Roda de Conversa: Saúde - Evento

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Roda de Conversa: Saúde - Evento
Anais
Roda de Conversa:
Saúde
ORGANIZAÇÃO:
Universidade Federal do Pará - UFPA
INSTITUIÇÕES PARCEIRAS
A revisão lingüística e ortográfica, assim como o enquadramento
às regras da ABNT é de responsabilidade dos autores e coautores.
ISBN 978-85-63728-28-9
VER-SUS - Vivências e estágios no SUS: estratégias de fortalecimento da educação permanente em
saúde
O projeto VER-SUS (Vivências e Estágios na Realidade do SUS) é uma experiência de
imersão na realidade do SUS, permitindo aos estudantes um novo espaço de
aprendizagem que é o cotidiano do sistema de saúde. Os objetivos do projeto visam a
ocupar posição no hiato entre o ensino e o cotidiano da saúde, através da aproximação
do cenário de lutas e desafios do SUS, potencializando o compromisso ético-político
dos estudantes com os processos de Reforma Sanitária. As vivências são realizadas
com base em aprendizagem significativa, pedagogias problematizadoras,
multiprofissionalidade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade e defesa radical dos
princípios e diretrizes do SUS. Comissões Locais, compostas por docentes, discentes,
gestores, trabalhadores de saúde e representantes de movimentos sociais
encaminham suas propostas de vivências à Coordenação Nacional, ilustrando as
especificidades de cada região do país e demonstrando a forte adesão dos municípios
e atores para que ocorram novas vivências, fortalecendo este espaço de troca de
experiências. Durante as vivências, estudantes de diferentes cursos e instituições de
ensino ficam reunidos por um período aproximado de 10 dias, conhecendo e discutindo
a rede de saúde local. Propõe-se para esta roda de conversa a exposição desta
experiência e da contribuição do projeto para a discussão da educação permanente e
do movimento estudantil.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de
Alfenas. UNIFAL-MG
Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714 .
Alfenas/MG . CEP 37130-000
Fone: (35) 3299-1000 . Fax: (35) 3299-1063
PROJETO VIDA ATIVA
Estudos demográficos indicam aumento da expectativa de vida, com consequente
crescimento do número de idosos. No processo de envelhecimento ocorrem declínios
funcionais que afetam a capacidade respiratória e o desempenho motor, salientando a
necessidade de abordagem preventiva e multidisciplinar nos cuidados com os idosos. O
projeto Vida Ativa da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) visa aplicar ações que
favoreçam a manutenção ou melhora da capacidade funcional do idoso e desenvolver
atividades de pesquisa, ensino e extensão com o aluno. Para isto, são realizados encontros
semanais com idosos e realizadas atividades para melhora da capacidade respiratória, força
e flexibilidade muscular, postura, equilíbrio e coordenação motora, buscando melhora na
realização das atividades de vida diária e na qualidade de vida. Além disso, é oferecido o
serviço de atenção farmacêutica visando fornecer orientação sobre o uso correto dos
medicamentos visando alcançar os objetivos farmacoterapêuticos propostos. O projeto tem
apresentado repercussão social positiva com melhora na qualidade de vida pela prevenção
das alterações fisiológicas comuns ao envelhecimento e a formação de um acadêmico
cidadão.
RELATO DE EXPERIÊNCIA “PROJETO EDUCALIMENTANDO:
APRENDER A COMER BRINCANDO”
Luiz Felipe de Paiva Lourenção¹
Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG)
Priscila dos Santos Tótoli¹, Samantha Dias Maccarone1, Marcos Coelho Bissoli²
1. Discente do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Alfenas-MG
2. Coordenador do projeto. Docente do Curso de Nutrição da UNIFAL-MG.
A atuação de profissionais e acadêmicos de Nutrição para a promoção de práticas
alimentares saudáveis baseia-se em prover intervenções voltadas para atitudes positivas
em relação ao alimento, por meio de assistência nutricional individual ou atividades
voltadas para grupo. O Projeto “Educalimentando: aprender a comer brincando”
promove saúde de aproximadamente 50 crianças e adolescentes participantes do
Programa de Educação em Tempo Integral, através de atividades de educação
nutricional, desde março de 2011, atuando na identificação de distúrbios nutricionais e
na promoção à saúde, através de atividades de educação nutricional dos estudantes da
Escola Estadual Dr. Arlindo Silveira Filho. Na fase diagnóstica, realizou-se, em todos
os anos, a coleta de dados antropométricos e a classificação se deu através dos critérios
estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde. A intervenção foi feita através de
atividades lúdicas, como jogos e dinâmicas, onde foram abordados aspectos importantes
sobre higiene, reciclagem e desperdício, alimentação saudável, entre outros. Mediante o
trabalho de educação alimentar e nutricional realizado, é possível destacar a importância
da interface educação e saúde no âmbito escolar, como prática de promoção da saúde.
Sabendo que a educação nutricional deve ser construída em longo prazo para efetivas
mudanças, pode-se dizer que as atividades desenvolvidas nesta escola devem continuar
nos próximos anos para que o conhecimento seja sólido e efetivo.
Este trabalho resulta do projeto "Educação em Saúde: a formação de agentes comunitários de
saúde como multiplicadores de ações de prevenção da gravidez na adolescência em escolas
públicas da cidade de Divinópolis-MG", inserido no PET SAÚDE/PRÓ SAÚDE "Educação em
saúde: sexualidade e prevenção de DST/AIDS no município de Divinópolis - MG". Capacitou,
por meio de rodas de conversa, agentes comunitários de saúde (ACS) como multiplicadores de
ações de prevenção da gravidez na adolescência em escolas públicas de Divinópolis-MG. Teve
a participação de universitárias, adolescentes, professores, gestores e equipe de saúde.
A escolha dos ACS como foco da ação baseou-se no seu potencial de transformação. O
trabalho visou o aprofundamento da discussão sobre adolescência e sexualidade, à discussão
interdisciplinar nas equipes e à introdução de técnicas baseadas em metodologias
construtivistas. Os ACS estabeleceram vínculos com os alunos e se adaptaram bem a
metodologia construtivista. Quanto aos alunos, eram preconceituosos em relação a gênero;
confundiram hereditário e congênito; desconheciam a fisiologia dos aparelhos reprodutores;
não sabiam utilizar pílula de emergência e não reconheciam sintomas de DST.
Observamos que ao favorecer a participação dos jovens, ouvir seus desejos e reconhecer sua
autonomia aproximamos adolescentes e serviço de saúde gerando espaço de construção de
diálogos e saberes que se mostram eficaz na promoção de saúde.
TEIA DE ARANHA E SEUS OS FIOS DE SAÚDE BUCAL
AUTORES:MARIA DA CONCEIÇÃO SARAIVA SANTOS
ROSANE DE SOUSA MIRANDA
ORIENTADOR:LIDIANE DE MORAIS EVANGELISTA
ÁREA: SAÚDE
O cuidado da saúde exige dos sujeitos um conhecimento diversificado sobre
diferentes áreas da sua vida. Este trabalho tem por objetivo difundir estratégias de auto
cuidado de promoção de saúde bucal a comunidades com dificuldade de acesso a serviços
de saúde. Esta ação é parte integrante de um projeto multidisciplinar entre as áreas de
Psicologia, Enfermagem, Odontologia e Serviço Social realizado pelos técnicos
administrativos do setor de saúde do IFPI Campus São João do Piauí. Para participar do
projeto “Teia de Aranha” foram selecionadas crianças de uma comunidade com
vulnerabilidade. Encontros quinzenais são realizados com as crianças e seus responsáveis.
Na área de saúde bucal abordou-se sobre hábitos saudáveis de alimentação e sua relação
com a Odontologia, optou-se por utilizar a metodologia da roda de conversas por facilitar a
troca de experiências entre os atores envolvidos, além de permitir o encontro dos distintos
saberes formais e não-formais. O projeto ainda se encontra em execução e para as outras
etapas estão previstas escovação supervisionada, aplicação de flúor e uma oficina para
confecção de porta escova e porta fio dental com material reciclado. Ao final de cada
encontro realiza-se uma avaliação das atividades. Percebe-se que as crianças e seus
responsáveis já se tornaram multiplicadores das ações de promoção de saúde a nível
individual e coletivo.
DIREITO À SAÚDE E TEATRO
Daisy Santos de AlmeidaI; Maria Constantina CaputoII; Júlia Silva DiasIII.
I
Mestranda do programa Estudos interdisciplinares Sobre a Universidade no Instituto de Humanidade Artes e
Ciências Professor Milton Santos da UFBA.
II
Professora adjunta II do Instituto de Humanidades Artes e
III
Ciências Professor Milton Santos da UFBA. Graduanda do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde da UFBA.
Correspondência: [email protected] I, [email protected] II, [email protected] III.
Diante das iniquidades que marcam a situação de saúde no Brasil, o presente trabalho
trata de um relato de experiência, onde alunas da Universidade Federal da Bahia(UFBA),
elaboraram e encenaram a peça teatral Até Quando?, cujo objetivo é convocar as
comunidades e os diversos setores sociais à reflexão sobre a efetivação do direito
constitucional à saúde e à participação popular na garantia deste. Através da execução de um
projeto de extensão, os universitários tiveram a oportunidade de dialogar com uma
comunidade periférica de Salvador-Bahia, numa troca de saberes acadêmico e popular,
através de oficinas, de onde surgiram problemas que tornaram-se temáticas da peça. Com a
participação no projeto os alunos desenvolveram um olhar ampliado sobre a comunidade,
observando os sujeitos integralmente na perspectiva da promoção da saúde. Assim, 13
discentes participantes do projeto de extensão, elaboraram coletivamente o roteiro da peça,
que além de elucidar alguns problemas emergentes da comunidade, apresenta possíveis
caminhos, comunitários e nas políticas públicas, para resolução dos mesmos. A peça foi
gravada em DVD para facilitar a construção de espaços de reflexão e discussão sobre o direito
à saúde, dentro das comunidades. Diante disso, nota-se que a participação em um projeto de
extensão proporcionou aos estudantes um espaço de troca de conhecimentos, e a aproximação
de uma realidade, que contribuirá para a formação de um profissional mais crítico.
Palavras-chaves: Extensão universitária; Promoção da saúde; Direito à saúde; Teatro.
A educação popular em saúde como instrumento da enfermagem para promover a
saúde de pessoas idosas – um relato de experiência
Área temática: Saúde
Responsável pelo Trabalho: Marcos Roberto do Nascimento
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
Neliane Carvalho de Souza 1; Carolina Malheiros de Sousa 2; Marcos Roberto do
Nascimento3
RESUMO
“Intervenção com o grupo Amigos da Melhor Idade”, atividade extensionista proposta
na disciplina de Práticas Investigativas e Extensionistas – Redes Sociais, desenvolvida e
implementada pelas graduandas do 6º período de enfermagem da PUC –
Minas/Barreiro, sob orientação do Professor Marcos Roberto do Nascimento. Teve
como principal objetivo, problematizar questões sobre envelhecimento saudável com os
participantes do grupo AMI, referenciado no conceito de Educação Popular em Saúde e
na metodologia de Roda de Conversa. Entre planejamento, implementação e avaliação
final foram quatro meses de dedicação em atividades curriculares e extracurriculares. A
implementação deu-se através de quatro encontros semanais com duração média de uma
hora e meia. Na avaliação final a média de participantes atingiu 57,5% do grupo. A
assiduidade, participação e disponibilidade das participantes que aderiram à proposta
viabilizaram a troca de experiências, problematização do cotidiano e o aprendizado, por
parte das acadêmicas, de novas práticas em situações reais. A oportunidade de intervir
na Rede Social do Barreiro proporcionou vivenciar a complexidade do desenvolvimento
de uma ação intersetorial e conhecer o poder agregador do grupo. Além de reforçar a
rede de vínculos entre os integrantes, conferindo um ambiente ainda mais acolhedor.
Como educador em saúde o enfermeiro tem o dever de proporcionar os recursos para
empoderamento do sujeito, capacitando-o para pensar criticamente sobre as melhores
escolhas nos diversos ciclos de vida, em qualquer cenário de atuação que esteja
inserido.
Palavras-chave: Enfermagem, Envelhecimento, Extensão comunitária, Promoção da
Saúde, Educação Popular em Saúde.
Introdução
O envelhecimento é um fenômeno biológico, social e psicológico que estão
sujeitos todos os seres humanos na plenitude de sua existência, e que pode modificar a
1
Acadêmica do 7º período de Enfermagem da PUC Minas Gerais - Barreiro. E-mail: [email protected]
Acadêmica do 7º período de Enfermagem da PUC Minas Gerais - Barreiro. E-mail: [email protected]
Docente do curso de graduação em Enfermagem da PUC Minas Gerais - Barreiro. E-mail:
[email protected]
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percepção de mundo e sua relação com o tempo e espaço, também pelas possíveis
dificuldades emocionais e físicas que acometem os indivíduos na velhice.
Esse processo está ligado a fatores intrínsecos e extrínsecos ao sujeito,
precisando ser encarado como parte natural da existência humana, tanto pelos idosos
quanto pelos profissionais, o que contribuirá para mudança de paradigmas culturais que
refletem diretamente nas práticas de saúde, analisam Medeiros, Rodrigues e Nóbrega
(2012).
Na atual sociedade o envelhecer é visto de forma negativa tornando-se alvo
frequente de preconceitos. Os mitos e os estereótipos causam grandes perturbações nos
idosos que acabam por negar o envelhecimento.
Para Freire (1991), o ser humano tem capacidade de criar, basta oportunizar as
condições e ele terá o poder e o conhecimento para proporcionar as transformações.
Enquanto enfermeiros, temos dentre nossos domínios profissionais o papel de
educadores, seja através de reflexões das experiências cotidianas e/ou de intervenções
educativas.
Para Costa e Carbone (2009), uma sociedade saudável pressupõe bem mais que
um sistema de saúde eficiente, requer uma organização social que favoreça a saúde.
Desse modo, promover saúde implica também no desenvolvimento de ações
intersetoriais, oportunizada por esta atividade extencionista. Esta atividade buscou
fortalecer as articulações necessárias entre a universidade e a sociedade por meio dos
instrumentos sociais que compõem a Rede Social do Barreiro.
Material e metodologia
O grupo é composto por mulheres, moradoras da região, com idade entre 52 e 78
anos, alfabetizadas e assistidas pelo sistema suplementar de saúde. Compreende uma
associação comunitária, situada no Distrito Sanitário do Barreiro, na cidade de Belo
Horizonte/Minas Gerias, há 17 anos. A ideia surgiu de uma inquietação de sua
fundadora sobre o processo de envelhecer de forma saudável e co-responsabilidade do
sujeito pelo mesmo. O objetivos do espaço é promover atividade física, ampliar a rede
de relacionamentos, trocar experiências e articular diferentes saberes.
Para levantamento da demanda do serviço buscamos traçar o perfil dos
participantes onde utilizamos um questionário autoaplicativo. Os temas e metodologias
propostos para a intervenção foram validados pelo grupo, bem como a proposição do
cronograma de execução das atividades.
Todas as atividades foram pensadas sob o viés da Educação Popular em Saúde,
que segundo Brasil (2007), ao mobilizar autonomias individuais e coletivas e
problematizar a realidade de referência dos sujeitos, mostra-se um dispositivo de crítica
social e das situações vivenciadas, permitindo a produção de sentidos para a vida e
produz a vontade de agir em direções às mudanças consideradas necessárias.
Foram realizados quatro encontros na sede do grupo, com duração média de uma
hora e meia, alternando nos períodos da manhã e da tarde em acordo com as
disponibilidades dos integrantes da ação.
No primeiro encontro tínhamos a proposta de aproximação entre as integrantes
do grupo com as discentes extensionistas. Portanto, desenvolvemos a “Dinâmica das
Gentilezas”, que visava o reforço de qualidades e elevação da autoestima das idosas.
A partir do segundo encontro a metodologia escolhida para abordagem dos
temas foi a Roda de Conversa, devido a sua perspectiva dialógica, emancipadora,
participativa, criativa e que contribui para a autonomia do usuário no que diz respeito à
sua condição de sujeito protagonista no processo de saúde/doença/cuidado, conforme
afirma Brasil (2007).
Na primeira Roda de Conversa os temas geradores foram o conceito ampliado de
saúde, envelhecimento e estatuto do idoso.
Na segunda roda de conversa os temas geradores perpassavam pelo
envelhecimento ativo, autocuidado e corresponsabilidade. Buscávamos estimular a
reflexão e aguçar a percepção das idosas sobre as escolhas diárias que favorecem ou
prejudicam o envelhecimento ativo; criar um painel com colagem de revistas, frases de
aspectos positivos e negativos no dia-a-dia relacionados aos temas geradores.
A terceira roda de conversa, moderada pelo professor da disciplina de Filosofia:
antropologia e ética, do curso de Enfermagem da PUC Minas - Barreiro, teve a seguinte
questão como tema gerador: Como aceitar o envelhecimento?.
Ao final das atividades programadas fizemos uma avaliação utilizando um
questionário com questões abertas e fechadas. De acordo com a reflexão proposta na
avaliação os participantes avaliaram positivamente a metodologia utilizada e os temas
geradores das rodas de conversa.
Resultados e discussões
As participantes que puderam comparecer a todas ou a maioria das intervenções
mostraram-se bastante participativas e disponíveis para refletir sobre as possibilidades
de mudança no cotidiano.
A fala de I1 evidencia essa abertura para modificar a realidade em que vive:
“passar a fazer melhor os exercícios”, e I5 “reforçaram o nosso empenho em busca
da qualidade de vida em qualquer fase, entendendo e fortalecendo a compreensão do
envelhecer”.
Outro objetivo da intervenção era proporcionar um espaço para reflexão. Freire
(1996) defende que o ser humano é programado para aprender, portanto para ensinar,
conhecer, intervir, o que lhe faz entender a prática educativa como um exercício
constante em favor do desenvolvimento da autonomia. Nesse sentido, o grupo mostrouse um espaço de troca de experiências, de problematização do cotidiano, de expressão
de sentimentos e opiniões dos participantes, como indica a fala de I8: os encontros
“Abordaram coisas do dia a dia [...]”. Essa reflexão também fica expressa na fala de I1
“[...] ajuda o idoso a conviver com os problemas de saúde, perante a família e a
sociedade”.
Freire (1996) sustenta ainda que para que o sujeito seja afetado pelo conteúdo
deve-se falar numa linguagem inteligível, ou seja, adaptar para educar. I2 deixa claro
que foi possível apreender quando diz: “falaram a língua da 3ª idade”, “explicaram de
modo que todas entenderam” e I5 reforça, “[..] de maneira clara e objetiva”.
Freire (1996) afirma que o processo intervencionista exige humildade e
amorosidade. Para ensinar é preciso humildade e amorosidade dos educadores para com
os educandos. I3 retrata em uma de suas falas: “[...] conquistaram-nos com muita fineza
e educação, pessoas mais velhas gostam é disso, carinho, atenção e dedicação”, o que
muito nos alegra por saber que o objetivo proposto foi alcançado.
A integridade é a marca individual daqueles que conseguem aceitar e conviver
com a sua própria trajetória de vida e defender o seu estilo peculiar, quando abordado
como estão aceitando o processo de envelhecimento. I8 relata “não me preocupo, deixo
envelhecer”.
Considerações Finais:
Ao término desta intervenção, reconhecemos o poder agregador da modalidade
de trabalho em grupos, que fortalece as potencialidades do sujeito, possibilitando
aumento da autoestima, estimulando o autocuidado e reduzindo as vulnerabilidades
individuais e coletivas.
No tocante ao desenvolvimento de habilidades acadêmicas e profissionais,
tivemos a oportunidade de exercitar planejamento, desenvolvimento e implementação
de ações extensionista; articulação e reflexão sobre a práxis; maturidade para lidar com
situações imprevistas; administração do tempo; empatia; simpatia e oratória.
Faz-se necessário entender que qualidade de vida e promoção da saúde estão
entrelaçadas à fatores objetivos e subjetivos e proporcionar momentos para discussão
destas nuances demonstra uma valorização da vida humana e das peculiaridades que
permeiam os diferentes ciclos de vida, especificamente no contexto da intervenção, na
velhice.
Consideramos ainda que a educação participativa é um modelo de educação
apropriado para projetos e programas e educação em saúde no campo da Enfermagem.
REFERÊNCIAS
AFONSO, Maria Lúcia M.; ABADE, Flávia Lemos. Para reinventar as Rodas. Belo
Horizonte: Rede de Cidadania Mateus Afonso Medeiros (RECIMAM). 1ª Edição
Eletrônica. 2008. (On Line).
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.528 de 19 de outubro de 2006. Política
Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Brasília – DF. 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa.
Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Caderno de educação popular e
saúde. Brasília, 2007. 160 p.
COSTA, Elisa Maria Amorim da, CARBONE, Maria Herminda. Saúde da Família.
Uma abordagem multidisciplinar. 2ª edição. Rio de Janeiro. Editora Rubio, 2009.p
04 – 28, 68.
FREIRE, Paulo. A educação na cidade. São Paulo, Ed. Cortez , 1991.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 1996.
MEDEIROS, Fabíola de Araújo Leite, RODRIGUES, Ranielly Pereira Lacerda,
NÓBREGA, Maria Miriam Lima da. Visão de acadêmicos de enfermagem em relação
ao processo de envelhecimento. Revista da rede de enfermagem do Nordeste. 2012;
13(4):825-833.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Pró-reitoria de
Extensão. Política de extensão universitária da PUC Minas. Belo Horizonte. Junho
de 2006.
MENTE SABIDA CORPINHO FELIZ
Área Temática: Saúde
Responsável: Marcos Roberto do Nascimento
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
Ingrid Nayara Campos1; Lidiane Paula da Silva Lopez Vieira2; Marcos Roberto do
Nascimento3
O presente trabalho é um projeto de extensão voltado para a saúde das crianças,
especificadamente aos hábitos de higiene pessoal. Este foi estruturado a partir de uma busca
literária de artigos oriundos das bases de dados em saúde. O objetivo é desenvolver práticas
voltadas para a promoção da saúde das crianças na faixa etária de 5 a 8 anos, acerca do tema
higiene pessoal, a fim de proporcionar autonomia e cuidado e uma melhor qualidade de vida
para os sujeitos envolvidos. A intervenção surgiu a partir de uma atividade proposta na
disciplina Praticas Investigativas e Extensionistas – Redes Sociais, e da demanda da escola
Municipal Padre Flávio Giammetta, em Belo Horizonte. Dessa forma como método de
intervenção realizou-se dois encontros, quando foram realizadas oficinas com a temática
higiene pessoal e saúde. Realizou-se, no contexto das oficinas, uma peça teatral com a
finalidade de fixar os conteúdos das oficinas de forma lúdica. As crianças foram dividas em
duas faixas etárias: 5 e 6 anos e 7 e 8 anos. Participaram 61 crianças no total. A intervenção
contou com a participação de monitores cedidos pela escola o que permitiu maior integração
entre a universidade e a escola ao mesmo tempo que teve um efeito multiplicador da prática
de educação em saúde na escola. A prática extensionista foi de grande importância ao
proporcionar às acadêmicas de enfermagem o desenvolvimento de práticas comunitárias de
educação em saúde e a aproximação do curso de Enfermagem com as demandas da
sociedade.
Palavras Chave: Higiene Pessoal, Educação em Saúde, Extensão.
INTRODUÇÃO
As crianças passam por um período de grande desenvolvimento físico na infância,
marcado pelo gradual crescimento de estatura e de peso. De acordo com o Estatuto da
Criança e do Adolescente, é assegurado educação e saúde para todas as crianças e é dever
da família, comunidade e Estado garantir esses direitos. (BRASIL, 2002). A criança também
deve ser co-responsabilizada nesse processo, principalmente quanto ao ato de promover
saúde, pois, relaciona-se com o seu corpo, com a sua vida.
1
Acadêmica do 7º período de Enfermagem da PUC Minas - Barreiro.
Acadêmica do 7º período de Enfermagem da PUC Minas - Barreiro.
3
Docente do curso de graduação em Enfermagem da PUC Minas Gerais - Barreiro. E-mail:
[email protected]
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As escolas integradas se caracterizam como uma boa iniciativa por parte do poder
público, pois muitas dessas crianças não possuem familiares que possam estar disponíveis
em tempo integral para realizar o seu cuidado, sendo assim elas necessitam de outros que
possam fazer essa tarefa. Porém devemos atentar para como e por quem é realizada esta
tarefa, como a escola tem se posicionado diante desta realidade, pois a mesma se constitui
como um local que contribui para a formação social e intelectual das crianças.
Backes et al. (2009), afirma que o cuidado de enfermagem possui várias formas de
atuação, pois temos uma formação generalista, nos permitindo ter uma ampla visão do ser
humano em todas as suas fases de desenvolvimento, assim é necessário que a enfermagem
tenha a coragem de ousar e explorar novas oportunidades de trabalho, como também estar
atento às novas necessidades de uma sociedade que esta mudando a formação social e
demográfica.
Com o decorrer do tempo, percebemos que a família brasileira tem tido uma nova
formação, não mais como antigamente, mas a cada dia é menor o número de famílias
possuindo o pai e a mãe como os responsáveis legais e em muitos casos notamos que há a
presença de pais homossexuais, de tios, avós e na maioria de mulheres solteiras, assumindo
sozinhas o lugar do chefe de família. Dessa forma temos um novo tipo chamado de famílias
mono parentais. (SIMÕES E HASHIMOTO, 2012.).
A partir desta realidade é visto que muitas mães passam boa parte do dia no trabalho,
já que sua renda deve ser suficiente para arcar com as suas despesas e de sua família, não
tendo tempo de permanecer em casa para cuidar efetivamente de sua geração. Observa-se
que com essa nova realidade as crianças têm permanecido mais tempo nas escolas ou
creches, visto que a mãe não pode estar com elas e as mesmas necessitam de cuidados,
demando alguém para realizar esta tarefa. Esta situação é preocupante, uma vez que não
sabemos se as escolas ou creches estão preparadas para estar com essas crianças durante um
longo espaço de tempo.
A partir dessa reflexão o grupo buscou trabalhar com crianças que já estivessem
ingressadas em uma escola, para proporcionar maiores conhecimentos para as integrantes
como também para vivenciar de forma prática o desenvolvimento de ações que podem
modificar de alguma forma a realidade de população escolhida, bem como os monitores
como agentes multiplicadores das práticas de educação em saúde no contexto da escola.
A extensão como eixo de união entre a comunidade acadêmica e a sociedade nos dá
meios para que intervenções dessa natureza aconteçam. Esta relação proporciona para o
acadêmico uma vivência profissional mais humanizada e um aprendizado estruturador,
porque proporciona ao discente maior desenvolvimento acadêmico, profissional, ético e
cidadão a partir das necessidades advindas daquela situação-problema identificada na
realidade social. Entende-se que a partir disso é possível estabelecer uma ponte entre a
universidade e a comunidade, em que ambas se relacionam de forma mútua, obtendo
conhecimento e novas possibilidades de mudanças.
Diante disso os principais objetivos do trabalho foram reforçar os hábitos de
autocuidado, respeitando a faixa etária das crianças envolvidas; oferecer uma educação
diferenciada sobre a higiene pessoal aos alunos através de atividades lúdicas; tornar as
crianças e monitores multiplicadores dos conteúdos e responsáveis pelo seu cuidado pessoal,
e desenvolver uma prática profissional em enfermagem mais cidadã.
METODOLOGIA
O tema escolhido surgiu a partir de uma demanda da escola Escola Municipal Padre
Flávio Giammetta, situada no Distrito Sanitário do Barreiro, em Belo Horizonte, Minas
Gerais, categorizada como nosso cenário.
A referida Escola tem sido parceira da PUC Minas, unidade Barreiro em diversas
ações extensionistas, e por essa dispor de espaço físico adequado as atividades de educação
em saúde para crianças foram realizadas em suas dependências.
Conforme planejado, as intervenções aconteceram em dois momentos. A princípio
conforme foi acordado, as intervenções seriam realizadas com 120 alunos da Escola, mas
contamos apenas com 61, sendo 27 crianças no primeiro momento e 34 no segundo
momento. As intervenções ocorreram em dois dias consecutivos, sendo necessários
encontros com a coordenação da Escola para preparar os encontros e elaborar o material das
oficinas.
Os encontros foram fundamentados no método de oficinas de grupo, sendo
intermediados por dinâmicas tendo duração média de 40min.
No encontro com as crianças de 5 a 6 anos introduzimos, primeiramente, o tema por
meio de slides. Logo após realizamos um dinâmica, na qual foram utilizados bonecos feitos
pelo próprio grupo com material de papel cartão, estes foram fixados em uma parede. A
partir disso foram disponibilizadas roupinhas do mesmo material em uma sacola, dessa
forma as acadêmicas auxiliaram as crianças a vestir os bonecos de acordo com a percepção
das mesmas , para realização dessa dinâmica dividimos a turma em dois grupos para um
melhor desenvolvimento da atividade educativa.
Uma personagem (Dona Cores) também foi criada, a fim de facilitar e prender a
atenção das crianças, para o evento. Seu vestuário era bem colorido e divertido e ela também
dialogou com as crianças evidenciando a importância da higiene. Um vídeo foi apresentado
com o intuito de fazer uma revisão quanto aos assuntos discutidos.
O grupo de alunos foi recepcionado pela personagem Dona Cores, que buscou mantêlos sempre atentos ao que estava sendo exposto, evitando dispersão. Para a realização desta
oficina utilizamos balões, fita adesiva, canetinhas, pincel para quadro branco, adereços,
lápis, papel cartão, cartolina e tinta guache. O encontro foi bastante produtivo e, ao finalizar
as apresentações aplicamos questionários avaliativos, adequados à faixa etária das crianças.
No encontro com as crianças de 7 a 8 anos introduzimos inicialmente a temática por
meio de um teatro, onde os alunos participaram de forma ativa, interagindo com os
personagens em todo o tempo.
Em um segundo momento, a turma foi dividida em dois grupos e cada grupo escolheu
um representante para realizarmos um “jogo de tabuleiro”. A sala foi dividida em dois lados
e cada grupo escolheu o seu representante. Nesse jogo, foram feitas algumas perguntas
relacionadas ao tema para os integrantes e a cada resposta certa eles avançaram uma casa até
chegar ao final com o título de vencedor. No fim, o aluno vencedor escolheu uma prenda
para todos do grupo.
