Programas, Projetos e Acoes PMSB
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Programas, Projetos e Acoes PMSB
º PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES DO SANEAMENTO BÁSICO DE ITABUNA PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ITABUNA/BAHIA PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES CONTRATO Nº 431/2013 FEVEREIRO/2016 Nº DOCUMENTO 0006-004-R00 1 PREFEITURA MUNICIPAL DE ITABUNA CLAUDEVANE MOREIRA LEITE Prefeito Municipal SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E TECNOLOGIA WENCESLAU AUGUSTO DOS SANTOS JUNIOR Secretário RK ENGENHARIA Engº Sanitarista e Ambiental/ Resp. Técnico / Gestora Engº Civil e Sanitarista / Resp. Técnico / Coordenador Engº Civil / Resp. Técnico / Coordenador Adjunto Engº Civil / Membro de Equipe Engº Civil / Membro de Equipe Engº Civil / Membro de Equipe Assistente Social / Membro de Equipe Economista / Membro de Equipe Urbanista / Membro de Equipe Biólogo / Membro de Equipe Arquiteto e Urbanista / Membro de Equipe Comunicador Social / Membro de Equipe Rosa Silvia Cardoso Kitahara CREA/BA n.º 25.417-D Edson Santos Gomes CREA/BA n.º 3.320-D Olimpio Antonio da Silva Neto CREA/BA n.º 25.964-D Jorge Alberto Barbosa Gomes CREA/BA n.º 17.773-D Miguel Martinez Perez CREA/BA n.º 29.066-D Cláudio Franco Fontes CREA/BA n.º 16.191-D Rosilene Rodrigues de Souza CRESS/BA n.º 13.038 Ilton Candido CORECON/BA n.º Rebeca Lima Azevedo CREA/BA n.º 53.896 Daniela Reitermajer CRBIO/BA n.º 19.958/5-D Manoel Amaro Coelho Junior CAU/BA n.º Andreyver Marcelo da Silva Lima 2 APRESENTAÇÃO Em atendimento as exigências do Contrato de nº 431/2013, que tem por objetivo a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, a RK Engenharia e Consultoria, apresentar a Prefeitura Municipal de Itabuna, o Produto IV, que contempla os Programas, Projetos e Ações do Plano Municipal de Saneamento Básico, além do estudo de viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação universal, conforme estabelece o inciso I do artigo 11 da Lei Federal 11.445/2007. O Produto I apresentou de forma sucinta, a equipe técnica principal, responsável pelos levantamentos e compilação de dados, bem como pela estruturação dos documentos necessários e a metodologia para a elaboração do Plano. Ainda no Produto I, foram apresentadas também, as estratégias de comunicação social a serem utilizadas para a mobilização social afim de levar a comunidade local a participar efetivamente de sua construção do PMSB. No Produto II apresentou-se um diagnóstico do atual “status” dos serviços de saneamento básico no município, a partir de relatórios, documentos e balanços fornecidos pela EMASA- Empresa Municipal de Água e Saneamento, além da caracterização geral da cidade, com seus aspectos históricos, sociais, econômicos, demográficos e culturais, da caracterização física do território, o panorama social, e os sistemas componentes de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo de águas pluviais, e resíduos sólidos e limpeza urbana. No Produto III foram apresentadas as proposições e alternativas de gestão e infraestrutura do Plano Municipal de Saneamento Básico, tendo abordado as projeções de demanda pelos serviços públicos de saneamento e os meios para consolidar a fiscalização e a regulação dos serviços, além de contemplar a proposta quando da apresentação do diagnostico no dia 03/06/2014 na FTC, acerca da criação e a regulamentação do Fundo Municipal de Saneamento Básico (FMSB). 3 Este IV Relatório apresenta uma abordagem sobre os projetos, ações e programas, estabelecendo estratégias para alcançar as metas que contemplem a universalização, adequação e melhorias dos serviços, através das soluções socialmente, ambientalmente e economicamente viáveis para o município. É importante salientar que todos os produtos estão submetidos à análise, avaliação, podendo ser aprimorados, modificados, incluídos, suprimidos, a qualquer momento, durante as reuniões setoriais, dos comitês de coordenação e executivo, assim como, a partir de sugestões e contribuições devidamente assinadas dos usuários dos serviços públicos. O presente documento está embasado também na Lei Federal nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007, que estabeleceu as diretrizes nacionais para o saneamento básico e a política federal de saneamento, e, também, em normas técnicas e demais legislações permanentes. 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 14 1.1 Diretrizes......................................................................................................... 15 1.2 Estratégias ..................................................................................................... 17 1.3 Procedimentos de Avaliação do Plano Municipal de Saneamento Básico ........................................................................................................................ 17 1.4 Programas, Metas, Projetos e Ações ........................................................ 18 1.5 Serviços de Abastecimento de Água ......................................................... 20 1.5.1 Programa de Universalização do acesso a água ....................................... 20 1.5.2 Programa de Combate a Perdas ............................................................... 21 1.5.3 Gestão de Eficiência, Eficácia e Efetividade ............................................. 22 1.6 Serviços no Sistema de Esgotamento Sanitário ...................................... 25 1.6.1 Universalizar o acesso do sistema de esgotamento sanitário ................. 25 1.7 Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais ................ 28 1.7.1 Definição de gestão e política tarifária..................................................... 28 1.7.2 Universalização dos serviços de drenagem .............................................. 28 1.7.3 Proteção dos ecossistemas e revitalização das matas ciliares ................. 29 1.7.4 Manutenção e recuperação de deslizamentos e desmoronamentos ...... 29 1.8 Serviços de Manejo de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana ............... 33 1.8.1 Erradicação e Remediação do atual “Lixão”............................................. 33 1.8.2 Construção de uma alternativa adequada para disposição final dos resíduos 34 1.8.2.1 Áreas Selecionadas para Análise das Alternativas ............................ 34 1.8.2.1.1 Itabuna ......................................................................................... 34 1.8.2.2 Área Priorizada .................................................................................. 39 1.8.2.3 Caracterização da área ...................................................................... 41 1.8.2.3.1 Acessibilidade ............................................................................. 41 1.8.2.3.2 Existência de habitações e benfeitorias na área selecionada 41 1.8.2.3.3 Situação fundiária ...................................................................... 41 1.8.2.3.4 Proximidades de aeroportos .................................................... 41 1.8.2.3.5 Distâncias dos centros de massa............................................ 42 1.8.3 Procedimentos para Coleta de Resíduos.................................................. 43 1.8.4 Definição de uma estruturação tarifária .................................................. 43 1.8.5 Educação Sanitária e Ambiental para promoção da minimização da geração de resíduos ................................................................................................ 44 1.8.6 Diminuição da geração de resíduos ......................................................... 44 1.8.7 Usina de Triagem e Compostagem........................................................... 45 1.8.8 Incentivos a qualificação de cooperativas e associação de catadores de resíduos recicláveis ................................................................................................. 45 1.9 Gestão dos serviços de Saneamento Básico ........................................... 50 2 AÇÕES DE EMERGENCIA E CONTINGENCIA DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO ............................................................................ 55 5 2.1 Sistema de Abastecimento de Água .......................................................... 56 2.2 Sistema de Esgotamento Sanitário ............................................................ 57 2.3 Sistema de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais ................. 59 2.4 Sistema de Manejo de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana ................ 61 3 PANORAMA DE INVESTIMENTO EM SANEAMENTO BÁSICO .............. 63 3.1 Modalidades de Financiamento em Saneamento Básico ...................... 64 3.1.1 Cobrança Direta aos Usuários .................................................................. 65 3.1.2 Orçamentos Gerais ................................................................................... 65 3.1.3 Investimentos Previstos ........................................................................... 66 3.1.4 Financiamentos ........................................................................................ 66 4 ALTERNATIVAS INSTITUCIONAIS PARA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO DE ACORDO COM A LEI 11.445/2007 ................... 68 4.1 Alternativa I – Prestação direta pelo titular ............................................... 70 4.2 Alternativa II – Prestação direta via delegação ........................................ 72 4.3 Alternativa III – Prestação via Gestão Associada .................................... 73 4.4 Alternativa IV – Privatização ....................................................................... 74 4.5 Sugestão de modelo institucional a ser implementado em Itabuna ..... 75 5 ESTUDO DE VIABILIDADE ECONOMICA FINANCEIRA PARA OS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO NO MUNICÍPIO .............................. 77 5.1 Fluxo de Caixa Livre ..................................................................................... 77 5.1.1 Considerações teóricas ............................................................................. 77 5.1.2 Fluxo de Caixa Livre .................................................................................. 78 5.1.3 VPL ............................................................................................................ 81 5.1.4 TIR ............................................................................................................. 83 5.2 Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário .................................. 84 5.2.1 Fonte de Recursos .................................................................................... 85 5.2.1.1 Tarifa e Taxas..................................................................................... 85 5.2.1.2 Recursos Não Onerosos .................................................................... 86 5.2.1.3 Fontes de Financiamento .................................................................. 87 5.2.1.4 Investimentos Previstos ................................................................... 88 5.3 Drenagem ou manejo de águas pluviais ................................................... 91 5.4 Resíduos sólidos urbanos ........................................................................... 94 5.5 Recomendação para melhoria dos serviços ............................................. 98 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 100 ANEXO 01 – ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO ....................................................................................................................... 105 A MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA DO PROJETO ................... 105 A.1 Introdução..................................................................................................... 105 A.2 Fluxo de Caixa do Projeto ......................................................................... 106 A.3 Receitas ........................................................................................................ 112 A.4 Investimentos (CAPEX) ............................................................................. 114 A.5 Custos Operacionais (OPEX) ................................................................... 117 A.6 Depreciação ................................................................................................. 120 A.7 Tributos ......................................................................................................... 123 A.8 TIR ................................................................................................................. 126 6 A.9 Sensibilidade ................................................................................................ 127 A.10 Conclusão ................................................................................................. 127 A.11 Anexos ...................................................................................................... 128 I) Receita ........................................................................................................... 129 II) Custos Operacionais (OPEX) .......................................................................... 131 III) Investimentos (CAPEX) ............................................................................... 133 Água ............................................................................................................... 133 Esgoto............................................................................................................. 135 NIG ................................................................................................................. 137 ANEXO 02 – DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS......................................... 138 B MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA DO PROJETO ................... 138 B.1 Fluxo de Caixa do Projeto ......................................................................... 138 B.2 Receitas ........................................................................................................ 144 B.3 Investimentos (CAPEX) ............................................................................. 146 B.4 Custos Operacionais (OPEX) ................................................................... 151 B.5 Depreciação ................................................................................................. 154 B.6 Tributos ......................................................................................................... 155 B.7 TIR ................................................................................................................. 157 B.8 Sensibilidade ................................................................................................ 158 B.9 Conclusão..................................................................................................... 158 B.10 Anexos ...................................................................................................... 159 I) Receita ........................................................................................................... 159 II) Custos Operacionais (OPEX) .......................................................................... 160 Mão-de-obra .................................................................................................. 160 Manutenções ................................................................................................. 162 Insumos operacionais. ................................................................................... 164 Administrativo................................................................................................ 164 III) Investimentos (CAPEX) ............................................................................... 165 Obras .............................................................................................................. 166 Veículos .......................................................................................................... 175 TI..................................................................................................................... 175 Móveis e equipamentos ................................................................................ 176 SPE.................................................................................................................. 176 NIG ................................................................................................................. 176 ANEXO 03 – RESÍDUOS SÓLIDOS .............................................................. 177 C MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA DO PROJETO ................... 177 C.1 Fluxo de Caixa do Projeto ......................................................................... 178 C.2 Receitas ........................................................................................................ 186 C.3 Investimentos (CAPEX) ............................................................................. 190 C.4 Custos Operacionais (OPEX) ................................................................... 193 C.5 Depreciação ................................................................................................. 198 C.6 Tributos ......................................................................................................... 200 C.7 TIR ................................................................................................................. 203 C.8 Sensibilidade ................................................................................................ 204 7 C.9 CONCLUSÃO .............................................................................................. 205 ANEXOS .................................................................................................................. 206 I) Volume Operacional ...................................................................................... 207 II) Receita ........................................................................................................... 208 III) Custos Operacionais (OPEX) ....................................................................... 211 Recursos Humanos (RH)................................................................................. 211 Manutenção de Veículos ............................................................................... 215 Administrativo................................................................................................ 217 Execução da Infraestrutura ............................................................................ 217 Combustível ................................................................................................... 221 Pneus.............................................................................................................. 224 Monitoramento Operacional, Ambiental e Controle de vetores .................. 227 Lubrificação e Lavagem.................................................................................. 229 Licenciamento e Seguro ................................................................................. 233 Uniformes e EPIs ............................................................................................ 235 Ferramental ................................................................................................... 237 IV) Investimentos (CAPEX) ............................................................................... 239 Veículos .......................................................................................................... 239 Construção da Célula Nova ............................................................................ 241 TI..................................................................................................................... 243 Móveis e Equipamentos ................................................................................ 243 SPE.................................................................................................................. 243 NIG ................................................................................................................. 243 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Metas para o sistema de abastecimento de água no município de Itabuna. ............................................................................................................ 16 Tabela 2 – Metas para o sistema de esgotamento sanitário no município de Itabuna. ............................................................................................................ 17 Tabela 3 – PMSB Itabuna Abastecimento de Água ......................................... 24 Tabela 4 - PMSB Itabuna Esgotamento Sanitário ............................................ 27 Tabela 5 - PMSB Itabuna Drenagem e Manejo de Águas Pluviais .................. 31 TABELA 6 – DISTÂNCIA DA ÁREA URBANA DE SANTO ÀS ÁREAS POTENCIAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO .................... 34 TABELA 7 – LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS POTENCIAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO ATERRO ......................................................................... 36 TABELA 8 - MATRIZ PARA SELEÇÃO DE GLEBAS POTENCIALMENTE UTILIZÁVEIS PARA A IMPLANTAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO COMPARTILHADO EM ITABUNA ................................................................... 39 Tabela 9 - Distância entre Itabuna à capital e aos municípios mais importantes42 TABELA 10 – DISTÂNCIAS DA ÁREA PRIORIZADA AOS CENTROS URBANOS MAIS PRÓXIMOS .......................................................................... 42 Tabela 11 - PMSB Itabuna Resíduos Sólidos .................................................. 47 Tabela 12 - PMSB Itabuna Gestão................................................................... 52 Tabela 13 – Sistema de Drenagem .................................................................. 58 Tabela 14 – Sistema de Drenagem .................................................................. 60 Tabela 15 – Sistema de Resíduos Sólidos ....................................................... 61 Tabela 16 – Investimentos necessaries para Universalizar os serviços de água e esgoto no Brasil, 2010, 2015 e 2020 ............................................................. 66 Tabela 17 –Demonstração do resultado do exercício ...................................... 79 Tabela 18 –Fluxo de Caixa Livre ...................................................................... 80 Tabela 19 –Exemplo de cálculo do Valor Presente Líquido ............................. 82 Tabela 20 –Exemplo da TIR ............................................................................. 83 Tabela 21 –Modelagem Econômica: Demonstração do Resultado do Exercício do Período – DRE(R$ milhões) ...................................................................... 109 Tabela 22 –Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre e TIR do Período (R$ milhões) .......................................................................................................... 110 Tabela 23 –Modelagem Econômica:Receitas anuais por tipo (R$ milhões) .. 113 Tabela 24 – Modelagem Econômica: CAPEX (R$ milhões) ........................... 116 Tabela 25 – Modelagem Econômica: OPEX (R$ milhões) ............................. 119 Tabela 26 – Modelagem Econômica: Depreciação (R$ milhões) ................... 122 Tabela 27 –Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) ........................... 125 Tabela 28 –Sensibilidade da TIR a Variações no OPEX e CAPEX................ 127 Tabela 29 – Receita: Volume, taxas e tarifas ................................................. 130 Tabela 30 – OPEX: Parâmetros de Custos sem Eficiência ............................ 132 Tabela 31 – OPEX: Parâmetros de Custos com Eficiência ............................ 132 Tabela 32 – CAPEX: Água (R$ milhões) ........................................................ 134 Tabela 33 – CAPEX: Esgoto (R$ milhões) ..................................................... 136 Tabela 34 –Modelagem Econômica: DRE (R$ milhões) ................................ 141 Tabela 35 –Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre(R$ milhões) ........ 142 Tabela 36 – Modelagem Econômica: Receita (R$ milhões) ........................... 145 9 Tabela 37 – Modelagem Econômica: CAPEX ................................................ 150 Tabela 38 – Modelagem Econômica: OPEX(R$ milhões) .............................. 153 Tabela 39 –Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) ........................... 156 Tabela 40 – Sensibilidade daTIR a Variações no OPEX e CAPEX (em R$ milhões) .......................................................................................................... 158 Tabela 41 – OPEX: Quantidade de funcionários operacionais por cargo ...... 161 Tabela 42 – OPEX: Custo anual com Mão-de-Obra (em R$)......................... 161 Tabela 43 – OPEX: Manutenções(em R$) ..................................................... 163 Tabela 44 – OPEX: Insumos Operacionais .................................................... 164 Tabela 45 – OPEX: Administrativo, quantidade de funcionários por cargo .... 165 Tabela 46 – OPEX: Administrativo, custo anual ............................................. 165 Tabela 47 – CAPEX: Obras............................................................................ 166 Tabela 48 –Modelagem Econômica: Demonstração do Resultado do Exercício do Projeto – DRE(R$ milhões)/ Primeiro Cenário .......................................... 181 Tabela 49 –Modelagem Econômica: Demonstração do Resultado do Exercício do Projeto – DRE(R$ milhões)/ Segundo Cenário ......................................... 181 Tabela 50 –Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre e TIR do Projeto (R$ milhões) / Primeiro Cenário ............................................................................ 182 Tabela 51 –Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre e TIR do Projeto (R$ milhões) / Segundo Cenário ........................................................................... 184 Tabela 52 –Modelagem Econômica: Receitas anuais por tipo (R$ milhões) / Primeiro Cenário ............................................................................................ 188 Tabela 53 – Modelagem Econômica: Receitas anuais por tipo (R$ milhões)/ Segundo Cenário ........................................................................................... 189 Tabela 54 – Modelagem Econômica: CAPEX (R$ milhões) / Ambos Cenários192 Tabela 55 – Modelagem Econômica: OPEX (R$ milhões) / Ambos Cenários 197 Tabela 56 – Modelagem Econômica: Depreciação (R$ milhões) / Ambos Cenários ......................................................................................................... 199 Tabela 57 –Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) / Primeiro Cenário201 Tabela 58 –Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) / Segundo Cenário202 Tabela 59 – Sensibilidade da TIR a Variações no OPEX e CAPEX / Primeiro cenário ........................................................................................................... 204 Tabela 60 – Sensibilidade da TIR a Variações no OPEX e CAPEX / Segundo cenário ........................................................................................................... 205 Tabela 61 – Volume Operacional: Projeção de produção total de lixo – por município / Ambos cenários ........................................................................... 208 Tabela 62 – Receita: Volume operacional (em toneladas) e receitas (em R$ milhões) / Primeiro Cenário ............................................................................ 210 Tabela 63 – Receita: Volume operacional (em toneladas) e receitas (em R$ milhões) / Segundo Cenário ........................................................................... 210 Tabela 64 – OPEX: Salários, encargos e benefícios por categoria de funcionário (em R$) para Mão-de-Obra / Ambos cenários ............................. 212 Tabela 65 – OPEX: Encargos trabalhistas e alíquotas para Mão-de-Obra / Ambos cenários.............................................................................................. 213 Tabela 66 – OPEX: Quantidade de funcionários por cargo para Mão-de-Obra / Ambos cenários.............................................................................................. 214 Tabela 67 – OPEX: Custo anual com Mão-de-Obra por cargo / Ambos cenários214 10 Tabela 68 – OPEX: Alíquotas de manutenção de Manutenção de Veículos / Ambos cenários.............................................................................................. 215 Tabela 69 – OPEX: Quantidade, preço unitário, alíquota e custo anual com Manutenção de Veículos / Ambos cenários ................................................... 216 Tabela 70 – OPEX: Volume anual de lixo e taxa de crescimento para Execução de Infraestrutura / Ambos cenários ................................................................ 218 Tabela 71 – OPEX: Quantidade por item para Execução de Infraestrutura / Ambos cenários.............................................................................................. 218 Tabela 72 – OPEX: Preço unitário por item para Execução de Infraestrutura / Ambos cenários.............................................................................................. 219 Tabela 73 – OPEX: Custo anual para Execução de Infraestrutura (R$ milhões) / Ambos cenários.............................................................................................. 220 Tabela 74 – OPEX: Volume mensal de lixo e quilometragem/hora mensal por veículo para Combustível / Ambos cenários .................................................. 221 Tabela 75 – OPEX: Consumo e preço unitário por veículo para Combustível / Ambos cenários.............................................................................................. 222 Tabela 76 – OPEX: Quantitativo por veículo para Combustível/ Ambos cenários223 Tabela 77 – OPEX: Custo anual por veículo para Combustível(R$ milhões) / Ambos cenários (R$ milhões) ........................................................................ 223 Tabela 78 – OPEX: Volume mensal de lixo e quilometragem/hora mensal por veículo para Pneus / Ambos cenários ............................................................ 224 Tabela 79 – OPEX: Vida útil e preço unitário por veículo para Pneus / Ambos cenários .......................................................................................................... 225 Tabela 80 –OPEX: Quantitativo por veículo para Pneus / Ambos Cenários .. 226 Tabela 81 – OPEX: Custo anual por veículo para Pneus (R$ milhões) / Ambos Cenários ......................................................................................................... 226 Tabela 82 – OPEX: Volume anual de lixo e taxa de crescimento para Monitoramento Operacional, Ambiental e Controle de Vetores / Ambos cenários227 Tabela 83 – OPEX: Custo anual com Monitoramento Operacional, Ambiental e Controle de Vetores (R$ milhões)/ Ambos cenários ....................................... 228 Tabela 84 – OPEX: Volume mensal de lixo e quilometragem/hora mensal por veículo para Lubrificantes e Lavagem / Ambos cenários ............................... 230 Tabela 85 – OPEX: Quantitativo/ciclo por veículo e item para Lubrificantes e Lavagem / Ambos cenários ............................................................................ 230 Tabela 86 – OPEX: Quilometragem/horas por ciclo e por veículo para Lubrificantes e Lavagem / Ambos cenários .................................................... 231 Tabela 87 – OPEX: Custo unitário por item para Lubrificantes e Lavagem / Ambos cenários.............................................................................................. 231 Tabela 88 – OPEX: Quantitativo por veículo para Lubrificantes e Lavagem / Ambos cenários.............................................................................................. 231 Tabela 89 – OPEX: Custo anual com Lubrificantes e Lavagem(R$ milhões)/ Ambos cenários.............................................................................................. 232 Tabela 90 – OPEX: Quantidade, preço unitário, alíquota e custo anual com Licenciamento e Seguros / Ambos cenários .................................................. 234 Tabela 91 – OPEX: Quantitativo e preço unitário por item e cargo para Uniformes e EPIs / Ambos cenários ............................................................... 235 11 Tabela 92 – OPEX: Quantitativo de funcionários por cargo para Uniformes e EPIs / Ambos cenários ................................................................................... 236 Tabela 93 – OPEX: Custo anual com Uniformes e EPIs (R$ milhões) / Ambos cenários .......................................................................................................... 236 Tabela 94 – OPEX: Quantitativo e preço unitário por item e cargo para Ferramental / Ambos cenários ....................................................................... 237 Tabela 95 – OPEX: Quantitativo de funcionários por cargo para Ferramental / Ambos cenários.............................................................................................. 