No ritmo da missão da missão da missão da missão No ritmo da
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www.luteranos.com.br JOREV LUTERANO JUNHO 2008 17 LUTERANO JOREV JORNAL EVANGÉLICO LUTERANO - IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA NO BRASIL - ANO 37 - JUNHO - Nº 707 Lema: Velhinhos e velhinhas sentarão nas praças de Jerusalém e as praças ficarão cheias de meninos e meninas brincando. Zacarias 8.4-5 Tema: No poder do Espírito, proclamamos a reconciliação No ritmo da missão 5 7 13 De que Igreja você faz parte? ‘Ficar’ ou ficar de fora? Impresso Especial 9912204447/2008 - DR/RS IECLB - JOREV LUTERANO U.P. ACF Pres. Roosevelt CORREIOS Jesus veio para servir DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS Não encontrado o destinatário devolver para R. Senhor dos Passos, 202 CEP 90.020-180 2 2 Editorial Embalando os nossos corações Quem canta seus males espanta! Todos conhecem este ditado popular e parece que ninguém duvida disso, mas por quê? Qual é razão desta forma de expressão cultural, representada por notas, ritmos, cadências e tantos outros conceitos que lhe são peculiares, além do uso de diferentes instrumentos, conseguir nos tocar tão profundamente? Ter força para despertar memórias adormecidas, lembrar situações alegres e também reviver tristes momentos? A música detém o mágico poder de nos transportar para outros lugares, já e ainda não conhecidos, os lugares que nos são ou foram caros, os não tão saudosos assim e, isso é especial, aqueles que a nossa imaginação elegeu como desejáveis, ou seja, somos levados a locais que ainda nem existem nas nossas memórias, a experimentar sensações que ainda não foram vividas e a nutrir sentimentos que, às vezes, nem sabíamos existirem. Quando falamos em sentimentos e emoções, logo pensamos no amor e Jorev Luterano IECLB Jornal da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil www.luteranos.com.br PASTOR PRESIDENTE P. DR. WALTER ALTMANN SECRETÁRIO GERAL P. DR. NESTOR FRIEDRICH JORNALISTA RESPONSÁVEL LETÍCIA MONTANET-REG. PROF.: 10925 ADMINISTRAÇÃO / COMERCIAL CRISTIANO HENRIQUE LAMB CARTAS - SUGESTÕES DE PAUTA ARTIGOS - ANÚNCIOS FAMILIARES E ANÚNCIOS COMERCIAIS RUA SENHOR DOS PASSOS, 202/3 90.020-180 - PORTO ALEGRE/RS FONE: (51) 3227.1258 FAX: (51) 3225.7244 E-MAIL: [email protected] SECRETARIA GERAL - IECLB FONE: (51) 3221.3433 ASSINATURA ANUAL - 11 EDIÇÕES R$ 18,00 _______________________________________ Proibida a reprodução parcial ou integral do conteúdo desta edição sem a prévia e formal autorização da Redação do Jorev Luterano. isso nos leva a dois assuntos muito especiais presentes nesta edição: Dia dos Namorados e Música como Instrumento de Missão. Há como pensar em relacionamento amoroso sem associar a alguma canção?! Que casal não tem a ‘sua música’, pelo menos uma? Sim, todos os casais têm as suas músicas e, da mesma forma, todos também t êm, além do compromisso, o desejo de estarem juntos e felizes. A questão é transformar este desejo em vontade e trabalhar neste sentido: a construção! Construído também deve ser o relacionamento da Igreja com os seus membros, de forma a cumprir com a sua razão de existir: a missão. Como atrair mais e mais pessoas para a vida na Igreja, apresentando esta forma especial de encontro com Deus? Por meio da música, é claro! Esta é uma das maneiras mais alegres, criativas e democráticas de congregar pessoas em torno de um mesmo ideal, de um mesmo projeto de vida que chama para a inclusão, o amor, a reconciliação e o bem-estar coletivo. Vamos cantar, pois, e ninguém duvide, quem canta seus males espanta! CARTAS Unindo a nossa Igreja Trabalho e dedicação Ao renovar a minha assinatura para continuar recebendo o nosso jornal, aproveito para deixar abraços fraternos e desejar que o esforço e a dedicação para fazer o Jorev, um jornal que liga a Igreja no nosso País e além dele, possa atingir cada vez mais seus objetivos de penetrar nos lares e estimular a trajetória dos andantes no caminho do Senhor. “É preciso pensar para acertar, calar para resistir e agir para vencer” Renato Kebi. Parabéns pelo ótimo trabalho. Desejo que o Jorev Luterano continue a sua excelência! Fraternalmente, Alda Sprandel Tio Hugo/RS Apoio à família Gostaria de cumprimentar a equipe do Jorev Luterano, pois o jornal tem uma leitura acessível, sendo muito aproveitado pela minha família, principalmente pela minha mãe e pelos meus sogros, que tem nele muitas informações, além de um apoio espiritual. Um forte abraço, Elio Guido Stumpf Portão/RS Abraços, Helena Cardoso da Fonseca Porto Alegre/RS Oportunidade a todos Quero dizer que estou muito satisfeito com o Jorev, pois o jornal dá oportunidade para todas as Comunidades e Paróquias e também para os Obreiros, cativando a atenção e o interesse de muitas pessoas pelo nosso jornal. Saudações, Cláudio Beyer Sertão Santana/RS Capa: V Encontro Nacional de Trombonistas da Obra Acordai, realizado nos dias 11 a 14 de outubro de 2007, em Schroeder/SC, reunindo mais de 400 Músicos. Leia matéria especial sobre música nas páginas centrais. Diário da redação Aos parceiros e assinantes do Jorev Luterano Até o momento, o Jornal Evangélico Luterano esteve vinculado à Instituição Sinodal de Assistência, Educação e Cultura (ISAEC) da IECLB. A partir da edição 704/ março, o Jorev passou a estar vinculado ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas da IECLB, o que traz algumas alterações de procedimentos em relação às parcerias, além de modificações nos nossos dados bancários. Aos parceiros, a IECLB, por se tratar de uma Instituição Religiosa, como consta na legislação vigente, passou a emitir documento oficial de uma instituição imune de impostos e tributos. Nesse sentido, a partir da edição 704, de março/ 2008, passamos a encaminhar boleto bancário e a enviar recibo referente ao apoio, após a quitação do boleto, de acordo com a legislação brasileira. Caso necessário, nosso Departamento Jurídico poderá fornecer maiores informações. Aos leitores, as mudanças dizem respeito aos números das nossas contas correntes — uma vez que os bancos com os quais trabalhamos bem como as agências permanecem as mesmas — para quem costuma pagar a assinatura anual do Jorev via depósito em conta ou transferência eletrônica. Para os assinantes que efetuam o pagamento via boleto bancário ou já tenham realizado o pagamento por meio de depósito em uma das antigas contas, o envio dos exemplares vai continuar sendo feito normalmente. BANCO DO BRASIL Ag Ag.. 0010-8 – C/C 153.000-3 BANCO BRADESCO Ag Ag.. 0491-0 – C/C 576.176-0 BANCO SICREDI Ag Ag.. 116 – C/C 8376-3 Na certeza da compreensão desses novos procedimentos, continuamos contando com o apoio dos nossos parceiros e assinantes, fazendo o Jorev Luterano chegar a um número cada vez maior de pessoas. Para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários, estamos à disposição pelo telefone 51 3227.1258 e pelo e-mail [email protected]. JOREV LUTERANO JUNHO 2008 3 3 Curtas Corec e o voto consciente Comunicação no Conselho da EST Comunhão e Verdade Reunido de 29 de fevereiro a 1º de março, na sede da CNBB, em Porto Velho/RO, o Conselho Regional de Ecumenismo (Corec), formado por representantes das Igrejas Episcopal Anglicana do Brasil, Católica Romana e Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, refletiu sobre a política e as eleições de 2008, com a participação da Assembléia Legislativa de Rondônia e do Centro de Estudos Bíblicos. Profissional da área da comunicação, Hilmar Kannenberg foi eleito Presidente do Conselho de Administração da Faculdades EST, onde foi aluno, em reunião realizada no dia 28 de março, no campus da instituição. Surpreso com a indicação, Kannenberg disse sentir-se estimulado pelo novo desafio. “Devo muita coisa a esta casa. Estudei Teologia nesta instituição e agora terei a oportunidade de retribuir”, afirmou. A Missão Universitária (Miuni) nasceu em Joinville/SC, durante o culto de abertura do primeiro semestre de 2008, realizado na Paróquia São Mateus. Entre os presentes, estavam o Pastor Sinodal do Sínodo Norte Catarinense, P. Manfredo Siegle, o Reitor da Univille, Professor Paulo Ivo Koentopp, o Presidente da Comunidade Evangélica de Joinville, Valdir Speckhann, e várias pessoas que participaram com palavras de incentivo. Na carta pastoral, os representantes expressam preocupação com a baixa qualidade de vida do povo, a desagregação de muitos lares e a situação das camadas mais vulneráveis da população, destacando o empenho de administradores públicos competentes, mas deixando um alerta às Comunidades quanto à eleição dos candidatos da sua confiança, no sentido de adotarem critérios coerentes com a vocação cristã no momento de escolherem partidos e pessoas para conduzir a causa pública. ______.....______ Novo centro de educação infantil No dia 7 de março, o Colégio Evangélico Martin Luther inaugurou seu novo Centro de Educação Infantil, localizado ao lado da sede administrativa da Comunidade Evangélica Martin Luther, em Marechal Cândido Rondon/PR, um sonho acalentado há vários anos pelo Colégio e sua Mantenedora, a Associação Educacional e Assistencial Martin Luther (Asseamal). Agora, as crianças podem aproveitar um espaço que traduz a cultura da infância e respeita os direitos fundamentais da criança, em um ambiente adequado para aprendizagem, agradável esteticamente e desafiador do ponto de vista da curiosidade infantil, associado a um projeto pedagógico e corpo docente de excelência. O Conselho é formado por mais nove Conselheiros: Abílio Baeta Neves, Adayr Tesche, Eltor Breunig, Norberto Hoppen, Renate Schreiner, Seno Leonhard, P. Enos Heidemann, Vera Hoffmann e Wilmar Schüler. Durante o encontro, o Reitor, P. Dr. Oneide Bobsin, Pró-Reitores e a Administração mos-traram a Faculdade aos novos Con-selheiros e apresentaram um pano-rama de futuros cursos, além do relatório administrativo de 2007. ______.....______ Raposinhas no casamento O Sínodo Uruguai realizou um Retiro de Casais nas Termas São João do Oeste/SC, nos dias 28 a 30 de março, sob a coordenação do P. Gilberto Weber, da Paróquia de Cunha-Porã, que convidou o casal Claudio e Lorita Gernhardt, do Ministério Família Cristã Feliz, para dirigi-lo aos 47 casais das várias Paróquias participantes. Sobe Dia dos namorados: oportunidade para os casais renovarem continuamente os seus votos de compromisso com o amor. Desce Os relacionamentos efêmeros, sem comprometimento e respeito pelo seu par e pela bela instituição do casamento. Com o lema Comunhão e Verdade para os jovens dos dias de hoje, a Miuni busca ser um grupo formador, divulgador e acolhedor cuja proposta é ajudar a formar pessoas, estudantes que passam pela universidade e levam consigo o investimento feito para disseminá-lo em seus contextos. “Missão é isso. A colheita será no Reino de Deus”, afirma o P. Renato Luiz Becker, da Paróquia São Mateus. ______.....______ Construção da sede da OGA As vigas do fundamento da sede da Obra Gustavo Adolfo (OGA), iniciada no dia 3 de março, já foram concretadas, dando uma visão de como será a obra, com conclusão prevista para 31 de dezembro de 2008, segundo o Presidente da entidade, P. Rolf Droste. Ofertas Nacionais 8 de junho 4º Domingo após Pentecostes Programa Formação Cristã Contínua A educação cristã fundamenta-se no Batismo e acontece ao longo de toda a vida, preparando para o testemunho do Evangelho de Jesus Cristo no mundo. As ofertas serão investidas em seminários, cursos e materiais que promovem a educação cristã na nossa Igreja, iniciativas coordenadas pela Secretaria Geral, em parceria com Sínodos, Paróquias e Comunidades, todas voltadas ao trabalho com crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. 