A arte de envelhecer Aconteceu... Acontece... Bodas de Ouro

Transcrição

A arte de envelhecer Aconteceu... Acontece... Bodas de Ouro
R. Lindo Vale, 464 – 4200-370 PORTO

Al. Linhas de Torres, 2 – 1750-146 LISBOA
[email protected]
A ESE de Paula Frassinetti
em festa – 3 de Março
Encontro Ibérico de Taizé
no Porto
- Entrada do Colégio da Paz -
Carta do Brasil
Comunidade
do Alto do Lumiar
A arte de envelhecer
Aconteceu... Acontece...
Bodas de Ouro
Página de Arquivo

A Comunidade da Casa Geral
É com alegria que temos recebido muitas notícias da Casa Geral. São partilha de vida, que une. Não
faltou uma fotografia do jardim coberto de neve!
Também gostámos de saber a nova organização da Casa Geral: a Comunidade do Governo Geral,
constituída pelas 5 Irmãs (Superiora Geral e 4 Conselheiras) e uma outra Comunidade, formada
pelas Irmãs que dão apoio: Marie Louise Mifsud e Doris Zahra, maltesas; Pietrina Salonia, italiana;
Joaquina Filomena Monteiro, angolana. Foram nomeadas: a Irmã Marlene Mumic, para Secretária
Geral, e a Irmã Rosella Manni (italiana) para Ecónoma Geral. A Comunidade de Santo Onofre
acolherá Irmãs que venham estudar em Roma, como a Irmã Lisete (portuguesa).
Desejamos bom trabalho, neste reorganizar a «vida»!
ENCONTRO “APRENDER A ENVELHECER”
Irmã Maria Emília Diniz
Sardão – 11 de Fevereiro de 2010
Destinatárias – Todas nós (cerca de 50 Irmãs, de variadas idades), porque todas estamos na
Escola da Vida e queremos chegar à etapa final com “boa classificação”, que nos permita o acesso à
vida transformada, onde já não se envelhece, porque é para sempre nova na eterna juventude de
Deus.
Orientadores – Dra. Fátima Ribeiro, enfermeira a preparar doutoramento; o grande e bom amigo,
Padre Victor Feytor Pinto; a nossa Irmã Fernanda Nogueira. Ocuparam respectivamente a manhã e
a tarde, uma no campo dos cuidados físicos e os outros dois na dimensão espiritual.
Saber, experiência, facilidade de comunicação e sentido de humanidade na forma de apresentar
foram características dominantes: notável a competência profissional e pastoral bem como a
autenticidade de vida que deixaram transparecer.
Temas – Todos do máximo interesse porque nos ajudam a viver uma etapa da vida que pode
tornar-se uma perda de tempo dolorosa e infecunda, se não for devidamente preparada. As sínteses
projectadas pela Dra. Fátima, os exercícios físicos com “doentes de circunstância”, o cuidado com
atitudes e posturas, ali exemplificadas, foram muito úteis e elucidativas.
Condições logísticas – Óptimo acolhimento na Casa de Retiros.
Clima – Atmosfericamente péssimo, humanamente fraterno e descontraído.
A parte da tarde – dimensão espiritual - foi densíssima e exigente, mas geradora de paz e
esperança. O Padre Victor falou-nos da busca da harmonia integral da pessoa, já que somos um ser
em projecto, em devir, um ser em liberdade. Apresentou-nos sucintamente meios de aprendizagem
daquilo que Anselm Grun chamou A sublime arte de envelhecer. Abordou ainda as fases difíceis,
perante a notícia de uma doença incurável: surpresa, negação, revolta, aceitação. Destacou valores
a cultivar sempre, mas mais intensamente nesta fase que se aproxima do fim: serenidade,
paciência, bondade, gratidão, essa Sabedoria do coração de que nos fala o artigo 64 das nossas
Constituições e nos vai configurando mais e mais com o coração do nosso Deus.
A rematar o Encontro houve ainda uns momentos para a Irmã Fernanda Nogueira nos apresentar
alguns traços da espiritualidade de Santa Paula relacionados com o tema: foi o selo da nossa
identidade de Doroteias.
Em síntese – Tudo foi impulso para aprender a aprender da vida, até ao fim.
Irmã Casimira Marques
Pode envelhecer-se de forma saudável! - foi a mensagem transmitida no encontro «Aprender a
envelhecer», que se realizou em Coimbra a 11 de Novembro. Os oradores começaram por distinguir
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entre idoso (o que tem mais de 65 anos) e velho (o que perdeu a jovialidade). Caracterizaram a
terceira idade por uma lentificação, acrescentando que o envelhecimento activo atrasa as
consequências negativas.
O envelhecimento biológico é inevitável, mas a mente deve permanecer activa, retardando o
envelhecimento intelectual, enquanto o envelhecimento emocional permite ganhar sabedoria e não
perder qualidades!
Envelhecer não é uma doença – se fosse poderia tratar-se e curar-se.
Geralmente, ao envelhecimento alia-se a inactividade física, ansiedade e depressão, menor
motivação e menos auto-estima. Contrariar essas tendências é retardar os efeitos do
envelhecimento.
Os grandes problemas do idoso são: acidentes, quedas, má nutrição, alterações motoras e
sensoriais, alterações do sono (mais fragmentado e menos profundo), alterações psíquicas e
comportamentais, solidão e depressão… Por isso deve o idoso ser mais acompanhado, ter um
cuidador…
Cuidar de si é a essência da existência humana. Cuidar do outro é cidadania, desprendimento, amor.
O cuidador é um ser humano com qualidades especiais: amor à humanidade, solidariedade, doação.
Faz o elo entre o idoso, a família e os serviços de saúde ou a comunidade.
O cuidador não substitui, mas ajuda; pode prevenir situações, orientar…
Foram apontadas oito tarefas importantes para o cuidador:
1. Escutar, estar atento não só às palavras mas a um gesto, a uma expressão do rosto…
Estimular a comunicação: fala, escrita, gestos, toques… (não comunicar reduz a alegria de
viver, a actividade social e a interacção…)
2. Ajudar nos cuidados higiénicos, só no que a pessoa não pode fazer; deixar fazer tudo o que
puder (se consegue lavar-se, chegar-lhe só o sabão, a toalha, etc.).
