DOI: 10.4025/4cih.pphuem.316 OS CAÇADORES DE NAZISTAS

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DOI: 10.4025/4cih.pphuem.316 OS CAÇADORES DE NAZISTAS
DOI: 10.4025/4cih.pphuem.316
OS CAÇADORES DE NAZISTAS EM MARECHAL CÂNDIDO RONDON - PR
Marcos Eduardo Meinerz
Graduando do Curso de História da Unioeste
Prof. Dr.Marcos Nestor Stein
Professor do Colegiado de História da Unioeste
Após a Segunda Guerra Mundial, as notícias dos horrores do genocídio, em especial
cometidos pelos nazistas contra os judeus, culminaram na prisão e condenação de muitos
criminosos nazistas e também na perseguição àqueles que haviam conseguido escapar das
forças aliadas. Na América do Sul, países como o Brasil, Argentina, Chile e Paraguai, foram
os principais locais onde se abrigaram os fugitivos nazistas. Dentre eles, os nomes mais
conhecidos são de Martin Bormann, membro da cúpula do governo nazista, Adolf Eichmann
que era incumbido da missão de transportar os judeus até os campos de concentrações e o Dr.
Joseph Mengele, que realizou experiências com seres humanos no campo de concentração de
Auschwitz 1.
Na década de 1970 foram publicados livros de supostos caçadores de nazistas que
estiveram no Sul do Brasil, especialmente na cidade de Marechal Cândido Rondon, localizada
no Extremo Oeste do Paraná, cuja formação se deu principalmente pela fixação de
descendentes de imigrantes alemães, oriundos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em
1974, Ladislas Farago publicou o livro intitulado “Aftermath. Martin Bormann and the
Fourth Reich” 2. Nele, apresenta a suposta declaração de um morador de Rondon de que ele
seria um dos líderes de uma célula nazista e que Martin Bormann estaria refugiado ali. Em
1977, Erich Erdstein e Barbara Bean publicaram o Livro “Renascimento da Suástica no
Brasil” 3, no qual é narrada a caça à Mengele, efetuado por Erdstein.
Começaremos pela trajetória de Erich Erdstein. O livro inicia com a sua fuga da
Europa para a América um pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial. Desembarcou
no Uruguai e depois foi para a Argentina, onde passou a trabalhar numa empresa de
beneficiamento de carnes. Após oito meses voltou para o Uruguai onde, graças ao
conhecimento de várias línguas: inglesa, francesa e alemã, começou a trabalhar para a
embaixada inglesa como tradutor e mensageiro. Sua missão era [...] “misturar-me na
comunidade de língua alemã e entre os “nativos” e redigir um relatório sobre os seus
pensamentos com relação à guerra” 4. Era o inicio da sua carreira de investigador que
1020
ganhou um impulso quando o navio de guerra alemão “Graf Spee” foi atacado no estuário do
Prata por 3 navios, dois pertencentes à marinha inglesa e um da Nova Zelândia, obrigando-o a
se abrigar no porto de Montevidéu. No porto, o capitão do navio alemão conseguiu
autorização para enterrar os marinheiros mortos durante o combate. Após o afundamento da
embarcação alemã, Erdstein conseguiu autorização para exumar os cadáveres. Dentro dos
caixões, ao invés de corpos foi encontrado um arsenal de armas. Com isso, ele ganhou
prestígio e passou a atuar em várias regiões da América do Sul, investigando supostas
conspirações nazistas com o objetivo de desmantelá-las. Atuou na Argentina, no Uruguai e no
Paraguai. Em suas palavras, havia se tornado um “agente nômade, enviado para qualquer
parte onde houvesse necessidade de atingir o âmago de uma conspiração nazista.”5
Por volta de 1960, Erdstein iniciou suas perseguições aos neonazistas no Brasil.
Realizou uma série de investigações no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Paraná. Neste
Estado, na posição de agente do DOPS, Erdstein obtém informações sobre a formação de uma
célula nazista na cidade de Marechal Cândido Rondon:
Werner Wanderer, um jovem e magro advogado era o prefeito de Marechal Rondon
[...] Relatou-me que a sua cidade tinha sido tomada por um grupo de nazistas que
estava intimidando os brasileiros. Muitos habitantes tinham se queixado a Wanderer,
porém ele não sabia de que maneira poderia controlar a situação [...] Após eu ter
feito algumas perguntas concordei em passar alguns dias na cidade, a fim de
investigar a situação. 6
Ao chegar à cidade, Erdstein começa a investigar quem eram os envolvidos com o
suposto movimento nazista: [...]o chefe era o Dr. Seyboth, médico, e a sua mulher Ingrun;
Herbert von Gaza, dono da loja de material fotográfico; e Franz Wenzler7.Um dos primeiros
interrogados é Von Seyboth e sua mulher Ingrun:
Interroguei-os a respeito das suas atividades políticas, e perguntei-lhes se eram
membros do partido nazista, fato que não hesitaram em confirmar.
