intervenções interdisciplinares para a promoção de uma

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intervenções interdisciplinares para a promoção de uma
INTERVENÇÕES INTERDISCIPLINARES PARA A PROMOÇÃO DE UMA
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NO ÂMBITO ESCOLAR: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA
INTERDISCIPLINARY INTERVENTION FOR PROMOTING HEALTHY
EATING ON SCHOOL FIELD: A SYSTEMATIC REVIEW
Luana Bernardi1
Mauricila de Campos França2
Audineia Martins Xavier3
Patrícia Chiconatto4
Daiana Novello5
Resumo: O baixo consumo de frutas e hortaliças, além de uma ingestão elevada de
açúcares e doces, óleos e gorduras e refrigerantes tem sido observado em escolas
brasileiras. Assim, o ambiente escolar é considerado propício para corrigir os hábitos
alimentares inadequados. Dessa forma, propôs-se construir um mapeamento dos
trabalhos de intervenção interdisciplinares, com vistas a melhorar o consumo de
alimentos saudáveis, desenvolvidos em escolas nos últimos cinco anos para a população
de crianças. Para atingir o objetivo, definiu-se como método a revisão sistemática,
considerando o período temporal de 2009 a 2014. Foram selecionados artigos da base
de dados PubMed, na qual atenderam aos critérios de seleção 15 artigos. Quatorze
relações positivas sobre a mudança no perfil alimentar foram obtidas com a intervenção
interdisciplinar e, somente três relações não obtiveram sucesso nesta mudança. Pode-se
observar que os estudos propõem diferentes métodos de intervenções interdisciplinares
em escolas e que, o diálogo entre aluno e professor, bem como entre a criança e seus
familiares é fundamental para garantir a mudança no padrão alimentar. No entanto, para
que os objetivos da intervenção sejam alcançados, é fundamental que o trabalho busque
uma prática interdisciplinar e individualizada.
Palavras-chave: Estudos de intervenção. Escola. Alimentação escolar.
Abstract: The low consumption of fruits and vegetables, and a high intake of sugar and
sweets, fats and oils and refrigerants has been observed in Brazilian schools. Thus, the
school environment is considered conducive to correct the improper eating habits. Thus,
proposed to build a mapping of the work of interdisciplinary intervention aimed at
improving the consumption of healthy foods, developed in schools in the past five years
for the population of children. To achieve the goal, was defined as the systematic review
method, considering the time period 2009-2014. Items PubMed database, which met the
selection criteria, 15 articles were selected. Fourteen positive relationships on the
changing dietary profile were obtained with the interdisciplinary intervention, only three
relationships were not successful in this change. It may be noted that the studies propose
different methods of interdisciplinary interventions in schools and that the dialogue
between student and teacher, and between the children and their families is critical to
ensure the change in dietary patterns. However, so that the objectives of the intervention
are achieved, it is essential that the work seeks an interdisciplinary and individualized
practice.
Key words: Intervention studies. School. School feeding.
1
Nutricionista, Mestranda do Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Desenvolvimento Comunitário,
Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Irati, PR. Email: [email protected].
2
Nutricionista, Nutricionista, Mestranda do Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Desenvolvimento
Comunitário, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Irati, PR. Email: [email protected]
3
Enfermeira, Mestranda do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Desenvolvimento Comunitário,
Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Irati, PR. Email: [email protected]
4
Nutricionista, Mestranda do Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Desenvolvimento Comunitário,
Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Irati, PR. Email: [email protected].
5
Professora, Doutora em Tecnologia de Alimentos, Departamento de Nutrição, Setor de Ciências da Saúde,
Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava, PR. Email: [email protected]
INTRODUÇÃO
A infância e a adolescência caracterizam-se por comportamentos de
saúde inadequados fixados ao longo da vida (MARMOT, 2010). Desta forma, é
de extrema importância que hábitos alimentares saudáveis sejam formados
desde a infância (MADRUGA et al., 2012). Há diversos fatores que podem
influenciar a formação do comportamento alimentar de crianças, como nível de
escolaridade das mães (SALDIVA et al., 2014), a publicidade (FERGUSON et
al., 2012), a convivência com outras crianças (SALVY et al., 2011), a
alimentação dos pais (LESLIE et al., 2012) e o acesso a alimentos em
ambiente escolar. Esta influência na alimentação pode ocorrer tanto a curto
quanto em longo prazo (INSTITUTE OF MEDICINE OF THE NATIONAL
ACADEMIES, 2009; JOHNSTON et al., 2009).
