reuso das correntes de efluentes aquosos em refinarias de petróleo
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reuso das correntes de efluentes aquosos em refinarias de petróleo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS REUSO DAS CORRENTES DE EFLUENTES AQUOSOS EM REFINARIAS DE PETRÓLEO Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química do Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Química Débora Campos de Faria Florianópolis, fevereiro de 2004. ii REUSO DAS CORRENTES DE EFLUENTES AQUOSOS EM REFINARIAS DE PETRÓLEO Débora Campos de Faria Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química do Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para obtenção do título de Mestre em Engenharia Química Profª Selene M. A. Guelli Ulson de Souza, Dr. Eng. Orientadora Profº Antônio Augusto Ulson de Souza, Dr. Eng. Co-orientador Profº Agenor Furigo Júnior, D. Sc. Coordenador do CPGENQ BANCA EXAMINADORA: Profª Selene Maria de Arruda Guelli Ulson de Souza, Dr. Eng. Profº Antônio Augusto Ulson de Souza, Dr. Eng. Profº Agenor Furigo Júnior, D. Sc. Profº Clóvis Raimundo Maliska, Ph. D. Marco Antônio Gomes Teixeira, Dr. iii AGRADECIMENTOS Aos meus pais, Márcio e Vera, pelo apoio, estímulo e carinho ao longo deste e de todos os outros desafios de minha vida. As minhas irmãs, Juliana e Rafaela, e ao meu irmão, Márcio, por participarem de mais um caminho vencido. À Professora Selene Maria de Arruda Guelli Ulson de Souza, que me orientou e sempre confiou neste trabalho, emprestando seu conhecimento e sua amizade. Ao Professor Antônio Augusto Ulson de Souza, que contribuiu para o bom desenvolvimento deste trabalho. Aos queridos colegas que passaram ou ainda permanecem no LABSIN e LABMASSA, os quais sempre se mostraram dispostos a contribuir para o sucesso deste trabalho. Ao Programa de Recursos Humanos da ANP, através do PRH 09 /MECPETRO, que financiou e deu todo o suporte necessário para o desenvolvimento deste trabalho. Ao Professor Maliska, à Fernanda e ao Axel, do MECPETRO, que lutaram para dar continuidade aos PRH’s e sempre estiveram dispostos a auxiliar no que fosse preciso. Aos Professores do Curso de Pós-Graduação, pelos conhecimentos transmitidos. Aos colegas de turma, com os quais ganhei e dividi muitos conhecimentos, pelos bons momentos que passamos juntos. Aos funcionários do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, e em especial ao Edvilson, secretário do CPGENQ, pelo seu impecável atendimento e simpatia em todas as ocasiões. Aos grandes amigos, que embora não citados nominalmente, forneceram tanto coragem e estímulo quanto refúgio, tornando-se peças primordiais para esta conquista. iv ÍNDICE ÍNDICE DE TABELAS ..................................................................................................v ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................ xv SIMBOLOGIA E NOMENCLATURA ......................................................................... xix RESUMO................................................................................................................... xxi ABSTRACT .............................................................................................................. xxii CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO .....................................................................................1 CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................6 2.1. A Água ...........................................................................................................6 2.2. A Água em Refinarias de Petróleo.................................................................9 2.3. Os Efluentes Aquosos em Refinarias de Petróleo .......................................14 2.4. A Problemática dos Recursos Hídricos........................................................17 2.5. Gerenciamento dos Recursos Hídricos........................................................20 2.6. Formas de Minimização ...............................................................................24 2.7. Técnicas de Otimização dos Sistemas de Água ..........................................27 2.8. Otimização Via Programação Matemática ...................................................42 CAPÍTULO 3 - MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO ..............................49 3.1. Procedimentos de Otimização .....................................................................49 3.2. Métodos .......................................................................................................52 3.3. Modelos Matemáticos ..................................................................................53 3.3.1. MODELO 1 - Modelo base....................................................................55 3.3.2. MODELO 2 - Correção de parâmetros das CR’s ..................................62 3.3.3. MODELO 3 - Perdas nas correntes de reuso .......................................63 3.3.4. MODELO 4 - Adição de regeneradores ................................................66 3.3.5. MODELO 5 - Sumidouros com restrições.............................................74 3.3.6. MODELO 6 - Vazão variável nas unidades ..........................................78 3.3.7. MODELO 7 - Vazão variável nas unidades com regeneradores ..........80 3.3.8. MODELO 8 - Vazão variável nas unidades, com regeneradores e limite nos sumidouros...................................................................................................82 CAPÍTULO 4 - RESULTADOS E ANÁLISE................................................................83 4.1. Problema 1 (WANG e SMITH, 1994) ...........................................................85 4.2. Problema 2 (WANG e SMITH, 1994) .........................................................125 4.3. Problema 3 (WANG e SMITH, 1994) .........................................................152 4.4. Problema 4 (HUANG et al., 1999)..............................................................200 4.5. ESTUDO DE CASO ...................................................................................205 CAPÍTULO 5 - CONCLUSÕES E SUGESTÕES......................................................218 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................226 ANEXO I – PADRÕES DAS ÁGUAS .......................................................................234 ANEXO II – RESOLUÇÃO Nº20 do CONAMA.........................................................240 ANEXO III – EXEMPLO DE PROGRAMA................................................................243 v ÍNDICE DE TABELAS Tabela 2. 1 – Composição média dos efluentes de uma refinaria.................................. 16 Tabela 2. 2 – Demanda por água nos pólos petroquímicos do país. (Fonte: SILVA e SIMÕES, 1999). ............................................................................................................. 18 Tabela 2. 3 – Dados da atuação responsável entre os membros da ABIQUIM (Fonte: ABIQUIM). ...................................................................................................................... 22 Tabela 2. 4 – Indicadores de gestão ambiental (dados publicados em 1998 e referentes a 1997). Fonte: CNI, 1998............................................................................. 23 Tabela 2. 5 – Sistemas de tratamento usados na remoção de contaminantes. ............. 26 Tabela 4. 1 – Dados referentes às operações envolvidas no Problema 1. .................... 85 Tabela 4. 2 – Vazões mínimas requeridas pelas operações e da rede de água sem reuso. ............................................................................................................................. 85 Tabela 4. 3 – Configuração do envio das correntes para a solução ótima no caso 1.1 do problema 1. ............................................................................................................... 86 Tabela 4. 4 – Redução alcançada pelo caso 1.1 do problema 1.................................... 86 Tabela 4. 5 – Configuração do envio das correntes para a solução ótima no caso 1.2 do problema 1. ............................................................................................................... 86 Tabela 4. 6 – Redução alcançada pelo caso 1.2 do problema 1.................................... 87 Tabela 4. 7 – Configuração do envio das correntes para a obtida no caso 1.3 do problema 1. .................................................................................................................... 87 Tabela 4. 8 – Redução alcançada pelo caso 1.3 do problema 1.................................... 88 Tabela 4. 9 – Configuração do envio das correntes para a solução ótima no caso 1.4 do problema 1. ............................................................................................................... 88 Tabela 4. 10 – Redução alcançada pelo caso 1.4 do problema 1.................................. 88 Tabela 4. 11 – Dados das fontes de água usadas no caso 2 do problema 1................. 90 Tabela 4. 12 – Dados adicionais para a análise econômica. ......................................... 90 Tabela 4. 13 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.1 do problema 1. ...................................................................................................... 91 Tabela 4. 14 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.1 do problema 1.................................. 91 Tabela 4.15 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.2 do problema 1. ...................................................................................................... 92 Tabela 4. 16 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.2 do problema 1.................................. 92 Tabela 4. 17 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.3 do problema 1. ...................................................................................................... 92 Tabela 4. 18 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.3 do problema 1.................................. 93 Tabela 4. 19 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.4 do problema 1. ...................................................................................................... 93 Tabela 4. 20 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.4 do problema 1.................................. 93 Tabela 4. 21 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso vi 2.2.1 do problema 1. ...................................................................................................... 95 Tabela 4. 22 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.1 do problema 1.................................. 96 Tabela 4. 23 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.2 do problema 1. ...................................................................................................... 96 Tabela 4. 24 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.2 do problema 1.................................. 97 Tabela 4. 25 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.3 do problema 1. ...................................................................................................... 97 Tabela 4. 26 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.3 do problema 1.................................. 97 Tabela 4. 27 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.4 do problema 1. ...................................................................................................... 98 Tabela 4. 28 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.4 do problema 1.................................. 98 Tabela 4. 29 – Dados econômicos do processo regenerativo envolvido no caso 3 do problema 1. .................................................................................................................. 100 Tabela 4. 30 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.1 do problema 1. .................................................................................................... 101 Tabela 4. 31 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.1 do problema 1................................ 101 Tabela 4. 32 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.2 do problema 1. .................................................................................................... 102 Tabela 4. 33 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.2 do problema 1................................ 102 Tabela 4. 34 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.3 do problema 1. .................................................................................................... 102 Tabela 4. 35 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.3 do problema 1................................ 103 Tabela 4. 36 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.4 do problema 1. .................................................................................................... 103 Tabela 4. 37 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.4 do problema 1................................ 103 Tabela 4. 38 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.5 do problema 1. .................................................................................................... 104 Tabela 4. 39 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.5 do problema 1................................ 104 Tabela 4. 40 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.6 do problema 1. .................................................................................................... 104 Tabela 4. 41 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.6 do problema 1................................ 105 Tabela 4. 42 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.7 do problema 1. .................................................................................................... 105 Tabela 4. 43 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.7 do problema 1................................ 106 Tabela 4. 44 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.1 do problema 1. .................................................................................................... 108 Tabela 4. 45 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.1 do problema 1................................ 108 Tabela 4. 46 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.2 do problema 1. .................................................................................................... 109 vii Tabela 4. 47 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.2 do problema 1................................ 109 Tabela 4. 48 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.3 do problema 1. .................................................................................................... 109 Tabela 4. 49 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.3 do problema 1................................ 110 Tabela 4. 50 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.4 do problema 1. .................................................................................................... 110 Tabela 4. 51 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.4 do problema 1................................ 110 Tabela 4. 52 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.5 do problema 1. .................................................................................................... 111 Tabela 4. 53 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.5 do problema 1................................ 111 Tabela 4. 54 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.6 do problema 1. .................................................................................................... 111 Tabela 4. 55 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.6 do problema 1................................ 112 Tabela 4. 56 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.1 do problema 1. .................................................................................................... 113 Tabela 4. 57 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.1 do problema 1................................ 114 Tabela 4. 58 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.2 do problema 1. .................................................................................................... 114 Tabela 4. 59 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.2 do problema 1................................ 114 Tabela 4. 60 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.3 do problema 1. .................................................................................................... 115 Tabela 4. 61 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.3 do problema 1................................ 115 Tabela 4. 62 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.4 do problema 1. .................................................................................................... 116 Tabela 4. 63 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.4 do problema 1................................ 116 Tabela 4. 64 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.5 do problema 1. .................................................................................................... 116 Tabela 4. 65 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.5 do problema 1................................ 117 Tabela 4. 66 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.6 do problema 1. .................................................................................................... 117 Tabela 4. 67 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.6 do problema 1................................ 117 Tabela 4. 68 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.7 do problema 1. .................................................................................................... 118 Tabela 4. 69 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.7 do problema 1................................ 118 Tabela 4. 70 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.8 do problema 1. .................................................................................................... 119 Tabela 4. 71 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.8 do problema 1................................ 119 Tabela 4. 72 – Quadro comparativo das soluções do problema 1 obtidas para as redes de água que requerem vazões fixas................................................................... 121 viii Tabela 4. 73 – Quadro comparativo das soluções do problema 1 obtidas para as redes de água que permitem vazões variáveis. ........................................................... 123 Tabela 4. 74 – Comparação dos resultados encontrados neste trabalho com os resultados da literatura. ................................................................................................ 124 Tabela 4. 75 – Dados das operações da rede de água do problema 2........................ 125 Tabela 4. 76 –Vazões mínimas requeridas pelas operações e da rede de água sem reuso. ........................................................................................................................... 125 Tabela 4. 77 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.1 do problema 2. ....................................................................................................... 126 Tabela 4. 78 – Reduções obtidas pelo caso 1.1 do problema 2................................... 126 Tabela 4. 79 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.2 do problema 2. ....................................................................................................... 126 Tabela 4. 80 – Reduções obtidas pelo caso 1.2 do problema 2................................... 127 Tabela 4. 81 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.3 do problema 2. ....................................................................................................... 127 Tabela 4. 82 – Reduções obtidas pelo caso 1.3 do problema 2................................... 127 Tabela 4. 83 – Dados das fontes de água usadas no caso 2 do problema 2............... 129 Tabela 4. 84 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.1 do problema 2. .................................................................................................... 130 Tabela 4. 85 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.1 do problema 2................................ 130 Tabela 4. 86 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.2 do problema 2. .................................................................................................... 131 Tabela 4. 87 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.2 do problema 2................................ 131 Tabela 4. 88 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.3 do problema 2. .................................................................................................... 131 Tabela 4. 89 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.3 do problema 2................................ 132 Tabela 4. 90 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.1 do problema 2. .................................................................................................... 133 Tabela 4. 91 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.1 do problema 2................................ 134 Tabela 4. 92 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.2 do problema 2. .................................................................................................... 134 Tabela 4. 93 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.2 do problema 2................................ 134 Tabela 4. 94 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.3 do problema 2. .................................................................................................... 135 Tabela 4. 95 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.3 do problema 2................................ 135 Tabela 4. 96 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.1 do problema 2. .................................................................................................... 137 Tabela 4. 97 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.1 do problema 2................................ 138 Tabela 4. 98 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.2 do problema 2. .................................................................................................... 138 ix Tabela 4. 99 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.2 do problema 2................................ 138 Tabela 4. 100 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.3 do problema 2. .................................................................................................... 139 Tabela 4. 101 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.3 do problema 2.............................. 139 Tabela 4. 102 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.1 do problema 2. .................................................................................................... 141 Tabela 4. 103 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.1 do problema 2.............................. 142 Tabela 4. 104 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.2 do problema 2. .................................................................................................... 142 Tabela 4. 105 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.2 do problema 2.............................. 143 Tabela 4. 106 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.3 do problema 2. .................................................................................................... 143 Tabela 4. 107 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.3 do problema 2.............................. 143 Tabela 4. 108 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.4 do problema 2. .................................................................................................... 144 Tabela 4. 109 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.4 do problema 2.............................. 144 Tabela 4. 110 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.1 do problema 2. .................................................................................................... 146 Tabela 4. 111 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.1 do problema 2.............................. 146 Tabela 4. 112 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.2 do problema 2. .................................................................................................... 147 Tabela 4. 113 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.2 do problema 2.............................. 147 Tabela 4. 114 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.3 do problema 2. .................................................................................................... 147 Tabela 4. 115 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.3 do problema 2.............................. 148 Tabela 4. 116 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.4 do problema 2. .................................................................................................... 148 Tabela 4. 117 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.4 do problema 2.............................. 148 Tabela 4. 118 – Quadro comparativo das soluções do problema 2 obtidas para as redes de água que requerem vazões fixas................................................................... 150 Tabela 4. 119 – Quadro comparativo das soluções do problema 2 obtidas para as redes de água que permitem vazões variáveis. ........................................................... 151 Tabela 4. 120 – Comparação dos resultados encontrados com os resultados da literatura. ...................................................................................................................... 152 Tabela 4. 121 – Dados das operações da rede de água do problema 3...................... 152 Tabela 4. 122 –Vazões mínimas requeridas pelas operações e da rede de água sem reuso. ........................................................................................................................... 153 Tabela 4. 123 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.1 do problema 3. ....................................................................................................... 153 Tabela 4. 124 – Reduções obtidas pelo caso 1.1 do problema 3................................. 153 x Tabela 4. 125 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.2 do problema 3. ....................................................................................................... 154 Tabela 4. 126 – Reduções obtidas pelo caso 1.2 do problema 3................................. 154 Tabela 4. 127 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.3 do problema 3. ....................................................................................................... 154 Tabela 4. 128 – Reduções obtidas pelo caso 1.3 do problema 3................................. 155 Tabela 4. 129 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.4 do problema 3. ....................................................................................................... 155 Tabela 4. 130 – Reduções obtidas pelo caso 1.4 do problema 3................................. 155 Tabela 4. 131 – Dados das fontes de água usadas no caso 2 do problema 3............. 157 Tabela 4. 132 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.1 do problema 3. .................................................................................................... 158 Tabela 4. 133 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.1 do problema 3.............................. 158 Tabela 4. 134 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.2 do problema 3.............................. 159 Tabela 4. 135 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.1 do problema 3. .................................................................................................... 160 Tabela 4. 136 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.1 do problema 3.............................. 161 Tabela 4. 137 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.2 do problema 3. .................................................................................................... 161 Tabela 4. 138 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.2 do problema 3.............................. 161 Tabela 4. 139 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.3 do problema 3. .................................................................................................... 162 Tabela 4. 140 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.3 do problema 3.............................. 162 Tabela 4. 141 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.1 do problema 3. .................................................................................................... 164 Tabela 4. 142 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.1 do problema 3.............................. 165 Tabela 4. 143 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.2 do problema 3. .................................................................................................... 165 Tabela 4. 144 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.1 do problema 3.............................. 166 Tabela 4. 145 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.3 do problema 3. .................................................................................................... 166 Tabela 4. 146 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.3 do problema 3.............................. 166 Tabela 4. 147 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.4 do problema 3. .................................................................................................... 167 Tabela 4. 148 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.4 do problema 3.............................. 167 Tabela 4. 149 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.5 do problema 3. .................................................................................................... 168 Tabela 4. 150 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.5 do problema 3.............................. 168 Tabela 4. 151 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso xi 3.1.6 do problema 3. .................................................................................................... 168 Tabela 4. 152 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.6 do problema 3.............................. 169 Tabela 4. 153 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.1 do problema 3. .................................................................................................... 171 Tabela 4. 154 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.1 do problema 3.............................. 171 Tabela 4. 155 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.2 do problema 3. .................................................................................................... 171 Tabela 4. 156 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.2 do problema 3.............................. 172 Tabela 4. 157 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.3 do problema 3. .................................................................................................... 172 Tabela 4. 158 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.3 do problema 3.............................. 172 Tabela 4. 159 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.4 do problema 3. .................................................................................................... 173 Tabela 4. 160 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.4 do problema 3.............................. 173 Tabela 4. 161 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.5 do problema 3. .................................................................................................... 174 Tabela 4. 162 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.5 do problema 3.............................. 174 Tabela 4. 163 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.6 do problema 3. .................................................................................................... 174 Tabela 4. 164 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.6 do problema 3.............................. 175 Tabela 4. 165 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.7 do problema 3. .................................................................................................... 175 Tabela 4. 166 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.7 do problema 3.............................. 175 Tabela 4. 167 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.1 do problema 3. .................................................................................................... 177 Tabela 4. 168 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.1 do problema 3.............................. 178 Tabela 4. 169 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.2 do problema 3. .................................................................................................... 178 Tabela 4. 170 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.2 do problema 3.............................. 178 Tabela 4. 171 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.3 do problema 3. .................................................................................................... 179 Tabela 4. 172 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.3 do problema 3.............................. 179 Tabela 4. 173 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.4 do problema 3. .................................................................................................... 180 Tabela 4. 174 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.4 do problema 3.............................. 180 Tabela 4. 175 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.5 do problema 3. .................................................................................................... 180 Tabela 4. 176 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.5 do problema 3.............................. 181 Tabela 4. 177 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso xii 3.3.6 do problema 3. .................................................................................................... 181 Tabela 4. 178 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.6 do problema 3.............................. 181 Tabela 4. 179 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.7 do problema 3. .................................................................................................... 182 Tabela 4. 180 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.7 do problema 3.............................. 182 Tabela 4. 181 – Eficiências do processo regenerativo do caso 4 do problema 3......... 184 Tabela 4. 182 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.1.1 do problema 3. .................................................................................................... 184 Tabela 4. 183 – Reduções obtidas pelo caso 4.1.1 do problema 3.............................. 185 Tabela 4. 184 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.1.2 do problema 3. .................................................................................................... 185 Tabela 4. 185 – Reduções obtidas pelo caso 4.1.3 do problema 3.............................. 185 Tabela 4. 186 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.2.1 do problema 3. .................................................................................................... 187 Tabela 4. 187 – Reduções obtidas pelo caso 4.2.1 do problema 3.............................. 187 Tabela 4. 188 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.2.2 do problema 3. .................................................................................................... 188 Tabela 4. 189 – Reduções obtidas pelo caso 4.2.2 do problema 3.............................. 188 Tabela 4. 190 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.2.3 do problema 3. .................................................................................................... 188 Tabela 4. 191 – Reduções obtidas pelo caso 4.2.3 do problema 3.............................. 189 Tabela 4. 192 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.3.1 do problema 3. .................................................................................................... 190 Tabela 4. 193 – Reduções obtidas pelo caso 4.3.1 do problema 3.............................. 191 Tabela 4. 194 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.3.2 do problema 3. .................................................................................................... 191 Tabela 4. 195 – Reduções obtidas pelo caso 4.3.2 do problema 3.............................. 191 Tabela 4. 196 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.3.3 do problema 3. .................................................................................................... 192 Tabela 4. 197 – Reduções obtidas pelo caso 4.3.3 do problema 3.............................. 192 Tabela 4. 198 – Quadro comparativo das soluções do problema 3 obtidas para as redes de água que requerem vazões fixas................................................................... 195 Tabela 4. 199 – Quadro comparativo das soluções do problema 3 obtidas para as redes de água que permitem vazões variáveis. ........................................................... 198 Tabela 4. 200 – Comparação dos resultados obtidos neste trabalho com os resultados da literatura. ................................................................................................ 200 Tabela 4. 201 – Dados das fontes de água usadas no problema 4. ............................ 200 Tabela 4. 202 – Dados das operações da rede de água do problema 4...................... 201 Tabela 4. 203 –Vazões mínimas requeridas pelas operações e da rede de água sem xiii reuso. ........................................................................................................................... 201 Tabela 4. 204 – Eficiências dos processos regenerativos do tipo 1 no problema 4. .... 201 Tabela 4. 205 – Dados dos processos regenerativos do tipo 2 no problema 4............ 202 Tabela 4. 206 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.1 do problema 4. ....................................................................................................... 202 Tabela 4. 207 – Resultados obtidos para o problema 4. .............................................. 203 Tabela 4. 208 – Comparação entre os resultados obtidos neste trabalho e os resultados da literatura. ................................................................................................ 204 Tabela 4. 209 – Dados das operações da rede de água do estudo de caso de uma refinaria de petróleo. .................................................................................................... 205 Tabela 4. 210 – Dados dos processos regenerativos da rede de água do estudo de caso de uma refinaria de petróleo. ............................................................................... 206 Tabela 4. 211 –Vazões mínimas requeridas pelas operações e da rede de água sem reuso. ........................................................................................................................... 207 Tabela 4. 212 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida para uma rede sem a presença dos processos regenerativos no estudo de caso de uma refinaria de petróleo. .................................................................................................... 207 Tabela 4. 213 – Redução alcançada minimizando a vazão do estudo de caso de uma refinaria de petróleo. .................................................................................................... 207 Tabela 4. 214 – Bases de água fresca......................................................................... 210 Tabela 4. 215 – Comparações do Teorema 1. ............................................................. 211 Tabela 4. 216 – Comparações do Teorema 2. ............................................................. 211 Tabela 4. 217 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida para uma rede com a presença dos processos regenerativos no estudo de caso de uma refinaria de petróleo, minimizando o consumo de água. .............................................. 212 Tabela 4. 218 – Reduções alcançadas minimizando a vazão do estudo de caso de uma refinaria de petróleo, numa rede com presença de processos regenerativos. ..... 212 Tabela 4. 219 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida para uma rede com a presença dos processos regenerativos no estudo de caso de uma refinaria de petróleo, minimizando o custo. .................................................................. 213 Tabela 4. 220 – Redução alcançada minimizando o custo do estudo de caso de uma refinaria de petróleo, numa rede com presença de processos regenerativos e vazão fixa................................................................................................................................ 213 Tabela 4. 221 – Custos marginais dos envios da rede proposta pelo presente trabalho. ....................................................................................................................... 214 Tabela 4. 222 – Comparação esntre os resultados obtidos neste trabalho e os resultados da literatura. ................................................................................................ 216 Tabela AI. 1 – Padrões de água clarificada.................................................................. 235 Tabela AI. 2 – Padrões de especificação da água potável........................................... 235 Tabela AI. 3 – Faixa de controle de qualidade da água de resfriamento. .................... 239 Tabela AI. 4 – Padrões da água desmineralizada (Fonte: Normas e relatório xiv COPENE). .................................................................................................................... 239 Tabela AII. 1 – Valores admissíveis para as substâncias estabelecidos pelo CONAMA para a descarga de efluentes de fontes poluidoras. .................................... 241 xv ÍNDICE DE FIGURAS Figura 3. 1 – Esquema simplificado de reuso sem regeneração.................................... 50 Figura 3. 2 – Esquema simplificado de reuso com regeneração.................................... 50 Figura 3. 3 – Esquema simplificado de reciclo com e sem regeneração........................ 50 Figura 3. 4 - Esquema da formulação do presente trabalho. ......................................... 51 Figura 3. 5 – Esquema do Modelo 1. ............................................................................. 56 Figura 3. 6 – Esquema do Modelo 3. ............................................................................. 64 Figura 3. 7 – Esquema do modelo 4. ............................................................................. 67 Figura 3. 8 – Esquema do Modelo 5. ............................................................................. 75 Figura 4. 1 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 1, minimizando o consumo de água em redes com operações que requerem vazões fixas...................... 89 Figura 4. 2 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 1, minimizando o consumo de água em redes com operações que permitem vazões variáveis. .............. 89 Figura 4. 3 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 2.1, minimizando o custo com água em redes com operações que requerem vazões fixas......................... 94 Figura 4. 4 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 2.1, minimizando o custo com água em redes com operações que permitem vazões variáveis. ................. 95 Figura 4. 5 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 2.2, minimizando o custo operacional em redes com operações que requerem vazões fixas. ..................... 99 Figura 4. 6 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 2.2, minimizando o custo operacional em redes com operações que permitem vazões variáveis................ 99 Figura 4. 7 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 3.1, minimizando o consumo de água em redes com operações que requerem vazões fixas.................... 106 Figura 4. 8 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 3.1, minimizando o consumo de água em redes com operações que permitem vazões variáveis. ............ 107 Figura 4. 9 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 3.2, minimizando o custo operacional em redes com operações que requerem vazões fixas. ................... 112 Figura 4. 10 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 3.2, minimizando o custo operacional em redes com operações que permitem vazões variáveis.............. 113 Figura 4. 11 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 3.3, minimizando o custo total em redes com operações que requerem vazões fixas................................ 120 Figura 4. 12 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 3.3, minimizando o custo total em redes com operações que permitem vazões variáveis. ........................ 120 Figura 4. 13 – Desenho esquemático da configuração escolhida para representar a rede de água com operações que requerem vazão fixa e processo regenerativo sem limite de concentração na entrada. .............................................................................. 122 Figura 4. 14 – Desenho esquemático da configuração escolhida para representar a rede de água com operações que requerem vazão fixa e processo regenerativo com limite de concentração na entrada. .............................................................................. 122 xvi Figura 4. 15 – Desenho esquemático da configuração escolhida para representar a rede de água com operações que permitem vazões variáveis e processo regenerativo sem limite de concentração na entrada................................................... 123 Figura 4. 16 – Desenho esquemático da configuração escolhida para representar a rede de água com operações que permitem vazões variáveis e processo regenerativo com limite de concentração na entrada................................................... 124 Figura 4. 17 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 1 do problema 2 com operações que requerem vazões fixas......... 128 Figura 4. 18 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 1 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis. . 129 Figura 4. 19 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo anual de água em redes do caso 2.1 do problema 2 com operações que requerem vazões fixas.............................................................................................................................. 132 Figura 4. 20 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo anual de água em redes do caso 2.1 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis. ...................................................................................................................... 133 Figura 4. 21 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual de água em redes do caso 2.2 do problema 2 com operações que requerem vazões fixas.................................................................................................................. 136 Figura 4. 22 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual de água em redes do caso 2.2 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis........................................................................................................... 136 Figura 4. 23 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 3.1 do problema 2 com operações que requerem vazões fixas...... 140 Figura 4. 24 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 3.1 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis.141 Figura 4. 25 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 3.2 do problema 2 com operações que requerem vazões fixas.............................................................................................................................. 145 Figura 4. 26 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o operacional anual em redes do caso 3.2 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis.145 Figura 4. 27 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo total anual em redes do caso 3.3 do problema 2 com operações que requerem vazões fixas...... 149 Figura 4. 28 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo total anual em redes do caso 3.3 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis.149 Figura 4. 29 – Desenho esquemático da configuração escolhida para representar a rede de água do problema 2, tanto para operações que requerem vazões fixas quanto para as que permitem variações de vazão....................................................... 151 Figura 4. 30 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 1 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas......... 156 Figura 4. 31 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 1 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. . 157 Figura 4. 32 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo anual de xvii água em redes do caso 2.1 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas.............................................................................................................................. 159 Figura 4. 33 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo anual de água em redes do caso 2.1 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. ...................................................................................................................... 160 Figura 4. 34 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 2.2 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas.............................................................................................................................. 163 Figura 4. 35 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 2.2 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. ...................................................................................................................... 163 Figura 4. 36 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 3.1 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas...... 169 Figura 4. 37 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 3.1 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis.170 Figura 4. 38 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 3.2 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas.............................................................................................................................. 176 Figura 4. 39 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 3.2 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. ...................................................................................................................... 177 Figura 4. 40 – Comparação dos resultados obtidos minimizando custo total anual em redes do caso 3.3 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas............ 183 Figura 4. 41 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo total anual em redes do caso 3.3 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis.183 Figura 4. 42 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 4.1 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas...... 186 Figura 4. 43 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 4.1 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis.186 Figura 4. 44 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 4.2 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas.............................................................................................................................. 189 Figura 4. 45 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 4.2 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. ...................................................................................................................... 190 Figura 4. 46 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo total anual em redes do caso 4.3 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas...... 193 Figura 4. 47 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo total anual em redes do caso 4.3 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis.194 Figura 4. 48 – Desenho esquemático da configuração escolhida, entre todas as opções, para representar a rede de água do problema 3 com operações que requerem vazão fixa..................................................................................................... 197 Figura 4. 49 – Desenho esquemático da configuração escolhida, excluindo as opções xviii que não limitam o regenerador do tipo 2, para representar a rede de água do problema 3 com operações que requerem vazão fixa.................................................. 197 Figura 4. 50 – Desenho esquemático da configuração escolhida, entre todas as opções, para representar a rede de água do problema 3, com operações que permitem vazão variável. ............................................................................................. 199 Figura 4. 51 – Desenho esquemático da configuração escolhida, excluindo as opções que não limitam o regenerador do tipo 2, para representar a rede de água do problema 3 com operações que permitem vazão variável. .......................................... 199 Figura 4. 52 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 1 do problema 4 com operações que requerem vazões fixas......... 203 Figura 4. 53 – Desenho esquemático da solução proposta para a rede de água do problema 4. .................................................................................................................. 204 Figura 4. 54 – Desenho esquemático da rede proposta para o estudo de caso de uma refinaria de petróleo. .................................................................................................... 214 Figura 4. 55 – Ganhos marginais para variações das máximas concentrações de saída do contaminante B nas unidades. ...................................................................... 215 Figura 4. 56 – Ganhos marginais para variações das máximas concentrações de entrada dos contaminantes nas unidades.................................................................... 