crescimento inicial em altura de 16 espécies florestais

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crescimento inicial em altura de 16 espécies florestais
CRESCIMENTO INICIAL EM ALTURA DE 16 ESPÉCIES FLORESTAIS
NATIVAS PLANTADAS NA REGIÃO SUDOESTE DO PARANÁ
Íris Cristina Bertolini¹, Sandra Mara Krefta¹, Paula Helena Pereira¹, Vanessa Padilha Salla¹, Eleandro José
Brun².
Resumo
Este trabalho avaliou o crescimento em altura de 16 espécies florestais nativas, entre o plantio (outubro/2011) e
os sete meses de idade (maio/2012), em uma área implantada no município de Dois Vizinhos, Sudoeste
Paranaense. O experimento consistiu no plantio de 16 espécies florestais nativas em uma área de 5830 m², esta
foi dividida em talhões retangulares com tamanho de 216 m² cada, o espaçamento adotado foi composto por 6
linhas com 6 plantas por linha, num espaçamento de 3 x 2m, com 36 plantas por espécie e 576 plantas ao todo. A
primeira avaliação ocorreu dois meses após o plantio, coincidindo com a realização de limpeza das mudas e
adubação (360 gramas de NPK (08-20-10) por muda), sendo essa incorporada ao solo no entorno da muda. A
segunda avaliação ocorreu aos sete meses de idade das mudas. Avaliaram-se os resultados através da análise de
variância e teste de comparação de médias a 5% de probabilidade de erro. Aos sete meses após o plantio, o maior
incremento em altura ocorreu para o angico-vermelho (Parapiptadenia rigida Bent. Bren.) e canafístula
(Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert). O menor desenvolvimento em altura ocorreu para o tarumã (Vitex
montevidensis Cham.) e a peroba (Aspidosperma polyneuron Muell.).
Palavras-chave: espécies nativas, plantio puro, incremento em altura.
Abstract
INITIAL GROWTH IN TOTAL HEIGHT OF 16 NATIVE SPECIES IN PLANTED FOREST IN SOUTHWEST
REGION OF PARANÁ.
This study evaluated the height growth of 16 native forest species, between planting (October/2011) and seven
months old (maio/2012) in area planted in the city of Dois Vizinhos, Southwest Parana. The experiment
consisted in planting 16 native trees in an area of 5830 square meters, this was divided into rectangular plots
with a size of 216 m² each, the spacing used was composed of six rows with six plants per row, a spacing of 3 x
2 m, with 36 plants per species and 576 plants in all. The first assessment took place two months after planting,
coinciding with the completion of cleaning of seedlings and fertilizer (360 g of NPK (08-20-10) per seedling),
which was incorporated into the soil surrounding the changes. The second evaluation took place at seven-monthold seedlings. The results were evaluated by analysis of variance and mean comparison test at 5% probability.
Seven months after planting, the greatest height increment occurred for the angico-vermelho (Parapiptadenia
rigida Bent. Bren.), and canafístula (Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert). The lowest development
occurred for tarumã (Vitex montevidensis Cham.) and peroba (Aspidosperma polyneuron Muell.).
Keywords: native species, planting pure, height increment.
INTRODUÇÃO
No Brasil, historicamente, percebeu-se um grande incentivo à pesquisa e introdução de espécies
exóticas para a formação da base florestal do país. Isso se deve, além de outras motivações, ao fato de que pouco
se conhece sobre o potencial silvicultural das espécies florestais nativas, aliado ao fato da demanda crescente por
madeira pelas indústrias.
O plantio puro de espécies florestais madeireiras nativas, no Brasil, é incipiente, tendo como motivos
principais o desconhecimento das características das espécies, principalmente quanto a sua vitalidade, exigências
nutricionais, desenvolvimento e ecologia, o que por sua vez reflete em um incremento menor do que o obtido em
algumas espécies exóticas, principalmente as dos gêneros Eucalyptus sp. e Pinus sp., para as quais existem
diversos estudos a respeito (REITZ et al., 1978).
Um dos maiores desafios para a implantação de espécies nativas é o fato de que, na maioria das vezes,
faltam informações silviculturais, associado à ausência de incentivo por parte do governo para as indústrias que
fazem uso da madeira para atender as suas necessidades, o que por vezes desestimula atividades voltadas para a
sua produção.
