Documento Completo 2T13 - Banrisul | Relações com Investidores

Transcrição

Documento Completo 2T13 - Banrisul | Relações com Investidores
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
Junho
2013
1 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
MENSAGEM
DO PRESIDENTE
No primeiro semestre
de 2013, presenciamos,
no que diz respeito ao
ambiente internacional,
um período marcado
pela manutenção
de perspectivas de
baixo crescimento e
de instabilidade nos
mercados financeiros, que
refletiu na mobilidade dos
fluxos de capitais globais.
2 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
No Brasil, a conjuntura de elevação das
Em discussão desde 2012, foram concluídas,
expectativas inflacionárias, de crescimento
no mês de fevereiro de 2013, as negociações
moderado do nível de atividade e de
da Comissão Tripartite, formada por
maior volatilidade dos mercados de juros
representantes dos empregados ativos,
e de câmbio resultou na reversão do ciclo
aposentados, patrocinadores, sindicatos
de queda da Taxa Selic, responsável pela
e pela Fundação Banrisul, acerca das
configuração de um contexto em que as taxas
alternativas para tratamento do desequilíbrio
de juros e os spreads bancários apresentaram
atuarial existente no principal plano de
significativa redução. O mercado de crédito
previdência complementar. A proposta
experimenta um ritmo de crescimento mais
de reestruturação, com a criação de um
lento desde 2011 e segue, desde abril de
plano saldado e outro na modalidade de
2013, referenciado pela elevação da taxa
contribuição variável compõe o Termo de
básica de juros.
Ajustamento de Conduta, tornado público em
No ambiente regional, as condicionantes
maio de 2013. Funcionários e aposentados
econômicas são mais favoráveis em relação
poderão migrar do Plano de Benefícios I para
ao passado recente. O PIB do Rio Grande
dois novos planos, o Plano de Benefícios
do Sul apresentou crescimento de 1,1% no
Saldado e o FBPrev II. A adesão, que é
primeiro trimestre de 2013 frente ao último
voluntária, é um processo cujas repercussões
trimestre de 2012. Em relação ao mesmo
financeiras serão absorvidas ao longo do
trimestre de 2012, a taxa de crescimento do
segundo semestre na estrutura patrimonial
PIB alcançou 2,5% nos primeiros três meses
do Banco. O reconhecimento do déficit
de 2013. A recuperação recente da economia
atuarial já está, contudo, contabilizado no
do Estado foi beneficiada pelos crescimentos
balanço do Banrisul, conforme disciplinam os
da indústria e dos serviços. Na comparação
órgãos reguladores.
com o mesmo trimestre do ano passado,
O equacionamento de questões estruturais
a recuperação do setor agropecuário,
viabiliza o redimensionamento de estruturas
influenciada pelas safras de soja e arroz,
internas, a remodelação de processos de
favoreceu o desempenho, especialmente no
back office e uma ação mais concentrada
que se refere à recuperação das exportações.
na gestão de condicionantes conjunturais
O ritmo intenso de mudanças no cenário
de retorno e risco, por si só bastante
social e econômico atua e, ao mesmo
complexas. Nesse semestre, seguimos
tempo, reproduz as alterações que ocorrem
atentos ao movimento de arrefecimento
no ambiente corporativo. O ano de 2013
do crescimento do crédito, que gera
constitui um marco para o Banrisul na
margem financeira e retorno menores,
resolução de questões de caráter estrutural -
trabalhamos na recuperação de atrasos que
previdência complementar e reestruturação
afetaram pontualmente nossos índices de
de processos e metodologias administrativas
inadimplência, temos buscado melhorar
dentre as quais o modelo de cargos e salários
o perfil de nossas captações, por meio
– temas que concentraram boa parte de
da utilização de instrumentos de prazo
nossa atenção.
mais longo. Estamos atentos, em especial,
3
ao segmento de cartões e adquirência,
a rentabilidade anualizada alcançou 18,4%
que ganha espaço como instrumento de
sobre o patrimônio líquido médio.
realização de transações. A expansão dos
Nossas ações seguem pautadas pela
negócios envolvendo seguros, previdência,
melhoria contínua do atendimento aos
capitalização também constitui foco de nossa
clientes e usuários da Instituição; pela
atuação e já contribuem na formação do
inserção e consolidação de princípios
resultado.
de sustentabilidade e responsabilidade
O lucro líquido alcançado pelo Banrisul no
ambiental em nossos processos e estratégias
primeiro semestre de 2013 foi de R$419,7
de negócios; pela presença em reuniões e
milhões. O resultado registrado no segundo
encontros no ambiente local e internacional
trimestre de 2013 somou R$215,0 milhões. A
com investidores, com vistas à ampliação da
Instituição detém R$52,5 bilhões em ativos,
transparência nas relações com o mercado;
dos quais R$25,2 bilhões em operações
pela parceria e atuação ativa nas frentes
de crédito, carteira cujo crescimento foi
promovidas pelo Governo do Estado,
de 10,2% nos últimos doze meses. Os
pois é nessa relação que, especialmente,
recursos captados e administrados somaram
realizamos nosso papel social; pelo
R$37,4 bilhões em junho de 2013, com
compromisso com nossos empregados
crescimento de 16,0% em relação ao mesmo
e, sobretudo, pela ação voltada para o
mês do ano passado. O patrimônio líquido
crescimento e a solidez do Banco do Estado
registrou R$4,9 bilhões ao final de junho e
do Rio Grande do Sul.
Túlio Luiz Zamin
Presidente
4 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
SUMÁRIO
MENSAGEM DO PRESIDENTE ..........................................................................................2
PRESS RELEASE......................................................................................................................
9
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO.....................................................................................17
Cenário Econômico.................................................................................................................18
Modelo de Negócios e Estratégia de Marketing....................................................................
19
Desempenho Consolidado.....................................................................................................21
Lucro Líquido...................................................................................................................21
Patrimônio Líquido..........................................................................................................21
Ativo Total . ....................................................................................................................22
Operações de Crédito.....................................................................................................23
Recursos Captados e Administrados...............................................................................24
Produtos, Serviços e Canais....................................................................................................
25
Rede Banricompras........................................................................................................
25
Cartão Banricompras......................................................................................................
25
Correspondentes Banrisul..............................................................................................
25
Canais Eletrônicos..........................................................................................................26
Cartões de Crédito..........................................................................................................26
Seguros, Previdência e Capitalização..............................................................................26
Ações com o Poder Público............................................................................................26
Rede de Atendimento Banrisul...............................................................................................
27
Empresas Controladas e Coligadas.........................................................................................28
Governança Corporativa.........................................................................................................28
Estrutura Acionária..........................................................................................................
29
Política de Distribuição de Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos.............................
29
Controles Internos e Compliance...........................................................................................30
Gestão de Riscos.....................................................................................................................30
Risco de Crédito..............................................................................................................30
Risco de Mercado ...........................................................................................................31
Risco de Liquidez............................................................................................................31
Risco Operacional...........................................................................................................31
Índice de Basileia............................................................................................................32
Modernização Tecnológica ....................................................................................................33
Recursos Humanos.................................................................................................................34
Sustentabilidade.....................................................................................................................34
Reconhecimentos...................................................................................................................
35
Agradecimentos.....................................................................................................................
35
5
Índice de Gráficos Relatório da Administração
Gráfico 1: Lucro Líquido ....................................................................................................... 21
Gráfico 2: Evolução do Patrimônio Líquido . ........................................................................ 22
Gráfico 3: Evolução do Ativo Total ....................................................................................... 22
Gráfico 4: Evolução das Operações de Crédito .................................................................... 24
Gráfico 5: Estrutura Acionária ......................................................................................... 29
Demonstrações Financeiras..................................................................................36
Balanços Patrimoniais............................................................................................................
37
Demonstrações do Resultado.................................................................................................41
Demonstrações dos Fluxos de Caixa.......................................................................................42
Demonstrações do Valor Adicionado.....................................................................................43
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido...........................................................44
NOTAs EXPLICATIVAs....................................................................................................45
NOTA 01 Contexto Operacional.............................................................................................46
NOTA 02 Apresentação das Demonstrações Financeiras......................................................46
NOTA 03 Principais Práticas Contábeis..................................................................................
47
NOTA 04 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez..................................................................
53
NOTA 05 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos...................
53
NOTA 06 Créditos Vinculados................................................................................................
56
NOTA 07 Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Outros Créditos com
Característica de Crédito......................................................................................................
56
NOTA 08 Outros Créditos.......................................................................................................
58
NOTA 09 Permanente............................................................................................................
59
NOTA 10 Depósitos e Captações no Mercado Aberto...........................................................60
NOTA 11 Obrigações por Empréstimos..................................................................................60
NOTA 12 Obrigações por Repasses........................................................................................60
NOTA 13 Outras Obrigações..................................................................................................61
NOTA 14 Provisões, Ativos e Passivos Contingentes..............................................................62
NOTA 15 Receitas de Prestação de Serviços..........................................................................63
NOTA 16 Rendas de Tarifas Bancárias....................................................................................64
NOTA 17 Outras Despesas Administrativas...........................................................................64
NOTA 18 Outras Receitas Operacionais.................................................................................64
NOTA 19 Outras Despesas Operacionais...............................................................................
65
NOTA 20 Patrimônio Líquido - Banrisul.................................................................................
65
NOTA 21 Compromissos, Garantias e Outros........................................................................66
NOTA 22 Imposto de Renda e Contribuição Social................................................................
67
NOTA 23 Fundação Banrisul de Seguridade Social e Cabergs - Caixa de Assistência dos
Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul......................................................
69
NOTA 24 Instrumentos e Gestão de Riscos Financeiros........................................................
73
NOTA 25 Transações com Partes Relacionadas.....................................................................
78
NOTA 26 Impacto da Aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade ....................82
6 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
NOTA 27 Eventos Subsequentes...........................................................................................83
NOTA 28 Autorização para Conclusão das Demonstrações Financeiras...............................83
RELATÓRIOS....................................................................................................................84
Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria 1º Semestre de 2013.....................................
85
Parecer do Conselho Fiscal.....................................................................................................
87
Relatório dos auditores independentes.................................................................................88
ANÁLISE DE DESEMPENHO..............................................................................................89
Ambiente Bancário e Mercado Competitivo..........................................................................
90
Ambiente Bancário..........................................................................................................
90
Mercado Competitivo.....................................................................................................
91
Indicadores Econômico-Financeiros.......................................................................................
92
Síntese da Evolução Patrimonial e do Resultado....................................................................
93
Margem Analítica ..................................................................................................................
96
Desempenho da Intermediação Financeira.....................................................................
96
Variações nas Receitas e Despesas de Juros: Volumes e Taxas.......................................
97
Desempenho no Mercado Acionário......................................................................................
99
Evolução Patrimonial..............................................................................................................101
Ativos Totais . ..................................................................................................................101
Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos.............................102
Operações de Crédito......................................................................................................104
Índice de Cobertura.........................................................................................................111
Índice de Inadimplência...................................................................................................111
Captação de Recursos . ...................................................................................................112
Recursos Administrados..................................................................................................113
Patrimônio Líquido..........................................................................................................114
Índice de Basileia.............................................................................................................114
Evolução das Contas de Resultado.........................................................................................116
Lucro Líquido...................................................................................................................116
Receitas da Intermediação Financeira............................................................................. 117
Despesas da Intermediação Financeira...........................................................................123
Custo de Captação...........................................................................................................126
Margem Financeira......................................................................................................... 127
Receitas de Prestação de Serviços e Tarifas Bancárias....................................................128
Despesas Administrativas................................................................................................128
Outras Receitas Operacionais . ....................................................................................... 129
Outras Despesas Operacionais........................................................................................130
Balanço Patrimonial Consolidado Resumido..........................................................................131
Demonstração de Resultado Resumido.................................................................................132
7
Índice de Graficos
Gráfico 01: Volume Financeiro, Volume de Negócios e Quantidade de Ações . ................... 100
Gráfico 02: Ativo Total........................................................................................................... 102
Gráfico 03: Composição dos Ativos....................................................................................... 102
Gráfico 04: Títulos e Valores Mobiliários e Aplicações Interfinanceiras de Liquidez............. 103
Gráfico 05: Relações Interfinanceiras e Interdependências.................................................. 104
Gráfico 07: Evolução das Operações de Crédito Comercial Pessoa Física e Jurídica............. 106
Gráfico 08: Carteira de Crédito por Níveis de Risco............................................................... 110
Gráfico 09: Composição da Provisão para Operações de Crédito......................................... 110
Gráfico 11: Índice de Inadimplência .................................................................................... 111
Gráfico 10: Índice de Cobertura ........................................................................................... 111
Gráfico 12: Recursos Captados e Administrados................................................................... 113
Gráfico 13: Patrimônio Líquido............................................................................................. 114
Gráfico 14: Índice de Basileia Consolidado........................................................................... 115
Gráfico 15: Lucro Líquido...................................................................................................... 116
Gráfico 16: Índice de Eficiência............................................................................................. 117
Gráfico 17: Receitas da Intermediação Financeira............................................................... 118
Gráfico 18: Receitas de Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Venda ou
Transferência de Ativos Financeiros.................................................................................... 119
Gráfico 19: Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos
Financeiros Derivativos....................................................................................................... 122
Gráfico 20: Resultado de Operações de Câmbio................................................................... 122
Gráfico 21: Resultado das Aplicações Compulsórias............................................................. 123
Gráfico 22: Despesas da Intermediação Financeira............................................................... 124
Gráfico 23: Despesas de Captação no Mercado.................................................................... 125
Gráfico 24: Despesas de Empréstimos, Cessões e Repasses ................................................ 125
Gráfico 25: Despesas de Provisões para Operações de Crédito........................................... 127
Gráfico 26: Margem Financeira ........................................................................................... 127
Gráfico 27: Receita de Prestação de Serviços e Tarifas Bancárias........................................ 128
Gráfico 28: Despesas Administrativas.................................................................................. 129
Gráfico 29: Outras Receitas Operacionais............................................................................ 130
Gráfico 30: Outras Despesas Operacionais........................................................................... 130
Índice de Tabelas
Tabela 01: Mercado Competitivo........................................................................................... 91
Tabela 02: Indicadores Econômico-Financeiros..................................................................... 92
Tabela 03: Margem Analítica................................................................................................. 97
Tabela 04: Variações nas Receitas e Despesas de Juros: Volumes e Taxas............................ 98
Tabela 05: Ações de Comunicação e Relacionamento.......................................................... 99
Tabela 06: Classificação de Agências de Rating .................................................................... 100
Tabela 07: Composição do Crédito Pessoa Jurídica por Porte de Empresa .......................... 104
Tabela 08: Composição do Crédito por Setor de Atividade .................................................. 105
Tabela 09: Composição do Crédito por Carteira.................................................................... 106
Tabela 10: Composição do Crédito Comercial Pessoa Física e Pessoa Jurídica...................... 108
Tabela 11: Composição dos Volumes Concedidos de Crédito por Linhas de Financiamento 109
Tabela 12: Saldo das Provisões para Perdas ........................................................................ 111
Tabela 13: Composição de Recursos Captados por Produto ................................................ 112
Tabela 14: Receitas do Crédito Comercial - Pessoa Física e Jurídica . ................................... 120
Tabela 15: Taxas Médias Mensais do Crédito Comercial - Pessoa Física e Jurídica............... 121
Tabela 16: Custo de Captação............................................................................................... 126
Tabela 17: Balanço Patrimonial Consolidado Resumido....................................................... 131
Tabela 18: Demonstração de Resultado Resumido............................................................... 132
8 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
PRESS
RELEASE
BOVESPA:
BRSR3, BRSR5 , BRSR6
Este Press Release pode conter informações sobre
eventos futuros. Tais informações não seriam
apenas fatos históricos, mas refletiriam os desejos
e as expectativas da direção da Companhia.
As palavras “antecipa”, “deseja”, “espera”,
“prevê”, “planeja”, “prediz”, “projeta”, “almeja” e
similares pretendem identificar afirmações que,
necessariamente, envolvem riscos conhecidos e
desconhecidos.
9
TABELA 01
INDICADORES
ECONÔMICO-FINANCEIRO
Principais Itens de Resultado - R$ Milhões
Margem Financeira
Despesas com Provisão para Operações de Crédito
1T13
4T12
3T12
2T12
1S13 /
1S12
1S12
1.836,9
1.851,0
929,0
907,9
921,9
957,8
954,8
2,3%
-0,8%
349,3
385,9
152,8
196,4
193,3
273,3
218,8
-22,2%
-9,5%
Resultado Bruto da Intermediação Financeira
1.487,7
1.465,1
776,2
711,5
728,6
684,5
736,0
9,1%
1,5%
Receita de Intermediação Financeira
3.093,8
3.535,9
1.706,0
1.387,8
1.429,9
1.380,6
1.984,6
22,9%
-12,5%
Despesa de Intermediação Financeira
1.606,1
2.070,8
929,8
676,3
701,3
696,1
1.248,5
37,5%
-22,4%
Receita de Serviços e Tarifas Bancárias
447,4
373,8
235,7
211,7
222,2
202,6
190,5
11,3%
19,7%
1.117,1
991,2
581,8
535,3
573,8
530,0
512,6
8,7%
12,7%
Despesas Administrativas ⁽¹⁾
Outras Despesas Operacionais
165,9
196,3
96,4
69,5
86,9
87,6
103,6
38,8%
-15,5%
Outras Receitas Operacionais
124,8
104,5
59,3
65,5
51,3
93,8
53,7
-9,6%
19,4%
Lucro Líquido
419,7
419,6
215,0
204,7
191,5
207,5
205,2
5,0%
0,0%
Jun 2013
Jun 2012*
Jun 2013
Mar 2013 Dez 2012*
Set 2012*
Jun 2012*
Ativos Totais
52.479,5
42.762,3
52.479,5
47.674,5
46.743,8
44.671,4
42.762,3
10,1%
Títulos e Valores Mobiliários ⁽²⁾
12.975,7
12.619,6
12.975,7
15.570,4
15.342,8
13.538,5
12.619,6
-16,7%
2,8%
Carteira de Crédito Total
25.182,4
22.858,9
25.182,4
24.776,3
24.327,0
23.789,2
22.858,9
1,6%
10,2%
Provisão para Operações de Crédito
1.582,0
1.452,2
1.582,0
1.639,9
1.591,0
1.566,8
1.452,2
-3,5%
8,9%
Créditos em Atraso > 60 dias
1.013,6
685,0
1.013,6
969,0
924,0
805,4
685,0
4,6%
48,0%
Principais Itens Patrimoniais - R$ Milhões
Créditos em Atraso > 90 dias
Jun 2013 / Jun 2013 /
Mar 2013 Jun 2012
22,7%
853,2
596,1
853,2
825,9
711,7
655,4
596,1
3,3%
43,1%
37.416,9
32.247,4
37.416,9
36.059,7
35.042,9
33.354,8
32.247,4
3,8%
16,0%
Patrimônio Líquido
4.887,7
4.594,5
4.887,7
4.779,2
4.634,6
4.741,7
4.594,5
2,3%
6,4%
Patrimônio de Referência Consolidado
6.708,6
5.960,3
6.708,6
6.462,7
6.045,9
5.940,6
5.960,3
3,8%
12,6%
Recursos Captados e Administrados
Patrimônio Líquido Médio
4.761,2
4.497,0
4.833,5
4.706,9
4.688,2
4.668,1
4.543,7
2,7%
5,9%
Ativo Total Médio
49.611,6
40.174,0
50.077,0
47.209,1
45.707,6
43.716,9
41.290,9
6,1%
23,5%
Ativos Rentáveis Médios
45.085,3
38.307,3
46.185,2
43.985,4
43.406,9
40.835,9
40.223,7
5,0%
17,7%
2T12
2T13 /
1T13
1S13 /
1S12
Principais Informações do Mercado Acionário
- R$ Milhões
Juros sobre Capital Próprio/Dividendos ⁽3⁾
1S13
1S12
2T13
1T13
4T12
3T12
166,1
167,6
105,8
60,3
98,0
60,8
102,8
75,5%
-0,9%
6.187,8
5.807,4
6.187,8
7.165,2
6.343,2
7.050,7
5.807,4
-13,6%
6,5%
Valor Patrimonial por Ação
11,95
11,23
11,95
11,69
11,33
11,59
11,23
2,2%
6,4%
Preço Médio da Ação (R$)
16,92
18,39
16,65
17,29
15,90
16,27
16,53
-3,7%
-8,0%
6,0%
0,0%
Valor de Mercado
Lucro Líquido por Ação (R$)
1,03
1,03
0,53
0,50
0,47
0,51
0,50
Índices Financeiros
1S13
1S12
2T13
1T13
4T12
3T12
2T12
ROAA Anualizado⁽4⁾
1,7%
2,1%
1,7%
1,7%
1,7%
1,9%
2,0%
ROAE Anualizado⁽5⁾
18,4%
19,5%
19,0%
18,6%
17,4%
19,0%
19,3%
Índice de Eficiência ⁽6⁾
49,2%
46,3%
49,2%
48,0%
47,5%
46,6%
46,3%
Margem Financeira ⁽7⁾
8,3%
9,9%
8,3%
8,5%
8,8%
9,7%
9,8%
Custo Operacional
4,2%
4,6%
4,2%
4,5%
4,5%
4,6%
4,6%
4,02%
3,00%
4,02%
3,91%
3,80%
3,39%
3,00%
Índice de Inadimplência > 60 dias ⁽8⁾
Índice de Inadimplência > 90 dias ⁽9⁾
3,39%
2,61%
3,39%
3,33%
2,93%
2,76%
2,61%
156,1%
212,0%
156,1%
169,2%
172,2%
194,5%
212,0%
18,3%
19,7%
18,3%
20,4%
18,7%
18,6%
19,7%
3,7%
3,4%
3,7%
3,6%
3,6%
3,4%
3,4%
Jun 2013
Jun 2012
Jun 2013
Mar 2013
Dez 2012
Set 2012
Jun 2012
Agências
485
455
485
473
468
462
455
Pontos de Atendimento Bancário
235
261
235
246
251
254
261
Pontos de Atendimento Eletrônico
599
584
599
593
582
583
584
Índice de Cobertura ⁽10⁾
Índice de Basileia Consolidado
Índice de Imobilização ⁽¹1⁾
Indicadores Estruturais
Contas Correntes
3.542.844 3.053.329 3.542.844 3.492.634 3.456.809 3.441.249 3.053.329
Contas Poupança
1.870.037 1.924.653 1.870.037 1.880.016 1.893.408 1.910.627 1.924.653
Colaboradores
Indicadores Econômicos
Selic Efetiva Acumulada
Taxa de Câmbio (R$/US$ - final de período)
*
2T13
2T13 /
1T13
1S13
11.870
10.484
11.870
11.568
11.447
11.088
1S13
1S12
2T13
1T13
4T12
3T12
10.484
2T12
3,51%
4,65%
1,83%
1,65%
1,72%
1,92%
2,11%
2,22
2,02
2,22
2,01
2,04
2,03
2,02
Variação Cambial (%)
8,42%
7,76%
10,02%
-1,45%
0,64%
0,46%
10,93%
IGP-M
1,75%
3,19%
0,90%
0,84%
0,67%
3,79%
2,55%
IPCA
6,67%
3,43%
3,42%
1,94%
1,99%
1,42%
1,08%
Reapresentado
Inclui Despesas de Pessoal e Outras Despesas Administrativas
Inclui aplicações interfinanceiras de liquidez e deduz as obrigações
compromissadas.
(3)
Juros sobre o capital próprio e dividendos pagos e/ou distribuídos
(antes da retenção do Imposto de Renda).
(4)
Lucro líquido sobre ativo total médio.
(5)
Lucro líquido sobre patrimônio líquido médio.
(1)
(2)
10 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Índice de eficiência – acumulado no período dos últimos 12 meses.
Despesas de Pessoal + Outras Despesas Administrativas / Margem
Financeira + Renda de Prestação de Serviços + (Outras Receitas
Operacionais – Outras Despesas Operacionais)
(7)
Margem Financeira em percentual dos Ativos Rentáveis
(8)
Atrasos > 60 dias / carteira de crédito.
(9)
Atrasos > 90 dias / carteira de crédito.
(10)
Provisão para devedores duvidosos / atrasos > 60 dias.
(11)
Imobilizado sobre o patrimônio líquido.
(6)
SUMÁRIO
FINANCEIRO
Ao final do primeiro semestre de 2013, ano
em que o Banrisul completa 85 anos, os
principais eventos que mobilizaram parcela
significativa de esforços dizem respeito
a questões estruturais: tratamento do
desequilíbrio atuarial no principal plano de
previdência complementar, reestruturação
de processos internos e redimensionamento
de estruturas capazes de garantir, do ponto
de vista operacional, a sustentabilidade da
Instituição ao longo dos próximos anos.
A estabilidade do resultado bruto da
intermediação financeira e do resultado
operacional alcançada no 1S13 frente aos
valores contabilizados no 1S12 reflete, no
que se refere às receitas e despesas de juros,
um contexto de Taxa Selic efetiva menor e
de queda do fluxo de despesas de provisão
para crédito, em consequência das melhorias
no compliance do processo de sistema
de rating cliente; bem como a elevação
de receitas de tarifas, face à ampliação
de outros serviços - seguros, previdência,
capitalização, adquirência, ao estreitamento
de relacionamentos, por meio da introdução
de novas ferramentas de gestão de clientes,
e da disponibilização de pontos e canais
alternativos, movimento que permitiu
minimizar o efeito do aumento de despesas
administrativas e de pessoal, ampliadas em
decorrência da estratégia de melhorias na
estrutura operacional de atendimento.
O Banrisul registrou lucro líquido de R$419,7
milhões no 1S13, resultado em linha com
o apurado no 1S12, R$419,6 milhões. No
2T13, o lucro líquido alcançou R$215,0
milhões, 4,8% ou R$9,8 milhões acima do
contabilizado no 2T12 e 5,0% ou R$10,3
milhões acima do apurado no 1T13. A
rentabilidade anualizada sobre o patrimônio
líquido médio alcançou 18,4% e a margem
financeira anualizada sobre ativos rentáveis,
8,3%.
O desempenho registrado no 1S13 foi
impactado pela elevação das receitas de
serviços e tarifas (R$73,7 milhões), pela
redução das despesas de provisão para
operações de crédito (R$36,6 milhões), pela
retração das outras despesas operacionais
(R$30,4 milhões) e pelo crescimento de
outras receitas operacionais (R$20,3 milhões),
compensadas pela diminuição da margem
financeira (R$14,0 milhões) e pelo maior
fluxo de despesas administrativas (R$125,9
milhões).
A performance apurada no 2T13
comparativamente a do 2T12 reflete o
aumento das receitas de serviços e tarifas
(R$45,2 milhões) e a redução das despesas
de provisão para operações de crédito
(R$65,9 milhões), movimento parcialmente
compensado pela elevação das despesas
administrativas (R$69,2 milhões) e pela
redução da margem financeira (R$25,8
milhões). As despesas e receitas financeiras
foram impactadas, no período, pela
marcação a mercado da dívida subordinada e
instrumentos de hedge e pela queda da Taxa
Selic efetiva, que refletiu em menores taxas
médias nas operações de crédito.
Em relação ao trimestre anterior, o
incremento no resultado do 2T13 proveio
da ampliação das receitas de serviços e
11
tarifas (R$24,0 milhões), da evolução da margem
financeira (R$21,1 milhões) e do decréscimo nas
despesas de provisão para operações de crédito
(R$43,6 milhões), movimento, parcialmente,
compensado pelo incremento nas despesas
administrativas (R$46,5 milhões) e pelo crescimento
das outras despesas operacionais (R$27,0
milhões). As receitas e despesas financeiras foram
impactadas, no último trimestre, pelo aumento da
Taxa Selic efetiva, pela marcação a mercado das
dívidas subordinadas e dos contratos de swap e
pela variação cambial.
O índice de eficiência atingiu, no acumulado nos
últimos doze meses até junho de 2013, 49,2%, 2,9
pp. acima do indicador de junho de 2012, 1,7 pp.
acima do índice de eficiência de dezembro de 2012
e 1,2 pp. acima do indicador de março de 2013.
A trajetória do indicador calculado até junho de
2013 comparativamente ao registrado até junho
de 2012 é explicada pela desaceleração da margem
financeira, impactada pela redução nas taxas de
juros, e pela elevação das despesas administrativas,
decorrente de ações relacionadas à estratégia de
expansão da Instituição, refletida no aumento do
quadro de funcionários e ampliação dos canais de
atendimento, variações parcialmente compensadas
pelo crescimento das receitas de serviços e tarifas
bancárias, impulsionadas pela ampliação de outros
serviços - seguros, previdência, capitalização e
adquirência.
Os ativos totais somaram R$52.479,5 milhões em
junho de 2013, 22,7% ou R$9.717,1 milhões acima
do registrado no mesmo mês de 2012 e incremento
de 12,3% ou R$5.735,6 milhões sobre o saldo de
dezembro de 2012. Nos doze meses, o acréscimo
na posição dos ativos proveio, especialmente,
da elevação das obrigações por operações
compromissadas, em R$5.941,8 milhões, do
crescimento dos depósitos, em R$4.697,6 milhões,
e da expansão das obrigações por empréstimos
e repasses em R$765,1 milhões. A rentabilidade
anualizada sobre ativos médios alcançou 1,7%.
12 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
A carteira de crédito do Banrisul totalizou
R$25.182,4 milhões em junho de 2013, saldo 10,2%
ou R$2.323,6 milhões acima do alcançado em junho
de 2012, crescimento de 3,5% ou R$855,4 milhões
na comparação com dezembro de 2012 e aumento
de 1,6% ou R$406,1 milhões em relação a março
de 2013. As linhas de maior destaque, em doze
meses, incluem a carteira comercial pessoa física, os
financiamentos de longo prazo, o crédito comercial
empresarial e o crédito imobiliário. No 1S13, a
concessão de crédito totalizou R$17.514,7 milhões,
fluxo que apresentou queda de R$148,2 milhões
em relação ao valor concedido no 1S12. No 2T13, a
concessão alcançou R$9.242,7 milhões, crescimento
de 11,7% ou R$970,8 milhões frente ao montante
contratado no 1T13.
O crédito comercial pessoa física atingiu saldo
de R$9.637,3 milhões em junho de 2013, com
incremento de 6,9% ou R$622,7 milhões em relação
ao mesmo mês de 2012, evolução de 4,2% ou
R$385,2 milhões na comparação com dezembro
de 2012 e aumento de 1,7% ou R$159,2 milhões
em relação a março de 2013. A trajetória do
crédito comercial à pessoa física foi influenciada,
especialmente, pela evolução do crédito
consignado, principalmente o próprio, em linha
com a estratégia do Banco, focada na desaceleração
da compra de carteiras com coobrigação e na
expansão da consignação própria, especialmente
através da promotora Bem-Vindo Banrisul Serviços
Financeiros.
O crédito comercial pessoa jurídica apresentou
evolução de 6,7% ou R$513,6 milhões nos doze
meses, atingindo saldo de R$8.207,0 milhões em
junho de 2013. Na comparação com dezembro
de 2012, a carteira registrou retração de 2,8% ou
R$238,7 milhões e decréscimo de 2,2% ou R$180,8
milhões em relação a março de 2013. O segmento
empresarial está composto, principalmente,
por linhas de capital de giro, que totalizaram
R$6.262,3 milhões, e pela conta garantida, que
somou R$628,0 milhões. O saldo do capital de giro
representou, em junho de 2013, 76,3% da
carteira comercial pessoa jurídica e 35,1% do
total do crédito comercial. Nos doze meses, as
linhas de capital de giro registraram expansão
de 7,6% ou R$443,0 milhões, decréscimo de
3,6% ou R$231,5 milhões nos seis meses e
redução de 1,7% ou R$107,9 milhões nos três
últimos meses.
O índice de inadimplência acima de 60 dias
atingiu 4,02% das operações de crédito em
junho de 2013, 1,02 pp. acima do indicador
registrado no ano anterior. A inadimplência
acima de 90 dias alcançou 3,39% em junho
de 2013, 0,78 pp. superior ao indicador do
mesmo mês de 2012. O índice de cobertura
das operações de crédito em atraso há mais
de 60 dias atingiu 156,1% e o indicador de
90 dias, 185,4%, mantendo-se em linha com
os praticados pelo mercado bancário. Os
indicadores de inadimplência e de cobertura
de atrasos com provisões permanecem
impactados pelo atraso no repasse de
créditos recebidos pelo Banco Cruzeiro do
Sul - em liquidação extrajudicial. Os índices
de inadimplência seriam 3,68% e 3,13% de 60
e 90 dias respectivamente, caso o liquidante
já tivesse repassado ao Banrisul o valor das
parcelas pendentes de conciliação.
As aplicações em títulos e valores mobiliários,
incluídos os instrumentos financeiros
derivativos, e somadas às aplicações
interfinanceiras de liquidez, totalizaram
R$12.975,7 milhões em junho de 2013, com
incremento de 2,8% ou R$356,2 milhões em
relação ao volume registrado em junho de
2012, redução de 15,4% ou R$2.367,1 milhões
na comparação com dezembro de 2012 e
decréscimo de 16,7% ou R$2.594,7 milhões
em relação a março de 2013. O valor deduz as
obrigações por operações compromissadas,
que cresceram no último trimestre, em boa
parte, face ao saque efetuado pelo Estado
nos Fundos Financeiros de Desenvolvimento,
movimento que implicou em alteração de
perfil das linhas de captação de recursos.
Os recursos captados, constituídos por
depósitos e dívida subordinada, alcançaram
R$30.239,3 milhões ao final de junho de
2013, montante 20,8% ou R$5.210,2 milhões
acima do registrado no mesmo mês de 2012,
movimento explicado principalmente pela
expansão do saldo de depósitos. O saldo de
recursos captados apresentou crescimento
de 8,4% ou R$2.334,6 milhões em relação
a dezembro 2012 e de 4,5% ou R$1.310,5
milhões na comparação com março de 2013,
performance influenciada nos períodos
mencionados, principalmente, pela ampliação
do saldo de depósitos, especialmente
depósitos a prazo.
O patrimônio líquido do Banrisul totalizou
R$4.887,7 milhões ao final de junho de 2013,
com expansão de 6,4% ou R$293,2 milhões
na comparação com junho de 2012 e de 5,5%
ou R$253,1 milhões em relação a dezembro
de 2012. As variações do patrimônio líquido
estão relacionadas à incorporação de
resultados gerados nos últimos doze meses,
deduzidos os pagamentos de dividendos
e juros sobre o capital próprio, além do
reconhecimento contábil, conforme CPC 33R1 (aprovado pela Deliberação CVM 695), do
desequilíbrio atuarial existente no principal
plano de previdência complementar dos
empregados junto à Fundação Banrisul, no
valor de R$432,6 milhões, que refletiu na
constituição de Créditos Tributários de IR e
CS, em R$173,0 milhões, e impacto no PL no
valor líquido de R$259,6 milhões.
O Banrisul recolheu e provisionou R$408,4
milhões em impostos e contribuições próprios
13
no 1S13. Os tributos retidos e repassados,
incidentes diretamente sobre a intermediação
financeira e demais pagamentos, somaram
R$337,3 milhões.
A margem financeira totalizou R$1.836,9
milhões no 1S13, fluxo semelhante ao
registrado no 1S12, R$1.851,0 milhões. No
2T13, a margem financeira somou R$929,0
milhões, 2,7% ou R$25,8 milhões abaixo do
valor registrado no 2T12 e 2,3% ou R$21,1
milhões acima do valor acumulado no 1T13.
No 1S13, a margem financeira foi afetada pela
queda das receitas e das despesas com juros,
face à redução da Taxa Selic efetiva, e pela
marcação a mercado da dívida subordinada
e contratos de swap. Na comparação com
o 2T12, a margem do 2T13 foi afetada
igualmente pela desaceleração das receitas
e despesas com juros e pelo evento de
marcação a mercado da dívida subordinada
e sobre os contratos de swap. Em relação ao
1T13, o aumento da margem financeira no
2T13 está associado ao maior fluxo de receitas
de crédito e de despesas de captação, face
à elevação da Taxa Selic efetiva, ao efeito da
marcação a mercado da dívida subordinada
e correspondentes contratos de swap, bem
como à elevação do resultado de câmbio,
decorrente da variação cambial registrada no
período.
As receitas da intermediação financeira
somaram R$3.093,8 milhões no 1S13, 12,5%
ou R$442,1 milhões abaixo do alcançado
no mesmo período do ano anterior. No
2T13, essas receitas alcançaram R$1.706,0
milhões, 14,0% ou R$278,6 milhões
abaixo do montante registrado no 2T12
e 22,9% ou R$318,2 milhões superior ao
valor acumulado no 1T13. A redução das
receitas de intermediação financeira no
1S13 em relação aos valores do 1S12 foi
influenciada pela queda no resultado de
operações de tesouraria e pela redução
14 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
das receitas de crédito, arrendamento
mercantil e venda ou transferência de
ativos financeiros. Na comparação entre os
trimestres 2T13 e 2T12, o menor fluxo de
receitas proveio da diminuição do resultado
de tesouraria e da retração das receitas de
crédito, arrendamento mercantil e venda
ou transferência de ativos financeiros,
parcialmente, compensada pelo incremento
do resultado de operações de câmbio. A
ampliação das receitas de intermediação do
2T13 em relação ao 1T13 foi influenciada
pela elevação do resultado de tesouraria,
pelo incremento do resultado de câmbio e
pelo crescimento das receitas de crédito,
arrendamento mercantil e venda ou
transferência de ativos financeiros.
As despesas da intermediação financeira
somaram R$1.606,1 milhões no 1S13, com
redução de 22,4% ou R$464,7 milhões
sobre o fluxo do 1S12. No 2T13, as despesas
de intermediação financeira totalizaram
R$929,8 milhões, com retração de 25,5%
ou R$318,7 milhões sobre o montante
do 2T12 e aumento de 37,5% ou R$253,6
milhões em relação ao 1T13. A redução
das despesas de intermediação no 1S13
em relação ao 1S12 decorreu da queda das
despesas com captação de recursos, face à
marcação a mercado da dívida subordinada e
ao menor fluxo de despesas com depósitos,
à redução das despesas de empréstimos,
cessões e repasses bem como à diminuição
das despesas com provisões para crédito,
em função das melhorias no compliance
do processo de sistema de rating cliente.
A variação de despesas entre o 2T13 e
o 2T12 refletiu o impacto das mesmas
condicionantes, já a ampliação das despesas
da intermediação no 2T13 comparado ao
1T13 decorreu da evolução das despesas
com captação, influenciada pelo ajuste na
marcação a mercado da dívida subordinada e
pela elevação da Taxa Selic efetiva acumulada
no período, e pelo crescimento das despesas
com empréstimos, cessões e repasses,
afetado, principalmente, pela variação
cambial do período, compensada pela
diminuição das despesas com provisões.
As receitas de prestação de serviços e
tarifas bancárias somaram R$447,4 milhões
no 1S13, 19,7% ou R$73,7 milhões acima
do montante acumulado no mesmo
período de 2012. No 2T13, as receitas de
prestação de serviços e tarifas totalizaram
R$235,7 milhões, crescimento de 23,7% ou
R$45,2 milhões em relação ao montante
contabilizado no 2T12 e incremento de 11,3%
ou R$24,0 milhões na comparação com o
valor acumulado no 1T13. A trajetória das
receitas de prestação de serviços e tarifas foi
influenciada, especialmente, pelo aumento
das receitas vinculadas às contas correntes e
pelas receitas derivadas da venda de seguros,
previdência, capitalização e adquirência.
As despesas administrativas acumuladas
nos seis meses de 2013 somaram R$1.117,1
milhões, com aumento de R$125,9 milhões
ou 12,7% sobre o fluxo contabilizado no
1S12. As despesas registradas no 2T13 em
relação ao 2T12 apresentaram crescimento
de R$69,2 milhões ou 13,5% e, em relação ao
trimestre anterior, subiram R$46,5 milhões
ou 8,7%.
salarial ocorrido em setembro/2012 e à
ampliação do quadro de pessoal em 1.386
empregados.
Outras despesas administrativas, acumuladas
nos seis primeiros meses de 2013, cresceram
R$63,0 milhões ou 15,2%. Esse aumento
foi influenciado, principalmente, pelo
maior fluxo de despesas com serviços de
terceiros, em R$37,0 milhões, motivado,
especialmente pelas despesas com o novo
canal de geradores de crédito consignado;
expansão das despesas com propaganda e
publicidade, em R$15,6 milhões; incremento
das despesas com serviços de processamento
de dados e telecomunicações, em R$11,9
milhões, movimento compensado, em
parte, pela diminuição nas despesas com
amortização e depreciação, em R$24,0
milhões. Comparados os trimestres 2T13 e
2T12, ocorreu aumento de R$35,4 milhões,
ou 17,5%. Entre as rubricas que contribuíram
para esse crescimento, destacam-se:
serviços de terceiros, processamento de
dados e telecomunicações e propaganda
e publicidade. Em relação ao trimestre
imediatamente anterior, outras despesas
administrativas mantiveram fluxo semelhante
no 2T13, tendo apresentado redução
de R$1,1 milhão ou 0,4%, movimento
influenciado pela ampliação das despesas
com serviços de terceiros, compensada pela
redução de despesas com propaganda e
publicidade e com processamento de dados.
As despesas de pessoal acumuladas no
1S13 apresentaram crescimento de R$62,9
milhões ou 10,9% na comparação com o
mesmo período de 2012, face ao reajuste
15
GUIDANCE
As metas de crescimento para o crédito
foram ajustados, visto o movimento de
projetadas para o ano em curso foram
desaceleração das receitas decorrente
revisadas, em linha com o movimento de
da redução do ritmo de crescimento das
desaceleração do crescimento observado em
concessões e do movimento de redução de
termos de mercado, ainda que as linhas de
taxas e de spreads, ainda que a reversão da
crédito especializado estejam apresentando
trajetória da taxa básica de juros deva afetar
desempenho acima do esperado, razão pela
os preços praticados no segundo semestre
qual o intervalo de crescimento no crédito
do ano. No que se refere à eficiência, o
imobiliário teve seus limites elevados. Quanto
período ainda é de acomodação de ajustes
aos indicadores de performance, retorno
estruturais e de despesas correntes como
sobre patrimônio líquido médio, eficiência e
desdobramento da execução da estratégia de
margem sobre ativos rentáveis, os intervalos
crescimento do Banco.
representativos das estimativas esperadas
TABELA 02
PERSPECTIVAS
BANRISUL
Perspectivas Banrisul
Ano 2013
Projetado
Revisado
Carteira de Crédito Total
15% a 20%
11% a 16%
Crédito Comercial Pessoa Física
10% a 15%
12% a 17%
Crédito Comercial Pessoa Jurídica
18% a 22%
4% a 8%
Crédito Imobiliário
12% a 17%
15% a 20%
Despesa Provisão Crédito/Carteira Crédito
3% a 4%
3% a 4%
Saldo de Provisão sobre a Carteira de Crédito
6% a 8%
6% a 8%
Captação Total
13% a 18%
13% a 18%
Depósitos a Prazo
18% a 23%
18% a 23%
Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio
16% a 20%
15% a 19%
Índice de Eficiência
45% a 49%
47% a 51%
Margem Financeira Líquida sobre Ativos Rentáveis
9% a 10%
8% a 9%
Porto Alegre, 12 de agosto de 2013.
16 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
RELATÓRIO DA
ADMINISTRAÇÃO
Apresentamos o Relatório da
Administração e as Demonstrações
Contábeis do Banco do Estado do
Rio Grande do Sul S.A., relativos
ao primeiro semestre de 2013,
elaborados de acordo com as normas
estabelecidas pela Comissão de
Valores Mobiliários e pelo Banco
Central do Brasil.
17
Cenário Econômico
O primeiro semestre deste ano foi marcado pela diluição dos riscos
sistêmicos, especialmente os advindos da Europa, ao passo que os
elementos de incerteza e a consequente volatilidade no mercado
internacional permaneceram em níveis elevados, sobretudo nos
últimos meses. De modo geral, a atuação mais firme do Banco
Central Europeu na condução da política monetária contribuiu
em grande medida para a contenção do recrudescimento das
condições econômicas do continente, não obstante ainda se
mantenham bastante enfraquecidas. A economia norte-americana,
nesse contexto, exibiu trajetória de recuperação moderada, com
melhora dos fundamentos econômicos, que resultou no movimento
global de apreciação do dólar, sob a perspectiva de reversão antecipada da política monetária
expansionista. Na China, a atividade econômica continuou em desaceleração, reflexo do baixo
dinamismo do comércio internacional e da retração dos investimentos, em linha com a política
oficial de rebalanceamento da economia chinesa, com maior ênfase no mercado interno em
detrimento dos pesados investimentos estatais.
No Brasil, a atividade econômica apresentou recuperação moderada, sustentada, especialmente,
pela aceleração dos investimentos, induzida pelos diversos estímulos oficiais. O mercado de
trabalho manteve-se firme, com níveis de desemprego historicamente baixos e rendimentos reais
elevados. A trajetória inflacionária, no entanto, mostrou-se desfavorável, a despeito do conjunto
de desonerações fiscais sobre setores estratégicos, tais como de energia elétrica, alimentos e
combustíveis. Nesse contexto, o Comitê de Política Monetária do Banco Central deu início a um
novo ciclo de ajuste da taxa básica de juros, que alcançou 8,0% ao ano ao final do semestre.
Com efeito, o conjunto de incertezas no cenário interno, sobretudo em relação à condução da
política fiscal, que motivou a revisão da perspectiva para o rating soberano brasileiro, de estável
para negativa, contribuiu para a desvalorização do real frente ao dólar, acentuando a tendência
global. O crédito, por sua vez, apresentou desempenho moderado no período, alinhado com o
cenário de atividade econômica contida, de evolução irregular da confiança de empresários e
consumidores e de endividamento em patamar elevado.
Quanto ao Rio Grande do Sul, observou-se significativa melhora das condições econômicas,
associadas, principalmente, ao desempenho positivo do setor agropecuário no Estado. O setor
de serviços, nesse contexto, apresentou alguma moderação no período, mas contribuiu para
a consolidação do crescimento da economia gaúcha, com destaque para o comportamento
favorável do comércio, sustentado pela baixa taxa de desemprego e pelo avanço dos salários.
A atividade industrial, por outro lado, embora tenha apresentado melhora, principalmente dos
segmentos ligados à indústria de transformação, seguiu manifestando dificuldades de superar as
restrições conjunturais e estruturais vigentes, relacionadas, especialmente, aos elevados custos
com mão de obra e a gargalos de infraestrutura, que, associados à desaceleração econômica em
curso de importantes parceiros comerciais do Estado, limitam a competitividade dos produtos
gaúchos frente ao mercado internacional, bem como a expectativa de demanda futura. Do
ponto de vista da balança comercial, foi verificado maior dinamismo das transações ao longo do
primeiro semestre de 2013, resultando em um aumento acumulado de 30,9% nas exportações e
de 14,3% nas importações em relação ao mesmo período do ano anterior.
18 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Modelo de Negócios e Estratégia de Marketing
A estratégia comercial executada no primeiro semestre
de 2013, em um cenário extremamente competitivo
caracterizado por portabilidade de folha e de crédito,
proporcionou alavancar receitas de tarifas como resultado
do esforço de melhoria do atendimento, relacionamento e
serviços. Os resultados obtidos na área comercial refletem
o modelo de negócios adotado, os segmentos trabalhados
e a ferramenta de gestão de clientes recentemente implementada.
O modelo de negócios e o direcionamento comercial referenciaram-se no fortalecimento dos
serviços, no incentivo ao consumo de produtos e serviços e no aumento da base de clientes
nas diversas classes sociais. Junto aos servidores públicos e aposentados do INSS, buscou-se
maior proximidade por meio de ações de relacionamento através das agências, do Call Center
e de marketing direto. A comunicação, com os clientes pessoas físicas, foi intensificada através
do relacionamento digital. Produtos estratégicos - seguros, cartão de crédito, Banricompras,
adquirência, consórcio, Cartão BNDES e Banriconta Cartões - mobilizaram as vendas das equipes
através do Gerenciador de Clientes, ferramenta que favoreceu a segmentação dos clientes e a
estruturação de ações diárias e padronizadas.
O direcionamento comercial para o crédito foi de diversificação de risco, desconcentração e de
orientação ao crédito consciente. A política comercial priorizou o crédito consignado e outros
produtos de crédito pessoal, com prazos mais reduzidos e taxas competitivas. Na pessoa jurídica,
o foco comercial se deu junto às micro e pequenas empresas por meio do Banricompras e da
adquirência, onde o domicílio bancário dos cartões sustentou capital de giro às empresas e
proporcionou liquidez às operações. Para incentivar o investimento, o Cartão BNDES e o Finame
PSI foram as linhas de maior demanda.
A estratégia de marketing, alinhada ao modelo de negócios, enfatizou e promoveu o
direcionamento comercial. Entre as campanhas veiculadas no primeiro semestre têm-se: a fase
de sustentação da campanha institucional O que move você?, com a divulgação de produtos e
serviços estratégicos para o Banco; Rede Banricompras - os melhores cartões, com divulgação da
máquina do Banricompras para a realização de operações com cartões VISA e MasterCard; Mais
Água, Mais Renda, que estimula o acesso de produtores rurais às linhas de crédito vinculadas
ao Programa Gaúcho de Expansão da Agropecuária, promovendo investimentos em sistemas
de irrigação, minimizando o impacto das estiagens e o aumento da produtividade na atividade
agrícola; Amor em Dobro - Dia das Mães e Amor em Dobro - Mês dos Namorados, ambas visando
ao fortalecimento da Rede Banricompras e ao uso dos cartões de crédito emitidos pelo Banrisul.
Foram também realizadas campanhas institucionais, com foco no fortalecimento da marca e no
reforço da imagem do Banco, entre as quais: Aniversário de Porto Alegre, Colheita da Soja, Dia
da Mulher e Dia do Aposentado.
Como patrocinador, no primeiro semestre de 2013, o Banco apoiou diversos projetos e esteve
19
presente em feiras, expofeiras, eventos culturais, esportivos, de cunho social, de sustentabilidade
e de benefício à saúde e educação. Dentre os maiores projetos patrocinados, destaca-se a
parceria com o GNC Cinemas, que incentivou o acesso às salas por meio de desconto de 50%
na compra de ingressos com o cartão Banricompras e através de sessões exclusivas aos clientes.
Também incentivando a cultura, por intermédio da Lei Rouanet, o Banrisul aportou recursos
para a Orquestra Jovem, que inclui socialmente crianças carentes através da música, e para a
restauração da Casa de Cultura Mario Quintana.
Foi instituído, ainda, o Programa Banrisul de Patrocínios, que objetiva a utilização de critérios
públicos para a seleção de projetos a serem apoiados pelo Banco na segunda metade do ano. O
Programa foi deflagrado no primeiro semestre por meio de edital de seleção pública veiculado
no Diário Oficial do Estado. Conforme ocorre atualmente, os critérios de seleção incluem:
visibilidade, fortalecimento da marca Banrisul, potencial de relacionamento e mercadológico,
contrapartidas, inovação, sustentabilidade, responsabilidade social, distribuição geográfica,
promoção da cidadania, educação, acessibilidade, aderência à estratégia e oportunidade de
atuação.
20 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Desempenho Consolidado
Lucro Líquido
O Banrisul registrou lucro líquido de R$419,7 milhões no primeiro semestre de 2013, montante
semelhante ao contabilizado no mesmo período do ano passado. A rentabilidade anualizada
alcançou 18,4% sobre o patrimônio líquido médio. O desempenho reflete a estabilidade do
resultado bruto da intermediação financeira, num contexto de Taxa Selic efetiva menor que
a registrada no primeiro semestre de 2012, bem como a elevação de receitas de tarifas, em
resposta à ampliação de outros serviços, ao estreitamento de relacionamentos e às melhorias no
atendimento, movimento parcialmente absorvido pelo aumento de despesas administrativas.
Desse montante, R$121,0 milhões foram destinados para pagamentos de juros sobre capital
próprio, R$45,1 milhões para pagamento de dividendos e R$253,6 milhões foram os lucros
retidos do período.
A riqueza gerada pelo Banrisul, medida pelo conceito de valor adicionado, no semestre, alcançou
o total de R$1.447,3 milhões, dos quais R$586,8 milhões ou 40,5% foram para pagamento do
quadro funcional, R$408,4 milhões ou 28,2% para pagamento de impostos, taxas e contribuições,
R$32,4 milhões ou 2,2%, para remuneração de capitais de terceiros e R$419,7 milhões ou 29,0%,
para remuneração de capitais próprios.
Gráfico 1: Lucro Líquido - R$Milhões
Patrimônio Líquido
No primeiro semestre de 2013, o Banrisul registrou patrimônio líquido de R$4.887,7 milhões.
A expansão de 6,4% em um ano tem como origem a incorporação dos resultados gerados,
deduzidos os pagamentos e provisionamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, além
de evento relativo ao reconhecimento contábil, conforme CPC 33-R1 (aprovado pela Deliberação
CVM 695), do desequilíbrio atuarial existente no principal plano de previdência complementar
dos empregados junto à Fundação Banrisul, no valor de R$432,6 milhões, que refletiu na
constituição de Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social, em R$173,0
milhões, e impacto no patrimônio líquido, no valor de R$259,6 milhões, evento contabilizado
em janeiro de 2013.
