Veja nossa segunda edição.

Transcrição

Veja nossa segunda edição.
Editorial
Palavra do Presidente
06
Aconteceu
07
Matéria de Capa
MARCO TÚLIO PAOLINELLI: PRODUTOR DE ÁGUAS
26
5 SAFRAS EM 2 ANOS A GARANTIA DE COLHEITA
ATRAVÉS DA IRRIGAÇÃO
08
Entrevista
20
IRRIGER COMEMORA 10 ANOS COM
NÚMEROS ACIMA DAS EXPECTATIVAS
Mundo Valley
MEU PRIMEIRO PIVÔ
Melhores Práticas
UNIMAQ SE DESTACA COM TRABALHO DE
REVISÃO DE PIVÔ CENTRAL
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34
Gestão em família
EMPRESAS FAMILIARES:
SUCESSO GARANTIDO?
Visão de Mercado
14
News
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Brasil afora
COPASUL: A COOPERATIVA
REVENDA VALLEY
Por dentro da Irriger
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Direto da Fábrica
VALMONT APRESENTA PROJETO FORMAÇÃO
DE MONTADORES
Conhecimento
Pergunte a Valley
Coluna do Professor
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PLANTIO SOB PIVÔS – MÁXIMA PRODUÇÃO E RENTABILIDADE
38
40
Feiras
SALVOS PELO DÓLAR
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Foco do novo
TESTES APRESENTAM
VANTAGENS AGSENSE
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52
54
56
5
N O T A
D O
EDITOR
P A L A V R A
D O
PRESIDENTE
Editor
André Ribeiro
Caro leitor,
A capa desta edição trata do nosso assunto preferido: a alta
produtividade do plantio sob pivô, inclusive Hiran Medeiros nos
brinda com um artigo muito informativo sobre o tema, com dados
de um amplo estudo feito pela Irriger.
Também, para tratar sobre esse tema fomos à região de
São Desidério-BA e também de Paracatu-MG falar com: Busato,
Zanella, Fava, os Veloso e Galba Vieira Jr. cinco mega produtores, irrigantes e campeões em produtividade na região.
Relatamos a experiência do nosso revendedor Unimaq de
Taquarituba-SP, que vem se destacando com o serviço de revisão de pivôs que mesmo sendo equipamento muito robusto,
depois de algum tempo, para garantir sua eficiência, precisa de
uma rigorosa revisão.
Amilcar Centeno, profundo conhecedor do agronegócio, nos
fala das dificuldades da próxima safra e do alento da taxa de
câmbio. Tem também a rica história de umas das maiores cooperativas agrícolas do país, a Copasul, e que, agora, temos a
satisfação de anuncia-los como a mais nova revenda Valley no
Mato Grosso do Sul.
Pelos exemplos trazidos pela nossa reportagem de capa,
pode-se pensar que pivô central é coisa para gente grande, mas
sabemos que isso não é verdade. Objetivando atingir o pequeno e médio produtor, a Valley e seus revendedores lançam este
mês o Programa Meu Primeiro Pivô. Saiba mais na página 34.
Coordenação
produtores.
Tenha uma ótima leitura e não deixe de nos enviar sua opinião.
André Ribeiro
mo com toda essa bagunça do primeiro semestre e
Jornalista Responsável e
Reportagens
essa é a boa notícia. O mundo continua preocupa-
Karine da Fonseca
do em alimentar uma população que crescerá muito
Revisão
Suzy Leandro
até 2050; o Brasil continuará sendo importante nes-
Fotografia de Capa
se cenário e, vejam só, a irrigação é chave nesse
Mayko Sérgio P. Melo
processo. Portanto, em termos conjunturais, o Agro
Fotografias
Mayko Sérgio P. Melo
Maurício Araújo
Karine Fonseca
Babi Magela
Projeto Gráfico
agronegócio, em especial à irrigação.
[email protected]
Pivot Point Brasil é uma
publicação da Valmont Indústria e
Comércio Ltda.
Após a acentuada queda neste primeiro se-
questões conjunturais da crise versus nossos fun-
Colaboradores
Entre em contato com a
Revista Pivot Point Brasil
temos a missão essencial de alimentar a população.
sil, fiz questão de marcar bem a diferença entre as
damentos estruturais, principalmente os ligados ao
Everardo Mantovani
Hiran Moreira
Bruna Abdanur
Carlos Reiz
Elbas Alonso
Luiz Pelizzon
José Ferreira Júnior
Cláudio Kurukawa
Glarin Bif
Franklin Carvalho
Luismael Mutam Costa
Marinho Antunes
Aldo Fagundes Narici
é um setor que sofre menos, ainda temos crédito e
Nas reuniões regionais que fizemos pelo Bra-
Bold Propaganda
Ainda sobre o tema, veja o artigo do professor Everardo tratando
do manejo de irrigação sob medida para os pequenos e médios
cujos fundamentos estruturais não mudaram, mes-
Dimas Rodrigues
mestre, a produção da nossa indústria estabilizou
e já temos uma sinalização do mercado - através
do número de projetos que temos recebido - que
Sem dúvida, passamos por um primeiro se-
ainda este ano voltaremos a aumentar a produção.
mestre complicado, no qual uma conjuntura desfa-
Nossa rede de revendas é sólida, gente que está no
vorável de fatores no cenário político e econômico
mercado a décadas, que já enfrentou outras crises
afetou o agronegócio e a irrigação. Viemos de uma
e que está a postos para encontrar soluções para
eleição complicada, os protestos voltaram às ruas
nossos clientes, adequadas a estes tempos.
e os governantes, mais uma vez, ficaram frente ao
Não vamos parar, vamos buscar energia na
velho dilema fiscal, onde gastar deve ficar dentro da
nossa missão nobre que é alimentar o mundo. Ami-
equação básica de quanto se arrecada e, tudo isso,
go produtor, conte com a Valley, conte com a nossa
dentro de uma confusão política como a muito não
rede de revendas.
víamos. Essa conjuntura nos afetou.
Contudo, nosso negócio é especial, pois estamos inseridos dentro de um contexto econômico,
7
MARCO TÚLIO
PAOLINELLI:
PRODUTOR
DE ÁGUAS
Engenheiro agrônomo, produtor
rural e empresário, Marco Túlio Paolinelli é exemplo de produtividade e
sustentabilidade. Há 26 anos à frente da Agronelli – empresa produtora
de insumos agrícolas e agroindústria
através da produção de madeira de
reflorestamento, pecuária e de alimento, além de gestão de tecnologia,
ele tem desenvolvido projetos sócio
ambientais que não só respeitam o
meio ambiente, como auxiliam na
sua preservação e na construção da
cidadania.
Os projetos “Produtor de Águas”
e Águas Perenes” baseiam-se na
recuperação de nascentes. Há 33
anos e ainda funcionário, começou a
fazer acompanhamento da situação
de uma mina na região de UberabaMinas Gerais, através de fotografias.
Com a documentação, foi gerando
conhecimento e, através de análise,
detectou a queda da vasão da água.
Há nove anos, com auxílio de estudo científico orientado pela Unesp,
percebeu a necessidade de construir curvas de rio, bolsões de água
da chuva e fazer o plantio de árvores
em 4,5 hectares, fortalecendo assim
a nascente. O resultado: onde havia
deserto, com as construções e adaptações, passará a ser em cinco ou
seis anos uma mina perene.
O controle é feito semanalmente. A ideia principal é gerar água durante o período de seca, permitindo
recurso para a sustentação dos serviços de abastecimento de águas
das cidades e para a irrigação das
culturas de inverno.
O sucesso do projeto está ultrapassando as fronteiras e outras minas já estão em observação. Com a
adoção da ideia em outra propriedade de 275 ha, Paolinelli tem a inten8
Foto de arquivo
Entrevista
ção de construir de 800 a 1000 bolsões que infiltrarão no lençol freático
e plantar mais 40 mil árvores. Para
tanto, já tem a parceria de empresas
que participarão através de cotas
anuais, e onde 100% do valor será
revertido para ações sócioambientais.
Hoje, com quatro unidades distribuídas em Cubatão, Cajati, Timóteo e a matriz em Uberaba, a Agronelli gera 250 empregos e distribui
gesso para o Brasil todo. Há 15 anos,
o Instituto Agronelli busca levar orientação sócioambiental para a comunidade como um todo. Escolas públicas e o Hospital do Câncer da cidade
são os que mais são ajudados com
os projetos do Instituto, que alivia a
degradação do meio ambiente e consolida a cidadania entre os alunos do
município.
Pivot Point - De onde surge o Projeto Agronelli?
Marco Túlio - Depois de 11 anos trabalhando na antiga Fosfértil, sendo responsável pela
área técnica e agronômica, já sabia como o gesso funcionava e como a ureia podia ser utilizada na aplicação de nitrogênio. A empresa tinha
que doar o gesso que sobrava por ficar mais em
conta do que depositar. Vendo aquilo, fiz uma
proposta de direcionar o gesso para Embrapa
pesquisar e divulgar, vender parte para a Agronelli e parte para a Fosfértil. Eles toparam.
Era muito mais interessante para o produtor
do Mato Grosso, por exemplo, ter conhecimento de como aquele gesso era importante para a
terra dele, do que doar sem ele conhecer. Sem o
conhecimento, ele não pagaria nem o frete para
buscar. No começo, eu era sozinho. Depois,
com o tempo, fui montando equipe e chegamos
a vender 3 milhões de toneladas de produto no
ano. Isso correspondia a uma carreta a cada
cinco minutos, saindo 24 horas por dia em um
ano. Era muito gesso! Se você me perguntar se
eu ganhei muito dinheiro, eu vou te dizer que
não, porque gesso é barato. Tem que ganhar no
volume. O gratificante é saber que contribuímos
para o agronegócio brasileiro, aumentando a
produtividade de açúcar, leite, soja, milho, etc.
O quanto em milhões um produto que não valia
nada contribuiu para a produção e para o meio
ambiente.
PP - Em 25 anos de trabalho, como foi para
o senhor ver a necessidade de contribuir para
que o agronegócio brasileiro se tornasse mais
produtivo e sustentável?
MT - Sempre fui voltado para as ações sociais e ambientais. Como vim de família de agricultores, sabemos o quanto o meio rural precisa
ver a necessidade das coisas: de praticar o que
meu primo e ex-ministro da agricultura, Alysson
Paolinelli, diz fazer a revolução verde. O que eu
quero é contribuir com o país. Primeiro, peguei
um “lixo” e transformei num produto que contribui com o agronegócio brasileiro. Depois, aumentar a vasão de água de uma mina e para
isso o que eu fiz? Plantei árvores! Mais nada. E
isso, junto com os bolsões, melhorou o fluxo de
água do Rio Uberaba e, consequentemente, o
abastecimento. A maioria das empresas contri-
bui com 3 a 5% do lucro, limitando salários. Nós
repassamos 20% do lucro dividido para contribuição.
PP - Uma das maiores dificuldades do
agronegócio é gerar menos conflitos e mais
soluções para o setor. Qual ferramenta você
acredita ser essencial usar para desenvolver as
questões do agronegócio brasileiro?
MT - Conscientização. Todo mundo fala
que a cana de açúcar acaba com a terra. Como
pode haver uma ignorância tão grande como
essa? Isso não existe! Hoje, não tem queima
mais, e quando tem é porque o produtor não
conseguiu recursos para se estruturar. Nenhum
fazendeiro quer queimar cana. Ele quer colher
e deixar a matéria orgânica para o solo gerar
fotossíntese, diminuir erosão e, consequentemente, substituir a gasolina. Mas as pessoas
não sabem e não tem noção. O produtor não
quer destruir as terras dele. Os que fazem são
minoria, porém existe essa minoria. A maioria
quer preservar a fazenda, fazer plantio direto.
Olha o crescimento do plantio direto no Brasil.
Hoje, a Embrapa faz um trabalho respeitado e
reconhecido internacionalmente, produzindo
e exportando tecnologia para o mundo, e ninguém sabe que somos líderes de produção de
tecnologia tropical. Se pegarmos os últimos 20
anos, podemos ver como aumentou consideravelmente a produtividade do Brasil.
“A irrigação vai auxiliar e muito no
processo de aceleração da produtividade, e ainda abastecendo o lençol freático. A água não vai embora.”
PP - Muito se fala da necessidade de otimização dentro das propriedades rurais brasileiras. Qual é a importância da irrigação no processo de mecanização da produção rural?
MT - Vejo que não precisamos mais fazer
desmatamento para aumentar a produtividade.
E temos que aumentar a produtividade. Como?
9
Entrevista
Investindo em tecnologias, variedades mais produtivas, formas de
manejo e de conservação do solo
em irrigação. A irrigação vai auxiliar
e muito no processo de aceleração
da produtividade, e ainda abastecendo o lençol freático. A água não
vai embora. Vai e volta. Uma fazenda que durante janeiro, fevereiro e
março guarda a água das chuvas em
uma represa e, que quando chegar a
seca, vai irrigar o alimento com essa
água, fez que mal? Nenhum! Só fez
o bem, porque está inclusive melhorando o lençol freático que está alimentando as minas. É só benefício!
PP - O senhor acredita que exista algum caminho estratégico que
permita ao produtor em crescimento,
seguir investindo de maneira efetiva
e adequada?
MT - Acredito na orientação.
Mas é complicado, porque o pequeno produtor não tem essa orientação
fácil. Teria se o trabalho maravilhoso
que as Ematers, a Embrapa e a Epamig; no caso de Minas, já fizeram.
Essa assistência técnica é muito importante e só tem diminuído. É triste
ver a Embrapa sobrevivendo com o
dinheiro da iniciativa privada, num
país que só tem arroz e feijão de qualidade por conta do trabalho lá atrás,
das pesquisas que a Embrapa fez.