Ao implantar ou recompor parte de uma floresta, seja ela com espécies nativas ou exóticas, é
necessário conhecer a ecologia das espécies daquela região, para posteriormente fazer a seleção das mesmas,
conhecer sobre suas necessidades fisiológicas, desde o emprego de técnicas adequadas para o plantio, o preparo
do solo, a adubação, e principalmente o manejo da floresta (BOTELHO et al., 1995).
¹ Acadêmicos do curso de Engenharia Florestal da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos, integrantes do
Grupo PET Engenharia Florestal. E-mail: [email protected].
² Eng. Ftal., Dr., Professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos. Tutor do Grupo PET Engenharia
Florestal. E-mail: [email protected].
Um fator importante para o crescimento das árvores é o espaçamento definido entre elas, o qual está
diretamente relacionado à disponibilidade de luz, água e nutrientes. Ao se associar espécies em plantios mistos é
importante conhecer o estágio sucessional de cada espécie e a interação entre elas, onde as pioneiras, de estágio
inicial de sucessão, podem favorecer o crescimento das de estágio sucessional avançado (não pioneiras), estas
que têm melhor crescimento em ambiente sombreado (PIÑA-RODRIGUES, 1997).
Em um estudo feito por Abaurre (2009), em uma avaliação do crescimento em altura de espécies
pioneiras e não pioneiras, sob diferentes espaçamentos, obteve-se resultados positivos com as espécies pioneiras
com o aumento do espaçamento; e ao se comparar o crescimento das não pioneiras, estas se desenvolveram mais
no menor espaçamento testado, embasando a afirmação de que as espécies não pioneiras tem melhor crescimento
em ambiente mais sombreado.
Esse trabalho tem como objetivo avaliar o crescimento inicial em altura de 16 espécies florestais
nativas da região Sudoeste do Paraná, de forma a embasar a ampliação do conhecimento e propiciar a divulgação
da importância tanto ecológica quanto comercial dessas espécies.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para a realização de estudos que tenham como intento a ampliação do conhecimento do potencial
silvicultural de espécies florestais nativas, uma questão que sempre surge é quais espécies pesquisar, em função
da grande diversidade que possuímos em nosso país. Nesse sentido, o presente trabalho, considerando-se as
condições edáficas e climáticas do local de estudo, selecionou 16 espécies para a composição, as quais são
descritas brevemente nesse trabalho.
O açoita-cavalo (Luehea divaricata Martius) da família Malvaceae, pode atingir de 20 a 30 metros de
altura e diâmetro à altura do peito (DAP) de 50 a 80 cm, com tronco geralmente tortuoso e nodoso, com base
alargada, podendo medir até 10 m de comprimento (REITZ et al., 1983). É uma espécie heliófita, porém
tolerante ao sombreamento na fase juvenil e a temperaturas baixas, não apresenta desrama natural, sendo
necessário desrama ou poda para condução de um único tronco. Seu grupo sucessional é secundária inicial a
secundária tardia, também classificado como clímax exigente de luz. Ocorrente nos Biomas da Mata Atlântica,
Cerrado, Caatinga e Pampas (CARVALHO, 2008). A madeira de L. divaricata é moderamente pesada (0,640
g/cm³), clara, indicada para construção de estrutura de móveis. Devido a sua boa trabalhabilidade, ela também é
recomendada para fabricação de coronhas de armas, formas de sapatos, cadeiras, caixas de piano, esculturas e
outras peças torneadas (REITZ et al., 1983; LORENZI, 2000).
O angico-vermelho (Parapiptadenia rigida Bent. Bren) da família Fabaceae, sub família Mimosaceae,
pode atingir até 35 m de altura e DAP de 100 cm, com tronco geralmente inclinado e levemente torto, podendo
medir de 5 a 15 m de comprimento, dependendo do local de crescimento, isolado ou em floresta,
respectivamente. É espécie característica da floresta da Bacia do Alto Uruguai, com ampla ocorrência nos
estados do Sul do Brasil, Ceará, Minas gerais, Mato Grosso e também na Bolívia, Argentina e Paraguai, sendo
classificada como pioneira, encontrada em capoeirões e em determinado estágio de desenvolvimento, se torna
uma das espécies dominantes no estrato superior, heliófita, longeva e robusta, devido a exposição por luz, forma
fustes muito curtos (MATTOS, 2002). A madeira de P. rigida é pesada (0,88 g/cm³), elástica, dura e resistente. É
indicada para construção civil e naval, postes, moirões, dormentes, tonéis de cachaça, vigas, energia e carvão
vegetal. A casca é rica em tanino aproveitada em curtumes (LORENZI, 2000).