21
Gráfico 2: Evolução do Patrimônio Líquido - R$Milhões
Ativo Total
Os ativos totais alcançaram saldo de R$52.479,5 milhões ao final do primeiro semestre de
2013, com elevação de 22,7% em relação aos R$42.762,3 milhões registrados em junho de
2012, movimento motivado pela expansão da carteira de tesouraria, que registrou aumento de
R$6.298,0 milhões, e do crédito, em R$2.323,6 milhões, derivado, em especial, do incremento da
carteira comercial, principalmente no segmento pessoa física. Na composição dos ativos, destacase a representatividade de 48,0% de operações de crédito, 40,0% de títulos e valores mobiliários
e aplicações interfinanceiras de liquidez, 8,4% de relações interfinanceiras e interdependências
e 3,6% por outros ativos.
Os títulos e valores mobiliários e as aplicações interfinanceiras de liquidez apresentaram saldo
de R$20.988,8 milhões ao final de junho de 2013, com expansão de 42,9% em relação ao
mesmo período do ano anterior. O Banrisul possui capacidade financeira, comprovada através
de estudos técnicos desenvolvidos internamente, e intenção de manter até o vencimento os
títulos classificados na categoria “mantidos até o vencimento”, conforme disposto no artigo 8º
da Circular nº 3.068, de 08.11.2001, do Banco Central do Brasil.
Gráfico 3: Evolução do Ativo Total - R$Milhões
22 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Operações de Crédito
O saldo das operações de crédito do Banrisul totalizou, em
junho de 2013, R$25.182,4 milhões, com evolução de 10,2%
ou R$2.323,6 milhões frente ao mesmo mês do ano anterior.
Responsável por 48,9% desse crescimento, a carteira comercial
passou de R$16.707,9 milhões para R$17.844,2 milhões, com
elevação de 6,8% ou R$1.136,3 milhões em um ano.
A classificação da carteira por níveis de risco segue procedimentos
estabelecidos pela Resolução nº 2.682/99 do Conselho Monetário
Nacional. No final do primeiro semestre de 2013, as operações
classificadas como Risco Normal, que abrangem os níveis AA até C, somaram R$21.448,1 milhões,
representando 85,2% do total da carteira. As operações classificadas como Risco 1, que incluem
os níveis D a G, totalizaram R$3.147,8 milhões, compondo 12,5% da carteira. O Risco 2, formado
exclusivamente por operações de nível H, totalizou R$586,5 milhões ou 2,3% do total.
As operações de crédito comercial destinadas às pessoas físicas alcançaram, em junho de 2013,
R$9.637,3 milhões, compondo 54,0% da carteira comercial e 38,3% do total das operações de
crédito. O incremento de 6,9% ou R$622,7 milhões em doze meses decorreu, principalmente,
do crescimento do crédito pessoal consignado, cujo saldo alcançou R$6.902,3 milhões em junho
de 2013.
O crédito comercial pessoa física somado às transferências de ativos, R$625,6 milhões,
contabilizadas conforme Carta Circular nº 3.543 de 26/03/12 do Banco Central do Brasil em
créditos vinculados a operações adquiridas, alcançou R$10.262,9 milhões. Desse montante,
R$7.528,0 milhões referem-se a créditos consignados. A estratégia do Banrisul, no que se
refere à consignação, está focada na desaceleração da compra de carteiras com coobrigação e
na expansão da consignação própria, especialmente através da promotora Bem-Vindo Banrisul
Serviços Financeiros. Assim, o crédito consignado próprio gerado na rede de agências Banrisul
registrou saldo de R$4.072,4 milhões em junho de 2013, 2,7% acima do obtido em junho de 2012.
O saldo das operações de crédito originado através da Rede Bem-Vindo alcançou R$2.036,7
milhões. O crédito adquirido de outras instituições financeiras com coobrigação alcançou
R$1.418,9 milhões, 21,0% abaixo do registrado no mesmo semestre do ano anterior.
Em relação a junho de 2012, as operações de crédito comercial pessoa jurídica cresceram 6,7% ou
R$513,6 milhões, e alcançaram saldo de R$8.207,0 milhões, respondendo por 46,0% da carteira
comercial e 32,6% do total das operações de crédito. Entre as ações empreendidas de janeiro
a junho de 2013, relativas ao segmento, destaca-se a ampliação da atuação no mercado de
adquirência, que impulsionou os negócios e sustentou o giro às empresas. As linhas de capital de
giro do Banrisul fecharam o semestre com saldo de R$6.262,3 milhões, apresentando evolução
de 7,6% em doze meses.
A carteira de financiamento de longo prazo atingiu, em junho de 2013, o montante de R$1.557,9
milhões, com incremento de 49,8% ou R$518,3 milhões em relação ao saldo registrado no
mesmo mês de 2012. Os destaques do semestre incluem o credenciamento do Banco como
agente financeiro no programa INOVACRED com a permissão para a disponibilização de linha
de crédito no valor de R$80,0 milhões, conforme resolução da Diretoria da FINEP e, também, a
obtenção do rating “A” junto ao BNDES, de acordo com os critérios da Resolução nº 2.682/99 do
Banco Central, em vista da boa gestão de suas operações e solidez institucional.
A carteira de crédito imobiliário alcançou saldo de R$2.474,5 milhões ao final de junho de 2013,
com incremento de 23,0% ou R$462,9 milhões em relação a junho de 2012. O desempenho, no
semestre, foi favorecido pela possibilidade de financiamento de ITBI e emolumentos, carência
23
para o pagamento do valor da amortização das prestações, manutenção dos convênios públicos
e privados, programas para concessão de crédito para servidores estaduais e renovação do
convênio Coopercon para o ano de 2013.
No crédito rural, o saldo da carteira alcançou R$1.759,3 milhões no final do primeiro semestre
de 2013, com redução de 10,0% ou R$194,5 milhões em relação ao mesmo semestre de 2012.
Os destaques do setor para o período foram a participação da Instituição na Expodireto, com
assinaturas de contratos e convênios no valor de R$190,9 milhões; no programa Mais Ovinos no
Campo, com a comercialização de mais de 335 mil animais e saldo financiado superior a R$57,7
milhões, e no programa Mais Água – Mais Renda, em parceria com o Governo do Estado.
O saldo das operações de adiantamento de contratos de câmbio (ACC) e de adiantamentos
sobre cambiais entregues (ACE) atingiu R$743,0 milhões no primeiro semestre de 2013, com
incremento de 15,0% em relação ao mesmo período de 2012. Nas operações de exportação
e importação ocorreu acréscimo de 23,7% no volume de negócios em relação ao primeiro
semestre de 2012, com destaque para o setor agrícola e para operações com prazos mais longos.
A carteira de microcrédito fechou este semestre com saldo de R$138,6 milhões. Através
do Programa Gaúcho de Microcrédito, iniciativa do Governo do Estado em parceria com
o Banrisul e Instituições de Microcrédito, foram concedidos R$68,4 milhões para 10.833
microempreendedores, em 353 municípios parceiros do Programa, através de rede formada por
45 instituições de microcrédito conveniadas, contando com 142 pontos de atendimento.
Gráfico 4: Evolução das Operações de Crédito - R$Milhões
Recursos Captados e Administrados
No primeiro semestre de 2013, o total de recursos captados e administrados apresentou saldo
de R$37.416,9 milhões. Os depósitos totais alcançaram R$28.411,1 milhões em junho de 2013,
com incremento de 19,8% ou R$4.697,6 milhões em relação ao mesmo mês de 2012. O Banco
manteve a política de captação pulverizada. Os depósitos a prazo, que compõem 50,6% dos
recursos captados e administrados até junho de 2013, alcançaram saldo de R$18.927,9 milhões,
com crescimento de 22,3% ou R$3.447,2 milhões em relação a junho de 2012. Os depósitos
de poupança, 17,0% da captação total, apresentaram aumento de 16,6% ou R$904,7 milhões,
totalizando R$6.352,5 milhões. Os depósitos à vista, que compõem 7,6% do montante total de
recursos, aumentaram 6,1% ou R$163,8 milhões em doze meses e atingiram o valor de R$2.839,2
milhões. Os recursos de terceiros administrados chegaram a R$7.177,6 milhões, 19,2% da
captação total ao final de junho de 2013, com redução de R$40,7 milhões ou 0,6% com relação
a junho de 2012.
24 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Produtos, Serviços e Canais
Rede Banricompras
A Rede Banricompras, ao final do primeiro semestre de
2013, contava com 128 mil estabelecimentos credenciados.
O volume financeiro transacionado por meio da Rede
Banricompras contabilizou R$4.586,0 milhões, 47,3% acima
do apurado no mesmo período de 2012. A aquisição do status
de multibandeira, pela rede, a partir do segundo semestre de
2012, passando a capturar e processar, em única máquina,
transações efetuadas com as principais bandeiras de cartões
de crédito e débito: MasterCard, VISA, VerdeCard além do
Banricompras, continuou favorecendo a expansão do canal Banricompras no primeiro semestre
do ano. As operações com a bandeira VISA registraram 6,9 milhões de transações no período,
no valor de R$582,8 milhões. A bandeira MasterCard alcançou 5,1 milhões de transações, no
montante de R$406,3 milhões no semestre. O volume de transações com cartões VerdeCard, das
lojas Quero-Quero, totalizou 683,2 mil, alcançando montante de R$56,7 milhões. Já as operações
com a bandeira Banrisul Serviços registraram R$175,8 milhões.
O fortalecimento e a consolidação da Rede Banricompras de janeiro a junho de 2013 ocorreu
através de parcerias firmadas com a Verifone e a Tele Táxi Cidade para uso do equipamento POS
Banricompras nos táxis, e também com a empresa PAX - terceira maior fabricante de POS do
mundo - e o apoio da VISA, que lançou a primeira solução para pagamento móvel com smartphone
ou tablet, por meio de um equipamento PinPad com conexão bluetooth, solução que possibilita
à rede multibandeira Banricompras atuar nos mercados de profissionais autônomos como, por
exemplo, as vendas porta a porta e venda por catálogo, um segmento com potencial de mais de
um milhão de vendedores.
Cartão Banricompras
Os cartões com a bandeira Banricompras são exclusivos e totalmente gratuitos aos clientes
Banrisul, que utilizam o cartão de conta corrente para efetuar o pagamento de suas compras
em estabelecimentos credenciados. Os pagamentos podem ser feitos à vista ou de forma prédatada e parcelada, sem cobrança de tarifas, juros ou anuidade, com o diferencial de segurança
associado à utilização de cartão com chip. A praticidade e segurança do cartão Banricompras,
somam-se às facilidades de acesso à Rede Banricompras Promoções, onde é possível consultar
ofertas e aproveitá-las exclusivamente com o Cartão Banricompras, acessar guias de feiras,
hotéis, shoppings, bares, restaurantes e casas noturnas. No primeiro semestre de 2013, foram
realizadas 44,5 milhões de transações com o Cartão Banricompras, movimentando o total de
R$3.364,3 milhões, 15,5% acima do realizado no mesmo período de 2012.
Correspondentes Banrisul
Ao final dos primeiros seis meses de 2013, a Rede de Correspondentes
Banrisul contava com 1.598 conveniados, distribuídos nos estados do
Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No semestre, foram registradas
30,3 milhões de transações em montante de R$9.035,8 milhões,
volume 9,5% superior ao contabilizado no mesmo período de 2012.
No primeiro semestre, os Correspondentes Banrisul tiveram nova
programação visual, passando a ser chamados de Banriponto. Com o intuito de padronizar os
estabelecimentos, o Banco está trabalhando no processo de atualização de fachadas, com o envio
de sugestões aos conveniados para adequação de seus estabelecimentos. O Correspondente de
Negócios entrou em operação e já está presente em 55 correspondentes atuando na comercialização
de cartões de crédito, crédito consignado INSS e na abertura de contas.
25
Canais Eletrônicos
O Banrifone, canal de relacionamento através do qual o cliente pode realizar consultas de saldos,
solicitações de serviços e transações bancárias por telefone recebeu, de janeiro a junho de
2013, 2,2 milhões de acessos no atendimento eletrônico e 179,9 mil no personalizado, gerando
movimentação financeira de R$101,2 milhões, além de informações que foram prestadas aos
clientes. No mesmo período, o canal de atendimento telefônico que captura ligações de clientes
pessoa física direcionadas às agências, o Call Center de Agências, atendeu 582,5 mil ligações e
movimentou R$5,7 milhões.
No primeiro semestre de 2013, o atendimento que oferece suporte por telefone aos usuários dos
canais Home Banking, Office Banking e M-Banking recebeu 70,1 mil ligações. A Agência Virtual
Banrisul realizou 65,0 milhões de transações de janeiro a junho de 2013 e movimentou a soma
de R$66.523,8 milhões. Em relação ao mesmo período de 2012, a quantidade de operações
apresentou incremento de 9,8% e o valor movimentado cresceu 22,6%. No mês de maio de
2013, o Banco lançou a primeira versão do aplicativo M-Banking para dispositivos móveis que
utilizam sistemas operacionais Android e IOS.
Cartões de Crédito
O Banrisul, no primeiro semestre de 2013, apresentou percentuais expressivos de crescimento
na emissão e utilização de cartões de crédito. Encerrou o período com uma base de 586 mil
cartões de crédito nas bandeiras VISA e MasterCard, com expansão de 16,3% em relação
ao mesmo semestre do ano anterior. No período, os cartões de crédito possibilitaram
movimentação financeira de R$1,0 bilhão, em 11,6 milhões de transações, expansão de 39,5% e
34,9%, respectivamente. As receitas de crédito e tarifas com cartões de crédito somaram R$55,9
milhões, 13,7% acima de valor registrado no mesmo período de 2012.
De janeiro a junho de 2013, o Banco realizou uma série de ações buscando a qualificação do
portfólio de cartões do Banrisul e, como emissor de cartões VISA e MasterCard, promoveu,
em conjunto com as bandeiras, campanhas internas de incentivo à venda e ativação de novos
cartões de crédito.
Seguros, Previdência e Capitalização
No primeiro semestre de 2013, a distribuição de seguros manteve-se aquecida, com destaque nos
segmentos de seguros de vida, residencial e de automóvel e também para os novos BanrisulPrev
e BanrisulPrev Afinidade, produtos de previdência complementar lançados pelo Banrisul, em abril
de 2013, destinados a clientes pessoa física, que podem ser contratados nas modalidades PGBL
(Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
Ao final do período, o Banrisul registrou 1,2 milhão de operações ativas de seguros e capitalização.
As receitas, do primeiro semestre de 2013, alcançaram R$29,7 milhões, com crescimento de
36,9% em relação ao mesmo período de 2012.
Ações com o Poder Público
O fortalecimento de parcerias com o setor público é propósito do Banrisul. O Banco, no primeiro
semestre de 2013, auxiliou o Estado na formatação de novos projetos e políticas públicas
voltadas a determinados setores da sociedade civil. Também, nesse semestre, foi lançado o Portal
Fornecedores RS, canal de comunicação, via web, voltado às empresas fornecedoras de produtos
e serviços ao Banrisul e suas coligadas e às empresas públicas estaduais, atendendo uma demanda
por capital de giro de empresas fornecedoras, com agilidade e praticidade na obtenção de crédito.
Em relação ao segmento municipal, de janeiro a junho de 2013, além da ampliação da base de
convênios consignados e incentivo à portabilidade da folha de pagamento dos servidores públicos
que recebem seus proventos em outras instituições financeiras, o Banco desenvolveu ação
direcionada à identificação de municípios interessados em adquirir máquinas e equipamentos
destinados a intervenções em vias públicas, rodovias e estradas, oferecendo operações de
créditos através do Programa de Intervenções Viárias – PROVIAS, disponibilizado pelo BNDES.
26 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Rede de Atendimento Banrisul
No primeiro semestre de 2013, a Rede de
Atendimento Banrisul atingiu 1.319 pontos,
distribuídos em 485 agências, dos quais 444
no Rio Grande do Sul, 26 em Santa Catarina, 13
nos demais estados brasileiros, 2 no exterior,
235 Postos de Atendimento Bancário e 599
Pontos de Atendimento Eletrônico. Ao longo
desse semestre, foram efetivadas 5 aberturas
de agências e 12 transformações de postos em
Agência Vila Nova do Sul
agências, com maior concentração no interior do Estado, onde ocorreram 13 inaugurações.
Agência Maurício Cardoso
Agência Dilerminado de Aguiar
Agência Nova Ipanema
Agência Palácio da Justiça
Agência Quevedos
Agência Maratá
27
Empresas Controladas e Coligadas
Banrisul S.A. Administradora de Consórcios – A Banrisul Consórcios administra grupos de
consórcios para a aquisição de imóveis, automóveis, tratores, caminhões e motocicletas. A
Empresa, no término do primeiro semestre de 2013, atingiu uma base de clientes ativos de
36.630 consorciados e totalizou R$1,3 bilhão em volume de cartas de crédito. Ocorreram 3,0 mil
contemplações, colocando à disposição volume de crédito de R$91,5 milhões para aquisição de
bens de consumo. O lucro líquido apurado no semestre alcançou R$7,5 milhões.
Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio - Durante os seis primeiros meses de
2013, a Banrisul Corretora intermediou R$893,5 milhões em operações de renda variável e,
desse total, 75,5% foram efetuadas via Home Broker. O lucro líquido acumulado, no período, foi
de R$249,1 mil.
Banrisul Armazéns Gerais S.A. - A Banrisul Armazéns Gerais atua no ramo de armazéns gerais
e como porto seco, permissionária da Receita Federal, na prestação de serviços públicos de
movimentação e armazenagem de mercadorias. Registrou, no primeiro semestre de 2013, lucro
líquido de R$1,4 milhão. A estratégia da Empresa para o próximo semestre está referenciada
na expectativa de operações especiais no Porto de Rio Grande e na contenção dos custos
operacionais.
Banrisul Serviços Ltda. - A Banrisul Serviços opera na região sul do País, nos segmentos de cartão
refeição e alimentação, combustível, salário, presente, benefício e sistema de manutenção de
frota. Diariamente, mais de 600 mil usuários e 7,9 mil empresas conveniadas fazem uso dos
serviços disponibilizados em mais de 59 mil pontos credenciados. Durante o primeiro semestre
de 2013, foram realizadas 9,4 milhões de transações. O lucro líquido registrado no semestre foi
de R$9,0 milhões.
Credimatone Promotora de Vendas e Serviços S/A - Adquirida em março de 2012, a promotora
de vendas Bem-Vindo Banrisul Serviços Financeiros é especializada na distribuição de crédito
consignado. Após quinze meses de atuação no mercado, o saldo de operações originadas através
da Rede Bem-Vindo alcançou R$2.036,7 milhões.
Governança Corporativa
Listado no Nível 1 de Governança Corporativa da BM&FBovespa S.A. - Bolsa de Valores,
Mercadorias e Futuros, o Banrisul atende integralmente os requisitos desse nível de listagem
e, em linha com as melhores práticas de mercado, também exigências dos demais níveis de
Governança Corporativa, conferindo-lhe maior transparência, equidade e adequada prestação
de contas, reforçando sua credibilidade e o interesse de investidores e clientes.
De acordo com a Instrução nº 381 da Comissão de Valores Mobiliários, o Banrisul informa que
a empresa Ernst & Young Terco Auditores Independentes S/S, contratada em 2011, por meio
do processo licitatório (Concorrência 97/2010), estabelecido pela Lei nº 8.666/93, que institui
normas para licitações e contratos da Administração Pública, prestou serviços exclusivamente
relacionados à auditoria externa no primeiro semestre de 2013.
28 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Estrutura Acionária
O Banco apresenta dispersão acionária superior à exigida pelo Nível 1 de Governança Corporativa:
42,8% do total das ações do Banco são de titularidade de acionistas sem vínculos com a Instituição,
enquanto que o mínimo exigido é de 25%. A estrutura acionária está apresentada a seguir.
Gráfico 5: Estrutura Acionária
Política de Distribuição de Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos
O Banco mantém, desde o início de 2008, política de pagamento trimestral de juros sobre o
capital próprio e, historicamente, tem remunerado os seus acionistas com pagamento de juros
sobre o capital próprio e dividendos superiores ao mínimo exigido.
No final do primeiro semestre de 2013, líquidos de imposto de renda na fonte, foram pagos e/ou
provisionados R$159,5 milhões a título de juros sobre o capital próprio e dividendos.
29
Controles Internos e Compliance
No Banrisul, o Sistema de Controles Internos segue as diretrizes
estabelecidas pela alta administração, que visa ao acompanhamento
sistemático das atividades desenvolvidas, avaliando se os objetivos
da Instituição estão sendo alcançados através da consolidação de
uma cultura organizacional que demonstre e enfatize, a todo quadro
funcional, padrões éticos e a importância de cada um no processo de
desenvolvimento do Banco.
Destaca-se entre as ações desse processo, a política e os procedimentos
de prevenção à lavagem de dinheiro, que estabelece processos e sistemas
específicos, com o propósito de assegurar que as atividades sejam conduzidas
em ambiente de controle adequado à prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro,
conforme a legislação vigente.
Gestão de Riscos
A gestão de riscos é ferramenta estratégica fundamental para o Banrisul. Os riscos intrínsecos
abrangem desde os facilmente identificáveis, como os riscos de mercado, liquidez e crédito,
assim como os indiretamente identificáveis, mas também de extrema importância, tais como o
risco operacional e o de imagem. Assim, o Banco alinha as atividades aos padrões recomendados
pelos Acordos de Capital de Basileia, adotando as melhores práticas de mercado para maximizar
a rentabilidade e garantir a melhor combinação possível de aplicações em ativos e uso de capital
requerido. São processos contínuos nesse escopo, o aprimoramento sistemático de políticas de
risco, sistemas de controles internos e normas de segurança integradas aos objetivos estratégicos
e mercadológicos da Instituição.
Desde 2011, com a finalidade de realizar a gestão estratégica do risco de crédito, mercado,
liquidez e operacional, bem como a gestão de capital do Consolidado Econômico-financeiro do
Grupo Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., a Banrisul S.A. Corretora de Valores
Mobiliários e Câmbio, a Banrisul S.A. Administradora de Consórcios, a Banrisul Armazéns Gerais
S.A. e a Banrisul Serviços Ltda), está instituído o Comitê de Riscos Corporativos. Os relatórios de
acesso público referentes à gestão de riscos no Banrisul estão disponibilizados no site http://www.
banrisul.com.br, na rota: “Relações com Investidores/Governança Corporativa/Gerenciamento
de Riscos/Relatório de Gerenciamento de Riscos”.
Risco de Crédito
A política interna adotada pelo Banrisul para mensurar o risco de crédito considera a probabilidade
de inadimplência do tomador ou contraparte referente às suas obrigações contratuais. Essa
mensuração de risco de crédito, que reflete as expectativas de perdas, é incorporada à gestão
operacional do Banco, conforme determina o Órgão Regulador, e está alicerçada no princípio
da decisão técnica colegiada e nas metodologias estatísticas de Credit e Behaviour Score. Para
tanto, estão definidas alçadas de concessão de crédito e limites de risco correspondentes
a diversos níveis decisórios. Esse processo visa agilizar a concessão de crédito, com base em
limites tecnicamente pré-definidos, de acordo com a exposição que a Instituição está disposta a
operar, atendendo o binômio risco x retorno.
30 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Ao longo do primeiro semestre de 2013, em consonância com diretrizes traçadas e a expectativa
de crescimento nos negócios, porém visando à manutenção da qualidade da carteira de
crédito, foram alterados parâmetros que compõem a política de limites de risco pessoa jurídica,
objetivando reduzir o risco de concentração e distribuição de crédito e, foi implementado o novo
sistema centralizado de rating, apropriado à atual dinâmica do Banrisul e do mercado financeiro.
Risco de Mercado
O risco de mercado é definido como sendo a probabilidade de ocorrência de impactos negativos
nos resultados ou no capital, devido a movimentos nos preços de mercado dos instrumentos
financeiros, provocados por flutuações em cotações de ações, preços de mercadorias, taxas de
juro, taxas de câmbio. O gerenciamento desse tipo de risco está segregado entre operações
classificadas na carteira de negociação (trading) e operações classificadas na carteira de não
negociação (banking).
A carteira trading compreende as operações em instrumentos financeiros detidos com intenção
de negociação, destinados para revenda, obtenção de benefícios da flutuação dos preços ou
realização de arbitragem, para a qual é adotada a metodologia Value at Risk (VaR) na apuração
da exposição das operações com fator de risco de taxas de juros pré-fixadas e, na apuração das
exposições dos demais indexadores, é utilizada a metodologia Maturity Ladder. Já a carteira
banking compreende todas as operações da Instituição não classificadas na carteira de negociação, sem intenção de venda, ou seja, carteira de crédito, carteira de títulos mantidos até o
vencimento, captação de depósito a prazo, depósito de poupança e demais operações mantidas
até o vencimento. A apuração do risco é realizada por meio de modelo próprio da Instituição e
a metodologia utilizada é o VaR.
Risco de Liquidez
O risco de liquidez está relacionado à possibilidade da Instituição não ser capaz de honrar seus
compromissos no vencimento, ou fazê-lo com elevadas perdas, sendo classificado em Risco de
Liquidez de Fluxo de Caixa e Risco de Liquidez de Mercado. O Risco de Liquidez de Fluxo de
Caixa está associado à possibilidade da instituição não ser capaz de honrar de forma eficiente
suas obrigações, correntes e futuras, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em
perdas significativas de recursos; e o Risco de Liquidez de Mercado considera a possibilidade da
instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, em função do seu tamanho
elevado em relação ao volume transacionado ou sob o efeito de alguma descontinuidade no
mercado.
A Instituição acompanha o Risco de Liquidez através da análise de indicadores de liquidez. São
elaborados relatórios periódicos sobre o gerenciamento desse tipo de risco, sendo os mensais
encaminhados ao Comitê de Gestão de Riscos Corporativos e os de fechamento de trimestre à
Diretoria e ao Conselho de Administração para apreciação.
Risco Operacional
O Banco Central do Brasil, através da Resolução 3.380/2006, em seu artigo 2º, define o risco
operacional como sendo a possibilidade de ocorrência de perdas, resultantes de falhas,
deficiências, ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos.
A política de gerenciamento do risco operacional do Banrisul estabelece as diretrizes que
norteiam a gestão de risco. Tem como objetivo prover o Banco de parâmetros, princípios,
modelos e métodos para a identificação, avaliação, monitoramento, controle e mitigação dos
riscos operacionais, bem como a divulgação interna e externa dos níveis de exposição.
31
Índice de Basileia
O Índice de Basileia (IB) representa a relação entre o Patrimônio Base - Patrimônio de Referência
– PR, e os riscos ponderados - Patrimônio de Referência Exigido – PRE. Conforme regulamentação
em vigor, o IB demonstra a solvência da empresa. O percentual mínimo estabelecido pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN) é de 11%. O CMN ainda determina que o valor mínimo do Patrimônio
de Referência seja igual à soma das parcelas calculadas para os riscos de crédito, de mercado e
operacional.
Em junho de 2013, o Índice de Basileia do Consolidado Econômico-Financeiro foi de 18,3%, inferior
em 1,5 pp., em relação a junho de 2012. A retração do índice teve como principal motivação o
crescimento do Patrimônio de Referência Exigido de 21,5% no período. O Patrimônio de Referência
para o mesmo período obteve crescimento de 12,6%. O acréscimo do Patrimônio de Referência
Exigido teve como fator principal a alocação de capital para a parcela sujeita a variação da taxa
cambial (PCAM), em função da volatilidade cambial ocorrida no período e das Non Deliverable
Forward (NDFs) conjugadas com swap contratados para a proteção da dívida externa. Em relação
ao Risco de Crédito, houve incremento na alocação de capital de 5,2% em relação a junho de
2012, reflexo da aplicação das disposições da Circular nº 3.644/13, do BACEN. A parcela de Risco
Operacional cresceu como consequência do aumento das receitas em relação a junho de 2012.
Quanto à parcela de capital em relação ao risco de taxa de juros das operações mantidas até o
vencimento (RBAN), houve evolução da parcela em junho de 2013 na comparação com o mesmo
período do ano anterior em decorrência do aumento nas volatilidades dos principais referenciais
de mercado. Em relação ao Conglomerado Financeiro, o Índice de Basileia reduziu 1,4 pp. se
comparado a junho de 2012.
32 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Modernização Tecnológica
Os gastos com investimentos em hardware, software e
manutenção de bens patrimoniais somaram R$157,2
milhões no primeiro semestre de 2013. Entre as realizações
relacionadas à infraestrutura de TI, destacam-se: (i) a
conclusão da implantação de solução que garante ao Banrisul
total contingência na rede de armazenamento de dados; (ii) a
ampliação da capacidade de comunicação entre o Banrisul e
a RSFN - Rede do Sistema Financeiro Nacional, com vistas ao
atendimento de novas demandas; (iii) a adesão ao projeto de
Governo do Estado, INFOVIA RS, com 14 agências integrando os CPDs centrais através da nova
rede que utiliza tecnologia em fibra ótica e velocidade de 10 Mbps, dez vezes superior à máxima
atual; (iv) adoção de nova solução Spectrum IM, responsável pela monitoração da disponibilidade
e capacidade dos entes (links, roteadores e switches) responsáveis pela comunicação da rede
de computadores instalados no Banrisul; (v) implantação de nova versão 12.7, da solução do
CA Service Desk, ferramenta de apoio para a realização das melhores práticas relacionadas ao
gerenciamento de serviço de TI, por meio da implementação de metodologia específica.
Entre as iniciativas de interação com ambiente externo e àquelas relacionadas à segurança de TI,
destacam-se: (i) participação do Banrisul em 37 feiras/eventos comerciais, onde foram instalados,
configurados e desinstalados 1.387 equipamentos de POS (Rede Banricompras); (ii) homologação
do produto Cartão Múltiplo Banrisul junto ao Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI)
para emissão de certificados digitais da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP Brasil);
o Banrisul é o primeiro banco do Brasil a ter solução homologada, possibilitando identificação
digital do cidadão, acesso seguro a aplicações diversas e assinatura de documentos eletrônicos; (iii)
edição do 6º Fórum Internacional de TI Banrisul, tendo como tema “A Tecnologia e os Negócios no
Mundo da Computação em Nuvem”, com público recorde de mais de 2.700 inscritos, abrangendo
tanto colaboradores do Banrisul, como universitários e profissionais do setor público e privado,
que tiveram a oportunidade de assistir palestras proferidas por especialistas do Brasil, Rússia,
Alemanha e EUA; (iv) participação em dois eventos nos Estados Unidos: visita técnica com enfoque
em Segurança da Informação, realizada por uma comitiva da FEBRABAN em conjunto com outros
bancos nacionais e o Banco Central, a convite do governo americano e organizada pela Agência
Americana de Comércio e Desenvolvimento – USTDA, além de evento de apresentação do projeto
de Gestão de Identidades do Banrisul no CA World 2013.
Entre as soluções relacionadas a sistemas corporativos, (i) o Banrisul efetuou, no primeiro semestre
de 2013, o lançamento do Portal Fornecedores RS, que é um ambiente virtual, criado para facilitar
o acesso ao crédito de empresas fornecedoras de produtos e serviços às entidades públicas do
Governo do Estado e do Grupo Banrisul; (ii) a Instituição disponibilizou o acesso ao M-Banking
para plataforma Android; (iii) ocorreu o lançamento da primeira solução de Mobile Payment no
Brasil e América Latina, com uso de cartão com chip totalmente segura.
33
Recursos Humanos
Ao final do primeiro semestre de 2013, a Instituição contava
com um quadro de 11.870 colaboradores. De janeiro a junho
de 2013, foram realizados 1.079 cursos de aperfeiçoamento,
com 6.762 participações. Para isso, o Banrisul investiu
R$4,6 milhões, dos quais R$497,5 mil foram direcionados a
programas de graduação, R$553,7 mil em programas de pósgraduação e R$84,5 mil em cursos de idiomas. Lançado em abril
de 2013, o programa de Educação à Distância (EAD) do Banrisul, está
disponibilizado para mais de 11 mil funcionários, e tem por objetivo melhorar, cada vez mais, o
atendimento ao cliente.
No primeiro semestre de 2013, foi aberto novo processo seletivo para técnico em TI. O concurso
destina-se ao preenchimento de 266 vagas, além de cadastro reserva, para atuação em seis áreas:
administração de rede/sistemas/produtos; suporte de rede/sistemas/produtos; segurança de TI;
desenvolvimento de sistemas; desenvolvimento de sistemas mainframe e desenvolvimento de
sistemas teste de software.
Sustentabilidade
A continuidade da inserção e consolidação de
princípios de sustentabilidade aos processos e
estratégias de negócio ocorreu, no primeiro semestre
de 2013, pela reafirmação do compromisso do
Banrisul com o desenvolvimento sustentável e social
do Estado. Em 13 de junho, a Instituição aderiu formalmente aos Objetivos de Desenvolvimento
do Milênio, através da incorporação de princípios voltados à qualidade de vida e respeito ao
meio ambiente e de parcerias para a promoção do desenvolvimento.
A inserção dos princípios de sustentabilidade em uma instituição financeira, como no
Banrisul, que contempla tanto o foco de Responsabilidade Socioambiental como Gestão para
Sustentabilidade, comunica-se com a sociedade e impulsiona outros fóruns. Destaca-se, no
último trimestre, a participação do Banco no painel Profissionais de Sustentabilidade, promovido
em Porto Alegre pela Abraps - Associação Brasileira de Profissionais da Sustentabilidade Núcleo Porto Alegre, com o propósito de fomentar a reflexão a respeito de sustentabilidade e
impulsionar profissionais para essa atuação.
No último trimestre, o Banco expandiu a rede do Projeto Coletor de Pilhas Banrisul, atingindo
a região serrana gaúcha e a região central do Estado. No âmbito do Programa Voluntariado
Banrisul, iniciou, no semestre, a 10ª turma, composta por 20 jovens que serão capacitados
para o mercado de trabalho. O Voluntariado concluiu ainda a 5ª edição do curso Cooperação
Digital, voltado à Inclusão Digital para a Terceira Idade. Também no tema de inclusão digital,
o Banco participa do programa estadual RS Mais Digital, pelo qual já distribuiu mais de 5 mil
computadores para escolas estaduais e comunidades gaúchas, além de apoiar o Centro de
Recondicionamento de Computadores de Viamão/RS, voltado a jovens do município.
34 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Reconhecimentos
Fevereiro/2013. Banrisul é destaque em ranking mundial das
marcas de bancos mais valiosas.
Março/2013. Banrisul é uma das marcas mais lembradas e
preferidas no RS.
Abril/2013. Banrisul é destacado no ranking mundial da Forbes.
Maio/2013. Banrisul é uma das cinco marcas mais lembradas no
Estado.
Agradecimentos
O Banrisul finaliza o semestre com desempenho favorável, o que vem a ratificar, mais uma vez,
a confiança de nossos clientes e investidores na Instituição. Agradecemos aos empregados,
pelo empenho e dedicação, e ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul pelo apoio, fatores
essenciais que fazem do Banrisul uma das marcas mais lembradas e preferidas no Estado.
A Diretoria
35
Demonstrações
Financeiras
36 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Balanços Patrimoniais
Em 30 de junho de 2013 e 2012
(Valores em Milhares de Reais)
ATIVO
CIRCULANTE.................................................................... DISPONIBILIDADES....................................................... APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ (Nota 04)
Aplicações no Mercado Aberto...................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros..................... TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS
FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 05).........................
Carteira Própria.............................................................. Vinculados a Compromissos de Recompra.................... Instrumentos Financeiros Derivativos............................ Vinculados ao Banco Central.......................................... Vinculados à Prestação de Garantias............................. Moedas de Privatização................................................. RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS......................................
Pagamentos e Recebimentos a Liquidar........................ Créditos Vinculados (Nota 06)
Depósitos no Banco Central......................................... Convênios.................................................................... Correspondentes......................................................... RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS...................................
Recursos em Trânsito de Terceiros................................. Transferências Internas de Recursos.............................. OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Nota 07)...............................
Operações de Crédito
Setor Público................................................................ Setor Privado............................................................... Operações de Crédito Vinculadas a Cessão .................. Provisão para Perdas em Operações de Crédito ........... OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Nota 07).
Operações de Arrendamento a Receber
Setor Público................................................................ Setor Privado............................................................... Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil...... OUTROS CRÉDITOS (Nota 08)........................................
Carteira de Câmbio........................................................ Rendas a Receber........................................................... Negociação e Intermediação de Valores........................ Créditos Específicos....................................................... Diversos.......................................................................... Provisão para Outros Créditos ...................................... OUTROS VALORES E BENS.............................................
Outros Valores e Bens.................................................... Despesas Antecipadas.................................................... 2013
Banrisul
2012
Reapresentado
Nota 3(n)
26.131.147 21.706.000 627.774 505.714 2.208.961 4.394.997 2.115.262 4.252.841 93.699 142.156 Banrisul Consolidado
2013
2012
Reapresentado
Nota 3(n)
26.204.774 627.977 2.227.121 2.133.422 93.699 21.804.715
505.810
4.414.347
4.272.191
142.156
7.517.161 2.607.514 4.200.841 73.159 475.288 160.353 6
3.660.932 170.806 2.385.164
685.412
1.397.430
21.246
281.070
6
3.199.675
156.440
3.456.241 45 33.840 38.822 7.968 30.854 10.010.394 3.007.219
1.630
34.386
49.155
3.692
45.463
9.555.053
20.784 25.969 20.784 10.377.092 9.996.917 10.377.092 9.648 - 9.648 (397.130) (467.833)
(397.130)
33.952 35.817 33.952 25.969
9.996.917
(467.833)
35.817
7.507.272 2.374.038 2.597.631 674.292 4.200.841 1.397.430 73.159 21.246 475.288 - 160.353 281.070 - - 3.660.932 3.199.675 170.806 156.440 3.456.241 3.007.219 45 1.630 33.840 34.386 38.822 49.155 7.968 3.692 30.854 45.463 10.010.394 9.555.053 3.288 1.078 33.261 37.557 (2.597)
(2.818)
1.979.627 1.448.295 812.637 726.783 62.443 47.974 - - - - 1.180.637 711.875 (76.090) (38.337)
63.413 143.256 2.756 2.591 60.657 140.665 3.288 33.261 (2.597)
2.024.605 812.637 59.482 2.616 24 1.228.099 (78.253)
63.810 2.908 60.902 1.078
37.557
(2.818)
1.516.169
726.783
45.823
7.833
13
776.251
(40.534)
143.525
2.731
140.794
37
ATIVO (cont.)
2013
Banrisul
2012
Reapresentado
Nota 3(n)
Banrisul Consolidado
2013
2012
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO.......................................... 25.973.505 20.658.100 26.003.281 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS
FINANCEIROS DERIVATIVOS (Nota 05)......................... 11.234.565 7.885.436 11.244.557 Carteira Própria.............................................................. 6.454.191 6.047.011 6.454.191 Vinculados a Compromissos de Recompra.................... 3.904.218 740.130 3.904.218 Instrumentos Financeiros Derivativos............................ 216.798 391.161 216.798 Vinculados ao Banco Central......................................... 268.870 693.325 268.870 Vinculados à Prestação de Garantias............................. 390.488 13.809 400.480 RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS...................................... 706.082 653.632 706.082 Créditos Vinculados (Nota 06)
Sistema Financeiro da Habitação................................. 706.082 653.632 706.082 OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Nota 07)............................... 12.231.033 10.879.828 12.231.033 Operações de Crédito
Setor Público................................................................ 81.536 94.833 81.536 Setor Privado............................................................... 13.162.774 11.715.881 13.162.774 Operações de Crédito Vinculadas a Cessão .................. 86.294 - 86.294 Provisão para Perdas em Operações de Crédito .......... (1.099.571) (930.886) (1.099.571)
OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (Nota 07)
35.320 36.702 35.320 Operações de Arrendamento a Receber
Setor Público................................................................ 1.636 2.516 1.636 Setor Privado............................................................... 37.277 40.192 37.277 Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil...... (3.593)
(6.006)
(3.593)
OUTROS CRÉDITOS (Nota 08)........................................
1.668.145 1.192.458 1.687.929 Carteira de Câmbio........................................................ 2.300 15.255 2.300 Rendas a Receber........................................................... 5.072 - 5.072 Diversos.......................................................................... 1.709.533 1.218.327 1.729.317 Provisão para Outros Créditos ...................................... (48.760) (41.124)
(48.760)
OUTROS VALORES E BENS.............................................
98.360 10.044 98.360 Outros Valores e Bens.................................................... 22.243 20.969 22.243 Provisão para Desvalorização......................................... (10.054) (11.210)
(10.054)
Despesas Antecipadas.................................................... 86.171 285 86.171 PERMANENTE.................................................................. 665.298 645.093 271.401 INVESTIMENTOS (Nota 09 (a))......................................
455.928 422.905 47.099 Participação em Coligadas e Controladas no País
(Nota 02 (c))................................................................. 449.259 416.099 39.887 Outros Investimentos..................................................... 11.454 11.599 12.104 Provisão para Perdas...................................................... (4.785)
(4.793)
(4.892)
IMOBILIZADO DE USO (Nota 09 (b))..............................
167.374 149.036 181.117 Imóveis de Uso............................................................... 115.620 120.234 128.349 Outras Imobilizações de Uso.......................................... 534.808 492.626 545.845 Depreciação Acumulada................................................ (483.054) (463.824)
(493.077)
INTANGÍVEL (Nota 09 (c))............................................. 41.996 73.152 43.185 Ativos Intangíveis........................................................... 376.234 366.154 378.345 Amortização Acumulada................................................ (334.238) (293.002)
(335.160)
TOTAL DO ATIVO.............................................................. 52.769.950 43.009.193 52.479.456 38 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Reapresentado
Nota 3(n)
20.677.614
7.891.331
6.047.011
740.130
391.161
693.325
19.704
653.632
653.632
10.879.828
94.833
11.715.881
(930.886)
36.702
2.516
40.192
(6.006)
1.206.077
15.255
1.231.946
(41.124)
10.044
20.969
(11.210)
285
280.017
47.782
40.431
12.250
(4.899)
157.926
130.803
500.123
(473.000)
74.309
368.233
(293.924)
42.762.346
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2013
Banrisul
2012
Reapresentado
Nota 3(n)
Banrisul Consolidado
2013
2012
Reapresentado
Nota 3(n)
CIRCULANTE.................................................................... 30.322.213 26.455.683 30.028.637 26.207.222
DEPÓSITOS (Nota 10).................................................... 15.751.618 15.170.332 15.412.177 14.877.898
Depósitos à Vista............................................................ 2.841.223 2.677.213 2.839.217 2.675.380
Depósitos de Poupança.................................................. 6.352.499 5.447.820 6.352.499 5.447.820
Depósitos Interfinanceiros............................................. 60.830 26.673 60.830 26.673
Depósitos a Prazo........................................................... 6.497.066 7.018.626 6.159.631 6.728.025
CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO (Nota 10)............... 8.077.190 2.137.788 8.013.110 2.071.268
Carteira Própria.............................................................. 8.077.190 2.137.788 8.013.110 2.071.268
RECURSOS DE ACEITES E EMISSÃO DE TÍTULOS.............. 385.884 294.791 385.884 294.791
Recursos de Letras Imobiliárias, Hipotecárias, de
Crédito e Similares....................................................... 385.884 294.791 385.884 294.791
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS...................................... 283.450 261.916 283.450 261.916
Recebimentos e Pagamentos a Liquidar........................ 282.502 261.813 282.502 261.813
Correspondentes............................................................ 948 103 948 103
RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS................................... 387.710 231.489 387.710 231.489
Recursos em Trânsito de Terceiros................................. 386.432 230.343 386.432 230.343
Transferências Internas de Recursos.............................. 1.278 1.146 1.278 1.146
OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS ................................ 1.160.708 926.151 1.160.798 926.151
Empréstimos no País - Outras Instituições..................... Empréstimos no Exterior (Nota 11)................................ 90 -
1.160.708 - 926.151 - 1.160.708 926.151
506.468 375.921 506.468 375.921
OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES
OFICIAIS (Nota 12)...................................................... Tesouro Nacional............................................................ 88.799 83.620 88.799 83.620
BNDES............................................................................ 248.527 155.778 248.527 155.778
CEF................................................................................. 5.520 7.714 5.520 7.714
FINAME.......................................................................... 163.622 128.809 163.622 128.809
OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO EXTERIOR (Nota 12).... 17.469 11.142 17.469 11.142
Repasses do Exterior ..................................................... 17.469 11.142 17.469 11.142
27.623 -
INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
(Nota 05 (d))............................................................... 27.623 - Instrumentos Financeiros Derivativos............................ 27.623 27.623 -
OUTRAS OBRIGAÇÕES (Nota 13)................................... 3.724.093 7.046.153 - 3.833.948 7.156.646
Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados.. 165.806 161.731 165.806 161.731
Carteira de Câmbio........................................................ 24.995 46.926 24.995 46.926
Sociais e Estatutárias...................................................... 83.870 69.099 84.185 69.140
Fiscais e Previdenciárias................................................. 284.364 305.206 297.520 318.416
Negociação e Intermediação de Valores........................ Fundos Financeiros e de Desenvolvimento.................... - 1.794.420 Divídas Subordinadas..................................................... 134.929 Diversas.......................................................................... 1.235.709 - 5.619.182 - 844.009 2.412 8.442
1.794.420 5.619.182
134.929 -
1.329.681 932.809
39
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO (cont.)
2013
Banrisul
2012
Reapresentado
Nota 3(n)
Banrisul Consolidado
2013
2012
Reapresentado
Nota 3(n)
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO............................................... 17.559.990 11.958.961 17.561.310 11.958.906
DEPÓSITOS (Nota 10).................................................... 12.998.960 Depósitos Interfinanceiros............................................. 230.688 Depósitos a Prazo........................................................... 12.768.272 RECURSOS DE ACEITES E EMISSÃO DE TÍTULOS.............. 127.245 8.835.744 12.998.960 83.035 8.835.689
230.688 83.035
8.752.709 12.768.272 8.752.654
- 127.245 -
- 127.245 -
7.326 10.293
Recursos de Letras Imobiliárias, Hipotecárias, de
Crédito e Similares....................................................... 127.245 RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS...................................... 7.326 10.293 Repasses Interfinanceiros.............................................. 7.326 10.293 7.326 10.293
4.429 1.320 4.429
1.320 -
OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS ................................ - Empréstimos no País - Outras Instituições..................... - Empréstimos no Exterior (Nota 11)................................ - - 4.429 - 4.429
OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO PAÍS - INSTITUIÇÕES
OFICIAIS (Nota 12)...................................................... 1.418.057 1.006.961 1.418.057 1.006.961
Tesouro Nacional............................................................ 6.223 8.263 6.223 8.263
BNDES............................................................................ 863.021 659.242 863.021 659.242
CEF................................................................................. 55.778 54.382 55.778 54.382
FINAME.......................................................................... 493.035 285.074 493.035 285.074
OBRIGAÇÕES POR REPASSES DO EXTERIOR (Nota 12).... - 14.405 - 14.405
Repasses do Exterior ..................................................... - 14.405 - 14.405
INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
(Nota 05 (d))............................................................... 9.358 - 9.358 -
Instrumentos Financeiros Derivativos............................ 9.358 - 9.358 -
OUTRAS OBRIGAÇÕES (Nota 13)................................... 2.999.044 2.087.129 2.999.044 2.087.129
Fiscais e Previdenciárias................................................. 435.240 422.317 435.240 422.317
49.156 -
Dívidas Subordinadas..................................................... Fundos Financeiros e de Desenvolvimento . .................
1.693.238 1.315.468 1.693.238 1.315.468
Diversas.......................................................................... 821.410 349.344 821.410 349.344
1.762 1.669
PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS.. 49.156 - - - PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Nota 20)..................................... 4.887.747 4.594.549 4.887.747 4.594.549
Capital Social de Domiciliados no País........................... 3.750.000 3.500.000 3.750.000 3.500.000
Reservas de Capital........................................................ 4.511 4.511 4.511 4.511
Reservas de Lucros......................................................... 1.397.961 1.154.171 1.397.961 1.154.171
(264.725)
(64.133)
(264.725)
(64.133)
Ajustes de Avaliação Patrimonial (Nota 05 (b)).............. TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO.............. 52.769.950 43.009.193 52.479.456 42.762.346
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
40 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Demonstrações do Resultado
Em semestres findos em 30 de junho de 2013 e 2012
(Valores em Milhares de Reais, exceto Lucro Líquido por Ação)
Banrisul
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
01/01 a
01/01 a
30/06/2013 30/06/2012 30/06/2013 30/06/2012
RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA............................. 3.092.193 3.534.098 3.093.757 3.535.851
Operações de Crédito................................................................ 2.254.199 2.302.409 2.254.199 2.302.409
Operações de Arrendamento Mercantil................................... 6.091 5.463 6.091 5.463
Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários..... 576.643 575.898 578.207 577.651
Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos.............. 8.160 411.517 8.160 411.517
Resultado de Operações de Câmbio......................................... 85.127 73.295 85.127 73.295
Resultado das Aplicações Compulsórias................................... 137.606 155.856 137.606 155.856
Operações de Venda ou Transferência de Ativos Financeiros... 24.367 9.660 24.367 9.660
DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA............................ (1.618.997) (2.085.892) (1.606.098) (2.070.773)
Operações de Captação no Mercado........................................ (1.005.673) (1.329.073)
(992.618) (1.313.539)
Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses..................... (264.205) (371.352)
(264.209) (371.352)
Provisão para Operações de Crédito (Nota 07 (d)).................... (349.119) (385.467)
(349.271) (385.882)
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA.............. 1.473.196 1.448.206 1.487.659 1.465.078
OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS......................... (839.870) (830.030)
(844.925) (836.451)
Receitas de Prestação de Serviços (Nota 15)............................ 58.653 60.100 98.507 96.287
Rendas de Tarifas Bancárias (Nota 16)...................................... 348.935 277.478 348.928 277.471
Despesas de Pessoal.................................................................. (636.039) (573.622)
(639.385) (576.461)
Outras Despesas Administrativas (Nota 17).............................. (466.913) (404.310)
(477.705) (414.751)
Despesas Tributárias................................................................. (127.363) (122.577)
(132.806) (127.631)
Resultado de Participação em Coligadas e Controladas
(Nota 02 (c))........................................................................... 16.798 19.843 Outras Receitas Operacionais (Nota 18)................................... 129.576 108.646 Outras Despesas Operacionais (Nota 19).................................. (163.517) (195.588)
RESULTADO OPERACIONAL.......................................................
(1.320)
431
124.800 104.504
(165.944) (196.301)
633.326 618.176 642.734 628.627
633.326 618.176 642.734 628.627
RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO E PARTICIPAÇÃO
DOS EMPREGADOS SOBRE O LUCRO......................................
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (Nota 22 (a))..... (176.098) (167.235)
PARTICIPAÇÕES DOS EMPREGADOS NO RESULTADO.................
PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NO RESULTADO...........................
(37.542)
(31.350)
- - (185.430) (177.612)
(37.565)
(31.361)
(53)
(63)
LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO..................................................
