ENSINO E APRENDIZAGEM EM ARTE(S): concepções dos
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ENSINO E APRENDIZAGEM EM ARTE(S): concepções dos
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO - UFRPE UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS - UAG CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA Amanda Ângela da Silva ENSINO E APRENDIZAGEM EM ARTE(S): concepções dos educadores do Ensino Fundamental (anos iniciais) Garanhuns 2015 Amanda Ângela da Silva ENSINO E APRENDIZAGEM EM ARTE(S): concepções dos educadores do Ensino Fundamental (anos iniciais) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Pedagogia, pelo Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Garanhuns Orientador: Prof. Dr. Gonçalves de Azevedo Garanhuns 2015 Fernando Antônio Ficha Catalográfica Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Setorial UFRPE/UAG S586e Silva, Amanda Ângela da Ensino e aprendizagem em Arte(s): concepções dos educadores do Ensino Fundamental (anos iniciais) / Amanda Ângela da Silva._Garanhuns, 2015. 36f. Orientador: Fernando Antônio Gonçalves de Azevedo Monografia (Curso Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Garanhuns, 2015. Inclui anexo e referências CDD: 707 1. Arte/Educação 2. Práxis Arteeducativa 3. Formação do Arte/Educador 4. Artes – Ensino aprendizagem I. Azevedo, Fernando Antônio Gonçalves de II. Ensino e aprendizagem em arte(s): concepções dos educadores do Ensino Fundamental (anos iniciais) Amanda Ângela da Silva ENSINO E APRENDIZAGEM EM ARTE(S): concepções dos educadores do Ensino Fundamental (anos iniciais) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Pedagogia, pelo Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Garanhuns Aprovado em: 27 /07 / 2015 BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________________________ Prof. Dr. Fernando Antônio Gonçalves de Azevedo - UAG/UFRPE ___________________________________________________________________________ Prof. Dra. Heloisa Flora Brasil Nóbrega Bastos - UAG/UFRPE __________________________________________________________________________ Prof. Me. Mariel José Pimentel de Andrade - UAG/UFRPE Dedico este trabalho primeiramente a Deus que norteia minha vida, a meus pais, a mim mesmo e a todos que acreditaram e fizeram parte na realização. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, que me ouviu e me ajudou muito, em momentos muito difíceis dessa caminhada, e que segue ainda me ajudando e me dando forças. Ao meu amável, grande e único eterno amor Samuel de Lima Macêdo, pelo exemplo que é na minha vida, por me estimular a ser esta pessoa que sou, por muitas vezes me ajudar, por ser duro comigo quando necessário, por carinhosamente compartilhar e estar comigo em muitos momentos não somente acadêmico, mas muitos outros. Você não sabe o quanto o seu “meus parabéns”, o seu “eu estou com você” me estimula a querer mais e crescer. Com certeza você não só é parte fundamental deste trajeto, mas também de toda minha vida até o infinito futuro. Muito, mais muito obrigada pelo seu carinho e dedicação, sua paciência, seu respeito e seu amor, prometo-lhe que este é só o começo do que irei lhe retribuir. A toda a minha família, a minha avó, a minha irmã e aos meus Pais, que me incentivaram a continuar seguindo em meus estudos, principalmente a minha mãe, que não mediu esforços, desde o início, em me apoiar em todas as etapas e momentos da minha vida. À Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) – Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG), que me deu a oportunidade de crescer em conhecimento, através do curso ofertado, da assistência e dos programas de que pude participar. Um deles foi o programa de monitoria na disciplina de Informática em Educação, com o professor Mariel José Pimentel de Andrade e por seguinte Robson Santos de Oliveira. Além também, de dispor de um corpo docente excelente, com o qual tive o prazer de conhecer e obter muita aprendizagem e que me ajudou na minha formação acadêmica, em especial meu orientador, Professor Doutor Fernando Antônio Gonçalves Azevedo, que aceitou e confiou no meu objeto de estudo e muito contribuiu para a construção dele. Também aos professores Heloisa Flora Brasil Nóbrega Bastos e Mariel José Pimentel de Andrade, que aceitaram o convite e confiaram no meu trabalho, compondo a banca examinadora. Aos colegas da turma, com quem dividimos experiências, trabalhos, em especial aos meus dois colegas e amigos Edvania Barboza e Herbert Amaral, com quem desde o início formamos um trio em todos os trabalhos e atividades durante o curso, além de serem pessoas especiais, pelas quais guardo uma grande amizade. Também agradeço a todos aqueles de quem posso não estar lembrada no momento, mas que de forma direta ou indireta contribuíram para minha realização acadêmica. RESUMO Este trabalho de pesquisa possui como objetivo analisar as concepções do ensino de Arte de professores e suas praxes no campo do ensino da Arte na educação escolar, com base na teoria brasileira nomeada de Abordagem Triangular. Quanto à metodologia adotada, tem como corpus questionários e entrevistas aplicadas aos professores dos anos iniciais do ensino fundamental em uma escola Pública Municipal, analisados à luz dos estudos em Arte/Educação desenvolvidos por Ana Mae Barbosa e outros autores filiados a seu pensamento teórico. Com base nesses discursos, verificou-se que os resultados indicam que ainda apresentam certa dificuldade, não na compreensão, mas na tradução da Abordagem Triangular, ou seja, dos elementos próprios da Arte/Educação e, assim, não exploram os ganhos que a Arte traz para o ser humano. Esse tipo de resultado se deve à carência de cursos de formação, tanto inicial quanto continuada, assim como de oportunidades de se afastarem para acompanharem os cursos existentes. Palavras-chaves: Arte/Educação. Práxis Arteeducativa. Formação do Arte/Educador. Prática Interdisciplinar. Polivalência. SUMÁRIO 1 PALAVRAS INICIAIS............................................................................................ 2 UMA VISÃO DA LEGISLAÇÃO EM ARTE/EDUCAÇÃO.............................. 3 DESAFIOS DA FORMAÇÃO DO ARTE/EDUCADOR E PROFESSOR DE ARTE........................................................................................................................... 4 CONCEPÇÕES DO ENSINO DE ARTE.............................................................. 4.1 CONCEPÇÃO DE ARTE COMO TÉCNICA....................................................... 4.2 CONCEPÇÃO DE ARTE COMO EXPRESSÃO................................................. 4.3 CONCEPÇÃO DE ARTE COMO ATIVIDADE.................................................. 4.4 CONCEPÇÃO DE ARTE COMO CONHECIMENTO........................................ 5 METODOLOGIA.................................................................................................. 5.1 DESCRIÇÃO DO CONTEXTO DA PESQUISA E DOS SUJEITOS PARTICIPANTES…………………………………………………………………… 5.2 INSTRUMENTOS DE PESQUISA……………………………………………… 5.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS.................................................... 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS.............................................................................. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... REFERÊNCIAS........................................................................................................... APÊNDICE A- TERMO DE ACORDO DE CONSENTIMENTO......................... APÊNDICE B- ROTEIRO DO QUESTIONÁRIO.................................................. APÊNDICE C- ROTEIRO DE ENTREVISTA........................................................ ANEXO A- MATRIZ CURRICULAR DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA UFRPE/UAG A PARTIR DE 2008.1.......................................................................... ANEXO B- MATRIZ CURRICULAR DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA UFPE A PARTIR DE 03/10/2013............................................................................... 09 11 14 17 17 18 19 19 21 21 22 24 25 31 32 33 35 36 37 38 9 1 PALAVRAS INICIAIS A Arte/Educação é um campo interdisciplinar e dialógico do conhecimento que se compõe de quatro linguagens – Artes Visuais, Dança, Música e Teatro – dotados de fundamentação própria, isto é, de epistemologias próprias em cada uma dessas linguagens, de caracterização peculiar e com necessidades específicas no planejamento das práxis pedagógicas. E como campo de conhecimento teórico e prático, a Arte/Educação tornou-se aberta a diferentes interpretações, agregando, em seu corpus, diversos estudos e pesquisas, realizados para diagnosticar a práxis arteducativa (SILVA, 2004; ALMEIDA, 2001; BARBOSA, 2002, 2002a). De um modo geral, os estudos nesse campo de conhecimento têm focado: a formação do professor para o ensino de arte; a história do ensino de arte no Brasil; o ensino da arte na educação escolar e não escolar; o ensino das artes visuais; o ensino inclusivo de arte; os fundamentos da Arte/Educação e os processos de aprendizagem da arte, entre outros. Mas apesar desses diferentes olhares para esse campo de conhecimento, o objetivo geral desta pesquisa está relacionado a analisar as concepções do ensino de Arte de professores e suas praxes no campo do ensino da Arte na educação escolar. A partir desses estudos e de uma observação sobre a práxis arteducativa na escola, percebemos a presença de diferentes tratamentos conceituais, didáticos e metodológicos. Então, para tal, como objetivos específicos, pontuamos: identificar qual a função e valor atribuídos pelos professores à disciplina de Arte, caracterizar a formação dos respectivos professores que trabalham diretamente com a disciplina de Arte, e, finalmente, caracterizar a concepção desses mesmos professores sobre a Arte. Para tanto, entendemos que todo e qualquer processo situa-se historicamente no contexto em que está inserido socialmente, politicamente e culturalmente, ou seja, não são fenômenos que se constituíram a priori, mas que vêm emergindo das diversas concepções de Arte/Educação. Por isso, buscaremos através desta pesquisa, compreender quais as tendências e concepções de ensino de Arte que norteiam os processos de ensino e aprendizagem em Arte(s) em uma Escola Municipal da Rede Pública de Cachoeirinha-PE. Esta pesquisa é composta por sete sessões, que apresentam um conjunto de estudos e dados analisados, com a finalidade de demonstrar, a partir dos conceitos teóricos estudados, a concepção e compreensão da práxis arteeducativa dos arte/educadores da referida escola, sobre o campo da Arte/Educação. 10 A segunda sessão faz uma apresentação da legislação em Arte/Educação, em que aborda questões referentes às leis vigentes no Brasil. A terceira sessão abre a discussão ligada à formação do arte/educador, como também à carência de cursos bem resolvidos em relação à importância das particularidades de cada uma das linguagens da Arte, dentro do curso de formação de pedagogos, bem como a interdisciplinaridade, que é fortemente ainda confundida com um termo ultrapassado, que é o caso da polivalência. A quarta sessão faz uma apresentação do campo da Arte/Educação, bem como apresenta linhas sobre seu processo de construção histórica no Brasil e as tendências conceituais. A quinta e sexta sessão apresentam a metodologia e a análise dos dados coletados nos questionários e entrevistas aplicados, discutindo as questões evidenciadas quanto ao campo de Arte/Educação no Ensino Fundamental. A sétima sessão apresenta as considerações finais do trabalho e as sugestões para outros estudos. Espero que o presente trabalho possibilite o desenvolvimento de um olhar mais “clínico” e crítico sobre a práxis arteeducativa desenvolvida no âmbito da educação escolar, e que possa auxiliar a reconfiguração da Arte/Educação, comprometida com o crescimento integral dos estudantes. 11 2 UMA VISÃO DA LEGISLAÇÃO EM ARTE/EDUCAÇÃO Abrimos apresentando um conceito importante para a realização desta pesquisa. Refiro-me ao conceito de Práxis Arteeducativa. Segundo Azevedo (2012), O conceito de Práxis Arteducativa é [...] um conceito aberto e que busca problematizar as questões contemporâneas da teoria e da prática (da práxis) do ensino e da aprendizagem em Arte na perspectiva da AT. Considerando que tal abordagem teórica promove a virada arteducativa, exigindo do arte/educador buscar se tonar um pesquisador de Arte, um leitor de Arte, um problematizador do universo da Arte que possui pensamento crítico (p. 100-101). O campo da Arte/Educação atravessa um período efervescente, pois as bases teóricas de uma nova proposta de ensino das artes vêm, aos poucos, modificando a práxis, com muitas discussões e experiências em torno de um novo modo de ensinar e de aprender Arte. Tal efervescência contribuiu para um movimento, no sentido de reconhecimento da importância do ensino de Arte na formação humana. Esse movimento considera que o acesso às linguagens artísticas (Artes Visuais, Teatro, Dança e Música) é fundamental para a ampliação de leituras de mundo. Contudo, apesar do novo interesse pela Arte/Educação, o ensino nas escolas ainda é bastante precário. Uma série de problemas dificulta o processo de implementação da Arte e suas linguagens na educação escolar, sobretudo, pela escassez de publicações teóricas na área; a má formação da maioria dos arte/educadores; a baixa qualidade de grande parte dos cursos de formação dos professores de Arte do país, como também a má compreensão dos significados da Arte no processo de educação. Sem contar com o fato de que, em muitos cursos de Pedagogia, existe apenas uma disciplina que trata da questão da Arte/Educação. A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)- Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG) é uma das poucas que possui uma matriz com 180 horas destinadas à disciplina de Arte. São elas: Arte na Prática Pedagógica I e II; e Metodologia do Ensino da Arte I e II (ANEXO I), mesmo elas não sendo em uma linguagem específica, uma vez que é importante e necessária uma formação em cada linguagem ou Metodologia do Ensino da Arte, seja, uma em Dança, uma em Música, uma em Teatro e uma em Artes Visuais. Então, apesar de a carga horária ser bastante expressiva se comparada coma com outras Instituições Acadêmicas como, por exemplo, a Universidade Federal de Pernambuco que possui uma matriz com apenas 60 horas destinadas a disciplina de Arte, intitulada de Fundamentos do Ensino da Artes (ANEXO II), ja quanto à qualidade, a perspectiva ainda é de cunho polivalente, isto é, tratando um campo heterogêneo como sendo um campo homogêneo. 12 No entanto, alguns passos foram dados no sentido de melhorar essa situação. Desde 1971, o ensino da Arte, como educação escolar e artística, é assegurado e garantido por lei nas instituições de ensino, fazendo parte do currículo escolar. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) nº 5.692/71: “Será obrigatória a inclusão da Educação Moral e Cívica, Educação Física, Educação Artística e Programas de Saúde como matérias obrigatórias do currículo, além do ensino religioso facultativo”. Mas tal lei tão pouco garantiu a obrigatoriedade se pensada para efetivar a sua aplicação, ou seja, sua estrutura física, material e profissional. Na LDB do ano de 1996, manteve-se a obrigatoriedade do ensino das artes na educação básica. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) lançados pelo MEC em 1998 e 1999 são instrumentos importantes de divulgação da proposta de Arte/Educação. Considerando especificamente o ensino das artes plásticas, podemos identificar quatro concepções de Arte-Educação vigentes no Brasil, que são o ensino da Música, da Dança e do Teatro e da Arte Visual. Hoje existe uma proposta que é a principal referência do ensino de Arte no Brasil denominada de Abordagem Triangular. Tal abordagem foi sistematizada por Ana Mae Barbosa e é compreendida como uma teoria de interpretação do universo das Artes e Culturas Visuais. Embora alguns arte/educadores compreendam como uma metodologia, o que não concordamos, pois toda metodologia necessita de uma base teórica para se informar. Logo, a Abordagem Triangular é a teoria que informa a metodologia do campo do ensino e da aprendizagem em Artes e Culturas Visuais. A educadora brasileira Ana Mae Barbosa foi pioneira na sistematização do ensino de Arte em museus, quando foi diretora do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Universidade de São Paulo. A proposta consiste em uma teoria de Arte/Educação a qual possui uma força, e se constituiu da inter-relação de três ações para efetivamente construir conhecimentos em Arte: Apreciação artística (saber ler uma obra de arte); Contextualização histórica (conhecer a sua contextualização histórica) e o Fazer artístico (fazer arte). A Arte sempre esteve presente em todas as formações culturais, seja por meio da sensibilidade do homem, ou seja, ela por criações e práticas ao longo do tempo e espaços históricos. Isso mostra o ensino aprendizagem da Arte, ressaltando seu compromisso com a cultura e com a história. Para Lowenfeld (1997), “A arte desempenha um papel potencialmente vital na educação da criança” (p. 27). 13 Diante do que sabemos, o ensino dessa disciplina é fundamental para o desenvolvimento da criança, pois a Arte é conhecimento e envolve sentimento estético, pensamento, e a formação intelectual do aluno. Mas o que se percebe é que o ensino dessa disciplina de Arte está relegado ao segundo plano, ou mesmo é encarado como atividade de lazer e de recreação. Ou melhor, nota-se aí a grande distância entre teoria e prática. Nem ao menos a mera obrigatoriedade das leis da LDB se fez suficiente para garantir o dever do cumprimento. Como afirma Barbosa (2002), Nem a mera obrigatoriedade nem o reconhecimento da necessidade são suficientes para garantir a existência da Arte no currículo. Leis tão pouco garantem um ensino/aprendizagem que torne os estudantes aptos para entender a Arte […] (p. 14). Essa forma de defender a Arte como lazer decorreu de uma má interpretação no Brasil, da ideia da “Livre Expressão”, defendido por teóricos como Victor Lowenfeld, John Dewey e o inglês Herbert Read. No entanto, as escolas que perdem ou não dão significados ao aprendizado, vão deixar os professores sem motivação e estariam agindo contra essa lei, que garante o ensino, como também os professores que de certa forma não cumprem com seriedade ou que não dão o valor, estarão violando leis que garantem um dos direitos do aluno, que é de receber uma educação de qualidade, além de que ele próprio, como educador, está faltando com o respeito a si próprio. Para Barbosa (1998), “O ensino de Arte ao ser inserido na educação como disciplina, não solucionou o problema da desvalorização dos saberes relativos à Arte em relação aos outros conhecimentos” (p. 41). Por isso, é importante que a escola, junto com o corpo docente, aperfeiçoe os métodos e desenvolva ou reveja projetos pedagógicos para melhor aproveitamento das horas destinadas à disciplina e, consequentemente, que haja um resgate do valor significativo da cultura. 14 3 DESAFIOS DA FORMAÇÃO DO ARTE/EDUCADOR E PROFESSOR DE ARTE É imprescindível iniciar com uma diferenciação entre professores de Arte e o Arte/Educador. De uma maneira geral, os dois podem ser chamados de Arte/Educadores, mas o Arte/Educador não pode ser chamado de professor de Arte, isto porque não possui a formação em uma das linguagens da Arte. O professor de Arte é aquele habilitado em uma das linguagens da Arte, ou seja, que passa por uma licenciatura. Por exemplo, se for de Teatro, ele passa por uma licenciatura em Teatro, se for de Música ele passa por uma licenciatura em Música. Já o Arte/Educador é o professor da Pedagogia, que tem uma formação menor, mas que enxerga e valoriza a Arte em um processo de educação. Então, o professor de Arte tem um conhecimento específico em uma dessas linguagens (Música, Dança, Teatro e Artes Visuais), até porque cada é uma teoria de conhecimento diferente, e que vai possibilitar metodologias de conhecimento diferentes. Mas o problema da Pedagogia é que vê o professor como um ser polivalente, e a polivalência tem um problema que é o curso e a formação do pedagogo, embora o pedagogo não seja um professor de Arte. Ele é um Arte/Educador. Então, não é qualquer um que está ali. A pessoa que está ali tem uma noção ampla da importância da Arte na formação do ser humano, mas que ainda é muito polivalente, porque se pensa em um professor que sai do curso de Pedagogia. Mas curso de Pedagogia não é um curso específico em Artes, mas voltado para as diversas disciplinas do Ensino Fundamental. O curso de Pedagogia deveria ter um professor em cada uma das linguagens de Arte, que possam trabalhar interdisciplinarmente entre as linguagens e entre a formação dos pedagogos, mas aí é onde existe a carência. No Brasil, foi muito intensa a formação do Arte/Educador de maneira polivalente, mas ao longo dos anos 1990 a 2000, ficou bem resolvido o entendimento da importancia de se ter um professor em cada uma das linguagens nos cursos de formação dos professores de Arte, diferentemente dos cursos de formação do pedagogo, em que este entendimento ainda não ficou bem resolvido, poid como foi dito anteriormnte ainda se pensa em um pedagogo polivalente formado para que possa “dar conta” de todas as linguagens da Arte. Então nós tratamos dessa questão como um desafio téorico. A polivalência em Arte compreende que o arte/educador trabalha com todas as quatro linguagens da Arte ao mesmo tempo, sendo somente um só arte/educador, o que é impossível. 