29 de junho 7º Domingo após Pentecostes Bolsas de Incentivo para estudantes de Teologia O tema desenvolvido foi Raposinhas que destroem o casamento. Salomão, ao escrever Cantares, quis mostrar que os problemas não vêm carregando os dizeres Cuidado, problemas à vista. Na maioria das vezes, as mudanças começam de maneira sutil, por isso a Palavra de Deus exorta a perseguir as raposinhas Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor (Ct 2.15). É responsabilidade de cada um apanhar as suas raposinhas e viver o casamento de modo a dignificar a idéia de Deus, criador e instituidor da família. A construção foi iniciada sem o ato de lançamento da pedra fundamental, que acontecerá no dia 17 de julho, às 16h30, quando os Representantes Sinodais da OGA estiverem reunidos em São Leopoldo/RS para o seu X Encontro Nacional. Durante quase 100 anos, a OGA, que, em 6 de novembro completou 175 anos da sua fundação, na Alemanha, 1832, data que lembra a morte do Rei da Suécia Gustavo Adolfo II, ocorrida 200 anos antes, numa batalha em favor do protestantismo, funcionou em espaços cedidos e sem endereço permanente. Desde 1998, a Secretaria Executiva da OGA exercia suas atividades em uma casa, cedida pela IECLB em comodato. Com Jesus, a humanidade aprendeu que é possível estender as mãos ao outro! Existem muitas formas de fazermos isso, uma delas é a solidariedade com estudantes que, na IECLB, pretendem servir em um dos quatro Ministérios com ordenação: Diaconia, Missão, Educação cristã e Pastorado. Por meio das Bolsas de Incentivo, compostas por recursos provenientes de doações da Igreja da Alemanha, do orçamento central da IECLB e das duas ofertas anuais, a IECLB apóia estudantes que não têm condições de arcar com o custo dos seus estudos. 4 Atualidade ‘Agora, entendi para onde vai o dinheiro!’ Essa afirmação, feita por um membro da IECLB, fez a diferença em relação ao jeito como ele passou a lidar com as demandas da Igreja, também aquelas relacionadas com dinheiro! Agora, eu sei!, afirmou com determinação. Como Secretário Geral da IECLB, tenho compartilhado com lideranças de Comunidades, Paróquias e Sínodos que há ingredientes na atual estrutura da IECLB nacional, este corpo vivo (1 Coríntios 12), que são imprescindíveis para fazer frente ao mandato que consta no art. 3º da nossa Constituição. Menciono apenas alguns deles: -Diálogo entre as diferentes instâncias (isto começa na Comunidade, quando o Presbitério se reúne). -Estabelecer relações com outras instâncias (não só cobrar dos outros). -Internalizar a dinâmica da Igreja (usar de fato os caminhos que existem para encaminhar propostas, como Assembléias e Concílios). -Construir uma relação de respeito, de tal forma que aqueles que foram eleitos para o exercício de uma função na Igreja se sintam respaldados e encorajados como representantes. É fundamental trabalhar apostando em uma relação de confiança, responsabilidade e comprometimento com a causa maior da Igreja, a propagação do Evangelho de Jesus Cristo! Por isto mesmo, quando ouço alguém dizer agora, entendi para onde vai o dinheiro, fico contente e, ao mesmo tempo, convicto do quanto ainda precisamos aprender a nos comunicar. Precisamos perguntar mais, explicar mais, conversar mais e ‘achar’ menos! Nesta perspectiva, quero destacar dois dados gerais do resultado financeiro do ano de 2007, que foi disponibilizado para os Presidentes de Paróquias, Obreiros e lideranças sinodais no Boletim Informativo da IECLB 194, aprovado na última reunião do Conselho da Igreja. Esses resultados já refletem o trabalho feito em torno do tema Fé, Gratidão e Compromisso. Mesmo que o assunto não esteja esgotado, os avanços feitos pelos Sínodos são significativos. O acompanhamento das demandas administrativas, a correta aplicação das decisões tomadas em Concílio (onde as Comunidades se reúnem) e os encontros com as lideranças das Comunidades têm sido fundamentais para ampliarmos a nossa visão da IECLB como um todo e as suas reais necessidades. Entre o que foi orçado para 2007 como contribuição dos 10% dos Sínodos, houve uma variação positiva de 16,84%, isto é, R$ 433.542,05. Tivemos um misto de crescimento e recuperação de contribuições. Entre o que foi orçado como despesa e investimento para 2007 para o orçamento central, não investimos R$ 540.357,87. O comparativo entre o que foi orçado e realizado mostra o cuidado com a execução das despesas. O que sinalizam estes números? Que há um esforço sério e comprometido em diferentes instâncias na IECLB no sentido de cuidar bem do bem da IECLB. Não significa que está tudo resolvido! Há deficit ainda? Sim! Temos pela frente uma enorme demanda em que a IECLB terá que definir estrategicamente, como, por exemplo, qual estrutura administrativa (em todos os níveis) é necessária para dar conta responsavelmente das demandas, isto porque missão também se faz pela administração eclesiástica. P. Dr. Nestor Friedrich Secretário Geral da IECLB Igreja missionária “Quando há identificação com a causa da Igreja, normalmente não faltará dinheiro, exceto em caso de real carência. Dinheiro não se reduz a assunto puramente material. É questão eminentemente espiritual. Quer ser visto como um recurso não para comprar, mas para servir. Ele é imprescindível na tarefa de semear a palavra de Deus e de preparar a vinda do Reino de Deus (Mateus 3.1s). ‘Plantado, dá.’ Esse provérbio se aplica também ao Evangelho e, por conseguinte, à IECLB e sua missão. Está aí a lavoura de Deus (1Coríntios 3.9), a sociedade brasileira, nossa cidade, nosso bairro. Quem aí não semeia, também não vai colher (2 Coríntios 9.6). Quem não investe energicamente no esforço por despertar a fé, o amor e a esperança, terá pesados gastos no futuro com o ‘saneamento básico’ dos problemas humanos. É significativo que de semeadura material pode brotar fruto espiritual”. Igreja, para ser missionária, deverá ser hábil em motivar as pessoas a contribuir com sua parcela financeira no plantio do Reino de Deus P. Dr. h.c. Gottfried Brakemeier Dez Mandamentos para Igreja Missionária Rainhas e vítimas O assassinato da menina Isabella, ocorrido no espaço doméstico de uma família de classe média urbana, me fez voltar a leituras do tempo em que me tornei pai. Naquela ocasião, queria entender como errar menos na educação das crianças. Embora eu tivesse recebido uma boa educação no âmbito da família e da Comunidade de fé camponesas, que foi marcada pela liberdade e pelos limites bem-definidos, precisaria de mais cuidados, porque os meus filhos viveriam numa realidade muito diferente do meu mundo da infância. Foi nesta busca que encontrei análises interessantes sobre como tratamos as crianças no Brasil. Instigaram-me as observações de um Psicanalista italiano, Contardo Calligaris, que optou pelo Brasil. Dizia ele que se impressionava como, no Brasil, a relação dos adultos com as crianças tem dois lados bem distintos. De um lado, parece que a criança é a rainha do mundo. Exemplo extremo disto pode ser buscado numa entrevista dada pela apresentadora que ainda se intitula a ‘rainha dos baixinhos’. Lembro, como se fosse hoje, das suas palavras infelizes Quando a minha filha começar a andar, se for preciso eu derrubo todas as paredes para que tenha liberdade total. Em outras palavras, ‘minha filha não terá limites’. Com uma educação assim, não precisamos nos surpreender quando jovens ateiam fogo em mendigos, índios ou mulheres que se ‘parecem’ com prostitutas. No entanto, a moeda tem dois lados. Num país onde as crianças parecem reis ou rainhas, como se aqui fosse o paraíso delas, também se joga criança no lixo, em lagoas e pela janela de um luxuoso prédio. Portanto, é A hipocrisia vê sempre nos filhos dos outros as más companhias no doce lar que diariamente crianças, bem como as suas mães, são violentadas e abusadas sexualmente pelos homens da casa. Diante de tais fatos cruéis, que são comuns em nosso país, cabe fazer muitas perguntas antes de posarmos de hipócritas, como se isso só acontecesse com os outros. Cada um de nós, sob certas circunstâncias, pode se tornar violento, especialmente quando o individualismo rompe os laços que nos dão segurança e limites. Também aceitar respostas levianas para problemas complexos pode ser o início da violência. Entre as respostas fáceis está aquela que afirma que vivemos tempos piores que os anteriores. Penso que a nossa sociedade está mais transparente. Está cada vez mais difícil esconder os pecados. Nem o poder nem o dinheiro, que ainda podem muito, são suficientes para encobrir crimes e roubos. Na medida em que a sociedade sofisticou os meios de revelação dos frutos do pecado, estamos aprendendo com os erros e ela está se tornando mais justa, apesar dos sinais em contrário. Com esperança, percebo que na nossa sociedade as palavras de Jesus estão se realizando, conforme Mateus 10.26 Não tenhas medo deles, portanto. Pois nada há de encoberto que não venha a ser descoberto, nem oculto que não venha a ser revelado. Uma educação transparente ajuda a família a superar a hipocrisia que vê sempre nos filhos dos outros a má companhia. P. Dr. Oneide Bobsin Pastor da IECLB e Reitor da Faculdades EST Presidência JOREV LUTERANO JUNHO 2008 De que Igreja você faz parte? Somos Igreja que VAI ao encontro das pessoas, mas que também as convida: VEM. Essa é uma das chamadas de capa dos folhetos da Campanha Nacional para a Missão. Primordialmente, destina-se aos membros das Comunidades da IECLB. Contudo, um número considerável de pessoas que não são filiadas à IECLB também vai tomar conhecimento da realização dessa campanha em nível nacional. A chamada não é apenas um slogan. Expressa a convicção e o compromisso que nascem do Evangelho de Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, também reafirma a vocação para a qual a Igreja é chamada no mundo, que é a de testemunhar o amor de Deus revelado no Filho Unigênito. A Campanha Nacional VAI! VEM! Missão de Deus – Nossa Paixão, iniciada em 11 de maio último e encerrando-se no próximo dia 30 de setembro de 2008, é uma bela oportunidade para que todas as instâncias da IECLB, em forma de mutirão, unam-se de modo engajado e esforcem-se em torno da constituição de um Fundo de Missão, um fundo que visa a apoiar e fortalecer projetos missionários em Comunidades, Paróquias e Sínodos a serviço da vida plena e abundante da qual Jesus foi precursor, conforme João 10.10. VAI! VEM! Missão de Deus Nossa Paixão Constatamos que os membros da IECLB são dotados de um potencial fantástico de dons, frutos da bondade, da graça e da generosidade de Deus. Dons que podem produzir mudanças e operar grandes maravilhas a serviço da missão. Na história da IECLB, não poderíamos contabilizar os incontáveis exemplos de pessoas que, movidas pela fé, nos deixaram e ainda hoje contribuem com um belo testemunho de amor, solidariedade e generosidade. Nesse sentido, apelamos aos membros, lideranças, Obreiros e Obreiras da IECLB para que, em confiança, alegria, ânimo redobrado, disposição e criatividade, abracem com entusiasmo e força a Campanha Nacional VAI! VEM! Missão de Deus – Nossa Paixão, como expressão de gratidão e para a maior glória de Deus. 5 AGENDA DA PRESIDÊNCI A PRESIDÊNCIA JUNHO 31/05 - 1º/06/2008 Assembléia Sínodo Norte Catarinense Massaranduba/SC P. Walter Altmann 24/06 - 01/07/2008 FLM Comitê Executivo e Conselho Genebra/Suíça Carlos Bock 28/06/2008 Assembléia Sínodo Rio dos Sinos Novo Hamburgo/RS P. Walter Altmann P. Homero Pinto P. Homero Severo Pinto P. 1º Vice-Presidente da IECLB Pastor Presidente visita Comunidades no extremo Norte do país “Vindo do extremo Sul, onde está a sede da IECLB, minha visita a Comunidades do extremo Norte não deixa de ser um forte símbolo da unidade da IECLB neste imenso país. Nossos membros e suas Comunidades, nesta dispersão, necessitam da solidariedade dos demais membros e Comunidades”, disse o Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Walter Altmann, ao relatar a sua visita, junto com o Pastor Sinodal do Sínodo da Amazônia, P. Mauri Magedanz, às Comunidades de Manaus/AM e Boa Vista/RR, no início do mês de abril, ambas Comunidades da IECLB que se localizam mais ao Norte e integram a relação de projetos missionários da Igreja. Em Manaus, a Obreira encarregada das atividades ministeriais é a Catequis- ta Traudi Margarida Kraemer. A Comunidade, localizada em bairro