419.686 419.591 419.686 419.591
Número de Ações em Circulação - Milhares............................ 408.974 408.974 -
-
Lucro Líquido por Lote de Mil Ações do Capital Social - R$....... 1.026,19 1.025,96 -
-
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
41
Demonstrações dos Fluxos de Caixa
Em semestres findos em 30 de junho de 2013 e 2012
(Valores em Milhares de Reais)
Banrisul
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
01/01 a
01/01 a
30/06/2013 30/06/2012 30/06/2013 30/06/2012
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Lucro ajustado antes da Tributação e Participação dos Empregados 1.079.926 1.169.216 1.110.374 1.200.478
Lucro antes da Tributação e Participação dos Empregados .......... 633.326 618.176 642.734 628.627
Ajustes ao Lucro antes da Tributação e Participação dos Empregados
Depreciação e Amortização............................................................ 32.516 56.712 32.991 57.004
Resultado de Participações em Coligadas e Controladas .............. (16.798) (19.843)
1.320 (431)
Provisão para Operações de Crédito.............................................. 349.119 385.467 349.271 385.882
Provisão para Perdas de Securitização........................................... (357)
(4.185)
(357)
(4.185)
Provisão para Contingência............................................................ 82.120 132.889 84.415 133.581
Variação de Ativos e Obrigações................................................... (4.165.470) (588.475) (4.191.943) (617.657)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Ajustes de Avaliação Patrimonial................................................... (518)
751 (518)
751
(Aumento) Redução em Aplicações de Depósito Interfinanceiro.. (12.595) 100.408 (12.595) 100.408
(Aumento) Redução em Títulos e Valores Mobiliários................... (6.349.057) (139.595) (6.352.890) (138.465)
(Aumento) Redução em Instrumentos Financeiros Derivativos..... (33.588) (412.407)
(33.588) (412.407)
(Aumento) Redução em Relações Interfinanceiras e
Interdependências...................................................................... (304.140) (38.078) (304.140) (38.078)
(Aumento) Redução em Operações de Crédito.............................. (905.729)(2.317.875) (905.729)(2.317.875)
(Aumento) Redução em Operações de Arrendamento Mercantil.. 4.860 300 4.860 300
(Aumento) Redução em Outros Créditos....................................... (511.737) (592.593) (500.624) (610.016)
(Aumento) Redução em Outros Valores e Bens............................. (81.976) (121.861)
(81.959) (121.773)
Aumento (Redução) em Depósitos................................................ 1.695.848 1.361.792 1.664.748 1.352.449
Aumento (Redução) em Captação no Mercado Aberto................. 6.379.833 736.506 6.385.316 739.724
Aumento (Redução) em Recursos de Aceites e Emissão de Títulos. 197.764 268.036 197.764 268.036
Aumento (Redução) em Obrigações por Empréstimos e Repasses.. (152.525) 183.767 (151.115) 183.767
Aumento (Redução) em Outras Obrigações................................... (3.881.405) 616.359 (3.880.776) 619.467
Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos............................. (210.505) (233.985) (220.697) (243.945)
CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE DAS (USADO NAS) ATIVIDADES
OPERACIONAIS.......................................................................... (3.085.544) 580.741 (3.081.569) 582.821
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Atualização de Ativos em Controladas........................................... -
(1)
-
(1)
Alienação de Investimentos........................................................... 315 2
44 163
Alienação de Imobilizado de Uso................................................... 622 259 2.755 259
Aquisição de Investimentos............................................................ (42) (40.000)
(42) (40.000)
Aquisição de Imobilizado de Uso................................................... (31.729) (15.524)
(37.077) (17.217)
Aplicação no Intangível.................................................................. (8.984)
(790)
(8.984)
(790)
CAIXA LÍQUIDO USADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO........ (39.818) (56.054)
(43.304) (57.586)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Dívidas Subordinadas..................................................................... 669.832 1.315.468 669.832 1.315.468
Juros sobre o Capital Próprio Pagos............................................... (121.001) (130.439) (121.001) (130.439)
Variação na Participação dos Acionistas Minoritários.................... -
- 66 55
CAIXA LÍQUIDO PROVENIENTE DAS ATIVIDADES DE
FINANCIAMENTO....................................................................... 548.831 1.185.029 548.897 1.185.084
AUMENTO (REDUÇÃO) LÍQUIDO DE CAIXA E EQUIVALENTES
DE CAIXA................................................................................... (2.576.531) 1.709.716 (2.575.976) 1.710.319
Disponibilidades............................................................................. 809.036 624.206 809.093 624.255
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez (Nota 04)......................... 4.540.802 2.566.789 4.558.553 2.585.583
CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA NO INÍCIO DO PERÍODO............. 5.349.838 3.190.995 5.367.646 3.209.838
Disponibilidades............................................................................. 627.774 505.714 627.977 505.810
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez (Nota 04)......................... 2.145.533 4.394.997 2.163.693 4.414.347
CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA NO FIM DO PERÍODO................. 2.773.307 4.900.711 2.791.670 4.920.157
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
42 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Demonstrações do Valor Adicionado
Em semestres findos em 30 de junho de 2013 e 2012
(Valores em Milhares de Reais)
Banrisul
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
01/01 a
01/01 a
30/06/2013 30/06/2012 30/06/2013 30/06/2012
RECEITAS (a)........................................................................... 3.275.066 3.588.777 3.311.549 3.622.493
Intermediação Financeira........................................................ 3.087.021 3.528.020 3.088.585 3.530.113
Prestação de Serviços e Rendas de Tarifas Bancárias.............. 407.588 337.578 Constituição de Provisão para Operações de Crédito............. (349.119) (385.467)
Outras...................................................................................... 129.576 108.646 447.435 373.758
(349.271) (385.882)
124.800 104.504
DESPESAS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (b)..................... 1.269.878 1.700.425 1.256.827 1.684.891
INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (c) .............................. 559.962 509.171 573.053 520.835
Materiais, Energia e Outros..................................................... 435.011 421.672 445.726 431.053
Serviços de Terceiros............................................................... 130.123 93.577 132.499 95.520
Perda/Recuperação de Valores Ativos..................................... (5.172)
(6.078)
(5.172)
(5.738)
VALOR ADICIONADO BRUTO (d=a-b-c).................................... 1.445.226 1.379.181 1.481.669 1.416.767
DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO (e)........................................ 32.516 56.712 32.992 57.004
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA
ENTIDADE (f=d-e)................................................................ 1.412.710 1.322.469 1.448.677 1.359.763
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA (g)........ 16.798 19.843 (1.320)
431
Resultado de Participações em Coligadas e Controladas........ 16.798 19.843 (1.320)
431
VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (h=f+g)............................. 1.429.508 1.342.312 1.447.357 1.360.194
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO.................................. 1.429.508 1.342.312 1.447.357 1.360.194
Pessoal................................................................................ 583.556 521.551 586.787 524.276
Remuneração Direta............................................................ 437.891 396.732 440.152 398.678
Benefícios............................................................................. 115.866 92.614 116.418 93.062
FGTS..................................................................................... 29.799 32.205 30.217 32.536
Impostos, Taxas e Contribuições.......................................... 393.486 373.233 408.399 388.789
Federais................................................................................ 371.374 354.000 384.596 368.013
Estaduais.............................................................................. 11 202 19 223
Municipais............................................................................ 22.101 19.031 23.784 20.553
Remuneração de Capitais de Terceiros................................. 32.780 27.937 32.432 27.475
Aluguéis................................................................................ 32.780 27.937 32.432 27.475
Remuneração de Capitais Próprios...................................... 419.686 419.591 419.739 419.654
Juros sobre o Capital Próprio............................................... 121.001 130.439 121.001 130.439
Dividendos........................................................................... 45.068 37.200 45.068 37.200
Lucros Retidos do Período.................................................... 253.617 251.952 253.617 251.952
53 63
Participação dos não Controladores nos Lucros Retidos...... - - As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
43
44 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
-
(1)
- - 1
- As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.
(*) Reapresentado na Nota 03(n).
-
- - - - - - 3.200.000 300.000 - 3.500.000 - 250.000 - - - - - - - Em 30 de junho de 2013........................................................ 3.750.000 Destinação do Lucro Líquido (Nota 20 (b)):
Constituição de Reservas..................................................... Juros sobre o Capital Próprio............................................... Dividendos Propostos.......................................................... Em 30 de junho de 2012........................................................
Em 01 de janeiro de 2013......................................................
Aumento de Capital (Nota 20 (a))............................................. Ajustes de Avaliação Patrimonial . ........................................... Lucro Líquido do Período........................................................... Destinação do Lucro Líquido (Nota 20 (b)):
Constituição de Reservas..................................................... Juros sobre o Capital Próprio............................................... Dividendos Propostos......................................................... - Em 01 de janeiro de 2012...................................................... 3.200.000 - 300.000 Aumento de Capital (Nota 20 (a))............................................. - - Atualização de Títulos Patrimoniais em Controladas................ - - Ajustes de Avaliação Patrimonial . ............................................ - - Lucro Líquido do Período........................................................... - - - 4.511 - - - 4.511 4.511 - - - 4.511 - - - - (3.452)
- - 20.984 104.922 - - - - 299.562 970.688 - - - 20.980 104.898 - - - - 258.628 769.469 278.578 869.218 237.648 689.833 - (25.262)
- - - - - - (518)
- - 419.686 751
(130.439)
(37.200)
-
419.591
419.686
(518)
4.594.549
4.634.648
4.341.847
(1)
TOTAL
- (253.617)
- - (121.001) (121.001)
- (45.068) (45.068)
-
- - 4.887.747
127.711 (5.162) (259.563)
127.711 - - - - 419.591 -
- (251.952)
- (130.439)
(37.200)
-
(57.664)
(259.563)
-
- - - - 126.074 (6.469)
246.548 (4.644)
(246.548)
126.074 - - (274.738)
- - - 274.738 (7.220) (57.664)
-
- -
- - 751 - - Reservas de Lucros Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Capital
Títulos Outros Ajustes
Subvenções
Atualização de
Aumento
Lucros
de Avaliação
Disponíveis
Para para de Títulos Patrimoniais
Capital
para Venda Patrimonial(*) Acumulados Expansão
Estatutária
Legal
Investimentos
em Controladas
Capital Social (Valores em Milhares de Reais)
Em semestres findos em 30 de junho de 2013 e 2012
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido
NOTAs
EXPLICATIVAs
Apresentamos a seguir
as Notas Explicativas que
integram o conjunto das
Demonstrações Financeiras
do Banco do Estado do Rio
Grande do Sul S.A. (Banrisul),
com os valores expressos
em milhares de reais (exceto
quando indicado de outra
forma) e distribuídas como
segue:
45 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Notas Explicativas da Administração às
Demonstrações Financeiras Intermediárias
NOTA 01 Contexto Operacional
O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (“Banrisul ou Instituição”) é uma sociedade anônima
de capital aberto que atua sob a forma de banco múltiplo e opera nas carteiras comercial, crédito,
financiamento e investimento, crédito imobiliário, desenvolvimento, arrendamento mercantil e de
investimentos, inclusive nas de operações de câmbio, corretagem de títulos e valores mobiliários e
administração de cartões de crédito e consórcios. As operações são conduzidas por um conjunto
de Instituições que agem de forma integrada no mercado financeiro. O Banrisul atua, também,
como instrumento de execução da política econômico-financeira do Estado do Rio Grande do Sul,
em consonância com os planos e programas do Governo Estadual.
NOTA 02 Apresentação das Demonstrações Financeiras
(a)As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram elaboradas de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições financeiras, normas e instruções
do Banco Central do Brasil e da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, que incluem práticas e
estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões e determinação de certos valores
dos ativos integrantes de sua carteira de Títulos e Valores Mobiliários, Instrumentos Financeiros
Derivativos e Imposto Diferido. Dessa forma, quando da efetiva liquidação financeira desses ativos
e provisões, os resultados auferidos podem ser diferentes dos estimados.
(b)As demonstrações financeiras individuais do Banrisul incluem as operações realizadas no país,
bem como a consolidação de suas dependências no exterior (Miami e Grand Cayman). Os ativos,
os passivos e os resultados gerados pelas dependências no exterior, antes das eliminações de
consolidação, estão assim resumidos:
ATIVO
Operações de Crédito ........................................................................ Operações com Sede no Brasil................................................................ Outras Operações de Crédito.................................................................. Outros Ativos..................................................................................... Total do Ativo .................................................................................... PASSIVO
Depósitos .......................................................................................... Operações com Sede no Brasil ............................................................... Outros Depósitos . .................................................................................. Outras Obrigações..............................................................................
Outros Passivos ................................................................................. Patrimônio Líquido ............................................................................ Total do Passivo e do Patrimônio Líquido ........................................... DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Receitas da Intermediação Financeira..................................................... Despesas da Intermediação Financeira................................................... Outras Despesas, Líquidas....................................................................... Lucro Líquido do Período.................................................................... 46 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
2013
2012
524.469 435.250 89.219 83.774 608.243 416.791
344.447
72.344
35.503
452.294
66.857 23.744 43.113 377.000 649 163.737 608.243 67.952
27.707
40.245
240.231
903
143.208
452.294
01/01 a 30/06/2013
01/01 a
30/06/2012
11.294 (490)
(7.239)
3.565 5.941
(517)
(2.903)
2.521
Os efeitos da variação cambial sobre as operações nas dependências no exterior estão distribuídos
nas linhas da demonstração do resultado conforme a natureza das contas patrimoniais
correspondentes.
(c)As demonstrações financeiras consolidadas incluem as operações do Banrisul, das dependências
no exterior e das empresas controladas, cujos investimentos, em 30 de junho de 2013, totalizaram
R$409.372 (2012 - R$375.668), geraram um resultado positivo de equivalência patrimonial no
período de R$18.118 (2012 - R$19.412) e estão apresentados no quadro a seguir:
Principais informações sobre os Investimentos em Controladas:
Banrisul
Armazéns
Gerais S.A.
Banrisul S.A. Corretora de Val. Mob. e Câmbio
Banrisul S.A.
Administradora de Consórcios
Banrisul
Serviços
Ltda. Milhares de Ações/Quotas
Ações Ordinárias......................................................
696 10.000 89.500 - Ações Preferenciais..................................................
- 19.608 - - Quotas......................................................................
- - - 2.780 Participação no Capital Social Ajustada (%)..................... 99,498 98,957 99,683 99,785 Capital Social .................................................................. 29.100 70.000 144.000 77.640 Patrimônio Líquido.......................................................... 30.514 75.861 158.328 146.430 Lucro Líquido do Periodo.................................................
1.446 249 7.544 8.953 Valores Líquidos Eliminados na Consolidação (Nota 25): Saldos Ativos (Passivos)
30 de junho de 2013................................................
773 (63.759)
(146.992) (201.848)
30 de junho de 2012................................................
(68)
(66.224)
(139.482) (160.543)
Receitas (Despesas)
30 de junho de 2013................................................
(447)
(403)
(3.027)
(3.675)
30 de junho de 2012................................................
(712)
(1.236)
(4.218)
(4.335)
Valor Contábil do Investimento
30 de junho de 2013................................................ 30.361 75.070 157.826 146.115 30 de junho de 2012................................................ 28.547 74.746 146.687 125.688 Resultado de Participações em Controladas
30 de junho de 2013................................................
1.439 246 7.499 8.934 30 de junho de 2012................................................
2.078 1.022 6.724 9.588 Total
(411.826)
(366.317)
(7.552)
(10.501)
409.372
375.668
18.118
19.412
Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas foram eliminadas as participações
entre as empresas consolidadas, os saldos de balanço e resultado das transações, bem como
foram destacadas as parcelas do resultado do período e do patrimônio líquido referentes às
participações dos acionistas minoritários.
(d)As Operações de Arrendamento Mercantil Financeiro são apresentadas a valor presente
dos contratos no Balanço Patrimonial e as receitas e despesas relacionadas, que representam
o resultado financeiro dessas operações, estão apresentadas, de forma agrupada, na rubrica
Operações de Arrendamento Mercantil, na Demonstração do Resultado.
NOTA 03 Principais Práticas Contábeis
As principais práticas contábeis adotadas para elaboração das demonstrações financeiras foram:
(a) Apuração do Resultado
O resultado é apurado com base no regime de competência.
(b) Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
Representam os recursos aplicados no mercado interbancário. São apresentadas pelo valor
presente, calculadas pro rata dia com base na variação do indexador e na taxa de juros pactuadas.
(c) Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos
De acordo com a Circular n° 3.068/01 do Bacen e regulamentação complementar, são classificados
e avaliados em três categorias específicas, atendendo os critérios de contabilização:
i) Títulos para Negociação - Incluem os títulos e valores mobiliários adquiridos com o objetivo de
serem negociados frequentemente e de forma ativa, avaliados pelo valor de mercado, sendo os
ganhos e as perdas sobre esses títulos reconhecidos na demonstração do resultado.
47
ii) Títulos Disponíveis para Venda - Incluem os títulos e valores mobiliários utilizados como
parte da estratégia para a administração do risco de variação nas taxas de juros e podem ser
negociados como resultado dessas variações, por mudanças nas condições de pagamento ou
outros fatores. Esses títulos são ajustados pelo valor de mercado, sendo os seus rendimentos
auferidos reconhecidos no resultado. Os ganhos e as perdas, decorrentes das variações do valor
de mercado e ainda não realizados, são reconhecidos em conta específica do patrimônio líquido,
deduzidos dos correspondentes efeitos tributários, quando aplicável, denominada “Ajustes de
Avaliação Patrimonial” até a sua realização por venda.
Os ganhos e as perdas, quando realizados, serão reconhecidos na data da negociação na
demonstração do resultado, em contrapartida da mesma conta específica do patrimônio líquido,
deduzidos dos correspondentes efeitos tributários, quando aplicável.
iii) Títulos Mantidos até o Vencimento – Incluem os títulos e valores mobiliários para os quais a
Administração possui a intenção e a capacidade financeira de mantê-los até o vencimento, sendo
registrados ao custo de aquisição, desde que não hajam perdas de caráter permanente, atualizados
pro rata temporis em contrapartida ao resultado do período. A capacidade financeira é definida
em projeções de fluxo de caixa, desconsiderando a possibilidade de venda desses títulos.
iv) Instrumentos Financeiros Derivativos – São classificados, na data de sua aquisição, de acordo
com a intenção da Administração em utilizá-los como instrumento de proteção (hedge) ou não,
conforme a Circular n° 3.082/02 do Bacen. As operações que utilizam instrumentos financeiros
derivativos, efetuadas por solicitação de clientes, por conta própria, ou que não atendam aos
critérios de proteção (principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global
de risco), são contabilizadas pelo valor de mercado, com os ganhos e as perdas realizados e não
realizados, reconhecidos diretamente na demonstração do resultado.
Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de
derivativos é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo. O método
para reconhecer o ganho ou a perda resultante depende do fato do derivativo ser designado
ou não como um instrumento de hedge nos casos de adoção da contabilidade de hedge ou
hedge accounting. Sendo este o caso, o método depende da natureza do item que está sendo
protegido por hedge. O Banrisul adota a contabilidade de hedge ou hedge accounting e designa
os derivativos contratados para proteção da dívida subordinada (Nota 13) como hedge do valor
justo de ativos ou passivos reconhecidos ou de um compromisso firme (hedge de risco de
mercado).
O Banrisul documenta, no início da operação, a relação entre os instrumentos de hedge e os
itens protegidos por hedge, assim como os objetivos da gestão de risco e a estratégia para a
realização de várias operações de hedge. O Banrisul também documenta sua avaliação, tanto no
início do hedge como de forma contínua, de que os derivativos usados nas operações de hedge
são altamente eficazes na compensação de variações no valor justo ou nos fluxos de caixa dos
itens protegidos por hedge.
Os valores justos dos vários instrumentos derivativos usados para fins de hedge estão divulgados
na Nota 05. O valor justo total de um derivativo de hedge é classificado como Ativo ou Passivo
não Circulante, quando o vencimento remanescente do item protegido por hedge for superior
a 12 meses, e como Ativo ou Passivo Circulante, quando o vencimento remanescente do item
protegido por hedge for inferior a 12 meses.
Hedge de Risco de Mercado - São classificados nesta categoria os instrumentos financeiros
derivativos que se destinem a compensar riscos decorrentes da exposição à variação no valor de
mercado do item objeto de hedge.
O Banrisul considerou nesta categoria os derivativos contratados com objetivo de proteção da
variação de moeda estrangeira oriundo da emissão da dívida denominada em USD com nocional
de 775 milhões com vencimento em 02 de fevereiro de 2022, descrito na Nota 13. Na data de
30 de junho de 2013 os únicos derivativos em aberto referem-se aos swaps e termo de moeda
emitidos para proteção da dívida subordinada.
48 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
As variações no valor justo de derivativos designados e qualificados como hedge de risco de
mercado são registradas na demonstração do resultado, com quaisquer variações no valor justo
do ativo ou passivo protegido por hedge que são atribuíveis ao risco protegido. O ganho ou perda
relacionado com essa operação é reconhecido na demonstração do resultado como “Resultado
Bruto da Intermediação Financeira”.
(d) Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Outros Créditos
Todas as operações de crédito e arrendamento mercantil têm os seus riscos classificados de
acordo com julgamento da Administração, levando em consideração a conjuntura econômica,
a experiência passada e os riscos específicos em relação às operações, aos devedores e aos
garantidores, observando os parâmetros estabelecidos pela Resolução n° 2.682/99, do Conselho
Monetário Nacional - CMN, que requer a análise periódica da carteira e sua classificação em nove
níveis de risco, de AA até H. A tabela com o resumo dessa classificação está apresentada na Nota 07.
As operações de crédito e arrendamento mercantil são registradas a valor presente, calculadas
pro rata dia com base no indexador e na taxa de juros pactuados, sendo atualizadas até o
sexagésimo dia de atraso. Após esse prazo, o reconhecimento de receita ao resultado ocorre
quando efetivamente recebidas as operações.
Os riscos das operações ativas renegociadas são definidos conforme critério da Resolução
n° 2.682/99, do Conselho Monetário Nacional - CMN, ou seja, permanecem no rating que se
encontravam antes da renegociação e as renegociações de operações de crédito que foram
anteriormente baixadas contra a provisão, que estavam em contas de compensação, são
classificadas como nível H. Os eventuais ganhos provenientes da renegociação somente serão
reconhecidos como receita quando efetivamente recebidos.
(e) Outros Créditos – Operações com Cartão de Crédito
Os valores a faturar estão representados por valores a receber dos usuários de cartão de crédito
pela utilização em estabelecimentos conveniados às bandeiras Visa e MasterCard. Estes valores
são contabilizados em Títulos e Créditos a Receber, sem característica de crédito, sendo que
as operações parceladas onde o Banrisul é o emissor e o saldo devedor das operações cujos
pagamentos foram efetuados pelo valor mínimo da fatura (Rotativo), são reclassificados para
Operações de Crédito.
(f) Provisão para Perdas em Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Outros Créditos
Constituída em montante considerado suficiente para cobertura de eventuais perdas, suportadas
na classificação de risco do cliente, em função da análise periódica da qualidade do cliente e
não apenas com base nos percentuais mínimos de provisionamento requeridos pela Resolução
n° 2.682/99, do Conselho Monetário Nacional - CMN, quando da ocorrência de inadimplência.
Em 30 de junho de 2013, o valor total da provisão para perdas em operações de crédito,
arrendamento mercantil e outros créditos, conforme demonstrado na Nota 07, é superior ao
valor mínimo que seria exigido considerando tão somente o rating das operações e o número
de dias em atraso previstos na Resolução n° 2.682/99, do Conselho Monetário Nacional - CMN,
procedimento este adotado pela Administração desde a edição da referida norma para fazer
face a possíveis eventos não capturados pelo modelo de rating de clientes.
(g) Ativo Permanente
Demonstrado ao custo de aquisição, considerando os seguintes aspectos:
· Avaliação dos investimentos em controladas e coligadas pelo método da equivalência patrimonial,
tomando por base as demonstrações financeiras levantadas, observando as mesmas práticas
contábeis do controlador, ou seja, práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições
autorizadas a operar pelo Banco Central do Brasil. Os outros investimentos são registrados pelos
seus valores de custo e, quando aplicável, são ajustados por provisões para perdas;
49
· Ágio - corresponde ao valor excedente pago na aquisição de investimentos decorrente da
expectativa de rentabilidade futura. Não possui prazo de vida útil definida e são submetidos
anualmente ao teste de redução ao valor recuperável de ativos;
· Depreciação do imobilizado de uso pelo método linear de acordo com a vida útil econômica
estimada dos bens, considerando as taxas mínimas anuais divulgadas na Nota 09; e
· Os Ativos Intangíveis são compostos basicamente por aplicações de recursos cujos benefícios
decorrentes ocorrerão em exercícios futuros. Esse grupo está representado por contratos de
prestação de serviços bancários e aquisição de software. A amortização é calculada pelo método
linear às taxas divulgadas na Nota 09.
A Instituição revisa anualmente se há alguma indicação de perdas no valor recuperável dos
ativos. Eventuais perdas, quando identificadas, são reconhecidas no resultado do período.
Durante o período findo em 30 de junho de 2013, a Instituição não verificou a existência de
indicadores de que determinados ativos permanentes poderiam estar acima do valor recuperável
e, consequentemente, não foi reconhecida nenhuma provisão para perda do valor recuperável
destes ativos.
(h) Ativos e Passivos Denominados em Moeda Estrangeira
Os saldos ativos e passivos das dependências no exterior, assim como os demais ativos e passivos
em moeda estrangeira, decorrentes de operações realizadas pelo Banrisul e suas controladas, foram
convertidos pela taxa de câmbio vigente na data do fechamento das demonstrações financeiras.
(i) Depósitos, Captações no Mercado Aberto, Obrigações por Empréstimos e Repasses e Fundo
Financeiro e de Desenvolvimento
São demonstrados pelos valores das exigibilidades considerando os encargos exigíveis até a data
das demonstrações financeiras, reconhecidos em base pro rata dia.
Conforme determinado pela Lei n° 12.069/04 e Lei n° 12.585/06 do Governo do Estado do
Rio Grande do Sul, até 85% do saldo dos valores depositados judicialmente no Banrisul por
terceiros, quando solicitado, deverá ser disponibilizado ao Estado do Rio Grande do Sul e o
saldo remanescente é mantido no Banrisul para constituição de fundo. Os valores repassados
ao Estado são controlados em conta de compensação e a parcela retida é registrada na rubrica
Outras Obrigações, conforme descrito na Nota 21 (a). As despesas com encargos sobre o saldo
remanescente são registradas na rubrica de Despesas de Empréstimos, Cessões e Repasses.
(j) Ativos e Passivos Contingentes e Obrigações Legais, Fiscais e Previdenciárias
O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes, e
das obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos na Resolução
n° 3.823/09 e Pronunciamento Técnico CPC 25, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC), sendo provisionados com base na opinião de assessores legais, através da utilização de
modelos e critérios que permitam a sua mensuração da forma mais adequada possível, apesar da
incerteza inerente ao seu prazo e valor de desfecho de causa. A seguir o critério utilizado segundo
a natureza da contingência:
i) Contingências Ativas - Não são reconhecidas nas demonstrações financeiras, exceto quando
da existência de evidências que propiciem a garantia de sua realização sobre as quais não cabem
mais recursos.
ii) Contingências Passivas - São reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, com base
na opinião de assessores jurídicos e da Administração, for considerado provável o risco de perda
de uma ação judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das
obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança, sendo:
Provisões para Riscos Trabalhistas - Constituídas para as ações trabalhistas ajuizadas contra
o Banrisul, quando da notificação judicial e cujo risco de perda é considerado provável. O
valor é apurado de acordo com a estimativa de desembolso feita pela Administração, revisada
tempestivamente com base em subsídios recebidos dos assessores legais, sendo ajustadas ao
50 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
valor do depósito de execução quando estes são exigidos.
Provisões para Riscos Cíveis - Constituídas, quando da notificação judicial, e ajustadas
mensalmente, pelo valor indenizatório pretendido, nas provas apresentadas e na avaliação de
assessores legais que considera jurisprudência, subsídios fáticos levantados, provas produzidas
nos autos e as decisões judiciais que vierem a ser proferidas na ação, quanto ao grau de risco de
perda da ação judicial.
Provisões para Riscos Fiscais e Previdenciários - Referem-se, basicamente, a exigíveis relativos a
tributos cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação administrativa ou judicial,
cuja probabilidade de perda é considerada provável, e estão constituídas pelo valor integral em
discussão. Para causas que possuem os respectivos depósitos em garantia, os valores envolvidos
não se encontram atualizados, exceto quando da expedição do alvará de levantamento, em
função da ação julgada favorável.
Os passivos contingentes avaliados como de perdas possíveis são divulgados, e aqueles
não mensuráveis com suficiente segurança ou avaliados como de perdas remotas não são
provisionados e/ou divulgados.
iii) Obrigações Legais, Fiscais e Previdenciárias - São registradas como exigíveis independentemente
da avaliação quanto a probabilidade de perda.
(l) Outros Ativos e Passivos Circulantes e a Longo Prazo
São demonstrados pelos valores de realização e/ou exigibilidade, incluindo os rendimentos e
encargos incorridos até a data do balanço, calculados pro rata dia e, quando aplicável, o efeito dos
ajustes para reduzir o custo de ativos ao seu valor de mercado ou de realização. Os saldos realizáveis
e exigíveis em até doze meses são classificados no ativo e passivo circulante, respectivamente.
(m) Imposto de Renda e Contribuição Social
São computados pela aplicação das alíquotas vigentes de 15% para Contribuição Social (9% para
empresas não financeiras) e de 15% (mais adicional de 10% conforme a legislação) para Imposto
de Renda sobre o lucro tributável apurado no período, ajustado por diferenças permanentes.
O imposto de renda e a contribuição social diferidos foram calculados com base nas alíquotas
vigentes na data das demonstrações financeiras, sobre as diferenças temporárias, e registrados
na rubrica Outros Créditos, em contrapartida do Resultado do Período. A realização destes
créditos tributários ocorrerá quando da realização das diferenças temporárias e respectivas
provisões constituídas.
(n) Benefício Pós-Emprego
O Banrisul é patrocinador da FBSS - Fundação Banrisul de Seguridade Social e da Cabergs – Caixa
de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul que, respectivamente,
asseguram a complementação dos benefícios de aposentadoria e assistência médica a seus
funcionários (Nota 23). O reconhecimento contábil no Banrisul segue a regulamentação prevista
na Deliberação CVM n° 695/12.
O plano de aposentadoria na modalidade benefício definido tem o custo da concessão dos
benefícios determinados pelo Método da Unidade de Crédito Projetada, líquido dos ativos
garantidores do plano.
A avaliação atuarial é elaborada com base em premissas e projeções de taxas de juros, inflação,
aumentos dos benefícios, expectativa de vida, o efeito de qualquer limite sobre a parcela do
empregador no custo dos benefícios futuros, contribuições de empregados ou de terceiros
que reduzam o custo final desses benefícios para a entidade, etc. A avaliação atuarial e suas
premissas e projeções são atualizadas em bases anuais, ao final de cada exercício.
O custeio dos benefícios concedidos pelos planos de benefícios definidos é estabelecido
separadamente para cada plano, utilizando o método do crédito unitário projetado. Os custos
de serviços passados são reconhecidos como despesa, de forma linear, ao longo do período
médio até que o direito aos benefícios seja adquirido. Se o direito aos benefícios já tiver sido
adquirido, custos de serviços passados são reconhecidos imediatamente após a introdução ou
mudanças de um plano de aposentadoria.
51
O ativo ou passivo do plano de benefício reconhecido nas demonstrações financeiras corresponde
ao valor presente da obrigação pelo benefício definido (utilizando uma taxa de desconto com
base em títulos de longo prazo do Governo Federal), menos custos de serviços passados e ganhos
e perdas atuariais ainda não reconhecidos e menos o valor justo dos ativos do plano que serão
usados para liquidar as obrigações.
Os ativos do plano são ativos mantidos por uma Entidade Fechada de Previdência Complementar
e de Plano de Saúde - Cabergs. Os ativos do plano não estão disponíveis aos credores do Banrisul
e não podem ser pagos diretamente ao Banrisul. O valor justo se baseia em informações sobre
preço de mercado e, no caso de títulos cotados, nas cotações existentes no mercado. O valor de
qualquer ativo de benefício definido reconhecido é limitado à soma de qualquer custo de serviço
passado ainda não reconhecido e ao valor presente de qualquer benefício econômico disponível
na forma de reduções nas contribuições patronais futuras ao plano.
Reapresentação de Saldos Comparativos
As demonstrações financeiras consolidadas de 31 de dezembro e 1° de janeiro de 2012,
apresentadas para fins de comparação, foram ajustadas e estão sendo reapresentadas em razão
da mudança do critério de contabilização dos benefícios a funcionários, nos termos descritos
pelo IAS 19 (R) - Benefícios a Empregados. Até 31 de dezembro de 2012, o reconhecimento
dos ganhos e perdas atuariais seguia o “método do corredor” conforme parágrafo 92 do IAS
19. A partir de 2013 foi aplicada a norma revisada da IAS 19 aprovada pelo CPC (Comitê de
Pronunciamentos Contábeis) e pela Deliberação CVM n° 695/12 onde os eventuais ganhos/
perdas atuariais passaram a ser reconhecidos, respectivamente, como ativos ou passivos nas
demonstrações contábeis tendo como contrapartida o Patrimônio Líquido.
Os efeitos dessa reapresentação são demonstrados a seguir:
Banrisul Consolidado
Ativo
31 de Dezembro de 2012 Original Ajuste Reapresentado 1º de Janeiro de 2012
Original Ajuste Reapresentado 30 de Junho de 2012
Original Ajuste Reapresentado
Circulante ............................... 25.997.263 - 25.997.263 19.229.621 - 19.229.621 21.804.715 - Não Circulante (b) . ................. 20.311.103 173.042 20.484.145 18.076.949 38.442 18.115.391 20.639.172 38.442 Permanente ............................
262.408 - 262.408 279.005 - 279.005 280.017 - Total do Ativo ....................... 46.570.774 173.042 46.743.816 37.585.575 38.442 37.624.017 42.723.904 38.442 Passivo e Patrimônio Líquido Circulante ............................... 27.046.550 - 27.046.550 23.887.151 - 23.887.151 26.207.222 - Não Circulante (a) . ................. 14.628.317 432.605 15.060.922 9.297.299 96.106 9.393.405 11.862.800 96.106 Patrimônio Líquido dos
Acionistas Minoritários ........
1.696 - 1.696 1.614 - 1.614 1.669 - Patrimônio Líquido (c) ............ 4.894.211 (259.563)
4.634.648 4.399.511 (57.664) 4.341.847 4.652.213 (57.664)
Total do Passivo e do
Patrimônio Líquido............. 46.570.774 173.042 46.743.816 37.585.575 38.442 37.624.017 42.723.904 38.442 21.804.715
20.677.614
280.017
42.762.346
26.207.222
11.958.906
1.669
4.594.549
42.762.346
(a) Os ajustes registrados no Passivo Não Circulante referem-se ao reconhecimento de perdas atuariais decorrentes da adoção da nova
prática contábil conforme a Deliberação CVM n° 695/12 (Notas 13 e 23).
(b) Os ajustes registrados no Ativo Não Circulante referem-se a Crédito Tributário gerado pelo reconhecimento das perdas atuariais
(Nota 08).
(c) Os ajustes registrados no Patrimônio Líquido referem-se ao efeito líquido do Crédito Tributário no reconhecimento das perdas
atuariais.
(o) Caixa e Equivalentes de Caixa
Para fins de demonstrações dos fluxos de caixa (conforme disposto na Resolução – CMN
n°3.604/08), caixa e equivalentes de caixa correspondem aos saldos de disponibilidades e
aplicações interfinanceiras de liquidez imediatamente conversíveis, ou com prazo de vencimento
original igual ou inferior a 90 dias e apresentem risco insignificante de mudança em seu valor justo.
(p) Lucro por Ação
A Instituição efetua os cálculos do lucro por Lote de mil ações, utilizando o número médio
ponderado de ações ordinárias e preferenciais totais em circulação, durante o período
correspondente ao resultado.
A divulgação do lucro por ação é efetuada de acordo com os critérios definidos na Deliberação
CVM n° 636/10.
52 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
NOTA 04 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
Aplicações no Mercado Aberto ................................................... Revendas a Liquidar - Posição Bancada
Letras Financeiras do Tesouro - LFT ...................................... Letras do Tesouro Nacional - LTN ..........................................
Notas do Tesouro Nacional - NTN ......................................... Certificados Depósito Bancário..............................................
Outros ................................................................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros.................................... Aplicações em Depósitos Interfinanceiros (*)............................. Total............................................................................................ 2013
Banrisul
2012
Banrisul Consolidado
2013
2012
2.115.262 4.252.841 2.133.422 4.272.191
80.007 2.035.255 -
-
-
93.699 93.699 2.208.961 1.639.556 552.225 2.061.060 -
-
142.156 142.156 4.394.997 80.007 2.035.255 -
-
18.160 93.699 93.699 2.227.121 1.639.556
552.225
2.061.060
1.329
18.021
142.156
142.156
4.414.347
(*) Em 30 de junho de 2013, do montante de R$93.699 (2012 – R$142.156) de Aplicações em Depósitos Interfinanceiros, R$63.428
possui o prazo de vencimento superior a noventa dias da data da aplicação, e não foram considerados como caixa e equivalentes de
caixa na Demonstração do Fluxo de Caixa.
NOTA 05 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos
A carteira de Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos tem a seguinte
composição:
2013
Banrisul
2012
Banrisul Consolidado
2013
2012
Títulos para Negociação .................................................................. Títulos Disponíveis para Venda......................................................... Títulos Mantidos até o Vencimento................................................. Instrumentos Financeiros Derivativos.............................................. Total............................................................................................ 3.903.936 1.498.613 13.049.331 289.957 18.741.837 2.217.905 1.044.934 6.584.228 412.407 10.259.474 3.903.936 1.508.502 13.059.323 289.957 18.761.718 2.222.077
1.051.888
6.590.123
412.407
10.276.495
Ativo Circulante........................................................................... Ativo Realizável a Longo Prazo..................................................... 7.507.272 11.234.565 2.374.038 7.885.436 7.517.161 11.244.557 2.385.164
7.891.331
O valor de mercado, apresentado nos quadros a seguir, foi apurado da seguinte forma: Títulos
Públicos Federais que possuem negociações ativas são apurados com base nos preços divulgados
pela Anbima; Ações de Companhias Abertas é utilizado o preço médio da última negociação
do dia; Cotas de Fundo de Investimento são atualizadas, diariamente, pelo respectivo valor
da cota divulgado pelo Administrador; e para os títulos que não possuem preços divulgados
(principalmente CVS) o Banrisul adota técnica interna de precificação como parâmetro para
cálculo do valor de mercado.
(a) Títulos para Negociação
Composição da Carteira de Títulos para Negociação por tipo de papel e pelo valor de mercado:
Letras Financeiras do Tesouro - LFT.................................................. Cessão Fiduciária - LFT.....................................................................
Ações de Cias. Abertas..................................................................... Total ........................................................................................... 2013
Banrisul
2012
3.755.585 148.351 -
3.903.936 2.217.905 -
-
2.217.905 Composição por Prazo de Vencimento:
Vencimentos
Custo de
Aquisição
Atualizado
Banrisul
Valor de
Mercado
Até 3 meses......................................................................................
De 1 a 3 anos....................................................................................
De 3 a 5 anos.................................................................................... De 5 a 15 anos..................................................................................
Total em 2013.............................................................................. Total em 2012.............................................................................. 763.637 369.123 1.240.824 1.524.750 3.898.334 2.211.521 763.677 369.350 1.243.756 1.527.153 3.903.936 2.217.905 Banrisul Consolidado
2013
2012
3.755.585 148.351 -
3.903.936 2.217.905
4.172
2.222.077
Banrisul Consolidado
Custo de Aquisição
Valor de
Atualizado
Mercado
763.637 369.123 1.240.824 1.524.750 3.898.334 2.214.733 763.677
369.350
1.243.756
1.527.153
3.903.936
2.222.077
De acordo com os normativos do Banco Central do Brasil, esses títulos foram classificados no
Ativo Circulante e avaliados pelo seu valor de mercado.
(b) Títulos Disponíveis para Venda
Composição da Carteira de Títulos Disponíveis para Venda por tipo de papel e pelo valor de mercado:
53
2013
Banrisul
2012
Banrisul Consolidado
2013
2012
Letras Financeiras do Tesouro - LFT................................................... 1.477.981 927.443 1.477.981 927.443
Ações de Cias. Abertas ..................................................................... 12.328 10.223 13.346 10.223
Certificados de Privatização . ............................................................ -
-
7
6
Cotas de Fundo de Renda Fixa . ........................................................ 8.304 12.543 15.286 19.491
Cotas de Fundo Imobiliário...............................................................
-
-
1.882 Cotas de FIDC (*)...............................................................................
-
94.725 -
94.725
Total ............................................................................................ 1.498.613 1.044.934 1.508.502 1.051.888
(*) Referem-se a 100% das cotas sênior do Fundo Matone de Investimento em Direitos Creditórios – Empréstimos Consignados
administrado pelo BTG Pactual Serviços Financeiros S.A., cuja carteira de créditos era custodiada no Deutsche Bank S.A.
Composição por Prazo de Vencimento:
Vencimentos
Sem Vencimento.............................................................................. Até 3 meses......................................................................................
De 1 a 3 anos ................................................................................... De 3 a 5 anos ...................................................................................
Total em 2013.............................................................................. Total em 2012.............................................................................. Custo de
Aquisição
Atualizado
Banrisul
Valor de
Mercado
30.171 870.033 95.394 511.262 1.506.860 1.055.715 20.632 870.078 95.466 512.437 1.498.613 1.044.934 Banrisul Consolidado
Custo de Aquisição
Valor de
Atualizado
Mercado
40.416 870.033 95.394 511.262 1.517.105 1.062.669 30.521
870.078
95.466
512.437
1.508.502
1.051.888
Os efeitos decorrentes do ajuste a valor de mercado em 30 de junho de 2013, no montante de
R$8.247 (2012 – R$10.781), foram levados à conta específica do Patrimônio Líquido, deduzidos
dos efeitos tributários de R$3.297 (2012 – R$4.312), além de R$356, líquido dos efeitos tributários
de R$144, referente a ajuste de marcação à mercado de títulos de empresas controladas,
lançados na rubrica Outros Créditos.
(c) Títulos Mantidos até o Vencimento
A composição da Carteira de Títulos Mantidos até o Vencimento por tipo de papel, demonstrada
pelo seu valor de custo acrescido dos rendimentos, é a seguinte:
Títulos Públicos Federais
Letras Financeiras do Tesouro - LFT...............................................
Títulos Públicos Federais - CVS .....................................................
Letras Hipotecárias - LH ....................................................................
Certificados Recebíveis Imobiliários - CRI . .......................................
Debêntures........................................................................................
Letras Financeiras .............................................................................
Outros . .............................................................................................
Total em 2013...............................................................................
Total em 2012...............................................................................
Custo de
Aquisição
Atualizado
Banrisul
Valor de
Mercado
12.691.935 143.139 12.509 3.521 20.765 177.456 6
13.049.331 6.584.228 12.712.335 113.012 12.509 3.521 20.765 177.456 6
13.039.604 6.570.751 2013
Banrisul
2012
Composição por Prazo de Vencimento:
Vencimentos
Até 3 meses..................................................................................... De 3 a 12 meses ............................................................................. De 1 a 3 anos .................................................................................. De 3 a 5 anos .................................................................................. De 5 a 15 anos ................................................................................ Acima de 15 anos............................................................................ Total........................................................................................... Ativo Circulante ......................................................................... Ativo Realizável a Longo Prazo .................................................. 2.152.177 487.290 1.884.718 3.922.114 4.601.818 1.214 13.049.331 2.639.467 10.409.864 6
-
3.637.270 317.893 2.629.059 -
6.584.228 6
6.584.222 Banrisul Consolidado
Custo de Aquisição
Valor de
Atualizado
Mercado
12.701.927 143.139 12.509 3.521 20.765 177.456 6
13.059.323 6.590.123 12.722.327
113.012
12.509
3.521
20.765
177.456
6
13.049.596
6.576.646
Banrisul Consolidado
2013
2012
2.152.177 487.290 1.884.718 3.932.106 4.601.818 1.214 13.059.323 2.639.467 10.419.856 6
3.637.270
323.788
2.629.059
6.590.123
6
6.590.117
A Administração declara que possui capacidade financeira de manter estes títulos até o
vencimento.
(d) Instrumentos Financeiros Derivativos
O Banrisul participa de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos na modalidade
swap e termo de moeda, registrados em contas patrimoniais e de compensação, que se destinam
a atender necessidades próprias para administrar sua exposição global.
A utilização dos instrumentos financeiros derivativos tem por objetivo, predominantemente, de
mitigar os riscos decorrentes das oscilações cambiais da operação de captação externa efetuada
pelo Banrisul, citada na Nota 13, que resultam na conversão destas taxas para a variação da taxa CDI.
54 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Com esse objetivo, as operações com instrumentos derivativos na modalidade swap são de
longo prazo, acompanhando o fluxo e vencimento da captação externa, enquanto as operações
de termo de moeda são de curto prazo, vencendo à medida em que frações da captação externa
são protegidas por hedge natural.
As operações baseiam-se em contratos de balcão registrados na CETIP S/A - Mercados Organizados
e possuem como contrapartes instituições financeiras classificadas como de primeira linha.
O quadro a seguir demonstra a efetividade da estrutura de hedge accounting (hedge contábil)
desenvolvida pelo Banco, demonstrando o valor de curva, de mercado e ajuste a mercado do
objeto (dívida subordinada) e do instrumento de hedge (swaps):
Derivativos Usados como
“Hedge” de Valor Justo
Valor Referencial
dos Contratos Instrumento de “Hedge”
Contratos de “Swap” ................................................. Moeda Estrangeira – Dólar......................................... Objeto de “Hedge”
Dívida Subordinada (Nota 13).................................... Moeda Estrangeira – Dólar......................................... Valor de Curva
Banrisul e Banrisul Consolidado
2013
2012
Valor
Ajuste a Valor
de Mercado
Mercado de Mercado
873.025 873.025 216.009 216.009 231.967 231.967 (869.000)
(869.000)
(1.125.315)
(1.125.315)
(1.156.735)
(1.156.735)
15.958 15.958 412.407
412.407
(31.420) (1.324.152)
(31.420) (1.324.152)
O quadro a seguir apresenta a composição dos instrumentos financeiros derivativos (ativos e
passivos), demonstrado pelo seu valor de curva e valor de mercado:
Banrisul e Banrisul Consolidado
Swaps
Valor de
Valor de Curva
Ajustes ao Valor de
Valor
Referência a Receber/a Pagar(*) Mercado no Resultado(*) de Mercado(*)
Ativo
Moeda Estrangeira (USD) + 7,375% a.a.......................
1.434.120 251.945 12.910 Passivo
% do CDI......................................................................
(1.434.120)
(35.936)
(7.059)
Ajuste Líquido Swaps............................................... 216.009 5.851 Non Deliverable Forward - NDFs
Ativo
Moeda Estrangeira (USD VC + Pré) .............................
1.228.663 29.844 13.727 Passivo
Moeda Estrangeira (USD VC + Pré) .............................
(1.228.663)
(8.794)
(3.661)
Ajuste Líquido Non Deliverable Forward - NDFs....... 21.050 10.066 Ajuste Líquido Total em 2013................................... 237.059 15.917 Ajuste Líquido Total em 2012................................... 153.035 259.372 264.855
(42.995)
221.860
43.571
(12.455)
31.116
252.976
412.407
(*) Valores demonstrados líquido do valor de referência.
O quadro a seguir apresenta as informações dos instrumentos financeiros derivativos segregados
por prazo de vencimento dos ajustes.
Swaps
Valor de
Referência
Valor de Até em 2013 Mercado(*) 3 Meses
Ativo
Moeda Estrangeira (USD) + 7,375% a.a......................
1.434.120 Passivo
% do CDI..................................................................... (1.434.120)
Ajustes Líquido de Swaps....................................... Non Deliverable Forward - NDFs
Ativo
Moeda Estrangeira (USD VC + Pré) ............................
1.228.863 Passivo
Moeda Estrangeira (USD VC + Pré) ............................ (1.228.863)
Ajustes Líquido de Non Deliverable Forward - NDFs
Ajustes Líquido Total em 2013................................ Ajustes Líquido Total em 2012................................ 264.855 6.368 De
3 a 12
Meses
Banrisul e Banrisul Consolidado
De
De
De
1 a 3
3 a 5
5 a 15
Anos
Anos
Anos
9.664 36.431 31.471 180.921
(42.995) (1.734) (2.543)
221.860 4.634 7.121 (9.594)
26.837 (7.849) (21.275)
23.622 159.646
43.571 43.571 -
-
(12.455) (12.455)
-
31.116 31.116 -
252.976 35.750 7.121 412.407 10.643 10.603 -
-
26.837 41.299 -
-
-
-
23.622 159.646
38.509 311.353
(*) Valores demonstrados líquido do valor de referência.
O Banrisul ou as Contrapartes estão sujeitas à prestação e eventuais suplementações de garantias
reais reciprocamente, caso os instrumentos financeiros derivativos superem os limites de valor
de mercado estipulados contratualmente.
A margem recebida em garantia das operações com instrumentos financeiros derivativos pelo
Banrisul é composta por títulos públicos federais, no montante de R$274.924 e a margem
depositada em garantia das operações com instrumentos financeiros derivativos pelo Banrisul é
composta por Depósitos Interfinanceiros, no valor de R$40.116.
O Banco utiliza-se da estrutura de hedge accounting (hedge contábil) previstas nas normas do
Banco Central do Brasil e a efetividade esperada desde a designação dos instrumentos de proteção
e no decorrer da operação está em conformidade com o estabelecido pelo Banco Central do Brasil.
55
NOTA 06 Créditos Vinculados
Descrição
Banrisul e Banrisul Consolidado
2013
2012
Forma de Remuneração
Depósitos Compulsórios - Bacen ......................................................................................... 3.456.241 Depósitos à Vista e Outros Recursos.................... Sem Remuneração.................................. 685.881 Exigibilidade Adicional.......................................... SELIC....................................................... 669.411 Depósitos de Poupança........................................ Poupança ............................................... 1.245.873 Outros Depósitos.................................................. Sem Remuneração.................................. -
Recursos a Prazo................................................... SELIC....................................................... 855.076 Créditos Vinculados ao SFH ................................................................................................. 706.082 Carteira Adquirida ............................................... Taxa Pré-fixada 14,07% a.a..................... 472.563 Carteira Adquirida................................................ Taxa Referencial + Juros (*).................... 231.493 Carteira Própria.................................................... Taxa Referencial + Juros (*).................... 2.026 Correspondentes............................................... Sem Remuneração............................... 33.840 Convênios.........................................................SELIC.................................................... 45 Total.................................................................................................................................... 4.196.208 Ativo Circulante .................................................................................................................. 3.490.126 Ativo Realizável a Longo Prazo ............................................................................................ 706.082 3.007.219
533.077
678.748
1.070.021
48.905
676.468
653.632
448.519
203.153
1.960
34.386
1.630
3.696.867
3.043.235
653.632
(*) Refere-se a créditos junto ao FCVS atualizados de acordo com a remuneração dos recursos originários sendo TR + 6,17% para
créditos oriundos de recursos próprios e TR + 3,12% para créditos oriundos de recursos do FGTS.
Créditos Vinculados ao SFH - Carteira Adquirida - De outubro de 2002 a março de 2005, o Banrisul
adquiriu do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com cláusula de garantia de realização
financeira para eventuais contratos não performados, quando da conversão em CVS, créditos do
Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS). Em 30 de junho de 2013, os créditos estão
avaliados pelo valor de custo e acrescidos dos rendimentos incorridos até a data das demonstrações
financeiras, no valor de R$704.056 (2012 - R$651.672). O seu valor de face é de R$858.264
(2012 - R$824.050). Esses créditos serão convertidos em títulos CVS conforme processos de
homologação e novação, cujo processo encontra-se fora do prazo inicialmente previsto pela
Administração, sendo os montantes já vencidos apresentados separadamente e atualizados
por variação de TR mais juros. Apesar de não existir definição de prazo, os valores de mercado,
quando da emissão dos títulos, poderão ser significativamente diferentes dos valores contábeis.
Créditos Vinculados ao SFH - Carteira Própria - Referem-se a créditos junto ao FCVS originários de
créditos imobiliários, com recursos da carteira própria, já homologados pelo órgão gestor do FCVS.
NOTA 07 Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Outros Créditos
com Característica de Crédito
As tabelas a seguir, compreendem os saldos de operações de crédito e da carteira de câmbio, e
de arrendamento mercantil.
(a) Composição por Tipo de Operação e Níveis de Risco:
Empréstimos e Títulos Descontados.......................................
Financiamentos...........................................................................
Financiamentos Rurais e Agroindustriais ..............................
Financiamentos Imobiliários . ..................................................
Créditos Vinculados a Cessão (1).............................................
Financiamentos de Infraestrutura e Desenvolvimento......
Total de Operações de Crédito ........................................... Operações de Arrendamento Mercantil ...............................
Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio (2) ................
Outros Créditos - Câmbio (3)....................................................
Créditos Vinculados a Operações Adquiridas em Cessão..
Total em 2013....................................................................... Total em 2012....................................................................... AA
A
998.863 8.034.462 280.209 297.979 768.587 304.578 1.247.374 520.843 62.385 25.229 -
83.280 3.357.418 9.266.371 3.745 11.101 1.358 108.690 179 -
-
603.088 3.362.700 9.989.250 3.494.858 11.104.655 B
2.414.507 318.104 301.857 250.118 3.846 -
3.288.432 23.825 221.548 -
-
3.533.805 4.075.021 C
D
E
F
G
2.818.439 1.808.959 415.965 337.119 80.243 1.028.062 82.365 9.374 4.281 347 253.135 62.475 11.010 21.790 4.387 160.415 142.281 26.687 3.163 2.802 2.575 1.588 196 -
-
-
-
-
-
-
4.262.626 2.097.668 463.232 366.353 87.779 23.027 8.209 1.269 1.618 367 276.721 59.301 15.829 7.469 -
-
10.768 -
5.385 -
-
22.517 -
-
-
4.562.374 2.198.463 480.330 380.825 88.146 1.740.554 606.796 517.412 632.035 130.089 Banrisul e Banrisul Consolidado
H
2013
2012
486.982 17.395.539 16.204.483
4.753 2.025.474 1.580.044
31.503 1.759.322 1.953.850
24.888 2.378.571 2.011.588
123 95.942 -
83.280 83.635
548.249 23.738.128 21.833.600
2.301 75.462 81.343
27.040 717.956 631.374
8.939 25.271 15.199
- 625.605 297.353
586.529 25.182.422 557.449 22.858.869
(1) Créditos Vinculados a Cessão - Referem-se ao contrato de cessão de créditos com coobrigação onde o Banco cedeu a CIBRASEC operações
de crédito imobiliário.
(2) A conta Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio está classificada como redutora de “Outras Obrigações - Carteira de Câmbio” (Nota 13).
(3) Outros Créditos - Câmbio - Compreendem créditos referentes a Rendas a Receber sobre contratos de câmbio e créditos decorrentes de
contratos de exportação.
