PRES-166-2012, AMB - UNIMED Porto Alegre - coloração

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PRES-166-2012, AMB - UNIMED Porto Alegre - coloração
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA
CNPJ: 77.824.316/0001-22
Rua Ambrosina de Macedo, 79 – Vila Mariana – São Paulo/SP CEP 04013-030
Tel. (11) 5080.5298 – Fax (11) 5572.5349 – e-mail: [email protected]
SBP-PRES-166-2012
São Paulo, 24 de julho de 2012.
ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA
Dr. Aldemir Humberto Soares
Secretário Geral da AMB
Rua São Carlos do Pinhal, 324 – Bela Vista
CEP 01333-903 – São Paulo – SP
Prezado Dr. Aldemir,
Em atenção a seu e-mail, dirigido a esta Sociedade Brasileira de Patologia, com referência a
questionamento de Ana Maria Simões Ribeiro, Coordenadora do Núcleo Estratégico Operacional,
da Unimed-POA, venho informar-lhe o seguinte:
Coloração especial em espécimes de histopatologia: é uma técnica realizada por serviços de
Anatomia Patológica, em cortes adicionais de parafina, sendo cada coloração realizada em uma
lamina individual e confeccionada para este fim. Essas lâminas precisam ser obtidas a partir do
bloco de inclusão em parafina e demandam a utlização de um técnico e consumo de produtos
como álcool, xilol e corantes especiais. A elas se aplica o código (CBHPM40601269).
Bacterioscopia em laboratório de análises clínicas: é uma técnica realizada em serviços de
patologia clinica a partir de material a fresco, não fixado (escarro, secreção nasal, secreção
vaginal, líquido pleural e líquido peritoneal, etc.) e constitui procedimento mais simples, que não
requer confecção de corte histológico e nem desparafinização com xilol, como se realiza no
laboratório de anatomia patológica.
É a esses espécimes que se aplica o código
CBHPM40310060.
Ainda que algumas técnicas de coloração sejam semelhantes e usem a mesma nomenclatura, as
técnicas são completamente diferentes, realizadas a partir de amostras diferentes e com
protocolos incomparáveis, com custos operacionais totalmente distintos.
As colorações especiais são realizadas a fim de pesquisar a presença de agentes infecciosos,
substancias ou depósitos que não são visualizados pela coloração de rotina (hematoxilina e
eosina). Conforme definido, na página 26 do Manual de Instrução CBHPAM versão 2006 da SBP:
CSLV
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA
CNPJ: 77.824.316/0001-22
Rua Ambrosina de Macedo, 79 – Vila Mariana – São Paulo/SP CEP 04013-030
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COLORAÇÕES ESPECIAIS
COLORAÇÃO ESPECIAL, POR COLORAÇÃO REALIZADA
CÓDIGO 4.06.01.26-9
As colorações especiais têm a finalidade específica de observar estruturas ou substâncias, que não
são reveladas pela coloração de rotina. O valor do código refere-se à realização de uma coloração
especial. O valor total do PD obtém-se multiplicando o valor do código pelo número de colorações
especiais realizadas, sendo este resultado somado ao valor do PD (biópsia simples ou múltiplos
fragmentos, peça cirúrgica, citopatologia,etc.)
Diversas são estas colorações e as mesmas são realizadas criteriosamente como complemento
para chegar a um diagnóstico correto. Em muitos casos mais de uma coloração precisa ser
realizada, como demonstrado na tabela abaixo, que é apenas um exemplo de algumas situações:
BIÓPSIA
Estômago
COLORAÇÕES
Giemsa ou equivalentes
(Warthin-Starry, Fucina...)
Pulmão e outros órgãos Fungos
Prata-metenamina ou PAS
ou
Medula óssea
Ferro, fibras reticulares, Perls (azul da Prússia),
granulações
reticulina,
PAS
ou
esquivalente
Fígado
Ferro, fibras reticulares, Perls, reticulina, Picro
cobre, colágeno
Sirius,
tricrômico
de
Masson, Rodanine
MH ou tuberculose
Bacilos
álcool-ácido Ziehl-Neelsen, Fite-Faraco
resistentes
Doença da arranhadura Agente etiológico
Warthin-Starry
do gato e sífils
Esôfago de Barrett
Mucinas ácidas, células PAS-Alcian blue
caliciformes
Neoplasias em geral
Glicogênio e mucinas
PAS,
alcian
blue,
Mucicarmim
Rim
Membrana
basal, PASM, Tricrômico ou
mesângio, depósitos
Azan, PAS
Vários órgãos
Amiloide
Vermelho Congo
Pele e artérias
Fibras elásticas
Verhoeff,
Weigert-Van
Gieson
Tumores
Grânulos
Grimelius
neuroendócrinos
neuroendócrinos
CSLV
PESQUISA DE
Helicobacter pylori
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA
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No caso especifico da pesquisa de Helicobacter pylori a coloração mais utilizada e mais popular
é a de Giemsa, embora outras possam ser realizadas em diferentes serviços (o Gram não é uma
coloração usualmente empregada). Como salientado acima este é um exame em corte histológico e
não uma simples Bacteriocopia. A pesquisa pode ser feita por imuno-histoquímica, com uso de
anticorpos específicos, mas raros serviços utilizam esse método. Alguns empregam uma técnica
mais elaborada e cara, o Warthin-Starry.
Cada coloração especial representa uma lâmina e, sendo assim, um código CBHPM individual. Este
dado é de extrema importância em casos como, por exemplo, de biopsias hepáticas, nos quais mais
de uma coloração será necessária para avaliação diagnóstica adequada (na rotina usa-se sempre
PAS, Picro Sirius (ou reticulina), Tricrõmico e Perls).
Na expectativa de ter atendido sua solicitação, subscrevo-me
Atenciosamente,
Dr. Carlos Renato Almeida Melo
Presidente
Sociedade Brasileira de Patologia
CSLV