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COLÉGIO ESTADUAL SÃO CRISTÓVÃO- EFM
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
O ENSINO DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Em decorrência das várias modificações realizadas com a disciplina de História,
desde as aulas expositivas que visavam tão somente à repetição e memorização até a
implantação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, muito se têm discutido à cerca da
problemática da qual a disciplina esta inserida.
Respaldadas pela Diretriz Curricular que apresenta um novo paradigma através da
busca à reflexão sobre os aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e das
relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico. Por isso, a
mesma apresentou uma análise do ensino de História da década de 70 até os dias
atuais, tendo como enfoque as permanências, mudanças e rupturas ocorridas no ensino
desta ciência. Com o intuito, de que seja superado o positivismo tão presente no ensino
da História por longos anos, propõe-se
uma revalorização do que antes não era
utilizado,que era descartado por não servir adequadamente ao modelo da época.
Exemplo disso, são a racionalidade histórica sempre orientada numa única linearidade
dos fatos, assim como o uso restrito de documentos como única fonte e verdade histórica,
bem como o predomínio da ideologia do branqueamento.
Todavia, para que de fato ocorram estas mudanças, deve-se sobretudo, utilizar os
mais diferentes métodos, correntes e concepções históricas, além de utilizar uma
metodologia histórico crítica onde se busca e se valoriza o conhecimento, tendo como
ponto de partida o que o educando sabe, o que vivenciou e o que vivencia.
De modo que, esta disciplina, a partir das Diretrizes Curriculares, deve procurar
identificar relações sociais de seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região e no
país, ou seja, fazendo uma interligação entre micro e macro História, possibilitando o
questionamento da realidade na qual o estudante está inserido, promovendo o exercício
da participação e da cidadania. Com relevante articulação entre a teoria e a prática,
possibilitando o desenvolvimento do pensamento crítico, acerca dos acontecimentos
históricos, criando situações que promovam um trabalho reflexivo, aos estudantes para
que estes percebam que a História é o resultado das ações dos povos, classes e grupos
no decorrer dos tempos.
A formação do pensamento histórico do estudante se concretizará quando os
agentes do processo pedagógico agirem como investigadores, apropriando-se dos
conteúdos históricos mas buscando outras ideias, como intencionalidade, motivos,
sociedade, cultura, entre outros que propiciaram determinado acontecimento. Isso poderá
ocorrer através da relação com os múltiplos sujeitos e suas respectivas visões de mundo
e temporalidades em diversos contextos espaços temporais por meio de narrativas
históricas. Estas, por sua vez, são o ponto de partida dentro da disciplina.
A consciência histórica, é construída a partir das relações sociais, em qualquer
período e local do processo histórico. Por isso deve-se associar as experiências históricas
dos sujeitos com a própria consciência histórica, para que estes possam interpretar sua
experiência da mudança temporal. Por isso, aprender História a partir desta nova
perspectiva é articular o passado, com o que se vive e se interpreta do presente para
chegar à construir projetos para o futuro.
Assim, as narrativas históricas propiciam um meio de apresentação do
conhecimento e se refere à comunicação entre os mais variados sujeitos. Já que narrar
consiste em compreender o papel do outro no tempo. O educando precisa aprender a
dialogar com as ideias das narrativas, interpretando-as.
Ainda, deve buscar se analisar as implicações das opções teórico-metodológicas
para o ensino da História na formação dos sujeitos. Isso pode ser observado nas
diferentes abordagens curriculares que historicamente marcam o ensino desta disciplina,
além de apontar indicativos para o tipo de consciência histórica que se pretende
diagnosticar nos sujeitos.
Os objetivos propostos por esta disciplina são: entender que a produção da História
não resulta do desenvolvimento de um método que esgote o que há para saber sobre os
objetos do passado, mas assim de sucessivas perguntas que as diferentes gerações
fazem. Com novos métodos de pesquisa e novas concepções teóricas, tornando o saber
passível de novas interpretações entre as cidades; formar cidadãos dotados da visão
crítica da realidade e de espírito participativo; diferenciar as linguagens presentes em
fontes documentais variadas; diferenciar interpretações variadas sobre um mesmo
assunto/ tema de estudo; entender os princípios conceituais e/ ou organizadores da
disciplina, associando-os e aplicando-os a problemas que se propõe a resolver; relacionar
informações, conhecimentos e conceitos para elaborar conclusões; valorizar as
diversidades culturais, étnicas, sociais etc, assumindo uma postura de oposição a todas e
quaisquer práticas sociais que incitem preconceitos e/ ou discriminações (religiosa, étnica,
política, ideológica, de gênero etc).