Para a realização desta oficina utilizamos balões, fita adesiva, canetinhas, pincel para
quadro branco, adereços, lápis, papel cartão, cartolina e tinta guache.
RESULTADOS
Segundo OLIVEIRA (2006), as oficinas permitem uma reflexão individual e
coletiva, favorecendo o intercambio de ideias, tornando a mesma uma experiência
enriquecedora para todos os participantes. O intercâmbio de ideias e experiências favoreceu
o desenvolvimento acadêmico dos alunos e a integração entre a Universidade e a
comunidade. Dessa forma, os conceitos perdem o seu caráter abstrato e tornam-se ricos a
partir das cores, dos cheiros e da textura do real.
Durante a realização das oficinas de grupo com as crianças houve a participação das
mesmas. O método possibilitou abordar o tema da higiene pessoal de foram mais clara e
lúdica de forma que aquele conteúdo fez sentido para as crianças. Também as torna
multiplicadoras a partir dos jogos e brincadeiras reproduzidas no espaço da escola sob
orientação dos monitores. Durante as intervenções houve trocas importantes, pois foi
possível adquirir conhecimentos acerca de uma das atividades vivenciadas pelo profissional
do enfermeiro, a partir do planejamento, da elaboração e execução das atividades educativas.
Esse duplo aprendizado só foi possível perante a relação existente entre comunidade e
universidade, evidenciada pelos projetos de extensão.
Os monitores se sentiram satisfeitos, foi possível a partir deles, aprender um pouco
mais sobre o a forma de cuidar e supervisionar um grande grupo de crianças. Sem a presença
dos mesmos seria muito difícil desenvolvermos as dinâmicas, com esse suporte foi possível
aprender a trabalhar com um grande numero de crianças.
CONCLUSÃO
O processo de educação em saúde nas escolas associado ao trabalho realizado pelo
enfermeiro é muito importante. As ações preventivas realizadas por esse profissional
juntamente com outros são capazes de promover mudanças significativas no ambiente
escolar e nas famílias.
Desse modo, nossa intervenção foi concluída com êxito. Além das crianças
aprenderem um pouco mais em relação ao tema de nosso trabalho, elas também nos
ensinaram muito. A extensão é um meio facilitador, para que o acadêmico adquira
conhecimento sobre a realidade vivida pela comunidade, a partir das vivências extensionistas
é possível formar profissionais ética e culturalmente comprometidos com a transformação
de situações adversas da sociedade.
REFERÊNCIAS
BACKES et al. O cuidado de enfermagem como prática empreendedora: oportunidades
e possibilidades. Acta Paulista Enfermagem 2010; 23(3).
BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho de
1990. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.
SIMÕES e HASHIMOTO. Mulher, mercado de trabalho e as configurações familiares do
século XX. Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicações Acadêmicas – MG – Brasil – Nº 02 –
Ano I – 10/2012.
OLIVEIRA H. M. F. A proposta de trabalho com os grupos do IPSEMG- Família e as
oficinas em dinâmicas de grupo. In AFONSO M. L. M.(Org).Oficinas em dinâmica de
grupo na área da saúde. São Paulo. Casa do Psicólogo.2006. p.23-27
O Projeto Vidas Paralelas-PVP se insere no campo da cultura e saúde
do trabalhador, é uma proposta conduzida pelo Ministério da Saúde em
parceria com o Ministério da Cultura.
A sua realização busca revelar o cotidiano do trabalho pelas lentes de
representantes das diferentes categorias de trabalhadores, por meio da
construção de uma consciência crítica e reflexiva sobre a temática:
saúde e cultura. Portanto, viabiliza o diálogo entre as diversas áreas de
atuação e analisa a diversidade cultural e os entendimentos sobre saúde
desses indivíduos.
A construção do PVP se deu em um processo de pactuação entre as
Centrais Sindicais e Conselhos de Saúde. Oficinas de capacitação foram
desenvolvidas para treinamento do uso e postagem de imagens na
internet, por meio do site (www.cultura.gov.br/vidasparalelas).
No PVP do Rio de Janeiro, segue em construção desde 2010 uma
articulação entre trabalhadores representantes sindicais de áreas como
previdência e saúde, telefonia, trabalhadores do setor de limpeza,
costureiras, entre outros, e trabalhadores informais (das áreas de
entretenimento/trabalhadores da noite), incluindo militantes de
movimentos pelos direitos dos grupos LGBT, que vêm discutindo
especificidades quanto aos seus direitos ao trabalho e saúde do
trabalhador.
As imagens produzidas evidenciam um olhar crítico do trabalhador sobre
seu processo de trabalho, ao captar condições que permitem debater
questões como riscos à saúde e direito ao trabalho, entre outras. São
desenvolvidos reuniões de debate, com estímulo à sua autoprodução
como sujeitos de cultura e saberes relevantes sobre a saúde, ao tempo
em que se estimula a troca entre conhecimentos técnico-científicos e o
saber popular. Entende-se que o PVP contribui, portanto, para ampliar o
escopo da missão interdisciplinar e pedagógica da prática da
enfermagem, incluindo o futuro profissional na dinâmica dos debates
sobre a diversidade cultural, o direito à saúde e a participação popular.
1
NUTRIÇÃO E SAÚDE
Saúde
Simonton de Andrade Silveira
Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG)
Resumo
O projeto teve como objetivo contribuir para a melhoria das condições de saúde e
nutrição dos usuários do Sistema de Saúde do Município de Alfenas, promovendo atitudes
alimentares saudáveis, assim como possibilitar a formação de habilidades profissionais aos
alunos do Curso de Nutrição da UNIFAL-MG. O trabalho foi desenvolvido por
acadêmicos e docentes do Curso de Nutrição, sob a coordenação do professor Simonton de
Andrade Silveira, com atividades na área de Nutrição Clínica e Social. Os indivíduos,
previamente avaliados na triagem do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
(SISVAN) ou por médicos, forão encaminhados para agendamento. Nas consultas
individuais, os clientes foram avaliados nutricionalmente (peso, altura, circunferência da
cintura), recebendo orientações nutricionais de acordo com suas necessidades clínicas e
nutricionais, levando-se em consideração as condições socioeconômicas. Foram atendidos
34 usuários da UBS, com idades variadas (entre 18 e 72 anos), sendo 26 petencentes ao
sexo feminino (76,47%) e 8 ao sexo masculino (23,52%). Observou-se que a maior parte
apresentava sobrepeso (9% dos usuários) e obesidade (79% dos usuários) e 59% eram
portadores de DCNT. É de suma importância a caracterização dessa população, visando
contribuir para um atendimento mais efetivo para a melhora da qualidade de vida de
populações com estas mesmas características.
Roda de conversa
Atividades lúdicas na abordagem de educação em saúde – ênfase na prevenção de
acidentes por animais peçonhentos.
Uma das estratégias preventivas de grande aceitação na prevenção de acidentes por
animais peçonhentos é a educação da população para procedimentos de identificação do
risco e manejos para afastamento de agentes e minimização de danos. Desta feita, tanto
em nível restrito os indivíduos se tornam agentes da promoção de sua saúde quanto em
caráter global, no momento em que a sociedade passa a economizar em custos
hospitalares. Assim, a ação proposta para a roda de conversa é a utilização de atividades
lúdicas na promoção em saúde, objetivando 1. A abordagem de métodos que utilizam o
brincar, a pintura, a colagem, murais, o teatro ou a palhaçaria para promover saúde; 2.
Propor a construção de alguns modelos lúdicos de ação que possam ser utilizados em
escolas ou outros grupos da comunidade, possibilitando a prevenção de acidentes e
agravos (especialmente, acidentes por animais peçonhentos); e 3. Promover a troca de
experiência entre os participantes quanto a utilização de atividades lúdicas para a
educação em saúde e os resultados alcançados por essa estratégia de abordagem.
PERSPECTIVAS DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE EXTENSÃO
ACOLHER EM SAÚDE: “POSSO AJUDAR?” EM HOSPITAL ESTADUAL NO
NORTE DO ESPÍRITO SANTO
Área temática: Saúde
Responsável: RS COIMBRA
Universidade Federal do Espírito Santo/Centro Universitário Norte do Espírito Santo
(UFES/CEUNES)
Raisa da Silveira Coimbra¹; Alexandre Souza Morais²; Andréia Soprani dos Santos².
¹ - Acadêmica de Enfermagem pela Universidade Federal do Espírito Santo, bolsista do
projeto de extensão Acolher em saúde: “Posso ajudar?”
²,3 - Enfermeiros, Docentes do curso de graduação em Enfermagem pela Universidade
Federal do Espírito Santo/Centro Universitário Norte do Espírito Santo; Coordenadores
do projeto de extensão Acolher em saúde: “Posso Ajudar?”
RESUMO
No ano de 2009 foi iniciado o Projeto de Extensão Universitária intitulado Acolher em
Saúde: “Posso Ajudar?” em um hospital estadual do Norte do estado do Espírito Santo.
O projeto é baseado na política de Humanização do SUS e realizado por professores e
acadêmicos do curso de Enfermagem que são inseridos no ambiente hospitalar. Dentre
os objetivos inclui-se: fornecer informações sobre as demandas dos usuários quanto aos
serviços prestados pelo hospital; reduzir o tempo e desgaste subjetivo do usuário por
acesso a informações de localização sobre os serviços ofertados pela instituição e
oportunizar experiências de inter-relações ensino-serviço. As atividades são realizadas
nos horários livres dos acadêmicos, que ficam dispostos em pontos estratégicos do
hospital, para abordar os usuários, visitantes e acompanhantes no intuito de promover o
acolhimento e humanização. Nesse sentido, a participação dos acadêmicos no projeto é
vista como uma experiência positiva, pois proporciona a interação ensino e serviço,
permite o contato com o usuário e a vivência nas situações cotidianos do hospital. Dessa
forma, o projeto tem se tornado fundamental para a formação dos acadêmicos como
sujeitos comprometidos no desenvolvimento de um trabalho humanizado, ético e coresponsável a fim de garantir resolutividade, integralidade e acesso organizado ao
serviço de saúde, reduzindo desgaste profissional e favorecendo a visão da população
em relação ao ambiente hospitalar de maneira humanizada.
Palavras – chave: Humanização; Trabalho; Saúde.
Promoção da prescrição racional de medicamentos: análise de erros de
prescrição em uma Unidade de Saúde da Família
Thamires Santos Falcão1; Gizelly Braga Pires2; Bruno Rodrigues Alencar2
1. Discente do curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Feira de
Santana-UEFS, Bahia, Brasil. Bolsista do Programa de Promoção do Uso Racional de
Medicamentos na Atenção Básica do Município de Feira de Santana-BA.
2. Docentes do curso de Farmácia da Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia,
Brasil. Membros do Programa de Promoção do Uso Racional de Medicamentos na
Atenção Básica do Município de Feira de Santana-BA.
O programa extensionista de promoção do uso racional de medicamentos na Atenção
Básica no município de Feira de Santana-BA, regulamentado pela resolução
CONSEPE/UEFS nº 151/2010, tem o objetivo de promover o uso racional de
medicamentos. Para isso, desde 2010, são realizadas ações nas Unidades de Saúde da
Família do bairro Campo Limpo, em Feira de Santana-BA. Faz parte do programa o
plano de promoção da prescrição racional a partir da divulgação dos instrumentos legais
e técnicos da assistência farmacêutica. O objetivo deste trabalho, prévio à execução do
plano de intervenção, é identificar os erros de prescrições de medicamentos de uma
USF dos meses de agosto a outubro de 2013. Relato de experiência de atividade
extensionista prévia à execução do plano de trabalho. Das 585 prescrições analisadas,
21% dos nomes dos medicamentos e 26% da posologia estavam ilegíveis; e 73% não
apresentavam a duração do tratamento. A presença de abreviaturas foi encontrada em
81% das prescrições analisadas. A análise de prescrições, apesar de ser uma atividade
relativamente simples, tem potencial para indicar falhas da prática assistencial dos
serviços. Para minimizá-las, serão confeccionados para os prescritores folders e
cartilhas, além da divulgação e distribuição da Relação Municipal de Medicamentos,
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais, Formulário Terapêutico Nacional e
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). Instrumentos estes que poderão
ser usados no aperfeiçoamento das práticas de prescrição e assim aumentar a segurança
do paciente no uso de medicamentos.
O CECOM é um centro de saúde voltado para a comunidade da UNICAMP, prestando
assistência integrada no campus. O serviço de odontologia busca ações de cidadania
promovendo e incentivando atividades de extensão, no campo da promoção e
prevenção e integração com outras áreas da saúde. Estas ações tem como objetivo
expandir o conhecimento, integração com outros saberes e prestação de serviços a
outras comunidades e grupos, tais como candidatos a transplantes, oncologicos,
deficientes auditivos e crianças em idade escolar, alem de nossa comunidade
universitária. Algumas ações resultaram em teses de pesquisa. As experiências em
cidadania e os conhecimentos e tecnologias adquiridos são repassados ao grupo pelos
participantes.
O projeto de extensão “Doutores...Por um Triz” se preocupa com a humanização nas
relações hospitalares. A humanização configura-se como caminho para estabelecer um
novo tipo de relação neste ambiente, em que o olhar para o outro é a ferramenta que
conduz o trabalho e que permite atingir o sujeito que ali se encontra, na maioria das vezes,
em um estado de passividade e despersonalização.
O que se observa é uma deterioração da relação entre médico-paciente, uma relação com o
foco nos aspectos referentes ao adoecimento e não ao desenvolvimento da saúde (Massetti,
2003). Essa lógica, linear, racional, e que atende aos preceitos capitalistas executa, mantém
seu foco no processo de cura e tem como desdobramentos a imposição dos tratamentos,
medicamentos e procedimentos que, na maioria das vezes, são invasivos e desconsideram
os aspectos individuais de cada cliente.
Nesse cenário, surge o conceito de “humanização hospitalar”, que tem como objetivo
quebrar esse paradigma e recuperar antigos preceitos da saúde pública, como a figura do
“médico da família”, que possui uma proximidade afetiva com o cliente, um conhecimento
acerca de sua história de vida. Atuando desde junho de 2001, o projeto “Doutores...Por um
Triz” é uma iniciativa do DELAC e através da humanização via afeto se torna um meio
facilitador da cura e promoção de saúde.
AÇÕES DE EXTENSÃO PROMOVENDO A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
NA COMUNIDADE
Área Temática: Saúde
Responsável pelo trabalho: Mariel Jordana Lopes PEREIRA2
Instituição: Universidade Federal do Ceará (UFC)
Autores: Patrícia Maria Pontes THÉ1; Luzia Kalyne Almeida Moreira LEAL1 ; Mariel
Jordana Lopes PEREIRA2
1
Docentes do Curso de Farmácia da UFC; 2 Aluna bolsista do Curso de Farmácia da
Universidade Federal do Ceará
Resumo
As atividades propostas pelo projeto de extensão Assistência Farmacêutica à
Creche Escola do Aprisco, da Universidade Federal do Ceará (UFC) viabilizam a
transferência do conhecimento acadêmico à comunidade assistida pela Creche-Escola do
Aprisco (funcionários, alunos e seus familiares). A Creche Aprisco, vinculada à Prefeitura
Municipal de Fortaleza, acolhe, por ano letivo, cerca de 90 crianças com idade entre dois a
cinco anos. Em virtude da carência de recursos e da necessidade de uma atenção primária à
saúde, esta comunidade foi escolhida para o desenvolvimento desta ação de extensão. A
Assistência Farmacêutica é prestada através de ações educativas com informações e
cuidados sobre saúde. Algumas das ações são realizadas em parcerias com outros
programas e projetos de extensão da UFC, como o Centro de Estudos Farmacêuticos e
Cosméticos (CEFAC), do Departamento de Farmácia e o Núcleo de Ensino e Pesquisa em
Agricultura Urbana (NEPAU), vinculado ao Departamento de Fitotecnia do Centro de
Ciências Agrárias, viabilizando o desenvolvimento de atividades inter e multidisciplinares.
Estas parcerias possibilitaram a implantação de uma horta medicinal na creche, uma
reivindicação antiga da comunidade. A escolha e o plantio das mudas, de uso científico
comprovado, foram feitos de acordo com as necessidades e solicitações dos representantes
da creche. Os integrantes do projeto prestam assessoria para o manejo e manutenção da
horta e realizam atividades sobre o uso adequado das plantas medicinais. As atividades
permitem a aplicação dos conhecimentos obtidos no Curso de Farmácia e, constituem uma
ferramenta valiosa de ampliação dos vínculos da Universidade com a população.
Palavras-chave: Assistência farmacêutica, horta medicinal, educação em saúde.
Introdução
A extensão universitária é um processo educativo, cultural e científico que viabiliza
e propõe ações junto à sociedade criando um espaço para a produção de novos saberes em
várias áreas do conhecimento enquanto articulada com o ensino e a pesquisa, numa
concepção transformadora e crítica.
As atividades propostas pelo projeto de extensão Assistência Farmacêutica à
Creche Escola do Aprisco, da Universidade Federal do Ceará (UFC) viabilizam a
transferência do conhecimento acadêmico à comunidade assistida pela Creche-Escola do
Aprisco (funcionários, alunos e seus familiares). Além disso, as ações colaboram para o
desenvolvimento das competências e habilidades do formando egresso/profissional
farmacêutico de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino de
graduação em Farmácia.
Segundo estas diretrizes, o farmacêutico deve ter um perfil profissional generalista,
humanista, crítica e reflexiva. Entre as habilidades e competências necessárias à formação
do farmacêutico estão à atenção à saúde, a tomada de decisões, a comunicação, a liderança,
a administração e gerenciamento e a educação permanente (CNE/CES- Resolução nº 02, de
19/02/02).
Apesar das Diretrizes Curriculares enfatizarem a necessidade de aproximar o aluno
da realidade na qual ele vai atuar, na prática, nem sempre isto é possível e continua-se a
observar um distanciamento do mesmo das questões sociais. Este fato ocorre porque o
farmacêutico permanece distante do contexto ao qual está inserido, não alcançando as
demandas e expectativas de desenvolvimento do setor de saúde da região. As ações de
extensão permitem fazer esta ligação, aproximando os alunos dos problemas
locais/regionais enfrentados pela comunidade.
A Creche-Escola do Aprisco, vinculada à Prefeitura Municipal de Fortaleza, acolhe,
a cada ano letivo, cerca de 90 crianças na faixa etária de dois a cinco anos. As crianças
permanecem na creche em horário integral e recebem alimentação, educação escolar e
religiosa, além de desenvolverem atividades pedagógicas e recreativas.
Em virtude da carência geral de recursos e da necessidade de uma atenção primária
à saúde, esta comunidade foi escolhida para o desenvolvimento desta ação de extensão. A
Creche Aprisco localiza-se próximo à Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem
(FFOE), pertencente ao Campus do Porangabuçu da UFC. A facilidade de deslocamento
dos professores e alunos participantes do projeto, devido a esta proximidade, aumenta a
interação com a creche, tornando mais eficientes o planejamento e execução das ações.
As atividades desenvolvidas pelo projeto são de caráter abrangente, englobando a
organização de ações e serviços relacionados ao medicamento em suas diversas dimensões,
enfatizando a interação com a comunidade na visão da promoção da saúde. Estas ações são
úteis como instrumento na formação de graduandos do curso de Farmácia da Universidade
Federal do Ceará.
Material e Métodos
A Assistência Farmacêutica é prestada por meio de ações educativas com
informações e cuidados com a saúde, que visam à melhoria na qualidade de vida da
população. Algumas das ações são realizadas em parcerias com outros programas e
projetos de extensão vinculados a Universidade Federal do Ceará, como o Centro de
Estudos Farmacêuticos e Cosméticos (CEFAC), do Departamento de Farmácia da UFC e o
Núcleo de Ensino e Pesquisa em Agricultura Urbana (NEPAU), vinculado ao
Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da UFC viabilizam o
desenvolvimento de atividades interdisciplinares e multidisciplinares.
Estas parcerias possibilitaram, recentemente, a implantação de uma horta medicinal
na creche, uma reivindicação antiga da comunidade. O plantio da horta foi realizado pelo
NEPAU, em convênio com o CEFAC, na ocasião das atividades da XI Semana do Meio
Ambiente da Universidade Federal do Ceará.
A escolha e o plantio das mudas medicinais, de uso científico comprovado segundo
Matos (1998), foram feitos de acordo com as necessidades e as solicitações dos
representantes da creche. Foram plantadas mudas de malva santa (Plectranthus barbatus
Andr.), alecrim pimenta (Lippia sidoides Cham.), alfavaca (Ocimum gratissimum L.),
chambá (Justicia pectoralis), babosa (Aloe vera L.), hortelã japonesa (Mentha arvensis L.),
cidreira (Lippia Alba Mill.) e malvarisco (Plectranthus amboinicus Lour.), totalizando
cinquenta e uma mudas (51) (CORRÊA; PENA, 1984).
A implantação dos canteiros das plantas medicinais passou pelas seguintes etapas:
escolha da área, limpeza do terreno, revolvimento do leito dos canteiros para retirada dos
entulhos, incorporação do adubo orgânico e marcação e abertura das covas.
Os integrantes do projeto prestam assessoria para o manejo e a manutenção da horta
e realizam atividades sobre o uso adequado das plantas medicinais.
Resultados e Discussão
Após a implantação da horta medicinal foram realizados encontros, com as
professoras/ funcionários da creche e com os pais/ responsáveis das crianças sobre o uso
racional das plantas medicinais.
Foram abordados, os principais cuidados que devem ser observados ao se fazer uso
de plantas medicinais tais como procedência, parte utilizada, preparações caseiras. Em
seguida foram apresentadas as indicações de uso e modo de preparo de cada uma das
espécies da horta.
Os encontros foram bastante proveitosos já que a grande maioria dos
professores/funcionários e pais/responsáveis faz uso de plantas medicinais de maneira
empírica.
Está sendo planejada uma oficina com os professores/funcionários para o preparo
de mudas para serem distribuídas aos pais/responsáveis.
Conclusão
O trabalho comunitário realizado estimula a criatividade e potencialidades dos
alunos contemplando o desenvolvimento das competências e habilidades específicas do
perfil profissional que se espera de um farmacêutico generalista.
Esta troca de experiências é um importante instrumento para a melhoria na
formação dos bolsistas. As atividades permitem a aplicação dos conhecimentos obtidos no
Curso de Farmácia e, constituem uma ferramenta valiosa de ampliação dos vínculos da
Universidade com a população. O contato direto com realidades tão diferentes permite o
crescimento e o amadurecimento pessoal e profissional dos integrantes do projeto.
Referências bibliográficas
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CES 2 de 19 de fevereiro
de 2002; Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia.
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 04 de março de 2002,
Seção 1. p.9.
CORRÊA, M. P.; PENA, L. de A. Dicionário de plantas úteis do Brasil e das exóticas
cultivadas. Brasília: Ministério da Agricultura, Instituto Brasileiro de Desenvolvimento
Florestal, 1984. v. 2., p. 475.
MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas: sistema de utilização de plantas medicinais
projetado para pequenas comunidades. Fortaleza: Ed. Universidade/EDUFC, 1998.
AVALIAÇÃO DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS POR FAMÍLIAS
ATENDIDAS NA ESF ENFERMEIRA TÂNIA LEITE
Área temática: Saúde
Responsável: S. EHMKE
Instituição: Fundação Universidade Regional de Blumenau - FURB
Nome dos autores: Carina Stefani França; Alessandro Guedes; Airton Sutil de Souza
Filho; Gunnar Peiter Batschauer; Karla Rodrigues Ferreira; Maria Urânia Alves
O uso de plantas medicinais já não é uma novidade, pois há muitos anos essa prática vem
sendo utilizada como recurso terapêutico, porém esses medicamentos alternativos caíram
em certo desuso por conta da praticidade proporcionada pela indústria farmacêutica.
Objetivos: Compreender de que modo à comunidade utiliza as plantas medicinais; facilitar
o acesso às informações sobre uso correto através de encontros de partilha e rodas de
conversa; auxiliar através do conhecimento científico o correto uso; contribuir para
comprovação dos seus resultados terapêuticos. Metodologia: Esta pesquisa foi realizada
com a comunidade da ESF Enfermeira Tânia Leite no Bairro Progresso. No decorrer dos
encontros, foram abordadas pessoas que estavam presentes e questionadas sobre o uso de
plantas medicinais, conhecimento e cultivo das mesmas em suas residências. Após o
levantamento dos dados, foi realizado um encontro de partilhas na unidade, onde as
pessoas se encontraram e fizeram a troca das plantas medicinais que possuíam por outra
planta na qual tivesse interesse. Resultados: Observou-se que os integrantes da
comunidade buscam conhecimento em vizinhos e familiares, o que é uma prática
importante em vista do risco que se corre de perder este conhecimento e tradição pela falta
de interesse das próximas gerações. Conclusão: Através das entrevistas realizadas foi
possível verificar o correto uso das plantas na maioria dos casos. Também foi notória a
aceitação das pessoas ante a possibilidade de obter essas plantas através da sua prescrição
profissionais da saúde, o que abre maiores oportunidades para que políticas públicas em
plantas medicinais sejam empregadas.
Palavras-chave: fitoterapia, plantas medicinais, saúde.
Projeto Extensionista: UniCIDADÃ Anápolis - Projeto Ciranda:
Um relato de experiência.
ROCHA, Thaís Bastos¹; FERNANDES, Viviane Lemos Silva¹; FERNANDES,
Luciana Caetano¹; LONGO, Lara de Melo y¹; RODRIGUES, Fábio
Fernandes¹(Orientador).
¹ Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICA
O Projeto UniCIDADÃ, em parceria com o Projeto Ciranda/TV ANHANGUERA,
tem como finalidade realizar ações nas áreas da educação, saúde, tecnologias,
direitos humanos, cultura, meio ambiente, entre outras, em prol da promoção
da cidadania. Nas mais diversas atividades realizadas pelos cursos de
graduação, unidades da instituição e parceiros, foram atendidas
24.167 pessoas dentre elas crianças, adolescentes e adultos. Dedicando o
atendimento à comunidade carente de diversos bairros da cidade de AnápolisGO. Entre os objetivos principais do projeto estão ações em busca da melhoria
da qualidade de vida da população, disponibilizar informações sobre as ações
sociais da Instituição e fortalecer parcerias entre a Instituição e a sociedade.
Foram realizadas ações como emissão de documentos, homologações de
acordos judiciais, distribuição de mudas de árvores e atividades sociais como
Cozinha Brasil e Cidade dos Brinquedos. A equipe que contribuiu para a
efetuação deste projeto contou com a ajuda de 337 voluntários e 543
acadêmicos dos mais diversos cursos de graduação da UniEVANGÉLICA.
A atividade de extensão como indutora de pesquisas e aprimoramento profissional:
relato da experiência dos bolsistas de extensão
Área : Saúde
Ruas BM*, Abreu MHNG, Silva MES
Uma das principais diretrizes da extensão universitária é a indissociabilidade entre
ensino, pesquisa e extensão. Em 2004, iniciou-se o projeto de Assistência Odontológica
à Pacientes Transplantados do Hospital das Clínicas da UFMG que atende pacientes de
transplante de medula óssea e fígado. Objetivou-se relatar as experiências dos três
bolsistas de extensão do projeto. Eles atuaram na criação de um banco de dados com
relevantes informações dos pacientes atendidos (700 até fev/2014). Além de atuar no
controle dos prontuários e regulação dos pacientes e alunos, apoiaram a coordenação
sendo um elo de integração entre os atores envolvidos, cerca de 80. Foram
sistematizados dados como o prazo entre o diagnóstico do paciente e a realização do
transplante; grau de parentesco dos doadores e a histocompatibilidade entre doador e
receptor; procedimentos odontológicos realizados; diagnóstico de biópsia labial dos
pacientes, entre outros. O trabalho realizado disponibilizou valiosos registros que
propiciaram a geração de conhecimento. A atuação dos bolsistas de extensão lhes
permitiu vivenciar a plenitude do ideal universitário: participaram da geração de dados
de pesquisa e produção de conhecimento, enquanto adquiriram experiência profissional
enriquecendo sua formação na graduação e lidaram com pacientes cuja experiência de
vida lhes possibilitou a se humanizarem e a buscar a melhoria do serviço prestado.
Puderam a receber pessoas de forma qualificada e a lhes dispensar o cuidado que só o
profissional comprometido pode fazer.
Palavras-chave: Bolsas de Extensão; controle de pacientes; indissociabilidade ensinopesquisa-extensão
Instituições financiadoras/parceiras : Pró-Reitoria de Extensão da UFMG-PROEX
PROGRAMA DE INCLUSÃO SOCIAL DA VILA RESIDENCIAL DA UFRJ
Área Temática: Saúde
Responsável pelo Trabalho: R.C.GOLLNER ZEITOUNE
Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Autores:
Docentes
Profa Dra Ana Maria Domingos – UFRJ/CCS/EEAN
Profa Dra Angela Brêtas Gomes dos Santos - UFRJ/CCS/EEFD
Profa Dra Cristina Rego Monteiro da Luz - UFRJ/CFCH/ECO
Profa Dra Luciléia Granhen Tavares Colares - UFRJ/CCS/INJC
Prof. Dr. Lúcio Pereira de Souza - UFRJ/CCS/FM
Prof. Dr. Marco Aurélio da Gama e Silva - UFRJ/CCS/EEFD
Profa Dra Maria Auxiliadora Santa Cruz Coelho - UFRJ/CCS/INJC
Profa. MSc Patrícia Silva Dorneles - UFRJ/CCS/FM
Profa Dra Regina Célia Gollner Zeitoune - UFRJ/CCS/EEAN
Prof. Dr. Roberto de Andrade Medronho - UFRJ/CCS/FM
Técnicos- Administrativos da UFRJ
Joana Angélica Pereira - UFRJ/CLA/FL
Luiz Felipe de Oliveira Cavalcanti - UFRJ/CCS/EEFD
Maria Alice Marques da Silva da Costa - UFRJ/CLA/DecCLA
Vanessa Maria de Souza e Silva - UFRJ/CCS/FO
Resumo
O Programa de Inclusão Social – Vila Residencial da UFRJ corporifica concepção
de várias unidades acadêmicas (09) da área da saúde, na retomada do papel fundamental da
Universidade de propor, avaliar e executar políticas públicas que tenham o cidadão e a
cidadania como suas principais referências. É um modelo de cooperação com moradores
de espaços populares. O local de intervenção é a Vila Residencial da UFRJ, com população
aproximada de 2000 habitantes, distribuídos em 415 domicílios. O programa contribui para
processo acadêmico de forma integral, envolvendo teoria e prática, reflexão e ação,
reafirmando a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, associando, na
formação dos estudantes, a qualificação acadêmica com compromisso social. O fluxo de
saberes sistematizado, acadêmico e popular, tem como desdobramentos à inserção social, a
produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade vivenciada pelos
moradores, a democratização do conhecimento e a participação efetiva da comunidade.
