Metalworking World 3/2012

Transcrição

Metalworking World 3/2012
3/12
a revista de negócios e tecnologia da sandvik coromant
IMTS:
O termômetro
da indústria
axipto:
Otimizando o processo de produção
primeiro a
segurança
Jonas Thuvesson,
gerente técnico e de
qualidade da Axipto
James Dyson e a engenharia estética tecnologia Refrigeração de alta pressão
EUA Parceiros precisos inovação os carros do futuro aterrissaram tecnologia Evitando
que a ferramenta se solte inspiração O jardim de Nek Chand
perfil
editorial
klas forsström presidente da sandvik coromant
Líder em
conhecimento
a Sandvik Coromant é a líder em conhecimento na nossa indústria. Isso não é algo que
aconteceu da noite para o dia. Como atletas –
nadadores, esquiadores e um time inteiro de
hóquei– que estrategicamente e com dedicação
chegam ao topo, nós focamos, por um longo
período, em três áreas para alcançar e permanecer na liderança do conhecimento:
inovação, competência e educação.
Inovar é, naturalmente, desenvolver os
melhores produtos, mas para nós é também o
trabalho realizado nos nossos 26 Centros de
Produtividade. Eles estão
instalados em todo o mundo
com mais de cem treinadores
certificados para nos ensinar
e também a nossos clientes.
Ao mesmo tempo, estamos
desenvolvendo novas
soluções de aplicação em
parceria com nossos clientes
nos nossos oito e exclusivos
Centros de Aplicação
industrial, que evoluíram
para difundir a nossa forma
de trabalhar, a fim de garantir
que nossos clientes tenham tanto sucesso
quanto possível. Estou convicto, no entanto, de
que a verdadeira inovação ocorre quando
alcança nossos clientes, ao proporcionarmos
formas mais eficientes de usinagem e de
utilização de recursos relacionados a esse
processo.
Quando falo de competência na Sandvik
Coromant, costumo usar a caneta como
símbolo. Sim, nós vendemos um produto, a
caneta. Mas o que nós, em nossas capas
amarelas, estamos entregando em fábricas de
todo o mundo é a arte da escrita - como a
ferramenta pode ser utilizada da melhor
maneira possível.
No campo da educação, a Sandvik Coromant
foi a primeira empresa a perceber a importância
do conhecimento. Há muitos anos estamos
envolvidos na educação dos futuros colaboradores e clientes. Entre as muitas iniciativas que
2 metalworking world
patrocinamos está a Universidade de Aeronáutica de Pequim, na China; a Universidade de
Sheffield, no Reino Unido e o Commonwealth
Center for Advanced Manufacturing nos EUA.
Acrescente a isso as 30 mil pessoas que
ensinamos anualmente nos Centros de
Produtividade e por meio do programa
e-learning em todo mundo.
Fatores importantes para o sucesso entre
atletas são o suporte e a interação com o
público. Isso também é verdade em nossas
relações, apoio e cooperação com os clientes.
Para nós, é sempre importante ficar próximo de nossos
clientes em todo mundo, estar
onde eles estiverem e
construir parcerias duradouras. Não teríamos sido
capazes de nos tornarmos os
líderes que somos hoje sem
nosso lema Your Success in
Focus (Seu sucesso em foco).
Você pode ler sobre a
nossa forma de trabalhar que
garantiu a segurança do
processo da sueca Axipto
(página 21), a nossa colaboração com Rainer
Lauffer, da Bosch, na Alemanha (página 32) e o
porquê de sermos os fornecedores da americana
Magna Machine há 15 anos (página 14),
respondendo por mais de 90% das suas
necessidades de ferramentas, juntamente com o
conhecimento da melhor forma de utilizá-las.
Em Sandviken temos uma equipe que joga
Bandy, um esporte semelhante ao hóquei no
gelo, mas com uma bola em vez de um disco.
Recentemente o time ganhou o campeonato
sueco, comemorando como manda a tradição:
com capacetes de ouro. Na Sandvik Coromant
celebramos nossa posição de líder em
conhecimento da mesma maneira de sempre,
com o que gostamos e fazemos melhor: nós
colocamos nossa capa amarela e vamos ao
trabalho. Boa leitura!
klas forsström
Presidente da Sandvik Coromant
Metalworking World
é uma revista de negócios e tecnologia da
AB Sandvik Coromant, 811 81 Sandviken,
Suécia. Tel: +46 (26) 26 60 00.
Metalworking World é publicada três
vezes por ano em inglês americano e
britânico, alemão, chinês, coreano,
dinamarquês, espanhol, finlandês,
francês, holandês, húngaro, italiano,
japonês, polonês, português, russo,
sueco, tailandês e tcheco. A revista
é gratuita para clientes da Sandvik
Coromant no mundo inteiro.
Uma publicação da Spoon Publishing,
Estocolmo, Suécia. ISSN 1652-5825.
Editora-chefe e responsável legal na
Suécia: Jessica Alm. Editor-executivo:
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distribuição:Catarina Andersson,
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Tryckeri. Impresso em papéis MultiArt
Matt 115g e MultiArt Gloss 200g, da
Papyrus AB, com certificação ISO
14001e registro junto ao Sistema
Comunitário Europeu de Ecogestão e
Auditoria (EMAS). Coromant Capto,
CoroMill, CoroCut, CoroPlex, CoroTurn,
CoroThread, CoroDrill, CoroBore,
CoroGrip, AutoTAS , GC, Silent Tools e
iLock são todas marcas registradas da
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A Metalworking World tem caráter
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World.
conteúdo
28
metalworking world #2 2011
O Jardim de
Pedra da Índia.
10
A patented new
technique puts Voith
Turbo on the map.
14
Magna Machine:
parceira de longo prazo
salva um importante
projeto.
Jogo Rápido: Notícias do
mundo da usinagem ...............4
A salvação nos EUA.....14
Motos elétricas ..............6
Inspiração:
6
Uma nova
geração de
motocicletas
elétricas.
Processo confiável......21
IMTS: 4 questões para......... 7
Arte a partir do lixo............. 28
Perfil: James Cameron..........8
Nota final...................... 34
60
Inovação: Voando alto........9
tecnologia
Fresa caracol
intercambiável
de metal duro
Nova ferramenta intercambiável de metal duro é uma
alternativa de bom custo-benefício em relação às
fresas inteiriças HSS.
12
Ferramenta
de fixação
Brocas inteiriças
de metal duro
Refrigeração
de alta pressão
Uma tecnologia de suporte
inovadora evita a extração da
ferramenta, aumentando a
profundidade e a
velocidade do corte e
reduzindo o batimento radial.
Avanços recentes em furação
atingiram novos níveis de
tecnologia, velocidade,
durabilidade, segurança,
versatilidade e qualidade
do furo.
Incorporar uma estratégia de
refrigeração de alta pressão
melhora o aproveitamento da
capacidade das máquinasferramenta.
20
26
32
metalworking world 3
jogo
Jogo rápido
Rápido
texto: geoff mortimore
foto: getty images
De olho na
estética
James Dyson
DESIGN. “Desde épocas antigas somos
incitados a escolher: Arte ou ciência?
Criatividade ou análise? Mas não é preciso
optar por um ou outro. Design e engenharia
estão na interseção, onde ambas são
igualmente cruciais.”
Pode soar como uma mensagem da
Apple, mas essa é a missão da Fundação
James Dyson, uma organização que leva
criações para o dia a dia de famílias de todo
o mundo. Em 1978, o designer industrial
britânico James Dyson projetou uma torre
de ciclone industrial que removeu partículas
de pó exercendo forças centrífugas 100 mil
vezes maiores que a gravidade. Depois, ele
criou, após 15 anos e 5.127 protótipos, o
primeiro aspirador de pó sem saco do
mundo. Recentemente, Dyson realizou um
truque semelhante removendo as lâminas
de um ventilador. O conceito é sempre o
mesmo: produtos com menos materiais não
só consomem menos energia como têm um
desempenho melhor e duram mais tempo.
Disposto a retribuir o sucesso que obteve,
Dyson criou a Fundação James Dyson, um
projeto social destinado a ajudar jovens
inventores a desenvolver máquinas elegantes,
eficientes e ambientalmente amigáveis. n
4 4 metalworking
metalworkingworld
world
James Dyson foi
nomeado cavaleiro
em 2006 por seu
trabalho social.
Jogo Rápido
De volta à escola
A versão para iPad da
revista Metalworking
World está disponível
gratuitamente na
iTunes Store. Baixe
sua cópia da edição
atual e das anteriores
a partir de 2012 e leia
o mesmo conteúdo
da revista impressa,
com recursos adicionais como filmes, animações, novo design
e imagens.
Monstros
horripilantes
reciclagem. Ninguém
gostaria de encontrar
debaixo da cama (ou em um
avião) por exemplo aranhas
feitas de metal. Elas são
feitas de tesouras e
canivetes confiscados pela
Agência de Segurança dos
Transporte dos EUA (TSA, na
sigla em inglês). Nas mãos
do “artista do lixo”
Christopher Locke, as armas
em potencial foram - depois
de adaptações, dobras e
soldas –transformadas em
arte e estão expostas no
Museu Alemão da Higiene
em Dresden ao longo de
2012. Leia mais sobre arte
reciclada à página 27. n
Tons muito loucos
engenharia. Não há nada de
errado com o braço desta guitarra:
os trastes são propositalmente
tortos. Uma escala de guitarra
tradicional é apenas teoricamente
precisa. Ela pode estar afinada em
uma chave, mas levemente
desafinada em outras. Para corrigir
isso, alguns guitarristas desenvolvem técnicas próprias de dedilhados, evitando certas posições sobre
o braço da guitarra para garantir a
afinação. É aí que entra o guitarrista
sueco Anders Thidell e seu sistema
de trastes tortos. Thidell calculou e
desenhou um braço que promete
Além de aranhas,
Christopher Locke
também fez um
trompete tocável a
partir de seis
instrumentos de
sopros diferentes.
treinamento. Lançado em 2011, o
programa de treinamento Tecnologia de
Usinagem da Sandvik Coromant é um
programa de treinamento industrial exclusivo,
destinado a preencher a crescente lacuna de
qualificação no setor. A empresa certificou
cem treinadores profissionais em seus 26
Centros de Produtividade ao redor do mundo,
que possuem no total cem máquinas para
demonstrações práticas dos treinamentos.
Além disso, essa estrutura técnica proporciona oportunidades de treinamento para
mais de 30 mil participantes anualmente.
