relatório de sustentabilidade 2013

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relatório de sustentabilidade 2013
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2013
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2013
AÇO BRASIL Relatório de sustentabilidade 2013
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Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
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SUMÁRIO
1. Apresentação
1.1 Mensagem do presidente
1.2 Sobre o relatório
1.3 Instituto Aço Brasil
Estrutura e funcionamento
Inovação e qualidade para
produtos e coprodutos
Relacionamento com
públicos estratégicos
2. A indústria do aço no Brasil
2.1 Contextualização econômica
2.2 A cadeia de produção
2.3 O ciclo de vida do aço
2.4 Gargalos e desafios para
o desenvolvimento sustentável
3. Práticas para o
desenvolvimento sustentável
3.1 Transformações tecnológicas
3.2 Iniciativas de certificação e
autorregulação
4. Desempenho das
empresas do setor
4.1 Econômico
4.2 Social
4.3 Ambiental
Informações Corporativas
Créditos
AÇO BRASIL 1. Apresentação
6
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
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1.1 MENSAGEM
DO PRESIDENTE
1
Apresentação
Neste ano em que estamos publicando a 8ª edição do
setor. A importância da indústria do aço na economia
Relatório de Sustentabilidade da indústria brasileira
do país é reconhecida por todos, com grande efeito
do aço, o Instituto Aço Brasil comemora seu 50º ani-
multiplicador na geração de renda e de empregos.
versário. Meio século a serviço do desenvolvimento
Evitar a evasão de renda e a exportação de empregos
da indústria do aço no Brasil. Do início das atividades
para outros países foram as razões que mobilizaram,
do Instituto, em 1963, até o presente, a produção
em 2012, a cadeia produtiva e as entidades de tra-
brasileira de aço saltou de 2 milhões de toneladas
balhadores pela eliminação das assimetrias compe-
para 34,5 milhões de toneladas. Ao longo destes anos,
titivas que afetam a indústria brasileira. A despeito
a indústria do aço se estruturou para atender plena-
das enormes dificuldades e de 2012 ter sido um ano
mente o mercado interno e ter posição exportadora
difícil, o setor manteve, conforme apresentado neste
forte. Estes objetivos foram alcançados e mantidos
Relatório, iniciativas nos pilares ambiental e social
até 2008, quando eclodiu a crise econômica mundial.
da sustentabilidade, por entender que os mesmos
A partir de então o mercado internacional encolheu
são indissociáveis do pilar econômico.
e houve o crescimento excepcional da China, que de
importadora passou a ser exportadora líquida de
produtos siderúrgicos. Atualmente, há excedente de
capacidade de produção mundial de aço superior a
500 milhões de toneladas e, consequentemente, pressão e volatilidade no mercado internacional. Desde
2008, vem-se observando aumento significativo das
importações de produtos siderúrgicos e de produtos
intensivos em aço, como máquinas e equipamentos.
Práticas concorrenciais predatórias e subsídios concedidos por alguns países e questões conjunturais e
Nesta edição do Relatório de Sustentabilidade, cabe destacar a apresentação das ações desenvolvidas durante
o primeiro ano de vigência do Protocolo de Sustentabilidade do Carvão Vegetal, lançado em abril de 2012. No
âmbito social, as usinas mantiveram seus programas
de treinamento e desenvolvimento dos colaboradores,
assim como projetos voltados ao bem estar das comunidades locais. Ao longo das próximas páginas, os leitores
encontrarão uma síntese dos resultados ambientais,
econômicos e sociais alcançados pelo setor em 2012.
estruturais do Brasil como apreciação cambial, carga
O Instituto Aço Brasil congrega e representa empre-
tributária elevada e infraestrutura deficiente estão
sas que são parte da história e da construção deste
impossibilitando a competitividade dos produtos
país e sinto-me muito honrado por estar exercendo
brasileiros. Tal situação é evidenciada pela acentuada
a presidência de seu Conselho Diretor no momento
queda da participação da indústria de transformação
que comemoramos 50 anos de existência da institui-
no PIB, que caiu nos últimos 12 anos de 17,2% para
ção. Cada edição desse nosso relatório é permanente
13,3%. Neste contexto, o desafio com que se defron-
reafirmação do compromisso da indústria do aço
tam o Instituto Aço Brasil e suas empresas associadas
brasileira com o desenvolvimento sustentável e o
é bem mais complexo do que o foi no passado.
bem-estar social no país.
Manter a participação das produtoras de aço do país
no mercado doméstico tem sido o foco principal do
Albano Chagas Vieira,
presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil
AÇO BRASIL 1. Apresentação
8
1.2 SOBRE O
RELATÓRIO
O Instituto Aço Brasil publica, pelo oitavo ano, seu
Relatório de Sustentabilidade. A publicação seguiu
primeiramente a metodologia do Instituto Ethos e
depois passou a referenciar-se nos princípios do
Global Reporting Initiative (GRI). A partir desse conhecimento adquirido, pela primeira vez, o recolhimento de dados foi feito exclusivamente pela equipe
interna do Instituto Aço Brasil, tendo como resultado
esta edição. Investiu-se em estrutura tecnológica e
de consultoria para que esta publicação reforçasse
o compromisso do setor com a transparência e a
consistência das informações.
O período-base para análise e apuração das infor-
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
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Salvo em casos específicos, as informações con-
referenciar as informações de caráter qualitativo a
solidadas neste relatório consideram as seguintes
respeito das políticas e práticas das associadas.
empresas associadas e suas respectivas unidades
industriais produtoras de aço: Aperam, ArcelorMittal Aços Longos, ArcelorMittal Tubarão, Gerdau
Açominas S.A., Gerdau Aços Especiais S.A., Gerdau
Aços Longos S.A., SINOBRAS – Siderúrgica Norte
Brasil S.A., ThyssenKrupp CSA – Companhia Siderúrgica do Atlântico, Usinas Siderúrgicas de Minas
históricas de três anos.
de amadurecimento e análise crítica dos dados e
dos protocolos que o norteiam, em alguns casos,
foi necessário retificar informações ou dados
mencionados ou usados como referência em
publicações anteriores.
Gerais S.A. – Usiminas, V&M do Brasil S.A., Vallou-
Para a elaboração deste relatório, o Instituto Aço
rec & Sumitomo Tubos do Brasil, Villares
Brasil contou com a colaboração de técnicos e
Metals S.A. e Votorantim Siderurgia S.A. Dessa
especialistas de diversas áreas das empresas asso-
forma, o processo envolveu todas as empresas
ciadas. Também foram realizadas entrevistas com
associadas. Deve-se também ressaltar que os dados
alguns dos principais executivos do setor, visando
da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) não
coletar suas opiniões sobre os fatos ocorridos em
foram contabilizados nesta publicação, exceto os
2012. Foram entrevistados ainda alguns beneficia-
econômicos-financeiros.
dos pelos programas socioambientais das associa-
mações é o ano de 2012, trazendo como referência
e objeto de análise, sempre que possível, séries
Por fim, como resultado do natural processo
A participação das empresas em relação ao total de
aço bruto produzido no período foi utilizada para
das do Aço Brasil.
AÇO BRASIL 1. Apresentação
10
1.3 INSTITUTO
AÇO BRASIL
O Instituto Aço Brasil é a entidade que reúne e representa as empresas produtoras de aço no país. Ao
completar 50 anos, reafirma os compromissos firmados em sua fundação, em 1963: promover o desenvolvimento e a competitividade do setor e contribuir
para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
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Inovação e qualidade
para produtos e coprodutos
O Instituto Aço Brasil mantém e coordena as atividades
do Centro de Coprodutos Aço Brasil – CCABrasil, do Centro Brasileiro da Construção em Aço – CBCA e do Comitê
Brasileiro de Siderurgia – ABNT/CB28. Esses centros são
importantes agentes de fomento à inovação, desenvolvimento de mercado, normalização e à qualificação
técnica de produtos e coprodutos da indústria do aço.
e para o crescimento sustentável do Brasil.
Através de estudos e pesquisas sobre produção,
mercado, suprimentos, meio ambiente, relações no
O Centro de Coprodutos Aço Brasil (CCABrasil), cria-
aço, o Aço Brasil fundamenta sua atuação junto a
do em 2010, tem como objetivo agregar valor aos
órgãos e entidades públicas no Brasil e no exterior.
coprodutos do processo siderúrgico, contribuindo
No desempenho dessas atividades, relaciona-se
para a reciclagem de materiais e para a preservação
com entidades, organizações, empresas produtoras
dos recursos não renováveis.
de aço de outros países, instituições nacionais e
negócios, entre outras.
logias e uso eficiente de matérias-primas, visando
atender os padrões internacionais de qualidade e
eficiência, reutilização e reciclagem.
Comitê Brasileiro
de Siderurgia CB-28
O Instituto Aço Brasil é o mantenedor do Comitê Brasileiro de Siderurgia (CB28), comitê técnico da ABNT
– Associação Brasileira de Normas Técnicas, respon-
Centro de Coprodutos Aço
Brasil (CCABrasil)
trabalho e outros temas de interesse da indústria do
internacionais ligadas ao setor e à sua cadeia de
trando como é possível investir em novas tecno-
Centro Brasileiro da
Construção em Aço (CBCA)
sável pelo desenvolvimento da normalização do aço
e dos produtos siderúrgicos, com a participação de
todos os segmentos interessados. As normas técnicas
facilitam a comunicação entre fabricantes e clientes,
reduzindo custos e permitindo ao cliente/consumidor
verificar a qualidade e conformidade dos produtos.
Relacionamento com
públicos estratégicos
O Instituto Aço Brasil reconhece a importância de
manter um diálogo aberto e a cooperação com os
Nos últimos 50 anos, o Instituto Aço Brasil consoli-
Em 10 anos de atividades, o Centro Brasileiro da
dou-se como fonte de referência para as estatísticas
Construção em Aço (CBCA) tornou-se importante ca-
e informações sobre o setor, divulgando relatórios e
nal de divulgação de serviços e ações para promoção
publicações com dados de produção e consumo de
e ampliação da participação da construção em aço
produtos siderúrgicos e atendendo aos constantes
no mercado nacional assim como estimulou a maior
pedidos de informações e entrevistas de diferentes
colaboração entre a indústria e a academia. Dessa
Nesse sentido, procura contribuir para o aperfeiço-
públicos, como imprensa, governo, academia, etc.
forma, a cadeia da construção em aço vem demons-
amento da regulamentação e dos padrões do setor.
representantes tanto do poder público como da
sociedade civil. E acredita que esse relacionamento
está na base do papel que desempenha para ampliar
e reforçar o desenvolvimento sustentável do país.
AÇO BRASIL 1. Apresentação
12
Participa, assim, de Comissões do Congresso Nacio-
ca ou na escala de produção, e interligar, pelo relacio-
nal e de fóruns permanentes nos quais apresenta
namento estruturado, esses públicos estratégicos.
propostas que resultem em uma legislação equilibrada e com bom fundamento jurídico, e ao mesmo tempo incentivem o investimento na atividade produtiva.
Mantém ainda forte o intercâmbio com as instituições ligadas ao setor do aço, o que propicia a participação nos estudos e análises – sejam econômicos,
técnicos ou legais – e que resultam em dados sólidos,
a serem utilizados em benefício de cada negócio e
de toda a sociedade. A mesma troca de experiências
se dá com entidades no exterior e, com isto, o Brasil
Coordenação da
Ação Empresarial
O Instituto Aço Brasil é responsável ainda pela gestão
e coordenação executiva das atividades da Ação Empresarial, entidade criada em 1993 para dar suporte a
iniciativas de interesse comum do empresariado brasileiro. São 20 anos de atuação voltada para o desenvolvimento e a defesa de diferentes setores e, também, de
intervenções em matérias de interesse suprassetorial.
marca sua presença diante dos principais interlocutores internacionais.
A Ação Empresarial participou ultimamente de gestões relacionadas às desonerações fiscais, trabalhistas
Além disso, o Instituto, ao congregar importante
e de outros custos prejudiciais à competitividade das
indústria de base, apoia e participa ativamente das
empresas brasileiras, com destaque para os debates
operações da cadeia produtiva que transforma o aço
sobre jornada de trabalho, da desoneração de impos-
em bens que chegam ao mercado final. Ciente de sua
tos da conta de energia, e da MP dos Portos. Partici-
contribuição para o desenvolvimento do país, procu-
pam da Ação Empresarial confederações, federações,
ra, enfim, alcançar os mais diferentes interlocutores,
associações e outros grupos empresariais.
seja na posição que ocupam, na localização geográfi-
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Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
AÇO BRASIL 2. A indústria do aço no Brasil
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Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
15
1.535,9
1.547,4
1.431,4
PRODUÇÃO DE AÇO BRUTO (106t)
MUNDO
AMÉRICA LATINA
BRASIL
67,5
65,7
61,7
32,9
35,2
34,5
2010
2011
2012
2.1
CONTEXTUALIZAÇÃO
ECONÔMICA
2
Um crescimento considerado inexpressivo foi verificado nas vendas internas, em 2012, que totalizaram
21,6 milhões de toneladas, aumento de apenas 0,8%
2012, um ano difícil
na comparação com 2011. O mesmo ocorreu em
termos de consumo aparente nacional, que atingiu
Fundamental ao desenvolvimento nacional – pela
25,2 milhões de toneladas, uma elevação somente
capacidade produtiva, de geração de empregos
de 0,6% em relação a 2011.
e divisas, bem como de investimentos – a
indústria do aço no Brasil enfrentou grandes
dificuldades em 2012 decorrentes da crise econômi-
Exportações e importações
ca global. O excedente de capacidade de produção
Em 2012, as exportações brasileiras de produtos
mundial superior a 500 milhões de toneladas trouxe
siderúrgicos totalizaram 9,8 milhões de toneladas
reflexos negativos ao desempenho econômico do setor.
e receita de 7,0 bilhões de dólares, o que representou uma queda de 9,6% em volume e de 16,7 % em
A produção brasileira de aço bruto em 2012 totalizou
34,5 milhões de toneladas, representando uma queda de
2% em relação ao ano anterior. Em função da conjuntu-
A indústria
do aço no Brasil
ra econômica global e de seus reflexos negativos, tanto
valor, em comparação com 2011. Estes resultados
são consequência do excesso de oferta de produtos
siderúrgicos no mercado internacional e de práticas
concorrenciais predatórias de alguns países.
as exportações como a demanda interna apresentaram
Fonte: worldsteel, Aço Brasil e Alacero
desempenho aquém do esperado e, em consequência, as
As importações somaram 3,8 milhões de toneladas,
usinas no Brasil operaram com grau de utilização de sua
volume equivalente ao atingido em 2011, mantendo-
capacidade de produção muito baixo (71,3%). Antes da
-se elevado o nível de importação em relação ao
crise, este indicador situava-se acima de 85%.
consumo total de aço no país.
