aconteceu - Sindicato Rural de Rio Verde
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Ano 4 | Edição 36 | Maio/2014 ESPECIAL PARTICIPAÇÃO NA TECNOSHOW RIO VERDE REASSUME LIDERANÇA DO PIB AGROPECUÁRIO sumário 14 ■ CAPA COMEÇOU A VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AFTOSA ■ ACONTECEU 06 Alunos do Projeto Agrinho participaram da Tecnoshow 08 Gestão é a saída para o setor sucroalcooleiro 10 Abril foi mês de comemorações no Sindicato Rural 12 Polícia civil conta com grupo especial 13 Silvicultura foi tema de reunião 16 Reunião debateu as dificuldades dos produtores rurais ■ AGRONEGÓCIO 18 CNA defende reajuste da metodologia que remunera produtores de cana 19 Rio Verde reassume liderança do PIB agropecuário ■ EQUOTERAPIA 20 Relatório de evolução ■ CURSOS 21 Treinamento em GPS no estande do sistema na Tecnoshow 22 Treinamento de plantas medicinais foi ministrado durante a tecnoshow 23 Curso ensinou a fazer sela americana ■ SOCIAL 24 Leilão arrecadou dinheiro para o Hospital do Câncer de Barretos ■ CULINÁRIA 26 Abobrinha recheada com carne moída diretoria Triênio 2013/2016 Diretoria Presidente: Walter Baylão Junior Vice-Presidente: Luciano Guimarães Secretário: Walter Venâncio Guimarães Tesoureiro: Celso Leão Ribeiro Conselho Fiscal Antônio Pimenta Martins Enio Jayme Fernandes Júnior Antônio Carlos de Campos Bernardes Delegados Representantes José Roberto Brucceli Sadi Secco Suplentes Olávio Teles Fonseca José Oscar Durigan João Van Ass Iara Furquim Guimarães Suplentes José Cruvinel de Macedo Filho Simonne Carvalho Miranda Cairo Arantes Carvalho Suplentes Wolney Oliveira Guimarães Helder Bassan Ruy fala do presidente VACINAÇÃO AFTOSA Presidente Walter Baylão Jr. ANO 4 EDIÇÃO 36 Maio de 2014 SINDICATO RURAL DE RIO VERDE Fundado em 1958 Sede: Av. João Bello, s/nº, Bairro Popular, CEP 75900-000, fone (64) 3051-8700 [email protected] DEPARTAMENTO COMERCIAL Sindicato Rural - (64) 3051-8700 Terra Brasilis - (64) 3623-8881 JORNALISTA RESPONSÁVEL Fabiana Sommer Fontana Mtb 2216-GO cONSELHO EDITORIAL Helder Bassan Iara Furquim Simone Carvalho Valter Venâncio Walter Baylão Jr. PROJETO GRÁFICO Terra Brasilis Marketing e Comunicação CNPJ 07.284.127/0001-29 DIAGRAMAÇÃO João Batista | Sávio Marcos FOTO de CAPA Fabiana Sommer Fontana IMPRESSÃO Gráfica Visão O mês de maio é muito importante para o calendário agropecuário, pois é o mês onde devemos vacinar nosso rebanho contra a febre aftosa, uma vez que a doença é altamente contagiosa e compromete a produção pecuária. Segundo a Agrodefesa, Rio Verde possui um rebanho de aproximadamente 320 mil animais e na última campanha foram vacinados 99.92%. A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa entre os bovinos, bubalinos, suínos, caprinos, ovinos e animais silvestres, mas, esta campanha está restrita a todos os bovinos e bubalinos de todas as faixas etárias, inclusive os recém-nascidos. Para que a vacina tenha o resultado esperado e o rebanho esteja livre da febre aftosa, a vacinação deve ser feita nas datas previstas e as vacinas devem ser compradas só em lojas registradas. O acondicionamento deve seguir alguns critérios, como estar em temperaturas que variam entre 2° C e 8° C, as vacinas devem ser transportadas em caixas térmicas e devem permanecer no gelo até o momento de aplicação. A vacinação de todo o rebanho de bovinos e bubalinos vai até o dia 31 de maio e será feita nos estados do Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins. Já a imunização em animais com idade até 24 meses está prevista nos estados do Acre (exceto os municípios da fronteira com a Bolívia que vacinam todos os animais), Espírito Santo, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. É importante que fiquemos atentos a data e não deixemos passar os prazos, pois as consequências virão depois. Não esqueça também de outro detalhe fundamental que é fazer a declaração de vacinação. É obrigatoriedade do pecuarista informar que o rebanho foi vacinado contra a Febre Aftosa. O formulário de declaração pode ser feito de duas formas: através da internet pelo site www.agrodefesa.go.gov.br ou então nas agências da Agrodefesa. Uma Boa Campanha a todos e que Deus nos abençoe! aconteceu ALUNOS DO PROJETO AGRINHO PARTICIPAram DA TECNOSHOW Por Fabiana Sommer C erca de 60 alunos da rede muncipal de ensino, integrantes do Projeto Agrinho, participaram de atividades no estande do Sistema na Tecnoshow 2014. Este ano as escolas escolhidas para prestigiarem o evento foram a Escola Municipal Cabeçeira Alta da zona rural de Rio Verde e a Escola Municipal José do Prado. Antes de iniciarem o passeio pela feira, os alunos foram recepcionados com atividades físicas, conduzidas pelo professor educador físico Fábio Pereira Santana, que realizou alongamentos com os alunos. 