O programa é oferecido em 12 idiomas, e
outros devem ser incluídos em breve.
Durante o segundo
semestre de 2012, um
programa e-learning
será oferecido,
abordando os mesmos
campos do programa
Tecnologia de Usinagem.
Tanto o programa quanto
o e-learning estão
abertos a colaboradores,
clientes, estudantes e a pessoas interessadas
de fora da empresa. n
9%
fatia estimada da produção de energia a
ser gerada por meio de turbinas eólicas
em 2020.
Guitarras com
trastes tortos
são afinadas da
mesma forma
que as
tradicionais.
perfeita afinação em todas as
chaves e posições do braço.
Enquanto os tradicionais fabricantes
do instrumento seguem indecisos,
guitarristas famosos como John
McLaughlin, Steve Vai e Dweezil
Zappa já não tocam em linha
reta. n
metalworking world 5
jogo rápido
texto: henrik emilson
ILUSTRAção: peter grundy
Motociclistas
do trovão
duas ausências são percebidas
no eGrandPrix (TTXGP), o campeonato mundial de automobilismo
elétrico: o barulho das motos e a
fumaça dos motores.
Pilotada por Steve Atlas, a
americana Brammo Racing, do
Oregon, ganhou o campeonato em
2011. O objetivo da equipe, criada
em 2002, é promover mudanças
com foco na nova economia
energética. “Estamos interessados
em veículos elétricos desde o início”,
afirma Aaron Bland, engenheiro-chefe da Brammo.
“Pesquisamos diversas tecnologias de baterias e arquiteturas de
veículos e o resultado foi que uma
motocicleta elétrica apresentou o
melhor equilíbrio de autonomia,
desempenho, peso e custo,
aumentando as chances de
aceitação pelos consumidores.”
Em 2007, a Brammo apresentou
seu primeiro modelo, a Enertia. A
TTXGP
motocicleta foi bem recebida nos
EUA, mas sua autonomia de 65
quilômetros deixava a desejar.
A bateria é o desafio de todo
veículo elétrico. No entanto, os
desenvolvimentos dos modelos de
íon de lítio e de outros materiais nos
últimos anos tem aumentado
energia, densidade de potência e
confiabilidade do produto.
Em 2012, a equipe vai entrar
novamente no TTXGP, mas com um
novo modelo, Empulse, que
apresenta uma nova bateria com
alcance de 128 quilômetros. n
Modelo: Empulse 8.0.
Peso: 176 kg
O eGrandPrix é uma
competição internacional de corridas que
fornece um ambiente
de alto nível para o
desenvolvimento de
veículos elétricos.
Lançado como parte
das corridas anuais Isle
of Man TT, em 2009, o
TTXGP é oficialmente o
primeiro evento
automobilístico
mundial sancionado de
carbono zero. Os
campeonatos regionais
2012 serão realizados
na América do Norte,
Austrália e Europa.
Quadro: alumínio
leve, extrudado e
soldado que também
serve como bandeja
da bateria.
Bateria de íons de lítio:
capacidade: 8 Ah.
voltagem: 88,8.
Tempo de recarga: 8h.
Desempenho: 160 km/h.
Motor refrigerado a água
que oferece desempenho
de alta velocidade sem
cortes de energia.
Baterias
A autonomia dos veículos elétricos é determinada por diversos fatores:
60
Velocidade
6 metalworking world
Aceleração
Número de
partidas e
paradas
Peso
Inclinação
Vento e
superfície da
pista
jogo rápido
General Electric company, energy, press gallery
Você
sabia?
quatro perguntas:
Peter R Eelman,
vice-presidente da AMT
O novo website da
Sandvik
Coromant em
números:
1.
Quais as
novidades da
International
Manufacturing
Technology Show
(IMTS) deste ano?
Em nosso Centro de
Tecnologia
Emergente, estamos
na expectativa de apresentar um carro
fabricado por meio da Collaborative Manufacturing (Manufatura Colaborativa). Teremos o
Local Motors Rally Fighter, construção na
própria feira que permitirá a todos acompanhar
o progresso. E claro, a IMTS também
apresentará as tecnologias de fabricação mais
inovadoras e avançadas do mundo.
2.
Para uma empresa como a
Sandvik Coromant, quais os
benefícios de ser expositor?
A IMTS é um local de negócios. Visitantes vêm
para comprar. Foram mais de 600 milhões de
dólares em vendas em 2010 e um adicional de
2,6 milhões em orçamentos. Não há outro
lugar para encontrar tantos clientes ao mesmo
tempo. Mas, além de um lugar para vendas, é
também onde relacionamentos são construídos para crescer ao longo dos anos.
3.
Quais são os principais desafios
atuais da indústria dos EUA?
Muitos líderes da indústria falam
sobre a falta de trabalhadores qualificados hoje
em dia. As empresas têm vagas e precisam de
pessoas, mas não conseguem achar pessoas
com as qualificações necessárias. Há um
movimento crescente para informar os jovens
com relação à carreira nas indústrias da
manufatura - para mostrar-lhes que trabalhar no
chão de fábrica não é um trabalho “sujo e
gorduroso”, mas que requer habilidades
altamente avançadas e muito know-how. A IMTS
está mais uma vez sediando uma Conferência de
Estudantes para apresentar a esses jovens, em
primeira mão, o que está acontecendo.
4.
Como a IMTS pode ajudar a
indústria/economia americana
a voltar para os trilhos?
A IMTS é um ótimo termômetro de como o
setor está nos EUA. Nós conectamos a
indústria e, além da feira em si, mantemos o
diálogo para discutir as questões que a
indústria da manufatura encara e as soluções
para superá-las. n
160
número de países em
que está disponível.
19
A FlexAero pode
reduzir as emissões de
carbono da planta em
38.400 toneladas
métricas por ano
Nova gastronomia
energia. Os sistemas de energia do futuro serão provavelmente mais
complexos e com mais tecnologias voltadas para a segurança energética,
cumprimento de exigências ambientais rigorosas e alcance de metas de
energia renovável. O precursor é a FlexAero LM 6.000-PH, turbina a gás
natural da General Electric que é rápida de instalar e pode ser operada
com ou sem conexão à rede para geração de energias em áreas remotas.
A leve turbina funciona com energias eólica, solar ou a gás e pode
também operar sem água, o que resulta em economia de cerca de 100
milhões de litros anuais se comparada às turbinas refrigeradas a água. n
“As áreas técnicas são
vistas como ambientes essencialmente
masculinos em muitos
países. Nós, mulheres,
precisamos ser mais
conscientes do nossos
valores e capacidades,
e como educadores
das novas gerações
precisamos garantir
que a inclusão das
mulheres nos campos
profissionais seja vista
como regra, não como
exceção.”
número de idiomas
em que o website
pode ser lido.
1
número de login
necessário para se ter
acesso a todos
os produtos, serviços
e informações do
website.
Confira em
www.sandvik.
coromant.com
Premiada pela
tecnologia verde
produtividade . A italiana
Ilaria Rosso, cofundadora e vicepresidente da Electro Power
Systems, conquistou o terceiro
lugar no novo Prêmio da União
Europeia para Mulheres Inovadoras. Além disso, sua empresa foi
selecionada como Pioneira em
Tecnologia de
2012 pelo Fórum
Ilaria Rosso
Econômico
Mundial. A Electro
Power Systems
produz sistemas
de backup de
energia baseados
em células de combustível de
hidrogênio. Os produtos de
tecnologia verde autorrecarregáveis oferecem alternativas aos
tradicionais backups, apenas
liberando água. “Fiquei orgulhosa
de ter recebido os prêmios”,
comemora Rosso. “O número de
mulheres em áreas
técnicas tem crescido
muito. Gosto de contar
minha experiência como
mulher, mãe e profissional
para mostrar que é
possível combinar trabalho
e família”. n
metalworking world 7
jogo rápido
Quicktime
texto: henrik emilson
foto: scanpix
A descida para o Challenger
Deep no “torpedo vertical”,
submarino de 2,5 andares
de altura, levou 2 horas e
36 minutos. A volta levou
apenas 70 minutos.
Da ficção para a realidade
James Cameron
exploração. Alguns podem
chamar James Cameron de um homem da
Renascença, outros, de um cineasta com
grande interesse em tecnologia. Em
retrospectiva, está claro que os filmes do
diretor canadense têm sido inspiração e
fontes de recursos para seus projetos
pessoais, que o levam aos extremos do
esforço humano. Tanto em O Abismo
(1989) como em Titanic (1997), que lhe
renderam três Oscars, os personagens
fictícios exploram as profundezas dos
oceanos com tecnologia submarina.
Cameron tomou para ele um desafio
parecido em março deste ano, quando foi
à Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico,
para se tornar o primeiro homem a descer
sozinho até o Challenger Deep, o ponto
mais profundo da superfície do planeta, 11
quilômetros abaixo do nível do mar.
Em seu próximo desafio pessoal,
Cameron planeja ir na direção oposta,
para o espaço. Talvez influenciado por seu
último sucesso, Avatar (2009), em que os
humanos exploram metais preciosos da
fictícia lua Pandora. Cameron atua como
consultor da Planetary Resources, uma
empresa que em abril de 2012 anunciou
planos de extrair água e metais preciosos
em asteroides próximos à Terra. No
entanto, não haverá nenhum ser humano
trabalhando nas plataformas orbitais. Em
vez disso, a Planetary Resources planeja
enviar robôs para o espaço – uma ideia
parecida com as que vimos nos filmes O
Exterminador do Futuro I (1984) e II
(1991), nos quais o robô Arnold
Schwarzenegger é enviado em missões
através do tempo. n
8 8 metalworking
metalworkingworld
world
inovação carros voadores
texto: Risto Pakarinen foto: christer jansson
Voando
alto
É um pássaro, um avião ou o Super-homem? Não, é um
carro voador, ou melhor, uma aeronave trafegável.
Independentemente do nome, todos queremos um.
Cessna com um Ford Pinto e voaram na engenhoca.
nnn Desde que começamos a dirigir carros,
Mas a dupla morreu em 1973, quando as asas do
sonhamos em usá-los também para voar. “Guarde
carro em voo se separaram e o veículo desabou. Nem
minhas palavras”, disse Henry Ford em 1940. “Uma
esses, nem nenhum dos outros cerca de 80 protótipos
combinação de automóvel e avião está chegando”.
voadores entraram em produção, apesar de inúmeras
Sempre quisemos voar, e as grande mentes se
dedicam a essa tarefa desde a Grécia Antiga, mas foi patentes. Mas o sonho continua vivo.
somente em 1903, nos EUA, que os irmão Wright
conseguiram fazer o primeiro voo controlado e mais
hoje, o termo preferido para um carro voador é
pesado do que o ar.
