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OPI N I ÃO
O reconhecimento a quem é de direito
Na busca por soluções para a grave crise que se abateu sobre o setor, contar com o apoio
de deputados e senadores tem sido fundamental Miguel Rubens Tranin (*)
É claro que o setor sucroenergético nacional passa por dificuldades. A situação vem
se agravando desde a crise financeira mundial de 2008 que pegou muitas usinas no
contra pé, já que estas vinham investindo pesado
para atender a crescente demanda por etanol.
rados pela cadeia da cana de açúcar. E é isso que
nos mantém acreditando e investindo no setor,
mesmo que a um custo altíssimo que tem comprometido a saúde financeira das empresas.
Na busca por soluções para a grave crise
que se abateu sobre o setor, contar com o
apoio de deputados e senadores tem sido
fundamental. Precisamos agradecer o esforço
e a dedicação dos parlamentares paranaenses. Nessa oportunidade quero lembrar os
nossos representantes no Senado e na Câmara Federal, na pessoa do senador Sérgio
Souza e dos deputados federais André
Vargas e João Arruda, sem, de forma alguma, desmerecer aos demais parlamentares.
Nesse meio tempo, vieram várias safras consecutivas com graves problemas climáticos,
além da redução dos investimentos no canavial e na renovação destes, com consequente queda na produção e aumento de
custos.
Como resultado, 57 usinas foram obrigadas a encerrar suas atividades e outras 60
correm o mesmo risco, gerando desemprego e
graves problemas econômicos não só para os
municípios que têm as usinas como principal geradora de empregos, impostos e rendas, mas todas
as economias baseadas na cadeia sucroenergética.
O Paraná foi especialmente afetado por esta situação. Além de enfrentar todas as dificuldades
pelas quais passa o setor no Brasil, o Estado foi
atingido com maior intensidade pelas intempéries
climáticas. De 2009 a 2012 houve uma alternância
de ciclos de estiagem prolongada ou de chuvas intensas, tanto no verão quanto no inverno, reduzindo a produtividade no campo e na indústria e
potencializando a crise.
As fortes geadas de 2013 foram mais um golpe,
que reduziu em 10% a produção paranaense. De
campeão de produtividade, o Paraná passou a deter
o título de lanterna na ultima safra, com perda de
21%.
No mundo todo, as empresas passam por uma re-
Precisamos agradecer o
esforço e a dedicação dos
parlamentares paranaenses.
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Jornal Paraná - Outubro 2013
estruturação, em especial as que trabalham com
commodities. O que se busca é a escala de produção, cada vez mais necessária para obter resultados.
E nas usinas não é diferente, demandando fortes e
constantes investimentos para estas continuarem
competitivas.
Os ciclos de alta e baixa do mercado são inerentes
a todos os setores. Fenômeno é tido como natural
por alguns economistas. E o próprio setor já enfrentou vários. Desta vez, porém, o longo ciclo de
baixa comprometeu severamente a capacidade de
crédito de nossas empresas, induzindo a concentração e ao fechamento de muitas unidades. Muitos
empresários estão praticamente entregando seu patrimônio, construído ao longo de muitos anos por
famílias que trabalharam arduamente.
A psicologia nos ensina que sempre devemos
olhar o "todo" em cada obra e não fixarmos o olhar
apenas no lado negativo ou feio de um quadro. O
objetivo é obter uma visão mais ampla.
É certo também que as perspectivas para o setor
sucroenergético são espetaculares, diante da crescente demanda por energia, seja através do etanol
ou da cogeração com uso da biomassa e até mesmo
por açúcar e os demais subprodutos renováveis ge-
Os três não medem esforço na luta pelo setor,
defendendo não só as demandas e necessidades das
usinas do Paraná, mas de todo o Brasil, com muito
equilíbrio, buscando abrir portas para que possamos apresentar nossas reivindicações ao governo
federal, que desejo agradecer em outra oportunidade.
Em momento de crise, o pior é quando ninguém
quer te ouvir, receber ou abrir portas. Isso sim seria
trágico. Jamais podemos deixar de agradecer aqueles que lutam ao nosso lado pela valorização do
setor, pelo reconhecimento da sustentabilidade ambiental e econômica gerada, pelo pioneirismo e liderança brasileira em bioenergia, pela geração de
empregos e movimentação da economia em inúmeros pequenos municípios por todo o País e pela
qualidade de vida através das ações sociais promovidas pelas usinas e dos benefícios para a saúde pública.
É por tudo isso que precisamos lutar por uma política energética nacional que permita planejamento no longo prazo das empresas e a retomada
do desenvolvimento do setor sucroenergético.
Como representante do setor paranaense, agradeço
em nome de nossos associados o trabalho desses
parlamentares.
(*) Miguel Rubens Tranin, presidente da Alcopar
Residência Agronômica
A nona turma conta com 15 profissionais que passarão por intensivo treinamento prático,
sob supervisão, além do curso de aperfeiçoamento Marly Aires
Os candidatos aprovados na última
seleção para Residência em Engenharia Agronômica no Paraná, realizada dia 28 de setembro, em Maringá, começam a ser chamados pelas usinas do Estado. Vinte e cinco
candidatos concorreram a quinze
vagas.
A Residência é um programa voltado a Engenheiros Agrônomos
formados a no máximo três anos
que, segundo o professor doutor da
Universidade Federal do Paraná
(UFPR), Edelclaiton Daros visa
promover o aprimoramento de conhecimentos, habilidades e atitudes
indispensáveis ao exercício da Agronomia especializada em cana de
açúcar. Para isso é feito um intensivo
treinamento profissional em serviço,
sob supervisão, além de desenvolver
senso de responsabilidade ética no
exercício das atividades profissionais.
O programa realizado pela Alcopar
em parceria com a UFPR e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), iniciou em 2005 e
em sua nova edição, já capacitou
mais de 300 profissionais de todo o
País, sendo que cerca de 150 são paranaenses.
“É um programa que se destaca
pela qualidade na formação de mão
de obra. O Paraná se tornou um celeiro de engenheiros agrônomos especializados no setor sucroener-
Além de prova escrita, candidatos foram avaliados
em entrevista e quanto a qualidade de títulos
gético”, afirmou o professor da
UFRRJ, Eduardo Lima, coordenador do programa. Também é porta
de entrada no mercado de trabalho.
Cerca de 90% dos residentes foram
absorvidos pelas usinas do Estado,
sendo que alguns, hoje, exercem cargos de gerência e coordenação.
Além da prova escrita sobre conhecimentos relativos à área de
atuação, são usados como critérios
de seleção uma entrevista sobre conhecimentos pessoais ou técnicos e
a avaliação do currículo, baseandose na quantidade e qualidade de títulos obtidos e atividades desenvolvidas pelo candidato, levando-se
em consideração o tempo de graduação. Todo candidato que obtiver
OPORTUNIDADE
Selecionados iniciam
nota final superior a sete é aprovado.
Mas estes são chamados a ocupar as
vagas por ordem decrescente de
notas.
O residente recebe remuneração
mensal, sob forma de bolsa, equivalente, no mínimo, a uma bolsa de
aperfeiçoamento dos Órgãos Financiadores de Pesquisa do Governo
Federal, que atualmente é de R$
1.300,00 e um seguro pessoal.
A duração da residência é de um
ano com 1.920 horas em regime de
40 horas semanais. Além do treinamento profissional em atividades
práticas, sob supervisão, é ofertado
um curso de aperfeiçoamento (200
horas aula) sobre cana de açúcar.
Pessoal das usinas e das universidades que
participou da banca de seleção
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CONSERVAÇÃO
Preparo reduzido diminui custos,
evita erosão e aumenta resultados
Assunto foi tema da III Reunião Técnica sobre Cana de Açúcar, realizada dia 27 de
setembro, na Cooperativa Agroindustrial Nova Produtiva Marly Aires
Desde junho do ano
passado, a Cooperativa
Agroindustrial Nova Produtiva, com sede em Astorga, tem adotado o preparo reduzido do solo para
o plantio da cana de açúcar,
sob a orientação do consultor Antonio Luiz Gazon,
que desenvolve este trabalho em usinas há mais de
30 anos. A técnica já é utilizada em 100% da área plantada, com ótimos resultados,
segundo o engenheiro agrônomo Paulo Henrique de
Souza, gerente agrícola da
Nova Produtiva.
Além da qualidade do
plantio, aumento de produtividade da cana e conservação do solo, só para se
ter uma ideia dos benefícios, em 317 hectares onde
foi adotada a nova sistematização, houve uma redução significativa de custos
com redução de 760 mano-
Paraná (UFPR) e a empresa
Dow AgroSciences.
Segundo o professor doutor da UFPR, Edelclaiton
Daros, se o método usado
há anos não está mais dando certo, com menores produtividades a cada ano, além
de problemas de compactação e erosão do solo, tem
que se buscar opções, ver as
soluções que vêm sendo testadas e ver a que melhor se
adapta a situação de cada
usina.
A técnica já é utilizada em 100% da área de renovação do canavial da cooperativa
bras e quase 17 horas-máquina de trabalho. Com o
melhor aproveitamento do
terreno, também foi possível plantar 1,29 hectare a
mais de cana na mesma
área.
O assunto foi tema da III
Reunião Técnica sobre
Cana de Açúcar – 2013, realizada no dia 27 de setembro, na sede da Cooperativa,
onde o gerente agrícola, que
participou da segunda
turma do Programa de Residência Agronômica, apresentou o trabalho desenvolvido. O evento é promovido pelo Comitê Agrícola
da Alcopar em parceria com
a Universidade Federal do
O desafio, comenta Paulo
Henrique, é a quebra de
paradigma, mudar o que
sempre se fez para ter resultados diferentes e alinhar a causa da empresa
com a causa das pessoas.
Por isso a importância de
fazer a gestão de pessoas
com treinamento, valorização, motivação e comprometimento.
