jurerê - Ronaldo Amboni

Transcrição

jurerê - Ronaldo Amboni
paraná
santa catarina
rio gr. do sul
Laguna
O show dos golfinhos pescadores
edição nº 46 | janeiro 2014 | R$ 8,90
Jurerê
Internacional
A mais falada de todas as praias
Caraca,
quanta craca!
Como deixar
seu barco livre
deste problema
Festança
em Itajaí
Como uma
regata virou
um espetáculo
Sol
de verão
O que fazer
para se
proteger bem
Já imaginou
viver em um
apartamento
e ter seu barco
a poucos
andares de
você?
Agora você pode, no Marina Beach Towers.
DO ELEVADOR,
DIRETO
PARA
O
SEU
BARCO.
Único com acesso pelo Apartamentos com 3 e 4 suítes
ar, pela terra e pelo mar Skyfit com vista panorâmica da cidade
e o único de Balneário
Camboriú com heliponto
autorizado pela ANAC.
marinabeachtowers.com.br
Coordenadas: -27° 0’ 20.00”, -48° 37’ 16.78”
R. Três Mil e Setecentos, 425 • Balneário Camboriú, Santa Catarina
VISITE DECORADOS NO LOCAL
47 3264.8717
Aconteceu...
FESTA NÁUTICA SUL
“
Em seu sétimo ano de vida,
NÁUTICA SUL ganhou um novo
projeto gráfico e editorial
Para comemorar o lançamento da nova fase da
revista, amigos e clientes foram convidados para uma
pré-estreia exclusiva do filme Capitão Philips, em Curitiba
programa
de família
Acima, a família
Carvalho (Rafael,
Luciana, Pedro
e André), ao
lado, Nayara
Rupollo com Ana
Cecilia e Claudia
Nickel, e, abaixo,
Rogério Nickel e
Marcos Rupollo
diversão a dois
Acima, Pedro
David, da MM
Náutica, com sua
mulher, Cristina
Carvalho, e, ao
lado, outro casal:
Cristiane e
Sergio Keinert.
Todos adoraram o
filme, que tem Tom
Hanks no papel de
um comandante
cujo navio é
atacado por piratas
Mais de 100 pessoas prestigiaram
“oprimeira
evento, que exibiu o filme em
mão na capital paranaense
fotos rogério teodorovy
filme e revista
Acima, Tchello
Brandão, Micheli
Vaira e Joicimar
Aviz; no alto,
Rosane Moreiro,
Newton Jr, Gomes
Rocha, Cintia Vieira
e Jaime Lima; à
esq. Taisa e Luiz
de Assis: e, à dir.,
André Carvalho e
Francielle Fritzen,
curtindo a nova
NÁUTICA SUL
casa cheia
Acima, Luiz e
Marguit Garbi,
com Mariana e
Allan Cechelero,
mais Renato Alves,
Emerson Rupollo e
Altair Daru e, à esq.,
Carla Talhamento,
Veridiane Santos e
Mario Ribeiro, com
Gilmar e Solange de
Carvalho, à dir.
Náutica Sul
13
Aconteceu...
NOVA TORRE DO
MARINA BEACH TOWERS
Em Balneário Camboriú,
uma grande festa
marcou o lançamento da
segunda torre do único
edifício com marina
integrada da cidade
torres de
apartamentos,
com heliponto
e uma marina
privativa
FOtos divulgação
O Marina
“Beach
Towers
terá duas
grande
em tudo
Com duas torres
de 35 andares,
o Marina Beach
Towers terá, além
de uma sofisticada
área de lazer, a
primeira marina
privativa em
um condomínio
vertical na
América Latina,
com mais de 100
vagas para barcos
de até 60 pés de
comprimento
Aconteceu...
PUBLIEDITORIAL
Maior empreendimento da região
entrega 50% das unidades
Extreme Series Floripa
A etapa catarinense que definiu o título mundial da empolgante
Extreme Series teve muita gente na plateia e muita emoção na água
“
Foi a primeira vez
que Florianópolis sediou a
competição. Mas, no ano
que vem, ela deve voltar
FOtos divulgação
Para comemorar
os cinco anos da
entidade,
a associação de
marinas premiou os
melhores de cada setor
“
A votação foi
pela internet.
E a festa, no Veleiros
da Ilha, em Floripa
Localizado na Praia Brava, em Itajaí, uma das mais belas praias
de Santa Catarina, e idealizado pela Incorporadora PROCAVE,
o Brava Home Resort traz o que há de melhor em viver bem,
onde o encontro entre a tecnologia e a natureza acontecem na
mais perfeita harmonia.
Unidades concluídas
Prêmio Acatmar
OS VENCEDORES
Rodrigo Magrini
(representando
Sergio Machado,
da Transpetro),
categoria Amigo
do Mar; Francisco
Nazareno (Naza
Náutica), Melhor
Prestador de
Serviço Náutico;
Gustavo Bauer
Quem nunca desejou viver perto da natureza sem precisar se
afastar da cidade? Seria um sonho acreditar que existe um
local onde crianças podem brincar perto de pomares e jardins, e que jovens e adultos encontram em um só lugar:
diversão, tranquilidade, saúde e um grande espetáculo arquitetônico? Sonho? Não. Realidade. Este é o Brava Home
Resort, o empreendimento mais ousado e bem fundamentado do sul do país.
(Marina Tedesco,
Balneário
Camboriú),
Melhor Marina e
Município Náutico;
Marcio Ishihara
(BomBarco)
Melhor Site; Mané
Ferrari (Acatmar),
Personalidade;
Marcio Schaefer
(Schaefer
Yachts, também
no detalhe),
Melhor Estaleiro;
Cláudia Schaefer
(representando a
Regatta), Melhor
fornecedor de
Equipamentos;
Gustavo Ortiz
(Náutica Sul),
Melhor Revista
Náutica
Com 50% das unidades prontas para morar e com todas as
licenças e alvarás em dia, o Brava Home Resort presenteia Itajaí com um novo conceito em morar bem. Suas torres foram
minuciosamente planejadas para que nenhuma vista da paisagem do mar e mata atlântica se percam. Seus apartamentos
com 3, 4 ou 5 suítes contam com uma arquitetura sem precedentes e apresentam uma grande diversidade de formas e
unidades estéticas, capazes de reunir os elementos mais importantes para o melhor estilo de vida.
Com a mais alta sofisticação, o empreendimento foi planejado para aliar o conforto de uma área residencial a altos níveis de tranquilidade, bem-estar e diversão. Um verdadeiro
presente às atuais e futuras gerações.
Sustentabilidade
O Brava Home Resort é grandioso em todos os detalhes e prova que
é possível funcionar de forma consciente, mesmo sendo um empreendimento de grande porte. Por isso, reúne uma série de tecnologias que tornam o dia a dia de seus moradores muito mais saudável
e sustentável, além de preservar recursos naturais do planeta.
24 horas
Mais de 60 opções de lazer, convivência e bem-estar à disposição
24 horas por dia, cuidadosamente distribuídos em um terreno de
75 mil m², onde todos os sonhos podem ser vivenciados.
Os próximos 50%
O Brava Home Resort irá superar as expectativas na entrega
dos outros 50% das unidades e complexos de lazer, saúde e
bem-estar. Surpresas serão reveladas quando o empreendimento
for 100% finalizado, encantando ainda mais seus moradores.
Parque das águas
No Parque das Águas é possível viver em permanente estado
de férias. Inclui praia artificial privada, piscinas adulto, infantil,
baby e para jogos, hidrocaminhada, bar molhado e restaurante.
BHR Club Hall
Com dois amplos pavimentos, planta circular e uma diversidade de espaços que contemplam lazer, beleza, arte, diversão e
relaxamento para todas as idades, o BHR Club Hall completa
com categoria o setor de entretenimento.
Vida ao ar livre
Poder conciliar a rotina de trabalho, escola e outros afazeres
com a incrível experiência de contato com a natureza, tem
benefícios inquestionáveis. E isso você encontra nos espaços
planejados, como: jardins, pomares, minigolfe e muito mais.
Afinal, áreas de lazer existem para eternizar momentos.
Investindo em qualidade de vida
Há 35 anos, a PROCAVE vem construindo histórias de vida e
transformando o mercado imobiliário de Balneário Camboriú
e Itajaí. Só uma incorporadora comprometida com as relações
humanas é capaz de oferecer muito mais do que empreendimentos de luxo: transformar sonhos em realidade.
SHOWROOM
Rua Delfim de Pádua Peixoto, nº 500
Praia Brava | Itajaí | SC
47 3349-0004 | www.procave.com.br
Registro no 1º Ofício de Registro de Imóveis de Itajaí, sob o nº R-1-M-28.524.
fotos divulgação e mané ferrari
emoções
garantidas
Alguns convidados
(ao lado) puderam
experimentar
a sensação de
competir com as
equipes nas regatas,
que tiveram até
capotagem
Aconteceu...
InauguraÇão
Brand Stars
FOtos divulgação
Porto Alegre ganha sua primeira loja
representante oficial das lanchas Ventura
anfitrião e
convidados
Roger Russowski,
dono da loja
(ao centro), com
Jorge Araújo, da
Mercury
(à esquerda) e
Marco Garcia, da
Ventura Marine
(à direita):
parceria visando
bons negócios
A nova loja
“mostra
a força da
marca Ventura,
uma das marcas de
lancha que mais
crescem no país
fotos divulgação/Habitasul
praia
com balada
Em Jurerê
Internacional,
os beach clubs
levaram as festas
para a beira
da areia. E a praia
ficou ainda
mais famosa
Mar limpo, areia clara, gente bonita, muitas festas e uma elegância explícita. Veja por que, no verão, JURERÊ INTERNACIONAL é...
A pr a i a m a is de s e ja da
jurerÊ INTERNACIONAL
mariana boro
A
ilha de Santa Catarina,
onde fica Florianópolis, tem cerca
de encher
os olhos
A arquitetura
de Jurerê
Internacional é
um show à parte.
Seja nas casas
milionárias, nos
beach clubs
(abaixo) ou no
luxuoso hotel
Il Campanario
(acima)
de 30 praias, cada uma mais bonita
do que a outra. Mas nenhuma delas tão
famosa e cobiçada quanto Jurerê Internacional,
nome do empreendimento que transformou parte da tradicional
praia de Jurerê num dos redutos mais seletos e sofisticados
da orla brasileira. A praia é uma só, grande, bonita, em forma de meia-lua,
agregado ao nome original, serve para designar a sua proposta: ser um pedacinho do Brasil
onde quase tudo o que a inspirou veio de fora. As ruas lembram as de Miami, com casas sem muros e gramados
que parecem cortados a tesourinha de unha. A segurança tem padrão suíço. A praia é limpa
(em alguns casos, até varrida!) todos os dias. Os carros que circulam são os mesmos que costumam gerar filas nos
salões de automóveis. A elegância e beleza das mulheres deixa a Côte d´Azur francesa no chinelo.
E as baladas — ah, as baladas! — são cópias fiéis das de Ibiza, a famosa e badalada ilha espanhola. Não por acaso,
um dos apelidos de Jurerê Internacional é “Ibiza brasileira”, embora alguns prefiram chamá-la de Saint-Tropez
catarinense. Tanto faz. As duas comparações lhe caem muito bem. Nem parece mesmo Brasil.
26
Náutica Sul
divulgação/habitasul
com areias claras e mar transparente, mas o complemento “Internacional”,
calvin harrys
fotos divulgação e David Collaço
jurerê internacional
Ibiza inspirou
muita coisa. A
m Jurerê Internacional até a prosaicomeçar pelos
ca cerveja gelada, uma
preferência nacional, quase
beach clubs
não tem vez. Ali, o que mais se
E
típicos de lá
Carrões
importados diante
de casas suntuosas,
passeios de barco
e muita animação
nas baladas, que,
tal qual a própria
praia, reúnem
uma das maiores
quantidades
de mulheres
bonitas por metro
quadrado do país
28
Náutica Sul
consome (às vezes, até na areia da praia, trazido por garçons que mais parecem modelos saídos
das passarelas) é champanhe. E dos bons. Tanto que
Jurerê Internacional virou o ponto de venda número 1
de Veuve Clicquot no país, o que justifica a profusão de
almofadas douradas com a marca da famosa bebida em quase todos os beach clubs ou “clubes de praia”, outra invenção de
Ibiza, ali copiada. Dependendo da ocasião (réveillon ou festa de algum DJ figurão) uma garrafa pode passar dos R$ 5 mil e, não raro, para
ser salpicada nos amigos, como uma espécie de celebração pelo prazer de
estar ali, onde todo mundo gostaria de estar no verão. Especialmente solteiros e solteiras em busca de diversão. Jurerê Internacional é tudo de bom.
Até os congestionamentos, bem frequentes nos fins de semana mais agitados de janeiro e fevereiro, costumam virar atrações, tal a profusão de Ferraris,
Porsches, Lamborghinis, Maserattis e outros carrões, que desfilam pelas ruas
do bairro, a caminho de alguma mansão, balada ou restaurante estrelado. A
maioria chegou ali a bordo de caminhões-cegonha, vindos principalmente
de São Paulo, enquanto seus proprietários desembarcam em jatinhos ou helicópteros particulares. Só em Jurerê Internacional existem três helipontos e
o vaivém de aeronaves só não é maior do que o movimento de lanchas e iates
diante da praia — que, por essas e outras, no ano passado, até ganhou uma
“ilha artificial”, na qual os proprietários de barcos paravam para receber bebiNáutica Sul
29
jurerÊ internacional
das geladas e petiscos vindos dos beach clubs, por meio de jet skis. Nada
mais original e chique do que um delivery feito assim.
30
Náutica Sul
ito cornelsen
além de
tudo, bonita
Como se não
bastasse a
elegância, a
praia ainda é tão
linda quanto boa
parte dos seus
frequentadores
no verão
divulgação/habitasul
O vai e
vem de
helicópteros
na praia
só perde para
o dos iates
Jorge de Souza e divulgação
E
m Jurerê Internacional quase nenhuma casa mede menos do
que algumas centenas de metros quadrados e, no auge da temporada, muitas delas são alugadas por preços que variam entre
R$ 8 a R$ 12 mil — por dia... Só depende da quantidade de suítes, do tamanho da piscina e do número de banheiras de hidromassagem. Quem quiser comprá-las, esbarrará em valores ainda mais
faraônicos. Atualmente, o preço do metro quadrado de uma boa casa no
bairro é o sexto mais alto do país, de acordo com uma recente pesquisa.
