Untitled - EPB - Escola Profissional de Braga

Transcrição

Untitled - EPB - Escola Profissional de Braga
abertura
editorial
A UMA INSTITUIÇÃO com vinte anos,
que se arrogou do lema Inovação e
Competência, sob o qual pretende
construir os próximos anos, que horizontes lúcidos, a rasgar tempos de
incerteza, pode invocar, num cenário de exigência, qualidade e competitividade?
A resposta está nos caminhos – e não num só caminho – que deve percorrer. Caminhos que se caracterizarão
pela abertura, flexibilidade, capacidade antecipatória, adaptabilidade, correcção ou aperfeiçoamento de trajectórias.
Vamos referir alguns caminhos de natureza estratégica:
A abertura a novos públicos, jovens e adultos, sem deixar de dar
primazia a cursos profissionais orientados para os jovens, mantendo ou flectindo para ofertas formativas de qualidade, caracterizadas pela diversidade, mobilidade, registo predominantemente
tecnológico e que acompanhe as mudanças sociais e tecnológicas. Uma escola que responda à questão: Que competências para
ser Homem no Século XXI e que competências para as profissões
do futuro - de um futuro que nos aparece tão repentino?
Esta é uma escola que se transforma em espaço de interpelação
permanente, se torna num espaço de investigação e transforma
o professor em investigador e agente atento das mudanças alucinantes.
Uma escola que, para além de se habituar a ser organização aprendente, manterá a sua ligação ao conceito de aprendizagem ao longo da vida, recomenda-o e desenvolve-o.
Uma escola aberta às instituições sociais, económicas, educativas
e outras, interagindo com todas, com a noção de que desenvolve
a sua qualidade, consciente de que a cooperação, quando numa
concorrência leal, ajuda a contribuir para afirmar ou consolidar
marcas diferenciadoras.
Uma escola com personalidade própria, autêntica e assertiva, em
que as fronteiras entre educação, formação e criação de emprego se esbatam. Que possa ser, para uns, átrio a partir do qual se
projectam no mundo empresarial e, para outros, alavanca de uma
nova mentalidade empreendedora.
Mais do que isso. Uma escola que não queira ficar só, refém de
si própria. Orgulhando-se da sua obra: os homens que preparou.
Mas também uma escola com um espírito transnacional, que sinta
a ansiedade de se projectar para além do seu território original,
que assuma voos que promovam a cooperação e o desenvolvimento de outros países, sobretudo daqueles a quem a História
nos delegou o compromisso de construirmos um novo império: o
da solidariedade e o da afirmação da Língua Portuguesa.
José Oliveira
Director Pedagógico
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Destaque: da utopia ao sucesso
EPB coloca no mercado de trabalho 80 % dos seus diplomados,
enquanto 14 % prosseguem estudos.
Entrevista
Director-Geral conversa com a epb Revista
no seu regresso à escola.
Conquistas
Nesta edição destacam-se dois dos mais recentes
prémios conquistados pelos alunos.
Iniciativas
Diversas actividades fervilham no quotidiano
da comunidade escolar.
Fora de portas
Alunos testemunham a sua integração no mercado de trabalho,
outros preparam-se para ingressar na escola.
À conversa com...
Ana Filipa troca impressões com os Mão Morta.
Opinião
Temas da actualidade sob o olhar crítico e atento
de professores e alunos.
Em rede
Cooperação com São Tomé e Príncipe e Moçambique
no lançamento do ensino profissional.
Com pés e cabeça
Desporto em alta: Marketing e Serviços Jurídicos vencem torneios
escolares, a equipa de Futsal CCDAT-EPB sobe à 3ª divisão nacional.
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destaque
Escola Profissional de Braga comemora 20 anos com bons resultados
Da utopia ao sucesso
94 % dos diplomados colocados na vida activa
Há pouco mais de 20 anos, Portugal fez uma aposta no ensino profissional, com especificidades pedagógicas e organizativas, que se constituem como elementos diferenciadores do ensino secundário regular e que, para muitos jovens,
se revelam como factores fundamentais na resposta às suas
expectativas de percurso escolar e profissional.
Neste contexto, desde 1989 que as escolas profissionais desenvolvem os cursos profissionais, organizados dentro de um
espírito pedagógico de rigor, de esforço e de forte capacidade
humana e profissional, sendo hoje um projecto consolidado e
de reconhecida relevância para a educação ao nível do ensino
secundário.
“reconhecimento de que os cursos profissionais
proporcionam aos jovens percursos formativos e
profissionais de grande sucesso, expresso nos
níveis de empregabilidade”
Assim, passadas duas décadas, observa-se que o ensino
profissional é um dos percursos de nível secundário com mais
sucesso educativo, motivando, nos últimos anos, a aposta
governamental em consecutivos alargamentos desta oferta
formativa, apostando-se na colocação de 50 por cento dos
alunos do ensino secundário em cursos profissionais como
meta para 2010.
E o interesse tem sido tal que a procura foi sempre – muitas
vezes esmagadoramente – maior que a oferta. Seguramente,
pelo reconhecimento de que os cursos profissionais proporcionam aos jovens percursos formativos e profissionais de
grande sucesso, expresso nos níveis de empregabilidade dos
mesmos, os quais, apesar do panorama crítico que o país atravessa nesta matéria, continuam a apresentar taxas bastante
satisfatórias.
considerando os 1913 alunos que frequentaram os 3.º anos
desses ciclos de formação.
94 % dos diplomados na vida activa
Por outro lado, contabilizados os últimos 10 ciclos de formação (de 1997/2000 a 2006/2009), a EPB lançou no mercado de
trabalho 80 % dos 834 alunos diplomados: 666 técnicos, em
14 saídas profissionais distintas, 531 dos quais em actividades
laborais relacionadas com a área de formação (representando
80 % do total de diplomados na vida activa). Dos restantes,
144 (14 %) prosseguiram os estudos em cursos de nível superior ou cursos de especialização tecnológica de nível IV (CETs).
Assim, a EPB foi ´rampa de lançamento´para percursos profissionais ou para novos desafios de qualificação para 94 % dos
jovens que diplomou.
78 % de sucesso escolar
Veja-se o caso da Escola Profissional de Braga - nascida com
o lançamento do ensino profissional e que, actualmente, à
sua semelhança, é uma instituição sólida e de reconhecido
relevo na região.
Os dados são expressivos: desde o seu lançamento em
1989, frequentaram a EPB 2522 alunos, distribuídos pelas 130
turmas, num leque de 20 cursos profissionais que constituíram a oferta da escola dentro desta via.
Ao longo destas duas décadas (18 ciclos de formação - de
1989/1992 a 2006/2009), 1495 alunos obtiveram certificação
escolar de nível secundário e também uma certificação profissional de nível III, em áreas diversas (ver caixa). Este número
equivale a um nível de conclusão/sucesso escolar de 78 %,
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Aposta ganha
Preocupada em formular uma leitura atenta e actualizada
das necessidades do mercado em termos de qualificação profissional, a EPB procura manter uma estreita ligação entre os
contextos escolar e o do mundo do trabalho, garantindo, dessa forma, práticas pedagógicas e metodológicas que visam
adequar o perfil profissional dos seus formandos às exigências que o tecido económico da região demanda.
destaque
ção para a escola e indicador claro da qualidade da formação
que ministra.
Volvidos 20 anos, podemos afirmar, com forte convicção,
que os alunos que procuraram a EPB fizeram a melhor opção,
não consentindo que algum estigma que ainda lograsse perdurar sobre o valor do ensino profissional lhes hipotecasse o
futuro.
“Os empregadores, em geral, transmitemnos elevada satisfação com o desempenho
profissional dos nossos diplomados.”
Esta ligação importa não apenas numa lógica de prospecção, por parte da EPB, das necessidades futuras em termos de
oferta formativa, mas também como veículo de aproximação
dos alunos ao universo profissional – um valioso contributo
na sua formação e na integração futura na vida activa.
A EPB tem sabido ir ao encontro das necessidades do mercado, dos jovens e das suas famílias. Os empregadores, em
geral, transmitem-nos elevada satisfação com o desempenho
profissional dos nossos diplomados, factor de enorme satisfa-
Numa altura em que a crise ensombra o futuro dos mais
jovens, a Escola Profissional de Braga orgulha-se de referir
centenas de exemplos de percursos de sucesso de alunos que
passaram por cá. Os resultados obtidos ao longo da história
da escola revelam que estudar compensa, e animam-nos no
esforço contínuo de promoção da qualidade, exigência e riqueza do processo de ensino e aprendizagem, capazes de
proporcionar aos jovens um percurso formativo e de empregabilidade de enorme sucesso.
Ana Cláudia Rodrigues
Dpto. Intervenção Psico-Educativa
20 anos
EPB em números
2522 alunos • 1495 alunos diplomados
129 turmas • 20 cursos profissionais
9 áreas de formação
Os cursos da EPB
Comércio e Marketing • Comunicação,
Relações Públicas e Publicidade • Construção
Civil • Contabilidade • Design Gráfico
• Electrónica, Automação e Comando •
Electrónica e Telecomunicações • Frio
e Climatização • Gestão • Gestão de
Equipamentos Informáticos • Gestão
de Sistemas Informáticos • Gestão e
Programação de Sistemas Informáticos •
Informática para a Indústria • Instalações
Eléctricas • Marketing • Multimédia •
Secretariado • Serviços Comerciais •
Serviços Jurídicos • Sistemas de Informação
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entrevista
No seu regresso à Escola Profissional de Braga
Entrevista ao Director-Geral
“Esta escola (...) tem que se adaptar às novas realidades geradas pelas mudanças sociais.”
epb Revista - Esteve alguns anos desPaulo Sousa assumiu recentemente
funções de Director-Geral da Escola ligado fisicamente da EPB. O que o levou
Profissional de Braga, para continuar a regressar?
Director-Geral - Estive de facto deslie, se possível, aprofundar, um trabalho que a escola desenvolve há vinte gado fisicamente, durante 10 anos, mas
anos.
mantive sempre um vínculo emocional
É um regresso deste gestor, licenciado muito forte com a EPB. Para mim foi e
em Gestão de Empresas a que acres- será sempre um projecto no meu coracenta uma Especialização em Audi- ção, e na minha razão. Por isso, quando
toria de Habitação, depois de exercer fui convidado para regressar e dadas as
actividades docentes na Escola Secun- circunstâncias que me foram apresendária de Alberto Sampaio, a cujo qua- tadas, não fui capaz de dizer não e cá
dro pertence, e de abraçar diversos estou, de novo, e com todo o meu emprojectos na sociedapenho.
de bracarense.
“Procuro centrar-me nos
Num registo directo,
Como encontrou a
a epb Revista trocou
aspectos positivos e ten- escola?
impressões com o
Qualquer organizatar potenciá-los, como a
principal responsáção tem sempre promelhor forma de resolver blemas para soluciovel da escola, incios problemas.”
nar e questões, mais
dindo a conversa em
ou menos difíceis,
algumas
matérias
para resolver. Mas, eu
que estão em cima
da mesa, como sejam as já crónicas di- não sou pessoa para estar agora a faficuldades de financiamento, a relação lar de dificuldades e muito menos para
com empresas e parceiros, os estágios me lamentar. Procuro centrar-me nos
ou o perfil dos alunos que chegam à aspectos positivos e tentar potenciálos, como a melhor forma de resolver
escola.
os problemas. E a EPB tem condições,
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nomeadamente recursos humanos
competentes e dedicados que são o
principal factor a conferir um enorme
potencial para o sucesso.
Quais são as principais dificuldades
sentidas na gestão diária de uma escola
profissional?
Poderá parecer um dejá-vu, mas, infelizmente, as principais dificuldades
continuam a prender-se com o modelo de financiamento, não adequado às
necessidades das escolas profissionais,
em geral, e a esta, em particular: as dificuldades de tesouraria por que a EPB
passa, por via dos atrasos no financiamento que provocam constrangimentos à gestão e redundam, também, em
problemas económicos.
Passando aos alunos, como vê os perfis
dos alunos que chegam agora à escola?
Actualmente, os perfis dos alunos não
serão muito distintos dos que prosseguem estudos nas escolas secundárias.
Relativamente há 10 anos atrás, o que
acontece é que a média de idades destes alunos é mais baixa. No resto, são
jovens como todos os outros, com os
entrevista
mesmos anseios, virtudes e problemas inerentes à sociedade
actual.
mais jovens começarem melhor, porque podem mais facilmente corrigir trajectórias menos favoráveis no início.
