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Países e ilhas do Oriente Médio, Ásia e Oceania
Oriente médio
Arábia Saudita
Bahrein
Chipre
Emirados Árabes
Iêmen (Yemen)
Irã
Iraque
Israel
Jordânia
Kuwait
Líbano
Palestina
Qatar
Síria
Turquia
Oceania
Austrália
Nova Zelândia
Tasmânia
Leste Asiático
China
Cingapura
Hong Kong
Japão
Rússia
Tailândia
Taiwan
Ásia Meridional
Afeganistão
Índia
Nepal
Paquistão
Bangladesh
Sri Lanka
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atual Rei da Arábia Saudita.
A atividade econômica mais importante é a extração e exportação de
petróleo, sendo a Arábia Saudita o maior produtor da OPEP. Graças à irrigação, o país tornou-se grande produtor de trigo. A tâmara, a uva, o tomate e a cevada são, também, culturas importantes.
Arábia Saudita
Reino da Arábia Saudita é o maior país da península Arábica, no
Oriente Médio, limitado pela Jordânia, Iraque, Kuwait, Qatar, Emirados
Árabes Unidos, Omã e Iêmen. Pelo Golfo Pérsico, faz fronteiras com o Irã e
o Bahrein. E pelo Mar Vermelho, faz fronteiras com o Egito, Sudão e Eritreia.
Sua capital é Riyadh.
Ao longo de mais de 5.000 anos, a península vinha sendo habitada
pelos sumérios e antigos egípcios. No ano 620 d.C. Maomé fundou o Islã.
E as cidades de Meca e Medina passaram a ter significativa importância
religiosa para os árabes confiantes em Alá.
O Estado Saudita surgiu apenas em 1744, quando Muhammad Bin
Saud uniu forças com Muhammad Abd Al-Wahhab, restaurador dos fundamentos do Islã, para criarem nova entidade política e a Dinastia AlSaud. Mas foi o Rei Abdul Aziz que, além de capturar a cidade de Riyadh,
em 1902, continuou suas conquistas, tornando-se Rei do Hijaz, em 1926,
e Rei do Nejd, em 1927. Em 1932, as regiões do Hijaz e Nejd foram unificadas com o nome de Reino da Arábia Saudita.
Com a descoberta do petróleo, em 1938, o país verificou profundas
transformações e passou a buscar tratados com os países vizinhos, com
vistas às suas fronteiras. Na Arábia Saudita, o rei não é apenas o Chefe de
Estado, mas também do governo. Uma monarquia absoluta, passando de
pai para filho durante anos e anos.
Durante a guerra árabe-israelense, em 1973, a Arábia Saudita, governada pelo Rei Faisal, participou do boicote do petróleo árabe aos EUA e
Países Baixos. E Faisal acabou sendo decapitado pelo próprio sobrinho,
em 1975. Em 1990-91, foi o Rei Fahd que desempenhou papel-chave na
Guerra do Golfo, com a Arábia Saudita acolhendo a família real kuwaitiana e 400.000 refugiados. E permitindo a entrada de tropas ocidentais e
árabes em seu território para a libertação do Kuwait no ano seguinte.
Com o enfarte de Fahd, em 1995, o príncipe herdeiro Abdallah é o
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Fieis cultuam Alá na cidade sagrada de Meca
Mesquita ao lado do Mar Vermelho, em Jeddah, Arábia Saudita
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Bahrein
Reino do Bahrein é um estado insular no Golfo Pérsico, tendo fronteiras marítimas com Irã, Qatar e Arábia Saudita.
Sua capital é Manama.
O nome do país significa “dois mares”, na língua árabe.
Um arquipélago de 35 ilhas, sendo apenas três habitadas: Bahrein,
Umm Nassam e Al Muharraq. Ilhas que, devido à sua posição estratégica
na região do Golfo Pérsico, foram sempre cobiçadas desde a Antiguidade.
Os portugueses ocuparam as ilhas até 1602, quando elas foram tomadas
pelo Império Persa, com ajuda dos britânicos. Os persas fizeram das ilhas
uma importante base militar.
Depois vieram os árabes. O príncipe Ahmad bin Khalifa, da Arábia
Saudita, conquistou as ilhas e promoveu sua independência do Império
Persa, em 1783. No século XIX, o arquipélago passou a ser um protetorado militar e comercial britânico, cuja situação colonial foi mantida até
1971, quando o país conseguiu nova independência, para se transformar
em emirado. E o Bahrein passou a ser uma monarquia absoluta, a partir de
1973, com um primeiro-ministro e um gabinete, da família real, apontados
pelo monarca Al Khalifa.
A principal economia do país está na produção, refinamento e exportação do petróleo, descoberto no centro da ilha, em 1932. Bahrein é um
dos principais centros financeiros do Oriente Médio, graças ao desenvolvimento de suas atividades bancárias e de serviços.
Manama, capital do Bahrein, no Golfo Pérsico
As torres gêmeas do centro financeiro de Manama
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Chipre
República do Chipre é um país do Oriente Médio, em ilha situada
no Mar Egeu oriental, ao sul da Turquia, próxima à Síria e ao Líbano.
Embora sendo um país independente, a Ilha de Chipre está dividida
entre um Estado – Chipre Grego – que ocupa dois terços ao sul da ilha e a
República Turca, que ocupa o terço ao norte. A capital, no entanto, é uma só
– a cidade de Nicósia. Na Antiguidade, a ilha foi ocupada por egípcios, persas
e gregos, como uma passagem entre Europa, Ásia e África. E foi dominada por
Gênova e Veneza, desde 1489 até a invasão dos turco otomanos, em 1570.
Para proteger a Turquia do Império Russo, os britânicos passaram a
administrar a ilha a partir de 1878. No início da Primeira Guerra Mundial,
em 1914, quando os turco otomanos se aliaram aos alemães, a ilha foi
declarada colônia britânica. Com o surgimento da enosis – União de
Chipre com a Grécia – começaram as primeiras revoltas na ilha, em 1930,
a favor da união grego-cipriota. Revoltas que aumentaram no final da
Segunda Guerra Mundial, buscando o fim do domínio britânico.
A campanha pela enosis foi liderada pelo Arcebispo Makarios III,
deportado temporariamente, em 1956, para Seychelles, após uma série de
atentados contra ele. A independência da ilha ocorreu em 1960, ainda que
com a oposição da minoria turca, que habitava a ilha em conjunto com a
maioria grega. Makarios assumiu a presidência. A constituição indicando
que turco-cipriotas ficariam com a vice-presidência, e com poder de veto,
dificultou o relacionamento entre grego-cipriotas e turco-cipriotas,
gerando atos de violência, entre 1963 e 1967. Um golpe depôs o governo
legítimo, em 1974, provocando reação da Turquia que invadiu militarmente o norte da ilha, dando origem ao Estado Federado Turco de Chipre
sobre a área ocupada. Em novembro de 1983, foi proclamada a República
Turca de Chipre do Norte, não reconhecida internacionalmente.
A economia de Chipre é afetada pela divisão da ilha em dois territórios. Atualmente, depende dos setores industrial, de serviços e de turismo.
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Aqui nasceu Vênus, a deusa do amor, praia cipriota de Paphos
Igreja de Santo Barnabas e Hilarion (século II), em Peristerona, Chipre
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Emirados Árabes
Emirados Árabes Unidos, formados em 1971 após se tornarem independentes do Reino Unido, constituem uma federação de pequenos emirados situada na Península Arábica, limitada pela Arábia Saudita e Omã,
com costas para o Golfo Pérsico e de Omã.
O país é composto por sete emirados: Abu Dhabi (capital), Ajman, Al
Fujayrah, Sharjah, Dubai, Ra’s al Khaymah e Umm al Qaywayn.
Presidente e vice-presidente do país são eleitos pelo conselho, entre os
emires, de cinco em cinco anos. A economia é fortíssima em petróleo, tornando os Emirados Árabes Unidos um dos países mais ricos do mundo.
Outra forte economia é o turismo, pelo desenvolvimento de uma sociedade moderna e aberta à diversidade. O maior exemplo está em Dubai, cidade mais populosa do país.
Originalmente uma aldeia de pescadores e coletores de pérolas no
Golfo Pérsico, de onde iam até o Irã em barcos de madeira, Dubai foi se
desenvolvendo e se transformando na maior cidade dos Emirados, cuja
maior fonte de recursos provém da Zona Franca de Jebel Ali, com facilidades e incentivos fiscais de estoque e distribuição de mercadorias. O
porto de Dubai, passou a ser considerado um dos mais movimentados do
mundo. Dubai tem sido governado pela Dinastia al-Maktum, desde 1933.
O atual governante, Muhammad Bin Rashid al-Maktum, é também o
Primeiro-Ministro e Vice Presidente dos Emirados Árabes Unidos.
Mundialmente famosa por ser extremamente moderna, a atual Dubai tem
como principal receita o turismo, o comércio, o setor imobiliário e serviços financeiros. Obras grandiosas como Palm Islands, The World, Burj Al
Arab e Burj Dubai atraem turistas do mundo inteiro.
O arquipélago artificial Palm Islands, no formato de uma palmeira,
audacioso projeto construído apenas com areia e pedras, é uma das principais atrações da Dubai futurista que não para de crescer. Outro arquipélago artificial é o The World, que forma o desenho do mapa-mundi.
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Ilhas sendo construídas e vendidas com altos valores, entre 6 a 27 milhões
de dólares. Burj Al Arab é um dos hoteis mais luxuosos de Dubai.