Esse processo permitirá a construção da consciência crítica na comunidade, gerando novos
modelos e metodologias auto-aplicáveis, que possibilitarão maior eficiência de auto-gestão
e de sustentabilidade. O programa, que tem sido contemplado com bolsas de extensão
PIBEX, PROEXT, bolsas IC CNPq e recursos financeiros do PROEXT 2013 para
aquisição de equipamentos e materiais, tem por escopo desenvolver ações integradas e
interdisciplinares, consubstanciadas em áreas temáticas de atuação em que as unidades
acadêmicas elaboram subprojetos e formas de atuação.
Palavras Chave
Promoção da saúde, Comunidade, Família.
Introdução
O Programa de Inclusão Social da Vila Residencial da UFRJ, desenvolvido desde
2005, de forma ininterrupta, corporifica a atuação de sete unidades acadêmicas,
envolvendo as seguintes áreas de conhecimento: Enfermagem, Nutrição, Medicina,
Educação Física, Odontologia, Psicanálise e Terapia Ocupacional , no papel fundamental
da Universidade de propor, executar e avaliar políticas públicas que tenham a cidadania e a
cidadão como suas principais referências. O seu local de intervenção é a Vila Residencial,
situada no campi da UFRJ, comunidade que reúne uma população de aproximadamente
2.000 habitantes, distribuídos em 415 domicílios. Os objetivos do Programa estão
apresentados de acordo com os objetivos dos projetos: atuar como elemento de uma rede
promotora de saúde e cidadania que recebe o indivíduo ávido de cuidados e leva-o à
condição de cidadão partícipe do processo de retomada biopsicossocial de sua saúde e de
seu lugar na sociedade; realizar o diagnóstico da comunidade, identificando o perfil das
famílias, situação de saúde e condições de moradia; prestar assistência multiprofissional (
enfermagem, nutrição, odontológica, médica, educador físico) às famílias; proporcionar
aos estudantes de graduação e de pós - graduação a experiência de atuar efetivamente
numa equipe interdisciplinar, sob os aspectos de planejamento, clínico e gerencial;
contribuir com a população local na definição de estratégias de atenção à saúde e na
elaboração de propostas e intervenções necessárias para o pleno funcionamento dos
equipamentos sociais locais: unidade de saúde da família, creches, escolas e outros;
desenvolver atividades curriculares, através da inserção dos estudantes dos cursos de
graduação na atenção integral à saúde dos moradores da Vila Residencial na perspectiva da
promoção à saúde; buscar integração com as iniciativas das demais áreas de ensino para o
desenvolvimento de ações de promoção em saúde e cidadania; realizar cursos, oficinas e
elaborar materiais instrucionais tendo como foco temáticas de promoção de saúde e da
cidadania pautadas nos conceitos de criatividade, inventividade e participação social,
fomentando a cultura de multiplicadores de prevenção; promover o recolhimento dos
documentos necessários para a emissão de certidões de concessão de uso e atualização dos
dados com vistas ao re-desenho das residências alteradas; promover a regularização
urbanística e assessoria a implantação dos projetos complementares, além do atendimento
aos moradores, tanto em esclarecimentos de aspectos vinculados à legalização da posse,
quanto no que se refere a melhorias da edificação.
A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, a interdisciplinaridade e
a transversalidade entre as diversas áreas do conhecimento do programa colabora para que
o conhecimento obtido no contexto da Universidade seja devolvido à população,
contribuindo desse modo para a transformação da realidade da comunidade. Esse processo
é mediado pelo diálogo com os moradores, caracterizando a prática interdisciplinar numa
perspectiva crítica como um princípio, pois a mesma implica na responsabilidade social e
política de todos os participantes, partindo-se da premissa que todos são definidores
potenciais dos processos de elaboração e de desenvolvimento geral das propostas. A
participação dos estudantes incorpora o processo contínuo entre teoria e prática, e a prática
interventiva alicerçada na construção de conhecimentos, a qual é imprescindível à sua
formação para dotá-los de competência técnica-científica, postura crítica e ética, com
responsabilidade social.
Metodologia
Tendo em vista os objetivos já mencionados, a metodologia adotada é a Pesquisaação, uma vez que, as atividades exigem o envolvimento ativo dos pesquisadores ao longo
de todo processo ( THIOLLENT,1997). A clientela do Programa é constituída por famílias,
crianças, adolescentes, adultos, pessoas idosas e trabalhadores. O diagnóstico situacional
desvendou o conhecimento acerca das condições de saúde da comunidade, das doenças e
agravos prevalentes, dos saberes e práticas populares de cuidado, permitindo a resolução
de muitos problemas. Essa estratégia possibilitou o desenvolvimento de propostas
promotoras de saúde pautadas nas diretrizes dos programas do Ministério da Saúde, bem
como, o fortalecimento das ações comunitárias, originando medidas de autocontrole e
autonomia pessoal que farão com que a comunidade da Vila Residencial seja capaz de se
tornar responsável pela manutenção de sua saúde.
A utilização de tecnologias leves no trabalho desenvolvido nos projetos tomou
como matriz o Projeto Político Pedagógico Local o que possibilitou o exercício da
pedagogia crítica, e favoreceu a construção de ações coletivas promotoras de saúde, com
temas transversais, com a intenção de criar pólos geradores de consciência individual e
coletiva acerca das necessidades sociais e de saúde da coletividade. O trabalho
desenvolvido de forma multidisciplinar deu origem a Ligas Acadêmicas. As estratégias de
desenvolvimento foram: reuniões, visita domiciliar, feiras de saúde, campanhas de
vacinação, educação em saúde, cursos de curta duração, grupos operativosne oficinas. Os
parceiros do Programa são: Hospital Escola São Francisco de Assis /UFRJ, Centro
Municipal de Saúde Necker Pinto/SMSDC/RJ, Hospital Universitário Clementino Fraga
Filho/HU/UFRJ, Escola de Enfermagem Anna Nery/ EEAN/UFRJ, Faculdade de
Medicina/FM/UFRJ, Faculdade Educação Física e Desportos/FEFD/UFRJ, Faculdade de
Terapia Ocupacional/FM/UFRJ, Instituto de Nutrição Josué de Castro/INJC/UFRJ,
Faculdade de Odontologia/FO/UFRJ, Centro de Letras e Artes/CLA/UFRJ, Área
Programática AP3.1., Prefeitura da Ilha do Fundão e Restaurante Universitário da Ilha do
Fundão.
Produtos
05 trabalhos de conclusão de curso; 03 Dissertações de mestrado; 03 teses de
Doutorado; 10 Diagnósticos Simplificados de Saúde; relatórios de pesquisa; 01 livro
publicado, 09 comunicações em anais de congressos e periódicos;09 resumos publicados
em eventos científicos; 08 trabalhos publicados em anais de evento; 05 cursos de curta
duração. Premiações e Menção Honrosa.Visitas domiciliares; Feiras de Saúde; Campanhas
de Vacinação. Bazares. Festas Juninas. Participação na Semana Nacional de ciências de
Tecnologia.
Avaliação
A aferição dos resultados alcançados é realizada paralelamente, por consulta direta
aos beneficiários através do projeto de pesquisa avaliação da satisfação do usuário
realizado anualmente, e por relatório final do estudante.
Quanto às perspectivas do programa pretende-se a ampliação das ações dos projetos e
a inclusão de outros projetos já desenvolvidos na comunidade, a exemplo o de terapias
alternativas, o de biologia, o da educação (alfabetização de adultos e biblioteca
comunitária) e o de inclusão digital.
Conclusões
O Programa de Inclusão Social da Vila Residencial da UFRJ tem como
elementos constitutivos imprescindíveis, os elencados a seguir: Exemplaridade – na
elaboração de políticas públicas; na concepção de metodologias, critérios de
monitoramento e análise dos resultados; na construção de modelos inovadores;
Replicabilidade – na possibilidade de sua aplicabilidade em outras comunidades de
baixa renda do país e na sua adoção por Instituições de Ensino Superior ou outras
instituições públicas e/ou privadas; e Sustentabilidade – na construção de parcerias com
a comunidade da Vila Residencial e com instituições públicas e/ou privadas. Outros
aspectos a destacar são a formação mais integral dos estudantes; geração de novos
projetos extensionistas; produção do conhecimento; geração de novas pesquisas;
atendimento direto/assistência direta de acordo com as necessidades apontadas pela
comunidade atendida e atividade acadêmica complementar.
Bibliografia
CESAP. Qualificação, Organização Comunitária e Geração de Cidadania. Sistematizando
uma metodologia. Brasília: TEM/SPPE/DEQ, 2007. 201p. (Centro de Elaboração,
Assessoria e Desenvolvimento de Projetos).
BUSS PM. Promoção da Saúde da Família. Rev Bras de Saúde da Família 2002; 2(6): 5063.
ELSEN I. Marcos para a prática de enfermagem com famílias. Florianópolis (SC): UFSC;
1994.
FALCÃO, E.F. e ANDRADE, J.M.T. Metodologia para a Mobilização Coletiva e
Individual (Met-MOCI). 2 ed. João Pessoa: Ed.Universitária/UFPB, 2003. 204p.
FREIRE, P. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. 4 ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1979
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17ª. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra,1983.
NUNES, D. Pedagogia da participação. Trabalhando com comunidades. Salvador:
Quarteto/UNESCO,
2002.130p.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-ação. São Paulo: Cortez Editora, 7º ed. ,
1997.
PROJETO: A FAMÍLIA COMO UNIDADE DE SERVIÇO EM UM PROGRAMA
DE ENFERMAGEM DE ATENÇÃO À SAÚDE DA COMUNIDADE
Área temática: SAÚDE
Responsável pelo trabalho: Ana Maria Domingos.
Instituição: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Nome dos Autores: Bruna Barbosa Machado; Michele da Conceição Galdino e Ana Maria
Domingos.
Resumo: Projeto desenvolvido desde 1993, por professores do Departamento de
Enfermagem de Saúde Pública da EEAN/UFRJ com objeto de assistência de enfermagem à
saúde das famílias da Vila Residencial da UFRJ tendo a participação de alunos de
graduação, de mestrado e doutorado. Objetivos: avaliar o perfil, situação de saúde,
condições de moradia e prestar assistência de enfermagem às famílias; implementar ações
de atenção à saúde propostas a nível municipal, estadual e nacional junto às famílias e a
comunidade; organizar e desenvolver outros projetos na comunidade com clientelas
especificas. O projeto desde 2005 está inserido no Programa Inclusão Social da Vila
Residencial participando de forma interdisciplinar com mais sete projetos da área da saúde.
Metodologia: Projeto tipo participante. A comunidade possui aproximadamente 2000
pessoas moradoras de 390 domicílios, localizados no campus da Universidade Federal do
Rio de Janeiro. Para a realização das atividades de enfermagem é utilizado como estratégia
a visita domiciliar e as consultas de enfermagem na associação de moradores da
comunidade. O registro de enfermagem é realizado em formulários onde se tem os dados
do diagnóstico de saúde e moradia, as prescrições de enfermagem com evolução e
avaliação do estado de saúde de cada componente da família, além de encaminhamentos,
cartão de atendimento para o registro de agendamentos de retorno e atividades realizadas e
quando necessário registrar resultados de exames. Resultados: realizadas 150 visitas
domiciliares aproximadamente (mensalmente); feiras de saúde (02 por ano); campanhas de
vacinação (03 por ano); cursos de extensão para a comunidade; atendimento e
acompanhamento a portadores de hipertensão e diabetes; participação em eventos de
extensão com apresentação de trabalho – da PR5; pesquisas elaboradas a partir dos
resultados dos projetos (3 dissertações, 03 teses, 23 TCC, 64 DSS,
04 projetos de
extensão); 03 prêmios em eventos.
Palavras-chave: Comunidade, enfermagem.
Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde OMS), saúde não é só uma
ausência de doença ou enfermidade, mas um estado de completo bem–estar físico, psíquico,
mental,
emocional,
moral
e
social.
A
Saúde
Comunitária
segundo
NERY,VANZIN(1994,40) é organizada pela própria comunidade, que consciente de
constituir um grupo com interesses comuns, refletem e expressam uma preocupação com os
problemas de saúde existentes entre eles, e mostram uma preocupação em saná-los tendo
uma participação efetiva nas atividades a serem desenvolvidas afim de solucionar os
problemas.
Neste sentido busca-se a participação do profissional de enfermagem junto à
comunidade a partir de um trabalho conjunto discutindo-se as prováveis maneiras ou
caminhos para solução dos problemas, contribuindo com ações específicas de enfermagem.
A prática da enfermagem na comunidade está integrada em todos os níveis de
assistência, ou seja, primário (assistência complementar), secundário (assistência
preventiva) e terciário (assistência terapêutica). O enfermeiro, na saúde comunitária, não
deve focar só o indivíduo, como também a família e comunidade. Para tal faz-se necessário
a análise das necessidades, a planificação e aplicação de medidas necessárias, e a evolução
da eficácia da assistência dispensada.
Ponto relevante neste trabalho comunitário está a necessidade de se considerar a
família como unidade de serviço. Há várias razões para se ter esta como uma unidade de
serviço. Entre elas FREEMAN ( 1971,115) cita
ser a família a unidade natural e
fundamental da sociedade; a família como grupo responsável pela origem de determinados
agravos, por outro lado pode ela tolerar e corrigir determinados problemas; os problemas de
saúde da família estão entrelaçados; a família proporciona uma força ambiental decisiva; é
nela que encontramos mais frequentemente
decisões e ações sanitárias e enfim esta
constitui um momento eficaz para as ações de enfermagem comunitária.
Nesta linha de pensamento cabe proporcionar atendimento à família a partir de um
diagnóstico, mostrando suas características e maneiras de encaminhar discussão e descobrir
estratégias para atuar de forma integrada e participativa junto à clientela, caracterizando
assim o objeto de intervenção do presente projeto busca fazer o diagnóstico
socioeconômico, de saúde e de moradia das famílias da comunidade e a partir deste
implementar intervenções de enfermagem.
Por outro lado o Projeto desde 2005 faz parte do Programa Inclusão Social que
desenvolve atividades interdisciplinar com outros 7 projetos da área da saúde que estão
também inseridos no Programa.
Material e Metodologia: É um projeto desenvolvido utilizando da metodologia
participativa.
São atendidos no projeto todas as famílias residentes da Vila Residencial da UFRJ .
São realizadas visitas de enfermagem nos domicílios dos moradores a fim de coletar
dados sobre todos os integrantes da família, além de dados sobre condições de moradia; são
feitas consultas na associação de moradores para grupos específicos de moradores
(diabéticos, hipertensos, crianças, mulheres (ginecologia, pre-natal, puérpera,) idosos). O
registro do atendimento de enfermagem é feito em formulários próprios, onde se têm os
dados obtidos a partir do diagnóstico, as prescrições de enfermagem com evolução e
avaliação do estado de saúde de cada componente da família, tem-se também formulário
para encaminhamentos, cartão de atendimento onde registra-se os agendamentos de retorno
e atividades realizadas e quando necessário os resultados de exames.
No do projeto, há Sub-projetos tais como:
1.Feira de Saúde na Vila Residencial da UFRJ;
2. Campanha de multivacinação na vila residencial da UFRJ;
3. Futuras mamães – Vila Residencial - Orientações de saúde e acompanhamento
gestacional;
4. A enfermagem comunitária na assistência à trabalhadora do lar;
5. Consulta para hipertensão e diabetes;
6. Grupo de Convivência para pessoas idosas da vila residencial;
7. Conversando com adolescentes;
8. Promovendo a inclusão digital e social de moradores de uma comunidade através de
softwares educativos com vista a promoção da saúde.
O projeto desde 2005 tem sido contemplado com seis (6) bolsistas PIBEX/PR5 que
desenvolvem especificamente as atividades de extensão. Contudo outros bolsistas de
Iniciação científica PIBIC/CNPQ/FAPERJ também desenvolveram e desenvolvem
atividades de pesquisa em projetos provenientes de demandas do Projeto de Extensão e ao
coletar os dados de pesquisa também se inserem nas atividades de extensão
Resultados e Discussões: São realizadas aproximadamente 150 visitas domiciliares
mensalmente; duas feiras de saúde por ano, na qual é abordado temas de interesse a toda a
população (como cuidados com meio-ambiente, cuidados a diabetes e hipertensão, entre
outros); três campanhas de vacinação por ano; cursos de extensão para a comunidade (
Curso de Primeiros Socorros e Prevenção de Acidentes no Lar; curso de Formação inicial
de monitores em Vigilância em Saúde Comunitária; curso de Capacitação para Cuidadores
de Idosos; curso sobre Sexualidade na Adolescência, Métodos Contraceptivos e
DST/AIDS); programa de atendimento e acompanhamento a 180 portadores de hipertensão
e diabetes; 24 consultas de enfermagem ginecológica mensalmente; participação em
eventos de extensão com apresentação de trabalho; participação anual na SNCT.
Como produtos do projetos tem-se: 08 sub-projetos; 04 versões do Curso de
Primeiros socorros e prevenção de acidentes no lar; 64 relatórios de Diagnostico
Simplificado de Saúde (atividade Curricular do Curso de Graduação em Enfermagem da
UFRJ); 23 Trabalhos de Conclusão de Curso de Enfermagem; 03 Dissertações de mestrado
em enfermagem; 03 Teses do curso de Doutorado em Enfermagem; realização de 95
campanhas de vacinação em parceria com o Centro Municipal de Saúde da área
programática da comunidade e a realização de 34 Feiras de Saúde.
Conclusão: O trabalho na comunidade com vistas às famílias vem estabelecer
relações sociais importantes no que tange ao entendimento de suas necessidades
contribuindo para solidificar a visão da enfermagem na saúde comunitária.
Neste sentido na formação de enfermeiros, pode ser contemplada a assistência à
saúde da população não só no âmbito institucional como hospitais e postos de saúde e
unidades de saúde da família como também no contexto comunitário e que têm como
proposta atender as recomendações da OMS no que se refere a maneira como trabalhar com
a população neste contexto, tendo como referência a família.
Com o passar dos anos, se pode perceber uma melhora considerável nas condições
de saúde dos moradores da comunidade em questão, além de melhora nas condições de
moradia que também podem interferir na saúde das pessoas.
Pensando nesses aspectos, a enfermagem é responsável pela criação de novas
modalidades do cuidar que contemplem os grupos específicos que atendemos na
comunidade, com o objetivo de trazer melhores condições de saúde, respeitando a
especificidade de cada indivíduo.
Referências:
NERY, Maria Helena da Silva. VANZIN, Arlete Spencer. Enfermagem em Saúde Pública.
Porto Alegre. Sagra-DC Luzzatto Editores. 1994;
BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de Saúde da Família. Brasília-DF. 1996;
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília-DF. 2012;
O principal objetivo do projeto é articular ações de produção de múltiplas linhas de
cuidado em saúde mental através da ação extensionista de acompanhamento terapêutico.
Trata-se de experiência de intervenção em novos cenários, no qual professores,
profissionais, pesquisadores e 10 estudantes de graduação de Psicologia da UFRJ
acompanham pacientes graves, institucionalizados, através de ações que visam o resgate
de laços sociais, comunitários, de cidadania. O publico alvo são pacientes em condição
de longo afastamento da cidade/comunidade. Os alunos tem seu campo de práticas a
partir das enfermarias do IPUB, e sua formação consolidada pelas supervisões clínicoinstitucionais, espaços de formação junto a residentes multiprofissionais e estudo
clinico teórico com a equipe gestora do projeto. As enfermarias da instituição e os
serviços de saúde mental da rede publica constituem o campo das práticas propriamente
dito, tendo o projeto a proposta de beneficiar uma população de aproximadamente 1.108
indivíduos. Ao aproximar estudantes ao trabalho clinico no âmbito das enfermarias do
IPUB/UFRJ e/ou dos Centros de Atenção Psicossocial sob a forma de
Acompanhamento Terapêutico, o projeto desenvolve experiência inovadora de
articulação ensino-serviço no campo da política pública de saúde mental, álcool e outras
drogas: buscam-se indícios de rupturas com o atual modelo assistencial dominante na
área da saúde, centrado numa lógica tecnicista, fragmentada, por procedimentos. Nossa
aposta é de que a presença dos estudantes modifica significativamente os processos de
trabalho dos profissionais de saúde mental, assim como os estudantes podem participar
de múltiplas atividades no plano de cuidado da clientela, acompanhados pelos
profissionais dos serviços envolvidos. A interdisciplinaridade das ações estimula o
desenvolvimento do pensamento crítico e da ética, a partir do cotidiano. O projeto
pretende também analisar o impacto da experiência desse novo cenário de práticas na
formação do estudante e dos profissionais, na instituição formadora e nos serviços
municipais envolvidos, avaliando esta inovação em suas respectivas formações e no
mundo do trabalho das equipes. Como resultados podemos identificar: a aproximação
das redes de atenção hospitalar e comunitária; a sustentação de acompanhamentos
intensivos - dentro da instituição - e extensivos - em sua relação com a rede de cuidados
- para casos graves; a diminuição do tempo de internação e o aumento do intervalo entre
possíveis reinternações, assim como, especialmente, a articulação dos campos do
ensino, pesquisa e extensão na área de saúde mental, impactando a formação dos
estudantes extensionistas que vem realizando a atividade de acompanhamento
terapêutico.
Promoção da dispensação racional de medicamentos: levantamento do perfil das
prescrições
Elivelton de Jesus Cerqueira1; Gizelly Braga Pires2; Bruno Rodrigues Alencar2
1. Discente do curso de Farmácia da Universidade Estadual de Feira de Santana-UEFS,
Bahia, Brasil. Bolsista do Programa de Promoção do Uso Racional de Medicamentos na
Atenção Básica do Município de Feira de Santana-BA.
2. Docentes do curso de Farmácia da Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia,
Brasil. Membros do Programa de Promoção do Uso Racional de Medicamentos na
Atenção Básica do Município de Feira de Santana-BA.
O Programa de Promoção do Uso Racional de Medicamentos na Atenção Básica no
município de Feira de Santana-BA, aprovado pela Resolução CONSEPE 151/2010, desde
2010 tem realizado ações nas Unidades de Saúde da Família (USF) do bairro Campo
Limpo. Sua inserção nesta comunidade possibilitou o aprofundamento no conhecimento a
cerca da prática da dispensação de medicamentos. As farmácias das USF encontram-se
estruturalmente inapropriadas e a dispensação acontece sem orientações aos usuários e sem
a presença do farmacêutico. Um dos planos de trabalhos deste programa extensionista visa
à promoção da dispensação racional de medicamentos. Trata-se de um relato de
experiência de uma atividade extensionista prévia à execução do plano de trabalho com
objetivo de analisar as prescrições de medicamentos de uma USF, no período de agosto a
outubro de 2013. Realizou-se um estudo quantitativo com 585 prescrições, dessas, 66%
continham três ou mais medicamentos; as principais classes prescritas foram antihipertensivos (25%) e antimicrobianos (17%); 18% continham de um a três medicamentos
que não faziam parte da Relação Municipal de Medicamentos e 73% não apresentavam a
duração do tratamento. Esses resultados possibilitarão a realização de ações que, através da
dispensação possam contribuir para o uso racional de medicamento por meio de
orientações aos pacientes, práticas de educação em saúde e elaboração de dispositivos que
auxiliem na identificação dos medicamentos e na adesão ao tratamento.
“LIXO! O QUE MINHA SAÚDE TEM A VER COM ISSO?”CARTILHA SOBRE
SAÚDE HUMANA E AMBIENTAL – PROJETO PROMOÇÃO DA SAÚDE: UMA
PRÁTICA A SER EXERCIDA NA COMUNIDADE DO DISTRITO
LUZIMANGUES-TO
Área temática: Saúde
Coordenadora: Profª Msc. Ana Edith Farias Lima
Instituição: Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Autores: Ravena Gentil de Castro; Samara de Oliveira Barbosa; Carlos Vinicius Vieira
Mateus.
Coautores: Andrey Viana Gomes; Claudia Cristinne Gomes Cardoso; Ellana Monalisa da
Silva; Gabrielly Carvalho Pádua; Gustavo Iago Silva Bezerra; Leomar César Brigagão.
Resumo
O Projeto Promoção da Saúde: uma prática a ser exercida na comunidade do Distrito de
Luzimangues-TO,
inscrito
no
edital
do
MEC/PROEXT/2014
de
nº
147462.648.8862.20032013, tem como principal objetivo, possibilitar por meio de
promoção e prevenção de problemas da saúde o empoderamento sobre as condições de
vida e de saúde dos residentes, idosos, diabéticos e adolescentes/jovens do distrito. Diante
dessa preocupação foi elaborada a Cartilha sobre saúde humana e ambiental, que traz uma
proposta diferente de promoção de saúde, que tem como foco a sensibilização ambiental
dos moradores, e assim desencadear novas atitudes com o que diz respeito à preservação
do ambiente, uma vez que por ser uma localidade que está em crescimento não apenas
populacional, mas econômico, a preocupação com o ambiente deve ser constante, para que
as condições de moradia não comprometam a saúde do sujeito. Dentro desse contexto
pretendemos abordar o público, provocando uma reflexão da relação existente entre “Meio
Ambiente X Saúde”, acerca de, como produzimos o lixo, o que fazemos de errado com ele
e a importância da reciclagem. Levaremos para os participantes uma melhor visão do
cenário de trabalho que estamos inseridos, como terrenos baldios, agua imprópria para o
consumo, falta de áreas adequadas para despejo do lixo coletado, o qual são situações
comuns por todo o Brasil. Além do mais, temos o objetivo de discutir nossa metodologia
implantada, possíveis processos de avaliação e críticas que vierem a somar com o projeto.
Extensão e pesquisa: conhecendo a Pressão Arterial de ribeirinhos
a partir de uma atividade extensionista realizada na Região
Amazônica.
LONGO, Lara de Melo y¹; ROCHA, Thaís Bastos¹; FERNANDES, Luciana
Caetano¹; FERNANDES, Viviane Lemos Silva¹; RODRIGUES, Fábio
Fernandes¹ (Orientador).
¹ Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) caracteriza-se por níveis elevados e
contínuos de pressão arterial (PA), considerando para tal, valores de PA sistólica
≥ 140 mmHg e/ou PA diastólica ≥ 90 mmHg. A HAS possui forte associação com
o estilo de vida, e tem como principais fatores de risco a ingestão excessiva de
sal, excesso de peso, sedentarismo, tabagismo e uso excessivo de álcool. É
considerada um dos principais fatores de risco para as doenças
cerebrovasculares, cardiovasculares e renais. O objetivo da pesquisa foi avaliar
os dados da PA da população adulta (20 a 59 anos) de uma comunidade
ribeirinha Amazônica, aferidos durante a atividade extensionista: “Projeto
UniEVANGÉLICA Cidadã Itinerante - Amazônia Educação & Saúde” - realizada
no segundo semestre de 2013. Trata-se de uma análise transversal, com base
nos prontuários de atendimento médico. Os dados encontrados foram
confrontados com informações de doenças autorreferidas pela população da
mesma comunidade em pesquisa realizada durante a atividade de extensão em
questão, e também com dados da literatura. Foi aferida a PA de 123 adultos, dos
quais, 22 (17,89%) apresentaram HAS; e foram entrevistados 135, dos quais, 20
(14,81%) afirmaram ter HAS. Esses valores condizem com os dados
encontrados por outros autores tanto em comunidades ribeirinhas, como em
outras regiões do país.
Projeto Extensionista com comunidades ribeirinhas da Região
Amazônica: um relato de experiência.
LONGO, Lara de Melo y¹; FERNANDES, Luciana Caetano¹; FERNANDES,
Viviane Lemos Silva¹; ROCHA, Thaís Bastos¹; RODRIGUES, Fábio
Fernandes¹(Orientador).
¹ Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
O Projeto UniEVANGÉLICA Cidadã Itinerante - Amazônia Educação & Saúde
tem por objetivo levar melhorias às comunidades ribeirinhas. Trata-se de uma
parceira da UniEVANGÉLICA, com as entidades Asas de Socorro, Primeira
Igreja Batista de Parintins e Terre des Hommes, que somam esforços para levar
assistência integral às comunidades marcadas pelo isolamento, nas áreas de
saúde/educação/cidadania. No ano de 2013, foram realizadas 4 viagens para
comunidades do Estado do Amazonas e do Pará. Foram duas expedições no
primeiro semestre e duas no segundo. Além da tripulação dos barcos e
profissionais de Asas de Socorro, foram envolvidas 94 pessoas da
UniEVANGÉLICA, entre docentes, acadêmicos e técnicos. Foram realizadas
ações e assistência em saúde, mas também de educação e qualificação de vida
dos ribeirinhos por meio de atendimentos (médico, odontológico, farmacêutico,
fisioterápico e enfermagem), oficinas de escovação, atividades de recreação
com as crianças e adolescentes, análises microbiológicas da água, palestras
temáticas socioambientais sobre uso da água e destinação de resíduos, ações
de educação popular em saúde, prospecções agronômicas, desenvolvimento de
pesquisas, orientações jurídicas, palestras para líderes sobre a temática de
desenvolvimento comunitário e ações de desenvolvimento de geração de renda.
No total foram atendidas 5.814 pessoas e realizadas 584 entrevistas.
“AGUA! PORQUE É TÃO IMPORTANTE PARA MIM?”