AÇO BRASIL 2. A indústria do aço no Brasil
16
Sobre produtos e mercados
A construção civil e os setores automotivo, de máquinas
2.2 A CADEIA
DE PRODUÇÃO
e equipamentos (bens de capital) e de linha branca re-
A indústria do aço no Brasil conta com 29 usinas,
presentam mais de 80% do consumo de aço no Brasil.
pertencentes a 11 grupos empresariais. Em 2012,
Apesar do desaquecimento do mercado, as obras
de infraestrutura em geral, o fomento à construção
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
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2.3. O CICLO
DE VIDA DO AÇO
Material essencial
o setor ocupou a nona posição no ranking mundial,
Presente no dia a dia da sociedade em inúmeras
com participação de 2,2% na produção global e de
aplicações, o aço é um material versátil e essencial
52,5% na América Latina.
ao desenvolvimento do país. Sua utilização é funda-
civil e a proximidade de grandes eventos esportivos
- tais como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos
Dez estados integram o parque produtor de aço na-
Olímpicos de 2016 – criam expectativas positivas. O
cional, embora a região Sudeste responda pela maior
desempenho e previsões para a indústria de petró-
parte da produção brasileira (94%), com 22 usinas.
mental à mobilidade por ser parte dos mais diversificados meios de transporte. Passando pela indústria
e pelo comércio em diferentes segmentos, até chegar
às residências com seus eletrodomésticos, móveis,
leo e a automotiva também têm gerado confiança no
Em 2012, as associadas ao Aço Brasil empregavam
entre tantos outros produtos, é inegável a importân-
103.449 colaboradores diretos (próprios e de ter-
cia desse material, ainda que a sua presença nem
Além de atenderem ao mercado nacional, as empre-
ceiros). Quando considerados os impactos indiretos
sempre seja percebida pelas pessoas.
sas associadas ao Instituto Aço Brasil exportam para
e induzidos, o setor é responsável por cerca de 3,1
50 países dos cinco continentes.
milhões de empregos*, números que reforçam sua
aumento da demanda por aço.
importância socioeconômica.
O CICLO DO AÇO
DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DO CONSUMO
DE PRODUTOS SIDERÚRGICOS
6,5%
MINÉRIO DE FERRO
3,1%
CONSTRUÇÃO CIVIL
4,4%
5,2%
6 meses
1 a 10 anos
5 a 50 anos
AUTOMOTIVO
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
BENS DE CAPITAL
20,7%
2012
UTILIDADES COMERCIAIS
ALTO FORNO
ACIARIA ELÉTRICA
15 anos
TUBOS (PEQ. DIÂMETRO)
35,4%
24,7%
RECICLAGEM DE SUCATA
EMBALAGENS
OUTROS
10 a 20 anos
ACIARIA LD
PRODUTOS DE AÇO
SETORES CONSUMIDORES
50 a 100 anos
* Dados do Estudo “Importância Estratégica do Aço na Economia Brasileira”, da Fundação Getulio Vargas (FGV).
AÇO BRASIL 2. A indústria do aço no Brasil
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Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
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Aço: 100% reciclável
Na busca permanente de práticas mais sustentáveis
Mundialmente, duas principais rotas tecnológicas
nos processos produtivos é fundamental ampliar o
(unidades industriais integradas e unidades indus-
conhecimento da sociedade sobre uma característica
triais semi-integradas) segmentam os processos de
importante do aço: é 100% reciclável. Essa capacida-
produção de aço.
de de retorno permanente à cadeia produtiva como
matéria-prima, sem perder a qualidade, faz dele um
dos materiais mais reciclados do mundo. Sua transformação atende a demandas em diferentes setores
como automotivo, construção civil, máquinas e equipamentos, linha branca, cutelaria, entre outros.
GUSA SÓLIDO
ACIARIA ELÉTRICA
Nas usinas integradas, a produção de aço ocorre a
partir da fabricação de ferro-gusa nos altos-fornos.
Na maior parte dessas unidades industriais o coque
é utilizado como elemento redutor. Mas o Brasil tem
que parte da produção de aço resulta do uso do car-
Os benefícios ambientais relacionados à reciclagem
vão vegetal como redutor. O processo tem vantagens
na indústria do aço são amplos, incluindo redução
ambientais como a redução das emissões globais de
do uso de matérias-primas não renováveis e redução
gases de efeito estufa, devido ao plantio de florestas.
das emissões de gases de efeito estufa. Há também
No entanto, a rota integrada a carvão vegetal possui
um impacto social positivo, devido à geração de em-
limitações técnicas e operacionais que restringem a
pregos na coleta e processamento das sucatas.
produção de aço em larga escala.
LAMINAÇÃO
AÇO
uma particularidade em relação a esse aspecto, já
SUCATA
MINÉRIO DE FERRO
SINTERIZAÇÃO
FERRO-GUSA
Processo de produção do aço
As empresas associadas têm procurado assegurar me-
LAMINADOS PLANOS
Quanto às usinas semi-integradas, a produção de aço
é realizada por meio da fusão de metálicos, incluindo
sucata, gusa e/ou ferro-esponja, em aciaria elétrica.
lhoria contínua no processo de produção do aço. Nesse
Para mais informações sobre o processo de pro-
sentido, soluções têm sido implementadas para tornar
dução do aço acesse o site do Instituto Aço Brasil
menos intensivo o consumo de recursos naturais.
(www.acobrasil.org.br).
ALTO-FORNO
CARVÃO MINERAL
COQUERIA
FERRO-GUSA
TIPO
USINAS INTEGRADAS
USINAS SEMI-INTEGRADAS
PRODUTO
USINAS SIDERURGICAS
LAMINADOS PLANOS
APERAN SOUTH AMERICA (MG), ARCELORMITTAL
TUBARÃO (ES), CSN (RJ), USIMINAS (IPATINGA/MG,
CUBATÃO/SP), THYSSENKRUPP CSA SIDERÚRGICA DO
ATLÂNTICO (RJ)
LAMINADOS LONGOS
ARCELORMITTAL AÇOS LONGOS (MONLEVADE/MG
E JUIZ DE FORA/MG), GERDAU AÇOMINAS, OURO
BRANCO (MG), GERDAU AÇOS LONGOS (BARÃO DE
COCAIS/MG, DIVINÓPOLIS/MG E USIBA/BA), SINOBRAS
PARÁ, V&M DO BRASIL (MG), VSB (MG)
LAMINADOS LONGOS
VOTORANTIM SIDERURGIA (BARRA MANSA/RJ E RESENDE/RJ), ARCELORMITTAL AÇOS LONGOS (GRANDE
VITÓRIA/ES E PIRACICABA/SP), GERDAU AÇOS LONGOS
(AÇO NORTE/PE, CEARENSE/ CE, COSIGUA/RJ, GUAÍRA/
PR, SÃO PAULO/SP E RIOGRANDENSE/RS), GERDAU
AÇOS ESPECIAIS (PIRATINI/RS, PINDAMONHANGABA/
SP E MOGI DAS CRUZES/SP), VILLARES METALS (SP)
LAMINADOS LONGOS
CARVÃO
VEGETAL
PLANTIO DE
FLORESTAS
CARBONIZAÇÃO
PREPARAÇÃO DA CARGA
ACIARIA LD
REDUÇÃO
REFINO
LINGOTAMENTO
LAMINAÇÃO
AÇO BRASIL 2. A indústria do aço no Brasil
2.4 GARGALOS
E DESAFIOS PARA O
DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
A indústria do aço investe em inovações tecnológicas
para aprimorar seus processos e oferecer produtos
adaptados às diferentes demandas do mercado.
Investe também na melhoria contínua da gestão
corporativa, visando fortalecer o conceito de sustentabilidade permeando a gestão dos negócios. Apesar
20
tiva da carga tributária na cadeia do aço”, realizado
pela empresa Booz & Company no primeiro semestre de 2012, para o Instituto Aço Brasil.
O trabalho identificou e comparou a tributação incidente sobre a produção, as vendas e os investimentos da indústria do aço no Brasil e em outros cinco
países (Alemanha, China, EUA, Rússia e Turquia),
todos grandes produtores e exportadores de produtos siderúrgicos.
dos seus esforços e de sua importância estratégica
A despeito do custo de matérias-primas e insumos, a
para o desenvolvimento nacional, o setor tem sido
indústria do aço do Brasil é razoavelmente compe-
duramente afetado pela dificuldade do cenário inter-
titiva em relação aos países analisados, se forem
nacional e pelos gargalos estruturais do país.
considerados somente os custos de produção.
Entre os fatores que têm afetado a competitividade
No entanto, ao se adicionar a carga tributária aos
da indústria do aço nacional, sobretudo em cenários
custos de produção, a indústria do aço do Brasil é
de crise econômica global, estão a alta carga tribu-
a menos competitiva entre os países analisados. Os
tária, a apreciação do real, os custos elevados de in-
principais responsáveis pela perda de competitivida-
sumos essenciais como energia, além dos problemas
de são os tributos que incidem sobre as vendas. Os
de logística e infraestrutura. Esses fatores dificultam
resultados completos do estudo podem ser consul-
a competição com similares estrangeiros disponíveis
tados na Biblioteca do site do Instituto Aço Brasil
no mercado, muitos deles produzidos com subsídios
(www.acobrasil.org.br).
governamentais em seus países de origem e sem o
mesmo padrão de qualidade assegurado no Brasil.
Apesar dos desafios, acredita-se que medidas governamentais, tais como a desoneração das tarifas de
Os efeitos negativos da alta carga tributária sobre a
energia elétrica e ações de incentivo ao consumo, so-
competitividade da indústria do aço no Brasil foram
madas aos esforços do setor, podem contribuir para
confirmados na revisão do estudo “Análise compara-
a retomada do crescimento em 2013.
21
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
AÇO BRASIL 3. Práticas para o desenvolvimento sustentável
3
Práticas para
o desenvolvimento
sustentável
22
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
23
AS 6,6 MILHÕES DE TONELADAS DE
COPRODUTOS DO ALTO-FORNO, USADAS NA
FABRICAÇÃO DE CIMENTO, SÃO SUFICIENTES
PARA CONSTRUIR 48 PONTES RIO-NITERÓI
3.1 INOVAÇÕES
TECNOLÓGICAS
E FERRAMENTAS
DE GESTÃO
CORPORATIVA
mobiliza esforços de cooperação acadêmica, em
O uso racional dos recursos naturais é um compromis-
horizonte de longo prazo, com intuito de pesqui-
so alinhado aos objetivos de melhoria contínua não
sar alternativas para redução de emissões de CO2
somente sob a ótica econômica, mas também social
(dióxido de carbono) do setor.
e ambiental. Para isso, as empresas associadas ao
Instituto Aço Brasil investem em tecnologia e na im-
Os resultados econômicos positivos são fundamentais à solidez das organizações e desenvolvimento
do país, mas as empresas associadas ao Instituto
Aço Brasil estão também comprometidas com as
melhores práticas de Responsabilidade Social Corporativa, o que significa ter uma visão que vai além
plantação de ferramentas de gestão. A visão de longo
prazo perpassa as práticas corporativas e, por sua vez,
contribui para evitar, minimizar ou mitigar impactos
ambientais negativos. Entre eles, a redução de emissões de gases de efeito estufa, bem como redução do
consumo de energia e de água nas suas atividades.
do bom desempenho financeiro. Assim, levam em
há parcerias com universidades e institutos que
desenvolvem pesquisas de interesse do setor. Um
exemplo desse esforço é coordenado pela World
Steel Association (entidade que congrega a indústria do aço em âmbito mundial) que, por meio do
projeto ULCOS (Ultra Low CO2 on Steelmaking),
Enquanto a indústria do aço investe em pesquisas
e monitora os seus resultados, já existem medidas
em curso que vêm contribuindo para a redução de
emissões de CO2. Parte dos esforços incluem soluções como:
» Otimização e maximização da reciclagem da
sucata de aço;
» Produção de novos tipos de aço em cooperação
consideração os aspectos socioambientais nas suas
Além das ações de engajamento dos colaboradores,
com os setores consumidores;
políticas de investimentos nos processos produtivos
para assegurar o alcance das metas de ecoeficiên-
» Incremento da reciclagem de coprodutos;
e na gestão dos seus negócios.
cia e dos investimentos em inovação tecnológica,
» Produção de ferro gusa a carvão vegetal.
AÇO BRASIL 3. Práticas para o desenvolvimento sustentável
Produzindo aço sustentável
24
Os US$ 35 milhões restantes foram aplicados nas
mudanças do Alto-Forno 2 e na adequação do pátio
O projeto Carvão Sustentável de uma associada do
de estocagem para recebimento e manuseio dessa
Aço Brasil possibilita a produção eficiente de aço
matéria-prima. A maior parte das obras na usina foi
com o menor impacto ao meio ambiente. A conclu-
realizada sem a interrupção do ritmo de produção,
são do projeto - com o uso da energia renovável na
exceto por uma parada programada de dez dias,
produção do aço por meio da utilização do carvão
antes do início da operação do Alto-Forno 2 com
como redutor nos altos-fornos em substituição ao
carvão vegetal, para as últimas adaptações. O proje-
coque – apresenta solução ambiental e energética,
to envolveu várias áreas do grupo.
competitividade da empresa.
3.2 INICIATIVAS DE
CERTIFICAÇÃO E
AUTORREGULAÇÃO
PROCEDÊNCIA DO
CARVÃO VEGETAL UTILIZADO
4%
As empresas associadas ao Instituto Aço Brasil são
signatárias de iniciativas voluntárias e de pactos
10%
liderados pela comunidade empresarial ou por organizações da sociedade. Destacam-se:
» Protocolo de Sustentabilidade do Carvão Vegetal;
proporcionando desde a expressiva redução na
emissão de gás carbônico (CO2) até o aumento da
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
25
Entre as principais vantagens da utilização de car-
» Rótulo ecológico;
vão vegetal na produção de aço podem ser citados:
» Certificação de produtos.
86%
2012
redução de 700 mil toneladas de CO2, 50% do total
Carvão vegetal
O investimento foi de aproximadamente US$ 95 milhões.
de emissões de CO2 na planta da usina; redução
Desse total, US$ 60 milhões foram destinados para
dos custos do processo produtivo; independên-
concluir o plantio de florestas de eucalipto, construir
cia estratégica para a matéria-prima redutora; e
Cerca de 10% da produção brasileira de aço bruto,
142 fornos de carbonização, modernizar o maquinário e
responsabilidade social, já que o projeto promove
em 2012, foi obtida a partir do carvão vegetal em
ações junto às comunidades e ao meio ambiente.
sustentabilidade econômica e social.
substituição ao coque como agente redutor do miné-
FLORESTA PLANTADA DE TERCEIROS
rio de ferro. Este é um diferencial da indústria do aço
RESÍDUOS FLORESTAIS LEGALIZADOS
FLORESTA PLANTADA PRÓPRIA
brasileira em relação à produção no resto do mundo.