Quais são as principais diferenças com os da geração anteQue desafios enfrentam os colaboradores (professores) da esrior?
cola na sua missão de preparar futuros técnicos?
Nos comportamentos, há algumas naturais diferenças, deA adaptação às mudanças que são cada vez mais abruptas
rivadas das mudanças sociais que ocore frequentes.
rem. Mas, é normal que assim seja, pois
“As empresas têm-se mostrado
os jovens integram sempre o que prevaQue objectivos tem a escola para os
muito satisfeitas com o
lece na sociedade.
próximos anos?
desempenho dos nossos
Ser uma Escola Profissional de refeHá certamente necessidade de se corrência, pela qualidade, no panorama
alunos em estágio.”
rigirem estratégias metodológicas e de
regional e nacional.
gestão para fazer face aos novos públicos.
Como é que a escola está a lidar com estes dois aspectos?
Para terminar, diga-nos: como encara o futuro do ensino proEsta escola, como qualquer outra, tem que se adaptar às fissional?
novas realidades geradas pelas mudanças sociais. O fundaCom optimismo, mas tem de haver sintonia entre os obmental é que toda a organização seja suficientemente flexível jectivos que são enunciados para o país: aumentar o número
para o fazer.
de alunos no ensino profissionalizante e disponibilizar condições para que o sistema educativo cumpra esses objectivos.
Os cursos profissionais alargaram-se ao ensino regular, o que Ou seja, são precisos ovos para se fazerem omeletes.
trouxe alguns problemas na captação de públicos. O que está a
ser feito para se ultrapassar este problema?
A nossa entrevista termina aqui. Desejamos-lhe sucesso na
Nesta vertente, a Direcção Regional de Educação do Norte condução dos destinos da EPB. Obrigado pela atenção.
está a fazer um excelente trabalho, que assenta na definição
de rede de escolas secundárias e profissionais, de forma cooperativa, para se saber a que cursos profissionais cada escola Entrevista conduzida por
se candidata anualmente. Isto permite que, por um lado, não Fernando Silva
haja oferta excessiva em alguns cursos, e, por outro, se alarggue o leque de possibilidades de escolha dos alunos, ajustando-se o mais possível a oferta à procura.
Como avalia as relações da escola com as empresas?
Tem havido um progressivo estreitamento dessas relações,
para bem dos alunos, das empresas e da escola em geral.
E em relação aos estágios curriculares. Qual é o feedback do
desempenho dos alunos nas empresas?
As empresas têm-se mostrado muito satisfeitas com o desempenho dos nossos alunos em estágio. Também o processo
de adequação das tarefas a realizar ao perfil dos alunos tem
vindo a melhorar, satisfazendo ambas as partes.
“a Direcção Regional de Educação do Norte
está a fazer um excelente trabalho, que assenta
na definição de rede de escolas secundárias
e profissionais, de forma cooperativa, para se
saber a que cursos profissionais cada escola se
candidata anualmente.”
E quanto aos estágios realizados no âmbito dos programas
europeus (Leonardo da Vinci…)?
A informação de que disponho é que também estes estágios têm deixado os nossos alunos muito satisfeitos e realizados.
Nos tempos difíceis que correm, tem sentido falar de empreendedorismo, sobretudo entre os jovens?
Faz todo o sentido, até porque o país está bastante carenciado em empreendedores e não apenas ´patrões´. E quanto
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conquistas
Mascote do Campeonato Mundial de Andebol
O Fifas foi criado por aluno
de Design Gráfico
O aluno Ricardo Coelho, do 3º ano do curso
de Design Gráfico, respondeu a um desafio lançado pelo Ministério da Educação,
para a criação de uma mascote para o
Campeonato Mundial de Andebol de
2010, realizado na região do Minho,
em Abril último.
cidade de o animal apenas existir na
Península Ibérica. A escolha do lince
prendeu-se ainda com as características atléticas da espécie, que “podem
ser facilmente associadas à prática do
andebol”.
O resultado final emprestou ao Campeonato Mundial uma identidade própria, conseguida com uma imagem dinâmica, jovem e desportiva.
A mascote percorreu o mundo inteiro,
com a marca de um jovem criador português, um aluno da Escola Profissional de
Braga!
Muitos parabéns, ficando na expectativa de que
possamos ser surpreendidos com outras realizações.
O trabalho deveria apresentar uma
personalidade distinta, em que se
destacassem especificidades
portuguesas e uma organização e espírito
próprios.
O aluno criou a
mascote a partir de
um lince ibérico, ideia
que surgiu da especifi-
Alexandra Corunha
Estatuto editorial
A EPB REVISTA é uma publicação semestral da Escola Profissional de Braga que pretende divulgar a vida da Escola e
a sua relação com a região do Minho.
É um espaço onde todas as forças vivas
da comunidade educativa podem expressar as suas ideias sobre as questões
que se colocam à educação, empresas
e sociedade.
Procura apresentar informação útil aos
públicos da EPB - alunos, famílias e colaboradores – e ao tecido empresarial,
num registo jovem, claro e atractivo.
Explora a vertente formativa, levando
os alunos à elaboração e criação de trabalhos, através da notícia, reportagem,
opinião, entrevista, crónica, fotografia
ou ilustração pondo, assim, em prática
conhecimentos adquiridos.
Estabelece uma forte ligação com as
empresas da região, através de um
diálogo permanente que inclui o estabelecimento de parcerias e protocolos, partilha de informação, realização
de acções de formação, e divulgação
de bens e serviços.
Assume-se completamente independente, afastando quaisquer pressões
políticas, económicas, culturais ou de
qualquer outro interesse.
Aposta na divulgação dos produtos da
Escola (técnicos e formação) à sociedade, e no acompanhamento dos seus
alunos no período pós-formação.
Rejeita qualquer discriminação baseada no género, orientação sexual, cor de pele, raça ou credo.
É feita por professores da Escola que, não sendo propriamente profissionais de jornalismo, assumem, no entanto,
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as suas responsabilidades perante os seus públicos, comprometendo-se com uma escrita séria e cumpridora das
principais regras do jornalismo.
Procura amigos, jovens e adultos, outros, todos os que
quiserem partilhar alguma da sua energia, saber, tempo,
experiência, para a consolidação do projecto educativo da
Escola.
conquistas
Alunos de Electrónica vencem
Festival Nacional de Robótica
Os alunos entregaram-se com entusiasmo às afinações para a prova!
Tudo começou em meados de Junho
de 2009, quando o coordenador de
curso nos incentivou à participação
no Festival de Robótica, sugerindo o
nome das equipas e a planificação do
projecto. Basicamente, lançou-nos um
desafio e algumas ideias, para magicarmos nas férias de Verão…
Chegados a Setembro, iniciámos a
aprendizagem de linguagem de programação, para desenvolvermos o projecto
e passarmos à prática. O tempo foi passando e, como nem tudo é fácil, surgiunos um obstáculo: a modificação das regras do Festival, que nos levou a alterar
a estrutura dos dois robôs de Busca e
Salvamento. Nunca desistir foi sempre o
lema e, juntamente com os professores,
passámos dias, noites, fins-de-semana
a trabalhar nos laboratórios da escola,
para conseguirmos o nosso objectivo.
E eis que chega o dia 26 de Março! Rumámos à Batalha, local de todos os sonhos e contrariedades, onde nem faltou
uma boa noite no chão!
No dia 27, mãos à obra! Arranque
da melhor maneira: primeiros lugares.
Quebra de açúcar: descida na classifica-
ção, ninguém desanimou! Jantar e reflexão, para mudança de estratégia.
O dia 28 não começou bem: descemos na classificação. Mas, como se diz,
é com os erros que se aprende e, num
trabalho de equipa, afinámos os robôs
com garra, o que teve como consequência a recuperação dos 1º e 2º lugares.
Com sentido de justiça, retirámos uma
equipa da tabela e demos a possibilidade de uma escola concorrente voar até
Singapura, acompanhando-nos.
A EPB regressa a Braga em primeiro
lugar, na prova Busca e Salvamento, e
apura-se para o RoboCup 2010, em Singapura, de 19 a 25 de Junho. Um prémio
para a escola, especialmente para os
alunos do 2.º ano de Electrónica, Automação e Comando. O brio e a dedicação
deram-nos, ainda, mais um prémio: Design Profissional.
Esta foi com certeza a melhor experiência das nossas vidas! Resta-nos agradecer à Escola Profissional de Braga o
apoio que nos deu, e aos nossos professores acompanhantes a sua dedicação.
Um obrigado a todos.
Filipe Fortes
2º ano de Electrónica, Automação e Comando
OS ALUNOS do 3º ano do mesmo curso participaram no Festival Nacional de Robótica, na prova de Futebol Robótico, depois de se terem destacado, no ano anterior e no mesmo Festival, na
prova de Busca e Salvamento, respondendo, assim, ao repto lançado pelos professores da componente técnica. O projecto cresceu com muitas
horas perdidas e noites dentro… e, batalhando
no campo, conquistaram o 2.º lugar e, também, o
prémio de Melhor Poster. Valeu a pena!
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iniciativas
Matemática
Divertida
Silva, do 3º ano de Design
Gráfico, Tiago Ribeiro, do 2º
ano de Gestão de Equipamentos Informáticos, e Nuno
Araújo, do 3º ano de Contabilidade - 1º, 2º e 3º classificados, respectivamente.
O GRUPO Curricular de Ciências Exactas desafiou os
jovens da Escola Profissional de Braga a aprenderem
Matemática de forma divertida, promovendo o torneio
Jogos de Matemática e o
concurso A Imagem da Matemática, a partir do lema “A
Matemática ao alcance das
tuas mãos!”
No concurso A Imagem
da Matemática, os alunos
puderam fazer o registo fotográfico de várias situações
do dia-a-dia, mas com a per-
cepção clara da ligação da
Matemática com o espaço
que os rodeia, aspecto que
foi realçado ainda em textos
criativos.
Os jovens abraçaram entusiasticamente esta iniciativa, criando 170 projectos.
E um júri, constituído por
uma equipa multidisciplinar,
seleccionou os projectos de
maior qualidade, tendo depois a comunidade escolar
sido chamada à eleição dos
três melhores, através de
uma votação massiva, saindo
vencedores os alunos, Nuno
“jovens desafiados
a aprenderem
Matemática de forma
divertida”
O concurso permitiu o envolvimento lúdico de toda a
comunidade, neste encontro
saudável da Matemática com
Imagem e o Texto, reforçando a ideia de que “a união
faz a força!”, o que se consegue com coisas simples ao
alcance de todos. Vinte dos
trabalhos estiveram patentes
ao público no Braga Parque,
entre os dias 5 e 21 de Maio.
Jogos de
Matemática
Entretanto, decorreu o torneio Jogos de Matemática,
que envolveu vinte e quatro
turmas dos cursos profissionais e desenvolveu-se em
duas fases: a primeira, no sistema de grupos, a segunda,
na modalidade de eliminatórias. Disputaram a final as turmas do 3º ano de Electrónica
e 2º ano de Gestão, cabendo
a vitória à primeira que, assim, conclui em beleza a sua
formação na escola.
Parabéns a todos os participantes e também à organização.
Grupo Curricular de Ciências Exactas
1º Classificado
Há coisas bem reais e outras
serão somente um mito, e isto
repete-se num ciclo infinito. O
padrão acaricia o fundo e o
trio preenche a foto. O tempo
une as almas e a matemática insiste na simetria. Três é
um todo e figuras é a senha.
E ainda afirmam que não
vivemos da matemática?
2º Classificado
Num deambular pela Natureza, uma companheira acabei
por ter, porque a água também via o que os meus olhos
acabavam de ver!
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3º Classificado
Há coisas que parecem não ter fim.
iniciativas
À procura de novos caminhos
UE: Que Europa depois da crise?
Com olhar atento e curioso, no passado dia 10 de Maio, a
EPB desafiou cinco políticos, José Lello, Altino Bessa, Paula
Nogueira, Honório Novo e Manuel Monteiro, para debaterem uma questão que preocupa a sociedade actual - UE:
Que Europa depois da crise?
preendedores. Apesar disso, deixou uma nota de optimismo:
coesão e solidariedade europeia poderão ser a chave.