CARTILHA SOBRE SAÚDE HUMANA E AMBIENTAL- PROJETO PROMOÇÃO
DA SAÚDE: UMA PRÁTICA A SER EXERCIDA NA COMUNIDADE DO DISTRITO
DE LUZIMANGUES-TO
Área Temática: Saúde
Orientadora: Ana Edith Farias Lima1
Instituição: Funadação Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Modalidade: Roda de Conversa
Autores: Andrey Viana Gomes2, Gabrielly Carvalho Pádua3, Ravena Gentil de Castro4
Co-autores: Samara de Oliveira Barbosa5, Gustavo Iago Silva Bezerra6, Claudia Cristinne
Gomes Cardoso7, Carlos Vinicius Vieira Mateus8, Ellana Monalisa da Silva9, Leomar Cesar
Brigagão10.
Resumo
O Projeto Promoção da Saúde: uma prática a ser exercida na comunidade do distrito de
Luzimangues-TO, inscrito no edital MEC/PROEX/2014 sob o nº 147462.648.8862.20032013,
tem como proposta principal práticas de educação e promoção da saúde em um distrito de
Porto Nacional – TO. No decorrer das atividades do projeto, foi desenvolvida a cartilha
“ÁGUA! PORQUE É TÃO IMPORTANTE PARA MIM?”, para dar suporte ao projeto como
ferramenta multiplicadora de conhecimento, na tentativa de estabelecer a promoção da saúde
através da sensibilização ambiental. Neste contexto, se faz necessárias atividades que
promovam saúde juntamente com a proteção ambiental, fortalecendo a consciência de que o
meio ambiente “anda de mãos dadas” com o fator saúde e que para chegar em um estágio
final de saúde o meio ambiente e seus recursos são primordiais. O enfoque “água”, objetiva
despertar a comunidade para determinadas ações de proteção ambiental, diretamente
vinculadas com a saúde individual e coletiva, levando o conhecimento sobre água potável,
doenças que são veiculadas pela água contaminada, os problemas relacionados ao mau uso
deste recurso, e mostrando práticas que possam ser adotadas no sentido de reduzir a poluição,
preservar este recurso natural, garantir a saúde e a qualidade de vida dos sujeitos que residem
hoje e residirão futuramente na região. O público alvo da cartilha são crianças e adolescentes,
pois estes são melhores multiplicadores do conhecimento atualmente e no futuro, mas as
atividades do impresso são/devem ser trabalhadas com a comunidade em geral.
_______________________________
1-
Enfermeira, Mestre em Ciência do Ambiente, Professora e coordenadora do curso de graduação em
Enfermagem da Universidade Federal do Tocantins, [email protected]
2Graduando em Enfermagem – Universidade Federal do Tocantins, Bolsista do Programa Institucional
de Bolsas de Extensão – PIBEX-UFT
3-10
Integrantes do projeto Promoção da saúde: Uma prática a ser exercida na comunidade do distrito de
Luzimangues – Universidade Federal do Tocantins
6º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária
Roda de Conversa
Eixo temático: Promoção da Saúde e Intersetorialidade
Linha de Extensão:
ensino/aprendizagem.
Saúde
da
Família,
Metodologias
e
estratégias
de
Interagindo com a Comunidade: experiências práticas na formação médica
generalista e humanizada.
A experiência desenvolvida é através do Módulo Interagindo com a Comunidade do Curso
de Medicina do Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC; uma atividade
extensionista desenvolvida através de uma parceira da Prefeitura Municipal de Colatina e
Secretaria Municipal. Esta parceria gera diversos processos importantes não somente
para a comunidade que é beneficiada, mas também para a formação do médico
humanizado e generalista.
Nestas atividades os acadêmicos e mais uma equipe de
professores desenvolvem ações, visitas domiciliares, diagnóstico situacional da
comunidade, planos de ações em saúde, o trabalho da promoção da saúde, entre outras
atividades voltadas para a saúde das comunidades beneficiadas. Estes módulos
promovem a complementação formativa da extensão universitária através da metodologia
ativa gerando assim suporte ao cabedal do ensino e pesquisa. Os objetivos destas ações
é proporcionar ao acadêmico vivencias de problemas sociais, sanitários da população
local atuando sobre tais problemas de forma multiprofissional reconhecendo a
contribuição das diferentes formas de conhecimento e de práticas assistenciais em saúde
pública, especificamente enfatizando a Atenção Básica em Saúde, no contexto da saúde
da família, construindo o tripé: ensino, serviço de saúde e comunidade.
Autores:
Amanda Pinto Sobrosa Lopes
Luciano Antonio Rodrigues
Bastos, OMB; Soares MTC; & Silva, LJ
No início dos anos setenta do século passado, o governo federal decidiu
promover a ocupação eficaz da região amazônica, utilizando o Projeto Rondon
que foi substituído pela implantação de unidades avançadas na Amazônia
Legal. Por acreditar que tal política é de grande importância para o
desenvolvimento do cidadão, a Universidade Federal Fluminense (UFF)
mantém em Oriximiná – PA em estreita colaboração com sua prefeitura, a
Unidade Avançada José Veríssimo (UAJV), desde 1973, sendo esta
subordinada à Coordenação de Integração Acadêmica (CIAC/EX) da Próreitoria de Extensão (PROEX) da UFF. A UAJV possui instalações para
hospedagem e sala de pequenas atividades científicas para as equipes, além
de gerenciar também o Hospital Maternidade São Domingos Sávio, campo de
atuação para discentes dos Cursos de Medicina, Enfermagem e Residência
Multiprofissional. Destaca-se o valor humano de tal experiência, resultando
mudanças de visão ao retornar desse Campus, o que levou alguns dos
participantes a fixarem-se na Amazônia. Nestes anos, a UAJV, já recebeu para
estágios curriculares em graduação e pós-graduação mais de 2.100 alunos,
apoiou aproximadamente 140 projetos/programas o que viabilizou a ampliação
de áreas de excelência gerando grande impacto social, produção e difusão do
conhecimento
científico,
tecnológico,
artístico,
cultural
e
a
pesquisa/implantação de novas tecnologias no campo da extensão, pesquisa e
educação lato sensu.
“AGUA! PORQUE É TÃO IMPORTANTE PARA MIM?”
CARTILHA SOBRE SAÚDE HUMANA E AMBIENTAL- PROJETO PROMOÇÃO
DA SAÚDE: UMA PRÁTICA A SER EXERCIDA NA COMUNIDADE DO DISTRITO
DE LUZIMANGUES-TO
Área Temática: Saúde
Orientadora: Ana Edith Farias Lima1
Instituição: Funadação Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Modalidade: Roda de Conversa
Autores: Andrey Viana Gomes2, Gabrielly Carvalho Pádua3, Ravena Gentil de Castro4
Co-autores: Samara de Oliveira Barbosa5, Gustavo Iago Silva Bezerra6, Claudia Cristinne
Gomes Cardoso7, Carlos Vinicius Vieira Mateus8, Ellana Monalisa da Silva9, Leomar Cesar
Brigagão10.
Resumo
O Projeto Promoção da Saúde: uma prática a ser exercida na comunidade do distrito de
Luzimangues-TO, inscrito no edital MEC/PROEX/2014 sob o nº 147462.648.8862.20032013,
tem como proposta principal práticas de educação e promoção da saúde em um distrito de
Porto Nacional – TO. No decorrer das atividades do projeto, foi desenvolvida a cartilha
“ÁGUA! PORQUE É TÃO IMPORTANTE PARA MIM?”, para dar suporte ao projeto como
ferramenta multiplicadora de conhecimento, na tentativa de estabelecer a promoção da saúde
através da sensibilização ambiental. Neste contexto, se faz necessárias atividades que
promovam saúde juntamente com a proteção ambiental, fortalecendo a consciência de que o
meio ambiente “anda de mãos dadas” com o fator saúde e que para chegar em um estágio
final de saúde o meio ambiente e seus recursos são primordiais. O enfoque “água”, objetiva
despertar a comunidade para determinadas ações de proteção ambiental, diretamente
vinculadas com a saúde individual e coletiva, levando o conhecimento sobre água potável,
doenças que são veiculadas pela água contaminada, os problemas relacionados ao mau uso
deste recurso, e mostrando práticas que possam ser adotadas no sentido de reduzir a poluição,
preservar este recurso natural, garantir a saúde e a qualidade de vida dos sujeitos que residem
hoje e residirão futuramente na região. O público alvo da cartilha são crianças e adolescentes,
pois estes são melhores multiplicadores do conhecimento atualmente e no futuro, mas as
atividades do impresso são/devem ser trabalhadas com a comunidade em geral.
_______________________________
1-
Enfermeira, Mestre em Ciência do Ambiente, Professora e coordenadora do curso de graduação em
Enfermagem da Universidade Federal do Tocantins, [email protected]
2Graduando em Enfermagem – Universidade Federal do Tocantins, Bolsista do Programa Institucional
de Bolsas de Extensão – PIBEX-UFT
3-10
Integrantes do projeto Promoção da saúde: Uma prática a ser exercida na comunidade do distrito de
Luzimangues – Universidade Federal do Tocantins
Estreitando a teia: cuidando das relações
Autores: Roseanne Madeira Franco
Lidiane de Morais Evangelista
Orientador: Rosane de Sousa Miranda
Área: Saúde
Resumo:
As relações interpessoais estabelecidas no cotidiano podem servir como promotoras de saúde
mental, tanto por permitirem comunicações assertivas com o grupo familiar, como com a
comunidade próxima ou ampliada. Neste sentido, o objetivo do projeto é promover reflexões
acerca das relações interpessoais. Esta ação faz parte do Projeto de Extensão Multidisciplinar
“Teia de Aranha: rumo à intervenção social” desenvolvido pelos Técnicos-Administrativos do
Instituto Federal do Piauí – Campus São João do Piauí, envolvendo as áreas de Enfermagem,
Odontologia, Psicologia e Serviço Social. As atividades estão sendo desenvolvidas em três
momentos por meio de rodas de conversa e vivências realizadas na comunidade. O grupo é
formado por homens e mulheres adultos. O primeiro momento teve como foco o
autoconhecimento. O segundo momento contou com discussão acerca da importância da
expressão de afetos e ideias. Com o foco no empoderamento do grupo, haverá um terceiro
momento onde serão discutidas as habilidades sociais comunicativas importantes para
interação com autoridades, visando contato com instituições referência em serviços públicos.
Enquanto considerações parciais acerca do projeto, pode-se afirmar que o envolvimento dos
participantes nas discussões e vivência demonstram postura reflexiva, da qual espera-se,
tenha impacto em relações interpessoais assertivas com o grupo familiar, comunidade e
instituições.
PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS: USANDO A TEIA
AUTORES: ROSEANNE MADEIRA FRANCO
ROSANE DE SOUSA MIRANDA
ORIENTADOR: MARIA DA CONCEIÇÃO SARAIVA SANTOS
ÁREA: SAÚDE
As informações acerca dos hábitos e os cuidados de saúde se propagam
oralmente de forma mais fácil entre os membros da família. O objetivo deste
trabalho foi difundir orientações sobre autocuidado e promoção de saúde a
comunidades com difícil acesso aos serviços de saúde. Esta intervenção é
parte do projeto interdisciplinar “Teia de Aranha”, que envolve as áreas de
Odontologia, Psicologia, Enfermagem e Serviço Social, realizado pelos
servidores técnico-administrativos do Setor de Saúde do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, Campus São João do Piauí.
Participaram de encontros quinzenais as crianças e seus responsáveis,
moradores de uma comunidade em situação de vulnerabilidade. Na área da
Enfermagem, foram realizadas conversas sobre hábitos de higiene corporal e
alimentar, e a metodologia escolhida foi a roda de conversa, por proporcionar
troca de saberes e também facilitar a construção da autonomia dos sujeitos
envolvidos. O projeto encontra-se em execução e as próximas etapas
envolvem a exposição da importância dos hábitos de higiene e a apresentação
das ações para o tratamento de doenças parasitárias por meio do uso de itens
da alimentação cotidiana. Vale ressaltar a resposta positiva dos sujeitos às
ações propostas, uma vez que já são, em potencial, multiplicadores de
conhecimento.
Diagnóstico e Intervenção no Esporte Escolar: da Base ao Alto
Rendimento
Priscilla de Jesus Chantre Farias¹, Luíz Claudio Cameron², Claudia A. F. Aiub³. 1. Discente do curso de
Bacharelado em Enfermagem e Bolsista em Extensão; 2. Docente do Departamento de Genética e
Biologia molecular e Coordenador do Projeto; 3. Docente do Departamento de Genética e Biologia
molecular e Co- Coordenador do Projeto.
A avaliação esportiva no Brasil está em sua fase inicial, quando comparado com as
grandes potencias esportivas. Assim, ainda é carente no mercado de trabalho
profissional devidamente treinado em protocolos de avaliações esportivas e de
treinamento físico para atletas de diferentes categorias esportivas, idade e sexo. Neste
projeto, o acadêmico recebe treinamento e cursos acerca de assuntos de avaliação física,
montagens de programas de atividades físicas, orientação nutricional, bioquímica e
genética, atendendo o público infanto- juvenil e o atleta de alto rendimento, além de
vivenciar as possíveis áreas de atuação profissional e de pesquisa. O aluno participa de
atividades práticas, ministrando aulas sob supervisão de profissional formado e também
participa de reuniões multidisciplinares semanais onde são discutidos os aspectos
teóricos do programa. Este programa visa melhor preparar o futuro profissional para o
mercado de trabalho, ensinando-o quanto aos fundamentos do trabalho em equipe
multidisciplinar, bem como expô-lo as técnicas atuais e avançadas de intervenção na
área em questão. Ainda, visa oferecer um trabalho diferenciado a população, quanto à
orientação da iniciação esportiva até a assessoria de atletas de alto rendimento.
Ademais, este trabalho propiciará conhecer o nível de nossos atletas, considerando
aspectos nutricionais, padrão de desempenho motor e psicológico, estabelecendo um
instrumento de avaliação e de diagnostico esportivo em escolares.
Financiamento: PROEXT2014-MEC, UNIRIO
CONVIVENCIA NO AMBIENTE DO TRABALHO: A EXPERIENCIA DA
ARTETERAPIA COM OS FUNCIONARIOS DO ABRIGO TERESA DE JESUS
Área Tematica: Trabalho
Responsável pelo Trabalho: Maria do Carmo Ferreira
Instituição: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Nome dos Autores: Paula G. M. B. de Souza; Maria de Lourdes Gonçalves Fernandes;
Maria do Carmo Ferreira
Resumo
A arte é quase tão antiga quanto o homem, foi através de suas marcas em superfícies
rochosas desenhando e pintando figuras que deu-se início ao primeiro movimento de
expressão particular do indivíduo, o que se define como arte. É através da arte que o
homem expressa sentimento, bem como, sua forma de ver e de interpretar o mundo.
Contudo a Arteterapia só surgiu como profissão, em 1969, por meio da American Art
Therapy Association, que a definiu como sendo uma especialização. Hoje a arteterapia é
um recurso muito utilizado como ferramenta de auxílio ao ser humano que almeja a
produção de imagens, a autonomia criativa, o desenvolvimento da comunicação, a
valorização da subjetividade, a liberdade de expressão, o reconciliar de problemas
emocionais. O objetivo deste trabalho é analisar os resultados da aplicação de oficinas da
arteterapia nos funcionários do Abrigo Teresa de Jesus. Trata-se de uma pesquisa
descritiva-exploratória, com abordagem metodológica qualitativa, fundamentados na
mudança da qualidade de vida deste grupo de funcionários. Participaram do estudo,
monitores, professores e trabalhadores voluntários da creche do Abrigo, onde foram
submetidos a seis intervenções de arteterapia e avaliados por um instrumento estabelecido.
A análise dos dados mostrou mudança no comportamento diário, gerando uma melhor
convivência das pessoas no ambiente de trabalho. Conclui-se que a arteterapia é um
excelente meio para desenvolver e melhorar a afetividade em grupo, gerando um ambiente
mais saudável.
Palavras chaves: Terapia pela arte, saúde do trabalhador, qualidade de vida.
Introdução
“Quando a alma está feliz, a prosperidade
cresce, a saúde melhora, as amizades aumentam,
enfim, o mundo fica de bem com você!”Gandhi
A arte é muito antiga, foi através de marcas feitas por homens, em superfícies
rochosas, que deu-se início ao primeiro movimento de expressão particular do indivíduo,
delineando os parâmetros o que se define como arte. Sendo ela um recurso no qual o
homem pode criar por meio da linguagem e da emoção, algo que é pessoal e único, e
expressa a linguagem do inconsciente.
Como prática terapêutica, a terapia através da arte, estimula o indivíduo, em todas
as fases da vida, a externalizar, através da arte, conteúdos simbólicos armazenados em
níveis profundos da psique (PHILIPPINI 2000).
Hoje a arteterapia é um recurso muito utilizado como ferramenta de auxílio ao ser
humano que almeja a produção de imagens, a autonomia criativa, o desenvolvimento da
comunicação, a valorização da subjetividade, a liberdade de expressão (VALLADARES &
CARVALHO, 2006), atingindo de forma significativa a transformação da pessoa,
comunidade, cultura, espiritualidade, resgatando a promoção, a prevenção, a expansão da
saúde (PHILIPPINI, 2000), contribuindo para a redução da vulnerabilidade individual
gerando uma vida mais saudável.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, qualidade de vida é “a
percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores
nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”
(WHOQOL GROUP, 1994) e nos dias de hoje a arteterapia também vem produzindo
resultados para a promoção da qualidade de vida no ambiente de trabalho.
Este trabalho tem por objeto de estudo os efeitos da arteterapia na convivência
funcionários no ambiente de trabalho. Participaram da vivencia os funcionários da creche Professores, Auxiliares de Creche e Coordenador Pedagógico e da categoria Pré-Escolar
(Educação Complementar) – Auxiliares de Aprendizado Infantil.
A proposta do uso da arteterapia no grupo, foi estimular o desenvolvimento social
e emocional, permitindo a exteriorização de sentimentos, de tensões e angústias,
trabalhando os problemas emocionais para uma reorganização interior de cada pessoa,
incentivando o trabalho em grupo, melhorando afetividade no relacionamento e a
convivência no ambiente de trabalho. Como chama atenção Phlippini (1998; 2003) a
arteterapia está voltada a saúde e bem-estar da pessoa e grupos da população.
Material e Metodologia
Trata-se de uma pesquisa descritiva-exploratória, com abordagem metodológica
qualitativa. O estudo se vincula ao Programa ECOS: Educação, Ciencia e Orientacao em
Saude no Abrigo Teresa de Jesus, de extensão universitária. Esse programa foi cadastrado
pela UNIRIO em 2000 e desde então, promove variadas ações e atividades voltadas à
prevenção e promoção da saúde entre as crianças e funcionários do Abrigo Teresa de
Jesus, Rio de janeiro- RJ. Essa e uma instituição filantrópica que acolhe cerca 364 crianças
com idades entre 4 meses e 11 anos, em regime de semi-internato. Para o desenvolvimento
das atividades o Abrigo conta com 113 funcionários contratados.
Os funcionários foram convidados a participar das oficinas, que tiveram a duração
de cerca de 60 minutos. Foram realizados seis encontros mantendo sempre o ambiente
acolhedor e organizado, com os seguintes temas abordados: 1. “Cuidando de quem cuida”,
2. “Os tesouros de Malifa”, 3. “Meus passos no mundo”, 4. “Houve um tempo em que...”,
5. “Minhas no mundo do Trabalho” e 6. “A afetividade gera relacionamentos saudável”.
Todos os temas foram sugeridos pelos participantes com a ajuda da coordenação
em conjunto com os profissionais de enfermagem e com a equipe do Programa ECOS.
Na sexta e última oficina foi realizada avaliaçao. Para isso foi utilizado um
instrumento com 6 questões fechadas e abertas, buscando destacar: a oficina que mais
gostou, as mudanças de atitude no dia a dia e no relacionamento com o outro (com os
parceiros de trabalho), que outros assuntos gostariam que fossem abordados em outras
oficinas e um pedido de registro pessoal sobre as oficinas.
Em cada oficina foi utilizado a seguinte metodologia: planejamento, execução e
avaliação. No planejamento o primeiro passo foi ouvir as necessidades da comunidade,
determinando o tema a ser tratado. Em seguida foi elaborado o projeto da oficina, com:
título, tema, objetivos, metodologia determinando para etapa e o tempo necessário. Em
terceiro, na execução, colocou-se em prática todo o planejamento. Uma avaliação foi
realizada ao final de cada oficina e somada a avaliacao final.
Resultado e Discussão
Entre os 59 funcionários envolvidos no processo de Arteterapia, 38 (64,5%)
responderam ao instrumento de avaliação final. Este grupo se caracteriza por 98% dos
participantes serem do sexo feminino. A idade desses funcionários variaram 23 a 69 anos,
com média de 10 anos de tempo de trabalho na instituição, abrangendo trabalhadores com
30 anos a 4 meses de serviços prestado. Desses, 99% afirmam que gostaram das atividades
desenvolvidas com a arte. Em 99% dos entrevistados, relatam que perceberam alterações
positivas nas suas atitudes do cotidiano e em relação ao convívio com seus parceiros de
trabalho. Para eles, houveram mudança no comportamento e o modo de ver o mundo,
passando a dar valor ao que ama, compreendendo o próximo e se importando
(preocupação) com a unidade e com o todo. Como afirma, LMS: me tornei mais humana”,
o que demonstra que as atividades puderam estabelecer um vinculo com a natureza da
pessoa.
Também relataram que, após as oficinas, experimentam mais calma e paciência
nas adversidades do cotidiano, tanto no trabalho quanto na vida pessoal.
Muitos tiveram mudanças no seu humor, destacando a alegria, além de passarem a
desenvolver as atividades do dia a dia com maior disposição e realização. 100% afirmaram
querer a continuidade das oficinas sugerindo assuntos como: Trabalho em grupo,
relacionamento, amor, saúde da criança e da mulher, respeito ao próximo, arte e violência.
Conclusão
A arteterapia, utilizando as oficinas em grupo, no ambiente de trabalho de
funcionarios, mostrou-se como um excelente recurso para intervir e melhorar as relações
na convivencia com os parceiros de trabalho e com os clientes, no caso do Abrigo, as
criancas atendidas. Os efeitos foram positivos após as intervenções de arteterapia. Foram
percebidas mudanças no comportamento dos participantes como melhoraia no
relacionamento interpessoal e na convivência no ambiente de trabalho.
Este trabalho trouxe contribuições para a formação do discente, acrescentando
conhecimento teórico e prático de um assunto tão pouco discutido.
Referencias
1. FERNANDES, M L G . Uma investigação sobre a Arteterapia como recurso para
Expressão e Resignificarão do Estigma na Hanseníase. Projeto de Pesquisa,
Faculdade de Medicina, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
2. FISCHER, E. A necessidade da Arte. Lisboa: Ulisséia, 1963.
3. JEZLER, I. N.; CHIESA, R. F. Percurso em Arteterapia – Arteterapia e Educação/
Arteterapia e Saúde. São Paulo: Summus, 2005.
4. PHILIPPI, Â. Mas o que é mesmo Arteterapia? 1998. Disponível em:
<http://www.arteterapia.org.br/MAS%20O%20QUE%20E%20MESMO%20ARTE
TERAPIA.pdf>. Acesso em: 3 jul. 2013.
5. The WHOQOL Group. The development of the World Health Organization quality
of life assessment instrument (the WHOQOL). In: Orley, J.; Kuyken, W., editors.
Quality of life assessment: international perspectives. Heidelberg: Springer Verlag;
1994. p. 41-60.
6. VALLADARES, A. C. A. Arteterapia com crianças hospitalizadas. Ribeirão Preto:
2003. Tese (Mestrado de Enfermagem) Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto,
Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2003.
7. VALLADARES, A. C. A. Arteterapia no novo paradigma de atenção em saúde
mental. São Paulo: 2004. Vetor, p. 209.
8. VALLADARES, A. C. A.; CARVALHO, A. M. P. A Arteterapia e o
desenvolvimento do comportamento no contexto da hospitalização. USP. 2006.
NAVEGANDO ENTRE OS SABERES E PRÁTICAS:
EXPERIENCIA DE EXTENSÃO EM UMA COMUNIDADE
QUILOMBOLA
Poliana Santos da Silva, Thainara Reis Cruz, Mariza Silva Almeida,
Objetivo: relatar a experiência do grupo PET em uma comunidade
caracterizada como única zona rural do município de Salvador, uma das
localidades mais antigas, povoada ,na sua maioria, por remanescentes de
escravos africanos. As atividades do grupo se fundamentam em ações de
educação para a saúde, por meio de estratégias de intervenção voltada para
promoção da saúde, prevenção de agravos para a qual, os conhecimentos
científicos articulam-se à compreensão dos saberes advindos do senso
comum e a oferta de subsídios para adoção de novos hábitos e condutas
para a saúde. Dentre as atividades destacamos as feiras de saúde, com
ênfase na prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis, prevenção
de câncer cérvico-uterino; identificação precoce de patologias mamárias;
gravidez na adolescência, dentre outros;Capacitação dos(as) Agentes
Comunitários de Saúde; mediante rodas de conversa e outras estratégias
participativas, onde se discutia seu papel e sua atuação na comunidade;
Práticas Educativas com crianças do ensino fundamental, com o objetivo de
motivar o pensamento crítico e reflexivo das crianças em relação aos
hábitos de higiene corporal, prevenção de verminoses e
contribuir
para
o
desenvolvimento
de
habilidades
pediculose;
psicomotoras,
intelectuais, usando o prazer de aprender por meio de atividades lúdicas;
Atividade Itinerante em toda a ilha, juntamente com o Pet Odontologia da
UFBA; estudantes do programa World Learning -- SIT StudyAbroad (SIT)e
com o apoio dos(as) Agentes Comunitárias de Saúde, em 6 povoados. A
parceria comunidade, estudantes e profissionais possibilitou a construção
do conhecimento coletivo e individual de forma horizontal e sem
hierarquização de modo positivo para ambos, participantes e comunidade.
RESUMO: O número de idosos aumentou nos últimos anos. Com o avançar da idade,
algumas doenças são mais comuns, como as cardiovasculares. Diante disso é importante
a realização de ações educativas com a população de idosos no intuito de orientá-los
quanto às patologias cardiovasculares, as formas de prevenir ou mesmo controlar estas
doenças. Por assim, o objetivo dessa atividade extensionistas foi desenvolver ações
educativas referentes à saúde cardiovascular com grupos de idosos. Projeto de Extensão
de caráter educativo que foi realizado com idosos, de ambos os gêneros, participantes de
atividades desenvolvidas por Centros de Referências da Assistência Social dos
municípios do maciço de Baturité. Os idosos dos CRAS de Ocara e Itapiúna foram
convidados para participar de duas ações educativas sobre saúde cardiovascular que
aconteceram com temáticas diversas a cada encontro. A cada sessão educativa
inicialmente foi aplicado um formulário com perguntas sobre o conhecimento referente
à temática que será discutida (pré-teste) por discentes do curso de enfermagem.
Posteriormente, foi iniciada a sessão educativa sobre o tema central do dia. Em seguida
da apresentação, foi aberto um momento para explanação de dúvidas que possam existir
e, logo após, os discentes aplicaram novamente outro formulário com os mesmos itens
já investigados antes da sessão educativa, mas com o objetivo de pós-teste. Os objetivos
foram desenvolver ações educativas referentes à saúde cardiovascular com um grupo de
idosos participantes de atividades nos Centros de Referências da Assistência Social e
avaliar o nível de conhecimento dos idosos sobre os temas abordados antes e depois de
cada sessão educativa desenvolvida. Foram realizadas sessões educativas com os temas
colesterol e exercício físico. Assim, as informações sobre as condições de saúde da
população idosa e suas demandas por serviços médicos e sociais são fundamentais para
o planejamento da atenção e promoção a saúde.
Programa de Assistência Nutricional aos estudantes regularmente matriculados na
UFPA, que exerçam atividades acadêmicas no Hospital Universitário João de
Barros Barreto e demais Centros e Campus da universidade.
Área temática: saúde
Responsável pelo trabalho: A. Menezes
Instituição: Universidade Federal do Pará (UFPA)
Nome dos Autores: Aryane Rolim(1); Maria de Nazareth Carneiro(2); Lorrany
Marinho(3).
(1) Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica.
(2) Acadêmica de Nutrição.
(3) Acadêmica de Nutrição.
Resumo
Oferecer assistência nutricional preventiva e interventiva, com profissionais
capacitados, excelente ambiente físico, completamente equipado, aos estudantes de
graduação da UFPA em atenção socioeconômica, sem custos, com acesso a diagnóstico
nutricional, orientação nutricional e prescrição nutricional bem como nos casos de
alunos cursando o internato a oferta de alimentação respeitando as necessidades
nutricionais individuais.
Palavras-chave:
Extensão universitária - assistência nutricional – atenção socioeconômica.
Introdução:
A procura dos estudantes universitários da UFPA pelos serviços de atenção à saúde
básica de prevenção e assistência odontológica deve-se, especialmente, pelas
dificuldades em obter-se atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (SUS) na região
Metropolitana de Belém (RMB), e pela impossibilidade da família custear
financeiramente, um plano de saúde privado, daí a significativa demanda à Pró-Reitoria
de Extensão (PROEX), aos serviços prestados pelas unidades da UFPA no que se refere
assistência estudantil, especialmente as que se referem à saúde básica.
De acordo com Vasconcelos (2010), duas pesquisas foram realizadas pelo Fórum
de Nacional de Pró-Reitores (FONAPRACE). A primeira realizou-se no período de
1996 – 1997, e a segunda, no período de 2004 – 2004, buscando indicar parâmetros para
melhor definir as diretrizes para elaboração de programas e projetos a seres
desenvolvidos pelas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). A 1ª pesquisa,
relativo à área da saúde, constatou-se que os estudantes das IFES que utilizam os
serviços de saúde pública, demonstraram um percentual de 27,22%, havendo um
aumento para 37% na 2ª pesquisa. Os estudantes que necessitam de maior atenção social
são os que mais frequentam os serviços públicos de saúde (55,4%). O que torna
imperativo sensibilizar as autoridades, os legisladores e a comunidade Universitária
para a importância da Assistência como parte de um projeto acadêmico que tem função
fundamental de formar cidadãos qualificados e competentes. “(FONAPRACE, 2000)”.
Pesquisas, como as realizadas pelo FONAPRACE (2007) abalam o imaginário
que permeia o senso comum de que as universidades públicas são, em sua maioria,
ocupadas por elites econômicas. O FONAPRACE aponta as dificuldades
socioeconômicas da parcela do segmento estudantil, estimada em 14%, como uma das
causas externas de evasão e retenção.