“veículo aéreo pessoal”, embora a Terrafugia chame
Mais tarde, em 1917, Glenn Curtiss, o “pai do carro
o Transition de “aeronave trafegável”. “O Transition
voador”, apresentou ao mundo o seu Aerocarro. O
é mais um avião que pode ser conduzido na estrada
veículo de alumínio tinha três asas e uma hélice na
do que um carro voador”, explica Cliff Allen,
parte traseira. Tecnicamente, ele pulou e não voou,
vice-presidente de vendas.
mas era um começo.
A Terrafugia foi fundada em 2006 por três
Desde então, foram dezenas de
estudantes do Massachusetts Institute of
tentativas de criar um carro voador,
Technology (MIT), Carl Dietrich, Anna
como o Arrowbile, de Waldo
Mracek Dietrich e Samuel Schweighart, na
Waterman (1937); o Airphibian, de
tentativa de criar um projeto próprio.
Robert Fulton (1946); e o Aerocar de
“Há poucas novidade no desenvolvimenGlenn Curtiss, o
Moulton Taylor (1949).
to de soluções baratas no mercado de
“pai dos carros
Depois vieram Henry Smolinski e
aviação, em parte por causa dos desafios de
voadores”.
Hal Blake, que mesclaram um avião
certificação”, aponta Allen. “Tudo é
você
sabia...
Estudos mostram
que o carro é o mais
eficiente modo de
viajar distâncias
menores do que 160
km. Quando as viagens
são superiores a 800
km, as aeronaves
comercias são mais
eficientes.
metalworking world 9
submetido às mesmas exigências, não
importa se é um jato bimotor corporativo ou um de quatro lugares, que voa a
5.000 pés.”
Em 2004, a Agência Federal de
Aviação Civil dos EUA criou uma
classe esportiva leve, que simplificou
as coisas e tornou mais fácil para
pequenas empresas e fabricantes
atenderem os requisitos. “Desde então,
entre 60 e 70 novos projetos chegaram
ao mercado por essa classe, incluindo o
Transition”, diz Allen.
Como o Aerocar de Taylor, da
década de 1940, o Transition tem asas
dobráveis. No projeto de Taylor, a asa
inteira era dobrada para trás e tinha que
ser colocada no lugar manualmente,
mas no design da Terrafugia elas se
dobram ao meio automaticamente.
Quando desdobradas, formam um “V”
invertido.
As razões
Transition, da
Terrafugia
mais comuns
para não
utilizar a
aviação
convencional
para transporte
geral são os
atrasos de
tempo, o custo
de operação e a necessidade de
transporte depois de já estar de volta ao
chão. Um carro voador ou aeronaves
trafegáveis seriam uma solução.
“Tenho um pequeno avião e já tive
de redirecioná-lo para evitar tempestades”, conta Allen. “Percorrer 16
quilômetros do aeroporto também pode
ser difícil. Em áreas habitadas você
pode pegar um táxi ou alugar um carro,
mas não em todos os lugares.”
O Transition pode viajar a uma
velocidade máxima de 185 km/h. Tem
autonomia de 787 km, pesa 650 kg e
pode decolar de uma pista de 500
metros. E funciona com gasolina
premium, encontrada em postos de
gasolina convencionais.
“Ele utiliza um motor de 100 cv e
tem tração nas rodas traseiras”, conta
Allen. “É largo, com baixo centro de
gravidade e, em nossos testes,
está funcionando bem na
estrada.”
Na cabine, há dois controles:
um volante para o carro andar no
chão e uma alavanca para
quando estiver no ar. Tem pedais
para a função de estrada e outros
para o voo. “Temos equipamentos de segurança prontos para o
uso”, aponta Allen. “O maior
Terrafugia
Woburn, MA, EUA
Fundada em 2006
por Carl Dietrich,
Anna Mracek
Dietrich e Samuel
Schweighart.
Nome significa
“fuga da terra” em
latim
Transition
Vel. máxima:
185 km/h
autonomia:
425 milhas
náuticas (787 km)
Macro
Industries
Huntsville, AL,
EUA
Skyrider X2-R
vel. máxima
570 km/h
Autonomia:
800 milhas
náuticas
(1.480 km).
desafio tem
Skyrider X2-R
sido atender as
exigências de
peso, por isso
usei uma
grande
quantidade de
fibra de carbono e titânio. É, sem
dúvida, mais um avião que um carro.”
Estudos têm demonstrado que o
carro é a forma mais eficiente de
percorrer distâncias menores que 160
quilômetros. Quando a distância for
superior a 800 quilômetros, os aviões
comerciais são mais eficientes.
“Para nós, o ponto ideal são viagens
mais longas que 160 km e menores que
800 km”, explica Allen. Ele recorda
uma recente viagem de Nova Jersey
para Boston, a uma distância de
aproximadamente 450 km.
“Do momento em que saí de Nova
Jersey até descer do táxi em Boston,
minha velocidade média foi de 103
km/h”, lembra. “Isso teria sido perfeito
para o Transition”.
Allen conta que fará uma entrega no
final de 2012 ou no início de 2013. Até
agora, ele recebeu depósitos reembolsáveis para quase cem Transitions, que
custam 200 mil euros, cada.
Quando cineastas decidem abordar o futuro, os carros voadores aparecem como veículo favorito.
1968
1982
O calhambeque mágico
O musical, que se passa em 1910,
apresenta um carro fantasia que
voa e flutua.
1962
1974
Os jetsons
007 contra o homem da
pistola de ouro
No desenho, que se passa em
2062, George Jetson vai para o
trabalho num carro voador. O
mais impressionante, no entanto,
é que ele só trabalha três horas
diárias, três dias por semana.
10 metalworking world
blade runner
Essa produção neo-noir, escura e chuvosa,
que se passa nas Los Angeles de 2019,
apresenta carros voadores, os Spinners, e
cartazes que falam.
Nesse filme de James Bond, o
vilão Scaramanga escapa com
um cupê AMC Matador que se
transforma em um avião com
o assistente de Bond preso no
porta-malas.
1985
de volta para o futuro
Após inventar um carro voador/máquina do tempo, o Dr. Emmet Brown
vai ainda mais longe na parte III
e transforma um trem inteiro em
uma máquina do tempo voadora.
Jan
Lundström,
Gerente Sênior de Soluções de
Aplicações em Pesquisa e
Desenvolvimento na Sandvik
Coromant
A aeronave trafegável da Terrafugia
é uma versão para carros voadores. O
SkyRider X2R é outra. Embora ainda
em fase de planejamento, ele apresenta
decolagem e pouso verticais e
operações por controle
de voz (embora o
sistema de
navegação seja
controlado por
satélites GPS e
celulares). Ele usa
um motor de 700 cv
e tem autonomia de
mil quilômetros.
Há também a
Moller International, de Paul Moller,
um canadense que
trabalha com
diferentes tipos de
carros voadores há
40 anos. A empresa introduziu vários
conceitos, mas com pouco sucesso
prático. Um deles é o Autolevantor,
uma Ferrari 599 GTB com a tecnologia
de decolagem vertical da empresa. O
desenvolvimento teve um custo
estimado de 2,27 milhões de euros,
mas o projeto foi colocado em espera.
O veículo mais recente da Moller é
o M400 Skycar. Ele é movido a
etanol, reduzindo o uso de combustíveis fósseis, mas também pode ser
alimentado com gasolina, diesel,
querosene, álcool e gás propano. Ele
precisa de espaço mínimo para
pousos e decolagens (dez
metros) e tem
autonomia de
1.200 quilômetros. Transporta
quatro passageiros. Também
está em fase de
estudos e
problemas
financeiros têm
relegado o
projeto a
segundo plano.
No entanto,
há vários outros
desenvolvedores, e a corrida segue
em aberto. Quem vai ser o primeiro a
citar o doutor Brown do filme De
volta para o futuro: “Estradas? Para
onde estamos indo não precisamos
de... estradas”. Claro, o cientista do
filme vai com seu DeLorean para o
futuro, onde os carros futuristas
sempre parecem estar. n
1997
o quinto elemento
Seja carro de polícia, táxi ou um
simples vendedor de macarrão,
os veículos do futuro nessa ficção
científica do diretor Luc Besson
abandonam as rodas para
transitar por ruas voadoras.
2012
o vingador do futuro
Nesse remake do clássico de Arnold Schwarzenegger
da década de 1990, Colin Farrell suspeita que o
governo alterou sua mente e a está controlando.
Enquanto a ciência alcançou o futuro em matéria de
veículos voadores, esta descrição assustadora do
futuro ainda está, felizmente, muito distante.
Quais são as forças motrizes das
suas pesquisas e desenvolvimentos?
Elas vêm de muitas áreas. Novas leis ambientais,
desenvolvimentos no setor de transporte, a
necessidade de mais energia e mudanças na demografia são alguns exemplos. Essas forças exigem novas
tecnologias e componentes. A tendência geral é por
componentes mais leves, robustos e resistentes e com
projetos otimizados. Isso afeta nossas ferramentas e
nos impulsiona a novas pesquisas.
Por exemplo, na indústria aeroespacial uma nova
geração de aviões está surgindo, reflexo de novas leis
de controle de emissões. O resultado são novos
materiais e componentes avançados. Vemos
tendências semelhantes nas indústrias automotiva e
de geração de energia. Nelas, é constante a busca por
mais eficiência energética, incluindo a “eletricidade
verde” oriunda das turbinas eólicas. Outro fato que
afeta a industria médica, por exemplo, é que a
humanidade está ficando mais velha, e à medida que
envelhecemos, precisamos mais de próteses para os
nossos corpos, como articulações e rótulas.
Que áreas de P&D você acha mais
fascinantes?
Trabalho especificamente com o desenvolvimento de
aplicações, nossa forma de melhorar o uso de nossas
ferramentas pelo cliente. Cada vez mais vemos que
elas são uma parte integrada na preparação e no
processo de usinagem. Em nossos centros globais de
aplicações, transferimos nosso conhecimento para
todo o processo de soluções de acordo com a
necessidade do cliente.
Historicamente, o que o P&D da Sandvik Coromant já conquistou?
