Kelly Erzinger - Relatorio de estagio
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Kelly Erzinger - Relatorio de estagio
0 UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM INFORMÁTICA KELLY ERZINGER RELATÓRIO DE ESTÁGIO Complementação de estudos pedagógicos em informática CAÇADOR 2011 0 KELLY ERZINGER RELATÓRIO DE ESTÁGIO Complementação de estudos pedagógicos em informática Relatório de Estágio Supervisionado em Pedagogia – Estudos pedagógicos para complementação em informática - apresentado à Universidade Alto Vale do Rio do Peixe, Curso de Pedagogia, como prérequisito para aprovação da Disciplina de Estágio, sob a orientação do Professor Msc. Paulo Roberto Gonçalves. CAÇADOR 2011 1 RELATÓRIO DE ESTÁGIO KELLY ERZINGER Este Relatório de Estágio foi submetido ao processo de avaliação pela Banca Examinadora para obtenção do Título de: Licenciada em Informática E aprovado na sua versão final em 29/07/2011, atendendo as normas da legislação vigente da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe e Coordenação do Curso de Pedagogia. _________________________________________ Professor Msc. Paulo Roberto Gonçalves Coordenador de Curso _________________________________________ Professor Msc. Paulo Roberto Gonçalves Orientador 2 RESUMO O relatório a seguir mostra a observação e atuação nas aulas de Física da grade curricular do Centro de Educação Profissional Vidal Ramos, como resultado do estágio supervisionado que tem por objetivo mostrar a importância do uso da tecnologia no âmbito escolar. O uso da tecnologia proporciona uma melhor forma de auxiliar o aluno no processo de ensino aprendizagem, tanto usada pelo professor no momento de preparação das aulas, ou de apresentação do conteúdo e também quando o aluno desenvolve as atividades propostas. No ensino da Física a tecnologia pode ser usada como ferramenta para demonstrar as aplicações práticas das fórmulas anteriormente vistas em sala de aula somente na teoria; o que desperta no aluno um sentimento de interesse pelo conhecimento. Palavras chave: Física, tecnologia, educação. 3 ABSTRACT The following report shows the observation and performance in physics classes the curriculum of the Center for Professional Education Vidal Ramos, as a result of supervised training that aims to show the importance of using technology in schools. The use of technology provides a better way to assist the student in the teaching-learning process, both at the time used by the teacher preparation classes, or presentation of content as well as the student develops the proposed activities. In physics teaching technology can be used as a tool to demonstrate the practical applications of the formulas previously seen in the classroom just in theory, the student who awakens a sense of the interest in learning. Key words: Physics, information technology, education. 4 SUMÁRIO 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 5 1.1 VISÕES SOBRE A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO................................................. 5 1.2 COMPETÊNCIA DOS PROFESSORES ....................................................................... 6 1.3 FORMAÇÃO DO PROFESSOR ..................................................................................... 6 1.4 PRÁTICA PEDAGÓGICA REFLEXIVA ......................................................................... 8 1.5 PAPEL DO ALUNO........................................................................................................... 9 1.6 MUDANÇA NA EDUCAÇÃO ......................................................................................... 10 1.7 ETAPAS NA IMPLANTAÇÃO DAS TECNOLOGIAS ................................................ 11 1.7.1 Tecnologias para fazer melhor o mesmo................................................................. 12 1.7.2 Tecnologias para mudanças parciais ....................................................................... 12 1.7.3 Tecnologias para mudanças inovadoras ................................................................. 13 1.8 FATORES QUE INFLUENCIAM NO USO DO COMPUTADOR............................. 13 2 RELATOS .............................................................................................................. 14 2.1 RELATO DAS OBSERVAÇÕES .................................................................................. 14 2.1.1 Identificação da Escola ............................................................................................... 14 2.1.2 Projeto Político Pedagógico da escola ..................................................................... 14 2.1.3 Sala de Aula ................................................................................................................. 14 2.1.4 Conteúdo Programático Desenvolvido ..................................................................... 15 2.1.5 Metodologia de Ensino Adotada ............................................................................... 15 2.1.6 Atendimento e relacionamento com os Alunos....................................................... 16 2.1.7 Avaliação ....................................................................................................................... 16 2.2 RELATOS DA INTERVENÇÃO .................................................................................... 16 2.2.1 Primeiro Dia .................................................................................................................. 