como privada, abster-se consistente e empaticamente de infligir sofrimento. Agir ou falar violentamente por maldade,
chauvinismos ou interesse próprio, para empobrecer, explorar os direitos básicos a qualquer um, e incitar ao ódio ao
denegrir os outros - até mesmo os nossos inimigos - é uma
negação da nossa humanidade comum. Reconhecemos que
falhamos em viver com compaixão e que chegamos a
aumentar a soma de miséria humana em nome da religião.
Por isso, chamamos todos os homens e mulheres ~ a
restabelecer a compaixão no centro da moralidade e religião
~ a voltar ao velho princípio de que qualquer interpretação
da escritura que incite a violência, ódio ou desdém é ilegítimos ~ para assegurar que é dada aos jovens informação precisa e respeitosa sobre outras tradições, religiões e culturas
~para incentivar uma apreciação positiva de diversidade cultural e religiosa ~para cultivar uma empatia informada para
com o sofrimento de todos os seres humanos - mesmo relativamente àqueles considerados como inimigos.
Precisamos urgentemente de tornar a compaixão uma
força clara, luminosa e dinâmica no nosso mundo polarizado. Com base numa determinação de princípios para ultrapassar o egoísmo, a compaixão pode quebrar os limites
políticos, dogmáticos, ideológicos e religiosos. Nascida da
nossa interdependência profunda, a compaixão é essencial
para as relações humanas e para uma humanidade plena. É o
percurso para a iluminação e indispensável para a criação de
uma economia justa e de uma comunidade global pacífica.
1295
Fundamentação da petição:
A Carta de Compaixão foi elaborada por milhares de
pessoas de todo o mundo como uma chamada “para restabelecer a compaixão no centro da moralidade e religião”
e “para tornar a compaixão uma força clara, luminosa e
dinâmica no nosso mundo polarizado.” Muitos dos nossos parceiros ecuménicos, incluindo a Igreja
Presbiteriana...
R9999.
Número da petição: 20330-IC-R9999-G; Sidorak, Stephen J.
Jr.,- Nova Iorque, NY, EUA para a Comissão Geral de
Unidade Cristã e Assuntos Inter-religiosos.
Comunhão Total Pan-Metodista
Adicionar a nova resolução seguinte ao Livro de
Resoluções
IMPLEMENTAR
A
RESOLUÇÃO
PARA
COMUNHÃO TOTAL ENTRE A IGREJA METODISTA
EPISCOPAL AFRICANA, A IGREJA METODISTA EPISCOPAL AFRICANA DE SIÃO, A IGREJA PROTESTANTE DA UNIÃO METODISTA DE ÁFRICA, A IGREJA
EPISCOPAL METODISTA CRISTÃ, A IGREJA
METODISTA EPISCOPAL DA UNIÃO AMERICANA E A
IGREJA METODISTA UNIDA.
A Igreja Metodista Episcopal Africana (IMEA), a
Igreja Metodista Episcopal Africana de Sião (IMEAS), a
Igreja Protestante da União Metodista de África
(IPUMA), a Igreja Episcopal Metodista Cristã (IEMC), a
Igreja Metodista Episcopal da União Americana
(IMEUA) e a Igreja Metodista Unida (IMU) concordam
na presente que nos seus organismos legislativos devem
constituir um voto para aceitar ou rejeitar, sem emenda
separada, as resoluções que se seguem. Se adoptado por
todas as igrejas, cada igreja concorda em tomar as
seguintes medidas para estabelecer uma relação de
comunhão total:
ENQUANTO Jesus Cristo chama-nos para nos unirmos
para que o mundo possa acreditar; e
ENQUANTO a Igreja Metodista Episcopal Africana,
a Igreja Metodista Episcopal Africana de Sião, a Igreja
Protestante da União Metodista de África, a Igreja
Episcopal Metodista Cristã, a Igreja Metodista Episcopal
da União Americana e a Igreja Metodista Unida partilham uma herança comum de fé e compromisso para missão; e
ENQUANTO a Igreja Metodista Unida expressou na
sua Conferência Geral, através de um Acto de
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Arrependimento, as suas desculpas pelo sofrimento que
infligiu nos seus irmãs e irmãos afro-americanos devido à
sua posição racista e políticas que levaram à formação das
igrejas historicamente Metodistas Afro-Americanos; por
isso
É DECIDIDO que a Igreja Metodista Episcopal
Africana, a Igreja Metodista Episcopal Africana de Sião, a
Igreja Protestante da União Metodista de África, a Igreja
Episcopal Metodista Cristã, a Igreja Metodista Episcopal da
União Americana e a Igreja Metodista Unida na presente:
1) reconhecem umas nas outras a única fé sagrada,
católica e apostólica conforme conta nas Escrituras, confessa nos credos históricos da Igreja e declarados nas normas
doutrinárias comuns a todas as seis igrejas;
2) reconhecer a autenticidade do Baptismo e da
Eucaristia de cada uma e alargar a hospitalidade sacramental
aos membros de cada uma;
3) reconhecer a validade dos nossos ministérios
respectivos, incluindo:
• a ordenação de pessoas de cada uma para o
Ministério da Palavra e Sacramento;
• o serviço diaconal autêntico de diaconisas, missionários em casa e diáconos ordenados nas seis igrejas; e
• a política de cada uma e ministérios de supervisão
(incluindo a interpretação das doutrinas da igreja, disciplina
dos membros, autorização de pessoas para ministérios ordenados e leigos e provisão de funções administrativas);
4) reconhecer o total intercâmbio e reciprocidade de
todos os ministros ordenados de Palavra e Sacramento,
sujeitos a convite constitucionalmente aprovado para o ministério em cada uma das igrejas;
5) aplaudir as conversações ecuménicas de cada uma
com outros organismos da igreja reconhecendo que cada
igreja continua livre para prosseguir os acordos de
comunhão total adicionais conforme cada uma considerar
necessário, para que o mundo possa acreditar.
