AGIMINFORMA_N5_reg - Clusterpequenosfrutos

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AGIMINFORMA_N5_reg - Clusterpequenosfrutos
BOLETIM TRIMESTRAL
Nº5 | SET. 14
EDITORIAL
NOVOS E MAIS DESAFIOS
SANDRA SANTOS
Coordenadora da Agim
ÍNDICE
CANDIDATURAS
AO PRODER
ABREM A 15
DE NOVEMBRO
Foi no dia 9 de setembro que assumi novas funções na Agim – a coordenação!
Da gestão de eventos passei para a
gestão da equipa. E que orgulho! Abraço
uma equipa dedicada e de provas dadas.
Hoje a Agim representa a fileira dos
Pequenos Frutos a nível nacional. É
este trabalho que tem de ser continuado. Promover a formação, acompanhar
a produção, apoiar na comercialização e
divulgar o consumo dos pequenos frutos.
Estamos quase no final do ano e o Plano
de Atividades 2015 a ser finalizado. AmA ministra da Agricultura e do Mar,
Assunção Cristas, anunciou que as candidaturas para o Programa de Desenvolvimento
Rural (PDR), que vai suceder ao PRODER,
abrem no dia 15 de Novembro.
A governante salientou a importância do
Programa de Desenvolvimento Rural ter sido
negociado com a União Europeia um “período de transição”, uma medida que disse ser
inédita e que vai permitir a abertura imediata de candidaturas para este “dinheiro
novo”.
“Conseguimos convencer a União Europeia devido à nossa elevadíssima taxa
de execução”, declarou, referindo que a
Área técnica reforçada na Feira Nacional do Mirtilo mais concorrida de sempre | 02
Agim vence prémio nacional de desenvolvimento do ambiente empresarial | 03
Próximas iniciativas da Agim | 03
Agim organiza visita de estudo aos Estados Unidos | 04
Agim presente na FICAVOUGA’14 e na FIACOBA | 04
Modelo Técnico apresentado em Sever do Vouga e Guimarães | O4
bicioso talvez, mas é assim que nos tornamos mais empenhados e com objetivos
bem definidos. Bem definido está também a continuação na promoção da marca de Sever do Vouga Capital do Mirtilo.
Novos projetos, novas apostas vão surgir!
Queremos fazer cada vez mais e estamos
com toda a energia para isso mesmo.
Resta-me agradecer, aqui, a quem me
nomeou, pelo reconhecimento e confiança. A todos os que têm acompanhado e
apoiado a Agim, continuação de um bom
trabalho para nós!
execução do PRODER ultrapassa os 90 por
cento, quatro pontos percentuais acima da
média comunitária.
Assunção Cristas recordou que atualmente
as candidaturas estão “em pausa” dada a
“avalanche” de 1.600 candidaturas mensais, estando em avaliação se voltarão a
abrir. A ministra explicou que todos os
países do mundo, com exceção da Nova
Zelândia, subsidiam a agricultura, combatendo a ideia de uma “subsídio-dependência” do sector, uma das questões
que lhe foi dirigida.
Para mais informações sobre o novo
PRODER contacte a Agim.
Armando Carvalheira e Paulo Paiva vencem concurso do melhor pomar de mirtilos | 05
Opinião: Sílvia Lemos e José Brandão de Sousa | 06 - 07
Últimas | 07
A voz do associado | 08
Dirigentes da Agim | 08
o2
DESTAQUE
EM FOCO
PRÓXIMAS INICIATIVAS DA AGIM
ÁREA TÉCNICA REFORÇADA NA FEIRA NACIONAL
DO MIRTILO MAIS CONCORRIDA DE SEMPRE
AGIM VENCE PRÉMIO NACIONAL
DE DESENVOLVIMENTO DO AMBIENTE
EMPRESARIAL
Curso de aplicação de produtos fitofarmacêuticos
A 7.ª edição da Feira Nacional do Mirtilo reforçou a aposta na componente técnica. A área da Feira
Nacional do Mirtilo dedicada ao visitante profissional aumentou este ano, muito graças aos 800
metros quadrados destinados à parte técnica onde estavam instalados três dezenas de expositores
de empresas ligadas à fileira do mirtilo. A proximidade da área técnica com o Campo Experimental
de Pequenos Frutos revelou-se outra aposta acertada, motivando uma dinâmica entre expositores
e clientes, tendo o Campo Experimental sido visitado por milhares de pessoas durante o certame.
Pelo segundo ano consecutivo, a organização da Feira Nacional do Mirtilo promoveu o concurso
do melhor pomar de mirtilos que teve como vencedores Armando Carvalheira (Sever do Vouga),
na categoria de pomares com mais de cinco anos, e Paulo Paiva (S. Pedro do Sul), na categoria de
pomares com menos de cinco anos.
A completar a componente técnica da Feira Nacional do Mirtilo, registou-se para a casa cheia
nas palestras técnicas e nas visitas técnicas aos pomares de mirtilos do concelho e ao Campo
Experimental.
Ao longo dos quatro dias do certame, passaram pela Feira Nacional do Mirtilo mais de 60 mil
pessoas, sendo o domingo o dia que registou maior afluência.
Ao todo, foram vendidas este ano quase seis toneladas de mirtilos e cerca de duas mil plantas,
além de todo um vasto conjunto de derivados de mirtilo (compotas, licores, chás, doces, gelados,
tartes, entre outros) e artigos de artesanato.
Relativamente à componente lúdica e de lazer da Feira Nacional do Mirtilo foram várias as iniciativas que prenderam a atenção de muitos visitantes. Entre outras, destaque para o desfile dos “mirtilitos”, desfile de moda, marchas populares, concertos musicais, comboio turístico, workshops
de culinária, apanha do mirtilo, BTT, caminhada, torneio de futebol e, acima de tudo, a transmissão
em direto do programa da SIC “Portugal em Festa” que levou a Sever do Vouga cerca de 40 mil
pessoas na tarde de domingo.
