alfanews 2012 1-3
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ALFANEWS Informativo do Projeto ALFA Fertilização Assistida | Volume 1 | Número 3 | Ano 2012 A L FA 7 e 8 de dezembro Hotel Maksoud Plaza São Paulo XVII SPIC simpósio paulista de infertilidade conjugal PÓS-GRADUAÇÃO | 2013 Em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida (lato sensu) PÚBLICO ALVO | Médicos ginecologistas e urologistas CARGA HORÁRIA | Aulas teóricas - 240 horas | Estágio prático - 120 horas | Três dias por mês – período integral (quinta à sábado) DURAÇÃO | Dez meses (incluindo entrega da monografia) INÍCIO DO CURSO | Março de 2013 INSCRIÇÕES | Até dezembro de 2012 ou completarem as vagas www.spmr.com.br Va lim ga ita s da s ! HORÁRIO (11) 3515-7880 | [email protected] Newton Eduardo Busso | EDITORIAL A reprodução assistida é o método mais efetivo no tratamento dos casais inférteis, em alguns casos, o único possível. No Brasil, ela foi introduzida em 1982 e hoje conta com grande número de clínicas cujo aparato tecnológico e profissional é igual aos dos melhores Centros de Medicina do mundo. Apesar da fantástica realidade quanto à qualidade e à quantidade de clínicas que oferecem tais serviços no Brasil, uma pequena parcela de “afortunados” casais inférteis desfrutam desse tratamento. O serviço público também oferece o procedimento, mas é quase inexpressiva a quantidade de ciclos de tratamento realizados. Já a Medicina de Grupo não o faz, simplesmente porque não está incluído no rol de procedimentos obrigatórios determinados pela Agência Naciona de Saúde (ANS). Grande parte dos países desenvolvidos colocam a reprodução assistida entre os tratamentos que tem amparo governamental e, na América Latina, nossos vizinhos Chile e Argentina (veja mais informações, página 6) já a consideram tratamento obrigatório a todos que necessitem, tanto na rede pública, quanto na Medicina de Grupo. Não há dúvidas quanto à classificação da infertilidade conjugal como doença. Então, por que a ANS o exclui de seu rol de procedimentos, remetendo-o ao mesmo nível dos tratamentos não reconhecidos pela ciência, procedimentos não éticos, cirurgias experimentais etc? Essa reflexão, dentre outras, é o principal foco do Fórum de Debates “Reprodução Assistida: como ampliar o acesso?" O Fórum É expressamente proibido reproduzir quaisquer matérias ou imagens desta revista, total ou parcialmente, sem a autorização por escrito de seu editor. A responsabilidade sobre os conceitos e opiniões emitidos nos artigos e nas propagandas é exclusiva de seus autores e anunciantes. Capa | convention bureau Fotos e ilustrações | Ingimage de Debates será aberto ao público e acontecerá no XVII Simpósio Paulista de Infertilidade Conjugal, Hotel Maksoud Plaza, São Paulo, sábado, 8 de dezembro de 2012, das 8h00 às 10h00. Venha, participe, contamos com sua presença! Grupo ALFA PROJETO ALFA FERTILIZAÇÃO ASSISTIDA S/A. Av. Cincinato Braga, 37, 12o andar | CEP 01333-011 | São Paulo-SP | Tel. (11) 3515-9999 | www.projetoalfa.com.br COMITÊ EXECUTIVO Elvio Tognotti • Jonathas Borges Soares • Nelson Antunes Júnior • Newton Eduardo Busso • Sidney Glina CALABORADORES Cristiano Eduardo Busso • Leopoldo Oliveira Tso • Luciana Leis • Márcia Wirth • Oscar Barbosa Duarte Filho • Rodrigo Romano ALFANEWS É ÓRGÃO INFORMATIVO DO PROJETO ALFA FERTILIZAÇÃO ASSISTIDA S/A. Editor Newton Eduardo Busso | [email protected] PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Josimar Silvestre Tanaka | [email protected] JORNALISTA RESPONSÁVEL Josimar Silvestre Tanaka | [email protected] GRÁFICA Prol Gráfica TIRAGEM 2.000 exemplares alfanews volume 1 número 3 ano 2012 3 3 5 8 Informativo da SPMR Simpósio Paulista de Infertilidade Conjugal Fórum de Debates – Reprodução Assistida: como ampliar o acesso? Artigos ALFA Benefícios da deflagração da maturidade oocitária final com agonista do GnRH em