Vários motivos
Paulo Henrique de Souza, gerente agrícola da Nova Produtiva,
diz que foram vários os motivos
que levaram a cooperativa a testar
e adotar o novo sistema de preparo do solo, a começar pela necessidade de fazer um cultivo
conservacionista, tendo em mente
que o que vinha sendo feito não
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Jornal Paraná - Outubro 2013
estava dando o resultado esperado. Também, a maior parte dos
cooperados já adota há anos o
plantio direto de grãos e de certa
forma, demandava trabalho semelhante com a cana.
meio de evitar a erosão sem atrapalhar a mecanização, visando aumentar o rendimento das máquinas, desde plantio e tratos culturais até a colheita”, afirma o gerente agrícola.
“Terraço não é garantia contra a
erosão. Tínhamos que achar um
Outro problema sério eram os
custos de implantação do cana-
vial, que representam de 25% a
30% do custo total. Desde a safra
2008/09 estes evoluíram de R$
3.500 por hectare para em média
R$ 5.500 na safra 2012/13, no
Centro Sul. “Precisávamos reduzir
esses custos. Com o preparo reduzido está sendo possível diminuir
em quase 30% os gastos”, afirma.
Plantar fora de nível demanda critérios
Decisão de como conduzir o preparo reduzido e o plantio vai depender das condições
climáticas, época, tipo de solo e declividade
A decisão de como conduzir o preparo reduzido e o
plantio da cana de açúcar vai
depender das condições climáticas, da época do plantio,
do tipo de solo e da declividade, afirma Paulo Henrique de Souza, gerente
agrícola da Nova Produtiva.
“Não é uma receita fechada.
Não se pode generalizar o
mesmo procedimento para
toda a área. Há critérios que
precisam ser observados. É
um preparo mais técnico
que exige maior qualidade
na sua execução. Tem que
usar com critério e bom
senso”, ressalta.
O engenheiro agrônomo
cita que ainda há acertos
que precisam ser feitos na
aplicação da tecnologia na
cooperativa, mas que com os
resultados obtidos já deu
para ver que este é o caminho e que o solo fica mais
estruturado. “O preparo reduzido dá muito mais sustentabilidade. Com a chuvarada de junho e julho, era
possível ver as erosões causadas por todo lado, mas
onde foi feito o preparo reduzido, não houve problema, mesmo tendo sulcado fora de nível”, diz.
A nova sistematização do
terreno aumentou conside-
como antes, na altura do
carreador. Isso formava canaleta de água e dificultava
o trânsito. Para receber a
água dos carreadores, a cada
30 ou 40 metros são feitas
intervenções como vírgulas,
subsolando essas áreas.
Houve redução
de 760 manobras e
quase 17 horas-máquina
de trabalho
ravelmente o rendimento
das máquinas, eliminando
os terraços embutidos, permitindo o tiro longo nas
operações e diminuindo as
manobras. Os terraços passaram a ser feito em nível,
com cerca de 40 cm de altura, conforme permite a
declividade. Antes se fazia
terraço com mais de um
metro e meio. As pás carregadeiras e grades foram
aposentadas. A curva de
nível é feita com o terraceador e entre uma curva e outra faz intervenções para
reduzir a velocidade da
água.
A rotina do preparo reduzido começa com a dessecação da área que vai ser
reformada, feita pouco antes
do plantio, para manter cobertura no solo. A colheita é
feita com a cana crua.
Na sistematização do terreno tem que atentar para o
caminho da água, inclusive a
que vem do vizinho. E aí
fazer caixa de contenção e
outras intervenções para receber e conduzir essa água
de forma a não causar danos
na propriedade. Só depois é
feita a locação e construção
de estradas, sem exagerar,
Corretivos
A aplicação de corretivos é feita em área total, a
lanço, com incorporação, e também é aplicada no
fundo do sulco. “O rendimento operacional e a qualidade são muito melhores”, diz Paulo Henrique de
Souza, da Nova Produtiva. Também é usado um calcário mais reativo, em dose menor por hectare e jogado no sulco.
Sempre se preconizou subsolagem a 40 cm, mas não
acontecia efetivamente, ficando com cerca de 10 cm.
Hoje a equipe busca dar atenção a esse detalhe, evitando ilhas não subsoladas, que é por onde começa a
erosão, ou de passar com trator ou qualquer máquina
onde o trabalho já foi feito, entre outros cuidados.
Outubro 2013 - Jornal Paraná
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PALESTRA
O melhor cenário em 35 anos
Para o presidente da Abag, Luiz Carlos Correa de Carvalho, as perspectivas futuras são
excelentes, apesar de toda dificuldade que o setor enfrenta Marly Aires
“Em 35 safras que
acompanho, não me
recordo de ver perspectivas tão favoráveis como
agora. Até as petroleiras têm
apostado na tendência de
crescimento das energias renováveis dentro da matriz
energética global. O momento que o setor sucroenergético enfrenta é difícil, mas
vai passar. Vamos ver o preço
do etanol e do açúcar voltar a
subir”, afirmou o presidente
da Associação Brasileira do
Agronegócio (Abag), Luiz
Carlos Correa de Carvalho,
ressaltando a necessidade de
“o setor se unir e ajustar as
velas, já que não consegue
mudar os ventos”.
Ele foi categórico ao dizer
que o etanol tem excelentes
perspectivas pela frente, apesar das dificuldades que tem
desestimulado os investimentos: a falta de uma política pública e de competitividade frente à gasolina e
o abandono do setor pelo
governo. Além dos contratempos climáticos, a redução
de produtividade e aumento
de custos devido à expansão
dos canaviais para novas
fronteiras e à mecanização
crescente da lavoura.
Evento reuniu cerca de 400 pessoas ligadas ao agronegócio
Citando os cenários de demanda projetados no Brasil,
Carvalho destacou que mesmo no pior cenário, a demanda pelos produtos derivados da cana deve continuar crescendo com a produção de cana de açúcar
passando de 643 milhões de
toneladas de cana em 2013
para 1,213 bilhão em 2030 e
a produção de etanol de 25,7
bilhões de litros para 49,2
bilhões no período.
duzir 1,471 bilhão de toneladas de cana e 71,7 bilhões
de litros de etanol para atender a demanda. Neste contexto, o etanol hidratado
carburante se manteria em
19% do Ciclo Otto ou no
pior cenário, desapareceria.
O açúcar também tende a
crescer forte, passando de
38,4 milhões de toneladas
para 77,2 milhões e o etanol
de 2ª geração pode aumentar em 20% a produção.
No melhor cenário, entretanto, seria necessário pro-
Carvalho citou que as próprias previsões do governo
são de que a frota flex quase
dobre até 2023, passando de
49% da frota para 77%, mas
o reconhecimento dessa situação não se traduz em
ações do governo. “Por dois
anos a produção de energia
estagnou no Brasil. E a dúvida sobre qual a política do
governo tem levado a redução da produção de petróleo
também, além do etanol”,
disse.
Carvalho também lembrou que EUA estão próximos de atingir o nível
máximo do volume de milho que pode ser usado por
lei para produção de etanol. A partir daí a alternativa será a produção de
etanol a partir de celulose,
tecnologia ainda não totalmente dominada. “Este espaço pode acabar sendo
ocupado pelo etanol avançado do Brasil”, disse.
Outro ponto favorável para o crescimento da produção brasileira é a manutenção dos mandatos de
etanol nos EUA e na
União Europeia.
Volta da Cide
O presidente da Abag, Luiz
Carlos Correa de Carvalho defendeu que é fundamental que o
País mantenha sua liderança
mundial no setor sucroenergético,
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Jornal Paraná - Outubro 2013
o que depende de uma posição
clara de governo, visando manter
e ampliar a oferta de energias renováveis em sua matriz energética.
Neste sentido, Carvalho ressaltou a necessidade de recuperar
políticas anteriores consagradas,
como a volta da alíquota da Contribuição de Intervenção no Do-
mínio Econômico (CIDE) ao
preço da gasolina e a correção dos
preços desta conforme a cotação
do petróleo no mercado internacional.
Etanol é tema de Fórum Nacional do Agronegócio
Promoção foi da Rádio CBN Maringá com apoio da Cocamar, Alcopar, UniCesumar,
Sicredi União PR/SP, Sociedade Rural de Maringá e Konrad Caminhões
O presidente da Abag, Luiz
Carlos Correa de Carvalho
participou, dia 30 de setembro, da primeira edição do
Fórum Nacional do Agronegócio realizada no Recinto de
Leilões do Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, em Maringá, onde falou para mais
de 400 convidados, sobre as
perspectivas para o setor sucroenergético.
Na sequência, debateu sobre
o mesmo tema com o presidente da Alcopar, Miguel
Rubens Tranin, o diretor do
Grupo Santa Terezinha,
Paulo Meneguetti, e o presidente da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, Luiz
Lourenço.
A promoção foi da Rádio
CBN Maringá com apoio da
Cocamar, Alcopar, UniCesumar, Sicredi União PR/SP,
Sociedade Rural de Maringá
(SRM) e Konrad Caminhões
(Ford).
Segundo o presidente da
Alcopar, Miguel Tranin, o
setor no Paraná tem investido
visando recuperar as médias
de produtividade, e há muito
espaço para crescer, especialmente na região do arenito
sobre áreas de pastagens com
baixo rendimento, mas isto
não vai acontecer de uma
hora para outra. Para dar uma
ideia das dificuldades enfrentada, Tranin citou que das 30
unidades produtoras de etanol e açúcar do Paraná, três
Debate contou com Paulo Meneguetti (Santa Terezinha), Miguel Tranin
(Alcopar), Luiz Carlos de Carvalho (Abag) e Luiz Lourenço (Cocamar),
tendo o jornalista Sérgio Mendes como mediador
estão fechadas.