216 xix SIMBOLOGIA E NOMENCLATURA ∆m - Cargas mássicas dos contaminantes nas unidades ∆C - Diferenças de concentração dos contaminantes na entrada e saída das unidades AG – Fonte de água CAG – Custo das águas primárias CIA - Custo de investimento anualizado CIRG – Custos de investimento dos processos regenerativos COA - Custo de operação anual CR – Corrente de reuso CRG – Corrente regenerada CRG – Custos das regenerações CS – Custos dos sumidouros CTF – Custo de tratamento do efluente final DA – Depreciação anual do custo de capital FRRG – Fatores restritivos dos processos regenerativos FRS – Fatores restritivos dos sumidouros FRU – Fatores restritivos das unidades HOA – Horas de operação anual M – Ponto de mistura da unidade de envio MR – Ponto de mistura de regenerador P – Corrente de perda P – Parâmetros das perdas das correntes de reuso PAG – Parâmetros das fontes de água PCR – Parâmetros das correntes de reuso PCR* – Parâmetros corrigidos das correntes de reuso PCRG - Parâmetros das correntes regeneradas PM – Parâmetros das correntes que saem dos misturadores das unidades PMR – Parâmetros das correntes que saem dos misturadores dos processos regenerativos QAG – Vazões das fontes de água para as unidades QER – Vazões das correntes de reuso que vão para os processos regenerativos xx QM – Vazoões das corremtes que saem dos misturadores e vão para as unidades de envio QRD – Vazões das correntes de reuso direto QSR – Vazões das correntes regeneradas que vão para as unidades QTR – Vazões de transferência entre os processos regenerativos RG – Parâmetros relativos aos processos regenerativos RG – Regenerador S – Sumidouro U – Unidade de envio Sub-índices a – Quantidade de fontes de água f – Contador das fontes de água g – Contador dos processos regenerativos referente à saída dos regeneradores i – Contador das correntes de reuso j – Referência dos parâmetros das correntes k – Contador das unidades de envio m – Quantidade de parâmetros analisados, incluindo vazão. n – Quantidade de correntes de reuso p – Quantidade de unidades de envio r – Quantidade de processos regenerativos s – Quantidade de sumidouros t – Contador dos sumidouros z – Contador dos processos regenerativos referente à entrada dos regeneradores xxi RESUMO As refinarias de petróleo apresentam uma elevada relação de volume de água bruta por volume de petróleo processado. Este aspecto acarreta em elevados custos de tratamento de água, e requer grandes unidades de tratamento de efluentes. Apesar da cobrança pela captação de água bruta ainda ser baixa devido à abundância deste recurso natural, as leis ambientais e os custos envolvidos com o uso dos recursos hídricos estão se tornando cada vez mais presentes entre os fatores competitivos do setor industrial. Como alternativa para superar as dificuldades impostas por reduzir o consumo de água em uma refinaria de petróleo, sem alterar significativamente a configuração da planta de refino, está o reuso e/ou reciclo de correntes atualmente enviadas para a estação de tratamento de efluentes já existente. O presente trabalho objetiva apresentar soluções para otimizar as redes de água, seja minimizando o consumo da mesma e/ou reduzindo custos associados. Para isto, desenvolveu-se modelos matemáticos objetivando o mínimo consumo de água e o mínimo custo envolvido, considerando diversas opções características do reuso de efluentes aquosos, criando desde redes simples até redes mais complexas. O Modelo 1, que foi usado como base para os demais, constituiu-se somente das operações que usam água e das fontes de água disponíveis. O Modelo 2 inseriu o conceito de carga mássica de cada contaminante em cada operação e passou a atualizar a concentração na saída das operações. Adicionou-se, no Modelo 3, perdas de água nas operações e este permitia identificar a nova concentração das correntes de reuso. No Modelo 4 foi permitido o uso de processos regenerativos intermediários, sendo que os mesmos podiam pertencer a duas diferentes categorias. O Modelo 5 incluiu a presença de sumidouros e impôs restrições para o descarte dos contaminantes nos mesmos. Os Modelos 6, 7 e 8 apresentaram as mesmas características dos Modelos, 2, 4 e 5, respectivamente, porém foram tratados sem restrição de vazão. Para validar os modelos, os mesmos foram aplicados em casos apresentados na literatura. Foram ainda adicionadas algumas novas características e usadas outras estratégias para encontrar uma melhor solução para as redes propostas. Realizou-se um estudo de caso de uma refinaria de petróleo constituída de seis operações que usam água e três processos regenerativos, onde estavam presentes quatro grupos de contaminantes. Neste estudo obteve-se a redução de 76,82% no consumo de água e 64,68% no custo operacional. xxii ABSTRACT The Petroleum refineries have presented a high relation between the amount of freshwater and the amount of processed petroleum. This aspect has caused high costs of water treatment and required great effluent treatment systems. Despite the collection for the use of freshwater still being low due to abundance of these natural resources, the environmental laws and the involved costs with the use of the water resources are becoming each time more present in the competitive factors of industrial sector. The alternative to surpass the difficulties imposed for reducing the water consumption in a petroleum refinery without significantly modifying for the refine plant can be the reuse and/or recycle of wastewater that are sent to the effluent treatment system already existing. The present work objectifies to present solutions to optimize the water networks, minimizing the water consume and/or reducing its costs. For this, mathematical models objectifying the minimum water consume and the minimum involved cost considering many options of wastewater reuse have been developed, since simple networks until more complex networks. The Model 1, that has been used like base for the others ones, has constituted only the operations that using water and of the available water sources. The Model 2 has inserted the concept of mass load of each contaminant in each operation and begun to update the concentration outlet of the operations. In the Model 3 has been added lost of water in the operation and this allowed identifying the new outlet concentration of reuse wastewater. In the Model 4 has been allowed the use of intermediated regenerative process of two different categories. The Model 5 has included the presence of unloading places and imposed restrictions for the discharge of the contaminants in ones. The Models 6, 7 and 8 have been the same characteristics of Models 2, 4 and 5, respective, however they have been treated without flowrate restriction. To validate the models, they are applied in cases presented in literature. New characteristics and new strategies have been used to find a better solution for the networks. A case study of a petroleum refinery constituted of six operations that using three regeneration processes where were present four groups of contaminants has been carried out. The reductions of 76,82% in water consume and 64,68% in operational cost have been found in this study. CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 1 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO Os problemas ambientais em geral vêm, há alguns anos, despertando a preocupação da humanidade e, como conseqüência, inúmeros setores da sociedade têm se interessado pelo assunto, tornando este de fundamental importância em todas as áreas, seja ela jurídica, social, econômica ou tecnológica. Dentro da enorme gama de problemas ambientais enfrentados atualmente, está a problemática dos recursos hídricos. Este recurso natural, que se faz presente em todos os cenários da vida humana, sofreu ao longo do tempo diversas formas de agressão e está se tornando cada vez mais escasso, principalmente quando se tratando de sua qualidade. O setor industrial é responsável por uma grande parte do consumo da água doce mundial (BERNARDIS, 2002); e é um dos principais causadores da contínua degradação deste recurso. A primeira forma de controle da poluição dos recursos hídricos pelo setor industrial foi com tratamentos end of pipe, que visam agrupar todos os efluentes industriais e realizar um tratamento final dessa corrente global de efluentes. Estes tratamentos apresentaram e ainda apresentam um bom controle da poluição e remoção de resíduos. Desta maneira, vem surgindo uma forte tendência mundial por metodologias de controle que visam minimizar a produção de resíduos e o uso de recursos naturais em cada etapa dos processos produtivos através da adoção de processos produtivos e tecnologias mais “limpas”; reciclagem/reuso dos resíduos; tratamento dos resíduos; e disposição adequada dos resíduos finais (SANTOS, 2002); ou seja, prevenir a contaminação na fonte. CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 2 A adoção de metodologias de reciclagem/reuso das correntes de efluentes aquosos diminui a quantidade de água utilizada, e desta forma contaminada, pelos processos industriais, e implica em menores custos de captação e tratamento de água; tratamento e descarte de efluentes; e de disposição final de resíduos. Um dos setores industriais que está constantemente preocupado com esta problemática, e busca sintonizar-se com as opções mais atraentes para resolvê-la, é o setor industrial do refino de petróleo. Este setor apresenta uma elevada relação de volume de água bruta por volume de petróleo processado, acarretando em elevados custos de tratamento de água, além de requerer grandes unidades de tratamento de efluentes. Entretanto, atualmente no Brasil, a cobrança pela captação de água bruta ainda é baixa devido à abundância deste recurso natural. Mas as leis ambientais e as atinentes ao uso dos recursos hídricos estão se tornando cada vez mais rígidas e caminham para criar obstáculos ao aumento da captação de água e limitar a concentração de contaminantes na emissão de efluentes. As regulamentações dos recursos hídricos estão presentes na Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos nº 9433/97, que impõe critérios para cobrar pelo uso da água. Esta legislação tem o intuito de conservar e recuperar os recursos hídricos e melhorar a qualidade de água que chega à população, buscando dotar a água de um valor econômico, como um instrumento de gestão e como instrumento econômico a ser aplicado tanto para os usos quantitativos quanto para os usos qualitativos (SANTOS, 2002). Como alternativa para superar estas dificuldades está o reuso e/ou reciclo de correntes atualmente enviadas para a estação de tratamento de efluentes já existente na refinaria, seja ele direto ou posterior a um tratamento intermediário que visa à eliminação de contaminantes (hidrocarbonetos, contaminantes e aditivos do petróleo). Além de gerar um menor volume de efluentes, esta alternativa acarreta em diminuição na captação de água bruta, promovendo também, menores custos na estação de tratamento de água, além de, em certos casos, ser possível o reaproveitamento de produtos contaminantes de elevado valor agregado. CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 3 Outro aspecto importante é que, pela menor geração de efluentes líquidos, a reutilização constitui-se numa ferramenta útil para o controle da poluição e, conseqüentemente, preservação do meio ambiente. Assim, reduz os riscos com penalizações ambientais, melhora a imagem da indústria perante as comunidades, clientes e órgãos de controle ambiental, bem como favorece a obtenção de selos e certificações ambientais como, por exemplo, a ISO-14000 (MUSTAFA, 1998). Para que estas implementações de reuso e/ou reciclo sejam projetadas de forma a garantir o melhor reaproveitamento e alocação dos recursos e os menores custos, tecnologias de otimização são utilizadas. As principais opções para a otimização de sistemas de água são: tecnologia Pinch, redes de transferência de massa e otimização via programação matemática (MANN, 2003). O uso de otimização via programação matemática, juntamente com pontos de vista conceituais, é uma das grandes tendências no desenvolvimento da tecnologia de integração de processos (SMITH, 2000). Estas tecnologias são aplicadas de forma a atender às restrições impostas em cada etapa do processo, relativamente aos teores máximos permissíveis dos parâmetros relevantes a estas etapas, objetivando-se o reuso e o envio das correntes de efluentes menos contaminadas para os processos que gerem correntes de efluentes com maior grau de contaminação. Quando as restrições do processo inviabilizam este procedimento, diluições com outras correntes do processo e/ou água da estação de tratamento de afluente (ETA) da refinaria serão usadas. Tratamentos intermediários com processos regenerativos (como por exemplo processos adsortivos, membranas, “strippers”, separadores água/óleo, unidades de coagulação, sedimentação e filtração, etc) podem ser empregados, de maneira a tornar possível o reuso de correntes que não atendam às restrições. Entretanto, esta alternativa só será implementada quando a otimização global do modelo indicar ganhos econômicos. Sabe-se ainda, que o refino do petróleo requer grandes cuidados que garantam a segurança e as exigências dos processos; isto porque, trata-se de um dos principais setores industriais dentro do contexto econômico mundial, além de afetar direta e indiretamente nas atuais preocupações ambientais da humanidade. Desta forma, torna-se cada vez mais importante obter soluções que minimizem possíveis impactos ambientais e que diminuam os custos do processo (ou utilidades CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 4 do processo), tornando a indústria “otimizada” cada vez mais competitiva dentro deste setor. Em virtude das grandes potencialidades de reaproveitamento de água dentro de uma refinaria de petróleo, principalmente em suas estações de tratamento de água, torres de resfriamento, casas de força, dessalgadoras, diversas torres que utilizam injeção de vapor, etc, e da crescente preocupação com o futuro dos recursos hídricos, acredita-se que as tecnologias de reuso e/ou reciclo de correntes de efluentes aquosos estão, atualmente, entre as mais promissoras, pois além de propiciar uma redução na captação de água, o reaproveitamento diminui a geração de efluentes para as estações de tratamento final. O presente trabalho tem como objetivo apresentar soluções para reduzir a captação de água bruta e a geração de efluentes de uma refinaria de petróleo, através do reuso e/ou reciclo de correntes atualmente enviadas para a estação de tratamento de efluentes. Para atingir este objetivo desenvolveu-se um modelo matemático para a otimização do consumo de água em uma refinaria de petróleo, através do reuso e/ou reciclo das correntes efluentes dos processos, como afluentes de outro processo na própria planta, ou ainda passando-a por um tratamento intermediário, para que então, esta possa ser reutilizada em outro processo. O modelo foi desenvolvido de forma a garantir as condições restritivas quanto aos padrões de qualidade e tolerâncias admitidas, assim como otimizar o reuso de água e/ou custos. O modelo é baseado nas equações de conservação da espécie química e conservação de massa e tem como parâmetros a vazão, a composição dos contaminantes presentes em cada corrente e os critérios restritivos do processo no qual ela está envolvida. Quando se objetivar a redução dos custos, são adicionados ao modelo equações financeiras e parâmetros econômicos, como custos de água bruta, de regeneração, operacional e de tratamento final. O presente trabalho de dissertação compreende cinco capítulos. A seguir, apresenta-se um resumo do conteúdo dos próximos capítulos. CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 5 CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: Neste capítulo é apresentado um contexto geral da problemática dos recursos hídricos, buscando dar uma ampla visão dos diferentes enfoques abordados por diversos trabalhos da literatura. Os principais assuntos apresentados são: a água, suas características e tratamentos; o uso da água nas indústrias e em especial em refinarias de petróleo; efluentes industriais, características e tratamentos, buscando focar também os envolvidos nos processos de refino; formas e técnicas de minimização e otimização via programação matemática. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO: São apresentados os modelos matemáticos de otimização empregados para otimizar o consumo de água em refinarias de petróleo. De modo geral, mostra-se as restrições e funções objetivos que podem ser utilizadas, evidenciando o seu uso e as suas limitações. Em virtude das diferentes possibilidades de reuso (com ou sem a presença de processos regenerativos e com ou sem possibilidade de reciclo) e dos diferentes objetivos da otimização (minimizar custos totais ou maximizar reuso), é necessário abordar tanto técnicas de programação linear quanto de programação não linear, e desta forma, são focadas também as estratégias de otimização adotadas em cada caso. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE: Os resultados obtidos através da resolução dos modelos matemáticos desenvolvidos são apresentados neste capítulo. São estudados casos clássicos da literatura e os resultados obtidos são comparados e analisados. Ainda são realizadas comparações entre os diferentes modelos colocados neste trabalho e feita uma análise preliminar dos custos marginais, quando se tratar de programação linear. CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES: As conclusões obtidas a partir da análise dos resultados, juntamente com as sugestões para o desenvolvimento de futuros trabalhos nessa área, encontram-se neste último capítulo. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 6 CAPÍTULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. A ÁGUA A água é um bem natural extremamente presente no cotidiano da humanidade. Seu uso se estende desde sobrevivência e higiene humana até sofisticados processos industriais. A quantidade e qualidade de água requerida pelos vários setores da sociedade variam bastante e, de acordo com as características necessárias, alguns fatores importantes devem ser levados em consideração: • a seleção das fontes de água; • a qualidade que se deseja atingir através dos métodos de tratamento; • o transporte e a distribuição da água, principalmente para redes de água pública. SIVERNS et al. (2000) colocam que o primeiro passo nos projetos de sistemas de tratamento de água é identificar e caracterizar a fonte de água a ser tratada. Isto inclui determinação das vazões mínima e máxima disponível, os parâmetros químicos e físicos da água, e a variabilidade desses itens juntamente com prévia determinação da faixa de variação. Esta informação tem uma relação direta com o tipo de processo de pré-tratamento requerido e também na seleção e tamanho do equipamento. Além dos usos de água nos quais é retirada da fonte, como por exemplo, para irrigação, redes de abastecimentos e uso industrial, ela é também amplamente usada sem ser retirada da fonte, como nos casos de transportes, recreação e pesca. Em CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7 cada um destes usos é necessário que diferentes critérios de qualidade sejam atendidos (LORA, 2000). A água contém uma variedade de substâncias químicas, físicas e biológicas que estão dissolvidas ou em suspensão. Esta “contaminação” ocorre desde o momento em que ela se precipita em forma de chuva, permeia através do solo e se acumula nas fontes. É por esta razão que deve, freqüentemente, ser tratada antes de ser usada. Este tratamento varia bastante de acordo com o uso. Por exemplo, em alguns processos industriais, é necessária a retirada de certos compostos químicos e microorganismos que em outros não se faz necessário; alguns microorganismos patogênicos são altamente perigosos para o consumo humano; águas subterrâneas de áreas calcárias apresentam elevadas concentrações de bicarbonato de cálcio (“durezas”) e necessitam de abrandamento antes do uso (NUNES, 1996). Apesar de não ser muito fácil selecionar a qualidade da água, devido aos vários testes necessários para verificar os padrões, sabe-se que esta determinação é de extrema importância para determinar o tipo de pré-tratamento requerido pela fonte de água escolhida e para monitorar esses processos de tratamento. A qualidade da água é avaliada em termos de suas propriedades físicas, químicas e microbiológicas. • Características Físicas: Gosto, odor, cor, e turbidez são controlados em redes de abastecimento público devido à potabilidade da água e também, em indústrias de refrigerantes, processamento de alimentos e têxteis. O gosto e o odor são causados pela presença de compostos químicos voláteis e matéria orgânica em decomposição. A cor é causada por minerais como o ferro e manganês, material orgânico e efluentes coloridos de indústrias. A turbidez é causada pelo conjunto de partículas em suspensão e é indesejável a inúmeros processos industriais. • Características Químicas: Os muitos compostos químicos presentes na água podem ser de origem natural ou industrial, podendo ser benéficos ou prejudiciais, dependendo da composição e concentração em que estão presentes. O ferro e o manganês podem oxidar e formar depósitos em tubulações e equipamentos. As águas “duras” podem formar incrustações em caldeiras e outros equipamentos. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA • 8 Características Microbiológicas: A água é normalmente habitada por vários tipos de microorganismos de vida livre e não parasitária, que dela extraem os elementos indispensáveis à sua sobrevivência. Ocasionalmente são aí introduzidos organismos patogênicos, que são classicamente agrupados em vírus, bactérias e helmintos. Para cada grupo determinam-se famílias, gêneros e espécies, que identificam os diversos agentes causadores de doenças, denominados agentes etiológicos. As análises para um projeto de água de alimentação para o setor industrial incluem, no mínimo, as seguintes informações (SIVERNS et al., 2000): • Sólidos totais dissolvidos; • Sólidos suspensos totais; • Carbono orgânico total; • Ferro e manganês; • Dureza e alcalinidade (podem ser calculados dos outros íons); • Bário e estrôncio; • Os principais cátions e anions; • Sílica (relativa e total); • CO2 (pode ser calculado através do pH e alcalinidade); • Condutividade; • pH; • Turbidez; • Índice de densidade de sedimentos (SDI); • Cloro residual total; • Temperaturas máxima e mínima de operação. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 9 As duas principais fontes de água são as águas superficiais e as águas subterrâneas. Elas são influenciadas quanto à qualidade e quantidade devido a fatores geográficos, climáticos e humanos (BERNARDIS, 2002). Os processos de tratamento da água seguem, basicamente, a mesma característica lógica, modificando-se apenas as operações empregadas. A seqüência habitualmente usada é: 2.2. • Processo de separação de material particulado; • Processo de desinfecção; • Processo de remoção de substâncias dissolvidas. A ÁGUA EM REFINARIAS DE PETRÓLEO O uso da água em uma refinaria de petróleo é de vital importância para o bom funcionamento de todas as unidades de processo existentes. Seu consumo é de aproximadamente 1m3 de água para 1m3 de petróleo processado. Em uma refinaria de petróleo, como também em muitas outras indústrias, o primeiro destino da água é o setor de utilidades, onde é realizado o tratamento da água. Este setor é responsável pelas seguintes atividades dentro de uma refinaria (FARIA, 2001): • Captação e adução de água bruta para a refinaria; • Tratamento e distribuição de água de resfriamento de produtos; • Tratamento e distribuição de água de resfriamento de máquinas; • Tratamento e distribuição de água industrial; • Tratamento e distribuição de água potável; • Geração e distribuição de vapor; • Água desaerada para caldeiras e trocadores de calor; • Operação das bombas do sistema antiincêndio da refinaria; • Além de outras atividades ligadas com o setor energético da refinaria, como por exemplo, a compra, venda e distribuição de energia elétrica, produção e distribuição de ar comprimido, etc. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 10 MUSTAFA (1998) relata que, devido às suas características físicas, a água é utilizada tanto no estado líquido, como no estado vapor. Entre suas aplicações mais comuns no estado vapor, pode-se citar : • Aquecer fluidos em refervedores de torres de destilação e pré-aquecedores de carga; • Acionar a turbina a vapor para o funcionamento de equipamentos rotativos (bombas, compressores e turbogeradores de energia elétrica); • Reduzir a pressão parcial de compostos leves, nas colunas de fracionamento e/ou “stripper”, para evitar a degradação e auxiliar na destilação; • Fazer a selagem de equipamentos rotativos; • Atomizar combustíveis líquidos em fornos e caldeiras. E no estado líquido: • Resfriar os produtos intermediários e finais, através de trocadores de calor ou por contato direto; • Diluir produtos químicos utilizados no processo; • Absorver ou extrair compostos polares; • Participar como reagente em reações químicas; • Realizar testes hidrostáticos; • Selar equipamentos rotativos; • Lavar equipamentos e sistemas durante a liberação para manutenção; • Fazer o hidrojateamento para a limpeza de trocadores de calor e tanques; • Para o sistema de combate a incêndio; • Como água potável para o consumo humano, em bebedouros, refeitórios, etc. • Em sanitários e banheiros. Em virtude da demanda de água ser muito grande, a captação de uma refinaria, geralmente, é feita diretamente da natureza, através de rios, barragens, CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 11 lagoas, aqüíferos subterrâneos e oceanos. Estas fontes, normalmente, possuem impurezas que podem interferir em alguns processos, colocando em risco a refinaria como um todo. Desta forma, é necessário que a água passe por um tratamento adequado, de maneira a atender às especificações requeridas pelos processos. Entretanto, é possível observar que o uso da água numa refinaria de petróleo se dá nas mais variadas aplicações, o que implica que nem todos os usos necessitam de água com a mesma qualidade. Para que não ocorram demasiados gastos tratando toda a água a uma qualidade que atenda a todos os processos, as refinarias, normalmente, adotam tratamentos que condicionam a água em diferentes classes. Entre as possíveis classes, as mais encontradas são (FARIA, 2001): Água Bruta Esta é a classe da água sem tratamento, coletada nas barragens e que são enviadas para os reservatórios de água bruta dentro da refinaria. É, normalmente, utilizada como água afluente para tratamento, como água para reposição do sistema de água de resfriamento e como água de combate a incêndio. Água Industrial Água Industrial ou água de serviço é uma água clarificada usada para acionamento de equipamentos, preparo de soluções, limpeza de equipamentos, etc. Os padrões de especificação da água industrial (clarificada) se encontram no Anexo 1 (Tabela AI.6). Água Potável Têm por finalidade suprir o consumo humano da refinaria, nos bebedouros, copas, refeitório, vestiários, etc. A água potável é proveniente do tanque de água filtrada, sendo que na entrada do tanque, sempre que necessário, é feita a "pós-cloração", que é uma injeção de cloro para correção de valores desejados. A qualidade da água potável da refinaria deve atender a todos os requisitos estabelecidos pela O.M.S. (Organização Mundial de Saúde). CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 12 As regulamentações dos padrões de especificação da água potável, apresentados no Anexo 1 (Tabela AI.7), são estabelecidas pelo Ministério da Saúde através da Portaria nº1469, de 29 de dezembro de 2002. Água de Refrigeração de Máquinas Tem por finalidade manter, dentro de determinada temperatura, os circuitos de água de resfriamento de mancais, amostradores, óleo de turbinas, compressores de ar, etc. A água de máquinas é, normalmente, em circuito semi-fechado onde, devido ao seu constante aquecimento e resfriamento, são realizadas reposições com água bruta. Na maioria dos casos, a água aquecida de retorno das diversas unidades da Refinaria, ao chegar na UTRA (Unidade de Tratamento e Resfriamento da Água), passa por uma bateria de resfriadores, localizados na parte inferior da Torre de Resfriamento, e daí vai ao tanque de água de máquinas, reiniciando o fluxo. Com o intuito de prevenir a corrosão, é comum adicionar soluções de fosfato, zinco e dispersante. Água de Resfriamento O sistema da água de resfriamento em uma refinaria pode ser aberto de recirculação, fechado de recirculação ou sem recirculação, dependendo do tipo de torre de resfriamento utilizada. Sua finalidade é fornecer água resfriada às unidades de processo e à casa de força da refinaria, onde é utilizada para resfriamento de produtos e equipamentos. Quando se usa o sistema aberto de recirculação, a água de reposição normalmente é do tipo clarificada ou bruta; no caso do sistema fechado de recirculação a reposição da água, geralmente, é realizada com água abrandada, desmineralizada ou clarificada e, no sistema sem recirculação (só uma passagem), pode-se usar água bruta ou até mesmo água do mar. Este último sistema é usado para resfriar a água de sistemas fechados. Para prevenção ao ataque biológico é feita também a injeção de cloro, como agente bactericida e, assim como no caso do sistema de água de máquinas, normalmente são adicionadas soluções de fosfato, zinco e dispersante para prevenir a corrosão. A faixa de controle de qualidade está apresentada na Tabela AI.8 do Anexo 1. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 13 Água desmineralizada Esta classe é uma água de alta pureza e é utilizada para produção de vapor da refinaria. A água a ser desmineralizada provém do tanque de água filtrada e é enviada para uma série de beneficiamentos, os quais irão variar em cada refinaria, dependendo da qualidade da água filtrada e do tipo de caldeira utilizada. Desses beneficiamentos podem fazer parte filtros de polimento (de areia) para reter os flocos que passaram pelos filtros de areia, descloradores para a remoção do cloro livre (o cloro livre é altamente prejudicial em trocadores iônicos), aeração para remoção de ferro e manganês dissolvidos através da oxidação de Fe+2 e Mn+2 para formas mais solúveis (Fe+3 e Mn+4) e remoção do odor causado pelo H2S, abrandamento para a remoção de durezas, filtros de carvão ativado para remoção de contaminantes orgânicos, resinas de troca iônica também para remoção de durezas, filtros de cartucho para reter eventuais partículas de carvão ativado arrastadas dos descloradores, osmose reversa para retirar parte dos sais, sendo que também pode remover matéria orgânica, bactérias e vírus. Os padrões da água desmineralizada são apresentados na Tabela AI.9 do Anexo 1. Segundo BAGAJEWICZ (2000), nas refinarias, usa-se vapor nas destilações atmosférica e a vácuo, como também no coqueamento, hidrocraqueamento, FCC, viscorredução, adoçamento, hidrotratamento, alquilação, etc. Além desses, usa-se água nas dessalgadoras para remover as gotas de água salgada contidas no óleo cru. Entretanto vários outros contaminantes também são removidos (H2S, sólidos suspensos, amônia, etc.). No tratamento cáustico, a água é usada para retirada de H2S, amônia, fenol, mercaptanas, etc. Além dos processos, em uma refinaria, há um considerável consumo de água em outros setores, como o consumo humano, utilidades, refrigeração de máquinas e equipamentos, lavagens em geral, etc. Como pode-se perceber, muitos são os processos que utilizam água em uma refinaria de petróleo, sendo de vital importância o bom funcionamento da estação de tratamento de água de uma refinaria. No entanto, isto onera consideráveis custos devido à captação da água, aos insumos necessários e ao valor da água propriamente dito. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.3. 14 OS EFLUENTES AQUOSOS EM REFINARIAS DE PETRÓLEO Segundo FONTANA et al. (2002), os processos na indústria química e petroquímica fazem intensivo uso de água. Como resultado, correntes de efluente líquido contendo poluentes são geradas. Devido a restrições impostas por legislações ambientais e razões econômicas, existe um grande interesse em reduzir este consumo de água, assegurando que o nível de contaminação do efluente a ser descartado não ultrapasse o determinado pelas legislações vigentes. Os efluentes aquosos de uma refinaria de petróleo se diferem muito, tanto em relação ao seu teor de contaminação, quanto ao tipo de contaminante. Alguns dos principais contaminantes comumente encontrados são (BISWAS e ARAR, 1988): • Hidrocarbonetos livres e emulsionados; • Fenóis, incluindo metil e dietil fenóis; • Mercaptanas; • Sulfetos; • Amônia. O sistema de coleta de efluentes líquidos de uma refinaria, normalmente, é separado de acordo com suas características físico-químicas. Em geral, esses subsistemas são (FARIA, 2001): • Esgoto sanitário: É composto por tubulações subterrâneas que coletam os efluentes dos banheiros e sanitários. Podem ser aproveitados como nutrientes no tratamento biológico da estação de tratamento de efluentes industriais. • Esgoto oleoso: Os afluentes que escoam por esse sistema originam-se das drenagens de águas oleosas provenientes das unidades de processo e utilidades, parque de bombas, tanques de petróleo e vasos separadores. As linhas desse sistema são geralmente subterrâneas. • Águas contaminadas: Compostas por canaletas a céu aberto que circundam intensamente as tubovias e algumas ruas da área industrial, recebendo drenagens de tanques, vazamentos de tubovias, etc. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA • 15 Águas pluviais: Este sistema também é constituído de canaletas a céu aberto que circundam a refinaria e somente recebem águas pluviais, não correndo o risco de receberem hidrocarbonetos. Estas canaletas, freqüentemente, são descartadas diretamente na fonte de captação de água bruta. Além das características físico-químicas dos efluentes, eles podem ainda ser classificados em contínuos ou intermitentes. Segundo MUSTAFA (1998), os efluentes contínuos são permanentemente gerados, conforme a necessidade do processo. Já os efluentes intermitentes são gerados apenas durante alguma operação anormal, em manutenção de equipamentos e sistemas, e em operações especiais não contínuas, como por exemplo: hidrojateamento e passivação de trocadores de calor, regeneração de catalisador, lavagem e limpeza química de equipamentos. Dentre todas as operações de uma refinaria que geram efluentes aquosos, existem algumas que são de fundamental importância, seja pela quantidade gerada ou pelas características inerentes. Entre as principais fontes pode-se citar: purga da água de resfriamento, purga da caldeira, strippers, drenagem das dessalgadoras, torres de destilação, HDS, sistemas de condensado, retrolavagem dos filtros de areia, drenagens de tanques, etc. Estas correntes de efluentes geradas necessitam de um tratamento que atenda aos critérios de emissão estabelecidos. Para isso, normalmente, uma refinaria necessita de grandes unidades de tratamento de efluentes e que apresentem bons resultados. Os principais poluentes encontrados nos efluentes líquidos das indústrias petroquímicas podem ser classificados como: sólidos dissolvidos, sólidos suspensos e compostos orgânicos. Os metais pesados, gases dissolvidos, poluentes biológicos e radioativos aparecem com menor intensidade nesses efluentes (MUSTAFA, 1998). A composição média dos efluentes de uma refinaria é, de acordo com WORLD BANK (1997), apresentada na Tabela 2.1. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 16 Tabela 2. 1 - Composição média dos efluentes de uma refinaria. PARÂMETRO DBO5 DQO Fenóis Óleos Benzeno Benzo(a)pireno Cromo Chumbo Resíduos Sólidos FAIXA (mg/L) 150 – 250 300 – 600 20 – 200 100 – 300 (5000 na borra de fundo de tanque) 1 – 100 1 – 100 0,1 – 100 0,2 – 10 3 – 5 Kg/ton de petróleo cru processado Segundo BAGAJEWICZ (2000), nas refinarias, o tratamento é dividido em quatro níveis: tratamento primário envolvendo processos de tratamento físico, tratamento secundário compreendendo operações de remoção do material solúvel, e os tratamentos terciário e quaternário que fazem o polimento dos efluentes para os padrões finais de descarte. Em qualquer um dos níveis de tratamento, as operações unitárias para tratamento de efluente são classificadas em físicas (flotação a ar, coalecência do óleo, evaporação, filtração, etc.), químicas (precipitação, coagulação, troca iônica, etc.), térmica e biológica (METCALF e EDDY, 1979). A escolha da melhor configuração das operações disponíveis dependerá da quantidade e qualidade dos efluentes, do espaço físico utilizado e do investimento disponível. Para a remoção dos sólidos suspensos, pode-se aplicar clarificação, nanofiltração, ultrafiltração, microfiltração e macrofiltração; os sólidos dissolvidos podem ser removidos com osmose reversa, eletrodiálise reversa, troca iônica e evaporação; já para os compostos orgânicos usam-se lodo ativado, carvão ativado, destilação e ozonização (SIVERNS e WILSON, 2000). De forma a controlar a emissão de efluentes altamente contaminados nos corpos de água, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estabelece critérios de lançamento de efluentes de qualquer fonte poluidora, seja direta ou indiretamente. Estes padrões de lançamento são definidos pela RESOLUÇÃO Nº20 do CONAMA, de 18 de junho de 1986, Art.21, apresentada no Anexo 2, deste trabalho. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.4. 17 A PROBLEMÁTICA DOS RECURSOS HÍDRICOS A água é um recurso natural de grande importância à vida humana desde os primórdios da humanidade. Durante toda a história é possível observar que as formas de uso da água foram aumentando progressivamente tornando-a, cada vez mais, indispensável à vida humana. Sabe-se que no início a água era usada somente como uma necessidade vital, mas com o decorrer do tempo seu uso não parou mais de crescer, sendo usada então para higiene pessoal e usos domésticos. Aproximadamente em 3500 a.C., devido ao surgimento de uma revolução na agricultura, a água passou a ocupar um papel importante neste setor, tendo até os dias de hoje fundamental importância no desenvolvimento agrícola. A água iniciou seu papel no setor industrial como um bem energético, onde ela era utilizada em moinhos para moagem de grãos, cortes de madeira, etc. Com o passar do tempo, o uso industrial da água não se restringiu apenas como uma matriz energética; suas características logo evidenciaram que ela seria primordial para uma nova era industrial (LORA, 2000). Segundo PORTO (1997), a demanda industrial da água decorre de seu aproveitamento para arrefecimento de processos com geração de calor, como fonte de energia hidráulica ou para geração de vapor com altas pressões, objetivando a geração de energia elétrica, como elemento de desagregação ou diluição de partículas minerais, como insumo de processo industrial e, finalmente, como meio fluido para transporte. Em virtude de suas características, e devido a sua abundância, a água passou a ser usada em diversas aplicações, e juntamente com o crescimento exponencial da população e a expansão industrial, houve a necessidade de reestruturar os conceitos de suprimento e distribuição de água. No Brasil, o setor petroquímico é um dos setores que mais consomem água e neste caso a água é um insumo de produção, ou seja, a sobrevivência deste setor depende dela. Desta maneira é necessário encontrar alternativas que não permitam uma instabilidade de um setor tão importante tanto no país, como mundialmente. Esta preocupação pode ser melhor analisada através dos dados de consumo de água na produção petroquímica brasileira apresentados na Tabela 2.2. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 18 Tabela 2. 2– Demanda por água nos pólos petroquímicos do país. (Fonte: SILVA e SIMÕES, 1999). Carga de nafta processada Produção Captação de água Consumo da petroquímica Demais empresas a jusante CAMAÇARI 4.300.000 t/ano 3.593.000 t/ano 3.408 m3/h 1.616 m3/h 2.226 m3/h SÃO PAULO 1.500.000 t/ano 1.364.000 t/ano 1.260 m3/h 819 m3/h 252 m3/h TRIUNFO 1.500.000 t/ano 1.496.000 t/ano 1.800 m3/h 1.170 m3/h 830 m3/h Para suprir estas necessidades, a sociedade teve que se adaptar rapidamente através de construções de barragens, açudes, reservatórios, drenagens de rios e redes de distribuição para todos os setores necessitados, tais como os de uso municipal, agrícola e industrial (FELLENBERG, 1980). Esta súbita demanda por água num momento onde este recurso natural estava disponível em abundância e já começava a se tornar um “bem econômico” fez com que seu uso se desse de forma não racionalizada e, ainda pior, não havendo nenhuma preocupação com o descarte após o uso. A falta de preocupação com a emissão da água já utilizada ocorreu devido ao pensamento de que a natureza tinha a capacidade de autodepurar-se, ou seja, pensava-se que os rios e lagos poderiam receber poluentes em grandes quantidades, sem maiores danos, por causa do fornecimento contínuo de água limpa por fontes e da descarga dessa água nos oceanos. Entretanto, por volta de 1900, observou-se uma grande mortandade de peixes, o que evidenciou a visão equivocada sobre a capacidade da natureza. A partir daí, iniciou-se um processo de conscientização da importância em conservar os recursos naturais (HENRY e HEINKE, 1996). Apesar de muito já ter sido feito para evitar a emissão de poluentes líquidos, atualmente está se evidenciando a necessidade de não só desenvolver técnicas de remoção de poluentes, mas sim elaborar um plano para o gerenciamento dos recursos hídricos através de propostas de redução de desperdícios, reusos e reciclos, acarretando em uma redução na captação, ou seja, tratar o problema desde sua origem. As estratégias ambientais convencionais, usadas desde que se iniciou a preocupação com os recursos naturais até os dias atuais, têm como principais objetivos o controle da poluição e a remoção de resíduos, o que resulta em uma CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 19 certa melhoria na qualidade ambiental, mas acarreta na transferência de poluentes de um meio para outro. Contudo, a prevenção da poluição na fonte leva à diminuição dos custos de disposição final dos resíduos, devido à redução radical da quantidade dos mesmos. Diminuem também os custos de produção devido à utilização mais eficiente de matérias primas e da energia, assim como os investimentos em sistemas de tratamento de resíduos. Evidentemente a prevenção da poluição apresenta, diferentemente do tratamento de resíduos, um benefício econômico, o que a faz mais atrativa para as empresas. Outro fator importante da implantação de sistemas de gerenciamento ambiental baseado na prevenção da poluição é a melhoria da imagem pública da empresa diante dos consumidores, das comunidades vizinhas, da imprensa e das agências ambientais (HAITH, 1982). BARCELOS e ZEMP (1998) relatam que a utilização de água resulta em dois grandes problemas para as indústrias: o custo da água fresca e o custo do tratamento do rejeito aquoso gerado. Mesmo em casos onde o custo da água fresca é baixo, o custo do tratamento dos rejeitos aquosos está se tornando cada vez mais alto à medida que as leis ambientais se tornam mais rígidas. Apesar de serem claras as vantagens oferecidas pelos sistemas de prevenção da poluição na fonte, ainda existem alguns receios. Um fator que inibe a realização de atividades de prevenção da poluição na indústria é o temor de que as medidas de prevenção afetem a qualidade do produto, a ponto de torná-lo inaceitável pelos consumidores (FREEMAN et al., 1992). Embora os primeiros passos já tenham sido trilhados, observa-se que esta problemática ainda está longe de ser totalmente resolvida, pois a necessidade primordial em questão, no momento, é estabelecer uma visão mais consciente da real situação dos recursos hídricos e com isso modificar as más práticas atuais que envolvem estes recursos naturais. Entretanto cabe ressaltar que esta “batalha” contra a degradação dos recursos hídricos ainda seguirá por algumas gerações em virtude dos inúmeros fatores envolvidos, e entre eles pode-se citar a crescente e exponencial demanda por água e a já existente diminuição de fontes de água de qualidade. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 20 BERNARDIS (2002) relata que estima-se que a demanda mundial por água deva crescer 17% até 2005, levando-se em conta apenas o aumento populacional e a necessidade de incrementar a produção de alimentos em países como o Brasil, onde não faltam rios, mas existem cidades que não dispõe de mananciais capazes de garantir seu abastecimento. Segundo estudo recente das Nações Unidas, no futuro mais de 2 bilhões de habitantes poderão ficar sem acesso a água, em quantidade e qualidade desejável para sua sobrevivência, em 2050. Segundo o Secretário Geral da ONU, Sr. Kofi Annan, “ Se o desperdício atual continuar, em 20 anos, 2 pessoas em cada 3 sofrerão efeitos da escassez de água”. Colocando com muita clareza e objetividade toda a problemática envolvendo os recursos hídricos, BERNARDIS (2002) ainda faz um questionamento bastante interessante: “Se a própria natureza faz da água um recurso renovável, quando esta é reciclada através de sistemas naturais por diversas vezes, por que o homem, que se beneficia deste recurso, não pode se dedicar ao seu melhor aproveitamento seja através da economia, limpeza ou do reuso planejado?”. 2.5. GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS No momento em que é crescente a preocupação com o meio ambiente e com os recursos naturais, torna-se cada vez mais necessária a concreta implementação de um gerenciamento eficaz dos recursos hídricos, tanto em nível governamental quanto em nível organizacional. SANTOS (2002) destaca que um objetivo para a gestão dos recursos hídricos e reversão dos problemas é a aplicação de mecanismos de gestão que incentivem o uso mais racional da água, ou seja, incentivar a todos aqueles que usam a água de forma ineficiente a pagar pelo seu uso ou desistir e transferir a água para usos de valor maior, entre eles, inclusive, os usos ambientais. Em nível governamental algumas medidas estão sendo tomadas e entre elas está a Política Nacional dos Recursos Hídricos. Segundo FREITAS e DUTRA (ANA, 2003), a promulgação da Lei nº9.433, de 8 de janeiro de 1997, constituiu um marco para o setor de recursos hídricos do Brasil. Além de instituir a Política Nacional dos Recursos Hídricos, ela criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recurso CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 21 Hídricos e, a partir de seus fundamentos, diretrizes e instrumentos, a gestão de recursos hídricos vem avançando de forma bastante rápida em todo país. Em 2000, foi publicada a Lei nº 9.084, que criou a Agência Nacional de Águas – ANA, entidade federal responsável pela implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e, desde então, muito se tem feito em gestão de águas no Brasil, conferindo-se a este meio um caráter bastante dinâmico. A cobrança pelo uso dos recursos hídricos, segundo GARRIDO (2003), é um dos instrumentos de política para o setor, previsto na legislação federal a nas leis estaduais. Esse instrumento vem juntar-se aos demais com o objetivo de induzir o usuário da água a uma postura de racionalidade quando da tomada de suas decisões de consumo em relação a esse recurso natural. Segundo SANTOS (2002), os problemas de escassez e degradação dos recursos hídricos acarretados pela crescente concentração populacional e forte industrialização registrada no último século demandam uma mudança de comportamento no uso deste recurso diante da possibilidade de uma crise na disponibilidade de água em várias partes do mundo. E entre as diversas mudanças necessárias, uma será certamente tratá-la como um bem que tem valor econômico. As primeiras implementações das cobranças já se iniciaram. Desde julho de 2002, cerca de 6 mil indústrias e companhias municipais de saneamento de 180 cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, já estão pagando pela água que utilizam em duas situações diferentes: poluidores e usuários. O insumo custa R$ 0,02 por metro cúbico captado e devolvido sujo ou R$ 0,008 por metro cúbico de água captada e devolvida tratada. As empresas que não pagarem a taxa são multadas em até R$ 10 mil por dia, com base na Lei das Águas, de 1997. O projeto adota o princípio “poluidor-pagador”: quem polui mais, paga mais. (BERNARDIS, 2002). Em nível organizacional, mais especificamente no setor industrial, existe uma lenta porém gradativa conscientização em relação à conservação dos recursos naturais e, em especial, dos recursos hídricos. Segundo DUTRA e ANTUNES (2003), um marco institucional que reflete a resposta da indústria, não só à questão ambiental, mas também às questões éticas empresariais e diálogo com as comunidades onde as fábricas são instaladas, foi a CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 22 definição do programa Atuação Responsável (“Responsable Care”), no início da década de 1960, pela associação patronal do setor químico do Canadá. A iniciativa difundiu-se rapidamente e, hoje, abarca as empresas de praticamente todos os países que dispõe de uma indústria química. É um programa de participação voluntária, onde a empresa se compromete a atuar de maneira mais responsável possível em seis áreas especificadas a seguir: (i) segurança de processos; (ii) saúde e segurança do trabalhador; (iii) proteção ambiental; (iv) transporte e distribuição; (v) diálogo com a comunidade e planos de emergência; (vi) gerenciamento de produtos. No Brasil, a ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química) implementou o programa a partir de 1991. Com os dados da Tabela 2.3 é possível perceber que os resultados foram bastante satisfatórios. Tabela 2. 3 – Dados da atuação responsável entre os membros da ABIQUIM (Fonte: ABIQUIM). % de associados implantando Práticas de segurança dos processos Práticas de saúde e segurança do trabalho Práticas de proteção ambiental 1995 1996 1997 1998 1999 2000 26 35 37 48 50 64 37 47 59 57 58 69 - 21 27 46 46 61 Os indicadores de desempenho ambiental entre 1999 e 2000 foram bastante positivos: o volume de efluentes lançados foi reduzido de 6,04 para 3,16 m3 por tonelada produzida, enquanto o consumo de água caiu de 12,03 para 11,80 m3 por tonelada produzida. A demanda química por oxigênio (DQO), os metais pesados e o fósforo gerado também conheceram redução. Entretanto, o dado que melhor reflete o atual estágio de conscientização que predomina na indústria é: cerca de 2/3 dos membros da ABIQUIM possuem uma estratégia de proteção ambiental devidamente registrada e comprometida com as regras preconizadas pelo programa da associação (DUTRA e ANTUNES, 2003). Embora alguns fatores nos levam a crer que existe uma conscientização generalizada em nossas indústrias, eles não refletem totalmente a real situação em que se encontram as preocupações com o futuro dos recursos naturais, mostrando que muitos esforços ainda devem ser realizados. Na última pesquisa realizada pela ABIQUIM, 83 empresas (das 116 associadas ao programa) responderam ao questionário enviado. O resultado mostrou que das 156 instalações industriais (envolvidas com as empresas que responderam o questionário) que lançavam algum CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 23 tipo de efluente, somente 39% faziam algum tipo de tratamento antes do descarte. A reciclagem total do efluente só foi observada em 5 empresas, enquanto 35 reciclam parte de seu efluente e 19 planejam fazê-lo em breve. Apesar destes números ainda deixarem muito a desejar, verifica-se, através dos indicadores da Tabela 2. 4 que as Indústrias Químicas já estão mais conscientes dos problemas causados pelos danos ambientais, quando comparadas com a média geral das indústrias de transformação. Tabela 2. 4 – Indicadores de gestão ambiental (dados publicados em 1998 e referentes a 1997). Fonte: CNI, 1998. INDICADOR Implementação de procedimentos de gestão (% de empresas que já adotaram) Investimentos ambientais (% de empresas que já realizaram investimentos) Certificação ambiental (% de empresas que adotam certificação) Número de horas de treinamento por empregado Média da indústria de transformação Indústria química 84 86 50 69 49 50 23 41 O gerenciamento adequado dos recursos hídricos implica em minimizar o consumo de água/vapor e geração de efluentes de uma forma global, não desprezando pequenas possibilidades de redução que uma vez somadas podem representar um volume significativo. Em sistemas industriais complexos, como refinarias de petróleo, o somatório das contribuições aparentemente pequenas e isoladas em cada unidade tende a evidenciar valores expressivos. Isto se torna importante, tendo em vista que o leque de possibilidades de redução no consumo e reuso será tanto maior ou menor dependendo do nível de otimização de processo em cada unidade industrial específica. (CORRÊA JR. E FURLAN, 2003) DUTRA e ANTUNES (2003) afirmam que pela experiência de outros países, a evolução do empresariado é previsível: primeiro, os esforços se concentraram na diminuição do desperdício, com a implantação dos programas de conservação na produção industrial. O aumento da eficiência se faz a partir da atualização das tecnologias, com o fechamento das unidades obsoletas e ajustes nas mais recentes. Os custos de abatimento são reduzidos e, as metas, rapidamente atingíveis. Em seguida, surgem as oportunidades para o reuso, ou seja, para o aproveitamento da água, antes descartada como insumo de produção, ou em um uso mais específico, CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 24 sem que seja necessário um tratamento oneroso. Por fim, o empresário pode ser pressionado a buscar a reciclagem, na qual o efluente é integralmente recuperado antes de ser descartado nos rios, lagos e baías. Qualquer que seja o estágio atual de comprometimento do empresariado nacional, sem dúvida, do ponto de vista do comportamento, o maior passo é dado a partir do momento em que o empresário – que antes podia poluir até certo limite e apenas em caso de ultrapassá-lo estava sujeito a multas e outros encargos – passa a ser compelido a pagar por qualquer descarga tóxica. Mesmo que seja dentro dos limites de emissão, poluir, sem nenhum custo, deixa de ser possível para as indústrias. 2.6. FORMAS DE MINIMIZAÇÃO As fontes de água se tornaram um crítico e importante “bem de consumo” para a sociedade desde que foi descoberta a possibilidade de “produzir” comida pelo cultivo de plantas. Está claramente evidenciada a todos, a importância da água na sociedade moderna e é fácil avaliá-la como um “bem de consumo” que movimenta a humanidade em todos os setores produtivos e níveis sociais. Entretanto, este “bem de consumo”, e não esqueçamos, “bem vital”, vem sofrendo constantes degradações ao longo do tempo. A princípio achava-se que a água, por existir em abundância, iria suprir todas as nossas necessidades para sempre e, desta forma, era consumida e, após o uso, descartada sem nenhum cuidado nem critérios. Isto fez com que surgisse uma crise nos recursos hídricos, obrigando-nos a buscar soluções para tentar acabar, ou ao menos, minimizar a degradação deste recurso natural. Segundo CASTRO et al. (2000), no final dos anos oitenta e na seqüência dos graves problemas de poluição industrial que começavam a surgir, as instituições internacionais propuseram uma abordagem diferente para enfrentar o problema, estabelecendo como prioridades a redução na fonte; a reutilização e a reciclagem. Seguindo a mesma tendência, FONTANA et al. (2002) destacam que há duas décadas, esforços significativos têm sido direcionados para a redução do desperdício industrial em geral, incluindo redução no efluente líquido. O foco desses esforços tem sido trocado gradualmente. Ao invés do controle da poluição a jusante, que é uma técnica mais agressiva, tenta-se prevenir a poluição em primeiro lugar. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 25 Além de ser uma forma mais agressiva ao ambiente fazer o tratamento de todo o efluente somente no final do processo global, este gera mais custos, tanto em termos de maiores gastos com os insumos das estações de tratamento de água e de efluentes, quanto pelas recentes taxações pela captação de água impostas pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), aprovada em 14 de março de 2002. Esta cobrança foi baseada na Lei de Política Nacional de Recursos Hídricos nº 9.433/97. Para CORRÊA JR. e FURLAN (2003), o desafio é reduzir o consumo de água sem afetar a otimização do processo, isto é, buscar a redução da captação sem afetar a rentabilidade do negócio. Eles ainda salientam que certamente este tema ganhará destaque crescente, pois, em maior ou menor medida, a escassez de água tende a ser um problema universal em futuro não tão distante. WANG e SMITH (1994a) afirmam que a redução de efluentes afeta em ambos, custos do tratamento de afluente e tratamento de efluente. Eles ainda afirmam que se for excluída a possibilidade de fazer mudanças fundamentais no processo para reduzir sua demanda inerente de água, a redução de efluentes pode ser feita através de reusos e reciclo, podendo ser auxiliados por processos regenerativos. Alguns autores ainda adicionam mais uma possibilidade de minimizar a geração de efluentes e, conseqüentemente, o consumo de água. EL-HALWAGI (1997) refere-se à segregação que, resumidamente, é o simples ato de evitar a mistura de correntes de qualidades diferentes e que irão para o tratamento final. SMITH (2000) faz uma abordagem global sobre integração de processos e, ao focar o problema particular de redes de água, afirma que o objetivo de um projeto de redes que consomem água é minimizar o consumo de água pela maximização do reuso de água. Assim como em outros trabalhos, ele também salienta que reduções no consumo de água podem ser obtidas introduzindo processos para o tratamento parcial do efluente, conhecido como regeneração, seguido do reuso ou reciclo da água. Como foi mencionado anteriormente, algumas circunstâncias irão, ou poderão, requerer processos regenerativos para que correntes efluentes, com contaminantes críticos, possam ser utilizadas em outros processos ou no próprio processo. A Tabela 2.5 apresenta um resumo dos tratamentos usados na remoção de contaminantes. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 26 Estes sistemas de regeneração consistem em remover um ou mais poluentes, podendo ser sólidos suspensos, durezas, sílica, matéria orgânica, sais, metais, sólidos dissolvidos, hidrocarbonetos, etc. Tabela 2. 5 - Sistemas de tratamento usados na remoção de contaminantes. CONTAMINANTE Sólidos Suspensos Compostos Orgânicos Biodegradáveis Microorganismos Patogênicos Nitrogênio Fósforo Compostos Orgânicos Refratários Metais Pesados Sólidos Orgânicos Dissolvidos SISTEMA DE TRATAMENTO Sedimentação Macrofiltração Microfiltração Ultrafiltração Nanofiltração Flotação Adição de polímeros Coagulação/Sedimentação Lodo ativado Filtros biológicos Biodiscos Lagoas Filtros de areia intermitentes Tratamentos físico-químicos Cloração Hipocloração Ozonização Nitrificação e Desnitrificação “Stripping” de amônia Troca Iônica Cloração Adição de sais metálicos Coagulação/Sedimentação – Ca(OH)2 Remoção químico-biológica de compostos fosforosos Adsorção com Carvão Ozonização Terciária Destilação Precipitação Química Troca Iônica Troca Iônica Osmose Reversa Eletrodiálise Evaporação Através dos processos de regeneração, pode-se observar as reais possibilidades de recuperação dos efluentes em todos os tipos e graus de contaminação. Entretanto, a escolha do uso ou não desses processos, seja objetivando a minimização de efluentes ou, quem sabe até, o “descarte zero” , CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 27 dependerá das características econômicas e dos critérios de qualidade que se deseja atingir. Os sistemas de tratamento indicados na Tabela 2.5 são descritos com detalhes em MUSTAFA (1998), STUCKI (1988), SIVERNS et al. (2000), TUCKER e DOMINICK (2000), CHANG et al. (2001) e ELICECHE et al. (2002). 2.7. TÉCNICAS DE OTIMIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ÁGUA Vários pesquisadores vêm desenvolvendo procedimentos, técnicas, algoritmos e programas computacionais para auxiliar na resolução de problemas ambientais. Entre os problemas existentes, a minimização do consumo de água e redução do descarte de efluentes é, cada vez mais, estudada. O primeiro passo para realizar a minimização do consumo de água, e conseqüentemente do descarte de efluentes, é através de um gerenciamento dos recursos hídricos, com identificação e posterior correção de atitudes rotineiras de desperdício de água, que contribuem com a elevada demanda de água. A seguir, o levantamento dos pontos de emissão de efluentes é uma boa alternativa que irá auxiliar a encontrar descartes desnecessários, além de proporcionar o início de um estudo mais aprofundado. Neste estudo deve-se quantificar e qualificar os descartes e realizar a identificação das operações que requerem água na refinaria, e qual a quantidade e qualidade requerida. De posse destes dados, é possível propôr reusos e/ou reciclos. Entretanto, cabe salientar que a análise individual de possíveis minimizações acarretará em um menor consumo de água, mas se for feita uma análise global de todas as possibilidades, pode-se alcançar um ponto ótimo no consumo da mesma. Para se obter resultados mais rápidos e precisos, além de ter a opção de analisar um maior número de operações paralelamente, utilizam-se técnicas de otimização, muitas vezes em conjunto com recursos computacionais, com o objetivo de estabelecer as interligações das possíveis rotas e encontrar as melhores condições de reuso, considerando-se os aspectos técnicos e/ou econômicos. As ferramentas freqüentemente usadas para desenvolver os procedimentos de otimização que encontrem as melhores formas de minimização e recuperação de água são as baseadas em técnicas de integração mássica. Segundo MANN (2003), CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 28 dentro das opções de otimização dos sistemas de água, estão a Tecnologia Pinch e a Otimização via programação matemática: Tecnologia Pinch Esta tecnologia, também conhecida como Tecnologia do Ponto de Estrangulamento, foi inicialmente desenvolvida para integração energética (Pinch energético), principalmente, na redução dos consumos energéticos de redes de trocadores de calor (MÓDENES, 1999). Entretanto, em meados da década de 90, a tecnologia Pinch surgiu como uma metodologia de reutilização de efluentes através da integração mássica (Pinch mássico). Segundo FONTANA et al. (2002), esta tecnologia permite determinar: A mínima quantidade de água visando reduzir o consumo total de água; A mínima quantidade de água visando reduzir a geração de efluentes; Técnicas para uma síntese sistemática de sistemas de água e sistema de tratamento de efluentes, incluindo técnicas para modificar e melhorar sistemas já existentes. O princípio desta tecnologia, baseado em fundamentos termodinâmicos e de transporte, é o tratamento das unidades que necessitam de água como uma fonte de poluentes, e a partir delas o sistema passa a ser tratado como um problema de transferência de massa de uma corrente rica em um poluente para outra pobre. Muitos autores propuseram modificações da Tecnologia Pinch e obtiveram sucesso, e desta forma surgiram muitos métodos análogos a esta tecnologia. Segundo LINNHOFF (1993), atualmente os procedimentos envolvendo esta tecnologia são largamente utilizados na indústria em projetos, visando minimizar o custo do processo, que enfocam áreas específicas, como: integração de processos em bateladas, minimização da água consumida e dos efluentes descartados para o meio ambiente, integração energética total e minimização de emissões, etc. Otimização via programação matemática CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 29 Esta técnica consiste em aplicar o conceito de otimização utilizando programação matemática e garantindo, desta forma, que um grande volume de informações possa ser analisado e processado de maneira coerente e num tempo reduzido. Através dela é possível criar superestruturas capazes de fazer a interligação de todas as possibilidades de reuso e reciclo, com e sem regeneração, permitindo descrevê-las através de uma função objetivo (que poderá ser custo, vazão de água ou de efluente, etc.), aplicando critérios e então, otimizando-as. A otimização pode ser feita com técnicas de programação linear ou não-linear; e discreta (inteira), contínua ou mista; dependendo, respectivamente, dos modelos e tipos de variáveis envolvidos. Embora a otimização via programação matemática apresente muitas vantagens, é preciso salientar que devido aos problemas de otimização de redes de água apresentarem dificuldades numéricas referentes à natureza não linear das restrições, muitas vezes tornam-se bastante complexos de serem resolvidos. Para suprir estas dificuldades, recentes trabalhos desenvolvidos apresentam estratégias para contornar eventuais limitações numéricas. Embora muitos trabalhos sejam formulados e resolvidos usando somente um dos enfoques possíveis para a otimização das redes de água, acredita-se, atualmente, que a junção de métodos pode se tornar uma excelente opção devido à sinergia produzida através do aproveitamento das principais vantagens disponíveis em cada um deles. Além de diferentes abordagens serem adotadas quanto à técnica a ser empregada na otimização dos sistemas de água, existem também duas abordagens quanto a como tratar as unidades que requerem água. Uma delas trata as unidades utilizando conceitos de transferência de massa segundo a força motriz, e a outra as trata somente como unidades de consumo de água. Desde o surgimento dos primeiros trabalhos em minimização do consumo de água e geração de efluentes até os dias atuais, muitas evoluções e melhorias já foram percebidas, e acredita-se que este é um assunto que continua em crescente desenvolvimento e do qual cabem os diversos tipos de abordagem que vem sendo propostos. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 30 Um dos primeiros métodos para resolver o problema da alocação ótima da água foi apresentado por TAKAMA et al. (1980), que utilizaram como base a alocação ótima de água em refinarias de petróleo. Todos os sistemas alternativos foram combinados em um sistema integrado através da utilização de superestruturas variáveis no ponto onde uma corrente de água é dividida em mais que duas correntes e no ponto onde as correntes se juntam para abastecer uma unidade. Os valores correspondentes a estas estruturas variáveis foram determinados pelas condições estabelecidas nos processos, como minimizar o custo total, critérios impostos pelo balanço material e relações entre as unidades que usam água e as unidades de tratamento de efluentes. O problema não linear foi tratado como um problema linear sem restrições de desigualdades (que são não lineares) através da introdução de funções penalidades, e então o problema foi resolvido iterativamente utilizado o método Complex. TAKAMA e UMEDA (1980) apresentaram um método que possibilita decomposições aplicáveis para problemas de grande escala, não linear e multiobjetivo. Para ilustrar esta aplicação eles buscaram um projeto ótimo de um sistema de água acoplado a processos de tratamento. EL-HALWAGI e MANOUSIOUTHAKIS (1989) introduziram o conceito de Redes de Transferência de Massa – RTM – (ou MEN’s – Mass Exchange Networks) através de uma analogia às Redes de Transferência de Energia. Este conceito baseia-se na remoção de contaminantes de um conjunto de correntes ricas para um conjunto de correntes pobres, sendo fundamentado pelas limitações e princípios da termodinâmica e tendo como objetivo criar uma rede eficiente e com baixo custo. EL-HALWAGI e MANOUSIOUTHAKIS (1990a) utilizaram os conceitos apresentados previamente para propôr uma síntese automática de redes de trocadores de massa onde um contaminante é transferido entre as correntes pobres e ricas. Foram introduzidos conceitos como o diagrama de intervalo de composição, além do Pinch. O modelo desenvolvido constou de duas etapas, na primeira um problema de linear (PL) determinava o mínimo consumo de água, e na segunda aplicava-se programação linear inteira mista (PLIM) para otimizar o número de equipamentos da rede. Foi apresentado também um procedimento computacional empregando a mínima diferença de concentração possível para cada par de CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 31 correntes (rica e pobre). Com isto, os graus de liberdade foram usados para minimizar o custo anual da rede. EL-HALWAGI e MANOUSIOUTHAKIS (1990b) desenvolveram um procedimento para a síntese simultânea de redes de transferência de massa em conjunto com processos regenerativos. Também foi proposto um procedimento de dois estágios; o primeiro usando programação não linear inteira mista (PNLIM) com o objetivo de minimizar o custo dos separadores de massa e agentes utilizados na regeneração. No primeiro estágio torna-se possível obter a localização do Pinch e a vazão ótima para as correntes pobres e agentes de regeneração. Para o segundo estágio foi usada uma formulação linear inteira mista (PLIM) que gera as redes de equipamentos de transferência de massa primária e a rede de transferência de massa com os processos regenerativos. O objetivo geral das redes consiste em determinar número mínimo de trocadores de massa (unidades). DOUGLAS (1992) descreveu um procedimento de decisão hierárquico que fornece um simples caminho para identificar, facilmente, problemas potenciais de poluição nos estágios de desenvolvimento de um projeto. Segundo FRAYNE (1992), quatro critérios devem ser seguidos para realizar uma melhor minimização de efluentes e reuso de água: Maximizar o uso das facilidades existentes; Executar sabiamente projetos de baixo investimento; Grandes volumes de efluentes para projetos de investimento alto; Ir além das limitações do passo três, para descarga zero. GUPTA e MANOUSIOUTHAKS (1993) apresentaram um método para a síntese de redes de transferência de massa a um mínimo custo de utilidades que considerava variações nas composições de entrada e saída das correntes; no entanto, foram admitidos limites inferiores e superiores para as composições. O problema foi resolvido através de uma formulação matemática de programação não linear inteira mista (PNLIM). Em virtude de o modelo possuir propriedades específicas, foi possível desenvolver um procedimento convergência para um ótimo global. capaz de garantir a CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 32 GUPTA e MANOUSIOUTHAKS (1994) propuseram a abordagem SSA (“State Space Approach”) para o problema de síntese de redes de transferência de massa (RTM) com multicontaminantes. Nesta abordagem, o problema é decomposto em duas avaliações distintas. Uma avalia as operações (unidades de transferência de massa), enquanto a outra avalia a rede de distribuição (entradas e saídas das operações). Ambas avaliações foram realizadas simultaneamente e o modelo objetivou a minimização dos custos de utilidades satisfazendo as especificações das correntes de saída para cada contaminante. Segundo GOMES (2002), esta abordagem apresenta como desvantagem a necessidade de simplificação das equações não-lineares ou o fornecimento de uma função diferenciável para a programação não-linear, de modo que seja garantida a obtenção do ótimo global. WANG e SMITH (1994a) abordaram o projeto de sistemas de tratamento distribuído e mostraram que o mesmo apresenta menor custo se comparado com os sistemas centralizados. Foi apresentada uma metodologia para o projeto destes sistemas objetivando a vazão mínima de despejo, focando um contaminante, baseada na Curva Composta (proveniente dos fundamentos da Tecnologia Pinch) das correntes poluentes. Nos problemas envolvendo multicontaminantes, foi aplicada uma analogia à metodologia usada para um contaminante, onde foram criadas subredes para cada um dos contaminates, e ao agrupá-las obtinha-se o projeto final. WANG e SMITH (1994b) realizaram a minimização de efluentes industriais, objetivando primeiro o máximo reuso de água. A aproximação usada seguiu os critérios dos processos individualmente, relacionando a mínima força motriz de transferência de massa, limitações de corrosão, etc. Foram analisados casos para um único e para vários componentes, além de possibilidades de regeneração da água. Um método para a síntese de redes de transferência de massa (RTM), baseado na Teoria dos Grafos, foi proposto em LEE e PARK (1996). A abordagem adotada foi para um único poluente-chave e visou aplicar a teoria de P-grafos para encontrar todas as soluções viáveis com o intuito de reduzir significativamente a estrutura do problema. De posse das soluções possíveis, foram determinadas as condições operacionais através de um modelo de programação não linear (PNL). KUO e SMITH (1997) apresentaram um método para projeto de um sistema distribuído de tratamento de efluente. As alterações propostas por eles foram CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 33 provenientes de questionamentos aplicados ao método proposto anteriormente por WANG e SMITH (1994a), onde foram ressaltadas as problemáticas envolvidas em aplicar, para um sistema multicomponente, um processo seqüencial do método para um contaminante. Os autores também enfatizaram a importância de executar projetos de melhoramentos, ajustes e adaptações de sistemas de tratamento de efluentes já existentes. ALMATÓ et al. (1997) iniciaram o estudo da minimização do uso de água para processos industriais em batelada. Neste trabalho foi introduzido o conceito de tanques de estocagem, os quais promovem maiores oportunidades de reuso nos sistemas em batelada. Uma característica inerente destes problemas é a necessidade de considerar a variável tempo para a otimização do sistema. A metodologia apresentada combina procedimentos heurísticos com otimização via programação matemática, usando um modelo não linear (PNL). MUSTAFA (1998) propôs uma metodologia para a implantação de um programa de reutilização de efluentes líquidos aplicado à indústria petroquímica que tem como meta final atingir o descarte zero. Para isso foi proposta a utilização de diversos processos de tratamento: clarificação, filtração, osmose reversa e evaporação para a remoção de sólidos dissolvidos e suspensos; e destilação e ozonização para remoção de compostos orgânicos. WILSON e MANOUSIOUTHAKIS (1998) estudaram o problema do mínimo custo de utilidades para uma única operação de transferência de massa com multicontaminantes. O problema foi formulado com programação não linear (PNL) e resolvido com uma metodologia combinatorial, o que torna difícil a resolução de problemas de grande porte (no caso de muitas operações de transferência de massa), já que nesta metodologia a complexidade aumenta com o quadrado do número de componentes considerados. Com o intuito de tentar contornar alguns problemas causados pela não convexidade das formulações envolvendo redes de transferência de massa (RTM ou MENs – “Mass Exchange Networks”), GARRAD e FRAGA (1998) abordaram a resolução do problema através de algoritmos genéticos (GAs). Foram abordados casos para um único componente, tanto para redes sem o uso de regeneração quanto para aquelas com regeneração. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 34 A primeira metodologia para a predição de redes de transferência de massa (RTM) objetivando o mínimo custo de investimento foi proposta em HALLALE e FRASER (1998). O conceito fundamental empregado a diferença mínima de concentração para a correta utilização da força motriz entre as correntes. Com este trabalho foi possível provar que com o investimento mínimo não é necessariamente alcançada a mínima quantidade de unidades da rede, como se acreditava nos trabalhos anteriores envolvendo Redes de Transferência de Massa (RTM). GALAN e GROSSMANN (1998) apresentaram um enfoque do projeto ótimo de rede distribuída de tratamento de efluentes considerando multicontaminantes. O modelo foi proposto por uma formulação não linear (PNL) e não convexa, a qual freqüentemente exibe mínimos locais e apresenta dificuldades para sua convergência. Para contornar estes problemas, foi proposto um procedimento baseado em sucessivas soluções de um modelo linear (PL) relaxado para determinar os pontos iniciais a serem usados no problema não linear. Vários problemas apresentados atingiram o mínimo global ou um valor muito próximo a ele. ALVA-ARGAEZ et al. (1998) desenvolveram uma nova formulação para resolver o problema dos sistemas de minimização de efluentes industriais que baseou-se no perfil limite de água, proposto por WANG e SMITH (1994a), e nos conceitos de contaminante limite, apresentado em DOYLE e SMITH (1997). O trabalho propôs uma metodologia integrada que usa as soluções propostas pela análise do método Pinch para indicar pontos inviáveis e acelerar a performance do modelo matemático usado. Foi utilizado um modelo de programação não linear inteira mista (PNLIM) que foi decomposto em modelos seqüenciais de programação linear inteira mista (PLIM). A proposta de linearização seguiu a idéia colocada por TAKAMA et al. (1980) que acrescentava penalidades para as soluções inviáveis, tornando o sistema iterativo até que a solução final levasse a função penalidade para zero. ALVA-ARGAEZ et al. (1999) trataram os problemas de redes de transferência de massa (RTM) e de minimização de efluentes aquosos para sistemas multicontaminantes através do modelo de transbordo linear inteiro misto (PLIM). Embora a resolução deste modelo (PLIM) seja mais fácil do que as usadas por outros autores (PNLIM), a falta de rigorosidade na transposição do problema fez gerar resultados com metas de consumo superiores. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 35 MÓDENES (1999) enfocou a redução de emissões de poluentes através da síntese de redes de equipamentos de transferência de massa utilizando a Análise Pinch. O objetivo central do trabalho foi aplicar os conceitos da análise Pinch juntamente com análises de viabilidade econômica. A minimização do consumo de água através de reuso com e sem regeneração para um único poluente foi apresentada em CASTRO et al. (1999). Introduziu-se um novo método que considera os critérios de vazão somente no estágio final do projeto, além de apresentar o primeiro algoritmo conhecido (em problemas baseados na Tecnologia Pinch ou similares), para encontrar o mínimo consumo de água em todas as situações possíveis (reuso com e sem regeneração). HUANG et al. (1999) propuseram um modelo de programação matemática para determinar a ótima rede de uso e tratamento de água (WUTN – “Water Usage and Treatment Network”) em algumas plantas químicas, caracterizada pelo mínimo consumo de água fresca e/ou mínima capacidade de tratamento de efluente. Os autores discutem algumas considerações realizadas por trabalhos anteriores e que julgam inadequadas, propondo soluções para as mesmas. O modelo proposto é de programação não linear (PNL), onde foram consideradas diversas fontes e diversos sumidouros de água, vários contaminantes, perdas no processo, três categorias de unidades que usam água (reação, separação e geração de utilidades), além de optar em focar as unidades de tratamento tanto como unidades de transferência de massa, quanto de interceptadores de efluentes. Os autores colocam que o método proposto é mais realista, mais acurado e muito mais rápido do que demais. Para validar o modelo foram resolvidos vários exemplos simples e em seguida foi apresentado um caso complexo de uma refinaria. Dando continuidade ao trabalho apresentado em 1997, ALMATÓ et al. (1999) voltaram a tratar do problema da otimização do uso de água em indústrias de processos em bateladas. Os autores apresentaram uma metodologia também utilizando tanques de estocagem e sem a possibilidade de separação intermediária dos contaminantes. O modelo foi baseado na simulação e otimização dos sistemas de reuso de água. A otimização foi realizada usando diferentes critérios: demanda de água bruta, custo de água, custo de energia e projeto da rede de reuso de água. NOURELDIN e EL-HALWAGI (1999) destacaram que, tratando-se de integração mássica, o tema prevenção da poluição usa uma combinação de CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 36 estratégias incluindo a manipulação de equipamentos de processo, mudanças estruturais nos fluxogramas, recolocação das correntes e adição de novas unidades. No trabalho deles, foi proposta a introdução de duas novas estratégias que podem contribuir fortemente para a interpretação da prevenção da poluição através da integração mássica. A primeira delas é a possibilidade de se determinar meta de poluição máxima com poucos dados de entrada. E a outra é a prevenção da poluição através da manipulação da unidade, gerando características atrativas e que deixam de lado a natureza não linear envolvida nos modelos destes processos. NOURELDIN e EL-HALWAGI (2000) apresentaram um procedimento esquemático para identificar metas de prevenção da poluição de um processo. Uma combinação dos graus de liberdade de projeto e operacional foi usada para evitar a poluição. A outra estratégia usada foi o reuso ou reciclo de correntes e/ou insumos. Nesta última usou-se um esquema de propagação das espécies e performance do processos acompanhados por equações discretas. Seguindo os trabalhos de ALMATÓ et al. (1999), os mesmos autores, em PUIGJANER et al. (2000) apresentaram o desenvolvimento de um software para auxiliar a tomada de decisão no gerenciamento de água nas indústrias de processos em batelada, baseado nas metodologias previamente expostas. A análise Pinch foi utilizada por CASTRO et al. (2000) para a minimização de efluentes aquosos industriais através da criação de diferentes cenários da rede de transferência de massa que correspondem a um mesmo consumo mínimo de água fresca. WILSON e MANOUSIOUTHAKIS (2000) introduziram um novo sistema conceitual para resolver os problemas de síntese de rede de processo que podem ser aplicadas para sistemas multicomponentes: IDEAS (“Infinite DimEnsionAl Statespace”). O IDEAS segue em um problema linear (PL) convexo infinito no qual soluções locais foram garantidas pelo ótimo global. A formulação conta com o conceito de “famílias” ou conjuntos de correntes que só podem ser misturas com outras da própria “família”. Seguindo a tendência proposta por GARRAD e FRAGA (1998), XUE et al. (2000) propuseram a resolução do problema de síntese das redes de intercepção e alocação de efluentes através de um algoritmo híbrido usando algoritmos genéticos e CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 37 alopex (“Algorithm of pattern extraction”), além de avançados operadores genéticos que garantiram a diversidade da população. As modificações (inclusão do alopex e de operadores avançados) serviram para encontrar mais facilmente o ótimo global e melhorar a convergência. YANG et al. (2000) introduziram um enfoque de otimização baseado no projeto de uma rede de reuso de água (WWRN – “Wastewater Reuse Network”). A essência deste enfoque é a modelagem de um sistema elementar de reuso de efluente (EWWRS – “Elementary Wastewater Reuse System”) para um único processo de limpeza e/ou fonte. Foi aplicado um modelo de programação não linear (PNL), que objetivou o mínimo consumo de água fresca, e usou-se o Método de Newton para a resolução do mesmo. HALLALE e FRASER (2000a) utilizaram os conceitos introduzidos por eles em HALLALE e FRASER (1998) para desenvolver um método para otimizar uma rede de transferência de massa com multicomponentes objetivando a minimização do custo global anual. A primeira parte deste trabalho consiste de modelos simplificados de custo de investimento, que se baseiam somente nos equipamentos de estágios, sendo o modelo apenas função do número de estágios. Na segunda parte deste estudo (HALLALE e FRASER, 2000b), continuaram sendo usados os fundamentos apresentados previamente; entretanto, usaram-se modelos detalhados de custo de investimento. Os modelos foram baseados não somente no número de estágios, mas sim em características específicas dos equipamentos, como por exemplo, quantidade de equipamentos envolvidos, diâmetro do equipamento (no caso coluna de destilação), espaçamento entre os pratos de separação e distribuição. FRASER e HALLALE (2000) desenvolveram uma técnica, usando conceitos da Tecnologia Pinch e dos trabalhos anteriormente apresentados pelos mesmos, para a redução de efluentes em sistemas já existentes através de projetos de redes de transferência de massa (RTM), cujo objetivo era a remoção de contaminantes usando vários processos: absorção, “stripping”, adsorção, troca iônica e extração por solvente. A partir do ano de 2000, BAGAJEWICZ e colaboradores publicaram uma série de trabalhos nos quais propuseram novas metodologias para a otimização dos CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 38 problemas conhecidos como WAP (“Water/Wastewater Allocation Planning”). Estes trabalhos focaram principalmente a introdução de condições necessárias e suficientes para a otimalidade nos problemas WAP e propostas de procedimentos para a determinação da rede de água de solução ótima e sub-ótima em problemas multicomponentes, através da determinação do componente-chave (“Watersave”). Inicialmente, uma revisão dos recentes procedimentos desenvolvidos para redes de água foi apresentada por BAGAJEWICZ (2000), o qual focou refinarias e plantas de processo. O problema foi dividido em dois subsistemas integrados, onde o primeiro é a alocação da água fresca e do reuso de efluente e, o outro diz respeito ao tratamento do efluente. Ainda, neste último subsistema, ele mostra como o tratamento de efluente foi modelado seguindo um tratamento distribuído e descentralizado. Além disso, enfatiza a importância da programação matemática na solução de problemas envolvendo a minimização e/ou ótima alocação da água. SALVESKI e BAGAJEWICZ (2000a) introduziram os conceitos das condições de otimalidade para redes que utilizam água. Estas condições garantem a otimalidade nos problemas de WAP que consideram o reuso de efluentes aquosos com base em um contaminante e que tenham como objetivo a redução do consumo global de água. No mesmo ano, os autores também apresentaram um trabalho ilustrando a aplicação das condições de otimalidade colocadas anteriormente por eles (SALVESKI e BAGAJEWICZ 2000b). BAGAJEWICZ et al. (2000) destacam um novo enfoque nos projetos de sistemas que utilizam água com multicomponentes presentes usando uma combinação de programação matemática e condições necessárias para a otimalidade, e fazendo gerar automaticamente a solução ótima apresentando mínimo capital e custos de operação. Um trabalho apresentando um procedimento algorítmico não iterativo para projetar redes que utilizam água foi proposto por SALVESKI e BAGAJEWICZ (2001). O procedimento é baseado nas condições necessárias e suficientes para a otimização e construção do ótimo global de um problema envolvendo apenas um contaminante, porém sem limitações para o tamanho do problema. FENG e SEIDER (2001) apresentaram a proposta de uma nova estrutura para as RTMs utilizando tanques de água (reservatórios) internos a rede. Segundo os CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 39 autores, essa estrutura simplifica a rede, como também a operação e controle de grandes plantas que envolvem muitos processos que usam água. Foram apresentados exemplos envolvendo somente um contaminante, sendo permitido o reuso, e baseado em balanços de massa e estratégias simples para minimização de água. JÖDICKE et al. (2001) destacam alguns problemas relacionados às opções de integração de processos existentes e propõem um novo enfoque para a resolução destes problemas. Julgando que nos antigos processos o tempo investido em coleta de dados é muito desgastante e sem muito a acrescentar, eles apresentam um modelo de programação não linear inteira mista (PNLIM) que utiliza dados de entrada facilmente acessíveis, como por exemplo, localização dos processos, demanda de água e informações binárias das possibilidades de reuso entre as unidades (se é possível, ou não). Foi adotado o conceito de tanques de espera, onde os efluentes devem, necessariamente, passar pelos tanques antes de serem reusados. A minimização realizada é sobre o custo total, o qual inclui custos operacionais (água fresca, tratamento de efluentes e bombeamento) e os custos de investimentos (tubulações e tanques de espera). O modelo foi aplicado num caso industrial e foi discutido seguindo visões econômicas (tempo de retorno, custos de investimento), e ecológicas (vazão), além de aspectos técnicos. PARTHASARATHY (2001) abordou uma formulação não linear (PNL) genérica para a minimização de custo em processos químicos. A metodologia proposta pode ser aplicada para correntes líquidas, sólidas e gasosas provenientes de diferentes operações, como por exemplo, cristalização, condensação e adsorção. A resolução do método ocorre em dois níveis, onde o nível externo consiste na interação de diferentes variáveis e o nível interno na solução de um programa linear (PL). PARTHASARATHY e KRISHNAGOPALAN (2001) aplicaram esses conceitos fazendo a realocação sistemática das fontes aquosas em uma fábrica de papel (mais especificamente no processo Kraft). BAGAJEWICZ et al. (2002) introduziram um novo enfoque para projetos das redes que utilizam água através do mínimo uso de água fresca e mínimo consumo de utilidades em plantas de processo. Este procedimento também trata um único contaminante, e é baseado em uma formulação de programação linear que depende das condições de otimalidade e de um modelo de transferência de calor. A resolução CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 40 é feita, primeiramente, obtendo-se os valores de mínimo uso de água e mínimo consumo de utilidades quentes através de um modelo de programação linear (PL), e em seguida resolvendo-se o problema de programação linear inteira mista (PLIM) que foi gerado. FONTANA et al. (2002) propuseram uma metodologia que consiste no desenvolvimento de uma superestrutura contendo todas as possíveis configurações potenciais para o sistema proposto. A solução do problema foi obtida via programação matemática não linear e inteira mista (PNLIM). O estudo foi feito comparando-se as diversas configurações obtidas. GOMES (2002) propôs um trabalho baseado numa junção dos trabalhos de CASTRO et al. (1999) e WANG e SMITH (1994a), visando auxiliar projetistas a desenvolver de forma mais prática e eficiente os projetos para a minimização de água e efluentes. Foram apresentados problemas envolvendo um ou multicontaminantes; reuso com ou sem restrições de vazão; uma ou múltiplas fontes de água; reuso com perdas no processo; e reuso com regeneração. MANN (2003) discute as mudanças culturais e o real valor da água, salientando a importância de planejamento, desenvolvimento corporativo e operações de suporte nos projetos de otimização de sistemas de água, através da utilização de quatro passos iterativos: • Planejamento e desenvolvimento corporativo e suporte de operações; • Identificação e coleta dos dados relevantes; • Geração de uma proposta de reuso de água, através das opções de otimização de sistemas de água; • Produção de um projeto detalhado de engenharia (incluindo análises químicas da água) e avaliação econômica. ULLMER et al. (2003) propuseram uma estratégia para sintetizar sistemas de processos que usam água. Foi abordada a metodologia utilizada para a construção do software WADO (“Water Design Optimization”), que tem como objetivo determinar o custo ótimo de redes de água considerando multicomponentes e várias possibilidades de reuso e regeneração. A metodologia caracteriza-se pelo uso combinado de regras heurísticas e superestruturas de programação matemática baseadas em programação não linear inteira mista (PNLIM). Primeiramente, através das regras heurísticas, foram determinadas oportunidades de regeneração e reuso CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 41 que apresentavam soluções viáveis, reduzindo o tamanho da superestrutura. Em seguida aplicaram-se os modelos e métodos matemáticos de PNLIM para encontrar a solução ótima, e finalmente foi realizada uma análise da solução através de simulações. Visando contornar as dificuldades inerentes aos problemas que envolvem a resolução de modelos de redes de processos (como por exemplo de efluentes e de água), LEE e GROSSMANN (2003) propuseram um método global de otimização para a solução de problemas discreto-contínuos não convexos, envolvendo restrições de igualdade bi-linear que são funções das vazões, composições e divisões das correntes. Para isso, eles desenvolveram um modelo GDP (“Generalized Disjunctive Programming”) onde foram consideradas escolhas discretas para a existência das unidades de processo. EL-HALWAGI et al. (2003) introduziram um método gráfico, sistemático em um único estágio para determinar de maneira rigorosa a meta mínima do uso de recursos brutos através de técnicas de reuso/reciclo. O método primeiro determina as condições matemáticas e características de uma solução estratégica ótima através de uma formulação matematica que é resolvida usando técnicas de programação dinâmica (PD). Essas condições e características são transformadas em uma técnica gráfica que pode ser facilmente usada para identificar rigorosas metas para o mínimo uso de recursos brutos. A técnica gráfica também é útil para localizar um ponto pinch de reuso/reciclo, o qual fornece informações quanto ao uso de recursos brutos, as descargas de materiais não usados e relações entre correntes do processos (fontes) e unidades (sumidouros). KOPPOL et al. (2003) apresentam um modelo matemático que analisa a possibilidade da opção de descarga zero dos efluentes líquidos em diferentes indústrias. Foi aplicada a metodologia em quatro tipos de indústrias (uma planta de tricresil fosfato, uma planta de cloreto de etil, uma fábrica de papel e uma refinaria). Em cada caso, várias configurações usando diferentes tecnologias foram testadas para determinar a possibilidade de descarte zero e a viabilidade econômica. Após as análises, os autores destacaram que o fator determinante para possibilitar a descarga zero de efluentes aquosos é a relação entre o custo de regeneração e o custo de água fresca, como também a concentração de descarga do tratamento. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 42 Uma rotina baseada em algoritmos genéticos para a tecnologia Pinch da água (GAPinch) foi desenvolvida e apresentada em PRAKOTPOL e SRINOPHAKUN (2004). O modelo foi formulado tanto para um contaminante como para multicontaminantes e foi fundamentado em programação linear inteira mista (PLIM). Através das restrições de igualdade referentes ao balanço de massa, foi possível conduzir o algoritmo genético para a solução possível. As variáveis foram divididas em independentes e dependentes, onde a inicialização das primeiras foi através de processos randômicos e, das dependentes, usaram-se soluções simultâneas do conjunto de restrições de igualdade que eram designadas para as variáveis independentes. O programa foi desenvolvido com um toolbox do MATLAB e apresentou bons resultados. Para que se alcance soluções para todos os desafios envolvendo a problemática dos recursos hídricos é de extrema importância que diferentes enfoques sejam levados em consideração. Até o momento é possível observar que isto vem ocorrendo de maneira bastante eficiente, fazendo com que as metodologias se tornem cada vez mais confiáveis. Como o presente trabalho está focado no desenvolvimento de um modelo matemático para a otimização do reuso de efluentes aquosos que será resolvido utilizando técnicas de otimização via programação matemática, alguns conceitos importantes referentes a este item serão discutidos a seguir. 2.8. OTIMIZAÇÃO VIA PROGRAMAÇÃO MATEMÁTICA O termo otimização é muito amplo, mas de uma maneira bem abrangente, pode ser definido como um conceito que objetiva a melhor utilização de recursos e processos, através da aplicação de métodos científicos, visando uma íntima integração de todas as áreas envolvidas, já que esta é formada pela mistura de diversos setores do conhecimento, e entre eles pode-se destacar a informática, a matemática, além de muita criatividade. Por estarem inteiramente ligados a ferramentas de tomada e apoio à decisão, os problemas são definidos como modelos matemáticos tão consistentes quanto possível e as soluções traduzidas para o mundo real, buscando sempre a maior proximidade com a realidade do contexto em questão. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 43 Desta maneira os problemas de otimização buscam encontrar, se possível, o mínimo (ou o máximo) de uma função definida em uma determinada região, utilizando-se de modelos matemáticos. Grande parte das discussões sobre qual a melhor indicação para um desempenho ideal de um sistema (modelo matemático) está na escolha da propriedade a ser otimizada e das condições de controle. Esta propriedade a ser otimizada, geralmente, é denominada de função objetivo. Além da função objetivo, outros componentes importantes caracterizam um problema de otimização, que são as variáveis de decisão e as restrições. As variáveis de decisão são as propriedades responsáveis pela execução e posterior implementação do problema, ou seja, são as propriedades que poderão ser mudadas para que o objetivo (maximizar ou minimizar a função objetivo) seja alcançado. As restrições podem ser definidas como um conjunto de condições (físicas, econômicas, operacionais, ambientais, etc.) impostas pelo sistema que se está estudando. São elas que delimitam a região de solução possível para o problema. Quando a solução ótima está fora desta região definida pelas restrições, ela é dita ser inviável (solução ótima inviável), e tem-se que buscar por uma nova solução subótima que seja viável (solução ótima viável), ou seja, que esteja na região imposta pelo conjunto de restrições. Depois de modelados, os problemas de otimização são resolvidos com o auxílio de métodos numéricos que visam encontrar soluções precisas e consistentes. Existem diversos métodos numéricos para resolução de problemas de otimização; entretanto eles se diferem basicamente em relação ao tipo de modelo que se está trabalhando (Métodos de programação linear, Métodos de programação não linear, Métodos de programação linear inteira e mista, Métodos de programação linear binária, etc). Programação linear (PL) Programação linear trabalha com a classe de problemas onde a função a ser otimizada é linear e todas as relações entre as variáveis correspondendo aos CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 44 recursos (restrições) são também lineares. Este problema foi formulado e resolvido pela primeira vez no final dos anos 40. George Dantzig e outros, trabalhando no projeto SCOOP no Departamento da Força Aérea Americana, apresentaram em 1947 uma forma sistemática de resolução dos problemas de PL que se designa Método Simplex e que se revelou de uma eficácia extraordinária (RAMALHETE, GUERREIRO e MAGALHÃES, 1984). Até hoje ainda é muito pequeno o número de teorias matemáticas encontradas, bastante desenvolvidas teoricamente e com tantas formas de aplicações possíveis como a teoria da programação linear. Atualmente esta teoria está sendo aplicada com bastante sucesso em problemas de planejamento de capitais, formulação de dietas, crescimento econômico, estratégia de jogos, alocação de recursos, sistemas de transporte, etc. A representação matemática geral de um problema de programação linear pode ser dada da seguinte maneira: Otimizar z = c T .x (2.1) Sujeito a: A.x = b (2.2) x≥0 (2.3) onde c,x e 0 ∈ Rn, b ∈ Rm e A é uma matriz mxn, sendo n variáveis de decisão e m restrições. Grande parte dos problemas de PL vem na forma matricial como: Minimizar z = c1 .x1 + c 2 .x 2 + ... + c n .x n s.a: a11 .x1 + a12 .x 2 + .. + a1n .x n ≤ b j (2.4) ∀j = 1 : m x1 , x 2 ,..., x n ≥ 0 (2.5) (2.6) Desta maneira, para que a solução seja determinada, é necessário transformar as inequações em equações e para isso arbitram-se n-m variáveis que recebem o nome de variáveis de folga (xr). O problema descrito acima pode então ser reescrito da seguinte forma: Minimizar Sujeito a: z = c1 .x1 + c 2 .x 2 + ... + c n .x n + 0.xr1 + 0.xr2 + ... + 0.xrn − m a11 .x1 + a12 .x 2 + .. + a1n .x n + xr1 + xr2 + ... + xrn − m = b j , ∀j = 1 : m (2.7) (2.8) CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 45 x1 , x 2 ,..., x n ≥ 0 (2.9a) xr1 , xr2 ,..., xrn −m ≥ 0 (2.9b) Generalizando o formato da PL, pode-se escrever a forma padrão incluindo as variáveis de folga e deixando o problema pronto para resolver os casos de restrições representadas por inequações. Fazendo: x= xb c= xr cb cr A = [B R ] onde cb, xb ∈ Rn, cr, xr ∈ Rn-m, b ∈ Rm, B é uma matriz mxn e R é uma matriz mx(n-m) . Otimizar z = cb T .xb + cr T .xr (2.10) Sujeito a: B.xb + R.xr = b (2.11) xb ≥ 0 e xr ≥ 0 (2.12) O método mais utilizado na solução deste tipo de problema (PL) é o Método Simplex (DANTZIG, 1951). Existem outros métodos desenvolvidos para resolver problemas de PL, com desempenho computacional superior ao Simplex, sendo estes variantes do próprio Simplex e/ou o método dos pontos interiores. Estas técnicas estão descritas com detalhes em ANDERSEN et al. (1996), SCHAGE (1997) e WRIGH (1998). A solução de um problema de PL pelo método Simplex oferece como resultado, além da solução ótima, o estado dos recursos, os valores duais (valor unitário dos recursos), os custos reduzidos, a sensibilidade da solução ótima com a mudança na disponibilidade de recursos, custo marginal (coeficiente da função objetivo), e o uso de recursos pelas atividades do modelo. Diversas podem ser as aplicações utilizando PL, sendo que as principais permitem dividir os problemas de programação linear em diferentes tipos, e entre eles pode-se citar: Planejamento de produção, Problema de transporte, Problema de transbordo (“transhipment”), Programação de produção (“scheduling”), Problema de mistura, etc. Uma descrição mais detalhada destes tipos de problemas de programação linear podem ser encontradas em RAMALHETE et al. (1984) e LUENBERGER (1973). CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 46 Programação não linear (PNL) A Programação linear trouxe uma poderosa ferramenta tanto para resolver problemas modelados do mundo real, quanto para aplicações em áreas de teoria matemática. No entanto, muitos problemas de interesse são não lineares e isso fez com que se buscassem alternativas eficazes para a resolução dos mesmos. O estudo de tais problemas envolve uma combinação de álgebra linear, cálculo multivariado, análise numérica e técnicas de computação. Áreas especiais e importantes incluem o desenvolvimento de algoritmos computacionais (incluindo o estudo de técnicas de pontos interiores para Programação linear), análise de funções e conjuntos convexos, estudo de problemas estruturados de formas especiais, tais como problemas quadráticos, etc. Apesar de todas as dificuldades, a otimização não linear é usada em diversas áreas, dentre as quais podemos destacar engenharia, análise de regressão, exploração geofísica, problemas de load-flow, etc. A forma geral dos problemas de programação não linear (PNL) é muito parecida com a de programação linear, adicionando-se apenas uma função escalar lisa F(x) na função objetivo e um vetor de funções lisas f(x) nas restrições. Desta maneira, pode-se escrever o problema como: Otimizar z = c T .x + F ( x ) (2.13) Sujeito a: A.x + f ( x) = b (2.14) x≥0 (2.15) A programação não linear, ao contrário da programação linear, possui inúmeros métodos de resolução e não existe apenas um método eficaz em todos os tipos de problemas. Por isso, de posse da formulação do problema proposto, é necessário verificar qual o método mais adequado para resolvê-lo. Os principais métodos de programação não linear para problemas sem restrições através de direções de busca a partir de derivadas são: Método de Newton-Raphson, Método do maior gradiente, Métodos dos gradientes conjugados, Método Quase-Newtonianos, além de outros bastante similares aos citados. Existem ainda os algoritmos de programação linear sem restrições através de métodos de busca sem derivadas. São eles: Método de Hooke e Jeeves, Método de Rosenbrock CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 47 e Método de Powell. Para problemas não lineares com restrições, usam-se adaptações dos métodos sem restrições. Entretanto os artifícios utilizados se baseiam em três diferentes artifícios (PORTO et al., 1997): • Substituição do problema não linear por sucessivos problemas lineares aproximados, resolvidos repetidamente por programação linear; • Uso de funções de penalidade para transformação do problema de PNL com restrição em uma seqüência de problemas sem restrição; • Utilização de tolerâncias flexíveis para acomodar tanto as soluções viáveis como as não viáveis. Um melhor detalhamento dos métodos aplicados a problemas não lineares sem e com restrições pode ser encontrado em PORTO et al. (1997), FRITZSCHE (1978) e LUENBERGER (1973). Programação linear inteira e mista (PLIM) É aplicada quando as equações de restrições e função objetivo são lineares; contudo, existem variáveis de decisão contínuas e discretas (inteiras). Quando as variáveis estão restritas a valores inteiros é dito programação linear inteira. A forma geral deste problema (PLIM) é dada por: Otimizar c T .x (2.16) Sujeito a: x∈M (2.17) { onde M = x ∈ R n / A.x = b, 0 ≤ x ≤ u, x j ∈ Z } O algoritmo normalmente usado para a resolução destes problemas é o algoritmo Branch and Bound, LAND e DOIG (1960). Programação não linear inteira e mista (PNLIM) Segue basicamente os conceitos de PLIM apresentados anteriormente; entretanto a equações de restrição e/ou função objetivo apresentam características não lineares. CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 48 Programação binária (PB) O problema de programação binária (PB) consiste na mesma idéia do problema de programação inteira e mista; contudo as variáveis inteiras ficam restritas aos valores de 0 e 1. Estes problemas são muito úteis em casos onde se deseja realizar uma escolha; geralmente se aplica o valor 0 para os casos negativos e o valor 1 para os casos positivos. A forma geral deste problema é: Otimizar n j =1 Sujeito a: n j =1 (2.18) c j .x j a i , j .x j ≤ bi ∀i = 1,...,m (2.19) xi ∈ {0,1} sendo c1 ≥ c 2 ≥ c3 ≥ ... ≥ c n ≥ 0 Um algoritmo bastante utilizado foi proposto por BALAS (1965) e consiste em um processo de busca em uma árvore binária, na qual a cada nó n da árvore corresponde uma solução parcial do problema de PB, cujos valores das k primeiras variáveis são conhecidas. A fim de se verificar a possibilidade de existência de uma solução viável e ótima, a partir desta solução parcial, testes de otimalidade e viabilidade deverão ser realizados em cada iteração. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 49 CAPÍTULO 3 MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO Neste capítulo serão apresentados os modelos matemáticos de otimização do reuso de água utilizados no presente trabalho. Inicialmente, parti-se-á de um modelo mais simples e, a partir dele, serão realizadas adições e/ou adequações de características importantes para um estudo global do tema. 3.1. PROCEDIMENTOS DE OTIMIZAÇÃO Para atender ao objetivo proposto, é necessário primeiramente identificar possibilidades de reuso e/ou reciclo, através da caracterização das correntes de efluentes e dos critérios exigidos para os diversos processos que utilizam água dentro de uma refinaria de petróleo. Além disso, visando à otimização do consumo de água em uma refinaria, desenvolveu-se modelos matemáticos para otimizar o reuso e/ou reciclo das correntes efluentes das diversas etapas dos processos, como afluentes de outro processo na própria planta, seguindo os seguintes critérios: 1º - Reuso sem regeneração: uso da corrente efluente de um processo como afluente de outro, desde que satisfaça às mínimas restrições exigidas. A Figura 3.1 mostra um desenho esquemático de como funciona o reuso sem a adição de processos regenerativos intermediários. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 50 OPERAÇÃO 1 ÁGUA BRUTA REJEITO OPERAÇÃO 2 OPERAÇÃO 3 Figura 3. 1 – Esquema simplificado de reuso sem regeneração. 2º - Reuso com regeneração: uso da corrente efluente de um processo como afluente de outro, passando antes por um processo regenerativo. Para melhor compreender o funcionamento da opção de reuso com regeneração, a Figura 3.2 apresenta um esquema desta opção. OPERAÇÃO 1 ÁGUA BRUTA REJEITO OPERAÇÃO 2 REGENERAÇÃO OPERAÇÃO 3 Figura 3. 2 – Esquema simplificado de reuso com regeneração. 3º - Reciclo: a corrente efluente do processo será afluente do mesmo, podendo antes passar por um tratamento prévio. A Figura 3.3 apresenta uma configuração esquemática desta categoria de reuso. OPERAÇÃO 1 ÁGUA BRUTA REJEITO OPERAÇÃO 2 REGENERAÇÃO OPERAÇÃO 3 Figura 3. 3 – Esquema simplificado de reciclo com e sem regeneração. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 51 Outra possibilidade que aparece implicitamente nos modelos através das possibilidades citadas acima é a segregação das correntes, ou seja, correntes que atualmente vão para a unidade de tratamento de efluentes podem ser redirecionadas para etapas finais deste processo ou mesmo para o descarte final, desde que sua qualidade atenda aos critérios impostos. Esta opção evita a mistura (diluição) de correntes com qualidade muito diferente, diminuindo o volume final de efluentes a ser tratado. Em todas as possibilidades de reuso, as correntes poderão ser misturadas entre si, desde que a composição formada pela mistura satisfaça os critérios impostos pelas unidades e/ou processos regenerativos que irão recebê-la. A Figura 3.4 ilustra o esquema da formulação do presente trabalho. Figura 3. 4 - Esquema da formulação do presente trabalho. O reuso destas correntes gera a minimização da captação de água e geração de efluentes, acarretando em várias vantagens que tornam o usuário deste recurso mais competitivo dentro do setor. Entre as vantagens, pode-se citar: A conservação dos recursos hídricos, tanto nos aspectos quantitativos como em aspectos qualitativos. Além de controlar a poluição, melhora a imagem da indústria perante à sociedade (comunidade, clientes e órgãos de controle ambiental) e auxilia na obtenção de certificações ambientais; CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 52 A minimização dos custos associados com a água, seja com a captação e tratamento da água bruta, a operacionalidade da planta, o tratamento de efluentes, ou ainda com custos provenientes da Lei dos Recursos Hídricos que poderá variar conforme a carga de contaminantes descartados no ambiente. Os modelos matemáticos empregados, neste trabalho, estão baseados nas equações de conservação da espécie química e conservação de massa, tendo como parâmetros a vazão, a composição dos contaminantes presentes nas correntes e os critérios restritivos da unidade na qual ela está envolvida. Quando se objetivar a redução dos custos (total, operacional ou de investimento), serão adicionados ao modelo equações financeiras e parâmetros econômicos, como custos de água bruta, de regeneração, operacional e de tratamento final. O modelo final, que engloba uma maior gama de características dos sistemas de água, foi desenvolvido de forma gradativa, buscando inicialmente modelos mais simples até chegar em um modelo que apresenta todas as características desejadas. O desenvolvimento gradativo permitiu um domínio da ferramenta, possibilitando alterações na estrutura do mesmo quando necessário, tanto pela introdução de novas restrições (características do modelo) ou mesmo pela adaptação das restrições existentes. 