popular, mantém uma pequena escola de ensino fundamental, atualmente com 76 alunos. “Com o reconhecimento da escola pelas autoridades educacionais, pelo qual a Comunidade e a Obreira muito se empenharam, espera-se que o número de IECLB recebe agradecimento da FLM “Certamente terão chegado à IECLB os testemunhos de gratidão e reconhecimento expressados por lideranças da Igreja Cristã Luterana de Honduras (ICLH), no ato de despedida do P. Armindo Schmechel, realizado durante a Conferência de Bispos, Presidentes e Líderes (COP/ COL), entre os dias 31 de março e 4 de abril.” O texto é do Secretário para América Latina e Caribe/Departamento para Missão e Desenvolvimento da Federação Luterana Mundial (FLM), rev. Martin Junge, em correspondência encaminhada à Presidência da IECLB, agradecendo pelo trabalho do P. Armindo Schmechel em Honduras. P. Schmechel havia sido enviado para uma função específica como Pastor, com o objetivo de auxiliar a ICLH na capacitação teológica de seus Pastores e membros. “Com a aposentadoria do ex-P. Presidente Guillermo Flores, ficou um vácuo na liderança, pois aquela pequena igreja não tinha outros Pastores ordenados”, explicou o Pastor Presidente da IECLB, P. Dr. Walter Altmann. Houve, então, um apelo especial ao Pastor Schmechel e à IECLB para que esta concordasse com a sua eleição para Pastor Presidente da Igreja Cristã Luterana de Honduras. “Inicialmente, resistimos, pois a IECLB, ao enviar seus Obreiros para outra igreja, não o faz para assumir cargos de liderança, mas ficamos muito contentes com o resultado descrito na carta da FLM”, afirmou P. Altmann. “Valorizamos imensamente esse gesto de solidariedade e reconhecemos a valiosa contribuição da IECLB para o processo de fortalecimento da ICLH”, escreveu o rev. Martin Junge. crianças inscritas aumente, podendo, desta forma, a escola sustentar a Obreira Catequista, avaliada nesta ocasião pela Comissão Sinodal de Avaliação, que recomendou a renovação do seu termo de atividade ministerial”, contou o Pastor Presidente da IECLB. O Pastor licenciado Júlio Schweickardt, hoje atuando na Fiocruz, auxilia por meio da realização de cultos. Em Boa Vista, P. Altmann oficiou a ordenação da Pastora Luceny Laurett, que, no seu projeto missionário, comprometeu-se a atingir a sustentabilidade nos próximos anos. Para tanto, pretende dar atenção espiritual tanto aos membros históricos da IECLB quanto aos novos membros que nela venham a se integrar. CMI completa 60 anos Perseverança no empenho em favor da unidade foi o tema central abordado pelo Pastor Presidente da IECLB e Moderador do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), P. Dr. Walter Altmann, ao dirigir-se ao Comitê Central, em Genebra, na Suíça, no mês de fevereiro. Nesse ano em que o CMI celebra o seu 60º aniversário, P. Altmann assegurou, ecoando a afirmação contida na mensagem da assembléia constitutiva “É nosso firme propósito permanecermos juntos”. O documento produzido pelo Pastor Presidente para a ocasião relembra marcos do movimento ecumênico e a própria história do Conselho, em que reiteradamente se afirmou o compromisso da unidade por meio de inúmeros documentos e ações. A mais recente foi a realização da IX Assembléia Geral, em Porto Alegre/RS, em 2006, quando o CMI adotou a declaração intitulada Chamados a ser uma Igreja una, como ‘um convite às igrejas a renovarem seu compromisso com a busca da unidade e a aprofundarem seu diálogo’. 6 6 Ministério O Ministério pastoral em família: unindo lar e altar Quais são as suas atividades na Paróquia de São José/SC? Há 18 anos, minha família tem atuado em São José, onde se trabalhou, juntamente com o Presbitério, o paradigma de integrar todas as faixas etárias por meio de programações específicas. Algumas ênfases têm sido as seguintes: Missão Criança, Ensino Confirmatório, Liderança e Orquestra. Missão Criança acompanha as crianças batizadas e seus pais, por meio de visitas e eleição de Padrinho/Madrinha de oração no culto do Batismo. Anualmente, estes são trocados até a criança ingressar na Escola Dominical, aos quatro anos. Ensino Confirmatório busca não apenas a confirmação do jovem, ao final do curso de dois anos, mas o envolvimento da família toda. Em equipe, são ministradas as aulas, o louvor, passa-dias, caminhadas por trilhas, retiros, cultos especiais, etc. Liderança tem recebido um incentivo expressivo nos trabalhos paroquiais e comunitários. Dos grupos, emergem novas lideranças que vão assumindo diversas tarefas. Orquestra refere-se ao projeto de montar uma Orquestra, que, hoje, conta com cerca de 60 componentes que tocam instrumentos de sopro, cordas e percussão, entre eles sax, tuba, trompete, clarinete, flauta transversa, violino, violão, bateria, etc. Que ações estão sendo realizadas para atrair o confirmando para a Igreja? O Ensino Confirmatório recebeu uma atenção especial, pois o nosso objetivo é a participação da família como um todo, Os Ministérios etc., em que são motivados a se fazerem presente. Os dois anos se tornam prazerosos e apresentam uma Igreja receptiva para todos os familiares, que terminam se envolvendo de maneira plena. Natural de Timbó/SC, P. Sérgio Gessner, 51 anos, formado pela Faculdade de Teologia, em São Leopoldo/RS, é casado com Vera Lúcia, formada na Casa Matriz de Diaconisas como Assistente de Comunidade e, na PUC-Porto Alegre/RS, em Ciências Sociais. O casal tem dois filhos: Tobias Rudolfo e George Luis. A família participa ativamente dos cultos, escola dominical, encontros de jovens, retiros e, principalmente, no louvor. Os filhos têm se dedicado à música e Vera, ao lado do marido, tem assumido estudos na OASE, encontro de casais, coordenado o trabalho da terceira idade e as pregações em cultos. por isso a equipe tem liberdade de agenda e o Pastor coordena e está presente sempre que possível. Durante todo o tempo de Ensino Confirmatório, os jovens têm programações, como trilhas, caminhadas, acampamentos, A atenção à música busca manter o jovem na Igreja? Em 2007, foi contratado um Maestro para instalar, nas dependências da Comunidade de Campinas, uma escola de música com o objetivo de formar uma orquestra. Iniciaram cerca de 80 alunos. Hoje, perseveram cerca de 60, que tocam diversos instrumentos. Temos alcançado um significativo número de jovens, que são acolhidos com suas diferenças de expressão, louvor e temas abordados nas prédicas. Nossos cultos têm sido inspiradores, alegres, descontraídos e edificantes. A formação de lideranças é importante para o futuro da Igreja? Certamente, por isso a formação de lideranças tem recebido atenção especial. Atualmente, existem cerca de treze grupos domiciliares e/ou casais de onde nascem lideranças que vão assumindo responsabilidades no Presbitério, OASE, Visitação, Grupos de oração, Trilhas e caminhadas, Pessoas sós, Boas-vindas, Terceira idade e Pregação em alguns cultos. Ao final de 2007, tínhamos, aproximadamente, duzentos líderes envolvidos nas três Comunidades e dois Pontos de Pregação da Paróquia. Ao longo dessas quase duas décadas de Ministério na Paróquia de São José/SC, os trabalhos cresceram de duas para três Comunidades e dois Pontos de Pregação novos. Atuam dois Pastores e, ainda esse ano, deve ser criada uma nova Paróquia e contratado mais um Obreiro. A Paróquia divide as suas áreas de atuação em Ministérios. O Pastor responsável está na coordenação dos trabalhos, mas cada líder programa uma agenda de convívio, aumentando a flexibilidade dos encontros. Na Comunidade de Campinas, são 23 Ministérios: Missão Criança, Berçário, Escola Dominical, Visitação Permanente, Ensino Confirmatório, Jovem, Louvor, Membros Novos, Casais, Grupos Domiciliares, Trabalho com Mulheres, Intercessão, Discipulado Individual e em Grupo, Pregadores, Literatura, Folhetos Evangelísticos, Ação Social, Sobriedade, Boas-Vindas, Aconselhamento, Terceira Idade, Trilhas e Caminhadas e Pessoas Sós . Na Comunidade de Barreiros, são 15 Ministérios: Escola Dominical, Ensino Confirmatório, Jovem, Louvor, Grupos Domiciliares, Trabalho com Mulheres, Intercessão, Discipulado Individual, Pregadores, Ação Social, Boas-Vindas, Aconselhamento, Manhã com Deus, Visitação Permanente e Escolinha de Futebol. Na Comunidade de Forquilhas, são 8 Ministérios: Escola Dominical, Ensino Confirmatório, Jovem, Louvor, Grupo de Casais, Grupo de Oração, Discipulado Individual e Grupos de Estudos Bíblicos. Nos novos Pontos de Pregação, no município de Biguaçu/SC e no bairro de Picadas, os trabalhos também estão sendo organizados nessa direção: a concretização do Sacerdócio Geral dos Crentes. Diaconia em Contextos Urbanos O trabalho diaconal da IECLB tem sido desafiado pela realidade social e econômica do nosso país. As Comunidades são desafiadas a refletirem sobre formas de trabalhar em rede com organizações não-governamentais, outras denominações religiosas e também com o poder público. As Comunidades e instituições são confrontadas com inúmeros questionamentos: Como contribuir para a transformação de tantas realidades de sofrimento sem substituir o poder público em sua tarefa? Como prestar assistência sem se tornar assistencialista? Como desenvolver um trabalho diaconal sem ser proselitista ou sem fechar as portas da Comunidade para o trabalho diaconal? Como resultado do Seminário Nacional de Diaconia em Contextos Urbanos, realizado em São Paulo/SP, de 4 a 7 de outubro de 2007, a Coordenação de Diaconia da Secretaria Geral está lançando, com apoio da Fundação Luterana de Diaconia, um DVD sobre Diaconia em Contextos Urbanos. O material quer ser uma ferramenta para que Comunidades, lideranças e grupos possam debater o tema. O DVD enfoca três grandes temas: Conceito de diaconia, Protagonismo e Comunidade aberta, que servem tanto para realidades urbanas quanto rurais e não tem a intenção de trazer respostas prontas ou verdades definitivas, mas quer ser motivador para refletir a ação diaconal da IECLB. O material está à disposição dos Sínodos, Paróquias, instituições e grupos interessados. Informações: Coordenação de Diaconia da Secretaria Geral pela Caixa Postal 2876, Cep 90.001-970, Porto Alegre/RS ou pelo e-mail [email protected]. JOREV LUTERANO JUNHO 2008 7 7 Presbitério No Presbitério, consagrando-se primeiro ao Senhor e, depois, ao próximo com o Evangelho. Aos poucos, Deus foi trabalhando em meu coração e entendi que necessitava da graça de Deus. Foi uma mudança radical. Desde então, estou sempre envolvido na Comunidade e Paróquia, como Presidente e Tesoureiro por várias vezes. Atualmente, sou Presidente da Paróquia. Já assumi a tarefa de Professor da Escola Dominical e pregador leigo e também tenho trabalhado com Grupos de Discipulado. Valdir Schütz, 55 anos, nasceu em Ituporanga/SC, é casado com Valli, com quem tem um filho, uma filha e duas netas, e, na IECLB, atualmente é Presidente da Paróquia de Ituporanga. Qual é o papel da fé no seu dia-a-dia? A fé precisa ser alimentada do mesmo modo como alimentamos nosso corpo, por isso meu dia começa com tempo de meditação e oração, há 26 anos. A fé interfere em todas as áreas da vida, ajuda a viver uma vida transparente, reconhecendo erros, admitindo falhas e orientando a relação familiar e a educação dos filhos. Que razão o levou a participar do Presbitério? Por anos, participei da Igreja por tradição, mas não tinha compreensão do amor de Deus e nem compromisso Como é o seu trabalho como Presidente da Paróquia de Ituporanga? Tenho assumido as funções administrativas e procuro realizar esse trabalho com dedicação, mas a tarefa vai além. É preciso pastorear o rebanho. Acompanho a área financeira, no entanto também penso no cuidado das pessoas, no sentido de guardá-las das mentiras e enganos. Como Presbíteros, somos responsáveis pela reta pregação da Palavra. Procuro ajudar as pessoas a descobrir e aplicar seus dons a serviço do Reino. Faço isso com alegria e tomo como exemplo a palavra do Evangelho que diz que Jesus não veio para ser servido, mas para servir (Mt 20.28). A principal responsabilidade é zelar pelo rebanho que Deus