11.5 Derivada Direcional, Vetor Gradiente e Planos
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11.5 Derivada Direcional, Vetor Gradiente e Planos
11.5 Derivada Direcional, Vetor Gradiente e Planos Tangentes Luiza Amalia Pinto Cantão Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista – UNESP [email protected] Estudos Anteriores Derivadas parciais: Taxa de variação de uma função em relação a uma variável. Ou seja, se u = i = h1, 0i, então Dif = fx, e se u = j = h0, 1i, então Djf = fy . Regra da Cadeia: Se f (x, y) é diferenciável, então a taxa com que f varia em relação a t ao longo de uma curva diferenciável x = g(t), y = h(t) é: df df dx df dy = + . dx dx dt dy dt Assim, num ponto P0 qualquer, isto é, P0(g(t0), h(t0)), a equação acima nos dá a variação de f em relação à t. Objetivo: Obter uma forma de derivação em uma direção qualquer dada por um versor u. Derivada Direcional no Plano Suposições: • f (x, y) uma função definida numa região R do plano xy. • P0(x0, y0) um ponto de R. • u = u1i + u2j um versor. • x = x0 + su1 e y = y0 + su2 são equações que parametrizam a reta que passa por P0 paralelamente a u. • s é o comprimento de arco de P0 na direção u. Assim, a taxa de variação de f em P0 na direção u calculando df /ds será: Definição: A derivada direcional de f em P0(x0, y0) na direção do versor u = u1i + u1j é o número: f (x0 + su1, y0 + su2) − f (x0, y0) df = lim ds u,P0 s→0 s desde que o limite exista. Notação: (Duf )P0 – A derivada de f em P0 na direção u. Derivada Direcional no Plano – Graficamente Taxa de variação de f na direção u no Coeficiente angular da curva C em P0 ponto P0 ao longo dessa reta. é (Duf )P0 . Derivada Direcional no Plano – Cálculos Cálculo: Considere as retas: x = x0 + su1 e y = y0 + su2 (1) passando por P0(x0, y0), parametrizada pelo comprimento de arco s, na direção u = u1i + u2j. Se f for diferenciável em P0, temos: df dx df dy df = + Regra da Cadeia ds u,P0 dx P0 ds dy P0 ds df df = u1 + u2 Derivando (1) dx P0 dy P0 df df = i+ j · [u1i + u2j] dx P0 dy P0 Gradiente de f em P0 Direção u Derivada Direcional no Plano – Definição e Teorema Definição: O vetor gradiente (gradiente) de f (x, y) no ponto P0(x0, y0) é o vetor: df df ∇f = i + j dx dy obtido por meio do cálculo das derivadas parciais de f em P0. Teorema: Se f (x, y) for diferenciável em P0(x0, y0), então: df = (∇f )P0 · u ds u,P0 o produto escalar do gradiente de f em P0 e u. Exemplo (1): Determine a derivada direcional da função f (x, y) = x2y 3 − 4y no ponto (2, −1) na direção do vetor v = 2i + 5j. Derivada Direcional no Plano – Propriedades Propriedades: Sabemos que: Duf = ∇f · u = |∇f | · |u| cos θ = |∇f | · cos θ onde θ é o ângulo entre os vetores ∇f e u (0 ≤ θ ≤ 2π). Então, se Duf = |∇f | · cos θ concluı́mos que: 1. f aumenta mais rapidamente quando cos θ = 1 ⇔ θ = 0, isto é, quando ∇f e u têm o mesmo sentido e direção (Duf = |∇f |). 2. f diminui mais rapidamente quando cos θ = −1 ⇔ θ = π, isto é, ∇f e u têm a mesma direção e sentido contrário (Duf = −|∇f |). 