3.2. MÉTODOS Os modelos para a otimização das correntes estão sendo desenvolvidos usando os conceitos de otimização via programação matemática e as Equações de Conservação. De posse de uma relação de correntes disponíveis (que estão sendo descartadas) e unidades que consomem água, juntamente com os dados de vazões disponível e requerida, respectivamente, concentrações de contaminantes para o primeiro caso e restrições de contaminantes para o segundo, torna-se possível criar uma superestrutura com as várias possibilidades de interligações entre os conjuntos de correntes disponíveis e consumidoras e, com o auxílio das restrições dos processos (vazão e contaminantes), encontrar uma configuração ótima e tecnicamente viável. Podem ainda estar associados a estas superestruturas, processos regenerativos que busquem melhor adequar as correntes para o reuso. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 53 A otimalidade do problema pode ser em relação a uma função que objetive minimizar o consumo de água propriamente dito e, conseqüentemente, minimizar a geração de efluentes; ou que objetive reduzir custos, podendo optar pela minimização do custo total ou apenas do custo operacional ou de investimento. O modelo matemático foi resolvido usando o software comercial MATLAB GAMS 2.05 (Sistema Geral de Modelagem Algébrica. 3.3. MODELOS MATEMÁTICOS A formulação do problema foi realizada através de modelos de programação linear e não linear. Quando o problema possibilitou uma formulação usando-se apenas equações lineares, tanto na função objetivo quanto nas restrições, usou-se programação linear. Em caso contrário, foram adicionadas as restrições não-lineares e resolveu-se o problema através de métodos e/ou estratégias adequados para este fim. Em alguns casos, como estratégia de resolução dos problemas não lineares, os valores iniciais usados foram os correspondentes aos valores ótimos encontrados utilizando um modelo adaptado (simplificado) de programação linear, já que estes apresentavam uma solução viável. A resolução do problema usando otimização via programação matemática implica em características específicas que devem ser seguidas de maneira eficiente. Esta opção de otimização consiste em propôr equações matemáticas (modelo matemático) que representem o problema fisicamente, preocupando-se sempre em deixá-lo em um equilíbrio entre o mais próximo da realidade e o menos complexo possível. Os principais passos para a construção dos modelos deste trabalho são: 1. Definição do problema Nesta etapa é realizada uma síntese do problema a ser estudado, onde devese considerar todas as possibilidades de resolver o problema. Segundo ELHALWAGI (1997), o campo da síntese de processos está envolvido com as atividades nas quais os vários elementos do processo são integrados e o fluxograma do sistema é gerado para se encontrar certos objetivos. A síntese que define o problema é realizada de maneira que se tenha uma representação o mais próximo da CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 54 realidade quanto possível. Entretanto, não é desejável que esta descrição seja muito complexa devido às dificuldades matemáticas envolvidas em sistemas complexos. 2. Identificação das variáveis relevantes (variáveis de decisão) A identificação das variáveis relevantes é de extrema importância para o bom funcionamento de todo o modelo, já que através desta identificação pode-se elevar ou diminuir o grau de complexidade do problema. É nesta etapa que se define como (variáveis discretas e/ou contínuas) e o que (quais as variáveis de decisão) está sendo buscado como resposta do problema. A escolha pelo uso de variáveis discretas (inteiras) é importante quando se deseja determinar a existência ou ausência de uma unidade de processo e/ou ligação entre duas unidades. 3. Formulação da função-objetivo A formulação da função objetivo visa identificar qual o parâmetro de otimalidade que está sendo focado. Esta etapa é de extrema importância para o sucesso da solução, pois é ela que define o que é ótimo no problema (menor custo, menor consumo, menor investimento, maior retorno, etc). 4. Formulação das restrições As restrições devem ser formuladas para atender a todos os critérios impostos pelo problema. Esta etapa é essencial para garantir a confiabilidade do projeto proposto ao final dos estudos. De acordo com EL-HALWAGI (1997), as restrições são apresentadas na forma de expressões de igualdade e desigualdade (inequações), sendo exemplos de restrições de igualdade os balanços de massa e energia, equações que modelam os processos e condições termodinâmicas. Nas restrições de desigualdade estão incluídos critérios ambientais (ex.: especificações de níveis de poluentes), técnicos (ex.: limites de pressão, temperatura e vazão) ou termodinâmicos (ex.: não violar a segunda lei da Termodinâmica). 5. Escolha do método matemático de solução A escolha do método matemático de solução depende primeiramente do modelo proposto (linear ou não-linear; discreto, contínuo ou misto). Além do método propriamente dito, deve-se também decidir entre estratégias para contornar dificuldades numéricas encontradas principalmente nos modelos não lineares. Estas estratégias são referentes à determinação de pontos iniciais e/ou adequação interativa do problema durante a resolução. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 55 6. Aplicação do método de solução Esta etapa consiste em aplicar o método matemático escolhido ao modelo proposto, com auxílio das estratégias de resolução. Ao final será encontrada a solução e esta deve ser analisada (passo seguinte) e sempre que necessário devese aplicar novamente o método partindo de novas estratégias. 7. Avaliação da solução Após a formulação do modelo matemático e aplicação do método escolhido, chega-se a uma solução. Esta solução deve ser avaliada e estudada de maneira coerente para que possa garantir sua otimalidade global e viabilidade em nível prático (condições de operação, segurança e investimentos envolvidos). A análise pode ser realizada de diversas maneiras: através do próprio conhecimento dos processos envolvidos, aplicando-se as teorias de condições de otimalidade, através de simulações do processo separadamente e/ou como um todo, com experimentos em escala laboratorial e/ou piloto, etc. É importante perceber que esta etapa de análise se estende até a obtenção de uma solução apropriada (seja ela ótima ou próximo disso, dependendo do grau de otimalidade requerido) e para consegui-la pode ser necessário aplicar os passos anteriores de forma iterativa. Conforme os passos colocados acima, neste capítulo, os modelos propostos serão apresentados até o passo 4. Os demais passos serão abordados no Capítulo 4, Resultados e Análise. Como já discutido anteriormente, os modelos propostos pelo presente trabalho irão iniciar de modelos mais simples até atingir o nível de complexidade que se deseja, através da inserção de características presentes na modelagem mais coerentes com a situação real do problema de otimização do reuso de efluentes aquosos em refinarias de petróleo. 3.3.1. MODELO 1 - Modelo base Definição do problema Neste primeiro modelo serão abordados os problemas de reuso de água sem a inclusão de processos regenerativos, mono ou multicontaminante, com ou sem reciclo e uma ou diversas fontes de água. Este modelo servirá como base para os demais. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 56 O problema trata-se de um conjunto de correntes aquosas que atualmente são enviadas para um tratamento final, para as quais estão disponíveis dados de vazão descartada e composição do efluente; um conjunto de unidades de processo que requerem água, onde estão disponíveis a vazão de água requerida e os critérios de qualidade exigidos para a entrada de água nas unidades; e um conjunto de fontes de água que estão caracterizadas pela disponibilidade ilimitada ou não (em caso negativo, informa-se qual a quantia disponível) e pela composição da mesma. LEGENDA QAGf,k QRDi,k QMk Figura 3. 5 – Esquema do Modelo 1. Para formular o problema, criou-se uma superestrutura com todas as interligações possíveis entre os conjuntos que compõem o problema. Nessa superestrutura, apresentada na Figura 3.5, colocou-se um ponto de mistura na junção das correntes que chegam a cada unidade com a finalidade de, na medida em que o problema vai se tornando mais elaborado, melhor identificar o balanço de CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 57 massa neste ponto e, desta forma, garantir o cumprimento dos critérios impostos pelas unidades. Para facilitar o entendimento da formulação proposta, é apresentada a seguir uma descrição dos principais componentes, ou grupo de componentes, do modelo proposto. Sempre que se tratar dos parâmetros “j’s”, deve-se saber que neles estão incluídos os contaminantes envolvidos no problema, representados de j=1 até j=m-1; e um parâmetro relacionado com a vazão, que será representado em j=m. PCR – Parâmetros das correntes de reuso, onde [PCRi,,j]nxm é o parâmetro j da corrente i, para ∀i=1,...,n e ∀j=1,...,m. Os parâmetros incluídos aqui são a vazão da corrente disponível para reuso dada em t/h (j=m) e a composição da mesma dada em ppm (j=1 a j=m-1). FRU – Fatores restritivos das unidades de envio, onde [FRUk,,j]pxm é o fator restritivo j da unidade de envio k, para ∀k=1,...,p e ∀j=1,...,m. Entre os parâmetros, está a vazão de água requerida pela unidade (j=m) dada em t/h e as concentrações máximas dos contaminantes (em ppm) permitida para a entrada da corrente aquosa. PAG – Parâmetros das fontes de água, sendo [PAGf,j]axm o parâmetro j da água f, para ∀j=1,...,m e ∀f=1,...,a. Os parâmetros envolvidos são a vazão disponível (em t/h) nas fontes de água (caso seja limitada), e a composição das mesmas dada em ppm. Em grande parte dos problemas de otimização dos sistemas de água apresentados no presente trabalho, as correntes de reuso coincidem com as unidades de envio, ou seja, i=k e as correspondentes vazões disponíveis e requeridas também poderão ser as mesmas. A formulação proposta neste modelo impõe fixos os parâmetros das correntes e os critérios restritivos (incluindo vazão). Esta consideração é valida na medida em que as operações possuem uma carga mássica para cada contaminante, e como a vazão deve ser fixa nestas operações, os parâmetros das correntes de reuso são fixados na máxima concentração alcançada a partir da máxima concentração permitida na entrada da unidade correspondente a esta corrente de reuso. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 58 Variáveis de decisão As variáveis de decisão são determinadas de acordo com um questionamento: quais informações são necessárias saber para que se possa implementar a otimização? No caso dos problemas de otimização do reuso de efluentes aquosos, e mais especificamente do Modelo 1, tendo como opções o reuso direto, o reciclo e diversas fontes de água, necessita-se saber como as correntes devem ser distribuídas, ou seja, quais as correntes de reuso e em qual quantidade elas devem ser enviadas para as unidades; e quais as fontes de água e em qual quantidade devem abastecer cada unidade. Com isso é possível estabelecer dois conjuntos de variáveis de decisão: QRDi,k – Vazão da corrente i, dada em t/h, que deve ser enviada para a unidade k por reuso direto, ∀i=1,...,n e ∀k=1,...,p. QAGf,k – Vazão da fonte de água f, dada em t/h, que deve ser enviada para a unidade k, ∀f=1,...,a e ∀k=1,...,p. Em virtude da inserção do ponto de mistura criou-se, indiretamente, mais um conjunto de variáveis: PMk,j – Parâmetro j da mistura das correntes que vão para a unidade k, ∀k=1,...,p e ∀j=1,...,m. Entre os parâmetros, está a vazão de água que passa pelo ponto de mistura dada em t/h e as concentrações dos contaminantes na saída do misturador, dadas em ppm. Esta variável é calculada a partir das variáveis de decisão (vazões das correntes de reuso e das fontes de água). Função-objetivo A função objetivo de um problema é o critério que define o que é ótimo para o mesmo, ou seja, o que eu quero que melhore. Para perceber claramente qual é a função objetivo a ser usada, pode-se perguntar: O que se deseja otimizar (maximizar ou minimizar)? Muitas podem ser as respostas, sendo que as mais comuns são relativas a critérios econômicos (minimizar custos, maximizar receita e/ou lucro, minimizar investimentos, maximizar retorno de investimentos, etc). Entretanto, nos problemas CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 59 envolvendo sistemas de água, outros critérios podem ser objetivados, como por exemplo, a minimização da captação de água bruta e/ou descarga de efluentes, a minimização da carga de poluentes do efluente final, a minimização do efluente a ser tratado, etc. A resposta exata para a pergunta deve basear-se na descrição do problema e numa visão geral das metas que se pretende alcançar. Pode ser simples e fácil de responder quando um único objetivo está bastante evidente. No entanto, em alguns problemas, é possível encontrar mais de um critério a ser otimizado, e neste caso existem diferentes possibilidades para contornar esta questão: • escolher somente um objetivo que julgar mais adequado; • resolver o problema através de métodos multiobjetivos, tornando-o mais complexo e criando dificuldades matemáticas; • resolver o problema individualmente para cada objetivo e em seguida fazer uma análise baseada nos conhecimentos adquiridos, englobando-os como um todo. No presente trabalho, optou-se pela última possibilidade, e para isso definiu-se as seguintes funções objetivos: a) Quando o interesse do problema for reduzir o consumo de água através do reuso da mesma, ou seja, reusar o que já foi usado, a função objetivo será minimizar a quantidade total de água captada. Desta maneira, a função objetivo pode ser descrita por: Min a p f =1 k =1 QAG f ,k (3.1) b) Se o objetivo for o menor custo operacional do processo como um todo, é necessário, primeiramente, definir mais algums novos componentes do modelo: CAG – Custo das águas primárias, sendo [CAGf]a o custo da água f, dado em $/t; ∀f=1,...,a. CTF – Custo de tratamento do efluente final, dado em $/t. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 60 Desta maneira, baseado em WANG e SMITH (1994), a função objetivo será descrita por: Min a p f =1 k =1 (QAG f ,k * (CTF + CAG f )) (3.2) Restrições As restrições do Modelo 1 são: 1 Limite de água disponível nas correntes de reuso Nesta restrição o somatório das vazões que saem da corrente de reuso i para as unidades k’s deve ser menor ou igual à vazão disponível na mesma. p k =1 2 QRDi , k ≤ PCRi , m , ∀i = 1,...n, (3.3) Limite de água disponível nas fontes de água Nesta restrição o somatório das vazões que saem da fonte de água f para as unidades k’s deve ser menor ou igual à vazão disponível na mesma. Cabe ressaltar que, neste caso de fontes de água, é comum que se tenha quantidade ilimitada de água disponível. a f =1 3 QAG f , k ≤ PAG f , m , ∀f = 1,..., a (3.4) Balanço de água nos misturadores Neste balanço, o somatório das vazões das correntes de reuso i’s e das fontes de água f’s que chegam no misturador k dever ser igual à vazão que sai do mesmo. n i =1 QRDi , k + a f =1 QAG f , k = PM k , m , ∀k = 1,..., p (3.5) CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 4 61 Balanço dos contaminantes nos misturadores Esta restrição trata-se de um balanço de massa dos contaminantes j’s das correntes de reuso i’s e das fontes de água f’s que chegam no misturador k. O somatório da massa de contaminante j que entra no misturador é igual a taxa mássica do componente j que sai do misturador. n i =1 (PCR i, j . QRDi , k )+ a f =1 PAG f , j . QAG f , k = PM k , j . PM k , m , (3.6) ∀k = 1,..., p , ∀j = 1,..., m − 1 5 Demanda de água nas unidades A água que sai do misturador k deve ser igual à vazão de água requerida pela unidade k. Com esta restrição, é possível perceber que o parâmetro “m” dos misturadores é constante, ou seja, eles já são definidos previamente como a demanda de água relativa a sua unidade. PM k , m = FRU k , m , ∀k = 1,..., p 6 (3.7) Limitação dos contaminantes A concentração do contaminante j que sai do misturador k deve ser menor ou igual à concentração do contaminante j que entra na unidade k. PM k , j ≤ FRU k , j , ∀k = 1.. p , ∀j = 1,..., m − 1 7 (3.8) Evitar reciclo entre as unidades Quando se desejar a não existência de reciclo nas unidades, seja por razões técnicas, operacionais e/ou termodinâmicas, é necessário incluir uma restrição ao modelo. QRDi , k = 0 , se i = k (3.9) CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 62 3.3.2. MODELO 2 - Correção de parâmetros das CR’s Definição do problema O Modelo 2 é bastante semelhante ao modelo proposto anteriormente quanto a sua estrutura; entretanto neste modelo existe uma correção dos parâmetros das correntes através da adição do seguinte componente: ∆m - Cargas mássicas dos contaminantes nas unidades, onde [ ∆m k , j ]p,m é a carga mássica do contaminante j na unidade k, para ∀k=1,...,p e ∀j=1,...,m-1. ∆m é dada em Kg/h. Ao contrário do modelo anterior, este modelo não fixa os parâmetros das correntes de reuso quando elas são correspondentes às unidades (i=k), ou seja, caso a concentração na entrada de uma unidade (ou saída do respectivo misturador) for menor do que a concentração máxima permitida, a corrente de reuso (CR) correspondente à esta unidade (U) também terá sua concentração menor que a máxima. Esta correção da concentração pode ser melhor observada através da seguinte equação: PCRi , j = ∆m k , j . 1000 FRU k , m + PM k , j , se i = k , ∀j = 1,..., m − 1 (3.10) Como ∆m k , j e FRU k , m são constantes, pode-se chamar o termo entre parênteses de ∆C k , j , logo: PCRi , j = ∆C k , j + PM k , j , se i = k , ∀j = 1,..., m − 1 (3.11) sendo ∆C k , j a diferença de concentração do contaminante j na unidade k, dada em ppm. Como é possível perceber, esta equação tornou o modelo com características não lineares. Para resolvê-lo, é necessário aplicar métodos de resolução de problemas não lineares ou partir para estratégias usando sucessivos problemas de programação linear. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 63 Variáveis de decisão Como já mencionado, a estrutura deste modelo segue a vista no Modelo 1 e desta maneira as variáveis de decisão continuam iguais, além da adição de mais uma variável de decisão obtida indiretamente, através da correção dos parâmetros das correntes. Esta nova variável é definida como: PCR* – Parâmetros corrigidos das correntes de reuso, onde [PCR*i,,j]nxm é o parâmetro j da corrente i corrigido, para ∀i=1,...,n e ∀j=1,...,m. O cálculo desta variável é obtido através da resolução do modelo não linear usando métodos não lineares. O cálculo é feito internamente com o auxílio da Equação 3.11 até que o valor convirja. Função-objetivo As funções objetivos que podem ser utilizadas por este modelo são as mesmas apresentadas no Modelo 1. Restrições As restrições necessárias para este modelo são as mesmas usadas no modelo anterior; entretanto, no Modelo 2, os parâmetros das correntes (PCR*) serão constantemente corrigidos. 3.3.3. MODELO 3 - Perdas nas correntes de reuso Definição do problema O Modelo é baseado no originalmente apresentado pelo Modelo 1, porém inclui perdas no processo referentes às vazões das correntes de reuso. Essas perdas podem ser melhor observadas através da Figura 3.6. Com a inclusão de perdas nas correntes de reuso, existe a necessidade de definir mais um componente no modelo. Pi,j – Parâmetro j da perda da corrente de reuso i, ∀i=1,...,n e ∀j=1,...,m, onde de j=1 até j=m-1 representa as concentrações da corrente de perda e é dada em ppm e j=m representa a vazão de perda da corrente de reuso dada em t/h. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 64 As perdas irão interferir diretamente na concentração das correntes de reuso; entretanto essa interferência depende de cada contaminante individualmente. No caso de contaminantes que não são carregados pela perda, como por exemplo inorgânicos não voláteis em perdas de vapor, pode-se dizer que a concentração deste contaminante na corrente de perda é igual a zero: Pi , j = 0 (3.12) Desta maneira, a concentração deste contaminante na corrente de reuso será: PCR * i , j = ∆m k , j . 1000 + PM k , j . PM k , m PM k , m − Pi , m , ∀i = k / Pi , m ≠ 0, (3.13) ∀j = 1,..., m − 1 / Pi , j = 0 LEGENDA QAGf,k QRDi,k Figura 3. 6 – Esquema do Modelo 3. QMk Pi,m CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 65 Nos casos onde os contaminantes são também descartados com as correntes de perda, como por exemplo os compostos orgânicos voláteis nas perdas da torre de resfriamento, considera-se que a concentração do contaminante na corrente de perda é igual à concentração do contaminante na corrente de reuso: Pi , m = PCR * i , m (3.14) Logo, as concentrações dos contaminantes nas correntes de reuso que contém perdas e que apresentam estas características continuam a ser calculadas através da Equação 3.10, porém seguindo aos critérios citados anteriormente: PCR * i , j = ∆m k , j . 1000 FRU k , m + PM k , j , ∀i = k / Pi , m ≠ 0, (3.15) ∀j = 1,..., m − 1 / Pi , j = PCRi , j De posse dos conceitos introduzidos acima, é possível perceber que as perdas nas correntes de reuso afetam diretamente a concentração da mesma; desta forma, esses conceitos são aplicados somente quando se trabalha com problemas envolvendo a correção dos parâmetros das correntes. Nos demais casos, basta corrigir os parâmetros das correntes previamente, ou seja, entrar com os dados já nos seus limites máximos considerando-se as perdas. Variáveis de decisão As variáveis de decisão deste modelo são as mesmas apresentadas nos modelos anteriores (1 e 2) e seguem as mesmas características dos mesmos. Função-objetivo Para este modelo, a função objetivo referente à redução do consumo de água (item a) através do reuso da mesma segue a mesma descrita no Modelo 1, conforme mostrado na Equação 3.1. Quando o objetivo for o menor custo operacional (item b) do processo como um todo, a equação que será minimizada é semelhante à do Modelo 1, apresentando CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 66 uma alteração relativa aos custos de tratamento de efluentes. A nova equação fica descrita como: Min a p f =1 k =1 (QAG f ,k * (CTF + CAG f )) − n i =1 (P i ,m * CTF ) (3.16) Restrições No Modelo 3, as restrições usadas são praticamente as mesmas do Modelo 1, sendo que a equação da conservação de água nas correntes de reuso sofreu uma pequena modificação causada pela presença da corrente de perda. A modificação empregada na restrição 1 (Equação 3.3) exige a adição do termo de perda, deixando a equação da seguinte maneira: p k =1 QRDi , k +Pi , m ≤ PCRi , m , ∀i = 1,..., n (3.17) 3.3.4. MODELO 4 - Adição de regeneradores Definição do problema Este modelo considera a possibilidade de incluir processos regenerativos às redes de água. A Figura 3.7 apresenta um esquema da nova rede de água que inclui processos regenerativos. Entre os processos regenerativos possíveis de serem empregados na remoção de contaminantes presentes em correntes aquosas, há duas categorias que devem ser levadas em consideração. A primeira delas diz respeito aos processos regenerativos que podem ser caracterizados através de uma taxa de remoção de cada contaminate. Nessa categoria estão incluídos processos como filtração, separação centrífuga, tratamento biológico, etc. Na outra categoria de processos regenerativos, estão incluídos os processos que são controlados por relações de equilíbrio, sendo exemplos desses processos as operações de “stripping”, extração, evaporação, etc. Nestes processos, a partir de CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 67 dados operacionais e de projeto, são definidas concentrações constantes dos contaminantes na saída do regenerador. LEGENDA QAGf,k QRDi,k QMk Pi,m QTRg,z QSRg,k QERi,z Figura 3. 7 – Esquema do modelo 4. Em ambas categorias é necessário definir alguns novos componentes para o modelo: FRRG – Fatores restritivos dos processos regenerativos, sendo [FRRGz,,j]rxm o fator restritivo j do processo regenerativo z, para ∀z=1,...,r e ∀j=1,...,m. Entre os parâmetros, está o limite máximo de vazão de água na unidade, dada em t/h; e as concentrações máximas dos contaminantes (em ppm) permitida para a entrada no processo regenerativo. RG – Parâmetros relativos aos processos regenerativos. Quando o processo regenerativo segue a primeira categoria definida anteriormente, ou seja, pode ser representado por uma taxa de remoção, [RG1z,,j]rxm é a eficiência do processo regenerativo z em remover o contaminante correspondente ao parâmetro j, dada em %. Entre os parâmetros, em j=m, está uma possível redução de vazão de água, ocasionada por perdas durante o processo regenerativo. Para incorporar as CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 68 características dos processos regenerativos controlados por relações de equilíbrio, define-se [RG2z,,j]rxm como sendo a concentração do contaminante j na saída do processo regenerativo z (de j=1 a j=m-1), dada em ppm; e uma possível redução de vazão de água (em j=m), ocasionada por perdas durante o processo regenerativo, dada em t/h. Variáveis de decisão Neste modelo além de se determinar as vazões das correntes por reuso direto (QRDi,k) e a vazões enviadas de cada fonte de água para cada unidade (QAGf,k), é necessário determinar também as vazões envolvidas nos processos regenerativos. Essas novas variáveis de decisão são representadas da seguinte maneira: QERi,z – Vazão da corrente i que deve ser enviada para o processo regenerativo z, ∀i=1,...,n e ∀z=1,...,r, dada em t/h. QSRg,k – Vazão do processo regenerativo g que deve ser enviada para a unidade k, ∀g=1,...,r e ∀k=1,...,p, dada em t/h. QTRg,z – Vazão do processo regenerativo g que deve ser transferida para o processo regenerativo z, ∀g=1,...,r e ∀z=1,...,r, dada em t/h. Da mesma forma que no Modelo 1, a inserção do ponto de mistura na entrada dos processos regenerativos cria, indiretamente, um conjunto de variáveis: PMRz,j – Parâmetro j da mistura das correntes que vão para o processo regenerativo z, ∀z=1,...,r e ∀j=1,...,m. Entre os parâmetros, está a vazão de água que passa pelo ponto de mistura dada em t/h e as concentrações dos contaminantes na saída do misturador, dadas em ppm. Esta variável é calculada a partir das variáveis de decisão (vazões de todas as correntes de reuso que devem ser enviadas para os regeneradores). Devido às diferentes categorias de processos regenerativos e sendo um deles definido por taxas de remoção, é necessário incluir uma nova variável de decisão que será obtida através de componentes do problema (ex.: taxa de remoção dos contaminantes) e por outras variáveis de decisão (ex.: vazão nos regeneradores). Esta nova variável é definida como: CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 69 PCRGg,j - Parâmetro j da mistura das correntes que passou pelo processo regenerativo z (sendo g=z), ∀g=1,...,r e ∀j=1,...,m. Entre os parâmetros, está a vazão de água que sai do processo regenerativo z (já descontadas as perdas) dada em t/h e as concentrações dos contaminantes após sofrerem regeneração, dadas em ppm. Neste modelo, quando citam-se os parâmetros da corrente regenerada g, está se referindo às correntes que passaram pelo processo regenerativo z=g. Quando se optar por corrigir os parâmetros das correntes de reuso, usam-se os mesmos conceitos introduzidos no Modelo 2. Desta forma, os parâmetros das correntes de reuso são também variáveis de decisão representadas por suas respectivas correções (PCR*). Se existirem perdas nas correntes de reuso, as concentrações corrigidas dos contaminantes (PCR*i,j, de j=1 a j=m-1) seguirão os conceitos e equações apresentados no Modelo 3. Função-objetivo Neste modelo usam-se os mesmos conceitos de funções objetivos colocados no problema original. Como agora existe a inserção de processos regenerativos, optou-se por mais duas classes de funções objetivos que dizem respeito aos custos de investimentos e ao custo total. Conforme as opções já definidas no Modelo 1, pode-se definir as funções objetivos deste modelo: a) A função objetivo, que trata a minimização do consumo de água como um todo, ou seja, procura reduzir a vazão captada de todas as fontes de água, segue a descrita no Modelo 1 (Equação 3.1). b) Optando por menor custo operacional do processo como um todo, primeiramente, introduz-se mais um componente econômico ao modelo: CRG – Custos das regenerações, sendo [CRGz]r o custo de regeneração no processo regenerativo z, dado em $/t; ∀z=1,...,r. A função objetivo é descrita por: CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO p a Min f =1 k =1 (QAG f ,k * (CTF + CAG f )) − n i =1 (P i ,m * CTF ) + r z =1 (PMR z ,m 70 * CRG z ) (3.18) c) Os custos de investimentos correspondem ao total de recursos empregados num empreendimento, como investimentos fixos, capital de giro e investimentos para a partida da planta. A função que define os custos de investimentos é uma função não linear. A função objetivo que minimiza estes custos é dada por: Min r z =1 (PMR 0, 7 z ,m * CIRG z ) (3.19) sendo: CIRGz os custos de investimento do processo regenerativo z, dado em $/t; ∀z=1,...,r. d) Para avaliar o custo total é necessário transformar todos os custos envolvidos para uma base anual. Logo, define-se: HOA – Horas de operação anual, dada em h/ano. DA – Depreciação anual do custo de capital. Os custos envolvidos aqui são os custos operacionais em base anual (das águas primárias, do tratamento final e dos processos regenerativos) e os custos de investimento em base anual (investimentos nos processos regenerativos com depreciação). A função objetivo que minimiza o custo total foi baseada na apresentada por WANG e SMITH (1994) e é dada por: COA = a p f =1 k =1 (QAG f ,k * (CTF + CAG f )) − CIA = r z =1 (P * CTF ) + (PMR * CIRG z n i =1 i ,m 0,7 z ,m Min (COA + CIA) r z =1 ) (PMR * DA z ,m * CRG z ) * HOA (3.20) (3.21) (3.22) CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 71 onde: COA é o custo de operação anual e CIA é o custo de investimento anualizado. Restrições As restrições do Modelo 4 baseiam-se nas restrições dos modelos apresentados até o momento, diferenciando-se por alterações em algumas restrições e a inclusão de outras, ambas devido às características dos processos regenerativos. 1 Limite de água nas correntes de reuso Esta restrição segue o mesmo conceito apresentado na Equação 3.17 do Modelo 3, porém incluindo mais um termo referente ao envio de água da corrente de reuso i para o regenerador z. p k =1 2 QRDi , k + r z =1 QERi , z + Pi , m ≤ PCRi ,m , ∀i = 1,..., n (3.23) Limite de água nas fontes de água Esta restrição segue exatamente a Equação 3.4 do Modelo 1. 3 Balanço de água nos misturadores das unidades (M’s) Também é bastante semelhante a do Modelo 1 (Equação 3.5), incluindo apenas o termo relacionado com a presença de processos regenerativos. n i =1 4 QRDi ,k + a f =1 QAG f , k + r z =1 QSR g ,k = PM k , m , ∀k = 1,..., p (3.24) Balanço de água nos misturadores dos processos regenerativos (MR’s) Nesta restrição é feito um balanço de todas as correntes que vão ser regeneradas e que se encontram no ponto de mistura do regenerador (MR). CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO r g =1 5 QTR g , z + n i =1 72 QERi , z = PMR z ,m , ∀z = 1,..., r (3.25) Balanço dos contaminantes nos misturadores das unidades Esta restrição baseia-se na restrição apresentada pela Equação 3.6 do Modelo 1; no entanto acrescenta-se um termo referente aos contaminantes vindos dos regeneradores. n i =1 (PCR i , j . QRDi , k ) + a f =1 PAG f , j . QAG f , k + r g =1 PCRG g , j . QSR g , k = PM k , j . PM k , m , (3.26) ∀k = 1,..., p , ∀j = 1,..., m − 1 6 Balanço dos contaminantes nos misturadores dos processos regenerativos Nesta restrição é feito um balanço de todos os contaminantes que chegam aos misturadores antes de seguirem para os processos regenerativos. n i =1 (PCR i , j . QERi , z ) + r g =1 (PCRG g, j . QTR g , z ) = PMR z , j . PMR z , m , (3.27) ∀z = 1,..., r , ∀j = 1,..., m − 1 7 Demanda de água nas unidades Permanece a mesma restrição apresentada no modelo original (Equação 3.7). 8 Limitações dos contaminantes nas unidades Esta restrição também continua sendo igual a do Modelo 1, descrita pela Equação 3.8. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 9 73 Limitações dos processos regenerativos Para j de 1 até m-1, a restrição diz que a concentração do contaminante j que sai do misturador z deve ser menor ou igual à concentração do contaminante j que entra no processo regenerativo z. Já para j=m a restrição impõe que a vazão que entra no processo regenerativo z não deve ser maior que a permitida. PMR z , j ≤ FRRG z , j , ∀z = 1,..., r , ∀j = 1,..., m (3.28) 10 Disponibilidade das correntes regeneradas (CRG’s) Nesta restrição impõe-se que o somatório das correntes que saem dos regeneradores e vão para as unidades ou para outros processos regenerativos não deve ser maior que a vazão tratada disponível. r z =1 QTR g , z + p k =1 QSR g , k ≤ PCRG g , m , ∀g = 1,..., r (3.29) 11 Parâmetros das correntes regeneradas Esta é uma restrição de igualdade que calcula os parâmetros das correntes após sofrerem um processo regenerativo. Ela é adotada de diferentes maneiras dependendo do tipo de processo regenerativo envolvido. Conforme citado anteriormente, a primeira categoria dos processos regenerativos diz respeito aos que podem ser descritos através de taxas de remoção de contaminantes. Além das taxas de remoção dos contaminantes (de j=1 a j=m-1), está incluída nos parâmetros uma possível perda no processo (j=m). Nestes processos, os parâmetros da corrente regenerada podem ser calculados da seguinte forma: PCRG g , j = PMR z , j * (1 − RG1 z , j ) , ∀j = 1,..., m, ∀g / g = z (3.30) CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 74 Para a outra categoria de regeneradores, comandada por condições de equilíbrio, as equações que descrevem o cálculo dos parâmetros são: PCRG g , j = RG 2 z , j , ∀j = 1,..., m − 1, ∀g / g = z (3.31) PCRG g , m = PMR z , m − RG 2 z , m , ∀g / g = z (3.32) e 12 Evitar reciclo entre as unidades Esta restrição é igual à descrita pela Equação (3.9) do Modelo 1. 13 Evitar reciclo entre os processos regenerativos Quando se desejar a não existência de reciclo nos processos regenerativos, seja por razões técnicas, operacionais e/ou termodinâmicas, é necessário incluir uma restrição ao modelo. QTRg , z = 0 , se g = z (3.33) 3.3.5. MODELO 5 - Sumidouros com restrições Definição do problema Este modelo insere a possibilidade de incluir um ou mais sumidouros (estação de tratamento final, da própria planta ou de terceiros, estações de efluentes municipais, rios, etc.) com suas respectivas limitações técnicas e/ou ambientais. A Figura 3.8 mostra a superestrutura que representa todas as possibilidades de ligações entre os componentes que formam o modelo. Para representar o Modelo 5 de forma coerente, mais um componente deve ser adicionado: FRS – Fatores restritivos dos sumidouros, sendo [FRSt,,j]sxm o fator restritivo j do sumidouro t, para ∀t=1,...,s e ∀j=1,...,m. Entre os parâmetros, está o limite máximo de vazão de água aceita pelo sumidouro, dada em t/h; e as concentrações máximas dos contaminantes (em ppm) permitida para o descarte no sumidouro. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 75 LEGENDA QAGf,k QRDi,k QMk Pi,m QTRg,z QSRg,k QERi,z QRSg,t QCSi,t Figura 3. 8 – Esquema do Modelo 5. Variáveis de decisão Neste modelo além de determinar as vazões das correntes por reuso direto (QRDi,k), as vazões enviadas de cada fonte de água para cada unidade (QAGf,k), e as vazões envolvidas com os processos regenerativos (QERi,z, QSRg,k e QTRg,z), determinam-se também as vazões das correntes enviadas para os sumidouros. Essas novas variáveis de decisão são representadas da seguinte maneira: QRSg,t – Vazão enviada do regenerador g para o sumidouro t, dada em t/h. QCSi,t – Vazão enviada da corrente de reuso i para o sumidouro t, dada em t/h. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 76 Função-objetivo Neste modelo usam-se os mesmos conceitos de funções objetivos estabelecidas no problema do Modelo 4. Apenas algumas alterações são feitas na estrutura das funções, devido à possibilidade de se ter mais de um sumidouro. As funções objetivos deste modelo são: a) A função de minimização do consumo de água permanece a mesma descrita no Modelo 1 (Equação 3.1). b) Na função relativa à minimização do custo operacional do processo acrescenta-se o somatório de todos os sumidouros e substitui-se o componente CTF por: CS – Custos dos sumidouros, sendo [CSt,]s o custo associado ao lançamento do efluente (final ou para tratamento) no sumidouro t, dado em $/t. A nova função objetivo é: a Min p f =1 k =1 (QAG f ,k * CAG f ) + r + z =1 s n t =1 i =1 (PMR z,m QCS t ,i + r g =1 QRS g ,i * CS t (3.34) * CRG z ) c) A função referente aos custos de investimentos permanece a mesma apresentada no Modelo 4 (Equação 3.19). d) A avaliação do custo total é realizada com uma função semelhante a do Modelo 4 (Equações 3.20 a 3.22), porém seguindo as mesmas alterações feitas na função de custos operacionais. a COA = p f =1 k =1 (QAG f ,k * CAG f ) + + r z =1 s n t =1 i =1 (PMR z ,m QCS t ,i + * CRG z ) r g =1 QRS g ,i * CS t * HOA (3.35) CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO r CIA = z =1 (PMR 0, 7 z ,m * CIRG z ) * HOA * DA Min (COA + CIA) 77 (3.36) (3.37) Restrições No Modelo 5, as restrições são praticamente as mesmas do Modelo 4, apenas inserindo as variáveis de decisão relativas aos sumidouros nos balanços das correntes de reuso e das correntes regeneradas, e acrescentando as restrições que limitam os parâmetros dos sumidouros. As equações que sofrem alterações são: 1 Limite de água disponível nas correntes de reuso Esta restrição segue o mesmo conceito apresentado na Equação 3.23 do Modelo 4, porém incluindo mais um termo referente ao envio de água para os sumidouros e fechando o balanço de água em uma restrição de igualdade. p k =1 2 QRDi , k + r z =1 QERi , z + Pi , m + s t =1 QCS i ,t = PCRi , m , ∀i = 1,..., n (3.38) Disponibilidade das correntes regeneradas (CRG’s) Utilizando-se o mesmo conceito do Modelo 4 e adicionando o termo que considera o envio das correntes regeneradas para os sumidouros, fecha-se o balanço de água na seguinte restrição de igualdade: r z =1 QTR g , z + p k =1 QSR g ,k + s t =1 QRS g ,t = PCRG g , m , ∀g = 1,..., r (3.39) As restrições que devem ser adicionadas são: 3 Limitação de vazão nos sumidouros Limita-se a quantidade de água recebida em cada sumidouro, conforme o especificado nos respectivos fatores restritivos. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO n i =1 4 QCS i ,t + r g =1 78 QRS g ,t ≤ FRS g , m , ∀t = 1,..., s (3.40) Limitação dos contaminantes nos sumidouros Limita-se a concentração imposta pelos fatores restritivos dos sumidouros. n i =1 (QCS i ,t .PCRi , j ) + r g =1 (QRS g ,t .PCRG g , j ) ≤ FRS g , m . n i =1 QCS i ,t + r g =1 QRS g ,t , (3.41) ∀t = 1,..., s, ∀j = 1,..., m − 1 3.3.6. MODELO 6 - Vazão variável nas unidades Definição do problema Este modelo é muito semelhante ao Modelo 2, porém não trata as unidades como operações que requerem vazão fixas e sim como operações que possuem cargas mássicas dos contaminantes constantes, sendo a vazão definida pela concentração máxima de saída e pela concentração na entrada da unidade em questão. Esta vazão pode ser definida rearranjando a Equação 3.10, conforme mostra a Equação 3.42. A vazão mínima atingida individualmente para cada operação é obtida quando a concentração no ponto de mistura é mínima, ou seja, geralmente quando o ponto de mistura é composto somente por água da fonte (sem reuso). PM k ,m = Max ∆m k , j . 1000 PCRi*, j − PM k , j , se i = k , ∀j = 1,..., m − 1 (3.42) Variáveis de decisão As variáveis de decisão para este modelo são as mesmas apresentadas no Modelo 2. Função-objetivo As funções objetivos que podem ser utilizadas por este modelo são as mesma apresentadas no Modelo 1. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 79 Restrições As restrições do Modelo 6 são: 1 Limite de água disponível nas correntes de reuso Nesta restrição o somatório das vazões que saem da corrente de reuso i para as unidades k’s deve ser menor ou igual à vazão disponível na mesma. p k =1 QRDi ,k ≤ PCRi*,m , ∀i = 1,..., n, onde PCRi*,m = PM k ,m ∀i = k 2 (3.43) Balanço de água nos misturadores Neste balanço, o somatório das vazões das correntes de reuso i’s e das fontes de água f’s que chegam no misturador k dever ser igual à vazão que sai do mesmo. n i =1 3 QRDi , k + a f =1 QAG f , k = PM k , m , ∀k = 1,..., p (3.44) Balanço dos contaminantes nos misturadores Esta restrição trata-se de um balanço de massa dos contaminantes j’s das correntes de reuso i’s e das fontes de água f’s que chegam no misturador k. O somatório da massa de contaminante j que entra no misturador é igual a taxa mássica do componente j que sai do misturador. n i =1 (PCR * i, j ) . QRDi , k + a f =1 PAG f , j . QAG f , k = PM k , j . PM k , m , (3.45) ∀k = 1,..., p , ∀j = 1,..., m − 1 4 Limitação dos contaminantes na entrada das unidades A concentração do contaminante j que sai do misturador k deve ser menor ou igual do que a concentração do contaminante j que entra na unidade k. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO PM k , j ≤ FRU k , j , ∀k = 1.. p , ∀j = 1,..., m − 1 5 80 (3.46) Parâmetros das correntes de reuso O parâmetro da corrente de reuso é dado pela seguinte equação: PCRi*, j = 6 ∆m k , j . 1000 PM k , m + PM k , j , se i = k , ∀j = 1,..., m − 1 (3.47) Limite das concentrações de saída (parâmetros das correntes) O parâmetro da corrente de reuso é dado pela seguinte equação: PCRi*, j ≤ PCRi , j , ∀i = 1,..., n , ∀j = 1,..., m − 1 7 (3.48) Evitar o reciclo entre as unidades Quando se desejar a não existência de reciclo nas unidades, seja por razões técnicas, operacionais e/ou termodinâmicas, é necessário incluir uma restrição ao modelo. QRDi , k = 0 , se i = k (3.49) 3.3.7. MODELO 7 - Vazão variável nas unidades com regeneradores Definição do problema Este modelo é tratado da mesma maneira que o Modelo 6, adicionando-se as características dos processos regenerativos já dscritas pelo Modelo 4. Variáveis de decisão As variáveis de decisão para este modelo são as mesmas apresentadas no Modelo 4. CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 81 Função-objetivo As funções objetivos que podem ser utilizadas por este modelo são as mesma apresentadas no Modelo 4. Restrições As restrições do Modelo 7 são as restrições 4, 5, 6 e 7 do Modelo 6, juntamente com as restrições 4, 6, 9, 10, 11 e 13 do Modelo 4 e algumas pequenas correções das restrições 1, 2 e 3 do Modelo 6. As correções são: 1 Limite de água disponível nas correntes de reuso Adiciona-se o termo de entrada no processo regenerativo. p k =1 2 QRDi ,k + r z =1 QERi , z + Pi ,m ≤ PCRi*,m , ∀i = 1,..., n onde PCRi*,m = PM k ,m ∀i = k (3.50) Balanço de água nos misturadores Adiciona-se o termo das correntes enviadas dos regeneradores para as unidades. n i =1 3 QRDi , k + a f =1 QAG f , k + r g =1 QSR g , k = PM k , m , ∀k = 1,..., p (3.51) Balanço dos contaminantes nos misturadores Também adiciona-se o termo das correntes enviadas dos regeneradores para as unidades. n i =1 PCRi*, j . QRDi , k + a f =1 PAG f , j . QAG f , k + r g =1 QSR g , k . PCRG g , j = PM k , j . PM k , m , ∀k = 1,..., p , ∀j = 1,..., m − 1 (3.52) CAPÍTULO 3 – MODELAGEM MATEMÁTICA DE OTIMIZAÇÃO 82 3.3.8. MODELO 8 - Vazão variável nas unidades, com regeneradores e limite nos sumidouros Definição do problema Este modelo trata as operações com vazões variáveis e apresenta as características definidas pelo Modelo 5. Variáveis de decisão As variáveis de decisão para este modelo são as mesmas apresentadas no Modelo 5. Função-objetivo As funções objetivos que podem ser utilizadas por este modelo são as mesmas apresentadas no Modelo 5. Restrições O Modelo 8 usa as mesmas do Modelo 7, juntamente com as restrições 2, 3, e 4 do Modelo 5. Deve ser feita apenas uma pequena correção na restrição 1 do Modelo 5. 1 Limite de água disponível nas correntes de reuso Neste modelo a vazão disponível não é mais limitada pelo parâmetro das correntes previamente definido. Quem limita a vazão disponível é o balanço de água nos misturadores das unidades. Desta maneira, a nova restrição fica: p k =1 QRDi ,k + r z =1 QERi , z + Pi ,m + s t =1 QCS i ,t = PCRi*,m , ∀i = 1,..., n onde PCRi*,m = PM k ,m ∀i = k (3.53) A seguir serão apresentados os resultados obtidos no presente trabalho, utilizando-se os modelos apresentados neste Capítulo, bem como serão analisados os resultados obtidos e comparados com os encontrados na literatura. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 83 CAPÍTULO 4 RESULTADOS E ANÁLISE Neste capítulo são apresentados, analisados e discutidos os resultados obtidos na otimização de redes de correntes aquosas, através da aplicação dos modelos matemáticos apresentados no capítulo anterior. É apresentada a resolução de casos apresentados na literatura e os resultados são comparados com os obtidos por outros autores. Em alguns casos, algumas características adicionais foram inseridas nos problemas originalmente propostos e os mesmos foram resolvidos. Entre a gama de características expostas na formulação, estudaram-se problemas mono e multi-contaminantes, com e sem a presença de processos regenerativos, com uma ou mais fontes de água, com ou sem possibilidade de reciclo entre as unidades e/ou processos regenerativos, com um ou mais sumidouros tendo ou não limitações nas concentrações das correntes a serem descartadas. Optou-se ainda por resolver os problemas tanto com modelos que fixam os parâmetros das correntes de reuso, quanto com modelos que atualizam os mesmos. Os modelos matemáticos foram resolvidos através de otimização via programação matemática, usando ferramentas de resolução de programação linear e CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 84 programação não linear. O uso desta metodologia implica em mais algumas vantagens: A flexibilidade de alteração das características estruturais e restritivas das redes estudadas, bem como do objetivo principal a ser alcançado. Esta flexibilidade permite realizar diversos casos para um mesmo problema, que podem ser melhor analisados quando vistos por diferentes perspectivas; Uma vez modelado o problema, a rapidez na determinação de uma solução; A geração de parâmetros marginais que auxiliam na adequação da solução proposta quando esta requer alguma modificação de caráter técnico, operacional e/ou econômico, e indicam ganhos provenientes de alterações das restrições impostas pela rede estudada. Usou-se como critérios de otimização a minimização do consumo de água pelas unidades de processo e/ou a redução da geração de efluentes na planta; a minimização dos custos com água e operacional para os casos que apresentavam parâmetros como custos operacionais de água bruta, do tratamento final e de regeneração; e/ou a minimização do custo total anual quando o problema dispunha também dos valores de investimento dos processos regenerativos e do tratamento final, horas de operação e taxa de depreciação anual. Além das restrições propostas nos modelos apresentados anteriormente, buscou-se satisfazer o critério de que as correntes envolvidas não apresentassem vazões menores que 1% do consumo de água da rede otimizada. Este critério foi inserido de forma iterativa, ou seja, quando percebeu-se a violação do mesmo, adicionava-se uma das seguintes retrições: vazão da variável violada maior que 1% do valor da solução; ou, vazão da variável violada igual a zero. Comparando a solução dos casos acima, analisou-se o problema e optou-se por continuar a busca por uma nova solução ou não. Os problemas estudados foram resolvidos através do software GAMS 2.05. Contudo, paralelamente, resolveu-se também o problema usando o toolbox optimization do software MATLAB e os resultados foram comparados e analisados. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 85 Em ambos os casos, obteve-se as mesmas soluções (valor da função objetivo), porém com algumas modificações na configuração da rede (variáveis da base). 4.1. PROBLEMA 1 (WANG E SMITH, 1994) O primeiro estudo aborda um problema monocontaminante originalmente apresentado por WANG e SMITH (1994 – exemplo 1). Nele estão envolvidas quatro operações que usam água. Os dados de vazão, concentrações máximas de entrada e saída e carga mássica do contaminante referentes a cada operação estão apresentados na Tabela 4.1. Tabela 4. 1 – Dados referentes às operações envolvidas no Problema 1. Operação Vazão (t/h) 1 2 3 4 20 100 40 10 Cj, max, entrada (ppm) 0 50 50 400 Cj, max, saída (ppm) 100 100 800 800 ∆m j (Kg/h) 2 5 30 4 O problema é separado em diferentes casos e subcasos para que possa ser abordado com diferentes características estruturais e diferentes objetivos. CASO 1 Neste primeiro caso, existe somente uma fonte de água isenta do contaminante em questão, ou seja, sua concentração é de 0 ppm. Neste caso irá objetivar-se apenas a minimização da vazão, ou seja, atingir um mínimo consumo de água e, conseqüentemente, a mínima geração de efluentes. Na primeira hipótese, onde as vazões das unidades são tratadas como sendo fixas, a vazão original do sistema de água em questão é 170 t/h e na segunda, onde é permitida a variação das vazões das operações, a vazão de água sem nenhum reuso é 112,5 t/h, ou seja, o equivalente ao somatório da mínima vazão requerida (Tabela 4.2.) para cada operação, de maneira a manter o limite da máxima concentração de saída usando correntes da fonte de água. Tabela 4. 2 –Vazões mínimas requeridas pelas operações e da rede de água sem reuso. Operação 1 2 3 4 REDE Mínima vazão (t/h) 20 50 37,5 5 112,5 CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 86 Caso 1.1 - Modelo 1, sem reciclo Primeiramente resolveu-se o problema com vazão fixa nas operações através do modelo 1, sem considerar a possibilidade de reciclo entre as unidades. Como o Modelo 1 não atualiza os parâmetros das correntes de reuso, tornando todas as restrições lineares, e a função objetivo também é linear, ele é resolvido usando uma ferramenta de programação linear (PL), o que garante a otimalidade da solução encontrada neste caso. O resultado obtido foi uma vazão ótima de 116,25 t/h. A configuração de envio das correntes correspondente ao resultado obtido está apresentada na Tabela 4.3. Tabela 4. 3 – Configuração do envio das correntes para a solução ótima no caso 1.1 do problema 1. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 1 20,000 - Operação 2 76,250 20,000 3,750 - Operação 3 20,000 20,000 - Operação 4 5,714 4,286 - A redução obtida através da solução do problema no caso 1.1 está apresentada na Tabela 4.4. Pode-se perceber que, para este caso, obteve-se como solução para a rede com restrição de vazão, um valor superior do que o consumo da rede sem restrição e sem reuso (112,5 t/h). Tabela 4. 4 – Redução alcançada pelo caso 1.1 do problema 1. Vazão (t/h) DADOS ATUAIS 170,000 DADOS OTIMIZADOS 116,250 REDUÇÃO (%) 31,62% Caso 1.2 - Modelo 1, com reciclo A possibilidade de ter reciclo entre as operações foi também abordada no caso 1, utilizando o modelo 1. Novamente usou-se uma ferramenta de PL e o resultado obtido para este estudo foi de uma vazão de 90,00 t/h. A configuração correspondente a esta vazão ótima é apresentada na Tabela 4.5. Tabela 4. 5 – Configuração do envio das correntes para a solução ótima no caso 1.2 do problema 1. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 1 20,000 - Operação 2 50,000 50,000 - Operação 3 20,000 20,000 - Operação 4 5,714 4,286 CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 87 O resultado alcançado na aplicação do Modelo 1 com reciclo para o problema exposto no caso 1 é apresentado na Tabela 4.6 e apresenta uma redução de 47,06% em relação à vazão originalmente utilizada, considerando as operações requerendo vazão fixas. Tabela 4. 6 – Redução alcançada pelo caso 1.2 do problema 1. Vazão (t/h) DADOS ATUAIS 170,000 DADOS OTIMIZADOS 90,000 REDUÇÃO (%) 47,06% Aplicando-se o Modelo 2 com reciclo, obteve-se o mesmo resultado encontrado no caso 1.2. Entretanto, pelo fato do Modelo 2 apresentar restrições não lineares (pela inclusão dos parâmetros das correntes como variáveis), as ferramentas usadas para resolvê-los não garantem a otimalidade da solução encontrada. Com os fatos expostos até o momento pode-se garantir que o valor de 90 t/h é a ótima vazão para a rede de água que tem parâmetros das correntes de reuso fixos, porém a garantia que este valor também é o ótimo para a rede com atualizações nos parâmetros das correntes só pode dada aplicando-se critérios de otimalidade. Caso 1.3 - Modelo 2, sem reciclo Ao estudar o problema exposto no caso 1 através da aplicação do Modelo 2 sem reciclo, usando uma ferramenta de PNL, obteve-se como resultado a vazão ótima de 111,429 t/h. Para alcançar este valor é necessário configurar o sistema de água em questão, de acordo com os valores apresentados na Tabela 4.7. Tabela 4. 7 – Configuração do envio das correntes para a obtida no caso 1.3 do problema 1. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 1 20,000 - Operação 2 80,000 20,000 - Operação 3 11,429 Operação 4 - 28,571 - 5,479 4,521 - A Tabela 4.8 mostra as reduções apresentadas pelo caso 1.3. A solução obtida apresenta uma considerável diminuição na captação de água e geração de efluentes do sistema sem reciclo (47,06%), porém não é possível garantir a otimalidade da mesma. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 88 Tabela 4. 8 – Redução alcançada pelo caso 1.3 do problema 1. Vazão (t/h) DADOS ATUAIS 170,000 DADOS OTIMIZADOS 111,429 REDUÇÃO (%) 47,06% Caso 1.4 - Modelo 6 No caso de considerar a hipótese das operações seguirem a transferência de massa através de uma função linear com carga mássica dos contaminantes constante, e não requererem vazão fixas, usa-se o Modelo 6 para determinar a configuração que apresenta o menor consumo de água. A aplicação deste modelo alcançou a vazão de 90,000 t/h, tanto possibilitando o reciclo quanto nos caso em que esta característica não foi permitida. A Tabela 4.9 mostra a configuração obtida para a solução ótima encontrada no caso 1.4. Tabela 4. 9 – Configuração do envio das correntes para a solução ótima no caso 1.4 do problema 1. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 1 20,000 - Operação 2 50,000 - Operação 3 20,000 14,286 5,714 - Operação 4 5,714 - Como este modelo também transforma um parâmetro em uma variável, criando restrições não lineares, ele é resolvido com PNL, o que não garante a otimalidade da solução. A Tabela 4.10 mostra a redução de 20,00% obtida pelo caso 1.4. Tabela 4. 