Por ela, um mísero quadradinho de chão cercado de glamour por todos os
lados ali vale cerca de R$ 7 000, mais até do que uma casa similar em Beverly Hills, o bairro preferido dos astros de Hollywood, e que, não por acaso, também é um dos apelidos desta praia. “Em apenas um ano, uma boa
casa aqui chega a valorizar meio milhão de reais”, diz Tito dos Santos, da
Imóveis em Jurerê, imobiliária que atua há dez anos naquele mercado supercifrado e, ainda assim, a cada dia mais valorizado.
O que fez disparar o gatilho dos cifrões não foi, no entanto, a
simples procura, como costuma acontecer em todas as áreas do
comércio, mas sim a exclusividade de um lugar realmente excepcional — além do fato de que Jurerê Internacional logo
virou sinônimo de bom gosto em geral. De certa forma,
essa valorização já estava prevista desde o projeto inicial do bairro, criado nos anos de 1980, pelo grupo Habitasul, para ser um balneário de luxo e
cujo slogan, “Prepare o seu passaporte”, já fazia alusão ao padrão internacional que ali
seria implantado. E foi mesmo.
Hoje, Jurerê Internacional tem sistema próprio de tratamento de água e
esgoto (além de coleta seletiva de
Náutica Sul
31
Fotos divulgação
jurerÊ internacional
Cerveja? Não! O
lixo e central de segurança que
que mais se bebe
monitora todas as ruas com câmeras),
casas só de alto padrão (muitas denesta praia é
las habitadas por moradores e não apenas veranistas), dois excelentes hotéis (o Il
champanhe.
Campanario Villaggio Resort e o Jurerê Beach
E dos bons
Village, ambos à prova de hóspedes exigentes), um
punhado de restaurantes também de ótimo nível (a começar pelos transadíssimos Donna, Second Floor e Simple
on the Beach, que conseguem ser elegantes mesmo com um
pé na areia) e meia dúzia de baladas e beach clubs, que, a despeito de todo o resto, são mesmo a cara e sinônimo desta praia.
É na sofisticada descontração dos beach clubs, sempre repletos de
almofadões, tendas com tecidos esvoaçantes e grandes camas para relaxar
ao ar livre (as day beads, para usar um termo que combina bem com o estilo de Jurerê Internacional), que se pode encontrar duas das principais características desta praia, acima de tudo, moderna: as sunset parties e uma das
maiores concentrações do país de mulheres bonitas por metro quadrado.
A
s sunset parties são animadíssimas festas que, como o nome
sugere, começam nos finais de tardes e avançam até o começo da noite nos beach clubs, junto à areia da praia, aproveitando o espetáculo do pôr do sol — outra invenção de Ibiza,
que funciona como uma espécie de esquenta para as baladas
noturnas, que virão depois. O sofisticado Café de la Musique e o animado P12 (que oferece até uma grande piscina na beira da praia, para que
as festas aconteçam também dentro d´água) são as casas mais procuradas
neste quesito. Já os corpos perfeitos dos seus frequentadores também podem ser encontrados, madrugada adentro, nas baladas noturnas da Posh e
do Pacha, uma das mais famosas casas noturnas do mundo e que ali tem
uma filial. Sem falar nos famosos que vivem passando por lá. “A Gisele Bündchen, o Rodrigo Santoro e o Neymar, vira e mexe, aparecem por
aqui”, diz Pablo Sabino, gerente do Taikô, outro desses beach clubs, que
ali também são chamados de “paradores de praia”, em mais uma influên32
Náutica Sul
tudo em
torno da areia
Em Jurerê
Internacional, a
praia não existe
apenas para tomar
sol e banhos de
mar, mas também
para relaxar no
beach clubs (como
o Taikô, no alto) e
comer muito bem,
como no Donna
(foto maior)
Fotos divulgação
jurerÊ internacional
cia da ilha espanhola que inventou a combinação de praia com festa —
bem como a mistura de alegria com qualidade de vida, o que tem levado
muita gente a gastar um dinheirão para ter as duas coisas juntas em Jurerê.
Tanto que até a parte menos badalada da praia, informalmente chamada de Jurerê Tradicional, está lucrando com isso. Lá (ainda) não há
baladas, beach clubs nem restaurantes finos, mas, a julgar pelo que está
acontecendo no bairro vizinho, é só uma questão de tempo. Não há rua
que não tenha um imóvel em reforma, muitos deles passando do status de
casa para mansão. “Não dou uma década para essa região explodir, como
aconteceu em Jurerê Internacional”, aposta o corretor Tito.
M
as nem todo mundo curte o que aconteceu e continua acontecendo em Jurerê Internacional. A associação de moradores,
por exemplo, entrou com uma ação na Justiça com o objetivo de impedir que o bairro se transforme em um ponto unicamente de badalação. Dois fatores incomodam os que moram
na praia mais falada de Florianópolis: o barulho das baladas e a preocupação
com o meio ambiente, sem falar nos preços estratosféricos das coisas. A associação alega que os beach points estão alocados em área de preservação ambiental,
junto à praia, e que as festas também diurnas acabaram de vez com o sossego
de quem foi morar lá justamente em busca de paz e tranquilidade. “Não gostamos desta imagem de badalação e rasgação de dinheiro que se associou a Jurerê
Internacional”, diz o presidente da entidade, João Bergamasco. “O que o nosso
bairro tem de mais valioso é o padrão de vida que ele oferece’.
Não só isso, por sinal. Tem, também, a praia em si, uma das mais
bonitas da ilha, com cerca de dois quilômetros de extensão e um mar
tranquilo, perfeito para as famílias, e a limpeza e segurança de
um lugar tão bem conservado e controlado que, de novo, nem
parece Brasil. Exceto — claro — pelo eterno bom humor
do brasileiro, que vive cunhando expressões e definições
marotas para tudo o que há de bom e ruim. Como
a que diz: “Venha para Jurerê Internacional e descubra como você é pobre e sua mulher, feia”.
Pode não ser verdade. Mas, a julgar pelo que
se vê ali, não chega a ser um exagero.
cenas
de jurerê
Areias brancas,
casas magníficas
e restaurantes
que enchem
também os olhos,
como o Donna,
(ao centro). No
ano passado, a
praia ganhou até
uma ilha artificial
para receber os
barcos (acima)
Casas como
as de Miami,
segurança suíça,
praia sempre
limpa. Nem parece
que se está no Brasil
34
Náutica Sul
por rosângela oliveira
Os andarilhos das areias
Dois amigos, um do norte e outro do sul do país, encararam, a pé,
os 220 quilômetros da maior praia do mundo, a do Cassino, no litoral
do Rio Grande de Sul, onde só existe água e areia. Aventura? Não
para eles. “É uma travessia para dentro de si mesmo”, definem
J
oaquim Magno de Souza é o que se pode chamar de aventureiro nato e
profissional. Aos 51 anos, tem fôlego de 25, e tornou as caminhadas o seu
ganha- pão, depois de criar uma empresa especializada em levar turistas para
subir os 2 739 metros de altura do monte mais famoso de seu estado, o monte Roraima, que já escalou 87 vezes. Mas foi justamente no lado oposto do
país, no litoral do Rio Grande do Sul, que ele viveu a que considera sua maior experiência até aqui: a de vencer, a pé, os 220 quilômetros de extensão da maior praia do
mundo, a do Cassino, cuja maior parte é deserta e quase inóspita.
Junto com o amigo gaúcho Fernando Souza, que já havia feito esta travessia a pé
e sozinho, Magno gostou tanto da experiência que resolveu criar um pacote na sua
agência de turismo ecológico para levar as pessoas “a experimentarem uma viagem
para dentro de si mesmas”, como define o objetivo principal da viagem, que vai do
Balneário de Cassino, junto à barra da Lagoa dos Patos, ao farol do arroio Chuí, no extremo sul do país. “Caminhar limpa a alma e mantém a forma”, diz Magno, que, junto
com o amigo, levou sete dias na empreitada. “Mas quando isso acontece numa paisagem inspiradora, como o vazio da praia do Cassino, ainda traz um benefício adicional,
que é a reflexão e o autoconhecimento”, garante ele, na entrevista da página seguinte.
fotos arquivo pessoal
praião sem fim
Passo a passo, o
gaúcho Fernando
e o roraimense
Magno venceram
os 220 quilômetros
da praia do Cassino.
No caminho, uma
paisagem que pouco
muda, boa para
pensar na vida
36
Náutica Sul
Náutica Sul
37
fotos arquivo pessoal
“Uma paisagem
que inspira”
O litoral brasileiro tem mais de 7 000
quilômetros de extensão. Por que escolher
um dos seus trechos mais desolados
para caminhar?
Justamente por isso: porque a praia do Cassino fica isolada e é a maior do mundo. Não existe
outra igual.
Foi uma travessia difícil?
Caminhar sete dias nunca é fácil. Mas, ao contrário das montanhas, na praia o percurso não tem
dificuldades de acesso. No Cassino, a areia é tão
dura que é quase como andar numa calçada. Mesmo assim, são 220 quilômetros e a praia é praticamente deserta, especialmente a partir do terceiro
até o penúltimo dia de caminhada.
O que vocês viram ao longo do caminho?
Vimos restos de naufrágios, muitas aves e
animais marinhos mortos, como pinguins, leões
marinhos, focas e até baleias. Mas é bem comum ver bichos vivos também. Mas justamente
por não haver uma variedade de atrativos duran38
Náutica Sul
te a caminhada, a introspecção acontece naturalmente. É uma viagem para dentro de si mesmo.
O litoral do extremo sul gaúcho é famoso pelo seu clima meio inóspito. Vocês
enfrentaram esse problema?
Mais ou menos. Mesmo escolhendo a melhor
época, durante o dia sempre fazia calor e, à noite,
frio – além do vento típico de um local desabrigado, à beira-mar. Mas o clima não chegou a ser um
problema. Bastava olhar para aquela paisagem única para esquecer tudo. Do lado esquerdo, havia o
mar. Do direito, as dunas. E à frente, a praia sumindo na linha do horizonte. Não existe praia igual.
E a solidão de caminhar neste vazio?
A partir do terceiro dia, o caminho torna-se
bem deserto, mas, vez por outra, passa alguém de
carro ou avista-se um morador ao longe. Mas não
é mesmo uma caminhada para quem quer encontrar outras pessoas.
Não há gente pelo caminho e a paisagem pouco muda. Não é uma travessia monótona?
Sim, sob o ponto de vista turístico, é bem monótona mesmo. Com certeza, a maioria das pessoas não veria graça alguma. Só quem já fez esta travessia compreende o valor que ela tem. O objetivo
é justamente o isolamento, sem celular nem internet. Isso tira você de dentro de você mesmo. É uma
viagem ao interior da alma. E faz muito bem.
Sobre o que vocês conversavam, enquanto
caminhavam?
Eu e Fernando conversamos sobre um pouco de tudo, embora, na maioria das vezes, acabássemos abrindo nossos corações e compartilhando
coisas pessoais como valores, conceitos, fé, fraquezas, sonhos, etc. No passo a passo, fomos crescendo,
evoluindo e melhorando como pessoas.
Vocês já se conheciam antes da travessia?
Não. Nos conhecemos pouco antes, quando o
Fernando foi à minha terra, fazer a subida do monte Roraima. Mas, na ocasião, nem tivemos muito
contato. Depois, ele me ligou e propôs a caminhada na praia, que ele já havia feito sozinho. Achei ele
meio louco, mas, ao mesmo tempo, sensível e essa
combinação me agradou. E foi durante a travessia
que nos tornamos grandes amigos. Foi um desses
episódios interessantes da vida.
Como era a rotina de caminhada?
Começávamos às 6h30 e íamos até às 12h,
quando parávamos para o almoço. Depois, voltávamos a caminhar, até às 17h, quando procurávamos um lugar abrigado para dormir. Às 20h já estávamos dormindo. No outro dia, começava tudo
de novo. Não houve nenhum dia de descanso no
meio. Nem sentimos necessidade disso.
O que vocês comiam?
Nosso cardápio era baseado em barrinhas de
cereais durante o dia e só à noite, antes de dormir,
cozinhávamos de verdade. Teve um pouco de tudo:
carne seca, macarrão, arroz, farinha, até feijoada
enlatada. Mas, naquelas condições, bem gostosa.
A subida da maré, que ali é sempre um problema, não atrapalhava o sono e o avanço do
percurso?
O risco de a maré subir mais do que esperado
sempre existe, mas tivemos o cuidado de consultar
a tábua de marés para a semana da viagem, de for-
ma que tínhamos uma ideia do que poderia acontecer. E nada de ruim aconteceu.
Vocês caminhavam descalços?
Não dá para caminhar descalço por causa das
conchas na areia. Eu usava tênis ou sandália de
dedo. Mas sempre estava calçado.
cenas da
travessia
Ossada de
baleia na areia,
naufrágio na beira
d´água, parada
para descanso e
Magno (no outro
canto) finalmente
chegando ao farol
de Chuí, no fim
do percurso, uma
semana depois
E na mochila, o que havia?
A minha pesava uns 20 quilos e tinha um pouco de tudo: comida, roupa, panela, barraca. A partir
do terceiro dia, ela passou a pesar bem mais do que
antes, por causa do acúmulo do cansaço. Mas isso
faz parte desse tipo de viagem.
Vocês tomavam banhos de mar?
Não era nossa prioridade, mas, para mim, que
não era de lá, entrar no mar do Rio Grande do Sul
tinha um quê de “batismo”. Então, no terceiro dia,
parei e entrei na água. O lugar era tão ermo que
entrei sem roupa mesmo. Para mim, foi delicioso.
“
Do lado
esquerdo, o mar.
À direita, dunas.
E à frente, a areia
sumindo na linha do
horizonte. Não
existe praia igual
Náutica Sul
39
andarilhos
“
Justamente por
não haver variedade
de paisagens
durante a caminhada,
a introspecção
acontece
naturalmente
Duas vezes o
mesmo caminho
O dentista gaúcho
Fernando Souza, que já
fez essa travessia duas
vezes, conta que é no
isolamento do Cassino
que ouve sua voz interior
A
ideia da primeira travessia
surgiu depois que eu li o
livro As Sete Leis Espirituais do
Sucesso, de Deepak Chopra. Logo
no primeiro capítulo, ele fala da
importância do isolamento para nos
conectarmos a “algo superior”. E o
isolamento que se tem ao longo
da praia do Cassino é imenso. Mas
é claro que o desafio pessoal de
cruzar a maior praia do mundo, a
pé e sozinho, também me atraiu.