15 Enquanto que a interdisciplinaridade exige trabalho de grupo, isto é, o diálogo entre os arte/educadores a partir de suas visões aprofundadas das linguagens artísticas. Portanto, a formação é um princípio regular de atualização, seja ela em qual for sua área, além de que é também de suma importância inicialmente para ser tratada e discutida, sobretudo para aqueles que a consideram muito importante, como é o caso dos pesquisadores da área de Arte/Educação e, principalmente, para os professores que trabalham com Arte, dadas as questões relacionadas à polivalência do ensino da Arte e das grandes demandas que se aplicam a esta área, ou seja, como a questão de avaliação, e como também a formação continuada dos professores e a falta de compreensão mais aprofundada de Arte/Educação. Todavia, a falta de formação dos Arte/Educadores acaba acarretando em prejuízos da parte da criança, que consequentemente perde e não tem a chance de enriquecer os seus conhecimentos nesse campo do saber, sendo necessário muito mais do que Leis, não querendo tirar a significância da conquista do ensino obrigatório, e dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a área da Arte (BRASIL, 1997). É provável que uma das causas para essa realidade seja a prática no ensino de Arte, que remete para visões do ensino na escola como descanso, isto é, há um preconceito que a Arte é mais leve enquanto outras disciplinas consideradas exigentes (Matemática e Português), e nessa maneira de enxergá-la assim, a mesma é tratada de forma a ser executada durante o decorrer das aulas como lazer, divertimento, como recurso para ornamentação da escola em momentos de festas, como apoio da aprendizagem na memorização de outras disciplinas, tirando dessa forma do ensino de Arte a reflexão, a crítica e compreensão histórica, social e cultural de Arte. Na escola, as Artes não só devem ter seu espaço específico, como disciplinas no currículo, embora ensinadas através da experiência interdisciplinar, mas também lhes cabe percorrer por todo o currículo, enriquecendo a aprendizagem de outros conhecimentos, as disciplinas e as atividades dos estudantes. Portanto, a proposta de formação de professores, tanto inicial quanto continuada, que hoje se discute, está muito ligada à concepção que se tem de educação e de seu papel na sociedade, contemplando o saber científico, o saber pedagógico e o saber político-social como interfaces integrantes da formação de professores. Compreende-se a relevância de se elaborar uma pesquisa apontada para o ensino de Artes e para a formação de professores, que culminarão por contribuir com conhecimentos nesse campo. Propomos o próximo capítulo, tendo como foco a importância de se conhecer o 16 desenvolvimento histórico da Arte, por meio das concepções e tendências, como parte integrante dos currículos escolares, e na realidade Brasileira. 17 4 CONCEPÇÕES DO ENSINO DE ARTE De acordo com os nossos estudos é notório enxergar que a Arte/Educação no Brasil possui três grandes tendências conceituais, que podem ser classificados em: primeiro o Ensino de Arte Pré-Modernista; em segundo o Ensino de Arte Modernista; e em terceiro o Ensino de Arte Pós- Modernista ou Pós-Moderno. No entanto, em cada uma dessas tendências, podem ser encontradas as diferentes concepções sobre o ensino da arte. Ou seja, na Tendência PréModernista, encontraremos a concepção de Ensino da Arte como técnica; já na Tendência Modernista, vamos encontrar a concepção de Ensino da Arte como expressão e também como mera atividade; e por último na Tendência Pós-Modernista, a concepção de ensino da Arte como conhecimento. 4.1 CONCEPÇÃO DE ARTE COMO TÉCNICA A concepção de ensino de Arte como técnica está intimamente ligada a o belo desde a história do Brasil, não levando em conta que a arte é uma interpretação da vida e vincula-se a fatores, religiosos, sociais, políticos e simbólicos ultrapassando o utilitário. Em meados de 1500, com a presença dos Jesuítas no Brasil, o ensino de arte na educação era através de processos caracterizados em oficinas. O objetivo assim era caracterizar os povos que aqui habitavam por meio das técnicas artísticas. Dessa maneira, todos os membros da “Missão francesa” possuíam uma orientação neoclássica que marcou o seu modo de ensinar arte, e esses seus moldes neoclássicos eram caracterizados como assessórios, um instrumento e não como uma atividade com importância em si mesmo. Com a abolição dos escravos, e a proclamação da república, os liberais e positivistas provocaram grande reforma na sociedade, com a intenção de consolidar o novo regime político do Brasil. Tomando como base os princípios do filósofo positivista Augusto Comte, os positivista que existiam no Brasil na época acreditavam que arte era como um transporte eficaz para o desenvolvimento do raciocínio e da racionalização da emoção, desde que ensinada através de seu método positivista, que por consequência subordinava a imaginação e a observação buscando-se apenas pelo observável e concreto. E como é ainda visto, essa concepção não ficou restrita somente nessa época, ainda essa prática se arrasta e se estende até os anos de hoje, que vem se manifestando através do ensino de desenhos tecnicamente geométrico, produção de artefatos de “artesanato” e “ornamentarias”. Professores ainda se limitam e perceber a Arte como algo que precisa ser 18 visto palpavelmente, como se para conhecer ou trabalhar Arte precise necessariamente ter como resultado algo matérial bonitinho para ser mostrado, então quando se tem uma data especial os professores recorre em fazer com os alunos cartazes, cartõesinhos que de fato viabiliza uma concretização de resultados mais pela reprodução tecnica, do que a criação individual. 4.2 CONCEPÇÃO DE ARTE COMO EXPRESSÃO Opondo-se à tendência Pré-modernista, que foi caracterizada pela ideia do ensino de Arte como técnica para alcançar o belo, em meados da década de 1990 começou a apontar a tendência Modernista. Tal concepção da Arte como expressão e criatividade tem a ver com as bases conceituais e metodológicas culminadas no Movimento Escolinhas de Arte (MEA). O Movimento Escolinhas de Arte (MEA), foi o primeiro movimento que possibilitou o processo de transformação filosófica e metodológica da Arte/Educação, além de que foi responsável pela formação inicial e continuada de arte/educadores de várias regiões brasileiras. Durante duas décadas, o surgimento da tendência modernista de ensino de Arte, produziu um caminho fértil para a criação do Movimento Escolinhas de Arte. Por meio das influências americanas e europeia que foram implementadas nos cursos de formação de professores, foi observado que pela primeira vez o desenho infantil foi tomado como livre expressão da criança, e como uma representação do processo mental, possível de investigação e interpretação. Porém, apesar do novo olhar sobre o desenho da criança, os valores estéticos da arte infantil só passaram a ser reconhecidos como produto estético introduzidos nas correntes expressionistas, futuristas e dadaísta na cultura da sociedade brasileira realizada na Semana da Arte Moderna de 1922. Segundo afirma Barbosa (1975), A ideia da livre-expressão, originada no expressionismo, levou à ideia de que a Arte na educação tem como finalidade principal permitir que a criança expresse seu sentimento e à ideia de que a Arte não é ensinada, mas expressada. Esses novos conceitos, mais do que aos educadores, entusiasmaram artista e psicólogos, que foram os grandes divulgadores dessas correntes e, talvez por isso, promover experiências terapêuticas passou a ser considerada a maior missão da Arte na Educação (p. 45). 