3. Estimular e ajudar numa alimentação correcta: nem demais nem de menos, alimentos
variados, de todos os grupos da roda dos alimentos, alimentos de fácil digestão, adequando a
hidratação (água ou chá, não sumos)… Não meter na boca se a pessoa pode fazê-lo, dar pela
boca algum mimo - mesmo que a pessoa tenha sonda gástrica - para poder saborear…
4. Ajudar na locomoção e actividades físicas: andar, tomar sol na varanda ou no jardim, fazer
exercícios físicos…
5. Estimular actividades e lazer ocupacionais. Evitar muito tempo na cama; nem a noite deve
ter mais de dez horas…
6. Executar todos os auto-cuidados em que o idoso não se basta: posição na cama ou na
cadeira, massagens, transferências cama/cadeira ou cadeira de rodas/cadeira normal.
7. Administrar a medicação conforme a prescrição, mostrando o nome do medicamento,
verificando a validade do mesmo, a dose a tomar, informando para que serve.
8. Comunicar à equipa de saúde alterações verificadas no idoso.
Todas as actividades devem ser estimuladas e as capacidades utilizadas, para não caírem no
sindroma do desuso que leva à dependência!!!
O Padre Victor Feytor Pinto, na jovialidade dos seus 77 anos, apresentou algumas ideias do livro A
sublime arte de envelhecer, de Anselm Grun, que prefaciou na tradução portuguesa.
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Tiago Mendonça
Nos dias 13 a 16 de Fevereiro fiz parte de uma experiência
nova e absolutamente única: o Encontro Ibérico de Taizé. A
verdade é que, ao escrever estas linhas, apercebi-me de que
não é fácil colocar por palavras o conteúdo desta aventura,
sendo esta tão cheia de sentimento e emoção como foi.
“Vamos procurar fontes de alegria!” - foi com esta frase que fui presenteado, mal cheguei, e me foi
entregue a fita com a chapa de identificação. Não tendo nunca ido a um encontro de Taizé, entrei no
recinto do Dragão-Caixa (onde eram feitas as orações principais, todas as noites) e segui uns amigos
até encontrarmos lugar. Já sentados, não foi preciso muito tempo. Bastaram uns poucos segundos
para a magnitude do evento me atingir. Só que, em vez de uma euforia e excitação por algo novo, o
sentimento que me invadia era de uma tranquilidade profunda, como se o restante mundo (assim
como as preocupações que nos perseguem todos os dias) tivesse ficado às portas do pavilhão.
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Para ser sincero, tinha algum receio sobre o que ia encontrar durante a oração. Hoje em dia, sinto que
esta palavra, esta definição, ganhou um “peso” de que não precisava: as pessoas fogem à oração. O
que vivi ali foi de uma simplicidade e de uma beleza extrema! As canções “de Taizé”, como lhes
chamo, são curtas mas parece que têm o dom de nos acalmar. As palavras do Irmão Alois eram
simples, mas poderosas! O ambiente gerado por milhares de pessoas reunidas com um único foco em
paz e tranquilidade: não tem discrição. É algo que tem de ser sentido, vivido para se saber o que é!
No fim da oração, surgiu um momento especial, em que as pessoas eram convidadas a
aproximarem-se da cruz e repousarem a sua testa nela. Quem me conhece, sabe que nunca fui
dado a este tipo de gestos. Aliás, afasto-me deles sempre que posso. Nunca senti a necessidade
nem a vontade de demonstrar de forma tão aberta qualquer tipo de devoção ou fé. Mas aqui, decidi
desafiar-me. E mal coloquei lá a minha testa, senti algo que me marcou: senti as pessoas à minha
volta, senti a canção que ecoava no pavilhão, senti o desejo ardente de construção de um mundo
novo, que era partilhado por todos ali. Isto, para mim, foi o meu encontro com Deus.
Acabado o momento de oração, partimos para as nossas paróquias. Nós, no grupo das Irmãs
Doroteias, ficámos inseridos na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, ficando alojados no
Colégio da Paz. Logo aqui se sentiu a hospitalidade nortenha de que tantos falam. Onde quer que
fôssemos, as pessoas com quem nos encontrávamos tinham sempre um sorriso com que nos
cumprimentar e um empenho que estava bem presente na disponibilidade exibida. Nunca nos faltou
nada.
Os dias que se seguiram foram, à falta de melhor palavra, mágicos. Uma pequena oração para
começar o dia e, de seguida, pequenas visitas a
variadas Instituições, em conjunto com pequenas
reflexões de grupo, com a leitura da Carta da China.
As visitas que fiz levaram-me a conhecer a Caritas
do Porto, juntamente com o Centro Regional do
Instituto Português do Sangue, onde nos abriram os
olhos para algumas situações da vida que nos
podem sempre bater à porta.
Da parte da tarde, pequenos workshops que eram,
essencialmente, momentos de partilha de experiências
de vida. Estas partilhas eram extremamente ricas em
valor. Presenciei uma pessoa a falar de coragem ao
contar-nos a sua experiência de luta contra uma
doença e apercebi-me de que, por tantas e variadas
vezes, perdemos a nossa coragem com coisas que,
por comparação, são tão fúteis. Tive também oportunidade de ir a uma workshop com D. Manuel
Clemente, onde falou sobre a Alegria. Curiosamente, tirando uma fotografia e olhando bem para ela,
constatei como o momento me fez lembrar aquelas histórias que se ouviam de gerações passadas, com
o avô sentado numa cadeira, a contar histórias aos seus netos que estavam sentados à sua volta. Sem
dúvida, um momento muito bonito.
Saídos das workshops e indo para o estádio do dragão para jantar, as nossas caras eram
presenteadas com um frio de rachar. Neste aspecto, o tempo pregou-nos uma partida, pois as
temperaturas estiveram muito baixas, juntamente com pequenas “brisas” que faziam sentir o frio
até ao osso. Mas, curiosamente, este frio, que teimou em
fazer-se presente e nos seguia para todo o lado, ao invés
de nos desmotivar a sair à rua, teve o efeito
exactamente oposto: o convívio, as canções, os risos, os
abraços... tudo isso serviu para nos unir ainda mais
enquanto grupo, ao mesmo tempo que nos aquecia em
corpo e em mente.
Recordo com muita saudade a tarde de Domingo em
que,
a
caminho
do
estádio,
esta
quantidade
impressionante de jovens inundou o metro do Porto. As
pessoas que encontrávamos pelo caminho ficavam
admiradas, pois por onde esta massa de gente passava,
estava sempre presente alegria, risos e canções! As
galerias do estádio pareciam uma festa gigante. Não era sítio para comer e repousar: era um local
para alegria e boa disposição! Um pormenor que achei muito giro foram as pessoas a passear com
cartazes a dizer “Amor Grátis!” (era dia dos namorados), a oferecer abraços a quem quisesse. São
estas pequenas coisas que ainda me fazem acreditar que há algo de bom nas pessoas. Se alguém é
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capaz de pegar num cartaz destes e andar a oferecer abraços para animar pessoas que lhe são
completamente estranhas...
