Untitled - EPB - Escola Profissional de Braga
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Untitled - EPB - Escola Profissional de Braga
abertura editorial A UMA INSTITUIÇÃO com vinte anos, que se arrogou do lema Inovação e Competência, sob o qual pretende construir os próximos anos, que horizontes lúcidos, a rasgar tempos de incerteza, pode invocar, num cenário de exigência, qualidade e competitividade? A resposta está nos caminhos – e não num só caminho – que deve percorrer. Caminhos que se caracterizarão pela abertura, flexibilidade, capacidade antecipatória, adaptabilidade, correcção ou aperfeiçoamento de trajectórias. Vamos referir alguns caminhos de natureza estratégica: A abertura a novos públicos, jovens e adultos, sem deixar de dar primazia a cursos profissionais orientados para os jovens, mantendo ou flectindo para ofertas formativas de qualidade, caracterizadas pela diversidade, mobilidade, registo predominantemente tecnológico e que acompanhe as mudanças sociais e tecnológicas. Uma escola que responda à questão: Que competências para ser Homem no Século XXI e que competências para as profissões do futuro - de um futuro que nos aparece tão repentino? Esta é uma escola que se transforma em espaço de interpelação permanente, se torna num espaço de investigação e transforma o professor em investigador e agente atento das mudanças alucinantes. Uma escola que, para além de se habituar a ser organização aprendente, manterá a sua ligação ao conceito de aprendizagem ao longo da vida, recomenda-o e desenvolve-o. Uma escola aberta às instituições sociais, económicas, educativas e outras, interagindo com todas, com a noção de que desenvolve a sua qualidade, consciente de que a cooperação, quando numa concorrência leal, ajuda a contribuir para afirmar ou consolidar marcas diferenciadoras. Uma escola com personalidade própria, autêntica e assertiva, em que as fronteiras entre educação, formação e criação de emprego se esbatam. Que possa ser, para uns, átrio a partir do qual se projectam no mundo empresarial e, para outros, alavanca de uma nova mentalidade empreendedora. Mais do que isso. Uma escola que não queira ficar só, refém de si própria. Orgulhando-se da sua obra: os homens que preparou. Mas também uma escola com um espírito transnacional, que sinta a ansiedade de se projectar para além do seu território original, que assuma voos que promovam a cooperação e o desenvolvimento de outros países, sobretudo daqueles a quem a História nos delegou o compromisso de construirmos um novo império: o da solidariedade e o da afirmação da Língua Portuguesa. José Oliveira Director Pedagógico 2 4 8 10 17 20 24 29 31 Destaque: da utopia ao sucesso EPB coloca no mercado de trabalho 80 % dos seus diplomados, enquanto 14 % prosseguem estudos. Entrevista Director-Geral conversa com a epb Revista no seu regresso à escola. Conquistas Nesta edição destacam-se dois dos mais recentes prémios conquistados pelos alunos. Iniciativas Diversas actividades fervilham no quotidiano da comunidade escolar. Fora de portas Alunos testemunham a sua integração no mercado de trabalho, outros preparam-se para ingressar na escola. À conversa com... Ana Filipa troca impressões com os Mão Morta. Opinião Temas da actualidade sob o olhar crítico e atento de professores e alunos. Em rede Cooperação com São Tomé e Príncipe e Moçambique no lançamento do ensino profissional. Com pés e cabeça Desporto em alta: Marketing e Serviços Jurídicos vencem torneios escolares, a equipa de Futsal CCDAT-EPB sobe à 3ª divisão nacional. 1 destaque Escola Profissional de Braga comemora 20 anos com bons resultados Da utopia ao sucesso 94 % dos diplomados colocados na vida activa Há pouco mais de 20 anos, Portugal fez uma aposta no ensino profissional, com especificidades pedagógicas e organizativas, que se constituem como elementos diferenciadores do ensino secundário regular e que, para muitos jovens, se revelam como factores fundamentais na resposta às suas expectativas de percurso escolar e profissional. Neste contexto, desde 1989 que as escolas profissionais desenvolvem os cursos profissionais, organizados dentro de um espírito pedagógico de rigor, de esforço e de forte capacidade humana e profissional, sendo hoje um projecto consolidado e de reconhecida relevância para a educação ao nível do ensino secundário. “reconhecimento de que os cursos profissionais proporcionam aos jovens percursos formativos e profissionais de grande sucesso, expresso nos níveis de empregabilidade” Assim, passadas duas décadas, observa-se que o ensino profissional é um dos percursos de nível secundário com mais sucesso educativo, motivando, nos últimos anos, a aposta governamental em consecutivos alargamentos desta oferta formativa, apostando-se na colocação de 50 por cento dos alunos do ensino secundário em cursos profissionais como meta para 2010. E o interesse tem sido tal que a procura foi sempre – muitas vezes esmagadoramente – maior que a oferta. Seguramente, pelo reconhecimento de que os cursos profissionais proporcionam aos jovens percursos formativos e profissionais de grande sucesso, expresso nos níveis de empregabilidade dos mesmos, os quais, apesar do panorama crítico que o país atravessa nesta matéria, continuam a apresentar taxas bastante satisfatórias. considerando os 1913 alunos que frequentaram os 3.º anos desses ciclos de formação. 94 % dos diplomados na vida activa Por outro lado, contabilizados os últimos 10 ciclos de formação (de 1997/2000 a 2006/2009), a EPB lançou no mercado de trabalho 80 % dos 834 alunos diplomados: 666 técnicos, em 14 saídas profissionais distintas, 531 dos quais em actividades laborais relacionadas com a área de formação (representando 80 % do total de diplomados na vida activa). Dos restantes, 144 (14 %) prosseguiram os estudos em cursos de nível superior ou cursos de especialização tecnológica de nível IV (CETs). Assim, a EPB foi ´rampa de lançamento´para percursos profissionais ou para novos desafios de qualificação para 94 % dos jovens que diplomou. 78 % de sucesso escolar Veja-se o caso da Escola Profissional de Braga - nascida com o lançamento do ensino profissional e que, actualmente, à sua semelhança, é uma instituição sólida e de reconhecido relevo na região. Os dados são expressivos: desde o seu lançamento em 1989, frequentaram a EPB 2522 alunos, distribuídos pelas 130 turmas, num leque de 20 cursos profissionais que constituíram a oferta da escola dentro desta via. Ao longo destas duas décadas (18 ciclos de formação - de 1989/1992 a 2006/2009), 1495 alunos obtiveram certificação escolar de nível secundário e também uma certificação profissional de nível III, em áreas diversas (ver caixa). Este número equivale a um nível de conclusão/sucesso escolar de 78 %, 2 Aposta ganha Preocupada em formular uma leitura atenta e actualizada das necessidades do mercado em termos de qualificação profissional, a EPB procura manter uma estreita ligação entre os contextos escolar e o do mundo do trabalho, garantindo, dessa forma, práticas pedagógicas e metodológicas que visam adequar o perfil profissional dos seus formandos às exigências que o tecido económico da região demanda. destaque ção para a escola e indicador claro da qualidade da formação que ministra. Volvidos 20 anos, podemos afirmar, com forte convicção, que os alunos que procuraram a EPB fizeram a melhor opção, não consentindo que algum estigma que ainda lograsse perdurar sobre o valor do ensino profissional lhes hipotecasse o futuro. “Os empregadores, em geral, transmitemnos elevada satisfação com o desempenho profissional dos nossos diplomados.” Esta ligação importa não apenas numa lógica de prospecção, por parte da EPB, das necessidades futuras em termos de oferta formativa, mas também como veículo de aproximação dos alunos ao universo profissional – um valioso contributo na sua formação e na integração futura na vida activa. A EPB tem sabido ir ao encontro das necessidades do mercado, dos jovens e das suas famílias. Os empregadores, em geral, transmitem-nos elevada satisfação com o desempenho profissional dos nossos diplomados, factor de enorme satisfa- Numa altura em que a crise ensombra o futuro dos mais jovens, a Escola Profissional de Braga orgulha-se de referir centenas de exemplos de percursos de sucesso de alunos que passaram por cá. Os resultados obtidos ao longo da história da escola revelam que estudar compensa, e animam-nos no esforço contínuo de promoção da qualidade, exigência e riqueza do processo de ensino e aprendizagem, capazes de proporcionar aos jovens um percurso formativo e de empregabilidade de enorme sucesso. Ana Cláudia Rodrigues Dpto. Intervenção Psico-Educativa 20 anos EPB em números 2522 alunos • 1495 alunos diplomados 129 turmas • 20 cursos profissionais 9 áreas de formação Os cursos da EPB Comércio e Marketing • Comunicação, Relações Públicas e Publicidade • Construção Civil • Contabilidade • Design Gráfico • Electrónica, Automação e Comando • Electrónica e Telecomunicações • Frio e Climatização • Gestão • Gestão de Equipamentos Informáticos • Gestão de Sistemas Informáticos • Gestão e Programação de Sistemas Informáticos • Informática para a Indústria • Instalações Eléctricas • Marketing • Multimédia • Secretariado • Serviços Comerciais • Serviços Jurídicos • Sistemas de Informação 3 entrevista No seu regresso à Escola Profissional de Braga Entrevista ao Director-Geral “Esta escola (...) tem que se adaptar às novas realidades geradas pelas mudanças sociais.” epb Revista - Esteve alguns anos desPaulo Sousa assumiu recentemente funções de Director-Geral da Escola ligado fisicamente da EPB. O que o levou Profissional de Braga, para continuar a regressar? Director-Geral - Estive de facto deslie, se possível, aprofundar, um trabalho que a escola desenvolve há vinte gado fisicamente, durante 10 anos, mas anos. mantive sempre um vínculo emocional É um regresso deste gestor, licenciado muito forte com a EPB. Para mim foi e em Gestão de Empresas a que acres- será sempre um projecto no meu coracenta uma Especialização em Audi- ção, e na minha razão. Por isso, quando toria de Habitação, depois de exercer fui convidado para regressar e dadas as actividades docentes na Escola Secun- circunstâncias que me foram apresendária de Alberto Sampaio, a cujo qua- tadas, não fui capaz de dizer não e cá dro pertence, e de abraçar diversos estou, de novo, e com todo o meu emprojectos na sociedapenho. de bracarense. “Procuro centrar-me nos Num registo directo, Como encontrou a a epb Revista trocou aspectos positivos e ten- escola? impressões com o Qualquer organizatar potenciá-los, como a principal responsáção tem sempre promelhor forma de resolver blemas para soluciovel da escola, incios problemas.” nar e questões, mais dindo a conversa em ou menos difíceis, algumas matérias para resolver. Mas, eu que estão em cima da mesa, como sejam as já crónicas di- não sou pessoa para estar agora a faficuldades de financiamento, a relação lar de dificuldades e muito menos para com empresas e parceiros, os estágios me lamentar. Procuro centrar-me nos ou o perfil dos alunos que chegam à aspectos positivos e tentar potenciálos, como a melhor forma de resolver escola. os problemas. E a EPB tem condições, 4 nomeadamente recursos humanos competentes e dedicados que são o principal factor a conferir um enorme potencial para o sucesso. Quais são as principais dificuldades sentidas na gestão diária de uma escola profissional? Poderá parecer um dejá-vu, mas, infelizmente, as principais dificuldades continuam a prender-se com o modelo de financiamento, não adequado às necessidades das escolas profissionais, em geral, e a esta, em particular: as dificuldades de tesouraria por que a EPB passa, por via dos atrasos no financiamento que provocam constrangimentos à gestão e redundam, também, em problemas económicos. Passando aos alunos, como vê