Muros não garantem a segurança na UFPR
Transcrição
Muros não garantem a segurança na UFPR
CACOS 04 PAPEL Periódico produzido por estudantes de Comunicação Social da UFPR extensão 08 a 13/10 | O que Eric Hobsbawn, Jürgen Habermas e Michael Moore fariam juntos? REGGEN 2005 - “Alternativas a Globalização: Potências Emergentes e os Novos Caminhos da Modernidade”, seminário internacional organizado pelas Nações Unidas que contará com a presença de expoentes mundiais como Tariq Ali (New Left Review), Armand Mattelart (Universidade de Paris VIII), Celso Amorim (Ministro das Relações Exeriores), Ignacio Ramonet (Le Monde Diplomatique - França) e Emir Sader (UERJ). O evento, que acontecerá no Rio de Janeiro de 08 a 13 de Outubro, busca a análise das possibilidades e os papéis que podem cumprir as potências emergentes, entre elas o Brasil, na reordenação da economia mundial rumo ao desenvolvimento sustentável, pleno emprego, à redução da polarização e da pobreza, à cooperação e legitimidade política internacionais. Mais informações, acesse www.reggen.org.br/reggen2005 22/09 | CCPR promove Cannes Review O Clube de Criação do Paraná (CCPR) promove no dia 22 de setembro, quinta-feira, em Curitiba, o Cannes Review, com Átila Francucci, um dos jurados brasileiros na edição deste ano do Cannes Lions. Para debater os bastidores da última edição do festival, o evento contará com a participação de vários criativos paranaenses. O Cannes Review sera realizado no Grand Hotel Rayon. Mais informações, ligue (41)21081100 12 a 14/10 | Congresso Brasileiro de Relações Públicas: Expectativas e Exigências do Mercado O evento trará três dias de palestras com a presença da clássica profª Drª Maragarida Kunsch - ECA USP, além de oficinas como a em que estará presente Francisco Biondo, Diretor de Relações Públicas do Senado Federal. O local escolhido foi o Recife Praia Hotel,em Recife - PE. Informações: www.abrpnacional.com.br Setembro | 2005 CACOSde PAPEL Imprensa Livre Universitária Ano 1 Edição 1 Muros não garantem a segurança na UFPR Os estudantes da Universidade Federal do Paraná convivem com assaltos e roubos dentro dos campus. Somente este ano houve mais de 10 casos de furto no campus da Comunicação Social, que hoje passa por reforma. Esta reforma trata da segurança do espaço. “Será construído um muro do tipo palito de mais ou menos 1,80m”, segundo o engenheiro Antonio, da Funpar, responsável pela licitação vencida pela empresa Simétrica Engenharia. Ao contrário de outros campi da UFPR, no Juvevê não há controle de tráfego, ou seja, a única proteção oferecida é a ronda de dois seguranças para proteger toda a área que compreende o prédio que abriga o curso, a Imprensa Universitária, a Web Radio, TV UFPR além do Museu de Arqueologia de Paranaguá. O estudante Carlos Eduardo, do curso de engenharia civil, conta que teve o som do seu carro roubado no estacionamento do Centro Politécnico. “Eu comuniquei à segurança, mas alegaram que a responsabilidade deles é somente o patrimônio da Universidade.”. A vigilância da UFPR é terceirizada, conforme contrato celebrado em 02 de Abril de 2004 com a empresa Centronic Segurança e Vigilância Ltda, prorrogado até 04 de Abril de 2006 e prorrogável até 2009. Sobre a responsabilidade civil por furto no interior do estacionamento da Universidade, Dr. Adir Ferreira, respeitado advogado de Curitiba, declarou em entrevista que, mesmo se o serviço for gratuito, em princípio o ônus é da instituição, conforme diversos julgamentos dos tribunais brasileiros, e completa: “Se a faculdade celebrou contrato com terceiros, para o fim de vigilância, ainda assim, a vítima deverá acionar judicialmente a faculdade, que poderá defenderse chamando a lide a empresa contratada. Cada caso é um caso, à Justiça caberá dizer o direito sobre essas situações, o estudante deve procurá-la.” Participaram desta edição Alexandre Guedes Carlos de Biasi Nazen Ricardo de Souza Simon Ducroquet Bruno Reis Cecilia Pimenta João de Oliveira Mauricio de Olinda CACOS www.cacos.ufpr.br/cacosdepapel Bruna Grace Bill Rahim Gul Sarwan* E S C R E VA * jornalista IWPR em Kabul [email protected] Especial: Correspondente escreve direto de Kabul, no Afeganistão, para o CACOS de PAPEL. [email protected] PAPEL jornal mantido pelo centro acadêmico de comunicação social veja na página 3 CACOS CONTEÚDO ONLINE | Acesse o site www.cacos.ufpr.br/cacosdepapel e leia todas as matérias na íntegra, lá você também pode opinar. PAPEL www.cacos.ufpr.br/cacosdepapel CACOS editorial O papel que lês é um embrião. Princípio da Imprensa livre universitária, construída