O baixo consumo de frutas e hortaliças, além de uma ingestão elevada de
açúcares e doces, óleos e gorduras e refrigerantes tem sido observado em
escolas públicas e privadas brasileiras (CONCEIÇÃO et al., 2010). Assim, a
escola é considerada um ambiente propício para corrigir os hábitos alimentares
inadequados (BRIEFELL et al., 2009; FINKELSTEIN et al., 2010), devido a sua
estrutura organizacional, social e de comunicação, as quais proporcionam
oportunidades de educação para a saúde regular e para um ambiente de
melhoria da saúde (LLOYD et al., 2011). Avaliando-se diversos estudos que
indicam a inadequação das refeições neste espaço (GATENBY, 2007; CLARK;
FOX, 2009, CREPINSEK et al., 2009; STEVENS; NELSON, 2011; AHN et al.,
2013), nota-se o desenvolvimento de intervenções em escolas, que objetivam
uma ingestão de nutrientes adequados para as crianças (CULLEN et al., 2008;
CLUSS et al., 2014). Com maior ênfase, constatam-se as abordagens
interdisciplinares no meio escolar. Gortmaker et al. (1999), avaliaram o impacto
de uma intervenção interdisciplinar em escolas públicas de Massachucetts com
alunos de 6 a 7 anos durante dois anos. Os escolares do grupo de intervenção
passaram por debates, estudos de caso, projetos de grupo, jogos e
apresentações dos alunos em aulas de educação física e de mais 4 disciplinas,
nas quais os professores passavam previamente por treinamentos, para que
pudessem tratar em sala de aula de assuntos visando a redução da obesidade,
aumento do gasto de energia e promoção de comportamentos alimentares
saudáveis. Após as intervenções os autores observaram um menor consumo
significativo de energia/dia entre as escolas controle e de intervenção (p=0,05)
e um aumento no consumo de frutas e legumes (p=0,003). Nesse contexto,
muitos estudos têm confirmado a eficácia de intervenções interdisciplinares em
escolas, garantindo uma melhora no parâmetro alimentar dos alunos (DIEZGARCIA; DE CASTRO, 2011; WITT; DUNN, 2012; PIZIAK et al., 2012; KAIN et
al., 2014; KIPPING et al., 2014).
A interdisciplinaridade no ambiente escolar procura promover um meio
mais dinâmico e intenso, problematizar os conteúdos e temas geradores,
articulando-os entre todas as disciplinas. No entanto, ela não busca somente a
integração entre os diferentes saberes. Mas, também, um elo entre a teoria e a
prática, aonde a partir desta relação aluno-professor, o aluno possa
compreender e aplicar o que aprende, exercitando cotidianamente seus
saberes (DE AZEVEDO; DE ANDRADE, 2007). A educação interdisciplinar é
compreendida como um aprendizado entre dois ou mais profissionais, a partir
de uma troca mútua de conhecimento, visando melhorar a colaboração e a
qualidade do atendimento (THISTLETHWAITE; MORAN, 2010). Da mesma
forma, um espaço interdisciplinar propicia a partilha, a convivência e o
estreitamento do vínculo afetivo (PUSH, 2010). Logo, muitos trabalhos no
campo da saúde de intervenção interdisciplinar que ocorrem em escolas
possuem a preocupação em adequar a alimentação de escolares (DIEZGARCIA; DE CASTRO, 2011; WITT; DUNN, 2012; PIZIAK et al., 2012; KAIN et
al., 2014; KIPPING et al., 2014). Além disso, as ações possuem um caráter
humanizado. Este tema versa sobre o cuidado integral do sujeito, da promoção
da saúde (CASSATE; CORRÊA, 2012), gerando vínculo afetivo, suscitando
ações, nas quais as pessoas e as situações são vistas como preciosas e
portadoras de valores éticos. Além disso, promove o questionamento de
profissionais com relação à sua postura no meio em que atuam (PUSH, 2010).