Construído sobre uma ilha artificial, com 321 metros de altura, o famoso
edifício imita a vela de um barco.
Burj (Khalifa) Dubai, ou a Torre de Dubai, é o arranha-céu mais alto
do mundo, com mais de 800 metros de altura. Ali serão incluídas 30 mil
residências, nove hoteis e dezenas de torres residenciais. O Aeroporto
Internacional Al-Maktum está sendo planejado para ser o maior do
mundo, com capacidade para 120 milhões de passageiros por ano.
Impressionante e luxuoso Hotel Burj Al Arab
Magníficas torres gêmeas na Enseada de Dubai
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Iêmen
(Yemen)
República do Iêmen é um país árabe na extremidade sudeste da
Península Arábica, limitado pela Arábia Saudita e pelo Omã, com costas
para o Mar Vermelho e para o Golfo de Aden. Além do território continental, algumas ilhas localizadas no largo do Corvo da África fazem parte
do Iêmen, sendo Socotora a maior delas.
A capital do país é Sanaa.
Na Antiguidade, a região é mencionada como Reino de Sabá, cuja rainha visitou Salomão, segundo o Velho Testamento. A região era famosa pela
produção e exportação de incenso. No século I a.C. o Reino de Sabá
entrou em decadência.
Colonos judeus vieram no ano 70 a.C., após a destruição de
Jerusalém. E cristãos ali se estabeleceram no século IV. Na década de 630
foi a vez dos muçulmanos, que chegaram a dominar e unificar toda a
península árabe. Turbulências políticas continuaram pelos séculos, com
dinastias zaiditas, egípcias e turcas, dividindo o território em Iêmen do
Norte e Iêmen do Sul.
No período contemporâneo, turcos ocupavam o Iêmen do Norte,
enquanto a Reino Unido ocupava o Iêmen do Sul, conhecido como
Protetorado de Aden. Acordos anglo-turcos tentaram fixar limites entre
o norte e o sul. Em 1962, uma revolução socialista proclamou o norte
como República Árabe do Iêmen e, no ano seguinte, foi criada a Federação
da Arábia do Sul, incorporando o Protetorado de Aden.
Em 1979, as duas repúblicas iemenitas entraram em guerra. Após
muitas lutas, conseguiu-se finalmente a unificação, em 22 de maio de
1990, fundindo as duas repúblicas num só país, proclamado como
República do Iêmen.
A economia do país é predominantemente rural e agrícola, com força
maior em café e algodão. O Iêmen carece de recursos naturais, sendo a
pesca um recurso importante.
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Mesquita Al Bakila, em Sanaa
Mirante da Grande Mesquita, em Shibam
Vista geral de Sanaa, capital do Iêmen
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XX, quando passou a desenvolver forte indústria, principalmente a petroquímica, com poços de petróleo junto ao Golfo Pérsico. E o país aproveitou
o dinheiro com a subida do petróleo, para programas sociais.
Irã
República Islâmica do Irã é um país asiático do Oriente Médio, limitado pela Armênia, Azerbaijão, Turcomenistão, Afeganistão, Paquistão, Iraque
e Turquia, com costas para o Golfo Pérsico, Golfo de Omã e Mar Cáspio.
Sua capital é Teerã.
O Irã, que significa “terra dos arianos”, até 1935 era conhecido como
Pérsia. A história da Pérsia demanda de 3.000 a.C., com a posterior chegada dos arianos por volta de 1.500 a.C., destacando-se os Medos e os
Aqueménidas. A partir de 555 a.C., surgiram grandes conquistadores que
fizeram a história naquela região, como Ciro II e Dario I. Alexandre, o
Grande, conquistou a Pérsia, em 331 a.C, cujo império passou por grandes
divisões até a conquista pelos árabes, entre 641 e 651, quando da introdução da religião islâmica. Dinastias surgiram dali em diante, com conquistas, domínios e quedas até o período contemporâneo, quando a Pérsia foi
derrotada em duas guerras contra a Rússia, tendo como consequência a
perda da Geórgia, do Daguestão, de Bacu e da Armênia caucasiana.
Com a Revolução Constitucional Persa de 1905-1921, foi derrubada a
Dinastia Qadjar, assumindo a Dinastia Pahlavi de Reza Xá, o Grande, que
pediu à comunidade internacional referir-se ao país como Iran. Em 1941,
durante a Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido e a União Soviética
invadiram o Irã em busca dos recursos petrolíferos iranianos, forçando o Xá
a deixar o governo em favor de seu filho Mohammad Reza Pahlavi. Um reinado progressivamente ditatorial, tentando modernizar o país, mas insistindo em esmagar a oposição do clero xiita e dos defensores da democracia.
Em 1979, após 14 anos no exílio, o Aiatolá Khomeini dá início à Revolução
Iraniana, provocando a fuga de Mohammad Reza Pahlavi e estabelecendo uma
república com leis conservadoras e inspiradas no Islamismo. E o país passou a
se chamar República Islâmica do Irã. A partir de 1980, o Irã e o Iraque enfrentaram-se numa guerra destruidora, com duração de oito anos.
O Irã foi um país essencialmente agrícola até aos anos de 60 do século
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Mesquita Gohar Shad, em Mushhad
Belo bulevar de Teerã, capital do Irã
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tia de imunidade legal aos empreiteiros estrangeiros. Remessa de mercadorias, isenta de impostos sobre lucros. Auditores nomeados pelos EUA em
cada ministério público e autoridade sobre contratos, programas, funcionários, regulamentos. Agricultores comerciais do Iraque devem comprar
sementes registradas, que não podem ser replantadas.
A maior parte do país é desértica, com regiões férteis às margens dos rios
Tigre e Eufrates, onde predomina o cultivo das tâmaras. Sanções econômicas,
no entanto, arruinaram a economia da República do Iraque, por uma década.
Iraque
República do Iraque é um país do Oriente Médio, limitado pela
Turquia, Irã, Kuwait, Arábia Saudita, Jordânia e Síria, com pequena costa
para o Golfo Pérsico.
Sua capital é Bagdá, às margens do Rio Tigre, que durante três séculos foi conhecida como a cidade das “mil e uma noites”.
Considerada como berço da civilização, a região Mesopotâmica entre
os rios Tigre e Eufrates, foi rota de várias migrações de conquistadores
hititas, mitanis, persas, gregos e bizantinos. No século VII, torna-se o
centro de um grande império árabe. De população árabe em sua maioria,
os iraquianos se dividem em muçulmanos xiitas, no sul do país; e, no centro, os sunitas, onde a língua árabe predomina. Ao norte, está o Curdistão,
onde é mais falada a língua curda.
Depois da Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano foi desmembrado e o Iraque moderno ficou sob a tutela do Reino Unido, eclodindo uma
rebelião pela independência. Em junho de 1922 foi assinado um tratado de
aliança entre o Iraque e a Grã-Bretanha, consolidando a monarquia do Rei
Faisal. Depois da Segunda Guerra Mundial, veio a Primeira Guerra ÁrabeIsraelense. Os conflitos terminaram, em 1955, com a assinatura do Pacto de
Bagdá, resultando no alinhamento formal dos iraquianos aos ocidentais.
Em 1958, num golpe de estado liderado pelo general iraquiano Abdul
Karin Hassem, o Rei Faisal II foi assassinado. Era o fim da monarquia,
fundando-se a República do Iraque. Em 1979, o general sunita Saddam
Hussein assume o poder. E o país se envolve em duas Guerras do Golfo,
primeiro contra o Irã e depois contra o Kuwait, até Hussein reconhecer
oficialmente a independência do Kuwait.
Em 2003, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos invadiu o
Iraque, país acusado de ter violado a Resolução 687 – Programa de
Desenvolvimento das Nações Unidas. Após a invasão, foram impostas ao
Iraque as 100 Resoluções de Remer, entre as quais estão incluídas: garan220
Templo de Mardan, na cidade de Hatra
Universidade de Mustansirya, estrutura
abássida, em Bagdá
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Israel
Estado de Israel é um país no Oriente Médio junto ao Mar
Mediterrâneo, limitado pelo Líbano, Síria, Jordânia e Egito. Também confrontando com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Sua capital é Jerusalém, embora a maioria dos países mantém suas
embaixadas em Tel Aviv, centro financeiro do país.
A tradição judaica defende Israel como Terra Santa e Prometida há 4
mil anos, desde o tempo dos patriarcas. A partir do século X a.C., reinos
e estados judaicos estabeleceram um controle sobre a região que durou
150 anos, até o Reino de Israel ser conquistado pelos assírios, em 721 a.C.,
e o Reino de Judá ser conquistado por Nabucodonosor, em 586 a.C.
A região esteve sob domínio assírio, babilônico, persa, grego, romano
e bizantino até o ano 638, quando vieram os muçulmanos. A área foi depois
dominada pelos omíadas, abássias, cruzados, mongois e mamelucos (12601516) e os otomanos, em 1517. Os judeus aspiravam retornar à Terra de
Israel e durante o século XVI grandes comunidades foram formadas nas
Quatro Cidades Santas (Jerusalém, Hebron, Tiberías e Safed). Em 1881
começava a primeira imigração moderna, conhecida como Aliyah. Theodor
Herzl, fundador do sionismo político, ofereceu sua visão de um Estado
Judeu, que cresceu com a vinda de 40 mil judeus para a Palestina.
