A compressão de qualidade ao alcance de todos

Transcrição

A compressão de qualidade ao alcance de todos
elysia xpressor
A compressão de qualidade
ao alcance de todos
Por Miguel Marques | Fotografia: Ivo Godinho
ANÁLISE
A elysia é um fabricante alemão de equipamentos para
estúdio que se apresentou em 2005 com o lançamento
do alpha compressor, um compressor estéreo de mistura
e masterização, construído à mão e apenas com a
utilização de componentes discretos, que é hoje uma
referência no que diz respeito a compressores mesmo
tratando-se de um equipamento que tem um preço de
venda ao público que atinge a dezena de milhares de
euros. Apesar dos preços quase proibitivos dos produtos
elysia, e muito por causa das emulações em plug-in dos
mesmos, criadas pela Brainworx (agora Plugin Alliance)
a verdade é que rapidamente os produtos da marca
tornaram-se numa referência na indústria, graças à
transparência e qualidade de compressão, integridade
sónica e funções únicas que estão patentes em todos
os produtos. Recentemente, a elysia lançou um novo
compressor estéreo repleto de funções, o xpressor, que junta alguma da tecnologia dos seus compressores mais
valiosos num só equipamento, a um preço muito acessível apesar de, segundo a marca, manter a qualidade sonora
e de construção que se espera de um produto elysia. A Produção Áudio recebeu este novo xpressor para análise
e tivemos oportunidade de descobrir se este novo compressor cumpre com o prometido, e se é realmente um
verdadeiro canivete suíço no que diz respeito às tarefas de compressão de áudio.
A
elysia é uma marca alemã que começou a
ganhar o seu espaço na indústria graças ao
lançamento do compressor alpha, em 2005,
um produto repleto de tecnologia de ponta, construído à mão usando apenas componentes discretos e
repleto de funções inovadoras que definiu um novo
standard de qualidade (e preço!) no que diz respeito
a compressão para mistura e masterização. Alguns
anos mais tarde, a elysia lançou o mpressor, um
compressor estéreo com funções mais criativas e indicado para gravação e mistura, também construído
à mão e apenas com a utilização de componentes
discretos, que apesar de não ser um produto tão caro
como o seu irmão mais velho – o alpha – é, ainda assim, um produto relativamente caro para a maioria
dos profissionais e estúdios. Apesar de existirem
versões em plug-in de cada um destes equipamentos, criadas e comercializadas pela Plugin Alliance, a
elysia sentiu a necessidade de entrar num segmento
de mercado mais económico, sem abdicar da qualidade e integridade sónica que tornou a marca conhecida, e foi com esse objectivo que surgiu o xpressor.
Antes de abordar em concreto as funcionalidades do
xpressor, queríamos já falar das principais diferenças
entre este novo compressor e os modelos de topo da
marca, para tentar perceber o porquê da grande diferença de preço entre os produtos da elysia.
A construção
Tivemos oportunidade de falar com a equipa da elysia em Frankfurt, nesta última edição da Musikmes42 |
| JUNHO ‘12
se e Prolight+Sound, que nos explicou que existem
duas grandes diferenças na construção e desenvolvimento dos produtos elysia: os compressores de topo
são construídos à mão apenas com o uso de componentes discretos em todo o equipamento enquanto
o xpressor é construído com recurso a PCB, fabricado
em máquina e apenas utiliza componentes discretos
no circuito de áudio. Isto faz com que o custo de produção e de desenvolvimento seja muito inferior no
caso do xpressor, pois é muito mais rápido desenvolver e prototipar um produto que vai ser construído através de máquinas do que criar e desenvolver
um produto que tem que ser construído e fabricado
manualmente. Contudo, todo o circuito de áudio do
xpressor é construído apenas com componentes discretos, sempre em tipologia classe A, tal como acontece nos modelos de topo.