Em abril de 2012 fiz minha primeira travessia, sem nenhuma
experiência, mas com um imenso desejo de completar aquele
percurso. Levei seis dias, topando com restos de naufrágios pelo
caminho, faróis isolados, aves e bichos marinhos, conchas incríveis
e outras surpresas trazidas pelo mar. Mas o melhor de tudo foi a
higiene mental que fiz. Se afastar da exigência absurda de atenção
que os e-mails, telefonemas, propagandas, prazos, resultados e
compromissos nos impõem, permite ao caminhante ouvir uma voz
que fala, lá dentro, do que realmente importa. Não sei de onde ela
vem, mas sei que é uma voz amiga, sábia e conselheira.
Na travessia do Cassino, as coisas, primeiro, surgem lá longe, como
um pontinho no horizonte e aos poucos vão se revelando, passo
a passo. O caminho une a vista do mar, um abismo horizontal que
parece não ter fim, à do farol mais isolado do Rio Grande do Sul,
o do Albardão, e também permite, ao final do percurso, a visão da
fronteira sul do Brasil, com o Uruguai, do alto do farol do Chuí. Mas
o mais interessante, sem dúvida, é o que surge de dentro de você,
com força e clareza, aproveitando a calmaria mental que o silêncio
e o isolamento desta travessia proporciona. É um desafio físico e
mental de elevação espiritual. Como dizíamos, eu e o Magno, durante
a minha segunda caminhada, agora com companhia: ´Cassino-Chuí,
220 quilômetros para dentro de si´. É isso aí”.
Qual a melhor época para esta travessia?
As melhores são março, abril e início de maio.
Depois, setembro, outubro ou novembro. Nos demais meses, não aconselho, por causa do calor ou
frio excessivos.
Como é o pacote de caminhada na praia do
Cassino, que sua empresa passou a oferecer
depois disso?
É algo único. O percurso vai da barra da Lagoa
dos Patos, no balneário do Cassino, até os molhes
da barra do arroio Chuí, na divisa do Brasil com o
Uruguai. São 220 quilômetros de uma faixa de areia
contínua, sendo que cerca de 180 deles por uma
região de acesso bem restrito, praticamente deserto, onde tudo está preservado. No caminho, atravessa-se a estação ecológica do Taim e a lagoa da
Mangueira. E embora seja tudo à beira-mar, não há
hotéis, vilas nem sinal de celular. Quem faz esta expedição experimenta a simplicidade da vida em si.
Qual, afinal, o objetivo de fazer uma caminhada dessas?
Cada um tem seus próprios objetivos. Para alguns, talvez seja caminhar na maior praia do mundo e, depois, poder dizer isso aos amigos. Para outros, viver uma experiência de isolamento. O certo
é que, ao final, todos voltam para casa pensando
que a vida poderia – e deveria – ser mais simples.
Esse é o maior objetivo: o reencontro consigo mesmo, numa paisagem que inspira isso.
40
Náutica Sul
arquivo pessoal
“
Nos passeios de barco, o sol queima
bem mais, mas as pessoas não sentem isso
porque o vento mascara os efeitos.
O remédio? Protetor solar e bom senso
SOL
Só na medida
certa
jorge de souza
N
inguém deixa de abastecer um barco com combustível, lanches e bebidas antes dos passeios.
Mas ainda são poucos os que incluem o protetor solar
entre os itens obrigatórios a bordo. É um esquecimento
frequente, fruto de um ambiente que enxerga o sol como um amigo — mas não é bem assim. Sol é bom e até necessário. Mas só
até certo ponto. Assim como os remédios, deve ser tomado na dose
certa. Caso contrário, pode se transformar numa espécie de veneno para quem fica tempo demais debaixo dele e sem a proteção
adequada. Especialmente na água, onde o ambiente, por si só, parece refrescante. Mas só parece...
Segundo os médicos, os banhos de sol devem se resumir a duas
sessões-relâmpago por semana, de cinco a 30 minutos cada, conforme o tipo de pele de cada pessoa. É tudo o que o corpo humano precisa para produzir vitamina D, a chamada “vitamina do sol”, que
tem papel decisivo no fortalecimento dos ossos e na prevenção de
certas doenças. Mais do que isso, torna-se desnecessário e até perigoso. Mas não é o que a grande maioria das pessoas pensa, especialmente quando sai para passear de barco.
Náutica Sul
43
sol
Os buracos na camada de ozônio
44
Náutica Sul
7
Onde mora o perigo
Os
mandamentos dos
(bons) banhos de sol
1
2
3
4
5
6
7
Sentir os
reflexos do sol
na água
Respeite os horários.
Os raios solares só são benéficos antes das 10 da manhã
e após as quatro da tarde. Especialmente no mar.
Protetor solar é lei.
Nem pense em não usar. Escolha um produto
com FPS a partir de 15 para peles morenas e a
Tomar sol sem
protetor
Achar que
a capota basta
Mesmo que o objetivo seja o
bronzeamento, deve-se passar
um protetor solar, ainda que de
fator baixo, para proteger um
pouco a pele. Nos barcos, isso
é ainda mais sério, porque os
solários não oferecem proteção
alguma e a única saída é aplicar
o bom senso, evitando as horas
mais quentes do dia.
Ainda que possa amenizar os
efeitos do sol, uma cobertura
de lona no barco não livra
ninguém do excesso de radiação solar — você acha que
está protegido, mas não está!
Por isso, é importante usar
filtro solar mesmo em barcos
com cobertura. Até porque o
mormaço também queima.
A superfície da água aumenta a intensidade dos
raios UV porque funciona
como um espelho, refletindo cerca de 30% mais
da sua radiação. Ou seja,
na água, o sol age mais. E
mais forte.
partir de 30 para as claras.
Tome muito líquido.
Mas dê preferência à água, mesmo que não esteja
com sede. Cuidado também porque a brisa
marinha disfarça a desidratação.
Não use perfumes.
Produtos químicos em contato com o sol direto podem
Vestir pouca
roupa ou molhada
provocar queimaduras ou manchas na pele.
Vista roupas claras e secas.
O branco reflete a luz. Já a roupa úmida deixa
os raios UV ultrapassarem o tecido e não protege
como deveria a pele.
Não usar
chapéu
Use chapéu.
Boné ou chapéu é tão necessário num barco
quanto óculos escuros. Mas deixe-o bem preso, para
não perdê-lo com o vento.
Passe hidratante depois.
Na volta dos passeios, aplique algum hidratante
na pele. Xampus com filtro solar também
ajudam bastante os cabelos.
Reprodução e luiS quinta
D
entro de um barco, a questão da exposição excessiva ao sol torna-se ainda mais crítica porque os raios chegam potencializados pelos reflexos (o sol na água queima bem mais) e
mascarados pelo vento, que tira a percepção de calor
e, portanto, impede a pessoa de sentir o desconforto que
serviria como sinal de alerta. Com um barco em movimento, a sensação é a de que está fresquinho, por causa do vento, mas a pele está queimando. E muito. Para
complicar ainda mais, na água não existem sombras naturais, como árvores, o que praticamente expõe os ocupantes de um barco ao sol o tempo todo. Mesmo a capota,
quando há, pode trazer algum alívio mas não total proteção porque os raios UV continuam agindo mesmo debaixo dela — você acha que está protegido, mas não está.
Por isso, é importante usar filtro solar mesmo em barcos
com capota. Junte-se a isso os refrescantes respingos de água
no corpo e tem-se a receita completa de um ataque impiedoso à pele, que geralmente só se manifesta à noite ou no
dia seguinte. Mesmo que o objetivo seja o bronzeamento,
convém passar um protetor solar, ainda que de fator baixo,
para proteger um pouco a pele.
Como regra geral, os dermatologistas recomendam usar
filtros solares com, no mínimo, fator 15 de proteção e reaplicá-los de duas em duas horas — ou sempre que cair na
água, mesmo que os produtos afirmem ser à prova d’água.
E não é só isso. É preciso também vestir alguma roupa, porque ela protege mais do que qualquer produto químico,
especialmente aquelas com tratamento contra os raios ultravioleta. Qualquer camiseta e chapéu será sempre mais
eficaz do que cremes e bloqueadores, mesmo que eles sejam de qualidade comprovada. Para piorar a situação, quem
anda de barco costuma vestir pouca roupa, especialmente
as mulheres, que adoram tomar banhos de sol no convés —
o que é, de fato, gostoso, mas bem perigoso, sobretudo nos
horários de pico do sol, entre dez da manhã e três da tarde,
quando os raios UV são ainda mais intensos. Mas, o que fazer se ter a pele bronzeada faz parte da nossa cultura e andar de barco pressupõe um contato bem próximo com o
sol? Simples: não abusar.
Portanto, da próxima vez que reunir os amigos e a família
num passeio de barco, não se preocupe apenas em abastecêlo com combustível e petiscos. Protetor ou bloqueador solar
deve fazer parte do arsenal de bordo tanto quanto os coletes salva-vidas. Exagero? Pergunte a qualquer dermatologista.
O ozônio forma um escudo natural que filtra os raios UVA
e UVB. Mas a sua camada vem sendo continuamente
enfraquecida pelos gases do chamado efeito estufa — calculase que o planeta já tenha perdido 4% do seu volume de
ozônio, abrindo brechas para a livre passagem dos raios
solares. Não é por acaso que o sol parece cada vez mais
ardido. Em certos lugares, ele está mesmo.
Não sentir o calor por causa do vento
A bordo de um barco em movimento, a ação do sol é
mascarada pelo vento, que tira a percepção de calor e,
portanto, impede a pessoa de sentir o desconforto que
serviria como alerta. A sensação é a de que está fresquinho, mas a sua pele está queimando. E muito.
O ataque do sol começa sempre pela
cabeça. E causa os
maiores danos justamente. Vestir boné
ou chapéu (de preferência com abas
largas) é obrigatório.
O calor e a água convidam
a usar o mínimo de roupa
possível — o que pode ser
um perigo. Quando estiver
navegando, vista no mínimo
uma camiseta, de preferência com proteção UV, que
é mais adequada e não esquenta. Já roupas molhadas
deixam os raios ultrapassar o
tecido e não protegem como
deveriam. Embora pareçam
refrescantes.
Náutica Sul
45
sol
Protetor solar.
Tem que usar! Mas qual?
Cada tipo de pele exige um protetor solar.
Veja como descobrir o ideal para você
À medida que se tornaram mais eficientes, os protetores
solares passaram a ser identificados por números, que indicam
o alcance da sua proteção. Um produto com Fator de Proteção
Solar (FPS) 30, por exemplo, multiplica por 30 a resistência da pessoa ao sol. Ou seja, se você
levaria cinco minutos para ficar com a pele avermelhada, passará a levar duas horas e meia
para se queimar da mesma maneira. Mas — atenção! — nenhum filtro é capaz de barrar
100% dos raios solares. Pesquisas indicam que produtos com FPS 15 absorvem 93% dos raios
ultravioleta do tipo B, enquanto os FPS 30 chegam a 97% e os FPS 50 a 98% — e a partir disso
a capacidade de proteção dos filtros é praticamente a mesma. Como a variação de preço entre
um protetor e outro costuma ser grande, qualquer economista diria que não vale a pena pagar
bem mais caro por um protetor 50. Mas não é bem assim, porque o que está em jogo é a
saúde e não apenas o bolso. Já os dermatologistas, de maneira geral, indicam produtos com
FPS 30 para peles morenas claras e 50 para as mais brancas. Mas — de novo, atenção! — não
importa qual seja o FPS ou tom da sua pele, reaplique o produto a cada duas horas, para estar
devidamente protegido. Ou quase isso. Confira ao lado o tempo que deve ser tomado como
referência para cada pessoa, na hora de escolher o FPS correto.
O limite de cada um
Tempo máximo que uma pessoa pode
ficar ao sol sem nenhum tipo de proteção
Pele bem branca
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4
Pele morena clara
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Pele negra
Pele morena escura
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5
4
Isso quer dizer que...
Com a aplicação de um protetor solar, a resistência natural ao
sol será multiplicada pelo número do FPS do produto. Ou seja,
alguém de pele clara, ao usar um filtro com FPS 15, poderá
ficar até duas horas e meia (ou 15 x 10 minutos = 150 minutos)
debaixo do sol, sem grandes danos à saúde. Já depois disso...
botos de laguna
o artista e os
malabaristas
Em Laguna, o
espetáculo
da pesca com
a ajuda dos
golfinhos
fica ainda
mais bonito
quando visto
pelas lentes
de Ronaldo
Amboni, que
de pescador
virou um
especialista
no assunto
48
Náutica Sul
Q
uatro anos atrás, o então representante comercial Ronaldo Amboni ganhou uma câmera fotográfica e mudou de hobby. Em vez de pescar nas
CARA A CARA
horas vagas, passou a fotografar os golfinhos que COM OS BOTOS
Ronaldo em ação:
frequentam o canal de Laguna, ali chamados de botos, e que mais de 100 000
da interação
protagonizam um curioso fenômeno: o da pesca conjunta com fotos
entre golfinhos e
os pescadores. Quando os cardumes de tainha entram ou saem pescadores, no
canal de Laguna
pelo canal, a caminho do mar ou das lagoas que batizaram a
própria cidade, os botos empurram os peixes para a margem, onde estão os pescadores, com as redes. Ao cair na água, a tarrafa impede que os peixes escapem pelos lados e é aí que o boto tira proveito, porque entra debaixo das redes
e pega o seu peixe — um interessantíssimo caso de trabalho em parceria, onde
os dois lados saem ganhando. “Nenhum boto de Laguna foi treinado para fazer
isso”, diz Ronaldo, nascido e criado na cidade. “Quem os ensinou foi a natureza, através dos ensinamentos que vêm sendo passados de um boto para outro”.
Em Laguna, a pesca com botos existe há décadas, mas nunca foi documentada com tamanha beleza e dedicação quanto nas fotos de Ronaldo. Se o dia
estiver bonito e dando peixe no canal, lá estará ele, deitado na margem ou dentro d´água com sua câmera, clicando o trabalho conjunto de botos e pescadores e extraindo imagens como estas, aqui comentadas por ele mesmo.