nos confiou e as metas são: ajudar a Paróquia a assumir mais a tarefa missionária, reavivar o trabalho com discipulado, iniciar o curso Alpha e apoiar a realização do Encontrão Jovem, que, em 2008, completou 25 anos. Há projetos especiais sendo desenvolvidos na Paróquia? A Paróquia mantém uma escola, bela oportunidade de compartilhar o Evangelho, além de promover educação com qualidade. Nosso projeto é abrir o terceiro pastorado na Paróquia, com ênfase no acompanhamento à escola. Outro projeto é a participação nas iniciativas missionárias. Ajudamos o Projeto da Missão Zero em Butiá/RS e vamos apoiar o Projeto Missionário do Sínodo Centro-Sul Catarinense. Além disso, estamos organizando visitas a outras Comunidades e Paróquias para realizar evangelizações. Quais são as maiores dificuldades encontradas na região? Uma das principais dificuldades está na área financeira. Muitos querem ver mudanças, mas há carência de ensino nesta área. Precisamos envolver as pessoas no serviço do Reino, de forma compromissada e com a marca da gratidão. A Igreja deve pregar sobre o dízimo, por exemplo, pois foi em uma pregação que entendi que tudo é do Senhor e que o sustento da Igreja de Jesus deve acontecer por meio de ofertas e dízimos. A pregação deve ser no sentido de gratidão, nunca de obrigação, pois Deus ama a quem dá com alegria. O Evangelho da salvação deve ser anunciado a todas as pessoas, então o dízimo é também nosso compromisso com essa tarefa. O aprendizado de trabalhar no Presbitério da IECLB O maior aprendizado é trabalhar em equipe! Aprendi a ouvir, respeitar opiniões diferentes e trabalhar pela unidade no vínculo da paz, pois aí tem crescimento. Aprendi a gostar de trabalhar junto com outras pessoas. Penso de onde fui tirado, de uma vida longe de Deus, para, hoje, experimentar a comunhão com o Senhor. O Evangelho me trouxe paz. Isso me leva a trabalhar para que outras pessoas possam também conhecer esse Jesus Libertador! O trabalho no Presbitério me ajudou a conhecer melhor a nossa IECLB, seus problemas e bênçãos que Deus tem derramado sobre a sua Igreja. Como Presbítero, isso me motivou a sair de Ituporanga e estar junto com irmãos de outros lugares, compartilhando desta maravilhosa graça que Deus nos concede por meio de Jesus Cristo. Sempre que posso compartilhar o Evangelho, aprendo um pouco mais daquilo que Deus faz ao nosso redor, auxiliando na minha função de Presbítero. Sou grato a Deus por tudo isto. O segredo de um Presbitério bemsucedido é consagrar-se primeiro ao Senhor e, depois, ao próximo. Financeiro Responde - Livro Caixa Nos dias 11 e 12 de abril, participamos de dois eventos no Sínodo Norte Catarinense, nos quais tivemos a oportunidade de conhecer localidades e pessoas, dentre as quais destaco o Contabilista Elemer Kroeger, atualmente exercendo a Presidência do Sínodo, que, com a sua competência, nos presenteou com um material extremamente prático e aplicável em relação aos procedimentos de confecção do Livro Caixa, os quais transcrevo: - O Livro Caixa deve ser feito mensalmente. - Os lançamentos devem ser feitos obrigatoriamente em ordem seqüencial crescente de data. - O Livro Caixa não pode conter rasuras. - Só podem ser efetuados pagamentos se existirem documentos hábeis, ou seja, Nota Fiscal, Cupom Fiscal, Nota de Serviço, Nota do Produtor, Nota Promissória ou Recibo Personalizado, todos originais. Em nenhuma hipótese, poderá ser utilizado recibo comum. - Quando existir pagamento por cheque, é salutar anexar cópia carbonada, cópia do canhoto do mesmo e ser lançado na coluna ‘entrada’ do Livro Caixa, identificando claramente o banco e o número, para posterior acompanhamento pelo extrato, quando da sua compensação. Não se deve esquecer de anexar mensalmente o extrato bancário. - Os saques de conta bancária de poupança também devem ser lançados na coluna ‘entrada’ do Livro Caixa, identificando-os de qual banco. - Os depósitos para bancos também deverão ser lançados, neste caso, na coluna ‘saída’ do Livro Caixa. - Em todo documento anexado ao Livro Caixa, deverá ser anotado, a lápis, em seu corpo ou no verso, a sua finalidade, para facilitar a contabilização e esclarecer dúvidas na prestação de contas. Exemplos: material e despesa com Culto Infantil, Coral e Música, material litúrgico (velas, vinho, etc.) e outras despesas de manutenção, conserto e limpeza. - Todo o dinheiro que for recebido, qualquer que seja, terá que ser lançado no Livro Caixa. Exemplos: ofertas, doações, retiradas de banco, empréstimo, financiamento em banco e cobrança, mesmo que só transitem para simples transferências. - O Livro Caixa deve ser entregue assinado pelo Tesoureiro e vistoriado pelos responsáveis (Presidente e Conselho Fiscal). - Quando do encerramento do período, devem ser detalhados os saldos referente a cheques, dinheiro, possíveis vales e outros valores, para formalizar a transparência do processo. Amauri Ludwig Secretário Executivo de Finanças da IECLB Indicadores Financeiros UPM Maio/2008 = 2,2992% Índice Abril/2008 = 0,74% Acumulado do ano = 2,23% JOREV LUTERANO JUNHO 08 9 8 UNIDADE A música como importante instrumento de missão na nossa Igreja Música... Combinação expressiva de sons com o poder de harmonizar o espírito... Linguagem da alma... Forma de arte presente em todas as civilizações conhecidas... Conceitos não faltam, mas todos dizem respeito ao efeito sublime que um conjunto de notas, ritmos e melodias é capaz de provocar. Comumente, a música é dividida em erudita (chamada música ‘culta’), popular (ou música de socialização), folclórica ou tradicional (associada a elementos culturais de grupos sociais) e religiosa (utilizada em liturgias, adorações e orações). Considerando esta última forma de linguagem musical, conversamos com o P. Ari Käfer, Presidente da Obra Missionária de Metais Acordai, seu ex-aluno, hoje Regente, Gerson Krug, a Professora de Música da Associação Diacônica Luterana (ADL) Matilde Lüdtke e Hanny Taeschner, Presidente da Fundação Isaec de Comunicação, para conhecer um pouco mais sobre a influência da música na vida deles e, principalmente, refletir sobre como a música pode ser um inestimável instrumento de missão Oxigênio para a vida particular, a fé e o Ministério pastoral trombone de pisto e trompete. Também cantei no coral da escola, fiz curso de Regência para coros e auxiliei na criação da bandinha que tocava as músicas para o grupo de folclore alemão. Na Faculdade de Teologia, coordenei o coro de metais. Consegui, em contato com o P. Hans Roser, do Matinlutherverei in Bayern, a doação de diversos trombones e trompetes para a EST. Ainda cantei no Coral do Morro e participei nos encaminhamentos preliminares do, hoje, Instituto de Música da EST. P. Ari Käfer, formado pela Faculdade de Teologia, em São Leopoldo/ RS, atualmente exerce o pastorado na Paróquia Bom Pastor, em Blumenau/SC, acumulando a função de Presidente da Obra Missionária de Metais Acordai, da IECLB, Regente de dois Corais e do Coro de trombones na Paróquia Bom Pastor, além de Pastor orientador da música no Sínodo Vale do Itajaí. Envolvimento com a música Descobri o dom da música em 1979, quando ingressei na Escola Evangélica de Ivoti/RS. Aprendi a tocar trombone de vara e, mais tarde, Atividades ligadas à música Atualmente, sou Pastor na Paróquia Bom Pastor, no Bairro Fidélis, em Blumenau/SC, além de Regente de dois Corais e do Coro de Metais. Também dou aulas de trombone e trompete e coordeno os ensaios de um grupo de liturgia e canto. Também temos Professores de Música dando aulas de diversos instrumentos em duas das nossas Comunidades. Desde outubro de 2007, sou Presidente da Obra Missionária de Metais Acordai, da IECLB, um núcleo da Comunhão Martim Lutero que congrega os Coros de Metais da Igreja. Em outubro passado, promovemos o V Encontro Nacional de Coros de Metais, em Schroeder/SC, reunindo mais de 400 Músicos representando seus gru- pos vindos de diversos Sínodos da nossa Igreja. Ainda, editamos material didático e de trabalho para os nossos grupos. Papel da música na vida A música é o oxigênio para a minha vida particular, para a minha fé e para o meu Ministério pastoral. Aquilo que a palavra falada e os outros recursos de comunicação não são capazes de promover no ser humano, a música consegue. Toco e ouço músicas de diferentes estilos para os diferentes momentos da minha vida, mas o que me toca mais forte são os hinos que atingem a minha sensibilidade, a música clássica e as músicas meditativas, quando necessito serenar o meu interior. Missão por meio da música Onde se toca um belo hino e se canta, as pessoas se achegam. Tenho entre os meus alunos de sopro crianças, adolescentes, pais e terceira idade. Já experimentei o mesmo fenômeno em outras Paróquias: o comprometimento com a missão cristã por meio da música, por isso defendo que as Comunidades dêem espaços a conjuntos musicais da juventude e vez para tocar e cantar com seu estilo em cultos preparados para esse fim, mas os Obreiros devem cuidar para que esses não copiem o lixo musical do mercado evangélico. A música e o canto comprometem a quem participa dos grupos e dos corais e entusiasmam e vivificam as Comunidades. Servindo a Deus com plena satisfação e muito amor à causa Envolvimento com a música Em 1990, o P. Ari Käfer insistiu para que eu aprendesse a tocar um instrumento. Como, no passado, meu pai tocava trompete e a minha mãe cantava no coral, aceitei o desafio. Iniciei de maneira informal, mas com muita dedicação, tocando trompete, trombone, bombadino e flauta. Fiz cursos e participei de seminários de música e regência. Acredito que, em função dos meus ‘pais musicais’, tive bastante facilidade em aprender. Após dois ou três anos de estudo, já estava na regência do coral. Papel da música na vida Não sei o que seria da minha vida sem a música. Sou muito grato ao P. Ari Käfer pelo seu estímulo e preocupação em formar líderes, Regentes. Como profissão, sou Agricultor, mas, com a música, trabalho por satisfação e amor à causa, pois ela não me proporciona sustentação financeira, apenas ajuda de custo. O importante é servir a Deus, pois, pelo canto, os problemas se tornam bem menores. Missão por meio da música Posso ajudar outras pessoas com o trabalho no coral, por exemplo, pois, quando as pessoas cantam, ficam mais leves. Como coralista, auxilio outras pessoas a participaMembro na Paróquia de Mercedes, perrem da obra de Deus. É muito gratificante. Como missão, a tencente à Comunidade de Guavirá/PR, música, por meio do canto e do uso dos instrumentos, está Gérson Krug desenvolveu um grande aí para tornar os cultos mais agradáveis, tanto para quem amor pela música, despontando como ReAtividades ligadas à música canta quanto para os membros. Percebo que as pessoas gente. Hoje, é Regente do coral da CoAtualmente, sou Regente do coral da gostam e participam bem mais quando o culto tem músimunidade de Mercedes e toca trompete e canta no grupo da ComuniComunidade de Mercedes e toco trompete, ca. Além disso, a música torna as celebrações muito mais dade Linha Guavirá. além de cantar no grupo de música da Cobonitas. Quando o culto aborda algum tema conhecido e munidade Linha Guavirá. Também já regi o coral ecumênico na Comunidade não temos nenhuma música relacionada no HPD, adaptamos. Também procuro Novo Horizonte, mas, no momento, não tenho tido tempo para esta atividade em e incentivo pessoas a aprenderem a tocar um instrumento, mas o pessoal reclafunção da distância. ma que é difícil conciliar os estudos com o aprendizado da música. Uma vida totalmente dedicada à música no âmbito da Igreja Envolvimento com a música Meu primeiro contato com música aconteceu durante meus sete anos de estudos na ADL. Depois disso, fui estudar música em Vitória/ES, na Escola de Música. Ainda durante esses estudos, fui convidada a assumir as aulas de Música em minha antiga escola, a ADL, mas continuei as aulas de música na Escola de Música de Vitória. Atividades ligadas à música Venho regendo corais pela região e, principalmente, na ADL. Em sala de