16 2.2.2 Segundo Dia ................................................................................................................. 16 2.2.3 Terceiro Dia .................................................................................................................. 17 2.2.4 Quarto Dia ..................................................................................................................... 17 2.2.5 Quinto Dia ..................................................................................................................... 17 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 18 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19 APÊNDICE ................................................................................................................ 20 5 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 VISÕES SOBRE A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO O computador é sem dúvida o mais rápido depositário de informações, porém é necessário que se trabalhe de forma adequada para que estas informações se transformem em conhecimento. Para que isto aconteça é preciso que o professor ajude o aluno a desenvolver a capacidade de selecionar e avaliar as informações. No entanto, segundo Silva (p. 02): A maioria dos professores teme o uso da informática na sala de aula, muitas vezes por medo do novo, ou simplesmente por ver o computador como algo difícil para trabalhar, ou simplesmente porque os alunos conhecem mais o computador do que os próprios professores. Porém o que se sabe é que o computador não veio para dificultar a vida das pessoas, mas sim para ajudar e facilitar muitas atividades que seriam difíceis de serem realizadas sem a informática (SILVA, p. 02). Há ainda professores com visão negativa e outros com visão positiva referente ao uso do computador na educação. Os negativistas (educadores humanistas) consideram que a educação é um ato de amor e que tem a ver com a relação humana entre professor e aluno, e ainda que nem todas as escolas possuem recursos para a utilização dos recursos da informática, acreditam que o uso das tecnologias provocará indisciplina e poderá também prejudicar a criatividade e espontaneidade do aluno. Os positivistas (educadores tecnológicos) defendem que a utilização do computador estimula os alunos e que essa tecnologia estará em toda parte e, portanto, uma escola que se preze deve contar com um computador. Os humanistas focam a comunicação, a interação, a construção do conhecimento, a criação de comunidades de aprendizagem. Os tecnológicos ressaltam o avanço dos softwares (programas), a velocidade de transmissão, as soluções telemáticas (a distância). Os que conhecem as tecnologias têm prometido soluções, facilidades, grandes mudanças. Os que focam mais as dimensões humanas do ensinoaprendizagem falam mais de olho-no-olho, de comunicação afetiva, de valores. Os humanistas dizem que as tecnologias são importantes, mas, em geral, resistem o quanto podem a uma utilização mais ampla, inovadora. Permanecem ancorados na sala de aula como espaço de resistência, fora do qual não se atrevem a avançar. 6 Os educadores tecnológicos, impulsionados por administradores em busca de resultados, ampliam mais e mais o número de alunos atendidos simultaneamente, focam predominantemente o conteúdo, a auto-aprendizagem e limitam a interação ao mínimo, para diminuir os custos e aumentar os lucros. 1.2 COMPETÊNCIA DOS PROFESSORES O uso da tecnologia na escola, quando voltada à princípios que privilegiam a construção do conhecimento, o aprendizado significativo, interdisciplinar e humanista, requer dos educadores novas competências para desenvolver uma pedagogia voltada para a criação de estratégias e situações de aprendizagem que possam torna-se significativa para o educando, sem perder de vista o foco na intencionalidade educacional (Tornaghi, Prado e Almeida, 2010, pg 49). Precisamos quebrar os paradigmas que nos prendem a modelos antigos de educação, pois o objetivo da escola é o desenvolvimento das capacidades físicas, intelectuais e morais dos alunos, ela precisa democratizar o saber e reconhecer a necessidade que se faz de trazer a tecnologia para dentro da sala de aula, para dentro de seu planejamento (Santos, 2009, p. 01). Ainda nesse sentido, Silva observa: Mobilizar o professor significa mudança de paradigmas, acreditar que a tecnologia é sua aliada na construção da sua prática, isto não o tornará um especialista na área, mas é preciso criar condições e querer se apropriar deste conhecimento, para saber usá-lo adequadamente em seu dia a dia com o aluno. Essa mudança requer do professor uma reflexão contínua sobre suas práticas pedagógicas, ampliação de seus conhecimentos, aprimoramento de suas habilidades, bem como disponibilidade às mudanças para oferecer uma educação de qualidade. 1.3 FORMAÇÃO DO PROFESSOR Não basta às escolas possuírem laboratórios instalados, são necessárias mudanças em procedimentos que começam pela formação da equipe escolar e que esta seja de forma contínua, tendo em vista que a educação é dinâmica e o compromisso dos educadores deve ser numa visão de desenvolvimento humano no seu sentido mais amplo – criação, transformação, autonomia e emancipação. 