(b) Composição dos Clientes por Faixa de Vencimento e Níveis de Risco:
Parcelas Vincendas (*) ................................
Até 180 dias .................................................... 181 a 360 dias................................................ Acima de 360 dias .......................................... Parcelas Vencidas ........................................
Até 180 dias .................................................... 181 a 360 dias ............................................... Acima de 360 dias .......................................... Total em 2013...............................................
Total em 2012...............................................
AA
A
3.361.169 9.950.899 870.900 2.615.907 434.354 1.544.676 2.055.915 5.790.316 1.531 38.351 1.531 38.351 -
-
-
-
3.362.700 9.989.250 3.494.858 11.104.655 B
3.505.124 1.541.303 670.134 1.293.687 28.681 28.681 -
-
3.533.805 4.075.021 C
D
4.504.509 2.103.595 1.798.293 658.693 887.124 344.728 1.819.092 1.100.174 57.865 94.868 57.865 94.868 -
-
-
-
4.562.374 2.198.463 1.740.554 606.796 (*) Parcelas vencidas até 14 dias estão incluídas nas parcelas vincendas.
56 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
E
443.674 117.656 67.613 258.405 36.656 36.656 -
-
480.330 517.412 F
325.847 62.944 42.160 220.743 54.978 53.160 1.818 -
380.825 632.035 G
57.985 13.724 8.964 35.297 30.161 28.259 1.902 -
88.146 130.089 Banrisul e Banrisul Consolidado
H
2013
2012
367.466 24.620.268 22.476.463
103.055 7.782.475 7.661.318
53.375 4.053.128 3.426.656
211.036 12.784.665 11.388.489
219.063 562.154 382.406
123.267 462.638 315.178
82.951 86.671 55.546
12.845 12.845 11.682
586.529 25.182.422 557.449 22.858.869
(c) Composição da Carteira por Setor de Atividade:
Setor Público Municipal
Governo - Administração Direta e Indireta . ....................................................................... Atividade Empresarial - Outros Serviços............................................................................. Total Setor Público........................................................................................................ Setor Privado
Rural ................................................................................................................................... Indústria.............................................................................................................................. Comércio ............................................................................................................................ Serviços e Outros . .............................................................................................................. Pessoa Física (*)................................................................................................................... Habitação ........................................................................................................................... Total Setor Privado ...................................................................................................... Total ............................................................................................................................ Banrisul e Banrisul Consolidado
2013
2012
84.643 22.601 107.244 124.396
124.396
1.759.322 4.637.283 2.842.219 3.134.131 10.227.710 2.474.513 25.075.178 25.182.422 1.953.850
4.413.010
2.576.906
2.459.030
9.320.089
2.011.588
22.734.473
22.858.869
(*) Do montante de R$1.418.893 (2012 - R$1.499.656) de operações de compra de carteira de crédito consignado, com coobrigação
de outras instituições financeiras, R$625.605 (2012 - R$297.353) referem-se a créditos vinculados a Operações Adquiridas em Cessão
conforme Carta Circular nº 3.543/12 do Bacen e R$793.288 (2012 - R$1.202.303) referem-se a Operações de Crédito com Coobrigação.
i) Do montante total de créditos consignados adquiridos, o Banco é detentor de créditos no
valor de R$307.001 a receber em 30 de junho de 2013 junto aos devedores por intermédio do
Banco Cruzeiro do Sul - Em Liquidação Extrajudicial desde 14 de setembro de 2012. O Banco
Cruzeiro do Sul – Em Liquidação Extrajudicial vem repassando ao Banco as parcelas recebidas,
identificadas e conciliadas das operações de crédito consignado onde o Banco é detentor das
operações junto ao devedor. Desde 14 de setembro de 2012 o Banrisul recebeu R$79.745,
líquido das rendas reconhecidas do Banco Cruzeiro do Sul - Em Liquidação Extrajudicial por
conta destes contratos.
Por dificuldades operacionais e, especialmente nas situações de compartilhamento de operações
com outros bancos, o repasse dos créditos, na sua totalidade, depende da finalização do
processo de identificação/conciliação por parte do liquidante, que envolve cruzamento de
diversos contratos, instituições financeiras e repasses de convênios. Tão logo seja concluído,
as carteiras e os valores a receber de propriedade do Banrisul serão repassados.
As operações que se encontram nesta condição no Banco, estão sendo analisadas individualmente
quanto ao atraso no repasse dos recursos e estão provisionados de acordo com a Resolução
n° 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional.
A Administração do Banco acompanha atentamente a evolução da solvência desta carteira
desde quando o Banco Cruzeiro do Sul em atividade normal, após em Regime de Administração
Especial Temporária – RAET, e agora em Liquidação Extrajudicial, portanto não espera perdas
na realização destes créditos.
ii) Em 30 de junho de 2013, o Banco também é detentor de créditos consignados no valor de
R$186.238 junto aos devedores, na sua maioria aposentados pelo INSS, por intermédio do
Banco Rural S/A cujo processo de liquidação extrajudicial foi decretado em 02 de agosto de
2013 pelo Banco Central do Brasil. Atualmente, as operações se encontram revestidas de toda
a documentação suporte que consagra a titularidade em caráter irrevogável e irretratável dos
referidos créditos em nome do Banrisul, e vem sendo recebidas nos seus respectivos vencimentos
não apresentando nenhum atraso. A Administração do Banco está monitorando atentamente
a evolução da solvência desta carteira, não sendo esperadas perdas na realização destes
créditos. Adicionalmente, o Banco Rural S/A repassou no mês de julho de 2013 o montante de
R$13.461, restando em 02 de agosto de 2013, após a apropriação dos juros, o saldo a receber
no montante de R$176.012.
(d) Movimentação da Provisão para Perdas em Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil
e Outros Créditos com Característica de Crédito:
A movimentação da Provisão para Perdas em Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e
57
Outros Créditos, exclusivamente com características de crédito, é a seguinte:
Saldo da Provisão para Perdas em Operações de Crédito em 1° de janeiro.................... Constituição Líquida do Período.......................................................................................... Baixas para Contas de Compensação ................................................................................. Provisão para Perdas em Operações de Crédito por Níveis de Risco ............................. Provisão sobre Operações de Crédito
Ativo Circulante .................................................................................................................. Ativo Realizável a Longo Prazo............................................................................................ Provisão sobre Operações de Arrendamento Mercantil
Ativo Circulante .................................................................................................................. Ativo Realizável a Longo Prazo . .......................................................................................... Provisão sobre Outros Créditos com Característica de Crédito (Nota 08)
Ativo Circulante .................................................................................................................. Ativo Realizável a Longo Prazo . .......................................................................................... Banrisul e Banrisul Consolidado
01/01 a 30/06/2013
01/01 a 30/06/2012
1.590.990 348.773 (357.770)
1.581.993 1.317.679
372.891
(238.380)
1.452.190
397.130 1.099.571 467.833
930.886
2.597 3.593 2.818
6.006
76.090 3.012 38.337
6.310
A despesa com a provisão para Outros Créditos – Títulos e Créditos a Receber sem característica
de crédito, em 30 de junho de 2013 é de R$346 (2012 - R$12.576).
(e) Composição da Provisão para Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Outros
Créditos com Característica de Crédito por Níveis de Risco:
Níveis
de
Risco
AA
A
B
C
D
E
F
G
H
Total em 2013
Total em 2012
Carteira de
Crédito
Provisionamento
mínimo requerido pela
Resolução nº 2.682/99
3.362.700 0,0%
9.989.250 0,5%
3.533.805 1,0%
4.562.374 3,0%
2.198.463 10,0%
480.330 30,0%
380.825 50,0%
88.146 70,0%
586.529 100,0%
25.182.422 22.858.869 Provisão mínima Provisão Adicional
requerida
(Nota 03(f))
-
49.946 35.338 136.871 219.846 144.099 190.413 61.702 586.529 1.424.744 1.328.922 Banrisul e Banrisul Consolidado
Provisão existente
Total
-
9.989 7.068 68.436 51.889 9.606 7.616 2.645 -
157.249 123.268 59.935
42.406
205.307
271.735
153.705
198.029
64.347
586.529
1.581.993
1.452.190
As operações de crédito baixadas a prejuízo no período findo em 30 de junho de 2013 mantidas pelo
valor atualizado até a data da respectiva baixa em conta de compensação montavam R$357.770
(2012 - R$238.380).
As recuperações por recebimento das Operações de Crédito anteriormente baixadas como
prejuízo foram reconhecidas como Receitas de Operações de Créditos e atingiram R$75.337
(2012 - R$65.215) no período findo em 30 de junho de 2013, líquidas das perdas geradas nessas
recuperações.
Conforme Resolução n° 2.682/99, do Conselho Monetário Nacional - CMN, as operações
renegociadas no período findo em 30 de junho de 2013 montavam R$303.029 (2012 – R$297.349).
NOTA 08 Outros Créditos
Carteira de Câmbio ............................................................................
Câmbio Comprado a Liquidar .................................................................
Direitos sobre Vendas de Câmbio . .........................................................
Adiantamentos em Moeda Nacional Recebidos . ...................................
Rendas a Receber de Adiantamentos Concedidos .................................
Rendas a Receber...............................................................................
Dividendos e Bonificações em Dinheiro a Receber ................................
Serviços Prestados a Receber .................................................................
Outros . ................................................................................................... Negociação e Intermediação de Valores .............................................
Negociação e Intermediação de Valores ................................................
Créditos Específicos............................................................................
Créditos Específicos ................................................................................ Diversos ............................................................................................
Adiantamentos ao Fundo Garantidor de Crédito ...................................
Adiantamentos a Empregados . ..............................................................
Adiantamentos para Pagamentos por Nossa Conta ..............................
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos (Nota 22 (b)) ...........
Devedores por Depósito em Garantia (Nota 14 (b)) . ............................
Impostos e Contribuições a Compensar .................................................
Pagamentos a Ressarcir .......................................................................... Operações de Crédito Vinculadas a Cessão (*).......................................
Títulos e Créditos a Receber (**) . ..........................................................
Transações com Cartões de Crédito........................................................
Devedores Diversos - País........................................................................ Créditos Vinculados a Operações Adquiridas em Cessão (Nota 07 (a))..
Provisão para Outros Créditos ...........................................................
Com Característica de Crédito (Nota 07 (d))............................................
Sem Característica de Crédito.................................................................
Total de Outros Créditos .................................................................... Ativo Circulante .................................................................................
Ativo Realizável a Longo Prazo ...........................................................
58 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
2013
814.937 789.531 17.898 (8.646)
16.154 67.515 3.334 63.754 427 -
-
-
-
2.890.170 8.196 29.667 14.887 1.079.749 170.727 112.804 44.370 80.461 203.527 409.369 110.808 625.605 (124.850)
(79.102)
(45.748)
3.647.772 1.979.627 1.668.145 Banrisul
2012
742.038 712.936 29.863 (14.582)
13.821 47.974 3.222 44.515 237 -
-
-
-
1.930.202 27.867 25.532 578 809.101 161.709 136.417 46.130 -
222.016 129.717 73.782 297.353 (79.461)
(44.647)
(34.814)
2.640.753 1.448.295 1.192.458 Banrisul Consolidado
2013
2012
814.937 789.531 17.898 (8.646)
16.154 64.554 373 63.754 427 2.616 2.616 24 24 2.957.416 8.196 29.998 18.798 1.083.623 181.650 119.288 44.372 80.461 242.960 409.369 113.096 625.605 (127.013)
(79.102)
(47.911)
3.712.534 2.024.605 1.687.929 742.038
712.936
29.863
(14.582)
13.821
45.823
1.071
44.515
237
7.833
7.833
13
13
2.008.197
27.867
25.735
3.878
813.420
172.135
143.553
46.134
272.736
129.717
75.669
297.353
(81.658)
(44.647)
(37.011)
2.722.246
1.516.169
1.206.077
(*) Operações de Crédito Vinculadas a Cessão – Este valor refere-se aos custos de compra de cessão de créditos sem coobrigação e produção de novas
operações efetuadas pela Credimatone Promotora de Vendas e Serviços S/A.
(**) Títulos e Créditos a Receber estão compostos principalmente por:
a) Créditos de precatórios junto ao Tesouro Nacional. No primeiro trimestre de 2005, mantendo a política de recuperação de créditos, o Banrisul recebeu
como dação em pagamento, para quitação de empréstimos em atraso de empresas que pertenciam a um mesmo Grupo Econômico. O efetivo recebimento
destes títulos depende do desfecho de ação judicial entre o Grupo Econômico e a União, e a liberação de depósitos judiciais que vem sendo efetuados pela
União conforme fluxo de liquidação original dos precatórios. A Administração entende que não há necessidade de constituição de provisão para perda.
Esses títulos, em 30 de junho de 2013, totalizavam R$104.488 (2012 - R$98.485) e são remunerados pela variação de índice de preços IPCA-E e juros.
b) Outros Créditos sem Característica de Crédito, com o Setor Público Municipal, no valor de R$75.095 (2012 - R$78.388) relativos a direitos recebíveis
adquiridos do Governo do Estado do Rio Grande do Sul ou de entidades por ele controladas, com remuneração de 1% a 8,5% a.a. e indexado à TR e
IGPM com vencimento até 2030.
NOTA 09 Permanente
(a) Investimentos
Participação em Controladas e Coligadas no País............................... Participações em Controladas (Nota 02 (c))....................................... Participações em Coligadas . ............................................................. Ágio na Aquisição de Investimentos (*)............................................. Outros Investimentos........................................................................ Provisão para Perdas......................................................................... Total.................................................................................................. 2013
449.259 409.372 7.363 32.524 11.454 (4.785)
455.928 Banrisul
2012
416.099 375.668 6.482 33.949 11.599 (4.793)
422.905 Banrisul Consolidado
2013
2012
39.887 -
7.363 32.524 12.104 (4.892)
47.099 40.431
6.482
33.949
12.250
(4.899)
47.782
(*) O ágio de R$32.524 representa o benefício econômico futuro decorrente da aquisição. O valor da equivalência patrimonial em 30
de junho de 2013 totalizava R$(1.320).
(b) Imobilizado
Imobilizado de Uso
Taxa
Custo Original
Imóveis de Uso...................................................................
4%
Outras Imobilizações de Uso
Móveis e Equipamentos em Estoque.............................
-
Imobilizações em Curso..................................................
-
Instalações.....................................................................
10%
Móveis e Equipamentos de Uso.....................................
10%
Outros
Sistema de Comunicação...........................................
10%
Sistema de Processamento de Dados........................ 20%
Sistema de Segurança................................................
10%
Sistema de Transportes..............................................
20%
Total em 2013.................................................................
Total em 2012.................................................................
Saldo Líquido
em 2013
Banrisul
Saldo Líquido
em 2012
115.620 (95.182)
20.438 21.624
38.958 56 114.911 81.171 -
-
(87.343)
(57.916)
38.958 56 27.568 23.255 13.850
56
14.593
21.275
(3.870)
408 (229.364)
52.083 (7.405)
3.097 (1.974)
1.511 (483.054)
167.374 (463.824)
424
72.905
2.392
1.917
4.278 281.447 10.502 3.485 650.428 612.860 Imobilizado de Uso
Taxa
Custo Original
Imóveis de Uso...................................................................
4%
Outras Imobilizações de Uso
Móveis e Equipamentos em Estoque.............................
-
Imobilizações em Curso..................................................
-
Instalações.....................................................................
10%
Móveis e Equipamentos de Uso.....................................
10%
Outros
Sistema de Comunicação...........................................
10%
Sistema de Processamento de Dados........................
20%
Sistema de Segurança................................................
10%
Sistema de Transportes..............................................
20%
Total em 2013.................................................................
Total em 2012.................................................................
Depreciação
Acumulada
Depreciação
Acumulada
149.036
Banrisul Consolidado
Saldo Líquido
em 2013
Saldo Líquido
em 2012
128.349 (100.479)
27.870 27.116
38.958 179 118.605 87.529 -
-
(88.175)
(61.061)
38.958 179 30.430 26.468 13.850
117
16.202
22.819
(3.872)
417 (230.061)
52.172 (7.405)
3.097 (2.024)
1.526 (493.077)
181.117 (473.000)
435
73.049
2.392
1.946
4.289 282.233 10.502 3.550 674.194 630.926 (c) Intangível
Custo Ativos Intangíveis
Taxa
Original
Amortização
Saldo
Líquido
em 2013
Banrisul
Saldo Líquido
em 2012
157.926
Banrisul Consolidado
Saldo
Saldo
Líquido
Líquido
em 2013
em 2012
Direitos por Aquisição de Folhas de .Pagamento (*)
Setor Público ..................................................... 20%
298.285 (277.856)
20.429 53.557 20.429 53.557
Setor Privado...................................................... 20%
27.840 (19.400)
8.440 13.409 8.440 13.409
Aquisição de Software............................................ 20%
48.391 (36.337)
12.054 5.848 12.646 6.425
Outros.....................................................................
-
1.718 (645)
1.073 338 1.670 918
Total em 2013..................................................... 376.234 (334.238)
41.996 43.185 Total em 2012..................................................... 366.154 (293.002)
73.152 74.309
(*) Referem-se aos contratos firmados com o setor público e com entidades do setor privado, para garantir exclusividade na manutenção
dos serviços bancários de processamento de créditos de folha de pagamento e de prioridade no canal de consignação de empréstimos
para os respectivos funcionários, bem como a manutenção da carteira de cobrança, de serviços de pagamento aos seus fornecedores
e outros serviços bancários. Esses contratos possuem vigência por cinco anos, sendo amortizados pelo prazo contratual decorrido.
Não foram identificadas perdas no valor recuperável destes ativos.
59
NOTA 10 Depósitos e Captações no Mercado Aberto
Depósitos
À Vista (a)......................................................... Poupança (a)..................................................... Interfinanceiros................................................ A Prazo (b) ....................................................... Total.............................................................. Passivo Circulante.......................................... Passivo Exigível a Longo Prazo....................... Captação no Mercado Aberto
Carteira Própria ............................................... Total ............................................................. Sem
Vencimento
Até
3 meses
De 3 a
12 meses
Banrisul
Acima de
12 meses
2013
2.841.223 -
-
-
6.352.499 -
-
-
-
16.920 43.910 230.688 2.712 1.914.925 4.579.429 12.768.272 9.196.434 1.931.845 4.623.339 12.998.960 - 8.077.190 - 8.077.190 Sem
Vencimento
Até
3 meses
-
-
De 3 a
12 meses
-
-
Acima de
12 meses
Depósitos
À Vista (a)......................................................... 2.839.217 -
-
-
Poupança (a)..................................................... 6.352.499 -
-
-
Interfinanceiros................................................ -
16.920 43.910 230.688 A Prazo (b) ....................................................... 2.712 1.914.925 4.241.994 12.768.272 Total ............................................................. 9.194.428 1.931.845 4.285.904 12.998.960 Passivo Circulante.......................................... Passivo Exigível a Longo Prazo....................... Captação no Mercado Aberto
Carteira Própria................................................ - 8.013.110 -
-
Total.............................................................. - 8.013.110 -
-
(a) Classificados como sem vencimento, pois não existe data de vencimento contratual.
(b) Considera os prazos estabelecidos nas aplicações.
2012
2.841.223 2.677.213
6.352.499 5.447.820
291.518 109.708
19.265.338 15.771.335
28.750.578 24.006.076
15.751.618 15.170.332
12.998.960 8.835.744
8.077.190 8.077.190 2.137.788
2.137.788
Banrisul Consolidado
2013
2012
2.839.217 2.675.380
6.352.499 5.447.820
291.518 109.708
18.927.903 15.480.679
28.411.137 23.713.587
15.412.177 14.877.898
12.998.960 8.835.689
8.013.110 8.013.110 2.071.268
2.071.268
As captações em depósitos a prazo são realizadas com pessoas físicas ou jurídicas, nas modalidades
de encargos pós ou pré-fixados, os quais correspondem a 93% e 7% do total da carteira,
respectivamente. A taxa média de captação para os depósitos pós-fixados corresponde a 71,93%
(2012 – 73,07%) da variação do CDI e os pré-fixados 6,54% (2012 – 8,80%) ao ano.
As captações através de operações compromissadas - carteira própria - no mercado aberto,
realizadas com instituições financeiras, têm taxa média de captação de 100% da variação do CDI.
NOTA 11 Obrigações por Empréstimos
No Exterior - São representadas por recursos captados de bancos no exterior para aplicação em
operações comerciais de câmbio incorrendo a variação cambial das respectivas moedas, acrescida
de juros a taxas entre 2,79% a 5,80% (2012 – 3,32% a 5,40%) ao ano, com vencimento máximo
em 360 dias (2012 – 1.799 dias), e apresenta saldo de R$1.160.708 (2012 – R$930.580).
NOTA 12 Obrigações por Repasses
Repasses do País- Instituições Oficiais
2013
2012
Até 90 dias............................................................
142.831 109.501 De 91 a 360 dias...................................................
363.637 266.420 De 1 a 3 anos........................................................
606.728 454.751 De 3 a 5 anos........................................................
351.459 254.218 Acima de 5 anos...................................................
459.870 297.992 Total.................................................................. 1.924.525 1.382.882 Passivo Circulante..............................................
506.468 375.921 Passivo Exigível a Longo Prazo .......................... 1.418.057 1.006.961 Banrisul e Banrisul Consolidado
Repasses do Exterior
2013
9.389 8.080 -
-
-
17.469 17.469 -
2012
708 10.434 14.405 -
-
25.547 11.142 14.405 2013
152.220 371.717 606.728 351.459 459.870 1.941.994 523.937 1.418.057 Total
2012
110.209
276.854
469.156
254.218
297.992
1.408.429
387.063
1.021.366
Os recursos internos para repasses representam, basicamente, captações de Instituições Oficiais
(BNDES, FINAME e Caixa Econômica Federal). Essas obrigações têm vencimentos mensais até
dezembro de 2028, com incidência de encargos financeiros nas operações pós-fixadas de 0,90%
a 8,61% (2012 – 0,50% a 8,61%) ao ano, além das variações dos indexadores (TJLP, Dólar e Cesta
de Moedas), e nas obrigações pré-fixadas até 11,00% (2012 - 11,00%) ao ano. Os recursos são
repassados aos clientes nos mesmos prazos e taxas de captação, acrescidas de comissão de
intermediação. Como garantia desses recursos, foram repassadas as garantias recebidas nas
operações de crédito correspondentes.
60 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
NOTA 13 Outras Obrigações
2013
Banrisul
2012
Banrisul Consolidado
2013
2012
Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados.........................
Recebimento de Tributos Federais.......................................................... Outros...................................................................................................... Carteira de Câmbio.............................................................................
Câmbio Vendido a Liquidar..................................................................... Obrigações por Compras de Câmbio....................................................... Adiantamentos sobre Contratos de Câmbio (Nota 07 (a))...................... Sociais e Estatutárias..........................................................................
Dividendos e Bonificações a Pagar ......................................................... Gratificações e Participações a Pagar ..................................................... Fiscais e Previdenciárias.....................................................................
Impostos e Contribuições a Recolher.................................................... Imposto de Renda e Contribuições sobre o Lucro................................... Provisão para Impostos e Contribuições Diferidos (Nota 22 (b2)).......... Provisão para Riscos Fiscais (Nota 14 (b))............................................... Negociação e Intermediação de Valores.............................................
Negociação e Intermediação de Valores................................................. Fundos Financeiros e de Desenvolvimento.........................................
Obrigações para Fundos Financeiros e de Desenvolvimento (Nota 21(a)).
Outros...................................................................................................... Dívidas Subordinadas.........................................................................
Dívidas Subordinadas Marcado a Mercado (1)........................................ Encargos a Incorporar com Dívida Externa.............................................. Dívidas Subordinadas ao Custo Amortizado (2)..................................... Ágio a Incorporar..................................................................................... Diversas.............................................................................................
Cheques Administrativos......................................................................... Credores por Recursos a Liberar.............................................................. Obrigações por Operações Vinculadas a Cessão..................................... Obrigações por Aquisição de Bens e Direitos.......................................... Obrigações por Convênios Oficiais.......................................................... Provisões para Férias e Outros Encargos................................................. Parcelamento do Déficit Atuarial da Fundação Banrisul (Nota 23) ........ Provisões para Ações Trabalhistas (Nota 14 (b))..................................... Multas Câmbio Bacen (Nota 14(b))......................................................... Provisão para Riscos Previdenciários (Nota 14 (b))................................. Provisão para Perdas de Securitização (3)............................................... Provisão Benefício Pós-Emprego (Nota 03 (n))....................................... Provisão para Riscos Cíveis (Nota 14 (b)) . .............................................. Provisão Proveniente da Companhia União de Seguros Gerais (GESB)... Recursos de FGTS para Amortizações...................................................... Credores Diversos - País ......................................................................... Transações de Cartões............................................................................. Outros...................................................................................................... Total de Outras Obrigações.................................................................
165.806 165.541 265 24.995 17.506 725.445 (717.956)
83.870 45.860 38.010 719.604 56.818 210.345 17.201 435.240 -
-
1.843.576 1.750.518 93.058 1.828.167 1.156.735 7.247
616.668 47.517 2.057.119 79 134.319 87.761 4.401 41.565 286.925 89.930 172.547 126.100 15.745 3.216 432.605 67.449 9.591 4.043 94.534 385.366 100.943 6.723.137 161.731 161.509 222 46.926 29.658 648.642 (631.374)
69.099 37.926 31.173 727.523 53.651 234.465 17.089 422.318 -
-
5.619.182 5.598.377 20.805 1.315.468 1.324.152 (8.684)
-
-
1.193.353 1.993 116.388 -
3.852 27.917 256.744 65.019 151.248 122.785 15.247 3.485 96.106 44.201 8.750 5.479 97.411 104.910 71.818 9.133.282 165.806 165.541 265 24.995 17.506 725.445 (717.956)
84.185 45.895 38.290 732.760 58.382 220.356 17.240 436.782 2.412 2.412 1.843.576 1.750.518 93.058 1.828.167 1.156.735 7.247
616.668 47.517 2.151.091 79 134.577 87.761 4.513 41.565 276.432 89.930 180.809 126.100 15.745 3.216 432.605 67.698 9.591 4.043 188.558 385.366 102.503 6.832.992 161.731
161.509
222
46.926
29.658
648.642
(631.374)
69.140
37.967
31.173
740.733
55.244
244.425
17.236
423.828
8.442
8.442
5.619.182
5.598.377
20.805
1.315.468
1.324.152
(8.684)
1.282.153
1.993
116.625
3.937
27.917
248.060
65.019
161.710
122.785
15.247
3.485
96.106
44.317
8.750
5.479
182.673
104.910
73.140
9.243.775
Passivo Circulante...............................................................................
Passivo Exigível a Longo Prazo............................................................
3.724.093 2.999.044 7.046.153 2.087.129 3.833.948 2.999.044 7.156.646
2.087.129
(1) Em 26 de janeiro de 2012 o Banrisul concluiu um processo de emissão de títulos de dívidas subordinadas no exterior, com volume
total captado de USD 500 milhões (500 milhões de dólares americanos).
A liquidação financeira da operação foi efetivada em 02 de fevereiro de 2012 e possui prazo de 10 anos com vencimento em 02 de
fevereiro de 2022.
O cupom de juros pactuados é de 7,375% a.a., pagáveis semestralmente a partir da data da efetivação. O preço de emissão correspondeu
a 99,131% do valor de face dos títulos vendidos, o que resulta uma taxa de juros efetiva de 7,50% a.a.
Conforme descrito na Nota 03 (c), os derivativos contratados para proteção do risco de variação de moeda estrangeira e taxa de juros,
oriunda da emissão dessa dívida, foram designados como hedge de risco de mercado.
(2) Em 26 de novembro de 2012 o Banrisul concluiu um processo de emissão de títulos de dívidas subordinadas no exterior, com
volume total captado de USD 275 milhões (275 milhões de dólares americanos).
A liquidação financeira da operação foi efetivada em 03 de dezembro de 2012 com vencimento em 02 de fevereiro de 2022.
O cupom de juros pactuados é de 7,375% a.a., pagáveis semestralmente a partir da data da efetivação. O preço de emissão correspondeu
a 109,943% do valor de face dos títulos vendidos, o que resulta em uma taxa de juros efetiva de 5,95% a.a.
(3) A Administração do Banrisul mantém provisão relativa a coobrigações de créditos securitizados junto ao Tesouro Nacional que
monta R$24.171 (2012 - R$25.609), controlada em conta de compensação, sendo de responsabilidade de mutuários do setor rural.
61
NOTA 14 Provisões, Ativos e Passivos Contingentes
O Banrisul e suas controladas, na execução de suas atividades normais, são parte em processos
judiciais e administrativos de natureza tributária, trabalhista e cível.
As provisões foram constituídas tendo como base a opinião de assessores legais, através da
utilização de modelos e critérios que permitam a sua mensuração, apesar da incerteza inerente
ao seu prazo e ao desfecho de causa. O Banrisul provisiona integralmente o valor das ações cuja
avaliação é classificada como provável.
A Administração entende que as provisões constituídas são suficientes para atender eventuais
perdas decorrentes de processos judiciais.
(a) Ativos Contingentes
Em 30 de junho de 2013 e 2012, não foram reconhecidos contabilmente ativos contingentes.
(b) Movimentação das Provisões
Banrisul
Total
792.310
82.120
(57.349)
817.081
170.727
Saldo Inicial em 31/12/2012..............................
Constituição e Atualização Monetária .................
Baixas por Pagamento .........................................
Reclassificação......................................................
Saldo Final em 30/06/2013................................ Depósitos em Garantia (Nota 08).........................
Fiscais
429.060 6.249 -
15.676 450.985 3.848 Trabalhistas
167.264 56.244 (50.961)
-
172.547 109.710 Cíveis
55.795 18.042 (6.388)
-
67.449 57.169 Outros
140.191 1.585 -
(15.676)
126.100 -
Saldo Inicial em 31/12/2012..............................
Constituição e Atualização Monetária .................
Reversão da Provisão...........................................
Baixas por Pagamento .........................................
Reclassificação......................................................
Saldo Final em 30/06/2013................................
Depósitos em Garantia (Nota 08).........................
Fiscais
430.583 6.268 -
-
15.676 452.527 5.391 Trabalhistas
173.557 58.526 (179)
(51.095)
-
180.809 113.977 Cíveis
56.012 18.215 -
(6.529)
-
67.698 62.282 Banrisul Consolidado
Outros
Total
140.191 800.343
1.585 84.594
-
(179)
-
(57.624)
(15.676)
126.100 827.134
-
181.650
Provisões Fiscais
i) Provisões de contingências fiscais referem-se basicamente a exigíveis relativos a tributos
cuja legalidade ou constitucionalidade é objeto de contestação administrativa ou judicial, e
a probabilidade de perda é considerada provável, sendo constituídas pelo valor integral em
discussão. Para causas que possuem os respectivos depósitos em garantia, os valores envolvidos
não se encontram atualizados. Quando da expedição do alvará de levantamento, em função da
ação julgada favorável, os valores são atualizados e resgatados.
A principal causa de natureza fiscal se refere ao Imposto de Renda e Contribuição Social sobre
a dedução da despesa oriunda da quitação do déficit atuarial junto à Fundação Banrisul de
Seguridade Social, questionada pela Secretaria da Receita Federal para o período de 1998 a
2005 no montante de R$435.240 (2012 - R$422.318). O Banrisul, através de seus assessores
jurídicos, vem discutindo judicialmente o assunto e, registrou provisão para contingências no
valor estimado da perda.
Existem ainda contingências fiscais que, de acordo com a sua natureza, são consideradas como
de perda possível, no montante de R$40.525 (2012 - R$25.499) e no Consolidado R$76.673
(2012 - R$42.675). De acordo com as práticas contábeis não foi registrada provisão para
contingências.
ii) Notificação fiscal de débito do INSS referente a cobrança previdenciária sobre verbas que não
possuem natureza salarial e salário-educação classificada como provável pelos nossos assessores
e com provisão no montante de R$15.745 (2012 - R$15.247) e no Consolidado R$17.287
(2012 – R$18.783).
62 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Provisões Trabalhistas
São ações movidas principalmente pelos sindicatos e ex-empregados pleiteando direitos
trabalhistas que entendem devidos, em especial ao pagamento de “horas extras” e outros
direitos trabalhistas.
Registra-se a provisão constituída para as ações trabalhistas ajuizadas contra o Banrisul, quando
da notificação judicial e cujo risco de perda é considerado provável. O valor é apurado de acordo
com a estimativa de desembolso feita por nossa Administração, revisada periodicamente com
base em subsídios recebidos de nossos assessores legais, sendo ajustadas ao valor do depósito
de execução quando estes são exigidos. Da provisão mencionada, está depositado judicialmente
o montante de R$84.489 (2012 - R$75.009) e no Consolidado R$87.903 (2012 - R$80.388).
Adicionalmente, o valor de R$25.221 (2012 - R$21.921) e no Consolidado R$26.075 (2012 R$22.734) foi exigido para os recursos processuais.
Existem causas trabalhistas que, de acordo com a sua natureza, são consideradas como de perda
possível, no montante aproximado de R$85.080 (2012 - R$44.104) e no Consolidado R$85.455
(2012 - R$44.339). Nas causas trabalhistas que possuem pedidos considerados de perda provável
e já provisionados, existem também pedidos na mesma ação que são considerados como de
perda possível, no montante de R$329.093 (2012 - R$232.542) e no Consolidado R$335.765
(2012 - R$240.239). De acordo com as práticas contábeis, não foi registrada provisão para estas
contingências.
Provisões Cíveis
Ações de caráter indenizatório referem-se à indenização por dano material e/ou moral, referentes
à relação de consumo, versando, principalmente, sobre questões atinentes a cartões de crédito,
crédito direto ao consumidor, contas correntes, cobrança e empréstimos.
Registra-se a provisão constituída, quando do recebimento da citação inicial, e são ajustadas
mensalmente, pelo valor indenizatório pretendido, nas provas apresentadas e na avaliação de
assessores jurídicos que leva em conta a jurisprudência, subsídios fáticos levantados, provas
produzidas nos autos e as decisões judiciais que vierem a ser proferidas na ação, quanto ao grau
de risco de perda da ação judicial.
Existem ainda R$1.021.028 (2012 – R$720.378) e no Consolidado R$1.024.722 (2012 – R$735.356)
relativos a processos movidos por terceiros contra a Instituição que a assessoria jurídica classifica
como de perdas possíveis, e, portanto não foram provisionadas.
Outros
Em 29 de setembro de 2000, o Banrisul recebeu autuação imposta pelo Banco Central do
Brasil em conexão com processos administrativos abertos por aquela Autoridade Monetária,
relativamente a supostas irregularidades cometidas em operações de câmbio entre 1987 e 1989.
Em deliberação administrativa de segunda instância, foi determinado ao Banrisul o pagamento
de multa equivalente a 100% do valor das operações supostamente irregulares, decisão essa
que está sendo contestada judicialmente por sua Administração, que de forma preventiva e
atendendo aos requisitos do Bacen, decidiu pela constituição de provisão para possíveis perdas
no montante de R$126.100 (2012 - R$122.785).
NOTA 15 Receitas de Prestação de Serviços
Administração de Fundos...........................................................................
Cobrança de Títulos....................................................................................
Rendas de Taxas de Administração de Consórcios.....................................
Rendas de Corretagens de Operações........................................................
Outras Receitas de Serviços.......................................................................
Total..................................................................................................... 01/01 a
30/06/13
32.792 24.814 -
-
1.047 58.653 Banrisul
01/01 a
30/06/12
35.533 23.715 -
-
852 60.100 Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
30/06/13
30/06/12
32.792 24.814 13.208 1.327 26.366 98.507 35.533
23.715
10.138
3.364
23.537
96.287
63
NOTA 16 Rendas de Tarifas Bancárias
Banricompras..................................................................................... Devolução de Cheques....................................................................... Débitos em Conta............................................................................... Serviços de Arrecadação.................................................................... Transações com Cheques................................................................... Tarifas Bancárias de Contas Correntes............................................... Cartão de Crédito............................................................................... Tarifas de Saques................................................................................ Tarifas de Uso da Agência Virtual....................................................... Tarifas de Fiança Bancária.................................................................. Outras Receitas de Tarifas.................................................................. Total ..............................................................................................
01/01 a
30/06/13
57.658 7.902 29.229 49.180 7.094 158.347 8.360 3.402 3.288 3.136 21.339 348.935 Banrisul
01/01 a
30/06/12
54.316 9.220 13.359 36.517 5.906 131.593 6.034 3.083 2.987 2.861 11.602 277.478 Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
30/06/13
30/06/12
57.658 7.902 29.229 49.180 7.094 158.347 8.360 3.402 3.288 3.136 21.332 348.928 54.316
9.220
13.359
36.517
5.906
131.593
6.034
3.083
2.987
2.861
11.595
277.471
Do montante de R$348.935 de rendas do período, R$151.637 (2012 - R$125.409) são provenientes
de operações com pessoas físicas e R$197.298 (2012 - R$152.069) com pessoas jurídicas.
NOTA 17 Outras Despesas Administrativas
Processamento de Dados e Telecomunicações................................... Vigilância, Segurança e Transporte de Valores.................................... Amortização e Depreciação................................................................. Aluguéis e Condomínios...................................................................... Materiais............................................................................................. Serviços de Terceiros........................................................................... Propaganda, Promoções e Publicidade (*).......................................... Manutenção e Conservação................................................................ Água, Energia e Gás............................................................................. Serviços do Sistema Financeiro........................................................... Outras.................................................................................................. Total............................................................................................... 01/01 a
30/06/13
92.423 59.818 32.516 35.976 7.958 130.123 40.330 14.316 8.116 24.598 20.739 466.913 Banrisul
01/01 a
30/06/12
81.042 51.055 56.712 30.917 8.835 93.577 24.666 12.880 10.844 16.351 17.431 404.310 Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
30/06/13
30/06/12
96.643 59.818 32.991 35.629 8.019 132.499 40.675 14.601 8.267 24.918 23.645 477.705 84.733
51.055
57.004
30.455
8.901
95.520
25.049
13.220
10.983
18.009
19.822
414.751
(*) É composto principalmente por R$22.070 (2012 - R$4.318) de despesa com propaganda institucional e R$13.799 (2012 - R$16.561)
de programa de divulgação por meio de eventos e clubes esportivos.
NOTA 18 Outras Receitas Operacionais
Recuperação de Encargos e Despesas................................................. Reversão de Provisões Operacionais para:
Trabalhistas..................................................................................... Cíveis............................................................................................... Outros ............................................................................................ Perdas de Securitização . ................................................................ Comissão sobre Títulos de Capitalização............................................. Tarifas Interbancárias ......................................................................... Ajuste Cambial - Dependências no Exterior........................................ Títulos de Créditos a Receber.............................................................. Fundo de Reserva - Depósito Judicial - Lei n° 12.069........................ Comissão e Taxa de Administração sobre Colocação de Seguros........ Receitas Diversas com Cartões............................................................ Lucros na Venda de Bens..................................................................... Outras Receitas Operacionais.............................................................. Total............................................................................................... 64 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
01/01 a
30/06/13
Banrisul
01/01 a
30/06/12
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
30/06/13
30/06/12
36.099 28.919 30.246 23.854
-
-
1.036 1.480 -
10.897 12.442 3.098 4.507 1.200 18.428 4.818 35.571 129.576 -
44 6.671 4.219 140 10.641 10.127 3.282 9.564 3.727 11.830 375 19.107 108.646 179 -
1.155 1.480 -
10.897 12.442 3.098 4.507 1.200 18.428 4.818 36.350 124.800 22
44
6.671
4.219
140
10.641
10.127
3.282
9.564
3.727
11.830
375
20.008
104.504
NOTA 19 Outras Despesas Operacionais
Descontos Concedidos de Renegociações........................................... Despesas com Provisões Trabalhistas (Nota 14 (b))............................ Despesas com Provisões de Imóveis - Bens não de Uso...................... Despesas com Provisões para Perdas de Securitização....................... Despesas com Provisões para Ações Cíveis (Nota 14 (b)) . ................. Despesas com Arrecadação de Tributos Federais............................... Despesas com Atualização da Provisão para Riscos Fiscais (CS/IR) (Nota 14 (b)).................................................................................... Atualização Monetária Multas Câmbio - Bacen (Nota 14 (b)) ............ Atualização Monetária da Dívida Contratada da Fundação Banrisul . Despesas com Provisão para Dívidas Assumidas junto ao GESB......... Despesas com Processos Judiciais....................................................... Despesas com Cartões......................................................................... Bônus Cartão Banrisul de Vantagens................................................... Outras Despesas Operacionais ........................................................... Total............................................................................................... 01/01 a
30/06/13
Banrisul
01/01 a
30/06/12
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
30/06/13
30/06/12
13.096 56.244 142 1.123 18.042 1.294 25.127 74.472 1.310 34 44.601 1.619 13.096 58.526 142 1.123 18.215 1.294 25.127
75.138
1.310
34
44.629
1.619
6.249 1.585 26.552 1.092 -
6.008 2.194 29.896 163.517 8.761 2.247 3.643 1.355 2.853 1.748 1.023 26.795 195.588 6.268 1.585 26.552 1.092 -
6.008 2.194 29.849 165.944 8.780
2.247
3.643
1.355
2.853
1.748
1.023
26.795
196.301
NOTA 20 Patrimônio Líquido - Banrisul
(a) Capital Social
O Capital Social do Banrisul em 30 de junho de 2013 é de R$3.750.000, subscrito e integralizado,
representado por 408.974 mil ações, sem valor nominal, conforme tabela a seguir:
Estado do Rio Grande do Sul................... Fundação Banrisul de Seguridade Social.
Instituto de Previdência do Estado
do Rio Grande do Sul............................. Outros...................................................... Total......................................................
Quantidade
ON
%
204.199.859 449.054 99,59
0,22
44.934 0,02
349.527 0,17
205.043.374 100,00
Quantidade
2.721.484 158.983 PNA
%
Quantidade
PNB
%
Quantidade
Total
%
76,85
4,49
26.086.957 13,02
- 0,00
233.008.300 56,97
608.037 0,15
168.612 4,76
492.272 13,90
3.541.351 100,00
- 0,00
174.302.795 86,98
200.389.752 100,00
213.546 0,05
175.144.594 42,83
408.974.477 100,00
No primeiro semestre de 2013, houve a conversão das ações entre PNA e PNB no montante de
1.426 ações.
A Assembleia Geral Extratordinária de Acionistas, realizada em 30 de abril de 2013, aprovou
aumento de capital mediante aproveitamento de Reservas de Lucro, no montante de R$250.000,
sem emissão de novas ações, homologado pelo Bacen.
As ações preferenciais não têm direito a voto e têm a seguinte remuneração:
Ações Preferenciais Classe A:
i) Prioridade no recebimento de um dividendo fixo preferencial, não cumulativo, de 6% (seis por
cento) ao ano, calculado sobre o quociente resultante da divisão do valor do capital social pelo
número de ações que o compõem;
ii) Direito de participar, depois de pago às ações Ordinárias e Preferenciais Classe B um dividendo
igual ao pago a tais ações, na distribuição de quaisquer outros dividendos ou bonificações em
dinheiro distribuídos pela sociedade, em igualdade de condições com as ações Ordinárias e
Preferenciais Classe B, com o acréscimo de 10% (dez por cento) sobre o valor pago a tais ações;
iii)Participação nos aumentos de capital decorrentes da capitalização de reservas, em igualdade
de condições com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe B; e
iv) Prioridade no reembolso de capital, sem prêmio.
65
Ações Preferenciais Classe B:
i) Participação nos aumentos de capital decorrentes da capitalização de reservas, em igualdade
de condições com as ações Ordinárias e Preferenciais Classe A; e
ii) Prioridade no reembolso de capital, sem prêmio.
(b)Distribuição de Resultado
O Lucro Líquido do Exercício, ajustado nos termos da Lei n° 6.404/76, terá as seguintes destinações:
(I) 5% para constituição da Reserva Legal, que não excederá 20% do Capital Social, (II) 25% para
constituição de Reserva Estatutária, (III) Dividendos Mínimos Obrigatórios de 25% do Lucro Líquido
Ajustado. O lucro restante terá a destinação determinada pela Assembleia Geral.
A Reserva Estatutária terá por finalidade garantir recursos para investimentos e aplicação na área
de informática, e está limitada a 70% do Capital Social Integralizado.
Em 30 de abril de 2013, em Assembleia Geral Ordinária foi aprovada a proposta de distribuição
de dividendos adicionais para o exercício de 2013, no percentual equivalente a 15% do Lucro
Líquido Ajustado, perfazendo o total de 40%.
A política de remuneração do capital adotada pelo Banrisul visa distribuir juros sobre o capital
próprio no valor máximo dedutível calculado em conformidade com a legislação vigente, os quais
são computados, líquidos de Imposto de Renda na Fonte, no cálculo dos dividendos obrigatórios
do exercício previsto no Estatuto Social.
Conforme facultado pela Lei n° 9.249/95 e pela Deliberação CVM n° 207/96 e Política de Pagamento
trimestral de juros sobre o capital próprio, a Administração do Banrisul pagou o montante de
R$121.001, referente aos juros sobre o capital próprio do primeiro semestre de 2013 (2012 R$130.439), imputado aos dividendos, líquido do imposto de renda retido na fonte.
O pagamento destes juros sobre o capital próprio resultou em um benefício tributário para o
Banrisul na ordem de R$48.401 (2012 - R$52.176) (Nota 22 (a)).
A distribuição dos dividendos e juros sobre o capital próprio está assim representada:
Lucro Líquido do Período................................................................................ Ajuste
Reserva Legal........................................................................................................ Base de Cálculo dos Dividendos...................................................................... Dividendo Mínimo Obrigatório 25%.....................................................................
Dividendo Adicional 15% . ................................................................................... Total dos Dividendos...................................................................................... A) Juros sobre Capital Próprio Pagos .............................................................. Ações Ordinárias (R$295,86621 por lote de mil ações).......................................
Ações Preferenciais A (R$295,86621 por lote de mil ações)................................
Ações Preferenciais B (R$295,86621 por lote de mil ações)................................
Imposto de Renda na Fonte relativo a Juros sobre Capital Próprio .....................
B) Dividendos Provisionados.......................................................................... Ações Ordinárias (R$110,19829 por lote de mil ações).......................................
Ações Preferenciais A (R$110,19829 por lote de mil ações)................................
Ações Preferenciais B (R$110,19829 por lote de mil ações)................................
Total de Juros sobre Capital Próprio e Dividendos (A+B)................................. 2013
419.686 2012
419.591
(20.984)
398.702 99.675 59.805 159.480 114.412 60.665 1.048 59.288 (6.589)
45.068 22.595 390 22.083 159.480 (20.980)
398.611
99.653
59.792
159.445
122.245
65.397
1.135
63.907
(8.194)
37.200
18.651
323
18.226
159.445
NOTA 21 Compromissos, Garantias e Outros
(a) Em 22 de abril de 2004, foi sancionada a Lei Estadual n° 12.069, alterada pela Lei n° 12.585 de 29
de agosto de 2006, mediante a qual o Banrisul, quando solicitado, deverá disponibilizar ao Estado
do Rio Grande do Sul até 85% dos depósitos judiciais efetuados por terceiros junto ao Banrisul
(excetuando-se aqueles cuja parte litigante seja Município). A parcela não disponibilizada deverá
constituir fundo de reserva destinado a garantir a restituição dos referidos depósitos judiciais.
Em 30 de junho de 2013, o montante de depósitos judiciais efetuados por terceiros no Banrisul,
atualizado pela variação da TR acrescida de juros de 6,17% a.a. até a data do balanço totalizava
R$8.300.943 (2012 - R$7.672.857), do qual R$6.543.000 (2012 - R$2.043.000) foi transferido
66 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
para o Estado, mediante sua solicitação, e baixado das respectivas contas patrimoniais. O saldo
remanescente, que constitui a disponibilidade do fundo anteriormente mencionado, administrado
pelo Banrisul, está registrado na rubrica Obrigações para Fundos Financeiros e de Desenvolvimento
(Nota 13).
(b) .Avais e fianças prestados a clientes montam R$821.113 (2012 - R$680.555), estão sujeitos a
encargos financeiros e contam com garantias dos beneficiários.
(c)O Banrisul é responsável pela custódia de 414.582 mil títulos de clientes (2012 – 411.372 mil).
(d)O Banrisul possui coobrigações em créditos abertos para importação no valor de R$97.848
(2012 - R$49.347).
(e) O Banrisul é administrador de diversos fundos e carteiras, que apresentaram os seguintes
patrimônios líquidos:
Fundos de Investimentos (*)............................................................... Fundos de Investimentos em Cotas de Fundos de Investimentos....... Fundos de Ações................................................................................. Fundos de Aposentadoria Programada Individual.............................. Fundo para Garantia de Liquidez dos Títulos da Dívida Pública do
Estado do Rio Grande do Sul........................................................... Carteiras Administradas...................................................................... Clubes de Investimentos..................................................................... Total............................................................................................... 2013
Banrisul
2012
Banrisul Consolidado
2013
2012
5.532.687 105.634 81.204 17.877 5.358.754 119.680 80.389 19.511 5.532.687 105.634 81.204 17.877 5.358.754
119.680
80.389
19.511
3.885.330 1.438.681 -
11.061.413 845.541 1.637.289 -
8.061.164 3.885.330 1.438.681 1.541 11.062.954 845.541
1.637.289
2.688
8.063.852
(*) As carteiras dos fundos de investimentos são compostas principalmente por títulos de renda fixa e de renda variável, e seus valores
de patrimônio líquido encontram-se ajustados pelas respectivas marcações a mercado na data-base.
(f) A controlada Banrisul S.A. Administradora de Consórcios é responsável pela administração de
175 grupos (149 em 2012) de consórcios distribuídos entre imóveis, motos, veículos e tratores
que reúnem 36.630 consorciados ativos (29.553 em 2012).
(g) O Banrisul aluga imóveis, principalmente utilizados para instalação de agências, com base
em contrato padrão, o qual pode ser cancelado por sua vontade e inclui o direito de opção
de renovação e cláusulas de reajuste. O total dos pagamentos mínimos futuros dos aluguéis
contratados não canceláveis em 30 de junho de 2013 é de R$203.671, sendo R$53.492 com
vencimento até um ano, R$124.782 de um a cinco anos e R$25.397 acima de cinco anos. Os
pagamentos de aluguéis reconhecidos como despesas no período totalizaram R$32.780.
NOTA 22 Imposto de Renda e Contribuição Social
(a) Reconciliação da Despesa/Receita de Imposto de Renda e Contribuição Social
01/01 a
30/06/13
Lucro do Período antes da Tributação e Participações..................... 633.326 Imposto de Renda sobre o Lucro - Alíquota 25%................................ (158.332)
Contribuição Social sobre o Lucro - Alíquota 9%................................. -
Contribuição Social sobre o Lucro - Alíquota 15% .............................. (94.999)
Total do Imposto de Renda e Contribuição Social pelas Alíquotas
Efetivas....................................................................................... (253.331)
Ajuste Multa Câmbio........................................................................... (634)
Participação dos Empregados nos Resultados . .................................. 15.017 Juros sobre o Capital Próprio . ............................................................ 48.401 Resultado de Equivalência e Variação Cambial de Agências .............. 13.130 Outras Adições, Líquidas das Exclusões . ............................................ 1.319 Total do Imposto de Renda e Contribuição Social............................ (176.098)
Corrente.............................................................................................. (210.505)
Diferido................................................................................................ 34.407 Banrisul
01/01 a
30/06/12
Banrisul Consolidado
01/01 a
01/01 a
30/06/13
30/06/12
618.176 (154.544)
-
(92.726)
642.734 (160.684)
(11.725)
(76.868)
628.627
(157.157)
(864)
(92.853)
(247.270)
(899)
12.540 52.176 13.054 3.164 (167.235)
(233.964)
66.729 (249.277)
(634)
15.017 48.401 4.977 (3.914)
(185.430)
(220.697)
35.267 (250.874)
(899)
12.540
52.176
4.051
5.394
(177.612)
(243.925)
66.313
67
(b) Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos
Em 30 de junho de 2013 o Banrisul possuía Créditos Tributários de Imposto de Renda e Contribuição
Social Diferidos sobre diferenças temporárias, demonstradas a seguir:
(b1) Créditos Tributários
Os saldos de créditos tributários, segregados em função das origens e desembolsos efetuados,
estão representados por:
Banrisul
Saldo em Saldo em
Saldo em 31/12/2012
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa.................................. Provisão para Riscos Trabalhistas........................................................ Provisão para Riscos Fiscais................................................................. Outras Provisões Temporárias............................................................. Total dos Créditos Tributários sobre Diferenças Temporárias.......... Créditos não Registrados..................................................................... Total de Créditos Tributários Registrados (Nota 08)......................... Obrigações Fiscais Diferidas................................................................ Crédito Tributário Líquido das Obrigações Diferidas........................ 638.564 66.905 91.128 245.431 1.042.028 (23)
1.042.005 (13.864)
1.028.141 Constituição
Realização
137.715 22.499 2.471 6.889 169.574 -
169.574 -
169.574 30/06/2013 30/06/2012
111.163 665.116 564.627
20.385 69.019 60.499
-
93.599 87.016
282 252.038 96.982
131.830 1.079.772 809.124
-
(23)
(23)
131.830 1.079.749 809.101
3.337 (17.201) (17.089)
135.167 1.062.548 792.012
Banrisul Consolidado
Saldo em Saldo em
Saldo em 31/12/2012
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa.................................. Provisão para Riscos Trabalhistas........................................................ Provisão para Riscos Fiscais................................................................. Outras Provisões Temporárias............................................................. Total dos Créditos Tributários sobre Diferenças Temporárias.......... Créditos não Registrados..................................................................... Total de Créditos Tributários Registrados (Nota 08)......................... Obrigações Fiscais Diferidas................................................................ Crédito Tributário Líquido das Obrigações Diferidas........................ 638.787 69.119 91.646 245.500 1.045.052 (23)
1.045.029 (13.913)
1.031.116 Constituição
Realização
137.946 23.279 2.478 7.059 170.762 -
170.762 -
170.762 30/06/2013 30/06/2012
111.395 665.338 564.864
20.491 71.907 64.067
-
94.124 87.529
282 252.277 96.983
132.168 1.083.646 813.443
-
(23)
(23)
132.168 1.083.623 813.420
3.327 (17.240) (17.236)
135.495 1.066.383 796.184
A expectativa de realização desses créditos é a seguinte:
Ano
Diferenças Temporárias
Imposto de Renda Contribuição Social
2013
2014
2015
2016
2017
2018 a 2020
2021 a 2023
após 2023
Total em 30/06/2013
Total em 30/06/2012
146.695 117.217 113.634 96.071 66.918 87.752 46.555 14 674.856 505.702
88.017 70.330 68.181 57.643 40.151 52.651 27.934 9
404.916 303.422
Banrisul Banrisul Consolidado
Total
Totais Registrados
234.712 187.547 181.815 153.714 107.069 140.403 74.489 23 1.079.772 809.124 Totais Registrados
234.712 187.547 181.815 153.714 107.069 140.403 74.489 -
1.079.749 809.101
234.903
187.928
182.196
154.095
107.450
141.840
75.211
1.083.623
813.420
O valor presente total dos créditos tributários é de R$780.615, calculados de acordo com a
expectativa de realização das diferenças temporárias pela taxa média de captação, projetada
para os períodos correspondentes.