Durante a Primeira Guerra Mundial, o governo britânico foi favorável ao estabelecimento de um lar nacional para o povo judeu com as
comunidades não-judaicas, o que alarmou os árabes. A oposição árabe
levou aos motins de 1920 e à formação da organização judaica conhecida
como Haganah (a Defesa). As imigrações continuaram, trazendo mais 100
mil judeus para a Palestina, entre 1924-1929. Com a ascensão do nazismo,
222
na década de 1930, a imigração de judeus aumentou, provocando a revolta árabe. Judeus fugidos do Holocausto procuravam a Palestina, representando 33% da população no final da Segunda Guerra Mundial.
Em 1947, a Organização das Nações Unidas recomendou o Plano de
Partição da Palestina em dois estados, um árabe e um judeu, propondo
Jerusalém como uma cidade internacional – corpus separatum – administrada pela ONU.
Em 14 de maio de 1948, a Agência Judaica proclamou a independência, nomeando o país de Israel, dando início à guerra árabe-israelense com
participação de Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque. Conflitos e tratados de paz continuaram ao longo dos anos. A Guerra do Yom Kippur, em
1973, a Guerra do Líbano, em 1982, a Guerra do Golfo, em 1991.
Atualmente, Israel é considerado um dos países mais avançados em
desenvolvimento econômico e industrial, com alta tecnologia. É um dos
líderes globais em conservação de água e energia geotérmica.
Outra importante fonte de renda é o turismo, especialmente o turismo religioso.
Cidade Velha, vista do Monte das Oliveiras
Muro das lamentações, em Jerusalém
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A Jordânia é um país de recursos naturais bastante limitados. Sua
economia depende da exploração de fosfatos, carbonato de potássio e
comercialização de fertilizantes. Por outro lado, uma das grandes forças
econômicas da Jordânia é o turismo, com atrações como as ruínas de
Petra, o Monte Nebo, de onde Moisés teria visto a Terra Prometida, o Rio
Jordão e a impressionante cidade de Jerash.
Jordânia
Reino Hashemita da Jordânia é um país do Oriente Médio, limitado pela Síria, Iraque, Arábia Saudita, Israel e Cisjordânia.
Sua capital é Amã.
Um país cuja história remonta a milhares de anos, sendo dominada
por povos antigos como amonitas, amorreus, moabitas. E depois por egípcios, israelitas, assírios, babilônios, persas, gregos, romanos, árabes muçulmanos, cruzados cristãos, turcos e, finalmente, pelos britânicos no fim da
Primeira Guerra Mundial, quando o território palestino foi concedido ao
Reino Unido. Em 1922, a Grã-Bretanha estabeleceu o semi-autônomo
Emirado da Transjordânia, regido pelo príncipe hashemita Abdullah.
Em 1946, o país tornou-se independente como Reino Hashemita
daTransjordânia. Em 1950, o país foi renomeado para Reino Hashemita da
Jordânia. E o tratado especial de defesa do Reino Unido acabou em 1957.
A Jordânia assinou pacto de defesa mútua com o Egito em 1967, participando da guerra entre Israel e os Estados Árabes da Síria, Egito e Iraque.
Com a guerra, aumentou dramaticamente o número de palestinos
vivendo na Jordânia, crescendo o poder dos elementos de resistência
palestina (fedayin). Soldados palestinos da Organização pela Libertação
da Palestina (OLP) foram expulsos da Jordânia, na batalha conhecida
como “Setembro Negro”. E outras batalhas se seguiram na linha do cessar-fogo, no Rio Jordão, em 1967. Finalmente, na conferência realizada na
cidade de Rabat, em 1974, a Jordânia concordou que a OLP era a “única
representante legítima do povo palestino”.
Da Guerra do Golfo, de 1990-91, a Jordânia não participou e aceitou,
juntamente com a Síria, Líbano e representantes palestinos, participar das
negociações de paz com Israel na Conferência de Madrid, mediadas pelos
Estados Unidos e Rússia.Desde então, a Jordânia tem procurado manter a
paz com os países vizinhos, embora continuando a sofrer atentados.
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Cidade de Petra, nas rochas do deserto
Soldado montado em camelo, no deserto da
Jordânia
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Kuwait
Estado do Kuwait é um pequeno país do Oriente Médio, limitado
pelo Iraque e pela Arábia Saudita, com costas para o Golfo Pérsico.
Sua capital tem o mesmo nome: Kuwait.
Colonizado pelos gregos no século III a.C., o Kuwait foi fundado no
início do século XVIII por vários clãs migrados da Arábia Saudita, formando a tribo conhecida como Bani Utub. Lá chegando, encontraram
outra tribo, Bani Khalid, que havia construído uma pequena fortaleza
para se proteger. Kuwait é o diminutivo de kut (fortaleza).
Mantendo paz, as duas tribos cresceram em atividades comerciais. A
localização estratégica do porto, no Golfo Pérsico, permitia trocas comerciais com outras cidades do Império Otomano, incluindo cavalos, madeiras, produtos agrícolas e pérolas. Em 1775, vieram os britânicos, interessados na região governada por Al-Sabath. Na década de 1880, com uma expedição militar, o Império Otomano tentou exigir que os ingleses parassem
de interferir em sua região de influência no Golfo Pérsico, mas sem sucesso. Al-Sabath assinou acordo com a Companhia Britânica das Índias
Ocidentais, aumentando o poder dos ingleses sobre o pequeno país árabe.
Em 1913, um tratado anglo-otomano definiu a região do Kuwait como
casa autônoma do Império Otomano, até terminar a Primeira Guerra
Mundial, quando os otomanos saíram e os ingleses anularam o tratado.
Na década de 1920 e 1930, com a invenção do cultivo artificial de
pérolas, houve um colapso na coleta de pérolas naturais no Golfo Pérsico
e o Kuwait tornou-se um dos países mais pobres do mundo. O governo
britânico ampliou o território kuwaitiano, limitando o acesso iraquiano
ao Golfo Pérsico e, com isso, dificultando os planos expansionistas do
Iraque. O rei iraquiano Faisal I não reconheceu os novos limites que foram
ratificados, e a fronteira foi reconhecida oficialmente em 1927.
Finalmente, em 1961, o Kuwait assumiu total controle do país, elimi226
nando as regalias dos britânicos. Nos anos 80, após a Revolução Iraniana,
começaram os conflitos Irã-Iraque e o Kuwait acabou sendo invadido e
anexado ao Iraque sob o domínio de Saddam Hussein, em 1990, que afirmava ser o território kuwaitiano uma província iraquiana.
Autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU, tropas de 34 países, liderados pelos norte-americanos, lutaram na Guerra do Golfo
Pérsico, removendo as forças iraquianas do Kuwait, em apenas quatro
dias. Em 1994, as fronteiras entre o Kuwait e o Iraque foram reconhecidas.
Com a descoberta do petróleo, o Kuwait ganhou destaque no comércio mundial, sendo hoje um dos maiores produtores de gás natural e
petróleo. Desenvolveu o setor petroquímico e outras áreas como transporte marítimo, navegação e a pesca.
Tradição islâmica na Grande Mesquita do Kuwait
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Torres do Kuwait, junto ao
Golfo Pérsico
Oriente Médio, com infraestrutura reconstruída após tantas lutas.
Na participação do PIB, turismo e comércio ocupam 60%, agropecuária (cítricos, uvas, azeitonas, criação de ovelhas e cabras) 20% e
indústria (refino de petróleo, metalurgia, joalheria, produtos minerais e
químicos) 20%.
A cultura árabe destaca-se por sua música, religião e danças. No
Líbano é comum a dabke, dança com a participação de várias pessoas, ao
mesmo tempo e de mãos dadas.
Líbano
República Libanesa é um país montanhoso no Oriente Médio, limitado por Israel e pela Síria, banhado a oeste pelo Mar Mediterrâneo. Sua
capital e maior cidade é Beirute, apelidada de “a Paris do Oriente”.
Foi naquela região que surgiram as primeiras grandes civilizações da
humanidade. Na Antiguidade, fenícios e negociantes semitas fizeram
crescer a cultura marítima e a criação do primeiro alfabeto, do qual saíram os demais. No século I a.C., o Líbano passou a fazer parte do Império
Romano. E na conquista árabe do século VII foi introduzida a atual língua do país, o árabe, bem como a religião islâmica. No século XII o Líbano
esteve integrado ao reino latino de Jerusalém. Depois foi ocupado pelos
turcos do Império Otomano, até o fim da Primeira Guerra Mundial, quando o país foi ocupado pelas tropas francesas e britânicas.
A República Libanesa foi criada em 1926 e novamente ocupada por forças
francesas durante a Segunda Guerra Mundial, em 1941. A independência veio
em 1943, quando ali eram feitas grandes negociações de petróleo. Sob o ponto
de vista financeiro, o país passou a ser considerado “a Suíça do Oriente”. E também como “a Mônaco do Oriente”, sob o ponto de vista turístico.
A partir de 1975, o Líbano passou a enfrentar grandes hostilidades
entre grupos cristãos e muçulmanos, guerras civis e intervenções armadas
pela Síria. Ocorreram atividades da Organização para a Libertação da
Palestina (OLP), além de ocupação israelita, em 1978. Israel criou o
Exército do Sul do Líbano, em 1982, e promoveu uma série de invasões
militares até 1988. Em 1996, agressões ao Líbano provocaram intervenção
dos Estados Unidos e da França, com uma negociação conhecida como
“entendimento de Abril”. Sob forte pressão da resistência, a retirada
israelense ocorreu em 2000. E a retirada síria, cinco anos depois, em 2005.
Um movimento patriótico, conhecido por Revolução dos Cedros,
contou com a colaboração de todas as confissões religiosas.
