Um estudo de observação clínica em 624 pacientes confirma uma
Transcrição
Um estudo de observação clínica em 624 pacientes confirma uma
Tratamento com Atrauman® Ag de feridas infectadas e propensas a infecções Um estudo de observação clínica em 624 pacientes confirma uma boa eficácia e tolerabilidade Dr.Holger Kapp, Department Clinical Studies, Paul Hartmann, Heindenheim, Germany Sumário Estudo de observação clínica multicentrico, com mais de 600 pacientes em regime de ambulatório, predominantemente com feridas crónicas - cerca de dois terços das quais infectadas – foram tratados com o penso Atrauman Ag contendo uma impregnação de prata. A condição das feridas melhorou visivelmente durante o tratamento que teve uma duração média de 23 dias. Observou-se que no início do estudo 9% das feridas estavam completamente, e 24,7% extensamente, cobertas com uma camada de tecido necrótico, ao fim do exame estas proporções decresceram até 2% e 0,8% respectivamente. Ao mesmo tempo a proporção de feridas limpas cresceu de 27% para 77%. A exsudação das feridas também foi reduzida com o tratamento de Atrauman Ag. A redução acentuada de necroses e exsudação foi acompanhada por um aumento de granulação e tecido epitelial. O número de feridas com epitelização moderada, pronunciada ou completa aumentou de 4,5% para quase 45%. Outros parâmetros em que se notaram melhorias durante o tratamento com Atrauman Ag incluiam dores, número de feridas infectadas e condição da área periférica da ferida. O tratamento foi muito bem tolerado pelos pacientes. Médicos e pacientes classificaram a tolerabilidade ao tratamento com Atrauman Ag como boa ou muito boa. Conclusão: Atrauman Ag é um penso eficaz no controlo de feridas infectadas ou propensas a infecções e pode ser usado não só na fase exsudativa como também nas múltiplas fases da cicatrização. Feridas agudas e úlceras crónicas são frequentemente colonizadas por microrganismos fecais, orais ou dérmicos (1). Uma vez que a flora da ferida pode ser colonizada não só com bactérias mas também com uma variedade de germes com resistência patogénica e antibiótica, dependendo do sistema imunitário do paciente, a colonização pode levar – especialmente em úlceras crónicas refractárias à terapia – à infecção da ferida (2). Na prática clínica diária,a resistência à meticilina do Estafilococus aureus representa um desafio logístico e terapêutico (3). A infecção da ferida prolonga a fase exsudativa da cicatrização, resultando num processo curativo mais longo. Isto tem consequências negativas para o paciente, que não só tem que tolerar consideravelmente mais dor, mas também aumenta as perspectivas dum período de tratamento prolongado de vários meses a anos, até que a ferida fique completamente cicatrizada. Tab. 1: Resistências bacterianas completamente destruídas pelo Atrauman Ag Estafilococus aureus Estafilococus aureus (MRSA) Estafilococus epidermidis Klebsiella pneumonia Pseudomonas aeruginosa Escherichia coli Bacillus subtilis DSM 346 ATCC 6538 DSM 2134 DSM 789 DSM 1117 DSM 1103 DSM 347 O penso Atrauman Ag contendo uma impregnação de prata tem tido sucesso não só no controlo primário de feridas contaminadas, como também no tratamento de úlceras crónicas com um elevado risco de infecção. Quando o Atrauman Ag entra em contacto com o exsudado forma iões de prata na sua face metálica (veja a tabela 1). Os iões de prata destroem as bactérias em contacto directo com o penso incluindo resistências à meticilina do Estafilococus aureus, que podem causar graves problemas terapêuticos nas infecções de feridas (5). Uma vez que os iões de prata são só formados localmente dentro do penso, a citotoxicidade do Atrauman Ag é também muito baixa e a tolerância durante o tratamento é consequentemente alta. O Atrauman Ag tem já demonstrado a sua eficácia clínica e tolerabilidade num estudo de observação com 86 pacientes. Estes resultados foram agora confirmados num estudo de observação mais alargado em vários centros envolvendo mais de 600 pacientes com feridas agudas e crónicas de diferente etiologia. Estrutura e modo de acção do Atrauman Ag O material de suporte do Atrauman Ag é feito dum têxtil de poliamida repelente à água com uma cobertura metálica de prata firmemente segura ao material de suporte. Este, por seu turno, está impregnado com um unguento hidrofílico contituído principalmente por triglicerídeos. Quando o Atrauman Ag é aplicado na ferida, o penso forma iões de prata na sua face metálica em contacto com o exsudado. A formação de iões de prata é localmente restringida ao penso. Quando as bactérias entram em contacto com o penso, os iões de prata envolvem-nas e destroem-nas. O exsudado da ferida, conjuntamente com as bactérias destruídas e as endotoxinas formadas neste processo são absorvidas pelo penso secundário. 