Locke e Bacon

Transcrição

Locke e Bacon
Locke e Bacon
Colégio Ser! 2.º Médio
Filosofia
Marilia Coltri
John Locke
• Locke divide o poder do governo em três poderes, cada um dos quais
origina um ramo de governo: o poder legislativo (que é o fundamental), o
executivo (no qual é incluído o judiciário) e o federativo (que é o poder de
declarar a guerra, concertar a paz e estabelecer alianças com outras
comunidades). Enquanto o governo continuar sendo expressão da vontade
livre dos membros da sociedade, a rebelião não é permitida: é injusta a
rebelião contra um governo legal. Mas a rebelião é aceita por Locke em
caso de dissolução da sociedade e quando o governo deixa de cumprir sua
função e se transforma em uma tirania.
• Locke considera o Legislativo o poder supremo, ao qual deve se subordinar
tanto o executivo quanto o poder federativo, assim, entende-se que o
poder do Estado está fundamentado nas instituições políticas, e não no
arbítrio dos indivíduos.
• O Estado deve cuidar do bem-estar material dos cidadãos
sem tomar partido em questões de matéria religiosa.
• O poder legislativo ocupa papel preponderante.
• Na estrutura de poder, dentro de certos limites, o Estado
tem o poder de fazer as leis e obrigar que sejam cumpridas.
• A propriedade tem no trabalho a sua origem e fundamento,
uma vez que ao acrescentar algo que é seu aos objetos da
natureza o homem os transforma em sua propriedade.
• Animais e frutos, quando disponíveis na natureza e sem a
intervenção humana, pertencem a um direito comum de
todos.
• Propriedade na visão de Locke argumenta que, quando os homens se
multiplicaram a terra se tornou escassa, fizeram-se necessárias leis além da lei
moral ou lei da natureza. Isto o leva a querer unir-se em sociedade com outros
que tanto quanto ele tenha a intenção de preservar suas vidas, sua liberdade e
suas posses, e a tudo isso Locke chama de "propriedade". Mas não é esta a causa
imediata da constituição do governo. O direito à propriedade seria natural e
anterior à sociedade civil, mas não inato. Sua origem residiria na relação concreta
entre o homem e as coisas, através do processo do trabalho. O trabalho é a
origem e justificação da propriedade. Se, graças a este o homem transforma as
coisas, pensa Locke, o homem adquire o direito de propriedade. Locke considera
que, no seu estado natural, o homem é senhor de sua própria pessoa, e de suas
coisas, e não está subordinado a ninguém.
O resultado que está sujeito constantemente à incerteza e à ameaça dos demais,
pois no estado natural um é rei tanto quanto os demais, e como a maior parte dos
homens não observa estritamente a equidade e a justiça, o desfrute da
propriedade que um homem tem em uma situação dessas é sumamente inseguro.
• Para Locke, o estado de natureza é um estado de liberdade e de igualdade.
• A liberdade no estado de natureza não consiste em permissividade, pois
ela é limitada pelo direito natural.
• Nas próprias palavras de Locke: “ainda que se tratasse de um “estado de
liberdade”, este não é um “estado de permissividade”: [...] O “estado de
Natureza” é regido por um direito natural que se impõe a todos, e com
respeito à razão, que é este direito, toda a humanidade aprende que,
sendo todos iguais e independentes, ninguém deve lesar o outro em sua
vida, sua saúde, sua liberdade ou seus bens.” (LOCKE, J. Segundo tratado
sobre o governo civil. Tradução de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa.
Petrópolis: Vozes, 1994).
• Sobre o estado de natureza em Locke ele constitui-se de uma relativa
paz, que inclui a boa vontade, a preservação e a assistência mútua.
• “[...] é preciso que examinemos a condição natural dos homens, ou
seja, um estado em que eles sejam absolutamente livres para decidir
suas ações, dispor de seus bens e de suas pessoas como bem
entenderem, dentro dos limites do direito natural, sem pedir
autorização de nenhum outro homem nem depender de sua
vontade.”
• O texto afirma que no estado de natureza os homens gozavam de
liberdade para usufruírem de seus direitos naturais. De fato, para
Locke, o estado de natureza era um estado de relativa paz e boa
vontade entre os homens.
• O poder político, para Locke tem limites, sendo legítima a resistência
aos atos do governo se estes violarem as condições do pacto político.
• Se o homem é naturalmente livre, a sua subordinação a qualquer
poder dependerá sempre de seu consentimento.
• A função do Estado, para Locke, é preservar a liberdade individual e a
propriedade privada. Os cidadãos, que se submetem ao contrato
social mediante seu próprio consentimento, podem se defender caso
o governo fira as condições do contrato.
Francis Bacon
• Os conhecimentos sobre os subtemas, pode-se afirmar que o
pensamento de Francis Bacon está voltado para o problema do
método e para a defesa da experimentação.
• Francis Bacon foi um dos fundadores do método científico moderno.
Sua máxima “saber é poder” revela a visão de que o conhecimento da
natureza é também uma forma de poder sobre ela. A necessária
passagem do particular para o geral, no método científico, se daria
por meio da experimentação.
• O pensamento de Francis Bacon acerca da verdadeira indução
experimental como interpretação da natureza e na busca do
conhecimento, não se podem encontrar verdades indubitáveis, sem
submeter as hipóteses ao crivo da experimentação e da observação.
• Francis Bacon é considerado um dos fundadores da ciência moderna
no período que marca a passagem do pensamento escolástico para o
moderno. No texto escolhido para o enunciado, Bacon demonstra seu
desejo por um método que procura valorizar a experiência, de acordo
com leis seguras e de forma constante.
•
• Segundo Francis Bacon, “são de quatro gêneros os ídolos que
bloqueiam a mente humana. Para melhor apresentá-los, lhes
assinamos nomes, a saber: Ídolos da Tribo; Ídolos da Caverna; Ídolos
do Foro e Ídolos do Teatro”.
• Os Ídolos da Tribo são fundados na própria natureza humana, devido
a deficiências do espírito humano que consideram os sentidos como a
medida das coisas. Esses ídolos estão relacionados com um
conhecimento supersticioso e somente são superados mediante uma
reforma da própria natureza humana.
•
• Na concepção de ciência em Francis Bacon, a ciência visa o
conhecimento da natureza com a intenção de controle e domínio
sobre ela para que o homem possa ter uma vida melhor.
• A visão de Francis Bacon a respeito do método científico está
relacionada com a intenção de domínio da natureza e de melhoria da
vida humana. De fato, essa visão repercute ainda hoje, por mais que a
ciência se reconheça muito mais limitada nesse domínio e controle
sobre o que é natural.
FIM