10 – Redução alcançada pelo caso 1.4 do problema 1. Vazão (t/h) DADOS ATUAIS 112,500 DADOS OTIMIZADOS 90,000 REDUÇÃO (%) 20,00% Os resultados encontrados para a otimização da rede de água, com restrição de vazão, exposta pelo caso 1, estão representados na Figura 4.1 através de um gráfico comparativo entre os mesmos. Pode-se perceber que obteve-se reduções significativas do consumo de água e que os modelos com reciclo foram os que apresentaram os melhores resultados. Embora quantitativamente o uso de reciclo entre as unidades seja a melhor solução, é necessário considerar os possíveis problemas causados por esta opção. Nem todas as operações aceitam de maneira confiável a utilização de reciclo devido a prováveis acúmulos de contaminantes inicialmente considerados não muito CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 89 importantes no estudo em questão. Para contornar este problema, deve-se fazer uma análise individual das operações onde foi proposto o reciclo, e em caso de haver problemas, resolver o modelo novamente inserindo restrições de reciclo apenas nas operações em que esta opção não é aconselhável. Atual, com vazão fixa CASO 1 - PROBLEMA 1 (Vazão fixa) Modelo 1, sem reciclo Modelo 2, sem reciclo 170,000 180 Modelo 1, com reciclo (igual ao Modelo 2, com reciclo) 160 Vazão (t/h) 140 116,250 120 111,429 100 90,000 80 60 40 20 0 Figura 4. 1 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 1, minimizando o consumo de água em redes com operações que requerem vazões fixas. A Figura 4.2 mostra um gráfico comparativo do consumo atual da rede do caso 1 com vazão variável e do consumo otimizado. CASO 1 - PROBLEMA 1 (Vazão variável) 90,000 100 Vazão (t/h) Modelo 6 112,500 120 Atual, com vazão variável 80 60 40 20 0 Figura 4. 2 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 1, minimizando o consumo de água em redes com operações que permitem vazões variáveis. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 90 Como citado anteriormente, obteve-se o mesmo resultado para o caso com e sem reciclo. A mínima vazão obtida (90 t/h) foi a mesma encontrada para os casos com vazão fixa, porém, naqueles casos, esta vazão só seria possível aplicando-se reciclo entre as operações. Por se tratar de um modelo não linear, não é possível garantir que o consumo de 90 t/h de água seja o menor possível para a rede de água do caso 1 do problema 1 com operações que permitem variações de vazão. Isto só é possível aplicando-se critérios de otimalidade. CASO 2 O caso 2 trata o problema 1 original com a adição de mais uma fonte de água. Este caso foi anteriormente estudado por WANG e SMITH (1995 – exemplo 1) e GOMES (2002). Esta nova característica, ao contrário do caso 1, implica em avaliar o problema em termos econômicos, já que optando pelo menor consumo, a solução sempre irá convergir para o uso da fonte de água menos contaminada. A Tabela 4.11 mostra a composição das fontes de água e seus respectivos custos. Tabela 4. 11 – Dados das fontes de água usadas no caso 2 do problema 1. Fonte de água 1 2 Cj (ppm) 0 25 Custo (US$/t) 0,3 0,03 Como este caso foca funções econômicas, alguns dados adicionais devem ser levados em consideração para tornar possíveis futuras comparações. Estes dados estão apresentados na Tabela 4.12. Tabela 4. 12 – Dados adicionais para a análise econômica. Custo operacional do tratamento final 1,0067 f (US$/h) Investimento do tratamento final 34200 f0,7 (US$) Operação anual Depreciação anual 8600 h/ano 0,1 onde f é a vazão em t/h. O caso 2 foi dividido em dois subcasos, onde o primeiro foca a minimização do custo anual com água, e o segundo, a minimização do custo operacional anual. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 91 Caso 2.1 - Objetivando o mínimo custo com água Neste caso, o problema 1 apresentando as características do caso 2 foi resolvido objetivando o mínimo custo anual com água. Caso 2.1.1 - Modelo 1 sem reciclo O caso 2.1.1 resolve o problema através do Modelo 1 sem reciclo e usa a minimização do custo com água como função objetivo. O resultado encontrado foi de US$ 78.787,00 por ano. A Tabela 4.13 apresenta a configuração do sistema de água para a solução ótima encontrada. Tabela 4. 13 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.1 do problema 1. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 1 20,000 - Operação 2 78,710 20,000 1,290 - Operação 3 26,667 13,333 - Operação 4 5,714 4,286 - A Tabela 4.14 apresenta as reduções obtidas aplicando o Modelo 1 sem reciclo no problema do caso 2, utilizando como função objetivo o custo com água. O modelo utilizado apresenta somente restrições lineares, o que garante a otimalidade da solução. Tabela 4. 14 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.1 do problema 1. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 170,000 DADOS OTIMIZADOS 125,3764 20,0000 105,3764 REDUÇÃO (%) 26,25% $438.600,00 $78.787,11 82,04% $1.910.395,40 $1.164.248,34 39,06% $124.549,03 $2.034.944,43 $100.641,51 $1.264.889,85 19,20% 37,84% Caso 2.1.2 - Modelo 1 com reciclo O caso 2.1.2 objetiva o mínimo custo de água aplicando o Modelo 1 com reciclo. O mínimo custo com água obtido neste caso foi de US$ 75.680,00 por ano e a configuração correspondente ao resultado está apresentada na Tabela 4.15. Obteve-se o mesmo resultado aplicando o Modelo 2 e resolvendo o problema com uma ferramenta de PNL. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 92 Tabela 4.15 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.2 do problema 1. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 1 20,000 - Operação 2 66,667 33,333 - Operação 3 26,667 13,333 - Operação 4 5,714 4,286 - A Tabela 4.16 apresenta o resultado obtido para o mínimo custo com água juntamente com a vazão, os demais custos e as reduções correspondentes ao objetivo proposto. Tabela 4. 16 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.2 do problema 1. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 170,0000 DADOS OTIMIZADOS 113,3334 20,0000 93,3334 REDUÇÃO (%) 33,33% $438.600,00 $75.680,02 82,75% $1.910.395,40 $1.056.877,53 44,68% $124.549,03 $2.034.944,43 $93.772,75 $1.150.650,28 24,71% 43,46% Caso 2.1.3 - Modelo 2, sem reciclo O Modelo 2 sem reciclo foi aplicado ao problema exposto no caso 2, e resolvido usando uma ferramenta de programação não linear. Obteve-se como resultado um custo anual de US$ 78.577,60. A Tabela 4.17 mostra a distribuição do sistema de água para o mínimo custo de água atingido pelo caso 2.1.3. Tabela 4. 17 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.3 do problema 1. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 1 20,000 - Operação 2 77,895 20,000 2,105 Operação 3 26,667 13,333 - Operação 4 10,000 - Por se tratar de um problema não linear, não é possível garantir a otimalidade da solução, entretanto, pela Tabela 4.18, pode-se observar uma redução de 82,08% nos custos com água através do caso 2.1.3. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 93 Tabela 4. 18 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.3 do problema 1. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 170,000 DADOS OTIMIZADOS 124,562 20,000 104,562 REDUÇÃO (%) 26,73% $438.600,00 $78.577,00 82,08% $1.910.395,40 $1.156.987,46 39,44% $124.549,03 $2.034.944,43 $100.183,46 $1.257.170,91 19,56% 38,22% Caso 2.1.4 - Modelo 6 Objetivando o mínimo custo de água através da aplicação do Modelo 7, o mínimo custo com água obtido foi de US$ 75.680,17 por ano e a configuração correspondente ao resultado está apresentada na Tabela 4.19. Não houve alteração no resultado em possibilitar a existência de reciclo entre as unidades. Tabela 4. 19 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.4 do problema 1. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 1 20,000 - Operação 2 66,667 - Operação 3 26,667 13,333 - Operação 4 5,714 - A Tabela 4.20 apresenta o resultado obtido para o mínimo custo com água juntamente com a vazão, os demais custos e as reduções correspondentes ao objetivo proposto. Apesar de não existir a garantia de que a solução seja a ótima, obteve-se uma redução bastante satisfatória para o custo com água. Tabela 4. 20 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.4 do problema 1. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 112,500 DADOS OTIMIZADOS 113,334 20,000 93,334 REDUÇÃO (%) -0,74% $290.250,00 $75.680,17 73,93% $1.264.232,25 $1.056.882,88 16,40% $93.289,52 $1.357.521,77 $93.773,10 $1.150.655,97 -0,52% 15,24% CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 94 A Figura 4.3 mostra uma comparação dos resultados obtidos nos diferentes subcasos do caso 2.1 com o custo com água atual da rede proposta pelo caso 2 com operações que requerem vazões fixas. Novamente a melhor solução obtida, em termos quantitativos, foi para redes com reciclo entre as operações. Entretanto, como discutido anteriormente, deve-se avaliar com cuidado a total aceitação de reciclo em cada unidade. CASO 2.1 - PROBLEMA 1 (Vazão fixa) $438.600,00 Custo com água ($/ano) Atual, com vazão fixa $450.000 Modelo 1, sem reciclo $400.000 Modelo 2, sem reciclo $350.000 Modelo 1, com reciclo (igual ao Modelo 2, com reciclo) $300.000 $250.000 $200.000 $78.787,11 $150.000 $78.577,00 $75.680,02 $100.000 $50.000 $0 Figura 4. 3 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 2.1, minimizando o custo com água em redes com operações que requerem vazões fixas. Comparou-se na Figura 4.4 o custo com água atual da rede apresentada no caso 2, com operações que permitem variações de vazão, com o resultado obtido otimizando a mesma. Da mesma forma que no caso 1, o melhor resultado obtido para redes com vazões fixas é praticamente coincidente com o melhor resultado para redes com vazões variáveis. Entretanto eles diferenciam-se pelo fato de que no primeiro o resultado é obtido somente quando é permitida a existência de reciclo nas operações, enquanto que no segundo esta exigência não é necessária. Mesmo não sendo garantida a obtenção da solução ótima (menor custo com água), a redução encontrada mostrou-se bastante expressiva, apresentando uma economia de US$ 214.569,83 por ano. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 95 CASO 2.1 - PROBLEMA 1 (Vazão variável) $290.250,00 Atual, com vazão variável Modelo 6 Custo com água ($/ano) $300.000 $250.000 $75.680,17 $200.000 $150.000 $100.000 $50.000 $0 Figura 4. 4 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 2.1, minimizando o custo com água em redes com operações que permitem vazões variáveis. Caso 2.2 - Objetivando o mínimo custo operacional Os casos apresentados anteriormente tratavam o problema buscando alcançar o mínimo custo com água, já os estudos propostos pelo caso 2.2 procuram atingir o mínimo custo operacional. Caso 2.2.1 - Modelo 1 sem reciclo Neste caso 2.2.1 usou-se o Modelo 1 sem reciclo para encontrar uma solução para o problema. O mínimo custo operacional anual obtido foi US$ 1.151.253,25 e a configuração correspondente está apresentada na Tabela 4.21. Tabela 4. 21 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.1 do problema 1. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 1 20,000 - Operação 2 78,710 20,000 1,290 - Operação 3 20,000 20,000 - Operação 4 5,714 4,286 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 96 Usando como referência o valor mínimo objetivado por este caso, a Tabela 4.22 mostra a redução da vazão e dos custos referentes à rede de água que requer vazão fixa nas operações. Tabela 4. 22 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.1 do problema 1. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 170,000 DADOS OTIMIZADOS 118,710 40,000 78,710 REDUÇÃO (%) 30,17% $438.600,00 $123.507,18 71,84% $1.910.395,40 $1.151.253,25 39,74% $124.549,03 $2.034.944,43 $96.865,08 $1.248.118,33 22,23% 38,67% Caso 2.2.2 - Modelo 1 com reciclo Possibilitando a existência de reciclo entre as operações da rede de água em questão, ao aplicar-se o Modelo 1, obteve-se o mínimo custo operacional de US$ 1.011.385,80 por ano. A configuração que representa esta rede está apresentada na Tabela 4.23. O Modelo 2 com reciclo apresentou o mesmo resultado. Tabela 4. 23 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.2 do problema 1. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 1 20,000 - Operação 2 50,000 50,000 - Operação 3 20,000 20,000 - Operação 4 5,714 4,286 - A Tabela 4.24 mostra as reduções obtidas para o sistema de água estudado no caso 2.2.2. O resultado obtido representa a solução ótima para redes que tem parâmetros das correntes fixos. Nos casos onde foi permitida a existência de reciclo, pode-se perceber que o resultado ótimo convergiu para o uso exclusivo de água da fonte 1, ou seja, o menor custo da água da fonte 2 não foi capaz de suprir o custo com tratamento final da água excedente, se a mesma fosse utilizada. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 97 Tabela 4. 24 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.2 do problema 1. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 170,000 DADOS OTIMIZADOS 90,000 90,000 0,000 REDUÇÃO (%) 47,06% $438.600,00 $232.200,00 47,06% $1.910.395,40 $1.011.385,80 47,06% $124.549,03 $2.034.944,43 $79.798,71 $1.091.184,51 35,93% 46,38% Caso 2.2.3 - Modelo 2 sem reciclo Atingiu-se o mínimo custo operacional anual de US$ 1.137.784,41 aplicando uma ferramenta de PNL para resolver o Modelo 2 sem reciclo. A configuração da rede de água proposta pelo modelo está apresentada na Tabela 4.25. Tabela 4. 25 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.3 do problema 1. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 1 20,000 - Operação 2 80,000 20,000 - Operação 3 17,778 22,222 - Operação 4 9,851 0,149 - No estudo realizado no caso 2.2.3, obteve-se a redução de 40,44% no custo operacional anual do sistema de água original. Valores comparativos do mesmo estão na Tabela 4.26. Ao contrário do caso 2.2.2, a impossibilidade de reciclo faz necessário usar água da fonte 2 para diminuir o custo operacional da rede. Tabela 4. 26 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.3 do problema 1. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 170,000 DADOS OTIMIZADOS 117,778 37,778 80,000 REDUÇÃO (%) 30,72% $438.600,00 $118.107,24 73,07% $1.910.395,40 $1.137.784,41 40,44% $124.549,03 $2.034.944,43 $96.332,10 $1.234.116,51 22,66% 39,35% CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 98 Caso 2.2.4 - Modelo 6 O caso 2.2.4 mostra o estudo da rede de água sem vazões fixas nas unidades através do Modelo 6. O mesmo resultado, custo operacional anual de US$ 1.011.385,80, foi obtido para redes com e sem reciclo entre as unidades. A Tabela 4.27 apresenta a configuração da rede proposta pelo Modelo 6. Tabela 4. 27 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.4 do problema 1. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 1 20,000 - Operação 2 50,000 - Operação 3 20,000 14,286 5,714 - Operação 4 5,714 - As reduções alcançadas pelo caso 2.2.4 estão apresentadas na Tabela 4.28. Neste caso, a configuração da rede também propôs somente o uso da água da fonte 1. Tabela 4. 28 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.4 do problema 1. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 112,500 DADOS OTIMIZADOS 90,000 90,000 0,000 REDUÇÃO (%) 20,00% $290.250,00 $232.200,00 20,00% $1.264.232,25 $1.011.385,80 20,00% $93.289,52 $1.357.521,77 $79.798,71 $1.091.184,51 14,46% 19,62% A Figura 4.5 apresenta um gráfico comparativo dos custos operacionais encontrados na otimização da rede de água apresentada pelo caso 2. O menor custo foi obtido para as configurações que apresentam reciclo entre as operações. Neste caso a configuração obtida convergiu para o consumo exclusivo de água da fonte 1. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 99 CASO 2.2 - PROBLEMA 1 (Vazão fixa) $1.910.395,40 Custo operacional ($/ano) $1.800.000 Modelo 1, sem reciclo Modelo 2, sem reciclo Modelo 1, com reciclo (igual ao Modelo 2, com reciclo) $2.000.000 $1.600.000 Atual, com vazão fixa $1.151.253,25 $1.137.784,41 $1.011.385,80 $1.400.000 $1.200.000 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 5 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 2.2, minimizando o custo operacional em redes com operações que requerem vazões fixas. Se as unidades impossibilitarem a existência de reciclo, a configuração que representa o menor custo operacional passa a consumir também uma certa quantidade de água da fonte 2. CASO 2.2 - PROBLEMA 1 (Vazão variável) Atual, com vazão variável Modelo 6 $1.264.232,25 $1.011.385,80 Custo operacional ($/ano) $1.400.000 $1.200.000 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 6 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 2.2, minimizando o custo operacional em redes com operações que permitem vazões variáveis. A comparação da rede de água do caso 2 com vazões variáveis, apresentada na Figura 4.6, mostra que obteve-se uma rede sem reciclo apresentando resultado igual ao menor resultado obtido para redes com vazões fixas, sendo que para este caso havia a necessidade de reciclo nas operações. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 100 CASO 3 Este caso aborda o problema 1, usando as características apresentadas em GOMES (2002), onde existe uma fonte de água (do caso 1) e um processo regenerativo (“stripper”). O processo regenerativo em questão é da segunda categoria, conforme definido na formulação, apresentando 5ppm na concentração de saída (Csaida=5ppm). Os dados econômicos da água, tratamento final e demais parâmetros adicionais seguem os expostos pelo caso 2 (Tabela 4.12). A Tabela 4.29 mostra os dados econômicos do processo regenerativo. Tabela 4. 29 – Dados econômicos do processo regenerativo envolvido no caso 3 do problema 1. Regenerador Custo de investimento (US$) 16800 fr0,7 fr é a vazão tratada pelo regenerador Custo operacional (US$/h) 1 fr A definição do problema apresentado por GOMES (2002) não impõe restrições para a concentração de entrada do regenerador; entretanto a metodologia usada pelo autor (baseado na Tecnologia Pinch) converge a solução para um limite na concentração de entrada. Neste trabalho serão abordados tanto o caso sem limite na concentração de entrada, quanto com limite, sendo ele definido pelo valor indicado na solução de GOMES (2002). Caso 3.1 - Objetivando o mínimo consumo de água O caso 3.1 objetiva o mínimo consumo de água para a rede de água colocada pelo problema 1, apresentando as características descritas no caso 3. Caso 3.1.1 - Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador O estudo do caso 3.1, sem impôr limite na concentração de entrada do regenerador, está apresentado no caso 3.1.1. A mínima vazão obtida foi 20,000 t/h e apresentou os mesmos resultados em todas as possibilidades de aplicação do Modelo 4 (com e sem reuso, e com e sem atualização dos parâmetros). Por se tratar de um processo regenerativo da segunda categoria, onde a vazão de saída é constante, a aplicação do Modelo 4 sem atualização de parâmetros pode ser CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 101 resolvida usando PL. Desta maneira, para este caso, é possível garantir a otimalidade da solução. A Tabela 4.30 mostra a configuração da rede de água para o caso 3.1.1. Tabela 4. 30 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.1 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,0000 - OP 2 20,000 3,270 76,730 OP 3 18,947 21,053 OP 4 5,714 4,286 - RG 1 55,338 35,714 6,730 - Mesmo o modelo atualizando parâmetros sendo não linear, é possível afirmar que a solução obtida é a ótima, pois o mínimo consumo encontrado é equivalente à vazão requerida pela operação 1, e esta requer exclusivamente água da fonte 1. A Tabela 4.31 apresenta as reduções obtidas para o caso 3.1 sem impôr limite para a concentração de entrada do processo regenerativo. Tabela 4. 31 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.1 do problema 1. 170,000 DADOS OTIMIZADOS 20,000 $438.600,00 $51.600,00 88,24% $1.910.395,40 $1.071.671,80 43,90% $124.549,03 $2.034.944,43 $69.594,35 $1.141.266,15 44,12% 43,92% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 88,24% Caso 3.1.2 - Modelo 7, sem limitar a concentração na entrada do regenerador O caso 3.1.2, aplicando o Modelo 7 sem limitar a concentração de entrada do regenerador, também obteve a mínima vazão de 20,000 t/h; entretanto apresentou uma configuração de rede diferente da proposta pelo caso anterior, conforme mostra a Tabela 4.32. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 102 Tabela 4. 32 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.2 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,0000 - OP 2 20,000 0,758 58,211 OP 3 18,716 0,012 21,272 OP 4 10,000 - RG 1 30,252 39,242 9,988 - As reduções obtidas pelo Modelo 7 sem limite de concentração na entrada do regenerador estão apresentadas na Tabela 4.33. Tabela 4. 33 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.2 do problema 1. 112,500 DADOS OTIMIZADOS 20,000 $290.250,00 $51.600,00 82,22% $1.264.232,25 $908.306,20 28,15% $93.289,52 $1.357.521,77 $63.778,64 $972.084,84 31,63% 28,39% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 82,22% Caso 3.1.3 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, sem reciclo, sem atualizar parâmetros Aplicou-se o Modelo 4 sem reciclo e sem atualizar os parâmetros das correntes de reuso no problema 1, com as características do caso 3, limitando a concentração na entrada do regenerador em 100ppm. Obteve-se a vazão ótima de 37,000 t/h e a configuração da rede proposta pela solução está apresentada na Tabela 4.34. Tabela 4. 34 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.3 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 17,000 5,660 94,340 OP 3 2,371 20,629 OP 4 4,696 5,031 RG 1 20,000 100,000 - Aplicando este mesmo modelo com a permissão de existir reciclo nas operações, obteve-se o mesmo resultado. Conforme ilustrado na Tabela 4.35, obteve-se a redução de 78,24% no consumo de água em relação à rede atual. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 103 Tabela 4. 35 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.3 do problema 1. 170,000 DADOS OTIMIZADOS 37,000 $438.600,00 $95.460,00 78,24% $1.910.395,40 $1.447.791,94 24,22% $124.549,03 $2.034.944,43 $90.776,11 $1.538.568,05 27,12% 24,39% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 78,24% Caso 3.1.4 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, sem reciclo, atualizando parâmetros No caso 3.1.4 abordou-se o problema 1 com as características do caso 3, limitando a concentração na entrada do regenerador em 100ppm. A configuração da rede para alcançar a mínima vazão (35,855 t/h) encontrada pelo Modelo 4 sem reciclo com atualização dos parâmetros das correntes de reuso está apresentada na Tabela 4.36. Tabela 4. 36 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.4 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OPo 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 15,855 84,145 OP 3 4,500 35,500 OP 4 10,000 RG 1 20,000 100,000 4,145 5,500 - Obteve-se a redução de 78,91% no consumo de água em relação à rede atual, como mostra a Tabela 4.37. Tabela 4. 37 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.4 do problema 1. 170,000 DADOS OTIMIZADOS 35,855 $438.600,00 $92.505,90 78,91% $1.910.395,40 $1.517.871,87 20,55% $124.549,03 $2.034.944,43 $92.509,93 $1.610.381,80 25,72% 20,86% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 78,91% CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 104 Caso 3.1.5 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, com reciclo, atualizando parâmetros O Modelo 4 com reciclo foi aplicado ao problema caracterizado pelo caso 3, limitando a concentração de entrada do regenerador em 100ppm. O resultado obtido neste estudo está apresentado na Tabela 4.38 e apresenta a vazão de 35,553 t/h. Tabela 4. 38 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.5 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 15,553 84,447 OP 3 2,264 37,736 OP 4 10,000 RG 1 20,000 100,000 2,183 10,000 - As reduções obtidas pelo caso 3.1.5 estão expostas na Tabela 4.39. Tabela 4. 39 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.5 do problema 1. 170,000 DADOS OTIMIZADOS 35,553 $438.600,00 $91.726,74 79,09% $1.910.395,40 $1.536.304,90 19,58% $124.549,03 $2.034.944,43 $92.954,10 $1.629.259,00 25,37% 19,94% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 79,09% Caso 3.1.6 - Modelo 7, limitando a concentração na entrada do regenerador, sem reciclo O Modelo 7 sem reciclo foi aplicado ao problema caracterizado pelo caso 3, limitando a concentração de entrada do regenerador em 100ppm. O resultado obtido neste estudo está apresentado na Tabela 4.40 e apresenta a vazão de 36,223 t/h. Tabela 4. 40 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.6 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 16,223 83,777 OP 3 2,264 37,736 OP 4 4,969 5,031 RG 1 20,000 100,000 6,544 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 105 Por se tratar de um modelo não linear, não é possível garantir a otimalidade da solução sem aplicar os critérios pertinentes. As reduções atingidas pelo caso 3.1.5 estão expostas na Tabela 4.41. Tabela 4. 41 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.6 do problema 1. 112,500 DADOS OTIMIZADOS 36,223 $290.250,00 $93.455,34 67,80% $1.264.232,25 $1.495.338,71 -18,28% $93.289,52 $1.357.521,77 $91.960,04 $1.587.298,75 1,43% -16,93% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 67,80% Caso 3.1.7 - Modelo 7, limitando a concentração na entrada do regenerador, com reciclo Aplicou-se o Modelo 7 com reciclo ao problema caracterizado pelo caso 3, limitando a concentração de entrada do regenerador em 100ppm. O resultado obtido neste estudo foi o mesmo do caso 3.1.5 (35,553 t/h); porém a configuração da rede, colocada na Tabela 4.42, apresenta algumas modificações. Tabela 4. 42 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.7 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 5,553 94,447 OP 3 2,264 37,736 OP 4 10,000 - RG 1 20,000 100,000 2,183 10,000 - As reduções atingidas pelo caso 3.1.7 estão apresentadas na Tabela 4.43. Pode-se perceber que apesar deste caso encontrar o mesmo resultado do caso 3.1.5, a redução do consumo de água é menor. Isto ocorre devido ao consumo atual da rede com vazões fixas ser maior do que da rede com vazões variáveis. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 106 Tabela 4. 43 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.7 do problema 1. 112,500 DADOS OTIMIZADOS 35,553 $290.250,00 $91.726,74 68,40% $1.264.232,25 $1.536.304,90 -21,52% $93.289,52 $1.357.521,77 $92.954,10 $1.629.259,00 0,36% -20,02% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 68,40% A Figura 4.7 faz uma comparação dos resultados obtidos na minimização do consumo de água para o caso 3.1 do problema 1 com operações que requerem vazões fixas. Pode-se observar que obteve-se o melhor resultado para o caso onde não havia restrição na concentração de entrada do regenerador. Este resultado já era esperado pois sem esta restrição o regenerador podia ser interpretado como um sumidouro sem restrição (na entrada do mesmo) e uma fonte de água com concentração fixa e vazão disponível menor ou igual à água consumida da fonte 1 (saída do regenerador). CASO 3.1 - PROBLEMA 1 (Vazão fixa) 170,000 Atual, com vazão fixa 180 Modelo 4, limitando o regenerador, sem reciclo, sem atualizar parâmetros Modelo 4, limitando o regenerador, sem reciclo, atualizando parâmetros Modelo 4, limitando o regenerador, com reciclo, atualizando parâmetros Modelo 4, sem limitar o regenerador 160 Vazão (t/h) 140 120 100 80 60 37,000 35,855 35,553 20,000 40 20 0 Figura 4. 7 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 3.1, minimizando o consumo de água em redes com operações que requerem vazões fixas. Para os casos com limite na concentração de entrada do regenerador, a configuração que gerou o melhor resultado foi a que apresentava reciclo das operações. Como a diferença entre o consumo da rede com reciclo e a rede sem reciclo (caso 3.1.4) é muito pequena, deve-se fazer uma análise mais detalhada dos CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 107 custos e riscos envolvidos, para que desta maneira se possa concluir a real necessidade de implementar a configuração de menor consumo. A comparação dos resultados encontrados para a rede do caso 3 sem restrição de vazão está apresentada na Figura 4.8. Novamente pode-se perceber que a melhor solução encontrada foi para o caso onde não havia limite na concentração de entrada do regenerador. CASO 3.1 - PROBLEMA 1 (Vazão variável) 112,500 Atual, com vazão variável Modelo 7, limitando o regenerador, sem reciclo Modelo 7, limitando o regenerador, com reciclo Modelo 7, sem limitar o regenerador 120 Vazão (t/h) 100 80 36,223 60 35,553 20,000 40 20 0 Figura 4. 8 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 3.1, minimizando o consumo de água em redes com operações que permitem vazões variáveis. Sabe-se que tanto o caso em que há atualização dos parâmetros das correntes, quanto o caso onde são permitidas variações de vazão são modelados usando restrições não lineares e que esta característica não garante a otimalidade da solução. Pelo fato do caso 3.1.4 (Modelo 4, sem reciclo, atualizando parâmetros) gerar uma vazão menor do que o caso 3.1.5 (Modelo 7, sem reciclo), pode-se concluir que a solução obtida neste último é uma solução sub-ótima. Contudo, sem aplicar os critérios de otimalidade não é possível afirmar que a solução do caso 3.1.4 seja a solução ótima. Caso 3.2 - Objetivando o mínimo custo operacional O caso 3.2 objetiva o mínimo custo operacional da rede de água caracterizada no caso 3. O custo operacional é composto pelo custo com água, pelo custo com tratamento final e pelo custo de operação do regenerador. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 108 Caso 3.2.1 - Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador O Modelo 4 sem limitar a concentração na entrada do regenerador foi aplicado no caso 3.2.1 para determinar o mínimo custo operacional da rede de água proposta pelo caso 3. O resultado obtido está apresentado na Tabela 4.44 e o valor da função objetivo foi US$ 858.434,80 por ano. Tabela 4. 44 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.1 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OPo 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 20,000 27,368 52,632 OP 3 18,947 21,053 OP 4 9,567 0,433 - RG 1 34,117 39,567 - Através da Tabela 4.45 é possível perceber que apesar do valor da vazão ser o mesmo, tanto objetivando o mínimo consumo quanto o mínimo custo operacional, as reduções de custos são maiores quando este é objetivado. Tabela 4. 45 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.1 do problema 1. 170,000 DADOS OTIMIZADOS 20,000 $438.600,00 $51.600,00 88,24% $1.910.395,40 $858.434,80 55,07% $124.549,03 $2.034.944,43 $61.922,71 $920.357,51 50,28% 54,77% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 88,24% Caso 3.2.2 - Modelo 7, sem limitar a concentração na entrada do regenerador O caso 3.2.2 aplicou o Modelo 7 sem limitar a concentração na entrada do regenerador para determinar o mínimo custo operacional da rede de água proposta pelo caso 3. A configuração da rede de água está apresentada na Tabela 4.46 e o mínimo custo operacional anual encontrado foi US$ 858.434,40. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 109 Tabela 4. 46 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.2 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 20,000 52,632 OP 3 18,947 21,053 OP 4 5,714 4,286 - RG 1 42,115 31,570 - A Tabela 4.47 mostra as reduções obtidas pelo caso 3.2.2. Tabela 4. 47 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.2 do problema 1. 112,500 $290.250,00 DADOS OTIMIZADOS 20,000 $51.600,00 $1.264.232,25 $858.443,40 32,10% $93.289,52 $1.357.521,77 $61.923,04 $920.366,44 33,62% 32,20% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 82,22% 82,22% Caso 3.2.3 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, sem reciclo e sem atualizar parâmetros O caso 3.2.3 limita a concentração de entrada do regenerador em 100 ppm e resolve o problema usando o Modelo 4 sem atualizar os parâmetros das correntes de reuso e sem reciclo. O mínimo custo operacional anual encontrado foi US$ 1.115.653,50. A Tabela 4.48 mostra a configuração da rede para o caso 3.2.3. Tabela 4. 48 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.3 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 2,429 20,000 1,748 1,538 74,286 OP 3 20,000 20,000 - OP 4 5,714 4,286 - RG 1 74,286 - Como não há atualização dos parâmetros das correntes, pode-se garantir a otimalidade da solução para a rede com as características descritas anteriormente. As reduções alcançadas pelo caso 3.2.3 estão apresentadas na Tabela 4.49. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 110 Tabela 4. 49 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.3 do problema 1. 112,500 DADOS OTIMIZADOS 42,429 $290.250,00 $109.465,79 62,29% $1.264.232,25 $1.115.653,50 11,75% $93.289,52 $1.357.521,77 $81.412,02 $1.197.065,52 12,73% 11,82% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 62,29% Caso 3.2.4 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, com reciclo Atingiu-se o custo operacional de US$ 914.622,76 por ano ao aplicar o Modelo 4, com reciclo no problema descrito pelo caso 3 com limite da concentração de entrada no regenerador. A configuração da rede de água proposta por este caso está apresentada na Tabela 4.50. Tabela 4. 50 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.4 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 5,714 14,286 33,383 46,617 OP 3 20,000 20,000 - OP 4 5,714 2,712 1,574 - RG 1 46,617 - Obteve-se o mesmo resultado atualizando ou não os parâmetros das correntes. A Tabela 4.51 apresenta as reduções obtidas pelo caso 3.2.4. Tabela 4. 51 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.4 do problema 1. 170,000 DADOS OTIMIZADOS 45,714 $438.600,00 $117.942,12 73,11% $1.910.395,40 $914.622,76 52,12% $124.549,03 $2.034.944,43 $74.399,93 $989.022,69 40,26% 51,40% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 73,11% Caso 3.2.5 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, sem reciclo e atualizando parâmetros O caso 3.2.5 limita a concentração de entrada do regenerador em 100ppm e usa uma ferramenta de PNL para resolver o problema, aplicando o Modelo 4 com CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 111 atualização dos parâmetros das correntes de reuso e sem reciclo. O mínimo custo operacional anual encontrado foi US$ 1.083.266,48. A Tabela 4.52 mostra a configuração da rede para o caso 3.2.5. Tabela 4. 52 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.5 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 10,172 20,000 69,828 OP 3 12,786 27,214 - OP 4 5,506 4,494 - RG 1 67,280 2,548 - A solução encontrada não tem garantia de ser ótima, porém mostrou-se satisfatória. As reduções alcançadas pelo caso 3.2.5 estão apresentadas na Tabela 4.53. Tabela 4. 53 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.5 do problema 1. 112,500 DADOS OTIMIZADOS 42,958 $290.250,00 $110.831,64 61,82% $1.264.232,25 $1.083.266,48 14,31% $93.289,52 $1.357.521,77 $80.370,06 $1.163.636,54 13,85% 14,28% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 61,82% Caso 3.2.6 - Modelo 7, limitando a concentração na entrada do regenerador O mínimo custo operacional anual obtido pelo Modelo 7, com a concentração na entrada do regenerador limitada em 100 ppm, foi US$ 914.622,76. A configuração da rede proposta pela solução está apresentada na Tabela 4.54. Tabela 4. 54 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.6 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 5,714 20,000 46,617 OP 3 20,000 20,000 - OP 4 5,714 4,286 - RG 1 46,616 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 112 Observa-se na configuração da rede que, para a solução obtida, a operação 2 não utilizou a vazão máxima permitida. A Tabela 4.55 apresenta as reduções de vazão e custos obtidas pelo caso 3.2.6. Tabela 4. 55 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.6 do problema 1. 112,500 DADOS OTIMIZADOS 45,714 $290.250,00 $117.942,12 59,37% $1.264.232,25 $914.622,76 27,65% $93.289,52 $1.357.521,77 $74.399,93 $989.022,69 20,25% 27,14% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 59,37% A comparação dos subcasos estudados no caso 3.2 está apresentada na Figura 4.9. Pode-se perceber que, novamente, a ordem de redução dos custos segue a mesma tendência das descritas anteriormente. Cabe ressaltar que a escolha pela melhor configuração deve ser feita analisando globalmente o problema e dando importância não só a custos e/ou consumo de água, mas também à segurança, controle e qualidade do processo. CASO 3.2 - PROBLEMA 1 Atual, com vazão fixa (Vazão fixa) Modelo 4, limitando o regenerador, sem reciclo, sem atualizar parâmetros Modelo 4, limitando o regenerador, sem reciclo, atualizando parâmetros Modelo 4, limitando o regenerador, com reciclo $1.910.395,40 Custo operacional ($/ano) $2.000.000 Modelo 4, sem limitar o regenerador $1.800.000 $1.600.000 $1.400.000 $1.200.000 $1.115.653,50 $1.083.266,48 $914.622,96 $858.434,80 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 9 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 3.2, minimizando o custo operacional em redes com operações que requerem vazões fixas. A Figura 4.10 ilustra a comparação dos resultados obtidos ao minimizar o custo operacional da rede de água apresentada pelo caso 3.2 com operações que CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 113 permitem vazões variáveis. Os resultados obtidos mostram reduções significativas no custo operacional atual de água, apesar de não garantirem a otimalidade da solução. CASO 3.2 - PROBLEMA 1 (Vazão variável) Atual, com vazão variável Modelo 7, limitando o regenerador $1.264.232,25 Modelo 7, sem limitar o regenerador Custo operacional ($/ano) $1.400.000 $914.622,76 $1.200.000 $858.434,80 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 10 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 3.2, minimizando o custo operacional em redes com operações que permitem vazões variáveis. Caso 3.3 - Objetivando o mínimo custo total O caso 3.3 busca solucionar o caso 3 do problema 1, objetivando o mínimo custo total anual da rede de água em questão. Caso 3.3.1 - Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador, sem reciclo, sem atualizar parâmetros No caso 3.3.1, estudou-se a minimização do custo total da rede de água caracterizada pela descrição do caso 3, utilizando-se do Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador, sem reciclo entre as operações e sem atualizar os parâmetros das correntes de reuso. O resultado obtido foi US$ 1.135.064,89 por ano e a configuração da rede de água correspondente ao mesmo está apresentada na Tabela 4.56. Tabela 4. 56 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.1 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 20,000 3,270 76,730 OP 3 18,947 21,053 OP 4 5,714 4,286 - RG 1 56,087 31,695 10,000 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 114 A Tabela 4.57 apresenta as reduções de vazão e custos obtidos no caso 3.3.1. Tabela 4. 57 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.1 do problema 1. 170,000 DADOS OTIMIZADOS 20,000 $438.600,00 $51.600,00 88,24% $1.910.395,40 $1.065.677,60 44,22% $124.549,03 $2.034.944,43 $69.387,29 $1.135.064,89 44,29% 44,22% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 88,24% Caso 3.3.2 - Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador, sem reciclo, atualizando parâmetros O valor US$ 1.100.633,93 foi obtido ao minimizar o custo total anual da rede de água definida pelo problema 1 apresentando as características do caso 3, através da utilização do Modelo 4 com atualização dos parâmetros das correntes de reuso, sem reciclo e sem limitar a concentração do contaminante na entrada do regenerador. A configuração da nova rede é apresentada na Tabela 4.58. Tabela 4. 58 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.2 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 20,000 80,000 OP 3 26,087 13,913 OP 4 10,000 - RG 1 43,913 40,000 10,000 - A redução do custo total obtida no caso 3.3.2 é apresentada na Tabela 4.59. Pelo fato deste caso atualizar os parâmetros das correntes de reuso, não é possível garantir a otimalidade da solução. Tabela 4. 59 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.2 do problema 1. 170,000 DADOS OTIMIZADOS 20,000 $438.600,00 $51.600,00 88,24% $1.910.395,40 $1.032.404,20 45,96% $124.549,03 $2.034.944,43 $68.229,73 $1.100.633,93 45,22% 45,91% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 88,24% CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 115 Caso 3.3.3 - Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador, com reciclo O caso 3.3.3 mostra o estudo da minimização do custo total anual da rede de água proposta pelo problema 1 com a adição de um regenerador, sem limitar a concentração na entrada do mesmo. Este caso permitiu a existência de reciclo e apresentou o mesmo resultado optando ou não pela atualização dos parâmetros das correntes de reuso. O mínimo custo total anual encontrado foi US$ 920.357,51 e a configuração da rede está apresentada na Tabela 4.60. Tabela 4. 60 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.3 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 47,368 52,632 OP 3 18,947 21,053 OP 4 5,714 4,286 - RG 1 32,800 35,714 5,170 - A Tabela 4.61 mostra as reduções atingidas no caso 3.3.3. Tabela 4. 61 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.3 do problema 1. 170,000 DADOS OTIMIZADOS 20,000 $438.600,00 $51.600,00 88,24% $1.910.395,40 $858.434,80 55,07% $124.549,03 $2.034.944,43 $61.922,71 $920.357,51 50,28% 54,77% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 88,24% Caso 3.3.4 - Modelo 7, sem limitar a concentração na entrada do regenerador Neste caso estudou-se a minimização do custo total anual da rede de água proposta pelo problema 1 com a adição de um regenerador (“stripper”), sem limitar a concentração na entrada do mesmo, através da aplicação do Modelo 7. Obteve-se o mínimo custo total anual de US$ 920.357,51 conforme apresenta a Tabela 4.62. O resultado com reciclo foi o mesmo encontrado para a rede sem reciclo. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 116 Tabela 4. 62 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.4 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 20,000 52,632 OP 3 18,947 21,053 OP 4 5,714 4,286 - RG 1 30,132 33,553 10,000 - A mínimo custo total obtido para este caso foi o mesmo encontrado para o caso 3.3.3, porém este último não exige a existência de reciclo. No entanto, as reduções geradas são menores pois a vazão da rede original sem restrição de vazão também é menor. A Tabela 4.63 mostra as reduções atingidas no caso 3.3.4. Tabela 4. 63 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.4 do problema 1. 112,500 DADOS OTIMIZADOS 20,000 $290.250,00 $51.600,00 82,22% $1.264.232,25 $858.434,80 32,10% $93.289,52 $1.357.521,77 $61.922,71 $920.357,51 33,62% 32,20% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 82,22% Caso 3.3.5 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, sem reciclo, sem atualizar parâmetros Estudou-se a minimização do custo total do caso 3 com limite de concentração na entrada do regenerador igual a 100ppm, aplicando-se o Modelo 4 sem reciclo e sem atualizar parâmetros das correntes de reuso. Chega-se ao valor de US$ 1.197.073,00 utilizando a configuração apresentada na Tabela 4.64. Tabela 4. 64 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.5 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 2,429 20,000 3,286 74,286 OP 3 20,000 20,000 - OP 4 5,714 4,286 - RG 1 74,286 - Conforme mostra a Tabela 4.65, a solução ótima encontrada no caso 3.3.5 gera uma redução de 41,17% no custo total anual da rede originalmente proposta. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 117 Tabela 4. 65 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.5 do problema 1. 170,000 DADOS OTIMIZADOS 42,429 $438.600,00 $109.466,82 75,04% $1.910.395,40 $1.115.660,58 41,60% $124.549,03 $2.034.944,43 $81.412,42 $1.197.073,00 34,63% 41,17% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 75,04% Caso 3.3.6 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, sem reciclo, atualizando parâmetros Este caso trata o problema definido pelo caso 3.3 com auxílio do Modelo 4, sem reciclo e atualizando parâmetros das correntes de reuso. O mínimo custo total anual obtido foi US$ 1.163.636,54 e a configuração resultante é apresentada na Tabela 4.66. Tabela 4. 66 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.6 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 10,172 20,000 69,828 OP 3 12,786 27,214 - OP 4 5,506 4,494 - RG 1 67,280 2,548 - Não é possível afirmar que a solução obtida é ótima, pois a atualização dos parâmetros das correntes de reuso gera restrições não lineares. A Tabela 4.67 mostra as reduções obtidas pelo caso 3.3.6. Tabela 4. 67 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.6 do problema 1. 170,000 DADOS OTIMIZADOS 42,958 $438.600,00 $110.831,64 74,73% $1.910.395,40 $1.083.266,48 43,30% $124.549,03 $2.034.944,43 $80.370,06 $1.163.636,54 35,47% 42,82% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 74,73% CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 118 Caso 3.3.7 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, com reciclo O caso 3 limitando a concentração do contaminante na entrada do regenerador em 100 ppm foi estudado objetivando o mínimo custo total anual aplicando o Modelo 4 com reciclo. Obteve-se o mesmo resultado resolvendo o problema com e sem a atualização dos parâmetros das correntes de reuso. A Tabela 4.68 apresenta a solução encontrada para o mínimo valor da função objetivo, sendo igual a US$ 989.022,69. Tabela 4. 68 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.7 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 5,714 20,000 27,669 46,617 OP 3 20,000 20,000 - OP 4 5,714 4,286 - RG 1 46,617 - As reduções obtidas da solução do caso 3.3.7 estão mostradas na Tabela 4.69. Tabela 4. 69 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.7 do problema 1. 170,000 DADOS OTIMIZADOS 45,714 $438.600,00 $117.942,12 73,11% $1.910.395,40 $914.622,76 52,12% $124.549,03 $2.034.944,43 $74.399,93 $989.022,69 40,26% 51,40% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 73,11% Caso 3.3.8 - Modelo 7, limitando a concentração na entrada do regenerador O Modelo 7 sem reciclo foi aplicado ao caso 3 com limite de 100 ppm na concentração do contaminante na entrada do regenerador objetivando o mínimo custo total anual. Obteve-se o valor mínimo de US$ 989.022,69 por ano. A Tabela 4.70 apresenta a configuração da solução encontrada. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 119 Tabela 4. 70 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.8 do problema 1. t/h Fonte de água 1 OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 RG 1 OP 1 20,000 - OP 2 5,714 20,000 46,617 OP 3 20,000 20,000 - OP 4 5,714 4,234 - RG 1 46,617 - As reduções obtidas da solução do caso 3.3.8 estão mostradas na Tabela 4.71. Tabela 4. 71 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.8 do problema 1. 112,500 DADOS OTIMIZADOS 45,714 $290.250,00 $117.942,12 59,37% $1.264.232,25 $914.622,76 27,65% $93.289,52 $1.357.521,77 $74.399,93 $989.022,69 20,25% 27,14% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 59,37% A Figura 4.11 apresenta um gráfico comparativo dos custos totais obtidos para a rede do caso 3.3 com restrição de vazão. Pelo gráfico é possível perceber que se obteve melhores resultados para os casos onde não houve limitação na concentração de entrada do regenerador, com exceção do caso onde havia a possibilidade de reciclo. Os custos totais das redes apresentadas no caso 3.3, sem restrição de vazão são apresentados na Figura 4.12. A economia obtida com relação a rede atual para o caso onde o processo regenerativo não limitava a concentração de entrada foi de US$ 437.164,26. Já para o caso com limite de concentração na entrada do regenerador, a redução obtida foi de US$ 368.487,08. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 120 CASO 3.3 - PROBLEMA 1 (Vazão fixa) Custo total ($/ano) $2.500.000 Atual, com vazão fixa Modelo 4, limitando o regenerador, sem reciclo, sem atualizar parâmetros Modelo 4, limitando o regenerador, sem reciclo, atualizando parâmetros Modelo 4, sem limitar o regenerador, sem reciclo, sem atualizar parâmetros Modelo 4, sem limitar o regenerador, sem reciclo, atualizando parâmetros Modelo 4, limitando o regenerador, com reciclo Modelo 4, sem limitar o regenerador, com reciclo $2.034.944,43 $2.000.000 $1.500.000 $1.197.073,00 $1.163.636,54 $1.135.064,89 $1.100.633,93 $989.022,69 $920.357,51 $1.000.000 $500.000 $0 Figura 4. 11 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 3.3, minimizando o custo total em redes com operações que requerem vazões fixas. CASO 3.3 - PROBLEMA 1 (Vazão variável) Atual, com vazão variável Modelo 7, limitando o regenerador $1.357.521,77 Modelo 7, sem limitar o regenerador $1.400.000 $989.034,69 $920.357,51 Custo total ($/ano) $1.200.000 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 12 – Comparação dos resultados obtidos para o caso 3.3, minimizando o custo total em redes com operações que permitem vazões variáveis. A Tabela 4.72 apresenta um quadro geral dos resultados obtidos para o problema 1, para as redes que requerem vazões fixas. Os valores em negrito representam o que foi otimizado, ou seja, para o caso em questão usou-se como função objetivo o parâmetro que está em negrito. Os valores em vermelho reapresentam os mínimos de cada objetivo considerando todas as opções de redes. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 121 Tabela 4. 72 – Quadro comparativo das soluções do problema 1 obtidas para as redes de água que requerem vazões fixas. CASO VAZÃO (t/h) CUSTO COM ÁGUA ($/ano) CUSTO INVESTIMENTO OPERACIONAL ($/ano) ($/ano) CUSTO TOTAL ($/ano) MÉDIA DAS REDUÇÕES Atual 170,000 $438.600,00 $1.910.395,40 $124.549,03 $2.034.944,43 - caso 1.1 caso 1.2 caso 1.3 116,250 90,000 111,429 $299.925,00 $232.200,00 $287.486,82 $1.306.373,33 $1.011.385,80 $1.252.196,76 $95.455,55 $79.798,71 $92.666,95 $1.401.828,87 $1.091.184,51 $1.344.863,71 29,86% 44,70% 32,57% caso 2.1.1 caso 2.1.2 caso 2.1.3 125,376 113,333 124,562 $78.787,11 $75.680,02 $78.577,00 $1.164.248,34 $1.056.877,53 $1.156.987,46 $100.641,51 $93.772,75 $100.183,46 $1.264.889,85 $1.150.650,28 $1.257.170,91 40,88% 45,78% 41,21% caso 2.2.1 caso 2.2.2 caso 2.2.3 118,710 90,000 117,778 $123.507,18 $232.200,00 $118.107,24 $1.151.253,25 $1.011.385,80 $1.137.784,41 $96.865,08 $79.798,71 $96.332,10 $1.248.118,33 $1.091.184,51 $1.234.116,51 40,53% 44,70% 41,25% caso 3.1.1 caso 3.1.3 caso 3.1.4 caso 3.1.5 20,000 37,000 35,855 35,553 $51.600,00 $95.460,00 $92.505,90 $91.726,74 $1.071.671,80 $1.447.791,94 $1.517.871,87 $1.536.304,90 $69.594,35 $90.776,11 $92.509,93 $92.954,10 $1.141.266,15 $1.538.568,05 $1.610.381,80 $1.629.259,00 61,68% 46,44% 44,99% 44,61% caso 3.2.1 caso 3.2.3 caso 3.2.4 caso 3.2.5 20,000 42,429 45,714 42,958 $51.600,00 $109.465,79 $117.942,12 $110.831,64 $858.434,80 $1.115.653,50 $914.622,76 $1.083.266,48 $61.922,71 $81.412,02 $74.399,93 $80.370,06 $920.357,51 $1.197.065,52 $989.022,69 $1.163.636,54 67,32% 53,50% 58,00% 54,21% caso 3.3.1 caso 3.3.2 caso 3.3.3 caso 3.3.5 caso 3.3.6 caso 3.3.7 20,000 20,000 20,000 42,429 42,958 45,714 $51.600,00 $51.600,00 $51.600,00 $109.466,82 $110.831,64 $117.942,12 $1.065.677,60 $1.032.404,20 $858.434,80 $1.115.660,58 $1.083.266,48 $914.622,76 $69.387,29 $68.229,73 $61.922,71 $81.412,42 $80.370,06 $74.399,93 $1.135.064,89 $1.100.633,93 $920.357,51 $1.197.073,00 $1.163.636,54 $989.022,69 61,84% 62,71% 67,32% 53,50% 54,21% 58,00% Como o uso de um processo regenerativo da segunda categoria sem restrições parece não ser muito apropriado, analisaram-se também os mínimos excluindo os casos onde o regenerador não é limitado (valores em azul). Pode-se observar que os valores mínimos encontrados para cada um dos parâmetros analisados (vazão e custos) sempre estão presentes nos casos em que os mesmos foram minimizados, ou seja, as soluções são ou não as melhores dependendo do critério analisado. Entretanto, também é possível perceber que a minimização do custo operacional e a minimização do custo total mostraram-se coincidentes na detecção das melhores soluções. Como o presente trabalho busca um estudo global do reuso de água, nenhum critério específico (como limitação na captação de água, corte de custos, etc) está sendo levado em consideração para determinar a melhor rede. Para poder selecionar CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 122 uma delas e continuar a discussão, optou-se por criar um fator que leva em consideração as reduções obtidas em cada parâmetro. A Tabela 4.72 também mostra a média das reduções do problema 1, para cada caso. Para ilustrar melhor o estudo, estas serão consideradas as melhores redes. Uma das melhores configurações (caso 3.2.1) obtidas para as redes de água do problema 1 com restrição de vazão, considerando todos os casos, está apresentada na Figura 4.13 através de um desenho esquemático. Figura 4. 13 – Desenho esquemático da configuração escolhida para representar a rede de água com operações que requerem vazão fixa e processo regenerativo sem limite de concentração na entrada. Como esse resultado foi obtido para redes com reciclo tanto atualizando como não atualizando os parâmetros das correntes de reuso, pode-se garantir a otimalidade do modelo apenas tratando-o com parâmetros das correntes fixos. Para o modelo com atualização, a otimalidade só é garantida aplicando-se os critérios pertinentes. A Figura 4.14 mostra um desenho esquemático de uma das melhores redes de água encontrada (caso 3.3.7) excluindo as opções onde não havia limitação de concentração na entrada do regenerador. Figura 4. 14 – Desenho esquemático da configuração escolhida para representar a rede de água com operações que requerem vazão fixa e processo regenerativo com limite de concentração na entrada. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 123 A Tabela 4.73 mostra a comparação das soluções obtidas para o problema 1 com operações que permitem vazões variáveis. Os valores em vermelho mostram os mínimos valores obtidos para cada parâmetro considerando todos os casos. Os valores em azul representam os melhores resultados, excluindo os casos onde a concentração de entrada do regenerador não foi limitada. Tabela 4. 73 – Quadro comparativo das soluções do problema 1 obtidas para as redes de água que permitem vazões variáveis. CASO VAZÃO (t/h) CUSTO COM ÁGUA ($/ano) CUSTO OPERACIONAL ($/ano) INVESTIMENTO ($/ano) CUSTO TOTAL ($/ano) MÉDIA DAS REDUÇÕES Atual 112,500 $290.250,00 $1.264.232,25 $93.289,52 $1.357.521,77 - caso 1.4 90,000 $232.200,00 $1.011.385,80 $79.798,71 $1.091.184,51 18,82% caso 2.1.4 113,334 $75.680,17 $1.056.882,88 $93.773,10 $1.150.655,97 20,86% caso 2.2.4 90,000 $232.200,00 $1.011.385,80 $79.798,71 $1.091.184,51 18,82% caso 3.1.2 caso 3.1.6 caso 3.1.7 20,000 36,223 35,553 $51.600,00 $93.455,34 $91.726,74 $908.306,20 $1.495.338,71 $1.536.304,90 $63.778,64 $91.960,04 $92.954,10 $972.084,84 $1.587.298,75 $1.629.259,00 50,52% 20,36% 19,12% caso 3.2.2 caso 3.2.6 20,000 45,714 $51.600,00 $117.942,12 $858.443,40 $914.622,76 $61.923,04 $74.399,93 $920.366,44 $989.022,69 52,47% 38,76% caso 3.3.4 caso 3.3.8 20,000 45,714 $51.600,00 $117.942,12 $858.434,80 $914.622,76 $61.922,71 $74.399,93 $920.357,51 $989.022,69 52,47% 38,76% Analisando a Média das reduções, na Tabela 4.73, pode-se perceber que o critério utilizado pelo presente trabalho conclui que as melhores redes são as obtidas pela minimização dos custos operacional e total. A Figura 4.15 apresenta um desenho esquemático da melhor solução obtida (caso 3.3.4), considerando todas as opções de rede. Figura 4. 