A canafístula (Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert) da família Fabaceae, subfamília
Caesalpinoideae, é uma árvore caducifólia, pode medir de 10 a 40 m de altura e DAP de até 120 cm, copa ampla
e globosa, tronco cilíndrico, porém é caracterizada pela dicotomia que é a presença de múltiplas gemas apicais
que podem ser manipuladas com a prática da desrama regular (CARVALHO, 2003). Ocorre desde o estado da
Bahia até o Rio Grande do Sul (Brasil), Argentina e Paraguai. É uma espécie secundária, mas com algumas
características de pioneira, é heliófita, apresenta crescimento rápido e boa resistência ao frio. A madeira de P.
dubium apresenta coloração castanha clara, é pesada (0,75 a 0,9 g/cm³) e resistente. É indicada para a construção
civil, marcenaria, indústria moveleira, dormentes, dentre outros (REITZ et al., 1978). Também é indicada para o
reflorestamento de áreas degradadas, arborização urbana, e da sua casca pode se extrair o tanino, utilizado na
indústria de couros (LORENZI, 1998).
A grápia (Apuleia leiocarpa Vog. Macbride) é uma leguminosa pertence à família Fabaceae e
subfamilia Caesalpinoideae. É uma árvore decídua, de 25 a 35 m de altura e DAP de 60 a 100 cm. Espécie de
clímax exigente em luz (CARVALHO, 2003). Apresenta grande porte, com tronco cilíndrico e levemente torto.
Tem ampla ocorrência desde o Nordeste, Minas Gerais, Mato Grosso até o Rio Grande do Sul e também no
Leste do Paraguai e Argentina (NICOLOSO et al., 1999). A madeira de A. leiocarpa apresenta coloração clara, é
dura, pesada (0,75 a 1,00 g/cm³) e fácil de trabalhar. É muito utilizada para a marcenaria em geral, decoração de
ambientes internos e externos devido à durabilidade quando exposta as condições adversas do ambiente,
utilizada na construção civil, esquadrias, postes, dormentes. A casca apresenta tanino que pode ser utilizada na
indústria de curtume (MATTOS, 2002).
A canjerana (Cabralea canjerana (Vell) Mart.), pertence à família Meliaceae, ocorre na Floresta
Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa. Árvore de grande porte, perenifólia, possui tronco
cilíndrico e levemente tortuoso, podendo atingir até 30 m de altura e DAP de 120 cm (LORENZI, 1998). É uma
espécie secundária tardia, apresenta grande potencial de regeneração e dinamismo nas associações secundárias.
A madeira de C. canjerana apresenta coloração avermelhada tendendo ao vermelho escuro, é moderadamente
pesada (0,65 a 0,75 g/cm³), resistente à umidade e com cheiro agradável. Pode ser utilizada no paisagismo,
construção civil, estrutura de móveis, dormentes, mourões, acabamentos internos em geral (molduras, rodapés,
ripas, caibros, etc.) dentre outros, uma vez que sua madeira apresenta boa trabalhabilidade e tem ótima
resistência a agentes degradantes (CARVALHO, 1994; LORENZI, 1998).
A cabreúva (Myrocarpus frondosus M. Allemão), da família Fabaceae, é uma planta caducifólia, pode
medir até 35 m de altura e DAP de 100 cm, o tronco é cilíndrico a irregular, podendo ser levemente inclinado.
Ocorre desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul (Brasil), Nordeste da Argentina e Leste do Paraguai
(CALEGARI et al., 2009). Longhi (1995) classificou a espécie como secundária tardia passando a clímax. Reitz
et al. (1978) a classificou como heliófita e pioneira. Carvalho (1994) classificou-a sendo semi-heliófita,
necessitando de sombreamento moderado, e secundária tardia, com resistente média ao frio, prefere locais com
certa luminosidade. Por isso é observada em capoeirões e matas secundárias como espécie emergente do dossel
superior na floresta primária. A madeira de M. frondosus apresenta coloração clara, porém escurece quando
exposta a condições adversas, é densa (0,77 a 1,18 g/cm³), com durabilidade média, porém apresenta boa
trabalhabilidade. É indicada para mourões, dormentes, vigas para pontes, além da utilização como revestimento
decorativo em lambris e painéis (CARVALHO, 1994).