7 O domínio do técnico e do pedagógico não deve acontecer de modo separado. É irrealista pensar em primeiro ser especialista em informática para depois tirar proveito desse conhecimento nas atividades pedagógicas. O melhor é quando os conhecimentos técnicos e pedagógicos crescem juntos. O domínio das técnicas acontece por necessidades e exigências do pedagógico e as novas possibilidades técnicas criam novas aberturas para o pedagógico, constituindo uma verdadeira espiral de aprendizagem ascendente na sua complexidade técnica e pedagógica (Valente apud , Moran e Almeida, 2005, p. 23). Portanto, para que se obtenha sucesso na utilização da informática na educação é necessário que o professor esteja capacitado para trabalhar com esta nova realidade educacional, sendo então preciso que seja dada ao professor a oportunidade de conhecer, compreender e escolher a melhor forma de se utilizar a tecnologia a favor da melhor qualidade de ensino. Sem uma equipe capacitada, o que se vê são professores que aproveitam a sala de informática para deixar os alunos trabalhando sozinhos e escolas que nem sequer utilizam os laboratórios existentes. Neste sentindo, encontram-se falhas, pois muitas vezes as formações/capacitações oferecidas aos professores limitam-se a encontros de treinamento, apresentação de softwares, palestras sobre a importância do uso da informática, treinamento tecnológico com fundamentação pedagógica excelente, porém, sem aplicabilidade e oportunidade de análise e construção de seu uso na prática pedagógica. Formação e capacitação que levem a mudanças devem ir além do passar informação de técnicas operacionais; deve ser de forma integrada, que o pedagógico e o técnico possam ser construídos juntos, mediante a necessidade (PULGA, MARCONI, 2011). Outra atitude necessária para que as capacitações levem a mudança é a de proporcionar aos educadores um maior contato prático com a tecnologia, pois quando maior for este contato, maior a possibilidade de se aperfeiçoar na sua utilização mesclando de forma criativa com os materiais didáticos tradicionais. Segundo Imbernón apud Almeida e Moran (2005, p. 44): A partir da convivência com os desafios e outros fatores que interferiam no trabalho educativo, na busca conjunta de alternativas para sobrepujar as dificuldades, no compartilhamento de conquistas e fracassos, nas reflexões na e sobre a própria ação, o educador tem a possibilidade de compreender o que, como, por que e para que empregar o computador em sua ação. 8 Portanto, cabe aos formadores de educadores proporcionarem-lhes essas vivências, acompanhar a atuação do educador em formação com outros aprendizes, criar situações: novas descobertas, processo em desenvolvimento, produções realizadas, dificuldades enfrentadas e as estratégias que permitam ultrapassá-las. Ainda assim, falta conectar as tecnologias ao conteúdo. Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA e da Fundação Victor Civita, destaca: “As capacitações em serviço deveriam focar os conteúdos de cada disciplina e incluir as tecnologias como ferramentas para facilitar o trabalho de sala de aula”. Rosane de Nevada, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), lembra que só ensinar a mexer na máquina não contribui para aperfeiçoar o jeito de ensinar. Basta de usar o computador apenas para repetir o que foi dado em sala de aula 1.4 PRÁTICA PEDAGÓGICA REFLEXIVA É importante que o educador compreenda o uso da tecnologia de maneira ampla, assumindo uma postura multidisciplinar de integração de conteúdos e disciplinas, ampliando a abrangência do conhecimento que pode ser adquirido pelo aluno. Porém, não adiantam programas de formação para professores se estes não souberem usar a tecnologia como aliada na construção do conhecimento; é necessário usá-la como ferramenta pedagógica para ampliar as capacidades e possibilidades, portanto ela deve ser bem compreendida para ser bem usada, gerar resultado e provocar transformações. Faz-se necessário que o professor estabeleça objetivos para as atividades pedagógicas desenvolvidas para que elas tenham sentido e façam do laboratório uma extensão da sala de aula. Incluir a tecnologia no projeto pedagógico é a única forma de garantir que as máquinas se tornem, de fato, ferramentas a serviço da aprendizagem dos conteúdos curriculares, e não um fim em si mesmas O uso do computador como apoio á aprendizagem deve ser significativo para que se torne uma ferramenta cognitiva ou como afirma Jonassen (2007) as aplicações pedagógicas da informática são feitas com a exigência que os alunos pensem de forma significativa a fim de utilizarem tal recurso como representação de 9 sua capacidade de produzir conhecimento e não apenas reproduzi-los e assim há necessidade do envolvimento cognitivo dos alunos, e essa é uma possibilidade de melhorar qualitativamente seu desempenho. Então, para garantir uma melhor qualidade de ensino, é preciso mais do que domínio dos recursos, é necessário uma prática pedagógica reflexiva. Uma aula mal preparada não será melhor apenas com o uso do computador. A tecnologia pode talvez mascarar a deficiência de um professor, mas, se usada inadequadamente, não deixa de ser prejudicial ao aluno. Nada substitui o verdadeiro professor (BERBEL apud Rosalen, Mazzilli, p. 03). Embora a tecnologia seja um elemento da cultura bastante expressivo, ela precisa ser devidamente compreendida em termos das implicações do seu uso no processo de ensino e aprendizagem. Essa compreensão é que permite ao professor integrá-la à prática pedagógica. No entanto, muitas vezes essa integração é vista de forma equivocada, e a tecnologia acaba sendo incorporada por meio de uma disciplina direcionada apenas para instrumentalizar sua utilização, ou ainda, de forma agregada a uma determinada área curricular. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), a tecnologia deve ser usada na escola para ampliar as opções didáticas do educador, com o objetivo de criar ambientes de ensino e aprendizagem que favoreçam a postura crítica, a curiosidade, a observação e principalmente a autonomia do aluno. Assim, confirma-se que o professor é insubstituível, pois continua sendo este quem planeja e desenvolve as situações de ensino a partir dos conhecimentos que possui e dos processos de aprendizagem, utilizando agora a tecnologia como mais um recurso do processo de ensino-aprendizagem. 1.5 PAPEL DO ALUNO A utilização da informática é mais complexa do que a utilização de outro recurso didático conhecido em função da diversidade de recursos disponíveis. A partir da informática é possível se comunicar, pesquisar, criar desenhos, efetuar cálculos, etc. O computador é uma ferramenta que permite ao aluno realizar tarefas, das mais simples (produzir uma carta), até as mais complexas (resolução de problemas sofisticados de matemática e ciências). Nesse sentido, o computador passar a ter uma função maior do que simplesmente passar informação (SILVA, p. 02). 10 A informática educativa aliada ás práticas pedagógicas trabalha a leitura, escrita, raciocínio lógico, cálculo mental ao mesmo tempo em que os alunos se familiarizam com os programas, aplicativos, softwares, sendo possível a aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades tecnológicas. As tecnologias da informação estão criando novas formas de distribuir o conhecimento, seguramente, tornam-se necessárias novas formas de alfabetização (literária, gráfica, informática, científica, etc) (Pozo apud Tornaghi, Prado e Almeida, 2010, p. 61) O computador é também uma ferramenta que auxilia o professor a promover a aprendizagem, autonomia, criticidade e criatividade do aluno, mas para isso, o professor necessita assumir o papel de mediador da interação entre aluno, computador e conhecimento. De acordo com VALENTE apud Amaral (p. 01): Com o computador e a tecnologia digital o aluno interage com os objetos de conhecimento de maneira mais rica. Cabe ao professor, como mediador desse processo, apropriar-se definitivamente destas ferramentas e mecanismos, que são as NTIC (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação), para que o aluno usufrua da diversidade textual contida nas telas, ampliando com isso suas possibilidades de escolhas. 1.6 MUDANÇA NA EDUCAÇÃO Entre os princípios que norteiam os diversos estudos que buscam redimensionar a prática educativa e valorizar a utilização da informática, estão a importância de reconhecer que professores e livros didáticos não possuem a verdade finalizada, e que o computador é um espaço onde o aluno pode procurar e dominar uma nova linguagem. Pressupõe-se também que há mudança nos papéis tradicionais desempenhados por professores e alunos. Não cabe mais a educação proporcionar aos alunos conhecimentos como verdades acabadas, mas sim, ajudá-los a construir seu próprio ponto de vista, sua verdade particular a partir de tantas verdades parciais. Conhecer e pensar não significa chegar a verdade absoluta, mas sim, dialogar com a incerteza. (Morin apud Tornaghi, Prado e Almeida, 2010, p. 62) As novas tecnologias trouxeram grande impacto sobre a educação desenvolvida nos dias atuais, criando novas formas de aprendizado, disseminação do conhecimento e especialmente, novas relações entre educar e educando. 11 Segundo Ferreira (p.02): Os professores deixariam de ser aqueles que repassam informações, e passariam a ser coordenadores de um trabalho de pesquisa. Os alunos deixariam de ser aqueles que apenas recebem as informações e transformar-se-iam naqueles que buscam e analisam dados. Os alunos têm certa autonomia quanto à utilização das tecnologias atuais, mesmo assim, é necessário oferecer suporte para que enfrentem essa demanda tecnológica com eficácia e pensamento crítico, direcionar os alunos quais ferramentas digitais são as mais adequadas para alcançar seus objetivos de aprendizagem. Alguns autores afirmam que a internet será a responsável por uma grande revolução na educação tendo em vista a facilidade de acesso às informações, porém é necessário ter ciência que esse recurso traz muitas informações que nem sempre são relevantes. Um dos grandes desafios dos educadores é tornar essas informações significativas, escolhendo as verdadeiramente importantes. Nesse sentido Tornaghi, Prado e Almeida (2010, p. 36) afirmam: O desafio atual do sistema educacional é, evidentemente, formar os alunos para terem autonomia na busca e na seleção de informações, na produção de conhecimentos para resolver problemas da vida e do trabalho e, principalmente, para que estejam dispostos a aprender a aprender ao longo da vida. Ainda nesse sentido, outros educadores expõem sua opinião: Essa facilidade de acessar informações, graças ao uso da Internet, por si só torna viável o contato da escola com o mundo exterior. Mas mais importante do que isso é a possibilidade que esse recurso traz para que, com orientação adequada do professor, o aluno se aproprie de conceitos, aprendendo-os significativamente, não só por poder perceber a importância que eles têm, em um contexto mais amplo, mas também na medida em que possa entender a relevância que eles possuem do ponto de vista social, dando-lhe a oportunidade de desenvolver sua competência de utilizarem-se esses conceitos em um novo contexto (Novais, 2005, p. 47). Esse momento de mudança na educação requer uma nova forma de pensar e agir para lidar com a rapidez e a abrangência de informações e com o dinamismo do conhecimento. Necessário se faz uma nova organização de tempo e espaço e diversidade de situações que exijam um posicionamento crítico e reflexivo do indivíduo para fazer suas escolhas e definir suas prioridades. 