19 No decorrer de sua trajetória, o Movimento Escolinhas de Arte ganhou várias influências e contribuições. No entanto, suas bases conceituais se apoiaram nos estudos de Herbert Read, com sua obra intitulada de “Educação através da Arte” do ano de 1982, em que fala da Arte como um elemento humano agregador, que interpenetrando outras disciplinas facilitaria a aprendizagem pela qualidade cognitiva dos gestos, do som, do movimento e da imagem, e de Viktor Lowenfeld, por meio de sua obra intitulada de “Desenvolvimento da Capacidade Criadora” do ano de 1977. Também da Arte/Educadora Noêmia Varela, que foi integrante fundamental para introduzir esse novo ideário no Movimento. No entanto, é a partir desse novo ideário da Arte como livre expressão que vai se formar a concepção de Arte como lazer, por muito por não compreender realmente a integridade da livre-expressão. A partir disso, surge então o entendimento da Arte como um lazer, uma mera atividade, desprovida de conteúdos próprios, o que descaracteriza por completo a Arte como conhecimento indispensável para formação das gerações que venham compor até os dias de hoje. 4.3 CONCEPÇÃO DE ARTE COMO ATIVIDADE Portanto, o que se pode concluir a partir da seção anterior é que a concepção de ensino de Arte, que se baseia simplesmente em atividades realizadas, não é legítima. Tal concepção veio também em resultado da má interpretação contribuída da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) de nº 5.692/71, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de Arte nos currículos das escolas, o qual passa a entrar como fazendo parte do currículo intitulado com a antiga designação “Educação Artística”. Mas na realidade a Lei, no campo do ensino da Arte, veio como uma ação sem planejamento, pois as atividades eram desenvolvidas de maneira esvaziada de conteúdos específicos da área de arte, apenas se desenvolvia para cumprir com as formalidades, vista como passa tempo, uma ocupação de horário, isso porque tomavam o tempo de outras disciplinas que eram consideradas prioridades, além de que eram ministradas em sala de aula por professores que nem ao menos possuíam compreensão do significado da Arte ou mesmo era emprestado de outras matérias. 4.4 CONCEPÇÃO DE ARTE COMO CONHECIMENTO 20 A Arte, enquanto conhecimento, provém da ideia da Arte na Educação, com ênfase na sua própria arte. A concepção de educação artística era de Arte como atividade, e a Arte não sendo conhecimento era ensinada de forma não clara e sem estrutura. Um dia ela poderia ser um desenho, outro dia era um teatrinho, enfim, era vista como algo aleatório, porque na época não era conhecimento. O grande avanço aconteceu com as lutas dos novos educadores, que começavam a ampliar e perceber a Arte como algo que precisava ser visto de outra maneira. Essas lutas vieram juntamente com a nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB), na intenção de colocar no currículo escolar a Arte como conhecimento. A partir disso, o que se leva para a escola é o universo das Artes (Dança, Música, Teatro e Artes Visuais). Quando se compreende a Arte como uma área de conhecimento, uma construção sócia, histórica cultural, a inserir para um conceito em que a Arte esta ligada a cognição, como elemento de manifestação da razão. Fernando Hernandez (2005, p.32) ressalta que o importante não é somente ensinar, aos futuros professores, métodos prontos para usarem na prática pedagógica, mas sim estimulá-los a vivenciarem “essas estratégias mediante a criação de situações de vivência, convivência e colaboração (...)”. Portanto a Arte ela não está no campo apenas curricular, ela esta no campo da experiência, ela deve ser vivenciada, deve experimentada. A contemplação e ressignificação exige uma entrega criadora, dá vida ao novo e expressão a novos âmbitos, enquanto que o olhar superficial condiciona o ser fora da realidade vivida e, portanto, a uma ação reprodutivista sem produção própria. 21 5 METODOLOGIA No que diz respeito à metodologia, este estudo trata-se de uma pesquisa que exige uma abordagem qualitativa do tipo etnográfico. Ludke e André (1986) explicam que a pesquisa qualitativa tem como características básicas o ambiente natural como fonte de dados, sendo o pesquisador seu principal instrumento. Em uma pesquisa qualitativa predominam os dados descritivos. A atenção volta-se muito mais para o processo do que para o resultado. Pela pesquisa qualitativa podem-se levantar as perspectivas dos participantes, ou seja, podem-se conhecer as suas crenças e os seus pontos de vista, para, posteriormente, analisá-los, discutilos e confrontá-los. A pesquisa qualitativa não tem a preocupação de buscar evidências ou provas para hipóteses definidas. 5.1 DESCRIÇÃO DO CONTEXTO DA PESQUISA E DOS SUJEITOS PARTICIPANTES Os princípios metodológicos e éticos dessa pesquisa estão agrupados em quatro fatos: em primeiro lugar o pesquisador deve possuir objetivos verdadeiramente científicos e conhecer os valores e critérios do assunto a tratar, como também deixar claro ao seu entrevistado. Em segundo lugar, tratar a todos por igual. Em terceiro lugar, deve como pesquisador assegurar boas condições de trabalho, o que significa basicamente segundo Murphy e Dingwall (2001), que os pesquisadores não devem causar danos aos seus participantes. E finalmente, como pesquisador deve aplicar certos métodos especiais de coleta, manipulação e registro, ou seja, um acordo escrito será assinado tanto pelo pesquisador como também participantes se concentrando na questão de consentimento como também proteção de dados do participante. Esses códigos exigem que a pesquisa seja baseada no consentimento informado, ou seja, os participantes devem concordar em participar do estudo com base nas informações fornecidas pelo pesquisador. Neste contexto, Murphy e Dingwall (2001) falam de uma “teoria ética”, associando-a a quatro questões: • Não-maleficência: os pesquisadores devem evitar causar quaisquer danos aos participantes; • Beneficência: a pesquisa relacionada a temas humanos deve produzir algum tipo de benefício positivo e identificável, em vez de ser realizada simplesmente em função de seus próprios interesses; 22 • Autonomia ou autodeterminação: os valores e as decisões dos participantes da pesquisa devem ser respeitados; • Justiça: todas as pessoas devem ser tratadas igualmente 5.2 INSTRUMENTOS DE PESQUISA Como objetivos específicos, iniciei procurar: (a) Identificar qual a função de valor atribuído pelos professores à disciplina de arte dentro da escola, e, para isso será necessário se fazer uma entrevista com os professores. Na entrevista, a relação que se cria é de interação, havendo uma atmosfera de influências recíprocas entre quem pergunta e quem responde. Segundo Lakatos e Marconi (2001), a entrevista “é um procedimento utilizado na investigação social, para coleta de dados ou para ajudar no diagnostico no tratamento de um problema social” (p. 195). (b) Caracterizar a formação dos respectivos professores que trabalham diretamente com a disciplina escolar de arte, isso exige uma aplicação de um questionário junto aos sujeitos da pesquisa com perguntas específicas mais estruturadas, ou seja, que seguem uma ordem de questões, com o intuito de diagnosticar as concepções de Arte e de Ensino de Arte presentes nos discursos. A aplicação de questionário como instrumentos para o estudo da pesquisa pode ser definido segundo Gil (1999), “como técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo atingir os objetivos do projeto” (p.128). E por seguinte, (c) Caracterizar a concepção desses mesmos professores sobre a arte. Portanto para melhor compreensão será preciso análise documental dos dados obtidos por meio da entrevista e questionário a luz de uma contextualização histórica. 