Na opinião de Altino Bessa, deputado do CDS-PP, não tem
havido um esclarecimento sobre estas matérias e sobre as
questões financeiras do nosso país. Os governos deveriam ter
mais respeito pelo dinheiro dos contribuintes.
Há várias questões erradas, pois habituámo-nos a ver a
UE como “um sítio que vendia dinheiro” e ninguém até hoje
mudou esta ideia. É urgente uma mudança, segundo Manuel
Monteiro, pois a União só poderá continuar se for constituída
como uma federação, em que cada país possa escolher como
participar.
“A Europa vive um momento difícil e necessita de
uma solução responsável e urgente”
Paulo Sousa, Director-Geral da escola, abriu o debate lançando o mote: “será que é depois da crise ou estamos sempre
em crise?”. Rui Sequeira, moderador, realçou as consequências da crise nos diversos países e lançou algumas questões
à mesa: “A crise resolve-se com federalismo?”, “Será que poderíamos viver sem a Europa?” Pois é, poder até podíamos, mas
não era a mesma coisa…
José Lello, deputado do PS, salientou que esta é “a maior
crise do mundo ocidental dos últimos 80 anos”. Para o deputado, em Portugal, as exportações não aumentam, a taxa de
desemprego não desce e os empresários têm sido pouco em-
Do BE, Paula Nogueira contestou as medidas de austeridade e apelou à promoção de uma “Europa solidária, com um
tratado que revogue o de Lisboa, para termos uma Europa
não do Euro, mas que promova o emprego”.
Já o deputado Honório Novo sentenciou a falência do actual modelo da UE, por falta de resposta das instituições. Para
este político do PCP, “nós não podemos deixar de dizer que
não há um único caminho, mas sim vários caminhos”.
Apesar das divergências partidárias, os oradores concluíram que é necessária uma mudança urgente na UE, nas suas
instituições e órgãos, para que consigamos ultrapassar a crise.
A Europa vive um momento difícil e necessita de uma solução
responsável e urgente que reúna esforços compensatórios
para todos.
Eugénia Coutinho
Escola Profissional cria canal TV
A ideia andava no ar, mas foi Hugo Antunes, aluno finalista
de 2009 do curso de Design Gráfico, que abraçou o desafio,
concretizando-o com o lançamento do canal epb_TV.
O projecto afirma-se como um pólo dinamizador dos múltiplos públicos da escola, no tocante à divulgação de conteúdos realizados internamente e na promoção de relações com
instituições e agentes regionais.
Foi pensado para envolver toda a comunidade, através de
conteúdos de programação que potenciem a criatividade e a
inovação, contribuam para a divulgação do que melhor se faz
nesta instituição e aumentem a interacção entre alunos, professores e funcionários com instituições e públicos externos.
A comunidade da EPB reagiu positivamente às propostas
do novel projecto, participando com entusiasmo nas rubricas
que já foram para o ar e na apresentação de propostas de diversos conteúdos comunicacionais.
Afinal, não é todos os dias que se aparece na TV!
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iniciativas
Encontros de Design Gráfico
“Uma semana intensa de experiências quase non-stop”
Este ano, os responsáveis do curso procuraram enquadrar
o evento noutras áreas do design, como webdesign e fotografia, e envolver os alunos e participantes em actividades
de convívio e descontracção. Sem dúvida, foi um passo em
frente nos Encontros, que contribuiu para a sua afirmação e
do curso no panorama regional.
Actividades invadem a cidade
Os Encontros foram criados para mobilizarem as três turmas
de Design na produção de um evento comum que permitisse a aplicação de conceitos e aprendizagens, que divulgasse
conseguiu-se maior envolvência e mobilização dos formandos, permitindo-lhes explorar aprendizagens nas mais diferentes áreas, como ilustração, fotografia, vídeo, webdesign,
tipografia, entre muitas outras.
Os workshops de tipografia de Paulo Heitlinger, a worm
criada pelos alunos, a exposição fotográfica “O outro lado”
de Filipa Oliveira, e o nine2five foram, sem dúvida, os pontos
altos desta edição. Actividades sugeridas pelos alunos e que
exigiram uma produção conjunta ao longo de seis meses.
O nine2five, competição destinada a alunos e profissionais
de design gráfico, encerrou os Encontros, distribuindo pré-
“Os Encontros foram criados para mobilizarem
as três turmas de Design na produção
de um evento comum”
projectos e iniciativas dos alunos e que explorasse áreas técnicas do interesse de cada grupo de formandos.
Tratou-se de passar para as mãos dos alunos a responsabilidade de todo o evento, estimulando-os a orientar as acções
para as temáticas que mais os fascinam.
A organização dos Encontros ficou a cargo da aluna finalista Filipa Oliveira. A escolha da formanda baseou-se no perfil
definido pelo curso e que exige uma avaliação da postura do
aluno, ao longo dos dois primeiros anos: projectos realizados,
autonomia, empenho e aptidões de liderança.
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O perfil dos primeiros Encontros foi mantido, com uma semana preenchida de acções distribuídas pela manhã, tarde e
noite, e em múltiplos espaços da cidade. Uma estratégia que
permitiu criar uma semana intensa de experiências quase
non-stop, para todos os alunos do curso. Com este modelo,
mios no valor de 750€ aos melhores projectos. A alteração dos
prémios, a integração de actividades de debate e lazer atraíram participantes de cidades como Portimão, Beja, Setúbal,
Coimbra, Viseu, Porto, Barcelos e Viana do Castelo. O evento
terminou com música pela noite dentro, no Insólito Bar.
João Teixeira
Coordenador do Curso de Design Gráfico
iniciativas
Dia de Portugal com Sarau Multicultural
No Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o Grupo Curricular de Línguas da Escola Profissional de Braga promoveu, pela primeira vez, um Sarau Multicultural.
A iniciativa decorreu, no dia 9 de Junho, pelas 21h30, e contou com a presença de alunos, professores, funcionários e encarregados de educação.
Perante uma plateia atenta, o Grupo de Línguas homenageou um grande escritor da nossa língua, Luís Vaz de Camões,
destacando ainda alguns dos pilares da nossa cultura, como
Antero de Quental, Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa,
José Régio, entre outros.
O evento cultural prolongou-se noite fora e envolveu música, declamação de poesia e muita dança dos vários cantos
do mundo.
O centro da actividade foi, sem dúvida alguma, a Língua
Portuguesa, e o Sarau prestou-lhe, assim, uma digna homenagem.
Perante o sucesso do evento, com uma grande adesão e
participação de todos, ficou a promessa de repetir a experiência no próximo ano.
Grupo Curricular de Línguas
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iniciativas
Mais-valias pedagógicas em Electrónica
Iniciativas que contam
O Curso Técnico de Electrónica, Automação e Comando tem participado
em diversos eventos científico-tecnológicos, como sejam o Festival Nacional
de Robótica, o Concurso Robot Bombeiro e o Concurso de Protótipos Tecnológicos, entre outros.
Tais Actividades promovem a possibilidade de os alunos partilharem novos
conhecimentos, e incrementarem a sua
motivação intelectual nas áreas científicas/tecnológicas - para o estudo e para
a escola.
Estas participações têm tido sucesso,
designadamente na Prova de Busca e
Salvamento Júnior (BSJ), com o 2º lugar,
no Festival Nacional de Robótica (FNR)
2007, realizado no Algarve; o 3º lugar,
no RoboCup 2007, em Atlanta, nos EUA;
o 3º lugar, no FNR 2008, em Aveiro; o 1º
lugar, no FNR 2009, em Castelo Branco;
o 3º lugar, no RoboCup 2009, em Graz,
Áustria; e o 1º lugar, no FNR 2010, na Batalha. E também, pela primeira vez nes-
te ano, na Prova de Futebol Robótico,
com a conquista do 2º lugar.
O primeiro lugar alcançado na Batalha
deu o direito aos vencedores de pode-
rem representar Portugal na prova BSJ,
no RoboCup 2010, realizado em Singapura, reforçando a auto-estima dos
nossos alunos, e permitindo-lhes desenvolver a formação integral em situações reais, sabendo estar e respeitando
todos na vitória ou na derrota.
É ainda de salientar que a participação nestes festivais tem-se pautado
pela criação de robôs com produtos
integralmente concebidos e desenvolvidos na escola, postura assumida perante os alunos, recusando-se, assim,
kits de outra proveniência. O que se
torna numa mais-valia pedagógica, pois
introduz reais dinâmicas experimentais
no processo de ensino e aprendizagem,
ao mesmo tempo que desenvolve nos
jovens a capacidade de empreender, o
que será, com toda a certeza, importante para o seu futuro profissional.
João Garcia
Coordenador do Curso de Electrónica
Braga Romana
A EPB participou, pela primeira vez,
na Feira Romana, que se realizou entre os dias
27 e 30 de Maio em Braga.
O grande objectivo do evento consistia em reviver
o quotidiano da Bracara Augusta nos tempos do
Império Romano.
Alunos de Marketing no cortejo da Braga Romana
A Feira Romana, ao longo de quatro dias, contou com a
animação de grupos vestidos com trajes romanos que animaram a cidade com a sua música, arte circense, teatro,
práticas bélicas, personagens mitológicas, saltimbancos e
recriações do quotidiano romano.
A escola aproveitou a ocasião para se associar à recriação
histórica e fez-se representar por alunos do segundo ano do
Curso Técnico de Marketing em diversas actividades: o corte-
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jo de abertura da Feira, o cortejo nocturno e uma banca de
mercador, saudando todos aqueles que quisessem comprar
variados chás e frascos de mel caseiro. A animação contou
ainda com a participação de Alex Martinez, um malabarista
de fogo convidado pelos alunos organizadores.
Os alunos, vestidos com fatos da época totalmente confeccionados pelos próprios, realizaram um Quiz que testou os conhecimentos dos visitantes sobre a época Romana, culminando com a certificação de acordo com a qualificação obtida.
A concepção do mobiliário da banca ficou a cargo dos alunos do Curso Técnico de Construção Civil, com material em
madeira gentilmente cedido pelo Sr. José Maria Machado.
Ana Filipa Teixeira, Natália Rebelo
iniciativas
Inovação, Marketing e Empreendedorismo
No dia 31 de Maio, o curso de Marketing recebeu o Dr. Bruno Silva, Fundador e Manager da InnovMark e do Portal Inovação & Marketing. Cerca de 70
% das organizações não inovam. Com
o mundo em constante mudança, o
conhecimento e a tecnologia aumentam de forma exponencial e maiores
ferramentas colocam-se ao serviço
da inovação, implicando melhoria e
acrescentando valor.
A inovação é um conceito associado ao empreendedorismo. Já Peter
Drucker, o pai da gestão, fazia essa as-
sociação quando referia que “o empreendedor é alguém que lança projectos
inovadores”. Com o ciclo de vida dos
mercados e dos produtos a encurtar
cada vez mais, a empresa deve deixar de
apostar no preço ou em produtos e serviços estandardizados, devendo passar
a inovar na forma como lança o produto
e como aborda o cliente e a competir
com produtos inovadores.
“O combustível da inovação é o
conhecimento”. O orador sugeriu que
os alunos começassem a perceber que
a aposta no conhecimento, na educação e na formação é fundamental. O
conhecimento está a duplicar em cada
cinco anos e aponta-se que, em 2020, o
conhecimento irá duplicar em apenas
73 dias. Se existe cada vez mais conhe-
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cimento, também existe cada vez mais
“combustível” para gerar inovação. Nos
EUA, apenas 0,2 % das patentes aprovadas é que dão retorno financeiro para
os seus inventores. Só acontece inovação se o mercado for receptivo. A diferença entre invenção e inovação tem a
ver com a receptividade do mercado e a
inovação surge se gerar benefícios concretos, se houver geração de valor.
O Dr. Bruno Silva apontou a falta de
pontes entre a investigação, que possui
escassos conhecimentos de marketing,
e o mundo real ou empresarial, sendo
premente criar adequação entre a tecnologia e as necessidades do mercado.
O marketing online é uma das grandes tendências. A utilização da Internet
já ultrapassou a Televisão. Os motores
de busca (Google) e as redes sociais (Facebook) são, neste momento, os sites
mais visitados em todo o Mundo e as
marcas devem estar presentes onde se
encontram os potenciais clientes. Novas
ferramentas, tais como o Twitter, LinkedIn, Facebook, entre outras, permitem
comunicar com o cliente a baixo custo
e baixo risco, fidelizá-lo e facilitar a internacionalização da empresa. Cada vez
mais, qualquer empresa que não tenha
site, portal ou uma loja online é como se
não existisse.