O uso de biomassa (carvão vegetal) na produção de
aço reduz o balanço global de emissões de gases do
efeito estufa do setor. A absorção de CO2 pelas florestas
a presença da Ministra do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, e teve a adesão de todas as empresas associadas ao Instituto Aço Brasil.
plantadas para produção do carvão vegetal compensa
as emissões desse gás durante o processo industrial.
Passado um ano de seu lançamento e em atendimento
ao Compromisso 8 do Protocolo, apresentamos a se-
Em 2012, o consumo total de carvão vegetal pelas
guir balanço das atividades realizadas nesse período.
empresas associadas foi de 1,5 milhão de toneladas.
Como demonstra o gráfico a seguir, a maior parte
As ações desenvolvidas em atendimento ao Com-
(86%) é produzida a partir de madeira extraída de
promisso 1 por parte das empresas signatárias do
florestas plantadas pelas empresas do setor, das
Protocolo estão relatadas ao longo deste Relatório de
quais uma parcela significativa já conta com certi-
Sustentabilidade.
ficações florestais reconhecidas como os selos FSC
(Forest Stewardship Council) ou CERFLOR.
As ações para cumprimento dos compromissos 2,
3 e 4 foram desenvolvidas de forma integrada, por
A produção e o consumo de ferro gusa a carvão ve-
estarem associados à relação das empresas do setor
getal pelo setor seguem as diretrizes do Protocolo de
com seus fornecedores e foram consideradas de
Sustentabilidade do Carvão Vegetal. Este Protocolo
grande importância pelas empresas associadas. O
foi lançado em 3 de abril de 2012, em Brasília, com
Instituto Aço Brasil e suas associadas dedicaram,
AÇO BRASIL 3. Práticas para o desenvolvimento sustentável
26
ao longo de 2012, grande atenção ao assunto,
de partida desse programa será a realização, nos
analisando criteriosamente que tipo de mecanismo
próximos meses, de oficinas com os fornecedores de
poderia ser implementado para aumentar o nível
carvão vegetal nas Regiões Norte e Sudeste.
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
27
MODELO
de confiança de que as matérias-primas (carvão
vegetal e ferro-gusa) fornecidos por terceiros foram
produzidos em plena conformidade com a legislação
vigente, considerados principalmente os aspectos
ambientais, sociais e trabalhistas.
dos estoques florestais próprios por meio do plantio
de florestas, conforme apresentado na tabela “Consu-
PARTES INTERESSADAS
EMPRESAS, ONG’S, ORGÃOS PÚBLICOS,
ENTIDADES SETORIAIS
do setor corresponde a uma área de 507 mil hectares.
CERTIFICAÇÃO DE TERCEIRA PARTE
INSTITUIÇÕES CREDENCIADAS
produtoras de ferro-gusa a carvão vegetal seria medida efetiva para este propósito. Dessa forma, elaborou-se modelo conforme apresentado na ilustração.
ELABORAÇÃO DE NORMA TÉCNICA
COM REQUISITOS DE SUSTENTABILIDADE
A SEREM ATENDIDAS
meses de vigência do Protocolo houve uma expansão
mo de carvão vegetal”. A base florestal das empresas
Chegou-se à conclusão que a certificação das empresas
NORMALIZAÇÃO ABNT
A respeito do item 6 do Protocolo, nos primeiros 12
Com foco no item 7 do Protocolo, as empresas do
BASEADA NOS REQUISITOS ESTABELECIDOS
NA NORMA TÉCNICA GRADUAL E PROGRESSIVA
setor, que produzem seu próprio carvão vegetal,
estabeleceram parceria com universidades para de-
Com base neste modelo, será iniciada em 2013, com
senvolvimento de pesquisas, visando o aumento da
a participação de instituições públicas e privadas
eficiência da carbonização e a redução das emissões
interessadas, a elaboração de norma técnica para
dos gases de efeito estufa, por meio da captura e
estabelecimento dos requisitos de sustentabilidade a
queima dos gases de processo.
serem verificados no processo de auditoria e certificação da produção de gusa a carvão vegetal.
AGENTES INDUTORES
FORNECEDOR DE MINÉRIO
EMPRESAS PRODUTORAS DE GUSA
INTEGRADAS E INDEPENDENTES
AGENTES INDUTORES
CONSUMIDOR DE FERRO GUSA
As pesquisas resultaram em quatro teses de doutorado e oito dissertações de mestrado, bem como
Considera-se que a certificação de terceira parte
na instalação de unidades, ainda em escala piloto,
aliada à disposição da indústria do aço de adquirir
para captação e queima dos gases. O grande desafio
ferro-gusa somente de empresas produtoras certi-
é implementar essa tecnologia em escala industrial
ficadas, e a idêntico interesse já manifestado pela
e com viabilidade econômica para os produtores de
Vale no que se refere ao fornecimento de minério
carvão vegetal de menor porte, que são a grande
de ferro, serão fortes agentes indutores para que se
maioria no país.
CONSUMO DE CARVÃO VEGETAL
eleve o índice de sustentabilidade na produção de
gusa e, por extensão, na de carvão vegetal.
O Compromisso 8 está sendo atendido pelo relato
apresentado nesta seção do Relatório de Sustenta-
Sobre o item 5 do Protocolo foram realizadas
bilidade. O case a seguir ilustra o engajamento do
reuniões com o Ministério do Meio Ambiente para
setor às diretrizes do Protocolo de Sustentabilidade
planejamento das ações. Ficou definido que o ponto
do Carvão Vegetal.
ORIGEM
2011
2012
FLORESTA PLANTADA PRÓPRIA
80%
86%
FLORESTA PLANTADA DE TERCEIROS
10%
10%
RESÍDUOS FLORESTAIS LEGALIZADOS
10%
4%
AÇO BRASIL 3. Práticas para o desenvolvimento sustentável
PROTOCOLO DE
SUSTENTABILIDADE
DO CARVÃO VEGETAL
A indústria do aço, que opera em total conformidade
legal e dentro dos mais estritos princípios éticos na
produção, aquisição e consumo do carvão vegetal,
vem a público lançar o Protocolo de Sustentabilidade do Carvão Vegetal, de forma a colaborar ainda
mais com o poder público para a conscientização da
cadeia produtiva quanto à importância da produção
sustentável desse insumo.
28
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
29
Autossustentabilidade
Carvão vegetal
restamento da empresa, concederam o reconhecimento
de maior empregadora de serviços no setor privado.
empresas que cumpram todas as exigências socioambientais legais;
A indústria do aço, usuária de redutores bio energéti-
Com a colheita já iniciada e o processo de transfor-
4. Exigir a comprovação documental requerida pela
cos ou de seus derivados fomenta ou possui áreas de
mação da biomassa em redutores bioenergéticos, a
legislação aos fornecedores de carvão vegetal e dos
reflorestamento para seu suprimento. Usina da Região
unidade industrial será totalmente autossustentável já
produtos dele derivados;
Norte deu início à sua base florestal desde o início
em 2014. Em 2013, a usina tem em seu cronograma
5. Estabelecer parceria com o Poder Público para o de-
de sua operação, ocupando 24 mil hectares de terras
a implantação das unidades produtoras de redutores
senvolvimento de programa de conscientização social
próprias distribuídas em 13 fazendas onde 16 milhões
UPRs mecanizadas e equipadas com dispositivos para
e ambiental junto aos fornecedores de carvão vegetal;
de novas árvores foram plantadas. Já prontas para
a combustão completa dos gases gerados no processo.
6. Concluir, em até quatro anos, o pleno atendimento
colheita, garantem a autossustentabilidade da unidade
Na fazenda Santa Lúcia, núcleo central da base flores-
de estoques florestais às respectivas demandas de
industrial. As áreas de reserva legal são sempre inter-
tal, oito unidades já estão concluídas, sempre na bus-
produção, por meio de plantio próprio ou plantio
ligadas de forma a não comprometer a fauna local.
ca do atendimento ambiental e social proporcionando
Nesse sentido, as empresas produtoras de aço signa-
de terceiros, desde que em consonância com os
tárias reafirmam os seguintes compromissos:
requisitos legais;
1. Atuar dentro dos preceitos do desenvolvimento
7. Atuar em parceria com o Governo dando continui-
sustentável e em perfeita consonância com a legisla-
dade ao desenvolvimento e implementação de tecno-
ção, considerando, de forma integrada e harmônica,
logia para captação e queima dos gases do processo
os aspectos ambientais, sociais e econômicos;
de produção de carvão vegetal, visando à redução
2. Atuar junto à cadeia produtiva visando eliminar
das emissões dos gases de efeito estufa;
práticas e atividades que violem os direitos traba-
8. Apresentar periodicamente o desenvolvimento das
lhistas ou causem danos ao meio ambiente;
ações acima referidas no Relatório de Sustentabili-
3. Manter relacionamento comercial somente com
dade da indústria do aço.
a mudança de realidade e a melhoria contínua da vida
As florestas estão localizadas em Araguatins e São
Bento de Tocantins (TO), onde se desenvolveu uma
das pessoas que atuam no Programa de Reflorestamento, além da sustentabilidade econômica.
seleção de clones adaptados à região e técnicas de
plantio e manutenção, que garantem a produtivida-
Em épocas de plantio, as fazendas geram cerca de
de projetada. Para assegurar o processo, a unidade
500 empregos diretos e 1 mil indiretos, contribuin-
conta com toda uma infraestrutura desde torres
do para o incremento socioeconômico da região.
de monitoramento, estação meteorológica, todos
Além da geração de empregos, a usina é parceira do
os serviços de apoio aos colaboradores, contínuo
Instituto Carvão Cidadão ICC que orienta, auxilia e
treinamento e atualização, o que mudou a realidade
fiscaliza todas as atividades relacionadas à cadeia
da comunidade local.
produtiva do carvão vegetal.
A companhia é considerada a empresa que mais
No ICC, a usina participa do projeto de contratação
refloresta no Estado, pela Secretaria de Agricultura, Pe-
dos trabalhadores resgatados pelo Ministério do
cuária e Abastecimento do Tocantins – SEAGRO/TO. A
Trabalho e Emprego (MTE) em regime análogo ao
atividade também gera muitos empregos. Em maio de
de escravidão. A empresa ainda aproxima seus for-
2012, as prefeituras de Araguatins e de São Bento do
necedores de carvão do ICC, por meio de palestras e
Tocantins, onde estão instaladas as fazendas de reflo-
encontros programados dentro da usina.
03/04/2012
AÇO BRASIL 3. Práticas para o desenvolvimento sustentável
RÓTULO ECOLÓGICO
E CERTIFICAÇÃO DE
PRODUTOS
30
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
31
Rótulo ecológico
Aço verde
trução do prédio da Fundação Forluminas de
A luta pela sustentabilidade na construção civil ga-
(Leadership in Energy and Environmental Design).
nhou um importante aliado: o Rótulo Ecológico da As-
Essa certificação assegura que a construção adota
sociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para
critérios de sustentabilidade capazes de racionalizar
produtos e soluções em aço produzidos por uma usi-
o consumo de água e energia, entre outros recur-
na siderúrgica associada. O selo verde, presente nas
sos naturais, além de reduzir emissões de gases de
embalagens de vergalhões, telas soldadas, treliças,
efeito estufa. Para a obra, que deve ser concluída
pregos, arames para amarração, além de perfis leves
em 2013, foram fornecidas 2,5 mil toneladas de
e fios e barras laminadas, sinaliza para o mercado
aço, incluindo um conjunto de produtos e soluções
consumidor que esses materiais foram fabricados por
tais como armaduras prontas, vergalhões, pregos,
meio de processos capazes de reduzir os impactos
cordoalha e tela soldada. Esses materiais asseguram
ambientais em todo o ciclo de vida do produto.
maior produtividade e economia para a edificação.
Seguridade Social (Forluz), em Belo Horizonte, a
primeira edificação de Minas Gerais com selo Leed
Clientes que procuram o diferencial dos produtos
O aço é um dos materiais mais consumidos em
vação das práticas de gestão e das tecnologias de
com rótulo ecológico estão também investindo em
uma construção; por isso, quando chega cortado,
produção do aço verde.
soluções que reduzirão os impactos ambientais
dobrado e pré-armado, como é o caso dos produtos
desde a fase de concepção dos projetos, passando
com rótulo ecológico, é possível eliminar etapas que
pela obra, até a utilização cotidiana das edificações.
antes seriam realizadas na obra reduzindo o tempo
Dessa forma, a construção civil busca racionalizar o
e o número de profissionais envolvidos.
Assim, avaliam tanto o cumprimento de normas
técnicas e de desempenho, como o atendimento às
Além do engajamento e da adesão aos movimentos
legislações fiscal, trabalhista e ambiental. Testes
de cidadania corporativa, as empresas associadas
de desempenho, entre outras ações de verificação
também avançaram em outras ações que indicam o
técnica, são aplicados ao produto final em todo o seu
comprometimento com as melhores práticas de Res-
ciclo de vida (do uso de matérias-primas presentes
Um exemplo de opção pelos produtos com rótulo
das auditorias e análises técnicas em quatro unidades
ponsabilidade Social Corporativa. Assim, investem
na sua composição, passando pelo processo produti-
ecológico, fabricados pela empresa, é o da cons-
industriais. A certificação tem validade de três anos.
em processos de certificação ambiental que assegu-
vo e chegando ao descarte).
ram ao mercado a inovação tecnológica, associada à
aplicação prática do conceito de sustentabilidade, do
processo produtivo ao produto final.
É importante ressaltar que os produtos da indústria
do aço que recebem o selo da ABNT e do IFBQ contribuem para que as empresas do setor de construção
Nesse sentido, um exemplo a ser destacado tem
civil possam também pleitear a certificação Leed (Le-
sido a adesão das empresas associadas ao uso de
adership in Energy and Environmental Design) para
selos ecológicos em seus produtos. Uma das mais
seus empreendimentos (os edifícios verdes). Concedi-
recentes certificações ambientais da indústria do
da pelo Green Building Council, essa chancela, entre
aço está a cargo da ABNT (Associação Brasileira de
outros fatores, sinaliza para o mercado que o projeto
Normas Técnicas) e do IFBQ (Instituto Falcão Bauer
incorpora o conceito de sustentabilidade, desde a
de Qualidade). Essas instituições, acreditadas pelo
concepção, passando pela construção, até a sua utili-
Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Quali-
zação nas edificações em longo prazo. Como se vê, as
dade e Tecnologia), são responsáveis pela compro-
melhores práticas apoiam efeito positivo em cadeia.
consumo de recursos naturais no longo prazo, uma
das grandes demandas do setor na atualidade.