23 Objetivos Instrumentos Justificativa Identificar qual a função de Entrevista com os professores Segundo Lakatos e Marconi valor atribuído (2001), a entrevista “é um pelos professores à disciplina de procedimento utilizado arte dentro da escola investigação social, na para coleta de dados ou para ajudar no diagnostico no tratamento de um problema social” (p. 195). Caracterizar a formação dos A aplicação de questionário Segundo Gil (1999), “como respectivos professores que técnica trabalham diretamente com a composta por um número disciplina escolar de arte mais ou menos elevado de questões de investigação apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo atingir os objetivos do projeto” (p.128). Caracterizar a concepção Análise dos dados obtidos por Segundo Gil (199) A análise desses mesmos professores meio sobre a arte da entrevista e tem como objetivo organizar questionário a luz de uma os dados de tal forma que contextualização histórica possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos (p. 168). 24 5.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS A metodologia utilizada incluiu questionário e entrevistas com os professores, com a finalidade de conhecer suas respectivas concepções e compreensão do valor e importância da Arte/Educação. O primeiro contato com a instituição constituiu-se em uma entrevista com a direção da unidade, a fim de explicitar os objetivos do estudo bem como os professores. Para melhor elaboração deste trabalho, foram consultados documentos e a legislação pertinente. Foi então elaborado um roteiro para ser utilizado como modelo para as entrevistas. A entrevista realizada com os professores teve as perguntas baseadas em um questionário. O questionário teve perguntas abertas e fechadas sobre a percepção dos professores em relação à Arte/Educação. Estas entrevistas foram individuais e foram gravadas em áudio, com a autorização dos mesmos. Foram analisados alguns planos de aulas elaborados que recentemente foi trabalhado em aula, com o objetivo de comparar o trabalho prescrito na aplicação do questionário com o trabalho real. No sentido de garantir o anonimato das pessoas entrevistadas e da escola, foram scaneados os documentos e recortado os locais em que possa ocultar a identificação. A participação dos professores foi voluntária, mediante a informação dos objetivos da pesquisa e da garantia do pesquisador de que as informações prestadas seriam confidenciais e utilizadas não para buscar resultados estatisticamente relevantes, mas sim se destinou para a realização do trabalho para entender como os arte/educadores do Ensino Fundamental concebem a Arte/Educação. 25 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS A Pesquisa aqui está fundamentada na teoria em Arte/Educação de Ana Mae Barbosa, Arte/Educadora que destaca a importância do ensino de Arte coerente, voltado para a leitura de imagem (saber ler uma obra de Arte), contextualização (conhecer a sua contextualização histórica) e o fazer artístico (fazer Arte). Por tanto tem como base a pesquisa a cerca de conhecer o ensino de arte na formação de professores de uma escola da rede municipal da cidade de Cachoeirinha-PE. Sendo o principal objetivo de a pesquisa investigar as concepções do ensino de Arte bem como a formação de professores e suas praxes no campo do ensino da Arte na educação escolar. E sabendo que uma pessoa sem formação acadêmica tem mínimas chances de se dar bem em sua ação docente no sentido de se fazer um trabalho efetivo, buscamos fazer um levantamento inicialmente da formação dos professores antes de tudo. Para tal, foi feito uma pesquisa exploratória na literatura brasileira sobre Arte/Educação, um estudo sobre os fundamentos da Arte, para fazer parte de documentos deste trabalho a fim de possuir inteiro conhecimento sobre o assunto, no qual já vinha começado anteriormente, por segundo foi feito uma entrevista com nove professores que atuam na disciplina de Arte para fazer o levantamento de sua formação. Os dados coletados podem ser perfeitamente vistos aqui: As entrevistas e os questionários foram realizados nos dias 23/10/2014 e 30/10/2014 com nove professores individualmente e durante o período de tempo de oito dias. Foi perguntado primeiramente aos professores: Qual a sua formação inicial? Desses, dois possuíam formação inicial em Letras, três possuíam ensino médio e quatro formados em normal médio, ou antigo magistério. Ou seja, pouco destes possuem pelo menos uma formação próxima com a área e o trabalho que atua. Além de que desses ainda há professores atuando sem uma formação acadêmica, o que torna ainda mais agravante o caso com a formação. De acordo com a meta 15 do Plano Nacional de Educação (PNE), todos os professores da Educação Básica devem ter formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. Mas tal fato não corresponde com os resultados obtidos. 26 Professores 1 Ensino Médio X 2 4 5 6 7 8 X X X Cursando Cursando Normal Médio Pedagogia 3 X X X Cursando X Letras 9 Cursando X Quadro 1-Formação Inicial Então de acordo com o levantamento dos resultados aqui tratados mostra que há professores na sala de aula com áreas distintas, mas que de alguma forma não são de áreas distintas do campo da Arte, ou seja, vieram de cursos ou fazem curso que contemplam uma carga horária destinada a Arte/Educação. Por exemplo, não é um professor de matemática que esta ali atuando no ensino de Arte, então eles tem um conhecimento sobre, mesmo que limitada, mínima. Mas por outro lado a uma deficiência na formação no sentido de poucos possuírem uma graduação para a modalidade de ensino em que atua como é no caso de ser nos anos iniciais. Podemos perceber que dentre estes apenas quatro procuram uma formação acadêmica voltada para melhor atender e lhe dar com os pequenos, que é o curso de pedagogia que por sua vez, possui umas disciplinas voltadas especificamente para o trabalho com a educação infantil, para o publico infantil. Com o intuito de saber sobre o tempo de atuação dos professores foi feita a seguinte pergunta: Há quanto tempo o professor trabalhava na escola? E há quanto tempo que trabalhava com a Arte/Educação? Professores 1 2 3 Tempo de trabalho 1 ano e 3 2 na escola meses anos Tempo de trabalho 1 ano e 3 2 9 com a meses anos meses 4 3 anos 1 ano 5 6 7 8 9 3 1 ano 3 1 ano 2 anos 1 ano 3 anos anos 1 ano 2 anos 1 ano anos Arte/Educação Quadro 2 – Tempo de trabalho docente na instituição e com a Arte/Educação 2 anos 27 Atenta a esse resultado que demonstrados me veio à curiosidade em saber se cada professor sentia que sua formação garantia suficiente preparo pra o trabalho com a Arte/Educação, com a seguinte questão: A sua formação contribui para o trabalho com a Arte/Educação? Professores 1 Concordam Discordam 2 3 X X 4 5 X 6 7 8 X X 9 X X Concordam X X parcialmente Quadro 3- Formação e Preparo Desses professores, dos que discordaram e concordaram parcialmente, que possuem suficiente formação, justificaram da seguinte maneira, como pode ser visto: • Preciso buscar uma formação melhor; Dos que discordaram • Não possuo conhecimento específico da área; • É pouca a oferta de curso de capacitação nessa área. Dos que concordam parcialmente • Acredito fazer um bom trabalho, mas preciso me atualizar; • Estou sempre estudando os assuntos acerca da disciplina de aréa para sempre estar melhorando; Então o que se pode perceber é que dos que discordaram deixam bem evidenciado com suas palavras que sentem a necessidade de um conhecimento mais aprofundado para melhor desenvolver seu trabalho. Demonstrando que não é somente o problema da formação ou de compreensão, mas também pela carência de uma formação continuada. Ainda muitas 28 das secretarias de educação não trazem nem oferece oportunidades a os Arte/Educadores de poder estar se está atualizando ou mesmo se afastarem mesmo que em prol e para seu desempenho profissional. Já os que concordaram em estar preparados em momento algum nem se quer se pensa em estar se atualizando por meio de uma capacitação ou um curso formação específicos, participação em eventos em nenhum momento de fala em nenhum dos professores. De acordo com o que foi dito nas respostas, em relação a estar sempre buscando se atualizar, em sempre procurar estar trazendo coisas novas pra sala de aula, coisas estas que a partir do que ela já sabe ou esta estudando, me surgiu a curiosidade saber em como buscar estas atualizações, através do quê?. Foi então que perguntei: Em que você se fundamenta e busca meios para o planejamento de suas aulas? Professores Em que você se fundamenta e busca meios para o planejamento de suas aulas? 