Este acordo será actualizado após voto afirmativo pela
Conferência Geral.
R9999.
Número da petição: 20775-IC-R9999; Fields, Lynette,Winter Garden, FL, EUA. 1 petição similar.
IMU e os Escoteiros da América (Boy Scouts of
America)
Considerando que, de acordo com o parágrafo 162, em
particular a subsecção V dos Princípios Sociais, reconhecemos que, como Metodistas, somos chamados para estar no
ministério com e para todas as pessoas, e;
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DCA Edição Avançada
Considerando que, de tempos a tempos, isto significa
que temos de tentar modificar as políticas que limitam a
nossa chamada para o ministério, e;
Considerando que a igreja Metodista tem sido sempre
um forte parceiro dos Escoteiros da América (BSA do inglês
Boy Scouts of America) e tropas locais, e;
Considerando que reconhecemos a influência positiva
dos BSA, e;
Considerando que reconhecemos que os BSA estão permitidos a desqualificar os voluntários/líderes com base na
sexualidade, fé, e/ou sistema de crenças, e;
Considerando que uma parte significativa do seu financiamento advém do Governo Federal que, por si, tem políticas que proíbem a discriminação, e;
Considerando que as tropas dos Escoteiros locais
reúnem frequentemente em edifícios governamentais locais
ou instalações que recebem financiamento governamental e
que essa discriminação não é permitida ao abrigo destas circunstâncias mas persiste, e;
Considerando que, reconhecemos que enquanto os
BSA não fizerem uma declaração escrita relativa a este, o
porta-voz do Conselho Nacional irá defender as suas
decisões relacionadas com os ateus e homossexuais com
base na citação do Juramento do Escoteiro “para se manter
moralmente íntegro” e da Lei dos Escoteiros “Um Escoteiro
é limpo”. O Conselho Nacional cita frequentemente o seu
apoio aos “valores da família tradicional” e líderes como
“modelos de valor moral”, e;
Considerando que reconhecemos que um memorando
interno tornado público em 1978 define claramente as visões
do Conselho Nacional sobre a homossexualidade, e;
Reconhecemos que as tropas locais e os Conselhos
actuam frequentemente no que referem como “conhecimento de comunidade comum” de sexualidade ou falta de crença
em Deus para descartar os ateus, homossexuais assumidos,
crianças de pais homossexuais, bissexuais, homossexuais
celibatos e pessoas que se crêem como sendo homossexuais,
e;
Considerando que reconhecemos que esta política subaproveitada afecta líderes e participantes qualificados que
possam ser homossexuais, e os indivíduos que se identificam
com este grupo estão presentes e participam livremente nas
nossas igrejas, e;
Considerando que reconhecemos que, de acordo com a
Comissão Geral de Homens Metodistas Unidos, existem
10.880 unidades (grupos, tropas e equipas) espalhados por
6.640 igrejas Metodistas Unidas, e;
Considerando que reconhecemos que através de uma
alteração na política dos BSA, podemos ser um ministério
com mais pessoas, e;
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Comissões Independentes
Considerando que reconhecemos que se vivermos verdadeiramente com os Corações Abertos, Mentes Abertas e
Portas Abertas, devemos posicionar-nos na discriminação
quando a reconhecemos;
Por isso, fica decidido que a Conferência Geral da
Igreja Metodista Unida irá entregar uma carta aberta aos
Escoteiros da América e Congresso, apoiando uma alteração na política actual e política compreendida para reflectir um parâmetro de igualdade, para que todos possam
unir-se, participar e apoiar o trabalho a ser feito todos os
dias por este grupo. Incentivamos todas as congregações
Metodistas Unidas para que estejam em diálogo aberto com
os seus grupos locais sobre as implicações desta resolução.