Na mesma pesquisa considerou-se que o Restaurante Universitário (RU) da UFPA
e/ou mesmo restaurantes dos Hospitais Universitários constitui importante instrumento
de satisfação de uma necessidade básica, educativa e de convivência universitária de
19,10% na 1ª pesquisa e na 2ª pesquisa 24,7% dos estudantes pesquisados. Desses
usuários, os das categorias E, D e C são os que mais frequentam o restaurante, o que
ratifica sua real função acadêmico-social e de convivência universitária. Dada a sua
importância para a vida acadêmica é fundamental que o RU seja, também, um espaço
gerador de atividades de ensino, pesquisa e extensão.
É necessário criar, manter e ampliar os programas que garantam o apoio à
alimentação dos estudantes de baixa renda, principalmente os serviços dos restaurantes
universitários, como forma de garantir a permanência dos estudantes no campus, dandolhe oportunidade para aperfeiçoar seu tempo de vida acadêmica e contribuindo para seu
melhor desempenho e formação integral.
Encontra-se ausente às ações de saúde nutricional de prevenção e assistência,
baseada na equidade e universalidade, buscando a integralidade das ações. E, para
enfrentar esse enorme desafio, justifica-se o desenvolvimento do PROJETO DE
EXTENSÃO nas dimensões que o cenário nacional de assistência estudantil requer
(atendimento e prevenção) como uma das ações estratégicas da Política Nacional de
Assistência Estudantil (PNAES), e obviamente da PROEX/UFPA, de promoção à saúde
do estudante de graduação em atenção socioeconômica, no decorrer de sua permanência
nesta Universidade.
Para tanto, a Faculdade de Nutrição através da Profª Maria Auxiliadora Menezes
de Souza em conjunto ao Serviço de Nutrição do Hospital Universitário João de Barros
Barreto da UFPA, por meio deste Projeto de Extensão pretende oferecer a essa demanda
estudantil regularmente matriculada em cursos de graduação da UFPA com atividades
desenvolvidas no HUJBB/UFPA, consultas de Nutrição, Diagnóstico e Orientação
Nutricional, Prescrição Nutricional. Portanto, o Projeto de Extensão elaborado, vem ao
encontro de atender às necessidades dos discentes em atenção socioeconômica, no
sentido de realizar um trabalho junto aos discentes. O Programa de Assistência
Nutricional aos estudantes se constitui em um rico campo de Ensino, Pesquisa e
Extensão, contribuindo não apenas para um adequado atendimento aos alunos da UFPA
e uma adequada formação do aluno de nutrição, como também para a construção de
novos conhecimentos por, utilizar os conhecimentos teórico-práticos, vivenciar
experiências interdisciplinares e socializar conhecimentos produzidos na academia em
prol de melhorar a qualidade de vida (UFPA, 2001) dos estudantes da UFPA,
aperfeiçoando suas condições do aprender, uma vez que o processo de formação do
nutricionista é guiado por uma concepção pedagógico-metodológica de ensino que
propicie a aproximação do acadêmico da prática nutricional.
Metodologia:
O Programa, desenvolver-se-á no Ambulatório de Nutrição do HUJBB/UFPA, no turno
da manhã e da tarde, nos dias de segundas e terças-feiras, no horário das 11h00min as
13h00min horas e as quintas e sextas feiras, das 15h00min as 17h00min horas, em
consonância às atividades propostas no cronograma físico e plano de trabalho no
decorrer de 2012/2014.
Os estudantes serão encaminhados para agendamento da primeira consulta, por
meio de um documento expedido pela Secretaria Administrativa da DAIE/PROEX,
sendo lá acolhidos no Setor de Triagem de marcação de consultas do HUJBB. Caso não
seja imediatamente marcada a consulta, o aluno será avisado da data por e-mail ou
telefone.
Nos dias e horários nos expedientes da manhã, serão assistidos 08 (oito) alunos
pela nutricionista especializada e alunos/bolsistas do Curso de Nutrição da UFPA.
Todas as ações/atividades desenvolvidas serão supervisionadas pelo docente
responsável, com acompanhamento do nutricionista (técnico-administrativo) ligado ao
Projeto de Extensão, de maneira a corrigir a tempo as dificuldades do processo de
aprendizagem teórico/prático.
A equipe técnica e os alunos/bolsistas serão incentivados à elaboração e publicação
científica sobre o desenvolvimento e os resultados obtidos pelo Projeto, bem como para
serem apresentados em eventos científicos e em relatórios anuais de atividades.
O Projeto de Extensão será monitorado, com reuniões mensais de feedback, em
relação ao desempenho gerencial e acadêmico, sendo esta a forma mais eficiente e
eficaz de identificar aspectos fortes e fracos da ação/atividades, procedimentos
metodológicos e fluxos de trabalho para que sejam aprimorados continuamente.
Resultados esperados:
Criação de um ambiente mais acolhedor e humanizado para os alunos/pacientes,
alunos/profissionais do HUJBB/ UFPA, mediante novos equipamentos;
 Maior integração nas atividades desempenhadas pelos servidores
(docentes/técnico-administrativos) no atendimento de demanda social menos
favorecida dos alunos;
 Maior satisfação dos alunos/pacientes em atenção socioeconômica que terão
suas carências nutricionais atendidas, em curto e médio prazo de tempo, com
pessoal técnico altamente qualificado e quando necessário, com dieta;
 Construção de indicadores de desempenho quantitativos e qualitativos sobre o
trabalho de assistência estudantil no que se refere ao atendimento nutricional aos
discentes em atenção socioeconômica;
 Maior produtividade na elaboração, execução e publicação de artigos e
pesquisas científicas realizadas por nutricionista docentes, técnicos e discentes
da UFPA.
Artigos e pesquisas científicas publicadas em revistas locais e nacionais de Nível A e B.
Metas:
Prestar atendimento nutricional e preventivo, a pelo menos 70% dos estudantes da
UFPA, que exerçam suas atividades estudantis no HUJBB e nos outros centros da
UFPA;
 Atender 08 (oito) alunos pacientes/dia e em 04 (quatro) dias semanais;
 Atender, mensalmente, até 100 (cem) estudantes dos Cursos de Graduação da
UFPA, preferencialmente, os que se encontram em situação de atenção social;
 Capacitar 02 (dois) alunos do Curso de Nutrição, a cada semestre letivo;
 Avaliar mensalmente o desempenho de todos os participantes do projeto;
 Introduzir novos hábitos alimentares na clientela estudantil assistida no projeto.
 Criar o banco de dados para acompanhamento nutricional dos estudantes
(pacientes), e outras informações sobre o perfil nutricional, até junho de 2013
 Aprovar em eventos científicos, pelo menos oito artigos científicos sobre o
Projeto no decorrer de 2012/2014;
Apresentar quatro (04) relatórios semestrais e dois (02) anuais referentes ao
desempenho do Projeto.
Referências:
BRASIL. Decreto n. 7234, de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional
de Assistência Estudantil – PNAES. Diário Oficial da União, Seção 1, pág. 5. Poder
Executivo, Brasília, DF, 20 jul. 2010.
BRASIL. Portaria nº 39/2007, de 12de dezembro de 2007. Institui sobre o Programa
Nacional de Assistência Estudantil – PNAES. Diário Oficial da União, nº 239, Seção
1, pág. 39. Poder Executivo, Brasília, DF, 13 dez. 2007.
FONAPRACE. Plano nacional de Assistência Estudantil, 2008.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Portaria Normativa nº 39, de 12 de dezembro de
2007. Institui o Programa Nacional de Assistência Estudantil. Disponível em:
<http://www2.mec.gov.br/sapiens/portarias/port37. Acesso em 20 jun. 2011.
CUPPARI, L. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Nutrição Clínica no
Adulto. São Paulo: Manole. UNIFESP, 2002.
Avaliação Nutricional - Aspectos Clínicos e Laboratoriais - Antonio Cláudio Goulart
Duarte. 2007
ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: CAPACITAÇÃO DE
AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E ENFERMEIROS DO MUNICÍPIO DE
MIRACEMA – TO.
Área Temática: Saúde
Coordenadora: Profª Dra. Giselli de Almeida Tamarozzi Lima
Instituição: Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Autores: Francisco Filho Morais Moura; Jhessika Ferreira Silva; Mallu Mayara de Sousa
Leite.
Resumo
Diversas barreiras são encontradas no serviço de saúde no que tange a assistência à pessoa
com deficiência, dentre elas destacam-se o atendimento prestado pelo profissional de saúde
e as dificuldades de fluxo encontradas dentro do próprio serviço. Neste sentido, foi
realizado no dia 18 de Fevereiro de 2014 pelos discentes e preceptores do Programa de
Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) – Redes de Cuidados à Pessoa com
Deficiência, a capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Enfermeiros do
município de Miracema – TO, com objetivo de aprimorar seus conhecimentos sobre o tema
“Deficiências”. A atividade desenvolvida consistiu em apresentação do projeto “Fluxo da
Rede de Serviços no Processo de Cuidado da Pessoa com Deficiência”, aplicação de um
pré-teste e pós-teste com questões referentes à capacitação, conceituação das deficiências
(física, ostomias, visual, intelectual e auditiva), e realização da técnica de grupo intitulada
“Sentindo na Pele”, pela qual puderam vivenciar as dificuldades presentes em algumas
deficiências. Com a atividade observou-se a importância do empoderamento dos
profissionais de saúde frente ao tema, tornando-os multiplicadores desse saber, fomentando
assim melhorias na organização dos serviços e na qualidade da assistência prestada à
comunidade. Assim, propõe-se a discussão dessa temática referente a formação desses
profissionais, reforçando o princípio de uma assistência universal e equitativa.
ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: CAPACITAÇÃO DE
AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E ENFERMEIROS DO MUNICÍPIO DE
MIRACEMA – TO.
Área Temática: Saúde
Coordenadora: Profª Dra. Giselli de Almeida Tamarozzi Lima
Instituição: Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Autores: Francisco Filho Morais Moura; Jhessika Ferreira Silva; Mallu Mayara de Sousa
Leite.
Resumo
Diversas barreiras são encontradas no serviço de saúde no que tange a assistência à pessoa
com deficiência, dentre elas destacam-se o atendimento prestado pelo profissional de saúde
e as dificuldades de fluxo encontradas dentro do próprio serviço. Neste sentido, foi
realizado no dia 18 de Fevereiro de 2014 pelos discentes e preceptores do Programa de
Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) – Redes de Cuidados à Pessoa com
Deficiência, a capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Enfermeiros do
município de Miracema – TO, com objetivo de aprimorar seus conhecimentos sobre o tema
“Deficiências”. A atividade desenvolvida consistiu em apresentação do projeto “Fluxo da
Rede de Serviços no Processo de Cuidado da Pessoa com Deficiência”, aplicação de um
pré-teste e pós-teste com questões referentes à capacitação, conceituação das deficiências
(física, ostomias, visual, intelectual e auditiva), e realização da técnica de grupo intitulada
“Sentindo na Pele”, pela qual puderam vivenciar as dificuldades presentes em algumas
deficiências. Com a atividade observou-se a importância do empoderamento dos
profissionais de saúde frente ao tema, tornando-os multiplicadores desse saber, fomentando
assim melhorias na organização dos serviços e na qualidade da assistência prestada à
comunidade. Assim, propõe-se a discussão dessa temática referente a formação desses
profissionais, reforçando o princípio de uma assistência universal e equitativa.
“AQUECIMENTO GLOBAL! O QUE MINHA SAÚDE TEM A VER COM ISSO?”
CARTILHA SOBRE SAÚDE HUMANA E AMBIENTAL –
PROJETO PROMOÇÃO DA SAÚDE: UMA PRÁTICA A SER EXERCIDA NA
COMUNIDADE DO DISTRITO DE LUZIMANGUES - TO
Área Temática: Saúde
Coordenadora: Profª Msc. Ana Edith Farias Lima
Instituição: Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Autores: Claudia Cristinne Gomes Cardoso; Gustavo Iago Silva Bezerra e Ravena Gentil
de Castro.
Co-autores: Andrey Viana Gomes; Carlos Vinicius Vieira Mateus; Ellana Manalisa da
Silva; Gabrielly Carvalho Pádua; Leomar César Brigagão; Samara de Oliveira Barbosa.
Resumo
O trabalho faz parte do projeto Promoção da Saúde: uma prática a ser exercida na
comunidade do distrito de Luzimangues - TO, inscrito no edital do MEC/PROEXT/2014
sob o nº 147462.648.8862.20032013 , e tem por finalidade proporcionar aos indivíduos em
geral a compreensão do que é o aquecimento global, como acontece, como as alterações
climáticas e ambientais podem influenciar direta e indiretamente sobre a condição de
saúde, a qualidade de vida, a produção de alimentos, a disponibilidade de água potável e
toda a biodiversidade. Apresentado em formato de cartilha, expõe através de uma
linguagem simplificada os aspectos e ações que podem empoderar o indivíduo e torna-lo
modificador do meio em que vive com atitudes simples, mas importantes, provocando
menor poluição e diminuição das emissões de gases como o CO2 no ar, ao evitar
queimadas,
desmatamentos
e
utilizar
preferencialmente
carros
movidos
a
álcool.
Discutindo-se essa temática é possível aproximar as ações individuais e coletivas das
causas do aquecimento global e dos problemas por ele gerado a todas as pessoas, como
doenças respiratórias e alérgicas, devido o ar poluído, aumento de desastres naturais, a
expansão de doenças tropicais, problemas cardíacos, diarreias e maior incidência de
doenças de pele, como o câncer de pele. Assim, facilitando e melhorando a maneira como
o sujeito enxerga o mundo ao seu redor e para que ele também possa ser um multiplicador
de boas ações e de um estilo de vida que vise maior sustentabilidade ambiental, de forma a
propiciar uma vida mais saudável para si mesmo e sua comunidade.
OFICINA TERAPÊUTICA DE FOTOGRAFIA NO CAPS II: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Elielson Sales dos Santos1, Nilza dos Santos Machado2, Ana Laura Pepe3.
O presente trabalho trata de uma experiência em saúde mental no CAPS II, da cidade de
Santo Antônio de Jesus,- Ba, realizado pelos discentes na disciplina Estágio Básico I do curso
de Psicologia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). A prática do estágio
visa o desenvolvimento de habilidades e competências no estudante de psicologia para a
atuação em saúde mental dentro da perspectiva da reforma psiquiátrica. Deste modo, o
desenvolvimento da atividade teve como objetivo favorecer a desconstrução de estereótipos, o
estímulo, autonomia e a exploração das potencialidades junto aos usuários do serviço. Ao
verificar as demandas dos mesmos, emergiu o interesse pela fotografia, dando o inicio a
construção conjunta da proposta da oficina, com a elaboração de um cronograma de
atividades, que envolveu conversar sobre fotografia, treinamento no uso da máquina, seleção
dos locais da cidade escolhidos para a fotografia e o planejamento das saídas para a realização
das fotos. A finalização da oficina se deu com uma exposição organizada pelos participantes.
A oficina de fotografia cumpriu sua proposta ao proporcionar um lugar de expressão artística,
favorecendo a interação social, a expressão de singularidades, o espaço para a emergência da
subjetividade e o exercício da autonomia dos sujeitos, além de funcionar como um espaço de
integração entre usuários, profissionais, estagiários e a própria sociedade, uma vez que, a
mesma foi realizada em locais públicos, favorecendo a interação com uma grande parcela da
população e o resgate do sentimento de cidadania. Põe em relevo a importância da aposta na
potencialidade dos sujeitos, descontruindo a ideia deficitária que a sociedade possui sobre o
portador de sofrimento psíquico.
1
Discente do curso de Psicologia da UFRB
Discente do curso de Psicologia da UFRB
3
Professora Assistente I do curso de Psicologia da UFRB
2
ATENÇÃO EM SAÚDE BUCAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
Assistir aos idosos residentes em instituições como asilos de repouso/abrigos é
fundamental uma vez que os mesmos apresentam perda da capacidade
funcional e necessitam de ajuda para realizarem suas funções básicas, como
alimentar-se e realizar higiene pessoal. Dessa maneira o grupo Pet
Odontologia UFSM realizou no Abrigo Oscar Pithan, em Santa Maria-RS
atividades que visão verificar as condições de saúde bucal dos indivíduos
nesse lar, por meio de exame epidemiológico, orientar as práticas de cuidados
bucais realizados na instituição, informando e treinando os cuidadores para a
realização da higiene bucal dos idosos. Realizar atividades educativas,
preventivas e cirúrgico-restauradoras nos idosos; Inserir a discussão, no
ambiente acadêmico. Esse trabalho beneficiou 39 idosos. Foi realizado um
levantamento epidemiológico para verificar as condições de saúde bucal dos
idosos da instituição apos realizamos uma orientação e treinamento dos
cuidadores e também atividades preventivas e cirúrgico-restauradoras
realizadas na clínica do PET. Os resultados demonstraram a condição de
saúde bucal insatisfatória dos assistidos antes dos procedimentos clínicos
odontológicos: observado pelo exame epidemiológico e também qualidade de
vida melhorada das idosas: determinada pela atenção dada pelas ações do
projeto. Dessa maneira foi proposto uma capacitação técnica aos cuidadores
da instituição sobre higiene bucal nos seus assistidos.
ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL E INTERDISCIPLINAR NA PREVENÇÃO E
PROMOÇÃO À SAÚDE DA MULHER GESTANTE E DA CRIANÇA EM UMA
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICIPIO DE BELÉM.
O trabalho tem como objetivos para a Roda de Conversa do 6° Congresso Brasileiro
de Extensão Universitária (CBEU), relatar as atividades realizadas pelo grupo e as
metodologias utilizadas pelo mesmo, além de debater essas metodologias e as
dinâmicas de avaliações realizadas, dando ênfase também para questões como
resultados observados e registrados pelo grupo e as principais dificuldades
encontradas no dia-dia das atividades para a continuação das mesmas. Contudo mais
do que todos esses objetivos o trabalho tem como principal meta realçar a importância
de projetos que visem e voltem às atenções para a prevenção e promoção da saúde
de sua comunidade, através, por exemplo, de ações educativas.
O trabalho é
executado por uma equipe multiprofissional, envolvendo as áreas de nutrição,
enfermagem, odontologia, terapia ocupacional e serviço social, sendo o mesmo
realizado
dentro
do
programa
PET-Saúde
Redes
de
atenção
á
Saúde,
especificamente à Rede Cegonha, atingindo o público de mulheres gestantes e
crianças com até 2 anos de idade. As atividades são realizadas na Unidade Básica de
Saúde do Guamá, Belém-PA. Com isso, elaboram-se atividades que ocorrem duas
vezes na semana com diversos temas, como, por exemplo, a importância do
aleitamento materno, mitos e verdades sobre a gravidez, técnicas e posições durante
a amamentação, atividades sobre o uso do brincar e cuidados na saúde bucal. Esses
são apresentados, através de cartazes e folhetos com linguagem simples e ilustrações
para facilitar o entendimento dos assuntos abordados, como também, os temas,
sempre, devem está relacionados ao público de gestantes, nutrizes e crianças com até
2 anos de idade . Como forma de otimizar a participação dos ouvintes e observar o
grau de conhecimento adquirido, em algumas atividades são feitas dinâmicas de
avaliação com os presentes, através de ações elaboradas pelo grupo antes das
atividades ocorrerem.
As ações acontecem na área de espera e no auditório da
unidade de saúde, já que as atividades fornecidas objetivam orientar e despertar o
interesse das mães com a saúde de seus filhos e de si própria, assim prevenindo
doenças e promovendo saúde.
TÍTULO: PROJETO EDUCANVISA: PERFIL DO ESTADO NUTRICIONAL,
HÁBITOS ALIMENTARES E CONDIÇÕES DE TRABALHO DE MERENDEIRAS
DE CINCO ESCOLAS MUNICIPAIS DA REGIÃO NORDESTE DE JUIZ DE FORA,
MG.
ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE
RESPONSÁVEL PELO TRABALHO: Andréia Aparecida de Miranda Ramos
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
NOME DOS AUTORES: Andréia A. M. Ramos, Julianne Crolman, Luisa Pires Costa
RESUMO:
PALAVRAS-CHAVE: promoção da saúde, hábito alimentar, merendeiras, condições de
trabalho.
INTRODUÇÃO: O presente trabalho integra o projeto EDUCANVISA: PROMOÇÃO DA
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, desenvolvido pela Universidade Federal de Juiz de Fora e a
Vigilância Sanitária de Juiz de Fora, desde o ano de 2011. O Projeto EDUCANVISA –
Educação em Saúde – é uma iniciativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) com objetivo de promover ações e estratégias em educação e comunicação em
saúde para formar cidadãos mais conscientes quanto aos assuntos referentes à vigilância
sanitária.
No município de Juiz de Fora o projeto EDUCANVISA já vem introduzindo temas de
Vigilância Sanitária no Ambiente de Ensino com a finalidade de contribuir para a formação
integral dos estudantes da rede pública de educação básica.
Para operacionalizar estas ações no município são desenvolvidas atividades conjuntas
com a rede de educação pública básica em conformidade com os princípios e diretrizes do
SUS, por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde de forma a ampliar o
alcance e o impacto de suas ações relativas aos estudantes e suas famílias, buscando otimizar
a utilização dos espaços, equipamentos e recursos disponíveis.
Levando em conta a preocupação com a saúde da comunidade escolar e a ameaça de
crescimento de doenças não transmissíveis relacionadas à falta de uma consciência alimentar
e hábitos saudáveis de vida priorizou-se o tema “Promoção da Alimentação Saudável”.
Para o desenvolvimento do projeto trabalhou-se as cinco escolas já integrantes do
projeto EDUCANVISA através de seus professores e direção e Unidades de Saúde da
Atenção Primária do território de abrangência.
Ao se pensar a escola como um espaço para a educação em saúde, as merendeiras
ocupam lugar central no debate por serem as responsáveis diretas pelo preparo da
alimentação.
O projeto Promoção da Alimentação Saudável teve como objetivo principal avaliar o
estado nutricional, os hábitos alimentares de escolares de 6 a 17 anos e das merendeiras de
cinco escolas municipais da região nordeste de Juiz de Fora identificar patologias
desencadeadas e/ou agravadas por maus hábitos alimentares, entre outros fatores, para
subsidiar atividades de promoção de alimentação saudável. O presente trabalho apresenta os
dados referentes à avaliação das merendeiras participantes do projeto que incluiu, também,
avaliação de suas condições de trabalho.
O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da UFJF e conta com apoio
da Pró-reitoria de Extensão/UFJF.
MATERIAL E METODOLOGIA:
O desenho de pesquisa utilizado foi de estudo transversal. A amostra foi composta por 24
merendeiras de cinco escolas municipais da região nordeste de Juiz de Fora. Os dados foram
coletados por meio de entrevista com aplicação de questionário estruturado sobre hábitos
alimentares, avaliação antropométrica (IMC), realização de exame clínico e laboratorial. Para
este trabalho foram selecionadas do instrumento de pesquisa as variáveis referentes ao perfil
socioeconômico e profissional; e as referentes aos hábitos alimentares e condições de saúde.
Para análise dos dados foram realizadas as análises descritivas utilizando-se o programa
EPIINFO 6 versão 6.04B. Foram realizados grupos com as merendeiras de cada escola,
previamente agendados, para discussão dos hábitos alimentares, cuidados com a saúde e
trabalho realizado nas escolas.
RESULTADOS E DISCUSSÕES:
Ao analisarmos o perfil dos participantes observou-se que 3 (12,5%) apresentam idade entre
21 e 30 anos, 17 (70,8%) entre 31 e 50 anos e 4 (16,7%%) entre 51 e 67 anos, sendo a média
de 42,8 anos.
Em relação ao gênero podemos concluir que a atividade de merendeira permanece
predominantemente feminina, com percentuais de participação de 91,7% (22) de mulheres e
8,3% (2) de homens. Observou-se no grupo que 62,5% (15) eram casados ou vivem com
companheiro, 16,7% (4) são solteiros, 12,5% (3) são separados e 8,3% (2) são viúvos.
Quanto ao regime de trabalho, 91,7% (22) possuem vínculo de trabalho terceirizado e 37,5%
(9) executam outra atividade dentro da escola, como serviços de limpeza. A avaliação do
tempo de trabalho como merendeira revela que 62,5% (15) trabalham no intervalo de 0 a 5
anos, 21% (5) trabalham entre 6 e 10 anos e 16,6% (4) entre 11 e 22 anos. 91,6% (22)
informam que carregam peso durante a jornada de trabalho.
A avaliação antropométrica revelou que 83,3% (20) estão acima do peso recomendado,
sendo 33% (8) classificadas como sobrepeso, 25% (6) obesidade grau I, 21% (5) obesidade
grau II e 4% (1) obesidade grau III. Quanto aos hábitos alimentares, 62,5% (15) tem sua
alimentação classificada como razoável. A prática de atividade física não é realizada
regularmente por 95,8% (23) delas. A prevalência de doenças cardiovasculares (hipertensão
arterial), metabólicas (diabetes melitus, hipotireoidismo) e carenciais (anemia) na amostra foi
de 54,1% (13); 62,5% (15) tomam algum tipo de medicamento e 16,7% (4) declararam o
hábito de fumar. Foram realizados exames laboratoriais de rotina que identificou
dislipidemia, anemia, alteração de hormônios tireoideanos.
Embora os hábitos alimentares das cantineiras tenham sido considerados razoáveis, a maioria
está acima do peso adequado, é sedentária e apresenta comorbidades associadas.
Foram realizados grupos de educação em saúde no ambiente de trabalho pela equipe do
projeto, antes e após as avaliações individuais. Nos encontros pós-avaliação foram discutidos
os resultados dos exames laboratoriais e propostas de atividades a serem realizadas na escola
que contribuam para melhoria dos dados encontrados até o momento da avaliação. Quando
necessário, as merendeiras são encaminhadas para acompanhamento nas unidades de atenção
primária ou em ambulatórios especializados. Os temas abordados nos encontros são
propostos pelas merendeiras e os mais frequentes são: dificuldades para mudanças dos
hábitos alimentares que consideram ter sido adquiridos desde a infância, a função que o
grupo de merendeiras exerce incentivando as mudanças dos hábitos alimentares no ambiente
de trabalho, carência de iniciativas de formação para os profissionais envolvidos na merenda
escolar, baixa oferta de alimentos como frutas na merenda escolar, escassez de profissionais
de preparo de alimentos e merendeiras nas escolas gerando sobrecarga e dificuldade de
preparo da merenda, baixa participação dos profissionais nas discussões acerca da merenda
escolar embora todos demonstrem conhecer os alunos e suas necessidades.
O processo de reavaliação das cantineiras foi iniciado em janeiro de 2014, que inclui nova
pesagem, reaplicação do questionário sobre hábitos alimentares e de saúde, realização de
novo exame laboratorial. Foram reavaliadas 8 merendeiras de duas escolas, nas quais
identificou-se que uma trabalhadora está licenciada para tratamento de saúde, duas foram
demitidas (trabalhadoras terceirizadas); 3 que apresentam quadro de obesidade conseguiram
perder peso e referem mudança nos hábitos alimentares e rotina de atividade física; 2
apresentam ganho de peso sendo que uma delas apresenta obesidade Grau III. Os grupos com
merendeiras continuarão ao longo do projeto, sendo propostas oficinas de capacitação com
nutricionistas, grupos de discussões mensais para discussão e acompanhamento das
mudanças do perfil nutricional das trabalhadoras.
CONCLUSÃO: Os resultados demonstram que as merendeiras participantes do projeto
apresentam hábitos alimentares não saudáveis que se expressa na alta prevalência de
trabalhadoras com sobrepeso e obesidade, com impacto em sua saúde e surgimento de
doenças crônicas não transmissíveis como dislipidemia, hipertensão arterial, diabetes melitus,
e necessidade de tratamento farmacológico.
O perfil etário apresenta uma amostra de trabalhadores mais velhos corroborando dados que
apontam para envelhecimento da população (PNAD, 2009).
A intensidade do trabalho das merendeiras é uma questão que vem sendo discutida estudos
com essa população (Brito et al, 2001).
O relato das merendeiras em relação à falta de ações contínuas que estimulem a
alimentação saudável corrobora com informações de outros estudos. Apesar da elaboração de
diversos projetos como “Dez Passos para Alimentação Saudável na Escola”, “Projeto Criança
Saudável Educação Dez”, “Projeto Alimentação Saudável nas Escolas”, e o “Projeto
Educando com a Horta Escolar”, as ações no ambiente escolar não acompanham seus
desenvolvimentos (Santos, 2012). Em 2009 foi aprovada a lei nº 11.947, de 16 de junho que,
além dispor sobre orientações para educação alimentar e nutricional nas escolas, dispõe
também da obrigatoriedade de 30% dos recursos do FNDE serem aplicados para compra de
gêneros da agricultura familiar. Essa mudança provocará um aumento de frutas, legumes e
verduras na alimentação escolar. Nas escolas participantes do projeto esse incremento dos
gêneros alimentícios é visto como positivo porque amplia a oferta de alimentos e, como
negativo, uma vez que não se dispõe de trabalhadores suficientes para o preparo, gerando
maior sobrecarga de trabalho.
A maior participação das merendeiras no processo de educação alimentar nas escolas
deve ser ampliada a partir de mudanças nas relações no ambiente escolar.
REFERÊNIAS:
1 - Brito JC, Athayde M, Hyppolito A, Nunes B, Silva EF, Santos MB, Silva Filho A.
Readaptação profissional: a “ponta do iceberg”? In: Brito JC, Barros ME, Neves M, Athayde
M, organizadores. Trabalhar na escola? “Só inventando o prazer”. Rio de Janeiro: IPUB;
2001. p. 163-184.
2 – Fernandes AGS, Fonseca ABC, Silva AA. Alimentação escolar como espaço para
educação em saúde: percepção das merendeiras do município do Rio de Janeiro, Brasil.
Ciência & Saúde Coletiva 2014; 19 (1): 39-48.
3 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). PNAD 2009: rendimento e número
de trabalhadores com carteira assinada sobem e desocupação aumenta[página na Internet]
2009. Disponívelem:http://www.ibge.gov.br
4 - Santos LAS. O fazer educação alimentar e nutricional: algumas contribuições para
reflexão. Ciência & Saúde Coletiva 2012; 17 (2): 453-462.