Para que os produtos da empresa recebessem o Rótulo Ecológico da ABNT, no final de 2011, foram realiza-
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
32
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
33
INVESTIMENTOS TOTAIS* (US$ MILHÕES)
3.709
3.185
3.092
4
4.1 ECONÔMICO
Planejamento e investimentos
A indústria do aço tem verticalizado cada vez mais sua
produção e contribuído sobremaneira para o desenvolvimento sustentável da economia brasileira. O setor
tem investido em projetos de última geração também
em mineração, portos, estradas de ferro e hidrelétricas.
Entre os fatores que norteiam a política de investimentos das empresas do setor estão aqueles relacionados à sustentabilidade. Além de uma medida prudente de minimização de riscos para o investimento,
essa política tem por objetivo administrar o potencial impacto dos projetos desenvolvidos e financia-
Desempenho
das empresas
associadas
dos na dinâmica econômica, social e ambiental das
comunidades no entorno dos empreendimentos.
Em 2012, os investimentos do setor alcançaram
2010
2011
2012
* Considera o investimento realizado total por período. Não inclui CSN.
US$ 3,2 bilhões, totalizando um investimento realizado
de mais de cerca US$ 27,4 bilhões na última década.
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
34
Geração e distribuição de valor
O valor adicionado consolidado representa a riqueza
criada pelo setor e demonstra sua importância no
contexto nacional, evidenciando o papel social das
empresas associadas. O valor adicionado bruto consolidado vem sofrendo redução devido à manutenção
da receita bruta e ao crescimento das aquisições
15,7% no valor adicionado a distribuir devido à queda de 44% no resultado da equivalência patrimonial.
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
35
VALOR ADICIONADO BRUTO (R$ MILHÕES)
25.100
Do valor adicionado total a distribuir em 2012, 32%
foram destinados ao governo, por meio do paga-
19.794
19.406
mento de impostos, taxas e contribuições. Esse valor
cresceu 27% no período 2012/2011.
de insumos de terceiros (12,1% em 2012/2010). O
Aos colaboradores coube parcela equivalente a 28%
valor adicionado líquido, que reflete o esforço de
do valor adicionado total a distribuir. Essa parcela,
produção da atividade típica do setor, caiu 4,6% em
destinada ao pagamento de salários e honorários,
2012/2011. Em 2012, quando se adicionam os valo-
além de encargos sociais e benefícios, cresceu 5% no
res relativos a outras receitas, observa-se redução de
período 2012/2011, e 14% no período 2011/2010.
VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (R$ MILHÕES)
25.198
VALOR ADICIONADO
(R$ MILHÕES)1
2010
2011
2012
(A) RECEITA BRUTA
74.092
74.303
74.334
(B) INSUMOS ADQUIRIDOS DE
TERCEIROS
48.992
54.509
54.928
(C) VALOR ADICIONADO BRUTO
(A -B)
25.100
19.794
19.406
(D) RETENÇÕES (DEPRECIAÇÃO,
AMORTIZAÇÃO, EXAUSTÃO)
3.499
3.442
3.804
(E) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO
PRODUZIDO PELA EMPRESA
(C - D)
21.601
16.352
15.602
(F) TRANSFERÊNCIAS
RESULTADO EQUIVALÊNCIA
PATRIMONIAL
RECEITAS FINANCEIRAS
3.597
2.726
871
9.033
7.795
1.238
5.802
4.347
1.455
(G) VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (E+F)
25.198
25.385
21.404
25.385
21.404
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (%)
33%
30%
ACIONISTAS
5.041
5.766
6.056
GOVERNO*
7.501
5.317
6.736
FINANCIADORES
4.233
7.772
7.676
ACIONISTAS
8.423
6.530
936
GOVERNO*
COLABORADORES
36%
31%
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (R$ MILHÕES)1
COLABORADORES
FINANCIADORES
32%
28%
26%
20%
17%
22%
21%
4%
2010
* Inclui créditos tributários.
1. Inclui CSN nos três anos. Não inclui TKCSA, VSB e Villares Metals nos três anos.
Valores 2010 e 2011 foram revistos pelas empresas em relação ao relatório publicado em 2012.
* Inclui créditos tributários.
2011
2012
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
4.2 DESEMPENHO
SOCIAL
36
acionária e a divulgação periódica de informações
adicionais exigidas em lei. Além disso, um desses
grupos está também listado no Índice de Sustentabi-
Governança Corporativa
lidade Empresarial da Bolsa de Valores de São Pau-
Boa parte das empresas produtoras de aço publica
adoção de práticas de gestão pautadas por critérios
Relatório de Sustentabilidade anualmente, marcan-
de sustentabilidade.
lo, ISE-BM&FBovespa, que reconhece o esforço na
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
37
Gestão de pessoas
Diante do cenário econômico difícil de 2012, o
efetivo próprio total das empresas associadas ao
Instituto Aço Brasil ficou praticamente estável: eram
60.554 empregados próprios no ano passado, contra
60.089 em 2011. No caso de terceirizados, foram
EFETIVO PRÓPRIO TOTAL*
42.895, representando 41,5% do efetivo total.
do a transparência na gestão. A missão, os valores
e o código de conduta de todos os grupos empresariais associados ao Instituto Aço Brasil consideram
diretrizes e princípios voltados à sustentabilidade.
Associadas do Aço Brasil responsáveis por 63,5% da
60.554
produção de aço bruto praticam a rotatividade dos
auditores independentes. Entre as práticas adotadas
60.089
55.720
pelas associadas de capital aberto estão a garantia
Estas diretrizes são bem divulgadas entre colaborado-
dos direitos dos acionistas minoritários, assegurados
res e partes interessadas, seja através de treinamen-
nos estatutos sociais, e políticas de dividendos clara-
tos, reuniões de equipe e ferramentas de comunicação.
mente definidas.
As usinas produtoras de aço têm área específica
para encaminhamento de questões relacionadas a
Planejamento estratégico
seus valores e códigos de conduta. A quase totali-
Todas as empresas associadas consideram aspectos
dade do setor (responsável por 98% da produção
de sustentabilidade em seu planejamento estratégico,
de aço bruto) instituiu código de conduta para
incluindo engajamento de diferentes públicos, impac-
orientação de seus empregados e possui processos
tos da companhia em sua cadeia de valor e ampliação
de treinamento e formação para garantir a incorpo-
da participação da empresa no desenvolvimento das
ração desses valores.
comunidades do entorno de suas áreas de operação.
EFETIVO DE TERCEIROS*
48.601
43.524
42.895
Destaca-se também que a maioria das associadas
do Aço Brasil (responsáveis por 75,5% da produção
de aço) possui metas referentes ao desempenho
socioambiental. As diretrizes corporativas são disse-
Investimentos em
infraestrutura e serviços
para benefício público
PARTICIPAÇÃO DO EFETIVO
DE TERCEIROS NO EFETIVO TOTAL
minadas para as diversas unidades industriais com
acompanhamento de metas.
De acordo com o levantamento feito para este Relatório, a maioria das empresas associadas (responsá-
As associadas do Instituto que têm capital aberto,
veis por 74% da produção de aço) realiza investi-
fazem parte do nível 1 de governança corporativa da
mentos em infraestrutura para benefício público. E a
BM&FBovespa. Entre as exigências para a listagem
quase totalidade das empresas associadas (respon-
desse nível de governança estão: garantia de um
sáveis por 96% da produção de aço) considera em
mínimo de 25% de free float (ações disponíveis para
suas análises a avaliação dos impactos econômicos
livre negociação no mercado), esforços de dispersão
indiretos decorrentes de suas operações.
43,9%
44,7%
41,5%
2010
* No de colaboradores.
2011
2012
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
38
EFETIVO DE TERCEIROS
POR ÁREA DE ATUAÇÃO
EFETIVO PRÓPRIO POR GÊNERO
EFETIVO PRÓPRIO POR
GÊNERO E CARGO (2012)
No de colaboradores.
2010
50%
25%
2011
53%
24% 23%
25%
2010
51.845
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
39
3.875
9%
6%
2011
55.622
4.467
DIRETORIA NÃO
ESTATUÁRIA
2012
61%
GERENTE
94%
21% 18%
2012
55.898
91%
4.656
PRODUÇÃO E MANUTENÇÃO
APOIO À PRODUÇÃO
4%
EXPANSÃO
27%
NÍVEL
SUPERIOR
SUPERVISOR
Terceirização
Perfil por gênero
A maioria do efetivo de trabalhadores terceirizados
Embora, historicamente, a participação masculina
atua em atividades vinculadas ou de suporte aos
seja mais ampla na indústria do aço, as empresas
processos industriais, como, por exemplo, manuseio
associadas oferecem oportunidades igualitárias aos
de matérias-primas, insumos, manutenção indus-
seus profissionais, independentemente de gênero.
trial, produção e distribuição de utilidades (água,
Nesse sentido, em 2012 observa-se um pequeno
vapor, gases, ar comprimido, oxigênio, óleo com-
crescimento da presença feminina entre os colabo-
bustível e eletricidade) e transporte interno. Outras
radores do efetivo próprio.
funções normalmente terceirizadas são as não
relacionadas diretamente ao processo de produção
como vigilância, conservação e limpeza, tecnologia
da informação e alimentação.
Em se tratando de cargos, a maior parte das mulhe-
33%
96%
ADMINISTRATIVO
73%
67%
2%
7%
TÉCNICO DE
NÍVEL MÉDIO
OPERACIONAL
res atuantes nas empresas do setor trabalha na área
administrativa e o segmento com menor presença
feminina é a área operacional.
93%
98%
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
Estímulo à diversidade
40
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
41
34.365
EFETIVO PRÓPRIO POR COR / RAÇA*
33.115
Todas as associadas têm políticas ou procedimentos
32.577
formalizados para valorizar a diversidade, combater
BRANCOS
a discriminação e construir referências de equidade
no quadro de colaboradores. O mesmo ocorre em
NEGROS E PARDOS
relação à orientação de encaminhamento de denún-
AMARELOS
cias de discriminação e assédio, com canais para
registro desses casos em todas as empresas.
INDÍGENAS
Vale ressaltar que a maioria das associadas (responsáveis por 88% da produção de aço) trata o tema
assédio por meio de diálogo ou outras formas de en-
21.006
volvimento e que também têm mecanismos formais
20.947
estabelecidos para o endereçamento de reclamações
direcionadas a aspectos de direitos humanos.
59,9%
17.852
Cor e raça
2012
Pelos gráficos a seguir, observa-se que em 2012 a
maior parte do efetivo próprio das empresas associadas (59,9%) era formada por profissionais brancos.
Os negros e pardos representavam 38,6%.
0,2%
1,3%
38,6%
Considera dados de 8 grupos
empresariais, que representam 90%
do efetivo próprio total no período.
714
2010
2011
2012
7 GRUPOS
8 GRUPOS
8 GRUPOS
73% DO EFETIVO PRÓPRIO TOTAL
264
210
No de colaboradores.
BASE DE EMPRESAS
150
132
127
2010
2011
2012
93% DO EFETIVO TOTAL
90% DO EFETIVO TOTAL
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
42
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
43
EFETIVO PRÓPRIO POR FAIXA ETÁRIA*
Faixa etária e escolaridade
20.552
19.366
A maior parte do efetivo próprio da indústria do aço
9,2%
(33,9%) é formada por colaboradores na faixa etária
18.958
de 31 anos a 40 anos. Na sequência, a segunda
maior parcela de profissionais das empresas do
2,0%
18.950
18.253
31,3%
setor (31,3%) tem de 21 anos a 30 anos.
23,5%
Observando o conjunto de informações percebe-se
16.819
que há uma presença importante de colaboradores
mais experientes junto aos profissionais mais jovens,
o que contribui para fortalecer ambientes de traba-
14.307
14.755
2012
14.237
lho com oportunidades de aprendizado.
33,9%
Quanto à escolaridade, em 2012, a maior parte do efetivo próprio era formada por colaboradores com ensino
médio (69,0%), seguida de ensino superior (15,8%).
4.980
5.591
5.586
1.419
1.229
2011
2012
ATÉ 21 ANOS
21 A 30 ANOS
31 A 40 ANOS
41 A 50 ANOS
ACIMA DE 50 ANOS
1.361
2010
o
* N de colaboradores.
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
44
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
45
41.578
41.772
EFETIVO PRÓPRIO POR NÍVEL
DE ESCOLARIDADE COMPLETO*
5,5%
38.271
9,7%
15,8%
2012
69%
0%
ENSINO FUNDAMENTAL INCOMPLETO
ENSINO FUNDAMENTAL
8.930
9.829
9.553
ENSINO MÉDIO
ENSINO SUPERIOR
5.508
PÓS-GRADUAÇÃO
2.902
o
* N de colaboradores.
5.319
3.215
109
148
2010
2011
5.851
3.378
0
2012
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
46
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
47
Pessoas com deficiência
COLABORADORES POR TIPO DE DEFICIÊNCIA
As empresas associadas ao Instituto Aço Brasil também atuam no sentido de oferecer oportunidades de
4,5%
trabalho para pessoas com deficiência. Os números
6,9%
0,6%
foram ampliados em 2012 em relação aos dois anos
anteriores. Apesar dos esforços realizados, as empre-
37,7%
AUDITIVA
sas associadas ainda enfrentam dificuldades para o
2012
FÍSICA
cumprimento das cotas. Isso porque, na maior parte
dos casos, há dificuldades para identificar pessoas
MENTAL
com deficiência na região próxima às operações.
MÚLTIPLA
VISUAL
50,3%
2,3%
2,1%
1,7%
1.290
1.460
967
2010
% DO EFETIVO PRÓPRIO TOTAL
COLABORADORES COM DEFICIÊNCIA
2011
2012
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
48
TEMPO MÉDIO DE TRABALHO
NA EMPRESA* (ANOS)
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
49
EFETIVO PRÓPRIO POR
HORÁRIO DE TRABALHO
TURNO
ADMINISTRATIVO
*Cálculo estimado por média ponderada pelo ponto central de cada faixa,
considerando o ponto inferior da faixa mais alta.
11,2
11,0
52%
48%
47%
48%
52%
53%
2010
2011
2012
10,2
9,8
Horário de trabalho
e tempo de empresa
EFETIVO PRÓPRIO
POR TEMPO DE EMPRESA
Em 2012, os percentuais de colaboradores próprios atuando em jornada administrativa (53%) ou
relação a 2011, como revela o gráfico a seguir.