Para Paulo Meneguetti, diretor do Grupo Santa Terezinha, o aumento da escala de
produção decretou o fim de
muitas usinas no Brasil e investir em infraestrutura e lo-
gística é um diferencial competitivo para o setor, demandando atenção especial.
Sobre isso, Luiz Lourenço,
presidente da Cocamar, acrescentou que a situação “é desastrosa”. Segundo ele, além da fila
de caminhões para transportar
mercadorias rumo aos portos,
há também fila de navios. Por
causa das deficiências portuárias, houve casos de navios demorarem 60 dias para embarcar soja em Paranaguá, prejuízo pago pelos produtores.
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PALESTRA
Governo abandonou o agronegócio
Setor está a caminho de dar ao Brasil importante posição na geopolítica global
como fornecedor de alimentos, fibras e energia renovável
Que o agronegócio
é a força que move a
economia do Brasil
não há dúvida. Nos últimos
anos, as exportações do
setor é que têm dado sustentação e garantido superávits à balança comercial. E
neste ano, é o agronegócio
que tem evitado um déficit
ainda maior.
Mas apesar de sua importância para a economia do
país, as ações do atual governo mostram que agronegócio não é prioridade, afirmou o presidente da Abag,
Luiz Carlos Correa de Carvalho. “Hoje podemos dizer
que a atividade, mesmo sendo estratégica em termos de
desenvolvimento e geração
de divisas, está completamente abandonada”, disse.
O mesmo ocorre em relação
ao setor sucroenergético.
“São 10 ministérios tomando conta da cana de açúcar
e não temos com quem dialogar”.
Carvalho disse que ocupando apenas 74 milhões de
hectares – 8% do território
nacional -, o campo “é o
grande negócio do País”,
apesar das inúmeras adver-
cola no mundo, em 1990,
tinha de um lado os EUA
que registrava superávit de
US$ 19 bilhões, e Brasil e
Argentina, de US$ 7 bilhões cada um. Tendo neste
bloco países como Indonésia (US$ 2 bi) Tailândia
(US$ 5 bi) e China (US$ 2
bi). Do outro, em déficit,
havia países como Japão
(US$ 47 bi), Coréia do Sul
(US$ 7 bi), Oriente Médio
(US$ 5 bi) e União Europeia (US$ 34 bi).
Carvalho: “não temos com que dialogar”
sidades que tem enfrentado:
conquistou novas fronteiras,
avanços tecnológicos, reduziu custos e enfrentou desafios de gestão e governança.
E ressaltou que o Brasil vai
liderar a produção mundial
de alimentos e energia.
“Se há um setor resiliente
em suportar adversidades é
o agronegócio. Suportou,
amadureceu e renovou-se e
está a caminho de dar ao
Brasil uma importante posição na geopolítica global
como fornecedor de alimentos, fibras, energia renovável e outros”, afirmou.
Carvalho lembrou que a
estabilidade na oferta de
alimentos que caracterizou
o Século XX, com média
40% maior do que o consumo, e os preços baixos
desses produtos, definitivamente foi deixado para trás.
A partir de 2000 há uma
mudança no ângulo de
crescimento. Houve uma
retomada de preços da
commoditie agrícola, crescendo a insegurança alimentar. “É o século da demanda”.
O balanço entre o déficit e
superávit na balança agrí-
Em 2011, vários países registraram aumentos importantes no superávit agrícola
como EUA (US$ 31 bi),
Argentina (US$ 42 bi),
Indonésia (US$ 15 bi) Tailândia (US$ 32 bi), mas
nada comparado ao do Brasil, US$ 72 bilhões, 10 vezes a mais, passando a dominar a oferta de alimentos. No contraponto, entretanto, o déficit foi crescente
com a China emergindo
como um dos principais
demandadores de alimentos, com um déficit de US$
80 bilhões, além de Japão
(US$ 84 bi), Coréia do Sul
(US$ 21 bi), Oriente Médio (US$ 72 bi) e União
Europeia (US$ 28 bi).
Produção estagnada
Apesar da demanda crescente e de o etanol brasileiro ser “o combustível
renovável mais competitivo”, o presidente da Abag,
Luiz Carlos Correa de
Carvalho disse que a produção nacional encontra-se
estagnada. A justificativa é
que o governo criou uma
situação insustentável ao
manter o preço da gasolina
quase sem alterações por
anos, independente das
altas do petróleo no mercado internacional, para
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Jornal Paraná - Outubro 2013
tentar segurar a inflação e
desde 2011, passar a importar grandes quantidades
de gasolina a um custo
maior do que vende internamente.
Isto, além de causar um
rombo nas contas da Petrobras e reduzir o seu poder
de investimento, afeta diretamente o etanol, que não
foi desonerado e, por isso,
não raro, acaba custando
em muitos Estados mais
caro que o combustível fós-
sil, demandando cada vez
mais importação de gasolina. “Essas contradições
levam a uma situação onde
no Centro Sul se tem
usado apenas 36% do potencial do etanol hidratado”, citou Carvalho.
“Diante dessa realidade,
mesmo sem conseguir
atender à demanda interna, não há empresário
que se anime a investir na
produção”, comentou o
presidente da Abag. O nú-
mero de novas usinas caiu
de 30 em 2008 para duas
em 2012/13, e há um processo crescente de concentração e endividamento do
setor, com mais de 50 usinas paralisadas desde o
início da crise. E isso
diante de uma perspectiva
de demanda crescente de
combustível.
A consequência é que o
peso da gasolina no abastecimento de veículos de
Ciclo Otto voltou aos
mesmo 62% de 2000, jogando fora todo esforço. E
o pior, com grande parte
da gasolina importada a
preços subsidiados. Isso
três anos após ter perdido
mercado para o etanol,
caindo quase 20 pontos
percentuais devido às conquistas do etanol, com o
veículo flex e todo trabalho. Na época chegou-se
a afirmar que a gasolina
passaria a ser o combustível alternativo, lembrou
Carvalho.
Gás de xisto mudará o cenário energético
Barato e abundante, mostra potencial e está mudando as perspectivas da economia
mundial, podendo impactar até o etanol
Quando se fala em mercado e produção de energia,
o presidente da Abag, Luiz
Carlos Correa de Carvalho,
disse que é preciso considerar as mudanças geopolíticas
e o novo momento na economia mundial. Países em
desenvolvimento ganham
destaque com aumento da
renda per capita, há uma intensa urbanização e o aumento populacional.
Mais do que nunca, agricultura e energia estão ligados devido a uma série de
fatores, como os limites físicos para a produção que começam a surgir diante de
uma demanda crescente por
energia e alimentos. E neste
contexto, as inovações tecnológicas ganham importância.
Carvalho citou que o mundo da energia hoje é outro.
Antigamente 85% das reservas de petróleo do mundo
estavam concentradas
nas mãos
das sete companhias petrolíferas conhecidas como sete
irmãs. Hoje, este percentual é de 10%. Os outros
90% estão pulverizados nas
mãos de várias empresas estatais.
Também, o gás de Xisto
como nova fonte energética
tem ganhado uma proporção que não se esperava e
deve dominar o mercado
entre 2020/30, com os EUA
se tornando auto-suficiente
em energia e forte exportador. “Isso muda completamente a geopolítica”, afirmou,
ressaltando
que o Brasil
também tem grande reserva
de gás de Xisto, uma das 10
maiores.
Mais barato e abundante,
este mostra potencial e está
mudando as perspectivas da
economia mundial, podendo impactar até o etanol,
apesar de o custo do produto brasileiro ser imbatível
em relação ao que é produzido no resto do mundo.
“Mas, para se tornar uma
commoditie, tem que ter
mais produtores. Essa pressão para queda do preço da
energia é perigosa para o renovável porque tira a competitividade. Só não está
impactando ainda por causa
da instabilidade do
Oriente Médio”, enfatizou.
Muitas fábricas que tinham ido para a China,
estão voltando para os EUA
e o mesmo pode ocorrer em
relação ao Brasil. “Os norteamericanos voltam a atrair
capital. O setor sucroenergético precisa urgente ganhar produtividade para reduzir custos e o preço da
energia”, comentou Carvalho.
O presidente da Abag ressaltou que são mudanças importantes que estão ocorrendo no mundo energético,
mas que normalmente leva
tempo maior do que o desejado para acontecer. “Toda
mudança energética leva
anos para mudar a feição do
uso de energia. As principais
fontes precisaram de 30 a 50
anos para aumentar de 1%
para 10% da demanda global
de energia”. O gás natural
levou 40 anos, o petróleo, 30,
e o carvão, 50 anos.
Outubro 2013 - Jornal Paraná
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PALESTRA
Potencial do mercado de açúcar é enorme
Maior demanda exigirá que em sete anos o Brasil aumente
sua produção em 15 milhões de toneladas
“Os ciclos de alta e
baixa do açúcar nos
balanços globais entre a
oferta e demanda nos últimos 13 anos oscilaram em
períodos curtos, a cada dois
anos, em média. Agora,
para complicar ainda mais
a situação do setor, são quatro anos de excedentes na
produção fazendo pressão
forte sobre os preços”, afirmou o presidente da Abag,
Luiz Carlos Correa de
Carvalho.
Mas apesar do momento
difícil, Carvalho ressaltou
que a tendência é de a demanda continuar aquecida.
A média de crescimento de
consumo mundial tem sido
de 2% a 3%, mas há um
mercado crescente de açúcar nos países emergentes,
principalmente Índia, Chi-
na e Indonésia. Enquanto
em países de alto consumo,
este é de 58,2 kg de açúcar
per capita, Taiwan e Hong
Kong já consomem 27,9 kg
per capita, média que no
mundo é de 20 kg a 21 kg
per capita.
no país a produção cresceu
em média 5% ao ano de
2005 a 2012, no mundo
este foi de 2%. Já as exportações brasileiras cresceram
5% ao ano no período e no
mundo caíram 1%. “Há
uma dependência cada vez
maior do Brasil, que tem
mais de 50% do mercado
livre de açúcar e 30% do
total”.