fertilização in vitro 10 Leitura Dinâmica Uso racional das técnicas de criopreservação e cultura prolongada de embriões em casais com bom prognóstico Artigos Comentados Papel da Progesterona na Prevenção do Trabalho de Parto Prematuro Prevenção de aborto em ciclos de Reprodução Assistida 10 EDITORIAL 6 Índice Notícias do Grupo ALFA Grupo ALFA foi a San Diego Agenda de eventos | 2012 | 2013 15 | nov | 2012 25o Congresso Brasileiro de Reprodução Humana São Paulo - SP 07 | dez | 2012 XVII Simpósio Paulista de Infertilidade Conjugal São Paulo - SP 07 | mar | 2013 ESRHE | ASRM Bahamas - EUA 13 | mar | 2013 15th World Congress on Human Reproduction Veneza - Itália 04 | abr | 2013 5o Congresso Internacional do Instituto Valenciano de Infertilidade Sevilha - Espanha 07 | jul | 2013 29o Encontro Anual da ESHRE Londres - Inglaterra 21 | ago | 2013 17o Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida Bonito 21 a 24 de agosto de 2013 Bonito - MS 12 | out | 2013 IFFS/ASRM 2013 Boston - EUA 4 alfanews volume 1 número 3 ano 2012 LEITUR A DINÂMIC A | Rodrigo Sabato Romano Uso racional das técnicas de criopreservação e cultura prolongada de embriões em casais com bom prognóstico os últimos anos, o congelamento lento de embriões N Seguindo este protocolo, na maioria dos casos, teremos está sendo substituído pela técnica de vitrificação, apenas o congelamento de oócitos que possui destinação mesmo nos estágios de clivagem. mais versátil e taxas adequadas após a desvitrificação e ICSI. vel que o congelamento lento deixe de ser rotina na maioria Uma outra opção para casais de bom prognóstico é a mani- dos laboratórios de fertilização in vitro. Esta tendência gera pulação de todos os oócitos maduros e cultura de embriões um impacto nos custos, devido aos insumos necessários para o estágio de blastocisto. Devido à eficiência, rapidez e facilidade técnica, é prová- Cultura Prolongada para técnica de vitrificação, ou seja, o custo para congelar Recentes avanços na compreensão da fisiologia e dinâmi- embriões em fase de clivagem passa a ser semelhante ao da ca dos embriões humanos levaram ao desenvolvimento de vitrificação de oócitos e blastocistos. Além disso, os proble- meios e incubadoras capazes de produzir blastocistos com mas com o congelamento ainda envolvem a legislação so- maior consistência. bre o descarte de embriões, desinteresse dos casais, inadimplência e problemas cada vez mais frequentes gerados pela Vantagens da cultura prolongada instabilidade dos relacionamentos conjugais. Este cenário associado aos bons resultados obtidos com a desvitrificação de oócitos e blastocistos nos leva a questionar o congelamento de muitos embriões na fase de clivagem e propor as seguintes condutas: Pacientes com bom prognóstico e espermatozoides colhidos por masturbação ou PESA 1. Expor à fertilização até 3 M2 e vitrificar oócitos excedentes 2. Se fator tuboperitoneal ou ovulatório, realizar FIV; se fator masculino, ISCA ou falha de IIU, realizar ICSI. 3. Transferência de 1 ou 2 embriões em D3, se 3 embriões, transferir os 2 de melhor qualidade e manter o restante em cultura prolongada. 4. Se blastocistos viáveis, vitrificar. 1. Maior taxa de implantação 2. Menor número de embriões transferidos 3. Oportunidade de selecionar os embriões mais viáveis para a transferência 4. Possibilidade de realizar o Diagnóstico Genético Préimplantação (PGD) com maior especificidade A transferência de blastocisto produz uma taxa de nascidos vivos significativamente maior em pacientes com bom prognóstico. Alta taxa de implantação e maior incidência de gêmeos monozigóticos deve ser considerada na escolha do número de blastocistos a serem transferidos. Os excedentes serão vitrificados evitando o grande número de embriões da fase de clivagem. Cultura prolongada e SHO Pacientes com bom prognóstico e espermatozoides colhidos por PESA 1. Realizar ICSI em até 4 M2 e