NEWSLETTER - Piscinas Biológicas

Transcrição

NEWSLETTER - Piscinas Biológicas
NEWSLETTER
6/2011
esta edição da newsletter iremos
falar um pouco daqueles animais
que habitam as piscinas biológicas
e costumam ser considerados como os
menos "simpáticos". Não vamos falar das
rãs ou das relas, mas sim daqueles de
que ninguém gosta. Ninguém?
Na verdade, só se pode gostar daquilo
que se conhece, mas o que sabemos nós,
por exemplo, das carochas-de-água? A
simples menção da palavra "carocha"
causa alguma repulsa! Porquê? Será que
alguém ainda tem carochas em casa? Não
é provável, mas a má fama associada a
este animal causa sempre alguma
repulsa.
Assim, para contrariar aquilo que
erradamente associamos de mau a estes
animais, vamos falar um pouco sobre a
sua vida. É certo que o conhecimento
de que uma piscina biológica pode ser
habitada por estes insectos pode afastar
algumas pessoas da ideia de instalar uma
piscina biológica. No entanto, a verdade
é que são cada vez mais aqueles que
estão dispostos a aceitar este desafio da
biodiversidade e do banho em
comunhão com a natureza.
N
Os insectos aquáticos
O tema dos animais que habitam as
piscinas biológicas provoca sempre
muita curiosidade. Uma das primeiras
perguntas é sempre aquela das cobras
... sim, existem cobras-de-água em
Portugal, duas espécies, até, uma
muito comum, a outra, a cobra-deágua-de-colar, mais rara. Ambas
pertencem ao género Natrix cujas
espécies não são venenosos e que ao
verem o Homem, de imediato fogem,
pro-curando refúgio num local seguro.
Como mostra a foto abaixo, ninguém
deve ter medo deste animal que por
vezes pode atingir quase um metro de
comprimento.
No entanto, hoje vamos apresentar
alguns habitantes bem mais pequenos
das piscinas biológicas - os insectos que são desconhecidos da maioria do
público e, muitos deles, são parentes
das famigeradas carochas!
Entre estes, são de destacar escorpião-da-água, a agulha-de-água, os
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piscinas biológicas
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A foto:
Curiosa: uma cobrade-água-de-colar a
caçar na nossa
piscina biológica.
NEWSLETTER
Ao grupo das
carochas
pertencem o
"nadador-dascostas", o
"escorpião-da-água"
(em baixo) e a
"agulha-de-água"
(mais à direita).
Piscinas biológicas®
é uma marca
registada da Bio
Piscinas, Lda.
alfaiates e os "nadadores-de-costas".
Uma característica comum a todas
estas espécies é que se encontram
equipadas com um órgão de tipo
"agulha-tromba", com o qual atacam a
sua presa, a picam, e lhe injectam um
líquido que a decompõe. Depois,
chupam esse líquido corporal da sua
vítima já pré-digerido, com o qual se
alimentam. Trata-se, claro está, de
insectos predadores. É verdade
que
visto
na
perspectiva de um
ser humano, nada
podia ser mais
horroroso, porém,
escusamos de ficar
preocupados, pois
não fazemos parte
da sua lista de
presas.
As tácticas de caça
destes predadores
aquáticos variam
um
pouco
consoante
as
espécies.
Por
exemplo, a agulhada-água fica bem
escondida
nas
plantas à espera
de uma larva de
outros insectos ou
até de um girino. A mesma técnica de
caça também é utilizada pelo
escorpião-de-água (embora se chame
escorpião nada tem a haver com
escorpião terrestre, ou lacrau, que
evita a água e os locais com alguma
humidade).
Já os alfaiates e os
"nadadores-de-costas" (do
género
Notonecta)
empregam tácticas de
caça muito diferentes.
Ambos são grandes
caçadores que se movem
activamente na piscina
biológica para detectar
qualquer pequeno animal, como
borboletas, abelhas ou escaravelhos,
que possam cair na superfície da água.
As tentativas para se tentarem manter
à tona de água destes azarados
animais que caem na piscina, acabam
por criar pequenas ondas que rapidamente são detectadas por estes
terríveis predadores e que os conduzem até à sua presa.
É graças ao comportamento destes
insectos predadores que numa piscina
biológica não se criam mosquitos. Isto
porque estes predadores acabam por
apanhar os poucos mosquitos que
escaparam aos ataques das libélulas
que patrulham a piscina voando, e que
se preparavam para tentar pôr ovos na
superfície do lago.
Da próxima vez que estiver na margem
da sua piscina biológica, já pode
reparar como ela pode constituir um
espectáculo quase tão incrível como
um documentário do National
Geographic sobre predadores e presas
em África, só que aqui os leões e os
leopardos são substituídos por
alfaiates, "nadadores-de-costas" ou
carochas-de-água e as zebras e as
gazelas, por mosquitos, abelhas ou
escravelhos.

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