100 dias de greve – A luta dos professores vai continuar! - cress-mg

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100 dias de greve – A luta dos professores vai continuar! - cress-mg
100 dias de greve – A luta dos professores vai
continuar!
A greve dos professores completou seu centésimo dia, ontem, sem motivos para comemorar. Em
uma assembleia que teve a presença de sindicatos e instituições de mais de 20 cidades mineiras
- como o próprio CRESS-MG, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas
Gerais (Sindi-UTE/MG) decidiu, em plenário, pela continuidade da paralisação.Além disso, foi
aprovado um ato público que acontece oficialmente hoje, na Praça da Liberdade. Os grevistas
aproveitarão o lançamento do relógio regressivo para a Copa do Mundo - onde estarão presentes
a presidenta Dilma e o governador Anastásia - para exigir o piso salarial de R$1.597,87 por 24h
de trabalho.Segundo a coordenadora geral do Sindi-UTE, Beatriz Cerqueira, o ato de hoje
pretende repercutir nacionalmente, chamando a atenção do país para o descumprimento que está
acontecendo no estado, de uma Lei Federal.Leia também: Profissionais da educação
permanecem em greve mesmo com dificuldade financeira
ApoioNos arredores da Praça da Assembleia, cerca de 20 ônibus de viagem traziam centenas de
pessoas de diferentes regiões de Minas Gerais que vieram endossar o evento. Claudinéia Soares
veio da cidade de Simonésia, na zona da mata, com mais 15 pessoas para apoiar a paralisação.
Mãe de 2 filhas cuja escola está em greve, ela conta que valeu a pena ter viajado 324 km para
defender uma causa tão importante. “Viemos aqui para mostrar aos professores que eles têm o
nosso apoio para manter a paralisação até que seus direitos sejam cumpridos!”Alguns cidadãos
acreditam que o movimento traz prejuízo apenas aos grevistas. Para essas pessoas, Feliciana
Saldanha, diretora regional do Vale do Aço Sind-UTE/MG ressalta a importância de que a
sociedade entenda a paralisação como defesa da educação. “Esta luta não é apenas por uma
questão salarial, mas, sobretudo para melhoria na qualidade da educação pública”.Funcionários
dos Correios, oficialmente em greve há 3 dias, aderiram à causa dos professores e, devidamente
uniformizados, foram recebidos com aplausos por quem estava no Assembleia. “Nós entendemos
que o funcionário dos Correios não tem dinheiro para pagar por uma escola particular para seus
filhos, por isso estamos aqui hoje”, explica Pedro Paulo de Abreu Pinheiro – Pepê - presidente do
Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais (Sintect-MG). Ele lembra ainda, que
caso o arrocho salarial dos professores mineiros seja mantido, o mesmo poderá acontecer nos
outros estados brasileiros.EstudantesOs universitários também marcaram presença no evento.
Figura importante do movimento estudantil, Rafael Leal, presidente da União Estadual dos
Estudantes de Minas Gerais (UEE-MG), começou seu discurso dizendo que “o estudante prefere
ficar sem aula a ter um professor passando fome dentro da sala”. Ele diz também que a greve
não é o problema e sim a consequência de um problema causado pelo governo. Para sensibilizar
os estudantes, Rafael lembra que “para sustentar a família, um professor precisa trabalhar 3
turnos e isso o impede de preparar bem uma aula”.
Ulisses Manoel é aluno de História da UFMG e resumiu em uma frase aquilo que certamente
estava na mente de todos os presentes. “Essa luta não deve ser vista como de interesse apenas
de categorias e sindicatos. Educação é uma luta universal”.Veja ainda:
• CRESS-MG apoia a greve dos professores da rede pública estadual (20/9)
• Profissionais da Educação clamam por reconhecimento (29/8)
• Luta dos professores tem importante capítulo nesta quarta (23/8)
• Trabalhadores em Educação permanecem em greve (22/8)
CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL DE MINAS GERAIS – CRESS 6ª Região
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