Carvalho comentou ainda
que mesmo com todos os
problemas e aumento de
gastos, o Brasil ainda lidera
com relação a custo de produção de açúcar, o que favorece a liderança brasileira. O mais próximo,
Guatemala e Tailândia, registrou um custo 10%
maior na safra 2012/13.
“O potencial de crescimento do mercado é extraordinário diante da previsão de crescimento real
do PIB de 2010 a 2015, da
China (9,7%), Índia (8,1%),
Indonésia (6,7%). Isso exigirá que em sete anos o
Brasil aumente sua produção de açúcar em 15 milhões de toneladas para
atender a demanda”, disse.
A produção e exportação
do açúcar brasileiro tem
crescido mais do que o
mercado global. Enquanto
Produtividade de cana tem muito a crescer
Aumentar a produtividade da
cana de açúcar para reduzir custos é um dos grandes desafios
hoje do setor, segundo o presidente da Abag, Luiz Carlos Correa de Carvalho. Ele citou que
nos últimos 50 anos a produtividade agrícola mundial de várias
culturas aumentou de forma extraordinária. A da cana de açúcar
também cresceu, mas numa velocidade bem menor, 40%, contra
outras que chegaram a 130% ou
225%.
No Brasil, nos últimos 10 anos,
a produtividade da soja cresceu
em média 30% em toneladas por
hectare, a do milho 40%, do trigo
85% e algodão, 29%. No caso da
cana, o maior crescimento de
produtividade se deu de 1985 a
1994, 30,7%. No período seguinte caiu para 18,2% e de 2005
10
Jornal Paraná - Outubro 2013
a 2012, ficou em 7,1%, sendo registrado até redução nos últimos
anos por uma série de fatores
como a expansão da cana em
ambientes ruins, dificuldades na
economia e menor uso de tecnologia.
De 1975 a 2005 houve avanços
importantes em cana de açúcar
no Brasil. No Centro Sul, houve
um aumento no rendimento industrial: de 48,5% na produção
de etanol (passando de 60 para
89 litros por tonelada de cana) e
de 33,3% na produção de açúcar
(de 90 para 120 kg/tonelada
cana). Os dias de safra aumentaram de 165 para 220 (33,3%), o
número de cortes dobrou de três
anos para seis e a produtividade
de 65 toneladas de cana por hectare para 90 (38,5%). Mas há
muito a fazer com a cana.
O evento está programado para o dia 16 de fevereiro e será na Associação dos
Funcionários da Usina Santa Terezinha no município Marly Aires
Já estão abertas as inscrições para o Canito 2014 e o
prazo vai até o dia 15 de dezembro. Esta é a 29ª edição
do tradicional Torneio Interdestilaria do Paraná, que
abre a safra de cana de açúcar no Estado. O evento está
programado para o dia 16
de fevereiro próximo e será
realizado na Associação dos
Funcionários da Usina
Santa Terezinha de Tapejara
(ASFUST), localizada no
município de Tapejara. Esta
é a segunda vez que a unidade sedia o evento. A primeira foi em 2005.
Com a expectativa de reunir de 18 a 20 times e mais
de 4 mil pessoas, números
semelhantes ao do último
evento, o Canito 2014 terá
torneio de futebol suíço, almoço com a tradicional costela a fogo de chão, barracas
e eleição da Rainha Canito.
Também contará com barracas de alimentação, apre-
sentação da dupla sertaneja
regional Nego Viola e Carlos Brito no almoço e show
musical com a Banda Metrópole no encerramento.
Considerado o maior
evento esportivo do setor
sucroenergético, o torneio
tem como objetivo principal
a união e confraternização
dos colaboradores de todas
as unidades industriais do
setor no Estado para um dia
inteiro de práticas esportivas, concurso, festa e muita
diversão.
A edição 2013 do evento foi na
unidade do grupo em Iguatemi
“Além de podermos contar
com uma excelente estrutura em nossa associação, estamos trabalhando para organizar uma festa bem bonita”, afirma o gerente in-
TORNEIO
Canito 2014 será em Tapejara
dustrial da usina, Antonio
Sperandio, que é também o
presidente da ASFUST.
Dentre as melhorias da estrutura programada estão a
construção de um novo vestiário, já em andamento, e de
um campo de bocha, entre
outras obras.
Em 2013, o torneio foi organizado pela Usina Santa
Terezinha de Iguatemi e o
time vencedor foi o da unidade do grupo em Cidade
Gaúcha. A Garota Canito
eleita foi da Usina Santa Terezinha de Iguatemi.
Mais informações
e inscrições:
[email protected],
[email protected] e
[email protected]
Outubro 2013 - Jornal Paraná
11
SUSTENTABILIDADE
Projeto envolveu 2.100 estudantes de 53 escolas em 35 municípios
Plantando Verde Colhendo Vida
Semana da Árvore é oportunidade na Usina Alto Alegre para conscientizar e cuidar
do meio ambiente com palestras, concurso e plantio de árvores Marly Aires
Mais do que cuidar do
meio ambiente, é fundamental conscientizar o cidadão para que todos preservem e participem. Com
essa visão, o projeto “Plantando Verde Colhendo
Vida”, da Usina Alto Alegre S.A. Açúcar e Álcool
vem há oito anos buscando
mudar a realidade no seu
entorno com a conscienti-
zação a partir do envolvimento das crianças. “Para
isso é preciso investir em
educação”, afirma Renata Nobre, gerente de Gestão.
O trabalho é realizado em
duas etapas. Em agosto, as
equipes das três unidades
industriais da usina no Paraná (Colorado, Santo In-
ácio e Florestópolis) e a de
São Paulo (Presidente Prudente) vão às escolas dos
municípios onde estas
atuam e realizam uma série
de palestras sobre o meio
ambiente, lançando o concurso de redação.
Em setembro, de 16 a 20,
período em que comemora
a Semana da Árvore, crian-
ças, professores e autoridades dos municípios participam do plantio de mudas
de espécies nativas da região em áreas de preservação permanente. Também é
feita a premiação das três
melhores redações de cada
escola com bicicleta, videogame e MP5.
Ao todo, nas quatro uni-
dades da usina, foram plantadas 3 mil mudas de árvores por 2.100 estudantes do
5º ano de 53 escolas em 35
municípios. O projeto, que
teve início na unidade de
Presidente Prudente (SP) e
se expandiu para as demais
indústrias, ganhou este ano
a adesão da de Florestópolis, a última a ser incorporada ao grupo.
Dando exemplo
Muito mais do que conscientizar, a Usina Alto Alegre dá exemplo, desenvolvendo há muitos anos um
amplo trabalho de cuidado
com o meio ambiente, com
práticas conservacionistas,
destinação correta dos resíduos industriais e ações sociais. Há 13 anos começou
a recuperação das áreas de
preservação permanente
nas propriedades da usina,
além de uma série de melhorias no processo industrial e agrícola visando preservar o meio ambiente e se
adequar às exigências legais.
A usina trabalha com circuito fechado de água, que
12
Jornal Paraná - Outubro 2013
é tratada e reaproveitada integralmente. Tem feito as
adequações na indústria e
no campo antes dos prazos
estabelecidos pelo protocolo ambiental assinado
com o IAP, além de aproveitar todo resíduo industrial no plantio da cana,
transformando-o em adubo.
Todas as áreas de preservação permanente nas propriedades da usina foram
recompostas e esta vem ajudando os parceiros a recuperarem suas áreas. Em todo novo plantio de cana, já
é reservado o espaço e feito
o plantio de árvores nativas.
Usina tem feito as adequações na indústria e no campo
antes dos prazos estabelecidos pelo protocolo ambiental
Dinheiro obtido será usado no pagamento de dívidas, dos fornecedores
e de pelo menos 1,3 mil ex-funcionários Da Equipe de Redação
A usina de açúcar e álcool Casquel Agrícola S/A, localizada em
Cambará, no Norte Pioneiro do
Paraná, vai a leilão no próximo dia
26 de novembro. Este é resultado
de uma determinação da Vara do
Trabalho de Jacarezinho e o dinheiro obtido será usado no pagamento de dívidas, dos fornecedores e de pelo menos 1,3 mil exfuncionários.
A Usina Casquel começou a passar por problemas em 2009, logo
após a crise financeira mundial que
pegou muitas usinas brasileiras no
o valor relativamente alto
porque a empresa está desativada
há cerca de três anos, o que deixou
todo equipamento sucateado por
falta de uso.
Instalações, máquinas e uma área de 619 hectares
vão a leilão por R$ 80 milhões
contra pé, por terem feitos fortes
investimentos para crescer, deixando-as descapitalizadas e com
uma dívida crescente. No ano seguinte, o complexo passou a ficar
sob a tutela de um interventor nomeado pela Justiça.
As instalações da usina, máquinas
Foto Folha de Londrina
Segundo dados da Justiça do Trabalho de Jacarezinho, existem 723
ações trabalhistas, individuais e coletivas, contra a Casquel e seus
proprietários. Só com ex-funcionários, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fabricação
de Álcool de Jacarezinho e região
estima que o débito da Casquel
passe de R$ 20 milhões. A dívida
com fornecedores ultrapassava os
R$ 5 milhões, calcula-se.
USINA
Novo leilão da Casquel será em novembro
e uma área de 619 hectares da empresa foram avaliadas por R$ 180
milhões por um perito nomeado
pela Justiça do Trabalho no ano
passado. O lance mínimo inicial
previsto na época era de R$ 108
milhões. Este seria um dos maiores leilões já realizados no Brasil,
mas o próprio leiloeiro considerou
Agora, a usina vai a leilão por um
valor bem menor, R$ 80 milhões.
O complexo será vendido pelo
melhor lance, não sendo vil, com a
possibilidade de compra à vista ou
financiando diretamente junto a
uma instituição bancária.