O que seria do país se não fosse a
Embrapa? A gente estaria morrendo
de fome. Para o grande é muito mais
fácil. O sul de Goiás, o Mato Grosso,
o oeste da Bahia, e sul do Maranhão
e do Piauí estão numa realidade que
mostra outro conceito de agricultura.
É muito diferente. Lá, esses produtores já têm a orientação e estão cada
vez mais adiante. Nós, empresários
e instituições, temos que participar
de feiras agrícolas e apresentar campos de demonstrações, fazendo um
papel que não seria nosso se houvesse orientação ao homem do cam-
po. Tem que ajudar de alguma forma.
pouco significativo.
PP - Durante muitos anos, a
agricultura brasileira cresceu de forma horizontal, ou seja, mais área
para fazer mais. Hoje, o desafio é fazer mais com menos, ou seja, usando as técnicas de irrigação, armazenagem e agricultura de precisão para
melhorar as produtividades dentro da
porteira. Como você acredita que o
agricultor pode encarar esse desafio:
fazer mais com o mesmo?
PP - Observando a atual condição econômica mundial e brasileira,
quais são suas perspectivas em relação às safras de 2015 e 2016?
MT - Ele já está fazendo. Existe um mundo diferente, onde muita
gente produz muito. Se não fossem
esses grandes agricultores, a gente
não estaria onde está, com PIB sustentando a economia do país.
PP - Apesar do setor do agronegócio crescer nos últimos anos,
tendo sido fundamental no resultado
do PIB e balança comercial, a população urbana tem dificuldade de
entender o papel do produtor e das
empresas ligadas ao agronegócio.
Como mudar essa percepção da população urbana sobre a importância
do agronegócio brasileiro?
MT - Divulgar. Todo mundo fala,
mas nada acontece. A CNA, Confederação Nacional da Agricultura, começou a fazer alguma coisa há um
tempo atrás, mas não continuou. Se
depender dos outros nada vai acontecer. É a classe rural, através de
ações e divulgando essas ações, que
vai mudar e mostrar o que a sociedade não enxerga.
PP - O senhor acredita que o
agronegócio brasileiro pode ser afetado pela baixa economia que atinge
o país hoje?
MT - Não acredito. O agronegócio vai sobreviver. Para ele, é representativo. Se acontecer, será muito
10
MT - Acredito que vamos crescer em torno de 8%. Muita gente
pode achar pouco, mas se compararmos com o crescimento dos Estados
Unidos, subimos mais de sete pontos que os americanos, que têm uma
base de 1, 2% ao ano. Mas, se juntarmos toda nossa produção, de todos
os grãos, equivale ao que os EUA
produzem só de milho. Em termos de
expansão, a eficiência de produção
da nossa soja é maior que a americana. Temos condições de competir
com eles em tecnologia. Com apenas 50 milhões de hectares de área
depauperada, onde não há pastagem
e só degradação, sem desmatar uma
única árvore, podemos recuperar e
muito o meio ambiente, auxiliando na
produção de chuva e podendo ainda
aumentar a nossa colheita em mais
100 milhões de toneladas, dos 208
que produzimos.
PP - Quais os principais desafios da agricultura brasileira nos próximos 10 anos?
MT - O maior problema nosso
é a falta de infraestrutura. Temos
péssimas formas de escoamento.
Esse é 90% do problema. Levar a
soja do Mato Grosso para Santos é
muito mais caro que o custo da soja
nos Estados Unidos. Para minimizar
esse problema é investir agora em
ferrovias, rodovias e portos. Um caminhão ficar semanas esperando na
fila do porto de Santos para descarregar é um absurdo. Se não resolver
isso agora, não tem nem como produzir mais, porque o problema vai ser
muito mais sério daqui 10 anos.
Melhores Práticas
Etapas da Revisão do Pivô
UNIMAQ SE DESTACA COM
TRABALHO DE REVISÃO DE
PIVÔ CENTRAL
Um dos serviços de extrema importância para o agricultor oferecidos
pelas revendas Valley é o redimensionamento do pivô central. A Valley
vem reforçando através de campanhas essa importante prática que
contribui para aumentar a vida útil da
máquina, prevenir paradas e aumentar a eficiência do pivô. Quando realizado o redimensionamento, os pivôs centrais passam a operar com o
máximo de eficiência, promovendo o
uso dos recursos hídricos e energéticos de forma cada vez mais racional.
A sessão Melhores Práticas
desta edição mostra o trabalho de redimensionamento de pivô desenvolvido
pela Unimaq - uma das revendas Valley, localizada no Estado de São Paulo,
que consiste em avaliar os pivôs para
se certificar que estão operando, utilizando as quantidades exatas de água
e energia e se o recurso está sendo
aplicado exatamente onde deve.
12
Segundo Ricardo Augusto da
Silva, coordenador de irrigação da
Unimaq, os principais motivos que
levam o cliente a procurar este serviço é o aumento no custo de energia;
desgastes e vazamentos nos kits e
pendurais, aparecimento dos chamados “anéis” em áreas com déficit ou
excesso de água; arrendamento de
equipamento, entre outros.
Em relação ao uso eficiente da
água, o desgaste com os aspersores
1
2
3
4
Vendedores identificam os clientes com
pivôs de mais de 5
anos e marcam uma
visita.
É enviado um técnico
capacitado a campo
para fazer um levantamento detalhado
das condições locais
e do equipamento,
inclusive com relatório
e fotos.
Checagem da captação, do conjunto
moto-bomba, passando pela adutora, chegando à parte aérea
e observando cada
aspersor e sua distribuição.
Os dados são levados
ao escritório. São realizados cálculos e estudos dos equipamentos
que estão sendo
avaliados e gerado um
relatório.
5
6
7
8
O relatório é aprovado
e/ou ajustado.
Orçamento é enviado
ao cliente.
Realizado o serviço,
após aprovação do
cliente.
Por último, é realizada
a aferição do redimensionamento junto com
o cliente.
1
2
3
Vantagens da revisão periódica do pivô
Em relação à produtividade, é possível conseguir maior uniformidade do estande da cultura, maior
eficiência na aplicação de nutrientes via pivô e maior produtividade.
Em relação ao consumo de energia, é possível um bombeamento mais eficiente, menor tempo de utilização e menor custo de energia, conseguindo aplicar uma mesma lâmina.
As revisões do pivô mantêm um histórico atualizado do equipamento na revenda e facilita o acompanhamento por parte do revendedor da performance das máquinas dos clientes, possibilitando corrigir
eventuais quedas de produtividade de forma preventiva.
é um dos problemas mais comuns,
quando se realiza um redimensionamento. Com o tempo de uso, o kit de
aspersão tende a ter um desgaste
natural, principalmente nos reguladores de pressão, prejudicando sua
função. A não uniformidade de aplicação pode causar em um mesmo
equipamento excesso ou déficit de
água ou as duas situações simultaneamente. De acordo com Ricardo,
um aspersor tem vida útil de cinco a
sete anos, dependendo da qualidade
da água.
Durante o trabalho de redimensionamento é possível detectar problemas no pivô, sejam eles elétricos,
mecânicos ou hidráulicos. Sabendo
da importância desse trabalho, tanto
para a revenda quanto para o cliente, a Unimaq já não espera mais o
cliente procurá-la. Com um trabalho
13
ativo a Unimaq desenvolve uma atividade contínua de esclarecimento
aos clientes da importância da revisão. “Para Unimaq é um diferencial,
conseguimos realizar um atendimento programado e de qualidade. Para
o produtor, o equipamento vai estar
apto para trabalho no momento que
necessitar, não prejudicando a produtividade durante a safra”, finaliza
Ricardo.
Visão de Mercado
SALVOS PELO DÓLAR
Por Amilcar Silva Centeno - Centeno Consultoria Ltda.
Muitas vezes reclamamos dos
R$3,20. Quem deixou para depois,
nossos velhos Reais e exaltamos o
já vai negociar a um dólar acima dos
valor do Dólar. Pois é exatamente a
R$3,40. Felizmente, de acordo com
fraqueza do Real e a força do Dólar
estimativas da ANDAV (Associação
que está salvando nossa agricultu-
Nacional de Distribuidores de Insu-
ra, em meio a essa crise da econo-
mos Agrícolas), até o final de julho
mia mundial!
já haviam sido comercializados 80%
Muitas coisas estão dificultan-
do volume de fertilizantes estimados
do a próxima safra: estoques de vi-
para a próxima safra, 80% das se-
rada recordes; preços internacionais
mentes e 50% dos defensivos.
em queda; juros altos; inflação alta
Já pelo lado da receita, as pro-
e muitas incertezas políticas e eco-
jeções dos principais bancos apon-
nômicas.
tam para um dólar em torno dos
Mesmo o crédito agrícola em
R$ 4,00 para o próximo ano. Caso
volume recorde, 20% a mais do que
isso se confirme e as cotações inter-
em 2014, num total de R$ 187,7
nacionais dos grãos se mantenham
bilhões, não anima muito, pois em
nos patamares atuais, aqueles que
torno de 30% são oferecidos a juros
to, o aumento na taxa de câmbio pode-
adquiriram seus insumos com an-
de mercado, geralmente acima da taxa
rá ter um efeito positivo nos resultados
tecedência deverão alcançar margens
básica, hoje em 14,25%, nada atraente
da próxima safra.
positivas e muito próximas às da última
Para o agronegócio, mais impor-
safra. Não fosse essa variação da taxa
Enfim, o único fator que compen-
tante do que a cotação atual do dólar, é
de câmbio, as margens teriam uma
sa parte dessas perdas é a taxa de
a sua variação entre a época de forma-
queda de mais de 50%.
câmbio.
ção dos custos e o momento da comer-
Mas é preciso ter consciência de
De uma maneira geral, a dispa-
cialização da safra. Sempre que a mo-
que toda moeda tem dois lados, inclu-
rada da moeda norte-americana, que
eda norte-americana se valoriza nesse
sive o dólar!
subiu 10,16% só no último mês, é um
período, há uma melhora na margem
desastre para a economia, principal-
líquida da agricultura.
para a atividade agrícola.
O aumento da taxa de câmbio
que irá nos ajudar nesta safra, pode-
mente para aqueles que dependem de
Embora pese em boa parte dos
rá determinar um desastre na safra
insumos importados, como a agricultu-
custos de produção, o dólar impacta
seguinte, caso a tendência se inverta.
ra. Aproximadamente 40% dos custos
na totalidade da receita obtida com as
Neste caso, faríamos nossos custos a
de produção da soja estão atrelados
commodities internacionais, principal-
um dólar alto e comercializaríamos a
à cotação da moeda norte-americana.
mente milho e soja. Afinal, o preço que
safra a um dólar baixo, aumentando as
Em relação à safra passada, os cus-
o agricultor recebe na fazenda é aproxi-
despesas e reduzindo a receita. Caso
tos com fertilizantes aumentaram entre
madamente o preço em dólar posto no
isso não ocorra simultaneamente a um
20% e 32%, dependendo da cultura. Os
porto, multiplicado pela taxa de câmbio,
aumento significativo nos preços inter-
preços mais altos dos defensivos agrí-
menos frete e prêmio. Quanto mais alto
nacionais, a pressão sobre as margens
colas, sementes, combustíveis e ener-
o dólar, mais reais no bolso do agricul-
seria enorme.
gia elétrica também pesam no bolso do
tor!
Portanto, aproveitem esta safra,
agricultor. De modo geral, os custos to-
No lado dos custos, aqueles agri-
tais de produção estão de 25% a 30%
cultores que adquiriram seus insumos
mais altos do que na safra passada.
antes do final de julho, negociaram
Porém, em um segundo momen-
a um dólar cotado entre R$3,00 e
14
pois sabe-se lá o que nos reserva a
próxima!
News
Senado obriga União a priorizar investimentos em irrigação
O plenário do Senado aprovou no dia 04 de agosto, proposta de emenda à Constituição-PEC, que obriga a União a priorizar até 2028,
investimento em irrigação com recursos públicos nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do País. O texto foi aprovado em primeiro turno,
tendo ainda que passar por nova votação.
Apresentado também à Câmara, a proposta altera o artigo do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), ampliando
em 40 anos o prazo em que a União vai aplicar os recursos destinados à irrigação, sendo que 20% da verba devem ser destinados para o
Centro-Oeste e 50% para o Nordeste – preferencialmente para o semiárido.
Até 2003, o texto original da Constituição deu prioridade para investimentos em irrigação com validade de 15 anos, que foi promulgado
por emenda constitucional em 2004, ampliando para 25 anos. Após esse prazo, a União não precisa priorizar tais recursos para as duas
regiões.
Vietnã investe em sistemas de irrigação
Cerca de US$ 712 milhões em sistemas de irrigação: é o que o Vietnã
pretende aplicar até 2020 em melhoramentos e investimentos em sistemas de
irrigação. A intenção é levar tecnologia para a principal região produtora de café
do país – a província de Dak Lak, responsável pela maior produção do grão,
com 460 mil hectares e apenas um quarto de sua área irrigada. A maior parte
do investimento virá do Estado, seguindo de títulos governamentais, de empréstimos de credores estrangeiros e por empresas locais, conforme informou
o governo vietnamita, em julho.
Segundo maior produtor mundial de café, o Vietnã perde somente para
o Brasil, com 2.256 milhões de hectares. A produção do café por commodities
no país asiático tem frequentemente prejuízos na lavoura, por conta do enfrentamento de seca.
Valley – Top of Mind
De acordo com pesquisa desenvolvida pela Revista Rural, a marca Valley é a marca mais lembrada quando se fala em irrigação. Em
sua 18ª pesquisa, a Revista Rural publicou os números atingidos por empresas de vários segmentos do setor agrícola e pecuário, onde a
Valley atingiu 25,45% das respostas.