Projeto Sorrir: Prevenção e Tratamento do Trauma Dento-facial nos esportes de
contato
O traumatismo orofacial vem se tornando a cada ano mais comum, como mostram
diversas pesquisas que avaliam a prevalência e a incidência de lesões orofaciais. Atletas
que praticam esportes de contato estão entre o grupo de risco, com índices altos de
traumas dentais, luxações e concussões, que poderiam ser minimizados ou até evitados
com o uso de protetores bucais. Os protetores bucais são dispositivos, confeccionados
de vinil ou borracha, usados para proteção dos dentes e dos tecidos de suporte contra
traumas. Neste contexto, este projeto irá identificar os atletas com risco de lesões
orofaciais no município de João Pessoa – PB. Após a identificação dos atletas, os
mesmos serão encaminhados ao setor clínico do Projeto Sorrir que funcionará na
disciplina de Oclusão do Departamento de Odontologia Restauradora da UFPB para a
confecção do protetor bucal e, consequentemente, promover a prevenção aos agravos
dos traumatismos dentais, diminuindo os índices epidemiológicos de traumatismo
dentário e permitindo a capacitação de professores e alunos extensionistas a
desenvolverem protetores bucais para a população. Nosso objetivo para essa “Roda de
conversa” é discutirmos a importância da prevenção das lesões orofaciais em esportes e
contato e podermos mostrar como nosso trabalho é realizado para a prevenção de tais
lesões nesses atletas.
EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR DE EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE
NO CUIDADO AO IDOSO
BATISTA, Patrícia Serpa; OLIVEIRA. Hudson Silva; SILVA. Susane Cardoso
da; SILVA. Taysa Mayara Lins Ribeiro
As visitas domiciliares constituem uma das principais atividades do Projeto de Extensão
Educação Popular e Atenção à Saúde da Família – PEPASF, que atua em uma
comunidade de João Pessoa-PB. A extensão propicia ao universitário uma aproximação
direta com as famílias, a participação em mobilizações políticas e a inserção no cenário
da Atenção Primária à Saúde. Nesse sentido, os extensionistas compartilham saberes
por meio do trabalho interdisciplinar favorecendo o aprendizado diferenciado e
impactando a prática profissional. A maioria das famílias visitadas semanalmente pelos
estudantes apresentam idosos. Portanto, este trabalho objetiva relatar a experiência
interdisciplinar de educação popular em saúde pelos extensionistas no cuidado ao idoso
baseado nas vivencias na comunidade atuante. Estes idosos apresentam situações
crônicas desencadeadas por processos biológicos que são potencializados por aspectos
psicossocioespirituais. No que se refere ao campo da Saúde, observa-se a melhora dos
sintomas físicos, seja pelo cuidado específico ou pela valorização subjetiva dos sujeitos,
reconhecendo-os como protagonistas no seu processo saúde-doença. Contudo, o
trabalho em saúde é capaz de favorecer sua integridade e condicionalidade.
Palavras-chave: Educação em Saúde; idoso; Relações Comunidade-Instituição
VOCÊ CURTE CURTAS?
Área temática: Educação e Saúde
Orientadora: Marília Brasil Xavier
Responsável pelo trabalho: Hellen Yuki Umemura Ribeiro
Instituição: Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Nome dos Autores: Hellen Yuki Umemura Ribeiro; Marcos Felyppe Oliveira Costa;
Thiago Neves Santa Rosa da Silva.
Resumo
A reformulação do ensino contempla não apenas os conteúdos formativos, mas,
sobretudo, pressupõe uma reforma nos aspectos metodológicos, incluindo maior
enfoque ao aprendizado com base em problemas clínicos, predominância de atividades
práticas sobre as teóricas, trabalho em equipe e maior aproximação com as ciências
humanas e sociais. Adicionalmente, os princípios que regem essa reformulação na busca
da integralidade na formação, estabelecem que preceitos de ética, humanismo e
responsabilidade social devem perpassar todo o processo de treinamento dos estudantes
da saúde, capacitando-os para o exercício da profissão de forma mais competente e
adequada às necessidades da sociedade (WHITCOMB, 2006). Nesse contexto, o projeto
“você curte curtas?” busca despertar a consciência crítica, o equilíbrio emocional e a
capacidade de discutir temas presentes no cotidiano da prática na área da saúde.
Movimentos sociais, direitos das minorias, questões éticas e polêmicas no processo de
construção da saúde e educação universitária são temas que exigem um conhecimento
abrangente por parte do profissional desse campo por serem lacunas no currículo
normal, mas se fazerem presentes no cotidiano de muitas unidades de saúde. A
atividade tem como objetivo despertar a discussão crítica acerca do tema trabalhado,
sem impor uma opinião e abrindo espaço para visões diferentes de uma mesma
realidade, de forma a contribuir com a formação profissional e cidadã dos acadêmicos
da área de saúde.
CONSUMO ALIMENTAR DE CRIANÇAS QUE FREQUENTAM UMA CRECHE
ESCOLA EM FORTALEZA-CEARÁ
Área Temática: Saúde
Responsável pelo trabalho: Mariel Jordana Lopes PEREIRA2
Instituição: Universidade Federal do Ceará (UFC)
Autores: Patrícia Maria Pontes THÉ1; Luzia Kalyne Almeida Moreira LEAL1; Mariel
Jordana Lopes PEREIRA2
1
Docentes do Curso de Farmácia da UFC; 2Aluna bolsista do Curso de Farmácia da
Universidade Federal do Ceará
Resumo
Desde 1996, o projeto de extensão Assistência Farmacêutica à Creche do Aprisco,
vinculado ao Curso de Farmácia da Universidade Federal do Ceará, promove atividades de
educação em saúde para as crianças, pais e funcionários da creche. Essas ações visam o
bem estar da coletividade e desenvolvem habilidades do futuro farmacêutico. A presente
pesquisa fez parte das atividades promovidas pelo projeto visando incentivar hábitos
alimentares saudáveis. Com as crianças foram desenvolvidas atividades lúdicas e com os
pais realizou-se uma entrevista, utilizando-se um questionário, visando conhecer os hábitos
alimentares das crianças. Dos vinte pais abordados um se recusou a participar da pesquisa.
Duas crianças (10,52%) apresentavam restrição alimentar. O índice de alunos que trazem
lanche de casa é pequeno. Quanto à ingestão de frutas, verduras e legumes 89,47% das
crianças comem frutas e 63,15% consome verduras e legumes. Em casa as crianças
consomem
todos
os
grupos
alimentares,
e
73,68%
consomem
refrigerantes.
Aproximadamente 73% dos pais acreditam que seus filhos têm uma alimentação saudável.
Os pais que acham que os filhos não se alimentam adequadamente (23%) relataram que em
casa é baixo o consumo de frutas, verduras, legumes e alimentos fonte de ferro. O presente
trabalho proporcionou conhecer melhor os hábitos alimentares dos alunos da Creche
Aprisco e chamar a atenção dos pais/responsáveis para a importância da alimentação
ofertada às crianças. Ações educativas que estimulem o consumo de alimentos saudáveis
devem constantemente ser realizadas podendo contribuir para que as crianças incorporem
hábitos adequados de vida e, consequentemente, torná-la um adulto saudável.
Palavras-chave: Assistência farmacêutica, alimentação saudável, educação em saúde.
Introdução
Desde 1996, o projeto de extensão Assistência Farmacêutica à Creche do Aprisco,
vinculado ao Curso de Farmácia da Universidade Federal do Ceará, exerce atividades junto
à comunidade atendida pela Creche Escola do Aprisco, promovendo atividades de
educação em saúde tanto para as crianças como para pais e funcionários. Essas ações
visam o bem estar da coletividade, através da prestação de um serviço voluntário à
comunidade, além de ajudar a exercitar o desenvolvimento das habilidades do futuro
profissional farmacêutico (CNE/CES- Resolução nº 02, de 19/02/02).
Localizada nos arredores do Campus do Porangabuçu da Universidade Federal do
Ceará, a Creche do Aprisco, vinculada a Prefeitura Municipal de Fortaleza, recebe em
média 90 crianças com idade de 2 a 5 anos. As crianças permanecem tempo integral na
creche, recebendo alimentação e participando de atividades educativas e recreativas.
Por sugestão das professoras da creche, foi desenvolvido um trabalho sobre
alimentação saudável com as crianças e com os pais/responsáveis, visando incentivar o
consumo de alimentos saudáveis.
Método
A presente pesquisa fez parte das atividades desenvolvidas pelo projeto de
extensão Assistência Farmacêutica à Creche Escola do Aprisco, visando incentivar hábitos
alimentares saudáveis à comunidade assistida pela Creche Aprisco. Com as crianças foram
desenvolvidas atividades lúdicas como teatro de fantoches, pintura e colagem e com os
pais realizou-se uma entrevista, tendo em vista o melhor conhecimento sobre os hábitos
alimentares das crianças.
A aluna bolsista e mais dois voluntários, realizaram entrevistas com os
pais/responsáveis pelas crianças. Foi utilizado um questionário composto por doze itens
que continham perguntas relacionadas à identificação dos entrevistados e aos hábitos
alimentares das crianças: 1. Nome do Responsável; 2. Nome da Criança; 3. Idade da
criança; 4. Sexo da criança; 5. Turma; 6. A criança possui alguma restrição alimentar? SIM
( ) NÃO ( ) Caso sim, Qual?; 7. Traz lanche de casa? SIM ( ) NÃO ( ) Caso sim, por
que?; 8. Come frutas? SIM ( ) NÃO ( ) Caso não, por que? Caso sim, quais?; 9. Come
verduras e legumes? SIM ( ) NÃO ( ) Caso não, por que? Caso sim, quais? 10. Que tipo
de lanches traz para creche? 11. O que geralmente come em casa? 12. Na sua opinião, seu
filho tem uma alimentação saudável? SIM ( ) NÃO ( )Por que?
Resultados e Discussão
Dos vinte pais abordados apenas 01 (5%) se recusou a responder ao questionário,
alegando estar com pressa.
Em relação ao sexo das crianças, dez eram do sexo feminino (52,63%) e nove
(47,36%) do sexo masculino.
Apenas duas crianças (10,52%) apresentavam restrição alimentar. Entre estas, uma
de dois anos tinha intolerância a lactose e outra de três anos tinha restrição a açúcar por
conta de diabetes tipo 1.
A creche oferece quatro refeições diárias às crianças e não há qualquer incentivo
para que os pais mandem lanches de casa para os filhos, já que a alimentação oferecida na
creche é perfeitamente balanceada, mesmo àqueles alunos com restrição alimentar. Desta
forma, o índice de alunos que trazem lanche de casa é pequeno. Apenas dois alunos
(10,52%), ambos na faixa dos três anos de idade, traziam lanche de casa. Os pais não
especificaram o tipo de lanche.
Quanto à ingestão de frutas, dezessete crianças (89,47%) comem frutas. Apenas
duas (10,52%) não são habituadas a comê-las, sendo uma criança de 1 ano e 9 meses e
outra de três anos. Entre as frutas mais consumidas pelas crianças, observou-se a
prevalência de banana e maça.
No quesito ingestão de verduras e legumes constatou-se uma resistência maior das
crianças a esse tipo de alimento. Mesmo assim, a parcela de doze alunos (63,15%) que
consome verduras e legumes é bem superior à que não consome (31,57%).
No grupo das crianças que comem verduras e legumes observou-se a
predominância no consumo de batata e cenoura. Os pais relataram que os filhos ingerem
esses alimentos principalmente em forma de sopa liquidificada.
Quanto aos alimentos que as crianças consomem em casa os resultados estão
apresentados na Figura 1, observando-se o consumo de todos os grupos alimentares. É
importante ressaltar o grande número de crianças (73,68%) que consomem refrigerantes.
Aproximadamente 73% dos pais acreditam que seus filhos têm uma alimentação
saudável. Eles alegam que os filhos comem frutas e verduras, não abusam de frituras,
tomam sopas e que na creche recebem alimentação adequada.
Alimentos consumidos em casa pelas crianças
20
15
10
5
0
19
18
16
19
18
17
19
14
7
8
Total
Arroz
Feijão
Macarrão
Carnes
Empanados e Embutidos
Salada
Leite e derivados
Suco
Refrigerante
Figura 1. Alimentos consumidos em casa pelas crianças da Creche Aprisco
Os pais que acreditam que os filhos não tem alimentação saudável (23%)
informaram que a alimentação em casa não é totalmente apropriada, relatando sobre o
baixo consumo de frutas, verduras e legumes e sobre a falta de fontes de ferro na
alimentação.
Os dados do presente trabalho discordam de um estudo da Faculdade de Ciências
da Saúde da Universidade de Brasília, que apontou que a alimentação das crianças
brasileiras é caracterizada pelo consumo principalmente de arroz e feijão e que a maioria
não consome diariamente verduras de folhas, legumes, carnes e frutas. Por esses, e entre
outros fatores, a pesquisa aponta a qualidade da dieta das crianças nordestinas como aquém
do recomendado (BORTOLINI, GUBERT e SANTOS, 2012).
Foi percebido que, de maneira geral as crianças da Creche Aprisco se alimentam de
forma adequada. Podemos considerar que a permanência na creche tem contribuído para a
melhoria dos hábitos alimentares das crianças.
Conclusão
O presente trabalho proporcionou conhecer melhor os hábitos alimentares dos
alunos na Creche Aprisco e chamar a atenção dos pais/responsáveis para importância da
alimentação ofertada às crianças.
Ações educativas que estimulem o consumo de alimentos saudáveis devem
constantemente ser realizadas. Tais ações podem contribuir para que as crianças
incorporem hábitos adequados de vida e, consequentemente, para torná-la um adulto
saudável.
Referências
BORTOLINI, G. A., GUBERT, M. B, SANTOS, L. M. P. Consumo Alimentar entre
crianças brasileiras com idade de 6 a 59 meses. Cad. Saúde Pública, Rio de janeiro, 28
(9): 1759-1771, set., 2012.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CES 2 de 19 de fevereiro
de 2002; Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia.
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 04 de março de 2002,
Seção 1. p.9.
PROJETO DE EXTENSÃO CARAVANA DA SAÚDE – PROMOÇÃO DE
SAÚDE BUCAL
Autores: Aline Souza Marques, Ricardo Rodrigues Vaz, Efigênia Ferreira e
Ferreira
Faculdade de Odontologia – Universidade Federal de Minas Gerais.
[email protected]
O Projeto de Extensão Caravana da Saúde tem como objetivo a promoção da
saúde bucal na cidade de Belo Horizonte e região metropolitana realizando
ações educativas sobre a importância da prevenção e higienização bucal no
combate a cárie e as doenças periodontais. O Projeto de Extensão Caravana
da Saúde faz parte do Programa de Promoção de Saúde Bucal para Crianças e
Adolescentes e é constituído pela associação entre os Departamentos de
Odontologia Restauradora e Odontologia Social e Preventiva da Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais. A metodologia de
trabalho utiliza atividades lúdicas, palestras sobre escovação dental e destaca
a importância da visita periódica ao cirurgião-dentista. As orientações são
transmitidas para um público de aproximadamente de 500 pessoas de todas as
faixas etárias, mas com maior participação de crianças entre 4 e 12 anos.
Durante o evento são distribuídas escovas dentais, panfletos e cartilhas
educativas e são realizados aproximadamente 10 eventos por ano com
resultados imediatos para a população. Os alunos participantes desenvolvem a
capacidade crítica na abordagem, informação e cuidados para os mais
diversificados públicos, aprendendo a perceber a realidade da população com
a qual irão trabalhar e adequando as atividades para melhores resultados, além
de contribuir na formação de profissionais e de agentes multiplicadores. A
promoção em saúde é uma ação integral objetivando a melhoria na qualidade
de vida da população e a saúde bucal esta inserida neste contexto.
Palavras chave: Saúde Bucal, Cárie Dentária, Extensão Comunitária
UFF MULHER: Conversando sobre a importância da prevenção e promoção para a saúde da mulher. Criado em 2010, o Programa UFF Mulher promove o diálogo e a troca de saberes entre a Universidade e a sociedade através de atividades relacionadas a gênero, direitos humanos, saúde, educação e qualidade de vida, por meio de ações ancoradas em atividades de pesquisa, ensino e extensão. Baseadas nos princípios da Universalidade, Equidade e Integralidade do Sistema Único de Saúde ­ SUS, o Programa tem como um de seus objetivos desenvolver uma linha de cuidados para a saúde da mulher por meio de atividades de orientação sobre os riscos e agravos de doenças como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, doenças sexualmente transmissíveis (dst), câncer de mama e de colo de útero. Essas orientações são sempre relacionadas a informações sobre alimentação saudável e plantas medicinais, buscando sensibilizar as participantes sobre a necessidade de maior preocupação com sua saúde e a necessidade de promover uma melhoria em sua qualidade de vida por meio de uma mudança de hábitos alimentares. Por isso, essa Roda de Conversa tem por objetivos: 1) debater a importância da promoção e prevenção da saúde da mulher, por meio de ações relacionadas à Extensão Universitária; 2) contribuir para o fortalecimento da formação acadêmica e profissional do discente envolvido em ações de extensão, como meio de conscientizá­lo sobre seu papel dentro da realidade social em que está inserido. ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: CONVÍVIO SOCIAL
2
Antonio Samuel da Silva Santos
2
Gerson Paulino Pereira
1
Orientação: Josinete Pereira Lima
Resumo
Este trabalho temcomo objetivo identificar as práticasde convívio social junto
aos idosos do Município de Conceição do Araguaia-PA a partir da questão de
envelhecer com saúde. A realização do estudo se deu no Clube Independente
da Melhor Idade Vida Nova (CLIMIVINO). A escolha pelo clube se deu pelo fato
de seter uma participação boa de idosos nas atividades de dança, cujo objetivo
volta-se para a socializaçãoe a valorização da sua autoestima. A pesquisa
identificou que esse lugar para muitos idosos é o único espaçoque eles se
sentem valorizados, respeitados e acima de tudo, úteis uns para os outros.
Trabalhar essatemática foi muito importante e desafiador, pois se percebe que
é possível aprender com os idosos muitas coisas. Envelhecer faz parte do ciclo
da vida, entretanto, envelhecer com saúde é uma escolha que se faz.Dessa
forma, foram realizadas atividades interativas no próprio clube em que ocorrem
os encontros, tendo como método, exposição oral com a utilização de um
banner contendo informações relevantes referentes ao processo de
envelhecimento saudável. Este instrumento utilizado teve como intuito, a
compreensão das informações dadas, no qual a exposição deixa de ser
monótona, estimulando assim a participação ativa dos idosos na discussão do
assunto tratado.
Palavras-chaves: Envelhecer; Saúde; Respeito.
Referências bibliográficas
CAMACHO, Alessandra Conceição Leite Funchal. A gerontologia e a
interdisciplinaridade: aspectos relevantes para a enfermagem. Rev Latino-am
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Rev. latino-am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 8, n. 1, p. 75-81, janeiro 2000;
FREITAS, Maria Célia de; MENDES, Maria Manuela Rino. O ensino sobre o
processo de envelhecimento e velhice nos cursos de graduação em
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SILVA, Maria da Graça da.A vivência do envelhecer: sentido e significados
para a prática de enfermagem. 2007. 173 f. Tese (Doutorado em
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SÁ, Lenilde Duarte de. A violência contra o idoso: dimensão ética e política de
uma problemática em ascensão. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 9, n.
3, p. 847-857, Set-Dez, 2007;
PALMEIRA, Iací Proença; RODRIGUÉZ, MirtaBetancourt. A investigação
científica no curso de enfermagem: uma análise crítica. Esc Anna Nery Rev
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do técnico em enfermagem: uma abordagem cultural. Rev Latino-am
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TOCANTINS, Florence Romijn. O enfermeiro como instrumento de ação no
cuidar do idoso. Rev Latino-am Enfermagem, v. 13, n. 6, p. 1019-1026,
novembro-dezembro, 2005.
A ENFERMAGEM FRENTE À MULHER NO CICLO GRAVÍDICO
PUERPERAL: CONHECER PARA MELHOR CUIDAR
Alana Amanda Barreto Pereira; Marcela Luz Sacramento, Mariza Silva Almeida
A atividade de extensão de caráter permanente iniciada em 2009, que
congrega o ensino e a pesquisa e a extensão, que contempla um conjunto de
atividades de prestação de cuidados de enfermagem na unidade de internação,
em ambulatório com destaque para a educação em saúde sob abordagem
problematizadora. Tem como objetivos: Prestar cuidados de Enfermagem à
mulher durante a gravidez, parto e no pós-parto com ênfase na integralidade do
cuidado; nas evidências científicas atuais e nos princípios da humanização do
SUS ; Prestar cuidados imediatos aos (às) recém-nascidos(as)- RN na sala de
parto e no alojamento conjunto; Realizar prática educativas com as mulheres e
seus familiares em unidade de internação e em ambulatório; > Fortalecer a
capacitação de pessoal de saúde, em especial de Enfermagem, para a prática
obstétrica baseada em evidências científicas; Promover a participação da
Escola de Enfermagem da UFBA na construção de modelo de cuidado
diferenciado com a inserção da enfermeira Obstétrica no âmbito da
Maternidade Climério de Oliveira. Até o momento uma média de 100 aluna(os)
de graduação em Enfermagem já participaram dessa atividade, totalizando 150
horas.Todas atividades de cuidados e de educação em saúde são
acompanhadas por preceptoras da própria Maternidade cabendo a Escola de
Enfermagem a atualização teórica, avaliação e o acompanhamento na Sala de
parto por uma professora especialista em Enfermagem Obstétrica.
OBSERVATÓRIO DA SAÚDE E DA CIDADANIA: COMUNIDADE DE MATA
ESCURA SALVADOR-BAHIA
Raissa Soraya Souza de Oliveira; Laís Teixeira da Silva Almeida, Mariza Silva Almeida
Atividade de Educação em Saúde na periferia de Salvador, com a participação
dos (as) bolsistas e não-bolsistas do PET de forma integrada e participativa.
Teve como objetivos: Promover a saúde e prevenir agravos junto a grupos da
comunidade (crianças, jovens, adolescentes, mulheres, adultos e idosos);
Contribuir para ampliar e gerar novos conhecimentos sobre a saúde e
cidadania de grupos da comunidade e de discentes; Oferecer meios para que
a(o) participante do PET desenvolva habilidades necessárias para o trabalho
em comunidade, congregando o ensino, a pesquisa e a extensão; Estimular o
pensamento crítico do(a) discente relacionado a sua atuação como futuro
enfermeiro(a) e cidadão(ã); Propor e desenvolver ações/atividades com vistas
a
sua
divulgação
em
eventos
e
publicação
em
periódico
específico.Desenvolvida no ano de 2012 e 2013 tendo sua temáticas
escolhidas pelas pessoas adultas e pelos(as) adolescentes, que incluíram
drogas, primeiros-socorros, sexualidade, distúrbios alimentares, planejamento
familiar, métodos contraceptivo, paternidade e maternidade responsáveis,
introdução ao SUS, dentre outros. Já com o público infantil, a definição dos
temas foi selecionada pela observação e identificação de seu comportamento,
reflexão crítica a respeito do contexto familiar na qual as crianças estão
inseridas, com destaque para higiene e prevenção de parasitoses, respeito das
diferenças, escovação dos dentes, violência infantil, preservação da natureza,
pirâmide alimentar.
O PET VAI A ESCOLA: MUTUÍPE - BAHIA
Fernanda Oliveira Trindade, Sâmea Regina Teixeira Andrade, Mariza Silva
Almeida
O Programa de Educação Tutorial (PET) tem por finalidade promover a
constante troca de conhecimento, de modo a contribuir com o empoderamento
dos (as)participantes, sejam discentes, docentes e comunidade os(as) quais
contituem
principais atores (atrizes) de todo o processo de ensino
aprendizagem. Dessa forma, é possível construir conjuntamente subsídios
para a disseminação de conhecimento de modo a impactar positivamente nos
processos de trabalho e na vida de relação do indivíduo como o (a) outro)(a).
Assim, esta atividade teve o objetivo de estabelecer troca de saberes entre
estudantes da graduação em enfermagem, enfermeiras e professoras com
alunos(as) do ensino médio, do Colégio Municipal Dr. Julival Rebouças, no
Município de Mutuípe – Bahia. A metodologia para o desenvolvimento da
atividade foi no formato de Feira de Saúde com participação de 300 alunos(as)
no turno matutino e 480 no vespertino, mediante a abordagem de temas
indicados pela coordenação da Escola e distribuição de forders sobre:
métodos contraceptivos, doenças sexualmente transmissíveis, paternidade
responsável, gravidez na adolescência, drogas lícitas e ilícitas, primeiros
socorros, inclusão social, dentre outros de interesse do grupo de estudantes.
Para propiciar maior integração e facilitar a aprendizagem foi expostos
matérias educativos relacionado ao temas, complementado por dinâmicas
lúdicas e participativas. as quais contribuíram para
a construção e
consolidação de saberes e práticas.
ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA: CAPACITAÇÃO DE
AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E ENFERMEIROS DO MUNICÍPIO DE
MIRACEMA – TO.
Área Temática: Saúde
Coordenadora: Profª Dra. Giselli de Almeida Tamarozzi Lima
Instituição: Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Autores: Francisco Filho Morais Moura; Jhessika Ferreira Silva; Mallu Mayara de Sousa
Leite.
Resumo
Diversas barreiras são encontradas no serviço de saúde no que tange a assistência à pessoa
com deficiência, dentre elas destacam-se o atendimento prestado pelo profissional de saúde
e as dificuldades de fluxo encontradas dentro do próprio serviço. Neste sentido, foi
realizado no dia 18 de Fevereiro de 2014 pelos discentes e preceptores e tutora do
Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) – Redes de Cuidados à
Pessoa com Deficiência, a capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e
Enfermeiros do município de Miracema – TO, com objetivo de aprimorar seus
conhecimentos sobre o tema “Deficiências”. A atividade desenvolvida consistiu em
apresentação do projeto “Fluxo da Rede de Serviços no Processo de Cuidado da Pessoa
com Deficiência”, aplicação de um pré-teste e pós-teste com questões referentes à
capacitação, conceituação das deficiências (física, ostomias, visual, intelectual e auditiva),
e realização da técnica de grupo intitulada “Sentindo na Pele”, pela qual puderam vivenciar
as dificuldades presentes em algumas deficiências. Com a atividade observou-se a
importância do empoderamento dos profissionais de saúde frente ao tema, tornando-os
multiplicadores desse saber, fomentando melhorias na organização dos serviços e na
qualidade da assistência prestada à comunidade. Assim, propõe-se a discussão dessa
temática referente a capacitação desses profissionais, reforçando o princípio de uma
assistência universal e equitativa.
Educação em saúde sobre atividades de vida diária em pessoas com sequelas
motoras, sensoriais e funcionais após acidente vascular encefálico
Coordenador : Éden Fernando Batista Ferreira²
Responsável pelo trabalho: Wellison Carvalho Cardoso¹
Temática: Saúde
Área Temática: Saúde
Linha Programática: Saúde
Resumo
As Atividades de Vida Diária (AVDs) são atividades orientadas para o cuidado do
indivíduo para com seu próprio corpo, sendo fundamentais para viver no mundo social,
elas permitem a sobrevivência básica, bem-estar e o exercício da cidadania. A
dificuldade em realizar estas atividades está entre as principais queixas das pessoas após
ser acometido por Acidente Vascular Encefálico (AVE). Este estudo teve como objetivo
analisar os resultados obtidos a partir da inserção da educação em saúde na estimulação
do desempenho nas AVDs de pessoas após o acometimento por AVE. Trata-se de uma
análise qualitativa desenvolvida com pessoas atendidas no Projeto LAR na
Universidade da Amazônia (Unama). Para efeito desta análise utilizou-se os resultados
obtidos pela aplicação da Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) e
os relatos de 6 pessoas atendidos no projeto entre março a junho de 2013 e que
receberam orientações relacionados a estratégia de execução independente,
planejamento e adaptações de tarefas, cuidados e precauções durante a realização de
AVDs. Dentre as pessoas analisados todos referiram melhoras em relação ao
desempenho e satisfação em executar essas atividades. Os relatos obtidos indicam que
as orientações estimularam a percepção do próprio corpo, a busca ativa de solução de
problemas e o interesse e motivação ao tratamento. Com isso, contribuiu-se para a busca
da independência e autonomia e participação e exercício na cidadania.
1- Acadêmico do 7 semestredo Curso de Terapia Ocupacional da Universidade da
Amazônia
2- Coordenador e Docente do Curso de Terapia Ocupacional da Universidade da
Amazônia
PROGRAMA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE DO TRABALHADOR:
PROMOÇÃO DA SAÚDE E CONTROLE SOCIAL
Silva, Jonhmax de Almeida¹, Saturnino, Clara Isabel Nóbrega²; Lucena, Brunna Thais
Luckwu³.
¹Estudante de Graduação em Fisioterapia da UFPB e Extensionista do Programa
Educação Popular em Saúde do Trabalhador – PEPST
²Estudante de Graduação em Serviço Social da UFPB e Extensionista do Programa
Educação Popular em Saúde do Trabalhador – PEPST
³Professora do Departamento de Fonoaudiologia/UFPB/ e Facilitadora do Programa de
Educação Popular e Saúde do Trabalhador – PEPST
O Programa de Educação Popular em Saúde do Trabalhador (PEPST)
constitui-se como uma atividade de extensão universitária que tem como fio condutor a
Educação Popular em Saúde, sendo uma experiência de caráter interdisciplinar,
interinstitucional e intersetorial. O objetivo do PEPST é promover a reflexão crítica dos
trabalhadores no que diz respeito ao autocuidado, ao acesso e à qualidade dos serviços
de saúde, buscando uma perspectiva de emancipação na sua condição enquanto sujeito
de direitos. Nesse sentido, o PESPT é composto por quatro projetos de extensão: Projeto
Educação Popular e Atenção à Saúde do Trabalhador (PEPAST), o Projeto Vidas
Paralelas (PVP), o Projeto Educação Popular em Saúde Escolar (EDUPFONO) e o
Projeto Mídias e Educação Popular (MIDEAPOP). Portanto observamos a relevância do
Programa Educação Popular em Saúde do Trabalhador na construção de uma saúde de
qualidade, que busca no diálogo a construção compartilhada do conhecimento e a
superação das limitações que encontradas na vida desses trabalhadores.