A capacidade de moagem da
usina era de 4 mil toneladas de
cana por dia, com produção de 250
mil litros de álcool e 3 mil sacas de
açúcar. Sua estrutura permitia
ainda o armazenamento de 5 milhões de litros do biocombustível.
Já foram feitas outras tentativas
de efetivação do leilão, sem sucesso. Na última, no início de outubro, a Casquel foi arrematada,
mas o deposito em dinheiro para a
efetivação do acordo não foi feito
no prazo.
Outubro 2013 - Jornal Paraná
13
PENTA
Maior produtividade e menor custo
Até o final de julho, foi usada a máquina em toda área plantada na usina em Iguatemi
Uso do novo sistema de plantio aumentou a produtividade em 17% na Usina Santa
Terezinha e reduziu os gastos com insumo em 40% Marly Aires
14
Desde 2011 a Usina Santa
Terezinha vem testando um
novo sistema de preparo de
solo para plantio da cana de
açúcar que envolve a canteirização da lavoura com o
plantio em espaçamento
combinado e o revolvimento profundo do solo
nas linhas de plantio da cultura com o uso de um equipamento chamado penta.
Com isso, em média, tem
conseguido aumentar a
produtividade da cana em
17% e reduzir os gastos
com insumos em 40%, fazendo uma aplicação direcionada de adubos químicos, calcário, gesso, torta
Jornal Paraná - Outubro 2013
de filtro e outros. Acreditase que o ganho em produtividade varia de acordo
com o tipo de solo.
Júlio César Meneguetti,
diretor da Usina Santa Terezinha em Iguatemi, distrito de Maringá, diz que
investir em tecnologia e
buscar sempre novas formas de aumentar a produtividade, preservando o solo
e o meio ambiente, faz
parte da proposta de trabalho da Santa Terezinha “e
com o penta nós estamos
conseguindo isso a partir do
momento que o manejo aumenta a capacidade de in-
filtração de água no solo,
mantendo-a disponível à
planta, evitando que escorra, forme erosões e assoreie
o rio”.
Segundo o gerente agrícola da unidade da Santa
Terezinha em Iguatemi,
José Edson Garcia, nas
áreas onde foi utilizado o
método tradicional de
plantio, as médias de produtividade têm sido de 72
toneladas de cana por hectare. Onde entrou o penta,
esta subiu para 84 toneladas
por hectare, 12 toneladas a
mais de cana por hectare
em relação à testemunha,
um aumento de 17%.
A unidade de Iguatemi
começou o teste com o
penta em 2011 plantando
50 hectares. Em 2012, em
cerca de 80% da área de
plantio de cana já foi utilizado o penta, somando
4.700 hectares dos 6 mil
plantados no ano passado.
Esta área deve ser colhida
entre o final de agosto e início de setembro, mas pelo
visual, Edson acredita que
deve repetir o resultado ou
até mesmo superar. O
mesmo ocorre com a cana
soca, dos primeiros 50 hectares.
Neste ano, dos 6 mil hectares programados para
novo plantio na unidade de
Iguatemi, 50% foi executado até o dia 31 de julho,
e destes, 100% foi feito
com o penta. Em 2013,
todas as unidades da Usina
Santa Terezinha estão utilizando o equipamento,
com percentuais diferentes
de área plantada, somando
até 31 de julho, 16.106
hectares nas unidades de
Terra Rica, Paranacity,
Iguatemi, Rondon, Cidade
Gaúcha, Tapejara e Ivaté,
que começou os experimentos com o penta junto
com a de Iguatemi.
Sem compactação ou erosão
Além do uso do equipamento, a solução passa pela adoção de um conjunto de práticas agrícolas
paro do solo em 30%, aumenta a produtividade,
além de melhorar o controle de plantas daninhas
e pragas do solo, diminuindo o uso de agroquímicos.
A compactação do solo,
provocada pelo tráfego
intenso e pesado das máquinas, especialmente dos
transbordos, reduz a produtividade e a longevidade dos canaviais. “O uso
do penta tem se mostrado
como solução para estas
mudanças no solo”, diz
José Edson Garcia, da
Usina Santa Terezinha.
Junto com a máquina é
adotado um sistema de
conservação de solo onde
todos os terraços são tirados (em áreas com declividade até 6%) e a cana é
plantada seguindo a curva
de nível e toda linha de
plantio começa e termina
em carreador, evitando o
excesso de manobras. Para que a água que vem da
estrada não cause erosão,
canais ocultos por toda a
área jogam esta em vários
canteiros distribuídos no
meio do talhão, evitando
a erosão e aumentando a
água acumulada no solo.
“O uso do penta deve vir
aliado a um conjunto de
práticas agrícolas que vão
desde um adequado preparo do solo e o uso de
espaçamento combinado
O penta conjuga cinco operações em uma única máquina
até a canteirização, definindo um lugar para a
máquina e outro para a
cultura, o tráfego controlado estabelecido por
GPS, o uso de piloto automático, evitando o pisoteio da linha de cana e
outros cuidados”, ressalta
José Edson.
Quando esteve na Usina
Santa Terezinha apresen-
tando a tecnologia, o professor doutor Hasime Tokeshi
da Esalq/USP e da Mafes
Inteligência Agrícola afirmou que o uso do penta
seria uma forma de eliminar
as barreiras químicas (alumínio, falta de fósforo, etc.)
e físicas (compactação), ao
incorporar corretivos em
profundidade, para um crescimento sadio das raízes da
cana.
Dentre as vantagens
apresentadas, o professor
disse que além de descompactar e melhorar a
conservação do solo é
possível aumentar a longevidade do canavial,
fazendo de um a dois
cortes a mais, com maior
economia, mantendo a
produção
constante.
Também reduz o custo
operacional com o pre-
Outras vantagens são a
menor erosão e uma infiltração de água 60%
maior. Apesar dos grandes volumes de chuva registrados este ano, onde
foi feito o plantio de cana
com o penta não houve
qualquer problema com
erosão, comenta José
Edson, enquanto que nas
áreas convencionais, em
outras unidades, houve
vários casos. “Isso tem
beneficiado o meio ambiente, evitando a erosão
e o assoreamento do rio”,
ressalta.
O penta conjuga cinco
operações em uma única
máquina: enleira a palha,
pica e incorpora ao solo
ao mesmo tempo em que
subsola, aplica adubo e
corretivo, arando o terreno em profundidade,
substituindo a grade e o
subsolador, além de formar os “canteiros”, eliminando os torrões.
Outubro 2013 - Jornal Paraná
15
DOIS PONTOS
Maior consumo
A melhora na oferta de
cana e etanol nesta safra
vai dar um alívio à "conta
petróleo" brasileira, diminuindo a necessidade de
importação de gasolina.
No início do ano, entressafra da cana, as importações de gasolina atingiram
680 milhões de litros. A
partir de abril, quando o
setor passou a ofertar mais
etanol, estas começaram a
cair, praticamente zerando
em agosto. O consumo de
combustível do ano passado foi de 49,4 bilhões de
litros e neste ano serão necessários 3,2 bilhões a
mais. A produção de etanol será suficiente para absorver toda essa demanda
e ainda reduzir a importação de gasolina em 1 bi-
Índia
lhão de litros no ano. A redução de importação traz
benefício para a balança
comercial e alivia o caixa
da Petrobras. Desde 1975,
a utilização do etanol evitou gastos de US$ 280 bilhões com a importação de
gasolina. Esse valor corresponde a 74% do total
das reservas externas brasileiras.
O governo federal encaminhará em novembro a
nova legislação do setor
produtivo do biodiesel ao
Congresso Nacional, prevendo o aumento da mistura deste por litro de
diesel dos atuais 5% (B5)
para 7% (B7), segundo o
deputado Jerônimo Göergen, presidente da Frente
Parlamentar do Biodiesel.
A previsão é o Brasil já
Usinas indianas de açúcar em dificuldade financeira
estão buscando alívio na produção de etanol, à medida
que o governo aumenta a pressão sobre os revendedores de combustíveis para reduzir importações de petróleo com a mistura do biocombustível na gasolina.
Isso poderá elevar os rendimentos das usinas endividadas do segundo maior produtor mundial de açúcar
e ajudar a evitar o notório ciclo de excesso ou escassez
no plantio indiano de cana, garantindo maior estabilidade na produção de açúcar e nos preços globais da
commodity.
Protagonista
A Ásia se transformou no
grande protagonista do setor de energia mundial
graças ao ritmo de evolução de suas economias
emergentes. A China se
transformou no primeiro
importador mundial de
petróleo, à frente dos EUA.
O mesmo acontece no
setor de gás natural, onde a
demanda das nações asiáticas impulsiona os produtores a ampliar sua oferta
O engenheiro elétrico
Adolfo Vázquez, da Universidade de São Paulo
(USP), lamentou que o
Brasil tenha perdido o impulso que tinha com os
16
Jornal Paraná - Outubro 2013
de gás natural liquefeito. A
China já absorve mais da
metade do carvão produzido no mundo e o continente asiático é o verdadeiro motor dos projetos
mundiais de novas centrais
atômicas. A China e o Japão ocupam os primeiros
lugares, com 30 e sete reatores respectivamente em
construção. A Ásia aposta
cada vez mais nas renováveis, eólica e solar.
Nova proposta
A possibilidade da Agência de Proteção Ambiental
dos EUA reduzir a mistura obrigatória de combustíveis
renováveis no país em 2014 acende luz amarela para a
indústria de etanol do Brasil e reduz a perspectiva de
exportação do biocombustível. Um esboço propõe corte
de quase 6% no volume de etanol a ser misturado à gasolina em 2014, sob a justificativa de uma oferta inadequada do biocombustível. O uso total de combustíveis
renováveis cairia para 15,21 bilhões de galões, muito
abaixo da meta de 18,15 bilhões de galões para 2014
estabelecidos na lei de 2007. Ainda não existe uma decisão final sobre o assunto.