15 – Desenho esquemático da configuração escolhida para representar a rede de água com operações que permitem vazões variáveis e processo regenerativo sem limite de concentração na entrada. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 124 Para ilustrar a melhor solução para o problema 1, excluindo as redes sem limitar os processos regenerativos, fez-se um desenho esquemático da rede do caso 3.3.8, ilustrado na Figura 4.16. Figura 4. 16 – Desenho esquemático da configuração escolhida para representar a rede de água com operações que permitem vazões variáveis e processo regenerativo com limite de concentração na entrada. Alguns resultados encontrados na literatura e os correspondentes obtidos no presente trabalho estão apresentados na Tabela 4.74. Em todos os casos da literatura, o problema focou a minimização do consumo de água. Nos problemas de múltiplas fontes e com regeneração, considerou-se operações com vazões variáveis. Tabela 4. 74 – Comparação dos resultados encontrados neste trabalho com os resultados da literatura. Sem Com Múltiplas fontes de Com Com Referência restrição restrição água regeneração, regeneração, de vazão de vazão sem reciclo com reciclo Fonte 1 Fonte 2 Resultados 93,333 * encontrados 90 t/h 90 t/h 20 t/h * t/h neste trabalho WANG e SMITH 90 t/h (1994) WANG e SMITH 90 t/h 90 t/h 20 t/h 93,4 t/h (1995) SAVELSKI e BAGAJEWICZ 90 t/h (2000) GOMES (2002) 90 t/h 90 t/h 20 t/h 93,4 t/h * Considerou-se o menor consumo obtido no caso 2.1. ** Considerou-se sem limite da concentração de entrada. ** ** 20 t/h 20 t/h - - - - - - 51 t/h 20 t/h Como este trabalho não minimiza o consumo de água no caso de múltiplas fontes e os resultados obtidos focam a minimização do consumo da fonte de água 2, apresentou-se como resultado a mínima vazão encontrada nas soluções do problema minimizando o custo com água. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 125 Como o trabalho de GOMES (2002) não impõe restrições para a concentração de entrada no regenerador, considerou-se o mesmo caso ao apresentar os resultados obtidos por este trabalho no reuso com regeneração. 4.2. PROBLEMA 2 (WANG E SMITH, 1994) O problema 2 aborda o trabalho estudado por WANG e SMITH (1994 – exemplo 2), onde a rede de água a ser otimizada é multicontaminante (dois contaminantes) e constituída por duas operações que usam água. A Tabela 4.75 mostra os dados das operações envolvidas na rede de água do problema 2. Tabela 4. 75 – Dados das operações da rede de água do problema 2. Operação Vazão (t/h) 1 40 2 35 Contaminante A B A B Cj, max, entrada (ppm) 0 25 80 30 Cj, max, saída (ppm) 100 75 240 90 ∆m j (Kg/h) 4 2 5,6 2,1 Da mesma maneira que no problema 1, o problema 2 é separado em diferentes casos e subcasos para que possa ser abordado com diferentes características estruturais e diferentes objetivos. CASO 1 No caso 1, existe somente uma fonte de água isenta de contaminantes, ou seja, a concentração tanto do contaminante A quanto do contaminante B são iguais a 0 ppm. O objetivo deste caso é apenas a minimização da vazão, ou seja, atingir um mínimo consumo de água e, conseqüentemente, a mínima geração de efluentes. A vazão do sistema de água estudado, sem nenhum reuso, é de 75 t/h quando usa-se a hipótese de que as operações requerem vazões fixas; e 63,333 t/h para a rede com vazões das operações variáveis (Tabela 4.76). Tabela 4. 76 –Vazões mínimas requeridas pelas operações e da rede de água sem reuso. Operação 1 2 REDE Mínima vazão (t/h) 40,000 23,333 63,333 CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 126 Caso 1.1 - Modelo 1 Primeiramente resolveu-se o problema com vazão fixa nas operações através do modelo 1, aplicando uma ferramenta de PL. O resultado obtido permitindo a existência de reciclo foi o mesmo encontrado para a rede sem reciclo, e apresentou uma vazão ótima de 61,000 t/h. A configuração de envio das correntes correspondente ao resultado obtido está apresentada na Tabela 4.77. Tabela 4. 77 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.1 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 1 40,000 - Operação 2 21,000 14,000 - A redução obtida através da resolução do problema no caso 1.1 está apresentada na Tabela 4.78. Tabela 4. 78 – Reduções obtidas pelo caso 1.1 do problema 2. Vazão (t/h) DADOS ATUAIS 75,000 DADOS OTIMIZADOS 61,000 REDUÇÃO (%) 18,67% Caso 1.2 - Modelo 2 Ao estudar o problema 2, usando as características expostas no caso 1, através da aplicação do Modelo 2, obteve-se como a mínima vazão 54,000 t/h, tanto para redes com reciclo quanto para redes sem reciclo. Para alcançar este valor é necessário configurar o sistema de água em questão de acordo com os valores apresentados na Tabela 4.79. Tabela 4. 79 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.2 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 1 40,000 - Operação 2 14,000 21,000 - O resultado alcançado na aplicação do Modelo 2 para o caso 1 do problema 2 é apresentado na Tabela 4.80 e apresenta uma redução de 28,00% em relação a vazão originalmente utilizada considerando as operações requerendo vazão fixas. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 127 Como o Modelo 2 possui restrições não lineares, não é possível garantir a otimalidade da solução proposta. Tabela 4. 80 – Reduções obtidas pelo caso 1.2 do problema 2. DADOS ATUAIS 75,000 Vazão (t/h) DADOS OTIMIZADOS 54,000 REDUÇÃO (%) 28,00% Caso 1.3 - Modelo 6 No caso 1.3 do problema 2, usou-se o Modelo 6 para determinar a configuração que apresenta o menor consumo de água. A aplicação deste modelo obteve a vazão mínima de 54,000 t/h. A Tabela 4.81 mostra a configuração obtida para a solução encontrada no caso 1.3 do problema 2. O Modelo 6 permite variações nas vazões das operações; no entanto o mínimo consumo se deu nos limites máximos de vazão. Tabela 4. 81 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.3 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 1 40,000 - Operação 2 14,000 21,000 - A redução atingida pelo Modelo 6 para o caso 1 do problema 2 está apresentada na Tabela 4.82. Apesar de não se ter garantia de ser a maior redução possível para a rede, a solução mostrou um resultado bastante satisfatório. Tabela 4. 82 – Reduções obtidas pelo caso 1.3 do problema 2. Vazão (t/h) DADOS ATUAIS 63,333 DADOS OTIMIZADOS 54,000 REDUÇÃO (%) 14,74% A Figura 4.17 mostra a comparação dos resultados obtidos no caso 1 do problema 2, em redes com restrição de vazão. Pelo gráfico é possível perceber uma redução significativa resolvendo o problema com atualização dos parâmetros das correntes de reuso. Esta característica torna-se mais acentuada neste caso pois existem somente duas operações na rede, ou seja, tem-se um número muito reduzido de possibilidades de reuso. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 128 CASO 1 - PROBLEMA 2 (Vazão fixa) 75,000 80 70 61,000 60 Vazão (t/h) Atual, com vazão fixa Modelo 1 Modelo 2 54,000 50 40 30 20 10 0 Figura 4. 17 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 1 do problema 2 com operações que requerem vazões fixas. A comparação das soluções encontradas para as redes do caso 1 do problema 2 sem restrição de vazão está apresentada na Figura 4.18. A mínima vazão encontrada tanto nas redes com vazões fixas quanto nas redes com vazões variáveis foi de 54 t/h. Em ambos os casos a solução foi obtida através de um modelo de PNL, o que não garante a otimalidade da solução. Entretanto, o fato de existir somente duas operações facilita uma análise da solução que leve à conclusão de ter-se encontrado a solução ótima. Como a operação 1 precisa, necessariamente, ser abastecida pela água da fonte, o mínimo consumo irá ocorrer quando minimizar a quantidade de água da fonte 1 consumida pela operação 2 através da maximização do reuso de água da operação 1 para a operação 2. Sendo a operação 1 abastecida por água isenta de ambos os contaminantes, a concentração de saída sempre será igual ao delta de concentração de cada contaminante (100 ppm de A e 50 ppm de B). O máximo reuso ocorrerá quando o ponto de mistura da operação 2 for igual ao limite imposto pela mesma (80 ppm de A e 30 ppm de B). Calculando a vazão limite para os dois contaminantes, encontra-se que o contaminante A limita a vazão de reuso em 28 t/h e o contaminante B em 21 t/h, ou seja, B é o contaminante limitante da rede e a CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 129 máxima vazão de reuso é igual a 21 t/h. O restante (14 t/h) deve ser abastecido pela água da fonte 1. CASO 1 - PROBLEMA 2 (Vazão variável) 63,300 70 Atual, com vazão variável 54,000 60 Modelo 6 Vazão (t/h) 50 40 30 20 10 0 Figura 4. 18 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 1 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis. CASO 2 O caso 2 do problema 2 baseia-se no caso estudado por GOMES (2002). Ele aborda o problema original com a adição de mais uma fonte de água. A nova característica implica na avaliação do problema em termos econômicos, já que a solução para o menor consumo sempre irá convergir para o uso da fonte de água menos contaminada. A Tabela 4.83 mostra a composição das fontes de água e seus respectivos custos. Tabela 4. 83 – Dados das fontes de água usadas no caso 2 do problema 2. Fonte de água 1 2 Contaminante A B A B Cj (ppm) 0 0 25 25 Custo (US$/t) 0,3 0,03 Os demais dados econômicos usados aqui foram os mesmos do caso 2 do problema 1 (Tabela 4.12). Dividiu-se o caso 2 em dois subcasos, onde o primeiro CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 130 foca a minimização do custo anual com água, e o segundo a minimização do custo operacional anual. Caso 2.1 – Objetivando o mínimo custo com água No caso 2.1 do problema 2 usa-se uma função objetivo que minimiza o custo anual com água. Caso 2.1.1 – Modelo 1 O caso 2.1.1 resolve o problema 2 através do Modelo 1. O resultado encontrado foi de US$ 111.327,00 por ano, o mesmo com e sem reciclo. A Tabela 4.84 apresenta a configuração do sistema de água para a solução ótima. Tabela 4. 84 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.1 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 1 40,000 - Operação 2 31,500 3,500 - A Tabela 4.85 mostra as reduções alcançadas pelo caso 2.1.1 do problema 2. Esta redução representa o valor ótimo quando os parâmetros das correntes de reuso permanecem fixos. Tabela 4. 85 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.1 do problema 2. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 75,000 DADOS OTIMIZADOS 71,500 40,000 31,500 REDUÇÃO (%) 4,67% $193.500,00 $111.327,00 42,47% $842.821,50 $730.346,83 13,35% $70.237,49 $913.058,99 $67.926,67 $798.273,50 3,29% 12,57% Caso 2.1.2 – Modelo 2 O Modelo 2 foi aplicado ao problema 2 e gerou um resultado de US$ 110.424,00 por ano no custo com água. Obteve-se resultados iguais para redes com e sem reciclo. A solução da rede é apresentada na Tabela 4.86. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 131 Tabela 4. 86 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.2 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 1 40,000 - Operação 2 28,000 7,000 - As reduções obtidas pelo caso 2.1.2 do problema 2 estão apresentadas na Tabela 4.87. A solução encontrada só terá garantia de ser ótima se forem aplicados os critérios de otimalidade. Tabela 4. 87 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.2 do problema 2. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 75,000 DADOS OTIMIZADOS 68,000 40,000 28,000 REDUÇÃO (%) 9,33% $193.500,00 $110.424,00 42,93% $842.821,50 $699.142,16 17,05% $70.237,49 $913.058,99 $65.581,65 $764.723,81 6,63% 16,25% Caso 2.1.3 – Modelo 6 Aplicou-se o Modelo 6 ao problema 2 gerando um mínimo custo anual com água de US$ 110.424,00. A configuração correspondente a rede de mínimo custo está apresentada pela Tabela 4.88. Tabela 4. 88 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.3 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 1 40,000 - Operação 2 28,000 7,000 - As reduções obtidas pelo caso 2.1.3 do problema 2 estão apresentadas na Tabela 4.89. Pode-se perceber que, com a minimização do custo com água, houve um aumento da vazão consumida pela rede de vazões variáveis. Isto ocorre pelo fato de o custo com a água da fonte 2 ser suficientemente menor para compensar seu adicional de contaminação. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 132 Tabela 4. 89 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.3 do problema 2. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) 63,333 Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS OTIMIZADOS 68,000 40,000 28,000 REDUÇÃO (%) -7,37% $163.399,14 $110.424,00 32,42% $711.712,19 $699.142,16 1,77% $62.397,49 $774.109,68 $65.581,65 $764.723,81 -5,10% 1,21% Os resultados das redes objetivando o mínimo custo com água estão mostrados na Figura 4.19. É possível perceber que neste caso, ao contrário do caso 1, a utilização do modelo com atualização dos parâmetros das correntes não representou redução significativa na solução. Isto pode ser explicado pelo baixo reuso, ou seja, quanto mais baixa for a vazão de reuso, menor será a influência da atualização dos parâmetros das correntes de reuso. CASO 2.1 - PROBLEMA 2 (Vazão fixa) $193.500,00 Atual, com vazão fixa Modelo 1 Modelo 2 Custo com água ($/ano) $200.000 $180.000 $160.000 $111.327,00 $110.424,00 $140.000 $120.000 $100.000 $80.000 $60.000 $40.000 $20.000 $0 Figura 4. 19 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo anual de água em redes do caso 2.1 do problema 2 com operações que requerem vazões fixas. A Figura 4.20 mostra um gráfico comparativo entre o custo com água da rede sem restrição de vazão, do caso 2.1 do problema 2, atualmente utilizada e o custo CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 133 obtido através da otimização da mesma. Novamente o valor obtido foi o mesmo que ao considerar operações com vazões fixas e as vazões deste problema permaneceram nos valores máximos. CASO 2.1 - PROBLEMA 2 (Vazão variável) Atual, com vazão variável Modelo 6 $163.399,14 Custo com água ($/ano) $180.000 $110.424,00 $160.000 $140.000 $120.000 $100.000 $80.000 $60.000 $40.000 $20.000 $0 Figura 4. 20 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo anual de água em redes do caso 2.1 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis. Caso 2.2 – Objetivando o mínimo custo operacional O objetivo dos subcasos do caso 2.2 é minimizar o custo operacional anual da rede do problema 2 caracterizada pelo caso 2. Caso 2.2.1 – Modelo 1 No estudo proposto pelo caso 2.2.1, usou-se o Modelo 1 para encontrar uma solução para o problema 2 com duas fontes de água. O mínimo custo operacional anual obtido foi US$ 685.494,82 e a configuração correspondente está apresentada na Tabela 4.90. Não houve alteração nos resultados obtidos com e sem reciclo entre nas operações. Tabela 4. 90 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.1 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 1 40,000 - Operação 2 21,000 14,000 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 134 A Tabela 4.91 mostra as reduções encontradas ao resolver o problema 2 pelo método do caso 2.2.1. Estes valores apresentam garantia de otimalidade nos casos onde os parâmetros das correntes de reuso são fixos. Tabela 4. 91 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.1 do problema 2. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 75,000 DADOS OTIMIZADOS 61,000 0,000 61,000 REDUÇÃO (%) 18,67% $193.500,00 $157.380,00 18,67% $842.821,50 $685.494,82 18,67% $70.237,49 $913.058,99 $60.779,48 $746.274,30 13,47% 18,27% Caso 2.2.2 – Modelo 2 Atingiu-se o mínimo custo operacional anual de US$ 606.831,48 usando o Modelo 2. A configuração da rede de água proposta pelo modelo está apresentada na Tabela 4.92. Tabela 4. 92 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.2 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 1 40,000 - Operação 2 14,000 21,000 - As reduções obtidas pelo caso 2.2.2 do problema 2 estão apresentadas na Tabela 4.93. Apesar de não ser possível garantir a otimalidade da solução encontrada, percebe-se que o uso do Modelo 2 (atualização dos parâmetros) gerou uma redução significativa quando comparada com o Modelo 1 (sem atualização dos parâmetros). Tabela 4. 93 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.2 do problema 2. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 75,000 DADOS OTIMIZADOS 54,000 54,000 0,000 REDUÇÃO (%) 28,00% $193.500,00 $139.320,00 28,00% $842.821,50 $606.831,48 28,00% $70.237,49 $913.058,99 $55.808,68 $662.640,16 20,54% 27,43% CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 135 Caso 2.2.3 – Modelo 6 Através do Modelo 6 obteve-se o mínimo custo operacional anual de US$ 606.831,48. A configuração da rede de água proposta está apresentada na Tabela 4.94. Tabela 4. 94 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.3 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 1 40,000 - Operação 2 14,000 21,000 - As reduções obtidas pelo caso 2.2.3 do problema 2 estão apresentadas na Tabela 4.95. Tabela 4. 95 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.3 do problema 2. DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 63,333 DADOS OTIMIZADOS 54,000 54,000 0,000 REDUÇÃO (%) 14,74% $163.399,14 $139.320,00 14,74% $711.712,19 $606.831,48 14,74% $62.397,49 $774.109,68 $55.808,68 $662.640,16 10,56% 14,40% Uma comparação dos resultados obtidos pelo caso 2.2 do problema 2 com restrição de vazão é apresentada na Figura 4.21. A Figura 4.22 apresenta uma comparação do resultado obtido pela otimização do custo operacional das redes do caso 2.2 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis e o custo operacional da rede atual. Analisando os resultados do caso 2.2, de maneira global, é possível perceber que as soluções encontradas não usam água da fonte 2 e são iguais às do caso 1, ou seja, o mínimo custo operacional ocorre em redes com a presença exclusiva da fonte isenta de contaminantes e quando este consumo é minimizado. Estes resultados levam à conclusão de que a redução dos custos com água obtida pelo uso de água da fonte 2 não é suficiente para suprir os gastos com o tratamento final do adicional de efluentes, gerado pelo uso de uma fonte com maior grau de contaminação. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 136 CASO 2.2 - PROBLEMA 2 (Vazão fixa) $842.821,50 $685.494,82 $900.000 Custo operacional ($/ano) Atual, com vazão fixa Modelo 1 Modelo 2 $606.831,48 $800.000 $700.000 $600.000 $500.000 $400.000 $300.000 $200.000 $100.000 $0 Figura 4. 21 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual de água em redes do caso 2.2 do problema 2 com operações que requerem vazões fixas. CASO 2.2 - PROBLEMA 2 (Vazão variável) $711.712,19 Atual, com vazão variável Modelo 6 $606.831,48 Custo operacional ($/ano) $800.000 $700.000 $600.000 $500.000 $400.000 $300.000 $200.000 $100.000 $0 Figura 4. 22 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual de água em redes do caso 2.2 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 137 CASO 3 O caso 3 aborda o problema 2 usando as características colocadas por (GOMES, 2002), onde se tem uma fonte de água (do caso 1) e um processo regenerativo da segunda categoria. A concentração de saída do regenerador é 5ppm do contaminante A e 5ppm do contaminante B. Os dados econômicos do processo regenerativo são os mesmos usados no problema 1 (Tabela 4.29), e os demais dados econômicos adicionais estão apresentados na Tabela 4.12. Na definição do problema, discutidos por GOMES (2002), não existem restrições para as concentrações dos contaminantes na entrada do regenerador. Entretanto, da mesma maneira que no problema 1, a metodologia usada pelo autor converge a solução para limites nas concentrações de entrada (100ppm de A e 50ppm de B). Neste trabalho serão abordados tanto os casos sem limite na concentração de entrada, quanto com limite, sendo ele definido pelo valor indicado na solução de GOMES (2002). Caso 3.1 - Objetivando o mínimo consumo de água Objetiva-se neste caso o mínimo consumo de água para a rede de água do problema 2 apresentando as características descritas no caso 3. Caso 3.1.1 - Modelo 4, sem atualizar parâmetros Estudou-se o caso 3.1 do problema 2 utilizando-se do Modelo 4, sem atualizar os parâmetros das correntes de reuso. A mínima vazão obtida foi 61,000 t/h e a configuração da rede de água obtida neste caso está apresentada na Tabela 4.96. Tabela 4. 96 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.1 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Regenerador 1 Operação 1 40,000 - Operação 2 21,000 14,000 - Regenerador 1 - A Tabela 4.97 mostra as reduções geradas pelo caso 3.1.1. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 138 Tabela 4. 97 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.1 do problema 2. 75,000 DADOS OTIMIZADOS 61,000 $193.500,00 $157.380,00 18,67% $842.821,50 $685.494,82 18,67% $70.237,49 $913.058,99 $60.779,48 $746.274,30 13,47% 18,27% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 18,67% Caso 3.1.2 - Modelo 4, atualizando parâmetros O estudo do caso 3.1 do problema 2 utlizando-se o Modelo 4 com atualização do parâmetros das correntes de reuso está apresentado no caso 3.1.2. A mínima vazão obtida foi 40,000 t/h e apresentou o mesmo resultado em todas as possibilidades de aplicação do Modelo 4 (com e sem reuso, e limitando ou não a concentração de entrada do regenerador). A Tabela 4.98 mostra a configuração da rede de água obtida neste caso. Tabela 4. 98 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.2 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Regenerador 1 Operação 1 40,000 - Operação 2 19,444 15,556 Regenerador 1 15,556 - Como pode-se observar na Tabela 4.99, a solução do problema 2 pelo caso 3.1.2 gerou uma redução de 46,67% na vazão. Tabela 4. 99 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.2 do problema 2. 75,000 DADOS OTIMIZADOS 40,000 $193.500,00 $103.200,00 46,67% $842.821,50 $583.286,40 30,79% $70.237,49 $913.058,99 $56.706,29 $639.992,69 19,26% 29,91% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 46,67% CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 139 Caso 3.1.3 - Modelo 7 O Modelo 7 foi aplicado tanto limitando quanto não limitando as concentrações dos contaminantes na entrada do regenerador. O resultado obtido foi o mesmo para os dois casos e estão apresentados na Tabela 4.100. A mínima vazão atingida para o caso 3.1.3 foi de 40,000 t/h. Pode-se perceber que apesar da vazão ser igual à do caso 3.1.2, a operação 2 apresentou uma diminuição na vazão de operação. Tabela 4. 100 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.3 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Regenerador 1 Operação 1 40,000 - Operação 2 18,260 16,113 Regenerador 1 16,113 - Mesmo sem aplicar as condições de otimalidade, neste caso, é possível afirmar que esta é a solução ótima para o caso 3.1.3; isto porque, o consumo encontrado na solução é igual à vazão requerida pela operação 1, a qual exige água isenta de contaminantes (fonte de água 1). As reduções obtidas para o caso 3.1.3 podem ser observadas na Tabela 4.101. Tabela 4. 101 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.3 do problema 2. 63,333 DADOS OTIMIZADOS 40,000 $163.399,14 $103.200,00 36,84% $711.712,19 $588.076,60 17,37% $62.397,49 $774.109,68 $56.992,30 $645.068,90 8,66% 16,67% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 36,84% A Figura 4.23 apresenta uma comparação dos resultados obtidos na minimização do consumo de água para o caso 3.1 do problema 1 com operações que requerem vazões fixas. Observa-se neste caso que a otimização da rede apresentou resultados iguais para as redes com atualização dos parâmetros das correntes. Isto ocorre pois a corrente de reuso da operação 1 sempre que atualizada poderá ser enviada para o CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 140 regenerador, já que, conforme discutido anteriormente, a concentração de saída necessariamente será igual a 100 ppm de A e 50 ppm de B, ou seja, igual ao limite do regenerador. Sendo a saída do regenerador constante e igual a 5 ppm de A e 5 ppm de B, a operação 2 não precisará de água adicional da fonte 1. Para os casos sem atualização, o envio das correntes de reuso para o regenerador é impedido pela concentração do contaminante B. CASO 3.1 - PROBLEMA 2 (Vazão fixa) Atual, com vazão fixa 75,000 80 Modelo 4, atualizando parâmetros 61,000 Modelo 4, sem atualizar parâmetros 70 Vazão (t/h) 60 40,000 50 40 30 20 10 0 Figura 4. 23 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 3.1 do problema 2 com operações que requerem vazões fixas. A comparação das redes sem restrição de vazão do caso 3.1 do problema 2 está apresentada na Figura 4.24, que apresenta as mesmas características já discutidas nas redes do mesmo caso porém com restrição de vazão. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 141 CASO 3.1 - PROBLEMA 2 (Vazão variável) Atual, com vazão variável 63,333 Modelo 7 (sem limitar = limitando) 70 40,000 Vazão (t/h) 60 50 40 30 20 10 0 Figura 4. 24 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 3.1 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis. Caso 3.2 - Objetivando o mínimo custo operacional Este caso objetiva o mínimo custo operacional da rede de água caracterizada no caso 3 do problema 2. Caso 3.2.1 - Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador, sem atualizar parâmetros O Modelo 4 sem atualizar os parâmetros das correntes de reuso foi aplicado no caso 3.2.1 para determinar o mínimo custo operacional da rede de água proposta pelo caso 3 sem limitar a concentração na entrada do regenerador. O resultado obtido está apresentado na Tabela 4.102 e o valor da função objetivo foi US$ 643.004,80 por ano. Tabela 4. 102 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.1 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Regenerador 1 Operação 1 40,000 - Operação 2 12,500 22,500 Regenerador 1 22,482 0,018 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 142 Este resultado representa a solução ótima para redes que apresentam as características descritas anteriormente. A Tabela 4.103 apresenta as reduções obtidas pelo estudo realizado no caso 3.2.1 do problema 2. Tabela 4. 103 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.1 do problema 2. 75,000 DADOS OTIMIZADOS 40,000 $193.500,00 $103.200,00 46,67% $842.821,50 $643.004,80 23,71% $70.237,49 $913.058,99 $60.088,11 $703.092,91 14,45% 23,00% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 46,67% Caso 3.2.2 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, sem atualizar parâmetros Limitando-se as concentrações dos contaminantes na entrada do regenerador em 100 ppm de A e 50 ppm de B no caso 3 do problema 2, aplicou-se o Modelo 4 e obteve-se o custo mínimo (ótimo) anual igual a US$ 685.494,82. A Tabela 4.104 mostra a configuração da rede de água proposta pela solução encontrada. Tabela 4. 104 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.2 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Regenerador 1 Operação 1 40,000 - Operação 2 21,000 14,000 - Regenerador 1 - Comparando-se o resultado deste caso com o anterior, é possível perceber que a limitação da concentração na entrada do regenerador fez com que a melhor opção fosse não usar o processo regenerativo. Isto ocorre pois como não há atualização dos parâmetros das correntes, não é possível enviar nem a corrente da operação 1 (100 ppm de A e 75 ppm de B), nem da operação 2 (240 ppm de A e 90 ppm de B) e nem uma mistura das duas para o regenerador com limitação de 100 ppm de A e 50 ppm de B. As reduções obtidas pelo caso 3.2.2 estão apresentadas na Tabela 4.105. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 143 Tabela 4. 105 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.2 do problema 2. 75,000 DADOS OTIMIZADOS 61,000 $193.500,00 $157.380,00 18,67% $842.821,50 $685.494,82 18,67% $70.237,49 $913.058,99 $60.779,48 $746.274,30 13,47% 18,27% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 18,67% Caso 3.2.3 - Modelo 4, atualizando parâmetros Este caso estudou o caso 3 do problema 2 através da aplicação do Modelo 4, atualizando-se os parâmetros das correntes de reuso. Obteve-se um custo operacional mínimo de US$ 583.286,40 por ano. A Tabela 4.106 mostra a configuração da solução encontrada no caso 3.2.3. Obteve-se o mesmo resultado sem limitar a concentração na entrada do regenerador e limitando em 100 ppm de A e 50 ppm de B. Tabela 4. 106 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.3 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Regenerador 1 Operação 1 40,000 - Operação 2 19,444 15,556 Regenerador 1 15,556 - Como este caso apresenta restrições não lineares, não é possível afirmar que a solução encontrada seja a ótima. Entretanto, como mostra a Tabela 4.107, a redução do custo operacional obtida pelo caso 3.2.3 foi bastante significativa (30,79%). Tabela 4. 107 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.3 do problema 2. 75,000 DADOS OTIMIZADOS 40,000 $193.500,00 $103.200,00 46,67% $842.821,50 $583.286,40 30,79% $70.237,49 $913.058,99 $56.706,29 $639.992,69 19,26% 29,91% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 46,67% CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 144 Caso 3.2.4 - Modelo 7 Neste caso estudou-se o caso 3 do problema 2 através da aplicação do Modelo 7. A solução obtida para o mínimo custo operacional anual foi de US$ 583.286,40 e a configuração da rede correspondente a mesma está apresentada na Tabela 4.108. Obteve-se o mesmo resultando sem limitar a concentração de entrada no regenerador ou limitando em 100 ppm de A e 50 ppm de B. Tabela 4. 108 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.4 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Regenerador 1 Operação 1 40,000 - Operação 2 19,444 15,556 Regenerador 1 15,556 - A Tabela 4.109 mostra as reduções alcançadas resolvendo o problema 2 no caso 3.2.4. Apesar do custo operacional ser o mesmo obtido no caso 3.2.3, a redução é menor pois a rede sem restrição de vazão sem reuso originalmente já apresenta um menor custo operacional. Tabela 4. 109 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.4 do problema 2. 63,333 DADOS OTIMIZADOS 40,000 $163.399,14 $103.200,00 36,84% $711.712,19 $583.286,40 18,04% $62.397,49 $774.109,68 $56.706,29 $639.992,69 9,12% 17,33% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 36,84% Pela Figura 4.25 pode-se comparar os resultados obtidos pela minimização do custo operacional das redes do caso 3.2 do problema 2 com restrição de vazão. Os resultados mostram que quando não há atualização dos parâmetros das correntes e o regenerador é limitado em 100 ppm de A e 50 ppm de B, a configuração da rede indica que não deverá existir processo regenerativo na rede otimizada. Isto ocorre pois sem a atualização, as concentrações das correntes de reuso impedem o envio das mesmas para o regenerador. A Figura 4.26 apresenta uma comparação da rede otimizada do caso 3.2 do problema 2 e a rede atual, ambas sem restrição de vazão. A solução obtida limitando CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 145 a concentração de entrada do regenerador foi igual sem o limite. Isto ocorre pois o Modelo 7 atualiza os parâmetros das correntes. CASO 3.2 - PROBLEMA 2 (Vazão fixa) Atual, com vazão fixa Modelo 4, limitando o regenerador, sem atualizar parâmetros $842.821,50 Modelo 4, sem limitar o regenerador, sem atualizar parâmetros Modelo 4, atualizando parâmetros (sem limitar = limitando) Custo operacional ($/ano) $900.000 $685.494,82 $800.000 $643.004,80 $583.286,40 $700.000 $600.000 $500.000 $400.000 $300.000 $200.000 $100.000 $0 Figura 4. 25 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 3.2 do problema 2 com operações que requerem vazões fixas. CASO 3.2 - PROBLEMA 2 (Vazão variável) $711.712,19 Atual, com vazão variável Modelo 7 (sem limitar = limitando) $583.286,40 Custo operacional ($/ano) $800.000 $700.000 $600.000 $500.000 $400.000 $300.000 $200.000 $100.000 $0 Figura 4. 26 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o operacional anual em redes do caso 3.2 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 146 Caso 3.3 - Objetivando o mínimo custo total No caso 3.3 busca-se o mínimo custo total da rede de água caracterizada no caso 3 do problema 2. O custo total é composto pelo custo operacional (da água, dos regeneradores e do tratamento final) e pelo investimento anual (dos regeneradores e do tratamento final). Caso 3.3.1 - Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador, sem atualizar parâmetros O Modelo 4 sem atualizar os parâmetros das correntes de reuso foi aplicado no caso 3.2.1 para determinar o mínimo custo total da rede de água proposta pelo caso 3 sem limitar a concentração na entrada do regenerador. Obteve-se como resultado o valor de US$ 703.092,91 por ano. A configuração correspondente está apresentada na Tabela 4.110. Tabela 4. 110 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.1 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Regenerador 1 Operação 1 40,000 - Operação 2 12,500 22,500 Regenerador 1 22,482 0,018 - Este resultado representa a solução ótima para redes que apresentam as características descritas anteriormente. A Tabela 4.111 apresenta as reduções obtidas pelo estudo realizado no caso 3.3.1 do problema 2. Tabela 4. 111 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.1 do problema 2. 75,000 DADOS OTIMIZADOS 40,000 $193.500,00 $103.200,00 46,67% $842.821,50 $643.004,80 23,71% $70.237,49 $913.058,99 $60.088,11 $703.092,91 14,45% 23,00% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 46,67% Caso 3.3.2 - Modelo 4, limitado a concentração na entrada do regenerador, sem atualizar parâmetros Neste caso aplica-se o Modelo 4 sem atualizar parâmetros no problema descrito pelo caso 3. A concentração na entrada do regenerador foi limitada em 100 ppm de A e 50 ppm de B. O resultado obtido foi US$ 746.274,30, o mesmo com e CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 147 sem reciclo. A configuração proposta pela solução está apresentada na Tabela 4.112. Tabela 4. 112 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.2 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Regenerador 1 Operação 1 40,000 - Operação 2 21,000 14,000 - Regenerador 1 - Da mesma maneira que no caso anterior, o regenerador não é usado pois a limitação na concentração na entrada do regenerador impede o uso das correntes de reuso quando as mesmas não são atualizadas. A Tabela 4.113 apresenta as reduções obtidas pelo caso 3.3.2. Tabela 4. 113 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.2 do problema 2. 75,000 DADOS OTIMIZADOS 61,000 $193.500,00 $157.380,00 18,67% $842.821,50 $685.494,82 18,67% $70.237,49 $913.058,99 $60.779,48 $746.274,30 13,47% 18,27% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 18,67% Caso 3.3.3 - Modelo 4, atualizando parâmetros Aplicou-se o Modelo 4, atualizando os parâmetros da corrente de reuso e obteve-se o mínimo custo total de US$ 639.992,69 por ano, tanto para rede com reciclo quanto sem reciclo e para regeneradores com e sem limitação da concentração de entrada. A Tabela 4.114 mostra a configuração da rede proposta pelo caso 3.3.3. Tabela 4. 114 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.3 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Regenerador 1 Operação 1 40,000 - Operação 2 19,444 15,556 Regenerador 1 15,556 - A solução encontrada não tem garantia de otimalidade pois o modelo com atualização dos parâmetros das correntes apresenta restrições não lineares. As reduções obtidas pelo caso 3.3.3 estão mostradas na Tabela 4.115. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 148 Tabela 4. 115 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.3 do problema 2. 75,000 DADOS OTIMIZADOS 40,000 $193.500,00 $103.200,00 46,67% $842.821,50 $583.286,40 30,79% $70.237,49 $913.058,99 $56.706,29 $639.992,69 19,26% 29,91% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 46,67% Caso 3.3.4 - Modelo 7 O mínimo custo total anual obtido aplicando o Modelo 7 no caso 3 do problema 2 foi de US$ 639.992,69. A Tabela 4.116 mostra a configuração da rede proposta pelo caso 3.3.4. Tabela 4. 116 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.4 do problema 2. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Regenerador 1 Operação 1 40,000 - Operação 2 19,444 15,556 Regenerador 1 15,556 - A Tabela 4.117 apresenta as reduções obtidas pelo caso 3.3.4. Tabela 4. 117 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.4 do problema 2. 63,333 DADOS OTIMIZADOS 40,000 $163.399,14 $103.200,00 36,84% $711.712,19 $583.286,40 18,04% $62.397,49 $774.109,68 $56.706,29 $639.992,69 9,12% 17,33% DADOS ATUAIS Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual REDUÇÃO (%) 36,84% As comparações do caso 3.3 do problema 2 para operações com e sem restrições de vazão estão apresentadas nas Figuras 4.27 e 4.28, respectivamente. Os resultados para este caso são os mesmos apresentados minimizando o custo operacional (caso 3.2), pois seguem as mesmas características já discutidas anteriormente. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 149 CASO 3.3 - PROBLEMA 2 (Vazão fixa) Atual, com vazão fixa Modelo 4, limitando o regenerador, sem atualizar parâmetros Modelo 4, sem limitar o regenerador, sem atualizar parâmetros Modelo 4, atualizando parâmetros (sem limitar = limitando) $913.058,99 $1.000.000 Custo total ($/ano) $900.000 $746.274,30 $703.092,91 $800.000 $639.992,69 $700.000 $600.000 $500.000 $400.000 $300.000 $200.000 $100.000 $0 Figura 4. 27 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo total anual em redes do caso 3.3 do problema 2 com operações que requerem vazões fixas. CASO 3.3 - PROBLEMA 2 (Vazão variável) Atual, com vazão variável $774.109,68 Modelo 7 (sem limitar = limitando) $639.992,69 Custo total ($/ano) $800.000 $700.000 $600.000 $500.000 $400.000 $300.000 $200.000 $100.000 $0 Figura 4. 28 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo total anual em redes do caso 3.3 do problema 2 com operações que permitem vazões variáveis. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 150 A Tabela 4.128 apresenta os resultados obtidos para o problema 2 com restrição de vazão. Os valores em negrito representam o que foi otimizado, e os valores em vermelho indicam os mínimos valores encontrados para cada parâmetro. Pode-se observar que, com exceção do custo com água, os valores mínimos encontrados para cada um dos parâmetros analisados (vazão e custos) sempre estão presentes nos casos em que os mesmos foram minimizados. No caso do custo com água isto não ocorre, pois a presença do processo regenerativo acarreta em uma redução do consumo de água a qual afeta significativamente o custo da mesma. Além disso, nos casos de atualização dos parâmetros das correntes de reuso, não houve limitação no regenerador, fazendo com que o processo regenerativo pudesse ser interpretado como uma fonte de água com concentração de 5 ppm de A e 5 ppm de B, ou seja, uma segunda fonte com concentração inferior à proposta pelo caso 2 (25 ppm de A e 25 ppm de B). Como critério de escolha da melhor rede, usou-se a média aritmética das reduções obtidas pelos diferentes parâmetros analisados. Percebe-se também, que a minimização do consumo de água, a minimização do custo operacional e a minimização do custo total mostraram-se coincidentes na detecção das melhores soluções. Tabela 4. 118 – Quadro comparativo das soluções do problema 2 obtidas para as redes de água que requerem vazões fixas. CUSTO CUSTO CUSTO VAZÃO INVESTIMENTO MÉDIA DAS CASO COM ÁGUA OPERACIONAL TOTAL (t/h) ($/ano) REDUÇÕES ($/ano) ($/ano) ($/ano) Atual 75,000 $193.500,00 $842.821,50 $70.237,49 $913.058,99 caso 1.1 caso 1.2 61,000 $157.380,00 54,000 $139.320,00 $685.494,82 $606.831,48 $60.779,48 $55.808,68 $746.274,30 $662.640,16 17,55% 26,39% caso 2.1.1 caso 2.1.2 71,500 $111.327,00 68,000 $110.424,00 $730.346,83 $699.142,16 $67.926,67 $65.581,65 $798.273,50 $764.723,81 15,27% 18,44% caso 2.2.1 caso 2.2.2 61,000 $157.380,00 54,000 $139.320,00 $685.494,82 $606.831,48 $60.779,48 $55.808,68 $746.274,30 $662.640,16 17,55% 26,39% caso 3.1.1 caso 3.1.2 61,000 $157.380,00 40,000 $103.200,00 $685.494,82 $583.286,40 $60.779,48 $56.706,29 $746.274,30 $639.992,69 17,55% 34,66% caso 3.2.1 caso 3.2.2 caso 3.2.3 40,000 $103.200,00 61,000 $157.380,00 40,000 $103.200,00 $643.004,80 $685.494,82 $583.286,40 $60.088,11 $60.779,48 $56.706,29 $703.092,91 $746.274,30 $639.992,69 30,90% 17,55% 34,66% caso 3.3.1 caso 3.3.2 caso 3.3.3 40,000 $103.200,00 61,000 $157.380,00 40,000 $103.200,00 $643.004,80 $685.494,82 $583.286,40 $60.088,11 $60.779,48 $56.706,29 $703.092,91 $746.274,30 $639.992,69 30,90% 30,90% 34,66% CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 151 As soluções obtidas para o problema 2 com operações que permitem vazões variáveis são apresentadas na Tabela 4.119. Os valores em vermelho mostram os mínimos valores obtidos para cada parâmetro, considerando todos os casos. Os resultados obtidos pelas redes sem restrições de vazão foram semelhantes aos encontrados para redes com restrições de vazão. Tabela 4. 119 – Quadro comparativo das soluções do problema 2 obtidas para as redes de água que permitem vazões variáveis. CUSTO CUSTO VAZÃO INVESTIMENTO CUSTO TOTAL MÉDIA DAS CASO COM ÁGUA OPERACIONAL (t/h) ($/ano) ($/ano) REDUÇÕES ($/ano) ($/ano) Atual 63,333 $163.399,14 $711.712,19 $62.397,49 $774.109,682 caso 1.3 54,000 $139.320,00 $606.831,48 $55.808,68 $662.640,158 13,83% caso 2.1.3 68,000 $110.424,00 $699.142,16 $65.581,65 $764.723,811 4,59% caso 2.2.3 54,000 $139.320,00 $606.831,48 $55.808,68 $662.640,158 13,83% caso 3.1.3 40,000 $103.200,00 $588.076,60 $56.992,30 $645.068,905 23,28% caso 3.2.4 40,000 $103.200,00 $583.286,40 $56.706,29 $639.992,689 23,63% caso 3.3.4 40,000 $103.200,00 $583.286,40 $56.706,29 $639.992,689 23,63% Como as resultados sem restrição de vazão indicaram uma configuração com vazões máximas nas operações como sendo a melhor solução, está será considerada como sendo a melhor solução para o problema 2. Um desenho esquemático da rede de água encontrada por uma das soluções que apresentaram a melhor resposta, segundo o critério de média das reduções, está apresentado na Figura 4.29. Figura 4. 29 – Desenho esquemático da configuração escolhida para representar a rede de água do problema 2, tanto para operações que requerem vazões fixas quanto para as que permitem variações de vazão. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 152 A Tabela 4.120 mostra a comparação dos resultados obtidos no presente trabalho e os resultados da literatura. O resultado apresentado para múltiplas fontes de água foi obtido pela minimização do custo com água. É possível perceber que os resultados obtidos neste trabalho estão condizentes com os estudos apresentados na literatura. Tabela 4. 120 – Comparação dos resultados encontrados com os resultados da literatura. Sem Com Múltiplas fontes de água Com Referência restrição de restrição de regeneração Fonte 1 Fonte 2 vazão vazão Resultados * * 28 t/h 40 t/h 54 t/h 54 t/h 40 t/h encontrados WANG e SMITH (1994) 54 t/h - - GOMES 54 t/h 54 t/h 40 t/h (2002) * Considerou-se o menor consumo obtido no caso 2.1. 4.3. - - 28 t/h 40 t/h PROBLEMA 3 (WANG E SMITH, 1994) O problema 3 trata o caso de uma refinaria de petróleo estudado por WANG e SMITH (1994 – estudo de caso), onde a rede de água a ser otimizada é composta por três operações (destilação a vapor, HDS, dessalinização) que usam água e estão presentes três contaminantes (hidrocarbonetos, H2S e sais). A Tabela 4.121 mostra os dados das operações envolvidas na rede de água do problema 3. Tabela 4. 121 – Dados das operações da rede de água do problema 3. Operação Vazão (t/h) 1 (Destilação a vapor) 45 2 (HDS) 34 3 (Dessalinização) 56 Contaminante Cj, max, entrada (ppm) Cj, max, saída (ppm) (A) Hidrocarboneto (B) H2S (C) Sais (A) Hidrocarboneto (B) H2S (C) Sais (A) Hidrocarboneto (B) H2S (C) Sais 0 0 0 20 300 45 120 20 200 15 400 35 120 12500 180 220 45 9500 ∆m j (Kg/h) 0,675 18 1,575 3,4 414,8 4,59 5,6 1,4 520,8 Diferentes casos e subcasos são estudados para que possam ser abordadas diferentes características estruturais e diferentes objetivos. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 153 CASO 1 O caso 1 aborda o problema com uma fonte de água disponível, sendo a mesma isenta de contaminantes, ou seja, a concentração do contaminante A, B e C são iguais a 0 ppm. O objetivo deste caso é atingir um mínimo consumo de água e conseqüentemente a mínima geração de efluentes , ou seja, minimizar da vazão. Quando as operações requerem vazões fixas, o consumo de água sem nenhum reuso é igual a 135,000 t/h; e, conforme mostra a Tabela 4.122, nos casos que permitem variações nas vazões das operações, a vazão é 133,005 t/h. Tabela 4. 122 –Vazões mínimas requeridas pelas operações e da rede de água sem reuso. Operação 1 2 3 REDE Mínima vazão (t/h) 45,000 33,180 54,820 133,000 Caso 1.1 - Modelo 1, sem reciclo Resolvendo o problema com vazão fixa nas operações através do modelo 1, sem reciclo, obteve-se a vazão ótima de 106,700 t/h. A configuração de envio das correntes correspondente ao resultado obtido está apresentada na Tabela 4.123. Tabela 4. 123 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.1 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 1 45,000 - Operação 2 8,500 25,500 - Operação 3 53,200 2,800 - Objetivando a mínima vazão, as reduções encontradas no caso 1.1 do problema 3 estão apresentadas na Tabela 4.124. Tabela 4. 124 – Reduções obtidas pelo caso 1.1 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 106,700 $275.286,00 REDUÇÃO (%) 20,96% 20,96% $1.517.078,70 $1.199.054,05 20,96% $105.988,74 $1.623.067,44 $89.896,17 $1.288.950,23 15,18% 20,59% DADOS OTIMIZADOS CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 154 Caso 1.2 - Modelo 2, sem reciclo Aplicou-se o Modelo 2 sem reciclo para encontrar a mínima vazão da rede de água proposta pelo caso 1 do problema 3. A solução encontrada no caso 1.2 está apresentada na Tabela 4.125 e consome uma vazão de 106,700 t/h. Tabela 4. 125 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.2 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 1 45,000 - Operação 2 8,500 25,500 - Operação 3 53,200 2,800 - As reduções obtidas pelo caso 1.2 estão apresentadas na Tabela 4.126. Como o Modelo 2 é não linear, não é possível garantir que esta solução é o mínimo global do caso 1.2, sem aplicar os critérios de otimalidade. Tabela 4. 126 – Reduções obtidas pelo caso 1.2 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 106,700 $275.286,00 REDUÇÃO (%) 20,96% 20,96% $1.517.078,70 $1.199.054,05 20,96% $105.988,74 $1.623.067,44 $89.896,17 $1.288.950,23 15,18% 20,59% DADOS OTIMIZADOS Caso 1.3 - Com reciclo Resolveu-se o caso 1 do problema 3 com possibilidade de reciclo e obteve-se a vazão mínima de 105,662 t/h. A Tabela 4.127 mostra a configuração recomendada pela solução ótima do caso 1.3. A mesma solução foi encontrada tanto no Modelo 1 como no Modelo 2. Tabela 4. 127 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.3 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 1 45,000 - Operação 2 8,500 25,500 - Operação 3 52,162 2,668 1,169 CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 155 O Modelo 1 garante a otimalidade da solução, porém para a garantia de ser a também a melhor solução quando os parâmetros das correntes de reuso não são atualizadas, é necessário aplicar condições de otimalidade. As reduções atingidas pelo caso 1.3 estão apresentadas na Tabela 4.128. Tabela 4. 128 – Reduções obtidas pelo caso 1.3 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 105,662 $272.607,96 REDUÇÃO (%) 21,73% 21,73% $1.517.078,70 $1.187.389,40 21,73% $105.988,74 $1.623.067,44 $89.283,10 $1.276.672,51 15,76% 21,34% DADOS OTIMIZADOS Caso 1.4 - Modelo 6 Aplicou-se o Modelo 6 para a rede descrita pelo caso 1 do problema 3 e obteve-se a mínima vazão de 105,662 t/h. A Tabela 4.129 mostra a configuração proposta pelo caso 1.4 do problema 3. Tabela 4. 129 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.4 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 1 45,000 - Operação 2 8,500 25,500 - Operação 3 52,162 2,668 - As reduções obtidas por este caso estão apresentadas na Tabela 4.130. Obteve-se o mesmo consumo que no caso anterior, entretanto nota-se que neste caso a vazão na operação 3 foi reduzida. Tabela 4. 130 – Reduções obtidas pelo caso 1.4 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 133,000 $343.140,00 105,662 $272.607,96 REDUÇÃO (%) 20,55% 20,55% $1.494.603,46 $1.187.389,40 20,55% $104.887,14 $1.599.490,60 $89.283,10 $1.276.672,51 14,88% 20,18% DADOS OTIMIZADOS CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 156 A comparação dos resultados encontrados para o caso 1 do problema 3 com restrição de vazão está apresentada na Figura 4.30. Através do gráfico é possível perceber que, para este caso, a atualização dos parâmetros das correntes de reuso aparentemente não apresenta grande influência na determinação da rede com menor consumo de água. CASO 1 - PROBLEMA 3 (Vazão fixa) Atual, com vazão fixa Modelo 1, sem reciclo 135,000 Modelo 2, sem reciclo Com reciclo (Modelo 1 = Modelo 2) 140 106,700 106,700 105,662 120 Vazão (t/h) 100 80 60 40 20 0 Figura 4. 30 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 1 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas. Na Figura 4.31, é apresentado o consumo da rede atual (sem reuso) do caso 1 do problema 3, sem restrição de vazão, e o resultado obtido pela otimização da mesma. A solução encontrada teve o mesmo valor do que para os problemas com restrição de vazão. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 157 CASO 1 - PROBLEMA 3 (Vazão variável) 133,000 Atual, com vazão variável Modelo 6 140 105,662 120 Vazão (t/h) 100 80 60 40 20 0 Figura 4. 31 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 1 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. CASO 2 O caso 2 do problema 3 aborda o caso estudado por GOMES (2002) tratando o problema 3 com mais de uma fonte de água. A Tabela 4.131 apresenta a composição das fontes de água e seus respectivos custos. Outros dados econômicos necessários para a solução do problema estão apresentados na Tabela 4.12 (caso 2 do problema 1). O caso 2 foi dividido em dois subcasos, onde o primeiro foca a minimização do custo anual com água, e o segundo a minimização do custo operacional anual. A minimização da vazão não foi estudada neste caso pois seu resultado sempre converge para o consumo único da água da fonte 1. Tabela 4. 131 – Dados das fontes de água usadas no caso 2 do problema 3. Fonte de água 1 2 Contaminante A B C A B C Cj (ppm) 0 0 0 25 25 25 Custo (US$/t) 0,3 0,03 CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 158 Caso 2.1 – Objetivando o mínimo custo com água O caso 2.1 do problema 3 usa como função objetivo o mínimo custo anual com água. Caso 2.1.1 – Com restrição de vazão No caso 2.1.1, resolve-se o problema 3 com restrição de vazão. O resultado encontrado foi de US$ 158.893,69 por ano, o mesmo com e sem reciclo. A Tabela 4.132 apresenta a configuração do sistema de água para a solução encontrada. Aplicando-se o Modelo 2, obtiveram-se os mesmos resultados. Tabela 4. 132 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.1.1 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 1 45,000 - Operação 2 9,067 24,933 - Operação 3 11,200 44,800 - As reduções atingidas pelo caso 2.1.1 estão apresentadas na Tabela 4.133. Para os casos (com e sem reciclo) onde se aplicou o Modelo 1, esta é a solução ótima. Nas demais é necessário aplicar critérios de otimalidade para garantir o mínimo global. Tabela 4. 133 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.1 do problema 3. DADOS ATUAIS DADOS OTIMIZADOS REDUÇÃO (%) Vazão (t/h) 135,000 Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual $348.300,00 110,067 56,200 53,867 $158.893,69 $1.517.078,70 $1.111.811,95 26,71% $105.988,74 $1.623.067,44 $91.872,62 $1.203.684,57 13,32% 25,84% 18,47% 54,38% Caso 2.1.2 – Modelo 6 O resultado obtido foi o mesmo do caso 2.1.1, porém as reduções se diferem devido a mínima vazão requerida para o Modelo 6 sem reuso ser menor que nos Modelos 1 e 2. A Tabela 4.134 mostra essas novas reduções obtidas no caso 2.1.2. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 159 Tabela 4. 134 – Reduções obtidas pelo caso 2.1.2 do problema 3. DADOS ATUAIS DADOS OTIMIZADOS REDUÇÃO (%) Vazão (t/h) 133,000 Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual $343.140,00 110,067 56,200 53,867 $158.893,69 $1.494.603,46 $1.111.811,95 25,61% $104.887,14 $1.599.490,60 $91.872,62 $1.203.684,57 12,41% 24,75% 17,24% 53,69% A Figura 4.32 apresenta a comparação da rede de água atual e otimizada do caso 2.1 do problema 3 com restrição de vazão. Neste caso, todas as opções de rede (Modelo 1 ou Modelo 2, com ou sem reciclo) levaram ao mesmo resultado. CASO 2.1 - PROBLEMA 3 (Vazão fixa) $348.300,00 Atual, com vazão fixa Com restrição de vazão (Modelo 1=Modelo 2, sem reciclo =com reciclo) $350.000 Custo com água ($/ano) $300.000 $158.893,69 $250.000 $200.000 $150.000 $100.000 $50.000 $0 Figura 4. 32 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo anual de água em redes do caso 2.1 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas. Da mesma maneira que no caso 1, a solução otimizada do caso 2.1 sem restrição de vazão apresentou o mesmo resultado que o mesmo problema com vazões fixas, como mostra a Figura 4.33. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 160 CASO 2.1 - PROBLEMA 3 (Vazão variável) $343.140,00 Atual, com vazão variável Modelo 6 Custo com água ($/ano) $350.000 $300.000 $158.893,69 $250.000 $200.000 $150.000 $100.000 $50.000 $0 Figura 4. 33 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo anual de água em redes do caso 2.1 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. Caso 2.2 – Objetivando o mínimo custo operacional O mínimo custo operacional é objetivado pelo caso 2.2. Nele estão incluídos os custos com água e tratamento final. Caso 2.2.1 – Sem reciclo O estudo proposto pelo caso 2.2.1 usou modelos sem reciclo para encontrar uma solução para o problema. A solução obtida pelo Modelo 1 foi igual a do Modelo 2. O mínimo custo operacional anual obtido foi US$ 1.111.811,95 e a configuração correspondente está colocada na Tabela 4.135. Tabela 4. 135 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.1 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 1 45,000 - Operação 2 9,067 24,933 - Operação 3 11,200 44,800 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 161 Novamente, a atualização dos parâmetros das correntes de reuso não representou alteração na rede indicada como sendo ótima. A Tabela 4.136 mostra as reduções obtidas pelo caso 2.2.1 do problema 3. Tabela 4. 136 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.1 do problema 3. DADOS ATUAIS DADOS OTIMIZADOS REDUÇÃO (%) Vazão (t/h) 135,000 Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual $348.300,00 110,067 56,200 53,867 $158.893,69 $1.517.078,70 $1.111.811,95 26,71% $105.988,74 $1.623.067,44 $91.872,62 $1.203.684,57 13,32% 25,84% 18,47% 54,38% Caso 2.2.2 – Com reciclo O caso 2.2.2 objetiva o mínimo custo operacional em redes do caso 2 do problema 3 que permitem reciclo nas operações. Aplicando o Modelo 1 ou o Modelo 2 obteve-se o mesmo resultado, igual a US$ 1.104.288,56 por ano. A configuração correspondente à solução proposta está apresentada na Tabela 4.137. Tabela 4. 