Volume 6 Número 2
Transcrição
Volume 6 Número 2
Volume 6 - Número 2 - Ano 2010 ISSN 1808-9909 Volume 6, Número 2, 2010 PLANT CELL CULTURE & MICROPROPAGATION Cultura de Células & Micropropagação de Plantas Publicação Científica da Associação Brasileira de Cultura de Tecidos de Plantas Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, MG, v. 6, n. 2, p. 57-104, 2010 A revista “Plant Cell Culture & Micropropagation”, editada semestralmente pela Editora da Universidade Federal de Lavras (Editora UFLA), publica artigos científicos da área de cultura de tecidos de plantas por membros da comunidade científica nacional e internacional. Com uma tiragem de 600 exemplares é distribuída aos membros da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CULTURA DE TECIDOS DE PLANTAS (ABCTP) em dia com a anuidade. Para se associar à ABCTP consulte o site: <www.abctp.ufla.br> PERMUTA A revista “Plant Cell Culture & Micropropagation” deseja fazer permuta com revistas de áreas afins. ABCTP Universidade Federal de Lavras – Departamento de Biologia Setor de Fisiologia Vegetal – Caixa Postal: 3037 – Lavras – MG – CEP 37200-000 E-mail: [email protected] FICHA CATALOGRÁFICA Diretoria Antônio Paulino da Costa Netto – UFG – Presidente José Antônio Petters – UFPel – Vice-Presidente Manuel Gabino Crispin Churata Masca – UFG – Primeiro Secretário Eurico Pinto de Lemos – UFAL – Segundo Secretário Fabiano Guimarães Silva – IF Goiano – Primeiro Tesoureiro Breno Regis Santos – Unifal – Segundo Tesoureiro Conselho Fiscal Leonardo Ferreira Dutra – EMBRAPA – Titular José Raniere Ferreira de Santana – UEFS – Titular Magdi Ahmed Ibrahim Aloufa UFRN – Titular Eugênia Jacira Bolacel Braga –UFPel – Suplente Osmar Alves Lameira – EMBRAPA – Suplente Adriano Bortolotti da Silva – UNIFENAS – Suplente Comissão Editorial Editor Chefe Renato Paiva – UFLA Conselho Editorial Antônio Paulino da Costa Netto – UFG Renato Paiva – UFLA Antônio Carlos Torres Secretaria Diogo Pedrosa Corrêa da Silva – UFLA Nomenclatura Científica Manuel Losada Gavilanes– UFLA Revisão de Português Rose Mary Chalfoun Bertolucci Revisão de Inglês Renato Paiva – UFLA Revisão de Referências Bibliográficas Diogo Pedrosa Corrêa da Silva – UFLA Editoração e Diagramação Patrícia Carvalho de Morais – Editora UFLA Consultoria Científica (v.6, n.2, 2010) Antônio Carlos Torres Antônio Paulino da Costa Netto –UFG José Eduardo Brasil Pereira Pinto – UFLA Suzan Kelly Vilela Bertolucci – UFLA Virginia Silva Carvalho – UENF João Maurício Cavalcante Alves – UFLA Vanessa Cristina Stein – UFG Fernanda Pereira Soares – MAPA Fernanda Carlota Nery – UFSJ José Raniere Ferreira de Santana - UEFS Rodrigo Kelson Silva Rezende – UFGD Suzana Stefanello – UFPR Therezinha Rangel Câmara – UFRPE Milene Alves de Figueiredo Carvalho – EMBRAPA ISSN 1808-9909 Plant Cell Culture & Micropropagation CONTEÚDO PHYTOCHEMICAL SCREENING OF FIELD-GROWN PLANTS AND in vitro TISSUE CULTURE OF Hovenia dulcis THUNB. Perfil fitoquímico de Hovenia dulcis Thunb. cultivada in vivo e in vitro. Ivan Gonçalves Ribeiro, Tatiana Carvalho de Castro, Carlos Roberto Machado Gayer, Marsen Garcia Pinto Coelho , Norma Albarello............................................................................................................................. 57 SHOOT REGENERATION FROM ROOT EXPLANTS OF Adenocalymma nodosum (SILVA MANSO) L.G.LOHMANN Regeneração de brotações a partir de explantes radiculares de Adenocalymma nodosum (Silva Manso) L.G.Lohmann Janaína Fernanda de Oliveira, Vespasiano Borges de Paiva Neto, Mônica Cristina Rezende Zuffo, Maria Rita Marques, Josimara Nolasco Rondon, Sebastião Ferreira Lima............................................................. 65 SACAROSE E GA3 NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES E NO DESENVOLVIMENTO in vitro DE PLÂNTULAS DE GOIABEIRA ‘PEDRO SATO’ Sucrose and GA3 on germination and on in vitro development of guava ‘Pedro Sato’ plantlets Thatiane Padilha de Menezes, Filipe Almendagna Rodrigues, Simone Abreu Asmar, Moacir Pasqual.......................................................................................................................................................... 70 6-BENZILADENINE (BA) AND GIBERELIC ACID (GA3) EFFECTS ON in vitro DEVELOPMENT OF Selenicereus grandiflorus (L.) BRITTON & ROSE (CACTACEAE) efeitos de 6-benziladenina (BA) e ácido giberelico (GA3) no desenvolvimento in vitro de Selenicereus grandiflorus (L.) Britton & Rose (cactaceae) Patrícia Fontes Esteves; Alice Sato; Maria Apparecida Esquibel................................................................. 77 LUZ NATURAL E SISTEMAS DE VEDAÇÃO NA PROPAGAÇÃO in vitro DE CRISÂNTEMO CV. RAGE: ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS natural light and seal systems on in vitro propagation of chrysanthemum cv. Rage: anatomical and physiological alterations Francyane Tavares Braga, Moacir Pasqual, Evaristo Mauro De Castro, Samantha Léa Dignart, Gabriel Coimbra Rafael, Claudinéia Ferreira Nunes.................................................................................................. 82 BAP E AIB NO CULTIVO in vitro DE Epidendrum ibaguense KUNTH BAP and AIB on in vitro culture of Epidendrum ibaguense Kunth Maurício Reginaldo Alves dos Santos; Maria das Graças Rodrigues Ferreira; Maguiana Gonçalves Marques......................................................................................................................................................... 90 COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA GERMINAÇÃO in vitro E ACLIMATIZAÇÃO DE MUDAS DE Aechmea blanchetiana (BAKER) L. B. SMITH EM DIFERENTES RESÍDUOS DA AGROINDÚSTRIA In vitro germination and seedling acclimatization of Aechmea blanchetiana (Baker) L. B. SMITH in different agroindustry residues Tarcisio Rangel do Couto; Janie Mendes Jasmim; Virginia Silva Carvalho, Guilherme Eugênio Machado Lopes............................................................................................................................................................. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 57-104, 2010 99 PHYTOCHEMICAL SCREENING OF FIELD-GROWN PLANTS Phytochemical screening of field-grown plants... AND in vitro TISSUE CULTURE OF Hovenia dulcis THUNB 57 PERFIL FITOQUÍMICO DE Hovenia dulcis THUNB. CULTIVADA in vivo E in vitro IVAN GONÇALVES RIBEIRO1, TATIANA CARVALHO DE CASTRO2, CARLOS ROBERTO MACHADO GAYER3, MARSEN GARCIA PINTO COELHO4, NORMAALBARELLO5 1 Doutorando - Laboratório de Biotecnologia de Plantas (Labplan) - Departamento de Biologia Vegetal - Universidade Estadual do Rio de Janeiro - Rua São Francisco Xavier, 524. PHLC, sala 509, Maracanã - 20.550-013 - Rio de Janeiro, RJ - [email protected] 2 Técnica em Biotecnologia – Farmacêutica - Laboratório de Biotecnologia de Plantas (Labplan) - Departamento de Biologia Vegetal Universidade Estadual do Rio de Janeiro - Rua São Francisco Xavier, 524. PHLC, sala 509, Maracanã - 20.550-013 - Rio de Janeiro, RJ - [email protected] 4 Biólogo - Laboratório de Imunologia Aplicada e Bioquímica de Proteínas e Produtos Naturais (LIA-BPPN) - Departamento de Bioquímica - Universidade Estadual do Rio de Janeiro - Rua Manoel de Abreu, 444. PAPC, 4º andar. Maracanã - 20550-170 - Rio de Janeiro, RJ [email protected] 5 Professora Adjunta - Laboratório de Imunologia Aplicada e Bioquímica de Proteínas e Produtos Naturais (LIA-BPPN) - Departamento de Bioquímica - Universidade Estadual do Rio de Janeiro - Rua Manoel de Abreu, 444. PAPC, 4º andar. Maracanã - 20550-170 - Rio de Janeiro, RJ [email protected] 5 Professora Adjunta - - Laboratório de Biotecnologia de Plantas (Labplan) - Departamento de Biologia Vegetal - Universidade Estadual do Rio de Janeiro - Rua São Francisco Xavier, 524. PHLC, sala 509, Maracanã - 20.550-013 - Rio de Janeiro, RJ [email protected] Hovenia dulcis Thunberg is a tree which belongs to the family Rhamnaceae and is known in Brazil as “uvado-japão”. Many species of Rhamnaceae have been investigated for medicinal properties and important pharmacological activities were reported, such as those related to malaria treatment and the prevention of Chagas Disease. Among the several medicinal studies from the Rhamnaceae species, antioxidant, hepatoprotective, antimicrobial, antineoplasic and antigiardic activities were reported. Th e aim of this study was to carry out phytochemical screening of leaves from a wild growing plant an d compare to material produced from biotechnological methods based on tissue culture. The HPLC analysis revealed that plants grown under field conditions presenting more diverse chromatographic profile and indicating the presence of a large quantity of compounds. Gas chromatography showed that these extracts presented higher amounts of volatile compounds. Moreover, the absence of peaks in samples from calli and in vitro propagated plan ts suggests that volatile compounds are not present in these samples. Due to the differences observed in the phytochemical profiles, according to their origin, the data reinforce the use of in vitro technologies for compounds production, being able to produce secondary metabolites not found in the field plant, or allowing in vitro manipulation of these compounds. RESUMO Hovenia dulcis Thunberg é originária da Ásia Oriental, sendo encontrada mais frequentemente na China e no Japão. No Brasil, é conhecida popularmente como uva-do-Japão. Diversas espécies da família Rhamnaceae vêm sendo estudadas quanto ao seu potencial medicinal, tendo sido relatadas importantes atividades farmacológicas, com destaque no tratamento da malária e na prevenção da Doença de Chagas, apresentando ainda atividades antioxidante, hepatoprotetora, antimicrobiana, antineoplásica, e antigiárdica. Extratos alcoólicos foram preparados a partir de calos compactos com dois meses de cultivo, de folhas de um exemplar arbóreo e da parte aérea de plantas propagadas in vitro, sendo submetidos a análises cromatográficas. A análise por CLAE revelou um perfil cromatográfico mais diversificado nos extratos de planta de campo, indicando a presença de maior quantidade de substâncias. Porém, foram constatados picos de substâncias produzidas nas condições in vitro, não observados nos extratos da planta de campo. A cromatografia gasosa demonstrou que os extratos de planta de campo possuem maior quantidade de substâncias voláteis, enquanto a ausência de picos nas amostras de calos e de plantas propagadas in vitro sugere que substâncias voláteis não estão presentes. Dessa forma, ficou constatado que os extratos apresentam perfis fitoquímicos diferentes em função da sua origem. Esses resultados consolidam a proposta do uso da cultura de células e tecidos vegetais como estratégia para a produção de metabólitos, onde podem ser obtidas substâncias não encontradas na planta de campo, oferecendo ainda a possibilidade de manipulação dessa produção in vitro. Index terms: Rhamnaceae, medicinal plant, callus culture, in vitro propagation Termos para indexação: Rhamnaceae, planta medicinal, cultura de calos, propagação in vitro. ABSTRACT (Recebido em 29 de outubro de 2009 e aprovado em 29 de junho de 2010) Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 57-63, 2010 58 RIBEIRO, I. G. et al. INTRODUCTION Natural products have been obtained through plant tissue culture techniques, such as callus and cell suspension culture. These methods of producing compounds with medicinal interest are of great value, since they allow controlled cultivation , providin g continuous and homogeneous synthesis of raw material, regardless of environmental and seasonal factors. These compounds are not essential to plant metabolism and are known as secondary metabolites (SANTOS, 2004), belonging to different chemical classes with medicinal interest. Hovenia dulcis Thunberg, traditionally known as “uva-do-japão”, is a tree native from East Asia, mainly China “uva-do-japão”. and Japan, and is cultivated in Brazil especially in subtropical mountainous areas, ideal for its adaptation (COSTA, 1934; JOHNSTON & FREITAS SOARES, 1972; BASTOS, 1990). In Chinese folk medicine, pseudofruits are used as diuretic, febrifuge and against diarrhea (KENNEDY et al., 1988, HUSSAIN et al., 1990), while in Brazil it has been employed as antiasmatic (COSTA, 1934; CORRÊA, 1984; BASTOS, 1990). Recent studies report the antineoplasic potential by inhibition of growth of tumor cells cultures and tripanocid activity (CASTRO et al., 2002), besides antigiardic activity (GADELHA et al., 2005). The antioxidant activity was proposed in several extracts and related to different mechanisms. Antioxidant activity of pseudofruit extracts was associated with the control of diabetes (LEE et al., 2005). The hepatoprotective activity was reported in several studies and seems to be the most studied. Besides being used as a medicine against liver diseases in traditional Chinese and Korean medicine, extracts of H. dulcis act as detoxicant in alcohol poisoning and protect the liver against hepatotoxic substances (KIM, 2001; JI et al., 2001; HWANG et al., 2005). The present work has been designed to evaluate the phytochemical profile of calli and in vitro propagated plants, establishing a comparison with the material collected under field conditions. MATERIALAND METHOD specimen (HRJ1426) is kept at the Herbarium of Rio de Janeiro State University (UERJ). Plant material The extracts were prepared from compact calli derived from two months old in vitro germinated seedlings, grown on MS medium with 13.43 mM NAA + 5.54 mM BAP; aerial parts of two months old in vitro propagated plants obtained from stem segments and cultivated on MS medium with 2.22 mM BAP + 2.32 mM of KIN (CASTRO, 2001) and expanded leaves of a tree grown under field condition located at Teresópolis city (RJ) (RIBEIRO, 2009). The material was dried at 45oC for 24 hours. The samples were immersed in ethyl alcohol PA (Merck) for two weeks at 25+2o C under agitation. After filtration on Whatman paper (no.1), the extracts were concentrated in rotary evaporator under reduced pressure and 40º C, dried under vacuum until constant weight and kept in the dark, at 10o C (SIMÕES et al., 2006). High pressure liquid chromatography (HPLC) analysis The extracts were subjected to HPLC to evaluate and compare the chromatographic profiles. The samples were diluted in 77% aqueous acetonitrile to a concentration of 10 mg mL-1 and injected in a C18 column (BONDAPAK 27,324, particles 10 microns, 300 x 3.9 mm) with UV-VIS detector set at 210 nm (Castro, 2001). The elution flow was 0.7 mL/min for 15 minutes in linear gradient of 0-77%. The mobile phase consisted of 77% aqueous acetonitrile. 20 mL of each sample were injected in duplicate. The signs of absorption were identified according to the retention time (rt) of compounds. Gas chromatography (GC) analysis Gas chromatography was performed on a CP-SIL 31CB column (W-Cotinga, 25 mx 0.32 mm x 0.2 mm) with an injection temperature of 250 °C and detector at 300 ºC. The temperature was progressively increased at a rate of 10 ºC Branches of Hovenia dulcis Thunb. were collected per minute. Nitrogen was used as the carrier gas. Samples were diluted in 77% acetonitrile to a concentration of 10 at Teresópolis city, Rio de Janeiro (RJ), Brazil. A voucher mg L-1 and 20 mL of each sample were injected in duplicate. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 57-63, 2010 Phytochemical screening of field-grown plants... RESULTS AND DISCUSSION High pressure liquid chromatography (HPLC) analysis The extracts subjected to HPLC analysis are represented in Figure 1. At 210 nm wavelength it was 59 in other species (YOSHIKAWA & FURUYA, 1985; ZHAO et al., 2001). Several studies, in wich HPLC analysis was conducted, have reported that calli extracts presented a possible to notice that the three types of extracts tested presented different profiles. The higher number of peaks smaller number of compounds in comparison with in vitro showed that extracts obtained from plants grown under field conditions revealed that these plants presented a more under in vivo conditions (OLIVEIRA et al., 2001; ITAYA et diverse chromatographic profile indicating the presence of a larger amount of compounds. Furthermore, the different supposed to produce less secondary metabolites mainly retention times observed in extracts of in vitro propagated plants compared to extracts of plants grown under field This way, the higher amount of compounds found on in conditions, suggests that these two extracts presenting different compounds. Besides that, it was observed the propagated plants, especially in relation to plants grown al., 2005; ROOSTIKA et al., 2007). Callus cultures are because of its undifferentiated and non-specialized cells. vivo grown plants is somehow expected, once the extracts from these plants are composed by substances produced on several cell types with different functions presence of a high intensity peak with retention time around 3 minutes in all the three extracts, indicating the production and consequently with different metabolisms (PASQUA of similar compounds occurring on the samples. Callus cultures are very useful systems for the natural con ditions play an important role in the et al., 2003; GADZOVSKA et al., 2007). Besides that synthesis of metabolites that would take effect in the biosynthesis of natural products, but in some cases, the production of certain secondary metabolites depends on al., 2008). Nevertheless, it is possible to manipulate the the differentiation of some tissues from callus, as observed callus cultures for producing desired metabolites. protection against environmental stresses (EDREVA et FIGURE 1 _ Chromatograms of different extracts of H. dulcis submitted to HPLC analysis. A - In vitro propagated plants; B - Callus culture; C – Field grown plant. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 57-63, 2010 60 RIBEIRO, I. G. et al. Stafford (1991) suggests that an adjustment of growth Gas chromatography (GC) analysis regulators added to culture medium is, in most cases, By the amount of peaks observed in the the most important parameter to be considered, and chromatograms (Figure 2), it was noticed that extracts of therefore of highest priority. However, other factors such plant grown under field conditions presented higher amounts as nitrogen and phosphorus sources, temperature, of volatile compounds. Moreover, the absence of peaks in presence or absence of light, addition of amino acids, samples from calli and in vitro propagated plants suggests metabolic engineering, genetic engineering and elicitors that volatile compounds are not present in these samples. may be considered too (PANDA et al., 1992; CHOI et al., Gas chromatography has been widely used in the study of 1994; FETT-NETO et al., 1994; VEERPORTE et al., 1999; plant volatiles. Analysis by GC has shown that many volatile compounds produced by plants grown under field BOURGAUD et al., 2001). Temperature, for example, has proven to be an i mportan t factor affecti ng th e biosynthetic activity of cells in several species (AKSU & EREN, 2005). The production of beta carotene was observed in callus cultures of Capparis spinosa L. maintained on media supplemented with PIC or 2,4-D, specially at 36±2 °C (ALBARELLO et al., 2007). The next step of this study is the identification of metabolites of interest in H. dulcis callus cultures. Thus, some of these parameters, specially temperature and light, will be evaluated in order to explore metabolite production. conditions may not be present in in vitro cultures (Hamada et al., 1991). Differences in phytochemical profiles obtained by GC have been reported for several species (GULLUCE et al., 2003; NIKOLAKAKI & CHRISTODOULAKIS, 2004; ZAYED et al., 2006; PACIFICO et al., 2008). The low amount of volatile substances found in in vitro cultures of H. dulcis does not imply that this kind of compounds cannot be produced in these conditions. For example, the analysis of wheat calli identified over 200 volatile compounds (LOZOVAYA et al., 2006). FIGURE 2 _ Chromatograms of different extracts of H. dulcis submitted to GC. A - In vitro propagated plants ; B Callus; C - Field grown plants. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 57-63, 2010 Phytochemical screening of field-grown plants... Through the manipulation of culture medium, it is possible to stimulate or in hibit the synth esis of substances already present in in vivo plants, besides ind ucing th e pr oducti on of new substan ces (FIGUEIREDO et al., 1999; SIMÕES et al., 2009). SchmedaHirschmann et al. (2004) compared different types of in vitro cultures of Fabiana imbricata Ruiz & Pavón with plan ts collected in field during different mon ths throughout the year analyzing the contents of oleanolic acid, rutin, chlorogenic acid and scopoletin. The authors found a high variation of these metabolites in plants under in vivo conditions, and in some cases showed that the callus cultures were more efficient in the production of these metabolites. Simões et al. (2009) observed similarities on the chromatographic profiles from calli and stems of field-grown plant extracts of Cleome rosea Vahl ex DC. and the presence of the anthocyanin peonidin was observed from callus culture, but not from field-grown plants. The use of elicitation methods may also be applied on the production of these compounds (DE ALWIS et al., 2009). This way some modifications may be applied on H. dulcis callus culture medium allowing the synthesis of volatile compounds such as terpenes. Preliminary studies of H. dulcis by HPLC analysis sh owed th at differen t compounds were detected mainly in extracts of leave and stem from in vitro plants. Tissue culture techniques were efficient to increase the production of some compounds in extracts from in vitro plants, when compared with extracts from seedlings and adult plant (CASTRO et al., 2001) In the present study, considering that different compounds were detected depen din g on culture conditions (in vivo and in vitro), new procedures should be adopted regarding the modification of culture medium, in order to increase in vitro production of desirable metabolites from H. dulcis. CONCLUSIONS It was possible to conclude that the synthesis of metabolites might vary according to the origin of plant material and culture conditions. These data reinforce the 61 use of in vitro technologies for compounds production, being able to produce compounds not found in the field plant, or allowing in vitro manipulation of these compounds. AKNOWLEDGEMENTS This study was carried out as a part of the project “Produção e avaliação de plantas e metabólitos de interesse medicinal obtidos in vivo e in vitro’’, coordinated by Dr Norma Albarello. The authors are grateful to FAPERJ and CNPq for financial support, to Maria Francisca Santoro de Assunção (Núcleo de Biotecnologia Vegetal - IBRAG/UERJ) for technical assistance and also to Mrs. Maria Dolores Formosinho de Sá for consenting the access to the site where the species were collected under field conditions. REFERENCES ALBARELLO, N. Histological analysis of calluses from in vitro propagated plants of Cleome spinosa Jacq. Brazilian Journal of Biosciences, Porto Alegre, v. 5, Supl. 2, p. 699-701, 2007. AKSU, Z. & EREN, A .T. Carotenoids production by the yeast Rhodotorula mucilaginosa: use of agricultural wastes as a carbon source. Process Biochemistry,London, v. 40, p. 2985-2991, 2005. BASTOS, N. R. A. Família Rhamnaceae R. Br. no Rio Grande do Sul. Gêneros: Colubrina Rich. ex Brongn., Gouania Jacq. e Hovenia Thunb.Pesquisas - Série. Botânica, São Leopoldo, n. 41, p. 99-121, 1990. BOURGAUD, F.; GRAVOT, A.; MILESI, S.; GONTIER, E. Production of plant secondary metabolites: a historical perspective. Plant Science, Davis, v. 161, p. 839-851, 2001. CASTRO, T. C. Germinação, micropropagação e perfil fitoquímico por CLAE da espécie medicinal Hovenia dulcis thunb. (Rhamnaceae). 