238 Tabela 96 – OPEX: Custo anual com Ferramental (R$ milhões) / Ambos cenários .......................................................................................................... 238 Tabela 97 – CAPEX: Quantitativo, preço unitário e investimento anual com Veículos (R$ milhões) / Ambos cenários ........................................................ 240 Tabela 98 – CAPEX: Quantitativo, preço unitário e investimento com Construção Nova Célula (R$) / Ambos cenários ............................................ 242 12 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre do Período (R$ milhões) .......................................................................................................... 111 Gráfico 2 –Modelagem Econômica:Receitas anuais totais (R$ milhões) ....... 113 Gráfico 3 – Modelagem Econômica: CAPEX (R$ milhões) ............................ 116 Gráfico 4– Modelagem Econômica: OPEX (R$ milhões) ............................... 119 Gráfico 5 – Modelagem Econômica: Depreciação (R$ milhões) .................... 122 Gráfico 6–Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) ............................. 125 Gráfico 7 – Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre do Projeto (R$ milhões) .......................................................................................................... 143 Gráfico 8 – Modelagem Econômica: Receita (R$ milhões) ............................ 145 Gráfico 9 – Modelagem Econômica: (R$ milhões) ......................................... 150 Gráfico 10–Modelagem Econômica: OPEX(R$ milhões) ............................... 153 Gráfico 11–Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) ........................... 156 Gráfico 12 – Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre do Projeto (R$ milhões) / Primeiro Cenário ............................................................................ 183 Gráfico 13 – Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre do Projeto (R$ milhões) / Segundo Cenário ........................................................................... 185 Gráfico 14 –Modelagem Econômica: Receitas anuais totais (R$ milhões)/ Primeiro Cenário ............................................................................................ 188 Gráfico 15 – Modelagem Econômica: Receitas anuais totais (R$ milhões) / Segundo Cenário ........................................................................................... 189 Gráfico 16 – Modelagem Econômica: CAPEX (R$ milhões)/ Ambos Cenários192 Gráfico 17– Modelagem Econômica: OPEX (R$ milhões) / Ambos Cenários 197 Gráfico 18 – Modelagem Econômica: Depreciação (R$ milhões) / Ambos Cenários ......................................................................................................... 199 Gráfico 19–Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) / Primeiro Cenário201 Gráfico 20 – Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) / Segundo Cenário202 13 1 INTRODUÇÃO O presente relatório foi construído a partir dos elementos identificados no diagnostico e no prognóstico (Produtos II e III), tendo como referencia, o marco legal a Constituição Federal de 1988, a Constituição Estadual da Bahia, Lei Federal do Saneamento Básico 11.445/2007, a Lei Federal da Política Nacional de Resíduos Sólidos 12.305/201, Decreto Federal 7.210/2010 e a Lei Orgânica Municipal. Neste relatório apresentam-se também as Diretrizes Gerais, Diretrizes Especificas Estratégias, Metas, Programas e Ações que serão executadas pelo Município de Itabuna, construindo passo a passo a Política Municipal de Saneamento Básico do Município. O Plano Nacional de Saneamento Básico instituído em 2011 orienta a construção dos Planos Municipais, Regionais, dentro de uma análise do estudo de Cenários, que provocam profundas mudanças nos processos de reestruturação produtiva e gerencial em praticamente todos os setores da atividade humana. Segundo Michel Porter (2004 apud RINGLAND, 2006, p. 7), cenário é definido como: “Uma visão internamente consistente daquilo que o futuro poderá revelar-se, não uma previsão, mas um eventual resultado futuro. Um bom conjunto de cenários é realista na medida em que pode ser imaginado em termos corrente visível, eventos ou tendências que possam causar que isso aconteça, o conjunto não devem incluir apenas um cenário visionário (ou normativo), mas também alguns cenários de desafio da organização”. Neste contexto, o Produto IV busca enfrentar os desafios para a universalização e melhoria da qualidade dos serviços públicos de saneamento básico do município através de projetos, ações e programas, estabelecendo estratégias para a prestação dos serviços, alcançando às metas de forma 14 gradual e a melhoria dos serviços, através das soluções adequadas a realidade local, socialmente, ambientalmente e economicamente viável ao município. Neste sentido, tomou-se como referencia o numero atual de habitantes do município 218.925 habitantes (Datasus, 2014) acompanhado de uma analise da tendências e do cenário futuro que Embasa a perspectiva e a projeção populacional e, naturalmente, as necessidades e demandas futuras pelos serviços públicos de saneamento básico. Metodologicamente utilizou-se o Planejamento Estratégico Organizacional como ferramenta auxiliar para o gerenciamento dos processos, dentro da perspectiva de atingir a eficiência e a eficácia, tão necessária para consolidar as melhorias dos serviços de Saneamento Básico no município. Vale ressaltar de que o Plano Municipal de Saneamento Básico “é o instrumento hábil disciplinador de aplicação dos recursos financeiros do Fundo Municipal de Saneamento Básico”, estando inclusive vedadas quaisquer outras destinações. Ressalta-se ainda que o PMSB não se encerre após a publicação deste relatório, o PMSB é um instrumento de planejamento e execução de programas e ações de longo prazo dos serviços de saneamento. Esse processo deve assegurar a sua permanente atualização, devendo ser procedida de quatro em quatro anos, conforme o Programa Quadrianual de Metas e Investimentos – PQMI, conforme estabelece a Política Nacional de Saneamento Básico. 1.1 Diretrizes Para orientar e consolidar conjunto de propostas do PMSB apresenta-se a seguir as diretrizes gerais, que irão subsidiar os Programas, projetos e ações do presente Plano, em conformidade com os objetivos gerais elencados no relatório III. 15 Cabe ressaltar que, a Constituição Federal de 1988 estabelece em seu Art. 21: “Compete a União: IX. Elaborar e executar planos nacionais e regionais, de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; XX. Instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos.” De uma forma geral o Plano destinará a articulação, a integração e a coordenação de todos os recursos envolvidos no processo, seja ele financeiro, humano, econômico, tecnológico, para alcance do princípio fundamental da universalização dos serviços, como preconiza a Lei Federal 11.445/2007. Nos quadros a seguir apresentam-se as metas para os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município de Itabuna, sendo específicas, para o sistema rural e urbano, tendo como fonte dos dados do diagnóstico foi do Sistema Nacional de Informações de Saneamento, no ano de 2013. Tabela 1 – Metas para o sistema de abastecimento de água no município de Itabuna. Objetivo População Diagnóstico Curto Médio Longo Urbana 94,83% 96,72% 97,45% 100% Total 96,09% 97,84% 98,76% 100% 60,49% 72,34% 86,98% 100% Cobertura Hidrometração Fonte: RK Engenharia, 2014. 16 Tabela 2 – Metas para o sistema de esgotamento sanitário no município de Itabuna. Objetivo População Diagnóstico Curto Médio Longo Cobertura Urbana 79,28% 83,98% 90,45% 100% Total 15,00% 47% 76% Tratamento / Disposição Final 100% Fonte: RK Engenharia, 2014. 1.2 Estratégias Estratégia é um padrão de respostas que uma organização, empresa, município estabelece para alcançar uma determinada Meta. Para definir uma estratégia do Plano Municipal de Saneamento do município, precisou-se perguntar: “O que queremos com o Plano Municipal de Saneamento Básico de Itabuna? Onde estamos e Onde queremos chegar?” A resposta a esta questão é o objetivo central. Neste contexto é necessário pensar estrategicamente e com base na realidade atual construir os cenários futuros, portanto, a estratégia precisa ser capaz de mobilizar os cidadãos do município de Itabuna, e envolver o conjunto de entes da sociedade com o objetivo de universalizar os serviços de saneamento básico. 1.3 Procedimentos de Avaliação do Plano Municipal de Saneamento Básico Conforme estabelece o Art. 26° do Decreto no7217, que regulamentou da Lei no 11.445/2007: “a elaboração e a revisão dos planos de saneamento básico deverão efetivar-se, de forma a garantir a ampla participação das comunidades, dos movimentos e das entidades da sociedade civil, por meio de procedimento que, no mínimo, deverá prever fases de: 17 I - divulgação, em conjunto com os estudos que os fundamentarem; II - recebimento de sugestões e críticas por meio de consulta ou audiência pública; e III - quando previsto na legislação do titular, análise e opinião por órgão colegiado criado nos termos do art. 47 da Lei no 11.445, de 2007. Art. 47. O controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá incluir a participação de órgãos colegiados de caráter consultivo, estaduais, do Distrito Federal e municipais, assegurada a representação: I - dos titulares dos serviços; II - de órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico; III - dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico; IV - dos usuários de serviços de saneamento básico; V - de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico”. 1.4 Programas, Metas, Projetos e Ações Para a definição dos objetivos, programas, metas, projetos e ações, consideraram-se os seguintes aspectos: cenários prospectivos e concepção de alternativas; objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a universalização, admitido soluções graduais, progressivas e adequadas às peculiaridades local; compatibilização com os planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos; 18 programas, projetos e ações necessários para atingir os objetivos e as metas; identificação de fontes de financiamento. O objetivo geral do planejamento dos serviços de saneamento básico é basicamente à sua universalização através da ampliação gradual dos serviços, com eficiência na alocação dos recursos aportados, tendo como decorrência a melhoria da qualidade na saúde pública, pautada em um desenvolvimento sustentável e, portanto, na qualidade de vida dos cidadãos. Na formulação das estratégias a serem adotadas visando atender os objetivos, adotou-se os seguintes horizontes de planejamento: Imediato: até 4 anos; De curto prazo: de 5 a 9 anos; De médio prazo: de 10 a 13 anos; De longo prazo: de 14 a 20 anos. Os programas possuem escopo abrangente com o delineamento geral e congregam diversos projetos a serem executados para o alcance das metas estabelecidas no Planejamento Estratégico. Já os projetos possuem escopo específico, têm custos e restringe-se a um determinado período. Quando diversos projetos possuem o mesmo objetivo são agrupados em programas, possibilitando a obtenção de benefícios que não seriam alcançados se gerenciados isoladamente. Por fim, as ações representam o conjunto de atividades ou processos, que são os meios disponíveis e de intervenções concretas. Uma vez encerrado o projeto e atingido seu objetivo, as ações tornam-se atividades ou processos rotineiros de operação ou manutenção. 19 1.5 Serviços de Abastecimento de Água 1.5.1 PROGRAMA DE UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO A ÁGUA Este Programa tem como objetivo alcançar o princípio que a Lei Federal 11.445/2007 preconiza de universalização do acesso água potável, englobando ações estruturantes, tanto na captação de água bruta, quanto no aumento da reservação do sistema, contemplando também um programa de despoluição do Rio Cachoeira, que envolve desde a recuperação de matas ciliares, a um aumento na cobertura de tratamento e disposição final de esgoto do município de Itabuna. Assim, os projetos e ações relacionadas às questões de: ampliação da cobertura, adoção de tecnologias apropriadas, regulação do serviços, melhoria da infraestrutura, discussão da política tarifária, entre outros. A universalização é um dos princípios das Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico, assegurando o acesso de toda a população, seja esta urbana ou rural. As ações propostas visam atender à demanda da população, e atingir a universalização do abastecimento de água potável no horizonte de 20 anos. Neste sentido, este programa tem o objetivo de implantar projetos e ações que atinjam as metas minimizar os déficits de oferta apresentados no município. No produto II, verificou-se que o município de Itabuna, possui 96,09% (SNIS, 2013) da população urbana com acesso a água, e cerca de 94% (SNIS, 2013) da população total com acesso á água. Entretanto, o município apresenta problemas de reservação de água bruta, acarretando um déficit de água no município, por isto, a EMASA vem adotando uma política de rodízio nos bairros. 20 Abaixo estão pontuadas as ações do Programa de Universalização para o acesso a água no município: a) regularizar o fornecimento; b) implementar a construção da Barragem do Rio Colônia para aumento da reservação de água bruta (Esta não inclui no Plano de Investimentos deste Plano por já ter sido assinada a ordem de serviço); c) realizar manutenções e/ou ampliações no sistema de abastecimento de água; d) criar projetos e iniciativas para despoluição do Rio Cachoeira; e) realizar manutenções preventivas e corretivas na ETA; f) aumentar a capacidade de reservação de água tratada; g) instalar novas estações elevatórias de água tratada. 1.5.2 PROGRAMA DE COMBATE A PERDAS Atualmente o índice de perda de água no sistema municipal é de cerca de 52%, superando a média nacional, que é de 40%. Este programa visa controlar a perda de água no sistema, tanto perdas físicas (água não consumida, perdidas em vazamentos, e perdas operacionais) como perdas não físicas (água consumida, não medida por hidrômetros, ou por ausência ou por uma aferição irregular do equipamento que possui um prazo de validade de 5 anos). O objetivo deste controle de perdas é melhorar a eficiência do sistema de abastecimento de água, aumento da receita operacional da empresa, além de contribuir de forma eficaz com o gerenciamento dos mananciais onde captam as águas. Além disso, este programa pretende reduzir as perdas através do controle operacional e de manutenção preventiva, com vista no gerenciamento 21 integrado de modo a promover o uso racional da água, implementando ações que garantam um menor desperdício dos volumes de água demandados para consumo das zonas urbana e rural. Assim, evitando-se as perdas físicas nos sistemas pode-se atender a um número maior de usuários com o mesmo volume de água retirada dos mananciais. De forma geral, são ações para este programa: a) estimular a redução de perdas no sistema de abastecimento de água; b) instalar, substituir e controlar os macromedidores instalados nas entradas e saídas do sistema de abastecimento de água; c) instalar, substituir e controlar os micro medidores no sistema de abastecimento de água; d) identificar ligações inativas; e) planejar a manutenção preventiva e corretiva do sistema de abastecimento de água. 1.5.3 GESTÃO DE EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE A questão do tratamento de água no município não é uma das mais preocupantes, apesar de o laboratório precisar de investimentos em equipamentos mais sofisticados, e que possa aferir com maior eficiência o tratamento de água no município, existe um compromisso da empresa com a questão da qualidade da água, obedecendo assim as portarias do Ministério da Saúde (Portaria 2.914). A vigilância Sanitária é o órgão responsável pelo monitoramento da qualidade da água consumida. Apesar de uma equipe bem estruturada, ainda é necessário que seja realizado investimentos em um novo laboratório ou terceirização desses serviços para garantia dos resultados transferidos pela EMASA. Abaixo, estão medidas e ações que visam este programa: 22 a) intensificar a fiscalização da vigilância sanitária quanto a qualidade de água distribuída pela EMASA; b) garantir a etapa de tratamento da água em conformidade com a Portaria 2914/2011, adequado das soluções alternativas de abastecimento de água. 23 PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS Ampliação da capacidade de tratamento, setorização e reservação de água tratada GESTÃO DE EFICIENCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDAD E FOMENTAÇÃO DO CONTROLE DE PERDAS PROGRAMA UNIVERALIZAÇÃO DO ACESSO A ÁGUA Tabela 3 – PMSB Itabuna Abastecimento de Água VALOR ESTIMADO PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS 72.109.040,25 Substituição de hidrômetros com vida útil acima de 5 anos 4.931.611,24 Instalação de novos hidrômetros 7.397.416,85 Estimulos a redução de perdas no sistema de abastecimento de água 10.117.853,66 Garantia de tratamento adequado das soluções alternativas de abastecimento de água (intensificação da fiscalização da vigilancia sanitária, monitoramento do IQA) 10.000.000,00 TOTAL VALOR ESTIMADO PROGRAMA 72.109.040,25 METAS RESPONSAVEL LONGO Prefeitura Municipal de Itabuna (PMI) e Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA) CURTO 22.446.881,75 MEDIO LONGO 10.000.000,00 R$ MEDIO Prefeitura Municipal de Itabuna (PMI) e Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA) Prefeitura Municipal de Itabuna (PMI) e Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA) Prefeitura Municipal de Itabuna (PMI) e Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA) Prefeitura Municipal de Itabuna (PMI) e Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA) 104.555.922,00 Fonte: RK Engenharia, 2014. 24 1.6 Serviços no Sistema de Esgotamento Sanitário 1.6.1 UNIVERSALIZAR O ACESSO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Este programa tem por objetivo implantar programas, projetos e ações que atinjam as metas de universalização dos serviços de esgotamento sanitário no município. A universalização é um dos princípios das Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico, assegurando o acesso de toda população, seja esta urbana ou rural, aos serviços de saneamento básico. O saneamento integrado é um dos grandes desafios postos para os gestores, e profissionais da área do saneamento básico. Como observado no diagnóstico, os mananciais do município têm sofrido contaminação sistematicamente com o despejo de esgotos domésticos sem tratamento ou por soluções individuais projetadas e construídas de formas inadequadas. O município de Itabuna tem um índice de coleta de esgoto de 79,28% (SNIS, 2013), e um índice de tratamento de 14,90% (SNIS, 2013),sendo que o nível nacional de coleta é de 69,52% (SNIS, 2013), e de tratamento 54,12% (SNIS, 2013). Já o estado da Bahia o índice de coleta é de 86,52% e de tratamento 52,34%. Destaca-se como um valor preocupante, pois envolve diversos aspectos que acarretam através desse valor, como poluição de mananciais, e aprofundamento do desequilíbrio ambiental bem como a alta prevalência de doenças parasitárias por falta de saneamento. Enfrentar a despoluição do Rio Cachoeira é imprescindível. Portanto, se faz necessário assegurar que o Estado da Bahia, através da Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento Básico, em cooperação com a AMURC, realizem o Plano Regional de Esgotamento Sanitário para que todos os municípios que despejam águas residuais ao leito do Rio Cachoeira sem tratamento, contribuindo para atingir os níveis desejáveis de acordo com resoluções e diretrizes do CONAMA. 25 Portanto é necessário garantir um serviço integral de coleta, transporte e tratamento e soluções individuais bem projetadas, construídas e operadas se mostram como condições fundamentais para a despoluição dos mananciais do município. Segundo a Lei Orgânica do município de Itabuna: “Art. 10 - É da competência do Município em comum com a União e o Estado, na forma prevista em Lei Complementar Federal: VI - proteger o meio-ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;” Universalizar o acesso às soluções ou serviços de esgotamento sanitário é de fundamental importância para o fortalecimento da cidadania, a promoção da saúde e para a proteção dos ecossistemas. Apresenta-se a seguir as ações para melhoria do sistema de esgotamento e universalização do acesso a coleta, transporte e tratamento do esgoto: a) ampliar o número de economias ligadas à rede coletora de esgotos na capacidade instalada do sistema; b) ampliar rede coletora de esgoto, interceptores e demais itens; c) instalar sistema de separador absoluto no município; d) planejar o sistema por etapas e bacias; e) implantar novos sistemas de tratamento de esgotamento sanitário; f) realizar manutenções preventivas do sistema. 26 Tabela 4 - PMSB Itabuna Esgotamento Sanitário PROGRAMA UNIVERSALIZAR O ACESSO DO SISTEMA PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS VALOR ESTIMADO PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS (R$) VALOR ESTIMADO PROGRAMA (R$) PRAZO Ampliação do sistema de esgotamento sanitário 88.117.449,30 LONGO Readequação das estações de tratamento de efluentes existentes (para tratamento de desinfecção) 58.744.966,20 LONGO Readequação do sistema misto para sistema de separador absoluto Construção de novos conjuntos do sistema de tratamento de efluentes TOTAL 293.724.831,00 102.803.690,85 LONGO 44.058.724,65 MÉDIO RESPONSAVEL Prefeitura Municipal de Itabuna (PMI) e Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA) Prefeitura Municipal de Itabuna (PMI) e Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA) Prefeitura Municipal de Itabuna (PMI) e Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA) Prefeitura Municipal de Itabuna (PMI) e Empresa Municipal de Águas e Saneamento (EMASA) 293.724.831,00 Fonte: RK Engenharia, 2014. 27 1.7 Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais 1.7.1 DEFINIÇÃO DE GESTÃO E POLÍTICA TARIFÁRIA A gestão dos serviços de drenagem urbana e manejo de águas pluviais estão sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal de Itabuna, particularmente a Secretaria de Desenvolvimento Urbano – SEDUR. O grande desafio a ser enfrentado pela gestão municipal é a ausência de uma estrutura adequada para gerir recursos humanos, materiais, e financeiros, com vistas a prestar um serviço, com a eficácia e eficiência, preconizada na legislação que compõe o sistema nacional de saneamento básico. A idéia de construir uma parceria mais direta, entre a SEDUR e a EMASA, com vistas a aperfeiçoar os recursos que são limitados, para realização de manutenções corretivas, de caráter emergencial. A área de drenagem urbana é a mais carente de investimentos, ficando a mesma sempre na dependência das emendas das bancadas parlamentares e de projetos de pavimentação, e quando realizados adequadamente, contemplaram o sistema de drenagem do município. 1.7.2 UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM Um dos problemas associados ao déficit de acesso aos sistemas de micro drenagem são os alagamentos. Portanto, diminuir o número de logradouros com alagamento é fundamental para a melhoria da qualidade de vida no município. Devido às características topográficas do município e à ocupação das encostas dos morros, os desmoronamentos das encostas têm trazido problemas do âmbito social, deixando famílias desabrigadas ou em condição de risco. Apresenta-se a seguir ações para o sistema de drenagem: a) definir o modelo de gestão para este serviço; 28 b) definir e implantar uma política para sustentabilidade econômico financeira do serviço; c) implantar a rede de drenagem em locais onde não existem, e melhorar o sistema de drenagem nos locais existentes; d) limpar e conservar redes e galerias já existentes e) planejar e projetar por sub-bacias o sistema de drenagem; f) construir novos canais de macrodrenagem e microdrenagem. 1.7.3 PROTEÇÃO DOS ECOSSISTEMAS E REVITALIZAÇÃO DAS MATAS CILIARES a) Controle da ocupação e impermeabilização do solo; b) Priorizar os estudos que não comprometam a permeabilidade do solo; c) Realizar plantio de matas ciliares; d) Realizar isolamentos de áreas de matas ciliares degradadas para recomposição da vegetação. 1.7.4 MANUTENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE DESLIZAMENTOS E DESMORONAMENTOS A responsabilidade da manutenção e recuperação de ordem municipal na convivência com desastres relacionados a eventos naturais ou de ação antrópica, é da Defesa Civil. Assim, garantir o bom funcionamento do órgão no município é fundamental para alcançar os objetivos do programa de universalização dos serviços de drenagem. a) Promover cursos de capacitação dos profissionais da instituição b) Monitorar processos erosivos e sedimentológicos. c) Elaborar projeto de identificação e erradicação de ocupação em áreas de risco. d) Elaborar projetos executivos de recuperação dos pontos críticos de alagamentos. 29 e) Realizar obras de contenção de encostas nas áreas onde existe ocupação irregular. 30 Tabela 5 - PMSB Itabuna Drenagem e Manejo de Águas Pluviais PROGRAMA VALOR ESTIMADO PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS R$ PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS Definição da gestão e política tarifária pra sustentabilidade dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais Elaboração ou revisão da Lei Municipal para estabelecimento do marco legal da drenagem urbana DEFINIÇÃO DE Elaboração de relatório tecnico de GESTÃO E MARCO medidas de baixo impacto com LEGAL base na gestão da drenagem Elaboração Plano Drenagem Urbana Diretor de Garantir um quadro mínimo de funcionários com qualificação técnica necessária para atuação de equipe técnica no setor Cadastro georreferenciado das áreas urbanas por bacias PLANEJAMENTO POR BACIAS E SUB BACIAS REVITALIZAÇÃO DAS MARGENS VALOR ESTIMADO PROGRAMA R$ PRAZO RESPONSAVEL - IMEDIATO Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna - IMEDIATO - 2.250.000,00 IMEDIATO 1.700.000,00 CURTO 550.000,00 LONGO 2.210.000,00 Ampliação e readequação da rede de macrodrenagem existente 202.800.000,00 Ampliação e readequação da rede de microdrenagem existente 56.780.000,00 Projeto de revitalização das margens do Rio Cachoeira 29.827.023,10 Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento LONGO Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento LONGO Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento LONGO Urbano (SEDUR), Prefeitura CURTO 261.790.000,00 74.567.557,75 31 PROGRAMA LIMPEZA E MANUTENÇÃO DAS REDES PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS VALOR ESTIMADO PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS R$ Projeto de revitalização de córregos dos Bairros periféricos 44.740.534,65 Limpeza e manutenção das redes de microdrenagem 3.000.000,00 VALOR ESTIMADO PROGRAMA R$ 34.231.231,00 Limpeza e manutenção das redes de macrodrenagem TOTAL 31.231.231,00 PRAZO RESPONSAVEL Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento LONGO Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento LONGO Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento LONGO Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna 298.271.231,00 Fonte: RK Engenharia, 2014. 32 1.8 Serviços de Manejo de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana 1.8.1 Erradicação e Remediação do atual “Lixão” A presença de resíduos sólidos mal acondicionados e dispostos de forma inadequada traz consequências negativas para o meio ambiente, com a liberação de lixiviado (resíduos de rochas e componentes dos solos, por intempéries físicas), poluição do solo e das águas, proliferação de vetores de doenças, poluição da paisagem, liberação de odores desagradáveis e entupimentos ou obstrução dos caminhos naturais da água. Portanto, universalizar o acesso ao serviço de manejo de resíduos sólidos é essencial para a promoção da saúde das populações e proteção ao meio ambiente. Como preconiza o Art 54 da PNRS, "a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, observado o disposto no § 1o do art. 9o, deverá ser implantada em até 4 (quatro) anos após a data de publicação desta Lei.". Além disso, “de acordo com o projeto aprovado no Senado, as capitais e municípios de região metropolitana terão até 31 de julho de 2018 para acabar com os lixões.” (ASSEMAE, 2015). Dessa forma, evidencia-se que os municípios precisam encerrar o uso de “lixão” como destinação final dos resíduos produzidos. a) Realizar estudos técnicos para recuperação da área do lixão; b) Recuperar ambientalmente a área que foi degradada pela disposição. 33 1.8.2 CONSTRUÇÃO DE UMA ALTERNATIVA ADEQUADA PARA DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS 1.8.2.1 Áreas Selecionadas para Análise das Alternativas 1.8.2.1.1 Itabuna 1.8.2.1.1.1 Aterro Sanitário Compartilhado A presente pesquisa de áreas somente contemplará a implantação de unidade de Aterro Sanitário Convencional (ASC) Compartilhado no município de Itabuna. O Arranjo proposto possui 05 municípios: Itabuna (sede do arranjo), Itajuípe, Buerarema, Ilhéus e Uruçuca. A população urbana do arranjo projetada para o planejamento de curto prazo da implantação de intervenções (2016) é de 470.423 hab., responsável por uma produção diária total de resíduos de aproximadamente 442 ton., conforme metodologia utilizada para o estudo da projeção de resíduos. Já a população urbana considerada para o planejamento em longo prazo (2036) será de 512.721 hab., o que equivale a uma produção diária total de resíduos de aproximadamente 481,99 ton.. Estima-se que 20% dessas produções diárias serão consideradas recicláveis, o que equivale a aproximadamente 88 ton. para 2016 e 96 ton. para 2036. Foram identificadas 02 (duas) áreas potenciais para a implantação do aterro, as quais se encontram dispostas na tabela abaixo com as respectivas distâncias até a área urbana de Itabuna e dos municípios participantes do arranjo proposto. TABELA 6 – DISTÂNCIA DA ÁREA URBANA DE SANTO ÀS ÁREAS POTENCIAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO OPÇÕES Gleba 01 Gleba 02 ITABUNA 4,6 Km 9,6 Km ITAJUÍPE 11,6 Km 12,8 Km 34 BUERAREMA 24,2 Km* 25,8 Km ILHÉUS 32,0 Km* 30,0 Km* URUÇUCA 44,0 km* 31,8 Km* Fonte: RK Engenharia, 2015. *"Nos contextos em que os resíduos sólidos urbanos sejam coletados com o emprego de caminhões (convencionais, com carroceria de madeira ou caçamba basculante; ou dotados de caçamba compactadora específica para a coleta de lixo), quando as distâncias de transporte até o aterro sanitário são superiores a 15km, justifica-se avaliar a viabilidade de implantação, nos arredores da zona urbana, de uma estação de transbordo (ou de transferência), na qual os resíduos sejam transferidos, dos veículos utilizados para sua coleta regular, para veículos de maior capacidade (volumétrica e de carga), que serão incumbidos de seu transporte e descarga no aterro. Entretanto, o relativamente alto custo de implantação dessas estações de transbordo, bem como a relativa complexidade de sua operação, fazem com que seu emprego seja desaconselhável, a menos de em situações muito específicas e incontornáveis". (BAHIA, 2015) Com base nas opções dispostas na tabela acima e com a finalidade de realizar estudo de Concepção para Projetos de Engenharia de Obras e Serviços de Infraestrutura de Sistemas Integrados de Resíduos Sólidos Urbanos e Destinação Final, analisou-se seguindo os critérios de uma Matriz para seleção de glebas potencialmente utilizáveis para a implantação de AS com UCO, avaliou-se a situação atual dessas áreas. Na tabela a seguir, as áreas são georreferenciadas e em seguida são apresentadas no mapa. 35 TABELA 7 – LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS POTENCIAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO ATERRO LATITUDE LONGITUDE (UTM) (UTM) A 466.612 8.370.021 B 464.734 8.368.321 OPÇÃO OBSERVAÇÃO Gleba 1 no município de Itabuna. Gleba 2 no município de Itabuna. Fonte: RK Engenharia, 2014. OPÇÃO 1 – Gleba 01 A Opção 1 – Gleba 01 possui 110ha de área, está situada à 4,6 km do aglomerado urbano da cidade de Itabuna, encontra-se dentro dos limites do município, possui acesso pela BR-101 (Rod. Gov. Mário Covas) e está situado à 6,3km da área onde hoje funciona o aterro sanitário do município de Itabuna. É importante salientar que, a área possui 02 (dois) açudes para "dessedentação" animal em sua circunvizinhança. É importante destacar que as imagens são aerofotogramétricas, e foram obtidas a partir de do software Google Earth. Dessa forma, a imagem obtida pode conflitar com a realidade atual das área propostas. FIGURA 1–LOCALIZAÇÃO DA OPÇÃO 1 36 Legenda: Vermelho: Opção 01. Fonte: Google Earth, 2015. O acesso é feito por estrada pavimentada e em boas condições de trafegabilidade. A distância média entre as sedes municipais deste arranjo é inferior a 30 km, em via pavimentada, com exceção de Uruçuca, que está a aproximadamente 44 km da área proposta. Em virtude da distância entre esses dois municípios seria necessária a construção de uma estação de transbordo entre Uruçuca e Itabuna. Como são cinco municípios neste arranjo, pode-se verificar a possibilidade de adotar uma estação de transbordo compartilhada para os demais municípios integrados, favorecendo o benefício de escala. OPÇÃO 2 – Gleba 02 A Opção 2 - Gleba 02 c Gleba 01 possui 110ha de área, está situada à 9,6 km do aglomerado urbano da cidade de Itabuna, encontra-se dentro dos limites do município, possui acesso pela BR-101 (Rod. Gov. Mário Covas) e está situado à 3,6km da área onde hoje funciona o aterro sanitário do município de Itabuna. É importante salientar que, a área possui uma vasta vegetação, e alguns pequenos pontos onde já houve degradação por ações antrópicas. É importante destacar que as imagens são aerofotogramétricas, e foram obtidas a partir do programa Google Earth, com última atualização feita em maio de 2013. Dessa forma, a imagem obtida pode conflitar com a realidade atual das área propostas. 