Portanto, a importância desta disciplina vai além de despertar reflexões no
estudante a cerca de aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais. A História é o elo
que liga o individuo a sua sociedade. É a disciplina que promove e forma a consciência de
cada um, e tem a possibilidade de fazer cada qual transformar e atuar dentro do meio em
que se vive.
Para compreender, analisar e refletir sobre os acontecimentos do processo
histórico, será considerado as contribuições específicas das diferentes correntes
historiográficas e a prática da metodologia histórico- crítica.
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e
às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída
pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas
por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio- históricas, ou seja, são as
formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar e de se relacionar social, cultural e
politicamente.
A produção ou desenvolvimento do conhecimento historiográfico objetiva a
formação do pensamento histórico, possibilitando o aprimoramento da consciência
histórica para a produção de narrativas históricas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Relações de trabalho
- Relações de poder
- Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS - ENSINO FUNDAMENTAL
5ª Série
-
A
6ª Série
experiência
-
As
7ª Série
relações
de
8ª Série
- História da relações
-
A
Constituição
das
humana no tempo.
propriedade.
da humanidade com o
Instituições Sociais.
- Os sujeitos e suas
-
trabalho.
- A Formação do Estado.
relações com o outro
histórica do mundo do
- O trabalho e a vida
-Sujeitos,
no tempo.
campo e da cidade.
em sociedade e as
Revoluções.
- As culturas locais e a
-As
contradições
cultura comum.
campo e cidade.
A
constituição
relações
-
entre
Conflitos
resistências
produção
Guerras
e
da
modernidade.
e
- Os trabalhadores e
e
as
cultural
conquistas
de
direito.
campo/cidade.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - ENSINO FUNDAMENTAL
5ª Série
6ª Série
Os diferentes sujeitos,
suas
culturas,
suas
A
7ª Série
formação
Europa
da
Feudal;
8ª Série
O mundo do trabalho e
os
movimentos
de
- A Era do Imperialismo:
(Segunda
revolução
histórias
Germânicos; Francos;
resistência.
- O historiador e a
Feudalismo.
-
produção
- O mundo Além da
absolutista e as treze
impérios, o surgimento da
conhecimento histórico;
Europa:
colônias
(O
sociedade de massas, da
-
Nascimento
as
cultura erudita à cultura de
do
Tempo,
Arábia;
do
A
absolutismo
Inglaterra
e
Industrial,
As
tecnologias,
a
novas
era
dos
temporalidade;
Islamismo.
África:
revoluções inglesas. A
massa).
- Fontes, documentos;
Reinos
Gana,
colonização
- A República chega ao
- Patrimônio material e
Mali, Aksum.
de
América do Norte).
da
Brasil: (a questão escravista
imaterial;
-
- Pesquisa;
Europa:
- Arqueologia no Brasil;
transformação
- Povos indígenas no
Feudalismo;
Brasil e no Paraná;
Cruzadas;
-
Humanidade
História
e
(De
a
onde
Mudanças
na
no
A
formação
dos
Estados
Europeus
A
construção
da
no
Nação Brasileira
(a
proclamação da República:
descoberta de ouro,
dos militares às oligarquias,
Portugal
a guerra de canudos, a
e
o
ouro
brasileiro,
o
crescimento
mercado
interno,
e
o
crescimento das cidades, o
movimento
operário
na
Negra.
cidades mineiras.
e revoltas na capital).
-
- Mudanças na Arte e
- Revolução Industrial
- A primeira Guerra Mundial
Religião:
e relações de trabalho
e
humanidade e grandes
Renascimento,
(XIX e XX); (Ludismo,
( Antes da guerra, a guerra e
migrações (Teorias do
Reforma Protestante
Socialismo,
os seus resultados, a Rússia
surgimento do homem
e Contra Reforma.