A economia do Líbano aproxima-se das mais prósperas de todo o
228
Templo de Bacchus, em Baalbeck
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Palestina
Palestina é uma região do Oriente Médio, situada entre o
Mediterrâneo, a oeste, e Rio Jordão e Mar Morto, a este, onde faz fronteira com a Jordânia. Limitada ao norte pelo Líbano e Síria, e ao sul pela
Península do Sinai.
A área que corresponde à Palestina encontra-se dividida em três partes: Estado de Israel, Faixa de Gaza e a Cisjordânia. O nome Palestina
deriva do grego Philistia, que significa “terra dos filisteus” e por eles terem
se fixado na região, no século XII a.C, ali construindo um poderoso reino.
Tribos hebraicas decidiram se unir para formar uma monarquia, no primeiro milênio a.C, cujo rei foi Saul. Seu sucessor, David, derrotou os filisteus e fixou capital em Jerusalém.
De 727 a.C até o ano 63 a.C, a região foi dominada por muitos povos,
como os assírios, os babilônios, greco/macedônios, persas, ptolomaicos,
selêucidas, asmodeus e os romanos. Sob Império Romano, a região viveu
até o ano 638, quando passou para o domínio árabe muçulmano. Na
região, há mais de quatro séculos dominada pelos árabes, a religião islâmica acabou majoritária, seguida pela pequena minoria cristã e judaica.
Em 1099, com a Primeira Cruzada, europeus conquistaram
Jerusalém, até 1187. Após a expulsão dos Cruzados, a Palestina tornou-se
parte do Sultanato Mameluco do Egito, com 100 anos de prosperidade e
reconstrução das mesquitas destruídas. A expansão territorial dos mamelucos os levou a confrontarem os mongois, e posteriormente os otomanos.
Sob a administração turca, o nome Palestina praticamente desapareceu
por mais de 400 anos.
Voltando à dependência direta do Império Otomano, em 1873, a
região foi reorganizada administrativamente, dividida em três grandes
áreas: Beirute (de Jaffa a Jericó e Rio Jordão), Jerusalém (de Jaffa, ao longo
230
da costa até ao Sinai) e Hijaz (Península do Sinai e Deserto de Negev). E
os primeiros judeus europeus começaram a chegar à Palestina.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Declaração de Balfour, do
ministro britânico dos Assuntos Estrangeiros, comprometeu a Inglaterra
na criação de um Estado Judaico, com o Reino Unido estabelecendo uma
administração semi-colonial. A ascensão do nazismo e as perseguições aos
judeus aumentaram a pressão migratória sobre a administração inglesa.
No final da Segunda Guerra Mundial, conflitos entre judeus, ingleses
e árabes, levou a ONU deliberar, em 1947, a participação da Palestina em
dois estados, um judeu e outro árabe, com união econômica e aduaneira.
No ano seguinte era declarado o nascimento do Estado de Israel, gerando
a guerra árabe-israelense.
Em 1988, a OLP – Organização para Libertação da Palestina – proclamou o Estado da Palestina, apoiado pelos Estados Unidos, União
Europeia, Unasul e Liga Árabe.
Entrada para a Igreja da Natalidade, em Belém, Cisjordânia
231
Qatar
Qatar é um país que ocupa a península do Qatar e algumas ilhas
adjacentes, no Golfo Pérsico. Parte substancial de seu território é limitado pela costa marítima. Faz parte da Península Arábica, onde tem fronteiras ao sul com os Emirados Árabes Unidos e com a Arábia Saudita.
Os primeiros habitantes daquela região foram os cananeus. Depois
vieram os persas, os turcos otomanos e os britânicos... O Qatar só conseguiu a independência, em 1971.
A capital e maior cidade é Doha, que abriga 80% da população de
todo o país.
O governo de Qatar é fundamentado na lei islâmica, o Emir participando das orações públicas nos feriados religiosos e financiando a peregrinação a Meca aos que não tem recursos para a viagem.
A descoberta do petróleo, em 1940, transformou a economia do país
para um nível de vida elevado e moderno. O gás natural e a indústria
petrolífera são responsáveis por 85% das exportações.
Hoje, a taxa de desemprego é bastante baixa e a renda per capita é
a segunda mais alta do mundo.
A partir de 2001, a capital se transformou numa cidade movimentada com a Rodada de Doha, também conhecida como “Agenda Doha de
Desenvolvimento”. Uma série de negociações em prol da liberalização do
comércio mundial, criada em 2001 durante a 4ª. Conferência Ministerial
da OMC – Organização Mundial do Comércio.
Fortaleza Zubara, construída em 1936, a 100 km da capital
Moderna cidade de Doha, na West Bay Lagoon
232
233
tetônicas, como o grandioso estilo composto, combinando influências
antigas e recordando o passado. A maioria da população vive numa faixa
fértil entre montanhas costeiras e o deserto, no vale do Rio Eufrates.
Síria
República Árabe da Síria é um país árabe no Sudoeste Asiático,
limitado com o Líbano, Israel, Jordânia, Iraque e Turquia, banhado ao
oeste pelo Mar Mediterrâneo.
Sua capital é Damasco, reconhecida como uma das mais antigas cidades ainda habitadas do mundo.
A história da Síria remonta ao tempo dos arameus e assírios, marcada pela rivalidade de Mesopotâmia e Egito. Ocupada pelos persas, e conquistada por Alexandre III da Macedônia, a Síria acabou se convertendo
em província romana no século I a.C. Depois se transformou num dos
focos mais importantes da civilização árabe.
Em 1516, a Síria passou a fazer parte do Império Otomano, até 1918. Com
o fim da Primeira Guerra Mundial, o país foi dividido em duas partes: Síria e
Líbano, sob o mandato francês, enquanto a Palestina, Israel, Jordânia e Iraque
ficaram sob o mandato britânico. O país conseguiu a independência em 1946,
enfrentando a guerra com Israel, em 1948. Em 1958, se uniu ao Egito, para formar a RAU – República Árabe Unida, da qual se separou em 1961, para converter-se na República Síria.
Aliando-se novamente ao Egito, o país viu-se envolvido na Guerra
dos Seis Dias, em 1967. E na Guerra do Yom Kippur, ao atacar Israel, em
1973. Nas últimas décadas, a Síria se envolveu em difíceis relações com
Israel, ao controlar militarmente o norte do Líbano, afirmando sua oposição aos planos de paz dos Estados Unidos para o Oriente Médio. Em 1991,
participou do processo de paz em Madrid.
A economia da Síria é diversificada, baseada na agricultura (algodão,
frutas, azeitonas), na pecuária (bovinos, ovinos, caprinos), na indústria
(química, petróleo, carvão, têxteis) e na produção de energia. A cidade
antiga de Damasco, patrimônio da UNESCO, abrange o souk (gigantesco
mercado) que faz crescer o turismo com outras atrações culturais e arqui234
Grandes colunas da cidade-oásis de Palmyra
Tumba de São João Batista, Mesquita dos Omídas, Damasco
235
principal cidade turca, encontra-se entre a Trácia (europeia) e a Anatólia
(asiática), como única cidade do mundo dividida entre dois continentes.
Na economia do país, têm papel preponderante a indústria, comércio, bancos, transporte, comunicações e o setor agrícola, responsável por
grande parte dos empregos.
Turquia
República da Turquia é um país euroasiático, constituído pela
Trácia (parte europeia) e pela Anatólia (parte asiática), limitado pela
Bulgária, Grécia, Geórgia, Armênia, Irã, Iraque e Síria, banhado pelo Mar
Negro, Mar Egeu e pelo Mediterrâneo.
Sua capital é Ancara.
A parte asiática, Anatólia, devido a sua posição estratégica entre Ásia
e Europa, foi o berço de diversas civilizações, desde os tempos pré-históricos. Ali se falavam diversas línguas indo-europeias e semíticas, dentre
os povos que passavam pela região, como hititas, frígios, celtas, curdos,
armênios, persas, gregos...
Na constituição do Império Otomano, no final do século XVI, Anatólia
estava incluída entre os Bálcãs, o norte da África, o Oriente Médio, a Europa
Oriental, o Cáucaso, com uma descomunal área onde os otomanos interagiram com diversas culturas ao longo de seis séculos de história. Durante o
período de 1299 a 1922, foi um dos mais poderosos impérios do mundo,
enfrentando outras potências da Europa Oriental, com uma forte marinha
no Mediterrâneo. Grandes coalizões, no entanto, levaram o império a progressivo declínio. Sua capital era Constantinopla (atual Istambul), tomada
do Império Bizantino, em 1453.
Ao lado dos alemães, os otomanos foram derrotados no final da Primeira
Guerra Mundial. Potências europeias procuraram partilhar o Império e a
ocupação grega levou os turcos a se mobilizar no que viria a transformar-se
na Guerra de Independência Turca. Após a expulsão de forças estrangeiras, a
Grande Assembleia Turca aboliu o cargo de Sultão, acabando com o domínio
otomano, transformando-o na República Turca, em 1923, sob a presidência
de Mustafá Kemal, conhecido como Atatürk – pai dos turcos.
Na Segunda Guerra Mundial, a Turquia esteve ao lado dos Aliados, tornando-se membro das Nações Unidas. Em 1952, o país aderiu à OTAN. Está
em processo de negociação para ser membro da União Europeia. Istambul, a
236
Igreja Hagia Sophia (hoje museu), em Ancara
Monter Ararat, ponto mais alto da Turquia
237
China
República Popular da China é um país da Ásia Oriental, limitado
pela Mongólia, Rússia, Coreia do Norte, Vietnã, Laos, Myanmar, Índia,
Butão, Nepal, Paquistão, Afeganistão, Tadjiquistão, Quirguistão e
Cazaquistão.