Olho no olho
“
Gosto de fotografar os botos do canal de Laguna deitado na margem, rente à superfície, ou
dentro d´água, acompanhando os seus movimentos com a lente. Só assim dá para captar flagrantes
como este olhar do boto na direção dos pescadores, que ficam à espera do seu sinal para lançarem as
redes. Passo horas vendo a mesma cena e não me canso — aliás, ninguém se cansa de ficar olhando
os botos de Laguna. Eles estão sempre no canal de acesso ao porto da cidade, com os pescadores nas
margens, mas ambos lado a lado. O trabalho de um depende do outro. E os dois ganham com isso
botos de laguna
O lindo balé
da captura
“
Brincando na praia
“
O mar de Laguna raramente é claro. A proximidade com a foz
do rio Tubarão não deixa. Mas, neste dia, em abril do ano passado, ele estava
excepcionalmente verde. Eu estava no alto do molhe e vi nitidamente um grupo de
botos vindo na direção das ondas. Eles sempre fazem isso: chegam com velocidade e
deslizam nas ondas. Como os surfistas. Gostam disso. E se divertem. Quando a onda
começa a quebrar, dão um salto e voltam na direção contrária à da praia, até que surja
outra ondulação. Claro que na praia também dá tainha, mas, para capturá-las, os botos
de Laguna preferem o canal, porque ali é mais fácil. Praia, para eles, é como é para a
gente: só para se divertir mesmo.
50
Náutica Sul
Os botos frequentam o canal
de Laguna todos os dias, mas são
animais livres, que saem para o mar
aberto quando querem. Mas, se estiver
dando peixe, ficam por ali, rondando os
pescadores bem de perto e praticando
técnicas avançadas de captura, como
girar e atacar os cardumes de barriga
para cima, para que os peixes não
percebam a sua aproximação, porque a
parte de baixo do corpo deles é branca
e não cinza. Assim, camuflados, atacam
com mais facilidade e ainda produzem
movimentos na água que mais parecem
balés náuticos. Em Laguna, ninguém
precisa de parque aquático para ver um
boto de perto.
botos de laguna
Trabalho em conjunto
“
Os botos tanto podem ´trabalhar` sozinhos, quanto em dupla ou
em grupos — depende do dia e da situação. A estratégia de pesca deles muda
conforme o dia e a quantidade de peixes na água. Como são animais inteligentes
e com grande capacidade de comunicação, combinam entre si como irão atacar
os cardumes e avisam isso aos pescadores, através de movimentos na superfície.
Cabe a eles interpretar os sinais dos botos e jogar a rede na hora exata. Quando
a sintonia é perfeita, é peixe na certa.
Sim, eles estão
fazendo o que você
está pensando
“
Em pelo menos um ponto, os botos são
como os seres humanos: eles também fazem
sexo por prazer e não apenas para procriar. Junto
com os chimpanzés, são os únicos animais que
fazem isso. E como fazem! No canal de Laguna,
quando não estão ‘trabalhando’ e pegando
tainhas junto com os pescadores, boa parte
dos botos se dedica a copular. Sem parar. As
folias, que, às vezes, viram verdadeiras orgias,
acontecem a qualquer hora do dia e já geraram
tantas crias que praticamente todos os botos
do canal da cidade foram gerados e nasceram
ali mesmo. E a primeira lição que as fêmeas
ensinam aos filhotes é como ´trabalhar’ com os
pescadores. Meu sonho é conseguir fotografar
dentro d´água um desses partos, que incluem até
um empurrão da mãe no filhote para fora d´água
— o equivalente a nossa palmadinha na bunda
dos bebês, após o nascimento. Já vi esta cena,
mas não consegui fotografar. Já boto transando,
como estes dois aí da foto, perdi as contas.
botos de laguna
O canal dos
barcos e
dos botos
“
A barra de Laguna é uma
das mais difíceis da região sul.
Mesmo com o molhe de pedras,
não é muito fácil entrar e sair
do canal onde os botos ficam.
Para complicar ainda mais, o
antigo molhe tinha uma curva
na entrada, que foi inundada
com a construção do novo, mas
continua lá, debaixo d´água,
tornando o lado esquerdo de
quem chega pelo mar bem raso
e perigoso para os barcos. O jeito
é entrar e sair sempre pelo lado
do farol, o que obriga os barcos
a fazer uma curva na boca da
barra e, com isso, enfrentar as
ondulações na diagonal. Quem
conhece sabe que é só desviar
do antigo molhe e pronto. Mesmo
assim, nos dias de mar mais
agitado, balança um bocado.
Ele pula feito borracha
“
“Todo boto salta bastante. Mas, alguns, saltam mais e mais alto do que os
outros. Como este aqui, o Borrachinha, um dos botos mais arteiros do canal de Laguna. Ele
é filho do Borracha, que era filho do Tafarel, que, por sua vez, era filho do Latinha, um dos
botos mais lendários da região. Os pescadores de Laguna conhecem todos os botos pelo
nome, porque acompanham as gerações. O Borrachinha, assim como seus antecedentes,
é um bom pescador e, também como os demais botos adultos da sua espécie, não é nada
pequeno: tem mais de três metros de comprimento e é capaz de saltar mais do que isso
fora d´água. O Borrachinha pula mais do que borracha. Daí o seu nome.”
54
Náutica Sul
Náutica Sul
55
botos de laguna
Folia com
a comida
“
Depois que matam a fome,
os botos brincam. Às vezes, com
a própria comida. Foi o que fez
este aqui abaixo, ao final de um
dia de muitas tainhas no canal.
Depois de perseguir um peixe
desgarrado do cardume por
um bom tempo, ele finalmente
conseguiu capturá-lo, vindo de
baixo, com velocidade, como
geralmente fazem. Mas, ao
contrário do que ele faria se
estivesse com fome, passou a
brincar com a presa, atirando-a
de um lado para outro. Soltava
e tornava a pegar o peixe, como
se estivesse se divertindo com
isso. E estava mesmo.
Rede cheia
“
O auge da estação da tainha é maio
e junho. Em maio, no primeiro dia de vento
sul em Laguna, são tantas tainhas saindo
das lagoas para o mar, pelo canal, que
chega a faltar espaço na areia para esvaziar
as tarrafas. Já vi pescador tirar mais de 200
tainhas da água, numa só tarrafada. Mas a
média, no restante dos dias bons do ano,
são 50 peixes por rede — fora os que os
botos comem. Quanto mais conhecedor
dos botos o pescador for, mais peixes ele
pegará. Em Laguna, isso é certo! Estes dois
pescadores da foto, o Safico (de boné azul)
e o Adriano, estão entre os mais experientes.
Eles conhecem o comportamento de cada
um dos mais de 20 botos que frequentam
o canal, todos identificados pelas diferenças
na barbatana dorsal, e se referem a eles
como se fossem velhos amigos. Para
os pescadores de Laguna, boto é como
gente: cada um tem o seu jeito. E os bons
pescadores são aqueles que conhecem
bem as manias dos parceiros.
botos de laguna
E a gaivota
levou...
“
Além dos botos, os
pescadores de Laguna têm
a companhia constante das
gaivotas. Elas ficam nas pedras do
molhe, esperando as bobeadas
dos pescadores. Quando
eles tiram a tarrafa da água e
despejam os peixes na margem,
precisam ser rápidos, para não
perder parte do trabalho para
as aves. Como aconteceu neste
caso. O pescador deu mole e a
gaivota levou o peixe. Indignado,
ele largou a tarrafa e foi em busca
da ave, nas pedras do molhe,
onde recuperou sua tainha, antes
que ela fosse devorada.
A gaivota perdeu o almoço.
E eu ganhei esta foto.
À espera do sinal
“
Não é porque um boto passou na
frente do pescador que isso quer dizer que
ali tem peixe ­— daí o pescador de braços
cruzados nesta imagem. Os botos ficam
sempre por perto, observando os cardumes
a distância, mas só na hora certa dão o sinal
para os pescadores jogarem as tarrafas e
assim fecharem o cerco. Que sinal é esse?
Depende de cada boto. Cada um deles dá
um sinal diferente com o corpo, que os
pescadores já conhecem bem. Em seguida,
empurram os cardumes para a margem e
atacam por baixo, capturando a sua parte
— quase sempre um peixe por rede atirada.
Os botos não perdem a viagem. Mesmo que
o pescador não pegue nada, eles sempre
ficam com um peixe, porque, com a rede
vindo de cima, o cardume só pode fugir por
baixo, justamente onde está o boto. Eles
entram debaixo da tarrafa, pegam o peixe,
giram o corpo e caem fora, antes que a rede
desça totalmente. São, também, malabaristas.
58
Náutica Sul
Uns surfam,
outros saltam
“
Na praia do Mar Grosso,
vizinha ao canal de Laguna, a
convivência entre surfistas e botos
é constante. Porque ambos querem
curtir as ondas. Só que, vira e mexe,
um se assusta com o outro. Já vi
muito surfista sair remando feito
louco para fugir das barbatanas,
mas também já vi boto ´freando`
na água para não bater de frente
com as pranchas. Por isso, além de
deslizar nas ondas, os botos também
as acompanham saltando. Como
fizeram estes dois, num dia de ondas
boas para botos e surfistas.
Náutica Sul
59
Por giselle gambiazi
R ece i ta de s uce s s o
A
Divulgação/victor schneider
Com uma perfeita combinação entre evento esportivo
e festa regional, Itajaí deu uma verdadeira aula sobre
como transformar uma regata em algo bem maior, na
recente chegada dos barcos da Jacques Vabre à cidade
grande e
variada
A vila da
Aventura pelos
Mares do
Mundo, montada
para receber
os barcos da
Jacques Vabre
(ao lado): muito
mais do que um
simples receptivo
da regata e
uma lição para
qualquer cidade
60
Náutica Sul
pesar de ser o segundo destino turístico mais procurado no Brasil, Santa
Catarina ficou fora dos dois grandes
eventos internacionais que envolverão o país em breve: a Copa do Mundo e as
Olimpíadas. Mas, em vez de ficar amargando
o esquecimento, um grupo de Itajaí se apropriou do limão e fez uma bela limonada, ao
transformar a chegada da regata Jacques Vabre,
entre a França e a cidade, em novembro último, numa festa muito maior do que um simples evento esportivo. Como? Unindo ao evento a sua tradicional festa regional, a Marejada,
e agregando uma série de outras coisas mais,
como uma feira de exposições e negócios, vários shows de música ao vivo, ações culturais
envolvendo crianças e adultos, estandes que recriaram a atmosfera e a gastronomia de alguns
países e, principalmente, festa, muita festa,
numa grande e bonita área à beira d´água. Resultado: hoje, Itajaí não só se tornou reconhecida no país pela capacidade de realizar grandes feitos, como virou referência para o mundo
quando o assunto é evento náutico.
Tudo começou dois anos atrás, quando estava para acontecer mais uma edição da regata
de volta ao mundo Volvo Ocean Race. A escala brasileira da competição estava prevista para
o Rio de Janeiro mas mudou para Itajaí – uma
Náutica Sul
61
festas e
atividades
Do lado de
fora, uma vila
cenográfica
foi montada.
Dentro do
pavilhão de
exposições,
os visitantes
aprenderam
sobre vários
temas. A regata
foi apenas uma
das atividades
do evento
A cidade uniu a
regata com a festa
da Marejada e
outras coisas mais
62
Náutica Sul
O que é que
Santa Catarina tem?
D
e artesanato a apartamentos de luxo, a feira de negócios que
aconteceu durante a Aventura pelos Mares do Mundo foi bem
diversificada. A ideia foi mostrar a força da economia catarinense,
especialmente na região de Itajaí. As 200 mil pessoas que passaram
pelo Centreventos puderam conhecer estandes de entidades públicas
e privadas de diversos setores, como turismo, lazer, entretenimento,
imobiliário, construção civil, decoração, pesca, automotivo, arte, moda,
calçados, confecção e, claro, naútico.
A festa da regata
Aprendendo a reciclar tudo
D
giselle Zambiazzi
responsabilidade e tanto. O que, para muitos,
seria um presente de grego (um evento internacional de um esporte pouco popular no Brasil
e, ainda por cima, fora da temporada de verão)
foi visto como uma oportunidade de a cidade
mostrar do que era capaz. A limonada só precisava de dois ingredientes para dar certo: cachaça — ou seja, coragem de assumir o desafio
— e açúcar — vontade política de apostar em
algo incerto. E deu certo.
O governo do estado comprou os direitos
para a realização do evento, a prefeitura de Itajaí arcou com a revitalização do local, o Centreventos, onde antes acontecia a tradicional
festa da Marejada, mas que estava bem degradado, e o pessoal arregaçou as mangas e foi em
frente. No final, ficou muito melhor do que o
esperado e os velejadores estrangeiros adoraram a acolhida e a festa da cidade. Hoje, em
muitas marinas mundo afora, Itajaí está mais
conhecida do que a caipirinha brasileira.
Daí a virar porto de chegada de mais uma
grande regata, a Jacques Vabre, foi mera consequência. “Mas, desta vez, aproveitamos a regata para revitalizar a festa da Marejada e incrementamos com outros atrativos, criando um
só grande evento, que batizamos de Aventura
pelos Mares do Mundo”, explica o coordenador geral, Amílcar Gazaniga, emocionado com
os estimados 200 mil visitantes que a festança
teve, ao longo de 15 empolgantes dias. E que,
entre ações sociais, exposições, shows e intensa
diversão gratuita, mostrou muito mais do que
simples barcos parados numa marina, como
você verá nas páginas seguintes.
fotos Divulgação
itajaí
bom exemplo
Quem chegava
era recepcionado
por moças e
rapazes, que
ali também
desenvolviam
outra atividade.
Itajaí inovou
logo de cara
e casca de banana a sucata eletrônica, os estudantes que visitavam o
estande do Instituto Federal Catarinense participaram de oficinas diárias,
onde aprendiam a reaproveitar qualquer coisa. Uma das mais concorridas
foi a de robótica sustentável, de onde eles saíram com brinquedos feitos
por eles mesmos, a partir de restos de computadores velhos. Para compor
o clima, a decoração do espaço foi feita com móveis do projeto Recipaletes,
que reaproveita paletes de madeira para criar móveis e outras coisas mais.
Cerca de mil crianças por dia chegaram a passar pelo local.