2001. Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual do Rio de Janeiro,Rio de Janeiro, 2001. CASTRO, T. C.; PELLICCIONE,V. L. B.; FIGUEIREDO, M. R.; SOARES, R. O. A.; BOZZA, M. T.; VIANA, V. R. C.; ALBARELLO, N.; FIGUEIREDO, S. F. L. Atividade antineoplásica e tripanocida de Hovenia dulcis Thunb. cultivada in vivo e in vitro. Revista Brasileira de Farmacognosia, João Pessoa, v. 12, suplemento, p. 96-99, 2002. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 57-63, 2010 62 RIBEIRO, I. G. et al. CHOI, K. T.; AHN, I. O.; PARK, J. C. Production of ginseng saponin in tissue culture of ginseng (Panax ginseng C.A. Mayer). Russian Journal of Plant Physiology, Moscow, v. 41, p. 784-788, 1994. CORRÊA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura, Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, 1984. 6v. COSTA, O. A. Hovenia dulcis Thunb. Família das Rhamnaceas. Revista da Flora Medicinal, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 230-239, 1934. DE ALWAIS, R.; FUJITA, K.; ASHITANI, T.; KURODA, K. Volatile and non-volatile monoterpenes produced by elicitor-stimulated Cupressus lusitanica cultured cells. Journal of Plant Physiology, Hanover, v. 166, n. 7, p. 720728, 2009. EDREVA, A.; VELIKOVA, V.; TSONEV, T.; DAGNON, S.; GÜREL, A.; AKTAS, L.; GESHEVA, E., Stress-protective role of secondary metabolites: diversity of functions and mechanisms. General and Applied Plant Physiology, Sofia, v. 34, n. 1-2, p. 67-78, 2008. FETT-NETO, A. G.; PENNINGTON, J. J.; DICOSMO, F. Effect of white light on taxol and baccatin III. Accumulation in cell cultures of Taxus cuspidata Sieb and Zucc. Journal of Plant Physiology, Hanover, v. 146, p. 584-590, 1995. FIGUEIREDO, S. F. L.; VIANA, V. R. C.; SIMÕES, C.; ALBARELLO, N.; TRUGO, L. C.; KAPLAN, M. A. C.; KRUL, W. R. Lignans from leaves, seedlings and micropropagated plants of Rollinia mucosa (Jacq.) Baill. Annonaceae. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, Hauge, v. 56, p. 121-124, 1999. GADELHA, A. P.; VIDAL, F.; CASTRO, T. C.; LOPES, C. S.; ALBARELLO, N. ; COELHO, M. G. P. ; FIGUEIREDO, S. F. L.; MONTEIROLEAL, L. H. Susceptibility of Giardia lamblia to Hovenia dulcis extracts. Parasitology. Research., New York, v. 97, n. 5, p. 399-407, 2005. GADZOVSKA, S.; MAURY, S.; DELAUNAY, A.; SPASENOSKI, M.; JOSEPH, C.; HAGÈGE, D. Jasmonic acid elicitation of Hypericum perforatum L. cell suspensions and effects on the production of phenylpropanoids and naphtodianthrones. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, Hauge, v. 89, p. 1-13, 2007. GULLUCE, M.; SOKMEN, M.; DAFERERA, D.; AGAR, G.; O ZKAN, H.; KARTAL, N.; POLISSIOU, M.; SOKMEN, A.; SAHIN, F. In vitro antibacterial, antifungal, and antioxidant activities of the essential oil and methanol extracts of herbal parts and callus cultures of Satureja hortensis L. Journal of Agricultural and Food Chemistry, Washington, v. 51, p. 3958-3965, 2003. HAMADA, H.; HOSHINO, T.; OHSATO, K. The production of capillen in shoot primordia of Artemisia capillaris Plant Tissue Culture Letters, Tokyo, v.8, n. 3, p. 190-192, 1991. HUSSAIN, R. A.; LIN, Y.; POVEDA, L. J.; BORDAS, E.; CHUNG, B. S.; PEZZUTO, J. M.; SOEJARTO, D. D.; KINGHORN, D. Plant-derived sweetening agents: saccharide and polyol constituents of some sweet-tasting plants. Journal of Ethnopharmacology, Lausanne, v. 28, n. 1, p. 103-115, 1990. HWANG, H.I., LEE, I.S., CHAE, H.J., MOON, H.Y. Effects of the Hovenia dulcis THUMBER var. Koreana Nakai Extracts on Hepatoprotective Activities and Improvement of Hepatofunction. Journal of Experimental Biomedicinal Science, Seol, v.11, p.237-242, 2005. ITAYA, N. M.; VAZ, A. P. A.; KERBAUY, G.B.; FIGUEIREDO-RIBEIRO, R. C. L. Produção de frutanos em calos e plântulas clonadas in vitro de Viguiera discolor Baker (Asteraceae). Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 19, n. 3, p. 579-586, 2005. JI, Y.; LI, J.; YANG, P. Effects of fruits of Hovenia dulcis Thunb. on acute alcohol toxicity in mice. Zhong Yao Cai, Beijing, v. 24, p. 126-128, 2001. JOHNSTON, M. C.; FREITAS SOARES, M. A. De Ramnáceas. In: REITZ, P. R. (Org.). Flora Ilustrada Catarinense, Itajaí: Herbário Barbosa Rodrigues, 1972. p. 1-50. KENNEDY, L. M.; SAUL, L. R.; SEFECKA, R.; STEVENS, D. A. Hodulcin: selective sweetness-reducing principle from Hovenia dulcis leaves. Chemical Senses, London, v. 13, p. 529-543, 1988. KIM, O. K. Protective effects of Hovenia dulcis Thunb. on hepatotoxicity in carbon tetrachloride intoxicated rats. Journal of Korean Society Food Science and Nutrition, Seol, v.30, p. 1260-1265, 2001. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 57-63, 2010 Phytochemical screening of field-grown plants... 63 LEE, Y. A.; CHAE, H. J.; MOON, H. Y. Effect of Hovenia dulcis THUNBER var. koreana Nakai Fruits Extracts on Glucose, Lipid Metabolism and Antioxidant Activities in Streptozotocin Induced Diabetic Rat. . Jounal of Experimental Biomedicinal Science, Seol, v. 11, p. 533– 538, 2005. SANTOS, R. I. Metabolismo básico e origem dos metabólitos secundários. In: SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. (Org.). Farmacognosia: da planta ao medicamento, Porto Alegre/Florianópolis: UFRGS/UFSC, 2004. p. 403-435. LOZOVAYA, V., ULANOV, A., LYGIN, A., DUNCAN, D., WIDHOLM, J. Biochemical features of maize tissues with different capacities to regenerate plants. Planta, Berlin, v. 224, n. 6, p. 1385-1399, 2006. SCHMEDA-HIRSCHMANN A, G.; JORDAN, M., GERTH, A.; WILKEN, D.; HORMAZABAL, E.; TAPIA, A. A. Secondary Metabolite Content in Fabiana imbricata Plants an d in vitro Cultures. Zeitschrift für Naturforschung, Tübingen, v. 59, p. 48-54, 2004. NIKOLAKAKI, A.; CHRISTODOULAKIS, N. S. Leaf structure and cytochemical investigation of secretory tissues in Inula viscosa. Botanical Journal of the Linnean Society, London, v. 144, n. 4, p. 437-448, 2004. OLIVEIRA, A. J. B.; KOIKE, L.; REIS, F. A. M.; SHEPHERD, S. L. K. Callus culture of Aspidosperma ramiflorum Muell. Arg.: growth and alkaloid production. Acta Scientiarum, Maringá, v. 23, n. 2, p. 609-612, 2001. PACIFICO, D.; MISELLI, F.; CARBONI, A.; MOSCHELLA, A.; MANDOLINO, G. Time course of cannabinoid accumulation and chemotype development during the growth of Cannabis sativa L. Euphytica, Wageningen, v. 160 p. 231-240, 2008. PANDA, A. K.; SAROJ, M.; BISARIA, V. S. Alkaloid production by plant cell suspen sion cultures of Holarrhena antidysenterica: I. Effect of major nutrients. Biotechnology and Bioengineering, New York, v. 39, p. 1043-1051, 1992. PASQUA, G.; AVATO, P.; MONACELLI, B.; SANTAMARIA, A. R.; ARGENTIERI, M. P. Metabolites in cell suspension cultures, calli, and in vitro regenerated organs of Hypericum perforatum cv. Topas. Plant Science, London, v. 165, p. 977-982, 2003. RIBEIRO, I. G. Estabelecimento de culturas de calos visando à análise fitoquímica e avaliação do potencial antioxidante de Hovenia dulcis Thunb. cultivada in vivo e in vitro. 2009, Dissertação (Mestrado em Biociência) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. ROOSTIKA, I.; PURNAMANINGSIH, R.; DARWATI, I.; MARISKA, I. In vitro culture manipulation on pruatjan for secondary metabolite production. Jurnal AgroBiogen, Bogor, v. 3, n. 2, p. 55-59, 2007. SIMÕES, C.; MATTOS, J. C. P.; SABINO, K. C. C.; CALDEIRA-DE-ARAÚJO, A.; COELHO, M. G. P.; ALBARELLO, N.; FIGUEIREDO, S. F. L. Medicinal potencial from in vivo and acclimatized plants of Cleome rosea. Fitoterapia, Amsterdam, v. 72, n. 2, p. 94-99, 2006. SIMÕES, C.; BIZARRI, C. H. B.; CORDEIRO, L. S.; CASTRO, T. C.; COUTADA, L. C. M.; SILVA, A. J. R.; ALBARELLO, N.; MANSUR, E. Anthocyanin production in callus cultures of Cleome rosea: modulation by culture conditions and characterization of pigments by means of HPLC-DAD/ESIMS, Plant Physiology and Biochemistry, Paris, v. 47, n. 10, p. 895-903, 2009. STAFFORD, A. Natural products and metabolites from plants and plants tissue culture. In: STAFFORD, A.; WARREN, G. (Eds). Plant Cell and Tissue Culture. Buckingham: Open University Press, 1991. p. 125-162. VEERPORTE, R. Plant secondary metabolism. In: VERPOORTE, R.; ALFERMANN, A. W. Metabolic engineering of plant secondary metabolism. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 1999. p. 1-30. YOSHIKAWA, T.; FURUYA, T. Morphinan alkaloid production by tissues differentiated from cultured cells of Papaver somniferum. Planta Medica, Stuttgart, v. 51, n. 2, p.110-113, 1985. ZAYED, R.; WINK, M.; EL-SHAMY, H. In vitro organogenesis and alkaloid accumulation in Datura innoxia. Zeitschrift Fur Naturforschung, Tübingen, v. 61, n. 7-8, p. 560-564, 2006. ZHAO, J.; HU, Q.; GUO, Y. Q.; ZHU, W. H. Effects of stress factors, bioregulators, and synthetic precursors on indole alkaloid production in compact callus clusters cultures of Catharanthus roseus. Applied Microbiology and Biotechnology, Berlin, v. 55, p. 693-698, 2001. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 57-63, 2010 64 SHOOT REGENERATION FROM ROOT EXPLANTS OF OLIVEIRA, J. de F. et al. Adenocalymma nodosum (SILVA MANSO) L.G.LOHMANN REGENERAÇÃO DE BROTAÇÕES A PARTIR DE EXPLANTES RADICULARES DE Adenocalymma nodosum (SILVA MANSO) L.G.LOHMANN JANAÍNA FERNANDA DE OLIVEIRA1, VESPASIANO BORGES DE PAIVA NETO2, MÔNICA CRISTINA REZENDE ZUFFO3, MARIA RITA MARQUES4, JOSIMARA NOLASCO RONDON4, SEBASTIÃO FERREIRA LIMA2 1 Graduanda em Agronomia - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Chapadão do Sul - Cx. P. 112 - 79560-000 Chapadão do Sul, MS - [email protected] 2 Doutor em Agronomia - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Chapadão do Sul - Cx. P. 112 - 79560-000 Chapadão do Sul, MS - [email protected], [email protected] 3 Bacharel em Agronomia - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Chapadão do Sul - Cx. P. 112 - 79560-000 Chapadão do Sul, MS - [email protected] 4 Doutora - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Departamento de Morfofisiologia - Cidade Universitária, Cx. P. 549 79070-900 - Campo Grande, MS. - [email protected], [email protected] - ABSTRACT A reproductible in vitro shoot regeneration system in Adenocalymma nodosum (Silva Manso) L.G.Lohmann using root explants was obtained in this investigation. Shoots were induced in vitro directly from root explants of 50-d-old seedlings on Murashige and Skoog (MS) medium through adventitious shoot bud regeneration. The ability of root explants to produce shoot buds occur without plant growth regulators addition. Shoot buds elongated into healthy shoots in the same induction medium. Results reforce hyphotesis that this species probably have an increased endogenous cytokinins biosynthesis. Savanna, locally known as Cerrado biome, with up to 1.70 m high, large and yellow flowers, and compound leaves Index terms: cytokinin, brazilian savanna, direct organogenesis, in vitro 2005; TRESVENZOL et al., 2009; TRESVENZOL et al., 2010). Siqueira (1988) describes the popular use of the stem and RESUMO Um sistema de regeneração in vitro de fácil reprodutibilidade para Adenocalymma nodosum (Silva Manso) L.G.Lohmann, utilizando explantes de raiz, é apresentado na presente pesquisa. Brotações adventícias foram originadas diretamente de explantes radiculares obtidos de plântulas com 50 dias de idade e cultivados em meio MS. A capacidade dos explantes para produzir gemas ocorreu sem adição de reguladores de crescimento vegetal. As brotações alongaram e geraram ramos saudáveis no mesmo meio de indução. Os resultados obtidos reforçam a hipótese de que esta espécie tem, provavelmente, uma elevada capacidade para biossíntese de citocininas. leaf infusions in the treatment of external wounds and ulcers. Silva (1998) reports the use of root tea for intestinal Termos para indexação: citocininas, cerrado, organogênese direta, in vitro INTRODUCTION Adenocalymma nodosum (Silva Manso) L.G. Lohmann (Bignoniaceae) popularly named “carobinha do campo” is a perennial shrub mainly found in the the Brazilian (SILVA, 1998). Until recently this species was botanically known as Memora nodosa (Manso) Miers. However, Alcantara & Lohmann (2010) reclassified and renamed it to Adenocalymma nodosum. In recent years, researches have been carried out with A. nodosum in respect to essential oil composition and action (TRESVENZOL et al., pain. Guarim Neto & Morais (2003) listed A. nodosum as a medicinal plant and pharmacognostical studies conducted by Tresvenzol et al. (2005) demonstrated the presence of essential oil, flavonoids, carbohydrates and traces of heterosides saponins in leaves of A. nodosum. However, personal observations showed a special regeneration capacity of this species from root fragments, meanly after a drastic pruning. This characteristic makes it an agressive plant in pasture areas with mechanical weed control. According to George (1993) and Taiz & Zeiger (2004) roots are the more important organs of cytokinins biosynthesis in plants. So, we hypothesized that it has probably an increased genetic capacity to cytokinins (Recebido em 17 de dezembro de 2009 e aprovado em 12 de julho de 2010) Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 64-68, 2010 Shoot regeneration from root explants of Adenocalymma nodosum... 65 biosynthesis that allows enhanced regeneration ability from underground tissues. Additionally, a very similar plant of (250 mL) containing 40 mL of MS-medium with total or half strenght salts, and supplemented as germination medium the same genus called Adenocalymma peregrinum (Miers) L.G.Lohmann (cited as Memora peregrina) has the same except to activated charcoal. Culture glass flasks were maintaned in growth room as described before. After forty agressive behavior in field and its strategy is focused in nitrogen metabolism (MARCHETTI, 2006; DUTRA, 2007). days in culture, of the number of shoots per explant and number of elongated shoots (> 0,3 mm) data were collected. So, initially we have two interests to obtain a protocol to in vitro cultivation of A. nodosum: first, to check the The regeneration experiment was performed with fourteen flasks with at least four root segments each, using a capacity of this species to produce endogenous cytokinins; and second, to investigate aspects of the in completely randomized design. Data were submitted to analysis of variance (ANOVA) and statistical averages vitro nitrogen metabolism. comparations were made through Tukey’s test at 5% significance level using the statistical program Sisvar MATERIAL AND METHODS (FERREIRA, 2002). Th e work was carried out at the LabTec (Biotechnology Laboratory) at Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Chapadão do sul, located in Chapadão do Sul, Mato Grosso do Sul state, Brazil. RESULTS AND DISCUSSION Seed germination initiated 20 days after embryo innoculation, and fungi contamination rate was 10% (data Winged seeds of A. nodosum were collected from not shown). Fifty days after innoculation, seedlings have adult field-grown plants in a cerrado area at Chapadão do large root height and almost complete shoot absence Sul, Mato Grosso do Sul State, Brazil. They were manually (Figure 1A). This could be an interesting characteristic of selected, taking healthy seeds. To facilitate germination adapted species to cerrado conditions, once that water process and to reduce contamination, seeds were pre- disponibility in this biome soils could be a critical factor. sterilized by immersion in hypochlorite solution (3 % active chlorine) for five min followed by manual coat removal. So seedlings invest in root system trying to ensure their After that, embryos were dipped into an ethanol solution “inverted forest” (RODIN, 2004; ABDALA et al., 1998), in 70 % (v/v) for 1 min, and afterwards in a sodium which the underground biomass (root system) is greater survival. The cerrado biome is often characterized as an hypochlorite solution (1 % active chlorine) for 5 min, and than the air biomass. This development pattern can be rinsed 5 fold with sterile distilled water. Following surface- observed in other savannas plants around the world, and sterilization process, embryos were germinated in glass the uptake of water and nutrients are the main explanation flasks (250 mL) containing 30 mL of medium with MS-based (CAIRNS et al., 1997). salts (MURASHIGE & SKOOG, 1962), supplemented with -1 A highly reproducible in vitro shoot regeneration MS vitamins, 58.4 mM sucrose, 100 mg L myo-inositol, 5 system in A. nodosum using root explants was developed g L-1 activated charcoal pH 5.6 ± 0.1, and solidified with 2.8 in this investigation (Figures 1B and 1C). Shoots were g L-1 agar. Cultures were maintained under a 16 h induced in vitro directly from root explants through -2 -1 photoperiod, irradiance of 36 mmol m s provided by two adventitious shoot bud regeneration, despite having only fluorescent tubes (Luz do Dia Especial, 20 W, Osram, Brazil), 1.1 shoots per explant (Table 1), representing a low o and temperature of 27 ± 2 C in a growth room. After fifty days in germination culture medium, root seedlings were cut (15 mm approximately) and used to perform regeneration experiment. Root explants were placed in culture flasks number of regenerated shoots. Root explants have been proven to be regenerative for in vitro propagation of a limited number of species, so use of root as explants source is not an usual practice. According to Son & Hall Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 64-68, 2010 66 OLIVEIRA, J. de F. et al. (1990), the root explant source offers obvious advantages (easy of manipulation, availability, less oxidation after al., 2010). Use of plant growth regulators to obtained shoot regeneration from root explants are reported by above excision etc.) in comparison with other organ cultures. However it has been used with success in a small number cited authors and by Kapoor et al. (2008) that obtained shoot regeneration in lily hybrids root explants only in of plant species, for example, Populus alba L. × Populus grandidentata Michx. (SON & HALL, 1990), Albizia NAA and BA supplemented medium and by Franklin et al. (2004) that obtained indirect shoot induction in jublibrissin Durazzo (SANKHOLA et al., 1995), Populus tremula L. (VINOCUR et al., 2000), Solanum melongena Eggplant (Solanum melongena L.) in the medium containing 0.45 µ M thidiazuron and 13.3 µ M 6- L. (FLANKLIN et al., 2004), Aralia elata (Miq.) Seem. (KARIM et al., 2007); Lilium (KAPOOR et al., 2008; benzyladenine. These authors are supported by Karim et al. (2007) that demonstrated the ability of Aralia elata KUMAR et al., 2008), Rosa hybrida (KIM et al., 2009) and Allium schoenoprasum L. (ZDRAVKOVIÆ-KORAÆ et root explants to produce shoot buds depended on the supplementation of plant growth regulators. FIGURE 1 – Regeneration process of Adenocalymma nodosum in vitro from root explants. A – Germination process showing large root height. B, C – Direct organogenesis in root explants. Bars = 1 cm. TABLE 1 – Morphogenic response of the Adenocalymma nodosum root explants. MS salts Shoot regeneration (%) Elongated shoots/explant Average lenght of elongated shoots (cm) Total strength 75 a 1.3 a 3.2 a Half strength 89 a 1.1 a 3.6 a Means in a column with different letters are significantly different (P � 0.05, Tukey’s test) Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 64-68, 2010 Shoot regeneration from root explants of Adenocalymma nodosum... CONCLUSIONS Initial and easy protocol for in vitro propagation of Adenocalymma nodosum (Silva Manso) L.G.Lohmann from in vitro root explants in a free-growth-regulator-medium was shown. The obtained sucessful supports our hypothesis that this species produces a large quantity of cytokinins. So, here we saw a repeating of this species pattern response found in the field natural conditions when it’s under wounding conditions. ACKNOWLEDGEMENTS Universidade Federal de Mato Grosso do Sul and Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT) are thanked for financial assistance, and Professor Wagner Campos Oton i for Scientific contributions. 67 FRANKLIN, G.; SHEEBA, C. J.; LAKSHMI, S. G. Regeneration of eggplant (Solanum melongena L.) from root explants. In vitro Cellular and Developmental Biology – Plant, St. Louis , v. 40, n. 2, p. 188-191, 2004. GEORGE, E. F. Plant Propagation by Tissue Culture - Part 1 - The technology. 2 ed. Edington: Exegetics Limited, 1993. 574p. GUARIM NETO, G.; MORAIS, R. G. Recursos medicinais de espécies do cerrado de Mato Grosso: um estudo bibliográfico. Acta Botanica Brasilica, São Paulo, v. 17, n. 4, p. 561-584, 2003. KAPOOR, R.; KUMAR, S.; KANWAR, J. K. Bulblet regeneration from ex vitro root explant in lily hybrids. Horticultural Science, Prague, v. 3, n. 3, p. 107–112, 2008. KARIM, M. Z.; YOKOTA, S.; RAHMAN, M. M.; EIZAWA, J.; SAITO, Y.; AZAD, M. A. K.; ISHIGURI, F.; IIZUKA, K.; YOSHIZAWA, N. Efficient adventitious shoot regeneration from root explants of Aralia elata Seem. International Journal of Botany, v. 3, n. 4, p. 390-393, 2007. REFERENCES ABDALA, G. C.; CALDAS, L. S.; HARIDASAN, M.; EITEN, G. Above and below organic matter and root:shoot ratio in a cerrado in Central Brazil. Brazilian Journal of Ecology, Rio Claro, v. 2, p. 11-23, 1998. KIM, S. W.; OH, M. J.; LIU, J. R. Plant regeneration from the root-derived embryonic tissues of Rosa hybrida L. cv. Charming via a combined pathway of somatic embryogenesis and organogenesis. Plant Biotechnology Reports, New York, v. 3, n. 4, p. 341-345, 2009 ALCANTARA, S.; LOHMANN, L. G. Evolution of floral morphology and pollination system in Bignonieae (Bignoniaceae). American Journal of Botany, St. Louis, v. 97, n. 5, p. 782-796, 2010. KUMAR, S.; CHAUDHARY, V.; KANWAR, J. K. In vitro propagation of oriental hybrid lily from root explant. Advances in Horticultural Science, Firenze, v. 22, p. 63-65, 2008. CAIRNS, M. A.; BROWN, S.; HELMER, E. H.; BAUMGARDNER, G. A. Root biomass allocation in the world’s upland forests. Oecologia, Berlin/Heidelberg, v. 111, p. 1-11, 1997. MARCHETTI, C. R. Taxa de crescimento e metabolismo nitrogenado de Memora peregrina (Miers). Sandwith (Bignoniaceae): Espécie invasora de pastagens. 2006. 72 p. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação)Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2006. DUTRA, P. F. F. Atividade alelopática de extratos aquosos do caule subterrâneo de Memora peregrina (Miers). Sandwith (Bignoniaceae) – uma espécie invasora de pastagens. 2007. 50 p. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2007. MURASHIGE, T.; SKOOG, F. A revised medium for rapid growth and bioassays with tobacco tissue cultures. Physiologia Plantarum, Copenhagen, v. 15, p. 473-497, 1962. FERREIRA, D. F. SisVar: Sistema de análise de variância para dados balanceados, versão 4.3. Software estatístico. DEX/UFLA, Lavras. 