Ênfase 04 - PortalSatc.com
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Daniela Soares Emos, punks, roqueiros... saiba o que são e como são formadas as Tribos Urbanas i vu l ga çã o Entrevista Fot o: D estilos Cantora Mirelli Elias: “A minha motivação é o arrepio que sinto com a música. Ela é o meu alimento. Fico realizada quando provoco emoção nas pessoas”. Pág. 4 Pág. 6 Ênfase Criciúma - 2º semestre de 2009 - Ano 2 - Número 4 Curso de Jornalismo da Faculdade SATC Transtornos e benefícios das obras de saneamento Gestão compartilhada entre Prefeitura de Criciúma e Casan investe R$ 65 milhões de recursos do PAC na nova rede de esgoto Pág. 3 troca de experiências e conhecimento Carol Grechi A Feira das Profissões, realizada em 22 e 23 de setembro, serviu para apresentar um pouco do que os Cursos Superiores da Faculdade SATC têm para oferecer Pág. 2 Música Sertanejo Universitário: o novo estilo musical é criticado como “modinha passageira” Pág. 4 jornalismo Profissionais da mídia trazem experiências para universitários durante a Semana Acadêmica Pág. 8 Cultura Bairro da Juventude muda a realidade de crianças carentes através da arte e da cultura Pág. 5 2 ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009 Editorial Conhecimento, um bem precioso Por Marli Vitali Faculdade Satc promove Feira das Profissões 2009 Carol Grechi Muitos analisam o jornalista como um especialista em diversidade. Não a diversidade de gênero, mas a de temas. Por esse motivo, julgam-no superficial. A avaliação é fria e simplória. O jornalista é muito mais que isso. Tem que ser tão observador quanto o historiador, dedicado como o médico, perspicaz como o advogado, bom ouvinte como o psicólogo, e por aí vai. Todas essas qualidades, unidas a novas técnicas de comunicação e à dedicação incondicional, tornam o profissional do Jornalismo sempre presente e atuante nos principais assuntos que envolvem a sociedade. Recentemente, decisão do Supremo Tribunal Federal acaba com a obrigatoriedade para exercer a profissão de jornalista. Entenderam os magistrados, de uma maneira simplória, que a prática jornalística não requer estudo, não precisa de técnicas, de coerência e, sobretudo, não precisa estar impregnada com a seriedade, a ética e o respeito por todos os envolvidos. Essas são, no entanto, premissas do trabalho do bom profissional, do jornalista sério que atua todos os dias e que, com seu desempenho, ajuda a diminuir as desigualdades sociais que permeiam a sociedade. Ninguém vai tirar o conhecimento adquirido ao longo dos anos nas faculdades, nos cursos de Jornalismo, na leitura dos livros especializados, nas atividades dentro e fora das salas de aula. Esse é e será o bem mais precioso de todos e que ninguém, nem magistrados, nem aqueles que se sentem incomodados pela seriedade do jornalista formado, poderão diminuir. O Ênfase traz, nesta edição, um pouco do talento dos futuros jornalistas formados. Jovens que sabem o quanto é importante a dedicação aos estudos e como o trabalho poderá contribuir para uma sociedade melhor. Boa leitura. Expediente ÊNFASE – Ano II – Nº 4 – Segundo Semestre de 2009 Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Faculdade SATC DIRETOR EXECUTIVO DA SATC Ruy Hülse DIRETOR ADMINISTRATIVO FINANCEIRO DA SATC Fernando Zancan DIRETOR CORPORATIVO DA SATC Iraíde Piovesan DIRETOR DA FACULDADE SATC Carlos Ferreira COORDENADORA DO CURSO DE JORNALISMO Lize Búrigo COORDENADORA DO ÊNFASE Professora Marli Vitali COORDENADOR DE EDIÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Professor Geraldo Rossi REDATORES Alunos das disciplinas de Redação Jornalística II e III EDITORES E EDITORIADORES ELETRÔNICOS César Menezes Maia, Denis Luciano Soares Oliveira, Djonatha Geremias da Silva, Édi Carlos Rezende, Rafaela Marcello Cardoso, Renê Paim Barbosa, Vanessa Irizaga Lucrecio, Viviane Salete Slussarek SATC - Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina - Criciúma - Santa Catarina www.satc.edu.br Telefone: (48) 3431-7536 Visitantes puderam apresentar um telejornal num dos estandes montados na feira Por Tiago M. Espindola Q uem nunca teve a dúvida do que iria escolher para o seu futuro? Jovens que estão concluindo o ensino médio e ainda não decidiram qual curso superior seguir, tiveram a oportunidade de descobrir um pouco mais sobre os seis cursos que a Faculdade Satc oferece. A Feira das Profissões, realizada nos dias 22 e 23 de setembro, serviu para apresentar um pouco do que os cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica, Tecnologia em Manutenção Industrial, Tecnologia em Sistemas de Telecomunicações, Design Gráfico e Jornalismo têm para oferecer. O evento recebeu escolas de toda a região, com turmas do terceiro ano do ensino