6 www.sindicatoruralrioverde.com.br Após os exercícios, os alunos começaram a caminhada pela feira. A primeira parada foi no estande do Sistema, onde ganharam das mãos dos presidentes Walter Baylão e José Mário balões com a logomarca do Projeto Agrinho. A segunda parada foi no estande do Sebrae e em seguida eles iniciaram o passeio pelo Circuito Ambiental, que este ano teve como tema “Saneamento Básico”. Depois de uma lição de cidadania no circuito ambiental, os alunos retornaram ao estande do sistema para um lanche e na sequência ganharam kits contendo escova dental, creme dental, fio dental e uma cartilha sobre saúde bucal e receberam as dentistas Elizabete Grabin e Yasodhara Mognon para uma breve palestra sobre a importância correta da escovação dental. As dentistas explicaram que a falta de uma boa higienização poderá ocasionar cáries e estas significam dor, mal cheiro e custo. Além disso contaram que o que limpa os dentes é a escovação e não o creme dental, por isso de nada adianta colocar muito creme na escova de dente. E por último as profissionais fizeram do estande um verdadeiro escovódromo e ensinaram aos alunos a forma correta de escovar os dentes, evitando assim, problemas maiores. Para a professora Karina Danielle da escola rural Cabeceira Alta, o convite para participar da atividade foi a forma de inserir os alunos na sociedade, através de uma realidade pouco conhecida por eles. “Para nós, realizarmos atividades assim são extremamente gratificantes, pois trazemos nossos alunos para o meio social e mostramos culturas diferentes”, afirma. De acordo com a professora, 2014 será o terceiro ano que a escola participará do Projeto Agrinho. “O Projeto é muito importante, através dele conseguimos transformar a escola, os alunos, os pais e até a sociedade, a premiação é muito boa, mas os resultados são ainda melhores, hoje por exemplo temos em nossa escola um jardim maravilhoso, com materiais reciclados e que escola rural nenhuma possui” diz. A gestora da escola rural, Selma Araújo, acredita muito no Agrinho e se sente gratificada em poder participar desta linda ação. “O principal do projeto é a transformação que fica na mente dos alunos e o que eles levam para casa”, afirma. A tarde foi animadíssima e cada aluno pode aprender alguma coisa diferente. Vinícius Peres de nove anos adorou participar da atividade e disse que não vai esquecer tão fácil desta tarde, ainda mais porque esta foi a primeira vez que visitou a Tecnoshow. “Eu adorei, foi tudo muito bom e o que eu mais gostei foi aprender a escovar os dentes corretamente”, afirma o garoto. Já Ana Júlia Santana de 11 anos aproveitou a passada pela feira para dar uma espiadinha nos animais, mesmo de longe. “Foi muito boa a nossa tarde, a feira é muito grande, não tivemos tempo para ver tudo, mas de longe consegui avistar lindos animais e eu adorei isso”. A coordenadora do Agrinho em Rio Verde, Gleibe Vieira, acha importantíssimo tirar os alunos da sala de aula e levá -los para atividades relacionadas ao assunto do programa. “Aqui na feira eles tiveram a oportunidade de conhecer um mundo diferente e ainda entrar em contato com os temas do projeto deste ano” conclui Gleibe. ■ sindicato rural em Campo | Maio 2014 7 aconteceu GESTÃO É A SAÍDA PARA O SETOR SUCROALCOOLEIRO Produtores SE REUNIRAM DURANTE A TECNOSHOW PARA DISCUTIR problemas DO SETOR Por Fabiana Sommer A comissão de cana-de -açúcar e bioenergia da Faeg realizou na tarde no dia 10 de abril, a primeira reunião do setor, realizada no estande do sistema na Tecnoshow 2014. A reunião contou com a participação de produtores de várias regiões do estado, com o objetivo de discutir os problemas que estão acontecendo neste primeiro semestre. A reunião iniciou com um bate papo do presidente nacional da comissão de canade-açúcar da CNA, Enio Jayme Fernandes, que é também diretor do Sindicato Rural de 8 www.sindicatoruralrioverde.com.br Rio Verde. O presidente enfatizou que o cenário não é positivo e que o mais importante é que os produtores dialoguem juntamente com a Faeg, Sindicatos Rurais e associações e busquem soluções conjuntas e não isoladamente. A segunda recomedação foi focar na redução de custos e aumento da eficiência. “A situação está complicada uma vez que os custos estão maiores que os faturamentos, por isso a saída é investir na gestão, esta é a palavra do momento”, afirma Fernandes. A reunião seguiu com um relatório da situação do setor sucroenergético, apresentado pelo assessor técnico para a área de cana-de-açúcar e bionergia da Faeg, Alexandro Alves dos Santos. De acordo com o assessor técnico, um panorama aponta que no Centro Sul as usinas estão endividadas e sem perspectivas de expansão, isso a dois meses do início da safra, que nova- mente está com atraso. Além disso, o faturamento do setor na safra 13/14 deve fechar em R$ 70 bilhões, quase a soma das dívidas do setor, hoje estimada em R$ 60 bilhões. “A situação financeira é caótica, recuperações judiciais vão se avolumar nos próximos dois anos, assim como problemas de inadimplência com produtores e arrendantes”, esclarece Santos. Para o assessor é fundamental que se tomem medidas urgentes uma vez que o setor enfrenta problemas de falta de competitividade, principalmente do etanol no mercado interno e perdas em decorrência do clima. Já em Goiás, o parque industrial conta com 39 usinas, mas, entre elas, apenas 35 deverão moer na safra 14/15, quatro destas estão desativadas ou em processo de paralização das atividades e seis usinas estão com problemas de inadimplência, mas continuam com as atividades. A previsão é que uma nova usina deverá entrar em operação, esta com capacidade prevista de 3,6 milhões de toneladas. Os produtores participantes da reunião acreditam que é necessário que se invista em mecanismos de proteção aos produtores rurais, um seguro as vezes poderia ser uma das saídas e pediram ainda que as discussões sejam levadas aos órgãos máximos do sistema. Há sete anos na atividade, Fábio de Souza Machado que possui 820 hectares no município de Inaciolândia achou a reunião muito produtiva e enfatiza que o diálogo