E qual a importância da utilização de componentes
discretos na construção de equipamentos para áudio? Usando as palavras da elysia, e estabelecendo
uma comparação entre a electrónica e o mundo da
cozinha, um circuito integrado é o equivalente a usar
caldos comprados e pré-preparados para produzir
uma refeição, ao invés de usar apenas ingredientes
frescos e individuais, que seria o equivalente à utilização exclusiva de componentes discretos em electrónica. Com a utilização única de componentes discretos
é possível ter maior controlo sobre o que se pretende
construir, com melhor qualidade e integridade sonora
mas a um custo muito superior. No caso do xpressor,
apenas é utilizado este tipo de construção no circuito
de áudio, sendo que os elementos de controlo, as funções de medição ou mesmo toda a fonte de alimentação podem utilizar circuitos integrados. Além disso, e
no que diz respeito ao próprio equipamento, o xpressor é uma unidade muito mais compacta, menos
elaborada esteticamente e, também por isso, mais
económica. Apesar disso, este compressor é extremamente bem construído, quase todo ele em alumínio
e com um painel frontal consideravelmente grosso e
resistente, com destaque para os altos mas confortáveis potenciómetros em metal, idênticos aos usados
no mpressor (que custa cerca de 4 vezes mais...).
Os modelos
O elysia xpressor existe em dois formatos, numa unidade de rack de 19” ou em formato série 500 da API,
em duas unidades e compatível com todas as Lunchbox e racks que foram certificadas segundo a VPR
Alliance. Apesar das diferenças de tamanho, o circuito usado e os controlos são exactamente os mesmos
nas duas versões e, por essa razão, esta análise é
válida para os dois modelos, xpressor e xpressor 500,
com excepção das entradas e saídas de sidechain externas que não estão disponíveis na versão 500 por
limitações do formato. Além disso, a diferença entre
os dois modelos está também no facto de a versão
500 ser mais compacta e barata já que não tem fonte
de alimentação ao contrário da versão em rack que
é ligeiramente mais cara pois tem uma fonte de alimentação própria. Contudo, esta diferença não deve
alterar a performance e rendimento de cada xpressor.
Apesar de ser um compressor estéreo, é impossível funcionar com o xpressor em dual mono pois apenas existe um conjunto de controladores para controlar os dois canais.
Na imagem podemos ver a versão rack do xpressor, o modelo que tivemos em análise
As funções e os controlos
O elysia xpressor é um equipamento estéreo, um
compressor de dois canais, apesar de apenas existir
um conjunto de controlos que estão atribuídos aos
dois canais em simultâneo. Apesar de ser possível
funcionar em mono, ou seja, comprimir um canal
apenas e deixar o segundo canal sem sinal, é impossível funcionar em dual-mono por esta decisão de
construção. Os controlos do xpressor estão divididos
em dois conjuntos de quatro potenciómetros, um
primeiro que tem os controlos básicos e tradicionais
de um compressor (que se encontram à esquerda da
unidade) e um outro conjunto de quatro potenciómetros atribuídos a funções particulares deste modelo
que se encontram do lado direito. A meio, existe um
conjunto de LEDs que mostram a redução de ganho
em tempo real, e um conjunto de switchs que ligam
e desligam algumas outras funções do compressor.
Começando pela esquerda, temos os potenciómetros
de controlo de Threshold, Attack, Release e Ratio
que são os controlos básicos do compressor e dispensam grandes explicações. Cabe-nos apenas dizer
que em relação aos tempos de ataque e reposição
do xpressor, são muitas as opções e a versatilidade,
sendo que este compressor pode comprimir tão rápido como 0.01ms ou tão lento como 120ms, e fazer a
reposição de ganho com valores entre 5ms até 1.3s.
Este valores são mais que suficientes para poder
comprimir elementos tão rápidos como bateria e percussão mas ainda assim poder usar este compressor
para nivelar programa, entre outros exemplos de
compressão com tempos lentos.