médio, que vieram conhecer a instituição e seus cursos. A aluna Bruna Guollo, 16 anos, veio de Morro da Fumaça para prestigiar o evento. “Achei tudo muito interessante, pois ainda estou em dúvida sobre qual profissão seguir”, afirmou. Até mesmo para quem já faz uma graduação, as dúvidas persistem. Emanuela Cardoso, 17, faz cur- s a d IRA ções detalhadas sobre aulas, formação profissional e mercado de trabalho. No espaço, montado no ginásio, acadêmicos, professores e coordenadores se revezaram apresentando um pouco de cada um dos seis cursos superiores. Um protótipo de um veículo, montado por alunos, estruturas elétricas, novidades na área de telecomunicações e um estúdio de televisão foram destaques da Feira e aguçaram a curiosidade dos visitantes. O estudante Mateus Arsênio, 18 anos, não conhecia a Satc e ficou impressionado com o tamanho da instituição e as novidades apresentadas na Feira. “Achei a Satc muito moderna, com boas opções de cursos, bem maior do que imaginava”, destacou, acrescentando que concluirá ao fim deste ano o ensino médio. S FE E Õ S S I F C PRO T A S so técnico no Cedup e cursa Administração de Empresas, mas não se descobriu nas aulas. “Vim para a Feira para conhecer o curso de Jornalismo, já que adoro ler e escrever e meus textos são ótimos”, garante Emanuela. Por dois dias, os visitantes puderam conhecer um pouco da estrutura da Satc e também receberam informa- ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009 Comunidade 3 Buracos em troca de qualidade de vida Vários bairros de Criciúma poderão contar, em breve, com a rede coletora de esgoto Por Morgana Réus B uracos tomam conta de várias ruas de Criciúma. Transtornos temporários em nome de um benefício maior. A obra da rede de esgoto sanitário, desenvolvida através de parceria entre a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) e Prefeitura de Criciúma, já não é mais um projeto e ganha forma em vários pontos da cidade. Os trabalhos, que iniciaram em abril de 2008, passaram ou passarão pelos bairros Universitário, Santa Augusta, Paraíso, Pinheirinho, Santa Bárbara, Sangão, Mina Brasil, Comerciário, Michel, São Cristóvão, Operária, Pio Corrêa e Centro. A extensão da rede coletora desta primeira etapa é de 150 quilômetros. O valor total investido na obra é de R$ 65 milhões. Parte da verba vem do Governo Federal e do Programa de Acele- ração do Crescimento (PAC). Para acelerar os trabalhos, reduzindo os transtornos, a estatal faz a implantação da rede coletora de esgoto, através da empreiteira Itajuí, e a Prefeitura faz os reparos nas ruas. Segundo a engenheira sanitarista da Casan, Fabíola Bortolotto Netto, a empresa tem recebido muitas reclamações sobre os problemas provocados pelas escavações, como complicações no trânsito e queda nas vendas Foto: Rodrigo Medeiros / Jornal A Tribuna Equipamentos e operários que atuam nas ruas confundem-se com o cenário urbano Campeã de praticantes, caminhada é solução para sedentarismo urbano Por Richard de Luca A pessoa que faz 30 minutos de atividades diárias, cinco vezes por semana, vive até 10 anos a mais do que uma pessoa sedentária. É o que diz a pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS). E é esse o principal motivo para o crescimento do número de praticantes de esportes no mundo todo. O mais indicado é procurar um profissional de Educação Física antes de se iniciar qualquer exercício. Entre os mais realizados estão nata- ção, caminhada e musculação. Segundo Alex Rodrigo da Silva, pós-graduado em Prática Interdisciplinar do Ensino pela Fucap, além da qualidade de vida, com a prática de esportes também aumenta a coordenação motora, os movimentos musculares, o condicionamento físico e até mesmo a disposição para as tarefas diárias. Independente da atividade que se irá praticar, o alongamento é uma das partes mais importantes do exercício porque ele previne que o músculo encurte. Também o deixa mais forte para os movimen- tos que serão realizados em sequência. “É bom manter uma alimentação balanceada para não enrijecer e não ter perigo de um estiramento nos músculos”, ressalta Silva. Hoje em dia, o esporte mais praticado no mundo é a caminhada ou corrida. Um dos fatores predominantes e que atrai muita gente é o baixo custo na hora de começar as atividades. Há um cuidado que deve ser levado em conta na hora. “É importante que o tênis absorva o maior impacto possível para não gerar problemas futuros”, afirma o especialista. no comércio. O engenheiro da estatal, Luiz Alexandre da Rocha, destaca a importância e os benefícios que uma rede de saneamento básico adequada traz à saúde pública e ao meio ambiente. Para ele, a água é a maior fonte de transmissão de doenças. “A falta de um sistema de esgoto influencia