21 A 30 ANOS
ACIMA DE 30 ANOS
20%
17%
15%
17%
17%
17%
17%
17%
25%
32%
17%
21%
16%
2010
2011
2012
18%
20 anos de empresa. O tempo médio de trabalho nas
11 A 20 ANOS
2%
aço (32%) tinha entre 2 e 5 anos de empresa seguida
de 17% para os que se encontram na faixa de 11 a
6 A 10 ANOS
3%
Quanto ao tempo de empresa, em 2012, a maior
parcela de colaboradores próprios da indústria do
2 A 5 ANOS
4%
trabalhando por turno (47%), ou seja, por escala nas
unidades industriais, tiveram pouca alteração em
ATÉ 1 ANO
empresas do setor é de 9,8 anos. O tempo médio no
país, segundo a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) instituída pelo Decreto nº 76.900, de
25%
23/12/75), está em torno de 5 anos.
2009
2010
2011
2012
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
50
Rotatividade
A taxa de rotatividade de 2012 (13,3%) se manteve praticamente igual à de 2011, como revela o
gráfico dessa página.
DEMISSÕES E ADMISSÕES*
ADMISSÕES
DEMISSÕES
No de colaboradores.
8.143
7.726
6.634
6.571
5.364
3.928
TURNOVER** (TAXA DE ROTATIVIDADE)
MÉDIA GRUPOS
GERAL
13,2%
13,3%
12,4%
11,4%
11,2%
11,1%
2010
2011
* 2012: 10 grupos (100% da produção de aço bruto) | 2011: 9 grupos empresariais (100%) | 2010: 7 grupos (99%).
** Média das demissões e admissões, dividida pela média de colaboradores no ano.
2012
51
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
Saúde e segurança
52
de suas normas é auxiliar as empresas no controle
dos riscos à saúde e segurança dos funcionários.
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
53
INICIATIVAS EM SAÚDE
E PÚBLICOS ATENDIDOS
A indústria do aço investe na melhoria contínua
das condições de saúde dos seus colaboradores.
Uma das prioridades é a ação preventiva com
enfoque na qualidade de vida. Nesse sentido, 100%
das empresas associadas possuem programas, iniciativas ou campanhas para educação, treinamento
e controle de risco com relação a doenças graves.
Da mesma forma, todas as associadas possuem
práticas permanentes voltadas à prevenção de
acidentes, saúde e segurança.
Exames periódicos, programas de prevenção de
uso de álcool e drogas, vacinação, ginástica laboral,
além de ações educativas voltadas aos cuidados
com a alimentação e suporte médico estão entre as
iniciativas de atenção à saúde física e mental dos
colaboradores. Grande parte das atividades das
empresas é extensiva às famílias deles.
A segurança dos colaboradores, bem como das
comunidades residentes nas áreas de influência
das atividades, é outra questão prioritária. Nesse
sentido, 100% das empresas associadas possuem
comitês formais de saúde e segurança que auxiliam
o monitoramento e aconselhamento de programas
de segurança operacional. Além disso, a maioria
das empresas (responsáveis por 82,6% da produção) possui certificação OHSAS 18001, reconhecido
padrão de avaliação e certificação de sistemas de
gestão de saúde e segurança, cujo objetivo principal
A filosofia de trabalho destinada à segurança nas
PARTICIPAÇÃO DA PRODUÇÃO DE AÇO BRUTO POR TIPO DE INICIATIVA / PROGRAMA OFERECIDO
empresas associadas segue alinhada às práticas de
saúde e tem enfoque preventivo. A partir de critérios
de identificação de riscos, há uma série de providên-
EDUCAÇÃO E TREINAMENTO
TRATAMENTO
EFETIVO PRÓPRIO
FAMILIARES
100,0%
88,2%
96,1%
93,3%
cias para evitá-los ou para solucionar os problemas
que possam provocar, caso venham a ocorrer. A
ideia é preparar continuamente as equipes para
lidar com todas as situações.
TOTAL DE ACIDENTES*
EFETIVO PRÓPRIO
1.177
1.160
Mecanismos de controle de acidentes como barreiras de proteção, entre outras formas de prevenção
aos riscos, associadas a medidas administrativas
EFETIVO DE TERCEIROS
Considera todos os acidentes (com ou sem afastamento e fatais ) tanto no trabalho quanto no trajeto
1.027
1.056
742
825
internas – tais como segurança em processos,
gestão de desempenho, planos de benchmarking e
de comunicação, diagnósticos e inspeções – além de
auditorias externas, contribuem para fortalecer a
gestão de saúde e segurança nas empresas.
A preparação dos profissionais (com ações educativas, fóruns de debates e campanhas de sensibilização) também é fundamental para o alcance dos
objetivos das empresas.
FREQUÊNCIA DE ACIDENTES*
No de acidentes com afastamento (incluindo fatais) por milhão de horas- homem trabalhadas.
Além disso, 100% dos acordos firmados com os
EFETIVO TOTAL
EFETIVO PRÓPRIO
EFETIVO DE TERCEIROS
MÉDIA MUNDIAL (worldsteel)
sindicatos incluem aspectos de saúde e segurança.
São cobertos também por esses acordos equipamentos de proteção individual e outros itens de forma
diferenciada tais como comitês conjuntos de saúde
2,28
1,88
e segurança e participação de representantes dos
2,08
1,90
1,77
trabalhadores em inspeções.
1,51
1,49
1,45
1,28
1,41
1,04
2010
2011
* Nos gráficos relativos a acidentes, a base de empresas variou a cada ano:
2012: 10 grupos (100% da produção de aço bruto) | 2011: 9 grupos empresariais (100%) | 2010: 7 grupos (99%).
2012
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
ACIDENTES POR GRAVIDADE**
54
SEM AFASTAMENTO
COM AFASTAMENTO
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
55
ACIDENTES POR TIPO**
FATAL
EFETIVO PRÓPRIO*
NO TRABALHO
NO TRAJETO
EFETIVO PRÓPRIO*
995
1.123
914
881
111
2
180
173
2
2
EFETIVO DE TERCEIROS*
1.003
967
60
54
53
EFETIVO DE TERCEIROS*
958
1.111
789
715
652
580
197
107
154
90
8
5
3
2010
2011
2012
* Considera todos os acidentes, tanto no trabalho quanto no trajeto.
** Nos gráficos relativos a acidentes, a base de empresas variou a cada ano:
2012: 10 grupos (100% da produção de aço bruto) | 2011: 9 grupos empresariais (100%) | 2010: 7 grupos (99%).
2010
49
36
2011
2012
* Considera todos os acidentes, tanto no trabalho quanto no trajeto.
** Nos gráficos relativos a acidentes, a base de empresas variou a cada ano:
2012: 10 grupos (100% da produção de aço bruto) | 2011: 9 grupos empresariais (100%) | 2010: 7 grupos (99%).
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
56
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
57
Luís Carlos Parreiras Santos,
21 anos, estudante de
São Brás (MG)
de Jovens Aprendizes, curso em parceria com o Senai.
ca. Não foi fácil, mas dei o meu melhor. Também gosto
Em linha com as melhores práticas de fortalecimento
“Sou de São Brás do Suaçuí, município vizinho a uma
muito de desenhar. Há três anos, quando abriram con-
da sustentabilidade na gestão dos negócios, todas as
usina produtora de aço. Aqui sempre foi uma região
curso para jovens daqui desenharem a mascote para
empresas associadas mantêm programas de desen-
muito carente. Não tínhamos cursos técnicos, nem
a usina, eu me inscrevi. Ao todo, cerca de 300 alunos
volvimento voltados à atualização das competências
oportunidades de trabalho. O cenário mudou com-
de escolas públicas da nossa região se inscreveram.
e da empregabilidade dos colaboradores. Assim,
pletamente com a chegada da usina. Foram criados
Fiquei muito feliz ao saber que ganhei! Criei o Vivaldo,
contribuem não somente na preparação para um
empregos e começaram a olhar com mais atenção
que passou a ser a mascote. O meu boneco é feito de
mercado cada vez mais competitivo, mas para forta-
para a nossa região. O lugar melhorou muito com os
tubos de aço, como os produzidos pela empresa, e tem
lecer o desenvolvimento pessoal, estimulando valores
investimentos feitos aqui. Eu participei do Programa
forte ligação com a sustentabilidade.”
como cooperação e cidadania. O resultado dessas
Estudei firme ao longo de um ano e oito meses até me
formar, em 2012, como Técnico de Manutenção Elétri-
Treinamento e
desenvolvimento
HORAS DE TREINAMENTO*
2012
3.520.426,7
HORAS
ações, somado a pacotes de benefícios atraentes e ao
reconhecimento das competências individuais, torna
os ambientes de trabalho mais motivadores, estimula
a criatividade e ajuda a reter talentos.
TREINAMENTO POR CARGO*
% DE COLABORADORES POR CARGO
Há exemplos positivos de ações das empresas
associadas que visam à preparação de profissionais,
desde ações de educação continuada até treina-
OPERACIONAL
NÍVEL SUPERIOR
GERENTE
TÉCNICO NÍVEL MÉDIO
SUPERVISOR
ADMINISTRATIVO
DIRETORES
mentos customizados em relação às suas rotinas
e demandas. Também vários projetos educativos
corporativos são reconhecidos por premiações pela
relevância social que desempenham.
“NOSSA REGIÃO MELHOROU MUITO
COM OS INVESTIMENTOS FEITOS AQUI.”
1,5%
A maioria das empresas (responsáveis por 87% da
produção de aço bruto) mantém programa de avalia-
9,8%
ção de desempenho e desenvolvimento de carreira.
Todos os colaboradores das associadas do Aço Brasil
53,4%
recebem análise e acompanhamento de desempenho.
2012
7,4%
9,6%
18,3%
0,0%
*Considera dados de 8 grupos empresariais associados, responsáveis por 94% da produção de aço bruto considerada no período.
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
58
APRENDIZES
MÉDIA DE TREINAMENTO POR EMPREGADO, POR CARGO*
(DIAS/ANO GERAL E POR CARGO)
GERAL
DIRETOR
GERENTE
SUPERVISOR
NÍVEL SUPERIOR
ADMINISTRATIVO
TÉCNICO NÍVEL MÉDIO
OPERACIONAL
6,57
4,78
% DO EFETIVO PRÓPRIO
NO DE APRENDIZES
2,6%
2,6%
1.592
1.549
2,3%
7,7
MÉDIA DA INDÚSTRIA MUNDIAL DO AÇO
(worldsteel - 2011)
2,31
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
59
1.290
13,39
5,20
7,33
10,45
5,54
*Considera dados de 8 grupos
empresariais associados,
responsáveis por 94% da
produção de aço bruto
considerada no período.
ESTAGIÁRIOS
NO DE ESTAGIÁRIOS EM NÍVEL MÉDIO
% DO EFETIVO PRÓPRIO – N. MÉDIO
O
N DE ESTAGIÁRIOS EM NÍVEL SUPERIOR
2,0%
1,9%
1,9%
1,7%
1.109
1.069
TRAINEES
% DO EFETIVO PRÓPRIO – N. SUPERIOR
1.119
1.008
% DO EFETIVO PRÓPRIO
1,9%
1,9%
1.155
1.137
NO DE TRAINEES
0,4%
0,3%
0,2%
268
128
2010
2011
187
2012
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
60
TOTAL DE COLABORADORES QUE PARTICIPARAM DE ANÁLISE DE DESEMPENHO*
% DO EFETIVO PRÓPRIO
No DE COLABORADORES
74%
72%
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
61
Desenvolvimento
de competências
A indústria do aço acredita que o fortalecimento de
Oferecer oportunidade de avanço profissional é
é um bem intangível imprescindível como fator de
uma questão estratégica para as associadas. Assim,
motivação e atratividade profissional.
uma imagem positiva alcançada perante a sociedade, a partir de uma atuação ética e responsável,
a ideia é criar cada vez mais condições para que
63%
profissionais com competência técnica possam
Remuneração e benefícios
alcançar posições de gestão, desde que tenham
conseguido demonstrar perfil adequado para en-
Fazem parte da gestão de recursos humanos, as
frentar esse desafio.
políticas de cargos e salários, além de benefícios
compatíveis com as melhores práticas do mercado,
Há experiências bem-sucedidas, como é o
31.821
28.951
27.689
caso do pagamento de bônus para os executivos
que devem deixar os cargos e que vão se incumbir da missão de treinar novos talentos para
essas posições.
A variabilidade de cenários, motivada sobretudo
pela crise econômica global, vai exigir cada vez
mais capacidade de adaptação dos profissionais
tais como plano de saúde e odontológico, seguro de
vida, previdência privada, auxílio-creche, transporte
para o trabalho, alimentação, participação nos resultados, entre outros. Há ainda empresas que buscam
ampliar seus diferenciais oferecendo, por exemplo,
patrocínio para cursos superiores e de pós-graduação, além de estudo de idiomas.
Benefícios oferecidos a todos os empregados:
a situações adversas. Diante desse grande desafio
para a indústria do aço, as empresas acreditam que
2010
2011
2012
PERCENTUAL DE COLABORADORES
POR GÊNERO QUE PARTICIPARAM
DA ANÁLISE DE DESEMPENHO* (2012)
*BASE DE EMPRESAS VARIOU CADA ANO:
2010
59%
84%
a experiência adquirida pelas mais antigas gerações
Essa percepção tem motivado ações que favorecem
PLANO DE SAÚDE
tanto a troca de experiências profissionais com os
PREVIDÊNCIA PRIVADA
98,92%
mais jovens colaboradores, como a transmissão
OUTROS
97,20%
dos melhores valores corporativos, entre os quais
CRECHE / AUXÍLIO-CRECHE
94,66%
a imagem positiva conquistada com uma gestão
ALIMENTAÇÃO
72,43%
norteada pela transparência.
TRANSPORTE INTEGRAL
72,43%
SEGURO DE VIDA
72,43%
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E
RESULTADOS
72,43%
71,5% DA PRODUÇÃO DE AÇO BRUTO
7 GRUPOS
A transferência de conhecimento e de cultura entre diferentes gerações de profissionais pode contribuir para
2011
fortalecer no público interno o sentimento de orgulho
65,6% DA PRODUÇÃO DE AÇO BRUTO
do ambiente de trabalho, importante objetivo das equi-
6 GRUPOS
pes de recursos humanos em qualquer empresa.
2012
82,8% DA PRODUÇÃO DE AÇO BRUTO
6 GRUPOS
BENEFÍCIOS
pode ser considerada como um forte ativo.
% DA PRODUÇÃO
DE AÇO BRUTO
DAS EMPRESAS
QUE OFERECEM
O BENEFÍCIO
100%
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
Desenvolvimento local
As empresas associadas ao Instituto Aço Brasil
desenvolvem práticas de cidadania corporativa que
62
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
63
INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO
EDUCAÇÃO
envolvem os públicos interno e externo, seja prio-
ESPORTE
rizando ações educacionais, esportivas e sociocul-
SANEAMENTO
turais, ou estimulando o empreendedorismo, entre
tantas outras iniciativas.