Em relação ao rácio, os valores definidos por este
controlo começam numa proporção de 1.2 para 1
(1.2:1), e pode ir até infinito para 1 (∞:1), ou seja, limitação. Contudo, é neste controlo que surge a primeira
particularidade deste compressor, pois existem valores de rácio depois de infinito para 1, que são os rácios negativos, uma ideia original do mpressor. Numa
explicação básica, um rácio negativo permite que o
sinal de saída seja menor que o de entrada sempre
que este ultrapassa o nível de Threshold, obedecendo
na mesma aos tempos de ataque e reposição, numa
taxa definida. Isto permite criar efeitos de compressão muito originais, principalmente quando usado
com secções rítmicas ou elementos que contenham
algum padrão rítmico, pois permite criar efeitos tipo
“pumping” ou mesmo simular o efeito de um som
tocado ao contrário (basta para isso usar tempos rápidos de ataque e reposição, que todo o transiente
vai sair do compressor mais baixo em nível que o ori-
ginal e mais baixo que o resto do sinal se for muito
comprimido, o que cria a noção de som ao contrário
pois este cresce após o transiente e não o contrário).
Em relação aos quatro switchs de configuração
a meio do xpressor, o primeiro que dá pelo nome
de “Hit it!” é um bypass para este compressor, ou
seja, liga e desliga a compressão, sendo que este
equipamento tem true-bypass. O controlo seguinte,
chamado Warm Mode, activa um segundo modo de
funcionamento do xpressor e é, em termos electrónicos, um limitador do “slew rate” deste equipamento.
Quando activado, este modo faz com o que todo o
funcionamento do compressor seja mais lento, ligeiramente mais grave e com um THD+N mais elevado,
o que seria típico de um equipamento mais antigo.
Sem este modo activado o xpressor é extremamente
transparente e limpo nos seus estágios de amplificação, e a inclusão deste modo permite dar saturação e
carácter a algumas fontes sonoras.
Continuando nos controlos, existem ainda dois switchs para activar as funções de Log Release e Auto
Fast, outras funções retiradas dos modelos de topo
da elysia. O Log Release activa um modo de compressão onde o tempo de reposição segue uma curva
logarítmica ao invés de uma taxa constante, o que
significa que o tempo de reposição é menor quanto
maior for a redução de ganho. Esta função é perfeita
para uso em masterização ou em programa, pois permite que o compressor tenha tempos de reposição
mais rápidos quando há transientes de nível elevado
no programa e tempos mais lentos nos restantes
momentos, criando uma compressão muito mais
natural e transparente, já que na grande maioria
dos casos é o tempo de reposição que é responsável
pela qualidade da compressão. No que diz respeito à
função de Auto Fast, esta activa um modo de compressão em que o tempo de ataque do compressor é
reduzido sempre que este detecta sinais rápidos e de
nível elevado (transientes). Quando este modo está
activado, o compressor ataca com o tempo definido
no potenciómetro de ataque mas este valor é automaticamente reduzido quando o xpressor detecta
estes sinais rápidos. Na prática, esta função permite
comprimir mais sinal com as mesmas constantes de
tempo pois podemos configurar o compressor para
funcionar em tempos médios ou lentos que, de forma automática, este vai acelerar os tempos de ataque para também comprimir os transientes.
Faltam apenas quatro potenciómetros para apresentar todas as funções do xpressor, e o primeiro
define a frequência de corte de um filtro passa-alto
que existe no sidechain do compressor, chamado de
SCF, que está sempre no circuito e pode ir de 31Hz a
1kHz. De seguida, o xpressor tem uma outra função
inovadora chamada de Gain Reduction Limiter (GRL),
que é também uma funcionalidade presente nos
compressores de topo da marca. Esta função é um
limitador no circuito de controlo da compressão, que
permite configurar o compressor para não comprimir
mais que um determinado número de dB. Na prática, significa que independentemente dos valores do
compressor, podemos configurá-lo para não comprimir mais que 6 dB (por exemplo), para garantir que
não vamos exagerar ou comprimir em demasia um
sinal. Os valores do GRL vão de 30 dB a 1.5 dB e existe
um pequeno LED amarelo que acende sempre que o
limitador entra em funcionamento.
É importante reforçar que este limitador não está
no circuito de áudio, não é um limitador de sinal mas
sim um limitador do controlo do compressor, e por
isso a integridade do sinal é garantida.