Seyboth pousou em mim os olhos grotescamente aumentados pelos óculos de lentes
fortes e aros de metal.
- O senhor é alemão, não é... austríaco?... muito bem, deveria estar a nosso favor.
Não consigo entender o porquê da sua preocupação. Sua pátria faz parte da Gross
Deutschland. Somos pessoas superiores e temos o direito de governar aqui 8.
E assim se dá também com Herbert von Gaza e Franz Wenzler. Mas as respostas
sempre eram as mesmas:”[...] Não cometemos nada que fosse ilegal. Deveria nos ajudar e
não nos ameaçar. O senhor é um tolo9
Em uma conversa com o prefeito da cidade, Werner Wanderer, Erdstein comenta
sobre a conduta do delegado da cidade, Márcio Sarraceno Lemos Pinto:
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Dei-lhe minha opinião sobre a inteligência de Pinto, e que não ficaria surpreso se
soubesse que, com freqüência, alguém lhe passa alguns cruzeiros para que olhasse
noutra direção [...] Os nazistas não podiam desejar um delegado melhor. 10
Erdstein apresenta a cidade como se ela estivesse sob o controle dos nazistas. O
prefeito e os policias nada podiam ou queriam fazer. O único que poderia resolver esta
situação seria o próprio Erdstein. É este o tom da seqüência da narrativa, com vários episódios
sobre troca de tiros e perseguições noturnas em Marechal Cândido Rondon. Uma delas
acontece quando, após ter interrogado Wenzler em sua residência, Erdstein percebe que os
pneus de seu carro haviam sido furados, tendo que voltar a pé para o hotel em que estava
hospedado em plena noite, juntamente com Móises Rabinowitz, um jovem repórter do diário
paulista Jornal da Tarde, que o acompanhava.
A cidade estava envolta num silêncio mortal. Ao dobrarmos a esquina, escutei um
barulho (...). Era o cantar de rodas de bicicletas, e quando me virei na direção de
onde vinha o ruído, cinco ciclistas surgiram das trevas (...) Os homens de meia-idade
que ocupavam as bicicletas lançavam sombras na escuridão (...) e um deles
exclamou:
- Não vão conseguir sair daqui. Sabemos como lidar com comunistas!
(...) Os dois homens que seguiam à frente desmontaram e encostaram as bicicletas
contra uma árvore. Deram meia-volta e começaram a caminhar de volta na nossa
direção. Saquei a arma.
Mirei para seus pés e disparei contra o chão por diversas vezes. Diante daquilo, os
homens deram uma volta e correram para o meio da escuridão da noite,
desaparecendo em poucos segundos 11.
Ao interrogar todos os suspeitos de Marechal Cândido Rondon, Erdstein convencido
que ali havia uma conspiração entre alguns de seus moradores para a criação de um IV Reich,
viaja até Curitiba para conseguir mandatos de prisão para os nazistas da cidade. Ao voltar,
com os mandatos, Erdstein relata que todos os “nazistas” já haviam deixado a localidade.
Duas semanas mais tarde, eu estava de volta a Marechal Rondon com os mandatos
de prisão para todos os integrantes do grupo nazista na cidade. Pinto, com o rosto
mais comprido e mais aborrecido ainda por me ver novamente, cumprimentou-me
com más notícias.
- Dr. Erich, todos eles se foram. Von Seyboth e a mulher, Von Gaza, Isenberg e
Wenzler. Deixaram tudo para trás e fugiram. 12
Mesmo assim, Erdstein considera seu dever cumprido, pois mais uma vez, como nas
outras cidades do Brasil e em outros países da América do Sul, acabou com as conspirações
para a formação de um novo Reich. Sua missão passa a ser capturar Josef Mengele, que
estaria escondido na região.
A narrativa tem seu desfecho na fronteira do Brasil com o Paraguai, onde Erdstein
captura Mengele quando o mesmo tenta cruzar a fronteira abordo do uma embarcação
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denominada “Lambari”. Erdstein então, tenta levar Mengele para a Argentina, mais ao final
do percurso ele é interceptado pela marinha paraguaia. Nesse momento Mengele consegue
escapar de Erdstein e “[...] disparara rumo à liberdade, a segurança.”