vitrificar oócitos excedentes A cultura prolongada também pode ser uma ótima opção para o médico definir se a paciente deve ou não receber os embriões. A SHO precoce pode ser melhor avaliada, pois na maioria das vezes ainda não se manifestou na fase de clivagem embrionária (D2 ou D3). Caso o médico decida transfe- 2. Transferência de 1 ou 2 embriões em D3; se três ou quatro embriões, transferir os dois melhores e manter os restantes em cultura prolongada. rir, considerar a SET (single embryo transfer) para minimizar 3. Se blastocistos viáveis, vitrificar. dos custos de criopreservação, o manejo do material biológi- riscos da SHO tardia. Portanto, com a evolução das técnicas e com a mudança co de casais com bom prognóstico deve ser repensado. alfanews volume 1 número 3 ano 2012 5 INFORMATIVO DA SPMR REALIZAÇÃO Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva 7 e 8 dezembro 2012 Hotel Maksoud Plaza São Paulo CONVIDADOS INTERNACIONAL BASIL TARLATZIS – Grécia • Diretor do Depto. de Obstetrícia e Ginecologia da Aristotle University of Thessaloniki • Ex-presidente da International Federation of Fertility Societies (IFFS) DAVID KEEFE – EUA • Diretor do Depto. de Obstetrícia e Ginecologia do Centro Médico de Nova Iorque – University Langone PAUL DEVROEY – Bélgica • Phd, pesquisador e professor especializado em Reprodução Humana • Diretor do Centro de Medicina Reprodutiva do Hospital Universitário da Vrije Universiteit Brussel • Pioneiro na técnica de ICSI SERGIO PAPIER – Argentina • Presidente da SAMER - Sociedade Argentina de Medicina Reprodutiva • Diretor Médico da Clínica CEGYR - Medicina Reprodutiva O XVII SPIC – Simpósio Paulista de Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida é destinado aos especialistas da área da medicina reprodutiva e a programação científica foi elaborada seguindo o molde dos eventos anteriores, ou seja, a tônica será a interatividade, discussão e debates absolutamente informais e sobre temas relevantes procurando explorar o conhecimento e a experiência de cada um. As Conferências serão proferidas somente pelos convidados internacionais, comentadas por renomados professores nacionais. Este ano, teremos também em nossa programação o “Workshop de PDG”. Junte-se a nós para discutirmos como a tecnologia de laser pode beneficiar aplicações clínicas em reprodução assistida, como a eclosão assistida (hatching); a vitrificação de embriões e a biópsia de blastômero e trofectoderma para Diagnóstico Genético Pré-implantacional (PGD), e participe de discussões com especialistas em genética e reprodução assistida. Atividade Especial | Aberta ao Público Fórum de Debates PRESIDENTE Nelson Antunes Jr. COORDENAÇÃO Élvio Tognotti Jonathas Borges Soares Nelson Antunes Jr. Newton Eduardo Busso Sidney Glina COMISSÃO ORGANIZADORA Cristiano Eduardo Busso Leopoldo de Oliveira Tso Oscar Barbosa Duarte Filho Rodrigo S. Romano 8 de dezembro de 2012 Sábado | das 8h00 às 10h00 Reprodução Assistida: como ampliar o acesso? Sigamos o exemplo de “nuestros hermanos” A experiência argentina... Em junho deste ano, a Argentina aprovou uma lei que prevê que tanto o sistema público de saúde quanto os planos privados terão de cobrir os custos de todos os tratamentos de infertilidade, definidos pela Organização Mundial da Saúde como de Reprodução Humana Assistida. O acesso gratuito envolve tanto tratamentos de baixa complexidade, como indução da ovulação, como de alta, a exemplo da fertilização in vitro com o emprego de óvulos doados. Cobre também os custos de diagnóstico, medicamentos e terapias de apoio, de acordo com critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde portenho. Casais do mesmo sexo, no caso de mulheres, também poderão usufruir do benefício. Este tema será objeto de debate no Fórum “Reprodução Assistida: como ampliar o acesso?” Participe! LEY DE COBERTURA NACIONAL ARGENTINA • Artículo 1°.