37 FIGURA 2– IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA DA OPÇÃO 2 Fonte: Google Earth, 2015. FIGURA 3– IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA DA OPÇÃO 2 Fonte: Google Earth, 2015. Atualmente, este local é coberto por uma vasta vegetação (FIGURA 41) e sua via de acesso é pavimentada. A topografia da área é acidentada em boa parte 38 da sua extensão e não foi identificada área para extração de material de recobrimento dos resíduos sólidos dispostos. A distância média entre as sedes municipais deste arranjo é inferior a 30 km, em via pavimentada, com exceção de Uruçuca, que está a aproximadamente 32 km da área proposta. Em virtude da distância entre esses dois municípios seria necessária a construção de uma estação de transbordo entre Uruçuca e Itabuna. Como são cinco municípios neste arranjo, pode-se verificar a possibilidade de adotar uma estação de transbordo compartilhada para os demais municípios integrados, favorecendo o benefício de escala. 1.8.2.2 Área Priorizada Na composição da Matriz para seleção de glebas apresentada abaixo, levou-se em consideração as condicionantes ambientais específicas das 02 (duas) opções de gleba. TABELA 8 - MATRIZ PARA SELEÇÃO DE GLEBAS POTENCIALMENTE UTILIZÁVEIS PARA A IMPLANTAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO COMPARTILHADO EM ITABUNA CONDICIONANTES AMBIENTAIS Localização No território do município Fora do município (1) Área disponível / utilizável (*) Acima de 30 hectares Entre 30 e 10 hectares Menos de 10 hectares Uso da terra Zona urbana Distrito industrial suburbano Agricultura Pastagens Sem uso definido Área naturalmente degradada (2) Área artificialmente degradada (3) Despejo de lixo / bota-fora Custo presumível de desapropriação Elevado Médio Baixo Sem custo para o município Evidências de lençol freático superficial Existentes Inexistentes Vias de acesso à gleba PONTUAÇÃO GLEBA N. 1 GLEBA N. 2 50 10 50 50 50 30 10 50 50 0 10 20 30 50 65 80 100 50 80 10 30 50 100 50 50 10 50 10 10 39 CONDICIONANTES AMBIENTAIS PONTUAÇÃO Pavimentação asfáltica Pavimentação primária (com possibilidade de uso permanente) Não pavimentada Inexistente Conformação topográfica Francamente favorável (4) Razoável (4) Desfavorável (4) Distância em relação ao centro de massa da coleta Menor que 10 km Entre 10 e 15 km Maior que 15 km Infraestrutura acessível Rede de energia elétrica Abastecimento de água (5) Inexistente Desfavorável (6) Disponibilidade aparente de material de cobertura Na gleba, em volume suficiente (7) Na gleba, em volume insuficiente (7) A menos de 5 km Entre 5 km e 10 km Superior a 10 km / indisponível Inexistente Existente(s), sem uso humano e/ou por animais domésticos (8) Existente(s), com uso humano e/ou por animais domésticos restrito (9) Existente(s), com uso humano e/ou por animais domésticos amplo (10) Cobertura vegetal natural, na gleba e entorno Campo ralo, na gleba e no entorno Capoeira rala, na gleba e no entorno Capoeira grossa, na gleba e no entorno Mata densa, na gleba e no entorno Existência de aglomerados populacionais no entorno Inexistentes (num raio de 5 km) Existentes, entre 2 km e 5 km Existentes, entre 500 m e 2 km Existentes, a menos de 500 m Visibilidade da gleba (11) Gleba naturalmente protegida (12) Gleba parcialmente visível Visão ampla, de passagem (13) Visão ampla e permanente (14) GLEBA N. 1 GLEBA N. 2 100 100 100 50 10 50 50 50 10 0 50 50 30 50 0 10 0 0 10 10 50 50 50 30 10 0 10 0 100 50 10 0 50 50 50 30 20 10 50 50 100 50 10 0 100 50 20 10 0 100 50 10 0 Fonte: RK Engenharia, 2014. Nota: (2) Voçorocas (naturais, ou indiretamente induzidas por ação antrópica), etc.; (7) Durante a vida útil estimada do aterro. 40 (8) A jusante, a menos de 2km (9) A jusante, a mais de 500m e em propriedades rurais esparsas (10) Manancial de abastecimento a aglomerados urbanos, a jusante (11) A partir de locais de uso público (12) Por acidentes topográficos e/ou maciços arbóreos densos e permanentes (13) A partir de rodovias, em trechos a montante da parcela a ser efetivamente utilizada (14) A partir de aglomerados urbanos situados a montante da parcela a ser efetivamente utilizada. Utilizando-se os critérios acima, a alternativa que apresentar maior pontuação será aquela que oferecerá menor custo operacional, de implantação e que gere baixo impacto ambiental, consequentemente a que apresenta a melhor alternativa. Nesse caso, foi elegida a Opção 2 – Gleba 02 como a área mais satisfatória para implantação do Aterro Sanitário Convencional Compartilhado com Unidade de Compostagem. 1.8.2.3 Caracterização da área 1.8.2.3.1 Acessibilidade A opção está próxima da BR-101 e dispõe de vias pavimentadas e em boas condições de acesso. 1.8.2.3.2 Existência de habitações e benfeitorias na área selecionada A área em análise encontra-se próxima ao atual Aterro Sanitário do município de Itabuna. 1.8.2.3.3 Situação fundiária Quanto a questão de regularização fundiária, na área em questão é necessário que seja tomado o conhecimento sobre a titularidade do terreno. Infraestrutura 1.8.2.3.4 Proximidades de aeroportos Segundo a Resolução CONAMA n. 04/95, em seu Art. 1º, são consideradas Área de Segurança Aeroportuária – ASA, aquelas determinadas a partir do centro geométrico do aeródromo e são divididas em duas categorias: raio de 20km para aeroportos 41 operados com regras de vôo por instrumento (IFR) e raio de 13km para demais aeródromos. A área priorizada para concepção do aterro sanitário se encontra próxima do Aeroporto Tertuliano Gudes (distância média de 7 Km) aeroportos. É válido salientar que, no município de Itabuna o aeroporto está fora de operação desde o ano de 2004. 1.8.2.3.5 Distâncias dos centros de massa A rede viária de Itabuna é composta principalmente pela BA-001 e pela BR101. As vias de acesso do aterro aos principais centros de massa encontramse dispostos na tabela a seguir. Tabela 9 - Distância entre Itabuna à capital e aos municípios mais importantes MUNICÍPIO ITABUNA ITAJUÍPE BUERAREMA ILHÉUS URUÇUCA VIA DE ACESSO BR-101 BR-101 BA - 668 E BR-101 BR-415 E BR-101 BA-655 E BR-101 DISTÂNCIA MÉDIA 9,6 Km 12,8 Km 25,8 Km 30,0 Km* 31,8 Km* Fonte: Google Earth, 2015. Na tabela abaixo constam as distâncias da área priorizada aos centros urbanos mais próximos. TABELA 10 – DISTÂNCIAS DA ÁREA PRIORIZADA AOS CENTROS URBANOS MAIS PRÓXIMOS CENTRO URBANO DISTÂNCIA MÉDIA CENTRO DE ITABUNA 9,6 Km ITAJUÍPE 12,8 Km BUERAREMA 25,8 Km ILHÉUS 30,0 Km URUÇUCA 31,8 Km Fonte: Google Earth, 2015. 42 1.8.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE RESÍDUOS Frente ao desafio da destinação adequada dos resíduos sólidos para serem inseridos em outras cadeias produtivas, de maneira a encaminhar para destinação final adequada apenas os rejeitos, se mostra essencial a implantação da coleta seletiva nos serviços de manejo de resíduos sólidos. Além disso, a coleta seletiva se caracteriza como um dos instrumentos da PNRS para viabilizar a minimização da geração de rejeitos, portanto, deve ser implantada no município. a) Promover a coleta diferenciada dos resíduos secos (recicláveis) e úmidos (orgânicos). b) Fiscalizar o recolhimento de resíduos especiais e perigosos, assim como a sua destinação adequada. c) Gerenciar atividades de construção civil de pequenos e grandes geradores, no tocante a produção de resíduos. 1.8.4 DEFINIÇÃO DE UMA ESTRUTURAÇÃO TARIFÁRIA A gestão dos resíduos sólidos atualmente é feita pela Prefeitura Municipal de Itabuna, em especificamente pela SEDUR, há uma satisfação dos usuários pela coleta, mas não pelo seu acondicionamento e disposição final. Contudo há uma dificuldade por parte da prefeitura de sustentabilidade econômica financeiro, para investimentos nesse setor, inclusive para adequar-se a Lei Federal 12.305/2010, que orienta a disposição final de uma forma que seja ambientalmente correta. É necessário que o município defina itens de acesso a este recurso, ou verbas de investimentos de outros entes federados, ou estruturação tarifária para os grandes geradores de resíduos ou um item para investimentos no orçamento geral do município. 43 1.8.5 EDUCAÇÃO SANITÁRIA E AMBIENTAL PARA PROMOÇÃO DA MINIMIZAÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS O desafio da mudança de padrões de consumo e geração de resíduos sólidos não passa apenas por implantação de sistemas eficientes de coleta e destinação final adequada. Para alcançar transformações no padrão de comportamento da sociedade são necessárias estratégias que adentrem o campo da educação, cultura e visão de mundo da população usuária dos serviços, nesse sentido projetos de educação ambiental se mostram como o caminho processual a ser adotado para alcançar essas transformações ao longo do tempo. 1.8.6 DIMINUIÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS A partir da publicação da PNRS, o manejo de resíduos sólidos no Brasil ganha elementos que vão além da simples coleta e disposição final, mas traz como objetivos da política a não geração e a minimização da geração de resíduos, como pode ser visto no artigo 7º, inciso II, a adoção de padrões de consumo sustentáveis, inciso III, entre outros. Art 7º: (...) II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; Mostra-se, então, que o desafio para a universalização do acesso aos serviços públicos de resíduos sólidos passa pela reformulação da lógica de produção e do padrão de consumo. Assim, estabelecer estratégias que colaborem no amadurecimento desses objetivos na sociedade faz-se parte integrante do processo de universalização, que visa a prevenção e a promoção da saúde. 44 a) Incentivo ao instrumento de logística reversa. b) Gerenciar atividades de construção civil de pequenos e grandes geradores, no tocante a produção de resíduos. 1.8.7 USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM Para viabilizar a coleta seletiva e a destinação adequada dos resíduos sólidos para reaproveitamento e reciclagem a etapa de triagem precisa ser inserida no serviço de manejo de resíduos sólidos. a) Implantar centro de reaproveitamento e reciclagem de resíduos da construção civil. b) Elaborar plano de coleta seletiva para reciclagem. c) Disponibilizar o terreno para construção das sedes e barracões. d) Construir sedes e barracões para instalação de maquinários e equipamentos. e) Instalar maquinários e equipamentos f) Construir instalações respeitando as normas de segurança do trabalho g) Incentivar e/ou apoiar as cooperativas de catadores de materiais recicláveis e reaproveitáveis. h) Elaborar plano de compostagem. i) Incentivar a compostagem residencial. 1.8.8 INCENTIVOS A QUALIFICAÇÃO DE COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE RESÍDUOS RECICLÁVEIS a) Fomentar a criação ou o desenvolvimento de pequenas empresas ou microempresas (apoiando-as nas primeiras etapas de sua vidas), fortalecendo institucionalmente as cooperativas. 45 b) Incentivo a qualificação profissional dos associados dessas cooperativas e associações. 46 Tabela 11 - PMSB Itabuna Resíduos Sólidos PROGRAMA VALOR ESTIMADO VALOR ESTIMADO PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMA (R$) PROGRAMAS (R$) METAS Sistematização da coleta de resíduos: (Separação de materiais recicláveis e orgânicos; fiscalização e implantação de coleta diferenciada para resíduos especiais (eletrônicos, baterias, pilhas, etc.)) 4.897.823,00 Implantar mecanismos de atendimento a coleta (bairros periféricos com dificuldade de acesso) 137.000,00 CURTO Educação Ambiental para promoção da coleta seletiva 720.000,00 CURTO GERENCIAMENTO Elaboração do Plano Municipal de DE RESÍDUO DA Gestão dos Resíduos da Construção CONSTRUÇÃO Civil CIVIL 330.458,78 ACESSO A COLETA IMEDIATO 5.034.823,00 3.592.746,47 CURTO RESPONSAVEL Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna, Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna 47 PROGRAMA MANEJO ADEQUADO DOS RESÍDUOS EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SANITÁRIA VALOR ESTIMADO VALOR ESTIMADO PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMA (R$) PROGRAMAS (R$) METAS Implantação de Usina de reaproveitamento e reciclagem dos resíduos da construção civil 3.262.287,69 MÉDIO Erradição e remediação do atual "lixão" (Recuperação de área degragada) 500.000,00 IMEDIATO Implantação de um Usina de Triagem e Compostagem 5.600.000,00 Construção de uma alternativa adequada para disposição final dos resíduos 60.987.998,00 Programa sanitária minimizar Implantar logística redução, de educação ambiental e a fim de promoção de a geração de resíduos; políticas de incentivo a reversa e não geração, reutilização, reciclagem e 1.343.998,53 67.087.998,00 CURTO CURTO 1.343.998,53 LONGO RESPONSAVEL Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna 48 PROGRAMA VALOR ESTIMADO VALOR ESTIMADO PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMA (R$) PROGRAMAS (R$) tratamento de disposição final QUALIFICAÇÃO E FORTALECIMENT O DE COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES resíduos, METAS RESPONSAVEL para Promover e fomentar a qualificação profissional e a criação de associações e cooperativas de economia solidária para incentivo a reciclagem Atingir universalização dos serviços de AMPLIAÇÃO DE limpeza urbana (poda, capina, SERVIÇOS DE roçagem) abrangendo todo o território LIMPEZA URBANA do município, de forma regular ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE Atendendo a Política Nacional de GESTÃO Resíduos Sólidos para atendimento à INTEGRADA DE Lei Federal 12.305/2010 RESÍDUOS SÓLIDOS TOTAL 457.891,00 457.891,00 CURTO 3.986.543,00 3.307.643,00 MÉDIO 678.900,00 678.900,00 CURTO Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna; Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna 81.504.000,00 Fonte: RK Engenharia, 2014. 49 1.9 Gestão dos serviços de Saneamento Básico A universalização dos serviços de saneamento básico exige do município ações estruturantes e um aprofundamento com a utilização da ferramenta do planejamento estratégico, voltando, as estruturas de gestão para atuar dentro da lógica e da perspectiva e de resultados. Os itens aqui destacados busca de implantação de um modelo de gestão que vise prestar um serviço adequado a população do município, que necessita superar os graves problemas que enfrentam. Com solidar a governança, unificar o saneamento em uma estrutura de gestão forte, assegurar compromissos efetivos com a disponibilização de recursos, e buscar trabalhar de forma integrada, já que entendemos que a política de saneamento está intrinsecamente associada a política nacional de meio ambiente, saúde, educação e de desenvolvimento econômico e social. Fundamentadas pela Lei Federal 11.445/2007 e pela Constituição Federal de 1988, e todos os instrumentos legais da área é fundamental o investimento em ações que darão suporte a operação dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana e drenagem urbana e manejo de águas pluviais. Mas, para que haja uma adequada gestão para essas ações estruturais, o município deve dispor de capacidade técnica, pois é um dos pontos fundamentais para o sucesso de um serviço público universal, sustentável, de forma econômica, social e ambientalmente. a) Definir um ente regulador e fiscalizador da Política Municipal de Saneamento Básico b) Elaborar um Programa de Planejamento Estratégico baseada na gestão de processos. c) Formular uma Política Municipal de Saneamento Básico; d) Implantação da Educação Ambiental; 50 e) Garantia de quadro mínimo de profissionais da área do saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo de águas pluviais, e limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; f) Intensificar a qualificação e capacitação dos profissionais das áreas correlatas; g) Instituir política tarifária compatível com o caráter do serviço, renda da população e com base na Lei Federal 11.445/2007 garantir a sustentabilidade econômico financeira dos serviços; h) Instituir um sistema de informação de acesso à população como objetivo de monitoramento das metas do PMSB, e garantia do cumprimento dos indicadores de eficiência, eficácia e efetividade. i) Criação de uma câmara técnica de saneamento básico vinculada ao conselho municipal da cidades (CONDUS), modelo atualmente adotado pelo Estado da Bahia. 51 Tabela 12 - PMSB Itabuna Gestão PROGRAMA PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS Formular a política Municipal de Saneamento Básico SISTEMA DE GESTÃO Definição do ente fiscalizador ou egulador da política municipal de saneamento básico Atualização da legislação municipal em relação as legislações estaduais e federal desse setor Elaboração de tarifas com embasamento técnicofinanceiro para os setores do saneamento; VALOR ESTIMADO PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS (R$) VALOR ESTIMADO PROGRAM A (R$) PRAZO RESPONSAVEL - Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura IMEDIATO Municipal de Itabuna, Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente - Secretaria de Desenvolvimento IMEDIATO Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna 80.000,00 - - CURTO Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna; Câmara Municipal de Vereadores CURTO Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna; Câmara Municipal de Vereadores 52 PROGRAMA PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS Procedimentos de avaliação, eficácia e efetividade dos serviços prestados Instrumentos e mecanismos para participação e controle social na gestão política do setor do saneamento; (Conselho Municipal) ESTRUTURAÇÃO DOS ENTES RESPONSÁVEIS PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO VALOR ESTIMADO PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS (R$) VALOR ESTIMADO PROGRAM A (R$) 50.000,00 - Implantação do sistema de informação para participação e controle social da comunidade 30.000,00 Estruturar o espaço físico dos servidores e funcionários que atuam na área de saneamento básico 344.980,00 PRAZO RESPONSAVEL CURTO Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna; Câmara Municipal de Vereadores CURTO Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna; Câmara Municipal de Vereadores Secretaria de Desenvolvimento IMEDIATO Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna 344.980,00 MÉDIO Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna 53 PROGRAMA PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS QUALIFICAÇÃO Treinamento e atualização do E CAPACITAÇÃO profissionais que atuam na DE área de saneamento básico PROFISSIONAIS TOTAL VALOR ESTIMADO PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS (R$) VALOR ESTIMADO PROGRAM A (R$) PRAZO RESPONSAVEL 250.000,00 250.000,00 MEDIO Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Prefeitura Municipal de Itabuna 674.980,00 Fonte: RK Engenharia, 2014. 54 2 AÇÕES DE EMERGENCIA E CONTINGENCIA DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO A Lei 11.445/2007, que instituiu a política nacional de saneamento básico, estabeleceu, em seu Artigo 19, que a prestação de serviços públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser específico para cada serviço, o qual abrangerá, no mínimo: [...] IV - ações para emergências e contingências; [...] (BRASIL, 2007: Art. 19). Toda atividade com potencial de gerar uma ocorrência atípica cujas conseqüências possam provocar danos às pessoas, ao meio ambiente e a bens patrimoniais, inclusive de terceiros, devem ter, como atitude preventiva, um planejamento para ações de emergências e contingências. Definindo os vocábulos de contingência e emergência parte da premissa de identificar e destacar os elementos existentes e disponíveis e estabelecer as formas de atuação dos órgãos operadores, tanto de prevenção quanto de correção, aumentando e garantindo a segurança operacional e a continuidade operacional das instalações. Este capitulo busca demonstrar um plano de ação que precisa monitorar os possíveis fatores de risco, identificar e prevenir possíveis acidentes, passíveis de acontecer ou não, bem como atuar na mitigação de danos e prejuízos causados por acidentes e desastres, naturais ou antrópicos, relacionados ao saneamento básico – abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, incluindo o manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. E, ainda, prevenir agravos a saúde relacionados ao saneamento básico inadequado. Há uma proposição de forma conjunta, ações e alternativas que o município deverá levar em conta, em possíveis ocorrências. Abaixo estão relacionadas algumas ações de emergência e contingência a serem adotadas para os serviços de saneamento básico. 55 Algumas características são importantes a serem ressaltadas que acabam por colocar a eficiência, eficácia e efetividade no acesso aos serviços públicos de saneamento, são elas: influencias climática (pois em períodos de verão o índice pluviométrico aumenta); e a questão da topografia acidentada do município, e que sendo atrelada a ocupação irregular de encostas, acarreta deslizamentos e desmoronamentos em épocas de chuva. Para uma eficiente adoção das medidas previstas frente a anormalidades/emergências nos sistemas do saneamento básico, o fato deve ser comunicado às entidades responsáveis para mobilização das ações necessárias segundo uma seqüência pré-definida, de forma que rapidamente os problemas sejam resolvidos e seus efeitos negativos controlados. Caso seja necessário realizar evacuação e o abandono de áreas afetadas por emergência, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros deverão coordenar todas as ações. 2.1 Sistema de Abastecimento de Água O município de Itabuna possui um número de consumo per capita de 244,6 l/hab/d, sendo um percentual de 101,05% consumido em relação à produção, ou seja, um valor consumido acima da produção de volume de água produzido + volume de água tratado importado + volume de água de serviço. Também foi observado no produto II (diagnóstico) que há evidencias de que os mananciais de captação de água bruta possuem um déficit de capacidade de atender as demandas de abastecimento de água, sem a política de rodízio, utilizada atualmente. A seguir apresentam-se estratégias adotadas, em medidas de emergência e contingência do sistema de abastecimento de água: Em tempos de estiagem, que comprometa a reservação de água bruta, e captação da mesma, é necessário que se adote uma política de corte de abastecimento contínuo, e utilize uma uma gestão de rodízios, com 56 intervalos de tempo de abastecimento, para não comprometer o abastecimento com maior abrangência. Esses cortes e políticas de rodízio devem ser tidos como premissa os avisos aos moradores dos bairros. Atividades que passam da necessidade de higiene, consumo de água potável humana, e outras, ou seja, lavar carros, regar plantas, devem ser proibidas, e o município deve adotar uma política de educação ambiental para alerta da população, pois essas atividades podem comprometer o abastecimento de água, por utilização de consumo de água para atividades que não são essenciais; A poder concedente de gestão dos serviços de abastecimento de água deve adotar medidas punitivas para usuários que perpassem o consumo definido como adequado e suficiente, sendo assim, determinando cotas de consumo diária aos usuários; Monitoramento de ligações clandestinas de água, que comprometem a medição, acarretando outro problema de perda de água por produto não medido; Reparos emergenciais de instalações danificadas, para não comprometimento de perdas físicas e comerciais de água, prejudicando outros locais de abastecimento. 2.2 Sistema de Esgotamento Sanitário O valor ainda não satisfatório da rede coletora de esgoto, a existência, de por mais que tímidas, de fossas sépticas, e uma performance que insatisfatória que deixa ainda a desejar de tratamento de efluentes acaba que por colocar em risco, os recursos hídricos do município, que a rede de esgoto despeja 86% do material, sem nenhuma forma de tratamento no corpo hídrico principal, Rio Cachoeira, e em conseqüência disso, a saúde e qualidade de vida da população. Problemas que ocorrem ou por sub dimensionamento da rede, que 57 não suporta o quantitativo, ou por interferências antrópicas no sistema, acaba gerando diversos transtornos a população. Tabela 13 – Sistema de Drenagem OCORRÊNCIA ORIGEM Quedas de postes de Interrupção no energia, interrupção de fornecimento de fornecimento por cortes, energia elétrica entre outros Interrupção da operação nas estações elevatórias de esgoto AÇÕES DE EMERGENCIA E CONTINGÊNCIA Manter um sistema de fornecimento de energia, de forma alternativa para eventuais sinistros. Preventiva para verificar se o sistema alternativo está em condições de operação constante. Instalação de tanque de acumulação de esgoto extravasado com objetivo de evitar contaminação do solo e da água. Entupimento de tubulações na linha de recalque Retirada de materiais que causaram entupimento ou em caso de rompimento, troca de tubulação danificada. Retorno de esgoto em imóveis Obstrução em coletores de esgoto e lançamento de águas pluviais em sistema de esgoto (sistema misto) Isolar trecho danificado do restante da rede para que não haja interrupção de atendimento de outros locais e executar reparo na tubulação; Trabalhos de limpeza e desobstrução; Fiscalizar e monitorar as redes de esgoto e redes de águas pluviais (cadastramento dos sistemas) Lançamentos de produtos químicos Sinistros eventuais ou irresponsabilidade de monitoramentos e fiscalizações de indústrias da região Isolar e detectar local de origem, tipo de produto lançado e grau de risco. Mantendo a premissa de prevenção para que o sinistro não prejudique no tratamento de esgoto coletado. Formação de gases Operação inadequada ou falta de operação por Detectando os níveis fora do padrão de interrupção do sistema concentração desses gases, deve ser facilitando a presença acionado o setor de odorização (ou das substancias químicas criado um departamento que tenha este que facilitam expelir os controle) para tomar devidas medidas. gases Fonte: RK Engenharia, 2014. 58 Abaixo segue ações de emergência e contingência do sistema de esgotamento sanitário do município de Itabuna, a fim de evitar paralisação do processo de coleta e tratamento de águas residuais. 2.3 Sistema de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais A fim de estabelecer mecanismos adequados de manutenções e caráter preventivo e corretivo, mantendo a qualidade física das infraestrutura do município, e também da saúde da população, e equilíbrio ambiental. Essas ações acabam por envolver a prevenção de sinistros e catástrofres, procedimentos quando eventuais emergências, e reconstrução dos cenários destruídos. O município de Itabuna, recentemente publicou um estudo a fim de identificar áreas que possuem vulnerabilidade a desastres naturais, que possui um detalhamento maior identificando as infra estrutura e seus estados físicos, prevenção e mitigação dos desastres e planejamento e preparação para eventuais situações de emergência. Este estudo foi desempenhado junto com a Secretaria de Defesa Civil do município, que desempenha um papel, e agora com instrumentos mais específicos, identificas áreas de risco, e com subsídios de políticas publicas municipais e estaduais, possui ações de emergência e contingência para evacuação da população e dos imóveis nas áreas de risco. Sendo assim, segundo este estudo, as ações preventivas constam de verificação: condições físicas dos componentes do sistema; monitoramento e controle dos canais de microdrenagem e macrodrenagem existentes; monitoramento da qualidade da água que escoa sob a superfície, em caso de inundações. 59 Abaixo segue um quadro para ações de emergência e contingência de caráter corretivo: Tabela 14 – Sistema de Drenagem ORIGEM AÇÕES DE EMERGENCIA E CONTINGENCIA Precipitação com intensidade acima da capacidade dos canais do sistema de drenagem pluvial; Acúmulo de lixo (acondicionamento inadequado ou falta de fiscalização de resíduos de construção em local adequado); Mistura de águas residuais do sistema de esgotamento com águas pluviais; Ocupações irregulares em encostas, sem consentimento e alvarás da prefeitura Comunicação para retirada dos imóveis e pessoas com irregularidade no sistema de ocupação de caráter irregular; Manutenções corretivas no sistema; Limpeza de canais e bocas de lobo; Educação Sanitária e Ambiental destinada ao acondicionamento e coleta de resíduos OCORRENCIA Deslizamentos de encostas Precipitação intensa que ultrapassa a capacidade de escoamento do Inundações de sistema; Mal dimensionamento ou Comunicação a Prefeitura áreas com ausência de canais de micro e (Secretaria de Defesa Civil); topografia mais macrodrenagem; Mau Manutenção corretiva. baixa funcionamento do sistema por acumulo de resíduos dispostos em locais irregulares. Boca de lobo, ramais assoreados/ entupidos ou subdimensionados ou Alagamentos ausência do sistema de micro e em diversos macrodrenagem; Deficiencia no pontos do engolimento das bocas-de-lobo; município Deficiencia ou inexistência do emissário Desobstrução das redes e dos ramais; Comunicação a Defesa Civil em qualquer eventual sinistro; Sensibilizar e mobilizar a comunidade através de iniciativas de educação ambiental como meio de evitar o lançamento de resíduos nas vias públicas e nos sistemas de drenagem; Promover reestruturação e readequação de dissipadores adequados nos pontos finais do sistema de drenagem urbana. Fonte: RK Engenharia, 2014. 60 2.4 Sistema de Manejo de Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana Para complementação do Plano Municipal de Saneamento Básico e que dará de forma mais específica, diretrizes e ações específicas para a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, este relatório verifica a necessidade de um Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRSU), que irá permitir e indicar com maior precisão um complexo de operação e monitoramento dos procedimentos que constituem o sistema de manejo de resíduos sólidos. Nesta seção destaca-se os subsídios disponíveis ou que necessitam ser criados quando acontecer algo fora dos procedimentos convencionais que envolvam este setor, viabilizando as ações de emergência e contingência. Segue quadro abaixo que apresentam ações a serem abordadas em momentos de sinistros: Tabela 15 – Sistema de Resíduos Sólidos OCORRENCIA ORIGEM AÇÕES DE EMERGENCIA E CONTINGENCIA Falha, defeito, quebra de equipamento de caráter temporário, Diminuição no número que atrase ou de veículos coletores inviabilize a logística de coleta no município. É necessário que a empresa licitada disponibilize mais 1/3 de sua frota como stand by do processo, onde não comprometa a logística de coleta, ou estabeleça uma nova rota não comprometendo o sistema. Política de Suspensão temporário impedimento de ou sazonal no lixão ou acesso aos veículos no futuro aterro coletores ou greve de sanitário funcionários do setor. Poderes locais devem ser mobilizados para destrancar as vias para acesso ao local, em casos extremos os coletores devem ser reconduzidos a áreas de disposição final na região, para não comprometimento do sistema. Acidentes de trânsitos, paralisações, Elaboração de rotas alternativas Obstrução do sistema manifestações, obras, para não comprometimento do viário desastres naturais fluxo e logística dos resíduos. como deslizamentos ou desmoronamentos. 61 Acionar, ou dispor de um Interrupção no sistema Greve de funcionários contingente mínimo de funcionários de varrição, coleta ou da Prefeitura Municipal para limpeza nos pontos mais poda (limpeza urbana) de Itabuna críticos do município. Identificação de local para Sinistro que possa Acidentes naturais e disposição final adequada; Alerta gerar um grande ambientais da Defesa Civil e Corpo de número de resíduos Bombeiros. Fonte: RK Engenharia, 2014. O plano ações de Emergência e Contingência prevê os cenários de emergência e as respectivas ações para melhorias e não comprometimento do meio ambiente e da saúde da população, as quais deverão ser detalhadas no momento da sua ação, de forma a permitir sua efetiva operacionalização. 