13
Erdstein, em
seguida consegue alvejar Mengele, cujo [...] corpo estremeceu violentamente e caiu da
barcaça, de cabeça dentro da água. Seus pés ficaram presos em algumas cordas que estavam
no deck; ficou dependurado com a cabeça tocando a água
14
. Os integrantes da marinha
paraguaia ficaram acuados com os disparos e, com a aproximação de uma embarcação da
marinha argentina, retiram o corpo de Mengele da água e fogem15.
Em 1974 foi publicado o livro Aftermath. Martin Bormann and the Fourth Reich,
(Consequências. Martin Bormann e o Quarto Reino) de Ladislas Farago, escritor húngaro
radicado nos Estados Unidos da América. Com 479 páginas, o livro alcançou grande
vendagem
chegando
a
ser
publicado
em
língua
alemã,
sob
o
título
de
Scheintot16(Aparentemente Morto), além de, em 1975, ser publicada a segunda edição, sob o
título Aftermath. The Most Daring Manhunt of our Time. The final Search for Martin
Bormann ( Consequências. A Mais Ousada Perseguição do Nosso Tempo. A Busca Final de
Martin Bormann). 17
Essa edição se diferenciava por ser em formato menor e por levar na capa a foto que
sugere Gasa ser Martin Bormann escondido nas florestas do oeste paranaense:
1023
Fonte: FARAGO, Ladislas. Aftermath. The Most of our Time. The Final Search for Martin
Bormann. 2.ª ed. New York: Simon and Schuster, 1975.
Além disso, na página 228 da primeira edição observa-se a fotografia em que
aparecem Gasa e Seyboth:
Fonte: FARAGO, Ladislas. Martin Bormann and the Fourth Reich. New York: Simon and Schuster.
1974. p. 228.
Semelhante a Erdstein, Farago também apresenta-se como “caçador de nazistas”,
dedicando-se a procurar alemães acusados de terem cometido crimes durante a Segunda
Guerra Mundial. No caso, descreve suas investigações em busca do paradeiro de Martin
Bormann na America do Sul.
No capítulo intitulado The Pursuit of a Shadow 18( A Perseguição de uma Sombra) o
autor narra suas investigações em Marechal Cândido Rondon, afirmando que a referida
cidade era o “centro do neonazismo”, local de refúgio de criminosos de guerra nazistas.
O centro do neonazismo era a cidade de Marechal Cândido Rondon, nome de um
herói militar brasileiro, agora infestada por alguns dos mais viciosos e velhacos
espécimes de uma era que nós pensávamos ter passado e um regime que nós
gostaríamos de acreditar termos erradicado. 19
Entre os refugiados que estavam em Marechal Cândido Rondon, Farago descreve que
se encontrou com um indivíduo que, no período da Segunda Guerra Mundial, desempenhou
na Alemanha a função de médico da Luftwaffe - Força Aérea Alemã - tendo participado das
1024
experiências médicas, [...] em que os internos dos campos de concentração foram usados
como cobaias. 20
Mais adiante, apresenta o nome de Ingrun Klagges, a mulher do médico da cidade e
filha de Dietrich Klagges, “o primeiro nazista a apossar-se do poder em um Estado,
Braunschweig”21, e que possibilitou Hitler, um cidadão austríaco, a participar da política
alemã e concorrer para a presidência contra Hindenburg, no Parlamento alemão.
O autor também cita um fragmento da conversa que teve com Ingrun Klagges, [...]
conhecida como a Primeira Dama do Nazismo da América do Sul 22. Ela, ao lembrar de Hitler
afirmou que: Ele amava crianças, ela conta, ‘e eu, uma pequena garota, era sua favorita.
Meu Deus’, ela acrescenta, seus olhos brilhavam como que acalentando as memórias, ‘como
era maravilhoso quando me pegava no colo e me acariciava afetuosamente, nosso Führer, o
grande homem da história’23.
Além do casal Seyboth, Farago relaciona o nome de “Herbert von Gaza”, apresentado
como físico nuclear que vivia uma “monótona vida de oculista” e morava numa “grande
fortaleza”. “Gaza” seria o “cérebro”, o chefe de um movimento neo-nazista denominado
“Ultras”. Herbert von Gaza é ambos, o ideólogo e o testa de ferro do nazismo nesta parte da
América do Sul24. Da mesma forma que Ingrun, Gasa também teria concedido uma entrevista
para Farago.