A caroba (Jacaranda micrantha Cham.) da família Bignoniaceae, é classificada como secundária
inicial. E uma espécie caducifólia, pode medir até 30 m de altura e DAP de 85 cm, com tronco geralmente
tortuoso (VACCARO et al., 1999). Tem ampla ocorrência nos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de
Janeiro, Rio grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, sendo também encontrada na Argentina e Paraguai. A
madeira do J. micrantha é moderadamente densa (0,56 a 0,60 g/cm³), com coloração clara e é de fácil
trabalhabilidade para o manuseio. A madeira é maleável, pode ser usada em móveis, para instrumentos musicais,
acabamentos internos e marcenaria, sendo ainda indicada na arborização urbana e reflorestamento de áreas
degradadas (CARVALHO, 1994).
A guajuvira (Cordia americana L. antiga Patagonula americana) da família Boraginaceae, é uma
espécie secundária inicial (VACCARO et al., 1999) a secundária tardia (DURIGAN & NOGUEIRA, 1990).
Ocorre de maneira natural no norte e nordeste da Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e parte do sudeste e sul
do Brasil. A sua madeira é densa (0,75 a 0,90 g/cm³), sendo indicada para construção civil, batentes de portas e
janelas, dormente, móveis de luxo, além de ser utilizada no paisagismo, em reflorestamento e possuir
propriedades medicinais (CARVALHO, 1994).
A timbaúva (Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong) da família Fabaceae, é uma árvore
decídua e frondosa, podendo medir de 20 a 35 metros de altura. Ocorre naturalmente em florestas do norte ao sul
do Brasil. É uma espécie pioneira, de rápido crescimento inicial e muito rústica, apropriada para áreas de
reflorestamento. Deve ser cultivada sob pleno sol, em solo fértil, preferencialmente úmido e irrigado no primeiro
ano de implantação (CARVALHO, 1994).
O ipê-amarelo (Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC) Mattos), é uma espécie arbórea da
família Bignoniaceae, árvore de pequeno porte e de elevada rusticidade, alcançando altura de 4 a 10 m, com
características de planta heliófila e decídua. Sua ocorrência estende-se desde o Estado do Espírito Santo até
Santa Catarina, sendo comum na vegetação secundária, capoeiras e capoeirões e apresenta valor ecológico,
paisagístico e econômico (LORENZI, 2002). A madeira de H. chrysotrichus é amplamente utilizada como
matéria-prima de diversos artigos da carpintaria e marcenaria, sendo também de grande utilidade na construção
civil e naval, podendo ainda ser utilizada como ornamental na arborização urbana (LORENZI, 2008).
O ipê-roxo (Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos) da família Bignoniaceae possui tronco
cilíndrico, revestido de casca parda acinzentada e rugosa. Espécie secundária tardia e decídua. Ocorre da Bahia
até o Rio Grande do Sul, nas formações florestais do complexo atlântico e ocasionalmente no cerradão e na
caatinga. A madeira de H. heptaphyllus é pesada, dura e de boa durabilidade. Pode ser usada em obras externas
como mourões, pontes e dormentes; na construção civil como vigas, caibros e assoalhos e na confecção de
carrocerias e bengalas (REYES, 2003). Também pode ser utilizada na arborização urbana (LORENZI, 2008).
O louro-pardo (Cordia trichotoma Vellozo Arrabida ex Steudel), da família Boraginaceae é uma
planta decídua, heliófita, ocorre naturalmente em formações abertas e secundárias das florestas pluvial e
semidecidual, pouco exigente em solos, planta pioneira das mais comuns no Sul do Brasil nas capoeiras em
regeneração, o mesmo ocorre do Ceará até o Rio Grande do Sul, na florestas pluvial atlântica. Essa espécie é
indicada para confecção de peças envergadas, podendo também ser utilizado na arborização urbana e para
recuperação de áreas degradadas (LORENZI, 2008).
O marmeleiro (Ruprechtia laxiflora Meisn), pertencente à família Polygonaceae é uma árvore
semidecídua, heliófita, seletiva higrófila, secundária tardia. No Brasil, ocorre na Caatinga do Nordeste Brasileiro,
Pantanal Matogrossense e na floresta Latifoliada semidecídua da bacia do Paraná, ocorrendo também na
Argentina, Paraguai e Uruguai. É amplamente utilizado para fabricação de móveis e também no ramo de
produção da carpintaria (LORENZI, 2002). Essa espécie possui crescimento lento (TABARELLI, 1992).