EDUCAÇÃO, CURRÍCULO E SAÚDE: CONSTRUINDO POSSIBILIDADES
INTERDISCIPLINARES
Área temática: Educação
Responsável pelo trabalho: Lilian Beatriz Schwinn Rodrigues
Instituição: Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ)
Nome dos autores: Lilian Beatriz Schwinn Rodrigues1; Marizete Lesmes da S. Matiello2;
Altamir Trevisan Dutra3
Resumo
O texto objetiva socializar experiência interdisciplinar vivenciada por intermédio da ação
Educação, currículo e saúde: construindo possibilidades, realizada nos anos de 2012, 2013
e em andamento em 2014. Proposta pelo Grupo de Pesquisas Pedagógicas em Educação
Física (EF) da Unochapecó objetiva promover tempos e espaços à problematização do
currículo da EF e Ciências Biológicas (CB) e sua interlocução com o tema saúde,
possibilitando processos de interação e aprendizagem que mobilizem à implementação de
práticas pedagógicas interdisciplinares. A ação é realizada de forma articulada entre os
cursos de EF, CB e Nutrição, fazendo parte de projeto aprovado no Pró–Saúde, edição II.
Ocorre em parceria com o Setor de Educação da Associação dos Municípios do Oeste de
Santa Catarina (AMOSC), contemplando docentes e nutricionistas de escolas municipais
de 19 municípios e estudantes dos cursos da Unochapecó. De caráter interdisciplinar, as
atividades são permeadas pela metodologia dialética e mediadas em oficinas, palestras e
rodas de conversa, tendo a realidade educacional como ponto de partida e chegada. Foram
realizados 30 encontros, com 215 participantes e com a terceira etapa iniciando. Das etapas
de educação permanente realizadas resultam propostas interdisciplinares a serem
desenvolvidas em 2014 com foco no tema saúde e o processo caracteriza-se como
importante fator de qualificação à formação acadêmica ao possibilitar a interlocução com o
futuro campo de atuação profissional.
1
2
3
Docente do curso de Educação Física, Unochapecó, Mestre em Educação – [email protected]
Docente do curso de Educação Física, Unochapecó, Mestranda em Educação
Docente do curso de Educação Física Unochapecó, Mestre em Educação
ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPEUTICO DE IDOSOS EM
INSTITUIÇÃO ASILAR
Camila Marchioni; Luma Nunes Oliveira; Karla Cristinne Mancini Costa
Universidade Federal de Alfenas/ MG (UNIFAL/MG)
O aumento da população idosa tem elevado a incidência de doenças crônicas, como o
diabetes mellitus e a hipertensão arterial sistêmica. O avanço da medicina trouxe inúmeros
benefícios ao tratamento dessas enfermidades. Porém, o uso inadequado e/ou excessivo
dos medicamentos pode trazer sérias consequências, tornando-se necessário a atuação de
profissionais de saúde, incluindo o farmacêutico. O objetivo do projeto consistiu em
acompanhar moradores de uma instituição Asilar em Alfenas-MG, através de visitas
semanais, onde é realizada a aferição da pressão arterial e a glicemia capilar, e propor uma
possível mudança na qualidade de vida dos idosos. O projeto está vinculado a Liga de
Farmacoterapêutica
(Lafart) da Unifal/MG.
Até o momento
foi realizado o
acompanhamento de aproximadamente 15 idosos durante três meses. Observou-se que
grande parte dos pacientes apresentava pressão controla, no entanto o mesmo não ocorre
com o diabetes. Alguns apresentaram dificuldade para relatar seus problemas de saúde,
portanto, decidiu-se analisar os prontuários, sendo necessária prévia organização dos
mesmos. Ao término desta etapa será possível analisar o perfil dos idosos internalizados,
sendo possível integrar extensão e pesquisa. Por fim, serão analisados os dados e, se
necessário, tomadas providências quanto a mudança de terapia, para isso será realizado
estudo dos casos, englobando o ensino. O projeto apresenta metodologia definida, no
entanto ao decorrer das atividades são encontradas dificuldades, o que torna necessário
trocar experiências com grupos que desenvolvem projetos semelhantes em todo o Brasil.
ALGUNS PASSOS NO PROCESSO DE RESTRUTURAÇÃO DO MOVIMENTO
POPULAR DE SAÚDE DA PARAÍBA (MOPS-PB): CONTANDO UM POUCO A
HISTÓRIA
Nágila Martins da Silva – UFPB1
[email protected]
Adriana Maria Macêdo de Almeida Tófoli – UFPB2
[email protected]
Janaína Gomes Lisboa – UFPB3
[email protected]
RESUMO
Este trabalho visa trazer para a discussão relatos sobre o processo de reestruturação do
Movimento Popular de Saúde da Paraíba (MOPS-PB). O MOPS-PB caracteriza-se como
movimento de livre iniciativa da sociedade civil, que compreende a saúde como um bem
social, e teve importância em momentos históricos do nosso país, principalmente, por ter
contribuído para a construção do Sistema Único de Saúde (SUS). No que se refere ao
processo de reestruturação do MOPS-PB, este iniciou-se e vem acontecendo desde abril de
2012, através da iniciativa articulada à extensão popular, com apoio da Coordenação de
Educação Popular da Universidade Federal da Paraíba (COEP), além do envolvimento com
coletivos como a Articulação Nacional de Práticas e Movimento em Educação Popular e
Saúde (ANEPS), Articulação Nacional de Extensão Popular (ANEPOP), Pastoral da Saúde,
Centros de Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (CPIC’s), dentre outros
parceiros. O objetivo dessa reestruturação consiste na valorização e reintegração das práticas
populares de saúde enquanto uma forma de cuidado, estimulando o protagonismo e autonomia
da população, contribuindo para o empoderamento dos atores sociais e a integralidade e
equidade da saúde. A metodologia utilizada para essa rearticulação acontece por meio de
oficinas, cursos, reuniões organizativas, atividades educativas e a realização de visitas a
alguns municípios paraibanos, com apoio dos parceiros citados.
1
Graduanda do 7° período do curso de Serviço Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB); bolsista do
Projeto de Extensão “Apoio a Articulação do Movimento Popular de Saúde da Paraíba (MOPS-PB), da
Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde (ANEPS) e da Articulação
Nacional de Extensão Popular (ANEPOP)” e voluntária do Projeto de Extensão “Incubadora de
Empreendimentos Solidários” (INCUBES).
2
Nutricionista pela UFPB, Apoio pedagógico do Projeto Práticas Integrais da Promoção da Saúde e Nutrição na
Atenção Básica em Saúde (PINAB), Articuladora do Projeto de Extensão “Apoio a Articulação do Movimento
Popular de Saúde da Paraíba (MOPS-PB).
3
Graduanda do 8° período do curso de Serviço Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e bolsista
do Projeto de Extensão “Apoio a Articulação do Movimento Popular de Saúde da Paraíba (MOPS-PB), da
Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde (ANEPS) e da Articulação
Nacional de Extensão Popular (ANEPOP)”; e voluntária no Projeto de Extensão “Programa de Educação
Popular e Saúde do Trabalhador (PEPST)".
Grupo de Trabalho Interdisciplinar – experiência integrativa de coordenadores de
projetos de Extensão no Estado do Rio de Janeiro. O presente trabalho tem como
finalidade socializar experiência exitosa de estratégia de criação de grupo de trabalho
(GT) de coordenadores de projetos de Extensão, para integração e troca de experiências,
no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O GT
nasceu em 2011 da necessidade imperiosa de congregarmos discussões sobre Educação
e Saúde, principalmente àquelas que possuíam interfaces com a Educação Pública,
integrando docentes e técnicos da UFRJ e de outras Universidades, com coordenadores
de Educação e Saúde de municípios e organizações sociais. A iniciativa também
compõe o rol de finalidades do Projeto Saúde e Educação para a Cidadania que é uma
ação, multiprofissional e interdisciplinar do Centro de Ciências da Saúde (CCS) criado
em 2007 que visa aumentar a interação entre a saúde e a educação para auxiliar na
intersetorialidade das redes de saúde e educação pública, além de ser uma iniciativa para
o estreitamento da Universidade com os atores destas áreas. Assim, a proposta de
trabalho do GT, além de ter proporcionado a possibilidade de encontro mensal de atores
da Extensão com objetivos similares, tem sido um espaço de estudos e escuta dos
desafios enfrentados na Educação Pública, no desenvolvimento de ações de promoção
da saúde. Temos a nítida clareza que a organização do trabalho acadêmico e escolar tem
impulsionado a fragmentação de saberes e a individualização exacerbada de processos
de produção. A disciplinaridade do currículo e do conhecimento científico têm sido
objeto de estudo e justificativa para o repensar de nossa práxis por muitos
pesquisadores. Petraglia(2001) nos faz refletir que “O currículo escolar é mínimo e
fragmentado. Na maioria das vezes, peca tanto quantitativa como qualitativamente. Não
oferece, através de suas disciplinas, a visão do todo, do curso e do conhecimento uno,
nem favorece a comunicação e o diálogo entre os saberes; dito de outra forma, as
disciplinas com seus programas e conteúdos não se integram ou complementam,
dificultando a perspectiva de conjunto e de globalização, que favorece a aprendizagem
(p. 69).” É com o espírito interdisciplinar que sujeitos da Educação Pública vêm se
encontrando e discutindo estratégias conjuntas de ação na Extensão, enfrentando as
dificuldades da temporalidade e da hierarquização acadêmica. Os resultados atingidos
permitiram-nos organizar ações escolares e acadêmicas que atendam às necessidades e
realidades envolvidas, além de permitir que possamos conhecer melhor as instituições
sociais que atuamos. Petraglia, I. C. (2001). Edgar Morin: A educação e a complexidade
do ser e do saber. 5. ed. Petrópolis: Vozes.
Relato de experiência: oficinas com idosos como espaço de ressignificação da
velhice e do desenvolvimento de potencialidades da pessoa idosa.
Joab Venancio da Silva1
Livne Macêdo da França2
Maryssa Marla Martins de Oliveira Victor3
Willian Tito Maia Santos4
A realização de oficinas educativas com caráter terapêutico com idosos pode atuar como
dispositivos de reinvenção dos modos de significar as vivências dos indivíduos, bem
como agente catalisador da autoestima e da cidadania. Este trabalho objetiva descrever
oficinas realizadas com vinte idosos internos de uma instituição asilar no município de
Santo Antônio de Jesus – BA e apresentá-las como instrumento facilitador da
ressignificação da velhice e do desenvolvimento de potencialidades. Inicialmente houve
uma visita à instituição para conhecer seus internos e coletar demandas para as oficinas;
nas quatro semanas seguintes realizou-se uma vez por semana cada oficina com
temáticas e atividades diversas, propostas também pelos idosos, tais como: ginástica,
confecção de bijuterias, plantio de horta e informática. Observou-se durante as oficinas
a manifestação de aspectos subjetivos através das atividades realizadas, as quais
possibilitaram a emergência de aspectos integradores da identidade, o aumento da
autoestima e a ressignificação da velhice por meio de recordações de atividades
realizadas no passado e que passaram a se apresentar como impossíveis de serem
realizadas por estes, dada a condição de institucionalização. Conclui-se que a utilização
de oficinas no trabalho com idosos pode contribuir para promoção da cidadania,
trabalhar a autoestima e estimular a ocupação de lugares até então negados a esta
população.
PALAVRAS-CHAVE: Oficinas, Idosos Institucionalizados, Autoestima.
__________________________
1,2,3
Estudantes do curso de psicologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
E-mails: [email protected]/[email protected]/[email protected]
4
Docente orientador do trabalho do curso de Psicologia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
(UFRB). E-mail: [email protected]
PESQUISA EM EXTENSÃO: DIÁLOGOS ENTRE EDUCAÇÃO POPULAR,
ERGOLOGIA E SAÚDE DO TRABALHADOR
Renan Soares de Araújo1, Aline da Silva Alves2, Islany Costa Alencar3
1 Estudante de Nutrição da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e extensionista do PINAB;
2 Estudante de Nutrição da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e extensionista do PINAB;
3 Nutricionista e integrante da coordenação do PINAB;
O Projeto “Práticas Integrais da Promoção da Saúde e Nutrição na Atenção
Básica em Saúde – PINAB”, em parceria com o Projeto Vidas Paralelas Nacional,
desenvolve pesquisa no âmbito da extensão sobre o processo de trabalho de professores
da rede pública e de Agentes Comunitários de Saúde dos territórios onde o PINAB atua,
objetivando a problematização de questões emergentes da interface entre saúde e
trabalho no cotidiano destes sujeitos, através da observação participante e da formação
de Grupos de Encontro de Trabalho, baseando-se no diálogo entre Educação Popular
(EP) e a Ergologia. Esta pesquisa em extensão se dá pela criação de espaços de encontro
quinzenais entre trabalhadores para a valorização do diálogo baseado na troca de
conhecimento, de experiências, expectativas, inquietações, sonhos, interesses e direitos
das pessoas, constituindo-se por meio de uma relação dialógica. Com estes encontros,
pretende-se qualificar a participação popular destes sujeitos, promovendo o crescimento
da capacidade crítica sobre os problemas levantados e o aperfeiçoamento de estratégias,
visando à superação dos problemas, a partir de uma luta, dirigida à transformação da
ordem social, política, econômica e cultural vigente. Acredita-se que esta ação permite a
inserção no campo do trabalho, no sentido de compreendê-lo, problematizá-lo e
construir novos conhecimentos, fomentando práticas direcionadas para novas
possibilidades de mudanças a partir da percepção dos próprios trabalhadores.
Projeto de Atenção Multiprofissional aos pacientes com Distúrbios Nutricionais
atendidos no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza/ UFPA.
De acordo com dados epidemiológicos nacionais, nos últimos trinta anos
observou-se um aumento significativo do número de casos de sobrepeso e
obesidade na população, ocasionado pela mudança do estilo de vida dos indivíduos
– sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e aumento do consumo de alimentos com
alta densidade energética. Paralelamente, observam-se casos de desnutrição
afetando diferentes fases da vida, muitas vezes coexistindo no mesmo domicílio ou
comunidade. Um cenário que caracteriza o processo de “transição nutricional” e
“abismo social” ainda evidente no país. Nesse contexto, a reeducação alimentar
constitui-se a ação mais apropriada para o tratamento destes distúrbios nutricionais,
uma vez que visa adequar o estado nutricional e propiciar qualidade de vida. Nesse
sentido, o projeto em questão objetiva apresentar os dados epidemiológicos
nacionais com relação à transição nutricional no país, a trajetória do projeto desde a
sua criação, a forma de avaliação e intervenção nutricional individualizada utilizada
na prática clínica, expondo, através de gráficos e tabelas, os resultados obtidos com
os atendimentos e ações desenvolvidas junto à comunidade, enfocando,
principalmente, a importância do trabalho multiprofissional no cuidado aos pacientes
atendidos, além da integração ensino, pesquisa e extensão, tripé fundamental para o
aprendizado dos profissionais e alunos envolvidos no projeto e base da política de
ação do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza / UFPA.
KATUANA DA BAÍA DO GUAJARÁ: ACESSIBILIDADE GEOGRÁFICA À
POPULAÇÃO
RIBEIRINHA
DO
COMBÚ,
DESVENDANDO
VULNERABILIDADES
Área Temática: Saúde
Responsável: Jorge Patrick Rocha
Instituição: Universidade Federal do Pará (UFPA)
Autores: Socorro Castelo Branco 1; Jorge Patrick Rocha 2; Alcione Pinheiro3
Resumo
O projeto de extensão Katuana da Baía do Guajará objetiva promover a integração
docente-assistencial de professores e estudantes das Faculdades de Medicina, Nutrição e
Educação/UFPA com a equipe de saúde da família do Combú e vivenciar o modelo de
atenção preconizado pela Política Nacional de Atenção Básica, a Estratégia de Saúde da
Família (ESF) que representa o primeiro contato na rede assistencial. Um importante ponto
de reflexão tem sido as barreiras ao acesso a essa população, a acessibilidade é um atributo
dos serviços de saúde que possibilita as pessoas, atenção a cada novo episódio de doença e
a continuidade da atenção, barreiras ao acesso geográfico envolvem o transporte e a
distância a ser percorrida até a unidade e ao tempo gasto para percorrê-la e irão prejudicar
o contato inicial com o Sistema Único de Saúde e, portanto, a longitudinalidade do
cuidado. O Arquipélago do Combú, área insular do Município de Belém apresenta
barreiras à acessibilidade, pois, o acesso se faz apenas por embarcações fluviais à
dependência das marés do Rio Guamá e da Baia do Guajará. O objetivo dessa roda de
conversa é propor a reflexão sobre barreiras ao acesso geográfico à população ribeirinha e
o modelo de atenção da ESF a partir da atividade inicial do Katuana que foi o inquérito
domiciliar e o quanto essa estratégia de extensão pode contribuir para a compreensão dos
discentes sobre a realidade social, serão utilizadas fotos, mapas e reflexões dos discentes.
Palavras-chave: estratégia de saúde da família, população ribeirinha, acessibilidade
1
Professor Adjunto
Bolsista PIBIC – Faculdade de Medicina
3
Bolsista do Laboratório de Geoprocessamento do Instituto Evandro Chagas
2
EXPERIÊNCIAS MUSICAIS NA SAÚDE MENTAL
Coordenadora: Ingrid Bergma da Silva Oliveira
Responsável pelo trabalho: Camilla Heloiza Soares de Moraes¹.
Coautores: Wellison Carvalho Cardoso¹; Ingrid Bergma da Silva Oliveira².
Temática: Saúde
Área Temática: Saúde
Linha Programática: Saúde
RESUMO
Uma das formas de promover o cuidado e vivenciar a expressão da subjetividade é
através das experiências sonoras, sendo assim, a Terapia Ocupacional tem papel
fundamental neste contexto, pois utiliza como instrumento de intervenção a atividade
musical com clientela variada. Na saúde mental uma das possibilidades de intervenção
são as atividades de expressão com uso de músicas, canto livre, poesias e outros
recursos. A experiência musical é uma forma de expressão na atividade humana e
sempre esteve presente no dia a dia, sendo um recurso terapêutico que oportuniza a
expressão como forma humana, agregando estética a cultura. Assim, experiências
musicais foram inseridas em práticas da Terapia Ocupacional aplicada à Saúde Mental,
iniciadas no primeiro semestre de 2014, em um Centro de Atenção Psicossocial em
Belém- Pa. Nesta proposta de utilização de experiências sonoras como recurso
terapêutico utilizamos vocalizes, alongamentos e técnicas de respiração, integradas à
dança e poesia, compondo um cuidado diferencial na saúde mental. Os resultados
obtidos com as intervenções foram perceptíveis e satisfatórios, e atuaram como
disparadores desta proposta de roda de conversa, uma vez as experiências musicais
estimulam as funções cognitivas, a melhora do humor e comportamento, diminuindo
sinais de ansiedade e facilitando a comunicação, inclusive com a suavização da
expressão facial, motivo pelo qual objetivamos fomentar discussões acerca da utilização
desse tipo de metodologia.
¹ Acadêmicos do 7º semestre do curso de Terapia Ocupacional da Universidade da Amazônia (UNAMA).
² Docente do curso de Terapia Ocupacional da Universidade da Amazônia (UNAMA) e da Universidade
do Estado do Pará (UEPA). Doutoranda em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC/SP).
O projeto de extensão “Apoio Institucional às Políticas Públicas de Saúde na Grande Vitória”,
desde 2010 acompanha e apoia a Atenção Básica à Saúde no município de Cariacica/ES. O
trabalho teve início partir de uma oficina de pactuação entre Secretaria Municipal de Cariacica
(SEMUS/Cariacica), a Política Nacional de Humanização (PNH/Ministério da Saúde) e alunos e
professores do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES),
cujo objetivo foi o de colaborar pra efetivar o SUS que dá certo. O projeto também tem o apoio
do Fundo de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES). Os apoiadores externos e os
extensionistas fizeram visitas às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a setores de gerência da
SEMUS/Cariacica para conhecer a estrutura, organização e funcionamento do trabalho no SUS.
Realizamos o Grupo de Trabalho em Humanização (GTH) em âmbito municipal, com o objetivo
de intervir, por meio de discussões e atividades, na melhoria dos processos de trabalho e na
qualidade da produção da saúde pública. O GTH é um espaço de trocas e decisões coletiva
constituído por trabalhadores, gestores da SEMUS/Cariacica e UFES, cujas atividades são
desenvolvidas para promover a Humanização na Saúde, compreendendo os usuários do Sistema
Único de Saúde (SUS) como sujeitos ativos fundamentais nesse processo.
Propomos para a Roda de Conversa conversar sobre como o projeto de extensão colaborou para
o fortalecimento da Política Pública de Saúde.
VIVENCIAR A SAÚDE: UM VIDEO-DOCUMENTÁRIO QUE ABORDA A
QUALIDADE DE VIDA DE CUIDADORES EM FORMAÇÃO
Área temática: SAÚDE
Responsável pelo trabalho: Cristiane Barelli
Instituição: Universidade de Passo Fundo (UPF)
Autores: Cristiane Barelli¹; Bibiana De Paula Friderichs²; Cláudio Joaquim Paiva
Wagner³; Dulciana Sachetti4
¹Faculdade de Medicina, UPF; Coordenadora do Projeto de Extensão Promoção de Saúde no Rádio;
[email protected]
²Faculdade de Artes e Comunicação, UPF; Curso de Jornalismo; Colaboradora do Projeto de Extensão
Promoção de Saúde no Rádio.
³ Faculdade de Medicina, UPF; Coordenador de Extensão; Colaborador na produção do VídeoDocumentário.
4
Faculdade de Artes e Comunicação, UPF; Curso de Jornalismo; Bolsista de extensão na ocasião de produção
do video-documentário.
O conceito de promoção de saúde é complexo e exige dos profissionais a capacidade de
induzir novas práticas sanitárias. Com predomínio do enfoque curativo, as tecnologias
leves de educação em saúde ainda são incipientes e pouco valorizadas nos cursos de
graduação, refletindo a dificuldade de experiências que efetivamente promovam a melhoria
das condições de vida da população. Deparamo-nos com o discurso vazio entre o
falar/orientar e o fazer. Este relato apresenta a experiência da produção do vídeodocumentário “Vivenciar a Saúde”, que enfatiza a importância dos cuidadores terem bons
hábitos de vida, a partir do cotidiano de professores e estudantes da nossa IES. Trata-se de
uma das ações do projeto de extensão Promoção de Saúde no Rádio e a demanda foi
identificada a partir dos resultados da pesquisa de avaliação da qualidade de vida dos
estudantes de medicina, realizada em 2009-2011, que nasce atrelada a ideia de promoção
da saúde como uma das mais importantes dimensões da qualidade de vida. Na tentativa de
ressignificar o que entendemos por saúde a equipe de extensionistas propôs o vídeo. Tratase de resgatar a necessidade de mudança no olhar, do empenho de colocá-lo em
perspectiva para si e para o outro. Uma linguagem pouco usual no desenvolvimento
curricular dos cursos da área da saúde, que ainda privilegiam excesso de conteúdos e
metodologias pouco interativas, com incipiente mobilização de habilidades e competências
não cognitivas.
SAÚDE DO TRABALHADOR: O PAPEL DA TUTORIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE
ATRAVÉS DO DIÁLOGO E DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NUMA EXPERIÊNCIA DE
EXTENSÃO POPULAR
Jucelandia Nicolau Faustino Silva1; Anne Caroline Ferreira de Freitas2; Dailton Alencar Lucas
de Lacerda3
¹Estudante de Graduação em Direito/UFPB e Extensionista do Programa de Educação Popular e
Saúde do Trabalhador – PEPST;
2
Estudante de Graduação em Nutrição/UFPB e Extensionista do Programa de Educação Popular
e Saúde do Trabalhador – PEPST;
3
Professor do Departamento de Fisioterapia/UFPB/ e Coordenador do Programa de Educação
Popular e Saúde do Trabalhador – PEPST
O Programa de Educação Popular e Saúde do Trabalhador (PEPST) é uma atividade de extensão
vinculada a Universidade Federal da Paraíba constituído por três projetos que têm como fio
condutor a Educação Popular. Os projetos articulados com trabalhadores do setor formal e
informal oriundos de diversos espaços estão juntamente com os estudantes e parceiros de
extensão, construindo um importante movimento de reflexão, diálogo e promoção da saúde no
âmbito da Saúde do Trabalhador. Neste processo, a tutoria se constitui como um importante
canal entre o estudante e o trabalhador, bem como a sua comunidade e os aparelhos sociais nela
inseridos. Nas tutorias, estudantes e trabalhadores interagem nos espaços de saúde discutindo
diversos assuntos relacionados ao seu cotidiano como sujeito trabalhador, predominantemente a
dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Nesse processo, trabalhadores conduzem a
problematização e buscam estratégias de facilitar o acesso aos serviços de saúde fomentando a
participação social. Este processo dialético está sendo gradualmente construído e se firmando,
buscando a maior participação da comunidade, levando em consideração a conjuntura históricopolítico das relações de trabalho na atualidade. Foi através da realização das tutorias nos diversos
espaços de saúde, que se conseguiu engendrar um ampliado processo de reflexão junto à
comunidade e os profissionais de saúde, destacando a importância do diálogo e da participação
popular na promoção da saúde.
EDUCAÇÃO POPULAR E MOVIMENTO POPULAR EM SAÚDE: UMA VIVÊNCIA
NO MUNICÍPIO DE JACUMÃ/PB
Joyce Gleyze de Araújo Gomes¹; Jucelândia Nicolau Faustino Silva²; Ivonaldo Leidson
Barbosa Lima³.
¹Estudante de Graduação em Fisioterapia da UFPB e Extensionista do Programa Educação
Popular em Saúde do Trabalhador – PEPST
²Estudante de Graduação em Direito da UFPB e Extensionista do Programa Educação Popular
em Saúde do Trabalhador – PEPST
³Fonoaudiólogo formado pela UFPB e Membro do Programa Educação Popular em Saúde do
Trabalhador – PEPST
Essa vivência, realizada no município de Jacumã/PB, foi articulada pelo Programa de
Educação Popular e Atenção à Saúde do Trabalhador e pelo Movimento Popular de Saúde da
Paraíba, vinculados à Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Ela contou com a
participação de estudantes e trabalhadores de múltiplas áreas, e objetivou a promoção de
trocas de experiência, reflexões e discussões a respeito da reestruturação do movimento
popular em saúde em nosso Estado.
A priori, desenvolvemos uma roda de conversas, na qual discutimos sobre a realidade
das comunidades da região e pudemos constatar, nas falas dos participantes, que o Sistema
Único de Saúde (SUS) não consegue oferecer um serviço de qualidade as populações.
Diante disso, começamos a refletir a respeito do valor das práticas populares de saúde
para esses sujeitos. Foi visto que, apesar do incentivo do Ministério da Saúde ao uso dessas,
ainda existe resistência dos sujeitos em relação a elas e que estas não estão sendo transmitidas
as novas gerações, correndo o risco de serem esquecidas.
Vimos o fervor e a defesa pelo uso das práticas alternativas na atenção à saúde e
realmente consideramos que estas são capazes de proporcionar benefícios à população, mas
elas não devem ser vistas como medidas paliativas ou excludentes de outras formas de
atenção. O SUS tem que cumprir seus objetivos e metas, garantindo saúde de qualidade a
todos os sujeitos. E esse é um desafio atual: integrar a assistência médica ao uso de práticas
populares.
Projeto “Doenças Crônicas não transmissíveis: o que são e como evitá-las” é
aplicado em professores de ensino fundamental e médio em uma escola de
Florianópolis, SC
Charão, CT1 ; Francisco, AKC2; Godoi, HPi2
1
CFS, CCB, UFSC; 2Graduanda em Enfermagem, UFSC
Durante o desenvolvimento do projeto “Princípios Básicos de um Viver
Saudável” oferecido aos alunos de ensino fundamental e médio de escolas de
Florianópolis onde é mostrada a importância do estilo de vida na prevenção de doenças
crônicas, foi constatado a necessidade da aplicação do projeto também aos professores
das escolas envolvidas. Os docentes assistiram a um minicurso de 20h onde foi
mostrado as características das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), seus
sintomas, como são instaladas e principalmente como evitá-las. Também foi enfatizada
a relevância da saúde do professor na qualidade de ensino prestado bem como no seu
papel de educador e promotor de conscientização da importância de um estilo de vida
saudável. Os professores tiveram seus dados antropométricos coletados e submetidos a
um questionário sobre hábitos de vida e histórico familiar de doenças. Os dados foram
analisados e os professores foram classificados como pertencentes ou não ao grupo de
risco para as DCNT sendo que foi encontrada a alarmante realidade de 61,5% de
professores com sobrepeso e obesidade e somente 38,5% eutróficos. Estes estão sendo
acompanhados para reverterem este quadro.
PVP- PROJETO VIDAS PARALELAS- EDUCAÇÃO POPULAR E
SAÚDE DO TRABALHADOR
FIGUEIREDO, Luciana Cabral¹; OLIVEIRA, Paula Luanna Carvalho²; SATURNINO,
Clara Isabel³.
¹Professora do Departamento de Fonoaudiologia/UFPB/ e Facilitadora do Programa de
Educação Popular e Saúde do Trabalhador – PEPST
²Estudante de Graduação em Fonoaudiologia da UFPB e Extensionista do Programa
Educação Popular em Saúde do Trabalhador – PEPST
³Estudante de Graduação em Serviço Social da UFPB e Extensionista do Programa
Educação Popular em Saúde do Trabalhador PEPST
O Projeto Vidas Paralelas (PVP) é uma rede integrada, cujo principal objetivo é
promover diálogos entre trabalhadores de diversas categorias do âmbito nacional, sob a
perspectiva da cultura e da saúde. O PVP propõe visibilidade ao mundo do trabalho e
através de expressões artísticas e culturais, constrói novas proposições a partir dos
olhares de seus representantes.
No estado da Paraíba, o PVP é desenvolvido na Universidade Federal da Paraíba
e foi desenhado como proposta de ampliação das ações de atividade extensionistas,
vislumbrando a qualificação de suas realizações, incremento dos parceiros envolvidos,
levando potencialização na geração de produtos acadêmicos e sociais. Para isto,
promove vivências, oficinas culturais, oficinas de inclusão digital, fóruns e reuniões
teóricas.