137 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.2 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 1 45,000 - Operação 2 9,067 24,933 - Operação 3 12,053 42,881 1,066 As reduções alcançadas pelo caso 2.2.2 do problema 3 são apresentadas na Tabela 4.138. Tabela 4. 138 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.2 do problema 3. DADOS ATUAIS DADOS OTIMIZADOS REDUÇÃO (%) Vazão (t/h) 135,000 Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual $348.300,00 109,001 57,053 51,948 $160.599,32 $1.517.078,70 $1.104.288,56 27,21% $105.988,74 $1.623.067,44 $91.248,86 $1.195.537,42 13,91% 26,34% 19,26% 53,89% CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 162 Caso 2.2.3 – Modelo 6 O resultado obtido para o mínimo custo operacional através da aplicação do Modelo 6 foi de US$ 1.104.288,56 por ano, o mesmo obtido no caso 2.2.2. A configuração proposta por esta solução reduz a vazão da operação 3, conforme mostra a Tabela 4.139. Tabela 4. 139 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 2.2.3 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Fonte de água 2 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 1 45,000 - Operação 2 9,067 24,933 - Operação 3 12,053 42,881 - Devido às características não lineares do Modelo 6, não é possível garantir que a solução encontrada representa o mínimo global deste caso. A Tabela 4.140 apresenta as reduções obtidas pelo caso 2.2.3 do problema 3. Tabela 4. 140 – Reduções obtidas pelo caso 2.2.3 do problema 3. DADOS ATUAIS DADOS OTIMIZADOS REDUÇÃO (%) Vazão (t/h) 133,000 Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual $343.140,00 109,001 57,053 51,948 $160.599,32 $1.494.603,46 $1.104.288,56 26,11% $104.887,14 $1.599.490,60 $91.248,86 $1.195.537,42 13,00% 25,26% 18,04% 53,20% Comparou-se as soluções encontradas pelo caso 2.2 do problema 3 com restrição de vazão na Figura 4.34. Nota-se que não houve a influência da atualização dos parâmetros das correntes na obtenção da solução. Os casos apresentados, com e sem reciclo, devem ser analisados quanto aos riscos e benefícios, para que então decida-se a melhor configuração da rede. A solução encontrada para o caso 2.2 do problema 3 sem restrições de vazão está mostrada na Figura 4.35 e apresenta o mesmo custo operacional ótimo encontrado para a rede com reciclo do caso 2.2 com restrições de vazão. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 163 CASO 2.2 - PROBLEMA 3 (Vazão fixa) Atual, com vazão fixa Sem reciclo (Modelo 1=Modelo 2) $1.517.078,70 Com reciclo (Modelo 1=Modelo 2) Custo operacional ($/ano) $1.600.000 $1.111.811,95 $1.104.288,56 $1.400.000 $1.200.000 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 34 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 2.2 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas. CASO 2.2 - PROBLEMA 3 (Vazão variável) Atual, com vazão variável Modelo 6 $1.494.603,46 $1.104.288,56 Custo operacional ($/ano) $1.600.000 $1.400.000 $1.200.000 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 35 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 2.2 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 164 CASO 3 O caso 3, apresentado por GOMES (2002), aborda o problema 3 usando uma fonte de água (do caso 1) e um processo regenerativo da segunda categoria. A concentração de saída do regenerador é 5ppm de hidrocarbonetos (contaminante A), 5ppm de H2S (contaminante B) e 5ppm de sais (contaminante C). Os dados econômicos do processo regenerativo são os mesmos usados no problema 1 (Tabela 4.29), e os demais dados econômicos estão apresentados na Tabela 4.12. A definição do problema não impõe restrições para as concentrações dos contaminantes na entrada do regenerador, mas, da mesma maneira que nos problemas 1 e 2, a metodologia usada por GOMES (2002) faz a solução convergir para limites de concentração na entrada do regenerador. Neste caso os limites foram: 15ppm de hidrocarbonetos (A), 400ppm de H2S (B) e 35ppm de sais (C). Neste trabalho serão abordados tanto casos sem limite na concentração de entrada, quanto com limite, sendo ele definido pelo valor indicado na solução de GOMES (2002). Caso 3.1 - Objetivando o mínimo consumo de água Neste caso, objetivou-se o mínimo consumo de água para a rede descrita pelo problema 3, apresentando as características descritas no caso 3. Caso 3.1.1 - Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador O estudo do caso 3.1 do problema 3 sem impôr limite na concentração de entrada do regenerador está apresentado no caso 3.1.1. A mínima vazão obtida foi 45,000 t/h e apresentou o mesmo resultado em todas as possibilidades de aplicação do Modelo 4 (com e sem reuso, e com e sem atualização dos parâmetros). A Tabela 4.141 mostra a configuração da rede de água obtida neste caso. Tabela 4. 141 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.1 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 - Operação 3 - 34,000 56,000 Regenerador 1 45,000 34,000 56,000 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 165 As reduções alcançadas pelo caso 3.1.1 do problema 3 estão apresentadas na Tabela 4.142. Pode-se perceber que a minimização objetivando o consumo de água foi bastante eficiente para o seu objetivo, mas fez com que outros parâmetros sofressem um aumento em relação à configuração original. Entretanto, esta não é a única configuração da rede que atinge a vazão mínima de 45 t/h, ou seja, outras configurações poderão perfeitamente minimizar a vazão e apresentar também uma redução nos demais parâmetros. Desta maneira, cabe ressaltar a importância em analisar as redes por diferentes focos (objetivos). Tabela 4. 142 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.1 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 45,000 $116.100,00 REDUÇÃO (%) 66,67% 66,67% $1.517.078,70 $1.666.692,90 -9,86% $105.988,74 $1.623.067,44 $101.186,51 $1.767.879,41 4,53% -8,92% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.1.2 - Modelo 7, sem limitar a concentração na entrada do regenerador Aplicou-se o Modelo 7 ao caso 3.1 do problema 3 sem impôr limite na concentração de entrada do regenerador e obteve-se a mínima vazão de 45,000 t/h. A Tabela 4.143 mostra a configuração da rede de água obtida no caso 3.1.2. Tabela 4. 143 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.2 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 0,993 32,235 Operação 3 2,112 53,858 Regenerador 1 30,227 55,866 - As reduções geradas pelo caso 3.1.2 do problema 3 estão apresentadas na Tabela 4.144. Apesar da aplicação do Modelo 7 não garantir a otimalidade da solução, sabe-se que esta representa o mínimo global pois o valor é coincidente com o consumo da operação 1 que requer exclusivamente água da fonte 1. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 166 Tabela 4. 144 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.1 do problema 3. DADOS ATUAIS 133,000 $343.152,90 Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual 45,000 $116.100,00 REDUÇÃO (%) 66,17% 66,17% $1.494.659,65 $1.033.698,50 30,84% $104.889,90 $1.599.549,55 $79.114,00 $1.112.812,50 24,57% 30,43% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.1.3 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, sem atualizar parâmetros, sem reciclo No caso 3.1.3 abordou-se o problema 3 com as características do caso 3 limitando a concentração na entrada do regenerador, conforme apresentado anteriormente. A configuração da rede para alcançar a mínima vazão (90,000 t/h) encontrada pelo Modelo 4, sem atualizar os parâmetros das correntes de reuso e sem reciclo, está apresentada na Tabela 4.145. Tabela 4. 145 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.3 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 8,500 25,500 - Operação 3 36,500 2,581 16,919 Regenerador 1 16,919 - A solução obtida representa o mínimo global da rede sem reciclo com parâmetros das correntes de reuso permanecendo fixas. A Tabela 4.146 mostra as reduções encontradas para o caso 3.1.3 do problema 3. Tabela 4. 146 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.3 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 90,000 $232.200,00 REDUÇÃO (%) 33,33% 33,33% $1.517.078,70 $1.156.889,20 23,74% $105.988,74 $1.623.067,44 $91.965,37 $1.248.854,57 13,23% 23,06% DADOS OTIMIZADOS CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 167 Caso 3.1.4 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, atualizando parâmetros, sem reciclo Obteve-se a vazão mínima de 90,000 t/h para o caso 3 do problema 3, limitando as concentrações de entrada no regenerador, aplicando-se o Modelo 4 com atualização dos parâmetros das correntes de reuso e não permitindo a existência de reciclo nas operações. A Tabela 4.147 mostra a configuração correspondente à solução obtida. Tabela 4. 147 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.4 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 8,500 25,500 - Operação 3 36,500 2,581 16,919 Regenerador 1 16,919 - As reduções geradas pela solução apresentada pelo caso 3.1.4 do problema 3 estão apresentadas na Tabela 4. 148. Tabela 4. 148 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.4 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 90,000 $232.200,00 REDUÇÃO (%) 33,33% 33,33% $1.517.078,70 $1.156.889,20 23,74% $105.988,74 $1.623.067,44 $91.965,37 $1.248.854,57 13,23% 23,06% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.1.5 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, com reciclo Aplicou-se o Modelo 4 com reciclo ao caso 3.1 do problema 3 impondo limites nas concentrações de entrada do regenerador e obteve-se a mínima vazão de 88,827 t/h. Foram encontrados os mesmos resultados resolvendo o problema atualizando ou não os parâmetros das correntes de reuso. A diferença é que para o primeiro não é possível dar garantia de otimalidade, enquanto que para o segundo a solução ótima é garantida. A Tabela 4.149 mostra a configuração da rede de água referente à solução obtida. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 168 Tabela 4. 149 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.5 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 25,392 8,608 Operação 3 43,827 1,173 11,000 Regenerador 1 16,609 - Conforme a Tabela 4.150, que mostra as reduções geradas pela solução do caso 3.1.5 do problema 3, obteve-se a redução de 34,20% no consumo de água em relação à rede atual. Tabela 4. 150 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.5 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 88,827 $229.173,66 REDUÇÃO (%) 34,20% 34,20% $1.517.078,70 $1.141.041,47 24,79% $105.988,74 $1.623.067,44 $91.079,43 $1.232.120,90 14,07% 24,09% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.1.6 - Modelo 7, limitando a concentração na entrada do regenerador O Modelo 7 foi aplicado ao caso 3.1 do problema 3 impondo limites nas concentrações de entrada do regenerador. A mínima vazão encontrada foi de 88,025 t/h e a configuração da rede correspondente está apresentada na Tabela 4.151. Tabela 4. 151 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.1.6 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 33,197 Operação 3 43,025 11,803 Regenerador 1 45,000 - O resultado encontrado foi igual ao do caso 3.1.5, porém sem reciclo. A Tabela 4.152 mostra as reduções obtidas pelo caso 3.1.6 do problema 3. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 169 Tabela 4. 152 – Reduções obtidas pelo caso 3.1.6 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 88,025 $227.104,50 REDUÇÃO (%) 34,80% 34,80% $1.517.078,70 $1.376.191,50 9,29% $105.988,74 $1.623.067,44 $102.698,88 $1.478.890,38 3,10% 8,88% DADOS OTIMIZADOS A Figura 4.36 mostra as soluções encontradas no caso 3.1 do problema 3 com restrição de vazão nas operações. A mínima vazão obtida foi no caso onde não limitou-se a concentração de entrada do regenerador e foi igual ao consumo de água da operação 1 que deve ser necessariamente fornecida pela fonte 1. Este resultado já era esperado pois ao deixar o regenerador livre de restrições de entrada, ele tornase um “sumidouro” sem restrição e uma “fonte” com concentração igual a 5 ppm de A, B e C. CASO 3.1 - PROBLEMA 3 Atual, com vazão fixa (Vazão fixa) Modelo 4, limitando o regenerador, sem atualizar parâmetros, sem reciclo Modelo 4, limitando o regenerador, atualizando parâmetros, sem reciclo Modelo 4, limitando o regenerador, com reciclo 135,000 140 120 Modelo 4, sem limitar o regenerador 90,000 90,000 88,827 Vazão (t/h) 100 80 60 45,000 40 20 0 Figura 4. 36 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 3.1 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 170 Os valores das redes do caso 3.1 sem restrições de vazão são os mesmos comparados com as redes do caso 3.1 com restrição de vazão, embora neste a vazão de 87,817 t/h ocorra numa rede com ausência de reciclo. CASO 3.1 - PROBLEMA 3 (Vazão variável) Atual, com vazão variável 133,000 Modelo 7, limitando o regenerador Modelo 7, sem limitar o regenerador 140 120 88,025 Vazão (t/h) 100 80 45,000 60 40 20 0 Figura 4. 37 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 3.1 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. Caso 3.2 - Objetivando o mínimo custo operacional O objetivo deste caso é a minimização do custo operacional da rede de água proposta no caso 3 do problema 3. Caso 3.2.1 - Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador, sem reciclo O Modelo 4 foi usado no caso 3.2.1 para encontrar o mínimo custo operacional da rede de água do caso 3 do problema 3, sem limitar a concentração na entrada do regenerador. O resultado obtido está apresentado na Tabela 4.153 e o valor da função objetivo obtido foi US$ 1.042.539,30 por ano. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 171 Tabela 4. 153 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.1 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 25,386 8,551 Operação 3 2,127 53,873 Regenerador 1 13,042 18,907 30,475 - A Tabela 4.154 mostra as reduções obtidas para o caso 3.2.1. Percebe-se que no problema sem restrição da concentração de entrada, é preferível usar somente a quantidade de água realmente necessária (45 t/h para a operação 1) e tratar as demais. Isto ocorre pois o custo operacional para o consumo água (e conseqüentemente geração de efluentes) é maior (US$ 1,3067) do que o custo para o tratamento intermediário (US$ 1,00). Tabela 4. 154 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.1 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 45,000 $116.100,00 REDUÇÃO (%) 66,67% 66,67% $1.517.078,70 $1.042.539,30 31,28% $105.988,74 $1.623.067,44 $79.464,65 $1.122.003,95 25,03% 30,87% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.2.2 - Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador, com reciclo O Modelo 4 com reciclo foi usado para resolver o caso 3 do problema 3, sem limitar concentração de entrada do regenerador. O mínimo custo operacional encontrado foi US$ 1.034.197,30 por ano e apresenta a configuração da rede mostrada na Tabela 4.155. Tabela 4. 155 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.2 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 25,392 8,608 Operação 3 2,011 1,144 52,846 Regenerador 1 17,453 16,792 27,209 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 172 Conforme mostra a Tabela 4.156, a solução encontrada no caso 3.2.2 gera uma redução de 31,83% no custo operacional anual da rede originalmente proposta. Tabela 4. 156 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.2 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 45,000 $116.100,00 REDUÇÃO (%) 66,67% 66,67% $1.517.078,70 $1.034.197,30 31,83% $105.988,74 $1.623.067,44 $79.133,83 $1.113.331,13 25,34% 31,41% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.2.3 - Modelo 7, sem limitar a concentração na entrada do regenerador Aplicou-se o Modelo 7 para o caso 3 do problema 3, sem limitar a concentração na entrada do regenerador. O resultado obtido está apresentado na Tabela 4.157 e o mínimo custo operacional anual encontrado foi US$ 1.034.197,30. Tabela 4. 157 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.3 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 25,392 8,608 Operação 3 2,011 52,846 Regenerador 1 10,498 28,998 21,957 - Este caso obteve um custo operacional igual ao do caso 3.2.2, com a vantagem de sugerir uma rede sem reciclo. As reduções obtidas no caso 3.2.3 estão apresentadas na Tabela 4.158. Tabela 4. 158 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.3 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 133,000 $343.140,00 45,000 $116.100,00 REDUÇÃO (%) 66,17% 66,17% $1.494.603,46 $1.034.197,30 30,80% $104.887,14 $1.599.490,60 $79.133,83 $1.113.331,13 24,55% 30,39% DADOS OTIMIZADOS CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 173 Caso 3.2.4 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, sem atualizar parâmetros, sem reciclo Estudou-se a minimização do custo operacional do caso 3, com limite de concentração na entrada do regenerador, aplicando-se o Modelo 4 sem reciclo e sem atualizar os parâmetros das correntes de reuso. Chega-se ao valor de US$ 1.156.820,40 utilizando a configuração apresentada na Tabela 4.159. Tabela 4. 159 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.4 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 8,500 25,500 - Operação 3 36,500 2,589 16,911 Regenerador 1 16,911 - Esta solução representa o ótimo custo operacional (mínimo global) da rede de água do caso 3, limitando a concentração de entrada no regenerador, sem atualizar os parâmetros das correntes de reuso. A Tabela 4.160 apresenta as reduções obtidas no caso 3.2.4 do problema 3. Tabela 4. 160 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.4 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 90,000 $232.200,00 REDUÇÃO (%) 33,33% 33,33% $1.517.078,70 $1.156.820,40 23,75% $105.988,74 $1.623.067,44 $91.961,35 $1.248.781,75 13,23% 23,06% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.2.5 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, atualizando parâmetros, sem reciclo Atingiu-se o custo operacional de US$ 1.156.113,80 por ano ao aplicar o Modelo 4, sem reciclo e atualizando os parâmetros das correntes de reuso, no problema descrito pelo caso 3 com limite da concentração de entrada no regenerador. A configuração da rede de água proposta por este caso está apresentada na Tabela 4.161. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 174 Tabela 4. 161 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.5 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 8,500 25,500 - Operação 3 36,500 2,589 16,911 Regenerador 1 16,911 - A atualização dos parâmetros das correntes de reuso não gerou redução dos custos operacionais em relação à solução do caso 3.2.4. Isto indica que o uso deste artifício (atualização dos parâmetros das correntes) não representa ganhos para a melhor rede. As reduções geradas pelo caso 3.2.5 estão apresentadas na Tabela 4.162. Tabela 4. 162 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.5 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 90,000 $232.200,00 REDUÇÃO (%) 33,33% 33,33% $1.517.078,70 $1.156.820,40 23,75% $105.988,74 $1.623.067,44 $91.961,35 $1.248.781,75 13,23% 23,06% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.2.6 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, com reciclo Neste caso aplicou-se o Modelo 4 com reciclo para determinar o mínimo custo operacional anual da rede proposta pelo caso 3 do problema 3. Obteve-se como solução o valor de US$ 1.144.872,37. A configuração proposta está apresentada na Tabela 1.163. Tabela 4. 163 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.6 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 25,392 8,608 Operação 3 43,835 2,563 1,165 8,437 Regenerador 1 17,044 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 175 A Tabela 4.164 mostra as reduções obtidas para a rede de água proposta pelo caso 3.2.6 do problema 3. Tabela 4. 164 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.6 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 88,835 $229.194,30 REDUÇÃO (%) 34,20% 34,20% $1.517.078,70 $1.144.872,37 24,53% $105.988,74 $1.623.067,44 $91.303,75 $1.236.176,12 13,86% 23,84% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.2.7 - Modelo 7, limitando a concentração na entrada do regenerador Usou-se o Modelo 7 para encontrar o mínimo custo operacional anual da rede proposta pelo caso 3 do problema 3. A solução indicou o valor de US$ 1.144.872,37 com sendo o resultado ótimo. A Tabela 1.165 mostra a configuração proposta pelo caso 3.2.7 do problema 3. Tabela 4. 165 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.2.7 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 25,392 8,608 Operação 3 43,835 2,563 8,437 Regenerador 1 17,044 - As reduções obtidas para a rede de água proposta pelo caso 3.2.7 do problema 3 estão apresentadas na Tabela 4.166. Tabela 4. 166 – Reduções obtidas pelo caso 3.2.7 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 133,000 $343.140,00 88,835 $229.194,30 REDUÇÃO (%) 33,21% 33,21% $1.494.603,46 $1.144.872,37 23,40% $104.887,14 $1.599.490,60 $91.303,75 $1.236.176,12 12,95% 22,71% DADOS OTIMIZADOS CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 176 A Figura 4.38 mostra a comparação dos resultados encontrados para as redes de água do caso 3.2 do problema 3 com restrição de vazão. O custo operacional da rede sofreu uma redução significativa nos casos estudados, permanecendo com valores próximos em todas as opções de redes. Isto indica que esta é uma rede bastante restrita, ou seja, os pontos de mistura sempre estão muito próximos dos fatores restritivos das unidades em todos os contaminantes. CASO 3.2 - PROBLEMA 3 (Vazão fixa) $1.517.078,70 Custo operacional ($/ano) $1.600.000 $1.400.000 $1.200.000 Atual, com vazão fixa Modelo 4, limitando o regenerador, sem reciclo, sem atualizar parâmetros Modelo 4, limitando o regenerador, sem reciclo, atualizando parâmetros Modelo 4, limitando o regenerador, com reciclo Modelo 4, sem limitar o regenerador, sem recilo Modelo 4, sem limitar o regenerador, com recilo $1.156.113,80 $1.144.872,37 $1.156.820,40 $1.042.539,30 $1.034.197,30 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 38 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 3.2 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas. As soluções obtidas minimizando o custo operacional da rede do caso 3.2 do problema 3 sem restrição de vazão estão apresentadas na Figura 4.39. Os resultados indicam que nos problemas com vazões variáveis, é possível atingir custos iguais aos menores encontrados para as redes com restrição de vazão, sem que seja necessária a presença de reciclo nas operações. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 177 CASO 3.2 - PROBLEMA 3 (Vazão variável) Atual, com vazão variável $1.494.603,46 Modelo 7, limitando o regenerador Modelo 7, sem limitar o regenerador Custo operacional ($/ano) $1.600.000 $1.144.872,37 $1.034.197,30 $1.400.000 $1.200.000 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 39 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 3.2 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. Caso 3.3 - Objetivando o mínimo custo total O objetivo do caso 3.3 é encontrar o mínimo custo total da rede de água caracterizada no caso 3 do problema 3. Caso 3.3.1 - Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador, sem reciclo Usou-se o Modelo 4 sem reciclo para encontrar o mínimo custo total da rede de água proposta pelo caso 3 sem limite de concentração na entrada do regenerador. A configuração proposta pela solução está apresentada na Tabela 4.167 e o valor da função objetivo foi US$ 1.122.513,54 por ano. Tabela 4. 167 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.1 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 25,392 8,608 Operação 3 2,127 53,873 Regenerador 1 17,439 22,514 22,528 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 178 A Tabela 4.168 apresenta as reduções obtidas pelo caso 3.3.1 do problema 3. Tabela 4. 168 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.1 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 45,000 $116.100,00 REDUÇÃO (%) 66,67% 66,67% $1.517.078,70 $1.043.029,50 31,25% $105.988,74 $1.623.067,44 $79.484,04 $1.122.513,54 25,01% 30,84% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.3.2 - Modelo 4, sem limitar a concentração na entrada do regenerador, com reciclo O Modelo 4 com reciclo e sem atualizar parâmetros das correntes de reuso foi usado para resolver o caso 3 do problema 3, sem limitar concentração de entrada do regenerador. O custo total mínimo encontrado foi US$ 1.113.331,13 por ano e apresenta a configuração da rede mostrada na Tabela 4.169. Tabela 4. 169 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.2 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 25,392 8,608 Operação 3 2,011 1,144 52,846 Regenerador 1 17,053 22,244 22,156 - Conforme mostra a Tabela 4.170, a solução encontrada no caso 3.3.2 gera uma redução de 31,41% no custo total anual da rede originalmente proposta. Tabela 4. 170 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.2 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 45,000 $116.100,00 REDUÇÃO (%) 66,67% 66,67% $1.517.078,70 $1.034.197,30 31,83% $105.988,74 $1.623.067,44 $79.133,83 $1.113.331,13 25,34% 31,41% DADOS OTIMIZADOS CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 179 Caso 3.3.3 - Modelo 7, sem limitar a concentração na entrada do regenerador O mínimo custo total igual a US$ 1.113.331,13 por ano foi alcançado aplicando o Modelo 7 ao sistema de água proposto pelo caso 3 do problema 3, sem limitar a concentração na entrada do regenerador. A Tabela 4.171 apresenta a configuração da rede proposta pelo caso 3.3.3. Tabela 4. 171 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.3 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 25,392 8,608 Operação 3 2,011 52,846 Regenerador 1 17,488 21,761 22,204 - O uso do Modelo 7 gerou o mínimo custo total igual ao obtido pelo caso 3.3.2, porém sua configuração não exige a existência de reciclo nas unidades e a vazão da operação 3 diminui. Isto ocorre pois o reciclo na operação 3 é imposto pela necessidade de se ter uma vazão fixa, o que não ocorre neste caso. A Tabela 4.172 apresenta as reduções obtidas otimizando o custo total da rede de água dada pelo caso 3 do problema 3. Tabela 4. 172 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.3 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 133,000 $343.140,00 45,000 $116.100,00 REDUÇÃO (%) 66,17% 66,17% $1.494.603,46 $1.034.197,30 30,80% $104.887,14 $1.599.490,60 $79.133,83 $1.113.331,13 24,55% 30,39% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.3.4 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, sem atualizar parâmetros, sem reciclo Limitando a concentração na entrada do regenerador em 15ppm de hidrocarbonetos, 400ppm de H2S e 35ppm de sais, aplicou-se o Modelo 4 sem reciclo e sem atualizar os parâmetros da corrente de reuso. O mínimo custo total encontrado foi de US$ 1.248.781,75 por ano. A Tabela 4.173 mostra a configuração da rede proposta pelo caso 3.3.4. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 180 Tabela 4. 173 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.4 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 8,500 25,500 - Operação 3 36,500 2,589 16,911 Regenerador 1 16,911 - As reduções obtidas pelo caso 3.3.4 do problema 3 estão apresentadas na Tabela 4.174. Tabela 4. 174 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.4 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 90,000 $232.200,00 REDUÇÃO (%) 33,33% 33,33% $1.517.078,70 $1.156.820,40 23,75% $105.988,74 $1.623.067,44 $91.961,35 $1.248.781,75 13,23% 23,06% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.3.5 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, com reciclo O caso 3, limitando a concentração do contaminante na entrada do regenerador, foi estudado objetivando o mínimo custo total anual aplicando o Modelo 4 com reciclo. A Tabela 4.175 apresenta a solução encontrada para o mínimo valor da função objetivo de US$ 1.236.176, 12. Tabela 4. 175 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.5 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 25,392 8,608 Operação 3 43,835 2,563 1,165 8,437 Regenerador 1 17,044 - Este resultado foi obtido tanto para o modelo com atualização dos parâmetros das correntes de reuso quanto para o modelo sem atualização. A Tabela 4.176 mostra os resultados obtidos pelo caso 3.3.5 do problema 3 e as respectivas reduções alcançadas. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 181 Tabela 4. 176 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.5 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 88,835 $229.194,30 REDUÇÃO (%) 34,20% 34,20% $1.517.078,70 $1.144.872,37 24,53% $105.988,74 $1.623.067,44 $91.303,75 $1.236.176,12 13,86% 23,84% DADOS OTIMIZADOS Caso 3.3.6 - Modelo 4, limitando a concentração na entrada do regenerador, atualizando parâmetros, sem reciclo Neste caso, aplica-se o Modelo 4, sem reciclo e atualizando parâmetros, no problema descrito pelo caso 3, limitando a concentração na entrada do regenerador. O resultado obtido foi US$ 1.248.781,75 e a configuração proposta pela solução está apresentada na Tabela 4.177. Tabela 4. 177 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.6 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 8,500 25,500 - Operação 3 36,500 2,589 16,911 Regenerador 1 16,911 - A atualização dos parâmetros das correntes faz com que os recursos sejam aproveitados com maior eficiência; entretanto aumenta a margem de riscos pois implica em configurar a rede no limite das concentrações, não deixando margem de segurança. As reduções geradas pela solução do caso 3.3.6 estão apresentadas na Tabela 4.178. Tabela 4. 178 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.6 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 90,000 $232.200,00 REDUÇÃO (%) 33,33% 33,33% $1.517.078,70 $1.156.820,40 23,75% $105.988,74 $1.623.067,44 $91.961,35 $1.248.781,75 13,23% 23,06% DADOS OTIMIZADOS CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 182 Caso 3.3.7 - Modelo 7, limitando a concentração na entrada do regenerador O mínimo custo total anual obtido aplicando o Modelo 7 no caso 3 do problema 3, com limites de concentrações na entrada do regenerador, foi de US$ 1.236.176,12. A Tabela 4.179 mostra a configuração da rede proposta pelo caso 3.3.7 do problema 3. Tabela 4. 179 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 3.3.7 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 25,392 8,608 Operação 3 43,835 2,563 8,437 Regenerador 1 17,044 - A Tabela 4.180 mostra as reduções geradas pela solução proposta no caso 3.3.7 do problema 3. Tabela 4. 180 – Reduções obtidas pelo caso 3.3.7 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 133,000 $343.140,00 88,835 $229.194,30 REDUÇÃO (%) 33,21% 33,21% $1.494.603,46 $1.144.872,37 23,40% $104.887,14 $1.599.490,60 $91.303,75 $1.236.176,12 12,95% 22,71% DADOS OTIMIZADOS A minimização do custo total anual do caso 3 do problema 3 com restrição de vazão gerou as soluções apresentadas na Figura 4.40. Novamente, percebe-se que a atualização dos parâmetros das correntes não gera nenhuma, ou pouca, redução do custo total. A existência de reciclo também não apresenta grandes ganhos para a rede, tanto limitando a concentração na entrada do regenerador quanto não limitando. A Figura 4.41 apresenta uma comparação das redes obtidas no caso 3.3 do problema 3 sem restrição de vazão. Sempre que as operações apresentarem as características que permitam variar a vazão das operações em função da concentração na entrada da mesma, deve-se preferir as soluções deste caso às do anterior, pois neste não há reciclo, o que torna a rede mais segura e evita complicações com contaminantes não considerados importantes para análise. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 183 CASO 3.3 - PROBLEMA 3 Atual, com vazão fixa (Vazão fixa) Modelo 4, limitando o regenerador, sem reciclo, sem atualizar parâmetros Modelo 4, limitando o regenerador, sem reciclo, atualizando parâmetros Modelo 4, limitando o regenerador, com reciclo $1.800.000 Custo total ($/ano) $1.600.000 $1.400.000 $1.623.067,44 Modelo 4, sem limitar o regenerador, sem reciclo Modelo 4, sem limitar o regenerador, com reciclo $1.248.781,75 $1.248.781,75 $1.236.176,12 $1.122.513,54 $1.113.331,13 $1.200.000 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 40 – Comparação dos resultados obtidos minimizando custo total anual em redes do caso 3.3 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas. CASO 3.3 - PROBLEMA 3 (Vazão variável) Atual, com vazão variável Modelo 7, limitando o regenerador $1.599.490,60 $1.600.000 Modelo 7, sem limitar o regenerador $1.236.716,12 $1.113.331,13 Custo total ($/ano) $1.400.000 $1.200.000 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 41 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo total anual em redes do caso 3.3 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 184 CASO 4 O caso 4 baseia-se no problema apresentado por WANG e SMITH (1994 – Estudo de caso). Nele, o problema 3 é estudado usando uma fonte de água (do caso 1) e um processo regenerativo da primeira categoria. As eficiências do regenerador usado neste caso estão apresentadas na Tabela 4.181. Tabela 4. 181 – Eficiências do processo regenerativo do caso 4 do problema 3. Eficiência (%) (A) Hidrocarboneto 0,00 (B) H2S 0,99 (C)Sal 0,00 Os dados econômicos do processo regenerativo são os mesmos usados no problema 1 (Tabela 4.29), e os demais dados econômicos estão apresentados na Tabela 4.12. Caso 4.1 - Objetivando o mínimo consumo de água O objetivo deste caso é encontrar o mínimo consumo de água para a rede descrita pelo problema 3, apresentando as características descritas no caso 4. Caso 4.1.1 – Modelo 4 Aplicou-se o Modelo 4 sem atualizar parâmetros e obteve-se a vazão mínima igual a 56,000 t/h. A Tabela 4.182 mostra a configuração da rede de água proposta pela solução encontrada. Obteve-se o mesmo resultado com e sem reciclo, e com e sem atualizar parâmetros. Tabela 4. 182 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.1.1 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 9,000 22,785 2,215 Operação 3 2,000 54,000 Regenerador 1 22,215 34,000 - A Tabela 4.183 mostra as reduções obtidas pelo caso 4.1.1 do problema 3. A redução da vazão foi bastante satisfatória e representa a máxima redução para as redes com parâmetros das correntes fixos. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 185 Tabela 4. 183 – Reduções obtidas pelo caso 4.1.1 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 56,000 $144.480,00 REDUÇÃO (%) 58,52% 58,52% $1.517.078,70 $1.112.755,72 26,65% $105.988,74 $1.623.067,44 $85.444,85 $1.198.200,57 19,38% 26,18% DADOS OTIMIZADOS Caso 4.1.2 – Modelo 7 Aplicando o Modelo 7 no caso 4 do problema 3, obteve-se o mesmo valor de função objetivo do caso 4.1.1. Entretanto a configuração da rede sofreu algumas alterações, conforme mostra a Tabela 4.184. Tabela 4. 184 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.1.2 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,0000 - Operação 2 7,438 22,143 4,314 Operação 3 3,032 52,438 Regenerador 1 22,857 33,895 - As reduções referentes à rede de água com vazão variável estão apresentadas na Tabela 4.185. Tabela 4. 185 – Reduções obtidas pelo caso 4.1.3 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 133,000 $343.140,00 55,470 $143.112,60 REDUÇÃO (%) 58,29% 58,29% $1.494.603,46 $1.111.417,98 25,64% $104.887,14 $1.599.490,60 $85.253,32 $1.196.671,30 18,72% 25,18% DADOS OTIMIZADOS Como mostram as Figuras 4.42 e 4.43, todas as opções (com ou sem reciclo nas operações, atualizando ou não os parâmetros das correntes de reuso) de rede apresentaram a mesma solução, tanto para as redes que limitam a concentração na entrada do regenerador, quanto para as que não limitam. Para os problemas do caso 4, não é necessário impôr limites na concentração de entrada do regenerador, pois, por se tratar de um processo regenerativo do tipo 1, CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 186 a própria eficiência do mesmo torna a concentração de saída função da concentração de entrada, e desta forma, já restringe o regenerador de maneira adequada. CASO 4.1 - PROBLEMA 3 (Vazão fixa) Atual, com vazão fixa Modelo 4 135,000 140 Vazão (t/h) 120 56,000 100 80 60 40 20 0 Figura 4. 42 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 4.1 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas. CASO 4.1 - PROBLEMA 3 (Vazão variável) Atual, com vazão variável 133,000 Modelo 7 140 Vazão (t/h) 120 55,470 100 80 60 40 20 0 Figura 4. 43 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 4.1 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 187 Caso 4.2 - Objetivando o mínimo custo operacional Neste caso, o objetivo é determinar o mínimo custo operacional da rede de água caracterizada no caso 4 do problema 3. Caso 4.2.1 - Modelo 4, sem reciclo O Modelo 4 sem permitir a existência de reciclo nas operações foi aplicado ao caso 4 do problema 3. O resultado obtido está apresentado na Tabela 4.186 e o valor da função objetivo foi de US$ 1.074.614,72 por ano. Tabela 4. 186 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.2.1 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 8,500 25,500 - Operação 3 2,500 1,720 51,780 Regenerador 1 17,780 34,000 - As soluções do problema com e sem atualizar os parâmetros das correntes foram as mesmas. A Tabela 4.187 apresenta as reduções obtidas pelo caso 4.2.1 do problema 3. Tabela 4. 187 – Reduções obtidas pelo caso 4.2.1 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 56,000 $144.480,00 REDUÇÃO (%) 58,52% 58,52% $1.517.078,70 $1.074.614,72 29,17% $105.988,74 $1.623.067,44 $83.868,56 $1.158.483,28 20,87% 28,62% DADOS OTIMIZADOS Caso 4.2.2 - Modelo 4, com reciclo Aplicou-se o Modelo 4 com reciclo nas operações ao caso 4 do problema 3 e obteve-se o mínimo custo operacional de US$ 1.072.734,72. O resultado obtido para a solução com atualização dos parâmetros das correntes de reuso foi igual ao sem atualizar. A Tabela 4.188 apresenta a configuração da rede de água proposta pela solução. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 188 Tabela 4. 188 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.2.2 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 4,966 25,426 3,608 Operação 3 7,108 1,782 0,560 46,550 Regenerador 1 17,792 32,366 - As reduções geradas pelo caso 4.2.2 do problema 3 estão apresentadas na Tabela 4.189. Tabela 4. 189 – Reduções obtidas pelo caso 4.2.2 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 57,074 $147.250,92 REDUÇÃO (%) 57,72% 57,72% $1.517.078,70 $1.072.734,72 29,29% $105.988,74 $1.623.067,44 $84.048,41 $1.156.783,13 20,70% 28,73% DADOS OTIMIZADOS Caso 4.2.3 - Modelo 7 Obteve-se o valor de US$ 1.069.174,78 para o mínimo custo operacional anual da rede de água do caso 4 do problema 3 através da aplicação do Modelo 7. A Tabela 4.190 mostra a configuração da rede de água proposta pela solução. Tabela 4. 190 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.2.3 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 5,014 25,426 3,561 Operação 3 5,456 1,734 48,279 Regenerador 1 17,840 34,000 - O mínimo custo operacional atingido por este caso foi igual ao alcançado no caso 4.2.2, porém sem a existência de reciclo nas operações. As reduções geradas pelo caso 4.2.3 do problema 3 estão apresentadas na Tabela 4.191. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 189 Tabela 4. 191 – Reduções obtidas pelo caso 4.2.3 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 133,000 $343.140,00 55,470 $143.112,60 REDUÇÃO (%) 58,29% 58,29% $1.494.603,46 $1.069.174,78 28,46% $104.887,14 $1.599.490,60 $83.510,34 $1.152.685,12 20,38% 27,93% DADOS OTIMIZADOS A Figura 4.44 apresenta uma comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional da rede de água do problema 3, caso 4.2, com operação que requerem vazões fixas. Percebe-se que a rede com reciclo chegou a um custo operacional menor, porém a diferença anual em relação à rede sem reciclo é pequena. Sabendo-se que as redes com reciclo devem ser tratadas com maior cuidado, deve-se, neste caso, dar uma atenção especial para uma análise de custo/benefício das redes propostas. CASO 4.2 - PROBLEMA 3 (Vazão fixa) Atual, com vazão fixa Modelo 4, sem reciclo Modelo 4, com reciclo $1.517.078,70 Custo operacional ($/ano) $1.600.000 $1.400.000 $1.074.614,72 $1.072.734,72 $1.200.000 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Fi gura 4. 44 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 4.2 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas. Para as redes com operações que permitem adequar a vazão, todas as opções levaram à mesma solução, conforme mostra a Figura 4.45. A economia CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 190 gerada pela implementação da rede sugerida é bastante significativa (US$ 425.484,87) e tem a vantagem de não exigir reciclo nas operações. CASO 4.2 - PROBLEMA 3 (Vazão variável) Atual, com vazão variável Modelo 7 $1.494.603,46 $1.069.174,78 Custo operacional ($/ano) $1.600.000 $1.400.000 $1.200.000 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 45 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo operacional anual em redes do caso 4.2 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. Caso 4.3 - Objetivando o mínimo custo total O objetivo do caso 4.3 é encontrar o mínimo custo total da rede de água caracterizada no caso 4 do problema 3. Caso 4.3.1 - Modelo 4, sem reciclo Usou-se o Modelo 4 sem reciclo para encontrar o mínimo custo total da rede de água proposta pelo caso 4 do problema 3. A configuração proposta pela solução está apresentada na Tabela 4.192 e o valor da função objetivo encontrado foi US$ 1.158.483,28 por ano. Tabela 4. 192 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.3.1 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 8,500 25,500 - Operação 3 2,500 1,720 51,780 Regenerador 1 17,780 34,000 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 191 A atualização dos parâmetros das correntes de reuso não interferiu na solução encontrada. As reduções obtidas pelo caso 4.3.1 estão apresentadas na Tabela 4.193. Tabela 4. 193 – Reduções obtidas pelo caso 4.3.1 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 56,000 $144.480,00 REDUÇÃO (%) 58,52% 58,52% $1.517.078,70 $1.074.614,72 29,17% $105.988,74 $1.623.067,44 $83.868,56 $1.158.483,28 20,87% 28,62% DADOS OTIMIZADOS Caso 4.3.2 - Modelo 4, com reciclo O Modelo 4 com reciclo foi aplicado ao caso 4 do problema 3 objetivando o mínimo custo total anual. Obteve-se o valor mínimo de US$ 1.156.783,13 por ano. A Tabela 4.194 apresenta a configuração da solução encontrada. Tabela 4. 194 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.3.2 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 4,966 25,426 3,608 Operação 3 7,108 1,782 0,560 46,550 Regenerador 1 17,792 32,366 - Novamente a atualização dos parâmetros não alterou a solução obtida. A existência de reciclo nas operações causou uma pequena economia no custo total anual da rede. Conforme mostra a Tabela 4.195, a solução encontrada no caso 4.3.2 gera uma redução de 28,73% no custo total anual da rede originalmente proposta. Tabela 4. 195 – Reduções obtidas pelo caso 4.3.2 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 135,000 $348.300,00 57,074 $147.250,92 REDUÇÃO (%) 57,72% 57,72% $1.517.078,70 $1.072.734,72 29,29% $105.988,74 $1.623.067,44 $84.048,41 $1.156.783,13 20,70% 28,73% DADOS OTIMIZADOS CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 192 Caso 4.3.3 - Modelo 7 O caso 4.3.3 foi resolvido usando o Modelo 7 e obteve o mínimo custo total anual de US$ 1.152.685,12, ou seja, o mesmo valor atingido pelo caso anterior. A Tabela 4.196 mostra a configuração da rede de água proposta pela solução encontrada, que, neste caso, não impõe a existência de reciclo nas operações. Tabela 4. 196 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 4.3.3 do problema 3. t/h Fonte de água 1 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Regenerador 1 Operação 1 45,000 - Operação 2 5,270 25,431 3,299 Operação 3 5,200 1,729 48,541 Regenerador 1 17,840 34,000 - A Tabela 4.197 mostra as reduções geradas pelo caso 4.3.3 do problema 3. Em termos percentuais, ela é menor do que a apresentada no caso 4.3.2 devido ao valor da rede original (atual) também ser menor. Tabela 4. 197 – Reduções obtidas pelo caso 4.3.3 do problema 3. Vazão (t/h) Custo da água anual Custo operacional anual Investimento anual Custo total anual DADOS ATUAIS 133,000 $343.140,00 55,470 $143.112,60 REDUÇÃO (%) 58,29% 58,29% $1.494.603,46 $1.069.174,78 28,46% $104.887,14 $1.599.490,60 $83.510,34 $1.152.685,12 20,38% 27,93% DADOS OTIMIZADOS A comparação da rede atual do problema 3 com restrição de vazão com as redes otimizadas no caso 4.3 está apresentada na Figura 4.46. Propõe-se uma rede com e outra sem reciclo, sendo que elas geram aproximadamente o mesmo custo total anual. A não existência de alterações nos casos com atualização dos parâmetros das correntes de reuso, e a proximidade dos resultados obtidos em redes com e sem reciclo, indicam que este problema apresenta fortes restrições de entrada quando comparadas com os parâmetros das correntes de reuso. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE CASO 4.3 - PROBLEMA 3 (Vazão fixa) $1.623.067,44 $1.800.000 Custo total ($/ano) $1.600.000 $1.158.483,28 193 Atual, com vazão fixa Modelo 4, sem reciclo Modelo 4, com reciclo $1.156.783,13 $1.400.000 $1.200.000 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 46 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo total anual em redes do caso 4.3 do problema 3 com operações que requerem vazões fixas. A Figura 4.47 apresenta uma comparação da rede atual do problema 3 sem restrição de vazão, com a solução obtida minimizando o custo total anual da mesma com a adição de um processo regenerativo da primeira categoria. A escolha da melhor rede depende de diversos fatores que devem ser analisados seguindo critérios pré-definidos para cada problema individualmente. Entre os prováveis critérios estão a necessidade em diminuir a captação de água e/ou geração de efluentes, seja por restrições na captação, na estação de tratamento da água, na estação de tratamento do efluente ou em limitações ambientais; a busca por menores custos operacionais, seja buscando manter a competitividade no setor ou simplesmente diminuir gasto; e o interesse em uma rede que encontre um equilíbrio entre o custo operacional e o investimento envolvido na implementação da mesma. A minimização de somente um dos critérios leva a uma solução que pode, ou não, ser extremamente ineficaz em outro critério. Como podem existir diversas configurações (diferentes variáveis da base) para uma mesma solução, pode-se contornar esta situação através de estratégias que levem ao melhor resultado dentro do objetivo principal. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 194 CASO 4.3 - PROBLEMA 3 (Vazão variável) Atual, com vazão variável Modelo 7 $1.599.490,60 $1.152.684,12 Custo total ($/ano) $1.600.000 $1.400.000 $1.200.000 $1.000.000 $800.000 $600.000 $400.000 $200.000 $0 Figura 4. 47 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o custo total anual em redes do caso 4.3 do problema 3 com operações que permitem vazões variáveis. Uma delas é simplesmente resolver o problema minimizando o objetivo (critério) principal e, a partir da solução, resolver o problema aplicando os objetivos secundários e impondo uma restrição que fixe a solução obtida pelo objetivo principal. Como no presente trabalho não se definiu um objetivo específico, optou-se por resolver alguns critérios chave, e analisá-los paralelamente. Uma das estratégias desta opção é estabelecer uma função que considere todos os parâmetros importantes para o problema, podendo ser acrescentados diferentes “pesos” a cada parâmetro. Neste trabalho usaram-se pesos iguais para todos os parâmetros mostrados na Tabela 4.198, ou seja, calculou-se a média aritmética das reduções (eficiência) dos parâmetros considerados importantes. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 195 Tabela 4. 198 – Quadro comparativo das soluções do problema 3 obtidas para as redes de água que requerem vazões fixas. CUSTO CUSTO VAZÃO CUSTO COM INVESTIMENTO MÉDIA DAS CASO OPERACIONAL TOTAL (t/h) ÁGUA ($/ano) ($/ano) REDUÇÕES ($/ano) ($/ano) Atual 135,000 $348.300,00 $1.517.078,70 $105.988,74 $1.623.067,44 - 106,700 105,662 106,700 $275.131,20 $272.455,74 $275.128,62 $1.198.899,25 $1.187.237,18 $1.198.896,67 $89.896,17 $89.283,10 $89.896,17 $1.288.795,43 $1.276.520,29 $1.288.792,85 19,74% 20,47% 19,74% caso 2.1.1 110,067 $158.893,69 $1.111.811,95 $91.872,62 $1.203.684,57 27,74% caso 2.2.1 110,067 caso 2.2.2 109,001 $158.893,69 $160.599,32 $1.111.811,95 $1.104.288,56 $91.872,62 $91.248,86 $1.203.684,57 $1.195.537,42 27,74% 28,12% caso 3.1.1 caso 3.1.3 caso 3.1.4 caso 3.1.5 45,000 90,000 90,000 88,827 $116.100,00 $232.200,00 $232.200,00 $229.173,66 $1.666.692,90 $1.156.889,20 $1.156.889,20 $1.141.041,47 $101.186,51 $91.965,37 $91.965,37 $91.079,43 $1.767.879,41 $1.248.854,57 $1.248.854,57 $1.232.120,90 23,82% 25,34% 25,34% 26,27% caso 3.2.1 caso 3.2.2 caso 3.2.4 caso 3.2.5 caso 3.2.6 45,000 45,000 90,000 90,000 88,835 $116.100,00 $116.100,00 $232.200,00 $232.200,00 $229.194,30 $1.042.539,30 $1.034.197,30 $1.156.820,40 $1.156.820,40 $1.144.872,37 $79.464,65 $79.133,83 $91.961,35 $91.961,35 $91.303,75 $1.122.003,95 $1.113.331,13 $1.248.781,75 $1.248.781,75 $1.236.176,12 44,10% 44,38% 25,34% 25,34% 26,12% caso 3.3.1 caso 3.3.2 caso 3.3.4 caso 3.3.5 caso 3.3.6 45,000 45,000 90,000 88,835 90,000 $116.100,00 $116.100,00 $232.200,00 $229.194,30 $232.200,00 $1.043.029,50 $1.034.188,70 $1.156.820,40 $1.144.872,37 $1.156.820,40 $79.484,04 $79.133,49 $91.961,35 $91.303,75 $91.961,35 $1.122.513,54 $1.113.322,19 $1.248.781,75 $1.236.176,12 $1.248.781,75 44,09% 44,38% 25,34% 26,12% 25,34% caso 4.1.1 56,000 $144.480,00 $1.112.755,72 $85.444,85 $1.198.200,57 37,85% caso 4.2.1 caso 4.2.2 56,000 57,074 $144.480,00 $147.250,92 $1.074.614,72 $1.072.734,72 $83.868,56 $84.048,41 $1.158.483,28 $1.156.783,13 39,14% 38,83% caso 4.3.1 caso 4.3.2 56,000 57,074 $144.480,00 $147.250,92 $1.074.614,72 $1.072.734,72 $83.868,56 $84.048,41 $1.158.483,28 $1.156.783,13 39,14% 38,83% caso 1.1 caso 1.2 caso 1.3 Os valores em negrito indicam o parâmetro minimizado em cada caso; os em vermelho mostram o mínimo valor obtido para aquele parâmetro considerando todas os casos estudados; e em azul estão os mínimos valores encontrados para os parâmetros, excluindo os casos que eram redes onde não há limite na entrada do regeneradores do tipo 2. Pelo quadro anterior é possível perceber que, na maioria dos parâmetros, o mínimo encontra-se em um ou mais casos onde ele foi minimizado. No caso do custo com água isto não ocorre pois a redução obtida pelo processo regenerativo supre os gastos com o adicional de água (custo da água e do tratamento final), mesmo que esta seja da fonte 2. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 196 Como já mencionado, os casos objetivando a mínima vazão podem ou não gerar os menores custos. Neste problema a solução obtida minimizando o consumo de água apresentou uma configuração que não favoreceu aos custos mínimos. Entretanto, uma análise dos dados da Tabela 4.200 mostra que o custo total da rede com regeneradores está extremante ligado ao custo operacional. Isto é evidenciado, tanto no caso 3 quanto no caso 4, pela obtenção da mesma solução ao objetivar a minimização destes dois parâmetros, e estes resultados mantiveram a mínima vazão encontrada minimizando a mesma. Observou-se também que o problema 3 não favoreceu de forma significativa a existência de reciclo nas operações e a necessidade de resolver os problemas com atualização dos parâmetros das correntes. No primeiro caso, o pouco ganho econômico gerado pela presença de reciclo pode ser insignificante comparado com o menor risco existente em redes que não tem reciclo. Já no segundo, a atualização dos parâmetros é importante para aproveitar totalmente as possibilidades de reuso. Por outro lado, ela não deixa margens de segurança na operação das unidades, ou seja, sem a atualização considera-se que as operações sempre estão disponibilizando correntes de reuso com a máxima concentração possível. Cabe ainda lembrar que, como o problema com atualização dos parâmetros é um problema não linear, não há garantia de a solução encontrada ser a ótima, o que, em caso de não ser, pode tornar o ganho maior e significativo comparado com o ótimo sem atualização. Neste estudo, considerou-se as melhores soluções aquelas que apresentaram as maiores médias das reduções. A Figura 4.48 mostra um desenho esquemático da rede proposta pelo caso 3.3.2 do problema 3. Nesta rede a não limitação do regenerador faz o problema entendê-lo como um “sumidouro” sem limite e uma “fonte de água” com 5 ppm de cada contaminante e limitada pela mínima vazão da rede sem reuso (135 t/h). O consumo de 45 t/h só existe pois a operação 1 requer exclusivamente água da fonte 1, isenta de contaminantes. Caso não existisse esta exigência, a rede sem limite de concentração no regenerador caminharia para uma rede de descarte zero (reuso total). CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 197 Figura 4. 48 – Desenho esquemático da configuração escolhida, entre todas as opções, para representar a rede de água do problema 3 com operações que requerem vazão fixa. A Figura 4.49 apresenta um desenho esquemático da rede do caso 4.3.1, uma das melhores redes encontradas usando como critério a média das reduções, excluindo as opções que não limitam o regenerador. Figura 4. 49 – Desenho esquemático da configuração escolhida, excluindo as opções que não limitam o regenerador do tipo 2, para representar a rede de água do problema 3 com operações que requerem vazão fixa. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 198 Esta rede usa um regenerador da primeira categoria, o qual impõe limites na entrada do mesmo devido a sua concentração de saída ser função de características (eficiências) do regenerador. Os resultados dos diferentes parâmetros gerados pelos casos sem restrição de vazão estão apresentados na Tabela 4.199. O caso 4 mostrou a mesma característica percebida nas redes com restrição de vazão, onde a minimização da vazão não levou ao mínimo custo operacional, nem ao mínimo custo total. No caso 3 percebeu-se a mesma solução em todas as três minimizações: vazão, custo operacional e custo total. Tabela 4. 