Sua capital é Pequim.
A China foi governada por uma sucessão de dinastias, a partir de
2.000 a.C. As quatro últimas dinastias contribuíram para o desenvolvimento da China:
Dinastia Sung (de 960 a 1275) – Quando as artes passaram a refletir
a moral do país.
Dinastia Yuan (até 1368) – Fundada por Kublay Khan, neto de
Genghis Khan. Época em que o filósofo Confúcio defendeu que a natureza do homem é boa, embora corrompida pelo uso indevido do poder.
Dinastia Ming (até 1644) – Reconstrução da Muralha da China,
levantada antes do século III a.C. Expansão do território chinês para
Manchúria, Indochina e Mongólia.
Dinastia Qing (até 1912) – Foi o último regime feudal ditatorial.
Sun Yat-sen fundou a “Sociedade para Regeneração da China” contra a Dinastia Qing, em 1894, para instalar um governo democrático no
país, o que aconteceu em 1911, ao ser designado presidente provisório da
nova República da China.
Na mesma época, o jovem Mao Tse-tung alistou-se como soldado no
exército revolucionário e, em 1921, participou da fundação do Partido
Comunista Chinês. Em 1927, Chiang Kai-shek assumiu o poder e se voltou contra os comunistas. Dez anos depois, os japoneses invadem a
China e tem início a Segunda Guerra Mundial, na Ásia. Em 1945, Mao
Tse-tung é confirmado chefe do partido comunista. Com o fim da guerra, em 1946, estoura uma guerra civil entre comunistas e nacionalistas.
Os comunistas vencem. E os nacionalistas, liderados pelo General
238
Chiang Kai-chek, recuam para a ilha de Taiwan, enquanto Mao Tse-tung
proclama, em Pequim, a República Popular da China. Na luta pelo poder
dentro do partido, Mao lançou a Revolução Cultural, em 1966. E temendo
a ruptura sino-soviética, estabeleceu, em 1972, relações com os Estados
Unidos, levando a República Popular da China a aderir às Nações Unidas.
Após a morte de Mao Tse-tung, em 1976, Deng Xiaoping levou o país
a implementar grandes reformas econômicas, marcando a mudança da
China para um mercado crescente e livre. A partir de 1984, o povo chinês
passou a exigir maiores direitos de liberdade de expressão. E, em 2001,
China e Rússia assinaram o Tratado de Boa Vizinhança e Cooperação.
A economia chinesa tem alto nível em exportações sendo, atualmente, um dos melhores locais do mundo para investimentos estrangeiros.
Templo Imperial dos Céus, em Pequim,
e a Grande Muralha da China
239
com economias asiáticas. Extremamente pequeno, sem recursos naturais e
sem espaço para agricultura, é forte na atividade pesqueira. A principal economia de Cingapura é a economia de mercado, baseada no capitalismo
financeiro e industrial.
Cingapura
República de Cingapura é um país do Sudoeste Asiático, que ocupa
uma ilha principal e 50 pequenas ilhas secundárias no extremo sul da
Península Malaia, separado da Malásia por um estreito canal. E da
Indonésia, pelo estreito de Malaca.
Sua capital é Cingapura.
O nome Cingapura significa cidade do leão. Conta a lenda malaia, que
um príncipe Sumatra encontrou um leão em Temasek e lhe ordenou que
encontrasse Cingapura, ou a “cidade do leão”. No passado, a ilha ao sul da
Malásia sempre foi importante empório comercial para diversos reinos
marítimos. Graças à sua localização estratégica, junto ao estreito de
Malaca, a ilha era ocupada por hindus e javaneses. No século XVI,
Cingapura esteve nas mãos do Sultão Johore, nome dado ao estreito canal
que separa Cingapura da Malásia.
Thomas Stamford Raffles, da Companhia Britânica das Ilhas
Orientais, desembarcou na ilha em 1819, é considerado fundador da
Cingapura moderna. Inicialmente, ele comprou o porto comercial de
Cingapura do Sultão Johore. Mais tarde, em 1924, Raffles comprou toda a
ilha. A partir de então, Cingapura passou a ser o local britânico de referência em todo o Sudoeste Asiático, importante porto para o comércio
inglês e porta de acesso ao Extremo Oriente. Em 1942, a ilha foi invadida
pelos japoneses que lá ficaram até o final da Segunda Guerra Mundial,
quando voltou ao domínio britânico, ocasião em que alcançou sua autonomia e entrou na Commonwealth. Um movimento separatista levou o país a se
integrar na Federação da Malásia, em 1963, mas por pouco tempo. Em
agosto de 1965, transformou-se na independente República de Cingapura.
Atualmente, é uma abastada capital financeira e de negócios, símbolo
da prosperidade dos “tigres asiáticos”, com um dos portos mais movimentados do mundo. O país faz parte da APEC (Asia Pacific Economic Cooperation),
que tem por objetivo transformar o Pacífico numa área de livre comércio
240
Mesquita do Sultão, a maior de Cingapura
Belíssimo e movimentado Clifford Píer, porto de Cingapura
241
Hong Kong
Hong Kong é uma Região Administrativa Especial da República Popular
da China, localizada no sul do país e cercado pelo Mar da China Meridional.
Sua capital é o Distrito Central e Ocidental.
Habitantes da região datam da pré-história de 10.000 a.C. Durante a
Dinastia Qui, 221-206 a.C, a região foi incorporada ao Império Chinês, servindo de porto nas dinastias Tang e Song. O primeiro visitante europeu foi
o português Jorge Álvares, chegando ao sul da China, em 1513, estabelecendo benfeitorias na cidade vizinha, Guangzhou. Após a Primeira Guerra
do Ópio (1839-1842), a ilha de Hong Kong se tornou colônia do Reino
Unido. Em 1898, a China entregou Hong Kong por um prazo de 99 anos. A
nova colônia britânica passou a ser importante centro de comércio.
Com o estabelecimento da nova República da China, em 1912, Hong
Kong serviu de refúgio para opositores ao regime democrático. Entre 1915
e 1927, o regime proibiu o acesso de navios ingleses aos portos do sul da
China, comprometendo o comércio de Hong Kong. O relacionamento
entre a China e o Japão acabou na década de 30, com a Guerra SinoJaponesa. Na Segunda Guerra Mundial, após muitos dias de combates,
em 1941, os japoneses conquistaram Hong Kong, ocupando a ilha até
1945, quando da rendição incondicional do Japão.
Após a guerra, os britânicos reocuparam a ilha, com crescimento do
grande centro comercial da Ásia. Hong Kong tornou-se o maior porto de
mercadorias mundial. Em 1950, durante a Guerra da Coreia, a atividade
comercial de Hong Kong foi grandemente afetada, com os Estados
Unidos boicotando o comércio com a China comunista.
Hong Kong passou a desenvolver sua indústria, utilizando a mão-deobra barata dos refugiados na região. Com uma política liberal, atraiu
muitos investidores estrangeiros, enriquecendo a produção industrial.
Crescimento que desencadeou motins de trabalhadores, devido aos baixos salários. A restauração da estabilidade aconteceu nos anos 70, com o
242
governo lançando uma legislação laboral, aumentando as habitações e
investindo em obras públicas,
Após conversações entre a China e o Reino Unido, sobre a devolução
da soberania sobre Hong Kong, o acordo assinado em Pequim, em 1984,
levou a China a tomar conta do território a partir de 1997, após 156 anos
de administração colonial britânica.
Hong Kong é um dos maiores centros financeiros do mundo, com o
maior porto de entrada da China. Faz parte da APEC (Asia-Pacific Economic
Cooperation), bloco econômico para transformar o Pacífico numa área de livre
comércio que engloba as economias asiáticas, americanas e da Oceania.
Grandioso conjunto central de Skylines em Hong Kong
Conselho Legislativo na cidade de Hong Kong
243
Japão
Japão é um país insular da Ásia Oriental. Um arquipélago de muitas
ilhas, sendo as quatro maiores Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku, localizadas no Oceano Pacífico, Mar do Japão, Mar da China e Mar de Okhotsk.
Sua capital é Tóquio (Tokyo).
Arqueólogos acreditam que o primeiro povo no arquipélago, vindo
do continente através de istmos, é de 35 mil anos passados. Os nômades
Jamon foram os primeiros a desenvolver agricultura e criação de animais,
seguido dos Yayoi, entre 250 a.C e 250, trazendo a cultura do arroz e irrigação, da Coreia e da China.
O período monárquico teve início no século VI a.C, com a mesma
família mantendo-se de forma contínua no trono. O Japão foi unificado no
século IV pelo povo Yamato, com a conquista da península da Coreia. A
competição por cargos no governo enfraqueceu o domínio japonês sobre
a Coreia, de onde veio o budismo, em 552, servindo de arma política contra o crescente poder dos sacerdotes. Em 710, a capital japonesa Nara era
uma réplica da capital chinesa, dando início a uma cultura e tecnologia
chinesa com influência do budismo e criação de templos.
Com a transferência da capital para Heian-kio, atual Kioto, houve o
rompimento do imperador com os monges budistas. A escrita japonesa foi
estabelecida num período de paz, surgindo os samurais como guardas da
corte. Disputas entre os clãs guerreiros, Taira no Kiyomori e Minamoto no
Yoritomo, levaram a uma guerra civil até 1185, com ascensão de Minamoto,
estabelecendo o governo xogunato, uma ditadura militar feudal. O surgimento dos daimyo levou a Guerra Onin (1467-77) dando fim ao modelo xogunato.