1 O planejamento acontece em todas aulas. 2 Em primeiro lugar eu realizo uma pesquisa sobre os conteúdos aplicados no decorrer do ano letivo, ou nos determinado anos que leciono. Por segundo faço pesquisas assuntos por assuntos na internet em sites e em seguida procuro que materiais posso estar utilizando como: livros velhos para colagem enfim. 3 É fundamentada no planejamento anual de Artes e busco material interativo na internet e biblioteca. 4 São inúmeras a possibilidades para se trabalhar com Artes, em momentos festivos procuro sempre fazer teatro com os meus alunos, apresentação com dança. Eu faço uma busca através de páginas da internet relacionada a o conhecimento da Arte e proponho a os meus alunos, como objetivos de fazer com que todos interajam e participem. 5 Bom, à Arte para mim ela é importante demais para o desenvolvimento da criança para ela se expressar seus sentimentos, suas ideias. Eu procuro sempre deixar um momento em todas as aulas livres, para que eles possam usar este momento e desenhar coisas que eles mais gostam. Numa semana é sobre comida, outras vezes sobre sentimentos o que ele sente naquele momento, outras vezes é com lugares. 6 É feito um estudo para o a elaboração do plano de aula. 29 7 O planejamento das minhas acontece semanalmente, são sempre lúdicas, como trabalho com crianças de 7 e 8 anos então estou sempre trazendo brincadeiras, atividades de pintar que é o que eles gostam muito de fazer, atividade com colagem. As maioria das atividades é impressão do livro, mas também utilizo materiais que tem disponível em paginas da internet. 8 Procuro diferentes estratégias, para estar aplicando com os meus alunos, às vezes quando se tem mais tempo nos trabalhamos com o teatro, com a dança, atividades também que trabalhe a sensibilidade a emoção também costumo esta sempre possibilitando momentos. 9 Pesquisa em livros de artes e em apostilhas que são encontradas na internet especificando por serie ou ano. Quadro 4- Planejamento das Aulas Com este quadro de respostas constata-se que na realidade, de acordo com o que foi dito, o planejamento é constituído de buscas de conteúdos aleatórios para aplicarem em sala de aula não ha um planejamento neste ensino por parte dos professores, no sentido de buscar outras fontes também apropriadas para o referido estudo. Em muito pouco a gente percebe que na fala não fica somente a pesquisas por páginas de internet, mas também ainda muito pobre de argumentos. Além de que quando se fala em buscar materiais para se trabalhar, fica bem nítida a ausência do planejamento. De parar para pensar, então não se faz planejamento, de acordo com os resultados a busca está debruçada em procurar cópias, modelos de internet e reproduzir. Tem muito conteúdo bom em internet, muitas planos de aula bons, mas o que se deve pensar é que aquele planejamento ali copiado e reproduzido nem sempre ou nunca vai ter o mesmo sentido para aquela aula. Ela pode ate ser ótima e a pessoa que a planejou pode ate ter obtido resultados maravilhosos com seu a alunos, mas quem pensou , planejou a parir do que percebeu que seus alunos precisavam, e com objetivos traçados por trás, não foi do nada aleatório. Segundo Barbosa (2008), Não basta ensinar Arte com horário marcado, mas é recomendável introduzi-la transversalmente em todo o currículo. O raciocínio inverso também é verdadeiro; isto é, não basta termos a Arte incluída transversalmente no Currículo, é necessário estudarmos Arte de maneira focal, aprofundada (p. 03). Em relação aos planos de aulas coletados, o que se percebe é que os professores vao em busca de modelos prontos de atividades sem a menor intenção de traçar objetivos que 30 realmente será capaz de gerar conhecimentos realmente efetivos na criança. Um outro ponto a ser tratado foi ao lançar a pergunta a os professores, se costumavam ir ao teatro, exposições ou cinema? Com que frequência? Isto em relação tanto com seus alunos em leva-los quanto eles mesmo se costumam ir. Em relação a os professores o que costumam ir é ao cinema, mas não com frequência. E em relação outras atividades como exposições, teatro, nenhum deles costumam frequentar. Em todas as respostas em relação em levar os alunos foram bem próximas, pois só é levado a algum evento não pelo planejamento dos professores, a escola é que leva, e quando se leva estes alunos não se tem nenhuma planejamento ou objetivo por traz, simplesmente levam como um passeio , mas na caderneta consta que foi uma atividade pedagógica. As respostas foram próximas em relação a levar seus alunos a exposições ate posso dizer que isto ocorreu por ter sido por todos serem educadores da mesma escola, pelo fato de que quando ocorre alguma festividade ou evento que a escola leva para alguma exposição vão todas as turmas geralmente juntas, de acordo com o que me falaram, durante a entrevista, pois durante a entrevista todos os professores justificaram a ida a eventos como sendo com todas as turmas. 31 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Daí o que se percebe é que há professores atuando fora da disciplina em que se especializaram, e não somente isto, mas o que se percebe que dentre este professores poucos dão ou enxergam a Arte como conhecimento, que possui especificidades próprias em cada linguagem, e então passam “atividades“ como decorar, fazer cartõezinhos em datas comemorativas como o dia das mães ou florezinhas de papel, de maneira técnica, ou simplesmente atividade relaxante num sentido de fazer coisinhas pra passar tempo. Sem mero conhecimento e valorização. O que se percebe é um total desrespeitos com os princípios de garantias acoberta da criança de ter educação de qualidade, e desrespeito com a própria Arte como conhecimento. Os professores ainda hoje mesmo com tantas Leis, com suas bagagens de experiências e teorias, e saberes ainda que passem por graduação ou mestrados tantos e tantos ainda insistem em refletir desse jeito em relação a Arte/Educação, isso acaba sendo uma deformação no dia a dia a o reproduzirem este tipo de pensamento, então é uma deformação ao invés de formação, pois o que acontece é a reprodução de modelo tipo toma uma florzinha recorta e manda eles pintar e faz um cartaz e sai aquilo tudo todos iguais. O que se percebe é que não expõem o que as crianças expressem o que eles sentem. E o Arte/Educador, professores pedagogos, de uma maneira geral mais uma vez deveria estar ciente disto e deste direito e obrigação com as garantias que a educação, tão quanto cada linguagem possui objetivos específicos que reafirma atingir um ensino consolidado a o conhecimento, então precisa que ele, o arte educador antes de tudo conheça as diversas modalidades da arte, para só assim o trabalho de educação escolar em arte não se limitar em “(...) dizer que os alunos precisam dominar os conhecimentos, é necessário dizer como fazê-lo, isto é, investigar objetivos e métodos seguros e eficazes para a assimilação dos conhecimentos” (LIBÂNEO, 1991, p.54). Então, mais uma vez com os resultados obtidos através da pesquisa evidencia que a formação docente é um processo em construção, se pensarmos em uma formação docente, supõem-se que o professor de Arte deva, também, produzir arte, vivenciar o fazer artístico, esta vivencia pode contribuir para a atuação na educação no sentido de criar soluções, investigar hipóteses e saber desenvolver conteúdos que realmente efetive o real sentido do trabalho e processos da Arte/Educação. 