A Feira Nacional do Mirtilo é o maior evento de Portugal dedicado a este pequeno fruto e o principal cartaz turístico do concelho de Sever do Vouga.
A Agim – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial, em parceria com a
Câmara Municipal de Sever do Vouga, foi distinguida pelo IAPMEI com o primeiro prémio nacional na categoria “Desenvolvimento do ambiente empresarial” pelo seu projeto de desenvolvimento da Fileira dos Pequenos Frutos.
O projeto da Agim mereceu a distinção na edição deste ano dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2014, uma iniciativa lançada pela Comissão Europeia para distinguir as
melhores práticas na promoção do empreendedorismo na Europa, a que o IAPMEI está associado desde o seu início como coordenador nacional. O prémio foi entregue a Sofia Freitas
e a Almeida e Costa, vereador da Câmara Municipal de Sever do Vouga, numa cerimónia que
decorreu em Lisboa, no passado mês de junho, e durante a qual foram divulgados os projetos
vencedores nas diferentes categorias a concurso.
A categoria “Desenvolvimento do ambiente empresarial” distingue políticas inovadoras a
nível nacional, regional ou local, que promovam a criação e o desenvolvimento empresarial,
simplifiquem procedimentos legislativos e administrativos em domínios relacionados com
a atividade das empresas e implementem o princípio “Pensar primeiro em pequena escala”
para as pequenas e médias empresas.
Alinhados com as prioridades da estratégia Europa 2020, os Prémios são promovidos pela
Direção-Geral da Empresa e Indústria da Comissão Europeia e distinguem projetos desenvolvidos nas áreas da promoção do espírito empreendedor, investimento em competências,
desenvolvimento do ambiente empresarial, apoio à internacionalização das empresas, apoio
ao desenvolvimento de mercados ecológicos e à eficiência de recursos, e empreendedorismo
responsável e inclusivo.
Os Prémios Europeus de Promoção Empresarial (European Enterprise Promotion Awards
– EEPA) são uma iniciativa da Comissão Europeia, dinamizada pela DG Empresa e Indústria,
em parceria com entidades nacionais de coordenação em cada Estado-Membro. O IAPMEI –
Agência para a Competitividade e Inovação, I.P. é o coordenador da iniciativa em Portugal.
Os Prémios Europeus de Promoção Empresarial têm por objetivo identificar e reconhecer
atividades e iniciativas de sucesso que visem a promoção de empresas e do empreendedorismo; divulgar e partilhar exemplos de melhores políticas e práticas de iniciativa empresarial;
sensibilizar para o papel desempenhado na sociedade pelos empresários e pelos empreendedores; e incentivar e inspirar potenciais empreendedores.
A Agim organiza um curso de aplicação de produtos fitofarmacêuticos, em horário
pós-laboral, a ter início a 20 de outubro nas instalações do Edifício VougaPark, em
Paradela do Vouga (Sever do Vouga).
Este curso terá a duração de 35 horas e irá decorrer nos dias úteis das 19 às 22.30
horas e aos sábados. Destina-se a agricultores e/ou outros interessados que apliquem ou venham a aplicar produtos fitofarmacêuticos, nomeadamente pessoas
ligadas de qualquer forma à atividade agrícola, além de outros empregados, desempregados e reformados.
Este curso é homologado pela Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) e
tem como objetivo promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos agricultores ou outros aplicadores que utilizam produtos fitofarmacêuticos.
O curso irá permitir ao formando obter o cartão de aplicador, que irá ser obrigatório para
a aquisição e aplicação destes produtos químicos, de acordo com a legislação em vigor.
Para inscrições e mais informações, os interessados podem contactar a Agim, no
piso 2 do Edifício VougaPark, em Paradela do Vouga, pelo telefone 234597020,
telemóvel 914101946 ou e-mail [email protected].
Dia do Associado
Pela primeira vez, a Agim vai assinalar o Dia do Associado. O evento vai acontecer
na tarde do dia 24 de outubro, sexta-feira, e pretende ser uma jornada de aprendizagem e de convívio entre todos os associados da Agim.
O programa tem início às 14 horas no Edifício VougaPark. Ali irá decorrer uma
apresentação do projeto Cluster dos Pequenos Frutos, seguida de uma palestra sobre o tema “A realidade da produção de pequenos frutos nos estados
norte-americanos do Oregon e Califórnia”, terminando com uma palestra sobre
instalação e manutenção de prados.
A segunda parte do Dia do Associado irá ter lugar no Campo Experimental de
Pequenos Frutos onde se irá proceder a uma demonstração prática sobre instalação e manutenção de prados, terminando o dia com um lanche-convívio entre
todos os associados.
A participação é gratuita, bastando a confirmação para o e-mail [email protected]
ou pelo número 912010596.
Formação em instalação de pomares de mirtilo e groselha
A Agim promove um curso de instalação de pomares de mirtilo no dia 31 de
outubro, na Figueira da Foz. A formação, composta por duas turmas (uma de
manhã e outra de tarde), terá uma componente teórica e uma prática no terreno.
Os interessados podem inscrever-se e obter mais informações pelo e-mail [email protected] ou pelo número 912010596.
Formação em poda de mirtilo
Vão decorrer três formações em poda de mirtilo em diferentes pontos do país, nos
dias 4 de dezembro (no Minho), 5 de dezembro (na região de Dão-Lafões) e 6 de
dezembro (na região de Leiria-Oeste).
Os interessados podem inscrever-se e obter mais informações pelo e-mail [email protected] ou pelo número 912010596.
AGIM É ENTIDADE PARCEIRA DO PORTUGAL AGRO
A Agim irá participar no Portugal Agro, na qualidade de entidade parceira deste grande evento dedicado à produção nacional para os sectores agrícola e agro-alimentar, que se vai
realizar de 20 a 23 de novembro na FIL, em Lisboa.