A
regata Jacques Vabre é um dos maiores eventos náuticos do
mundo. Os barcos, divididos em quatro categorias, mas com
apenas dois tripulantes cada, partem sempre da cidade francesa de Le
Havre, rumo a algum país produtor de café. No Brasil, a prova já havia
contemplado Salvador, no passado. Mas, em 2013, a 11ª edição da regata
trouxe os barcos (alguns deles verdadeiros puro-sangues da vela) para
Itajaí, onde esta festança toda os aguardava. A chegada de cada barco
era comemorada como se fosse uma vitória pela população da cidade,
que corria para ver as tripulações atracarem no píer do evento, após
terem cruzado o Atlântico. Quem ganhou? Bem, a fita azul ficou para o
trimarã Edmond de Rothschild, mas, diante de tamanha festa para todos
eles, nem os adversários ficaram tristes com isso.
Surpresa
logo na chegada
L
ogo na entrada, alegres recepcionistas acolhiam os visitantes,
passando orientações e dando sorridentes boas-vindas. Mas
por trás desta receptividade havia um segredo que não foi revelado
durante todo o evento: aquelas lindas moças e simpáticos rapazes
eram internos do presídio de Itajaí. “Colocar presidiário para limpar
privada é fácil, mas queríamos um projeto que realmente trabalhasse
a reinserção social”, explicou, depois, Amilcar Gazaniga. Além dos
presidiários-recepcionistas, outros serviços foram prestados por
dependentes químicos em recuperação e menores infratores, como
a montagem das estruturas do evento e guias para os visitantes.
Tudo era monitorado e supervisionado, mas o sigilo foi mantido.
Tanto que algumas moças até receberam convites para trabalhar em
outros eventos. Sem dúvida, um ótimo exemplo.
Náutica Sul
63
itajaí
A
Aventura pelos Mares do Mundo envolveu toda a comunidade
escolar de Itajaí e não só durante o evento. Antes mesmo da abertura,
estudantes de escolas públicas e privadas trabalharam na produção
de arte feita com material reciclável, todas tendo o mar como tema.
Tampas, garrafas, potes, calotas, isopor, tudo se transformou em peças de
decoração, nas mãos dos pequenos alunos da rede escolar da cidade.
muita gente
Pelos cálculos dos
organizadores,
200 mil pessoas
visitaram a vila,
durante os 15 dias
do evento.
O acesso era
livre e gratuito
fotos Divulgação
Estudantes fazendo arte
Muito
além da raia
Lições de quem
chegou antes
A
Maré (também) artística
A
Fundação Cultural de Itajaí levou a 13ª edição do Salão Nacional de
Artes para dentro do Centreventos. Tanto nos pavilhões quanto na
parte externa, várias obras e intervenções de artistas da cidade, de Santa
Catarina e de outros estados foram expostas. Ao lado da minicidade viária de
Marejópolis, por exemplo, uma instalação do artista Vitor Mizael, de São Paulo,
mostrava Fuscas em péssimo estado amontoados, fazendo refletir sobre os
perigos do trânsito e os valores que damos aos bens materiais.
64
Náutica Sul
visitantes
dos dois lados
Na vila, o artista
preferiu usar os
automóveis para
uma instalação de
arte (acima). Ao
lado, tripulação
de um dos barcos
visitando um asilo
da cidade
N
victor schneider
festa de Itajaí atravessou os portões do
Centreventos e invadiu outros espaços
da cidade. Os velejadores participaram
de diversas ações sociais, em diferentes
locais. A tripulação do barco Oman Air
Musandam, por exemplo, visitou o Asilo
Dom Bosco e o Hospital Pequeno Anjo,
onde distribuiu brindes, na companhia dos
Escoteiros do Mar de Itajaí. Já a o pessoal
da embarcação Vers um Monde sans
Sida (que em português quer dizer “Por
um Mundo Sem Aids”), participou de uma
ação de conscientização sobre a doença
numa escola e por aí afora. Todo mundo –
visitantes e visitados – adoraram a iniciativa.
dentro e fora
Entre as atrações,
planetário
(ao lado) e
exposições
de trabalhos
regionais, como
o artesanato
dos imigrantes
angolanos
(abaixo)
a Feira de Artesanato, um pessoal
que atravessou o Atlântico muito
antes que os veleiros da Jacques Vabre
também esteve presente, para contar
sua história. Foram os integrantes da
Associação dos Amigos e Naturais de
Angola, que vendiam camisetas e telas
que simbolizavam os 38 anos da presença
dos angolanos em Itajaí — quase todos
refugiados da guerra civil que então
acontecia naquele país. Na ocasião, Daiana
Donana contou sobre os 19 dias que
seus antepassados levaram para cruzar o
oceano, até aportarem na cidade que os
acolheu de braços abertos.
Do fundo do mar ao espaço
D
o fundo do mar ao espaço infinito, outras duas atrações bastante
concorridas foram o Cinema 3D e o Planetário montado no local do
evento. No cinema, um filme de animação narrado por um peixinho mostrava
as belezas do fundo do mar e, com a ajuda de um mergulhador, explicava a
importância da preservação dos corais. Dali, a plateia era convidada a passar
pelo Planetário, para uma viagem pelo filme Filhos do Sol, com uma narrativa
sobre cada um dos planetas do nosso sistema solar, incluindo a relação deles
com a mitologia grega. Ambos divertidos e instrutivos.
Náutica Sul
65
itajaí
Crachá para
quem ajudou
os outros
N
fotos giselle Zambiazzi
a vila Aventura pelos Mares do
Mundo, ser vip era ser solidário.
As pessoas que fizeram doações em
dinheiro ou em produtos receberam
um crachá especial Vip Solidário,
que lhes dava vantagens, como
prioridade nas filas e descontos nos
restaurantes. Também participaram
do sorteio de uma viagem para a
França, outra para Portugal e de um
carro. Apae, hospitais, asilo, coral
e entidades assistenciais foram os
contemplados pelas doações.
Os sabores do mundo
Teatrinho
lambe-lambe
arte da vila da Aventura pelos Mares do Mundo foi
lindamente decorada com painéis que recriavam
construções de alguns países. E, dentro deles, serviam-se
pratos da culinária típica destes países, num autêntico festival
gastronômico. França, Espanha, Itália e Portugal foram os países
homenageados e cada um deles serviu quitutes próprios, que
fizeram muito sucesso. Como os bolinhos de bacalhau na tasca
portuguesa, a paella no restaurante espanhol, as pastas na
cantina italiana e o salmão no bistrô francês. E teve, também,
o Boteco Brasileiro, com cardápio 100% nacional, que os
velejadores estrangeiros, por sinal, adoraram. A festa deixou
saudades também no estômago de todos.
D
ebaixo deste pano, com os olhos
no buraquinho de uma caixa, a
aventura era outra. Durava só pouco
mais de um minuto, mas levava todas
as crianças à felicidade. Aliás, Felicidade
era o nome do espetáculo apresentado
pela artista Iná Gonçalves no seu
teatrinho lambe-lambe, feito dentro de
um velha câmera fotográfica. Ao som
de Vivaldi nos fones de ouvido, em
um lapso de tempo ela transportava
sua plateia para dentro de uma singela
casa em miniatura, onde mostrava a
simplicidade de viver e ser feliz. Fez o
maior sucesso com a garotada.
Muita música
para
aprender e ver
As crianças
aprenderam
sobre trânsito
(acima) e
assistiram a
teatrinhos lambelambe na vila
da Aventura
(ao lado)
66
Náutica Sul
fotos Divulgação
P
Da carteirinha para as ruas
U
m dos pontos mais visitados pelas crianças (e admirados pelos adultos)
foi a Marejópolis — ou cidade da Marejada. Ali, os pequenos simulavam o
processo de obtenção e confecção de uma carteira de habilitação, com aula
teórica na autoescolinha e despachante, onde retiravam o seu “documento”.
Com ele em mãos, tinham direito a dar algumas voltas pela pista, que tinha
sinalização de verdade, incluindo semáforos e redutor de velocidade.
Mais de 7 mil carteirinhas de habilitação foram emitidas.
U
m dos mais importantes eventos
culturais de Itajaí também
aconteceu durante a Aventura pelos
Mares do Mundo. Foi a 16ª edição
do Festival de Música da cidade,
reconhecido em toda a região pela sua
relevância e que animou os palcos e
as noites da Vila da Aventura. Entre as
atrações, nomes como Lenine, Céu e
Monobloco. Outras apresentações de
artistas locais também aconteceram
durante todo o evento. E tudo de graça.
sabores
do mundo
Quatro
países foram
homenageados e
serviram pratos
da sua culinária.
A tradicional festa
da Marejada,
este ano, foi bem
diferente
Náutica Sul
67
vista da
cidade
O flutuante
Pharol Porto
Cabral fica
preso ao molhe
da Barra Sul,
com o lindo
visual da praia
de Balneário
Camboriú ao
fundo e serve de
cenário até para
casamentos
Como fica na água, ele balança
suavemente., como um navio
No balanço do mar
fotos divulgação
O curioso e saboroso
Pharol Porto Cabral, em Balneário
Camboriú, não é apenas um
restaurante sobre o mar. É um
restaurante que flutua na praia
68
Náutica Sul
Q
uem está dentro, tem
a sensação de est ar
jantando a bordo de um
navio, com grandes janelas que
dão para o mar. Já quem está
do lado de fora tem a impressão
de estar à mesa de um gostoso
deque sobre as águas, com a
paisagem da cidade ao fundo.
Nos dois casos, contudo, os
sentidos traem a percepção
da realidade. O Pharol Porto
Cabral não é um navio nem
u m s i m p l e s d e qu e , m a s
sim um grande restaurante
flutuante (grande no tamanho,
com lugar para quase 200
pessoas, e na qualidade, com
elogiadíssimos sushis e frutos
do mar), o primeiro do gênero
em Balneário Camboriú e um
dos poucos desse tipo na região
sul do país. E o que causa essas
duas sensações é que, por ser
um flutuante, ele fica boiando
no mar. Portanto, mexe um
pouco...
Nada, porém, que faça
a clientela marear antes de
a comida chegar, embora os
mais sensíveis sintam, logo ao
primeiro passo, que aquele não
é um restaurante como outro
qualquer. E não é mesmo.
Toda a estrutura, da cozinha
ao enorme salão, contornado
por um deque ao ar livre
e construído com toras de
madeira à vista e telhado com
bicos salientes que lembram
as construções balinesas, fica
sobre um gigantesco pranchão
de aço, fabricado na vizinha
Itajaí com este propósito: ser
um restaurante que flutua na
água e não apenas “sobre o
mar”, como outros tantos que
há. A diferença entre uma coisa
e outra está justamente na
sutileza de “sentir” o mar e não
apenas vê-lo passar. E isso tem a
ver com o suave vaivém que o
corpo sente e que faz as pessoas
viajar na mente.
Só isso já tornaria o Pharol
Porto Cabral interessante,
especialmente para os que
buscam jantares românticos ou
experiências diferentes. Mas
ele ainda reserva uma segunda
surpresa – e, para muitos, bem
melhor do que a primeira, é
verdade: a estupenda vista da
orla de Balneário Camboriú,
que fica ainda mais linda à
noite, com a fileira iluminada
de prédios, algo só possível para
quem tem um barco ou está no
mar, o que é o caso.
“Se eu ganhasse um real
por cada foto que faço dos
clientes nesta paisagem, já
estaria milionário”, diz um dos
garçãos, todos tematicamente
grande
em tudo
Embora seja
um flutuante,
o restaurante
tem
capacidade
para 200
pessoas e
serve um
cardápio
variado, com
destaque para
os frutos do
mar e sushis
uniformizados com simpáticos
quepes de comandantes de barco
– nada mais apropriado. É difícil
resistir ao apelo de um visual tão
bonito. Tanto que, mais que um
simples restaurante, o Pharol
Porto Cabral virou um ponto
turístico da cidade. Todo mundo
quer entrar para ver a paisagem
da orla de um ângulo oposto
ao que estão acostumados.
E, uma vez lá dentro, muitos
acabam sentando para admirar
a vista e descobrindo que,
além de curioso, este inusitado
restaurante, onde alguns garçãos
até pescam nos intervalos entre
o almoço e o jantar, também
é muito gostoso. Além de bem
eclético no cardápio, que vai de
carnes a sushis, embora o forte
da casa seja (e nem poderia
ser diferente num restaurante
que fica na água...) os frutos
do mar — tem até king crabs,
aqueles caranguejos com patas
gigantescas, tão deliciosos quanto
raros de se encontrar por aqui.
Por ser um flutuante (mas à
prova de naufrágios, diga-se de
passagem, a fim de tranquilizar
os mais temerosos), o Pharol
Porto Cabral pode receber
clientes que chegam de barco
e que desembarcam bem ao
lado das mesas. Também pelo
mesmo motivo, fica preso ao
molhe fixo da Barra Sul, o
que, no entanto, só acentua
a sua principal característica,
depois da linda vista: o gostoso
balanço do mar, que faz todo
mundo imaginar que está em
outro lugar. Seja num navio ou
num deque.
Náutica Sul
69
Você e seu barco
A praga das cracas
A performance do barco não anda boa?
O problema pode estar nas cracas no fundo do casco
C
racas, você bem sabe, são eternas dores
de cabeça na vida de quem tem um barco no mar. Se o casco não for limpo e
bem protegido, com tinta anti-incrustante especial, de tempos em tempos, essas pequenas
criaturas grudam no fundo e criam estragos,
especialmente na performance. O barco fica
mais pesado e com mais arrasto hidrodinâmico,
o que leva à queda brutal no rendimento e ao
maior consumo de combustível. E os proble-
mas não se restringem à parte submersa do casco — as cracas também se fixam nos hélices,
nos eixos, no leme e até no sistema de refrigeração do motor, que, com isso, pode superaquecer. Para não correr todos esses riscos por conta de algo aparentemente tão simples, a única
saída é a velha e boa prevenção — trocando em
miúdos, raspar o casco a cada seis meses, em
média, e repintá-lo de ano em ano, com tinta
anti-incrustante.
RODRIGO ZORZI
Que bicho
é esse?
As cracas
são
crustáceos
muito
comuns
em todo
o litoral
brasileiro.
Nas
primeiras
fases da
vida, vagam
pelas
águas até
encontrar
uma
superfície
rígida
(como o
casco de
um barco)
para se fixar
e crescer
Como reparar um casco contam inado em
1
Raspe as cracas logo após o barco ser
retirado da água. Quando úmidas, elas
saem com mais facilidade.