os perfis dos alunos que chegam agora à escola? Actualmente, os perfis dos alunos não serão muito distintos dos que prosseguem estudos nas escolas secundárias. Relativamente há 10 anos atrás, o que acontece é que a média de idades destes alunos é mais baixa. No resto, são jovens como todos os outros, com os entrevista mesmos anseios, virtudes e problemas inerentes à sociedade actual. mais jovens começarem melhor, porque podem mais facilmente corrigir trajectórias menos favoráveis no início. Quais são as principais diferenças com os da geração anteQue desafios enfrentam os colaboradores (professores) da esrior? cola na sua missão de preparar futuros técnicos? Nos comportamentos, há algumas naturais diferenças, deA adaptação às mudanças que são cada vez mais abruptas rivadas das mudanças sociais que ocore frequentes. rem. Mas, é normal que assim seja, pois “As empresas têm-se mostrado os jovens integram sempre o que prevaQue objectivos tem a escola para os muito satisfeitas com o lece na sociedade. próximos anos? desempenho dos nossos Ser uma Escola Profissional de refeHá certamente necessidade de se corrência, pela qualidade, no panorama alunos em estágio.” rigirem estratégias metodológicas e de regional e nacional. gestão para fazer face aos novos públicos. Como é que a escola está a lidar com estes dois aspectos? Para terminar, diga-nos: como encara o futuro do ensino proEsta escola, como qualquer outra, tem que se adaptar às fissional? novas realidades geradas pelas mudanças sociais. O fundaCom optimismo, mas tem de haver sintonia entre os obmental é que toda a organização seja suficientemente flexível jectivos que são enunciados para o país: aumentar o número para o fazer. de alunos no ensino profissionalizante e disponibilizar condições para que o sistema educativo cumpra esses objectivos. Os cursos profissionais alargaram-se ao ensino regular, o que Ou seja, são precisos ovos para se fazerem omeletes. trouxe alguns problemas na captação de públicos. O que está a ser feito para se ultrapassar este problema? A nossa entrevista termina aqui. Desejamos-lhe sucesso na Nesta vertente, a Direcção Regional de Educação do Norte condução dos destinos da EPB. Obrigado pela atenção. está a fazer um excelente trabalho, que assenta na definição de rede de escolas secundárias e profissionais, de forma cooperativa, para se saber a que cursos profissionais cada escola Entrevista conduzida por se candidata anualmente. Isto permite que, por um lado, não Fernando Silva haja oferta excessiva em alguns cursos, e, por outro, se alarggue o leque de possibilidades de escolha dos alunos, ajustando-se o mais possível a oferta à procura. Como avalia as relações da escola com as empresas? Tem havido um progressivo estreitamento dessas relações, para bem dos alunos, das empresas e da escola em geral. E em relação aos estágios curriculares. Qual é o feedback do desempenho dos alunos nas empresas? As empresas têm-se mostrado muito satisfeitas com o desempenho dos nossos alunos em estágio. Também o processo de adequação das tarefas a realizar ao perfil dos alunos tem vindo a melhorar, satisfazendo ambas as partes. “a Direcção Regional de Educação do Norte está a fazer um excelente trabalho, que assenta na definição de rede de escolas secundárias e profissionais, de forma cooperativa, para se saber a que cursos profissionais cada escola se candidata anualmente.” E quanto aos estágios realizados no âmbito dos programas europeus (Leonardo da Vinci…)? A informação de que disponho é que também estes estágios têm deixado os nossos alunos muito satisfeitos e realizados. Nos tempos difíceis que correm, tem sentido falar de empreendedorismo, sobretudo entre os jovens? Faz todo o sentido, até porque o país está bastante carenciado em empreendedores e não apenas ´patrões´. E quanto 5 6 7 conquistas Mascote do Campeonato Mundial de Andebol O Fifas foi criado por aluno de Design Gráfico O aluno Ricardo Coelho, do 3º ano do curso de Design Gráfico, respondeu a um desafio lançado pelo Ministério da Educação, para a criação de uma mascote para o Campeonato Mundial de Andebol de 2010, realizado na região do Minho, em Abril último. cidade de o animal apenas existir na Península Ibérica. A escolha do lince prendeu-se ainda com as características atléticas da espécie, que “podem ser facilmente associadas à prática do andebol”. O resultado final emprestou ao Campeonato Mundial uma identidade própria, conseguida com uma imagem dinâmica, jovem e desportiva. A mascote percorreu o mundo inteiro, com a marca de um jovem criador português, um aluno da Escola Profissional de Braga! Muitos parabéns, ficando na expectativa de que possamos ser surpreendidos com outras realizações. O trabalho deveria apresentar uma personalidade distinta, em que se destacassem especificidades portuguesas e uma organização e espírito próprios. O aluno criou a mascote a partir de um lince ibérico, ideia que surgiu da especifi- Alexandra Corunha Estatuto editorial A EPB REVISTA é uma publicação semestral da Escola Profissional de Braga que pretende divulgar a vida da Escola e a sua relação com a região do Minho. É um espaço onde todas as forças vivas da comunidade educativa podem expressar as suas ideias sobre as questões que se colocam à educação, empresas e sociedade. Procura apresentar informação útil aos públicos da EPB - alunos, famílias e colaboradores – e ao tecido empresarial, num registo jovem, claro e atractivo. Explora a vertente formativa, levando os alunos à elaboração e criação de trabalhos, através da notícia, reportagem, opinião, entrevista, crónica, fotografia ou ilustração pondo, assim, em prática conhecimentos adquiridos. Estabelece uma forte ligação com as empresas da região, através de um diálogo permanente que inclui o estabelecimento de parcerias e protocolos, partilha de informação, realização de acções de formação, e divulgação de bens e serviços. Assume-se completamente independente, afastando quaisquer pressões políticas, económicas, culturais ou de qualquer outro interesse. Aposta na divulgação dos produtos da Escola (técnicos e formação) à sociedade, e no acompanhamento dos seus alunos no período pós-formação. Rejeita qualquer discriminação baseada no género, orientação sexual, cor de pele, raça ou credo. É feita por professores da Escola que, não sendo propriamente profissionais de jornalismo, assumem, no entanto, 8 as suas responsabilidades perante os seus públicos, comprometendo-se com uma escrita séria e cumpridora das principais regras do jornalismo. Procura amigos, jovens e adultos, outros, todos os que quiserem partilhar alguma da sua energia, saber, tempo, experiência, para a consolidação do projecto educativo da Escola. conquistas Alunos de Electrónica vencem Festival Nacional de Robótica Os alunos entregaram-se com entusiasmo às afinações para a prova! Tudo começou em meados de Junho de 2009, quando o coordenador de curso nos incentivou à participação no Festival de Robótica, sugerindo o nome das equipas e a planificação do projecto. Basicamente, lançou-nos um desafio e algumas ideias, para magicarmos nas férias de Verão… Chegados a Setembro, iniciámos a aprendizagem de linguagem de programação, para desenvolvermos o projecto e passarmos à prática. O tempo foi passando e, como nem tudo é fácil, surgiunos um obstáculo: a modificação das regras do Festival, que nos levou a alterar a estrutura dos dois robôs de Busca e Salvamento. Nunca desistir foi sempre o lema e, juntamente com os professores, passámos dias, noites, fins-de-semana a trabalhar nos laboratórios da escola, para conseguirmos o nosso objectivo. E eis que chega o dia 26 de Março! Rumámos à Batalha, local de todos os sonhos e contrariedades, onde nem faltou uma boa noite no chão! No dia 27, mãos à obra! Arranque da melhor maneira: primeiros lugares. Quebra de açúcar: descida na classifica- ção, ninguém desanimou! Jantar e reflexão, para mudança de estratégia. O dia 28 não começou bem: descemos na classificação. Mas, como se diz, é com os erros que se aprende e, num trabalho de equipa, afinámos os robôs com garra, o que teve como consequência a recuperação dos 1º e 2º lugares. Com sentido de justiça, retirámos uma equipa da tabela e demos a possibilidade de uma escola concorrente voar até Singapura, acompanhando-nos. A EPB regressa a Braga em primeiro lugar, na prova Busca e Salvamento, e apura-se para o RoboCup 2010, em Singapura, de 19 a 25 de Junho. Um prémio para a escola, especialmente para os alunos do 2.º ano de Electrónica, Automação e Comando. O brio e a dedicação deram-nos, ainda, mais um prémio: Design Profissional. Esta foi com certeza a melhor experiência das nossas vidas! Resta-nos agradecer à Escola Profissional de Braga o apoio que nos deu, e aos nossos professores acompanhantes a sua dedicação. Um obrigado a todos. Filipe Fortes 2º ano de Electrónica, Automação e Comando OS ALUNOS do 3º ano do mesmo curso participaram no Festival Nacional de Robótica, na prova de Futebol Robótico, depois de se terem destacado, no ano anterior e no mesmo Festival, na prova de Busca e Salvamento, respondendo, assim, ao repto lançado pelos professores da componente técnica. O projecto cresceu com muitas horas perdidas e noites dentro… e, batalhando no campo, conquistaram o 2.º lugar e, também, o prémio de Melhor Poster. Valeu a pena! 9 iniciativas Matemática Divertida Silva, do 3º ano de Design Gráfico, Tiago Ribeiro, do 2º ano de Gestão de Equipamentos Informáticos, e Nuno Araújo, do 3º ano de Contabilidade - 1º, 2º e 3º classificados, respectivamente. O GRUPO Curricular de Ciências Exactas desafiou os jovens da Escola Profissional de Braga a aprenderem Matemática de forma divertida, promovendo o torneio Jogos de Matemática e o concurso A Imagem da Matemática, a partir do lema “A Matemática ao alcance das tuas mãos!” No concurso A Imagem da Matemática, os alunos puderam fazer o registo fotográfico de várias situações do dia-a-dia, mas com a per- cepção clara da ligação da Matemática com o espaço que os rodeia, aspecto que foi realçado ainda em textos criativos. Os jovens abraçaram entusiasticamente esta iniciativa, criando 170 projectos. E um júri, constituído por uma equipa multidisciplinar, seleccionou os projectos de maior qualidade, tendo depois a comunidade escolar sido chamada à eleição dos três melhores, através de uma votação massiva, saindo vencedores os alunos, Nuno “jovens desafiados a aprenderem Matemática de forma divertida” O concurso permitiu o envolvimento lúdico de toda a comunidade, neste encontro saudável da Matemática com Imagem e o Texto, reforçando a ideia de que “a união faz a força!”, o que se consegue com coisas simples ao alcance de todos. Vinte dos trabalhos estiveram patentes ao público no Braga Parque, entre os dias 5 e 21 de Maio. Jogos de Matemática Entretanto, decorreu o torneio Jogos de Matemática, que envolveu vinte e quatro turmas dos cursos profissionais e desenvolveu-se em duas fases: a primeira, no sistema de grupos, a segunda, na modalidade de eliminatórias. Disputaram a final as turmas do 3º ano de Electrónica e 2º ano de Gestão, cabendo a vitória à primeira que, assim, conclui em beleza a sua formação na escola. Parabéns a todos os participantes e também à organização. Grupo Curricular de Ciências Exactas 1º Classificado Há coisas bem reais e outras serão somente um mito, e isto repete-se num ciclo infinito. O padrão acaricia o fundo e o trio preenche a foto. O tempo une as almas e a matemática insiste na simetria. Três é um todo e figuras é a senha. E ainda afirmam que não vivemos da matemática? 