O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão de literatura
sistemática, tendo por finalidade construir um mapeamento dos trabalhos de
intervenção interdisciplinares, com vistas a melhorar o consumo de alimentos
saudáveis, desenvolvidos em escolas nos últimos cinco anos para a população
de crianças em fase pré-escolar e escolar.
METODOLOGIA
A revisão sistemática da literatura foi adotada como metodologia de
agrupamento dos dados e do tema proposto, de modo a responder a seguinte
questão norteadora: Quais as evidências científicas acerca dos desafios,
potencialidades e limitações da prática interdisciplinar na atenção primária à
saúde a partir de trabalhos de intervenção realizados em escolas?
Para a aquisição dos artigos, foram avaliados artigos da base de dados
PubMed dos últimos cinco anos (março de 2009 à março de 2014). O intuito
era de reunir trabalhos de intervenção relevantes dentro dos critérios
estabelecidos para compor a presente revisão. Primeiramente, procedeu-se a
busca de resumos, empregando o operador booleano and entre os seguintes
descritores: intervention studies, nutrition education, school e school feeding.
Os artigos foram selecionados pelo título e resumo através dos seguintes
critérios de inclusão: a) mostrar de força explícita que corresponde a um
trabalho de intervenção; b) ter amostra composta por crianças pré-escolares (2
à 6 anos) ou escolares (7 à 10 anos) ou, se composta por faixas etárias
maiores, conter estratificações dentro dos citados padrões etários. Entretanto,
se as amostras ou estratificações passavam dentro da citada faixa etária e
excediam ligeiramente para menos ou para mais, também foram considerados;
c) estar redigidos em inglês, espanhol ou português; d) ser publicado entre
2009 e 2014; e) apresentar nos resultados a mudança, favorável ou
desfavorável, no perfil alimentar a partir do poder da intervenção; f) as
intervenções tivessem sido realizadas em ambiente escolar, devendo estas
serem interdisciplinares. Foram adotados os seguintes critérios de exclusão: a)
estudos de revisão e que não fossem de intervenção; b) resumos sem
descrição metodológica completa (objetivos, método e resultados); c)
intervenção
realizada
totalmente
fora
do
ambiente
escolar
(clubes,
comunidades, clínicas).
A partir da utilização dos descritores supracitados, foi encontrado um total
de 12.426 artigos. Após a exclusão de dados duplicados, a leitura
pormenorizada de seus resumos e a aplicação dos critérios de inclusão e
exclusão, permaneceram 57 artigos, os quais foram lidos na íntegra. Em
seguida, foram excluídos mais 42 estudos que não estavam condizentes com
os critérios estabelecidos, permanecendo na avaliação um total de 15 trabalhos
(Figura 1). Os artigos selecionados foram tabulados, com discriminação dos
seguintes itens: autores, ano, amostra, país, objetivo do estudo, tipo de
intervenção e resultados encontrados (Tabela 1).
Número total de artigos
potencialmente relevantes
encontrados após busca
eletrônica. N = 12.426
Avaliação dos títulos e
resumos. Exclusão dos artigos
inapropriados.
Estudos selecionados para
uma avaliação completa:
N = 57
Exclusão dos artigos
Inapropriados com base nos
critérios de inclusão.
Estudos retidos no estágio
final e classificados como
relevantes. N = 15
Figura 1. Fluxograma relacionado ao processo de seleção dos artigos.
RESULTADOS
Após a análise do material bibliográfico constatou-se que 26,6% (4)
eram estudos realizados nos Estados Unidos, 20% (3) no Reino Unido, 13,3%
(2) na Espanha, 13,3% (2) no México, 6,6% (1) no Chile, 6,6% (1) na Austrália,
6,6% (1) na Alemanha e 6,6% (1) em Portugal. Quanto à linguagem empregada
nos trabalhos, 93,3% (14) no idioma inglês, 6,6% (1) em espanhol e 0,0% (0)
em português.