Nosso ímpeto, enquanto projeto de educação popular reside em cooperar, num
anseio quase interminável, com a vida de dezenas de trabalhadores desse Brasil.
Construindo caminhos para a Fonoaudiologia Escolar Inclusiva: estudantes
surdos e a aquisição da Oralização no Ensino Fundamental.
Pais e responsáveis de estudantes surdos são orientados que, coletivamente,
decidam o melhor caminho a ser tomado. A língua de sinais (LIBRAS) deveria ser a L1
e aprendida precocemente, permitindo um trabalho capaz de possibilitar o
desenvolvimento pleno de linguagem e do sujeito surdo. Implantar as linguagens L1 e
L2 é uma tarefa bastante complexa, pois exige total aceitação dos responsáveis,
quanto a situação bilíngue dos filhos e que se conscientizem de que a língua de sinais
não deve ser encarada com o fracasso na aquisição da linguagem oral e/ou escrita,
nem como apenas um recurso, assim, sendo primordial que os familiares aceitem
aprender libras, para facilitar a comunicação e o incentivo para aprendizagem da
língua portuguesa.O presente trabalho tem por objetivo relatar os caminhos, desafios e
ações extensionistas na orientação e auxílio dos estudantes não ouvintes da
importância da aquisição da L2, como uma ponte para melhor comunicação, com os
demais estudantes, além de orientação para responsáveis e profissionais da área,
ressaltando o trabalho fundamental da Fonoaudiologia, no âmbito escolar. O projeto
de Extensão Saúde e Educação para a Cidadania, é uma ação multiprofissional e
interdisciplinar do Centro de Ciências da Saúde (CCS),e este recorte envolve ações e
estratégias na Escola Municipal Paulo Freire, localizada em Niterói-RJ, oferecendo de
forma inclusiva, a promoção da saúde e educação a portadores de necessidades
especiais, principalmente a estudantes surdos, onde podemos conviver e dialogar com
44 crianças surdas. Após ambiência e estudo diagnóstico estudantes de Graduação
de Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro têm construído caminhos para
auxiliar profissionais e docentes do Ensino Fundamental a criar estratégias para o
surdo conviver com outros surdos, para que utilizem a língua de sinais, e facilite a
aceitabilidade e a aprendizagem precocemente, pois a aquisição da libras deve ser
realizada por meio do ensino formal. A língua de sinais pode facilitar a aquisição da
linguagem oral e a partir desse ponto o fonoaudiólogo pode trabalhar com português
(oral e/ou escrita). O surdo não é obrigado a falar, a aquisição da linguagem oral é
oferecida pelo fonoaudiólogo,logo, uilizaremos as abordagens Unissensoriais Audiofonatória e Aural, onde na audiofonatória focaremos na estimulação precoce,
com vogais, músicas de temas infantis, sempre com frases curtas, sílabas,
coordenação visomotora e leia-ligue (ler a palavra e ligar ao objeto) e interligar
imagem com o som e significado e na aural o enfoque é na estimulação auditiva,
dentro da detecção com sua presença e ausência ( coloca-se uma música), a
discriminação, se o som é igual ou não (sons de animais), além do reconhecimento e
compreensão destes trabalhos.
Capacitação em primeiros socorros para moradores de comunidades carentes situadas na
cidade do Rio de Janeiro
Resumo da ação extencionista: Tendo em vista a importância do atendimento rápido em
casos emergênciais e a consequente necessidade de capacitação em primeiros socorros para
leigos, o grupo PET conexões de saberes Chapéu Mangueira e Babilônia realiza mini-cursos de
primeiros socorros para leigos em comunidades carentes situadas na zona sul da cidade do Rio
de Janeiro. Para tal, contamos com a participação da Prof. Dra. Sônia Middleton e alunos de
diversos cursos da área da saúde (Medicina, Enfermagem, Nutrição) previamente treinados.
Temos como objetivos prioritários: capacitar moradores a realizar primeiros socorros em
situações emergenciais diversas; estimular a propagação do conhecimento aos seus pares;
avaliar o resultado obtido por meios de questionários; familiarizar os alunos da área da saúde
com a responsabilidade de propagação de informações médicas à pessoas leigas; possibilitar o
treinamento constante dos conhecimentos de BLS (suporte básico de vida) e primeiros
socorros gerais aos alunos da área da saúde
Propostas para discussão: explicitar e discutir as experiências vividas pelo grupo; discutir os
resultados encontrados nos questionários aplicados; realizar perguntas básicas de
conhecimento sobre primeiros socorros aos participantes da roda de conversa com objetivo de
enriquecer a discussão;
BEM VIVER NA MELHOR IDADE: TROCAS E VIVÊNCIAS
O envelhecimento populacional tem aumentado de forma significativa no Brasil e está
associado à redução de atividades sociais, crescentes taxas de morbidade, perda da autonomia,
maiores taxas de vulnerabilidade e dependência, tratando-se de um processo heterogêneo e
complexo.
O público-alvo é composto por cerca de quinze mulheres idosas em situação de
vulnerabilidade social residentes na região central de Santos e adjacências, sendo este número
variável. O grupo é heterogêneo, com idosas autônomas ou com algum grau de dependência.
Os objetivos são: proporcionar melhoria na qualidade de vida, promoção de autonomia,
promoção da saúde física e mental, integração social, aumento da autoestima e troca de experiências
e vivências entre participantes e alunos.
As atividades são desenvolvidas a partir de cinco eixos específicos: sociabilidade, cuidados
com a saúde, habilidade físicas e manuais, memória e aspectos cognitivos e alimentação saudável. É
elaborado um cronograma semestral que abarca todos os eixos, buscando desenvolver atividades
diversificadas.
São propostas atividades educativas, artísticas, recreativas, exercícios físicos, orientações
sobre atividades da vida diária, entre outras que estimulem o movimento, a concentração e a
criatividade por meio de construção coletiva, despertando novos interesses e perspectivas,
atribuindo novos sentidos às vivências, visando melhoria da qualidade de vida e saúde por meio de
participação ativa.
HORTA COMUNITÁRIA: VALORIZAÇÃO DO SABER POPULAR E
PROMOÇÃO DA SAÚDE DE FORMA SOLIDÁRIA E COOPERATIVA
Área Temática: Saúde
Responsável pelo Trabalho: Ana Paula Maia Espíndola Rodrigues
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Coautores: Maria José Pereira Tavares; Sunamita da Silva Barbosa
RESUMO
O Projeto de Extensão “Práticas Integrais de Promoção da Saúde e Nutrição na Atenção
Básica em Saúde” (PINAB) desde 2007 desenvolve ações, através de grupos operativos,
nas comunidades de Pedra Branca, Jardim Itabaiana e Boa Esperança no bairro do
Cristo Redentor em João Pessoa/PB, segundo o referencial teórico-metodológico da
Educação Popular, da Promoção da Saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional. Com
isso,
um
dos
grupos
de
atuação
do
Projeto,
Grupo
Operativo
Horta
Comunitária, objetiva a realização de ações junto à comunidade Boa Esperança para
implantação de uma Horta às margens do rio que nasce na comunidade. Com a proposta
de possibilitar à população um processo de discussão, aprendizagem e mobilização, o
grupo procura meios que impulsionem a construção de hortas como espaços
comunitários de promoção da alimentação saudável de forma solidária e cooperativa,
compartilhando o conhecimento técnico com a experiência de alguns moradores
oriundos da zona rural do estado. No entanto, diversas dificuldades inviabilizam a
continuidade das ações, como a própria articulação com a comunidade, uma vez que o
local proposto para a Horta é conflitante devido a rivalidade de grupos e o domínio do
tráfico na região. O PINAB busca, então, estimular a comunidade para a construção
conjunta de um espaço de cultivo de alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos, que
valorize o reconhecimento da realidade social do espaço, além de contribuir para o
estabelecimento do vínculo entre extensionistas e comunidade, e para uma formação
mais horizontal e humanizada.
Mobilização da Comunidade e as Dificuldades em difundir a Extensão
Universitária
O Projeto Práticas Integrais da Nutrição na Atenção Básica em Saúde (PINAB) atua na
comunidade Boa Esperança, localizado no bairro do Cristo Redentor, na cidade de João
Pessoa-PB, Possui como referencial teórico-metodológico a Educação Popular, que
trabalha pedagogicamente com os grupos envolvidos, fomentando formas coletivas de
aprendizado e investigação, pra promover o crescimento da análise critica e estratégias
de luta e enfrentamento da realidade, busca com isso proporciona uma “troca” de
saberes entre os moradores da comunidade e os acadêmicos, ou seja, a uma valorização
não apenas do conhecimento do extensionista, mais também do saber e valores do
educando/moradores que permite que ele se sinta “em casa” e mantenha sua iniciativa
(VASCONCELOS, 2004), e para isso, nos utilizamos de vivencias das quais abordamos
temas escolhidos pelos próprios frequentadores do projeto e a partir desse tema sugerido
por eles, utilizamos diversos meios pedagógicos para passar e receber esse conteúdo,
com meios lúdicos como místicas, peças teatrais, roda de conversas, fôlders, dentre
outros. Porém podemos notar, que mesmo com as divulgações, com panfletagem na
comunidade e a colocação de avisos em postos de saúde falando da assistência do grupo
e chamando para a participação, a mobilização dos moradores ainda é bastante reduzida,
sendo assim um obstáculo para uma maior interação da comunidade e a universidade.
SAÚDE DA MULHER NEGRA
O Censo 2010 confirma mudanças na composição racial brasileira, e indica que
a população negra compreende a maioria. No Brasil, negros são aqueles que
se autodeclaram como pardos e pretos, correspondem a 96,7 milhões de
indivíduos, perfazendo um total de 50,7% dos habitantes brasileiros. Estudos
confirmam que, mesmo com esta significativa participação da população negra
na sociedade brasileira e do aumento do autorreconhecimento racial, o racismo
e o preconceito ainda têm importante influência na vida das pessoas, em todos
os campos das relações sociais. Portanto, desconstruir o racismo e promover a
igualdade racial continua sendo um desafio à democracia brasileira (1).
De acordo com o principio de integralidade, universalidade e equidade no SUS,
a saúde é um direito de todos e o poder público deve provê-la de forma integral
por meio de ações e serviços de saúde a todos que deles necessitem, levando
em consideração as necessidades especificas de pessoas ou grupos, mesmo
que estejam em minoria em relação total da população e tendo como objetivo
reduzir as disparidades sociais e regionais do país (2).
O artigo 2º do estatuto da igualdade racial define discriminação racial como
toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor,
descendência ou origem nacional ou étnica, que tenha por objeto anular ou
restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições de
direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico,
social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada; e como
desigualdade racial as situações de diferenciação de acesso e gozo de bens,
serviços e oportunidades, na esfera pública e privada(2).
Sendo assim, o Ministério da Saúde (MS) elaborou a Política Nacional de
Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), com o objetivo de eliminar as
iniquidades e reduzir os agravos que incidem nas altas e desproporcionais
taxas de morbidade e mortalidade nesse grupo populacional. Essa Política,
aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em 2006, busca
materializar esses propósitos, concentrando os esforços das três esferas de
governo, e da sociedade civil, na promoção da saúde, na atenção e no cuidado
em saúde, priorizando a redução das desigualdades étnicas raciais, o combate
ao racismo e a discriminação nas instituições e serviços do Sistema Único de
Saúde (SUS) (4).
Considerando as desfavoráveis condições de saúde da população negra, os
dados socioeconômicos disponíveis indicam que a maioria das mulheres
negras encontra-se abaixo da linha da pobreza. Exibindo alta taxa de
analfabetismo, comparadas às mulheres brancas, são chefes de família sem
cônjuge e com filhos. Por razões sociais ou de discriminação, as mulheres
negras têm menor acesso aos serviços de saúde de boa qualidade, à atenção
ginecológica e à assistência obstétrica – seja no pré-natal, parto ou puerpério com maior risco que as brancas de contrair e de morrer mais cedo de
determinadas doenças (4).
No Brasil, a saúde da mulher era restrita a gravidez e ao parto. Em 1984; foi
elaborado pelo Ministério da Saúde o Programa de Assistência Integral a
Saúde da Mulher (PAISM), esse novo programa continha ações educativas,
preventivas, diagnóstico, tratamento e recuperação, envolvendo a assistência
da mulher em clínica ginecológica, pré-natal, parto e puerpério, climatério,
planejamento familiar, doenças sexualmente transmissíveis, câncer de colo de
útero e de mama, além de outras necessidades encontradas nessa população.
A Constituição de 1988 representou o marco jurídico de uma nova concepção
que retrata a igualdade entre homens e mulheres. Pode ser considerado o
reflexo da transformação social, em andamento, que se iniciou a partir da
segunda metade do século XX(5).
Em continuidade, em julho de 2004, foi realizada em Brasília, a I Conferência
Nacional de Políticas para as Mulheres (I CNPM). A conferência mobilizou
mulheres de todo país, na afirmação dos seus direitos por meio de debates e
propostas, e resultou no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, que
propunha o enfrentamento das desigualdades entre sexos, reconhecendo o
papel fundamental do Estado, por meio de ações e políticas públicas no
combate a estas e outras desigualdades. As ações políticas compreendiam:
igualdade e respeito à diversidade, equidade, autonomia das mulheres,
laicidade do estado, universalidade das políticas, justiça social, transparência
dos atos públicos e participação e controle sócia(6).
Em agosto de 2007, o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres foi
aprovado na II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. O II Plano
validou os princípios e pressupostos da Política Nacional para as Mulheres
(PNM), bem como as diretrizes e prioridades apontadas pela I CNPM,
expandindo os alvos, colocando novos eixos estratégicos e propondo
detalhamento dos já existentes, com destaque aos segmentos de mulheres em
situação de vulnerabilidade(7).
Em relação à mulher, cujo cuidado e saúde são prioridades do MS,
especialmente em atenção primária, destaca-se que a expectativa de vida para
negras é de 66 anos e para brancas, de 71 anos. Vale destacar que existe um
potencial patogênico das discriminações sobre o processo bem-estar/saúde e
doença/mal-estar, e como a mulher negra está no encontro das discriminações
raciais, de gênero e de classe social, torna-se maior o risco de
comprometimento de sua identidade pessoal, imagem corporal, autoconceito e
auto-estima. Além disso, a discriminação e a exclusão aumentam na mulher
negra sua susceptibilidade à violência dirigida a si própria e aos outros, aos
hábitos de vida insalubres, como o tabagismo, e à dificuldade em desenvolver
estratégias positivas de enfrentamento do estresse (8).
Resultados de um estudo sobre a mortalidade materna em mulheres negras
apontam que existe grande diferencial para a mortalidade destas, e que há
relação entre raça, doença e condições de vida para a mortalidade, fazendo-se
necessário novos estudos sobre o tema e maior aprofundamento(9).
Desigualdade de gênero e racismo também denotam fatores de vulnerabilidade
para as mulheres, com risco de aparecimento de enfermidades como as
DST/AIDS e outros agravos à saúde da mulher negra (10).
Portanto de acordo com os dados apresentados acima, esta roda de conversa
tem como objetivo fomentar um debate sobre a Saúde da Mulher Negra e suas
vulnerabilidades, pois acreditamos que está temática é de grande relevância
para que possa haver maior visibilidade para esta população.
Referencias:
1. Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. Contagem Populacional [Internet]. Brasília; 2010. [Citado
2013 mai. 02]. Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/popul/default.asp?.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde (SUS). Princípios e
conquistas. Secretária Executiva. Brasília. 2000. 44pg.
3. Estatuto da Igualdade Racial deputado Paulo Paim. Brasília; 2006.
4. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: Uma política do SUS
Ministério
da
Saúde
Secretaria
de
Gestão
Estratégica
e
Participativa
Departamento de Apoio à Gestão Participativa, Brasília; 2010.
5. Brasil. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde
da Mulher: Princípios e Diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Editora do
Ministério da Saúde. 2011; 82 p.
6. Brasil. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para as
Mulheres. Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Brasília. Secretaria. 2005;
23 p.
7. Brasil. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para as
Mulheres. II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Brasília. 2008; 204p.
8. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. Perspectiva da equidade no Pacto Nacional
pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal: Atenção à Saúde das Mulheres
Negras. Brasília: Ministério da Saúde; 2005.
9. Martins Alaerte Leandro. Mortalidade Materna de Mulheres Negras no Brasil. Cad.
Saúde Pública, v. 22 n.11, 2006, p. :2473-79.
10. Riscado Jorge Luís Souza, Oliveira Maria Aparecida Batista, Brito Ângela Maria
Benedita Bahia. Racismo vida e violência: um estudo sobre as vulnerabilidades de
mulheres negras e da tentativa de prevenir HIV / AIDS em um quilombo em uma
comunidade de Alagoas, v. 19 n. 2, 2010, 96-108.
PET SAUDE / REDES DE ATENÇÃO: A FORMAÇÃO NA PRAXIS.
O Programa de Educação para o Trabalho - PET Saúde/ Redes de Atenção teve inicio
com a publicação do Edital nº 14 de 08 de março de 2013. O Sub-Projeto PET Rede
Cegonha possui o objetivo de fortalecer o desenvolvimento de ações atividades de
caráter individual e coletivo dirigidas às gestantes, puérperas e suas famílias vinculadas
às Unidades de Saúde, com base nos pressupostos da Rede Cegonha, articulando o tripé:
o ensino, a pesquisa e a extensão. Considerando a formação do estudante de saúde para
o trabalho no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) requer articulação entre a
academia e os serviços de saúde, de tal maneira que atenda minimamente aos princípios
e diretrizes que abrigam o cuidado em uma perspectiva da integralidade. Foram
selecionadas graduandas(os) dos cursos de enfermagem, medicina, psicologia e
fonoaudiologia. Inicialmente foram realizadas oficinas preparatórias com o objetivo de
sensibilizar as (os) estudantes dos cursos envolvidos, para compreensão e embasamento
teórico, antes de sua imersão nos campos para desenvolvimento de práticas educativas,
com base em ações de educação para a saúde, segundo as diretrizes da Rede Cegonha.
As atividades contribui com a qualificação da prática de futuros profissionais, para o
cuidado com mulheres no período reprodutivo; Tem ampliado os saberes relacionados
as ações de educação em saúde, com ênfase nas práticas educativas horizontais nas
quais, os(as) estudantes são protagonista do processo ensino-aprendizagem.
PRESTANDO CUIDADO E CONSTRUINDO SABER NO CICLO GRAVÍDICO
PUERPERAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
O objetivo de prestar cuidados de Enfermagem à mulher durante a gravidez e no pósparto com ênfase na integralidade da assistência; instrumentalizar as (os) estudantes de
enfermagem e enfermeiras(os) recém graduadas(os) para o desenvolvimento de
atividades relacionada ao cuidado de Enfermagem; desenvolver práticas educativas com
mulheres gravidas e no pós-parto e com seus familiares, possibilitou a construção de
novos conhecimentos, a troca de experiência e a interação dessas com as alunas e a
equipe de enfermagem. O alcance desses objetivos foi possível mediante a participação
no projeto de extensão “A Enfermagem frente à mulher no ciclo gravídico puerperal:
conhecer para melhor cuidar” desenvolvido em uma Maternidade pública de Salvador
desde março de 2009. Capacitações teóricas das participantes com temas específicos,
antecede o ingresso na atividade, que tem uma carga horária de 150h. Cada cuidado
prestado, as rodas de conversa realizadas, a escuta qualificada serviu de instrumento
para as mulheres promoverem sua saúde e prevenirem agravos comuns ao ciclo
gravídico puerperal.
COMPARTILHANDO SABERES E PRÁTICAS DE GESTANTES: UM
RELATO DE EXPERIENCIA
A universidade possibilita a integração entre a comunidade por meio de projetos de
extensão, proporcionando o pensar sobre sua práxis e/ou reinventá-la envolvendo a
responsabilidade social individual. Desse modo, a atividade de extensão desenvolvida
pelo Programa de Educação Tutorial (PET) Enfermagem desenvolveu oficinas voltadas
para o autocuidado e cuidado com recém-nascido(as) junto às gestantes em Unidades
Básicas de Saúde (UBS) e em ambulatório de Maternidade de Salvador /BA, no período
de em junho de 2012 até janeiro de 2014. Teve como objetivo apreender os saberes e
práticas de gestantes para o autocuidado e para o cuidado com o (a) recém-nascido(a) e
posteriormente, esclarecer suas dúvidas com ênfase na integralidade do cuidado. A
metodologia de oficinas utilizada nessa atividade permitiu a problematização das
questões com a participativa efetiva de todas as participantes sendo um espaço de
criação e de construção coletiva para um saber transformador, a partir de experiências
concretas junto às gestantes matriculadas no pré-natal dessas unidades. Foi possível
identificar um número considerável dessas desprovidas de informações mínimas que
lhes dessem segurança e tranquilidade para se autocuidar e cuidar da(o) sua(seu) filha(o)
PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA
MICROREGIÃO DO SUDESTE GOIANO 1
Grande Área de Conhecimento: Ciências da Saúde
Área temática primária: Direitos Humanos
Área temática secundária: Saúde
Responsável pelo trabalho: OLIVEIRA, Normalene Sena de.
Instituição: Universidade Federal de Goiás (UFG)
Autores: BERTAZZO, Cláudio José 2; SENA, Kamylla Guedes de. 3;
OLIVEIRA, Normalene Sena de 4
RESUMO: Participação e Controle Social é um princípio da estrutura organizacional do
Sistema Único de Saúde (SUS) que garante a população sua participação e formulação de
políticas publicas nas três esferas: Nacional, estaduais e Municipais. O Controle social
pode ser definido como a autonomia de intervenção da sociedade no controle dos bens
públicos e na implementação de novas políticas publicas que atendam a necessidade da
população. No presente trabalho objetivou fortalecer o controle social autônomo, paritário,
democrático e deliberativo em todas as agências de fiscalização para a defesa dos direitos
da cidadania e do bem comum, legitimando os conselhos de saúde como espaços
estratégicos de gestão participativa para pactuação e estabelecimento de compromissos
entre a gestão pública, os trabalhadores e os usuários. A metodologia utilizada foi
discussão e reflexão do papel dos usuários do SUS em meio a uma roda de conversa para
identificação dos determinantes sociais em saúde e sua relação com as iniquidades sociais.
Os resultados apontam que as diferentes comunidades manifestaram sua indignação frente
ao que a Lei preconiza e o distanciamento para a sua pratica. Concluímos que a ação
possibilitou momentos profundos de reflexões, analise critica da realidade e
comprometimento dos participantes com o controle social.
PALAVRAS-CHAVE: Direitos humanos. Saúde. Controle social
1
Projeto cadastrado no SIEC, com titulo: Participação e Controle Social no Sistema Único de Saúde na
Microrregião do Sudeste Goiano. Número: 101090.
2
Graduanda de Enfermagem na Universidade Federal de Goiás –Regional Catalão
3
Profº Drº do Curso de Geografia da Universidade Federal de Goiás – Regional Catalão
4
Profª Ms do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás – Regional Catalão e orientadora da
ação da ação de extensão.
INTRODUÇÃO
Participação e Controle Social é um princípio da estrutura organizacional do
Sistema Único de Saúde (SUS) que garante a população sua participação e formulação de
políticas publicas nas três esferas: Nacional, estaduais e municipais.
O Controle social pode ser definido como a autonomia de intervenção da sociedade
no controle dos bens públicos e na implementação de novas políticas publicas que atendam
a necessidade da população.
Acreditamos que esta participação popular no contexto da saúde pode ocorrer por
meio das conferências e conselhos de saúde na esfera nacional, estadual e federal. As
conferências ocorrem a cada quatro anos com o objetivo de proporcionar discussões, e
analise da situação de saúde e o funcionamento propriamente dito dos serviços de saúde do
SUS. (Brasil,2006).
Neste sento é extremamente relevante que os movimentos sociais, as unidades de
saúde e as Estratégias de Saúde da família formem grupos de reflexão e estudo para
aprofundarem e diagnosticarem a realidade local do processo saúde doença de sua
população e identifique as potencialidades locais para o enfrentamento das deficiências que
possam surgir nas demandas de atendimento e de efetivação das políticas publicas de seu
município e a atenção à saúde.(Brasil,2010).
Sendo assim, é necessário incentivar a comunidade local a participar dos conselhos
de saúde através de representantes como: profissionais de saúde, usuários do sistema único
de saúde, prestadores de serviços e gestores e todos os movimentos sociais e ONGs. Estes
por sua vez vão divulgar e aprofundar os direitos dos usuários do SUS.
A Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde (2009) confirma os diversos direitos
que fundamentam a cidadania da população. Toda pessoa tem direito ao acesso a bens e
serviços que garantam promoção, prevenção, proteção, tratamento e recuperação da saúde,
tratamento no tempo correto até sua recuperação, sem interrupções, atendimento
humanizado e acolhedor da parte dos profissionais qualificados em ambiente limpo,
confortável e acessível. (Brasil, 2009).
Frente à observação a realidades de uma Unidade da Estratégia de Saúde da Família
percebemos a fragilidade da população no conhecimento dos seus direitos a saúde,
assegurados pela Constituição federal de 1988 e as possibilidades de participação na
perspectiva do controle social. (Brasil,1988).
OBJETIVO GERAL: Fortalecer o controle social autônomo, paritário, democrático e
deliberativo em todas as agências de fiscalização para a defesa dos direitos da cidadania e
do bem comum, legitimando os conselhos de saúde como espaços estratégicos de gestão
participativa para pactuação e estabelecimento de compromissos entre a gestão pública, os
trabalhadores e os usuários.
ESPECIFICOS:

Fomentar o protagonismo dos movimentos sociais e dos usuários do SUS

Implementar processos de Educação Popular em Saúde

Promover a defesa do direito à saúde

Disseminar o conhecimento sobre as diretrizes e princípios do SUS.

Oferecer informações sobre os direitos dos usuários do SUS;

Apresentar possíveis possibilidades de autonomia da “Comunidade”;

Informar caminhos para a participação no Conselho de Saúde de Goiandira e
microrregião;

Apresentar mecanismos de transparência e acesso a informações de dados públicos
de ação a comunidade;

Apresentar conceitos e possibilidades de participação e controle social;

Estimular a participação e controle social da comunidade e redes sociais da
Microrregião do Sudeste Goiano,
METODOLOGIA
Distrito de Santo Antonio de Rio verde do município de Catalão, Distrito de
Veríssimo localizado no município de Goiandira. O município de Santo Antonio do Rio
Verde é constituído por uma população de aproximadamente 3000 (três mil) habitantes,
esta é formada por grupos de pessoas que em seu processo de saúde doença apresentam um
grande números de diabetes, hipertensão, intoxicações por agrotóxicos, violências, uso de
álcool e outras drogas, depressão, doenças respiratórias, déficit de auto cuidado, não
participação da comunidade do controle social e decisões que dizem respeito às demandas
da população do distrito, submissão política e econômica do Município de Catalão entre
outros.
Ao partirmos desta realidade propomos nesta atividade de extensão trabalhar
diretamente o conhecimento a cerca da participação e controle social como possibilidade
em melhorar a qualidade dos serviços do sistema único de saúde e o empoderamento da
comunidade na viabilização e efetivação de políticas publicas garantidas pelo Ministério da
Saúde.
A atividade foi desenvolvida junto a população de dois distritos de diferentes
municípios do sudeste Goiano, juntamente com uma comunidade de assentados onde
utilizamos algumas estratégias como: Roda de conversa a cerca do conhecimento das
possibilidades de participação e controle social
através de panfletos explicativos
sintetizando o tema proposto, esclarecimento dos itens do panfleto que se trata dos
direitos dos usuários do SUS. Posteriormente convidamos a comunidade a participar de um
debate para apresentar suas necessidades.
RESULTADOS
Ao escutarmos a população a partir de cada realidade percebemos que os “gritos
eram os mesmos como: ausência de atendimento junto aos serviços de saúde, dificuldades
no atendimento quando necessário, insegurança frente aos serviços de saúde, necessidade
em compreender os direitos à saúde prevista em lei pelo Ministério da Saúde; desejo em
desenvolver autonomia e instinto de busca para exigir melhorias na qualidade de vida
como e respeito como cidadão.
As diferentes comunidades manifestaram sua indignação frente ao que a Lei
preconiza e o distanciamento para a sua pratica, o desrespeito ao que a Lei constitucional
garante em relação a saúde e o que os Municípios de fato oferecem.
CONCLUSÃO
O Impacto da ação junto a população contou com a participação de 250 pessoas o
que possibilitou momentos profundos de reflexões, analise critica da realidade e
comprometimento dos participantes com o controle social. Para os acadêmicos de áreas
interdisciplinar envolvidos na ação exigiu estudo, pesquisa e confronto com a realidade
para um maior fortalecimento das potencialidades apresentadas pelas pessoas envolvidas.
Ficou claro que o trabalho de promoção e educação em saúde é fortalecido quando
a comunidade participa efetivamente do seu processo e compreende efetivamente do seu
papel no controle social e nas prioridades assumidas pelo município.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Orientações para conselheiros de saúde.
Brasília: 2010.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Conselho Nacional de Saúde. A Prática do
controle social. Brasília: 2006.
BRASIL. Constituição [da] República Federativa do Brasil 1988. Brasília: Centro
Gráfico do Senado Federal, 1988. 292p.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Carta dos direitos dos usuários da saúde. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006. 8 p. (Série E. Legislação de Saúde). Disponível em:
http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/cartaaosusuarios02.pdf.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Conselho Nacional de Saúde. Coletânea de Normas para o
Controle Social no Sistema Único de Saúde – 2. ed. - Brasília: Editora do Ministério da
Saúde, 2006. 208 p. – (Série E. Legislação de Saúde). Disponível em:
http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/coletanea_miolo.pdf.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Conselho Nacional de Saúde. Relatório consolidado para a
13ª Conferência Nacional de Saúde. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007, 82 p.
(Série
C.
Projetos,
Programas
e
Relatórios)
Disponível
em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/relatorio_consolidado_13cns.pdf.
CORREIA, Maria Valéria Costa. Desafios para o controle social: subsídios para
capacitação dos conselheiros de saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2005. 280 p.
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. Conselho Estadual de Saúde.

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