A despedida foi, sem sombra de dúvida, difícil. Depois de um encontro com tanta emoção, não é
nada fácil regressar ao mundo do dia-a-dia. Não é fácil regressar a um mundo que favorece, cada
vez mais, a futilidade e personalidades completamente ocas. Mas, ao mesmo tempo, esse é o
desafio: levar o que aprendemos e lutar para remodelar este mundo. Comparo isto à partida dos
discípulos para espalhar a Boa Nova. Sim, porque não tenham a mínima dúvida: partilhar aquilo que
vivemos e tentar trazer alegria a outras pessoas é espalhar a Boa Nova. Não há nada de místico
nem de inalcançável. É tão simples como um sorriso a uma pessoa estranha.
Para trás ficam as recordações e as lições aprendidas. Ficam as marcas deixadas por actos
espontâneos de bondade para connosco. Fica a graça das brincadeiras que se faziam, desde as
danças malucas no meio da rua até às acções de uma rapariga novinha que andava pelo pavilhão a
reforçar uma ideia às pessoas com o seu cartaz a dizer “SILÊNCIO!”. Fica a sensação de me ter
reencontrado e, por consequência, a sensação de me ter reencontrado com Deus através das
experiências vividas. Fica a gratidão que me levou a dar um aperto de mão ao Irmão Alois e a dizerlhe simplesmente: “Merci beaucoup pour tout”.
Daqui para a frente, estão as amizades que se formaram. Está a vontade de melhorar. Está o nascer
de um novo dia.
Pediram-me para descrever, numa frase simples, os 4 dias que ali passei. A minha resposta foi um
sorriso enquanto dizia: “Nesses 4 dias, fui feliz...”
Externato do Parque – 75 anos a educar
O EXTERNATO DO PARQUE mergulha as suas raízes no longínquo ano de 1866.
(...)
“Ao anoitecer do dia 5 de Julho de 1866 (..) as três fundadoras [Giuseppina Bozano, Luigia Guelfi e
Maria Puliti], discretamente, entraram na sua casa. No mistério da noite, nascia pobremente o
Colégio do Quelhas (COLÉGIO JESUS MARIA JOSÉ).
(...)
A semente germinou e transformou-se em árvore frondosa que ia multiplicando e repartindo os seus
frutos: novos colégios, escolas, obra das catequeses, visita a prisões...
Em 1910, o velho vendaval da perseguição religiosa soprou rijo sobre o florescente Colégio do
Quelhas. (...)
Na madrugada de 8 de Outubro, invadido o Colégio do Quelhas, as Irmãs viram-se obrigadas a
abandonar a casa, sendo conduzidas, em grupos, ao Arsenal da Marinha.
Ao fim de 44 anos de existência, terminava assim o Colégio Jesus Maria José, mais vulgarmente
conhecido por Colégio do Quelhas...
A restauração da Província Portuguesa iniciou-se em 1918, mas somente em
1930, das cinzas, renascia na capital o COLÉGIO DO QUELHAS, agora com a
designação de COLÉGIO D. ESTEFÂNIA, pela sua localização na R. D. Estefânia,
126, Lisboa. Era o dia 25 de Março, festa litúrgica da
Anunciação do Senhor.
A exiguidade das instalações, face à afluência de alunas,
obrigou, no ano seguinte, a uma mudança para o
Palacete Amaral, sito na Alameda das Linhas de Torres,
ao Campo Grande, rodeado de jardins e terrenos de
cultura, designados por Quinta das Calvanas. Também
aqui a existência do Colégio seria efémera: os seus espaços iam-se
tornando insuficientes para a população estudantil, sempre em aumento.
Finalmente, em 20 de Abril de 1935, o Colégio D. Estefânia é transferido para um espaçoso
edifício - PALÁCIO DO VISCONDE DE ABRANÇALHA - sito na Rua Artilharia Um, nas
proximidades do Parque Eduardo VII, razão pela qual se tornou conhecido por COLÉGIO
DO PARQUE. Mais tarde, em 1943, retomaria a designação de COLÉGIO JESUS MARIA JOSÉ, num
regresso às suas raízes: o Colégio do Quelhas.
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“Situado na esquina da Rua Artilharia Um com a Avenida Duarte Pacheco, foi construído nos finais
do século passado pelo Visconde de Abrançalha. No início deste século, esteve lá instalado o
Consulado do Japão, tendo sido adquirido, nos anos trinta, pelas Irmãs Doroteias, para ali
instalarem um Colégio, anteriormente localizado no Campo Grande.
“Inicialmente, o Colégio era frequentado por 150 alunas internas e 30 externas. Após a abertura do
Colégio de Santa Doroteia, em 1936, o edifício da R. Artilharia Um passou a funcionar apenas como
externato e semi-internato; daí a designação de EXTERNATO DO PARQUE, elevando-se a frequência
para 300 alunas. Ministravam-se as aulas da Instrução Primária e o Curso Geral dos Liceus (segundo
a terminologia da época), havendo ainda aulas complementares de Línguas, Música e Desenho
Artístico para as alunas que o desejassem.
Na década de 40 - na sequência do projecto de construção da auto-estrada, que atingiu o corpo do
edifício do Colégio - procedeu-se à nova construção, já anteriormente pensada, para ampliação das
instalações. Sucessivamente, foram surgindo a capela, salas de aula, a nova portaria, campo de
jogos (para basquetebol, ténis e patinagem), aulas para a classe infantil, laboratório de química,
ginásio, etc.
Iniciaram-se os cursos suplementares de estenografia, dactilografia, pintura, corte, arte aplicada,
piano e solfejo, e línguas vivas.
No ano lectivo de 1969/70, iniciou-se a construção de um pavilhão
pré-fabricado para salão de festas, espaço para encontros, etc.
A partir do ano lectivo de 1975/76, inclusive, o Colégio passou a
funcionar apenas com os níveis Infantil e Instrução Primária,
sendo os restantes transferidos para o Colégio de Santa Doroteia.
O Ministério da Educação concedeu aos dois Colégios o estatuto de
“Paralelismo Pedagógico”.