62 3 PANORAMA DE INVESTIMENTO EM SANEAMENTO BÁSICO Para atender ao que preconiza as Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico, a Lei nº 11.445/2007, o governo federal, por meio do Ministério das Cidades, elaborou o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), importante instrumento que deve nortear as ações em saneamento básico em âmbito federal, estadual e municipal. Portanto, se mostra necessário conhecer como estão sendo pensados os investimentos, nos próximos 20 anos, no país, de maneira a nortear a execução dos planos municipais de saneamento básico. No estudo feito pela elaboração do Plansab demonstrou-se que os recursos deverão ter origem em diferentes segmentos, além de se reportarem as ações estruturais e estruturantes. Assim: ...serão necessários 420,9 bilhões de Reais, a serem investidos em medidas estruturais e estruturantes, até 2030. No que se refere à origem dos investimentos, estima-se que 59,0% dos recursos (R$ 253,3 bilhões de Reais) sejam provenientes dos agentes federais e 167,5 bilhões de Reais sejam aportados por agências internacionais, prestadores de serviços, orçamentos estaduais e municipais e setor privado, na forma de investimentos diretos ou de contrapartidas. (PLANSAB, VOL 5, p. 238). Do montante total de investimentos estimados pelo Plansab, no que se refere à ações estruturais, 70% corresponde aos totais investidos em ações relativas à expansão das componentes de abastecimento de água (AA), esgotamento sanitário (ES)e manejo de resíduos sólidos(RS) - expansão da produção e distribuição de água; da coleta, interceptação, transporte e tratamento dos esgotos; de aterros sanitários e unidades de triagem e compostagem - além de uma parcela de 30% dos investimentos em reposição nessas componentes. Em relação à drenagem pluvial urbana (DU), as medidas estruturais correspondem a 30% dos investimentos em expansão e a 70% dos 63 investimentos em reposição, ou seja, na drenagem os investimentos mais significativos vêm relacionados à reposição. Para as medidas estruturantes, em AA, ES e RS, são considerados 70% dos investimentos em reposição da produção e da distribuição de água, da coleta e do tratamento dos esgotos e das estruturas e equipamentos dos serviços de coleta e disposição final dos RSU. Em relação à drenagem urbana, como vista acima, as medidas estruturantes correspondem a 70% dos investimentos em expansão e 30% dos investimentos em reposição. A partir da orientação dada pelo Plansab fica claro a direção que o País aposta para a área. Para as componentes de AA. ES e RS existe uma maior preocupação em se investir em medidas estruturantes relativas à recuperação desses sistemas, e a gestão vem como um ponto importante para garantir a melhora na qualidade e sustentabilidade desses serviços. Já para a DU, os investimentos em ações estruturantes vem mais relacionado à ações de expansão, demonstrando que a universalização da DU no Brasil deve tomar um caminho mais voltado para a drenagem sustentável, onde a proteção dos ecossistemas, as ações preventivas e de saneamento integrado se mostram as principais estratégias. Além disso, observa-se também a consideração dos diferentes segmentos, a exemplo do capital privado e instituições internacionais, como potenciais colaboradores nos investimentos da área. Portanto, os programas, projetos e ações, que deverão prever ações estruturais e estruturantes, são fundamentais para o município se candidatar aos editais de financiamento dos governos federal. 3.1 Modalidades de Financiamento em Saneamento Básico Para a implementação das ações previstos no PMSB, a captação de recursos é uma fase fundamental. Esses recursos têm origem em diferentes modalidades, apresentadas a seguir. 64 3.1.1 COBRANÇA DIRETA AOS USUÁRIOS É uma das modalidades mais utilizadas para o financiamento dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, pois permite que a prestação do serviço seja cobrada e quantificada individualmente por usuário. A cobrança direta ao usuário pode ocorrer de duas maneiras: cobrança por meio de taxa - valor fixo cobrado mensalmente -, mais adequada para serviços que não são possíveis de serem medidos individualmente, e de tarifa - valor cobrado de acordo com a utilização do serviço pelo usuário - onde o serviço é medido por instrumentos de medição ou por percentuais de uso. Os recursos oriundos da taxas/tarifas podem ser suficientes para financiar os serviços e alavancar seus investimentos, diretamente ou mediante empréstimos, e, em alguns casos, pode suprir a demanda por investimentos, trazendo certa independência de empréstimos a médio ou longo prazo. A política tarifária deve ser bem formulada e considerar o poder de pagamento dos usuários, podendo adotar subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e localidades que não tenham capacidade de cobrir o custo integral dos serviços. Assim, para eleger os usuários cabíveis de receber subsídio devem-se levar em conta as características dos lotes urbanos, o nível de renda da população, além das características dos serviços prestados na área atendida. 3.1.2 ORÇAMENTOS GERAIS Essa modalidade de financiamento tem origem nos recursos com disponibilidade no orçamento geral do município, e estão sujeitos a restrições em razão do contingenciamento na execução orçamentária. Normalmente, por serem prestados de forma direta pelo município, os serviços de resíduos sólidos e de águas pluviais têm seus investimentos e custeios financiados, predominante, pelo orçamento geral dos municípios, o que traz instabilidade para a implementação de ações ao longo do tempo. 65 3.1.3 INVESTIMENTOS PREVISTOS Tabela 16 – Investimentos necessaries para Universalizar os serviços de água e esgoto no Brasil, 2010, 2015 e 2020 3.1.4 FINANCIAMENTOS Os recursos federais destinados ao financiamento da área de saneamento básico são repassados por programas e linhas de financiamento de agentes financeiros públicos como a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Entre os programas e instituições existentes pode-se destacar: PROSANEAR, PROINFRA, PAC, PROSAB, e no Governo Estadual: CAR, CONDER, e SEDUR. Além dos investimentos oriundos do Governo Federal, pode-se realizar a captação de recursos externos. Dentre as instituições com essa disponibilidade destacam-se o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O BIRD é uma instituição que junto com a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) formam o Banco Mundial. Esta instituição é constituída de membros de 185 países desenvolvidos e em desenvolvimento. 66 O governo do Estado da Bahia, apesar de contar de forma significativa com recursos do Governo Federal, também faz investimentos em saneamento básico. Esses investimentos são operados por diferentes órgãos que atuam nas quatro componentes de saneamento básico. O quadro a seguir apresenta as principais instituições e programas que estão sendo desenvolvidos em âmbito estadual. E ainda, é possível, segundo prevê as Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico e o Plansab, as parcerias com as instituições onde são estabelecidas contrapartidas de investimentos e períodos de concessões dos serviços, de maneira a garantir a prestação do serviço de qualidade. 67 4 ALTERNATIVAS INSTITUCIONAIS PARA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO DE ACORDO COM A LEI 11.445/2007 A Lei n 11.445 de 2007 consolidou que a titularidade dos serviços de saneamento básico cabe ao poder público municipal, cabendo, portanto, ao município determinar o modelo institucional de gestão mais adequado para a prestação dos serviços. A mesma Lei estabeleceu o princípio de que os serviços públicos de saneamento básico devem ser regulados e fiscalizados pelo poder público. Entre outras diretrizes, a Lei estabelece que os contratos que tenham por objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico mediante delegação sejam formalizados em regime de gestão associada (consorcio público, ou convenio de cooperação) ou Prestador, só sendo válidos caso sejam definidos mediante política de saneamento básico e normas de regulação que prevejam meios para o cumprimento de suas diretrizes, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização (Ministério das Cidades, 2009). Com relação a prestação dos serviços, o titular, ou seja, o município, tem o direito e dever de decidir como o serviço será prestado. No entanto, caso seja decisão do titular delegar a prestação dos serviços a um consorcio público, a uma empresa estatal (publica ou de economia mista) ou ainda, a uma empresa privada, a Lei 11.445 de 2007 exige que sejam celebrados contratos que criem direitos firmes e estáveis, cuja duração não fique dependendo da vontade política de governante em exercício. Garante-se, assim, o respeito aos direitos dos usuários e a melhoria de atendimento, bem como se possibilita a segurança jurídica aos investimentos necessários à universalização dos serviços (Ministério das Cidades, 2009). Conforme legislação atual, existem três formas de prestação de serviços de saneamento básico: (1) prestação direta; (2) prestação indireta mediante Prestador ou permissão; (3) gestão associada. Assim sendo, o município pode prestar diretamente os serviços por intermédio do órgão da administração 68 central ou entidade da administração descentralizada. Pode delegar a prestação dos serviços a terceiros por meio de licitação pública e contratos de Prestador (empresa privada ou estatal) ou prestar os serviços por meio de gestão associada a outros municípios – com ou sem a participação do Estado, via convenio de cooperação ou consorcio público e contrato programa. A figura abaixo resume as possibilidades de prestação de serviços de saneamento de acordo com a Constituição Federal de 1988. Figura 4 - Formas de prestação de serviço público admitidas pela Constituição Federal de 1988 RK Engenharia, 2014. Cabe, portanto ao Município de Itabuna definir a alternativa institucional que lhe seja mais conveniente quanto ao objetivo de concretização dos investimentos necessários à universalização do acesso aos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas. Como principal documento de planejamento dos Serviços de Saneamento Básico, o Plano Municipal de Saneamento Básico de Itabuna deve ser o instrumento mestre de apoio para a escolha do modelo institucional de gestão mais adequado para o município. 69 Neste produto do PMSB estão presentes todas as informações técnicas, econômicas e jurídicas necessárias para escolha do modelo institucional de gestão que realmente tenha capacidade de trazer a melhoria na prestação dos serviços de saneamento básico desejada pela população do município. Na discussão sobre o modelo de gestão ideal para Itabuna, o poder municipal deve sempre manter o foco na busca da melhoria dos serviços, privilegiando sempre as considerações técnicas e econômicas que apresentem soluções reais e criveis para concretização dos investimentos necessários á universalização dos serviços. Importante que o poder municipal não deixe as influências e os interesses políticos e pessoais envolvidos atrapalhar este processo decisório tão importante para determinação da qualidade e do futuro dos serviços de saneamento básico do município, serviços essências para a saúde e qualidade de vida das cidades. 4.1 Alternativa I – Prestação direta pelo titular Nos últimos 25 anos, com a municipalização dos serviços de água e esgoto de Itabuna em 1989, os mesmos têm sido prestados pelo titular, prefeitura municipal, por meio da EMASA, empresa de economia mista, especialmente constituída para este fim, cujo quadro funcional está apresentado na tabela abaixo. Tabela 17 - EMASA -QUADRO FUNCIONAL CARGOS CONCURSADO CONTRATADO COMISSIONADO ESTAGIÁRIO MENOR APRENDIZ TOTAL 2012 / DEZ 317 4 77 11 19 428 ANO 2013 / DEZ 320 30 65 4 4 423 2014 / JUL 306 53* 77 9 19 464 2015 / SET 303 44* 74 13 19 453 * VALOR CORRESPONDENTE AO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS POR MEIO DA SELEÇÃO SIMPLIFICADA PARA SERVIÇOS DE URGÊNCIA, ATRAVÉS DO CONVÊNIO EMASA X PMI. Fonte: EMASA, 2014. 70 Já os serviços de drenagem urbana e manejo de resíduos sólidos têm sido geridos diretamente por órgãos do poder municipal. Considerações: O atual modelo institucional de gestão dos serviços de saneamento básico tem tido dificuldade em prestar os serviços com a qualidade necessária. Nos últimos 25 anos, adotou-se um modelo da prestação direta pelo titular, apesar dos esforços da recuperação parcial da empresa municipal, e de iniciativas que resultaram em transferência de recursos da União, com programas, como o PAC, problemas graves, não puderam ser solucionados, um dos fatores que comprometeu e compromete este modelo, foi a ausência da reforma tributária, permitindo a desconcentração dos recursos na União, e uma reestruturação do pacto federativo assegurando aos municípios do bolo tributário. Outro elemento que as empresas municipais de saneamento sofrem são as alternâncias de poder e a descontinuidade de gestão, prejudicando seu funcionamento e sua capacidade de servir seus usuários com a qualidade desejada e não disponibiliza os recursos para realização dos investimentos necessários. Devido às limitações financeiras da EMASA e do município, seja com recursos próprios ou com financiamento, para realizar os investimentos necessários à universalização dos serviços de saneamento básico, o poder municipal deve repensar o atual modelo e buscar parcerias visando a injeção de recursos necessários ao cumprimento das metas de universalização dos serviços preconizados na Lei n. 11.445/07. Conforme relatórios anexos, percebe-se um esforço enorme da gestão e do seu corpo funcional em superar entraves e avançar rumo a indicadores de recuperação nos últimos anos mais o que constatamos que não foram capazes de suplantar os obstáculos, e prever uma perspectiva a médio prazo de sustentabilidade e investimento progressivo como preconiza as diretrizes nacionais para política municipal de saneamento básico. “O planejamento nesta área é condição indispensável para o Brasil avançar nos níveis de 71 cobertura e na qualidade dos serviços prestados à população brasileira. Saneamento básico representa mais saúde, qualidade de vida e cidadania”. 4.2 Alternativa II – Prestação direta via delegação Neste modelo, o município de Itabuna poderia delegar seus serviços de água e esgoto para a Empresa Estadual (EMBASA) ou para uma empresa privada devidamente qualificada, ou seja, com capacidade de investimento e experiência na prestação dos mesmos. Nesta alternativa, o Município não deixa de ser titular dos serviços, ele mantém seu poder e protagonismo na prestação dos serviços por meio da regulação e fiscalização do contrato de delegação, o qual conterá os objetivos e metas previamente definidos, e garantirá a cumprimento dos compromissos assumidos com segurança jurídica durante o prazo da vigência do contrato, conforme preconiza a Lei e é avaliado de 04 (quatro) em 04 anos. Nesta hipótese, a gestão dos serviços de resíduos e drenagem permaneceriam sendo executados pela Prefeitura Municipal. Esta alternativa de modelo possibilita a realização de investimentos por parte da Empresa, ou seja, traria uma solução para incapacidade de investimento da EMASA e da Prefeitura Municipal de Itabuna. Consolidaríamos o Pacto Federativo onde o Estado, Município e União tratam de um serviço essencial. É possível visualizar uma perspectiva maior de investimento tendo aporte médio de R$ 300.000.000,00 de investimentos necessários para a universalização dos serviços de água e esgoto do município, solucionando em médio prazo os problemas de falta de água da cidade e contribuindo com a despoluição o Rio Cachoeira. Uma vez findado o prazo do contrato de delegação, os serviços e ativos a eles dedicados, inclusive os ativos adquiridos com os investimentos do delegatório durante a vigência do contrato de delegação, passariam a ser de propriedade 72 do município, que agora teria seus serviços universalizados e devidamente organizados. Para implementação desta hipótese, o município deveria organiza-se institucionalmente para exercer a regulação e fiscalização do contrato baseado nas metas e programas deste PMSB e lançar uma licitação da Prestadora dos serviços de água e esgoto, na qual, tanto a EMBASA ou uma empresa privada devidamente qualificada, tecnicamente e financeiramente, poderia participar e ser vencedores. De forma independente do processo descrito acima, o município poderia delegar os serviços em conformidade com a legislação a coleta e manejo e a destinação de resíduos urbanos, viabilizando assim uma solução para realização do investimento do aterro sanitário municipal e a remedição do atual lixão municipal. Desta forma, se adequaria as atuais exigências ambientais e resolveria suas atuais pendências no ministério público. Os serviços de drenagem permaneceriam sob a gestão municipal. 4.3 Alternativa III – Prestação via Gestão Associada Este modelo institucional concede o sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário para empresa estadual por meio de um contrato programa, modalidade contratual especial que não exige um processo concorrencial. Neste modelo, a limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos continuariam com o poder municipal ou poderiam ser delegados conforme descrito no modelo anterior, e a gestão do sistema de aguas pluviais urbanas permaneceria com a prefeitura. Está alternativa é ao modelo institucional utilizado pelo município de Itabuna antes do processo de municipalização ocorrido 1989. Nesta modalidade de delegação o município concederia a prestação de serviços de água e esgoto a 73 EMBASA por meio de um convênio com o Estado da Bahia e posteriormente com a celebração de um contrato programa com a EMBASA. Como não há um processo concorrencial, neste modelo, o município deve se assegurar uma boa negociação com o Governo do Estado da Bahia e EMBASA e garantir segurança jurídica e garantias para realização dos compromissos de investimentos assumidos contratualmente. De forma similar ao modelo 02 escrito acima, o município poderia delegar os serviços de coleta, manejo e destinação de resíduos urbanos, de forma independente ou em consórcio com outros municípios, a uma empresa privada, viabilizando assim uma solução para realização do investimento no aterro sanitário municipal e a remediação do atual lixão municipal. Desta forma, se adequaria as atuais exigências ambientais e resolveria suas atuais pendências no ministério público no assunto. Os serviços de drenagem permaneceriam sob a gestão municipal. 4.4 Alternativa IV – Privatização Este modelo compreende na venda da totalidade ou maioria das ações da EMASA para um investidor privado com capacidade financeira e experiência na gestão de serviços de água e esgoto. Este modelo é especificamente possível para o caso de Itabuna, pelo fato do município já possuir uma empresa de economia mista responsável pela prestação dos serviços de água e esgoto, a EMASA. Desta forma, o município poderia privatizar a EMASA, modernizando seu sistema de gestão, trazendo capacidade de investimento e eficiência operacional de uma empresa privada, e consequentemente, viabilizar a universalização dos serviços de água e esgoto. De forma similar ao modelo 02 e 03 descrito acima, o município poderia delegar os serviços de coleta, manejo e destinação de resíduos urbanos, de forma independente ou em consórcio, a uma empresa privada, viabilizando assim uma solução para realização do investimento no aterro sanitário municipal e a remediação do atual lixão municipal. Desta forma, se adequaria 74 as atuais exigências ambientais e resolveria suas atuais pendências no ministério público no assunto. Os serviços de drenagem permaneceriam sob a gestão municipal. Desta forma, se adequaria as atuais exigências ambientais e resolveria suas atuais pendências no ministério público no assunto. Os serviços de drenagem permaneceriam sob a gestão municipal. Para todas as alternativas anteriores é necessário a definição do ente regulador e fiscalizador, de forma a garantir o protagonismo do município na delegação dos serviços de saneamento básico. Em todas as alternativas precisamos de um serviço de regulação que seja capaz de fiscalizar e apontar a necessidade de cumprimento das metas e dos planos de Investimentos, essa delegação em qualquer modalidade é avaliada permanentemente pelos órgãos de controle social e particularmente pelo Conselho das Cidades, Conselho de Meio Ambiente e pela Câmera Municipal de Vereadores. Avaliada pela sociedade e pela câmara de Vereadores em quatro e quatro anos. 4.5 Sugestão de modelo institucional a ser implementado em Itabuna Diante da dificuldade de acesso dos recursos não onerosos e de obter financiamentos para concretização dos investimentos nos serviços de água e esgoto, sugere-se que o poder municipal busque o modelo institucional de gestão que viabilize os investimentos necessários à universalização e que garanta a melhoria da eficiência operacional de forma a assegurar a redução de perdas de água, a regularidade na sua distribuição para os usuários, o uso eficiente dos recursos hídricos e a despoluição do Rio Cachoeira. Sugere-se que o Município de Itabuna escolha o modelo institucional, para gestão dos serviços de saneamento básico, com capacidade de investimento, experiência e capacidade técnica e operacional na prestação de serviços de água e esgoto, modelo institucional descrito na Alternativa 02 deste 75 documento. Desta forma, garante-se que o município selecione a melhor proposta de investimento técnica e comercial. Entende-se que a Alternativa 03 não traz a solução completa para a realização dos investimentos necessários, adicionalmente, não garante o processo concorrencial, no qual o município tem a capacidade de selecionar a melhor proposta para seus interesses. Entende-se também que a Alternativa 04 deve ser descartada, visto que retira do município o protagonismo na prestação dos serviços de água e esgoto, conquista histórica do município alcançada em 1989 com a municipalização. Contudo, porém, para viabilizar e garantir a implantação da Alternativa 02, alternativa sugerida por este Plano, entende-se que o município deva concluir os entendimentos com a EMBASA no que tange os ativos dados em comodato ao municio de Itabuna no processo de municipalização em 1989. Desta forma, o município garante a viabilidade jurídica, econômica do processo concorrencial e tem a oportunidade de construir uma parceria com Governo do Estado da Bahia no modelo institucional de gestão escolhido e na viabilização dos investimentos correlatos do Governo do Estado da Bahia no município, como a construção da na Barragem do Rio Colônia. 76 5 ESTUDO DE VIABILIDADE ECONOMICA FINANCEIRA PARA OS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO NO MUNICÍPIO A viabilidade econômica financeira do processo de universalização dos serviços de saneamento básico deve estar em consonância com as diretrizes da Lei Federal nº 11.445/07, em que a universalização é compreendida como a ampliação progressiva ao acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento básico (art. 3º, inciso III), determinando que as condições de sustentabilidade e do equilíbrio econômico-financeiro, em regime de eficiência, sejam requisitos de validade à prestação desses serviços (art. 11, parágrafo 2º, inciso IV). Diante disto, a avaliação econômico-financeira deste PMSB teve por base as metas e objetivos, consolidados nos programas, nos projetos e nas ações, por meio dos quais foram estimados os investimentos necessários à universalização gradual dos serviços de saneamento básico, os custos e as despesas associadas a cada componente do saneamento básico do município de Itabuna, no horizonte de 20 anos. Da mesma forma, foram estimas as receitas necessárias ao pleno funcionamento de cada sistema, sejam por meio das tarifas ou taxas cobradas ou aportes de recursos, convergindo com o princípio legal do atendimento às condições de sustentabilidade e do equilíbrio econômico-financeiro. 5.1 Fluxo de Caixa Livre 5.1.1 Considerações teóricas Esta seção tem o propósito de apresentar os fundamentos dos procedimentos adotados nas seções subsequentes. Inicialmente, introduz-se o conceito econômico de fluxo de caixa, usualmente conhecido como Fluxo de Caixa Livre. Esse fluxo é interessante do ponto de vista do empreendedor para a análise da viabilidade do Projeto. Em seguida, discorre-se sobre as duas metodologias de análise aplicadas ao Fluxo de Caixa Livre: a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Valor Presente Líquido (VPL). 77 5.1.2 FLUXO DE CAIXA LIVRE Para analisar um Projeto, é necessário encontrar o Fluxo de Caixa Livre, FCL1, ao longo de determinado horizonte de tempo. Esse procedimento é unânime em livros-texto, entre os quais se destaca o trabalho de Brigham e Ehrhardt2. A palavra “livre” significa o fluxo de caixa isento de receitas e despesas não operacionais, depois de considerados os investimentos. Esse é o fluxo de caixa que fica para a prestadora e não para o investidor ou dono da prestadora. Para obter o fluxo de caixa que cabe ao investidor, seria preciso subtrair do resultado o custo de capital de terceiros3. Tal diferenciação é importante para que os resultados sejam consistentes futuramente. O FCL desperta interesse por várias razões, entre as quais se destacam: reflete o resultado do negócio de forma cristalina, pois representa o que sobra no caixa do negócio efetivamente. mostra a dinâmica econômica dos desencaixes em encaixes ao longo do tempo, dando uma ideia da magnitude financeira do negócio. tem uma interpretação fácil e direta, facilitando análises e avaliações quanto à natureza econômica do negócio. O conceito de Fluxo de Caixa Livre inclui o lucro operacional e exclui receitas e despesas não operacionais. Por exemplo, mesmo que a demonstração do resultado do exercício, DRE, inclua o pagamento de juros, esses juros são excluídos do resultado para fins de obtenção do FCL. Conceitualmente, não se deve avaliar um Projeto considerando despesas e receitas não operacionais porque, desta forma, não se avaliaria o fulcro do Projeto em si. Ainda nesse sentido, por exemplo, as receitas de juros obtidas por aplicações financeiras, mesmo que constem na DRE, não são o objeto principal do Projetoe, portanto, 1 Em inglês, esse é o conceito de free cash flowtofirm ou FCFF. 2BRIGHAM, Eugene F. & EHRHARDT, Michael C. Financial Management: Theory&Practice, 1 th. ed. Cengage Learning, 201 . 3 3 3 Nesse caso, o conceito relevante é o free cash flowtoequity ou FCFE. 78 não devem ser consideradas para fins de obtenção do Fluxo de Caixa Livre da prestadora. Tipicamente, a depreciação deve ser revertida para a obtenção do Fluxo de Caixa Livre da prestadora. A depreciação, ainda que seja considerada na DRE e no cálculo do imposto de renda, não constitui uma saída efetiva de caixa. Um exemplo de demonstração do resultado do exercício é apresentado na Tabela 18 abaixo. Tabela 18 –Demonstração do resultado do exercício Receita Líquida (+) Custos Operacionais (-) Lucro antes de juros e impostos Receitas não operacionais (+) Despesas não operacionais (-) Juros (+/-) Lucro antes dos Impostos Impostos (-) Lucro líquido Fonte: RK Engenharia, 2014. Do lucro, antes dos impostos e juros, deduzem-se as despesas e receitas não operacionais, as quais incluem os juros recebidos e pagos. Os impostos sobre a renda são calculados de acordo com o regime do lucro real. Sobre esse valor incide 25% de imposto de renda e 9% de contribuição social sobre o lucro líquido. 79 Para obtenção do Fluxo de Caixa Livre a partir do lucro líquido, devem-se reverter as contas de juros, receitas e despesas não operacionais. No caso de lucro real, deve-se reverter também a depreciação. Em seguida, devem-se subtrair as despesas com capital (CAPEX4). Com isso, obtém-se o Fluxo de Caixa Livre, conforme apresentada na Tabela 19. Tabela 19 –Fluxo de Caixa Livre Lucro Líquido Receitas não operacionais (-) Despesas não operacionais (+) Juros (+/-) CAPEX (-) Fluxo de Caixa Livre (FCL) Fonte: RK Engenharia, 2014. Como as operações são financiadas com capital próprio e de terceiros, pode-se entender o Fluxo de Caixa Livre como fluxo de caixa do projeto 5. Se do FCL fosse subtraída a remuneração de juros pagos a terceiros, ter-se-ia o fluxo de caixa do acionista6, também conhecido como free cash flowtoequity, que é o fluxo de caixa que efetivamente sobraria ao acionista do Projeto. Entretanto, nessa análise, seria preciso deduzir dos investimentos os recursos provenientes de empréstimos financeiros. 4 Do inglês capital expenditures. 5 Também denominado de fluxo de caixa desalavancado. 6 Também denominado de fluxo de caixa alavancado. 80 5.1.3 VPL O Valor Presente Líquido (VPL) é obtido por meio da diferença existente entre as saídas econômicas de caixa (investimentos, custos e impostos) e as entradas econômicas7 de caixa (receitas), descontadas a uma determinada taxa de juros. Considera-se atraente o projeto que possuir um VPL maior ou igual à zero. Dessa forma, por meio do VPL, o empreendedor pode escolher pela aceitação ou rejeição de determinado projeto. O VPL igual a zero significa que inexiste lucro extraordinário, portanto o lucro econômico é justo. Um VPL positivo significaria que o negócio tem lucro extraordinário, o que não é desejável pelo Poder Público, geralmente o Poder Concedente. Da mesma forma, um VPL negativo implica que o negócio tem prejuízo, de modo que não haveria incentivos em investir nessa atividade econômica. O VPL é obtido por meio da fórmula: Em que: FCLt é o Fluxo de Caixa Livre; N é o número de períodos da Prestação; e r é a taxa de desconto utilizada para obter o VPL. A taxa de desconto permite a comparação de fluxos de caixa em diferentes momentos do tempo. Tal taxa pode ser entendida como o custo de oportunidade do empreendedor. O custo oportunidade, por sua vez, é o retorno que poderia ser obtido se a empresa aplicasse os seus investimentos em outro projeto. 7 A qualificação econômica é importante para caracterizar o fluxo de recursos que efetivamente interessa ao acionista. 81 Para determinada taxa de desconto, , se o VPL for positivo, o investidor aufere com o projeto em questão um retorno superior ao que obteria caso tivesse aplicado os seus recursos em um investimento alternativo com retorno igual a . O cálculo do VPL é feito a partir de valores reais (valores que descontam o impacto da inflação na análise), de forma que todos os valores são analisados a uma mesma base de nível de preços. A Tabela 20 apresenta um exemplo da metodologia do VPL. Tabela 20 –Exemplo de cálculo do Valor Presente Líquido T Projeto L Fluxo Desc. Projeto S Fluxo Desc. 0 -100 -100 -100 -100 1 10 9,09 70 63,64 2 60 49,59 50 41,32 3 80 60,11 20 15,03 VPL (10%) 18,79 20 Fonte: RK Engenharia, 2014. O projeto é vantajoso para o investidor se o VPL for maior do que zero. Para projetos mutuamente exclusivos, o que apresentar maior VPL é o mais vantajoso. Apesar de o VPL poder ser justificado economicamente como critério de escolha, uma desvantagem dessa metodologia é o fato de a comparação entre projetos com diferentes magnitudes de investimentos e duração ficar prejudicada. 82 5.1.4 TIR A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa que implica VPL igual à zero. Projetos que apresentam TIR igual ou superior à soma entre o prêmio de risco do Projeto e taxa mínima de atratividade, ou custo de oportunidade, são vantajosos para o investidor. A TIR pode ser calculada por meio da fórmula: A Taxa Interna de Retorno8 desconta fluxos de caixa reais e, por isso, deve ser analisada frente uma taxa de desconto real da economia, ou de custo de oportunidade. A tabela abaixo apresenta as taxas internas de retorno dos projetos descritos na tabela anterior. Tabela 21 –Exemplo da TIR T Projeto L Projeto S 0 -100 -100 1 10 70 2 60 50 3 80 20 TIR 18,1% 23,6% Fonte: RK Engenharia, 2014. 8 A obtenção da TIR é feita por métodos matemáticos numéricos complexos, mas já disponíveis em programas como o Excel. 83 5.2 Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário A RK Engenharia por meio do presente estudo, apresenta a modelagem econômico-financeira da Prestação dos serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento sanitário no município de Itabuna. Presume-se, no presente estudo, que a Prefeitura Municipal de Itabuna cederá, ao Prestador, a atual infraestrutura pelo prazo vigente. O prazo é de 20 anos de operação. O Prestador irá: (i) ampliar; (ii) operar e (iii) manter o atual sistema sob a finalidade de atender os princípios de universalização, sustentabilidade e modicidade tarifária, conforme preconizado na Lei Federal 11.445/2007. A metodologia utilizada no presente estudo seguiu o arcabouço financeiro de fluxo de caixa econômico, também conhecido como Fluxo de Caixa Livre. A Taxa Interna de Retorno do Período – TIR de Período – é de 7,94% ao ano. O prestador atenderá a meta de eficiência continua de 1,0% ao ano, durante todos os anos da Prestação. A tarifa de Água considerada é de R$ 3,00 e de Esgoto R$ 2,10. O presente estudo avaliou a viabilidade econômico-financeira da modelagem econômico-financeira da Prestação dos serviços Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do município de Itabuna. 