Finalmente, existe um potenciómetro de ganho
(Gain) para definir o ganho de saída do compressor e
um potenciómetro de Wet/Dry que nos permite ins-
O xpressor 500 é em tudo idêntico
à versão em rack, apenas
é mais compacto e barato
por não ter fonte de alimentação
já que este módulo é alimentado
directamente pela rack da série
500. Este módulo da elysia
funciona com todas as Lunchbox
e racks que funcionam segundo
as normas da VPR Alliance
elysia xpressor
ANÁLISE
tantaneamente usar este equipamento em paralelo,
misturando o sinal original com o sinal processado
em qualquer proporção. Esta função é perfeita para
comprimir baterias em paralelo, um exemplo clássico
onde é possível exagerar na quantidade de compressão para dar vida e carácter mas misturando esse
som com o som não processado para preservar todos
os transientes e alguma da dinâmica original.
O painel traseiro
O xpressor é um equipamento muito bem construído, fabricado em máquina com um painel frontal pouco elaborado
mas suficientemente rijo e espesso. O destaque vai para os enormes mas confortáveis potenciómetros de metal,
idênticos aos usados em alguns dos equipamentos de topo da marca, que conferem um ar de qualidade ao produto
Os primeiros quatro controlos do xpressor estão destinados às configurações normais de um compressor,
o limiar ou Treshold, os tempos de Attack e Release e, finalmente, o rácio de compressão ou Ratio
O elysia xpressor na versão rack tem entradas e
saídas balanceadas e não balanceadas, em conectores XLR e TRS, sendo que ambos os conectores
podem funcionar como balanceado ou não balanceado, apesar de operarem exclusivamente ao nível nominal de +4 dBu. Além das entradas e saídas
principais, o xpressor tem uma entrada de sidechain
em TRS e uma saída de sidechain também neste
conector, que funcionam em balanceado ou não
balanceado. Esta saída de sidechain é na realidade
uma saída em paralelo da soma dos dois sinais de
entrada, para permitir processar o sinal de sidechain
e voltar a inserir o mesmo mas processado através
da entrada de sidechain.
Por exemplo, é possível ligar um equalizador no meio
deste circuito de sidechain para criar um de-esser,
sem termos que andar a enviar sinais extra do sequenciador ou da mesa de mistura! Isto, além das
utilizações óbvias da entrada de sidechain apenas,
que permite usar um qualquer outro sinal de controlo para definir o funcionamento do compressor. Esta
função de sidechain externo é útil para poder comprimir um grupo de guitarras sempre que existe voz
principal, ou para comprimir um sinal de baixo sempre que existe uma batida de bombo, entre muitas
outras hipóteses de processamento.
A terminar, na parte de trás do xpressor, versão rack,
existe apenas o selector de voltagem para operação
a 230v ou 115v, com o respectivo botão para on/off
do equipamento e fusíveis de segurança. O facto de o
botão de on/off do xpressor estar apenas na parte de
trás é sem dúvida um inconveniente para a maioria
dos utilizadores, pois quando instalado em bastidor
é normalmente impossível aceder à traseira do mesmo. Mencionámos esta questão à equipa da elysia e
a resposta foi que, por questões de integridade de
sinal e performance geral do equipamento, é benéfico não ter corrente a passar para a frente do mesmo,
o que iria acontecer caso houvesse um on/off frontal
neste xpressor. A solução fácil e aconselhada pela
equipa da elysia é usar uma extensão, power strip ou
semelhante com on/off, que não irá afectar a segurança ou performance do xpressor.
Em uso
A meio da unidade existem quatro switchs que activam algumas da funções inovadoras do xpressor, como é o caso da
função de Auto Fast e de Log Release, modos semi-automáticos para os tempos de ataque e reposição do compressor.
Ainda nesta secção central do equipamento existe um conjunto de indicadores LED que mostram em tempo real
a redução de ganho aplicada
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Experimentámos o xpressor em diversos tipos de
programa, instrumentos e situações, e em todos os
nossos testes houve sempre algo que se destacou
neste equipamento: a transparência da compressão!