Nos anos lectivos de 1987/88, o EXTERNATO DO PARQUE
desenvolveu a experiência pedagógica chamada “Escola Cultural”.
A 23 de Março de 1990, por despacho do Ministério da Educação, foi atribuído ao EXTERNATO DO
PARQUE o estatuto de “Autonomia Pedagógica”.
Nos anos que se seguiram, e até à data, o Externato do Parque, através de reformulações anuais do
seu PROJECTO EDUCATIVO, procura melhorar cada vez mais a sua acção educativa e integrá-la no
meio em que está inserido: a freguesia de Campolide.
É com muita alegria que vimos convidar todas as Irmãs, e em especial as que se sentem mais ligadas a
esta casa, a viver connosco este acontecimento.
Dia 20 de Abril (terça-feira), às 10h30m - Concelebração Eucarística presidida por D. Tomaz Silva
Nunes, Bispo Auxiliar do Patriarcado, para a Comunidade Educativa e todas as Irmãs que queiram
participar.
Dia 24 (sábado), às 15h30m - Eucaristia celebrada pelos nossos antigos alunos Padre João V ergamota
e Padre António Pedro, para Antigos Alunos e todos os Professores e Irmãs que estiveram com eles no colégio.
A partir do dia 20, além de algumas exposições, haverá outras surpresas.
A nossa casa está aberta a acolher todos os que desejam vir.
Gostaríamos que confirmassem até 26 de Março a vinda no dia 20 e/ou 24.
Irmã Elvira Reis
A Ensinar desde 1935
Isabel Ramos, professora do 3ºC
O direito à educação está contemplado na Declaração Universal dos Direitos Humanos,
aprovada pela ONU em 1948.
A Escola não pode resolver todos os problemas que, em primeira instância, cabem
liminarmente à família, mas poderá e deverá dar um poderoso contributo para a educação e
formação dos adultos de amanhã.
Cada vez mais a Escola é um local onde as crianças põem em jogo muito do que é a dinâmica
da sua família. Podem levar o que têm, ou procurar o que lhes falta, mas, cada vez mais, usam o
espaço da Escola para trabalhar um pouco o seu crescimento emocional, que algumas vezes está
longe de ser fácil.
Se considerarmos que cada Escola tem uma espécie de personalidade e de “forma de ser”
que lhe é própria, determinada por uma série de variáveis que intervêm na sua composição, a nossa
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Escola tem demonstrado, ao longo destes 75 anos, que o seu carisma fica para sempre impresso
nos corações daqueles alunos que por aqui passaram, assim como dos seus colaboradores.
A Escola, hoje em dia, tal como a sociedade onde se insere, está em permanente mudança.
Uma Escola que tem o seu projecto educativo elaborado, como a nossa, não deve estar sujeita a
alterá-lo ao sabor de novas regulamentações sem antes o poder pôr em prática, testar, avaliar e
corrigir. Para que isso seja possível, é necessário que se lhe dê tempo e autonomia, porque sem
uma verdadeira autonomia a Escola não cumprirá o seu dever.
A Escola tem que ser vivida por dentro, como a nossa Escola tem um carisma muito próprio,
impresso pela nossa fundadora, Santa Paula Frassinetti, que soube deste sempre o que é necessário
para educar e que ainda se mantém actual.
A suavidade e a firmeza, a bondade no trato, a serenidade e o respeito, o diálogo e o
encorajamento, têm sido as premissas que nos têm permitido educar através de uma pedagogia
personalizada, simples, familiar, criadora e socializante.
A dinâmica de todos aqueles que contribuem de alguma forma para esta instituição, são
facilitadores de aprendizagens e de crescimentos humanos, devido à inter-ajuda, a disponibilidade e
à confiança na união.
Logo o nosso lema deve continuar a ser aquele que ‘plantou’ a nossa fundadora:
“Educar bem as crianças é transformar o mundo e conduzi-lo à verdadeira vida”
Para concretizar este ideal escolhamos uma forma simples de estar e de ser, para
continuarmos pelo menos por mais outros 75 anos...
A ESE de Paula Frassinetti em Festa
Irmã Maria da Conceição Oliveira
Como preparação para viver o dia 3, por toda a comunidade educativa, lançámos um desafio a
alguns professores para se envolverem com os alunos na descoberta de quem foi Paula Frassinetti.
Como queríamos colocar alguns quadros relativos a episódios
importantes da sua vida, e também que estes tivessem
significado para os alunos, decidimos seleccionar os quadros:
Paula Frassinetti e Mariana Danero; Ida de Paula Frassinetti a
Rivarolo e a torrente Polcevera; Ida de Paula para Roma;
Paula Frassinetti e as alunas; Paula Frassinetti na varanda; A
despedida das Irmãs na ida para o Brasil e Portugal; Vinda de
Santa Paula a Portugal.
Cada Turma foi convidada a ler o episódio do respectivo quadro,
assim como um texto referente à pedagogia pela via do coração
e do amor, e construir algo para uma exposição a realizar na
semana de 3 a 11 de Março.
O acolhimento por parte dos professores e dos alunos excedeu
as nossas expectativas, e a Escola agora está mais bonita e mais
Paulina.
A motivação para o trabalho foi dada a partir de um grande farol
colocado à entrada da Escola, construído por dois professores.
No mesmo espaço cada aluno colocou uma estrela com o seu
nome. Estas estrelas tinham uma mensagem de Santa Paula.
No dia 3 a Irmã Lúcia Soares
esteve com os professores a
desenvolver a temática “A importância da Escola no contexto da
missão das Irmãs Doroteias e as consequência de pertencer a esta
missão”, enquanto a Irmã Maria da Conceição Oliveira desenvolveu
com os alunos os princípios pedagógicos de Paula Frassinetti.
Às 11h30m houve Eucaristia celebrada pelo P. Carlos Carneiro, sj. Foi o
momento alto do dia.
De tarde houve entrega dos Diplomas e Cartas de Cursos a todos os ex-Diplomados das três
Licenciaturas: Educação Social; 1.º Ciclo do Ensino Básico e Educação de Infância.
O grupo “Dar voz ao sonho” e a Tuna abrilhantaram a tarde com as suas actuações.
A presença tão significativa das Irmãs Lúcia Soares, Fátima Ambrósio, Maria Antónia Marques
Guerreiro e Margarida Ribeirinha ajudaram a fazer festa.
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Um dia na...