84 Admite-se que o prestador irá: (i) ampliar; (ii) operar e (iii) manter o atual sistema sob a finalidade de atender os princípios de universalização, sustentabilidade e modicidade tarifária, conforme preconizado na Lei Federal 11.445/2007. Também assume-se que o prestador atenderá a meta de eficiência continua de 1,0% ao ano, durante todos os anos da Prestação. Por fim, estimou-se que as tarifas de Água e Esgoto como sendo R$ 3,00 e R$ 2,10, respectivamente. Sob estas premissas, os fluxos obtidos são: (i) receitas de Água, Esgoto e Serviços R$ 1.079,11 milhões; (ii) custo operacional (OPEX) de R$ 418,71 milhões; (iii) Investimentos (CAPEX) de R$ 378,16 milhões e (iv) Tributos de R$ 239,69 milhões. Para estes valores a Taxa Interna de Retorno do Período – TIR de Período – é de 7,94% ao ano. 5.2.1 FONTE DE RECURSOS 5.2.1.1 Tarifa e Taxas Compreendem os recursos decorrentes da efetiva cobrança pelos serviços prestados. A origem destes recursos está atrelada aos modelos institucionais para a gestão dos serviços. A partir da cobrança de tarifas, a administração municipal pode obter as receitas para implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico. 85 TARIFAS MENSAIS PARA SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO* Vigência sobre as contas com vencimento a partir de outubro de 2015 *Decreto N° 11.302, de 20 de agosto de 2015 1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA TRATADA/BRUTA 1.1. LIGAÇÕES MEDIDAS Faixas de Consumo Residencial Social COMERCIAL /INDUSTRIAL/ PÚBLICA RESIDENCIAL 3 Até 10 m 3 11 – 15 m 16 – 20 m3 21 – 25 m3 26 – 30 m3 31 – 40 m3 41 – 50 m3 > 50 m3 R$ 3,98 R$ 2,32 R$ 3,02 R$ 5,03 R$ 7,70 R$ 8,65 R$ 10,25 R$ 12,15 p/ mês p/ m3 p/ m3 p/ m3 p/ m3 p/ m3 p/ m3 p/ m3 Faixas de Consumo Comercial Até 10 m3 R$ 66,20 p/ mês 11 – 50 m3 R$ 13,70 p/ m3 R$ 16,25 p/ m3 > 50 m 3 Residencial Intermediária R$ 20,10 R$ 5,21 R$ 5,63 R$ 7,40 R$ 8,21 R$ 9,10 R$ 10,25 R$ 12,15 p/ mês p/ m3 p/ m3 p/ m3 p/ m3 p/ m3 p/ m3 p/ m3 Residencial Normal R$ 22,70 R$ 6,44 R$ 6,90 R$ 7,70 R$ 8,61 R$ 9,36 R$ 10,25 R$ 12,15 p/ mês p/ m3 p/ m3 p/ m3 p/ m3 p/ m3 p/ m3 p/ m3 Construção e Industrial Pública (P1) Pública (P2) R$ 28,20 p/ mês R$ 66,20 p/ mês R$ 65,45 p/ mês R$ 136,00 p/ mês R$ 13,70 p/ m3 R$ 13,70 p/ m3 R$ 8,65 p/ m3 R$ 17,80 p/ m3 R$ 16,25 p/ m3 R$ 16,25 p/ m3 R$ 10,30 p/ m3 R$ 21,90 p/ m3 Pequenos Comércios 1.2. LIGAÇÕES NÃO MEDIDAS Residencial Social R$ 3,98 Pequenos Comércios R$ 28,20 Residencial Intermediária R$ 30,52 Construção / Industrial R$ 66,20 Residencial Normal R$ 35,58 Pública Municipal R$ 65,50 Comercial e Prestação de Serviços R$ 66,20 Pública Estadual/Federal R$ 136,00 2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO Tipo Valor 2.1 Sistemas Condominiais Corresponde a 45% do Valor da conta de Abastecimento de Água. 2.2 Sistemas Convencionais Corresponde a 70% do Valor da conta de Abastecimento de Água. 2.3 Conjuntos Habitacionais, com sistema próprio e operado pela EMASA Corresponde a 45% do Valor da conta de Abastecimento de Água. Fonte: RK Engenharia, 2015. 5.2.1.2 Recursos Não Onerosos Recursos não onerosos, ou seja, aqueles disponibilizados a “fundo perdido” apresentam-se como a forma desejável dos administradores públicos. Entretanto, em razão do modelo de política de investimentos do governo federal, esta modalidade é muito remota em razão dos pré-requisitos estabelecidos pelos órgãos públicos, cujo enquadramento tem como prioridade as cidades de menor índice de desenvolvimento. 86 Contudo, a articulação política e a disponibilidade de projetos executivos de engenharia alinhados às ações do Plano Municipal de Saneamento Básico, podem ser diferenciais para a obtenção de recursos não onerosos, os quais, em algumas situações, acabam não sendo distribuídos por falta de documentação e planejamento adequado por parte dos interessados. 5.2.1.3 Fontes de Financiamento Caixa Econômica Federal – Saneamento para Todos Programa da Caixa com recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (“FGTS”) visa melhorar as condições de saúde e qualidade de vida da população urbana. O programa financia, entre outras modalidades, atividades de abastecimento de água, abastecimento de esgoto, saneamento integrado, desenvolvimento institucional e estudos e projetos. FDNE – Fundo de Desenvolvimento do Nordeste Possui como finalidade assegurar recursos para a realização de investimentos na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste SUDENE, em infraestrutura e serviços públicos e em empreendimentos produtivos com grande capacidade germinativa de novos negócios e novas atividades produtivas. Destina-se a empreendimentos de interesse de pessoas jurídicas que venham a ser implantados, ampliados, modernizados ou diversificados na área de atuação da Sudene. Conforme entrevistas com o Presidente da EMASA, com o Secretário de Meio Ambiente e Agricultura e com o Vice-Prefeito e Secretário de Planejamento, o acesso às linhas de crédito e financiamento está condicionado a regularidade fiscal e financeira e comprovada capacidade de pagamento do solicitante. As dívidas municipais existentes no FGTS, INSS, com fornecedores, precatórios e sua irregularidade do CALC em mais de 13 itens e sua baixa capacidade de pagamento devido ao seu baixo superávit tem inviabilizado o acesso destes recursos por parte município e da EMASA. 87 Na atual crise fiscal e de arrecadação do Governo Federal, dos Estados e dos municípios, este cenário deve se agravar ainda mais, tornando esta alternativa de captação de recursos também muito pouco provável para o município de Itabuna. 5.2.1.4 Investimentos Previstos Os investimentos previstos para a implementação do presente Plano estão relacionados às demandas das projeções advindas do crescimento populacional e atendimento de déficit identificado. Além disso, mediante as definições das obras, serviços e ações principais, elaborou-se um cronograma de investimento dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, que contempla também, programas de gestão comercial e operacional previstos ao longo de todo o período do Plano. SISTEMA DE ÁBASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO INVESTIMENTOS VALORES ABASTECIMENTO DE ÁGUA 104.555.922,00 ESGOTAMENTO SANITÁRIO 293.724.831,00 Fonte: RK Engenharia, 2015 88 CRONOGRAMA DE INVESTIMENTOS ABASTECIMENTO DE ÁGUA UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO A ÁGUA PROGRAMA FOMENTAÇÃO DO CONTROLE DE PERDAS Substituição de Ampliação da capacidade Instalação de hidrômetros com PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS de tratamento, setorização e novos vida útil acima de reservação de água tratada hidrômetros 5 anos VALOR (R$) IMEDIATO (R$) CURTO (R$) MÉDIO (R$) LONGO (R$) 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 72.109.040,25 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 3.605.452,01 4.931.611,24 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 7.397.416,85 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 616.451,40 Estimulos a redução de perdas no sistema de abastecimento de água 10.117.853,66 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 505.892,68 GESTÃO DE EFICIENCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE Garantia de tratamento adequado das soluções alternativas de abastecimento de água (intensificação da fiscalização da vigilancia sanitária, monitoramento do IQA) 10.000.000,00 833.333,33 833.333,33 833.333,33 833.333,33 833.333,33 833.333,33 833.333,33 833.333,33 833.333,33 833.333,33 833.333,33 833.333,33 TOTAL 104.555.922,00 6.177.580,84 6.177.580,84 6.177.580,84 6.177.580,84 6.177.580,84 6.177.580,84 6.177.580,84 6.177.580,84 5.561.129,43 5.561.129,43 5.561.129,43 5.561.129,43 4.111.344,70 4.111.344,70 4.111.344,70 4.111.344,70 4.111.344,70 4.111.344,70 4.111.344,70 4.111.344,70 Fonte: RK Engenharia, 2015. 89 ESGOTAMENTO SANITÁRIO PROGRAMA PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS VALOR (R$) IMEDIATO (R$) CURTO (R$) MÉDIO (R$) LONGO (R$) 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO AO ESGOTAMENTO SANITÁRIO Readequação das Readequação do Ampliação do sistema Construção de novos estações de tratamento de sistema misto para de esgotamento conjuntos do sistema de efluentes existentes (para sistema de separador sanitário tratamento de efluentes tratamento de absoluto 88.117.449,30 58.744.966,20 102.803.690,85 44.058.724,65 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 3.671.560,39 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 3.671.560,39 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 3.671.560,39 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 3.671.560,39 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 3.671.560,39 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 3.671.560,39 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 3.671.560,39 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 3.671.560,39 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 3.671.560,39 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 3.671.560,39 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 3.671.560,39 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 3.671.560,39 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 4.405.872,47 2.937.248,31 5.140.184,54 TOTAL 293.724.831,00 3.671.560,39 16.154.865,71 16.154.865,71 16.154.865,71 16.154.865,71 16.154.865,71 16.154.865,71 16.154.865,71 16.154.865,71 16.154.865,71 16.154.865,71 16.154.865,71 12.483.305,32 12.483.305,32 12.483.305,32 12.483.305,32 12.483.305,32 12.483.305,32 12.483.305,32 12.483.305,32 Fonte: RK Engenharia, 2015. 90 5.3 Drenagem ou manejo de águas pluviais A RK Engenharia por meio do presente estudo apresenta a modelagem econômico-financeira da Prestação Universal dos serviços de Drenagem Pluvial no município de Itabuna. Dentre as atividades a serem exercidas durante o projeto estão: (i) Construção; (ii) Ampliação e (iii) Operação da infraestrutura necessária a prestação de serviços de Drenagem pluvial. A metodologia utilizada no presente estudo seguiu o arcabouço financeiro de fluxo de caixa econômico, também conhecido como Fluxo de Caixa Livre. O prazo do projeto definido é de 20 anos, sendo 2 (dois) anos de construção/ampliação da infraestrutura e 18 (dezoito) anos de operação. A Taxa Interna de Retorno (TIR) considerada para o projeto é de 8% ao ano, líquida de impostos e inflação. Admitindo-se a modalidade de Parceria Pública Privada - (PPP) para o projeto, tendo como Contraprestação Mensal Máxima ser paga ao Parceiro Privado é de R$ 2.252.431,42 (dois milhões duzentos e cinquenta e dois mil quatrocentos e trinta e um reais e quarenta e dois centavos). A contraprestação somente é paga ao Parceiro Privado quando do início da operação. 91 O presente estudo apresenta a modelagem econômico-financeira para a prestação dos serviços de Drenagem Pluvial do município de Itabuna sob a modalidade de Concessão Administrativa (PPP), sendo prazo do projeto definido em 20 anos. Dentre as atividades a serem exercidas durante o projeto estão: (i) Construção; (ii) Ampliação e (iii) Operação da infraestrutura necessária a prestação de serviços de Drenagem pluvial. A contraprestação mensal máxima a ser paga ao Parceiro Privado é de R$ 2.252.431,42 (dois milhões duzentos e cinquenta e dois mil quatrocentos e trinta e um reais e quarenta e dois centavos) a ser paga pelo município, resultando em: (i) receitas de contraprestação de R$ 486,53 milhões; (ii) custo operacional (OPEX) de R$ 95,18 milhões; (iii) Investimentos (CAPEX) de R$ 151,37 milhões e (iv) Tributos de R$ 95,02 milhões. Para estes valores a Taxa Interna de Retorno do Projeto – TIR de Projeto – é de 8,00% ao ano. 92 CRONOGRAMA DE INVESTIMENTOS PROGRAMA DEFINIÇÃO DE GESTÃO E MARCO LEGAL Elaboração ou Definição da gestão revisão da Lei e política tarifária Municipal para PROJETOS, AÇÕES E pra sustentabilidade estabelecimento PROGRAMAS dos serviços de do marco legal drenagem e manejo da drenagem de águas pluviais urbana VALOR (R$) 2016 2017 2018 2019 2020 CURTO (R$) 2021 2022 2023 2024 2025 MÉDIO (R$) 2026 2027 2028 2029 2030 2031 LONGO (R$) 2032 2033 2034 2035 - IMEDIATO (R$) - Elaboração de relatório tecnico de medidas de baixo impacto com base na gestão da drenagem - PLANEJAMENTO POR BACIAS E SUB BACIAS Garantir um quadro mínimo de Elaboração funcionários com Plano Diretor de qualificação técnica Drenagem necessária para Urbana atuação de equipe técnica no setor 1.700.000,00 212.500,00 212.500,00 212.500,00 212.500,00 212.500,00 212.500,00 212.500,00 212.500,00 550.000,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 27.500,00 Cadastro Ampliação e Ampliação e georreferenciado das readequação da rede readequação da rede áreas urbanas por de macrodrenagem de microdrenagem bacias existente existente 2.210.000,00 276.250,00 276.250,00 276.250,00 276.250,00 276.250,00 276.250,00 276.250,00 276.250,00 202.800.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 10.140.000,00 56.780.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 2.839.000,00 REVITALIZAÇÃO DAS MARGENS Limpeza e manutenção das redes de microdrenagem Limpeza e manutenção das redes de macrodrenagem 3.000.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 Fonte: RK Engenharia, 2015. 93 31.231.231,00 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 1.561.561,55 5.4 Resíduos sólidos urbanos O presente estudo de viabilidade contempla apenas o tratamento e a disposição final adequada em regime de consórcio público, tendo um investimento da ordem de R$ 20,3 milhões. A RK Engenharia por meio do presente estudo apresenta a modelagem econômico-financeira da Prestação Universal dos serviços de resíduos sólidos, incluindo: a Execução de serviços de obra pública para: (i) Construção; (ii) Operação; (iii) Tratamento e (iv) Disposição de Resíduos Sólidos Urbanos gerados pelos municípios de (a) Itabuna; (b) Ilhéus; (c) Uruçuca; (d) Itajuípe e (e) Buerarema. A metodologia utilizada no presente estudo seguiu o arcabouço financeiro de fluxo de caixa econômico, também conhecido como Fluxo de Caixa Livre. O prazo da Prestador definido é de 20 anos. A Taxa Interna de Retorno do Projeto – TIR de Projeto – é de 8,00% ao ano. Em um cenário no qual o Prestador recebe um valor fixo (Contraprestação) para executar as atividades acima listadas, a este deve ser pago o valor mensal máximo de R$ 589.446,33, a ser rateado pelos municípios (Convênio). Alternativamente, em um cenário no qual o Prestador deve receber por tonelada de lixo recebida e disposta, o valor máximo de referência é de R$ 17,17. 94 O presente estudo avaliou a viabilidade econômico-financeira do Projeto de Prestador de Execução de serviços de obra pública para: (i) Ampliação; (ii) Operação; (iii) Tratamento e (iv) Disposição de Resíduos Sólidos Urbanos gerados pelos municípios de pelos municípios de (a) Itabuna; (b) Ilhéus; (c) Uruçuca; (d) Itajuípe e (e) Buerarema, sob a ótica de dois cenários. Para o primeiro cenário, foi considerado um valor mensal fixo – a ser Convênio conforme modelo de rateio9 – cabendo ao Prestador suportar o risco de variação na demanda (volume de lixo produzido pelos municípios). Independente do volume de lixo produzido, o ônus financeiro do Convênio não se altera. No segundo cenário, foram consideradas as mesmas premissas operacionais, de custos e de investimentos contidas no primeiro cenário, entretanto, foi considerado um valor unitário para cada tonelada de lixo recebida e tratada pelo Prestador. Neste cenário, o Convênio assume o risco de variação na demanda (volume de lixo produzido pelos municípios), quanto maior o volume produzido, maior o ônus financeiro. Em ambos os cenários foram considerados os mesmos: OPEX (R$ 70,95 milhões); CAPEX (R$ 20,3 milhões); regime e alíquotas tributárias e Taxa Interna de Retorno (8,00%). Não havendo distinção entre os cenários em relação ao escopo e à qualidade dos serviços a serem prestados durante a operação regular. Diante dessas premissas, o presente estudo obteve os seguintes resultados: i) No caso de pagamento fixo, o valor mensal máximo a ser pago ao Prestador é de R$ 589.446,33, a ser rateado pelos entes do Convênio. 9 O valor fixo a ser pago ao concessionário será rateado entre as prefeituras conforme o volume de lixo produzido por cada município. 95 ii) No caso de preço unitário por tonelada de lixo tratada e disposta, o valor máximo é de R$ 17,17. 96 CRONOGRAMA DE INVESTIMENTOS PROGRAMA PROJETOS, AÇÕES E PROGRAMAS VALOR (R$) IMEDIATO (R$) CURTO (R$) MÉDIO (R$) LONGO (R$) GERENCIAMENTO DE RESÍDUO DA CONSTRUÇÃO CIVIL ACESSO A COLETA 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 Sistematização da coleta de resíduos 4.897.823,00 1.632.607,67 1.632.607,67 1.632.607,67 Implantar mecanismos de atendimento a coleta (bairros periféricos com dificuldade de acesso) 137.000,00 17.125,00 17.125,00 17.125,00 17.125,00 17.125,00 17.125,00 17.125,00 17.125,00 Educação Ambiental para promoção da coleta seletiva 720.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 90.000,00 MANEJO ADEQUADO DOS RESÍDUOS Implantação de Elaboração do Erradição e Usina de Plano Municipal remediação do reaproveitamento de Gestão dos atual "lixão" e reciclagem dos Resíduos da (Recuperação de resíduos da Construção Civil área degragada) construção civil 330.458,78 41.307,35 41.307,35 41.307,35 41.307,35 41.307,35 41.307,35 41.307,35 41.307,35 3.262.287,69 271.857,31 271.857,31 271.857,31 271.857,31 271.857,31 271.857,31 271.857,31 271.857,31 271.857,31 271.857,31 271.857,31 271.857,31 500.000,00 200.000,00 150.000,00 150.000,00 Implantação de um Usina de Triagem e Compostagem 5.600.000,00 700.000,00 700.000,00 700.000,00 700.000,00 700.000,00 700.000,00 700.000,00 700.000,00 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SANITÁRIA Programa de educação Construção de uma ambiental e alternativa adequada sanitária para disposição final (minimizar dos resíduos redução; logistica reversa) 60.987.998,00 924.567,00 2.896.745,00 52.342.768,00 964.783,60 964.783,60 964.783,60 964.783,60 964.783,60 1.343.998,53 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 QUALIFICAÇÃO E FORTALECIMENTO DE COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES AMPLIAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS Atingir universalização dos Promover e fomentar a serviços de limpeza Atendendo a Política qualificação profissional urbana (poda, Nacional de Resíduos e fortelecimento de capina, roçagem) Sólidos para atendimento cooperativas e abrangendo todo o à Lei Federal associações território do 12.305/2010 município, de forma regular 457.891,00 57.236,38 57.236,38 57.236,38 57.236,38 57.236,38 57.236,38 57.236,38 57.236,38 3.986.543,00 332.211,92 332.211,92 332.211,92 332.211,92 332.211,92 332.211,92 332.211,92 332.211,92 332.211,92 332.211,92 332.211,92 332.211,92 678.900,00 84.862,50 84.862,50 84.862,50 84.862,50 84.862,50 84.862,50 84.862,50 84.862,50 TOTAL 298.270.231,00 4.418.975,04 6.341.153,04 55.787.176,04 2.626.583,97 2.626.583,97 2.626.583,97 2.626.583,97 2.626.583,97 671.269,15 671.269,15 671.269,15 671.269,15 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 67.199,93 Fonte: RK Engenharia, 2015. 97 5.5 Recomendação para melhoria dos serviços O acesso ao saneamento básico com qualidade e continuidade e controle social é um desafio que o poder público municipal como titular destes serviços, deve assumir como prioridade e como um das áreas mais significativas de ação e de implementação de políticas publica. Uma adequada prestação de serviços de saneamento básico deve ser pautada no atendimento das diretrizes da Lei 11.445 de 2007, definidas no seu artigo 2º. Entre elas, no contexto deste Plano, é importante destacar: universalização do acesso e melhoria continua dos serviços; maximização a eficácia das ações e resultados; prestação dos serviços de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente; busca pela eficiência e sustentabilidade econômica e equilíbrio financeiro; utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas; segurança, qualidade e regularidade, assegurando a satisfação dos usuários consistente com os padrões profissionais e a ética; integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos. Em suma, os serviços de abastecimento de água e o esgotamento sanitário devem ser feitos de modo a garantir a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, entendendo-se como serviço adequado àquele que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas, nos moldes estipulados na legislação aplicável. 98 O que precisamos chamar atenção é que a Lei nº 11.445/ 2007 levanta um tema muito importante que orienta e norteia todo o prognóstico e plano de metas no seu Capitulo VI Artigo. 29. “os Serviços Públicos de Saneamento Básico terão a sustentabilidade econômico-financeiras assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços.” Desta forma, o município de Itabuna deve buscar definir a estratégia que melhor garanta os atendimentos das diretrizes acima, garantindo desta forma que suas decisões sejam pautadas sempre nos interesses maior da sua população e do usuário, e não de interesses pessoais ou políticos. Neste contexto, cabe ao município escolher o modelo institucional de gestão na prestação dos serviços de saneamento básico (principais modelos institucionais de gestão foram descritos no Produto III deste Plano) de forma que garanta sua real melhoria e evolução na qualidade da prestação. Para tanto, é indispensável: enfrentar com transparência e imparcialidade política e ideológica da atual situação da prestação dos serviços, adequadamente descrita no “Diagnóstico – Produto II deste Plano; garantir uma clara visão dos desafios financeiros, econômicos, operacionais e de gestão na implantação do Prognóstico, Produto III deste plano, e dos programas, metas e estudos de viabilidade apresentados neste “Produto IV; garantir pragmatismo e imparcialidade política e ideológica na definição e implementação do modelo institucional escolhido, e disposição implementar das mudanças necessárias e enfrentar os obstáculos. 99 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 10.844. 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Assim, o presente documento centra-se apenas nos aspectos econômicos e financeiros, não sendo do seu escopo os aspectos técnicos e de engenharia, os quais são abordados em relatórios específicos. O presente estudo está dividindo em 4 (quatro) seções: Fluxo de Caixa Livre, Modelagem Econômico-Financeira do Projeto, Conclusão e Anexos. A primeira sessão tem como objetivo introduzir ao leitor os conceitos financeiros teóricos que serão aplicados. Por sua vez, a segunda seção apresenta os principais resultados encontrados e discorre sobre as principais premissas adotadas. Na Conclusão são expostos os resultados e suas implicações para a modelagem econômico-financeira do projeto. Por fim, no Anexo é exibida a memória de cálculo que fundamentou o presente estudo. No presente estudo foi admitida a Prestação dos serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do município de Itabuna por um período de 20 anos, cabendo: (i) ampliar; (ii) operar e (iii) manter o atual sistema sob a finalidade de atender os princípios de universalização, sustentabilidade e modicidade tarifária, conforme preconizado na Lei Federal 11.445/2007. A Taxa Interna de Retorno (TIR) assumida nos cálculos do Fluxo de Caixa Livre do Projeto é de 7,94% ao ano, líquida de inflação e impostos. Admite-se que o Prestador atenderá a meta de eficiência continua de 1,0% ao ano, durante os 10 primeiros anos da Prestação. A seguir serão apresentados os principais resultados do estudo econômicofinanceiro para ambos cenários, bem como as principais premissas utilizadas. 105 Destaca-se que os parâmetros de investimento e operação, que incluem os quantitativos e os valores monetários utilizados no estudo foram levantados interna e externamente (com o atual operador) e em valores de mercado. A.2 Fluxo de Caixa do Projeto Antes de apresentar o Fluxo de Caixa Livre, faz-se necessário introduzir a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) quantifica o desempenho econômico-financeiro do Período em termos contábeis, sob o regime da competência. A DRE é peça fundamental na determinação do Fluxo de Caixa Livre do Período. É por meio da DRE que são apurados os impostos e repasses sobre receitas (ISS, PIS, COFINS) e rendas (Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) que compõem o Fluxo de Caixa Livre do Período. Sobre valor bruto das receitas (Água, Esgoto e Serviços),foram consideradas as contribuições PIS e COFINS, com alíquotas de 1,65% e 7,60%, respectivamente. Ressalta-se que para o cálculo do Fluxo de Caixa Livre do Período foram considerados os créditos tributários de PIS e COFINS decorrentes do OPEX e depreciação.Também, foi considerado a incidência de Imposto Sobre Serviços (ISS), com uma alíquota de 5,00% sobre todas as receitas. Os custos operacionais do Períodoestão consolidados na rubrica OPEX (OperationalExpenditure). Nela, estão contidos os custos com: Pessoal; Produtos Químicos; Outros Materiais; Energia Elétrica; Serviços de Terceiros; Taxa de Regulação e Ações/ Campanhas Educativas. Na rubrica de depreciação encontra-se as despesas fiscais com depreciação. A depreciação fiscal é função das alíquotas fiscais aplicáveis a cada item do CAPEX e é utilizada para reduzir a base fiscal na apuração do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Ademais, 106 destaca-se que foram considerados os efeitos inflacionários na mensuração da depreciação fiscal10. Para o cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), foi adotado o regime de lucro real. De acordo com as premissas assumidas, espera-se ao longo do Período – um total de Receita Bruta R$ 1.079,11 milhões, dividida em R$ 710,03 milhões de receita com Água, R$ 347,92 milhões com Esgoto e R$ 21,16 milhões com Serviços. Desse montante de receita assumido, estima-se um repasse de R$ 127,86 milhões em tributos. Sendo R$ 53,96 milhões em ISS, R$ 13,18 milhões em PIS e R$ 60,72 milhões em COFINS. Finalmente, prevê-se uma Receita Líquida de R$ 925,34 milhões. Em termos de OPEX, estima-se um dispêndio total de R$ 418,71 milhões ao longo de todo período. Para depreciação fiscal, estima-se um valor de R$ 177,69 milhões. Assim, obtém-se um Lucro Antes dos Impostos (LAIR) de R$ 328,94 milhões. Para determinação do Lucro Líquido de R$ 217,10 milhões, admite-se um gasto com R$ 82,23 e R$ 29,60 milhões com IR e CSLLLL, respectivamente. A Tabela 22, exibida mais adiante, expõe a evolução da DRE ao longo dos 20 anos do Período. Para a montagem do Fluxo de Caixa Livre, os valores presumidos para os investimentos estão consolidados na rubrica CAPEX (Capital Expenditures). Nela estão contidos os investimentos em Água, Esgoto e NIG. Estima-se que sejam investidos R$ 418,71 milhões ao longo do período, considerando tanto os investimentos iniciais como os reinvestimentos e os valores residuais. Ainda, é previsto um Fluxo de Caixa Livre do Período de R$ 10 Vide CHAGUE, Fernando D., DE-LOSSO, Rodrigo, GIOVANNETTI, Bruno C. & FILGUEIRAS, Felipe S. C. M. Modelagem Econômico-Financeira: Conceitos, Equilíbrio, Desequilíbrio e Reequilíbrio in SENNES, Ricardo, LOHBAUER, Rosane M., SANTOS, Rodrigo Machado M., KOHLMANN, Gabriel B., BARATA, Rodrigo S. Novos Rumos para a Infraestrutura: Eficiência, Inovação e Desenvolvimento. São Paulo: LEX, 2014. (Doc. XIV- 4) 107 42,55 milhões, conforme demostram a Tabela 23 e o Gráfico 1, exibidos adiante. A TIR encontrada é de 7,94%. Nas próximas subseções são apresentados os itens que compõem Receita, OPEX, CAPEX, Depreciação e Tributos. Maiores detalhes sobre a memória do cálculo encontram-se nos Anexos do presente estudo. 108 Tabela 22 –Modelagem Econômica: Demonstração do Resultado do Exercício do Período – DRE(R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 109 Tabela 23 –Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre e TIR do Período (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 110 Gráfico 1 – Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre do Período (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 111 A.3 Receitas Para o presente trabalho, entende-se como Receita todo benefício financeiro obtido pelo Prestador na operação regular dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, que seja passível de mensuração e valoração e em acordo com as normas contábeis aceitas no Brasil. Ainda, o conceito de receita deve atender o escopo, a qualidade e o prazo dos serviços a serem prestados. Assim, para a estimativa das receitas do Período, foram considerados três modalidades de receita pelo prestador – Água, Esgoto e Serviços. As receitas de Água e Esgoto foram obtidas considerando o valor tarifário por metro cúbico (Água R$ 3,00 e Esgoto R$ 2,10) e os volumes de consumo projetados. Para receita de serviços foi considerado um percentual sobre a soma das demais receitas. Durante todo período de Prestação, 20 anos, a Receita Bruta total estimada é de R$ 1.079,11 milhões, dividida em R$ 710,03 milhões de receita com Água, R$ 347,92 milhões de receita com Esgoto e R$ 21,16 milhões com Serviços. A seguir, as Tabela 24 os Gráfico 2 apresentam a consolidação das Receitas estimadas para o Período. 112 Tabela 24 –Modelagem Econômica:Receitas anuais por tipo (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 2 –Modelagem Econômica:Receitas anuais totais (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 113 A.4 Investimentos (CAPEX) Entende-se, no presente estudo, como Investimento (CAPEX) todo o esforço financeiro realizado pelo Prestador no decorrer do Período, que seja passível de mensuração e valoração e em acordo com as normas contábeis de reconhecimento geralmente aceitas no Brasil. Ainda, para a estimativa dos Investimentos (CAPEX) do Período, foram considerados o escopo, a qualidade e o prazo dos serviços a serem prestados pelo Prestador na operação regular da Prestação. Nesse sentido, foram considerados todos os investimentos e reinvestimentos pertinentes, sempre ponderando a vida útil dos ativos envolvidos. Assim, foram mensurados e agrupados 3 (três) grupos de Investimentos, sendo elas: Água, Esgoto e NIG. Na rubrica de Água estão todos os investimentos estimados com ampliação da capacidade de tratamento, setorização e reserva de água tratada, renovação do parque de hidrômetros. Estima-se, entre investimento e reinvestimentos, um gasto total R$ 84,44 milhões em Água durante o período. Nomeiam-se investimentos em Esgoto todos os dispêndios com ampliação do sistema de esgotamento sanitário, readequação das estações de tratamento de efluentes existentes (para tratamento de desinfecção), readequação do sistema misto para sistema de separador absoluto e construção de novos conjuntos do sistema de tratamento de efluentes. Estima-se entre investimento e reinvestimentos, um gasto total R$ 293,72 milhões em Esgoto durante o período. Chama-se de investimentos em Necessidade de Investimento no Giro (NIG) todos os dispêndios incorridos pelo Prestador com o descasamento entre os prazos de recebimento e pagamentos das suas contas operacionais. É importante destacar que todo esforço financeiro realizado a título de NIG retorna ao Prestador ao final do período. Esse efeito decorre do encerramento 114 do Período, quando os prazos de recebimentos e pagamentos expiram. Estima-se durante a Prestação um investimento de R$ 3,25 milhões em NIG. Conforme as rubricas apresentadas estão consolidadas dentro CAPEX todos os Investimentos necessários à operação regular da Prestação, atendendo ao escopo e aos critérios de qualidade estabelecidos. Conforme demonstra a Tabela 25 e o Gráfico 3 abaixo, vislumbra-se um CAPEX total de R$ 378,16 milhões ao longo da Prestação. 115 Tabela 25 – Modelagem Econômica: CAPEX (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 3 – Modelagem Econômica: CAPEX (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 116 A.5 Custos Operacionais (OPEX) Para o presente estudo, entende-se como Custos Operacionais(OPEX) todo esforço financeiro para obtenção de receita decorrente das atividades operacionais do Período, que seja passível de mensuração e valoração, em acordo com as normas contábeis de reconhecimento geralmente aceitas no Brasil Para a estimativa dos Custos Operacionais (OPEX) do Período, foram considerados o escopo, a qualidade e o prazo dos serviços a serem executados pelo Prestador na operação regular. Destaca-se que os custos operacionais foram estimados com base em valores obtidos junto ao atual prestador do sistema. Assim, foram mensurados e agrupados 7 (sete) rubricas de Custos Operacionais, sendo elas: Pessoal; Produtos Químicos; Outros Materiais; Energia Elétrica; Serviços De Terceiros; Taxa De Regulação e Campanhas. Sob a rubrica de Pessoal estão os custos estimados com todo o quadro de pessoal operacional definido para o período, incluindo desde Engenheiros até os vigias. Estão compreendidos os gastos com salários, encargos, benefícios, rotatividade dos funcionários e demais custos com pessoal incorridos na operação regular da Prestação. Estima-se um custo total de R$ 140,10 milhões em Pessoal durante todo o Período. Entende-se como custo de Produtos Químicos os valores gastos com insumos químicos para o tratamento de Água e Esgoto. Estima-se um custo total de R$ 19,73 milhões em Produtos Químicos durante todo o Período. São classificados em Outros Materiais todos os custos com outros tipos de matérias que não químicos no tratamento de Água e Esgoto. Estima-se um custo total de R$ 17,21 milhões em Outros Materiais durante todo o período. Os custos com Energia Elétrica são os gastos incorridos pelo Prestador com o consumo energético no tratamento, coleta e distribuição de Água e Esgoto. 117 Estima-se um custo total de R$ 60,01 milhões em Energia Elétrica durante todo o Período. Denominam-se custos com Serviços de terceiros todos os gastos incorridos pelo Prestador com a contratação de terceiros para o tratamento, coleta e distribuição de Água e Esgoto. Estima-se um custo total de R$ 150,95 milhões em Serviços de Terceiros durante todo o Período. Na rubrica de Taxa de regulação estão todos os gastos incorridos pelo Prestador a título de pagamento de ônus regulatórios previstos. Estima-se um custo total de R$ 3,39 milhões em Taxa de Regulação durante todo o Período. Nomeiam-se custos com Ações/Campanhas Educativas todos os dispêndios a título de Estímulos a redução de perdas no sistema de abastecimento de água e Garantia de tratamento adequado das soluções alternativas de abastecimento de água (intensificação da fiscalização da vigilância sanitária, monitoramento do IQA). Estima-se um custo total de R$ 18,31 milhões em Campanhas durante todo o Período. Dentro do OPEX estão consolidados todos os custos necessáriosà operação regular da Prestação, atendendo ao escopo e aos critérios de qualidade estabelecidos, conforme as rubricas apresentadas. Conforme demonstra a Tabela 26 e o Gráfico 4 abaixo, vislumbra-se um OPEX total de R$ 418,71 milhões ao longo da Prestação. 