pelos estudantes e para os estudantes, comprometida com o interesse público. Um meio de vasão e motivação para a produção cultural e intelectual estudantil. Uma porta à novos meios, contribuição da Comunicação Social à comunidade universitária. Embrião da crítica, da notícia que não vai a grande mídia, do aumento do fluxo das informações. Num primeiro momento abordaremos o público do campus Juvevê e em breve, reitoria. É possível criar, entregar-se a empreitada do novo. Experimental. Laboratório. Jornal Estudantil. Um meio de comunicação aberto. A hora é agora. Uma outra Imprensa é possível. www.cacos.ufpr.br/cacosdepapel CACOS PAPEL PAPEL CACOS 03 política O mundo fora da grande mídia Por Rahim Gul Sarwan GREVE | Os rumores de que a UFPR poderia entrar em greve ainda em 2005 tem preocupa-do os estudantes. O fato deve-se à Fasubra que decretou greve em todo território nacional. A partir daí, cada universidade federal decide sobre sua paralisação e 30 delas já aderiram, além dos estudantes da UnB, que declararam greve estudantil em 14/09, revoltados com o descaso do governo federal que a 20 anos não concede aumentos salariais aos professores sem a necessidade de greves, além de reivindicarem a contratação de 300 professores efetivos. Na UFPR, os professores recusaram o indicativo de greve, no entanto, as negociações da Fasubra e Andes com o governo não eveoluíram, o que mostra que este assunto não sairá de pauta tão cedo. O Hospital Istiqlal em Kabul, no Afeganistão, é o único a ter ala reservada à vítimas de queimaduras. Deitada em um dos 20 leitos da ala, 'Wahida', uma menina de16 anos tem o corpo coberto por queimaduras da explosão de um lampião caseiro. Outra vítima da explosão, Fazel Jan, disse ter comprado o óleo no mercado da cidade pensando ser querosene doméstico. ”Eu já estive no mesmo local para achar o vendedor, mas não consegui”, disse Fazel. “Os casos deste tipo de queimadura acontecem mais onde estão as forças de coalisão”, diz Mohammed Yunus Moghul, diretor do depto .de comércio de combustíveis líquidos. Ele diz também que os motoristas que transportam o combustível para as bases americanas o negociam pelo caminho com “oildealers”. Um motorista, que não quis ser identificado, disse que os norte-americanos não costumam checar os tanques ao chegar na base. “Às vezes eles querem checar mas nós soltamos uma propina e tudo fica resolvido”. As propinas não são sempre em dinheiro, “Quando eu vou para Khost os soldados me pedem que leve haxixe e álcool. Os “oildealers” compram o combustível dos motoristas e repassam ao povo misturado com diesel barato, mais pesado e menos volátil. Assim, a irresponsabilidade do Exército Americano contribui para que o combustível T-1, para aeronaves, acabe nas mãos da população como mero queirosene, causando verdadeiros horrores, como com a menina Wahida. ufpr 1 ufpr II TECOS | Nos dias 27 e 28 de agosto o Teatro Experimental da Comunicação Social UFPR– Tecos – voltou à cena apresentando a peça “Todos no Divã”. O palco foi o mini-auditório do Teatro Guaíra. As duas apresentações tiveram ingressos esgotados. O Grupo Tecos é formado por estudantes, não por profissionais, e busca utilizar o teatro como veículo de comunicação com a comunidade sobre diversos assuntos. “Achei a peça dinâmica, não é cansativa de assistir”, avalia Thalita Uba, estudante do 2º ano de Jornalismo. “A principal diferença desta vez foi a presença da trilha sonora, que ajudou na ambientação da peça”, disse Fernando Philbert, diretor da montagem. Segundo Jheison Holthausen, um dos idealizadores e coordenadores; “Deu para perceber que todos estão mais unidos e confiantes no palco”. A próxima parada do grupo é no interior do estado, na Lapa. Cantina | Já se vão 4 meses que o campus Juvevê da UFPR não tem cantina. A cerca da reclamação dos estudantes, a chefe do Departamento de Comunicação, Rosa Maria, declarou haver, no mínimo, mais 2 meses para que seja estabelecida uma nova cantina. O centro acadêmico do curso achou uma ‘solução’ temporária e criativa para o problema. Uma vendedora ambulante visita o campus todos os dias. “A l é m d i s t o , começamos a vender café no intervalo e Bom Negócio - São vendidos percebemos que isto em média 10 copos por dia poderia ajudar no orçamento do C.A.” disse Luisa Desiderá, idealizadora do projeto. Enquanto não houver cantina no campus a Sra. Lidia continuará a trazer salgados e doces todas as manhãs e o café continuará a ser servido no CACOS, contribuindo no problema financeiro. PAPEL CACOS Bruna Bill / Alexandre Guedes 02 PAPEL www.cacos.ufpr.br/cacosdepapel