A ascensão e a queda do XMMS

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A ascensão e a queda do XMMS
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A ascensão e a queda do XMMS
Aplicações
Enviado por: Jyulliano Rocha
Posted on : 29-04-2008 16:40:00
“Quem usa Linux há pouco menos de 3 anos, tem chance de não ter chegado a usar o
XMMS. Os mais antigos com certeza se lembram desse clone visual do Winamp e possivelmente
ainda o utilizam. Mas quem conheceu e atualmente não o vê mais nas principais distribuições
deve estar se perguntando: o que aconteceu com esse que era o tocador de mp3 padrão dos
desktops GNU/Linux por anos a fio?
A resposta não é simples nem curta, então vamos contar um pouco do que aconteceu através
dos anos.― Segundo a entrada na Wikipedia, http://en.wikipedia.org/wiki/Xmms , o Xmms
começou como X11Amp, feito por Peter e Mikael Alm em Novembro de 1997. Ele surgiu após o
Winamp para Windows, que veio ao mundo em maio daquele ano. O então X11Amp foi feito para
ser clone do Winamp, sendo inclusive compatÃ-vel na época com as skins deste. Em 1999 o
projeto passou a ser patrocinado pela 4Front Technologies, e desde então o nome mudou para X
MultiMedia System, ou XMMS.
Assim como o Winamp em sua plataforma nativa, o XMMS logo se tornou uma referência entre os
tocadores de mp3, com grande número de skins e plugins disponÃ-veis, a maioria feitos pela
comunidade construÃ-da ao redor dele. Os plugins traziam as mais diversas funcionalidades para o
XMMS, como suporte a novos e exóticos formatos de áudio (como o formato de áudio das ROMs
de Super Nintendo) e vÃ-deo (através de um plugin do Mplayer), passando por suporte a controle
remoto e normalização de volume. Até hoje, o XMMS ainda é o tocador de mp3 para
ambientes livres com o maior número de codecs de áudio suportados (alguns arquivos de áudio
só podem ser ouvidos através dele).
Por volta de 2003, com a disponibilidade de internet de banda larga e com o fenômeno do mp3 em
plena expansão, começaram a surgir usuário com coleções de mp3 que ultrapassavam 1000
músicas, algo impensável anos antes. Sempre houve tocadores especializados em grandes
coleções, como o MusicMatch Jukebox para Windows, mas eram programas grandes e pesados,
além de ter uma interface mais complicada que tocadores como o Winamp, que eram muito mais
populares.
Então, com coleções enormes, muitos usuários passaram a usar aqueles programas pesados,
mas capazes de lidar com grandes coleções, organiza-las e de criar listas de músicas de modo
a se poder aproveitar melhor a grande coleção disponÃ-vel. Por essa época, surgiram no
software livre projetos como o Amarok (QT) e o Rhythmbox (GTK), além do iTunes da Apple. Um
número cada vez maior de usuários passou a usar o PC como centro de entretenimento,
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estocando enormes quantidades de arquivos de áudio e vÃ-deo. O XMMS tinha dificuldades de
lidar com tantas músicas disponÃ-veis, e criar listas de música dentre centenas de opções
não era algo muito fácil de se fazer nele.
Entre 2002 e 2003, Peter Alm, um dos criadores do X11Amp original, começou o projeto do
XMMS2 a partir do zero, usando GTK2. pouco tempo depois o projeto passaria para as mãos de
Tobias Rundström e Anders Gustafsson. Porém, o progresso tem sido muito lento, e após cerca
de 4 anos, ainda não está disponÃ-vel uma versão utilizável pelo grande público. Enquanto
isso, o XMMS original foi abandonado por volta de 2004, na versão 1.2.10. Embora ainda um
ótimo tocador de mp3, o XMMS carecia de recursos para concorrer com projetos mais novos, e
ainda havia uma extensa lista de bugs a corrigir. A insistência em continuar utilizando o GKT+ (por
causa das dezenas de plugins disponÃ-veis) levou a forks do projeto, sendo o primeiro o Beep
Media Player em 2003, utilizando GTK2. Deste projeto foi criado outro fork, o Audacious (não
confundir com o editor de som Audacity) em 2005.
Foi então que a vaca foi pro brejo. Não recebendo mais atualizações, com uma grande lista de
bugs, o perigo de surgimento de falhas de segurança que não seriam corrigidas e com opções
em desenvolvimento ativo na arena do software livre, grandes distribuições começaram a fazer
algo impensável a alguns anos antes: retirar o XMMS dos repositórios. O primeiro foi o Gentoo,
em outubro de 2006, seguido pelo Slackware em março de 2007. Esta retiradas dos repositórios
foram altamente criticadas por vários usuários, e até a página do XMMS entrou no meios das
calorosas discussões, publicando alguns comentários sarcásticos durante as remoções dos
repositórios, como pode ser visto na página principal do projeto: http://www.xmms.org/"
title="http://www.xmms.org/">http://www.xmms.org/"
rel="external">http://www.xmms.org/">http://www.xmms.org/.
Agora o XMMS corre o risco de ser removido também dos repositórios do Debian, onde
discussões a respeito duram vários meses:
http://thread.gmane.org/gmane.linux.debian.devel.general/116761"
title="http://thread.gmane.org/gmane.linux.debian.devel.general/116761">http://thread.gmane.org/gm
ane.linux.debian.devel.general/116761" rel="external">http://thread.gmane.org/gmane.linux.d ...
.general/116761.
No link acima, o desenvolvedor do Audacious, um projeto que tem a base do XMMS, revelou que o
site do projeto foi atacado por usuários hackers fanáticos pelo XMMS, pelo simples motivo do
Audacious ser o programa que está sendo substituindo o XMMS nos repositórios. Em numa
manobra para livrar o seu projeto da polêmica gerada, seu criador nega que o Audacious seja uma
simples cópia do XMMS e que não pretende ser retrocompatÃ-vel com este, além de ter
objetivos diferentes, uma simples olhada neste projeto (http://audacious-media-player.org"
title="http://audacious-media-player.org/">http://audacious-media-player.org"
rel="external">http://audacious-media-player.org/&qu ... edia-player.org) mostra o porque das
distribuições o estarem utilizando como substituto natural do XMMS. E aÃ- entra outra polêmica:
o código do Audacious não é completamente compatÃ-vel com o programa antigo e muitos
recursos disponÃ-veis através de plugins no XMMS estão indisponÃ-veis no Audacious. E o que
é pior: vários formatos de áudio que só são audÃ-veis no GNU/Linux através dos plugins do
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XMMS estão agora inutilizados.
À comunidade, resta agora a opção de unir forças para a resolução de diferenças visando
cobrir a lacuna deixada por aquele que ainda é o maior tocador de mp3 do mundo do software
livre.
Fonte:
http://br-linux.org/linux/a-ascencao-e-a-queda-do-xmms"
title="http://br-linux.org/linux/a-ascencao-e-a-queda-do-xmms">http://br-linux.org/linux/a-ascencao-ea-queda-do-xmms" rel="external">http://br-linux.org/linux/a-ascencao- ... a-queda-do-xmms
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