(...)Ele falou livremente e sinceramente, admitindo a existência dos Ultras, e
admitindo que ainda tem em bom estado o uniforme da SS usado na guerra pela
Alemanha Nazista. Eu o convidei para posar para uma fotografia, mas ele recusou
com um perplexo sorriso. “É cedo demais”, ele disse em voz baixa, deixando-me
com uma dúvida, se ele estava se referindo ao tempo daquele dia – era dez horas da
manhã – ou se para a fase da evolução do seu movimento. 25
No final do livro temos a relação dos nomes das pessoas que contribuíram com
informações, entre eles o de Erich Erdstein. Gasa e Seyboth encaminharam várias cartas aos
editores contestando a veracidade das informações dos livros.
Além disso, ambos
concederam entrevistas em órgãos de imprensa regionais. Seyboth, em entrevista concedida
ao jornal Rondon Hoje, de junho de 1978, relatou que era filho de imigrantes alemães e que
nascera em 13 de junho de 1919 no município de Estrela, Rio Grande do Sul. Aos 6 anos de
idade foi para a Alemanha. Em 1939 ingressou na faculdade de Medicina em Berlim, onde
conheceu sua futura esposa Ingrun, sendo que, em 1940, entrou na Academia Médica da
aeronáutica. Com a eclosão da guerra, foi enviado para o Norte da África, destacado para o
corpo médico, sob o comando do marechal Rommel. De volta para a Alemanha, serviu como
médico na região de Hamburgo, onde ao final da guerra foi aprisionado pelas forças aliadas,
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sendo posteriormente libertado. Retornou ao Brasil em 1949, juntamente com seus dois filhos
e sua esposa Ingrun. 26
Ingrun Seyboth, natural de Wilster, norte da Alemanha, em entrevista concedida a
revista Oeste, confirmou que foi seu pai, Dieter Klagges quem concedeu a nacionalidade
alemã ao austríaco Adolf Hitler para que este pudesse concorrer á presidência da Alemanha.
Em 1949, juntamente com o marido, Friedrich Rupprecht Seyboth e os dois filhos, veio para o
Brasil e, em 1953, fixou-se em Marechal Cândido Rondon.27
Heribert Hans Joachim Gasa, em entrevistas concedidas ao jornal Rondon Hoje e à
revista Circus, também narrou sua participação na Segunda Guerra Mundial - como motorista
de caminhão e depois como integrante de um grupo de para-quedistas da força áerea alemã - e
os motivos que o levaram à vir para o Brasil. De acordo com ele, [...] no final da década de
50, pensava em emigrar para a Austrália, mas acabou vindo para Rondon: ‘Eu era amigo do
irmão da esposa do Dr. Seyboth. Nessa época ela esteve na Alemanha, e quando soube que
eu pretendia ir para a Austrália, sugeriu que viesse para o Brasil.’28
Uma das causas que levantou suspeitas de ser “agente nazista” foi a forma como
edificou sua casa. Além das características externas, como as grossas paredes de tijolos, a
existência de um espaço subterrâneo levou o agente e Farago a concluírem que se tratava de
um esconderijo para os fugitivos nazistas.
Sobre a arquitetura da casa Gasa afirmou que:
Eu comecei a construi-la em 1965. Ela foi feita no eixo leste-oeste justamente
porque aqui é muito quente no verão, e deste jeito, o sol esquenta mais o teto e não
só uma das paredes, como a maioria das casas aqui (...) Pode-se dizer que minha
casa é uma micelânia de culturas. Há traços gregos, germânicos, italianos, astecas,
entre outros. Inclusive ha algum tempo atrás a interpretação errônea de algumas
figuras de minha casa trouxeram-me incômodo. Uma jornalista do Zero Hora (
Glorinha Glock) cismou que a figura da águia que está em cima da lareira na sala
onde era o café colonial era um símbolo nazista( na verdade é um símbolo asteca e
nada tem a ver com a águia-símbolo do nazismo). Outro fato curioso com a mesma
jornalista aconteceu quando ela avistou uma fotografia do Mal. Cândido Mariano da
Silva Rondon que tenho pendurada em uma das paredes, ela pensou que fosse algum
29
general nazista.