40%
13%
OUTROS
2012
CULTURA
Assim minimizam riscos, ampliam o relacionamento com as comunidades próximas às suas áreas
SAÚDE
de atuação, reduzem impactos dos seus projetos e
SEGURANÇA ALIMENTAR
(R$ MIL)
2%
8%
16.141,87 14.023,25 15.817,95
2011
2010
1%
36%
0%
fortalecem o desenvolvimento local.
INVESTIMENTO SOCIAL
POR ORIGEM DO RECURSO
12%
Vale ressaltar que 100% das empresas associadas
possuem política ou documento formal que orienta o
2012
RECURSOS PRÓPRIOS
LEI DO ESPORTE
LEI ROUANET
LEIS ESTADUAIS
FIA
LEIS MUNICIPAIS
LEI AUDIOVISUAL
OUTROS INCENRVOS
4%
1%
relacionamento com as comunidades. Todas também
contam com programas para avaliar o impacto das
suas operações nas localidades, sendo essas iniciativas realizadas antes do início das atividades.
48%
2012
24%
Além dos projetos com base em leis de incentivo,
as empresas apoiam ainda iniciativas com recursos
6%
próprios, por meio de editais, nos quais buscam
0%
5%
contemplar demandas que já foram identificadas em
ações de relacionamento com as comunidades.
COMUNIDADE E SOCIEDADE RELACIONAMENTO
COM AS COMUNIDADES DO ENTORNO
Nos gráficos a seguir é possível observar que o investimento social privado das empresas associadas
foi ampliado em 2012, em relação a 2011, apesar do
contexto de crise econômica global.
ASPECTOS CONSIDERADOS NA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS NAS COMUNIDADES DO ENTORNO
ASPECTOS
% DA PRODUÇÃO DE AÇO BRUTO DAS
EMPRESAS QUE CONSIDERAM CADA ASPECTO
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO LOCAL BASEADOS
NAS NECESSIDADES DAS COMUNIDADES
99,59%
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL E MONITORAMENTO
88,17%
TRANSPARÊNCIA DOS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES
DE IMPACTOS SOCIAIS E AMBIENTAIS
86,04%
MAPEAMENTO DE PÚBLICOS PARA DEFINIÇÃO DE PLANOS
DE ENGAJAMENTO E PARTICIPAÇÃO
85,40%
CANAIS FORMALIZADOS PARA RELACIONAMENTO COM
COMUNIDADE LOCAL
69,81%
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
G+: Engajamento educacional
64
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
65
arte, cultura, esporte e meio ambiente. São esses
enfoques que estão ajudando a fortalecer as práticas
Conscientes de que o engajamento de diferentes
educativas e tornando o aprendizado mais lúdico e
atores pode impulsionar transformações de longo
motivador. Jogos e brincadeiras contribuem para a
alcance social, que começam pela melhoria dos
melhoria dos resultados escolares.
indicadores educacionais, gestores de doze instituições de ensino de Minas Gerais estão colhendo bons
frutos com o projeto G+.
As atividades socioculturais e ambientais são desenvolvidas a partir do aproveitamento dos espaços
escolares. Assim são promovidas apresentações
O projeto é uma parceria iniciada em 2008, liderada
musicais e teatrais, atividades que incluem poesia,
por uma das empresas associadas ao Instituto Aço
rodas de leitura, grupos de contadores de histórias,
Brasil, que tem fortalecido o relacionamento corpo-
entre outras que envolvem a participação de crian-
rativo com o setor educacional nas suas áreas de
ças, adolescentes e agentes educativos.
atuação. Mas os benefícios da mobilização vão além
e são percebidos por alunos, professores, e pela
comunidade em geral.
Todo o trabalho do G+ é planejado de forma compartilhada. Nas reuniões mensais, por exemplo, os integrantes do grupo apresentam e articulam os projetos
Comunicação com
a sociedade
Para alcançar o objetivo de trabalharem de forma
incentivados, além de alinharem a montagem da
integrada pela melhoria contínua do processo edu-
grade cultural ao projeto pedagógico de cada escola.
cacional na região, os participantes do G+ se reúnem
Além disso, os gestores escolares têm formações
A facilitação do acesso à informação sobre as práti-
mensalmente. Juntos compartilham experiências
inseridas em cada reunião, ao longo do ano, com te-
cas corporativas, bem como de diálogo das empre-
pedagógicas em campos diferenciados que incluem
mas relacionadas às demandas das próprias escolas.
sas associadas com os públicos externos, também
é outra prioridade. São mantidos canais formais de
comunicação como internet e telefone, formulários
e visitas às instalações industriais. A partir dessas e
de outras soluções, são recebidas e respondidas sugestões, reclamações, demandas, elogios e qualquer
tipo de mensagem.
Para fortalecer o diálogo e ampliar as formas de
cooperação, mais uma prática comum nas empresas
é a promoção de encontros de gestores com lideranças comunitárias para tratar de temas de interesse
da maioria. Há iniciativas bem-sucedidas, como a
criação de comitês que estão contribuindo para a
implementação de planos de desenvolvimento em
localidades no entorno das instalações industriais.
Esses grupos incentivam a conscientização dos atores sociais envolvidos.
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
CULTURA
Música e cidadania
nas escolas
66
Barra Mansa) têm sido reconhecidas pela qualidade do
percussão é o principal objetivo das crianças e dos
jovens que ingressam no projeto Música nas Escolas.
% DE COLABORADORES CONTRATADOS NA COMUNIDADE LOCAL*
trabalho que desenvolvem. Não é por acaso que vêm
conquistando inúmeras premiações nos concursos dos
quais têm participado em nível nacional. Tudo isso
Aprender a tocar um instrumento de sopro, corda ou
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
67
demonstra como a música pode ser utilizada como
67%
67%
68%
2011
2012
instrumento de educação e socialização, alcançando,
portanto, os objetivos que norteiam essa iniciativa.
Ao conquistarem uma chance de aprendizado com
esta iniciativa, os estudantes descobrem um mundo
A preparação musical começa na pré-escola e vai
novo de oportunidades. O projeto que não para de
até o quinto ano do Ensino Fundamental. Do sexto
crescer é realizado em Barra Mansa, uma cidade do
ao nono anos, a música é inserida na disciplina de
interior do Estado do Rio de Janeiro, com apoio de
Educação Artística. Aqueles que tiverem interesse
empresas privadas, entre as quais uma associada do
na formação universitária em música encontram
Instituto Aço Brasil.
essa possibilidade por meio de um convênio firmado
entre o projeto e a universidade local, que possui
Sem sair do ambiente escolar, os estudantes são
cursos de Licenciatura e Bacharelado.
estimulados ao exercício da cidadania por meio do
2010
BASE DE EMPRESAS
ensino da música instrumental clássica e popular.
As aulas de prática instrumental são realizadas nos
2010
2011
2012
7,4% DA PRODUÇÃO DE AÇO
17,6% DA PRODUÇÃO DE AÇO
73,67% DA PRODUÇÃO DE AÇO
Tudo começou em 2003, com 600 alunos e, quatro
diversos polos (cordas, madeiras, metais e percus-
4 GRUPOS
5 GRUPOS
9 GRUPOS
anos depois, com apoio de uma das empresas asso-
são) instalados nas escolas da cidade, garantindo aos
ciadas ao Instituto, o projeto foi ampliado para 50
estudantes o acesso a todos os tipos de instrumentos
escolas da rede municipal, envolvendo 5 mil crian-
que compõem as bandas e orquestras do projeto.
*Média do % de contratações na localidade informado por cada empresa.
Base de empresas que informa variou a cada ano.
ças e jovens. Atualmente já são 72 estabelecimentos
de ensino e mais de 25 mil integrantes.
Os principais conjuntos formados pelo projeto são:
Orquestra Sinfônica, Orquestra Infanto-Juvenil, Banda
A Orquestra Sinfônica e a Banda Sinfônica (formada
Sinfônica, Banda Sinfônica Infanto-Juvenil, Orquestra
por jovens músicos que também são professores,
de Metais, Orquestra de Jazz, Orquestra de Cordas
monitores e bolsistas do projeto Música nas Escolas de
Suzuki e Drum-Latas. A outra atração é o coral.
Contratação local
Há ainda experiências bem-sucedidas de programas
educacionais voltados à capacitação de jovens da
Convictas de que a geração de trabalho e renda tem
comunidade, por meio de convênios com instituições
grande importância para o desenvolvimento local, as
reconhecidas, como o Senai, além de patrocínio de cur-
empresas associadas buscam ampliar oportunida-
sos e ações de reforço escolar nas comunidades. Assim,
des para a contratação de pessoas de comunidades
a expectativa é de ampliar as perspectivas de participa-
locais nos seus processos seletivos.
ção das novas gerações no mercado de trabalho.
A maioria das empresas associadas (responsáveis
A preocupação com o desenvolvimento de estudantes
por 98% da produção de aço) possui política ou pro-
é ampla. Desta forma há também, junto às empresas
cedimento formal voltado a incentivar a contratação
associadas, inúmeras experiências de parcerias que
de pessoas das comunidades próximas às áreas
visam à melhoria da qualidade na educação formal,
onde operam e consideram, entre as suas principais
por meio de programas que buscam avanços na
fontes de recrutamento e seleção, instituições que
gestão das instituições de ensino público, além da
representem as comunidades locais.
capacitação dos educadores.
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
68
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
69
Diálogo amplo
As empresas associadas ao Instituto Aço Brasil valorizam a importância do diálogo com seus públicos
de interesse. Nesse sentido, a comunicação interna
tem como desafios a mobilização e o engajamento
do público interno. A ideia é que todos os profissionais conheçam e assimilem as estratégias de
negócios e pratiquem premissas corporativas como
visão, missão, valores, crenças de gestão e princípios
de sustentabilidade, buscando preservar e reforçar a
identidade empresarial.
Para isso, as empresas mantêm inúmeros canais
de comunicação que vão desde os mais tradicionais
(como sites, boletins eletrônicos e impressos, revistas
“MEU SONHO É ME FORMAR E
CONTINUAR TRABALHANDO NA
EMPRESA COMO ENGENHEIRA.”
e telefone) até outras soluções. Bons exemplos também incluem aparelhos de TV dispostos em pontos
estratégicos das instalações para divulgar notícias
de interesse geral, intranet, manutenção de grupos
de comunicação interna, de melhoria contínua e de
voluntariado, além de conselhos representativos dos
empregados.
Amanda Caroline Pereira
de Carvalho, técnica de
Planejamento de uma
indústria do aço, 20 anos
nica de Planejamento, uma das responsáveis pelas
“Moro em uma comunidade bem próxima de uma
(Zona Oeste do Rio). Sou de família simples: meu pai
usina produtora de aço no Rio. Não foi meu primeiro
é motorista e minha mãe é dona de casa. Tenho três
emprego. Antes já tinha trabalhado em Serviço de
irmãos também estudando, mas ninguém na minha
Atendimento ao Consumidor, mas meu sonho era
família se formou antes, ainda mais na carreira
trabalhar na usina. Quando soube do Programa
de Engenheira. Serei a primeira. Meus pais estão
Jovem Aprendiz, uma parceria da empresa com
orgulhosos e eu estou bem contente mesmo. Sei que
o Senai, achei que tinha ali uma grande oportuni-
ainda tenho muito aprendizado pela frente. Mas,
dade. Fiz o curso de Manutenção e, felizmente, fui
se depender da minha disposição, vou me formar
chamada para estagiar na usina produtora de aço.
como Engenheira e continuar trabalhando na usina
“Fui efetivada em dezembro de 2012 e hoje sou téc-
produtora de aço.”
Programas de endomarketing contribuem para desdobrar a comunicação interna que chega aos cola-
programações de inspeções nas máquinas. Estou
boradores. Nessa linha, há exemplos bem-sucedidos
muito feliz. Tenho certeza que escolhi a profissão
entre as empresas associadas, como os encontros
certa. Consegui também começar a cursar Enge-
periódicos de executivos da alta gerência com os
nharia de Produção na Universidade de Santa Cruz
MARCO ANTÔNIO TEIXEIRA – DIVULGAÇÃO
demais profissionais, sobretudo das gerações mais
jovens, seja para falar de desempenho econômico ou
outras questões de interesse interno, e que têm surtido muito efeito. O fortalecimento do sentimento de
cooperação tem sido percebido por muitas equipes
por meio desse tipo de prática de diálogo.
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
70
VALORES HUMANOS
Educação transformadora
recuperação de jovens infratores que vêm surpreendendo os envolvidos no projeto.
Serra, no Espírito Santo, um dos municípios mais violentos do Brasil, tem conseguido reverter seus indicado-
Para dar sustentação econômica às famílias dos
res negativos, incluindo os de baixo desempenho e de
jovens e reduzir a vulnerabilidade social de grupos
evasão escolar (caiu mais de 90%), a partir de metodo-
que poderiam entrar ou reincidir em situações de
logias educacionais inovadoras que lançam mão até de
violência, foi desenvolvido um projeto de apoio à
técnicas de meditação como alternativas para transfor-
pesca da tilápia e criado um restaurante em par-
mar a realidade local. Respeito, afeto, perdão e a cultura
ceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
da não violência são valores repassados por meio
Pequenas Empresas (Sebrae) e outros atores sociais
de inúmeras atividades que envolvem alunos e seus
para garantir a perenidade na comercialização do
familiares, além de professores e outros profissionais de
pescado. Essa rede de stakeholders trabalhando
educação entusiasmados com os resultados do Progra-
conjuntamente comemora os bons resultados das
ma Educação em Valores Humanos. Essa iniciativa foi
ações realizadas no decorrer de 2012, considerado
adotada pela prefeitura local há cerca de quatro anos e
um ano revolucionário, apesar da crise financeira
é apoiada desde 2010 por uma usina de aço local.
que se ampliou mais fortemente no exterior e teve
maiores reflexos no Brasil.
A filosofia do projeto consiste em fortalecer valores
humanos em segmentos sociais considerados vulne-
Outra forma de sustentação econômica para grupos
ráveis, com objetivos de reduzir os riscos de conflito
em vulnerabilidade social, os que já tiveram envol-
com a lei e atos de violência nas comunidades, além
vimento com situações de violência, é voltado para
de melhorar os indicadores educacionais, conside-
adolescentes em conflito com a Lei que produzem
rados elementos-chave para a transformação da
blocos, a partir de escória da aciaria da unidade in-
realidade local. O trabalho é preventivo, mas tam-
dustrial da usina local. As ações, em parceria com o
bém tem surtido efeitos em situações de desajustes
Governo do Estado e com a ONG Movive, têm apoio
já estabelecidos. Esse é o caso dos altos índices de
de equipes de voluntariado da empresa.