32 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Célia Maria de Castro. Concepções e práticas artísticas na escola. In: FERREIRA, Sueli. (Org.). O ensino das artes: construindo caminhos. Campinas: Papirus, 2001. AZEVEDO, Fernando Antônio Gonçalves de. A abordagem triangular no ensino das artes como teoria e a pesquisa como experiência criadora. 2014. 207f. Tese (Doutorado em Educação) Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal de Pernambuco, Recife 2014. BARBOSA, Ana Mae (Org.). A compreensão e o prazer da arte. São Paulo: SESC Vila Mariana, 1998. ______________. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 2002. ______________. Arte-Educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 2002 a. ______________.Design, Arte e Tecnologia4. São Paulo: Rosari, Universidade Anhembi Morumbi, PUC-Rio e Unesp-Bauru, 2008. ______________. Teoria e prática da educação artística. São Paulo: Cultrix, 1975. ______________. Uma introdução à Arte/Educação contemporânea. 1. Ed. São Paulo: Cortez, 2006. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Arte. Brasília: MEC; SEF, 1997. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 4. ed. revisada e ampliada. São Paulo: Atlas, 2001. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1991. MURPHY, E.; DINGWALL, R. The ethics of ethnography. In: ATKINSON, P.; COFFEY, A.; DELAMONT, S.; LOFTLAND, J.; LOFTLAND; L. H.(Eds.). Handbook of ethnography. London: Sage, 2001. (p. 339-351). SILVA, B. E. A inserção da arte no currículo escolar (Pernambuco, 1950-1980). 2004. 191f. Dissertação (Mestrado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação. Centro de Educação. Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2004. 33 APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS Av. Bom Pastor, s/n – Boa Vista – CEP 55292-270 – Garanhuns, PE Telefones: (087) 3761.08.82 e 3761.09.69 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Eu,____________________________________________ RG nº ______________, estou sendo convidado a participar da pesquisa ENSINO E APRENDIZAGEM EM ARTE(S): Concepções dos educadores do Ensino Fundamental (anos iniciais),sob a responsabilidade do pesquisadora Amanda Ângela da Silva,cujo os objetivos desta pesquisa está relacionado a investigar as concepções práxis arteducativa dos arte/educadores, conhecer a formação dos respectivos professores que trabalham diretamente com a disciplina escolar de Arte, e, por seguinte, compreender a concepção desses mesmos professores sobre a Arte/Educação. A minha participação no referido estudo será no sentido de colaborar para coleta de dados por meio de entrevistas e questionário previamente marcado para ajudar na investigação social referente a pesquisa. Recebi, por outro lado, os esclarecimentos necessários sobre os possíveis desconfortos e riscos decorrentes do estudo, levando-se em conta que é uma pesquisa, e os resultados positivos ou negativos somente serão obtidos após a sua realização. Estou ciente de que minha privacidade será respeitada, ou seja, meu nome ou qualquer outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, me identificar, será mantido em sigilo. Também fui informado de que posso me recusar a participar do estudo, ou retirar meu consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, e de, por desejar sair da pesquisa, sem sofrer qualquer prejuízo. Bem como me é garantido o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo, tudo o que eu queira saber antes, durante e depois da minha participação. 34 Enfim, tendo sido orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e compreendido a natureza e o objetivo do já referido estudo, manifesto meu livre consentimento em participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou a pagar, por minha participação. Cachoeirinha, _____ de _______________ de _________. __________________________________________ Assinatura do Participante da Pesquisa __________________________________________ Assinatura do Pesquisador __________________________________________ Assinatura do Orientador 35 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO 1 Questionário aplicado com os professores que trabalham com a Arte/educação, realizado entre os dias 23/10/2014 e 30/10/2014. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS Av. Bom Pastor, s/n – Boa Vista – CEP 55292-270 – Garanhuns, PE Telefones: (087) 3761.08.82 e 3761.09.69 Caro (a) Professor (a): Este questionário é um instrumento relativo à pesquisa que realizo no componente curricular TCC, enquanto concluinte do curso de Licenciatura em Pedagogia. Agradeço a valiosa e indispensável colaboração, ressalto que não precisa identificar, uma vez que manteremos o absoluto sigilo, o que requer uma postura ética ate mesmo enquanto pesquisadora iniciante. Antecipadamente agradeço a compreensão e colaboração. ROTEIRO DO QUESTIONÁRIO 1. Qual a sua formação inicial? 2. Há quanto tempo trabalha na escola? 3. Há quanto tempo trabalha coma a Arte/Educação? 4. A sua formação contribui para o trabalho com a Arte/Educação? 5. Em que você se fundamenta e busca meios para o planejamento de suas aulas? 36 APÊNDICE C – ENTREVISTA 1 Entrevista aplicada com os professores que trabalham com a Arte/educação, realizada entre os dias 23/10/2014 e 30/10/2014. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS Av. Bom Pastor, s/n – Boa Vista – CEP 55292-270 – Garanhuns, PE Telefones: (087) 3761.08.82 e 3761.09.69 Caro (a) Professor (a): Este roteiro de entrevista é um instrumento relativo à pesquisa que realizo no componente curricular TCC, enquanto concluinte do curso de Licenciatura em Pedagogia. Agradeço a valiosa e indispensável colaboração, ressalto que não precisa se identificar, uma vez que manteremos o absoluto sigilo, o que requer uma postura ética até mesmo enquanto pesquisadora iniciante. Antecipadamente agradeço a compreensão e colaboração. ROTEIRO DA ENTREVISTA 1. Costuma ir ao teatro, exposições ou cinema? Com que frequência? 2. Como você classificaria seu conhecimento prévio a respeito de Arte/Educação? 3. É importante para as crianças a Arte/Educação? 4. No seu curso você tem alguma disciplina que tratasse da Arte/Educação? 37 ANEXO A- MATRIZ CURRICULAR DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA UFRPE/UAG A PARTIR DE 2008.1 38 ANEXO B- MATRIZ CURRICULAR DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA UFPE A PARTIR DE 03/10/2013