Na edição de 2015, foram realizadas 1.633 entrevistas, constituídas de 1.032 com agricultores e 601 pecuaristas, sendo 44% da pesquisa realizada na região Sudeste, 29% no Centro-Oeste, 17% no Sul, 7% no Nordeste e 3% no Norte.
Cristalina é exemplo sustentável em irrigação
Considerada exemplo no Brasil e na América Latina, a cidade de Cristalina-GO destaca-se com o uso sustentável da água para a irrigação agrícola. Cerca de 52 mil hectares são irrigados na região com 680 pivôs e 142 irrigantes. De acordo com levantamento recente feito
pelo IBGE, graças ao seu modelo de irrigação, Cristalina registrou o maior valor bruto de produção em 2013 (R$ 2 bilhões), ficando atrás
apenas da cidade de Sorriso-MT.
Aliada à alta tecnologia com o uso dos pivôs, a sustentabilidade ganhou espaço essencial. Os agricultores de Cristalina utilizam água
para irrigação através da captação de chuvas, por meio de 170 barramentos. A técnica é responsável pela manutenção dos pivôs em funcionamento, garantindo fluxo da água no sistema e a sustentabilidade hídrica ao município. Dessa forma, a irrigação garante produção o
ano todo, amenizando as características do Cerrado, já que a região concentra chuvas no verão e forte estiagem entre maio e setembro.
Cidades como Formosa (GO) e Unaí (MG) já seguem o exemplo de Cristalina, onde os produtores também notam que o sistema de
irrigação em barragens pluviais, garante abastecimento de água o ano todo.
16
17
Direto da Fábrica
VALMONT APRESENTA
PROJETO FORMAÇÃO DE
MONTADORES
A irrigação deve ser considerada
como parte de um conjunto de técnicas utilizadas para garantir a produção econômica de uma determinada
cultura, com adequados manejos
dos recursos naturais, devendo ser
levado em conta os aspectos de sistemas de plantios; de possibilidades
de rotação de culturas; de proteção
dos solos com culturas de cobertura;
de fertilidade do solo; de manejo integrado de pragas e doenças; mecanização, dentre outros, perseguindose a produção integrada e a melhor
inserção nos mercados.
Paralelamente, os projetos de
responsabilidade social das grandes
empresas é ponto de extrema importância para a construção de valores,
gerando mecanismos para o fortalecimento do setor através de ações
que alavanquem o conhecimento, a
profissionalização e o trabalho.
Assim, foi criado o Programa de
Formação de Montadores Valmont.
Projeto importante dentro da Valmont
Indústria, o programa teve sua aula
inaugural apresentada na tarde de
18
Abrindo a aula inaugural, João Rebequi
disse aos alunos: “Em 1994, eu participei de
um programa parecido do governo estadual do
Rio Grande do Sul, chamado Guri Trabalhador.
Como muitos de vocês, minha família também
tinha poucas condições para que eu pudesse
estudar, ou fazer cursos. Todos nós sabemos
da importância do estudo e do trabalho.”
“O objetivo do projeto é oferecer aos jovens
assistidos pelas instituições parceiras, no caso
da Feti, um treinamento de formação em montagem, capacitando os mesmo para atuarem
como assistentes de montagem de equipamentos de irrigação do tipo pivô”, explica a Recursos Humanos da Valmont e geradora do projeto,
Bruna Abdanur. Além do diretor João Rebequi,
estavam presentes os gerentes: Carlos Reiz –
Comercial, Luiz Pelizzon – Industrial e Elbas
Ferreira – Engenharia e Serviços.
Desde que o projeto foi apresentado ao
governo municipal da cidade de Uberaba, em
março deste ano, quando simultaneamente foi
aprovado, um verdadeiro time de profissionais
da indústria abraçaram a ideia, sendo parceiros
e participantes do programa através de aulas
ministradas. Gestores Valmont tirarão tempo em
suas agendas para levar aos alunos o aprendizado necessário para se tornarem novos profissionais do setor.
Cada aluno recebe da Valmont material didático e apostila, além do cronograma das aulas. Todas as aulas serão ministradas da Feti,
quinzenalmente, exceto os módulos de parte
prática, que serão feitos na fábrica. A intenção
é dar aos jovens facilidade em acompanhar as
aulas, evitando o deslocamento de todos até o
Distrito Industrial, situado longe dos limites centrais da cidade. O curso encerra em dezembro
deste ano.
Para João Rebequi, “com estudo e aprendizado é muito difícil não ter emprego. Nossas revendas Valley precisam de profissionais. Vemos
isso todos os dias. Falta mão de obra, como
também faltam cursos preparatórios. Essa é
uma alternativa de pelo menos serem auxiliares.
Os mais destacados podem através de outros
cursos, serem projetistas e, quem sabe, engenheiros de irrigação”.
24 de junho – quarta-feira, na sede
da Fundação de Ensino Técnico Intensivo – Feti/Uberaba. Ao todo, 30
adolescentes de 15 a 18 anos foram
inscritos no programa. Visto pela empresa através de seu diretor João
Rebequi, como importante não apenas para a formação de mão de obra,
mas, principalmente, pela capacidade de criar novos profissionais, gerando conhecimento e oportunidades, o programa é engrenagem essencial para a relação entre indústria
e comunidade.
19
Aconteceu
“A parceria com a Valmont abriu portas para
a Irriger. Entramos num mercado muito forte,
onde a marca Valley é líder de vendas de pivôs,
com enorme satisfação do cliente”, resume Professor Everardo – sócio consultor da empresa.
Para comemorar uma data tão importante,
toda equipe da Irriger se reuniu em Uberaba
– Minas Gerais e sede da Valmont Brasil, em
evento que aconteceu nos dias 27 e 28 de maio.
Além dos sócios Irriger, Everardo Mantovai e
Hiran Moreira, seus gerentes e supervisores
regionais, estiveram presentes o Diretor Presidente Valmont, João Rebequi, os Gerentes de
Desenvolvimento de Rede e Comercial, André
Ribeiro e Carlos Reiz, e a Coordenadora de Recursos Humanos, Bruna Abdabur. Foram dois
dias de celebrações e trocas de conhecimentos,
através de palestras e cursos.
Uma década de trabalho em prol de um
agronegócio mais sustentável
IRRIGER COMEMORA 10
ANOS COM NÚMEROS ACIMA
DAS EXPECTATIVAS
Há dez anos, a Irriger – empresa
de base tecnológica dedicada à prestação de serviço em gerenciamento
de irrigação – surgiu no mercado
brasileiro para dar suporte à agricultura irrigada, com profissionais
especializados em engenharia e manejo de irrigação. Em 2005, nascia
dentro da Universidade Federal de
Viçosa, como linha de pesquisa da
instituição, o “Manejo da Irrigação”,
uma marca que vem conquistando o
mercado de forma sólida e crescen-
te, sendo hoje, líder de mercado no
segmento.
Fundada pelo Professor Everardo Mantovani, a Irriger identificou em
2010, que partindo para uma estrutura definida no mercado de irrigação,
atingiria o foco de seu serviço: equilibrar uma necessidade de aumento
da área irrigada para produzir alimento e rentabilidade –, fundamental
para o desenvolvimento das populações, utilizando eficientemente a
água e a energia.
20
Dentro deste princípio, surge a
fusão com a Valmont – multinacional
com sede nos EUA e filial no Brasil,
líder no mercado de irrigação por pivôs centrais. Parceira dos projetos
do Professor Everardo desde 1983,
a Valmont adquire o controle acionário da empresa e inicia um processo
de aprimoramento da estrutura administrativa, possibilitando assim, a
aceleração do crescimento da nova
empresa de forma segura e mantendo a qualidade do serviço.
As primeira ideias de um sistema de gestão
de irrigação surgiram dentro de uma das aulas
que o Professor Everardo ministrava na Universidade de Viçosa. Tratava-se de um tanque
cortado, de onde surgiram ideias e formas de
execução dos processos de gerenciamento de
irrigação.
A aceitação do serviço da Irriger no princípio foi lenta; a questão ambiental, o valor da
água e da energia naqueles anos não eram
tratados de forma tão efetiva quanto hoje, mas
com o tempo o produtor se voltou para essas
preocupações. Além disso, com o mercado
cada vez mais competitivo, principalmente para
a questão do custo de produção, ficou cada vez
mais necessário baixar o custo de produção,
sem perder produtividade nem qualidade.
“Em 1980, ninguém acreditava no potencial
de irrigação no Brasil. Nem mesmo eu, naquela
época, acreditaria que hoje estaríamos gerenciando uma área irrigada tão grande. Muitas
vezes, o que parece estranho num primeiro momento, torna-se essencial em outro. Foi assim
que aconteceu com a irrigação no Brasil. Há 20,
30 anos, irrigar era uma coisa complexa, com
custo muito elevado de um lado e um produtor
com menor poder aquisitivo do outro. Paralelamente, a irrigação foi se tornando mais compe-
Professor Everardo em palestra no
evento de 10 anos.
titiva. Hoje, a realidade é outra: temos um produto rentável e sustentável, para um produtor
consciente e com facilidades de compra”, explica Professor Everardo.
A base de construção da Irriger sempre
foi a possibilidade de produzir alimento de forma equilibrada. O uso da água na produção de
comida e renda, através do gerenciamento de
irrigação, torna-se eficaz, somado à geração
de renda, emprego e diminuição do êxodo rural. Para a equipe do Professor Everardo, a ir-
“Nem mesmo eu, naquela época, acreditaria que hoje estaríamos gerenciando uma área irrigada tão grande.”
rigação é fundamental para o desenvolvimento
das populações, da atividade agrária e para a
segurança alimentar. Tudo muito bem utilizado.
Nesse sentido é que nasce o gerenciamento da
irrigação desenvolvido pela Irriger.
Utilizando o conceito de competitividade
sustentável, a Irriger mostra ao cliente não apenas como gerenciar sistemas de irrigação, mas
21
Aconteceu
Aconteceu
a garantia de se posicionar ao público interessado como irrigante sustentável. “Nossa missão
é gerar soluções tecnológicas para a agricultura
irrigada, promovendo sustentabilidade ambiental e rentabilidade”, acrescenta o Diretor Executivo, Hiran Moreira.
Os números mostram que o conceito é aplicável e determinante: 97% dos clientes Irriger
renovaram seus contratos. Após a fusão com a
“Nossa missão é gerar soluções tecnológicas para a agricultura irrigada, promovendo
sustentabilidade ambiental e
rentabilidade.”
Valmont, a Irriger cresceu anualmente, em média, 28 mil hectares, dobrando seu faturamento
anual. Ao todo são 250 mil hectares gerenciados, que produzem safras correspondentes a
400 mil ha/ano. Além do Brasil, o sistema Irriger
gerencia lavouras de diversas culturas na Índia,
Rússia, Sudão e México.
em irrigação, existe um cálculo contrário aos
que são apresentados na maioria das cidades
brasileiras: diminuição do êxodo rural desordenado; maior disponibilidade de alimento a baixo
custo; geração de renda e emprego; crianças
em sala de aula e menores índices de violência. Tudo isso por conta dos melhores salários
pagos nas fazendas irrigadas e geração de empregos indiretos, o que mostra que as regiões
irrigadas no Brasil têm forte alto nível”.
E completa: “A agricultura irrigada significa
segurança alimentar! Estamos vivendo um momento de crise hídrica e são nestes momentos
de crise que a gente cresce mais. Se existe uma
crise hídrica, nosso trabalho de gestão de irrigação se torna muito importante. Se a energia
dispara, nosso trabalho é muito importante. Se a
água está valorizada, ou se a irrigação é essencial para a produção de alimentos, nosso serviço é essencial. Se hoje gerenciamos 400 mil ha/
ano, imagino que os próximos 10 anos vamos
atingir índices mais elevados, sempre tratando
com consciência e coeficiência a agricultura irrigada brasileira.”
NÚMEROS DA IRRIGER
Fazendas atendidas simultaneamente
A Irriger vê o futuro com bons olhos, além
das questões de sustentabilidade e rentabilidade, para o Professor Everardo a irrigação tem
uma participação grande nas questões sociais
que vemos estampadas nos jornais do Brasil.
“Temos estudos que mostram que nas regiões
de agricultura irrigada, os problemas urbanos
são muito menores. Nas cidades que investem
Entre os meses de junho e julho aconteceram as reuniões regionais
das Revendas Valley.
Em cada etapa, os encontros aconteceram em dois dias. No primeiro
dia de encontro foram abordados assuntos comerciais, produtos, concorrentes, desenvolvimento de revendas e práticas de vendas. No segundo dia, as
revendas participaram do treinamento “Prospecção - A chave do desempenho
em vendas”, ministrado por Silvana Goulart - Academia de Vendas.
Este ano, a Valley ainda realiza a convenção anual dos revendedores,
que acontece em dezembro. Os eventos fazem parte de uma série de ações
da Valley, que promovem o desenvolvimento e melhoria contínua das revendas, para que o agricultor continue contando com uma rede de revendedores
altamente capacitados.
Cléber conquista pódio
O colaborador da Valmont, Cléber Luís das Chagas, brilhou na prova de
corrida de rua Track Field Run Series, etapa Uberaba.
Na corrida, que aconteceu dia 02 de agosto, Cléber subiu ao pódio e conquistou a 4ª posição no percurso de 10 Km. O atleta completou a prova com o
tempo de 38 minutos e 08 segundos.
+ de 356
Os próximos 10 anos
Reuniões Regionais
+ de 2.192
O circuito de corridas de rua é composto por 60 etapas, em 30 cidades
brasileiras; em Uberaba, a prova contou com 750 atletas inscritos.
Cléber segue treinando para participar de futuras provas de corrida e ciclismo.
Pivôs centrais
+ de 224.909 ha
Irrigados e monitorados simultaneamente
1.053.000.000 m³
de água monitorados anualmente
534.323 MWh/ano
de energia elétrica monitorada
João Rebequi na Dinheiro Rural
A edição da revista Dinheiro Rural de agosto traz a história de vida do
Presidente da Valley, João Rebequi.