Existe uma correlação quase linear
entre a capacidade de inovação de uma
região ou de uma empresa e a riqueza
produzida. O marketing está “dentro
do processo de inovação”. O papel dos
técnicos de marketing é fundamental e
muito do sucesso das organizações passa por eles. Os recursos humanos que
percebem de inovação começam a ser
cada vez mais valorizados por parte das
organizações.
Os dez empregos mais procurados
actualmente não existiam em 2004. Os
alunos foram sensibilizados para esta-
rem atentos a essa evolução e criarem
uma network, trabalhando muito bem a
sua vertente de marketing pessoal. Foram alertados para o facto de, cada vez
mais, as empresas de recursos humanos
consultarem o LinkedIn e o Facebook
para o recrutamento de recursos humanos. Convém ter a noção do que é apresentado no perfil.
O orador recomendou aos alunos que
acompanhassem várias temáticas em
termos empresariais por forma a complementarem o ensino que a EPB lhes
faculta e terem conhecimento daquilo
que o mundo do trabalho espera deles.
Natália Rebelo
fora de portas
Estágios profissionais na Europa
Malta, Irlanda e Espanha são o destino
Treze formandos da Escola Profissional de Braga partiram
nos dias 26 e 27 de Junho rumo a Malta, Irlanda e Espanha,
para realizarem um estágio profissional de quatro semanas,
no âmbito do Projecto de Mobilidade “Discovering Different Knowledge”, ao abrigo do Programa Leonardo da Vinci.
Os seleccionados deste ano foram cinco formandos de
Construção Civil, de Design Gráfico e de Marketing, que rumaram a Malta, para realizarem estágio sob a orientação da
Paragon Europe; quatro, de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, de Gestão de Equipamentos Informáticos e
de Electrónica, que foram para Cork (Irlanda), sob orientação
da Interconnection; e outros quatro, de Gestão e de Serviços
Jurídicos, que partiram para Granada (Espanha), sob orientação do Instituto Europeo de Lenguas Modernas.
O estágio prevê aulas de língua inglesa e espanhola, durante a primeira semana, com uma duração total de 20 horas, e actividades socioculturais, numa forma de integração
sociocultural e profissional dos formandos. Depois, segue-se
o momento de mostrarem o que aprenderam na escola portuguesa.
Assim, estes projectos de mobilidade são decisivos para
conferir à formação promovida pela EPB uma dimensão europeia, contribuindo, ainda, para a integração no mercado de
trabalho regional de jovens com mais aprofundados conheci-
mentos linguísticos e novas competências técnico-profissionais enquadrados no mercado europeu.
Os estágios transnacionais tornam-se para os formandos
um momento único, e funcionam como uma mais-valia a médio prazo, que se concretiza no impacto no mercado empresarial da região. Uma boa oportunidade para os formandos
aplicarem os seus métodos, técnicas e conhecimentos.
Alexandra Corunha
Lutar por aquilo em que acreditamos já faz de nós vencedores
Experiência de estágio
A EXPERIÊNCIA de estágio transnacional foi vivida sem grande ansiedade, mas com bastante receio pelo
desconhecido, pelas saudades e tantos outros receios… Porquê? Talvez
porque esta era a minha experiência
pioneira no mercado de trabalho e
o início de uma carreira laboral, logo
em Espanha, um país da Comunidade
Europeia.
No entanto, foi uma excelente oportunidade de aplicar os meus conhecimentos, ajudando-me a crescer moral, social e culturalmente. E também
foi reconfortante para o meu ego,
pois pude contactar outros colegas
portugueses, acompanhantes desta
viagem, levando-me a atenuar todos
os receios da partida.
Foi uma experiência que me permi-
tiu conhecer e experimentar outros
hábitos e culturas, contactar pessoas
árabes, francesas, espanholas, portuguesas e muitas outras com as quais
me deparei na descoberta de um outro país. E, sendo-me exigidas outras
competências para além da escola, o
apoio dos colaboradores da empresa
tornou as minhas tarefas mais eficientes, elevando assim o nível do meu
desempenho.
Admito que nem sempre estive àvontade com a ideia de um estágio
transnacional. Mas, sonhei concorrer, aceitei o desafio, encarei-o e, no
fim, senti-me mais realizada. Por isso,
quero dizer a todos os alunos: não
tenhais medo dos vossos sonhos. Lutar por aquilo em que acreditamos já
faz de nós vencedores e ainda que
não ganhemos a batalha, ganhamos
algo mais importante: a experiência
e a oportunidade de fazermos aquilo
que mais gostamos.
Sandra Ferreira
3º ano de Contabilidade
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fora de portas
Alunos da região de Braga
descobrem a EPB
A Escola Profissional de
Braga tem marcado presença em múltiplas feiras das
profissões das escolas da
região de Braga, de Março
a Junho de 2010, com o objectivo de dar a conhecer a
oferta formativa da escola
e esclarecer as dúvidas dos
alunos quanto às condições
de acesso, perfil dos candidatos e saídas profissionais.
Sob o lema da nossa campanha “Descobre um outro
mundo”, os alunos do 8º, 9º
e 10º anos puderam recolher
informação junto do stand
promocional da EPB e ver
alguns trabalhos realizados
por formandos finalistas dos
cursos profissionais de Electrónica, como o robô que ficou classificado em 1º lugar
no Festival Nacional de Robótica, na categoria de Busca
e Salvamento Júnior, e um
robô Humanóide; de Construção Civil, as maquetas de
vivendas; de Design Gráfico,
a Mascote do Campeonato
Mundial de Andebol Escolar,
bem como cartazes de vários
eventos realizados interna
e externamente; e de Informática, o PC transparente
concebido pelos alunos do
1º ano de Gestão de Equipamentos Informáticos.
Este produtos despertaram
a atenção e o entusiasmo dos
jovens alunos e a curiosidade
e o interesse por parte dos
pais e encarregados de educação.
A EPB, representada pelo
Departamento de Comunicação e Marketing e por alunas
de Secretariado, já participou
na Feira das Profissões das
escolas EB 2,3 de Frei Caetano Brandão, Cávado, Celeirós, Prado, Moure, Cabreiros,
Palmeira, Francisco Sanches,
Vila Verde, Rio Caldo e André
Soares, e EB/S Vieira de Araújo, Agrupamento de Escolas
de Lamaçães e Escola Secundária D. Maria II.
Há ainda a acrescentar que
alguns alunos de Electrónica, Automação e Comando,
de Frio e Climatização, e de
Design Gráfico foram convidados a dar o seu testemu-
nho na mostra de profissões
da EB 2,3 de Celeirós, o que
lhes permitiu contactar de
perto com os potenciais candidatos dos mesmos cursos,
esclarecendo-os quanto ao
trabalho desenvolvido na
escola e como futuros profissionais.
Alexandra Corunha
Ensino Profissional,
parte integrante da vida
EM PORTUGAL, o ensino profissional surgiu há vinte anos no sentido
de colmatar a necessidade urgente
de formação de técnicos altamente
qualificados para ingressar, a curto
prazo, no mercado de trabalho.
No meu caso particular e apesar de
todas as dúvidas que tive, optei pelo
ensino profissional. Com o decorrer
das aulas e graças a todas as expe-
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riências vividas na EPB, as dúvidas
dissolveram-se e pude consciencializar-me de que o curso profissional
me havia dado a possibilidade de
aprender e pôr em prática o que eu
realmente gostava – a Electrónica.
Os estágios realizados contribuíram
para ampliar o meu conhecimento e, assim, complementar a minha
formação tanto a nível teórico como
prático.
Como tal, após terminar o curso, não
tive dificuldade em encontrar trabalho e, nos cinco anos seguintes, trabalhei nas empresas Telca e Grundig.
Apesar disso, para ampliar ainda mais
os meus conhecimentos,
optei por regressar aos estudos e
licenciar-me em Engenharia Electrónica e Industrial, o que me proporcionou a possibilidade de regressar ao
ensino profissional, desta vez como
professor.
Agora, de um outro ponto de vista,
tenho a oportunidade de dar tudo de
mim em prol dos novos alunos, futuros profissionais, contribuindo para a
sua formação. Não vejo outra forma
de encarar o ensino profissional. Foi
fundamental para a minha formação
e continua a sê-lo.
João Pedro Tinoco da Luz
Professor
fora de portas
Perdidos & Achados
O CURSO de Secretariado da EPB foi
a minha rampa de lançamento em
termos profissionais e contribuiu
para o meu crescimento pessoal:
aprendi a saber estar e, sobretudo, a
saber fazer. Num mercado de emprego fortemente concorrencial e numa
conjuntura pouco favorável, exerço
funções de Consultora e TOC a nível
independente e no âmbito da Gestão
da Formação, numa entidade formadora acreditada.
Após a conclusão do curso e por intermédio da EPB, fui a uma entrevista
para a vaga de Técnica Administrativa, tendo sido seleccionada. No
mundo laboral, tomei consciência
da opção assertiva quando ingressei
num curso técnico profissional, promovido por uma instituição credível
e da qual fazem parte profissionais
experientes e disponíveis para acompanhar os seus alunos durante e pós
o percurso académico.
Um ano depois, entrei no ensino superior - curso de Fiscalidade - com
a média mais elevada, e em regime
pós-laboral, no sentido de custear
a minha formação. A sede do saber
conjugada com a vontade em progredir permitiram-me terminar a licenciatura no timming previsto, dando acesso directo ao exame da OTOC.
Realço somente que, nos primeiros
tempos, fui invadida por períodos
nostálgicos, fruto da proximidade
aluno/professor a que estava habituada na Escola Profissional.
Sem dúvida, uma instituição de excelência, um caminho a seguir!
Alice Loureiro
Curso de Secretariado (1999-2002)
TENHO 21 anos e há cerca de dois
anos que exerço a função de Desenhadora/Planeadora, numa empresa
metalúrgica do ramo hoteleiro do
distrito de Braga.
A minha formação profissional decorreu na Escola Profissional de Braga,
nos anos lectivos 2004/2007, mais
precisamente no curso de Construção Civil. E foi uma boa escolha.
Quando entrei, a escola ainda estava
em processo de certificação. Posso
dizer que fui uma das primeiras alunas a frequentar uma escola certificada, única até então.
A EPB para mim marcou um antes e
um depois. De início, não sabia bem
o que queria exercer nem estava minimamente preparada para ingressar
no mundo do trabalho, depois de
concluir o curso.
A carga horária, a exigência e insistência de alguns professores, o apoio
e a valorização do coordenador do
curso (assim como dos restantes
professores e funcionários), o bom
ambiente escolar e os currículos escolares muito ricos em termos técnicos foram algumas das razões que
fizeram da minha passagem pela EPB
um marco na minha vida. Porque, definitivamente, nela adquiri know-how
absolutamente imprescindível para a
execução do meu trabalho.
Aconselho vivamente o ingresso nesta escola, especialmente no curso de
Construção Civil!
Cátia Rodrigues
Curso de Construção Civil (2004-2007)
TERMINEI O curso de Gestão de Sistemas Informáticos no ano lectivo de
2004/2005, o qual foi muito importante para o desenvolvimento das
minhas competências técnicas e pessoais e, assim, enfrentar um mercado
de trabalho cada vez mais exigente.
A EPB para mim significou mudança.
Mudança na forma de estar e na maneira de ver e encarar os desafios. Foi
o ponto de viragem na minha vida,
permitiu ampliar os meus horizontes, devido às várias temáticas do
curso. O contacto com pessoas, com
diferentes ideias e experiências, permitiu adquirir novos conhecimentos
e respeitar as diferentes opiniões.
Toda a formação foi relevante para a
minha valorização profissional, tornando-me uma pessoa mais activa,
empenhada e com maior sentido de
responsabilidade.
Exerço funções no departamento
de informática da empresa FDOServiços Partilhados, integrada num
grande Grupo Económico, o Grupo
FDO, para a qual entrei em Janeiro de
2006. Sou co-responsável pela gestão do parque informático de todas
as empresas do Grupo, administração de redes e help-desk aos utilizadores.