O Portugal Agro é o novo projeto da Fundação AIP, através da
FIL – Feira Internacional de Lisboa para o setor agroalimentar,
que vai dar a conhecer melhor a essência de Portugal e o que
de bom se produz por cá, do campo até à mesa. Também e
porque é de negócios que se trata, aumentar a visibilidade de
um sector que apresenta um enorme potencial de internacionalização e que se pode revelar fundamental na economia do
país. Mais do que uma feira agroalimentar é o projeto transversal a toda a fileira agroalimentar, que promove a capacidade
produtiva nacional, os vários operadores económicos da fileira, a excelência dos produtos, da tradição aliada à inovação, do
genuíno português e os vários eventos sectoriais dispersos
pelo país. Um reflexo de Portugal enquanto nação, com todas
as suas regiões, características, potencialidades e raízes. Um
projeto que envolve o Ministério da Agricultura e do Mar e
parcerias operacionais com entidades regionais, sectoriais e
municípios, com vista à promoção das regiões, dos produtos
e dos eventos a nível nacional.
Perfil do Expositor: Fabricante, produtores e distribuidores
de produtos, matérias-primas, equipamentos, serviços e
tecnologias para o sector e produção agrícola, agropecuária e
floresta em toda a sua fileira. Entidades de Desenvolvimento
Regional, Câmaras Municipais, Organizações de Produtores,
Associações Sectoriais do Agroalimentar.
Perfil do Visitante: Empresários agroindustriais, de explorações agrícolas, agropecuárias, florestais e espaços
verdes. Profissionais da indústria transformadora alimentar,
distribuição e retalho e canal horeca. Ensino. Público em geral.
Principais pontos de interesse do Portugal Agro:
Grande mostra da produção nacional, dos produtos, equipamentos e recursos portugueses;
Grande evento para o público, onde a mostra e venda dos
produtos das várias regiões de Portugal será o mote para
um excelente convívio;
Área profissional, com a realização de eventos técnicos,
direcionados aos profissionais nacionais e estrangeiros;
Espaço de Exposição de produtos e serviços para a fileira
agro, máquinas, equipamentos, serviços e Tecnologias e
participação e mostra de raças autóctones (com acesso do
público);
Dar a conhecer melhor a essência de Portugal e o que de
bom se produz por cá, do campo até à mesa;
Passeio dos Sabores, Passeio da Horta, Espaços Pedagógicos, Gastronomia, Degustações e Provas, divulgação dos
vários eventos do setor espalhados pelo país;
Áreas de informação e formação com atividades lúdicas,
animação e espetáculos.
o3
AGIM EM MOVIMENTO
NOTÍCIAS
AGIM ORGANIZOU VISITA DE ESTUDO
AOS ESTADOS UNIDOS
ARMANDO CARVALHEIRA E PAULO PAIVA VENCEM
CONCURSO DO MELHOR POMAR DE MIRTILOS
A Agim, através do projeto Cluster dos Pequenos Frutos, organizou uma visita de estudo
aos Estados Unidos da América, entre 12 e 20 de julho, aos estados da Califórnia e Oregon, na costa Oeste norte-americana.
Com esta visita de estudo pretendeu-se tomar contacto com a realidade daquele país
relativamente à produção da amora e, sobretudo, do mirtilo nas suas várias vertentes:
exploração, sistemas de produção, variedades, principais operações culturais, sistemas
de rega e fertirrega e estrutura de mecanização (máquinas e equipamentos que utilizam
na cultura do mirtilo e da amora). Foi também objetivo desta visita ficar a conhecer a experimentação que se está a realizar na ótica do produtor relativamente a estes pequenos
frutos.
o4
ARMANDO CARVALHEIRA
AGIM PRESENTE NA FICAVOUGA’14
A Agim marcou presença como expositor na edição de 2014 da FICAVOUGA, que decorreu entre 26 de junho e 2 de agosto, em Sever do Vouga.
O stand da Agim esteve situado na área destinada a expositores, no interior do pavilhão gimnodesportivo. Foi uma oportunidade para os interessados tirarem dúvidas e pedirem esclarecimentos técnicos, além de
ficarem a par dos serviços prestados pela Agim.
AGIM PRESENTE NA FIACOBA
A Agim marcou presença com um stand na edição de 2014 da FIACOBA,
que decorreu em Oliveira do Bairro de 11 a 20 de julho, no Espaço Inovação, na localidade de Vila Verde (Oliveira do Bairro).
A FIACOBA é o principal evento económico de Oliveira do Bairro e já se
realiza há 28 anos.
MODELO TÉCNICO APRESENTADO EM SEVER DO VOUGA E GUIMARÃES
A Agim continua a apresentar o modelo técnico para a produção de mirtilos ao ar livre nas
regiões Norte e Centro de Portugal por vários municípios do país.
As mais recentes apresentações deste documento aconteceram em Sever do Vouga e Guimarães. No caso de Sever do Vouga, a apresentação deste modelo técnico realizou-se no
dia 28 de junho, integrada na programação da Feira Nacional do Mirtilo. Nessa ocasião,
quase 80 interessados preencheram o auditório da Biblioteca Municipal de Sever do Vouga, onde a apresentação teve lugar.
Em Guimarães, foram cerca de meia centena as pessoas que assistiram à apresentação
do modelo técnico para a produção de mirtilos ao ar livre nas regiões Norte e Centro de
Portugal, no passado dia 24 de julho. A apresentação deste documento esteve a cargo de
Sofia Freitas e Sílvia Lemos, técnica da Agim.
PAULO PAIVA
A segunda edição do concurso do melhor pomar de
mirtilos teve como vencedores Armando Carvalheira, em
pomares adultos, e Paulo Paiva, em pomares jovens. Na
categoria “pomares adultos”, o júri atribuiu o segundo
lugar a Custódio Borges, enquanto na categoria “pomares jovens” o segundo lugar foi atribuído “ex aequo”
a Filipe Costa e Óscar Cruz. Ainda nesta categoria foi
atribuída uma menção honrosa a Pedro Lobo.