na saúde das pessoas. Com uma rede de saneamento básico, a qualidade dos rios e do solo melhora e, consequentemente, a saúde da população”, declara Rocha. Atualmente, a rede coletora de esgoto da cidade não ultrapassa os 20 quilômetros. Já no Estado, o percentual é de apenas 13%. Na área urbana, a quantidade de água tratada é de 100%. O sistema de esgoto vai ser concluído em cinco anos, mas conforme a engenheira sanitarista ele está bem adiantado, mais rápido que o cronograma estabelecido. “Tudo depende de uma série de recursos, como o tempo. Se não chove, os trabalhos rendem mais”, afirma Fabíola. A principal intenção é aumentar o ritmo das atividades no centro da cidade. O objetivo é terminar as obras antes das comemorações de Natal para facilitar as compras. Comércio registra queda nas vendas Quem tem sentido prejuí zo com as obras do saneamento são os comerciantes. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, Júlio César Wessler, o trabalho dura cerca de 15 dias em frente a cada loja e os prejuízos contabilizados são significativos. Com o transtorno das atividades, o comércio sentiu uma queda de 20% nas vendas. Segundo ele, o cronograma de ações está sendo cumprido e os lojistas têm sido compreensivos. “A recomposição do calçadão tem sido rápida”, avalia Wessler. A única exigência dos comerciantes é que a obra seja concluída antes da segunda quinzena de dezembro para que o setor não seja prejudicado. “Em dias de chuva, os donos das lojas ficavam aflitos porque atrasava ainda mais os trabalhos”, lembra o presidente. Para ele, o momento de maior impacto negativo foi na rua Santo Antônio, quando estourou um cano na frente de uma loja. “É um sacrifício que a cidade inteira está passando para chegar ao resultado final”, conclui Wessler. Maquiar músculo com anabolizantes: alternativa perigosa e muito comum No mundo das academias existem muitas pessoas que praticam a musculação para ficar esteticamente mais bonitas. Para obter um resultado mais rápido, algumas delas acabam apelando para o uso dos esteróides anabolizantes. Esta é uma prática costumeira, conforme especialistas e estudiosos, de quem não consegue conviver psicologicamente com a persistëncia e a paciëncia necessárias. O grande problema é que os comprimidos utilizados costumeiramente por quem procura o atalho químico para alcançar o estágio almejado, retêm os líquidos do corpo fazendo os músculos incharem e deixando-os com aspecto de definidos. O uso em grande quantidade dos anabolizantes gera efeitos colaterais imensos como câncer de próstata, afinamento de voz, falta de ereção nos homens e crescimento de pelos no rosto, aumento de clitóris e engrossamento na voz das mulheres. “Não é indicado que se exagere nos exercícios porque tudo em excesso acaba fazendo mal para o corpo”, declara Silva. Em geral, há efeitos que só são percebidos com o tempo. A saúde pode ser comprometida gradualmente quando há o uso exagerado de componentes. 4 ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009 Cultura Tribos urbanas: nichos da sociedade moderna Jovens compartilham ideais sobre modelo de vida socializando-se em tribos urbanas Por Daniela de O. Soares e Gabriela B. Woycickoski E las provocam olhares, curiosidade e comentários. São as tribos urbanas, grupos com interesses e características em comum, podem ser musical, estético ou comportamental. Uma das tribos mais conhecidas é o punk, que iniciou nos anos 70 como uma manifestação juvenil através da música, sem pretensões políticas ou sociais. Caracterizam-se pelo gosto por música punk rock, uma aparência agressiva, usam jeans rasgados, roupas escuras, tênis converse, cabelo comprido ou moicano. Ideologicamente, prezam pela liberdade individual. Para o estudante Jonas Martins, apesar de se encaixar nesse perfil, não se considera um punk. “Já sofri preconceito por causa da aparência, no trabalho e até por policiais”, conta. Até presenciou brigas entre punks e skinheads (outra tribo), e em um delas um jovem perdeu os movimentos das pernas. Um novo estilo derivado do rock tem se tornado muito popular principalmente entre os adolescentes: o emo. Os integrantes dessa tribo podem ser identificados pelo cabelo liso e pelas franjas que cobrem o rosto, olhos pintados, usam roupas xadrez, quadriculadas ou com ícones infantis e por um comportamento sensível e adverso à violência. A estudante e integrante da turma, Ana Cristina Ronch, se reúne frequentemente com outros colegas para ouvir e conversar sobre música. Para ela, a aparência é o que define o grupo. “Já fui muito xingada, principalmente por familiares, mas nada disso diminuiu minha autoestima”, explica a garota. Foto: Daniela O. Soares Foto: Daniela O. Soares Denise em seu consultório Rapazes