Da amostra, 93,3% (14) dos trabalhos foram publicados na área da
saúde em geral e 6,6% (1) especificamente na área de Psicologia. No que se
refere ao ano de publicação, notou-se que 26,6% (4) dos estudos eram de
2014, 26,6% (4) de 2011, 20% (3) de 2013, 20% (3) de 2012, 6,6% (1) de 2010
e 0,0% (0) de 2009.
No tocante ao delineamento metodológico, percebeu-se que 33,3% (5)
dos estudos apresentaram método randomizado e controlado, 13,3% (2)
estudo piloto, 13,3% (2) intervenção educacional, 6,6% (1) controlado
longitudinal, 6,6% (1) controlado, quasi-randomizado, 6,6% (1) abordagem
prospectiva, 6,6% (1) quasi-experimental, randomizado e controlado, 6,6% (1)
ensaio clínico aleatório e 6,6% (1) quasi-experimental.
Quanto à faixa etária, o ponto de corte mais jovem entre os estudos foi
três à cinco anos (PEÑALVO et al., 2013), enquanto a que teve o ponto de
corte mais avançado cronologicamente foi dez à treze anos (CALLEJA
FERNANDEZ et al., 2011), com uma variação no n amostral de 104 (DAVIS et
al., 2011) a 2.221 (KIPPING et al., 2014).
Com relação à mudança no perfil alimentar, a partir do poder da
intervenção interdisciplinar, foram identificadas 14 relações positivas. Já com
relação aos trabalhos que não obtiveram sucesso nesta mudança, foram
identificadas 3 relações. Quanto às associações estatisticamente significativas,
encontraram-se 17, já com relação as associação não significativas,
encontraram-se 6. O número de associações é superior ao número de estudos,
pois houve diferentes resultados dentro de um mesmo trabalho.
Todas as investigações encontraram resultados, sejam positivos ou
negativos, para ambos os sexos, exceto Calleja Fernandez et al. (2011), que
encontraram efeitos da intervenção separadamente para o sexo feminino e
masculino, sendo que para o primeiro não foi encontrada melhora significativa
na quantidade de almoços, ao passo que para o segundo houve um aumento
significativo na quantidades de meninos que almoçaram após a intervenção.
Tabela 1. Resumo dos artigos analisados na revisão sistemática.
Autores
(ano)
Amostra/País
Objetivo
Tipo de
intervenção
Resultados
Aumento significativo no consumo
de frutas no grupo de intervenção
Examinar os efeitos de
n = 297
Hoffman
M = 51%
et al.
F = 49%
(2010)
6,2 anos (média)
EUA
após 1 ano (p<0,001) e 2 anos
um programa de
(p<0,001) comparado ao grupo
promoção em um
jardim de infância da
Controlado,
primeira série de uma
longitudinal
escola baseado no
controle.
Aumento significativo no consumo
de vegetais no grupo de intervenção
após 1 ano (p<0,01) comparado ao
consumo de frutas e
grupo controle. No 2º ano as
vegetais de crianças.
quantidades não diferiram entre os
grupos.
Desenvolver e testar os
efeitos de uma
Aumento na ingestão de fibra
intervenção de 12
Davis et
al. (2011)
n = 104
semanas, com
M = 52%
jardinagem após o
F = 48%
horário escolar,
9,8 ± 0,7 anos
nutrição e programa de
EUA
culinária na ingestão
dietética do grupo de intervenção
em comparação ao grupo controle
Piloto
(22% vs 12%, p=0,04).
Mudança significativa na ingestão
de fibra dietética (0% vs - 29%,
p=0,01) em crianças obesas do
alimentar e risco de
grupo de intervenção.
obesidade em
estudantes latinos.
Avaliar o resultado de
8 anos de intervenção
PlachtaDanielzik
et al.
(2011)
n = 1192
na escola baseada no
M = 46,4%
estado de peso, estilo
Controlado,
F = 53,6%
de vida e pressão
semi-
6,3 a 14,3 anos
arterial, como parte do
randomizado
Alemanha
Estudo de Prevenção
da Obesidade Kiel
(KOPS).
Aumento no padrão alimentar
saudável foi melhor no grupo de
intervenção (3.7%) do que no grupo
controle (0.3%) em 8 anos (p=NR).
Tabela 1. continuação.