- Objeto. La presente ley tiene por objeto garantizar el acceso integral a los tratamientos médico-asistenciales de Reproducción Médicamente Asistida. • Artículo 2°.- Definición. A los efectos de la presente ley, se entiende por Reproducción Médicamente Asistida a los tratamientos o procedimientos realizados con asistencia médica para la consecución de un embarazo. Quedan comprendidas las técnicas de baja a alta complejidad, que incluyan o no la donación de gametos y/o embriones. La Autoridad de Aplicación deberá establecer cuales técnicas y procedimientos serán habilitados a tal fin, e incluir progresivamente nuevas técnicas desarrolladas por los avances técnicos científicos. • Artículo 3°.- Autoridad de Aplicación. Será la autoridad de aplicación de la presente ley el Ministerio de Salud de la Nación. • Artículo 4°.- Registro. Crease, en el ámbito del Ministerio de Salud, un registro único en el que deben estar inscriptos todos aquellos establecimientos sanitarios habilitados que realizan tratamientos de Reproducción Médicamente Asistida. Quedan incluidos los establecimientos médicos en donde funcionen bancos receptores de gametos y/o embriones. • Artículo 5°.- Requisitos. Los tratamientos de Reproducción Médicamente Asistida sólo pueden realizarse en los establecimientos sanitarios habilitados que cumplan con los requisitos que determine la autoridad de aplicación • Artículo 6°.- Funciones. El Ministerio de Salud de la Nación, sin perjuicio de sus funciones como autoridad de aplicación y para llevar a cabo el objeto de la presente, deberá: a) Arbitrar las medidas necesarias para asegurar el derecho al acceso igualitario de todos los beneficiarios a las prácticas normadas por la presente, publicando la lista de centros de referencia públicos y privados habilitados distribuidos en todo el territorio nacional, con miras a facilitar el acceso a las mismas de la población. b) Efectuar campañas de información a fin de promover los cuidados de la fertilidad en mujeres y en varones. ARTIGOS ALFA | Carlos Glenny Valente Pó Benefícios da deflagração da maturidade oocitária final com agonista do GnRH em fertilização in vitro Resumo do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Projeto ALFA, para obtenção do título de Pós-Graduação Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida em 2012 Aluno: Carlos Glenny Valente Pó – Orientador: Elvio Tognotti Introdução: A síndrome de hiperestímulo ova- associada a menores taxas de gestação O mecanismo artificial para deflagrar riano (SHO) é a principal complicação (Griffin et al, 2012). a maturação oocitária final e a ovula- iatrogênica dos tratamentos de inferti- O gatilho da maturação oocitária com ção representa um significativo avanço lidade, onde a mesma é por vezes fatal. agonista do GnRH completada com para as técnicas de reprodução assis- O gatilho para seu surgimento é, na bolus único 1500 UI de hCG no dia da tida. Permite estimar o momento da maioria dos casos, a utilização do hCG. indução, em associação ao suporte lú- ovulação nas técnicas de baixa com- A opção de ativar a maturação final teo padrão com progesterona vaginal e plexidade e o momento mais adequa- dos oócitos com agonista do GnRH re- estradiol oral é capaz de resgatar a fase do para a aspiração folicular visando presenta um avanço em relação a dimi- lútea deficiente e melhorar os resulta- captar oócitos maduros. nuição da incidência da SHO, segundo dos reprodutivos em ralação as eleva- Fisiologicamente o processo tem iní- Humaidan et al, (2009), e até mesmo das taxas de perda precoce quando em cio com o pico endógeno do hormônio a eliminação total de sua presença comparação com gatilho realizado so- luteinizante que acarreta alterações de acordo com Engmann & Benadiva mente com GnRHa, sem todavia aumen- bioquímicas e estruturais nos folículos (2012). Contudo, o principal problema tar as taxas SHO (Humaidan et al, 2011). pré-ovulatórios (retomada da maturação provocado pelo GnRHa na indução final Já o uso de baixa dose hCG (1000UI), oocitária da prófase I; luteinização foli- da maturação dos oócitos é a produção no dia da ativação com agonista do cular com aumento da síntese e libera- de uma deficiente fase lútea, a qual está GnRH para pacientes com alta resposta ção de progesterona; maturação das células do cumulus oophorus e ruptura da parede folicular e liberação do oócito). No processo artificial, diversos fárma- Tabela 1 - Revisão da literatura: tipo de agonista do GnRH utilizado como indutor e seus benefícios Autor Agonista do GnRH Vantagem Sismanoglu et al, (2009). Leuprolida 0,15mg Diminui SHO cos podem ser empregados, tais como: Kol, Solt (2008) gonadotrofina coriônica humana uri- Griesinger et al, (2007) Triptorelina 0,2mg Exclui SHO nária; gonadotrofina coriônica humana Andersen et al, (2006) Buserelina 0,5mg > oócitos maduros recombinante; hormônio luteinizante Babayof et al, (2006) Triptorelina 0,2mg Ausência SHO Griesinger et al, (2005) Exclui SHO Previne SHO recombinante e agonista do GnRH. Ausência SHO hipofisário durante os ciclos de FIV, a Humaidan et al, (2005) Leuprolida 0,2mg ou Triptorelina 0,25mg Triptorelina 0,2mg ou Buserelina 0,5mg Buserelina 0,5mg administração de um único bolus do Bodri et al, (2009) Triptorelina 0,2mg GnRHa para desencadear a ovulação é Humaidan et al, (2009) Discussão: Com o uso cada vez mais frequente dos Kolibianakis et al, (2005) antagonistas do GnRH para o bloqueio possível devido ao seu efeito flare-up, em que existe um aumento repentino Papanikolaou et al, (2011) Elimina SHO Engmann, Benadiva, (2012) Griffin et al, (2012) Leuprolida 1,0 mg Previne SHO Humaidan et al, (2011) e, portanto, desta forma fornece uma alternativa a administração do hCG. Diversos agonistas foram utilizados. Na Tabela 1 estão demonstrados os mais importantes e seus benefícios. 8 alfanews volume 1 número 3 ano 2012 Diminui SHO Triptorelina 0,2mg ou Buserelina 0,5mg ou Leuprolida 1mg Buserelina 0,2-0,5 mg ou Triptorelina 0,2 mg ou Leuprolida 1,0 mg Leuprolida 1,0 mg nos níveis de LH, semelhante ao que ocorre no meio de um ciclo espontâneo, > taxa fertilização, ausência SHO > oócitos maduros Youssef et al, (2012) Elimina SHO Previne SHO Diminui SHO Carlos Glenny Valente Pó | ARTIGOS ALFA a estimulação ovariana é outra forma Entretanto, para transferência em- de corrigir o defeito da fase lútea e com brionária em ciclos a fresco o problema isto melhorar a taxa de implantação, da deficiente fase lútea e menores ta- gravidez clínica e de nascidos vivos, sem xas de gestação advindas do desenca- aumentar o risco para SHO (Griffin et al, deamento com o agonista ainda estão 2012). Da mesma maneira para superar em debate na literatura. o efeito danoso sobre a fase lútea induzida pelo agonista do GnRH é realizar um suporte lúteo agressivo com progesterona intramuscular (50mg), a qual melhora as taxas gravidez e de gestação em curso (Kol & Solt 2008). Em associação as estratégias já descritas, os transtornos produzidos no corpo lúteo e consequentemente na fase lútea quando se utiliza o GnRHa como indutor de maturação oocitária podem ser superados pela realização do suporte lúteo com progesterona intramuscular 50mg iniciados no dia seguinte a recuperação dos oócitos em combinação com estradiol transdérmico 0,3mg em dias alternados, até a décima semana gestação, produzindo com isto ótimas taxas de gravidez (Engmann & Benadiva 2012). Conclusão: O desencadeamento da maturação oocitária final com bolus único de agonistas do GnRH em protocolos de bloqueio hipofisário com antagonistas, é sem dúvida alguma uma opção eficaz para diminuir drasticamente ou eliminar a ocorrência da SHO precoce. Nestes casos para não haver risco do aparecimento da SHO tardia, todos os oócitos ou todos os embriões devem ser congelados para transferência posterior. A utilização de suporte lúteo mais agressivo através do emprego de progesterona intramuscular associada ao estradiol transdérmico ou a realização de duplo gatilho com o agonista do GnRH em combinação com pequenas doses de hCG pode ser eficaz em resgatar a fase lútea deficiente melhorando os resultados reprodutivos, sem aumentar a incidência de SHO. Bibliografia: 1. Al-Inany HG, Aboulghar MA, Mansour RT, Proctor M. Recombinant versus urinary gonadotrophins for triggering ovulation in assisted conception. Human Reproduction. 