O concurso foi promovido pela Agim no âmbito da
Feira Nacional do Mirtilo e pretendeu premiar os
melhores pomares de mirtilo de associados da Agim
instalados na região Centro. A competição dividiu-se
em duas categorias: pomares jovens (até 5 anos
de instalação) e pomares adultos (mais de 5 anos
de instalação) e uma das finalidades deste concurso foi a de desafiar os proprietários dos pomares
de mirtilos a serem cada vez mais inovadores e a
preservarem cada vez mais e melhor as suas plantações. O júri julgou vários parâmetros do pomar,
tendo-os classificado numa escala de zero a vinte,
entre eles o estado e manutenção do pomar (parcela, caminhos, localização, infraestruturas bem
dimensionadas, idade das plantas, cultivares e estrutura das plantas e controlo de infestantes); o es-
tado geral das estruturas e equipamentos de apoio à
exploração agrícola (sistema de rega e fertilização,
sala de embalagem, equipamento frio, certificação);
o estado sanitário das plantas (armazenamento de
fitofármacos, pulverizadores, produtos homologados). O júri valorizou também a aplicação de práticas associadas a agricultura sustentável e a práticas
agrícolas pouco nocivas para o ambiente (enrelvamento; insetos auxiliares, etc), além da estrutura de
gestão (planeamento, controlo de custos, forma de
vendas, marketing, web site) e o enquadramento da
exploração na paisagem envolvente.
OS DISTINGUIDOS
2.º prémio “ex aequo”
Óscar Cruz (Águeda)
Óscar Cruz arrecadou o segundo lugar “ex aequo” na categoria “Pomares Jovens”. Juntamente com o seu sócio Nuno
Cardoso, Óscar Cruz tem o seu pomar de mirtilos de 3,1
hectares em Águeda, repartidos por plantação em camalhão
(2 hectares) e plantação em vaso (1,1 hectare). Ali encontram-se as variedades O’Neel, Camelia, Legacy e Rabbiteye
(em vaso) e as variedades O’Neel, Camelia, Duke, Bluecrop e
Rabbiteye (em camalhão).
O projeto nasceu em finais de 2012 e a plantação nasceu
em finais de 2013 e início deste ano por paixão e gosto
por esta cultura. O facto de ser uma atividade atrativa,
que poderá ter um bom retorno financeiro, aliado à disponibilidade de terreno e de tempo, foram outros motivos que levaram Óscar Cruz e Nuno Cardoso a optar por
este pequeno fruto.
categoria “Pomares Jovens”. Gere a Quinta da Remolha,
em Sever do Vouga, onde tem plantados cerca de 1,5
hectares de mirtilos, além de outros pequenos frutos.
Além de produtor, Pedro Lobo é viveirista e também
produz licores, compotas e chás com a marca Quinta da
Remolha.
POMARES JOVENS
1.º prémio
Paulo Paiva (S. Pedro do Sul)
Paulo Paiva foi o vencedor da categoria “Pomares Jovens”.
Este produtor, que também é o presidente da Lafoberry –
Associação de Produtores de Pequenos Frutos de Lafões,
tem a sua plantação no concelho de S. Pedro do Sul. Paulo
Paiva avançou para um projeto de mirtilos em 2011 e, um
ano depois, plantou uma área de 1,5 hectares de mirtilos
das variedades Duke, Bluecrop, Draper, Liberty, Goldtraub,
Elisabeth e Chandler. Este ano, o primeiro de produção,
já colheu cerca de duas toneladas de mirtilos na sua exploração. A divulgação feita em redor da cultura do mirtilo,
a sua rentabilidade e os apoios concedidos pelo PRODER
foram as razões para este produtor avançar para a cultura
deste pequeno fruto.
2.º prémio “ex aequo”
Filipe Costa (Santa Maria da Feira)
O júri atribuiu um dos segundos lugares na categoria “Pomares Jovens” a Filipe Costa, produtor que tem
o seu pomar em Romariz, concelho de Santa Maria da
Feira. A plantação, nascida em outubro de 2012, tem
cerca de 2,8 hectares de mirtilos das variedades Legacy,
Camelia, Duke, Bluecrop e Liberty. Este ano, o primeiro de
produção, conseguiu uma colheita média de 750 gramas
por planta. Filipe Costa também é viveirista de plantas de
mirtilo e produtor de kiwis. Aliás, foi através do kiwi que
Menção Honrosa
se dedicou à agricultura e a aposta no mirtilo surgiu como
Pedro Lobo (Sever do Vouga)
uma forma de diversificar a área de negócio e, desta forPedro Lobo foi distinguido com uma Menção Honrosa na
ma, reduzir o grau de risco.
POMARES ADULTOS
1.º prémio
Armando Carvalheira (Sever do Vouga)
O vencedor da categoria “Pomares Adultos” do concurso
do melhor pomar de mirtilos foi Armando Carvalheira,
que assim ganha pelo segundo ano consecutivo. Este
produtor tem a sua exploração no lugar do Carvalhal
(Silva Escura – Sever do Vouga), tendo aumentado a área
de cultivo de mirtilos em 120 pés. Patriot, Bluecrop e
Goldtrab são as variedades que produz. Além do mirtilo,
Armando Carvalheira possui ainda cerca de 400 pés de
groselha.
2.º prémio
Custódio Borges (Sever do Vouga)
Custódio Borges conquistou, à semelhança do ano passado, o segundo lugar na categoria “Pomares Adultos”.
Com exploração em Dornelas (concelho de Sever do Vouga), Custódio Borges dedica-se à cultura do mirtilo há
mais de 20 anos.
Nos cinco mil metros quadrados que detém, Custódio
Borges tem plantadas as variedades Bluecrop, Duke,
Ozarkblue e Goldtrab.
Este produtor também tem plantadas groselhas, amoras
e fisalis, mas em quantidades pequenas.
o5
OPINIÃO
OPINIÃO
AGIM ORGANIZOU VISITA DE ESTUDO AOS ESTADOS UNIDOS
SOBRE O PREÇO DO MIRTILO
da cotação de mercado e perceber alguns ensaios que
estavam a decorrer:
• Limites de resíduos de 15 pesticidas diferentes;
• Crescimento e desenvolvimento das raízes segundo diferentes tipos de fertilização;
• Tolerância ao encharcamento de variedades ainda em linha de melhoramento.