de Cricíuma que são integrantes da tribo punk Outra tribo tem ganhado espaço nos últimos anos, os membros identificam-se por serem fãs de animês e mangás japoneses. Para os professores de mangá Jonathan Mattos e Reginaldo Lima, a identidade japonesa está se expandindo através dos animês e para se tornar um otaku (fã de mangá), basta gostar dessa cultura. “O preconceito é uma mo- dalidade do desconhecido. A partir peitar”, acrescenta Reginaldo. Para eles, esse gosto não é apenas uma fase em suas vidas, faz parte de suas personalidades já que há animês para todas as idades e preferências, como fantasia, drama e ação. Outras características podem ser identificadas, como o gosto pela música japonesa, video-games e acesso assíduo à Internet. Sertanejo universitário, a nova onda do momento Este novo estilo musical está atraindo jovens que não gostavam do sertanejo de raiz Por Eduardo Prestes J ovens que tinham um certo preconceito com o sertanejo famoso de Chitãozinho e Xororó aderem ao novo estilo musical chamado de sertanejo universitário e novas duplas ganham destaque no mercado. Nomes como César Menotti e Fabiano, João Bosco e Vinicius e Victor e Léo despontam em um mercado, até então, não explorado. Esse estilo musical nasceu nas festas das faculdades do interior de São Paulo e foi ganhando espaço entre os jovens até fazer sucesso em várias partes do país. Prova disso foi a apresentação da dupla Victor e Léo no Planeta Atlântida RS, maior festival de música do Sul do país, que pela primeira vez teve uma apresentação desse estilo. “Se você me dissesse há um ano que teria sertanejo no Planeta, eu iria achar graça. Mas hoje o sertanejo universitário está tão legal que muita gente vibrou quando saiu a notícia de que Victor e Léo fariam show lá este ano”, afirma Bruno Alexandre, estudante de 22 anos, que esteve nas últimas três edições do evento. Os estabelecimentos que dispõem de um pequeno espaço para bandas e todos os seus instrumentos são os que Aceitação social mais contratam as duplas de sertanejo universitário. “O nosso espaço não comportaria uma banda de pagode, por exemplo, com vários integrantes e instrumentos. Para nós, a dupla sertaneja é mais acessível, e o pessoal comparece do mesmo jeito para assistir”,garante Vanderlei Menegon, proprietário da Pizzaria e Chopperia La Taberna, de Turvo, que aderiu ao novo som. O sertanejo universitário sofre ainda com algumas críticas, como ser chamado de “modinha”, termo usado para dizer que é algo que surge e desaparece rapidamente. A dupla Beto e Júlio, de Chapecó, uma das atrações da 19ª Festa do Colono de Turvo, discorda dessa ideia. “O sertanejo universitário não é modinha, é uma evolução da música sertaneja de raiz, que veio para ficar.” Fotos: Eduardo Prestes Os cantores Beto e Julio animaram o público durante a 19ª Festa do Colono de Turvo Para a psicóloga, professora e coordenadora do curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Denise Nuernberg, a escolha de uma tribo se dá junto à formação da personalidade, geralmente no início da adolescência. Nesse período, a dúvida predominante é “quem sou eu?”. Assim, o jovem que já ouviu ou se identificou de alguma maneira, adere à tribo em busca de uma identidade. “Os jovens não querem ser iguais aos outros, buscam algo igual nas tribos, mas diferente do que já vivenciaram”, acrescenta a psicóloga. Pode ser também uma maneira de chamar a atenção, de dizer “estou aqui e faço parte dessa sociedade”. Por serem aparentemente diferentes, são mal compreendidos socialmente, causando brigas e discriminação. Para Denise, há duas soluções para o preconceito: a sociedade deveria ceder espaço para a defesa das tribos e seus ideais e os pais deveriam dialogar mais com seus filhos, entendendo que isso faz parte da formação da personalidade. Segundo a psicóloga, o fundamental é ter uma boa base. Os pais devem dizer o que é certo ou errado, impor limites e trabalhar a autoestima dos filhos desde cedo. ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009 Cultura 5 Solidariedade como Bússola Social Arte e Voluntariado mostram a direção à crianças e jovens carentes na região sul de Oliveira, de 9 anos, sonhava apenas com uma vida um pouco melhor. Ele trabalhou que a paixão por um durante muito tempo como instrumento musical engraxate e hoje estuda no e atividades como a Bairro, onde participa dos lapintura e o artesanato podem boratórios e oficinas. Mas a ter em comum? Ambos ten- história de superação de Isac dem a ampliam os horizontes não para por aí. da vida de crianças e jovens. O menino sofre com proSe forem meninos e meni- blemas renais e devido a esnas de origem huAlém de atender tas complicações milde, a arte passa não produz oleem média a 1.200 