3. Se u é ortogonal a ∇f então Duf = |∇f | · cos(π/2) = 0, isto é, é uma direção de variação nula. Exemplo (2): (a) Se f (x, y) = x ey , determine a taxa de variação de f no ponto P (2, 0) na direção de P a Q( 12 , 2). (b) Em que direção f tem a máxima taxa de variação ? Qual é a máxima taxa de variação ? Vetor Gradiente e Reta Tangente a uma Curva de Nı́vel Suposição: f (x, y) = c ao longo da curva r = g(t)i + h(t)j (curva de nı́vel de f ). Então f (g(t), h(t)) = c. Fazendo: d d f (g(t), h(t)) = c dt dt df dg df dh + = 0 dx dt dy dt ∂f ∂f dg dh i+ j · i+ j = 0 ∂x ∂y dt dt dr = 0 ∇f · dt Portanto: ∇f é normal às curvas de nı́vel. Reta Tangente Idéia: São retas normais aos gradientes. Então a reta que passa pelo ponto (x0, y0) e normal ao vetor N = Ai + Bj tem a seguinte equação: A(x − x0) + B(y − y0) = 0 Se N = ∇f (x0, y0) então a equação será: fx(x0, y0)(x − x0) + fy (x0, y0)(y − y0) = 0 Exemplo (3): Encontre uma equação para a tangente de x2 − y = 1 no ponto √ ( 2, 1). Propriedades Algebricas do Vetor Gradiente 1. ∇(kf ) = k∇f 2. ∇(f + g) = ∇f + ∇g 3. ∇(f − g) = ∇f − ∇g 4. ∇(f g) = f ∇g + g∇f f g∇f − f ∇g 5. ∇ = g g2 Incremento e Distância R: df = f 0(P0)ds (derivada ordinária × incremento). R2: df = (∇f |P0 · u) ds (derivada direcional × incremento). Estimando a variação de f em uma direção u: Para estimar a variação do valor de f quando nos movemos ds a partir de P0 em uma direção especı́fica u, usamos: df = (∇f |P0 · u) · ds derivada direcional incremento de distância Exemplo (4): Em cerca de quanto variará f (x, y, z) = ex cos yz quando o ponto P (x, y, z) se deslocar da origem uma distância ds = 0.1 unidades na direção de 3i + 6j − 2k ? Funções de Três Variáveis • f (x, y, z) diferenciável. • u = u1i + u2j + u3k um versor. df df df • ∇f = i + j + k. dx dy dz ∂f ∂f ∂f • Duf = ∇f · u = u1 + u2 + u3 . ∂x ∂y ∂z • Duf = ∇f · u = |∇f | |u| cos θ =|∇f | cos θ Planos Tangentes e Retas Normais que passa por P0 e é normal à ∇f (P0). fx(P0)(x − x0) + fy (P0)(y − y0)+ fz (P0)(z − z0) = 0 • A reta normal à superfı́cie em P0 é a reta que passa por P0 e tem ∇f (P0) como vetor direção. Definição: • O plano tangente no ponto P0(x0, y0, z0) na superfı́cie de nı́vel f (x, y, z) = c é o plano x = x + fx(P0)t y = y + fy (P0)t z = z + fz (P0)t Plano Tangente a uma Superfı́cie z = f (x, y) Idéia: Plano tangente no ponto P0(x0y0, z0) onde z0 = f (x0, y0). Podemos escrever z = f (x, y) ⇐⇒ f (x, y) − z = 0. Assim temos uma superfı́cie de nı́vel para a função F (x, y, z) = f (x, y) − z. Então podemos obter o plano tangente à superfı́cie no ponto P0 da seguinte forma: ∂ Fx = (f (x, y) − z) = fx − 0 = fx ∂x ∂ Fy = (f (x, y) − z) = fy − 0 = fy ∂y ∂ Fz = (f (x, y) − z) = 0 − 1 = −1 ∂z A fórmula Fx(P0)(x − x0) + Fy (P0)(y − y0) + Fz (P0)(z − z0) = 0 para o plano tangente à superfı́cie de nı́vel em P0 , portanto, se reduz a fx(x0, y0)(x − x0) + fy (x0, y0)(y − y0) − (z − z0) = 0 Exemplo Exemplo (5): Encontre o plano tangente à superfı́cie z = x cos y − y ex no ponto (0, 0). Exercı́cios Propostos: George B. Thomas – Volume 2 Páginas 303 à 306; Exercı́cios: 1 à 63.
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