A autoridade absoluta dos daimyos em seus domínios deu início a um
novo período de guerras (1550-60). Foi durante o século XVI que comerciantes e missionários portugueses chegaram ao Japão, praticando o
comércio e a evangelização. Após a Batalha de Sekigahara, em 1603, o líder
244
Tokugawa fundou um novo xogunato com a capital em Edo, atual Tóquio,
e expulsou os portugueses e outros estrangeiros, perseguindo os católicos.
O Japão ficou isolado por 250 anos, até a chegada de navios americanos, em 1854, exigindo a abertura do país ao comércio e revelando o atraso do xogunato. O país passou por um período de desenvolvimento econômico e de expansionismo com as vitórias nas guerras, sino-japonesa (189495) e russo-japonesa (1904-05). Depois, por um período de isolamento
comercial imposto pelos Estados Unidos, afastando o país do Ocidente.
Em 1936, o Japão aliou-se à Alemanha e à Itália, na Segunda Guerra
Mundial, invadindo a Manchúria e atacando a base americana em Pearl
Harbour. O reconhecimento da derrota na guerra veio após os bombardeios a Hiroshima e Nagazaki. Após a guerra, o Japão voltou a crescer
desde a promulgação de sua nova Constituição, em 1947, transformandose na segunda maior economia do mundo.
Santurário de Itsukushima, no Japão
Distrito de Minato Mirai (setor de serviços), em Yokohama
245
Rússia
Federação Russa é uma nação transcontinental, ocupando parte da
Ásia e da Europa, limitada pela Noruega, Finlândia, Estônia, Letônia,
Bielorrúsia, Lituânia, Polônia, Ucrânia, Geórgia, Azerbaijão, Casaquistão,
China, Mongólia e Coreia do Norte, banhada pelo Oceano Glacial Ártico,
Mar de Barents, Mar de Bering e Mar Okhotsk.
Sua capital é Moscou.
Entre os séculos X e XI, o principado de Kiev, hoje grande parte dos países eslavos, era um dos mais prósperos países da Europa, devido ao comércio
com a Ásia. Os estados medievais de Novgorod e Vladimir-Súzdal emergiram
como sucessores do antigo Kiev, junto ao Rio Volga, de grande influência nos
negócios. Muitos territórios da Eurásia foram invadidos pelos tártaros em
busca do ouro, pilhando e dividindo os principados russos durante mais de
dois séculos. Moscovo volta a recuperar seus territórios no início do século
XVI, passando a ser capital de um principado: Grão-Ducado de Moscovo.
Em 1546, Ivan, o Terrível, foi oficialmente coroado como o primeiro
czar da Rússia, criando um país multicultural e multireligioso. Sua campanha de boa governança ficou, no entanto, manchada pela sua excessiva
crueldade. Em 1617, a Dinastia Romanov inicia o grande processo de
imperialização da Rússia, com o Czar Pedro I, o Grande, derrotando a
Suécia na Grande Guerra do Norte, ampliando territórios. A nova capital
recebe o nome de São Petersburgo, em sua homenagem.
Em 1812, ao tentar invadir Moscou, Napoleão Bonaparte encontra a cidade vazia (armadilha dos russos) e se vê forçado a abandoná-la, perdendo
quase todo o seu exército pelo frio e falta de recursos. No século XIX, com
Nicolau I, a Rússia começa a declinar em relação à Europa. Sucessivas derrotas levaram à instabilidade e ao descrédito em relação ao poder dos czares.
Camponeses pobres e sem terras, o descontentamento, a deterioração da economia, levaram à Revolta de 1905, conhecida como “Domingo Sangrento”.
246
Era o início de mudanças sociais que culminaram com a Revolução
de 1917 e abdicação de Nicolau II, transferindo o poder do czar para um
regime de aspecto marxista. O marco da revolução foi a invasão ao Palácio
de Inverno, liderada por Vladimir Lenin. Erradicando o capitalismo e
repartindo o antigo império em repúblicas socialistas, em 1922, nascia a
URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, tendo como primeiro líder comunista Vladimir Ilitch Lenin.
Após a morte de Lenin, em 1924, surge Josef Stalin, que passa do
comunismo moderado ao comunismo ditatorial. Na Segunda Guerra
Mundial, Stalin vence as tropas alemãs, com terríveis baixas dentro do
território soviético, destacando-se a grande Batalha de Stalingrado. O
novo presidente, Nikita Khrushchev, lança a URSS na aventura espacial,
com Iuri Gagárin sendo o primeiro ser humano a realizar uma órbita completa à volta da terra, em 1961.
Catedral da Assunção e torre do sino de Ivan, o Grande
247
Tailândia
Reino da Tailândia é um país asiático, dividido entre a Indochina e
a península Malaia, limitado pelo Laos, Camboja, Malásia e Mianmar,
antiga Birmânia.
Sua capital é Bangcoc (Bangkok).
A região tailandesa, antiga Sião, tem sido habitada desde o período
Paleolítico, passando por diversos impérios e reinos, até surgir o primeiro Estado Siamês, considerado como Reino Budista de Sukhothai, fundado em 1238. Um século depois, em 1350, o Reino de Ayutthaya assume o
poder, até a invasão dos birmaneses em 1767. A atual história da Tailândia
começou em seguida, ao ser estabelecida a cidade de Bangcoc como capital do
Reino do Sião, em 1782, quando países da Europa procuravam se aproximar
para o comércio. Apesar da pressão europeia, a Tailândia nunca foi colonizada
pelos europeus. No século XIX, a Tailândia precisou enfrentar a influência ocidental com algumas concessões, como a perda da região do Mekong, para os
franceses, e ThaiYai, atual Birmânia, para os ingleses.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Tailândia aliou-se ao Japão. E ao
terminar a guerra, aliou-se aos Estados Unidos. O país passou por décadas
difíceis, com transgressões políticas e regimes militares, procurando sempre a estabilidade democrática. Como monarquia constitucional, o primeiro-ministro é o chefe de governo e o monarca é o chefe do Estado. A
Tailândia faz parte da APEC (Asia Pacific Economic Cooperation), que tem por
objetivo transformar o Pacífico numa área de livre comércio com economias
asiáticas. Embora tenha sofrido uma crise em 1997, dois anos depois o país
voltou a crescer, sendo o maior exportador de arroz do mundo.
Na economia é forte, também, no cultivo da cana-de-açúcar.
E o turismo tem crescido, graças às belezas naturais da Tailândia e a
riqueza de seus templos budistas.
248
Templo do Buda Esmeralda, com seus exóticos telhados, em Bangcoc
Torre dourada do Templo de Buda, em Bangcoc, capital da Tailândia
249
tem procurado aumentar contatos com a China continental, melhorando
as relações entre as duas margens do Estreito de Taiwan.
A República da China faz parte da APEC (Asia-Pacific Economic
Corporation), que tem por objetivo transformar o Pacífico numa área de
livre comércio entre economias asiáticas, americanas e da Oceania.
Taiwan (Formosa)
República da China, também conhecida como Taiwan ou Formosa,
é um país insular no Extremo Oriente, banhado pelo Mar da China e
Oceano Índico, separado da China continental pelo Estreito de Taiwan.
Sua capital é Taipei (Taipe).
Os portugueses foram os primeiros a colonizarem a ilha de Taiwan,
dando-lhe o nome de Formosa. Depois vieram os espanhóis, os holandeses
e, mais tarde, os chineses, até 1895. Derrotados pelos japoneses na guerra
sino-japonesa, a ilha foi anexada ao Japão até a Segunda Guerra Mundial,
quando retornou ao controle da China continental. Em 1947, estourou a
guerra civil entre os nacionalistas do partido Kuomintang, comandado pelo
General Chiang Kai-shek, e as forças comunistas de Mao Tse-tung.
Dois anos depois, após a derrota das forças nacionalistas, o líder
Chiang Kai-shek e os nacionalistas refugiam-se na ilha de Taiwan, onde
estabeleceram o governo da República da China. Com as relações de Mao
Tse-tung, presidente da República Popular da China, estabelecidas com
as Nações Unidas, em 1971, Taiwan perdeu a representação no Conselho
Permanente da ONU.
O regime de Chiang Kai-shek foi autoritário, sob ameaças constantes
da República Popular da China, que via a ilha como uma província rebelde. E a ilha passou a viver um crescimento intenso, impulsionado pela
reforma agrária, levando a República da China a ser considerada, por
muitos países do mundo, como a verdadeira “China livre”. Após a morte
de Chiang Kai-shek, em 1975, seu filho, Chiang Ching-kuo impulsionou
grandes reformas democráticas e acelerou o desenvolvimento econômico,
levando Taiwan a ser um dos territórios mais industrializados da Ásia.
Com a morte de Chiang Ching-kuo, em 1988, o sucessor Lee Tenghui aprofundou ainda mais as reformas democráticas, sendo reeleito nas
primeiras eleições presidenciais de Taiwan, em 1996. Atualmente, o país
250
Entrada do Grande Hotel Madame Chiang Kai-Shek, em Taipei
Panorama noturno da capital Taipei
251
Afeganistão
República Islâmica do Afeganistão é um país no Centro da Ásia,
limitado pelo Paquistão, Irã, Turcomenistão, Uzbequistão, Tadjiquistão e
pela China.
Sua capital é Cabul.
A região onde fica o Afeganistão foi de constantes guerras, desde a
antiguidade, por elementos das culturas hindu, grega e persa. Ao longo de
sua história, foram diversos os invasores e conquistadores na região, cujo
nome afgán + islãn significa “terra dos afegãos”.