2005; 20(8):2061-73. 2. 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Triggering with human chorionic gonadotropin or a gonadotropin-releasing hormone agonist in gonadotropin-releasing hormone antagonist-treated oocyte donor cycles: findings of a large retrospective cohort study. Fertil Steril,. 2009; 91(2):365-71. 6. Conn PM, Crowley WJ Jr. Gonadotropin-releasing hormone and its analogs. Annual Review of Medicine. 1994; (45):391-405. 7. Engmann I & Benadiva C. Agonist trigger: what is the best approach? Agonist trigger with aggressive luteal support. Fertil Steril. 2012; 97(3):531-3. 8. Fauser BC, Van Heusden AM. Manipulation of human ovarian function: physiological concepts and clinical consequences. Endocrine Reviews. 1997; 18(1):71-106. 9. Griesinger G, Diedrich K, Devroe P, Kolibianakis EM. GnRH agonist for triggering final oocyte maturation in the GnRH antagonist ovarian hyperstimulation protocol: a systematic review and meta-analysis. Human Reproduction. 2006; 12(2):159-68 10.Griesinger G, Von Otte S, Schroer A, Ludwig AK, Diedrich K, Al-Hasani S, Schultze-Mosgau A. Elective cryopreservation of all pronuclear oocytes after GnRH agonist triggering of final oocyte maturation in patients at risk of developing OHSS: a prospective, observational proofof-concept study.Human Reproduction. 2007; 22(5):1348-52, 11.Griffin D, Benadiva C, Kummer N, Budinetz T, Nulsen J, Engmann I.. Dual trigger of oocyte maturation with gonadotropin-releasing hormone agonist and low-dose human chorionic gonadotropin to optimize live birth rates in high responders. Fertil Steril. 2012; 97(6):1316-20. 12.Handelsman DJ, Swerdloff RS. Pharmacokinetics of gonadotropin-releasing hormone and its analogs. Endocrine Reviews. 1986; 7(1):95-105. 13.Hayden C. GnRH analogues: applications in assisted reproductive techniques. 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Reprodductive Biology and Endocrinology. 2011; 3(9)147. 22.Schally AV, Arimura, A, Kastin AJ, Matsuo H, Baba Y, ReddingTW, Nair RM, Bebeljuk I, White WF. Gonadotropin-releasing hormone: one polypeptide regulates secretion of luteinizing and follicle-stimulating hormones.Science. 1971; 173(4001):1036-8. 23.Schally AV. Luteinizing hormone-releasing hormone analogs: their impact on the control of tumorigenesis. Peptides. 1999; 20(10):1247-62. 24.Sismanoglu A, Tekin HI, Erden HF, Ciray NH, Ulug, U, Bahceci M. Ovulation triggering with GnRH agonist vs. hCG in the same egg donor population undergoing donor oocyte cycles with GnRH antagonist: a prospective randomized cross-over trial. Journal of Assisted Reproduction and Genetics. 2009; 26(5):251-6. 25.Tsutsui K, Ubuka B, Bentley GE, Kriegsfeld LJ. Gonadotropin-inhibitory hormone (GnIH): discovery, progress and prospect. Gen Comp Endocrinol. 2012; 177(3):305-14. 26.Youssef MA, Al-Inany HG, Aboulghar MA, Mansour RT, Abou-Setta AM. Recombinant versus urinary human chorionic gonadotrophin for final oocyte maturation triggering in IVF and ICSI cycles. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2011; 13;(4):CD003719. 27.Youssef MA, Van Der Veen Fulco, Al-Inany HG, Griesinger G, Mochtar MH, Aboulfoutouh I, Khattab SM, Van Wely M. Gonadotropin-releasing hormone agonist versus hcg for oocyte triggering in antagonist assisted reproductive technology cycles.Cochrane Database of Systematic Reviews. 