entre todos é essencial. “Costumo sempre participar das reuniões, pois além de achar elas produtivas, sei que as trocas de informações entre produtores de regiões diferentes são de extrema relevância para que possamos tocar a atividade”, conclui Machado. ■ sindicato rural em Campo | Maio 2014 9 aconteceu ABRIL FOI MÊS DE COMEMORAÇÕES NO SINDICATO RURAL O mês de abril foi marcado pelo aniversário do segundo funcionário mais velho contratado pelo Sindicato Rural. José Pereira de Souza, mais conhecido como Zé Pereira, que completou 19 anos de serviços prestados a este sindicato no dia 01 de abril e 76 anos de idade no dia dois de abril. Zé Pereira tem a função de zelar pelo Parque de Exposições, é ele quem cuida da organização e realiza serviços gerais dentro do parque. Há 19 anos quando iniciou as atividades ele morava dentro do parque em uma casa juntamente com a família, ele permaneceu por cerca de quatro anos residindo no parque de exposições, até se mudar para a casa própria, que por coincidência fica 10 www.sindicatoruralrioverde.com.br também nas proximidades do Sindicato Rural. “Sempre cuidei de tudo, desde água nos currais até manutenção de grama, adoro meu trabalho e não me imagino fazendo outra coisa”, afirma Pereira. O funcionário lembra como era o parque de exposições quando entrou e olha que as mudanças foram inúmeras. “Quando eu vim trabalhar aqui o parque era cercado com tela, os escritórios eram bem diferentes ou nem existiam, não tinham galpões grandes como os de hoje e os que tinham era feitos de tábuas e agora vejo toda a evolução e fico muito contente”, explica. O trabalho prestado por seu Zé Pereira é fundamental, pois é ele quem mantém as ruas do parque limpas, as gramas cortadas e a ordem geral. “Quando eu cheguei aqui era sozinho, cuidava de tudo sem nenhuma ajuda, mas hoje eu divido o serviço com o meu colega Chiquinho”. O funcionário é muito querido por todos, pois está sempre com um sorriso no rosto e pronto para ajudar quem for preciso. E quem ainda não conhece ou não sabe quem é José Perei- ra de Souza, basta vir até o Sindicato Rural e observar um senhor alegre, sempre usando chapéu e com as chaves do parque penduradas nos ombros. Foto: Shutterstock Mas, o mês de abril teve outro dia muito importante para a instituição, o aniversário de 56 anos do Sindicato Rural de Rio Verde, no dia 24 de abril. A história da criação do Sindicato Rural inicia em meados dos anos de 1950, quando o jovem advogado Lauro Martins batalhava pela criação de uma cooperativa rural em Rio Verde - Goiás. Ao vencer as eleições para prefeito municipal no dia 30 de novembro de 1969, começou a trabalhar na gestão municipal com o campo, não apenas no aspecto de pontes e estradas, mas também, na correção do uso do solo e cooperativismo. A cooperativa sugerida surgiu também nesse período e teve efêmera vida. Foi na década de 1950, na sua metade, que nasceu a “As- sociação Rural de Rio Verde”, esse fato está comprovado em ata pela instituição que o sucedeu, o “Sindicato Rural de Rio Verde”. A data de abertura dessa associação se deu aos 24/04/1958, com 35 produtores presentes, considerados os fundadores. O primeiro presidente da associação foi Nestor Fonseca, tendo como vice-presidente Alcides Gonzaga Jaime. Dois anos após o surgimento da associação, houve uma reestruturação do quadro e elegeu-se outra diretoria, comandada então pelo presidente Wagnei Azevedo Leão. A mudança de Associação para Sindicato aconteceu no dia 20 de janeiro de 1968 em Assembleia Geral onde ficou acertado que o Sindicato Rural de Rio Verde se propunha a colaborar com os poderes públicos e as demais associações, tudo no sentido de solidariedade social e de sua subordinação aos interesses nacionais. Nesta mesma data foi aprovada a filiação do Sindicato Rural de Rio Verde à Federação de Agricultura do Estado de Goiás. A primeira eleição para a diretoria do Sindicato Rural aconteceu em 10 de agosto de 1968. A missão do Sindicato Rural é a representação institucional dos produtores rurais de Rio Verde, orientar, informar e representar os produtores rurais, cuidando dos interesses institucionais e políticos, prestando serviços de forma eficiente e promovendo a sustentabilidade de sua atividade. A visão da instituição é a representatividade classista, respeitando a cultura, princípios e valores de sua base territorial, além de ser referência como uma entidade comprometida com a classe produtora, com responsabilidade social, buscando uma política agrícola efetiva, justa e transparente. ■ Colaboração: Livro Síntese Histórica do Sindicato Rural de Rio Verde de Filadelfo Borges. sindicato rural em Campo | Maio 2014 11 aconteceu POLÍCIA CIVIL CONTA COM GRUPO ESPECIAL Uma delegacia específica para Investigação de furtos, roubos patrimoniais e em propriedades rurais. O Sindicato Rural de Rio Verde esteve presente no dia 02 de abril para a apresentação do Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais – GEPATRI, da Polícia Civil. O evento aconteceu na 8ª Delegacia Regional de Polícia e contou com a participação além dos delegados, de representantes de entidades de classe. O grupo é composto por um delegado, dois escrivães e cinco agentes, e o objetivo é investigar furtos e roubos patrimoniais e também em propriedades rurais, uma vez que os furtos e roubos de agrotóxicos e também de gado tem sido constantes no município. Os crimes relacionados a tais fatos eram antes concentrados no 