A matéria intitulada “Como um rapaz da periferia de Porto Alegre alcançou
a presidência da americana Valmont”, mostra detalhes da carreira de João Rebequi, sua característica de liderança e também fala sobre o comprometimento
com seu atual desafio: aumentar a participação da irrigação por pivôs centrais
no País.
22
23
Aconteceu
Campanha: Revise seu Pivô
A Valmont apresenta sua mais nova campanha “Revise seu Pivô”. A
ação, que é realizada pelas revendas Valley, reforça os serviços diferenciados
de pós-venda e oferece descontos especiais na compra de peças originais
Valley.
Os serviços exclusivos garantem a produtividade do cliente, economia
de água e energia e a possibilidade de produzir o ano todo, com menos riscos
de reparos emergenciais.
A campanha é um grande estímulo para uma irrigação mais eficaz e
confirma o legado de inovação e compromisso da marca com o seu cliente.
Consulte a revenda da sua região e saiba se ela já aderiu à campanha,
Revise seu Pivô.
Site AgSense em português
A Valmont Brasil, este mês, apresentou o site AgSense em português.
Além de um novo projeto gráfico, mais moderno e dinâmico, as informações
foram organizadas para levar até o público o que há de mais atual no mundo
da irrigação.
O objetivo foi deixar o site mais atraente e fácil de navegar, além de contribuir para a atualização e produção de conteúdos mais relevantes para os
produtores, revendas e profissionais irrigantes.
O novo site AgSense Brasil também foi desenvolvido para levar um entendimento mais claro sobre as funcionalidades do FieldCommander, AquaTrac
e WagNet. É possível saber mais sobre a característica do produto, como funciona, e todos os detalhes desta ferramenta, que proporciona maior controle
para a sua irrigação.
Acesse o site utilizando
o leitor QR-Code
do seu celular
Acesse: www.agsense.com.br
Lançamento vídeos Pergunte a Valley
Está disponível no canal do youtube da Valley, o primeiro filme da série de
vídeos “Pergunte a Valley”.
Os vídeos consistem em um breve bate papo entre um irrigante e um profissional de irrigação. Além de uma abordagem simples e didática, a conversa
tem um conteúdo técnico que responde às principais dúvidas de produtores
irrigantes.
Assine nosso canal do youtube e fique atento às próximas novidades.
Todo mês, um novo vídeo com conteúdo exclusivo Valley.
Veja os vídeos utilizando
o leitor QR-Code
do seu celular
24
Matéria de Capa
Cézar Busato,
plantação de algodão,
São Desidério-BA
5 SAFRAS EM 2 ANOS
A GARANTIA DE COLHEITA
ATRAVÉS DA IRRIGAÇÃO
Visitamos duas regiões irrigadas do Brasil, buscando trazer
informações específicas sobre a capacidade real da produção
agrícola que cresceu, e muito, nas últimas três décadas.
Na região de São Desidério, na Bahia,
encontram-se as maiores produções agrícolas do Brasil. Distante 878 km de Salvador,
até a década de 1980, o município sobreviveu da agricultura de subsistência, com
pequenas produções e comércio quase inexistente. A partir de 1985, a região toma impulso com a chegada de migrantes do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, atraídos
pelos baixos preços das terras e a possibilidade de plantio, com o manejo do cerrado e
a riqueza hídrica da região.
A realidade da cidade hoje é completamente oposta. Em 30 anos, a agricultura
de São Desidério se destaca, atingindo o
ranking de maior PIB do estado e chegando
em 2012 como o município brasileiro com
maior valor de produção agrícola, quando
atingiu R$ 2,33 bilhões, disputando o pódio
com Sorriso-MT.
A irrigação é a maior garantia dessa
megaprodução. Vizinha de São Desidério,
fica Luiz Eduardo Magalhães, que há 15
anos era apenas uma vila e, hoje, tem mais
de 80 mil habitantes. Toda essa riqueza no
oeste da Bahia é gerada basicamente da
agricultura irrigada, transformando a condição da região, que conta com índices pluviométricos entre 800 a 1200 mm.
27
Família Busato
Em 1988, Júlio Cézar Busato e o pai,
Hélio Busato, saem do Rio Grande do Sul
a procura de novas terras para agricultura
nos estados da Bahia e do Mato Grosso.
Paralelamente à expansão da agricultura no
Cerrado baiano, novas fronteiras são abertas. Logo que conhece a região, o patriarca
da Família Busato decide ficar, mesmo sem
conhecer a realidade das terras mato-grossenses. Viu ali, a chance que procurava.
Com um sol firme durante todo o ano e
o fácil manejo hídrico, a questão da irrigação
já era muito discutida. Em busca de melhores preços do feijão, viram a oportunidade
de produzir fora de época, para atingir melhores preços. Logo, os outros três filhos do
Sr. Hélio vieram para Barreiras, seguindo a
tradição de gerações de agricultores.
A princípio, começam irrigando 50 hectares com um pivô em sociedade com um vizinho. Em 1992, a família adquire mais dois
equipamentos, investindo assim anualmente na aquisição de pivôs. Para o sr. Hélio, a
irrigação é algo importante; ele a vê como
uma ferramenta fundamental para dar segurança e produtividade. Mesmo com o Estado
da Bahia não tendo tecnologia na época, e
passar por complicações ora por conta dos
veranicos, ora por conta das interrupções do
Matéria de Capa
regime climático, com a irrigação não teria dificuldade em colher. Teria sim, um ano tranquilo,
com boa colheita e safra descasada com pico
de produção. “Essa é uma forma de não ter dificuldade com a lavoura e dar sustentabilidade ao
negócio. Esse foi o grande lance de irrigar nestes 25 anos”, garante a nova geração de irrigantes da família, o Engenheiro Agrônomo Cézar
Busato, filho de Júlio Cézar, neto do sr. Hélio
e quem recebeu a equipe Pivot Point Brasil, na
Fazenda Busato I.
No começo, os Busato irrigaram basicamente feijão, soja e milho. Na propriedade já
produziram mais de 12 culturas diferentes, desde hortaliças, como cebola e tomate, até amendoim, milho pipoca, milho convencional, testes
com alfafa, cana de açúcar e fumo. A produção
de 2 a 2,5 safras/ano, depende do conjunto. Já
“Na irrigação o ciclo nunca acaba.
Sempre há safra. Isso gera renda,
melhor fluxo em caixa e máquinas
muito mais eficientes, com tecnologia de ponta.”
foram feitas até três safras/ano, mas viram 2,5
ser um ótimo número. “Não atemos a uma cultura. Sempre buscamos coisas novas para tentar
integrar e agregar o sistema de irrigação.”
Em 2003, a Fazenda Busato foi pioneira na
adoção do sistema de manejo de irrigação da Irriger. “Uma das propriedades, a Fazenda Busato II, fica próxima ao Vale do São Francisco. Tem
um solo muito manchado, pois sob um mesmo
pivô temos variações de mais de 30 pontos de
argila, em um ponto 3% e em outro 33%.
Para conseguir irrigar um solo tão complexo, exigiu-se conhecimento e tecnologia. “Através do Professor Everardo – grande referência em irrigação no Brasil – apostamos que o
programa auxiliaria muito no trabalho, além de
poder saber o que foi gasto e com sustentabilidade. Ao longo do tempo, conseguimos ganhar
28
confiança. A Irriger, além de dar um parâmetro,
nos dá segurança de que estamos fazendo um
bom trabalho, diminuindo ainda a incidência de
doenças e aumentando o volume do produto final.”
A produção atual da Família Busato é trabalhando com soja precoce; seguindo de algodão, para escapar do período mais frio e finalizando com milheto, para manejo e conservação de solo. O grupo familiar, como preferem
chamar, colhe média de 65 sacas de soja, 180
de milho e 300 arrobas de algodão por hectare. Cada membro do grupo cuida de uma área:
financeira, agrícola, técnica, administrativa, mecanização, logística e infraestrutura. Além disso, Júlio Cézar Busato é o atual presidente da
Associação Baiana de Irrigantes e Agricultores.
Ao todo, nas nove propriedades, ou nove
módulos gerenciais como titulam, 41 mil hectares de área, 46 pivôs e 4.500 ha são irrigados. “A pessoa tem que estar preparada para
um time muito mais apertado, para um nível de
organização um pouco maior e ver a fazenda
como um sistema diferente do sistema sequeiro, onde os ciclos acabam. Na irrigação, o ciclo nunca acaba. Sempre há safra. Isso gera
renda, melhor fluxo em caixa e um dimensionamento de máquinas mais eficientes, com
tecnologia de ponta”, completa Cézar Busato.
Grupo Decisão
Nessa propriedade, fomos recebidos pela
nova geração da família tradicional de agricultores, Ariel Zancanaro Zanella. O grupo é liderado
pelos Zancarano, onde o avô Nelsir e os quatro
filhos cuidam de toda a rotina do Grupo Decisão. A chegada da família na Bahia tem início
no estado natal, Rio Grande do Sul, seguindo
para a cidade de Cascavel-PR, onde buscavam
novas oportunidades. Depois de décadas, a
família vai para Unaí-MG, onde o pai Celestino
Zanella e o tio João ficam por 20 anos, até decidirem ir para a Bahia, mais precisamente para
São Desidério.
Na cidade mineira começam a irrigar em
1990. “Pivô significa diferencial.” A vantagem de
se utilizar o sistema já era conhecida pelos tios,
SAFRA 1
SAFRA 2
SAFRA 3
GRUPO
CULTURA
PERÍODO
CULTURA
PERÍODO
VELOSO
Soja
1/10 a 30/01
Milho Semente
GALBA
Soja
1/10 a 30/01
Milho Semente
SAFRA 4
CULTURA
PERÍODO
10/02 a 10/06
Feijão
15/06 a 30/09
10/02 a 10/06
Soja Semente
15/06 a 30/10
CULTURA
SAFRA 5
PERÍODO
CULTURA
PERÍODO
Soja
20/10 a 20/2
Feijão
15/04 a 30/08
Milho Semente
10/10 a 30/03
Feijão
15/04 a 30/08
FAVA SEMENTES
Soja
1/10 a 30/01 Batata
15/2 a 15/07
Milho Semente
30/07 a 15/12
Soja
25/12 a 30/04
Feijão
15/05 a 30/09
GRUPO BUSATO
Soja
Outubro-fevereiro Algodão
Fevereiro-Agosto
Milheto Agosto-Outubro
Soja
Outubro-fevereiro Algodão
Fevereiro-Agosto
GRUPO DECISÃO
Milho Semente
Agosto-Janeiro Algodão
Janeiro-Junho
Feijão Junho-Agosto Soja
Outubro-fevereiro Milho comercial
Março -Julho que continuaram irrigando em Unaí,
tendo a opção de comprar área para
ser irrigada na Bahia.
Com duas unidades distintas, o
Grupo tem uma área em sequeiro,
mas para aproveitamento de terra.
Em Unaí, produzem café, feijão, trigo, soja e milho. Já a unidade de São
Desidério, cultiva soja, feijão, milho
e algodão, aproveitando da altitude
e temperatura na Bahia, garantindo
assim a produção. “A irrigação nos
permite toda essa gama de culturas
diferentes numa mesma área.”
Utilizando alguns pivôs para 02
safras/ano e outros com 03 safras/
ano, onde fazem milho, soja e feijão,
sempre levantando a importância do
manejo. Com planejamento adequado, trabalham em ciclos onde em um
mesmo pivô, a mesma cultura não
volta antes de passar por todas as
outras. “Cada cultura tem sua peculiaridade e vantagem. Às vezes,
duas culturas proporcionam mais
do que as 03 que fazemos em outro
pivô. Depende do ano, da safra e da
época.”
E é o planejamento a palavra de
ordem do Grupo Decisão. Tudo gira
em torno de reuniões com os líderes
e responsáveis pelas propriedades.
Principalmente com o planejamento
de rotação de culturas: “Visualizamos a parte financeira? Sim! Mas o
nosso foco é agronômico. Nós não
plantamos uma cultura em determinado pivô somente porque naquele
ano ela vai ser financeiramente mais
lucrativa. Tem toda uma rotação de
cultura com a parte agronômica
atrás. Ou seja, nós vamos continuar plantando feijão, soja, algodão
e milho. As áreas mudam 200, 300
hectares por conta da própria rotação
de cultura. Sentam as pessoas que
decidem pela fazenda e planejam a
base.”
Experts no manejo de 03 safras/
ano plantam 11 meses/ano e colhem
11 meses/ano – não necessariamente em sequência, havendo sempre o
tempo de um mês. “A parte operacional é muito mais ativa. Enquanto que
no sequeiro existem 06, 07 meses
em que há funcionários contratados
e depois essa mão de obra não é
mais necessária; irrigando, trabalha-
mos com esse quadro de funcionários o ano todo. A parte operacional é
muito mais rápida e o planejamento
tem que ser muito bem feito: se atrasa um pouquinho numa cultura, perde consequentemente na outra. Isso
gera mais dinamismo e renda.”
Outra importante opção do Grupo é o plantio de milheto e crotalária
como lavouras de cobertura. O Decisão não se limita apenas ao milho
para a palhagem de solo e acredita
que essa é a solução para as áreas da Bahia. O objetivo da rotação,
além de limitar pragas, é a matéria
orgânica. Quanto mais matéria orgânica, mais micro-organismos que vão
competir com as nematoides. “Esse
é mais um plus da irrigação.”
