Peregrino
Transcrição
Peregrino
Peregrino IMPRESSO Informação, Cultura e Livre Expressão www.jperegrino.com.br 1ª edição - Maio / 2000 Ribeirão Preto- -SP SP- Ano - Ano - Março/2005 -- R$ R$1,00 1,00 Ribeirão Preto IVV- -NºNº4111 - Setembro/2003 O AMOR E SEU CHAMAMENTO ANTES DE CRER, COMPREENDER Uma Grande Família Universal Se pudéssemos imaginar o que viria depois do amor, como poderíamos viver o que ele nos pede? Porque o amor pede! O amor nos ama e nos quer. Busca em algum lugar onde estávamos quando ele chamou. Página 10 Durante muito tempo existiu o pensamento dominante que afirmava ser impossível ao cérebro adulto de um ser humano criar novos neurônios, sendo, portanto, o processo de envelhecimento celular que caracteriza a “idade madura” ... Página 5 Recordemos nossos dias de infância, esse nobre período carregado de alegrias ingênuas, simples e sem malícias. Lembremos, em nossa família, pessoas especiais, de que gostávamos de uma maneira particular. Tios, avós, primos... Página 10 Peregrino 2 Informação, Cultura e Livre Expressão Editorial A Páscoa foi a principal festa judaica. No Antigo Testamento ela anuncia a libertação dos hebreus pelo faraó do Egito, através de um ritual de imolação de um cordeiro sem mancha, o cordeiro que tira os pecados do mundo como o faria Jesus posteriormente no Novo Testamento. Ambos os cordeiros passam por um ritual de sangue e perdem sua vida em prol de um novo estado de coisas: o dos hebreus construir um novo mundo coeso, imbuído da liberdade e da fé em seu Deus; o de Cristo permitir uma nova concepção de humanidade: a baseada no amor incondicional pelo outro.Trata-se de transformação em dois momentos diferentes. No primeiro a mudança envolve uma raça; somente os adeptos de Jeová serão salvos; no segundo todo membro da raça humana é bem-vindo. Vamos então aproveitar o que Jesus nos proporcionou e comemorar a Páscoa como o advento da divindade em nossos corações impelindo-nos a amar o próximo o mais próximo possível de nós mesmos. *** Não poderíamos deixar de falar do Jornalista Lúcio Mendes que foi nosso colaborador no Peregrino. Em seus escritos sempre havia mensagens sobre a passagem pela terra e após ela, partidário que era da doutrina espírita. Em fevereiro nos deixou, porém estamos certos de que em algum lugar há de estar continuando seu trabalho e é desta forma que pretendemos lembrar dele. Ele mesmo dizia que quando se fosse queria que pensassem nele de forma diferente e que não utilizassem os recursos de praxe uma vez que a flor murcha, a vela acaba e a lágrima seca. Mariza Helena [email protected] CAPA www.apbp.com.br Reprodução de Pintura Original Um dia de chuva – Reinhard Melzer Original pintado com a boca Temas Abordados Arte (Música, Pintura, Escultura, Arquitetura, Cinema), Ecologia, Misticismo, Ciência, Filosofia, Psicologia, História, Mitologia, Museus, Povos, Países e Costumes, Saúde, Literatura e outros que se enquadrem na filosofia de nosso periódico. JPeregrino Comunicação Visual Ltda. Direção José Roberto Ruiz - MTb 36.952 Redatora Mariza Helena R. Facci Ruiz [email protected] WebDesign Francisco G. R. Ruiz Impressão Gráfica Spaço As idéias emitidas em artigos, matérias ou anúncios publicitários, são de responsabilidade de seus autores e, não são expressão oficial do informativo, salvo indicação explícita neste sentido. Endereço para correspondência: Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - City Ribeirão - Ribeirão Preto - SP 14021-520 - Telefone: (0**16) 621 9225 / 9992 3408 Site: www.jperegrino.com.br / e-mail: [email protected] Ribeirão Preto - SP - Março/2005 Exercício de Relaxamento Apresentado no V Seminário Huna em Veranópolis - Janeiro de 1999 Feche os olhos e vá relaxando o seu corpo, sentindo muita paz e tranqüilidade. Desligando de todas as tensões nervosas e preocupações, solte, relaxe. Inspire e exale tranqüilamente por dez vezes. Inspire e exale totalmente. Sinta seu corpo ficando bem à vontade, desligado. Relaxe. Agora, focalize a sua atenção no 3º princípio, MAKIA(*). Para onde vai a atenção, segue a energia e sendo assim, imagine que está caminhando sobre uma estrada de chão muito reta, muito lisa. Lá adiante, você vê um sol com uma luz clara e forte. Lembre-se que o sol é o símbolo do AUMAKUA... Imagine que está caminhando em direção a esse sol e à medida que avança ele cresce, ficando cada vez maior e irradiando muita luz. É uma luz que cativa e atrai. E você vai sentindo-se mais leve e confiante, caminhando em direção à essa luz. Sinta essa luz envolvendo totalmente o seu corpo dos pés à cabeça, clareando, deixando uma sensação de paz e muito bem estar. “O mundo é aquilo em que você acredita ser”, por isso, crie o seu IKE(*) com o seu corpo bem relaxado e totalmente envolvido nessa luz. Imagine, agora que você está caminhando alegremente nessa luz e logo adiante, imagine uma porta de cristal transparente: atravesse-a... Focalize o 4º princípio, MANAWA(*) “o seu momento de poder é agora”. Assim, você percebe agora que está do outro lado... E vai entrando em um lindo bosque onde há um lago de água cristalina. Você está caminhando bem próximo do lago. Sem roupas, mergulhe, seguro e confiante. O lago é de uma temperatura agradável... Vá mergulhando, deixando a água lavar o corpo, limpando, tirando as tensões nervosas, as inquietações, purificando seu corpo. Sinta a água como símbolo de MANA(*), lavando o seu corpo. Sinta o corpo deixando na água toda aquela tensão, aquela ansiedade, aquela sensação de estar pesado. A água vai lavando e purificando seu corpo, fazendo um verdadeiro KALA(*). Você se aproxima da borda do lago e vai saindo e se colocando à luz do sol. O sol está secando seu corpo e irradiando muita energia. Agora, você vai encontrar em sua frente uma fogueira. Caminhe até ela e por que seu corpo permite você vai entrando dentro dela, sem medo e com segurança. Esse fogo purifica seu corpo, queimando tudo de negativo que há em você e ao seu redor. Sinta o fogo. Ele queimando as suas tensões, seus medos, suas limitações. As chamas estão envolvendo JPeregrino totalmente o seu corpo, deixando-o bem iluminado, purificado. Sentindose mais leve e limpo imagine um vento soprando e carregando você para bem longe. Sinta o vento carregando-o. Você voa por sobre as matas e os rios, passando pelo mar e indo parar no topo de uma alta montanha. Sinta essa sensação do vento forte soprando o seu corpo e tirando tudo que há de pesado ao seu redor, deixando-o muito leve, confiante, seguro e feliz. Agora, imagine estar indo de encontro à luz... Perceba estar sendo envolvido totalmente pela luz que vai clareando seu corpo. Essa luz energiza todo o seu corpo. É uma luz forte e límpida, que transforma o seu corpo, rejuvenescendo e fortificando. É totalmente clara, límpida e transparente. Imagine agora essa luz chegando até o ambiente do seu trabalho. Imagine estar no ambiente de seu trabalho com muita luz, irradiando e compartilhando ALOHA(*), muito alegre e contente. Imagine-se em sua casa irradiando muita luz aos seus familiares. Sinta a luz envolvendo sua casa e abençoe, mentalmente, cada um de seus familiares. Sinta que isto lhe dá uma sensação de tranqüilidade, paz e harmonia. Agora você vai retornando à luz. Retorne. Já na luz, uma cápsula de cristal envolve seu corpo. Agradeça ao AUMAKUA por tudo o que você