a desempenhar um osidade na pele. crianças por dia papel ainda mais com cinco refeições Para trabalhar significativo, po- diárias, a instituição com giz de cera dendo transformar alimenta o sonho de e tinta guache, histórias de vida. precisa de luvas. muitas delas. E é modificando “Mas todos esses realidades há 60 anos que o obstáculos não o impedem de Bairro da Juventude, mantido ter um ótimo desempenho em atualmente por doações, par- sala de aula e um bom relaciocerias e trabalho voluntário, namento com os colegas”, recontinua suas atividades. vela a professora Daiane Luiz Além de atender em média Domingos. a 1.200 crianças por dia com Das oficinas que particicinco refeições diárias, a ins- pa, o garoto tem a sua pretituição alimenta o sonho de ferida. Assim que começou muitas delas. Antes de se tor- a participar da orquestra, o nar aluno do Bairro da Juven- menino logo se apaixonou tude, o pequeno Isac Manoel por um instrumento musical. Por: Franciela Lima e Giovana Pedroso O Fotos: Giovana e Franciela Atividades extras estimulam a criança “Eu gosto muito de tocar violino. Antes de estudar aqui no Bairro eu nunca tinha tocado nenhum instrumento, gosto muito de estar aqui”, afirma muito tímido o jovem instrumentista. Na instituição, as crianças e jovens participam no período extraclasse dos laboratórios de ciências, artes, música, lúdico (jogos), além de outros oferecidos no local. A instituição conta também com o ensino desde a educação infantil até os cursos profissionalizantes. “Aqui nós mostramos para à criança e ao adolescente que existem outras opções, que eles não precisam andar pelas ruas sem nada para fazer. Todos buscam e encontram no projeto um novo jeito de viver, elevando a autoestima”, destaca Suelen Nuernberg, coordenadora das oficiAluno Isac toca em uma de suas apresentações nas de artes do Bairro. Espaço de criar, inovar e transformar as vidas dos jovens Mesmo com pouco tempo instalado, o CRAS acolhe as crianças necessitadas da região O Centro de Referência da Ação Social (CRAS), de Forquilhinha, é recente no município, mas já traz resultados e esperança para muitos. “Antes de participar das oficinas eu ficava por aí, mas agora eu descobri como é bom dançar e essa vai ser minha carreira. Meu sonho é viajar pelo mundo dançando”, relata Jackson Goulart do Nascimento. Com apenas nove anos, já demonstra grande habilidade como dançarino. Segundo o professor da oficina de hip hop oferecida pelo CRAS, Maxwell Sander Flor, o garoto tem grandes sonhos porque realmente possui potencial destacado. Jackson participa das oficinas desde o início do projeto, em março de 2008. Como as cerca de 200 pessoas aten- didas pelo Centro, ele vem de família humilde e vê nas aulas de hip hop, balé e grafite, uma oportunidade para realização de sonhos. Uma grande família. Assim os alunos definem a turma das oficinas de dança, com as quais já viajaram por vários festivais na região Sul do estado. Nessas saídas, os alunos apresentam as coreografias ensaiadas no Centro. “As crianças criam conosco um vínculo afetivo e encontram no CRAS uma segunda família, pessoas sempre prontas para ajudálas”, conta a psicóloga e professora Joseane Nazário, que atua no projeto desde julho de 2008. Oferece aos alunos nas aulas , não somente a dança, mas terapia e massagem. “Muitas crianças chegaram aqui com situação de higiene precária e No CRAS desenvolveemocionalmente debilitadas. se uma maior consciência A evolução dos corporal, co“Só de pensar que muitos o r d e n a ç ã o jovens já é visível e isso nos destes alunos que estão aqui motora, deschoje dançando poderiam motiva a conoberta de noestar na rua...” tinuar dando vas fontes de o máximo em renda, talentos nosso trabalho”, diz Joseane. e ideias. Crianças participam ativamente das oficinas Projeto resgata os meninos de rua Para a coordenadora Salete Nazário o interesse de famílias, jovens e crianças, como o dançarino Jackson, é despertado com as possibilidades oferecidas pela instituição. “Muita coisa ainda tem de ser feita, o Centro de Referência de Forquilhinha necessita de muitas melhorias, mas o resultado já alcançado é animador. “Só de pensar que muitos destes alunos que estão aqui hoje dançando poderiam estar na rua, numa região como esta, onde o tráfico de drogas ameaça a infância e a juventude, já estou satisfeita, mas não podemos parar de sonhar”, destaca Salete. 