2
Com uma espátula ou um raspador de
cantos arredondados (para não danificar o
casco) remova todas as cracas abaixo da
linha d’ água.
3
Na sequência, com uma mangueira
de água doce, dê um banho no
casco, para tirar os últimos resíduos
e facilitar o lixamento.
4
Demarque a área a ser lixada e
pintada. Cole a fita adesiva um pouco
acima da linha d’ água real, que, com
o balanço do barco, pode variar.
10 p a s s o s
5
Esfregue toda a superfície com lixa 60-120,
própria para remoção de restos de tinta. Só
pare de lixar quando o gelcoat da fibra de
vidro aparecer.
Quanta
tinta é
preciso?
Não é difícil calcular
a quantidade exata
de tinta necessária para o fundo de um
barco. Primeiro, meça o comprimento
da linha d’água, da boca e do calado do
casco. Depois, use uma das fórmulas
abaixo para determinar a área (em
metros quadrados) da superfície a ser
pintada. Com esse dado, você saberá
quantos litros comprar. Em geral, um litro
de tinta dá para cerca de cinco metros
quadrados. Mas é preciso ficar atento às
recomendações dos fabricantes. Cada
marca de tinta costuma indicar uma
quantidade diferente de demãos. Mas,
em geral, são três.
bichinhos
infernais
A ação das
cracas não se
limita ao casco.
Elas também
grudam
nos hélices,
eixos e leme,
causando
estragos ainda
maiores
Se for lancha:
6
Com o casco já lixado, pegue um rolo
de pelos médios e aplique o primer,
produto que aumenta a aderência do antiincrustante, que virá a seguir.
72
Náutica Sul
7
Três horas após a secagem, com um
novo rolo, aplique a tinta anti-incrustante.
Observe na embalagem o intervalo de
tempo entre as demãos.
8
Não altere a composição química
da tinta com solventes ou pó de
cobre, que deixam a tinta mais
pesada e fácil de soltar.
9
Durante a aplicação, use luvas e
proteja os braços e pernas, pois a
tinta pode causar irritação na pele.
Use também protetor para os olhos.
10
Por fim, espere 48 horas para colocar
o barco novamente na água. É o
tempo exato para um acabamento de
sucesso.
Boca + calado x comp. da linha
d’ água = área em m² a ser pintada
Se for veleiro:
Boca + calado x 0,75 x comp. linha
d’ água = área em m² a ser pintada
Náutica Sul
73
flapes
Você e seu barco
Mais que acessórios
Os flapes equilibram o casco e melhoram o desempenho
e o consumo de qualquer lancha. Mas este benefício tem preço
S
ua lancha não tem flapes?
Tem, mas você não sabe
bem como usá-los? Se a
resposta a alguma destas duas
perguntas despertar a sua curiosidade é sinal de que você precisa
continuar a ler este texto. Basicamente, flapes são como pequenas asas de metal ou fibra de vidro, instaladas aos pares, uma em
cada bordo do espelho de popa,
que atuam como uma espécie
de extensão do casco. E podem
ser móveis ou fixos. No caso dos
flapes móveis (bem mais aconselháveis, por sinal), seu acionamento pode ser elétrico ou eletro-hidráulico. Dito assim, parece
algo bem simples e básico. E é
mesmo. Com flapes, qualquer
lancha navega melhor e mais fácil, embora esse recurso seja tão
mais necessário quanto maior for
o casco — lanchas abaixo de 25
pés raramente usam flapes , especialmente os móveis, porque eles
não custam pouco. Um kit completo de flapes hidráulicos ou elétricos, para cascos entre 25 e 30
pés, fica em torno de R$ 4 500,
e para lanchas menores, cerca de
R$ 4 000, fora a instalação.
Q
uando fixos, os flapes
mais parecem prolongamentos naturais do casco
e sua única função é aumentar
a sustentação na popa, corrigindo a inclinação longitudinal, ou
trim, do barco, a fim de compensar algum excesso de peso nessa
área, o que faz a popa abaixar e
a proa levantar. Já os flapes móveis têm a vantagem de subir ou
descer, controlados por botões
no painel, e podem não só corrigir o trim como alterar a inclinação lateral ou o adernamento
sobe e desce
Flapes são
como extensões
do casco e,
dependendo do
modelo, podem
ser controlados
em separado
D
e tão úteis, os flapes
móveis já fazem parte do equipamento padrão de muitos barcos, mesmo
daqueles que comprovadamente possuem bons cascos,
porque, com esse recurso, é
possível compensar alguma
eventual má distribuição de
peso a bordo ou enfrentar melhor as condições de mar adversas. São, enfim, motivos
mais que suficientes para você
também ter um na sua lancha.
Para baixar a proa
Para equilibrar os bordos
N
E
ormalmente, os flapes são usados para baixar a proa do barco e atingir
o planeio mais rapidamente. Ao baixar os flapes, a proa desce junto, o
que torna a navegação nas ondulações bem mais confortável e o planeio
mais rápido, porque é alcançado com menor velocidade, e, portanto, com
menor gasto de combustível. Eles também servem para equilibrar o barco
quando a lancha estiver com o tanque cheio ou com lotação completa, o
que geralmente faz com que a proa se erga acima do normal, prejudicando
a navegação e a visibilidade do piloto.
74
do casco. Ao se baixar os flapes, a
popa sobe e a proa desce, permitindo que o barco corte as ondulações com mais facilidade. Com
flapes, sejam eles móveis ou não,
qualquer casco navega menos
“empinado” e, portanto, melhor.
Também plana mais rápido, economizando assim combustível.
Náutica Sul
mbora sejam instalados aos pares, os flapes atuam de maneira
independente e, se forem móveis, podem ser ajustados
individualmente. Ao baixar um deles, a popa se ergue naquele
mesmo lado, enquanto o casco inclina no bordo oposto. Esse
recurso é especialmente útil em situações em que o casco tende
a adernar, como quando há muito peso de um certo lado ou mar
e vento forte de través. Nestes casos, ao se baixar o flape do lado
para o qual o barco está adernando, o casco reassume o equilíbrio.
Você e seu barco
mecânicos
Para não cair
no mecaniquês
Qualidade - Prazo de Entrega - Melhor Preço.
Uma dúzia de dicas para saber se um mecânico
entende mesmo de motores ou está apenas enrolando você
P
oucas coisas são mais desagradáveis do que
ser enganado por alguém. Como os mecânicos, por exemplo, que vira e mexe detectam “problemas” nos motores dos barcos que nem
sempre são exatamente defeitos. E como a maioria
dos donos de lanchas não entende muito do assunto, fica fácil ser lesado após um breve diálogo em
“mecaniquês”. Para diminuir os riscos, só mesmo
fazendo uma avaliação rápida da oficina e do profissional que ali trabalha. Como esta aqui.
12 truques para saber se dá para confiar
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
76
Náutica Sul
Desconfie de mecânicos que trocam de oficina como quem troca de roupa. Cheque há quanto tempo ele
trabalha no mesmo local. Quanto mais tempo, melhor sua reputação.
Bons mecânicos sujam apenas as mãos. Se quem lhe atender tiver graxa até nos olhos,
pense duas vezes antes de deixar seu motor com ele.
Oficina suja é sinal de desleixo em tudo — até com o trabalho a ser feito. Peças espalhadas pelo
chão e serviço acumulado nos cantos são bons indicadores disso.
Se a oficina não ficar à beira d’água, precisa ter tanque de água doce para testar os motores.
Se não houver um, desconfie.
Qualquer serviço extra, pós-orçamento, só pode ser executado com a autorização do cliente.
E mais: o preço da mão de obra, por hora, deve ser informado na ordem de serviço.
Bons mecânicos ouvem atentamente os clientes para saber qual o problema do barco. Além disso,
anotam tudo o que foi relatado. Fuja de lugares em que o atendente sequer olha nos seus olhos.
A primeira impressão é a que fica. Se não lhe tratarem bem logo no primeiro atendimento você
poderá ter problemas depois, se tiver que recorrer à garantia do serviço, por exemplo.
Peças e acessórios empoeirados nas prateleiras são sinais de pouca movimentação
de mercadorias e, consequentemente, baixo número de clientes. Desconfie.
A maioria dos fabricantes de motores oferece cursos profissionalizantes. Confira se, na parede
da oficina, há algum certificado desse tipo. No mínimo, é sinal de mecânicos bem preparados.
Alguns fabricantes costumam indicar os melhores mecânicos para cada tipo de motor.
Isso não significa garantia de bom serviço, mas é melhor do que procurar às cegas.
Se o orçamento for muito baixo, desconfie. É bem provável que o mecânico vá usar peças
recondicionadas. Há quem cobre pelo conserto de um motor de popa o mesmo que o
conserto de um de centro, o que é impossível sob o ponto de vista prático.
Uma boa oficina precisa abrir todos os dias da semana. Os mecânicos, no entanto, devem
atender emergências, e até deixar o número do celular com os clientes.
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Farol
Gaúchos vencem
Brasileiro de Match Race
Estaleiro catarinense inaugura base
no cartão-postal de Florianópolis
A nova sede da Schaefer Yachts, aos pés da linda
ponte Hercílio Luz, em Floripa, está sendo oficialmente
inaugurada este mês e ela própria já está sendo apontada
como uma nova atração na região, com seu bonito prédio
espelhado. Além de centro administrativo e comercial do
estaleiro, ela também servirá como showroom dos barcos
da marca, além de local de montagem final dos maiores
iates da Schaefer, como os modelos 620 e 800. “Aqui, as
pessoas conhecem e já testam, na água, os nossos barcos,
bem diante do cartão-postal da cidade”, resume o dono do
estaleiro, Marcio Schaefer.
DEBAIXO
DA PONTE
A nova base da
Schaefer Yachts
fica ao lado da
famosa ponte
Hercílio Luz
Organizador da travessia do
Canal do Varadouro é o
presidente da Tribo das Águas
A reportagem sobre os passeios de jet no
Canal do Varadouro, na última edição de NÁUTICA
SUL, deixou dúvidas sobre o organizador da
travessia anual entre Paranaguá e Cananéia, que
tradicionalmente é realizada pela equipe Tribo das
Águas, cujo presidente é Marco Aurélio Testoni,
também comodoro no Iate Clube de Balneário
Camboriú. A marina
By Dente, de Joicimar
Aviz, o “Dentinho”, em
Balneário Camboriú,
citada na reportagem,
é apenas o tradicional
ponto de encontro dos
adeptos dos passeios de
jet da cidade, inclusive
para a travessia anual no
Varadouro.
O 5º Campeonato Brasileiro de Match Race, competição de vela
de um barco contra o outro, teve uma final totalmente gaúcha: a
equipe de Nelson Ilha enfrentou a tripulação de Philipp Grochtmann
e venceu por 2 a 1 na série de melhor de três regatas, realizadas no
rio Guaíba, em Porto Alegre. Na terceira colocação ficou a tripulação
argentina de Pablo Volker, que ganhou por 2 a 0 da equipe da
Marinha Brasileira, comandada por Fernanda Demétrio, do Rio de
Janeiro. Nelson Ilha também teve ajuda feminina para chegar ao
título, pois contou com as velejadoras Ana Barbachan e Geórgia
da Silva na sua tripulação. A competição teve oito equipes, do Rio
Grande do Sul, Rio de Janeiro e Argentina.
Deu Brasil no
Sul-americano Nacra17
Clínio de Freitas e Cláudia Swan
faturaram campeonato em Porto Alegre
Com um beijo na linha de chegada da última prova, Clínio de
Freitas e Cláudia Swan comemoraram a conquista do título do
primeiro Campeonato Sul-Americano da classe Nacra17, realizado
em Porto Alegre, deixando para trás os argentinos Esteban Blando
e Eugenia Bosco, que ficaram na segunda colocação. Clínio e
Cláudia também foram os campeões do primeiro Brasileiro da
modalidade e únicos representantes do país no Mundial da
Holanda, em julho último. Nas águas do Guaíba, a dupla fez bonito
e derrotou outras oito tripulações, do Brasil, Argentina e Uruguai.
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5
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NOVA SEDE SCHAEFER
A final foi entre duas equipes do Veleiros
do Sul, que sediou o campeonato
Divulagção/Ricardo Pedebos
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Sobre os
passeios de jet...
Onde encontrar
PARANÁ
Estaleiros
• Bassboat
Tel. 41/3029-0512
www.bassboat.com.br
Lanchas para pesca
Curitiba
• Engetec
Tel. 41/3383-0182
www.engetecbrasil.com.br
Botes de alumínio, infláveis
e lanchas
São José dos Pinhais
• Vom Wasser
Tel. 41/3344-5806
www.evw.com.br
Lanchas
Curitiba
• Way Brasil
Tel. 41/3278-7433
www.waybrasil.com
Lanchas Triton e Quest
Curitiba
• Wind Náutica
Tel. 41/3383-1865
www.windnautica.com.br
Veleiros
Curitiba
Motores e
equipamentos
• Britanite
Tel. 41/3671-8200
[email protected]
Material de salvatagem
Quatro Barras
• Fort Car
Tel. 41/3673-2386
www.fortcarreboques.
com.br
Fábrica de carretas
Curitiba
• Mar Sul
Tel. 41/3443-6024
www.marsulservicos.com.br
Motores MAN
Guaratuba
• Nautimax
Tel. 41/3333-0410
www.nautimax.com.br
Motores Volvo Penta
Curitiba
• Piqui Naval
Tel. 41/3472-1327
[email protected]
Acessórios de aço inox
Guaratuba
80
Náutica Sul
• Retipar
Tel. 41/3016-0206
www.retipar.com.br
Retífica, peças e acessórios
Curitiba
• Separ
Tel. 41/3324-7205
www.separ.com.br
Carregadores de bateria,
divisores e conversores
Curitiba
• Volvo Penta Brasil
www.volvopenta.com.br
Fabricante de motores
Curitiba
Lojas e serviços
• Bankoc/Almir
Capotas
Tel. 41/3282-4804
www.bankoc.com.br
Capotas e revestimentos
São José dos Pinhais
• Berneck
Tel. 41/2109-1513
www.berneck.com.br
Painéis de madeira teca
Araucária
• Centro Náutico
Tel. 41/3366-7677
www.centronautico.net
Barcos, motores
e equipamentos
Curitiba
• Ciclonáutica
44/3425-1267
www.ciclonautica.