118 Tabela 26 – Modelagem Econômica: OPEX (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 4– Modelagem Econômica: OPEX (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 119 A.6 Depreciação É comum a confusão entre a depreciações fiscal, depreciação real e depreciação econômica. A depreciação fiscal é função das alíquotas fiscais aplicáveis a cada item do CAPEX e é utilizada para reduzir a base fiscal na apuração do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A depreciação econômica determina os prazos de reinvestimento e o plano de manutenção das máquinas, equipamentos e edificações. Entretanto, há casos em que se usa a depreciação econômica para determinar a apuração do imposto de renda, o que é um equívoco grave. Além disso, a depreciação talvez seja um dos itens mais importantes no caso de períodos de infraestrutura intensivos em capital, já que essa rubrica pode reduzir consideravelmente a base de cálculo do imposto de renda, com efeitos importantes já no início do empreendimento. Por isso, os impactos no resultado econômico do período são extremamente importantes devido a essa rubrica. Um erro frequente na utilização da depreciação fiscal para efeitos de cálculo do fluxo de caixa livre real (e, portanto, da taxa interna de retorno real e livre de impostos) é ignorar o efeito da inflação sobre o saldo a ser depreciado. De acordo com a legislação, as alíquotas fiscais recaem sobre o valor nominal do bem que se deprecia. No entanto, como os itens do fluxo de caixa livre estão em termos reais, a inflação reduz o valor do saldo a ser depreciado e eleva os gastos com imposto de renda ao aumentar o lucro líquido. Esse efeito é importante em países cuja inflação é supera 2% a.a., como é o caso do Brasil. Por isso, convém que os valores nominas da depreciação dos bens sejam corretamente deflacionados ao longo do tempo. Na prática, ao não deflacionar a depreciação, subestima-se a tarifa ou contraprestação que deve ser paga ao prestador. 120 Para o Período foi adotado o regime de tributação baseado no lucro real 11. Assim, é necessário o cálculo da depreciação fiscal para apuração do Lucro Antes dos Impostos (LAIR), base para incidência do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLLLL).Assim, os investimentos do período foram depreciados linearmente conforme o prazo para encerramento do período, em conformidade com o ICPC 01 e IFRIC 12. Conforme demostram a Tabela 27 e o Gráfico 5 abaixo, vislumbra-se uma depreciação fiscal total de R$ 177,69 milhões ao longo da Prestação. Ressalta-se que este valor já considera os ajustes do efeito inflacionário. 11 RIR/99, art. 249 121 Tabela 27 – Modelagem Econômica: Depreciação (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 5 – Modelagem Econômica: Depreciação (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 122 A.7 Tributos Entende-se como Tributos todo o recurso financeiro devido - ou de direito - aos governos Municipais, Estaduais e Federal, decorrente de fatos geradores originados nas atividades no Período, que sejam passíveis de mensuração e valoração e em acordo com as normas contábeis aceitas no Brasil. Para a estimativa dos gastos com Tributos do Período, foram observados o escopo, a qualidade, o prazo e os tipos de serviços a serem prestados pelo Prestador na operação regular. Ademais, foram considerados dois grupos de incidência fiscal: tributos sobre a receita e tributos sobre a renda. Os tributos sobre receita foram estimados de acordo com o tipo de receita e os respectivos encargos. Assim, sobre o valor bruto das receitas – em ambos cenários - foi admitida a incidência de PIS e o COFINS – sob o regime não cumulativo –, com alíquotas de 1,65% e 7,60%, respectivamente. Ainda, foram considerados os créditos tributário de OPEX e depreciação fiscal para PIS e COFINS12. Ainda sobre o valor bruto das receitas, considerou-se a incidência de Imposto Sobre Serviços (ISS), com alíquota de 5,00%. Para estimar os tributos sobre a renda foram considerados o Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sob o regime de lucro real13. Desse modo, adotou-se a alíquota de 10% e adicional de 15% para apuração de IR sobre o LAIR. Para CSLL foi adotada a alíquota de 9% sobre o LAIR. Destaca-se que foram considerados os efeitos tributários decorrentes de base negativa e seus, respectivos, efeitos inflacionários. 12 Lei nº 10.637, de 2002 e Lei nº 10.833, de2003, foram consideradas as seguintes rubricas do OPEX para créditos de PIS e COFINS: Manutenção de Veículos; Execução de Infraestrutura; Combustível; Pneus; Monitoramento Operacional, Ambiental e Controle de Vetores; Lubrificantes e Lavagem; Licenciamento e Seguro Veículos; Uniformes e EPIs e Ferramental. Também foi utilizado o saldo anual total de depreciação fiscal real. 13 Artigo 247 do RIR/99 123 Conforme demostram a Tabela 28 e o Gráfico 6abaixo, vislumbra-se um total de Tributos de R$ 239,69 milhões ao longo da Prestação. Destaca-se que os valores de PIS e COFINS já estão líquidos dos créditos tributários. 124 Tabela 28 –Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 6–Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 125 A.8 TIR Conforme visto na seção de Considerações Teóricas a Taxa Interna (TIR) deve ser entendida como o parâmetro de remuneração do capital empregado no Período. A TIR também deve ser vista como o retorno esperado pelo prestador para o período, de modo a garantir o custo de oportunidade do capital investido14. Em um retrospecto recente, últimos 5 anos, as Taxas Internas de Retorno (TIR) observadas nos mais diversos processos licitatórios têm variado entre 6% e 12% ao ano, líquidas de impostos e inflação. Essa variação pode ser explicada pela complexidade e risco contidos no objeto licitatório. Para Períodos já consolidados - com histórico de sucesso em operações passadas - e que, portanto, envolvem um menor risco de continuidade e demanda como é o caso de Concessões de metrô e estradas, a tendência é que o retorno exigido (TIR) pelo prestador tenda ao limite inferior citado (6%). Entretanto, em períodos em que ainda não há consolidação – sem histórico de operações passadas – e que, portanto, envolvem um maior risco de continuidade e demanda, como é o caso do Período em estudo, a tendência é que o retorno exigido (TIR) pelo prestador tenda ao limite superior citado (10%). Assim, para o presente período, foi considera como uma remuneração adequada para o capital empregado – haja vista a complexidade e o histórico da atividade central do período – a TIR de 7,94%, líquida de impostos e inflação, decorrente do fluxo de caixa livre do período. 14 Vide CHAGUE, Fernando D., DE-LOSSO, Rodrigo, GIOVANNETTI, Bruno C. & FILGUEIRAS, Felipe S. C. M. Modelagem Econômico-Financeira: Conceitos, Equilíbrio, Desequilíbrio e Reequilíbrio in SENNES, Ricardo, LOHBAUER, Rosane M., SANTOS, Rodrigo Machado M., KOHLMANN, Gabriel B., BARATA, Rodrigo S. Novos Rumos para a Infraestrutura: Eficiência, Inovação e Desenvolvimento. São Paulo: LEX, 2014. (Doc. XIV- 4) 126 A.9 Sensibilidade Entende-se, no presente estudo, como Sensibilidade as variações da Taxa Interna de Retorno do Período em resposta a mudanças nos Custos Operacionais (OPEX) e nos Investimentos (CAPEX) estimados para o Período. Foram considerados os intervalos de menos 15% a mais 15% na mudança nos valores de OPEX e CAPEX, em trechos de 5% de variação. Conforme demostra a Tabela 29 a Tabela 26seguir, o Período apresenta uma sensibilidade razoável às variações de OPEX e CAPEX. No caso extremo incremento de 15% em ambas as rubricas - a TIR do Período cai de 7,94% para -6,92% ao ano. Variações isoladas de OPEX maiores que 15% levam a TIR para campo negativo. Para o CAPEX são necessárias variações superiores a 14%. Tabela 29 – Sensibilidade da TIR a Variações no OPEX e CAPEX Fonte: RK Engenharia, 2014. A.10 Conclusão O presente estudo avaliou a viabilidade econômico-financeira da modelagem econômico-financeira da Prestação dos serviços Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do município de Itabuna. Admite-se que o prestador irá: (i) ampliar; (ii) operar e (iii) manter o atual sistema sob a finalidade de atender os princípios de universalização, 127 sustentabilidade e modicidade tarifária, conforme preconizado na Lei Federal 11.445/2007. Também assume-se que o prestador atenderá a meta de eficiência continua de 1,0% ao ano, durante todos os anos da Prestação.Por fim, presume-se as tarifas de Água e Esgoto como sendo R$ 3,00 e R$ 2,10, respectivamente. Sob estas premissas, os fluxos obtidos são: (i) receitas de Água, Esgoto e Serviços R$ 1.079,11 milhões; (ii) custo operacional (OPEX) de R$ 418,71 milhões; (iii) Investimentos (CAPEX) de R$ 378,16 milhões e (iv) Tributos de R$ 239,69 milhões. Para estes valores a Taxa Interna de Retorno do Período – TIR de Período – é de 7,94% ao ano. A.11 Anexos A presente seção tem como objetivo apresentar as premissas, detalhes de cálculo e modelos utilizados na aferição dos números e valores utilizados no presente estudo de viabilidade econômico-financeira. Nesse sentido, a seção foi dividida nas seguintes subseções: i) Receita ii) Custos Operacionais (OPEX) iii) Investimentos (CAPEX) Ademais, destaca-se que os parâmetros de receita, investimento e operação, que incluem os quantitativos e os valores monetários utilizados nesse estudo foram levantados interna e externamente (com auxílio do atual prestador) e em valores de mercado. Por fim, todos os valores descritos no presente estudo estão em moeda de dezembro de 2015. 128 I) RECEITA Para a estimativa das receitas do Período, foram consideradas três modalidades de receita pelo prestador – Água, Esgoto e Serviços. As receitas de Água e Esgoto foram obtidas considerando o valor tarifário por metro cúbico (Água R$ 3,00 e Esgoto R$ 2,10) e os volumes de consumo projetados. Para receita de serviços foi considerado opercentual de 2% sobre a soma das demais receitas. Abaixo, a Tabela 30 apresenta os valores e volumes assumidos na projeção das receitas. 129 Tabela 30 – Receita: Volume, taxas e tarifas Fonte: RK Engenharia, 2014. 130 II) CUSTOS OPERACIONAIS (OPEX) Na estimativa dos custos operacionais totais do Período foram considerados 7 (sete) rubricas de Custos Operacionais, sendo elas: Pessoal; Produtos Químicos; Outros Materiais; Energia Elétrica; Serviços de Terceiros; Taxa de Regulação e Ações/Campanhas Educativas. Com exceção da Rubrica Ações/Campanhas Educativas, todos os valores das demais Rubricas foram obtidos pela multiplicação de parâmetros de custo por metro cúbico de Água e Esgoto e o volume projetado de consumo. Os parâmetros de custo por metro cúbico foram obtidos pela divisão entre os custos correntes do atual prestador do sistema e o volume consumido de Água e esgoto. Ademais, foi considerado que o prestador obterá um ganho de eficiência continuo e anual de 1,00%, em todos os anos da Prestação. Por fim, destaca-se que para Ações/Campanhas Educativas foram observados os seguintes valores: R$ 10.117.853,66 sob o título de Estímulos a redução de perdas no sistema de abastecimento de água e R$ 10.000.000,00 sob o título de Garantia de tratamento adequado das soluções alternativas de abastecimento de água (intensificação da fiscalização da vigilância sanitária, monitoramento do IQA). Para a primeira rubrica, os valores foram distribuídos linearmente em 20 anos, já para a segunda em 12. Abaixo a Tabela 31 e a Tabela 32 apresenta os parâmetros de custos assumidos e os valores de OPEX adotados antes e depois da aplicação do ganho de eficiência. 131 Tabela 31 – OPEX: Parâmetros de Custos sem Eficiência Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 32 – OPEX: Parâmetros de Custos com Eficiência Fonte: RK Engenharia, 2014. 132 III) INVESTIMENTOS (CAPEX) Na estimativa dos investimentos totais do Período foram considerados 03 (três) tipos de investimentos: Água, Esgoto e NIG. ÁGUA O investimento em Água foi calculado considerando as metas para universalização do serviço e para o atendimento dos ganhos de eficiência estimados. Abaixo, a Tabela 33 apresenta os valores assumidos. . 133 Tabela 33 – CAPEX: Água (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 134 ESGOTO O investimento em Esgoto foi calculado considerando as metas para universalização do serviço e para o atendimento dos ganhos de eficiência estimados. Abaixo, a Tabela 34 apresenta os valores assumidos. 135 Tabela 34 – CAPEX: Esgoto (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 136 NIG Para o investimento em Necessidade de Investimento no Giro (NIG) foi considerado o descasamento entre os prazos de pagamentos dos ativos e passivos operacionais decorrentes da operação regular da Prestação. Foi adotado como parâmetro de descasamento 2/12 dos custos operacionais anuais (OPEX) a título de NIG. Destaca-se que todo esforço financeiro realizado em NIG retorna ao Prestador ao final do período. Esse efeito decorre do encerramento do Período, quando os prazos de recebimentos e pagamentos expiram. 137 ANEXO 02 – DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS B MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA DO PROJETO No presente estudo foi admitida a Prestação dos serviços de Drenagem Pluvial do município de Itatuba sob a modalidade de Parceria Público Privada (PPP) na modalidade Concessão Administrativa, no qual o futuro Prestador apenas passa a receber a Contraprestação quando do início das atividades operacionais. Foram assumidos 20 (trinta) anos de prestação, sendo os primeiros 02 (dois) primeiros destinados apenas à construção/ampliação da infraestrutura, ocorrendo a operação nos demais. A seguir serão apresentados os principais resultados do estudo econômicofinanceiro, bem como as principais premissas utilizadas. Destaca-se que os parâmetros de investimento e operação, que incluem os quantitativos e os valores monetários utilizados no estudo foram levantados interna e externamente, com base nos demais relatórios de técnicos e de engenharia e em valores de mercado. B.1 Fluxo de Caixa do Projeto Antes de apresentar o Fluxo de Caixa Livre, faz-se necessário introduzir a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) quantifica o desempenho econômico-financeiro do Projeto em termos contábeis, sob o regime da competência. A DRE é peça fundamental na determinação do Fluxo de Caixa Livre do Projeto. É por meio da DRE que são apurados os impostos e repasses sobre receitas (ISS, PIS e COFINS) e rendas (Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) que compõem o Fluxo de Caixa Livre do Projeto. No cálculo da Receita Líquida foi considerada a Contra prestação a ser paga pela Prefeitura ao parceiro Privado em função da execução do projeto. Sobre o 138 valor bruto dessa receita, foram consideradas as contribuições PIS e COFINS, com alíquotas de 0,65% e 3,00%, respectivamente, e também a incidência de Imposto Sobre Serviços (ISS), com uma alíquota de 5,00%. Os custos operacionais do Projeto estão consolidados na rubrica OPEX (Custos Operacionais, ou, do inglês Operational Expenditure). Nela, estão contidos os custos com Mão-de-Obra, Insumos Operacionais, Manutenções e Administração. Para o cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) foi adotado o regime de lucro presumido. De acordo com as premissas assumidas espera-se ao longo do Projeto um total de Receita com Contra prestação Bruta de R$ 486,53 milhões. Desse montante, estima-se um dispêndio de R$ 24,33 milhões em ISS, R$ 3,16 milhões em PIS e R$ 14,60milhões em COFINS. Finalmente, prevê-se uma Receita Líquida de R$ 444,44 milhões. Em termos de OPEX estima-se um dispêndio total de R$ 95,18 milhões e R$ 151,95 milhões com Depreciação ao longo de todo projeto, produzindo um Lucro Antes dos Impostos (LAIR) de R$ 197,31 milhões. Por fim, para determinação do Lucro Líquido de R$ 144,37 milhões, admite-se um gasto com R$ 38,92 e R$ 14,01milhões com IR e CSLL, respectivamente. A Tabela 35, exibida mais adiante, expõe a evolução da DRE ao longo dos 20 anos do projeto. Para a montagem do Fluxo de Caixa Livre, os valores presumidos para os investimentos estão consolidados na rubrica CAPEX (Investimentos, ou, do inglês Capital Expenditures). Nela estão contidos os investimentos em Mobilização Administração e Desmobilização da Obra, Canais do de Canteiro, Serviços Macrodrenagem, Preliminares, Remanejo de Interferências, Sistema de Microdrenagem e Microdrenagem e Cadastro georeferenciado das áreas urbanas afetadas pelos sistemas de drenagem, Veículos, Tecnologia da Informação (TI), Móveis e Equipamentos, SPE e NIG. 139 Estima-se que sejam investidos R$ 151,37 milhões ao longo do projeto, considerando tanto os investimentos iniciais como os reinvestimentos. Ainda, é previsto um Fluxo de Caixa Livre do Projeto de R$ 144,95 milhões. Conforme demostram a Tabela 36 e o Gráfico 7, exibidos adiante, a TIR decorrente destes fluxos é de 8,00%. Nas próximas subseções são apresentados os itens que compõem OPEX, CAPEX, Receita, Tributos e TIR, maiores detalhes sobre a memória do cálculo encontram-se no Anexo. 140 Tabela 35 –Modelagem Econômica: DRE (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 141 Tabela 36 –Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre(R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 142 Gráfico 7 – Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre do Projeto (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 143 B.2 Receitas Para o presente trabalho, entende-se como Receita todo benefício financeiro obtido pelo parceiro Privado na operação regular do projeto, que seja passível de mensuração e valoração e em acordo com as normas contábeis de reconhecimento geralmente aceitas no Brasil. Ainda, o conceito de receita deve atender o escopo, a qualidade e o prazo dos serviços a serem prestados. Assim, para a estimativa de receita do projeto, foi considerado a Receita com Contraprestação a ser pago ao parceiro Privado, observando-se o ônus tributário, os custos operacionais (OPEX), os investimentos (CAPEX) e a TIR apropriada ao tipo de projeto. A seguir, a Tabela 37 e o Gráfico 8 apresentam a Contraprestação ao longo do projeto. Para maiores detalhes de cálculo vide Anexo. 144 Tabela 37 – Modelagem Econômica: Receita (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 8 – Modelagem Econômica: Receita (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 145 B.3 Investimentos (CAPEX) Entende-se, no presente estudo, como Investimento (CAPEX) todo o esforço financeiro realizado pelo parceiro Privado no decorrer do período, que seja passível de mensuração e valoração e em acordo com as normas contábeis de reconhecimento geralmente aceitas no Brasil. Para a estimativa dos Investimentos (CAPEX), foram observados o escopo, a qualidade e o prazo dos serviços a serem prestados na concepção de serviços de drenagem pluvial no município de Itabuna. Nesse sentido, foram avaliados todos os investimentos e reinvestimentos pertinentes, sempre ponderando a vida útil dos ativos envolvidos. Assim, foram mensurados e agrupados 12 (doze) rubricas de Investimentos, sendo elas: Mobilização e Desmobilização do Canteiro, Serviços Preliminares, Administração da Obra, Canais de Macrodrenagem, Remanejo de Interferências, Sistema de Microdrenagem e Cadastro georeferenciado das áreas urbanas afetadas pelos sistemas de drenagem, Veículos, Tecnologia da Informação (TI), Móveis e Equipamentos, SPE e NIG. Na rubrica de Mobilização e Desmobilização do Canteiro estão todos os investimentos estimados para a mobilização e instalação de canteiro de obras, placas de obra em chapa de aço galvanizado e demais dispêndios incorridos na Mobilização e Desmobilização do Canteiro. Estima-se entre investimento e reinvestimentos um gasto total R$ 0,82 milhões durante os 20 anos de projeto. Nomeiam-se investimento sem Serviços Preliminares todos os dispêndios com limpeza manual do terreno (c/ raspagem superficial), mobilização e instalação de equipamento de sondagem e demais atividades necessárias preliminarmente a obra. Estima-se entre investimento e reinvestimentos um gasto total R$ 2,86 milhões durante os 20 anos de projeto. Entende-se como investimento em Administração da Obra todos os dispêndios com a mão-de-obra necessária a administração da execução das obras de construção e reforma da infraestrutura de Drenagem pluvial. Estima-se entre 146 investimento e reinvestimentos um gasto total R$ 1,40 milhões durante os 20 anos de projeto. São classificados como investimentos em Canais de Macrodrenagem todos os dispêndios com demolição de estrutura existente, movimento de terra, estrutura de controle de vazão e demais atividades necessárias. Estima-se entre investimento e reinvestimentos um gasto total R$ 55,55 milhões durante os 20 anos de projeto. Chama-se de investimentos em Remanejamento de Interferências todos os dispêndios com serviços e materiais necessários. Estima-se entre investimento e reinvestimentos um gasto total R$ 3,13 milhões durante os 20 anos de projeto. Define-se como investimento em Sistema de Microdrenagem todo o dispêndio com movimento de terra para valeta e rede tubular concreto, galeria com tubos de concreto armado, poço de visita, caixa tipo A e demais atividades necessárias. Estima-se entre investimento e reinvestimentos um gasto total R$ 74,23 milhões durante os 20 anos de projeto. Na rubrica de Microdrenagem e Cadastro georeferenciado das áreas urbanas afetadas pelos sistemas de drenagem estão todos os investimentos estimados com serviços e materiais. Estima-se entre investimento e reinvestimentos um gasto total R$ 2,21 milhões durante os 20 anos de projeto. Na rubrica de Veículos estão todos os investimentos estimados com a aquisição de veículos utilizados na prestação dos serviços de Drenagem pluvial nas calhas e canais das bacias urbanas. Nela estão compreendidos os desembolsos com compra de caminhões, veículos utilitários e retroescavadeiras. Ressalta-se que ao final da vida útil de cada veículo, foi considerado o valor residual do mesmo. Estima-se entre investimento e reinvestimentos um gasto total R$ 9,28 milhões durante os 20 anos de projeto. Chama-se de investimentos em Tecnologia da Informação (TI) todos os dispêndios com aparelhos de tecnologia e comunicação necessários à operação. Nessa rubrica estão incluídos os desembolsos para aquisição de 147 computadores, softwares, centrais telefônicas e demais equipamentos necessários à operação regular do projeto. Estima-se entre investimento e reinvestimentos um gasto total R$ 0,80 milhões durante os 20 anos de projeto. Define-se como investimento em Móveis e Equipamentos todo o dispêndio com o mobiliário operacional e administrativo. Estão contemplados nessa rubrica todos os desembolsos na aquisição de mesas, cadeiras, armários, assentos, lâmpadas e demais utensílios necessários à operação regular do projeto. Estima-se entre investimento e reinvestimentos um gasto total R$ 0,80 milhões durante os 20 anos de projeto. Na rubrica de Sociedade de Propósito Especifico (SPE) estão todos os investimentos pré-operacionais estimados para realização do projeto. Estão compreendidos os desembolsos com constituição jurídica da SPE, com as garantias decorrentes da contratação do parceiro Privado e demais custos préoperacionais incorridos para a operação regular do projeto. Estima-se um gasto total R$ 0,30 milhões em SPE no primeiro ano do Projeto. Chama-se de investimentos em Necessidade de Investimento no Giro (NIG) todos os dispêndios incorridos pelo eventual parceiro Privado com o descasamento entre os prazos de recebimento e pagamentos das suas contas operacionais. É importante destacar que todo esforço financeiro realizado a título de NIG retorna ao parceiro Privado ao final do projeto. Esse efeito decorre do encerramento do projeto, quando os prazos de recebimentos e pagamentos expiram. Estima-se um gasto total, aproximado, de R$ 0,88 milhões em NIG durante os 20 anos de projeto. Conforme as rubricas apresentadas, estão consolidados dentro CAPEX todos os Investimentos necessários à operação regular do projeto, atendendo ao escopo e aos critérios de qualidade estabelecidos. Ademais, destaca-se que parte dos investimentos dimensionados nas rubricas Veículos, TI, Móveis e Equipamentos e SPE, são passíveis de aproveitamento quando da operação de outros sistemas de Drenagem, gerando assim um 148 ganho de escala e escopo ao projeto, principalmente, quando da possibilidade de execução pelo parceiro Privado. Conforme demostram a Tabela 38 e o Gráfico 9 abaixo, vislumbra-se um CAPEX total de R$ 151,37 milhões durante os 20 anos de projeto. 149 Tabela 38 – Modelagem Econômica: CAPEX Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 9 – Modelagem Econômica: (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 150 B.4 Custos Operacionais (OPEX) Para o presente estudo, entende-se como Custos Operacionais(OPEX) todo esforço econômico-financeiro decorrente das atividades operacionais do projeto, que seja passível de mensuração e valoração, em acordo com as normas contábeis de reconhecimento geralmente aceitas no Brasil. Para a estimativa dos Custos Operacionais (OPEX) do Projeto, foram considerados o escopo, a qualidade e o prazo dos serviços a serem prestados. Nesse sentido, os custos operacionais foram apenas considerados quando do início da operação, enquanto os demais custos pré-operacionais estão classificados no CAPEX. Assim, foram mensurados e agrupados 04 (quatro) rubricas de OPEX, sendo elas: Mão-de-obra, Insumos Operacionais, Manutenções e Administração. Sob a rubrica Mão-de-obra estão os custos estimados com todo o quadro de pessoal operacional definido para o projeto, incluindo desde técnicos até motoristas. Estão compreendidos os gastos com salários, encargos, benefícios, rotatividade dos funcionários e demais custos com mão-de-obra incorridos na operação do projeto. Estima-se um gasto total R$ 40,86 milhões durante os 20 anos de projeto. São classificados em Insumos Operacionais todos os custos com gasolina, diesel, material para escritório e material para reparo e manutenção dos canais. Estima-se um gasto total R$ 9,57 milhões durante os 20 anos de projeto. Entende-se como custo de Manutenção os valores gastos com a conservação da obra, veículos, TI, Máquinas e Equipamentos e Móveis e Equipamentos. Estima-se um custo total de R$ 26,03 milhões em Manutenção durante todo o Projeto. Denominam-se custos com Administração todos os gastos incorridos na administração do Projeto. Nessa rubrica estão incluídos os custos com mão-deobra e demais custos administrativos. Estima-se um gasto total R$ 18,72 milhões durante os 20 anos de projeto. 151 Salienta-se que dentro do OPEX estão consolidados todos os custos necessários à operação regular do projeto, atendendo ao escopo e aos critérios de qualidade estabelecidos, conforme as rubricas apresentadas. Conforme demostram a Tabela 39 e os Gráfico 10 abaixo, vislumbra-se um OPEX total de R$ 95,18 milhões durante os 20 anos de projeto. 152 Tabela 39 – Modelagem Econômica: OPEX(R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 10–Modelagem Econômica: OPEX(R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 153 B.5 Depreciação É comum a confusão entre as depreciações fiscal, depreciação contábil e depreciação econômica. A depreciação fiscal é função das alíquotas fiscais aplicáveis a cada item do CAPEX e é utilizada para reduzir a base fiscal na apuração do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CS). A depreciação econômica determina os prazos de reinvestimento e o plano de manutenção das máquinas, equipamentos e edificações. Entretanto, há casos em que se usa a depreciação econômica para determinar a apuração do imposto de renda, o que é um equívoco grave. Além disso, a depreciação talvez seja um dos itens mais importantes no caso de projetos de infraestrutura intensivos em capital, já que essa rubrica pode reduzir consideravelmente a base de cálculo do imposto de renda, com efeitos importantes já no início do empreendimento. Por isso, os impactos no resultado econômico do projeto são extremamente importantes devido a essa rubrica. Entretanto, conforme a legislação fiscal em vigor 15, para o projeto em tela foi adotado o regime de tributação baseado no lucro presumido, o qual não requer o cálculo da depreciação fiscal. Assim, não é necessário o cálculo da depreciação fiscal para apuração do Lucro Antes dos Impostos (LAIR). Entretanto, para se produzir algumas peças contábeis como Demonstração do Resultado Do Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial (BP) é necessário o cálculo da depreciação contábil. Assim, os investimentos do projeto foram depreciados linearmente conforme o prazo para encerramento do projeto, em conformidade com o ICPC 01 e IFRIC 12. 15 Vide http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp2005/pr517a555.htm. 154 B.6 Tributos Para o presente trabalho, entende-se como Tributos todo o recurso financeiro devido - ou de direito - aos governos Municipais, Estaduais e Federal, decorrente de fatos geradores originados nas atividades do projeto, que sejam passíveis de mensuração e valoração e em acordo com as normas contábeis de reconhecimento geralmente aceitas no Brasil. Assim, para a estimativa dos gastos com Tributos do Projeto, foram observados o escopo, a qualidade, o prazo e os tipos de serviços a serem prestados na operação regular do projeto. Ademais, foram considerados dois grupos de incidência fiscal: tributos sobre a receita e tributos sobre a renda. Os tributos sobre receita foram estimados de acordo com o tipo de receita e os respectivos encargos. Assim, sobre o valor bruto das receitas foi admitida a incidência de PIS e o COFINS, com alíquotas de 0,65% e 3,00%, respectivamente. Ainda sobre o valor bruto das receitas considerou-se a incidência de Imposto Sobre Serviços (ISS), com alíquota de 5,00%. Para estimar os tributos sobre a renda foram considerados o Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sob o regime de lucro presumido, conforme previsão do Art. 46 da Lei Federal nº 10.637. Desse modo, adotou-se a alíquota de presunção de 32% na determinação da base de cálculo, em acordo com o Art. 223 da RIR/1999.Ademais, admitiram-se as alíquotas de 25% para o IR e 9% para o CSLL. Conforme demostram a Tabela 40 o Gráfico 11 abaixo, vislumbra-se um total de Tributos de R$ 95,02 milhões durante os 20 anos do projeto. 155 Tabela 40 –Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 11–Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 156 B.7 TIR Conforme visto na seção Considerações Teóricas a Taxa Interna (TIR) deve ser entendida como o parâmetro de remuneração do capital empregado no projeto. A TIR também deve ser vista como o retorno esperado pelo parceiro Privado para o projeto, de modo a garantir o custo de oportunidade do capital investido16. Em um retrospecto recente, últimos 10 anos, as Taxas Internas de Retorno (TIR) observadas nos mais diversos processos licitatórios têm variado entre 6% e 14% ao ano, líquidas de impostos e inflação. Essa variação pode ser explicada pela complexidade e risco contidos no objeto licitatório. Para Projetos já consolidados - com histórico de sucesso em operações passadas - e que, portanto, envolvem um menor risco de continuidade e demanda, como é o caso de Concessões de metrô e estradas, a tendência é que o retorno exigido (TIR) pelo operador tenda ao limite inferior citado (6%). Entretanto, em projetos em que ainda não há consolidação – sem histórico de operações passadas – e que, portanto, envolvem um maior risco de continuidade e demanda, como é o caso do Projeto em estudo, a tendência é que o retorno exigido (TIR) pelo operador tenda ao limite superior citado (14%). Assim, para o presente projeto, foi considera como uma remuneração adequada para o capital empregado – haja vista a complexidade e o histórico da atividade central do projeto – uma TIR de 8,00%, líquida de impostos e inflação. 16 Vide CHAGUE, Fernando D., DE-LOSSO, Rodrigo, GIOVANNETTI, Bruno C. & FILGUEIRAS, Felipe S. C. M. Modelagem Econômico-Financeira: Conceitos, Equilíbrio, Desequilíbrio e Reequilíbrio in SENNES, Ricardo, LOHBAUER, Rosane M., SANTOS, Rodrigo Machado M., KOHLMANN, Gabriel B., BARATA, Rodrigo S. Novos Rumos para a Infraestrutura: Eficiência, Inovação e Desenvolvimento. São Paulo: LEX, 2014. (Doc. XIV- 4) 157 B.8 Sensibilidade Entende-se, no presente estudo, como Sensibilidade as variações da Taxa Interna de Retorno do Projeto em resposta a mudanças nos Custos Operacionais (OPEX) e nos Investimentos (CAPEX) estimados para o Projeto. Foram considerados os intervalos de menos 15% a mais 15% na mudança nos valores de OPEX e CAPEX, em trechos de 5% de variação. Conforme demostra a Tabela 41 seguir, o Projeto apresenta pouca sensibilidade às variações de OPEX e CAPEX. No caso extremo - incremento de 15% em ambas as rubricas - a TIR do Projeto cai de 8,00% para 5,5% ao ano. Tabela 41 – Sensibilidade daTIR a Variações no OPEX e CAPEX (em R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. B.9 Conclusão O presente estudo apresentou a modelagem econômico-financeira Prestador de serviços de Drenagem pluvial do município de Itabuna sob a modalidade de Prestador Administrativa (PPP), sendo prazo do projeto definido em 20 anos. Dentre as atividades a serem exercidas durante o projeto estão: (i) Construção; (ii) Ampliação e (iii) Operação da infraestrutura necessária a prestação de serviços de Drenagem pluvial. A contraprestação mensal máxima a ser paga ao Parceiro Privado é de R$ 2.252.431,42 (dois milhões duzentos e cinquenta e dois mil quatrocentos e trinta e um reais e quarenta e dois centavos) a ser paga pelo município, 158 resultando em: (i) receitas de contraprestação de R$ 486,53 milhões; (ii) custo operacional (OPEX) de R$ 95,18 milhões; (iii) Investimentos (CAPEX) de R$ 151,37 milhões e (iv) Tributos de R$ 95,02 milhões. Para estes valores a Taxa Interna de Retorno do Projeto – TIR de Projeto – é de 8,00% ao ano. B.10 Anexos A presente seção tem como objetivo apresentar as premissas, detalhes de cálculo e modelos utilizados na aferição dos números e valores utilizados no presente estudo de viabilidade econômico-financeira. Nesse sentido, a seção está dividida nas seguintes subseções: i)Receita ii)Custos Operacionais (OPEX) iii)Investimentos (CAPEX) Ademais, destaca-se que os parâmetros de receita, investimento e operação, que incluem os quantitativos e os valores monetários utilizados nesse estudo foram levantados interna e externamente, em projetos similares e em valores de mercado. Por fim, todos os valores descritos no presente estudo estão em moeda de dezembro de 2015. I) RECEITA Os valores de receita com Contraprestação foram obtidos de modo a satisfazer a equação econômico-financeira do projeto, observando-se o ônus tributário, os custos operacionais (OPEX), os investimentos (CAPEX), as receitas acessórias e a TIR apropriada ao tipo de projeto. 