No futuro, pretendo tirar uma licenciatura na área, como trabalhador
estudante. O alcance deste objectivo
será facilitado pelas bases do conhecimento, prático e teórico, adquiridas
ao longo dos excelentes três anos
que frequentei nesta instituição.
Hélder Ferreira
Curso de Gestão de Sistemas Informáticos (2002-2005)
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à conversa com
Mão Morta
Os Mão Morta são uma afamada banda criada em Braga em 1984. A banda
é composta por Adolfo Luxúria Canibal, vocalista e letrista, Miguel Pedro,
António Rafael, Sapo, Vasco Vaz e Joana Longobardi.
O primeiro álbum, intitulado “Mão
Morta”, foi editado em Julho de 1988
e conta já com trabalhos como “Corações Felpudos” (1998), “Mutantes” S.21
(1992), “Vénus em Chamas” (1994),
“Primavera de Destroços” (2001), “Maldoror” (2008), “Rituais Transfigurados”
(2009) e, o último trabalho, “Pesadelo
em Peluche” (2010).
Que balanço fazem os Mão Morta destes 25 anos de trabalho?
O balanço é positivo, uma vez que os
Mão Morta formaram-se para ir tocar
em Berlim, com um objectivo muito específico e a curto prazo. Nunca nos passou pela cabeça, quando formámos os
Mão Morta, que, 25 anos depois, ainda
cá estivéssemos. Falhámos o principal
objectivo, que foi tocar em Berlim, mas,
em contrapartida, ganhámos estes tais
25 anos e, sobretudo, ganhámos 25
anos muito recheados de coisas que nos
deixam com orgulho, de maneira que,
apesar de falhado esse objectivo inicial,
que continua em aberto, o balanço é,
sem dúvida, muito positivo.
20
O que nos podem dizer do novo projecto “Pesadelo em Peluche”, com um convidado muito especial, o Fernando Ribeiro,
dos Moonspell, em «Como um Vampiro»?
“Nunca nos passou pela
cabeça, quando formámos
os Mão Morta, que, 25 anos
depois, ainda cá estivéssemos.“
Nós, volta e meia, temos alguns convidados nos nossos discos, normalmente são convidados que têm a ver
com canções específicas. E, mais uma
vez, assim acontece. O Fernando Ribeiro participa numa canção chamada
«Como um Vampiro», que é uma canção
com contornos musicais góticos, que se
aproxima bastante da imagem e do som
que normalmente o Fernando pratica e
achamos que esse tipo de voz com uma
linha melódica, mais acentuada que a
minha voz, fica bem nessa canção; e,
nesse sentido, endereçámos o convite ao Fernando, por que é uma pessoa
que conhecemos há muitos anos. Eu já
participei num disco dos Moonspell, o
Fernando já subiu ao palco connosco
várias vezes para interpretar músicas
nossas, nomeadamente em Lisboa, de
maneira que havia já uma relação, que
podemos chamar íntima, o que facilitou
bastante o contacto com ele.
Como foi recebido o single de avanço
«Novelos da Paixão»?
Eu acho que o single está a correr
bem, foi escolhido ainda numa fase muito primária do trabalho, do disco. Ainda
só tínhamos algumas músicas prontas
mas, olhando depois para a totalidade,
achámos que o single foi bem escolhi-
do. É o tema que mais se aproxima dos
parâmetros do que é uma canção radiofónica que, no fundo, é o seu objectivo.
Como qualquer música dos Mão Morta
não é representativo do disco mas é um
aperitivo e tem rodado bastante nas rádios que passam este tipo de música,
nomeadamente a Antena 3, o disco tem
à conversa com
feito um bom percurso comercial, e o single também serve
esse fim. As pessoas têm gostado do disco, têm gostado do
single, portanto, estamos muito contentes.
Como é que conseguem conciliar o vosso trabalho com todos
os outros projectos? Adolfo com os Pop dell´Arte (1987), Mécanosphère (1999), o António Rafael nos Governo (2009), etc.?
Saí dos Mécanosphère o ano passado, já não me estava a
rever no percurso do projecto. Sim, mas tenho feito outras
coisas, tal como alguns dos membros da banda, que trabalharam em projectos como o Mundo Cão ou Os Governo. O
Rafael tem trabalhado comigo nos Estilhaços e o Sapo está a
trabalhar com o Jorge Ferreira Martins. Desde que não haja
choque com datas e com os afazeres dos Mão Morta, é fácil
conciliar com outros projectos.
“Temos programado, lá para o final do ano, a
conclusão de um documentário sobre os
Mão Morta, sobre os seus 25 anos, que será
um filme para circular em sala e, posteriormente,
editado em DVD”
Têm mais projectos para o futuro?
Estamos muito próximos da saída deste novo projecto e
ainda não pensamos no próximo. A ideia é fazer concertos
de promoção do disco e para terminarmos aquilo que tem
sido as comemorações dos nossos 25 anos, que começaram
já o ano passado. Temos programado, lá para o final do ano, a
conclusão de um documentário sobre os Mão Morta, sobre os
seus 25 anos, que será um filme para circular em sala e, posteriormente, editado em DVD, mas que continua em aberto,
já que ainda estão a ser recolhidos materiais. Apontámos para
final do ano a saída desse novo projecto.
há qualquer trabalho de formar público, o público não existe. Temos boas casas, simplesmente não temos é conteúdos.
É evidente que a falta de conteúdos aviva a falta de pessoas
para gerir essas casas. Para mudar, teríamos que ser críticos
relativamente às pessoas que estão à frente dos destinos culturais da cidade e não somos. Braga tem pouca massa crítica,
portanto, os responsáveis autárquicos podem-se dar ao luxo
de menosprezar a cultura, porque isso não dá votos.
Entrevista conduzida por
Ana Filipa Teixeira
Há muitos jovens a ouvir os Mão Morta?
Sim, acho que os Mão Morta têm uma singularidade a esse
nível porque mantêm as pessoas que começaram, jovens
como nós, a ouvir-nos quando nós começámos a tocar e que
foram renovando. Ou seja, essas pessoas nunca deixaram
de nos ouvir e, hoje, vemos pessoas nos concertos dos Mão
Morta com 50 anos, que é a nossa idade, como vemos gerações seguintes que chegaram aos Mão Morta com 40, 30 e 20
anos. É evidente que as pessoas de 20 anos são minoritárias,
no meio de tanta geração mais velha, mas conseguimos agregar, não tanto renovar. É mais um agregar de novas gerações
sucessivas, ao som dos Mão Morta, o que é bom.
Qual a sua opinião sobre a Internet relativamente à divulgação das músicas? Será que se pode transformar num bom aliado?
A Internet trouxe vantagens porque nos fez chegar a mercados que nós nunca pensamos alcançar, mercados onde os
nossos discos não existem, como, por exemplo, o mercado
brasileiro onde os Mão Morta têm uma legião de fãs, nomeadamente em S. Paulo, sem nunca terem lá o disco ou lá terem
tocado. A Internet é que tem esse trabalho!
Como é que está a cultura no nosso país?
Não está. Temos alguns edifícios, mas sem conteúdos, não
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A Escola de Condução A Minhota é titulada e
certificada pelo IMTT – Instituto da Mobilidade e
dos Transportes Terrestres para a realização de
formação nas seguintes áreas:
CAM (Certificado de Aptidão de Motorista)
Formação Contínua
Formação Inicial Acelerada (FIA)
Formação Inicial Comum (FIC)
TCC (Transporte Colectivo de Crianças)
Vigilante do TCC
Tacógrafos
Instrutor de Condução
Inicial e Actualização
Director de
Escola de Condução
Examinador
Inicial e Actualização
A Escola de Condução A Minhota
é acreditada pela DGERT
nas seguintes áreas:
Informática na óptica do utilizador
Serviços de transporte
opinião
A importância da leitura
A leitura proporciona informação (instrução) e forma (educa), criando hábitos de reflexão, análise, esforço e concentração, e, ainda, entretém, diverte e distrai.
E, numa época de mudanças vertiginosas na qual os conhecimentos envelhecem com rapidez, é fundamental ter o
hábito da leitura que nos garanta acesso a informações actualizadas que nos permitam ser mais competentes.
A leitura tem, também, o condão de nos fazer recordar os
acontecimentos do passado e aceder aos registos da história, o que nos permite estabelecer comparações e possibilita
o entendimento da transformação e evolução da vida e do
mundo.
Há várias razões que justificam o esforço que devemos
fazer para criar o hábito da leitura. Vejamos alguns motivos
pelos quais devemos optar por um projecto de leitura sério
e criativo: a leitura ajuda a desenvolver e a melhorar a linguagem; melhora a expressão oral e escrita; permite-nos aprender qualquer conteúdo desde a física quântica à arquitectura.
Não há área profissional que não exija leitura que nos permita
actualizar os conhecimentos para nos tornarmos mais competentes; amplia os nossos horizontes, permitindo-nos contactar povos, lugares, experiências e costumes longínquos no
tempo e no espaço; é um hábito que nos acompanha durante
toda a vida e que se pode praticar sempre, em qualquer lugar
ou circunstância.
Enfim, a leitura torna-nos mais tolerantes, menos preconceituosos, mais livres e mais universais. E, parafraseando Carlos Ceia, ninguém está só, havendo um livro para ler. E se tivermos um livro para escrever, então somos muitos.
Carla Rocha
Professora
Que Escola nos dias de hoje?
Ainda que tenham mudado as motivações e os fundamentos, desde há um
século que se fala em Portugal de uma
escola universal, assente num princípio de democratização do ensino.
Se o acesso à escola se tornou claramente mais facilitado com a escolaridade obrigatória e gratuita, a dúvida que
se levanta é se isso correspondeu a uma
efectiva igualdade de oportunidades na
obtenção do sucesso escolar. Do ponto
de vista teórico, todos os alunos, tendo
o acesso garantido, dependeriam apenas de si para obterem mérito escolar
e, por conseguinte, ascenderiam a um
nível social mais elevado. Mas não será
tanto assim.
Considero que este momento que se
vive na escola reside no desequilíbrio
criado pelo movimento de uniformização que se tentou imprimir no ensino,
em contracorrente com o sentimento
pós-moderno de exacerbação do indivíduo e valorização do ‘Eu’. E, como refere
Payet, a escola demonstra incapacidade
de produzir o bem comum e “apresenta crescentes dificuldades para fabricar
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um sentimento de pertença a uma comunidade e inculcar a sensibilidade e o
gosto pelo interesse geral.”
O dilema da escola está entre ser sensível às diferenças - catalogação que,
por si só, as pode reforçar e encorajar - e
ser indiferente a essas mesmas diferenças - colaborando com a eternização de
um problema a montante. Facilmente
se percebe que esta discussão é infrutífera e que a escola apenas acaba por
reproduzir o contexto social em que se
insere. O progresso económico relativamente rápido nos últimos anos permitiu o acesso mais alargado aos bens de
consumo, o que criou uma sensação de
que ‘todos tinham direito a tudo’, que se
instalou e criou hábitos de facilitismo.
Perdeu-se uma cultura de esforço, da
responsabilidade e do mérito, que na
escola ainda foi agravada pela excessiva
protecção ao aluno e a degradação do
papel do professor. A diferenciação curricular levada ao extremo transformou o
percurso escolar numa mera formalidade rumo a um sucesso escolar garantido, ainda que envolto em vacuidade e
ligeireza.
A solução nunca poderá passar por
uma desresponsabilização permanente dos indivíduos, atribuindo a culpa a
um determinismo social que, podendo
explicar muita coisa, certamente não resolverá nenhum dos problemas.
Julgo que o caminho passará por um
esforço real na melhoria das condições
socioeconómicas das famílias, de forma
a esbater as diferenças iniciais e, a partir
daí, exige-se à escola que, na linha de
Souta, redireccione a acção estratégica
“no sentido de criar um verdadeiro clima organizacional de estudo e trabalho,
propício à criação de padrões de qualidade”.
Caso contrário, em última instância,
serão os próprios alunos os maiores prejudicados.
Alexandrino Silva
Professor
PAYET, Jean-Paul (2005). A escola e a modernidade: o risco
da etnicidade, o desafio da pluralidade. In Análise Social.
SOUTA, Luís (2001). Igualdade e Liberdade na Escola: um
caminho armadilhado de falsos consensos. In Livro de Actas
das X Jornadas Pedagógicas/ IV Transfronteiriças, “Reinventar
a Igualdade e a Liberdade na Escola”, Associação Nacional de
Professores.
opinião
Um olhar sobre...