Pioneiros também na implanta-
Ariel Zancanaro Zanella, plantação de algodão - São Desidério-BA
29
Matéria de Capa
ção do sistema Irriger desde 2006,
tiveram dúvidas quando o programa
foi implantado. Após o relatório de
safra, perceberam que podiam produzir mais com menos 28% de água,
só no primeiro ano. “A planta tem
uma necessidade hídrica para cada
momento. A Irriger mostra e prova
que é eficiente. Se não tiver acompanhamento, pode ser tomada decisão errada. E o custo do serviço? “Se
paga fácil, além de menor aplicação
de fungicida e melhor fitossanitário:
outro plus da irrigação.”
A decisão pelo equipamento
Valley veio pela confiança adquirida
e pelo suporte adequado. Ao todo, o
Grupo conta com três propriedades
na Bahia e uma em Minas Gerais,
totalizando 3.299 hectares irrigados
com 29 pivôs. Para o futuro, a intenção é irrigar mais sete mil hectares.
“Se a irrigação não fosse vantagem,
não teríamos conseguido chegar até
aqui. Sem a irrigação, a gente teria
conseguido trabalhar por um ou dois
anos. Nos outros anos, a perda seria
de 60 a 70%, senão total. A região de
São Desidério é de 800 a 1200 mm
de chuva, ou seja, não teríamos conseguido.”
Localizado na região noroeste de Minas Gerias, Paracatu fica a
500km da capital Belo Horizonte. Conhecida por ser a maior produtora de
grãos do estado, a mesorregião é a
maior produtora de feijão do país. O
clima quente proporciona veranicos
severos, com possibilidade de sucesso na colheita das lavouras com
a irrigação.
Há 30 anos, a região se beneficiava apenas de pecuária de extensão e da prática do garimpo de exploração. Com a chegada da irrigação, o
aspecto da região mudou, principalmente nos últimos 15 anos. Hoje, a
cidade tem a economia voltada para
a agricultura, coisa que não seria
imaginável com temperaturas altas e
a grande presença de veranicos.
No maior município irrigado da
América Latina, algo em torno de 400
mil hectares, conforme a Agência de
Desenvolvimento Sustentável do Noroeste de Minas (Adesnor), visitamos
três propriedades, cada uma com
sua peculiaridade, mas todas com
uma característica: de duas a três
safras/ano bem definidas.
Família Veloso
Há 20 anos, Danilo, Dalmir e
Décio Veloso chegaram a Paracatu,
deixando a cidade natal de Carmo do
Paranaíba, também em Minas Gerais, onde eram pecuaristas de leite,
em busca de crescimento e inovação. Na época, adquiriram área para
plantio de milho para silagem em sequeiro.
Não demorou muito para entrar
na atividade agrícola como irrigante,
seguindo os conselhos de um amigo,
e entrar de fato no ramo da agricultura, podendo assim aproveitar e
adquirir grandes áreas em oferta na
região, que sofria crise econômica.
Era o momento de entrar no negócio.
Começaram com dois pivôs e foram
abrindo área. “Já entramos no segmento com a intenção de produzir
com uma meta estipulada, que dependeria exclusivamente de irrigação, tecnologia e escolha de semente”, diz Danilo Veloso.
Hoje, são nove equipamentos,
onde dos 1.550 hectares de área,
530 ha são irrigados. A produção em
sequeiro ainda é realidade em uma
das três propriedades, por conta da
dificuldade em utilizar recursos hídricos. Irrigando, conseguem plantar
soja em outubro, colher em fevereiro;
entrar com o milho em março, colher
em junho e, logo, plantar feijão, que
é colhido em setembro. “Sempre deu
certo”, garante. Outra produção é milho semente, o que na região é feito com a parceria com sementeiras,
que aproveitam o clima agregado à
irrigação por pivô central.
Com o projeto de irrigar mais
270 hectares em breve, Danilo Veloso diz convicto: “É melhor ser irrigante do que não ser. A frustação com
o sequeiro é muito grande. Quando
a planta precisa de água e não tem
chuva, não se pode fazer nada. Com
a irrigação, a gente decide a hora
certa. É um prazer plantar com irriga-
Danilo Veloso, plantação de milho - Paracatu-MG
30
ção. Produzir alimentos assim é fácil.
Hoje é inviável plantar sem irrigação.
Tenho área de sequeiro e não quero
mais plantar. Se não for irrigado, vou
dar murro em ponta de faca.”
Fazenda Santo Aurélio
Galba Vieira Cordeiro Jr. é daqueles protagonistas de uma história
de sucesso. Filho de uma tradicional
família de pecuaristas de Paracatu,
recém-formado em Administração de
Empresas, chega até o pai e faz uma
proposta não esperada: utilizar as
terras para a agricultura. O pai logo
viu com estranheza o pedido do filho,
já que a região castigava as lavouras
por conta do clima quente e a falta
de chuvas.
Apesar de não ter experiência
com agricultura, remodelou a fazenda e, mesmo não tendo o apoio total
do pai, seguiu adiante. “Com a necessidade, meu pai vendeu parte da
fazenda. Vi que tinha que tecnificar
o que tinha sobrado.” Junto à irmã,
decidiu em 2004, não só plantar, mas
irrigar. Via que essa era a alternativa
certa para a adequação, além de ser
um nicho de mercado.
Na primeira aposta, adquiriu
dois pivôs que irrigavam 130 hectares. Com o lucro da safra, comprou
mais dois equipamentos. E assim foi
crescendo dentro do segmento: “O
que sobrava investia”, lembra. Hoje,
são 40 pivôs e 2.500 hectares irrigados, em uma área de 4 mil ha. “Não
tem como mensurar o que aconteceu
nos últimos 11 anos. A irrigação trouxe uma prosperidade muito grande.”
Com 35 funcionários diretos,
a produção é basicamente de soja,
milho e feijão. A média é de 2,6 safras/ano, que só não é maior por um
déficit na região: a falta de fluxo de
colheita, pois não há onde guardar e
sacar. Aproveitando a oportunidade,
utiliza campo de semente para o in-
Galba Vieira Jr, produção de feijão
verno. A garantia que as sementeiras
dão, possibilita um giro maior e certo. “Usei na fazenda, que nada mais
é que uma empresa a céu aberto, o
que aprendi na faculdade.”
Fava Sementes
A Fava Sementes tem apenas
três anos de mercado. Mas a experiência com agricultura do proprietário,
Luiz Fava Jr., é muito maior, sendo
28 anos de irrigação. Com propriedades em Minas Gerais, onde a produção é feita com milho sementes; em
Goiás e Bahia cultivam soja, feijão,
milho, algodão e café.
Ao todo, nos três estados, são
12 mil hectares de área, onde 2.853
são irrigados por 15 equipamentos.
Sete outros estão em andamento.
Um dos pilares da propriedade é o
café irrigado na Bahia: projeto de irrigação grande, com maiores recursos
disponíveis. A produção nas propriedades gira os 12 meses do ano, onde
é possível fazer 2,5 safras/ano.
Cliente Irriger, Luiz Fava Neto,
nova geração da Fava Sementes, diz
que o sistema é o equilíbrio da irrigação. “A agricultura com irrigação é
mais eficiente e não está refém das
condições climáticas.” A ideia é irrigar
mais 5 mil hectares em Minas e Goiás e mais 3 mil na Bahia.
Por conta da baixa lâmina
d’água na região de Minas Gerais,
onde estão instalados, a irrigação é a
salvação e os pivôs são ligados nos
veranicos. Mesmo assim, a fazenda
gira o ano todo, empregando 130
funcionários, e diminuindo o custo
operacional de pessoas. “A fazenda encaixou como uma luva na irrigação. Não tem funcionário ocioso.
Antes, havia uma rotatividade muito
grande. Hoje, podemos formar equipe, o que agrega qualidade no manejo da fazenda.”
Washigton Ribeiro - Gerente de Produção e Luiz Fava Neto, em Paracatu-MG
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32
33
Mundo Valley
Veja os eventos confirmados em quatro diferentes regiões do Brasil:
26’AGO
Naviraí-MS
Fazenda Marialva
(Revenda Copasul)
11’SET
Fazenda Dois Irmãos
(Revenda Produtividade)
15’SET
Fazenda Nossa Senhora da
Aparecida (Revenda Unimaq)
23’SET
Fazenda Monte Alegre
(Revenda Pivotec)
Campo Novo
do Perecis-MT
Santa Cruz do
Rio Pardo-SP
Rio Verde-GO
O evento
MEU PRIMEIRO PIVÔ
Segundo dados apresentados
pelo Ministério da Integração Nacional, através do Retrato da Irrigação
no Brasil, o país possui em torno de
5 milhões de hectares irrigados atualmente, e mais 30 milhões de hectares com potencial para irrigação de
Norte a Sul. O levantamento indica
que investir na agricultura irrigada
significa agregar ganhos em produtividade, aprimorando a economia do
país e podendo despontar como potência mundial na produção agrícola
sustentável.
Observando essa importância,
a Valmont lança a partir do segundo
semestre de 2015, o projeto “Meu
Primeiro Pivô Valley”. O objetivo é
apresentar, junto com a parceria das
revendas de cada região, os caminhos para a aquisição do primeiro
pivô; informações gerais sobre irrigação; legislação; financiamento e instalação aos novos irrigantes.
Para o diretor presidente da
Valmont Brasil, idealizador da campanha, esse é o caminho mais curto
para que o projeto de irrigação possa virar realidade. Essa é uma forma de viabilizar de maneira efetiva
as vantagens da irrigação através
de números, experiências e resultados com o potencial de produtividade, desmistificando a complexidade
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em se adquirir, implantar e manter o
equipamento.
Personagem importante para a
implantação do projeto Meu Primeiro Pivô Valley, o revendedor Valley
foi escalado para atuar e levar aos
novos clientes, as respostas para
as dúvidas mais comuns, quando
procuram entender um pouco mais
do mundo da irrigação. A revenda é
quem mais conhece a realidade em
cada região e quem está preparado
para auxiliar, desde o início do projeto, da instalação do pivô, suporte
pós-vendas e manejo da irrigação.
O Dia de Campo organizado pela revenda em propriedade de um cliente Valley, trará o
novo irrigante para conhecer de perto o pivô e
a captação d’agua, permitindo que as dúvidas
possam ser tiradas in loco.
Os potenciais clientes de irrigação
convidados participarão de palestras relativas
ao projeto de irrigação, outorgas e licenças e
outras questões técnicas e comerciais. Além
do revendedor, técnicos da Valley estarão presentes, como também equipe Irriger – empresa
de manejo de irrigação da Valmont, e o Valley
Finance, que esclarecerá dúvidas a respeito de
financiamento. No final, churrasco de confraternização, para que os novos irrigantes se sintam
cada vez mais integrados ao mundo da irrigação.
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Foco no novo
Conheça os produtos:
Field Comander
- Preço acessível.
- Ativação e desligamento do pivô remotamente.
- Acionamento de todos os pivôs ao mesmo
tempo.
- Aumento da eficiência no uso noturno.
- Aumento da eficiência do uso de energia.
- Atuação de forma imediata onde tiver problema.
- Ajudar o cliente monitorar de forma confiável a umidade do solo, se a planta não está
sofrendo estresse hídrico ou excesso de água.
WagNet
- O que tem chamado mais atenção dos
clientes que estão testando o produto é a facilidade de entendimento e uso do software.
- Indica onde há algum problema com o
pivô e onde deve atuar.
- Reúne as informações de toda a operação de um ou mais pivôs, dos níveis de umidade
de solo em um histórico que pode ser consultado para auxiliar na tomada de decisão.
Aquatrack
- Não há necessidade de ir no campo para
ler a umidade, o equipamento envia as informações direto no celular ou computador.
- Consegue representar bem a tendência
de umidade do solo.
Os produtos AgSense estão disponíveis
em todas as revendas Valley no Brasil. A instalação é simples e rápida e as revendas já estão
treinadas pela fábrica para fazer a instalação e
treinar o cliente.
Veja mais informações no site:
www.agsense.com.br
TESTES APRESENTAM
VANTAGENS AGSENSE
Atualmente, algumas regiões
do Brasil contam com equipamentos
AgSense em teste, são elas: Guaíra,
Paracatu, Uberaba, Perdizes, Luís
Eduardo Magalhães, Cristalina e
Unaí.
A Irriger, empresa que pertence
a Valmont e faz manejo de irrigação,
Aquatrack
envia dados da
umidade do solo
está acompanhado os testes.
Neste período de testes, a Irriger vem observando algumas vantagens dos equipamentos AgSense,
entre elas:
- Informação em tempo real permite saber se o pivô desarmou, ato-
Recebe os dados
em seu dispositivo
móvel através do
WagNet
Produtor analisa
os dados e toma a
decisão de irrigar ou
não e envia o sinal
para Field Comander
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lou, parou de rodar ou teve queda de
energia.
- Possibilidade de acompanhar
o funcionamento de todo o parque de
pivôs em uma tela.
- Custo mais baixo do que de um
colaborador para monitorar o Pivô.
Tela do Wagnet,
no dispositivo móvel e
no computador
Operacionaliza
remotamente o
acionamento ou não
do pivô
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Gestão em família
EMPRESAS FAMILIARES: SUCESSO GARANTIDO?
Tudo dependerá do mercado e, sobretudo, da eficiência em gestão
Por Marinho Antunes
Em recente estudo realizado pela
Universidade de St. Gallen, na Suíça,
listou-se as 500 maiores empresas familiares do mundo, por receita. O Brasil
está representado por 15 companhias,
sendo que, destas, 2 estão entre as 25
primeiras colocadas: o Itaú Unibanco
(18ª posição), dos Moreira Salles, e a
JBS (24ª), da família Batista.
Para esta análise, resolvemos
separar as Empresas Familiares em
dois grupos: as Empresas Familiares
com Gestão Familiar (Amadora) e as
Empresas Familiares com Gestão Profissionalizada. O primeiro grupo, infelizmente, representa a grande maioria das
organizações empresariais do Brasil. As
empresas com gestão familiar (amadora) têm alguns métodos de gestão ultrapassados e que, quando não corrigidos,
fazem muito mal ao negócio.