Comunidade do Alto do Lumiar
Irmã Maria Antónia Sequeira
Do exterior, olhando a fachada, não se avalia como a Comunidade é
acolhedora e ampla. Situada num local de realojamentos e também de
prédios ricos (muito perto) - a vizinhança é muito variada -, um local
ventoso onde era a antiga Musgueira Norte, perto do Aeroporto.
Sete andares - 32 famílias - caboverdianos, gente de leste,
portugueses ... Não dá para muitas intimidades, é gente muito metida
consigo. Há praticantes e não praticantes e gente do Reino de Deus. De
manhã a Comunidade dispersa, cada uma para o seu trabalho: Mila, para o
Colégio do Parque; Maria Manuel, para o Economato ou CIRP; Alice, para
visita a doentes, colaboração na Santa Casa da Misericórdia e outros
trabalhos. Os vizinhos pedem auxílio em casos de doença, idas para o
hospital, ajuda em tratamentos, quando estão aflitos...
Ao fim do dia dão, quatro vezes na semana, catequese no Centro Emaús. A
Mila é membro da direcção da Catequese. Animam a Eucaristia Dominical alternadamente com a outra
comunidade de Irmãs que lá vive. Ao jantar estão reunidas, e às 3ª, 5ª e Sábados têm encontros de
oração e reflexão.
Salientam a pobreza extrema da Paróquia da Charneca, e todo o trabalho de Casa é feito por
elas. Não têm ninguém a auxiliar. A Mila tem a arte de aproveitar todas as promoções e a
criatividade de fazer aparecer sempre uma coisa nova em festas da Congregação, da Igreja e
outras ocasiões especiais. Também fazem questão de marcar presença em todas as ocasiões,
alegres ou tristes, da vida das outras Comunidades, e participam em actividades de outras
paróquias, não ficando confinadas à delas. Tiveram pena de não terem estado presentes, por
exemplo, nos 90 anos da Irmã Maria Rita, e nós não lhes dissemos nada por pensar que isso iria
interferir com actividades delas - e que não teriam tempo. Por isso é sempre vantajoso conhecer
mais de perto a VIDA das pessoas e das comunidades para um enriquecimento e julgamento justo.
O padroeiro dali é S. Bartolomeu, com a festa em Agosto; mas durante os meses de Maio,
Junho e Outubro todas as noites têm oração na paróquia. Um costume que têm já há alguns anos
como Comunidade é passar a noite de fim de ano na Igreja do Santíssimo Sacramento no Chiado,
onde se celebra Eucaristia às 11h. Foi para mim um grande enriquecimento ter contactado esta
Comunidade enquanto "jornalista" do Doroteias.
Carta do Brasil
Irmã Alice Simões
O que vivo é tão grande que não há palavras para o descrever; apenas algumas linhas para
entrar em comunicação com todas e todos.
De 15 de Setembro a 8 de Fevereiro vivi na Casa Provincial, onde fui muito bem acolhida.
Nesse tempo tive várias saídas para conhecer de perto dois Colégios (Bebedouro e Belo Horizonte) e
também para outras formações, sobretudo na Pastoral Juvenil Vocacional. Agradeço muito a todas
as Irmãs da Casa Provincial por me terem recebido tão bem,
acompanhado e ajudado a crescer... por tanta vida que fomos
construindo em conjunto!
O ano de 2010 iniciou-se na casa
das Irmãs Paulinas, em ambiente bem
quentinho como é característico deste
povo Brasileiro. Depois de termos
“bebido” o vinho novo do XX Capítulo
Geral, era hora de festejar a entrada do
novo ano em clima de boda, e foi isso
que aconteceu. Estávamos reunidas
Irmãs de várias Comunidades; quanta
riqueza!
No dia 1 de Janeiro, bem cedinho, um grupo de Irmãs foi para a Casa
da Praia Grande. De 1 a 3 de Janeiro realizou-se aí a Assembleia das Irmãs Inseridas em Meio
Popular. A Assembleia decorreu em ambiente simples e familiar.
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O mês de Janeiro, na Casa Provincial, foi muito rico em passagem de Irmãs vindas de várias
missões e de lugares muito diversos e distantes da Província. A passagem/estadia dessas Irmãs
encheu a casa e também o nosso coração de tanta riqueza de vida que foi partilhada. Dava gosto
ver o entusiasmo, a alegria, a força, a fé de tantas Irmãs que estão dando a sua vida numa
radicalidade espantosa, com toda a simplicidade. Missões onde estamos, e outras onde já não
estamos; como há leveza no ir onde houver esperanças de um maior serviço do Reino! Confesso que
o meu coração ficou cheio de vida e de interpelações/desafios. Uma das pessoas que passou por lá,
e deixou bem a sua marca de missionária, foi a Ir. Marlene, nossa Assistente Geral. Como ficar
parada(o) perante o que se ouve, vê e sente?
De 10 a 23 de Janeiro estive com a Ir. Solange a participar na Escola de Animadores(as)
Vocacionais em Jundaí; fizemos a 1ª e a 2ª partes, que boa escola! Para o ano será a 3ª e 4ª etapas
para quem a pode fazer... Aqui no Brasil aposta-se a sério na formação há já vários anos.
No dia 2 de Fevereiro fomos ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida a fim de celebrar as
bodas de ouro de 3 Irmãs: Mª do Carmo Albuquerque, Divina e Edna; foi um dia muito especial
com a presença de quase todas as Irmãs da Comunidade da Casa Provincial e outras que aí estavam
de passagem. Foi peregrinação/agradecimento pela fidelidade destas Irmãs, também um momento
de lazer e um banho cultural. A Irmã Divina, que está em missão em Manicoré, é tia de um
sacerdote Mariano que em Fátima muitas vezes vai celebrar a Eucaristia na nossa casa. A Ir. Divina
tem uma outra Irmã Doroteia, a Ir. Ana Vieira, que está em missão na Província Brasil Norte; e foi
connosco uma irmã desse sacerdote que também é religiosa, mas de outra Congregação.
De 6 a 8 de Fevereiro participei na equipa ampliada da Juventude Doroteana da Província e
da equipa central. Nestes dias fizemos um estudo a partir de documentos sobre a juventude e o
nosso Capítulo Geral XX, e programámos o ano de 2010 com o contributo de todas(os).