O pau marfim (Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl.) pertencente à família Rutaceae, é
caracterizado por ser uma espécie semidecídua, heliófita e secundária tardia. Apresenta regeneração natural
bastante evidente em solos úmidos, graças a sua grande produção de sementes. Sua madeira é indicada para
fabricação de móveis de luxo, molduras, portas, artefatos domésticos e laminados decorativos. Ocorre de
maneira natural no Brasil, Argentina e Paraguai. No Brasil vai desde Minas Gerais e Mato Grosso do Sul até o
Rio Grande do Sul, na floresta semidecídua das bacias do Paraná e Alto Uruguai. Seu crescimento a campo é
lento (LORENZI, 2008).
A peroba (Aspidosperma polyneuron Muell.) da família Apocynaceae, é uma planta perenifólia,
esciófita. Sua ocorrência se dá exclusivamente no interior da floresta primária densa, preferencialmente em solos
profundos e férteis. Vale ressaltar que sua madeira é própria para construção civil como vigas, portas, janelas e
molduras. Sua ocorrência vai da Bahia até o Paraná, com presença nos estados de Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, Goiás, Mato Grosso e Rondônia (LORENZI, 2008). É uma espécie secundária tardia ou clímax, tolerante
à sombra e com crescimento lento (DURIGAN & LEITÃO FILHO, 1995).
O tarumã (Vitex montevidensis Cham.) da família Verbenaceae é caracterizada por ser uma espécie
decídua, heliófita, bem apta às diferentes condições do solo. Pode ocorrer tanto no interior da mata primária
densa como em formações abertas e secundárias. Pode ser encontrada em vários ambientes, de solos muito secos,
pedregosos até muito úmidos. Sua madeira pode ser usada em construções civis, obras hidráulicas e em obras
expostas, como postes, mourões e esteios (LORENZI, 2008). Ocorre desde o estado de Minas Gerais ao Rio
Grande do Sul, sendo encontrada também no Uruguai, Paraguai e Argentina. Seu crescimento é de rápido a
médio (REITZ et al., 1983).
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
O presente estudo foi realizado em um experimento implantado em uma propriedade rural na
localidade de São Luis, situada no município de Dois Vizinhos, região Sudoeste do Paraná, com localização:
latitude de 25°45'00" Sul, longitude 53°03'25" Oeste e altitude média de 509 metros.
O solo é classificado como um Nitossolo de ocorrência significativa na região Sudoeste e Oeste do
Paraná, possui coloração vermelho escuro tendendo a arroxeada, caracterizado por solos minerais derivados de
rochas basálticas, ricas em minerais ferromagnesianos. Caracterizado pela classe B textural com presença de
blocos, poros em sua estrutura e cerosidade, que é a característica marcante desse tipo de solo, e teores de ferro e
óxidos superiores a 15% (SILVA et al., 2009).
O clima, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Cfa subtropical úmido mesotérmico com verão
quente, sem estação seca definida, com chuvas distribuídas em todos os meses do ano, com precipitação média
anual entre 2000 a 2500 mm, e com temperatura média do mês mais frio, inferior a 18ºC sendo frequentes as
geadas e a temperatura do mês mais quente acima de 22º C (IAPAR, 2000).
A vegetação original da região Sudoeste do Paraná é classificada como Floresta Estacional
Semidecidual, em transição para Floresta Ombrófila Mista, essa última ocorrendo em locais com altitudes mais
elevadas, geralmente acima de 500 m, onde podemos perceber a presença da Araucaria angustifolia, espécie
representativa e indicativa deste tipo de floresta. A área onde foi instalado o experimento encontra-se justamente
em uma região de ecótono, no citado limite de altitude, sendo ponto de transição entre as duas fitofisionomias
florestais.
Histórico da área
A área utilizada para a implantação deste projeto é de um antigo morador e pioneiro no manejo de
florestas nativas da região de Dois Vizinhos. A área apresenta baixa declividade, entre 5% e 10%, o que facilitou
as atividades de preparo mecanizado do terreno e o delineamento da área para a implantação da pesquisa.