Além de ser um equipamento extremamente transparente nos seus estágios de amplificação (o que entra é o que sai), o xpressor consegue comprimir grandes quantidades de sinal sem notarmos ou ouvirmos
a compressão. E mesmo em alguns instrumentos e
fontes mais delicadas, como é por exemplo o caso de
voz, conseguimos comprimir sem problema até 10 a
12 dB sem qualquer tipo de artefactos e sem ouvir
a compressão a actuar, principalmente se activado o
modo de Log Rel. Se activarmos também o modo de
Auto Fast, é difícil fazer com que o compressor soe
mal, já que, com as constantes de tempo relativamente automáticas, o xpressor consegue-se adaptar
muito bem a todo o tipo de sinal. Mesmo quando
experimentamos comprimir misturas inteiras conseguimos fazer com que o xpressor estivesse constan-
Do lado direito do xpressor existem outros quatros potenciómetros para controlo
de algumas funções especificas deste compressor, como o caso do controlo de Mix
ou de Sidechain Filter. Contudo, o destaque vai para o limitador de redução
de ganho GRL que funciona apenas no circuito de controlo do compressor e permite
definir um limite de compressão independentemente das configurações do compressor
temente a fazer 5 a 6 dB de redução de ganho sem
criar qualquer tipo de distorção ou artefactos, de
forma muito transparente, mesmo sabendo que nenhuma mistura precisa assim de tanta compressão...
Uma das melhores características e funções deste
xpressor é o limitador de redução de ganho, especialmente quando usado em programa pois permite
comprimir todo o conteúdo de forma a finalizar e
polir uma mistura e, em simultâneo, deixar alguma
da dinâmica original do tema. Basta definir este limi-
O elysia xpressor na versão rack tem entradas e saídas balanceadas e não balanceadas,
em conectores XLR e TRS, sendo que ambos os conectores podem funcionar como
balanceado ou não balanceado, apesar de operarem exclusivamente ao nível
nominal de +4 dBu
tador nos 2-3 dB, configurar os parâmetros do compressor com um Treshold baixo e Ratio ao mínimo
(1.2:1), de forma a que quando chegue, por exemplo,
um refrão ou uma parte mais forte o compressor não
comprima mais que esses 2-3 dB definidos, permitindo assim ao tema crescer apesar da compressão.
Em utilização, o Gain Reduction Limiter é quase
como se fosse um segundo Threshold, sendo que o
primeiro define o nível em que o compressor começa
a comprimir e o segundo o valor em que este pára de
comprimir. Além de todas estas funções que ajudam
à transparência da compressão, é ainda possível misturar o sinal original com o sinal processado apenas
rodando o potenciómetro de Mix. A utilização óbvia
desta função é com a compressão de grupos de bateria, usando tempos de ataque e de reposição rápidos,
com rácios elevados, para podermos esmagar o transiente deste instrumento e puxar todo o som de caixa e corpo mas sempre misturado com o som original
para continuarmos a ter dinâmica e o transiente in-
96 canais de entrada – 48 busses de saída
A Audium garante Apoio Técnico 24H
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mail: [email protected]
elysia xpressor
Aplicações
O xpressor é um compressor estéreo repleto de
funções que pretende ser um equipamento extremamente versátil e completo. Disponível em
duas versões, uma versão rack e uma versão
não alimentada para série 500 da API, o xpressor engloba alguma das características dos
compressores mais famosos da marca num só
equipamento a um preço de venda muito competitivo mas mantendo o nível de qualidade de
um produto elysia. Apesar de ser um produto
estéreo este compressor não pode funcionar em
dual mono, pois apenas existe um conjunto de
controlos para ambos os canais, sendo que essa
é uma das razões para o seu baixo preço de venda
ao público. A transparência na compressão e nos
estágios de ganho deste equipamento é a sua
principal característica sonora.