De 14 a 16 de Fevereiro participei na Assembleia de Província em Belo Horizonte. Esta
Assembleia foi praticamente uma reunião de Coordenadoras e algumas Irmãs Assessoras das
equipas de Pastoral da Província. Foi muito bom ver como tudo
foi construído por todas a partir da realidade que somos e dos
desafios do Capítulo, do Mundo e da Igreja. Estou muito grata
à Ir. Albuquerque por esta possibilidade que me deu de poder
participar numa Assembleia destas...
No dia 9 de Fevereiro vim integrar a Comunidade Maria
de Nazaré, na Vila Industrial. Esta Comunidade situa-se na
periferia de S. Paulo (uma das maiores cidades do mundo), e
está inserida num local muito pobre. Perto de nós fica a favela
de S. José, e outras situações de pobreza que mexem muito
connosco. Crianças, adolescentes e jovens temos em número
muito elevado, mas andam pelas ruas à espera de algo... Se
estamos lá, o encontro pode acontecer...
Santa Paula não olhou para a Juventude que estava “fora”, a mais pobre, a mais desamparada?
Como podemos ficar indiferentes? A realidade por si só fala, provoca e convoca a dar uma
resposta... é impossível ficar só com a juventude que está dentro quando se vê este cenário! O que
fazer? Como fazer? São desafios muito fortes para os que vêem esta realidade e se deixam
interpelar por ela.
Somos uma Comunidade internacional: a Ir. Leonízia Izabel e a Ir. Rocha, são brasileiras; a Ir. Ida é
da Suíça, e eu sou portuguesa. A Ir. Rocha esteve no ano passado na Argentina. A diversidade entre
nós é grande; mas, como todas queremos construir o Reino, viver assim é uma enorme riqueza! O
nosso idioma é o português, embora às vezes tenhamos que falar mais devagar ou traduzir alguma
palavra, atendendo à diversidade. Mas há uma linguagem que todas queremos entender sempre
melhor - a do Espírito -, e para isso procuramos em Comunidade dar
espaço para que Ele se manifeste. Sabemos que todas as horas são
horas de Deus, mas diariamente temos tempos fortes, “sagrados”,
de oração pessoal e comunitária. A Comunidade procura estar
atenta aos apelos de Deus no quotidiano da vida, discernir o que
Deus quer de nós e responder com a audácia da fé dentro das
possibilidades que temos. Tudo é partilhado por todas, procuramos
viver em Comunidade o que as nossas Constituições dizem; porém
temos consciência da nossa fragilidade, mas também da presença
contínua de Deus-Amor que caminha connosco! Queremos que se
“formem em nós os sentimentos do Filho”, vivendo em contínua disponibilidade para respondermos
com Fé aos apelos do Espírito!
9
As nossas actividades são: Pastoral da Criança, presença e apoio nas Comunidades Eclesiais de
Base (CEBs), na Associação Comunitária Girassol(ACG) onde se desenvolvem projectos sociais na
linha da educação e cultura, tendo como perspectiva a transformação da realidade. A Comunidade
ainda está aberta para as assessorias diversas a que é chamada. No fundo, trabalhar com o povo,
caminhar com este, procurando responder aos apelos de Deus hoje no meio onde está inserida. A ACG
desenvolve várias actividades para Jovens; desta forma, os jovens que andam na rua, sujeitos a tudo,
encontram na ACG um espaço de formação e lazer que os promove, desafiando-os a descobrir e
potenciar os próprios talentos, colocando-os a render em função do maior bem comum. O hip-hop é
uma das actividades desta Associação, que congrega os Jovens; estes, através da dança, vão
crescendo e adquirindo outras potencialidades e valores. Trabalhar com esta juventude é um desafio!
A Comunidade vive toda em função desta Missão; procura viver em comunhão para ser
presença transformadora e geradora de vida em abundância junto do povo ao qual é enviada. Não
somos nós as “donas”, as “senhoras”, aquelas que fazemos tudo; procuramos formar lideranças no
povo para que sejam eles os protagonistas da sua própria história. As Irmãs trabalham directamente
com as Comunidades daqui e assessoram também outras Comunidades dentro e fora do Estado de
S. Paulo, em outros locais do Brasil. Sentimos que o trabalho de uma é o trabalho de todas; ouve-se
do povo a marca de família: “Irmãs Doroteias” e não esta ou aquela Irmã. Estou a aprender
muitíssimo com tudo o que vivo na Comunidade e na missão; o tempo é muito pouco para viver em
cheio tudo isto. Nunca pensei ter tão vivo dentro de mim este espírito missionário! Diante da
realidade é impossível permanecer neutra! Sem dúvida que
viver aqui é uma graça de Deus. Dado que o tempo para
permanecer aqui é muito limitado, estou como aprendiz
procurando captar a vida na Comunidade e na Missão.
A América Latina com a sua história, com tudo o que se
vive aqui, fala bem fundo, marca aqueles que por aqui passam
e abrem os olhos para ver! É um continente de mártires, de
ontem e de hoje; isso fala bem alto e provoca a vida! Estou a
gostar imenso do que vivo; melhor era impossível! É pena que
este ano esteja já a meio... É bom, mas sabe a muito pouco!
Ainda bem que as novas estruturas vão abrir as fronteiras e que juntas vamos “encontrar novas
formas de presença para que o mundo tenha mais vida e vida em abundância!”. O nosso país tornase pequeno quando se vê um mundo bem maior... e afinal a nossa família é internacional!
 Dia 19 de Março - chega de Angola a
 Dia
20
de
Março
-
Encontro
Irmã Judite Moinheiro. As 2 jovens
colaboradores de Instituições, em Vilar -
ainda ficam, mas em Benguela.
Porto.
 Não se realizam as Reuniões previstas
 Dia 22 de Março – Bodas de Ouro da
para os dias 13 de Março (Encontro
Irmã Angelita Duarte (Porto ESE)
Escolas), 14 de Março (Encontro IPSS)
e
15
de
Março
(Partilha
Notícias da saúde das nossas Irmãs:
Projectos
 Irmã
Solidariedade, na Figueira da Foz; se
Brites
(Casa
Paula),
que
foi
operada ao colo do fémur, está em
parecer oportuno realizar-se mais tarde,
recuperação.
a Equipa dirá).
 Irmã
 Dia 19 de Março - Bodas de Ouro da
Maria
Amélia
Gonçalves
Lopes
(Casa Paula) - Caiu e fracturou o colo
Irmã Conceição Henriques (Coimbra).
do fémur, tendo sido operada no dia 5.