A área total utilizada para o plantio foi de 5.830 m², a qual era antes utilizada para plantio de culturas
anuais e que posteriormente ficou ociosa, sendo aproveitada para a realização da implantação de espécies nativas
de madeira nobre. Aos poucos a área ociosa foi se regenerando naturalmente, com presença de espécies pioneiras
como gramíneas, presença de algumas árvores de erva-mate (Ilex paraguariensis A. ST. HIL.), palmeiras, entre
outras. Esse experimento constitui-se em uma pesquisa de longo prazo do curso de Engenharia Florestal da
UTFPR Câmpus Dois Vizinhos, a qual também terá cunho de extensão e ensino, além de pesquisa, uma vez que
abrangerá aulas de várias disciplinas do curso, principalmente das áreas de Silvicultura e Manejo Florestal, e
também atividades demonstrativas em educação ambiental, para alunos da rede de ensino básica e fundamental,
e dias de campo para agricultores interessados no plantio de espécies florestais nativas madeireiras, no futuro.
Escolha das espécies e plantio das mudas
As espécies selecionadas são nativas da região sul do Brasil, escolhidas com base em critérios de
adequação regional, rusticidade, importância econômica e ecológica e qualidade da madeira.
A área foi dividida em talhões retangulares, compostos por seis linhas com seis plantas por linha, num
espaçamento de 3 m x 2 m, totalizando assim 36 plantas por espécie e 576 plantas ao todo no bosque, num total
de 16 espécies florestais de madeira nobre.
O preparo do solo foi realizado em julho de 2011, através de escarificação mecanizada até 30 cm de
profundidade e posterior plantio de aveia, visando à proteção do solo contra a erosão. Foi realizada a coleta de
amostras de solo visando o planejamento da adubação para as plantas. O controle das formigas cortadeiras foi
realizado com iscas granuladas, desde o preparo do solo.
Para a realização do plantio, foram marcados as dimensões dos talhões e os espaçamentos entre
plantas e entre linhas com estacas de bambu, facilitando a visualização do local de cada planta. As covas foram
feitas manualmente, com enxadas com tamanho aproximado de 20 cm de largura, 20 cm de comprimento e 20
cm de profundidade. A altura das mudas plantadas variou de 20 a 100 cm, para as diferentes espécies, porém
havendo um padrão dentro de cada espécie. Após o plantio, as mudas foram irrigadas abundantemente com
regador, na proporção de dois litros por muda, operação que foi repetida algumas vezes até a ocorrência de
chuva significativa na região.
O plantio das espécies foi realizado em outubro de 2011, com auxílio de alunos do curso e integrantes
do Grupo PET (Programa de Educação Tutorial) do curso de Engenharia Florestal da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná – Câmpus Dois Vizinhos, e principalmente o apoio da Copel (Companhia Paranaense de
Energia Elétrica) que foi responsável pela doação das mudas para a implantação do bosque demonstrativo de
espécies florestais nobres, base para o experimento em avaliação e com dados de altura total reportados nesse
trabalho.
Tratos silviculturais
Após o plantio das mudas, os tratos silviculturais foram realizados regularmente, consistindo o
coroamento das mudas, que foi realizado manualmente aos dois meses do plantio, fazendo assim a eliminação da
mato competição, impedindo que as plantas daninhas prejudicassem o desenvolvimento das mudas plantadas.
A adubação foi realizada também aos dois meses após o plantio, no entorno da muda, em semi círculo
lateral, sendo adicionados 360 gramas de NPK (08-20-10) por muda, sendo essa incorporada no solo, de acordo
com a recomendação da análise de solo, sendo aplicada de forma padrão para todas as espécies em estudo.
Coleta e Análise dos dados
A coleta dos dados foi realizada periodicamente, aos dois e aos sete meses após o plantio a campo,
onde estão sendo avaliados parâmetros como a altura total, diâmetro do colo, área de copa, mortalidade,
tortuosidade do fuste, presença de doenças e/ou pragas, entre outros aspectos. Vários outros parâmetros
edafoclimáticos serão avaliados também na área, na sequencia do projeto. Para o presente trabalho, estão sendo
apresentados e discutidos os dados relativos à altura total alcançada pelas plantas, medidas com uso de régua de
madeira graduada em cm e anotados em planilha própria. A análise estatística dos dados foi realizada no
software Assistat 7.6, na forma de análise de variância e teste de comparação de médias.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As espécies implantadas no bosque demonstrativo são espécies nativas da região sul do Brasil, todas
com ocorrência regional no sudoeste do Paraná, as quais estão sendo submetidas às mesmas condições de
implantação e tratos silviculturais.