6 ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009 Entrevista Mirelli Elias Por Acadêmicos 3ª Fase O primeiro CD no estilo rock romântico está no forno e será lançado até o final do ano. Uma produção independente. Um passo na trajetória da cantora Mirelli Elias, de Forquilhinha, para ser reconhecida pelo público. Determinação e a presença da família, a maior apoiadora, não faltam para superar os desafios e acreditar no sonho. Jornalista por formação, aos 23 anos, ela lembra que é preciso correr atrás todos os dias para conquistar o que se deseja. “A minha motivação é o arrepio que sinto com a música. Ela é o meu alimento. Fico realizada quando provoco emoção nas pessoas”. Nesta entrevista aos acadêmicos de Jornalismo, além de dar uma “palhinha”, Mirelli fala da descoberta pelo gosto musical, suas referências na profissão, as dificuldades para conciliar a carreira de cantora com a de locutora de rádio. Acadêmicos: Desde criança você já se apresentava em festas na região. Quando percebeu que poderia usar esse dom c o m o profis- são? Rece beu o incentivo de alguém? Mirelli: Iniciei aos seis anos e com 13 comecei a participar de um coral. Ensaiava o ano inteiro para fazer poucas apresentações. Em uma delas, fiz um solo em uma igreja e percebi que era realmente o que gostava de fazer. Meus familiares são meus maiores apoiadores. Meu pai me acompanha em todos os momentos da minha vida. Lembro-me de que ele até comprou uma caixa de som e um microfone para eu ensaiar. Mas pelo orçamento apertado a caixa tinha um som muito ruim e incomodava os vizinhos (risos). Acadêmicos: Além de cantora você é formada em Jornalismo e faz programas musicais em uma emissora de rádio. O gosto pela música influenciou nessa escolha? Como você concilia as profissões? Mirelli: O rádio me ajuda como cantora, pois posso acompanhar bastante a vida dos profissionais e fico por dentro do que eles passaram ou irão passar. Sou eu que organizo toda minha agenda de shows e contratos. O trabalho na rádio às vezes dificulta em função dos horários e pouco tempo para os ensaios. Uma hora vou ter que optar, e apesar de gostar muito de rádio, fico com a música. Fotos: Divulgação Determinação na trajetória pelo sucesso Força e garra para superar obstáculos foi eliminada da etapa de classificação do Programa Ídolos, não ficou desanimada? Você nunca pensou em desistir da carreira? Mirelli: Não desanimei, mas fiquei triste pelo meu pai que estava esperançoso. Ele me acompanhou, e contar para ele foi dolorido. A única vez que pensei em parar foi quando eu ainda cantava em um grupo e havia uma pessoa com inveja de mim. Em casa chorei muito e decidi que não iria desistir nunca. Acadêmicos: Qual é o seu estilo musical e até onde vai sua ambição? Mirelli: Procuro me inspirar no estilo da Paula Toller. Gosto do pop nacional e música sertaneja. Eu não pretendo ter fama, dinheiro. Só quero ter a minha banda de música e o meu trabalho reconhecido. Não pretendo me aproveitar Acadêmicos: Fale sobre um dos momentos e mudar meu dos momentos de maior estilo pelo dinheiro. emoção na sua carreira. Mirelli: Senti muita emoção Acadêmicos: Como está ao cantar na abertura de um o projeto do seu primeiro show de Chitãozinho e Xo- CD, quando e onde será roró, em Capivari de Baixo, lançado? com mais de 25 mil pessoas. Mirelli: O primeiro CD paEu não dormi naquela noite. rece o nascimento de um filho. O objetivo é me firmar Acadêmicos: Quando você no cenário musical. Ele não me dará retorno financeiro, pois tudo é muito caro. Terá 10 músicas, algumas inéditas. Devo lançar até o final do ano em Forquilhinha, cidade onde vivo desde os três anos de idade. Acadêmicos: Você pensa em mudar para uma cidade maior como São Paulo e Rio de Janeiro para poder divulgar melhor seu trabalho? Mirelli: Assim que o meu CD for lançado eu pretendo sair em turnê para divulgálo em várias cidades. Não quero ficar marcada somente em um lugar, porque as pessoas vão acabar cansando de mim. Mas não pretendo mudar definitivamente para um grande centro. Talvez eu contrate uma empresa terceirizada para vender os shows em São Paulo, como a maioria do pessoal está fazendo. Acadêmicos: Quais são os seus maiores ídolos e com quem você gostaria de cantar? Mirelli: Admiro a história de vida da dupla Victor e Léo. Gosto do Kid Abelha e gostaria de cantar com Daniel e Zezé Di Camargo e Luciano. ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009 Artigos A Queda de um Veterano Por Vanessa Irizaga A decisão do (STF) Supremo Tribunal Federal, de pôr fim à obrigatoriedade do diploma de jornalismo, causou movimentação dos Sindicatos e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que se reuniram em protestos em todo o país. Gilmar Mendes, o relator da pauta votada no Senado, disse que a obrigatoriedade feria a liberdade de expressão dos cidadãos. A única opinião contrária à decisão foi a de Marco Aurélio de Melo, ministro que afirmava ser importante a permanência do diploma. A questão da queda – ainda a decisão não entrou em vigor – não é atual, pois os jornalistas brasileiros vêm lutando