Um dos impérios foi o Durrani, fundado em 1747, que cedeu parte do
território a países vizinhos. No século XIX, o Afeganistão viu-se envolvido entre o Império Britânico e o Império Russo, recuperando a independência do Reino Unido após a terceira Guerra Anglo-Afegã, em 1919.
A partir de 1970, o país vem sofrendo constantes guerras civis e intervenções estrangeiras, como a invasão soviética em 1979. Lutas subsequentes entre várias facções permitiram que forças talibãs, em 1996, derrubassem o presidente e capturassem a capital Cabul, passando a controlar o país, mudando o nome de Estado Islâmico para Emirado Islâmico do
Afeganistão. Em resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro de
2001 que, dentre outros pontos, atingiram as Torres Gêmeas do WTC, em
Nova York, os Estados Unidos e forças aliadas lançaram uma campanha
militar composta por tropas da OTAN, derrubando o regime dos talibãs.
O atual presidente da República Islâmica do Afeganistão, Hamid
Karzai, foi escolhido pelo governo dos EUA para reconstruir a infraestrutura do país em busca de reforços internacionais, contando com a
formação da AAI – Autoridade Afegã Interina, resultante do acordo de
Bona, em dezembro de 2001.
A economia do Afeganistão depende muito da agricultura, principalmente da papoula e da criação de gado.
252
Estátua de Buda com 52 metros, em Bamian
Passagem Salaang, a 3.240 metros
Mesquita de Mazar-I-Sherif, em Cabul, capital do Afeganistão
253
Índia
República da Índia é um país federal sul asiático, limitado pelo
Paquistão, China, Nepal, Butão, Mianmar e Bangladesh, com costas para
o Oceano Índico, Mar Arábico e Golfo de Bengala.
Sua capital é Nova Deli.
A história da Índia remonta a mais de 9 mil anos, como Berço da
Civilização do Vale Indo. Diversas religiões do mundo, hinduísmo, jainismo, sikhismo e budismo ali se originaram. Depois vieram o zoroastrismo,
judaísmo, cristianismo e islamismo, dando forma à diversidade cultural
da região. Reinos, impérios e dinastias foram estabelecidos ao longo dos
séculos, até a dinastia de Gupta no século terceiro d.C., período considerado pelos antigos como “Idade dourada da Índia”.
Após incursões de árabes e centro-asiáticos nos séculos VIII e XIII,
vieram os comerciantes da Europa. Em 1757, a Companhia Inglesa das
Índias Orientais deu início à colonização de parte da Índia, com a Coroa
Britânica assumindo o total controle político. Nas duas guerras mundiais,
tropas indianas, incluídas no exército britânico, desempenharam importante e vital papel.
Com a resistência não-violenta ao colonialismo britânico, chefiada
por Mahatma Gandhi, a Índia conseguiu a independência do Reino
Unido, em 1947. E o subcontinente foi partilhado entre a República da
Índia e a República Islâmica do Paquistão.
A Índia é o segundo país do mundo em população. A economia da
Índia é forte na exportação de produtos cultivados como chá, algodão,
trigo, arroz, tabaco. O país tem o segundo maior rebanho bovino do
mundo, perdendo apenas para o Brasil. Forte também no turismo, com o
território formado pela cadeia montanhosa do Himalaia no extremo
norte, conta também com o grande e famoso Rio Ganges.
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O suntuoso Taj-Mahal, em Agra
Imponente Forte Vermelho, na cidade de Agra
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Nepal
República Democrática Federal do Nepal é um país asiático limitado
pela China (Tibete) e pela Índia. O país é costeado pelas altas montanhas do
Himalaia, onde se encontra o Monte Everest, o ponto mais alto da Terra.
Sua capital é Katmandu.
No vale onde se encontra o Nepal, houve a invasão dos povos kirati,
no século VIII a.C., que fundaram um reino governado por muitos monarcas. Depois vieram os lichhavis da Índia, reinando do século IV ao VII d.C.,
até a chegada dos takuris. Do século XIII ao XVIII, o país esteve sob o
poder dos mallas, consolidando a hegemonia do Nepal. E em meados do
século XIX, o país passou a ser governado pelos Rana, até 1940, quando
uma revolta popular acabou com a ditadura.
Em 1955, o Nepal ingressa na Organização das Nações Unidas (ONU)
e, em 1959, promulga uma nova Constituição com as primeiras eleições do
país, vencendo o Partido do Congresso. A democracia não vai longe, com o
monarca declarando ineficaz o sistema parlamentar e proclamando um
sistema sem partidos políticos. Uma consulta popular, em 1980, ratifica o
poder do rei, desprezando a democracia parlamentar. Um movimento contrário à monarquia absoluta, em 1990, leva o Rei Biranda a concordar com
grandes reformas políticas, criando uma monarquia parlamentar, sendo o
rei chefe de Estado e um primeiro-ministro o chefe do governo.
Novas mudanças foram feitas, em abril de 2006, com o rei sendo forçado a deixar o poder. Rebeldes maoístas, integrando o Partido Comunista
do Nepal, se juntaram ao governo provisório do país. Depois de um acordo, em 23 de dezembro de 2007, uma minoria do conjunto constituinte
votou pela abolição da única monarquia hinduísta do mundo e fez nascer,
em 25 de maio de 2008, a República Democrática Federal do Nepal.
O Nepal conta com uma das maiores diversidades de flora do planeta, embora seja uma nação pobre. A economia do país é baseada na agricultura, principalmente no cultivo do arroz, e no turismo.
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Torre Mahaboudha, em terracota
Parque de Sagarmatha e Monte Ama Dablam, Himalaia
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Paquistão
República Islâmica do Paquistão é um país do sul da Ásia e do
Oriente Médio, limitado pelo Irã, Afeganistão, China e Índia, banhado
pelo Mar Arábico.
Sua capital é Islamabad. E a maior cidade é Karachi.
O vocábulo pak, em persa, significa “puro”. Paquistão: “Terra dos Puros”.
No passado, a região foi invadida por persas, gregos, árabes, afegãos, turcos
e mongois, até ser incorporada à Índia Britânica. O Domínio do Paquistão foi
fundado em 1947, como dois territórios: muçulmano e hindu. A partilha da
Índia Britânica levou milhões de muçulmanos para o Paquistão, enquanto
milhões de hindus foram para a Índia. A Comunidade Britânica de Nações
dominou o Paquistão até 1956, quando foi declarada a República.
Com um golpe de estado, Ayub Khan presidiu o país até 1969, sendo
substituído por Yahya Khan, até 1971, ano em que discordâncias econômicas e políticas no Paquistão Oriental levaram a uma guerra civil, conhecida como Guerra da Independência de Bangladesh. A partir de 1972, o
país voltou a ser governado por civis, sob a chefia de Zulfikar Ali Bhutto,
até ser sentenciado à pena de morte, em 1977. O país passou ao regime
militar, sob a presidência do general Zia-al-Hag. Com a morte de Zia num
acidente aéreo em 1988, Benzanir Bhutto, filha de Zulfikar, foi eleita primeira-ministra do Paquistão. Foi a única mulher a ocupar tal posição.
A situação política e econômica piorou na década seguinte e o país
passou por tensões militares com a Índia durante o Conflito de Kargil.
Nos anos seguintes, aconteceram golpes de estado e mudanças de governo até as eleições legislativas de 2002, com a Liga Muçulmana do
Paquistão ganhando a maioria dos assentos na Assembleia Nacional. Em
2007, o país passou por momentos de instabilidade, com o assassinato de
Benazir Bhutto. E, em 2008, após eleições indiretas, Adif Ali Zardari,
viúvo de Benzanir Bhutto, assumiu a presidência do Paquistão.
Membro das Nações Unidas, da Organização Mundial e Grupo dos
77, o Paquistão é uma potência nuclear.
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Mausoléu Quaid-e-Azam, em Karachi
Mausoléu de Shad Abdul Lafif Bhatai
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Bangladesh
República Popular do Bangladesh é um país da Ásia Meridional,
com fronteira quase total com a Índia e uma parte com Mianmar, banhado pelo Golfo de Bengala.
Sua capital é Daca.
Localizado na região de Bengala, no passado o país foi ocupado por
mosteiros budistas.
Adotando o islamismo desde o século XIII, a região prosperou durante o século XVI como parte do Império Mongol.
No século XV a região foi descoberta por navegadores europeus. E
finalmente dominada pela Companhia Britânica das Índias Orientais, 300
anos depois.
Após a independência da Índia, em 1947, as regiões do subcontinente majoritariamente ocupadas por muçulmanos foram separadas em um
novo país, o Paquistão, formado por dois territórios, Paquistão Oriental
(hoje Bangladesh) e Paquistão Ocidental (hoje Paquistão).
O país tornou-se independente, em 1971, após a Guerra de Libertação
contra as forças do Paquistão.
Bangladesh é cortado por importantes rios que deságuam no Golfo
de Bengala, como o Ganges, o Brahmaputra e o Meghna, vindos da Índia.
O presidente da República Popular do Bangladesh é eleito para mandatos de cinco anos, cabendo a ele nomear o primeiro-ministro.
A economia do país repousa no desenvolvimento da agricultura,
principalmente no cultivo industrial do arroz. A criação de gado também
é abundante.
Tributo aos mártires da Guerra da Independência de Bangladesh
Forte Lalbagh, construção do século VII, em Daca
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261
A economia de Sri Lanka repousa, principalmente, no cultivo do chá,
como maior exportador mundial, bem como em outros produtos primários, como grafite, têxteis, coco e borracha.