Será possível ensinar a quem
não quer aprender?
Antes de aprender, está o desejo de
aprender.
Não é quando se ignora que se aprende
– é quando se deseja.
(Claudine Blanchard-Laville)
A pergunta é provocadora, claro, mas
não a confrontar corresponde a virar as
costas a um problema real com que se
confronta o actual colectivo docente,
em particular no ensino secundário.
de ao modelo cognitivo escolar.
Mas, por razões políticas diversas, de
que resultam medidas pedagógicas e
administrativas, a rápida expansão do
ensino obrigatório e extensão do ensino secundário fez e faz chegar às escolas vagas de jovens para quem não
é ainda muito claro dar sentido ao seu
trabalho. São sobretudo jovens oriundos de famílias sujeitas ao abandono e
à marginalização social e cultural, onde
Como criar apetências ou o desejo de
aprender a um jovem ainda “não alunizado”? Como provocar ou promover o
desejo de aprender nos jovens cujas famílias consideram a escola e a formação
bens dispensáveis?
Se a valorização do trabalho escolar
não aconteceu oportunamente na família, e aí não foram desencadeadas as
disposições interiores conducentes ao
desejo de aprender, tem de ser a escola
Hoje, somente uma pequena percentagem de jovens chega “alunizada” ao
ensino secundário. Com um conjunto
de hábitos típicos da cultura escolar,
como organização de trabalho, disciplina pessoal, autonomia, responsabilidade. Deste grupo fazem parte aqueles jovens que são portadores de uma
herança cultural do seio familiar, para
quem o discurso da escola está em perfeita consonância com o de casa e que
acreditam que a concretização das suas
expectativas quanto ao futuro depende
do sucesso escolar. O trajecto escolar
desta fracção estudantil assenta numa
profunda disposição interior para o
auto-domínio dos impulsos pessoais,
como forma de auto-realização futura, e
caracteriza-se por uma grande fidelida-
a escola e a formação letrada sempre
foram bens dispensáveis, pois viviam do
seu trabalho “sem precisarem da escola
para nada”. Convém lembrar que a relação com a escola de uma boa parte das
famílias portuguesas é bastante precária. O analfabetismo literal é, ainda, a
marca de muitas casas.
Na população do ensino secundário
é, pois, cada vez mais reduzida a fracção
estudantil que melhor se identifica com
a cultura escolar e tem vindo a aumentar o grupo de jovens que não apresenta as características de determinação e
vontade de aceder às oportunidades
abertas pela escola.
Ora, a aprendizagem não é possível
sem ainda ter criado apetências, disposições que criem o desejo de aprender.
a pôr em acção este processo. Quando?
Como? Com quem?
A construção do processo de identificação com a cultura escolar e a aquisição dos hábitos típicos do ofício do
aluno exige tempo, uma relação personalizada professor/aluno, acompanhamento e envolvimento familiar e, sobretudo, a iniciação ao prazer do trabalho
escolar.
Em suma, somos de opinião que não é
possível ensinar em qualquer contexto,
especialmente se não se faz nada para
transformar o contexto.
António Dias Pereira
Professor
25
opinião
Liberdade
Um dia alguém me disse que o mundo é livre, que já não
existe a censura nem repressões. Mas será isto verdade?
Será que realmente atingimos a verdadeira liberdade?
É que, nos dias de hoje, a liberdade é uma coisa quase impossível de alcançar. Alcançá-la verdadeiramente significa
deixar cair o manto e assumir a nossa verdadeira essência,
aquela que difere em cada um de nós, diferenças estas que
iluminam o mundo.
No entanto, a sombra da sociedade insiste em acorrentar
o mundo na sua presente estilização. A diferença e a liberdade são constantemente reprimidas por ela como se fosse um
longo fio de cabelo no qual nos temos de equilibrar; e, se nos
tentarmos libertar dela, caímos subitamente.
Só atingiremos a verdadeira liberdade quando formos capazes de aceitar o diferente.
“O mundo é livre”… um dia alguém me disse…
Gabriela Lopes de Lucena
1º ano de Design Gráfico
Gravidez na
Adolescência
Hoje em dia, a gravidez na adolescência tem vindo a aumentar cada vez mais em Portugal. As adolescentes, por
vezes, não utilizam correctamente os métodos contraceptivos. E, numa situação destas, as adolescentes são obrigadas
a abortar porque não têm condições para cuidar dos bebés
- pais sem meio de sustento, vida indefinida, namorados
que não assumem a paternidade, etc..
Antigamente, os pais, quando sabiam que as filhas estavam
grávidas, expulsavam-nas de casa e nem sempre eram bem
aceites na sociedade. Mas um bebé traz muitas alegrias para
as adolescentes e para os pais delas! Por outro lado, nem sempre o pai aceitava a paternidade, acabando apenas por perfilhá-lo no registo civil, mas, depois, não se interessava mais
pela vida do seu filho.
Actualmente, as coisas estão ligeiramente diferentes, mas
nem tanto. Existem mais métodos para evitar a gravidez, mas
nem todas as adolescentes os usam e, por essa razão, há cada
vez mais adolescentes grávidas. Também se verifica que há
mais pais a assumirem a paternidade, continuando com o filho e com a mãe, apesar de separados. Em muitos casos, as
adolescentes não têm condições para criar um filho.
São sempre situações complicadas para o desenvolvimento
integral da criança, a qual não concorreu para esse quadro de
vida. Um filho traz muitas alegrias a uma casa, mas não é tudo
na vida. Por isso, segue o nosso conselho: usa métodos contraceptivos, não queiras engravidar na adolescência!
Daniela Sousa, Sónia Sousa, Sara Silva
2º ano de Serviços Jurídicos
26
Keith Haring
opinião
Sonho
Sonhar é o caminho para alcançarmos as nossas metas,
pois, se sonharmos e quisermos a realização das mesmas, então, a probabilidade de o sonho se tornar concreto é muito
maior. Como foi o caso de Bartolomeu de Gusmão que viu o
seu sonho completamente realizado. Sonho que foi possível
não só pelo seu saber e sentido de acreditar como também
pela ajuda de Blimunda e Baltasar. Para estes, a sua intervenção na construção da passarola torna-se muito importante: a
Baltasar, porque, sendo um soldado maneta, o que diminuiu
a sua auto-estima, viu aumentar o seu valor como homem capaz de ser útil, até mais, pois o gancho não corria o risco de
se cortar, nem queimar! A Blimunda foi também importante,
pois ela andara a recolher as vontades humanas para conseguir fazer com que a passarola levantasse voo, e conseguiu-o!
Com elas? Talvez, no seu desejo. Porque a vontade faz tudo: se
quisermos muito uma coisa e se por ela lutarmos, esse desejo acabará por se concretizar. Recordo-me de um livro, “Amar
depois de amar-te”, de Fátima Lopes, em que, para ultrapassar
um momento difícil de amor e tornar a amar, será necessário
acreditar e sonhar. Só assim se conseguirá atingir novamente
a felicidade. Como no caso das três personagens referenciadas acima que, com as vontades dos homens, sonhando e
tentando, vezes sem conta, sem desistir, puseram a máquina
a voar! Um exemplo que prova a importância dos sonhos na
nossa vida. Basta acreditar… sempre!
Botero
Sofia Gomes Barreiro
3º ano de Contabilidade
Salvador Dali
Na obra “Memorial do Convento”, de Saramago, a temática
do sonho domina as personagens Bartolomeu de Gusmão,
que vê concretizado o sentido da história na construção da
passarola, e Baltasar e Blimunda, que vêem valorizada a sua
auto-estima, sendo recuperadas do anonimato popular, no
auxílio prestado ao padre na construção da sua máquina.
Obesidade
Consequências graves para a saúde
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a
obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir patamares capazes de afectar a saúde.
É uma doença crónica com enorme prevalência nos países
desenvolvidos. Atinge homens e mulheres de todas as etnias
e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de mortalidade. A obesidade acarreta múltiplas
consequências graves para a saúde.
Há tantas pessoas obesas a nível mundial que a OMS
considerou esta doença a epidemia global do século XXI. A
obesidade tem como causas o sedentarismo, a ingestão de
produtos calóricos ou uma prática incorrecta de comer, mastigando-se mal e depressa os alimentos. Mas também pode
estar relacionado com a genética.
Portanto, um programa de exercícios físicos bem orientados por um profissional de educação física e uma dieta preparada por um nutricionista farão com que os objectivos de
se combater a obesidade sejam alcançados. E, assim, veremos
pessoas com melhor saúde e a sentirem-se bem.
Ana Lúcia Ferreira, Bruna Pereira
1º ano de Design Gráfico
27
novas oportunidades
Formações modulares
Processos de (re) construção para o adulto
As formações modulares, assentes numa filosofia de aprendizagem ao longo da vida, permitem aos indivíduos o acesso a um processo flexível de constante aprendizagem, bem
como a mobilidade entre diferentes níveis de qualificação.
A organização das unidades de formação de curta duração (UFCD) realiza-se mediante os respectivos referenciais
de formação de Educação e Formação de Adultos, presentes
no Catálogo Nacional de Qualificações. Dentro destes catá-
logos, existem UFCD de base e de componente tecnológica.
As UFCD são, então, uma modalidade de formação que têm
como objectivo elevar os níveis de qualificação dos adultos
activos ou não – activos, garantindo o acesso a módulos capitalizáveis, tendo em vista a obtenção de uma qualificação.
As vantagens destes percursos assentam na oferta diversificada e distribuída no tempo, permitindo aos adultos uma
flexibilidade na escolha dos horários de formação, conciliando as UFCD com as suas diferentes actividades. Possibilitam,
também, o desenvolvimento de uma formação integrada em
formação tecnológica, com vista a uma certificação profissional, podendo ser desenvolvidas em diferentes locais com as
mesmas condições.
Constituem igualmente respostas complementares a processos de certificação escolar, em articulação com os processos de reconhecimento, validação e certificação desenvolvidos pelo Centro Novas Oportunidades, ou como resposta
efectiva de qualificação escolar para muitos adultos de nível
secundário.
As condições de acesso para as formações modulares, compostas por UFCD integradas em percursos de nível básico e
nível 2 de formação, destinam-se, prioritariamente, a adultos
que não concluíram o ensino básico (9º ano de escolaridade). As formações modulares compostas por UFCD integradas em percursos de nível secundário e nível 3 de formação
28
destinam-se apenas a adultos com habilitação escolar igual
ou superior ao 9º ano de escolaridade.
É possível ainda organizar um curso de formação modular
com UFCD de percursos de nível básico e secundário, sendo
considerada como habilitação mínima de acesso o 9º ano de
escolaridade.
Adelino Aguiar
Profissional CNO
A Escola Profissional de Braga desenvolveu no ano
transacto:
• 34 UFCD, totalizando um volume de formação de
1475horas;
• 975 horas de formação tecnológica, em áreas distintas
como Autocad 2D e 3D, Medições, Electricidade, Aplicações de Escritório e Secretariado;
• Cerca de 500 horas foram aplicadas em formação de
base, com duas áreas centrais: Língua Inglesa e Tecnologias da Informação e Comunicação.
O trabalho desenvolvido por uma equipa de profissionais
de excelência, que representam bem os valores da Escola,
permitiu dar resposta a cerca de 450 adultos que procuraram elevar os seus níveis de qualificação.
Actualmente, a procura centra-se na formação de base,
Inglês, Espanhol e Francês. Nas áreas tecnológicas, recai
sobre as Ciências Informáticas e Desenho de Arquitectura,
nomeadamente as UFCD de Aplicações de Escritório, Autocad 2D e 3D, que lideram a lista de inscrições.
Neste sentido, a EPB vai continuar a traçar o seu caminho,
para dar respostas às necessidades de qualificação dos
adultos, dando-lhes a hipótese de construir, reconstruir o
seu processo formativo.
em rede
Apoio no lançamento do Ensino Profissional
EPB na rota de S. Tomé e Príncipe
Faz parte do modelo educativo da EPB elevar a qualificação
profissional e certificação dos seus públicos, a interacção
com instituições de natureza social e económica, bem como
a cooperação com países africanos de expressão portuguesa, nomeadamente S. Tomé e Príncipe.