1º e 2º Distrito Policial, 12 www.sindicatoruralrioverde.com.br agora, tendo uma delegacia específica para tratar desses assuntos, a polícia acredita que será mais fácil à investigação. O grupo é coordenado pelo Delegado Dannilo Proto, e já está atuando no município. O Sindicato Rural foi representado pelo diretor Walter Venâncio Guimarães, que reforçou que a casa está à disposição para colaborar no que for preciso. “Nós enquanto entidade, temos a responsabilidade de representar o produtor rural e no que depender deste sindicato estamos a inteira disposição.”, conclui Guimarães. ■ Foto: Shutterstock Por Fabiana Sommer SILVICULTURA FOI TEMA DE REUNIÃO Por Fabiana Sommer A s Comissões Estadual e Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura se reuniram na tarde no dia 10 de abril no estande do sistema na Tecnoshow para esclarecer dúvida dos produtores rurais de eucalipto. A reunião foi conduzida pela assessora técnica da CNA Camila Soares Braga e pelo presidente da comissão estadual Walter Vieira Resende. A assessora técnica da CNA fez um panorama da política nacional de florestas plantadas e explicou que o objetivo da confederação é estimular a atração de investimentos para florestas plantadas. Além disso ela explicou que desde 2010 o assunto já vem sendo discutido, o primeiro processo foi a criação de um grupo de trabalho interministerial e após foi a vez de criar diretrizes para Estruturação de uma Política Nacional de Florestas Plantadas. Os resultados surtiram efeito com a criação de um grupo de trabalho interministerial e participações em fóruns de discussão (governamentais e setoriais), reuniões governamentais e articulação com atores envolvidos no processo, além da aprovação das propostas do “pacote investimento”. “Nosso projeto além disso, criou seis eixos para a política nacional de florestas plantadas: fomento, tributação e mitigação de riscos; energia; indústria; pesquisa, assistência técnica e extensão rural; meio ambiente e o eixo normativo”, explica Camila. Já o presidente da comissão estadual Walter Vieira Resende falou aos participantes sobre o mercado, a falta de incentivo ao produtor, eficiência e mecanismos para fomentar o mercado. “O mercado da silviculura exige materiais próprios, logística e ainda precisa saber quem são os consumidores” afirma. Goiás conta hoje com aproximadamente três mil produtores e uma área total que chega aos 200 mil hectares, mas para o presidente, falta ainda profissionalização. “A federação tem cada vez mais investido nesta área, tem procurado valorizar o produtor e incentivar o plantio”. Os participantes da reunião aprovaram a iniciativa e acharam ela esclarecedora. “Achei muito boa a reunião, esclareci minhas dúvidas sobre tributos, regularização e a legislação florestal”, disse o produtor Vanderlei Cassol, que há 10 anos está na atividade. Já o consumidor e produtor Alfonso Falchetti saiu da reunião satisfeito. “Vim para esclarecer dúvidas e sai com um aprendizado muito grande”. ■ sindicato rural em Campo | Maio 2014 13 Capa COMEÇOU A VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AFTOSA PecuaristaS se mobilizam para vacinar os rebanhos Por Fabiana Sommer M aio é oficialmente o mês de vacinação contra a febre aftosa em Goiás, estado que atualmente possui um rebanho de cerca de 21 milhões, segundo dados da Agrodefesa. Este ano o período estabelecido pela agência para a vacinação do rebanho vai de 01 a 31 de maio e a vacinação é obrigatória para todos os bovinos e bubalinos existentes em propriedades rurais. As vacinas já estão sendo comercializadas desde o início do mês de maio nas lojas agropecuárias e de acordo com o fiscal estadual agropecuário Guilherme Ramos Barbosa as doses só serão vendidas até o dia 31 de maio. “Após essa data as lojas não podem mais vender as vacinas e então o produtor terá que se dirigir até a Agrodefesa, fazer uma solicitação ao órgão, será multado em R$ 7,00 por cabeça, se for reincidente este valor é cobrado em dobro e a vacinação é assistida”, afirma Barbosa. Segundo o fiscal Barbosa, antes de vacinar o pecuarista deve conferir o rebanho, estimar a quantidade de cabeças que possui, se dirigir a uma revenda e adquirir as doses de acordo com o número de animais do rebanho e exigir a nota fiscal no momento da venda. Além disso, é funda- 14 www.sindicatoruralrioverde.com.br “A vacinação é indispensável para manter qualquer rebanho livre de aftosa, com ela podemos garantir uma carne saudável para a população” Juliano Aquino - Médico Veterinário mental que a revenda forneça meios de conservação da vacina adequados. “Após a compra da vacina o pecuarista deve utilizá-la rapidamente, são 5 ml por animal e a vacina é subcutânea”, informa. Outro detalhe fundamental é fazer a declaração de vacinação. É obrigatoriedade do pecuarista informar que o rebanho foi vacinado contra a Febre Aftosa. O formulário de declaração pode ser feito de duas formas: através da internet pelo site www.agrodefesa.go.gov.br ou então nas agência da Agrodefesa. As declarações deve ser entregues devidamente preenchidas juntamente com a nota fiscal de aquisição das vacinas no prazo máximo de cinco dias úteis após o término da etapa de vacinação. “Ressalto a importância da declaração online, pois ela é mais rápida, o site é autoexplicativo, além de evitar filas”, esclarece Barbosa. Além disso, a Agrodefesa alerta que os animais vacinados pela primeira vez têm carência de 15 dias após a