É comum encontrarmos empresas
que possuem uma estrutura organizacional
composta pelo marido responsável pelo
Comercial, a esposa responsável pelo Financeiro e um filho responsável pelo Setor
de Compras. Isso não seria problema nenhum se todos fossem capacitados para
exercer tais funções e, além disso, trabalhassem de maneira totalmente profissional, deixando de lado os laços e problemas
familiares. Como consultor de empresas de
diversos segmentos, posso garantir a vocês
que situações parecidas como a ilustrada
aqui são sim muito corriqueiras.
As empresas familiares de gestão
amadora não estão preparadas para o momento de crise que estamos vivendo. Essa
é a realidade! Muitos podem discordar e dizer que conhecem algum negócio que vem
perdurando por anos e a direção é composta por membros da família e que todos eles
não possuem experiência em outras empresas e nem mesmo estudo para exercer
tal função.
Podemos até concordar que existem
muitas empresas de “sucesso” nessa situação, mas será que esse negócio enfrentará
a crise de maneira inteligente e planejada?
Se a empresa é lucrativa, será que
ela seria mais lucrativa ainda caso houves-
se nela uma gestão profissional e orientada
para os resultados?
Os resultados estão sendo medidos
para que os problemas sejam identificados
e, até mesmo, antecipados, evitando surpresas desagradáveis?
Poderíamos ficar aqui fazendo diversos questionamentos reflexivos, porém,
este não é o intuito. O que desejamos é
demonstrar o quanto se pode ganhar com
uma gestão profissional e orientada para
resultados. Não estamos dizendo que qualquer membro da família não pode cuidar do
Financeiro, mas, se assim for, que ele seja
capacitado para fazer isso. É preciso muito mais do que apenas disposição e força
de vontade. Existem diversas formas de se
capacitar, e isso é fundamental. Vamos a
alguns exemplos:
- Cursos Superiores: se a função
exercida não é uma aventura passageira,
por que não fazer um curso superior e se
tornar especialista naquilo que se propôs a
fazer na empresa?
- Cursos Técnicos: existem diversos
cursos técnicos bons e que podem ser o
que está faltando na formação de muito
profissional.
- Cursos via internet: a rede disponibiliza uma infinidade de cursos e outros materiais. Pesquisando corretamente dá para
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conseguir coisas boas.
- Leituras direcionadas: existem
diversos livros, revistas, artigos, estudos de caso. Enfim, basta pesquisar e
saber escolher os melhores materiais
que você poderá, desse modo, se aperfeiçoar.
- Contratação de Consultoria e Assessoria: um bom consultor pode, além
de organizar a empresa, treinar as pessoas a trabalhar da maneira correta.
Pode ser que, ao analisar as maneiras sobre como ser um profissional
mais qualificado e, dessa forma, fazer
com que sua empresa tenha uma gestão profissional, você chegue à conclusão de que não está animado ou não é
capaz de fazer isso por mãos próprias.
Se for assim, a sugestão é que você
contrate pessoas que possam tocar a
sua empresa da melhor forma, ou seja,
realizando trabalhos profissionais, com estratégias e controles bem definidos. Essa
contratação deve seguir critérios bem rigorosos, para que problemas semelhantes
não voltem a surgir.
Com pessoas qualificadas trabalhando nos lugares corretos, a chance de sucesso aumenta muito, contudo, mesmo que se
tenha na empresa pessoas preparadas, é
imprescindível que o empreendedor tenha
o mínimo de qualificação para poder gerir
alguns indicadores e controlar a organização com qualidade. Trocando em miúdos:
o dono da empresa não precisa saber fazer
um Fluxo de Caixa, mas precisa ter quem
faça e precisa saber interpretá-lo e tomar
decisão com base nele, por exemplo.
Nosso desejo é que as empresas familiares prosperem e se sobressaiam. Profissionalizar a gestão, assim como ter boas
estratégias comerciais, ter plano de sucessão, etc., é fundamental. O mercado está
cada vez mais competitivo e, a cada dia que
passa, fica mais difícil seguir sendo amador
e guiado por onde o vento leva.
É preciso ser dono do próprio destino
e uma das formas de se fazer isso, enquanto empresários, é tendo uma gestão que
pode até ser familiar, mas que seja de qualidade e extremamente profissional.
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Feiras
Agrishow:
Conectividade é destaque de
lançamentos da Valley Irrigação
Expo Café
A importante Feira do agronegócio do Sul de Minas Gerais, destacou-se
por sua programação inédita e excelentes parcerias, além do 6º Simpósio de
Mecanização da Lavoura Cafeeira e dinâmicas de campo.
A exposição aconteceu de 01 a 03 de julho, e a revenda Valley Lavras
De 27 de abril a 01 de maio, em Ribeirão Preto-SP, a Agrishow 2015 foi
palco de exposição de produtos de todos os setores agrícolas, com marcas de
Irrigação esteve presente, levando informação e apresentando as novidades
ao irrigante visitante.
800 empresas, nos 440 mil m² de área. Movimentando cerca de R$ 1,9 bilhão
e um público de 160 mil pessoas, a Agrishow, Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, apresentou novidades.
No estande Valley, nos cinco dias de feira, o público visitante pôde conhecer o lançamento Valmont: o Agsense. Com dois sistemas avançados
de monitoramento, que trazem a conectividade aos pivôs agrícolas – o Field
Commander e o Aqua Trac, a proposta é reduzir os custos operacionais e
usar os insumos de maneira ainda mais eficiente, agora disponibilizado para
o mercado brasileiro.
Durante a Agrishow, a Valley fez também o lançamento da 2ª edição da
Pivot Point Brasil. O ex-ministro, Roberto Rodrigues, entrevistado da edição,
conferiu e parabenizou a equipe, referindo-se ao material focado ao irrigante.
Na foto, com o diretor presidente, João Rebequi.
Fenacampo – Pivotec
A Pivotec Irrigação esteve presente na Fenacampo 2015, realizada em
São Gotardo-MG.
A revenda participou da feira, levando informações e mostrando a região
como destaque no potencial produtivo. Além disso, a revenda montou um pivô
de exposição como atrativo para clientes e produtores, que pretendem irrigar.
A feira aconteceu nos dias 13, 14 e 15 de julho e recebeu os produtores
rurais de toda a região, promovendo novos contatos entre produtores e empresas fornecedoras, e a realização de bons negócios.
Fersucro
AgroBrasília
A AgroBrasilia - Feira Internacional dos Cerrados, aconteceu entre os
dias 12 e 16 de maio, e totalizou um volume de negócio de R$ 627 milhões.
Nos 500 mil m² de feira, a organização estimou um público de 98.000 pessoas,
que pode conferir de perto as novidades dos setores de máquinas e equipamentos. Com a participação da revenda Valley Pivot, na AgroBrasília, 420
expositores estiveram presentes no evento, gerando negócios.
Em um espaço amplo, moderno e climatizado, os visitantes puderam
conferir a apresentação e desenvolvimento de novas tecnologias do setor,
além da exposição de equipamentos, serviços e produtos. A edição da FERSUCRO, aconteceu de 08 a 10 de junho de 2015, em Maceio (AL).
A revenda Valley Asbranor esteve presente no evento acolhendo os visitantes da feira.
Bahia Farm Show
maiores feiras de tecnologia agrícola do país. No evento, realizado em Luís
Próximas feiras
Eduardo Magalhães, entre os dias 02 a 06 de junho, as revendas Valley Pi-
Expointer – Esteio/RS – 29/08/2015 a 06/09/2015
vodrip, Brasmáquinas e Multigragãos estiveram presentes expondo os desta-
Expo São Luiz – São Luiz Gonzaga/RS – 30/09/2015 a 04/10/2015
A Valley esteve mais uma vez presente na Bahia Farm Show, uma das
ques da marca.
Os números finais da feira registraram um total de 63 mil visitantes,
Irrigashow – Campos de Holambra/SP – 16/09/2015 e 17/09/2015
210 expositores, e o volume de negócios deste ano ultrapassou a marca dos
R$ 972,2 milhões.
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Foto de arquivo
Brasil Afora
COPASUL: A COOPERATIVAREVENDA VALLEY
mês, e indústria de fécula de mandioca – produzindo diariamente 600 toneladas.
Percebendo a valorização de algumas práticas, a Copasul leva aos cooperados as necessidades de valorização e preservação do meio
ambiente, orientando o trabalho no campo para
maior produção e menor impacto ambiental.
Responsável, ainda tem projetos de apoio ao
“Eu procuro ver as coisas de
forma para melhorar a vida de
todo mundo”
Conheça a história de uma das maiores cooperativas do país, agora
representando a Valley e levando a irrigação para a região de Naviraí-MS
Em dezembro de 1978, a Copasul surge na cidade de Naviraí, no
Mato Grosso do Sul, com a ideia de
beneficiar a produção de algodão feita na região por pequenos e médios
produtores. 27 deles, liderados pelo
japonês Sakae Kamitami, perceberam que a cooperativa para a qual
enviavam a produção não trabalhava
como era preciso ser, pois não compartilhava do princípio de cooperativismo.
A família do sr. Sakae, junto com
mais 200 famílias japonesas vieram
para o Brasil em 1934, quando ele tinha apenas quatro anos. O auge do
café trouxe imigrantes para fortalecer o país, que precisava alavancar
sua produção. Os contratos entre
japoneses, duravam em média um
ano e meio. A primeira colônia que
trabalhava foi na cidade paulista de
Guarantã. De lá, foram mudando,
passando pelo Paraná, onde cultivaram hortelã por dez anos; chegando
a Naviraí em 1961. Com a família
grande e muitos colonos, surgiu a
necessidade de buscar novas terras.
Continuaram a cultivar hortelã
por dois anos, quando já vendiam
o óleo da planta para a indústria de
pasta dental. Com o tempo, o hortelã
usado foi alterado por produto químico e o preço caiu. “Na época que o
hortelã esteve bom de preço, a gente
colhia mil quilos de hortelã. Compramos uma ‘mercedinha’ daquelas de
sete mil quilos.”
Com a queda nas vendas, começaram a plantar algodão por quatro
anos e depois plantavam capim para
entregar a propriedade. Devagar e
sempre, o sr. Sakae tinha como sócios alguns colonos e, juntos, foram
42
construindo suas vidas, plantando
algodão e colaborando com a economia do país. Inteligente, estudou só
até o segundo ano, na escola rural;
quis entrar no ginásio, mas a diretora disse que tinha que fazer o exame
de admissão. “Estudei dois meses na
escola da fazenda e ainda passei em
primeiro lugar”, conta dando risada.
Esse era só o início do que ele ainda
viria a conseguir.
Quando resolveram, o sr. Sakae
e os outros 27 cooperados, a erguerem a Copasul, a empreitada foi
grande. Além do beneficiamento do
algodão, era preciso montar máquina
de beneficiamento e, posteriormente,
a fiação. As expectativas eram boas,
pois queriam crescer juntos. No começo não tinham nada. Alugaram
uma máquina de algodão no primeiro
ano e, no segundo, já montaram a
Alguns membros
fundadores da
Copasul
mais moderna usina de algodão do Brasil. Assessorados, financiaram 80% como indústria e
20% por antecipação por cota capital.
Plantando exclusivamente algodão, a produção da Copasul era de 500 a 600 mil arrobas
por safra, em média 400 arrobas/alqueire. “No
começo, eu era vendedor de algodão, agrônomo, dava assistência e fazia de tudo. A nossa
produção para a época era muito boa.”
O auge de mais de 20 anos do algodão
na região teve seu declínio a partir da década
de 1980. Com a queda, os cooperados começaram a plantar soja e depois milho. Sorgo e
trigo também foram cultivados. Hoje, a Copasul, com quase 800 cooperados, sete unidades
armazenadoras distribuídas estrategicamente
nas cidades de Deodápolis, Itaquiraí, Maracaju,
Dourados, Novo Horizonte do Sul, além de Naviraí, tem capacidade de 420 mil toneladas de
grãos. Atendendo a demanda da região, conta
ainda com duas unidades industriais: fiação de
algodão – com capacidade de 650 toneladas/
esporte, com o Beisebol e Softbol nos estados
do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e
Mato Grosso, com atletas participando de competições internacionais. A importância da cooperativa foi estampada nas páginas do Anuário
da Revista Época, sendo reconhecida como a
melhor empresa do Mato Grosso do Sul.
Toda essa potência presidida pelo sr.
Sakae, hoje com 84 anos, agora vê a oportunidade de dar um novo passo: introduzir a irrigação na vida dos cooperados e não cooperados e a representação da marca Valley foi o
Sakae Kamitami - fundador e presidente da Copasul
43
Brasil Afora
primeiro passo. “Acho que o futuro
da agricultura de nossa região precisa ser irrigado. Depender de sol e
chuva é muito difícil. Tem ano que dá,
mas tem ano que não dá e aí o prejuízo é grande. A tendência é irrigar a
produção.”
Dizendo-se satisfeito, mas com
muita coisa para fazer ainda, o simpático sr. Sakae dá mais exemplo:
“Eu procuro ver as coisas de forma
para melhorar a vida de todo mundo.
Como não tenho mais energia de tocar a roça, só dou opinião”.
pois de muitos anos voltou a cultivar – fazendo 03 safras/ano, está em teste com melancia
irrigada, irrigar capim para gado de elite como
rotação de cultura, fugindo do alto valor do confinamento.
Outro grande nicho que percebeu foi o
cultivo de semente de soja: “já estou fazendo
minha própria semente – registrada. O que economizei só esse ano com a compra de semente,
praticamente pagou os dois pivôs”.
Já na quarta geração no MS, Nelson, os
irmãos, filho, genro e sobrinhos fazem parte de
uma empresa familiar, onde cada um tem sua
responsabilidade e autonomia. Para ele, essa
parceria acontece pela determinação e paixão
de todos. “Aprendemos com nosso pai. Se centralizássemos só na gente o trabalho, os mais
novos perdiam o interesse. Tem que dar oportunidade para eles irem crescendo também.”