10
do
 Irmã Madalena Braga - Por ter os ossos
problema respiratório, mas a recuperar
muito fragilizados e em risco de novas
muito bem da operação.
fracturas, o médico acha melhor mantê-
Está
ainda
 Irmã
internada
Maria
da
por
causa
Conceição
la imóvel na cama. Ela tem conservado
Moreira
a sua habitual serenidade e não sente
(Moçambique) - Esteve internada, uns
dores, mas está afectada também a
dias nos cuidados intensivos. Descobriu-se
que
era
Fomento,
paludismo.
a
fazer
Agora
está
no
exames
para
um
nível
neurológico.
Tentamos
ajudá-la
com notícias e conversas que a animem.
diagnóstico mais exacto.
Outras notícias:
 Irmã Rositta - Foi operada a uma
 A Irmã Mª Emília Nabuco foi convidada a
catarata. Graças a Deus correu tudo
falar
bem,
Lisboa e arredores sobre a "Educação da
e
já
vê
melhor.
Agradece
as
orações de todas.
aos
Coordenadores
das
CVX
de
Interioridade das crianças dos 0 aos 6
anos". O encontro realizou-se no CUPAV,
 Irmã Maria Beatriz Figueira (Linhó) -
em Lisboa, e os cerca de 50 participantes
Depois de uma pneumonia, em meados de
piorar,
mostraram-se muito motivados, pedindo
encontrando-se neste momento algaliada
mais encontros deste tipo. Tratou o
Janeiro,
tem
vindo
a
mesmo
e com uma sonda naso-gástrica por onde
assunto,
duas
vezes,
no
Colégio de Arcozelo (Salesianas), perto
é alimentada. Parece não sofrer, o que
de Espinho, e em Lisboa no Colégio
de certa maneira nos conforta.
Valsassina.
 Irmã Mª José Lourenço - Foi de novo
 A Irmã Margarida Adelaide teve que vir
vista por uma equipa de médicos do
Hospital Santa Maria. Todos foram de
a Portugal para tratar do visto de
acordo
residência. Veio no dia 28 de Fevereiro
que
ainda
não
chegou
o
e regressa a Roma a 18 de Março.
momento de ser amputada a outra
perna.
Toma
imensos
 A Irmã Maria da Conceição Ribeiro tem
medicamentos,
mas continua com dores muito fortes.
novo mail: [email protected]
Queridas Irmãs
Venho agradecer, através do Doroteias, em meu nome e da minha família, os muitos gestos que recebi de
amizade e oração aquando do falecimento das minhas duas irmãs e cunhada. Que elas, junto de Deus,
intercedam por cada irmã e por todas as comunidades. O meu abraço sincero e carregado de gratidão. Ir. Teresa
Carneiro
11
Aprender a envelhecer
OS CARISMAS DA VELHICE...
A velhice é uma etapa da vida que oferece novas oportunidades de crescimento e de
empenhamento. Os idosos têm muito a oferecer à Igreja e à sociedade.
Urge restituir-lhes um papel mais activo e interveniente na comunidade, proporcionando-lhes
uma formação contínua própria e permitindo-lhes influenciar as decisões políticas, que
afectam a sua vida e a vida da sociedade em geral.
As sociedades humanas serão melhores, se souberem tirar partido dos carismas da velhice.
A gratuidade. O ancião, que vive o tempo da disponibilidade, pode chamar a atenção de
uma sociedade demasiado ocupada para a necessidade urgente de derrubar as barreiras de
uma indiferença aviltante, que desanima e interrompe o fluxo dos impulsos altruístas.
A memória. As gerações mais novas vão perdendo o sentido da história e, com isso, a
própria identidade... "Os anciãos ajudam a contemplar os acontecimentos terrenos com mais
sabedoria, porque as vicissitudes os tomaram mais experimentados e amadurecidos. Eles são
guardiões da memória colectiva e, por isso, intérpretes privilegiados daquele conjunto de
ideais e valores humanos que mantêm e guiam a convivência social" (João Paulo II, Carta aos
Anciãos, 1999, n.º 10).
A experiência. Hoje vivemos num mundo em que as respostas da ciência e da técnica
parecem ter suplantado a utilidade da experiência da vida, acumulada pelos anciãos ao longo
de toda a sua existência. Este tipo de barreira cultural não deve desencorajar as pessoas da
terceira e quarta idades, pois estas têm muito a dizer às gerações mais novas; têm muito a
partilhar com elas.
A interdependência... Os anciãos, com a sua busca de companhia, contestam uma
sociedade na qual os mais débeis são muitas vezes abandonados a si próprios, chamando a
atenção para a natureza social do homem e para a necessidade de restabelecer as redes de
relações interpessoais e sociais.
Uma visão mais completa da vida. A nossa vida é dominada pela pressa, pela agitação,
muitas vezes pelas neuroses... A terceira idade é também a idade da simplicidade e da
contemplação. Os valores afectivos, morais e religiosos, vividos pelos anciãos, são um recurso
indispensável para o equilíbrio da sociedade, das famílias e das pessoas... O ancião apreende
bem a superioridade do "ser", em relação ao "fazer" e ao "ter"...
A presença de tantos anciãos no mundo contemporâneo é um dom, uma nova riqueza humana
e espiritual».
(Conselho Pontifício para os Leigos, A dignidade do Ancião e a sua Missão na Igreja e no Mundo, Paulinas, 1999, p. 13-15).
12
Irmã Diana Barbosa
Aconteceu em Março...
Março é o mês que, logo no seu início – 3 de Março de 1809 –, nos traz, pelas 6 h da manhã, a
‘surpresa’ do nascimento de PAULA ÂNGELA MARIA, nome que no próprio dia lhe foi dado no
Baptismo. Os pais - Ângela Viale e João Baptista Frassinetti –, felizes, viram aumentada a sua prole
com este novo ‘rebento’, que haveria de dar tanta glória a Deus!
A 25 de Março de 1930, após os anos de ‘exílio’, abria em Lisboa num pequeno chalet, na Rua D.
Estefânia, 126, o Colégio D. Estefânia, vulgarmente conhecido por Estefaninha. Ao fim de um ano
teve de ser transferido para o edifício da Alameda das Linhas de Torres n.º 2, dada a afluência de
alunas.
Para a Província Portuguesa o dia 11 de Março de 1956 foi memorável: era inaugurada a nova
Capela da Casa do Linhó, réplica da Capela do Colégio do Quelhas, em Lisboa.