199 – Quadro comparativo das soluções do problema 3 obtidas para as redes de água que permitem vazões variáveis. CUSTO CUSTO CUSTO VAZÃO INVESTIMENTO MÉDIA DAS CASO COM ÁGUA OPERACIONAL TOTAL (t/h) ($/ano) REDUÇÕES ($/ano) ($/ano) ($/ano) Atual 133,000 $343.140,00 $1.494.603,46 $104.887,14 $1.599.490,60 - 105,662 $272.607,96 caso 2.1.2 110,076 $158.896,01 $1.187.389,40 $89.283,10 $1.276.672,51 19,34% $1.111.892,19 $91.877,88 $1.203.770,06 26,74% caso 2.2.3 109,001 $160.599,32 $1.104.288,56 $91.248,86 $1.195.537,42 27,12% caso 3.1.2 caso 3.1.6 45,000 $116.100,00 88,025 $227.104,50 $1.246.092,70 $1.376.191,50 $87.122,14 $102.698,88 $1.333.214,84 $1.478.890,38 36,51% 17,04% caso 3.2.3 caso 3.2.7 45,000 88,835 $116.100,00 $229.194,30 $1.034.188,70 $1.144.872,37 $79.133,49 $91.303,75 $1.113.322,19 $1.236.176,12 43,62% 25,10% caso 3.3.3 caso 3.3.7 45,000 88,835 $116.100,00 $229.194,30 $1.034.188,70 $1.144.872,37 $79.133,49 $91.303,75 $1.113.322,19 $1.236.176,12 43,62% 25,10% caso 4.1.2 55,470 $143.112,60 $1.111.417,98 $85.253,32 $1.196.671,30 37,23% caso 4.2.3 55,470 $143.112,60 $1.069.174,78 $83.510,34 $1.152.685,12 38,67% caso 4.3.3 55,470 $143.112,60 $1.069.174,78 $83.510,34 $1.152.685,12 38,67% caso 1.4 A Figura 4.50 mostra um esquema da rede 3.3.3. Nesta rede não há limitação de concentração na entrada do regenerador, permite-se variação nas vazões e atualiza-se os parâmetros das correntes de reuso. A configuração indicou que a operação 2 deve operar na vazão máxima, enquanto a operação 3 deve reduzir a vazão para 54,857 t/h. Outras considerações referentes a não limitação do regenerador seguem os princípios discutidos anteriormente nas redes com restrição de vazão. Um desenho esquemático da rede do caso 4.3.3 é apresentado na Figura 4.51. Esta rede representa a melhor solução obtida para redes do problema 3 com CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 199 operações que permitem variação de vazão, excluindo os casos em que o processo regenerativo não é limitado. Figura 4. 50 – Desenho esquemático da configuração escolhida, entre todas as opções, para representar a rede de água do problema 3, com operações que permitem vazão variável. Figura 4. 51 – Desenho esquemático da configuração escolhida, excluindo as opções que não limitam o regenerador do tipo 2, para representar a rede de água do problema 3 com operações que permitem vazão variável. A Tabela 4.200 apresenta uma comparação dos resultados obtidos pelo presente trabalho e os encontrados na literatura. Verifica-se que os resultados deste trabalho apresentam exelente concordância com os de outros trabalhos da literatura, comprovando a eficácia dos modelos propostos. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 200 Tabela 4. 200 – Comparação dos resultados obtidos neste trabalho com os resultados da literatura. Sem Com Múltiplas fontes de água Com regenerador Referência restrição restrição Primeira Segunda Fonte 1 Fonte 2 de vazão de vazão categoría categoría Resultados * * 105,662 t/h 105,662 t/h 56,200 t/h 53,876 t/h 55,470 t/h 45,000 t/h encontrados WANG e SMITH (1994) 105,7 t/h - - Doyle e SMITH 105,7 t/h (1997) Alva-Argaez, Vallianatos e 109,5 t/h Kokossis (1999) Bagajewicz 105,66 t/h (2000) GOMES (2002) 106,7 t/h 106,7 t/h 106,7 t/h * Considerou-se o menor consumo obtido no caso 2.1. 4.4. - 55,5 t/h - - - - - - - - - 0 t/h - 92,6 t/h PROBLEMA 4 (HUANG ET AL., 1999) O problema 4 estuda o caso proposto por HUANG et al. (1999 – exemplo 3), onde a rede de água a ser otimizada é composta por três operações que usam água, três fontes de água e três processos regenerativos (dois da primeira categoria e um da segunda categoria). Foi assumido existir dois contaminantes chave. As concentrações dos contaminantes no efluente final devem ser menores que 10 ppm. A Tabela 4.201 mostra os dados das fontes de água disponíveis para o problema 4. Tabela 4. 201 – Dados das fontes de água usadas no problema 4. Fonte de água 1 2 3 Contaminante Cj (ppm) A B A B A B 0,1 0,1 60 28 1800 1200 Vazão disponível (t/h) 30* 40* *toda a vazão deve ser enviada para as unidades ou para tratamento final As vazões, concentrações máximas de entrada e saída, cargas mássicas e perdas nas operações envolvidas no problema 4 estão apresentadas na Tabela 4.202. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 201 Tabela 4. 202 – Dados das operações da rede de água do problema 4. Vazão Cj, max, entrada Cj, max, saída ∆m j (Kg/h) Perda Operação Contaminante (t/h) (ppm) (ppm) (t/h) A 0,1 100,1 8 1 80 0 B 25 75 4 A 80 240 11,2 2 70 0 B 30 90 4,2 A 8 8 0 3 15 B 5 5 0 Considerando esta rede sem reuso a mínima vazão consumida pelas operações quando as mesmas têm restrição de vazão é 165 t/h de água da fonte 1. Quando as operações permitem variação de vazão a vazão mínima passa a ser 141,719 t/h, como mostra a Tabela 4.203. Tabela 4. 203 –Vazões mínimas requeridas pelas operações e da rede de água sem reuso. Operação Mínima vazão (t/h) 80,000 46,719 15,000 141,719 1 2 3 REDE Na operação 3, com perda de água, considerou-se que a concentração da corrente de perda é igual a zero para todos os contaminantes. As eficiências de remoção dos contaminantes e vazões máximas dos processos regenerativos do tipo 1 presentes no problema 4 estão apresentadas na Tabela 4.204. Tabela 4. 204 – Eficiências dos processos regenerativos do tipo 1 no problema 4. Processo Regenerativo (tipo 1) 1 2 Contaminante Eficiência (%) A B A B 90 80 20 95 Vazão máxima (t/h) 125 125 A Tabela 4.205 mostra as concentrações máximas de entrada e saída, e a vazão máxima permitida ao processo regenerativo do tipo 2 envolvido com o problema 4. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 202 Tabela 4. 205 – Dados dos processos regenerativos do tipo 2 no problema 4. Processo Regenerativo (tipo 2) Contaminante 3 A B Cj, max, entrada (ppm) 200 100 Cj, max, saída (ppm) 5 5 Vazão máxima (t/h) 125 CASO 1 – Minimizando o consumo de água Neste caso estudou-se o mínimo consumo de água no problema 4, utilizando diversos procedimentos. Aplicou-se o Modelo 5, que limita as concentrações nos sumidouros, além de possibilitar a preservação das características dos modelos anteriores (Modelo 2 – atualização dos parâmetros das correntes de reuso; Modelo 3 – perdas nas correntes de reuso; Modelo 4 – adição de regeneradores), para os casos com vazões fixas nas unidades; e o Modelo 8, que engloba todas as características do Modelo 5, permitindo também a variação das vazões das unidades, quando as operações não impõem um consumo de água pré-determinado. Como as fontes de água 2 e 3 deste problema têm vazão fixa, optou-se por resolvê-lo, tratando-as como correntes de reuso. Caso 1.1 Aplicando tanto o Modelo 5 como o Modelo 8 ao problema 4, o resultado encontrado foi o mesmo para todas as opções (que atualizam ou não os parâmetros das correntes, e que permitem ou não o reciclo nas operações envolvidas). A mínima vazão de água da fonte 1 determinada pela solução do problema foi 116,446 t/h. A Tabela 4.206 mostra a configuração proposta pela solução encontrada. Tabela 4. 206 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida no caso 1.1 do problema 4. t/h AG1 AG2 AG3 OP1 OP2 OP3 RG1 RG2 RG3 OP1 80,000 - OP2 2,478 62,995 4,526 - OP3 36,446 1,983 125,000 RG1 37,566 87,434 - RG2 40,000 15,000 70,000 - RG3 30,000 24,955 37,005 34,040 - TF 148,430 23,017 - CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 203 A Figura 4.52 apresenta uma comparação da mínima vazão do problema original sem reuso (com vazão fixa e variável), com a solução obtida minimizando-se o consumo de água. Neste problema não foram analisados os custos pois o problema original não fornece dados suficientes para esta análise. Mesmo sendo o objetivo principal do problema a minimização do consumo de água, para uma melhor análise, seria necessário avaliar os custos envolvidos pois, como já discutido, para uma mesma solução ótima (ou sub-ótima), existem diferentes configurações possíveis para a rede, ou seja, a rede com a vazão de 116,446 t/h pode minimizar o custo (objetivo secundário), sem alterar a vazão. CASO 1 - PROBLEMA 4 165,000 141,719 180 Atual, com vazão fixa Atual, com vazão variável Modelo 5 = Modelo 8 116,446 160 Vazão (t/h) 140 120 100 80 60 40 20 0 Figura 4. 52 – Comparação dos resultados obtidos minimizando o consumo de água em redes do caso 1 do problema 4 com operações que requerem vazões fixas. A Tabela 4.207 mostra os resultados obtidos para o problema 4. Tabela 4. 207 – Resultados obtidos para o problema 4. DESCRIÇÃO CASO VAZÃO (t/h) REDUÇÃO Atual, vazão fixa Modelo 5 Atual caso 1.1 165,000 116,446 29,43% Atual, vazão variável Modelo 8 Atual caso 1.2 141,719 116,446 17,83% CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 204 Um desenho esquemático da solução encontrada para o problema 4 está apresentado na Figura 4.53. Figura 4. 53 – Desenho esquemático da solução proposta para a rede de água do problema 4. A Tabela 4.208 apresenta uma comparação do resultado encontrado no presente trabalho com o resultado obtido por HUANG et al.(1999) ao objetivar o mínimo consumo de água. Atingiu-se o mesmo resultado, comprovando novamente a eficácia dos modelos propostos. Como os modelos possuem restrições não lineares, não é possível garantir a otimalidade da solução. Tabela 4. 208 – Comparação entre os resultados obtidos neste trabalho e os resultados da literatura. Referência Mínimo consumo da fonte 1 Resultado deste trtabalho 116,446 t/h HUANG et al. (1999) 116,4 t/h CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 4.5. 205 ESTUDO DE CASO O estudo de caso aborda uma rede de água de uma refinaria de petróleo proposta por KOPPOL et al. (2003). Este caso propõe o estudo de seis operações que usam água. As operações envolvidas, com suas respectivas cargas mássicas e concentrações máximas de entrada e saída, estão apresentadas na Tabela 4.209. Os contaminantes presentes nas correntes efluentes das operações são classificados em quatro categorias: sais, orgânicos, H2S e amônia. Tabela 4. 209 – Dados das operações da rede de água do estudo de caso de uma refinaria de petróleo. Operação 1 (Tratamento Cáustico) 2 (Destilação) 3 (Adoçamento com amina) 4 (Adoçamento – Merox I) 5 (Hidrotratamento) 6 (Dessalgadora) Contaminante Cj, max, entrada (ppm) Cj, max, saída (ppm) A (Sais) B (Orgânicos) C (H2S) D (Amônia) A (Sais) B (Orgânicos) C (H2S) D (Amônia) A (Sais) B (Orgânicos) C (H2S) D (Amônia) A (Sais) B (Orgânicos) C (H2S) D (Amônia) A (Sais) B (Orgânicos) C (H2S) D (Amônia) A (Sais) B (Orgânicos) C (H2S) D (Amônia) 300 50 5000 1500 10 1 0 0 10 1 0 0 100 200 50 1000 85 200 300 200 1000 1000 150 200 500 500 11000 3000 200 4000 500 1000 1000 3500 2000 3500 400 6000 2000 3500 350 1800 6500 1000 9500 6500 450 400 ∆m j (Kg/h) 0,18 1,20 0,75 0,10 3,61 100,00 0,25 0,80 0,60 30,00 1,50 1,00 2,00 60,00 0,80 1,00 3,80 45,00 1,10 2,00 120,00 480,00 1,50 0,00 Nesta rede existe uma única fonte de água isenta dos contaminantes. O custo com a captação, tratamento da água e tratamento do efluente final (“end of pipe”) é de 2,00$/ton. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 206 Os processos de tratamento usados pela rede são: um separador (por gravidade) API seguido de adsorção por carvão ativado, osmose reversa e um “stripper” para efluentes aquosos Chevron. O separador API remove orgânicos como óleos, graxas, etc., enquanto o carvão ativado remove orgânicos solúveis. A osmose reversa é responsável pela remoção dos sais e o “stripper” remove H2S e amônia. O tratamento final (“end of pipe”) faz o tratamento biológico, que remove a carga orgânica residual e, eventualmente, amônia e H2S residual. A Tabela 4.210 mostra os dados dos tratamentos envolvidos na rede de água do estudo de caso de uma refinaria de petróleo. Tabela 4. 210 – Dados dos processos regenerativos da rede de água do estudo de caso de uma refinaria de petróleo. Processo regenerativo 1 (Separador API seguido por carvão ativado) 2 (Osmose reversa) 3 (“Stripper” Chevron) Contaminante A (Sais) B (Orgânicos) C (H2S) D (Amônia) A (Sais) B (Orgânicos) C (H2S) D (Amônia) A (Sais) B (Orgânicos) C (H2S) D (Amônia) Cj, max, saída (ppm) Não tratado 50 Não tratado Não tratado 20 Não tratado Não tratado Não tratado Não tratado Não tratado 5 30 Custo ($/ton) 0,12 0,56 1,00 Fonte: KOPPOL et al. (2003) O estudo deste caso objetivou primeiro a redução do consumo de água e geração de efluentes em redes sem a presença dos processos regenerativos. Neste caso não é necessário inserir parâmetros econômicos pois o único custo envolvido é exatamente o custo com água (que inclui tratamento final), ou seja, o mínimo consumo já minimiza o custo. Como esta é uma rede que permite vazões variáveis, o mínimo consumo da rede sem reuso é 144,817 t/h, conforme mostra a Tabela 4.211. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 207 Tabela 4. 211 –Vazões mínimas requeridas pelas operações e da rede de água sem reuso. Operação 1 2 3 4 5 6 REDE Mínima vazão (t/h) 2,400 25,000 8,571 10,000 25,000 73,846 144,817 A configuração da rede proposta pela solução obtida para este caso está apresentada na Tabela 4.212. A mínima vazão atingida foi de 119,332 t/h. Por se tratar de operações que permitem a variação da vazão, a solução foi encontrada aplicando Modelo 6. Tabela 4. 212 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida para uma rede sem a presença dos processos regenerativos no estudo de caso de uma refinaria de petróleo. t/h AG1 OP1 OP2 OP3 OP4 OP5 OP6 OP1 2, 400 - OP2 OP3 25,000 8,571 - OP4 9,195 1,149 - OP5 OP6 TF 25,000 49,165 2,400 3,285 21,715 8,571 9,195 23,851 87,272 Como mostra a Tabela 4.213, alcançou-se uma redução de 17,60% no consumo de água da rede estudada numa refinaria de petróleo. Tabela 4. 213 – Redução alcançada minimizando a vazão do estudo de caso de uma refinaria de petróleo. Vazão (t/h) DADOS ATUAIS 144,817 DADOS OTIMIZADOS 119,332 REDUÇÃO (%) 17,60% O objetivo principal do problema proposto é reduzir o consumo de água. Como o modelo aplicado (Modelo 6) possui restrições não lineares, não é possível garantir a otimalidade da solução encontrada. Para verificar se foi obtido o mínimo global referente ao consumo de água da rede, é necessário aplicar critérios de otimalidade. SAVELSKI e BAGAJEWICZ (2000) propuseram condições de otimalidade para redes que utilizam água em plantas de processos envolvendo um único CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 208 contaminante. Em seguida (SAVELSKI e BAGAJEWICZ, 2003) estenderam estes critérios para sistemas multicontaminantes. Para a aplicação destes critérios, é necessário apresentar alguns termos definidos pelos autores: FWU (“Fresh water user processes”): são os processos que requerem água fresca, mas também podem consumir efluentes. WWU (“Wastewater user processes”): são os processos que se alimentam somente de efluentes. H (“Head processes”): é um caso especial de FWU, que consome somente água fresca. I (“Intermediate wastewater processes”): são processos alimentados por efluentes e alimentam outros processos com seu efluente. T (“Terminal wastewater processes”): são processos alimentados por efluentes de outros processos e descarregam seu efluente no tratamento final. Pk (“Precursors”): conjunto de precursores da operação k, ou seja, todos os processos que enviam efluentes para a operação k. Rk (“Receivers”): conjunto de receptores da operação k, ou seja, todos os processos que recebem efluentes da operação k. PWP (“Parcial wastewater providers”): são os processos nos quais seus efluentes são parcialmente reusados em outros processos, enquanto outra parte vai para tratamento final. TWP (“Total wastewater providers”): são os processos nos quais seus efluentes são totalmente reusados em outros processos. Bk,j (Base de água fresca): é o consumo de água fresca da operação k considerando a máxima concentração de saída do contaminante j. É calculada dividindo a carga mássica do contaminante j pela máxima concentração de saída deste contaminante na operação k. Contaminante chave: é o contaminante que apresenta a maior base de água fresca. O contaminante chave é calculado para cada operação. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 209 As condições de otimalidade apresentadas por SAVELSKI e BAGAJEWICZ (2000 e 2003) seguem três teoremas que serão apresentados a seguir: Teorema 1: Condição necessária de monotonicidade decrescente na concentração do contaminante chave. Este teorema diz que se a solução é ótima, então para todo PWP a concentração de saída do contaminante chave não é menor que a concentração do mesmo componente chave na corrente efluente combinada, vinda de todos os precursores. Teorema 2: Condição necessária de máxima concentração para os processos “Head”. Este teorema diz que se a solução é ótima, então a concentração de saída do contaminante chave de um processo “Head” fornecedor é igual a sua máxima concentração. Teorema 3: Condição necessária de máxima concentração para os processos intermediários (I). Este teorema diz que se a solução é ótima, então a concentração de saída de no mínimo um contaminante de um processo intermediário alcança a concentração máxima. Maiores detalhes dos critérios e as demonstrações dos teoremas podem ser encontrados nos trabalhos de SAVELSKI e BAGAJEWICZ (2000 e 2003). De posse das definições e teoremas propostos pelos autores, pode-se analisar a solução encontrada no presente trabalho, para a rede de água do estudo de caso de uma refinaria de petróleo, sem a presença de processos regenerativos. Pela Tabela 4.214, que apresenta a configuração da rede proposta, pode-se agrupar as operações conforme as definições descritas anteriormente: FWU WWU H I T OP4, OP6. nenhuma operação é alimentada somente por efluentes. OP1, OP2, OP3, OP5. não existem processos intermediários. OP4, OP6. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE P4 OP5. P6 OP1, OP2, OP3, OP5. R1 OP6. R2 OP6. R3 OP6. R5 OP4, OP6. PWP OP2. TWP OP1, OP3, OP5. 210 As bases de água fresca encontradas para as operações seguindo os respectivos contaminantes estão apresentadas na Tabela 4.214. Tabela 4. 214 – Bases de água fresca. Bk,j OP 1 OP 2 OP 3 OP 4 OP 5 OP 6 Contaminante A 0,360 18,050 0,600 5,000 10,857 12,632 Contaminante B 2,400 25,000 8,571 10,000 25,000 73,846 Contaminante C 0,068 0,500 0,750 0,400 0,169 3,333 Contaminante D 0,033 0,800 0,286 0,286 2,000 0,000 Os contaminantes chave de cada operação estão apresentadas na Tabela 4.214 em negrito. Como pode-se perceber, neste caso, em todas as operações, o contaminante chave é o B (orgânicos). Para aplicar o Teorema 1, deve-se calcular as concentrações combinadas dos precursores dos processos PWP referentes ao contaminante chave e compará-las com a concentração de saída do PWP do mesmo contaminante. A Tabela 4.215 mostra a concentração de saída da operação PWP do contaminante chave (contaminante B, para os dois casos) e a concentração combinada do(s) precursor(es). Pode-se perceber que esta condição estabelecida pelo Teorema 1 é satisfeita para o único processos PWP. Na operação 2 o valor da concentração combinada é nulo, pois ela é abastecida somente pela água fresca, logo este teorema não pode ser aplicado. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 211 Tabela 4. 215 – Comparações do Teorema 1. Csaída, cont.chave (ppm) OP 2 4000 PWP Concentração combinada dos precursores (ppm) - O Teorema 2 diz que a concentração de saída dos processos “Head” referentes ao contaminante chave deve ser igual à máxima concentração de saída permitida. A Tabela 4.216 mostra a comparação destes valores e verifica-se que o teorema é satisfeito. Tabela 4. 216 – Comparações do Teorema 2. Processos Csaída, cont.chave “Head” (ppm) OP1 OP 2 OP 3 OP 5 500 4000 3500 1800 Concentração máxima permitida para o contaminante chave (ppm) 500 4000 3500 1800 Os critérios do Teorema 3 não podem ser aplicados pois não existem processos intermediaries na solução encontrada. Pela verificação dos critérios de otimalidade sugeridos por SAVELSKI e BAGAJEWICZ (2000 e 2003), conclui-se que a solução encontrada pelo presente trabalho para o mínimo consumo de água em uma rede com operações que usam água em uma refinaria de petróleo, sem o uso de processos regenerativos, apresentou o mínimo global. Buscando reduzir ainda mais o consumo de água da refinaria de petróleo, analisou-se também a rede com a presença dos processos regenerativos apresentados na Tabela 4.210. Aplicou-se o Modelo 7 e atingiu-se a mínima vazão de 33,571 t/h. A configuração da rede proposta pela solução obtida está apresentada na Tabela 4.217. Esta solução não tem garantia de ser o mínimo global e, neste caso, não serão aplicados os critérios de otimalidade propostos por SAVELSKI e BAGAJEWICZ CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 212 (2000 e 2003) pois, em nenhum momento, os autores citam a validade do mesmo para redes com presença de processos regenerativos. Tabela 4. 217 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida para uma rede com a presença dos processos regenerativos no estudo de caso de uma refinaria de petróleo, minimizando o consumo de água. t/h OP1 OP2 OP3 OP4 OP5 OP6 RG1 RG2 RG3 TF AG1 25,000 8,571 OP1 2,667 OP2 25,000 OP3 8,571 OP4 1,822 8,523 OP5 0,887 15,739 7,394 1,695 OP6 53,989 31,152 RG1 0,525 55,821 37,834 1,078 0,725 RG2 0,335 3,447 22,771 11,282 RG3 1,807 6,011 2,944 0,520 A Tabela 4.218 mostra as reduções obtidas minimizando o consumo de água da rede com regeneradores do estudo de caso de uma refinaria de petróleo. Obtevese uma redução bastante satisfatória, embora não se possa garantir que esta é a máxima redução possível. Tabela 4. 218 – Reduções alcançadas minimizando a vazão do estudo de caso de uma refinaria de petróleo, numa rede com presença de processos regenerativos. Vazão (t/h) CUSTO ($/h) DADOS ATUAIS 144,817 $2.432.925,60 DADOS OTIMIZADOS 33,571 $1.110.664,80 REDUÇÃO (%) 76,82% 54,35% *considerando 8400h/ano Como o objetivo principal do problema exposto no estudo de caso é a minimização do consumo de água, esta será a vazão utilizada para a rede. Entretanto, sabe-se que para uma mesma solução pode-se obter diferentes configurações para a rede e que esta configuração influencia diretamente no custo de operação da mesma. Para apresentar uma proposta que satisfaça o objetivo principal e ainda apresente o mínimo custo para o consumo proposto, aplicou-se novamente o Modelo 7 minimizando custo e inserindo uma restrição que impõe o consumo de água igual a 33,571 t/h. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 213 A solução obtida foi um custo de U$ 859.404,00 por ano, e a configuração da rede correspondente está apresentada na Tabela 4.219. Tabela 4. 219 – Configuração do envio das correntes para a solução obtida para uma rede com a presença dos processos regenerativos no estudo de caso de uma refinaria de petróleo, minimizando o custo. t/h OP1 OP2 OP3 OP4 OP5 OP6 RG1 RG2 RG3 TF AG1 25,000 8,571 OP1 0,525 2,142 OP2 25,000 OP3 8,571 OP4 10,345 OP5 25,513 0,336 OP6 52,354 33,571 RG1 0,416 1,117 51,841 34,325 RG2 2,667 4,374 24,207 3,077 RG3 5,555 - A redução obtida para a minimização do custo com vazão fixa está apresentada na Tabela 4.220. Esta estratégia gerou uma economia de U$ 255.864 por ano em relação à solução encontrada minimizando somente o consumo. Tabela 4. 220 – Redução alcançada minimizando o custo do estudo de caso de uma refinaria de petróleo, numa rede com presença de processos regenerativos e vazão fixa. Vazão (t/h) CUSTO ($/h) DADOS ATUAIS 144,817 $2.432.925,60 DADOS OTIMIZADOS 33,571 $860.520,19 REDUÇÃO (%) 76,82% 64,63% A Figura 4.54 apresenta um desenho esquemático da rede proposta pelo estudo de caso. Esta rede foi obtida aplicando-se duas vezes o Modelo 7: a primeira, somente minimizando o consumo de água e a segunda, minimizando o custo porém fixada a vazão na mínima encontrada (33,571 t/h). Embora a solução mostre-se muito eficiente, em ambos os casos não se tem garantia de otimalidade. Uma das vantagens de usar otimização via programação matemática para resolver problema de redes de água é ter acesso a informações adicionais que auxiliam na execução da solução proposta. Essas informações são os “custos marginais” e ganhos marginais” que permitem, respectivamente, identificar o quanto CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 214 se estará perdendo em aumentar uma unidade de uma variável de decisão não básica, e o quanto se poderá ganhar deslocando as restrições em uma unidade. Figura 4. 54 – Desenho esquemático da rede proposta para o estudo de caso de uma refinaria de petróleo. Estes dados podem ser bastante úteis para a análise de investimentos e custos de implementação da rede, caso a mesma precise sofrer pequenas alterações da originalmente proposta. A Tabela 4.221 mostra os custos marginais da rede proposta pelo presente trabalho no estudo de caso de uma refinaria de petróleo. Tabela 4. 221 – Custos marginais dos envios da rede proposta pelo presente trabalho. t/h OP1 OP2 OP3 OP4 OP5 OP6 RG1 RG2 RG3 TF AG1 10136 1389 9786 14592 OP1 24305 300 6964 8862 3026 OP2 18507 13633 5884 137 13568 21601 1534 OP3 14507 23317 4238 611 13158 17024 468 OP4 29496 11767 877 36133 11291 34 21734 33959 323 OP5 5609 17308 919 11044 834 6807 962 OP6 38729 46928 19052 23516 43553 RG1 1483 RG2 7083 4626 4626 5584 6187 RG3 8072 10378 6732 10522 11042 10708 8400 12635 CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 215 A Figura 4.55 apresenta os ganhos marginais dos limites dos parâmetros das correntes. Em todas as operações, somente o contaminante B apresentou ganho marginal. A operação 2 é a que gera um maior ganho permitindo um aumento marginal na sua restrição (limite superior) de concentração na saída da mesma, enquanto a operação 1 não apresenta nenhum ganho. LIMITE DOS PARÂMETROS DAS CORRENTES 94,697 Ganho por ppm do contaminante B ($/h) 100,000 90,000 80,000 63,141 70,000 OP1 OP2 OP3 OP4 OP5 OP6 60,000 35,737 50,000 40,000 30,000 20,000 10,000 14,859 15,903 0 0,000 Figura 4. 55 – Ganhos marginais para variações das máximas concentrações de saída do contaminante B nas unidades. Aplicou-se o Modelo 7 e atingiu-se a mínima vazão de 33,571 t/h. A configuração da rede proposta pela solução obtida esta apresentada na Tabela 4.219. Esta solução não tem garantia de ser o mínimo global e neste caso não serão aplicados os critérios de otimalidade propostos por SAVELSKI e BAGAJEWICZ (2000 e 2003) pois em nenhum momento os autores citam a validade do mesmo para redes com presença de processos regenerativo. Analisando-se a Figura 4.56, pode-se concluir que a operação 2 gera o maior ganho. Isto já era esperado pois trata-se de uma operação que requer exclusivamente água da fonte 1. CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 216 LIMITE DAS OPERAÇÕES 5840 Ganho por ppm de contaminante ($/h) 6000 5000 4000 3000 2000 175 0 1000 0 0 0 0 OP2 0 0 789 0 53 OP4 D C 0 32 80 OP3 0 0 B A OP5 Figura 4. 56 – Ganhos marginais para variações das máximas concentrações de entrada dos contaminantes nas unidades. Conforme ilustrado na Tabela 4.222, os resultados obtidos pelo presente trabalho, referentes ao mínimo consumo, mostram-se coincidentes com as soluções encontradas na literatura (KOPPOL et al., 2003). No entanto, neste trabalho, buscouse encontrar a solução para um outro objetivo, custo, sem alterar o que foi originalmente proposto. Os resultados obtidos foram bastante significativos. Os valores em negrito mostram o que foi otimizado em cada caso. Tabela 4. 222 – Comparação esntre os resultados obtidos neste trabalho e os resultados da literatura. Vazão Custo Redução Redução Referência (t/h) (U$/ano) vazão custo Rede sem reuso 144,817 2.432.892,00 119,332 Resultado Sem regeneração 2.004.777,60 17,60% 17,60% deste 33,571 Com regeneração 1.110.664,80 76,82% 54,35% trabalho 33,571 860.520,19 64,63% Com regeneração e vazão fixa 76,82% Sem regeneração 119,33 2.004.744,00 17,60% 17,60% KOPPOL Com regeneração 33,571 1.118.376,00 76,82% 54,03% et al. Com regeneração (“end of * 22,32% 33,571 1.889.916,00 76,82% (2003) pipe”) * Neste caso, o custo com água fresca e tratamento “end of pipe” é U$ 0,32/t. Os resultados obtidos no presente trabalho, para o caso da configuração obtida através da minimização da vazão (33,571 t/h) e depois, da minimização do CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E ANÁLISE 217 custo (U$ 860.520,19 por ano), apresentaram uma redução de 64,63%, enquanto no trabalho de KOPPOL et al. (2003), que objetivou somente a redução de vazão, foi obtida a máxima redução de 54,03%. A seguir, serão apresentadas as principais conclusões obtidas no presente trabalho, bem como sugestões para o desenvolvimento de futuros trabalhos. CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES 218 CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES O reuso das correntes de efluentes aquosos é, atualmente, uma importante prática que vem a cada dia tornando-se mais freqüente no setor industrial. As refinarias de petróleo mostram-se com inúmeras possibilidades de reuso destes efluentes e estão em busca de soluções eficazes para este fim. Buscando contribuir para encontrar a melhor maneira de reusar correntes aquosas, o presente trabalho aplica uma série de modelos matemáticos que visam a otimização do consumo de água em uma refinaria de petróleo, empregando o reuso e/ou reciclo de correntes aquosas atualmente enviadas para o tratamento final, seja através de reuso direto ou passando por um processo regenerativo intermediário para que então esta corrente possa ser reusada. Os modelos matemáticos foram apresentados de maneira gradativa, começando por modelos simples até chegar a modelos mais completos. O primeiro modelo constituiu-se das operações que usam água e teve como parâmetros as vazões das operações, a concentração máxima de cada contaminante na entrada da operação e as concentrações de saída dos contaminantes. O Modelo 2 inseriu o conceito de carga mássica de cada contaminante em cada operação e passou a tratar o que era concentração de saída no Modelo 1 como sendo a máxima concentração permitida na saída da respectiva operação. Adicionou-se, no Modelo 3, processos com perdas de água que permitiam identificar a nova concentração da corrente de reuso em função de o contaminante estar ou não presente na corrente de perda. No Modelo 4 foi permitido o uso de processos regenerativos intermediários, sendo que os mesmos podiam ser de duas diferentes categorias: uma delas trata a concentração de saída como sendo fixa e a outra como sendo uma função da taxa de remoção do contaminante e da concentração na entrada do processo CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES 219 regenerativo. No Modelo 5 foi incluida a presença de sumidouros e impostas restrições para o descarte dos contaminantes nos mesmos. Os Modelos 6, 7 e 8 apresentaram as mesmas características dos Modelos, 2, 4 e 5, respectivamente, porém foram tratados sem restrição de vazão, ou seja, permitiram que as operações variassem a vazão em função da concentração de entrada, do limite da concentração de saída e da carga mássica de cada contaminante. Em todos os modelos foram apresentadas funções objetivos relativas à vazão e a custos. Para avaliar o desempenho dos modelos apresentados neste trabalho, foram resolvidos alguns problemas apresentados na literatura. Abordou-se os problemas de diferentes maneiras e buscou-se diferentes objetivos. O primeiro problema estudado foi apresentado por WANG e SMITH (1994 – exemplo 1) e estavam envolvidas quatro operações que usam água e apenas um contaminante. Este problema foi resolvido minimizando a vazão através dos Modelos 1, 2 e 6, permitindo ou não a existência de reciclo. Utilizando a mesma rede, inseriuse mais uma fonte de água, conforme proposto por WANG e SMITH (1995 – exemplo 1) e GOMES (2002), e também aplicou-se os Modelos 1, 2 e 6 (com e sem reciclo), minimizando o custo com água e o custo operacional. Na seqüência adicionou-se um processo regenerativo da segunda categoria à rede original, seguindo a proposta de GOMES (2002). Nesta nova rede foram minimizados o consumo de água, o custo operacional e o custo total, através da aplicação do Modelo 4 (atualizando ou não os parâmetros das correntes de reuso) e do Modelo 7. Neste caso, abordou-se os processos regenerativos limitando e sem limitar a concentração na entrada do regenerador. O estudo do problema 1 atingiu reduções bastante significativas: os percentuais de redução em redes com regeneradores sem limite de concentração chegaram a mais de 88% no consumo de água; e no custo com água, aproximadamente 55% no custo operacional e custo total. Excluindo estas redes que não limitavam os regeneradores, obteve-se reduções de vazão de aproximadamente 75%, do custo com água em torno de 82%, do custo operacional de até 52% e do custo total de até 51%. Como não havia um objetivo principal, optou-se por considerar a melhor rede aquela que apresentasse a maior média dos percentuais de redução. Permitindo que todas as opções fossem analisadas, a melhor solução obtida atingiu a redução média CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES 220 de 67% nas redes com restrição de vazão e 52% nas redes sem restrição de vazão. Excluindo as redes sem limite na concentração de entrada do regenerador, obteve-se uma média das reduções de 58% nas redes com restrição de vazão e aproximadamente 39% na rede sem restrição de vazão. Os resultados obtidos para o problema 1 permitem concluir que: Nos problemas com restrição de vazão, a solução encontrada para as melhores redes foi obtida tanto atualizando os parâmetros das correntes quanto sem a atualização. No caso da rede sem atualização, esta solução tem garantia de ser ótima, enquanto que para a rede com atualização, esta confirmação só pode ser feita mediante os critérios de otimalidade. Se a solução obtida para a rede sem atualização dos parâmetros das correntes for realmente o mínimo global deste problema, pode-se concluir que esta característica (atualização dos parâmetros das correntes) não é importante para o problema 1, o que permite prosseguir os estudos com o modelo sem atualizar parâmetros; As melhores soluções obtidas em redes sem restrição de vazão coincidiram com as soluções encontradas para as redes com restrição,com reciclo, porém as primeiras não implicavam na existência de reciclo. Esta característica indica que a restrição de vazão utiliza-se do reciclo simplesmente para suprir a vazão necessária para completar o consumo requerido pela operação; As soluções obtidas no presente trabalho apresentaram excelentes resultados quando comparados com os da literatura. O problema 2 estudou uma rede de água multicontaminante e com duas operações, apresentada por WANG e SMITH (1994 – exemplo 2). Estudou-se o problema com e sem reciclo através dos Modelos 1, 2 e 6, minimizando a vazão. Conforme sugerido por GOMES (2002), inseriu-se outra fonte de água na rede e os casos foram novamente estudados, porém minimizando custo com água e custo operacional. A adição de processos regenerativos, também proposta por GOMES (2002), foi analisada usando o Modelo 4, com e sem atualizar os parâmetros das correntes de reuso, e o Modelo 7, minimizando vazão, custo operacional e custo total. As reduções obtidas chegaram a reduções de aproximadamente 47% no consumo e no custo de água, 31% no custo operacional e quase 30% no custo total. CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES 221 Para as redes escolhidas como sendo as melhores, a média das reduções foi 34,66% para redes com restrição de vazão e 23,62% nas redes sem restrição de vazão. As principais conclusões que podem ser tiradas deste problema são: Os casos com reciclo apresentaram a mesma solução dos casos sem reciclo, mostrando que esta opção não é importante para este problema; As soluções obtidas com atualização dos parâmetros das correntes de reuso mostraram-se significativamente melhores que as soluções sem atualizar os parâmetros. Isto ocorre pois, como a operação 1 limita em 0 ppm somente o contaminante A, o uso de atualização favorece a redução da concentração de saída do contaminante B, facilitando seu reuso. Esta evidência indica que a opção de atualizar os parâmetros das correntes é importante neste problema e deve ser levada em consideração na seqüência dos estudos detalhados; As soluções encontradas limitando o regenerador foram iguais às sem limitar, quando existia a atualização dos parâmetros das correntes. Conclui-se que esta opção é irrelevante quando for usado este limite (100ppmA e 50ppmB), pois a atualização dos parâmetros gera concentração de saída da operação 1 igual a 100ppm de A e 50ppm de B, ou seja, toda vazão da operação 1 pode ser enviada para o regenerador; As soluções obtidas para o problema 2 mostraram-se coincidentes com as encontradas na literatura, garantindo a eficácia dos modelos propostos pelo presente trabalho. O problema 3 abordou o estudo de uma refinaria de petróleo proposto por WANG e SMITH (1994 – estudo de caso). Este problema é composto por uma rede de água com três operações (destilação a vapor, HDS, dessalinização) onde estão presentes três contaminantes (hidrocarbonetos, H2S e sais). Estudou-se casos com e sem reciclo, através dos Modelos 1, 2 e 6. Neste problema também inseriu-se outra fonte de água, conforme apresentado por GOMES (2002), e aplicou-se os Modelos 1, 2 e 6 minimizando custo com água e custo operacional. O problema também foi abordado com a adição de um regenerador (da primeira e da segunda categoria) na rede. Usou-se o Modelo 4, com e sem atualização dos parâmetros das correntes de reuso, e o Modelo 7, minimizando consumo de água, custo operacional e custo total. CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES 222 As melhores soluções obtidas nos casos com restrição de vazão apresentaram médias de redução de 44,38% considerando todas as opções e aproximadamente 40%, excluindo a opção de regenerador sem limite de entrada. Para as redes sem restrição de vazão, a maior redução no consumo de água, considerando todas as opções foi igual a 66,17%, e excluindo as redes com regeneradores que não limitam a concentração de entrada, a redução foi de 58,29%. As principais conclusões obtidas deste problema foram: A existência de reciclo não alterou significativamente as soluções obtidas, tornando esta opção pouco relevante para a solução da rede do problema 3; As melhores redes encontradas minimizando o custo operacional mostraram-se coincidentes com as obtidas minimizando o custo total. Esta característica do problema é bastante interessante, pois a função objetivo para o custo total é não linear, podendo causar inúmeras dificuldades ao necessitar tornar esta rede mais complexa; A atualização dos parâmetros das correntes de reuso mostrou-se pouco significante para a obtenção da melhor solução. Entretanto, não se tem garantia de otimalidade desta solução, e, em caso de não ser o mínimo global, esta opção pode se tornar significativa; Novamente as melhores soluções obtidas em redes sem restrição de vazão coincidiram com as soluções encontradas para as redes com restrição com reciclo; Nas redes, se limitar a concentração do regenerador, o mínimo consumo coincide com a vazão requerida pela operação que necessita somente de água da fonte 1; As soluções obtidas para o problema 3 mostraram-se coincidentes com as soluções encontradas na literatura. No problema 4 estudou-se a rede de água proposta por HUANG et al. (1999 – exemplo 3). Esta rede é constituída por três operações que usam água, três fontes de água e três processos regenerativos (dois da primeira categoria e um da segunda categoria). Estão envolvidos dois contaminantes e a concentração no sumidouro é limitada. CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES 223 Como não havia parâmetros econômicos, este problema foi resolvido somente minimizando o consumo de água da fonte 1. Usou-se os Modelos 5 e 8, aplicando todas as opções envolvidas. Obteve-se uma redução de 29,43% no consumo de água da fonte 1 no caso com restrição de vazão, e uma redução de 17,83% no caso sem restrição. Embora as reduções tenham sido diferentes, a vazão ótima apresentou-se igual. A diferença nos percentuais de redução é causada pela variação na mínima vazão utilizada na rede sem reuso. As principais conclusões deste problema foram: Todas as opções de rede apresentaram o mesmo resultado. Esta característica pode ser evidenciada pelas fortes restrições impostas pelo problema (sumidouro com restrição); O resultado encontrado no presente trabalho para o problema 4 mostrou excelente concordância com o obtido por HUANG et al. (1999). Para finalizar o presente trabalho, foi realizado um estudo de caso de uma refinaria de petróleo usando a rede proposta por KOPPOL et al. (2003). Nesta rede estavam presentes seis operações que usam água (tratamento cáustico, destilação, adoçamento com amina, tratamento merox, hidrotratamento e dessalgadora) e quatro classes de contaminantes (sais, orgânicos, H2S e amônia). Esta rede tinha como objetivo atingir o mínimo consumo de água, e as operações permitiam variações na vazão. Foi aplicado o Modelo 6 e obteve-se a redução de 17,60% no consumo de água da rede original. Dando continuidade ao estudo, adicionou-se três processos regenerativos (separador API seguido de carvão ativado, osmose reversa e “stripper”) alcançou-se uma redução de 76,82% no consumo de água usando o Modelo 7. Para encontrar a configuração que representasse a mínima vazão com o menor custo, resolveu-se novamente o problema, porém adicionando uma restrição de vazão fixa igual à solução obtida e minimizando o custo. A redução de custo atingida foi de 64,68%. No estudo de caso ainda foram aplicados critérios de otimalidade para a rede sem regeneração e apresentou-se uma breve discussão sobre os parâmetros marginais obtidos pela solução da rede com regeneração e vazão fixa, minimizando custo. As principais conclusões obtidas no estudo de caso foram: CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES 224 A solução obtida para a rede sem a presença de processos regenerativos é ótima; A minimização apenas da vazão pode não encontrar uma rede economicamente ideal; O uso da estratégia de minimizar primeiro a vazão e em seguida minimizar o custo, fixando o resultado obtido previamente, mostrou-se bastante eficiente; Os parâmetros marginais apresentam características que podem auxiliar na adequação de uma rede otimizada e/ou mostrar oportunidades de ganhos. A adequação é muitas vazes necessária pois a configuração proposta deve ser cuidadosamente analisada, e pode ser preciso realizar algumas pequenas alterações. Os custos marginais indicam onde as alterações implicam em menores perdas. Mudanças nas restrições do problema podem gerar ganhos para as redes, e os ganhos marginais indicam se isto ocorre e em qual proporção; Obteve-se no estudo de caso excelentes resultados quando comparados com os apresentados na literatura. Após resolver uma série de problemas usando diferentes modelos e diversas opções estruturais, chegou-se a algumas conclusões: Os modelos apresentados pelo presente trabalho mostraram-se eficaz na otimização de redes de água, gerando inúmeras propostas para o reuso das correntes de efluentes aquosos; É de extrema importância resolver os problemas por diversos modelos, opções estruturais (com ou sem reuso, com ou sem presença de regeneradores, etc.) e objetivos. Como foi possível verificar ao longo deste trabalho, cada problema mostrava-se único quanto à relevância de diferentes modelos, opções estruturais e objetivos. Esta característica só é alcançada devido à flexibilidade de se usar otimização via programação matemática; Existem grandes possibilidades de reuso nas redes de água, e a presença de processos regenerativos implica em um aumento significativo na capacidade de reuso destas redes; A estratégia proposta no estudo de caso, onde o objetivo principal é minimizar o consumo, mostrou-se mais adequada à realidade de uma refinaria de CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES 225 petróleo, pois é necessário reduzir a captação de água, levando-se em conta os custos envolvidos. Com base nos estudos apresentados, é possível apresentar algumas sugestões para trabalhos futuros: Estudar com detalhes os parâmetros marginais; Estudar critérios de otimalidade para redes com a presença de processos regenerativos; Acrescentar custos envolvidos na implementação das “linhas” e restrições de segurança; Aplicar a metodologia em um estudo de caso de uma refinaria brasileira, a partir de modelos simples até atingir a complexidade desejada. Analisar a proposta através de critérios de otimalidade e propôr uma rede considerando todas as características existentes (mesmo as que não sejam diretamente analisadas, como segurança, lay-out, etc) através dos parâmetros marginais. Estudar funções de parâmetros de mistura que não seguem equações lineares; Estudar a utilização de processos regenerativos que tenham a eficiência em função de outros parâmetros, como por exemplo concentração de entrada; Aplicar uma função de custo mais realista. Sabe-se que o custo operacional do tratamento final pode ser melhor descrito por uma função linear com a vazão, porém exponencial com a concentração dos contaminamtes. Esta equação é particular para cada ETE e deve ser determinada durante o estudo da otimização cada rede de água; Acrescentar correntes de rejeitos nos processos regenerativos; Estudar a rede de água considerando o balanço térmico das correntes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 226 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMATÓ, M., ESPUÑA, L.P., PUIGJANER, L., Optimization of water use in batch process industries. Computers an Chemical Engineering, 23, 1427-1437, 1999. ALMATÓ, M., SANMARTÍ, E., ESPUÑA, L.P., Rationalizing the water use in the batch process industry. Computers an Chemical Engineering, 21, S971-S976, 1997. ALVA-ARGÁEZ, A., KOKOSSIS, A.C., SMITH, R., Wastewater minimization of industrial systems using an integrated approach , Computers and Chemical Engineering, Vol. 22, S741-S744, 1998. 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PARÂMETROS ESPECIFICAÇÕES Alumínio 0,5 mg/L*1 Cloretos 60 mg/L *2 0,3 a 1,0 mg/L*1 Cloro livre 50 µg/L *2 Cobre Condutividade 500 µS/cm *2 Cor aparente 10 uH *1 DQO 2 mg/L *2 80 mg/L CaCO3 *2 Dureza Cálcio 300 µg/L *1 Ferro total Óleos e graxas 1 mg/L *2 pH 8 a 10 *1 Sílica 30 mg/L *2 Sólidos suspensos 5 mg/L *1 Sulfato 60 mg/L *2 5 uT *1 Turbidez *1 – Normas de Procedimento da COPENE *2 – Portaria do Ministério da Saúde nº36. Tabela AI. 2 - Padrões de especificação da água potável. PARÂMETRO ESPECIFICAÇÃO 1,1 diclorometeno 30µg / L 1,2 dicloroetano 10µg / L 2,4 diclorofenoxiacético 30 µg / L 2,4,6 triclorofenol 0,2 mg / L Acrilamida 0,5 µg / L ANEXO I – PADRÕES DAS ÁGUAS 236 Alaclor µg / L 20,0 Aldrin e Dieldrin 0,03 µg / L Alumínio 0,2 mg / L Amônia (como NH3) 1,5 mg / L Antimônio 0,005 mg/L Arsênio 0,01 mg/L Atrazina 2 µg / L Bário 0,7 mg/L Bentazona 300 µg / L Benzeno 5 µg / L Benzo[a]pireno 0,7µg / L Bromato 0,025 mg / L Cádmio 0,005 mg/L Chumbo 0,01 mg/L Cianeto 0,07 mg/L Clordano (isômeros) 0,2 µg / L Cloreto 250 mg / L Cloreto de vinila Clorito 5µg / L 0,2 mg / L Cloro livre 5 mg / L Cobre 2 mg/L Coliformes totais Cor aparente Cromo DDT (isômeros) Ausência em 100 mL 15 uH 0,05 mg/L 2 µg / L ANEXO I – PADRÕES DAS ÁGUAS Diclorometano Dureza 237 20µg / L 500 mg / L Endossulfan 20 µg / L Endrin 0,6 µg / L Escherichia coli ou coliformes termotolerantes Estireno Ausência em 100 mL 20µg / L Etilbenzeno 0,2 mg / L Ferro 0,3 mg / L Fluoreto 10 mg/L Glifosato 500 µg / L Heptacloro e Heptacloro epóxido 0,03 µg / L Hexaclorobenzeno 1 µg / L Lindano (ϒ-BHC) 2 µg / L Manganês 0,1 mg / L Mercúrio 1,5 mg/L Metolacloro 10 µg / L Metoxicloro 20 µg / L Microcistinas 1,0 µg / L Molinato 6 µg / L Monocloramina 3 mg / L Monoclorobenzeno Nitrato Nitrito (como N) Odor Pendimetalina 0,12 mg / L 1 mg/L 0,001 mg/L Não objetável 20 µg / L ANEXO I – PADRÕES DAS ÁGUAS 238 Pentaclorofenol 9 µg / L Permetrina 20 µg / L Propanil 20 µg / L Radioatividade alfa global 0,1 Bq / L Radioatividade beta global 1,0 Bq / L Selênio 0,01 mg/L Simazina 2 µg / L Sódio 200 mg / L Sólidos dissolvidos totais 1000 mg / L Sulfato 250 mg / L Sulfeto de Hidrogênio 0,05 mg / L Surfactantes 0,5 mg / L Tetracloreto de carbono 2 µg / L Tetracloroeteno µg / L 40 Tolueno 0,17 mg / L Triclorobenzenos 20 µg / L Tricloroeteno 70 µg / L Trifluralina 20 µg / L Trihalometanos total 0,1 mg / L Turbidez 5 UT Xileno 0,3 mg / L Zinco 5 mg / L ANEXO I – PADRÕES DAS ÁGUAS 239 Tabela AI. 3 – Faixa de controle de qualidade da água de resfriamento. SISTEMA ABERTO*1 SISTEMA FECHADO*2 7,0 – 8,5 7,0 a 9,5 Turbidez (graus) <20 - Condutividade (µS/cm) <300 <2500 30 – 100 - Dureza-Cálcio (ppm CaCO3) <250 - Cloreto (ppm Cl-) <500 <100 Sulfato (ppm SO4-2) <300 <50 Sílica (ppm SiO2) <150 - Ferro (ppm Fe) <3 *3 DQO Mn (ppm O) <10 - SS (ppm) <15 - PARÂMETROS pH (25ºC) Alcalinidade – T (ppm CaCO3) *1 – considerando tratamento com polifosfato de zinco. *2 – considerando tratamento com nitrito. *3 – sem tendência a aumentar. Tabela AI. 4 - Padrões da água desmineralizada (Fonte: Normas e relatório COPENE). PARÂMETROS Cloretos Cobre ESPECIFICAÇÕES 0,006 mg/L 5 µg/L Condutividade 0,3 µS/cm Dureza Cálcio Isenta Ferro total Óleos e graxas 20 µg/L Isenta pH 6,5 a 7,5 Sílica 0,02 mg/L Sulfato 0,006 mg/L ANEXO II – RESOLUÇÃO Nº20 DO CONAMA ANEXO II – RESOLUÇÃO Nº20 do CONAMA 240 ANEXO II – RESOLUÇÃO Nº20 DO CONAMA 241 O CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente ) controla a emissão de efluentes altamente contaminados nos corpos de água, estabelece critérios de lançamento de efluentes de qualquer fonte poluidora, seja direta ou indiretamente. Estes padrões de lançamento, apresentados a seguir, são definidos pela RESOLUÇÃO Nº20 do CONAMA, de 18 de junho de 1986, Art.21: • pH entre 5 e 9; • Temperatura: inferior a 40ºC, sendo que a elevação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3ºC; • Materiais sedimentáveis: até 1mL/litro em teste de 1 hora em cone lmhoff. Para o lançamento em lagoas e lagos, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes; • Regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vezes a vazão média do período de atividade diária do agente poluidor; • Óleos e graxas: óleos minerais até 20mg/L; óleos vegetais e gorduras animais até 50mg/L; • Ausência de materiais flutuantes; • Valores máximos admissíveis das seguintes substâncias: Tabela AII. 1 – Valores admissíveis para as substâncias estabelecidos pelo CONAMA para a descarga de efluentes de fontes poluidoras. Amônia 5,0 mg/L N Arsênio total 0,5 mg/L As Bário 5,0 mg/L Ba Boro 5,0 mg/L B Cádmio 0,2 mg/L Cd Cianetos 0,2 mg/L CN Chumbo 0,5 mg/L Pb Cobre 1,0 mg/L Cu ANEXO II – RESOLUÇÃO Nº20 DO CONAMA 242 Cromo hexavalente 0,5 mg/L Cr Cromo trivalente 2,0 mg/L Cr Estanho 4,0 mg/L Sn Índice de fenóis 0,5 mg/L C6H5OH Ferro solúvel 15,0 mg/L Fe Fluoretos 10,0 mg/L F Manganês solúvel 1,0 mg/L Mn Mercúrio 0,01 mg/L Hg Níquel 2,0 mg/L Ni Prata 0,1 mg/L Ag Selênio 0,05 mg/L Se Sulfetos 1,0 mg/L S Sulfitos 1,0 mg/L SO3 Compostos organofosforados e carbamatos totais 1,0 mg/L em Paration Sulfeto de carbono 1,0 mg/L Tricloroeteno 1,0 mg/L Clorofórmio 1,0 mg/L Tetracloreto de carbono 1,0 mg/L Dicloroetano 1,0 mg/g Compostos organoclorados não listados acima* 0,05 mg/L *pesticidas, solventes, etc ANEXO III – EXEMPLO DE PROGRAMA 243 ANEXO III – EXEMPLO DE PROGRAMA Este anexo apresenta um programa (modelo implementado no software GAMS) utilizado no presente trabalho. O exemplo em questão foi aplicado ao caso 3 do problema 3, sendo que os demais seguem a mesma lógica. ANEXO III – EXEMPLO DE PROGRAMA 244 SETS i k j f z g Conjunto Conjunto Conjunto Conjunto Conjunto Conjunto de de de de de de correntes de reuso /i1 * i3/ unidades de envio /k1 * k3/ parametros analisados /j1 * j4/ fontes de agua /f1/ processos regenerativos /z1/ processos regenerativos /g1/; SCALAR ctf custo de tratamento final em $ por ton /1.0067/ cag custo de agua bruta em $ por ton /0.3/ ho horas de operacao anual em mh por ano /8600/ itf investimento com tratamento final /34200/ da depreciacao anual /0.1/; PARAMETERS FRTF(j) Fatores restritivos do tratamentos final /j1 1000 j2 1000/ CR(z) Custo de regeneracao /z1 1/ IRG(z) investimento com regeneracao /z1 16800/ TABLE PAD(f,j) j1 f1 0 TABLE PC(i,j) Parametros das j1 j2 j3 i1 15 400 35 i2 120 12500 180 i3 220 45 9500 TABLE FRU(k,j) Fatores restritivos nas unidades de envio j1 j2 j3 j4 k1 0 0 0 45 k2 20 300 45 34 k3 120 20 200 56; TABLE delta(k,j) j1 k1 15 k2 100 k3 100 TABLE EF(z,j) j1 z1 5 TABLE tipo FRRG(z,j) z1 VARIABLE RD(i,k) AD(f,k) ERG(i,z) j1 150 Parametros das correntes de reuso j2 j3 0 0; Delta j2 400 12200 25 correntes de reuso j4 45 34 56; de concentracao j3 35 135 9300; Eficiencias dos processos regenerativos j2 j3 5 5; Fatores restritivos dos processos regenerativos do segundo j2 400 j3 35; Quantidade de agua enviada de i para k por reuso direto Quantidade de agua do tipo f enviada para k Quantidade de agua de i que vai para z ANEXO III – EXEMPLO DE PROGRAMA SRG(g,k) PAC(i,j) PCRG(g,j) PM(k,j) PMR(z,j) UTF(i) RTF(g) QT 245 Quantidade de agua de z que vai para k Parametros atualizados das coorrentes Parametro da corrente regenerada Parametros dos misturadores das unidades Parametros dos misturadores dos regeneradores vazao unidade para tf vazao regenerador para tf Custo total de reuso de agua; POSITIVE VARIABLE RD,AD,ERG,SRG,PCRG,PM,PMR,PAC,UTF,RTF; *Chutes iniciais (nao eh necessario) AD.L('f1','k1')=45; ERG.L('i1','z1')=15; SRG.L('g1','k3')=15; PM.L('K3','j4')=PC('i3','j4'); PAC.L('i1','j1')=15; PAC.L('i1','j2')=400; PAC.L('i1','j3')=35; PAC.L('i2','j1')=111.681; PAC.L('i2','j2')=12500; PAC.L('i2','j3')=180; PAC.L('i3','j1')=100.75; PAC.L('i3','j2')=45; PAC.L('i3','j3')=9301.75; EQUATIONS vazaodisp(i) Vazao disponivel na corrente i balamu(k) Balanco nos misturadores das unidades k balamr(z) Balanco nos misturadores dos regeneradores z balr1 Balanco no regenerador 1 balcmu(k,j) Balanco de contaminantes nos misturadores das unidades k balcmr(z,j) Balanco de contaminantes nos misturadores dos regeneradores z demuni(k) Demanda de agua na unidade k limcu(k,j) Limite de contaminante na unidade k pareg1(j) Parametros do regenerador g1 limcrg(j,z) Limite de contaminante no regenerador z1 parac1(i,j) Parametros atualizados da corrente 1 parac2(i,j) Parametros atualizados da corrente 2 parac3(i,j) Parametros atualizados da corrente 3 eru1 Evita reciclo na unidade 1 eru2 Evita reciclo na unidade 2 eru3 Evita reciclo na unidade 3 *tolerancias implementadas quando a solucao apresenta vazoes pequenas tol1 Tolerancia tol2 Tolerancia QTOTAL Define o custo total do reuso de agua ; vazaodisp(i) balamu(k) balamr(z) balr1 balcmu(k,j)$(ord(j) LT 4) balcmr(z,j)$(ord(j) LT 4) ..SUM(k,RD(i,k))+SUM(z,ERG(i,z))+UTF(i) =E=PC(i,'j4'); ..SUM(i,RD(i,k))+SUM(f,AD(f,k)) +SUM(g,SRG(g,k))=E=PM(k,'j4'); ..SUM(i,ERG(i,z))=E=PMR(z,'j4'); ..SUM(k,SRG('g1',k))+RTF('g1') =E=PMR('z1','j4'); ..PM(k,'j4')*PM(k,j)=E= Sum(i,RD(i,k)*PAC(i,j)) +sum(f,AD(f,k)*PAD(f,j)) +sum(g,SRG(g,k)*PCRG(g,j)); ..PMR(z,'j4')*PMR(z,j)=E= Sum(i,ERG(i,z)*PAC(i,j)); ANEXO III – EXEMPLO DE PROGRAMA demuni(k) limcu(k,j)$(ord(j) LT 4) pareg1(j)$(ord(j) LT 4) limcrg(j,z)$(ord(j) LT 4) parac1(i,j)$(ord(j) LT 4) parac2(i,j)$(ord(j) LT 4) parac3(i,j)$(ord(j) LT 4) eru1 eru2 eru3 tol1 *tol1 tol2 *tol2 ..PM(k,'j4')=E=FRU(k,'j4'); ..PM(k,j)=L=FRU(k,j); ..PCRG('g1',j)=E=EF('z1',j); ..PMR(z,j)=L=FRRG(z,j); ..PAC('i1',j)=E=delta('k1',j)+PM('k1',j); ..PAC('i2',j)=E=delta('k2',j)+PM('k2',j); ..PAC('i3',j)=E=delta('k3',j)+PM('k3',j); ..RD('i1','k1')=E=0; ..RD('i2','k2')=E=0; ..RD('i3','k3')=E=0; ..RD('i2','k3')=E=0; ..RD('i2','k3')=G=0.6; ..RD('i3','k2')=E=0; ..RD('i3','k2')=G=0.6; *Diferentes funcoes objetivos QTOTAL ..QT =E= SUM((f,k),AD(f,k)); *QTOTAL ..QT=E=((cag+ctf)*SUM((f,k),AD(f,k))+ * SUM((i,z),ERG(i,z)*CR(z)))*ho; *QTOTAL ..QT=E=((cag+ctf)*SUM((f,k),AD(f,k))+ * SUM((i,z),ERG(i,z)*CR(z)))*ho * +(itf*SUM((f,k),AD(f,k))**0.7+ * SUM(z,(SUM(i,ERG(i,z))**0.7)*IRG(z)))*da; MODEL REUSO / ALL /; SOLVE REUSO USING NLP MINIMIZING QT; DISPLAY QT.L,RD.L,AD.L,ERG.L,SRG.L,PCRG.L,PM.L,PMR.L,PAC.L,UTF.L,RTF.L; DISPLAY QT.M,RD.M,AD.M,ERG.M,SRG.M,PCRG.M,PM.M,PMR.M; 246