159 Em outras palavras, os valores de contraprestação decorrem de um cálculo matemático, no qual se observa todas as variáveis que compõe o fluxo de caixa livre do projeto, sendo o valor da contraprestação a solução para a equação. Assim, admite-se o pagamento de uma contraprestação máxima mensal de R$ 2.252.431,42 ao futuro Prestador quando do início da operação, terceiro ano do projeto. II) CUSTOS OPERACIONAIS (OPEX) Na estimativa dos custos operacionais totais do projeto foram 04(quatro) rubricas de OPEX, sendo elas: Mão-de-obra, Insumos Operacionais, Manutenções e Administração. MÃO-DE-OBRA Para o custo com Mão-de-obra considerou: (i) o quantitativo de funcionários operacionais por cargo; (ii) o salário para cada cargo; (iii) os encargos trabalhistas e sociais pertinentes; (iv) os benefícios concedidos aos funcionários e (v) custo com desmobilização – demissão. Sendo o custo anual calculado multiplicando-se (i) o custo mensal total efetivo por funcionário; (ii)a quantidade de funcionários e (iii) quantidade de meses no ano (12). O custo mensal total efetivo por funcionário é determinado pela soma de (i) salários, (ii) encargos sociais e (iii) benefícios. Para o custo com encargos um total de 64,3%, contemplando INSS, FGTS, férias e 13° salário. Abaixo, a Tabela 42 e a Tabela 43 apresentam a quantidade de funcionários operacionais por cargo e custo anual por cargos admitidos. 160 Tabela 42 – OPEX: Quantidade de funcionários operacionais por cargo Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 43 – OPEX: Custo anual com Mão-de-Obra (em R$) Fonte: RK Engenharia, 2014. 161 MANUTENÇÕES Para o custo com Manutenções foi calculado considerando: (i) manutenção de Obras; (ii) manutenção de Veículos; (iii) manutenção de Máquinas e equipamentos; (iv) manutenção de TIC e (v) manutenção de Móveis equipamentos. O custo total com manutenções é dado pelo somatório entre as alíquotas de referência assumidas e o valor dos investimentos iniciais. Abaixo, a Tabela 44 demonstra os valores e premissas assumidos. 162 Tabela 44 – OPEX: Manutenções(em R$) Fonte: RK Engenharia, 2014. 163 INSUMOS OPERACIONAIS. Para o custo com insumos operacionais foi calculado com base no item (insumo) a ser utilizado, a quantidade e preço, respectivos. Sendo o custo anual calculado multiplicando-se (i) a quantidade anual e (ii)preço unitário. Abaixo, a Tabela 45 apresenta os valores e parâmetros assumidos Tabela 45 – OPEX: Insumos Operacionais Fonte: RK Engenharia, 2014. ADMINISTRATIVO Para o custo com Administrativo considerou os gastos com mão-de-obra administrativa e um custo fixo. Para o cálculo do custo com mão-de-obra considerou-se a mesma metodologia descrita no item 5.3.1 Mão-de-Obra. Para o custo fixo admitiu-se o valor anual de R$ 150 mil. Abaixo, a Tabela 46 e a Tabela 47 apresentam a quantidade de funcionários administrativos por cargo e custo anual por cargo admitidos. 164 Tabela 46 – OPEX: Administrativo, quantidade de funcionários por cargo Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 47 – OPEX: Administrativo, custo anual Fonte: RK Engenharia, 2014. III) INVESTIMENTOS (CAPEX) Na estimativa dos investimentos do projeto foram mensurados e agrupados 12 (doze) rubricas, sendo elas: Mobilização e Desmobilização do Canteiro, Serviços Preliminares, Administração da Obra, Canais de Macrodrenagem, Remanejo de Interferências, Sistema de Microdrenagem e Cadastro georeferenciado das áreas urbanas afetadas pelos sistemas de drenagem, Veículos, Tecnologia da Informação (TI), Móveis e Equipamentos, SPE e NIG. Para fins didáticos as rubricas: Mobilização e Desmobilização do Canteiro, Serviços Preliminares, Administração da Obra, Canais de Macrodrenagem, Remanejo de Interferências, Sistema de Microdrenagem e Cadastro georeferenciado das áreas urbanas afetadas pelos sistemas de drenagem, serão agrupadas sobre a nomenclatura Obras. 165 OBRAS Sobre a rubrica Obras estão consolidados todos os investimentos em: Mobilização Administração e Desmobilização da Obra, do Canais de Canteiro, Serviços Macrodrenagem, Preliminares, Remanejo de Interferências, Sistema de Microdrenagem e Cadastro georeferenciado das áreas urbanas afetadas pelos sistemas de drenagem. Para os investimentos em Obras foi dimensionado com base na unidade, quantidade e preço unitário de cada item que o compõe. Abaixo, a Tabela 48 apresenta os valores admitidos. Tabela 48 – CAPEX: Obras ITEM 1 1.1 1.2 2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 DISCRIMINAÇÃO UND QUANT PREÇO MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DO CANTEIRO Mobilização e instalação vb 800.000,00 de canteiro de obras 1 Placa de obra em chapa m² 343,69 de aço galvanizado 60 SERVIÇOS PRELIMINARES Limpeza manual do terreno (c/ raspagem m² 3,70 320.000 superficial) Desmatamento e limpeza mecanizada de terreno com árvores até ᴓ 15cm, m² 0,50 4.000 utilizando trator de esteiras Locação da obra, com uso de equipamentos m² 30,72 topográficos, inclusive 30.000 nivelador Mobilização e instalação de 01 equipamento de un 289,57 sondagem, distancia ate 30 10 km Sondagem a percussão m 78,54 perfuração 96 Sondagem a percussão un 210,53 desloc entre furos de 101 50 TOTAL 820.621,24 800.000,00 20.621,24 2.861.111,63 1.182.624,00 1.981,20 921.639,00 8.687,18 7.539,53 10.526,40 166 ITEM 2.7 2.8 2.9 2.10 2.11 2.12 2.13 2.14 2.15 2.16 DISCRIMINAÇÃO a 200 m Mobilização e desmobilização de equipe e equipamentos (interior) para sondagem e percussão: 500 km Cadastro de redes, inclusive desenhista Extintor incêndio tp po químico 4kg fornecimento e colocação Extintor incêndio aguapressurizada 10l incl suporte parede carga completa fornecimento e colocação Levantamento seção transversal c/nível terreno não acidentado inclusive desenho esc 1:200 Barracão de obra para alojamento/escritório, piso em pinho 3a, paredes em compensado 10mm Barracão para deposito em tabuas de madeira, cobertura em fibrocimento 4 mm, incluso piso argamassa traço 1:6 Galpão aberto em canteiro de obra, com estrutura em madeira (reaproveitamento 3x) e telha ondulada 6mm Tapume de vedação chapa de madeira compensada de 6mm proveitamento de 2x Instalação de gambiarra para sinalização, padrão UND un m un un m m² m² m² m² un QUANT PREÇO 1 32.000 500 500 32.000 250 80 200 800 3.000 TOTAL 2.004,90 2.004,90 1,65 52.832,00 157,52 78.759,05 162,28 81.140,30 2,15 68.681,60 408,37 102.092,13 497,89 39.831,26 225,98 45.196,76 55,84 44.673,52 48,23 144.703,80 167 ITEM DISCRIMINAÇÃO 20 m, incluindo lâmpada, bocal e balde a cada 2 m UND 2.17 Limpeza final da obra m² 3 Engenheiro sênior mês 3.2 Engenheiro ou arquiteto mês 3.3 Mestre geral mês 3.5 Apontador ou apropriador cs:6122 Encarregado de manutenção - orse 10729 mês mês 3.6 Vigia noturno mês 3.7 Almoxarife mês 3.8 Auxiliar de escritório mês 3.9 Técnico de segurança mês 3.10 3.11 4 4.1 4.1.1 4.1.2 4.1.3 4.1.4 4.1.5 PREÇO 30.000 ADMINISTRAÇÃO DA OBRA 3.1 3.4 QUANT 6 24 24 24 12 72 24 24 24 Pedreiro com encargos mês complementares 48 Auxiliar de serviços mês gerais (limpeza) 48 CANAIS DE MACRODRENAGEM DEMOLIÇÃO DE ESTRUTURA EXISTENTE Demolição manual de estrutura de concreto m³ 500 armado Demolição de concreto m³ simples 250 Demolição de alvenaria de blocos de pedra m³ 990 natural Remoção de pavimento m² em paralelepípedo 5.000 Remanejamento de un 2,27 TOTAL 68.199,00 1.395.777,42 20.799,15 124.794,90 12.571,17 301.708,08 3.903,98 93.695,52 2.307,82 55.387,68 2.844,29 34.131,48 3.690,87 265.742,64 3.647,77 87.546,48 2.232,51 53.580,24 4.059,72 97.433,28 4.165,60 199.948,80 1.704,34 81.808,32 55.546.566,06 352.788,31 219,66 109.829,60 219,66 54.914,80 96,28 95.315,91 12,04 60.200,00 650,56 32.528,00 168 ITEM 4.2 4.2.1 4.2.2 4.2.3 4.2.4 4.2.5 4.2.6 4.2.7 4.2.8 4.2.9 DISCRIMINAÇÃO poste em concreto MOVIMENTO DE TERRA Escavação manual de terra compacta até 1,50m de profundidade, sem bota-fora Escavação e transp. mat. 1a cat. dmt 50m c/trator est. cat. d8 c/ lamina Escavação mecânica, a céu aberto, em material de 1a categoria, com escavadeira hidráulica, capacidade de 0,78 m3 Escavação mecânica para acerto de taludes, em material de 1a categoria , com escavadeira hidráulica Escavação e transporte de material de 2a cat. dmt 50m com trator sobre esteiras 305 hp com lamina e escarificador Regularização de superfícies em terra com motoniveladora Carga, manobras e descarga de areia, brita, pedra de mao e solos com caminhão basculante 6 m3 (descarga livre) Carga e descarga mecanizadas de entulho em caminhão basculante 6 m3 Compactação mecânica de valas,c/contr.do gc >= 95% do pn(c/compactador solos c/ placa vibratória motor UND QUANT 50 PREÇO TOTAL 28.389.554,60 m³ m³ m³ m³ m³ m² t m³ m³ 9.600 172.800 380.000 36.000 28.000 500.000 180.000 196.000 294.000 51,84 497.677,44 2,43 419.160,96 3,00 1.138.936,00 5,19 186.994,80 4,71 131.927,60 0,57 285.750,00 0,76 137.160,00 1,14 224.028,00 23,03 6.769.379,40 169 ITEM 4.2.1 0 4.2.1 1 4.2.1 2 4.2.1 3 4.2.1 4 4.3 4.3.1 4.3.2 4.3.3 4.3.4 DISCRIMINAÇÃO diesel/gasolina 7 a 10 HP) Transporte qq nat cam basculante 30 km/h 8.00 t excl despesa carga/desc espera do caminhão/servente/e ou equip aux. Transporte horizontal de materiais diversos a 40m Escoramento de valas continuo Viga de escoramento H20, de madeira, peso de 5,00 a 5,20 kg/m, com extremidades plasticas 'coletado caixa' Espalhamento de material em bota fora, com utilização de trator de esteiras de 165 hp ESTRUTURA DE CONTROLE DE VAZÃO E REVESTIMENTOS DE CANAIS Concreto usinado bombeado fck=30mpa, inclusive lançamento e adensamento Concreto usinado bombeado fck=15mpa, inclusive lançamento e adensamento Armação aço ca-50 diam.16,0 (5/8) à 25,0mm (1) fornecimento/ corte(perda de 10%) / dobra / colocação. Armação em tela de aço soldada nervurada q138, aço ca-60, 4,2mm, malha 10x10cm UND t x km m³ m² m t QUANT 1.200.000 196.000 80.000 32.000 1.200.000 PREÇO TOTAL 1,42 1.706.880,00 39,99 7.838.490,80 71,73 5.738.368,00 59,30 1.897.481,60 1,18 1.417.320,00 25.151.668,01 m³ m³ kg kg 11.200 28.800 4.500 128.000 528,33 5.917.326,24 436,78 12.579.217,92 7,33 32.975,55 8,39 1.074.521,60 170 ITEM 4.3.6 4.4 4.4.1 4.4.2 4.4.3 4.4.4 4.5 4.5.1 5 5.1 5.2 DISCRIMINAÇÃO UND QUANT PREÇO Forma tabua p/concreto em fundação m² 129,92 42.700 s/reaproveitamento ENSAIOS Ensaio de recebimento e aceitação de cimento un 475,32 60 portland Ensaio de recebimento e aceitação de agregado un 237,66 60 graúdo Ensaio de compactação amostras trabalhadas un 118,82 60 solos Ensaio de abatimento do un 44,12 tronco de cone 60 DESAPROPRIAÇÃO DE IMÓVEIS Indenização de imóveis dispostos sobre canais m² 1.000,00 1.600 existentes REMANEJAMENTO DE INTERFERÊNCIAS 2.500.000,0 Serviços vb 1 0 Materiais vb 1 6 SISTEMA DE MICRODRENAGEM MOVIMENTO DE TERRA PARA VALETA 6.1 E REDE TUBULAR CONCRETO Escavação manual de terra compacta até 6.1.1 m³ 1,50m de profundidade, 33.840 sem bota-fora Escavação mecanizada de vala com profundidade maior que 1,5 m até 3,0m, com 6.1.2 escavadeira hidráulica m³ 169.200 (capacidade da caçamba: 0,8 m3 / potência: 111 hp), largura de 1,5 m a 2,5 m, 625.000,00 TOTAL 5.547.626,70 52.555,14 28.519,37 14.259,31 7.129,27 2.647,19 1.600.000,00 1.600.000,00 3.125.000,00 2.500.000,00 625.000,00 74.234.405,07 12.983.801,31 51,84 1.754.312,98 9,88 1.671.797,52 171 ITEM 6.1.3 6.1.4 6.1.5 6.1.6 6.1.7 6.1.8 6.2 6.2.1 6.2.2 6.2.3 6.2.4 6.2.5 6.2.6 6.2.7 DISCRIMINAÇÃO em solo de 1a categoria, em vias urbanas. Af_01/2015 Reaterro de vala com material granular reaproveitado adensado e vibrado Aterro com areia com adensamento hidráulico Carga e descarga de solo Transporte qq nat cam basculante 30 km/h 8.00 t excl despesa carga/desc espera do caminhão/servente/e ou equip aux. Berço de areia Plantio de grama batatais em placas GALERIA COM TUBOS DE CONCRETO ARMADO Tubos concreto simples ou similar dn 400 (fornecimento) Tubos concreto simples ou similar dn 400 (assentamento) Tubos concreto armado ou similar dn 500 (fornecimento) Tubos concreto armado ou similar dn 500 (assentamento) Tubos concreto armado ou similar dn 700 (fornecimento) Tubos concreto armado ou similar dn 700 (assentamento) Tubos concreto armado UND m³ m³ m³ t x km m3 m² QUANT 135.360 50.760 84.600 846.000 12.000 16.000 PREÇO TOTAL 17,77 2.404.981,73 82,54 4.189.593,35 1,87 157.939,74 1,42 1.203.350,40 118,41 1.420.977,60 11,30 180.848,00 26.709.100,13 m m m m m m m 6.000 6.000 8.250 8.250 5.250 5.250 58,76 352.577,40 25,77 154.609,80 112,34 926.839,65 39,09 322.497,45 221,83 1.164.612,23 27,38 143.751,30 236,55 1.419.301,20 172 ITEM 6.2.8 6.2.9 6.2.1 0 6.3 6.3.1 6.3.2 6.3.3 6.3.4 6.3.5 6.3.6 6.3.7 6.3.8 DISCRIMINAÇÃO ou similar dn 800 (fornecimento) Tubos concreto armado ou similar dn 800 (assentamento) Tubos concreto armado ou similar dn 1000 (fornecimento) Tubos concreto armado ou similar dn 1000 (assentamento) POÇO DE VISITA Poço de visita em concreto armado 1,50x1,50x1,00, parede e=20 cm Poço de visita em concreto armado 1,50x1,50x1,50, parede e=20 cm Poço de visita em concreto armado 1,50x1,50x3,00, parede e=20 cm Chaminé dos poços de visita: anel de concreto armado d=0,60m, h=0,10m Chaminé dos poços de visita: anel de concreto armado d=0,60m, h=0,30m Chaminé dos poços de visita: anel de concreto armado d=0,60m, h=0,50m Chaminé dos poços de visita: anel de concreto armado d=0,80m, h=0,30m Chaminé dos poços de visita: anel de concreto armado d=0,80m, h=0,50m UND m m m QUANT 6.000 6.000 45.000 45.000 PREÇO TOTAL 103,80 622.782,60 324,70 14.611.540,50 155,35 6.990.588,00 5.478.906,68 un un un un un un un un 180 150 150 90 105 90 105 90 8.528,44 1.535.119,72 9.471,99 1.420.798,76 13.995,87 2.099.380,22 47,03 4.232,53 69,77 7.326,25 95,44 8.589,65 113,84 11.953,49 139,07 12.515,85 173 ITEM 6.3.9 6.3.1 0 6.3.1 1 6.3.1 2 6.4 6.4.1 6.5 6.5.1 6.5.2 6.5.3 6.6 6.6.1 6.6.2 DISCRIMINAÇÃO Tampão de ferro fundido, d = 60cm, 175kg, p = chaminé cx areia/poço visita assentado com arg cim/areia 1:4, fornecimento e assentamento Tampão fofo articulado 57 kg diam abert 900mm p/ poço visita de rede agua pluvial, esgoto etc Assentamento de tampão de ferro fundido 900 mm Assentamento de tampão de ferro fundido 600 mm CAIXA TIPO A Boca de lobo em alvenaria tijolo maciço, revestida c/ argamassa 1:3, lastro de concreto 10cm e tampa de concreto ESCORAMENTOS / ESGOTAMENTOS Esgotamento c/ conjunto moto-bomba de superfície ou submersa Escoramento de valas continuo Escoramento descontínuo MEIO-FIO / SARJETA / DRENO Meio-fio e sarjeta de concreto moldado no local, usinado 15 mpa, com 0,65 m base x 0,30 m altura, rejunte em argamassa traço 1:3,5 (cimento areia) Dreno Raso longitudinal DN 100 envolto em UND un un un un QUANT 330 150 150 330 PREÇO TOTAL 489,22 161.441,51 1.137,64 170.646,09 126,77 19.015,71 84,51 27.886,91 3.763.598,40 un 1.440 2.613,61 3.763.598,40 22.448.348,55 h m² m² 4.500 281.250 42.750 27,65 124.415,55 71,73 20.173.950,00 50,29 2.149.983,00 2.850.650,00 m m 20.000 5.000 134,94 2.698.750,00 30,38 151.900,00 174 ITEM 7 DISCRIMINAÇÃO UND QUANT PREÇO manta geotextil CADASTRO GEOREFERENCIADO DAS ÁREAS URBANAS AFETADAS PELOS SISTEMAS DE DRENAGEM TOTAL OBRAS TOTAL 2.210.000,00 140.193.481,4 2 Fonte: RK Engenharia, 2014. VEÍCULOS Para o investimento em veículos foi calculado considerando: (i) o quantitativo de veículos por tipo; (ii) a vida útil de cada veículo; (iii) o preço unitário de aquisição por tipo veículo e (iv) o valor residual por tipo de veículo. Sendo o custo investimento anual calculado multiplicando-se (i) o quantitativo de veículo adquiridos no ano por tipo de veículo e (ii)o preço unitário de aquisição por tipo veículo. A esse produto é subtraída a seguinte soma (i) o quantitativo de veículo vendidos no ano por tipo de veículo e (ii) o preço unitário residual. Foram considerados os seguintes valores e parâmetros: (i) Dez carros populares no valor de R$ 40 mil cada; (ii) Dez caminhões médios no valor de R$ 100 mil cada; (iii) Dez retroescavadeiras no valor de R$ 150 mil cada; (iv) Para todos os veículos foi admitida uma vida útil de 5 anos (v) Para todos os veículos foi admitido um valor residual de 20% do preço de aquisição, este percentual já considera eventual custos com impostos sobre a venda. TI Para o valor do investimento em Tecnologia da Informação (TI) foi estimado em R$ 200 mil, com reinvestimento a cada 5 anos, sem previsão de valor residual. 175 MÓVEIS E EQUIPAMENTOS O valor do investimento em Móveis e Equipamentos foi estimado em R$ 200 mil, com reinvestimento a cada 5 anos, sem previsão de valor residual. SPE O valor do investimento em SPE considerou: (i) Garantia da Proposta; (ii) Garantia de Execução; (iii) Risco de Engenharia; (iv) Constituição da SPE; (v) Salários pré-operacionais e (vi) Capacitação e Treinamento dos funcionários. Para estas rubricas foi estimado um investimento total de R$ 300 mil no primeiro ano do projeto. NIG Para o investimento NIG foi considerado o descasamento entre os prazos de pagamentos dos ativos e passivos operacionais decorrentes da concepção de serviços de drenagem pluvial. Foi adotado como parâmetro de descasamento 2/12 dos custos operacionais anuais (OPEX) a título de NIG. Destaca-se que todo esforço financeiro realizado em NIG retorna ao parceiro Privado ao final do projeto. Esse efeito decorre do encerramento do Projeto, quando os prazos de recebimentos e pagamentos expiram. 176 ANEXO 03 – RESÍDUOS SÓLIDOS C MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA DO PROJETO No presente estudo foram elaborados dois cenários distintos no que tange à viabilidade econômico-financeira do Projeto. Para ambos os cenários, foram admitidos 20 (vinte) anos de Prestador. Destaca-se que os cenários apresentados não se distinguem com relação ao escopo e à qualidade dos serviços a serem prestados durante a operação. Os cenários apenas divergem quanto à forma de remuneração – valor fixo ou por tonelada – a ser paga ao futuro Prestador pelo Convênio17. Para o primeiro cenário, foi considerado um valor mensal fixo – a ser pago pelo Convênio conforme modelo de rateio18–cabendo ao Prestador suportar o risco de variação na demanda (volume de lixo produzido pelos municípios).Independente do volume de lixo produzido, o ônus financeiro do Convênio não se altera. No segundo cenário, foram consideradas as mesmas premissas operacionais, de custos e de investimentos contidas no primeiro cenário, entretanto, foi considerado um valor unitário para cada tonelada de lixo recebida e disposta pelo Prestador. Neste cenário, o Convênio assume o risco de variação na demanda(volume de lixo produzido pelos municípios), quanto maior o volume produzido, maior o ônus financeiro. Para ambos os cenários, a Taxa Interna de Retorno (TIR) assumida nos cálculos do Fluxo de Caixa Livre do Projeto é de 8,00% ao ano, líquida de inflação e impostos. A seguir serão apresentados os principais resultados do estudo econômicofinanceiro para ambos cenários, bem como as principais premissas utilizadas. 17 Em todo o texto denomina-se Convênio futuro contrato a ser celebrado entre os municípios Itabuna, Ilhéus, Uruçuca, Itajuípe e Buerarema. 18 O valor fixo a ser pago ao concessionário será rateado entre as prefeituras conforme o volume de lixo produzido por cada município. 177 Destaca-se que os parâmetros de investimento e operação, que incluem os quantitativos e os valores monetários utilizados no estudo foram levantados interna e externamente e em valores de mercado. C.1 Fluxo de Caixa do Projeto Antes de apresentar o Fluxo de Caixa Livre do Projeto, faz-se necessário introduzir a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) quantifica o desempenho econômico-financeiro do Projeto em termos contábeis, sob o regime da competência. A DRE é peça fundamental na determinação do Fluxo de Caixa Livre do Projeto. É por meio da DRE que são apurados os impostos e repasses sobre receitas (ISS, PIS, COFINS e Ônus Variável) e rendas (Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) que compõem o Fluxo de Caixa Livre do Projeto. Conforme já mencionado, os dois cenários formulados no presente estudos apresentam o mesmo escopo operacional, custo operacional (OPEX) e investimentos (CAPEX). Entretanto, os cenários divergem no parâmetro de remuneração – fixo ou unitário (por tonelada) – a ser pago pelo Convênio, de modo que os impostos incidentes sobre receitas e o lucro são diferentes para cada cenário. Este fato decorre do tratamento e das regras tributárias vigentes no país. Assim, as DREs serão apresentadas por cenário. No primeiro cenário, no cálculo da Receita Líquida, foi considerada uma receita fixa a ser paga pelo Convênio. No segundo cenário, foi considerada a receita a ser pego pelo Convênio por tonelada de lixo recebida e tratada pelo Prestador. Em ambos cenários, não foram consideras receitas acessórias provenientes do recebimento e tratamento de lixo de demais municípios não integrantes ao Convênio. 178 Para ambos cenários, sobre o valor bruto das receitas foram consideradas as contribuições PIS e COFINS, com alíquotas de 0,65% e 3,00%, respectivamente. Também, foi considerado a incidência de Imposto Sobre Serviços (ISS), com uma alíquota de 5,00%. Os custos operacionais do Projeto – em ambos cenários – estão consolidados na rubrica OPEX (Operational Expenditure). Nela, estão contidos os custos com Mão-de-obra, Manutenção de Veículos, Administrativo, Execução de Infraestrutura, Combustível, Pneus, Monitoramento Operacional, Ambiental e Controle de Vetores, Lubrificação e Lavagem, Licenciamento e Seguro de Veículos, Uniformes e EPIs e Ferramental. Na rubrica de depreciação encontra-se as despesas contábeis com depreciação. A depreciação contábil é função das alíquotas societárias aplicáveis a cada item do CAPEX e não é utilizada para reduzir a base fiscal na apuração do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CS). Para o cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CS), foi adotado o regime de lucro presumido. Para o primeiro cenário (valor fixo), de acordo com as premissas assumidas, espera-se ao longo do Projeto um total de Receita Bruta R$ 127,32 milhões. Desse montante de receita assumido estima-se um repasse de R$ 11,01 milhões em tributos. Sendo R$ 6,37 milhões em ISS, R$ 0,83 milhões em PIS e R$ 3,82 milhões em COFINS. Finalmente, prevê-se uma Receita Líquida de R$ 116,31 milhões. Para o segundo cenário (preço por tonelada), de acordo com as premissas assumidas, espera-se – ao longo do Projeto um total de Receita Bruta R$ 128,42 milhões. Desse montante, estima-se um repasse de R$ 11,11 milhões em tributos. Sendo R$ 6,42 milhões em ISS, R$ 0,83 milhões em PIS e R$ 3,85milhões em COFINS. Finalmente, prevê-se uma Receita Líquida de R$ 117,31 milhões. 179 Em termos de OPEX, estima-se– para ambos cenários – um dispêndio total de R$ 70,95 milhões ao longo de todo projeto. Para depreciação contábil, estimase um valor de R$ 21,34 milhões. No primeiro cenário, obtém-se um Lucro Antes dos Impostos (LAIR) de R$ 24,01 milhões. Para determinação do Lucro Líquido de R$ 10,16 milhões, admite-se um gasto com R$ 10,19 e R$ 3,67 milhões com IR e CS, respectivamente. A Tabela 49, exibida mais adiante, expõe a evolução da DRE ao longo dos 20 anos do Projeto para o primeiro cenário (valor fixo). No segundo cenário, obtém-se um Lucro Antes dos Impostos (LAIR) de R$ 25,02 milhões. Para determinação do Lucro Líquido de R$ 11,05 milhões, admite-se um gasto com R$ 10,27 e R$ 3,70 milhões com IR e CS, respectivamente. A Tabela 49, exibida mais adiante, expõe a evolução da DRE ao longo dos 20 anos do Projeto para o segundo cenário (valor fixo). Para a montagem do Fluxo de Caixa Livre, os valores presumidos para os investimentos – em ambos cenários – estão consolidados na rubrica CAPEX (Capital Expenditures). Nela estão contidos os investimentos em Veículos, Construção da Nova Célula, TI, SPE e Móveis/Equipamentos e NIG. Estima-se que sejam investidos R$ 20,37 milhões ao longo do projeto, considerando tanto os investimentos iniciais como os reinvestimentos e os valores residuais. Ainda, é previsto um Fluxo de Caixa Livre do Projeto de R$ 11,14 milhões – para o primeiro cenário – e R$ 12,02 milhões para o segundo cenário, conforme demostram as tabelas e os Gráficos, exibidos adiante. Para ambos cenários, a TIR encontrada é de 8,00%. Nas próximas subseções são apresentados os itens que compõem Receita, OPEX, CAPEX, Depreciação e Tributos. Maiores detalhes sobre a memória do cálculo podem ser vistos no Anexo. 180 Tabela 49 –Modelagem Econômica: Demonstração do Resultado do Exercício do Projeto – DRE(R$ milhões)/ Primeiro Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 50 –Modelagem Econômica: Demonstração do Resultado do Exercício do Projeto – DRE(R$ milhões)/ Segundo Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. 181 Tabela 51 –Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre e TIR do Projeto (R$ milhões) / Primeiro Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. 182 Gráfico 12 – Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre do Projeto (R$ milhões) / Primeiro Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. 183 Tabela 52 –Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre e TIR do Projeto (R$ milhões) / Segundo Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. 184 Gráfico 13 – Modelagem Econômica: Fluxo de Caixa Livre do Projeto (R$ milhões) / Segundo Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. 185 C.2 Receitas Para o presente trabalho, entende-se como Receita todo benefício financeiro obtido pelo Prestador, que seja passível de mensuração e valoração e em acordo com as normas contábeis de reconhecimento geralmente aceitas no Brasil. Ainda, o conceito de receita deve atender o escopo, a qualidade e o prazo dos serviços a serem prestados. Para o primeiro cenário, foi considerado um valor mensal fixo – a ser pago Convênio, conforme modelo de rateio19–cabendo ao Prestador suportar o risco de variação na demanda (volume de lixo produzido pelos municípios).Independente do volume de lixo produzido, o ônus financeiro do Convênio não se altera. No segundo cenário, foram consideradas as mesmas premissas operacionais, de custos e de investimentos contidas no primeiro cenário, entretanto, foi considerado um valor unitário para cada tonelada de lixo recebida e tratada pelo Prestador. Neste cenário, o Convênio assume o risco de variação na demanda (volume de lixo produzido pelos municípios), quanto maior o volume produzido, maior o ônus financeiro. Durante todo período de Prestador, 20 anos, a Receita Bruta total estimada para o primeiro cenário é de R$ 127,32 milhões. O montante de receita com Convênio equivale a R$ 589.446,33 mensais, este valor deve ser rateado pelos entes do Convênio de acordo com o peso relativo do lixo produzido por cada município em relação ao total de lixo produzido pelo Convênio20. Por sua vez, a Receita Bruta total estimada para o segundo cenário é de R$ 128,42 milhões. Neste cenário, foi adotado o parâmetro de preço de R$ 17,17 19 O valor fixo a ser pago ao concessionário será rateado entre as prefeituras conforme o volume de lixo produzido por cada município. 20 Para detalhes da estimativa de volume de lixo produzido por cada ente do Convênio vide subseção Volume Operacional da seção Anexo. 186 por tonelada de lixo recebida e disposta pelo Prestador oriundo dos entes do Convênio. Os valores unitários e fixo mensal a serem pagos pelo Convênio – conforme cenário de viabilidade – foram obtidos de modo a satisfazer a equação econômico-financeira do Projeto, observando-se o ônus tributário, os custos operacionais (OPEX), os investimentos (CAPEX), as Receita Acessórias e a TIR apropriada ao tipo de projeto. A seguir, a Tabela 53, a Tabela 54, o Gráfico 14 e o Gráfico 15 apresentam a consolidação das Receitas estimadas para o Projeto por cenário. 187 Tabela 53 –Modelagem Econômica: Receitas anuais por tipo (R$ milhões) / Primeiro Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 14 –Modelagem Econômica: Receitas anuais totais (R$ milhões)/ Primeiro Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. 188 Tabela 54 – Modelagem Econômica: Receitas anuais por tipo (R$ milhões)/ Segundo Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 15 – Modelagem Econômica: Receitas anuais totais (R$ milhões) / Segundo Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. 189 C.3 Investimentos (CAPEX) Entende-se, no presente estudo, como Investimento (CAPEX) todo o esforço financeiro realizado pelo Prestador no decorrer do Projeto, que seja passível de mensuração e valoração e em acordo com as normas contábeis de reconhecimento geralmente aceitas no Brasil. Ainda, para a estimativa dos Investimentos (CAPEX) do Projeto, foram considerados o escopo, a qualidade e o prazo dos serviços a serem prestados pelo Prestador. Nesse sentido, foram considerados todos os investimentos e reinvestimentos pertinentes, sempre ponderando a vida útil dos ativos envolvidos. Ainda, no que tange aos reinvestimentos. Conforme já mencionado, os investimentos previstos para o Projeto são comuns em ambos os cenários. Assim, foram mensurados e agrupados 6 (seis) rubricas de Investimentos, sendo elas: Veículos, Construção da Nova Célula, TI, SPE e Móveis/Equipamentos e NIG. Na rubrica de Veículos estão todos os investimentos estimados com a aquisição de veículos utilizados. Nela estão compreendidos os desembolsos com compra de caminhões, veículos utilitários, retroescavadeiras e tratores esteiras. Ressalta-se que ao final da vida útil de cada veículo, foi considerado o valor residual do mesmo. Estima-se, entre investimento e reinvestimentos, um gasto total R$ 14,42 milhões em Veículos durante o prazo contratual. Nomeiam-se investimento sem Construção de Célula Novato dos os dispêndios coma construção da nova célula operacional. A rubrica compreende todos os desembolsos com terraplanagem, pavimentação, drenagem de percolado/gás e drenagem superficial. Estima-se, entre investimento e reinvestimentos, um gasto total R$ 5,20 milhões em Construção de Célula Nova durante o prazo contratual. Chama-se de investimentos em Tecnologia da Informação (TI) todos os dispêndios com aparelhos de tecnologia e comunicação necessários à operação. Nessa rubrica estão incluídos os desembolsos para aquisição de 190 computadores, softwares, centrais telefônicas e demais equipamentos necessários. Estima-se, entre investimento e reinvestimentos, um gasto total R$ 0,40 milhões em Tecnologia da Informação durante o prazo contratual. Define-se como investimento em Móveis/Equipamentos todo o dispêndio com o mobiliário operacional e administrativo. Estão contemplados nessa rubrica todos os desembolsos na aquisição de mesas, cadeiras, armários, assentos, lâmpadas e demais utensílios necessários. Estima-se, entre investimento e reinvestimentos, um gasto total R$ 0,20 milhões em Máquinas/Equipamentos durante o prazo contratual. Na rubrica de Sociedade de Propósito Especifico (SPE) estão todos os investimentos pré-operacionais estimados para realização do Projeto. Estão compreendidos os desembolsos com constituição jurídica da SPE, com as garantias decorrentes do Contrato de Prestador e demais custos préoperacionais incorridos. Estima-se um gasto total R$ 0,15milhões em SPE no primeiro ano do Projeto. Chama-se de investimentos em Necessidade de Investimento no Giro (NIG) todos os dispêndios incorridos pelo Prestador com o descasamento entre os prazos de recebimento e pagamentos das suas contas operacionais. É importante destacar que todo esforço financeiro realizado a título de NIG retorna ao Prestador ao final do projeto. Esse efeito decorre do encerramento do Projeto, quando os prazos de recebimentos e pagamentos expiram. Estimase durante a Prestação um investimento de R$ 0,65 milhões em NIG. Conforme as rubricas apresentadas estão consolidados dentro CAPEX todos os Investimentos necessários, atendendo ao escopo e aos critérios de qualidade estabelecidos. Conforme demostram a Tabela 55 e o Gráfico 16 abaixo, vislumbra-se um CAPEX total de R$ 20,37 milhões ao longo do período – para ambos os cenários. 