624 pacientes tratados com Atrauman Ag O estudo de observação prospectivo em vários centros clínicos foi levado a cabo em sistema ambulatório por 211 clínicos – médicos de clínica geral, dermatologistas, cirurgiões e especialistas internos – e 11 serviços de enfermaria, que trataram 624 pacientes com Atrauman Ag e documentaram o decurso do tratamento num total de 2352 visitas. Um questionário padrão foi usado para anotar as idades dos pacientes, sexo, estado geral de saúde e doenças concomitantes, a idade e tamanho da ferida, tratamentos anteriores e medicações usadas. O estado da ferida foi avaliado no primeiro exame e no decurso de três mudas de penso com base nos seguintes parâmetros: - necrose purulenta ou viscosa - exsudação - dor - tecido granulado - tecido epitelial. No fim do estudo, médicos e enfermeiros avaliaram a eficácia, tolerabilidade e características de aplicação do penso de tecido impregnado de prata. Os pacientes também foram inquiridos àcerca do tratamento com Atrauman Ag no fim do estudo. Etiologia das feridas Úlceras de origem venosa 43.3% Úlceras arteriais 4.5% Úlceras da perna mistas 12.5% Pé diabético 9.1% Queimaduras 5.6% Úlceras de pressão 9.8% Outros 22.3% Fig. 1 Etiologia das feridas. A maioria dos doentes tinham predominantemente feridas crónicas. Os dados recolhidos no formulário foram analisados usando métodos estatísticos e valores médios, desvios dos padrões e médias calculadas. Devido à falta de alguns dados, nem todos os parâmetros deduzidos puderam ser incluídos na análise. Os resultados individuais foram portanto calculados usando diferentes valores básicos. O número de resultados incluídos na análise é mostrado para cada um dos parâmetros. 43% dos pacientes tinham úlceras venosas crónicas Os pacientes – 61,4% de homens, 38,6% de mulheres - tinham uma idade média de 70 anos (com uma variação de 16 anos). Os médicos referiram que apenas menos que 14% estavam em bom estado de saúde e 27,4% num estado menos bom devido a doenças paralelas. Menos que 60% estavam num razoável estado de saúde. Os médicos e enfermeiros trataram os pacientes com feridas crónicas e agudas de diferente etiologia (Fig 1). Em 43,3% (270 pacientes) as úlceras venosas da perna foram de longe as mais comuns tratadas com Atrauman Ag. Em seguida foram as úlceras mistas (12,5%, 78 pacientes), úlceras de pressão (9,8%, 61 pacientes), síndrome do pé diabético (9,1%, 57 pacientes), queimaduras (5,6%, 35 pacientes), úlceras arteriais (4,5%, 28 pacientes), e outros tipos de feridas (22,3%, 139 pacientes). A idade média das feridas era de 1,36 anos (com variações de 4,5 anos). A idade média mais longa era de 3 anos para úlceras mistas da perna e síndromes do pé diabético e úlceras venosas da perna de 1,6 anos. (Tab. 2). Tab. 2: Tempo de existência das feridas, listado de acordo com indicação Indicação média mediana desvio padrão Úlcera de origem venosa (n = 261) Úlcera arterial (n = 27) Úlcera da perna mista (n = 75) Pé diabético (n = 57) Queimaduras (n = 35) Úlcera de pressão (n = 60) Outros (n = 136) 4.0 anos 1.5 anos 7.4 anos 1.5 anos 1.6 meses 1.1 anos 5.2 anos 1.6 anos 1.2 anos 3.0 anos 1.6 anos 13 dias 6 meses 11.3 meses 4 meses 6 meses 1 ano 3 meses 2 dias 2 meses 1.5 meses Tab. 3: Espectro microbiano das feridas infectadas identificadas por teste de zaragatoa (multiplas respostas possíveis) Espécies Estafilococus aureus Pseudomonas Estafilococus E.coli Resistências à oxallin aureus (ORSA) Resistências à metilicina do Estafilococus Proteus Enterococcus Acinetobacter Klebsiella Serratia liguefaciens Serratia marcescens Alcaligenes xylosoxidans Citrobacter Corynebacterium Microrganismos Gram-negativos Gram-positivos cocos em cadeia Haemophilus Moraxella Pyocyaneus Infecções mistas