com.br
Lanchas Ventura
e Rionáutica, jets
e motores Yamaha
Loanda
• Despachante
Marítimo JB
Tel. 41/3333-6660
Legalizações,
registros e
cursos náuticos
Curitiba
• Diprofiber
Tel. 41/3373-0057
www.diprofiber.com.br
Material para laminação
Curitiba
• First Yacht
Tel. 41/3333-0410
www.firstyacht.com.br
Lanchas Azimut e Atlantis
Curitiba
• Horst Transporte
Tel. 41/3275-7228
Transporte de barcos
Curitiba
• Interyachts
Tel. 41/4102-7362
www.interyachts.com.br
Lanchas Intermarine
Curitiba
• Kapazi Tapetes
Tel. 41/3232-8282
www.kapazi.com.br
Tapetes náuticos
Curitiba
• Kapot Capotaria
Tel. 41/3333-7122
www.kapot.com.br
Fábrica de capotas
Curitiba
• Lakshmi
Tel. 41/3392-6002
www.moveislakshmi.com.br
Marcenaria com teca
Campo Largo
• Loba do Mar
Tel. 41/3027-7788
www.lobadomar.com.br
Eletrônicos,
despachante, cursos
Curitiba
• Londrináutica
Tel. 43/3328-5858
www.londrinautica.com.br
Lanchas, jets e motores
Londrina
• Marine Service
Tel. 41/3665-9393
Oficina, motores, elétrica
Curitiba
• MM Náutica
Tel. 41/3333-9011
www.mmnautica.com.br
Lanchas, motores,
equipamentos
Curitiba
• Náutica Gold Fish
Tel. 43/3347-1509
www.nauticagoldfish.com.br
Lanchas Mestra, Metal
Glass; motores Evinrude;
jets Sea Doo
Londrina
• Náutica Paraná
Tel. 43/3336-1900
www.nauticaparana.com.br
Lanchas FS e Ventura; jets
e motores Mercury
Londrina
• Náutica Wilke
Tel. 41/3442-2519
www.nauticawilke.com.br
Manutenção e fabricação
de peças. Representante
Fischer Panda
Guaratuba
• Nautipar
Tel. 41/3016-0020
www.nautipar.com.br
Representante Ferretti
Curitiba
• Paraná Boats Broker
Tel. 41/7819-1854
www.paranaboats.com.br
Lanchas Singular
Curitiba
• Piçarras
Tel. 41/3472-1438
Posto e equipamentos
Guaratuba
• Promar
Tel. 41/3254-1502
www.promar.com.br
Fábrica de tintas
Curitiba
• Rionáutica
Tel. 44/3262-6365
www.rionautica.com
Lanchas, jets e motores
Evinrude
Maringá
• Sailing Shop Náutico
Tel. 41/3079-3040
www.shopnautico.com.br
Veleiros e acessórios
Curitiba
• Schneider Naval
Tel. 41/3283-5893
www.schneidernaval.com.br
Peças de inox e madeira
Curitiba
• Separ
Tel. 41/3324-7205
www.separ.com.br
Lanchas Singular
Curitiba
• SP Marine
Tel. 41/3233-3636
www.spmarine.com.br
Lanchas Intermarine
Curitiba
• Sport Náutica Foz
Tel. 45/3573-3151
www.sportnauticafoz.com.br
Lanchas, jets e
motores Mercury
Foz do Iguaçu
• Vip Boat
Tel. 41/9841-3838
www.vipboat.com.br
Lanchas nacionais
e importadas
Curitiba
• Yamanáutica
Tel. 41/3333-3738
www.yamanautica.com.br
Lanchas, motores Suzuki e
Yamaha e jets Yamaha
Curitiba
SAN­TA
CA­TA­RI­NA
Estaleiros
• Armada Yachts
Tel. 48/3242-9600
www.armada.com.br
Lanchas
Palhoça
• Azimut Yachts
Tel. 47/3249-7700
www.azimutyachts.com.br
Lanchas
Itajaí
• BB Barcos
Tel. 48/3255-3590
www.bbbarcos.com Veleiros
e catamarãs
Imbituba
• Blujoi Catamarãs
Tel. 47/4009-0341
www.blujoi.com.br
Trawlers e catamarãs
Joinville
• Brasboats
Tel. 48/3242-4927
www.brasboats.com.br
Lanchas
Palhoça
• Brunswick
Boat Group
Tel. 47/3025-4984
www.bayliner.com.br
Lanchas Bayliner e
Sea Ray
Joinville
• Catarina Yachts
Tel. 47/3404-6801
www.catarinayachts.com
Lanchas e veleiros
Navegantes
• Century Yachts
Tel. 48/9119-1991
www.centuryachts.com.br
Lanchas
Itajaí
• Dream Boats
www.dreamboats.com.br
Canoas de madeira
Jaraguá do Sul
• Fibrafort
Tel. 47/3249-9958
www.fibrafort.com.br
Lanchas Focker
Itajaí
• FS Yachts
Tel. 48/3243-1990
www.fsyachts.com.br
Lanchas
Biguaçu
• Gamper Náutica
Tel. 47/3442-2456
www.gampernautica.com.br
Infláveis
São Francisco do Sul
• Império Yachts
Tel. 47/3045-3080
www.imperioyachts.com.br
Lanchas DM
Itajaí
• Intech Boating
Tel. 48/3259-0484
www.intechboating.com
Lanchas
São José
• Kalmar
Tel. 47/3348-2916
www.kalmar.com.br
Lanchas e veleiros
Itajaí
• Krause Boats
Tel. 48/4107-0260
www.estaleirokrause.
com.br
Lanchas
Palhoça
• Lancer
Tel. 48/32429840
www.lanceryachts.com.br
Lanchas
Palhoça
• Mastro d’Ascia
Tel. 48/3238-2314
www.mastrodascia.com.br
Lanchas Nomad
Florianópolis
• Ocean Life
Tel. 48/3342-0204
www.evolveboats.com.br
Lanchas Evolve
Biguaçu
• Psari Boats
Tel. 47/3365-0906
www.psari.com.br
Lanchas
Camboriú
• Sail Master
Tel. 48/3343-8930
www.sail-master.com.br
Infláveis
São José
• Schaefer Yachts
Tel. 48/2106-0001
www.schaeferyachts.com.br
Lanchas Phantom Palhoça
• Sea Crest
Tel. 48/3278-1252
www.seacrest.com.br
Lanchas
São José
• Sessa Marine
Brasil
www.sessamarine.com
Tel. 48/3278-1169
Lanchas
São José
• Singular Boats
Tel. 48/3341-3343
www.singularboats.com
Lanchas
Palhoça
• Top Line Yachts
Tel. 48/4109 -0414
www.toplineyachts.com.br.
Lanchas
Biguaçu
• Zeta Yachts
Tel. 48/9982-2118
www.zetaestaleiro.com.br
Lanchas
Palhoça
• Hoffmann
Tel. 47/3348-1069
www.heliceshoffmann.
com.br
Fábrica de hélices
Itajaí
• Motor Marine
Tel. 47/3264-1439
Assistência técnica
de motores
Balneário Camboriú
• Nautcar Carretas
Tel. 48/3257-6243
www.nautcar.com
Fabricante de carretas
Florianópolis
• Optolamp – HE
Tel. 47/3369-4184
www.optolamp.com
Iluminação e sinalização
para barcos
Porto Belo
• Pirâmide Reboques
Tel. 47/3473-1078
www.piramidereboques.
com.br
Fábrica de reboques
Joinville
• Real Marítima
Tel. 48/3348-7885
Autorizada Volvo
Florianópolis
• Xexeumar
otores e
M
equipamentos
• Boa Vista Reboques
Tel. 47/3433-4815
www.boavistareboques.
com.br
Fábrica de reboques
Itajaí
• De Vento em Popa
Tel. 47/9977-0676
Mecânica de motores
Camboriú
• Elber
Tel. 47/3542-3000
www.elber.ind.br
Geladeiras e freezers
Agronômica
• Formula Import
Tel. 47/3473-0088
www.formulaimport.
com.br
Geradores, gaiutas, vigias,
condicionadores de ar e
equipamentos
hidráulicos
Joinville
Tel. 48/3243-2726
www.xexeumar.com.br
Fábrica de peças de inox
Biguaçu
Lojas e serviços
• American Boat
Tel. 47/3427-2143
www.americanboat.com.br
Lanchas importadas Chris
Craft
Joinville
• Acrilatec
Tel. 48/3257-1038
www.acrilatec.com.br
Peças em acrílico
São José
• AJX
Tel. 48/3222-7752
www.ajxtec.com.br
Torres de abastecimento e
equipamentos de
fibra para marinas
Florianópolis
• Alenáutica
Tel. 48/3244-4466
www.alenautica.com.br
Lanchas Ventura,
oficina e loja náutica
Florianópolis
• Armazém Naval
Tel. 48/3225-9370
www.armazemnaval.com.br
Loja Yanmar e Holt Nautos;
oficina
Florianópolis
• Beneteau
Tel. 48/3066-2222
Lanchas e veleiros
Biguaçu
• Boat Sul
Tel. 47/3367-6813
www.boatsul.com.br
Lanchas importadas
Sunseeker e Cobalt
Biguaçu
• Brasil Adventure
(by Dente)
Tel. 47/3366-3114
www.bydente.com.br
Venda e reparo de jets
Camboriú
• Brisa Yachts
Tel. 48/9133-7418
www.brisayachts.com.br
Lanchas Singular
Florianópolis
• Calamar
Tel. 48/3244-3863
www.calamarsc.com.br
Peças e serviços náuticos
Florianópolis
• Cleo Muller
Tel. 47/3043-0497
Lanchas Sea Gold
Joinville
• Cia. da Praia
Tel. 48/3269-5988
www.companhiadapraia.
com.br
Barcos e equipamentos
Florianópolis
• Coltri Sub
Tel. 48/3348-2114
www.coltrisub.it
Compressores para recarga
de ar Florianópolis
• Estofatec
Tel. 48/7812-6727
Revestimentos náuticos
São José
• First Yacht
Tel. 48/3027-1038
www.firstyacht.com.br
Florianópolis e
Balneário Camboriú
• Floripa Náutica
Tel. 48/3243-2232
www.floripanautica.
com.br
Lanchas e motores
Biguaçu
• Guaíba
Tel. 48/3304-7223
www.guaibanautica.
com.br
Barcos e equipamentos
Florianópolis
• Gurupés Náutica
Tel. 47/3366-1410
www.gurupes.com.br
Veleiros Bramador
e catracas Sea Winch
Balneário Camboriú
• Inter Coatings
Tel. 48/3349-9090
www.intercoatings.com.br
Tintas marítimas
Itajaí
• Interyachts
Tel. 48/3365-9570
www.interyachts.com.br
Lanchas Intermarine
Florianópolis
• Jet Hause
Tel. 48/3232-5451
[email protected]
Venda e manutenção de
jets
Florianópolis
• Katavento Capas
Náuticas
Tel. 48/3225-7600
www.kataventocapas
nauticas.com.br
Capas e reparos de velas
Florianópolis
• Jet Point
Tel. 47/3361-0294
www.jetpoint.com.br
Venda e manutenção de
jets
Camboriú
• L.A. Infláveis
Tel. 47/3369-4711
www.lainflaveis.net
Infláveis, serviços náuticos
Porto Belo
Náutica Sul
81
Onde encontrar
Tel. 48/3365-9570
www.maremarnautica.
com.br
Venda de barcos novos
e usados; aluguel
Florianópolis
• Marina da Conceição
Tel. 48/3232-0345
www.marinada conceicao.
com.br
Venda de lanchas
Florianópolis
• Marine Express
Tel. 47/3367-7167
www.marinexpress.com.br
Eletrônicos, geradores e
equipamentos
Camboriú
• Mega Jet & Boats
Tel. 48/3246-4546
www.megajet.net
Revenda e assistência
técnica de jets, lanchas
e motores de popa
São José
• Mídia Signs
Tel. 47/3367-2192
www.midiasigns.com.br
Adesivos para barcos
Camboriú
• Moto Jeans
Tel. 49/3319-2480
www.motojeans.com.br
Lanchas Ventura, jets Sea
Doo e motores Envirude
Chapecó
• Náutica Mané Ferrari
• Náutica Tecnimar
Tel. 47/3361-1120
e 47/9117-6622
www.tecnimar.com.br
Manutenção e reparos
Camboriú
• Nautipar
Tel. 47/3363-1336
www.nautipar.com.br
Representante Ferretti
Camboriú
• Nautiservi
Tel. 47/3369-9001
www.nautiservi.com.br
82
Náutica Sul
Tel. 48/3285-3333
www.pier33.com.br
Revenda Schaefer
Biguaçu
• Pino
www.pino.com.br
Roupas, botas e
acessórios de neoprene
Porto Belo
• Paulo Marques
Tel. 48/9911-9488
www.pmoyd.wordpress.
com
Projetos de barcos
Florianópolis
• Power News Baterias
Tel. 48/3241-0908
Revenda de baterias
São José
• Pro Náutica
Tel. 48/3232-1963
www.pronautica.com.br
Venda e manutenção
de jets
Florianópolis
• RC Náutica
Tel. 48/3240-4731
Acessórios para lanchas
Florianópolis
• Real Class Sul
Tel. 47/3028-1230
www.powerboats.com.br
Lanchas Real Class
Joinville
• Rinaldi Yacht Design
Tel. 47/3348-1354
www.rinaldi-yd.com
Projetos de barcos
Itajaí
• Sailing International
Tel. 47/3366-2753
www.melim.com.br
Loja náutica
Camboriú
• Rio Marine Service
Tel. 48/3236-2107
www.coppercoat.com.br
Resina anti-incrustante
Florianópolis
• Sanautica Joinville
Tel. 47/3028-0888
www.sanautica.com.br
Venda e assistência
BRP e Mercury
Joinville
Tel. 48/3222-0052
www.scyachts.com.br
Lanchas Sessa
Florianópolis
• Sea Doo-Mega Jet
Tel. 48/3246-4546
Venda e oficina de jets
São José
• Só Náutica
Tel. 47/3361-9393
www.sonautica.com.br
Venda e oficina
Camboriú
• SP Marine
Tel. 47/3361-6139
www.spmarine.com.br
Lanchas Intermarine
Balneário Camboriú
• Squadramarine
Tel. 48/3365-9613
www.squadramarine.
com.br
Lanchas e veleiros,
Florianópolis
• Trans Acácio
Tel. 48/3342-0653
www.transacacio.com.br
Transporte de barcos
Florianópolis
• Transportadora
Dois Irmãos
Tel. 48/3245-5566
www.g2irmãos.com.br
Transporte de barcos
Santo Amaro
da Imperatriz
• Ultramar
International
Tel. 48/3236-2611
Jets e componentes para
estaleiros
Florianópolis
• Universo Náutico
Tel. 47/3361-0005
www.universonautico.
com.br
Lanchas Armada,
Cimitarra e Ecomariner
Balneário Camboriú
• Velas Oceano
Tel. 48/3223-6051
Velas e capas
Florianópolis
• Via Náutica
Tel. 48/3205-1212
www.vianauticasc.com.br
Lanchas FS e Brasboats
e motores Mercury
São José
• X-Float
Tel. 48/3346-0999
www.xfloat.com.br
Equipamentos
Florianópolis
•O
ne Yachts
Florianópolis
Tel. 48/3878-6800
www.oneyachts.com.br
Lanchas Sea Ray
Florianópolis
•O
ne Yachts
Camboriú
Bal.