1.7 ETAPAS NA IMPLANTAÇÃO DAS TECNOLOGIAS As escolas que possuem acesso as tecnologias costumam seguir alguns passos na sua implantação 12 1.7.1 Tecnologias para fazer melhor o mesmo As tecnologias começam a ser utilizadas para melhorar o desempenho do que já existia: melhorar a gestão administrativa: automatizar rotinas de matrícula, boletos, notas, folha de pagamento, receitas. Depois ajudam o professor a “dar aula” na organização de conteúdos, na ilustração de aulas (vídeos, softwares de conteúdos específicos), de avaliação (planilhas, bancos de dados), a fazer pesquisa (bases de dados e Internet). Ao mesmo tempo, os alunos encontram nas tecnologias ferramentas de apoio à aprendizagem: programas de texto, de multimídia, de navegação em bases de dados e Internet, de comunicação, até chegar aos ambientes virtuais de aprendizagem. 1.7.2 Tecnologias para mudanças parciais O avanço das tecnologias e o seu domínio técnico-pedagógico propiciam a criação de espaços e atividades novos dentro da escola, que convivem com os tradicionais: utiliza-se mais o vídeo para tornar as aulas mais interessantes; desenvolvem-se alguns projetos na Internet, nos laboratórios de Informática. Professores e alunos criam páginas e divulgam seus trabalhos. Professores propõem atividades virtuais de grupos, listas de discussão, fóruns e blogs, produção de vídeos. Esses programas se sofisticaram com a utilização de plataformas integradas de ensino, que permitem fazer atividades a distância. Mas o importante, o que vale de verdade, continua sendo o currículo, as aulas presenciais, as notas. A escola continua a mesma, no essencial, mas há algumas inovações pontuais, periféricas, que começam a pressionar por uma mudança mais estrutural. Muitas escolas fazem mudanças profundas mas, ao contrário, massificam com as tecnologias o modelo centrado no professor (por exemplo, através de teleaulas), focando mais a transmissão do que a interação e a pesquisa. 13 1.7.3 Tecnologias para mudanças inovadoras As tecnologias começam a ser utilizadas para modificar a própria escola: para flexibilizar a organização curricular, a forma de gestão do ensino aprendizagem. As escolas de Ensino Fundamental e Médio ainda se sentem fortemente pressionadas pelas secretarias de educação, pelo vestibular das universidades, pelas expectativas tradicionais das famílias e pela força da cultura escolar tradicional. Por isso, ainda não estão conseguindo quebrar o modelo padrão: aulas presenciais, presença obrigatória. Mesmo os colégios mais avançados tecnologicamente continuam amarrados, presos no peso da tradição e das expectativas sociais convencionais. Um dos problemas sérios atuais é a demora das universidades em assumir novos modelos pedagógicos inovadores e mais séria ainda é a defasagem das escolas de educação básica: estacionaram na mesmice. Mesmo com grandes portais de serviços virtuais e franquias não mexem no essencial, que é o processo de ensino-aprendizagem. O virtual, até agora, é um complemento – só – do presencial, que é o que realmente conta e que continua acontecendo da mesma forma. 1.8 FATORES QUE INFLUENCIAM NO USO DO COMPUTADOR Fatores que influenciam no uso do computador em sala de aula: • Quantidade de computadores: quando mais computadores a escola possui, maior é a freqüência de uso para atividades educacionais, inclusive com a participação dos estudantes. • Conexão com a internet: para se desenvolver um bom trabalho é fundamental a conexão com a internet, pois, escolas que possuem apenas conexão discada acabam utilizando as máquinas apenas para atividades administrativas ou para tarefas muito básicas, como ler notícias, copiar conteúdos, consultar mapas, usar calculadora ou planilha eletrônica. Já em escolas em que os professores fazem uso mais avançado da tecnologia em atividades com os alunos (como criar blogs e páginas na web, programas ou desenvolver projetos de iniciação científica ou usar a robótica educacional e programas de modelagem 3D), o acesso é quase sempre via banda larga. 14 2 RELATOS 2.1 RELATO DAS OBSERVAÇÕES 2.1.1 Identificação da Escola Centro de Educação Profissional Vidal Ramos, localizada na estrada geral de Marcílio Dias, no bairro Marcílio Dias, na cidade de Canoinhas, SC. A Instituição é um centro de educação profissional voltado para a formação na área primária da economia, habilitando no eixo temático recursos naturais – Técnico em Agropecuária e os Subseqüentes em Agropecuária e Zootecnia. 2.1.2 Projeto Político Pedagógico da escola Missão da escola: educar qualificando tecnicamente para o mundo do trabalho, visando à formação do cidadão com conhecimento generalista, empreendedor, participativo, ético, transformador e humanitário. Objetivo geral: Buscar métodos Educacionais inovadores, onde o conhecimento historicamente construído seja referência para entender e interagir na transformação da sociedade, possibilitando a inclusão social, com visão voltada para a sustentabilidade e comprometimento com o Meio Ambiente, desenvolvendo o conhecimento técnico pedagógico nas atividades teórico-práticas que complementem as competências e habilidades. 