2011; 19;(1):CD008046 alfanews volume 1 número 3 ano 2012 9 ARTIGO COMENTADO | Newton Eduardo Busso Papel da Progesterona na Prevenção do Trabalho de Parto Prematuro Pacote Completo Inclui: Professor Gian Carlo Di Renzo, Universidade de Perugia, Itália • Passagem aérea ida e volta em classe econômica, saindo 18 de Outubro e retornando 24 de Outubro – cia aérea conforme disponibilidade nas classes de tarifa operadora; • Transfer de chegada em San Diego – Aeroporto/Hotel; • 05 noites de hospedagem com taxas inclusas; • Seguro viagem Intermac – Plano Gold. O Trabalho de Parto Prematuro (TPP) é aquele que acontece antes de 37 semanas de gestação. A fisiopatologia e os eventos necessários para que ele se instale ainda não estão definidos, mas continua sendo amplamente estudados, incluindo hemorragias de terceiro trimestre, fatores mecânicos, como incompetência cervical, e alterações hormonais. Todas as gestantes devem ser investigadas quanto à possibilidade de TPP, principalmente pacientes com risco pré-determinado. A Ultrassonografia Transvaginal (USG TV) tem alta sensibilidade na avaliação do comprimento do colo uterino. A dosagem da Fibronectina Oncofetal (FO) é considerada exame complementar ao USG TV e a combi- Grupo ALFA foi a San Diego RAMADA GASLAMP / CONVENTION CENTER nação de ambos tem maior predição diagnóstica. Quando a FO é negativa e o colo uterino é menor que 2,5 cm medido na USG TV, o valor preditivo negativo é de 100% e recomenda-se utilizar tocoterapia somente em casos específicos. Identificado o fator de risco, a prevenção do TPP deve ser iniciada com uso de Progesterona. O mecanismo de ação da progestrona no TPP se dá pela ação desse hormônio em receptores citoplasmáticos que influenciam a concentração de estradiol sérico. O uso da progesterona na prevenção do TPP ainda é controverso. Há poucos estudos sobre o assunto e há discordância entre os diversos autores sobre a dosagem e o tipo de progesterona a ser utilizada. Rajendra Rai, Hospital Sant Mary’s, London, Inglaterra A s taxas de abortamento, segundo o autor, aumentam no tratamento de Reprodução Assistida (RA) chegando a aproximandamente 20% após transferência de embriões à fresco e 27% após transferência de embriões descongelados, contra 15% após concepção natural (aumentando com a idade da mulher). A progesterona tem papel crucial no estabelecimento e manutenção da gestação, diminuindo a taxa de abortamento em gestações após concepção natural ou por RA. Age como agente imunomodulador, inibindo a toxicidade linfocitária, induzindo o bloqueio de fatores (PIBF), que inibem células Natural Killers, estimulam a produção de Th2 citocinas e supressão de T cells. A progesterona também diminui a taxa de apoptose trofoblástica, promovendo a implanta10 alfanews volume 1 número 3 ano 2012 ção. Todos esses eventos levam a uma diminuição das taxas de abortamento. A dosagem preconizada para suplementação de progesterona é de 400mg, duas vezes ao dia, para diminuir a taxa de abortamento em mulheres com história de aborto de repetição, recomendada após o estudo PROMISE. A taxa de Parto Pré-Termo em gestações após RA é duas vezes maior do que em gestaçãos concebidas naturalmente. Recentes estudos relatam que que a suplementação de progesterona diminui a taxa de Trabalho de Parto Prematuro em gestações únicas, não sendo relatado mesmo efeito em gestação gemelar após RA. O mecanismo de ação relaciona-se em manter a quiescência uterina diminuindo a produção de prostaglandinas e inibindo a expressão de genes relacionados a proteinas contráteis. Entrada de 30% atraves de boleto a vista e saldo no cartão de crédito até 5x sem juros. Politicas: Annual Meeting of the American Preço por Pessoa em Apto Duplo USD 1.866,00 + USD 105,00 taxa de embarque Preço por Pessoa em Apto Single USD 2.442,00 + USD 105,00 taxa de embarque Prevenção de