O P&D é uma área central e um dos facilitadores da
nossa posição como líder mundial. Historicamente
temos sempre trabalhado com o cliente em foco; o
fluxo contínuo de novas invenções/produtos melhora
a nossa competitividade e a de nossos clientes.
No final dos anos 1960, por exemplo, fomos os
primeiros a trabalhar com revestimentos Gamma - um
verdadeiro salto para a indústria e também a base
para a nossa empresa. Tempos depois, a ferramenta
modular Coromant Capto, que tivemos sob patente
por 20 anos, tornou-se a norma ISO 2007.
Recentemente desenvolvemos uma solução
digital, em que ferramentas modulares e de corte
são selecionadas digitalmente para serem usadas
em simulações e usinagens. Não havia nenhuma
norma, mas iniciamos e seguimos por meio de uma
norma ISO que descreve nomenclatura e estrutura
para a montagem virtual de ferramentas, o que
torna possível comunicar e integrar nossas soluções
no ambiente de TI.
metalworking world 11
Tecnologia
texto: turkka kulmala
Desafio: Fresamento com caracol é
uma aplicação de usinagem dominada
por ferramentas inteiriças de aço rápido
convencionais (HSS) com desvantagens
inerentes à produtividade.
solução: Nova tecnologia de
ferramentas intercambiáveis de metal
duro oferece benefícios significativos
tanto de produtividade como de
economia na usinagem.
Inteiriças x Intercambiáveis
no fresamento com caracol
desde o advento da metalurgia moderna,
ferramenta significava uma peça sólida de
aço moldado para tarefas à mão. A partir dos
anos 1950, as pastilhas de metal duro
intercambiáveis revolucionaram isso, mas na
usinagem de engrenagens e, especificamente, no fresamento com caracol, fresas
inteiriças de aço rápido (HSS) continuam a
dominar até hoje.
Apesar da tecnologia comprovada, as
fresas caracol inteiriças de HSS têm a
desvantagem dos problemas inerentes à
produtividade. Ferramentas inteiriças
precisam ser reafiadas e recobertas
regularmente, o que implica um esforço
logístico significativo.
Um gerente de produção ao considerar um
investimento em uma fresa tipo caracol não
pode simplesmente comprar uma única fresa
HSS. Na vida real, o número de ferramentas
necessárias para manter uma máquina em
funcionamento contínuo é de cinco a dez:
enquanto uma está usinando o metal, outra é
reafiada, outra revestida e outra passa por
medições na sala de ferramentas. E ainda há
outras em trânsito entre estas fases. Ferramentas com pastilhas intercambiáveis eliminam a
maior parte dessa manutenção, e uma operação
12 metalworking world
estudo de caso:
Peça: eixo com splines
Dados da engrenagem:
módulo: 5 mm
número de dentes, z: 30
diâmetro da ponta, da: 159 mm
largura da face, b: 220 mm
material: aço de baixa-liga, ST52
HSS
desbaste: 180 min
acabamento: 90 min
total:
270 min
CoroMill 176
60 min
30 min
90 min
economia: 180 min por peça
contínua basicamente não precisa de mais do
que duas fresas: uma em ação enquanto a outra
tem suas pastilhas trocadas ou substituídas.
outra questão importante é a refrigeração.
Ferramentas HSS geralmente requerem o
uso de refrigerante, muitas vezes óleo de
corte, para evitar o sobreaquecimento,
enquanto o metal duro age ainda melhor em
altas temperaturas. Não precisar de refrigeração traz uma série de benefícios: o óbvio
custo da aquisição, o armazenamento e o
descarte do refrigerante podem ser eliminados, enquanto um ambiente de trabalho mais
limpo, agradável e saudável também deve
ser atraente para fabricantes com consciência
em saúde, segurança e meio ambiente.
A capacidade inerente de ferramentas
inteiriças de metal duro para a utilização de
dados de corte mais altos e/ou para o aumento
da vida útil da ferramenta fornece ganhos
diretos em produtividade. A capacidade reserva
é liberada e pode ser usada tanto para aumentar
a produção, quando há demanda, como para
reduzir a capacidade e os custos de usinagem,
pois um output específico pode ser conseguido
com menos máquinas. O último aspecto tem
relação direta com o gasto de capital ao se
investir em novas máquinas-ferramentas.
Os esforços em P&D da Sandvik
Coromant têm gerado avanços na tecnologia de fresa caracol com pastilhas intercambiáveis, resultando em benefícios
notáveis para este segmento especializado
de usinagem. O novo conceito CoroMill
176, que inclui pastilhas de metal duro
Perfil da engrenagem de
acordo com DIN 3972-2.
Opções de acoplamento:
furo com rasgo de chaveta
axial, Coromant Capto.
Geometria e classe da
pastilha para aço, ISO P.
Classe B de qualidade
de acordo com
DIN 3968.
intercambiáveis otimizadas para aço,
permite que a ferramenta utilize plenamente as capacidades das atuais e robustas
máquinas de alta potência para fresamento
com caracol.
Ferramentas inteiriças são geralmente
consideradas mais precisas que as
ferramentas com pastilhas intercambiáveis. Uma fresa HSS nova e de alta
qualidade pode atender estas expectativas,
mas a precisão em uma ferramenta
desgastada não pode ser mantida sem
reafiação e cobertura. Pastilhas intercambiáveis só precisam ser trocadas ou
substituídas, sem nenhum impacto na
precisão – desde que o sistema de fixação
das pastilhas atenda as especificações.
Assim, uma característica fundamental
do novo conceito é sua interface de pastilha
iLock. Este sistema de fixação, formado por
pastilha, cunha e um único parafuso por
assento, é rápido e fácil de usar. Após um
Fresa tipo caracol com
pastilhas intercambiáveis de metal duro.
teste completo, um cliente relatou tempos
de troca de pastilhas tão curtos como sete
segundos por pastilha. Isso é de óbvia
importância em uma ferramenta com até
cem pastilhas. Um trilho na face de apoio
assegura a fixação firme da pastilha em seu
lugar, garantindo um posicionamento
preciso e repetitivo, além de impedir
qualquer movimento lateral.
Em um nível mais geral, o novo conceito
de fresa tipo caracol reflete uma mudança
tecnológica mais ampla das tradicionais
ferramentas inteiriças para soluções de
pastilhas intercambiáveis cada vez mais
produtivas e econômicas
Novas e robustas máquinas-ferramentas,
em particular, podem se beneficiar significativamente das fresas tipo caracol intercambiáveis de metal duro. n
Perfis para engrenagens
especiais estão
disponíveis sob pedido,
por exemplo com
modificação de adendo,
chanfro de ponta e
protuberância.
Tecnologia de
travamento com iLock.
resumo
Um novo conceito de fresa caracol intercambiável de meta duro oferece uma alternativa
eficiente em termos de custo às fresas caracol
inteiriças HSS. Substituir ferramentas inteiriças
por intercambiáveis reduz a necessidade de
manutenção. A facilidade de utilização e a
capacidade de dados de corte elevados da nova
fresa caracol oferecem ganhos tangíveis de
produtividade.
metalworking world 13
Uma fresa de topo CoroMill 210
1-1/4 polegadas (31,75 milímetros)
de diâmetro realiza o desbaste de
uma cavidade para a colocação do
chassi de uma montanha-russa.
14 metalworking world
texto: michael miller foto: martin adolfsson
parceria em
ferramentas
Cincinnati, Ohio, EUA. No coração industrial dos Estados Unidos, uma
fábrica de máquinas trabalha junto com a Sandvik Coromant para construir
peças de precisão para dispositivos que fazem de tudo, de diamantes
sintéticos a montanhas-russas.
No sentido horário:
Representantes da Sandivk Coromant
Dale Reliford, de capa amarela, e Blaine
Hagins.
Mecânico Ray Willey preparando o
setup em uma ferramenta para
mandrilamento da Union.
Polindo o maquinário para a produção
de diamante sintético.
tornando o terreno fértil para as
nnn Cincinnati, localizada no
atividades da indústria de energia.
Vale Ohio, no meio-oeste
“Nós tentamos ficar um passo à
americano, fornece produtos
frente da indústria no que diz
manufaturados para grande parte
respeito a tamanho e capacidade”,
da região central dos Estados
afirma Kramer. Dentro da fábrica,
Unidos. Fundada em 1788,
Scott Kramer,
presidente da
que comporta peças de 6 a 15
Cincinnati foi a primeira grande
Magna Machine
metros e até 73 toneladas, a Magna
cidade do interior dos país,
Machine está em plena atividade.
graças a sua localização
Em uma área, um operador trabalha no
estratégica à margem do Rio Ohio, um
exterior de um cilindro de 1,5 metro de diâmeimportante afluente do Rio Mississipi.
tro polindo 48 ranhuras ascendentes diagonais
“Cincinnati é um bom local para a indústria
até atingir um acabamento espelhado, para ser
de energia, tanto eólica quanto de petróleo e
usado em uma máquina que produzirá filme
gás”, afirma Scott Kramer, presidente da Magplástico. Outros constroem estruturas para
na Machine, empresa com sede em um dos
carros de uma montanha russa do hotel/
subúrbios da cidade.
cassino New York-New York, em Las Vegas,
Muitas das unidades de forjamento e
ou para algum dos muitos parques de diversão
fundição que fabricam os grandes blocos
Six Flags espalhados pelo país.
utilizados pela Magna estão localizadas nos
Em outra parte, trabalhadores abrem 72
estados vizinhos, Indiana e Pensilvânia;
16 metalworking world
furos em cada uma das três faces de um hub
em ferro fundido para turbina eólica, que
servirão para prender as pás de 45 metros.
"É possível colocar um carro pequeno
dentro do cubo facilmente”, garante o gestor
de planejamento estratégico da Magna, Terry
Qvick.
A Magna também tem construído estruturas
para equipamentos usados no tratamento de
câncer de próstata pelo método da terapia com
prótons. “Esse é o tratamento menos
invasivo”, afirma Kramer. “É possível
eliminar o câncer com oito milésimos de
polegada (0,2 milímetros).” As estruturas são
feitas em duas partes, com 32 toneladas cada
uma.
A Magna Machine começou a trabalhar
com a Sandvik Coromant cerca de 15 anos
atrás. “Precisávamos de um parceiro com
tecnologia de ferramentas de usinagem”,
A expansão da
Magna machine
Desde 1999 a Magna Machine é
proprietária da United Precision
Services, atualmente a importadora exclusiva para a América do
Norte da Union e de três
companhias espanholas: Bost,
Ibarmia e Machine Tool
Engineering (MTE). A Magna
aproveita suas fábricas como
showroom, onde clientes em
potencial podem ver os produtos
dos fabricantes em ação.