2º Classificado Num deambular pela Natureza, uma companheira acabei por ter, porque a água também via o que os meus olhos acabavam de ver! 10 3º Classificado Há coisas que parecem não ter fim. iniciativas À procura de novos caminhos UE: Que Europa depois da crise? Com olhar atento e curioso, no passado dia 10 de Maio, a EPB desafiou cinco políticos, José Lello, Altino Bessa, Paula Nogueira, Honório Novo e Manuel Monteiro, para debaterem uma questão que preocupa a sociedade actual - UE: Que Europa depois da crise? preendedores. Apesar disso, deixou uma nota de optimismo: coesão e solidariedade europeia poderão ser a chave. Na opinião de Altino Bessa, deputado do CDS-PP, não tem havido um esclarecimento sobre estas matérias e sobre as questões financeiras do nosso país. Os governos deveriam ter mais respeito pelo dinheiro dos contribuintes. Há várias questões erradas, pois habituámo-nos a ver a UE como “um sítio que vendia dinheiro” e ninguém até hoje mudou esta ideia. É urgente uma mudança, segundo Manuel Monteiro, pois a União só poderá continuar se for constituída como uma federação, em que cada país possa escolher como participar. “A Europa vive um momento difícil e necessita de uma solução responsável e urgente” Paulo Sousa, Director-Geral da escola, abriu o debate lançando o mote: “será que é depois da crise ou estamos sempre em crise?”. Rui Sequeira, moderador, realçou as consequências da crise nos diversos países e lançou algumas questões à mesa: “A crise resolve-se com federalismo?”, “Será que poderíamos viver sem a Europa?” Pois é, poder até podíamos, mas não era a mesma coisa… José Lello, deputado do PS, salientou que esta é “a maior crise do mundo ocidental dos últimos 80 anos”. Para o deputado, em Portugal, as exportações não aumentam, a taxa de desemprego não desce e os empresários têm sido pouco em- Do BE, Paula Nogueira contestou as medidas de austeridade e apelou à promoção de uma “Europa solidária, com um tratado que revogue o de Lisboa, para termos uma Europa não do Euro, mas que promova o emprego”. Já o deputado Honório Novo sentenciou a falência do actual modelo da UE, por falta de resposta das instituições. Para este político do PCP, “nós não podemos deixar de dizer que não há um único caminho, mas sim vários caminhos”. Apesar das divergências partidárias, os oradores concluíram que é necessária uma mudança urgente na UE, nas suas instituições e órgãos, para que consigamos ultrapassar a crise. A Europa vive um momento difícil e necessita de uma solução responsável e urgente que reúna esforços compensatórios para todos. Eugénia Coutinho Escola Profissional cria canal TV A ideia andava no ar, mas foi Hugo Antunes, aluno finalista de 2009 do curso de Design Gráfico, que abraçou o desafio, concretizando-o com o lançamento do canal epb_TV. O projecto afirma-se como um pólo dinamizador dos múltiplos públicos da escola, no tocante à divulgação de conteúdos realizados internamente e na promoção de relações com instituições e agentes regionais. Foi pensado para envolver toda a comunidade, através de conteúdos de programação que potenciem a criatividade e a inovação, contribuam para a divulgação do que melhor se faz nesta instituição e aumentem a interacção entre alunos, professores e funcionários com instituições e públicos externos. A comunidade da EPB reagiu positivamente às propostas do novel projecto, participando com entusiasmo nas rubricas que já foram para o ar e na apresentação de propostas de diversos conteúdos comunicacionais. Afinal, não é todos os dias que se aparece na TV! 11 iniciativas Encontros de Design Gráfico “Uma semana intensa de experiências quase non-stop” Este ano, os responsáveis do curso procuraram enquadrar o evento noutras áreas do design, como webdesign e fotografia, e envolver os alunos e participantes em actividades de convívio e descontracção. Sem dúvida, foi um passo em frente nos Encontros, que contribuiu para a sua afirmação e do curso no panorama regional. Actividades invadem a cidade Os Encontros foram criados para mobilizarem as três turmas de Design na produção de um evento comum que permitisse a aplicação de conceitos e aprendizagens, que divulgasse conseguiu-se maior envolvência e mobilização dos formandos, permitindo-lhes explorar aprendizagens nas mais diferentes áreas, como ilustração, fotografia, vídeo, webdesign, tipografia, entre muitas outras. Os workshops de tipografia de Paulo Heitlinger, a worm criada pelos alunos, a exposição fotográfica “O outro lado” de Filipa Oliveira, e o nine2five foram, sem dúvida, os pontos altos desta edição. Actividades sugeridas pelos alunos e que exigiram uma produção conjunta ao longo de seis meses. O nine2five, competição destinada a alunos e profissionais de design gráfico, encerrou os Encontros, distribuindo pré- “Os Encontros foram criados para mobilizarem as três turmas de Design na produção de um evento comum” projectos e iniciativas dos alunos e que explorasse áreas técnicas do interesse de cada grupo de formandos. Tratou-se de passar para as mãos dos alunos a responsabilidade de todo o evento, estimulando-os a orientar as acções para as temáticas que mais os fascinam. A organização dos Encontros ficou a cargo da aluna finalista Filipa Oliveira. A escolha da formanda baseou-se no perfil definido pelo curso e que exige uma avaliação da postura do aluno, ao longo dos dois primeiros anos: projectos realizados, autonomia, empenho e aptidões de liderança. 12 O perfil dos primeiros Encontros foi mantido, com uma semana preenchida de acções distribuídas pela manhã, tarde e noite, e em múltiplos espaços da cidade. Uma estratégia que permitiu criar uma semana intensa de experiências quase non-stop, para todos os alunos do curso. Com este modelo, mios no valor de 750€ aos melhores projectos. A alteração dos prémios, a integração de actividades de debate e lazer atraíram participantes de cidades como Portimão, Beja, Setúbal, Coimbra, Viseu, Porto, Barcelos e Viana do Castelo. O evento terminou com música pela noite dentro, no Insólito Bar. João Teixeira Coordenador do Curso de Design Gráfico iniciativas Dia de Portugal com Sarau Multicultural No Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o Grupo Curricular de Línguas da Escola Profissional de Braga promoveu, pela primeira vez, um Sarau Multicultural. A iniciativa decorreu, no dia 9 de Junho, pelas 21h30, e contou com a presença de alunos, professores, funcionários e encarregados de educação. Perante uma plateia atenta, o Grupo de Línguas homenageou um grande escritor da nossa língua, Luís Vaz de Camões, destacando ainda alguns dos pilares da nossa cultura, como Antero de Quental, Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa, José Régio, entre outros. O evento cultural prolongou-se noite fora e envolveu música, declamação de poesia e muita dança dos vários cantos do mundo. O centro da actividade foi, sem dúvida alguma, a Língua Portuguesa, e o Sarau prestou-lhe, assim, uma digna homenagem. Perante o sucesso do evento, com uma grande adesão e participação de todos, ficou a promessa de repetir a experiência no próximo ano. Grupo Curricular de Línguas 13 iniciativas Mais-valias pedagógicas em Electrónica Iniciativas que contam O Curso Técnico de Electrónica, Automação e Comando tem participado em diversos eventos científico-tecnológicos, como sejam o Festival Nacional de Robótica, o Concurso Robot Bombeiro e o Concurso de Protótipos Tecnológicos, entre outros. Tais Actividades promovem a possibilidade de os alunos partilharem novos conhecimentos, e incrementarem a sua motivação intelectual nas áreas científicas/tecnológicas - para o estudo e para a escola. Estas participações têm tido sucesso, designadamente na Prova de Busca e Salvamento Júnior (BSJ), com o 2º lugar, no Festival Nacional de Robótica (FNR) 2007, realizado no Algarve; o 3º lugar, no RoboCup 2007, em Atlanta, nos EUA; o 3º lugar, no FNR 2008, em Aveiro; o 1º lugar, no FNR 2009, em Castelo Branco; o 3º lugar, no RoboCup 2009, em Graz, Áustria; e o 1º lugar, no FNR 2010, na Batalha. E também, pela primeira vez nes- te ano, na Prova de Futebol Robótico, com a conquista do 2º lugar. O primeiro lugar alcançado na Batalha deu o direito aos vencedores de pode- rem representar Portugal na prova BSJ, no RoboCup 2010, realizado em Singapura, reforçando a auto-estima dos nossos alunos, e permitindo-lhes desenvolver a formação integral em situações reais, sabendo estar e respeitando todos na vitória ou na derrota. É ainda de salientar que a participação nestes festivais tem-se pautado pela criação de robôs com produtos integralmente concebidos e desenvolvidos na escola, postura assumida perante os alunos, recusando-se, assim, kits de outra proveniência. O que se torna numa mais-valia pedagógica, pois introduz reais dinâmicas experimentais no processo de ensino e aprendizagem, ao mesmo tempo que desenvolve nos jovens a capacidade de empreender, o que será, com toda a certeza, importante para o seu futuro profissional. João Garcia Coordenador do Curso de Electrónica Braga Romana A EPB participou, pela primeira vez, na Feira Romana, que se realizou entre os dias 27 e 30 de Maio em Braga. O grande objectivo do evento consistia em reviver o quotidiano da Bracara Augusta nos tempos do Império Romano. Alunos de Marketing no cortejo da Braga Romana A Feira Romana, ao longo de quatro dias, contou com a animação de grupos vestidos com trajes romanos que animaram a cidade com a sua música, arte circense, teatro, práticas bélicas, personagens mitológicas, saltimbancos e recriações do quotidiano romano. A escola aproveitou a ocasião para se associar à recriação histórica e fez-se representar por alunos do segundo ano do Curso Técnico de Marketing em diversas actividades: o corte- 14 jo de abertura da Feira, o cortejo nocturno e uma banca de mercador, saudando todos aqueles que quisessem comprar variados chás e frascos de mel caseiro. A animação contou ainda com a participação de Alex Martinez, um malabarista de fogo convidado pelos alunos organizadores. Os alunos, vestidos com fatos da época totalmente confeccionados pelos próprios, realizaram um Quiz que testou os conhecimentos dos visitantes sobre a época Romana, culminando com a certificação de acordo com a qualificação obtida. A concepção do mobiliário da banca ficou a cargo dos alunos do Curso Técnico de Construção Civil, com material em madeira gentilmente cedido pelo Sr. José Maria Machado. Ana Filipa Teixeira, Natália Rebelo iniciativas Inovação, Marketing e Empreendedorismo No dia 31 de Maio, o curso de Marketing recebeu o Dr. Bruno Silva, Fundador e Manager da InnovMark e do Portal Inovação & Marketing. Cerca de 70 % das organizações não inovam. Com o mundo em constante mudança, o conhecimento e a tecnologia aumentam de forma exponencial e maiores ferramentas colocam-se ao serviço da inovação, implicando melhoria e acrescentando valor. A inovação é um conceito associado ao empreendedorismo. Já Peter Drucker, o pai da gestão, fazia essa as- sociação quando referia que “o empreendedor é alguém que lança projectos inovadores”. Com o ciclo de vida dos mercados e dos produtos a encurtar cada vez mais, a empresa deve deixar de apostar no preço ou em produtos e serviços estandardizados, devendo passar a inovar na forma como lança o produto e como aborda o cliente e a competir com produtos inovadores. “O combustível da inovação é o conhecimento”. O orador sugeriu que os alunos começassem a perceber que a aposta no conhecimento, na educação e na formação é fundamental. O conhecimento está a duplicar em cada cinco anos e aponta-se que, em 2020, o conhecimento irá duplicar em apenas 73 dias. Se existe cada vez mais conhe- 16 cimento, também existe cada vez mais “combustível” para gerar inovação. Nos EUA, apenas 0,2 % das patentes aprovadas é que dão retorno financeiro para os seus inventores. Só acontece inovação se o mercado for receptivo. A diferença entre invenção e inovação tem a ver com a receptividade do mercado e a inovação surge se gerar benefícios concretos, se houver geração de valor. O Dr. Bruno Silva apontou a falta de pontes entre a investigação, que possui escassos conhecimentos de marketing, e