O “sojeiro” que apostou certo
O senhor Nelson Antonini é produtor, irrigante, diretor da cooperativa
e foi ele quem propôs a representação Valley dentro da Copasul. Viu ser
de suma importância ter uma revenda de pivôs na região, principalmente
para garantir assistência técnica rápida e de qualidade para os irrigantes,
que assim como ele, estavam começando. “Precisávamos de segurança
para quem é irrigante e para quem
vai investir no negócio. E precisava
ter junto, um nome de total confiança
como é a Copasul para a gente: nosso braço, direito, esquerdo e nossas
pernas.”
Fato comum em fazendas de
todo o país, Nelson começou a dedicar-se ao trabalho na roça muito
cedo. “Minha vida na agricultura começa aos sete anos de idade, plantando soja e arrancando café.” Em
Marialva-PR, onde vivia com os pais
e irmãos, preferia a tarefa no sítio
que a da escola. “Trabalho não mata
ninguém.” Ali cresceu, casou e foi
construindo a vida. Como ele, os irmãos foram seguindo seus destinos,
passados por gerações, de serem
agricultores.
Em 1988, visitando um primo
na região de Naviraí, conheceu terra boa e com preço baixo. Sabendo
da pequena expectativa para todos
da família, que estava só crescendo
no Paraná, 60 dias depois, vendem
11 alqueires na cidade natal e conseguem com o dinheiro comprar 80 no
MS. “Para nós foi um passo enorme.”
Começaram plantando soja: “a
gente sempre foi ‘sojeiro’ e aqui tinha
muito pouca soja. Algodão era o carro chefe”. Em três anos, conseguiram
aumentar para 150 alqueires. Além
de soja no verão, faziam safrinha de
milho e de trigo no inverno. Apesar
do risco com a geada, não paravam,
pois já estavam acostumados a driblá-la no Paraná.
Perdeu lavoura por conta dos
veranicos e bolsões típicos do clima
da região. Da sua propriedade, via
o pivô de um vizinho e sonhava em
irrigar. Vendo que o preço do equipamento era próximo do valor das
terras baratas em Naviraí, foi preferindo adquirir terras. “Quando você
quer uma coisa, você vê a parte boa
do negócio e quando você não quer,
44
você só vê a parte ruim. Uma das coisas que não me deixavam ir para a
irrigação era esse pensamento. Pensava que se eu plantasse dois mil
hectares, por quê ia adiantar irrigar
só 100 ha? Com o tempo, comecei
a enxergar isso de outra maneira. Vi
que se eu não começasse com um
pivô, eu não teria nem cinco, nem
dez, nem 20. Consegui superar os
entraves que eu tinha.”
Prestes a completar dois anos
de irrigação e seis safras, Nelson
Antonini vê que a irrigação é mais
vantajosa do que ele imaginava: “o
que eu achei mais fantástico é o poder que a gente tem de programar
e poder cumprir todas as etapas da
programação que fazemos na lavoura. Isso é a maior tranquilidade e não
tem preço”.
Hoje, irrigando 300 hectares em
dois pivôs de 14 lances, os planos
são de gente grande: mais oito pivôs
e 1.050 ha irrigados em uma propriedade, e mais quatro pivôs irrigando
370 ha em outra. A ideia é produzir
além de soja, milho e trigo, que de-
O irrigante pioneiro de Naviraí
Sukesada Takehara é a figura importante
que despertou o sonho de irrigação em Nelson
Antonini. Naturalizado brasileiro, veio para o
Brasil em 1958, com apenas 18 anos de idade.
Seu país de origem – o Japão, encontrava-se
em séria crise econômica e tentava se reerguer
do estrago da Segunda Guerra. Atrás de oportunidade, veio sozinho com mais 800 imigrantes
japoneses, em um navio, sem saber ao certo o
que ia fazer no Brasil. No porto de Santos soube
que seguiria para uma fazenda de gado holandês.
Sem falar uma única palavra em português,
o sr. Takehara começou sua trajetória no Brasil
tirando leite no interior paulista. Ao todo foram
três anos. Apesar de ser de uma família do campo, viu que por aqui as coisas na fazenda eram
completamente diferentes. Até sair do Japão, tinha praticamente só estudado e viu a vida difícil
do produtor rural. Não pensou em desistir, pois
tinha que cumprir o contrato que assinara.
Vencendo o contrato em São Paulo, foi
para o Paraná, onde ajudou no plantio de algodão. Foi conhecendo a família do sr. Sakae,
que estava plantando hortelã em Naviraí, que
foi para o Mato Grosso do Sul. Logo começou
a trabalhar com o algodão como funcionário e
depois em sociedade com o próprio sr. Sakae.
“Um grande líder! Conseguiu montar muita coisa e, hoje, estamos todos bem, graças a Deus.”
Com a abertura da Copasul, as coisas foram melhorando até para o sr. Takehara, que
ainda era funcionário. Em 25 anos de trabalho
braçal no Brasil, adquiriu a primeira porção de
terra. “Para requerer terra tem que ter volume
de dinheiro. Sempre comprei pouco a pouco,
igual a galinha que enche o papo de grão em
grão.”
Começou com algodão, depois soja, milho
e feijão. Sua paciência não impossibilitou de ver
um grande investimento e, logo que adquiriu terra, viu a necessidade de fazer a aquisição do
primeiro pivô na região, em 1985. “Decidi pela
irrigação porque temos veranicos e secas a partir do fim de dezembro. As poucas chuvas não-
“Decidi pela irrigação porque temos
veranicos (...) As poucas chuvas
não davam safra satisfatória. Achei
que se irrigasse teria safra normal,
ou maior”
davam safra satisfatória. Achei que se irrigasse
teria safra normal, ou maior.”
Com 1.370 ha, sendo 400 irrigado com soja
e milho, o sr. Takehara faz duas safras/ano. Por
conta da grande presença de chuvas na região,
liga os pivôs mais nos veranicos. Por causa
da má qualidade energética disponível, faz o
funcionamento com óleo diesel, vendo que na
média anual, vale mais a pena: evitando gastos
com demanda, multas e problemas com descarga de energia e queima de equipamento. Essa é
a realidade dos irrigantes da localidade. “A parceria Copasul/Valley é muito válida, pois agora a
revenda está perto do usuário, proporcionando
assistência próxima da lavoura.”
45
Brasil Afora
Sukesada Takehara
Considerando ser patrão,
administrador e chefe de equipe,
toca a lavoura com a ajuda de funcionários. Casado e pai de quatro
filhos, sendo o único homem agrônomo, prefere trabalhar separado,
vendo essa ser uma alternativa
para crescimento do filho, e diz
dar conselhos apenas quando
é solicitado. “Para meu filho ser
bom na profissão, tenho que ser
exemplo, porque criança segue
olhando as costas do pai. Quando meu filho disse que ia estudar
agronomia, fiquei contente.”
Quanto à maior diferença
entre brasileiros e japoneses, diz:
“Quando vim para o Brasil era o
meu país do futuro. Trabalhando
honestamente, com seriedade e
trabalho, todo mundo tem oportunidade para crescer. Tem que fazer a sua parte. Não adianta só reclamar do governo, senão não vai
para frente. O trabalhador no Bra-
sil precisa ter cultura
e educação, como
no Japão. Quando
cheguei, assustava
ver tanta gente trabalhando na zona rural
analfabeto.”
A história da Copasul não é mais nem
menos
importante
que a de muitos, mas
merece
reconhecimento e louvor. São
homens como o sr.
Sakae, Takehara e Antonini, e muitos outros
que buscaram o sonho
de trabalhar em equipe,
focados na base da cooperação, que fortalecem o exemplo de que
os méritos do sucesso e
da propriedade da terra
se dão por conta de uma só
ação: o trabalho.
46
Fotos de arquivo monstram forma de escoamento da produção via Rio Paraná
47
Por dentro da Irriger
PLANTIO SOB PIVÔS –
MÁXIMA PRODUÇÃO E
RENTABILIDADE POR ÁREA
Comparando com o sistema de
produção de sequeiro, ou seja, sem a
utilização da tecnologia da irrigação,
as áreas irrigadas propiciam forte aumento da produção por hectare, maximiza a eficiência do uso da terra e
da rentabilidade do produtor. Alguns
números são impressionantes: 18%
das áreas de produção são irrigadas,
sendo responsáveis por 44% da produção mundial de alimentos.
Especificamente no Brasil, segundo estimativa da ANA, temos
cerca de 5,8 milhões de hectares
irrigados; levantamentos oficiais da
ANA e SENIR (Secretaria Nacional
de Irrigação) indicam que o potencial
de irrigação no Brasil é de 29 milhões
de hectares, ou seja, utilizamos apenas 21% do potencial que dispomos.
Devido à adaptabilidade, eficiência de operação e fácil manutenção,
48
o uso de equipamentos tipo pivôs
centrais tem se consolidado cada vez
mais no Brasil. Atualmente, é o sistema de maior expansão em novas
áreas instaladas no país, cobrindo,
em média, mais de 100.000 novos
hectares/ano, nos últimos três anos,
segundo dados da ABIMAQ-CSEI.
É importante enfatizar o conceito de agricultura irrigada. Agricultura
irrigada não é “sequeiro + água”. A
adoção da irrigação promove forte transformação no planejamento agrícola, gestão financeira, treinamento e preparo da equipe e padrão
tecnológico adotado. Os critérios técnicos precisam ser repensados, desde o preparo de solo,
definição da cultura e material, maquinário, recomendação de adubação, operação de plantio,
de aplicação de adubos e defensivos, manejo
integrado de pragas e doenças, etc.
De início, a grande vantagem que se tem
em adotar a irrigação é a garantia de não haver quebra de safra durante a safra de “verão”,
pois, na maior parte das regiões produtoras de
grãos do país, devido à irregularidade de chuvas, ocorre, pelo menos, um veranico que provoca significativa perda produtiva a cada quatro
anos.
Um estudo realizado pela Irriger em áreas
de produção de soja do oeste da Bahia e altiplano de Brasília, submetidas à gestão de irrigação
do sistema Irriger, comparando produtividade
em áreas de sequeiro e irrigada, produzidas no
período chuvoso, apresentou os seguintes resultados: produtividade média das áreas de sequeiro foi de 49 sc/ha, enquanto que a produtividade média das áreas irrigadas foi de 67 sc/ha.
Além de produzir quase 18 sc/a a mais, as áreas irrigadas apresentaram maior estabilidade.
Normalmente, os produtores de sequeiro
conseguem fazer a “safrinha” entre 30% e 60%
da área total cultivada. Logo, é possível realizar, no máximo 1,5 ciclos/ano. Ainda assim, o
segundo ciclo tem potencial de produção de, no
máximo, 50% a 70%, se comparado com a primeira safra, com muito maior probabilidade de
haver forte restrição hídrica ao longo do ciclo
(de fevereiro a junho) e a produtividade baixar
muito.
Agricultura irrigada não é “sequeiro + água”
Utilizando pivôs centrais, a perspectiva de
produtividade do segundo ciclo passa a ser potencial, há várias estratégias viáveis em termos de
rotação de culturas, quando inclui a irrigação.
De modo geral, vários produtores atendidos
pela Irriger conseguem realizar de 2 a 2,5 ciclos
por ano sob pivôs. Alguns preferem priorizar melhores janelas de produção e culturas de maior
valor agregado, como feijão, sementes de milho,
algodão e hortaliças (batata e tomate, principalmente), e outros preferem trabalhar com culturas
que apresentam menor risco de produção.
Fazenda
Cultura
Área
Utilização
Redução
Produtividade
(ha)
Irrigação
Etpc (%)**
Media (sc/ha)
A
Soja
1452,00
Sim
15,14%
65,36
B
Soja
1203,00
Sim
13,11%
73,02
C
Soja
389,49
Sim
9,75%
72,94
D
Soja
616,74
Sim
8,44%
60,69
E
Soja
850,00
Sim
20,35%
67,49
14,20%
67,82
F
Soja
8084,33
Não
24,63%
57,34
4511,22
G
Soja
9171,92
Não
21,75%
47,27
H
Soja
5610,30
Não
27,38%
44,35
I
Soja
1366,36
Não
26,14%
35,03
24,26%
49,26
24232,91
Tabela 01: Levantamento de produtividade média de soja sob irrigação e sequeiro, monitoradas pela
Irriger entre os anos de 2009 e 2011, no altiplano de Brasília e Oeste da Bahia*.
* Elaborado por Faos Pereira Lopes, Gerente Regional da Irriger e apresentado como trabalho de conclusão de curso de MBA da FGV.
**% da redução da evapotranspiração potencial da cultura: stress hídrico acumulado ao longo do ciclo. %
do que a cultura deixou de consumir água em relação ao seu potencial de demanda.
49
Por dentro da Irriger
Jan
Fev
Mar
Abril
Maio
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
INDICADORES
Pivôs central
Sequeiro
Ano 01
Soja
Soja
Soja
Soja
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Soja
Soja
Soja
Elétrico
Ano 02
Soja
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Soja
Soja
Soja
Tempo de retorno do capital (anos)
3,4
Ano 03
Soja
Feijão
Feijão
Feijão
Feijão
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Valor presente líquido (R$/ha/10 anos)
R$ 14,141,21
R$ 4,413,44
Ano 04
Soja
Soja
Soja
Soja
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Soja
Soja
Soja
Taxa interna de retorno (%)
29,31%
Ano 05
Soja
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Soja
Soja
Soja
IBC
2,48
Ano 06
Soja
Feijão
Feijão
Feijão
Feijão
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Relação de viabilidade (pivôs centrais elétricos e sequeiro)
3,2
Ano 07
Soja
Soja
Soja
Soja
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Soja
Soja
Soja
Ano 08
Soja
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Soja
Soja
Soja
Ano 09
Soja
Feijão
Feijão
Feijão
Feijão
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Ano 10
Soja
Soja
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Soja
Soja
Tabela 02: Plano de sucessão de plantios sob pivôs adotado em diversos polos de produção irrigada do cerrado brasileiro. As culturas consideradas como prioritárias são de milho semente e soja (respeitando-se o
vazio sanitário).