2002. RODIN, P. Distribuição da biomassa subterrânea e dinâmica de raízes finas em ecossistemas nativos e em pastagem plantada no cerrado do Brasil Central. 2004. 89p. Dissertação (Mestrado em Ecologia), Universidade de Brasília, Brasília, 2004. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 64-68, 2010 68 OLIVEIRA, J. de F. et al. SANKHOLA, D.; SANKHOLA, N.; DAVIS, T. D. Promotion of in vitro shoot formation from excised roots of silktree (Albizzia jublibrissin) by an oxime ether derivative and other ethylene inhibitors. Plant Cell Reports, Berlin / Heidelberg, v. 15, p. 143–146, 1995. SON, S. H.; HALL, R. B. Multiple shoot regeneration from root organ cultures of Populus alba × Populus grandidentata. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, Hague, v. 20, p. 53–57, 1990. SILVA, S. R. Plantas do Cerrado utilizadas pelas comunidades da região do Grande Sertão Veredas. Brasília: Fundação Pro-Natureza-FUNATURA, 1998. 109 p. SIQUEIRA, J. C. Plantas medicinais: identificação e uso das espécies dos cerrados. São Paulo: Editora Loyola, 1988. 40p. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Plant Physiology. Massachusetts: Sinauer Associates Sunderland, 2002. 690p. TRESVENZOL, L. M. F.; QUEIROZ, D. C.; REZENDE, R. C.; NASCIMENTO, T. L.; ROSA, V. S.; PAULA, J. R. Estudo farmacognóstico da Memora nodosa (Manso) Miers. Revista Eletrônica da Faculdade de Farmácia, Goiânia, v. 2, n. 2, p. 221-223, 2005. TRESVENZOL, L. M. F.; FIUZA, T. S.; PIMENTA, F. C.; ZATTA, D. T.; BARA, M. T. F.; FERRI, P. H.; LIMA, A. B. M.; PAULA, J. R. Chemical composition of the essential oil and antimicrobial activity of Memora nodosa (Bignoniaceae). Latin American Journal of Pharmacy, La Plata, v. 28, n. 4, p. 513-519, 2009. TRESVENZOL, L. M. F.; PAULA, J. R.; FERRI, P. H.; OLIVEIRA, F. N. M. Composition and chemical variability in the essential oil from leaves of Memora nodosa (Silva Manso) Miers. Journal of Essential Oil Research, Illinois, v. 22, n. 3, p. 237-240, 2010. VINOCUR, B.; CARMI, T.; ALTMAN, A.; ZIV, M. Enhanced regeneration in aspen (Populus tremula L.) roots cultured in liquid media. Plant Cell Reports, Berlin/ Heidelberg, v. 19, p. 1146–1154, 2000. ZDRAVKOVIÆ-KORAÆ, S.; MILOJEVIÆ, J.; TUBIÆ, L.; ÆALIÆ-DRAGOSAVAC, D.; MITIÆ, N.; VINTERHALTER, B. Somatic embryogenesis and plant regeneration from root sections of Allium schoenoprasum L. Plant Cell Tissue and Organ Culture, Hague, v 101, n. 2, p. 237-244, 2010. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 64-68, 2010 SACAROSE E eGA GERMINAÇÃO DE SEMENTES E Sacarose GA33naNA germinação de sementes e no desenvolvimento ... NO DESENVOLVIMENTO in vitro DE PLÂNTULAS DE GOIABEIRA ‘PEDRO SATO’ 69 SUCROSE AND GA3 ON GERMINATION AND ON in vitro DEVELOPMENT OF GUAVA ‘PEDRO SATO’ PLANTLETS THATIANE PADILHA DE MENEZES1, FILIPE ALMENDAGNA RODRIGUES2, SIMONE ABREU ASMAR3, MOACIR PASQUAL4 1 Engenheira Agrônoma - Mestranda em Agronomia/Fitotecnia - Universidade Federal de Lavras - Departamento de Agricultura - Caixa Postal 3037 - 37200-000 - Lavras, MG - [email protected] 2 Engenheiro Agrônomo - Doutorando em Agronomia/Fitotecnia - Universidade Federal de Lavras - Departamento de Agricultura Caixa Postal 3037 - 37200-000 - Lavras, MG - [email protected] 3 Engenheira Agrônoma - Doutoranda em Agronomia/Fitotecnia - Universidade Federal de Lavras - Departamento de Agricultura Caixa Postal 3037 - 37200-000 - Lavras, MG - [email protected] 4 Professor Titular - Universidade Federal de Lavras - Departamento de Agricultura - Caixa Postal 3037 - 37200-000 - Lavras, MG [email protected] RESUMO Objetivou-se, neste trabalho, estudar a influência da sacarose e do GA3 na germinação e no desenvolvimento in vitro de plântulas de goiabeira (Psidium guajava L.) ‘Pedro Sato’. Sementes foram inoculadas em tubos de ensaio, contendo 15 mL do meio de cultura JADS, acrescidos de GA3 (0,0; 0,25; 0,5; 0,75 e 1,0 mg L-1) e sacarose (0; 15 e 30 g L-1). Posteriormente, os tubos foram transferidos para a sala de crescimento a 25 ± 2 ºC, irradiância média de 42 W m-2 e fotoperíodo de 16 horas. Após 45 dias de incubação, foram avaliados o índice de velocidade de germinação, porcentagem de germinação, número de folhas, comprimento da parte aérea e raiz. Melhores resultados foram obtidos em meio JADS, em ausência de sacarose e GA3 para a germinação da goiabeira ‘Pedro Sato’. Maior número de folhas (7,9) foi observado em ausência de sacarose e 0,25 mg L-1 de GA3, maior comprimento de parte aérea (4,8 cm) e de raiz (5,7 cm) em 30 g L-1 de sacarose e 0,25 mg L-1 GA3.. Termos para indexação: JADS, cultura de tecidos, Psidium guajava L. ABSTRACT The objective was to study the influence of sucrose and GA3 on germination and on the in vitro development of plantlets of guava (Psidium guajava L.) ‘Pedro Sato’. Seeds were inoculated in test tubes containing 15 mL of culture medium JADS supplemented with GA3 (0.0, 0.25, 0.5, 0.75 and 1.0 mg L-1) and sucrose (0, 15 and 30 g L-1). Subsequently, the tubes were transferred to a growth room at 25 ± 2º C temperature, average of 42 W m -2 and a photoperiod of 16 hours. After 45 days of incubation, germination velocity, germination percentage, number of leaves and shoot and root length were evaluated. Better results were obtained in medium JADS, in the absence of sucrose and GA3 for germination of guava ‘Pedro Sato’. Increased number of leaves (7.9) was observed in the absence of sucrose and 0.25 mg L-1 GA3, higher length of shoot (4.8 cm) and root (5.7 cm) in 30 g L-1 sucrose and 0.25 mg L-1 GA3. Index terms: JADS, tissue culture, Psidium guajava INTRODUÇÃO O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de goiaba juntamente com a Índia, Paquistão, México, Egito e Venezuela e, de acordo com Azzolini et al. (2005), a ‘Pedro Sato’ é a preferida no mercado nacional. A goiaba constituise um dos frutos de maior importância nas regiões subtropicais e tropicais brasileiras, não só em razão do seu elevado valor nutritivo, mas pela excelente aceitação do consumo in natura, pela grande aplicação industrial e pela capacidade de desenvolvimento da planta em condições adversas de clima (MENEZES et al., 2009). A goiabeira (Psidium guajava L.) pertence à família Myrtaceae, que contém cerca de 102 gêneros e 3024 espécies cultivadas, presente em países de clima tropical e subtropical. Seus frutos destinam-se ao consumo in natura ou à indústria (MANICA, 2000). A propagação da goiabeira ocorre tanto via sexuada, por meio de sementes, quanto pela via assexuada, por partes vegetativas. A propagação por meio de sementes é usada para formação de porta-enxerto, e em trabalhos de melhoramento genético (MANICA, 2000). A propagação (Recebido em 11 de maio de 20010 e aprovado em 31 de agosto de 2010) Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 69-75, 2010 70 MENEZES, T. P. de et al. por partes vegetativas é feita pelos métodos de alporquia, estaquia, enxertia e por cultura de tecidos. No entanto, o induzem o alongamento dos internódios e o crescimento de meristemas ou gemas cultivadas in vitro. enraizamento de estacas de goiabeira é afetado pelo genótipo, condições fisiológicas da estaca, fatores Diante desse contexto e dada à importância comercial da goiabeira, objetivou-se avaliar a influência da ambientais e grau de lignificação (ZIETEMANN & ROBERTO, 2007). sacarose e do GA3 (ácido giberélico) na germinação e no desenvolvimento in vitro de plântulas de goiabeira ‘Pedro Plantas desuniformes, oriundas de sementes e as dificuldades encontradas no enraizamento são fatores que Sato’. dificultam a propagação da espécie. Assim, em razão da escassez de trabalhos publicados envolvendo o cultivo in vitro da goiabeira, estudos de aditivos aos meios de cultura são fundamentais para maximizar a taxa de germinação da espécie e obter plântulas homogêneas e sadias. Os carboidratos estão dentre os compostos de reserva com maior proporção nas sementes (CORTE et al., 2006), sendo fonte de energia e de carbono para suprir o desenvolvimento inicial da plântula (MARCOS FILHO, 2005). A sacarose é o carboidrato mais utilizado em trabalhos de micropropagação (FERREIRA et al., 2002), sendo empregada para muitas espécies em concentrações que variam de 20 a 40 g L-1 (NAGAO et al., 1994; REZENDE et al., 2009). A exemplo do meio de cultura MS (MURASHIGE & SKOOG, 1962), a concentração utilizada MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais, do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras-MG. Para a execução do experimento foram utilizadas sementes de frutos de goiabeira ‘Pedro Sato’ colhidos no pomar da UFLA, previamente selecionados e maduros. Após a coleta, as sementes foram lavadas em água corrente para retirada da mucilagem e, em seguida, desinfestadas em álcool 70% por 1 minuto seguido de hipoclorito de sódio 50% (1% de cloro ativo). Posteriormente, foram lavadas por três vezes em água destilada e autoclavada. As sementes foram inoculadas em tubos de ensaio contendo 15 mL de meio de cultura JADS (CORREIA, 1993) adicionando-se ao meio 5,5 g L-1 de ágar, acrescidos de é de 30 g L-1, e modificações nesse valor podem beneficiar o cultivo in vitro (REZENDE et al., 2009). Entretanto, sua GA3 (0,0; 0,25; 0,5; 0,75 e 1,0 mg L-1) e sacarose (0; 15 e 30 ausência provoca em pouco tempo a morte do explante, pois a sacarose é a fonte de carboidrato para a planta autoclavagem a 121 ºC e 1,0 atm por 20 minutos. Após a (COUCEIRO et al., 2001). O uso de reguladores de crescimento é fundamental sala de crescimento a 25 ± 2ºC, irradiância média de 42 W para o sucesso da multiplicação in vitro (SCHWENGBER et al., 1999). As giberelinas têm papel chave na germinação de sementes, estando envolvidas na superação da dormência e no controle de hidrólise das reservas, pela g L-1). O pH do meio foi ajustado para 5,8 antes da inoculação, as sementes foram mantidas por 45 dias em m-2 e fotoperíodo de 16 horas. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em um fatorial 5x3, com quatro repetições de três tubos cada. Foram realizadas avaliações da porcentagem de germinação, considerando-se germinada a semente que indução da síntese de á-amilase, enzima responsável pela hidrólise do amido (LEVITT, 1974). apresentava radícula protundida, e do índice de velocidade O equilíbrio entre hormônios, promotores e inibidores exerce papel fundamental na germinação e no dias, após a primeira semente germinada. As velocidades crescimento inicial de plântulas (TAIZ & ZEIGER, 2004). De acordo com Jacques (1985) e Pires (1998), as giberelinas velocidade de germinação (IVG), adaptado da fórmula de de germinação (IVG). A germinação foi avaliada a cada três de germinação foram determinadas segundo o índice de Maguire (1962), sendo: IVG = (G1 / N1)+ (G2 / N2) +...+ (Gn / Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 69-75, 2010 Sacarose e GA3 na germinação de sementes e no desenvolvimento... Nn), onde: G1 = número de sementes germinadas na primeira contagem; N1 = número de dias decorridos até a primeira contagem; G2 = número de sementes germinadas na segunda contagem; N2 = número de dias decorridos até a segunda contagem; n = última contagem. Avaliaram-se também o número de folhas (por contagem direta) e comprimento da parte aérea e da raiz (por meio de régua milimetrada). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância utilizando-se análise de regressão com o uso do programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 2000). RESULTADOS E DISCUSSÃO As sementes de goiabeira ‘Pedro Sato’ iniciaram a germinação após 14 dias da inoculação in vitro e, aos 21 dias, obteve-se a maior porcentagem de germinação (100%), na ausência de sacarose (Figura 1). Contrapondo os resultados obtidos por Pereira et al. (2006) com maiores porcentagens de germinação na presença de 15 g L-1 de sacarose em murmuru (Astrocaryum ulei Burret). Já Soares et al. (2009), trabalhando com mangabeira (Hancornia speciosa Gomes), verificaram a menor porcentagem de sementes germinadas na ausência de sacarose e GA3 no meio de cultura. As diferentes concentrações de GA3 não exerceram influência na germinação das sementes de goiabeira. Santos et al. (2007), trabalhando com sementes de Cattleya bicolor Lindl. também não verificaram efeito de GA3 no processo germinativo. Já Stein et al. (2007), verificaram que não é necessária a adição de GA3 para a germinação in vitro de ingazeiro (Inga vera Willd.). No entanto, Pinheiro et al. (2001) observaram resultado positivo na germinação de sementes de mangabeira (Hancornia speciosa Gomez) tratada com ácido giberélico. O maior IVG (3,71) foi obtido na interação de 30 g L-1 de sacarose e 0,25 mg L-1 de GA3 (Figura 2). O IVG é uma variável utilizada como indicador do vigor das sementes, ou seja, a sua habilidade em germinar em condições adversas (POPINIGIS, 1977). De acordo com Silva et al. (2009), a velocidade em que o processo de germinação ocorre é fun damental para a sobrevivência e o desenvolvimento da espécie, pois diminui o tempo de exposição da semente às condições adversas e às intempéries, e a primeira contagem de germinação é um indicador da velocidade de germinação. O maior número de folhas (7,9) foi obtido na ausência de sacarose e na presença de 0,25 mg L-1 de GA3 (Figura 3). A partir dessa concentração de GA3, ocorreu redução no número de folhas. Esses resultados são contrários aos obtidos por Ribeiro et al. (2009) que, trabalhando com copode-leite (Zantedeschia aethiopica L. Spreng), observaram Porcentagem de germinaçã o 100 75 50 25 0 14 71 21 Dias a pós a inocula çã o in vitro de sementes de goiabeira 'Pedro Sato' FIGURA 1 – Germinação in vitro de goiabeira ‘Pedro Sato’. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 69-75, 2010 72 MENEZES, T. P. de et al. maior número de folhas na presença de 37,3 g L-1 de sacarose e na ausência de GA3. das plântulas. Resultados semelhantes também foram observados por Rezende et al. (2009), que verificaram Maiores comprimentos de parte aérea (4,8 cm) e de raiz (5,7 cm) foram verificados com 30 g L-1 de sacarose que o cultivo in vitro de plântulas de Cattleya loddigesii sp. pode ser realizado com concentração de 30 g L-1 de e 0,25 mg L-1 de GA3, havendo um decréscimo em concentrações de GA3 superiores a 0,25 mg L-1 (Figuras 4 sacarose ou com a metade dessa concentração. No entanto, esse mesmo autor obteve maior comprimento de e 5, respectivamente). Esses resultados estão de acordo com Pereira et al. (2006) que, trabalhando com embriões raiz na ausência de sacarose e GA3. Já, Ribeiro et al. (2009) rel atam que a sacar ose é fun damen tal par a o de murmuru (Astrocaryum ulei), constataram que a adição de 30 g L-1 de sacarose ao meio proporcionou maior altura desenvolvimento das raízes in vitro, o que também foi observado neste trabalho. 4 3,5 3 IVG 2,5 2 1,5 1 0,5 0 0 15 30 Concentrações de saca rose (g L-¹) e 0,25 mg L-¹ de GA3 Número de folhas FIGURA 2 – Índice de velocidade de germinação de goiabeira ‘Pedro Sato’ em diferentes concentrações de sacarose (g L-1) e 0,25 mg L-1 de GA3. 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 y = -3,3367x2 + 4,4207x + 6,5235 R² = 0,499 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 Concentra ções de GA3 (mg L-¹) e a usência de sacarose FIGURA 3 – Número de folhas em plântulas de goiabeira ‘Pedro Sato’ em diferentes concentrações de GA3 e ausência de sacarose. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 69-75, 2010 Sacarose e GA3 na germinação de sementes e no desenvolvimento... 73 Comprimento de parte aérea (cm) 6 5 4 3 2 y = -0,802x + 4,9052 R² = 0,5463 1 0 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 Concentrações de GA3 (mg L-¹) e 30 g L-¹ de sacarose FIGURA 4 – Comprimento de parte aérea (cm) de plântulas de goiabeira ‘Pedro Sato’ em diferentes concentrações de GA3 e 30 g L-1 de sacarose. 7 Comprimento de raiz (cm) 6 5 4 3 2 y = -2,8084x + 6,0604 R² = 0,7007 1 0 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 Concentrações de GA3 (mg L-¹) e 30 g L-¹ de saca rose FIGURA 5 – Comprimento de raiz (cm) de plântulas de goiabeira ‘Pedro Sato’ em diferentes concentrações de GA3 e 30 g L-1 de sacarose. CONCLUSÕES • Maior porcentagem de germinação de sementes de goiabeira ‘Pedro Sato’ é verificada na ausência de sacarose. • Agerminação de goiabeira (Psidium guajava L.) ‘Pedro Sato’ ocorre em meio JADS, na ausência de sacarose e GA3. • A interação de 30 g L-1 de sacarose e 0,25 mg L-1 de GA3 promove maior velocidade de germinação em goiabeira ‘Pedro Sato’. • O meio JADS contendo 0-30 g L-1 de sacarose e 0,25 mg L-1 de GA3 possibilita maior desenvolvimento in vitro de plântulas de goiabeira ‘Pedro Sato’. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZZOLINI, M.; JACOMINO, A. P.; BRON, I. U.; KLUGE, R. A.; SCHIAVINATO, M. A. Ripening of “Pedro Sato” guava: study on its climacteric or non-climacteric nature. Brazilian Journal of Plant Physiology, Londrina, v. 17, n. 3, p. 299-306, 2005. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 69-75, 2010 74 MENEZES, T. P. de et al. COUCEIRO, M. A.; SIQUEIRA, D. L. de; PEREIRA, W. E.; NEVE, L. L. de M. Crescimento de explante in vitro e de mudas de bananeira cv. maçã submetidas a doses de sacarose nas fases de enraizamento e aclimatação. Revista Ceres, Viçosa, v. 48, n. 280, p. 615-627, 2001. CORREIA, D. Crescimento e desenvolvimento de gemas na multiplicação de Eucalyptus spp. in vitro em meio de cultura líquido e sólido. 1993. 113p. Dissertação (Mestrado) – Curso de pós-graduação, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 1993. CORTE, B. V.; BORGES, E. E. L.; PONTES, C. A.; LEITE, I. T. A.; VENTRELLA, M. C.; MATHIAS, A. A. Mobilização de reservas durante a germinação das sementes de Caesalpinia peltophoroides Benth. (Leguminosae Caesalpinoideae). Revista Árvore, Viçosa, v. 30, n.6, p. 941949, 2006. FERREIRA, D. F. Análises estatísticas por meio do SISVAR para Windows versão 4.0. In.. REUNIÃO ANUAL DA REGIÃO BRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45., 2000, São Carlos. Anais... São Carlos: SIB, 2000. p. 255-258. FERREIRA, M. G. R.; CÁRDENAS, F. H. N.; CARVALHO, C. H. S. C.; CARNEIRO, A. A.; DANTAS FILHO, C. F. Resposta de eixos embrionários de cupuaçu (Theobroma grandiflorum Schum.) à concentração de sais, doses de sacarose e renovação do meio de cultivo. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 24, n. 1, p. 246-248, 2002. JACQUES, R. M. Giberelinas. In: FERRI, G.M. Fisiologia vegetal. São Paulo: EPU, v. 2, cap. 5, 1985. p. 129-162. LEVITT, J. Introduction to plant physiology. 2. ed. Saint Louis: The C.V. Mosby, 1974. 447 p. MAGUIRE, J. B. Speed of germination-aid in selection and evaluation for seedling emergence vigor. Crop Science, Madison, v. 2, n. 2, p. 176-177, 1962. MANICA, I.; ICUMA, I. M.; JUNQUEIRA, N. T. V.; SALVADOR, J. O.; MOREIRA, A.; MALAVOLTA, E. Fruticultura tropical 6: goiaba. Porto Alegre: Cinco Continentes, 2000. 374 p. MARCOS FILHO, J. Fisiologia de plantas cultivadas. Piracicaba, v. 12, 2005, 495 p. MENEZES, C. C.; BORGES, S. V.; CIRILLO, M. A.; FERRUA, F. Q.; OLIVEIRA, L. F.; MESQUITA, K. S. Caracterização física e físico-química de diferentes formulações de doce de goiaba (Psidium guajava L.) da cultivar Pedro Sato. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 29, n. 3, p. 618-625, 2009. MURASHIGE, T.; SKOOG, F. A. A revised medium for rapid growth and bioassays with tobacco tissue cultures. Physiologia Plantarum, Copenhagen, v. 15, n. 4, p. 473-497, 1962. NAGAO, E. O.; PASQUAL, M.; RAMOS, J. D. Efeitos da sacarose e do nitrogênio inorgânico sobre a multiplicação in vitro de brotações de porta-enxerto de citros. Bragantia, Campinas, v. 53, n. 1, p. 25-31, 1994. PEREIRA, J.E.S.; MACIEL, T.M.S.; COSTA, F.H. da S.; PEREIRA, M.A.A. Germinação in vitro de embriões zigóticos de murmuru (Astrocaryum ulei). Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.30, p.251-256, 2006. PINHEIRO, C. S. R.; MEDEIROS, D. N.; MACEDO, C. E. C.; ALLOUFA, M. A. I. Germinação in vitro de Mangabeira (Hancornia speciosa Gómez) em diferentes meios de cultura. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 23, p. 413-416, 2001. PIRES, E. P. J. Emprego de reguladores de crescimento em viticultura tropical. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 19, n. 194, p. 40-43, 1998. POPINIGIS, F. Fisiologia da semente. Brasília: AGIPLAN/ BID, 1977. 288 p. REZENDE, J. C. de; FERREIRA, E. A.; PASQUAL, M.; VILLA, F.; SANTOS, F. C. Desenvolvimento in vitro de Cattleya loddigesii sp.: adição de reguladores de crescimento e sacarose. Agrarian, Dourados, v. 2, n. 3, p. 99-114, 2009. RIBEIRO, M. de N. O.; PASQUAL, M.; VILLA, F.; CAVALLARI, L. de L. Desenvolvimento in vitro de copode-leite: efeito das concentrações de sacarose e de ácido giberélico. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 30, n. 3, p. 575-580, 2009. SANTOS, G. A.; SAITO, B. C.; MONTEIRO, D. de P.; GUTIERRE, M. A. M; ZONETTI, P. da C. Utilização de reguladores hormonais na germinação e formação de plântulas in vitro de orquídeas. Cesumar, Maringá, v. 9, n. 1, p. 7-12, 2007. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 69-75, 2010 Sacarose e GA3 na germinação de sementes e no desenvolvimento... SCHWENGBER, J. E.; RODRIGUES, A. C.; RUFATO, L. et al. Efeito de diferentes concentrações de BAP e TDZ na multiplicação de microestacas do porta-enxerto de macieira cv. Mark. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 21, n. 2, p. 200-203. 1999. SILVA, A. I. S.; CORTE, V. B.; PEREIRA, M. D.; CUZZUOL, G. R. F.; LEITE, I. T. de A. Efeito da temperatura e de tratamentos pré-germinativos na germinação de sementes de Adenanthera pavonina L. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 30, n. 4, p. 815-824, 2009. SOARES, F. P.; PAIVA, R.; STEIN, V. C., NERY, F. C.; NOGUEIRA, R. C.; OLIVEIRA, L. M. de. Efeito de meios de cultura, concentrações de GA3 e pH sobre a germinação in 75 vitro de mangabeira (Hancornia speciosa Gomes). Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 33, p. 1847-1852, 2009. STEIN, V. C.; PAIVA, R.; SOARES, F. P.; NOGUEIRA, R. C.; SILVA, L. C.; EMRICH, E. Germinação in vitro e ex vitro de Inga vera Willd. subesp. Affinis (DC.) T. D. Penn. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 31, n. 6, p. 1702-1708, 2007. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. Porto Alegre : Artmed, 2004. 135 p. ZIETEMANN, C.; ROBERTO, S.R. Produção de mudas de goiabeira (Psidium guajava L.) em diferentes substratos. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 29, n.1, p. 137-142, 2007. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 69-75, 2010 766-BENZILADENINE (BA) AND GIBERELIC ACID (GA3) EFFECTS ESTEVES, P. F. et al. ON in vitro DEVELOPMENT OF Selenicereus grandiflorus (L.) BRITTON & ROSE (CACTACEAE) EFEITOS DE 6-BENZILADENINA (BA) E ÁCIDO GIBERELICO (GA3) NO DESENVOLVIMENTO in vitro DE Selenicereus grandiflorus (L.) BRITTON & ROSE (CACTACEAE) PATRÍCIA FONTES ESTEVES1; ALICE SATO2; MARIA APPARECIDA ESQUIBEL3 1 Mestre em Biotecnologia Vegetal - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Centro de Ciências e da Saúde – Avenida Carlos Chagas Filho, s/nº, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Bloco G - 2º andar - Sala G2 050, Cidade Universitária, Ilha do Fundão - 21941-590 - Rio de Janeiro, RJ - [email protected] 2 Doutora em Biotecnologia Vegetal - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) – Avenida Pasteur, nº 458 – 4º andar – Sala 415, Urca - 22290-240 - Rio de Janeiro, RJ - [email protected] 3 Pós-Doutora em Bioeletrogênese - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Centro de Ciências e da Saúde – Avenida Carlos Chagas Filho, s/nº, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, Bloco G - 2º andar - Sala G2 050, Cidade Universitária, Ilha do Fundão - 21941-590 - Rio de Janeiro, RJ - [email protected] ABSTRACT Stem segments of Selenicereus grandiflorus (L.) Britton & Rose were cultured on MS medium supplemented with different concentrations of 6-benziladenine (BA) and gibberelic acid (GA3) with the objective to investigate the effects on plant organogenesis and rhizogenesis. Cultures treated with BA in concentrations of 0.22 or 0.88 mM, induced mean production of 9 and 10 shoots/explant in 29.0 and 32.3% of explants, respectively in 30 days of culture; while in 75 days of culture, 58.1 and 48.4% of explants developmented 28 and 21 shoots/ explant. Regenerated shoots rooted within 30 days of culture in 100% of explants. The treatment with GA3 at 0.29 or 0.88 mM, induced mean production of 9 and 5 shoots/explant with shoots percentage of 19.6 and 9.5, respectively, in 30 days of culture. However in 75 days of culture, the addition of GA3 did not produce effect on shoots production. The application of GA3 did not induce significant effect on roots development, besides inhibited its elongation. Index terms: Cacti, Tissue culture, Growth regulators. RESUMO Segmentos caulinares de Selenicereus grandiflorus (L.) Britton & Rose foram cultivados em meio MS, suplementados com diferentes concentrações de 6-benziladenina (BA) e ácido giberélico (GA3), a fim de verificar seus efeitos na organogênese de brotos e raízes. As culturas tratadas com BA nas concentrações de 0,22 ou 0,88 mM, em 30 dias de cultura, induziram produção média de 9 e 10 brotos/explante em 29,0 e 32,3% dos explantes, respectivamente, enquanto em 75 dias de cultura, 58,1% e 48,4% dos explantes desenvolveram 28 e 21 brotos/explante. A rizogênese foi de 100% em 30 dias de cultura. O tratamento com GA3, 0,29 ou 0,88 mM promoveu, em 30 dias de cultura, produção média de 9 e 5 brotos/explante, com porcentagem de brotamento de 19,6 e 9,5%, respectivamente. Entretanto, em 75 dias de cultura, a adição de GA3 não produziu efeito na produção de brotos. O ácido giberélico não promoveu desenvolvimento significativo das raízes, além de inibir o alongamento destas. Termos para indexação: Cactus, Cultura de tecidos, Reguladores de crescimento. INTRODUCTION Selenicereus grandiflorus (L.) Britton & Rose (Cactaceae), native of Mexico and West Indies, is a creeping and fleshy plant. In Brazil, it is known by the name of night-blooming cereus because its flowers expand at night and exhale a vanilla-like odor. The cladodes are therapeutically used in asthenia, bronchitis, chronic asthma, hemorrhoids cases and possess diuretic action, besides they have been utilized in cardiac diseases treatment (CORRÊA et al., 1998). In general, succulent plants present slow growth and it can impose limitation in their reproductive capacity. The tissue culture is an efficient method for propagation of them, because it allows a fast and continuous production of new plants. Cacti are commonly propagated by seeds or cuttings, but these methods show many disadvantages. Seeds present low germination rates and are difficult to be obtained due to self -incompatibility (BOYLE, 2003). The tissue culture allows fast multiplication from little plant (Recebido em 17 de dezembro de 2008 e aprovado em 21 de outubro de 2010) Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 76-82, 2010 6-Benziladenine (Ba) and Giberelic Acid (Ga3) Effects... material and provokes low impact on wild populations, and it is also a potential method for ex situ conservation of genetic diversity (GIUSTI et al., 2002). This method has been showed adequate for several members of Cactaceae family (MAUSETH, 1979; ESCOBAR et al., 1986; HUBSTENBERGER et al., 1992; DEOLIVEIRA et al., 1995; MALDA et al., 1999; ESTRADA-LUNA et al., 2002; PELAH et al., 2002) using different explant sources: apex of plantlets (AULT & BAGAMON, 1985; SMITH et al., 1991; PELAH et al., 2002), pith excised from stem tissue of plants growing in nature (JOHNSON & EMINO, 1979), shoot tips of mature plants (CLAYTON et al., 1990), roots (BHAU, 1999) and explants with areoles (RAMIREZMALAGON et al., 2007). Particularly for cactus, it has been observed that in vitro plants show fast growth and produce significant number of new shoots. Rodriguez & Rubluo (1993) showed that Aztekium ritterii Boed., a cactus of slow growth, produced 5-7 new shoots after 11 months of culture, while ex vitro specimens did not produce new shoots. Mammillaria woodsii Craig obtained from seeds needed at least one year to reach the same size than regenerated plants, which needed of few months of culture (VIZKOT & JARA, 1984). Comparable observations were showed for Neomammillaria prolifera (Mill.) Britton & Rose (MINOCHA & MEHRA, 1974) and Cephalocereus senilis (Haw.) Pfeiff (BONNES et al, 1993). Many different media and hormones have been tested for cactus propagation, especially the interaction of auxins and cytokinins, but the response is different for each cactus species (GIUSTI et al., 2002). It has been suggested that each species might require a specific hormone combination (JOHNSON & EMINO, 1979; GIUSTI et al., 2002; RUBLUO et al., 2002). However, studies point out that an exogenous cytokinin is required to obtain in vitro proliferation, while auxins are not strictly necessary (RUBLUO et al., 2002). In this study we analyzed the morphogenetic responses in relation to the growth regulators influence on organogenesis and rhizogenesis of in vitro stem segments of S. grandiflorus. 77 MATERIALAND METHODS In vitro culture establishment. Stem segments of S. grandiflorus were washed with water containing a few drops of 2% neutral commercial detergent (15 min), rinsed in sterile distilled water, followed by immersion in 50% commercial bleach (3% sodium hypochlorite, 15 min), rinsed in sterile distilled water, washed in 70% ethanol (10min) and finally washed three times (2min each) in sterile distilled water. This process was realized at flow chamber. After sterilization process, the stem segments were isolated and transferred to solid medium (20 mL), consisting of full-strength MS salts and vitamins (MURASHIGE & SKOOG, 1962), 30 gL-1 sucrose, without growth regulators. This medium was named MS0 (control medium).The pH was adjusted for 5.8, solidified with 8 gL-1 of agar and sterilized in autoclave at 120°C for 15min. The cultures were incubated in a growth room at 25+2°C with a 16-h photoperiod under irradiance of 23.0 mmoles of photon m-2 s-1 for 90 days. Growth regulators treatments After three months of culture, stem segments (1cm) from MS0 were transferred to MS medium (50 mL) supplemented with 6-benziladenine (BA: 0.22, 0.44 or 0.88 M) and gibberelic acid (GA3: 0.29 or 0.88 mM). Each treatment was replicated five times and 40 explants were used. Statistical analysis Growth regulators effects were determined according to shoots number, the higher length of shoot and root, shoots production and rhizogenesis percentage. Each fifteen days were measured the shoot and root production, during 75 days. The obtained results were analyzed by ANOVA and the means were compared by Tukey test at the 0.05 level of significance. The difference between percentage test (p1 and p2) was applied in the comparative study of shoots production and rhizogenesis percentage, at the 0.05 level of significance, using Statistic for Windows TM, version 5.0. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 76-82, 2010 78 ESTEVES, P. F. et al. RESULTS AND DISCUSSION The sterilization protocol utilized was efficient and mean of 1.3 shoots/explant only in E. minima. Kinetin (KIN) at high concentration (23.23 mM) with low none contamination was observed after 30 days of culture (Figure 1A). concentration of NAA (0.05 mM) induced mean of 10.2 shoots/explant in P. aselliformis; low concentrations of Due to the culture multiplication capacity in different concentrations of BA, the shoots number KIN induced less or none axillary shoots formation (GIUSTI et al., 2002). In disagreement with these studies, Bhau (1999) developed in 30, 45, 60 and 75 days of culture was determined. After 30 days of culture, the explants cultivated sh owed th at KIN an d BA alon e did n ot induce morphogenetic response in culture of Coryphantha in 0.22 and 0.88 mM of BA showed significantly higher shoots production (9 and 10 shoots/explant, respectively) elephantidens (Lem.) Lem.. The maximum shoots production (1.6 shoots/explant) was obtained on medium when compared to MS0 (3 shoots/explant) (Table 1). After 75 days of culture, the media supplemented with BA (0.22; with 2.2mM 2.4-D and 4.6 mM KIN. Nikam (1997) also demonstrated that high concentrations of KIN reduce the 0.44 and 0.88 mM) induced production of 28, 19 and 21 shoots/explant, respectively, but these results did not show number of shoots/explant, and BA was also inefficient on Agave sisalana Per. shoots production. These results were statistic difference in relation to MS0. Similar results were obtained by Ruvalcaba et al. similar for A. cantala Roxb. and A. fourcroydes Lem. (BINH et al., 1990). (1999), studying Agave parrasana Berger cultures. When BA was not added to the medium, shoots production was In the Cactaceae family, interaction of auxins and cytokinins for in vitro regeneration is well documented imperceptible (0.1 shoot/explant), however when BA (13.3 to 53.2 mM) was added to the medium, the shoots (HUBSTENBERGER et al., 1992) however the authors showed that an exogenous cytokinin is necessary to obtain production increased (25 shoots/explant). The efficiency of cytokinins on shoots proliferation shoot proliferation moreover auxins are not required. On the other hand, Rubluo et al. (2002) demonstrated a linear was also observed in Escobaria minima (Baird) D. Hunt, Mammillaria pectinifera (Ruempler) F.A.C.Weber and positive correlation between auxin concentration and shoots proliferation. The same results were obtained for Pelecyphora aselliformis Ehrenberg cultures. The higher BA concentration (22.2 mM) induced mean of 3 shoots / Echinocereous spp. and Opuntia polycantha Haw. (MAUSETH & HALPERIN 1975; HUTABARAT, 1986), explant, while the lower concentration (0.44 mM) induced which demonstrate that morphogenetic responses are FIGURE 1 – Micropropagation of S. grandiflorus from stem segments. (A) Axillary shoots development on MS0 medium (arrow). (B) Proliferation of shoots obtained with 0.22�M BA (bar = 1 cm). Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 76-82, 2010 6-Benziladenine (Ba) and Giberelic Acid (Ga3) Effects... singular for each cactus specie (JOHNSON & EMINO, 1979; CLAYTON et al., 1990). In relation to shoots production percentage, after 30 days of culture, the media containing BA (0.22 and 0.88 mM) induced greater shoots production percentage (29.0% and 32.3%, respectively) while MS0 showed 5.7% of shoots production percentage (Figure 1B). However, after 75 days of culture, BA addition (58.1; 42.9 and 48.4%) did not induce better results than MS0 (38.5%) (Table 1). The positive effect of BA on shoots production confirms the BA efficiency on multiplication of many species and it may be the perfect cytokinin for aerial parts 79 explants did not showed respon se for in vitro multiplication (MACHADO & PRIOLI, 1996). In 30 days of culture, the addition of GA3 induced mean production of 9 and 5 shoots/explant, while MS0 induced 3 shoots/explant (Table1). However after 75 days of culture, MS0 induced higher shoots production than the media with GA3 and it can also be observed on shoots production percentage, where the medium supplemented with 0.29 and 0.88 mM GA3 showed 20.0 % and 14.6 %, respectively (Table 1). Shoot elongation In regeneration of Cereus peruvianus (L.) Mill. from callus culture, lateral explant in medium with auxins (IAA The shoots elongation was significantly greater (0.8 and 0.9 cm, respectively) in the media supplemented with 0.22 and 0.88 mM BA than MS+0.44 mM BA (0.3 cm), after 30 days of culture. In 75 days of culture, plants cultivated in MS0 did not show difference to plants submitted to BA (Table 2). Exogenous GA3 did not promote effects on shoots elongation (Table 2) but rather inhibited it. Although gibberellins have been reported to promoted growth of shoot and root, cell division and cell elongation were not distinguished (SPONSEL &HEDDEN, 2004). This suggested that the stem segments contains enough gibberellins to support elongation growth and that and NAA) and cytokinins (BA and Kinetin) showed positive results on shoots regeneration, while apical exogenous addition of GA3 results in a supra–optimal concentration of this growth regulator in the segment. multiplication and axillary shoots induction. It is important to jut out the influence of concentration on success in vitro multiplication (TORRES & CALDAS, 1990). Other authors also observed positive effect of BA (0.44 – 44 mM) in Opuntia polyacantha Haw., O. amyclaea Ten. and Mammillaria spp. cultures (MAUSETH & HALPERIN, 1975; MAUSETH, 1979; ESCOBAR et al., 1986). TABLE 1 – Effect of 6-benziladenine (BA) and giberelic acid (GA3) on the morphogenetic response of stem segments from Selenicereus grandiflorus for 30 and 75 days of culture. The values represent mean + standard deviation and percentage (n=40/treatment). Growth regulators Concentration (�M) Shoots production (%) 30 days b 75 days 30 days 30 days 75 days 28 + 0.96 100 b 100 b 19 + 0.90 100 b 100 b 21 + 0.70 100 b 100 b 0.22 29.0 BA 0.44 11.4 a 42.9 a BA 0.88 32.3 b a GA3 0.29 19.6 a 20.0 b 9 + 0.39 * 9 + 0.42 84.8 b 88.9 b GA3 0.88 9.5 a 14.6 b 5 + 0.40 * 6 + 0.52 64.3 a 82.9 b 5.7 a 38.5 a 3 + 0.47 24 + 0.79 ** 40.4 a 66.7 a 48.4 9 + 0.23 75 days * Roots formation (%) BA Control 58.1 a Shoots/explant Mean ± standard deviation 4 + 0.46 10 + 0.32 ** * P < 0.05. ** P < 0.01 (Tukey‘s test). Values with different letters are significantly different from each other at a 5% level by difference between percentage tests. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 76-82, 2010 80 ESTEVES, P. F. et al. TABLE 2 – Effect of 6-benziladenine (BA) and giberelic acid (GA3) on shoots and roots length of S. grandiflorus in 30 and 75 days of culture. The values represent mean + standard deviation. (n=40/treatment). Growth regulators Concentration (�M) Shoot length (cm) Mean ± standard deviation Roots length (cm) Mean ± standard deviation 30 days 75 days 30 days 75 days BA 0.22 0.8+0.2* 1.6+0.94 3.1+1.24** 7.6+0.97** BA 0.44 0.3+ 0.11 1.7+0.81 1.3+0.65 4.7+0.86 BA 0.88 0.9+0.3* 2.4+0.97 4.0+1.22 ** 11.5+1.02** 0.5+0.15 2.1+ 0.72 1.6+0.79 1.5+0.15 1.7+0.30 3.7+0.81 Control GA3 0.29 0.1+0.04 GA3 0.88 0.1+0.04 1.0+0.11 1.5+0.30 1.7+0.19 Control 0.1+0.04 * P < 0.05. ** P < 0.01 (Tukey’s test). 1.6+ 0.13 3.1+1.1** 4.8+0.95** Like the results of our study, KIN was responsible for the fast growth of Mammillaria pectinifera F.A.C. Weber and Pelecyphora aselliformis Ehrenberg; shoots reached height of 1.8 to 2.5 cm (GIUSTI et al., 2002). Nikam (1997) showed the same result in Agave sisalana culture, where shoots cultivated with 0.93 to 6.98 mM KIN attained height of 1 cm in 35 days of culture. Differently, Bhau (1999) showed that shoots in medium supplemented with 2.2 µM 2.4-D and 4.6 mM KIN attained height of 3.4 cm in 28 days of culture; the shoots production was not observed in medium supplemented with kinetin or BA alone. To reach this production, the balance between cytokinins and auxins was necessary. 2.2+0.21 culture the medium MS+ 0.88 M BA induced roots with higher length reaching an average of 11.5 cm after 75 days (Table 2). The medium supplemented with 0.29 mM GA3, induced the greater rooting in 30 and 75 (84.8 and 88.9 %, respectively) days of culture (Table 1). Meanwhile, addition of GA3 inhibited the roots length (Table 2). For rooting stage it is also commonly used a dilutions of salt concentrations of culture medium. Therefore Cereus jamacaru presented higher root number and root elongation on MS 25% additioned of 2.0 mg.L-1 IBA (OLIVEIRA et al., 2008). CONCLUSION Rooting To promote rooting in cactus, MS without growth regulators has usually been used (NIKAM, 1997; RUVALCABA et al., 1999; GIUSTI et al., 2002; RUBLUO et al., 2002). However, to S. grandiflorus stem explants exogenous BA concentrations utilized were more efficient on rooting induction when compared to control medium. They induced rooting on 100% of explants in 30 days, while the plants cultivated in MS0 attained the greater rooting perceptual (66.7) only after 75 days of culture (Table 1). Since the beginning of The BA addition on culture medium showed significant effect on roots development as well as on shoots production and elongation of shoots and roots in 30 days of culture. Media supplemented with GA3 stimulated shoots production but did not induce significative elongation. BA was also efficient on roots development, and medium enriched with 0.88mM BA induced greater elongation while GA3 inhibited roots elongation. The present results suggest that cytokinins may be involved in in vitro morphogenetic response of cactus Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 76-82, 2010 6-Benziladenine (Ba) and Giberelic Acid (Ga3) Effects... and confirm that each cactus species show specific response to different growth regulators. ACKNOWLEDGEMENTS 81 ESTRADA-LUNA, A. A.; LÓPEZ-PERALTA, C.; CÁRDENAS-SORIANO, E. In vitro micrografting and the histology of graft union formation of selected species of prickly pear cactus (Opuntia spp). Scientia Horticulturae, Amsterdan, v. 92, p. 317-327, 2002. The authors wish to acknowledge CNPq/PIBIC/ UNIRIO and FAPERJ for financial support. REFERENCES BIBLIOGRAFICAS AULT, J. R.; BAGAMON, W. In vitro propagation of Ferocactus acanthodes (Cactaceae). HortScience, Alexandria, v. 22 n. 1, p. 126–127, 1985 BHAU, B. S. Regeneration of Coryphantha elephantidens (Lem) Lem. (Cactaceae) from root explants. Scientia Horticulturae, Amsterdan, v. 81, n.3, p. 337-344, 1999. BINH, L. T.; MUOI, L. T.; OANH, H. T. K.; THANG, T. D.; PHONG, D. T. Rapid propagation of Agave by in vitro tissue culture. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, Hague, v. 23, p. 67-70, 1990. BONNES, M. S.; PARÉ, P. W.; MABRY, T. J. Novel callus and suspension cultures of the “old man” cactus (Cephalocereus senilis). Cactus and Succulent Journal, Pasadena, v. 54, p. 144-147, 1993. BOYLE, T. H., Identification of self-incompatibility groups in Hatiora and Schlumbergera (Cactaceae) Sexual Plant Reproduction, Berlin, v. 16, n 3, p. 151-155, 2003. CLAYTON, P. W.; HUBSTENBERGER, J. F.; PHILLIPS. G. C.; BUTLER-NANCE, S. H. Micropropagation of members of the Cactaceae subtribe Cactinae. Journal American Society Horticulturae Science, Alexandria, v. 115, p. 337343, 1990. CORRÊA, A. D.; BATISTA, R. S.; QUINTAS, L. E. M. Plantas medicinais – Do cultivo à terapeutica. Petrópolis, Vozes, 1998. 246 p. GIUSTI, P.; VITTI, D.; FIOCCHETTI, F.; COLLA, G.; SACCARDO, F.; TUCCI, M. In vitro propagation of three endangered cactus species. Scientia Horticulturae, Amsterdan, v. 95, n. 4, p. 319-332, 2002. HUBSTENBERGER, J. F.; CLAYTON, P. W.; PHILLIPS, G. C. Micropropagation of Cacti (Cactaceae). In: BAJAJ, Y. P. S. Biotechnology in Agriculture and Forestry. Berlin: Springer, 1992, p. 49-68. HUTABARAT, D. Gamma rays induced effects on plant regeneration from callus in Echinocereus species (Cactaceae). In: Proceedings of a Symposium on Nuclear Techniques and In vitro Culture for Plant Improvement. Vienna, p. 187-192, 1986. JOHNSON, J.L.; EMINO, E. R. In vitro propagation of Mammillaria elongata. HortScience, Alexandria, v. 14, p. 605-606, 1979. MACHADO, M. D. P. S.; PRIOLI, A. J. Micropropagação of Cereus peruvianus, In vitro Cellular & Developmental Biology-Plant., St. Louis, v. 32, n. 3, p.199-203, 1996. MALDA, G.; SUZÁN, H.; BACKHAUS, R. In vitro culture as a potential method for the conservation of endangered plants possessing crassulaean acid metabolism. Scientia Horticulturae, Amsterdan, v. 81, n. 1, p. 71-87, 1999. MAUSETH, J. D. A new method for the propagation of cacti: sterile culture of axillary buds. Cactus and Succulent Journal, Pasadena, v. 51, p. 186-187, 1979. MAUSETH, J. D.; HALPERIN, W. Hormonal control of organogenesis in Opuntia polyacantha (Cactaceae). American Journal Botany, St. Louis, v. 62, p. 869-877, 1975. DEOLIVEIRA, S. A.; MACHADO, M. F. P. S.; PRIOLI, A.J.; MANGOLIN, C. A. In vitro propagation of Cereus peruvianus Mill. (Cactaceae). In Vitro Cellular & Development Biology Plant, St Louis, v. 31, n. 1, p. 47-50, 1995. MINOCHA S. C.; MEHRA, P. Nutrition al and morphogenenetic investigations on callus cultures of Neomammillaria prolifera Miller (Cactaceae), American Journal Botany, St. Louis, v. 61, p. 168-173, 1974. ESCOBAR, H. A.; VILLALOBOS, V. M.; VILLEGAS, A. Opuntia micropropagation by axillary proliferation. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, Hague, v. 7, p. 269-277, 1986. MURASHIGE, T.; SKOOG, F. A revised medium for rapid growth and bioassay with tobacco tissue culture. Physiologia Plantarum, Copenhagen, v. 15, p. 473-497, 1962. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 76-82, 2010 82 ESTEVES, P. F. et al. NIKAM, T. D. High frequency shoot regeneration in Agave sisalana. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, Hague, v. 51, p. 225-228, 1997. OLIVEIRA, A. B., DINIZ, J. D. N., ALMEIDA, J. L. M u l t i p l i ca ç ã o e e n r a i z a m e n t o i n v i t r o d o man dacaru (Cereus jamacaru P. DC). Plant Cell Culture & Micropropagation, Lavras, v. 4, n. 1, p. 48-54, 2008. PELAH, D.; KAUSHIK, R. A.; MIZRAHI, Y.; SITRIT, Y. Organogenesis in th e vine cactus Selenicereus megalanthus using thidiazuron. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, Hague, v. 71, p. 81-84, 2002. RAMIREZ-MALAGON, R.; AGUILLAR-AMIREZ, I.; BORODANENKOM, A.; PEREZ-MORENO, L.; ARRERAGUERRA, J. L.; NUNEZ-PALENIUS, H. G.; OCHOA-NETO, N. In vitro propagation of tem threatened species of Mammillaria (Cactaceae). In vitro Cellular & Developmental Biology-Plant, St Louis, v. 43, p. 660-665, 2007. RODRIGUEZ, G.; RUBLUO, A. In vitro morphogenetic responses of the endangered cactus Aztekium ritteri (Boedl.). Cactus and Succulent Journal, Pasadena, v. 64, p. 116-119, 1993. RUBLUO, A.; MARÍN-HERNÁNDEZ, T.; DUVAL, K.; VARGAS, A.; MÁRQUEZ-GUZMÁN, J. Auxin induced morphogenetic responses in long-term in vitro subcultured Mammillaria san-angelensis Sán chez-Mejorada (Cactaceae). Scientia Horticulturae, Amsterdan, v. 95, p. 341-349, 2002. RUVALCABA, F. S.; PULIDO, H. G.; GARAY, B. R. Efficient in vitro propagation of Agave parrasana Berger. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, Hague, v. 56, p. 163-167, 1999. SMITH, R. H.; BURDICK, P. J.; ANTHONY, J.; REILLEY, A. H. In vitro propagation of Coryphantha macromeris. HortScience, Alexandria, v. 36, n.3, p.315, 1991. SPONSEL, V. M., HEDDEN, P. Gibberellin biosynthesis and inactivation. In: DAVIES P.J., (ed.). Plant hormones: biosynthesis, signal transduction, action. Hague: Kluwer Academic Publishers, 2004, p. 63–94. TORRES, A. C.; CALDAS, L. S. Técnicas e aplicações da cultura de tecidos de plantas. Brasília: ABCTP/ EMBRAPA, 1990, 127p. VIZKOT, B.; JARA, Z. Clonal propagation of cacti through axillary buds in vitro. HortScience, Alexandria, v. 59, p. 449-452, 1984. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 76-82, 2010 LUZ NATURAL E SISTEMAS DE VEDAÇÃO NA Luz natural e sistemas de vedação na propagação in vitro... PROPAGAÇÃO in vitro DE CRISÂNTEMO CV. RAGE: ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS 83 NATURAL LIGHT AND SEAL SYSTEMS ON in vitro PROPAGATION OF CHRYSANTHEMUM CV. RAGE: ANATOMICAL AND PHYSIOLOGICAL ALTERATIONS FRANCYANE TAVARES BRAGA1, MOACIR PASQUAL2, EVARISTO MAURO DE CASTRO3, SAMANTHA LÉA DIGNART4, GABRIEL COIMBRA RAFAEL5, CLAUDINÉIA FERREIRA NUNES6 1 Doutora em Agronomia/Fitotecnia - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais EPAMIG - Núcleo Tecnológico Uva e Vinho - 37780-000, Caldas, MG - [email protected] 2 Professor - Departamento de Agricultura - Universidade Federal de Lavras - Caixa Postal 3037 - 37200-000 - Lavras, MG [email protected] 3 Professor - Universidade Federal de Lavras - Caixa Postal 3037 - 37200-000 - Lavras, MG - [email protected] 4 Mestre em Agronomia/Fisiologia Vegetal - Instituto Educacional Matogrosense - UNIVAG - 78118-900, Várzea Grande, MT [email protected] 5 Graduando em Engenharia Florestal - Universidade Federal de Lavras - Caixa Postal 3037 - 37200-000 - Lavras, MG [email protected] 6 Doutora em Agronomia/Fitotecnia - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais/EPAMIG - Núcleo Tecnológico Uva e Vinho - 37780-000 - Caldas, MG - [email protected]. RESUMO Conduziu-se este trabalho, com o objetivo de avaliar o efeito de dois ambientes de cultivo: (sala de crescimento e casa de vegetação com sombrite 50%) e de dois sistemas de vedação de frascos: (tampa convencional e tampa com ventilação) na propagação in vitro de crisântemo. Os explantes constituíram-se de segmentos nodais cultivados in vitro contendo uma gema. Foi utilizado o meio MS, acrescido de 15 g L-1 de sacarose. Após 60 dias de cultivo, para todas as variáveis fitotécnicas analisadas (número de folhas, brotos e raízes e comprimento da parte aérea e comprimento da maior raiz) constatou-se como, o melhor ambiente de cultivo, a casa de vegetação, associado ao sistema vedação com ventilação. Quanto aos aspectos anatômicos, para densidade estomática o melhor resultado foi obtido em casa de vegetação com a utilização do sistema de vedação. Para diâmetros polar e equatorial dos estômatos, casa de vegetação e vedação convencional foram mais eficientes. A espessura do mesofilo mostrou-se maior em casa de vegetação e vedação convencional. Termos para indexação: Fotoautotrofia, micropropagação, anatomia vegetal, Dendranthema grandiflorum ABSTRACT The objective of the present work was to evaluate the effects of two environments (growth room and greenhouse with 50%) and two seal systems (conventional and ventilated seal). Explants were made of nodal segments of chrysanthemum with one bud cultivated in vitro. MS medium supplemented with 15 g L-1 sucrose was used. After 60 days of culture, for all the analyzed variables such as number of leaves, sprouts and roots, shoot length and length of the biggest root, the best culture environment was observed in greenhouse, under ventilated seal system. For stomatal density, the best result was obtained in greenhouse using ventilated seal system. For stomatal diameters, greenhouse and conventional seal revealed to be more efficient. Mesophyl thickness was higher in greenhouse and conventional seal. Index terms: photoautotrophy, micropropagation, plant anatomy, Dendranthema grandiflorum INTRODUÇÃO O sistema de propagação in vitro fotoautotrófica representa um tipo de cultivo caracterizado por fornecer condições ambientais com aumento na disponibilidade de CO2 e nos níveis de radiação, bem como redução na umidade relativa dentro dos frascos, induzindo a fotossíntese e conferindo capacidade de crescimento e multiplicação das plantas em meios sem ou com reduzida suplementação orgânica (GEORGE, 2008). Por outro lado, o uso da luz natural em substituição à luz artificial comumente observada em salas de crescimento, permite expandir o uso da micropropagação em escala comercial na produção in vitro de crisântemo, diminuindo o custo das mudas, cujo gasto com energia elétrica em salas de crescimento é um dos fatores mais onerosos (DIGNART et al, 2009). (Recebido em 19 de maio de 2010 e aprovado em 11 de novembro de 2010) Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 83-89, 2010 84 BRAGA, F. T. et al. Uma alternativa viável seria o cultivo in vitro em ambiente de luz natural. Essa tecnologia não é muito adotada por não estarem esclarecidos seus efeitos sobre as culturas que, convencionalmente, são condicionadas em luz artificial, com intensidades luminosas inferiores e com fotoperíodo e temperatura controlada (ERIG & SCHUCH, 2005). Algumas técnicas e metodologias têm sido desenvolvidas com o objetivo de fornecer condições ambientais que promovam a capacidade fotossintética do material micropropagado e favoreçam a aquisição de fotoautotrofia in vitro. Como exemplo tem-se a utilização de filtros de membranas com microporos permeáveis a gases, que promovem aumento na transferência destes entre o recipiente de cultivo e o ambiente externo, sendo a atmosfera ao redor do recipiente mantida sob concentrações normais de CO2 (sistema de ventilação natural) ou enriquecida com CO2 (sistema de ventilação forçado), e a utilização de maior densidade de fluxo de fótons fotossinteticamente ativos (DFFFA) por meio da iluminação natural (DECCETTI et al., 2008). Alguns trabalhos têm demonstrado que a micropropagação fotoautotrófica, ou seja, na ausência de sacarose e aumento de irradiação, tem apresentado algumas vantagens, quando comparada aos sistemas convencionais de micropropagação (ROCHA et al., 2007; COSTA et al., 2009; BRAGA et al., 2009). Isso porque promove maior crescimento e desenvolvimento in vitro, diminuindo o nível de contaminação; simplifica os meios de cultura, uma vez que permite a retirada de certos reguladores de crescimento e compostos orgânicos e promove rápido e vigoroso desenvolvimento das plantas durante a aclimatização (SILVA et al, 2008). A eliminação total de uma fonte de carbono do meio de cultura deve ser questionada em algumas situações, uma vez que o processo de hiper-hidricidade ou vitrificação pode ser provocado em função do alto potencial hídrico do meio de cultura, o que disponibiliza mais facilmente água para os explantes (HAZARIKA, 2006). Diante dessas considerações, neste estudo, objetivouse avaliar um sistema de vedação para frascos que permite troca de gases do recipiente de cultivo com o meio externo, bem como o uso de luz natural como fonte de irradiação luminosa na propagação in vitro de crisântemo cv. Rage. MATERIAL E MÉTODOS O material vegetal utilizado constituiu-se de propágulos de crisântemo cv. Rage já estabelecidos in vitro, dos quais foram retirados segmentos nodais contendo uma gema e inoculados em meio MS (MURASHIGE & SKOOG, 1962) com adição de 15 g L-1 de sacarose e 5 g L-1 de ágar. O pH do meio foi ajustado para 5,8, antes da autoclavagem a 121ºC e 1,2 atm durante 20 minutos. O experimento foi conduzido em dois ambientes de luz: 1) casa de vegetação (CV), onde os frascos foram colocados diretamente sobre as bancadas sob proteção adicional de sombrite com 50% de retenção da radiação solar e 2) sala de crescimento convencional (SC), com fotoperíodo de 16 horas, temperatura de 25 ± 2ºC e DFFA de 45,5 W m-2, fornecida por lâmpadas brancas fluorescentes. Os frascos foram vedados com tampas convencionais de polipropileno e tampas provenientes da Samavidros®, modelo BioSama. Tais tampas possuem um orifício de borracha com furo de 1 mm de diâmetro preenchido com algodão hidrofílico e um filtro millipori com porosidade de 22 µm, permitindo trocas gasosas dentro dos recipientes. A radiação dentro da casa de vegetação foi avaliada, com a utilização de um sensor de radiação (LI-200SA, Li-cor, Lincoln, Nevasca, USA) acoplado a um sistema de registro (LI 1400; Li-cor.Neb), a cada meia hora, durante 12 horas (das 06:00 às 18:00 horas). O valor médio de radiação recebida no ambiente casa de vegetação foi de 99,43 W m-2. Após 60 dias de cultivo, foram avaliadas características fitotécnicas e anatômicas. Como características fitotécnicas avaliou-se o número de folhas e raízes por propágulo e comprimento da parte aérea e de raízes. Para os estudos anatômicos, seguiu-se o protocolo definido por Kraus & Arduin (1997), avaliando-se a espessura dos tecidos do limbo foliar. Em relação às características paradérmicas avaliou-se número de estômatos/mm2 e diâmetro polar e equatorial dos mesmos, de acordo com a técnica descrita por Laboriau et al. (1961). Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 83-89, 2010 Luz natural e sistemas de vedação na propagação in vitro... O experimento foi montado em delineamento inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 2 (ambiente de luz) x 2 (Tampas), totalizando quatro tratamentos, com 10 repetições. Cada qual composta por um frasco contendo cinco segmentos nodais. Os dados foram submetidos ao programa SISVAR 5.0 (FERREIRA, 2000), para a realização das análises de variância. As médias foram comparadas pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados não foram significativos para a interação dos fatores ambiente de luz e sistema de vedação. Para ambiente de luz, foram observadas diferenças significativas para todas as variáveis , exceto número de brotações, onde o melhor resultado foi apresentado pelo ambiente casa de vegetação (Tabela 1). Quanto ao sistema de vedação, houve diferenças significativas apenas para as variáveis, número de folhas e comprimento de raízes, sistema de vedação com ventilação natural proporcionou os maiores resultados (Tabela 1). Contrariando os resultados obtidos neste trabalho com o uso de maior irradiância em casa de vegetação, Kanechi & Ochi (1998) trabalhando com Brassica oleracea L., avaliaram diferentes condições de cultivo in vitro, a fotomixotrófica e a fotoautotrófica e observaram que baixas intensidades de irradiância e sistema de vedação com ventilação natural promoveram maior área foliar, bem como maior massa de raízes e brotos nos propágulos. 85 Uma das formas de facilitar o processo de aclimatização de propágulos cultivados in vitro seria aumentar a intensidade luminosa, promovendo a fotossíntese e melhorando as relações hídricas. Ibaraki & Nozaki (2005) afirmam que se houver necessidade de desenvolver capacidade fotossintética nos tecidos, um dos fatores mais importantes que devem ser considerados é o ambiente de luz, especialmente a intensidade. O emprego de luz natural é uma forma de aumentar a irradiância no ambiente de cultivo in vitro. A alta irradiância altera a divisão celular, a diferenciação do mesofilo e o desenvolvimento de estômatos na lâmina foliar (ERIG & SCHUCH, 2005). O aumento dos níveis de irradiância durante o crescimento in vitro e a concentração de CO2 no interior dos frascos, são fatores críticos na promoção de altas taxas fotossintéticas em plantas cultivadas em condições fotoautotróficas (SILVA et al., 2008). Por outro lado, a fixação de carbono pelas folhas desenvolvidas in vitro em meios sem adição extra de sacarose é insuficiente para que ocorra um crescimento autotrófico, principalmente após transferência para aclimatização, sendo necessária uma adição desse carboidrato ao meio de cultura (GEORGE, 2008). Observou-se que as folhas de crisântemo cv. Rage são do tipo hipoestomática, apresentando estômatos do tipo anomocíticos, com células-guardas de formato elíptico, e grande quantidade de tricomas tectores multicelulares não ramificados em toda a extensão da superfície abaxial (Figura 1). TABELA 1 – Número de folhas (NF), comprimento de parte aérea (CPA), número de raízes (NR), comprimento da maior raiz (CR) e número de brotações (NB), de propágulos de crisâtemo cv. Rage, cultivado em diferentes ambientes de luz e sistemas de vedação. AMBIENTE DE LUZ NF CPA (cm) NR CR (cm) NB Casa de vegetação 27,85a 7,36a 15,32a 13,57a 2,62a Sala de crescimento 20,32b 6,21b 11,27b 10,11b 2,27a SISTEMA DE VEDAÇÃO NF CPA (cm) NR CR (cm) NB Ventilação natural 26,55a 6,92a 13,95a 10,99b 2,57a Convencional 21,62b 6,61a 12,65a 12,68a 2,32a * Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 83-89, 2010 86 BRAGA, F. T. et al. FIGURA 1 – Fotomicrografias da superfície abaxial de folhas de crisântemo. SC = sala de crescimento; CV = casa de vegetação; V = sistema de vedação com ventilação e N = sistema de vedação convencional. Barra = 25µm. UFLA, Lavras, MG, 2009. Ocorreu interação significativa entre os fatores ambiente de luz e sistema de vedação para as variáveis, número de estômatos e diâmetro polar. Para diâmetro equatorial, não foi observada interação entre os fatores (Tabela 2). Maior número de estômatos foi verificado com a interação de casa de vegetação com sistema de vedação com ventilação natural. O aumento no número de estômatos sob maiores níveis de irradiância e ventilação natural demonstra que plantas cultivadas in vitro têm tendência semelhante à de plantas cultivadas em outros ambientes, que é de aumentar a frequência de estômatos sob maior disponibilidade de luz e CO2. Maior número de estômatos em plantas cultivadas in vitro, quando comparadas a plantas cultivadas em ambientes naturais, tem sido reportado em diversos estudos que têm associado esse aumento, principalmente, à alta umidade relativa dentro dos frascos (KHAN et al., 2003; COSTA et al., 2009). Os estômatos das folhas que se desenvolveram em casa de vegetação apresentaram formato elíptico e mostraramse maiores em sistema de vedação convencional. Os desenvolvidos em casa de vegetação com ventilação natural apresentam-se menores e de formato elíptico (Figura 1). TABELA 2 – Número de estômatos, diâmetros polar e equatorial dos estômatos de folhas de propágulos cultivados sob diferentes ambientes de luz (sala de crescimento-SC e casa de vegetação-CV) e sistema de vedação com ventilação natural e convencional. Número de Estômatos (mm2) CV SC Ventilação 163,54aB* 150,96aA Convencional 91,74bA 141,34aA Diâmetro polar (µm) CV SC Ventilação 49,45aB 39,15bA Convencional 56,81aA 41,54bA Diâmetro equatorial (µm) CV 39,09a** SC 29,13b Ventilção Convencional 34,08a 34,14a * Letras minúsculas correspondem às colunas e letras maiúsculas às linhas. **Letras iguais não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 83-89, 2010 Luz natural e sistemas de vedação na propagação in vitro... 87 TABELA 3 – Número de estômatos, diâmetros polar e equatorial dos estômatos de folhas de propágulos cultivados sob diferentes ambientes de luz (sala de crescimento-SC e casa de vegetação-CV) e sistema de vedação com ventilação natural e convencional. CV SC EAba (µm) 24,00a 20,40b EAda (µm) 31,95a 27,50b PE (µm) 110,70a 89,10b PP (µm) 55,80a 33,50b * Letras minúsculas correspondem às colunas e letras maiúsculas às linhas. **Letras iguais não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Maior diâmetro polar foi verificado em estômatos de propágulos cultivados em casa de vegetação com vedação convencional. Quanto ao diâmetro equatorial, não houve interação significativa entre os fatores estudados, tendo sido observada diferença apenas para o ambiente de luz. Os maiores resultados foram observados em casa de vegetação. Alguns trabalhos demonstraram que a presença de uma fonte de carboidrato no meio, bem como o acúmulo de etileno no interior do frasco e, principalmente, a alta umidade relativa nos recipientes vedados convencionalmente resultam no desenvolvimento anormal dos estômatos e na reduzida capacidade de fechamento destes em resposta às condições severas do ambiente natural, como, por exemplo, a demanda evaporativa das plantas em ambientes ex vitro (DECETTI et al., 2008; ROCHA et al., 2007; BRAGA et al., 2009; COSTA et al., 2009). A funcionalidade dos estômatos sob diferentes condições de cultivo, condições estas que se aproximem do ambiente natural, pode impedir a excessiva dessecação das plantas micropropagadas após o transplantio, aumentando as taxas de sobrevivência durante o processo de aclimatização. Não houve interação entre os fatores estudados para o espessamento das epidermes abaxial e adaxial, bem como para os parênquimas paliçádico e esponjoso (Tabela 3 e 4). Analisando-se os ambientes de cultivo separadamente, observaram-se diferenças significativas. Para as epidermes abaxial e adaxial e os parênquimas paliçádico e esponjoso, a maior espessura foi observada em folhas de propágulos mantidos em casa de vegetação. Para o sistema de vedação, foram observadas diferenças significativas apenas para as variáveis, epiderme abaxial e parênquima esponjoso. As demais não diferiram significativamente entre si. Porém, os maiores valores, foram obtidos em sistema de vedação convencional. Em todas as condições de cultivo, as epidermes apresentaram apenas uma camada de células (epiderme uniestratificada) que não apresentaram um formato definido, sendo revestidas por uma fina camada de cutícula. O mesofilo, nos dois ambientes de luz, mostrou-se dorsiventral, apresentando parênquima paliçádico na face superior (adaxial) e parênquima esponjoso na face inferior (abaxial). O parênquima paliçádico apresentou apenas uma camada de células, com células de formato indefinido e arranjadas desorganizadamente, o parênquima esponjoso mostrou células também desuniformes e espaçadas (Figura 2). O aumento na espessura da folha e células paliçádicas mais alongadas constituem um padrão clássico de resposta e de adaptação das plantas à alta intensidade de luz e evidenciam a plasticidade adaptativa da planta. A capacidade de alterar a estrutura da folha em resposta ao ambiente, principalmente ao nível de irradiância, tem sido comumente observada em diversas espécies cultivadas in vitro (LEE et al., 2000; SILVA et al., 2008; BRAGA et al., 2009; COSTA et al., 2009). Os resultados deste trabalho demonstram que diferentes ambientes de cultivo, principalmente diferentes níveis de irradiância, podem modificar o desenvolvimento da folha in vitro, tornando a anatomia desta mais semelhante à das plantas cultivadas em ambiente in vivo. Dessa maneira, o aumento na capacidade fotossintética de crisântemo em estágios do desenvolvimento in vitro, principalmente sob alta irradiância, pode estar associado ao maior desenvolvimento das características estruturais relacionadas ao processo fotossintético, como a maior diferenciação do mesofilo, principalmente do parênquima paliçádico. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 83-89, 2010 88 BRAGA, F. T. et al. TABELA 4 – Espessura dos tecidos epidérmicos e dos parênquimas paliçádico e esponjoso de folhas crisântemo desenvolvido durante cultivo in vitro sob ambiente de casa de vegetação (CV) e sala de crescimento (SC). EAba (µm) EAda (µm) PE (µm) PP (µm) Ventilação 19,95b Convencional 24,45a 29,10a 85,85b 44,45a 30,45a 112,95a 44,85a * Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% probabilidade. FIGURA 2 – Fotomicrografias de cortes transversais de folhas de crisântemo desenvolvidas durante o cultivo in vitro sob SC = sala de crescimento; CV = casa de vegetação; V = ventilação natural e N = convencional. Barra = 70µm UFLA, Lavras, MG, 2009. CONCLUSÕES AGRADECIMENTOS O cultivo em ambiente casa de vegetação proporciona um aumento no número de folhas, raízes, brotos e comprimento de parte aérea e raízes, o uso de vedação que permite ventilação natural não interfere no crescimento dos propágulos. O uso de casa de vegetação como ambiente de cultivo in vitro proporciona maior formação de número de estômatos com formato elíptico. Maior espessura dos tecidos que compõem o limbo foliar é obtida quando propágulos de crisântemo são cultivados in vitro em casa de vegetação. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pelo apoio financeiro recebido. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRAGA, F. T.; PASQUAL, M.; CASTRO, E. M.; DIGNART, S. L.; BIAGIOTTI, G.; PORTO, J. M. P. Qualidade de luz no cultivo in vitro de Dendranthema grandiflorum cv. Rage: características morfofisiológicas. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 33, n.2, p. 502-508, 2009. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 83-89, 2010 Luz natural e sistemas de vedação na propagação in vitro... COSTA, F. H. S.; PEREIRA, J. E. S.; PASQUAL, M.; CASTRO, E. M.; SANTOS, A. M. Perda de água e modificações anatômicas em folhas de plantas de bananeiras micropropagadas durante a aclimatização. Ciência Rural, Santa Maria, v. 39, p. 742-748, 2009. DECCETTI, S. F. C.; SOARES, A. M.; PAIVA, R.; CASTRO, E. M. Effect of the culture environment on stomatal features, epidermal cells and water loss of micropropagated Annona glabra L. plants. Scientia Horticulturae, Amsterdam, v. 117, p. 341–344, 2008. DIGNART, S. L.; CASTRO, E. M. de; PASQUAL, M.; FERRONATO, A.; BRAGA, F. T.; PAIVA, R. Luz natural e concentrações de sacarose no cultivo in vitro de Cattleya walkeriana. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 33, n. 3, p. 780-787, maio/jun. 2009. ERIG, A. C.; SCHUCH, M. W. Micropropagação fotoautotrófica e uso da luz natural. Revista Ciência Rural, Santa Maria, v.35, n.4, p. 961-965, 2005. GEORGE, E. F. Plant propagation by tissue culture. 3. ed. Great Britain: Exegetics, 2008. 479p. FERREIRA, D. F. SISVAR 5.0: Sistema de análise estatística. Lavras: UFLA/DEX, 2000. Software. HAZARIKA, B. N. Morpho-physiological disorders in in vitro culture of plants. Scientia Horticulturae, Amsterdam, v. 108, p. 105-120, 2006. IBARAKI, Y.; NOZAKI, Y. Estimation of light intensity distribution in a culture vessel. Plant Cell, Tissue and Organ Culture, Amsterdam, v. 80, n. 1, p. 111-113, 2005. KANECHI, M.; OCHI, M. The effects of carbon dioxide enrichement, natural ventilation, and ligth intensity on growth, photosynthesis, and transpiration for cauliflower 89 plantlets cultured in vitro photoautoprophically and photomixotrophically. Journal of the American Society for Horticultural Science, Alexandria, v. 123, n. 2, p. 176181, 1998. KHAN, S.V.; KOZAI, T.; NGUYEN, O. T.; KUBOTA, C.; DHAWAN, V. Growth and water relations of Paulowinia fotunei under photomixotrophic and conditions. Biologia Plantarum, Copenhagen, v.46, n.2, p. 161-166, 2003. KRAUS, J. E.; ARDUIM, M. Manual básico de métodos em morfologia vegetal. Seropédica: EDUR, 1997. 198p. LABORIAU, L. G.; OLIVEIRA, J. G.; SALGADOLABORIAU, M. I. Transpiração de Schizolobium parahyba (vell) Toledo I. Comportamento na estação chuvosa, nas condições de caeté, Minas Gerais. Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 33, n. 2, p. 237-252, 1961. LEE, D. W. Effects of irradiance and spectral quality on leaf structure and function in seedlings of two southeast asian Hopea (Dipeterocarpaceae) species. American Journal of Botany, New York, v. 87, n. 4, p. 447-455, 2000. MURASHIGE, T.; SKOOG, F. A revised medium for rapid growth and bioassays with tobacco tissue cultures. Physiologia Plantrarum, Copenhagen, v. 15, p. 473-497, 1962. ROCHA, H. S.; SILVA, C. R. R.; ARAÚJO, A. G.; SILVA, A. B. Propagação in vitro de bananeira ‘Prata anã (AAB)’: Intensidades luminosas e concentrações de sacarose nas fases de multiplicação e enraizamento. Plant Cell culture and Micropropagation. Lavras, v.3, n.1, p. 10-17, 2007. SILVA, A. B. da; PASQUAL, M.; CASTRO, E. M. de; MIYATA, L. Y.; MELO, L. A. de.; BRAGA; F. T. Luz natural na micropropagação do abacaxizeiro (Ananas comosus L. Merr). Interciência, Caracas, v. 33, p. 839-843, 2008. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 83-89, 2010 90 BAP E AIB NO CULTIVOSANTOS, in vitro DE Epidendrum ibaguense KUNTH M. R. A. dos et al. BAP AND AIB ON in vitro CULTURE OF Epidendrum ibaguense KUNTH MAURÍCIO REGINALDO ALVES DOS SANTOS1; MARIA DAS GRAÇAS RODRIGUES FERREIRA2; MAGUIANA GONÇALVES MARQUES3 1 D.Sc. em Agronomia – pesquisador - Embrapa Rondônia, Caixa Postal 127 - 76815-800 - Porto Velho,RO [email protected] 2 D.Sc. em Produção Vegetal - pesquisadora - Embrapa Rondônia, Caixa Postal 127 - 76815-800 - Porto Velho,RO [email protected] 3 Bióloga - Estagiária Embrapa Rondônia, Caixa Postal 127 - 76815-800 - Porto Velho,RO - [email protected] RESUMO Neste trabalho objetivou-se avaliar o efeito dos reguladores de crescimento AIB e BAP no desenvolvimento in vitro de plântulas de Epidendrum Ibaguense Kunth, visando ao estabelecimento de um protocolo eficiente de regeneração de plantas dessa espécie. Utilizaram-se plântulas oriundas de sementes germinadas in vitro, em meio Knudson, sem reguladores de crescimento, com aproximadamente 1,0 cm de comprimento. Foram realizados dois ensaios experimentais. No primeiro, utilizaram-se diferentes concentrações de BAP (0,0; 0,9; 1,8; 2,7 e 3,6 mg L-1) no meio Knudson e, no segundo, as plântulas foram subcultivadas em meio com diferentes concentrações de AIB (0,0; 0,8; 1,6; 2,4 e 3,2 mg L-1). Nos 60 dias subsequentes ao estabelecimento de cada experimento, avaliou-se o comprimento total das plântulas, o comprimento da parte aérea e da parte radicular e o número de folhas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5 %. Houve diferença significativa entre os tratamentos utilizados. Os tratamentos mais eficientes para o desenvolvimento das plântulas foram: 3,6 mg L-1 de BAP, para o desenvolvimento da parte aérea, seguido do subcultivo em meio com 1,6 mg L-1 de AIB, visando ao enraizamento das mesmas. Termos para indexação: orquídea, reguladores de crescimento, cultura de tecidos. ABSTRACT The objective of this study was to evaluate the effect of growth regulators IBA and BAP in the development of in vitro seedlings of Epidencrum Ibaguensis Kunth, aiming to establish a protocol for efficient regeneration. It was used seedlings with approximately 1.0 cm in length from seeds germinated in vitro, in Knudson medium without growth regulators. Two experimental trials were conducted. The first using different concentrations of BAP (0.0, 0.9, 1.8, 2.7 and 3.6 mg L-1) in the medium, and the second, on different concentrations of IBA (0.0, 0.8, 1.6, 2.4 and 3.2 mg L-1). Seedlings, shoots and roots length and number of leaves were evaluated 60 days after the establishment of each experiment. The data were submitted to analysis of variance and averages compared by Tukey test at 5%. There was difference between the treatments. The most efficient for plantlets development were: 3.6 mg L-1 BAP for shoot development, followed by subculture in 1.6 mg L-1 IBA for plantlet rooting. Index terms: orchids, growth regulators, tissue culture. INTRODUÇÃO As orquídeas são encontradas em estado nativo em todos os continentes e nos mais variados climas, com exceção das regiões polares e de desertos extremamente secos. A família Orchidaceae é uma das maiores dentre as angiospermas, constituída por cerca de 700 gêneros e 30.000 espécies. Podem ser epífitas (raízes aéreas), vivendo em árvores, ou rupícolas, vivendo sobre pedras (nas regiões tropicais) e terrestres (nas zonas temperadas) (FARIA et al., 2004). Como resposta à pressão seletiva, as orquídeas desenvolveram a capacidade de produzir numerosas e minúsculas sementes (ROBINSON & BURNS-BALOGH, 1982), podendo um só fruto, ou cápsula, conter de 376 a 3,7 milhões de sementes, dependendo da espécie (WITHNER, 1959). Porém, as sementes não possuem endosperma funcional, ou seja, não possuem reservas, e sua germinação em geral depende de associações micorrízicas. Essa simbiose mostra-se bastante delicada, e pode não acontecer em razão das condições ambientais adversas (SANTOS et al., 2007; FRÁGUAS et al., 2003). Nesse contexto, a micropropagação apresenta-se como alternativa para a propagação eficiente de espécies de orquídea, uma vez que propicia o aproveitamento de praticamente todas as sementes produzidas nas cápsulas e a regeneração de plantas adultas a partir destas. Em (Recebido em 29 de outubro de 2009 e aprovado em 10 de janeiro de 2011) Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 90-98, 2010 Bape aib no cultivo in vitro de Epidendrum ibaguense... 91 condições naturais, uma cápsula que possui cerca de 3.000 sementes dá origem a relativamente poucas plantas. Com reguladores de crescimento BAP e AIB, em diferentes concentrações, no desenvolvimento de plântulas da os trabalhos de Lewis Knudson, na década de 20, desenvolveu-se meios de cultivo nos quais se tornou espécie. possível a germinação de sementes de diversas espécies de orquídea e o seu cultivo, promovendo o comércio de MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi realizado no Laboratório de Cultura plântulas produzidas em laboratório e aliviando a pressão do extrativismo sobre as espécies nativas (ARAÚJO et al., de Tecidos Vegetais da Embrapa Rondônia, em Porto Velho- 2006a; NOGUEIRA et al., 2005). O crescimento in vitro é regulado pela interação e de idade, aproximadamente 1,0 cm de altura e apenas uma pelo balanço entre as substâncias adicionadas ao meio de cultura e por aquelas produzidas de forma endógena de Epidendrum ibaguense Kunth cultivada no campo (CHAPLA et al., 2009). A adição de auxinas e citocininas ao meio é essencial para regular o crescimento e a em meio Knudson, sem reguladores de crescimento. Foram morfogênese nos tecidos vegetais in vitro (VICTÓRIO et al., 2008). As citocininas são reguladores vegetais que os explantes foram inoculados individualmente, em tubos participam ativamente dos processos de divisão e diferenciação celular. Dentre estas, a 6-benzilaminopurina RO. Utilizaram-se, como explantes, plântulas com 30 dias folha, oriundas de sementes procedentes de uma planta experimental da Embrapa Rondônia, germinadas in vitro, realizados dois ensaios experimentais. No primeiro ensaio, de ensaio contendo 10,0 mL de meio Knudson, suplementado com 0,0; 0,9; 1,8; 2,7 e 3,6 mg L-1 de BAP, sendo quatro repetições, cada uma composta por cinco (BAP) é uma das mais utilizadas (LINO et al., 2009), sendo considerada a mais eficiente na multiplicação de explantes tubos com um explante cada. No segundo ensaio, e indução de gemas, além de ser a citocinina de menor custo no mercado (CAMPOS et al., 2007). No enraizamento, suplementado com 3,6 mg L-1 de BAP, aproximadamente ácido indolbutírico (AIB) é frequentemente considerado como a auxina mais eficiente para a maioria das espécies para meio Knudson contendo 0,0; 0,8; 1,6; 2,4 e 3,2 mg L-1 vegetais (OLIVEIRA et al., 2008). Epidendrum é um gênero botânico pertencente à utilizaram-se plântulas cultivadas durante 60 dias em meio 4,0 cm de altura e três folhas, as quais foram transferidas de AIB. Os tubos foram mantidos em sala de crescimento, sob irradiância de 35 mmol m-2 s-1, temperatura de 25 + 2°C e fotoperíodo de 16 horas, em delineamento experimental família das orquídeas e inclui mais de 1.100 espécies. A espécie amazônica Epidendrum ibaguense, descrita em inteiramente casualizado. 1816, é uma orquídea terrestre que cresce em grandes touceiras, prostradas e enroscadas. No Brasil, desenvolve- experimento, avaliou-se o comprimento da parte aérea e da se em afloramentos rochosos, em altitudes de 200 a 1.000 metros, nos estados do Amazonas, Pará e Roraima número de folhas e os dados obtidos foram submetidos à (MENEGUCE et al., 2004). Apresenta grande potencial para comercialização, visto que produz flores o ano inteiro, com coloração vermelha e amarela, podendo ser utilizada como flor de corte, de vaso ou para paisagismo (SANTOS et al., Aos 60 dias após o estabelecimento de cada parte radicular, o comprimento total das plântulas e o análise de regressão. RESULTADOS E DISCUSSÃO Ensaio 1 – Efeito do BAP no desenvolvimento das plântulas Houve maior desenvolvimento da parte aérea das Neste trabalho, objetivo-se o estabelecimento de plântulas de orquídea no tratamento contendo 3,6 mg L-1 de BAP, com média de 3,74 cm de comprimento por plântula, um protocolo eficiente de produção de mudas in vitro de Epidendrum Ibaguense Kunth, avaliando os efeitos dos seguido pelos tratamentos com 2,7 mg L-1 e 1,8 mg L-1, com comprimentos de 3,29 cm e 3,16 cm, respectivamente. No 2007). Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 90-98, 2010 92 SANTOS, M. R. A. dos et al. controle, observou-se média de 1,81 cm de comprimento da parte aérea (Figura 1). Resultados semelhantes foram obtidos por Araújo et al. (2006b) que, em trabalho com Brassocattleya ‘Pastoral’ x Laeliocattleya ‘Amber Glow’ (Orquidaceae), compararam o efeito dos meios MS, WPM e Knudson em combinação com concentrações de BAP (0,0; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 mg L-1). Esses autores obtiveram o maior crescimento das plântulas (comprimento da parte aérea) em meio WPM, suplementado com 4,0 mg L-1 de BAP; e maior multiplicação (número de brotos) com meio MS, sem regulador de crescimento. O desenvolvimento de protocormos de Cypripedium candidum Muhl. ex Willd (Orquidaceae) foi avaliado em função da suplementação do meio com as citocininas BAP, 2iP e cinetina (0,1; 0,2; 0,4; 0,8 e 1,6 mg L-1). BAP e 2iP promoveram o maior crescimento dos protocormos, em concentrações inferiores a 1,0 mg L-1. Cinetina promoveu menor crescimento, mas resultou em desenvolvimento normal dos tecidos, enquanto que BAP e 2iP resultaram em brotações múltiplas (PAUW et al., 1995). O desenvolvimen to de protocormos de E. Ibaguense foi estudado comparando-se os meios MS, Phytamax e Knudson C e Mitra, na presença e ausência de peptona (2,0 mg L-1) e carvão ativado (2,0 mg L-1). Identificou-se maior desenvolvimento nos meios MS e Phytamax, ambos com a adição de peptona e carvão ativado (HOSSAIN, 2008). Estudando o crescimento in vitro de Carissa carandas, Rai & Misra (2005) observaram que o maior comprimento das plântulas foi atingido com a suplementação do meio de cultivo com 13,32 ìM de BAP, decrescendo na concentração imediatamente superior, de 17,75 µ M. O maior comprimento radicular verificado foi de 0,79 cm, observado no tratamento contendo 2,7 mg L-1 de BAP. A concentração imediatamente superior, 3,6 mg L-1 de BAP, provocou redução no comprimento radicular, sendo observado o comprimento médio de 0,69 cm. No controle, o comprimento radicular verificado foi o de 0,68 cm (Figura 2). É possível que a concentração mais alta da citocinina tenha inibido a formação de raízes. Araújo et al. (2006b), trabalh ando com Brassocattleya Pastoral x Laeliocattleya Amber Glow, observaram que a utilização de BAP no meio de cultivo não promoveu nenhum efeito no número de raízes. Comprimento da parte aérea (cm) 4 3,5 3 2,5 2 y = -0,112x + 0,891x + 1,8926 2 2 R = 0,9636 1,5 1 0,5 0 0 0,9 1,8 2,7 3,6 Concentrações de BAP (mg.L-1) FIGURA 1 – Efeito de concentrações de BAP sobre o comprimento da parte aérea de plântulas de E. ibaguense, após 60 dias de cultivo in vitro. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 90-98, 2010 Bape aib no cultivo in vitro de Epidendrum ibaguense... Comparando os meios WPM, MS e Knudson C, os autores verificaram que o meio WPM resultou em maior número de raízes, seguido do meio MS, sendo os menores valores verificados no meio Knudson C. De acordo com Pierik (1987), em concentrações mais elevadas, as citocininas podem induzir à formação de gemas adventícias, quebrando a dominância apical e retardando a formação de raízes. O comprimento total das plântulas apresentou-se maior com o aumento na concentração de BAP. O menor comprimento foi verificado no tratamento controle, com média de 2,49 cm. O maior comprimento foi de 4,43 cm, no meio suplementado com a maior concentração de BAP, 3,6 mg L-1 (Figura 3). Estudando o crescimento de Carissa carandas L. , Rai & Misra (2005) observaram que o maior comprimento médio das plântulas foi atingido com a suplementação do meio de cultivo com 3,0 mg L-1 de BAP (4,39 cm), decrescendo na concentração imediatamente superior, de 4,0 mg L-1 (2,38 cm). Quanto ao efeito do BAP sobre o número de folhas, esse valor aumentou do tratamento controle para as concentrações de 0,9 e 1,8 mg L-1 do regulador, com 3,9, 93 4,70 e 4,85 folhas por plântula, respectivamente. Porém, o n úmero de folh as decresceu em seguida, n as concentrações de 2,7 e 3,6 mg L-1 de BAP (Figura 4). O aumento seguido de decréscimo pode indicar toxicidade por altas concentrações da citocinina, estabelecendo uma faixa de utilização ótima da mesma para a variável estudada. Resultados diferentes foram obtidos por Talukder et al. (2003), que obtiveram maior número de folhas por plântula (4,25) em Dendrobium utilizando 2,25 mg L-1 de BAP. Ensaio 2 – Efeito do AIB no desenvolvimento das plântulas Com relação ao comprimento da parte aérea, a maior média, 6,76 cm, foi obtida com a concentração de 1,6 mg L1 de AIB. Já, o menor comprimento médio, 4,60 cm, foi observado no tratamento contendo 3,2 mg L-1 de AIB. No tratamento controle, o comprimento médio obtido para a parte aérea foi de 6,12 cm (Figura 5). O crescimento radicular foi maior no tratamento contendo 1,6 mg L-1 de AIB, que resultou no comprimento radicular médio de 1,64 cm. Na ausência de regulador de crescimento, verificou-se comprimento radicular médio de Comprimento radicular (cm) 0,8 0,78 0,76 0,74 0,72 2 y = -0,0212x + 0,0851x + 0,6737 0,7 2 R = 0,6322 0,68 0,66 0 0,9 1,8 2,7 3,6 Concentrações de BAP (mg.L-1) FIGURA 2 – Efeito de concentrações de BAP sobre o comprimento radicular de plântulas de E. ibaguense, após 60 dias de cultivo in vitro. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 90-98, 2010 94 SANTOS, M. R. A. dos et al. 0,92 cm. Nas concentrações superiores, de 2,4 e 3,2 mg L-1 de AIB, os comprimentos decresceram para 1,54 cm e 0,84 (Orchidaceae) em relação a diferentes concentrações de AIB (0,0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 mg L-1), observaram maiores número cm, respectivamente (Figura 6). De forma similar, Aktar et al. (2007), estudando o de raízes por plântula, comprimento e peso fresco radicular na concentração de 1,0 mg L-1, que resultou também no desenvolvimento radicular em plântulas de Dendrobium menor tempo para a formação de raízes (10,8 dias). 5 Comprimento total (cm) 4,5 4 3,5 3 2 y = -0,1332x + 0,976x + 2,5663 2,5 2 R = 0,974 2 1,5 1 0,5 0 0 0,9 1,8 2,7 3,6 Concentrações de BAP (mg.L-1) FIGURA 3 – Efeito de concentrações de BAP sobre o comprimento total de plântulas de E. ibaguense, após 60 dias de cultivo in vitro. 6 Número de folhas 5 4 2 y = -0,3175x + 0,9095x + 4,0057 3 2 R = 0,8111 2 1 0 0 0,9 1,8 2,7 3,6 Concentrações de BAP (mg.L-1) FIGURA 4 – Efeito de concentrações de BAP sobre o número de folhas por plântula de E. ibaguense, após 60 dias de cultivo in vitro. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 90-98, 2010 Bape aib no cultivo in vitro de Epidendrum ibaguense... 95 Ribeiro et al. (2006) testaram o efeito de uma combinação fatorial de AIB e Ga3 (0,0; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 mg melhores resultados com a suplementação do meio com 2,0 mg L-1 de AIB, associados a 1,0 mg L-1 de GA3. Por L-1) sobre o comprimento e o número de raízes em plântulas de Zantedeschia aethiopica (L.) Spreng., obtendo os outro lado, Rai & Misra (2005), estudando a micropropagação de Carissa carandas L., observaram que Comprimento da parte aérea (cm) 8 7 6 5 2 y = -0,4509x + 1,0929x + 5,8709 4 2 R = 0,7741 3 2 1 0 0 0,8 1,6 2,4 3,2 Concentrações de AIB (mg.L-1) FIGURA 5 – Efeito de concentrações de AIB sobre o comprimento da parte aérea de plântulas de E. ibaguense, após 60 dias de cultivo in vitro. Comprimento radicular (cm) 1,8 1,6 1,4 1,2 2 y = -0,2768x + 0,9107x + 0,8297 1 2 R = 0,8613 0,8 0,6 0,4 0,2 0 0 0,8 1,6 2,4 3,2 Concentrações de AIB (mg.L-1) FIGURA 6 – Efeito de concentrações de AIB sobre o comprimento radicular de plântulas de E. ibaguense, após 60 dias de cultivo in vitro. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 90-98, 2010 96 SANTOS, M. R. A. dos et al. o AIB utilizado isoladamente, em diferentes concentrações plântulas de Carissa carandas L. identificou maiores testadas, não resultou em enraizamento satisfatório, valores no meio de cultura sem reguladores de crescimento formando raízes longas e finas. (2,01 cm), em comparação com o meio suplementado com Oliveira et al. (2008) testaram concentrações de AIB (0,0; 1,0 e 2,0 mg L-1) em combinação com concentrações AIB nas concentrações de 0,18 mg L-1 (1,76 cm) e 0,46 mg L-1 (1,52 cm). dos sais macronutrientes do meio MS (25, 50 e 100%) para As auxinas, especificamente o AIB, geralmente o enraizamento de plântulas de Cereus jamacaru P.DC., induzem a formação e o desenvolvimento de raízes, o que observando maior número de raízes com a concentração se verificou neste experimento. Conforme esperado, esse de 2,0 mg L-1 de AIB e 50% dos macronutrientes do meio regulador MS. Em relação ao comprimento das raízes, os autores não desenvolvimento da parte aérea. As auxinas são os únicos observaram diferença entre as concentrações de AIB, reguladores de crescimento que aumentam a formação de sendo que a concentração de sais de 100% promoveu o primórdios radiculares (TAIZ & ZEIGER, 1998), sendo maior crescimento radicular (OLIVEIRA et al., 2008). predominantemente obtidas em tecidos jovens (DAVIES, de crescimento não estimulou o O comprimento total médio das plântulas foi maior 1995). De forma inversa, as citocininas são produzidas na concentração de 1,6 mg L-1 de AIB, 8,40 cm, enquanto principalmente nas raízes (ITAI & BIRNBAUM, 1996), obteve-se 7,04 cm de comprimento no controle. Porém, em estimulando a iniciação de gemas caulinares (PILLARY & -1 -1 concentrações superiores, de 2,4 mg L e 3,2 mg L de RAILTON, 1993). Embora as auxinas em geral induzam o AIB, o comprimento total médio das plântulas diminuiu, enraizamento, as respostas a elas não são universais, ou atingindo valores de 7,64 cm e 5,44 cm, respectivamente seja, algumas espécies enraízam com dificuldade ou não (Figura 7). Esses resultados diferem bastante dos obtidos enraízam, mesmo com a utilização dessa classe de regulador por Rai & Misra (2005), cuja avaliação do comprimento de de crescimento (HARTMANN et al., 2002). 9 Comprimento total (cm) 8 7 6 2 y = -0,7277x + 2,0036x + 6,7006 5 2 R = 0,7826 4 3 2 1 0 0 0,8 1,6 2,4 3,2 Concentrações de AIB (mg.L-1) FIGURA 7 – Efeito de concentrações de AIB sobre o comprimento total de plântulas de E. ibaguense, após 60 dias de cultivo in vitro. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 90-98, 2010 Bape aib no cultivo in vitro de Epidendrum ibaguense... O número de folhas foi maior nas plântulas cultivadas na ausência de regulador de crescimento, seguido do tratamento contendo a concentração mais baixa de AIB, 0,8 mg L-1 (Figura 8). As auxinas não têm ação recon hecida sobre essa variável, e sim sobre a organogênese e o desenvolvimento da parte radicular. CONCLUSÃO A concentração de 3,6 mg L-1 de BAP proporciona maior desenvolvimento da parte aérea de plântulas de Epidendrum ibaguense Kunth. A concentração de 1,6 mg -1 L de AIB resulta no maior desenvolvimento radicular dessas plântulas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AKTAR, S.; NASIRUDDIN, K. M.; HUQ, H. In vitro root formation in Dendrobium orchid plantlets with IBA. Journal of Agriculture & Rural Development, Bangladesh, v. 5, n. 1/2, p. 48-51, 2007. ARAÚJO, A. G.; PASQUAL, M.; PEREIRA, A. R.; ROCHA, H. S. Crescimento in vitro de Laelia tenebrosa (Orquidaceae) em diferentes concentrações de sais de Knudson C e Carvão Ativado. Plant Cell Culture & Micropropagation, Lavras, v. 2, n. 2, p. 61-67, 2006a. ARAÚJO, A. G.; PASQUAL, M.; SILVA, A. B.; VILLA, F.; ROCHA, H. S.; COSTA, F. C. Propagação in vitro de plântulas de orquídea em diferentes meios de cultura e concentrações de citocinina. Plant Cell Culture & Micropropagation, Lavras, v. 2, n. 2, p. 68-73, 2006b. CAMPOS, R. V.; BIANCHI, V. J.; ROCHA, P. S. G.; SCHUCH, M. W.; FACHINELLO, J. C. BAP na multiplicação in vitro de porta-enxertos de Prunus spp. Plant Cell Culture & Micropropagation, Lavras, v. 3, n. 2, p. 55-60, 2007. 97 FARIA, R. T.; VICENTE, A. P. R. M.; COSTA, T. M. M.; FONSECA, I. C. B.; SILVA, G. L.; TAKAHASHI, L.S.A. Seleção de genótipos de Dendrobium (Orchidaceae) na fase de propagação in vitro. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 25, n. 4, p. 309-314, 2004. FRÁGUAS, C. B.; VILLA, F.; SOUZA, A. V.; PASQUAL, M.; DUTRA, L. F. Crescimento in vitro de plântulas de orquídeas oriundas da hibridação entre Cattleya labiata e Laelia itambana. Revista Ceres, Viçosa, v. 50, n. 292, p. 719-726, 2003. HARTMANN, H. T.; KESTER, D. E.; DAVIES, F. T.; GENEVE, R. L. Plant Propagation: Principles and Practices. 7. ed. New Jersey: Prentice Hall, 2002. 792 p. HOSSAIN, M. M. Asymbiotic seed germination and in vitro seedling development of Epidendrum ibaguense Kunth. (Orchidaceae). African Journal of Biotechnology, Victoria Island, v. 7, n. 20, p. 3614-3619, 2008. ITAI, C.; BIRNBAUM, H. Synthesis of plant growth regulators by roots. In: WAISEL, Y.; ESHEL, A.; KAFKAFI, V. (eds.) Plant roots: The hidden half. New York: Marcel Dekker, 1996. p. 273-284. LINO, L. O.; LUZ, J. M. Q.; NAVES, I. V.; RODRIGUES, T. M.; DIAS, L. A.; ARRUDA, A. S. Cinetina, ácido giberélico e BAP na indução de embriões somáticos a partir de anteras de cafeeiro Coffea arabica L. Plant Cell Culture & Micropropagation, Lavras, v. 5, n. 2, p. 111-117, 2009. MENEGUCE, B.; OLIVEIRA, R. B. D.; FARIA, R. T. Propagação vegetativa de Epidendrum ibaguense Lindl. (Orchidaceae) em substratos alternativos ao xaxim. Revista Ciências Agrárias, Belém, v.25, n.2, p.101-106, 2004. CHAPLA, P. I.; BESSON, C. F.; OLIVEIRA, L. K.; SILVA, J. M.; ROCHA, A. C. S.; STEFANELLO, S. pH, carvão ativado e agentes geleificantes do meio de cultura no crescimento in vitro de Miltonia flavescens Lindl. Plant Cell Culture & Micropropagation, Lavras, v. 5, n. 2, p. 87-93, 2009. NOGUEIRA, R. E.; PEREIRA, O. L.; KASUYA, M. C. M.; LANNA, M. C. S.; MENDONÇA, M. P. Fungos micorrízicos associados a orquídeas em campos rupestres na região do Quadrilátero Ferrífero, MG, Brasil. Acta Botanica Brasilica, São Paulo, v. 19, n. 3, p. 417-424, 2005. DAVIES, P. J. The plant hormones: their nature, occurrence, and functions. In: _____.(ed.). Plant hormones: Physiology, biochemistry and molecular biology. Dorderecht: Kluwer Academic Publishers, 1995. p. 1-12. OLIVEIRA, A. B.; DINIZ, J. D. N.; ALMEIDA, J. L. Multiplicação e enraizamento in vitro do mandacaru (Cereus jamacaru P.DC.). Plant Cell Culture & Micropropagation, Lavras, v. 4, n. 1, p. 48-54, 2008. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 90-98, 2010 98 SANTOS, M. R. A. dos et al. PAUW, M. A.; REMPHREY, W. R.; PALMER, C. E. The cytokinin preference for in vitro germination and protocorm growth of Cypripedium candidum. Annals of Botany, Oxford, v. 75, n. 3, p. 267-275, 1995. PIERIK, R. L. M. In vitro culture of higher plants. Dordrectihn: Martinus Nijhoff Publishers, 1987. 344 p. PILLARY, I.; RAILTON, I. D. Complete released of axillary buds from apical dominance in intact, light-growin seedlings of Pisum sativum L. following a single aplication of cytokinin. Plant Physiology, Durham, vol. 71, p. 972-974, 1993. RAI, R.; MISRA, K. K. Micropropagation of Karonda (Carissa carandas) through shoot multiplication. Scientia Horticulturae, Amsterdam, v. 103, n. 2, p. 227-232, 2005. SANTOS, G. A.; SAITO, B. C.; MONTEIRO, D. P.; GUTIERRE, M. A. M.; ZONETTI, P. C. Utilização de reguladores hormonais na germinação e formação de plântulas in vitro de orquídeas. Cesumar, Maringá, v. 09, n. 01, p. 07-12, 2007. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Plant Physiology. 2.ed. Sunderland, MA: Sinauer Associates, 1998. 792 p. TALUKDER, S. K.; NASIRUDDIN, K. M.; YASMIN, S.; HASSAN, L.; BEGUM, R. Shoot proliferation of Dendrobium orchid with BAP and ANA. Journal of Biological Sciences, Banghandesh, v. 1, n. 3, p. 1058- 1062, 2003. RIBEIRO, M. N. O.; PASQUAL, M.; VILLA, F.; ALBUQUERQUE, K. S. Efeitos do AIB e GA3 na micropropagação de Zantedeschia aethiopica. Revista Ceres, Viçosa, v. 53, n. 309, p. 568-573, 2006. VICTÓRIO, C. P.; CRUZ, I. P.; SATO, A.; KUSTER, R. M.; LAGE, C. L. S. Effects of auxins and cytokinins on in vitro development of Alpinia purpurata K. Schum an d phenolic compounds production. Plant Cell Culture & Micropropagation, Lavras, v. 4, n. 2, p. 9298, 2008. ROBINSON, H.; BURNS-BALOGH, P. Evidence for a primitively epiphytic habit in orchid. Systematic Botany, Wyoming, v. 7, n. 4, p. 355-358, 1982. WITHNER, C. L. Orchid physiology. In:_____. The orchids: a scientific survey. New York: Ronald Press, 1959. p. 155-188. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 90-98, 2010 Germinação in vitro e aclimatização de mudas... COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA 99 GERMINAÇÃO in vitro E ACLIMATIZAÇÃO DE MUDAS DE Aechmea blanchetiana (BAKER) L. B. SMITH EM DIFERENTES RESÍDUOS DA AGROINDÚSTRIA In vitro GERMINATION AND SEEDLING ACCLIMATIZATION OF Aechmea blanchetiana (BAKER) L. B. SMITH IN DIFFERENT AGROINDUSTRY RESIDUES TARCISIO RANGEL DO COUTO1; JANIE MENDES JASMIM2; VIRGINIA SILVA CARVALHO3, GUILHERME EUGÊNIO MACHADO LOPES4 1 Bolsista PIBIC/CNPq - Laboratório de Fitotecnia, Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) - Av. Alberto Lamego, 2000 - 28013-602 - Campos dos Goytacazes , RJ [email protected] 2 Professora Associada - Laboratório de Fitotecnia, Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) - Av. Alberto Lamego, 2000 - 28013-602 - Campos dos Goytacazes , RJ - [email protected] 3 Bolsista PDR/FAPERJ - Laboratório de Fitotecnia, Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) - Av. Alberto Lamego, 2000 - 28013-602 - Campos dos Goytacazes , RJ – [email protected] 5 Pesquisador - PESAGRO-Rio - Estação Experimental de Itaocara - Antigo Campo de Sementes, s/nº - 28.570-000 – Itaocara, RJ [email protected] RESUMO Aechmea blanchetiana L. B. SM. é uma bromeliácea brasileira que ocorre normalmente em restingas, com características de crescimento e inflorescências decorativas adequados para o paisagismo. O cultivo in vitro é uma alternativa para a produção de bromélias, por permitir a produção de mudas de qualidade em larga escala, a preços mais acessíveis, contribuindo para a redução do extrativismo. Para a aclimatização dessas mudas, a fibra de coco e a casca do fruto da mamoneira aparecem como alternativas promissoras na composição de substratos. Assim, testaram-se a germinação de sementes in vitro e aclimatização das mudas nesses dois subprodutos da agroindústria. Os meios usados para a germinação foram constituídos pelos sais minerais do meio MS (1 e ½ força). As sementes apresentaram alta taxa de germinação, independentemente do meio utilizado. Após quatro meses de cultivo in vitro, as mudas foram transferidas para oito combinações de Plantmax® HT, fibra de coco e casca do fruto da mamoneira nas granulometrias de 7 e 10 milímetros. Após quatro meses de aclimatização, avaliou-se a taxa de sobrevivência, o diâmetro e a altura da roseta, o número de folhas, a área foliar e a massa seca total das plantas. Houve 100% de sobrevivência, independentemente do substrato usado. Para as demais variáveis, foram observadas diferenças significativas, sendo os melhores resultados obtidos nos tratamentos compostos por casca do fruto da mamoneira, em ambas granulometrias, pura ou misturada à fibra de coco. A casca do fruto da mamoneira pura ou misturada à fibra de coco apresentou potencial como substrato para aclimatização de bromélias. Termos para indexação: Bromeliaceae, casca do fruto da mamoneira, fibra de coco. ABSTRACT Aechmea blanchetiana L. B. SM. is a Brazilian bromeliad that usually occurs on sandy coasts, with growth characteristics and decorative inflorescences suitable for landscaping. In vitro growth is an alternative as a bromeliad production, for it allows the large scale yield of quality plantlets at more accessible prices, contributing to the reduction of extrativism. Coconut fiber and castor bean fruit husks appear as promising alternatives to be used in substrate composition for the acclimatization of plants produced in vitro. Therefore, in vitro germination of seeds and the acclimatization of seedlings were tested in both agroindustry byproducts. The media used for germination were MS mineral salts (1 and ½ strength). The seeds showed high germination rates independently of the medium used. After four months of in vitro growth, the seedlings were transferred to eight combinations of Plantmax® HT, coconut fiber and castor bean fruit husks of seven and ten millimeters. After four months of acclimatization, the survival rate, rosette diameter and height, the number of leaves, leaf area and total dry mass were evaluated. There was 100% of survival, independently of the substrate used. For the other variables tested, there were significant differences, with the best results obtained under the treatments with both sizes of castor bean fruit husks pure or mixed to coconut fiber. Castor bean fruit husks, pure or mixed to coconut fiber, showed potential as a substrate for bromeliad acclimatization. Index terms: Bromeliaceae, castor bean fruit husks, coconut fiber. As bromélias são plantas ornamentais que apresentam diferentes tipos de crescimento e formas, o que aumenta o interesse econômico por essas plantas com (Recebido em 29 de outubro de 2009 e aprovado em 19 de outubro de 2010) Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 99-104, 2010 100 COUTO, T. R. do et al. elevado valor comercial (MOREIRA, 2008), que acarreta, muitas vezes, o aumento do extrativismo para abastecer o mercado. A espécie Aechmea blanchetiana L. B. Smith. pertence à subfamília Bromelioideae e é comum nas restingas por ser heliófita, formando grandes touceiras com folhagem amarelada. Essa espécie também coloniza matas, onde passa a viver, eventualmente, como epífita e perde sua coloração característica (LEME & MARIGO, 1993). É uma planta herbácea, epífita, perene, rizomatosa, com folhagens e inflorescências decorativas, podendo atingir de 60 a 90 cm de comprimento (LORENZI & MELLO-FILHO, 2001). Pesquisas visando ao desenvolvimento de tecnologias de produção de espécies de bromélias, evitando seu extrativismo e promovendo a conservação em seus habitats, são fundamentais para evitar riscos de extinção. A propagação in vitro de bromélias pode ser utilizada como uma alternativa para a produção de mudas de qualidade em larga escala, a preços mais acessíveis, contribuindo para a redução da extração das plantas em seus habitats (CARNEIRO & MANSUR, 2004). A germinação de sementes de bromélias in vitro vem sendo realizada por diversos pesquisadores e com resultados variados entre as espécies (MOREIRA, 2008; SILVA et al., 2008; BELLINTANI et al., 2007; ARANDA-PERES & RODRIGUES, 2006; ARANDA-PERES, 2005). A etapa de aclimatização é uma fase crítica da propagação in vitro, por causar um estresse na plântula e pelo perigo de contaminação por fungos e bactérias patogênicos nas condições ex vitro (COSTA, 1998). Umas das limitações no processo de aclimatização é o tipo de substrato utilizado, em razão de problemas relacionados aos efeitos sobre a translocação de água, ao sistema soloplanta-atmosfera e no estabelecimento do novo sistema radicular (SILVA et al., 2006). Plantas epífitas como as bromélias exigem substratos de baixa densidade, alta permeabilidade e aeração (KAMPF, 1992). Resíduos da agroindústria, casca do fruto da mamoneira decomposta e fibra de coco verde aparecem como materiais promissores para uso na composição de substratos, puros ou em misturas (AMARAL et al., 2009; LOPES, 2009; LIMA et al., 2008; LOPES et al., 2007; AMARAL, 2007; SANTOS JUNIOR, 2007; JASMIM et al., 2006). Segundo Lopes et al. (2007), o processo de compostagem melhora as características físicas e químicas da casca do fruto da mamoneira, permitindo sua utilização como substrato, pura ou em misturas, para o cultivo de plantas em recipientes. Segundo Rosa et al. (2002), a fibra de coco é um substrato 100% natural, podendo ser utilizado na germinação de sementes, cultivo de hortaliças e flores, por apresentar uma boa estrutura física, com alta porosidade e potencial de absorção de umidade, sendo também um produto biodegradável. Portanto, esses resíduos podem ser utilizados como substrato agrícola, agregando valor ao mercado de floricultura e visando à sustentabilidade da produção agrícola. Nesse contexto, testaram-se a germinação de sementes de Aechmea blanchetiana em meio MS completo e com metade da concentração de sais e a aclimatização das mudas, utilizando substratos a base de casca do fruto da mamoneira e fibra de coco. Os experimentos in vitro foram conduzidos em laboratório e, os experimentos de aclimatização, em casa de vegetação com cobertura de plástico (100µm) e sombrite 50%, na Unidade de Apoio à Pesquisa, do Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, em Campos dos Goytacazes – RJ. O município situa-se na latitude 21o 45’ S e na longitude 41o 20’ W, altitude média de 11 metros, com temperatura média anual de 23 °C e umidade relativa média anual de 51%. Sementes maduras recém-coletadas de A. blanchetiana foram obtidas de plantas matrizes do produtor Pedro Nahoum na BOTÂNICA POP LTDA em Maricá – RJ em maio de 2008. O meio de cultura utilizado para germinação foi constituído pela concentração total dos sais minerais do meio MS (1 força iônica) ou pela metade da concentração total (MS/2) e as vitaminas de White (MURASHIGE & Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 99-104, 2010 Germinação in vitro e aclimatização de mudas... SKOOG, 1962), 30 g L-1 de sacarose, 100 mg L-1 de mioinositol, solidificado com 8 g L -1 de ágar Vetec ® , autoclavado por 20 minutos a 1,5 atm e 121 oC. Sob condições de câmara de fluxo laminar, as sementes foram desinfestadas colocando-as em seringas, de acordo com a seguinte marcha: 30 minutos em hipoclorito de sódio 0,5 % seguido por três enxaguaduras em água desionizada estéril nos tempos de 5, 10 e 10 minutos. Após a desinfestação, vinte e cinco sementes foram colocadas em cada frasco (5 x 10 cm) contendo 40 mL de meio de cultura. Os frascos foram vedados com filme PVC. O experimento foi montado no delineamento inteiramente casualizado com dois tratamentos (concentração total dos sais minerais do MS e metade da concentração total, 1 e ½ força, respectivamente) e cinco repetições. Cada repetição consistiu de um frasco contendo 25 sementes. Após a semeadura, os frascos foram transferidos para a sala de cultivo e mantidos à temperatura de 27 ± 2 o C, fotoperíodo de 16:8h (luz:escuro) e irradiância de 25 µ mol m-2 s -1, fornecida por lâmpadas fluorescentes (OSRAM®, luz do dia) durante toda a condução do experimento. Após três meses de cultivo, todas as plântulas foram transferidas para novo meio de cultura de mesma composição que o anterior. As plântulas de cada frasco inicial foram recultivadas para dois novos frascos. Trinta dias após o recultivo, as plântulas foram avaliadas quanto à porcentagem de germinação das sementes e massa fresca produzida. Após quatro meses e dez dias de cultivo in vitro, as plântulas de A. blanchetiana com aproximadamente um centímetro foram aclimatizadas em bandejas de poliestireno expandido, contendo 128 células com, aproximadamente, 25 cm3 por célula. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quatro repetições, e seis plantas por parcela, em oito diferentes composições de substratos: 1. Casca do fruto da mamoneira curtida passada em peneira de malha de 7 mm (M7); 2. Casca do fruto da 101 mamoneira curtida passada em peneira de malha de 10 mm (M10); 3. Plantmax® HT (PM); 4. Fibra de coco cortada em pedaços de aproximadamente 1 cm (FC) + M7 (1:1); 5. FC + M10 (1:1); 6. FC + PM (1:1); 7. M7 + PM (1:1); 8. M10 + PM (1:1). O preparo da fibra de coco foi de acordo com a metodologia descrita por Jasmim et al. (2006), sendo que a fibra foi ainda cortada em pedaços de, aproximadamente, um centímetro antes de ser colocada nas células das bandejas de cultivo. A casca do fruto da mamoneira foi obtida a partir da área de produção de mamona da Estação Experimental da PESAGRO-Rio, em Itaocara – RJ e preparada como descrito por Lopes (2009). O experimento foi conduzido em casa de vegetação nas condições descritas anteriormente. As plantas foram irrigadas a cada dois dias, até a saturação do substrato, constatada pelo início de escorrimento de água das células da bandeja. Um mês após o plantio, as plantas de todos os tratamentos passaram a ser adubadas quinzenalmente com solução nutritiva de Hoagland & Arnon (1950) (RESH, 1997). Cada planta recebeu três mililitros da solução nutritiva após a rega. Após quatro meses de aclimatização, avaliou-se: sobrevivência, número de folhas, área foliar com o aparelho LICOR 3100, massa seca total, altura e diâmetro da roseta com um paquímetro. Todos os dados observados foram submetidos à análise estatística utilizando o programa GENES® (CRUZ, 2006). As sementes de A. blanchetiana germinaram a partir de 10 até 14 dias após a semeadura in vitro. Aos três meses de cultivo não havia diferença visual entre as plântulas germinadas em meio MS completo ou com metade da concentração de sais. Após a transferência de todas as plântulas para novo meio de cultura, as plântulas de cada frasco inicial foram distribuídas em dois novos frascos, para ampliar o espaço disponível e favorecer o crescimento das mesmas. Após quatro meses de cultivo, avaliou-se o número de sementes germinadas e massa fresca das plântulas (Tabela 1). Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 99-104, 2010 COUTO, T. R. do et al. 102 Não houve diferença significativa na germinação das sementes, nem na massa fresca das plântulas de A. blanchetiana em meio MS completo ou com metade da concentração de sais. Bellintani et al. (2007) não encontraram diferenças na germinação de Orthophytum mucugense Wand. e Conceição e Neoregelia mucugensis Leme em meio MS/2 ou em água destilada gelificada e, após a germinação, as plântulas foram transferidas para meio MS completo ou com metade da concentração de sais, suplementado ou não com carvão ativado, não havendo também diferença entre os tratamentos. A porcentagem de germinação das sementes foi alta em ambas as concentrações do meio MS. O mesmo foi observado por Moreira (2008) trabalhando com várias espécies de bromélias, obtendo alto percentual de germinação de Aechmea fasciata Baker (100%), Aechmea miniata (Beer) hortus ex Baker (100%), Vriesea sp. (76%) e Aechmea sp. (69%) utilizando meio MS. Aranda-Peres et al. (2006) verificaram que sementes de Aechmea germinam facilmente in vitro, corroborando com os resultados obtidos no presente trabalho, em que sementes de A. blanchetiana apresentaram boas respostas de germinação in vitro. Após quatro meses de aclimatização, foi feita a avaliação das mudas. As variáveis avaliadas foram: porcentagem de sobrevivência, número de folhas, área foliar, massa seca total, altura e diâmetro da roseta (Tabela 2). As plantas oriundas do cultivo in vitro apresentaram boa resistência na fase de aclimatização com taxa de sobrevivência de 100% em todos os tratamentos. Para todas as demais variáveis testadas houve diferença entre os tratamentos. Os resultados obtidos com Plantmax® HT, puro ou misturado à fibra de coco, foram inferiores àqueles dos demais tratamentos. Os melhores resultados foram obtidos nos tratamentos compostos por casca do fruto da mamoneira nas duas granulometrias, puros ou misturados à fibra de coco, resultando em melhor qualidade da muda produzida utilizando esses resíduos como substrato na aclimatização de A. blanchetiana (Figura 1). TABELA 1 – Germinação das sementes de A. blanchetiana in vitro e massa fresca das plântulas após quatro meses de cultivo in vitro. Meio de cultura MS Germinação sementes (%) Massa fresca total (g) Completo 86,4 a 0,212 a Metade da Concentração de sais (MS/2) 81,6 a 0,196 a Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade TABELA 2 – Diâmetro (DIR) e altura da roseta (ALR), número de folhas (NF), área foliar (AF) e massa seca total (MST) de mudas de A. blanchetiana oriundas do cultivo in vitro após quatro meses de aclimatização. Tratamento DIR (cm) ALR (cm) NF AF (cm2) MST (g) M7 13,71 a 9,55 a 15,00 a 92,11 a 0,50 ab M10 13,83 a 8,41 ab 14,83 ab 78,28 ab 0,40 abc PM 7,97 bc 6,51 bc 13,75 ab 44,81 b 0,19 bc FC + M7 10,67 ab 8,33 ab 14,41 ab 80,62 ab 0,46 abc FC + M10 13,18 a 8,95 ab 14,91 a 109,83 a 0,53 a FC + PM 6,52 c 5,37 c 11,91 b 39,51 b 0,15 c PM + M7 10,75 ab 8,40 ab 14,91 a 72,21 ab 0,35 abc PM + M10 11,06 ab 8,42 ab 15,83 a 77,09 ab 0,42 abc Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 99-104, 2010 Germinação in vitro e aclimatização de mudas... 103 FIGURA 1 – Plantas de Aechmea blanchetiana após quatro meses de aclimatização. Tratamentos (da esquerda para a direita): M7; M10; PM; FC + M7; FC + M10; FC + PM; M7 + PM; M10 + PM. Na aclimatização das mudas é imprescindível o uso de substrato de qualidade, pois o mesmo deve permitir a manutenção mecânica do sistema radicular, estabilidade da planta, suprimento de água, nutrientes e aeração (SANTOS et al., 2006). A mistura de fibra de coco e Plantmax® HT, visualmente, apresentaram compactação, dificultando a drenagem da água de irrigação e, provavelmente, acarretando menor aeração. Os demais substratos, que não continham Plantmax ® HT, não apresentavam essa característica, podendo ser esse o motivo do melhor crescimento das plantas nesses últimos, pois, segundo Kampf (1992), plantas epífitas, como as bromélias, exigem substratos de baixa densidade, alta permeabilidade e aeração. AGRADECIMENTOS Ao CNPq, pela bolsa de iniciação científica. À FAPERJ, pela bolsa de pós-doutorado e financiamento da pesquisa. À PESAGRO-Rio pelo fornecimento da casca do fruto da mamoneira. À BOTÂNICA POP LTDA e ao seu proprietário Pedro Nahoum, pelo fornecimento das sementes de Aechmea blanchetiana L. B. Smith. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, T. L.; JASMIM, J. M., THIÉBAUT, J. T. L.; NAHOUM, P. I. V. Adubação nitrogenada e potássica de bromeliáceas cultivadas em fibra de coco e esterco bovino. Horticultura Brasileira. Brasília, v. 27, n. 3, p. 286-289, 2009. AMARAL, T. L. Substratos com fibra de coco e fungos micorrízicos no cultivo de bromélias. 2007. 169p. Tese (Doutorado em Produção Vegetal) – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Campos dos Goytacazes, 2007. ARANDA-PERES, A. N. Cultivo in vitro de bromélias da Mata Atlântica: micropropagação, avaliação nutricional e substrato para aclimatação. 2005. 125p. Tese (Doutorado em Agronomia) – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2005. ARANDA-PERES, A. N.; RODRIGUES, A. P. M. BROMELIAD. IN: ARANDA-PERES, A. N.; RODRIGUES, A. P. M. (Org.). Floriculture, Ornamental and Plant Biotechnology, v. IV. London: Global Science Books. 2006. p. 644-655. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 99-104, 2010 104 COUTO, T. R. do et al. BELLINTANI, M. C.; LIMA, C. C.; BRITO, A. L.; SANTANA, J. R. F.; DORNELLES, A. L. C. Estabelecimento in vitro de Orthophytum mucugense e Neoregelia mucugensis, bromélias endêmicas da Chapada Diamantina, Bahia – Brasil. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p. 1101-1103, 2007. CARNEIRO, L. A.; MANSUR, E. Contribuição de metodologias in vitro para a conservação de Bromeliaceae. Vidalia, Viçosa, v. 2, n.1, p. 12-20, 2004. COSTA, A. M. M. Fisiologia da aclimatação. In: TOMBOLATO, A. F. C.; COSTA, A. M. M. Micropropagação de plantas ornamentais. Campinas:IAC, 1998. p. 63-67. CRUZ, C. D. Programa Genes - Estatística Experimental e Matrizes. 1ª ed. Viçosa: Editora UFV, v. 1. 2006. 285 p. JASMIM, J. M.; TOLEDO, R. R. V.; CARNEIRO, L. A; MANSUR, E. Fibra de coco e adubação foliar no crescimento e na nutrição de Crypthantus sinuosus. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 24, n. 3, p. 309-314, 2006. KAMPF, A. N. Substratos para floricultura. Manual de floricultura. In: Simpósio Brasileiro de Floricultura e Plantas Ornamentais, 1992, Maringá, Anais... Maringá: Universidade Federal do Paraná, 1992. p. 36-43. LEME, E. M. C.; MARIGO, L. C. Bromelias in Brazilian wilderness, Rio de Janeiro: Marigo Comum. Visual Ltda, 1993. 183 p. LIMA, R. L. S; SEVERINO, L. S.; ALBUQUERQUE, R. C.; SAMPAIO, L. R. Casca e torta de mamona avaliados em vasos como fertilizantes orgânicos. Caatinga, Mossoró, v. 21, n. 5, p. 102-106, 2008. LOPES, G. E. M.; VIEIRA, H. D.; SHIMOYA, A.; VALENTINI, L. Caracterização química e física da casca do fruto da mamoneira como componente de substratos para cultivo de plantas em recipientes. In: Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel, 4., 2007, Varginha, Anais... Varginha: Universidade Federal de Lavras , 2007. p. 814-822. LOPES, G. E. M. Avaliação de genótipos de mamoneira em baixa altitude e utilização da casca do fruto da mamoneira como substrato vegetal. 2009. 136 p. Tese (Doutorado em Produção Vegetal) – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Campos dos Goytacazes, 2009. LORENZI, H.; MELLO-FILHO, L. E. As plantas tropicais de R. Burle Max. Nova Odessa: Instituto Plantarum. 2001. 488 p. MOREIRA, M. J. S. Conservação in vitro de Bromeliáceas. 2008. 60 p. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias) – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, 2008. MURASHIGE, T.; SKOOG, F. A revised medium for rapid growth and bioassays with tobacco tissue cultures. Physiology Plantarum, Copenhagen, v. 15, p. 473-497, 1962. RESH, H. Hydroponic food productions. 5. ed. California: Woodbridge Press Publishing Company, 1997. 527 p. ROSA, M. F.; BEZERRA, F. C.; CORREIA, D.; SANTOS, F. J. S.; ABREU, F. A. P.; FURTADO, A. A. L.; BRÍGIDO, A. K. L.; NORÕES, E. R. V. Utilização da casca de coco como substrato agrícola. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2002. 24 p. (Documentos, 52). SANTOS, M. R. A.; TIMBÓ, A. L. O.; CARVALHO, A. C. P. P.; MORAIS, J. P. S. Estudo de adubos e substratos orgânicos no desenvolvimento de mudas micropropagadas de helicônia. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 24, n. 3, p. 273-278. 2006. SANTOS JUNIOR, C. E. F. Casca do fruto da mamoneira como substrato para palmeiras rabo-de-peixe. 2007. 25 p. Monografia (Graduação em Agronomia) – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Campos dos Goytacazes, 2007. SILVA, A. L. L.; FRANCO, E. T. H.; WALTER, J. M.; BISOGNIN, D. A.; CALGAROTO, N. S. Aclimatização de clones de Dyckia maritima em diferentes substratos – Bromeliaceae. Revista Brasileira de Agrociência. Pelotas, v. 12, n. 4, p. 495-498, 2006. SILVA, A. L. L.; FRANCO, E. T. H.; DORNELLES, E. B.; GESING, J. P. A. Micropropagação de Dyckia marítima Baker – Bromeliaceae. Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, v. 63, n. 1, p. 135-138, 2008. Plant Cell Cult. Micropropag., Lavras, v.6, n.2, p. 99-104, 2010 NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS E COMUNICAÇÕES CIENTÍFICAS A revista “Plant Cell Culture & Micropropagation” é editada semestralmente pela Editora da Universidade Federal de Lavras (Editora UFLA), publica artigos científicos e comunicações científicas da área de cultura de tecidos de plantas, elaborados por membros da comunidade científica nacional e internacional. Não é cobrada taxa para publicação de trabalhos, desde que um dos autores seja sócio e esteja em dia com a ABCTP (Associação de Cultura de Cultura de Tecidos de Plantas). É condição fundamental que os artigos/comunicações submetidos à apreciação da revista “Plant Cell Culture & Micropropagation” não foram e nem serão publicados simultaneamente em outro lugar. Com a aceitação do artigo para publicação, os editores adquirem amplos e exclusivos direitos sobre o artigo para todas as línguas e países. A publicação de artigos/comunicações dependerá da observância das Normas Editoriais, dos pareceres do Corpo Editorial e da Comissão ad hoc. Todos os pareceres têm caráter sigiloso e imparcial, e tanto os autores quanto os membros do Corpo Editorial e/ou Comissão ad hoc não obtêm informações identificadoras entre si. Os conceitos e afirmações contidos nos artigos e comunicações serão de inteira responsabilidade do(s) autor(es). 1. SUBMISSÃO: Cada trabalho deverá ter no máximo 14 páginas e junto do mesmo deverá ser encaminhado ofício dirigido ao Editor Chefe da revista, solicitando a publicação do artigo. Esse ofício deverá conter o pedido de apreciação na revista ao editor chefe, a declaração de ser um trabalho original e não ter sido submetido a nenhuma outra revista, ser assinado por todos os autores, constar o endereço completo, telefone e e-mail de todos. Qualquer inclusão, exclusão ou alteração na ordem dos autores, deverá ser notificada mediante ofício assinado por todos os autores (inclusive do autor excluído). Originais: quatro vias impressas e uma via em CDR, com texto e ilustrações e gráficos. Das 4 vias impressas apenas 1 deve conter os nomes completos dos autores e rodapé na primeira página. Processador de texto: Word for Windows (version 98, 2000, XP ou 2003) Redigido em português, inglês ou espanhol Espaçamento do texto: Duplo. Margens: esquerda (3cm), direita (2cm), inferior e superiores (2,5cm). Cabeçalho e Rodapé (2,5cm). Papel: formato A4 Fonte: Times New Roman, tamanho 12 Número de páginas: até 14 páginas, numeradas consecutivamente, incluindo as ilustrações Tabelas: devem fazer parte do corpo do artigo e ser apresentadas no módulo tabela do Word. O título deve ficar acima. Gráficos, Figuras e Fotografias: devem ser apresentados em preto e branco, nítidos e com contraste, escaneados, inseridos no texto após a citação dos mesmos e também em um arquivo à parte, salvos em extensão “tif” ou “jpg”, com resolução de 300 dpi. Os gráficos devem vir também em excel, com letra Times New Roman, tamanho 10, sem negrito, sem caixa de textos e agrupados, em arquivo à parte. Símbolos e Fórmulas Químicas: deverão ser feitos em processador que possibilite a formatação para o programa Page Maker, sem perda de suas formas originais. 2. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO 2.1. O artigo científico deve ser apresentado na seguinte seqüência: TÍTULO Suficientemente claro, conciso e completo, evitando-se palavras supérfulas, em letras maiúsculas, centralizado, em negrito, em português e inglês. AUTORES Máximo de 6 autores Nomes completos sem abreviação, com chamada para nota de rodapé da primeira página em apenas 1 das 4 vias do manuscrito Rodapé deve conter: titulação – instituição a que o autor está filiado – endereço da instituição – CEP – cidade, estado – endereço de e-mail, do respectivo autor. RESUMO Deve condensar, em um único parágrafo, o conteúdo, expondo objetivos, materiais e métodos, os principais resultados e conclusões em não mais do que 250 palavras. De acordo com as normas da NBR6028 Termos para indexação : no mínimo de três e máximo de cinco. Não devem repetir os termos que se acham no título, podem ser constituídas de expressões curtas e não só de palavras e devem ser separadas por vírgula. Se possível, extraídas do vocabulário: Thesagro – Thesaurus Agrícola Nacional, desenvolvido pela CENAGRI (indicação da revista “Plant Cell Culture & Micropropagation”para evitar o uso de vários sinônimos como termos de indexação) ABSTRACT Além de seguir as recomendações do resumo, não ultrapassando 250 palavras, deve ser uma tradução próxima do resumo. Index terms: representam a tradução das palavras-chave para a língua inglesa. INTRODUÇÃO Deve apresentar uma visão concisa do estado atual do conhecimento sobre o assunto, que o manuscrito aborda e enfatizar a relevância do estudo, sem constituirse em extensa revisão e, na parte final, os objetivos da pesquisa. Deve incluir a revisão de literatura. MATERIAL E MÉTODOS Esta seção pode ser dividida em subtítulos, indicados em negrito. RESULTADOS E DISCUSSÃO Podem ser divididas em subseções, com subtítulos concisos e descritivos, e conter tabelas e figuras. CONCLUSÕES Finalizar com os resultados de acordo com os objetivos do trabalho AGRADECIMENTOS Se for o caso ao fim do texto, e antes das Referências Bibliográficas, a pessoas ou instituições. O estilo, também aqui, deve ser sóbrio e claro, indicando as razões pelas quais se fazem os agradecimentos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Devem seguir as normas para citação no texto e na seção própria. 2.2. A comunicação científica deve ser apresentada na seguinte seqüência: TÍTULO Suficientemente claro, conciso e completo, evitando-se palavras supérfluas, em letras maiúsculas, centralizado, em negrito, em português e inglês. AUTORES Máximo de 6 autores Nomes completos sem abreviação, com chamada para nota de rodapé da primeira página em apenas 1 das 4 vias do manuscrito Rodapé deve conter: titulação – instituição a que o autor está filiado – endereço da instituição – CEP – cidade, estado – endereço de e-mail, do respectivo autor. RESUMO Deve condensar, em um único parágrafo, o conteúdo, expondo objetivos, materiais e métodos, os principais resultados e conclusões em não mais do que 250 palavras. De acordo com as normas da NBR6028 Termos para indexação : no mínimo de três e máximo de cinco. Não devem repetir os termos que se acham no título, podem ser constituídas de expressões curtas e não só de palavras e devem ser separadas por vírgula. Se possível, extraídas do vocabulário: Thesagro – Thesaurus Agrícola Nacional, desenvolvido pela CENAGRI (indicação da revista “Plant Cell Culture & Micropropagation” para evitar o uso de vários sinônimos como termos de indexação) ABSTRACT Além de seguir as recomendações do resumo, não ultrapassando 250 palavras, deve ser uma tradução próxima do resumo. Index terms: representam a tradução das palavras-chave para a língua inglesa. Texto: sem subdivisão, porém com introdução, material e métodos, resultados e discussão (podendo conter tabelas e gráficos e conclusão subentendidas. AGRADECIMENTOS Se for o caso ao fim do texto, e antes das Referências Bibliográficas, a pessoas ou instituições. O estilo, também aqui, deve ser sóbrio e claro, indicando as razões pelas quais se fazem os agradecimentos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Devem seguir as normas para citação no texto e na seção própria. 3. CASO O ARTIGO CONTENHA FOTOGRAFIAS, GRÁFICOS, FIGURAS, SÍMBOLOS E FÓRMULAS, ESSAS DEVERÃO OBEDECER ÀS SEGUINTES NORMAS: 3.1. Fotografias deverão ser apresentadas em preto e branco, nítidas e com contraste, inseridas no texto após a citação das mesmas e também em um arquivo à parte, salvas em extensão “TIFF” ou “JPEG” com resolução de 300 dpi. 3.2. Figuras deverão ser apresentadas em preto e branco, nítidas e com contraste, inseridas no texto após a citação das mesmas e também em um arquivo à parte, salvas em extensão “TIFF” ou “JPEG” com resolução de 300 dpi. As figuras deverão ser elaboradas com letra Times New Roman, tamanho 10, sem negrito; sem caixa de textos e agrupadas. 3.3. Gráficos deverão ser inseridos após citação dos mesmos, dentro do próprio texto, elaborado preferencialmente em Excel, com letra Times New Roman, tamanho 10, sem negrito; sem caixa de textos e agrupadas. 3.4. Símbolos e Fórmulas Químicas deverão ser feitas em processador que possibilite a formatação para o programa Page Maker (ex: MathType, Equation), sem perda de suas formas originais. OBS: A formatação correta é parte imprescindível para que o trabalho seja devidamente protocolado. Caso este não esteja nas normas, o mesmo será recusado. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: as referências bibliográficas devem ser citadas conforme a NBR6023/2002 da ABNT. A exatidão das referências constantes da listagem e a correta citação no texto são de responsabilidade do(s) autor(es) do artigo. 4.1. Orientações gerais: - Deve-se apresentar todos os autores do documento científico (fonte); - O nome do periódico deve ser descrito por extenso, não deve ser abreviado; - Em todas as referências deve-se apresentar o local de publicação (cidade), a ser descrito no lugar adequado para cada tipo de documento; - As referências devem ser ordenadas alfabeticamente. 4.2. Exemplificação (tipos mais comuns): ARTIGO DE PERIÓDICO: VIEIRA, R. F.; RESENDE, M. A. V. de. Épocas de plantio de ervilha em Patos de Minas, Uberaba e Janaúba, Minas Gerais. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 24, n. 1, p. 7480, jan./mar. 2000. LIVRO: a) livro no todo: STEEL, R. G. D.; TORRIE, J. H. Principles and procedures of statistics. New York: McGraw-Hill Book, l960. 481 p. b) Parte de livro com autoria específica: FLEURY, J. A. Análise ao nível de empresa dos impactos da automação sobre a organização da produção de trabalho. In: SOARES, R. M. S. M. Gestão da empresa. Brasília: IPEA/ IPLAN, 1980. p. 149-159. c) Parte de livro sem autoria específica: MARTIM, L. C. T. Nutrição de bovino de corte em confinamento. In: ______. Confinamento de bovino de corte. 2. ed. São Paulo: Nobel, 1986. cap. 3, p. 29-89. DISSERTAÇÃO E TESE: GONÇALVES, R. A. Preservação da qualidade tecnológica de trigo (Triticum aestivum L.) e controle de Rhyzopertha dominica (F.) durante o armazenamento em atmosfera controlada com Co2 e N2. 1997. 52 f. Dissertação (Mestrado em Ciência dos Alimentos) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, 1997. MATIOLI, G. P. Influência do leite proveniente de vacas mastíticas no rendimento de queijo frescal. 2000. 55 p. Dissertação (Mestrado em Ciências dos Alimentos) Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2000. Nota: “A folha é composta de duas páginas: anverso e verso. Alguns trabalhos, como teses e dissertações são impressos apenas no anverso e, neste caso, indica-se f.” (ABNT, NBR6023/2002, p. 18). TRABALHOS DE CONGRESSO E OUTROS EVENTOS: SILVA, J. N. M. Possibilidades de produção sustentada de madeira em floresta densa de terra firme da Amazônia brasileira. In: CONGRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 6., 1990, Campos do Jordão. Anais... Campos do Jordão: SBS/ SBEF, 1990. p. 39-45. DOCUMENTOS ELETRÔNICOS: As obras consultadas online são referenciadas conforme normas específicas para cada tipo de documento (monografia no todo e em parte, trabalho apresentado em evento, artigo de periódico, artigo de jornal, etc.), acrescidas de informações sobre o endereço eletrônico apresentado entre braquetes (< >), precedido da expressão “Disponível em:” e da data de acesso ao documento, precedida da expressão “Acesso em:”. Nota: “Não se recomenda referenciar material eletrônico de curta duração nas redes” (ABNT, NBR6023/2000, p. 4). Segundo padrões internacionais, a divisão de endereço eletrônico, no fim da linha, deve ocorrer sempre após barra (/). Monografia (acesso online): a) livro no todo TAKAHASHI, T. (Coord.). Tecnologia em foco. Brasília: Socinfo/MCT, 2000. 90 p. Disponível em: <http// www.socinfo.org.br>. Acesso em: 22 ago. 2000. b) parte de livro TAKAHASHI, T. Mercado, trabalho e oportunidades. In: ______. Sociedade da informação no Brasil: livro verde. Brasília: Socinfo/MCT, 2000. cap. 2, p. 13-24. Disponível em: <http://www.socinfo.gov.br>. Acesso em: 22 ago. 2000. c) Parte de congresso, seminário, etc. GIESBRECHT, H. O. Avaliação de desempenho de institutos de pesquisa tecnológica: a experiência de projeto excelência na pesquisa tecnológica. In: CONGRESSO ABIPTI, 2000, Fortaleza. Gestão de institutos de pesquisa tecnológica. Fortaleza: Nutec, 2000. Disponível em: <http://www.abipti.org.br>. Acesso em: 01 dez. 2000. d) Tese SILVA, E. M. Arbitrariedade do signo: a língua brasileira de sinais (LIBRAS). 1997. 144 p. Dissertação (Mestrado em Lingüística Aplicada e Estudo de Língua) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1997. Disponível em: <http://www.terra.com.br/virtualbooks/ freebook/port/did/ teses.htm>. Acesso em: 28 nov. 2000. O INFORMARÁ SOBRE SUA PUBLICAÇÃO. OS ARTIGOS QUE NECESSITAREM DE MODIFICAÇÕES SERÃO DEVOLVIDOS AO AUTOR PARA A DEVIDA REVISÃO. Artigo de periódico (acesso online): 7. OS ARTIGOS SERÃO PUBLICADOS EM ORDEM DE APROVAÇÃO. RESENDE, A. M. G. Hipertexto: tramas e trilhas de um conceito contemporâneo. Informação e Sociedade, Recife, v. 10, n. 1, 2000. Seção Educação. Disponível em: <http:// www.informaçãoesociedade.ufpb.br/>. Acesso em: 30 nov. 2000. CITAÇÃO: PELO SISTEMA ALFABÉTICO (AUTORDATA) (conforme ABNT, NBR10520/2002) Dois autores - Steel & Torrie (1960) ou (STEEL & TORRIE, 1960). Três ou mais autores - Valle et al. (l945) ou (VALLE et al., 1945). Obs.: Quando forem citados dois autores de uma mesma obra deve-se separá-los pelo sinal & (comercial). 5. O EDITOR CHEFE NOTIFICARÁ O AUTOR DO RECEBIMENTO DO ORIGINAL E, POSTERIORMENTE, 6. OS ARTIGOS NÃO APROVADOS SERÃO DEVOLVIDOS. 8. O NÃO-CUMPRIMENTO DESSAS NORMAS IMPLICARÁ NA DEVOLUÇÃO DO ARTIGO AO AUTOR. 9. OS CASOS OMISSOS SERÃO RESOLVIDOS PELA COMISSÃO EDITORIAL. 10. O ARTIGO DEVERÁ SER ENVIADO PARA: ABCTP Plant Cell Culture & Micropropagation Universidade Federal de Lavras Departamento de Biologia/Setor de Fisiologia Vegetal Caixa Postal: 3037 CEP 37200-000 Lavras – MG INSTRUCTIONS FOR AUTHORS “Plant Cell Culture & Micropropagation”, a semestral journal edited by Editora UFLA of the Universidade Federal de Lavras, publishes scientific articles and communications in the area of plant tissue culture, elaborated by researchers of the national and international scientific community. One of the authors must be associated and have paid all charges required by the ABCTP (Plant Tissue Culture Association) in order to be tax free for publication in Plant Cell Culture & Micropropagation. Submission of a manuscript implies that it is neither under consideration for publication elsewhere nor has appeared previously in part or in whole. On acceptance for publication, authors assign to the Editors full copyright of the manuscript in all languages and countries. Publications will depend on editorial rules and on the review of experts and ad hoc commission. Reviewer and editorial opinions will be anonymously communicated to authors. Concepts and affirmations included in articles and communications are of the entire responsibility of the authors. 1. SUBMISSION The manuscript must present a maximum of 14 pages. At the time of submission, a cover letter must be sent with the manuscript copies to the Editor requesting publication of the article. This cover letter must be signed by all authors and also contain the full address, telephone number and e-mail of the authors. Any inclusion, exclusion or alteration in the authors order must be notified and signed by all authors including the one excluded. Original: Four copies and CD with text and illustrations. Only one of the 4 printed copies must contain the full names of the authors and footnote in the first page. Format: Word for Windows (version 98, 2000, XP ou 2003) Spacing of the text: Double. Margin on the left hand side and 2.0 cm margin on the right hand side, 2.5 cm upper and lower margin, 2.5 cm for the heading and 2.,5 cm for the footnote Paper: A4 format Source: Times New Roman, size 12 Number of pages: up to 14 pages, including the illustrations Tables: Tables should be part of the body of the paper and they must be presented in Word or Excel. The title should be above and be presented in the language in which the article was written and in English. The vertical lines separating the columns should not appear. Graphs/Figures/Photographs: must be presented in black and white, clear and with contrast, scanned, inserted in the text after citation and also in a separate file (on the same diskette as the article) saved in extension “tif” or “jpg”, with resolution of 300 dpi. The title should be below and presented in the language in which the article was written and in English. Symbols and Chemical Formula: must be presented using a word processor that permits a format Page Maker. 2. STRUCTURE AND ORGANIZATION 2.1. The article should be presented in the following sequence: TITLE In English language, containing no more than 15 words in capital letters and bold. AUTHORS Maximum of 6 authors Full names, with call for baseboard note with the following information on first page only 1 copys.They should come in the footnote of the first page in only one of the four printed copies. : Footnote: titulation – name of the institution to which the authors belong – address of institution – ZIP CODE – city, state – mail address. ABSTRACT should be informative and condensed and should explain the objectives, material and methods, results and conclusion of the work in a maximum of 250 words all written in one paragraph. For articles written in English the abstract should also be presented in Portuguese. Key words: minimum of three and maximum of five. They should not repeat words that are already in the title. These may include phrases as well as individual words and should be separate by commas. For articles written in English the key-words should also be presented in Portuguese. INTRODUCTION Should present a concise vision of the current level of knowledge that has been achieved within the subject area that the paper will discuss. It should neither give an extensive review nor should it include details about the results and discussion. It should clearly indicate the objectives of the research that was carried out. MATERIALAND METHODS This section can contain subdivisions, with subtitles in bold print. RESULTS AND DISCUSSION This section can have subsection which begins with concise, descriptive titles in bold print. CONCLUSIONS Finishing agree of objectives of work ACKNOWLEDGEMENTS If applicable BIBLIOGRAPHICAL REFERENCES They should follow citation norms both in the text and in the appropriated section. 2.2 The Communication should be presented in the following sequence TITLE Sufficiently clear, conspicuous and complete, without superfluous words. It is recommended to initiate with the term that represent the most important aspect, with other terms in decreasing of importance TITLE IN PORTUGUESE; FULL NAME(S) OF THE AUTHOR(S) Maximum of 6 authors Full names, with call for baseboard note with the following information on first page only 1 copys.They should come in the footnote of the first page in only one of the four printed copies. Footnote: titulation – name of the institution to which the authors belong – address of institution – ZIP CODE – city, state – mail address. ABSTRACT Written continuously without paragraph. It must not exceed 250 words. Index terms must be enclosed after the abstract using terms different from those used in the title and separated by comma. Index terms: (3 to 5) must be described in capital and small letters, and express the content of the article ABSTRACT AND INDEX TERMS IN PORTUGUESE Text: with no division but must include introduction, material and methods, results and discussion and conclusion (it may include tables and figures) ACKNOWLEDGEMENTS If applicable BIBLIOGRAPHICAL REFERENCES They should follow citation norms both in the text and in the appropriated section. 3. PHOTOGRAPHS, GRAPHS, FIGURES, SYMBOLS OR FORMULA CONTAINED IN THE ARTICLE SHOULD OBEY THE FOLLOWING RULES: 3.1. Photographs must be presented in black and white, clear and with contrast, inserted in the text after their citation and also in a separate file (on the same diskette as the article) saved in extension “TIFF” or “JPEG” with resolution of 300 dpi. 3.2. Figures must be presented in black and white, clear and with contrast, inserted in the text after their citation and also in a separate file (on the same diskette as the article) saved in extension “TIFF” or “JPEG” with resolution of 300 dpi. They must be elaborated using Times New Roman font, size 10, without bold, without text box and arranged. 3.3. Graphs must be inserted in the text after their citation, elaborated preferentially in Excel, using Times New Roman font, size 10, without bold. 3.4. Symbols and Chemical Formula must be presented using a word processor that permits a format for Page Maker (ex: MathType, Equation) without loss of its original form. 4. REFERENCES: references must be cited according to NBR6023/2002 of ABNT. All references and their correct citation in the text are of the entire responsibility of the author(s). 5. THE BRAZILIAN ASSOCIATION OF PLANT TISSUE CULTURE (ABCTP) WILL INFORM THE AUTHOR THE RECEIPT OF THE ORIGINAL MANUSCRIPT AND EVENTUALLY IT WILLALSO SEND INFORMATION REGARDING ITS PUBLICATION. MANUSCRIPTS THAT REQUIRE MODIFICATIONS WILL BE RETURNED TO THE AUTHOR FOR THE RESPECTIVE REVISION ANDCORRECTIONS. 6. MANUSCRIPTS NOT APPROVED WON’T BE RETURNED TO THE AUTHOR. 7. ARTICLES WILL BE PUBLISHED ACCORDING TO THE ORDER OF RECEIPTAND APPROVAL. 8. IFANY OFTHESE RULES ARE NOTATTENDED THE MANUSCRIPTWILL BE RETURNED TO THE AUTHOR. 9. THE NEGLECTFUL CASES WILL BE SOLVED BY THE EDITORIAL COMMITTEE. 10. MANUSCRIPTS SHOULD BE SENT TO THE FOLLOWINGADDRESS: ABCTP Plant Cell Culture & Micropropagation Universidade Federal de Lavras Depto. de Biologia - Setor de Fisiologia Vegetal Caixa Postal: 3037 37200-000 – Lavras – MG – BRAZIL
Documentos relacionados
BAP E AIB NO CULTIVO in vitro DE Epidendrum ibaguense KUNTH
3,6 mg L-1 de BAP, para o desenvolvimento da parte aérea, seguido do subcultivo em meio com 1,6 mg L-1 de AIB, visando ao enraizamento das mesmas. Termos para indexação: orquídea, reguladores de cr...
Leia mais