o mundo real ou empresarial, sendo premente criar adequação entre a tecnologia e as necessidades do mercado. O marketing online é uma das grandes tendências. A utilização da Internet já ultrapassou a Televisão. Os motores de busca (Google) e as redes sociais (Facebook) são, neste momento, os sites mais visitados em todo o Mundo e as marcas devem estar presentes onde se encontram os potenciais clientes. Novas ferramentas, tais como o Twitter, LinkedIn, Facebook, entre outras, permitem comunicar com o cliente a baixo custo e baixo risco, fidelizá-lo e facilitar a internacionalização da empresa. Cada vez mais, qualquer empresa que não tenha site, portal ou uma loja online é como se não existisse. Existe uma correlação quase linear entre a capacidade de inovação de uma região ou de uma empresa e a riqueza produzida. O marketing está “dentro do processo de inovação”. O papel dos técnicos de marketing é fundamental e muito do sucesso das organizações passa por eles. Os recursos humanos que percebem de inovação começam a ser cada vez mais valorizados por parte das organizações. Os dez empregos mais procurados actualmente não existiam em 2004. Os alunos foram sensibilizados para esta- rem atentos a essa evolução e criarem uma network, trabalhando muito bem a sua vertente de marketing pessoal. Foram alertados para o facto de, cada vez mais, as empresas de recursos humanos consultarem o LinkedIn e o Facebook para o recrutamento de recursos humanos. Convém ter a noção do que é apresentado no perfil. O orador recomendou aos alunos que acompanhassem várias temáticas em termos empresariais por forma a complementarem o ensino que a EPB lhes faculta e terem conhecimento daquilo que o mundo do trabalho espera deles. Natália Rebelo fora de portas Estágios profissionais na Europa Malta, Irlanda e Espanha são o destino Treze formandos da Escola Profissional de Braga partiram nos dias 26 e 27 de Junho rumo a Malta, Irlanda e Espanha, para realizarem um estágio profissional de quatro semanas, no âmbito do Projecto de Mobilidade “Discovering Different Knowledge”, ao abrigo do Programa Leonardo da Vinci. Os seleccionados deste ano foram cinco formandos de Construção Civil, de Design Gráfico e de Marketing, que rumaram a Malta, para realizarem estágio sob a orientação da Paragon Europe; quatro, de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, de Gestão de Equipamentos Informáticos e de Electrónica, que foram para Cork (Irlanda), sob orientação da Interconnection; e outros quatro, de Gestão e de Serviços Jurídicos, que partiram para Granada (Espanha), sob orientação do Instituto Europeo de Lenguas Modernas. O estágio prevê aulas de língua inglesa e espanhola, durante a primeira semana, com uma duração total de 20 horas, e actividades socioculturais, numa forma de integração sociocultural e profissional dos formandos. Depois, segue-se o momento de mostrarem o que aprenderam na escola portuguesa. Assim, estes projectos de mobilidade são decisivos para conferir à formação promovida pela EPB uma dimensão europeia, contribuindo, ainda, para a integração no mercado de trabalho regional de jovens com mais aprofundados conheci- mentos linguísticos e novas competências técnico-profissionais enquadrados no mercado europeu. Os estágios transnacionais tornam-se para os formandos um momento único, e funcionam como uma mais-valia a médio prazo, que se concretiza no impacto no mercado empresarial da região. Uma boa oportunidade para os formandos aplicarem os seus métodos, técnicas e conhecimentos. Alexandra Corunha Lutar por aquilo em que acreditamos já faz de nós vencedores Experiência de estágio A EXPERIÊNCIA de estágio transnacional foi vivida sem grande ansiedade, mas com bastante receio pelo desconhecido, pelas saudades e tantos outros receios… Porquê? Talvez porque esta era a minha experiência pioneira no mercado de trabalho e o início de uma carreira laboral, logo em Espanha, um país da Comunidade Europeia. No entanto, foi uma excelente oportunidade de aplicar os meus conhecimentos, ajudando-me a crescer moral, social e culturalmente. E também foi reconfortante para o meu ego, pois pude contactar outros colegas portugueses, acompanhantes desta viagem, levando-me a atenuar todos os receios da partida. Foi uma experiência que me permi- tiu conhecer e experimentar outros hábitos e culturas, contactar pessoas árabes, francesas, espanholas, portuguesas e muitas outras com as quais me deparei na descoberta de um outro país. E, sendo-me exigidas outras competências para além da escola, o apoio dos colaboradores da empresa tornou as minhas tarefas mais eficientes, elevando assim o nível do meu desempenho. Admito que nem sempre estive àvontade com a ideia de um estágio transnacional. Mas, sonhei concorrer, aceitei o desafio, encarei-o e, no fim, senti-me mais realizada. Por isso, quero dizer a todos os alunos: não tenhais medo dos vossos sonhos. Lutar por aquilo em que acreditamos já faz de nós vencedores e ainda que não ganhemos a batalha, ganhamos algo mais importante: a experiência e a oportunidade de fazermos aquilo que mais gostamos. Sandra Ferreira 3º ano de Contabilidade 17 fora de portas Alunos da região de Braga descobrem a EPB A Escola Profissional de Braga tem marcado presença em múltiplas feiras das profissões das escolas da região de Braga, de Março a Junho de 2010, com o objectivo de dar a conhecer a oferta formativa da escola e esclarecer as dúvidas dos alunos quanto às condições de acesso, perfil dos candidatos e saídas profissionais. Sob o lema da nossa campanha “Descobre um outro mundo”, os alunos do 8º, 9º e 10º anos puderam recolher informação junto do stand promocional da EPB e ver alguns trabalhos realizados por formandos finalistas dos cursos profissionais de Electrónica, como o robô que ficou classificado em 1º lugar no Festival Nacional de Robótica, na categoria de Busca e Salvamento Júnior, e um robô Humanóide; de Construção Civil, as maquetas de vivendas; de Design Gráfico, a Mascote do Campeonato Mundial de Andebol Escolar, bem como cartazes de vários eventos realizados interna e externamente; e de Informática, o PC transparente concebido pelos alunos do 1º ano de Gestão de Equipamentos Informáticos. Este produtos despertaram a atenção e o entusiasmo dos jovens alunos e a curiosidade e o interesse por parte dos pais e encarregados de educação. A EPB, representada pelo Departamento de Comunicação e Marketing e por alunas de Secretariado, já participou na Feira das Profissões das escolas EB 2,3 de Frei Caetano Brandão, Cávado, Celeirós, Prado, Moure, Cabreiros, Palmeira, Francisco Sanches, Vila Verde, Rio Caldo e André Soares, e EB/S Vieira de Araújo, Agrupamento de Escolas de Lamaçães e Escola Secundária D. Maria II. Há ainda a acrescentar que alguns alunos de Electrónica, Automação e Comando, de Frio e Climatização, e de Design Gráfico foram convidados a dar o seu testemu- nho na mostra de profissões da EB 2,3 de Celeirós, o que lhes permitiu contactar de perto com os potenciais candidatos dos mesmos cursos, esclarecendo-os quanto ao trabalho desenvolvido na escola e como futuros profissionais. Alexandra Corunha Ensino Profissional, parte integrante da vida EM PORTUGAL, o ensino profissional surgiu há vinte anos no sentido de colmatar a necessidade urgente de formação de técnicos altamente qualificados para ingressar, a curto prazo, no mercado de trabalho. No meu caso particular e apesar de todas as dúvidas que tive, optei pelo ensino profissional. Com o decorrer das aulas e graças a todas as expe- 18 riências vividas na EPB, as dúvidas dissolveram-se e pude consciencializar-me de que o curso profissional me havia dado a possibilidade de aprender e pôr em prática o que eu realmente gostava – a Electrónica. Os estágios realizados contribuíram para ampliar o meu conhecimento e, assim, complementar a minha formação tanto a nível teórico como prático. Como tal, após terminar o curso, não tive dificuldade em encontrar trabalho e, nos cinco anos seguintes, trabalhei nas empresas Telca e Grundig. Apesar disso, para ampliar ainda mais os meus conhecimentos, optei por regressar aos estudos e licenciar-me em Engenharia Electrónica e Industrial, o que me proporcionou a possibilidade de regressar ao ensino profissional, desta vez como professor. Agora, de um outro ponto de vista, tenho a oportunidade de dar tudo de mim em prol dos novos alunos, futuros profissionais, contribuindo para a sua formação. Não vejo outra forma de encarar o ensino profissional. Foi fundamental para a minha formação e continua a sê-lo. João Pedro Tinoco da Luz Professor fora de portas Perdidos & Achados O CURSO de Secretariado da EPB foi a minha rampa de lançamento em termos profissionais e contribuiu para o meu crescimento pessoal: aprendi a saber estar e, sobretudo, a saber fazer. Num mercado de emprego fortemente concorrencial e numa conjuntura pouco favorável, exerço funções de Consultora e TOC a nível independente e no âmbito da Gestão da Formação, numa entidade formadora acreditada. Após a conclusão do curso e por intermédio da EPB, fui a uma entrevista para a vaga de Técnica Administrativa, tendo sido seleccionada. No mundo laboral, tomei consciência da opção assertiva quando ingressei num curso técnico profissional, promovido por uma instituição credível e da qual fazem parte profissionais experientes e disponíveis para acompanhar os seus alunos durante e pós o percurso académico. Um ano depois, entrei no ensino superior - curso de Fiscalidade - com a média mais elevada, e em regime pós-laboral, no sentido de custear a minha formação. A sede do saber conjugada com a vontade em progredir permitiram-me terminar a licenciatura no timming previsto, dando acesso directo ao exame da OTOC. Realço somente que, nos primeiros tempos, fui invadida por períodos nostálgicos, fruto da proximidade aluno/professor a que estava habituada na Escola Profissional. Sem dúvida, uma instituição de excelência, um caminho a seguir! Alice Loureiro Curso de Secretariado (1999-2002) TENHO 21 anos e há cerca de dois anos que exerço a função de Desenhadora/Planeadora, numa empresa metalúrgica do ramo hoteleiro do distrito de Braga. A minha formação profissional decorreu na Escola Profissional de Braga, nos anos lectivos 2004/2007, mais precisamente no curso de Construção Civil. E foi uma boa escolha. Quando entrei, a escola ainda estava em processo de certificação. Posso dizer que fui uma das primeiras alunas a frequentar uma escola certificada, única até então. A EPB para mim marcou um antes e um depois. De início, não sabia bem o que queria exercer nem estava minimamente preparada para ingressar no mundo do trabalho, depois de concluir o curso. A carga horária, a exigência e insistência de alguns professores, o apoio e a valorização do coordenador do curso (assim como dos restantes professores e funcionários), o bom ambiente escolar e os currículos escolares muito ricos em termos técnicos foram algumas das razões que fizeram da minha passagem pela EPB um marco na minha vida. Porque, definitivamente, nela adquiri know-how absolutamente imprescindível para a execução do meu trabalho. Aconselho vivamente o ingresso nesta escola, especialmente no curso de Construção Civil! Cátia Rodrigues Curso de Construção Civil (2004-2007) TERMINEI O curso de Gestão de Sistemas Informáticos no ano lectivo de 2004/2005, o qual foi muito importante para o desenvolvimento das minhas competências técnicas e pessoais e, assim, enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais exigente. A EPB para mim significou mudança. Mudança na forma de estar e na maneira de ver e encarar os desafios. Foi o ponto de viragem na minha vida, permitiu ampliar os meus horizontes, devido às várias temáticas do curso. O contacto com pessoas, com diferentes ideias e experiências, permitiu adquirir novos conhecimentos e respeitar as diferentes