é. E envolvendo seu corpo por seus braços, agradeça a você mesmo. Muito obrigado, muito obrigado, muito obrigado. Se, posteriormente observar alguma mudança positiva na sua casa e em seu trabalho, isto é PONO(*), comprovado pela eficácia desta prática. Respire algumas vezes e lentamente volte a sentir o seu corpo novamente aqui e agora, totalmente feliz e relaxado. Abre os olhos, movimente o corpo lentamente. (*) IKE - O mundo é aquilo que você pensa que é - Esteja atento; KALA - Não há limites - Seja livre; MAKIA - A energia segue aonde a atenção vai - Esteja focado; MANAWA - O momento de poder é agora Esteja aqui; ALOHA - Amar é estar feliz com - Seja feliz; MANA - Todo poder vem de dentro - Seja confiante; PONO Eficácia é a medida da verdade - Seja bom. Por: Ivone Emer Mottin e Isa Verseletti – Grupo de Garibaldi Fonte: Boletim da Associação de Estudos Huna do Brasil Ano XII – Nº 54. (16) 621 9225 / Comunicação Visual Ltda. 9992 3408 e-mail: [email protected] Peregrino Ribeirão Preto - SP - Março/2005 A difícil tarefa de estabelecer limites Sempre que discutimos educação surge um tema polêmico: limite. Hoje se propaga muito a falta de limite que muitas crianças possuem, por exemplo, quando estamos num restaurante e aparecem crianças fazendo algazarra entre as mesas, ou quando elas se intrometem nas conversas dos adultos, ou exigindo atenção naquele momento, independentemente do que os pais possam estar fazendo. Nos supermercados não é raro ouvirmos as birras por compras não desejadas pelos pais. Enfim, são várias as situações onde surgem manifestações de tirania infantil sobre adultos despreparados para lidar com elas. No passado, nós tínhamos a contraposição a esta situação, onde a tirania paterna e materna mantinha as crianças sem incomodar, anulando-lhes qualquer demonstração de ordem pessoal. Sabemos que neste passado não se encontra a solução, entretanto, esta também não está no presente demonstrado. O que faz o limite ser tão difícil de ser conquistado? Onde se encontra a linha divisória não repressora? Na educação temos, principalmente, que ser coerentes. Um perfil daquilo que queremos na educação de nossos filhos tem que ser consistente e amorosamente pro- Visitas no Site do 3 Informação, Cultura e Livre Expressão posto em todas as oportunidades pedagógicas que aparecerem. Educar pressupõe consciência. Temos que definir a nós mesmos quais são nossos valores. E estes se encontram nas menores coisas, se encontram no dia-a-dia. Quando falamos em valores geralmente pensamos em coisas grandiosas como: ausência de preconceitos, ou paz, ou verdade, ou bondade, etc... Estes valores grandiosos estão diariamente pulverizados em situações cotidianas, onde eles podem ser expostos. Como a maneira como tratamos os membros da família, ou os empregados, ou como cuidamos dos nossos objetos. As pequenas mentiras que eventualmente deixamos escapar na nossa rotina. Enfim, o que educa é quem somos, o que cremos e como agimos. Limite amorosamente colocado alicerça parâmetros que conduzem ao conhecimento moral que deve ser apreendido pela criança, para que ela possa sentir-se segura do que esperam dela. Este é o limite que ajuda o ser humano a tornar-se livre. Pois a completa liberdade consiste em obedecer-se a si mesmo, não se deixando escravizar por caprichos insanos. Só pode ser realmente livre aquele que algum dia obedeceu a ordens coerentes e sensatas de uma autoridade amada. Colaboração: Marina Fernandes Calache [email protected] Peregrino no ano de 2.005. (Até o fechamento desta edição) 6.375 visitas Onça Pintada A ficha do bicho Nome popular: onça-pintada, jaguaretê, canguçu. Nome científico: Phantera onça. Onde vive: Do México à Argentina. Quanto pesa: Até 114 quilos. Quanto mede: 1,80 metros, mais 75 cm de cauda. O que come: Porco-do-mato, veado, macaco, jacaré. Reprodução: De dois a quatro, 95 dias de gestação. Apesar das histórias que se contam no interior, nunca houve um caso comprovado cientificamente de a onça atacar o homem, a não ser, é claro, quando está sendo caçada e acuada. No estômago das onças mortas só são encontrados bichos pequenos, capivaras, porcos-do-mato e aves. No Pantanal, entretanto, a onça-pintada ataca os bezerros e causa prejuízos. Às vezes, numa ninhada de onças-pintadas, nasce uma preta, mas bem de perto é possível ver que ela também tem pintas, de um preto mais escuro. Essas onças são chamadas de melânicas. No passado, existiam onças-pintadas até no Texas, que fica nos Estados Unidos, mas a destruição das florestas acabou com elas, o México também perdeu 67% de suas onças e o Brasil vai pelo mesmo caminho. É por isso que os zôos estão criando esse animal em cativeiro, montando um livro de linhagem para evitar a consangüinidade e esperando para um dia fazer o repovoamento de onças. O problema é que, embora muitos fazendeiros gostem de receber veadinhos, marrecos e até capivaras para repovoar suas reservas de mata, ninguém quer saber da onça, e ela parece condenada a viver em cativeiro. Fonte: 100 Animais Brasileiros publicados no Estadão de Luiz Roberto de Souza Queiroz. Peregrino 4 Informação, Cultura e Livre Expressão O Livro de Urântia - Uma breve descrição A história dos documentos que compõem o Livro de Urântia, cobre um período de 50 anos. Diz-se que durante os anos de 1906 a 1955, seres não-materiais de inteligência suprahumana tiveram um relacionamento regular com um grupo de seis mortais com a finalidade de prover à humanidade, uma revelação de época, de extrema importância. As pessoas envolvidas não eram nem médiuns nem amadores. A figura central, o Dr. William S. Sadler era um psiquiatra proeminente e autor de 42 livros. Tinha uma excelente reputação como desmascarador de fenômenos mediúnicos e médiuns fraudulentos. Depois de vários anos como cirurgião de sucesso, ele decidiu se tornar um psiquiatra e após vários exames e certificações, ele foi para a Europa e estudou com Freud em Viena por quase um ano. Ele fazia parte do grupo de debates com Freud, juntamente com Jung e Adler. A visão do Livro Urântia sobre ciência, filosofia e religião é, talvez, a mais clara e concisa integração destes assuntos disponível para o homem moderno. O Livro de Urântia tem potencial para contribuir de modo significante com o pensamento religioso e filosófico de todos os povos. Enquanto a maioria das gerações produz um certo número de pessoas que se fazem passar como portadores de uma “nova revelação”, é surpreendente como o Livro de Urântia não propõe uma nova e organizada religião. Seu ponto de vista constrói-se sobre a herança religiosa do passado e do presente, encorajando uma religião pessoal e viva baseada na fé e no serviço ao próximo. Nota: O Livro de Urântia, já está disponível em português, para download. Ribeirão Preto - SP - Março/2005 FALAR BEM... Prezado Leitor, nesta coluna, espero poder esclarecer algumas dúvidas a respeito da Língua Portuguesa. 1. “VIA DE REGRA”, ela vai ao cinema todos os domingos. Cultura nunca é demais, principalmente, quando diz respeito a um bom filme!!! Prezado amigo leitor, existem frases, ditados... muito usados ou melhor clichês ultrapassados. O que fazemos? Evite-os. Use, no caso acima, normalmente, geralmente, comumente... 