Autores
(ano)
Amostra/País
Objetivo
Tipo de
intervenção
Resultados
Descrever a aplicação
de um Programa de
Estilo de Vida
n = 196
Lloyd et
Ambos os sexos
al. (2011)
8 a 11 anos
Reino Unido
Saudável (HeLP), uma
Diminuição significativa no
intervenção para
prevenir a obesidade na
Piloto
escola, por meio de
consumo de lanches altamente
energéticos no grupo de intervenção
(p=0,001).
quatro etapas do
protocolo de
Mapeamento de
Intervenção (MI)
F: aumento não significativo no
percentual de meninas que almoçou
Conhecer os hábitos de
(0,89%, p=0,959).
almoço de uma
M: aumento significativo no
população escolar, a
Calleja
Fernandez
et al.
(2011)
n = 151
M = 47%
F = 53%
10 a 13 anos
Espanha
percentual de meninos que almoçou
prevalência de
(17,54%, p=0,047).
sobrepeso e obesidade,
bem como estabelecer
hábitos alimentares
saudáveis e educá-lo
nutricionalmente para
melhorar os hábitos
alimentares através de
um almoço saudável.
Aumento significativo no consumo
Prospectivo
de sucos (p=0,000), smoothies
(p=0,000), produtos de pastelaria
(p=0,004), sanduíche tradicional
(p=0,002) no almoço. Diminuição
estatisticamente significativa no
consumo de iogurtes (p=0,023),
lanches (p=0,001), geléia (p=0,002),
em ambos os sexos.
Tabela 1. continuação.
Autores
(ano)
Amostra/País
Objetivo
Tipo de
intervenção
Resultados
Não houve efeito da intervenção
sobre a ingestão de porções de
frutas (0 porções, p=1,000) e
Estudar a manutenção
legumes (0 porções, p=0,800).
da ingestão de frutas e
Grupo de intervenção: consumo/dia
n = 658
vegetais após a
de frutas caiu de 189 g para 90 g na
Evans et
Ambos os sexos
intervenção “Esquema
Randomizad
escola.
al. (2012)
7 a 9 anos
de frutas e vegetais na
o, controlado
Grupo controle: consumo/dia de
Reino Unido
escola” em um grande
frutas caiu de 193 g para 91 g na
número de escolas em
escola.
toda Inglaterra.
Não houve diferença significativa
entre os grupos em relação a
ingestão de nutrientes essenciais
(p>0,050).
Diminuir a prevalência
de sobrepeso e
Melhora significativa no consumo
obesidade em crianças,
n = 560
Zask et al.
Ambos os sexos
(2012)
2,4 a 6 anos
Austrália
de frutas e legumes (p=0,001) e
melhorando as
habilidades motoras
fundamentais,
aumentar a ingestão de
menor propensão a ter itens
Randomizad
alimentares não saudáveis (pobres
o, controlado
em nutrientes e ricos em energia)
nas lancheiras (p<0,001) do grupo
frutas e legumes e
de intervenção comparado ao grupo
diminuir o consumo de
controle.
alimentos não
saudáveis.
Reduzir
comportamentos
BacardíGascon et
al. (2012)
Aumento no consumo de vegetais
n = 532
sedentários, o consumo
M = 52%
de refrigerantes e
Semi-
F = 48%
lanches com alto teor
experimental
8,5 ± 0,73 anos
de gordura e aumentar
randomizado
(média)
o consumo de frutas e
e controlado
México
legumes em crianças
do 2º e 3º grau do
ensino fundamental e
(p=0,007) e redução no consumo de
lanches que contem gordura e sal
(p=0,03) após a intervenção.
Aumento no consumo de bebidas
que contém açúcar após a
intervenção (p=0,000).
em seus pais.
Tabela 1. continuação.
Autores
(ano)
Amostra/País
Objetivo
Tipo de
intervenção
Resultados
Avaliar a eficácia do
Programa SI! para
n = 2062
melhoria dos
Aumento significativamente
Peñalvo et
Ambos os sexos
indicadores da
Randomizad
estatístico no conhecimento,
al. (2013)
3 a 5 anos
aquisição de
o, controlado
atitudes e hábitos das crianças com
Espanha
comportamentos
relação à dieta (p=0,025).
saudáveis em crianças
de 3-5 anos.