(b2) Obrigações Fiscais Diferidas
Os saldos da Provisão para Impostos e Contribuições Diferidos estão representados por:
Superveniência de Depreciação.......................................................... Títulos Próprios Disponíveis para Venda............................................. Ajuste a Valor de Mercado dos Títulos Disponíveis para Venda.......... Total .............................................................................................. 68 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
2013
Banrisul
2012
(14.614)
(2.587)
-
(17.201)
(14.313)
(2.776)
-
(17.089)
Banrisul Consolidado
2013
2012
(14.614)
(2.587)
(39)
(17.240)
(14.313)
(2.776)
(147)
(17.236)
NOTA 23 Fundação Banrisul de Seguridade Social e Cabergs - Caixa de
Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul
Conforme descrito na Nota 03 (n), o Banrisul é patrocinador da Fundação Banrisul de Seguridade
Social, que tem como principais objetivos a complementação de benefícios assegurados e prestados
pela Previdência Social aos funcionários do Banrisul, da Banrisul Serviços, da própria Fundação
e da Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul - Cabergs,
assim como a execução de programas assistenciais promovidos por seus mantenedores.
A Política Previdencial do Banrisul executada através da Fundação Banrisul de Seguridade Social
– FBSS, instituída em 29 de janeiro de 1963 em conformidade com a legislação então vigente,
tem como fundamentação legal o Art. 202 da Constituição Federal de 05 de outubro de 1988,
as Leis Complementares de nos 108 e 109 de 29 de maio de 2001 e demais normas legais em
vigor emanadas por órgãos reguladores ligados aos Ministérios de Previdência e Assistência
Social - MPAS como Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC e
Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC, o Estatuto Social da Entidade Gestora
e respectivos regulamentos dos Planos de Benefícios e em conformidade com a Resolução de
nº 3792 do Conselho Monetário Nacional de 24 de setembro de 2009 onde são nomeados pelo
Conselho Deliberativo do Fundo de Pensão, os Administradores Tecnicamente Qualificados para
a Gestão dos Investimentos.
A Fundação Banrisul de Seguridade Social é dotada de autonomia administrativa, tendo como
finalidade instituir planos de benefícios de natureza previdenciária aos seus participantes,
empregados das patrocinadoras e respectivos beneficiários, mediante contribuições específicas,
estabelecidas em seus Planos e respectivos regulamentos.
O plano de aposentadoria na modalidade “benefício definido” tem o custo da concessão dos
benefícios determinados pelo Método da Unidade de Crédito Projetada, líquido dos ativos
garantidores do plano.
A avaliação atuarial é elaborada com base em premissas e projeções de taxas de juros, inflação,
aumentos dos benefícios, expectativa de vida, o efeito de qualquer limite sobre a parcela do
empregador no custo dos benefícios futuros, contribuições de empregados ou de terceiros que
reduzam o custo final desses benefícios para a entidade, etc. A avaliação atuarial e suas premissas
e projeções são atualizadas em bases anuais, ao final de cada exercício.
A partir de 6 de julho de 2009 foi aprovado um novo plano de benefícios de aposentadoria,
denominado Banrisulprev, que passou a ser oferecido aos empregados não associados ao Plano
de Benefícios I. Esse novo plano, do tipo “contribuição variável”, entrou em funcionamento em
novembro de 2009. A partir da sua implantação, o Plano de Benefícios I foi fechado para novas
adesões.
Para a execução de seus objetivos, a Fundação Banrisul recebe contribuições mensais dos
patrocinadores e de seus participantes, calculadas com base na remuneração mensal dos
funcionários e dos seus assistidos, bem como de rendimento auferidos pela aplicação de seu
patrimônio. O Banrisul contribuiu no período para o Plano de Benefício I na modalidade de
“benefício definido” o montante de R$14.618 (2012 – R$7.122) e para o Banrisulprev na modalidade
de “contribuição variável” o montante de R$1.872 (2012 – R$1.131), correspondendo em 30 de
junho de 2013, respectivamente, a 7,94% (2012 – 4,97%) e 2,98% (2012 – 3,21%) sobre a folha
mensal dos salários de participação dos empregados e foi imputado às despesas operacionais.
Os Planos de Benefícios que dão suporte à Política de Previdência Complementar do Banco
se fundamentam nos respectivos Regulamentos dos Planos onde constam todos os direitos e
obrigações dos Participantes, das Patrocinadoras, o Plano de Custeio Atuarial, os prazos legais,
forma de pagamento das contribuições mensais e dos benefícios, tempo de contribuição mínima
e outros parâmetros necessários para o dimensionamento atuarial. Todos os Regulamentos são
69
aprovados pelos órgãos legais internos de Gestão, pelas Patrocinadora (as) e pelos órgãos Federais
de Supervisão e Regulação conforme legislação em vigor.
O conjunto de hipóteses e métodos atuariais adotados nos cálculos atuariais resultou de um
processo de interação entre a consultoria atuarial externa responsável pelos cálculos atuariais
dos Planos de Benefícios administrados pela Fundação Banrisul, Diretoria Executiva e dos
representantes do Conselho Deliberativo da Fundação e contam com o aval das patrocinadoras
do Plano de Benefícios I (modalidade de benefício definido) e do Plano Banrisulprev (modalidade
de contribuição variável), conforme determina a Resolução CGPC n° 18/2006, alterada pela
Resolução CNPC n° 9/2012.
O Banrisul espera contribuir com R$36.491 a Fundação Banrisul durante o exercício de 2013.
Principais Premissas e Descrições dos Planos
A taxa total esperada de rendimento de ativos é apurada com base nas expectativas de mercado
existentes naquela data, aplicável ao período ao longo do qual a obrigação deve ser liquidada.
Essas expectativas estão refletidas nas principais premissas abaixo:
Hipóteses Econômicas
Taxa de Desconto Nominal....................................................................................... Taxa de Inflação de Longo Prazo............................................................................... Taxa de Retorno Esperado dos Ativos dos Planos Previdenciários:
Plano de Benefícios I............................................................................................ Plano Banrisulprev............................................................................................... Plano de Saúde..................................................................................................... Taxa de Crescimento Salarial Futuro........................................................................ Taxa de Crescimento dos Benefícios da Previdência Social e dos Limites................ Taxa de Crescimento do Custo Farmácia.................................................................. Taxa de Crescimento do Custo do Benefício Odontológico...................................... Hipóteses Demográficas
31/12/2012 31/12/2011
8,68% a.a.
4,50% a.a.
10,38% a.a.
4,50% a.a.
8,68% a.a.
8,68% a.a.
8,68% a.a.
8,22% a.a.
4,50% a.a.
5,50% a.a.
4,50% a.a.
13,17% a.a.
13,34% a.a.
11,98% a.a.
7,64% a.a.
4,50% a.a.
5,50% a.a.
4,50% a.a.
31/12/2012
31/12/2011
Tábua de Mortalidade de Válido
AT-2000 Basic desagravada em 10%,
segregada por sexo
AT-2000 Basic desagravada em 10%,
segregada por sexo
Tábua de Mortalidade de Inválidos
RRB 1983 desagravada em 50%
RRB 1983 desagravada em 50%
Tábua de Entrada em Invalidez
Light Forte desagravada em 50%
Light Forte desagravada em 40%
Tábua de Rotatividade
Experiência da consultoria atuarial ajustada
à experiência das patrocinadoras agravada
em 125%
Experiência da consultoria atuarial
ajustada à experiência das patrocinadoras
agravada em 125%
Idade de Aposentadoria
Ao atingir o benefício Pleno
Primeira idade com direito a um dos
benefícios
Idade de Entrada no INSS
Informação do cliente, considerando o limite Informação do cliente, considerando
inferior de 15 anos de idade e superior de o limite inferior de 15 anos de idade e
18 anos de idade
superior de 18 anos de idade
% de Participantes Ativos Casados na
Data da Aposentadoria
Diferença de Idade entre Participante
e Cônjuge
95%
95%
Esposas são 4 anos mais jovens que maridos
Esposas são 4 anos mais jovens que
maridos
As premissas referentes à experiência de mortalidade são estabelecidas com base em opinião de
atuários, ajustadas de acordo com o perfil demográfico dos empregados do Banrisul.
Outras premissas importantes para as obrigações de planos de pensão se baseiam, em parte, em
condições atuais do mercado.
O Banrisul juntamente com a Fundação Banrisul de Seguridade Social poderão realizar estudos
de confrontação Ativo/Passivo com o objetivo de buscar operações no mercado financeiro, de
capitais e de seguros visando a redução ou eliminação dos riscos atuariais dos Planos.
Plano de Benefícios I
Os benefícios assegurados por este plano, na modalidade de ”benefício definido”, abrangem
aposentadoria, pensão por morte, auxílio doença, auxílio reclusão, auxílio funeral e abono anual.
70 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
A contribuição normal do participante ativo corresponde a uma importância mensal equivalente
ao produto da aplicação das seguintes taxas:
i) Um percentual geral fixado em 3% (três por cento) aplicável ao salário de participação;
ii) Um primeiro percentual adicional igual a 2% (dois por cento), aplicável ao excesso (se existir)
do salário de participação sobre a metade do maior salário de benefício da Previdência Social; e
iii) Um segundo percentual adicional igual a 7% (sete por cento), aplicável ao excesso (se existir)
do salário de participação sobre o maior salário de benefício da Previdência Social.
Relativo a este plano, o Banrisul possui parcela remanescente de dívida contratada no montante
de R$89.930 em 30 de junho de 2013 (2012 - R$65.019) registrado na rubrica Outras Obrigações
(Nota 13). Esta dívida é paga acrescida de juros de 6% a.a. e atualizada pela variação do Índice
Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI, através de atualizações e pagamentos mensais,
e com prazo final em 2028.
O valor atual de obrigações de planos de pensão de beneficio definido é obtido por cálculos
atuariais, que utilizam um conjunto de premissas econômicas, financeiras e biométricas. Entre
as premissas usadas na determinação do custo (receita) líquido para esses planos, está a taxa de
desconto. Quaisquer mudanças nessas premissas afetarão o valor contábil das obrigações dos
planos de pensão.
O Banrisul determina a taxa de desconto apropriada ao final de cada exercício, observando os
princípios estabelecidos pela Deliberação CVM n° 695/12, e esta é usada para determinar o
valor presente de futuras saídas de caixa estimadas, que devem ser necessárias para liquidar
as obrigações de planos de pensão. Ao determinar a taxa de desconto apropriada, o Banrisul
considera as taxas de juros de títulos do Tesouro Nacional, sendo estes denominados em Reais, a
moeda em que os benefícios serão pagos, e que têm prazos de vencimentos próximos dos prazos
das respectivas obrigações.
A composição do Passivo Atuarial Líquido para 2013 e 2012, preparadas com base no laudo atuarial
de 31 de dezembro de 2012 e de acordo com CPC 33 (R1), é demonstrada a seguir:
Movimentação da Posição Líquida do Balanço
01/01/2013
01/01/2012
Valor Presente das Obrigações Atuariais...........................................................................................
(4.418.856) (3.136.522)
Efeito na Partilha de Riscos (*)..........................................................................................................
737.135 230.018
Valor Justo dos Ativos........................................................................................................................
3.236.083 2.758.557
Superávit/(Déficit).............................................................................................................................
(445.638) (147.947)
Passivo Atuarial Líquido............................................................................................................. (445.638)
(147.947)
(*) Refere-se ao efeito do partilhamento de riscos previstos na Deliberação CVM n° 695/12 e CPC 33 (R1), parágrafo 87, itens “c” e “d”.
Despesa Atuarial
Custo dos Serviços Correntes............................................................................................................
Juro sobre o Passivo/(Ativo) de Benefício Líquido.............................................................................
Reconhecimento do Custo Benefício Definido no Resultado...........................................................
Custo Reconhecido no Resultado............................................................................................... 31/12/2013 31/12/2012
(758)
34.668 33.910 33.910 7.365
13.088
20.453
20.453
A movimentação projetada do Passivo Atuarial Líquido para o período findo em 30 de junho de
2013 e 2012, preparada com base no laudo atuarial de 31 de dezembro de 2012, é demonstrada
a seguir:
Passivo Atuarial no Início do Período........................................................................................ Custo dos Serviços Correntes...........................................................................................................
Juros sobre o Passivo do Benefício Líquido......................................................................................
Custo Reconhecido no Resultado.............................................................................................. Contribuição Efetiva da Empresa . ...................................................................................................
Passivo Atuarial ao Final do Período......................................................................................... Quantidade de Participantes Ativos, Aposentados e Pensionistas
Participantes Ativos..........................................................................................................................
Participantes Aposentados............................................................................................................... Pensionistas......................................................................................................................................
Total......................................................................................................................................... 01/01 a
30/06/2013
(445.638)
379
(17.334) (16.955) 14.618
(447.975)
01/01 a
30/06/2012
(147.947)
(3.682)
(6.544)
(10.226)
7.122
(151.051)
31/12/2012 31/12/2011
7.472 4.646 1.093 13.211 7.732
4.519
1.225
13.476
71
Em conformidade com a Instrução PREVIC n° 09 de 14 de dezembro de 2010 combinadas com
a Instrução PREVIC n° 01 de 12 de abril de 2013 a Fundação Banrisul de Seguridade Social
elabora estudos visando o estabelecimento do perfil dos vencimentos das obrigações do Plano
de Benefícios I com a apuração do duration e outras análises de distribuição do pagamento dos
benefícios.
Banrisulprev
Os benefícios assegurados por este plano, na modalidade de “contribuição variável”, abrangem
benefícios com características de contribuição definida, que são a aposentadoria normal,
aposentadoria antecipada e auxílio funeral, e benefícios com características de benefício definido,
que são aposentadoria por invalidez, benefício proporcional, auxílio doença, abono anual, benefício
mínimo e pensão por morte.
A contribuição normal do participante é composta de três parcelas:
i) Parcela Básica: 1% aplicado sobre o salário de participação;
ii) Parcela Adicional: pode variar entre 1% e 7,5% aplicado sobre a parcela do salário de
participação que exceder a 9 (nove) unidades de referência; e
iii)Parcela Variável: percentual aplicado sobre o salário de participação, determinado anualmente
pelo atuário, para cobrir 50% dos custos dos benefícios de risco e das despesas administrativas
do plano.
Além da contribuição normal, o participante poderá efetuar contribuições facultativas, não
inferiores a 1 (uma) unidade de referência, não acompanhadas pelo patrocinador.
O Banrisul contribui paritariamente às contribuições normais dos participantes.
A composição do Passivo Atuarial Líquido para 2013 e 2012, preparadas com base no laudo atuarial
de 31 de dezembro de 2012, de acordo com CPC 33 (R1), é demonstrada a seguir:
Movimentação da Posição Líquida do Balanço
Valor Presente das Obrigações Atuariais.........................................................................................
Efeito na Partilha de Riscos (*)........................................................................................................
Valor Justo dos Ativos......................................................................................................................
Superávit/(Déficit)...........................................................................................................................
Passivo Atuarial Líquido........................................................................................................... 01/01/2013
(2.111)
629 851 (631)
(631)
01/01/2012
(1.233)
461
309
(463)
(463)
(*) Refere-se ao efeito do partilhamento de riscos previstos na Deliberação CVM n° 695/2012 e CPC 33 (R1), parágrafo 87, itens “c” e “d”.
Despesa Atuarial
Custo dos Serviços Correntes............................................................................................................
Juro sobre o Passivo/(Ativo) de Benefício Líquido.............................................................................
Reconhecimento do Custo Benefício Definido no Resultado...........................................................
Custo Reconhecido no Resultado............................................................................................... 31/12/2013
31/12/2012
52
15 67 67 (31)
16
(15)
(15)
A movimentação projetada do Passivo Atuarial Líquido para o período findo em 30 de junho de
2013 e 2012, preparada com base no laudo atuarial de 31 de dezembro de 2012, é demonstrada
a seguir:
Passivo Atuarial no Início do Período........................................................................................ Custo dos Serviços Correntes...........................................................................................................
Juros sobre o Passivo do Benefício Líquido......................................................................................
Custo Reconhecido no Resultado.............................................................................................. Contribuição Efetiva da Empresa . ...................................................................................................
Passivo Atuarial ao Final do Período......................................................................................... 01/01 a
01/01 a
30/06/2013 30/06/2012
(631)
(26) (8) (34) 206
(459)
(463)
16
(8)
8
124
(331)
A quantidade de participantes ativos beneficiários deste Plano totalizava 2.638 em 31 de dezembro
de 2012 (2011 – 1.635).
Plano de Saúde, Odontológico e Auxílio Medicamento
O Banrisul oferece planos de saúde, odontológico e auxílio medicamento, através da Cabergs, a
seus funcionários ativos e aos aposentados pela Fundação Banrisul.
A composição do Passivo Atuarial Líquido para 2013 e 2012, preparadas com base no laudo atuarial
72 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
de 31 de dezembro de 2012, de acordo com CPC 33 (R1), é demonstrada a seguir:
Movimentação da Posição Líquida do Balanço
Valor Presente das Obrigações Atuariais.........................................................................................
Valor Justo dos Ativos......................................................................................................................
Superávit/(Déficit)...........................................................................................................................
Ativo Atuarial Líquido.............................................................................................................. Despesa Atuarial
Custo dos Serviços Correntes............................................................................................................
Juro sobre o Passivo/(Ativo) de Benefício Líquido.............................................................................
Reconhecimento do Custo Benefício Definido no Resultado...........................................................
Custo Reconhecido no Resultado............................................................................................... 01/01/2013
01/01/2012
31/12/2013
31/12/2012
1.508
1.006 2.514 2.514 1.184
893
2.077
2.077
(149.144)
167.355 18.211
18.211
(110.598)
139.176
28.578
28.578
A movimentação projetada do Ativo Atuarial Líquido para o período findo em 30 de junho de 2013
e 2012, preparada com base no laudo atuarial de 31 de dezembro de 2012, é demonstrada a seguir:
Ativo Atuarial no Início do Período.......................................................................................... Custo dos Serviços Correntes..........................................................................................................
Juros sobre o Passivo do Benefício Líquido.....................................................................................
Custo Reconhecido no Resultado............................................................................................. Benefícios Pagos..............................................................................................................................
Contribuição Efetiva da Empresa . ..................................................................................................
Ativo Atuarial ao Final do Período........................................................................................... 01/01 a
30/06/2013
18.211
(754) (503) (1.257) (1.261) 1.559
17.252
01/01 a
30/06/2012
28.578
(592)
(446)
(1.038)
(1.191)
1.425
27.774
Conforme previsto na Deliberação CVM n° 695/12, a partir de 1° de janeiro de 2013, os eventuais
ganhos/perdas atuariais passaram a ser reconhecidos respectivamente como ativos ou passivos nas
demonstrações contábeis tendo como contrapartida o Patrimônio Líquido conforme demonstrado.
O efeito da aplicação desta norma no Banrisul impactou negativamente o Patrimônio Líquido no
montante de R$379.605, ajustado pelos créditos tributários no montante de R$151.842.
Os saldos dos períodos comparativos foram reapresentados seguindo o mesmo critério, para fins
de comparabilidade, conforme descrito na Nota 03 (n).
Visando a diversificação de opções aos participantes e assistidos do Plano de Benefícios Definidos
– PB1, o Banrisul em conjunto com a Fundação Banrisul de Seguridade Social está procedendo
a implementação de novos planos na modalidade Benefício Definido Saldado e na modalidade
de Contribuição Variável para recepcionar os recursos dos participantes e assistidos do PB1
que voluntariamente optarem pelo saldamento e migração de suas reservas atuariais. Este
procedimento deverá encerrar-se no exercício de 2013.
Outros Benefícios de Longo Prazo – Prêmio de Aposentadoria (Benefício Pós-Emprego)
O Banrisul concede aos seus funcionários um prêmio por aposentadoria que é pago integralmente
na data em que o funcionário se desliga da empresa por aposentadoria. Em 30 de junho de
2013 a provisão existente para este benefício é de R$96.567 (2012 - R$88.739), considerando os
encargos incidentes.
Conforme previsto na Deliberação CVM n° 695/12, a partir de 1° de janeiro de 2013, os eventuais
ganhos/perdas atuariais passaram a ser reconhecidos respectivamente como ativos ou passivos
nas demonstrações contábeis tendo como contrapartida o Patrimônio Líquido. De acordo com a
avaliação dos atuários, o montante desta obrigação acrescida dos encargos legais remonta o valor
de R$153 milhões e impactou o Patrimônio Líquido do Banrisul no montante de R$53 milhões,
ajustado pelos créditos tributários no montante de R$21.200.
A quantidade de participantes ativos beneficiários deste prêmio de aposentadoria totalizava
10.364 em 31 de dezembro de 2012 (2011 – 9.658).
NOTA 24 Instrumentos e Gestão de Riscos Financeiros
A Gestão de Riscos é ferramenta estratégica e fundamental para o Banrisul. Os riscos intrínsecos
abrangem desde aqueles facilmente identificáveis, como os Riscos de Mercado, de Liquidez,
de Crédito, assim como os não diretamente identificados como tal, mas também de extrema
importância, tais como Risco Operacional e de Imagem, dentre outros.
73
Risco de Crédito - É a possibilidade de ocorrência de perdas pela Instituição, associadas ao não
cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos
pactuados.
A estrutura de avaliação de riscos do Banrisul está alicerçada no princípio de decisão técnica
colegiada e em metodologias estatísticas de Credit e Behaviour Score, sendo definidas alçadas
de concessão de crédito correspondentes aos níveis decisórios que abrangem, desde a extensa
rede de agências, em suas diversas categorias de porte, até as esferas diretivas e seus Comitês de
Crédito e de Risco da Direção-Geral, Diretoria e Conselho de Administração. Esse processo visa
agilizar a concessão de crédito, com base em limites tecnicamente pré-definidos, de acordo com a
exposição que a Instituição está disposta a operar com cada cliente, seja Pessoa Física (PF) ou Pessoa
Jurídica (PJ), atendendo o binômio risco x retorno. A descrição desta estrutura está disponibilizada
no site http://www.banrisul.com.br, na rota: “Relações com Investidores/Governança Corporativa/
Gerenciamento de Riscos/Estrutura de Gerenciamento de Risco de Crédito”.
A contínua e crescente implementação de metodologias estatísticas para avaliação do risco de
clientes, a parametrização de políticas de crédito e regras de negócios, aliada à otimização dos
controles das informações cadastrais por meio de um modelo de certificação, intensificam e
fortalecem as avaliações. A adoção de sistemas de Credit Score e Behaviour Score oportuniza o
estabelecimento de créditos pré-aprovados de acordo com as classificações de risco previstas nos
modelos estatísticos, que são mais atrativos para manejo com crédito massificado.
Para o segmento Corporate, o Banrisul adota estudos técnicos efetuados por área interna de
análise de riscos, que avaliam as empresas sob os prismas: financeiro, de gestão, mercadológico
e produtivo, com revisões periódicas, observando ainda os cenários econômicos, com a inserção
das empresas nestes ambientes. A gestão da exposição ao Risco de Crédito tem como diretriz
a postura seletiva e conservadora da Instituição, seguindo estratégias definidas pela Diretoria e
pelo Conselho de Administração.
(a) Mensuração do Risco de Crédito
Operações de Crédito Diretas e Operações de Repasse por Meio de Agentes Financeiros – O
Banrisul avalia a probabilidade de inadimplência de contrapartes individualmente, por meio
de ferramentas de classificação projetadas para diferentes categorias de contrapartes. Essas
ferramentas, que foram desenvolvidas internamente e combinam análise estatística e opinião
da equipe de crédito, são validadas, quando apropriado, por meio da comparação com dados
externos disponíveis. As ferramentas de classificação são mantidas sob análise e atualizadas
quando necessário. Regularmente, a Administração valida o desempenho da classificação e de
seu poder de previsão com relação a eventos de inadimplência.
A exposição à inadimplência baseia-se nos montantes que podem ser devidos ao Banrisul no
momento da inadimplência. Por exemplo, no caso de um empréstimo, é o valor nominal.
(b) Controle do Limite de Risco e Políticas de Mitigação
O Banrisul administra, limita e controla concentrações de risco de crédito. Dentre os procedimentos
adotados, pode-se destacar:
i) A Administração estrutura os níveis de risco que assume, estabelecendo limites sobre a extensão
de risco aceitável com relação a um devedor específico, a grupos de devedores, e a segmentos
da indústria. Esses riscos são monitorados rotativamente e sujeitos a revisões anuais ou mais
frequentes, quando necessário. Os limites sobre o nível de risco de crédito por produto e setor
da indústria são aprovados pela Diretoria e pelo Conselho de Administração, se for o caso.
ii) A exposição a qualquer tomador de empréstimo, inclusive aos agentes financeiros, no caso de
contraparte, é adicionalmente restrita por sublimites que cobrem exposições registradas e não
registradas no Balanço Patrimonial. As exposições reais, de acordo com os limites estabelecidos,
são monitoradas mensalmente.
74 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
iii) A exposição ao risco de crédito é também administrada por meio de análise regular dos
tomadores de empréstimos, efetivos e potenciais, quanto aos pagamentos do principal e dos
juros e da alteração da situação cadastral e de seus limites, quando apropriado.
(c) Compromissos Relacionados a Crédito
Compromissos Relacionados a Crédito representam porções não utilizadas pela contraparte de
limites contratados, tipicamente atribuídos a modalidades de capital de giro, cheque especial,
cartões de crédito, entre outros. Ainda, referem-se a contratos cujos recursos serão liberados
mediante o cumprimento de alguma exigência contratual, conforme cronograma de etapas de
construção, como ocorre em alguns contratos imobiliários.
O valor contratual representa o risco de crédito máximo nessas modalidades, no caso de a
contraparte efetivamente utilizar o recurso disponível. Contudo, a exposição a perdas resultantes
desses contratos é inferior ao total de compromissos a liberar, visto que uma parte destes expira
sem a sua completa utilização, seja por decisão do cliente, seja por determinação do Banrisul que
adota critérios para a disponibilização desses recursos, conforme exigência de cumprimento de
determinadas cláusulas contratuais.
Risco de Mercado - O Banrisul está exposto aos riscos de mercado decorrentes da possibilidade
de perda financeira por oscilação dos preços e taxas de juros de mercados das suas operações,
em razão do descasamento de prazos entre ativos e passivos, moedas e indexadores.
O Banrisul está exposto ao risco cambial decorrente de exposições de moeda estrangeira,
basicamente com relação ao dólar dos Estados Unidos. O risco cambial decorre da operação de
captação externa descrito na Nota 13. Para administrar seu risco cambial, o Banrisul usa contratos
de derivativos como instrumento de proteção (hedge de risco de mercado), conforme descrito
na Nota 03 (c).
O gerenciamento do Risco de Mercado no Banrisul é realizado pela Unidade de Gestão de Riscos
Corporativos a qual é responsável por executar e atualizar anualmente a política e as estratégias de
gerenciamento do risco de mercado do Banrisul, estabelecer limites operacionais para acompanhar
as exposições ao risco, identificar, avaliar, monitorar e controlar a exposição aos riscos das carteiras
de negociação e não negociação.
O risco de mercado é apurado tanto para as operações classificadas na carteira de negociação
quanto para as operações não classificadas na carteira de negociação. A Carteira Trading
compreende as operações em instrumentos financeiros detidos com intenção de negociação,
destinados para revenda, obtenção de benefícios da flutuação dos preços ou realização de
arbitragem. A Carteira Banking compreende todas as operações da Instituição não classificadas
na carteira de negociação, sem intenção de venda, ou seja, carteira de crédito, carteira de títulos
mantidos até o vencimento, captação de depósito a prazo, depósito de poupança e demais
operações mantidas até o vencimento.
Na mensuração do risco de mercado da Carteira Trading utilizamos a metodologia Value at Risk
(VaR) para a apuração da exposição das operações com fator de risco de taxas de juros pré-fixadas.
O VaR é uma medida da perda máxima esperada em valores monetários sob condições normais
de mercado, em um horizonte de tempo determinado de dez dias, com um nível de probabilidade
de 99%, utilizado para mensurar as exposições sujeitas a risco de mercado. Para a apuração das
exposições nos demais indexadores é utilizada a metodologia Maturity Ladder.
A apuração do risco das operações da Carteira Banking é realizada por meio de modelo próprio
da Instituição e a metodologia utilizada é o VaR.
A Instituição também realiza trimestralmente análise de sensibilidade com base em cenários
específicos para cada fator de risco. O objetivo é mensurar o impacto das oscilações de mercado
sobre as carteiras da Instituição e a sua capacidade de recuperação em um eventual agravamento
de crise.
75
Análise de Sensibilidade da Carteira Trading - Buscando aprimorar a gestão de riscos e estar
em conformidade com as práticas e governança corporativa e atender as exigências da Instrução
Normativa CVM n° 475 de 17 de dezembro de 2008, o Banrisul realizou a análise de sensibilidade
das suas posições classificadas na carteira de negociação (Trading Book) sem considerar os
instrumentos financeiros derivativos. Foram aplicados choques para mais e para menos nos
seguintes Cenários: 1% (Cenário 1), 25% (Cenário 2) e 50% (Cenário 3).
Carteira de Negociação - Para a elaboração dos cenários que compõem o quadro de análises de
sensibilidade foram levadas em consideração as situações propostas pela Instrução Normativa
CVM n° 475/08, no qual seriam as seguintes condições:
Cenário 1: Situação provável. Foi considerada como premissa a deterioração de 1% nas variáveis
de risco de mercado, levando-se em consideração as condições existentes em 30/06/2013.
Cenário 2: Situação possível. Foi considerada como premissa a elevação de 25% nas variáveis de
risco de mercado, levando-se em consideração as condições existentes em 30/06/2013.
Cenário 3: Situação remota. Foi considerada como premissa a elevação de 50% nas variáveis de
risco de mercado, levando-se em consideração as condições existentes em 30/06/2013.
O quadro a seguir apresenta a maior perda esperada considerando os cenários 1, 2 e 3 e suas
variações para mais e para menos.
Para o Fator de Risco “Moeda Estrangeira”, foi considerada a cotação de R$2,2151 de 30/06/2013
(PTAX - Bacen).
As análises de sensibilidade a seguir identificadas, não consideram a capacidade de reação
das áreas de risco e de tesouraria, pois uma vez constatada perda relativa a estas posições,
medidas mitigadoras do risco são rapidamente acionadas, minimizando a possibilidade de perdas
significativas.
Teste de Sensibilidade: Carteira Trading
Cenários
1
2
3
1%
25%
50%
Taxa de Juros
202
4.999
9.890
Fatores de Risco
Moedas
1.415
35.387
70.773
Ações
135
3.374
6.749
Total
1.752
43.760
87.412
Definições:
Taxa de Juros – Exposições sujeitas à variações de taxas de juros pré-fixadas e cupons de taxas
de juros.
Moeda Estrangeira – Exposições sujeitas à variação cambial.
Renda Variável – Exposições sujeitas à variação do preço de ações.
Analisando os resultados, podemos identificar no Fator de Risco “Moedas Estrangeiras” a maior
perda esperada, que representa aproximadamente 81% de toda a perda esperada para os três
cenários. Do Cenário 2 para o Cenário 3, a variação é de 99,8%. A maior perda esperada nestes
Cenários do Teste de Sensibilidade, ocorre no Cenário 3 (50%), no valor total de R$ 87.000.
Análise de Sensibilidade de Instrumentos Financeiros Derivativos - O Banrisul realizou a análise
de sensibilidade de suas posições em instrumentos financeiros derivativos (Carteira Trading) e
da operação de captação externa realizada em 02/02/2012 no valor de USD 500 milhões, com
vencimento em 02/02/2022, contabilizada na Carteira Banking (Nota 13). Foram aplicados choques
para mais e para menos nos Cenários I, II e III.
A aplicação dos choques sobre o valor da moeda estrangeira “Dólar – US$” considera a cotação
de R$2,2151 de 30/06/2013 (PTAX - Bacen).
O cenário I é o mais provável e considera as variações esperadas pelo Banrisul em relação às
curvas de referência de mercado (BM&FBovespa), utilizadas para efetuar a marcação desses
instrumentos financeiros. Os cenários II e III são definidos de acordo com a Instrução n° 475 da
76 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
CVM, que determina que os cenários de alta devam contemplar variações de +25% e +50% e os
cenários de queda variações de -25% e -50%.
Portanto, o cenário I é definido pela alta de 1% do cupom de dólar, o cenário II pela alta de 25%
do cupom de dólar e o cenário III pela alta de 50% do cupom de dólar de acordo com a posição
do Banrisul, levando-se em consideração as condições existentes em 30/06/2013.
As análises de sensibilidade demonstradas a seguir foram estabelecidas com o uso de premissas
e pressupostos em relação a eventos futuros. Os cenários estimados revelam os impactos no
resultado para cada cenário em uma posição estática da carteira para o dia 30/06/2013.
O quadro a seguir demonstra a probabilidade do impacto no fluxo de caixa nos três cenários das
exposições em instrumentos financeiros derivativos (Carteira Trading ou para negociação) e no
instrumento objeto de proteção (Carteira Banking ou mantidos até o vencimento) em 30/06/2013.
Carteira Trading e Banking
Operação
Swap
NDF
Dívida I
Carteira
Trading
Trading
Risco
Cenário I
6.232
Alta do Cupom de US$
47.214
Alta do Cupom de US$
Item Objeto de Proteção
3.853
Banking
Alta do Cupom de US$
57.299
Efeito Líquido
Cenário II
Cenário III
(77.743)
(150.181)
47.193
46.937
87.512
159.925
56.962
56.681
Cupom de Dólar Americano (USD): todos os produtos que possuem variações de preço atreladas
a variações do dólar americano e da taxa de juros em dólar americano.
Adicionalmente, ressalta-se que os resultados apresentados não se traduzem necessariamente
em resultados contábeis, pois o estudo tem fins exclusivos de divulgação da exposição a riscos
e as respectivas ações de proteção considerando o valor justo dos instrumentos financeiros,
dissociado de quaisquer práticas contábeis adotadas pela Instituição.
O Banrisul considera que o risco de estar passivo em CDI por ocasião dos swaps seria a elevação
da taxa CDI e este seria compensado pelo aumento das receitas oriundas de suas operações de
aplicação atreladas ao CDI.
Risco de Liquidez - Em busca das melhores práticas adotadas pelo sistema financeiro e aderência
às recomendações do Comitê da Basileia, o Banrisul estabelece limites operacionais para o Risco de
Liquidez consistente com as estratégias de negócios do Banco, para os instrumentos financeiros e
demais exposições, cujos cumprimentos dos parâmetros de grandeza são analisados regularmente
pelos Comitês de Riscos Corporativos e de Gestão Bancária e submetidos a instâncias diretivas,
visando a garantir sua operacionalidade de forma eficaz pelos gestores.
O gerenciamento do risco de liquidez no Banrisul é realizado pela Unidade de Gestão de Riscos
Corporativos a qual é responsável por executar e atualizar anualmente a política e as estratégias
de gerenciamento do risco de liquidez do Banco.
A gestão da liquidez encontra-se centralizada na Tesouraria e tem como objetivo manter um nível
satisfatório de disponibilidades para fazer face às necessidades financeiras no curto, médio e
longo prazo, tanto em cenário normal como em cenário de crise, com adoção de ações corretivas,
caso necessário.
No processo de controle são monitorados os descasamentos oriundos do uso de passivos de curto
prazo para lastrear ativos de longo prazo, a fim de evitar deficiências de liquidez e garantir que as
reservas da Instituição sejam suficientes para fazer frente às necessidades diárias de caixa, tanto cíclicas
como não cíclicas, assim como também as necessidades de longo prazo. O Banrisul procura manter
níveis mínimos de ativos com alta liquidez de mercado, juntamente com o acesso a outras fontes de
liquidez, assim como busca assegurar uma base de operações de captação (funding) adequadamente
diversificada, cumprindo os níveis mínimos exigidos pelos requerimentos regulatórios.
77
Dentre as premissas utilizadas para o tratamento do risco de liquidação antecipada de depósitos
que não possuam vencimento definido, dados históricos revelam que o Banco mantém o volume
de depósitos à vista, demonstrando a capacidade da Instituição em conservar um colchão de
liquidez adequado aos movimentos de saques diários. Os depósitos em contas de poupança, com
base no histórico, também possuem tendência de elevação, face ao efeito de ampliação da renda
e da tradicional preferência dos poupadores por essa modalidade de investimento.
No âmbito de Contingência de Liquidez, a Instituição tem como objetivo identificar antecipadamente
e minimizar eventuais crises e seus potenciais efeitos na continuidade dos negócios. Os parâmetros
utilizados para a identificação das situações de crises consistem numa gama de responsabilidades
e de procedimentos a serem seguidos de modo a garantir a estabilidade do nível de liquidez
requerido.
Periodicamente, relatórios são enviados aos Comitês, Diretoria e Conselho de Administração,
contendo as informações referentes ao gerenciamento do risco de liquidez. Este procedimento
garante um monitoramento tempestivo do risco de liquidez por todas as partes relacionadas.
(d) Índice de Basileia
O Índice de Basileia representa a relação entre o Patrimônio Base - Patrimônio de Referência – PR,
e os riscos ponderados - Patrimônio de Referência Exigido – PRE. Conforme regulamentação em
vigor, o Índice de Basileia demonstra a solvência da empresa. O percentual mínimo estabelecido
pelo Conselho Monetário Nacional - CMN é de 11%. O CMN ainda determina que o valor mínimo
do Patrimônio de Referência seja igual à soma das parcelas calculadas para os riscos de crédito,
de mercado e operacional. O Banrisul está enquadrado nesse limite operacional em 30 de junho
de 2013.
Banrisul Consolidado
2013
Patrimônio de Referência Nível I................................................................................... 4.863.111
Patrimônio Líquido.............................................................................................................. 4.637.668
Contas de Resultado Credoras............................................................................................. 3.894.137
Contas de Resultado Devedoras.......................................................................................... 3.595.378
Ativo Permanente Diferido.................................................................................................. 10.124
Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Instrumentos Financeiros Derivativos .....................
17.297
Dividendos e Bonificações a Distribuir............................................................................... 45.895
Patrimônio de Referência Nível II.................................................................................. 1.845.464
Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Instrumentos Financeiros Derivativos .....................
17.297
Instrumentos de Dívida Subordinada.................................................................................. 1.828.167
Patrimônio de Referência (PR)...................................................................................... 6.708.575
Patrimônio de Referência Exigido (PRE)........................................................................ 4.043.732
Parcela Referente ao:
Risco de Crédito (PEPR)................................................................................................... 2.957.148
Risco de Câmbio (PCAM)................................................................................................. 577.982
Risco de Juros (PJUR)....................................................................................................... 5.029
Risco de Ações (PACS)..................................................................................................... 2.159
Risco Operacional (POPR)............................................................................................... 501.414
Parcela Referente Risco da Carteira Banking (RBAN)..................................................... 984.015
Valor da Margem ou Insuficiência (PR-PRE-RBAN)........................................................ 1.680.828
Índice de Basileia (Fator de Risco/PRE)......................................................................... 18,25%
Índice de Imobilização ........................................................................................................ 3,66%
Margem de Imobilização..................................................................................................... 3.108.527
NOTA 25 Transações com Partes Relacionadas
O Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. mantém relacionamentos comerciais com o Governo
do Estado do Rio Grande do Sul e as empresas por ele controladas, Companhia Estadual de
Energia Elétrica - CEEE, Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN, Companhia de Gás
do Rio Grande do Sul - SULGÁS, Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul S.A. - CEASA,
Companhia Estadual de Silos e Armazéns - CESA, Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas
- CORAG, Companhia Riograndense de Mineração - CRM, Companhia de Processamento de
Dados do Estado do Rio Grande do Sul – PROCERGS e Badesul Desenvolvimento S.A. – Agência
de Fomento/RS, a seguir demonstradas:
Governo do Estado do Rio Grande do Sul - Em 28 de junho de 2012 foi estabelecido Termo de
Convênio de n° 1201/12, entre o Banrisul e o Estado do Rio Grande do Sul, no qual o Estado assegura
ao Banrisul a exclusividade na prestação dos serviços bancários relacionados com o pagamento
de pessoal dos servidores ativos, inativos, pensionistas vitalícios e especiais do Poder Executivo
78 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
(Administração Direta), e dos pensionistas previdenciários (Instituto de Previdência do Estado
do Rio Grande do Sul - IPERGS), pelo prazo de cinco anos e mantendo a concessão do canal, pelo
Estado, para realização de empréstimos consignados em folha de pagamento. No mesmo Termo
de Convênio, devido à reciprocidade na prestação de serviços, o Banrisul libera o Estado do Rio
Grande do Sul de qualquer custo associado à prestação dos serviços bancários de arrecadação
de receitas e tributos estaduais, débitos em contas correntes, extratos de FGTS e serviços de
cobrança de créditos imobiliários.
O Banrisul também é prestador de serviços nos repasses financeiros realizados pelas secretarias
quanto à destinação de valores vinculados aos programas sociais e efetua serviços de atualização
de dados cadastrais de servidores inativos e de detentores de pensões especiais ou vitalícias
oriundas da Administração Direta. Esses serviços não são remunerados.
O Banrisul efetua também o pagamento de fornecedores relacionados ao sistema de Finanças
Públicas e processa as movimentações relacionadas ao Sistema Integrado de Administração de
Caixa - SIAC, responsável por centralizar em conta bancária única as disponibilidades dos órgãos da
Administração Direta e Indireta do Estado e suas controladas. Esses serviços não são remunerados.
O Banrisul também efetua para diversas fundações e autarquias outros serviços de cobrança
através de arrecadação e fornecimento de cartão refeição e combustível. Esses serviços geraram,
no período findo em 30 de junho de 2013, receita no valor de R$5.398. O Banrisul disponibiliza a
solução para gestão de compras eletrônicas através do uso do Portal de Compras Pregão On Line
e esse serviço não é remunerado.
O Banrisul adquiriu direitos de créditos do FCVS, conforme descrito na Nota 06. Em 30 de junho
de 2013, os créditos estão avaliados pelo valor de custo e acrescidos de rendimentos incorridos
até a data das demonstrações financeiras, no valor de R$706.082.
O Banrisul possui contratos de arrendamento de imóveis pertencentes ao Estado, que geraram
no período findo em 30 de junho de 2013, despesas no montante de R$561.
O Banrisul possui acordo com o Estado de cessão de funcionários, onde o Estado cedeu 8 (oito)
funcionários e recebeu 11 (onze) funcionários alocados em Secretarias e Fundações. Os custos
com esses funcionários são ressarcidos pelas partes.
Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE - O Banrisul é responsável pela prestação de
serviços bancários relacionados ao pagamento de pessoal e possui contrato de concessão de
empréstimos consignados em folha de pagamento. O Banrisul é também agente arrecadador pelo
serviço de arrecadação das contas de consumo emitidas pela CEEE, pelo fornecimento de cartão
combustível e, no período findo em 30 de junho de 2013, foi remunerado em R$1.762 por estes
serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas através do uso
do Portal de Compras Pregão On Line.
Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN - O Banrisul é responsável pela prestação
de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal. O Banrisul é também agente
arrecadador das contas de consumo emitidas pela CORSAN, pelo fornecimento de cartão
combustível e, no período findo em 30 de junho de 2013, foi remunerado em R$2.283 por estes
serviços. O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas através do uso do
Portal de Compras Pregão On Line.
O Banrisul é interveniente para operacionalizar o fluxo financeiro previsto nos contratos desta
Companhia junto ao BNDES. Não existem garantias prestadas e/ou remuneração atrelada a estas
operações.
SULGÁS, CEASA, CESA, CORAG, CRM e PROCERGS - O Banrisul é responsável pela prestação de
serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal com as empresas acima mencionadas
e, com a SULGÁS, a CEASA e a CESA, possui contrato de concessão de empréstimos consignados
em folha de pagamento. O serviço de cobrança escritural emitida por estas Companhias e o
fornecimento de cartão refeição e combustível também é de responsabilidade do Banrisul e para
79
tanto no período findo em 30 de junho de 2013, foi remunerado em R$148 por estes serviços.
O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas através do uso do Portal
de Compras Pregão On Line.
A SULGÁS possui ainda aplicações financeiras com remuneração atrelada à variação do CDI, bem
como o Banrisul é interveniente para operacionalizar o fluxo financeiro previsto nos contratos
desta Companhia junto ao BNDES. Não existem garantias prestadas e/ou remuneração atrelada
a estas operações.
Badesul Desenvolvimento S.A. - Agência de Fomento/RS - O Banrisul é responsável pela
prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e possui contrato de
concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento. O serviço de cobrança escritural
e o fornecimento de cartão refeição também são de responsabilidade do Banrisul e para tanto no
período findo em 30 de junho de 2013, foi remunerado em R$34 sobre estes serviços. O Banrisul
disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas através do uso do Portal de Compras
Pregão On Line.
O Banrisul possui acordo de cessão de empregados, onde o Banrisul cedeu 4 (quatro) funcionários
e recebeu 1 (um) funcionário. Os custos deste acordo são ressarcidos pelas partes.
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE - O Banrisul é responsável pela
prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de pessoal e possui contrato
de concessão de empréstimos consignados em folha de pagamento relativos aos funcionários
alocados no Rio Grande do Sul, sendo também responsável pelo serviço de cobrança escritural.
Fundação Banrisul de Seguridade Social - Conforme descrito na Nota 23, o Banrisul possui dívida
contratada em 31 de março de 1998, relativa a parcela remanescente do déficit atuarial, no
montante de R$89.930. Esta dívida é paga acrescida de juros de 6% a.a. e atualizada pela variação
do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna – IGP-DI, através de atualizações mensais, com
prazo final em 2028.
Para a complementação de benefícios assegurados e prestados pela Previdência Social aos
funcionários, o Banrisul contribuiu para a Fundação no período findo em 30 de junho de 2013 o
montante de R$16.490 conforme descrito na Nota 23.
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento de
pessoal bem como de aposentadorias e pensões dos beneficiários da Fundação Banrisul.
A Fundação possui também fundo de investimento exclusivo administrado pelo Banrisul. As
aplicações financeiras efetuadas pela Fundação Banrisul junto ao Banrisul são remuneradas com
taxas atreladas à variação do CDI.
O Banrisul possui contratos de arrendamento de imóveis pertencentes à Fundação Banrisul, que
geraram no período findo em 30 de junho de 2013, despesas no montante de R$3.207.
Cabergs - Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Estado do Rio Grande do Sul - O
Banrisul oferece benefícios de assistência médica e odontológica a seus funcionários e aposentados
pela Fundação Banrisul, que geraram no período findo em 30 de junho de 2013, despesas no
montante de R$15.773.
O Banrisul é responsável pela prestação de serviços bancários relacionados com o pagamento
de pessoal e fornecedores. A Cabergs possui fundo de investimento exclusivo administrado pelo
Banrisul. As aplicações financeiras efetuadas pela Cabergs junto ao Banrisul são remuneradas
com taxas atreladas à variação do CDI.
O Banrisul disponibiliza a solução para gestão de compras eletrônicas através do uso do Portal de
Compras Pregão On Line e esse serviço não é remunerado.
Todas as transações remuneradas foram contratadas a taxas compatíveis com as praticadas com
terceiros, vigentes nas datas das operações.
80 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Credimatone Promotora de Vendas e Serviços S/A - Com o objetivo de alavancar canais de
relacionamento com clientes em escala nacional, a promotora de vendas Bem-Vindo Banrisul
Serviços Financeiros, atua no segmento de concessão de crédito consignado. Sobre os serviços
prestados de originação de crédito consignado através dos convênios, o Banrisul pagou, no
período findo em 30 de junho de 2013, para a Credimatone o montante de R$44.021 a título de
comissões e taxas de performance.
Fundos de Investimentos e Carteiras Administradas - O Banrisul é administrador de diversos
Fundos e Carteiras Administradas, que são compostas principalmente por títulos de renda fixa e
de renda variável.
O Administrador foi responsável pela realização, como contraparte, das operações compromissadas
dos Fundos que tiveram como lastro títulos públicos federais. Essas operações apresentaram no
período um volume médio diário de R$1.583.803, que representou 21,69% sobre o Patrimônio
Líquido médio dos fundos. Estas operações foram realizadas em condições de mercado no que
se relaciona a prazos e taxas praticadas.
A Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio foi responsável pela realização, como
contraparte, das operações de compra e venda de ações dos Fundos de Ações administrados
pelo Banrisul realizadas no período. Essas operações apresentaram um volume de R$74.801, que
representou 75,69% sobre o Patrimônio Líquido médio dos Fundos de Ações no mesmo período
e foram realizadas a preço de mercado por meio de pregão eletrônico da BM&FBovespa. Estas
operações incorreram em uma corretagem de R$74.
As transações com controladores e controladas estão demonstradas a seguir:
Serviços de Arrecadação.................................................................
Governo do Estado do Rio Grande do Sul...........................................
Outros Créditos..............................................................................
Governo do Estado do Rio Grande do Sul...........................................
Empresas Controladas.........................................................................
Depósitos à Vista............................................................................
Governo do Estado do Rio Grande do Sul...........................................
Empresas Controladas ........................................................................
Depósitos a Prazo...........................................................................
Empresas Controladas.........................................................................
Captações no Mercado Aberto.......................................................
Governo do Estado do Rio Grande do Sul (*)......................................
Empresas Controladas.........................................................................
Outras Obrigações..........................................................................
Governo do Estado do Rio Grande do Sul...........................................
Fundação Banrisul de Seguridade Social.............................................
Empresas Controladas.........................................................................
Total ............................................................................................ 30/Jun 2013
Ativos (Passivos)
Banrisul
Receitas (Despesas)
30/Jun 2012 01/01 a 30/06/2013 01/01 a 30/06/2012
5.072 5.072 5.072 5.072 17.952 16.487 14.684 14.253 3.268 2.234 (183.181)
(108.328)
(181.174)
(106.495)
(2.007)
(1.833)
(337.434)
(290.655)
(337.434)
(290.655)
(3.949.410)
(912.061)
(3.885.330)
(845.541)
(64.080)
(66.520)
(136.729)
(105.356)
(34.691)
(30.307)
(90.465)
(65.506)
(11.573)
(9.543)
(4.583.730) (1.394.841)
- - 6.736 - 6.736 - - - (10.706)
(10.706)
(85.797)
(83.449)
(2.348)
(8.288)
(561)
(6.493)
(1.234)
(98.055)
5.848
5.848
(12.462)
(12.462)
(35.320)
(32.248)
(3.072)
(6.987)
(528)
(5.644)
(815)
(48.921)
(*) Estas captações são remuneradas a 100% da taxa Selic.