aula, trabalho com Teoria Musical, Percepção Musical, Regência e Canto, além de ministrar aulas de instrumento, que também acontecem fora da ADL, nas Paróquias e Comunidades do Sínodo Espírito Santo a Belém. Papel da música na vida Na minha vida, atualmente, é tudo, pois é a minha fonte de renda, o meu sustento. Além disso, desde criança, envolvo-me muito com música, já que toda a família e, principalmente, a minha mãe sempre estiveram envolvidas e me incentivaram a praticar a música. Um fato marcante, por exemplo, foi o momento em que um dos meus irmãos presenteou-me com um piano, o que muito me animou e motivou para a continuação nessa vida dedicada à música no âmbito da Igreja. Missão por meio da música Penso que os corais e grupos de canto das nossas Paróquias e Comunidades, bem como musicistas que acompanham cultos e encontros, sentem que esse é um importante espaço que é seu. Imagino que a ausência desses levaria muitas pessoas, hoje engajadas no serviço da Igreja, a afastarem-se. Como tarefa ou possibilidade missionária, poderia se falar na criação, animação e fomento de mais grupos de canto, corais e grupos de animação nas Comunidades, onde todos, mas principalmente os jovens, têm o espaço valorizado e sentem-se integrados no corpo da Comunidade. Dentre as minhas atividades, é possível citar a minha participação no Conselho Sinodal de Música, em que se pensa o que acontecerá em todo o Sínodo envolvendo a música. Além disso, a preparação de pessoas para o trabalho de música nas Paróquias e Comunidades, o incentivo a corais infantis e as aulas de música para jovens e adolescentes em âmbito do Sínodo Espírito Santo a Belém. Sobretudo, destaco a formação de lideranças comunitárias para esse fim que acontece na Associação Diacônica Luterana, uma vez que todos os estudantes da casa A Professora Matilde Lüdtke é formada em Teoria Musical pela Escola de Música do Espírito Santo e especialista em flauta e Regência para Coral. Atualmente, atua c o m o Professora de Música da Associação Diacônica Luterana (ADL), em Serra Pelada/ ES. têm formação em Música, na qual Regência, coordenação e criação de grupos são o foco mais importante. Poder de cativar e motivar a participação na missão da IECLB Envolvimento com a música Aos 12 anos, já era fã de Elvis Presley, Caubi Peixoto e Freddy Quinn. Quando o Pastor da Paróquia me convidou para ser Professora da Escola Dominical, tudo começou: um imenso amor pela música luterana. Atividades ligadas à mú- sica Estou há 14 anos na Presidência da Fundação Isaec e, nos últimos 5 anos, senti uma grande necessidade de fazer algo de muito bom pela nossa Igreja. Como estávamos carentes de bons CDs, resolvi começar a gravar os hinos dos nossos hinários. Já estamos com 12 CDs gravados! Papel da música na vida Além do ar que respiro e da minha família, a música é tudo na minha vida, pois ela me leva ao céu! Missão por meio da música A missão pode acontecer pelo canto na Igreja e a expressão de louvor a Deus. Acredito que uma Comunidade que canta é uma Comunidade viva e Professora de ensino religioso em escolas municipais e estaduais durante 10 anos, atualmente Hanny Taeschner é a primeira mulher a presidir a Fundação Isaec de Comunicação em 30 anos de existência da entidade e, há cinco anos, está envolvida no Projeto ‘Reavivar o Canto em Comunidade’, que consiste em gravar os hinos da nossa Igreja com arranjos especiais. participativa. Os nossos hinos são um grande instrumento para a divulgar o Evangelho. O canto tem o poder de cativar e motivar a participação na ‘Missão da Igreja’. Diariamente, recebo testemunhos de que certas músicas gravadas fazem diferença na vida das pessoas que adquiriram os CDs. O sentimento é de mais fé e menos solidão e depressão. O hino mais procurado é o número 216 do HPD 1 Se as águas do mar da vida. Reavivar o Canto em Comunidade Reavivar o Canto em Comunidade é o desafio que a Fundação Isaec de Comunicação está lançando com a gravação dos CDs Hinos do Povo de Deus, com o objetivo de estimular a Comunidade luterana a cantar com mais alegria os hinos, participando ativamente nos cultos. O Projeto Reavivar o Canto em Comunidade terá o seu final em dezembro de 2008, após cinco anos de contatos com as Paróquias e Comunidades de toda a IECLB. “Infelizmente, nem todas as lideranças entenderam o quanto é importante estimular os hinos junto aos nossos membros. Somente 25% dos Obreiros abraçaram o Projeto da Fundação Isaec de Comunicação. Das 472 Paróquias, apenas 95 se tornaram assíduas divulgadores dos CDs. O nosso sonho era alcançar pelo menos 100 mil membros. Provavelmente, chegaremos somente até a metade e muitos luteranos continuarão sem ter nenhum hino da nossa Igreja para cantarem nos seus lares”, lamenta Hanny Taeschner, Presidente da Fundação Isaec de Comunicação. 10 10 Mulheres Desenvolvendo o amor e a valorização das mulheres doação, também temos nos envolvido com o Centro de Recuperação Nova Esperança (Cerene) , no que tange a visitas e doações, fortalecendo, assim, o servir. A prioridade no trabalho junto às mulheres é fazer com que elas se sintam Anelise Muniz de Souza, 42 anos, é casada há 23 anos com Antônio Adelar e mãe de três filhos, Rodolfo, Eduarda e Martina. Natural da cidade catarinense de Bom Retiro, pertence à Paróquia de São José, Comunidade de Campinas. Atualmente, é Presidente do grupo de OASE de Campinas e dirigente do grupo da terceira idade da Comunidade. No Sínodo Centro-Sul Catarinense, como é o trabalho com mulheres? É um trabalho edificante. Nos nossos encontros, que acontecem todas as quartas-feiras, das 14h30 às 16 horas, temos louvor, oração, Palavra e comunhão, sendo que a Palavra é o centro Dilene Gübler, Vice-Presidente da OASE, e Anelise das nossas reuniões. Além dos nossos encontros, também temos o Chá das Mães sempre no mês de maio, o jantar dos ‘Eternos Namorados’, o Chá da Primavera e a Noite das Divas, além de passeios e viagens. Como Presidente do Grupo de OASE, minha tarefa é fazer com que as mulheres que ainda não conhecem Jesus e não ouvem a Palavra sejam alcançadas. Quais são as demandas das mulheres do Sínodo no dia-a-dia? Os temas são bem diversificados, sendo que o centro de tudo é Jesus. Aqui, tratamos sobre relacionamentos em família, auto-estima, depressão, os potenciais de cada mulher, talentos, desafios, demandas possíveis, etc., pois temos personalidades e pensamentos diferentes. Com total dedicação e amadas e valorizadas. Trabalhamos o verdadeiro valor das coisas, autoestima, filhos, relacionamentos, trabalho x lar e como ser um verdadeiro ‘cristão’. A participação das mulheres é ativa? É expressiva. Temos um grupo bem ativo e eclético de, aproximadamente, 60 mulheres, no qual há mulheres da terceira idade, meia idade e mulheres bem jovens. Entre estas participantes, estão donas de casa, empresárias e autônomas, todas envolvidas no trabalho do Reino. No entanto, imagino que a Igreja poderia ser mais extrovertida nessa questão do trabalho direcionado às mulheres. Ainda existe muita tradição, muito tabu que precisa ser mudado. Há mulheres que não têm liberdade de expressão. Muitas vezes, são agredidas física e verbalmente, sem direito à defesa, o que não é o nosso caso, mas em outras Comunidades e contextos. Deveria existir um trabalho mais específico nesta área. Trabalho, união e comunhão feminina na Igreja onde vivo, aprendi que não basta ter uma religião se não amar a Deus, servilo e, acima de tudo, aceitá-lo como Senhor e Salvador da sua vida. Passei por experiências tristes na minha vida, mas se uma coisa me fez crescer na fé foram as perdas. Sou uma pessoa que não desanima facilmente, faço tudo com muito amor, carinho e total dedicação. Penso que por esta razão tenham me proporcionado esta responsabilidade. Como motivar as mulheres que ainda não participam de nenhum grupo feminino na Igreja? Temos buscado, junto com a equipe, idéias de pessoas mais jovens. Até mesmo nas palavras que serão pregadas, temos um público-alvo. Nestes chás e jantares, procuramos convidar, além dos nossos, pessoas que nunca ouviram a Palavra e isto tem dado bons frutos. Isto é missão! Uma forma de atrair novas participantes é descobrindo talentos, porque o nosso grupo, além da Palavra, oração e louvor, também trabalha com artesanato. Quase sempre, quando descobrimos um talento para o artesanato, procuramos inserir esta pessoa em nosso meio e isto tem sido gratificante, porque, além da Comunhão e do Testemunho, também temos que servir e esta, para mim, é a melhor parte, o Serviço. A sua experiência contribui para essa responsabilidade ? Venho de berço luterano. Aqui, na Comunidade Retiro das mulheres luteranas na cidade gaúcha de Nova Petrópolis 35 de Comunhão, Testemunho e Serviço em São José Em 26 de março, a OASE de Campinas São José, pertencente ao Sínodo Centro-Sul Catarinense, comemorou seus 35 anos de atividades em grande estilo, no salão da Comunidade de Campinas. Foi uma tarde abençoada, em que todos relembraram como iniciou a OASE. Na época, este grupo se reunia nas garagens das casas das não mais que 12 senhoras participantes. Nessas mais de três décadas de história, aconteceram muitos fatos edificantes e, no conjunto atual, ainda reúnem-se senhoras fundadoras do grupo, por isso foi com muita alegria que todos comemoraram este dia tão especial. Estiveram presentes nesta tarde, além do grupo de Campinas, representantes de outros grupos de Florianópolis. Também compareceram o Presidente da Paróquia, Aldoni Werlich, o Presidente da Comunidade, representado por sua esposa, Elizete Reginaldo, representantes do Centro de Recuperação Nova Esperança (Cerene), o Pastor Sinodal do Sínodo Centro-Sul Catarinense, P. Sigolf Greuel, e sua esposa, que levou uma palavra maravilhosa e edificadora Como ser um bom perfume. O que encantou a todos foi a persistência deste número pequeno de senhoras que iniciaram o grupo e plantaram esta semente, que germinou, tornando-se um grupo maravilhoso formado por 60 mulheres. “Isto só foi possível porque Jesus está sempre à frente deste trabalho. Em favor das senhoras que se acrescentam, estamos pensando em desenvolver grupos de estudo bíblico para mulheres, aprimorar os potenciais e talentos e continuar alcançando vidas para Jesus”, planeja Anelise de Souza. JOREV LUTERANO JUNHO 2008 11 11 Fé Luterana IECLB e a Missão de Deus, Nossa paixão Missão é a razão de ser da Igreja, por isso a IECLB definiu missão como uma das prioridades na sua caminhada cristã. De Norte a Sul e de Leste a Oeste do nosso Brasil, somos testemunhas do amor de Deus nas mais diversas realidades e situações, sejam elas favoráveis ou hostis. Relatando estas vivências de alegrias e dificuldades de fazer missão em diferentes contextos estão o P. Itto Alberto Sträher, atuando desde 1980 em Comunidades rurais, atualmente em São Lourenço do Sul/RS, e, no Sínodo Sul-RioGrandense, como membro do Conselho, é Coordenador da Comissão de avaliação de Obreiros e campos de trabalho. Com experiência em Comunidade pequena, participa o P. Carlos Alberto Radins. Desde 1996, está no seu primeiro campo ministerial, a Paróquia de Alta Floresta/MT. O P. Marcos Aurélio de Oliveira, Obreiro do Ministério Pastoral na Paróquia dos Apóstolos, em Joinville/SC, desde agosto de 2007, seu primeiro campo de trabalho, conta sobre o trabalho na Comunidade grande. Concluindo, vamos conhecer um pouco mais sobre a realidade em Comunidade urbana por meio do P. Edélcio Tônio Tetzner, Pastor em Resende/SP, responsável pela Juventude do Núcleo Rio no Sínodo Sudeste, Coordenador de um dos ramos da Pastoral da Sobriedade da Igreja Católica e articulador para a formação da Rede Nacional de Defesa da Pessoa Idosa (Renadi). A fé na Comunidade rural Comunidade pequena e solidária Pastor Itto Alberto Sträher Pastor Carlos Alberto Radins Ao comemorarmos os 150 anos da imigração alemãpomerana no sul do Rio Grande do Sul, tendo convivido 28 anos entre o povo rural, não tenho dúvidas de que a sobrevivência dos trabalhadores da terra só foi possível por causa