Nenhuma informação sobre o espectro microbiano Pensos utilizados anteriomente para o tratamento de feridas Os médicos documentaram 463 pacientes para os quais foram usados pensos anteriormente à inscrição neste estudo. A maioria desses pacientes tinha sido tratada com pensos de tecido impregnado (98 pacientes), pensos de espuma (68 pacientes), hidrocoloídes (66 pacientes), pensos com conteúdo de prata (60 pacientes), e pensos com antibióticos (59). Quase dois terços das feridas estavam infectadas Os investigadores diagnosticaram sintomas clínicos de infecção em mais de 60% das feridas (364 de 600). Numa em cada três infecções o diagnóstico foi confirmado tirando amostras das feridas com zagaratoa. Os agentes etiológicos mais frequentemente detectados foram os estafilococus (em 60 pacientes), pseudomonas (25 pacientes) e estreptococus (17 pacientes) (Tab. 3). Número da selecção 60 25 25 25 11 9 9 7 3 3 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2 10 Das 364 feridas infectadas 110 tinham sido tratadas com antibióticos sistémicos (ciprofloxacin, amoxicillin, clindamycin, doxycyclin, etc). Terapias conjuntas com Atrauman Ag Dois terços dos pacientes (365 casos) receberam tratamento farmacológico ao mesmo tempo que tratados com Atrauman Ag; apenas menos de um terço (205 pacientes) receberam analgésicos, 16,5% (103 pacientes) antibióticos, 6% (39 pacientes) anticoagulantes e 10% (62 pacientes) outros produtos, tais como diuréticos, antidiabéticos, etc. Os médicos também prescreveram terapia de compressão para 270 pacientes com úlceras venosas e para outros 46 pacientes com uma diferente indicação. Além disso medidas suplementares – dependendo da indicação do diagnóstico – incluiram diminuição da pressão na ferida, elevação das pernas, terapias nutricionais especiais, fisioterapia, etc. Fibrina e necroses Avaliação inicial (n = 543) 1ª mudança de penso (n = 506) 2ª mudança de penso (n = 460) 3ª mudança de penso / Avaliação final (n = 531) 0 nenhuma pouca 20 40 moderada 60 80 extensiva 100 completa Exsudação Avaliação inicial (n = 587) 1ª mudança de penso (n = 550) 2ª mudança de penso (n = 505) 3ª mudança de penso / Avaliação final (n = 580) 0 nenhuma pouca 20 40 moderada 60 80 extensiva 100 completa Dor Avaliação inicial (n = 543) 1ª mudança de penso (n = 506) 2ª mudança de penso (n = 460) 3ª mudança de penso / Avaliação final (n = 531) nenhuma 0 pouca 20 40 moderada 60 80 elevada 100 muito elevada Tecido de granulação Avaliação inicial (n = 585) 1ª mudança de penso (n = 543) 2ª mudança de penso (n = 485) 3ª mudança de penso / Avaliação final (n = 565) nenhum 0 preenchido até 1⁄ 4 20 preenchido 40 até 1⁄ 2 60 preenchido até 80 43⁄ 100 completo Epitelização Avaliação inicial (n = 574) 1ª mudança de penso (n = 532) 2ª mudança de penso (n = 482) 3ª mudança de penso / Avaliação final (n = 557) Proporção de feridas em % nenhum pouca 0 20 moderada Fig. 2 Desenvolvimento da ferida durante o curso do estudo. 40 60 pronunciada 80 100 completa O número de feridas completa ou quase completamente cobertas com camadas de tecido necrótico decresceu de 35% para 3% Os pacientes foram tratados durante 23 dias, em média, com Atrauman Ag, com três mudas de penso por paciente. A documentação do curso da cicatrização das feridas demonstrou que a condição das feridas melhorou consideravelmente com o Atrauman Ag (Fig. 2). Enquanto que no início do estudo 9% das feridas estavam cobertas completamente e 24,7% substancialmente com uma necrose viscosa, esta incidência decresceu para apenas 2% e 0,8% respectivamente no exame final. Ao mesmo tempo, a proporção de feridas sem necrose aumentou de 27% para 77%. O grau de exsudação também decresceu. O número de feridas com muita exsudação e extrema exsudação diminuiu de 39% para menos de 6% no decurso deste estudo. A acentuada diminuição de camadas de tecido necrótico e exsudação foi acompanhada por um incremento em granulação e tecido epitelial. A proporção das feridas nas quais não foi formado tecido granulado no leito da ferida, ou nas quais apenas um quarto do leito da ferida estava coberto diminuiu de quase 90% para 37% no fim do estudo. Durante o mesmo período, o número de feridas com moderada, marcada ou completa epitelização aumentou de 4,5% para quase 45%. Dor e