Sílvia Lemos
Técnica da Agim
o6
No âmbito do projeto Cluster dos Pequenos Frutos,
do qual a Agim é a entidade promotora, um grupo
de seis pessoas que operam na cultura dos pequenos
frutos em Portugal deslocou-se, no passado mês de
julho, aos Estados Unidos da América para uma visita
de estudo. Ao longo de uma semana, o grupo visitou
várias explorações agrícolas, uma extensão agrícola,
dois campos experimentais de universidades e ainda
o campo experimental de variedades da Driscoll’s nos
estados do Oregon e da Califórnia, na costa Oeste dos
Estados Unidos.
Iniciámos as nossas visitas no Estado do Oregon,
similar ao Norte de Portugal em termos de clima,
solos e água, bem como no que toca a escolha de
variedades. Aqui produziam-se variedades do Norte
(NHB) e algumas rabbiteye.
A primeira exploração que visitámos foi a Pan America,
com uma extensão de cerca de 50 hectares. Esta exploração opera em modo convencional e comercializa
a sua fruta para o grupo Hortifrut. Verificámos que a
produção é feita em solo, com um camalhão coberto
por serrim fresco para evitar o aparecimento das infestantes. A distância entre plantas na grande maioria
da área plantada é de 80 centímetros, à exceção das
plantas mais antigas que se encontram a 1 metro. A
entrelinha é de 3 metros e o controlo das infestantes é
feito com herbicida 1 metro de cada lado do camalhão
e enrelvam um metro na área central da entrelinha,
evitando assim o pisoteio causado pela circulação de
máquinas. As principais variedades são Duke, Legacy,
Draper e Liberty. Observámos que estavam a substituir
gradualmente a variedade Bluecrop pelas anteriores.
Segundo o técnico responsável, a variedade menos
produtiva é a Duke que produz em média 10 toneladas/acre, enquanto que a mais produtiva é a variedade
Legacy, com um valor médio de 20 toneladas/acre.
Foi-nos dito também que faziam as fertilizações tanto
através da fertirrega (uma cabine central para 50ha)
como faziam também fertilização a lanço. A adição
de matéria orgânica é feita anualmente com 280kg/
MO/acre e começam as fertilizações azotadas a partir
do 3.º ano de plantação, iniciando com 60kg/N/acre/
ano e aumentando progressivamente até aos 90kg/N/
acre/ano, valor atingido ao 9.º ano da plantação. Antes
do 3.º ano e depois do 9.º não aplicam fertilização rica
em Azoto. A principal fonte de Azoto é a ureia, uma vez
que o pH do solo médio é de 4,5.
Como referi, tivemos também a oportunidade de visitar
uma exploração da Universidade do Oregon, dedicada
aos pequenos frutos, onde nos foi possível observar
o modo como fazem a gestão da colheita em função
Posteriormente, fomos visitar o campo de ensaio de
variedades Driscoll’s, instalado há cerca de dois anos e
coordenado por uma portuguesa, Marta Batista, e onde
são monitorizadas as variedades provenientes da linha
de melhoramento própria da Driscoll’s.
Estivemos igualmente presentes no “Openfield” (Dia
de Campo) da extensão da instituição responsável
pelos pequenos frutos no Oregon, a North Willamette
Research and Extension Center (NWREC).
Aqui importa explicar que nos Estados Unidos existe a
figura das Extensões Agrícolas. Trata-se de entidades
Estatais que fazem investigação financiada pelo Estado
e por fundos atribuídos pelas Comissões de Produtores, um modo de financiamento contemplado pela
legislação norte-americana.
As Extensões Agrícolas têm como objetivo fazer investigação prática em áreas que permitam incrementar as
produções, diminuir custos e testar equipamentos.
Em suma, contribuir para a melhoria da produção e da
qualidade.
Neste Dia de Campo, onde estavam presentes mais
de uma centena de técnicos, investigadores e produtores da região, foi possível ouvir os investigadores da
Extensão Agrícola que cooperam com universidades
e com empresas e comissões, tanto ao nível da produção como da comercialização, apresentarem dados
conjuntos sobre as suas últimas pesquisas no campo
dos pequenos frutos.
Posteriormente, a comitiva seguiu rumo à Califórnia,
onde as características do solo, clima e, em alguns
casos, a água são semelhantes ao Sul de Portugal. Na
Califórnia encontra-se a maior área de produção de mirtilo nos Estados Unidos, com variedades do Sul (SHB) e
também uma pequena quantidade de rabbiteye.
Um técnico da Driscoll’s fez o favor de nos mostrar
mais três propriedades: A primeira tinha a particularidade de ter um queimador de enxofre que tornava
o processo de acidificação do solo constante, através
da água de rega, evitando oscilações de pH e incorporando enxofre de um modo mais económico. Nesta
propriedade o pH médio do solo era de 6,5 e o da água
estava próximo da neutralidade. Para além disto, esta
exploração tinha uma área (cerca de 2 ha) numa zona
de encosta coberta por rede anti-granizo, o que evitava
estragos de maior naquela parte do terreno.
Posteriormente foi possível observar duas explorações
Driscoll’s que já produziam 3 das suas variedades do
Sul. Foi possível discutir alguns assuntos relacionados
com a poda nas variedades do Sul, com a quantidade de
material extraído na poda, com os tipos de fertilização
e ainda modos de produção, uma vez que uma destas
explorações fazia modo de produção em vaso lado a
lado com modo convencional e modo de produção biológico, usando como indicador de diferenciação uma
faixa verde nos vasos em modo de produção biológico.
Somando a produção de framboesa, morango e mirtilo,
este produtor tem cerca de 1000 ha de produção.
Para finalizar a nossa visita fomos ao encontro do
técnico Mark Gaskell que nos mostrou mais 3 explorações, bem como o campo experimental da Universidade da Califórnia.