Criação de Escola Profissional
No mesmo protocolo, era intenção de as partes avançarem
com a criação de uma Escola Profissional naquele país do
Atlântico, com a matriz dos cursos existentes na EPB adaptados à realidade local, ideia consolidada já este ano, quando
foram definidas as linhas orientadoras de apoio na criação
da Escola Profissional de Água Grande, designadamente na
formação e escolha de formadores, planos curriculares, constituição de turmas e em toda a organização pedagógica à implementação dos cursos a avançar no ano lectivo a iniciar em
Setembro.
Assim, teremos a abertura dos cursos de Gestão e de Serviços Jurídicos (uma turma cada), ficando a EPB a supervisionar
ao nível financeiro o arranque da EPAG, mantendo-se ainda
contactos permanentes para análise conjunta das actividades
a promover e dos resultados a alcançar.
Fernando Silva
Neste contexto, a EPB - Escola Profissional de Braga, Lda. celebrou, em 2009, um Protocolo de Cooperação com a Câmara Distrital de Água Grande, a que se associaram, já no início
de 2010 através de Aditamento ao Protocolo, o Ministério da
Educação e Cultura de S. Tomé e Príncipe, e o Centro de Cultura e Desporto da EPB.
Este intercâmbio, válido por cinco anos, apresenta já alguns
resultados, pois actualmente duas dezenas de alunos de S.
Tomé e Príncipe frequentam cursos profissionais da escola.
Uma estratégia que vai continuar no próximo ano lectivo, com
a vinda de mais treze alunos deste país, esperando-se que a
média dos alunos protocolados se fixe nas três dezenas.
Estes alunos beneficiam do apoio do Estado Português,
através do Ministério da Educação, nas mesmas condições
dos restantes alunos, cabendo à escola assegurar vagas para
a sua integração de forma equitativa nos cursos em funcionamento.
29
em rede
Escola apoia implementação do ensino profissional
Estágios de colegas moçambicanos
Em Janeiro de 2010, a EPB recebeu três
professores moçambicanos das áreas
de Electricidade e Comando, e Construção Civil, para realizarem um estágio de três meses.
Um estágio que se enquadrava num
protocolo de cooperação existente entre Portugal e a Associação Portugal/
África, e na vontade e interesse de Moçambique em implementar um sistema
de ensino profissional, nos moldes do
que está a funcionar em Portugal.
Assim, o Director Pedagógico da escola começou por fazer o enquadramento geral deste processo e disponibilizar
toda a regulamentação em vigor na
Escola Profissional de Braga, para que
os colegas tivessem conhecimento de
toda a estrutura organizativa, tendo
sido dado um olhar especial ao Projecto
Educativo da instituição.
“foi importante a disponibilidade
que alguns alunos evidenciaram
(...) para partilharem conhecimentos e experiências”
Depois, os professores estagiários tiveram um conhecimento mais próximo
30
dos cursos em questão, para o que concorreu o apoio dos coordenadores, com
o fornecimento de toda a documentação julgada necessária, nomeadamente
ao nível dos programas disciplinares e
regulamentação da Prova de Aptidão
Profissional.
Experiências partilhadas
A intervenção dos colegas responsáveis pelo ensino nas diversas disciplinas
da componente técnica foi extremamente importante não só pela disponibilidade demonstrada mas também
pelo ambiente criado, o que muito
contribuiu para o excelente resultado
atingido. Como também foi importante a disponibilidade que alguns alunos
evidenciaram, inclusive fora do horário
escolar e até durante o fim-de-semana,
para partilharem conhecimentos e experiências com estes professores.
Em todos os momentos foi possível
verificar o interesse e até a avidez que
os colegas evidenciavam no contacto
com a nossa experiência e os nossos
recursos, e também na necessidade de
conhecimento de toda a estruturação
dos cursos.
É de referir também a excelente relação que estabeleceram com os nossos
alunos, tendo funcionado, nalgumas
situações e essencialmente nas disciplinas mais técnicas, como extensão dos
professores das mesmas.
Como se pode verificar, o estágio terá
superado o expectável e ficará registado em todos nós como um momento
extremamente gratificante e salutar,
como são sempre os espaços de confronto de ideias e de culturas na procura
do conhecimento.
A terminar, houve tempo para a promoção de um almoço de convívio, que
serviu para que os colegas moçambicanos levassem um conhecimento ainda
mais alargado da nossa cultura e, essencialmente, da nossa forma de estar na
vida.
Ao Roia Simoco, Adónico Cofe e Carlos Tesoura, um bem hajam e… até sempre.
Jorge Franqueira
Coordenador do Curso de Construção Civil
com pés e cabeça
Equipa de Futsal triunfa em Braga
Criada há dois anos, a equipa de Futsal
do CCDAT-EPB, rapidamente conquistou o apoio de todos os seus adeptos,
um sucesso que nasceu do empenho
e da dedicação com que trabalharam
treinadores e jogadores que levou à
conquista do 1.º lugar da tabela e consequente subida de divisão.
Para nos fazer um balanço da época
e perspectivar o futuro, estivemos à
conversa com Hugo Oliveira, o principal
timoneiro deste grupo, para quem “a
época correu muito bem, pois foi ao encontro daquilo que tínhamos planeado.”
Os objectivos para a época 2009/2010
“passavam pela subida de divisão e pela
conquista da Taça da Associação de Futebol de Braga”, porém, apesar de não
ser possível a conquista da Taça, “o balanço é francamente positivo, uma vez
que “conseguimos atingir o principal
objectivo que era a subida de divisão
em apenas dois anos de existência.”
Mas nada se consegue sem esforço,
empenho, sofrimento e capacidade de
superação. E, no domínio desportivo,
por vezes surgem imponderáveis que,
a cada momento, podem afectar o percurso delineado.
Na sua caminhada até à vitória, este
grupo teve um momento particularmente difícil, que foi “o primeiro jogo da
fase final contra a equipa do S. Adrião,
pois vínhamos de uma derrota pesada na taça.” No restante, “não existiram
dificuldades, porque este clube tem
já uma dimensão humana e estrutural
muito forte, que lhe permite suportar
todo e qualquer abalo.” E “o trabalho e
dedicação de todos os agentes envolvidos neste magnífico clube, que tem já
uma cultura muito própria”, assente no
“trabalho, seriedade e profissionalismo,
fizeram o resto: ganhar.”
Momentos determinantes
Ao longo da época, Hugo Oliveira
aponta “dois momentos determinantes
no trajecto feito pela EPB Futsal: o afastamento da Taça da Associação de Futebol de Braga, às mãos de um adversário
directo e por uma derrota algo pesada,
o que acabou por ser muito importante e surgiu no momento certo, pois fez
com que todos puséssemos os pés bem
assentes no chão.” Mas, esta derrota
“serviu para reflectirmos que nada se
ganha sem trabalho e sem atitude.”
Um outro momento importante da
época foi a vitória frente ao S. Mateus
por 4-1, na casa do adversário, uma vez
que nos “permitiu continuar na frente
do grupo, com quatro pontos de vantagem”, dando-nos “mais consistência e
confiança para o ataque à segunda volta da fase de campeões.”
Apoio e convívio
A vitória encheu de felicidade toda a
comunidade. Foi memorável, “atrevendo-me mesmo a dizer inesquecível!”
Hugo Oliveira aproveita a oportunidade para “agradecer o esforço e dedicação inigualável” dos directores, Paulo
Pereira e Eurico Lages, que “tudo fizeram
para que nada faltasse a este magnífico
grupo de trabalho.” E deixou ainda “uma
palavra de agradecimento àqueles que
apoiaram esta caminhada e que foram
criando o “bichinho” da EPB Futsal, nomeadamente funcionários, alunos e, até
mesmo, alguns professores.”
Quanto ao futuro, há a possibilidade
de criação de “uma equipa forte, organizada e muito competitiva, capaz de
fazer um bom campeonato na terceira
divisão nacional.” Isto porque “temos
um grupo de jogadores, treinadores,
directores e massa associativa, que tudo
vai fazer para dignificar a instituição que
todos representamos.”
Eugénia Coutinho
31
com pés e cabeça
Missão cumprida!
CUMPRIDOS, apenas, 2 anos de competição no campeonato distrital de
futsal da Associação de Futebol de
Braga, a equipa de futsal do CCDATEPB viu recompensado todo o seu
esforço, com a subida à 3ª Divisão
Nacional. Subida esta que é fruto de
muito trabalho, dedicação, esforço e
ambição de toda a equipa técnica, incluindo atletas e direcção.
Fazer um balanço desta época é simples, é obviamente positivo; mas,
descrever esta a época em algumas
palavras é mais complicado. Foi uma
época muito intensa, repleta de momentos de grande emoção, alegria e
entusiasmo, mas também angústia e
revolta.
No entanto, a equipa soube gerir todas estas emoções, superar as adversidades e lutar incessantemente pelos
seus objectivos, para o que contou
com o profissionalismo e dedicação
de uma Direcção que acreditou neste
projecto e criou todas as condições
para atingir os objectivos traçados
aquando da sua criação.
Para a próxima época, a equipa mantém os objectivos inalterados: continuar a representar a EPB ao mais alto
nível, com humildade, esforço e união.
Formação
Impulsionados pelas vitórias da equipa de seniores, o CCDAT-EPB decidiu
criar uma equipa de futsal de juniores.
Uma aposta séria na formação dos
mais novos, que permitirá criar bases
para o futuro e impulsionar o desenvolvimento desta modalidade.
Com jogadores provenientes exclusimamente da Escola Profissional de
Braga e que tenham sucesso escolar,
a criação desta equipa fomentará, ainda, qualidades fundamentais nos seus
atletas, tais como a amizade, a união,
o desportivismo e a ambição.
CCDAT-EPB, Secção de Desporto
Torneio de Futebol 7
Com espírito competitivo e saudável, realizámos nos dias 4
e 9 de Junho, o torneio de futebol 7 masculino e feminino,
respectivamente.
A organização, constituída pelos alunos, João Pedro Fernandes (3ELE), Carla Marina Pereira (2SEC), Paula Marques
(2SEC) e Diana Oliveira (2SEC), pretendeu organizar um evento que dinamizasse toda a comunidade escolar, surgindo a
ideia dos torneios. E, a julgar pelos anos anteriores, quando os
alunos ouvem que a bola vai rolar, ficam emocionados e com
vontade de participar. E foi o que aconteceu.
E entre equipas com alunos de diversas turmas e professores-treinadores que desceram ao campo para porem a bola
na baliza, pensámos que o torneio teve um bom resultado,
que em muito ficou a dever à organização, aos funcionários
e professores que apoiaram. A vitória do torneio sorriu ao 2º
ano de Marketing, no torneio masculino, e ao 2º ano de Serviços Jurídicos, no torneio feminino.
Assim, o desporto escolar é uma forma de fazer exercício físico e também de confraternizar e proporcionar um ambiente diferente, no quotidiano escolar. Foram dois dias de muita
disputa, discussão saudável, competição, golos, alegria, tristeza… mas, no fim, todos saíram vencedores.
Então, esperemos pelos torneios do próximo ano!
João Pedro Fernandes
3º ano de Electrónica, Automação e Comando
32
a fechar
EPB em festa joanina
A quadra festiva da cidade não passou
ao lado da escola, onde o S. João foi vivido com grande animação e alegria, num
momento de pausa, justo e necessário,
da azáfama diária.
E, comidas as famosas sardinhas e barriguinhas que foram regadas com um
bom vinho maduro e sangria, chegou
a hora dos jogos tradicionais - jogo do
saco, jogo do cântaro (substituído por
balões), jogo do arco, entre outros - para
alegria dos mais aguerridos. Os vencedores tiveram direito aos típicos manjericos e martelos de S. João. O jantar foi
ainda alegremente acompanhado por
momentos musicais, com rancho folclórico e alguns rasgos de boa disposição
partilhados no Karaoke.
Saudações sãojoaninas!
Ana Filipa Teixeira
33
a fechar
O 3D veio para ficar
O 3D veio para ficar. É uma tecnologia
cada vez mais em expansão e criou
uma série de outras tecnologias, quer
pelos filmes no cinema quer pelas televisões da última geração que estão
sempre a ser lançadas.
