MITO GREGO SOBRE A ORIGEM DO MAL: A CAIXA DE PANDORA

Transcrição

MITO GREGO SOBRE A ORIGEM DO MAL: A CAIXA DE PANDORA
COLÉGIO ESTADUAL YVONE PIMENTEL
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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MITO GREGO SOBRE A ORIGEM DO MAL: A CAIXA DE PANDORA
Hefesto fez uma mulher belíssima chamada Pandora e a apresentou a Zeus antes de ela descer à
superfície da Terra. Zeus, admirado com a obra de Hefesto, despachou Pandora para a Terra, mas antes
lhe deu uma grande e belíssima caixa de marfim ornamentada fechada e também lhe deu a chave,
dizendo-lhe: “Quando você se casar, ofereça esta caixa como dote ao seu marido, mas a caixa só pode ser
aberta após seu casamento”.
Em pouco tempo, Pandora conheceu Epimeteu, irmão mais novo de Prometeu e logo se casaram.
Epimeteu viajava constantemente e, certa vez, ficou muito tempo longe de casa. Pandora sentia-se só e
triste. Lembrou-se da caixa e foi até o canto onde estava guardada e começou a examiná-la curiosamente.
Enquanto observava os lindos detalhes e adornos externos, Pandora pareceu ouvir pequenas vozes
gritando lá de dentro e dizendo: “Deixe-nos sair! ... Deixe-nos sair...”. Pandora não podia esperar mais. Foi
correndo buscar a chave e imediatamente abriu a tampa da caixa. Para sua grande surpresa centenas de
pequeninas e monstruosas criaturas, parecendo terríveis insetos, saíram voando lá de dentro, com um
zumbido assustador. Logo a nuvem desses insetos cobriu o sol, e o dia ficou escuro e cinzento.
Apavorada, Pandora fechou a caixa e sentou-se sobre a tampa. Ela estava tendo toda a espécie de
sentimentos e pensamentos sombrios e odiosos que nunca tivera antes. Sentiu raiva de si mesma por ter
aberto a caixa. Sentiu uma grande onda de ciúme de Epimeteu. Sentiu-se raivosa e irritada. Percebeu que
estava doente de corpo e de alma. Súbito pareceu-lhe ouvir outra voz gritando de dentro da caixa:
“Liberte-me! Deixe-me sair daqui!”. Pandora respondeu rispidamente: “Nunca! Você não sairá ! Já fiz
tolice demais em abrir essa caixa!” Mas a voz prosseguiu de dentro da caixa: “Deixe-me sair, Pandora! Só
eu posso ajudá-la!” Pandora hesitou, mas a voz era tão doce, e ela se sentia tão só e desesperada,que
resolveu abrir a caixa. De lá de dentro saiu uma pequena fada, com asinhas verdes e luminosas que
clarearam um pouco aquele quarto escuro, aliviando a atmosfera que se tornara pesada e opressiva. “Eu
sou a Esperança”, disse a fada. E prosseguiu: “Você fez uma coisa terrível, Pandora! Libertou todos os
males do mundo: egoísmo, crueldade, inveja, ciúme, ódio, intriga, ambição, desespero, tristeza, violência
e todas as outras coisas que causam miséria e infelicidade. Zeus prendeu todos esses males nessa caixa e
deu a você e a seu marido. Ele sabia que você iria, um dia, abrir essa caixa. Essa é a vingança de Zeus
contra Prometeu e todos os homens, por terem roubado o fogo dos deuses! Chorando copiosamente,
Pandora disse: “Que coisa terrível eu fiz! Como poderemos pegar todos esses males e prendê-los
novamente na caixa?” “Você nunca poderá fazer isso Pandora!” Respondeu tristemente a fada da
Esperança. “Eles já estão todos espalhados pelo mundo e não podem mais ser presos!” “Mas há algo que
pode ser feito: Zeus enviou-me também, junto com esses males, para dar esperança aos sofredores, e eu
estarei sempre com eles, para lembrar-lhes que seu sofrimento é passageiro e que sempre haverá um
novo amanhã !”