30/Jun 2013
Disponibilidades ............................................................................ 18.160 Governo do Estado do Rio Grande do Sul........................................... 18.160 Serviços de Arrecadação................................................................. 5.072 Governo do Estado do Rio Grande do Sul........................................... 5.072 Outros Créditos.............................................................................. 19.066 Governo do Estado do Rio Grande do Sul........................................... 19.066 Depósitos à Vista............................................................................ (181.174)
Governo do Estado do Rio Grande do Sul........................................... (181.174)
Captações no Mercado Aberto....................................................... (3.885.330)
Governo do Estado do Rio Grande do Sul (*)...................................... (3.885.330)
Outras Obrigações.......................................................................... (125.156)
Governo do Estado do Rio Grande do Sul........................................... (34.691)
Fundação Banrisul de Seguridade Social............................................. (90.465)
Total ............................................................................................ (4.149.362)
Ativos (Passivos)
Banrisul Consolidado
Receitas (Despesas)
30/Jun 2012 01/01 a 30/06/2013 01/01 a 30/06/2012
18.021 18.021 5.072 5.072 21.655 21.655 (106.495)
(106.495)
(845.541)
(845.541)
(95.813)
(30.307)
(65.506)
(1.003.101)
616 616 - - 241 241 - - (83.449)
(83.449)
(7.054)
(561)
(6.493)
(89.646)
821
821
224
224
(32.248)
(32.248)
(6.172)
(528)
(5.644)
(37.375)
(*) Estas captações são remuneradas a 100% da taxa Selic.
81
Remuneração do Pessoal-Chave da Administração
Anualmente na Assembleia Geral Ordinária é fixado:
a) O montante global anual da remuneração dos Administradores, dos membros do Conselho de
Administração, dos membros do Conselho Fiscal e dos membros do Comitê de Auditoria, conforme
determina o Estatuto Social; e
b) A verba destinada a custear Planos de Previdência Complementar aberta dos Administradores,
dentro do Plano de Previdência destinado aos Funcionários e Administradores do Banrisul e
controladas.
Em 2013, foi deliberado o valor máximo individual anual de R$427 para remuneração dos Diretores
(proventos e gratificações), do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e do Comitê de
Auditoria.
No período findo em 30 de junho as remunerações estão demonstradas a seguir:
Benefícios de Curto Prazo 01/01 a 30/06/2013 01/01 a 30/06/2012
Proventos................................................................................................................................... 1.574
1.571
Gratificações............................................................................................................................... 11
5
Encargos Sociais......................................................................................................................... 330
339
Total....................................................................................................................................
1.9151.915
O Banrisul custeia planos de previdência complementar de contribuição definida aos
administradores que pertencem ao quadro de funcionários. No período findo em 30 de junho de
2013 as contribuições à Fundação Banrisul de Seguridade Social montavam R$18 (2012 – R$7).
O Banrisul possui seguro de responsabilidade civil para os diretores e membros dos conselhos, e
pagou prêmio de seguro no montante de R$85.
O Banrisul não possui benefícios de longo prazo, de rescisão de contrato de trabalho ou
remuneração baseada em ações para seu pessoal-chave da Administração.
Outras Informações
(1) Conforme legislação em vigor, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos
ou adiantamentos para:
a) Diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem
como aos respectivos cônjuges e parentes até o 2º grau;
b) Pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10%; e
c) Pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10%, a própria instituição financeira,
quaisquer diretores ou administradores da própria instituição, bem como seus cônjuges e
respectivos parentes até o 2º grau.
Dessa forma, não são efetuados pelo Banrisul empréstimos ou adiantamentos a qualquer
subsidiária, membros do Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva e seus familiares.
(2) Participação Acionária
Os membros da Diretoria, do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e Comitê de Auditoria
possuem em conjunto a seguinte participação acionária no Banrisul em 30 de junho de 2013:
NOTA 26
Ações
Ações Ordinárias
Ações Preferenciais
Total de Ações
Quantidade
9
297
306
Impacto da Aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade
Durante o processo de convergência com as normas internacionais de contabilidade, algumas
normas e suas interpretações foram emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC),
as quais serão aplicáveis às instituições financeiras somente quando aprovadas pelo CMN.
Atualmente as instituições financeiras e demais instituições reguladas pelo Banco Central devem
82 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
adotar os seguintes pronunciamentos:
Pronunciamento Conceitual Básico (R1);
Redução ao Valor Recuperável de Ativos (CPC 01 (R1));
Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03 (R2));
Divulgação sobre Partes Relacionadas (CPC 05 (R1));
Pagamento Baseado em Ações (CPC 10 (R1));
Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro (CPC 23);
Eventos Subsequentes (CPC 24); e
Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25).
A Resolução n° 3.786/09 do CMN e as Circulares n° 3.472/09 e n° 3.516/10 do Bacen, estabeleceram
que as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen,
constituídas sob a forma de companhia aberta ou que sejam obrigadas a constituir Comitê de
Auditoria devem, a partir de 31 de dezembro de 2010, elaborar anualmente e divulgar em até 90
dias após a data-base de 31 de dezembro suas demonstrações contábeis consolidadas, preparadas
de acordo com as normas internacionais de contabilidade (IFRS), seguindo os pronunciamentos
internacionais emitidos pelo IASB - International Accounting Standards Board.
O Banrisul, em 27 de março de 2013, disponibilizou no site www.banrisul.com.br/ri assim como,
na CVM (www.cvm.gov.br), as demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2012, elaboradas
de acordo com as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros - IFRS. Na avaliação da
Administração, as reconciliações entre o lucro líquido e patrimônio líquido em 30 de junho de 2013
são consistentes com os valores apresentados nas reconciliações de 31 de dezembro de 2012.
NOTA 27
Eventos Subsequentes
Em 10 de junho de 2013, foi aprovado a emissão de Letras Financeiras, não conversíveis em ações,
da espécie quirografária, com valor nominal unitário de R$200.000, perfazendo o montante total
de até R$1.600.000, o qual foi objeto de distribuição pública com esforços estritos de colocação,
nos termos da Instrução CVM 476/09. A emissão de Letras Financeiras ocorrida em 01, 02 e 05
de agosto foi realizada em 3 séries, com vencimentos finais em 2, 3, e 4 anos, respectivamente
contados da data da emissão. O percentual da taxa foi indexada ao DI, limitado à taxa de até 108%,
109% e 110% da variação acumulada da Taxa DI. Os Juros Remuneratórios das Letras Financeiras
serão pagos semestralmente.
NOTA 28
Autorização para Conclusão das Demonstrações Financeiras
A diretoria do Banrisul autorizou a conclusão das presentes demonstrações financeiras em 05
de agosto de 2013.
Diretoria
TÚLIO LUIZ ZAMIN
Presidente
FLAVIO LUIZ LAMMEL
Vice-Presidente
WERNER KÖHLER
Contador CRCRS 38.534
GUILHERME CASSEL
IVANDRE DE JESUS MEDEIROS
JOÃO EMILIO GAZZANA
JOEL DOS SANTOS RAYMUNDO
JONE LUIZ HERMES PFEIFF
JULIMAR ROBERTO ROTA
LUIZ CARLOS MORLIN
Diretores
83
RELATÓRIOS
84
Resumo do Relatório do Comitê de
Auditoria 1º Semestre de 2013
O Comitê de Auditoria do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., criado em 29 de abril
de 2004, atua em harmonia com as regras estabelecidas em seu Regimento Interno e no
regulamento anexo à Resolução nº 3198, do Conselho Monetário Nacional.
Para o cumprimento do parágrafo 2º, do artigo 17 do citado regulamento, é elaborado o presente
resumo do relatório do Comitê, para publicação em conjunto com as demonstrações contábeis
do primeiro semestre de 2013.
ATIVIDADES
No semestre, o Comitê reuniu-se várias vezes com a Diretoria do Banco, seu Presidente, Diretores,
e/ou respectivos representantes, objetivando dar continuidade à avaliação do ambiente de
controle interno e de riscos de crédito, de mercado, de liquidez e operacional. Cuidou, também,
de acompanhar o monitoramento das recomendações contidas em relatórios anteriores e
conhecer novos apontamentos originários de órgãos externos e das auditorias.
Para o desenvolvimento de seus trabalhos e sem descurar de suas demais atribuições, o Comitê
emprestou ênfase aos debates e análises com as áreas de controle interno, de gerenciamento de
riscos, de contabilidade e tributos, de tecnologia e equipes da auditoria interna e independente,
como forma, inclusive, de conferir a consistência e a efetividade das suas atribuições, em especial
quanto à proteção patrimonial, confiabilidade e tempestividade dos registros e demonstrações
contábeis.
Em relação à auditoria interna, presente sua importância e integração com o sistema de controle,
o Comitê manteve frequentes encontros, visando primordialmente debater a abrangência
e a efetividade de seus trabalhos, tomar ciência de desvios/deficiências relevantes acaso
identificadas e conhecer a avaliação dos efeitos da ação de monitoramento de medidas voltadas
à correção de apontamentos contidos em relatórios anteriores.
As reuniões com a Ernst & Young Terco Auditores Independentes S/S, buscaram conhecer o
andamento dos seus trabalhos, as prioridades por eles definidas, os apontamentos novos e
recorrentes de maior criticidade, as possíveis limitações de escopo e a avaliação das práticas que
deram suporte aos registros mais significativos na composição das demonstrações contábeis.
Em sintonia com boas práticas de governança corporativa, o Conselho de Administração exerceu
sistemático acompanhamento das atividades desenvolvidas pelo Banco, por meio de reuniões
periódicas, nas quais o Comitê esteve sempre representado.
CONCLUSÕES
Como resultado do desenvolvimento de seu trabalho, o Comitê manifesta o entendimento de
que o Banrisul conta com políticas e estratégias de gerenciamento de risco operacional, de
liquidez, de mercado e de crédito adequadas à natureza e complexidade de suas operações.
Essa constatação não exclui, obviamente, a necessidade de periódicas revisões, como forma de
permanente ajuste a novos contextos, tanto regulatório como macroeconômico.
As ações voltadas ao aprimoramento das práticas e processos de controles internos continuam
a registrar avanços, o que indica a persistente preocupação da administração com o tema e gera
justificáveis expectativas quanto à promoção e desenvolvimento de efetivo ambiente e estrutura
85
de controle institucional, com ênfase no monitoramento e difusão da cultura de boas práticas de
gestão quanto a controles internos, riscos e governança corporativa, o que passa, certamente,
pela revisão do processo de correção de deficiências e da política de conseqüências.
A auditoria interna desempenhou adequadamente suas funções, conforme estabelecido em seu
plano de trabalho. Esse procedimento representa mais um fator de contribuição para a melhoria
do ambiente de controle interno, na medida em que favorece a avaliação do grau de aderência
às normas de regência e às diretrizes internas.
Também a auditoria independente, no âmbito de suas atribuições legais e regulamentares,
desempenhou seu trabalho em padrões adequados à complexidade e porte do Banrisul,
emitindo opinião sobre as demonstrações contábeis e apresentando recomendações para
aprimoramento dos sistemas contábeis e de controles internos.
Diante do exposto, o Comitê de Auditoria recomenda a aprovação das demonstrações
contábeis do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. – data-base 30.06.2013 – elaboradas
em conformidade com as normas legais e regulamentares, em especial o Plano Contábil das
Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF, e com as práticas contábeis adotadas no
País.
Porto Alegre, 06 de agosto de 2013.
João Acir Verle
Orion Herter Cabral
Valdir Heck
86 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Parecer do Conselho Fiscal
Na qualidade de membros do Conselho Fiscal do Banco do Estado do Rio Grande do
Sul S.A. e no exercício das atribuições que nos confere o artigo 163, itens II e VII, da
Lei 6.404, de 15-12-1976, e as disposições correlatas do Estatuto Social, revisamos o
Relatório da Administração e as Demonstrações Contábeis, compreendendo: Balanço
Patrimonial, Demonstrações do Resultado do Exercício, Mutações do Patrimônio
Líquido, Fluxos de Caixa, Valor Adicionado, Notas Explicativas e demais demonstrativos,
documentos esses relativos ao exercício social findo em 30 de junho de 2013. Com base
em nossas revisões, no Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria e no Relatório da
Auditoria Independente, sem modificações, somos da opinião de que as mencionadas
demonstrações merecem a aprovação dos acionistas.
Porto Alegre, 06 de agosto de 2013.
Claudio Morais Machado
Presidente
André Luiz Barreto de Paiva Filho
Vice-Presidente
Conselheiros
Bruno Luciano Radtke
Eduardo Ludovico da Silva
João Victor Oliveira Domingues
87
Relatório dos Auditores Independentes
Aos Administradores e Acionistas do
Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.
Introdução
Examinamos as demonstrações financeiras individuais do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (“Instituição”)
e as demonstrações financeiras consolidadas do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. e empresas controladas,
que compreendem os balanços patrimoniais, individual e consolidado em 30 de junho de 2013 e as respectivas
demonstrações individuais e consolidadas do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de
caixa para o semestre findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas
explicativas.
Responsabilidade da Administração sobre as Demonstrações Financeiras
A Administração da Instituição e empresas controladas é responsável pela elaboração e adequada apresentação
dessas demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil - BACEN e pelos controles
internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres
de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos Auditores Independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa
auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem
o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo
de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos
valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem
do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras,
independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles
internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações financeiras da Instituição e
das demonstrações financeiras consolidadas da Instituição e empresas controladas para planejar os procedimentos
de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos
controles internos da Instituição e empresas controladas. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação
das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como
a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os
aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., bem
como a posição patrimonial e financeira consolidada do Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. e empresas
controladas em 30 de junho de 2013 o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o semestre
findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas
a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Ênfases
Reapresentação dos Valores Correspondentes - Conforme mencionado na nota explicativa 3, em decorrência
da mudança de política contábil de reconhecimento dos Benefícios a Empregados, alterada pelo CPC 33 (R1),
vigente a partir de 1 de janeiro de 2013, os valores correspondentes, individuais e consolidados, relativos ao
balanços patrimoniais referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e semestre findo em 30 de junho
de 2012, e as informações contábeis correspondentes às demonstrações dos fluxos de caixa, do valor adicionado
(informação suplementar) e das mutações do patrimônio líquido, referentes ao semestre findo em 30 de junho
de 2012, apresentados para fins de comparação, foram ajustados e estão sendo reapresentados como previsto
no CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro e CPC 26(R1) - Apresentação das
Demonstrações Contábeis. Nossa opinião não contém modificação relacionada a esse assunto.
Créditos Adquiridos Junto ao Banco Rural S.A. – Em Liquidação Extrajudicial - Conforme mencionado na nota
explicativa 7(c(ii)), a Instituição possui carteira de créditos consignados por intermédio do Banco Rural S.A., cuja
Liquidação Extrajudicial foi decretada pelo Banco Central do Brasil em 2 de agosto de 2013. Nossa opinião não
contém modificação relacionada a esse assunto.
Outros Assuntos
Demonstração do Valor Adicionado - Examinamos, também, as demonstrações individuais e consolidadas do valor
adicionado (DVA) para o semestre findo em 30 de junho de 2013, cuja apresentação é requerida pela legislação
societária brasileira para companhias abertas. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos
de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus
aspectos relevantes em relação às demonstrações financeiras individuais e consolidadas tomadas em conjunto.
Porto Alegre (RS), 06 de agosto de 2013
ERNST & YOUNG TERCO
Auditores Independentes S.S.
CRC 2SP-015.199/O-6/F-RS
88 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Américo F. Ferreira Neto
Contador CRC1SP192685/O-9
Dario Ramos da Cunha
Contador CRC1SP214144/O-1
ANÁLISE DE
DESEMPENHO
Apresentamos a Análise de Desempenho
do Banco do Estado do Rio Grande do Sul
S.A. relativa ao primeiro semestre de 2013
e segundo trimestre de 2013.
Os saldos de ativo total e patrimônio
líquido para os trimestres de 2012,
apresentados neste documento, estão
sendo reapresentados em função da
adoção do Pronunciamento Contábil
(CPC 33), cujo objetivo é “estabelecer
a contabilização e a divulgação dos
benefícios concedidos aos empregados”,
para fins de comparabilidade, usando o
mesmo critério contábil, conforme requer
o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança
de Estimativa e Retificação de Erro. A
Nota Explicativa nº 23 apresenta maiores
explicações.
89
Ambiente Bancário e Mercado Competitivo
Ambiente Bancário
Os negócios do setor bancário brasileiro, ao longo do primeiro semestre de 2013, seguem
influenciados por uma conjuntura de elevação das expectativas inflacionárias, de crescimento
moderado do nível de atividade e de maior volatilidade dos mercados de juros e de câmbio,
condicionantes que resultaram na reversão do ciclo de afrouxamento monetário, responsável por
um contexto de taxas de juros em níveis historicamente baixos, redução de spreads bancários e
de manutenção de indicadores de inadimplência em patamares elevados.
A desaceleração do crescimento do crédito, desde o primeiro semestre de 2011, a busca por
fontes de recursos alternativas, como letras financeiras e instrumentos de dívida, para reforçar
a estrutura de funding e de capital das instituições financeiras, a manutenção do montante de
provisionamento face aos atrasos na liquidação de crédito, bem como os elevados fluxos de
despesas administrativas compatíveis com o grau de estruturação física e regulatória característica
do mercado bancário brasileiro, tem proporcionado, desde 2012, níveis de margem financeira e
de retorno mais modestos, conjuntura que segue influenciando o desempenho das instituições
financeiras neste primeiro semestre de 2013.
O desempenho do crédito, enquanto causa e ao mesmo tempo efeito desse conjunto de
condicionantes, apresentou, no segundo trimestre de 2013, expansão moderada. O saldo total das
operações de crédito do sistema financeiro brasileiro cresceu 16,4% em doze meses, alcançando
55,2% do PIB em junho de 2013, proporção que era de 50,9% em junho de 2012, mês em que o
crédito apresentou aumento de 18,5% em relação a junho de 2011. Nos doze meses, a evolução
relativa do saldo de linhas direcionadas à pessoa física (16,4%) apresentou incremento semelhante
ao da pessoa jurídica (16,3%). No segundo trimestre, o segmento empresarial apresentou menor
ímpeto de crescimento, 4,1%, enquanto a pessoa física cresceu 4,5%.
As perspectivas para o mercado de crédito permanecem favoráveis, ainda que os focos de pressão
inflacionária tenham refletido na reversão da política de afrouxamento monetário, que se estendeu
de agosto de 2011 até outubro de 2012, período no qual o Banco Central do Brasil implementou
sucessivas reduções na taxa básica de juros, estratégia praticada até abril de 2013, mês em que
a Taxa Selic foi alterada de 7,25% aa. para 7,50% aa., passando para 8,0% aa. em maio de 2013,
nível no qual permaneceu até o final do primeiro semestre de 2013.
Em 01/07/2012, o Banco Central do Brasil editou medida, (Circular nº 3.660) que atualiza o
cronograma de recomposição da remuneração do recolhimento compulsório sobre recursos a
prazo, ação vista pelo mercado como de retorno das medidas macroprudenciais para a regulação
da liquidez e consequentemente da oferta de crédito pelo setor bancário. Embora as medidas
macroprudenciais tenham sido utilizadas no passado recente com o objetivo de encarecer os
custos de captação e conter a expansão do crédito, os efeitos da Circular são de redução dos
custos médios de captação, favorecendo a expansão do crédito.
90 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Mercado Competitivo
No mercado competitivo, a Instituição ocupava, em dezembro de 2012, a 11ª posição em ativos
totais entre os bancos que compõem o Sistema Financeiro Nacional (SFN), 11ª posição em
patrimônio líquido, 7ª posição em depósitos totais e 7ª em número de agências, conforme ranking
divulgado pelo Banco Central do Brasil, excluído o BNDES.
O Banrisul registrou, nos doze meses, ganhos de market share de 0,8059 pp. na captação de
depósitos a prazo no mercado financeiro nacional, reflexo da variação positiva desses depósitos
em 22,3%, frente à retração de 10,1% verificada no Sistema Financeiro Nacional nos últimos doze
meses. Em relação aos depósitos à vista, a representatividade do Banrisul nesses recursos em
relação ao mercado nacional alcançou 1,7227% frente ao indicador de junho de 2012, 1,8547%,
e nos depósitos de poupança, a participação do Banrisul no SFN reduziu 0,0314 pp. alcançando
representatividade de 1,1798%.
No que se refere ao crédito total, o Banco apresentou crescimento de 10,2% enquanto as instituições
do SFN apresentaram elevação de 16,4% em relação a junho de 2012. A representatividade da
Instituição no saldo de operações de crédito do SFN atingiu, em junho de 2013, 0,9948%, frente
à participação de 1,0509% em junho de 2012.
No mercado regional, com atuação geográfica focada no Rio Grande do Sul, o Banrisul apresentou,
nos doze meses, incremento na participação dos depósitos a prazo em 5,1375 pp. alcançando
38,5001% em março de 2013, absorvendo a redução nos depósitos à vista, em 0,9303 pp., e nos
depósitos de poupança em 0,4408 pp. O saldo de operações de crédito atingiu, em março de
2013, participação de 18,2426% sobre o saldo de crédito do Rio Grande do Sul, enquanto em
março de 2012, a representatividade era de 19,0982% sobre as operações de crédito do Estado.
Tabela 01:
Mercado Competitivo
Brasil
Jun/13¹
Rio Grande do Sul
Jun/12
Mar/13²
Mar/12³
Depósito à Vista
1,7227%
1,8547%
26,2890%
27,2193%
Poupança
1,1798%
1,2112%
14,7107%
15,1515%
Depósito a Prazo
3,0425%
2,2366%
38,5001%
33,3626%
Operações de Crédito
0,9948%
1,0509%
18,2462%
19,0982%
Nº de Agências
2,1501%
2,1078%
24,9135%
24,8948%
¹ Última informação divulgada.
² Última informação disponível.
³ Reapresentado por adequação de critério de regionalização em 2013.
91
Indicadores Econômico-Financeiros
Tabela 02:
Indicadores Econômico-Financeiros
Principais Itens de Resultado - R$ Milhões
Margem Financeira
Despesas com Provisão para Operações de Crédito
2T13
1T13
4T12
3T12
2T12
2T13 /
1T13
1S13 /
1S12
1S13
1S12
1.836,9
1.851,0
929,0
907,9
921,9
957,8
954,8
2,3%
-0,8%
349,3
385,9
152,8
196,4
193,3
273,3
218,8
-22,2%
-9,5%
Resultado Bruto da Intermediação Financeira
1.487,7
1.465,1
776,2
711,5
728,6
684,5
736,0
9,1%
1,5%
Receita de Intermediação Financeira
3.093,8
3.535,9
1.706,0
1.387,8
1.429,9
1.380,6
1.984,6
22,9%
-12,5%
Despesa de Intermediação Financeira
1.606,1
2.070,8
929,8
676,3
701,3
696,1
1.248,5
37,5%
-22,4%
Receita de Serviços e Tarifas Bancárias
447,4
373,8
235,7
211,7
222,2
202,6
190,5
11,3%
19,7%
1.117,1
991,2
581,8
535,3
573,8
530,0
512,6
8,7%
12,7%
Despesas Administrativas ⁽¹⁾
Outras Despesas Operacionais
165,9
196,3
96,4
69,5
86,9
87,6
103,6
38,8%
-15,5%
Outras Receitas Operacionais
124,8
104,5
59,3
65,5
51,3
93,8
53,7
-9,6%
19,4%
Lucro Líquido
419,7
419,6
215,0
204,7
191,5
207,5
205,2
5,0%
0,0%
Principais Itens Patrimoniais - R$ Milhões
Jun 2013 / Jun 2013 /
Jun 2012*
Mar 2013 Jun 2012
Jun 2013
Jun 2012*
Jun 2013
Mar 2013 Dez 2012*
Set 2012*
Ativos Totais
52.479,5
42.762,3
52.479,5
47.674,5
46.743,8
44.671,4
42.762,3
10,1%
Títulos e Valores Mobiliários ⁽²⁾
12.975,7
12.619,6
12.975,7
15.570,4
15.342,8
13.538,5
12.619,6
-16,7%
2,8%
Carteira de Crédito Total
25.182,4
22.858,9
25.182,4
24.776,3
24.327,0
23.789,2
22.858,9
1,6%
10,2%
Provisão para Operações de Crédito
1.582,0
1.452,2
1.582,0
1.639,9
1.591,0
1.566,8
1.452,2
-3,5%
8,9%
Créditos em Atraso > 60 dias
1.013,6
685,0
1.013,6
969,0
924,0
805,4
685,0
4,6%
48,0%
Créditos em Atraso > 90 dias
22,7%
853,2
596,1
853,2
825,9
711,7
655,4
596,1
3,3%
43,1%
37.416,9
32.247,4
37.416,9
36.059,7
35.042,9
33.354,8
32.247,4
3,8%
16,0%
Patrimônio Líquido
4.887,7
4.594,5
4.887,7
4.779,2
4.634,6
4.741,7
4.594,5
2,3%
6,4%
Patrimônio de Referência Consolidado
6.708,6
5.960,3
6.708,6
6.462,7
6.045,9
5.940,6
5.960,3
3,8%
12,6%
Recursos Captados e Administrados
Patrimônio Líquido Médio
4.761,2
4.497,0
4.833,5
4.706,9
4.688,2
4.668,1
4.543,7
2,7%
5,9%
Ativo Total Médio
49.611,6
40.174,0
50.077,0
47.209,1
45.707,6
43.716,9
41.290,9
6,1%
23,5%
Ativos Rentáveis Médios
45.085,3
38.307,3
46.185,2
43.985,4
43.406,9
40.835,9
40.223,7
5,0%
17,7%
2T12
2T13 /
1T13
1S13 /
1S12
Principais Informações do Mercado Acionário
- R$ Milhões
Juros sobre Capital Próprio/Dividendos ⁽3⁾
1S13
1S12
2T13
1T13
4T12
3T12
166,1
167,6
105,8
60,3
98,0
60,8
102,8
75,5%
-0,9%
6.187,8
5.807,4
6.187,8
7.165,2
6.343,2
7.050,7
5.807,4
-13,6%
6,5%
Valor Patrimonial por Ação
11,95
11,23
11,95
11,69
11,33
11,59
11,23
2,2%
6,4%
Preço Médio da Ação (R$)
16,92
18,39
16,65
17,29
15,90
16,27
16,53
-3,7%
-8,0%
6,0%
0,0%
Valor de Mercado
Lucro Líquido por Ação (R$)
1,03
1,03
0,53
0,50
0,47
0,51
0,50
Índices Financeiros
1S13
1S12
2T13
1T13
4T12
3T12
2T12
ROAA Anualizado⁽4⁾
1,7%
2,1%
1,7%
1,7%
1,7%
1,9%
2,0%
ROAE Anualizado⁽5⁾
18,4%
19,5%
19,0%
18,6%
17,4%
19,0%
19,3%
Índice de Eficiência ⁽6⁾
49,2%
46,3%
49,2%
48,0%
47,5%
46,6%
46,3%
Margem Financeira ⁽7⁾
8,3%
9,9%
8,3%
8,5%
8,8%
9,7%
9,8%
Custo Operacional
4,2%
4,6%
4,2%
4,5%
4,5%
4,6%
4,6%
4,02%
3,00%
4,02%
3,91%
3,80%
3,39%
3,00%
Índice de Inadimplência > 60 dias ⁽8⁾
Índice de Inadimplência > 90 dias ⁽9⁾
3,39%
2,61%
3,39%
3,33%
2,93%
2,76%
2,61%
156,1%
212,0%
156,1%
169,2%
172,2%
194,5%
212,0%
18,3%
19,7%
18,3%
20,4%
18,7%
18,6%
19,7%
3,7%
3,4%
3,7%
3,6%
3,6%
3,4%
3,4%
Jun 2013
Jun 2012
Jun 2013
Mar 2013
Dez 2012
Set 2012
Jun 2012
Agências
485
455
485
473
468
462
455
Pontos de Atendimento Bancário
235
261
235
246
251
254
261
Pontos de Atendimento Eletrônico
599
584
599
593
582
583
584
Índice de Cobertura ⁽10⁾
Índice de Basileia Consolidado
Índice de Imobilização ⁽¹1⁾
Indicadores Estruturais
Contas Correntes
3.542.844 3.053.329 3.542.844 3.492.634 3.456.809 3.441.249 3.053.329
Contas Poupança
1.870.037 1.924.653 1.870.037 1.880.016 1.893.408 1.910.627 1.924.653
Colaboradores
Indicadores Econômicos
Selic Efetiva Acumulada
Taxa de Câmbio (R$/US$ - final de período)
11.870
10.484
11.870
11.568
11.447
11.088
1S13
1S12
2T13
1T13
4T12
3T12
10.484
2T12
3,51%
4,65%
1,83%
1,65%
1,72%
1,92%
2,11%
2,22
2,02
2,22
2,01
2,04
2,03
2,02
Variação Cambial (%)
8,42%
7,76%
10,02%
-1,45%
0,64%
0,46%
10,93%
IGP-M
1,75%
3,19%
0,90%
0,84%
0,67%
3,79%
2,55%
IPCA
6,67%
3,43%
3,42%
1,94%
1,99%
1,42%
1,08%
Reapresentado
Inclui Despesas de Pessoal e Outras Despesas Administrativas
(2)
Inclui aplicações interfinanceiras de liquidez e deduz as obrigações
compromissadas.
(3)
Juros sobre o capital próprio e dividendos pagos e/ou distribuídos
(antes da retenção do Imposto de Renda).
(4)
Lucro líquido sobre ativo total médio.
(5)
Lucro líquido sobre patrimônio líquido médio.
*
(1)
92 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Índice de eficiência – acumulado no período dos últimos 12 meses.
Despesas de Pessoal + Outras Despesas Administrativas / Margem
Financeira + Renda de Prestação de Serviços + (Outras Receitas
Operacionais – Outras Despesas Operacionais)
(7)
Margem Financeira em percentual dos Ativos Rentáveis
(8)
Atrasos > 60 dias / carteira de crédito.
(9)
Atrasos > 90 dias / carteira de crédito.
(10)
Provisão para devedores duvidosos / atrasos > 60 dias.
(11)
Imobilizado sobre o patrimônio líquido.
(6)
Síntese da Evolução Patrimonial e do Resultado
A estabilidade do resultado bruto da intermediação financeira e do resultado operacional,
registrados no 1S13 frente aos valores contabilizados no 1S12, reflete no que se refere às receitas
e despesas de juros, um contexto de Taxa Selic efetiva menor e de redução do fluxo de despesas de
provisão para crédito, em consequência das melhorias no compliance do processo de sistema de
rating cliente; bem como a elevação de receitas de tarifas, face ao esforço de ampliação de outros
serviços (seguros, previdência, capitalização, adquirência), ao estreitamento de relacionamentos,
através da introdução de novas ferramentas de gestão de clientes, e de ações de melhoria do
atendimento por meio da ampliação de pontos e de canais alternativos (correspondentes bancários),
movimento que permitiu minimizar o efeito do aumento de despesas administrativas e de pessoal.
A estrutura de captação do Banrisul é, principalmente, representada por depósitos a prazo,
certificados de depósitos bancários (CDB), depósitos de poupança e pela emissão de dívidas
subordinadas no exterior. A Instituição capta recursos também pela emissão de letras imobiliárias.
A captação e a administração de recursos de terceiros do Banrisul, constituída por depósitos,
dívidas subordinadas e fundos de investimentos, alcançaram R$37.416,9 milhões em junho de
2013, com incremento de 16,0% ou R$5.169,6 milhões sobre o saldo registrado em junho de
2012, evolução de 6,8% ou R$2.374,0 milhões sobre a posição de dezembro de 2012 e aumento
de 3,8% ou R$1.357,2 milhões sobre o valor registrado em março de 2013. Os recursos captados
e administrados são compostos por 75,9% de depósitos, 19,2% de fundos de investimentos e
4,9% de dívida subordinada.
Os depósitos atingiram saldo de R$28.411,1 milhões em junho de 2013, com ampliação de 19,8%
ou R$4.697,6 milhões sobre o montante registrado no mesmo período de 2012, aumento de 6,2%
ou R$1.664,7 milhões sobre o valor registrado em dezembro de 2012 e crescimento de 4,3% ou
R$1.174,2 milhões em relação ao terceiro mês de 2013. As dívidas subordinadas, com emissão no
exterior, totalizaram R$1.828,2 milhões em junho de 2013, com evolução de 39,0% ou R$512,7
milhões sobre o saldo de junho de 2012, incremento de 57,8% ou R$669,8 milhões sobre o
montante de dezembro de 2012 e 8,1% ou R$136,3 milhões sobre o valor registrado em março
de 2013. Os recursos de letras imobiliárias e financeiras somaram R$513,1 milhões em junho de
2013. A carteira de fundos administrados totalizou, no sexto mês de 2013, R$7.177,6 milhões,
com redução de 0,6% ou R$40,7 milhões em relação ao mesmo mês do ano anterior, evolução
de 0,6% ou R$39,4 milhões sobre o saldo de dezembro de 2012 e 0,7% ou R$46,8 milhões na
comparação com março de 2013.
O total de ativos alcançou R$52.479,5 milhões em junho de 2013, 22,7% ou R$9.717,1 milhões
acima do registrado no mesmo mês do ano anterior, 12,3% ou R$5.735,6 milhões acima do
saldo de dezembro de 2012 e 10,1% ou R$4.805,0 milhões superior ao montante alcançado
em março de 2013. Os ativos são compostos por operações de crédito, 48,0% do total, títulos e
valores mobiliários e aplicações interfinanceiras de liquidez, 40,0%, relações interfinanceiras e
interdependências, 8,4%, e demais ativos, 3,6%.
O saldo aplicado em ativos de crédito atingiu R$25.182,4 milhões em junho de 2013, com evolução
de 10,2% ou R$2.323,6 milhões nos doze meses, com crescimento de 3,5% ou R$855,4 milhões
em relação a dezembro de 2012 e 1,6% ou R$406,1 milhões na comparação com março de 2013. A
carteira de crédito é composta por operações contratadas, principalmente, junto a pessoas físicas
e médias empresas. Dentre as linhas de crédito, as mais expressivas foram crédito consignado
pessoa física, com 27,4% do total de crédito, e giro às empresas, que absorvia 24,9% do volume
total de crédito ao final de junho de 2013. As carteiras de crédito imobiliário, rural e financiamento
93
a longo prazo também apresentaram montante expressivo em junho de 2013, representando,
9,8%, 7,0% e 6,2% da carteira de crédito total respectivamente.
Em relação à concessão de crédito, os destaques do 1S13 incluem: crédito pessoal na modalidade
de créditos consignados originados na rede Banrisul, cheque especial, conta garantida e capital
de giro. Em relação à variação do volume concedido na comparação com o 1S12, apresentaram
crescimento mais expressivo os financiamentos a longo prazo e carteira comercial, em especial,
o crédito pessoal e o crédito um minuto. O volume de concessão do 2T13 apresentou redução
em relação ao 2T12, decorrente, especialmente, da retração do financiamento rural e da carteira
comercial, principalmente nas linhas de capital de giro. Em relação ao 1T13, o volume concedido
apresentou crescimento influenciado, especialmente, pelo incremento da carteira comercial, nas
linhas de crédito pessoal e capital de giro, e do financiamento rural.
A carteira comercial somou R$17.844,2 milhões, com incremento de 6,8% ou R$1.136,3 milhões
em doze meses, evolução de 0,8% ou R$146,5 milhões na comparação com dezembro de 2012
e redução de 0,1% ou R$21,5 milhões nos últimos três meses. Nos doze meses, ambos os
segmentos - crédito empresarial e financiamento ao consumo - contribuíram para a trajetória de
crescimento da carteira comercial; a expansão do crédito à pessoa física somou R$622,7 milhões e
a contribuição do crédito comercial às empresas alcançou R$513,6 milhões. Na comparação com
dezembro de 2012, o saldo do crédito comercial pessoa física aumentou em R$385,2 milhões,
ao passo que o segmento empresarial apresentou redução de R$238,7 milhões. Em relação a
março de 2013, o crédito ao consumo apresentou crescimento de R$159,2 milhões e o crédito
empresarial apresentou redução de R$180,8 milhões.
O índice de inadimplência acima de 60 dias atingiu 4,02% do volume total de crédito em junho de
2013, 1,02 pp. acima do registrado no ano anterior. A inadimplência acima de 90 dias alcançou
3,39% em junho de 2013, acima do indicador de junho de 2012, 2,61%. O índice de cobertura
das operações de crédito em atraso há mais de 60 dias atingiu 156,1% e o indicador de 90 dias,
185,4%, mantendo-se em linha com os praticados pelo mercado bancário. Os indicadores de
inadimplência e de cobertura de atrasos com provisões foram impactados, também, pelo atraso
no repasse de créditos recebidos pelo Banco Cruzeiro do Sul – em liquidação extrajudicial.
Em relação à liquidez do Banrisul, destacam-se as disponibilidades líquidas aplicadas em títulos
públicos federais indexados à Taxa Selic, em Letras Financeiras do Tesouro ou em operações
compromissadas, sempre com lastro em títulos federais. Em junho de 2013 o saldo em títulos
e valores mobiliários e aplicações interfinanceiras de liquidez, descontadas das operações
compromissadas, totalizou R$12.975,7 milhões, com incremento de 2,8% ou R$356,2 milhões na
comparação com junho de 2012, redução de 15,4% ou R$2.367,1 milhões em relação a dezembro
de 2012 e retração de 16,7% ou R$2.594,7 milhões sobre o montante de março de 2013. A
redução de tesouraria nos períodos é explicada por alteração de perfil nas linhas de captação, e
consequente elevação do saldo de obrigações compromissadas.
O Banrisul possui margem para sustentar o crescimento de suas operações, capacidade atestada
pelo Índice de Basileia, 18,3% em junho de 2013. Os índices que demonstram a eficácia da estrutura
administrativa, dados pela proporção de despesas administrativas em relação ao volume de ativos
ou em relação às receitas geradas, representados pelos indicadores de custo operacional e de
eficiência, atingiram 4,2% e 49,2% em junho de 2013 respectivamente.
O Banrisul registrou lucro líquido de R$419,7 milhões no 1S13 frente ao resultado de R$419,6
milhões do 1S12. O desempenho no período foi impactado pela elevação das receitas de serviços e
tarifas (R$73,7 milhões), pela redução das despesas de provisão para operações de crédito (R$36,6
milhões), pela retração das outras despesas operacionais (R$30,4 milhões), e pelo crescimento
94 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
de outras receitas operacionais (R$20,3 milhões), compensadas pela diminuição da margem
financeira (R$14,0 milhões) e pelo maior fluxo de despesas administrativas (R$125,9 milhões).
No 2T13, o resultado líquido foi de R$215,0 milhões, 4,8% acima do registrado no 2T12, face ao
aumento das receitas de serviços e tarifas (R$45,2 milhões) e à redução das despesas de provisão
para operações de crédito (R$65,9 milhões), movimento parcialmente compensado pela elevação
das despesas administrativas (R$69,2 milhões) e pela redução da margem financeira (R$25,8
milhões). As despesas e receitas financeiras foram impactadas no período pela marcação a
mercado da dívida subordinada e instrumentos de hedge e pela queda da Taxa Selic efetiva, que
refletiu, em menores taxas médias nas operações de crédito.
Em relação ao trimestre anterior, o lucro líquido do 2T13 apresentou expansão de R$10,3 milhões
ou 5,0%. O incremento no resultado do último trimestre proveio da ampliação das receitas de
serviços e tarifas (R$24,0 milhões), da evolução da margem financeira (R$21,1 milhões) e do
decréscimo nas despesas de provisão para operações de crédito (R$43,6 milhões), movimento,
parcialmente compensado pelo incremento nas despesas administrativas (R$46,5 milhões) e pelo
crescimento das outras despesas operacionais (R$27,0 milhões). As receitas e despesas financeiras
foram impactadas, no último trimestre, pelo aumento da Taxa Selic efetiva, marcação a mercado
da dívida subordinada e dos contratos de swap e pela variação cambial.
O resultado bruto da intermediação financeira alcançou R$1.487,7 milhões no 1S13, com elevação
de 1,5% ou R$22,6 milhões sobre o montante apurado no mesmo período do ano anterior. O
resultado bruto da intermediação financeira do 2T13 somou R$776,2 milhões, com crescimento
de 5,4% ou R$40,1 milhões na comparação com o 2T12 e aumento de 9,1% ou R$64,6 milhões
em relação ao 1T13. As variações mencionadas refletem a queda de receitas e de despesas com
juros, em linha com o movimento de diminuição dos juros e spreads bancários, bem como o
efeito da redução de despesas de provisão para crédito e do resultado da marcação a mercado
da dívida subordinada e dos instrumentos de hedge.
O resultado gerado até junho de 2013 equivale à rentabilidade anualizada de 18,4% calculada
sobre o patrimônio líquido médio. Em junho de 2013, o patrimônio líquido totalizou R$4.887,7
milhões, com aumento de 6,4% ou R$293,2 milhões sobre o saldo de junho de 2012, crescimento
de 5,5% ou R$253,1 milhões sobre dezembro de 2012 e incremento de 2,3% ou R$108,6 milhões
na comparação com março de 2013. O retorno sobre o patrimônio líquido reflete a queda da
margem financeira, influenciada pela redução da Taxa Selic e das taxas médias do crédito, e pela
ampliação das despesas administrativas, impactadas por despesas associadas à estratégia de
expansão da Instituição.
O Banrisul recolheu e provisionou, no 1S13, R$408,4 milhões em impostos e contribuições próprios.
Os tributos retidos e repassados, incidentes diretamente sobre a intermediação financeira e
demais pagamentos, somaram R$337,3 milhões.
95
Margem Analítica
Desempenho da Intermediação Financeira
A margem analítica apresentada foi apurada com base nos saldos médios de ativos e passivos,
calculados a partir dos saldos finais dos meses que compõem os respectivos períodos analisados.
A tabela apresenta os ativos geradores de receitas e os passivos onerosos, os correspondentes
valores de receitas da intermediação financeira sobre ativos e despesas da intermediação financeira
sobre passivos, bem como as taxas médias efetivas geradas.
As operações de crédito incluem adiantamentos de contratos de câmbio e operações de
arrendamento mercantil, que são demonstradas pelo valor presente líquido dos contratos de
arrendamento. As rendas de operações de crédito vencidas há mais de 60 dias, independentemente
de seu nível de risco, somente são reconhecidas como receitas quando efetivamente recebidas.
Os saldos médios das aplicações interfinanceiras de liquidez, os recursos aplicados ou captados
no mercado interbancário correspondem ao valor de resgate, deduzidos das receitas ou despesas
a apropriar equivalentes a períodos futuros. Os saldos médios dos depósitos, captações no
mercado aberto e obrigações por empréstimos e repasses incluem os encargos exigíveis até a
data de encerramento das demonstrações financeiras, reconhecidos em base pro rata die. No
que se refere às despesas vinculadas a essas rubricas, àquelas relativas a depósitos incluem as
despesas pelas contribuições ao Fundo Garantidor de Crédito - FGC.
A trajetória da margem sobre ativos rentáveis foi decrescente no 1S13 em relação ao observado
no 1S12, em linha com a redução da taxa básica de juros efetiva que passou de 4,65%, no 1S12,
para 3,51% no 1S13. Os ativos médios rentáveis cresceram, no 1S13, 17,7% e os passivos onerosos,
23,2%, na comparação com o 1S12. A margem absoluta apresentou decréscimo de 0,8% e a
margem relativa retraiu em 1,6 pp. frente à apurada no 1S12.
A queda da Taxa Selic no período refletiu na redução das taxas sobre ativos de crédito e sobre
passivos de funding para crédito. Além dos juros básicos da economia que referenciam as
operações no setor financeiro, a estrutura de ativos e passivos e também os prazos de contratação
são fatores determinantes na formação da margem auferida a cada período.
A representatividade dos ativos de crédito no total de ativos médios rentáveis diminuiu 4,0 pp.
na comparação com o junho de 2012, atingindo 52,7%, as operações de tesouraria aumentaram
a participação, passando de 33,5%, no 1S12, para 38,3% no 1S13. Os compulsórios reduziram a
representatividade no total de ativos rentáveis em 0,5 pp. alcançando 7,3% no 1S13. A variação
das taxas de juros, influenciada pela marcação a mercado do swap e pela queda da Taxa Selic,
principal referencial de remuneração das operações de crédito e tesouraria, absorveu o aumento
de receitas provenientes do incremento do volume de operações de crédito e tesouraria.
Em relação aos passivos onerosos, o saldo médio dos depósitos a prazo calculado sobre os seis
meses de 2012 e de 2013 passou a representar 48,2% dos passivos geradores de despesas, 0,8 pp.
abaixo da participação apresentada no mesmo período do ano anterior. Os depósitos de poupança
reduziram representatividade sobre os passivos onerosos, passando de 17,3%, no 1S12, para 16,3%
no 1S13. Dentre os outros passivos onerosos, destaca-se a participação de 10,1% dos Fundos
Financeiros e de Desenvolvimento, que alcançou o saldo médio de R$3.781,4 milhões no 1S13.
Os resultados dessas variações em conjunto ocasionaram redução de 0,82 pp. no spread, que
atingiu 3,77% no 1S13.
96 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Tabela 03:
Margem Analítica
R$ Milhões
1S13
Balanço Receita
Médio Despesa
1S12
Taxa
Média
Balanço
Médio
Receita
Despesa
2012
2011
Taxa
Média
Balanço
Médio
Receita
Despesa
Taxa
Média
Balanço Receita
Médio Despesa
Taxa
Média
18,30%
Ativos Rentáveis
45.085,3
3.093,8
6,86%
38.307,3
3.535,9
9,23%
39.856,6
6.346,4
15,92%
32.487,8
5.946,7
Operações de Créditos
23.773,6
2.369,8
9,97%
21.710,3
2.390,8
11,01%
22.229,0
4.760,2
21,41%
18.370,6
4.433,4
24,13%
Compromissos de Revendas
3.697,2
136,9
3,70%
3.362,9
151,2
4,50%
3.834,2
311,6
8,13%
2.629,6
298,5
11,35%
TVM para Negociação
2.595,4
83,9
3,23%
2.181,4
98,5
4,51%
2.221,5
172,0
7,74%
2.166,9
241,0
11,12%
TVM Disponíveis para Venda
1.479,0
47,8
3,23%
1.269,6
57,3
4,51%
1.187,5
91,9
7,74%
1.655,6
184,1
11,12%
TVM e Instrumentos Financeiros
Derivativos Mantidos até o
Vencimento
9.510,2
315,3
3,32%
6.000,8
676,5
11,27%
6.582,4
704,4
10,70%
4.604,3
512,1
11,12%
Depósitos Interbancários
Outros Ativos Rentáveis
Compulsórios
Outros
Ativos Não Rentáveis
59,7
1,9
3,21%
144,4
5,6
3,85%
105,8
8,0
7,60%
202,6
14,2
7,02%
3.970,1
138,2
3,48%
3.637,8
155,9
4,29%
3.696,2
298,3
8,07%
2.858,2
263,4
9,22%
3.275,0
111,2
3,40%
2.995,4
126,7
4,23%
3.040,5
242,6
7,98%
2.227,9
204,3
9,17%
695,1
27,0
3,88%
642,4
29,2
4,54%
655,7
55,7
8,50%
630,3
59,1
9,38%
3.578,1
-
-
1.976,4
-
-
2.692,7
-
-
2.704,7
-
-
Ativos Totais
48.663,4
3.093,8
6,36%
40.283,7
3.535,9
8,78%
42.549,3
6.346,4
14,92%
35.192,5
5.946,7
16,90%
Passivos Onerosos
37.427,5
(1.256,8)
3,36%
30.388,3
(1.684,9)
5,54%
32.357,5
(2.615,8)
8,08%
25.755,7
(2.578,7)
10,01%
425,1
(10,6)
2,49%
81,0
(3,7)
4,51%
195,9
(10,9)
5,57%
13,7
(1,8)
12,85%
Depósitos Interfinanceiros
Poupança
6.114,6
(165,6)
2,71%
5.268,6
(166,1)
3,15%
5.467,6
(328,0)
6,00%
5.204,9
(365,4)
7,02%
18.056,7
(560,9)
3,11%
14.900,9
(602,1)
4,04%
15.719,9
(1.138,7)
7,24%
12.162,8
(1.211,9)
9,96%
Captações no Mercado Aberto
4.131,6
(143,4)
3,47%
1.646,2
(86,0)
5,22%
1.886,7
(172,3)
9,13%
1.682,6
(216,2)
12,85%
Dívida Subordinada
1.726,2
(103,5)
6,00%
895,2
(454,0)
50,72%
1.055,7
(340,0)
32,21%
-
-
0,00%
Obrigações por Empréstimos e
Repasses
2.799,5
(130,2)
4,65%
2.177,9
(128,4)
5,90%
2.421,9
(173,7)
7,17%
1.863,7
(257,2)
13,80%
No País
1.794,2
(40,5)
2,26%
1.312,7
(35,0)
2,66%
1.430,5
(74,3)
5,20%
1.122,5
(91,2)
8,12%
Exterior
1.005,3
(89,7)
8,92%
865,1
(93,4)
10,80%
991,5
(99,3)
10,02%
741,2
(166,0)
22,40%
Outros
4.173,9
(142,8)
3,42%
5.418,6
(244,6)
4,51%
5.609,8
(452,2)
8,06%
4.828,0
(526,3)
10,90%
Passivos Não Onerosos
6.407,8
-
-
5.298,9
-
-
5.475,8
-
5.237,2
-
-
Patrimônio Líquido
4.828,0
-
-
4.596,5
-
-
4.716,1
-
4.199,6
-
-
48.663,4
(1.256,8)
2,58%
40.283,7
(1.684,9)
4,18%
42.549,3
(2.615,8)
35.192,5
(2.578,7)
Depósitos a Prazo
Passivos e PL
Spread
Margem
Margem Anualizada
3,77%
1.836,9
4,07%
8,31%
4,59%
1.851,0
4,83%
9,90%
3.730,6
6,15%
7,33%
8,77%
9,57%
9,36%
3.368,0 10,37%
9,36%
10,37%
Variações nas Receitas e Despesas de Juros: Volumes e Taxas
A tabela 4 apresenta a alocação das variações nas receitas e despesas de juros pela mudança
no volume médio dos ativos rentáveis e dos passivos onerosos e pela variação da taxa média de
juros sobre esses ativos e passivos: (i) 1S2013 vs 1S2012, (ii) 2012 vs 2011 e (iii) 2011 vs 2010.
As variações no volume e na taxa de juros foram calculadas com base nas movimentações dos saldos
médios durante o período e nas variações das taxas médias de juros sobre os ativos geradores de
receitas e passivos geradores de despesas. A variação de taxa foi calculada pela oscilação na taxa
de juros no período multiplicada pela média dos ativos geradores de receitas ou pela média dos
passivos geradores de despesas no segundo período. A variação de volume foi computada como
a diferença entre o volume de juros do período mais recente e o anterior.
A variação líquida das receitas geradas pelos ativos rentáveis no 1S13, em R$442,1 milhões, está
associada, especialmente, a marcação a mercado do swap e à queda da Taxa Selic, que geraram
redução de receita de juros de tesouraria e de crédito, em R$921,5 milhões, parcialmente,
compensada pelo aumento, em R$500,7 milhões, da renda decorrente do incremento do volume
dos ativos rentáveis, principalmente de tesouraria e de crédito.
97
A retração das despesas geradas pelos passivos onerosos em relação ao 1S12, em R$428,1 milhões,
está vinculada ao incremento no saldo médio da dívida subordinada em R$230,9 milhões, reduzido
pela variação nas taxas, em R$581,4 milhões, com variação líquida de R$350,5 milhões, à evolução
no saldo médio dos depósitos a prazo, em R$113,4 milhões, com variação de taxa, em R$154,7
milhões, o que gerou variação líquida de R$41,3 milhões, compensada, em parte, pelo aumento
dos gastos dos depósitos interfinanceiros em R$6,9 milhões.
As variações das receitas e despesas financeiras foram impactadas pelo aumento do volume
médio, refletindo em ganhos gerados pelos ativos rentáveis superiores aos ônus imputados
pelos passivos onerosos em R$361,1 milhões, porém a queda das taxas dos ativos rentáveis, em
R$953,7 milhões, e das taxas dos passivos onerosos, em R$578,6 milhões, geraram diminuição
da margem analítica em R$14,0 milhões.