Sri Lanka
Sri Lanka, antigo Ceilão, é um país da Ásia Meridional localizado no
extremo sul do subcontinente indiano, separado pelo Estreito de Palk,
banhado pelo Golfo de Bengala e Oceano Índico.
Sua capital é Kotte, subúrbio da antiga capital Colombo.
A história do Sri Lanka demanda do século VI a.C. quando da invasão cingalesa à ilha, então ocupada pelos Vedas. No século III a.C. cingaleses se converteram ao budismo, transformando a ilha num centro de
estudos budista. No século III começaram a chegar os tamis, gerando
seguidas guerras com os cingaleses.
Parte da ilha foi controlada por príncipes de origem tâmil até o século XII, quando o rei cingalês Prakrama Bahu derrotou os tamis, unificando
a ilha sob seu governo. No século XV a ilha foi atacada pela China, e
durante 30 anos os reis locais prestaram tributo ao imperador chinês.
Os primeiros europeus a chegarem à ilha foram os portugueses, em
1505, sob comando de Dom Lourenço de Almeida. Eles foram controlando
as áreas costeiras e fundaram a cidade de Colombo, em 1517. Assinaram um
tratado com o reino de Cota e o Ceilão Português ocupou a cidade Kotte,
como capital. Em 1565, a capital foi transferida para Colombo. A introdução do cristianismo pelos portugueses gerou atritos com os budistas que,
em sua luta pela libertação, procuraram o apoio do Império Holandês. Os
ataques holandeses começaram em 1638. Colombo foi tomada, em 1656, e
os portugueses expulsos depois de 153 anos no poder.
O Reino Unido, durante as Guerras Napoleônicas, temendo que a
França viesse a controlar a ilha conhecida como Ceylon, ocuparam-na em
1796. Em 1802 a ilha passou a fazer parte da Grã-Bretanha, como colônia real.
Os ingleses introduziram o cultivo do chá. Para tanto, importaram muitos
trabalhadores tamis do sul da Índia, criando rivalidade com os cingaleses e
com os mestiços holandeses, conhecidos como burghers. O Ceilão tornou-se
independente, em 1948, quando o país passou a se denominar Sri Lanka.
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Templo de Dente, importante centro budista no Sri Lanka
World Trade Center em Colombo, Sri Lanka
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A mineração é a principal economia da Austrália, com a bauxita,
chumbo, níquel, além de ouro, prata e diamantes. Forte, também, é a
exportação de lã. Outra fonte econômica é o turismo, uma vez que o país
é santuário de espécies exóticas, como o canguru e o coala, e conta com
cidades belíssimas, a exemplo de Sidney e sua magnífica Opera House.
Austrália
Comunidade da Austrália é um país do Hemisfério Sul no continente-ilha da Oceania, banhado pelo Oceano Índico, Mar de Timor, Mar
de Arafura, Mar dos Corais e Mar da Tasmânia, separado da ilha da
Tasmânia pelo Estreito de Bass.
Sua capital é Canberra.
Habitada há mais de 40 mil anos por aborígenes, somente em 1770
iniciou-se sua colonização por europeus. Uma expedição científica,
comandada pelo capitão inglês James Cook, desembarcou na costa leste
australiana, para desbravar um continente desconhecido que não constava do mapa-múndi da época. O território foi proclamado como posse
inglesa, recebendo o nome de New South Wales – Nova Gales do Sul.
O objetivo inicial da Inglaterra era esvaziar as cadeias, levando os
condenados a cumprir pena naquele solo distante. Uma vez finda a punição, cada apenado recebia uma pequena parcela de terra, concordando em
não manter mestiços nelas. O “novo” continente passou a receber imigrantes, não apenas ingleses. E o processo de colonização europeia foi
crescendo de forma efetiva e duradoura.
O explorador britânico Matthew Flinders deu o nome para o território de Terra Australis. Mais tarde, em 1804, ele renomeou para Austrália. Em
1824, o continente passou a ser conhecido oficialmente como Commonwealth
of Australia – Comunidade da Austrália. O país tornou-se independente do
Império Britânico, em 1942, mas faz parte do Commonwealth – Comunidade
Britânica das Nações. Como monarquia constitucional, a Austrália conta
com um primeiro-ministro, mas o Chefe de Estado é a Rainha Elisabeth, da
Inglaterra, representada pelo governador geral australiano.
O país faz parte da APEC (Asia Pacific Economic Cooperation), que tem
por objetivo principal a cooperação comercial e econômica com os países
membros, efetuando negócios entre si e transformar o Pacífico numa área
de livre comércio.
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Opera House, em Sidney, sedia inúmeras atividades artísticas
Sidney, vista da Ponte Pylon, junto ao porto
265
do arquipélago do tratado ANZUS. A Nova Zelândia é uma monarquia
continental, tendo como Chefe de Estado a Rainha Elisabeth, da
Inglaterra, representada pela Governadora-Geral, Silvia Cartwright.
A economia da Nova Zelândia, um país moderno e industrializado, é
forte na exportação de produtos agrícolas, de horticultura, pesca e silvicultura, e situa-se entre os dez maiores produtores mundiais de lã. Além
disso, o país tem investido bastante no turismo, aproveitando-se das
belas paisagens naturais e da cultura Maori.
Nova Zelândia
Nova Zelândia é um país no sudoeste do Oceano Pacífico, formado
por duas ilhas conhecidas como Ilha Norte e Ilha Sul, separadas pelo
Estreito Cook. Bem ao sul está a Ilha Stewart.
Sua capital é Wellington.
No passado, apenas os indígenas Maori, de origem Polinésia, ocuparam aquele arquipélago. E costumavam chamar Nova Zelândia de
Aotearoa, que significa “A terra de longa nuvem branca”. O primeiro grupo
de europeus a chegar à costa ocidental das ilhas foi comandado pelo neerlandês Abel Tarman, em 1642. O inglês James Cook veio, em 1769, denominando as ilhas como New Zealand.
A evangelização, por missionários britânicos, católicos e protestantes, veio em seguida, quando o Reino Unido passou a organizar a colonização do arquipélago, a partir de 1838, impondo soberania aos chefes das
tribos Maori, mas garantindo usufruto de suas terras. A colonização acabou provocando guerras Maoris, entre 1843 até 1870, quando o país buscava a prosperidade com a descoberta do ouro, bem como a exportação de
carnes e produtos lácteos para a Europa.
Em 1907, a Nova Zelândia tornou-se independente. Os neozelandeses
participaram ativamente da Primeira e da Segunda Guerra Mundial,
sofrendo graves perdas, mas sabendo restabelecer a prosperidade. Após a
derrota japonesa, em 1945, a Nova Zelândia passou a ser parceira na Ásia
do Sudoeste e do Pacífico, assinando, com a Austrália e os Estados Unidos,
em 1951, o tratado ANZUS – Australia/New Zeland/United States, uma
aliança militar tripartite defensiva do Pacífico Sul.
A luta pelo poder levou os partidos, nacional e trabalhista, a conduzirem políticas de grandes aberturas de mercado, nos plano nacional e
internacional. Em 1986, em protesto contra a “nuclearização” da região,
foi interditado o acesso, aos portos neozelandeses, de navios americanos
portadores de armas atômicas ou de propulsão nuclear, além da exclusão
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Westhaven, em Auckland, grande porto de iates
Auckland junto ao mar, a maior cidade da Nova Zelândia
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Tasmânia
Tasmânia é uma ilha-estado australiana, situada ao sudoeste da
Austrália, separada pelo Estreito de Bass.
Sua capital é Hobart.
O território da Tasmânia foi habitado no passado, a exemplo da
Austrália, por aborígenes completamente desconsiderados pelos colonizadores. E foram caçados como animais, para evitar a contaminação da
humanidade por raças inferiores
Os europeus chegaram à Tasmânia, em 1642, quando o explorador
Abel Tasman (de onde veio, mais tarde, o nome Tasmânia) avistou a ilha,
chamando-a de Van Diemens Land, em homenagem ao governador das Índias
Orientais Holandesas. Em 1777, o capitão britânico James Cook e outros
navegadores europeus ali chegaram. E as colônias foram surgindo na ilha...
Na margem oriental do estuário do Derwent, formada por um pequeno grupo vindo de Sidney, surgiu a colônia Austrália, sob o comando do
tenente John Bowen. Depois, na margem ocidental do mesmo estuário,
outro grupo sob o comando do capitão David Collins, fundou a colônia
Hobart, homenageando o secretário colonial Lord Hobart.
Tasmânia foi usada, no início, para dar trabalho aos inúmeros penitenciários ingleses, que se transformaram nos primeiros colonos para
desenvolver a agricultura e outras atividades. Diversas colônias penais ali
foram instaladas, algumas bastante severas como as de Port Arthur e
Marquarie Harbour. Em 1825, Van Diemens Land foi proclamada como colônia à parte da Nova Gales do Sul, naquela época Austrália, com sistema
judiciário próprio e conselho legislativo. Desde 1901, a Tasmânia é um
estado da Commonwealth of Australia – Comunidade da Austrália. E, embora independente do Império Britânico, faz parte da Commonwealth –
Comunidade Britânica das Nações.
A base econômica do país é o turismo. Port Arthur é a atração turística
mais visitada, considerada embrião das prisões australianas da atualidade.
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Famosa prisão de Port Arthur, construída em 1848
Ponte Tasman, em Hobart, ao fundo, o Monte Wellington
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