pelo direito de informar. A legalidade é um dos direitos desses profissionais que desempenham papel fundamental no que se refere à construção da realidade. O direito foi confundido com o que é realizado no jornalismo opinativo, Selo da Fenaj para campanha que permite a colaboração de pessoas de alguma área (advocacia, por exemplo), mas sem formação acadêmica, necessária para o jornalismo informativo. Não vamos à faculdade aprender a ser éticos: nós somos ou não somos. O que acontece na instituição é o aprimoramento dos conhecimentos, pois na faculdade o erro é pertinente, mas no dia-a-dia da profissão – e dependendo do erro - não. Cursamos quatro anos de Comunicação Social, uma ciência que mexe tanto com os brios dos poderosos, a ponto deter sido escolhido e receber tal sentença. Entre a decisão do STF, o posicionamento do Ministério Público e a competição com jornalistas não-formados, há os interesses das empresas de comunicação, que se mostraram a favor da decisão. Legalizada, a isenção iniciará uma disputa no mercado de trabalho, na qual os jornalistas que perderam a legalidade terão que mostrar por que são bons. Afinal: Democracia ou Ditadura dos Coronéis? Por César Menezes Maia O que é a democracia? Por definição, é um regime de governo onde cidadãos são eleitos pelo povo para representálo e conduzir o destino da nação. O que acontece é que muitos deles ao assumirem a missão de representar os brasileiros deixam em segundo plano o sentimento de bem comum, em prol do desenvolvimento pessoal. A impunidade é uma constante em escândalos envolvendo políticos, e assim ficamos incrédulos em relação à política, que nada mais é que um jogo pelo poder. Os governantes se dividem em dois lados, trocam insinuações, tudo perante uma população perplexa. Ao invés de tentar resolver os vários problemas do Brasil, preferem expor desavenças políticas, revelando os bastidores de um jogo sujo que revolta a sociedade. Coronéis mandam e desmandam em seus quintais eleitorais, como Sarney, no Maranhão, e ACM, na Bahia, entre tantos outros. Cada ditador possui empresas e influência para divulgar e preservar o trabalho. Alheio ao que acontece ao redor, o presidente aparece em uma solenidade com quem outrora foi seu adversário, e que foi expurgado do cargo de presidente da República, o primeiro a ser eleito diretamente pelo povo após um período em que não se podia escolher o representante, e que chegou a ter os direitos políticos cassados. Até quando seremos só espectadores? O voto gira em torno dos mesmos personagens, que como os jogadores de futebol, não têm mais amor à camisa, e mudam de lado buscando a proposta vantajosa. A verdade é que em toda comunidade existirá quem se interesse pelo bem comum, mas, haverá tantos outros preocupados só com os interesses, o verdadeiro fim da democracia. A lei deve punir quem comete crimes, e não proibir veículos de comunicação que apresentam à sociedade a apuração de um fato que envolve políticos, censurando a liberdade de imprensa, um dos princípios da constituição de 1988. Vivemos em uma democracia ou estamos vivenciando a ditadura dos coronéis? 7 O Preço da Verdade: Ética no Jornalismo Crédito: Divulgação Por Djonatha G. da Silva V er alguém mentindo descaradamente e defendendo até o último minuto tais mentiras sempre estimulou o senso crítico e ético das pessoas, despertando nelas sensações de indignação e incredulidade. É exatamente esse tipo de estímulos que o drama “O preço de uma verdade” (Shattered Glass) causa ao telespectador, quando vê o jovem jornalista Stephen Glass (Hayden Christensen) subir na carreira com artigos inusitados e irreverentes, fazendo sucesso em uma importante revista norte-americana, chamada The New Republic. O que ele não esperava é que a troca de editor da revista colocaria em perigo suas estratégias duvidosas, quando repórteres de uma empresa concorrente investigam a veracidade dos artigos de Glass, constatando que as fontes eram forjadas. O filme não explicita se o caráter do jovem contador de histórias dá-se devido a alguma doença psicológica ou se ele não tem caráter. Fica a cargo do telespectador refletir sobre a personalidade de Glass. A história é baseada em fatos reais e, embora o final vá contra o desejo de alguns telespectadores, não se pode mudar o que aconteceu. A não ser que alguém queira investigar essa história para constatar a veracidade dela. Assim como Glass, posteriormente, escreveu um livro “fictício” contando sua história, o escritor e diretor Billy Ray pode ter inventado a trama do filme. Alguém está disposto a investigar? Porque eu estou sem tempo. O filme trata da realidade Ficha Técnica do Filme Título Original: Shattered Glass Gênero: Drama Duração: 1h: 43 min Ano de