Avaliar o impacto de
n = 830
Safdie et
al. (2013)
M = 50%
F = 50%
9,7 anos (média)
México
uma intervenção de
Aumento no consumo de alimentos
prevenção da
altamente recomendados após 18
obesidade escolar de 18
meses foi maior no grupo de
meses sobre os
comportamentos de
saúde de estudantes da
ª
ª
4 e 5 série com base
Ensaio
clínico
aleatório
intervenção (33.9%) do que no
grupo controle (28.5%).
Consumo de alimentos não
recomendados após 18 meses foi
em princípios
maior no grupo controle (45.3%) do
ecológicos e pesquisa
que no grupo de intervenção
formativa realizada no
(24.6%).
México.
A ingestão de sal foi
significativamente reduzida apenas
n = 139
Cotter et
al. (2013)
M = 63
F = 76
10 a 12 anos
Portugal
Avaliar a excreção
no grupo que recebeu aulas práticas
urinária de sódio de 24
e teóricas (1,1 ± 2,5 g/ dia),
horas em crianças de
comparado ao grupo que recebeu
10-12 anos em
somente aulas teóricas (0,6 ± 3,2 g/
uma escola no norte de
Intervenção
dia) e ao grupo controle (0,4 ± 2,4
Portugal e examinar a
educacional
g/ dia).
influência de 3 tipos de
Total de crianças que reduziu a
intervenção sobre a
ingestão de sal foi
ingestão de sal e
significativamente maior no grupo
pressão arterial.
prático (50,9%), comparado ao
grupo teórico (48,8%) e controle
(32,2%).
Tabela 1. continuação.
Autores
(ano)
Amostra/País
Objetivo
Tipo de
intervenção
Avaliar os efeitos de
n = 1508
Ling et al.
(2014)
M = 814
F = 679
8,3 anos (média)
EUA
Resultados
Efeitos significativos sobre a
uma intervenção sobre
porcentagem de crianças que
o comportamento
saudável entre as
Semi-
crianças do ensino
experimental
fundamental de escolas
cumpriram a recomendação
nutricional (p<0,001) (≥3
porções/dia de vegetais e ≥2
porções/dia de frutas) após a
rurais do município de
intervenção.
Kentucky.
Consumo menor e significativo no
grupo de intervenção de bebidas
Investigar a eficácia de
ricas em energia comparado ao
uma intervenção
n = 2221
Kipping et
Ambos os sexos
al. (2014)
8 a 10 anos
Reino Unido
grupo controle (p=0,002).
escolar base para
aumentar a atividade
física, reduzir o
comportamento
Consumo maior no grupo de
Randomizad
intervenção, mas não significativo,
o, controlado
nas porções de frutas e legumes
(p=0,42) e consumo menor, mas não
sedentário e aumentar
significativo, nas porções de
consumo de frutas e
alimentos ricos em gordura
vegetais em crianças.
(p=0,13), comparado ao grupo
controle.
Tabela 1. continuação.
Autores
(ano)
Amostra/País
n = 432
Cohen et
al. (2014)
M = 88
F = 112
8,65 ± 1,6 anos
EUA
Objetivo
Tipo de
intervenção
Resultados
Examinar as mudanças
Aumento significativo no consumo
no consumo de frutas,
de frutas e vegetais combinados
vegetais, leguminosas,
(p=0,01) e somente vegetais
grãos integrais e
(p=0,03) no grupo de intervenção
produtos lácteos com
comparado ao grupo controle.
pouca gordura em
Randomizad
IG das dietas do grupo de
alunos do ensino
o, controlado
intervenção foi significativamente
fundamental de escolas
menor (p=0,03) comparado ao
rurais que foram
grupo controle.
expostos à intervenção
Não houve diferença significativa
CHANGE comparado
entre os grupos no consumo de
com escolas controle.
frutas, leguminosas, grãos integrais
e produtos lácteos (p>0,05).