Alguns dados a salientar retirados nestas últimas explorações:
1. Uma das explorações, a ForbiddenFruitOrchards,
um rancho com atividade frutícola, vitícola/enoturismo e produção de ervas aromáticas, com uma área de
mirtilos de 2 ha, coberta com rede anti-pássaro por
se encontrar numa zona vinhateira e onde as aves
migratórias eram de facto um problema, consegue ter
produção todo o ano graças à utilização de técnicas de
poda e de não poda, escolha de variedades com produção em diferentes alturas e ainda graças ao clima
ameno que se faz sentir na região californiana de San
Luis Obispo. A produtora produz em modo de produção
biológica exclusivamente pela questão económica.
2. A outra visita foi a uma exploração “Pick yourself”, ou seja, as famílias deslocam-se ao local,
muitas delas percorrendo centenas de quilómetros,
para colher a fruta. Parte da exploração encontra-se
também coberta por rede anti-pássaro. Ali havia
sinais claros de problemas com o pH elevado para
as culturas de mirtilo e framboesa.
3. Por fim, visitámos um pequeno rancho, chamado
Rancho Don António, onde maioritariamente a produção era de amora. Mais uma vez foi possível verificar
o comportamento das diferentes variedades de amora
e mirtilo, perceber como funciona a gestão da colheita
nestes frutos e como funciona a obtenção de mão-deobra nos Estados Unidos.
Ficou curioso? Então não perca o Dia do Associado,
no próximo dia 24 de outubro onde iremos fazer uma
apresentação detalhada sobre a viagem e apresentar
alguns dados dos estudos mais recentes dos Estados
Unidos da América.
José Brandão de Sousa
Consultor
Durante a última Feira do Mirtilo, em Sever do Vouga, decorreu, por iniciativa
da AGIM, uma reunião de comercializadores deste pequeno fruto. Esta reunião
foi extermamente interessante pois, por um lado ocorreu em plena “crise” dos
preços do mirtilo e por outro contou com a presença de qualificados comercializadores/exportadores e de muitos produtores.
Durante a reunião ficou demonstrada alguma dificuldade de compreensão dos mecanismos do preço. O preço, é sabido, depende de três variáveis que se elencam a
seguir, pela respetiva ordem de importância:
a) o preço depende da disponibilidade financeira do consumidor, isto é: da sua capacidade para comprar;
b) o preço depende da atitude da concorrência, ou seja dos preços praticados no
mercado;
c) o preço depende do custo: obtém-se somando a margem de lucro pretendida ao
custo unitário total do produto.
1. Tratando-se de um produto de consumo, o preço dos pequenos frutos depende, em última instância, do valor que o consumidor lhe atribui. Isto é: que importância dá a sua versatilidade como alimento, aos benefícios que traz para a saúde, ao sabor, etc. Neste aspecto
os pequenos frutos disputam com outros alimentos o dinheiro que os consumidores têm
para dispender em alimentação. Daí a importância de se divulgarem os pequenos frutos,
de se fazerem provas de degustação, de se incentivar a confeção de novos alimentos com
base nos pequenos frutos, de se levar o produto a novos consumidores, etc. Tudo isto fará
com que os consumidores tenham uma maior apetência para dar mais importância ao
consumo dos prequenos frutos, com consequente impacto positivo no preço.
2. Mas, nesta disputa pelas “boas graças” do consumidor, os produtores estão todos em concorrência entre si. Todos têm produto para vender e não querem ficar com ele em armazém.
Ou seja, os preços vão-se aferindo pela oferta que vai sendo feita ao mercado. Nos pequenos
frutos é muito pequena a parcela da produção que é vendida diretamente aos consumidores.
Existe toda uma rede de distribuição e comercialização internacional que liga os produtores aos
consumidores finais. Um elo importante desta cadeia é constituído pelos comercializadores,
seja na vertente de exportadores/importadores seja na de distribuidores (grossistas e retalhistas). Os preços formam-se nos grandes mercados internacionais e evoluem de acordo com a
oferta. Nalguns mercados, e para alguns frutos, há mesmo uma esprécie de bolsa funcionando
de um modo sememlhante ao da bolsa de valores mobiliários (ações). Os produtos agrícolas
são produtos naturais e, como tal, sujeitos a inúmeros fatores aleatórios que condicionam o
volume de produção, logo o preço. Ou seja, não é possível antecipadamente fixar os preços
dos produtos agrícolas. Muito menos estabelecer, aquilo com que todo o agricultor sonha: um
preço garantido à produção. Isso não existe. O que existe é a possibilidade de ir acompanhando
os preços que se vão praticando nos mercados, ir sentindo as tendências e a maior ou menor
aversão ao risco do agricultor na tomada de decisão sobre o momento de venda.
3. Mas há outra coisa que o agricultor pode saber: qual é o custo real do seu produto.
Para isso tem que estar organizado. Tem que dispôr de informação e de conhecimento. Tem que ter registados todos os custos em que incorre na sua instalação agrícola:
amortização do investimento, insumos utilizados, mão-de obra, transportes, embalagens, energia, etc., Mas deve também dominar a técnica de custeio, isto é saber
como, de que modo e em que medida aqueles custos afetam o preço final unitário
da produção obtida. Se o agricultor não domina esta técnica deve pedir ajuda para o
efeito. Só assim se poderá saber se está a vender acima ou abaixo do preço de custo.
Só assim está em condições de negociar, com consciência, no mercado.
O conhecimento das variáveis que condicionam o preço é fundamental para se
atuar no mercado dos pequenos frutos. De outro modo, é como navegar às cegas
num mar de escolhos!
ÚLTIMAS
A Agim tem nova coordenadora
A Agim – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial tem nova coordenadora. Sandra Santos assumiu o cargo no passado dia 9 de setembro.