71
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
Cadeia de valor
72
Quanto aos fornecedores, 100% das empresas associadas têm critérios de seleção e avaliação definidos. Neles
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
73
CRITÉRIOS CONSIDERADOS NA AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES (2012)
% DA PRODUÇÃO DAS
CRITÉRIOS
EMPRESAS QUE CONSIDERAM
CADA CRITÉRIO
As empresas associadas ao Instituto Aço Brasil atu-
estão contidos aspectos relacionados à legislação am-
am de forma próxima e transparente com todos os
biental e proteção dos direitos humanos, com ênfase na
seus públicos de interesse. Em relação aos clientes
prevenção e no combate a algumas formas inaceitáveis
PREVENÇÃO E COMBATE AO TRABALHO FORÇADO OU ANÁLOGO AO ESCRAVO
100,00%
a diretriz é fortalecer o relacionamento. Para o al-
de exploração da mão de obra, como trabalho forçado
PREVENÇÃO E COMBATE AO TRABALHO INFANTIL
100,00%
cance desse objetivo, há exemplos positivos, como é
ou análogo ao escravo e trabalho infantil.
GARANTIA DOS DIREITOS TRABALHISTAS E SINDICAIS
99,59%
Além disso há inúmeras iniciativas de estímulo
CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS EMPREGADOS E COLABORADORES DAS
EMPRESAS CONTRATADAS
99,59%
ASPECTOS AMBIENTAIS (RECURSOS NATURAIS; BIODIVERSIDADE; ÁREAS DE PROTEÇÃO
AMBIENTAL / RESERVAS LEGAIS; MUDANÇAS CLIMÁTICAS)
99,59%
ANÁLISE DA ORIGEM DE PRODUTOS, EVITANDO AQUISIÇÃO DE PRODUTOS FALSIFICADOS,
PIRATAS OU FRUTO DE ROUBO
95,73%
VALORIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES LOCAIS
94,42%
PREVENÇÃO E COMBATE À CORRUPÇÃO
75,48%
GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DE CARÁTER PRIVADO OBTIDAS NAS RELAÇÕES COM
OS CLIENTES OU COM O MERCADO EM GERAL
72,03%
VALORIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PEQUENOS E MÉDIOS FORNECEDORES
70,30%
PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
63,65%
PREVENÇÃO E COMBATE À DISCRIMINAÇÃO EM TODAS AS SUAS FORMAS E ASSÉDIO
63,65%
ESTÍMULO À ADOÇÃO DE CERTIFICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS
58,07%
VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE
55,86%
o caso de programas de visitas de clientes às usinas,
e que têm tido grande aceitação. Por outro lado, há
experiências de empresas que selecionam lideranças
internas para visitas às operações dos clientes.
a excelência na gestão de empresas contratadas.
Nesse sentido, 98% das associadas ao Instituto
Aço Brasil realizam programas de desenvolvi-
Outra forma de aproximação entre as lideranças da
mento de fornecedores e 94% possuem políticas
empresa e os clientes ocorre por meio da participa-
ou práticas que favorecem o fortalecimento dos
ção em feiras e eventos que reúnem profissionais
fornecedores locais.
da indústria do aço.
No âmbito das melhores práticas de desenvolvimento da
No sentido de acompanhar o desempenho do aten-
cadeia de valor há exemplos de fornecedores considerados
dimento e da qualidade dos seus produtos, 100% do
críticos que assinam termos de compromissos com as em-
setor possui políticas para avaliar a satisfação dos
presas associadas como a Carta SA 8000, elaborada com
clientes e consumidores. O monitoramento da per-
base na Norma SA 8000 (que define os requisitos referen-
cepção desses públicos estratégicos tem contribuído
tes às práticas sociais de relações de emprego e condições
para melhorias continuas.
de trabalho por fabricantes e seus fornecedores).
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
74
Desenvolvimento
de fornecedores
pequenas e médias empresas, estimula o crescimen-
Tem sido muito forte o apoio e incentivo à capa-
Brasil, com crescimento de 15%, em 1 ano, em volu-
citação de micro, pequenas e médias empresas,
me de negócios.
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
75
to do mercado, a geração de emprego e de renda.
Em 2012, o programa abrangeu 281 empresas no
com a convicção de que desempenham um papel
fundamental na cadeia de negócios da indústria do
aço. Em grupo com atuação nacional, este trabalho
é feito por meio do Programa de Desenvolvimento
de Fornecedores, que tem o objetivo de aprimorar o
desempenho gerencial dessas organizações.
Entre os principais ganhos mútuos possibilitados
pelo programa estão a redução da dependência
econômica das Médias e Pequenas Empresas (MPEs)
em relação ao grupo, o aumento da pontualidade
nos pedidos, a redução da não conformidade nas
entregas, o aumento no volume de vendas brutas
A iniciativa deste grupo é desenvolvida com entidades
das MPEs e os empregos gerados com o crescimento
parceiras, abrangendo desde a realização de cursos e
dessas empresas.
consultorias in loco, até a elaboração e acompanhamento da execução de planos de ação. No total, são
mais de 500 horas de capacitação ao longo de 24 meses, as quais abordam temas relacionados à melhoria
de gestão, qualidade e produtividade, estímulo ao
empreendedorismo, cidadania e sustentabilidade.
O principal diferencial do projeto é que a sua base é
formada pela gestão de indicadores de desempenho.
Por meio destes indicadores, definidos pelos próprios empresários, são determinadas as demandas
de capacitação e consultoria às empresas participantes, bem como realizados o acompanhamento contí-
O programa resulta em impacto direto na competiti-
nuo e as avaliações sobre sua evolução. O programa
vidade, já que possibilita o recebimento de produtos
é formado por cursos, consultorias, implementação
e serviços com mais qualidade, a pontualidade nas
do plano de ação e avaliação de resultados dos for-
entregas e o estabelecimento de relacionamentos de
necedores, além da participação em feiras, rodadas
longo prazo. Além disso, ao fortalecer essas micro,
de negócios e visitas de benchmarking em empresas.
4.3 AMBIENTAL
Em 2012, 89% das usinas produtoras de aço
associadas ao Aço Brasil tinham sistema de gestão
Sistemas de
Gestão Ambiental
ambiental certificados, segundo a ISO 14.001, por
A indústria do aço tem-se comprometido e avança-
ainda sem certificação, 7% estavam em processo de
do, cada vez mais, no uso racional dos recursos na-
implantação e apenas 4% ainda não haviam iniciado
turais. Para isso contribuem os programas de sen-
o processo, mas confirmaram a intenção de obter a
sibilização e capacitação de todos os colaboradores
certificação de seus sistemas de gestão. Dentre as
nas empresas, além da implementação de metodo-
empresas do setor há também certificações nas áre-
logias gerenciais e normas orientadas às operações
as de qualidade, saúde, segurança e gestão florestal.
das unidades, com base em padrões ambientais
internacionais. Busca-se incentivar a proposição de
medidas para melhoria dos indicadores ambientais
e soluções muitas vezes simples e inovadoras surgem das próprias áreas operacionais, comprovando
que os profissionais estão motivados e comprometidos com as ações de sustentabilidade do setor.
órgão internacionalmente reconhecido. De acordo com o levantamento realizado, das empresas
Apesar do cenário de crise econômica global, com
profundo reflexo no Brasil, em 2012, as empresas
associadas mantiveram seus investimentos em ações de
proteção ambiental, que alcançaram o montante de
R$ 605,6 milhões. Os recursos foram direcionados à
melhoria dos processos de operação e gestão das unidades produtivas, com enfoque em prevenção de impactos
O apoio ao desenvolvimento de tecnologias limpas, além
sobre o meio ambiente. Deste total, R$ 24,8 milhões
da implementação de processos que permitam a redução
foram aplicados em programas e projetos ambientais
de resíduos e efluentes gerados nas atividades indus-
externos como ações de educação ambiental e apoio a
triais, transcendem o cumprimento das exigências legais.
iniciativas de preservação e recuperação ambiental.
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
76
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
77
Matérias-primas
As empresas do setor têm controlado, de forma
sistemática, o consumo de recursos naturais não renováveis por meio de melhores práticas de ecoeficiência,
nas quais se incluem as ações de combate ao desperdício e de aumento da reciclagem de matérias-primas,
coprodutos e resíduos. Nesse sentido, o consumo de
matérias-primas, em geral, tem-se mantido em níveis
estáveis, com variações de pequena escala a mais ou a
menos, como demonstram as tabelas a seguir.
2010
2011
2012
CARVÃO MINERAL / ANTRACITO
13.005
13.687
13.230
–
1.170
1.415
767
1.023
1.382
1.380
1.342
1.537
MINÉRIO DE FERRO¹
29.856
33.589
33.689
MINÉRIO MANGANÊS
223
589
484
COQUE DE PETRÓLEO
CARVÃO VEGETAL
FERRO-GUSA
2.252
2.477
2.104
SUCATA DE FERRO E AÇO
6.142
6.780
6.933
DOLOMITA CRUA
1.380
1.346
1.405
CALCÁRIO CRU
3.517
4.108
3.727
Hoje o projeto é referência no Vale do Aço e já vem se fir-
CAL CALCÍTICA / DOLOMÍTICA²
1.540
1.791
1.958
mando como uma importante ferramenta de educação
FERROLIGAS
488
509
471
na região mineradora de Serra Azul, também em Minas.
TOTAL
60.550
68.411
68.336
CONSUMO DE MATÉRIAS-PRIMAS
PRODUZIDAS INTERNAMENTE** (10³t)
2010
2011
2012
rado simbolicamente como uma escola destinada a
todas as idades e classes sociais.
O Projeto Xerimbabo, realizado há 28 anos no Vale do
Aço mineiro, aborda temas que trazem como pano de
fundo o ser humano e o meio ambiente. A iniciativa
ESSA QUANTIDADE EQUIVALE
AO AÇO CONTIDO EM 12,4 MILHÕES
DE CARROS POPULARES
CONSUMO DE MATÉRIAS-PRIMAS
DE FONTES EXTERNAS* (10³t)
COQUE
Educação ambiental
EM 2012 FORAM RECICLADAS CERCA
DE 6,9 MILHÕES DE TONELADAS DE
SUCATA DE FERRO E AÇO ORIUNDAS
DE FONTE EXTERNA
engloba ações e eventos apresentados anualmente em
uma exposição lúdica, ao ar livre, que trabalha um
No Xerimbabo, os conteúdos abordados no projeto,
conceito transdisciplinar, baseado na ética ambiental,
como “ecologia”, “energias limpas” e “sustentabili-
sustentabilidade e conservação das espécies.
dade” são desdobrados em sala de aula, por meio da
participação das escolas inscritas.
A palavra Xerimbabo significa, na língua tupi, “ani-
COQUE
8.110
8.192
8.097
20.716
24.337
25.083
19.984
22.192
22.147
mal de estimação”. O projeto que leva este nome,
Assim, conceitos são formulados e eventos pionei-
SINTER
desde que surgiu, em 1984, vem cumprindo o seu
ros realizados, visando-se uma educação ambiental
FERRO-GUSA
propósito: inaugurar conceitos, e, sobretudo, influen-
que contemple o indivíduo e a coletividade, baseada
SUCATA DE FERRO E AÇO
2.316
2.337
2.530
na construção dos valores, virtudes, habilidades e
CAL CALCÍTICA / DOLOMÍTICA
640
624
698
milhões de visitantes, em sua maioria estudantes da
atitudes voltadas para a conservação do ambiente,
TOTAL
51.766
57.682
58.557
rede pública de ensino, o projeto pode ser conside-
no qual se insere o ser humano.
ciar gerações. Já tendo ultrapassado a marca de 2
* Considerando os materiais comprados pelas empresas. Não inclui os materiais produzidos internamente. 1 – Inclui pelotas / 2 – Inclui fluorita
** Inclui apenas os materiais produzidos internamente pelas empresas associadas a partir de outros materiais.
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
Energia
78
MATRIZ ENERGÉTICA
REAPROVEITAMENTO DE GASES
DO PROCESSO PRODUTIVO (%)
A matriz energética da indústria do aço sofreu pe-
6%
quena alteração se comparada com os últimos dois
7%
anos. Em 2012, a participação do carvão mineral/
GÁS DE COQUERIA
2%
coque, principal insumo energético do setor, decresceu 1% na matriz energética, reflexo do aumento do
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
79
14%
consumo do carvão vegetal.
A indústria do aço, por ser um setor intensivo em
GÁS DE ALTO-FORNO
1%
8%
12%
2012
GÁS DE ACIARIA
27%
36%
73%
98%
energia, busca continuamente alternativas tecnoló-
99%
92%
88%
gicas e operacionais para aumento da sua eficiência
73%
64%
energética. Todas as associadas ao Instituto Aço Brasil desenvolvem ações para redução do consumo e
aumento da eficiência energética de suas operações,
CARVÃO MINERAL / COQUE
cabendo destacar:
DERIVADOS DE PETRÓLEO
» Otimização do controle dos processos via automação
CARVÃO VEGETAL
» Co-geração de energia elétrica através do reaproveitamento dos gases do processo
2011
REAPROVEITADOS
2012
2011
2012
2011
2012
QUEIMADOS NO FLARE
ENERGIA ELÉTRICA
» Substituição de insumos/combustíveis
» Programas de treinamento / sensibilização
FONTE DE ENERGIA ELÉTRICA (%)
de fornecedores
so produtivo e permite a co-geração de energia
Em 2012, houve um aumento no reaproveitamento
elétrica (termelétrica). Algumas empresas também
dos gases de alto-forno e aciaria quando comparado
possuem usina hidrelétrica para suprimento de sua
com o ano anterior. O gás de coqueria manteve seu
demanda energética.
65%
58%
53%
42%
47%
2011
2012
alto índice de reaproveitamento alcançando 99%,
conforme pode ser observado no gráfico a seguir.
A autogeração, a partir de termelétrica e hidrelétrica,
foi responsável, em 2012, por 47% do total de energia
O maior reaproveitamento dos gases reduz o
elétrica consumida pelo setor. O resultado representa
consumo de insumos não renováveis no proces-
um aumento de 13% em relação ao ano anterior.
35%
2010
GERAÇÃO PRÓPRIA
A ENERGIA ELÉTRICA GERADA EM 2012 PELA INDÚSTRIA DO AÇO
EQUIVALE AO CONSUMO ANUAL DE 12,3 MILHÕES DE BRASILEIROS
COMPRADA
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
80
Água
Em 2012, houve um aumento de 3% na quantidade de
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
81
Efluentes
de qualidade estabelecidos na legislação, antes de
água doce recirculada, em relação a 2011, devido a uma
serem lançados nos corpos receptores.