Avaliar os resultados
n = 530
Salazar et
Ambos os sexos
al. (2014)
4 a 5 anos
Chile
de uma intervenção
Diminuição significante (p<0,01) no
voltada para atividade
consumo de energia, em crianças
física e nutrição sobre
obesas (177,94 Kcal) e eutróficas (-
resultados primários
(gordura corporal) e
secundários (atividade
Intervenção
educacional
106,76 Kcal) do grupo de
intervenção.
Diminuição significante (p<0,01) na
física e consumo de
ingestão de gordura, em crianças
energia) em um grupo
obesas (-11 g) e eutróficas (-8,4 g)
de crianças pré-
no grupo de intervenção.
escolares.
*M = Sexo masculino, F = Sexo feminino, n = tamanho amostral, EUA = Estados Unidos da América, NR = não
relatado, IG = índice glicêmico, Kcal = quilocaloria, g = gramo.
DISCUSSÃO
Procurar atender as recomendações nutricionais por meio da promoção
de uma dieta variada no público infantil tem sido visto normalmente como um
problema. Diante disso, as intervenções objetivam aumentar o interesse de
crianças a experimentar novos alimentos (GIBBS et al., 2013). Estudos
propõem diferentes métodos de intervenções interdisciplinares em escolas,
seja para aumentar o consumo de alimentos saudáveis (GIBBS et al., 2013),
para corrigir deficiências nutricionais (GARCÍA-CASAL et al., 2011), para
melhorar os conhecimentos acerca da nutrição neste público (FERNÁNDEZ et
al., 2013) ou para controlar os níveis de obesidade (GORTMAKER et al., 1999;
ELIZONDO-MONTEMAYOR et al., 2013). Desta forma, a sala de aula torna-se
um espaço central para a aquisição de novos conhecimentos e a
reestruturação de outros, seja por meio de um diálogo entre aluno e professor
(DE AZEVEDO e DE ANDRADE, 2007), ou pela relação que se pode
estabelecer entre crianças e suas famílias dentro do espectro social escolar
(LLOYD et al., 2011).
Diante dos trabalhos pesquisados e da necessidade de um sistema que
responda de forma proativa, contínua e integrada pelas condições de saúde
(MENDES, 2012), enfatiza-se à Atenção Primária à Saúde (APS) como fator
essencial na promoção e na proteção da saúde, na prevenção de agravos, no
diagnóstico e no tratamento (BRASIL 2006). Entretanto, buscar implementar a
APS com foco na interdisciplinaridade é um desafio, visto a formação
disciplinar/técnica dos profissionais, e o privilégio que se dá ao trabalho
individual em relação ao coletivo, o que prejudica a integração tanto da equipe,
quanto a aplicação da prática necessária (GOMES, 1997). Desta forma, o que
se percebe são encontros multidisciplinares de profissionais que permanecem
com
práticas
individuais,
distanciando-se
do
trabalho
interdisciplinar
(MEIRELLES, 2003).
A interdisciplinaridade, entendida como o diálogo permanente com
outras áreas de conhecimento, busca facilitar a assistência humanizada e
cidadã que contribui para melhorar a compreensão da realidade (MEIRELLES,
2003). Com base nisso, não somente a APS, mas em todos os níveis de
atenção à saúde, nota-se que o trabalho interdisciplinar é essencial, uma vez
que é a partir dele que se almeja alcançar uma abordagem integral sobre os
fenômenos que interferem na saúde da população (LOCH-NECKEL, 2009). A
partir disso, deve-se compreender o potencial de intervenções em saúde com
enfoque interdisciplinar. Shofan et al. (2011) realizaram um programa de
intervenção com crianças de 9 a 11 anos e suas famílias durante dois anos, e
perceberam que o grupo que recebeu apenas aulas padrão de educação física
ganhou significativamente mais peso do que o grupo que recebeu aulas duplas
de educação física semanais e aconselhamento nutricional adicional (8,4 kg vs
3,2 kg, respectivamente (p<0,016)).