Sandra Santos, de 33 anos, é licenciada em Comunicação Social e está na Agim desde março de 2013
sendo até então responsável pelo Gabinete de Comunicação e Eventos. O convite para assumir as
responsabilidades como coordenadora partiu da Direção da Agim. “Fiquei lisonjeada pelo convite e
grata pela confiança e reconhecimento do meu trabalho e dedicação na Agim”, afirma Sandra Santos,
que garante empenho ao novo desafio que tem pela frente.
Assumindo que o seu trabalho será de continuidade, Sandra Santos deixa uma palavra de agradecimento a toda a equipa coordenada por Sofia Freitas pelo excelente trabalho desenvolvido na
Agim nos últimos oito anos, ou seja, desde a sua fundação. “O trabalho feito até então é de louvar.
A Agim, inevitavelmente, encontra-se associada aos pequenos frutos, quer no nosso país quer pelo
exterior. Agora é continuar a trabalhar nesse sentido, com mais ações e promovendo um maior
acompanhamento aos agentes que operam nesta fileira”, refere a coordenadora da Agim.
Em suma, Sandra Santos deixa uma garantia: a Agim vai continuar a trabalhar na representação
da fileira dos pequenos frutos, continuando a promover a formação, a divulgação e promoção dos
mesmos. Será ainda responsável por colocar a marca “Sever do Vouga Capital do Mirtilo” no mercado
nacional e internacional.
Sócia Manuela Marques entre os pré-finalistas do Prémio Intermarché Produção Nacional
A associada Manuela Marques, com a sua marca “Frutos do Bosque”, é uma das pré-finalistas selecionada para o Prémio Intermarché Produção Nacional.
A Frutos do Bosque – Agricultura Sustentável é o primeiro pomar comercial de mirtilo em vasos
ao ar livre em Portugal e exportou fruto logo no primeiro ano de campanha, dando emprego a 5
colaboradoras. Em plena Serra de Sicó, responde a duas questões: cultivar em solos marginais e em
pequenas propriedades com rentabilidade.
Aliada à inovação, o projeto prima pela sustentabilidade. Os vasos permitem que qualquer superfície
possa ser cultivada sem recurso a herbicidas e ainda praticar poupança hídrica efetiva, conseguindo
densidades largamente superiores às do cultivo convencional.
O Prémio Intermarché Produção Nacional tem como objetivo, como o nome indica, promover a produção nacional. É um projeto aberto a todos os produtores nacionais, em nome individual ou coletivo,
cujos projetos sejam implementados em Portugal e que se enquadrem numa ou mais categorias de
seleção contempladas pelo prémio. Os vencedores serão conhecidos no final de novembro.
Concurso “Prémios Hortofrutícolas COTHN 2014”
O COTHN – Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional encontra-se a promover, no âmbito do projeto SIAC “HortINOV 2020” a 1.ª edição dos Prémios Hortofrutícolas COTHN 2014.
O concurso destina-se a promover, distinguir e reconhecer publicamente entidades, pessoas, iniciativas e projetos da fileira hortofrutícola, que apostem na Inovação e na colaboração como vetores
de crescimento.
Os prémios serão atribuídos de acordo com as seguintes categorias: Produto inovação; Cooperação internacional; Inovação organizacional; Desenvolvimento sustentável; e Inovação
jovem empreendedor.
Podem candidatar-se todas as pessoas singulares e coletivas estabelecidas em território nacional.
As candidaturas devem ser apresentadas entre o dia 1 de outubro e até às 18 horas do dia 7 de Novembro, podendo ser formalizadas através do preenchimento do questionário disponível no seguinte
link: https://docs.google.com/forms/d/1r_CB1iuzM4YJ_cveHle-yLWRqvDJMk2qohipWvO8i1w/
viewform?usp=send_form
Os Prémios Hortofrutícolas COTHN 2014 serão atribuídos a 14 de novembro no Centro Cultural e de
Congressos nas Caldas da Rainha. Fonte: COHTN
Agricultura biológica cresce mais de 50% na União Europeia
Na última década, o número de explorações agrícolas biológicas e a área dedicada à agricultura biológica aumentaram em 50 % ou mais.
A superfície dedicada à agricultura biológica na UE aumentou em cerca de 500 000 milhões de
hectares por ano. Em resultado, existem mais de 186 000 explorações biológicas em toda a Europa
que cultivam uma superfície de 9,6 milhões de hectares, de acordo com a síntese informativa sobre
a agricultura biológica publicada hoje pela Comissão Europeia.
Com base num relatório precedente sobre a agricultura biológica de 2013, a síntese informativa
apresenta uma panorâmica sucinta das áreas e explorações, do tipo de produção e das características
dos agricultores biológicos.
Os padrões de produção biológica variam entre os diferentes Estados-Membros da União Europeia. No contexto do crescimento considerável e rápido do setor, a Comissão propôs novas regras
atualizadas e adaptadas que estão atualmente a ser debatidas com o Parlamento Europeu e o Conselho. As novas regras propostas destinam-se a melhorar o atual sistema, para que o setor possa
crescer de forma sustentável e responder aos desafios futuros, mantendo ao mesmo tempo as suas
relações a longo prazo com os consumidores. Fonte: AGROTEC
Portugal e Espanha juntos na investigação agroalimentar
Foi assinado um acordo para encontrar soluções conjuntas mais eficazes para o problema da seca que
afeta os dois países da Península Ibérica.
Desta forma, Portugal e Espanha assinaram um memorando de entendimento em matéria de investigação agroalimentar e agrária, com o objetivo de potenciar e alinhar as estratégias de investigação
numa perspetiva ibérica.
O Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) de Portugal e o Instituto de Investigação Agrária (INIA) de Espanha vão iniciar os trabalhos de investigação em problemas comuns como
a seca, o montado de sobro e azinho e o castanheiro.