infecções na ferida Os pacientes também beneficiaram directamente da influência do tratamento no processo de cicatrização. A proporção de pacientes com dores severas ou muito severas decresceu de quase 40% para 6,5%. No fim do estudo os pacientes declararam não sentirem dores. Antes do começo do tratamento com Atrauman Ag este era o caso em 17%. A acentuada melhoria do estado da ferida e de dores foi acompanhada por uma diminuição no número de feridas infectadas. No fim do estudo, 80% das feridas não apresentavam sinais de infecção. Menos inchaço ou mudanças da pele na área periférica da ferida Não só a ferida em si, como também a condição da área periférica, melhoraram no decurso do estudo (Fig. 3). Por exemplo, a proporção de feridas com bordos pouco pronunciados aumentou de 8,3% para 46,7%, e os edemas decresceram de 34,5% para 10%. No exame inicial, foram diagnosticadas macerações em um de cada quatro pacientes, e no fim do estudo em apenas 4,3%. A média do tamanho das feridas diminuiu de 4,9 (mais ou menos 3,8 cm de comprimento e 3,3 cm de largura) para 3,5 (mais ou menos 3,6 cm de comprimento e 2,4 cm de largura). Área dos bordos da ferida Avaliação da condição da ferida resultados patológicos aumentou de uma forma acentuada 52.4% edema melhorou 40.2% maceração hipertermia eczema inalterado 5.0 % piorou 1.0 % hiperquerato piorou de uma forma acentuada 1.5% eritema em % 0 20 no início do estudo 40 60 80 100 após o tratamento com Atrauman Ag Fig. 3 Avaliação da área dos bordos da ferida antes e depois do tratamento com Atraumam Ag. A proporção das feridas com bordos da ferida com melhorias patológicas aumentou de 8.3% para 46.7%. Médicos e pacientes classificaram a tolerabilidade do Atrauman como muito boa Tanto os médicos como os pacientes se manifestaram muito satisfeitos com os resultados do tratamento e as características de aplicação do Atrauman Ag. Todos enfatizaram a muito boa tolerabilidade da terapia, que foi classificada por mais de 90% dos respondentes como boa ou muito boa. (Tab. 4/5). A conformação ao leito da ferida, e as características de fácil aplicação e remoção foram também consideradas como boas ou muito boas por mais de 90% dos utilizadores. Além disso, mais de 90% foram de opinião de que o estado da ferida tinha melhorado ou mesmo apresentado melhoras significativas, comparadas com o exame inicial (Fig. 4). Só 2,5% afirmaram que os parâmetros relevantes da ferida se tinham deteriorado com o tratamento com Atrauman Ag. 17,2% consideraram que as suas expectativas relativamente ao tratamento tinham sido excedidas e só menos de 60% as consideraram como conseguidas. (Fig. 5). Discussão Uma forte contaminação microbiana da ferida pode influenciar grandemente o processo de cicatrização. Além disso, uma infecção confinada à área da ferida, e uma crescente carga bacteriana no local da infecção podem dar lugar a uma infecção sistémica que pode conduzir a assepsia (6). O desenvolvimento de pensos contendo prata melhorou significativamente o controlo de feridas colonizadas e infectadas (7). Especialmente nos pacientes para os quais não seja indicada uma terapia sistémica de antibióticos, mas para os quais uma terapia tópica antimicrobiana é benéfica, os pensos com conteúdo de prata têm uma aplicação firmemente Fig. 4 Avaliação do estado da ferida, o exame final (n=607), mais de 90% dos médicos relataram que a ferida tinha melhorado acentuadamente. estabelecida. Eles ainda oferecem a possibilidade de prover uma terapia tópica adicional na forma de uma terapia suplementar antibiótica sistémica. Comparados aos antibióticos, os pensos com conteúdo de prata oferecem a vantagem de terem só uma ligeira tendência a induzir resistência bacteriana, mesmo durante longos períodos de uso (8). Os iões de prata responsáveis pela acção bactericida, porém, são também tóxicos para as células na área da ferida (9). Os pensos para feridas com conteúdo de prata devem por conseguinte ter apenas uma quantidade de prata suficiente para produzir uma acção bactericida. O penso Atrauman Ag com uma impregnação contendo prata foi desenvolvido de acordo com este conceito, pois o seu efeito antibacteriano é restrito ao próprio penso. Estudos clínicos e testes laboratoriais já demonstraram o perfil benéfico da acção de