Desperdício
avanços no setor dos biocombustíveis. "Antes do
pré-sal, o discurso em matéria energética era dominado pelo etanol e pelo
biodiesel e avançou muito,
Biodiesel
mas está claro que os biocombustíveis já não são
uma bandeira do governo", disse. E ressaltou que
a biomassa da cana é um
recurso "desperdiçado" no
país, pois o Brasil é o
maior produtor mundial e
as grandes quantidades do
bagaço que sobram muitas
vezes são consideradas
"lixo".
estar misturando 7% em
2014. A proposta do governo deve prever uma
mistura de 10% (B10) em
2020, de acordo com a
oferta de matéria prima e
indicadores econômicos.
Desde 2011 o setor reivindica a definição de um
novo marco regulatório
que propicie um ambiente
de previsibilidade para
novos investimentos.
Carros
Estudo realizado
pela
consultoria
KPMG indica que o
Brasil, ainda que
apresente algumas oscilações nos próximos
dois anos, manterá a
quarta colocação entre os maiores mercados automotivos do
mundo até 2020. O
consumo de carros no
país, junto com os da
China, líder global, e
da Índia, terá um dos
maiores saltos até o
fim da década, saindo
de 3,7 milhões de veículos (2013), para
5,8 milhões, crescimento de 57% em sete anos.
Setor
Agencia Brasil
"Vivemos uma situação
paradoxal. Temos a maior
safra colhida da história e
ao mesmo tempo uma
pressão de custos e uma
estagnação de receita.
Quanto mais se produz,
mais se perde. Com os
custos crescentes, o preço
do etanol gera uma receita abaixo da registrada
dois anos atrás. A conta
não fecha", afirmou Elizabeth Farina, presidente
da Unica.
Etanol celulósico
Usinas
O número de unidades
processadoras de cana reduziu de 442 em 2008,
para 385 em todo país. A
grande maioria fechou
suas portas devido à crise
que se abateu sobre o setor.
Além destas 57 usinas que
foram obrigadas a encerrar
as atividades outras 60
correm o mesmo risco. A
política de preços subsidiados da gasolina e a falta
de incentivos por parte do
governo federal compro-
Renovação
A Unica estima que 17% dos canaviais do Centro-Sul do
Brasil sejam renovados em 2013. O porcentual é menor que
os 21% verificados um ano antes, mas pode ser revisado porque o plantio da chamada 'cana de ano', cujo ciclo é de 12
meses, acaba só em novembro. Para 2013/14, a associação
prevê uma produtividade de 80 a 82 toneladas por hectare.
Novo site
A Quimica Real está com site novo, repaginado para
tornar a navegação prática e funcional. Conheça acessando www.quimicareal.com.br.
metem o setor. A Petrobrás também foi enormemente prejudicada, pois
está amargando um prejuízo de 1,2 bilhão de reais
por mês, ao importar gasolina a preços mais elevados
do que vende no mercado
interno. Estima-se que esta política é responsável
pelo desemprego de mais
de sessenta mil pessoas e o
declínio da atividade econômica em cinquenta e
cinco municípios.
Até então vista como tecnologia de longo prazo, a
produção de etanol celulósico começa a deixar a fase
de experimentos e vai ganhar escala comercial no Brasil. Três usinas devem entrar em operação entre 2014
e 2015 produzindo 160 milhões de litros por ano e
demandando investimentos de R$ 800 milhões. Além
do projeto da GranBio, que começa a rodar no ano
que vem, a Raízen deve concluir a usina até o fim do
ano que vem e o projeto da Petrobras Biocombustível
passa pelas últimas definições para ser submetido à
aprovação pelo BNDES.
Plano ambicioso
A GranBio tem planos de
até 2020 colocar pelo menos 1 bilhão de litros de
etanol de segunda geração
no mercado, tendo, para
isso, pelo menos 15 milhões de toneladas de "cana
energia" própria no período. Com isso, a empresa
se tornaria uma das maiores processadoras de cana
do país, pois, além de ma-
Moagem
téria-prima própria, vai
utilizar palha de cana e bagaço de terceiros. A primeira usina começa a
operar no ano que vem,
com a produção de 82 milhões de litros. O plano é
construir uma unidade por
ano até 2020, com foco no
mercado dos EUA, que
paga prêmio pelo etanol de
segunda geração.
O volume de cana que deve ser moído no Centro-Sul foi revisto para 587 milhões de toneladas neste ciclo, 0,4% abaixo das 589,6 milhões de toneladas apontadas em abril, mas
ainda 10,2% maior que as 532,75 milhões de toneladas registradas em 2012/13. O total de
cana bisada, que fica disponível para a safra seguinte, deverá somar 15 milhões de toneladas.
Açúcar
A estimativa de produção de açúcar na região Centro-Sul foi reduzida em 3,66%, para
34,20 milhões de toneladas pela Unica. Mesmo assim, o número é 0,30% superior à produção registrada no ciclo passado. A produção de etanol também foi reduzida para 25,04
bilhões de litros, ante os 25,37 bilhões de litros projetados inicialmente. O volume é, no
entanto, 17,21% superior ao produzido no ciclo anterior.
Outubro 2013 - Jornal Paraná
17
EMPRESA
Instech fornece torres para o Porto Sudeste
Trabalho recebeu nota máxima nos quesitos qualidade dimensional de fabricação
e qualidade de tratamento de superfície e pintura
do engenheiro inspetor da MMX,
Edilson Alves, participaram da visita os engenheiros Luís Duarte e
Fabrício Queiroz que representam
a gerenciadora do projeto do Porto
Sudeste.
A Instech Industrial Eletromecânica, empresa especializada em caldeiraria, metal mecânica, montagem industrial eletromecânica e
locação de guindaste, está fabricando três torres de transferência
para a atual fase do projeto de construção do Porto Sudeste, no Rio de
Janeiro. Ao todo serão 280 toneladas de beneficiamento de aço. O
início de operações do porto está
previsto para o segundo semestre
de 2014, com embarque de 4 milhões a 5 milhões de toneladas no
ano.
“Quando avaliamos a dimensão de
um projeto como o do Porto Sudeste, sabemos que nossa contribuição é mínima. Mas em nossa
perspectiva, é uma grande vitória. É
resultado de muito trabalho, dedicação, aperfeiçoamento constante e
18
Jornal Paraná - Outubro 2013
Engenheiros da MMX em visita à empresa
principalmente do apoio de parceiros clientes, sem o qual, nada seríamos”, afirma o diretor Fábio Ribeiro.
No início de agosto, a Instech recebeu a visita dos fiscais da MMX
empresa de mineração do grupo
EBX, responsável pela obra. Além
“Recebemos nota máxima nos
quesitos qualidade dimensional de
fabricação e qualidade de tratamento de superfície e pintura”,
afirma Ribeiro. Segundo o diretor,
o engenheiro Edilson ainda ressaltou a satisfação da empresa com o
trabalho desenvolvido e solicitou
que a direção da Instech parabenizasse todos os colaboradores.
SERVIÇO:
telefone/fax: (41) 3422-3341 (45) 3378-5259 [email protected] www.instech.com.br
USINAS
Alto Alegre investe em melhorias
e antecipa manutenção
Novo tacho em Santo Inácio possibilitou melhora do processo, economia de
vapor e aumento de moagem em 350 mil toneladas Da Equipe de Redação
Foram gastos R$ 12 milhões e o novo tacho é um dos maiores já construídos
Deixar todas as obras e manutenções para o período de entressafra
não é arriscado só por conta do
prazo menor desta a cada ano, mas
também por estes meses serem
mais chuvosos, normalmente. “Lidar com construção civil nesta época pode ser bastante complicado.
Por isso, todo novo investimento,
que não interfere no processo de
industrialização durante a safra, é
iniciado assim que possível, para
não concentrar as obras na entressafra, correndo risco de não conseguir executar por falta de tempo ou
por causa das chuvas”, afirma Renata Nobre, gerente de Gestão da
Usina Alto Alegre.
A empresa possui três unidades
no Paraná – Colorado, Santo Inácio e Florestópolis, e uma em São
Paulo - Presidente Prudente e está
entre os 10 maiores complexos industriais de açúcar e etanol do
Brasil, com capacidade instalada
para processar 10,5 milhões de toneladas de cana de açúcar por
safra, produzindo 21 milhões de
sacas de açúcar VHP, Cristal e Refinado, 235 milhões de litros de
etanol hidratado e anidro carburante, além de cogerar 60 MWh
de energia elétrica.
Dentre as obras realizadas durante
o ano, em plena safra, visando a
melhoria contínua do processo, está
a instalação de um novo tacho com
capacidade para até três mil hectolitros na unidade de Santo Inácio.
Este foi dimensionado para atender
o aumento da moagem de cana na
safra atual. Em operação desde o
dia 5 de abril, o novo equipamento
ampliou a capacidade de produção
da fábrica de açúcar e otimizou o
cozimento das massas A e B, além
de propiciar a obtenção de cristais
de açúcar de melhor qualidade e
mais padronizados.
Com o novo tacho está sendo
possível economizar no consumo
de vapor produzido nas caldeiras.
Segundo o gerente Ulisses Cândido, a moagem de cana na Unidade Santo Inácio estava limitada
em 3 milhões de toneladas por
safra, principalmente em função
da capacidade de produção das
caldeiras. “Com a economia de
vapor no processo, será possível
aumentarmos a moagem em 350
mil toneladas, sem a necessidade
de adquirirmos mais caldeiras”, explica o engenheiro.
O investimento na fábrica de
açúcar e na evaporação foi de,
aproximadamente R$ 12 milhões
e o novo tacho é um dos maiores
já construídos no mercado.
Outras construções
Na usina de Santo Inácio também foram feitas melhorias
visando maior segurança e qualidade de vida. A nova portaria recebeu duas catracas eletrônicas para identificar a entrada e saída de funcionários e de terceiros, monitorada 24
horas por câmeras.
