Grémio de Instrução e Recreio da Pampilhosa

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Grémio de Instrução e Recreio da Pampilhosa
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Segunda, 23 Março 2009 18:00 - Actualizado em Sábado, 23 Maio 2009 18:39
5 de Abril de 1906-Fundação do Teatro Grémio de Instrução e recreio (GIR), através de uma
sociedade por acções, com ampla participação de pessoas do meio local, empenhadas na
valorização cultural e no progresso da Pampilhosa. Nesse mesmo dia foi assinada, na estação
dos caminhos-de-ferro da Pampilhosa, a escritura de compra e venda de terrenos entre Paul
Bergamin e o GIR, com vista à edificação de um espaço em prol da cultura da Pampilhosa.
1912-Foi construído o edifício do Cine-Teatro da Pampilhosa, propriedade do GIR. Nos anos
seguintes passaram pelo palco deste teatro tanto grupos dramáticos de amadores como
companhias profissionais em tournée, numa presença facilitada pelo caminho-de-ferro, sendo a
Pampilhosa um ponto de paragem obrigatória, dir-se-ia.
23 de Novembro de 1924-No contexto de um novo dinamismo, um pequeno grupo de jovens,
com Joaquim Pires à cabeça, fundou a Empresa Cinematográfica Pampilhosense, que deu
início à sua actividade com a exibição regular de filmes no Cine-Teatro. O fornecimento de
energia eléctrica era feito a partir da cerâmica Mourão Teixeira Lopes & Cª.
1925-Nos primeiros meses do ano a colectividade regular da empresa ficou comprometida
pelas deficientes condições técnicas e pelos fracos resultados financeiros. Os espectáculos
cinematográficos acabaram por ser suspensos.
5 de Julho de 1925-Remodelada a sociedade inicial e adquirido novo equipamento de
projecção, foi retomada a exibição regular de cinema, com o filme “O aviso na porta”, tendo
como protagonista Norma Talmadge.
27 de Março de 1926-Em plena época do cinema mudo, e estando a rádio também em
expansão, foram realizados espectáculos com “audição musical pela telefonia sem fios”.
13 de Novembro de 1927-Foi inaugurada a grafonola “Pathé”, que proporcionava “deliciosos
números de música” durante a exibição dos filmes e nos intervalos.
20 de Janeiro de 1928-A instalação eléctrica do teatro importou em 2.721§45.
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18 de Novembro de 1928-Foi inaugurado um autopiano, para satisfazer “os desejos de há
muito manifestados pelo público”. Passou a proporcionar “magníficos números de música”.
10 de Fevereiro de 1929-Para o Carnaval a empresa organizou “grandiosos bailes de
máscaras, na plateia e no salão do teatro, com uma esplêndida orquestra”. Os bailes de
Carnaval teriam grande sucesso durante toda a década de trinta. Realizaram-se bailes também
noutras ocasiões.
17 de Novembro de 1929-Inauguração de uma nova plateia, com mais cem cadeiras.
12 de Julho de 1931-Começa a diversificar-se o fornecimento de filmes, que tinha sido
praticamente exclusivo dos filmes Castelo Lopes. A empresa da Pampilhosa passou a negociar
com outros distribuidores portugueses (Raul Lopes Freire e Companhia Cinematográfica de
Portugal).
25 de Dezembro de 1931-Estreia de uma nova solução de acompanhamento sonoro, um
aparelho reprodutor de som RCA e música especialmente adaptada que acompanhava todo o
filme.
30 de Outubro de 1932-Inauguração do cinema sonoro no Cine-Teatro da Pampilhosa –
Aparelhagem Grawor – sistema Movietone – colocando-se a empresa Cinematográfica
Pampilhosense na vanguarda da região. O primeiro “fonofilme” tinha sido apresentado em
Lisboa em 5 de Abril de 1930.