Anarquismo).
dos
na América, mitos e
- O encontro de dois
- Emancipação política
socialista na Rússia, a arte e
lendas da origem do
mundos: Nascimento
do
a cultura na Europa dos
homem, desconstrução
das
(Economia,
do conceito de Pré-
Nacionais;
história, povos agrafos,
expansão
memórias
portuguesa
e
história
oral).
-
As
Primeiras
Monarquias
A
(1853);
primeira República, reformas
a
Revolução
czares,
a
Russa:
revolução
anos 1920.
Organização
social,
- A crise do capitalismo e a
manifestações
Segunda Guerra Mundial: (A
culturais; organização
crise de 1929 e o New Deal,
espanhola. América :
política-administrativo;
regimes autoritários tomam
Terra
migrações:
conta da Europa, o nazismo
de
marítima
Paraná
nas
industrialização
a
como sabemos?)
da
cotidiana
a
imperial,
Modernos;
desenvolvimento
vida
do
Brasil
viemos, quem somos,
Surgimento,
Peste
-
e
Grandes
internas
civilizações na América.
Civilizações (Astecas,
(escravizados, libertos
alemão,
(Olmecas,
Incas e Maia).
e
livres
Segunda Guerra Mundial, a
externas
eclosão da guerra, o avanço
Mochicas,
Tiwanacus,
Incas
-
Espanhóis
e
pobres)
e
da
Astecas,
Ingleses na América:
(europeus, os povos
do eixo e dos aliados.
Ameríndios da América
Conquista Espanhola;
indígenas e a política
- A era Vargas: (Revolução
do norte).
Atividades
de
de
-
e
Maias,
homens
antecedentes
As
primeiras
econômicas
na
terras).a
Napoleão
e
de
a
30
e
o
governo
provisório,
governo
civilizações na África,
Colônia; Colonização
independência.
Europa e Ásia. (Egito,
Inglesa na América;
-
Núbia, gana e Mali;
Franceses
América e na Europa. (
era do rádio.)
Hebreus,
Holandeses
Independência
dos
- O Mundo Bipolar : (A
Revolução
guerra fria, industria cultural
gregos
e
romanos).
e
na
Revoluções
constitucional, Estado Novo,
na
Educação
e
propaganda,
América do Norte.
EUA,
- Império Ultramarino
Francesa, a Reação
e esportes, o
europeus na América.
Português:
Termidoriana).
bem-
-
Conquistas
- A Era de Napoleão e
descolonização
sociedade brasileira e
portuguesas;
a
Revoluções
americana.
colonização
- Sociedades Ibéricas e
administração
Africanas
-
A
chegada
Formação
dos
da
(Songai,
Benin, Ifé, Monomotapa
e
da
independência
América
da
espanhola
Estado de
estar
questão
social,
da
na
a
África,
Ásia,
a
judaico-palestina,
(Império Napoleônico,
revolução
e
ditadura
América Portuguesa.
As
guerras
pela
América Latina.)
- Nordeste colonial: a
independência
do
na
-Democracia e Ditadura: (O
e Congo)
economia açucareira;
Brasil
- Contexto da diáspora
a
o
primeiro
Brasil de 1945, os “anos
reinado
(
pacto
dourados”, o governo João
Africana.
holandesa
no
colonial,
crise
do
Goulart e o golpe de 1964, o
- Povos Indígenas no
Nordeste; a vida nos
sistema
Brasil
Paraná
engenhos; escravidão
independência
Guarani,
e resistência; trocas e
Brasil,
Xetá e Kokleng).
conflitos; nem só de
reinado).
- Sujeitos da história
açúcar vivia a colônia.
-
(aluno):
-A expansão colonial :
Europa (unificação da
- A nova ordem mundial: (o
civil, fontes históricas,
união
Itália
fim da União Soviética, o fim
localidade, formas de
conquista do sertão;
Estados Unidos e a
do
pensar,
diversões,
missões
guerra de secessão,
Europeu,
vestuário,
tecnologia,
crises e rebeliões.
transformação
mundial, a globalização e
e
no
(Kaingang,
identificação
monumentos,
HISTÓRIA
ibérica;
jesuíticas;
líderes,
organizações.