“No seu tempo de Provincial a Madre Morais [Ana do Espírito Santo] tinha empreendido a
grande obra da erecção de uma capela de vastas dimensões, no Colégio do Quelhas, visto a
existente, ainda que muito bonita e devota, ter-se tornado pequena demais para as
necessidades actuais. Era naturalíssimo a Madre Morais ter gosto em ver concluída a obra
começada por ela, na qual pusera todo o seu esmero (...). Mas, como todos os santos,
desapegada das coisas da terra, a Madre Morais, ao concluir o tempo de governo da sua
querida Província, quis dar a esta o edificantíssimo exemplo de não assistir à inauguração da
capela, não obstante o desejo da nova Provincial, da Madre Monfalim e de todas as Irmãs. A
cerimónia realizou-se no primeiro Natal do superiorado da Madre Monfalim no Quelhas, no ano
de 1907. A santa Madre Morais nunca chegou a ver a obra pronta! Infelizmente, a duração do
novo templo não foi além de três anos! Em 1910, caiu em poder dos republicanos.
Esta capela tem uma história interessante e que, à luz da fé, é significativa. Quando a Madre
Morais planeava começá-la, o mestre António Gaspar, pai da nossa Madre Carlota Gaspar (...)
era quem devia dirigir os trabalhos. Uma vez veio todo entusiasmado dizer à Madre Provincial
que tinha encontrado, nuns armazéns pertencentes a uma senhora russa (...), diferentes peças
de talha doirada de uma antiga capela, que lhe tinham parecido lindíssimas e que estavam a
calhar para a nossa obra. (...) Por todas estas riquezas, a senhora russa pedia uma bagatela!
(in Madre Monfalim, escrito pela Madre Mariana Cezimbra, pp.207 ss).
Em continuação, o relato explica que a antiga capela (de S. Joaquim) pertencia a uma casa
habitada pelos Condes de Penamacor. Sendo assim, quantas vezes não teria nela rezado D. Maria da
Assunção Saldanha e Castro, filha dos Condes de Penamacor, nossa benfeitora, a quem devíamos a
grande casa do Quelhas! Naquela capela tinha pregado o Padre Gabriel Malagrida, sj, que foi
queimado vivo, em 1761, por ódio do Marquês de Pombal aos Jesuítas.
46 anos mais tarde, em Domingo Laetare, renascia no Linhó a Capela do Quelhas. Foi
benzida pelo Cardeal Patriarca, D. Manuel Cerejeira, que em seguida celebrou a Missa, revestido de
um lindo paramento gótico, cujo desenho se deve à inspiração de D. Martin. Era Provincial a Madre
Maria Manuela Ferreira de Brito, que em 1952 fazia da casa do Linhó a Casa Provincial.
Outro 11 de Março - de 1984 - enche de júbilo toda a Congregação! A Beata Paula
Frassinetti é proclamada Santa por João Paulo II e apresentada a todo o povo de Deus como um
esplêndido fruto da Redenção, sempre actuante na Igreja.
13
Concurso de Santa Paula – Março 2010
Sobre o tracinho escreva um V, se a afirmação é verdadeira; um F, se é falsa
1. Santa Paula teve 10 irmãos. __
2. Na viagem de Génova para Roma, em 1841, foi acompanhada pelo irmão José. __
3. As constituições de 1851 foram traduzidas e adaptadas do espanhol. __
4. O irmão Rafael várias vezes visitou Paula, em Roma. __
5. A princípio Paula e as suas companheiras não usavam véu em casa. __
6. O irmão Francisco fundou a Congregação dos Filhos de Santa Maria Imaculada. __
7. As primeiras jovens romanas entraram para a Congregação na casa da Rua Panisperna. __
8. O Conde Vimercati foi um grande inimigo da Congregação. __
9. À ameaça de ser lançada ao Rio Tibre, Paula disse: “Nunca pensei ser tão suja a última água
que haveria de beber”. __
10. As fundações de Recife e de Lisboa tiveram duas ‘mártires’: as Irmãs Teresa Casavecchia e
Maria Puliti. __
11. Na visita a Portugal Paula foi acompanhada pela Irmã Cargioli. __
12. Paula escreveu ao todo 1000 cartas. __
13. Da correspondência de Paula com as alunas resta-nos apenas uma carta. __
14. Nas viagens Paula usava sempre o comboio. __
15. As Casas de Vila do Conde e de Vila Nova de Gaia (Sardão) foram fundadas com o
consentimento de Paula. __
16. Em todas as Casas do Instituto Paula mandava colocar, no jardim, uma estátua de Nossa
Senhora. __
17. Em Roma Paula conheceu dois Papas. __
18. No Cemitério de Verano, o corpo de Paula esteve 22 anos. __
19. O quarto onde Paula morreu foi transformado em Capela em 1930. __
20. “A coroa da vossa Madre está completa”: frase dita às Irmãs pelo Padre Fantoni. __
Enviar as respostas à Irmã Diana Barbosa, até fins de Março. Boa sorte!
*
*
*
Desenhos da Irmã Fernanda Bourbon
14
JESUS É SENHOR
Diz com o coração: Jesus é Senhor.
Diz com os lábios: Jesus é Senhor.
Grava-o nas tuas entranhas: Jesus é Senhor.
Canta-o com a tua voz: Jesus é Senhor...
Jesus é Senhor:
chama de liberdade, fonte de alegria,
vento de paz, vitória sobre toda a morte;
estandarte no mais alto da terra,
sol nas profundidades do nosso ser,
meta do nosso caminhar,
companheiro de vida e esperança
que ninguém poderá tirar.
Jesus é Senhor:
d’Ele brota a vida, n’Ele a nossa esperança,
com Ele tudo é bom,
a Ele o nosso reconhecimento,
para Ele a nossa vontade,
por Ele a nossa plenitude;
Ele a nossa justiça, Ele a nossa salvação
que ninguém poderá tirar.
Jesus é Senhor:
já não há mais senhores;
os senhores do dinheiro e da saúde,
das armas e das leis,
do poder e dos negócios,
da democracia e da razão de estado,
da carne e do templo,
todos os príncipes deste mundo, senhores das trevas, estão vencidos.
Jesus é Senhor:
o que vive e o que faz viver;
o que nos cura, recria e salva, ontem, hoje e sempre.
Jesus é Senhor.
Não há outros senhores.
Jesus é nosso Senhor.
Ulibarri, Fl.
Houve
um
Doroteias:
de
salto
de
n.
83,
numeração
em
do
Dezembro,
passou para 85 em Janeiro. Assim, este
15
nº de Março repete o 86 de Fevereiro,
para acertar.

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