opiniões. Toda a formação foi relevante para a minha valorização profissional, tornando-me uma pessoa mais activa, empenhada e com maior sentido de responsabilidade. Exerço funções no departamento de informática da empresa FDOServiços Partilhados, integrada num grande Grupo Económico, o Grupo FDO, para a qual entrei em Janeiro de 2006. Sou co-responsável pela gestão do parque informático de todas as empresas do Grupo, administração de redes e help-desk aos utilizadores. No futuro, pretendo tirar uma licenciatura na área, como trabalhador estudante. O alcance deste objectivo será facilitado pelas bases do conhecimento, prático e teórico, adquiridas ao longo dos excelentes três anos que frequentei nesta instituição. Hélder Ferreira Curso de Gestão de Sistemas Informáticos (2002-2005) 19 à conversa com Mão Morta Os Mão Morta são uma afamada banda criada em Braga em 1984. A banda é composta por Adolfo Luxúria Canibal, vocalista e letrista, Miguel Pedro, António Rafael, Sapo, Vasco Vaz e Joana Longobardi. O primeiro álbum, intitulado “Mão Morta”, foi editado em Julho de 1988 e conta já com trabalhos como “Corações Felpudos” (1998), “Mutantes” S.21 (1992), “Vénus em Chamas” (1994), “Primavera de Destroços” (2001), “Maldoror” (2008), “Rituais Transfigurados” (2009) e, o último trabalho, “Pesadelo em Peluche” (2010). Que balanço fazem os Mão Morta destes 25 anos de trabalho? O balanço é positivo, uma vez que os Mão Morta formaram-se para ir tocar em Berlim, com um objectivo muito específico e a curto prazo. Nunca nos passou pela cabeça, quando formámos os Mão Morta, que, 25 anos depois, ainda cá estivéssemos. Falhámos o principal objectivo, que foi tocar em Berlim, mas, em contrapartida, ganhámos estes tais 25 anos e, sobretudo, ganhámos 25 anos muito recheados de coisas que nos deixam com orgulho, de maneira que, apesar de falhado esse objectivo inicial, que continua em aberto, o balanço é, sem dúvida, muito positivo. 20 O que nos podem dizer do novo projecto “Pesadelo em Peluche”, com um convidado muito especial, o Fernando Ribeiro, dos Moonspell, em «Como um Vampiro»? “Nunca nos passou pela cabeça, quando formámos os Mão Morta, que, 25 anos depois, ainda cá estivéssemos.“ Nós, volta e meia, temos alguns convidados nos nossos discos, normalmente são convidados que têm a ver com canções específicas. E, mais uma vez, assim acontece. O Fernando Ribeiro participa numa canção chamada «Como um Vampiro», que é uma canção com contornos musicais góticos, que se aproxima bastante da imagem e do som que normalmente o Fernando pratica e achamos que esse tipo de voz com uma linha melódica, mais acentuada que a minha voz, fica bem nessa canção; e, nesse sentido, endereçámos o convite ao Fernando, por que é uma pessoa que conhecemos há muitos anos. Eu já participei num disco dos Moonspell, o Fernando já subiu ao palco connosco várias vezes para interpretar músicas nossas, nomeadamente em Lisboa, de maneira que havia já uma relação, que podemos chamar íntima, o que facilitou bastante o contacto com ele. Como foi recebido o single de avanço «Novelos da Paixão»? Eu acho que o single está a correr bem, foi escolhido ainda numa fase muito primária do trabalho, do disco. Ainda só tínhamos algumas músicas prontas mas, olhando depois para a totalidade, achámos que o single foi bem escolhi- do. É o tema que mais se aproxima dos parâmetros do que é uma canção radiofónica que, no fundo, é o seu objectivo. Como qualquer música dos Mão Morta não é representativo do disco mas é um aperitivo e tem rodado bastante nas rádios que passam este tipo de música, nomeadamente a Antena 3, o disco tem à conversa com feito um bom percurso comercial, e o single também serve esse fim. As pessoas têm gostado do disco, têm gostado do single, portanto, estamos muito contentes. Como é que conseguem conciliar o vosso trabalho com todos os outros projectos? Adolfo com os Pop dell´Arte (1987), Mécanosphère (1999), o António Rafael nos Governo (2009), etc.? Saí dos Mécanosphère o ano passado, já não me estava a rever no percurso do projecto. Sim, mas tenho feito outras coisas, tal como alguns dos membros da banda, que trabalharam em projectos como o Mundo Cão ou Os Governo. O Rafael tem trabalhado comigo nos Estilhaços e o Sapo está a trabalhar com o Jorge Ferreira Martins. Desde que não haja choque com datas e com os afazeres dos Mão Morta, é fácil conciliar com outros projectos. “Temos programado, lá para o final do ano, a conclusão de um documentário sobre os Mão Morta, sobre os seus 25 anos, que será um filme para circular em sala e, posteriormente, editado em DVD” Têm mais projectos para o futuro? Estamos muito próximos da saída deste novo projecto e ainda não pensamos no próximo. A ideia é fazer concertos de promoção do disco e para terminarmos aquilo que tem sido as comemorações dos nossos 25 anos, que começaram já o ano passado. Temos programado, lá para o final do ano, a conclusão de um documentário sobre os Mão Morta, sobre os seus 25 anos, que será um filme para circular em sala e, posteriormente, editado em DVD, mas que continua em aberto, já que ainda estão a ser recolhidos materiais. Apontámos para final do ano a saída desse novo projecto. há qualquer trabalho de formar público, o público não existe. Temos boas casas, simplesmente não temos é conteúdos. É evidente que a falta de conteúdos aviva a falta de pessoas para gerir essas casas. Para mudar, teríamos que ser críticos relativamente às pessoas que estão à frente dos destinos culturais da cidade e não somos. Braga tem pouca massa crítica, portanto, os responsáveis autárquicos podem-se dar ao luxo de menosprezar a cultura, porque isso não dá votos. Entrevista conduzida por Ana Filipa Teixeira Há muitos jovens a ouvir os Mão Morta? Sim, acho que os Mão Morta têm uma singularidade a esse nível porque mantêm as pessoas que começaram, jovens como nós, a ouvir-nos quando nós começámos a tocar e que foram renovando. Ou seja, essas pessoas nunca deixaram de nos ouvir e, hoje, vemos pessoas nos concertos dos Mão Morta com 50 anos, que é a nossa idade, como vemos gerações seguintes que chegaram aos Mão Morta com 40, 30 e 20 anos. É evidente que as pessoas de 20 anos são minoritárias, no meio de tanta geração mais velha, mas conseguimos agregar, não tanto renovar. É mais um agregar de novas gerações sucessivas, ao som dos Mão Morta, o que é bom. Qual a sua opinião sobre a Internet relativamente à divulgação das músicas? Será que se pode transformar num bom aliado? A Internet trouxe vantagens porque nos fez chegar a mercados que nós nunca pensamos alcançar, mercados onde os nossos discos não existem, como, por exemplo, o mercado brasileiro onde os Mão Morta têm uma legião de fãs, nomeadamente em S. Paulo, sem nunca terem lá o disco ou lá terem tocado. A Internet é que tem esse trabalho! Como é que está a cultura no nosso país? Não está. Temos alguns edifícios, mas sem conteúdos, não 21 A Escola de Condução A Minhota é titulada e certificada pelo IMTT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres para a realização de formação nas seguintes áreas: CAM (Certificado de Aptidão de Motorista) Formação Contínua Formação Inicial Acelerada (FIA) Formação Inicial Comum (FIC) TCC (Transporte Colectivo de Crianças) Vigilante do TCC Tacógrafos Instrutor de Condução Inicial e Actualização Director de Escola de Condução Examinador Inicial e Actualização A Escola de Condução A Minhota é acreditada pela DGERT nas seguintes áreas: Informática na óptica do utilizador Serviços de transporte opinião A importância da leitura A leitura proporciona informação (instrução) e forma (educa), criando hábitos de reflexão, análise, esforço e concentração, e, ainda, entretém, diverte e distrai. E, numa época de mudanças vertiginosas na qual os conhecimentos envelhecem com rapidez, é fundamental ter o hábito da leitura que nos garanta acesso a informações actualizadas que nos permitam ser mais competentes. A leitura tem, também, o condão de nos fazer recordar os acontecimentos do passado e aceder aos registos da história, o que nos permite estabelecer comparações e possibilita o entendimento da transformação e evolução da vida e do mundo. Há várias razões que justificam o esforço que devemos fazer para criar o hábito da leitura. Vejamos alguns motivos pelos quais devemos optar por um projecto de leitura sério e criativo: a leitura ajuda a desenvolver e a melhorar a linguagem; melhora a expressão oral e escrita; permite-nos aprender qualquer conteúdo desde a física quântica à arquitectura. Não há área profissional que não exija leitura que nos permita actualizar os conhecimentos para nos tornarmos mais competentes; amplia os nossos horizontes, permitindo-nos contactar povos, lugares, experiências e costumes longínquos no tempo e no espaço; é um hábito que nos acompanha durante toda a vida e que se pode praticar sempre, em qualquer lugar ou circunstância. Enfim, a leitura torna-nos mais tolerantes, menos preconceituosos, mais livres e mais universais. E, parafraseando Carlos Ceia, ninguém está só, havendo um livro para ler. E se tivermos um livro para escrever, então somos muitos. Carla Rocha Professora Que Escola nos dias de hoje? Ainda que tenham mudado as motivações e os fundamentos, desde há um século que se fala em Portugal de uma escola universal, assente num princípio de democratização do ensino. Se o acesso à escola se tornou claramente mais facilitado com a escolaridade obrigatória e gratuita, a dúvida que se levanta é se isso correspondeu a uma efectiva igualdade de oportunidades na obtenção do sucesso escolar. Do ponto de vista teórico, todos os alunos, tendo o acesso garantido, dependeriam apenas de si para obterem mérito escolar e, por conseguinte, ascenderiam a um nível social mais elevado. Mas não será tanto assim. Considero que este momento que se vive na escola reside no desequilíbrio criado pelo movimento de uniformização que se tentou imprimir no ensino, em contracorrente com o sentimento pós-moderno de exacerbação do indivíduo e valorização do ‘Eu’. E, como refere Payet, a escola demonstra incapacidade de produzir o bem comum e “apresenta crescentes dificuldades para fabricar 24 um sentimento de pertença a uma comunidade e inculcar a sensibilidade e o gosto pelo interesse geral.” O dilema da escola está entre ser sensível às diferenças - catalogação que, por si só, as pode reforçar e encorajar - e ser indiferente a essas mesmas diferenças - colaborando com a eternização de um problema a montante. Facilmente se percebe que esta discussão é infrutífera e que a escola apenas acaba por reproduzir o contexto social em que se insere. O progresso económico relativamente rápido nos últimos anos permitiu o acesso mais alargado aos bens de consumo, o que criou uma sensação de que ‘todos tinham direito a tudo’, que se instalou e criou hábitos de facilitismo. Perdeu-se uma cultura de esforço, da responsabilidade e do mérito, que na escola ainda foi agravada pela excessiva protecção ao aluno e a degradação do papel do professor. A diferenciação curricular levada ao extremo transformou o percurso escolar numa mera formalidade rumo a um sucesso escolar garantido, ainda que envolto em vacuidade e ligeireza. A solução nunca poderá passar por uma desresponsabilização permanente dos indivíduos, atribuindo a culpa a um determinismo social que, podendo explicar muita coisa, certamente não resolverá nenhum dos problemas. Julgo que o caminho passará por um esforço real na melhoria das condições socioeconómicas das famílias, de forma a esbater as diferenças iniciais e, a partir daí, exige-se à escola que, na linha de Souta, redireccione a acção estratégica “no sentido de criar um verdadeiro clima organizacional de estudo e trabalho, propício à criação de padrões de qualidade”. Caso contrário, em última instância, serão os próprios alunos os maiores prejudicados. Alexandrino Silva