Percebe-se, portanto, que esta interpretação da cidade, no caso o aspecto arquitetônico
e a decoração interna da residência de Gasa, não foi mérito somente de Erdstein, tampouco
ficou restrita às décadas de 60 e 70. Mas, sobretudo, trata-se de discursos que circulam,
encontrando espaço junto à mídia em outros momentos, como foi o caso da reportagem
publicada no jornal Zero Hora no ano de 1995. Tais discursos encontram sustentação, ou
“condições de produção” através de leituras sobre o contexto histórico do município e na
1026
biografia de alguns de seus moradores. Trata-se, nos dois livros, de deduções baseadas,
principalmente, no fato de Marechal Cândido Rondon ser formado basicamente por
descendentes de imigrantes alemães, o que seria um ótimo esconderijo para os fujitivos
nazistas, e no fato de alguns de seus moradores term participado como combatentes no
exército nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
NOTAS
1
Adolf Eichmann foi capturado e preso no fim de 1960 em um subúrbio de Buenos Aires por uma equipe de
agentes secretos israelitas. Foi condenado e julgado, num tribunal em Jerusalém, e enforcado em 31 de maio de
1962. Os restos mortais de Martin Bormann, por sua vez, foram encontrados em Berlim por escavadores, em
1972. Em abril de 1998 foi realizado o teste de DNA na ossada, que confirmou serem de Bormann, que morrera
no final da Segunda Guerra Mundial. Joseph Mengele morreu afogado em 1979, na cidade de Bertioga, litoral do
Estado de São Paulo. Depois de exames feitos em sua ossada, foi comprovado que era realmente o “Anjo da
Morte”. STEIN, Marcos Nestor. A construçao do discurso da germanidade em Marechal Cândido Rondon
(1946-1996). Dissertação (Mestrado em História), Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2000.
2
FARAGO, Ladislas. Aftermath. The Most Daring Manhunt of our Time. The Final Search for Martin
Bormann. 2º edição. New York: Simon and Schuster, 1975.
3
ERDSTEIN. Erich e Bean, Bárbara. Renascimento da Suástica no Brasil. São Paulo: Circulo do Livro S.A.
1977.
4
Ibidem. p. 25.
5
Ibidem p. 37.
6
Ibidem. p. 150.
7
Ibidem. p. 152.
8
Ibidem. p. 156.
9
Ibidem. p. 159.
10
Ibidem, p. 153.
11
Ibidem. p. 159.
12
Erdstein, 1977. p. 163.
13
Ibidem p. 194.
14
Ibidem p. 195.
15
Ibidem. p. 195.
16
FARAGO, Ladislas. Scheintot. Hamburg: Hoffmann and Kampner Verlag. 1975.
17
FARAGO, Ladislas. Op. Cit.
18
Ibidem. p. 75.
19
Ibidem. p. 75.
20
Ibidem. p.76.
21
Ibidem.
22
Ibidem. p.76.
23
‘He loved children’, she told me, ‘and I, a little girl then, was his favorite. My God’, she added, her eyes
brightening with cherished memories, ‘how wonderful it was when he had me on his knees and petted me fondly,
our Führer, the greatest man in all history’. Tradução de Marcos Nestor Stein. Ver: STEIN, Marcos Nestor. Op.
Cit.
24
Ibidem. p. 77.
25
(...) He spoke freely and candidly, admitting the existence of his Ultras, even conceding that he still had in
fairly good repair the SS uniform he used to wear back in Nazi Germay. I asked him to pose for a picture
wearing it, but he declined with a bemused smile. ‘It’s too early,’ he said in a low voice, leaving me to wonder
whether he was referring to the time of day – it was ten o’clock in the morning – or to the stage in the evolution
of his movement. Idem ibidem. Tradução de Marcos Nestor Stein. Gasa informou a Stein, que jamais fora
procurado por Ladislas Farago e tampouco concedera a entrevista. Ver: STEIN, Marcos Nestor. Op. Cit.
26
SEYBOTH, Friedrich Rupprecht. Entrevista. Bormann Mora em Rondon? In: Jornal RONDON HOJE.
Marechal Cândido Rondon: n.º 42, de 10 a 17 de junho de 1978. p. 13 e14.
27
SEYBOTH, Ingrun. Entrevista: Recordações do III Reich. In: Revista OESTE. Cascavel: n.º 81. Abril de
1993. p. 07-10.
1027
28
GASA, Heribert H. J. Entrevista: Enfrentou os Russos e Filou Cigarros dos Ingleses. In: Jornal RONDON
HOJE. Marechal Cândido Rondon: n.º 38. 13 a 20 de maio de 1978. p. 03.
29
GASA, Heribert H. J. Entrevista In: Revista CIRCUS, Op Cit. p. 05 e 06. A Jornalista em questão é Clarinha
Glock, e a matéria foi vinculada, sob o titulo Saudosistas veneram ditador alemão, no jornal ZERO HORA.
Porto Alegre: 31 de julho de 1995. p. 50.