Actualmente, a mais recente tecnologia 3D usa duas lentes como forma de
simular a visão humana. As lentes estão
colocadas na mesma câmara, mas captam imagens com sensivelmente 5 centímetros de desvio. Depois de editadas,
as imagens são mostradas de forma alternada numa frequência de 144 frames
por segundo (o normal são 24 frames
por segundo). A rápida alternância entre as frames captadas por lentes diferentes, aliado a uns óculos especiais, dá
ao telespectador uma sensação de profundidade e de textura. As diferenças
não ficam por aqui: as imagens são mais
nítidas e claras e garantem que esteja
mesmo por dentro da acção.
O 3D mudou. O 3D está melhor.
A imagem, antiga, que as pessoas têm
do 3D é de uns óculos de celofane, vermelhos e azuis, que amarram atrás da
cabeça com uns elásticos. Bem, a tecnologia está diferente, mudou bastante
desde essa tal primeira imagem. A nova
tecnologia 3D é distinta em todas as
´suas´ fases, ou seja, desde a filmagem
até à reprodução.
Para nos situarmos, fazemos um ponto de situação entre as tecnologias 3D.
A primitiva tecnologia era captada
através da mesma câmara e, no final,
uma dupla projecção de imagens dava
uma sensação de profundidade.
Eduardo Silva
2º ano de Design Gráfico
Curiosidades
Jogos
lógicos
Laranjas...
A laranja foi trazida da China
para a Europa pelos portugueses,
no século XVI. É por isso que as
laranjas são denominadas “portuguesas” em vários países: em
romeno, laranja diz-se portocálâ,
em búlgaro portokal e em grego
portokáli.
Mas, esta associação não se fica
pelas línguas europeias. Em Persa, língua oficial de países como
o Irão ou o Afeganistão e falado
em países como a Arménia, a Geórgia ou o Iraque, a palavra Portugal significa laranja! Em árabe,
uma língua falada em cerca de 20
países, como o Egipto, Líbia, Síria,
Argélia, Arábia Saudita, etc., com
aproximadamente 280 milhões de
falantes, a palavra Portugal designa também o fruto laranja.
34
1
Bandeiras
Filipinas é o único país que mostra a bandeira de 2 formas diferentes em tempo de guerra e paz. Em
tempos de paz, a parte azul fica
para cima; e, se o país entra em
guerra, a bandeira é hasteada com
a parte vermelha para cima
Paraguai é o único país que tem
emblemas diferentes nas duas faces da bandeira.
Ana Vera e Berta Menta são gémeas
verdadeiras (monozigóticas, diz-se em
Biologia). São tão parecidas que é impossível distingui-las. Ainda por cima vestem-se
quase sempre da mesma maneira. Sabe-se
que a Ana Vera diz sempre a verdade; pelo
contrário, a sua irmã Berta mente sempre,
por sistema. Por isso, quem quiser saber
quem é quem tem de trocar-lhes as voltas
para não se deixar enganar. Se se lhes
pergunta pelo nome, fica-se sem saber
quem é.
Saberás explicar por que razão perguntar
pelo nome não resolve o enigma?
2
Que imagem devemos colocar no lugar
do ponto de interrogação?
a fechar
Sentir a língua…
Penalty, penálti ou penalte
Bom Português…
Como se deve dizer, então, no português de Portugal? Num
texto formal, talvez grande penalidade. Noutras circunstâncias, por necessidade de clareza do discurso, pode-se empregar “penalty” entre aspas, por ser palavra estrangeira, ou o
aportuguesamento penálti (como vem no Lello Universal).
Há quem prefira outro aportuguesamento: penalte (/pênálte/). A escolha não é fácil. Já pareço o guarda-redes, quando
não sabe se há-de atirar-se para a esquerda ou para a direita
da baliza...
T.A. (1998). Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Acedido em 6
de Junho de 2010, em: www.ciberduvidas.com.
Adesão ou aderência?
Utiliza-se adesão, quando significa “união da vontade das
pessoas”: Houve grande adesão do público; aderência, com o
significado de “ligação de superfícies”: Os pneus revelaram
boa aderência ao piso molhado.
À volta do detalhe
A dinâmica da língua ultrapassa necessariamente a ratificação feita pelos acordos ortográficos. A propósito a palavra detalhe, achamos interessante apresentar opiniões diversas de
estudiosos da língua: No Grande Dicionário de Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, da Sociedade da Língua Portuguesa, pode ler-se: «Galicismo inútil, vantajosamente substituível por minúcia, miudeza, pormenor, particularidade.»
No seu Dicionário de Questões Vernáculas (Livraria Ciência e
Tecnologia Editora, São Paulo), Napoleão Mendes de Almeida
escreveu: «Detalhe, detalhar – Já João Ribeiro a afirmar: “É galicismo muito usado...”, já Vasco Botelho de Amaral a dizer: “A
bem da verdade, detalhe, detalhar têm feição portuguesa” –
que mais acrescentar? É realmente difícil impor a substituição
em “O fato foi detalhadamente reproduzido” – “Não há detalhe que não revele o pintor” – como difícil é rejeitar a palavra
quando temos talhe, entalhe. Se de “tailler” o francês fez “détailler”, por que do nosso talhar não podemos fazer detalhar e
os correspondentes derivados?»
MATOS, M. J. (2003). Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Acedido em 17 de Junho de 2010, em: www.ciberduvidas.com.
Discriminação ou descriminação?
Discriminação significa “segregamento”, “preconceito” e
“intolerância”: A discriminação social é condenável; descriminação significa “acto de absolver de crime ou inocentar”: A
descriminação do réu foi um acto de justiça.
Houve ou houveram pessoas?
A forma correcta é houve. O verbo haver, no sentido de
”existir”, “acontecer” é impessoal e, assim sendo, só se conjuga
na 3ª pessoa do singular: Houve grandes escritores ao longo da
nossa história.
Folha impressa ou folha imprimida?
A forma correcta é impressa. Imprimir é um verbo com dois
particípios passados: um regular (imprimido) e outro irregular
(impresso). O particípio regular é utilizado nos tempos compostos com os verbos auxiliares ter e haver: Ele tinha imprimido a folha. O particípio irregular, com os verbos auxiliares ser
e estar: A folha foi impressa; e com o adjectivo, como se vê no
exemplo: A folha impressa.
Ele trás ou traz uma flor?
A forma correcta é traz, 3ª pessoa do singular do presente
do indicativo do verbo trazer: O João traz o livro. A palavra trás
é um advérbio, usado em várias expressões com o sentido de
“parte ou lado posterior”: Ele caiu para trás.
AAVV (2009). Bom português. Porto Editora: Porto
foto www.sabado.pt
José Saramago (1922-2010)
MORREU o Nobel da Literatura. Um escritor português,
amado e odiado, mas muito respeitado. A obra que
nos deixou mostra-nos uma pessoa convicta dos seus
argumentos, que teve a coragem de colocar o povo
no lugar que merece. Não são os reis ou os governos
quem fazem as grandes obras, mas é o povo anónimo,
qual artífice eternamente ignorado. A sua lucidez foi
muito mais longe que os ensaios que nos legou, entrou em domínios da existência humana, do mistério
do homem e da sua condição, das injustiças na terra.
Esta nota fecha com uma promessa: continuarmos a
descobrir o mistério da sua obra. Porque, “a morte serve para que possamos continuar a viver”. Assim será,
Saramago.
35
agenda
ACONTECIMENTO/ EVENTO
Inscrições Ano Lectivo 2010/2011
RoboCup 2010 Estágios Curriculares 12º ano
Estágios Curriculares 11º ano
Estágios Transnacionais no âmbito
do Programa Leonardo da Vinci
EPB nas Festas de S. João
EPB no Festival de Gastronomia
Defesa da PAP
(Prova de Aptidão Profissional)
Concurso Robot Bombeiro 2010
LOCAL
EPB
Singapura
Empresas da Região de Braga
Empresas da Região de Braga
nada) 28 de Junho a 23 de Julho
Malta, Irlanda (Cork) e Espanha (Gra
15 a 25 de Junho
Braga
2 a 4 de Julho/9 a 11 de Julho
Braga
EPB
Guarda
Uma viagem
BERLIM é a capital da Alemanha e é a maior
cidade do país. Foi uma grande cidade europeia que, devido à 2ª Guerra Mundial, ficou
dividida pelo Muro de Berlim.
O muro, construído pela República Democrática Alemã durante a Guerra Fria, dividiu a
cidade a partir de 1961. Não só fragmentou a
cidade como se tornou um símbolo da divisão
do mundo já que traduzia a separação das duas partes: a República Federal da Alemanha (constituída
pelos países capitalistas) e a Socialista (regime soviético), demarcando, assim, a Alemanha Ocidental da
Alemanha Oriental. O muro foi finalmente destruído
em 1989 e as Alemanhas foram reunificadas. Berlim
tornou-se numa cidade fascinante graças à sua oferta cultural, tal como festivais de cinema (“Urso de
Ouro”), teatro, óperas, galerias e museus. Hoje, Berlim é dos destinos mais procurados, já que seduz os
seus visitantes com uma vasta oferta cultural, nova
arquitectura e uma beleza muito característica.
Um Livro
UM DOS livros que me marcou e que eu sempre
recordo como referência é ”Verónica Decide Morrer”. Penso que todos passamos por momentos
de desânimo e menos favoráveis na vida. O segredo reside no facto de termos sabedoria necessária, para encontrar uma forma de prolongar os
estados favoráveis que a vida nos vai presenteando. Neles, temos de conseguir a força para os menos positivos. A leitura deste livro,
ao contrário do que o título sugere, é um verdadeiro hino à esperança
e ao modo de viver a vida de uma forma positiva, e lutadora por parte
da “protagonista”.
Albertina Abrantes
Mediateca
36
DATA
7 de Junho a 14 de Julho
19 a 25 de Junho
7 de Junho a 31 de Julho
28 de Junho a 31 de Julho
5 a 15 Julho
17 de Julho
Uma receita
Gomas de Frutas Secas
QUANDO faço estas “gomas de fruta”,
normalmente utilizo 500 g ou 1 Kg de
fruta seca de cada vez. Pode fazer de
um só sabor de fruta, ou misturar por
exemplo, manga e ananás, ou pêssego e
alperce. Reduzo a fruta a um puré muito macio num robô de cozinha, depois
passo-o para um papel antiaderente untado. Com uma espátula, espalho num
quadrado de cerca de meio
centímetro de espessura
e, depois, passo-o para
um tabuleiro de forno. Costumo aquecer
o puré de fruta num
forno eléctrico a 70 ˚C
durante a noite, pois
dá-me muito jeito, mas
se tiver pressa pode aquecê-lo a 160 ˚C
durante umas horas – o tempo de cozedura depende de a fruta ser ou não
muito húmida.
Quando estiver pronta, a sua camada
de fruta deve estar mole, mas firme
como uma goma. Tire do forno, passe
para uma tábua de cozinha, tire o papel
antiaderente e corte a fruta em pedacinhos individuais. Faça várias formas
– quadrados, triângulos, círculos, tiras.
Pode conservá-los num recipiente hermético até precisar deles. Pode fazer
saquinhos de papel com elas e oferecêlas.
OLIVER, Jamie. (2009). Dias Felizes Com
Jamie Oliver.
Ficha Técnica
Director: Paulo Sousa
Coordenador: Fernando Silva
Redacção: Alexandra Corunha, Ana Filipa Teixeira e Eugénia Coutino
Marketing e Publicidade: Natália Rebelo
Conceito visual: Ana Gomes e Ricardo Coelho (alunos DG)
Fotografia: Nuno Silva (aluno DG) e arquivo EPB
Edição gráfica: João Delgado
Ano I nº 1
Junho de 2010
[email protected]
Propriedade: EPB - Escola Profissional de Braga, Lda.
Morada: Rua Augusto Veloso N.º 140 - 4705-082 Braga
tel: +351 253 203 860
fax: +351 253 203 869
site: http://www.epb.pt
e-mail: [email protected]
1989 - Setembro – 2009
Escola Profissional de Braga
Uma escola, uma família, uma vida.
20 anos
Uma escola que soube
gerir formação gerar mudança
Nas atitudes, nos comportamentos,
Na construção de personalidades,
Na realização de muitos sonhos
De jovens que foram meninos
e se tornaram técnicos competentes.
Uma escola, uma família
Que se renova no quotidiano
Dos seus jovens e de outros
Na procura de oportunidades que a vida tardou em dar!
Uma escola jovem, atractiva, dinâmica,
Que faz sonhar
Com inovação e competência
O futuro de muitas vidas!

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