da sua fé no Deus triúno. Quando imigrantes chegaram, com sua Bíblia embaixo do braço, estavam trazendo um suporte que lhes concedia consolo, confiança, estudo, esperança e perseverança. O resultado disso é a grande quantidade de Comunidades, com seus templos que povoam a área rural de São Lourenço do Sul e municípios vizinhos. Por isso também, como Igreja, buscamos resgatar a história para que a identidade religiosa, principalmente a da fé, tenha a sua chama mantida na vivência diária. A paixão eclesiástica tem seu vínculo nesta relação: fé, história e dia-a-dia. Não se pode separar o envolvimento com a terra, as plantas e a natureza em geral, da fé no Deus criador. O labor teológico acontece junto com a atividade agrícola. A IECLB tem, nestas três últimas décadas, marcado presença nesta missão de Deus. O culto, encontro bem acentuado, não é mais só um compromisso com Deus, mas também um crescer no comprometimento com o outro e a sociedade em geral. Em cada Comunidade, os grupos afins vão surgindo para articular em comunhão aspectos essenciais da vida: grupos saúde, serviço na Comunidade e na sociedade, associações que tratam da cidadania e eventos que articulam as reivindicações. Uma coragem em mostrar a sua identidade, Igreja e fé nos demais segmentos sociais, isso é paixão missionária. Para refletir, leia Deuteronômio 26.3-10 A Paróquia de Alta Floresta está localizada no extremo norte do Mato Grosso, conta com aproximadamente 264 pessoas batizadas, congregadas em quatro Comunidades e dois Pontos de Pregação. Para realizar o atendimento pastoral, percorre-se em torno de 300 quilômetros, dos quais 250 quilômetros são de estrada de chão. Como membros de um só corpo (O certo é que há muitos membros, mas um só corpo 1 Coríntios 12.20), somos IECLB onde vivemos. As características da nossa realidade são distintas e, pela experiência de Comunidade pequena, podemos afirmar com convicção que a fé em Jesus nos torna solidários uns para com os outros. Neste sentido, a confessionalidade luterana nos ajuda a entender que, sendo aceitos por Deus, de maneira incondicional, sem o nosso merecimento, podemos nos comprometer com a Comunidade. Aliás, é justamente neste aspecto que temos a nossa maior qualidade: o comprometimento dos membros com a igreja. Somos poucos e necessitamos de toda a ajuda possível. Desta forma, se experimenta a vida comunitária no que ela tem de mais bonita, ou seja, a colaboração e a proximidade dos membros entre si. Diante dos desafios que temos como IECLB, penso, a partir da experiência de fé em Comunidade pequena, que a solidariedade entre Comunidades, Paróquias e Sínodos é a oportunidade de superar as fronteiras que nos cercam e pensar no outro como membro do mesmo corpo. Assim, estaremos cumprindo com a tarefa que Cristo nos deixou. Para refletir, leia 1 Coríntios 12.12-26 Comunidade grande: encontro Visitação na Comunidade urbana Pastor Marcos Aurélio de Oliveira Pastor Edélcio Tônio Tetzner Ser Comunidade missionária em contexto de cidade grande precisa levar em consideração que a proposta comunitária é contrária à lógica individualizante de mercado. Enquanto este possibilita que, a partir de um telefonema, a pessoa seja atendida em suas necessidades sem ao menos sair de casa, a Igreja diz: venha! Se simplesmente fizermos este convite, a nossa proposta missionária se limitará à construção de templos que, inevitavelmente, estarão vazios. É necessário ir ao encontro das pessoas, visitá-las, ser Igreja presente na caminhada, assim como Cristo no caminho de Emaús (Lucas 24.15), sentir e viver com elas as suas dificuldades e celebrar as suas alegrias. Cremos, confiamos e confessamos a presença do Espírito Santo guiando a caminhada e operando na missão. Isso nos dá condições de sermos testemunhas vivas do amor de Deus em qualquer tempo ou lugar. Este testemunho é marcado pela coerência entre o falar e o agir, resultando em cuidado e acolhimento. Ser Comunidade missionária em contexto de cidade grande é ter em mente que tudo pode ser proporcional à sua geografia e ao seu contingente populacional, ou seja, grandes encontros e grandes desencontros, grandes alegrias, grandes dificuldades, grandes expectativas, grandes frustrações, mas, se a nossa vivência for pautada no agir diaconal, no ensino responsável e correto dos conteúdos da fé, baseada no respeito, na justiça e na verdade, grande também será a esperança! Para refletir, leia Atos 1.8 A Comunidade Luterana de Resende situa-se em um local privilegiado: na cidade de Resende, no eixo Rio/São Paulo. Destaca-se no município um parque fabril em crescimento e a presença da Academia Militar das Agulhas Negras que empregam pessoas oriundas de várias partes do Brasil e, dentre essas, algumas luteranas. Nesse contexto, a missão, com desafios e esperanças, vai acontecendo. Destaco que o que tem dado esperanças e reanimado a Comunidade é o ir para além dos muros por meio de visitação e divulgação, realização de festas e outras promoções e interação, por meio de participações ecumênicas e em grupos ecumênicos. Dessa forma, levamos o nosso jeito de ser e pensar, apresentamo-nos. Entre outros, o desafio maior é oportunizar uma forma de divulgação mais abrangente desse ‘ser luterano’ e intensificar os trabalhos diaconais. Diante desses desafios e esperanças, além de animados e agraciados, nada mais natural do que a nossa desconfiança e cuidado, como uma criança dando os primeiros passos, conscientes das limitações e dificuldades e, porque não, às vezes, pessimistas. Sobretudo, chamados por Deus e por Ele amparados, somos uma Comunidade missionária em constante movimento, cientes de que a missão nunca é conclusiva e jamais imaginando que tudo já foi feito, pois sempre há uma porta aberta para a continuidade, para recuperar amizades, para encontrar-se na diversidade e servir a Deus. Para refletir, leia 2 Coríntios 2.17 12 Geral Caminhos para a Educação Cristã a partir do Batismo Obreiros e Obreiras do Sínodo Centro Campanha-Sul reuniram-se para tratar dos Caminhos para a Educação Cristã Contínua a partir do Batismo. Essa conferência teve lugar em Restinga Seca/RS, nos dias 15 e 16 de abril. Ao estudar o tema, o grupo correspondeu ao que foi indicado no III Seminário Nacional de Educação Cristã Contínua, realizado em outubro de 2007: que 2008 seja um ano de estudo e aprofundamento sobre educação cristã, com vistas à construção conjunta de um Plano de Educação Cristã Contínua (PECC) na IECLB. A programação foi coorde- Peregrinação por caminhos sinuosos nada pelas Pastoras Ms. Regene Lamb e Dra. Mara Parlow e contou com a assessoria do Secretário de Formação da IECLB, P. Dr. Romeu Martini. A conferência iniciou com uma celebração envolvente, em que cada participante foi convidado a peregrinar descalço por um caminho simbólico sinuoso, com solos distintos. A caminhada foi proposta como oportunidade para relembrar a ‘importância da educação cristã na minha história de vida’. A celebração culminou com a Ceia do Senhor. Após um período de relatos a respeito de experiências no Ministério da educação cristã, participantes puderam ouvir e compreender melhor o que está sendo proposto sobre esse tema a partir dos seminários nacionais realizados nos três últimos anos. Nos diálogos que seguiram, alguns aspectos receberam destaque especial, como, por exemplo, que precisamos revisar nossos métodos de educação cristã, bem como seus conteúdos. “No entanto, revisão não significa abolição. Realmente, é assim que, na época atual, as pessoas querem vivenciar o conteúdo do Evangelho e não somente ouvir sobre ele. A conferência serviu Material da Conferência sobre ECC para fazer com que esse tema chegue mais perto da realidade cotidiana dos Obreiros e membros das Comunidades”, afirmou P. Dr. Romeu Martini. Seminário para Multiplicadores do Tema do Ano Sínodo Uruguai O Seminário para Multiplicadores do Tema do Ano, realizado no Sínodo Uruguai, no município de Palmitos/SC, nos dias 8 e 9 de abril, foi avaliado muito satisfatoriamente por todos os presentes. Com a participação de 24 pessoas entre Obreiros e lideranças leigas, o Seminário teve vários pontos positivos destacados na avaliação, como, por exemplo, o resgate histórico do Tema do Ano, para sentir por onde a IECLB já caminhou em termos de reflexão conjunta, a partilha de experiências em torno do Tema 2008 e a análise em grupos do Caderno de Estudos. Também mereceu destaque a participação conjunta de Obreiros e lideranças leigas, iniciativa que enriqueceu a reflexão bem como os trabalhos em grupos. O encontro contou com a assessoria do Catequista Edson Ponick, do Departamento de Educação Cristã (DEC), e da estudante da Faculdades EST Daniela Hack, que está realizando seu estágio no DEC. Sínodo Vale do Taquari No dia 23 de abril, reuniram-se cerca de 120 mulheres no Seminário Sinodal da OASE do Sínodo Vale do Taquari para refletir sobre o Tema do Ano da IECLB. Na entrada da sede sinodal, uma grande faixa dizia Mulheres empoderadas pelo Espírito proclamando a reconciliação. Cada grupo da OASE ficou incumbido de contribuir com algum elemento, como bancos, plantas e uma fonte para construir uma praça em frente à sede sinodal em Teutônia/RS. O evento iniciou com uma celebração no lugar onde a praça seria construída. Um Agrônomo e uma equipe do Colégio Teutônia auxiliaram na construção. O Seminário foi mais um motivo para as mulheres da OASE do Sínodo Vale do Taquari se sentirem empoderadas a proclamarem a Reconciliação. Durante a celebração final, todas puderam apreciar e usufruir da praça construída, onde também foi plantada uma árvore para marcar este dia especial. O Seminário foi assessorado pela Teóloga Sharlene Leber. Conaje Sou a presença de Deus no mundo Cleomar Klipel Ratske Representante do Sínodo da Amazônia no Conaje Ser a presença de Deus no mundo é um dom que o próprio Deus nos dá. As criaturas que por sua mão ganharam forma e vida e que embelezam esse mundo receberam, também, a responsabilidade de cuidar dele. De forma muito especial, nós, seres humanos ‘racionais’, recebemos a tarefa de cuidar de toda a maravilhosa criação de Deus, conforme os primeiros capítulos de Gênesis. No entanto, o que é ser presença de Deus num mundo tão injusto, cheio de políticos corruptos, bandidos espalhando medo entre as pessoas, filhos roubando pais e até pais que matam seus próprios filhos? A resposta é tão simples como a pergunta. Basta enxergarmos que Deus nos dá a oportunidade, a cada manhã, de escolhermos entre o bem e o mal e que o princípio dessa escolha é o amor a Deus, o amor ao próximo e o amor a si mesmo. Deus nos concede a cada dia motivos suficientes para que nos coloquemos diante dele e agradeçamos pela noite, por sua proteção, por um novo dia, pelo amor, pela vida. A cada nova manhã, Deus também nos dá o dom de fazermos o bem em pequenos gestos durante todo o dia. Comece bem o seu dia: agradeça a Deus em oração, distribua abraços à sua família, sorria muito, contemple a natureza, elogie alguém, aproxime-se de alguém e ajude essa pessoa no que for preciso. Fique atento, pois muito perto de você pode ter alguém que precise de algo assim. Diga para as pessoas o quanto elas são importantes para você. Faça isso e Deus estará feliz com a sua criação e você será a própria presença de Deus nesse mundo. Comportamento JOREV LUTERANO JUNHO 2008 Namorar está fora de moda? O Dia dos Namorados está aí. O amor está no ar, para felicidade dos jovens namorados e preocupação de muitos pais de adolescentes. Afinal, o que é este tal de ‘ficar’ que os jovens tanto falam (e fazem) hoje em dia? O compromisso é passado? O namoro e o casamento formal, ‘na Igreja e de papel passado’, serão apenas coisas das nossas avós? Para esclarecer essas dúvidas do relacionamento contemporâneo, comentar sobre o papel da Igreja junto aos jovens e auxiliar os pais de adolescentes com sugestões, convidamos o P. Valdir Rodolfo Gromann. ‘Os nossos jovens estão perdidos’. ‘São quase todos imorais’. ‘Os namoros de hoje não são como na minha