Professor PAYET, Jean-Paul (2005). A escola e a modernidade: o risco da etnicidade, o desafio da pluralidade. In Análise Social. SOUTA, Luís (2001). Igualdade e Liberdade na Escola: um caminho armadilhado de falsos consensos. In Livro de Actas das X Jornadas Pedagógicas/ IV Transfronteiriças, “Reinventar a Igualdade e a Liberdade na Escola”, Associação Nacional de Professores. opinião Um olhar sobre... Será possível ensinar a quem não quer aprender? Antes de aprender, está o desejo de aprender. Não é quando se ignora que se aprende – é quando se deseja. (Claudine Blanchard-Laville) A pergunta é provocadora, claro, mas não a confrontar corresponde a virar as costas a um problema real com que se confronta o actual colectivo docente, em particular no ensino secundário. de ao modelo cognitivo escolar. Mas, por razões políticas diversas, de que resultam medidas pedagógicas e administrativas, a rápida expansão do ensino obrigatório e extensão do ensino secundário fez e faz chegar às escolas vagas de jovens para quem não é ainda muito claro dar sentido ao seu trabalho. São sobretudo jovens oriundos de famílias sujeitas ao abandono e à marginalização social e cultural, onde Como criar apetências ou o desejo de aprender a um jovem ainda “não alunizado”? Como provocar ou promover o desejo de aprender nos jovens cujas famílias consideram a escola e a formação bens dispensáveis? Se a valorização do trabalho escolar não aconteceu oportunamente na família, e aí não foram desencadeadas as disposições interiores conducentes ao desejo de aprender, tem de ser a escola Hoje, somente uma pequena percentagem de jovens chega “alunizada” ao ensino secundário. Com um conjunto de hábitos típicos da cultura escolar, como organização de trabalho, disciplina pessoal, autonomia, responsabilidade. Deste grupo fazem parte aqueles jovens que são portadores de uma herança cultural do seio familiar, para quem o discurso da escola está em perfeita consonância com o de casa e que acreditam que a concretização das suas expectativas quanto ao futuro depende do sucesso escolar. O trajecto escolar desta fracção estudantil assenta numa profunda disposição interior para o auto-domínio dos impulsos pessoais, como forma de auto-realização futura, e caracteriza-se por uma grande fidelida- a escola e a formação letrada sempre foram bens dispensáveis, pois viviam do seu trabalho “sem precisarem da escola para nada”. Convém lembrar que a relação com a escola de uma boa parte das famílias portuguesas é bastante precária. O analfabetismo literal é, ainda, a marca de muitas casas. Na população do ensino secundário é, pois, cada vez mais reduzida a fracção estudantil que melhor se identifica com a cultura escolar e tem vindo a aumentar o grupo de jovens que não apresenta as características de determinação e vontade de aceder às oportunidades abertas pela escola. Ora, a aprendizagem não é possível sem ainda ter criado apetências, disposições que criem o desejo de aprender. a pôr em acção este processo. Quando? Como? Com quem? A construção do processo de identificação com a cultura escolar e a aquisição dos hábitos típicos do ofício do aluno exige tempo, uma relação personalizada professor/aluno, acompanhamento e envolvimento familiar e, sobretudo, a iniciação ao prazer do trabalho escolar. Em suma, somos de opinião que não é possível ensinar em qualquer contexto, especialmente se não se faz nada para transformar o contexto. António Dias Pereira Professor 25 opinião Liberdade Um dia alguém me disse que o mundo é livre, que já não existe a censura nem repressões. Mas será isto verdade? Será que realmente atingimos a verdadeira liberdade? É que, nos dias de hoje, a liberdade é uma coisa quase impossível de alcançar. Alcançá-la verdadeiramente significa deixar cair o manto e assumir a nossa verdadeira essência, aquela que difere em cada um de nós, diferenças estas que iluminam o mundo. No entanto, a sombra da sociedade insiste em acorrentar o mundo na sua presente estilização. A diferença e a liberdade são constantemente reprimidas por ela como se fosse um longo fio de cabelo no qual nos temos de equilibrar; e, se nos tentarmos libertar dela, caímos subitamente. Só atingiremos a verdadeira liberdade quando formos capazes de aceitar o diferente. “O mundo é livre”… um dia alguém me disse… Gabriela Lopes de Lucena 1º ano de Design Gráfico Gravidez na Adolescência Hoje em dia, a gravidez na adolescência tem vindo a aumentar cada vez mais em Portugal. As adolescentes, por vezes, não utilizam correctamente os métodos contraceptivos. E, numa situação destas, as adolescentes são obrigadas a abortar porque não têm condições para cuidar dos bebés - pais sem meio de sustento, vida indefinida, namorados que não assumem a paternidade, etc.. Antigamente, os pais, quando sabiam que as filhas estavam grávidas, expulsavam-nas de casa e nem sempre eram bem aceites na sociedade. Mas um bebé traz muitas alegrias para as adolescentes e para os pais delas! Por outro lado, nem sempre o pai aceitava a paternidade, acabando apenas por perfilhá-lo no registo civil, mas, depois, não se interessava mais pela vida do seu filho. Actualmente, as coisas estão ligeiramente diferentes, mas nem tanto. Existem mais métodos para evitar a gravidez, mas nem todas as adolescentes os usam e, por essa razão, há cada vez mais adolescentes grávidas. Também se verifica que há mais pais a assumirem a paternidade, continuando com o filho e com a mãe, apesar de separados. Em muitos casos, as adolescentes não têm condições para criar um filho. São sempre situações complicadas para o desenvolvimento integral da criança, a qual não concorreu para esse quadro de vida. Um filho traz muitas alegrias a uma casa, mas não é tudo na vida. Por isso, segue o nosso conselho: usa métodos contraceptivos, não queiras engravidar na adolescência! Daniela Sousa, Sónia Sousa, Sara Silva 2º ano de Serviços Jurídicos 26 Keith Haring opinião Sonho Sonhar é o caminho para alcançarmos as nossas metas, pois, se sonharmos e quisermos a realização das mesmas, então, a probabilidade de o sonho se tornar concreto é muito maior. Como foi o caso de Bartolomeu de Gusmão que viu o seu sonho completamente realizado. Sonho que foi possível não só pelo seu saber e sentido de acreditar como também pela ajuda de Blimunda e Baltasar. Para estes, a sua intervenção na construção da passarola torna-se muito importante: a Baltasar, porque, sendo um soldado maneta, o que diminuiu a sua auto-estima, viu aumentar o seu valor como homem capaz de ser útil, até mais, pois o gancho não corria o risco de se cortar, nem queimar! A Blimunda foi também importante, pois ela andara a recolher as vontades humanas para conseguir fazer com que a passarola levantasse voo, e conseguiu-o! Com elas? Talvez, no seu desejo. Porque a vontade faz tudo: se quisermos muito uma coisa e se por ela lutarmos, esse desejo acabará por se concretizar. Recordo-me de um livro, “Amar depois de amar-te”, de Fátima Lopes, em que, para ultrapassar um momento difícil de amor e tornar a amar, será necessário acreditar e sonhar. Só assim se conseguirá atingir novamente a felicidade. Como no caso das três personagens referenciadas acima que, com as vontades dos homens, sonhando e tentando, vezes sem conta, sem desistir, puseram a máquina a voar! Um exemplo que prova a importância dos sonhos na nossa vida. Basta acreditar… sempre! Botero Sofia Gomes Barreiro 3º ano de Contabilidade Salvador Dali Na obra “Memorial do Convento”, de Saramago, a temática do sonho domina as personagens Bartolomeu de Gusmão, que vê concretizado o sentido da história na construção da passarola, e Baltasar e Blimunda, que vêem valorizada a sua auto-estima, sendo recuperadas do anonimato popular, no auxílio prestado ao padre na construção da sua máquina. Obesidade Consequências graves para a saúde De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir patamares capazes de afectar a saúde. É uma doença crónica com enorme prevalência nos países desenvolvidos. Atinge homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de mortalidade. A obesidade acarreta múltiplas consequências graves para a saúde. Há tantas pessoas obesas a nível mundial que a OMS considerou esta doença a epidemia global do século XXI. A obesidade tem como causas o sedentarismo, a ingestão de produtos calóricos ou uma prática incorrecta de comer, mastigando-se mal e depressa os alimentos. Mas também pode estar relacionado com a genética. Portanto, um programa de exercícios físicos bem orientados por um profissional de educação física e uma dieta preparada por um nutricionista farão com que os objectivos de se combater a obesidade sejam alcançados. E, assim, veremos pessoas com melhor saúde e a sentirem-se bem. Ana Lúcia Ferreira, Bruna Pereira 1º ano de Design Gráfico 27 novas oportunidades Formações modulares Processos de (re) construção para o adulto As formações modulares, assentes numa filosofia de aprendizagem ao longo da vida, permitem aos indivíduos o acesso a um processo flexível de constante aprendizagem, bem como a mobilidade entre diferentes níveis de qualificação. A organização das unidades de formação de curta duração (UFCD) realiza-se mediante os respectivos referenciais de formação de Educação e Formação de Adultos, presentes no Catálogo Nacional de Qualificações. Dentro destes catá- logos, existem UFCD de base e de componente tecnológica. As UFCD são, então, uma modalidade de formação que têm como objectivo elevar os níveis de qualificação dos adultos activos ou não – activos, garantindo o acesso a módulos capitalizáveis, tendo em vista a obtenção de uma qualificação. As vantagens destes percursos assentam na oferta diversificada e distribuída no tempo, permitindo aos adultos uma flexibilidade na escolha dos horários de formação, conciliando as UFCD com as suas diferentes actividades. Possibilitam, também, o desenvolvimento de uma formação integrada em formação tecnológica, com vista a uma certificação profissional, podendo ser desenvolvidas em diferentes locais com as mesmas condições. Constituem igualmente respostas complementares a processos de certificação escolar, em articulação com os processos de reconhecimento, validação e certificação desenvolvidos pelo Centro Novas Oportunidades, ou como resposta efectiva de qualificação escolar para muitos adultos de nível secundário. As condições de acesso para as formações modulares, compostas por UFCD integradas em percursos de nível básico e nível 2 de formação, destinam-se, prioritariamente, a adultos que não concluíram o ensino básico (9º ano de escolaridade). As formações modulares compostas por UFCD integradas em percursos de nível secundário e nível 3 de formação 28 destinam-se apenas a adultos com habilitação escolar igual ou superior ao 9º ano de escolaridade. É possível ainda organizar um curso de formação modular com UFCD de percursos de nível básico e secundário, sendo considerada como habilitação mínima de acesso o 9º ano de escolaridade. Adelino Aguiar Profissional CNO A Escola Profissional de Braga desenvolveu no ano transacto: • 34 UFCD, totalizando um volume de formação de 1475horas; • 975 horas de formação tecnológica, em áreas distintas como Autocad 2D e 3D, Medições, Electricidade, Aplicações de Escritório e Secretariado; • Cerca de 500 horas foram aplicadas em formação de base, com duas áreas centrais: Língua Inglesa e Tecnologias da Informação e Comunicação. O trabalho desenvolvido por uma equipa de profissionais de excelência, que representam bem os valores da Escola, permitiu dar resposta a cerca de 450 adultos que procuraram elevar os seus níveis de qualificação. Actualmente, a procura centra-se na formação de base, Inglês, Espanhol e Francês. Nas áreas tecnológicas, recai sobre as Ciências Informáticas e Desenho de Arquitectura, nomeadamente as UFCD de Aplicações de Escritório, Autocad 2D e 3D, que lideram