Fundamentação da petição:
Os Escoteiros da América é uma grande organização
para que os jovens aprendam capacidades sociais e responsabilidades e deve estar aberta a todos os jovens independentemente da sua orientação sexual ou dos seus pais. A prática
de exclusão dos BSA não está em linha com o princípio da
IMU de estar em ministério com todas as pessoas.
R9999.
Número da petição: 20842-IC-R9999; Dowell, John,- FL,
EUA para a Associação Nacional de Presidentes de
Conferência dos Homens Metodistas Unidos.
Expandir o alcance aos Homens e Jovens
Adicionar uma nova resolução ao Livro de Resoluções
de 2012 conforme a seguir se descreve:
CONSIDERANDO QUE os membros da Igreja
Metodista Unida diminuem a cada ano desde a fusão de
1968 da Igreja Metodista com a Igreja Evangélica dos
Irmãos Unidos; e
CONSIDERANDO QUE, um inquérito da ABC revelou que apenas 32 porcento dos homens americanos frequentavam a igreja em comparação com 44 porcento de
mulheres, e que mais 13 milhões de mulheres do que homens frequentam a igreja nos EUA; e
CONSIDERANDO QUE 25 porcento das mulheres
casadas frequentam a igreja sem os seus maridos; e
CONSIDERANDO QUE um inquérito Gallup demonstra uma diminuição no interesse entre jovens com apenas 47
porcento de jovens adultos indicando que a religião é importante nas suas vidas em comparação com 75 porcento de pessoas acima dos 75 anos de idade que respondem da mesma
forma; e
CONSIDERANDO QUE apenas 10 porcento das igrejas dos EUA mantêm programas de ministério de homens
activos, e a maioria das congregações luta para encontrar formas de ministrar aos homens e alcançar a pessoas jovens:
Seja, portanto, decidido que as igrejas sejam incenti-
1297
vadas a expandir os seus ministérios a todos os homens na
igreja e na comunidade. O grupo de homens que reúne mensalmente para o estudo, culto e comunhão serve um objectivo importante, mas deve ser apenas uma parte do esforço da
igreja local em aprofundar as vidas espirituais dos homens e
para ministrar homens e jovens sem igreja, e
Seja também decidido que todas as igrejas são incentivadas a criar uma organização de Homens Metodistas
Unidos. Os pastores e superintendentes são incentivados a
utilizar DVDs, formação on-line, cursos de pregadores leigos, os serviços de especialistas em ministério de homens, e
outros recursos providenciados pela Comissão Geral de
Homens Metodistas Unidos para expandir o ministério a
todos os homens dentro e além da congregação, e
Seja também decidido que as Igrejas Metodistas Unidas
sejam incentivadas a criar tropas de Escoteiros e a adicionar
ministérios de serviço a jovens como forma de alcançar os
jovens sem igreja e como forma de ministrar a jovens dentro
das suas comunidades de fé, e
Seja também decidido que as igrejas locais incentivem
os membros a tornarem-se especialistas no ministério de
jovens como forma de expandir os seus ministérios através
das suas agências de serviço a jovens, e.
Seja também decidido que as igrejas locais sejam incentivadas a providenciar fundos para permitir que um ou mais dos
seus membros se tornem especialistas no ministério dos homens e a utilizar os serviços e recursos dos que já foram acreditados como especialistas do ministério dos homens.
R9999.
Número da petição: 20843-IC-R9999; Dowell, John,- FL,
EUA para a Associação Nacional de Presidentes de
Conferência dos Homens Metodistas Unidos.
Apoio para as Clérigas
Adicionar uma nova resolução ao Livro de Resoluções
de 2012 conforme a seguir se descreve:
CONSIDERANDO QUE as Igrejas Metodistas Unidas
nem sempre apoiaram as clérigas; e
CONSIDERANDO QUE as clérigas têm dons e graças
que enriqueceram o testemunho desta denominação; e
CONSIDERANDO QUE as clérigas apoiaram os
Homens Metodistas Unidos conforme expresso no ministério de escutismo e ministério dos homens,
Portanto, fica decidido que os homens Metodistas
Unidas sejam incentivados para dar as boas-vindas às mulheres aos púlpitos das suas igrejas, e
Fica também decidido que as clérigas são convidadas a
partilhar nos estudos e actividades dos grupos locais dos
Homens Metodistas Unidos.
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