2.1.3 Sala de Aula Sala de tecnologia equipada com 18 computadores com sistema operacional Linux Educacional 3.0, um data-show e conexão com a internet. 15 2.1.4 Conteúdo Programático Desenvolvido • Primeiro dia Em sala de aula, mostrar e explicar as fórmulas que serão utilizadas. • Segundo dia No laboratório de informática, apresentar o sistema operacional Linux, tendo em vista que este não é muito conhecido pelos alunos. • Terceiro dia Apresentar os programas Kate, Shell e a linguagem de programação Fortran. • Quarto dia Programar as fórmulas estudadas na primeira aula, utilizando os recursos já citados. • Quinto dia Apresentar exercícios para sanar dúvidas e fixar o conteúdo. 2.1.5 Metodologia de Ensino Adotada Foram primeiramente explicadas, em sala de aula, as fórmulas a serem estudadas, as mesma constavam no livro didático repassados aos alunos no início do ano. Foram realizadas exercícios para melhor fixação do conteúdo. Posteriormente no laboratório de informática, foi apresentado o sistema operacional Linux (Linux Educacional 3.0), os programas a serem utilizados, como salvar o arquivo, como compilar e executar o mesmo e como navegar nas pastas para encontrar o arquivo desejado. Foram demonstrados no data-show as fórmulas vistas em sala de aula e repassados exercícios para os alunos resolverem e fixarem o conteúdo e por fim, foram sanadas as dúvidas. 16 2.1.6 Atendimento e relacionamento com os Alunos Por se tratar um projeto que tem em seu desenvolvimento a utilização de computadores, os alunos demonstraram interesse desde a sua apresentação. Surgiram dúvidas já no começo do desenvolvimento do projeto, quando da explicação das fórmulas, mas aos poucos, já em laboratório, os alunos começaram a entender melhor as fórmulas e se interessar mais pela matéria de física. O desempenho dos alunos em sua maioria foi bom e teve alunos que se destacaram quanto à aprendizagem. Qualquer dúvida surgida foi sanada pelos professores. 2.1.7 Avaliação Os alunos foram avaliados de várias maneiras: atenção, dedicação, comportamento, aprendizado, fatores psicológicos. 2.2 RELATOS DA INTERVENÇÃO 2.2.1 Primeiro Dia Num primeiro momento, os alunos tiveram algumas dificuldades para entenderem as fórmulas explicadas e só após a resolução de exercícios conseguiram assimilar melhor o conteúdo. 2.2.2 Segundo Dia Tendo em vista que o sistema operacional Linux não é muito conhecido pelos alunos, neste segundo dia foi utilizado o laboratório de informática para proporcionar o contato necessário para posterior utilização eficaz do mesmo. 17 2.2.3 Terceiro Dia Foram apresentados os programas que seriam necessários para a execução das tarefas bem como a maneira de conseguí-los (baixá-los e instalá-los). Após entender um pouco do Linux, os alunos não tiveram grandes dificuldades para baixar os programas bem como suas possíveis dependências. 2.2.4 Quarto Dia Após terem disponíveis os programas necessários, os alunos iniciaram as atividades de programação das fórmulas na linguagem Fortran. Houve algumas dificuldades quanto à atenção dos alunos. Muitos não despendiam a devida atenção na demonstração dos códigos pelo professor e então, ao programar as fórmulas, as mesmas não compilavam tendo em vista que copiavam códigos errados. Apesar disso, o aproveitamento se deu de forma satisfatória. 2.2.5 Quinto Dia Posteriormente as resoluções das fórmulas juntamente com o professor, foram repassados aos alunos exercícios para fixação do conteúdo e tendo em vista o bom aproveitamento das aulas, este conseguiram resolver facilmente os problemas propostos. 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a realização destas aulas mais dinâmicas, com a utilização do laboratório de informática e outros recursos, os alunos conseguiram entender melhor a física/fórmulas. As aulas foram muito proveitosas, pois conseguiram melhorar as notas e, além disso, começaram a se interessar mais pela matéria depois de verem que é possível tornar a física mais divertida. Os alunos, em sua grande maioria, tiveram bom aproveitamento, e alguns se destacaram quanto a aprendizagem. Conseguiram entender muito bem a matéria e até mesmo se interessaram não só pela física, mas por informática/programação. Para a maioria dos alunos, estas aulas proporcionaram não só uma matéria mais dinâmica, mas também o contato com um computador e o acesso a internet, em se tratando de alunos pertencentes a famílias rurais de diversas cidades e estados. A partir deste estágio conclui-se que o uso da informática é importante para o âmbito escolar, porém nem todos os educadores tem consciência disso. As aulas seriam muito mais interessantes e proveitosas se todos os professores utilizassem regularmente o laboratório de informática tendo em vista que o aluno de hoje já nasce inserido no mundo das tecnologias e, portanto as aulas que contemplam o uso desses recursos atraem o interesse do aluno proporcionando assim um maior aprendizado. Outro fator importante que foi constatado durante a realização deste estágio quanto ao uso da informática na escola, é de que na maioria das vezes os professores não utilizam as tecnologias por medo, ignorância, desinteresse ou até mesmo por desprezo, mas se faz necessário que o professor atualize-se constantemente, pois, ele deve pensar no que é melhor pro aluno e portanto deve utilizar-se da informática para melhorar o aprendizado do mesmo. 19 REFERÊNCIAS AMARAL, Mirian Abreu de Souza. A alfabetização e o letramento com apoio das tecnologias de informação e comunicação. Disponível em: <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1725>. Acesso em: 26 jun. 2011. DINIZ, Melissa. Formação para trabalhar com tecnologia: o grande desafio de quem ensina. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacaocontinuada/o-grande-desafio-de-quem-ensina-519559.shtml>. Acesso em: 05 jul. 2011. FERREIRA, José Heleno. Integração: educação, tecnologia e sociedade. 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Brasília: Secretaria de Educação a Distância, 2010. 20 APÊNDICE 21 UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE CURSO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA EM INFORMÁTICA KELLY ERZINGER PROJETO DE ESTÁGIO CAÇADOR 2011 22 KELLY ERZINGER PROJETO DE ESTÁGIO Projeto de Estágio Supervisionado em Pedagogia – Estudos pedagógicos para complementação em informática - apresentado à Universidade Alto Vale do Rio do Peixe, Curso de Pedagogia, como prérequisito para aprovação da Disciplina de Estágio, sob a orientação. CAÇADOR 2011 23 SUMÁRIO 24 1.TEMA Fórmulas de: Força (segunda Lei de Newton), Calor (Quantidade de calor), Peso, Equação horária, Equação da velocidade, Lei de Hook, Lei de Ohm e Resistência em série e posteriormente programá-las na linguagem Fortran. 25 2. JUSTIFICATIVA Tendo em vista que na atualidade o uso do computador é corriqueiro no cotidiano dos jovens, pretende-se utilizar este recurso para expor de uma forma mais dinâmica as fórmulas supracitadas, entendendo que nem sempre a disciplina de física é algo fácil para os alunos. 26 3. OBJETIVOS 3.1. OBJETIVO GERAL Apresentar fórmulas de física e programá-las na linguagem Fortran. 3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Apresentar as fórmulas a serem utilizada, explicar para que servem; • Apresentar o Sistema Operacional Linux e mostrar como deverá ser utilizado; • Apresentar os programas a serem utilizados; • Programar as fórmulas anteriormente estudadas; • Apresentar exercícios de fixação para sanar dúvidas. 27 4. REFERENCIAL TEÓRICO Física é a ciência que estuda a natureza em seus aspectos mais gerais, se ocupa dos componentes fundamentais do Universo, das forças que interagem entre si e dos efeitos das ditas forças. É uma ciência que se originou das reflexões dos primeiros filósofos gregos, no século VI a.C. que perguntavam sobre a natureza do universo, ou seja, do que era feito e como se transformava. A palavra grega para natureza é physis, e dela devirou-se a palavra física (CALÇADA; SAMPAIO, 2005). 4.1 SEGUNDA LEI DE NEWTON Segunda Lei de Newton: a mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida. “Sendo → a resultante de todas as forças que atuam em um corpo, este deve ter uma aceleração →, proporcional a →, isto é: →=m•→ onde a constante de proporcionalidade m é a massa do corpo” (CALÇADA; SAMPAIO, 2005, p. 74). 4.2 CALOR ESPECÍFICO O calor específico de qualquer substância é definido como a quantidade de calor requerida para alterar a temperatura de uma unidade de massa da substância em 1 grau. Segundo CALÇADA; SAMPAIO (2005, p. 175),” em corpos constituídos de um único material, a capacidade térmica é proporcional à massa do corpo C=c•m onde a constante de proporcionalidade c é uma característica do material, isto é, para cada material teremos um valor de c. Essa constante é chamada de calor específico do material”. 28 4.3 PESO Um corpo abandonado próximo a superfície da Terra, cai com movimento acelerado, então, se existe aceleração, deve haver força. Portanto, concluímos que a Terra atrai o corpo, ou seja, a Terra exerce sobre o corpo uma força denominada peso do corpo que é representada por →. O peso tem a direção de uma reta que passa aproximadamente pelo centro da Terra e sentido para o centro dela. Abandonando-se um corpo de massa m acima da superfície terrestre, numa região onde se fez vácuo, a força resultante sobre o corpo é o próprio peso →. Assim, de acordo com a segunda Lei de Segunda Lei de Newton, temos a seguinte correspondência: →=m•→ onde → é a aceleração da gravidade (CALÇADA; SAMPAIO, 2005, p. 78) 4.4. EQUAÇÃO HORÁRIA A Equação horária de um movimento mostra como o espaço varia com o tempo. Consideramos uma partícula em movimento uniforme, com velocidade escalar v (positiva ou negativa). Suponhamos que: ao iniciarmos a contagem dos tempos ( = 0), a partícula tenha abscissa (ou espaço) ; essa abscissa será chamada de abscissa inicial. Algum tempo depois, no instante t, a partícula terá abscissa s. “Como o movimento é uniforme, a velocidade instantânea coincide com a velocidade média num intervalo de tempo qualquer. Então, entre os instantes e t temos (CALÇADA; SAMPAIO, 2005, p. 21): = ∆ ∆ = Daí teríamos: − = ou = + Essa equação é denominada equação horária da dos espaços. Ela nos fornece o espaço s num instante qualquer t”. 29 4.5 EQUAÇÃO DA VELOCIDADE A equação da velocidade permite a determinação da velocidade com o tempo, pode ser representada vetorialmente por: Há que se considerar a direção da velocidade e da aceleração. Se ambas tem o mesmo sentido e direção, estaremos tratando de um movimento uniformemente acelerado, ou seja, a velocidade cresce uniformemente com o tempo t. Se as duas tem sentidos contrários, dizemos ter um movimento uniformemente retardado, neste caso, a velocidade decresce uniformemente com o tempo t. Uma terceira grandeza física caracterizando o movimento é a força, representativa da interação entre os corpos, ou agindo sobre os corpos, visto que as forças externas atuantes são as causa em si do movimento. 