2. O noticiário na televisão comentou: ...foi uma “vítima fatal”.... Realmente, foi fatal o Português. Ouvi isso recentemente na televisão... Dica: Vítima Fatal não tem, não existe. Fatal é o que causa a morte: acidente fatal, tiro fatal, queda fatal... O acidente é que é fatal. 3. Prezado leitor, vamos dar uma dica com a palavra VERDADEIRO de que tanto fazemos uso. Verdadeiro em alguns casos ou situações é uma palavra desnecessária. Quer exemplos? Palmeiras e São Paulo é um verdadeiro clássico do futebol brasileiro.(obs.: estou escolhendo os times de futebol de forma imparcial!!!) Houve um verdadeiro escândalo na casa da sogra domingo. Todos fizeram uma verdadeira festa com sua chegada dos Estados Unidos. PARA VOCÊ PENSAR: “Há um tempo que se mede com as batidas do coração. Ao coração falta a precisão uniforme dos cronômetros. Suas batidas dançam ao ritmo da vida—e da morte. Tranqüilo, de repente se agita, dá saltos, tropeça... A esse tempo de vida os gregos davam o nome de KAIRÓS—para o qual não temos correspondente. Nossa civilização tem palavras para dizer o tempo dos relógios, mas perdeu as palavras para dizer o tempo do coração.” RUBEM ALVES Colaboração: Renata Carone Sborgia Advogada e Profª de Português e Inglês [email protected] Fonte: http://www.urantia.org Pintor As damas de Avignon - 1907 Pablo Ruiz y Picasso (1881 – 1973), pintor espanhol naturalizado francês. Considerado por muitos o maior artista do século 20, era também escultor, artista gráfico e ceramista. Pintor precoce, após a sua melancólica “fase azul” e a lírica “fase rosa” (1901 – 6), Picasso foi influenciado pelas artes africana e primitiva, como ilustra Les Demoiselles d’Avignon (1907). Junto com Georges Braque, criou o cubismo (1907 – 14), cujos princípios já estavam presentes em Demoiselles. Entre seus amigos dessa época estavam o crítico e poeta Apollinaire, o empresário de balé Diaghilev (para quem executou cenários) e a escritora expatriada Gertrude Stein, que exercia grande influência sobre os artistas modernos. Em 1921, pintou o quadro cubista Três Músicos e o clássico Três Mulheres junto à Fonte. Nos anos 30, adotou o surrealismo, usando-o para despertar o horror à guerra a tela Guernica (1937). Seus últimos trabalhos empregavam tanto formas cubistas quanto surrealistas, e podiam ter um caráter de beleza, ternura ou grotesco. Sua produção é enorme e quase no fim da vida produziu uma brilhante série de gravuras. Guernica - 1937 Ribeirão Preto - SP - Março/2005 Peregrino ANTES DE CRER, COMPREENDER Jan Val Ellam Durante muito tempo existiu o pensamento dominante que afirmava ser impossível ao cérebro adulto de um ser humano criar novos neurônios, sendo, portanto, o processo de envelhecimento celular que caracteriza a “idade madura” sinônimo de perda de inteligência ou, por outras palavras, a diminuição da capacidade de discernir, pensar etc. A idade adulta traria, inevitavelmente, conforme a opinião reinante, a incapacidade cerebral de produzir bem, já que não se podia substituir os neurônios que iam “morrendo com o avançar da idade”. Por volta de 1970, esse tabu começou a “cair por terra”, quando a ciência descobriu que em ratos adultos era possível a criação de novas células cerebrais. Assim, a neurogênese foi descoberta e, a partir dos seus postulados e de novas pesquisas, em 1988, verificou-se o mesmo em macacos adultos. Por fim, em 1998 percebeu-se que também nos seres humanos a neurogênese era possível. No início de 1999, cientistas da Universidade de Princeton, de New Jersey, nos Estados Unidos, 5 Informação, Cultura e Livre Expressão começaram a fornecer os primeiros indícios que comprovam a capacidade do cérebro humano de um adulto em criar novos neurônios através do esforço cerebral e também por meio de exercícios físicos. Assim o esforço cerebral só se dá quando questionamos, estudamos, pesquisamos, analisamos criteriosamente temas do nosso interesse, porque apenas estes nos permitem a devida postura no campo da concentração. Quando não nos esforçamos, através de uma reflexão produtiva e persistente, não há atividade cerebral suficiente para que ocorra o processo de neurogênese. Algumas religiões persistem em exigir dos seus seguidores a aceitação absoluta quanto às “verdades” que lhes caracterizam o conjunto das suas crenças que impedem qualquer tipo de questionabilidade. Na verdade, muitos hereges perderam a vida por terem questionado certos dogmas. Só é aceitável a crença, a dúvida jamais. A crença, em si mesma, é uma postura íntima que pode levar a um certo comodismo que, por sua vez, produz a inércia mental, já que o cérebro se esforça pouco na pesquisa de uma nova aprendizagem. Dessa maneira, não há exercício cerebral e, não havendo o esforço da mente, sabe-se hoje que a neurogênese não ocorre. Pode-se, então, concluir que a crença, da forma como é praticada na terra, não faz bem a inteligência, já que não direciona o cérebro para a criação de novas sinapses - ligações Para anunciar ligue (16) 621 9225 / 9992 3408 nervosas entre os neurônios – que habilitam cada vez mais a inteligência humana na rota evolutiva. Se não encararmos a nossa fé de forma racional, correremos o risco de transformar o nosso cérebro num instrumento decadente de percepção do mundo em que vivemos. Não foi por menos que a Codificação Espírita chamava a atenção de todos, já no século XIX, para o fato de que “ANTES DE CRER, ERA NECESSÁRIO COMPREENDER”. O que pensar a respeito das posturas religiosas que, numa espécie de anacronismo perpétuo, defendem a crença fanática nos dogmas religiosos, impedindo todo e qualquer raciocínio? Será que, à luz do que hoje se conhece, é benéfico para a nossa inteligência submetermo-nos a qualquer tipo de credo que nos impõe a estagnação cerebral? COM A RESPOSTA, A INTELIGÊNCIA DE CADA UM. Visitas no site do Peregrino - 2.004 Média visitas por dia - 172 visitas Duração média das visitas - 6 minutos Visitas Brasil - 47% Visitas Internacionais - 26% Visitas de origens desconhecidas - 27% Peregrino 6 Informação, Cultura e Livre Expressão Ribeirão Preto - SP - Março/2005 A AUDIÇÃO, O CARNAVAL E AS CRIANÇAS E m determinadas épocas do ano, são comuns as agressões que nós, seres humanos, provocamos em nosso organismo. Em geral, acabamos danificando de alguma forma uma das mais perfeitas máquinas criadas pela natureza. O complexo biológico animal é quase sempre magnífico. Tem lá suas imperfeições, todavia, o homem na sua busca insaciável pelo conhecimento dá uma mãozinha para auxiliar a mãe natureza nas suas raras imperfeições. Entretanto, é incrível como, rotineiramente, não damos tanta importância à essa fantástica e complexa criação divina. Basta-nos uma pequena desculpa, e lá vamos nós, de muitas maneiras agredir o que de tão bonito é nos dado assim, gratuitamente; em tese, para os mais afortunados: a nossa saúde. Deixando intencionalmente de lado os outros fatores como alimentação, repouso, qualidade de vida; vou persistentemente manterme a um importante sentido humano, a audição. Não é novidade afirmar que constantemente agredimos nosso delicado e complexo aparelho auditivo; desta feita, vou falar sobre o carnaval. Freqüentemente, observei pais orgulhosos expondo seus pimpolhos (maravilhosamente fantasiados) a uma agressão incrivelmente voraz aos seus imaturos ouvidinhos. Nas matinês carnavalescas, milhares de crianças foram colocadas frente a uma incrível fonte de prejuízo para a audição. O barulho provocado