Neste momento, ambos os países têm um calendário de ação definido por quatro grandes frentes:
as alterações climáticas, a saúde alimentar e sanidade vegetal, a agricultura sustentável e a ação
noutras plataformas conjuntas com outros países, como por exemplo, no programa de investigação
e inovação da União Europeia Horizonte 2020. Fonte: revista Frutas e Legumes
o7
A VOZ DO ASSOCIADO
PAULO PAIVA
PRESIDENTE DA LAFOBERRY – ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES
DE PEQUENOS FRUTOS DE LAFÕES
Quando nasceu a Lafoberry e com que objetivo?
A Lafoberry foi criada em junho de 2013, com o objetivo
de concentrar a produção de pequenos frutos provenientes das inúmeras plantações recentemente instaladas na região de Lafões, tendo em vista a sua comercialização a um melhor preço para os produtores.
Quantos associados tem neste momento?
Atualmente a Lafoberry conta já com cerca de 36 associados, produtores de mirtilo, framboesa e de groselha.
Quais as vantagens em ser associado da Lafoberry?
Ao associarem-se à Lafoberry os produtores beneficiam de descontos nos custos de certificação Bio e Global
GAP das explorações, descontos na compra de fertilizantes, fitofármacos, embalagens e de outros materiais. Podem ainda beneficiar da realização de ações de
formação e de algum apoio técnico relativo à produção.
Salienta-se também como grande vantagem o facto
de os produtores associados não terem que investir
individualmente num sistema de frio para o armazenamento da fruta, além de poderem concentrar-se mais na
produção, já que todo o trabalho da comercialização é
assegurado pela Lafoberry, sem que cada um tenha que
se preocupar a quem vender o seu fruto.
Como correu a campanha deste ano?
A Lafoberry duplicou a quantidade de mirtilo comercializado, relativamente ao ano anterior. Verificou-se
um decréscimo na quantidade de mirtilo vendido a
granel e um aumento na quantidade de mirtilo vendido
em cuvetes. Quanto ao preço médio de venda sofreu
uma descida relativamente a 2013. A campanha da
framboesa ainda está em curso e, por isso, ainda não é
possível fazer um balanço.
Que perspetivas têm para o futuro em termos de
produção de pequenos frutos?
Pensamos que há espaço para crescimento da produção de pequenos frutos, tendo em conta que a
produção em Portugal é ainda muito baixa, comparada com a de outros países, e também pelo facto de
estarmos a assistir a um aumento do consumo dos
pequenos frutos na Europa e noutros continentes.
Que desafios esperam enfrentar nos próximos tempos?
Teremos cada vez mais concorrência por parte de outros
países da Europa e do Norte de África, que estão a aumentar a sua capacidade de produção, mas acreditamos
ter condições para enfrentar esse desafio com base na
qualidade superior do nosso mirtilo e da nossa framboesa. Outro grande desafio, que se prende com este,
é a necessidade que temos de aumentarmos a nossa
produção, mas sem pormos em causa essa vantagem
competitiva que é a qualidade. Pretendemos também
trabalhar cada vez mais com mercados que valorizem
a produção em modo biológico, uma vez que os nossos associados que produzem mirtilo estão quase todos
certificados ou em vias de obterem a certificação bio.
Outro desafio que teremos de enfrentar a médio prazo
será uma diminuição das margens de comercialização,
sobretudo numa fase em que o número de produtores
tem vindo a aumentar, ao mesmo tempo que o mercado
ainda está a ajustar-se.
Como vê a fileira do mirtilo em Portugal?
A fileira do mirtilo tem dado passos muito importantes.
Temos assistido ao longo dos últimos anos a uma
grande partilha de conhecimento e a um diálogo permanente entre todos intervenientes, o que se revelou
bastante útil precisamente numa altura em que ocorreu
a instalação de um grande número de pomares de mirtilo, sobretudo na região Centro e na região Norte. Muito
desse trabalho deve-se ao papel essencial que a AGIM
tem tido neste processo. Depois de algum tempo em
que a discussão esteve mais focada nas questões ligadas à produção, é agora altura de centrar o debate nas
questões da comercialização, tendo em vista a adoção
das melhores estratégias para a colocação do nosso mirtilo no mercado ao melhor preço.
O que deve ser feito para que a cultura do mirtilo
seja mais rentável e competitiva?
É fundamental, em primeiro lugar, fazer uma aposta
nas variedades mais adequadas a cada região, com
uma boa produtividade e com frutos que vão de encontro às exigências do mercado. É também necessário
avançar com áreas superiores a um ou dois hectares por
exploração para que cada produtor se possa dedicar a
tempo inteiro a esta a atividade, fazendo uma melhor
gestão da plantação e um maior controlo dos custos de
produção. No que toca à comercialização, penso que é
essencial a criação de Organizações de Produtores
fortes com capacidade para levarem a cabo as melhores
ações de promoção e venda do mirtilo, não só para exportação, bem como para mercado nacional, a preços
mais atrativos e mais justos para quem produz.
DIRIGENTES DA AGIM
FICHA
TÉCNICA
José Valente de 74 anos de idade, é
vice-presidente da Direção da Agim,
cargo que ocupa desde a fundação desta
associação. Residente em Estarreja, José
Valente é desde 2009 presidente da
Direção da SEMA – Associação Empresarial dos Concelhos de Sever do Vouga,
Estarreja, Murtosa e Albergaria-a-Velha,
instituição que também esteve na origem do aparecimento da Agim.
Edição e Propriedade: Agim - Pequenos Frutos e Inovação Empresarial
Coordenação: Gabinete de Comunicação e Eventos da Agim
Design e Paginação: Daniela Costa e Tiago Martins
Impressão: Tipolito
Tiragem: 500 exemplares
Cecília Palmeiro é a presidente da Assembleia Geral da Agim. Reside em
Oliveira do Hospital onde tem uma plantação de 2000 metros de mirtilos, que
cultiva há mais de 20 anos. Formada
em Engenharia Agrícola, desempenha
atualmente funções no Ministério da
Agricultura.
Agim: Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial
M. Lugar da Estação – Edifício Vougapark, piso 23740-070 Paradela, Sever do Vouga
T. 234 597 020 | 914 101 946
E. [email protected]
w. agim.pt

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