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BOLETIM SEMANAL Nº 299 | 16.01.2013
www.abqct.com.br
Fabricantes de tecido de Taiwan criam nicho de alta tecnologia
Em 1992, Chen foi para a China para encontrar matérias
primas mais baratas para sua fábrica de roupas e cobertores em
Taiwan. Mas quando o carregamento de tecidos veio com defeito,
seu cliente rejeitou as roupas e Chen perdeu cerca de 100.000
dólares. Isso o levou a tomar o assunto nas próprias mãos,
criando a Singtex Industrial para o desenvolvimento de um tecido
sintético de alto valor e à prova de água.
A história da Singtex pode ser comparada à de toda a indústria
têxtil de Taiwan nas últimas duas décadas. O setor já foi o
principal pilar do desenvolvimento econômico de Taiwan, mas os
tecidos deram lugar a aparelhos de alta tecnologia.
Contudo, a indústria têxtil ressurgiu nos últimos 15 anos, com
empresas lançando uma ampla gama de tecidos de alta tecnologia, adotados por marcas europeias e americanas. Esses
materiais são usados em produtos como jaquetas de esqui,
casacos esportivos, móveis para jardim e equipamentos de
proteção para bombeiros. “Esses tecidos são produzidos de
forma especial, por meio de processos de cobertura e laminação,
e queremos manter essas patentes aqui", afirmou Robert Jou,
diretor do Instituto Público de Pesquisa Têxtil de Taiwan.
A Singtex detém 34 patentes, incluindo a do S.Cafe, um tecido
de poliéster que leva borra de café em sua produção. A borra de
café é reciclada e absorve odores, dando um valor extra para
roupas de atletismo.
A empresa sobreviveu ao êxodo do setor para a China, mas
muitas outras não conseguiram o mesmo feito. As exportações
caíram 44% de 1997 a 2009, de acordo com dados do Ministério
das Finanças de Taiwan. Havia 7.752 empresas têxteis em 1997,
mas em 2010 restavam apenas 4.299. As empresas sobreviventes se concentraram em produtos inovadores para servir a uma
demanda de maior valor na Europa e nos Estados Unidos.
Esse novo ambiente de negócios ajudou a criar empresas
como a Hyperbola Textile, que descobriu seu nicho no design de
roupas de alto desempenho, como jaquetas de esqui e capas de
chuva, fornecendo tecidos para marcas como Canada Goose,
Lululemon e Patagonia.
Empresas ágeis como a Singtex e a Hyperbola ajudaram a
impulsionar a retomada do setor têxtil no país. As exportações do
setor foram de 12,7 bilhões de dólares em 2011 e cresceram 24%,
ficando pouco abaixo dos números recorde de 1997. Outra
medida de valor, o preço unitário por tecido, aumentou 41%
desde 1999, chegando a uma média de 5,20 dólares por quilo.
A rentabilidade aumentou consideravel mente para as
empresas que decidiram comercializar tecidos mais caros. O
faturamento da Singtex cresceu 35% entre 2010 e 2011 e a
margem de lucro bruta cresceu mais de 25% em 2011.
Fonte: notícias.r7.com
Amâncio Ortega é o bilionário que mais
aumentou a fortuna em 2012
Reintegra é prorrogado e valerá em
2013, informa Mantega
O espanhol Amancio Ortega, fundador do grupo têxtil Inditex, foi
o multimilionário que mais aumentou sua fortuna durante o ano
passado, segundo a classificação da revista Bloomberg Markets.
Ortega, o terceiro homem mais rico do planeta, aumentou sua
fortuna em US$ 22,5 bilhões ao longo 2012, até atingir um total de
US$ 57,5 bilhões, com um aumento de 63% em relação ao ano
anterior.
A publicação, que divulga a lista diariamente, lembra que o
grande aumento na avaliação da fortuna de Ortega (de 76 anos) se
deve à forte alta da cotação das ações da Inditex, que disparou
66,7% durante 2012.
O mexicano Carlos Slim continua sendo a pessoa mais rica do
mundo, com uma fortuna avaliada em US$ 75,2 bilhões, que
cresceu 21,6% o ano passado.
Em segundo lugar está Bill Gates, fundador do império
Microsoft, com bens e ações valorados em US$ 62,7 bilhões e um
aumento anual de 12,6%.
O investidor americano Warren Buffett ocupa o quarto lugar da
lista, com uma fortuna calculada em US$ 47,9 bilhões, e que
perdeu o terceiro lugar para Ortega em 6 de agosto.
Ao todo, as 100 pessoas mais ricas do mundo aumentaram
suas fortunas em US$ 241 bilhões durante o ano passado e só 16
deles registraram perdas em sua riqueza.
Fonte: economia.terra.com.br
O Reintegra, anunciado no começo de agosto de
2012, foi prorrogado e também valerá em 2013,
anunciou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O
regime prevê a desoneração de resíduos de tributos
indiretos (Cide, IOF, PIS, Cofins) sobre os produtos
industrializados brasileiros exportados. A renúncia
fiscal com a medida, ou seja, o que o governo deixará
de arrecadar, será de R$ 1,22 bilhão em 2013.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, o
Reintegra foi uma das "principais medidas" do Plano
Brasil Maior.
A prorrogação do Reintegra era um dos pedidos do
setor industrial, feito por meio da Confederação
Nacional da Indústria (CNI). O objetivo da medida é dar
competitividade para as exportações de produtos
industrializados brasileiros em meio à crise financeira.
Além da prorrogação do Reintegra, o ministro
também anunciou a manutenção de um IPI menor para
os produtos da linha branca e para automóveis durante
o primeiro semestre. Também foi anunciada a desoneração da folha de pagamentos do comércio varejista.
Com isso, 42 setores já foram contemplados pela
medida.
Fonte: ABIT