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México Estados-Unidos Mexicanos CONTEXTO GERAL O México possui um vasto território e está localizado no sul da América do Norte. Colonizado pelos espanhóis, no ano de 1521 também foi reconhecido como o Vice-Reino da Nova Espanha. Ainda como Nova Espanha, adquiriu independência em 1821 e foi decidido que o país ganharia o nome de sua capital, atual Cidade do México, que está assentada sobre a cidade a antiga cidade de Tenochtitlán. Antes da conquista dos espanhóis, o México era habitado por diversos povos de culturas diferentes como os maias, astecas, zapotecas, toltecas, entre outros, que se relacionavam entre si. Com a chegada dos europeus, México representava um mosaico de culturas e miscigenação. Após 300 anos como colônia é que se iniciou um processo de integração que permitiu que o território começasse a aparentar homogeneidade e a assentar valores e princípios similares. A pós-independência representou um período de instabilidade econômica para o México. Durante o século XIX, várias guerras e conflitos sangrentos ocorreram no território mexicano, especificamente com os Estados Unidos, chamada Guerra Mexicano-Americana. Nesses conflitos o México perdeu metade de seu território para os estadunidenses, gerando desdobramentos representados por uma guerra civil, dois impérios e uma ditadura nacional. Como resultante desses processos, em 1910, aconteceu a Revolução Mexicana, que culminou na promulgação da Constituição de 1917 e, consequentemente, consolidou a nação como livre e soberana. A Constituição declarou o México como uma república federal presidencialista com separação de poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário. PARTICIPAÇÃO NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL Quando o fascismo italiano atacou e anexou a Etiópia em 1935, o México fez parte dos países que exerceram o bloqueio econômico contra a Itália, suspendendo a exportação de carvão, petróleo, ferro e outros produtos mexicanos para aquele país e evitando a compra de itens italianos. O caráter neutro assumido pelo México na Segunda Guerra Mundial teve de ser questionado devido à sua proximidade geográfica com o território americano. O então presidente americano Franklin D. Roosevelt propôs ao governo mexicano uma ajuda econômica caso o México participasse ativamente ao lado dos Aliados. A proposta consistia em uma solução para o problema petrolífero mexicano, uma vez que os aliados teriam necessidade de uso do petróleo e comprariam petróleo mexicano ajudando na recuperação econômica do país. No ataque Japonês à base naval americana Pearl Harbor, o governo mexicano rompeu suas relações diplomáticas com os países do Eixo, fortalecendo seu apoio aos Aliados, direcionando a exportação de petróleo para a Inglaterra. O México vendia petróleo para vários países, principalmente para os EUA, e devido ao seu comércio petrolífero, mantinha seus navios mercantes navegando no Golfo do México. Este comércio definitivamente não agradava as potências do Eixo o que motivou ameaças vindas de submarinos alemães contra os navios mercantes do México, advertindo que esta atividade poderia ter consequências graves. A participação do México na Segunda Guerra Mundial começou com o colapso dos petroleiros nacionais. Em maio de 1942, dois navios mexicanos foram torpedeados por navios alemães. A este fato é dado a participação única do México nas Guerras Mundiais. Os Estados-Unidos Mexicanos, através da embaixada da Suécia, enviou uma nota de protesto ao Eixo, no entanto, a Alemanha recusou-se a receber, a Itália e o Japão não responderam, assim que o Congresso mexicano declarou guerra em 22 de maio de 1942. Do final de junho ao início de setembro, os U-Boot afundaram mais 4 barcos mexicanos: Tuxpan, Las Choapas, Oaxaca y Amatlán. Além da defesa civil, outras medidas foram tomadas pelo governo mexicano, dentre as quais a apreensão de propriedades administradas por alemães, italianos e japoneses no México; instituição do serviço militar obrigatório; organização de um Conselho Supremo de Defesa Nacional e aproximação de países democráticos. Militarmente, a participação mexicana se limitava à defesa da costa de Baja Califórnia. Manuel Ávila Camacho, presidente mexicano, cauteloso e consciente da situação econômica, e sabendo que as pessoas geralmente se opunham ao recrutamento forçado para o serviço militar, determinou enviar ao combate contra o inimigo nas frentes do Pacífico na Ásia, especificamente nas Filipinas e sob a bandeira mexicana, um esquadrão aéreo profissional, composto por cerca de 300 homens, esquadrão 201 da Força Aérea Expedicionária mexicana, que operou durante a Batalha de Luzon, na fase final do conflito, levando 59 missões de combate enquadradas na Força Aérea dos EUA. A grande crise do capitalismo de 1929 deprimiu as exportações mexicanas. A Segunda Guerra orientou para a produção de material de guerra, isso significava que economias como esta poderiam saturar o mercado com artigos. Esses fatos estimularam o estabelecimento do modelo de substituição de importações no país, que é o desenvolvimento econômico baseado no mercado interno. MÉXICO E AS NAÇÕES UNIDAS A relação entre o México e as Nações Unidas é intensa, continua e recíproca. O México tem um visível alinhamento com os Estados Unidos, seu maior parceiro comercial, assim como mantêm relações diplomáticas com os países latinoamericanos. Atualmente, o México discute as amplas iniciativas relacionadas às propostas feitas em Dumbarton Oaks com os países latino-americanos na Conferência Interamericana sobre Problemas da Guerra e de Paz, também conhecidas como Conferência de Chapultepec de 1945.