pelas caixas de som altera intensamente o equilíbrio do nosso aparelho auditivo. Imagine o impacto provocado em um organismo ainda em formação. Sem qualquer cuidado, acredito até que por falta de maiores informações, essas crianças tiveram “Obrigado por ser meu inimigo” O título acima pode parecer estranho à primeira vista.Afinal, para que serve um inimigo além de nos aborrecer, irritar e fazer de nossa vida um inferno? Há momentos em que temos a certeza que esta pessoa só nasceu com o objetivo de nos atrapalhar, mas por incrível que pareça, ele tem uma serventia boa sim: serve para nos aprimorar. Como? Pense comigo, se sucumbirmos à vontade de fazer algum mal a ele, estaremos perdendo o controle sobre nossos sentimentos e emoções. Mas, se você conseguir o contrário, ou seja, resistir às provocações, conseguirá triunfar sobre sua raiva e gradativamente irá aumentando seu autocontrole. Viu? É para isso que o inimigo funciona. Ele nos instiga a crescermos. Se não temos oponentes, fica difícil superarmos a nós mesmos. Vamos continuar. Tanto o inimigo quanto os fofoqueiros, funcionam como um termômetro moral de nossa sociedade. Muitas más ações são impedidas mediante o receio de comentários alheios. Ou seja, agimos corretamente para não “cairmos na boca do povo”. Não pensem que a fofoca e o “diz-que-me-diz” é exclusividade de cidades pequenas. Nas grandes cidades ocorre a mesma coisa, pois a vizinhança e o bairro formam pequenas comunidades, onde as pessoas se conhecem e portanto tomam conta da vida umas das outras. Até dentro das famílias a sua audição extremamente agredida. É muito importante alertar aos pais, que menores de cinco anos, não devem estar em confronto com tamanha carga de impacto. A intensidade e o tempo de exposição são fatores importantes, que causam muitos danos que danificam o aparelho auditivo. Alterações no comportamento, como irritabilidade, falta de apetite, dificuldade em dormir, choro constante, são respostas imediatas que a criança dá aos seus pais quando seu organismo se coloca em posição de defesa. Vale também a orientação de que até nas reuniões cotidianas, as crianças devem ser privadas da constante exposição ao ruído. Idades que variam entre 5 e 12 anos, também merecem uma atenção especial dos pais. Faz-se necessária a adoção de medidas simples, como controlar o tempo em que nossos filhos estarão expostos aos constantes níveis elevados de ruído. Uma pausa de 30 minutos a cada hora de confronto, já é uma boa maneira de amenizar os efeitos nocivos da agressão provocada pelo barulho intenso. Até para nós mesmos, adultos, medidas simples devem fazer parte da nossa cultura de prevenção para que possamos ter um envelhecimento com muita qualidade de vida. Da mesma maneira que devemos cuidar da nossa alimentação; higiene e tudo mais, estarmos atento ao bem estar dos nossos sentidos, é um bom sinal de inteligência. existem olhos fofoqueiros que alcançam tudo. Isto também não é ruim, pois passamos a prestar atenção am nossa conduta e fazemos tudo da melhor maneira possível, pois perante o inimigo, uma escorregadela sua é uma vitória para ele, e perante o fofoqueiro é assunto para mais de uma semana. Então, passamos a agir cada dia melhor, até sem perceber. Os inimigos testam nossos limites. Com eles, conseguimos saber o quanto somos pacientes e tolerantes e temos que descobrir maneiras de expandir ou retrair este limite. Digo retrair, pois às vezes podemos ser tolerantes demais. Talvez por medo de enfrentar a situação, por covardia, por nos sentirmos fracos. O inimigo nos instiga a lutar. Muitas vezes a luta é necessária, e nos ensina a sermos fortes e não desistir. Testam nosso poder de suportar as adversidades, nossa capacidade de argumentação e nossa inteligência. Assim, com a presença de um inimigo crescemos e amadurecemos cada vez mais. E finalmente, com os inimigos aprendemos a exercitar a mais difícil de todas as nossas capacidades: a compaixão. Ter compaixão por um inimigo é transcender a sua condição de humano e poder ajudá-lo a tornar-se um pouquinho mais próximo das grandes Luzes como Jesus, Buda, Francisco de Assis... Charles Berbare Biomédico e Administrador de Empresas Consultor na área de Audiometrias Ocupacionais CESAUDIO “M.V.” - Centro Especializado em Audiologia [email protected] Telefones: (16) 636 7836 3916 1104 Colaboração: Maria de Fátima Hiss Olivares Psicóloga Clínica [email protected] Peregrino Ribeirão Preto - SP - Março/2005 Natureza Guaraná, uma Força da Natureza Estimulante, tônico, vermífugo e até afrodisíaco - são muitas as propriedades atribuídas ao guaraná, o pó extraído da semente de guaraná, com a qual os índios da Amazônia faziam o uaranã, ou “bebida dos senhores”. Natural da Amazônia, o guaraná é um cipó que se enrosca no tronco das grandes árvores e sobe muito, podendo atingir até 10 metros. Suas flores são brancas, de formato parecido com as do café. Quando a flor cai, aparece o fruto, pouco maior que um grão-de-bico e fortemente colorido: vermelho em cima e amarelo embaixo. Desse fruto de aparência estranha, semelhante a um olho humano, é extraído o pó de 7 Informação, Cultura e Livre Expressão guaraná, encontrado em drogarias, casas de produtos naturais e supermercados. Hoje a extração do pó de guaraná é altamente industrializada, mas entre os índios tinha o caráter de uma verdadeira festa, da qual todos participavam, inclusive as crianças. As sementes primeiro são maceradas, para separar a polpa. Depois de lavadas e secas, elas são trituradas e misturadas com mandioca ou água, para o preparo dos “pães” ou bastões, dos quais é finalmente obtido o pó de guaraná. O pó de guaraná é tônico e reconstituinte. Combate arteriosclerose. É recomendado para disenterias, nevralgias e enxaquecas. Como contém cafeína, também é usado como estimulante, Pode ser usado para combater bronquites renitentes e constipações acompanhadas de febre. O pó de guaraná também combate o estado geral de fraqueza proveniente da idade avançada. Para preparar este remédio, dilua 1/2 colher (café) de pó de guaraná em 1/2 copo de água. Tome com ou sem açúcar, em jejum. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Fruta Limão Creme para as mãos Corte um limão ao meio e esprema o sumo em um copo. Coloque um pedacinho de fita crepe no vidro para marcar a altura que o suco atingiu. Depois, coloque-o em um recipiente de cerâmica e reserve. Pegue novamente o copo e ponha glicerina líquida até a marca feita com a fita crepe. Misture a glicerina ao suco de limão e use o creme obtido para clarear e amaciar as mãos. Evite expô-las ao sol quando estiverem com o creme, para que a pele não fique manchada. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Planta Agripalma (Leonurus cardiaca) Originária da Europa, a agripalma é uma planta medicinal muito antiga. Também conhecida como catinga-de-mulata, cordão-defrade, rubim, é cultivada em alguns países, em escala industrial. Coloque 1 colher (chá) de folhas picadas em 1 xícara de água fervente e deixe macerar durante 15 minutos. É excelente para combater problemas de origem nervosa e também no tratamento de doenças cardíacas. Partes utilizadas: Caule e folhas. Ajuda a tratar de: Angústia, ansiedade, enxaqueca, dor de cabeça de origem nervosa, hipertensão, esgotamento nervoso, cólicas, diarréias. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Planta Amor-perfeito (Viola wittrockiana) No inverno, o pequeno amorperfeito enche de alegria jardins e jardineiras. Fica excelente em jardineiras ensolaradas e vai muito bem ao redor de áreas gramadas ou cercas-vivas. Luz: Algumas horas de sol direto por dia. Temperatura: 4 a 26ºC, tolerando até 2ºC. Água: Espere a superfície do vaso secar antes de regar novamente. Adubação: A cada 1 ou 2 meses. Propagação: Sementes. Cuidados especiais: Cubra as plantas com plástico ou recolha para dentro de casa, se houver perigo de geada. Problemas comuns: Se a planta florescer pouco, experimente colocála em local mais ensolarado. Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Assinatura do Peregrino ERRATA 06 meses - R$15,00 / 12 meses - R$30,00 Em nossa edição de fevereiro, em nosso texto sobre Erva – Agrião, por falha nossa omitimos o texto abaixo sobre a sua utilização pelo que pedimos desculpas aos nossos leitores. Partes utilizadas: Folha e talo. Ajuda a tratar de: Afecções pulmonares, da pele e do fígado, anemia, bronquite, caspa, diabetes, doenças das vias urinárias, escorbuto, escrófula, fraqueza, queda de cabelo, raquitismo, tosse, tuberculose. Através dos telefones (0**16) 621 9225 / 9992 3408, pelo e-mail: [email protected], ou deposite no Banco Itaú - Ag. 0332 - Conta: 74194-1 e envie o comprovante do depósito juntamente com seus dados para Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - Ribeirão Preto - SP CEP: 14021-520. Peregrino 8 Informação, Cultura e Livre Expressão Ribeirão Preto - SP - Março/2005 Considerações sobre os planetas espirituais Antes de iniciarmos os artigos sobre cada um dos planetas Urano, Netuno e Plutão, chamados de planetas espirituais ou transpessoais, julgo ser necessário explicar, ainda que resumidamente, o que eles são e qual é a sua atuação na coletividade, de uma forma geral e nos indivíduos, de uma forma particular. Comecemos pela parte mais concreta, astronômica. Urano, Netuno e Plutão foram descobertos só depois da utilização do telescópio, portanto não podem ser vistos a olho nu como os outros cinco. Urano e Netuno são planetas gasosos, dois gigantes, e Plutão é minúsculo, feito de gelo e rocha. Por estarem muito distantes do Sol, seu movimento anual em torno dele é lento, permanecendo num mesmo lugar da eclítica (o caminho aparente do Sol e dos planetas) durante um bocado de anos. Para a Astrologia, isto resulta que permanecem em um determinado signo por longo período, intensificando sua atuação. São chamados de planetas espirituais porque cuidam da evolução espiritual da humanidade e de transpessoais porque nos convidam a ultrapassar nossa personalidade, nosso pequeno e egoísta eu, nosso centramento em nós mesmos. Tocada pelos transpessoais, nossa personalidade, representada pelo Sol, Lua e Saturno, é transformada, refinada e se torna permeável para receber energias e motivações superiores, orientadas para a meta de desenvolvimento espiritual e evolução de toda a humanidade. A função destes planetas é de servir de imagem-guia, isto é, são como bandeirinhas colocadas ao longo do caminho que nos inspiram com novas idéias, atitudes, descobertas, posicionamentos. Urano é a imagem-guia do Mundo Perfeito. Então, procura melhorar o mundo com novas invenções e técnicas, aprimora os sistemas políticos, cria outros modelos econômicos, estimula as ciências. Netuno é a imagem-guia do Amor Perfeito. É CEBOLINHA-VERDE (Allium fistulosum) A cebolinha verde é a mais utilizada no Brasil, é muito difícil encontrar alguém que não goste da cebolinha, o que já não ocorre com a cebola. O famoso cheiro-verde, que é a composição da cebolinha com a salsa, tem presença marcante na nossa culinária. Já escrevemos sobre a cebolinha francesa, mas é uma espécie diferente, muito parecida, mas de sabor bem distinto. A grande diferença é que o comprimento da folha é maior, e o diâmetro também. Não encontramos referência quanto à sua origem, o que se encontrou na literatura é que já na Idade Média esta planta já era bastante difundida pela Europa, e foi introduzida no Brasil pelos portugueses. Fácil de se multiplicar, simplesmente com a divisão de touceiras, podemos plantar em qualquer cantinho em casa, até mesmo em uma lata na janela. Não vale a pena comprar cebolinhas cultivadas de modo hidropônico, pois seus aromas ficam muito fracos. Praticamente utiliza-se a planta toda, menos as raízes e sabe-se que é uma planta rica em vitaminas A e C. Não existem muitas referências quanto a sua aplicação como medicamento, mas na culinária é indispensável. Possui leve ação digestiva, por isto é interessante adicionarmos em nossos pratos, e auxiliar no tratamento de alguns estados gripais. ele que nos desperta para o amor incondicional, impessoal, aquele que ama sem pedir nenhum retorno, nenhuma recompensa, que ama sem estabelecer limites ou diferenciação. Plutão, por sua vez, é a imagem-guia do Ser Perfeito. Esta é uma noção mais complicada de se entender porque pouquíssimos de nós conheceram uma experiência como esta. Aqui, a meta é a integração de nossa personalidade tripartida em torno de um Centro, de coordenar os elementos, tanto físicos como emocionais e mentais da personalidade e dirigi-los a uma meta superior. Trata-se também de unir nossa pequena vontade com a Vontade do Eu Superior, que é um reflexo do Divino. Sermos capazes de entrar em contato com essas energias superiores depende muito do grau de desenvolvimento de nossa consciência. O fato de que alguém não tenha nem idéia das qualidades espirituais de Urano, Netuno e Plutão indica que estes planetas ainda estão em estado latente em seu horóscopo. Se não temos um conceito do que seja liberdade individual (Urano), amar sem exigir retorno (Netuno) ou o exercício da vontade (Plutão), não conseguiremos compreender o que isto significa ou mesmo dar-lhe algum valor. Então, facilmente nos tornaremos vítimas de acontecimentos em nível coletivo. Facilmente destruiremos os recursos da Terra, entraremos em guerras insanas ou sofreremos inutilmente tentando controlar a Vida. Quanto mais conscientes formos de nós mesmos, de nossa essência e de nosso papel como seres encarnados, mais estaremos livres de ser um joguete das forças evolutivas. Não perderemos tempo nos defendendo e nos apegando aos antigos e caducos padrões e hábitos, mas trabalharemos a favor das mudanças inevitáveis que surgirão. Assim, os planetas espirituais só estarão ativos em nosso horóscopo de maneira individual se soubermos o que significam. Devemos, pois, esforçar-nos por compreender-lhes os significados e qualidades para que se ativem em nós como imagens-guia espirituais. (Psicologia Astrológica - Os planetas - capacidades e ferramentas da personalidade; Bruno e Louise Huber) O sabor da cebolinha verde é mais fraco que o da cebola e mais forte que o da cebolinha francesa. Utiliza-se a cebolinha em praticamente todos os pratos. Experimente salpicar algumas cebolinhas bem picadinhas por cima dos alimentos já prontos, como por exemplo, no molho de tomate, arroz, feijão, assados em geral ou qualquer outro prato de sua preferência. Quando eu ainda tinha uns 8 anos, passávamos nossas férias escolares na fazenda de meu tio, e o que não faltava na horta da fazenda era mandioca e cebolinha. Lembro-me que meu pai colhia uma bacia cheia de um tipo de cebolinha