época’. Certamente, você já ouviu uma frase semelhante. Esse não é um privilégio seu. Tantas pessoas e de di- ferentes gerações ouviram algo parecido. Como adultos, temos dificuldade em nos acostumar com a forma de viver dos jovens. Achamos que os jovens não levam a vida a sério, principalmente os relacionamentos. Quando falamos em namoro, nos reportamos ao romantismo da minha ou da sua época e esquecemos que também nessa época havia pessoas que agiam de forma que escandalizavam outras. Criticamos o termo ‘ficar’, sem refletir se ele está ou não substituindo o ‘paquerar’ de outros tempos. Porém, isso tudo não justifica os erros ou enganos da geração presente. Para melhor compreender o que os jovens pensam sobre ‘namorar’ ou ‘ficar’, apliquei um questionário em um grupo de luteranos que participavam de um Seminário de Lideranças sendo respondido por 13 rapazes e 13 moças. Nas respostas, ficou evidente a diferença entre o sentido de namorar e de ‘ficar’. Para os e as jovens, namorar é um relacionamento sério de comprometimento e fidelidade ‘É a união de um casal com fidelidade e compromisso um com o outro. É como se fosse um casamento, mas sem morar juntos’. Ainda ‘É quando duas pessoas convivem com responsabilidade, respeito e abrem mão de algumas coisas’. Todas as respostas definiram namoro com um relacionamento sério e duradouro com o propósito de possibilitar que as pessoas se conheçam a fim de assumirem um compromisso ainda mais sério a partir do matrimônio. Por outro lado, ‘ficar’ é um relacionamento sem compromisso, uma curtição momentânea, que, geralmente, não passa de alguns beijos ‘...ficam quando se encontram ou quando dá vontade’. Também é visto como uma oportunidade de conhecer outra pessoa e a si mesmo ‘É a busca por atenção, desejo e aprovação’. Perguntados se já haviam sido discriminados por não ficarem com alguém, na idéia de que quem não ‘fica’ ‘fica de fora’ do grupo, dos 13 rapazes, 9 afirmaram que sim e, entre as 13 garotas, apenas 2 afirmaram que se sentiram discriminadas por não ficarem com uma pessoa. Torna-se cada vez mais comum o fato de namorados viverem juntos como se fossem casados, são os chamados ‘namoridos’. Contudo, quando se separam, se dizem apenas ex-namorados. Isso mostra que este tipo de relacionamento é muito vulnerável. No entanto, também vemos jovens cada vez mais responsáveis em seus relacionamentos, nos quais a Igreja tem papel fundamental como norteadora da vivência a dois sob a bênção de Deus. Dicas para pais e mães de jovens O namoro dos filhos sempre preocupa os pais. Não é só o sentimento de perda que está presente, mas também todo zelo e cuidado com aqueles que queremos bem, por isso algumas dicas podem ajudar: 1) Primeiramente, dispa-se da vergonha de falar sobre o assunto. 2) Demonstre interesse pelo bemestar do seu filho ou filha. 3) Converse abertamente sobre namorar e ‘ficar’. Se você não explicar nada, ele ou ela vai procurar alguém que o faça e talvez esta não seja a pessoa mais indicada. 4) Fale sobre valores, ética e cuidado. 5) Nos diálogos, evite termos muito técnicos, pois eles já cansaram de ouvir isso na escola. 6) Conquiste a confiança! 7) Lembre-se: ameaças só criam medo e afastamento. 8) Comente sobre seu tempo de namoro, conte fatos e procure relacionar com o namoro nos dias atuais. 9) Tenha liberdade de falar sobre relações de gênero, sexualidade, DSTs e gravidez. 10) Lembre que homem e mulher não são sexos opostos, mas complementares, criados à imagem e semelhança de Deus. P. Valdir Rodolfo Gromann, pós-graduado em Psicologia e Aconselhamento Pastoral, atualmente é membro do Conselho Nacional da Juventude Evangélica (Conaje), Orientador Teológico da Juventude Evangélica (JE) no Sínodo Rio Paraná e atua como Pastor na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Vila Nova, em Toledo/PR. Cuidando de uma relação com história, presente e mistério Só um pouquinho... São só os jovens que namoram? É claro que não! Por que os casados não podem cultivar o namoro no seu relacionamento? Não só podem como devem. Essa é a temática abordada pelo P. Orlando Moacir Keil, que, em todo o texto a seguir, deixou de utilizar uma palavra em especial. O leitor seria capaz de descobrir qual? ‘Não’, pois, em um relacionamento, ser positivo o máximo possível, embora nada fácil, é fundamental! Numa vida a dois, existe também o ‘permanecer’, no qual homem e mulher ‘ficam’ ontem, hoje e amanhã. Trata-se de uma relação que tem história, presente e mistério (referência a um modo de interpretar a vida em que o passado é história, o futuro é um mistério e o presente, como sugere a palavra, é um presente). Feliz é o casal que vive as três dimensões do relacionamento, que aprende com as experiências do passado e cria uma história comum. Esta é a nossa história, este é o nosso acervo, estas são as nossas fotografias. Nosso relacionamento é fruto das nossas escolhas. Somos responsáveis pela construção do nosso relacionamento. Ele se configurou deste jeito porque nós assim o formatamos. Até do limão fizemos uma limonada. Feliz é o casal que se deixa surpreender pelo futuro, que está aberto para o novo, em que a gente morre e não vê tudo. Existe um depois, existe uma coisa que se chama esperança. Uma relação que se modifica, que permanece e cresce, na qual a vida é mais do que já se aprendeu, é alguma coisa nova, que renasce, que se modifica e que passa sempre por novas etapas. É também um presente. Feliz é o casal que assume o aqui e agora e vive o presente com a mesma alegria de uma criança que desembrulha o seu presente de Natal. Que faz do agora uma experiência completa de significados. Muito mais do que meros consumidores, porque são produtores do filme da sua vida, são escritores do script dos seus papéis, ‘respons + hábeis’, isto é, são hábeis em construir novas respostas, com jinga de corpo, 13 com flexibilidade, fazendo mais daquilo que dá certo e menos daquilo que dá errado. Estou falando de uma relação do ‘cuidar’, em que um cuida do outro e ambos cuidam da sua relação, em que a relação é como um jardim que é cultivado e os cônjuges são os jardineiros que investem no cultivo do seu casamento. Imaginem seu casamento, sonhem com uma vida a dois mais feliz e mãos à obra. Deixem que o imaginável se torne realidade. Deus é cúmplice desta nova construção Seu amor constrange e possibilita viver vida abundante (João 10) também dentro do casamento. Assim, baseados na Palavra de Deus, vão perceber que o projeto de Deus para o casamento é viver uma unidade (uma só carne, conforme Gênesis 2.24), uma comunhão de reciprocidade, que se caracteriza pelo constante ‘renamoramento’. Leiam e se inspirem em Cantares de Salomão. Um livro repleto de idéias e dicas de como ‘cuidar’ um do outro. P. Orlando Moacir Keil é Terapeuta de casais e famílias, pós-graduado e especialista em família pela Unisinos e Mestre em Teologia pelo IEPG na área do Aconselhamento Pastoral. 14 Deutscheseite Eingeübter Streit Wer ein Theaterstück aufführen will, muss es vorher einüben. Bei einem uneingeübten Stück bleiben die Schauspieler stecken, und nichts läuft, wie es soll. Ein Streit ist kein Theaterstück, doch eingeübt wird er trotzdem. Kein Streit wird „vom Zaun gebrochen“, wie man so schön sagt. Jeder Streit hat seine Einübungszeit. Ich las einmal eine amüsante kleine Geschichte, die das vortrefflich illustriert: Da fährt ein Mann mitten in der Nacht mit seinem Auto durch die ländliche Gegend. Plötzlich zieht das Auto nach einer Seite, und er merkt, dass er einen platten Vorderreifen hat. Er hält am Strassenrand, knipst das Notlicht an und trifft Vorbereitungen, den Schaden zu beheben. Doch da merkt er, dass er seinen „macaco“, seinen Wagenheber, nicht bei sich hat. Er muss ihn in seiner Werkstatt liegen lassen haben. Was tun? Er beschliesst, sich zu Fuss auf den Weg zu machen, um bei dem ersten Haus, das eine Garage hat, nach einem macaco zu fragen. Gesagt, getan. Er läuft und läuft, und da kommen ihm so seine Gedanken. „Wenn ich da einen aus dem Bett hole, wird er mich fragen, was ich denn mitten in der Nacht will. Und wenn ich es ihm sage, wird er fragen, warum ich denn ohne macaco losgefahren bin, das tue doch kein Autofahrer, jedenfalls kein guter. Ja, dann werde ich ihm sagen, das könne ihm auch passieren, und er solle mal nicht so tun!“ Nach einer halben Stunde hat sich der Mann so in innere Wut geredet, dass er es ohne Streit nicht mehr aushalten kann. Als er endlich an ein Haus mit vorgebauter Garage kommt und den Hausbesitzer herausgeklopft hat, ruft er ihm, noch bevor der Mann überhaupt den Mund auftun kann, wütend zu: „Ich brauche deinen dreckigen Macac gar nicht, du kannst ihn lassen wo er ist. Aber wehe dir, wenn du einmal nachts bei mir an die Haustür klopfst, dann sollst du mal etwas hören!“. Spricht´s und läuft zu seinem Auto zurück. Warum lachen wir über diese Geschichte? Wir lachen darüber, weil wir alle ein wenig sind wie der Autofahrer, der da offenbar „einen Streit vom Zaun gebrochen“ hat. Er hat ihn schön vorausgedacht, hat ihn in Gedanken eingeübt. Das schlimme bei uns ist, dass meist zwei Partner (besondes auch Ehepartner) an solcher Vorbereitung beteiligt sind. Das klappt dann noch viel besser. Da denkt die Frau: „Wenn er nach Hause kommt, wird er fragen, ob ich den Flecken aus seinem Hemd herausgekriegt habe. Dann werde ich ihm sagen: „Ich habe den ganzen Tag die Kinder am Hals, soll am Herd stehen und das Haus sauber halten und deine erste Sorge ist dein fleckiges Hemd!“ - Dann wird er sagen: „Du mit deiner Hausarbeit! In der Fabrik ist es ja auch nicht wie an der praia. Ich bin abends immer hundemüde .“ Der Mann hat tagsüber in der Fabrik ähnliches vorausgedacht. Er kennt ja seine Frau, und hat schon alle Antworten parat. Und dann läuft alles, wie vorgedacht. Der eingeübte Streit läuft ab. Jeder spielt seine Rolle, wie – man möchte fast sagen: wie der Teufel es ihm vorher zugeflüstert hat (Beim Theater gibt es ja auch einen „Souffleur“, einen „Flüsterer“, der in einer Vertiefung vor der Bühne sitzt und den Schauspielern ihren Text vorflüstert, von den Zuschauern unbemerkt). In der Gemeinde Jesu Christi lernen wir, Frieden einzuüben, nicht Streit. Jesus kann Kämpfer und Kämpferinnen gebrauchen, aber keine Streithähne und Streithühner. Selig sind die Friedfertigen, sagt er in der Bergpredigt. Friedfertige, das sind Friedensstifter, die, die Frieden vorausdenken und einüben. „Gib, dass ich meinen Feind mit Sanftmut überwind“, sagt der Liederdichter. Das braucht Einübung. Wir brauchen da einen „Flüsterer“, den Heiligen Geist, der uns das Wort zuflüstert, das Frieden stiftet, der für uns eintritt mit stillem, sanftem Sausen und mit unaussprechlichem Seufzen. Spielen wir unsere Rolle im Leben nach seiner leisen Eingebung? allerorten steigt die Zahl der Bürger, die auf diese Hilfe angewiesen sind. Die Armut nimmt zu, auch im wohlhabenden Industrieland Deutschland. So sind immer mehr Arbeitslose, arme Rentner und den anderen zu reden, ihren Problemen zuzuhören und – wenn möglich – auch gemeinsam eine Lösung zu finden. Denn Brot allein macht nicht satt. Viele unserer evangelischen Gemeinden in Brasilien feiern in nächster Zeit das Erntedankfest. Als Christen danken wir an diesem Tag dem Schöpfer für den Reichtum seiner Gaben, die er im vergangenen Jahr hat wachsen lassen und für alles was wir von ihm gnädig bekommen. In manchen Orten wird der Altar mit Lebensmitteln geschmückt. Diese Gaben werden anschließend zu Menschen gebracht, die wenig zu essen haben. Das ist ja ein Anfang, aber eigentlich können – und sollen – die christlichen Gemeinden mehr tun, um die Hungernden zu sättigen. Und es geht sowohl um den leiblichen Hunger, als auch um den Hunger nach Annahme, nach Liebe und nach Nähe. Wenn wir aufmerksam werden auf all das, was wir empfangen dürfen: dann öffnet sich unser Herz und wir lernen auch zu teilen, weiterzugeben und zu sagen: „Alle guten Gaben, alles was wir haben, kommt, oh Gott, von dir. Dank sei dir dafür.