Tel. 47/3368-6870
Lanchas Sea Ray
Bal. Camboriú
RIO GRANDE­
DO SUL
Estaleiros
• Allfibras
Tel. 51/3661-4557
[email protected]
Lanchas Millenium
Tramandaí
• Cia. Câmara
Tel. 51/3035-5080
www.ciacamara.com.br
Veleiros e trawlers
Porto Alegre
• Delta Yachts
Tel. 51/3431-3007
www.deltayachts.com.br
Veleiros
Porto Alegre
• Estaleiro Cimitarra
Tel. 51/3388-4444
www.cimitarra.com.br
Lanchas
Porto Alegre
• HF Marine – Solara
Tel. 51/3718-1838
www.hfmarine.com.br
Lanchas
Porto Alegre
• Ilha Sul
Tel. 51/3482-2010
www.ilhasulnauticas.
com.br
Cascos de alumínio
Porto Alegre
• Müller
Tel. 51/9866-6755
www.estaleiromuller.com.br
Lanchas e veleiros
Santa Cruz do Sul
• Nautiflex
Tel. 51/3697-1544
www.nautiflex.com.br
Botes e balsas salva-vidas
Brochier
• Ocean Boats
Tel. 51/3627-4399
www.seagoldlanchas.
com.br
Lanchas Sea Gold
Imbé
• Quality Marine
Tel. 51/3482-1697
www.qualitymarine.
com.br
Veleiros e lanchas
Barra do Ribeiro
• Skipper
Tel. 51/3311-8476
www.skipper.com.br
Veleiros
Porto Alegre
• Sunset Boats
Tel. 51/3427-3566
www.sunsetboats.
com.br
Lanchas Intruder
Canoas
•V
ilas Boas Náutica
Tel. 53/3228-1383
www.vilasboasnautica.com.br
Barcos de aço
Pelotas
otores e
M
equipamentos
L
ojas
e serviços
• Aventura Brasil
Tel. 51/3341-9858
www.aventurabrasilrs.
com.br
Infláveis e alumínio
Porto Alegre
• Bica Jet
Tel. 51/3375-0033
www.bicajet.com.br
Jets e motores
Porto Alegre
• Central Náutica
Tel. 51/3268-4695
www.centralnautica.org
Broker e charters
Porto Alegre
• Emesul
Tel. 51/3347-4747
Artigos de fibra de vidro
Porto Alegre
• Equinautic
Tel. 51/3268-6675
www.equinautic.com.br
Veleiros Laser e Pico
e equipamentos
Porto Alegre
• Kali Náutica
Tel. 51/3037-4872
www.kalinautica.com.br
Lanchas, motores
e serviços
São Leopoldo
•M
arina das Flores
Tel. 51/3203-2002
www.marinadasflores.
com.br
Lanchas Solara
Porto Alegre
• Marítima
Tel. 51/3061-4261
www.maritima.eng.br
Lanchas, veleiros, e vistoria
Porto Alegre
• Moto Sport
www.motosportyamaha.
com.br
Jets e motores Yamaha
Erechim, Passo Fundo,
Sâo Luís Gonzaga,
São Borja, Carazinho,
Três Passos,
Frederico Westphalen e
Palmeira das Missões
• Multináutica
tel. 54/3229-0405
www.multinautica.com.br
Peças para estaleiros
Caxias do Sul
• Nautiescola
Tel. 51/3203-2177
www.nautiescola.com
Habilitação náutica
Porto Alegre
• Nautipar
Tel. 51/3337-4788
www.nautipar.com.br
Lanchas Ferretti
Porto Alegre
• Nautisul
tel. 51/3264-4000
www.nautisul.com.br
Lanchas e equipamentos
Porto Alegre
•N
autiway
Motoryama
Tel. 51/3406-4040
[email protected]
Lanchas e jets
Porto Alegre
• Olimpic Sails
tel. 51/32666-0523
www.olisails.com.br
Velas
Porto Alegre
• Piccolo Sails
www.sulboats.com.br
Lanchas Triton
Porto Alegre
Tel. 51/3266-7196
www.piccolosails.com.br
Velas, lonas e capas
Porto Alegre
• Sul Náutica
Tel. 51/3269-2332
Equipamentos náuticos
Porto Alegre
• Port Marinne
Tel. 51/3337-4788
www.portmarinne.com.br
Lanchas, motores e jets
Porto Alegre
• Turbo Moto Náutica
51/3084-7200
Lanchas Ventura
Porto Alegre
• P owered by Kri Kri
Tel. 51/3024-3757
www.krikri.com.br
Loja e oficina de jets
Porto Alegre
• Vascopopa
55/3312-4398
www.vascopopa.com.br
Lanchas Ventura
Santo Angelo
• Refrináutica
Tel. 51/4101-2233
www.refrinautica.com.br
Refrigeração embarcada
Porto Alegre
• Vida Náutica
Tel. 53/3278-8675
www.vidanautica.com.br
Lanchas e motores
Pelotas
• Sanáutica
Tel. 55/3412-3907
www.sanautica.com.br
Lanchas e motores
Uruguaiana
•O
ne Yachts
Porto Alegre
Tel. 51/3388-6800
www.oneyachts.com.br
Lanchas Sea Ray
• Sul Boats
Tel. 51/8118-8008
• Farol Náutica
Tel. 51/3242-1085
www.farolnautica.com.br
Fábrica de mastros
Porto Alegre
• Manotaço
Tel. 51/3268-4611
www.manotaco.com.br
Fábrica de mastros
Porto Alegre
• Marnáutica
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Canoas
•N
autiway
Motoryama
Tel. 51/3406-4040
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Motores Mercury
e Yamaha
Porto Alegre
• Nautos
Tel. 54/3026-1600
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Caxias do Sul
• Port Marinne
Tel. 51/3337-4788
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Tel. 48/7811-8391
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Tel. 41/3472-1624
• Cond. Náutico
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Pontal do Sul
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• Marina Guarapesca
•
• Marina Aragão
Biguaçu
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Náutica Sul
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Rod. SC-408|Km 1,3|Biguaçu|SC
48 3285-5080
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• Sava Clube
Tel. 51/3269-1984
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• Clu­be dos Jan­ga­dei­ros
Tel. 51/3268-0080
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Tel. 51/3265-1733
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2 O de Manoel Luís fica na costa do Maranhão e é uma área de risco para a navegação • 5 Alojamento para turistas • 6 Capota
de proteção sobre a gaiuta de entrada da cabine • 8 Pequena baía, bem aberta, em forma de meia-lua, onde as embarcações podem abrigar-se • 9 Vaso
redondo, largo e raso, onde se deposita líquido para lavagem de roupas, de alimentos etc. • 11 O explorador irlandês Ernest (1874-1922), das expedições
ao Polo Sul • 17 Outro nome do golfinho • 18 Prêmio ou coisa premiada em loteria • 20 Cidade praiana apreciada por turistas • 21 Um fruto típico do
Nordeste, de polpa comestível • 22 A capital do Sul do Brasil com as praias de Campeche e Joaquina • 25 Água própria para conservar azeitonas, carnes,
peixes etc. • 26 A cidade com o lago Paranoá, que possui uma das maiores frotas de barcos e lanchas do Brasil • 27 Cabo que se passa de um navio
para um cais a fim de segurá-lo • 28 Conjunto de pranchas que revestem externamente as cavernas e os porões dos navios • 29 A capital do Chipre,
ilha do Mediterrâneo • 30 Animal marinho de corpo esférico e coberto por longos espinhos • 31 A haste usada para assar carnes sobre um braseiro.
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PRESIDENTE E EDITOR
Ernani Paciornik
Vice-Presidente
Denise Godoy
DIRETOR DE REDAÇÃO Jorge de Souza [email protected]
Colaboraram nesta edição: Haroldo Rodrigues (edição de arte), Homero Letonai (imagens)
e Maitê Ribeiro (revisão)
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Diretor comercial
Afonso Palomares [email protected]
Diretora de mercado náutico
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paraná - Santa Catarina | GERENTE REGIONAL
Gustavo Ortiz [email protected],
tel. 41/3044-0368 e 41/7820 2931
para anunciar
[email protected]
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redação e administração
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São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1005 (adm.), fax 11/2186-1080
e tel. 11/2186-1006 (redação), fax 11/2186-1050
NÁUTICA SUL é uma publicação da G.R. Um Editora Ltda. –
ISSN 1413-1412. Novembro de 2013. Jornalista responsável: Denise Godoy (MTB 14037).
Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista.
Todos os direitos reservados.
CTP, Impressão e Acabamento — IBEP Gráfica
capa: ito Cornelsen e Ronaldo Amboni
V
E
R
T
I
C
A
I
S
1 Estado brasileiro cuja capital é Campo Grande • 2 Medida correspondente a 0,22 m • 3 Peça transversal na extremidade de um eixo,
uma haste ou um poste • 4 Peça cuja lâmpada de fraca luminosidade é usada para transmitir um código de sinalização • 5 O elemento
químico responsável por 3/4 da massa do Sol • 7 A meta do navegador Cristóvão Colombo • 10 (Náut.) Cabo grosso, amarra • 12 Chapa
posta no casco da embarcação para reduzir-lhe o balanço • 13 Comandante (na marinha de guerra da Inglaterra e dos EUA) • 14 Bêbado •
15 Ciência dos fenômenos atmosféricos • 16 Ventos de verão que sopram do mar Mediterrâneo para a terra • 19 Elevação e depressão do
nível das águas • 21 Ímã • 23 Marca de luxo conhecida por seus carros esportivos, óculos etc. • 24 Terraço reservado aos banhos de sol.
Respostas na página 83
Náutica Sul
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3 perguntas
“Os problemaços do Caixa d´Aço”
Ao escolher a mais famosa enseada de Porto Belo como tema
do seu trabalho de conclusão de curso, a estudante Bruna Machado deu uma
valiosa ajuda à própria cidade. E a todos que amam o Caixa d´Aço
P
ara concluir seu curso de oceanografia, a jovem
gaúcha, radicada em Santa Catarina, Bruna Machado, escolheu a mais linda e famosa enseada
de Porto Belo como tema de um trabalho de pesquisa
de campo. Assim sendo, passou a visitar o Caixa d´Aço
com frequência, registrando suas mazelas e entrevistando moradores, turistas e donos de barcos, que, nos fins
de semana, especialmente agora, no verão, lotam suas
1
Por que o Caixa d´Aço
está numa situação
delicada?
Por uma conjunção de fatores, como
a falta de balizamento de áreas para barcos e para banhistas, o que gera uma perigosa proximidade entre ambos, e o despejo de esgoto no mar, tanto o que vem
dos usuários dos barcos quanto dos moradores da encosta. Na minha pesquisa,
quase 20% das casas do bairro Araçá disseram despejar o esgoto diretamente na
água, porque não têm fossas nem há saneamento básico, e quase 40% dos donos de
barcos admitiram que fazem o mesmo. É
um problema sério, porque o Caixa d´Aço
é tão abrigado que sua água mal circula. Fica parada lá dentro e vai acumulando impurezas. Só limpa mesmo depois de
dois ou três dias de vento nordeste, o que
não acontece sempre.
rio gr.
santa
do sul
catarina
paraná
edição
nº 46 |
2013 | r$
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São os dois
problemas mais
sérios?
Infelizmente, não. Há, também, o aumento no número de frequentadores da
área, tanto por terra quanto pelo mar. No verão, chegam até navios de cruzeiro a Porto Belo e o número de turistas dispara —
e todos, claro, querem conhecer o Caixa
d´Aço. E os barcos particulares passam dos
100 por dia, sem falar nas escunas de passeios turísticos. É um movimento muito intenso, que gera, além da questão do esgoto e do risco de acidentes — especialmente
envolvendo os jets, que abusam da velocidade e chegam perto demais da prainha —,
também problemas de barulho. Nas minhas
medições, o nível de ruído dentro do Caixa
d´Aço ficou quatro decibéis acima do permitido, por causa, principalmente, do som alto
demais em alguns barcos.
3
Qual é a saída, já que
não se pode impedir as
pessoas de frequentá-lo?
Criar condições para isso. Um balizamento marítimo, que delimitasse áreas para
banhistas, fundeios e movimentação dos
barcos, além de restringir a velocidade, já
ajudaria muito. Coibir a construção de flutuantes privados, que pertencem a certos barcos e que viram “ilhas particulares”, como parece que está virando moda por lá, também
contribuiria para aumentar o espaço — bastariam os três bares flutuantes que sempre
existiram. E implantar um sistema de saneamento básico para os moradores e estimular
os donos de barcos a equipá-los com caixas
coletoras ou de tratamento de esgoto. Um
dos entrevistados me disse que não tem coragem de entrar no mar do Caixa d´Aço, nos
dias mais movimentados. É triste. Um lugar
tão lindo e já temido.
a ores
un
Lag
os pescad
golfinh
O show
dezembro
2
águas. Mas o que era para ser apenas um trabalho de faculdade acabou se tornando um levantamento bem feito e completo dos riscos e problemas que assolam um
dos principais pontos náuticos do litoral sul do país, e
que, agora, deve ser apresentado à própria prefeitura da
cidade, como uma contribuição espontânea para que o
principal paraíso de Porto Belo não se torne um inferno,
como ela explica nestas três respostas abaixo.
dos
rê
Jure
nal
acIo
as praias
rn
de todas
Inte
falada
A mais
a,
!
CaraC
a CraCa
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