muito saborosa e fazia uma salada só de cebolinha bem picada temperada com alho bem amassadinho e limão cravo. Com arroz cozido no fogão a lenha e uma carne de porco bem refogada, não existe acompanhamento melhor. Colaboração: Regina Martins Astrologia para o Autoconhecimento Tel.: (16) 3023 2187 Ademar Menezes Jr Eng. Agrônomo – Especializado em Plantas Medicinais [email protected] Ribeirão Preto - SP - Março/2005 Peregrino 9 Informação, Cultura e Livre Expressão Elixir de cristais: a cura diferente Redescobertos no Ocidente, os elixires de cristais tornaram-se alternativa terapêutica. Q ue cristais são usados para fins terapêuticos muitos sabem. Mas o que dizer do elixir de cristais? Trata-se de método desenvolvido no Brasil pelo Dr. Osvaldo Coimbra Júnior, médico clínico e pesquisador do assunto há doze anos, e que nos últimos anos indica os elixires em seu próprio consultório. Segundo o Dr. Coimbra, também formado em Psicoterapia Reichiana e Radiestesia, o tratamento existe há séculos no Oriente sendo redescoberto há poucos anos no Ocidente. Os elixires de cristais podem ser usados isoladamente ou como complemento de qualquer outra técnica ou produto terapêutico, inclusive medicamento químico “, explica o médico. “Nesse caso, serve como catalisador (acelerador do restabelecimento da saúde pois tem como ação básica, aumentar o nível de energia vital do organismo, possibilitando recuperação mais rápida e definitiva.” De acordo com o especialista, os elixires de cristais agem tanto na emergência (sintomas agudos), como nas doenças crônicas. “Agem no organismo como um todo: físico, mental e emocional, e a sua ação imediata é sentida no alívio do cansaço e na forma de regular o funcionamento do organismo, proporcionando no mínimo disposição, ânimo, satisfação, harmonia e alegria.” Energia vital - Ele afirma que não há praticamente nenhuma contraindicação, mas como existem vários tipos de cristais, específicos para cada sintoma, “eles devem ser indicados com critérios, baseados em estudos preliminares”. Existem apenas dois dos 52 elixires de cristais, adverte ele, que devem ser evitados em caso de hipertensão arterial por serem extremamente estimulantes: Granada e Jaspe Vermelho. Os elixires de cristais podem ser usados por pessoas de qualquer idade, inclusive gestantes e recém-nascidos e nesse caso são indicados em matriz, uso tópico. Dr. Coimbra ressalta que em idosos o efeito dos elixires é notório. “Como os elixires resgatam rapidamente a energia vital, a força, o vigor de todo o corpo, inclusive da mente, percebemos uma melhora evidente em todos os na terceira idade. Segundo o médico “em crianças também ficam muito óbvias e rápidas as mudanças físicas e comportamentais”. Princípio Energético - O Dr. Coimbra lembra que, assim como a homeopatia, os elixires de cristais são produtos vibracionais (semelhantes às essências florais), e são dinamizados (sua força é aumentada, potencializada). O que difere são as técnicas de impregnação e de dinamização. “A semelhança é que são produtos que não possuem matéria orgânica além da água e do brandy (conservante); possuem apenas o princípio energético do cristal. “Mas não seguem os critérios utilizados para indicação da homeopatia nem das essências florais”. Depois de tantos anos divulgando essa técnica, o Dr. Coimbra comenta que profissionais de quase todas as áreas da saúde indicam os elixires isolados ou associados a outras técnicas ou produtos terapêuticos.” É muito importante que o profissional de saúde e as farmácias indiquem ou adquiram os elixires que estejam legalizados, e que sigam os critérios da vigilância sanitária e as normas de produção da indústria farmacêutica”, conclui. Dr. Osvaldo Coimbra Júnior Médico Clínico com especialização em Homeopatia [email protected] PEREGRINO - EDIÇÕES ANTERIORES Estão disponíveis em nosso site, para download as edições de 2.003 e 2.004 do PEREGRINO no formato PDF, além de arquivos no formato ZIP sobre Mitologia, Filosofia, Recursos Literários, Psicofilosofia Huna; Curso, Gramática e Dicionário de Esperanto, tudo GRATUITAMENTE. APROVEITE Peregrino 10 Informação, Cultura e Livre Expressão Uma Grande Família Universal Recordemos nossos dias de infância, esse nobre período carregado de alegrias ingênuas, simples e sem malícias. Lembremos, em nossa família, pessoas especiais, de que gostávamos de uma maneira particular. Tios, avós, primos, que moravam longe, numa cidade vizinha, em outro estado talvez, mas que sempre nos agradavam muito e nos ofereciam uma hospitalidade inesquecível. Muitas vezes, sentíamos uma certa ansiedade saudável pela espera quase interminável dos dias festivos, nos quais os familiares se encontravam. Nesses momentos tão aguardados, não só pela renovação mental que nos propor- cionavam, experimentávamos uma alegria indescritível e, na despedida, a saudade emergia inevitável. Agora imaginemos o mesmo sentimento de alegria e prazer numa escala mundial! Assim é o “Pasporta Servo”, produto vivo e real do ideal esperantista. O Esperanto é a língua ponte entre os povos, com a proposta clara de promover a Paz pela aproximação igualitária, unindo as pessoas pelo mundo afora através dos valores nobres da criatura humana. Foi inevitável, dessa forma, o desejo dos “samideanoj” (co-idealistas) do Esperanto de criar um sistema de hospedagens mundial, para que todos possam encontrar apoio e segurança em países estrangeiros, naturalmente estranhos a tudo o que já vivenciamos. Dessa forma, e pela a iniciativa da TEJO (Tutmonda Esperantista Junulara Organizo – Organização da Mocidade Esperantista Mundial), surgiu o “Pasporta Servo”, um serviço sistematizado e oficial de hospedagem internacional, que publica anualmente um livro com endereços de esperantistas anfitriões. Através da internet (http://www.tejo.org/ps) ou outros meios, qualquer esperantista pode se cadastrar oferecendo sua casa, segundo condições previamente definidas pelo anfitrião, para a hospedagem gratuita aos esperantistas do mundo inteiro. Como se sabe, os esperantistas não formam um número tão expressivo em termos de quantidade. Entretanto, como há esperantistas em todos os lados do planeta, nas culturas mais diversas, o Pasporta Servo torna-se uma idéia digna de ser conhecida. Dessa forma, eu, esperantista há três anos, tive a maior experiência de amizade e fraternidade universal da minha vida. Por questões de estudos da Faculdade, fiz uma viagem do Brasil para a Espanha, para estagiar em centros de saúde de Madrid. O estágio durou três semanas, mas fiquei dois meses na Europa. Nesse período usei o “Pasporta Servo” o tempo todo. Não gastei um tostão com hospedagem (acreditem, a economia foi grande!). Passei pela Espanha, Portugal, França, Alemanha, Holanda e Inglaterra. No total, conheci e me hospedei em 12 (doze) casas diferentes, com dinâmicas familiares distintas, sem considerar o Seminário Internacional, onde eu fiquei durante a semana do ano novo. Tive a oportunidade única de conhecer costumes e vivências totalmente idiossincráticas. Porém, e acima de tudo, o que mais me impressionou foi o sentimento de hospitalidade dos co-idealistas, que, falando minha própria amada língua (Esperanto), acionaram em mim recordações da infância querida, que Ribeirão Preto - SP - Março/2005 os anos não trazem mais, mas sim o Esperanto, e só ele, pode trazer... Fui tratado em todos os lares, com estruturas familiares diversas, como um primo, um irmão, um sobrinho, um tio, etc. É como se eu estivesse visitando antigos parentes totalmente afins, talvez pelo mesmo ideal da Paz... Diante dessa experiência inesquecível, só tenho a agradecer profundamente ao Esperanto, aos esperantistas do mundo inteiro, e, em especial, ao criador do Esperanto, Dr. Zamenhof. Muito obrigado! Suas esperanças e ideais de um mundo melhor certamente atingiram a vitória no meu mundo íntimo. Colaboração: Matheus Artioli Firmino [email protected] 59-a Renkontigxo de Paraíba Valo Taubaté, dia 6 de março na Casa do Advogado, rua Quatro de Março, 441. Renkontigxo Regional em São Carlos, dia 10 de abril, em local a ser confirmado brevemente. Informações com Gilberto (16) 3374 3459. Visitas no Site do Peregrino no ano de 2.004. 