a lista de inscrições. Neste sentido, a EPB vai continuar a traçar o seu caminho, para dar respostas às necessidades de qualificação dos adultos, dando-lhes a hipótese de construir, reconstruir o seu processo formativo. em rede Apoio no lançamento do Ensino Profissional EPB na rota de S. Tomé e Príncipe Faz parte do modelo educativo da EPB elevar a qualificação profissional e certificação dos seus públicos, a interacção com instituições de natureza social e económica, bem como a cooperação com países africanos de expressão portuguesa, nomeadamente S. Tomé e Príncipe. Criação de Escola Profissional No mesmo protocolo, era intenção de as partes avançarem com a criação de uma Escola Profissional naquele país do Atlântico, com a matriz dos cursos existentes na EPB adaptados à realidade local, ideia consolidada já este ano, quando foram definidas as linhas orientadoras de apoio na criação da Escola Profissional de Água Grande, designadamente na formação e escolha de formadores, planos curriculares, constituição de turmas e em toda a organização pedagógica à implementação dos cursos a avançar no ano lectivo a iniciar em Setembro. Assim, teremos a abertura dos cursos de Gestão e de Serviços Jurídicos (uma turma cada), ficando a EPB a supervisionar ao nível financeiro o arranque da EPAG, mantendo-se ainda contactos permanentes para análise conjunta das actividades a promover e dos resultados a alcançar. Fernando Silva Neste contexto, a EPB - Escola Profissional de Braga, Lda. celebrou, em 2009, um Protocolo de Cooperação com a Câmara Distrital de Água Grande, a que se associaram, já no início de 2010 através de Aditamento ao Protocolo, o Ministério da Educação e Cultura de S. Tomé e Príncipe, e o Centro de Cultura e Desporto da EPB. Este intercâmbio, válido por cinco anos, apresenta já alguns resultados, pois actualmente duas dezenas de alunos de S. Tomé e Príncipe frequentam cursos profissionais da escola. Uma estratégia que vai continuar no próximo ano lectivo, com a vinda de mais treze alunos deste país, esperando-se que a média dos alunos protocolados se fixe nas três dezenas. Estes alunos beneficiam do apoio do Estado Português, através do Ministério da Educação, nas mesmas condições dos restantes alunos, cabendo à escola assegurar vagas para a sua integração de forma equitativa nos cursos em funcionamento. 29 em rede Escola apoia implementação do ensino profissional Estágios de colegas moçambicanos Em Janeiro de 2010, a EPB recebeu três professores moçambicanos das áreas de Electricidade e Comando, e Construção Civil, para realizarem um estágio de três meses. Um estágio que se enquadrava num protocolo de cooperação existente entre Portugal e a Associação Portugal/ África, e na vontade e interesse de Moçambique em implementar um sistema de ensino profissional, nos moldes do que está a funcionar em Portugal. Assim, o Director Pedagógico da escola começou por fazer o enquadramento geral deste processo e disponibilizar toda a regulamentação em vigor na Escola Profissional de Braga, para que os colegas tivessem conhecimento de toda a estrutura organizativa, tendo sido dado um olhar especial ao Projecto Educativo da instituição. “foi importante a disponibilidade que alguns alunos evidenciaram (...) para partilharem conhecimentos e experiências” Depois, os professores estagiários tiveram um conhecimento mais próximo 30 dos cursos em questão, para o que concorreu o apoio dos coordenadores, com o fornecimento de toda a documentação julgada necessária, nomeadamente ao nível dos programas disciplinares e regulamentação da Prova de Aptidão Profissional. Experiências partilhadas A intervenção dos colegas responsáveis pelo ensino nas diversas disciplinas da componente técnica foi extremamente importante não só pela disponibilidade demonstrada mas também pelo ambiente criado, o que muito contribuiu para o excelente resultado atingido. Como também foi importante a disponibilidade que alguns alunos evidenciaram, inclusive fora do horário escolar e até durante o fim-de-semana, para partilharem conhecimentos e experiências com estes professores. Em todos os momentos foi possível verificar o interesse e até a avidez que os colegas evidenciavam no contacto com a nossa experiência e os nossos recursos, e também na necessidade de conhecimento de toda a estruturação dos cursos. É de referir também a excelente relação que estabeleceram com os nossos alunos, tendo funcionado, nalgumas situações e essencialmente nas disciplinas mais técnicas, como extensão dos professores das mesmas. Como se pode verificar, o estágio terá superado o expectável e ficará registado em todos nós como um momento extremamente gratificante e salutar, como são sempre os espaços de confronto de ideias e de culturas na procura do conhecimento. A terminar, houve tempo para a promoção de um almoço de convívio, que serviu para que os colegas moçambicanos levassem um conhecimento ainda mais alargado da nossa cultura e, essencialmente, da nossa forma de estar na vida. Ao Roia Simoco, Adónico Cofe e Carlos Tesoura, um bem hajam e… até sempre. Jorge Franqueira Coordenador do Curso de Construção Civil com pés e cabeça Equipa de Futsal triunfa em Braga Criada há dois anos, a equipa de Futsal do CCDAT-EPB, rapidamente conquistou o apoio de todos os seus adeptos, um sucesso que nasceu do empenho e da dedicação com que trabalharam treinadores e jogadores que levou à conquista do 1.º lugar da tabela e consequente subida de divisão. Para nos fazer um balanço da época e perspectivar o futuro, estivemos à conversa com Hugo Oliveira, o principal timoneiro deste grupo, para quem “a época correu muito bem, pois foi ao encontro daquilo que tínhamos planeado.” Os objectivos para a época 2009/2010 “passavam pela subida de divisão e pela conquista da Taça da Associação de Futebol de Braga”, porém, apesar de não ser possível a conquista da Taça, “o balanço é francamente positivo, uma vez que “conseguimos atingir o principal objectivo que era a subida de divisão em apenas dois anos de existência.” Mas nada se consegue sem esforço, empenho, sofrimento e capacidade de superação. E, no domínio desportivo, por vezes surgem imponderáveis que, a cada momento, podem afectar o percurso delineado. Na sua caminhada até à vitória, este grupo teve um momento particularmente difícil, que foi “o primeiro jogo da fase final contra a equipa do S. Adrião, pois vínhamos de uma derrota pesada na taça.” No restante, “não existiram dificuldades, porque este clube tem já uma dimensão humana e estrutural muito forte, que lhe permite suportar todo e qualquer abalo.” E “o trabalho e dedicação de todos os agentes envolvidos neste magnífico clube, que tem já uma cultura muito própria”, assente no “trabalho, seriedade e profissionalismo, fizeram o resto: ganhar.” Momentos determinantes Ao longo da época, Hugo Oliveira aponta “dois momentos determinantes no trajecto feito pela EPB Futsal: o afastamento da Taça da Associação de Futebol de Braga, às mãos de um adversário directo e por uma derrota algo pesada, o que acabou por ser muito importante e surgiu no momento certo, pois fez com que todos puséssemos os pés bem assentes no chão.” Mas, esta derrota “serviu para reflectirmos que nada se ganha sem trabalho e sem atitude.” Um outro momento importante da época foi a vitória frente ao S. Mateus por 4-1, na casa do adversário, uma vez que nos “permitiu continuar na frente do grupo, com quatro pontos de vantagem”, dando-nos “mais consistência e confiança para o ataque à segunda volta da fase de campeões.” Apoio e convívio A vitória encheu de felicidade toda a comunidade. Foi memorável, “atrevendo-me mesmo a dizer inesquecível!” Hugo Oliveira aproveita a oportunidade para “agradecer o esforço e dedicação inigualável” dos directores, Paulo Pereira e Eurico Lages, que “tudo fizeram para que nada faltasse a este magnífico grupo de trabalho.” E deixou ainda “uma palavra de agradecimento àqueles que apoiaram esta caminhada e que foram criando o “bichinho” da EPB Futsal, nomeadamente funcionários, alunos e, até mesmo, alguns professores.” Quanto ao futuro, há a possibilidade de criação de “uma equipa forte, organizada e muito competitiva, capaz de fazer um bom campeonato na terceira divisão nacional.” Isto porque “temos um grupo de jogadores, treinadores, directores e massa associativa, que tudo vai fazer para dignificar a instituição que todos representamos.” Eugénia Coutinho 31 com pés e cabeça Missão cumprida! CUMPRIDOS, apenas, 2 anos de competição no campeonato distrital de futsal da Associação de Futebol de Braga, a equipa de futsal do CCDATEPB viu recompensado todo o seu esforço, com a subida à 3ª Divisão Nacional. Subida esta que é fruto de muito trabalho, dedicação, esforço e ambição de toda a equipa técnica, incluindo atletas e direcção. Fazer um balanço desta época é simples, é obviamente positivo; mas, descrever esta a época em algumas palavras é mais complicado. Foi uma época muito intensa, repleta de momentos de grande emoção, alegria e entusiasmo, mas também angústia e revolta. No entanto, a equipa soube gerir todas estas emoções, superar as adversidades e lutar incessantemente pelos seus objectivos, para o que contou com o profissionalismo e dedicação de uma Direcção que acreditou neste projecto e criou todas as condições para atingir os objectivos traçados aquando da sua criação. Para a próxima época, a equipa mantém os objectivos inalterados: continuar a representar a EPB ao mais alto nível, com humildade, esforço e união. Formação Impulsionados pelas vitórias da equipa de seniores, o CCDAT-EPB decidiu criar uma equipa de futsal de juniores. Uma aposta séria na formação dos mais novos, que permitirá criar bases para o futuro e impulsionar o desenvolvimento desta modalidade. Com jogadores provenientes exclusimamente da Escola Profissional de Braga e que tenham sucesso escolar, a criação desta equipa fomentará, ainda, qualidades fundamentais nos seus atletas, tais como a amizade, a união, o desportivismo e a ambição. CCDAT-EPB, Secção de Desporto Torneio de Futebol 7 Com espírito competitivo e saudável, realizámos nos dias 4 e 9 de Junho, o torneio de futebol 7 masculino e feminino, respectivamente. A organização, constituída pelos alunos, João Pedro Fernandes (3ELE), Carla Marina Pereira (2SEC), Paula Marques (2SEC) e Diana Oliveira (2SEC), pretendeu organizar um evento que dinamizasse toda a comunidade escolar, surgindo a ideia dos torneios. E, a julgar pelos anos anteriores, quando os alunos ouvem que a bola vai rolar, ficam emocionados e com vontade de participar. E foi o que aconteceu. E entre equipas com alunos de diversas turmas e professores-treinadores que desceram ao campo para porem a bola na baliza, pensámos que o torneio teve um bom resultado, que em muito ficou a dever à organização, aos funcionários e professores que apoiaram. A vitória do torneio sorriu ao 2º ano de Marketing, no torneio masculino, e ao 2º ano de Serviços Jurídicos, no torneio feminino. Assim, o desporto escolar é uma forma de fazer exercício físico e também de confraternizar e proporcionar um ambiente diferente, no quotidiano escolar. Foram dois dias de muita disputa, discussão saudável, competição, golos, alegria, tristeza… mas, no fim, todos saíram vencedores. Então, esperemos pelos torneios do próximo ano! João Pedro Fernandes 3º ano de Electrónica, Automação e Comando 32 a fechar EPB em festa joanina A quadra festiva da cidade não passou ao lado da escola, onde o S. João foi vivido com grande animação e alegria, num momento de pausa, justo e necessário, da azáfama diária. E, comidas as famosas sardinhas e barriguinhas que foram regadas com um bom vinho maduro e sangria, chegou a hora dos jogos tradicionais - jogo do saco, jogo do cântaro (substituído por balões), jogo do arco, entre outros - para alegria dos mais aguerridos. Os vencedores tiveram direito aos típicos