A maior parte da água utilizada nas usinas passa por
serie de iniciativas. Dentre as quais, podemos destacar:
Todas as empresas do setor desenvolvem atividades
sistemas fechados de resfriamento, sendo recircula-
» Gestão dos recursos hídricos
relacionadas à gestão e ao monitoramento da quali-
Em 2012, o volume de efluentes industriais
da. Em algumas, e dependendo da disponibilidade
» Ampliação do número de sistemas de
dade de seus efluentes, com o objetivo de reduzir os
lançado pelas unidades das empresas associadas
local, utiliza-se água salobra nesses sistemas, sem
recirculação de água
impactos sobre o meio ambiente. Nesse sentido, são
totalizou 200,4 mil metros cúbicos por dia. Em
qualquer prejuízo à qualidade do processo e com
» Reforma dos sistemas de recirculação
mensurados constantemente os parâmetros físico-
relação a 2011, o volume de efluente descartado
impacto controlado sobre o ambiente, com processos
» Redução de vazamentos
-químicos nas estações de tratamento de efluentes
sofreu decréscimo de 2%, devido à menor produ-
» Outras alternativas de reuso de água
industriais e também sanitários para avaliar se os
ção de aço e ao aumento da taxa de recirculação e
mesmos estão em conformidade com os padrões
reuso da água.
que consideram as condições ambientais da região.
A RACIONALIZAÇÃO E A RECIRCULAÇÃO DE ÁGUA PELO SETOR, ELIMINA A CAPTAÇÃO
DE ÁGUA SUFICIENTE PARA ABASTECER 33% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
ÁGUA RECIRCULADA (106 m3)
4.571
EFLUENTE DE ÁGUA DOCE (106 m3)
4.583
4.740
74,7
72,1
2010
2011
2012
2011
2012
2,5
2,5
2011
2012
EFLUENTE DE ÁGUA DOCE (m3/t aço bruto)
ÍNDICE DE RECIRCULAÇÃO DE ÁGUA DOCE (%)
2,6
96,7%
2010
2010
73,2
96,5%
96,5%
2011
2012
2010
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
Emissões atmosféricas
O controle das emissões atmosféricas é uma prioridade
82
Emissão de gases
de efeito estufa
No que se refere às emissões de CO2 há especificidades do
zir ao máximo os impactos sobre o meio ambiente e na
setor que precisam ser observadas. A rota integrada a co-
otimização da eficiência dos equipamentos de controle.
que é responsável por cerca de 70% da produção mundial
das unidades de produção em uma usina siderúrgica
são de grande porte e elevado custo. Demandam
necessidade de uso do carvão mineral ou vegetal na
constante. Os filtros, precipitadores eletrostáticos e
produção de aço, via rota integrada. Isso restringe
lavadores de gases instalados nas usinas brasileiras
as possibilidades de redução das emissões de CO2
possuem a mesma tecnologia adotada pelas empre-
nas empresas que utilizam tal rota tecnológica. Nes-
sas instaladas em países desenvolvidos.
ses casos, o esforço para redução dessas emissões
2010
2012
1,55
1,54
2011
2012
EMISSÃO ESPECÍFICA* (t CO2/t aço bruto)
1,59
está focado no aumento da eficiência energética.
monitoradas. Nossas associadas utilizam a medição
Da mesma forma, alguns exemplos de ações são o
direta para monitoramento das suas fontes, além de
aproveitamento de gases de processo, a injeção de fi-
outras formas de avaliação, como o cálculo com base
nos de carvão e a substituição de óleo combustível por
em dados específicos das fontes.
gás natural. Essas iniciativas das empresas têm sido
produção de aço, são feitas medições de NOx e SO2.
2011
no alto forno, apresentadas na figura ao lado.
Segundo o atual status tecnológico mundial, há
particulado. Em 25 plantas, que representam 96% da
45.461
inevitável, em função das reações químicas que ocorrem
às condições de operação e requerem manutenção
Todas as empresas do setor monitoram material
46.926
do aço. Portanto, a emissão de CO2 na etapa de redução é
criteriosa especificação de materiais para resistir
Em 2012, das 758 fontes fixas existentes, 76% foram
EMISSÃO ABSOLUTA (103t CO2)
43.928
das empresas associadas, que atuam no sentido de redu-
Os sistemas de controle das emissões atmosféricas
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
83
2010
* Corresponde a média entre as usinas integradas e semi-integradas.
importantes, tanto que alguns projetos estão em fase
de análise ou já obtiveram certificados de emissão re-
REAÇÕES NO ALTO-FORNO
duzida de gases de efeito estufa (GEE), via Mecanismo
de Desenvolvimento Limpo (MDL).
A crise pela qual a indústria do aço vem passando
GÁS DE ALTO FORNO
levou a uma menor produção e à parada de algumas
unidades produtivas para manutenção (sinterização,
coqueria e alto-forno), em 2012. Associado a isso
e devido a um aumento do reaproveitamento dos
MINÉRIO DE FERRO
(FERRO - 65%)
SINTER
PELOTA
REAÇÕES BÁSICAS DENTRO DO ALTO-FORNO
1.
gases de processo, houve uma redução de 3% das
emissões absolutas de CO2.
2C
COQUE
MINÉRIO DE
MANGANÊS
2.
FE2O3
O2 =
+
SOPRO
VENTANEIRAS
+
2CO
AGENTE
REDUTOR
3CO =
AGENTE
REDUTOR
CARVÃO MINERAL/
COQUE OU VEGETAL
(CARBONO > 60%)
CALCÁRIO OU CAL
ESCÓRIA
GUSA LÍQUIDO
2FE
GUSA
+
3CO2
GÁS
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
84
Coprodutos e resíduos
DESTINAÇÃO DOS COPRODUTOS E RESÍDUOS (%)
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
85
COPRODUTOS E RESÍDUOS POR TIPO (%)
Em 2012, a geração de coprodutos e resíduos para
5,0%
cada tonelada de aço produzido manteve-se em
AGREGADOS SIDERÚRGICOS
600 kg. O volume total foi de 17,7 milhões de tonela-
6,5%
PÓS E FINOS
das, ante 19,2 milhões de toneladas no ano anterior.
Quanto à destinação, 88,5% dos resíduos e coprodutos
gerados são reaproveitados. O resultado de 2012 representa um aumento em relação a 2011. Em virtude do
LAMAS
2012
63%
59%
OUTROS
maior aproveitamento, o estoque foi reduzido de 15%
para 6,5% no período.
88,5%
A geração de agregados siderúrgicos alcançou 63%
14%
em 2012. Além desse coproduto, que representa
o maior volume, são gerados finos, pós e lamas,
REAPROVEITAMENTO
13%
6%
6%
21%
18%
2011
2012
resultantes dos processos e sistemas de tratamento
ESTOQUE
existentes nas empresas do setor.
A maior parte dos agregados foi vendida. Desse mon-
DISPOSIÇÃO FINAL
tante, 70% foram utilizadas na produção de cimento
representando um aumento de 15% em relação ao
ano anterior. Em 2012 o reaproveitamento para
DESTINAÇÃO DOS AGREGADOS SIDERÚRGICOS (%)
APLICAÇÃO DOS AGREGADOS SIDERÚRGICOS (%)
bases de estradas foi de 18%, o que representou um
ligeiro decréscimo em relação a 2011 que foi de 19%.
5,7%
0,4%
2,2%
7,7%
6,9%
0,2%
1,6%
GERAÇÃO ESPECÍFICA DE COPRODUTOS E RESÍDUOS (t / t aço bruto)
8,3%
18,4%
2012
0,62
2012
0,63
0,60
78,7%
VENDA
ESTOQUE
CIMENTO
USO AGRONÔMICO
REUTILIZAÇÃO INTERNA
DISPOSIÇÃO FINAL
BASES DE ESTRADAS
LASTRO FERROVIÁRIO
NIVELAMENTO DE TERRENOS
OUTROS
DOAÇÃO
2010
2011
2012
69,9%
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
INOVAÇÃO
86
máquinas de terraplenagem e construção pesada, e
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
87
Área ocupada
pelas empresas
De despesa a fonte de receita
ainda aos rebocadores de portos. Além de vantagens
Para dar destinação adequada a cerca de 3.200 tonela-
na gestão desse resíduo também se destaca a redu-
Da área total (29,9 mil hectares) ocupada pelo setor,
das anuais de carepa de aço, gerada pela oxidação do
ção dos impactos ambientais.
parte significativa (63%) se destina à preservação
econômicas, entre os bons resultados da mudança
ambiental, sendo 34% relacionadas à proteção vo-
aço durante os processos de tratamento térmico, forjamento e laminação, era preciso viajar 400 km entre São
Paulo e Minas Gerais, onde esse resíduo era aproveitado
para coprocessamento em uma indústria cimenteira.
O atual local de destinação da carepa de aço fica
luntária e 29% à proteção legal. Programas ambien-
a 46 km da usina onde o material é gerado, o que
tais são desenvolvidos com as comunidades nessas
resulta na redução de consumo de combustível
áreas verdes, que por sua vez, são alinhadas às
e, consequentemente, na queda das emissões de
diretrizes de sustentabilidade das empresas.
A partir de 2012, no entanto, o que era preocupação
gases de efeito estufa, entre outros, pelos veículos
virou solução e o que era custo virou receita. A ca-
transportadores. Além disso, esse tipo de material
repa de aço passou a ser reutilizada para enchimen-
substitui parte do concreto que antes era consumido
to enclausurado de contrapesos de alta densidade.
como enchimento de contrapesos, o que promove
Esse tipo de material é destinado, por exemplo, às
uma economia de diversos recursos naturais.
USO DAS ÁREAS DAS
UNIDADES INDUSTRIAIS (%)
29%
37%
2012
34%
USO ECONÔMICO
PROTEÇÃO LEGAL
PROTEÇÃO VOLUNTÁRIA
AÇO BRASIL 4. Desempenho das empresas do setor
88
89
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
AÇO BRASIL Relatório de sustentabilidade 2013
INFORMAÇÕES
CORPORATIVAS
90
CRÉDITOS
Agradecimento
Ao longo de todas as etapas de discussão e elabora-
Av. Rio Branco, 181, 28º andar – Centro
ção deste relatório, foi fundamental a participação
Tel.: (21) 3445-6300
E-mail: [email protected]
Usiminas
Sergio Leite de Andrade (Vice-presidente Comercial)
Rômel Erwin de Souza (Vice-presidente de
Tecnologia e Qualidade)
Vanderlei Raffi Schiller (Vice-presidente de RH)
Instituto Aço Brasil
Rio de Janeiro – RJ / CEP: 20.040-007
Relatório de sustentabilidade 2013 AÇO BRASIL
91
dos colaboradores das empresas associadas, que se
empenharam em fornecer dados adequados aos cri-
V&M do Brasil
Cecília Vilela (Coordenadora de Meio Ambiente)
Rubens Ferreira (Superintendente de Controle
de Gestão)
Alexandre Mello (Assessor de Sustentabilidade,
Comunicação e Assuntos Corporativos)
Solicitações de esclarecimentos sobre este relatório
deverão ser encaminhadas à Diretoria de Imagem e
Comunicação do Instituto Aço Brasil.
térios definidos e exigidos pela consolidação setorial,
ções disponibilizadas. O Instituto Aço Brasil é grato a
Cássia Cristina Gonçalves da Silva – Coordenadora
de Integração com a Comunidade e Projetos Sociais
Conselho Diretor
todos que contribuíram nesse processo, especialmen-
Fernando Said (Superintendente de RH)
Presidente
te os que se dedicaram às entrevistas pessoais:
Albano Chagas Vieira
Aperam
Villares Metals
(Votorantim Siderurgia)
Frederico Ayres Lima (Diretor Comercial)
Vice-Presidente
Ilder Camargo (Diretor de RH)
Fátima Cardia Pozzuto (Gerente de
Desenvolvimento Organizacional)
Benjamin Mário Baptista Filho
ArcelorMittal Longos
(ArcelorMittal Tubarão – Aços Planos)
Luiz Antônio Rossi (Gerente Geral de RI
e Sustentabilidade)
Conselheiros
Jefferson de Paula (ArcelorMittal Aços Longos)
André B. Gerdau Johannpeter (Gerdau)
Manoel Vitor de Mendonça Filho (Gerdau Açominas)
Clayton Labes (SINOBRAS)
Clênio Guimarães (Aperam)
Alexandre de Campos Lyra (V&M do Brasil)
Harry Peter Grandberg (Villares Metals)
Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau Aços Especiais)
Paulo Perlott Ramos (Gerdau Aços Longos)
Jorge Luiz Ribeiro de Oliveira (Thyssenkrupp-CSA)
zelando pela qualidade e confiabilidade das informa-
Marco Túlio Lanza (Gerente de Novos Negócios)
Sidemberg Silva Rodrigues (Gerente de Comunicação e Imagem)
VSB
Paulo Henrique Wanick (Gerente Geral do Departamento de Controladoria)
Eduardo Ribas (Diretor de RH)
Rodrigo Oliveira Gama (Gerente de Segurança
do Trabalho)
Guilherme Correa Abreu (Gerente de Meio
Ambiente)
Luiz Cláudio Ferreira Castro (Diretor de
Sustentabilidade)
Valdir Monteiro (Diretor de RH)
Diretores
Catia Mac Cord Simões Coelho
Cristiano Buarque
Maria Cristina Yuan
Débora Oliveira
Camila Peixoto (Gerente Jurídica )
José Augusto Servino (Gerente Geral de RH)
CSA
Marco Polo de Mello Lopes
Paula Lemes Neri (Supervisora de Meio Ambiente )
Votorantim Siderurgia
Julián Alberto Eguren (Usiminas)
Presidente Executivo
Gladston Edi Sugahara (Gerente de Marketing)
ArcelorMittal Tubarão
Sérgio Leite de Andrade (Usiminas)
Paulo Valadares (VSB Tubos)
Karla Gangana (Gerente de Suprimentos)
Fabiano Pereira (Superintendente de Controladoria)
Grace Garbaccio (Assessora da Diretoria Geral)
Coordenação
Instituto Aço Brasil
Conteúdo
Equipe técnica do Instituto Aço Brasil
Consultoria técnica
Gerdau
Setepla Tecnometal Engenharia Ltda.
Francisco Deppermann Fortes (VP Executivo de RH,
Gestão e Desenvolvimento Organizacional)
Redação e revisão
Enio Viterbo Junior (Diretor de Saúde, Segurança do
Trabalho e Meio Ambiente)
Sonia Araripe
José Paulo Soares Martins (Diretor do
Instituto Gerdau)
Cristina Vaz
Tarcísio Beuren (Gerente de Relações com
Investidores)
Sinobras
Clayton Labes (Diretor de Sustentabilidade)
Elisabeth Oliveira
Projeto gráfico
6D
AÇO BRASIL Relatório de sustentabilidade 2013
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