Março de 1932-Primeiras sessões de cinema no (antigo) Teatro da Mealhada.
Maio de 1933-Início do cinema sonoro na Mealhada.
Julho de 1933-Na época de Verão começou o cinema sonoro no teatro Avenida, no Luso.
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29 de Outubro de 1933-Inicia-se a exibição de filmes americanos no Cine-Teatro da
Pampilhosa. Estes filmes eram distribuídos pelas próprias firmas produtoras, entretanto
instaladas com filiais em Portugal.
17 de Fevereiro de 1935-A Empresa Cinematográfica Pampilhosense leva o cinema sonoro ao
teatro de Anadia, apresentando neste domingo o filme “O dirigível”. Estava-se numa fase de
triunfo do cinema e o pioneirismo da empresa da Pampilhosa, na transição para o sonoro,
valia-lhe agora um período dourado, com grande prestígio em toda a região.
14 de Julho de 1935-Início das épocas de cinema sonoro no casino da Cúria, o que se
repetiria até 1938, pelo menos. Da Pampilhosa era preciso transportar a cabine de projecção,
desmontável, feita em madeira e zinco, a máquina, o gerador de corrente contínua, o
amplificador, o altifalante e o ecrã.
19 de Janeiro de 1936-Inauguração do novo projector “Silent” (supressão do ruído mecânico).
1938-Aquisição de novos equipamentos (aparelhagem sonora Grawor RCA e espelho Zeiss
para projecção).
5 de Maio de 1940-A sala é cedida para um espectáculo da Legião Portuguesa.
7 de Julho de 1940-Início das épocas de cinema no casino do Luso. A actividade foi repetida
em cada Verão até 1947.
15 de Junho de 1941-espectáculo que inaugurou um moderníssimo aparelho de som
Zeiss-Ikon, de alta fidelidade.
12 de Agosto de 1947-Um ofício da Inspecção Geral dos espectáculos deixa o GIR na
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iminência de ficarem suspensos todos os espectáculos por se ter actuado uma companhia de
declamação, quando apenas existia licença para espectáculos de cinema.
18 de Janeiro de 1950-Inauguração do Cine-Teatro Messias, na Mealhada.
Março de 1957-É na sala de exposições do Cine-Teatro que, pela primeira vez na Pampilhosa,
se vê uma transmissão televisiva da RTP. Domingo Pires, a quem pertenceu a iniciativa, trouxe
um aparelho de Coimbra, sob protesto do pai, Joaquim Pires, que rapidamente percebeu que
naquela máquina estaria o grande adversário da exibição de cinema em grandes salas.
29 de Novembro de 1964-A empresa continua a querer acompanhar os progressos do
cinema, introduzindo novos sistemas de projecção, com maior potência. Depois do vista vision,
nos anos cinquenta, foi inaugurado nesta data o cinemascope, que obrigou a novas
adaptações técnicas e à instalação de um ecrã especial.
15 de Abril de 1986-A empresa decide suspender a exibição de filmes no final da temporada.
A fundamentação, registada em acta, refere as dificuldades dos últimos anos, com um aumento
dos custos de exploração (aluguer de filmes, transportes, electricidade, etc.) e uma diminuição
das receitas:”Quanto à frequência de público, está-se perante uma conjuntura desfavorável,
caracterizada essencialmente por más condições da sala de espectáculos e pela concorrência
cada vez mais severa da televisão”.
1987-Os proprietários do teatro Grémio de instrução e recreio decidem, em assembleia-geral,
abdicar dos seus direitos e formar uma associação de carácter cultural e recreativo da qual
todos pudessem ser associados, que passou a ter existência legal após a escritura pública
realizada em 27 de Fevereiro de 1987.
31 de Janeiro de 1994-Liquidação da Empresa Cinematográfica Pampilhosense.
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(estes dados foram recolhidos na exposição do Grémio de Instrução e Recreio, por ocasião do
centenário da instituição)
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