No momento, a Magna trabalha
na preparação de uma área de
2.200 metros quadrados em suas
instalações para abrigar três
novas máquinas. As máquinas,
duas feitas pela Bost e uma pela
Union, são uma fresadoramandriladora horizontal, um torno
revólver vertical e uma máquina
que fabrica grandes virabrequins
para locomotivas a diesel, ou
para produção de petróleo e gás.
A Sandvik Coromant está fazendo
um trabalho de turnkey na
máquina de virabrequins e planeja
ferramentar as outras em seguida.
Quando a nova área estiver
pronta, a empresa planeja
contratar dez novos colaboradores e ver as receitas ultrapassarem a marca de 30 milhões de
dólares no próximo ano fiscal.
Abrindo furos em hubs de
turbinas eólicas que
receberão pás de 45
metros de comprimento.
metalworking world 17
insight técnico: magna machine
Loreioiasdfjlkjkljl
aösdlfk asödfl aslfkj
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ilme!
iPadis! inFformações
A situação
Veja ma as sobre essa
exclusiv e sucesso na
d
parceira para iPad ou
.
MWW
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online, e mant.com
coro
A Magna Machine tinha contrato
com uma empresa de petróleo e gás
para a fabricação de carcaças de bombas
hidráulicas construídas a partir de um bloco
sólido de aço do tamanho de uma mesa de
escritório. O trabalho envolvia mandrilar furos no
aço com 9 centímetros de diâmetro no exterior e
13 centímetros no interior.
o problema
Primeiro os operadores tentaram abrir os buracos
com uma fresa fixada a um suporte sólido
integral. Mas o procedimento resultou em
vibrações que ameaçaram a capacidade da
fábrica em completar o trabalho.
A solução
Ao optar pela fresa CoroMill 331 com C4 suporte cone 50, uma extensão C4 e um
adaptador C4 para fresas de facear, a empresa
foi capaz de usinar perfeitamente.
o resultado
A solução economizou para a Magna por volta de
40 mil dólares e 185 horas de usinagem.
‘‘
É possível colocar um carro
pequeno dentro do cubo
facilmente.”
extensão do programa Silent Tool da Teeness,
com novos produtos. Ao trocar pelo adaptador
Silent Tools para fresamento, a Magna foi
capaz de completar o trabalho.
“Acabamos com praticamente todas as
vibrações”, afirma Dave Reynolds, programador de controle numérico computadorizado
(CNC) da Magna.
“Sem acabar com as vibrações, você apenas
mastiga as pastilhas,” comenta o planejador
estratégico Qvick. Além disso, diz ele, a
abordagem fez a diferença entre sucesso e
fracasso. “Isso realmente salvou o trabalho”.
Esse case ilustra como duas companhias
podem trabalhar juntas para resolver problemas
e aumentar a produtividade. O homem de
referência da Magna é Dale Reliford, um
engenheiro de produtividade da região de Ohio
que está na Sandvik Coromant há 13 anos.
“Dale aparece sempre que precisamos”, diz
Qvick. “Nunca tínhamos visto um fornecedor
de ferramentas nos ajudar da maneira que a
Sandvik nos ajudou.”
De modo conveniente para a Magna, o
centro de distribuição da Sandvik Coromant
para as Américas do Norte e do Sul fica do
outro lado do rio Ohio, em
Hebron, Kentucky. "Se
tivermos problemas, a ajuda
está a apenas duas horas”,
diz Qvick. “A assistência
técnica é crucial para
estarmos com a Sandvik em
85% de nossas necessidades
de ferramentas” Reynolds
pontua. “Eu usaria apenas
ferramentas da Sandvik se
Dale Reliford e o programador
pudesse escolher. Usamos
de CNC Dave Reynolds
controlam a carcaça da bomba.
praticamente todas as fresas
da empresa.” n
afirma Kramer. “O pessoal da Sandvik
Coromant vêm trabalhar com nossa equipe
toda semana ou a cada quinze dias, nos
auxiliando com as tecnologias e geometrias de
ferramentas, para aumentarmos a produtividade nas máquinas”.
A Sandvik Coromant fornece de 85% a 90%
das ferramentas necessárias à Magna Machine.
A parceria se tornou ainda mais próxima no
ano passando, quando a Magna recebeu um
pedido de um lote de carcaças de bombas
usadas em fraturamento hidráulico para a
produção de petróleo e gás. O processo de
“fraturar” envolve injetar água, areia e
produtos químicos em formações de xisto no
subsolo, e então bombeá-los de volta através
da carcaça da bomba.
A fabricação da carcaça da bomba
hidráulica exigiu do operador a abertura de
um furo de 9 centímetros em um bloco de aço
e, em seguida, a expansão do furo a 13
centímetros de diâmetro dentro do bloco.
Primeiro a companhia usou uma fresa
CoroMill 331 da Sandvik Coromant com
pastilhas redondas e a fixou a um suporte
sólido integral de 24 centímetros de alcance.
Mas esse procedimento resultou em
vibrações que
reduzem a vida útil da
ferramenta e não a deixam produzir o
resultado desejado.
Quando a Magna
Machine procurou a
Sandvik Coromant em
busca de uma solução,
a companhia simplesmente apresentou a
magna machine
em números
1947
Ano em que a Magna Machine foi
fundada por William J Kramer, avô
do atual presidente Scott Kramer.
90
porcento
Porcentagem dos negócios da
empresa que consiste em fabricar
peças para indústrias como as de
plásticos, energia, mineração e aço.
A Magna Machine começou
prestando serviços de manutenção
para fábricas de papel e processadores de produtos químicos.
2,5
megawatts
Quantidade de eletricidade
fornecida pelas turbinas eólicas
com hubs fabricados pela Magna
Machine, suficiente para abastecer
cerca de 750 casas. Alguns dos
outros produtos da empresa são
eixos especiais para montanhas-russas, chassis para veículos de
mineração e bombas para sistemas
de água municipais.
100k
square feet
ou 9.000 m², é o tamanho das
instalações da Magna Machine.
120
Número de colaboradores da
Magna Machine. Há planos de
contratar mais dez.
20
milhões de EURos
turnover anual.
metalworking world 19
Tecnologia
texto: Turkka Kulmala
desafio: Forças de corte axiais são
questões centrais de segurança e
produtividade no fresamento de titânio.
solução: Avanços na tecnologia
de suporte com fixação por contração
oferecem fixações extremamente
seguras e melhor produtividade.
Fresamento de
titânio sem riscos
uma característica problemática do
fresamento de perfis de peças em titânio com
fresas de topo inteiriças de metal duro é a
geração de forças de corte axiais severas, que
podem resultar em lenta extração da ferramenta. Nem os mais robustos suportes convencionais podem evitar totalmente essa perda
gradual de precisão e poder de fixação.
Evitar que a ferramenta se desprenda do
suporte é uma questão crítica, levando-se em
conta as caras matérias-primas e as prováveis
dezenas de horas de trabalho nas etapas
anteriores do processo, e por isso os fabricantes
frequentemente limitam o potencial de suas
ferramentas e máquinas usando dados de corte
conservadores.
O iLock, novo sistema de fixação de
ferramentas disponível para as fresas de topo
inteiriças de metal duro CoroMill Plura e
mandris de fixação por contração, oferece uma
solução envolvendo canais helicoidais
retificados na haste da ferramenta e a colocação
de pinos-guia no mandril. Os pinos mantêm a
ferramenta estável no lugar, evitando que ela se
desprenda mesmo em condições severas, já
que as forças de corte pressionam a ferramenta
mais firmemente na direção do suporte.
O principal ganho dessa inovação no suporte
é a possibilidade de triplicar a profundidade de
corte (ap), o que se reflete em aumento de
20 metalworking world
produtividade e redução
substancial do tempo de
CoroMill Plura
usinagem.
& iLock
O sistema mantém a
• Classes: GC1620 e
típica baixa tolerância do
GC1640 (ISO S)
batimento radial de um
• Batimento radial ± 0.005
mandril de fixação por
mm (.0002 pol.) a 3 x D
• Suporte com fixação por
contração, comparado com
contração: Coromant Capto,
uma solução Weldon. A
HSK A, ISO 7388.1, MAS-BT
precisão aumenta radical403, CAT-V.
mente a vida útil da
ferramenta, além de reduzir
os custos e aumentar eficiência
e produtividade.
A nova solução de fixação também oferece
um potencial para aumento da velocidade de
corte - um terceiro benefício que cria a
possibilidade de elevar os limites de produtividade e segurança dos dados de corte no
fresamento de titânio. n
Os pinos iLock
mantêm a ferramenta
no lugar, evitando que
elas se soltem.
Sumário
Forças de extração severas que fazem a ferramenta se soltar do mandril são problemáticas no fresamento
de topo de titânio. Uma tecnologia de suporte inovadora evita a saída da ferramenta, aumentando a
profundidade de corte, reduzindo o batimento radial e deixando as velocidades de corte mais rápidas.
texto: Susanna Lindgren foto: Adam Haglund
Execução
segura
Nybro, Suécia. Para uma subcontratada como a Axipto, é essencial ter uma
cadeia de produção constante e confiável para garantir um produto final
de alta qualidade. Ferramentas duráveis que cumprem a vida útil prometida
fazem toda a diferença no processo de usinagem automatizado.
Axipto
inaugurada: 2009
fundadores: Três fornecedores locais
especializados em corte, fresamento e
torneamento, que juntaram forças sob o
nome Axipto.
colaboradores e plantas: A Axipto
tem 100 funcionários que trabalham em
três plantas. Cerca de 70 atuam na maior
planta, em Nybro, principalmente com
usinagem CNC em peças grandes. Os
outros estão divididos entre Målilla, cem
quilômetros ao norte de Nybro, que é
especializada em tamanhos e lotes
menores, e Monsteras, na costa do mar
Báltico, que é especializada em
torneamento.
proprietário: As três plantas integram
uma empresa maior, a Nossevo
Industries, comandada pelo proprietário
local Bert Ovesson, que quer que todas as
plantas do grupo tenham uma forte
conexão com a costa sudeste da Suécia.
Entre as atividades da Axipto
está a usinagem de peças de
chassis e motores de
caminhões.