-
ocupação
LOCAL:
Visualização
sujeitos
dos
segregados
e
colonial,
do
primeiro
fim
das
liberdades
democráticas, repressão e
abertura,
a
redemocratização
Revoluções
e
na
Alemanha,
e
e
governo Sarney.)
socialismo
a
no
Leste
nova
ordem
mudanças sociais) .
seus efeitos, o planeta pede
- Brasil: da regência ao
socorro, o Brasil na nova
segundo
ordem mundial, um balanço
reinado
DENOMINAÇÃO,
negros e indígenas.
(período regencial, a
ORIGEM,
- Sexualidade.
expansão cafeeira no
no Brasil Contemporâneo.)
LOCALIZAÇÃO
Brasil,
abolição
do
- Questões ambientais.
POVOAMENTO,
tráfico
negreiro,
os
- Consumo e mídia.
PIONEIROS,
imigrantes no Brasil).
EMANCIPAÇÃO
POLÍTICA,
INSTITUIÇÕES
- Questão da terra.
E
PODERES,
PRODUÇÃO
ECONÔMICA,
EDUCAÇÃO,
MEMÓRIA
E
MANIFESTAÇÕES
CULTURAIS.
-
TECNOLOGIA
/INTERNET
- VIOLÊNCIA
o
- Drogadição.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO
1º Ano
-Urbanização e Industrialização.
2º Ano
- O Estado e as relações de
-Os
-Trabalho
poder.
Guerras.
-Cultura e religiosidade.
-Movimentos
escravo,
servil,
assalariado e o trabalho livre.
3º Ano
as Revoltas
sujeitos
sociais,
e
políticos
as
e
culturais, as guerras e as revoluções.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - ENSINO MÉDIO
1º Ano
2º Ano
3º Ano
A produção do conhecimento
Trabalho: Tráfico negreiro,
A nova ordem mundial. Mundo em
histórico.
escravidão,
transformação: I Guerra, Revolução
A
força
do
engenhos,
conhecimento e da criatividade.
invasões
- Urbanização no mundo antigo:
bandeiras.
Mesopotâmia,
construção de identidade no
Brasileira.
Fenícia, Pérsia.
Brasil.
-
- Direito e Democracia: O mundo
- O iluminismo. O liberalismo
totalitários
e
as
grego e o mundo Romano.
econômico.
ocidentais.
A
Segunda
- Diversidade religiosa: O mundo
Francesa,
Árabe; Reinos Africanos; Império
Napoleônico. Independência
- O governo de Getúlio Vargas.
Bizantino; Feudalismo.
das colônias americanas.
- A reconstrução da Europa, a ONU e
- O renascimento comercial e
- A Revolução Industrial. Os
a
urbano.
trabalhadores do século XIX
redemocratização as reformas de
reforma. A inquisição;
na Europa. Transição do
base. O Brasil da ditadura militar. As
- A transição do feudalismo para
trabalho
emergências do terceiro mundo;
o
trabalho livre, na América, no
- Violência: Lutas sociais nos países
mercantil européia;
Brasil. Formas de resistência
desenvolvidos. Revolução: Chinesa,
- A crise de servidão. Cidade e
no mundo do trabalho.
Cubana e Nicaraguense. O Brasil
comércio.
- O ouro das Minas Gerais.
contemporâneo
feudais. O estado moderno e
Conflitos
internacional a ameaça nuclear e o
absolutismo.
Portuguesa.
China,
Reforma
capitalismo.
contra
Expansão
As
O
e
Índia,
monarquias
estado
e
a
Holandesas,
A
luta
pela
Revolução
Império
escravo
na
para
Colônia
Revoltas
Russa, Brasil no início do século XX.
- A crise de 1929 – Mundial e
A
emergência
dos
estados
democracias
Guerra
Mundial e a Polarização.
Guerra
fria.
Brasil,
na
da
ordem
movimento antiarmamentista;
expansão mercantil;
Emancipacionistas.
- Diversidade cultural: conquista
Transferência
e colonização da América.
Portuguesa.
- O sistema colonial. Relação de
do Brasil. Primeiro Reinado.
sociais no campo e nas cidades;
trabalho;
- Divisão social do trabalho.
- Ética. O mundo atual. Contradições
da
- Movimentos sociais nos campos e
Corte
nas cidades. As reformas de base. O
Independência
Brasil da ditadura militar. Movimentos
-
Sistema
inglesa.
