window wall ratio
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O Papel do Arquiteto na Construção Sustentável Arquiteto Marcio Porto Arquiteto pela Fau Mack Mestre pela Fau USP O Papel do Arquiteto na Construção Beyeler Foundation Museum – Arq. Renzo Piano O Papel do Arquiteto na Construção de Moradias de Alto Poder Aquisitivo Vale das Pedras – Arq. Gustavo Pena O Papel do Arquiteto na Construção de Moradias de Baixo Poder Aquisitivo Periferia de Luanda – Não tem arquiteto O Papel do Arquiteto na Construção de Moradias de Baixo Poder Aquisitivo Periferia de Campinas – Tem arquiteto O Papel do Arquiteto na Construção em Geral É Fundamental! O QUE É CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL? É a resposta do homem à possibilidade de esgotamento dos recursos naturais, relativo ao impacto do mundo construído no mundo natural, com catastróficas consequências para a preservação da vida no planeta. O Papel do Arquiteto na Construção Sustentável California Academy of Siences – Arq. Renzo Piano Certificações Diversos países criaram critérios de avaliação para certificação de edifícios sustentáveis: Reino Unido - Building Research Establishment’s Environmental Assessment Method (Breeam); Estados Unidos, o Leadership in Energy and Environmental Design (LEED); França -Haute Qualité Environnementale (HQE); Japão - Casbee No Brasil estão sendo criados métodos de certificação, pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de São Paulo e pela UFSC, no Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (Labeee). No entanto, o método mais utilizado no Brasil é o LEED, certificado pelo Green Building Council Brasil (GBCB), responsável pela tropicalização das diretrizes do sistema americano. A Academia de Ciências é hoje, o maior edifício certificado do mundo, e também o museu mais “verde”do mundo. A Academia recebeu o certificado categoria Platina (a maior categoria possível) pelo selo Leadership in Energy and Environmental Design (LEED). O comprometimento com a Sustentabilidade estende-se a todos os aspectos do edifício – de bicicletários e estações de recarga de veículos elétricos, passando pelo sistema de aquecimento por pisos radiantes no interior do edifício aos painéis geradores de energia instalados em sua cobertura. • 90% de todo o material proveniente da demolição do edifíçio existente no terreno foi reciclado • 32,000 toneladas de areia provenientes das escavações das fundações foram alocadas em projetos de restauração de dunas em San Francisco • 95% de todo o aço empregado veio de fontes recicláveis • 50% da madeira empregada é proveniente do plantio de manejo sustentável • 68% da proteção termo acústica vem da reciclagem de blue jeans • 90% dos espaços de escritório são dotados de ventilação e iluminação natural • 60,000 células fotovoltaicas geram 213,000 kilowatt-hora • Consome 30% menos energia que o requerido pelo código federal Após a ECO-92, a União Internacional de Arquitetos (UIA) realiza em Chicago um congresso no qual os arquitetos se posicionam frente ao problema socioambiental e se propõem a produzir projetos eco eficientes. O compromisso é reafirmado em 1996, quando as Nações Unidas promovem a Conference on Human Settlements (Habitat II), ou a Cúpula das Cidades, em Istambul, Turquia, com o tema “Habitação adequada para todos e desenvolvimento de assentamentos humanos em um mundo urbanizado”. A Agenda 21 foi adotada e se estabeleceu um plano de ação global para as duas primeiras décadas do novo século. Em relação aos aspectos humanos, deve-se considerar a segurança, o conforto ambiental nos seus vários aspectos, a ergonomia e acessibilidade, a relação com a comunidade e com a cidade. Por último, mas não menos importante, podemos citar o aspecto cultural, como a preservação da cultura local por meio de uma proposta formal que ao mesmo tempo inove, considere as questões ambientais e respeite a tradição local, dentro do projeto cultural próprio de cada país. Centro Cultural Nova Caledonia - Arq. Renzo Piano TÉCNICAS E MATERIAIS DISPONÍVEIS Hoje sabemos que a construção civil consome 40% de toda a energia gerada e emite 40% dos gases poluentes. Neste horizonte, a indústria global vem trabalhando para a obtenção de materiais e técnicas alternativas que possibilitem uma revisão desses números. A ARQUITETURA BRASILEIRA COMO REFERÊNCIA PARA O MUNDO Desde o início, a arquitetura moderna brasileira buscou a adequação dos ideais modernos às condições climáticas aqui presentes, propiciando, através de elementos arquitetônicos, maior usufruto de nossos fartos recursos naturais, como, por exemplo, a utilização de brise-soleil a fim de evitar a incidência direta de radiação solar, o que ajuda a controlar a temperatura interna do edifício; o emprego de terraços-jardins, evitando a impermeabilização de grandes superfícies; jardins internos propiciando o controle térmico das edificações, que através do sombreamento produzido, reduz a temperatura na pavimentação; porém, ainda não fazia parte desse universo as técnicas e os métodos de avaliação da performance do edifício que tem por intuito corrigir e aperfeiçoar o projeto e seu funcionamento. Palácio Capanema Arquitetos: Afonso Reidy, Carlos Leão, Ernani Vasconcelos, Jorge Moreira, Le Corbusier, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer Banco Sul-Americano Arquiteto: Rino Levi A RESPOSTA INTERNACIONAL AO PROBLEMA A crise energética nos anos 1970 colocou na ordem do dia a importância da utilização de recursos naturais, a valorização e a preservação de nossas condições bioclimáticas. Assim, na atualidade muitos arquitetos vêm se valendo de artifícios e da sofisticada tecnologia para promover inovações no campo da arquitetura, de maneira a solucionar essas questões em voga no século XXI. Talvez, os dois principais expoentes sejam Norman Foster e Renzo Piano. O Commerz Bank Edifício situado na Alemanha, concluído em 1997 , com 56 pavimentos, foi planejado para economizar energia e proporcionar conforto físico e psicológico a seus usuários. Edifício La Defence (1973) Arq. Oscar Niemeyer Qualquer semelhança é mera coincidência Sistema de Ecoeficiência • • • • • • • • • • • • • • • • orientação solar adequada; coerência com os condicionantes climáticos locais; adoção dos recuos necessários entre os diversos componentes da edificação, bem como entre a edificação e o entorno; otimização dos sistemas de circulação, de forma a evitar conflitos entre distintos fluxos; criação de espaços de convivência; adoção de materiais construtivos termicamente eficientes nas superfícies opacas e transparentes; adoção de taxa de WWR (window wall ratio) adequada às condições de conforto térmico e luminosos internos; adoção de proteção solar externa adequada às fachadas; aproveitamento correto dos ventos para resfriamento e renovação do ar interno; otimização da iluminação natural; adoção e manutenção da fauna e flora existentes para criação de microclima local e redução do efeito de “ilha de calor”; redução de ruídos e impactos visuais; utilização de elementos de sombreamento – construídos ou vegetação; adoção de sistemas construtivos que gerem economia e rapidez de construção; adoção de sistema de captação de energia solar; adoção de sistemas para uso e reúso racional de água; adoção de materiais de baixo impacto ambiental. Estudos de Caso Museu Sustentáve de Arquitetura Cobertura Fotovoltáica Chicago MoMA – Arq. Renzo Piano Sede Petrobras - Vitória Corte Longitudinal Corte Transversal Fachadas Duplas - Brises A Sustentabilidade Aplicada CICJ – Centro de Integração do Comperj Obra Pré-Fabricada Pátio Central Fachadas / Brises