“ Pfarrer Lindolfo Weingärtner Schmeckt´s? Nicht alle Menschen haben ihr tägliches Brot – und dennoch gibt es Lebensmittel im Überfluss. So wurden in Deutschland in einigen Städten vor fünfzehn Jahren sogenannte „Tafeln“ gegründet. Die Tafeln sammeln unverwendete Lebensmittel, die noch brauchbar sind, und geben diese an Bedürftige Menschen ab. So wird Personen geholfen, eine schwierige Zeit zu überbrücken und gleichzeitig bekommen sie dadurch auch Motivation für die Zukunft. Der Begriff „Tafel“ wurde seinerzeit von den Gründern bewusst ausgewählt, um zu verdeutlichen, dass es mehr sein sollte, als Leute satt zu machen. Sabine Werth, von der Berliner Tafel, erklärt: „Wir wollen ihnen eine Tafel decken und zeigen, dass sie wertvolle Menschen sind“. „Jeder gibt, was er kann“. Nach diesem Leitspruch kooperieren örtliche Bäckereien, Supermärkte und ehrenamtlich engagierte Bürger. Deutschlandweit gibt es fast 800 solcher Hilfseinrichtungen. Viele Helfer arbeiten in ihrer Freizeit für die Idee. Ein paar Stunden am Tag, im Monat – so wie es die persönlichen Möglichkeiten zulassen. Die Abgabe der Lebensmittel erfolgt kostenlos oder gegen einen symbolischen Betrag. Laut eines Berichts von Ulrike Pilz-Dertwinkel, holen sich bis zu 6.000 Personen jede Woche allein in Nürnberg Lebensmittel, die sonst weggeworfen würden. So ist es überall im Land: andere Geringverdienende auf Hilfe angewiesen. Daher ist eine Initiative wie die Tafel so wichtig. Allmählich scheint klarer zu werden, dass diese Menschen mehr als Essen brauchen. Viele nutzen die Essensausgabe auch als Kontaktstelle. Man kennt sich, muss sich voreinander nicht schämen, weil alle in der gleichen Situation sind. Es wird nicht nur leibliche Nahrung verteilt, sondern auch Nähe, Zeit, Zuwendung und Liebe. Man nimmt sich Zeit, mit Theologe Jaime Jung Compartilhar JOREV LUTERANO JUNHO 2008 15 Anúncios Comunitários Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento, Batismo, Confirmação, Benção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento. Entre em contato conosco! Com alegria, queremos compartilhar com todos o nascimento da bisneta Michele Habonski QUATRO GERAÇÕES 1º ENCONTRO DA FAMÍLIA LAUX 162 ANOS DE BRASIL Descendentes de Johann Adam Laux e Maria Catharina Schneider Laux, chegados em Porto Alegre/RS em 15 de novembro de 1846 e estabelecidos em Picada Café/RS Dia: 16 de novembro de 2008 Local: Ginásio de esportes da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Picada Café/RS A família Laux surgiu em torno de 1520, na cidade de Roth, no Hunsrück, conforme documentos obtidos no Evangelische Archivstelle Boppard, na cidade de Boppard, Hunsrück, Alemanha. Quase 500 anos depois, realizaremos o primeiro encontro da família Laux no Brasil. Solicitamos trazer fotos e documentos antigos que serão escaneados e devolvidos. Participe! Contamos com a sua presença ! Hermelinda Müller (30/07/1930, em Santa Cruz do Sul/RS), Lourdes Müller Fanch (24/18/1955, em Mondaí/SC), Leila Lucinete Fanch Habonski (2904/1985, em Santa Helena/PR) e Michele Fanch Habonski (09/03/2008, em Medianeira/PR). Lembrem-se de que o Eterno é Deus! Ele nos fez, e nós somos dele; somos o seu povo, o seu rebanho. Salmo 100.3 Bodas de Ouro ORLANDO E ELY ROEHRIG Naturais de NãoMe-Toque/RS , o casal completou no dia 22 de fevereiro, 50 anos de vida matrimonial. Os filhos Mirla, Marlei e Marino, juntamente com os netos e bisnetos parabenizam o casal por essa data tão importante e significativa para a vida de todos os familiares, desejando que Deus continue os abençoando. Para maiores informações: 0xx 51.3635.1338 - à noite, com Elton 0xx 54.3285.1077 - à noite, com João Luis 0xx 54.3285.1824 - à noite, com Claudio João 0xx 51.3635.1631 - pela manhã, com Sra. Vânia Bodas de Diamante BERNARDO EMILO GUSTAVO KAISER E HERTA ALMA FIGUR KAISER Com a graça de Deus, Bernardo e Herta Kaiser comemoraram suas Bodas de Diamante no dia 20 de abril de 2008. A cerimônia religiosa foi realizada na Paróquia Evangélica da Paz, em Portão/RS, pelo P. Wagner Tehzy. Filhas, filho, genros, nora, netos, bisnetos e amigos compartilham desta alegria e agradecem a Deus pela dádiva dessa longa e abençoada vida em comum. Porque todos nós temos sido abençoados com as riquezas do seu amor, com as bênçãos e mais bênçãos” João1.16. Ó Deus eterno, eu te louvarei com todo o coração e contarei as muitas coisas maravilhosas que tens feito. Por causa de ti, eu me alegrarei e ficarei feliz. Canterei louvores a ti altíssimo Deus. Salmo 9.1-2 R$ 18,00 por um ano/11 edições II ENCONTRO DA FAMÍLIA LAGEMANN/BRASIL Data: 14 de setembro de 2008 Local: Languiru-Teutônia/RS Informações/confirmação de participação com Rose Lagemann pelo telefone xx.51.3762.2051 ou e-mail [email protected] Cheque cruzado e nominal a IECLB - Jorev Luterano (Enviar o cheque via carta registrada para: Rua Senhor dos Passos, 202/3 - CEP 90.020-180 - Porto Alegre/RS) ENCONTRO DA FAMÍLIA FRÖHLICH Data: 1º de junho de 2008 Local: Novo Hamburgo/RS Contatos: Claia Anésia Fröhlich Kehl - Telefone (51) 3595.2456 E-mail: [email protected] Depósito bancário identificado no BANCO DO BRASIL - ag 010-8 c/c 153.000-3 em nome de IECLB - Jornal Evangélico (enviar o comprovante via fax ou junto com este cupom) Depósito bancário identificado no BANCO BRADESCO - ag 0491-0 c/c 576.176-0 em nome de IECLB - Jornal Evangélico (enviar o comprovante via fax ou junto com este cupom) Depósito bancário identificado no BANCO SICREDI - ag 0116 c/c 8376-3 em nome de IECLB - Jornal Evangélico (enviar o comprovante via fax ou junto com este cupom) 16 16 Gente Luterana O Sínodo Centro-Sul Catarinense, formado por 27 Paróquias, 132 Comunidades, 79 Pontos de Pregação e 25 mil famílias-membro, cuja ênfase missionária é visitação às Paróquias, cursos de aprofundamento, troca de experiências de Paróquia para Paróquia e conscientização e integração das Comunidades para um trabalho missionário permanente, está representado nesta Editoria por nossa gente luterana Marcos Lichtblau e José Raulino Jungklaus Ação e testemunho Evangelho e Reforma Marcos Lichtblau, 47 anos, nasceu em São Bento do Sul/SC, é casado com Marli Elaine e pai de dois filhos, Mateus e Martina. Na IECLB, faz parte da Comunidade Evangélica Luterana da Trindade, Paróquia de Florianópolis. Atualmente, é Presidente do Conselho Sinodal do Sínodo Centro-Sul Catarinense e representa a Paróquia de Florianópolis no Conselho, tendo direito a assento como membro nato no Presbitério da Paróquia de Florianópolis bem como da Comunidade da Trindade. Sobre ser um ‘luterano de berço’, Marcos argumenta “A opção ‘luterano de berço’ não existe! Aquele que se entende como ‘luterano de berço’, ou seja, o membro nominal, apenas de cadastro, na verdade não o é, pois não fez uma escolha. Nasci num lar de pais e avós luteranos e fui batizado nesta mesma fé. Sou grato aos meus pais e padrinhos, por terem manifestado diante de Deus e da Comunidade o desejo de que eu viesse a professar esta fé um dia, mas foi só pelos 16 anos de idade que tomei a decisão de que a IECLB seria a minha Igreja”. Deus é o meu criador e mantenedor da minha vida A primeira Comunidade do Presbítero foi Rio Negrinho, Paróquia da Fraternidade, na qual participou da JE. Em 1979, já na capital catarinense para estudar, encontrou acolhimento na então Comunidade de Florianópolis. Na Missão Universitária Luterana (Munil), desenvolveu seus dons e talentos durante a graduação e pósgraduação. “Na IECLB, tive oportunidade de aprender servindo como Vogal e ViceSecretário da então Comunidade de Florianópolis. Participei ativamente da descentralização urbana da Comunidade, que resultou na Comunidade da Trindade e em mais duas novas Comunidades, além da Comunidade Centro. Participei da primeira gestão da Paróquia de Florianópolis como Vice-Presidente. Tenho atuado na função de Conselheiro de duas ONGs, a Associação Evangélica Beneficente de Assistência Social (AEBAS) e o Grupo de Ação Diaconal (GAD)”, enumera. Engenheiro Mecânico, especialista em Mecânica de Precisão, Mestre em Engenharia e, atualmente, cursando MBA em Gestão Empresarial, Marcos acredita que, depois da família, o trabalho é o seu principal Ministério, então, procura exercêlo com dedicação, zelo e ética para dar um bom testemunho de fé. Na Igreja, serve a Deus por gratidão ao que Ele é e representa na sua vida “Ele é o meu criador e mantenedor da minha vida”. Quanto aos grandes temas do Sínodo, o principal é missionário e o maior desafio é aprender a lidar com a realidade do êxodo rural, que afeta seriamente Comunidades em pequenos municípios, com atividade dominante de subsistência. Que a IECLB continue se desenvol- vendo como uma Igreja comprometida com o Evangelho e com as bases da Reforma de Lutero, que esteja em constante processo de reforma, recuperando e aprofundando a sua vocação, que os membros assumam cada vez mais o sacerdócio geral e que seja uma Igreja conhecida pelo amor explicitado por boas obras decorrentes da fé é o sonho de Marcos Lichtblau para a nossa Igreja. O seu nome é José Raulino Jungklaus, mas ele prefere ser chamado apenas de Raulino, como é conhecido. Natural de Orleans, sul do Estado de Santa Catarina, Raulino tem 47 anos, 23 deles casado com Verena Marga Hense, Professora de Língua Alemã na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O casal tem três filhos: Stéphanie, Danielle e Andréas, que, com apenas 13 anos, é o assinante mais jovem do Jorev no momento! Bancário, funcionário da Caixa Econômica há 25 anos, Raulino é membro na Comunidade da Trindade, onde faz parte do Presbitério e também ocupa o cargo de Vice-Secretário da Paróquia de Florianópolis. O Presbítero não veio de um lar luterano, seu contato com o Evangelho aconteceu por meio do grupo Navegadores “Encaro a fé como válida quando é externada por ações e testemunho. Além do comportamento, é necessário testemunhar também por palavras e distribuição de literatura. No meu local de trabalho, tenho a oportunidade de testemunhar e falar do amor de Deus a clientes e amigos na empresa, procurando fazer do meu posto de trabalho um púlpito de difusão daquilo que confesso”. Na IECLB, a traje- tória de Raulino iniciou na época em que cursava Economia na UFSC, com o trabalho entre universitários na Missão Universitária Lute- rana (Munil), uma geração de lideranças que, hoje, está servindo em várias Comunidades da IECLB e fora dela, como pregadores leigos, Pastores e em cargos diretivos da Igreja. Para o 2º Vice-Representante do Sínodo Centro-Sul Catarinense no Conselho da Igreja, um dos temas principais pode ser resumido nas palavras do Reformador Martin Luther Ecclesia Reformata et semper reformanda est, ou seja, Igreja da Reforma deve estar em constante reforma, segundo sentencia Raulino “Vejo muitas igrejas envolvidas com assuntos periféricos e perdendo o foco principal: ‘Missão’ não é uma opção para a Igreja, mas um imperativo e uma condição de sobrevivência”. Nesse sentido, o Sínodo, além de encaminhar os projetos da IECLB, pensa a Missão da Igreja também a partir de um projeto próprio, selecionando cidades onde não há presença luterana para iniciar um trabalho. Igreja da Reforma deve estar em constante reforma Quanto aos desafios da IECLB no Sínodo, o Presbítero explica que há uma tarefa com duas frentes: a primeira é a distinção do que se tornou o nome ‘evangélico’, mostrando à sociedade uma proposta diferenciada, com conteúdo e sem ligação com o comércio do favor de Deus, e a segunda é o resgate de ser a ‘Igreja da Palavra’, com fortes bases confessionais. Conhecer os temas e desafios do Sínodo e da IECLB só alimentam o sonho de Raulino para a nossa Igreja “Desejo que a IECLB persiga o objetivo que Jesus estabeleceu para a incipiente Igreja Apostólica há 2 mil anos, mostrar o propósito da vinda de Jesus a este mundo e que a IECLB esteja constantemente anunciando o amor daquele que tem direitos sobre a humanidade, anunciando o Evangelho a todo homem e denunciando o que destoa do projeto original de Deus para a humanidade”.
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