Tabela 04:
Variações nas Receitas e Despesas de Juros: Volumes e Taxas
6M 2013 / 6M 2012
Aumento / Redução
Devido a Variação em:
Volume
Taxa
Variação
Juros
Líquida
2012 / 2011
Aumento / Redução
Devido a Variação em:
Volume
Taxa
Variação
Juros
Líquida
2011 / 2010
Aumento / Redução
Devido a Variação em:
Volume
Taxa
Variação
Juros
Líquida
Ativos Rentáveis
Operações de Crédito, Arrendamento
Mercantil e Outros Créditos
Compromissos de Revendas
Operações com Títulos, Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros
Derivativos
216,4
(237,5)
(21,0)
704,9
(378,1)
326,8
788,1
77,8
865,8
14,1
(28,4)
(14,3)
34,4
(21,4)
13,1
(123,5)
53,1
(70,4)
270,2
(655,6)
(385,3)
101,2
(70,1)
31,1
85,7
152,9
238,6
Depósitos Interbancários
(2,5)
(1,1)
(3,7)
(7,3)
1,1
(6,2)
4,9
(1,4)
3,5
Compulsórios
11,1
(26,6)
(15,5)
59,5
(21,2)
38,3
48,4
24,2
72,7
2,3
(4,5)
(2,2)
2,3
(5,8)
(3,4)
16,5
(20,6)
(4,1)
511,6
(953,7)
(442,1)
895,0
(495,4)
399,7
820,1
286,1
1.106,2
(7,7)
0,8
(6,9)
(9,5)
0,4
(9,1)
3,8
(1,6)
2,2
Outros
Total de Ativos Rentáveis
Passivos Onerosos
Depósitos Interfinanceiros
Depósitos de Poupança
Depósitos a Prazo
Captações no Mercado Aberto
Dívida Subordinada
Obrigações por Empréstimos e Repasses
Outros
Total de Passivos Onerosos
98 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
(24,7)
25,2
0,6
(17,7)
55,1
37,4
27,3
(42,9)
(15,6)
(113,4)
154,7
41,3
(304,4)
377,5
73,2
(293,9)
(80,6)
(374,6)
(73,9)
16,4
(57,5)
(24,0)
68,3
44,2
7,1
(230,9)
581,4
350,5
(177,0)
(163,0)
(340,0)
-
-
(144,7)
(9,0) R$ Milhões
(1,8)
(6,8)
5,0
(1,8)
(62,8)
146,4
83,5
(17,9)
(126,8)
306,8
(205,0)
101,8
(76,7)
150,4
73,7
(42,4)
(75,9)
(118,4)
(150,5)
578,6
428,1
(672,2)
635,1
(37,1)
(316,0)
(336,9)
(652,9)
Desempenho no Mercado Acionário
A BM&FBovespa S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros possui três níveis diferentes
de práticas de governança corporativa, Nível 1 de Governança, Nível 2 de Governança e Novo
Mercado, que se diferenciam pelo grau das exigências destas práticas. O Banrisul aderiu ao Nível
1 de Governança, em julho de 2007, reforçando o seu comprometimento com as boas práticas de
governança corporativa. Além disso, o Banco adotou voluntariamente determinadas regras dos
demais níveis diferenciados de Governança Corporativa, reforçando e consolidando relação de
transparência com clientes e investidores, construída pela disseminação de dados e informações
ao mercado, proporcionando oportuno conhecimento sobre os negócios do Banco.
O capital social do Banrisul, em junho de 2013, era de R$3.750,0 milhões, representado por
408.974.477 ações, sendo 205.043.374 ações ordinárias e 203.931.103 ações preferenciais, na
forma escritural e sem valor nominal. O maior acionista do Banco é o Governo do Estado do Rio
Grande do Sul, que detém diretamente 99,6% do capital votante e 57,0% do capital total.
Em 30 de junho de 2013, havia 57.324 acionistas com domicílio no Brasil (99,0% do total de
acionistas e 66,1% do total das ações) e 577 acionistas residentes no exterior (1,0% dos acionistas
e 33,9% das ações).
No total, o Banrisul faz parte da composição de oito índices da BM&FBovespa. No final do mês de
junho de 2013, a ação PNB (BRSR6) estava entre as 100 ações mais negociadas na BM&FBovespa,
listada na 89ª posição do ranking anual (89ª posição em 12 meses).
O Banrisul participa de eventos para divulgação, tais como os promovidos pela APIMEC (Associação
dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais), mantendo comunicação ágil
e equânime para atender investidores, acionistas e interessados. Também participa de conferências
e roadshows nacionais e internacionais com investidores institucionais. Durante o 2T13, foram
realizadas 82 reuniões, teleconferências e eventos, com a participação de 232 interessados, que
promoveram oportunidades de interação com analistas de mercado, investidores e acionistas
pessoas físicas e jurídicas, nacionais e estrangeiros.
Tabela 05:
Ações de Comunicação e Relacionamento
2T13
1T13
Reuniões
18
Teleconferências
28
Eventos no Exterior *
36
Reuniões APIMEC
TOTAL
82
4T12
3T12
2T12
13
7
14
10
16
13
7
24
-
21
-
42
3
-
-
29
44
21
76
*2012 Amsterdam, Boston, Bruxelas, Chicago, Copenhague, Dellaware, Estocolmo, Greenwich, Haia, Londres, Los Angeles, Filadelfia, Nova
Iorque,
Nova Jersey, Paris, Rotterdam, Toronto, Washington e Willmington.
*2013 Amsterdam, Edimburgo, Haia, Londres, Paris, Roterdam, Santiago do Chile.
No 2T13, o volume financeiro médio negociado diariamente cresceu 40,3% em relação ao apurado
no 2T12, acima do crescimento registrado no mercado acionário no mesmo período.
99
Gráfico 01: Volume Financeiro, Volume de Negócios e Quantidade de Ações
Em junho de 2013, o valor de mercado do Banrisul atingiu R$6.187,8 milhões, aumento de
6,5% comparado com junho de 2012, e redução de 13,6% em relação a março de 2013. Os
resultados do Banrisul são analisados, periodicamente, por instituições que emitem relatórios
de acompanhamento sobre o Banco, cujas estimativas estão disponíveis no site de Relações com
Investidores (www.banrisul.com.br/ri).
Em abril de 2013, foi emitida avaliação da agência Standard & Poor’s, no qual foram reafirmados
os ratings ‘BBB-‘ na escala global e ‘brAAA’ na escala nacional do Banrisul, ambos com perspectiva
estável, reforçando a solidez financeira da Instituição e o compromisso no aprimoramento da
gestão e no alinhamento com as melhores práticas de Governança Corporativa.
Tabela 06:
Classificação de Agências de Rating
Fitch Ratings
Escala Global
Viabilidade
bb+
Moeda Local
Escala Nacional
Moeda Estrangeira
Longo Prazo
Curto Prazo
BB+
B
Nacional
Longo Prazo
Curto Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
BB+
B
AA-
F1+
Moody’s Investors Service
Escala Global
Força Financeira
D+
Moeda Local
Escala Nacional
Moeda Estrangeira
Nacional
Longo Prazo
Curto Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
Baa3
P-3
Baa3
P-3
Aaa.br
BR-1
Standard & Poor’s
Escala Global
Perfil de Crédito
Individual
bbb+
Moeda Local
Escala Nacional
Moeda Estrangeira
Nacional
Longo Prazo
Curto Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
Longo Prazo
BBB-
-
BBB-
-
brAAA
Austin Rating
Escala Nacional
Curto Prazo
Longo Prazo
A-1
AA-
Risk Bank
9,77
100 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Evolução Patrimonial
Ativos Totais
Os ativos totais somaram R$52.479,5 milhões em junho de 2013, estando compostos por (i) 48,0%
de operações de crédito, (ii) 40,0% de títulos e valores mobiliários e aplicações interfinanceiras de
liquidez, (iii) 8,4% de relações interfinanceiras e interdependências, e (iv) 3,6% de outros ativos.
Em relação à tempestividade dos ativos, classificavam-se, em sua maioria, no curto prazo. No que
se refere aos ativos com vencimento até 360 dias, destaca-se a participação das operações de
crédito e arrendamento mercantil, em R$10.044,3 milhões, compondo 38,3%, dos títulos e valores
mobiliários, instrumentos financeiros derivativos e aplicações interfinanceiras de liquidez, em
R$9.744,3 milhões, participando em 37,2%, e das relações interfinanceiras e interdependências,
em R$3.699,8 milhões, formando 14,1% do saldo das aplicações em curto prazo. A composição
de ativos, com vencimento acima de 360 dias, está concentrada em operações de crédito e
arrendamento mercantil, em R$12.266,4 milhões, compondo 47,2%, e em títulos e valores
mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, em R$11.244,6 milhões, formando 43,2% dos
ativos de longo prazo.
O acréscimo no saldo dos ativos em 22,7% ou R$9.717,1 milhões em relação a junho de 2012
proveio, especialmente, da elevação da captação de depósitos, em R$4.697,6 milhões, da expansão
das obrigações por operações compromissadas, em R$5.941,8 milhões (ainda que compensada
pela redução no saldo dos fundos financeiros e de desenvolvimento em R$3.775,6 milhões, em
decorrência do saque efetivado pelo Estado, contabilizado em abril/2013, conforme previsto
na Lei nº 12.069, que possibilita a utilização de depósitos judiciais efetuados por terceiros até o
limite de 85% do saldo, valor que foi transferido ao Sistema Integrado de Administração de Caixa
Único (SIAC) do Estado do Rio Grande do Sul), e da ampliação das obrigações por empréstimos
e repasses em R$765,1 milhões. Os recursos captados foram, em parte, aplicados em títulos e
valores mobiliários somados às aplicações interfinanceiras de liquidez, que registraram elevação
de 42,9% ou R$6.298,0 milhões e na carteira de crédito, que apresentou incremento de 10,2%
ou R$2.323,6 milhões.
Em relação a dezembro de 2012, o incremento dos ativos em 12,3% ou R$5.735,6 milhões teve como
origem, especialmente, a evolução das obrigações por operações compromissadas, em R$6.385,3
milhões, movimento minimizado pela redução dos fundos financeiros e de desenvolvimento, no
valor de R$4.098,8 milhões, em função da mudança de perfil nas linhas de captação decorrente
do saque efetivado pelo Estado, do incremento dos depósitos totais, em R$1.664,7 milhões, e
da captação externa em R$669,8 milhões. Em termos de alocação, as operações de tesouraria
apresentaram incremento de 23,7% ou R$4.018,3 milhões, seguidas pelas operações de crédito
em 3,5% ou R$855,4 milhões.
Nos últimos três meses, o incremento nos ativos em 10,1% ou R$4.805,0 milhões teve como
origem, principalmente, a trajetória ascendente das obrigações por operações compromissadas,
em R$6.358,8 milhões, movimento minimizado pela retração dos fundos financeiros e de
desenvolvimento em R$3.907,9 milhões, decorrente do saque efetivado pelo Estado, dos depósitos
totais, em R$1.174,2 milhões, e das obrigações por empréstimos e repasses, em R$375,5 milhões.
Em termos de alocação, as operações de tesouraria apresentaram incremento de 21,9% ou
R$3.764,1 milhões, seguidas pelas operações de crédito, que registraram evolução de 1,6% ou
R$406,1 milhões.
101
Gráfico 02: Ativo Total - R$ Milhões
Gráfico 03: Composição dos Ativos - R$ Milhões
Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos
As aplicações em títulos e valores mobiliários, incluídos os instrumentos financeiros derivativos,
e somadas às aplicações interfinanceiras de liquidez, totalizaram R$12.975,7 milhões em junho
de 2013, com incremento de 2,8% ou R$356,2 milhões em relação ao volume registrado em
junho de 2012, redução de 15,4% ou R$2.367,1 milhões na comparação com dezembro de 2012
e decréscimo de 16,7% ou R$2.594,7 milhões em relação a março de 2013. O valor deduz as
obrigações por operações compromissadas. As variações decorreram da mudança de perfil nas
linhas de captação, com o consequente aumento do saldo de operações compromissadas.
Em relação à composição das aplicações em tesouraria, 62,2% são de títulos mantidos até o
vencimento, no montante de R$13.059,3 milhões, 18,6% de títulos mantidos para negociação, que
alcançaram R$3.903,9 milhões, 7,2% de títulos disponíveis para venda, que somaram R$1.508,5
milhões, 1,4% de instrumentos financeiros derivativos, cujo saldo alcançou R$290,0 milhões, e
10,6% em aplicações interfinanceiras de liquidez, que atingiram R$2.227,1 milhões, totalizando
R$20.988,8 milhões em ativos de tesouraria.
Quanto aos emissores dos títulos que compõem a tesouraria, são, em sua maioria, de papeis
públicos, que, somados, representam 96,9% da aplicação em tesouraria.
A expansão dos depósitos, captações externas, obrigações por empréstimos e repasses e
patrimônio líquido financiaram o incremento tanto dos títulos e valores mobiliários como das
operações de crédito.
102 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Gráfico 04: Títulos e Valores Mobiliários e Aplicações Interfinanceiras de Liquidez*- R$ Milhões
*
Deduzidos de obrigações compromissadas.
Relações Interfinanceiras e Interdependências
As relações interfinanceiras e interdependências totalizaram R$4.405,8 milhões em junho de 2013,
com incremento de 12,9% ou R$503,4 milhões em relação a junho do ano anterior, aumento de
19,5% ou R$720,1 milhões na comparação com dezembro de 2012 e elevação de 8,6% ou R$348,4
milhões em relação a março de 2013.
Na comparação com junho de 2012, o saldo das relações interfinanceiras e interdependências
apresentou aumento, influenciado, especialmente, pelo crescimento dos créditos vinculados aos
depósitos compulsórios no Banco Central em 14,9% ou R$449,0 milhões.
Em relação a dezembro de 2012, o saldo das relações interfinanceiras e interdependências
apresentou aumento, influenciado, especialmente, pelo crescimento dos créditos vinculados aos
depósitos compulsórios no Banco Central em 20,2% ou R$580,9 milhões.
Quanto à variação do último trimestre, pode-se justificar a trajetória especialmente pela ampliação
dos créditos vinculados aos depósitos compulsórios no Banco Central, em 11,7% ou R$361,5
milhões, parcialmente, compensada pela redução nas relações interdependências em 27,5% ou
R$14,7 milhões.
Gráfico 05: Relações Interfinanceiras e Interdependências - R$ Milhões
103
Operações de Crédito
A carteira de crédito do Banrisul totalizou R$25.182,4 milhões em junho de 2013, saldo 10,2%
ou R$2.323,6 milhões acima do alcançado em junho de 2012, crescimento de 3,5% ou R$855,4
milhões na comparação com dezembro de 2012 e aumento de 1,6% ou R$406,1 milhões em
relação a março de 2013.
Gráfico 06: Operações de Crédito - R$ Milhões
Composição do Crédito por Porte de Empresa
As operações de crédito direcionadas ao segmento empresarial totalizaram R$11.847,8 milhões
em junho de 2013, compondo 47,0% da carteira total de crédito. O saldo de operações na pessoa
jurídica registrou expansão de 8,7% na comparação com junho de 2012, evolução de 1,6% em relação a dezembro de 2012 e crescimento de 0,8% na comparação com março de 2013.
Nos doze meses, a variação mais expressiva ocorreu no crédito às empresas de médio e pequeno
porte e microempresas, com aumento de 12,7% ou R$957,7 milhões, alcançando participação de
71,6% do montante total da carteira do segmento pessoa jurídica e 33,7% do total de crédito do
Banco.
Nos seis meses, destaca-se a trajetória ascendente das operações de crédito direcionadas a microempresas, pequenas e médias empresas, que apresentaram variação de 5,8% ou R$461,3 milhões
no período.
Nos últimos três meses, observou-se incremento de R$423,6 milhões no crédito aplicado em micro, pequenas e médias empresas, compensado pela redução do saldo aplicado em grandes empresas em R$332,2 milhões. A variação do período gerou acréscimo de 3,1 pp. na participação das
micro, pequenas e médias empresas no total de operações de crédito ao segmento empresarial
em junho de 2013.
Tabela 07:
Composição do Crédito Pessoa Jurídica por Porte de Empresa
Jun 2013
Porte
Grandes Empresas
Mar 2013
R$ Milhões
Jun 2012
%
Saldo
% PJ
% Cart.
Total
Saldo
% PJ
% Cart.
Total
Saldo
% PJ
% Cart.
Total
3.368,6
28,4%
13,4%
3.700,8
31,5%
14,9%
3.379,3
31,0%
14,8%
%
Jun 2013/ Jun 2013 /
Mar 2013
Jun 2012
-9,0%
-0,3%
Total Média/Pequena/
Micro
8.479,2
71,6%
33,7%
8.055,6
68,5%
32,5%
7.521,5
69,0%
32,9%
5,3%
12,7%
Médias Empresas
6.221,0
52,5%
24,7%
6.046,4
51,4%
24,4%
5.436,1
49,9%
23,8%
2,9%
14,4%
Pequenas Empresas
1.177,9
9,9%
4,7%
1.165,7
9,9%
4,7%
970,9
8,9%
4,2%
1,0%
21,3%
Microempresas
1.080,3
9,1%
4,3%
843,6
7,2%
3,4%
1.114,5
10,2%
4,9%
28,1%
-3,1%
11.847,8
100,0%
47,0%
11.756,4
100,0%
47,5%
10.900,8
100,0%
47,7%
0,8%
8,7%
Total PJ
O critério utilizado para segmentação por porte é o faturamento médio mensal: Microempresas até R$30 mil, Pequenas até R$300
mil, Médias até R$25 milhões e Grandes acima de R$25 milhões.
104 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Composição do Crédito por Setor de Atividade
Na formação da carteira de crédito por atividade, o setor privado apresentou evolução de 10,3% ou
R$2.340,7 milhões em doze meses, atingindo, em junho de 2013, 99,6% dos ativos de crédito. Os
setores que apresentaram maior representatividade, em junho de 2013, foram pessoa física, 40,6%
da carteira total, indústria, 18,4% e serviços e outros, 12,4% da carteira de crédito da Instituição.
Em relação a junho de 2012, destaca-se a trajetória das operações de crédito à pessoa física, com
ampliação de 9,7% ou R$907,6 milhões, ao setor de serviços e outros, com incremento de 27,5%
ou R$675,1 milhões, à habitação, com evolução de 23,0% ou R$462,9 milhões, ao comércio, com
aumento de 10,3% ou R$265,3 milhões, e à indústria, com crescimento de 5,1% ou R$224,3 milhões,
movimento, parcialmente, compensado pela variação do setor rural com retração de 10,0% ou
R$194,5 milhões.
Na comparação com dezembro de 2012, destaca-se a ampliação das operações de crédito à pessoa
física, com incremento de 5,7% ou R$549,2 milhões, e à habitação, com aumento de 10,2% ou
R$228,7 milhões.
No último trimestre, a carteira de crédito por atividade, no setor privado, apresentou incremento de
1,7% ou R$407,7 milhões, reflexo, especialmente, do aumento do saldo da pessoa física, em 2,5%
ou R$247,4 milhões, da habitação, em 5,3% ou R$124,7 milhões, e do setor de serviços e outros,
em 3,1% ou R$95,3 milhões, movimento, parcialmente, compensado pela redução do montante
do setor rural em 2,4% ou R$43,7 milhões.
Tabela 08:
Composição do Crédito por Setor de Atividade
Setor Privado
Rural
R$ Milhões
Jun 2013 /
Mar 2013
Jun 2013 /
Jun 2012
Jun 2013
Mar 2013
Dez 2012
Set 2012
Jun 2012
25.075,2
24.667,5
24.210,8
23.671,2
22.734,5
1,7%
10,3%
1.759,3
1.803,1
1.811,9
1.877,4
1.953,9
-2,4%
-10,0%
Indústria
4.637,3
4.647,9
4.615,0
4.520,3
4.413,0
-0,2%
5,1%
Comércio
2.842,2
2.847,6
2.804,3
2.697,3
2.576,9
-0,2%
10,3%
27,5%
Serviços e Outros
Pessoa Física
Habitação
3.134,1
3.038,8
3.055,2
2.799,3
2.459,0
3,1%
10.227,7
9.980,3
9.678,5
9.644,6
9.320,1
2,5%
9,7%
2.474,5
2.349,8
2.245,9
2.132,4
2.011,6
5,3%
23,0%
-13,8%
107,2
108,8
116,2
118,1
124,4
-1,4%
Governo - Administração Direta e Indireta
Setor Público
84,6
108,8
116,2
118,1
124,4
-22,2%
-32,0%
Atividade Empresarial - Outros Serviços
22,6
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0%
100,0%
25.182,4
24.776,3
24.327,0
23.789,2
22.858,9
1,6%
10,2%
Total
Composição do Crédito por Carteira
A composição por carteira demonstra os recursos livres e direcionados aplicados em ativos de
crédito. A carteira comercial, o arrendamento mercantil, os créditos vinculados a operações
adquiridas em cessão e o setor público têm como origem recursos livres de depósitos e capital
próprio e, em junho de 2013, representavam 74,1% do total da carteira de crédito. As carteiras
de financiamento a longo prazo, rural, imobiliário e câmbio, provêm, em sua maioria, de fontes
específicas de recursos, compondo os créditos direcionados, e participavam, em junho de 2013,
com 25,9% do valor aplicado.
105
Tabela 09:
Composição do Crédito por Carteira
R$ Milhões
Operações de Crédito
Jun 2013
Mar 2013
Dez 2012
Set 2012
Jun 2012
Jun 2013 /
Mar 2013
Jun 2013 /
Jun 2012
Setor Privado
25.075,2
24.667,5
24.210,8
23.671,2
22.734,5
1,7%
10,3%
743,0
695,1
647,9
685,2
646,4
6,9%
15,0%
17.844,2
17.865,8
17.697,7
17.385,0
16.707,9
-0,1%
6,8%
9.637,3
9.478,1
9.252,1
9.279,9
9.014,5
1,7%
6,9%
22,0%
Câmbio
Comercial
Pessoa Física
Cartão de Crédito
Empréstimos e Títulos Descontados - PF
Financiamento Direto ao Consumidor - PF
Pessoa Jurídica
Créditos no Exterior
Empréstimos e Títulos Descontados - PJ
Financiamento Direto ao Consumidor - PJ
80,6
77,0
63,4
68,0
66,1
4,6%
9.314,6
9.137,1
8.910,9
8.928,3
8.660,9
1,9%
7,5%
242,1
263,9
277,8
283,7
287,5
-8,3%
-15,8%
8.207,0
8.387,7
8.445,6
8.105,1
7.693,4
-2,2%
6,7%
89,2
64,6
60,9
69,2
72,3
38,2%
23,3%
7.911,1
8.087,7
8.121,0
7.811,3
7.405,1
-2,2%
6,8%
206,6
235,5
263,7
224,6
215,9
-12,3%
-4,3%
Financiamento a Longo Prazo
1.557,9
1.384,0
1.311,8
1.157,1
1.039,7
12,6%
49,8%
Imobiliário
2.474,5
2.349,8
2.245,9
2.132,4
2.011,6
5,3%
23,0%
Leasing
Rural
70,5
75,2
76,4
77,2
77,7
-6,3%
-9,3%
1.759,3
1.803,1
1.811,9
1.877,4
1.953,9
-2,4%
-10,0%
Créditos Vinculados a Op. Adquiridas Cessão
625,6
494,6
419,2
357,0
297,4
26,5%
110,4%
Setor Público
107,2
108,8
116,2
118,1
124,4
-1,4%
-13,8%
25.182,4
24.776,3
24.327,0
23.789,2
22.858,9
1,6%
10,2%
Total
A carteira comercial totalizou, em junho de 2013, R$17.844,2 milhões, compondo 70,9% do saldo
total de crédito do Banco. Na comparação com junho de 2012, o crescimento da carteira foi de
6,8% ou R$1.136,3 milhões. Em relação a dezembro de 2012, o incremento no saldo da carteira
foi de 0,8% ou R$146,5 milhões. Nos últimos três meses, a carteira comercial apresentou redução
de 0,1% ou R$21,5 milhões.
Gráfico 07: Evolução das Operações de Crédito Comercial Pessoa Física e Jurídica - R$ Milhões
Em relação à composição do crédito, o segmento pessoa física correspondia, em junho de 2013,
a 54,0% do saldo da carteira comercial e 38,3% do total das operações de crédito do Banco. O
segmento empresarial representou, no mesmo período, 46,0% do saldo do crédito comercial e
32,6% do montante total de crédito.
A carteira de crédito imobiliário alcançou o montante de R$2.474,5 milhões em junho de 2013,
com acréscimo de 23,0% ou R$462,9 milhões em doze meses, aumento de 10,2% ou R$228,7 milhões em seis meses e incremento de 5,3% ou R$124,7 milhões em três meses. O desempenho
da Instituição na carteira de crédito imobiliário no primeiro semestre de 2013 foi influenciado
pela manutenção de diversos convênios, programas para concessão de crédito para servidores
106 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
estaduais e renovação do convênio Coopercon para o ano de 2013. No montante de crédito
imobiliário está incluído o valor de R$95,9 milhões referentes à operação de cessão de crédito
imobiliário com coobrigação.
O saldo do crédito rural totalizou R$1.759,3 milhões em junho de 2013, com redução de 10,0%
ou R$194,5 milhões em relação a junho de 2012, retração de 2,9% ou R$52,6 milhões na comparação com dezembro de 2012 e decréscimo de 2,4% ou R$43,7 milhões em relação a março
de 2013.
Os financiamentos a longo prazo alcançaram R$1.557,9 milhões em junho de 2013, com incremento de 49,8% ou R$518,3 milhões em doze meses, elevação de 18,8% ou R$246,1 milhões nos
últimos seis meses e expansão de 12,6% ou R$174,0 milhões nos últimos três meses.
A carteira de câmbio registrou R$743,0 milhões em junho de 2013, desempenho 15,0% ou
R$96,7 milhões superior ao registrado em junho de 2012, evolução de 14,7% ou R$95,1 milhões
em relação a dezembro de 2012 e aumento de 6,9% ou R$47,9 milhões na comparação com
março de 2013.
Crédito Comercial
O crédito comercial pessoa física atingiu saldo de R$9.637,3 milhões em junho de 2013, com
incremento de 6,9% ou R$622,7 milhões em relação a junho de 2012, evolução de 4,2% ou
R$385,2 milhões na comparação com dezembro de 2012 e aumento de 1,7% ou R$159,2 milhões
em relação a março de 2013. A trajetória do crédito comercial à pessoa física foi influenciada,
especialmente, pela evolução no saldo da carteira de crédito consignado, principalmente o
próprio, em linha com a estratégia do Banco no que se refere à consignação. A linha consignação
própria representava 28,8% do crédito comercial em junho de 2013.
O crédito consignado totalizou R$6.902,3 milhões em junho de 2013, perfazendo 71,6% da
carteira comercial pessoa física, com incremento de 5,0% ou R$329,9 milhões em doze meses,
influenciado pela variação positiva da linha de consignação própria, em R$1.170,9 milhões,
especialmente dos créditos originados através da promotora Bem-Vindo Banrisul, movimento
minimizado pelo decréscimo da linha de consignação adquirida em R$841,0 milhões. Na
comparação com dezembro de 2012, o crescimento foi de 1,9% ou R$128,6 milhões, decorrente
do aumento em 17,8% no crédito consignado próprio, parcialmente compensado pela redução
em 26,8% na consignação adquirida. Em relação a março de 2013, o crédito consignado registrou
ampliação de 1,6% ou R$106,0 milhões, influenciada principalmente, pelo crescimento do
crédito da linha de consignação própria, em R$422,4 milhões, valor que compensou a redução
dos créditos adquiridos em R$316,4 milhões. O montante de crédito originado através da
promotora Bem-Vindo Banrisul Serviços Financeiros alcançou saldo de R$2.036,7 milhões em
junho de 2013, representando 29,5% do crédito consignado do Banrisul.
Dentre as linhas de crédito consignado, o próprio atingiu R$5.135,6 milhões em junho de 2013,
representando 74,4% da carteira de consignados e 53,3% da carteira comercial pessoa física.
O crédito consignado próprio apresentou expansão de 29,5% ou R$1.170,9 milhões em doze
meses, crescimento de 17,8% ou R$775,6 milhões em seis meses e aumento de 9,0% ou R$422,4
milhões em três meses. O crédito adquirido, excluidas as operações em cessão com coobrigação
conforme Carta Circular 3.543/13, atingiu R$1.766,8 milhões em junho de 2013, compondo
25,6% da carteira de consignados e 18,3% do crédito comercial pessoa física. O saldo da linha de
consignado adquirido registrou decréscimo de 32,2% ou R$841,0 milhões na comparação com
junho do ano anterior, retração de 26,8% ou R$647,0 milhões em seis meses e redução de 15,2%
ou R$316,4 milhões em três meses.
107
O crédito comercial pessoa jurídica atingiu, em junho de 2013, saldo de R$8.207,0 milhões, com
evolução de 6,7% ou R$513,6 milhões em relação a junho de 2012, redução de 2,8% ou R$238,7
milhões na comparação com dezembro de 2012 e decréscimo de 2,2% ou R$180,8 milhões
em relação a março de 2013. A carteira comercial do segmento empresarial está composta,
principalmente, por linhas de capital de giro, que totalizaram R$6.262,3 milhões, e pela conta
garantida, que somou R$628,0 milhões. O saldo do capital de giro representou, em junho de
2013, 76,3% da carteira comercial pessoa jurídica e 35,1% do total do crédito comercial. As
linhas de capital de giro registraram expansão de 7,6% ou R$443,0 milhões nos doze meses,
decréscimo de 3,6% ou R$231,5 milhões nos seis meses e redução de 1,7% ou R$107,9 milhões
nos três meses.
Tabela 10:
Composição do Crédito Comercial Pessoa Física e Pessoa Jurídica
R$ Milhões
Jun 2013
Mar 2013
Dez 2012
Set 2012
Jun 2012
Jun 2013 /
Mar 2013
Jun 2013 /
Jun 2012
Pessoa Física
9.637,3
9.478,1
9.252,1
9.279,9
9.014,5
1,7%
6,9%
Crédito Pessoal - Consignado
6.772,0
6.647,6
6.609,8
6.582,2
6.382,3
1,9%
6,1%
Aquisição Bens - Consignado
130,3
148,8
164,0
177,3
190,1
-12,4%
-31,4%
Aquisição Bens - Outros Bens
Aquisição Bens - Veículos
3,7
4,2
4,6
4,5
4,7
-12,3%
-21,9%
94,9
101,8
102,4
97,1
91,0
-6,8%
4,3%
Cheque Especial
606,4
620,7
577,5
636,8
644,9
-2,3%
-6,0%
Crédito 1 Minuto
382,2
368,8
341,6
329,9
315,2
3,6%
21,3%
Crédito Pessoal Automático
289,9
269,2
225,1
207,3
221,2
7,7%
31,0%
Crédito Pessoal - Não Consignado
571,5
560,9
519,7
592,2
566,7
1,9%
0,8%
80,6
77,0
63,4
68,0
66,1
4,6%
22,0%
705,6
679,1
644,0
584,8
532,3
3,9%
32,6%
Cartão de Crédito
Outros - PF
8.207,0
8.387,7
8.445,6
8.105,1
7.693,4
-2,2%
6,7%
Aquisição Bens - Outros Bens
Pessoa Jurídica
39,6
42,5
39,0
36,6
33,1
-6,8%
19,7%
Aquisição Bens - Veículos
44,6
48,4
51,6
46,8
46,1
-7,9%
-3,3%
Capital de Giro - CEB
4.626,9
4.626,2
4.714,5
4.520,2
4.313,3
0,0%
7,3%
Capital de Giro - CGB
1.635,5
1.744,0
1.779,4
1.630,2
1.506,0
-6,2%
8,6%
19,4
26,2
34,7
34,2
36,5
-26,1%
-46,8%
CDCI
Compror
108,1
119,7
141,3
111,3
104,6
-9,7%
3,3%
Conta Devedora Caução - CCC
209,7
201,9
195,0
195,0
159,9
3,9%
31,2%
Conta Garantida
628,0
682,8
602,1
673,5
631,3
-8,0%
-0,5%
Desconto de Recebíveis
363,4
375,7
367,1
364,8
369,9
-3,3%
-1,8%
Vendor
95,3
103,2
111,5
103,2
109,7
-7,7%
-13,1%
Crédito no Exterior
89,2
64,6
60,9
69,2
72,3
38,2%
23,3%
347,3
352,4
348,5
320,1
310,5
-1,5%
11,8%
17.844,2
17.865,8
17.697,7
17.385,0
16.707,9
-0,1%
6,8%
Outros - PJ
Total
Composição da Concessão por Linhas de Financiamento
No 1S13, a concessão de ativos de crédito totalizou R$17.514,7 milhões, apresentando um
decréscimo de 0,8% ou R$148,2 milhões comparativamente ao mesmo período de 2012. O crédito
comercial, com participação de 86,7% nas concessões de crédito do período, apresentou acréscimo
de 0,7% ou R$110,9 milhões em relação ao 1S12, influenciado, especialmente, pela evolução dos
produtos crédito pessoal, em 3,4% ou R$114,0 milhões, e conta garantida, em 2,8% ou R$87,1
milhões, parcialmente, compensada pela redução do cheque especial em 2,5% ou R$86,2 milhões.
Os financiamentos a longo prazo apresentaram ampliação de 53,6% ou R$180,3 milhões no
período, enquanto as concessões do financiamento rural e imobiliário registraram, somadas,
redução de 28,5% ou R$443,1 milhões frente ao volume de concessão do 1S12.
108 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
No 2T13, o Banrisul disponibilizou R$9.242,7 milhões em recursos de crédito, 4,7% ou R$451,1
milhões abaixo do valor do 2T12. O desempenho do período foi impactado, principalmente,
pela redução do volume concedido no financiamento rural, em 38,5% ou R$248,3 milhões, na
carteira comercial, em 2,1% ou R$173,9 milhões, em especial nas linhas de capital de giro, e no
financiamento imobiliário em 28,6% ou R$ 85,8 milhões, movimento parcialmente compensado
pela evolução do montante concedido no financiamento a longo prazo em 56,1% ou R$112,4
milhões.
Em relação ao 1T13, os dados da concessão do 2T13 indicaram crescimento de 11,7% ou R$970,8
milhões, influenciados pela evolução no crédito comercial, em 8,9% ou R$645,7 milhões, em
especial, nas linhas de crédito pessoal e capital de giro, que somadas apresentaram aumento de
18,3% ou R$518,7 milhões. Cabe destacar a trajetória de concessão da carteira de financiamento
rural, que apresentou evolução de 144,0% ou R$233,7 milhões no período, e de financiamento a
longo prazo, que registrou crescimento de 53,6% ou R$109,2 milhões, compensando a redução
de 36,7% ou R$124,1 milhões no volume concedido no financiamento imobiliário.
Tabela 11: Composição
dos Volumes Concedidos de Crédito por Linhas de Financiamento R$ Milhões
1S13
Câmbio
Comercial
1S12
2T13
1T13*
4T12
3T12
2T12
1S13 /
1S12
2T13 /
2T12
2T13 /
1T13
695,1
690,0
402,4
292,7
337,1
298,5
455,4
0,7%
-11,6%
37,5%
15.182,0
15.071,1
7.913,9
7.268,2
7.963,7
7.718,6
8.087,6
0,7%
-2,1%
8,9%
Cheque Especial
3.352,7
3.439,0
1.715,7
1.637,0
1.765,2
1.677,0
1.713,1
-2,5%
0,1%
4,8%
Crédito Pessoal
3.488,2
3.374,2
1.911,1
1.577,1
1.482,0
1.566,8
1.938,1
3,4%
-1,4%
21,2%
Conta Garantida
3.172,6
3.085,5
1.603,0
1.569,6
1.552,2
1.546,1
1.524,8
2,8%
5,1%
2,1%
2.710,9
2.732,1
1.447,9
1.263,1
1.775,7
1.679,5
1.650,2
-0,8%
-12,3%
14,6%
Desconto de Recebíveis
1.228,2
1.167,2
624,4
603,8
637,3
594,1
609,4
5,2%
2,5%
3,4%
Outros
1.229,3
1.273,1
611,8
617,6
751,3
655,2
652,0
-3,4%
-6,2%
-0,9%
Capital de Giro
Financiamento a Longo Prazo
516,4
336,1
312,8
203,6
222,1
272,8
200,4
53,6%
56,1%
53,6%
Financiamento Imobiliário
551,8
653,1
213,8
337,9
212,8
349,0
299,6
-15,5%
-28,6%
-36,7%
11,0
12,4
3,8
7,2
9,4
6,9
6,6
-11,4%
-42,9%
-47,5%
Leasing
Financiamento Rural
Total
558,3
900,0
396,0
162,3
390,2
282,3
644,3
-38,0%
-38,5%
144,0%
17.514,7
17.662,9
9.242,7
8.272,0
9.135,4
8.928,1
9.693,8
-0,8%
-4,7%
11,7%
* Reapresentado.
Composição do Crédito por Rating
As operações de crédito de risco normal classificadas de AA a C, segundo normas estabelecidas
pela Resolução nº 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional, representavam, em junho de
2013, 85,2% da carteira de crédito. O indicador registrou redução de 4,1 pp. na comparação com
o mesmo mês do ano anterior, retração de 4,3 pp. frente ao indicador de dezembro de 2012 e
queda de 1,6 pp. na comparação com março de 2013.
109
Gráfico 08: Carteira de Crédito por Níveis de Risco (%)
Provisão para Operações de Crédito
As provisões para perdas com operações de crédito somaram R$1.582,0 milhões em junho de
2013, representando 6,3% da carteira de crédito consolidada. O indicador reduziu 0,1 pp. frente
ao índice de junho de 2012, 0,2 pp. na comparação com o indicador de dezembro de 2012 e 0,3
pp. em relação a março de 2013.
A variação no saldo de provisões foi motivada, especialmente, pela melhoria do compliance no
processo de sistema de rating cliente, através da implantação de novo sistema centralizado,
minimizando a necessidade de provisão decorrente do crescimento da carteira de crédito e do
aumento do montante de operações em atraso.
Gráfico 09: Composição da Provisão para Operações de Crédito - R$ Milhões
A provisão para perdas com créditos, em junho de 2013, apresentava a seguinte composição,
segundo critérios da Resolução nº 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional, e complementos:
(i) R$622,4 milhões para operações com parcelas vencidas há mais de 60 dias;
(ii) R$802,3 milhões para contratos vincendos ou que apresentavam parcelas vencidas há
menos de 60 dias;
(iii) R$157,2 milhões referentes à provisão excedente ao mínimo exigido pela Resolução nº
2.682/99, do Conselho Monetário Nacional, constituída em função da análise periódica
da qualidade do cliente efetuada pela administração, com vistas à cobertura de possíveis
eventos não capturados pelo modelo de rating de clientes.
110 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Tabela 12:
Níveis de
Risco
Saldo das Provisões para Perdas
Provisão
Requerida %
Carteira
Total
R$ Milhões
Participação
Relativa
Acumulada %
Créditos
Vencidos
Créditos a
Vencer
Provisão Mínima
Vencidos A Vencer
Provisão
Adicional
Provisão
Total
Provisão
sobre a
Carteira %
AA
0,00%
3.362,7
13,35%
0,0
3.362,7
0,0
0,0
0,0
0,0
0,00%
A
0,50%
9.989,3
53,02%
0,5
9.988,8
0,0
49,9
10,0
59,9
0,60%
B
1,00%
3.533,8
67,05%
0,0
3.533,8
0,0
35,3
7,1
42,4
1,20%
C
3,00%
4.562,4
85,17%
29,8
4.532,6
0,9
136,0
68,4
205,3
4,50%
D
10,00%
2.198,5
93,90%
180,2
2.018,2
18,0
201,8
51,9
271,7
12,36%
E
30,00%
480,3
95,81%
104,7
375,6
31,4
112,7
9,6
153,7
32,00%
F
50,00%
380,8
97,32%
212,6
168,2
106,3
84,1
7,6
198,0
52,00%
G
70,00%
88,1
97,67%
66,4
21,8
46,5
15,2
2,6
64,3
73,00%
H
100,00%
586,5
100,00%
Total
25.182,4
419,3
167,2
419,3
167,2
0,0
586,5
100,00%
1.013,6
24.168,9
622,4
802,3
157,2
1.582,0
6,28%
Índice de Cobertura
O índice de cobertura representa a relação entre
provisão para perdas com créditos e o saldo das
operações vencidas que não geram receitas,
evidenciando a capacidade das provisões em cobrir
a inadimplência.
Gráfico 10: Índice de Cobertura
Em junho de 2013, o índice atingiu 156,1% de
cobertura das operações em atraso acima de 60
dias, indicador inferior aqueles registrados em
junho de 2012 (212,0%), em dezembro de 2012
(172,2%) e em março de 2013 (169,2%). Em relação
ao índice de 90 dias, a cobertura das provisões em
relação às operações atrasadas alcançou 185,4%, menor que os índices de junho de 2012 (243,6%),
de dezembro de 2012 (223,5%) e de março de 2013 (198,6%).
Os indicadores seriam 170,6% e 200,9%, respectivamente, de 60 e 90 dias, caso não tivessem
sido impactados pelas operações com o Banco Cruzeiro do Sul. O indicador foi influenciado pelo
aumento no montante de operações de crédito em atraso, incluindo as parcelas vencidas de
operações adquiridas do Banco Cruzeiro do Sul, atualmente em liquidação extrajudicial.
O nível de cobertura do Banrisul permanece superior ao provisionamento requerido pelo Conselho
Monetário Nacional e em linha com o mercado.
Índice de Inadimplência
O índice de inadimplência representa o
volume de operações de crédito vencidas
há mais de 60 dias e há mais de 90 dias em
relação ao volume total de operações de
crédito ativas.
Gráfico 11: Índice de Inadimplência
A inadimplência acima de 60 dias do Banrisul
atingiu 4,02% das operações de crédito em
junho de 2013, 1,02 pp. acima do indicador de
junho de 2012, 0,22 pp. superior ao apurado
em dezembro de 2012 e 0,11 pp. maior que
o indicador de março de 2013. O montante de operações de crédito em atraso superior a 60
dias totalizou R$1.013,6 milhões, 48,0% acima do saldo de junho de 2012, 9,7% superior ao
montante de dezembro de 2012 e 4,6% maior que o saldo em atraso de março de 2013.
111
A inadimplência acima de 90 dias alcançou 3,39% no sexto mês de 2013, 0,78 pp. superior ao
indicador do mesmo mês do ano anterior, 0,46 pp. acima do apurado em dezembro de 2012 e
0,06 pp. maior que o índice de março de 2013. O saldo de operações de crédito vencidas há mais
de 90 dias somou R$853,2 milhões, com crescimento de 43,1% em relação a junho de 2012,
aumento de 19,9% na comparação com dezembro de 2012 e incremento de 3,3% em relação a
março de 2013.
O montante referente às parcelas vencidas das operações adquiridas do Banco Cruzeiro do Sul,
atualmente em liquidação extrajudicial, representava, em junho de 2013, 8,5% do saldo de
operações vencidas há mais de 60 dias e 7,7% do valor vencido há mais de 90 dias do Banrisul. Os
índices de inadimplência de 60 dias e de 90 dias do Banrisul alcançariam, respectivamente, 3,68%
e 3,13%, caso o liquidante já tivesse repassado ao Banrisul o valor das parcelas pendentes de
conciliação. O indicador do último trimestre foi impactado, também, por atrasos em operações
de crédito pontuais da carteira corporativa.
Captação de Recursos
Os recursos captados, constituídos por depósitos e dívida subordinada, alcançaram R$30.239,3
milhões ao final de junho de 2013, montante 20,8% ou R$5.210,2 milhões acima do registrado no
mesmo mês de 2012, movimento explicado principalmente pela expansão do saldo de depósitos.
Na comparação com dezembro de 2012, o crescimento do saldo da captação de recursos, em 8,4%
ou R$2.334,6 milhões, foi influenciado, principalmente, pela ampliação do saldo de depósitos,
especialmente depósitos a prazo.
Em relação a março de 2013, o incremento do saldo da captação de recursos, em 4,5% ou R$1.310,5
milhões, foi influenciado, principalmente, pela ampliação do saldo de depósitos, especialmente
depósitos a prazo.
Tabela 13:
Composição de Recursos Captados por Produto
Jun 2013 Mar 2013
Depósitos Totais
R$ Milhões
Dez 2012
Set 2012
Jun 2012
Jun 2013/
Mar 2013
Jun 2013/
Jun 2012
28.411,1
27.236,9
26.746,4
25.183,6
23.713,6
4,3%
19,8%
Depósitos a Prazo
18.927,9
17.989,9
17.090,1
16.537,1
15.480,7
5,2%
22,3%
Depósitos à Vista
2.839,2
2.757,0
3.400,3
2.623,3
2.675,4
3,0%
6,1%
Depósitos de Poupança
6.352,5
6.054,9
5.836,2
5.639,7
5.447,8
4,9%
16,6%
291,5
435,1
419,7
383,3
109,7
-33,0%
165,7%
Outros Depósitos
Dívida Subordinada
Total
Fundos de Investimentos
Total Recursos Captados e Administrados
1.828,2
1.691,9
1.158,3
1.149,7
1.315,5
8,1%
39,0%
30.239,3
28.928,8
27.904,7
26.333,3
25.029,1
4,5%
20,8%
7.177,6
7.130,9
7.138,2
7.021,6
7.218,3
0,7%
-0,6%
37.416,9
36.059,7
35.042,9
33.354,8
32.247,4
3,8%
16,0%
Depósitos Totais - Os depósitos totais somaram R$28.411,1 milhões em junho de 2013, posição
19,8% ou R$4.697,6 milhões acima do valor de junho de 2012, 6,2% ou R$1.664,7 milhões acima
do montante de dezembro de 2012 e 4,3% ou R$1.174,2 milhões superior ao saldo de março
de 2013. O crescimento dos depósitos a prazo foi responsável por 73,4% do incremento dos
depósitos totais nos doze meses. O acréscimo verificado no saldo de depósitos em seis meses foi
influenciado pelo aumento de 10,8% ou R$1.837,8 milhões nos depósitos a prazo, movimento
minimizado pela retração do saldo de depósitos à vista em R$561,1 milhões. O incremento
verificado no montante de depósitos em três meses decorreu do aumento, em 5,2% ou R$938,0
milhões, nos depósitos a prazo.
Depósitos à Vista - Os depósitos à vista representavam, em junho de 2013, 9,4% dos recursos
captados do Banco, atingindo o montante de R$2.839,2 milhões, com incremento de 6,1% ou
R$163,8 milhões na comparação com junho de 2012, redução de 16,5% ou R$561,1 milhões em
112 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
relação a dezembro de 2012 e crescimento de 3,0% ou R$82,2 milhões na comparação com março
de 2013. O movimento em seis meses foi afetado pela sazonal ampliação da renda ao final do
ano, refletindo no aumento dos recursos em conta corrente.
Depósitos de Poupança - Os depósitos de poupança somaram R$6.352,5 milhões ao final de junho
de 2013, perfazendo 21,0% dos recursos captados. O saldo da poupança apresentou crescimento
de 16,6% ou R$904,7 milhões em relação a junho de 2012, aumento de 8,8% ou R$516,3 milhões
na comparação com dezembro de 2012 e evolução de 4,9% ou R$297,6 milhões frente ao saldo de
março de 2013. O crescimento nos períodos reflete a preferência dos poupadores pelo produto,
apesar da mudança na regra de remuneração e das oscilações da Taxa Selic.
Depósitos a Prazo - Os depósitos a prazo são o principal instrumento de captação do Banco,
representando 62,6% do total de recursos captados. Em junho de 2013, o montante captado em
depósitos a prazo alcançou saldo de R$18.927,9 milhões, com incremento de 22,3% ou R$3.447,2
milhões em relação ao mesmo mês do ano anterior, elevação de 10,8% ou R$1.837,8 milhões
em relação a dezembro de 2012 e crescimento de 5,2% ou R$938,0 milhões na comparação com
março de 2013. O lançamento de modalidade de depósitos a prazo com taxa e prazo diferenciado,
destinada a aplicadores que possuam expressivo volume de disponibilidades, e a redução dos
valores mínimos para aplicação automática influenciaram na expansão desse recurso nos períodos.
Dívida Subordinada
A dívida subordinada totalizou R$1.828,2 milhões ao final de junho de 2013, com crescimento de
39,0% ou R$512,7 milhões na comparação com junho de 2012, incremento de 57,8% ou R$669,8
milhões em relação a dezembro de 2012 e 8,1% ou R$136,3 milhões frente ao montante de março
de 2013. Na comparação com dezembro de 2012, a variação foi influenciada pelo reconhecimento,
pelo Banco Central, da segunda tranche realizada em novembro de 2012 como capital de nível
II, em janeiro de 2013.
Recursos Administrados
Os recursos de terceiros administrados alcançaram R$7.177,6 milhões em junho de 2013, posição
0,6% ou R$40,7 milhões abaixo do apurado no mesmo mês do ano anterior, 0,6% ou R$39,4
milhões acima do montante de dezembro de 2012 e 0,7% ou R$46,8 milhões acima do saldo de
março de 2013.
Gráfico 12: Recursos Captados e Administrados - R$ Milhões
113
Patrimônio Líquido
O patrimônio líquido do Banrisul totalizou R$4.887,7 milhões ao final de junho de 2013, com
expansão de 6,4% ou R$293,2 milhões na comparação com junho de 2012, crescimento de 5,5%
ou R$253,1 milhões em relação a dezembro de 2012 e aumento de 2,3% ou R$108,6 milhões
na comparação com março de 2013. As variações do patrimônio líquido estão relacionadas
à incorporação de resultados gerados nos últimos doze meses, deduzidos os pagamentos de
dividendos e juros sobre o capital próprio, além de evento relativo ao reconhecimento contábil,
conforme CPC 33-R1 (aprovado pela Deliberação CVM 695), do desequilíbrio atuarial existente
no principal plano de previdência complementar dos empregados junto à Fundação Banrisul,
no valor de R$432,6 milhões, que refletiu na constituição de Créditos Tributários de IR e CS, em
R$173,0 milhões, e impacto no PL, no valor líquido de R$259,6 milhões.
Gráfico 13: Patrimônio Líquido - R$ Milhões
Índice de Basileia
O Índice de Basileia (IB) representa a relação entre o Patrimônio Base - Patrimônio de Referência
– PR, e os riscos ponderados - Patrimônio de Referência Exigido – PRE. Conforme regulamentação
em vigor, o IB demonstra a solvência da empresa. O percentual mínimo estabelecido pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN) é de 11%. O CMN ainda determina que o valor mínimo do Patrimônio
de Referência seja igual à soma das parcelas calculadas para os riscos de crédito, de mercado e
operacional.
Em junho de 2013, o Índice de Basileia do Consolidado Econômico-Financeiro foi de 18,3%, inferior
em 1,5 pp., em relação a junho de 2012, e em 2,1 pp. se comparado a março de 2013.
A retração do índice teve como principal motivação o crescimento do Patrimônio de Referência
Exigido de 15,8% em relação a março de 2013 e de 21,5% se comparado a junho de 2012.
O Patrimônio de Referência para o mesmo período obteve crescimento de 3,8% e 12,6%,
respectivamente. O acréscimo do Patrimônio de Referência Exigido teve como fator principal
a alocação de capital para a parcela sujeita a variação da taxa cambial (PCAM), em função da
volatilidade ocorrida no período e das Non Deliverable Forward (NDFs) conjugadas com os swaps
contratados para a proteção da dívida externa. Em relação ao Risco de Crédito, houve incremento
na alocação de capital de 5,2% em relação a junho de 2012 e retração de 0,6% em relação a março
de 2013, reflexo da aplicação das disposições da Circular nº 3.644/13, do BACEN. A parcela de
Risco Operacional cresceu como consequência do aumento das receitas em relação a junho de
2012 e manteve-se estável em relação a março de 2013. Quanto à parcela de capital em relação
ao risco de taxa de juros das operações mantidas até o vencimento (RBAN), houve evolução da
parcela em junho de 2013 na comparação com o mesmo período do ano anterior em decorrência
do aumento nas volatilidades dos principais referenciais de mercado.
114 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Gráfico 14: Índice de Basileia Consolidado
115
Evolução das Contas de Resultado
Lucro Líquido
O lucro líquido do Banrisul do 1S13 alcançou R$419,7 milhões, R$95,0 mil acima do resultado
apurado no mesmo período de 2012. No 2T13, o lucro líquido somou R$215,0 milhões, 4,8% ou
R$9,8 milhões acima do montante contabilizado no 2T12 e 5,0% ou R$10,3 milhões acima do
registrado no 1T13.
Os resultados auferidos no 1S13 frente ao 1S12 evidenciam a desaceleração das receitas e
das despesas com juros, a ampliação das receitas de serviços e tarifas bancárias, a elevação
das despesas administrativas e a performance favorável de outras receitas e outras despesas
operacionais, refletidos na (i) relativa estabilidade das receitas de crédito, arrendamento mercantil
e transferência de ativos, que apresentaram queda de R$32,9 milhões ou 1,4%, num contexto
de elevação do saldo das operações; (ii) redução do resultado de tesouraria (TVM e derivativos),
em R$402,8 milhões ou 40,7%, compensada pela queda das despesas de captação e com
empréstimos, cessões e repasses, em R$428,1 milhões ou 25,4%, afetados, ambos os eventos,
pela redução da taxa básica de juros e pela metodologia de marcação a mercado dos contratos
de dívida subordinada e de derivativos; (iii) redução das despesas com provisões de crédito, em
R$36,6 milhões ou 9,5%; (iv) expansão de despesas administrativas, incluídas as de pessoal, em
R$125,9 milhões ou 12,7%, face ao reajuste salarial e ao aumento do número de empregados
e com despesas correntes, oriundas da ampliação da rede de atendimento; (v) incremento em
receitas de prestação de serviços em R$73,7 milhões ou 19,7%; (vi) aumento de outras receitas
operacionais, em R$20,3 milhões ou 19,4%; (vii) menor fluxo de outras despesas operacionais
em R$30,4 milhões ou 15,5%, devido à redução de despesas com provisões para ações cíveis e
trabalhistas, em 35,9% ou R$43,0 milhões.