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Moenda em Colorado foi repotenciada
Jornal Paraná - Outubro 2013
Foi construído um caramanchão nas proximidades do escritório administrativo, refeitório e área industrial. O novo
espaço proporciona momentos de descontração e lazer aos
funcionários em seu horário de descanso e conta com mesas
de sinuca , “ping-pong”, dominó, pebolim e sala de TV.
Colorado e Florestópolis em obras
Objetivo foi melhorar o desempenho das duas unidades industriais
e eliminar paradas por transportadores na safra
de cana na moenda B e 1.117.000 toneladas na
A. Também, com a substituição das esteiras,
busca-se melhorar o desempenho de moagem
e eliminar paradas por transportadores.
Ainda sem data certa para finalizar a safra –
tudo vai depender da ocorrência ou não de chuvas – as quatro unidades da Usina Alto Alegre
no Paraná e São Paulo devem esmagar cana até
o final de novembro ou início de dezembro, retomando as atividades provavelmente entre
março e abril. “Estamos trabalhando para moer
toda a matéria prima disponível”, afirma Renata Nobre, gerente de Gestão.
Com o objetivo de aprimorar os resultados na
unidade de Florestópolis, o sistema contínuo
para batelada passou por alterações. Todas as
tubulações foram substituídas por exemplares
em aço inox, e foram adquiridos novos instrumentos de controle, válvulas e trocadores de
calor, bem dimensionados, inclusive, para atender as necessidades da fermentação.
Por conta disso, todas as unidades industriais
têm buscado adiantar o que é possível na manutenção de suas estruturas e na construção de
melhorias. Uma das obras já executadas na
Unidade Junqueira, em Colorado, foi o repotenciamento do 3º e 4º terno da moenda B,
com a elevação do diâmetro dos rolos de
37”x78” para 42”x78”.
Esta modificação trouxe um impacto significativo na moagem, aumentando de 550 t/h
para 650 t/h - aproximadamente 13% a mais
com relação à moagem da última safra. Para a
2013/2014, a meta é moer 2.740.913 toneladas
Mudanças do sistema de fermentação
estão previstas para 2014
Ainda, foi instalada uma rede de malha de automação, contemplando todo o sistema de controle de temperatura, brix, limpeza de dorna,
carga e descarga de fermento, operação das
centrífugas, entre outros controles. Essas alterações visam otimizar o rendimento da fermentação, produzindo mais álcool e aumentando o
teor alcoólico. Também reduzem o volume de
vinhaça produzida e elevam teor de potássio
deste subproduto.
Outubro 2013 - Jornal Paraná
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BIKOS
Acerte na escolha do bico
e otimize a produção
Empresa investe em equipamentos e pessoal para melhorar a qualidade
e eficiência das operações nas indústrias
Pequenos detalhes como os bicos
pulverizadores podem otimizar o
processo industrial na fabricação
de açúcar e álcool, aumentar a produtividade e reduzir custos operacionais. Por isso, na hora da manutenção dos equipamentos, é preciso estar atento para a qualidade
dos bicos de pulverização, escolhendo o tipo correto para as exigências das condições existentes
nas usinas, afirma o diretor comercial da Bikos Indústria e Comércio
Ltda, Artur Colicchio.
Dentre os bicos com os quais a
empresa trabalha, e que precisam
ser vistoriados no período de manutenção, estão os utilizados na lavagem de esteiras e filtros rotativos, na limpeza de centrífugas,
resfriamento de água, nos lavadores de gases e de dornas, na torre
de resfriamento e o bico multijato
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Jornal Paraná - Outubro 2013
usinado, para formação de vácuo,
dentre outros.
Com quase 30 anos de experiência na fabricação destes produtos,
a empresa busca melhorar a qualidade e eficiência das operações nas
indústrias investindo constantemente no aperfeiçoamento de seus
equipamentos e na capacitação de
sua equipe técnica. Também adota
uma seleção rigorosa dos materiais
utilizados na fabricação dos produtos e garante agilidade na entrega dos pedidos.
Atende os setores sucroenergético, siderurgia e mineração, papel
e celulose, automotivo, alimentício,
controle de poluição, tratamentos
de superfície, saneamento, combate a incêndio e outros.
Com atendimento no pré e pós-
venda, faz visitas técnicas préagendadas, dá orientação de manutenção e limpeza nas linhas de
pulverização, aumentando assim a
vida útil dos bicos. Utiliza o sistema de consulta específica, fornecendo todas as informações
técnicas necessárias a partir de
projetos, amostras e especificação
exclusiva para cada cliente. Fabricação sob encomenda.
SERVIÇO:
(11) 2676-3906 [email protected] www.bikos.com.br
As buchas para rolamentos na modalidade hidráulica tornam mais prática e rápida
a manutenção na indústria, reduzindo o tempo de máquinas paradas
Com a experiência de quem tem mais de 56
anos de tradição na fabricação de componentes
para fixação de rolamentos, a BGL (Bertoloto
& Grotta) orienta as usinas a especificarem o
uso de buchas para rolamentos na modalidade
hidráulica.
A maior vantagem destas pode ser atestada
na hora da manutenção, quando é necessário
remover o conjunto rolamento-bucha do eixo.
Quando é usada a bomba hidráulica com
mangueira e engate, é possível desmontar um
conjunto de grande porte em poucos minutos,
enquanto que no método mecânico tradicional pode-se levar até o dia todo, dependendo
do caso.
O mesmo ocorre com o uso dos tubos de extensão, buchas, porcas e demais acessórios hidráulicos BGL. Tudo isso permite uma operação
leve, segura e a redução no tempo de máquinas
paradas. A opção hidráulica está disponível para
peças com diâmetro interno a partir de 140 mm
ou tamanho 32.
SOLUÇÃO
BGL facilita o trabalho nas usinas
montagem e desmontagem de rolamentos e buchas. Código: BH100 ou BH160 (pressão de
trabalho Mpa 100 e Mpa 160).Segundo o departamento técnico da empresa, para se ter uma
longa vida útil dos rolamentos e manter estes em
perfeito funcionamento, é fundamental caprichar na manutenção. Com entrega rápida, preços adequados e um atendimento diferenciado,
a BGL tem disponível essas soluções hidráulicas
para as usinas.
As buchas são providas de sistema para injeção
e distribuição de óleo que servem para diminuir
o atrito entre as partes (rolamento, bucha, eixo)
tornando o deslocamento para fixação e desmontagem muito mais fácil. São as canaletas de
óleo e o acréscimo do prefixo “O” e o sufixo “H”
no código do produto que diferenciam as buchas
de fixação hidráulicas das buchas de fixação normais. Ex.: OH 3144H.
A BGL desenvolveu dois tipos de Bomba Hidráulica Manual que engloba toda a gama de
Para conhecer mais sobre as vantagens de redução de tempo de manutenção com a bomba
hidráulica e acessórios hidráulicos BGL, acesse
www.bgl.com.br/treinamento.htm escolhendo o
roteiro 11 que demonstra o método de desmontagem de buchas de fixação hidráulica sob rolamentos auto-compensadores de rolos usando
injeção de óleo. Também curta a fanpage no facebook/bglbuchas e tenha mais informações.
SERVIÇO:
(19) 3451-8210 - www.bgl.com.br [email protected]
Outubro 2013 - Jornal Paraná
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NEGÓCIOS
Manutenções devem movimentar
R$ 2,2 bilhões no setor
Esse número é 10% maior que os R$ 2 bilhões registrados entre agosto
do ano passado e o fim da entressafra passada Da Equipe de Redação
Entre agosto deste ano e
o fim da próxima entressafra, em março de 2014, as
empresas que fabricam máquinas, equipamentos e peças para usinas de cana de
açúcar esperam movimentar em torno de R$ 2,2 bilhões em encomendas de
produtos e contratação de
serviços relacionados à cadeia sucroenergética. Esse
número é 10% maior que
os R$ 2 bilhões registrados
no mesmo período do ano
passado.
Segundo o presidente do
Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético (Ceise), o empresário Antônio Tonielo
Filho, o crescimento de
10% decorre da expectativa
de que as usinas de cana
vão precisar intensificar na
entressafra de 2013/14 a
manutenção de equipamentos.
"Descapitalizadas, muitas
usinas deixaram de fazer
todas as manutenções ne-
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Jornal Paraná - Outubro 2013
cessárias na área industrial
nos últimos anos. Agora,
devem elevar investimentos
na área", afirma Tonielo
Filho. A mecanização da
colheita da cana, que traz
mais impurezas para a indústria, também ampliou a
deterioração do maquiná-
rio, elevando a necessidade
de reformas, acrescenta.
A estimativa do Ceise é de
que as usinas invistam de
7% a 10% do faturamento
anual em reforma e manutenção da indústria. Tonielo
Filho esclarece que, por en-
quanto, não há expectativa
de investimentos na construção de usinas novas. O
momento é de busca de eficiência, segundo ele. "Mas o
próximo passo terá de ser a
ampliação industrial. A capacidade está próxima do
limite", diz.
Mecanização da
colheita, que traz mais
impurezas para a
indústria, ampliou
deterioração do
maquinário, elevando
necessidade de
reformas
A CMR Engenharia de Solos - Agricultura, empresa especializada em soluções para este tipo de problema, orienta os produtores
Fonte CTC
Solo com impedimento mecânico ao desenvolvimento do sistema radicular das plantas
Uso de variáveis Máquina x Solo na sistematização dos talhões
Desde que os projetos de sistematização dos
talhões contemplem as variáveis de interação
máquina x solo e os planos de manejo das operações mecanizadas, principalmente o da colheita, equalizem a interação máquina x solo x
planta.
Perfil da trincheira em área de 5 cortes colhidos mecanicamente. As setas
verdes representam as soqueiras. O espaçamento é 1,50m. Foto Ivo Belinaso.