O desenvolvimento da altura das mudas é um processo que deve ser acompanhado com o decorrer do
tempo, sendo que o mesmo é essencial para tomada de decisões voltadas à silvicultura e ao manejo florestal
como adubação, controle de doenças e pragas (OLIVEIRA et al., 2010) e a práticas de condução da floresta.
Os dados da Tabela 1 apresentam a variação da altura média total das 16 espécies florestais nativas
(açoita-cavalo, angico-vermelho, canafístula, canjerana, cabreúva, caroba, grápia, guajuvira, ipê-amarelo, ipêroxo, louro-pardo, marmeleiro, pau-marfim, peroba, tarumã e timbaúva) aos dois e aos sete meses após o plantio
destas, onde se percebe o rápido desenvolvimento de espécies como o angico-vermelho, que passou de 0,66 m
para 2,90 m de altura, apresentando um crescimento, em cinco meses, de 2,24 m. A segunda espécie com maior
crescimento foi a canafístula, que passou de 0,33 m para 2,12 m de altura, crescendo aproximadamente 1,79 m.
Outras espécies também se destacaram, como o açoita cavalo, a caroba e timbaúva.
Tabela 2 – Variação da altura total média (m) de 16 espécies florestais nativas aos 60 e 210 dias após o plantio.
Dois Vizinhos-PR, 2012.
Table 2 - Variation of the average total height of 16 native forest species at 60 and 210 days after planting. Dois
Vizinhos-PR, 2012.
Espécie/ Tratamento
Altura (m) aos 60 dias Altura (m) aos 210
Crescimento
dias
relativo CR%
Açoita-cavalo
0,43
fg B*
1,77
bc A
311,6
Angico-vermelho
0,66 cd B
2,90
aA
339,4
Cabreúva
0,78 b A
0,75 ef A
-3,9
Canafístula
0,33 h B
2,12 b A
542,4
Canjerana
0,41 g B
0,73 ef A
78,0
Caroba
0,26 hij B
1,57 cd A
503,8
Grápia
0,48 fg B
1,55 cd A
222,9
Guajuvira
0,64 de B
0,88 ef A
37,5
Ipê-amarelo
0,23 ij B
0,78 ef A
239,1
Ipê-roxo
1,11 a B
1,78 bc A
60,4
Louro-pardo
0,28 hi B
1,39 cd A
396,4
Marmeleiro
0,58 e B
1,11 de A
91,4
Pau-marfim
0,48 f B
1,46 cd A
204,2
Peroba
0,74 bc B
0,84 ef A
13,5
Tarumã
0,21
jA
0,25 f A
19,0
Timbaúva
0,62 de B
1,78 bc A
187,1
Média geral
0,52
1,40
169,2
Coeficiente de Variação (%)
18,59
40,90
120,0
*médias seguidas pela mesma letra, na vertical (letra minúscula), na horizontal (letra maiúscula) não diferem
entre si pelo elo teste de Tukey, a 5 % de probabilidade de erro.
Ao analisar os dados da Tabela 1, nota-se que, aos 60 dias após o plantio, a altura das mudas variou de
0,21 a 1,11 m para as espécies tarumã e ipê-roxo, respectivamente. As dimensões encontradas foram maiores
para o ipê-roxo com 1,11 m, seguido da cabreúva, com 0,78 m e da peroba, com 0,74 m. As espécies com as
menores alturas foram o tarumã com 0,21 m, ipê amarelo com 0,23 m e da caroba com 0,26 m.
Na segunda avaliação, aos 210 dias após o plantio, observa-se que as espécies que se apresentaram
mais altas foram: angico-vermelho com 2,90 m, canafístula com 2,12 m, ipê-roxo com 1,78 m, timbaúva com
1,78 m, e açoita cavalo com 1,77 m. Contudo, o tarumã continuou sendo a espécie com menor crescimento em
altura, com 0,25 m, seguido da canjerana com 0,73 m, da cabreúva com 0,75 m e da peroba com 0,84 m.
Para Wimmer et al. (2009), estudando o desenvolvimento de 32 espécies florestais em um sistema
agroflorestal na depressão central do Rio Grande do Sul, o angico-vermelho (Parapiptadenia rigida Bent. Bren)
apresentou um bom desenvolvimento, sendo que o mesmo destacou-se entre as demais espécies estudadas,
resultado que coincide com o encontrado nesse trabalho. Além disso, os autores revelam ainda um grande
desempenho da timbaúva, o que condiz parcialmente com os resultados obtidos no presente estudo, sendo que a
timbaúva foi a quinta espécie que apresentou maior desenvolvimento.