Ciclos
Feijão
3
Soja
10
Milho
10
Total
23
Média (ciclos/ano)
2,3
Milho Semente
Soja
Feijão
Produtividade planejada (sc/ha)
170*
65
50
Custo (R$/ha)
2624,67
2150,45
3718,63
Preço (R$/sc)
23,00
62,00
125,00
Produtividade (sc/ha)
170,00
65,00
50,00
Receita (R$/ha)
3910,00
4030,00
6250,00
Margem (R$/ha)
1285,33
1879,55
2531,37
Margem (%)
33%
47%
41%
Tabela 05: Indicadores financeiros da análise de viabilidade considerando o plano de sucessão de cultivos apresentados na tabela 02.
Logo, o tempo de retorno do
investimento em pivôs centrais é de
3,4 anos. Comparando com o sequeiro, a área irrigada resulta em
3,2 vezes mais rentabilidade em dez
anos de projeção. Além disso, há vários ganhos correlatos que precisam
ser considerados, tais como:
1) O investimento em pivôs centrais poder realizado com juros subsidiados (7,5%/ano).
2) Valorização do preço da terra.
3) Segurança no investimento
por garantir suprimento de água às
culturas.
4) Produção de sequeiro apresenta menos opção de culturas, as-
sim como restringe muito as janelas
de plantio.
5) Possibilidade de diversificação e promover implantação de culturas de maior valor agregado, como
sementes, feijão, tomate, hortaliças e
algodão.
Outro aspecto relevante para a
decisão de se investir em pivôs centrais é o desconhecimento de como
manejar o dia a dia desses equipamentos. Além dos sistemas de automação, que permitem controlar e monitorizar à distância o funcionamento,
os irrigantes têm adotado sistemas
de gerenciamento de irrigação disponíveis no mercado e que permitem
Tabela 03: Margem de rentabilidade para produção sob pivôs.
*Pagamento do mínimo garantido pelas sementeiras.
Soja
Milho
Produtividade Planejada (sc/ha)
50,00*
90,00*
Custo (R$/ha)
1773,27
1879,92
Preço (R$/sc)
62,00
23,00
Produtividade (sc/ha)
50,00
90,00
Receita (R$/ha)
3100,00
2070,00
Margem R$/HA
1326,73
190,08
Margem (%)
43%
9%
Tabela 04: Margem de rentabilidade para produção de sequeiro.
*Produtividades considerando média de produtividade de 05 anos.
50
51
estimar diariamente a necessidade
hídrica das culturas, fazendo com
que a decisão de irrigação seja realizada adotando-se critérios técnicos.
Com isso, evitam-se irrigações excessivas, suprindo adequadamente
a demanda hídrica, reduzindo doenças, diminuindo as perdas de nutrientes do solo por lixiviação e garantindo
maior produtividade e qualidade da
produção. Assim, mesmo o irrigante inexperiente poderá alcançar alto
desempenho em termos de gestão
de equipamentos, utilizando equipamentos com recursos tecnológicos e a
prestação de serviços especializada.
Conhecimento
III Inovagri International Meeting | de 31/08 a 03/09 2015 Fortaleza-CE
Observando a situação atual do Brasil, referente à agricultura que vive momento de transformação, e sendo hoje uma das maiores potências para a expansão da área irrigada, acontece o III Inovagri International Meeting – uma realização do Instituto Inovagri e do Instituto Nacional
de Ciência e Tecnologia em Engenharia da Irrigação (INCT-EI). O evento contará com a participação de diversos palestrantes nacionais e internacionais, levantando a questão da irrigação, salinidade e recursos hídricos: http://www.inovagri.org.br/meeting.
Curso Projeto Pivot Central | 12 e 13/09 de 2015 - Brasília-DF
Promover a educação em projetos adequados e acrescentar o desenvolvimento profissional, além de aumentar o conhecimento de técnicos de conservação de água: essa é a ideia do curso de dois dias que será ministrado pelo Engenheiro Victor Nunes. Informações: http://www.
irrigacao.net/cursos/curso-projeto-pivot-central/.
III Simpósio de Irrigação – Tecnologias e Automação | de 02 a 03/10 de 2015 -
Piracicaba-SP
Coordenado pelo Grupo de Práticas em Irrigação e Drenagem da ESALQ/USP, o simpósio tem como objetivo discutir e apresentar técnicas
atuais relacionadas às tecnologias dos diversos tipos de sistemas de irrigação. Informações: http://fealq.org.br/.
XXV CONIRD – Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem
de 08 a 13/11 de 2015 - Aracaju-SE
Com o tema “Agricultura Irrigada no Semiárido Brasileiro – O Rio São
Francisco que deságua no mar”, o XXV CONIRD tem como principal objetivo
fortalecer em favor do desenvolvimento sustentável dos agronegócios calcados na agricultura irrigada e constituído pela ABID – Associação Brasileira de
Irrigação e Drenagem.
O CONIRD utiliza exemplos de diversas cadeias produtivas voltadas
para a maior segurança alimentar, bioenergética, para a produção de fibras
e para a conquistas dos mercados interno e externo. A principal estratégia é
dedicar intensamente ao trabalho cooperativo, tendo como princípio fortalecer,
sendo o produtor elo central desse processo. Mais informações, acesse: www.
abid.com.br.
Curso de Manejo de Sistemas da Irrigação | de 16 a 18 de novembro de 2015 - Viçosa-MG
Voltado para todos os profissionais que possuem relação com a agricultura irrigada, e que tenham o interesse em conhecer as características, aplicações e operação dos principais sistemas de irrigação, definição do momento e da lâmina a ser aplicada em cada irrigação, bem como a
importância e estratégias para alta eficiência de uso de água e energia. O curso envolve aulas teóricas e de práticas de campo; o tema é dividido
em quatro seções. Durante o curso serão disponibilizados e utilizados softwares de apoio à decisão ManejoPlus e Irrisimples, com prática de
campo sobre coleta de informações para utilização dos softwares. Mais informações: www.irriplus.com.br.
Curso de Projeto de Sistemas de Irrigação| de 19 a 21 de novembro - Viçosa-MG
O curso se destina a profissionais que tenham conhecimentos básicos dos sistemas de irrigação por aspersão convencional, aspersão
mecanizada e sistemas localizados, características de funcionamento e operação e, queiram se aprofundar nos aspectos relacionados ao projeto
completo, envolvendo a motobomba, tubulações, acessórios e emissores. O curso é dividido em duas partes, e tem como objetivo capacitar
técnicos e engenheiros agrônomos, agrícolas e de outras áreas afins para projetar sistemas de irrigação por aspersão e localizada de forma
técnica e operacional, com a utilização de planilhas (ProjectPlus) os principais assuntos relacionados aos projetos de irrigação (parte agronômica
e engenharia), desde a determinação da demanda de água, passando pelos dimensionamentos dos principais componentes. Mais informações
no site: www.irriplus.com.br.
52
53
Pergunte a Valley
Por Franklin Carvalho
COMO CALCULAR A ABERTURA DA LÂMINA
D’ÁGUA DURANTE O PROCESSO DE IRRIGAÇÃO
DOS PIVÔS VALLEY?
Quando o irrigante ainda não
conhece a metodologia de quanto
irrigar, a primeira coisa que tem
que ser feito é o manejo de irrigação. O agricultor precisa entender
como funciona a caixa d’água de
sua cultura, que é o solo de sua
propriedade. É importante saber
quais são as características que o
solo tem, qual cultura vai ser programada durante os 12 meses do
ano e quando o produtor vai plantar.
A partir dessas informações,
avaliar quais os fatores climáticos
que vão ser enfrentados. Nós da
Valley fazemos uma previsão, mas
isso não quer dizer que vai ocorrer um acerto real. De acordo com
essa previsão, fazemos uma programação da lâmina.
Muito importante lembrar
que a cultura, como qualquer ser
vivo, se desenvolve em estágios.
Quando um grão está germinando,
saindo de semente, ele necessita
de uma quantidade de água mínima. Quando a planta está dando o
fruto e enchendo o grão, ou seja,
no ápice da produção, a quantidade de água deve ser muito maior,
e quando ela já está no ponto de
colheita, quase não há irrigação.
O produtor precisa entender o
ciclo da cultura que está plantando
e o ciclo da climatologia da região
onde ele atua e, assim, calcular a
lâmina de irrigação.
54
Não existe uma lâmina para a
região Nordeste e outra para o Sul.
O que existe é uma lâmina para
aquele local específico onde está
a cultura. Hoje, o agricultor precisa estar informado e, para isso, ele
deve buscar auxílio de uma consultoria da área agronômica, para entender o ciclo da cultura que está
plantando.
Outra importante informação
é ter uma análise físico-química do
solo e conhecer o que o seu solo
contém para irrigação. Em cima de
todas essas informações, executar
seu plano de irrigação.
55
Coluna do professor
O DESAFIO DA GESTÃO DA IRRIGAÇÃO EM
PEQUENAS E MÉDIAS ÁREAS
Por Everardo Mantovani - Professor Titular DEA-UFV e Sócio e Consultor da Irriger
A importância da agricultura
irrigada na produção de alimentos,
fibras e agroenergia tem sido cada
vez mais reconhecida e o uso da
tecnologia da irrigação é uma condição básica para o atendimento das
demandas de produtos agrícolas por
parte da sociedade, tanto para consumo quanto para exportação. Por
outro lado, sabemos que, por utilizar
insumos de alto valor ambiental e
estratégico como água e energia e,
por exigir investimentos elevados na
implantação da infraestrutura necessária, o crescimento e o desenvolvimento da agricultura irrigada tem que
ser feito em bases sustentáveis, ou
seja, economicamente viável, ambientalmente responsável e socialmente justa.
A importância de uma boa gestão
de irrigação está disseminando. Aliada
à maior conscientização da importância
ambiental do uso eficiente da água, influenciam muito os fatores econômicos
relacionados ao custo da energia, mão
de obra e outros insumos, como também os aspectos legais relacionados à
lei das águas, onde a outorga tem sido
um importante instrumento de gestão e
controle.
Em propriedades com grandes
áreas irrigadas, a gestão técnica da irrigação tem sido implantada com grande
sucesso. Além da conscientização citada anteriormente, o tamanho da área e
a capacidade de investimento têm possibilitado a contratação de consultorias,
que implantam e promovem o funcionamento do sistema de gestão, treinando
o pessoal técnico da fazenda na condução do processo no dia a dia.
E em áreas irrigadas de pequeno
e médio porte, como anda a situação?
Nessas propriedades observam-se as
maiores deficiências em utilização de
sistemas técnicos de controle da irrigação e que, sem dúvida, necessitam de
soluções ao mesmo tempo técnicas e
operacionais, viabilizando sua implantação. A grande limitação tem sido os sistemas pouco operacionais, que exigem
permanentemente grande quantidade
de medidas diárias, sensores de alto
custo e pessoal especializado, o que dificulta a adoção da tecnologia.
A experiência de longo tempo trabalhando no tema, permite pontuar que
o sucesso da implantação de um programa de gestão da irrigação e a sua continuidade ao longo dos anos, depende de
alguns requisitos básicos, onde se destacam: avaliação e ajuste do sistema de
irrigação; levar em consideração as condições locais de solo; planta e clima e, a
disponibilidade de água, equipamento e
energia, considerando em todo processo a estratégia da condução da lavoura
da propriedade; o sistema de produção;
as metas de produção e produtividade;
com a adequada conscientização e treinamento do pessoal envolvido. Fechase o ciclo com o acompanhamento periódico e um foco em resultados, a serem
comprovados no final da safra.
Trata-se de um processo que exige
tecnologia, dedicação e foco, sendo que
56
o ideal é uma implantação em etapas, permitindo a incorporação gradativa dos processos e benefícios e,
quanto mais pontos forem atingidos,
maiores os benefícios econômicos e
ambientais relacionados à maior produtividade, menor consumo de água,
energia, mão de obra e do equipamento. O sucesso na implantação e
continuidade depende de que o processo de manejo seja feito pelo próprio pessoal da fazenda, o que exige
um sistema técnico e ao mesmo tempo operacional, capaz de ser conduzido nestas condições. Como interagem solo, água, planta, sistema de irrigação e fatores operacionais, é fácil
concluir que não existe uma receita e
o uso de sistemas que prometem soluções simples e de fácil implantação
e, sem um acompanhamento técnico,
podem até ser bem intencionadas, mas
são despreparadas tecnicamente e são
frequentemente abandonadas em um
curto espaço de tempo.
Visando atender as especificidades das pequenas e médias propriedades, desenvolvemos um sistema
simples e eficiente a ser utilizado por
técnicos qualificados que atuem na assistência técnica. Trata-se do sistema Irrisimples®, uma ferramenta que permite
gerar tabelas que definem a quantidade
de água evapotranspirada pela cultura,
ou seja, a quantidade de água retirada
do solo pela planta e que deve ser reposta, em mm ou em tempo de irrigação
em cada área irrigada.
Toda tecnologia está inserida em
um sistema que envolve treinamento;
software de simples instalação e uso;
utilização de informações técnicas objetivas das culturas e dos sistemas de
irrigação e o uso de uma estação meteorológica simples, que pode ser manual (artesanal) ou automática (digital).
Você poderá ver produtos, tabelas e
mais detalhes disponíveis na página da
Irriplus (www.irriplus.com.br).
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