Fonte CTC
Mesmo com a intensa mecanização da lavoura
de cana, na maioria das vezes a compactação dos
solos pode ser evitada desde que sejam observados os critérios técnicos que governam as interações entre máquina e solo. “A solução não é
corrigir o problema, descompactar o solo, mas
evitar que isso ocorra”, afirma o mestre em Engenharia Agrícola Célio Moreira Ricardo, diretor da CMR Engenharia de Solos – Agricultura.
A empresa é especializada em soluções para evitar a compactação do solo. Atua desde a determinação das variáveis de interação máquina x
solo fundamentais para a sistematização dos talhões, ao planejamento das operações de colheita
mecanizada.
Célio diz que é possível eliminar a operação de
subsolagem e reduzir seus custos, além de eliminar os elevados prejuízos provocados pela queda
de produtividade da cana de açúcar em consequência da compactação do solo.
“O mais preocupante e pouco considerado é que
os atuais impactos da compactação vão se agravar
no médio e longo prazo”, alerta o diretor. Ele explica que na maioria das vezes, o foco da sistematização dos talhões é otimizar a logística das
operações mecanizadas, principalmente a CCT
(corte, carregamento e transporte), devido aos ele-
SOLO
Compactação deve ser evitada e não corrigida
vados custos desta operação. Por isso, buscase normalmente formar talhões de cana planos e com linhas de grande comprimento,
para evitar manobras das máquinas. Contudo, esta
prática traz impactos negativos ao solo.
“Além das variáveis utilizadas atualmente,
também é preciso levar em consideração a resistência do solo à mecanização em função da
época de colheita do talhão. Esta sim deve determinar o comprimento máximo de cada linha
de cana, o número de vezes que o tráfego poderá se repetir sobre esta, entre outras variáveis”,
orienta Célio, destacando que é possível evitar
a compactação do solo, a subsolagem e a queda
de produção, quando todas as variáveis envolvidas no sistema são equalizadas, desde características mecânicas intrínsecas ao solo até aos
custos do CCT. “Tudo isso contribui para minimizar a compactação e aumentar a produtividade da lavoura”, diz o diretor.
MR de So
Solo livre de compactação.
Pleno desenvolvimento das raízes
C aria
enh
Eng
lo
Operações Agrícolas Mecanizadas.
(coleta mecanizada)
Solo livre de compactação após
operações mecanizadas.
Pleno desenvolvimento das raízes
Outubro 2013 - Jornal Paraná
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PLANEJAR
Jacarezinho antecipa
revisão da frota agrícola
Para dar conta do serviço a tempo, oficina mecânica inicia o trabalho em setembro,
revezando os equipamentos e veículos retirados de circulação Marly Aires
Com a entressafra cada
vez mais curta e a mecanização crescente das operações no campo, as usinas
sucroenergéticas têm que
trabalhar com prazos cada
vez mais apertados. Se antes
a preocupação era mais centralizada na manutenção da
indústria, agora esta é redobrada, crescendo de importância a manutenção da
frota agrícola.
“Em apenas 90 dias é praticamente impossível fazer
a manutenção de todo parque mecanizado e ainda
adequar o período de férias
no final do ano. Por isso,
normalmente começamos
em setembro a manutenção,
para conseguir terminar até
o final de fevereiro”, comenta Valter Sticanella, ge-
rente agrícola da Usina Jacarezinho, do Grupo Maringá, que tem unidade industrial no município com
o mesmo nome.
Atualmente, a usina trabalha com 13 máquinas,
colhendo cerca de 52% do
canavial de forma mecanizada. Para a próxima safra,
a expectativa é de aumentar
para 68% esse percentual,
somando 17 colhedoras. A
Jacarezinho está começando também com o plantio
mecanizado, outro segmento cuja mecanização deve
crescer bastante nos próximos anos.
Tudo isso afora trator,
transbordo,
caminhão
transbordo, reboques canavieiros, toda frota de apoio
como prancha, comboio,
caminhão oficina, bombeiro
e outros, além da frota leve.
“A efetividade de aproveitamento de safra é cada vez
maior, não pode parar, mas
se deixarmos para a última
hora, não damos conta”,
afirma o gerente agrícola.
A saída encontrada pela
usina foi antecipar a manutenção e otimizar o uso do
equipamento. Também loca
uma colhedora extra e, retirando uma por vez, vai fazendo as manutenções necessárias.
Usina trabalha
com 13 máquinas,
colhendo 52%
do canavial.
Na próxima safra,
serão 17 colhedoras
e 68% da cana
Check list
Para cada máquina ou veículo é feito
um check list, substituindo os itens
danificados ou que logo apresentariam
problemas, dependendo do grau de dificuldade para manutenção e dos riscos oferecidos. De um modo geral são
verificados motor, engrenagens, embreagem, câmbio, diferencial, os ítens
elétricos, toda a lataria e outros.
A maior parte da manutenção é feita
por equipe própria de mecânicos
26
Jornal Paraná - Outubro 2013
A maior parte da manutenção é feita
por equipe própria de mecânicos na
oficina da usina. Normalmente só é
contratada mão de obra externa para
os serviços na área de calderaria (parte
metálica dos equipamentos e veícu-
los). Os contratos são firmados com
antecedência para evitar correrias de
última hora, preços maiores ou dificuldade de encontrar pessoal capacitado, atrasando todo o cronograma de
serviço.
A safra desse ano na usina deve se estender até o dia 15 de dezembro, esmagando 2,2 milhões de toneladas de
cana e trabalhando com um mix de
produção com 60% voltado para o
açúcar. Para a próxima safra, 2014/15,
programada para iniciar a partir do dia
17 de março, a expectativa é esmagar
2,3 milhões de toneladas de cana.
de monitoramento é na Tecsel
INDÚSTRIA
Manutenção em câmeras
Localizada em Maringá (PR), é referência em projetos e execuções de vídeo
monitoramento, redes de fibra óptica e cabeamento estruturado
Com a parada das máquinas para
manutenção, é hora de aproveitar
para revisar, regular e limpar os
equipamentos de monitoramento
do processo industrial da usina. A
Tecsel Monitoramento de Processos Industriais e de Segurança é
especializada neste serviço e conta
com equipe altamente capacitada
para atender usinas em todo o
Brasil.
Localizada em Maringá, no Paraná, a empresa atua no mercado
há 13 anos, completados em outubro, e é referência em projetos e
execuções de vídeo monitoramento, redes de fibra óptica e cabeamento estruturado. Trabalha
com venda, instalação e manutenção. Já colaborou na implantação
de soluções para os seguimentos de
açúcar e álcool, biodiesel, mineração, alimentos, educação, aviação e
monitoramento urbano.
“Nosso quadro profissional é formado por engenheiros e técnicos
com amplo conhecimento e experiência prática. Trabalhamos para a
melhoria do processo produtivo de
nossos clientes, visando sua satisfação e garantindo qualidade em
cada projeto”, afirma Fábio Arrias,
Empresa alia
experiência
com busca por
equipamentos
modernos e
sistemas atualizados
engenheiro Eletricista e diretor da
empresa.
Antenada com as novidades do
mercado, a Tecsel alia a experiência
com a busca constante por equipamentos modernos e sistemas atualizados para melhor atender à
necessidade de seus clientes, provendo produtos e soluções altamente inovadoras e da mais alta
qualidade.
SERVIÇO:
Fone/Fax: (44) 3267-5868 (44) 9951-0721 [email protected] www.tecselalarmes.com.br
Outubro 2013 - Jornal Paraná
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AÇÚCAR
Grades magnéticas da Ital
oferecem qualidade e segurança
São construídas com ímãs permanentes de Neodímio, possuindo força magnética de até 11.000 Gauss
Para garantir a qualidade
do açúcar, além de proteger
o equipamento contra a
ação danosa de elementos
ferrosos durante o processo
produtivo na usina, a Ital
Produtos Industriais Ltda
oferece a melhor solução:
grades magnéticas automáticas, utilizadas na extração
de partículas ferrosas que
contaminam o açúcar.
Construídas com ímãs
permanentes de Neodímio,
possuem força magnética
de até 11.000 Gauss, o que
garante a eficiência de todo
o processo. Com vários modelos e opções disponíveis,
de acordo com a demanda
da indústria, podem atingir
a capacidade de 90 toneladas hora, no caso do modelo GMA-50D, ou 40 toneladas por hora, com o
modelo GMA-30D.
As grades magnéticas automáticas, como seu próprio nome diz, possuem um
sistema pneumático de limpeza. As partículas ferrosas
retidas nos tubos magnéti-
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Jornal Paraná - Outubro 2013
cos são removidas e “descarregadas” em local apropriado, fora da área por
onde passa o fluxo do material.
Em função do grau de
contaminação ferrosa que
atravessar a grade magnética, através do uso de um
CLP, regula-se o tempo do
ciclo de limpeza. Pistões
pneumáticos, acionados pelo CLP, empurram os tubos
magnéticos “para fora” da
área de passagem do material contaminado e raspadores especiais executam a
limpeza, fazendo com que o
material ferroso seja despejado “fora” da grade magnética.
Como esta tem sempre
duas fileiras ou camadas de
tubos magnéticos, a limpeza é feita de maneira alternada: uma camada de
tubos magnéticos de cada
vez. Assim, o fluxo de material não deixa de ser purificado em nenhum momento do ciclo de limpeza.
Fundada em 1999, a Ital
Produtos Industriais Ltda é
importadora e representante exclusiva de uma série
de empresas internacionais:
Cibas (Itália), Hannay
Reels (EUA), Euroboor
(Holanda), Jeton (Taiwan),
Earth-Chain (Taiwan) e
outras, além de ter sua própria linha de produtos.
SERVIÇO:
Fone: (11) 4148 2518 fax (11) 4703 [email protected]
Empresa tem
vários modelos
disponíveis

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