Colonial:
América
América
espanhola.
A
formação
operária
e
da
o
classe
mundo
A
do
mundo
contemporâneo.
do
Tecnologia. Conflitos;
divisão
- O Brasil emergente;
América portuguesa;
trabalho.
- Cultura afro brasileira: História
internacional do trabalho.
- História do Paraná. (Economia,
local; produção de narrativas.
- O triunfo do capitalismo
organização
liberal. O imperialismo. O
culturais,
capitalismo na América.
externas.)
social,
manifestações
migrações
internas
e
- A partilha da América –
África – Ásia e Oceania
pelas potencias europeias o
capitalismo.
A
ideia
do
progresso e a superioridade
europeia. As transformações
do capitalismo nos Estados
Unidos. A intervenção norteamericana na América. O
capitalismo brasileiro.
-
Imperialismo
e
o
Neocolonialismo.
- Segundo Reinado: Fim da
Escravidão, Proclamação da
República.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A ciência História tem por objetivo possibilitar o desenvolvimento do senso crítico,
rompendo-se com a valorização do saber enciclopédico, socializando a produção da
ciência histórica, através das formas de como este se produz, para a formação de um
homem político capaz de compreender a estrutura do mundo da produção onde ele se
insere
e
nela
interferir.
Sendo
assim,
será
considerado
diferentes
correntes
historiográficas e suas contribuições especificas no desenvolvimento dos conteúdos, bem
como, será observado a metodologia histórico-crítica.
Todavia, para que esse processo possa ocorrer, será utilizado para os anos finais
do ensino fundamental uma inter relação dos conteúdos temáticos com a realidade local,
sendo do meio em que o educando está inserido, como a cidade, o estado, o país para
uma ligação comparativa com os acontecimentos da história mundial. Objetiva-se dessa
forma, capacitar o educando para uma reflexão à cerca do próprio tempo histórico ao qual
o mesmo vive, possibilitando uma leitura contextualizada e apropriando-o deste
conhecimento adquirido.
No entanto, isso somente será alcançado quando se considera o estudante e
professor como sujeito e produto de seu próprio conhecimento. Isto é, o conhecimento
não é dado pronto e acabado, mas uma constante re-elaboração e construção, que se dá
a partir de necessidades e problemas colocados pelo cotidiano. Para isso, deverá ser
utilizado a pesquisa escolar, o estudo com as narrativas históricas dos mais diferentes
sujeitos, desde aqueles considerados oficiais como aqueles que podem estar
“escondidos” da história oficial, o estudo das mais variadas fontes, desde os livros até a
música. Essas fontes deverão ser exploradas para propiciar novas abordagens sobre o
conteúdo estudado.
Para interpretação, análise e compreensão do processo histórico poderá ser
observado no desenvolvimento dos conteúdos, as contribuições de diferentes correntes
historiográficas e prática da metodologia histórico- crítica.
Para operacionalização cotidiana das aulas de História considerar-se-à a
problematização dos conteúdos, consulta a diferentes fontes, contextualização dos
acontecimentos históricos, observando o significado das diferentes temporalidades e a
busca de conceitos através da prática interdisciplinar, quando este encaminhamento se
fizer necessário.
Para instrumentalizar os estudantes na compreensão do processo histórico serão
utilizados diferentes recursos didáticos-pedagógicos tais como: leitura e análise de textos,
interpretação e releitura de imagens, desenhos, ilustrações e fotografias, exibição de
documentários e fragmentos fílmicos, produção/elaboração de textos, resolução de
atividades e exercícios, confecção de cartazes, murais e painéis, realização de trabalhos
de pesquisa individuais e de grupo, realização de seminários, produção de charges,
paródias e versos rimados, encenação dos acontecimentos históricos, confecção e
interpretação de mapas históricos, análise de gráficos e dados estatísticos, desenho e
ilustração de fatos históricos, organização de histórias em quadrinhos, entre outros.