191 Tabela 55 – Modelagem Econômica: CAPEX (R$ milhões) / Ambos Cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 16 – Modelagem Econômica: CAPEX (R$ milhões)/ Ambos Cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 192 C.4 Custos Operacionais (OPEX) Para o presente estudo, entende-se como Custos Operacionais (OPEX) todo esforço financeiro para obtenção de receita decorrente das atividades operacionais do Projeto, que seja passível de mensuração e valoração, em acordo com as normas contábeis de reconhecimento geralmente aceitas no Brasil Para a estimativa dos Custos Operacionais (OPEX) do Projeto, foram considerados o escopo, a qualidade e o prazo dos serviços a serem prestados pelo Prestador. Nesse sentido, os custos operacionais foram apenas considerados quando do início da operação, enquanto os demais custos préoperacionais estão classificados no CAPEX. Assim, foram mensurados e agrupados 11 (onze) rubricas de Custos Operacionais, Administrativo, sendo elas: Execução Mão-de-obra, de Manutenção Infraestrutura, de Combustível, Veículos, Pneus, Monitoramento Operacional, Ambiental e Controle de Vetores, Lubrificação e Lavagem, Licenciamento e Seguro de Veículos, Uniformes e EPIs e Ferramental. Sob a rubrica de Mão-de-obra estão os custos estimados com todo o quadro de pessoal operacional definido para o projeto, incluindo desde Engenheiros até os vigias. Estão compreendidos os gastos com salários, encargos, benefícios, rotatividade dos funcionários e demais custos com mão-de-obra incorridos. Estima-se um custo total de R$ 55,38 milhões em Mão-de-obra durante todo o Projeto. Entende-se como custo de Manutenção de Veículos os valores gastos com a conservação dos veículos operacionais. A rubrica compreende os custos com manutenção – considerando o volume operacional dimensionado para todo o projeto – para caminhões, veículos utilitários, retroescavadeiras e tratores de esteira. Estima-se um custo total de R$ 1,04 milhões em Manutenção de Veículos durante todo o Projeto. 193 São classificados em Administrativo todos os custos para administração da Prestador. Nessa rubrica incluem-se os custos com água, luz, material de escritório, mão-de-obra administrativa e todos os demais custos administrativos na operação regular da Prestador. Estima-se um custo total de R$ 1,35 milhões em Administração durante todo o Projeto. Chama-se de custos com Execução de Infraestrutura todos os gastos incorridos pelo Prestador com a adequação da infraestrutura na operação regular da Prestador. Nessa rubrica estão incluídos os custos com Execução de caixa de passagem, execução de drenos de chorume ao longo do talude, fornecimento e execução de canalização – meia cana de concreto, fornecimento e instalação de grama em placas, fornecimento e execução de dreno em gás, fornecimento e execução de dreno percolado, manutenção das edificações e todos os demais custos com execução da infraestrutura na operação regular da Prestador. Estima-se um custo total de R$ 1,23 milhões em Execução de Infraestrutura durante todo o Projeto. Denominam-se custos com Combustível todos os gastos incorridos pelo Prestador com o consumo de combustível ao longo do Projeto. Nessa rubrica estão incluídos os custos com consumo de combustível para caminhões, veículos utilitários, retroescavadeiras, tratores de esteira e todas as outras formas de consumo de combustível realizadas na operação regular da Prestador. Estima-se um custo total de R$ 4,37 milhões em Combustível durante todo o Projeto. Na rubrica de Pneus estão todos os gastos incorridos pelo Prestador a título de consumo de Pneus para o Projeto. Estão incluídos os custos com consumo de pneus para caminhões, veículos utilitários, retroescavadeiras, tratores de esteira e todas as outras formas de consumo de pneus realizadas na operação regular da Prestador. Estima-se um custo total de R$ 2,67 milhões em Pneus durante todo o Projeto. Nomeiam-se custos com Monitoramento Operacional, Ambiental e Controle de Vetores todos os dispêndios a título controle operacional pelo Prestador ao 194 longo do período. Estima-se um custo total de R$ 0,45 milhões em Monitoramento Operacional, Ambiental e Controle de Vetores durante todo o Projeto. Define-se como custo de Lubrificação e Lavagem todo o dispêndio realizado com lubrificação e lavagem de veículos no Projeto. Estão contemplados nessa rubrica todos os custos lubrificação e lavagem de: caminhões, veículos utilitários, retroescavadeiras, tratores de esteira e todas as outras formas de gastos com lubrificação e lavagem. Estima-se um custo total de R$ 2,15 milhões em Lubrificação e Lavagem durante todo o Projeto. Entende-se como custo de Licenciamento e Seguro os valores gastos com a o licenciamento e seguro dos veículos do Projeto. A rubrica compreende os custos com licenciamento e seguro de: caminhões, veículos utilitários, retroescavadeiras, tratores de esteira e demais custos associados a licenciamento e seguros de veículos. Estima-se um custo total de R$ 1,78 milhões em Licenciamento e Seguro durante todo o Projeto. Chama-se de custos com Uniformes e EPIs todos os gastos incorridos pelo Prestador na aquisição de uniforme e equipamentos de proteção para os seus funcionários. Nessa rubrica estão incluídos os custos luvas, camisas, capacetes, calçados, bonés, meias, capas, máscaras e demais despesas incorridas com uniformes e EPIs. Estima-se um custo total de R$0,40 milhões em Uniformes e EPIs durante todo o Projeto. São classificados em Ferramental todos os custos com ferramentas manuais para operação do Projeto. Nessa rubrica incluem-se os custos com facão, enxada, sacho, brocha para pintura, balde, carrinho-de-mão, vassoura metálica, espeto, pá quadrada, pá de bico, cal para pintura, fixa cal e demais despesas incorridas com ferramentas manuais. Estima-se um custo total de R$ 0,12 milhões em Ferramental durante todo o Projeto. Dentro do OPEX estão consolidados todos os custos necessários, atendendo ao escopo e aos critérios de qualidade estabelecidos, conforme as rubricas 195 apresentadas. Ademais, convém destacar que ambos os cenários de viabilidade não variam quanto ao OPEX previsto. Conforme demostram a Tabela 56 e o Gráfico 17 abaixo, vislumbra-se um OPEX total de R$ 70,95 milhões ao longo do período. 196 Tabela 56 – Modelagem Econômica: OPEX (R$ milhões) / Ambos Cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 17– Modelagem Econômica: OPEX (R$ milhões) / Ambos Cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 197 C.5 Depreciação É comum a confusão entre as depreciações fiscal, depreciação contábil e depreciação econômica. A depreciação fiscal é função das alíquotas fiscais aplicáveis a cada item do CAPEX e é utilizada para reduzir a base fiscal na apuração do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CS). A depreciação econômica determina os prazos de reinvestimento e o plano de manutenção das máquinas, equipamentos e edificações. Entretanto, há casos em que se usa a depreciação econômica para determinar a apuração do imposto de renda, o que é um equívoco grave. Além disso, a depreciação talvez seja um dos itens mais importantes no caso de projetos de infraestrutura intensivos em capital, já que essa rubrica pode reduzir consideravelmente a base de cálculo do imposto de renda, com efeitos importantes já no início do empreendimento. Por isso, os impactos no resultado econômico do projeto são extremamente importantes devido a essa rubrica. Entretanto, conforme a legislação fiscal em vigor21, para o projeto em tela foi adotado o regime de tributação baseado no lucro presumido, o qual não requer o cálculo da depreciação fiscal. Assim, não é necessário o cálculo da depreciação fiscal para apuração do Lucro Antes dos Impostos (LAIR). Entretanto, para se produzir algumas peças contábeis como Demonstração do Resultado Do Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial (BP) é necessário o cálculo da depreciação contábil. Assim, os investimentos do projeto foram depreciados linearmente conforme o prazo para encerramento do projeto, em conformidade com o ICPC 01 e IFRIC 12. Conforme demostram a Tabela 57 e o Gráfico 18 abaixo, vislumbra-se uma depreciação contábil total de R$ 21,3 milhões ao longo do período. 21 Vide http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp2005/pr517a555.htm. 198 Tabela 57 – Modelagem Econômica: Depreciação (R$ milhões) / Ambos Cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 18 – Modelagem Econômica: Depreciação (R$ milhões) / Ambos Cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 199 C.6 Tributos Para o presente trabalho, entende-se como Tributos todo o recurso financeiro devido - ou de direito - aos governos Municipais, Estaduais e Federal, decorrente de fatos geradores originados nas atividades do Projeto, que sejam passíveis de mensuração e valoração e em acordo com as normas contábeis de reconhecimento geralmente aceitas no Brasil. Para a estimativa dos gastos com Tributos do Projeto, foram observados o escopo, a qualidade, o prazo e os tipos de serviços a serem prestados pelo Prestador na operação regular do Centro Comercial Popular ao longo do projeto. Ademais, foram considerados dois grupos de incidência fiscal: tributos sobre a receita e tributos sobre a renda. Os tributos sobre receita foram estimados de acordo com o tipo de receita e os respectivos encargos. Assim, sobre o valor bruto das receitas – em ambos cenários - foi admitida a incidência de PIS e o COFINS – sob o regime cumulativo –, com alíquotas de 0,65% e 3,00%, respectivamente. Ainda sobre o valor bruto das receitas, considerou-se a incidência de Imposto Sobre Serviços (ISS), com alíquota de 5,00%. Para estimar os tributos sobre a renda foram considerados o Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sob o regime de lucro presumido, conforme previsão do Art. 46 da Lei Federal nº 10.637. Desse modo, adotou-se a alíquota de presunção de 32% na determinação da base de cálculo, em acordo com o Art. 223 da RIR/1999. Ademais, admitiram-se as alíquotas de 25% para o IR e 9% para o CSLL. Conforme demostram a Tabela 58 e a Tabela 59 e o Gráfico 19 e o Gráfico 20, abaixo, vislumbra-se um total de Tributos de R$ 24,87 milhões ao longo do período para o primeiro cenário e um total de R$ 25,08 milhões para o segundo cenário. 200 Tabela 58 –Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) / Primeiro Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 19–Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) / Primeiro Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. 201 Tabela 59 –Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) / Segundo Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. Gráfico 20 – Modelagem Econômica: Tributos (R$ milhões) / Segundo Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. 202 C.7 TIR Conforme visto na seção Considerações Teóricas a Taxa Interna (TIR) deve ser entendida como o parâmetro de remuneração do capital empregado no Projeto. A TIR também deve ser vista como o retorno esperado pelo Prestador para o Projeto, de modo a garantir o custo de oportunidade do capital investido22. Em um retrospecto recente, últimos 5 anos, as Taxas Internas de Retorno (TIR) observadas nos mais diversos processos licitatórios têm variado entre 6% e 12% ao ano, líquidas de impostos e inflação. Essa variação pode ser explicada pela complexidade e risco contidos no objeto licitatório. Para Projetos já consolidados - com histórico de sucesso em operações passadas - e que, portanto, envolvem um menor risco de continuidade e demanda, como é o caso de Concessões de metrô e estradas, a tendência é que o retorno exigido (TIR) pelo operador tenda ao limite inferior citado (6%). Entretanto, em projetos em que ainda não há consolidação – sem histórico de operações passadas – e que, portanto, envolvem um maior risco de continuidade e demanda, como é o caso do Projeto em estudo, a tendência é que o retorno exigido (TIR) pelo operador tenda ao limite superior citado (12%). Assim, para o presente projeto, foi considera como uma remuneração adequada para o capital empregado – haja vista a complexidade e o histórico da atividade central do projeto – uma TIR de 8,00%, líquida de impostos e inflação. 22 Vide CHAGUE, Fernando D., DE-LOSSO, Rodrigo, GIOVANNETTI, Bruno C. & FILGUEIRAS, Felipe S. C. M. Modelagem Econômico-Financeira: Conceitos, Equilíbrio, Desequilíbrio e Reequilíbrio in SENNES, Ricardo, LOHBAUER, Rosane M., SANTOS, Rodrigo Machado M., KOHLMANN, Gabriel B., BARATA, Rodrigo S. Novos Rumos para a Infraestrutura: Eficiência, Inovação e Desenvolvimento. São Paulo: LEX, 2014. (Doc. XIV- 4) 203 C.8 Sensibilidade Entende-se como Sensibilidade, as variações da Taxa Interna de Retorno do Projeto em resposta a mudanças nos Custos Operacionais (OPEX) e nos Investimentos (CAPEX) estimados para o Projeto. Foram considerados os intervalos de menos 15% a mais 15% na mudança nos valores de OPEX e CAPEX, em trechos de 5% de variação. Conforme demostram a Tabela 60 e a Tabela 61 seguir, o Projeto (em ambos os cenários) apresenta uma sensibilidade razoável às variações de OPEX e CAPEX. No caso extremo - incremento de 15% em ambas as rubricas - a TIR do Projeto cai de 8,00% para -2,0% ao ano no primeiro cenário e para -1,2% ao ano no segundo cenário. Em ambos cenários, variações isoladas de OPEX maiores que 17% levam a TIR para campo negativo. Para o CAPEX são necessárias variações superiores a 60%. Tabela 60 – Sensibilidade da TIR a Variações no OPEX e CAPEX / Primeiro cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. 204 Tabela 61 – Sensibilidade da TIR a Variações no OPEX e CAPEX / Segundo cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. C.9 CONCLUSÃO O presente estudo avaliou a viabilidade econômico-financeira do Projeto de Prestador de Execução de serviços de obra pública para: (i) Ampliação; (ii) Operação; (iii) Tratamento e (iv) Disposição de Resíduos Sólidos Urbanos gerados pelos municípios de pelos municípios de (a) Itabuna; (b) Ilhéus; (c) Uruçuca; (d) Itajuípe e (e) Buerarema, sob a ótica de dois cenários. Para o primeiro cenário, foi considerado um valor mensal fixo – a ser Convênio conforme modelo de rateio23 – cabendo ao Prestador suportar o risco de variação na demanda (volume de lixo produzido pelos municípios). Independente do volume de lixo produzido, o ônus financeiro do Convênio não se altera. No segundo cenário, foram consideradas as mesmas premissas operacionais, de custos e de investimentos contidas no primeiro cenário, entretanto, foi considerado um valor unitário para cada tonelada de lixo recebida e tratada pelo Prestador. Neste cenário, o Convênio assume o risco de variação na demanda (volume de lixo produzido pelos municípios), quanto maior o volume produzido, maior o ônus financeiro. 23 O valor fixo a ser pago ao concessionário será rateado entre as prefeituras conforme o volume de lixo produzido por cada município. 205 Em ambos os cenários foram considerados os mesmos: OPEX(R$ 70,95 milhões); CAPEX (R$ 20,37 milhões); regime e alíquotas tributárias e Taxa Interna de Retorno (8,00%). Não havendo distinção entre os cenários em relação ao escopo e à qualidade dos serviços a serem prestados durante a operação regular da Prestador. Diante dessas premissas, o presente estudo obteve os seguintes resultados: iii) No caso de pagamento fixo, o valor mensal máximo a ser pago ao Prestador é de R$ 589.446,33, a ser rateado pelos entes do Convênio. iv) No caso de preço unitário por tonelada de lixo tratada e disposta, o valor máximo é de R$ 17,17. ANEXOS A presente seção tem de apresentar as premissas, detalhes de cálculo e modelos utilizados na aferição dos números e valores utilizados do estudo de viabilidade econômico-financeiro do Projeto de Prestador de Execução de serviços de obra pública para: (i) Ampliação; (ii) Operação; (iii) Tratamento e (iv) Disposição de Resíduos Sólidos Urbanos gerados pelos municípios de (a) Itabuna; (b) Ilhéus; (c) Uruçuca; (d) Itajuípe e (e) Buerarema. Nesse sentido, a seção está dividida nas seguintes subseções: v) Volume Operacional vi) Receita vii) Custos Operacionais (OPEX) viii) Investimentos (CAPEX) Ademais, destaca-se que os parâmetros de receita, investimento e operação, que incluem os quantitativos e os valores monetários utilizados nesse estudo foram levantados interna e externamente e em valores de mercado. Por fim, todos os valores descritos no presente estudo estão em moeda de dezembro de 2015. 206 I) VOLUME OPERACIONAL Para estimativa do volume operacional foram considerados o (i) histórico de crescimento populacional dos municípios de (a) Itabuna; (b) Ilhéus; (c) Uruçuca; (d) Itajuípe e (e) Buerarema; (ii) o histórico de produção de lixo dos municípios (a) Itabuna; (b) Ilhéus; (c) Uruçuca; (d) Itajuípe e (e) Buerarema; e (iii) taxa de crescimento anual estimada para o volume de lixo produzido pelos citados municípios. Conforme literatura pertinente, a produção de lixo pelos municípios é função da sua demografia e do perfil socioeconômico da sua população. Assim, para avaliar a taxa de crescimento no volume de lixo produzido deve-se considerar a taxa de crescimento populacional e mudanças no perfil socioeconômico da população. Para projeção do volume operacional do Projeto, utilizou-se o histórico de produção de lixo total – ano de 2014 – e uma taxa de crescimento médio por município. Abaixo, a Tabela 62 apresenta o volume operacional estimado para todo o projeto. 207 Tabela 62 – Volume Operacional: Projeção de produção total de lixo – por município / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. II) RECEITA Conforme já elucidado, os cenários divergem quanto a forma de receita de Convênio. No primeiro cenário, estabeleceu-se um valor fixo a ser pago ao Prestador pelo Convênio, cabendo ao futuro operador do aterro o risco de variação da demanda (volume de lixo produzido pelos municípios do Convênio). No segundo cenário, adotou-se um valor unitário para cada tonelada de lixo recebida e tratada pelo Prestador. Em ambos cenários, os valores fixo e unitários de receita foram obtidos de modo a satisfazer a equação econômico-financeira do Projeto, observando-se o ônus tributário, os custos operacionais (OPEX), os investimentos (CAPEX), as receitas acessórias e a TIR apropriada ao tipo de projeto. 208 Em ambos os cenários não foram consideradas receitas acessórias. Abaixo, a Tabela 63 e a Tabela 64 apresentam o comparativo entre as receitas estimadas para os cenários e o volume operacional ao longo do projeto. 209 Tabela 63 – Receita: Volume operacional (em toneladas) e receitas (em R$ milhões) / Primeiro Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 64 – Receita: Volume operacional (em toneladas) e receitas (em R$ milhões) / Segundo Cenário Fonte: RK Engenharia, 2014. 210 III) CUSTOS OPERACIONAIS (OPEX) Na estimativa dos custos operacionais totais do Projeto foram considerados 11 (onze) tipos de custos: Mão-de-obra, Manutenção de Veículos, Administrativo, Execução de Infraestrutura, Combustível, Pneus, Monitoramento Operacional, Ambiental e Controle de Vetores, Lubrificação e Lavagem, Licenciamento e Seguro de Veículos, Uniformes e EPIs e Ferramental. RECURSOS HUMANOS (RH) O custo com Mão-de-obra considerou: (i) o quantitativo de funcionários operacionais por cargo; (ii) o salário para cada cargo; (iii) os encargos trabalhistas e sociais pertinentes e (iv) os benefícios concedidos aos funcionários. Sendo o custo anual calculado multiplicando-se (i) o custo mensal total efetivo por funcionário; (ii)a quantidade de funcionários e (iii) quantidade de meses no ano (12). O custo mensal total efetivo por funcionário é determinado pela soma de (i) salários, (ii) encargos sociais e (iii) benefícios. Para o custo com encargos foram considerados as alíquotas descritas na Tabela 66 – exposta adiante–, em um total de 83,49%. Para salários e benefícios foram considerados 7 (sete) categoria de funcionários. A primeira engloba os engenheiros, segundo encarregado de campo, a terceira auxiliar administrativo, quarta motorista I – compactador/operador máquina, a quinta motorista II – caçamba, a sexta servente e a sétima vigia. Abaixo, a Tabela 65 expõe os salários, encargos e benefícios por categoria. 211 Tabela 65 – OPEX: Salários, encargos e benefícios por categoria de funcionário (em R$) para Mão-de-Obra / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 212 Tabela 66 – OPEX: Encargos trabalhistas e alíquotas para Mão-de-Obra / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. Abaixo, a Tabela 67 e a Tabela 68 apresentam a quantidade de funcionários por cargo e custo anual por cargos admitidos. 213 Tabela 67 – OPEX: Quantidade de funcionários por cargo para Mão-de-Obra / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 68 – OPEX: Custo anual com Mão-de-Obra por cargo / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 214 MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS O custo com Manutenção de Veículos foi calculado considerando: (i) quantidade de veículo por tipo; (ii) preço de aquisição de um veículo novo por tipo; (iii) alíquota de manutenção mensal e (iv) volume mensal de lixo. Sendo o custo anual calculado multiplicando-se (i) quantidade de veículo por tipo; (ii) preço de aquisição de um veículo novo por tipo; (iii) alíquota de manutenção mensal; (iv) a taxa de crescimento do lixo em relação ao ano base de 2016 e (iv) quantidade de meses no ano (12). A seguir, a Tabela 69 e Tabela 70 apresentam os valores e parâmetros assumidos. Tabela 69 – OPEX: Alíquotas de manutenção de Manutenção de Veículos / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 215 Tabela 70 – OPEX: Quantidade, preço unitário, alíquota e custo anual com Manutenção de Veículos / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 216 ADMINISTRATIVO O custo Administrativo foi estimado em R$ 75 mil ao mês. EXECUÇÃO DA INFRAESTRUTURA O custo com Execução da Infraestrutura foi calculado considerando: (i) o tipo de serviço a ser executado; (ii) a quantidade anual de execuções/unidades do serviço; (iii) o preço unitário execuções/unidades do serviço e (iv) volume anual de lixo. Sendo o custo anual calculado multiplicando-se (i) a quantidade anual de execuções/unidades do serviço por tipo; (ii) o preço unitário execuções/ unidades do serviço por tipo e (iii) a taxa de crescimento do lixo em relação ao ano base de 2016. A seguir, as tabelas apresentam os valores e parâmetros assumidos. 217 Tabela 71 – OPEX: Volume anual de lixo e taxa de crescimento para Execução de Infraestrutura / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 72 – OPEX: Quantidade por item para Execução de Infraestrutura / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 218 Tabela 73 – OPEX: Preço unitário por item para Execução de Infraestrutura / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 219 Tabela 74 – OPEX: Custo anual para Execução de Infraestrutura (R$ milhões) / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 220 COMBUSTÍVEL O custo com Combustível foi calculado considerando: (i) o quantitativo de veículos por tipo; (ii) a quilometragem mensal por tipo de veículo; (iii) o consumo de combustível por tipo de veículo; (iv) o preço unitário por tipo combustível e (v) volume mensal de lixo. Sendo o custo anual calculado multiplicando-se (i) o quantitativo de veículos por tipo; (ii) a quilometragem/hora mensal por tipo de veículo; (iii) o preço unitário por tipo combustível; e (iv) quantidade de meses no ano (12). Sendo esse o produto dessa multiplicação dividido pelo coeficiente de consumo de combustível por tipo de veículo. A seguir, as tabelas apresentam os valores e parâmetros assumidos. Tabela 75 – OPEX: Volume mensal de lixo e quilometragem/hora mensal por veículo para Combustível / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 221 Tabela 76 – OPEX: Consumo e preço unitário por veículo para Combustível / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 222 Tabela 77 – OPEX: Quantitativo por veículo para Combustível/ Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 78 – OPEX: Custo anual por veículo para Combustível(R$ milhões) / Ambos cenários (R$ milhões) Fonte: RK Engenharia, 2014. 223 PNEUS O custo com Pneus foi calculado considerando: (i) o quantitativo de veículos por tipo; (ii) a quilometragem/hora mensal por tipo de veículo; (iii) a vida útil dos pneus por tipo de veículo; (iv) o preço unitário por tipo pneu e (v) volume mensal de lixo. Sendo o custo anual calculado multiplicando-se (i) o quantitativo de veículos por tipo; (ii) a quilometragem/hora mensal por tipo de veículo; (ii) o preço unitário por tipo pneu; (iii) a quantidade de pneus por veículo e (iv) quantidade de meses no ano (12). Sendo esse o produto dessa multiplicação dividido pelo coeficiente da vida útil por tipo de pneus. Para caminhão considerou-se 6 pneus por veículos, para veículo utilitário e retroescavadeira 4. A seguir, as tabelas apresentam os valores e parâmetros assumidos. Tabela 79 – OPEX: Volume mensal de lixo e quilometragem/hora mensal por veículo para Pneus / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 224 Tabela 80 – OPEX: Vida útil e preço unitário por veículo para Pneus / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 225 Tabela 81 –OPEX: Quantitativo por veículo para Pneus / Ambos Cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 82 – OPEX: Custo anual por veículo para Pneus (R$ milhões) / Ambos Cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 226 MONITORAMENTO OPERACIONAL, AMBIENTAL E CONTROLE DE VETORES O custo com Monitoramento Operacional, Ambiental e Controle de vetores foi calculado considerando: (i) o valor anual de referência de R$ 24 mil e (ii) volume anual de lixo. Sendo o custo anual calculado multiplicando-se (i) o valor anual de referência de R$ 24 mil e (ii) a taxa de crescimento do volume operacional em relação ao ano base de 2016. A seguir, as tabelas apresentam os valores e parâmetros assumidos. Tabela 83 – OPEX: Volume anual de lixo e taxa de crescimento para Monitoramento Operacional, Ambiental e Controle de Vetores / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 227 Tabela 84 – OPEX: Custo anual com Monitoramento Operacional, Ambiental e Controle de Vetores (R$ milhões)/ Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 228 LUBRIFICAÇÃO E LAVAGEM O custo com Lubrificação e Lavagem foi calculado considerando: (i) o quantitativo de veículos por tipo; (ii) a quilometragem/hora mensal por tipo de veículo; (iii) a quantidade de ciclo por tipo de lubrificante; (iv) a quantidade de quilômetros/hora por ciclo por tipo veículo e lubrificante; (v)o preço unitário por lubrificante e (vi) volume mensal de lixo. Sendo o custo anual calculado multiplicando-se (i) o quantitativo de veículos por tipo; (ii) a quilometragem/hora mensal por tipo de veículo; (ii) o preço unitário por tipo lubrificante; (iii)a quantidade de ciclo por tipo de lubrificante e (iv) quantidade de meses no ano (12). Sendo esse o produto dessa multiplicação dividido pela quantidade de quilômetros/hora por ciclo por tipo de veículo e lubrificante. Os custos com graxa, filtros e lavagem, foram estimados como sendo 10%, 10% e 15% do custo total com lubrificantes por tipo de veículo. A seguir, a tabelas apresentam os valores e parâmetros assumidos. 229 Tabela 85 – OPEX: Volume mensal de lixo e quilometragem/hora mensal por veículo para Lubrificantes e Lavagem / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 86 – OPEX: Quantitativo/ciclo por veículo e item para Lubrificantes e Lavagem / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 230 Tabela 87 – OPEX: Quilometragem/horas por ciclo e por veículo para Lubrificantes e Lavagem / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 88 – OPEX: Custo unitário por item para Lubrificantes e Lavagem / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 89 – OPEX: Quantitativo por veículo para Lubrificantes e Lavagem / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 231 Tabela 90 – OPEX: Custo anual com Lubrificantes e Lavagem(R$ milhões)/ Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 232 LICENCIAMENTO E SEGURO O custo com Licenciamento e Seguro foi calculado considerando: (i) o quantitativo de veículos por tipo; (ii) o valor de aquisição por tipo de veículo e (iii) a alíquota referência para gastos anuais com licenciamento e seguro por tipo de veículo. Sendo o custo anual calculado multiplicando-se (i) o quantitativo de veículos por tipo; (ii) o valor de aquisição por tipo de veículo e (iii) a alíquota referência para gastos anuais com licenciamento e seguro por tipo de veículo. A seguir, a Tabela 91 apresentam os valores e parâmetros assumidos. 233 Tabela 91 – OPEX: Quantidade, preço unitário, alíquota e custo anual com Licenciamento e Seguros / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 234 UNIFORMES E EPIS O custo com Uniformes e EPIs foi calculado considerando: (i) o quantitativo de funcionário por cargo; (ii) a quantidade de uniformes e EPIs por funcionário ao ano e por tipo item e (iii) o preço unitário item. Sendo o custo anual calculado multiplicando-se (i) o quantitativo de funcionário por cargo; (ii) a quantidade de uniformes e EPIs por funcionário ao ano e por tipo item e (iii) o preço unitário item. A seguir, a Tabela 92, a Tabela 93 e a Tabela 94 apresentam os valores e parâmetros assumidos. Tabela 92 – OPEX: Quantitativo e preço unitário por item e cargo para Uniformes e EPIs / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 235 Tabela 93 – OPEX: Quantitativo de funcionários por cargo para Uniformes e EPIs / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 94 – OPEX: Custo anual com Uniformes e EPIs (R$ milhões) / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 236 FERRAMENTAL O custo com Ferramental foi calculado considerando: (i) o quantitativo de funcionário por cargo; (ii) a quantidade de ferramentas por funcionário ao ano e por tipo item e (iii) o preço unitário item. Sendo o custo anual calculado multiplicando-se (i) o quantitativo de funcionário por cargo; (ii) a quantidade de ferramentas por funcionário ao ano e por tipo item e (iii) o preço unitário item. A seguir, a Tabela 95, a Tabela 96 e a Tabela 97 apresentam os valores e parâmetros assumidos. Tabela 95 – OPEX: Quantitativo e preço unitário por item e cargo para Ferramental / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 237 Tabela 96 – OPEX: Quantitativo de funcionários por cargo para Ferramental / Ambos cenários , Fonte: RK Engenharia, 2014. Tabela 97 – OPEX: Custo anual com Ferramental (R$ milhões) / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 238 IV) INVESTIMENTOS (CAPEX) Na estimativa dos investimentos totais do Projeto foram considerados 05 (cinco) tipos de investimentos: Veículos, Construção da Nova Célula, TI, SPE e Móveis/Equipamentos e NIG. VEÍCULOS O investimento em veículos foi calculado considerando: (i) o quantitativo de veículos por tipo; (ii) a vida útil de cada veículo; (iii) o preço unitário de aquisição por tipo veículo e (iv) o valor residual por tipo de veículo. Sendo o custo investimento anual calculado multiplicando-se (i) o quantitativo de veículo adquiridos no ano por tipo de veículo e (ii)o preço unitário de aquisição por tipo veículo. A esse produto é subtraída a seguinte soma (i) o quantitativo de veículo vendidos no ano por tipo de veículo e (ii) o preço unitário residual. A seguir, a Tabela 98 apresenta os valores e parâmetros assumidos. 239 Tabela 98 – CAPEX: Quantitativo, preço unitário e investimento anual com Veículos (R$ milhões) / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 240 CONSTRUÇÃO DA CÉLULA NOVA O investimento em Construção da Célula Nova foi calculado considerando: (i) o quantitativo por tipo de serviço/item; (ii) o preço unitário por tipo de serviço/item. Sendo o custo investimento anual calculado multiplicando-se (i) o quantitativo por tipo de serviço/item; (ii) o preço unitário por tipo de serviço/item. A seguir, a Tabela 99 apresenta os valores e parâmetros assumidos. 241 Tabela 99 – CAPEX: Quantitativo, preço unitário e investimento com Construção Nova Célula (R$) / Ambos cenários Fonte: RK Engenharia, 2014. 242 TI O valor do investimento em Tecnologia da Informação (TI) foi estimado em R$ 100 mil, com reinvestimento a cada 5 ano, sem previsão de valor residual. MÓVEIS E EQUIPAMENTOS O valor do investimento em Móveis e Equipamentos foi estimado em R$ 50 mil, com reinvestimento a cada 5 ano, sem previsão de valor residual. SPE O valor do investimento em SPE considerou: (i) Garantia da Proposta; (ii) Garantia de Execução; (iii) Risco de Engenharia; (iv) Constituição da SPE; (v) Salários pré-operacionais; (vi) Capacitação e Treinamento dos funcionários e (vii) Reembolso dos Estudos pré-licitação. Para estas rubricas foi estimado um investimento total de R$ 150 mil no primeiro ano da Prestadora. NIG Para o investimento em Necessidade de Investimento no Giro (NIG) foi considerado o descasamento entre os prazos de pagamentos dos ativos e passivos operacionais decorrentes da operação. Foi adotado como parâmetro de descasamento 2/12 dos custos operacionais anuais (OPEX) a título de NIG. Destaca-se que todo esforço financeiro realizado em NIG retorna ao Prestador ao final do projeto. Esse efeito decorre do encerramento do Projeto, quando os prazos de recebimentos e pagamentos expiram. 243 RK Engenharia e Consultoria Ltda Matriz: CNPJ: 18.150.794/0001‐35 Rua São Cristovão, nº 1.732 ‐ Loja 03, Quadra 01 – Lote 1 a 4, Loteamento Jardim Tarumã Lauro de Freitas/BA ‐ CEP 42.700‐000 Filial: CNPJ: 18.150.794/0002‐16 Av. Luís Viana, nº 13.223 ‐ Condomínio Hangar Business Park ‐ Torre 3 – Sala 816, São Cristóvão Salvador/BA ‐ CEP 41.500‐300 Tel/Fax: +55 71 3500‐2959 e‐mail: [email protected] http:\\rkengenharia.ind.br