ANÁLISE
tacto. Tivemos também oportunidade de usar esta
função na compressão de um baixo, usando tempos
muito rápidos de ataque e de reposição, de forma a
distorcer o som e puxar todo o médio e ataque deste instrumento, mas usando apenas uma pequena
percentagem do som comprimido, o suficiente para
dar vida e definição ao baixo na mistura sem se ouvir
perceptivelmente qualquer distorção.
Uma outra função que demonstrou ser bastante útil,
principalmente quando se comprime programa, é o
filtro de sidechain que permite retirar frequências
graves e médio graves do sinal de controlo e comprimir apenas em função do restante sinal. Apesar de
ser uma função que existe em muitos outros compressores, esta não deixa de ser uma função muito
útil e que completa bem o leque de opções deste
compressor. De todos os testes que fizemos, não há
nada que o xpressor não consiga fazer no que toca
a compressão: desde nivelar programa ou controlar
picos e transientes, seja em instrumentos solo ou
misturas inteiras, conteúdos sensíveis como vozes
ou instrumentos acústicos ou até electrónica e outras fontes mais agressivas e pujantes.
O elysia xpressor apenas tem forma de ligar ou desligar no painel traseiro, o que é um inconveniente pois quando
no bastidor é na maioria das vezes difícil de aceder ao botão de on/off. Contudo, é por uma boa razão que este botão
de on/off apenas está na traseira do equipamento, para evitar passar corrente para a frente, para ter menos ruído
e interferências dentro do equipamento
Na imagem é possível ver as “goelas” do xpressor em versão rack, uma tradição da marca já que a elysia faz questão
de mostrar o interior de todos os seus equipamentos para que se possa ver e avaliar a qualidade de construção
dos mesmos
Conclusão
É muito raro nos dias de hoje encontrar um equipamento que não emula nenhum outro, que não imita
um tipo de som ou uma resposta de funcionamento
de um equipamento mais famoso, que não é baseado em nenhum esquema electrónico de algo já exis-
tente, que é simplesmente uma ferramenta potente
e inovadora, construída de raiz para resolver problemas. O xpressor representa isso, um mundo de soluções e opções para comprimir áudio numa unidade
extremamente bem construída e concebida, capaz
de comprimir em todo o tipo de conteúdo e em todos os cenários imagináveis, de forma transparente,
musical e precisa. O xpressor consegue tudo isto e é
diferente da concorrência em grande parte pela qualidade do próprio equipamento mas principalmente
pela capacidade e historial da elysia em perceber o
que é a compressão áudio e quais as funções que
um profissional precisa para ter melhor rendimento
neste processo.
O que surpreende neste equipamento não é o enorme número de funções disponíveis mas sim o facto
de todas elas serem extremamente úteis, únicas e de
fazerem a diferença quando se precisa de comprimir
áudio. Ainda para mais, a elysia conseguiu fazer tudo
isto a um preço de venda ao público que não tem concorrência quando se compara o tipo de construção e
a qualidade deste xpressor, o que torna este equipamento um caso de sucesso! Não temos dúvidas que
todo o estúdio teria a ganhar em ter um xpressor no
seu arsenal, seja em formato rack ou em série 500,
pois é este tipo de ferramentas que faz com que o
trabalho de um profissional se torne mais fácil e de
melhor qualidade, a cada dia de trabalho.
Elysia xpressor – Compressor estéreo em tipologia Discrete Class-A
Fabricante: www.elysia.com
Distribuição: www.elysiastore.de | www.masteringmansion.com
Preço: xpressor 500 – 649 euros (mais IVA), xpressor rack 990 euros (mais IVA)
Em resumo
O elysia xpressor é um compressor estéreo repleto de funções inovadoras que promete ser um verdadeiro canivete suíço da compressão, com destaque para a utilização exclusiva de componentes discretos
no circuito de áudio para garantir a qualidade do sinal em todos os estágios. A elysia conseguiu criar um
equipamento de alto nível a um preço acessível e que é mais do que justo. Só não leva nota máxima,
porque a própria elysia produz o alpha e o mpressor...
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