82.722 visitas O AMOR E SEU CHAMAMENTO S e pudéssemos imaginar o que viria depois do amor, como poderíamos viver o que ele nos pede? Porque o amor pede! O amor nos ama e nos quer. Busca em algum lugar onde estávamos quando ele chamou. O amor chama, chama com a força dada pela condição humana do inconsciente. O inconsciente marca nossa posição “de passagem”, de um por vir, marcando com isso nossa incompletude. Nosso estar em jogo, que tememos no nome maior do temor que é a neurose. O temor é a argamassa do neurótico, medo do jogo que a vida pode ser, do “trânsito” do viver, da imprevisibilidade de onde podemos estar algum momento. Como o amor chama? Não bate ele em nossa porta, dizendo estar nos esperando. Algo em nós atende um chamado de um “passar por...”. Algo do inconsciente reconhece o cúmplice de viagem na paixão. A paixão é esse “passar por alguma coisa”, algo de uma espécie de destinação a cumprir, destinação de si, rumo ao desconhecido, do desconhecido de sua mudança pela paixão. Do seu encontro consigo, que faltou em outros encontros, talvez algo novo aconteça. Acontece alguma coisa. Acontecemos nós! Nós acontecemos, porque passamos a vivenciar muitos nós em nós mesmos. Nossos habitantes internos realizam o grande drama e a grande comédia que realizamos quando amamos, marcando as dores e delícias desse roteiro a que somos arremessados sem conhecer-lhe o final... Nos olhamos e nos vemos como aparecemos em nossos sonhos. Corpetes e meias, olhares e desdém, pêlos, tapetes, convidados, irmãos e irmãs, tios e tias, cachorros e lebres, precipícios e árvores, contos de fadas, choros e berros, gravatas, vestidos, fumaça “noir”. Aparecemos de várias formas, nas formas que o sonho nos conta... Contamos o sonho a alguém, mas temos poucas vezes a impressão fundamental de que o sonho nos conta! Parece nos chamar. Venha, não tenha medo. Conto com você! Você não vai e conta a história do chamamento. Faltou você, contando dali, de onde foi chamado a estar... Como espectador falhou. Achou bonito o balanço das ondas do sonho, mas não bebeu da água, nem quase se afogou. Amor-Paixão, exercício épico de estranhamento de si, de encontrar-se na pura diferença em relação à imagem de si mesmo. Na transcendência posta pela presença do outro amado, do que podemos ser e descobrir a partir desse encontro, nessa diferença. Amar é sonhar acordado, com toda a significação que o sonhar premia nossa vida. Ainda deixar-se maravilhar. É tempo?... Colaboração: Luís Henrique Milan Novaes Psicanalista [email protected] Peregrino Ribeirão Preto - SP - Março/2005 Pânico S em que esperemos o pânico nos toma e sempre está associado à percepção de que não somos nada, de que basta um sopro para que percamos nossa identidade, para que seja desconstruído tudo aquilo que achamos que somos. Pode nos atingir na cidade grande, mas não é privilégio das grandes cidades. Pode acontecer poucas vezes ou pode tornar-se algo freqüente (Síndrome do Pânico). Na verdade trata-se de uma ansiedade aguda e repentina. Eu posso ser acometido por uma grande ansiedade por coisas conhecidas. Por exemplo, posso ter uma crise de ansiedade porque estou para fazer um concurso ou prestar vestibular. Posso ser acometido por maus pressentimentos repentinos, posso ter ataques de terror repentino. Porém a ansiedade de que estamos falando é algo diferente. Algo terrível como o encontro com o Deus Pã, da mitologia grega, filho de Hermes e de uma Ninfa, com seus chifres e sua aparência de homem e de bode. Um Deus profundamente voltado para a natureza e para os instintos e que se divertia em provocar nos seres humanos o medo e o terror - daí o nome da síndrome do pânico. Pã, cujo nome significa Todo, aterrorizava suas vítimas quando elas se defrontavam com a imensidão dos campos, com a grandiosidade das montanhas - os chamados terrores pânicos. E é bem isto o que acontece com as pessoas tomadas pelos sintomas do pânico. Sentem-se esmagadas por algo que não conseguem explicar. Na verdade o que acontece a elas é a percepção de que não podem controlar nada. O sentir, de repente, que tudo o que acreditam ser pode deixar de existir. O pânico abala nosso ego. Há uma comédia interessante com Robert de Niro sobre um chefe da máfia que começa a sofrer da síndrome do pânico e procura o psiquiatra. O mafioso torna-se uma criatura chorona e amedrontada. Ele o grande 11 Informação, Cultura e Livre Expressão chefe não tem mais controle sobre sua vida, que dirá sobre a vida dos outros pobres seres humanos a quem costumava ameaçar. Seu ego costumeiramente inflado, infladíssimo, sofre um profundo abalo. Naturalmente para que as coisas entrem nos eixos ele é obrigado a mudar e a olhar para si mesmo. Eis a chave. O floral Rescue pode ajudar nas emergências e de fato ajuda muitíssimo, mas debelar o problema exige uma avaliação mais apurada do que está acontecendo conosco. Pois Pã exige mudanças. Seus pés de bode ou de cabra ajudam-no a chegar às alturas, a entrar em contacto, também com o divino. Ser da natureza, ligado aos instintos, isto não o impede de contatar esferas mais sutis. Ele gosta de mostrar-nos que somos seres duais. Muitas vezes nos esquecemos disso. Somos criaturas de alternância e ora nos debatemos com as questões do espírito, ora com as questões da carne. Negamos muitas vezes nossa mortalidade e sua simples menção nos desequilibra. Negamos muitas vezes, também nossos prazeres. As negações ficam guardadas, vão se acumulando, tornam-se algo autônomo, do qual não temos consciência. Um dia, elas nos invadem e como delas nada sabemos, como entrar em contato, como negociar? Impossível, não sabemos nem ao menos como começar. Talvez seja o caso de aceitarmos, apenas aceitarmos nossas vulnerabilidades, de conversarmos com elas, de acolhê-las. Talvez seja o caso de observarmos a vida e percebermos a que vêm nossos medos e se são realmente pertinentes. Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz Terapeuta Floral Practitioner pela Dr. Edward Bach Foundation, escritora e membro da UBE [email protected] Livros Ken Wilber em Diálogo – Donald Rothberg e Sean Kelly É um livro que discorre de maneira bem clara acerca do tópico dos estudos transpessoais, tema que enfoca sua análise nas experiências e nos comportamentos observados e relatados que parecem transcender as atividades habituais de uma pessoa – incluindo elementos divinos da criação. Livro-chave que inclui textos das áreas de Antropologia, Psicologia, Psiquiatria, Estudos Religiosos e Disciplinas Espirituais, representando o que há de mais inovador nesse campo crescente e provocante e formando um corpo de trabalho que instruirá o futuro dos estudos transpessoais por décadas. Grupo Editorial Madras Tel.: (11) 6959 1127 - Fax.: (11) 6959 3090 www.madras.com.br Photoshop CS – Guia Prático – Carlos Eduardo Ferreira Lima Um guia prático aos estudantes e profissionais da área de informática que desejam adquirir conhecimentos teóricos e práticos a respeito do Photoshop CS. Traz exemplos explicados passo a passo e informações técnicas sobre as novidades implementadas pelo Photoshop CS, abrangendo desde os conceitos básicos para entender o seu funcionamento até serviços mais complexos como atalhos e técnicas de criação. Apresenta a interface gráfica, ensina a trabalhar com janelas e descreve também as ferramentas. Editora Érica Ltda. Tel.: (11) 295 3066 / Fax: (11) 6197 4060 www.editoraerica.com.br Manual Prático de Tratamento Holístico – Dr. Osvaldo Coimbra Jr. Através de uma linguagem simples e acessível, essa obra descreve todas as etapas necessárias para que alguém possa compreender a avaliação através da radiestesia clínica, incluindo a descrição do corpo etérico com seus centros energéticos (chacras) e sua relação com os cinco elementos do Tao. Possibilita também o aprendizado da origem do desequilíbrio tanto físico quanto psicológico, e o seu tratamento. Este livro é dedicado tanto para leigos, curiosos no assunto ou para pacientes que já se tratam por alguma técnica holística, assim como para profissionais da saúde. Dr. Osvaldo Coimbra Jr. www.distribuidoracristaisdeoz.com.br Peregrino 12 Informação, Cultura e Livre Expressão Ribeirão Preto - SP - Março/2005 As ostras “As ostras que produzem pérolas, são aquelas que foram incomodadas por um grão de areia.” - Rubem Alves O Sonho Eu estava em um lugar muito agradável. Parecia um campo com muito verde. Havia também um lago ou riacho que beirando o gramado, umedecia a margem onde muitas crianças brincavam. De todas as idades, faziam algazarras correndo e rolando no chão convidativo. Sentindo-me responsável pela segurança delas, eu ia de um lado para o outro buscando conter excessos e garantir a alegria de suas gargalhadas. Alguns deles se jogavam nas águas rasas daquele regato e batendo palmas, chamavam os outros para compartilhar. Outros buscavam pincéis e tintas, procurando a face mais bela da paisagem do lugar. Em um dado momento eu me indaguei: “– Meu Deus, será que darei conta?” Nesse instante alguém me chamou com voz doce. Um rapaz, que no sonho, já era meu conhecido mostrou-me um grupo de jovens cantando, sorridentes entrando em minha casa. Eles vestiam túnicas longas com capuzes verde-esmeralda (verde azulado), de uma tonalidade esplendorosa. Emocionada e surpresa, vi que o vestido simples que eu vestia era da mesma cor das túnicas, como se tivesse sido feito do mesmo tecido! Neste momento, fui abraçada carinhosamente pelo rapaz que eu conhecia, e chorando de emoção, fui lembrada por ele de que era meu aniversário e que eles estavam ali para cantar e me presentear com perolas... Totalmente envolvida por uma alegria inexplicável, embevecida, ouvi daqueles jovens espirituais, a prece de São Francisco. O Projeto Desde garota, me reconheço educadora. Em toda a minha vida trilhei caminhos que me conduziram a descobertas constantes e enriquecedoras no que se refere ao ser humano. Aprendi trabalhando com as crianças em creches, convivi com crianças e adolescentes nos programas sociais, busquei entender os jovens e seus anseios religiosos, refleti e me angustiei com os pais no aprendizado da comunicação e interação com os filhos através da “Escolinha” de Pais e me atirei de corpo e alma na tarefa de apoiar e ajudar as crianças e adolescentes em suas dificuldades, sejam elas, para entender o mundo ou as pessoas que a cercam, ou a si mesmos com suas particularidades. Com meus cinco filhos, pude estudar em cinco cursos diferentes. Chegaram netos. Como todos nós, também eu recebi meu pequeno grão de areia. Trazido pelas mãos do Grande Sábio, ancorou-se nas entranhas mais sagradas da nossa ostra, digo, da nossa família amorosa e feliz. Alguém nos chegava exigindo atendimento diferenciado e especial. Acordando todos para uma realidade nova, aquele ser tão suave e encantador nos intuía que precisaríamos nos mexer. O inesperado tem a função de nos tirar da inércia. Ou nos detemos nas queixas, ou aglutinamos forças como a ostra, para nos servir de alavanca. Mas como não tínhamos ainda tido a oportunidade de aprender, percebemos que o que recebíamos agora era uma inigualável oportunidade para avançar e evoluir através do trabalho e do amor que nos inspirava aquela criaturinha tão esperada e amada. Incapaz de me acomodar sem espernear, fiz como a ostra. Com energia e confiança continuei minha busca incessante na certeza de encontrar respostas e soluções que minimizassem as preocupações e a falta de fé no futuro. A felicidade é algo tão simples. Não está em algo, alguém ou em alguma coisa. Pode estar na coragem de reconhecer o tesouro colocado bem a sua frente. Descobrindo atalhos e muitos caminhos, continuo perseguindo meu mais caro objetivo: cultivar pérolas! Agora estou criando a escola dos meus sonhos. A Escola Arco-Íris é uma realidade. As experiências adquiridas na minha missão pessoal hoje vão embasar conteúdos para sedimentar propostas pedagógicas de uma educação para a vida. Não somente na busca do aperfeiçoamento acadêmico, mas principalmente na aquisição de valores intrínsecos e eternizados na alma de todo ser. Nela vamos propiciar a integração de todas as cores, de todos os tons. Nela todas as nuances serão vistas e valorizadas. Juntos, construiremos o mais rico mosaico. E, como no sonho, não me faltará a proteção e o amparo. Tenho certeza de que o Pai de todos nós já registrou nas páginas do eterno a realização deste projeto e convocou os jovens de túnica verde esmeralda para o trabalho. Quero continuar sendo o despertador da motivação que mora em cada ser, quero continuar falando a palavra incentivadora que arrebatará o desejo de tentar novamente, vou continuar descobrindo em cada atitude ou reação, as razões escondidas. Quero sorrir e vibrar todas as vezes que pequenas coisas forem conquistadas. Quero me entregar às tristezas e às alegrias, junto com os pais, com os alunos e com os colegas. Quero viver plenamente a conquista de um sonho realizado. Hoje tenho uma valiosa pérola. Quero um dia ostentar um lindo colar. Um colar de pérolas! Denilde A. M. Lourenço Pedagoga, Psicopedagoga, Terapeuta e Pesquisadora dos Florais Arco-Íris [email protected]
Documentos relacionados
Peregrino
Informação, Cultura e Livre Expressão Para a confirmação do diagnóstico o animal deverá ser
Leia maisSexo – Problema ou Solução?
contribuir para um País melhor! Muito rock, muita samba, muito futebol e muito discernimento na hora de escolher. Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz [email protected]
Leia maisInformação, Cultura e Livre Expressão
José Roberto Ruiz - MTb 36.952 Redatora Mariza Helena R. Facci Ruiz
Leia maisInformação, Cultura e Livre Expressão
JPeregrino Comunicação Visual Ltda. Peregrino - 1ª edição - Maio / 2000 Direção José Roberto Ruiz - MTb 36.952 Redatora Mariza Helena R. Facci Ruiz [email protected]
Leia mais