22 metalworking world
nnn há gerações o pequeno município de
Nybro é uma área industrial. Para quem é de
fora, ele é conhecido pelos famosos trabalhos
em vidro suecos, lá produzidos. Embora hoje
em dia as fábricas de vidros estejam lutando
para sobreviver, outras empresas da região
seguem prosperando, maximizando a produção
e preenchendo seus livros de pedidos. A Axipto
AB, uma fornecedora especializada em cortes e
fresamento, é uma delas.
Parte do estacionamento da Axipto foi
recentemente transformada em um canteiro de
obras. Em breve, ela dará lugar a um prédio de
2.000 metros quadrados que vai abrigar a
produção para um novo cliente. Jonas
Thuvesson, gerente técnico e de qualidade da
Axipto, não revela detalhes do cliente ou do
produto. É confidencial, como a maior parte do
que acontece na Axipto. Fotografias são
permitidas apenas em determinadas áreas. Mas
não é nenhum segredo que a Axipto tem vários
clientes grandes, incluindo AtlasCopco, ABB e
Tetra Pak.
"No momento, a Scania é nosso maior
cliente. Nós usinamos muitas das peças dos
chassis e dos motores de seus caminhões",
revela Thuvesson, indicando uma pilha de
placas de engrenagem recém-fresadas.
A operação de corte tem que ser exata, assim
como a segurança de produção é essencial.
"Nossa especialidade é usinagem com
tolerância muito baixa, que é crucial na
indústria automotiva", explica Thuvesson.
"Como esses clientes precisam de grandes
volumes, temos que executar a operação
automatizada com
um processo seguro
para entregar um
produto de alta
qualidade”.
O livro de pedidos
pode estar cheio,
Jonas Thuvesson,
mas a concorrência
gerente técnico.
é grande, especial-
"Trabalhamos o dobro com a
mesma broca" Richard Tauber,
técnico de produção.
mente na indústria automotiva, onde a
pressão por preços em altos volumes é uma
constante.
"Pense nisso como um bolo cortado em
pedaços, onde matéria-prima, transporte/
armazenamento e processamento são três fatias
diferentes", ilustra Thuvesso. "Quando forjarias
e fundições aumentam os preços do material e
o preço do produto final permanece o mesmo,
nossa participação do mercado fica menor. A
única maneira para sermos competitivos é ter
uma produção que garanta um resultado seguro
com o menor número de anormalidade
possível.”
Cada interrupção no processo é dispendiosa
e qualquer peça cortada incorretamente pode
criar um efeito colateral desagradável. Como
a Axipto é responsável pelo processamento do
material, os custos de um procedimento extra
ou de novos materiais são subtraídos da sua
“Se confiamos nas brocas,
fatia do bolo. O
podemos aumentar os
aumento dos riscos
intervalos entre os
econômicos torna a
controles de qualidade, o
que resulta no aumento da
qualidade e a
eficiência.” Jonas
precisão do processo Thuvesson.
de fabricação
prioridades ainda maiores. Para garantir a
receita, todo o processo produtivo precisa ser
otimizado."Para um processo seguro, não é
preciso apenas know-how técnico, é usar
também os equipamentos certos", afirma o
metalworking world 23
"Eu sempre tento me
colocar no lugar do
cliente para ver o que a
Sandvik Coromant pode
fazer para melhorar seus
negócios.” Mattias
Arvidsson, representante
de vendas da Sandvik
Coromant.
técnico de
produção Richard
Tauber.
Tauber trabalha na
fábrica de
fresamento em
Nybro há 20 anos e
Placas de engrenagens.
há dez é encarregado de ferramentas.
As paredes e estantes em sua fábrica são
cheias de brocas e lâminas de corte de todos os
formatos e tamanhos. Ele sabe tudo o que é
importante sobre as ferramentas utilizadas no
processo - tanto as coisas que você quer saber,
como durabilidade e desempenho, como as
que você não gostaria de saber, como os
problemas causados por uma broca quebrada e
o impacto que isso pode causar em várias
etapas do processo de fabricação.
"Temos usado as máquinas da Sandvik
Coromant durante todo o tempo que eu estou
nesta empresa", conta Tauber, segurando a mais
24 metalworking world
recente aquisição de sua coleção, uma CoroDrill
860-PM da Sandvik Coromant, que o tem
deixado particularmente satisfeito.
Desde que a CoroDrill foi incorporada ao
processo, em novembro de 2011, não houve
nenhuma quebra de broca. Anteriormente, a
produção tinha que parar de cinco a dez vezes
por semana em virtude de brocas quebradas.
Isso significava várias interrupções não
planejadas por semana, que duravam
de cinco minutos a algumas horas,
para garantir um produto final de
alta qualidade.
A Sandvik Coromant
não é o único fornecedor de Tauber,
tampouco o maior.
Mas toda ferramenta é
substituível,
especialmente
quando algo melhor
chega ao mercado
- como esta nova broca.
"Nossos contatos com a Sandvik Coromant
tiveram um grande impulso desde que Mattias
Arvidsson (representante de vendas da Sandvik
Coromant) começou a atuar em nossa região",
conta Tauber.
"Ele nos tem dado muito apoio técnico e novas
e boas ideias sobre como melhorar o processo”.
Tauber conta que aprecia o fato de Arvidsson
ser um técnico com muitos anos de experiência
na indústria local.
"Eu sabia que a Axipto tinha problemas com
brocas quebradas", revela Arvidsson. "Quando
ouvi sobre o lançamento da nossa nova
CoroDrill 860, fui à empresa e perguntei se eles
estavam dispostos a testar seu desempenho".
A Axipto concordou e a broca foi posta à
prova no dia em que foi lançada. Desde então,
Tauber diz, ele fez meticulosas medições,
verificando os dados de corte previstos,
avaliando a durabilidade e checando o desgaste
da broca em um microscópio.
"Normalmente você pode 'ouvir' a ferramenta quando o processo está correndo bem",
afirma Tauber. “Mas com essa broca não
podíamos ouvir nada e tínhamos que abrir a
porta para ver se o processo de furação estava
concluído."
Thuvesson acrescenta que foi uma decisão fácil
mudar todas as suas brocas inteiriças para a
CoroDrill 860.
"Este é o melhor registro de ferramenta que eu
já vi", conclui Thuvesson. "Hoje, as brocas são
a parte mais confiável do nosso processo." n
O que há no nome?
o nome Axipto vem de Accipter, um
gênero de aves de rapina da família
Accipitridae, que inclui açores e gaviões.
Estes aves são magras, com asas
curtas, largas e arredondadas e bicos
afiados em forma de gancho. Na
Axipto, as asas simbolizam a largura
da empresa e os olhos, a capacidade
de ver os detalhes. Nossevo é o nome
do proprietário Ovesson ao contrário.
insight técnico: Axipto
a situação
ilme!
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coro
A Axipto buscava formas de
melhorar a segurança e a
qualidade do processo de
fresamento automatizado. O
foco era limitar vários tipos de
interferência que interrompiam ou
retardavam a eficiência. Um grande
problema era a quebra das brocas, pois
isso parava todo o processo.
a solução
A nova broca inteiriça de metal duro para
aplicações ISO-P, CoroDrill 860 PM, foi
testada no processo automatizado. O
controle seguro dos cavacos no corte
longo e curto, em combinação com o
comportamento confiável e consistente
aumentou a vida útil da ferramenta e a
taxa de penetração e reduziu as forças de
corte. Dados bem definidos contribuíram
para uma solução bem-sucedida.
o resultado
Maior segurança no processo e uma
cadeia produtiva mais estável, que
garantem um produto final de maior
qualidade, uma vez que as brocas são
confiáveis para operar durante, pelo
menos, a vida útil estimada sem quebra.
Negócios em expansão:
Em breve estará pronto
um novo prédio de dois
mil metros quadrados
próximo às instalações
em Nybro.
metalworking world 25
Tecnologia
texto: christer richt
desafio: Melhorar desempenho,
resultados, segurança e custo por furo
em operações de furação.
solução: Deixar os parâmetros da
aplicação determinar o tipo certo de
CoroDrill.
Acerte em cheio em qualquer furação
a usinagem de furos nunca foi tão boa. As
ferramentas de corte para produzir praticamente todo tipo de furo deram um salto de
qualidade recentemente. Novas gerações de
brocas foram e estão sendo introduzidas, e há
mais a caminho. É uma boa notícia para a
furação dedicada de peças em grandes lotes,
em que tempos de ciclo e segurança são
prioridades. Esses avanços também são
positivos para furação geral de uma ampla
gama de furos em números menores, em que
versatilidade é uma prioridade importante.
Furação é a operação de usinagem mais
comum, por isso melhorá-la é uma medida
que causa um bom impacto na economia da
manufatura como um todo, incluindo a
usinagem. Além disso, melhorar a furação é
geralmente uma das melhorias mais
fáceis para se fazer em qualquer
máquina.
Ponta da
Se houver um
broca
obstáculo, é provavel- 870
mente a velocidade
do fuso disponível.
Fatores como força
26 metalworking world
de corte excessiva, torque, desbalanceamento, economia insatisfatória da ferramenta,
manutenção da consistência e de qualidade e
falta de confiança não são tão problemáticas
em aplicações hoje em dia.
Quando se trata de estabelecer ou
modernizar qualquer tipo de
furação, elaborar o quadro
completo no início é a regra de
ouro. Uma análise clara da
peça, set up e furos desejados
indica a escolha da ferramenta
Ponta da
e da aplicação - junto com uma
broca 860
nota do que está sendo buscado com
qualquer solução para comparação.
Os parâmetros básicos são sempre
diâmetro do furo, profundidade, tolerâncias e
acabamento superficial, material,
operações secundárias (como chanframento, escareamento, alargamento,
rosqueamento com macho), fixação,
velocidade de fuso disponível,
potência disponível, estabilidade,
características do setup e, por último, mas
não menos importante, o tamanho dos lotes e
qualquer flexibilidade necessária. A maioria
dos furos tem diâmetro entre 12 e 30
milímetros, com profundidades de três a
cinco vezes o diâmetro, em
aço com uma faixa de
tolerância em diâmetros de
IT8-12. A gama total de
furos é obviamente muito
mais ampla. Independentemente do material, há
uma série de melhorias
disponíveis para a usinagem
de furos atualmente.
Existem três tipos básicos de brocas
modernas: pastilhas intercambiáveis, pontas
intercambiáveis e metal duro. Cada tipo tem
suas vantagens e limitações, tornando a
escolha muito mais importante. Na maioria
dos casos que envolve furação, selecionar a
broca certa e utilizá-la corretamente tem uma
enorme influência sobre a eficiência,
segurança e consistência de qualidade - as
bases da competitividade.