lançamento: 2003 Direção: Billy Ray Roteiro: Billy Ray, baseado em artigo de Buzz Bissinger Produção: Craig Baumgarten, Marc Butan, Tove Christensen, Gaye Hirsch e Adam Merims Música: Mychael Danna Elenco: Hayden Christensen (Stephen Glass); Peter Sarsgaard (Charles Lane); Chloë Sevigny (Caitlin Avey); Melanie Lynksley (Amy Brand); Hank Azaria (Michael Kelly); Steve Zahn (Adam Penenberg) e grande elenco. Site oficial: http://www. shatteredglassmovie. com/index_flash.html. ÊNFASE - Segundo Semestre de 2009 Jornalismo 8 Semana Acadêmica traz David Coimbra O jornalista falou sobre as suas experiências nas redações por onde passou, ressaltando que o conteúdo dos cursos é mais importante que o diploma Por Richard de Luca C ronista e editor executivo do núcleo de esportes do jornal Zero Hora, de Porto Alegre, comentarista da TVCOM, escritor e integrante do programa Pretinho Básico, da rede Atlântida, David Coimbra ministrou palestra, no dia 11 de novembro, para os acadêmicos do curso de Jornalismo da Faculdade SATC. A apresentação serviu como abertura da Semana Acadêmica do curso. “A formação superior é indispensável, mas não é o diploma o que conta mais e sim o conteúdo ensinado nos cursos”, avisou o jornalista. Coimbra é um dos mais experientes profissionais da área no Sul do Brasil. Ele já trabalhou em mais de dez redações na região, entre elas a do Jornal da Manhã e a do Diário Catarinense, e também a Rádio Eldorado, em Criciúma. Durante a palestra o escritor relatou experiências e dificuldades que enfrentou durante a carreira. “Recebia no dia 05, até o dia 07 vivia bem, depois comia pão com ovo ou o que tivesse”, lembrou o cronista. Entretanto lembra com orgulho do que viveu. “A gente passava por dificuldades, mas era muito bom porque trabalhava nas redações fazendo o que gostava”. O escritor também falou sobre leitura e o quanto ela é importante para qualquer profissão, principalmente para os jornalistas. “Quanto mais você ler mais informações você vai ter e assim terá melhor argumento no texto”, alertou Coimbra. O jornalista também falou sobre as novas tecnologias e como elas ajudam o jovem na leitura. “A internet está fazendo com que os jovens tenham contato maior com a leitura”. Quanto ao avanço das novas tecnologias sobre a mídia o escritor foi categórico, “o importante para nós jornalistas é que a informação escrita não acabe”. Os acadêmicos acharam a palestra bem produtiva por saber de algumas experiências que o jornalista contou e até por algumas dicas que ele deu. “Gostei bastante da palestra porque ele nos passou experiências e informações que posso levar para a minha futura carreira”, comentou o aluno da 2ª fase do curso de Jornalismo Eduardo Prestes. “Ele é muito bom, Rafaela Cardoso Jornalista destacou a importância da leitura na profissão soube dizer muita coisa legal para nós estudantes”, afirmou a acadêmica da 4ª fase Juliana Oliveira. Ao final da palestra, Coimbra recebeu de presente da coordenadora do curso, Lize Búrigo, um livro contando os 50 anos de fundação da SATC. Oficinas passaram conhecimentos para os alunos em diversas áreas Nos dias 12 e 13 de novembro os acadêmicos do curso de Jornalismo da Faculdade SATC trocaram experiências com profissionais de Radiojornalismo, Webjornalismo, Assessoria de Imprensa, Fotojornalismo e Telejornalismo. No estúdio de rádio os alunos simularam a transmissão de uma partida de futebol via tubo (quando narrador e comentarista assistem ao jogo pela TV e fazem a narração ao vivo para o rádio). Estavam presentes os radialistas Jotha Del Fabro, da Rádio Eldorado, e Miliolli Neto da Rádio Transamérica. “A voz é meio caminho andado, mas não é tudo”, afirmou Fotos Rafaela Cardoso Profissionais do rádio e da TV mostraram para os acadêmicos como é o dia-a-dia em suas áreas de atuação Miliolli quando questionado sobre a participação de pessoas no radiojornalismo. Um nome marcante que também esteve na SATC durante a semana acadêmica ministrando a oficina de Telejornalismo foi o repórter da Rede Globo de Brasília, Guilherme Portanova. Na sala de aula ele passou uma atividade simulando um fechamento de uma edição de um jornal televisivo. A Semana Acadêmica contou com a presença do repórter fotográfico do Diário Catarinense de Floria- nópolis, Maurício Vieira, na oficina de Fotojornalismo, com uma das repórteres do portal Engeplus, Ariadne Niero, na oficina de Webjornalismo, e com uma palestra sobre Assessoria de Imprensa ministrada pela jornalista Ana Sofia Schuster. Professores e alunos tiraram lições importantes da Semana Acadêmica. “Foi uma forma bacana de integrar todas as fases em torno das mais variadas áreas do jornalismo”, ressaltou a jornalista e professora de Radiojornalismo da SATC, Karina Farias.