Por ser um estágio considerado crítico na formação de hábitos
alimentares os quais irão se prolongar para a vida adulta, os problemas
alimentares que surgem durante a infância devem ser tratados por meio de
intervenções baseadas em evidências (SKINNER et al., 2002). Em resposta a
essa necessidade, pesquisadores e educadores em nutrição tem buscado
melhorar a forma como os professores interagem com as crianças,
incentivando o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis (GARCÍACASAL et al., 2011; GOODELL et al., 2010; RAMSAY et al., 2010). Além disso,
intervenções que buscam mudanças na alimentação de crianças também
podem acarretar em consequentes benefícios para a saúde infantil, o que
também está incluso entre as potencialidades da prática interdisciplinar. Moore
et al. (2009) examinaram o efeito de um programa de educação nutricional
“Color my Pyramid” com crianças, sobre os conhecimentos em nutrição,
práticas de auto-cuidado, nível de atividade e estado nutricional, e observaram
concomitante aos resultados estudados, uma diminuição da pressão arterial
sistólica tanto no grupo de intervenção quanto no grupo controle.
A maioria das intervenções em saúde que ocorrem em escolas tem
algumas limitações, uma vez que enquanto algumas obtêm resultados positivos
durante e logo após o momento da intervenção (LLARGUES et al., 2009;
GARCÍA-CASAL et al., 2011; GIBS et al., 2013), outras apontam que seus
efeitos não são observados sobre o padrão dietético de forma significativa
(HELLAND; DYRSTAD, 2014). Isso pode ser explicado tanto pela negligência
da importância do apoio da família, que é tido como um fator relevante tanto na
adoção quanto na manutenção de comportamentos alterados em crianças
(VAN SLUIJS et al., 2007), da não individualização de intervenções dietéticas
(VAN SLUIJS et al., 2007) e pelo fato de não abordarem a junção de várias
áreas no processo de intervenção (WANSINK et al., 2013; ELIZONDOMONTEMAYOR et al., 2014), fato que dificulta o alcance dos objetivos.
Entende-se, portanto, que o profissional ao buscar mudanças nos hábitos
alimentares da criança, não deve se deter somente à prescrição ou proibição
de alimentos, mas sim sua compreensão, ou seja, o profissional deve procurar
se inserir na própria problematização dos conhecimentos e vivências do público
infantil (CERVATO et al., 2005).
A abordagem adequada sobre nutrição nas escolas é essencial, seja por
parte dos professores em suas aulas, seja por meio de programas de
intervenção unidos à outras especialidades. Assim, Orimo et al. (2013) em
estudo realizado em 67 escolas médicas do Japão com o objetivo de avaliar a
qualidade das intervenções em educação nutricional nestes espaços, notaram
que apenas 6 escolas (9,0%) não ofereciam qualquer curso relacionado a
educação nutricional. No entanto, somente 25 escolas (37,3%) ofereciam
cursos adequados em nutrição, as demais (53,7%) apenas ofereciam algo
relacionado à nutrição em outros cursos. Ademais, as intervenções de caráter
interdisciplinar são aprovadas pelo público infantil, como é observado em
trabalho de Jan et al. (2009). Os autores, ao avaliarem os resultados da
eficácia do programa de intervenção para a prevenção da obesidade Shape It
Up, com crianças norte-americanas em escolas primárias de New Jersey, o
qual consistiu em oficinas interativas, um livro de atividades e guia para as
famílias, cartazes, um site e dias educacionais de campo, constataram após a
intervenção que as crianças relataram altos níveis de satisfação com o
programa, além de apresentarem níveis mais elevados de conhecimento
(p<0,001) e atitudes positivas (p<0,001) sobre alimentação saudável e
exercício físico em comparação com os resultados do inquérito inicial.
CONCLUSÃO
Os resultados indicam que a organização do espaço escolar como um
ambiente propício para intervenções de caráter interdisciplinar, principalmente
na infância, deve ser incentivada, uma vez que pesquisas com esta perspectiva
buscam não somente interceder sobre os hábitos alimentares, mas também
sobre todos os outros problemas que permeiam a saúde do indivíduo, ou seja,
a intervenção busca refletir sobre mudanças no estilo de vida, as quais irão se
repercutir na vida adulta. Neste sentido, a escola por estar inserida em todas as
dimensões do aprendizado, pode e deve ser vista como um local para
aplicação de intervenções educacionais em saúde, sendo essencial que os
conhecimentos acerca da nutrição, ligada à importância de outras áreas da
saúde, não pode deixar de compor um plano educacional de ensino.
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