Quando se trata de taxa de penetração, a
CoroDrill 860
é um conceito completamente
novo em brocas inteiriças de
metal duro, dedicado ao material
da peça. Com capacidade de
alcançar velocidades de corte
mais altas, ele oferece uma
imbatível combinação de taxa de
penetração e precisão, bem como
durabilidade e segurança.
A CoroDrill 860 é ideal para altas
velocidades de corte e adequada
para diâmetros de três a 20
milímetros e profundidades de
furação de três a oito vezes o
diâmetro. Ele pode usinar furos
com as tolerâncias de classe
premium IT8 com bons
acabamentos superficiais,
mesmo quando é exigido o
mínimo de rebarbas na entrada e
na saída do furo. A broca fornece
total flexibilidade no que refere às
características do furo, como
entrada e saída, formato e furos
cruzados.
Diâm. 3-20 mm
IT8
broca com pastilhas intercambiáveis é
imbatível, fornecendo baixo custo por furo mas ao preço de precisão. Tolerâncias na
faixa de IT11-12 são expectativas realistas
para esse tipo de broca na maioria das
operações. Esta é uma ferramenta com boa
versatilidade operacional e alta segurança,
adequada para um grande número de
operações. Ela proporciona excelente
economia na usinagem, particularmente em
grandes lotes de furos. Brocas com pontas
intercambiáveis, no entanto, são mais
versáteis e oferecem melhor precisão em
furos com tolerâncias de IT9-10, realistas
para muitas aplicações diferentes com grande
variedade de peças. Furos que demandam
rosqueamento são típicos. Novos desenvolvimentos apresentam uma interface de última
geração entre o corpo da broca e as pontas de
metal duro, permitindo uma usinagem com
9,5-33 mm
IT9
CoroDrill 870
é o novo desenvolvimento que
levou as brocas com pontas
intercambiáveis para a próxima
geração. Com sua maior
capacidade de avanço, as taxas
de penetração são mais elevadas
e a vida útil da ferramenta é
maior, com nova classe e
geometria de ponta. A faixa de
diâmetro é 12-25,99 milímetros, e
o programa inteiro será 9,5-33
milímetros e comprimentos de
até oito vezes o diâmetro,
produzindo furos de alta
qualidade na tolerância IT9. A
nova geometria da ponta, a
interface da ponta-para-broca e
os canais da broca são o
resultado de soluções de
ferramentas de alta tecnologia
que fornecem grande flexibilidade
no que diz respeito a peças, tipos
de furos e requisitos de tamanho
dos lotes, especialmente quando
precisam ser realizadas trocas
fáceis e precisas das pontas na
própria máquina.
segurança, boa economia da ferramenta e
fácil e infalível troca da ponta. Brocas
inteiriças de metal duro proporcionam a
melhor combinação de taxa de penetração e
precisão dos furos, com tolerâncias de IT8-9,
dependendo da aplicação. Não é uma broca
nova, é um evolução da broca helicoidal.
No entanto, o mais recente desenvolvimento
levou a broca inteiriça de metal duro a um
novo patamar, deixando as soluções atuais
para trás. Capacidades melhoradas incluem
dados de corte, vida útil da ferramenta,
escoamento de cavaco, tolerância, confiabilidade e consistência do acabamento superficial, juntamente com eficientes possibilidades de recondicionamento. n
CoroDrill 880
é estabelecida e comprovadamente a primeira escolha de
broca com pastilhas intercambiáveis para operações de furação
em todos os setores da
indústria. Esta é uma broca
segura e de alto desempenho
com classes de pastilhas para
qualquer material. Sua função é
resultado da exclusiva Step
Technology da Sandvik
Coromant, que é alcançada por
meio da função combinada das
pastilhas centrais e periféricas.
Isso otimiza e distribui
perfeitamente as forças de
corte, proporcionando um
estreito balanceamento da broca
com influência positiva sobre o
desempenho e os resultados. A
CoroDrill 880 tem uma gama de
diâmetros de 12 a 63,5
milímetros e profundidades de
cinco vezes o diâmetro e pode
usinar furos a IT11 e acabamentos superficiais de 0,5 Ra
micron, onde se exige o mínimo
de rebarbas na entrada e na
saída do furo. A broca fornece
total flexibilidade no que refere
às características do furo, como
entrada e saída, formato e furos
cruzados.
12-63,5 mm
IT12
resumo
Agora, o desempenho na usinagem de furos
pode ser ampliado em qualquer processo de
usinagem. Desenvolvimentos recentes em
furação atingiram novos níveis de tecnologia,
velocidade, durabilidade, segurança, versatilidade e qualidade do furo. Há, hoje, soluções que
injetam competitividade em qualquer tipo de
usinagem que envolva furos. A gama CoroDrill é
uma evolução em furação.
metalworking world 27
inspiração reciclagem
texto: R.F.Mamoowala
foto: adam lach
terra mágica
dos resíduos
O Jardim de Pedra de Nek Chand, na Índia, é um exemplo do que
o sonho e a dedicação de uma pessoa podem criar a partir do lixo
descartado pelos outros.
28 metalworking world
nnn Pode chamá-lo de rebelde criativo ou gênio da
reciclagem, mas o Jardim de Pedra de Nek Chand, em
Chandigarh, a capital de Punjab e Haryana, no norte da
Índia, é o lugar mais emblemático da cidade.
O labiríntico retiro, feito inteiramente de material
reciclado, é semelhante ao País das Maravilhas - só que
sem alegorias ou simbolismo. É uma pura e simples
terra de conto de fadas repleta de calçadas sinuosas,
escadas, cascatas, canais e árvores. É habitada por
camelos, cavalos, dançarinos, deusas, reis e rainhas
resplandecentes em suas câmaras e centenas de outros
produtos imaginários.
Um jardim único,
espalhado em mais de dez
hectares, que surgiu como
hobby em 1958. Era uma
época em que ainda não se
falava em reciclagem e
proteção do meio ambiente.
“Eu trabalhava como
inspetor de rodovia no
Departamento Público até
às 17h”, relembra Nek
Chand, agora com 87 anos.
“À noite, eu pedalava até
locais de demolição de
Chandigarh, onde uma
quantidade grande de lixo
era jogada”.
Ele levava esse material
para um desfiladeiro
adjacente a uma floresta
Nek Chand
quieta e isolada perto do
lago Sukhna. “Trabalhava
quatro horas todas as noites
para transformar o lixo em diferentes figuras.” Muitas
vezes sua mulher e filho o acompanhavam ao esconderijo, que as autoridades só viriam a encontrar em 1976.
“Eles ficaram maravilhados quando viram que havia
muitas coisas bonitas no jardim”, diz Nek, rindo. Ele
ficou surpreso ao obter reconhecimento e ajuda do
governo para interligar, com passarelas, as diferentes
áreas em uma única unidade.
As belas e fascinantes figuras que habitam o mundo
de Nek Chand são feitas a partir de objetos descartados,
como pulseiras coloridas, fios elétricos, revestimentos
cerâmicos, vidros quebrados, garrafas, xícaras, pires,
instalações de encanamento de cerâmica, resíduos de
fundição de ferro – enfim, qualquer coisa considerada
sem uso e jogada fora. Quando unidos, eles formam
figuras de incrível beleza.
Com ajuda de 60 pessoas designadas pelo governo, o
Jardim de Pedra ficou pronto para ser aberto ao público
em seis meses. A atração teve uma enorme resposta
dos visitantes, que se maravilharam com a capacidade
de um inspetor de rodovia que não tinha concluído o
ensino médio e muito menos formação em arte criar
algo tão original e bonito.
Não demorou para que turistas internacionais
começassem a visitar o Jardim de Pedra, e em 1980,
seu criador foi convidado pelo governo francês a criar
um jardim semelhante em Paris. Alemanha, EUA,
Grã-Bretanha, Suíça e outros países seguiram o
exemplo, e antes que se
desse conta, Nek Chand
estava viajando ao redor
do mundo, recebendo
honras e prêmios por sua
criação. “As sociedades
ocidentais desperdiçam
muito mais que a indiana,
e eles pediram minha
ajuda para transformar o
lixo deles em locais de
beleza similar”, diz. Em
pouco tempo, seu Jardim
de Pedra foi replicado em
diferentes países, e a
Fundação Nek Chand
criada nos EUA e
Grã-Bretanha.
Nek Chand agora passa
boa parte de seus dias no
Jardim de Pedra, “conversando com os visitantes e
obervando a sensação de admiração deles ao verem que
o lixo pode ser transformado em objetos tão bonitos”.
Fundações mandam voluntários para serem treinados.
“Nós os treinamos de graça e também damos acomodação e alimentação”, conta. “Estou muito feliz por saber
que jardins similares levarão alegria a milhões de
pessoas ao redor do mundo”.
Dinheiro nunca foi um problema, de acordo com Nek
Chand. São 5.000 visitantes por dia, a 15 rúpias (R$
0,55) a entrada, totalizando 75 mil rúpias (R$ 2.700).
“Temos mais dinheiro do que podemos gastar”, aponta.
“À exceção da limpeza, o local não exige praticamente nenhuma manutenção. Usei resíduos naturais e
construí tudo para que não fosse preciso branquear nem
pintar. Não tenho fascínio por dinheiro”.
Nek Chand recorda com carinho a visita da falecida
Sobre o Jardim
de Pedra
O jardim de Pedra fica em
Chandigarh, no norte da
Índia. Pode-se chegar de
avião ou trem a partir das
principais cidades do país.
O jardim se espalha por 24
hectares e recebe cerca de
5.000 visitantes por dia.
Está aberto sete dias por
semana, das 9h às 19h. A
entrada custa apenas 15
rúpias (R$ 0,55). O maior
bônus é a presença do
criador do jardim, o
octogenário Nek Chand,
que adora conversar com
os visitantes.
metalworking world 29
‘‘
Trabalhava por quatro horas todas as noites
para transformar o lixo em diferentes
imagens.”
30 metalworking world
Mattias Carlberg,
responsável
global pelo
programa de
reciclagem da
Sandvik
Coromant, criado há 16 anos ,
fala para a Metalworking World.
Como continuar a melhorar o programa e quais seus objetivos?
Nossos objetivos são reduzir o nosso
impacto ambiental por meio de um
eficiente processo de reciclagem de
energia e ajudar a preservar
matérias-primas não-renováveis por
meio do já existente processo de
reciclagem de metais tanto quanto
possível. Globalmente, a matéria-prima para nossos produtos de
metal duro só está disponível em
alguns países e de forma limitada.