manjericos e martelos de S. João. O jantar foi ainda alegremente acompanhado por momentos musicais, com rancho folclórico e alguns rasgos de boa disposição partilhados no Karaoke. Saudações sãojoaninas! Ana Filipa Teixeira 33 a fechar O 3D veio para ficar O 3D veio para ficar. É uma tecnologia cada vez mais em expansão e criou uma série de outras tecnologias, quer pelos filmes no cinema quer pelas televisões da última geração que estão sempre a ser lançadas. Actualmente, a mais recente tecnologia 3D usa duas lentes como forma de simular a visão humana. As lentes estão colocadas na mesma câmara, mas captam imagens com sensivelmente 5 centímetros de desvio. Depois de editadas, as imagens são mostradas de forma alternada numa frequência de 144 frames por segundo (o normal são 24 frames por segundo). A rápida alternância entre as frames captadas por lentes diferentes, aliado a uns óculos especiais, dá ao telespectador uma sensação de profundidade e de textura. As diferenças não ficam por aqui: as imagens são mais nítidas e claras e garantem que esteja mesmo por dentro da acção. O 3D mudou. O 3D está melhor. A imagem, antiga, que as pessoas têm do 3D é de uns óculos de celofane, vermelhos e azuis, que amarram atrás da cabeça com uns elásticos. Bem, a tecnologia está diferente, mudou bastante desde essa tal primeira imagem. A nova tecnologia 3D é distinta em todas as ´suas´ fases, ou seja, desde a filmagem até à reprodução. Para nos situarmos, fazemos um ponto de situação entre as tecnologias 3D. A primitiva tecnologia era captada através da mesma câmara e, no final, uma dupla projecção de imagens dava uma sensação de profundidade. Eduardo Silva 2º ano de Design Gráfico Curiosidades Jogos lógicos Laranjas... A laranja foi trazida da China para a Europa pelos portugueses, no século XVI. É por isso que as laranjas são denominadas “portuguesas” em vários países: em romeno, laranja diz-se portocálâ, em búlgaro portokal e em grego portokáli. Mas, esta associação não se fica pelas línguas europeias. Em Persa, língua oficial de países como o Irão ou o Afeganistão e falado em países como a Arménia, a Geórgia ou o Iraque, a palavra Portugal significa laranja! Em árabe, uma língua falada em cerca de 20 países, como o Egipto, Líbia, Síria, Argélia, Arábia Saudita, etc., com aproximadamente 280 milhões de falantes, a palavra Portugal designa também o fruto laranja. 34 1 Bandeiras Filipinas é o único país que mostra a bandeira de 2 formas diferentes em tempo de guerra e paz. Em tempos de paz, a parte azul fica para cima; e, se o país entra em guerra, a bandeira é hasteada com a parte vermelha para cima Paraguai é o único país que tem emblemas diferentes nas duas faces da bandeira. Ana Vera e Berta Menta são gémeas verdadeiras (monozigóticas, diz-se em Biologia). São tão parecidas que é impossível distingui-las. Ainda por cima vestem-se quase sempre da mesma maneira. Sabe-se que a Ana Vera diz sempre a verdade; pelo contrário, a sua irmã Berta mente sempre, por sistema. Por isso, quem quiser saber quem é quem tem de trocar-lhes as voltas para não se deixar enganar. Se se lhes pergunta pelo nome, fica-se sem saber quem é. Saberás explicar por que razão perguntar pelo nome não resolve o enigma? 2 Que imagem devemos colocar no lugar do ponto de interrogação? a fechar Sentir a língua… Penalty, penálti ou penalte Bom Português… Como se deve dizer, então, no português de Portugal? Num texto formal, talvez grande penalidade. Noutras circunstâncias, por necessidade de clareza do discurso, pode-se empregar “penalty” entre aspas, por ser palavra estrangeira, ou o aportuguesamento penálti (como vem no Lello Universal). Há quem prefira outro aportuguesamento: penalte (/pênálte/). A escolha não é fácil. Já pareço o guarda-redes, quando não sabe se há-de atirar-se para a esquerda ou para a direita da baliza... T.A. (1998). Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Acedido em 6 de Junho de 2010, em: www.ciberduvidas.com. Adesão ou aderência? Utiliza-se adesão, quando significa “união da vontade das pessoas”: Houve grande adesão do público; aderência, com o significado de “ligação de superfícies”: Os pneus revelaram boa aderência ao piso molhado. À volta do detalhe A dinâmica da língua ultrapassa necessariamente a ratificação feita pelos acordos ortográficos. A propósito a palavra detalhe, achamos interessante apresentar opiniões diversas de estudiosos da língua: No Grande Dicionário de Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, da Sociedade da Língua Portuguesa, pode ler-se: «Galicismo inútil, vantajosamente substituível por minúcia, miudeza, pormenor, particularidade.» No seu Dicionário de Questões Vernáculas (Livraria Ciência e Tecnologia Editora, São Paulo), Napoleão Mendes de Almeida escreveu: «Detalhe, detalhar – Já João Ribeiro a afirmar: “É galicismo muito usado...”, já Vasco Botelho de Amaral a dizer: “A bem da verdade, detalhe, detalhar têm feição portuguesa” – que mais acrescentar? É realmente difícil impor a substituição em “O fato foi detalhadamente reproduzido” – “Não há detalhe que não revele o pintor” – como difícil é rejeitar a palavra quando temos talhe, entalhe. Se de “tailler” o francês fez “détailler”, por que do nosso talhar não podemos fazer detalhar e os correspondentes derivados?» MATOS, M. J. (2003). Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Acedido em 17 de Junho de 2010, em: www.ciberduvidas.com. Discriminação ou descriminação? Discriminação significa “segregamento”, “preconceito” e “intolerância”: A discriminação social é condenável; descriminação significa “acto de absolver de crime ou inocentar”: A descriminação do réu foi um acto de justiça. Houve ou houveram pessoas? A forma correcta é houve. O verbo haver, no sentido de ”existir”, “acontecer” é impessoal e, assim sendo, só se conjuga na 3ª pessoa do singular: Houve grandes escritores ao longo da nossa história. Folha impressa ou folha imprimida? A forma correcta é impressa. Imprimir é um verbo com dois particípios passados: um regular (imprimido) e outro irregular (impresso). O particípio regular é utilizado nos tempos compostos com os verbos auxiliares ter e haver: Ele tinha imprimido a folha. O particípio irregular, com os verbos auxiliares ser e estar: A folha foi impressa; e com o adjectivo, como se vê no exemplo: A folha impressa. Ele trás ou traz uma flor? A forma correcta é traz, 3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo trazer: O João traz o livro. A palavra trás é um advérbio, usado em várias expressões com o sentido de “parte ou lado posterior”: Ele caiu para trás. AAVV (2009). Bom português. Porto Editora: Porto foto www.sabado.pt José Saramago (1922-2010) MORREU o Nobel da Literatura. Um escritor português, amado e odiado, mas muito respeitado. A obra que nos deixou mostra-nos uma pessoa convicta dos seus argumentos, que teve a coragem de colocar o povo no lugar que merece. Não são os reis ou os governos quem fazem as grandes obras, mas é o povo anónimo, qual artífice eternamente ignorado. A sua lucidez foi muito mais longe que os ensaios que nos legou, entrou em domínios da existência humana, do mistério do homem e da sua condição, das injustiças na terra. Esta nota fecha com uma promessa: continuarmos a descobrir o mistério da sua obra. Porque, “a morte serve para que possamos continuar a viver”. Assim será, Saramago. 35 agenda ACONTECIMENTO/ EVENTO Inscrições Ano Lectivo 2010/2011 RoboCup 2010 Estágios Curriculares 12º ano Estágios Curriculares 11º ano Estágios Transnacionais no âmbito do Programa Leonardo da Vinci EPB nas Festas de S. João EPB no Festival de Gastronomia Defesa da PAP (Prova de Aptidão Profissional) Concurso Robot Bombeiro 2010 LOCAL EPB Singapura Empresas da Região de Braga Empresas da Região de Braga nada) 28 de Junho a 23 de Julho Malta, Irlanda (Cork) e Espanha (Gra 15 a 25 de Junho Braga 2 a 4 de Julho/9 a 11 de Julho Braga EPB Guarda Uma viagem BERLIM é a capital da Alemanha e é a maior cidade do país. Foi uma grande cidade europeia que, devido à 2ª Guerra Mundial, ficou dividida pelo Muro de Berlim. O muro, construído pela República Democrática Alemã durante a Guerra Fria, dividiu a cidade a partir de 1961. Não só fragmentou a cidade como se tornou um símbolo da divisão do mundo já que traduzia a separação das duas partes: a República Federal da Alemanha (constituída pelos países capitalistas) e a Socialista (regime soviético), demarcando, assim, a Alemanha Ocidental da Alemanha Oriental. O muro foi finalmente destruído em 1989 e as Alemanhas foram reunificadas. Berlim tornou-se numa cidade fascinante graças à sua oferta cultural, tal como festivais de cinema (“Urso de Ouro”), teatro, óperas, galerias e museus. Hoje, Berlim é dos destinos mais procurados, já que seduz os seus visitantes com uma vasta oferta cultural, nova arquitectura e uma beleza muito característica. Um Livro UM DOS livros que me marcou e que eu sempre recordo como referência é ”Verónica Decide Morrer”. Penso que todos passamos por momentos de desânimo e menos favoráveis na vida. O segredo reside no facto de termos sabedoria necessária, para encontrar uma forma de prolongar os estados favoráveis que a vida nos vai presenteando. Neles, temos de conseguir a força para os menos positivos. A leitura deste livro, ao contrário do que o título sugere, é um verdadeiro hino à esperança e ao modo de viver a vida de uma forma positiva, e lutadora por parte da “protagonista”. Albertina Abrantes Mediateca 36 DATA 7 de Junho a 14 de Julho 19 a 25 de Junho 7 de Junho a 31 de Julho 28 de Junho a 31 de Julho 5 a 15 Julho 17 de Julho Uma receita Gomas de Frutas Secas QUANDO faço estas “gomas de fruta”, normalmente utilizo 500 g ou 1 Kg de fruta seca de cada vez. Pode fazer de um só sabor de fruta, ou misturar por exemplo, manga e ananás, ou pêssego e alperce. Reduzo a fruta a um puré muito macio num robô de cozinha, depois passo-o para um papel antiaderente untado. Com uma espátula, espalho num quadrado de cerca de meio centímetro de espessura e, depois, passo-o para um tabuleiro de forno. Costumo aquecer o puré de fruta num forno eléctrico a 70 ˚C durante a noite, pois dá-me muito jeito, mas se tiver pressa pode aquecê-lo a 160 ˚C durante umas horas – o tempo de cozedura depende de a fruta ser ou não muito húmida. Quando estiver pronta, a sua camada de fruta deve estar mole, mas firme como uma goma. Tire do forno, passe para uma tábua de cozinha, tire o papel antiaderente e corte a fruta em pedacinhos individuais. Faça várias formas – quadrados, triângulos, círculos, tiras. Pode conservá-los num recipiente hermético até precisar deles. Pode fazer saquinhos de papel com elas e oferecêlas. OLIVER, Jamie. (2009). Dias Felizes Com Jamie Oliver. Ficha Técnica Director: Paulo Sousa Coordenador: Fernando Silva Redacção: Alexandra Corunha, Ana Filipa Teixeira e Eugénia Coutino Marketing e Publicidade: Natália Rebelo Conceito visual: Ana Gomes e Ricardo Coelho (alunos DG) Fotografia: Nuno Silva (aluno DG) e arquivo EPB Edição gráfica: João Delgado Ano I nº 1 Junho de 2010 [email protected] Propriedade: EPB - Escola Profissional de Braga, Lda. Morada: Rua Augusto Veloso N.º 140 - 4705-082 Braga tel: +351 253 203 860 fax: +351 253 203 869 site: http://www.epb.pt e-mail: [email protected] 1989 - Setembro – 2009 Escola Profissional de Braga Uma escola, uma família, uma vida. 20 anos Uma escola que soube gerir formação gerar mudança Nas atitudes, nos comportamentos, Na construção de personalidades, Na realização de muitos sonhos De jovens que foram meninos e se tornaram técnicos competentes. Uma escola, uma família Que se renova no quotidiano Dos seus jovens e de outros Na procura de oportunidades que a vida tardou em dar! Uma escola jovem, atractiva, dinâmica, Que faz sonhar Com inovação e competência O futuro de muitas vidas!
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