4.6 LEI DE HOOKE A lei de Hooke consiste basicamente na consideração de que uma mola possui uma constante elástica k. Esta constante é obedecida até um certo limite, onde a deformação da mola em questão se torna permanente. Dentro do limite onde a lei de Hooke é válida, a mola pode ser comprimida ou elongada, retornando a uma mesma posição de equilíbrio. Segundo CALÇADA; SAMPAIO (2005, p. 96): A constante k é chamada de constante elástica da mola e sua unidade no SI é o newton por metro (N/m). Sendo a mola alongada ou comprimida, vale a relação: F=k•x onde o valor de k é o mesmo tanto no alongamento como na compressão de uma mesma mola. 4.7 LEI DE OHM A lei de Ohm afirma que a corrente que passa através de um dispositivo é proporcional à diferença de potencial, ou voltagem, através do dispositivo, e inversamente proporcional à resistência do dispositivo. 30 O físico alemão George Simon Ohm usando um resistor metálico, mantido a uma temperatura constante, verificou que o quociente entra a d.d.p. U e a intensidade i da corrente elétrica era constante. Verificou ainda que diversos materiais, em sua maioria metálicos, também apresentavam essa propriedade (CALÇADA; SAMPAIO, 2005, p.313). 4.8 RESISTÊNCIA EM SÉRIE Na resistência em série, todos os resistores são percorridos pela mesma corrente elétrica. Os resistores estão ligados um em seguida do outro, existindo apenas um caminho para a corrente elétrica. Segundo CALÇADA; SAMPAIO (2005, p.317): um grupo de resistores está associado em série quando seus elementos estiverem conectados de tal maneira que sejam percorridos pela mesma corrente elétrica. A tensão total U na associação é igual à soma das tensões parciais dos resistores associados. Essa tensão total é fornecida pelo gerador. A resistência equivalente da associação é igual à soma das resistências associadas. 4.9. KATE Kate (KDE Advanced Text Editor) é um editor de texto que permite programar, compilar e executar vários programas ao mesmo tempo. Segundo Watts (p. 01): O Kate e o Editor de Texto Avançado do KDE. Também oferece o componente de edição para vários aplicativos, sob o nome KWrite. Algumas das varias funcionalidades do Kate incluem o realce de sintaxe configurável para as linguagens que vão do C e C++ ate ao HTML, passando por programas em 'bash', a capacidade de criar e manter projetos, uma interface para vários documentos (MDI) e um emulador de terminal embutido. Alguns recursos que o Kate oferece: • Programação em várias linguagens; • Acesso ao editor e ao terminal; • É possível programar, compilar e executar com a maior facilidade; • Tem sintaxe colorida para cada linguagem. 31 4.10 FORTRAN O Fortran (FORmula TRANslation) é uma linguagem de programação de alto nível voltada para problemas que possam ser formulados matematicamente, em particular nos campos da física, engenharia, estatística e da própria matemática. O Fortran é uma linguagem simples cujo vocabulário consiste de um com junto de palavras, conhecidas como “palavras-chave”. Um comando Fortran é uma sentença escrita nesta linguagem. Um programa consiste numa seqüência de comandos, cada um escrito numa linha (SANTANA, p.09). 4.1 SHELL Shell é um programa que recebe, interpreta e executa comandos digitados pelo usuário; ele faz a interação entre homem e máquina. “Shell é o elo entre o usuário e o sistema. Imaginei-o como um intérprete entre pessoas que falam línguas diferentes. Ele traduz os comandos digitados pelo usuário para a linguagem usada pelo kernel (núcleo do sistema) e vice-versa” (FARIAS, p. 08). 32 5. METODOLOGIA 5.1. PRIMEIRO DIA Em sala de aula, mostrar e explicar as fórmulas que serão utilizadas. 5.2. SEGUNDO DIA No laboratório de informática, apresentar o sistema operacional Linux, tendo em vista que este não é muito conhecido pelos alunos. 5.3. TERCEIRO DIA Apresentar os programas Kate, Shell e a linguagem de programação Fortran. 5.4. QUARTO DIA Programar as fórmulas estudadas na primeira aula, utilizando os recursos já citados. 5.5. QUINTO DIA Apresentar exercícios para sanar dúvidas e fixar o conteúdo. 33 6. RECURSOS Recursos Humanos Acadêmico: Kelly Erzinger Professor de física: André de Campos Recursos Materiais Materiais Permanentes 18 Computadores Data-show 34 7. CRONOGRAMA Atividade Março Orientações Contato com Escola Elab.Projeto Estágio Apresent. Do relatório Abril X Maio X X Junho X X X Julho 35 8. AVALIAÇÃO Os alunos serão avaliados de várias maneiras: atenção, dedicação, comportamento, aprendizado, fatores psicológicos. 36 REFERÊNCIAS BARRETO, Márcio. Física: Newton para o ensino médio. 1 ed. São Paulo: Papirus, 2002. CALÇADA, Caio Sérgio; SAMPAIO, José Luiz. Física. 2 ed. São Paulo: Atual Editora. 2005. FARIAS, Paulo Cesar Bento Farias. Curso Essencial de Linux. 1 ed. São Paulo: Digerati. 2007. FRANCO, W.O. Espaço, tempo e interações (III). Disponível em <http://fisicabr.org/mecanica/fis13.html>. Acesso em: 26 maio 2011. HEWITT, Paulo G. Física Conceitual. 9 ed. São Paulo: Bookman. 2002. KÍTOR, Glauber Luciano. Lei de Hook. Disponível em: <http://www.infoescola.com/fisica/lei-de-hooke/ >. Acesso em: 25 maio 2011. KLEINBACH, Merlin; HENRICHS, Roger A. Energia e Meio Ambiente. Tradução da 4ª ed. Americana. São Paulo: CENGAGE LEARNING. SANTANA, Carlos. Apostila de Fortran. Disponível em: <http://www.fisica.uece.br/graduacao/caf/sites/default/files/Apostila%20Fortran.pdf>. Acesso em: 30 maio 2011. WATTS, Lauri. Ubuntu manuals. Disponível em: <http://manpages.ubuntu.com/manpages/natty/pt_BR/man1/kate.1.html>. Acesso em: 24 maio 2011.