vacinação para serem movimentados, animais com duas vacinações são sete dias e animais que já tomaram três doces da aftosa não tem carência de trânsito. “Quem for fazer qualquer movimentação com o gado deve já ter vacinado e declarado, tanto para venda, compra, leilão, cria, exceto para abate”, afirma o fiscal. A febra aftosa é uma doen- ça contagiosa que se espalha rapidamente. Os principais sintomas são: febre, aftas na boca, nas tetas e entre as unhas, os animais babam, mancam, arrepiam o pelo e param de comer e beber. A doença é transmitida através do vírus que está presente na saliva, no líquido das aftas, no leite e nas fezes dos animais doentes. Qualquer objeto ou pessoa que tenha contato com essas fontes de infecção se torna um meio de transmissão para outros rebanhos. A transmissão para humanos é raríssima. Por ser uma doença bastante contagiosa, nos animais jovens ela pode ser fatal e os principais problemas são os econômicos por isso é que os países que já sofreram com a doença estabeleceram barreiras sanitárias nas regiões atingidas. “A vacinação é indispensável para manter qualquer rebanho livre de aftosa, com ela podemos garantir uma carne saudável para a população” diz o médico veterinário Juliano Aquino. E pensando neste bem estar, tanto animal quanto humano é que a Fazenda Rioverdinho Três Barras, a 25 quilômetros de Rio Verde já iniciou a vacinação. A responsável pela vacinação é a produtora rural Bárbara Rodrigues, que, além disso, é também médica veterinária e filha do associado Acássio Teles de Castro. Na propriedade da família a vacinação é realizada sempre nos primeiros dias do mês, uma estratégia adotada há anos e que tem como objetivo evitar problemas mais para frente. “Sempre vacinamos nosso gado nas primeiras semanas, pois assim teremos tempo suficiente para preenchermos os formulários em tempo hábil, além de evitarmos os tumultos que acontecem no final da campanha”, esclarece Bárbara. As vacinas são compradas em uma cooperativa e levadas aos poucos para a fazenda, conforme a demanda diária de vacinação. Outro cuidado relatado pela veterinária é o armazenamento das doses. “Temos freezers e caixas de isopor onde armazenamos as doces até a hora da vacina”, explica. A família possui gado leiteiro e de corte que somam 600 animais e ficam divididos em duas propriedades. O gado leiteiro é o primeiro a ser vacinado por serem animais mais fáceis de controle na hora da vacinação. De acordo com a veterinária antes de iniciar a vacinação é feito primeiramente a contabilização dos animais, depois eles são separados por faixas etárias e só então as vacinas iniciam. “Temos sempre um cuidado muito especial na hora de vacinar, por isso seguimos algumas regras, como por exemplo, com as seringas e com as agulhas que limitamos o número de animais vacinados, acho muito importante cuidarmos desse ponto, então aqui eu procuro vacinar só uma quantidade de animais com a mesma agulha e eu também sempre esterilizo elas para reutilizá-las no outro dia”, afirma à veterinária, Na propriedade a declaração é feita online, pois eles ganham mais tempo, evitam filas e diminuem gastos. ■ sindicato rural em Campo | Maio 2014 15 aconteceu REUNIÃO DEBATEU AS DIFICULDADES DOS PRODUTORES RURAIS Por Fabiana Sommer P rodutores rurais da região discutiram no dia 10 de abril no estande do sistema Faeg/Senar/ Sindicato Rural de Rio Verde na Tecnoshow, sobre as dificuldades enfrentadas nesta safra. A reunião foi conduzida pela superintendente técnica da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rosimeire Cristina dos Santos, na pauta: vazio sanitário, medidas provisórias, perdas com a seca, questões tributárias, crédito rural, NR 31 e seguro rural. Um dos assuntos mais debatido diz respeito ao seguro rural. Os produtores reinvindicaram sobre necessidade de uma repaginação do sistema de seguro rural que venha de encontro as necessidades de manutenção de renda, beneficiando o produtor rural. “Em uma recente pesquisa foi diagnosticado que em Goiás, apenas 23,5% dos produtores contrataram o seguro e com apenas 50% de cobertura sobre a produtividade média da área segurada, ou seja, estamos contratando um seguro para apagar fogo em caixa dágua.”, afirma Pedro Arantes, consultor do sistemaFAEG/SE- 16 www.sindicatoruralrioverde.com.br NAR. Já o presidente da comissão de agricultura do sindicato rural Flávio Faedo, acredita que o seguro rural tem apenas onerado o produtor. De acordo com o assessor técnico do sindical rural, Alexandre Câmara Bernardes, é preciso ampliar a discussão e promover um novo modelo de seguro que venha a contemplar a renda do produtor rural, evitando assim, novas rodadas de renegociações. Outro assunto bastante polêmico foi com relação as legislações trabalhistas. O produtor rural Koji Watanabe destacou que é quase impossível cumprir todas as exigências da NR31 nas propriedades rurais da região. “O que vemos diariamente é uma enxurrada de cobranças que se aplicam diretamente à zona rural, o que na verdade, não deveria acontecer” diz. A superintendente técnica da CNA, Rosimeire Cristina dos Santos, disse aos produtores que a maior pauta da confederação é justamente a trabalhista e é a que menos evoluiu. “A CNA esta participando de diversas audiências públicas em vários estados para rever alguns quesitos da NR31, uma vez que alguns produtores estão sendo multados por não conseguirem alinhar todas as normas”, comenta. O vazio sanitário também