baixa toxicidade e potente acção antimicrobiana (Ziegler et al, Skin Pharmacology and Physiology, printing). Estes resultados foram agora confirmados neste alargado, multicentrico, prospectivo estudo clínico de observação, conduzido num ambiente ambulatório. A maioria dos pacientes sofria de ulcerações resultantes de terapia refractária – 60% das feridas não apresentavam tecido de granulação na ocasião da inscrição, quase 80% não tinham formado tecido epitelial – do tipo frequentemente encontrado na prática clínica diária. Além disso, uma grande proporção das feridas estava extensamente infectada e coberta com camadas viscosas e purulentas. Cerca de dois terços produziam grandes quantidades de exsudação. O tratamento com Atrauman Ag melhorou consideravelmente a condição das feridas. Durante o curso de três mudas de pensos os investigadores Expectativas do tratamento de feridas excederam 17.2% cumpridas 58.8% predominantemente cumpridas 18.9% em parte cumpridas 4.2% não cumpridas 1.0% Fig. 5 Expectativas relativamente aos resultados clínicos de Atrauman Ag (n=594%). Para 58,8% dos médicos as expectativas do tratamento foram cumpridas, e para 17,2% foram excedidas. diagnosticaram muito menos crostas e muito menor exsudado, enquanto que a proporção de granulação e formação de tecido epitelial aumentou. O número de feridas infectadas decresceu. Na opinião dos médicos que conduziram os tratamentos, 90% dos pacientes experimentaram uma clara ou mesmo muito significativa melhoria na condição das feridas, comparada com o exame inicial. Atrauman Ag, como todos os outros pensos de tecido impregnado, é combinado com um penso secundário absorvente. Não só testes laboratoriais como o uso prático clínico evidenciaram as efectivas propriedades bactericidas e curativas em combinação com numerosos pensos hidroactivos e tradicionais. O utilizador pode portanto seleccionar um penso secundário adequado, dependendo do estado da ferida. Tab. 4: Avaliação do Atrauman Ag efectuada pelos médicos Muito Bom % 49.3 Bom % 44.7 Satisfatório % 5.7 Adequado % 0.3 Fraco % 0 Facilidade de remoção (n = 612) 60.8 35.9 2.6 0.5 0.2 Tolerância (n = 609) 56.5 38.3 2.3 0.8 2.1 Características de aplicação (n = 612) 51.5 45.6 2.6 0.3 Impressão global (n = 609) 42.0 52.5 3.8 1.5 0.2 Conformabilidade ao leito da ferida (n = 613) Tab. 5: Avaliação do Atrauman Ag efectuada pelos pacientes Muito Bom % 60.9 Bom % 32.8 Satisfatório % 3.3 Adequado % 0.3 Fraco % 2.7 Conforto durante a utilização (n = 601) 54.9 39.1 4.3 0.8 0.8 Impressão global (n = 599) 52.1 40.9 4.8 0.3 1.8 Tolerância (n = 601) Referências 1. Gillitzer R. Modernes Wundmanagement. Hautarzt 2002; 53: 130–147 2. Hess CT, Kirsner RS. Orchestrating wound healing: Assessing and preparing the wound bed. Advances in Skin and Wound Care 2003; 16: 246–259 3. Mulligan S, Denman S, Bennett RG, Greenough WB, Lindsay J, Zelesnick LB. Methicillin-resistant Staphylococcus aureus colonization in a long-term care facility. Journal of the American Geriatrics Society 1992; 40: 213–217. 4. Bowler PG, Armstrong DG. Wound microbiology and associated approaches to wound management. Clinical Microbiology Reviews 2001; 14: 244–269 5. Nishijima S, Kurokawa I, Nakaya H: Susceptibility change to antibiotics of Staphylococcus aureus strains isolated from skin infections between July 1994 and November 2000. Journal of Infection and Chemotherapy 2002; 8: 187–189 6. Scheithauer M, Riechelmann H. Die gestörte kutane Wundheilung. Laryngo-Rhino-Otologie 2003; 82: 36–39 7. Lansdown AB. A review of the use of silver in wound care: facts and fallacies. British Journal of Nursing 2004; 13: S6–19 8. Percival SL, Bowler PG, Russel D. Bacterial resistance to silver in wound care. Journal of Hospital Infection 2005; 60: 1–7 9. Hollinger MA. Toxicological aspects of topical silver pharmaceuticals. Critical Reviews in Toxicology 1996; 26: 255–260 Conclusão O Atrauman Ag é um penso eficaz para o controlo de úlceras crónicas infectadas e propensas a infecção,e pode ser usado não só na fase exsudativa como também em múltiplas fases da cicatrização das feridas. Uma vez que os iões de prata só são formados localmente dentro do penso, a citotoxicidade do Atrauman Ag é também muito baixa e a tolerância durante o tratamento é elevada.