Além disso, o processo de reciclagem que usamos é energeticamente
mais eficiente do que a mineração.
As esculturas do Jardim de
Pedra são feitas com
resíduos naturais e exigem
pouca manutenção.
Você poderia nos dar um exemplo do que você faz no seu trabalho diário com os clientes?
Um dos nossos trabalhos é o recondicionamento, em que reafiamos as
brocas de nossos clientes. Esse
serviço também contribui para
reduzir nosso impacto ambiental,
uma vez que os clientes reafiam os
produtos em vez de comprar novos.
Em determinado momento, no
entanto, a broca não poderá ser
reafiada. É quando, por meio do
programa de reciclagem da Sandvik
Coromant, compramos as brocas
usadas de volta.
Como os clientes se beneficiam
do programa de reciclagem?
primeira-ministra indiana Indira Gandhi. “Ela ficou
fascinada pelo Jardim de Pedra e fez perguntas
detalhadas sobre como eu tinha começado e qual era a
minha inspiração.”
Então, o que inspirou um artista inexperiente a fazer
uma arte tão fabulosa? Ele responde calmamente: “É a
graça divina. Ele quis alguém para fazer esse tipo de
trabalho. Fui apenas um instrumento escolhido por
Ele. Eu examinava e classificava o lixo, que lentamente tomaria forma”.
Um grande desafio
veio em 1988, quando
um alto funcionário
do governo “que não
apreciava o valor do
meu trabalho, trouxe
uma enorme escavadeira para demolir o
jardim”, relata.
Então, como fez
para pará-lo?
“Não o impedi”,
relembra Nek. “As
pessoas e a mídia se
voltaram contra ele.
Todos os dias havia
artigos e editoriais
contra sua intenção.
Os jornalistas lhe
perguntavam: ‘Por que vocês estão tão
empenhados em cometer esse erro?’ Em certo
momento, o funcionário pediu transferência
para fora da cidade.”
Sob a orientação de Nek Chand, mais obras
são adicionadas ao jardim, e ele agora tem 24
hectares à sua disposição. “Sou muito feliz
aqui, porque os visitantes vão embora
sorrindo”, diz. “Essa é a minha recompensa.”n
Eles costumam ter programas
ambientais próprios. Nosso eficaz
programa de reciclagem de produtos
de metal duro contribui para as
metas ambientais deles. Além disso,
pagamos nossos clientes por seus
produtos usados de metal duro - [dinheiro que] em vários casos, os
clientes reinvestem na própria
produção para aumentar a
produtividade.
Como você vê o programa de
reciclagem da Sandvik Coromant
daqui a 10, 20 anos?
Uma vez que as matérias-primas são
finitas, acredito que será ainda mais
importante diminuir a dependência
dos insumos primários. Além disso,
para diminuir o efeito estufa, é
necessário minimizar o consumo de
energia quando se extrai matérias-primas. Eu gostaria de ver uma parte
maior de nossa demanda sendo
fornecida por meio da reciclagem.
Isso diminuiria ainda mais nossa
dependência de matérias-primas
para a fabricação de ferramentas de
corte de metal duro.
metalworking world 31
Tecnologia
texto: Elaine Mcclarence
desafio: Como tirar o melhor proveito
da capacidade da máquina-ferramenta.
solução: Incluir uma estratégia
de refrigeração de alta pressão.
As vantagens
da refrigeração
de alta pressão
tendência de
produção automatizada, as empresas têm
buscado cada vez mais incorporar tecnologias e estratégias que permitam uma
usinagem sem problemas. De olho nisso, a
Sandvik Coromant desenvolveu soluções de
refrigeração de alta pressão que podem
ajudar os clientes a obter ganhos como o
aumento da vida útil da ferramenta, maior
consistência das peças e ampliação da
segurança no processo.
Em essência, a refrigeração de alta pressão
(HPC, na sigla em inglês) funciona por meio da
transferência do calor da ferramenta e da peça
que está sendo usinada para o refrigerante.
A refrigeração eficaz da zona de usinagem
ajuda a minimizar o desgaste da ferramenta,
prolonga sua vida útil e fornece as condições
para velocidades de corte mais altas. O
controle otimizado de cavacos elimina
paradas, melhorando a utilização da máquina.
A refrigeração de alta pressão baseia-se em
olhais otimizados que produzem jatos
paralelos e laminares de refrigerante a uma
Para atender a crescente
32 metalworking world
Os olhais proporcionam refrigeração de alta
pressão e miram com precisão.
alta velocidade direcionado para o lugar certo
da pastilha e no ângulo correto da aresta de
corte. Olhais de alta precisão, fixos e
pré-direcionados são montados na ferramenta, o que significa que não há necessidade de
operador para fazer o ajuste. Dependendo do
tipo de ferramenta, o porta-ferramenta é
equipado com dois ou três olhais. Eles se
conectam à máquina-ferramenta ou a uma
bomba adicional.
A HPC normalmente é voltada para
pressões de até 80 bars. As soluções de HPC
que a Sandvik Coromant está desenvolvendo
atualmente vão ampliar a margem para, pelo
menos, 150 bars no futuro.
A Sandvik Coromant conta com uma gama
de soluções de alta pressão, mas um
benefício das soluções com HPC para os
clientes é que elas podem ser utilizadas em
máquinas standard com ferramentas
standard. Para centros de torneamento e
máquinas multitarefas, o sistema de
refrigeração é entregue via ferramentas
CoroTurn HP, CoroMill e CoroDrill
combinadas com o sistema de fixação
modular Coromant Capto, concebido desde o
início para trabalhar com refrigeração de alta
pressão.
A HPC é aplicável em uma vasta gama de
operações de torneamento, fresamento e
O CoroTurn tem olhais
fixos, pré-direcionados e
de alta precisão montados
na ferramenta e
direcionados para o lugar
certo, no ângulo certo da
aresta de corte.
furação em uma gama igualmente ampla de
materiais e máquinas, incluindo materiais
desafiadores como titânio e aços inoxidáveis.
Para operações de torneamento, o acúmulo
de cavacos tipo fita pode se tornar um
problema, especialmente onde há troca
automática de ferramenta. Particularmente
para operações de torneamento médio ao
acabamento, a HPC oferece melhor controle
de cavacos, reduzindo paradas da máquina e
aumentando sua utilização. Na furação, o
benefício se dá principalmente pelo melhor
escoamento do cavaco, que se reflete em uma
vida útil mais longa e consistente da
ferramenta. Aqui, a alta pressão ajuda a
assegurar um bom fluxo de refrigeração, o
que contribui para um processo de furação
seguro.
A refrigeração de alta pressão melhora
significativamente o controle de cavacos em
torneamento, permitindo produção automatizada e maiores velocidades e vida útil da
ferramenta (mais de 50%) do desbaste ao
acabamento, mesmo em materiais difíceis
O segredo da precisão é a
tecnologia do olhal.
como ligas de titânio e ligas de níquel.
Se a HPC é implementada no momento do
investimento em uma nova máquina, o tempo
de amortização é, em geral, de poucos meses,
e a capacidade de alta pressão tem estado
cada vez mais disponível como padrão em
novas máquinas. No entanto, o retrofitting
também pode trazer ganhos. Com esses
fatores em mente, a Sandvik Coromant tem
aumentado significativamente seu programa
de HPC.
Concluindo, a refrigeração de alta pressão
oferece benefícios importantes para as peças,
como tempos de usinagem mais curtos,
redução das paradas e processos de usinagem
mais consistentes e seguros, juntamente com
o aumento da qualidade das peças. n
resumo
Soluções de refrigeração de alta pressão podem
gerar ganhos consideráveis na usinagem em
geral. A tendência de equipar novas máquinas
com capacidade de alta pressão é crescente.
Para esse fim, a Sandvik Coromant oferece
soluções que proporcionam melhor controle de
cavacos e maior vida útil para a ferramenta,
melhorando a eficiência da usinagem, a
utilização da máquina e a produtividade.
metalworking world 33
Nota final
texto: henrik emilsson
34 metalworking world
foto: Jacobs chong
Jardins da Baía, Cingapura
Floresta
encantada
Não consegue enxergar uma floresta, apesar das árvores? Neste caso
ninguém pode culpá-lo, porque 18 árvores, afinal, não constituem uma
floresta, e as árvores em questão são tão visualmente avassaladoras que
anulam qualquer noção de floresta. Construídas em concreto com
armações de aço que simulam cascas de árvores naturais, além de
milhares de hastes de arames grossos que compõem os ramos, estas
superárvores gigantes alcançam de 25 a 50 metros de altura e têm suas
"raízes" encravadas nos Jardins da Baía de Cingapura, inaugurado
recentemente na região da Marina Sul. As árvores são, na verdade, jardins
verticais cobertos com 163 mil plantas tropicais de 200 espécies. Elas
estão equipadas com tanques para coletar água da chuva para
irrigação e 11 unidades têm células solares para iluminação
noturna. A árvore mais alta conta até com um bistrô em seus
ramos, o que significa que as pessoas não vão passar fome
no caso de se perderam nesse bosque. n
Trio de gigantes
criados pelo homem
metalworking world 35
Print n:o C-5000:562 POR/01
© AB Sandvik Coromant 2012:3
Nova CoroDrill®870
Mais que diferente, excepcional
As brocas com ponta intercambiável já existem há algum
tempo, o que não é nenhuma novidade. Mas a CoroDrill
870 é uma ferramenta diferente, muito diferente: uma nova
geração de brocas com ponta intercambiável.
O que ela tem de diferente? Bem, fixamos a interface entre
o corpo e a ponta da broca. Seu encaixe é perfeito e seguro
para que você não se preocupe com problemas de precisão.
Trocar esta ponta é muito simples, (você provavelmente
conseguiria fazer isso de olhos fechados, embora não seja
recomendado), maximizando o tempo real de usinagem.
O desenho inteligente do canal da broca, junto com a
geometria, facilita o escoamento dos cavacos.
Garantimos que o desenho otimiza suas aplicações em
todas as possibilidades de comprimento, passos e faixas de
diâmetro. Os furos podem ser feitos de forma mais eficiente
e mais próximos das especificações, facilitando a sua
próxima tarefa.
Esqueça o recondicionamento; basta trocar a ponta quando
estiver gasta.
Escaneie o código e veja mais dicas
para aprimorar a usinagem de furos!
www.sandvik.coromant.com/pt

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