foi colocado em discussão e para os produtores, ele é fundamental para evitar a proliferação de problemas nas culturas. “Temos que nos policiar, precisamos também estar de olho em nosso vizinho que venha a não cumprir com o calendário agrícola, pois ele poderá colocar em risco todas as fazendas ao redor e nós sabemos dos danos da falta de um vazio sanitário”, explica o presidente do Sindicato Rural de Cristalina, Alécio Marostica. O presidente do Sindicato Rural de Cabeceiras, Arno Wais, pontuou sobre o crédito rural e afirmou que problemas advindos da estiagem devem ser levados para uma discussão mais ampliada. “Agora com a seca muitos de nós tivemos que prorrogar os empréstimos, fomos até o banco, fizemos estas prorrogações, mas não fomos informados por exemplo de que fazendo isto, estaríamos ficando sem crédito futuramente, por isso que eu falo que é preciso levarmos esta discussão até as autoridades máximas do nosso setor”, desabafa Wais. A reunião de acordo com os produtores serviu como forma de debater os principais assuntos do cotidiano rural e ainda abrir espaço para possíveis questionamentos juntos a CNA. A superintendente técnica disse aos produtores que hoje são mais de 2.500 projetos de lei tramitando no Senado e Câmara Federal e no que depender da CNA, esforços não serão medidos na hora de ajudar o produtor rural. A reunião encerrou-se com o sorteio de camisetas do Time Agro Brasil, autografadas pelo Rei do Futebol, Pelé. ■ sindicato rural em Campo | Maio 2014 17 agronegócio CNA defende reajuste da metodologia que remunera produtores de cana Por Fabiana Batista – Valor Econômico A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou no dia 24 de Maio, nota afirmando que os produtores de cana-de-açúcar querem mudar a metodologia de definição do preço da matéria-prima pago pelas usinas aos plantadores. A principal queixa segundo a entidade é a de que eles recebem, pela tonelada, valores abaixo do que a produção realmente vale, comprometendo a rentabilidade do fornecedor e desestimulando a atividade canavieira. “Na safra passada, essa diferença chegou, em média, a 13%, mas há regiões em que este percentual é bem superior”, afirma o presidente da Comissão da CNA e diretor do Sindicato Rural de Rio Verde Ênio Fernandes. O tema foi discutido na Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA no dia 23 de Maio, uma vez que há alguns anos, 18 www.sindicatoruralrioverde.com.br Foto: Shutterstock a formação do preço da cana é definida pelo Consecana, conselho que reúne produtores independentes da matéria-prima e usinas de etanol e açúcar. “Hoje, o preço da cana equivale a 62% dos custos de produção, quando deveria cobrir pelo menos 75%”, justifica o presidente da Comissão da CNA. Segundo ele, há ainda o agravante da inadimplência por parte de algumas usinas junto aos fornecedores, comprometendo ainda mais a lavoura. “As indústrias fabricam o etanol e o açúcar, comercializam a produção, mas não pagam os produtores que fornecem a matéria-prima”, completa. ■ Foto: Fredox Carvalho RIO VERDE REASSUME LIDERANÇA DO PIB agrOPECUÁRIO Por Fabiana Sommer O Sindicato Rural de Rio Verde participou no dia 28 de abril, na sede da Faeg, do evento que homenageou os municípios com os maiores PIB’s do Estado, o PIB Goiás 2014, que além de homenagear as prefeituras, destacou também os 10 municípios mais representativos na agropecuária. Durante o evento, realizado pelo Jornal O Popular e Faeg, foi divulgado aos participantes que em 2013, o agronegócio foi um dos principais responsáveis por alavancar o PIB, colocando Goiás na 9ª posição entre as maiores economias do país. Com colheita recorde de 186,1 milhões de toneladas de grãos e fibras na safra 2012/2013, o setor agro- pecuário proporcionou ao PIB brasileiro um crescimento de 1,5% na comparação entre segundo trimestre de 2013 e o primeiro trimestre. No mesmo período, o PIB do setor agropecuário cresceu mais que os demais setores juntos e registrou alta de 3,9%. Desempenho este adquirido através da soja, milho e feijão. O município de Rio Verde foi destaque no evento, pois mais uma vez, volta ao topo da lista, sendo o líder no PIB agropecuário com R$ 723 milhões, seguido por Jataí com PIB de R$ 592 milhões e Cristalina com R$ 521,6 milhões. Já no ranking nacional, Rio Verde é o terceiro entre os municípios que mais contribuíram com o PIB agropecuário. “Nosso município merece este destaque, a economia está cada vez mais consolidada, por isso é que inúmeras indústrias, cooperativas e empresas se instalam aqui, gerando também um número expressivo de empregos”, afirma o diretor do Sindicato Rural Olávio Fonseca Teles. De acordo com o diretor Cairo Arantes, as culturas como o milho e a soja e também o leite, impulsionam a economia do município. “Nossa diversidade de culturas é muito grande e ela faz não só com que os produtores rurais cresçam, mas também toda a comunidade” esclarece Arantes. O evento contou ainda com a palestra “O Agronegócio e seu impacto no PIB municipal e estadual”, ministrada pelo Doutor Roberto Rodrigues, coordenador do centro de agronegócios da FGV/GVAGRO e também mesas redondas com especialistas da área. O Sindicato Rural foi representado pelos diretores Olávio Fonseca Teles e Cairo Arantes e pelo assessor técnico Alexandre Bernardes. sindicato rural em Campo | Maio 2014 19 Equoterapia Relatório de Evolução Por Por Shenayder Silva (Educador Físico) e Katiane Gomes Borges Calandria (Fisioterapeuta) O que é Equoterapia ? O cavalo entrou definitivamente na área de reabilitação humana em Rio Verde. O Centro de Equoterapia Primeiro Sorriso, há nove anos atende pessoas que são portadoras de necessidades especiais ou portadoras de necessidade temporária. A Equoterapia é um método terapêutico e educacional, ela é empregada ao cavalo como agente promotor de ganhos físicos, psicológicos e educacionais. A Equoterapia pode ser indicada para alguns casos clínicos, como: Síndrome de Down, Paralisia Cerebral, Doença Vascular Encefálica, Traumatismo Craniano Encefálico, Dificuldade na Aprendizagem, Amputação, Fobias, entre outros. O Traumatismo Craniano Encefálico, é uma disfunção cerebral, transitória ou permanente, que resulta do impacto entre o crânio e um agente externo, como por exemplo, uma queda, ou quando se é atingido por um projétil. 20 www.sindicatoruralrioverde.com.br O TCE é a epidemia silenciosa do século XXI, sendo a principal causa de morte e incapacidade em crianças, jovens e adultos em todo o mundo. No ano de 2014, matriculou-se no CEPS (Centro De Equoterapia Primeiro Sorriso) o praticante Rildo José da Silva, de 48 anos, ele foi encaminhado por médico, em decorrência de uma sequela de TCE( Traumatismo Craniano Encefálico) O irmão do praticante relatou que no dia 19 de junho de 2013 o paciente foi encaminhado para a UPA ( Unidade de Pronto Atendimento) e no mesmo dia às 03:00 horas da manhã ele foi transferido para o HURSO ( Hospital de Urgências do Sudoeste) e foi realizado uma cirurgia, permanecendo internado por 3 meses. As sessões de equoterapia, iniciaram no dia 20 de fevereiro de 2014, sendo inserido na primeira fase a aproximação, utilizados nas sessões uma equipe formada por um guia, o terapeuta e um auxiliar, esta sendo usada uma égua quarto de milha que tem o nome “Coca Cola” medindo um metro e cinquenta centímetros de altura; uma manta de quatro centímetros de espessura, estribos gaiola e um cabresto. A andadura do animal durante a sessão é no ritmo transpistar em solo compacto e aula tem duração de 30 minutos. No inicio do tratamento o praticante não tinha um bom desenvolvimento motor, não possuía controle cervical e de tronco. Com o decorrer das sessões o praticante apresentou uma evolução clínica, começou a ter uma sustentação de controle cervical e de tronco. Hoje à família relata que o praticante está conseguindo realizar algumas Atividades de Vidas Diárias como: pentear cabelo, higiene pessoal, alimentar sozinho. ■ cursos TREINAMENTO EM GPS NO ESTANDE DO SISTEMA NA TECNOSHOW Por Fabiana Sommer D uas turmas participaram do treinamento em operação de GPS – máquinas agrícolas, realizado no estande do sistema durante a Tecnoshow. O curso teve uma grande procura devida as exigências do mercado, que a cada dia buscam profissionais capacitados para operar as máquinas, que constantemente passam por transformações tecnológicas. O treinamento teve como objetivo o aperfeiçoamento do sistema de GPS, instalação, configuração e operação do sistema. De acordo com o instrutor Helder Nominato para se operar uma máquina com GPS, o mais importante é ter conhecimentos em informática. “Sempre alertamos nossos profissionais que o mercado hoje exige noções básicas em informática, é muito difícil trabalhar neste ramo se a pessoa não tiver um bom controle desta área”, afirma Nominato. O acadêmico de agronomia Luis Cláudio Jesus Costa resolveu fazer o treinamento com o intuito de se qualificar no assunto, uma vez que também é produtor rural e precisa estar em constante aperfeiçoamento. “A minha experiência com GPS era apenas a de ver outros produtores manuseando, então resolvi agregar conhecimento e tirar minhas dúvidas sobre a demarcação de pontos fazendo o curso”, diz Costa. O também estudante Jairo Martins Parreira Neto nunca teve contato com o assunto e resolveu participar para que em um futuro próximo já esteja apto para o mercado de trabalho. “Achei o curso ótimo, consegui obter informações importantes.”, esclarece. O curso em GPS tem sido um dos mais procurados do sistema, em um mês o instrutor chega a ministrar 11 cursos e acredita que a grande procura é em virtude da necessidade de profissionais qualificados no mercado. “Muitas empresas e produtores só contratam os profissionais após a qualificação do Senar”, conclui Nominato. ■ sindicato rural em Campo | Maio 2014 21 cursos TREINAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS FOI MINISTRADO DURANTE A TECNOSHOW Por Fabiana Sommer O uso de plantas para fundos medicinais é bastante antigo, embora os cuidados de armazenamento e manipulação ainda sejam desconhecidos por muitas pessoas. Foi pensando nisso que mais uma vez, a Faeg, Senar e Sindicato Rural levaram o treinamento de plantas medicinais para o estande do sistema durante a Tecnoshow. O treinamento teve como objetivo ensinar aos participan- 22 www.sindicatoruralrioverde.com.br tes sobre acondicionamento, secagem e armazenamento das plantas, bem como, mostrar que todas as plantas têm um uso específico e que a utilização de cada uma deve ser feita de acordo com as especificidades da planta. Ministrado pela instrutora e fitoterapeuta Miranildes Garcia Teixeira o curso também teve o intuito de resgatar a sabedoria popular, sempre preservando o meio ambiente. “Não podemos iniciar um treinamento como este sem antes repassarmos aos nossos alunos sobre a importância do meio ambiente, por isso é que eu ensino