aborto em ciclos de Reprodução Assistida Forma de pagamento: O Grupo ALFA participou do 68th Endereço: 830 6th AVENUE Descrição: HOTEL LOCALIZADO EM GASLAMP, A 5 MINUTOS DE CARRO DO CONVENTION CENTER, E A 10 MINUTOS DO ZOOLOGICO E DO BALBOA PARK. POSSUI RESTAURANTE QUE FICA ABERTO 24HRS. - Não temos bloqueio. Sujeito a disponibilidades de lugares e reajustes de tarifas. - Configuração das camas em apartamento duplo sujeito a disponibilidade. - Tarifas promocionais não reembolsaveis em caso de cancelamento. Society for Reproductive Medicine, A Levitatur iniciou dia 09/08/2012 uma campanha de incentivo para ajudar as crianças da Ong CACAU (Centro de Apoio a Criança com Anomalia Urológica). em San Diego, Califórnia. Além Acesse o nosso site e deixe sua opinião e comentário sobre o nosso atendimento, você ajudará a aprimorar nossos serviços e irá contribuir com as crianças da ONG CACAU. da apresentação oral do trabalho A cada comentário, será repassado R$ 10,00 (dez reais) à Organização. LEVITATUR VIAGENS E TURISMO LTDA. Rua Itapura, 843, Tatuapé - São Paulo - SP - CEP 03310-000 Tel.: 55 11 2090 1030 | Fax: 55 11 2090 1039 www.levitatur.com.br | [email protected] ONG CACAU CENTRO DE APOIO A CRIANÇA COM ANOMALIA UROLÓGICA Rua Primeiro de Março nº 79 - Vila Clementino, São Paulo - SP - CEP 04044-040 Tel/Fax: (011) 5587-1490 / www.cacau.org.br científico "Interferências da infertilidade na sexualidade de mulheres brasilerias" realizada pelo seu diretor, dr. Newton Eduardo Busso, o Grupo ALFA também reservou um espaço exclusivo, para receber seus sócios e amigos. Quem passou por lá pode tomar um cafezinho Made In Brazil, pegar uma carona de transfer para o shopping, contar com o apoio do pessoal do estande e encontrar seus amigos brasileiros. www.projetoalfa.com.br Tel (11) 3515-7999 | Fax (11) 3515-7998 CEP 01333-011 | São Paulo-SP TRATAMENTO OFERECIDOS | Inseminação intrauterina | FIV | FIV com ICSI | FIV com coleta alternativa de espermatozoides (PESA,TESA,TESE, MESA) | FIV com assisted hatching | FIV com recepção de oócitos ou embriões doados | FIV com cessão temporária do útero | FIV com diagnóstico genético pré-implantacional | FIV com screening genético pré-implantacional | Criopreservação da fertilidade feminina e masculina | Colocação ou remoção de DIU sob anestesia | Punção de cistos ovarianos ou endometriomas | Vasectomia | Reversão de vasectomia (microscópio cirúrgico) | Histeroscopia Rua Cincinato Braga, 37 | 12o andar O Grupo ALFA tem os melhores profissionais em reprodução assistida, equipamentos de última geração e o mais alto padrão de segurança biológica na manipulação de gametas e embriões humanos. Se você ainda não é nosso associado, venha nos conhecer! www.drogarapida.com.br SAC: [email protected] São Bernardo do Campo Rua Municipal, 359 - Sala 11 Centro - São Paulo-SP - CEP 09710-212 Fone: (11) 4330-8639 São Paulo Praça Amadeu Amaral, 47 - Conj. 134 Bela Vista - São Paulo-SP - CEP 01327-010 Fone: (11) 3253-4594 Belo Horizonte Rua dos Otoni, 712 - Conj. 202 Sta Efigênica-MG - CEP 30150-270 Fone: (31) 3879-0561 Curitiba Avenida Pres. Affonso Camargo, 633 - Sala 11 Cristo Rei-PR - CEP 80050-370 Fone: (41) 3016-1626 Fortaleza Avenida Santos Dumont, 1789 - Sala 711 Aldeota-CE - CEP 60150-160 Fone: (85) 3264-1769 Porto Alegre Av. Carlos Gomes, 281 Auxiliadora-RS - CEP 90480-003, Fone: (51) 3334-8323 Recife Rua Frei Matias Teves, 280 - Sala 306 Ilha do Leite-PE - CEP 50070-450 Fone: (81) 3033-6505 Cuiabá Avenida Miguel Sutil, 8.000, sala 1001 Jardim Mariana-MT - CEP 78040-400 Fone: (65) 3634-1033 São José do Rio Preto Rua Coronel Spinola de Castro, 3635 - Sala 306 Centro-SP - CEP 15015-500 Fone: (17) 3304-5024 Goiânia Rua João de Abreu, 192 - Sala B 53 QD F8 - Lote 24E - Ala Terra Setor Oeste - Goiânia-GO - CEP 74120-110 Fone: (62) 3942-6911 | 3942-6311
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