A análise da taxa do crescimento relativo de uma espécie permite estudar a sua capacidade de
adaptação, crescimento e desenvolvimento às condições climáticas da região em que foi introduzida.
Entre as espécies testadas, a canafístula foi a que apresentou maior crescimento relativo, com 542,4%
de aumento em relação à sua altura inicial, seguido da caroba com 503,8%. Já a peroba e o tarumã obtiveram
baixo crescimento relativo com 13,5% e 19,05%, respectivamente. No entanto a cabreúva obteve o menor valor
de crescimento relativo, com um leve decréscimo na média (-3,85%).
O aumento satisfatório nas alturas do angico-vermelho, canafístula, açoita-cavalo, caroba, timbaúva,
louro-pardo e grápia, com incremento maior que 1 metro no período do estudo, pode ser explicado, pelo fato
dessas espécies possuírem crescimento rápido, sendo pioneiras em áreas de regeneração natural, evidenciando-se
então o desenvolvimento satisfatório dessas espécies quando expostas a pleno sol.
Contudo, a cabreúva sofreu um declínio, não apresentando desenvolvimento positivo, sendo que a
mesma regrediu sua altura em 0,03 m dos 2 meses aos 7 meses após o plantio. Apesar de ser uma variação muito
pequena, ela pode ser relacionada à presença de manchas foliares e a ausência da gema apical em algumas
mudas, fato que influenciou na média dos dados.
Além disso, observou-se que as espécies tarumã, peroba, canjerana e guajuvira tiveram crescimento
reduzido, não crescendo nem 0,5 m durante o intervalo de 5 meses entre as medições, o que pode ser explicado
pelo fato dessas espécies serem secundárias tardias, não estando adaptadas ao crescimento a campo aberto,
podendo-se sugerir, nesses casos, possível necessidade de sombreamento.
Quando comparadas às demais, o pau-marfim, o ipê-roxo, o ipê-amarelo e o marmeleiro, podem ser
consideradas espécies que tiveram um desenvolvimento intermediário, com crescimento menor que 1 m em
cinco meses, porém aumentaram sua altura em mais de 0,5 m nesse mesmo período.
Estudando o crescimento de mudas de espécies arbóreas nativas no sub-bosque de um fragmento
florestal no estado de São Paulo, Paiva e Poggiani (2000) também perceberam que o ipê-roxo (Handroanthus
avellanedae (Lorentz ex Griseb.) Mattos.) apresentou desenvolvimento intermediário sendo que o mesmo
cresceu em média 13,5 m em 1 ano e 11 meses , assim como o guatambu (Aspidosperma parvifolium A. DC.)
que cresceu 14, 2 m em 1 ano e 11 meses; já o angico (Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan) que
cresceu 25,8 m em 1 ano e 11 meses, o cedro (Cedrela fissilis Vell.) que apresentou crescimento de 25,6 m em 1
ano e 11 meses e o jatobá (Hymenaea courbaril L. var. stilbocarpa (Hayne) Lee et Lang.), que durante 1 ano e
11 meses teve um incremento em 20,3 m na altura , apresentaram os maiores resultados referente à crescimento
em altura.
CONCLUSÕES
Todas as espécies, com exceção da cabreúva, tiveram um desenvolvimento positivo, apresentando
incremento na altura durante o período do estudo.
Dentre as espécies estudadas, o angico-vermelho e a canafístula obtiveram os melhores resultados,
possuindo maior potencial para o uso em reflorestamentos que visam produção ou recuperação.
As espécies que apresentaram menor incremento em altura foram o tarumã, seguido da peroba.
AGRADECIMENTOS
Ao proprietário, Sr. Valdomiro Galvan, por disponibilizar a área para a execução da pesquisa e aos
demais integrantes do grupo PET Engenharia Florestal da Universidade Tecnológica Federal do Paraná –
Câmpus Dois Vizinhos: Erick Martins Nieri, Paulo Henrique Jung, Larissa Regina Topanotti, Lucas Daniel
Perin, Nicolas Manarim de Brito, Aline Aparecida Ludvichak, Géssica Mylena Rêgo, Ítalo Mayke Gonçalves do
Amaral, Thatiana Higa Tominaga, Suzamara Biz e aos acadêmicos do curso de Engenharia Florestal que
colaboraram para a implantação do experimento e realização do presente trabalho.
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