eles até como se deve arrancar a planta da natureza, evitando assim que ela morra”, comentou. Este ano o treinamento teve a participação de acadêmicos do curso de farmácia e também de donas de casa pertencentes ao Centro de Referência em Assistência Social – CRAS. Para a instrutora esta mescla de participantes foi fundamental para a condução, uma vez que reuniu a sabedoria popular com o conhecimento científico. “As donas de casa puderam expor seus conhecimentos populares e os acadêmicos questionaram embasados nos aprendizados científicos”, afirmou Miranildes. A integrante do CRAS, Vera Lúcia Borges Cruvinel é uma adepta a participação dos cursos oferecidos pelo Senar. A dona de casa já participou de 13 cursos, mas para ela, o de plantas medicinais foi o mais proveitoso. “Adoro parti- cipar dos cursos, sempre que têm estou participando, mas este fez a diferença em minha vida, pois poderei utilizar em minha casa, além de saber que essas plantas eu poderei encontrar no meu próprio quintal”, ressaltou Vera. Já para a acadêmica Luana Moraes o curso foi produtivo pois ela conseguiu aliar o conhecimento que já obteve em sala de aula com a prática repassada no treinamento. “Aprendi que todas as plantas têm um uso específico e que a utilização do conjunto da planta também é importante”. O curso foi separado em três momentos, no primeiro os participantes fizeram a identificação das plantas, no segundo foi extraída a tintura e o terceiro momento foi à hora do processamento, onde os participantes puderam fazer composto para dores reumáticas, xarope, unguento, sabonete e protetor solar com aloe vera. ■ CURSO ENSINOU A FAZER SELA AMERICANA Por Fabiana Sommer A s selas americanas são utensílios sempre utilizados nas fazendas, por isso, o mercado em torno deste adereço ainda é muito promissor, pensando nisso, este ano pela primeira vez no estande do sistema durante a Tecnoshow, foi ministrado o curso de Selaria Americana. Os principais objetivos do curso foram mostrar aos participantes sobre o cenário da equideocultura no Brasil e em Goiás, planejamento das atividades de confecção da sela, importância da segurança no trabalho, identificação dos materiais, ferramentas, armações, preservação do meio ambiente, preparação do couro e confecção da sela. Para a confecção das selas foi utilizado couro, madeira para armação, argolas e margaridas. O primeiro passo foi invernar a armação, depois o corte das peças através de moldes e por último a montagem da sela. “O processo é longo e exige atenção do participante, pois é preciso fazer muitos cortes e ai vem à importância de utilizar os equipamentos de segurança”, reforça o instrutor Antônio Sebastião Gouveia. O instrutor explicou aos participantes que a sela americana tem um custo maior, pois o acabamento é delicado. “Como os materiais utilizados são de primeira linha e o processo é feito manualmente, depois de pronta a sela pode ser vendida por até R$ 1.200,00”, afirma Gouveia. O curso contou com a participação de estudantes e produtores rurais. O pecuarista Creidionaldo Silva Furquim resolveu participar, primeiro porque possui propriedade rural e sempre utiliza selas na fazenda e o segundo intuito dele foi aprender a confeccionar, para mais tarde pode fazer na própria fazenda. “Gostei muito do curso e mais pra frente quero fazer as minhas próprias selas americanas”, conclui Furquim. ■ sindicato rural em Campo | Maio 2014 23 SOCIAL LEILÃO ARRECADOU DINHEIRO PARA O HOSPITAL DO CÂNCER DE BARRETOS 1º LEILÃO DIREITO DE VIVER ARRECADOU MAIS DE CEM MIL REAIS O Sindicato Rural cedeu o Tatersal de Leilões no dia 16 de março para a Associação Amigos da Vida realizar um leilão para arrecadar verbas para o Hospital do Câncer de Barretos. De acordo com os organizadores, a ideia partiu da existência do mesmo leilão em Barretos e como a Associação de Rio Verde encaminha muitos pacientes para o hospital, arrecadar verba seria uma ajuda a mais para quem precisa de tratamento. O 1º Leilão Direito de Viver arrecadou mais de cem mil reais, que serão revertidos para o tratamento de pacientes com câncer. “Nosso leilão foi um sucesso, além dos animais que nos foram ganhos, tivemos uma participação grande de produtores e sociedade”, afirma o presidente da associação José Soares de Bessa. A Associação Amigos da Vida possui 50 membros e já encaminhou para Barretos mais de 4 mil pacientes. De acordo com o presidente, cerca de 400 pessoas ainda estão em tratamento. ■ 24 www.sindicatoruralrioverde.com.br sindicato rural em Campo | Maio 2014 25 culinária Foto: Reprodução ABOBRINHA RECHEADA COM CARNE MOÍDA 26 Ingredientes Modo de preparo • • • • • • • • • • Corte a ponta da abobrinha e retire a polpa com cuidado para não furar a casca. Em uma panela, refogue a carne moída no azeite, a cebola, o alho, a polpa da abóbrinha picada, 1/2 lata de molho de tomate, o cominho, sal e pimenta por 10 minutos. Recheie as abóbrinhas com o refogado e coloque em uma forma refratária, espalhe o molho de tomate restante por cima e polvilhe com a mussarela ralada. Leve ao forno médio preaquecido por 35 minutos. Sirva em seguida 4 abobrinhas italianas médias 400g de carne moída patinho, músculo ou acém 2 colheres (sopa) de azeite 1 cebola picada 2 dentes de alho picados 2 latas de molho de tomate 1/2 colher (chá) de cominho Sal e pimenta do reino a gosto 50g de queijo mussarela ralado www.sindicatoruralrioverde.com.br Rendimento: 5 porções Tempo de preparo: 40 minutos