O desempenho do 2T13 comparado ao resultado do 2T12 reflete (i) crescimento do resultado bruto
de intermediação, favorecido pela redução das despesas da intermediação financeira, inclusive
provisão para operações crédito, em R$318,7 milhões, embora as receitas da intermediação tenham
apresentado diminuição de R$278,6 milhões, ambos os eventos afetados pela queda da Taxa
Selic e marcação a mercado dos contratos de dívida subordinada e de derivativos; (ii) a trajetória
ascendente das rendas de tarifas e serviços, em 23,7% ou R$45,2 milhões; movimento parcialmente,
compensado (iii) pelo crescimento das despesas administrativas, em 13,5% ou R$69,2 milhões.
Em relação ao 1T13, o resultado do 2T13, proveio (i) do incremento no resultado com juros,
impactado especialmente, pelo crescimento do resultado de tesouraria, em R$199,1 milhões,
decorrente da marcação a mercado e variação cambial dos contratos de swap; pelo incremento no
resultado de câmbio, em R$64,8 milhões, pelo acréscimo das receitas de crédito, arrendamento
mercantil e venda ou transferência de ativos financeiros, em R$46,8 milhões, e pela redução
das despesas com provisão para operações de crédito, em R$43,6 milhões, face à melhoria no
compliance do processo de sistema de rating cliente, movimento parcialmente compensado pelo
aumento das despesas de captação e empréstimos, cessões e repasses, em R$297,1 milhões;
(ii) do crescimento das rendas de serviços e tarifas, em 11,3% ou R$24,0 milhões; parcialmente
compensado, (iii) pelo incremento das despesas administrativas em 8,7% ou R$46,5 milhões.
Gráfico 15: Lucro Líquido - R$ Milhões
116 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio
A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio atingiu 18,4% em junho de 2013,
1,1 pp. abaixo do retorno registrado em junho de 2012, refletindo um cenário que associa queda
das receitas e das despesas com juros, face à redução da Taxa Selic e taxas médias do crédito,
queda de spreads, aumento das receitas de outros serviços e crescimento de despesas administrativas.
Índice de Eficiência
O índice de eficiência mede, em percentual, o volume de receitas consumidas na cobertura das
despesas administrativas.
O índice de eficiência, obtido pelos valores acumulados nos últimos doze meses, atingiu, em
junho de 2013, 49,2%, 2,9 pp. superior ao indicador de junho de 2012, 1,7 pp. acima do índice
de eficiência de dezembro de 2012 e 1,2 pp. superior ao indicador de março de 2013.
A trajetória do indicador de junho de 2013 frente ao indicador de junho de 2012 é explicada pela
desaceleração da margem financeira, impactada pela redução nas taxas de juros, e pela elevação
das despesas administrativas, decorrente de ações relacionadas à estratégia de expansão da
Instituição, como aumento no quadro de funcionários e ampliação e melhoria dos canais de
atendimento, variações parcialmente compensadas pelo crescimento das receitas de serviços
e tarifas bancárias, impulsionadas pela ampliação de outros serviços (seguros, previdência,
capitalização e adquirência).
Gráfico 16: Índice de Eficiência
Receitas da Intermediação Financeira
No 1S13, as receitas da intermediação financeira somaram R$3.093,8 milhões, 12,5% ou R$442,1
milhões abaixo do alcançado no mesmo período do ano anterior. No 2T13, essas receitas
alcançaram R$1.706,0 milhões, 14,0% ou R$278,6 milhões abaixo do montante registrado no
2T12 e 22,9% ou R$318,2 milhões superior ao valor acumulado no 1T13.
A redução das receitas de intermediação financeira no 1S13 em relação aos valores do 1S12
foi influenciada pelo decréscimo no resultado de operações com títulos e valores mobiliários e
instrumentos financeiros derivativos, em 40,7% ou R$402,8 milhões, e pela redução das receitas
de crédito, arrendamento mercantil e venda ou transferência de ativos financeiros em 1,4% ou
R$32,9 milhões.
As receitas de intermediação financeira no 2T13 apresentaram redução em relação aos valores
do 2T12 devido à diminuição do resultado de operações com títulos e valores mobiliários e
instrumentos financeiros derivativos, em 39,4% ou R$255,4 milhões, e à retração das receitas
de crédito, arrendamento mercantil e venda ou transferência de ativos financeiros, em 2,6% ou
R$31,0 milhões, parcialmente, compensada pelo incremento do resultado de operações de câmbio
em 17,1% ou R$10,9 milhões.
117
A ampliação das receitas de intermediação do 2T13 em relação ao 1T13 foi influenciada pela
elevação do resultado de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, em
R$199,1 milhões, pelo incremento do resultado de câmbio, em R$64,8 milhões, e pelo crescimento
das receitas de crédito, arrendamento mercantil e venda ou transferência de ativos financeiros
em R$46,8 milhões.
Gráfico 17: Receitas da Intermediação Financeira - R$ Milhões
Receitas de Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Venda ou Transferência de Ativos
Financeiros
As receitas de operações de crédito, arrendamento mercantil e de transferência de ativos
financeiros totalizaram R$2.284,7 milhões no 1S13, 1,4% ou R$32,9 milhões abaixo do montante
contabilizado no mesmo período de 2012. No 2T13, essas receitas somaram R$1.165,7 milhões,
2,6% ou R$31,0 milhões inferior ao valor do 2T12 e 4,2% ou R$46,8 milhões acima da receita
acumulada no 1T13.
A redução das receitas de crédito, arrendamento mercantil e venda ou transferência de ativos
financeiros entre os períodos 1S13 e 1S12 foi influenciada pela retração das taxas de juros, que
compensou o crescimento de 10,2% no saldo de operações. A variação dessa receita, no período,
proveio, especialmente, da redução da renda do crédito comercial, em 4,6% ou R$94,9 milhões,
parcialmente, compensada pelo crescimento das receitas de venda ou transferência de ativos
financeiros, em 152,2% ou R$14,7 milhões, e pela elevação da renda do crédito imobiliário, em
15,0% ou R$14,1 milhões, e pelo crescimento das receitas provenientes da recuperação de créditos
baixados para prejuízo em 15,5% ou R$10,1 milhões.
A receita de crédito, arrendamento mercantil e venda ou transferência de ativos financeiros
apresentou trajetória descendente entre os períodos 2T13 e 2T12 influenciada pelo crescimento
no saldo de operações, em um período em que as taxas de juros apresentaram queda. A retração
da receita de crédito, no período, proveio, especialmente, da redução da renda do crédito
comercial, em 4,5% ou R$47,3 milhões, parcialmente, compensada pelo crescimento das rendas
do crédito imobiliário, em 17,2% ou R$8,0 milhões, pelo crescimento das receitas provenientes
da recuperação de créditos baixados para prejuízo, em 12,7% ou R$4,8 milhões, e pelo aumento
das rendas de venda ou transferência de ativos em 35,0% ou R$3,4 milhões.
A ampliação da receita de crédito, arrendamento mercantil e venda ou transferência de ativos
financeiros em relação ao 1T13, foi influenciada, especialmente, pelo acréscimo nas receitas de
financiamento a longo prazo, em 46,9% ou R$11,4 milhões, pela evolução nas rendas do crédito
comercial, em 1,1% ou R$10,8 milhões, e pelo crescimento nas receitas decorrentes da recuperação
de créditos baixados a prejuízo em 27,8% ou R$9,2 milhões.
118 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Gráfico 18: Receitas de Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Venda ou Transferência de
Ativos Financeiros - R$ Milhões
Receitas do Crédito Comercial Pessoa Física e Jurídica
No 1S13, as receitas geradas pelo crédito comercial totalizaram R$1.984,9 milhões, 4,6%
ou R$94,9 milhões abaixo do montante registrado no 1S12. No 2T13, as receitas do crédito
comercial somaram R$997,9 milhões, 4,5% ou R$47,3 milhões abaixo do fluxo registrado no
2T12 e 1,1% ou R$10,8 milhões superior ao valor do 1T13.
A receita de crédito comercial pessoa jurídica apresentou redução de 14,7% ou R$112,9
milhões e a receita do crédito comercial pessoa física registrou aumento de 1,4% ou R$18,0
milhões no 1S13 frente ao valor do 1S12. O resultado do período foi influenciado, principalmente, pela redução das rendas da conta garantida, em 32,3% ou R$62,0 milhões, pelo
decréscimo nas rendas do cheque especial, em 15,0% ou R$47,1 milhões, pela retração nas
receitas das linhas de capital de giro, em 9,0% ou R$41,9 milhões, e pela queda nas rendas
das linhas crédito 1 minuto, em 31,9% ou R$30,5 milhões, parcialmente, compensado pelo
aumento das rendas do crédito consignado em 16,3% ou R$108,9 milhões. A redução das
taxas de juros influenciou a trajetória das rendas do crédito comercial no semestre.
No 2T13, a receita de crédito comercial apresentou redução de 4,5% ou R$47,3 milhões
em relação ao 2T12. O resultado do período foi influenciado, principalmente, pela redução
das rendas da conta garantida, em 34,5% ou R$33,1 milhões, pelo decréscimo das rendas
do cheque especial, em 14,2% ou R$22,1 milhões, e pela queda das rendas somadas das
linhas crédito 1 minuto e crédito pessoal não consignado, em 20,3% ou R$19,3 milhões,
parcialmente, compensada pelo aumento das rendas do crédito consignado em 13,1% ou
R$45,3 milhões. A redução das taxas de juros influenciou a trajetória das rendas do crédito
comercial nos trimestres.
O acréscimo da receita de crédito comercial no 2T13 na comparação com o 1T13 proveio,
especialmente, da elevação da renda do crédito comercial à pessoa física, em 1,5% ou
R$10,1 milhões, principalmente nas linhas de crédito consignado e crédito pessoal não consignado, que somadas apresentaram crescimento de 1,6% ou R$6,7 milhões. A receita do
crédito comercial ao segmento empresarial apresentou relativa estabilidade no período,
justificada, principalmente pela ampliação das rendas das linhas de capital de giro, em 2,6%
ou R$5,4 milhões, parcialmente, compensada pela redução das receitas da conta garantida.
A ampliação das rendas do crédito comercial à pessoa física é justificada pela elevação das
taxas médias das operações, e no segmento empresarial, foi influenciada pela diminuição
das operações de crédito à pessoa jurídica.
119
Tabela 14:
Receitas do Crédito Comercial - Pessoa Física e Jurídica
R$ Milhões
1S13
1S12
2T13
1T13
4T12
3T12
2T12
1.331,0
1.312,9
670,6
660,4
680,9
685,8
669,1
1,4%
Crédito Pessoal - Consignado
764,7
651,2
385,0
379,7
372,6
366,1
337,2
17,4%
Aquisição Bens - Consignado
12,7
17,4
6,0
6,7
7,4
8,0
8,6
-26,6%
Aquisição Bens - Outros Bens
0,4
0,3
0,2
0,2
0,2
0,1
0,2
15,4%
Aquisição Bens - Veículos
9,5
8,4
4,6
4,9
4,9
4,7
4,5
13,7%
Cheque Especial
266,6
313,7
133,5
133,1
143,5
149,1
155,6
-15,0%
Crédito 1 Minuto
65,0
95,4
33,3
31,7
36,1
40,2
46,3
-31,9%
Crédito Pessoal Automático
58,1
71,1
28,9
29,2
31,1
32,7
35,1
-18,3%
Crédito Pessoal - Não Consignado
82,5
91,1
42,3
40,2
49,8
50,2
48,5
-9,5%
Cartão de Crédito
27,7
28,9
14,4
13,3
14,4
14,9
15,0
-4,1%
Outros - PF
43,7
35,5
22,3
21,5
20,9
19,7
18,2
23,4%
Pessoa Jurídica
Pessoa Física
1S13 / 1S12
654,0
766,9
327,3
326,7
358,0
365,2
376,1
-14,7%
Aquisição Bens - Outros Bens
3,8
3,4
1,9
1,9
1,8
1,7
1,6
11,5%
Aquisição Bens - Veículos
5,0
5,2
2,4
2,6
2,8
2,7
2,7
-3,5%
Capital de Giro - CEB
301,2
337,8
153,8
147,4
159,2
161,2
166,2
-10,9%
Capital de Giro - CGB
121,7
126,9
60,4
61,3
60,7
58,8
60,3
-4,1%
3,9
4,8
1,7
2,2
2,4
2,6
2,6
-18,8%
-12,8%
CDCI
Compror
Conta Devedora Caução - CCC
Conta Garantida
Desconto de Recebíveis
6,9
7,9
3,4
3,5
4,0
3,5
3,8
16,7
15,6
8,6
8,2
7,4
7,0
7,3
7,4%
130,1
192,1
62,9
67,3
86,3
94,1
95,9
-32,3%
35,5
42,0
17,6
17,9
18,4
18,8
20,2
-15,5%
Vendor
5,7
8,1
2,7
2,9
3,5
3,5
4,1
-30,2%
Crédito no Exterior
2,1
2,1
1,3
0,8
0,9
1,0
1,2
-2,3%
21,4
20,9
10,7
10,7
10,5
10,3
10,2
2,5%
1.984,9
2.079,8
997,9
987,1
1.038,9
1.050,9
1.045,2
-4,6%
Outros - PJ
Total
As taxas médias mensais do crédito comercial apresentaram queda de 0,23 pp. no 1S13 em
relação ao 1S12. Os produtos de crédito à pessoa física que apresentaram redução mais
expressiva das taxas médias foram crédito um minuto e crédito pessoal automático. No que
se refere ao crédito empresarial, a conta garantida e o desconto de recebíveis apresentaram
retração mais expressiva de taxas médias no período.
No 2T13, as taxas médias mensais do crédito comercial alcançaram 1,93%, retração de
0,19 pp. na comparação com o 2T12. A queda das taxas no período foi influenciada pela
redução de 0,20 pp. na taxa das linhas de crédito à pessoa física e 0,18 pp. na taxa das
linhas do segmento empresarial.
Em relação ao 1T13, as taxas médias mensais do crédito comercial do 2T13 apresentaram
crescimento de 0,01 pp. A trajetória das taxas no período foi influenciada pela ampliação
de 0,03 pp. na taxa das linhas de crédito à pessoa física, parcialmente compensada pela
redução de 0,03 pp. na taxa das linhas do segmento empresarial.
As taxas médias gerenciais apresentadas na Tabela 15 são representativas do estoque de
contratação. É importante salientar que as rendas de operações de crédito vencidas há mais
de 60 dias somente são reconhecidas como receitas quando efetivamente recebidas. No
1S13, a trajetória de receitas de crédito foi afetada pelo aumento dos créditos em atraso,
que ampliaram na comparação com o 1S12 e 1T13.
120 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Tabela 15:
Taxas Médias Mensais do Crédito Comercial - Pessoa Física e Jurídica
Pessoa Física
1S13
1S12
2T13
1T13
4T12
3T12
2T12
2,31%
2,54%
2,33%
2,30%
2,42%
2,48%
2,53%
Crédito Pessoal - Consignado
1,84%
1,79%
1,88%
1,81%
1,88%
1,87%
1,82%
Aquisição Bens - Consignado
1,46%
1,47%
1,46%
1,46%
1,47%
1,47%
1,47%
1,08%
Aquisição Bens - Outros Bens
1,27%
1,11%
1,35%
1,19%
1,12%
1,08%
Aquisição Bens - Veículos
1,58%
1,70%
1,58%
1,58%
1,62%
1,65%
1,68%
Cheque Especial
7,52%
7,79%
7,51%
7,52%
7,70%
7,66%
7,73%
Crédito 1 Minuto
2,98%
5,30%
2,94%
3,03%
3,51%
4,07%
5,00%
Crédito Pessoal Automático
3,77%
5,13%
3,57%
3,99%
4,84%
5,14%
5,14%
Crédito Pessoal - Não Consignado
2,47%
2,92%
2,47%
2,47%
2,69%
2,85%
2,91%
Cartão de Crédito
6,09%
7,27%
6,07%
6,11%
7,27%
7,51%
7,58%
Outros - PF
0,98%
1,23%
0,97%
0,99%
1,12%
1,16%
1,20%
Pessoa Jurídica
1,49%
1,72%
1,47%
1,50%
1,44%
1,53%
1,65%
1,63%
Aquisição Bens - Outros Bens
1,62%
1,66%
1,60%
1,64%
1,57%
1,57%
Aquisição Bens - Veículos
1,73%
1,94%
1,70%
1,75%
1,82%
1,91%
1,93%
Capital de Giro - CEB
1,23%
1,38%
1,23%
1,24%
1,14%
1,21%
1,31%
Capital de Giro - CGB
1,26%
1,40%
1,25%
1,26%
1,19%
1,24%
1,34%
CDCI
2,82%
2,70%
2,98%
2,72%
2,42%
2,45%
2,64%
Compror
0,98%
1,22%
0,98%
0,98%
0,98%
1,06%
1,16%
Conta Devedora Caução - CCC
1,28%
1,50%
1,25%
1,32%
1,27%
1,31%
1,44%
5,03%
Conta Garantida
4,51%
5,10%
4,47%
4,55%
4,63%
4,82%
Desconto de Recebíveis
1,60%
1,96%
1,59%
1,60%
1,67%
1,71%
1,85%
Vendor
1,00%
1,22%
0,99%
1,00%
1,05%
1,11%
1,18%
Crédito no Exterior
0,50%
0,50%
0,53%
0,46%
0,48%
0,48%
0,52%
Outros - PJ
0,71%
1,23%
0,70%
0,72%
1,04%
1,08%
1,16%
Total
1,93%
2,16%
1,93%
1,92%
1,96%
2,04%
2,12%
Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos
O resultado de operações com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos
somou R$586,4 milhões no 1S13, 40,7% ou R$402,8 milhões abaixo do montante contabilizado
no mesmo período de 2012. No 2T13, o resultado de tesouraria somou R$392,7 milhões, 39,4%
ou R$255,4 milhões abaixo do resultado do 2T12 e 102,8% ou R$199,1 milhões superior ao valor
de 1T13.
A trajetória decrescente do resultado de tesouraria no 1S13 em relação ao 1S12 foi influenciada
pela redução do resultado de instrumentos financeiros derivativos, em 98,0% ou R$403,4 milhões,
decorrente do ajuste da marcação a mercado e variação cambial dos contratos de swap. O ajuste
na marcação a mercado do swap gerou correspondente reflexo no custo da dívida subordinada.
O resultado com TVM e instrumentos financeiros derivativos apresentou retração no 2T13 em
relação ao 2T12, motivada pelo decréscimo do resultado de instrumentos financeiros derivativos,
em 77,5% ou R$292,7 milhões, face ao ajuste da marcação a mercado dos contratos de swap,
parcialmente, compensado pela elevação do resultado de títulos e valores mobiliários, em 13,8%
ou R$37,2 milhões, impactada pela queda da Taxa Selic. O ajuste da marcação a mercado do swap
gerou correspondente reflexo no custo da dívida subordinada.
O incremento do resultado de tesouraria na comparação com o trimestre anterior foi influenciado
pelo crescimento de 210,6% ou R$161,8 milhões no resultado de instrumentos financeiros
derivativos, impactados pela marcação a mercado dos contratos de swap, e pela ampliação
do resultado de títulos e valores mobiliários, em 13,8% ou R$37,3 milhões, influenciados pelo
aumento do volume aplicado em TVM.
121
Gráfico 19: Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros
Derivativos - R$ Milhões
Resultado de Operações de Câmbio
O resultado de operações de câmbio totalizou R$85,1 milhões no 1S13, 16,1% ou R$11,8 milhões
acima do montante contabilizado no mesmo período de 2012. No 2T13, o resultado de operações
de câmbio somou R$75,0 milhões, 17,1% ou R$10,9 milhões superior ao fluxo registrado no 2T12
e R$64,8 milhões superior ao valor acumulado no 1T13. As operações de câmbio no Banrisul
são casadas com funding em moeda estrangeira, logo, a variação das receitas é compensada,
proporcionalmente, por movimento semelhante das despesas com obrigações de empréstimos
e repasses em moeda estrangeira.
O acréscimo do resultado de câmbio no 1S13 comparado ao 1S12 foi impactado pela desvalorização
cambial de 8,42% no 1S13 frente à desvalorização de 7,76% no 1S12.
O resultado de operações de câmbio no 2T13 comparativamente ao valor obtido no 2T12 foi
influenciado pela variação cambial.
Quanto à ampliação no último trimestre, o resultado de câmbio foi influenciado pela desvalorização
cambial de 10,02% no 2T13 frente à valorização cambial de 1,45% no 1T13.
Gráfico 20: Resultado de Operações de Câmbio - R$ Milhões
Resultado das Aplicações Compulsórias
O resultado das aplicações compulsórias alcançou, no 1S13, R$137,6 milhões, 11,7% ou R$18,3
milhões abaixo do valor contabilizado no 1S12. No 2T13, o resultado de aplicações compulsórias
somou R$72,5 milhões, redução de 4,2% ou R$3,2 milhões em relação ao 2T12 e crescimento de
11,5% ou R$7,5 milhões na comparação com o resultado do 1T13.
A redução do resultado das aplicações compulsórias no 1S13 em relação ao 1S12 foi motivada,
122 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
principalmente, pelo decréscimo das rendas vinculadas ao compulsório adicional e sobre recursos
a prazo, em R$12,2 milhões, influenciadas pela queda da Taxa Selic.
O resultado das aplicações compulsórias no 2T13 comparado ao 2T12 apresentou decréscimo,
influenciado, especialmente, pela redução nas rendas vinculadas ao compulsório adicional,
impactadas pela redução da Taxa Selic e do montante de depósitos compulsórios de exigibilidade
adicional.
Na comparação entre o 2T13 e o 1T13, o resultado das aplicações compulsórias registrou
crescimento, influenciado, especialmente, pelo incremento nas rendas vinculadas ao compulsório
sobre recursos a prazo, depósitos de poupança e compulsório adicional, em R$7,0 milhões,
impactados pela elevação da Taxa Selic.
Gráfico 21: Resultado das Aplicações Compulsórias - R$ Milhões
Despesas da Intermediação Financeira
As despesas da intermediação financeira somaram R$1.606,1 milhões no 1S13, com redução
de 22,4% ou R$464,7 milhões sobre o fluxo do 1S12. No 2T13, as despesas de intermediação
financeira totalizaram R$929,8 milhões, com retração de 25,5% ou R$318,7 milhões sobre o
montante do 2T12 e aumento de 37,5% ou R$253,6 milhões em relação ao 1T13.
A redução das despesas da intermediação no 1S13 comparado ao 1S12 decorreu, especialmente,
do decréscimo das despesas com captação de recursos, em 24,4% ou R$320,9 milhões, e da
retração das despesas de empréstimos, cessões e repasses em 28,9% ou R$107,1 milhões. As
despesas com provisões para crédito registraram retração de 9,5% ou R$36,6 milhões no período.
O decréscimo da dívida subordinada, face à marcação a mercado, e das despesas de depósitos
influenciou na redução das despesas de captação no mercado. Já a redução das despesas com
provisões reflete a melhoria do compliance no processo de sistema de rating cliente, através da
implantação de novo sistema centralizado.
As despesas da intermediação apresentaram retração no 2T13 comparado ao 2T12 influenciada,
especialmente, pelo decréscimo das despesas com captação de recursos, em 26,6% ou R$230,7
milhões, pela diminuição das despesas com provisões para crédito, em 30,1% ou R$65,9 milhões,
e pela retração das despesas de empréstimos, cessões e repasses em 13,7% ou R$22,1 milhões.
O decréscimo das despesas da dívida subordinada, face à marcação a mercado, influenciou
na redução das despesas de captação no mercado, bem como a implantação de novo sistema
centralizado de rating.
O aumento das despesas da intermediação no 2T13 comparado ao 1T13 decorreu da evolução
das despesas com captação, em 79,9% ou R$283,5 milhões, influenciada, principalmente, pelo
ajuste da marcação a mercado da dívida subordinada e pela elevação da Taxa Selic efetiva
acumulada no período (1,65% no 1T13, para 1,83% no 2T13), e do crescimento das despesas
123
com empréstimos, cessões e repasses, em 10,9% ou R$13,7 milhões, afetadas, principalmente,
pela variação cambial do período, movimento parcialmente compensado pela diminuição das
despesas com provisões, em 22,2% ou R$43,6 milhões.
Gráfico 22: Despesas da Intermediação Financeira - R$ Milhões
Despesas de Captação no Mercado
As despesas de captação no mercado somaram R$992,6 milhões no 1S13, 24,4% ou R$320,9
milhões abaixo do montante do 1S12. No 2T13, as despesas de captação no mercado totalizaram
R$638,0 milhões, 26,6% ou R$230,7 milhões inferior ao fluxo registrado no 2T12 e 79,9% ou
R$283,5 milhões acima do valor acumulado no 1T13.
No 1S13, o menor fluxo de despesas de captação, proveio da retração das despesas das dívidas
subordinadas, em 77,2% ou R$350,5 milhões, e da redução das despesas de depósitos a prazo, em
7,6% ou R$44,4 milhões, compensado pelo aumento nas despesas de operações compromissadas,
em 66,8% ou R$57,5 milhões. A marcação a mercado da dívida subordinada e a queda da Taxa
Selic efetiva, em 1,14 pp., influenciaram na redução dessas despesas no período.
A trajetória descendente das despesas, observada na comparação entre o 2T13 e o 2T12, decorre,
especialmente, da retração das despesas das dívidas subordinadas, em 65,7% ou R$261,1 milhões,
compensada pelo aumento nas despesas de operações compromissadas, em 160,2% ou R$67,1
milhões. As despesas de depósitos a prazo cresceram 2,0% ou R$5,6 milhões, e as despesas de
poupança aumentaram 6,1% ou R$5,0 milhões.
A evolução das despesas de captação no 2T13 em relação ao 1T13 é explicada, principalmente,
pelo ajuste na marcação a mercado do contrato de dívida subordinada, cuja despesa apresentou
aumento de R$169,0 milhões, pelo crescimento das despesas de operações compromissadas em
R$74,5 milhões, e pela ampliação das despesas de depósito a prazo em R$30,7 milhões. O aumento
no saldo das operações e a elevação da Taxa Selic efetiva também impactaram o resultado do
último trimestre.
124 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Gráfico 23: Despesas de Captação no Mercado - R$ Milhões
Despesas de Empréstimos, Cessões e Repasses
As despesas de empréstimos, cessões e repasses totalizaram R$264,2 milhões no 1S13, 28,9%
ou R$107,1 milhões abaixo do montante acumulado no mesmo período de 2012. No 2T13, as
despesas de empréstimos, cessões e repasses somaram R$138,9 milhões, 13,7% ou R$22,1 milhões
inferior ao valor do 2T12 e 10,9% ou R$13,7 milhões superior ao montante contabilizado no 1T13.
No 1S13, o menor fluxo de despesas de empréstimos, cessões e repasses em relação ao registrado
no 1S12, proveio da retração de 46,1% ou R$111,5 milhões das despesas do fundo de reserva
de depósitos judiciais - FRDJ, face ao saque efetuado pelo Estado, em abril de 2013, e à retração
de 1,14 pp. da Taxa Selic no período, movimento parcialmente compensado pelo aumento de
despesas com operações de empréstimos e repasses em 22,7% ou R$8,2 milhões.
A redução no volume de despesas, na comparação entre o 2T13 e o 2T12, decorreu, principalmente,
do decréscimo de 70,5% ou R$80,4 milhões das despesas do fundo de reserva de depósitos
judiciais, face ao saque efetuado pelo Estado de recursos do FRDJ em abril de 2013 e à retração
da Taxa Selic no período, movimento parcialmente compensado pela ampliação das despesas
com operações de empréstimos e repasses em 164,2% ou R$59,2 milhões.
A ampliação do volume de despesas de empréstimos, cessões e repasses, entre os períodos
2T13 e 1T13, foi gerada, principalmente, pelo crescimento das despesas com repasse em moeda
estrangeira, em R$74,5 milhões, parcialmente, compensado pela redução das despesas do fundo
de reserva de depósitos judiciais R$63,1 milhões.
Gráfico 24: Despesas de Empréstimos, Cessões e Repasses - R$ Milhões
125
Custo de Captação
O custo de captação foi apurado com base nos saldos médios dos recursos captados, calculados
a partir dos saldos finais dos meses que compõem os períodos analisados, vinculados aos
correspondentes valores das despesas efetivas de captação, ajustados pelo resultado de
instrumentos financeiros derivativos, gerando as taxas médias. Entre os passivos, foram agrupados
como produtos de captação os depósitos, a captação no mercado aberto, os recursos de aceites e
emissão de títulos e a dívida subordinada líquida do resultado gerado pela marcação a mercado
do swap, associados, diretamente, às respectivas despesas para o cálculo do custo médio.
O preço médio da captação alcançou 1,52% no 2T13, acima da taxa de 1,41% do 1T13 e menor
que 1,64%, do 2T12, em linha com as oscilações da Taxa Selic efetiva, que referencia boa parte da
captação, e influenciada pela variação no custo da dívida subordinada e pela marcação a mercado.
Na comparação do custo médio em relação à Taxa Selic, observa-se redução do indicador no 2T13,
de 82,81%, na comparação com o índice do 1T13, de 85,02%, e crescimento do custo médio em
relação à Taxa Selic frente ao índice obtido no 2T12, de 77,70%.
O custo médio dos depósitos a prazo, que representam 50,6% do saldo médio do conjunto de
rubricas demonstradas na tabela 16, alcançou 1,55% no 2T13, com evolução de 0,11 pp. em
relação ao 1T13, e redução de 0,28 pp. na comparação com o 2T12. A proporcionalidade dos
custos dos depósitos a prazo em relação à Taxa Selic no 2T13, que atingiu 84,52%, apresentou
redução frente ao registrado no 1T13, de 87,34%, e no 2T12, de 86,61%.
Nas operações compromissadas, o custo médio apresentou redução no período, passando de
2,40%, no 2T12, para 1,89%, no 1T13 e, por último, atingindo 1,69% no 2T13.
O custo médio da dívida subordinada alcançou 2,88%, no 2T13, acima dos 2,63% registrados
no 1T13, e dos 1,65% registrados no 2T12, influenciado pelos encargos financeiros, variação
cambial e marcação a mercado dos contratos, ajustado pela marcação a mercado verificada nos
instrumentos derivativos associados.
Tabela 16:
Custo de Captação
R$ Milhões e %
2T13
Saldo
Médio
Despesa
Acum.
1T13
Custo
Médio
Saldo
Médio
Despesa
Acum.
2T12(2)
Custo
Médio
Saldo
Médio
Despesa
Acum.
Custo
Médio
Depósitos à Vista
2.710,5
0,0
2.770,0
0,0
2.648,1
0,0
Depósitos de Poupança
6.237,1
(85,7)
1,37%
5.992,0
(79,8)
1,33%
5.353,0
(80,8)
1,51%
18.450,1
(285,6)
1,55%
17.658,0
(254,9)
1,44%
15.297,7
(279,9)
1,83%
413,8
(4,1)
0,99%
436,4
(2,9)
0,66%
101,5
(1,6)
1,56%
0,0
(10,4)
0,0
(10,0)
0,0
(8,8)
6.437,0
(109,0)
1,69%
1.826,1
(34,5)
1,89%
1.745,1
(41,9)
2,40%
2,7
(0,0)
0,00%
2,6
(0,0)
0,01%
2,6
(0,0)
0,15%
1,51%
Depósitos a Prazo
Depósitos Interfinanceiros
Despesas de Contribuição FGC
Operações Compromissadas
Obrigação Depósito Especial de Fundos
e Programas
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos
Dívida Subordinada (1)
Saldo Médio Total / Despesa Total
Selic
440,3
(7,1)
1,60%
344,7
(5,2)
1,52%
120,3
(1,8)
1.778,1
(51,3)
2,88%
1.674,3
(44,1)
2,63%
1.199,2
(19,7)
1,65%
36.469,7
(553,1)
1,52%
30.704,2
(431,4)
1,41%
26.467,4
(434,5)
1,64%
1,83%
1,65%
2,11%
Custo Médio / Selic
82,81%
85,02%
77,70%
Custo Depósito a Prazo / Selic
84,52%
87,34%
86,61%
(1) Ajustada pelos ganhos e perdas de instrumentos de hedge (swap).
(2) Reapresentado
126 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Despesas de Provisões para Operações de Crédito
As despesas de provisão para operações de crédito somaram R$349,3 milhões no 1S13, 9,5%
ou R$36,6 milhões abaixo do montante contabilizado no mesmo período de 2012. No 2T13, as
despesas de provisão para operações de crédito totalizaram R$152,8 milhões, 30,1% ou R$65,9
milhões inferiores ao valor do 2T12 e 22,2% ou R$43,6 milhões abaixo do fluxo do 1T13.
A diminuição das despesas de provisão, nos períodos analisados, decorreu da implantação do
novo sistema de rating cliente, com reflexos em melhorias no compliance.
Gráfico 25: Despesas de Provisões para Operações de Crédito - R$ Milhões
Margem Financeira
A margem financeira totalizou R$1.836,9 milhões no 1S13, fluxo próximo do registrado no 1S12,
R$1.851,0 milhões. No 2T13, a margem financeira somou R$929,0 milhões, 2,7% ou R$25,8 milhões
abaixo do valor registrado no 2T12 e 2,3% ou R$21,1 milhões acima do valor acumulado no 1T13.
No 1S13, a margem financeira foi afetada pela queda das receitas e das despesas com juros, face
à redução da Taxa Selic efetiva, e pela marcação a mercado da dívida subordinada e contratos
de swap.
A trajetória da margem financeira no 2T13 em relação ao 2T12 foi influenciada pelas mesmas
condicionantes: desaceleração das receitas e despesas com juros, decorrente da queda da Taxa
Selic efetiva que refletiu na queda das receitas de crédito e nas despesas de captação e com
empréstimos, cessões e repasses, além da marcação a mercado da dívida subordinada e sobre
os contratos de swap.
Na comparação com o 1T13, o aumento da margem financeira no 2T13 está associado ao maior
fluxo de receitas de crédito e de despesas de captação, face à elevação da Taxa Selic efetiva, ao
efeito da marcação a mercado da dívida subordinada e correspondentes contratos de swap, bem
como à elevação do resultado de câmbio, decorrente da variação cambial registrada no período.
Gráfico 26: Margem Financeira - R$ Milhões
127
Receitas de Prestação de Serviços e Tarifas Bancárias
As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$447,4 milhões no 1S13,
19,7% ou R$73,7 milhões acima do montante acumulado no mesmo período de 2012. No 2T13,
as receitas de prestação de serviços e tarifas totalizaram R$235,7 milhões, crescimento de 23,7%
ou R$45,2 milhões em relação ao montante contabilizado no 2T12 e incremento de 11,3% ou
R$24,0 milhões na comparação com o valor acumulado no 1T13. A trajetória das receitas de
prestação de serviços e tarifas foi influenciada, especialmente, pelo aumento das rendas de tarifas bancárias de conta corrente, pelo incremento das rendas decorrentes de operações de seguros e pelo crescimento das receitas oriundas da rede de adquirência.
A ampliação das receitas de serviços e tarifas acumuladas no 1S13, comparativamente ao montante do 1S12, foi impulsionada, especialmente, pelo aumento (i) das receitas de tarifas bancárias em contas correntes, em 20,3% ou R$26,8 milhões, (ii) das receitas com débitos em conta,
em 118,8% ou R$15,9 milhões, e (iii) das receitas com serviços de arrecadação em 34,7% ou
R$12,7 milhões.
As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias no 2T13 apresentaram crescimento, na
comparação com o 2T12, motivado, especialmente, pelo incremento (i) das receitas de tarifas
bancárias em contas correntes, em 23,4% ou R$15,4 milhões, (ii) das receitas com débitos em
conta, em 139,2% ou R$9,5 milhões, e (iii) das rendas com serviços de arrecadação em 38,5% ou
R$7,7 milhões.
Em relação ao 1T13, o acréscimo nas rendas de prestação de serviços e tarifas bancárias no 2T13
decorreu, principalmente, da ampliação (i) das receitas com serviços de arrecadação em 29,6%
ou R$6,3 milhões, (ii) das rendas de tarifas bancárias de conta corrente em 5,3% ou R$4,1 milhões, e (iii) das rendas de tarifas de débito em conta em 26,6% ou R$3,4 milhões.
Gráfico 27: Receita de Prestação de Serviços e Tarifas Bancárias - R$ Milhões
Despesas Administrativas
As despesas administrativas somaram R$1.117,1 milhões no 1S13, valor 12,7% ou R$125,9 milhões
acima do apurado no mesmo período de 2012. No 2T13, as despesas administrativas totalizaram
R$581,8 milhões, 13,5% ou R$69,2 milhões acima do valor do 2T12 e 8,7% ou R$46,5 milhões
superior ao fluxo do 1T13.
As despesas de pessoal, que compõem 57,2% do total das despesas administrativas acumuladas
de janeiro a junho de 2013, registraram elevação de 10,9% ou R$62,9 milhões, sobre o valor
registrado no mesmo período de 2012, impactada pelo ajuste salarial ocorrido em setembro de
2012 e pelo aumento do quadro de funcionários em 1.386 colaboradores. As outras despesas
administrativas registraram elevação de 15,2% ou R$63,0 milhões no período, impactadas
128 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
(i) pelo aumento das despesas com serviços de terceiros, em R$37,0 milhões, influenciado
pelas despesas dos serviços com a originação de crédito consignado através do canal BemVindo, (ii) pela elevação das despesas de propaganda, promoções e publicidade, em R$15,6
milhões, reflexo da atual campanha publicitária do Banco, e (iii) pelo acréscimo das despesas
de processamento de dados e telecomunicações, em R$11,9 milhões, e (iv) pelo incremento
das despesas de vigilância, segurança e transporte, em R$8,8 milhões, movimento, em parte,
compensado, (v) pela diminuição nas despesas com amortização e depreciação em R$24,0 milhões.
As despesas de pessoal acumuladas no 2T13, comparadas ao 2T12, apresentaram aumento de 10,9%
ou R$33,7 milhões, face ao efeito do dissídio da categoria e ao maior número de funcionários. As
outras despesas administrativas registraram aumento de 17,5% ou R$35,4 milhões, influenciadas,
principalmente, (i) pela elevação das despesas com serviços de terceiros, em R$22,5 milhões,
impactadas pelas despesas com serviços de correspondentes geradores de crédito consignado, (ii) pelo
crescimento das despesas de processamento de dados e telecomunicações, em R$7,3 milhões, (iii) pela
ampliação das despesas de propaganda, promoções e publicidade, em R$5,6 milhões, parcialmente
compensadas (iv) pelo decréscimo das despesas de amortização e depreciação em R$12,1 milhões.
Em relação ao 1T13, as despesas de pessoal do 2T13 apresentaram acréscimo de 16,1% ou
R$47,5 milhões, influenciado pela sazonalidade do efeito férias no 1T13 e pelo aumento de 302
funcionários no quadro. As outras despesas administrativas registraram redução de 0,4% ou R$1,1
milhão, influenciadas, principalmente, (i) pela redução das despesas de propaganda, promoções
e publicidade, em R$8,4 milhões, (ii) pelo decréscimo das despesas de processamento de dados,
telecomunicações, vigilância, segurança e transporte de valores, em R$5,3 milhões, em parte
compensadas (iii) pelo crescimento das despesas com serviços de terceiros em R$12,4 milhões.
Gráfico 28: Despesas Administrativas - R$ Milhões
Outras Receitas Operacionais
As outras receitas operacionais somaram R$124,8 milhões no 1S13, 19,4% ou R$20,3 milhões
acima do montante registrado no mesmo período do ano anterior. No 2T13, as outras receitas
operacionais totalizaram R$59,3 milhões, 10,4% ou R$5,6 milhões acima do valor do 2T12 e 9,6%
ou R$6,3 milhões abaixo do fluxo do 1T13.
O incremento de receitas contabilizadas no 1S13 em relação ao mesmo período do ano anterior
proveio do incremento das receitas com cartões, em R$6,6 milhões, do avanço das receitas com
recuperação de encargos, em R$6,4 milhões, e do incremento das receitas com lucros na venda
de bens em R$4,4 milhões.
No 2T13, o crescimento das outras receitas operacionais em relação ao 2T12 foi motivado,
especialmente, pelo incremento das receitas com cartões, em R$6,6 milhões, pelo crescimento
129
das rendas de recuperação de encargos e despesas, em R$6,4 milhões, movimento em parte
compensado pela redução das receitas de reversão de provisões operacionais em R$3,8 milhões.
No último trimestre, as outras receitas operacionais apresentaram redução influenciada pela
reversão de provisões constituídas para pagamento de despesas administrativas no 1T13,
parcialmente, compensada pelas receitas de ajuste cambial.
Gráfico 29: Outras Receitas Operacionais - R$ Milhões
Outras Despesas Operacionais
As outras despesas operacionais totalizaram R$165,9 milhões no 1S13, 15,5% ou R$30,4 milhões
abaixo do valor registrado no mesmo período de 2012. No 2T13, as outras despesas operacionais
somaram R$96,4 milhões, 6,9% ou R$7,2 milhões abaixo do valor apurado no 2T12 e 38,8% ou
R$27,0 milhões acima do fluxo do 1T13.
O decréscimo de outras despesas operacionais no 1S13, em relação ao 1S12, decorreu,
especialmente, da redução das despesas com provisões trabalhistas e para ações cíveis, em
35,9% ou R$43,0 milhões, e de descontos concedidos de renegociações, em 47,9% ou R$12,0
milhões, parcialmente, compensada, pelo aumento das despesas de atualização monetária da
dívida contratada da Fundação Banrisul em R$22,9 milhões.
No 2T13, o decréscimo de outras despesas operacionais em relação ao mesmo período do ano
anterior, foi influenciado, especialmente, pela redução das despesas com provisões trabalhistas
e para ações cíveis, em 34,3% ou R$20,9 milhões, e pela queda das despesas de descontos
concedidos de renegociações, em 52,9% ou R$9,8 milhões, compensado, em parte, pelo aumento
das despesas de atualização monetária da dívida contratada da Fundação Banrisul.
Em relação ao 1T13, a ampliação de outras despesas operacionais refere-se às despesas de
atualização monetária da dívida contratada da Fundação Banrisul e pelo aumento das despesas
com provisões cíveis em 68,5% ou R$4,6 milhões.
Gráfico 30: Outras Despesas Operacionais - R$ Milhões
130 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
Balanço Patrimonial
Consolidado Resumido
Tabela 17:
Balanço Patrimonial Consolidado Resumido
Ativo
Circulante e Realizável a Longo Prazo
Jun 2013
Mar 2013
Jun 2012*
46.481.408 44.406.781 42.482.329
Dez 2012*
Set 2012*
Jun 2013/
Dez 2012
Jun 2013/
Jun 2012
22,9%
10,1%
12,3%
627.977
599.866
809.093
536.019
505.810
4,7%
-22,4%
24,2%
2.227.121
3.647.893
4.609.386
4.292.998
4.414.347
-38,9%
-51,7%
-49,5%
Títulos Mobiliários e Inst. Financ. Derivativos
18.761.718
13.576.841
12.361.193 10.961.927 10.276.495
Relações Interfinanceiras e Interdependências
4.405.836
4.057.394
Operações de Crédito
23.738.128
Provisão para Operações de Crédito
Disponibilidades
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
Operações de Arrendamento Mercantil
Provisão para Operações de Arrendamento
Mercantil
52.208.055 47.413.004
R$ Milhares
Jun 2013/
Mar 2013
38,2%
51,8%
82,6%
3.902.462
8,6%
19,5%
12,9%
23.505.894
23.177.660 22.666.374 21.833.600
1,0%
2,4%
8,7%
(1.496.701) (1.542.560)
(1.498.428) (1.492.411) (1.398.719)
-3,0%
-0,1%
7,0%
81.343
-6,3%
-8,1%
-7,2%
-29,9%
75.462
80.531
3.685.781
82.096
4.132.238
80.507
(6.190)
(7.172)
(7.964)
(8.719)
(8.824)
-13,7%
-22,3%
Outros Créditos
3.839.547
3.509.644
3.315.231
3.138.986
2.803.904
9,4%
15,8%
36,9%
Provisão para Outros Créditos
(127.013)
(138.112)
(132.851)
(114.235)
(81.658)
-8,0%
-4,4%
55,5%
Outros Valores e Bens
162.170
122.785
80.211
213.097
153.569
32,1%
102,2%
5,6%
Permanente
271.401
261.452
262.408
264.626
280.017
3,8%
3,4%
-3,1%
Investimentos
Imobilizado de Uso
Intangível
Total do Ativo
Passivo
47.099
48.406
48.421
47.808
47.782
-2,7%
-2,7%
-1,4%
181.117
170.722
167.356
158.987
157.926
6,1%
8,2%
14,7%
43.185
42.324
46.631
57.831
74.309
2,0%
-7,4%
-41,9%
46.743.816 44.671.407 42.762.346
10,1%
12,3%
22,7%
Jun 2012*
Jun 2013/
Mar 2013
Jun 2013/
Dez 2012
Jun 2013/
Jun 2012
52.479.456 47.674.456
Jun 2013
Mar 2013
Dez 2012*
Set 2012*
Circulante e Exigível a Longo Prazo
47.589.947 42.893.545
42.107.472 39.928.012 38.166.128
10,9%
13,0%
24,7%
Depósitos
28.411.137 27.236.911
26.746.389 25.183.586 23.713.587
4,3%
6,2%
19,8%
Depósitos à Vista
2.839.217
2.756.994
3.400.331
2.623.346
2.675.380
3,0%
-16,5%
6,1%
Depósitos de Poupança
6.352.499
6.054.944
5.836.236
5.639.745
5.447.820
4,9%
8,8%
16,6%
419.711
383.347
109.708
-33,0%
-30,5%
165,7%
17.090.111 16.537.148 15.480.679
5,2%
10,8%
22,3%
384,4%
392,3%
286,9%
Depósitos Interfinanceiros
Depósitos a Prazo
Captação no Mercado Aberto
291.518
435.065
18.927.903
17.989.908
8.013.110
1.654.340
1.627.794
1.716.382
2.071.268
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos
513.129
351.949
315.365
304.048
294.791
45,8%
62,7%
74,1%
Relações Interfinanceiras e Interdependências
678.486
579.545
262.572
525.847
503.698
17,1%
158,4%
34,7%
3.104.112
2.728.638
3.255.227
2.540.411
2.339.009
13,8%
-4,6%
32,7%
36.981
34.276
22.933
3.173
0
7,9%
61,3%
100,0%
6.832.992 10.307.886
Obrigações por Empréstimos e Repasses
Instrumentos Financeiros e Derivativos
Outras Obrigações
9.877.192
9.654.565
9.243.775
-33,7%
-30,8%
-26,1%
165.806
136.682
44.953
152.133
161.731
21,3%
268,8%
2,5%
Carteira de Câmbio
24.995
65.518
25.628
56.443
46.926
-61,9%
-2,5%
-46,7%
Sociais e Estatutárias
84.185
53.235
48.054
95.139
69.140
58,1%
75,2%
21,8%
732.760
639.214
707.901
868.613
740.733
14,6%
3,5%
-1,1%
2.412
1.985
5.696
24.000
8.442
21,5%
-57,7%
-71,4%
Fundos Financeiros e de Desenvolvimento
1.843.576
5.751.430
5.942.333
5.918.240
5.619.182
-67,9%
-69,0%
-67,2%
Dívida Subordinada
1.828.167
1.691.915
1.158.335
1.149.682
1.315.468
8,1%
57,8%
39,0%
Diversas
2.151.091
1.967.907
1.944.292
1.390.315
1.282.153
9,3%
10,6%
67,8%
1.762
1.743
1.696
1.699
1.669
1,1%
3,9%
5,6%
4.887.747
4.779.168
4.634.648
4.741.696
4.594.549
2,3%
5,5%
6,4%
46.743.816 44.671.407 42.762.346
10,1%
12,3%
22,7%
Cobrança e Arrecad. de Tributos e Assemelhados
Fiscais e Previdenciárias
Negociação e Intermediação de Valores
Patrimônio Líquido dos Acionistas Minoritários
Patrimônio Líquido
Total do Passivo e Patrimônio Líquido
52.479.456 47.674.455
(*) Reapresentado
131
Demonstração de Resultado Resumido
Tabela 18:
Demonstração de Resultado Resumido
1S13
1S12
R$ Milhares
2T13
1T13
4T12
3T12
2T12
1S13 /1S12
2T13/1T13
Receitas de Intermediação Financeira
3.093.757
3.535.851 1.705.979 1.387.778 1.429.929
1.380.613
1.984.592
-12,5%
22,9%
Receita de Crédito e Arrendamento
Mercantil
2.260.290
2.307.872 1.152.673 1.107.617 1.162.199
1.154.355
1.187.042
-2,1%
4,1%
Resultado de Operações com TVM
578.207
577.651
307.744
270.463
249.246
253.707
270.538
0,1%
13,8%
Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos
8.160
411.517
84.989
(76.829)
(75.896)
(128.142)
377.597
-98,0%
-210,6%
Resultado de Operações de Câmbio
85.127
73.295
74.979
10.148
17.189
16.258
64.047
16,1%
638,9%
137.606
155.856
72.548
65.058
67.150
75.113
75.708
-11,7%
11,5%
24.367
9.660
13.046
11.321
10.041
9.322
9.660
152,2%
15,2%
(1.606.098) (2.070.773) (929.825)
(676.273)
(701.347)
(696.118) (1.248.543)
-22,4%
37,5%
Resultado das Aplicações Compulsórias
Operações de Venda ou Transf. De
Ativos Financeiros
Despesas de intermediação Financeira
Operações de Captação no Mercado
(992.618) (1.313.539)
(638.045)
(354.573)
(388.378)
(284.180)
(868.790)
-24,4%
79,9%
Operações de Empréstimos, Cessões
e Repasses
(264.209)
(371.352)
(138.935)
(125.274)
(119.695)
(138.649)
(160.988)
-28,9%
10,9%
Provisão para Operações de Créditos
(349.271)
(385.882)
(152.845)
(196.426)
(193.274)
(273.289)
(218.765)
-9,5%
-22,2%
Resultado Bruto da Intermediação
Financeira
1.487.659
1.465.078
776.154
711.505
728.582
684.495
736.049
1,5%
9,1%
Margem Financeira
1.836.930
1.850.960
928.999
907.931
921.856
957.784
954.814
-0,8%
2,3%
Outras Receitas / Despesas Operacionais
(844.925)
(836.451)
(452.474)
(392.451)
(452.694)
(385.427)
(435.604)
1,0%
15,3%
447.435
373.758
235.719
211.716
222.215
202.594
190.527
19,7%
11,3%
Despesas de Pessoal
(639.385)
(576.461)
(343.457)
(295.928)
(335.889)
(321.151)
(309.731)
10,9%
16,1%
Outras Despesas Administrativas
(477.705)
(414.751)
(238.317)
(239.388)
(237.878)
(208.841)
(202.888)
15,2%
-0,4%
(1.320)
431
(1.307)
(13)
750
26
431
-
-
124.800
104.504
59.268
65.533
51.277
93.799
53.692
19,4%
-9,6%
Despesas Tributárias
(132.806)
(127.631)
(67.929)
(64.877)
(66.286)
(64.272)
(64.003)
4,1%
4,7%
Outras Despesas Operacionais
(165.944)
(196.301)
(96.450)
(69.494)
(86.883)
(87.582)
(103.632)
-15,5%
38,8%
Resultado Operacional
642.734
628.627
323.680
319.054
275.888
299.068
300.445
2,2%
1,4%
Resultado Antes da Tributação s/ Lucro
642.734
628.627
323.680
319.054
275.888
299.068
300.445
2,2%
1,4%
(185.430)
(177.612)
(89.843)
(95.587)
(65.953)
(65.507)
(79.710)
4,4%
-6,0%
(37.565)
(31.361)
(18.818)
(18.747)
(18.441)
(25.997)
(15.538)
19,8%
0,4%
(53)
(63)
(26)
(27)
(25)
(34)
(27)
-15,8%
-4,0%
419.686
419.591
214.993
204.693
191.469
207.530
205.170
0,0%
5,0%
Receitas de Prestação de Serviços /
Tarifas Bancárias
Resultado de Participação em Coligadas e Controladas
Outras Receitas Operacionais
Imposto de Renda e Contribuição
Social
Participações Estatutárias no Resultado
Participações Minoritárias no Resultado
Lucro Líquido
132 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS | Junho 2013
GOVERNO DO ESTADO
DO RIO GRANDE DO SUL
Secretaria da Fazenda
Banco do Estado do Rio Grande do Sul
Diretoria
TÚLIO LUIZ ZAMIN
Presidente
FLAVIO LUIZ LAMMEL
Vice-Presidente
GUILHERME CASSEL
IVANDRE DE JESUS MEDEIROS
JOÃO EMILIO GAZZANA
JOEL DOS SANTOS RAYMUNDO
JONE LUIZ HERMES PFEIFF
JULIMAR ROBERTO ROTA
LUIZ CARLOS MORLIN
Diretores
Conselho de Administração
ODIR ALBERTO PINHEIRO TONOLLIER
Presidente
TÚLIO LUIZ ZAMIN
Vice-Presidente
ALDO PINTO DA SILVA
DILIO SERGIO PENEDO
ERINEU CLÓVIS XAVIER
FLAVIO LUIZ LAMMEL
FRANCISCO CARLOS BRAGANÇA DE SOUZA
MARCELO TUERLINCKX DANÉRIS
OLÍVIO DE OLIVEIRA DUTRA
Conselheiros
WERNER KÖHLER
Contador CRCRS 38.534
133