No contexto do desenvolvimento dos conteúdos históricos serão oportunizados,
projetos, reflexões, sensibilização, convencimento, implementação e atividades para a
visualização dos sujeitos históricos africanos, negros, afro-brasileiros (Lei 10.639/03) e
comunidades tradicionais indígenas (Lei 11.645/08), como personalidades historicamente
discriminados no projeto de formação e organização da nação brasileira e suas
contribuições próprias para a história e cultura do país. Será oportunizado, também, o
conhecimento das especificidades políticas, econômicas, históricas e socioculturais do
Estado do Paraná (Lei 13.381/01), bem como, sua importância no cenário regional e
nacional.
No desenvolvimento das aulas serão escolarizados os desafios contemporâneos
(Sexualidade,
Violência,
Questões
Ambientais,
Drogadição,
Consumo,
Mídia,
Tecnologia/Internet, Questões da Terra, entre outros) objetivando análise, reflexão,
orientação para superação dos mesmos na comunidade em que o estabelecimento está
inserido.
O livro didático continuará sendo utilizado, entretanto, o enfoque deverá priorizar
novas ações como a identificação e a relação das imagens e ilustração, mapas e gráficos,
a contextualização do período com a apropriação das relações de causalidade e
significação das palavras que aparecem no texto e suas ideias principais e secundárias.
Já em relação a tecnologia aliada aos recursos didáticos- pedagógicos, devemos
nos apropriar literalmente desta, pois há uma infinidade de possibilidades. A TV
multimídia, por exemplo, permite a contextualização de todos os conteúdos e está
acessível a todos os educadores, o equipamento está disponível em todas as salas de
aulas, facilitando o trabalho do próprio educador. E é ali, que os estudantes podem viajar
no espaço e na dimensão histórica da sua sociedade. Também será utilizado o laboratório
de informática como espaço de pesquisa e produção do conhecimento.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação deve estar articulados com os conteúdos estruturantes: as
relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais. A avaliação será
diagnóstica, contínua e cumulativa.
A avaliação será assumida como um instrumento de compreensão do estágio de
aprendizagem em que se encontra o estudante, por isso tanto o professor quanto os
estudantes podem rever as práticas desenvolvidas a fim de identificar as lacunas no
processo
de
ensino
e
aprendizagem,
bem
como
planejar
e
propor
outros
encaminhamentos que visem a recuperação das dificuldades constatadas.
A recuperação será ofertada paralelamente para os estudantes. Para avaliação
como para a recuperação de estudos/ contéudos utilizar-se-á dos seguintes instrumentos
e práticas pedagógicas:
 Observação e participação dos estudantes nas atividades propostas.
 Relatórios de viagens, filmes, aulas.
 Elaboração de maquetes.
 Músicas e paródias.
 Seminários.
 Leitura, interpretação e produção de textos históricos.
 Leitura e interpretação de fotos, imagens e principalmente diferentes tipos de
mapas históricos, pesquisas bibliográficas, entre outros.
 Provas escritas.
 Exposição oral e/ou escrita do conhecimento adquirido.
 Trabalhos.
 Pesquisas.
 Envolvimento nos projetos específicos da disciplina.
 Atividades no caderno.
 Tarefas, entre outros.
Para desenvolver a consciência histórica do estudante espera-se que o mesmo
articule as seguintes capacidades:
• Compreenda a experiência humana no tempo.
•
Identifique os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
•
Analise as culturas locais e a cultura comum.
•
Reconheça as relações de propriedade.
•
Caracteriza a Constituição histórica do mundo do campo e da cidade.
•
Compare as relações entre campo e cidade.
•
Identifique os conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
•
Entenda a história das relações da humanidade com o trabalho.
•
Estabeleça a relação entre o trabalho e a vida em sociedade e as contradições da
modernidade.
•
Evidencie as conquistas de direito dos trabalhadores.
•
Compreenda a Constituição das Instituições Sociais.
•
Analise a formação do Estado.
•
Entenda as relações entre sujeitos, guerras e revoluções.
BIBLIOGRAFIA
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provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho, 2000.
BITTENCOURT, M. C. Ensino De História: Fundamentos E Métodos. São Paulo: Cortez,
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HISTÓRIA VIVA: Temas Brasileiros: Presença negra. São Paulo: Duetto, nº 3, 2006.
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SERIACOPI, Gislaine Campos Azevedo. História. Volume único: 1° edição. São Paulo:
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THOMPSON, E. P. A Miséria da Teoria: Ou um planetário de erros. Rio de Janeiro:
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